7 minute read

Daiana Quelle VOZ E COR: A LITEARTURA ESCRITA POR MULHERES NEGRAS

Next Article
Zezé Negrão

Zezé Negrão

Advertisement

Cor e voz: a literatura escrita por mulheres negras

Daianna Quelle da Silva Santos da Silva Doutoranda em Estudos Linguísticos - UEFS

do país

é um dos nomes mais im Conceição Evaristo portantes da literatura contemporânea. Nascida na PERIFERIA de Belo Horizonte, filha de lavadeira e a segunda de uma família de nove irmãos, Conceição Evaristo foi a primeira pessoa da família a se formar na FACULDADE, no curso de Letras. Além da Graduação, ela também fez Mestrado e DOUTORADO em Literatura. Desde a infância, a ESCRITA já fazia parte da sua vida, sendo inspirada pela mãe a escrever em seu diário contando os fatos que vivia na COMUNIDADE onde nasceu.

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora, compositora e Carolina Maria de Jesus poetisa brasileira, mais conhecida por seu livro Quarto foi uma escritora, compositora e poetisa de Despejo: Diário de uma Favelabrasileira, mais conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado da, publicado em 1960. Carolina de em 1960. Carolina de Jesus foi uma das Jesus foi uma das primeiras escritoprimeiras escritoras negras do Brasil e é ras negras do Brasil e é considerada considerada uma das mais importantes uma das mais importantes escritoras escritoras do país é um dos nomes mais importantes da literatura contemporânea. Nascida na PERIFERIA de Belo Horizonte, filha de lavadeira e a segunda de uma família de nove irmãos, Conceição Evaristo foi a primeira pessoa da família a se formar na FACULDADE, no curso de Letras. Além da Graduação, ela também fez Mestrado e DOUTORADO em Literatura. Desde a infância, a ESCRITA já fazia parte da sua vida, sendo inspirada pela mãe a escrever em seu diário contando os fatos que vivia na COMUNIDADE onde nasceu. Seus textos trazem sua “ escrevivência ”. Discute temas como racismo, discriminação de gênero e classe, entre tantos outros problemas da nossa sociedade. Ela já ganhou diversos PRÊMIOS, entre eles o JABUTI, em 2015. Em 2018 se candidatou à uma vaga na ACADEMIA Brasileira de Letras (ABL) e, apesar do forte apelo popular para que ela se tornasse a PRIMEIRA mulher negra da ABL, ganhou apenas um voto. Em 2019 foi homenageada como Personalidade LITERÁRIA do Ano no Prêmio Jabuti.

Como mulher negra que vem da periferia, Conceição Evaristo critica a meritocracia, por ser uma tentativa de destruir a necessidade das ações AFIR-

MATIVAS. Apesar de se sentir muito feliz por suas conquistas, ela sempre questiona o porquê da grande maioria das mulheres NEGRAS também não conseguirem.

Tese de doutorado POEMAS MALUNGOS – CÂNTICOS IRMÃOS 2011 (Augostinho Neto)

Vozes-mulheres A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio. ecoou lamentos de uma infância perdida. A voz de minha avó ecoou obediência aos brancos-donos de tudo.

A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela. A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e fome.

E ENTÃO FALAMOS NÓS: VOZES LITERÁRIAS AFRODIASPÓRICAS E FEMININAS DO RECÔNCAVO BAIANO (2019)

Em 2018

A voz de minha filha recolhe todas as nossas vozes recolhe em si as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade.

Lívia Natália é Mestre (2005) e Doutora (2008) em Teorias e Crítica da Lívia Natália é Mestre (2005) e Doutora (2008) em Teorias e Crítica da Literatura e da Cultura Literatura e da Cultura pela Universipela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente é Professora Adjunta do setor de dade Federal da Bahia (UFBA). Atual Teoria da Literatura da UFBA, onde coordena os grupos de pesquisa Derivas da Subjetividade na mente é Professora Adjunta do setor Escrita Contemporânea, no qual pesquisa literatura contemporânea escrita em Blogues, e de Teoria da Literatura da UFBA, Corpus Dissidente: Poéticas da Subalternidade em escritas e estéticas da diferença, no qual se onde coordena os grupos de pesquisa Derivas da dedica a estudar a Literatura Negra escrita por mulheres no Brasil e nos PALOP, com recorte Subjetividade na Escrita Contemporânea, no qual em gênero, raça e sexualidades. pesquisa literatura contemporânea escrita em Blogues, e Corpus Dissidente: Poéticas da Subalternidade em escritas e estéticas da diferença, no qual se dedica a estudar a Literatura Negra escrita por

Fonte: https://aquinavaranda.com.br/2021/01/31/9- topicos-trechos-do-livro-pequeno-manual- antirracista/

Dados do Censo 2010 mostram que as mulheres negras são as que menos se casam e, entre as com

mulheres no Brasil e nos PALOP, com recorte em gênero, raça e sexualidades.

Prémio Banco Capital (2010) melhor livro de poesia no Prêmio APCA 2017 para Dia Bonito pra Chover (Editor

Vozes literárias afrodiaspóricas e femininas do recôncavo baiano (2019)

Os dias derramana vestígios que não se apagam, marcas incorrigíveis.

Minha pele condenada se veste de mariposa e sorri como borboleta

(Outros eus, Kalanngo, 2013)

Devemos nos perguntar: quantos talentos o Brasil perde todos os dias por causa do racismo? A situação é ainda mais grave para mulheres negras, que são muitas vezes destinadas ao subemprego: quantas físicas, biólogas, juízas, sociólogas etc. estamos perdendo? Políticas que obrigam as empresas a pensar e criar ações antirracistas poderiam reverter esse quadro.

mais de cinquenta anos, elas são maioria na categoria “celibato definitivo”, ou seja, que nunca viveram com um cônjuge. {13} Obviamente não pretendo sugerir com quem as pessoas devem se relacionar. A questão é revelar os processos históricos que fazem com que as mulheres negras, sobretudo as retintas, sejam sistematicamente preteridas, como se não fossem dignas de serem amadas. É preciso questionar padrões estéticos que desumanizam as mulheres negras. Fonte: https://aquinavaranda.com.br/2021/01/31/9- topicos-trechos-do-livro-pequeno-manual- antirracista/ Meu black está na rua Daquele jeito armado Livre e pro alto Exibindo a beleza que seu olhar rejeita

Na boca que cala E na boca que fala Mas que cabelo é esse?

Segundo dados da Anistia Internacional, a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil, o que evidencia que está em curso o genocídio da população negra, sobretudo jovens. [...] Como já afirmou a socióloga Denise Ferreira da Silva, o assassinato dos jovens negros deveria criar uma crise ética na sociedade brasileira. No entanto, não há revolta com tanto sangue derramado, enquanto há enorme comoção na mídia quando a violência tira a vida de uma pessoa branca.

Fonte: https://aquinavaranda.com.br/2021/01/31/9- topicos-trechos-do-livro-pequeno-manual- antirracista/ O que está na minha cabeça? É o meu, meu bem! Crespo Lindo 4C

E divando na sua cara Com todo prazer. Jacquinha Nogueira.

Respondeu Jesus: « ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o Jacqueline Nogueira Cerqueira reside em Sapeaçu (BA) desde que nasceu, é poeta e escritora, assina pelo pseudônimo Jacquinha Nogueira. Graduada seu entendimento’.Este é o primeiro e maior mandamento.E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. (Mateus 22:37-39) em Letras Vernáculas – UNEB, 2013, é professora e pesquisadora Filmes sobre o tema literária; é especialista em Cultura e Literatura pela Barão de Mauá (2015) e em Literatura Contemporânea pela Barão de Mauá (2015); Mestra em Educação pela UFBA; organizadora do Sarau Sapeaçu, desde 2014, e desenvolve nas escolas onde leciona o Projeto “A Poesia Vive”, desde 2013. Em 2020 esteve na FLIPELÔ MEU 4C Atura ou surta Atura ou surta

MEU 4C Atura ou surta Atura ou surta Atura ou surta Meu black está na rua Daquele jeito armado Jacqueline Nogueira Cerqueira reside em Livre e pro alto Exibindo a beleza que seu olhar rejeita Sapeaçu (BA) desde que nasceu, é poeta e Na boca que cala escritora, assina pelo pseudônimo E na boca que fala Jacquinha Nogueira. Graduada em Letras Mas que cabelo é esse? Vernáculas – UNEB, 2013, é professora e pesquisadora literária; é especialista em Cultura e Literatura pela Barão de Mauá (2015) e em Literatura Contemporânea pela Barão de Mauá (2015); Mestra em Educação pela UFBA; organizadora do Sarau Sapeaçu, desde 2014, e desenvolve nas escolas onde leciona o Projeto “A Poesia Vive” , desde 2013. Em 2020 esteve na FLIPELÔ

This article is from: