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A CORPORATE GOVERNANCE NO NOVO
ANTÓNIO GOMES MOTA,
PROFESSOR CATEDRÁTICO DA ISCTE BUSINESS SCHOOL FULL PROFESSOR AT ISCTE BUSINESS SCHOOL
A CORPORATE GOVERNANCE NO NOVO MUNDO MULTI-STAKEHOLDER: REALIDADES E DESAFIOS
CORPORATE GOVERNANCE IN THE NEW MULTI-STAKEHOLDER WORLD: REALITIES AND CHALLENGES
Aafirmação de uma visão mais plural da interação da empresa com os múltiplos ‘stakeholders’ que gravitam no seu ecossistema é, provavelmente, o principal elemento de mudança na dinâmica do ‘corporate governance’. Esta nova centralidade de uma visão mais inclusiva quanto ao papel e relevância dos ‘stakeholders’ na gestão empresarial está a ser cada vez mais assumida por governos, reguladores, investidores e também pelos gestores. Vejamos alguns exemplos emblemáticos. Nesta última década assistiu-se à emergência da designada ESG – Environment, Social and Governance que concretiza um novo quadro de análise da atividade da empresa, focando o seu impacto no meio-ambiente (emissões de CO2, tratamento de desperdícios, poluição, etc.) a valorização do fator humano (formação, equidade das grelhas salariais, acidentes de trabalho, etc.) e a relevância de boas práticas de governance (códigos de ética, níveis de litigância, etc.). De um modo crescente os investidores (particularmente os institucionais) passaram a tomar decisões sobre as empresas onde iriam investir tendo justamente em atenção os resultados obtidos em termos dos principais indicadores ESG. Um exemplo paradigmático desta nova realidade está na carta que Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, dirigiu em janeiro deste ano aos CEO´s de empresas cotadas e em que define o T he emergence of a far more diverse vision of the company’s interaction with the myriad of stakeholders that gravitate around its ecosystem is probably the main change factor in the dynamics of corporate governance. The vision of a more inclusive vision as to the role and relevance of stakeholders in business management is being increasingly adopted by governments, regulators, investors and also by managers. Let us look at some emblematic examples: During the last decade, we have witnessed the emergence of the so-called ESG - Environment, Social and Governance, which renders the new framework of analysis of the company’s activity more effective, focusing on its impact on the environment (CO2 emissions, waste treatment, pollution, etc.) on the appreciation of the human factor (training, equity in wage rates, occupational accidents, etc.) and the relevance of good governance practices (codes of ethics, litigation levels, etc.). Increasingly, investors (particularly institutional) started making decisions about the companies they would invest in focusing precisely on the results obtained as regards the main ESG indicators. A paradigmatic example of this new reality is the letter that Larry Fink, CEO of BlackRock, the largest asset manager in the world, addressed in January this year to the CEO´s