regras para redigir uma crítica

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Como redigir uma crĂ­tica?


Redigir a crítica de um livro pode tornar-se uma tarefa complicada se não seguirmos um método de trabalho. Aqui ficam algumas sugestões seguidas de alguns trabalhos de alunos (7º ano de escolaridade / 5e) bem sucedidos nesta área:

in Passa Palavra 6, manual da Porto Editora, Maria José Costa e Maria Emília Traça, p. 23.

Sugestões de método de trabalho Apreciação crítica (resenha)

1- Ler/ver bem o documento (texto ou imagem); 2- Anotar as ideias mais importantes, que me chamam mais a atenção; 3- Apresentar, na apreciação, pontos negativos e positivos (argumentos) de forma equilibrada procurando ser o mais objetivo possível (não devo ser parcial devo ser neutro)


CRÍTICA nº 1 de sofia

PLANO

Pontos positivos: -ação, mistério -suspense -moderno: alusão à Kindle, aos SMS -não há muitas personagens - cinco amigos da nossa idade -aprendemos as soluções mais importantes no fim da leitura, no final do livro Pontos negativos: - um pouco confuso -algum vocabulário difícil - a história começa em 1755, mas a meio do primeiro capítulo encontramos os três primos em Lisboa, o que é muito confuso. -nos capítulos, muda-se muitas vezes de sítio e de personagens, o que não é prático, não compreendemos bem certas passagens. -os capítulos são longos, a autora podia ter dividido em vários capítulos a partir do momento em que se muda de sítio e de personagem. O que se aprende com a leitura: -História sobre os monumentos de Lisboa e de Mafra e sobre o reinado de D. João V. -alargamos o nosso vocabulário -aprendemos ou recordamos a moral: não nos devemos deixar enganar por outras pessoas. -ficamos a conhecer a existência de alguns monumentos em Lisboa e dá-nos vontade de ir visitá-los.

Crítica Mafalda Moutinho é uma autora de livros juvenis dedicados aos jovens a partir dos 10 anos. Ela criou a coleção “Os Primos”, dez livros já fazem parte desta coleção. O primeiro é O Segredo do Mapa Egípcio e o último que foi publicado é A Mensagem Secreta de Lisboa (junho de 2012). Mafalda Moutinho vive atualmente em Itália. A Mensagem Secreta de Lisboa é um livro de ação com muito mistério. Os primos e os amigos deles, Charlotte (uma inglesa) e Miguel vão de monumento em monumento e acontece sempre algo. Há muito suspense, porque sempre que se avança na história há mais mistério e surgem aos cinco jovens ainda mais perguntas. O livro é por vezes um pouco confuso por duas razões: a história começa em 1755, mas a meio do primeiro capítulo encontramos os três primos em Lisboa, no século XXI; também é confuso, porque nos capítulos muda-se de sítio e de personagens, muitas vezes e não compreendemos sempre muito bem estas passagens. Os capítulos são longos; a autora podia ter dividido em vários capítulos mais curtos a partir do momento em que se muda de personagem e de sítio. O livro não deixa de ser moderno, a Maria tem um Kindle, o Miguel e o André falam por SMS. Não há muitas personagens, mas há algumas palavras difíceis, o que também nos permite alargar o nosso vocabulário. Os cinco amigos têm a nossa idade, o que cativa os jovens para a leitura. A resolução de certos enigmas/mistérios mais importantes só são descobertas no final do livro. Com a leitura conhecemos a história de alguns monumentos de Lisboa e de Mafra e o reinado de D.João V. Também ficamos a conhecer a existência de alguns monumentos, o que nos dá vontade de visitálos. No final do livro, aprendemos ou recordamos que temos de ter cuidado para não nos deixarmos enganar por outras pessoas! Um livro a não perder!


CRÍTICA nº2 de lisa PLANO Pontos positivos Pontos negativos O que se aprende O fim é muito  Não se percebe muito bem  A amizade é muito surpreendente. o fim. importante  A introdução de poemas.  Confundem-se o amor e a Não temos que julgar as amizade pessoas pelas aparências  Duas histórias de amor.  Nós é que decidimos o  Vocabulário «jovem». nosso futuro.

Poeta (às vezes) é o quinto livro de uma coleção chamada « Profissão: Adolescente ». A obra foi escrita por Maria Teresa Gonzalez. Em cada livro desta coleção, conta-se a vida de um adolescente. A história baseia-se na vida de Rafael Santa-Cruz, um poeta nascido…

Amor ou amizade ? Nesse livro, nunca se sabe bem ! A simples amizade de Rafael e de Andrew torna-se tão forte, tão intensa… A obra contém poemas feitos por Rafael Santa-Cruz. Eles são de uma beleza incrível, não imaginamos que um jovem de 17 anos os pudesse escrever. Claro que nesse livro há humor e tristeza. Sobretudo no final da história, chega também a haver romance! Como é que a Vanessa faz para ver o amor da sua vida, o Santa-cruz, a pensar noutra mulher, a Ana Lúcia? Esses pequenos romances ensinam-nos que não temos sempre o que queremos ! O Rafael não tem uma vida muito fácil, entre as aulas de inglês e francês, o pai que o obriga a seguir os estudos de Direito e uma avó muito severa. Ainda bem que ele tem o seu tio, meio louco, sim, mas que é como ele, um poeta nascido. O vocabulário « jovem » e fácil que a escritora utiliza ajuda-nos a identificar-mo-nos com os personagens. É um livro que merece ser lido até ao fim ! Mistura amor, amizade, tristeza e muita angústia. Valerá a pena morrer pelo seu pai ou pelo seu amigo? É o que descobrirão no maravilhoso livro Poeta (às vezes)!


CRÍTICA nº 3 de maria Plano : Pontos positivos - Não há palavras difíceis.

Pontos negativos - Não há muita ação.

- O livro é triste, então muda dos - Não tem muita aventura nem outros livros. mistério.

O que aprendi - Não se aprende nada sobre a história dum país. - Quando estamos exaustos, às vezes é melhor fugir.

- Mesmo se não há ação, não - No texto que está na conseguimos parar de ler para contracapa, sabemos tudo o saber o que se vai passar com que se vai passar. as personagens. - A imagem na capa representa - Não podemos imaginar onde o final da história, então temos se passa a história por não vontade de continuar a ler o livro haver muitas descrições. para saber onde está o texto que acompanha esta imagem, e leva-nos a ler até ao fim do livro. - Há abreviaturas o que é fixe.

Redação da Crítica: Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. Tem vários livros publicados, nomeadamente, Gaspar e Mariana, A Fonte dos Segredos, O guarda da praia, O incêndio misterioso e A Lua de Joana, editada também na Alemanha e na Bulgária.

A Ana passou-se é um livro que é triste, o que faz a diferença relativamente à maioria dos outros livros que lemos. Podemos perceber facilmente este livro por não ter palavras difíceis. Tem abreviaturas, o que permite que aproxima o leitor das personagens. Temos vontade de não parar de ler o livro por querer saber o que se vai passar com as personagens e porque queremos chegar à passagem do livro que está representada pela imagem da capa, o que nos leva até ao final da história. Neste livro não tem muita ação, aventura ou mistério, o que retira algum interesse à obra. Se lermos o texto na contracapa, onde se resume a história, não resta muito mistério. Não há muitas descrições, o que não ajuda o leitor a visualizar o lugar onde decorre a ação. Com a leitura deste livro não se aprende muito sobre História, mas aprendemos uma lição de moral: quando estamos exaustos e sós, o melhor é fugir!


CRÍTICA nº 4 de titi Livro: Entre Irmãs Autora: Maria Teresa Maia Gonzalez Editora: DIFEL

Plano Pontos Positivos

Pontos Negativos

O Que Aprendi

- é uma história cativante - parece que entramos em contacto com as personagens - bom diálogo das personagens - na história, várias vezes se passa de uma irmã para a outra sem se indicar, o que leva o leitor a perder-se nas personagens - falta de descrição - a amizade é mais forte que tudo - se quisermos alguma coisa conseguimos - duas pessoas, mesmo diferentes, podem ser inseparáveis

Redação da crítica: Maria Teresa Maia Gonzalez é uma escritora de livros juvenis. Nasceu em Coimbra em 1958. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Trabalhou como professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997. Já escreveu muitos livros nomeadamente: A Cruz Vazia, Anti-Bonsaï, Histórias com Jesus... É também, acompanhada de Maria Maia do Rosário Pedreira, a coautora da Coleção "O Clube das Chaves", de que foram publicados mais de 20 livros. Entre Irmãs é um livro para crianças dos 8 aos 14 anos. É uma história cativante e viva. A autora soube como dar vida às personagens, através dos diálogos muito bem construídos, mas também através das descrições, que deixam o leitor a desejar por mais. Por haver poucas descrições, dá a liberdade ao leitor de imaginar muito do que se passa. É um livro que nos ensina várias coisas: "se queres alguma coisa e fazes tudo por isso vais conseguir", "a amizade é mais forte que tudo", "as nossas diferenças são o que nos une". A estrutura do texto leva o leitor, por vezes, a ficar confuso, pois as personagens alternam, várias vezes, sem que haja quaisquer informações, por exemplo quando se muda de uma irmã para outra. É um livro que nos ensina muito e que nos ajuda a perceber melhor o mundo em que vivemos, como quando estamos separados de alguém, durante muito tempo, mas fazemos tudo por tudo para rever essa pessoa, o que aconteceu com as duas irmãs neste livro.


Trabalhos realizados por alunos do 7º ano da Secção Portuguesa do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye (2012-2013)


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