Homero - excertos ilustrados

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Ilustração justificada de uma citação do conto



" Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.“ (p. 153)

Fiz este desenho para ilustrar o Búzio a falar com o mar. Atrás da duna, encontra-se a menina que o tinha seguido.

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O Búzio falando com o mar.

• “No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso, que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.” (p. 153) arietty


"No alto da duna o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar.” (p. 153)

Eu fiz este desenho para mostrar que o Búzio vive muito perto do mar e que fala com o mar como se falasse a uma pessoa. O Búzio não tem casa, aparecia sempre sozinho quase se diluindo na natureza, entre esta e ele não havia barreiras. A natureza era a sua mãe, a sua mulher, a sua família.

rosa das neves


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. (…) Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era seu apoio (…) o seu cão, que era velho, esbranquiçado e sujo, com o pelo grosso, encaracolado e comprido e o focinho preto.” (p. 147)

Desenhei o Búzio com uma barba branca e ondulada a significar as ondas do mar, as suas veias azuis e grossas que parecem os cabos dos navios. Eu também desenhei o cão do Búzio que é a sua maior companhia.

ddaa


“ A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. (...) Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

Eu desenhei o Búzio com uma longa barba e o cabelo comprido para mostrar que ele não tem dinheiro. Coloquei sujeira no rosto e rasguei as roupas para destacar que ele era pobre.

hiroko


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

Eu fiz esse desenho porque o Búzio era pobre, então desenhei a roupa um pouco rasgada. Fiz as nuvens e o sol porque nós pensamos que como os olhos do Búzio mudavam de cor com a mudança do tempo, desenhei o bom tempo para ele ter os olhos azuis. Ele tem barba branca e anda direito, como um mastro ou uma árvore, contrariamente aos outros pobres referidos no conto.

katinha


“ O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu que tudo no Búzio “lembrava coisas marítimas”, por isso representei o Búzio como um marinheiro. Como escreveu a autora, o Búzio aparece com a sua longa barba branca que faz pensar na espuma das ondas quando o mar está bravo. Também tentei representar as castanholas feitas com conchas muito particulares que o Búzio tinha fabricado.

paris78


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco.” (p. 147)

Para fazer meu desenho, imaginei um velho de barba ondulada, bem branquinha e comprida como uma onda de espuma. Seus olhos azuis da cor do mar, às vezes viravam cinzentos, verdes e mesmo roxos. Na mão direita, sempre a segurar suas conchas e, na mão esquerda, um grande pau para defender-se dos cães bravos.

mb


“Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era seu apoio nas longas caminhadas e sua defesa contra os cães raivosos das quintas. A este pau estava atado um saco de pano dentro do qual ele guardava os bocados secos de pão que lhe davam e os tostões. O saco era de chita remendada e tão desbotada pelo sol que quase se tornara branca. O Búzio chegava de dia, rodeado de luz e de vento, e dois passos à sua frente vinha o seu cão, que era velho, esbranquiçado e sujo, com o pelo grosso, encaracolado e comprido e o focinho preto.” (p.148)

Eu desenhei o Búzio assim, com buracos na roupa e as unhas grandes para mostrar bem que ele é pobre e velho. Tal como pude ler na citação que escolhi ilustrar, o cão está peludo e cansado.

mamaga11


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco.” (p. 147)

Fiz o Búzio assim porque é esta a imagem que tenho do mendigo do conto, muito contente e sorridente porque ele é feliz na história, por isso desenhei-o feliz. As roupas, cores e formas não sei porque é que as colori a as desenhei assim.

bruno19


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos” (p. 147)

Os quadrados da roupa querem dizer que o Búzio veste roupas bem usadas: os buracos da roupa foram remendados com pedaços de tecido. Desenhei os cabelos compridos porque como não corta a barba, também não corta o cabelo. Desenhei bermudas porque é mais confortável na praia.

aro2


" Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.” (p. 153)

Desenhei o Búzio a falar com o mar.

cr7


“Depois deu a volta à casa para sair pela frente, pelo lado do mar. Então eu resolvi ir atrás dele.” (p. 151)

Desenhei o Búzio sendo seguido. bs


“Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima.” (p. 153)

Eu ilustrei esta cena porque gosto do mar e acho normal que uma pessoa fale com o mar quando se sente só. Quando não se tem ninguém com quem falar, pode-se imaginar que o mar é sua família.

marcelo da costa


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro (…). E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Fiz o Búzio na praia, porque ele gostava muito do mar e de tudo o que se relaciona com o mundo marítimo. Desenhei-o

com trapos porque ele era pobre.

nuno


"A sua barba branca e ondulada era igual a uma espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio.” (p. 147)

Eu escolhi fazer este desenho porque acho a personalidade do Búzio original por ser diferente dos outros: apesar de ser pobre, ele não se faz de coitadinho.

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“No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar.” (p. 153)

Desenhei o Búzio perto do mar, porque gosto do contraste entre os olhos do Búzio e o mar.

jv



“Parava em frente duma porta e entoava a sua longa melopeia ritmada pelo tocar das suas castanholas de conchas. Abria-se a porta e aparecia uma empregada de avental branco que lhe estendia um pedaço de pão e lhe dizia: - Vai-te embora, Búzio. E o Búzio, demoradamente, desprendia o saco do seu bordão, desatava os cordões, abria o saco e guardava o pão. Depois de novo seguia.” (p.149)

dia


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas […] Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era seu apoio nas longas caminhadas […] A este pau estava atado um saco de pano […] O saco era de chita remendada.” (pp. 147-148)

Desenhei um olho azul e cinzento e o outro olho verde e roxo porque no conto se refere que têm essas cores. O Búzio foi desenhado bem direito por causa da comparação que é feita entre ele e um mastro de navio. Desenhei igualmente as conchas na mão direita e o pau na mão esquerda onde está atado o saco de chita remendado. Este pau e este saco é uma característica que o aproxima dos vagabundos. Colori a pele da cara em castanho claro porque é uma pele velha e deve estar queimada pelo sol já que o Búzio vive na rua.

sofia


« O Búzio era como um monumento manuelino : tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. […] E era com essas castanholas que ele marcava o ritmo dos seus longos discursos cadenciados, solitários e misteriosos como poemas. » (pp. 147, 148)

O meu retrato é baseado em esculturas de Homero. As características da escultura se revelam no meu desenho através do traçado dos cabelos e dos olhos. Quando a autora afirma que o Búzio «era como um monumento manuelino » , ela se refere a um período artistíco também chamado gótico português que inspirava-se em temas originais e onde as esculturas parecem um discurso de pedra. Além disto o texto diz que os discursos de Búzio eram « misteriosos como poemas », outra característica do poeta Homero. Assim tais semelhanças da escultura de Homero se revelam no meu desenho através do traçado dos cabelos e dos olhos como pude imaginar através do texto.

jla


“Eu entendi que ele falava com o mar. Não posso repetir as suas palavras, algumas palavras mesmo não as ouvi, porque o vento rápido lhas arrancava da boca.” (p.153)

Desenhei o mar porque é o elemento mais importante na vida do Búzio. Imaginei esse mar iluminado pelo sol e o brilho das estrelas. Desenhei a duna onde se encontrava a menina a espiar o Búzio. Representei o Búzio alto, de braços abertos, vestido com roupa rasgada. Colori o rosto de castanho para mostrar que a pele está queimada pelo sol.

sandra pereira


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

Fiz o Búzio respeitando o que se diz no texto, com uma barba branca como a espuma do mar, com os olhos azuis da cor do mar. m.a.


“O Búzio era como um monumento manuelino : tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas. Eram daquelas conchas brancas e grossas com círculos acastanhados, semi-redondas e semi-triangulares, que têm no vértice da parte triangular um buraco. O Búzio passava um fio através dos buracos, atando assim as duas conchas uma à outra, de maneira a formar com elas umas castanholas. E era com essas castanholas que ele marcava o ritmo dos seus longos discursos cadenciados, solitários e misteriosos como poemas.(...) Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era seu apoio nas longas caminhadas e sua defesa contra os cães raivosos das quintas. A este pau estava atado um saco de pano, dentro do qual ele guardava os bocados do pão que lhe davam e os tostões. O saco era de chita remendada e tão desbotada pelo sol que quase se tornara branca.” (pp.)

Búzio falando com o mar. Eu ilustrei o Búzio que, como descreve o texto, era um velho louco que errava pela praia com um par de castanholas feitas com duas conchas numa mão e com um bordão na outra. Ele tinha, às vezes, olhos azuis como o mar e uma barba branca encaracolada como uma onda de espuma. As veias da perna dele eram azuis e grossas como cabos de navio. Tudo nele lembrava o mar. Ele levava, atado ao bordão, um velho e desbotado saco de pano, onde guardava as esmolas e os pães secos que lhe davam.

lolo


“…aproximei-me escondida nas ondulações da duna e ajoelhei-me atrás de um pequeno monte entre as ervas altas, transparentes e secas. (…) Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar. (…) Algumas palavras mesmo não as ouvi, porque o vento rápido lhas arrancava da boca.” (pp. 152-153)

Desenhei no cão pequenos animais que saltam para representar as pulgas e por conseguinte a sujidade do cão. Os olhos do Búzio são azuis porque também fiz o mar azul. As roupas do Búzio fi-las rotas porque imagino que ele não tem dinheiro para comprar roupa nova. Desenhei os cabelos cinzentos porque o Búzio é velho. Representei o vento com um traço que parece um seis deitado. Também desenhei a menina ajoelhada e atrás das ervas secas (não vejo como poderia representar essas ervas transparentes!).

maria


• “Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

Os seus olhos têm quatro cores pois isso mesmo nos diz o conto. lili


• " Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.“ (p. 153)

Ilustrei o Búzio a falar com o mar.

liliana


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Coloquei a barba pelas ondas dentro para mostrar que a barba do Búzio se parece muito com a espuma das ondas. Se desenhei cinco olhos diferentes é para mostrar as cores diferentes que podem ter os olhos do Búzio. As duas conchas ou castanholas que ele tem na mão direita foram desenhadas. Para mostrar que ele andava como um barco a baloiçar desenhei-o sobre um barco um pouco inclinado. Desenhei todos estes objetos ao lado do Búzio para mostrar como as pessoas o viam, o que ele evocava nelas.

lola


“Quando chegou ao lugar onde principia a curva da baía, parou. Ali era já um lugar selvagem e deserto, longe de casas e estradas. […] No alto da duna o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar.” (pp. 152,153)

Desenhei o Búzio à beira do mar. Penso que ilustrei bem o excerto porque quando o lemos faz-nos ter ideias pouco detalhadas sobre o que se descreve. Por isso desenhei de “forma vaga”, como se fosse a Sophia a desenhar sem recordar muito bem a paisagem.

lisa


• " Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.“ (p. 153)

O Búzio está vendo o mar cantando e controlando o tempo.

macedo


“A sua barba branca ondulada […] O seu corpo parecia um mastro […] Eram daquelas conchas brancas e grossas em círculo acastanhadas, semirredondas e semitriangulares, que têm no vértice da parte triangular um buraco. O Búzio passava um fio através dos buracos […] Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão […] A este pau estava atado um saco de pano […] nas ondulações da duna […] Era um pouco antes do pôr do sol […] a maré vazia mostrava os seus rochedos escuros cobertos de búzios e algas verdes que recortavam as águas. […] No alto da duna o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros […] Eu entendi que ele falava com o mar, pois olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima.” (pp.153)

Quando o Búzio está a falar, eu fiz ondas pequenas para representar as suas palavras porque ele está a falar com o mar. As suas roupas estão sujas e rotas porque ele é muito pobre. Fiz o céu com muitas cores porque este excerto decorre antes do pôr do sol. Os rochedos são verdes porque estão cobertos de algas. Fiz um barco para mostrar que a extensão azul é o mar. Colori a cara, as mãos e os ombros do Búzio de amarelo porque o sol o ilumina.

didinette


• " Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.“ (p. 153)

Eu desenhei o Búzio a falar com o mar. Imaginei que ele estava a dizer ao mar que a sua mãe foi a menina mais bonita, como se fosse uma sereia por ter morrido no mar. Uma mãe que ficou a vida inteira no coração do Búzio. sandra


“A sua barba branca e ondulada […] As grossas veias azuis das suas pernas […] O seu corpo parecia um mastro […] Os seus olhos como o próprio mar eram azuis, ora eram cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era o seu apoio nas longas caminhadas e sua defesa contra os cães raivosos das quintas. A este pau estava atado um saco de pano […] O saco era de chita remendada e tão desbotada pelo sol que quase se tornara branca.” (pp. 147-148)

Desenhei uma barba branca e ondulada bem como as veias azuis que ele tem nas pernas. O corpo dele fi-lo direito como um mastro. Os seus olhos fi-los com as quatro cores diferentes. Na mão direita pus duas conchas e na mão esquerda um pau onde está atado um saco de pano quase branco.

nl


O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p.147)

Eu transcrevi bem a cor dos olhos, a barba ondulada, o corpo que parecia um mastro. Mas as veias azuis das suas pernas, e o andar baloiçado do Búzio não estão presentes no meu desenho.

dicionáriopt


“No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente […]. Não posso repetir as suas palavras: não as decorei e isto passou-se há muitos anos. E também não entendi inteiramente o que ele dizia. E algumas palavras mesmo não as ouvi, porque o vento rápido lhes arrancava da boca.” (p. 153)

No meu desenho representei o Búzio, as suas castanholas, o grande bordão que o ajudava nas caminhadas, o seu cão e o mar. O Búzio representei-o com um casaco verde pois ao longe as pessoas confundiam-no com uma árvore, e também com umas calças azuis pois o Búzio era muito ligado ao mar e a cor do mar é azul. Desenhei também as suas castanholas que o acompanhavam e davam vida às suas caminhadas. Representei o grande bordão em que se apoiava e o pequeno saco onde punha a esmola e a comida. Desenhei o seu cão que sempre o acompanhava, imaginei-o com o pelo branco sujo e o focinho preto. Ilustrei também o mar com quem o Búzio falava e as palavras incompreensíveis que dizia e que eram levadas pelo vento.

titi


O Búzio está a falar com o mar.

“Mas lembro-me de palavras moduladas como um canto, palavras quase visíveis que ocupavam o espaço com a sua forma, a densidade e o seu peso. Palavras que chamavam pelas coisas que eram o nome das coisas.”

doco


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Desenhei o retrato físico do Búzio para mostrar como o imagino depois de ler o conto. Ele parece mesmo o mar!

catarina rebelo



“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

Para ilustrar a citação que eu escolhi eu decidi desenhar um homem de certa idade com uma grande barba branca e um olho verde e outro azul para mostrar a mudança da cor dos olhos do Búzio. Também escolhi vesti-lo com uma camisa aos quadrados azul, roxa e verde, porque azul é a cor do mar e verde é a cor de algumas algas .

miss.mary0089


"Eu, que o tinha seguido de longe, aproximei-me escondida nas ondulações da duna e ajoelhei-me atrás de um pequeno monte entre as ervas altas, transparentes e secas.“ (p. 152)

O Búzio está com o seu cão na praia. A menina, escondida entre as ervas altas, está a espiá-lo.

dp14


“Eu que o tinha seguido de longe, aproximei-me escondida nas ondulações da duna e ajoelhei-me atrás de um pequeno monte entre as ervas altas, transparentes e secas. Não queria que o Búzio me visse, porque o queria ver sem mim, sozinho. Era um pouco antes do pôr do sol e de vez em quando passava uma pequena brisa.” (p. 152)

Para ilustrar as dunas usei o amarelo e o laranja para dar a impressão que há um monte na areia. O laranja e o vermelho é para mostrar o fim da tarde com um bocadinho de luz azul, laranja e vermelho na água.

alex


“A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro…” (p. 147)

Para representar a barba que se parecia com uma onda, com a espuma da onda, desenhei a barba branca com traços encaracolados dentro imitando as ondas do mar. para representar as veias iguais a cabos de navio, desenhei as veias grossas nas pernas. Para representar o corpo parecido com um mastro, desenhei o Búzio reto.

md


“No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente” (p. 153)

Eu fiz o homem com os braços para cima, tal como é descrito no texto. Procurei seguir a descrição física feita o Búzio no texto. No meu desenho desenhei o Búzio a falar para o mar. Escrevi "blablabla..." porque não sabemos o que ele está a dizer. Desenhei o pôr do sol como se estivesse a pousar nas mãos e na cara do Búzio. Pus uma concha em cada mão dele tal como ele costumava ter. Desenhei o mar agitado como se este estivesse a responder às palavras do Búzio. Fiz buracos nas roupas do homem porque ele andava sujo.

morango


“ Mas o Búzio aparecia sozinho, não se sabia em que dia da semana, era alto e direito, lembrava o mar e os pinheiros, não tinha nenhuma ferida e não fazia pena. Ter pena dele seria como ter pena de um plátano ou de um rio, ou do vento. Nele parecia abolida a barreira que separa o homem da natureza.” (p. 150)

Nesta ilustração, podemos observar o Búzio que aparece sozinho direito entre o mar e a terra com um lindo céu azul. Um Búzio cheio de vida que se encontra perto da natureza. A proximidade entre o mendigo e a natureza mostrei-a dando ao corpo deste homem a forma de um búzio. A natureza também está aqui representada pelas árvores.

trator


Na mão esquerda trazia um grande pau que lhe servia de bordão e era o seu apoio nas longas caminhadas e sua defesa contra os cães raivosos das quintas. A este pau estava atado um saco de pano dentro do qual ele guardava os bocados secos de pão que lhe davam e os tostões. O saco era de chita remendada e tão desbotada pelo sol que quase se tornara branca.” (p. 148)

Para representar o melhor possível este excerto, desenhei o Búzio andando num caminho. Ele tem um pau onde está pendurado um saco branco com remendos e de onde caem pedaços de pão, uma forma que encontrei para mostrar que tem comida no saco. O Búzio segura o bordão com a mão esquerda. Tentei mostrar que ele se apoia no pau, mas acho que não consegui muito bem obter esse efeito. Também colori com cores pálidas para mostrar que os seus trajes são velhos e usados.

op


“No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.” (p. 153)

Fiz a menina escondida atrás da árvore, à saída do bosque. O Búzio está com um chapéu verde e com um casaco castanho cor do tronco de uma árvore com que chega a ser comparado. As roupas estão rotas em alusão à sua pobreza. O cachorro também está magro e parece ter fome, é pobre tal como o dono. As notas de música ilustram o canto do Búzio evocado noutro momento do conto. O Búzio tem ao seu lado o saco com pães. A sua barba e as suas roupas aproximam-no das imagens que temos dos marinheiros, foi a forma que encontrei para representar a proximidade que existe entre a personagem e o mundo marítimo.

nc


“Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima.” p153

Ilustrei o momento em que o Búzio conversa com o mar. A parte da história que me inspirou foi quando se estava a descrever o Búzio. O meu desenho mostra as veias dele. No texto diz-se que as grossas veias azuis das pernas são tão grossas que parecem os cabos de um navio, foi por isso que eu desenhei as pernas dele enroladas num cabo de navio.

carmen


“No alto da duna, o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas.” (p. 153)

Escolhi desenhar o Búzio de costas porque é assim que a menina o vê. Os traços amarelos são os raios do sol que iluminam o Búzio. O laranja no mar é o reflexo do sol. O “la, la” representa o canto e o discurso do Búzio.

candy


“Eu entendi que ele falava com o mar, pois olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima.” (p. 153)

O mar, o azul que representa a confiança, a liberdade, o céu imenso, o infinito, para o Búzio são elementos importantes na sua vida.

juju du 78


“Parava em frente duma porta e entoava a sua longa melopeia ritmada pelo tocar das castanholas de conchas. Abria-se a porta e aparecia uma criada de avental branco que lhe estendia um pedaço de pão e lhe dizia : - Vai-te embora, Búzio. E o Búzio, demoradamente, desprendia o saco do seu bastão, desatava os cordões, abria o saco e guardava o pão. Depois de novo seguia. Parava debaixo de uma varanda cantando, alto e direito, enquanto o cão farejava o passeio.” (p.149)

Ilustrei o Búzio cantando às portas e pedindo esmola. Ele toca castanholas em frente das portas dos ricos e por isso ilustrei uma casa moderna. Desenhei o mar porque tudo sobre o Búzio lembrava o mundo marítimo.

gogo


“Parava em frente duma porta e entoava a sua longa melopeia ritmada pelo tocar das suas castanholas de conchas. Abria-se a porta e aparecia uma criada de avental branco que lhe estendia uns pedaços de pão e lhe dizia: - Vai-te embora, Búzio.” (p. 149)

As notas musicais na ilustração representam a melodia cantada pelo Búzio e pelas suas castanholas. Os três pontos castanhos na ilustração representam os pedaços de pão que a empregada dá ao Búzio.

silvia


“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Eu tentei representar o Búzio no meu desenho. Era como se o seu corpo fosse uma praia de areia rodeada pelo mar. Os seus cabelos são algas e a sua “barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma” (l.5). Para a minha ilustração, procurei o que representavam as algas e a espuma e encontrei folhas e ervas (para as algas) e algodão (para a barba). Na história, o Búzio tem ar de ser um apaixonado pelo mar. Eu tentei representar isso através deste meu trabalho criativo onde procurei representar a ideia de o Búzio e o mar representassem só um único ser, como se estivessem unidos para sempre.

leonor


“ Quando eu era pequena passava às vezes pela praia um velho louco e vagabundo a quem chamavam o Búzio. O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas.” (p. 147)

Escolhi as cores evocadas no excerto para realizar o meu desenho. Eu representei o Búzio assim porque o texto que selecionei tem a descrição dele com a barba branca ondulada, os olhos de cores diferentes e as veias grossas nas pernas o seu andar balançado como o avançar dum barco e a sua barba branca e ondulada como as ondas do mar. Também escolhi o azul escuro e o castanho porque é a cor que se vê mais na roupa dos marinheiro.

lolita


“Eu, que o tinha seguido de longe, aproximei-me escondida nas ondulações da duna e ajoelhei-me atrás de um pequeno monte entre as ervas altas, transparentes e secas. Não queria que o Búzio me visse, porque o queria ver se mim, sozinho. (…) No alto da duna o Búzio estava com a tarde.” (pp. 152-153)

Eu desenhei as ervas altas porque a menina esconde-se atrás delas para observar o Búzio. Depois fiz o Búzio a falar: escrevi “Ó mar…” porque no excerto a menina não compreendia nada do que ele dizia. O Búzio está com o seu cão sentado na areia porque foi ali que a jovem narradora os viu depois de os ter seguido discretamente.

melancia


Eu desenhei a barba do Búzio ondulada e branca como é descrita no excerto e tentei reproduzir a espuma das ondas na ponta da barba. O corpo do Búzio parecia um mastro de navio e por isso tentei desenhá-lo bem direito. Cada olho tem duas cores diferentes numa tentativa de representar a mudança de tonalidade dos olhos deste homem que dá nome ao conto de Sophia.

“O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navio. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar de um marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos.” (p. 147)

aa


Edição consultada neste trabalho: Andresen, Sophia de Mello Breyner (1964): «Homero», in Contos Exemplares, 14ª edição, Figueirinhas, pp. 147-153.

Trabalho (introdutório ao concerto narrado de Bruno Belthoise et Christina Margotto) realizado pelas turmas de 6º, 7º e 8º anos (2012-2013) da Secção Portuguesa sob a orientação da professora Isabel Pereira da Costa


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