Prefácio O projeto iniciou-se no mês de março de 2015, quando os alunos receberam uma proposta: fazer um livro a partir de textos que eles construíssem sobre o tema “Histórias de Mulheres”, abordando relações de gênero. As oficinas de textos foram muito produtivas. Com apoio de livros da biblioteca, de vários sites e de material disponibilizado pela PBH, foram feitas pesquisas e discussões sobre o que foi imposto a mulheres e homens e repetido por gerações. Todos compreenderam a proposta de criar textos em primeira pessoa, com histórias de heroínas, baseadas em mulheres reais ou fictícias que tinham como ideal a superação em todas as instâncias. Mulheres que lutaram e ainda lutam por direitos básicos: nascer, estudar, ter opinião, fugir do padrão de beleza ou de comportamento. O resultado ultrapassou as expectativas. Meninos e meninas tiveram o objetivo desafiador de escrever sobre o ponto de vista feminino, em 1ª pessoa, memórias que não eram suas. O ponto em comum entre todos os relatos foi a luta para mudar o “papel” imposto a essas. O nome inspirador do livro “Mulheres no papel” vem deste pressuposto, inclusive como crítica e protesto, mas com um segundo sentido, pois o projeto gráfico é inspirado na técnica de Quilling , arte com papel. Foi usada também a técnica do bordado. O que seria algo “feminino” foi executado sem preconceito por eles e elas. O resultado: a empolgação, o cuidado, a paciência é mérito de quem fez, indiferente se foi ele ou ela. Foi usada ainda a técnica do desenho à mão livre. Impecável por sinal. Todas as heroínas, famosas ou anônimas provaram ser fortes e destemidas. Lutaram por direitos básicos. Direito de nascer, de estudar, ter opinião, não serem rotuladas, escravizadas ou fugirem do padrão, em épocas antigas ou modernas. A jornada viajou por vários continentes: Ásia África, Europa e América. Não há fronteiras para estas meninas e meninos. Não há limites para a imaginação. Todos podem se entregar a essa constatação nesta incrível JORNADA LITERÁRIA 2015. Daliane Marinho Fernandes