Dance Club Brasil #0 (Jan.+Fev.12)

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#0 Jan+Fev 2012

CARREIRA DE DJ Regularizam ou não?

CARNAVAL 12

Dicas para você pular!

RIO MUSIC CONFERENCE A cidade maravilhosa ferve!

ANDERSON NOISE 24 anos de muito bpm!

CENA EM EBULIÇÃO-ERICK MORILLO, GUI BORATTO, 24BIT, GARY BECK, SPACE BRASIL, UNDERGROUND MUSIC...



EDITORIAL

Atravessando o atlântico! O Brasil está sendo descoberto pelos portugueses, pela segunda vez. Após Pedro Álvares Cabral partir de Portugal em busca de novas terras, e chegar no Brasil no dia 22 de abril de 1500, agora seus descendentes estão migrando para cá para conhecer o que faz do nosso país uma verdadeira potência no mercado da e-music mundial. E isso foi uma das razões que foi assunto durante vários meses na diretoria da revista portuguesa ''Dance Club'', que existe há 15 anos na Europa e lança agora a sua primeira edição dedicada ao Brasil. Afinal, o que reserva um país com apenas 511 anos, e que arranca suspiros dos DJs mais cobiçados do mundo? Esta edição que você vai ler agora, é a nº 0 de várias que ainda virão. Queremos fazer do Brasil a segunda casa da Dance Club, e apresentar ao nosso público (que está sendo conquistado aos poucos) um material diferente, cultural, informativo e que realmente faça a diferença na cena brasileira. Agora é real! A Dance Club está no Brasil! André “GIGA” Huscher giga@danceclubmag.com.br

STAFF

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direção NUNO RODRIGUES nrodrigues@danceclub.pt editor ANDRÉ “GIGA” HUSCHER giga@danceclubmag.com.br design MIGUEL LOPES / DIY DESIGN colaboradores SÓNIA SILVESTRE, FERNANDO DE CONTO, LE ARAÚJO, MARCO MEIRELES, FRANCO RODRIGUES, Agradecimentos: ANINHA, PRISCILA PRESTES, KALYTA KAMARGO, TONICO NOVAES, ANE HERRMANN, RICARDO FLORES, LUIS GUSTAVO ZAGONEL, PEDRO HERING, BRUNO MARQUINE, ANDERSON NOISE, EDO VAN DUYN, LUIZ EURICO, WAGNER ( 3PLUS), BRUNO RUTHES, ELY YABU, HERLON HAMM, GERSON DA SILVEIRA, EDGARD DE SOUZA RAMOS, GIULIANA KORZENOWSKI, FRANCO RODRIGUES, GUIGO MONFRINATO, GIOVANI LUFRANI, LEISE LEITE, GEE MOORE, FABIANO CAMARGO, RAFAEL BROGNI (ANJINHO), CLAUDIO DA ROCHA MIRANDA FILHO, GUSTAVO MARCHESI, EDUARDO PAPEL, SAYONARA FARIAS, GUSTAVO CONTI, NETO VON BORSTEL, GUSTAVO MAGRI, BRUNA ARMANI, SÓNIA SILVESTRE. Dance Club office Brasil: André Huscher ‘’GIGA’’; tel: +55 (47) 9956 2520 ; e-mail: giga@danceclubmag.com.br ; skype: gigasc www.danceclubmag.com.br | www.facebook.com/danceclubbrasil main office_ Av David Mourão Ferreira, Lt 15.5 C, Esc. B, 1750-209 Lisboa - Portugal ; tel. +351 217 530 710 ; e-mail: info@danceclub.pt


WARM UP

CARNAVAL NA GREEN VALLEY

Mais uma vez, um dos clubs que mais difunde a música eletrônica brasileira para o mundo, o Green Valley, localizado em Santa Catarina confirmou grandes nomes para os seus 5 dias de folia eletrônica: Afrojack, Steve Angello x AN21, Armin Van Buuren (foto), Kaskade e Tocadisco. Fique ligado em www.greenvalley.art.br

DAVID GUETTA NO BRASIL

A passagem do nº 1 do mundo pelo país causou um verdadeiro fuzuê. Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo tiveram o privilégio de fazer parte da turnê ‘’Nothing But The Beat’’, nome do novo trabalho do francês. Multidões se aglomeraram, cantaram, ficaram sem cabelos somente para ver e sentir o que este artista tem a contribuir para o mercado internacional da e-music. Bombástico!

NOVA AGÊNCIA NA ÁREA

Após anos no mercado da música eletrônica, a DJ/ produtora musical Aninha (residente Warung Beach Club) e Priscila Prestes, conhecida na cena pelos seu profissionalismo, se uniram para abrir a ‘’24Bit Artist Management’’, nova marca que conta já em seu casting com ótimos nomes: Aninha, Antonela (Argentina), Philip Braunstein, e o internacional Rowan Blades (UK). www.24bit.com.br



WARM UP

GUI BORATTO LANÇA III

Elemento forte em todos os trabalhos, a melodia não poderia ficar de fora do novo trabalho do paulistano Gui Boratto. Considerado produtor musical e não DJ, como ele já informou em algumas entrevistas, o álbum ‘’III’’ é ‘’um estudo meticuloso das ondas sonoras e de como elas atingem a medula, se diluem no sangue e vão invadindo a caixa toráxica de quem ouve’’, palavras de Thiago Freitas para o site rraurl. com. www.guiboratto.com.br

SPACE NA AMÉRICA LATINA

Considerado por dez anos consecutivos, como o melhor club do mundo, a marca Space, que possui filiais em Ibiza, Dubai e no Egito, abrirá no segundo semestre de 2012, sua primeira casa na América Latina. Tendo como palco, a cidade de Balneário Camboriú (Santa Catarina), por possuir um forte vínculo com a música eletrônica, a marca já está promovendo todo o seu conceito, através de festas, que acontecem no Parador Beach Club, localizado na paradisíaca Praia do Estaleirinho, em Balneário também. www.spacebcamboriu.com.br

MÚSICA INTELIGENTE EM ALTA

O Warung Beach Club realmente caprichou em sua programação de verão. Nomes como Carl Cox. Sasha, Nicolas Jaar, Hernan Cattaneo, Phonique já passaram por lá. Estão confirmados ainda: Soul Clap(foto), Dubfire, Shlomi Aber, Marco Carola x Ricardo Villalobos, e Miguel Campbell. Ninguém pode ficar de fora. Mais info em www.warungclub.com.br



WARM UP

RIO MUSIC CONFERENCE O BRASIL NO FOCO DO MERCADO DA MÚSICA ELETRÔNICA.

Criado em 2009, o Rio Music Conference cresce e aumenta possibilidades de novos negócios. Texto: André Huscher ‘’Giga’’/Marco Meireles.


Antes somente berço do samba e do funk, o Rio de Janeiro se abriu para um novo gênero musical: a música eletrônica. Idealizado há 3 anos, quando o mercado, apesar de fragmentado e disperso já era algo promissor, o que movimentava mais de 3 bilhões de dólares por ano. Neste período, o Rio Music Conference – RMC unificou fragmentos e se transformou em um pólo de convergência latino-americano, com alto nível de organização e adesão dos principais profissionais do setor, o que torna-o hoje um dos principais eventos do mundo. Na segunda edição, em 2010, a participação das empresas intensificou-se e, em 2011, o RMC se consolidou: além de expandir o encontro com o Road Show – 8 apresentações itinerantes em diferentes cidades do Brasil –, reuniu mais de 1000 delegados, atraiu 25 mil visitantes e movimentou 20 milhões de reais em business na Edição Nacional no Rio de Janeiro. Hoje, o Rio Music Conference é a soma de 10 Encontros Regionais e 1 Edição Nacional, onde são apresentados o Anuário do Mercado e o Prêmio RMC. A empresa assina também a produção e curadoria de grandes shows e eventos ao longo do ano, através do selo RMC Official Event. A Edição Nacional oferece um ambiente democrático, ideal para networking entre toda a cadeia produtiva. São diversos seminários, debates, painéis e workshops em três dias de Conferência, seguidos de sete noites de festa com os maiores nomes da música eletrônica mundial. Os Encontros Regionais nutrem o mesmo sistema da Ed. Nacional: rodada de negócios durante o dia, programação de festas durante a noite. As oportunidades comerciais e promocionais também são as mesmas, embora o tamanho e a duração dos Encontros variem de lugar pra lugar. O objetivo é imergir nas cenas

locais, encarar os desafios de cada região e absorver suas particularidades, para tratar com propriedade as questões tecnológicas, artísticas, mercadológicas e profissionalizantes da indústria da música eletrônica e do entretenimento de toda a América Latina. Além de estreitar as relações com os embaixadores e definir as prioridades de cada região para os debates e painéis da Edição Nacional, os Encontros Regionais contribuem para a grande novidade da Conferência: o Anuário do Mercado. Trata-se de uma retrospectiva do ano anterior – um registro dos mais relevantes acontecimentos nas áreas de tecnologia, mercado, artístico e capacitação profissional. O Anuário apresenta também os resultados do Prêmio RMC: são 5 indicados por categoria e os votos dos embaixadores elegem os “Melhores do Ano”. Neste ano de 2012, o evento cresceu e realizou encontros regionais em todo o Brasil, inclusive na Argentina, país que possui um mercado respeitado e de qualidade. Os encontros começaram em novembro na cidade de Belo Horizonte, e como todos reuniram todas as pessoas que estão e fazem parte do mercado da e-music brasileiro. Além da capital mineira, os encontros rolaram em Porto Alegre, Brasília, Belém, Florianópolis, São Paulo, Manaus, Fortaleza, e Vitória. O ápice maior do projeto é quando ele retorna a cidade de origem, Rio de Janeiro como um grande acontecimento, onde em 11 dias, acontecem a Feira de Negócios, Shows e Closing Events. Para esta edição já estão confirmadas as apresentações de artistas nacionais e internacionais como: Armin Van Buuren, Gui Boratto, Life is a Loop, Fedde Le Grand, Steve Angello, Kaskade, Carlo Dall Anese, Ellen Allien, Soul Clap, Renato Ratier, Marcelo CIC, Junior C, Guy Gerber, Solomun, ÂME e uma penca de bons e conceituados artistas. Ficou a fim de ir? Acesse www.riomusicconference. com.br e confira toda a programação, dicas de onde se hospedar e como ser um parceiro do RMC.


ESPECIALCARREIRA DJ

AFINAL, EM QUE PÉ ANDA A REGULAMENTAÇÃO DA CARREIRA DE DJ? Projeto que transforma a profissão de ‘’discjóquei’’ ainda tramita no governo. Texto: André Huscher ‘’Giga’’ / Fernando de Conto.

Em 2007 o Senador Romeu Tuma (IM) apresentou um projeto de lei que pretendia regulamentar o exercício da atividade de DJ no Brasil. O texto inicial deste projeto foi elaborado por algumas lideranças de São Paulo e acabou sofrendo cortes no próprio Senado, ficando reduzido a apenas algumas laudas que buscavam não criar, mas apenas inserir a figura do DJ na lei 6533, já existente e que regulamenta atividades de cunho técnico e artístico. Após alguns anos tramitando no Senado e Câmara, o projeto foi vetado em Dezembro de 2010 pelo ex-presidente Lula. No mesmo mês, o senador Sérgio Zambiasi, pelo estado do Rio Grande do Sul, atendendo a pedido do Fernando de Conto, que é presidente do Sindicato dos DJs do Rio Grande do Sul - SINDJRS e militante da cena eletrônica, apresentou novamente um projeto com o mesmo objetivo: regulamentar o exercício da atividade de ‘’DJ’’.

Em menos de 1 ano o projeto já foi aprovado no Senado, que teve como relator o senador Paulo Paim, do Estado do Rio Grande do Sul e foi aprovado com demonstrações de apoio de outros parlamentares como o da senadora gaúcha, Ana Amélia. O projeto encontra-se atualmente na Câmara dos Deputados, depois segue para a Presidenta Dilma Roussef. Por detrás desta iniciativa de regulamentar as atividades de ‘’DJ’’ e Produtor, encontram-se entidades de diversos estados como RS, SP, DF, RJ e AM entre outros, que ainda estão se organizando socialmente. Estas entidades buscam medidas que garantam a inclusão do profissional ‘’DJ’’ no mercado de trabalho formal, proporcionando a ele todas as garantias previstas pela CLT e reconhecendo o status que a sua atividade lhe confere. Muitos dos que dizem ser contra este movimento ou são desinformados ou vivem na informalidade ou simplesmente não se enquadram no perfil de trabalho da CLT. O fato é que para efeitos de aposentadoria e pagamento de tributos sobre rendimentos qualquer um pode ou se tornar um micro empresário e recolher a sua própria GPS ou ainda ter um registro em carteira profissional, mas NÃO como ‘’DJ’’.


Hoje o profissional que exerce esta atividade e busca o registro em carteira tem que optar entre funções como sonoplasta, técnico de som ou outras atividades como a de disc-jóquei que apesar da similaridade sonora trata exclusivamente das atividades de apresentador de rádio e televisão, comentarista, locutor e narrador e que não refletem as funções exercidas por um ‘’DJ’’ de verdade. Isto porque a atividade ainda NÃO É reconhecida como profissão. É preciso esclarecer alguns pontos polêmicos deste processo: Se aprovado o projeto, o ‘’DJ’’ terá que fazer um curso de ‘’DJ’’ para obter sua DRT e exercer a atividade profissional? Ninguém tem este poder de decidir quem vai tocar ou não. A idéia do profissional ter DRT para exercer a atividade de ‘’DJ’’ pareceu sensata entre os presentes quando da redação do texto inicial da proposta de regulamentação da atividade. O objetivo era exatamente proporcionar um pouco mais de proteção de mercado para quem já exerce a atividade e obrigar novos aspirantes a ‘’DJ’’ a receberem informação e educação técnica, cultural e musical, aumentando assim o nível de capacitação do profissional brasileiro. A exemplo de outras profissões já regulamentadas no passado, um período de adaptação (de 1 a 2 anos) existiria para que todos que já exercem a atividade pudessem obter suas DRT’s nas Delegacias Regionais do Trabalho, sem taxas para sindicato e nem a necessidade de freqüentar cursos. Pode parecer estranho a necessidade de uma licença para tocar como ‘’DJ’’, mas a maioria presente acreditou que isto pudesse ser visto com bons olhos a longo prazo. Para o ‘’DJ’’, um dispositivo de proteção e respeito pelo tempo investido na carreira. Para o contratante, um certificado e identificação do prestador de serviços junto ao Ministério do Trabalho. O “DJ” terá de pagar mais taxas com a regulamentação? Não existe nenhum tipo de “taxa” a ser imposta aos profissionais da categoria após a regulamentação da profissão. Entenda como:

1 – A contribuição sindical obrigatória só vale para quem tem carteira de trabalho assinada e registrada como ‘’DJ’’ e equivale a um dia de salário por ano. Quem tem carteira assinada hoje provavelmente já está sendo descontado deste valor, que está indo para algum outro sindicato, sem ganhar nenhum benefício por isto. 2 – A regulamentação da profissão NÃO OBRIGARÁ NINGUÉM a ter carteira assinada. Quem atua como autônomo continuará agindo da mesma maneira, sem nenhuma intervenção do Sindicato. Mesmo porque este direito está assegurado ao trabalhador pela constituição. 3 – Não existe nada que obrigue a associação do profissional ao Sindicato, ele vai se filiar se achar a luta válida. O contratante ou dono de casa noturna por sua vez também não recolherá nenhuma taxa ou imposto adicional. O objetivo é proporcionar, para quem tem carteira assinada, o registro com a devida designação profissional e buscar, através da representatividade da categoria, benefícios em programas federais de apoio ao trabalhador e vantagens junto a empresas privadas. Como o Sindicato pode ajudar o “DJ” ? São diversos os benefícios que uma entidade de classe pode proporcionar. Reivindicar junto ao ministério público mudanças necessárias a fim de proteger os interesses da categoria e auxiliar o trabalhador em questões jurídicas e de aprimoramento profissional são alguns destes benefícios. Tudo depende do que a maioria escolher e votar nas assembléias. O processo é participativo, a exemplo de tudo o que acontece num sistema democrático. Os primeiros passos foram no sentido de buscar o reconhecimento da atividade como profissão. A partir do reconhecimento da profissão tínhamos a idéia de buscar apoio junto aos programas que o governo possui a exemplo do FAT e também vantagens para os profissionais junto a empresas do setor privado como seguro saúde, educação, financiamento, turismo, línguas etc. O mais importante é tomarmos a consciência de que vivemos numa democracia. A instituição sindical tem por força da lei, uma estrutura democrática. Mas democracia não é só criticar, isso é liberdade de expressão. Democracia consciente é ajudar a tomar decisões. E isto requer participação, não é simples e nem fácil como apenas emitir opiniões. >>>


ESPECIALCARREIRA DJ

Para Reflectir... As figuras ‘’DJ’’ e Produtor ‘’DJ’’ não existem no Brasil. Fazer o Estado reconhecer estas entidades é o primeiro passo na direção da conquista dos seus direitos. A atividade de ‘’DJ’’ não pode ser usada como referência em diversas situações como: registro em carteira, passaporte, financiamento, linha de crédito, programas federais, estaduais, municipais e etc. O ECAD não distribui o que arrecada das casas de música eletrônica aos titulares de direito. Porque não existe categoria de profissional de música eletrônica. O ‘’DJ’’, que é a base da cena eletrônica, deve conhecer a importância do seu papel neste mercado e contribuir, através da mobilização e participação, para uma reforma nos critérios de arrecadação e distribuição dos direitos dos titulares da música eletrônica executada nas pistas dos clubs do Brasil.

PARA O TRABALHADOR: >Obter registro como ‘’DJ’’ na Carteira de Trabalho >Registro na Previdência Social >Requerimento Seguro-Desemprego >PIS / Abonos Salariais- Busca de vagas no SINE >Criação e participação em programas de qualificação e reciclagem

Paralelamente ao processo que busca a REGULAMENTAÇÃO da atividade junto ao Congresso Nacional, o Presidente do SINDJRS, Fernando de Conto, em conjunto com o Presidente em Exercício do SINDECS, Tibor Yuzo, protocolaram em julho deste ano um estudo sobre as atividades de ‘’DJ’’ e Produtor ‘’DJ’’ e um pedido para a criação do código identificador destas atividades junto ao DCBO, que é o departamento dentro do Ministério do Trabalho responsável pela CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). A CBO é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro e é utilizada na integração das políticas públicas do Ministério do Trabalho e Emprego, sobretudo no que concerne aos programas de qualificação profissional e intermediação da mão-de-obra. Se você desempenha esta atividade, fique ligado neste assunto. Acesse www.djprofissao.com.br .

PARA O EMPREGADOR: > Disponibilizar vagas de emprego > Verificar currículo de trabalhadores




GUI BORATTO APRESENTA “III”

Um dos expoentes da música brasileira, Gui Boratto lança seu terceiro álbum com tracks originais, mais uma vez pelo selo alemão Kompakt, de Michael Mayer. A Dance Club quis saber mais deste eminente produtor brasileiro. texto: Sónia SIlvestre

A grande oportunidade de Gui Boratto - e também da Kompakt de Mayer - aconteceu em 2005, quando Gui após ter ouvido algumas compilações da editora de Colônia(Alemanha) percebeu que os seus temas fariam ali todo o sentido. E Mayer, das inúmeras demos que recebe, escolheu a de um desconhecido Gui Boratto para ouvir. E Gui conquista o seu espaço na Europa quando Micheal Mayer ouve o belíssimo tema “Arquipélago”. Naquela altura a Kompakt tinha acabado de lançar a sua sub label K2 para lançar temas de novatos. O timing é tudo e o timing de Gui foi excelente. Os seus temas foram editados pela famosa editora de Colônia, apadrinhados por Michael Mayer, e saíram juntos aos de Robert Babicz, por exemplo. Seguiramse vários singles em várias editoras de renome como a Plastic City ou a Poker Flat, e em 2007 chega o disco que mudaria tudo e traria Gui Boratto para a linha da frente dos produtores oriundos do Brasil - o longa duração “Chromophobia”. Nele Gui mostrou os seus dotes de produtor - tanto de temas para a pista como de canções no emotivo “Beautiful Life” com a voz da sua mulher, Luciana. O percurso de Gui Boratto é notável de rever já que pouco tem a ver com o produtor reconhecido internacionalmente. É conhecida a formação de Gui em arquitetura, a arte de dispor do espaço seja com construções físicas ou com construções musicais é análoga e tem sido amplamente debatida no decurso da história da música. No início dos anos 1990 e pouco depois de ter saído da universidade, Gui monta o seu primeiro estúdio no qual faz jingles, música para anúncios de TV e rádio. Mais tarde e com a companhia do seu irmão Jorge e da vocalista Patrícia Coelho, Gui forma uma banda pop dance chamada “Sect”, e com eles lança um álbum em 1995. Rapidamente Gui assinava remisturas para editoras como a EMI, a Sony e a Universal. Mas este foi um percurso de um produtor que já tinha ficado “apanhado” pela música eletrônica a ouvir o, agora clássico, “Pump Up The Volume” dos M/A/R/R/S, daí até à época dos heróis da synth pop foi um passo e foi inevitável para um Gui Boratto formado em arquitetu-

ra não seguir uma carreira musical. Mas essa inevitabilidade construiu-se muito antes de qualquer escolha de carreira já que na família da sua mãe muitos são os músicos e a mãe de Gui quis que ele aprendesse a tocar piano - algo que Gui certamente lhe agradece até hoje uma vez que um piano é uma autêntica orquestra na ponta dos dedos, e essa noção de completude musical é fundamental para qualquer compositor, eletrônico ou não. Quanto a “III” segue um caminho coerente com os dois álbuns anteriores mas a energia é mais crua, Gui gosta de apelidála de “a sua veia rock”. Mas “III” é claramente mais dramático e escuro que “Chromophobia” e que “Take My Breath Away”, os seus dois anteriores registros de originais, de 2007 e 2009, respectivamente. Exemplos disto mesmo são temas como “Stems From Hell” ou “The Drill”. Já a sua mulher, Luciana Villanova, que deu voz a “Beautiful Life”, um dos temas mais fortes de “Chromophobia”, volta a colaborar um dois temas de “III”: “This Is Not The End”, provavelmente o tema mais pop de todo o álbum e “Destination: Education”. Esta colaboração com a mulher não é alheia ao fato de Gui ter escolhido trabalhar durante o dia, em casa, de porta aberta, com a família ao redor. Nos próximos tempos Gui volta à estrada com o seu live para apresentar as músicas de “III”, como o seu show não é de DJ, Gui ou está a compor ou está a preparar o espetáculo ao vivo, que no futuro próximo contará com um instrumento eletrônico especial oferecido pela Universidade de Barcelona, uma mesa translúcida e luminosa, com um projector circular e dez colunas de LEDS. Promete, mas à velocidade de um show por semana e com datas já marcadas na Ásia, América do Sul e Europa. Além de todas estas boas notícias, correm rumores de que Gui Boratto estará prestes a fazer a sua primeira contribuição musical no prolífico cinema brasileiro para um filme do realizador Marcos Prado, que trabalhou em “Tropa de Elite”. Vamos ver se o cinema não nos rouba o Gui!



WOLFGANG GARTNER BIG IN AMERICA!

Num momento em que o mercado massivo dos Estados Unidos se abre de uma forma sem precedentes à música electrónica e em que a capital mundial da dance music se mudou de Berlim para Los Angeles, o americano Wolfgang Gartner aka Joey Youngman, é um dos artistas que está na crista da onda electrónica. A vossa Dance Club tinha que vos trazer mais informação sobre ele. texto: Alexandra Fernandes

Tocou num club pela primeira vez em 1998, tinha apenas 16 anos, e a mãe teve que o levar de carro até à festa. Profissionalmente só começou em 2003 mas desde então que Wolfgang Gartner vive da música. Tem uma editora – a Kindergarten Records – e sem sair dos Estados Unidos já tocou literalmente em todo o lado e em grandes festivais como Coachella, Lollaoalooza ou SXSW. Wolfgang mudou-se recentemente para Los Angeles, a Meca actual da electrónica, graças não só ao seu sucesso como DJ mas também graças a singles como “Illamerica” que levaram ao seu primeiro álbum de originais, o bem intitulado, “Weekend In América”. Como na vasta maioria dos álbuns de DJs/produtores, o disco é uma colecção de singles electro-house que o próprio artista descreve da seguinte forma: “um híbrido entre house, electro house e um vibe de rock clássico transportado para o house.” Quando é questionado sobre as suas influências a resposta é refrescante e não sai da esfera da electrónica: “Outros produtores de música electrónica. Pesquiso no Beatport, em blogs. Como toco todos os fins de semana estou constantemente à procura de nova música para tocar e, nesse processo de pesquisa, descubro todo o tipo de novos sons e novas formas que me inspiram e me levam para o estúdio.” Sobre o seu álbum e o sucesso que este teve, Wolfgang atribui-o a ter feito a ponte entre o hip hop e o house, algo que está na linha do que David Guetta ou os Black Eyed Peas fizeram, aliás, Wolfgang colaborou com

Will.I.Am dos Black Eyed Peas no primeiro single a sair do álbum, “Forever”. Sobre a colaboração Wolfgang diz pouco “Conheci-o num club, falámos, e descobri que ele era fã daquilo que eu estava a fazer, e acabou por acontecer,” afirma Gartner. Soando pouco entusiasmado por ter tido a oportunidade de colaborar com um dos produtores mais geniais dos nossos tempos. “penso que aquilo que aconteceu com este álbum foi uma ponte entre o hip hop e o house feito por mim. Que era algo que eu queria fazer há muito tempo mas que nunca tinha tido oportunidade de fazê-lo, e tive-a com este álbum”, afirma Wolfgang sobre “Weekend In America”. Na realidade este é um conceito, o de misturar elementos do hip hop com o house, que não é novo mas que só pegou depois de David Guetta e dos Black Eyed Peas terem feito versões de pop electrónica com 128 bpms e um bombo quatro por quatro com rimas rítmicas por cima. No enquanto um DJ é sempre alguém que precisa de sentir o seu público, por mais estratosféricas que as suas produções sejam. E por isso não nos espanta que Wolfgang Gartner prefira festas mais pequenas frente a grandes palcos: “Toco em eventos grandes e pequenos, toco em clubs para 300 pessoas e em festivais gigantes como Coachella e outros do género e honestamente divirto-me mais em sítios pequenos porque estou perto do público. Não estás elevado num pódio gigante. Não estás a metros do chão. Estás ali, à frente das pessoas, e consegues sentir a energia delas com maior intensidade”.



ERICK MORILLO MESTRE DO HOUSE!

A Dance Club falou com Morillo, figura incontornável da cena house, e que em 2011 completou 40 anos. texto: Sónia Silvestre

Começaste a tua carreira no início dos anos 90 em Nova Iorque e conheceste o sucesso mundial com os Real2Reale o êxito do “I Like To Move It”. Mais de duas décadas volvidas desde esses tempo e quais são, na tua opinião, as grandes mudanças na indústria da música de dança? É uma máquina muito maior nos dias de hoje. Em primeiro lugar penso que nenhum de nós podia sonhar com o dinheiro que esta cena geraria nem com o tipo de negócios que fazemos hoje. Por essa razão é um negócio e não um recreio. Penso que há 15 anos atrás isto era um hobbie para mim. Agora é o meu negócio. Tenho uma equipa de 15 pessoas que trabalham nas marcas Erick Morillo e Subliminal. O mundo digital conquistou-nos. As redes sociais são os locais onde toda a gente está a olhar no que toca às tendências musicais. Tudo está instantânea e constantemente em mudança e em actualização. É de loucos. O nosso ritmo é ditado agora pelo mundo digital e pela juventude que o faz girar. E é difícil mantermo-nos nele. Afundamo-nos ou nadamos, certo? Este ano as tuas noites em Ibiza tiveram um nome forte – Subliminal Invasion – e a tua compilação anual também se intitula assim. Como é que o teu CD reflecte as noites Subliminal Invasion? Este CD reflecte muito bem o estilo de música que toquei no Verão 2011. O primeiro CD é uma espécie de warm up que progride até ao CD2, que é perfeito para a pista ou até para um after hours! Foi o CD pensado para uma noite inteira e é uma representação fiel da minha localização musical nos dias de hoje, e estou muito feliz com o resultado! Ibiza é tão importante hoje como nos tempos em que começaste as Subliminal Sessions? É um monstro diferente. Ainda amo Ibiza e vai ser sempre um local onde se reúnem pessoas de todas as idades para dançar e ouvir música nova.

Vai ser sempre um local que dita tendências, mas o espírito modificou-se. Costumava ser tudo muito orgânico e rústico. As grandes festas eram as festas pequenas. Tudo em Ibiza nos dias de hoje é planeado e organizado. É o comercialismo no seu expoente máximo. O que é triste é que tens que correr atrás disso para te manteres a par. Mas espero que as pessoas estejam de acordo com uma coisa: que eu sempre fui fiel à minha música, que sempre dei “aquele som” da Subliminal. Quais são, na tua opinião, os novos DJs/ Produtores que devemos ter em atenção? Estou a adorar todo o vibe em torno das coisas do Jamie Jones. É deep, cru e pouco polido. Adoro isso. o Nicky Romero também está a fazer um grande trabalho musical. Há tanto talento mundo fora e fico triste por ter que admitir que nem sempre consigo ouvir tudo. É muito fácil ficares preso dentro do teu som, da tua bolha, mas dou o meu melhor para estar a par das coisas. Com estrelas como Quincy Jones ou a Naomi Campbell a ir às tuas festas, ainda há alguma celebridade que te deixe boquiaberto? Penso que toda a gente sabe que sou um enorme fã do Prince. Creio que se o conhecesse não saberia o que dizer. De resto as celebridades são parte da cena electrónica dos nossos dias. Podes vê-las ou ler sobre elas todos os dias mas na realidade não me afecta se estão ou não lá. Já são parte da mobília. Com uma carreira tão longa e bem sucedida, qual pensas ter sido o ingrediente mágico para conseguir esta longevidade? Mantive-me focado e trabalhei muito. Mantive os pés na terra e fui sempre fiel à música na qual acredito. Também ajuda o facto de ter uma equipa fantástica à minha volta. www.erickmorillo.com


MAYA JANES COLES IMPARÁVEL!

É a garota sensação! Com ela, e mais alguns, o deep house vive um momento de absoluta inspiração e de glória. Há muito que queríamos falar dela mas agora a oportunidade é de ouro: lançou um novo EP - “Don’t Put Me In Your Box” - pela Hypercolour Records. Foi há cerca de um ano que o buzz começou, com o tema “What They Say” editado na Real Tone de Franck Roger. As tabelas de vendas acusaram a chegada dela e “What They Say” conquistou os lugares cimeiros. Seguiu-se “Humming Bird” pela Hypercolour e “Beat Faster” pela Mobilee, e aqui o apoio veio de Roger Sanchez e John Digweed, dois pesos pesados mundiais. Mas foi com o EP, “Focus Now”, que saiu com a etiqueta da 20:20Vision de Ralph Lawson que Maya arrebatou público e crítica. Nem um ano após “What They Say” e ela era a cover girl da Mixmag, DJ Weekly, entre inúmeras inserções em variadas revistas. Novamente contou com o apoio de nomes sonantes mas o mais importante foi que a estreia do tema, desta vez, aconteceu na BBC Rádio 1 nos programas de Pete Tong e Rob Da Bank. Esta história é o sonho de qualquer produtor. Mas as suas remisturas foram igualmente bem sucedidas, com edições na Defected, Leftroom, Crosstown Rebels e Real Tone, e sob o seu pseudonimo Nocturnal Sunshine assinou remisturas para os Alpines e Karin Park arrancando apoio de outra facção da cena: Skream, Benga, Scuba, entre outros. Como se tudo isto não fosse suficiente, Maya é também

uma DJ de talentos vários e prova disso é a sua Essential Mix para a BBC Rádio 1, privilégio que costuma levar algum tempo a conquistar, e que Maya teve em Julho passado. E o Verão levou-a ao Space e ao Amnesia de Ibiza; ao Panorama Bar e Watergate de Berlim; ao Fabric de Londres; ao Voodoo de Los Angeles, entre muitos outros clubs de renome mundial. Resultado? Foi a grande vencedora do prémio “Revelação” nos Ibiza DJ Awards que se realizaram este Verão no Pacha de Ibiza. Maya está em plena produção do seu primeiro longa duração, que está previsto chegar em 2012, e a ansiedade é muita. Entretanto o seu EP “Don’t Put Me In Your Box” com 4 temas originais: “Parallel Worlds”; “Something in the Air”; “Dub Child”; “Cutting it Fine”, devolvem-nos o calor e as melodias ricas a que Maya nos habituou, mas a maturidade sónica já se nota e, apesar de o deep house estar bem presente em “Parallel Worlds” e ”Cutting It Fine”, ele é apresentado de tal forma que nos remete para a contemporaneidade do house. Um lançamento a não perder, até porque vamos ter que esperar para ter mais Maya Jane Coles. www.mayajanecoles.com



ANDERSON NOISE


Brasileiro de nascimento, mas artista dedicado ao mundo da música eletrônica, Anderson Noise, nos concedeu essa entrevista no embarque de Portugal para o Brasil, onde teve três gigs na terra de nossos patrícios. Noise, que comemora este ano 24 anos de carreira, vibrou quando soube que seria capa da primeira edição da Dance Club Brasil. Vários nomes estavam no páreo, mas foi a sua história que nos fez escolher ele o nosso headliner. Anderson Noise é dos poucos artistas brasileiros que não precisa estar sempre na mídia, pois o seu trabalho não depende dela, mas pensa que a mídia é fundamental nos dias de hoje, ainda mais na carreira de um DJ. Se você só ouviu falar deste grande artista, aproveite para conhecê-lo mais e sua história. Texto: Giga Fotografia: Nino Andres

Apesar da cena brasileira ter explodido não há muito tempo, você já está na cena desde1988, época em que o ''acid house'' estava muito em alta. Como você se envolveu com este mercado e o que tem de diferente da cena atual para o ano em que começastes? Realmente estou na cena tem muito tempo.... desde 7 anos já comprava e era alucinado com discos. Com 16 anos gravava fitas cassetes para tocar na loja de roupa que trabalhava, até que um dia fizemos em casa e um produtor de eventos de Belo Horizonte me viu tocando e me convidou para me apresentar na festa dele, de la pra ca nunca mais parei. Acho que não tem nada que posso te dizer que é igual ao começo da minha carreira, mas a maior diferença é que nos anos 90 a cena era movida por novidades, valia quem mostrava o que era o mais novo, e hoje é o con trario, o mais importante é apresentar o que é fácil, o que se houve em todos os lugares. Podemos dizer que a cena mineira deve muito a você, pois desse o ''start'' para que ela crescesse e amadurecesse. Ainda hoje encontramos pessoas que duvidam que você fez festas em lugares bem inusitados, como manicômios, concessionárias de carros e prédios históricos. Assim surgiu a ''Família Noise'', formada pela sua mãe e pelo seu irmão, que também é DJ, Alvinho Little Noise. Por quê transformar locais como esse em verdadeiras baladas? Você gosta de chocar as pessoas? A marca registrada das nossas festas eram lugares malucos e inéditos, eu fazia festa para tocar. Transformar estes lugares era muito prazeroso, já reconstruímos locais para fazer noites memoráveis, espero que depois de 11 anos sem fazer uma festa posso poder voltar a transformar locais como antigamente. Na verdade nunca gostei de chocar as pessoas, mas adoro mostrar algo que as pessoas ainda não conhecem. No departamento da produção musical, seu primeiro trabalho foi ''Paralisia Cerebral'', lan-

çado em 1996. De lá para cá não parou mais. Inclusive foi convidado a incluir a track ''shantytown'' no ''Electronic Music Brasil'', compilação lançada pela gigante Sony Music. No seu ponto de vista, por que marcas totalmente comerciais, não se interessam pelo underground? Porque é muito mais facil fazer algo comercial e ganhar muito dinheiro. Mas a música eletrônica deu um pulo em ''trio elétrico''. Promovestes o primeiro trio elétrico com música eletrônica, em 1999, no Carnabelô. Além disso, foi convidado para tocar no trio elétrico da cantora Daniela Mercury. Afinal, música eletrônica rima com marchinha de carnaval? Como foi essas duas experiências para você? Eu nunca achei que música eletrônica rima-se com marchinha de carnaval, mas foram oportunidades únicas que eu nao poderia perder, o Trio Elétrico "Noise Music" no Carabelo foi muito positivo e a repercussão foi perfeita, fazer o trabalho com a Daniela Mercury foi algo muito bom e aprendi muito sobre a cultura baiana, aquelas 5 horas tocando em cima do trio elétrico de Daniela Mercury e com sua banda foi um dos trabalhos mais diferentes que já fiz. O público te reconheceu como um DJ de ''responsa''. A crítica veio atrás. Ganhasses prêmios de revistas especializadas, do jornal Folha de São Paulo, do jornal ''Estado de Minas'' e muitos outros. O que esse reconhecimento tanto local como nacional contribui para a carreira de um DJ? É sempre muito bom ganhar um prêmio, melhor ainda é ser reconhecido. Acho que a maior contribuição é que as pessoa acabam falando mais sobre a gente e isto nos motiva para fazer muito mais. A sua agenda começou a ficar mais concorrida. Se apresentasse em eventos meteóricos como Skol Beats( onde participasse de todas as edições), Rock In Rio ( edição 2000), em 2001 fos>>>


ANDERSON NOISE ses residente da noite ''Headstart'', do lendário club Turnmills, em Londres, em festivais importantes como Dance Valley, Homelands, Creamfields, Sónar, EXIT, Nokia Trends e mais um monte. Afinal, DJ só vive de balada ou tem seu momento ''relax''? Também tenho momentos de "Relax" em casa, com o meu filho, mas o que posso te dizer é que os momentos relax estão cada vez mais difícil, mas gostaria que ele acontecesse com maior freqüência!

Uma parceria que você tem é com o club Womb, de Tóquio(Japão). Como foi tocar pela primeira vez num club, situado no continente, onde no Brasil é dia e lá é noite? O público aprecia a música eletrônica? O Japão sempre foi meu sonho desde criança sou um apaixonado pela Cultura Japonesa, já toquei em mais de 30 países e o Japão continua sendo meu preferido. O Womb é um club mágico e o publico japonês são, sem duvida, os mais antenados do planeta!

Li em uma entrevista que o Noise Music, seu selo musical, surgiu para lançar tracks de produtores brasileiros para o mundo, afinal a maioria dos ''DJs'' brasileiros ficam só olhando para selos internacionais. Nestes anos, o selo já lançou muito trabalho bacana para o mercado. A cena brasileira possui artistas que possam concorrer com nomes gringos? Sim o Noise Music nasceu apostando em nomes Brasileiros, mas já lançamos muitos nomes internacionais! Aqui no Brasil temos muitos artistas capazes de fazer coisas muito grandes pela musica eletrônica, mas estamos muito longe do mercado Europeu, o que ao meu ver é onde tudo acontece e para um artista se dar bem ele precisa estar mais tempo por lá. Eu gostaria muito de ver nosso mercado fonográfico organizado e com muita força para fazer grande lançamentos.

Alguns DJs copiaram a sua idéia de misturar música eletrônica com clássica. Você se apresentou ao lado do maestro João Carlos Martins. Você ficou nervoso na hora da apresentação? Rolou algum ensaio antes ou foi tudo na hora mesmo? Eu não sei se é copiar, mas aqui no Brasil eu fui o primeiro a fazer isto, antes de mim Jeff Mills e Carl Craig já tinha trabalhado com Orquestra! Sobre a hora da apresentação, te falo que nao tinha como nao ficar nervoso, pois depois de vários meses de trabalho preparando "Joao Carlos Martins & Anderson Noise in Concert" a expectativa era gigante e eu estava esperando muito por aquele momento. Nos fizemos 2 ensaios com a Bachiana Jovem um deles na Sala São Paulo, ensaio este que ajudou muito a entender tudo que tínhamos que fazer para o concerto acontecer e também foi um momento que me diverti muito pois este ensaio foi aberto para jovens estudantes. Também aconteceram 4 ensaios com os 68 músicos da Orquestra Filarmônica Bachiana e uma apresentação na Loja da Nokia na Rua Oscar Freire comigo, Joao Carlos Martins no Piano e mais 2 músicos com violino. O Concerto foi emocionate!

Você é um dos poucos artistas brasileiros que vive antenado nos meios de comunicação. Possui a Rádio Noise, transmitida online, ou por rádios brasileiras e estrangeiras. Além disso tem a TV Noise, em conjunto com a Toro Produções, nos quais você mostra os clubs, festas e festivais por onde tocas, seja no Brasil ou no exterior. Hoje, para você se tornar um profissional respeitado de sucesso, esse contato com a mídia, é importante? Você tem projetos de criar mais algo nesta área? Eu sempre adorei trabalhar com diferentes mídias e Radio Noise tem sido o melhor canal para levar meu nome e dos djs convidados para as 24 Rádios em 14 países diferentes onde a Radio Noise esta sendo transmitida. A TV Noise esta de férias, mas no dia 11.11.2011 comecei o "Interferência Anderson Noise" transmitido semanalmente pela Play TV. No Inferência eu apresento Video Clipes de musica eletrônicas alem de mostrar minha AGENDA por onde toco. Eu acho importantíssimo um DJ ou produtor apresentar novidades para seu publico.

Quais são os próximos projetos para 2012? Estou fazendo uma Tour para comemorar meus 24 anos de Carreira, que está percorrendo Europa, America do Sul e Asia. No dia 3 de março volto a fazer uma festa em Belo Horizonte que esta nesta tour de 24 Anos. No dia 27.04.2012 a Radio Noise vai chegar ao programa de numero 500, somando assim 500 sextas feiras que apresento meu Radio Show, estou preparando uma compilação que vai se chamar "Radio Noise 500" para ser lançada nesta data. O Noise Music está com muitas novidades, estou muito animado com 2012.


“É muito mais fácil fazer algo comercial e ganhar muito dinheiro.”


ESPECIAL ADE 2011

TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR EM AMESTERDAM!

Todos os anos em Outubro Amesterdam recebe o ADE ou Amsterdam Dance Event, um verdadeiro acontecimento na indústria da música eletrônica que reúne artistas, empresários, jornalistas e baladeiros. O motivo é um: quatro dias repletos de um programa diurno que inclui reuniões com key players da indústria e um programa noturno que tem mais estrelas por metro quadrado do que a maior parte dos festivais. A Dance Club esteve lá para contar como se desenrolou esta edição que bombou. Texto: Sónia Silvestre Fotografia: MikeBreeuwer/SS


O Que é o Amsterdam Dance Event? O Carnaval são 3 dias, mas o ADE são 4! E que quatro dias e noites. Na realidade a preparação do ADE começa muitos meses antes. Para quem não está familiarizado com a mecânica, o ADE é uma conferência, um local de reunião dos profissionais da indústria, e é o maior festival urbano realizado em inúmeros clubs espalhados pela cidade de Amesterdam. Para participar basta fazer o seguinte: estar atento ao site oficial - www.amsterdam-dance-event.nl/ - e comprar um passe. Os passes são mais baratos quanto mais cedo forem adquiridos e é possível comprar para um dia ou para os quatro dias. Qual é a vantagem? Além de terem acesso aos dois hotéis onde se desenrola a conferência – o Felix Meritis e o Dylan – também têm acesso à maior preciosidade do ADE: a base de dados de contatos de todos os participantes, ou seja, a artistas (DJs, produtores, cantores etc), promotores, donos de clubs e selos, grandes empresas que realizam festivais de Verão, empresas de publishing, entre muitas outras áreas de interesse no meio da música eletrônica. Esta base de dados online permite contatar qualquer uma destas pessoas e solicitar uma reunião. É evidente que nem todas respondem, mas caso não consigam a reunião de sonho podem sempre andar “à caça” da pessoa já que todos os participantes ostentam uma identificação fácil de ler. Na pior das hipóteses conseguem falar 5 minutos com o dono do club onde sonham tocar um dia, por exemplo, e entregar-lhe o CD com um DJ set que vai convencê-lo a contratar. Mas este é só um exemplo, o ADE durante estes quatro dias é um verdadeiro desfile de estrelas: tanto de DJs famosos como de profissionais míticos. Há outra grande vantagem: no final de cada painel é normal o público ir falar com os oradores, o que significa que nem que seja por um breve instante têm acesso a falar com profissionais de renome na cena eletrônica internacional. E isto depois de assistirem a debates que vão alargar os horizontes musicais ou criativos, tal é o nível das conferências.

Outro fenômeno que tem vindo a crescer ao longo dos últimos quatro anos, ao longo dos quais a Dance Club tem acompanhado o ADE, é o fato de muitos profissionais da indústria alugarem casas ou quartos de hotel à margem da conferência e realizarem aí as reuniões. Se a sua arte ou o seu negócio, ou ambos, têm a ver com música eletrônica então o Amsterdam Dance Event é de visita obrigatória. O Melhor do ADE 2011! Foram muitos os momentos brilhantes deste ADE, várias as conferências nas quais sentimos que os nossos horizontes se expandiram e novas idéias floresceram, mas se tivéssemos que eleger o melhor momento esse teria que ser sem questão a entrevista que a lenda do techno, Derrick May, fez ao seu amigo e lenda do house, Frankie Knuckles. Outro momento brilhante foi o Q&A com Carl Cox, no qual o DJ Inglês revelou curiosidades muito interessantes sobre o seu percurso e o Q&A com David Guetta, no qual o francês mostrou a sua mente brilhante. A nível de festas fomos a várias, mas o destaque vai para a festa da Defected no Club Air com Frankie Knuckles a mostrar a sua excelente forma física e a festa da DJ Mag com Armin Van Buuren a bombar – literalmente – a casa toda. Aqui há que dar a mão à palmatória ao holandês que este ano perdeu a dianteira do top mundial para David Guetta, mas, não só tocou a abrir para o francês, como o apresentou e mandou acalmar as hostess – que assobiavam – e pedir aplausos para Guetta. O fairplay mostrado por DJs de categoria mundial deve servir de exemplo aos DJs que insistem em guerrear por lugares ao sol: no fim de contas quem atribui estas posições é o público, e um artista digno desse nome tem que perceber que – tal como um DJ set – não pode sempre estar na crista da onda, a vida artística é mesmo assim, umas vezes estão-se na ribalta, outras não.


ADE 2011 DERRICK MAY VS FRANKIE KNUCKLES ENCONTRO DE GIGANTES Um dos melhores momentos do ADE 2011 realizou-se no último dia com Derrick May, um dos pais do techno, e Frankie Knuckles, o pai do house, sentados para uma conversa que nos transportou a todos para tempos em que as culturas – do house de Chicago e do techno de Detroit – despontavam nos Estados Unidos. Foi, de longe, o momento mais interessante de todo o ADE e a Dance Club não podia deixar de partilhá-lo convosco. ‘’Olá, eu sou o Derrick May e este é o Frankie Knuckles. Frankie é um prazer e uma honra poder te entrevistar, especialmente porque tu foste uma influência direta no meu trabalho. Tenho a certeza que há mais pessoas no público que partilham esta questão comigo: estiveste afastado durante algum tempo, como te sentes?’’ FK: Eu estou bem, eu estou muito bem! Estivemos em Glasgow juntos e te ouvi tocar, e soavas rejuvenescido, feliz... Eu sou uma pessoa feliz. Sinto-me um homem novo. Só para clarificar os rumores e o que as pessoas possam dizer, eu perdi o meu pé direito. Vivi cerca de dez anos com dores intensas devido à doença nos ossos do meu pé. Só percebi da dor que me causava quando me tiraram o pé. Agora sou um homem novo. Devo admitir que há uns anos atrás quando te ouvia conseguia sentir a tua dor, mas agora há que dizêlo, estás de novo em forma! Muito obrigado! Como é que você se sente com a cena em torno da música house nos nossos dias? Tenho a certeza que este público é instruído, mas muitas pessoas não fazem idéia que a música house vem de Chicago. Como é que te sentes perante isso? Eu fiz sempre o melhor para representar a cena de Chicago, mas o que aprendi é que tudo está em permanente mudança, apesar de a música ser na sua essência semelhante está em constante mudança, o público muda constantemente. E há toda uma nova geração que surge e que não sabe de onde vieram os gêneros, e temos que educá-la. Se não educarmos eles não poderão saber a origem das coisas.


“A pior coisa que um DJ pode fazer é abrir o seu próprio club.” Frankie Knuckles Não sei se o público sabe mas o Senhor Knuckles é demasiado qualificado para ser um DJ. Porque quiseste ser DJ? Demasiado qualificado? (risos) olha esta. Não foi planejado. Quando comecei a tocar ser DJ não era uma profissão. Estava no Liceu quando me ofereceram o meu primeiro trabalho. Eu trabalhava no Gallery com o Nicky Siano e o Larry. Quando me ofereceram o trabalho eu pensei que ele estava louco, disse-lhe que não tinha discos, ele disse, usa os meus. Quando dei por mim tinham passado cinco anos. Ai tive que pensar seriamente no que fazer. O que diziam os teus pais? Quando eu disse ao meu pai que ganhava 165 Dólares por noite a passar discos, e passava discos 7 dias por semanas, ele fez as contas e concluiu que eu ganhava mais do que ele! (risos) És de Nova Iorque, como é que foste para a Chicago? O club onde eu tocava em Nova Iorque tinha falido e fechou. Experimentei andar a tocar noutros clubs durante um ano, mas não era a mesma coisa. Qualquer pessoa que tenha tido uma residência sabe como essa primeira experiência é inigualável. Quando isso desaparece é de partir o coração. O meu sócio no Warehouse, o Robin Williams, ofereceu-me a hipótese de ir para Chigaco. Vou dizer nomes e tu me diz o que te vem à cabeça... Paul Weisenberg Paul Weisenberg da “Imports Etc”, trabalhei nessa loja de discos em part time nos últimos dois anos de Warehouse, de 1981 a 1983. Eu vendi mais de 10/15 mil cópias de cada um dos meus discos nessa loja, a “Imports Inc”, num Verão, em três semanas, e numa só região. Era fácil vender 10/15 mil cópias. Quantas cópias vendeste do “Jack Your Body”, Steve? Steve “Silk” Hurley: Era definitivamente de loucos. Vendi mais de cem mil cópias do meu primeiro disco “Music Is The Key”, e nessa loja devo ter vendido 10 ou 15 mil cópias. FK: É algo que não compreendo hoje em dia com os downloads um tipo fica feliz de vender 150 mil discos em

downloads, mas o que é isto? Nós costumávamos imprimir 150 mil promos! Me parece que não foi o download que matou esta indústria, foram as pessoas, onde estão as pessoas que costumavam comprar música? Video killed the radio star. É basicamente isto. Não gosto de pensar muito nisso, o mundo mudou e eu estou a tentar acompanhá-lo. Penso que sou muito sortudo por ainda poder estar no meio, com tanta gente nova e cheia de talento que há por ai, muitas vezes me sinto o velhote do grupo. Mas é um desafio estar aqui e tentar ser relevante mas é onde me sinto mais confortável. Mais um nome... Farley Jackmaster Funk... Adoro o Farley. Quando passaste por tanta coisa numa vida e numa carreira como eu e ele passamos, e consegues chegar aqui. Para mim isso chega. Craig Loftus... Conheci o Craig com 15 anos no Warehouse, e fez um trabalho brilhante. Hoje em dia é alto sacerdote. 1983. Powerplant. Este club foi o ponto de partida para ti como DJ e para a música? Sei a importância do Warehouse, mas o Warehouse era mais exclusivo no início, enquanto que no Powerplant podias ver todo o tipo de pessoas. Foi o local onde o Jamie Principle se afirmou. Era um sítio mágico. Quando o Warehouse fechou eu tinha acabado de lançar o meu primeiro disco: “Let No Man Put Assunder”. E estava tão envolvido na produção que não conseguia dirigir o club. A pior coisa que um DJ pode fazer é abrir o seu próprio club. Não vão conseguir passar discos e dirigir um club e fazê-los ambos bem. Não foi em vão porque o que saiu dessa experiência foi o Jamie Principle. E a minha carreira na produção começou nesse momento. Qual foi a importância dele na música que tu estavas fazendo? Ele foi importante para o Powerplant porque era o meu engenheiro de som. Foi ele que construiu e manteve o sistema de som. Hoje ele está fazendo outras coisas. Como muitos de vocês saberão não é fácil ter oportunidades neste negócio, os donos de clubs e os promotores não são rápidos a reconhecer a importância que o sangue novo tem nesta área. O sangue novo é fundamental.


ADE 2011

MR. CARL COX Figura lendária do techno e da música eletrônica, Mr. Carl Cox foi um dos convidados para um Q&A (Questions & Answers) muito especial. Como é seu hábito, Carl falou sem pudores sobre o passado e revelou fatos muito interessantes. Qual foi o primeiro disco que compraste? Foi o “Love Hangover” da Diana Ross. Tive sempre curiosidade em saber como é que as pessoas que vivem perto de Londres, mas não em Londres, como era o teu caso, se sentem. Tinhas a sensação de haver algo excitante a acontecer ali perto mas não onde tu vivias? Sim, ouvia-se falar das modas – dos dias dos punks, dos mods - mas quem vivia fora de Londres era agricultor! Curiosamente os produtores mais prolíficos são de fora de Londres. Qual foi o primeiro disco de eletrônica que compraste? Terá que ser o Gary Numan, o “Cars”, e ainda hoje quando ouço aquele disco penso que ele estava à frente do seu tempo. Penso que ele foi um dos pioneiros da cena electropop. Qual foi a primeira vez que viste um DJ tocar? Foi o Grandmaster Flash em 1979. Foi muito influenciado pela forma como estes DJs da cena hip hop tratavam a música. Este foi um momento decisivo? O que te levou a ser DJ? Sim, sempre senti que queria empurrar as fronteiras criativas daquilo que se entende por um DJ, daí ter-me tornado famoso como o three deck wizard (nr: o feiticeiro dos três pratos). Na altura as mesas de mistura só tinham duas entradas, mas eu quis acrescentar um terceiro prato. Como é que compraste o teu primeiro setup de DJ? Viste o Grandmaster Flash e fosse correndo comprar os pratos e a mesa? Comprei o meu primeiro setup através de um catálogo que a minha mãe tinha. Pagava 2 libras e 35 pence por semana e a minha mãe disse-me que se eu não pagasse


me colocava para fora de casa. Acabei por ter mesmo que sair de casa aos 17 porque fazia muito barulho. E tive que fazer com que este investimento funcionasse, por isso tocava em festa de aniversário, festas da escola etc e acabei por conseguir pagar tudo. Lembraste do teu primeiro gig? Sim, foi num hall da escola que não era maior que esta sala. Ainda não tinha o meu setup por isso toquei num kit de hifi com colunas sem baixo. Durou uma hora e meia e acabei por queimar as colunas, e pensei que nunca iria conseguir ser um DJ. E durante esses primeiros anos tiveste outros trabalhos? Sim, como pintor, trabalhei nas obras nas mais diversas coisas, lavei carros, e cheguei a cortar grama para a junta de freguesia. Tive muitos trabalhos antes de decidir que queria ser DJ. E o último trabalho que fiz antes de tomar essa decisão foi montar andaimes. Era um trabalho muito perigoso e foi em 1985 que tive que tomar essa decisão: ser DJ ou montar andaimes. Por quê mudaste para Brighton? Tinha uma namorada que era de lá. Mas gosto da costa Sul, ainda hoje vivo lá. Naquela altura o Príncipe Carlos tinha fundado o Prince’s Trust, que servia para motivar os jovens a criar os seus próprios negócios. E eu tinha um negócio que era uma discoteca móvel. Eles injetavam dinheiro nos negócios, e foi assim que comecei. E fui um DJ de casamentos durante 10 anos. Tocava funk e disco e destacava-me dos outros DJs de casamentos. A certa altura percebi que queria fazer as minhas festas e eventos e sair um pouco do círculo dos casamentos. Isto foi em 86/87. Comecei a tocar em clubs locais, quando a cena rave começou eu costumava vender bilhetes para as raves, e organizava os transportes para que as pessoas

pudessem ir ver-me tocar. Nas primeiras raves, se vires os flyers, o meu nome aparecia em baixo, pequeno, e tive que trabalhar muito para ir vendo o meu nome subir nos line ups. Em 88/89 fiz uma festa em que toquei com três pratos, algo que andava praticando há 4 anos, mas nessa festa estavam todos os promotores da área e o meu nome nasceu ai, porque depois disso todo mundo falava do Carl Cox. O teu timing foi muito bom. Quando é que percebestes que fazias parte de uma revolução? O que mudou foi que a polícia prendeu-me num fim de semana! Isto foi interessante porque as raves eram ilegais, não havia licenças para nada, incomodava a vizinhança, não tinhas onde estacionar o carro legalmente, todo o tipo de coisas. Mas nós estávamos lutando pelo nosso direito a fazer a festa. O governo, na altura, não autorizava que os clubs passassem música depois das 2h da manhã. Isto era uma situação difícil para quem queria continuar a festa depois desta hora. Não tocavas num club cerca de 12 anos, porque costumas atuar sempre em grandes festivais, como é que te preparas e organizas para um gig destes? É difícil criar um set dentro da tua cabeça para uma pista que não está ali à tua frente. Eu não tocava num club há mais de dez anos, por isso estava tocando para pessoas novas, pessoas que há dez anos não saiam à noite. Claro que aqui no ADE muita gente está aqui pela música, mas a única coisa que eu podia fazer era certificar-me que o primeiro disco funcionava, depois é seguir! Tenho sempre que certificar-me que os primeiros 20 minutos do set prendem a atenção da pista.


PARTY PEOPLE

J. Zabiela

James Zabiela @ Beehive Club 19 nov. 11 . Passo Fundo Texto: André Huscher ‘’Giga’’ Fotos: Franco Rodrigues

Uma das poucas casas noturnas que difunde o conceito ‘’underground’’ no Rio Grande do Sul, o Beehive Club foi palco de uma grande festa em novembro, com o top James Zabiela. O artista já é bem visto pelo público gaúcho, e quando vem ao Brasil, sua passagem pelo club é obrigatória, pois a vibe entre os seus fãs e o DJ são algo jamais visto em qualquer canto do mundo! Acompanhe os flashes desta grande noite.


SWU Festival @ Paulinia 12 a 14 nov.11 Texto: André Huscher ‘’Giga’’ Fotos: Media Mania

Tiga

Cerca de 180 mil espectadores convergiram para a pacata Paulínia, num descampado árido. O lendário roqueiro canadense Neil Young disse que só viu três pássaros a caminho de Campinas, o que mostra sua perspicácia. O prefeito promete, para o ano que vem, plantar ao menos umas 12 mil árvores ali. O baixo número de contratempos - menos de mil atendimentos médicos, pouco mais de 200 ocorrências policiais leves, sem registro de acidentes nas estradas, sem brigas violentas - foi comemorado pelos organizadores. Há ofertas para que o SWU migre para o exterior, de países como o Qatar. Confira as fotos!

Avicci

DJ Marky pres. Galaxy

Frankie Knuckles


PARTY PEOPLE

Carl Cox @ Warung Beach Club 27 dez. 11 Texto: Pedro Bell Fotos: Adriel Douglas / Imagecare

Uma noite mágica e histórica. Assim pode ser descrita a festa na noite do dia 27 de dezembro no Warung Beach Club. Não é a toa que o clube da Praia Brava de Itajaí (Santa Catarina) é conhecido com o “Templo da Música Eletrônica”. A festa contou com trilha sonora super poderosa onde os destaques internacionais do line up foram ninguém menos que Carl Cox e Jon Rundell (pista principal) e Elio Riso (pista Warung Garden). Entre os DJs nacionais tocaram Mandy Hafez, Paulinho Boghosian e Renato Ratier.

Cox


NEXT: CARNAVAL 2012 Musica eletrônica, calor de 40 graus, badalação. Se você está pensando em vir passar o carnaval no Brasil, aproveite estas dicas da Dance Club para tornar este feriado uma experiência única e intensa. Samba, Rio de Janeiro, praia. Estes elementos fazem do carnaval brasileiro um dos maiores espetáculos da Terra e mundialmente famoso. Mas diferente das primeiras palavras deste parágrafo, existe um carnaval diferente fora do eixo Rio- São Paulo. Sul do Brasil, mais especificamente, Santa Catarina. Internacionalmente famosa esta região reúne um número considerável de bons clubs, descendência européia, belas praias. Santa Catarina é o verdadeiro reduto das pessoas que procuram agitação, azaração e possam usufruir do som tocado pelos maiores artistas nacionais e internacionais da atualidade. Casas como Green Valley, Warung Beach Club, Parador Beach Club, se preparam para uma verdadeira maratona de festas, seja durante o dia ou noite. Selecionamos aqui as melhores opções do litoral catarinense: Indicado pela crítica internacional como o 3º melhor club do mundo, o Green Valley promete embalar os foliões por 5 dias direto de baladas regada a high BPMs. A programação da casa começa no dia 17 de fevereiro com o top Fedde Le Grand. No dia 18, quem se apresenta é o holandês Armin Van Buuren, DJ que já se apresentou em outras edições do carnaval e arrancou aplausos do público pelo seu gosto musical e extraordinário carisma. Já no dia 19, acontece a inédita apresentação dos irmãos DJs, Steve Angello (do SHM) e AN21. No penúltimo dia, o Some Festival toma conta das estruturas do club e normalmente são esperadas mais de 8 mil pessoas. Chuckie, Sander Van Doorn e Tocadisco estão confirmados, mas muito outros nomes serão divulgados. Habitualmente, o último dia de folia será marcado pelo house dançante e com vocal do americano Kaskade, autor de ‘’I remember’’, ‘’Only You’’, ‘’Move For Me’’ e muitas outras. Mudando de club e de cidade, o Warung Beach Club, que há 9 anos defende a bandeira do ‘’underground’’ escalou nomes pesados do circuito não mainstream. Localizado na paradisíaca Praia Brava, de Itajaí-SC, club abre as portas no dia 18 de fevereiro, com a festa do selo alemão Cocoon, do mestre Sven Väth. Na festa se apresentam Dubfire( ex Deep Dish), Ilario Alicante e Guy Gerber. Já no dia 19, quem entra em cena é Jamie Jones, nome que está bombando nas charts lists dos melhores DJs do mundo. Para encerrar com chave de ouro, no dia 20 de fevereiro comandam as picapes e o backstage, Solomun, Amê e o duo Soul Clap. Preciso dizer mais alguma coisa? Fugindo um pouco do padrão internacional das atrações, o Parador Beach Club, na Praia do Estaleirinho, em Balneário Camboriú-SC fechou uma programação muito brasileira. Nos dias 18, 19, 20 e 21 rolam as melhores Day-parties com atrações de destaque no cenário nacional da e-music: Hand’s Up (18/02), Carlo Dall Anese (19/02), Vácuo Live (20/02) e Mashup (21/02). Além destas festas, o club abrirá no dia 25 de fevereiro( à noite), com o top argentino Rick Ryan. www.greenvalley.art.br www.warungclub.com.br www.paradorbeachclub.com.br

Green Valey

Sasha@Warung

Parador


CDS/COMPILAÇÕES

“5 Years Of Drumcode” V/A (Drumcode) Novembro é o mês de celebração dos cinco anos da Drumcode, editora de Adam Beyer. Este lançamento cota com 28 temas saídos das mãos de alguns dos mais influentes nomes da cena techno internacional: Joel Mull, Paul Ritch, Joseph Capriati e do próprio Adam Beyer. Esta edição celebra o passado mas enche-o de temas contemporâneos, isto é, os 28 temas são o que de mais novo, fresco e excitante se faz no techno dos nossos dias. FF

Modeselektor “Monkeytown” (Monkeytown) Os Modeselektor estão de volta com o seu terceiro registo de originais. Uma vez mais a ideia é fundir a sua electrónica plena de bass com tudo e mais alguma coisa: com R&B em “Berlin; com funky em “German Clap”; com hip hop em “Grillwalker” e com old school rave em “Evil Twin”. Como se isto não bastasse a lista de colaborações deixa água na boca: Thom Yorke dos Radiohead; Siriusmo; Busdriver e PVT, da Warp. Bem vindos, rapazes! FF

Oliver Huntemann “Paranoia” (Ideal Audio) Este título foi extremamente bem escolhido para o mais recente álbum de Oliver Huntemann, o seu quarto registo de originais. Porquê? Porque se já ninguém duvidava das capacidades de produtor de Oliver, esta é a prova provada que o homem sabe produzir: todos os temas estão impecáveis, só que essa limpeza torna-os também frios para o ouvinte. Mas provavelmente funcionam na pista...

Tiefschwarz “Watergate 09” (Watergate) Desta feita os Tiefschwarz deram mais uma edição à série Watergate e não tiveram pudor absolutamente nenhum de fazer uma DJ mix de house cheia de energia. Alinhando temas de Matias Aguayo, o clássico “Baby Wants To Ride” de Frankie Knuckles, DJ Assassin, entre muitos outros, a dupla alemã mostra – no meio de tanta compilação – como se pode fazer um excelente trabalho.


Dave Clarke “Fabric 60” (Fabric Records) As colectâneas da Fabric Records costumam ter esta virtude: a de apresentar facetas até então pouco conhecidas de DJs. Se Dave Clarke é um nome ao qual associamos um techno duro, neste registo descobrimos a sua faceta de apreço pelo industrial e pelo electro. Mas os fãs que não se desiludam já, há bastante techno por aqui! The Juan MacLean “Everybody Get Close” (DFA) Uma compilação que reúne remisturas e material inédito com alguns temas familiares era o mote desta edição da DFA. E há muita coisa boa por aqui: “Find A Way”; “Feel So Close”; “Let’s Talk About Me”, entre outros temas que são funcionais na pista mas também numa qualquer tarde de Inverno passada em casa. Argy “Fundamentals” (Ibadan) Argy é o produtor Grego Argyris Theofilis e este é o seu album de estreia. Com edição pela Ibadan de Jerome Sydenham, Argy tem sido um menino bonito para várias editoras de renome: a Objektivity de Dennis Ferrer, a Cocoon de Sven Vath, a Poker Flat e a Defected. Este disco honra o passado: synths vintage e house cheio de referências à sua idade de Ouro.

Justice “Audio, Video, Disco” (Ed Banger)

O regresso dos Justice era muito aguardado mas os fãs de Xavier de Rosnay e Gaspard Auge provavelmente ficarão surpreendidos com este novo álbum. É que em “Áudio, Vídeo, Disco” os Justice rendem-se ao seu amor pelo soft rock. Nas vozes contam com Ali Love e Morgan Phalen dos Diamond Nights. A ouvir são temas como “Helix”, que salvam literalmente a honra do convento. AF


EM ESTÚDIO COM...

FABRICIO MEDEIROS Fabricio Medeiros é dos mais conceituados DJs e produtores brasileiros. Com 49 discos editados , 6 turnês pela Europa e 25 anos de carreira, é ainda diretor artístico da Plugin Records e professor em cursos de djing e produção. As suas produções musicais, com temas de sucesso como “Four O’clock ”, “The Password” e “Harmony”, entraram nas charts de top djs mundiais e nos tops de vendas dos principais sites de download , como o Beatport . Sempre atento à cena eletrônica mundial e em conexão com os melhores artistas , djs e produtores , Fabricio Medeiros usa nos seus sets o que é de mais alegre e rico em grooves , seja do Deep House ao Techno. Falámos com ele para nos dar algumas pistas de como é o seu trabalho Em Estúdio... Você tem uma carreira já longa, provavelmente das mais longas dos DJs brasileiros, e começou a produzir há muito tempo. Como é que despertou em si a vontade de produzir? Foi uma necessidade decorrente do DJing ou surgiu de outra forma? Primeiramente muito obrigado pelo espaço e parabéns a todos da Dance Club pelo óptimo trabalho que fazem com a revista. Sim iniciei minha carreira como DJ em 1986, mas já haviam outros DJs da velha guarda que já atuavam desde os anos 70. Mas posso dizer que tive a sorte de iniciar minha carreira praticamente quando o House music dava seus primeiros passos na cena mundial e isso foi ótimo para mim, pois mergulhei de cabeça neste mundo e estou até hoje. A necessidade de começar a produzir veio muito antes que eu pudesse ter o mínimo de equipamentos necessários para tal, pois sempre quis tocar o meu material e fazer as pessoas dançarem ao som de músicas criadas por mim, mas como naquela época isso custava muito dinheiro, eu usava o estúdio da rádio onde eu apresentava um programa, não era um estúdio especifico para produção de musica electrónica, mas ali consegui misturar, editar e produzir meus primeiros «beats». Isso aconteceu por volta de 1990....1991. Depois de muito trabalho, economias e muito estudo, consegui montar meu primeiro estúdio que na época (1996) era composto por várias máquinas.

mentos virtuais, efeitos, etc...Claro que é necessário outros equipamentos para uma boa finalização (masterização), portanto sem duvida o que evoluiu muito foram os processadores dos computadores e os cada vez mais completos softwares multi-pistas. Hoje em dia qual é o setup de estúdio com que você trabalha? Hardware e software? Softwares - Logic Pro 9 e Ableton Live Suite 8. Placa de som - Fast Track Pro M-audio Compressor - Art Pro VLA II Controladores MID - Akay Apc 40, Ipad 2 Teclado MID - Oxigen 49 3g M-audio Monitores de áudio - Alesis Monitor one Computadores - Macbook Pro 13», Desktop PC Phenon II X4 + 2 monitores de 22» dual vision

Durante todo esse tempo e com tanto tema produzido quais são, na sua opinião, os maiores avanços na tecnologia ao serviço da produção musical? Sem dúvida nenhuma foram muitos os avanços tecnológicos para esta aplicação. Hoje em dia você consegue produzir um faixa completa usando somente um portátil, com os excelentes softwares multi-pistas, instru-

Como começa um tema do Fabricio Medeiros, tem um método? Ou pode acontecer começar tanto pelo beat como pela melodia? Meus temas sempre começam dentro da minha cabeça e ali mesmo começo a imaginar o bassline, breaks, melodia, etc... Quando sento no estúdio para colocar em prática esta ideia, sempre início pelo kick depois o bassline e vou agregando cada elemento dentro da

Você prefere trabalhar com samples ou gravar material, vozes ou instrumentos, para depois trabalhar? Sempre fiz questão de criar os meus samples, loops, vozes, gravar instrumentos analógicos para poder aplicar em meus trabalhos para que o produto final fique o mais original possível. Raramente recorro a samples já prontos, mas quando os uso, sempre tento os substituir por algo vindo da minha livraria pessoal. Desde que comecei a produzir sempre gravei vocalistas, instrumentistas em geral para poder ter sempre um resultado singular e original.


“Hoje em dia você consegue produzir um faixa completa usando somente um portátil” dinâmica e da ideia que havia imaginado. Com isso bem pensado antes, posso levar de 2h até 5h para finalizar um tema do zero até a masterização. No seu site - www.fabriciomedeiros.com - você faz reviews a equipamentos, o que te leva a escrever sobre material? Procuro sempre estar atualizado com os equipamentos tanto para produção musical como para Djing, pois ministro mensalmente workshops e cursos para esta finalidade, com isso meus canais de e-mail, msn, skype e telefone sempre são recheados com perguntas e dúvidas sobre equipamentos e suas aplicações. Por esse motivo tentei criar um canal dentro do meu website que ajudasse as pessoas a sanar suas dúvidas sobre os equipamentos mais procurados e utilizados para estas aplicações, inclusive com vídeo aulas. Ministro cursos para Djs desde 1993 e sempre gostei de poder partilhar conhecimentos com todos, isso só ajuda a melhorar mais a cena electrónica, gostaria de poder ajudar cada vez mais e por isso decidi criar este canal de reviews no meu website. Para finalizar, qual é o upgrade técnico que você aguarda com mais ansiedade? Por acaso estou bem satisfeito com meu setup atual, mas aguardo sim um upgrade estrutural e estético para meu estúdio que irá acontecer quando eu retornar para o Brasil ao fim desta minha 7º tournée europeia. Será construído uma nova sala com dimensões maiores do que a atual e também um espaço para captação de voz isolada a 100%, bancada nova com uma melhor disposição dos equipamentos. O único upgrade técnico que deve acontecer em breve é a substituição do macbook pro por um desktop Mac Pro com 6 processadores.


CHILL OUT

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Novo ‘’som’’ à beira-mar

1/2 DPNY 3/4 TAJ Bar

Com o intuito de diferenciar da maioria das baladas, ambientes construídos com detalhes impercebíveis estão fazendo a festa de um nicho selecionado. Com a temática de apresentar ao público novas vertentes da música eletrônica, algumas casas localizadas nas regiões Sul e Sudeste estão conquistando fãs, aliando boa música, serviço de qualidade e ambientes requintados. Localizado em Curitiba(PR) e Balneário Camboriú (SC), o TAJ Bar é um mix de alta gastronomia, com boa música e ambiente aconchegante. É o local ideal para fazer aquele ‘’pré-esquenta’’ da balada, ao som de estilos ainda desconhecidos da maioria, mas que a cada momento vem conquistando novos fiéis. O TAJ Bar é um dos poucos restaurantes no Brasil que possui um casting de DJs residentes. Em Curitiba, quem comanda as picapes são os DJs Chuva, Felipe Kojake, e Diogo Mazza. Já na filial no litoral catarinense, os DJs Tiago Rangel e Leo Andreazza é que fazem o som do TAJ ser diferente a cada noite. De acordo com os DJs, os gêneros são escolhidos a dedo: nu-disco, soulful house, deep house, house, lounge music e alguns remixes de tracks que estavam no fundo do baú fazem parte de um mix musical.

Cravado nas ilhas de Ilhabela, litoral paulista, o DPNY Beach Hotel é um dos destinos principais para os endinheirados que gostam de curtir tudo o que um ambiente que une hotel e balada em uma atmosfera única e irresistível. O diferencial que coloca o DPNY no circuito internacional de um dos melhores hotéis do mundo são as idéias e a estratégias adotadas pela marca. O hotel possui o Hippie Chic, um clube de praia que além de ser animado, oferece bem mais que espreguiçadeiras, guardasóis e serviço de praia. O selo DPNY Records é a label criada para desenvolver as coletâneas mais concorridas do mercado. Através do conhecimento musical dos produtores Henrique D’ Marte e Guilherme Picorelli, do projeto Fractal Mood, a dupla já desenvolveu quatro coletâneas, ambas focando em estilos como chill out, lounge music, minimal, nu-funk, indie, lo-fi, house e vertentes. Resultado? A cada lançamento, tem gente pedindo pelo ‘’amor de Deus’’ para ganhar um. O sucesso é tanto que o DPNY caiu nas graças do ADE – Amsterdam Dance Event, uma das conferências de maior credibilidade no cenário eletrônico mundial.



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