POP ART

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ARTE POP POPULAR

Surgido na década de 1950 na Inglaterra, mas que alcançou sua maturidade na década de 1960 nos Estados Unidos.


Deboche • Com o objetivo da crítica irônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de cinquenta para um, transformando o real em hiper-real.


• Uma vez que Rauschenberg e Johns reintroduziram a imagem reconhecível, no início dos anos sessenta o palco estava armado para artistas que colhiam temas diretamente da cultura popular (pop). • Com um estrondoso WHAAM!, os quadros derivados de história em quadrinhos de Roy Lichtenstein tomaram como alvo direto a arte abstrata dos anos cinqüenta. • Além de Lichtenstein, artistas como Andy Warhol, Claes Oldenburg e James Rosenquist, todos com carreira comercial anterior, basearam seus trabalhos nas imagens dos anúncios em neon da Times Square, da comunicação de massa e da propaganda.


"Whaam!", Lichlenslein, 1963, Tate Gallery, Londres.


"Não há motivo para não considerar o mundo um grande quadro", disse Rauschenberg. • Esse retorno aos temas pictóricos figurativos estava longe de ser um retorno à tradição. • A arte pop elevou a ícones os mais crassos objetos de consumo, como hambúrgueres, louça sanitária, cortadores de grama, estojos de batom, pilhas de espaguete e celebridades como Elvis Presley. • Os artistas pop também faziam arte impessoal, reproduzindo garrafas de Coca-Cola ou caixas de sabão em pó num estilo anônimo, lustroso como um impresso. Com espírito bem-humorado, a nova arte apagava a pretensão da pintura de ação.


• Em 1962, os artistas pop despontavam no superestrelato como cometas nos quadrinhos de super-heróis. • Era fácil gostar do pop. As cores brilhantes, os desenhos dinâmicos - às vezes ampliados em tamanho heróico - e a qualidade mecânica lhe davam uma lustrosa familiaridade. • Da noite para o dia, o pop se tornou um fenômeno de marketing tanto quanto um novo movimento artístico. Os colecionadores comparavam a disparada dos preços com a alta de suas ações da IBM. • Enquanto isso, o estoque ultrapassado do Expressionismo Abstrato deixava as galerias fora de combate. Um invejoso colocou um cartaz ao lado da exposição de latas de sopa Campbell de Warhol: "Compre a própria por 29 cents."


• Para o arquiteto Philip Johnson, colecionador de pop, arte era mais que o enriquecimento financeiro. • "O que a arte pop fez por mim foi tornar o mundo um lugar mais prazeroso para viver", ele disse. "Vejo as coisas com um olhar totalmente diferente - em Coney Island, nos cartazes, nas garrafas de Coca-Cola. Uma das obrigações da arte é fazer você olhar o mundo com prazer. A arte pop é o único movimento neste século que tentou fazer isso."


LICHTENSTEIN:

IMAGENS DOS QUADRINHOS


Deboche ou arte? • Desde 1962, o artista pop americano Roy Lichtenstein (nasc. 1923) vinha parodiando a violência impensada e o romance assexuado das histórias em quadrinhos, que revelam a futilidade da cultura americana. • Lichtenstein diz que pintava quadrinhos de guerra e berrantes romances melodramáticos porque "era difícil fazer um quadro suficientemente desprezível, a ponto de ninguém querer pendurá-Ia. • Todo mundo pendurada tudo. • Até pendurar um trapo gotejante era aceitável. [Mas] a única coisa que todo mundo odiava era a arte comercial, Ao que parece, não a odiavam tanto assim também."


• O estilo característico de Lichtenstein toma emprestados temas e técnicas das revistas em quadrinhos. Usando cores primárias berrantes com branco e preto, e/e delineia formas simplifica das, incorporando pontos mecânicos de impressão (benday) e imagens estereotipadas, Ampliando os painéis da revista para o tamanho de cartazes, Lichtenstein agride o espectador com sua trivialidade.


Kiss V by Roy Lichtenstein


Roy Lichtenstein, "Tintin in the New World," 1993





Go for Baroque 1979


Roy Lichtenstein (1923-1997) American


Roy Lichtenstein (1923-1997) American


Cubist Still Life by Roy Lichtenstein, 1974


Roy Lichtenstein (1923– 1997), Girl with Tear III, 1977. Oil and magna on canvas, 46 x 40 inches.


Roy Lichtenstein, Femme d’Alger, 1963


WARHOL

O PAPA DO POP


ARTE FORA DOS MUSEUS • Quem já esteve num museu de arte conhece o pintor americano Andy Warhol (1930-87). • Warhol pegava seus temas nas prateleiras de supermercados e nas manchetes de tablóides e apresentava uma produção de massa com imagens de Marilyn Monroe ou de latas de sopa Campbell, numa espécie de linha de montagem, repetindo a imagem por meio de silk-screen. • As imagens populares trouxeram a arte para fora dos museus.


• "Depois que você vê o pop", disse Warhol, "não pode mais ver os Estados Unidos da mesma maneira." • Warhol não só forçou o público a reexaminar as cercanias de seu cotidiano, mas marcou a perda de identidade na sociedade industrial. • "Pinto isso porque eu queria ser uma máquina", ele dizia. • Warhol adorava fazer declarações cínicas, que causassem escândalo: "Acho que seria sensacional se' todo mundo fosse idêntico", ou "Quero que todo mundo pense da me;ma maneira. Acho que todo mundo devia ser máquina." • Tão logo os críticos chegaram à conclusão de que sua medonha peruca platinada, a maquiagem pálida e os óculos escuros escondiam um incisivo comentarista social. • Warhol acabou com a história: "Se querem conhecer Andy Warhol, olhem para a superfície dos meus quadros, dos meus filmes, para mim, e isso sou eu. Não há nada por trás disso."


Sua Vida • Warhol começou como um bem-sucedido ilustrador de propaganda de sapatos. • Morava em Nova York com a mãe e 25 gatos. • Em 1960, fez quadros acrílicos de Super-Homem, Batman e Dick Tracy. • Entre 1962-65, acrescentou as famosas latas de sopa, garrafas de Coca-Cola, signos do dólar, retratos de celebridades e cenas de catástrofes diretamente do National Inquirer. • Autopromotor por natureza, Warhol fez de si mesmo uma sensação da mídia e instalou sua corte num estúdio no centro da cidade, chamado The Factory (A Fábrica).



a la recherche du shoe perdu








Red Explosion, c.1963


FILMES • De 1963 a 68, Warhol fez mais de sessenta filmes que atingiam novas dimensões da banalidade. Um filme mudo, "Sleep" ("Sono"), tem seis horas de duração, captando cada não nuance de um homem dormindo. "Gosto de coisas chatas", dizia ele.


"Andy mostrou o horror do nosso tempo tão resolutamente quanto Goya em sua época", disse o pintor contemporâneo Julian Schnabel. • Embora os trabalhos de Andy Warhol sejam imediatamente identificáveis, ele se opunha ao conceito de arte como objeto feito à mão expressando a personalidade do artista. Ao fazer arte a partir do cotidiano, em suas múltiplas imagens repetidas infinitamente como nos anúncios de saturação, ele trouxe a arte para as massas. Se a arte reflete a alma da sociedade, o legado de Warhol é nos levar a ver a vida americana como repetitiva e despersonalizada.


• “Andy Warhol pega a imagem dos circuitos de informação de massas(...) vemos a mesma imagem muitas vezes no jornal(...) Acabamos por reconhecê-la sem observá-la,... Warhol propõe também o problema do valor: ao apresentar imagens “consumidas” apresenta uma imagem residual que é mais consumível e, que, portanto, se sedimenta de forma inerte, com muitas outras, no inconsciente coletivo.” Argan




OLDENBURG: METAMORFOSE Escala Gigante


. "Quero que as pessoas se acostumem a reconhecer a força dos objetos" • Envolvido entre 1959 e 1965 com happpenings, uma forma inicial de arte performática, o escultor americano Claes Oldenburg (nasc. 1929) desenvolveu ampliações tridimensionais de objetos do cotidiano em grandes proporções. "Quero que as pessoas se acostumem a reconhecer a força dos objetos", disse Oldenburg. Os objetos comuns, segundo ele, "contêm uma magia funcional contemporânea", mas perdemos essa capacidade de apreciação porque nos focalizamos em seu uso.


"A gravidade é minha principal criadora de formas", • As esculturas moles de Oldenburg equivalem a versões em 3-D dos relógios derretidos de Dalí, As ampliações e as transmutações "devolvem a força ao objeto", ele disse, porque desorientam o espectador e lhe dão uma sacudidela para sair do torpor. O "Toalete Mole", por exemplo, vira do avesso a expectativa de quem vê a obra. O que deveria ser rígido é mole e bambo, o que deveria ser sanitário parece anti-higiênico.




"Eu altero .para desdobrar o objeto", dizia Oldenburg, para nos fazer "ver", possivelmente pela primeira vez, um objeto que olhamos todos os dias.





Claes Oldenburg and Coosje van Bruggen. 1985-1988. Spoonbridge and cherry. Aluminum, stainless steel, paint


Clothespin, 1976



Balancing Tools, sculpture on the Vitra company premises, Weil am Rhein, Germany.



Flying Pins (2000), Claes Oldenburg, por


Pop Arte no Brasil A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi subvertido, pois, nosso pop usou da mesma linguagem, mas transformou-a em instrumento de denúncia política e social.


• A década de 60 foi de grande efervescência para as artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também assimilaram os expedientes da pop Arte como o uso das impressões em silkscreen e as referências aos gibis. • Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar e Antonio Henrique Amaral


Wesley Duke Lee


• Wesley Duke Lee cursou «desenho livre» do Museu de Arte de São Paulo em 1951; estudou na «Parson's School of Design» NYC até 1955. Em 1957 tornou-se aluno do pintor Karl Plattner (*Malles, Bolzano, It., 1919; +Milão, 1986 - pintor-gravador italiano cujas obras apresentam uma extrema nitidez e transparência produto da realidade arcaica e campesina de suas origens, apesar de fantásticas e de endereço expressionista), com quem estuda e trabalha em São Paulo, na Itália e na Áustria até 1960. Neste período, vive também em Paris, freqüenta a «Académie de la Grande Chaumière» e o atelier do gravador e pintor abstrato Johnny Gotthard Friedlaender (*Silesia, 1912; +1922; o qual dividia seu tempo entre a França e os EE.UU. onde ensinou e publicou suas mais importantes gravuras). Retorna ao Brasil em 1960, e é um dos primeiros artistas a explorar as técnicas da têmpera medieval ao computador gráfico, passando pela pintura a óleo, acrílica, ambiente e instalação, onde o desenho e a cor sempre foram os termos fixos de todo o seu trabalho.



A foto foi tirada no estĂşdio do Wesley Duke Lee, em 2 Dezembro 2005.



Cartografia AnĂ­mica 776 56 x 76 cm. colagem de xerox a cor


Grupo REX • Uma das coisas mais interessantes que aconteceu na História da Arte Brasileira, e se nos esquecermos do senso de inferioridade típico de qualquer brasileiro colocaríamos na História da Arte Mundial, foi o Grupo Rex. • O grupo era formado por Carlos Farjado, Frederico Nasser, Geraldo de Barros, José Resende, Nelson Leirner e Wesley Duke Lee. Começou em junho de 66 e acabou em maio de 67. • Era um grupo que se preocupava em criticar acidamente todo o sistema vigente da arte da época, desde a posição dos críticos até a arte sendo tratada como mercadoria, passando pelas glamorosas bienais de arte. Mas tudo isso com um humor impagável que com certeza fazia arrepiar os pelinhos do braço de qualquer teórico respeitado.


"Regulamento Rex” •

1.Laizer – Passer (não fura a bola) 2.Laizer - Faire (deixa a gente jogar) 3.Acreditar piamente na imortalidade da Alma (por uma questão de conforto) 4.Acatar a autoridade constituída (a unidade Rex) 5.Manter o Bom-Humor a todo pano (...o Bom-Humor nosso, não o dos outros) 6.A Pena e a Espada dominam o mundo, a Vaselina supera as duas 7.Eu sou um cavalo velho, que venho de todas as guerras e batalhas, e não estou ligando para nada 8.Nós vemos tudo, ouvimos tudo, falamos tudo e eles não vêem nada, não ouvem nada, e não dizem nada (a não ser o que todo mundo sabe) 9.A vida é feita de detalhes(ou nuances, como queira) 10.Uma coisa puxa a outra

11.Toda guerra é uma festa, toda festa é uma guerra 12.Quando todos estão brincando, nós estamos trabalhando, e quando todos estão trabalhando, nós estamos dormindo! 13.Nada se cria, nada se perde, e dá tudo sempre na mesma, e vamos acabar com essa conversa, seu convencido!


Geraldo de Barros


Geraldo de Barros • Iniciou sua carreira dedicando-se à pintura de figura e paisagens, mas tornou-se conhecido ao estabelecer vínculos com a arte experimental. Foi um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil também é considerado um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro. • As imagens de Geraldo de Barros se formam a partir da desconstrução. O efêmero, o fragmento, o tempo, o descontínuo, a ação estão presentes em suas obras. A partir da reordenação de elementos, cria uma nova composição. Em seus trabalhos estão sempre presentes as questões sociais e urbanas, além da inquietude diante da relação entra e a arte e a sociedade.


FOTOGRAFIA • Foi da geometria à arte pop, voltando à geometria, mas sempre retornando ao desenho industrial e a fotografia. Ao entrar em contato com a fotografia se apaixona, seu olhar se aguça, passa a criar interferências, recriar a imagem. Sofrendo influências do movimento construtivista e da arte concreta, muda sua visão de representação da realidade e lhe aplica novas regras. Suas fotoformas representam uma nova era no processo de fotografia no Brasil, dá a ela novas possibilidades, onde esta deixa o campo da mera representação e passa a ser considerada uma nova linguagem artística. Explora ao máximo todas as possibilidades de manipulação do negativo. A fotografia lhe permitia a possibilidade do erro, e para Geraldo era importante errar.


Geraldo de BarrosFunção Diagonal -1952


Geraldo De Barros...Sans triste (1948, Sao Paulo, Foto Formas 9/15, Photo noir/blanc).


Geraldo de Barros


Geraldo de Barros

S/T 90 x 90 cm montagem em plรกstico laminado.





JOSÉ REZENDE


JOSÉ REZENDE • Funda, em 1970, o “Centro de Experimentação Artística Escola Brasil” com Baravelli, Fajardo e Nasser, no bairro de Indianópolis na cidade de São Paulo, um “centro de experimentação artística dedicado a desenvolver a capacidade criativa do indivíduo”. Publicam paralelamente a apostila Dois Pontos que tinha como objetivo divulgar idéias sobre as manifestações da arte visual nacional e internacional para os alunos da escola e interessados. No primeiro volume, Resende escreve o artigo “Sobre escultura” onde afirma que: “A função da cultura (e da Arte, por extensão) não é resolver problemas nem propor alternativas, mas criar problemas e aguçar a necessidade de decidir.”


• Resende dirige e edita com Cildo Meirelles, Carlos Vergara, Ronaldo Brito, Rubens Gerchman, Bernardo de Vilhena, Carlos Zilio, Waltercio Caldas e Luiz Baravelli a revista Malasartes; no número 1 publica o artigo “Formação do artista no Brasil” onde afirma que “o artista brasileiro tem surgido de uma formação próxima do autodidatismo”. Resende acredita que “foi através de ações como esta que, em certos momentos, mantivemos a condição de continuarmos existindo como artistas”. • Nesse mesmo ano, participa do “7o Panorama de Arte Atual Brasileira” do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Ganha o prêmio estímulo da Caixa Econômica Federal. No ano seguinte, Resende começa a dar aulas no Departamento de Escultura da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado e torna-se professor titular de linguagem arquitetônica e chefe de departamento na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas.








o escultor José Resende apresenta a exposição "Acasalamentos" onde mostra 36 esculturas recentes em bronze, resina, acrílico, nebulizadores de água e cabo de aço, criando na galeria um ambiente lírico e renovador em sua poética. O título da exposição pouco revela sobre o ponto de partida de Resende para a produção da nova série, entretanto os trabalhos mostram o emprego da palavra num meio mais inusitado; sabonetes que derretem sobre os outros servem de moldes para algumas das esculturas exibidas na grande instalação. A solução clara, elegante, de articulações plásticas tensas e precárias distingue prontamente uma escultura de José Resende. A disparidade de materiais, o recurso a laços, nós e dobras como agente de sustentação, até a sua posição circunstancial no ambiente, tudo converge para uma configuração positiva que testemunha a maleabilidade inesgotável do espaço, a disponibilidade essencialmente plástica do mundo. E um fator surpresa intrínseco reforça a sensação de estar frente a uma lírica desinibida capaz de assimilar toda e qualquer matéria, armar situações tão diversas e imprevistas quanto convicentes, e de imediato singularizá-las, torná-las por assim dizer únicas. Em suma, autenticá-las mediante o poder e a graça da autoria, escreveu o crítico Ronaldo Brito para o artista.





"NELSON LEIRNER"


ELE • Artista da cidade e cinicamente duchampiano, com carga explosiva equivalente aos mais ferozes canibais do mundo, outro genial inventor de situações. Achou curioso Duchamp. Comeu-o. Nelson Leirner é outra presença importante nesta festa, pelos passos decididos em direção ao novo conseqüente, ao irreverente.


Nelson Leirner, Sotheby’s, 2000


Nelson Leirner, Sem Título (da série "Assim é... se lhe parece" 7), 2003, fotografia 180 x 270 cm. Cortesia Galeria Brito Cimino


• Jornal Jovem - Nós sabemos que a arte tem, por uma de suas metas, refletir o contexto social de sua época. Como ela se caracteriza nos tempos atuais e o que estaria refletindo sobre o mundo em que vivemos? • Nelson - Sua pergunta já contem a resposta. A violência, a crítica, a ironia são maneiras que o artista tem em mandar sua mensagem, sem ser literária e panfletista o que faz da arte cada vez mais codificada e com uma leitura em que somente os conhecedores da arte conseguem observar seu conceito. • Jornal Jovem - A arte pode funcionar como uma válvula de escape para manter uma maior equilíbrio emocional tanto daqueles que a "consomem" quanto dos que a produzem? Como? • Nelson - Não vejo arte como válvula de escape, ela não alivia bem ao contrário ela comprime.


• Jornal Jovem - A cultura de massa e o constante apelo midiático pelo consumo se vêem refletidos nas expressões artísticas contemporâneas? Como? • Nelson - A sociedade aprendeu através do consumo não ser mais atingida pelo artista. É um processo sado masoquista e exemplificarei usando um ditado popular “Bate que eu gosto" • Jornal Jovem - Como você vê o momento cultural no dias de hoje? A arte, em termos gerais, está empobrecendo ou mais uma vez cumpre com seu papel de refletir a sociedade? • Nelson - O movimento cultural é intenso, ele acaba cada vez mais ajudando a comercialização da arte pois o artista hoje é um mero instrumento de todo este universo que o circunda.


Nelson Leirner, Globo (da sĂŠrie "Assim ĂŠ... se lhe parece" 3), 2003, adesivo sobre plĂĄstico 45 x 32,5 x 30,5 cm. Cortesia Galeria Brito Cimino


Nelson Leirner "S/titulo" Serigrafia (edição 5/7). 1997


FUTEBOL, 2001 Installation .





Nelson Leirner - Zona Franca



1a Missa no Brasil


De Pollockcow a Déjà Vu


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