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ALGARVE INFORMATIVO Revista semanal - 22 de junho, 2019

NOITE BLACK & WHITE | «CABARET DO ESQUECIMENTO» | NOITE PRATA | ESTÚDIO T 1 ALGARVE INFORMATIVO #207 OLHÃO FEZ FRENTE A NAPOLEÃO | «MERCADO FORA D’HORAS» | MARCHAS DE LAGOS


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CONTEÚDOS #207 22 DE JUNHO, 2019 20

ARTIGOS 10 - Dia da Cidade de Olhão 20 - Mercado Fora d’Horas 32 - Marchas de Lagos 44 - Olhão fez frente a Napoleão 56 - Noite Black & White 66 - Noite Prata 80 - «Cabaret do Esquecimento» 96 - Festival de Dança Estúdio T 108 - Mariza em Olhão 120 - Kickboxing em Messines 142 - Atualidade

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OPINIÃO 130 - Paulo Cunha 132 - Ana Isabel Soares 134 - Adília César 136 - Fábio Jesuíno 138 - Fernando Esteves Pinto ALGARVE INFORMATIVO #207

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MUNICÍPIO DE OLHÃO DIVULGOU OBRAS E HOMENAGEOU FUNCIONÁRIOS, ALUNOS E INDIVIDUALIDADES NO DIA DA CIDADE Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

lhão comemorou, no dia 16 de junho, o seu Dia da Cidade, com o feriado municipal a assinalar os 211 anos sobre o levantamento popular que, em 1808, ALGARVE INFORMATIVO #207

aquando da ocupação francesa, culminou na expulsão das tropas napoleónicas de Olhão. As comemorações deste ano foram presididas pelo Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, e a ocasião serviu de mote para o presidente da autarquia, 10


António Miguel Pina, apresentar alguns projetos importantes para o concelho, nomeadamente o novo parque de estacionamento, que disponibilizará muito em breve, às portas do centro da cidade, perto de 600 lugares de estacionamento. O equipamento, junto ao porto de pesca, nas antigas instalações da Bela Olhão, é o resultado de um investimento municipal que pretende ser mais uma solução de estacionamento, quer para olhanenses, quer para quem visita a cidade, particularmente no período de verão. “Olhão não tem problemas graves de estacionamento. Temos, isso sim, que mudar mentalidades no que diz respeito à mobilidade urbana. Dispomos, neste momento, de 600 lugares de estacionamento numa zona estratégica, 11

a partir da qual se pode chegar a qualquer ponto da cidade”, afirmou o edil, que anunciou ainda que o parque será servido, a breve trecho, por um circuito de transportes públicos que passará pela zona ribeirinha, criando, “um interface de transportes que dinamizará a mobilidade na cidade”, por um valor que não excederá os 2,5 euros diários. O investimento da autarquia na compra das antigas instalações da Bela Olhão será também rentabilizado com a transferência, no futuro, das oficinas e outros serviços técnicos para a parte do edifício que se encontra ainda por utilizar. O Dia da Cidade motivou igualmente visitas a obras que se encontram a decorrer, com destaque para a ALGARVE INFORMATIVO #207


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requalificação da Escola EB1 N.º 5, em Quelfes, o arranjo paisagístico do Jardim Horta Dr. Pádua, entre outros melhoramentos no âmbito do Programa Cuidar do Condomínio. Uma vez concluída a intervenção, a escola ficará dotada com nove salas de aula, um novo edifício com refeitório, biblioteca, sala polivalente, sala multideficiência e uma nova sala de professores, num investimento de cerca de 1,6 milhões de euros. Quanto ao jardim, com uma área de quatro mil e 500 metros quadrados e um investimento de 290 mil euros, contemplará uma grande área relvada, um anfiteatro, parque infantil, parque geriátrico, zona de manutenção, quiosque e esplanada. Durante a cerimónia do hastear das bandeiras, António Miguel Pina dirigiu-se aos Bombeiros Municipais e, a propósito da nova sede dos soldados da paz, 13

adiantou que o projeto de 1,6 milhões de euros está concluído. Outra entidade cuja nova sede vai ver a luz do dia em breve, “expetavelmente já no próximo ano”, é a Banda Filarmónica 1.º de Dezembro de Moncarapacho. “A empreitada já foi adjudicada e as obras têm início em julho”, adiantou António Miguel Pina. Já no seu discurso durante a habitual Sessão Solene no Salão Nobre, o edil lembrou que “Olhão é hoje, aos olhos de muitos, seja no Algarve, no resto do País ou no estrangeiro, um concelho onde há crescimento económico, dinâmica cultural, turismo sustentado e inovador, modernidade e boas perspetivas de crescimento”. “Atraímos a Olhão novos habitantes estrangeiros que recuperaram o edificado das zonas degradadas da barreta e do levante, possibilitandoALGARVE INFORMATIVO #207


lhes viver numa cidade mágica e com alma, tendo como vista privilegiada a nossa maravilhosa Ria Formosa e convivendo de perto com a «alma olhanense». Ao mesmo tempo, temos vindo a estudar, analisar, reorganizar e projetar novas obras e investimentos para todo o concelho. Com o empenho e contributo de todos, a nossa estratégia e o nosso trabalho deu, e dará, muitos frutos”. Nas palavras de António Miguel Pina, o objetivo é continuar a trabalhar para se criarem em Olhão as condições necessárias para mais investimento, para mais e melhor empregabilidade, para se ter habitação acessível para os olhanenses, “sem descurar a manutenção deste grande condomínio onde todos vivemos e que queremos ver cuidado e aprazível”. “Temos vindo a planear obras que garantidamente irão transformar Olhão nos próximos 20 anos. Um dos pilares duma sociedade moderna, democrática e virada para o futuro é a Educação e, nos próximos dois anos, vamos requalificar o nosso parque escolar, investindo mais de oito milhões de euros. Beneficiaremos cerca de mil e 400 alunos, modernizaremos mais de 70 salas de aula e iremos dar início a um estudo exaustivo das necessidades concelhias, com especial enfoque na faixa etária dos 1 aos 3 anos”, adiantou o presidente da Câmara Municipal de Olhão. Ainda na educação, António Miguel Pina recordou que já se equiparam todas as salas do pré-escolar e 1.º ciclo com equipamentos de projeção e quadros interativos e que vão ser oferecidos, no ano letivo de 2019/2020, tablets aos 4.º, ALGARVE INFORMATIVO #207

7.º e 10.º anos. “Este programa, cujo investimento rondará os 900 mil euros, chegará a todos os alunos nos próximos três anos”, assegurou, antes de abordar a vida económica do concelho e sublinhar a descida da taxa de desemprego de 11 para menos de 4 por cento nos últimos anos. “O desenvolvimento agrícola tem criado empregabilidade, porém, não nos iludamos, a grande maioria são cidadão estrangeiros. Outra das nossas preocupações é o tipo de agricultura que se pratica, com elevados níveis de consumo de água. Devemos, juntamente com as entidades competentes e a Universidade do Algarve, estudar, analisar e encontrar opções de plantio adequadas à nossa região”, defendeu.

TURISMO DE QUALIDADE E NÃO DE QUANTIDADE O setor das pescas e empresas transformadoras de pescado também não atravessa dias fáceis, face à diminuição abrupta dos stocks de pescado, nomeadamente da sardinha e carapau, bem como à redução das quotas e dos meses de pesca, “traduzindo-se no desaparecimento de embarcações e mais desemprego neste setor”. “Felizmente, temos vimos a assistir a um grande investimento na área da aquicultura ou aquacultura offshore, acreditando ser esta a única saída para combater este problema, permitindo a empregabilidade dos muitos desempregados do setor. Estamos atentos e disponíveis para apoiar, seja 14


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ultrapassando alguma burocracia ou ajudando na internacionalização”, apontou o edil olhanense. Mas foi, de facto, no setor turístico que se deu o maior crescimento económico de Olhão e o desejo é ter um turismo de qualidade e não de quantidade. “O grande «clique» deu-se com construção de um hotel de cinco estrelas na frente ribeirinha e a eleição da Ria Formosa como uma das 7 Maravilhas de Portugal. Fomos crescendo e tendo visibilidade, mas recordo que é um processo lento e que não aconteceu por acaso. Tínhamos uma estratégia de crescimento e promocional e, juntamente com alguns agentes económicos ligados ao setor, fomos colocando Olhão como um destino turístico único e de qualidade. Mas a realidade é que todos os anos aparecem novos destinos turísticos, ALGARVE INFORMATIVO #207

todos os meses muitos se reinventam por força da concorrência e da modernidade”, alertou António Miguel Pina, daí que tenha sido encomendado à Universidade do Algarve um Plano de Desenvolvimento Turístico para Olhão, cuja primeira fase foi recentemente apresentada. A par da requalificação da Avenida 5 de Outubro e das obras para os jardins da zona ribeirinha, António Miguel Pina destacou a futura requalificação da entrada poente, para onde está prevista uma zona ajardinada com cerca de 26 mil metros quadrados, estendendo-se até à Ria Formosa. “Colocaremos neste espaço mobiliário urbano, desportivo e de lazer e será o maior espaço verde em Olhão. Os jardins de areia, com 30 mil metros quadrados de intervenção, estão igualmente em fase de estudo. 16


Na Av. 16 de Junho, desde a zona do Clube Naval até à entrada do Porto de Pesca, iremos criar espaços verdes e zonas pedonais, alguns apoios de restauração, bem como requalificar a antiga lota e o Porto de Pesca. Neste último equipamento, desajustado à realidade, irá ser criado um novo espelho de água (Marina) para embarcações de grande porte”, anunciou o autarca. Habitação a custos controlados e uma rede de berçários/creches com valores mensais igualmente ajustados são outros objetivos do executivo liderado por António Miguel Pina, que declarou que, até ao final do ano, estará concluído o Plano Estratégico Municipal para a habitação. Na rede de transportes urbanos está em curso um estudo que visa adequar as linhas existentes à nova realidade dos utilizadores, bem como criar novas linhas, 17

permitindo uma maior mobilidade ao centro da cidade dos habitantes de Moncarapacho, Pechão e da zona norte de Quelfes. As ciclovias serão igualmente uma realidade até ao final de 2019, com Olhão a ser um dos concelhos do Algarve com mais quilómetros exclusivamente para peões e ciclistas. “Muito brevemente poderemos ir da Fuseta a Faro de bicicleta ou a pé”, antevê. “Um concelho precisa de planeamento urbanístico, por isso, estamos a terminar a revisão da reserva ecológica e até ao final do ano ficará concluída a revisão da reserva agrícola. Com estes dois documentos estamos em condições de avançar para a revisão do PDM, que esperamos terminar até ao final de 2021”, salientou ainda António Miguel Pina . ALGARVE INFORMATIVO #207


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MERCADO FORA D’HORAS PROMOVEU CULTURA E GASTRONOMIA DE SILVES Texto: Daniel Pina | Fotografia: Vítor Pina tacto deu o mote, no dia 12 de junho, para mais um Mercado Fora d'Horas no Mercado Municipal de Silves, já uma referência na região pela sua mensagem e singularidade enquanto evento gastronómico vinculado à cultura local e ao design comunitário. Exploraram-se novamente as qualidades gastronómicas ALGARVE INFORMATIVO #207

deste local estratégico de abastecimento de bens, da base da alimentação local, de tradições alimentares, de gentes, de convivialidade e socialização, num ponto de convergência entre o rural e o urbano, o comunitário e o público, que se uniram numa festa para celebrar a cultura dos mercados. O aspeto visual e a programação do Mercado Fora d'Horas concentram-se na 20


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promoção ideológica e lúdica da defesa de um consumo de proximidade e de apoio ao pequeno produtor para solucionar questões importantes, tanto para a economia local, como para um ecossistema planetário saudável. A atmosfera do mercado metamorfoseia-se numa noite criativa, onde se misturam valores tradicionais com a contemporaneidade. O evento, como é costume, foi de entrada livre e o visitante teve a oportunidade de adquirir bens de produção local e experimentar uma noite diferente em torno da gastronomia local. Houve lugar à apresentação de produtores ALGARVE INFORMATIVO #207

e a uma exposição temática, mercado de artesanato, jogos sobre produção local, momentos relacionados com gastronomia e muita música e animação de rua. E, depois do tacto, a dose repete-se, a 10 de julho, desta vez com um Mercado Fora d’Horas subordinado ao paladar, para encerrar um ciclo sobre os sentidos iniciado há dois anos. A organização do evento é da Junta de Freguesia de Silves, com o apoio do Município de, estando a gestão do projeto Design Social Consumirlocal a cargo de Alexandra dos Santos e da Junta de Freguesia de Silves . 22


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LAGOS VOLTOU A ORGANIZAR AS SUAS MARCHAS POPULARES NA PRAÇA DO INFANTE Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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elo terceiro ano consecutivo, a Câmara Municipal de Lagos organizou as Marchas Populares num recinto preparado para o efeito instalado na Praça do Infante, nos dias 13, 14 e 15 de junho, para satisfação dos milhares de residentes e turistas desejosos de assistir ao vivo a esta rica tradição portuguesa. Ao longo dos três dias atuaram 14 marchas, nove locais e cinco convidadas, que envolveram mais de 500 marchantes e vários artistas musicais. No dia 13 apresentaram-se as marchas do Jardim de Infância de Sagres, do ALGARVE INFORMATIVO #207

CCDTCML – Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Lagos, da Santa Casa da Misericórdia de Lagos – Lar Rainha D. Leonor, da Sociedade Musical de Cascais, do Clube Desportivo de Odiáxere e das Paróquias da Raposeira, Vila do Bispo e Sagres. Seguiu-se a estreia da Marcha de Lagos 2019, da autoria de Armindo Gaspar, com arranjos musicais de Paulo Ribeiro e interpretação de Filipa Sousa, cantora algarvia que venceu, em 2012, o Festival RTP da Canção. Antes disso, a animação começou com um momento musical pela fadista Ana Marques, acompanhada por Ricardo Martins 34


(guitarra portuguesa), José Santana (guitarra clássica) e Duarte Costa (baixo). No fim, houve lugar a um baile animado por Rita Melo. No dia 14 foi a vez de desfilarem as marchas da NECI – Núcleo Especializado para o Cidadão Incluso, da Santa Casa da Misericórdia de Lagos – Lar Filipe Fialho, do Externato Jardim Infantil da Torraltinha e da Rua Gago Coutinho (Quarteira). Antes das marchas atuou o conhecido e conceituado acordeonista lacobrigense Tino Costa e a Marcha de Lagos voltou a ser apresentada para quem não teve oportunidade de assistir na véspera. Para terminar a noite em beleza realizou-se um baile com Cláudio Rosário. No derradeiro dia preencheram o recinto da Praça do Infante as Marchas do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas de 35

Lagos, do CASLAS - Centro Comunitário Duna, da Bordeira, de S. João da Praia da Assenta, de Torres Vedras – convidada no âmbito da geminação existente entre os dois Municípios – e do Clube Artístico Lacobrigense, instituição fundada em 1872 e cuja atividade muito tem contribuído para a preservação das tradições e festas populares. A animação esteve também a cargo do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere e o baile foi conduzido por Humberto Silva. As Marchas Populares Lagos 2019 foram organizadas pelo Município de Lagos e pela Junta de Freguesia de São Gonçalo, contando com o apoio da Prolagos, associação que dinamiza a participação do comércio local nas tasquinhas, e da ALGAR, uma vez que este também foi um Ecoevento . ALGARVE INFORMATIVO #207


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OLHÃO RECORDOU INSURREIÇÃO DE 1808 CONTRA AS TROPAS Texto: Daniel Pina NAPOLEÓNICAS Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #207

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m dos momentos altos do programa deste ano das comemorações do Dia de Olhão foi a recriação histórica da revolta dos olhanenses contra as tropas francesas. A dramatização «O dia em que Olhão fez frente a Napoleão» dividiu-se por dois dias e passou por vários pontos do concelho. A ação começou, a 12 de junho, em Moncarapacho, Fuzeta, Pechão, Quelfes e Olhão, com os franceses a pressionarem a população local, usurpando os seus bens e agredindo e fazendo prisioneiros os ALGARVE INFORMATIVO #207

olhanenses insubordinados que erguiam a bandeira portuguesa. É em Olhão que se dá o levantamento popular, com o Coronel Lopes de Sousa a rasgar o edital de Junot de 1808 e a incitar os olhanenses a revoltarem-se. Lopes de Sousa é eleito chefe pelos presentes, que, sob o seu comando, prenderam os militares franceses. O coronel avisa que provavelmente virão franceses de Tavira e Vila Real de Santo António para se juntarem aos de Faro para atacarem o Lugar de Olhão e decidem organizar uma emboscada na Ponte de Quelfes. E foi a isso mesmo que se assistiu no seguindo dia da 46


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dramatização, com os olhanenses a surpreenderem as tropas francesas junto à Ponte de Quelfes, seguindo-se a perseguição do Sítio do Joial à Meia Légua. Marítimos olhanenses reúnem-se depois junto ao Senhor dos Aflitos e seguem para o caíque «Bom Sucesso», de onde partem para o Brasil para levarem a notícia ao Rei. Recorde-se que, aquando da ocupação francesa do Algarve, em 1808, surgiu em Olhão, a 16 de junho, um levantamento popular contra os abusos dos invasores. Esta revolta culminou com a expulsão dos franceses do lugar de Olhão e, por impulso, de todo o Algarve. No mês seguinte, embarcam para o Brasil 17 homens de Olhão no caíque «Bom Sucesso», com a missão de comunicar à Corte da Colónia a novidade da expulsão. A tripulação levara uma missiva extraoficial, na qual estava descrita a audaciosa atitude que os olhanenses tomaram nessa revolta. A recompensa traduziu-se num Alvará com força de Lei, com que o Príncipe-Regente resolveu distinguir Olhão e os seus habitantes, passando de Lugar a Vila, e ordenando que se denominasse Vila de Olhão da Restauração . ALGARVE INFORMATIVO #207

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MILHARES VIBRARAM NO CARVOEIRO COM MAIS UMA FANTÁSTICA NOITE BLACK & WHITE Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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noite de sábado, 15 de junho, voltou a encher a Praia do Carvoeiro de cor, música e alegria, com a realização de mais uma Noite Black & White. Desde 2014 que dezenas de milhares de pessoas se vestem de preto e branco e, durante uma noite, tornam-se habitantes desta vila costeira do concelho de Lagoa, passeando pelas ruas, descendo à praia e voltando a subir aos locais mais panorâmicos, sempre acompanhados pelas muitas músicas e outras linguagens artísticas que surgem de cantos recônditos ou em palcos mais ou menos improvisados. A sexta edição da Noite Black & White começou com a fadista Raquel Peters, teve o percussionista Vasco Ramalho a espalhar os sons da sua marimba logo à entrada da Rua dos Pescadores e a animação continuou pela Estrada do Farol, que foi cenário de múltiplas performances. O duo «The Bossa Alibi» proporcionou um «jazz lounge» baseado em músicas dos anos 50 e 60 e, em particular, na Bossa Nova e, no Anfiteatro do Carvoeiro, «The Piano Man Band» brilhou com covers intemporais e assistiu-se à Vintage Fire Performance. Em boa forma se mostraram novamente os The Bottles, que convocaram o público para os anos loucos da década de 60 e para os sucessos musicais que marcaram toda uma geração. E, um pouco mais acima da artéria, ouviram-se os «hits» mais dançáveis dos anos 70, 80 e 90 numa extraordinária seleção do DJ Mark Guedes, o responsável pelo programa semanal «Flash Dance» da M80. À meia-noite, o areal da praia foi palco de um espetáculo de fogo-de-artifício sincronizado com música épica e a festa continuou até de madrugada, numa imensa pista de dança ao rubro com o DJ Deelight e os melhores êxitos da «pop house» . ALGARVE INFORMATIVO #207

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SÃO BRÁS DE ALPORTEL VESTIU-SE DE PRATA EM MAIS UMA NOITE CHEIA DE GLAMOUR, MÚSICA E TRADIÇÃO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Irina Kuptsova

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ão Brás de Alportel foi palco, a 15 de junho, de mais um evento cinco estrelas, daqueles que perduram na memória e que causam inveja a quem lá não pode estar. Falamos, claro, da Noite Prata, que contou com um intenso programa de animação de rua, vários concertos musicais e muita diversão a pensar em toda a família. O comércio local também esteve de portas abertas para receber os clientes com promoções aliciantes e, ao fazer-se uma aquisição, ainda nos habilitávamos a um sorteio de vales de compras.

Portugal». Mas as atuações da Orquestra Clássica do Sul, no Largo de São Sebastião, e de Fernando Leal, na Av. da Liberdade, também foram muito apreciadas pela assistência. A animação começou logo a seguir ao jantar nas principais artérias da vila são-brasense e junto ao Cineteatro São Brás e Mercado Municipal, com os desfiles da Marcha do Museu e da Marcha «Janela da Saudade» da Associação SãoBrazArte e as atuações do Duo Margô, da Brás Bailando, dos Super Pop, da Banda do Exército de Salvação, do grupo de música tradicional portuguesa Veredas da Memória e do DJ Rodrigo PT.

O grande destaque deste ano foi o concerto de Fernando Daniel, que aqueceu os ânimos com êxitos como «Voltas» e «Nada Mais», músicas sobejamente conhecidas do vencedor da quarta edição do concurso de talentos «The Voice

Junto ao Jardim Carrera Viegas, o Palco Boaventura Passos recebeu os Urban Xpression com uma atuação de Hip Hop e um baile animado por Valter Reis. O Palco António R. Brito, na Rotunda dos Corticeiros, acolheu nova

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atuação dos Urban Xpression e contou com David Brito para «armar» o baile. As ruas da vila tiveram ainda diversos espaços para o artesanato e os produtos locais e momentos de animação proporcionados pela Escola de Patinagem do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de São Brás de Alportel e pelo grupo Spirit. Para os mais pequenos foram igualmente pensados momentos divertidos e pinturas faciais. A promoção e a valorização do comércio local, a par da divulgação do que de melhor se faz em termos lúdicos e culturais em São Brás de Alportel, foram os grandes objetivos desta iniciativa promovida pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel em parceria com empresas locais, associações, entidades e grupos locais.

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UM CABARET QUE TÃO CEDO NÃO SERÁ ESQUECIDO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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omeço com duas notas introdutórias. Primeiro, todos os atores que protagonizaram, nas noites de 13 e 14 de junho, o «Cabaret do Esquecimento», são amadores. Não pretendo com isto desculpabilizar qualquer erro que tenha sido cometido – porque não ALGARVE INFORMATIVO #207

me apercebi de nenhum – antes pelo contrário, o intuito é enaltecer ainda mais a soberba atuação de todos. Porque, se a perfeição é algo naturalmente exigido aos profissionais, já não tanto o é pedido aos amadores, a quem faz teatro apenas pelo amor à representação. Mas o grupo que brindou a assistência com este «Cabaret do Esquecimento» foi mesmo perfeito. E a 82


público levado a cabo por 14 intérpretes de diferentes origens, os tais amadores que, nestas duas noites, foram verdadeiros profissionais. A criação foi da Casa da Cultura de Loulé, em particular do Coletivo Sextas à Solta, em parceria com a Mákina de Cena, associação cultural capitaneada por Carolina Santos e Marco Martins, e privilegiou-se a “performance poética e o riso como meio de reflexão sobre o mundo em que vivemos, nomeadamente a virtualização de relações, a queda para a criação de alter-egos e peeping toms cibernéticos, o desinteresse pelo real e a desinformação, bem como a extensão maquinal dos nossos corpos em que se tornaram os smartphones e as redes sociais”, explica Carolina Santos.

segunda nota introdutória diz respeito precisamente ao título do trabalho, porque duvido que este cabaret caia no esquecimento dos espetadores. Foi, de facto, sublime. Portanto, parabéns!!! Finalizadas as notas introdutórias, partamos para a descrição deste «Cabaret do Esquecimento», um espetáculo intimista e de grande interação com o 83

Para conseguir este propósito utilizaram-se textos da própria autoria dos intérpretes, bem como uma adaptação do texto «Viver Secretamente» de Jon Fosse, e assim se passou “do abstrato ao concreto, do individualismo ao coro quási-trágico, do riso à angústia, com a vontade e crença de que se sonharmos o impossível, só nos resta trabalhar para o fazer acontecer”, prossegue a encenadora e diretora artística. E digamos que a Casa da Makina, a sede da Mákina de Cena, foi um espaço perfeito para esta aventura, com uma aproveitação muito bem conseguida das várias zonas que surpreendeu a assistência. Porque o espetáculo começou logo no hall de entrada, em que um mestre de cerimónias, de discurso melódico, por vezes arrastado e quase a roçar o «frete», ia dando ALGARVE INFORMATIVO #207


direções às pessoas, tentando explicar o que ia acontecendo e, de repente, de uma janela, de uma porta, detrás de uma cortina, despoletava uma ação. Habituado que está o público a sentar-se confortavelmente numa cadeira para assistir aos espetáculos, aqui ninguém sabia muito bem de onde viria o próximo motivo de interesse, até da casa de banho saíram atores a representar, o que criou uma dinâmica bastante cativante. Depois, lá se passou à sala principal, na primeira parte com uma orientação, depois do intervalo com outra completamente ALGARVE INFORMATIVO #207

diferente, para baralhar novamente as ideias dos espetadores. E no meio de tudo isto lá estava o tal mestre de cerimónias, sempre a estalar os dedos de modo frenético para que os dois ajudantes de sala se apressassem a compor o cenário. As cenas iam-se repetindo, umas vezes fazendo-nos pensar na vida, como os dois idosos a tentar perceber como funciona essa coisa do Facebook num computador do século passado, outras despoletando risos incontroláveis, como o homem que, volta e meia, aparecia em 84


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cena com o seu chuveiro portátil, até uma encenação interativa sobre uma conhecida aplicação de encontros amorosos. A certa altura, duas senhoras Manuela Teiga e Maria João Catarino exaltam-se na plateia, precisamente por causa dessa aplicação de telemóvel, com os convites que uma delas ia recebendo para encontros escaldantes, o que motivou um valente «xiu» das pessoas que as rodeavam. Que raios, já não há respeito pelos atores, a interromper assim um espetáculo. Afinal, as ditas senhoras faziam elas próprias parte do espetáculo. Um espetáculo a que também não faltaram os apontamentos musicais, não existisse no «elenco» um virtuoso do jazz, Marco Martins. ALGARVE INFORMATIVO #207

Num instante o serão chegou ao fim, para pena de todos, porque esta união da Casa da Cultura de Loulé e da Mákina de Cena resultou numa peça deliciosa, depois de se ter ministrado uma formação avançada a estes praticantes amadores de teatro, por via da implementação de técnicas de composição contemporâneas e de criação coletiva sob orientação de Carolina Santos, respeitando-se sempre a origem e as intenções performativas do Colectivo Sextas à Solta. Resta-nos, então, esperar por novas aventuras, com a certeza de que o tecido cultural de Loulé está bem vivo e a atravessar um dos seus melhores períodos criativos . 86


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«Cabaret do Esquecimento» Criação coletiva com di1reção de Carolina Santos Com: Ana Carina Inês, Andreia Pintassilgo, António Pinto, Fátima Guerreiro, João Caiano, João Santos, Martim Santos, Pedro Paulino, Rafael Guerreiro, Renato Brito, Regina Silva, Rita Farrajota e Sofiya Samotiy; Participação Especial: Christl Lee Weinbeck (voz) e Marco Martins (baixo); Manuela Teiga e Maria Joao Catarino (intervenção no público); Vídeo: João Espada;Imagem: Martim Santos e Carolina Santos; Produção Executiva: Carolina Santos, Fátima Guerreiro e Marco Martins; Assistência de Produção: João Caiano e Sofiya Samotiy; Organização: Coletivo Sextas à Solta/Casa da Cultura de Loulé e Mákina de Cena; Apoios: Câmara Municipal de Loulé, Direção Regional de Cultura do Algarve, Slashweb, DeVIR/CAPa, Letra 7, Chá d’Arte;Agradecimentos: Rui Penas, André Canário, Afonso Rocheta, Cristina Valente, Diana Gonçalves, José Pina, Nathalie Rosa e Ricardo Vieira

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OFICINA DE DANÇA ESTÚDIO T ORGANIZOU FESTIVAL DE DANÇA NO IPDJ Texto: Daniel Pina | Fotografia: Irina Kuptsova

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sede da Delegação do Algarve do Instituto Português do Desporto e Juventude, em Faro, recebeu, no dia 14 de junho, mais um festival de dança organizado pela Oficina de Dança Estúdio T, com o objetivo de promover a expressão artística na região, para o que foram convidadas várias escolas de dança para apresentar o trabalho dos seus jovens talentos, casos da Arutla de Altura, da Contemporâneo Fusion de Loulé e de projetos da Escola Secundária Tomás Cabreira, da ALGARVE INFORMATIVO #207

Companhia de Dança do Algarve e do Atelier do Movimento, todos de Faro. A Oficina de Dança Estúdio T, dirigida por Olga Tumskaya, foi fundada em novembro de 2014 com a finalidade de difundir a dança contemporânea, apostando na formação de crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 4 e os 15 anos. A professora e coreógrafa de origem e formação russa tem vindo a desenvolver um excelente trabalho com as suas alunas, divididas por três grupos etários, contribuindo para a promoção desta vertente cultural na cidade de Olhão e deixando ainda a 98


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sua marca em diversos pontos nacionais e internacionais. Ao longo do seu percurso, o Estúdio de Dança T tem participado em inúmeros concursos e sido premiado em diversas ocasiões pelo seu desempenho superior, sendo de realçar o 1.º lugar no Concurso de Jovens Talentos Algarvios de 2016, o 2.º lugar em Estilo Contemporâneo (escalão 1) no Dançarte 2018 – XV Algarve International Dance Competitions em abril de 2018, o 1.º lugar no Festival de Arte Sem Fronteiras em Huelva em novembro

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de 2018 ou o 2.º lugar em Estilo Carácter (escalão 2) no Dançarte 2019 – XVI Algarve International Dance Competitions em abril de 2019. E, nos tempos modernos, em que os programas de educação se voltam para a valorização da expressão artística, esta escola disponibiliza uma oferta complementar cuja meta é o desenvolvimento pessoal, psicomotor e artístico de cada criança, não apenas como indivíduo, mas também como parte de uma equipa .

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MARIZA ENCANTOU OLHÃO NO DIA DA CIDADE Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ALGARVE ALGARVE INFORMATIVO INFORMATIVO #207 #207

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ariza foi o melhor fecho possível para os festejos do Dia da Cidade de Olhão, com um tremendo concerto, na noite de 16 de junho, que encheu por completo o Jardim Pescador Olhanense. A diva portuguesa do fado, justa e merecida sucessora de Amália Rodrigues, encantou milhares de pessoas, entre residentes e visitantes, algarvios e estrangeiros, com muitos dos seus êxitos a arrancarem sentidos gritos de emoção da plateia. Plateia composta por gente de todas as idades, dos mais pequenos aos mais seniores, porque Mariza não é apenas uma fadista, é uma artista suprema da world music, combinando várias influências numa sonoridade a que dificilmente alguém fica indiferente. Cheirinhos das mornas cabo-verdianas, dos clássicos do rhythm & blues e de outras melodias que fazem parte das suas vivências e que, misturadas com o fado, geram um produto final irresistível. Não admira, por isso, que Mariza tenha fãs em todos os cantos do globo terrestre e alguns deles, de férias no Algarve nesta altura do ano, fizeram questão de se deslocar até à Cidade da Restauração para uma noite memorável. A cantora nascida em Moçambique e criada no famoso bairro lisboeta da Mouraria é de há largos anos a esta parte uma mulher do mundo que facilmente esgota lotações em todos os espaços em que atua, seja qual for o meridiano do planeta em que se encontra e quais as nacionalidades que tenha pela frente, porque a emoção e o sentimento do «fado» de Mariza são compreendidos em qualquer país. E assim se terminou, com «chave-de-ouro», mais um aniversário da elevação de Olhão a cidade, com Mariza em palco, tendo a seu lado José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Pedro Jóia na guitarra acústica, Yami Aloelela na viola baixo, Hugo Marques Vicky na percussão e o algarvio João Frade no acordeão . 111

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SETE ANOS DEPOIS AS GALAS DE KICKBOXING REGRESSAM A SILVES E A MESSINES Texto: João Pelica| Fotografia: Afonso Pelica e João Pelica

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atleta, treinador e promotor Rui Briceno, mestre das equipas da Top Team Silves e Top Team Messines, promoveu, no dia 15 de junho, a gala DFC 23, em Messines, no Pavilhão da Casa do Povo, com um total de 15 excitantes combates de kickboxing e muay thai, dos quais dois combates profissionais (classe A), dois combates neoprofissionais (Classe B) e 11 combates amadores (classe C). O evento contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, da Presidente da Junta de Freguesia, Carla Benedito, e dos diversos patrocinadores, que entregaram os prémios nos últimos combates, e sem os quais este evento não se tinha conseguido ALGARVE INFORMATIVO #207

realizar. “A gala correu bem apesar de ter sido a primeira e para a próxima queremos fazer mais e melhor, com ainda mais qualidade e ainda melhores combates”, afirmou o mestre Rui Briceno, denotando uma preocupação do promotor em proporcionar um bom espetáculo para o público. Nos combates profissionais, em K1 59kg, João «Porta-Chaves» Gonçalves, da Top Team Albufeira, venceu aos pontos Nuno Furtado, da Dinamite Team e, no outro combate, em K1 62kg, Sandro «El Diablo» Guerreiro, da Top Team Almodôvar, triunfou aos pontos sobre outro atleta de lisboa, Alex Martins, da equipa Arena de Camarate, com ambos os duelos a serem decididos até ao último toque do derradeiro assalto. 122


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Nos neoprofissionais, em K1 -69kg, Micael Rodrigues, da Top Team Messines, venceu aos pontos Valério Tibulishi, da Team Target Renegade, enquanto que, no outro combate da classe, em K1 -63,5kg, Alex Berdan, da Golden Team, de Lagos, venceu Louis Renault, da Top Team Albufeira, por decisão do árbitro em suspender o combate, após corte no sobrolho do lutador de Albufeira. Nos 11 combates amadores, nas disciplinas de Light Kick, Low Kick, K1 e Muay Thai, dos escalões Juvenil, Júnior e Sénior, a maioria das decisões foi alcançada aos pontos, à exceção de dois combates que tiveram decisão por KO, com Fernando Dias, da Top Team Silves, a vencer Leandro Almeida, da Target Team Renegade, no segundo assalto, e Ângelo Cordeiro, da Juventude Sport Campinense ALGARVE INFORMATIVO #207

– Loulé, a derrotar Sérgio Oliveira, da Stone Boys – Évora, no terceiro assalto. Nesta gala participaram atletas dos clubes do Algarve e Baixo Alentejo, Top Team Messines, Top Team Silves, Top Team Albufeira, Top Team Almodôvar e Top Team Sines, CAMSBA – Clube de Artes Marciais de São Brás de Alportel, Golden Team – Lagos, DCJFCF – Desportos de Combate João Fonseca, de Faro, ACRD Nexense - Associação Cultural Recreativa Desportiva de Santa Bárbara de Nexe, Juventude Sport Campinense – Loulé; e atletas de clubes de Lisboa, Évora e Porto, nomeadamente Careca Team, Arena de Camarate, Stone Boys, Strong Wolf e Dinamite Team. O público vibrou até ao fim e apoiou de forma entusiástica os atletas, estando todos de parabéns .

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A eterna juventude Paulo Cunha (Professor) ara além do enorme respeito e admiração que as rugas, os cabelos brancos e a pele flácida me motivam, observar e acompanhar a forma digna, empenhada e feliz como alguns cidadãos envelhecem é, para mim, um grande motivo de aprendizagem e de crescimento. Nos sulcos de cada ruga descubro a erudição adquirida nos muitos anos de intensa vivência e experiência, uma forma de estar e de ser que muitos apelidam de «escola da vida». Na calvície, na brancura dos cabelos e na flacidez dos corpos de tantos outros, encontro o renascimento para uma vida renovada por um corpo em constante mutação. Ao contrário de muitos que, com o passar dos anos, encontram motivos de cansaço, de desalento e de angústia, quero aqui louvar e enaltecer todos aqueles que adaptam o seu envelhecimento a uma nova forma de estar, acompanhando assim o progresso e as inúmeras transformações, diariamente, registadas. São indivíduos que, através da sua postura e práticas diárias, conseguem marcar e servir de exemplo para toda a sua estrutura familiar, profissional e social. É comum escutar algumas pessoas dizerem, com toda a convicção, que só o seu corpo envelheceu, pois o espírito continua a manter-se jovem. Sendo o «espírito» a forma como interagimos com o mundo, se ponderarmos com atenção veremos que temos entre os nossos pares gente de provecta idade que se comporta e priva connosco duma forma mais jovem do que muitos jovens em idade cronológica. São eles, esses «jovens de espírito», o meu exemplo! É com algum pesar e consternação que observo a erosão, degradação e falência de ALGARVE INFORMATIVO #207

algumas relações conjugais, que se alicerçaram no amor, na amizade, no respeito, na entrega e na alegria e que, com o passar do tempo, não resistiram ao envelhecimento espiritual de um ou dos dois intervenientes. Basta estarmos, minimamente, atentos para diagnosticarmos os sinais que prognosticam o fim duma relação. Quando as rotinas se instalam e, tal como uma mola indutora, passam a comandar uma relação, que se pretendia amorosa, é fácil prever os comportamentos que indiciarão uma possível rotura: a falta de diálogo e de interação, a ausência de atração, o desejo de arranjar pretextos para, periodicamente, se ausentar do mesmo espaço físico, o aumento da impaciência e das discussões… enfim, a meu ver, comportamentos, perfeitamente, remediáveis e solucionáveis para gente com uma mente sã num corpo são. “Se estivermos atentos, podemos notar que está a surgir uma nova faixa social: as pessoas com cerca de sessenta/setenta anos de idade, os «sexalescentes». É a geração que rejeita a palavra sexagenário, porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer. (…) Talvez seja por isso que se sentem realizados… Alguns nem sonham em aposentar-se. E os que já se aposentaram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou da solidão. Desfrutam a situação porque depois de anos de trabalho, da criação dos filhos, das preocupações, dos fracassos e dos sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um quinto andar. (…) Ao contrário dos jovens, os «sexalescentes» conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde, apenas reflete, toma nota e parte para outra!“, escreveu um autor desconhecido. Estes parágrafos do 130


texto, indevidamente atribuído à antropóloga Mirian Goldenberg, refletem a forma de estar de muitos dos meus velhos amigos «velhos». E que bom que assim é! Como veem, não é preciso cair em nenhum poço da eterna juventude para ser jovem a vida inteira, basta apenas não perder a 131

capacidade para nos continuarmos a deslumbrar com a vida! «Sexygenários» ou «Sexalescentes», chamem-lhes o que quiserem, mas, como eles, não deixem a juventude escapar, pois ela reside e resiste dentro de vós. E quando bem usada opera autênticos milagres! .

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Do Reboliço #43 Ana Isabel Soares (Professora) uando o calor sobe é como se descesse o ar: um êmbolo de quentura a comprimir, fazendo descer, uma camada da atmosfera. O Reboliço é meia-leca, nada de altura. Acontece-lhe ver cães mais altos, ou gente em duas patas a levantar narizes e focinhos, a tentar agarrar com as narinas o que quer que seja que ele, baixote não apanha – mas, vindo o calor, são os cheiros empurrados para o plano de altura onde ele se movimenta. Se se apercebe dessa descida, como se viessem do reino de seres brincalhões e privilegiados nuvenzinhas de perfumes, ergue ele então a cabeça e fareja. Snif snif snif, o pinheiro; snif snif snif, o rosmaninho, o sabugueiro, a dama-da-noite e as tílias. E, volta não volta, a maresia. O cheiro no pinhal é talvez aquele que ao mesmo tempo lhe parece mais complexo (enche tudo, cada recanto do mundo inodoro) e mais chão. Há, no cheiro do pinheiro, o tronco, feito de bocados quase escamas, castanho escuras escamas que vão caindo e se acumulam à volta da árvore: por baixo e por cima das escamas castanhas e rijas do tronco, pequenas, aliás, há caruma: as agulhas que foram verde antes de encarnarem num mais pálido tom da mesma cor e sensação do tronco. Às vezes prende-se à caruma, mas quantas mais se fixa no tronco uma substância entre o rijo e o amolecido, a resina, que só não transparece porque esconde no translúcido do que é a memória de alguma coisa que já foi, a existência de um tempo tão lá atrás que ficam âmbar e é só isso que lhe basta para se entender. Patinha, patinha, patinha, o som da esquila acompanha o andar e o Reboliço roça-se, depois de patear o chão de caruma resinada, ALGARVE INFORMATIVO #207

num arbusto de alecrim. No Moinho Grande, depois do poço, a moleira cuidava de uma fieira destes arbustos. Quando floriam, davam pequeninas flores que são como as folhas verdes, no serem pontiagudas, mas em cor de um violeta desmaiado. O Reboliço vêas rebentar de rebentações das folhas, verde mais claro, mais claro, mais claro, até aviolecer, ganharem aquelas pétalas e ficarem na forma de um boquilobo, ou de uma mini-orquídea. Assoma o focinho e vê o assombro da floração e tenta contar para si mesmo como é o cheiro, esforça-se por descrever um perfume como aquele que ao entardecer enche em tantas ocasiões o lugar baixo onde o bicho sente o respirar das coisas da terra nos pinhais da ria. Anda, pelos tantos aromas que fareja, desde os lugares de mar até à lagoa da ria; da ria para a planície seca, do planalto até aos barrancos onde o que rescende é o poejo. À medida que o dia cresce, aperta o calor: desce o êmbolo do ar, comprime cada moleculazinha de oxigénio e, nela, deixa que se derrame o que é isso de cheirar a pinheiros. O Reboliço estremece com o estímulo, trémulo dos cheiros, mas adianta-se no caminho: o dia em que se deixar ficar, pelo medo que tem das pedras desencontradas da calçada, o dia em que as romãs caídas abertas no chão não o chamarem desde a árvore ou os raios da luz do sol de entre as folhas da figueira grande; o dia em que resistir ao cheiro da flor dos limoeiros, não será o Reboliço cão, não será nada . * Reboliço é o nome de um cão que o avô teve, no Moinho Grande. É a partir do seu olhar que aqui escrevo.

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Foto: Vasco Célio 133

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16 - O luto continua Adília César (Poeta) oda a violência doméstica sobre as mulheres se protagoniza numa questão de verbo: o verbo «não-ser», o verbo «não-estar», o verbo «não-poder». Mas o verbo «não-querer» é o único que pode mudar alguma coisa.

professora enquanto o marido ciumento mandriava pelas tabernas. Frequentemente, ele aparecia à porta da escola para a insultar. Num desses dias, Odete saiu da escola acompanhada por um colega e o marido atacou-a, assassinando-a com uma única facada.

8 de março de 1960 Madalena namorava desde os 16 anos e o pai entendeu que ela devia casar-se o quanto antes, “para evitar desgraças e más-línguas”. “Ano Novo Vida Nova”, disse ele. Maria nada respondeu e sentiuse agoniada, mas casou pouco tempo depois com um namorado que já se sabia violento. Madalena foi assassinada pelo marido antes do 1.º aniversário de casamento.

7 de março de 1990 Antónia lia romance atrás de romance. Não queria ser «a mulher» de ninguém nem ter filhos, não lhe interessava ser a fada do lar; queria estudar, ter uma carreira, dar um contributo relevante para a sociedade. Era a melhor aluna da turma de Pós-Graduação em Biologia Molecular. Do namoro com um colega resultou uma gravidez indesejada. Antónia queria abortar e seguir outro caminho, mas ele não aceitou. No decurso de uma discussão acesa na clínica de obstetrícia, o homem estrangulou Antónia sem ninguém impedir.

8 de março de 1970 Diana tinha uma saúde frágil, padecendo de maleitas que lhe causavam dores e transtornos, enquanto tentava organizar a família e o lar antes do marido regressar do trabalho. Aquele tinha sido um dia particularmente difícil e o jantar estava atrasado. E como de costume, a contrariedade despoletou a agressão. Diana foi espancada pelo marido em frente dos filhos de 4 e 6 anos, vindo a falecer poucas horas depois, após traumatismos graves e hemorragias internas. 8 de março de 1980 Odete era casada e tinha três filhos. Sustentava a casa com o salário de ALGARVE INFORMATIVO #207

8 de março de 2000 Cristina estava preocupada com a sua irmã Vera que casara havia apenas 6 meses. Da festa deslumbrante pouco tinha restado: a jovem apresentava hematomas no rosto e no corpo que mal conseguia disfarçar, chorava sem razão e recusava-se a sair de casa. Um dia, ela não atendeu o telefone. Cristina bateu à porta até que o cunhado a abriu. “Fiz asneira”, disse ele, visivelmente transtornado e com a roupa desalinhada. Junto ao último degrau das escadas, Vera estava dobrada numa posição estranha. 134


“A culpa foi toda tua, andaste a meter-lhe coisas na cabeça”. Eis 5 mulheres pousadas nos 5 dedos de uma mão violenta. A outra mão tenta defendê-las, mas o verbo «não-querer» não foi dito ou não foi ouvido e a mão defensora é, agora e ainda, uma mão apenas apaziguadora, que engana tudo e todos; faz de conta que se importa convosco, mas só vos lastima: “coitadinhas, que pouca sorte”… E passa à frente, desliga a televisão, dobra o jornal, faz festinhas ao gato, rega as flores. Além disso, “entre marido e mulher não se mete a colher”, não é, seus hipócritas? As notícias nos jornais e nos 135

noticiários televisivos sucederam-se, sucedemse. Hoje estamos mais informados, sabemos o que acontece em cima do acontecimento. E habituamo-nos: “olha, mais uma”. Já são 16 as mulheres assassinadas em 2019 num quadro de violência doméstica. Como é possível este fenómeno? Somos tão cegos de espírito que não sabemos ler com o pensamento do livre arbítrio focado na igualdade de direitos, na educação dos mais jovens e na penalização imediata dos indomáveis, antes que os crimes tenham lugar. A justiça contraria a própria justiça desde o início dos processos das queixosas, ao «nãoactuar» com a devida eficácia, ao «nãoouvir» os gritos e os silêncios. O tempo traz o mesmo tempo de indecisão. De que serve a denúncia? 8 de março de 2020 Olho o calendário do futuro. “Olha, mais uma, que pouca sorte”. O luto continua. Até quando seremos capazes de «nãodizer» – «eu não-quero»? Nota: os crimes referidos foram descritos tal como aconteceram, mas as datas e os nomes das vítimas foram alterados para proteger as respectivas famílias .

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Era uma vez o dinheiro invisível Fábio Jesuíno (Empresário) ra uma vez o dinheiro invisível num mundo em plena transformação digital, onde novas realidades nascem a um ritmo alucinante, moldando a nossa sociedade. Vivemos atualmente a quarta revolução industrial, um conceito criado por Klaus Schwab, presidente e fundador do Fórum Económico Mundial, que a define como uma grande transformação da forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, uma mudança de paradigma no desenvolvimento humano. A revolução atual acontece depois de três etapas históricas de grande mudança. A primeira aconteceu entre 1760 e 1830 e foi marcada pela transformação da produção manual para a mecanizada. A segunda etapa iniciou-se em 1830 e teve como principal motor a eletricidade e a produção em massa. A terceira aconteceu no século 20 e teve como protagonistas a eletrónica, as tecnologias de informação e as telecomunicações. A quarta revolução industrial, que se inicia neste momento, vai estar sustentada principalmente na internet das coisas, inteligência artificial e na robótica, onde a mudança de paradigma se traduz na convergência do mundo físico, digital e biológico que vai permitir o aparecimento de novos conceitos transformadores da sociedade. Um desses conceitos vai ser o dinheiro invisível, que tem como base as moedas digitais que cada vez mais estão a ALGARVE INFORMATIVO #207

ganhar importância, não só pelo valor, mas também pela metodologia utilizada. É uma das grandes tendências atuais, onde se destaca a moeda mais conhecia, a Bitcoin. A Bitcoin é uma moeda digital descentralizada, nascida em 2008 por um programador com o pseudónimo Satoshi Nakamoto. A circulação desta moeda não é controlada por nenhum banco central ou Governo. As operações são realizadas por uma rede de computadores distribuída pelo mundo inteiro, sendo o histórico transparente e guardado numa base de dados usando a metodologia chamada blockchain. As moedas digitais vão ter uma nova protagonista, a Libra, a moeda digital do Facebook que será lançada em 2020 e promete um ecossistema mais inclusivo. A nova moeda que vai estar integrada nos serviços WhatsApp e Messenger, as principais plataformas de comunicação atuais que vão permitir uma grande massificação do dinheiro invisível. Os bancos digitais também vão dar um grande contributo para o crescimento do dinheiro invisível, com um grande aumento dos clientes por todo o mundo atraídos por custos muito mais baixos e sistemas mais inovadores comparativamente à banca tradicional. Sejam bem-vindos ao mundo onde o dinheiro já é invisível .

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O mundo evidente dos poetas Fernando Esteves Pinto (Escritor) “O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar”. Charles Baudelaire

uem nasce com o mundo na cabeça, dele nunca mais se livra. Um mundo pessoalíssimo, original, com energia interna, em delírio, tornando a mente indomável; e a vida toda ela um arpão espetado na consciência. Sebastião Alba viveu fora de si, no sentido em que a sua alma insubmissa, inflexível e tumultuada, sentindo o ardor de todas as coisas humanas, deu origem a uma embriaguez de poesia e neblina, sofrimentos e vazios, fantasmas a romper cada verso. O homem poeta que era só pele da sua própria vida renunciou ao conforto de um mundo artificial, exterior, aflorando por sobre uma sociedade futilizada naquele divino triunfo que fixa os contornos de uma existência familiar notável e dourada de puros afectos. Mas o mundo pôs Sebastião Alba no chão do último parágrafo da vida, e foi esta a forma inteiramente natural de ele viver o mundo em si mesmo, abrindo caminho puramente agrilhoado aos deuses da luz e da poesia. No mais sacrificial de todos os mundos, o poeta é o seu próprio deus. Mas se a mente é tão forte e prodigiosa, qual é a palavra que não manifesta o seu vazio? É inútil o poema quando as sombras do mundo parecem enfiar-se dentro dos buracos da cabeça que se despenham e se deformam. Sebastião Alba foi o poeta em transe pelas ruas dos seus contemporâneos, a pensar perpetuamente sobre que mundo resumir a

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sua vida e refugiar-se na vastidão «escrita» do fundo de nada. Sentimos uma vida a céu aberto que nos comprime desde o primeiro verso de Sebastião Alba. Toda a perfeição da sua poesia é um abutre que se agarra aos nossos cérebros íngremes. Sentimos que conhecemos as suas conversações, os seus medos, os seus costumes deploráveis, e a marginalidade partindo os espelhos para neles não nos observarmos: as imagens do álcool em chamas, como leituras estranhas e irracionais; atirar poemas à tempestade, para nos salvarmos desta tragédia. Não há luz que o mundo traga ao poeta, que não venha com as suas sombras e angústias. A ideia súbita de um poema por escrever é um som que embala escuramente. Que estranho, até que ponto Sebastião Alba se enchia de luz num mundo que era só neblina, fúria cultivada por uma indescritível doença? O poema faz estremecer as asas da luz, um início de vida que se fecha dentro da cabeça. Uma sensação de vertigem: o poeta à procura do monstro luminoso que opera nos sítios mais lúgubres e no martírio da natureza humana. O espírito de Sebastião Alba também se arrastava por uma corrente de luz, todo dirigido para a grandeza íntima; para o esplendor do escuro. Escrevia sem terrores; as palavras no laço da sua consciência encontravam-se com a biografia do poema. Viveu todas as vidas inscritas no seu mundo. O mundo de um poeta ao lado da evidência. 138


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BOMBEIROS DE ALBUFEIRA GANHARAM NOVO VEÍCULO DE COMBATE A INCÊNDIOS manhã do dia 19 de junho foi de sorrisos para os Bombeiros Voluntários de Albufeira, que receberam, das mãos da Câmara Municipal de Albufeira, um novo Veículo de Combate a Incêndios com capacidade para transportar 18 mil litros de água e que representou um investimento no valor de 206 mil e 170 euros. “É um carro de características únicas no que toca à capacidade de bombagem de água, pois tem uma bomba que debita entre seis a sete mil litros por minuto, o que o torna uma mais-valia para responder aos riscos particulares do concelho de Albufeira, que se distribuem entre urbanos e rurais”, explicou, na ocasião, António Coelho. ALGARVE INFORMATIVO #207

A viatura de quatro eixos motrizes e 500 cavalos de potência vem garantir uma maior autonomia aos «soldados da paz» de Albufeira, algo precioso numa altura em que a resposta no âmbito da proteção e socorro é feita em coordenação com outras corporações de bombeiros. “Já tivemos grandes incêndios, desde superfícies comerciais a outros locais, em que uma das maiores dificuldades foi o aporte de água para assegurar um combate permanente. Agora temos instalada uma capacidade imediata de resposta de 40 mil litros de água de apoio, para além da água que está nos veículos de combate a incêndios. É um equipamento moderno, com 142


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tecnologia de ponta”, descreveu, satisfeito, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Albufeira. Dotar a corporação albufeirense de melhores condições de trabalho tem sido uma preocupação constante do executivo camarário de Albufeira nos últimos anos, consciente de se estar num concelho com alguma complexidade, face à elevada afluência de turistas. “Independentemente de haver ou não uma taxa de proteção civil, a Câmara Municipal de Albufeira vai continuar a ajudar os bombeiros, porque é impossível concebermos uma sociedade sem eles. E, se não for a autarquia a suportar um pouco a sua atividade, nomeadamente em termos de aquisição de equipamentos de proteção individual ALGARVE INFORMATIVO #207

e de viaturas de combate a incêndios, torna-se difícil para os bombeiros cumprirem a sua nobre missão”, reconheceu o edil José Carlos Rolo. “Tenho a honra de presidir a uma associação e a um concelho onde os nossos bombeiros têm pugnado pela sua dedicação e profissionalismo, um facto que tem sido reconhecido por todos. E a comunidade local tem confiança nos seus bombeiros e também os apoia na medida das suas possibilidades”, reforçou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira. “Hoje temos um corpo de bombeiros modernizado e eficiente na sua resposta às ocorrências porque a autarquia tem estado atenta e sensível às nossas necessidades”, concluiu António Coelho . 144


Município de Albufeira vai ampliar as redes de abastecimento de água e de saneamento básico da Guia a zonas mais distantes do centro da freguesia, sendo chegada a vez de Montes Juntos, num investimento de cerca de 90 mil euros. A intervenção vem dar continuidade à aposta que a autarquia está a fazer em obras infraestruturais em todo o concelho, respondendo às necessidades básicas dos albufeirenses. A obra prevê um prazo de execução de 60 dias, pelo que se estima que a totalidade dos habitantes de Montes Juntos esteja servidos por estas

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infraestruturas essenciais à qualidade de vida muito em breve. Esta intervenção em Montes Juntos implica a ampliação da rede de abastecimento de água em 750 metros e a rede de saneamento básico em 150 metros. Está neste momento a ser realizado um avultado investimento de cerca de quatro milhões de euros no concelho, na ampliação e modernização das redes municipais de abastecimento de água e saneamento básico nas quatro freguesias do concelho, em cerca de 40 quilómetros de redes subterrâneas. Algumas das obras estão em curso e para outras foram abertos concursos públicos .

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EDIFÍCIO DO CENTRO NÁUTICO DE ALCOUTIM VAI SER REMODELADO E AMPLIADO Município de Alcoutim e a empresa «CONSDEP Engenharia e Construção, Lda.» assinaram, no dia 11 de junho, o contrato de empreitada para a remodelação e ampliação do Edifício do Centro Náutico de Alcoutim. O Centro Náutico de Alcoutim beneficiará com esta obra de melhores condições de treino para os atletas e maior poder de atração de equipas externas ao território para a realização de estágios. As remodelações surgem por via da candidatura «Remodelação do Centro Náutico» aprovada pelo Programa Operacional CRESC Algarve 2020, numa operação incluída no Plano de Ação de Desenvolvimento de Recursos Endógenos (PADRE). O Centro Náutico de Alcoutim é uma infraestrutura recente destinada ao

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aproveitamento das potencialidades desportivas e recreativas do Rio Guadiana. Promove a prática de desportos náuticos, nomeadamente as canoagens de recreação/lazer, formação e competição. Recorde-se que Alcoutim detém excelentes condições para a prática de canoagem, beneficiando de magníficas condições naturais oferecidas pelo Rio Guadiana, o que lhe permite afirmar-se como grande potência regional de canoagem. O preço da empreitada é de 161 mil e 010,05 euros, acrescido de IVA, tendo um prazo de execução de seis meses. O projeto tem um investimento elegível de 234 mil e 870,27 euros, ao qual foi atribuída uma comparticipação comunitária (FEDER) de 164 mil e 409,19 euros, com conclusão prevista até final do ano .

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EDIFÍCIO HABITACIONAL COM CINCO FOGOS VAI NASCER NO CENTRO DE ALCOUTIM Município de Alcoutim assinou, em maio, o contrato de empreitada para a reabilitação urbana do antigo edifício dos CTT com a empresa «José Quintino Lda.», pelo que a construção do edifício habitacional de cinco fogos na sede de concelho será em breve uma realidade. Situado junto ao castelo, numa zona privilegiada da vila, o prédio apresenta um elevado grau de degradação, pelo que a opção da autarquia passa pela sua demolição integral, sendo que o novo espaço irá obedecer ao seu traçado original, bem como ao tipo de revestimentos, proporções estruturais e estéticas. Ali nascerá um edifício multifamiliar com cinco fogos habitacionais, quatro de 147

tipologia T2, divididos por dois pisos com entrada pela Rua D. Sancho II, e um fogo de tipologia T0, com um único piso e entrada pela rua junto ao castelo e acessível a pessoas com mobilidade reduzida. O preço da empreitada é de 464 mil e 700 euros, acrescido de IVA, tendo um prazo de execução de 24 meses, estando agora a aguardar o visto do Tribunal de Contas. “Trata-se de mais uma medida para fixar os jovens e para resolver problemas de habitação, já que a falta de fogos para venda ou arrendamento e os elevados preços dos poucos existentes constitui um sério entrave à fixação das camadas mais jovens da população”, refere Osvaldo Gonçalves, presidente da autarquia . ALGARVE INFORMATIVO #207


MUNICÍPIO DE CASTRO MARIM INVESTE EM MOBILIÁRIO URBANO RECICLADO Câmara Municipal de Castro Marim está a substituir o Mobiliário Urbano Para Informação (MUPI) do concelho. Assim, numa primeira fase vão ser substituídos 52 mupis por um modelo mais moderno, versátil e tecnicamente mais adequado às necessidades, com a particularidade de serem fabricados com plástico 100 por cento reciclado, integrando-se na política municipal de preocupação ambiental e de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, promovendo o desenvolvimento do turismo rural e cultural. Os novos mupis vão permitir, de uma forma organizada, a divulgação de

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informação patrimonial e paisagística do território, mais interessante de um ponto de vista turístico, mas também a disponibilização da informação de proximidade, mais dirigida aos moradores/munícipes. As estruturas, esteticamente mais atrativas, permitem ainda revitalizar a imagem dos aglomerados rurais, reduzindo a «poluição» visual que por vezes se encontra em alguns núcleos populacionais. Os painéis são produzidos a partir de plásticos mistos reciclados, material resistente à corrosão e à água e insensível aos agentes químicos. Graças à sua durabilidade e aos baixos custos de manutenção, aliados a um design inovador, estes produtos substituem,

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em muitos casos, a tradicional madeira, permitindo simultaneamente a preservação desse recurso natural, maximizando a sustentabilidade e minimizando os impactos ambientais. Esta primeira fase representa um investimento de 49 mil euros (+ IVA), aprovado no âmbito do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020), cofinanciada a 50 por cento pelo FEADER, no seguimento da aprovação da candidatura «PP+P Patrimónios e produtos + próximos». Será

brevemente iniciada a segunda fase, que consiste na aquisição de mais 20 mupis para algumas localidades e pontos considerados estratégicos, de uma perspetiva turística. A terceira e última fase consiste na instalação de oito mupis digitais nas localidades de Castro Marim e Altura e já tem financiamento aprovado, no âmbito do Programa Interreg Espanha-Portugal 2014-2020, apoiado pela União Europeia, cofinanciadas a 75 por cento pelo FEDER, projeto FOURTOURS II .

AUTARQUIA DE CASTRO MARIM VAI OFERECER CADERNOS DE FICHAS A TODOS OS ALUNOS DO 1.º CICLO

À

entrega dos Cadernos de Fichas, advertindo que, uma vez que já está garantido este apoio, não haverá depois lugar a reembolsos para os encarregados de educação que optem por comprá-los.

Integrada na política de ação social do município, a medida vem complementar a oferta dos manuais escolares pelo Governo. Amenizando os elevados encargos financeiros que o início do ano escolar representa para os encarregados de educação, a iniciativa vem combater a exclusão social e promover a igualdade de oportunidades no acesso escolar. A Câmara Municipal de Castro Marim divulgará posteriormente o período de

No âmbito das medidas de ação social escolar do Município de Castro Marim estão também a atribuição de bolsas de estudo (candidaturas de 1 a 30 de setembro) aos alunos de agregados familiares mais desfavorecidos residentes no concelho, matriculados e inscritos em estabelecimentos do Ensino Secundário e Superior, o financiamento de refeições a todos os alunos dos escalões A e B do 1.º Ciclo, assim como auxílio económico para aquisição de material escolar do 1.º ao 3.º Ciclo do Ensino Básico .

semelhança do ano anterior, o Município de Castro Marim vai oferecer os Cadernos de Fichas (Português, Matemática, Estudo do Meio e Inglês) a todos os alunos do 1.º ciclo que frequentem o Agrupamento de Escolas de Castro Marim. No total, serão mais de 250 os alunos abrangidos por esta iniciativa.

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CULTURAS DO MEDITERRÂNEO VÃO ESTAR EM DESTAQUE NO 6.º MERCADO DE CULTURAS… À LUZ DAS VELAS e 4 a 7 de julho, o Convento de São José, em Lagoa, e ruas circundantes voltam a ser o epicentro do «Mercado de Culturas…à Luz das Velas». Depois do sucesso do Carvoeiro Black & White, a Câmara Municipal de Lagoa dá continuidade ao seu programa cultural de 2019 com quatro noites em que mais de 60 artesãos de várias culturas e religiões do mundo irão conviver em harmonia e mostrar aos milhares de visitantes as suas tradições, sabores e artes. ALGARVE INFORMATIVO #207

Este evento cultural, de caraterísticas únicas em Portugal, terá na sua sexta edição como temática as diferentes culturas do Mediterrâneo nas mais diversas vertentes: música, dança, gastronomia, artesanato. As músicas tradicionais de raiz estarão em destaque nos vários cenários do evento com a presença de «Terra Taranta» (Itália), Christos Kanellos (Grécia), Helena Madeira (Portugal), El Laff (Marrocos / Espanha) e Lafra (Croácia / 150


Bulgária / Eslovénia). De realçar também a presença de um grupo de músicos e gigantones que deambularão pelas ruas do Mercado de Culturas, e também de Rita Sales, reconhecida declamadora de contos do Mediterrâneo. A sala de exposições do Convento de São José irá receber uma extraordinária mostra de «Instrumentos Musicais com História». Além da exposição, haverá três momentos diários de demonstrações musicais e explicativas de cada instrumento exposto. A gastronomia do Mediterrâneo terá igualmente um papel preponderante, com os claustros do Convento de São José a converterem-se numa Taberna Andaluza, com iguarias típicas do sul de Espanha. E estará ainda presente uma «veneciadora» de vinho e um cortador de «jamón» ibérico. A novidade nesta edição será a criação de três ruas temáticas - Árabe, África e Oriente - e de uma área dedicada às plantas aromáticas do Mediterrâneo. Não menos importante será o acendimento diário de milhares de velas, com as quais serão desenhados 40 símbolos relacionados com as religiões, gastronomia, literatura, arquitetura e mitologia do Mediterrâneo, posicionados nas entradas e nos meandros do mercado, constituindo um espetáculo de enorme beleza visual. Nesta sexta edição são esperadas 50 mil pessoas ao longo de quatro noites que se esperam mágicas, repletas de luz e de boas vibrações .

JAZZ REGRESSA AO SÍTIO DAS FONTES, EM ESTÔMBAR XV Lagoa Jazz Fest’2019, festival que se tem afirmado a nível nacional e internacional e possuidor de um público fiel, está de regresso ao local único e mágico que é o Sítio das Fontes em Estômbar. Ao longo das 14 edições realizadas, o evento foi merecendo críticas positivas da imprensa especializada e gratificantes elogios do público e dos artistas nacionais e internacionais que nelas participaram.

coerente com o objetivo de sempre, apresentar diferentes instrumentos, estéticas e abordagens musicais na área do jazz. Assim, no dia 28 de junho, atuam os franceses Charlier / Sourisse / Winsberg, a 29 de junho é a vez dos britânicos LRK Trio e do norteamericano J.D. Walter e, no dia 30 de junho, sobem ao palco os portugueses Cláudio Alves e Gonçalo Sousa e o trio multinacional Tafuis / Beccalossi / Buschini (Brasil/Itália/Argentina) .

Em 2019, o Lagoa Jazz Fest apresenta um cartaz de qualidade e diversidade, 151

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LOJA PONTO JA MUDA-SE PARA BEACH POINT NA ÁREA DESPORTIVA DA PRAIA DA ROCHA DURANTE O VERÃO proximidade junto do público jovem.

Loja Ponto JA, localizada no edifício do Mercado da Avenida São João de Deus, vai funcionar, de 24 de junho a 30 de agosto, num Beach Point na Área Desportiva da Praia da Rocha. Considerando o papel social bastante importante no acompanhamento e ocupação saudável dos tempos livres dos jovens, e a diminuição significativa da afluência ao espaço físico da Loja Ponto JA com o término do período escolar, a abertura deste Beach Point durante o Verão pretende manter e promover a ALGARVE INFORMATIVO #207

Até 30 de agosto, os jovens que passem por este espaço podem tratar da aquisição do Cartão Jovem Municipal, aceder gratuitamente ao Wi-Fi e à Biblioteca criada com o objetivo de partilhar livros, receber informação ou esclarecimentos acerca de oportunidades de intercâmbio, formação e voluntariado a nível local, nacional e internacional, e ainda, sempre que necessário, obter o encaminhamento para aconselhamento nas áreas da psicologia, nutrição, avaliação e prescrição da atividade física e enfermagem, que se vão manter disponíveis no Gabinete de Saúde Juvenil de Portimão. Para além das valências de aconselhamento, o Beach Point é ainda um local que fomenta o convívio e a partilha, onde será possível aos jovens proporem atividades e implementarem dinâmicas com o auxílio e supervisão de técnicos da DYPALL – Developing Youth Participation At Local Level. O Beach Point funcionará de segunda a sexta, entre as 15h e as 20h. 152


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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos. ALGARVE INFORMATIVO #207

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