www.decnews.com.br • ano 7 • nº 35 • mar/abr 2014
A importância de um layout funcional e atraente para turbinar as vendas e agradar seu consumidor
como montar
sua loja CAPA35ok.indd 1
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editorial
A força do pequeno
e médio varejo
neoconsumidor é fazê-lo recomprar. O grande desafio é tornar-se a primeira opção para o shopper (comprador) quando ele vai as compras. Para tanto, são necessárias estratégias operacionais muito bem estudadas para que ele sinta-se à vontade em sua loja e propenso ao consumo. Nesta edição trazemos dicas valiosas tornar seu layout funcional e adequado ao perfil de seu público, estimulando a compra por impulso. Além disso, falaremos sobre a importância das datas sazonais e sobre o poder das ofertas casadas e ações promocionais no ponto de venda, usadas para atrair o cliente para sua loja.
D
Mas sabemos que nada disso adianta se não houver uma boa administração. Por isso, é pre-
e acordo com dados da GFK, o pe-
ciso estar atento e com as finanças em dia pa-
queno e médio varejo, ou varejo
ra que seu negócio não seja surpreendido por
de vizinhança como é chamado,
dificuldades financeiras e com impactos diretos
registrou taxas de crescimento
na ruptura de produtos. Veja as dicas nas pró-
acima do setor supermercadista
ximas páginas para manter sua empresa finan-
nos últimos anos.
ceiramente saudável.
ano 7 nº 35 Mar/abr 2014 DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA Tatiana Ferrador (tatiana@contento.com.br) Editora de arte Larissa Lapa ASSISTENTEs DE ARTE Junior B. Santos e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVA DE CONTA Daniela Jardim (dani@contento.com.br) assistente comercial Daniel Tavares Marketing e projetos Luciana Bandeira Analista de marketing Lyvia Peixoto coordenador DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Mariana Vieira e Nayara Figueiredo Colunistas Luiz Marins, Dr. Vendas e Caio Camargo Revisora Raquel Alves Imagem de capa Shutterstock IMPRESSÃO Abril Gráfica TIRAGEM 105 mil exemplares Contento – Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082-2200 E-mail: contento@contento.com.br projeto gráfico Larissa Lapa, Junior B. Santos e Rodolpho A. Lopes
A razão para tal crescimento
E como as pesquisas apontam que a maioria
deve-se ao novo perfil de consumidor, que busca
dos shoppers é do sexo feminino, trazemos uma
conveniência, proximidade e praticidade ao reali-
matéria recheada de novidades com categorias
EXPEDIENTE DEC
zar suas compras.
que mais se destacam nesse universo e que não
DEC – Distribuidor Especializado em Cosméticos Rua Baronesa de Bela Vista, 675 – 7º andar – Cj. 71 Aeroporto – São Paulo (SP) CEP 04612-002. Tel.: (11) 5081-5183 Francisco Muto muto@decbr.com.br
Para você varejista, cliente do DEC, tão importante quanto realizar a venda para esse
podem faltar em sua loja. Confira! Boa leitura!
www.decnews.com.br
Tiragem auditada pela BDO Auditores Independentes. O relatório com o resultado do trabalho encontra-se em poder da Administração.
Francisco Horácio Fernandes Presidente 4 • M A R /A B R 2 0 1 4
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Fotos Shutterstock/Divulgação
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sumário 22 Especial Layout Como um layout moderno e funcional pode otimizar resultados e levar o consumidor a sentir-se bem em sua loja a ponto de estimular as compras por impulso
28 Financeiro Como eliminar dívidas e administrar corretamente o fluxo de caixa no varejo de pequeno porte
31 Marketing Como formular promoções semanais, ofertas casadas e demais ações de marketing no pequeno varejo
36 Categoria Feminina Cada vez mais presentes no mercado de trabalho e atuantes nas decisões de compras, as mulheres fazem parte de um nicho de consumidores essencial para o varejo
44 RH Reter e engajar talentos, tornar-se mais competitivo e desenvolver líderes são algumas das vantagens do varejista que investe em treinamento
48 Gestão Com o conhecimento das principais datas para o varejo e um bom planejamento de pré e pós-venda, sua loja tem tudo para se destacar em 2014 e nos próximos anos
52 Estudo de caso Farmácia popular Silva e Silva, criada há seis anos por dois ex-balconistas, é referência em São Miguel da Guaporé, Rondônia
Errata: Na edição passada (DEC 34 – Jan/Fev), na seção “Palavra da Indústria”, a legenda da foto não continha o nome e o cargo do executivo da Hypermarcas, Nicolas Fischer, presidente da Divisão Consumo da empresa.
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E mais: 08 Mercado
Colunistas
10 Lançamentos
16 Treinamento – Luiz Marins
12 Palavra da Indústria
18 Atendimento – Dr. Vendas
14 A voz do DEC
20 Varejo – Caio Camargo Fotos Shutterstock/Divulgação
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CMY CMY CMY
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mercado
Em compasso
de espera
Desemprego em baixa e endividamento em alta fizeram com que varejistas tivessem um tímido crescimento em 2013, porém a Copa deve dar novo fôlego à economia e ao setor de HPC, que hoje responde por 1,8% do PIB
Oportunidades em HPC
O menor da década
De acordo com dados da Abihpec, o total do mercado de HPC apre-
Em 2013, o comércio registrou
sentou em valor até o 5º bimestre de 2013 um crescimento de 8,9% em
o menor crescimento dos últimos
relação ao mesmo período do ano anterior.
dez anos, como aponta o Indicador
Os mercados abaixo, dentro de HPC, apresentaram crescimento aci-
Serasa Experian de Atividade do
ma do percentual médio, representando uma grande oportunidade para
Comércio. O movimento dos con-
você, lojista, cliente do DEC.
sumidores no comércio varejista
Veja quais são eles:
aumentou 5,2% ao longo do ano
• DESODORANTE
passado sobre 2012, porém foi a
• FIO DENTAL
mais baixa dos últimos 10 anos.
• ENXAGUATÓRIO BUCAL
O desempenho de 2013 reflete
• ESCOVA DENTAL
a situação mais desfavorável da
• FRALDAS DESCARTÁVEIS
economia, com a escalada das ta-
• LENÇOS UMEDECIDOS
xas de juros no mercado domés-
• FIXADORES / MODELADORES
tico, da alta da inflação e do me-
• PERMANENTE / ALISANTE
nor grau de confiança dos con-
• MAQUIAGEM PARA UNHAS - ESMALTES
sumidores, ainda em situação de
• MAQUIAGEM MULTIFUNCIONAL
elevado endividamento.
• PERFUMES E COLÔNIAS
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Fotos Shutterstock
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Desemprego em baixa A Pesquisa Mensal de Emprego IBGE (PME) destacou que, apesar do fraco crescimento da economia e da moderação do consumo em 2013, o nível de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do País caiu para 5,4%. Em dezembro, o desem-
Novidade: Sistema de Automação de Registro de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
prego ficou em 4,3%, abaixo dos 4,6% registrados em novembro e em dezembro de 2012, sendo
Com o Sistema de Automação de Registro de Produtos de Higiene Pessoal,
que, em ambos os casos, era o
Perfumaria e Cosméticos (HPPC), recém-lançado pelo Ministério da Saúde,
mais baixo nível mensal até en-
Anvisa e Abihpec, será possível assegurar que todas as etapas de análise dos
tão. O rendimento, por sua vez,
processos de cosméticos sejam feitas de forma eletrônica. O sistema deve
não acompanhou o crescimento
aliviar a demanda de permissão para comercialização desses produtos, que
dos anos anteriores, ficando em
dependem de aval da agência, e desativar permanentemente o antigo pro-
R$ 1.929,03, uma alta de ape-
cesso, feito por meio de dossiês manuais, enviados para regulamentação.
nas 1,8% sobre 2012, quando o
Somente de 2007 a 2012, o número de pedidos da indústria de cosméticos
avanço havia sido maior, de 4,1%.
para a Anvisa aumentou em 85%, saltando de 52.330 para 95.806 petições ao
www1.folha.uol.com.br
ano. Para os cosméticos registrados, que envolvem produtos de maior risco, o aumento foi de 64% no período de seis anos. A medida permitirá que o corpo técnico da agência se concentre nos produtos que poderiam ter maior impacto na saúde, como protetores solares, cosméticos infantis e alisantes de cabelo. Para João Carlos Basilio, presidente da Abihpec, o sistema dará mais agilidade na análise de produtos de um dos setores que mais crescem no Brasil, incentivando a pesquisa e inovação no País. “O setor de HPPC responde por 1,8% do PIB, sendo que 30% do faturamento baseiam-se em lançamentos. Em 2012, o Brasil foi o terceiro mercado mundial de produtos cosméticos em todo o mundo, atrás dos EUA e do Japão”, finalizou Basilio. www.abihpec.org.br
Endividamento
Dívida pública
De acordo com estudo divulgado pela
Para reduzir preços, conter a inflação e estimular o consumo, o governo
Confederação Nacional do Comércio de
usou R$ 41 bi dos cofres públicos, o que comprometeu o saldo das con-
Bens, Serviços e Turismo (CNC), 62,5% das
tas públicas. Subsídios e desonerações tributárias para baratear produtos
famílias brasileiras declararam em 2013
e serviços como gasolina, energia elétrica, automóveis, eletrodomésticos,
ter dívidas. O estudo Perfil Regional de
alimentos e transporte coletivo fizeram com que o Tesouro revisse a meta
Endividamento e Inadimplência apontou
inicial de poupar R$ 108,1 bilhões para o abatimento da dívida pública,
que a região Sul foi a que apresentou a
para R$ 73 bilhões, a qual foi cumprida com aperto, tendo contado ain-
maior proporção de endividamento, al-
da com a ajuda de manobras do Governo Federal no fim do ano de 2013.
cançando 76% das famílias, enquanto
Com a intervenção direta do governo, os preços dos produtos e de
a Sudeste registra a menor, com 56,3%
serviços controlados direta ou indiretamente pelo setor público tiveram
das famílias declarando ter dívidas.
no ano passado a menor alta desde o Plano Real, de 1,55%.
www.uol.com.br
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lançamentos
Beleza feminina em alta Indústrias trabalham a todo vapor para apresentar lançamentos que atendam às mais variadas exigências das consumidoras
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Sem resíduos
Dose™ Blindagem Platinum, de hi-
A Garnier apresenta seu an-
dratação intensa, funcionam como
titranspirante com ação cin-
um tratamento para reparação de até
co em um: Bí-O Protection 5,
dois anos de danos causados pelos
com fórmula de base aquosa
processos químicos e prevenção con-
com sais solubilizados, que,
tra danos futuros. A novidade prome-
além da proteção antiodor e
te oferecer resultado de salão em ca-
antiumidade, evitam manchas
sa, graças às doses concentradas de
e endurecimento do tecido.
alta performance de pró-queratina e
O produto está disponível em
lipídio, que reparam a estrutura dos
roll-on e aerossol nas versões
fios, selam as cutículas e blindam o
masculina (embalagem preta
cabelo, deixando-o cada vez mais
e laranja) e feminina (emba-
suave e com brilho.
lagem branca e rosa).
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*Fonte: ABIHPEC. **1.892 avaliações em 3 regiões.
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ras, com mechas ou grisalhas com sua linha de tratamento desama-
O clareamento de pelos, ri-
relador composta por xampu, condicionador, máscara e creme para
tual que conquista cada vez
pentear. Feitos com semi de lino, sem sal, os produtos garantem revi-
mais adeptas, ganha agora um
talização, hidratação e neutralização dos fios amarelados.
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Xampu de rei
retira as células mortas da pe-
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le e a prepara para um bron-
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zeado mais duradouro.
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Para brilhar
chegada do Protex for Men Protex Power, desenvolvido es-
A edição especial Risqué Metals inova mais
pecialmente para o público masculino. Com notas amadei-
uma vez com o Risqué Gold, James Gold, esmal-
radas, chega para completar a família que já conta com as
te que possui pó de prata em sua formulação e
linhas Energy e Sports, que oferecem 10 vezes mais prote-
confere brilho diferenciado às unhas. A edição
ção contra odores e eliminam 99,9% das bactérias. A linha
conta ainda com as cores Risqué My Precious!
Protex for Men Power é composta por sabonetes em barra
e Risqué Hasta La Vista, Baby, um cobre ilumi-
e a versão líquida, que possui benefício 2 em 1, podendo ser
nado e um prata reluzente, respectivamente.
usada tanto no corpo quanto nos cabelos.
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Pa
l av r a d a
Ind
ústria
Embelleze investe em tecnologia e
conquista posição de liderança
Empresa desenvolveu e consolidou novos processos para garantir agilidade comercial e de inovação
A
Embelleze é
Fundada em 1969, a Embelleze hoje é uma das maiores
uma empre-
empresas de beleza do Brasil e se tornou conhecida nacio-
sa que sem-
nal e internacionalmente por transformar a vida das mulhe-
pre busca en-
res através da beleza. Atualmente, produz marcas que con-
tender a mu-
quistaram posições de liderança nacional de vendas, como:
lher brasilei-
Novex, Maxton e Natucor.
ra e oferecer
A beleza da mulher brasileira está em constante evolu-
a ela lançamentos em pro-
ção. Essa transformação permanente está na nossa cultu-
dutos que realizem seus de-
ra e os cabelos, com certeza, estão no centro desse movi-
sejos. Busca inovar, sempre
mento. Cada vez mais os produtos para cabelo têm se di-
através do olhar feminino.
versificado e inovado muito nestes últimos anos, trazendo
Esse ano de 2014 será es-
produtos específicos para cada tipo de fio.
pecialmente motivador para
A Embelleze é uma empresa que tem tradição em inova-
a Embelleze, que tem como
ção. Para manter sempre vivo esse espírito empreendedor,
foco tornar ainda mais direta
conta desde 2006 com a consultoria de um dos maiores
a comunicação com a consu-
especialistas do mundo em marketing cultural, Dr. Clotaire
midora e, para isso, promo-
Rapaille, que realizou um estudo aprofundado sobre o có-
ve cada vez mais a união do
digo da beleza, do cabelo e da mulher brasileira, o que tor-
comercial e do marketing na
nou ainda mais direta a comunicação entre a Embelleze e
busca pela total excelência
as mulheres brasileiras.
no varejo Brasil.
Possui um portfólio contendo mais de 500 itens para to-
Uma de nossas preocupa-
dos os tipos de cabelos, entre cremes de tratamento, colo-
ções é estar sempre desen-
rações, xampus e pós-xampus, além de produtos de rela-
volvendo e consolidando no-
xamento e alisamento, entre outros. A Embelleze está pre-
vos processos para garan-
sente em aproximadamente 100 mil pontos de venda em
tir agilidade comercial e de
todo o País, como farmácias, drogarias, varejo de vizinhan-
inovação. Com isso, toda a
ça e grandes redes de supermercados e magazines, como
equipe de vendas receberá
Lojas Americanas, Grupo Pão de Açúcar e Walmart. Em sua
tablets, tendo acesso a todos os dados comerciais atuali-
fábrica própria, localizada no município de Nova Iguaçu, no
zados, campanhas de vendas, metas, catálogo de produ-
Estado do Rio de Janeiro, a Embelleze produz mais de 100
tos e vídeos com rituais de passo a passo. A ideia é aproxi-
milhões de unidades por ano. O Sistema Embelleze – que
mar e alinhar uma linguagem única tanto para sell in (ven-
engloba a fábrica, o Instituto Embelleze, com mais de 300
da da indústria para o comércio) quanto para sell out (ven-
franquias, e o Salão Belleza Pura – gera cerca de dez mil
da do comércio ao seu cliente).
empregos, diretos e indiretos.
Jomar Beltrame Vice-presidente do sistema Embelleze
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PALAVRA DA INDUSTRIA35.indd 12
Foto Divulgação
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A VOZ DO
o olho
do dono
De pequenas atitudes e cuidados são construídos os melhores resultados de seu negócio
C
omo já dissemos em edições
a sua residência ou trabalho, evitando
ção da loja, organização da gôndola e,
passadas, ainda existe uma
desperdício de tempo no trânsito para
para finalizar, dois pontos fundamentais
preocupação por parte do
ir a outras lojas.
para fidelizar e gerar confiança em seu
pequeno varejista em ser ex-
Além disso, existe um diferencial im-
tremamente competitivo em
batível em seu tipo de negócio: “o olho
preço, balizando-se, inclusive,
do dono”. E isso nenhum concorrente
Um exemplo disso é de uma loja de
cliente: o ótimo atendimento e a boa prestação de serviços.
em lojas de grandes organiza-
de grande e, muitas vezes, até de médio
supermercado pertencente a três só-
ções de varejo e, muitas vezes, deixando
porte tem, e pode fazer toda a diferença.
cios. Diariamente, ao abrir a loja, cada
de lado fatores mais importantes para
Ao ter contato com seus clientes, você
um desses sócios vai ao estacionamen-
pode identificar os seus anseios, o que
to e, durante 10 minutos, entrega, pes-
Nesse nosso espaço, temos procurado
eles gostam ou não no seu estabeleci-
soalmente, aos primeiros clientes que
abordar cada um dos fatores importan-
mento, o que sentem falta, enfim, fa-
chegam, o cartão de estacionamento,
tes e que fazem com que o preço seja
tos que podem levá-lo a decidir até por
desejando-lhes um bom dia. É uma ati-
o quinto ou sexto ponto na decisão do
mudanças, as quais devem ser feitas no
tude muito simples, mas que tem grande
cliente ao escolher sua loja. Vejamos al-
tempo certo, pois exigem algum investi-
ressonância. Coincidência ou não, essa
guns pontos já abordados: escolha da
mento. Exemplos: ampliar loja, estacio-
loja tem a maior venda do Brasil entre
equipe de trabalho, treinamento, mix
namento, açougue, padaria etc.
todas do mesmo porte.
seu negócio.
de produtos, suprimento (não ruptura), organização da loja, entre outros.
Há coisas muito simples que o “o olho
Se você, cliente do DEC, estiver atento
do dono” (e de sua equipe bem trei-
a essas coisas, pode ter certeza de que
Esses fatores são muito mais valo-
nada) também vê no dia a dia, e que
seu negócio irá prosperar cada vez mais,
rizados pelos clientes, e podem fazer
fazem toda a diferença na decisão do
por mais competitivo que o mercado pos-
com que eles optem por comprar cada
cliente: mix de produto correto para seu
sa parecer.
vez mais na sua loja, que está próxima
público, não ruptura, limpeza e ilumina-
Bons negócios!
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treinamento
é preciso ter foco!
D
aniel Goleman, festeja-
o dia com a sensação de que nada fez
do guru da atualidade,
de concreto, real ou palpável pelo seu
autor de Inteligência
negócio. É preciso ter foco.
Emocional e professor
Sem foco, sem objetivos e metas cla-
de Harvard, lançou, em
ras, subordinados não podem ser seria-
outubro de 2013, seu no-
mente avaliados. Lembro-me de um ge-
vo livro FOCUS – O con-
rente que me disse estar cansado de ser
dutor escondido da excelência.
Luiz Marins Professor e autor de 14 livros na área de treinamento e motivação dos colaboradores
Sem foco, as empresas perdem muito tempo com coisas acidentais e nunca têm tempo para o que realmente é essencial 1 6 • m a r /a b r 2 0 1 4
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avaliado sem objetividade pelos seus su-
Ao saber do lançamento desse livro
periores. ‘A cada momento, querem uma
de Goleman, um assinante e leitor que
coisa diferente.’, dizia ele. Sem saber pa-
possui meu livro 15 anos de motivação
ra onde ir, esse gerente estava desmoti-
e sucesso – 780 mensagens – me en-
vado, desentusiasmado e perdeu toda
viou a seguinte mensagem: “Exatamente
a capacidade de lutar por alguma coi-
na semana de 24 a 30 de outubro de
sa concreta, séria e objetiva. Quando se
1993, exatos 20 anos antes deste no-
fala em objetividade lembra-se de uma
vo livro de Daniel Goleman, o senhor
‘objetiva’, de uma câmera fotográfica –
escreveu uma mensagem chamada ‘É
que é o que leva ao ‘foco’.
preciso ter foco’. Novamente o senhor
Nas relações com os clientes, tenho
escreveu sobre o tema em 1998, 2003,
visto empresas que também perderam o
2006, sem falar da história do EMU con-
foco. Não sabem realmente o que vale
tada pelo senhor há décadas para ilus-
a pena incentivar, propor, exigir, ofere-
trar o conceito de foco. Parabéns, pro-
cer. Os programas de qualidade e pro-
fessor!”. Agradecendo ao leitor, aten-
dutividade têm perdido muito de seu
dendo a seu pedido e dada a atualida-
sentido, exatamente por falta de foco.
de do tema, aqui vai a mensagem es-
Afinal, o que vamos fazer primeiro? O
crita em 1993 para ser repensada hoje.
que é essencial, importante e acidental?
“Um dos maiores problemas que te-
Sem capacidade para decidir o que se-
nho visto em empresas, empresários,
ja essencial, as empresas perdem tem-
executivos, gerentes, supervisores e mes-
po e energia que deveriam ser focados
mo funcionários em geral é a falta de
para o seu negócio principal ou core
foco naquilo que fazem ou deveriam
business, como dizem os americanos.
fazer. A verdade é que a maioria das
Sem foco, a empresa de hoje perde com-
empresas e pessoas que nela trabalham
petitividade, as pessoas ficam perdidas, os
em funções de chefia não sabe exata-
clientes não identificam valor à empre-
mente o que estão buscando, o que de-
sa e todo o negócio perde. Pense nisso.”
vem fazer prioritariamente. Ciscando o
Pense nisso novamente em 2014,
dia todo, como galinhas num galinhei-
agora com o “aval” de um dos maio-
ro, o empresário, o executivo, termina
res gurus do mundo. Sucesso! Foto Divulgação
26/02/14 19:29
Job: KIMBERLY-01-08-2013 -- Empresa: Ogilvy -- Arquivo: 21304-1-Kimberly-Plenitude Active HM Trade-205x275mm_pag001.pdf Job: Job:KIMBERLY-01-08-2013 KIMBERLY-01-08-2013 -- --Empresa: Empresa:Ogilvy Ogilvy -- --Arquivo: Arquivo:21304-1-Kimberly-Plenitude 21304-1-Kimberly-PlenitudeActive ActiveHM HMTrade-205x275mm_pag001.pdf Trade-205x275mm_pag001.pdf Registro: 129853 -- Data: 17:14:06 20/08/2013 Job: KIMBERLY-01-08-2013 -- Empresa: Ogilvy -- Arquivo: 21304-1-Kimberly-Plenitude Active HM Trade-205x275mm_pag001.pdf Registro: Registro: 129853----Data: Data: 17:14:06 17:14:06 20/08/2013 20/08/2013 anuncio DEC 129853 40
10/01/14 12:23
atendimento
o poder da excelência no atendimento
A
s duas grandes obje-
e o que ele gosta ouvindo. Oferecer o
ções realizadas no mun-
produto certo é a melhor forma de não
do comercial são: “Co-
realizar uma venda cansativa, para os
mo atrair clientes?”, e a
dois lados. Saber que o cliente possui
mais importante: “Co-
a atenção do vendedor o torna mais
mo manter os clientes?”.
propenso a comprar e a se sentir bem.
Muitas empresas pen-
Entender que o cliente não tem a
sam apenas na primeira e investem pesa-
obrigação de comprar é fatal. Seja
do nisso. Mas o que adianta você atrair
atencioso e realize seus pedidos.
100 clientes por dia, por exemplo, e eles não comprarem nem voltarem?
Faça mais do que é esperado de você. Surpreender o cliente positivamen-
O que mantém cliente é o atendi-
te é uma ótima forma de ajudá-lo a
mento, e é pelo mesmo motivo que
tomar a decisão de comprar sem usar
perdemos outros também.
as palavras, sem incomodá-lo nem se
Quando eu vou a um estabelecimento e
tornar cansativo.
Sergio Ricardo Rocha
recebo um atencioso tratamento do ven-
É muito importante buscar uma boa
Dr. Vendas Consultor, Coach e Palestrante www.sergioricardorocha.com.br relacionamento@sergioricardorocha.com.br
dedor, quando ele escuta o que eu preci-
relação com o cliente e não sua “fide-
so e eu me sinto querido pela empresa,
lidade”. Nas empresas que possuem
toda e qualquer barreira que eu criei pa-
um bom atendimento e conquistam
ra não comprar é quebrada. E, mais que
clientes, é comum os clientes terem
isso, eu vou indicar para meus amigos.
vendedores preferidos e isso influen-
Por outro lado, quando um vendedor chega até mim mal-humorado, não me
Porém, é fundamental ter, também,
permitindo dizer o que eu quero, ou até
uma boa relação interna. Funcionários
mesmo forçando sobre mim o que ele
infelizes com o tratamento que rece-
gosta, eu me sinto desconfortável. As
bem possuem menores chances de
chances de não comprar, não voltar e in-
conquista. Aqueles que se sentem con-
dicar o concorrente são grandes. Ele “des-
fortáveis onde trabalham possuem mais
vendeu” o seu produto com sua atitude.
confiança e passarão para o cliente a
Uma pesquisa realizada em 2011 pelo
sensação de que a empresa, realmen-
IEMI (Instituto de Estudos e Marketing
Saber que o cliente possui a atenção do vendedor o torna mais propenso a comprar e a se sentir bem 1 8 • m a r /a b r 2 0 1 4
artigo_atendimento35.indd 18
cia na hora de comprar.
te, pode oferecer o melhor para ele.
Industrial) mostra que 76,4% dos entre-
Preço menor sempre poderá ser ul-
vistados rejeitam um estabelecimento
trapassado pelo concorrente; agora,
pelo mau atendimento. A pesquisa foi
superar um bom atendimento é mui-
focada no mercado têxtil, porém o nú-
to mais complicado.
mero é tão impressionante que pode ser
Esse é o poder do atendimento. O
levado em conta em todos os mercados.
bom atendimento atrairá e manterá
Para um bom atendimento, a receita é
clientes compradores graças a uma boa
simples: ouvir + conquistar + fazer mais.
relação, eles indicarão sua empresa para
Você só saberá o que o cliente busca
outros amigos e o ciclo irá se repetir. Foto Divulgação
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AB_bigfral_dcnews_205x275_mar14.pdf
1
2/19/14
12:46 PM
Portfólio completo para cada
Até
12h
de Protecão Máxim Máxima áx a áxim
10 10h
Até de Protecão ProtecãoTotal Pr Total COM RÁPIDA ABSORÇÃO
COM DUPLA CAMADA ABSORVENTE
*Fonte: ACNielsen Retail Index T. Brasil INA + INFC
Tipo de Incontinência F
at 8h de proteção até
C
M
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Lançamento!
K
Benefícios para o varejo
Benefícios para o consumidor
• Categoria extremamente atrativa: crescimento acima de 20% ao ano, ticket médio alto e produtos de uso contínuo*
• Linha completa de alta performance e tecnologia para todos os níveis de incontinência
• Marca mais indicada por médicos e mais lembrada pelos consumidores
• Nova Tecnologia Antiodor
• Presente em eventos, congressos médicos e nos principais hospitais do Brasil = geração de demanda
• Todos produtos são Hipoalergênicos e Testados Dermatologicamente
• Forte investimento em mídias (TV, Revistas e Internet) Suporte ao lançamento
anuncio DECmuto.indd 39
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varejo
Como fazer mais com as
mesmas lojas em 2014
O
ano de 2013 não foi um
há nenhuma expectativa de ação radical,
ano fácil para os varejis-
a questão da Copa pode ser muito inte-
tas. Entre diversos indi-
ressante para alguns setores por comple-
cadores, alguns apon-
to, como o de serviços, mas soa realmen-
tando quedas, outros
te favorável somente a alguns setores do
apontando leves au-
varejo. Gente em casa assistindo aos jo-
mentos, esse foi um ano que frustrou as
gos pode significar menos gente nas ruas
expectativas de diversos setores e afugen-
comprando. Nesse cenário de imprevisi-
tou a expansão e até mesmo a chegada
bilidade, acredito que nunca foi tão im-
Caio Camargo
de algumas marcas, seja pelo baixo con-
portante o foco em produtividade den-
Arquiteto, MBA em Marketing e gerente comercial da Virtual Gate
sumo, pela inflação instável, pela péssi-
tro do ponto de venda. É nítido a todo
ma qualidade de mão de obra disponí-
consumidor como as marcas e seus pon-
vel ou até mesmo pelo altíssimo e irreal
tos de venda têm tido considerável que-
custo de locações e aquisições de imó-
da de rendimento frente a problemas co-
veis. Diversos foram os fatores que impe-
mo atendimento, filas, falta de produtos,
diram um crescimento que possa ser qua-
entre outros. Todas essas questões impe-
lificado como positivo para a maioria dos
dem até mesmo o consumidor mais en-
varejistas brasileiros. Para boa parte dos
tusiasmado de comprar.
A melhor maneira de trabalharmos hoje a questão da produtividade é por meio da taxa de conversão, ou seja, de transações realizadas, criando um real retrato da eficiência da equipe 2 0 • m a r /a b r 2 0 1 4
artigo_varejook.indd 20
varejistas, tivemos um primeiro semes-
O grande desafio do varejo brasilei-
tre de difíceis vendas, e certo avanço no
ro é o de vender mais nas mesmas lo-
segundo semestre, ainda que não fosse
jas. E, ao atingirmos esse objetivo em
possível recuperar totalmente os estra-
uma rede, com certeza, outra rede dei-
gos do primeiro semestre. Outra boa par-
xará de faturar. É uma questão de ob-
te possuía uma expectativa muito gran-
jetivo e produtividade. Em contraparti-
de em relação às vendas de fim de ano,
da, qualquer mínimo esforço pode tra-
mas aparentemente aumentaram o en-
zer resultados compensadores. A melhor
dividamento das famílias, comprometen-
maneira de trabalharmos hoje a ques-
do as compras.
tão da produtividade é por meio da ta-
E se 2013 não foi tão fácil, 2014 não
xa de conversão, que mensura a quan-
parece nada promissor. Ao que tudo pa-
tidade de pessoas que entram em uma
rece, economistas, mesmo ainda tendo
loja, contrapondo esse número ao de
certa insegurança, apontam um cenário
cupons ou transações realizadas, crian-
de mais juros, mais inflação e PIB menor.
do um real retrato da eficiência da equi-
Temos um ano cheio, com Copa e elei-
pe, assim como produzindo os insights
ções. Embora a questão das eleições pos-
corretos para as melhorias. O desafio
sa até mesmo soar positiva, em que não
está lançado. Foto Divulgação
26/02/14 19:28
Amplie Amplie Amplie Amplie Amplie seu MIX Amplie seu MIX seu MIX
seu MIX com a marca seu MIX com a marca seu MIX com a marca com a marca que mais se com a marca que mais se com a marca que mais se que mais se que mais se destaca no que mais se destaca no destaca no
destaca no segmento. destaca no segmento. segmento.
segmento. segmento.
anuncio DEC 40
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especial layout
entre e
fique à vontade Por Tatiana Ferrador e Camila Guesa
Como um layout moderno e funcional pode otimizar resultados e levar o consumidor a sentir-se bem em sua loja a ponto de estimular as compras por impulso
U
tilizado como forma de or-
os produtos devem ser expostos na lo-
Tão importante quanto escolher o mo-
ganizar melhor os espaços
ja, quantas pessoas podem ser atendidas
biliário correto é posicioná-los de manei-
estudando a área disponí-
por dia, quantos membros a equipe de
ra estratégica. Com isso é possível ga-
vel, o layout (ou leiaute) de
vendas deve ter, qual o estoque necessá-
rantir um bom espaço de circulação en-
uma loja tem como princi-
rio para a operação da loja e qual o per-
tre os consumidores e ainda potenciali-
pal objetivo adequar equi-
fil do consumidor potencial (sexo, idade,
zar as vendas por impulso. Além disso,
pamentos e produtos em
classe social, hábitos de consumo, esco-
o mobiliário deve ser flexível às diferen-
um ponto de venda de modo que a ex-
laridade etc.) é tão importante quanto a
tes demandas e sazonalidades, permitin-
periência de compra seja agradável para
venda propriamente dita.
do mudanças e adequações com cestos,
o shopper (comprador) e lucrativa para o
O cuidado com a ambientação passa
ganchos e/ou prateleiras a qualquer mo-
varejista e estimule a compra de produ-
por muitos detalhes, inclusive nos mate-
mento e em toda a loja, visando uma me-
tos não programados.
riais que se pretende investir para a con-
lhor exposição dos produtos correlatos a
Para se chegar a um bom layout, com
cepção dos móveis. “O material escolhi-
todo o momento.
a ambientação ideal para compras é pre-
do para o ponto de venda tem grande
ciso identificar o perfil de público e co-
influência na hora das compras, e pode
Fluxo guiado
mo ele se movimenta em sua loja. A par-
interferir, inclusive, no tempo médio de
Antes de fecharmos o projeto de layout,
tir desse conhecimento será possível es-
permanência do consumidor no estabe-
devemos considerar o sortimento preten-
tabelecer o melhor mix ou as melhores
lecimento”, explica o arquiteto de vare-
dido e a quantidade de categorias con-
ações de marketing que ajudem a loja a
jo e gerente comercial da Virtual Gate,
templadas. Traduzindo, temos que saber
se diferenciar no mercado. Avaliar quais
Caio Camargo.
o que vamos vender (tipos de produtos e
2 2 • m a r /a b r 2 0 1 4
esp_layout.indd 22
Fotos Shutterstock
26/02/14 20:37
variedade) e quanto espaço em gôndolas isso vai tomar. Não podemos ter todos os
Princípios básicos de um bom layout
produtos que existem se nosso espaço é pequeno, é preciso escolher um mix desejado e possível. “Conheço lojas enormes que estão apertadas porque os donos compram demais, até o que não faz parte da sua categoria de loja; e outras pequenas que estão adequadamente montadas com um mix bem reduzido, mas suficiente para atender bem a sua clientela”, explica a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa. Vale, ainda, estar sempre atento ao fluxo da loja. “Antes de fazer o projeto, só um especialista consegue enxergar os locais com mais ou menos fluxo. É preciso observar a atitude das pessoas quando entram na loja e o caminho que preferem ou não dentro de seu roteiro de compras. Com essa informação é possível realizar ajustes das áreas que não tiverem funcionando”, orienta Regina. Embora um layout de trajeto obrigatório incentive os consumidores a entrar em contato com a mercadoria, é preciso que o shopper não se sinta obrigado a percorrer um determinado trajeto, pois o “tiro pode sair pela culatra”, fazendo com que desista da compra. Uma abordagem mais sutil, incentivando-o a percorrer determinado caminho – e não obrigando-o – é sempre mais efetiva. O melhor layout parte do tamanho da área de vendas e o mix de produtos que a loja pratica em seu espaço funcional, afirma o consultor do Sebrae-SP, Jean Fábio de Oliveira. Ele ressalta, contudo, que para que isso seja melhor explorado, é preciso lembrar que o consumidor brasileiro em sua maioria é destro, o que faz com
• Aproveitamento do fluxo de circulação: o consumidor tende a se deslocar para a direita, no sentido anti-horário. Assim, é preciso dispor os produtos em uma sequência bem programada, que garanta a circulação por todo o espaço. • Sinalização: a boa sinalização contribui para orientar a circulação. Ela pode ser obtida com cartazes e setas. O uso de materiais e cores diferentes e de iluminação constituem outras formas de sinalização; • Gôndolas e prateleiras: verifique se a quantidade de gôndolas e prateleiras é suficiente para o seu sortimento. Às vezes, a falta de espaço aparente é resolvida usando sete prateleiras em vez das tradicionais cinco; • Exposição dos produtos: a forma como os produtos são apresentados influi na decisão de compra. Para tirar melhor proveito do espaço, recomenda-se colocar mais itens nas prateleiras, em vez de exibir grandes quantidades de um mesmo produto. Deve-se aproximar produtos afins, como xampus, condicionadores, colorações etc., e utilizar as áreas perto do caixa para expor pequenos produtos de conveniência ou comprados por impulso; • Área de vendas: quando há mercadorias expostas em mostradores, é melhor optar por prateleiras e balcões com portas de correr, que ocupam metade do espaço das portas de abrir e das gavetas. As prateleiras na parede devem ter no máximo 2 m de altura (sendo que a altura considerada ideal é de 1,60 m), para facilitar o trabalho do vendedor; • Iluminação: opte por lâmpadas claras, que facilitem a consulta dos consumidores pelos seus produtos, e adote focos de luz especiais em produtos e pontos estratégicos para a loja. • Mobiliário: alie flexibilidade e mix ideal na hora de definir seu mobiliário. Para uma melhor exposição do sortimento, ele deve tornar possível a colocação de ganchos, cestos, prateleiras e acessórios em qualquer ponto de exposição da loja; • Área externa: esse local precisa de muitos cuidados, já que é a partir dele que os clientes se sentirão atraídos à primeira visita. Portanto, a fachada deve ser a mais adequada possível ao público que se pretende atrair e aos produtos e serviços que se têm a oferecer. Além disso, disponibilizar estacionamento aos seus clientes é um item muito valorizado e que merece a atenção do lojista; • Estoque: a área destinada ao estoque deve ser planejada de acordo com as necessidades do negócio. Ele deve estar em local acessível para abastecer a área de vendas, mas sem subtrair parte de seu espaço. Fonte: Sebrae e demais entrevistados
que o fluxo natural nas lojas seja sempre • 23
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27/02/14 15:22
especial layout
Estratégia de implementação O papel do layout deve ser perseguir a estratégia de operação do ponto de venda, baseada no tripé básico:
1 2 3
Escolha do perfil predominante do consumidor: poder de compra, momento de compra, perfil sócio cultural, gênero, faixa etária; Proposta de valor a ser oferecida a este consumidor: conceito, preço, qualidade, especialidade, estilo de vida, identidade e experiência de compra. Perfil de operações: mix de produtos, rotina de atendimento, rotina de retaguarda.
Fonte: Yoshimura Arquitetura
ser contemplada no layout de uma loja, como por exemplo, xampus com condicionadores, produtos de higiene bucal próximos uns aos outros – antissépticos bucais – cremes dentais, escovas, fio dental, assim como pastilhas e sprays para hálito, esmaltes com lixas, alicates etc. No livro “Design de loja e merchandising visual – Criando um ambiente que convida a comprar”, de Naresh Malhotra, é possível observar algumas dicas valiosas para um layout atraente e eficaz. Entre elas está o cuidado em considerar os movimentos oculares para descobrir para onde exatamente os consumidores olham quando estão em sua loja. “Lembre-se de que os consumidores só podem comprar o que veem”, menciona o autor. Cita, ainda, que os consumidores pesquisam prateleiras principalmente na horizontal, e por consequência disso, produtos semelhantes devem ser agrupados em blocos verticais. A altura do olho é a altura de compras. E, finalmente, sugere que os produtos de alta margem de lucro sejam colocados nas melhoras zonas de vendas
anti-horário. “Prioriza-se sempre a entra-
da loja. “Embora você precise ter um sor-
da de loja à direita como sendo sua área
timento completo para que os consumi-
nobre. A área nobre no layout faz ven-
dores visitem sua loja, uma vez ali, os itens
der”, pontua o consultor. Algumas dicas
de alta margem devem ser claros e facil-
apontadas por ele alertam sobre a impor-
mente visíveis”, conclui o autor.
tância de se saber que os produtos ex-
dicas para um bom layout O Gerenciamento por Categorias (GC) – conjunto de produtos que atende às mesmas necessidades ou, função – traz maior comodidade ao shopper (comprador) e ajuda o varejista a potencializar as vendas. O varejo alimentar é composto de 4 seções: alimentar, perfumaria, limpeza e bazar. A seção de alimentos é destino neste canal de vendas, e apresenta uma diversidade muito grande de produtos. Assim, para um bom layout, alguns pontos, se observados, trarão benefícios no ticket médio: • Coloque algumas categorias de alimentos no início (bebidas, por exemplo) e outras no final da loja (hortifruti, por exemplo). Isto poderá fazer o shopper circular por toda a loja; • Padaria e açougue, caso haja, devem estar posicionados no fundo da loja e, se possível, em lados opostos, forçando o shopper a percorrer todo o trajeto; • Perfumaria, de preferência, deve ficar nos corredores centrais da loja, entre seções de limpeza e alimentos, forçando o shopper a percorrer seu corredor;
postos nessa área devem estar alinhados
Implementação
com a estratégia da loja. “Pode-se priori-
O bom layout tem que ter como fun-
zar produtos com baixo giro e grande lu-
damento uma boa estratégia de opera-
cratividade ou alto giro com alta lucrativi-
ções. Portanto, o primeiro passo para sua
dade, ou até mesmo, aqueles produtos
aplicação no PDV deve ser indicado pelo
que no processo de compra foi bem ne-
próprio varejista ao profissional de projeto.
gociado, incluindo prazo para pagamen-
“Apesar de ser uma disciplina da arqui-
to que podem gerar capital de giro mais
tetura e design, o primeiro ponto que de-
rápido e fortalecer o caixa da loja”, diz.
ve ser levado em consideração são os as-
produto, seu cliente, seu preço, como ele
A exposição casada, tornando os pro-
pectos ligados ao composto de marketing
é comercializado e como é a comunica-
dutos mais atrativos juntos, também deve
do negócio, que englobam: qual o seu
ção da empresa. O entendimento destes
• Dentro de cada seção os produtos devem estar agrupados observando o GC para aumentar a venda de itens não programados. Isso é extremamente sensível na seção de Perfumaria.
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LC_OLLA_ANUNCIO-TRADE_2013-12_AF.pdf 1 12/17/13 AM LC_OLLA_ANUNCIO-TRADE_2013-12_AF.pdf 1 12/17/13 10:55 10:55 AM
LC_OLLA_ANUNCIO-TRADE_2013-12_AF.pdf
C
C
M
M
C Y
Y
M CM
CM
Y MY
MY
CM CY
CY
MY CMY
CMY
CY K
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12/17/13
10:55 AM
CMY
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especial layout
Layout de loja ideal O layout abaixo é um modelo padrão que pode ser aplicado em praticamente qualquer tipo de varejo, ou qualquer tipo de canal, pois não leva em consideração o produto em si, e sim o comportamento do consumidor e como este reage ao espaço físico da loja. Sendo assim, vamos tomar como base a imagem abaixo, dividindo-a como mostra a figura abaixo, em quatro partes (ou setores, como preferir):
Quarta parte (vermelha) - Produtos categorias destino: São os produtos “essenciais” de sua loja, os quais seu cliente sai de casa em busca em sua loja. É como a velha historia do pãozinho colocado no fundo de um supermercado, ou mesmo o açougue. Essa tática faz com que seu cliente percorra por toda sua loja, até chegar ao produto que ele busca. Assim, no meio do caminho, há a possibilidade de você oferecer outros produtos e possibilitar a venda de alguns os quais ele não tinha uma intenção inicial de compra, como os produtos de compra por impulso.
Terceira parte (laranja) - Zona de cognição: É nesse setor que você deve colocar os principais produtos de sua loja, principalmente aqueles na qual o cliente demora um tempo maior para escolha, o que chamamos de produtos de cognição. Nesse setor ficarão também os principais serviços que sua loja oferece, principalmente serviços que permitam um atendimento mais confortável e um momento mais agradável, como lanchonetes, cafés, mesas de atendimento, financeira, etc.
Primeira parte (azul) Vitrines e respiros: Esse é o primeiro contato do cliente com a loja, é seu cartão de visitas. Em de perfil popular, é interessante utilizar essa parte da loja, como se fosse uma extensão da rua, de modo o mais convidativo possível, para que o cliente “entre sem perceber” pela loja. Para lojas mais recuadas da rua, como as que possuem estacionamento, deve se ter cuidado com as mercadorias expostas, dado que o cliente irá entrar na loja, muitas vezes, sem perceber estas mercadorias.
O layout é algo que deve ser estudado e analisado à exaustão, de modo que não reste dúvidas quanto à localização de mercadorias. Entretanto, este não somente pode como deve ser constantemente revisto e alterado quando necessário, de modo a criar uma loja sempre dinâmica.
Segunda parte (amarelo) - Produtos de compra por impulso: É nessa parte também que oferecemos aos clientes produtos novos, ou departamentos novos. Nessa zona, é comum também encontrarmos os caixas de pagamento e saída (checkouts) da loja, por isso, procuramos colocar produtos de venda por impulso nesse setor, pois é no momento de saída que compramos este tipo de produto (sabe aquelas balinhas que ficam no caixa do supermercado?).
Fonte: Blog Falando de Varejo
2 6 • m a r /a b r 2 0 1 4
esp_layout.indd 26
26/02/14 20:37
pontos é fundamental para o início de
Continuidade do processo
um projeto de arquitetura de varejo”,
Depois de implementado, vale lembrar
lembra o arquiteto associado ao Retail
que dependendo de como foi feito, o
Design Institute e sócio da Arquitetar –
novo layout poderá ter uma longevida-
Arquitetura de Varejo, Flávio Radamarker.
de menor ou maior, sendo maior confor-
É necessário também prever quais lo-
me a simplificação de soluções, formas
cais oferecem maior visibilidade e fre-
e neutralidade das cores, bem como o
quência de pessoas e quais se quer des-
uso de materiais de maior durabilidade
tacar. Dessa forma é possível priorizar a
e flexibilidade de utilização. Porém, to-
venda de certas categorias e produtos.
da loja demanda uma constante atua-
Cada categoria de produtos desempe-
lização, pois todos os parâmetros mu-
nha uma função dentro da loja e deve se
darão assim como o padrão de compe-
basear nas necessidades do shopper. São
tição com a concorrência.
Benefícios para a loja • Vendas mais eficientes do ponto de vista da relação área de loja vs. mix de produtos; • Melhor percepção dos consumidores em relação ao sortimento da loja; • Fidelização auxiliada pelo conforto percebido no interior da loja; • Facilitação da criação de uma atmosfera de vendas, que contribui para formação da percepção e fixação da marca (nome da loja).
definidas de quatro maneiras: Destino,
É uma intervenção numa escala menor,
que atrai os clientes à loja, sendo o prin-
mas, por exemplo, quando uma loja co-
cipal motivo de compra; Rotina, com
meça a trabalhar com um produto novo
maior representativa nas categorias, é
em seu mix, ou quando um fornecedor
formado por produtos importantes pa-
envia uma peça de visual merchandising
ra o lar; Ocasional/Sazonal, origina-
em formato diferenciado, o layout da lo-
ficarem em frente às gôndolas”, o re-
das em função de um evento específi-
ja precisa ser adaptado à nova condição.
presentante da Arquitetar.
co (ex: Vendas de bronzeadores duran-
Esse é um aspecto que deve ser pensado
“No caso da seção de perfumaria, expo-
te o verão); e Conveniência, atende as
desde o início da implementação de um
sitores visíveis, bem iluminados (um passo
necessidades imediatas de reposição ou
layout na loja, pensando em certa flexi-
adiante do layout), com mercadorias or-
de compras não planejadas.
Fonte: Arquitetar – Arquitetura de Varejo
bilidade, que pode ser alcançada com a
ganizadas e valorizadas devem ser ado-
Espaços junto à entrada e pontas de
modulação do mobiliário, mas sem com-
tados, pois é supostamente um produto
gôndolas oferecem um potencial de ven-
prometer a circulação de clientes na loja.
mais caro. Usar bem o recurso de imagens
das que chega a ser duas ou três vezes
das Marcas e dar destaque para produ-
maior que a exposição em prateleiras
Em benefício do PDV
comuns. Da mesma forma, produtos lo-
As prateleiras que estão na altura dos
te. Para alimentação, a exposição do pro-
calizados na primeira metade na entra-
olhos e na altura de pega (altura das
duto é fundamental. Digo sempre que o
da dos estabelecimentos varejistas, em
mãos), aquelas que estão no centro ou
cliente deve “cair” em cima dos exposi-
gôndolas de autosserviço, vendem mui-
nas extremidades dos corredores, são
tores, pois é sabido que comemos, an-
to mais que produtos locados na segun-
aquelas em que o cliente dispensa maior
tes, com os olhos”, brinca a arquiteta da
da metade do salão ou fechados den-
atenção. A iluminação adequada so-
AS Arquitetura e Projetos, Arlene Suarez.
tro de vitrines.
tos em promoção também é importan-
bre as gôndolas também deve ser um
“A acessibilidade do produto graças a
Produtos locados abaixo de 60 cm de
cuidado especial, principalmente nas
uma circulação privilegiada e visualização
altura terão menor desempenho de ven-
que expõem cosméticos e perfumaria.
bem planejadas complementam um bom
das, assim como acima de 1,50 m, sendo
Lâmpadas que tenham melhor índice
layout”, pontua o arquiteto Carlos Myra,
que a exposição entre 60 cm e 1,50 m de
de reprodução de cor e não deixem o
do Studio M+B, especializado em proje-
altura sempre explora melhor o potencial
ambiente tão frio, auxiliam na escolha
tos para o varejo. “E, claro, um projeto
de vendas. Junto aos checkouts, a venda
dos produtos e estimulam o consumo.
luminotécnico que crie a ambiência de-
de produtos de compra não planejada
“A largura dos corredores também de-
sejada para destacar os produtos e pon-
ou por impulso será sempre eficiente.
ve ser checada, permitindo aos clientes
tos focais da lojas”, conclui. • 27
esp_layout.indd 27
27/02/14 18:10
financeiro
Saia do
vermelho Por Nayara Figueiredo
Como eliminar dívidas e administrar corretamente o fluxo de caixa no varejo de pequeno porte
U
m dos principais proble-
tudo que faça parte da contabilidade
suas despesas pessoais, isto é, oito em
mas que o pequeno va-
da empresa. “É pegar um caderninho
cada dez entrevistados.
rejista encontra na ges-
ou uma planilha e fazer um levanta-
“Nos micro e pequenos negócios,
tão do comércio é a ad-
mento geral para verificar onde é pos-
muitas vezes, o proprietário não tem
ministração financeira.
sível reduzir gastos e gerar lucro”, ex-
uma noção exata de qual é a despe-
Como, quando, por que
plica o educador da DSOP Educação
sa necessária para manter o comér-
e para onde está indo o
Financeira, Edward Cláudio Jr.
cio. O lucro obtido deve fazer parte
dinheiro da empresa? Na impossibili-
O educador destaca, entretanto, que,
de um orçamento prévio. A maioria
dade de contratar um profissional da
antes de qualquer medida, é necessá-
dos empreendimentos é prejudicada
área ou uma consultoria, a alternativa
rio distinguir o que é despesa do em-
porque o dono tira mais dinheiro do
para sair do vermelho é rever todo o
preendimento e o que pertence ao pro-
que deveria para pagar contas pes-
processo que compõe o fluxo de caixa.
prietário. Essa é uma situação muito
soais”, enfatiza Edward.
Isso significa criar uma ferramenta
comum em se tratando de endivida-
Após a geração da planilha é pos-
gerencial com o controle de todas as
mento tanto do dono quanto da em-
sível identificar as falhas e buscar um
informações financeiras, entrada e saí-
presa. Uma pesquisa realizada pelo
ponto de equilíbrio. Situações como
da de capital, por determinado perío-
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
“Estou vendendo muito, mas quan-
do, seja ele diário, semanal, quinzenal
Brasil) no ano passado, em todas as
to mais eu vendo, mais fico endivida-
ou mensal. Em suma, o fluxo de caixa é
capitais brasileiras, apontou que 81%
do” são indicadores claros de proble-
composto por dados de contas a pagar,
das pessoas têm pouco ou nenhum
mas na administração do fluxo de cai-
receber, vendas, despesas, aplicações e
conhecimento sobre como controlar
xa. Nesses casos, outra resposta pode
2 8 • m a r /a b r 2 0 1 4
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Foto Shutterstock
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estar na precificação dos produtos, aquém das expectativas necessárias para gerar lucro. Para o educador da DSOP, a composição do preço é um fator de grande importância no gerenciamento fi-
A falta de conhecimento em gestão ocorre porque muitos empreendedores iniciam o negócio sem nenhuma experiência na área. Cerca de 48% dos pequenos empresários iniciam sem vivência prévia no setor e outros 20% começam por influência familiar
nanceiro e não deve se basear apenas na mensuração da concorrência. Se o
Nicolau André Miguel, ressalta que o
Vantagens
proprietário não tiver essa habilidade,
pagamento correto de impostos é ou-
O controle efetivo do fluxo de caixa,
é aconselhável a terceirização do servi-
tro item importante na administração,
além de sanar ou evitar o endividamen-
ço ou a capacitação por meio de ins-
visto que “problemas com o governo
to, é um artifício importante na hora
tituições como o Serviço Brasileiro de
são sempre mais complicados de so-
de posicionar o comércio em trâmites
Apoio às Micro e Pequenas Empresas
lucionar e podem prejudicar o anda-
financeiros mais complexos, como to-
(Sebrae), que disponibiliza palestras,
mento do negócio”, diz.
madas de crédito, taxas de juros ele-
cursos e materiais acessíveis on-line.
Em janeiro deste ano o Banco do
vadas, faturamento a longo prazo etc.
A falta de conhecimento em ges-
Brasil, em parceria com a CNDL, rea-
Segundo informações do Sebrae,
tão ocorre porque muitos empreende-
briu uma linha de crédito voltada para
existem algumas vantagens pontuais
dores iniciam o negócio sem nenhu-
micro e pequenas empresas quitarem
perante a manutenção dessa ferra-
ma experiência na área. A afirmação
seus tributos, focada em grupos com
menta gerencial:
vem de um estudo do SPC Brasil com
faturamento de até R$ 3,6 milhões
• Planejamento – controle do fluxo
a Confederação Nacional de Dirigentes
por ano. O benefício pode ser parce-
de entrada e saída de valores em perío-
Lojistas (CNDL) indicando que cerca de
lado em até 24 meses, com 3 meses
dos preestabelecidos pelo proprietário.
48% dos pequenos empresários iniciam
de carência para pagamento da pri-
• Possibilidade de avaliação pré-
sem vivência prévia no setor e outros
meira prestação. Em 2013, 32 mil or-
via – verificar se as vendas atuais se-
20% começam por influência familiar.
ganizações utilizaram o produto que
rão suficientes para arcar com despe-
Quando o tema é endividamento,
gerou uma somatória de R$ 1 bilhão
sas futuras já identificadas.
o consultor do Sebrae-SP, João Carlos
em recursos liberados.
• Auxílio de gestão – contribuir com
Natal, enfatiza que a empresa precisa
Com os números devidamente escla-
a tomada de decisões do proprietário
ter cuidado para não entrar em nega-
recidos nas planilhas, é possível iden-
a respeito de sobra ou falta de capital.
tivação. “Quando o proprietário não
tificar as categorias de maior rotação,
• Mensuração de risco – verificar
honra com os pagamentos, os forne-
que demandam um giro maior de com-
se a empresa está passando por um
cedores ou bancos podem negativá-
pra e venda, e as de menor contri-
momento de aperto financeiro no pe-
-lo, o que, consequentemente, faz com
buição, que não necessitam de mui-
ríodo ou se há risco de que isso ocor-
que o empreendimento perca seu po-
to estoque. Isso evita a perda desne-
ra a curto prazo.
der de crédito. Com isso, as compras
cessária de capital investido em esto-
• Precificação – verificar a possibi-
para formação de estoque deixam de
cagem. Nicolau também afirma que o
lidade de redução de preços através
ser faturadas e ele é obrigado a ad-
bom uso do fluxo de caixa permite –
de promoções ou se há necessidade
quirir produtos em larga escala à vis-
após a quitação de eventuais dívidas
de aumento.
ta. É um risco que pode levar o negó-
– organizar uma reserva estratégica
• Empréstimos – avaliação dos re-
cio à falência”, explica.
para aquisições oportunistas. “Assim
cursos atuais e percepção da necessida-
O professor da Escola de Adminis-
você consegue comprar com uma boa
de de tomada de crédito por terceiros.
tração de Empresas de São Paulo da
margem de preço para vender bem”,
• Giro de capital – avaliar se o
Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP),
comenta o professor da FGV.
recebimento das vendas é suficiente • 29
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financeiro
6 dicas de como melhorar o fluxo de caixa • Diferencie o dinheiro da empresa e do proprietário – Evite retirar dinheiro do caixa para o pagamento de contas pessoais e separe os lucros da empresa. • Anote todas as informações da contabilidade – Crie planilhas ou marque em um caderno todas as despesas, os rendimentos, as margens de lucro, os custos e todas as informações referentes ao financeiro. • Classifique os fornecedores – Procure estabelecer uma classificação de fornecedores do mais ao menos importante, de acordo com os produtos de maior necessidade de compra, para o estabelecimento de parcerias. • Revise os sistemas de cobrança e crédito – Se o caixa estiver no vermelho, evite vendas a prazo e reforce os métodos de cobrança para o acerto de contas. Fuja da negativação. • Organize seu estoque – Dinheiro gasto em estoque é dinheiro que não está produzindo juros nem dividendos para você. • Considere consolidar seus empréstimos – Se você tem diversos financiamentos atrelados ao negócio, talvez seja possível consolidar dois ou mais empréstimos em uma conta a juros mais baixos e assim melhorar seu fluxo de caixa. Fonte: Joseph Anthony – Consultor / Microsoft.com e Sebrae
para cobrir os gastos assumidos e pre-
pagamentos, negociar descontos de
vistos no período, e qual será o nível
compra, aumentar os níveis de esto-
de lucratividade.
que e melhorar o ambiente físico do
• Capacidade de pagamento –
comércio são algumas opções de apli-
analisar se a empresa tem recursos su-
cação. Mas é preciso estar alerta, pois
ficientes para honrar seus compromis-
as sobras de caixa podem ser apenas
sos antes de assumi-los.
momentâneas, comprometidas com a
Vale ressaltar que a implementação
quitação de compromissos futuros. Para
de planilhas não é uma tarefa muito
fugir disso, é preciso trabalhar também
complexa, mas a manutenção de seus
com análises de caixa a longo prazo.
dados é sumariamente importante para que a ferramenta seja, de fato, útil
E o futuro?
ao empreendedor.
“Após a organização da estrutu-
Resultados
ra financeira, é hora de estabelecer objetivos de crescimento e detalhar
Após o período de análise, a obten-
um planejamento. Aonde a empre-
ção de informações exige que o em-
sa quer chegar e como fará para que
preendedor tome determinadas medi-
isso aconteça”, afirma Edward Jr, da
das de acordo com os resultados, se-
DSOP Educação Financeira.
jam eles positivos ou negativos.
O educador explica que esse deta-
De acordo com o consultor do Sebrae-
lhamento consiste em incluir datas e se
SP, no caso de falta de recursos neces-
haverá necessidade de auxílio externo,
sários para a manutenção do negócio,
empréstimos, financiamentos etc., ca-
é preciso elaborar uma revisão das es-
so contrário se torna algo inexato. “Se
tratégias da empresa. “É preciso criar
quero aumentar meu faturamento, o
uma folga para administrar melhor”,
que posso fazer para isso? Precisarei
diz. Reduzir os estoques, programar
da ajuda de terceiros? Quais métricas
melhor as compras, melhorar os sis-
serão aplicadas em minha empresa?”
temas de cobrança, renegociar paga-
são questões que devem estar presen-
mentos e classificar os fornecedores
tes no planejamento.
do mais ao menos importante, fazer
Uma dica é traçar metas, principal-
promoções e diminuir o período ofer-
mente para períodos mais longos, que
tado nas vendas a prazo são alterna-
considerem, por exemplo, um ano –
tivas possíveis para alavancar fundos.
curto prazo, cinco anos – médio pra-
“Muitos pequenos empresários cos-
zo, dez anos – longo prazo. “Outra di-
tumam dizer ‘se não vender fiado, eu
ca é não postergar qualquer decisão
não vendo’ e isso é um grande pro-
que deva ser tomada. Se a necessida-
blema, pois venda fiado não é venda.
de é que mude o negócio, mude; se é
Quando o cliente não paga, o custo
contratar pessoal, contrate; se for pro-
para o empreendedor dobra”, destaca.
curar ajuda, procure, não deixe para
Em contrapartida, se houver sobra
depois. Isso pode ser decisivo para a
de capital, a empresa deve definir a
sobrevivência do empreendimento”,
melhor forma de investi-lo. Antecipar
completa Edward Jr.
3 0 • m a r /a b r 2 0 1 4
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26/02/14 17:08
marketing
Oferta:
a menina dos olhos do consumidor Por Nayara Figueiredo
Como formular promoções semanais, ofertas casadas e demais ações de marketing no pequeno varejo
S
ão muitas as variáveis que
Oliveira Júnior, destaca que um dos
uma escova, luvas, artigos utilizados na
atraem o consumidor pa-
principais erros é colocar o produto em
coloração. Logo, eles serão adquiridos
ra a loja. O letreiro, anún-
promoção apenas na ponta da gôndo-
com a tintura. Porém, outra estratégia é
cios em jornais ou revistas
la, ao passo em que deveria estar ali e
posicionar um bom produto em promo-
do bairro, indicação de ou-
no meio das estantes para que o clien-
ção numa ilha, ao lado de uma ponta
tros clientes, cartazes etc.
te encontre outros produtos que este-
de gôndola próxima de um vinho chile-
Contudo, o principal arti-
jam fora da oferta e, consequentemen-
no, por exemplo. O comprador automa-
fício que enche os olhos de qualquer
te, geram um ganho com
ticamente percebe que, se está
comprador é uma bela promoção.
valor agregado maior. Para
economizando em um pro-
“A oferta gera tráfego por motivar
ele, é nesse quesito que as
a pessoa a ir até a loja atrás de opor-
pequenas e médias empre-
tunidade. É uma estratégia de atra-
sas devem se atentar.
duto, por que não gastar
As promoções casadas estimulam as compras por impulso e podem ajudar o varejista a
um pouco mais em outro? Nesse caso, o varejista atrai a atenção
ção de consumidor, de forma que ele
É o que os especialistas
compre aquilo que procurou e tam-
chamam de cross merchan-
bém outros produtos”, explica o coor-
dising, a atração de um pro-
denador do núcleo de varejo da Escola
duto para a venda casada
Superior de Propaganda e Marketing
com demais, que não neces-
(ESPM), Ricardo Pastore.
sariamente pertençam à mesma cate-
“O melhor lugar para o pãozinho, da
O sócio-diretor da consultoria em-
goria. Ao lado de uma oferta de tintu-
categoria destino – motivo pelo qual o
presarial de varejo Improve, Plínio de
ra para cabelo pode estar posicionada
cliente vai até a loja –, é no fundo do
Fotos Shutterstock
marketing.indd 31
maximizar o comércio de vários tipos de produtos
do cliente através de um produto, na intenção de comercializar ou-
tro de maior valor agregado.
• 31
26/02/14 17:30
marketing
estabelecimento. Para chegar até o local, ele passa por prateleiras com uma margarina diferenciada e outros produtos que complementem o café da manhã e, consequentemente, a venda aumenta”, afirma Oliveira.
A loja precisa comunicar interna e externamente, e saindo um pouco do foco promocional, pois existem mídias institucionais com informativos, dicas e divulgação dos pontos fortes do estabelecimento – Ricardo Pastore/ESPM
Esse é um dos princípios da venda casada, linhas de produtos que atendam
diretor da Improve. Barbosa e Czarnota,
“O empreendedor também preci-
demandas complementares. Quando
do Provar, explicam que, para a elabora-
sa entender o que o consumidor mais
um desses itens entra em oferta, o con-
ção de promoções semanais, devem ser
procura na loja e suas motivações. Ele
sumidor se sente estimulado a adqui-
levados em conta três pontos:
sempre busca os produtos básicos e o
rir mais. “As promoções casadas estimulam as compras por impulso e podem ajudar o varejista a maximizar o comércio de vários tipos de produtos”, avaliam os professores Jaercio Barbosa e Renato Czarnota, do Laboratório de Finanças do Programa de Administração de Varejo (LabFin/Provar).
• O ciclo de promoções feitas pelos fornecedores; • Controle de validade (short shelf
of life); • Nível de impacto desejado pelo varejista.
minimercado atende as compras semanais ou mensais? Ou ele faz as compras em um grande varejista e usa o supermercado para compras de produtos que faltam no dia a dia?”, lembram Barbosa e Czarnota.
“Promoções são bons artifícios, mas,
Outro ponto é a avaliação da con-
se o varejista colocar todo o seu em-
corrência direta e indireta que existe
Para essa modalidade, é necessário
penho apenas nessa estratégia, ele vai
na região. A partir disso, o varejista
criar uma oferta atrativa, na qual a com-
atrair pessoas apenas para isso. Se em
consegue adequar o mix de produtos
pra de dois produtos seja, de fato, mais
algum dia decidir parar, perderá aquele
da loja, os preços e as promoções que
vantajosa do que a aquisição dos itens
cliente. O importante é fidelizar a clien-
serão desenvolvidas. A ideia é atrair o
separados. Além disso, produtos novos
tela com base em outros argumentos”,
consumidor para que ele faça com-
ou recém-lançados às vezes possuem
comenta o professor da ESPM.
pras recorrentes, e que sua loja seja
descontos maiores com o fabricante. A
a primeira opção quando ele pensar
venda conjunta, nesse caso, ainda au-
Marketing no pequeno varejo
xilia na divulgação da novidade. Porém,
O varejo de pequeno porte deve uti-
Para os especialistas, um bom plano
todo cuidado é pouco nessas promo-
lizar as mesmas variáveis do mix de
de marketing ao longo do ano pode
ções. Os especialistas do Provar enfa-
marketing tradicional com adaptações
aumentar consideravelmente as ven-
tizam que a venda casada sem a alter-
para a realidade de um negócio que
das e as margens do estabelecimento,
nativa de compra individual é proibida
possui uma escala menor. Para os pro-
com o aproveitamento de oportunida-
pelo Código de Defesa do Consumidor.
fessores do Provar, o primeiro passo é
des e datas comemorativas.
A fim de atrair o consumidor para o
definir o público-alvo. Do conhecimen-
Para Ricardo Pastore, da ESPM, é
estabelecimento no meio da semana, os
to do público derivam todas as outras
importante ter, todos os dias, alguma
varejistas podem trabalhar ofertas sema-
ações pontuais. Assim, quanto mais se
atividade comunicativa. A loja precisa
nais. “As grandes redes procuram defi-
conhece para quem está vendendo,
comunicar interna e externamente, e
nir algo para esse período de baixo fluxo,
mais efetivas serão as ações.
saindo um pouco do foco promocio-
em adquirir produtos para o cotidiano.
comparado às compras do mês realizadas
Para tanto, o varejista deve se per-
nal, pois existem mídias institucionais
pelas famílias aos fins de semana. Uma
guntar quem, predominantemente, fre-
com informativos, dicas e divulgação
saída é ter um dia específico para cada
quenta seu estabelecimento. São pes-
dos pontos fortes do estabelecimen-
segmento da loja, considerando a região
soas de classe A, B, C ou D? Homens
to. Isso ajuda a construir a imagem da-
em que o mercado está inserido”, diz o
ou mulheres? Jovens ou idosos?
quele comércio.
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O pequeno varejo ainda sofre com grandes dificuldades na realização de ações. Falta de conhecimento das ferramentas, definição de ações que gerem impacto em vendas a curto ou
O varejo de pequeno porte deve utilizar as mesmas variáveis do mix de marketing tradicional com adaptações para a realidade de um negócio que possui uma escala menor. O primeiro passo é definir o público-alvo – Provar/FIA
longo prazo, organização de um plano anual, orçamentos baixos para a realização de atividades de comunica-
nuadamente, sempre existem melho-
ção e relacionamento, e embutir nos
res formas de fazer as coisas;
Segundo Oliveira, da Improve, outro ponto que os pequenos não se aten-
preços parte dos custos das ações são
• Tente medir quanto as diferentes
tam muito é a qualidade do ambien-
algumas das adversidades vistas pelos
promoções estão impactando seu ne-
te – claro, iluminado, limpo, organi-
professores do Provar.
gócio. Se não conseguir mensurar, não
zado. “Passei por diversas lojas com
vai saber se estão valendo a pena;
situações grotescas. Dependendo do
Nesse contexto, para o professor da ESPM, o marketing no varejo de
• Divulgue sua loja em um jornal ou
horário em que você visita o estabe-
menor porte ainda é muito insipien-
revista do bairro e veja se o movimen-
lecimento, há uma grande diferença,
te. “A melhor situação que a gente
to aumentou – muitas vezes isso gera
o pessoal entra numa loja com esses
conhece são os varejistas indepen-
um bom retorno.
problemas e não é um lugar agradá-
dentes que se filiam a alguma rede,
vel, o ideal é transformá-lo em algo
muito comum no litoral. Com isso,
Ações pontuais
acabam aproveitando os veículos e
A loja em si é a maior comunicação
te é manutenção, a loja tem de pas-
as ofertas que são negociadas em
que o varejista pode dar. Gôndolas de-
sar, periodicamente, por um proces-
conjunto, e dão um perfil mais pro-
vidamente arrumadas, sinalização que
so de reestruturação, de modo que o
fissional ao negócio.”
permita ao cliente localizar os diferen-
cliente tenha atratividade e visual de limpeza que o traga de volta.
aconchegante”, retruca. O importan-
O ideal é ter uma pessoa, um assis-
tes produtos, informação de preço cla-
tente, com conhecimento na área pa-
ra fazem uma diferença muito grande
A qualidade dos carrinhos também
ra ajudar a planejar as ações e colocar
no processo de compra e fidelização.
pode ser utilizada como um benefício
isso em prática. Contudo, não é fácil
para o varejista. Pode-se colocar algu-
encontrar profissionais qualificados e
ma propaganda e gerar receita por ser
que realmente possam trazer retornos
espaço publicitário.
mensuráveis. Uma dica é procurar sis-
O atendimento dos funcionários po-
temas de capacitação, como o Sebrae,
de ser mais cordial, proativo, em vez
ou uma formação acadêmica na área
de deixar o cliente esperando alguém
de Administração de Negócios.
que possa orientá-lo.
Algumas dicas importantes:
Por fim, é necessário evitar
• Desenvolva relacionamento e
a quebra de estoque. Muitas
entenda o que seu cliente precisa.
vezes existe um acordo, até
Converse, entenda o que ele compra
contratual, para a troca de
e o que precisaria comprar que não
produtos vencidos pelo for-
encontrou na sua loja;
necedor. Entretanto,
• Vá a lojas maiores e
esse trâmite, às vezes,
mais estruturadas que a sua,
pode se estender, ge-
aprenda com elas;
rando ruptura e prejuí-
• Procure melhorar conti-
zo ao varejista. • 33
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27/02/14 18:13
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categoria feminina
O UNIVERSO FEMININO
NA SUA LOJA
Por Mariana Vieira
Cada vez mais presentes no mercado de trabalho e atuantes nas decisões de compras, as mulheres fazem parte de um nicho de consumidores essencial para o varejo
Q
uando um varejista pen-
disso é 90% das mulheres, ao redor do
sa em crescimento da lo-
mundo, acreditarem que seu papel está
ja, logo um desafio vem
mudando para melhor. E para 77% das
à mente. Conquistar o
que moram em países emergentes, o fu-
público feminino. Não
turo das filhas será ainda mais brilhante,
somente pelo número
de acordo com a pesquisa Mulheres do
de mulheres brasileiras
Amanhã, realizada pela Nielsen.
– de acordo com o úl-
timo Censo do IBGE, de mais de 190 mi-
Conheça as mulheres
lhões de habitantes quase 100 milhões são
Com esse cenário extremamente posi-
mulheres –, mas pelo poder de decisão e
tivo, os especialistas da área orientam os
aumento de renda que elas vêm conquis-
varejistas a conhecerem bem esse públi-
tando no decorrer dos últimos anos. Prova
co entendendo pequenos detalhes que
3 6 • m a r /a b r 2 0 1 4
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Foto Shutterstock
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fazem a diferença na hora da escolha do produto ou canal de venda. Por exemplo, compreender que 53% das mulheres pretendem gastar a renda adicional com pro-
Para as brasileiras, quando o assunto é conhecer produtos novos, as três principais fontes de informações são, respectivamente, a televisão, a internet e o boca a boca
dutos de saúde e beleza, nos próximos três anos, já os direcionam para as possíveis necessidades e desejos dessa con-
ainda permanece em alta. Por isso, pa-
no mesmo período apresentou crescimento
sumidora. Além disso, 71% delas se con-
ra selecionar o mix, deve-se saber dis-
de 4,4%, de acordo com dados Nielsen.
sideram mais “apropriadas” que os ho-
tinguir categorias que apresentem valor
Segundo a gerente de Comunicação da
mens para decidirem sobre as compras
agregado para a consumidora daquelas
P&G, Michele Colombo, para satisfazer
de saúde e beleza.
que não apresentam. De acordo com
essa consumidora, é importante ter uma
E o atendimento deve ser impecável,
dados da Euromonitor, apresentados
grande diversidade de versões, que aten-
pois elas confiam em quem conhecem.
no Caderno de Tendências 2014-2015
dam os seus cuidados específicos. Assim,
82% das mulheres de países emergen-
da Associação Brasileira da Indústria de
sortimento é uma das variáveis mais im-
tes, como o Brasil, confiam na recomen-
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
portantes na avaliação da consumido-
dação de conhecidos, seguida de 62%
(Abihpec), cosméticos “masstige” (que
ra. “Em julho do ano passado, foi lança-
que confiam em sites das marcas e 56%
significa a união do luxo com ações de
da a linha Always Platinum Collection,
que confiam em artigos de jornais. Dos
marketing de massa) crescerão mais que
que propõe um novo conceito e inova-
países incluídos no estudo da Nielsen, a
os de luxo até 2016. E, exatamente por
ção para a categoria. A linha é compos-
maioria das mulheres declara ser mais cau-
esse cenário, a indústria da área inves-
ta por quatro absorventes: Dia, Noturno,
telosa para confiar em anúncios por men-
tiu R$ 13 bilhões em inovação.
Ultrafino e Ultrafino Noturno; 3 protetores
sagens de celulares e propagandas em
Ter preços competitivos, em um mo-
diários: Longo Extra Proteção, Normal Plus
redes sociais. Já propaganda on-line por
mento no qual os brasileiros estão com
e Invisível Multiforma”, pontua Michele.
meio de banners tem uma ampla van-
um alto nível de endividamento, tam-
Segundo a executiva, essa consumi-
tagem quando se trata de conquistar a
bém é diferencial. Quesito que gera des-
dora busca principalmente conveniência
confiança das mulheres.
taque para as farmácias quando compa-
e um amplo sortimento das marcas com
Especificamente para as brasileiras, quan-
radas a lojas de autosserviços. E o resul-
as quais ela já está habituada. Como be-
do o assunto é conhecer produtos novos,
tado é um gasto mensal, aproximado,
leza e cuidados femininos possuem cate-
as três principais fontes de informações
de R$ 150,00 com produtos de beleza,
gorias em crescente expansão, é interes-
são, respectivamente, a televisão, a inter-
de acordo com a Abihpec.
sante para o varejo estar atento a elas.
net e o boca a boca. Já quando se fala
“A P&G é uma empresa que busca
de conhecer lojas, a principal fonte ainda
Absorvente higiênico
continua sendo as propagandas na tele-
Entender o movimento das categorias
visão, mas o boca a boca e e-mails vêm
vai além de ler números. Tendências e
da melhor forma os seus
logo em seguida.
análises de comportamento devem ser
consumidores, que, por
estudadas para se obter bons resultados.
sua vez, estão
Valor agregado e inovação
a constante inovação dos seus produtos de modo a atender
Para quem observa os números, em vo-
Compreendendo as principais carac-
lume, da categoria de absorventes, por
terísticas do público feminino, o varejis-
exemplo, pode até não entender o que
ta consegue avaliar quais categorias são
vem ocorrendo no mercado. De 2010 a
importantes para o abastecimento da lo-
2012, foram 2,4% de queda. Mas, antes
ja, no quesito saúde e beleza, sabendo
do susto, vale avaliar o desempe-
também que a qualificação no consumo
nho em faturamento, que • 37
Categoria2.indd 37
26/02/14 19:35
categoria feminina
cada vez mais exigentes, e buscam pro-
contribuem com apenas 1% das vendas
Sanofi, Deborah Goldkorn, apenas 15%
dutos de qualidade e com alto valor agre-
de absorventes internos.
das mulheres usam sabonete líquido ín-
gado”, pontua Michele. Já em 2013, de janeiro a agosto, a ca-
Sabonete íntimo
timo, o que faz com que esse seja um nicho com potencial e grande perspec-
tegoria cresceu 3,6% em volume, com
A busca pela subcategoria sabonete
tiva de crescimento.
uma variação de preço de 0,9% no mes-
íntimo vem crescendo nos últimos anos.
Uma outra novidade em higiene ínti-
mo período.
De 2010 para 2012, o crescimento em
ma é o desodorante íntimo, apresentado
Entre os tipos de absorventes, segundo
volume foi de 15,7% e em faturamento
em formato de spray e desenvolvido com
dados Nielsen de 2012, o externo possui
de 17,3%, de acordo com dados Nielsen.
o intuito de ‘‘capturar’’ e impedir a ação
72% do mercado nacional, enquanto o
A região do País que mais contribuiu pa-
dos causadores de odores íntimos, preve-
interno está com apenas 3% e o prote-
ra tal crescimento foi o Nordeste, com
nindo que eventuais odores aconteçam.
tor diário com 25%. Entretanto, analisar
São Paulo e Grande SP logo em seguida.
as características das consumidoras de
As mulheres estão em busca de pro-
forma regional também pode potenciali-
dutos específicos e que entreguem de
Em uma rotina bem agitada, mas na
zar as vendas. Por exemplo, a região que
fato o benefício que se propõe e as dei-
sempre busca de equilibrar as necessida-
contempla a cidade do Rio de Janeiro e
xem mais seguras e protegidas. O primei-
des do corpo, as mulheres estão aderin-
seu arredor, como Niterói, Nova Iguaçu,
ro produto que surgiu no mercado com
do cada vez mais aos lenços umedecidos.
Duque de Caxias, Nilópolis, São Gonçalo,
foco na região íntima foram os sabonetes
Com diversas opções entre lenços ume-
e São João de Meriti possui uma venda
íntimos, que ganharam diversas versões,
decidos para crianças, demaquilantes, re-
de absorvente interno de 6% de mer-
com fragrâncias diferenciadas e, inclusi-
frescantes e íntimos, essa categoria vem
cado, o dobro da média nacional. Já na
ve, respeitando a faixa etária da mulher.
ganhando espaço no mercado brasilei-
contrapartida, os estados do Nordeste
Lenço umedecido
“O sabonete íntimo passou a ser um
ro. Para o cuidado íntimo das mulheres,
hábito para as mulheres, que reconhe-
Intimus, Dermacyd, Nívea, Sym e Vagisil
cem que o cuidado íntimo é diferente
já conquistaram a confiança e credibilida-
do cuidado com o resto do corpo e exi-
de das consumidoras. Já para demaqui-
ge um produto específico. A recomen-
lantes e refrescantes, o mix pode ser ain-
dação médica também é um fator que
da maior. A Kiss (Santher) apresentou ao
contribuiu para o crescimento da cate-
mercado, no fim do ano passado, o Kiss
goria e o recente aumento da oferta de
Refresh, que é indicado para a remoção
produtos aumentou a penetração den-
das impurezas que a pele absorve ao lon-
tro de todas as classes sociais. O sa-
go do dia, além de proporcionar às con-
bonete íntimo passou a fazer
sumidoras uma renovação da sensação
parte da lista de compras
de refrescância, como se a pessoa tives-
regulares”, destaca a di-
se acabado de lavar o rosto. E, agregan-
retora de marketing de
do valor, sua formulação contém pró-vi-
Lucretin, Jurema Aguiar
tamina B5 que limpa, tonifica e hidrata,
de Araujo.
contribuindo para o equilíbrio natural da
Dermacyd, a marca líder da categoria, cresceu 23% em 2012, e vem impulsionando o crescimento desse
pele do rosto, pescoço e olhos, deixando-a mais saudável.
Maquiagens
mercado. De acordo com a geren-
No relatório Maquiagem Brasil, publi-
te de Produto da marca Dermacyd, da
cado em janeiro pela empresa Mintel,
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categoria feminina
perfil das vendas de maquiagem em 2012 Olhos
25,3%
25,2%
25,4%
24,1%
Unhas Lábios
2,4 Face
0,9
Fonte: Euromonitor
a busca por produtos de maquiagens
produtos disponíveis, principalmente por
de compra, passam a consumir mais pro-
mais práticos e fáceis de usar está ca-
ser uma categoria de compra por impulso.
dutos do gênero.
da vez mais evidente entre as consumi-
A perfumaria brasileira evoluiu muito
doras brasileiras. A pesquisa constatou
Fragrâncias
nos últimos anos, tanto no quesito lan-
que 29% das usuárias de maquiagem
O mercado de fragrâncias no Brasil foi
çamento quanto na qualidade e criativi-
afirmam que sempre levam os produ-
de R$ 5,4 bilhões em 2012, com um cres-
dade. E três estilos vêm se destacando
tos na bolsa ou nécessaire. A busca por
cimento de 14% em relação ao ano an-
no gosto das mulheres: Florais Frutais –
praticidade não se limita só às embala-
terior, de acordo com os últimos dados
cujas frutas vermelhas são amplamen-
gens, mas também a fórmulas que ofe-
da Abihpec, e se divide em perfumaria
te aceitas, seguidas das amarelas azedi-
reçam mais economia de tempo ou di-
premium e de massa, com uma estima-
nhas, como o maracujá, e aveludadas, co-
nheiro. E estão cada vez mais antena-
tiva de crescimento, até 2017, de 11,2%.
mo o pêssego –, Orientais Frutais – co-
das aos benefícios de produtos com FPS,
O Brasil já é líder em vendas de fragrân-
mo baunilha, amêndoas e chocolates –, e
toque seco e não oleosos. A expectati-
cias per capita do mundo e isso se deve
Orientais Gustativos – que trazem carac-
va para até 2017 é de um crescimento,
a um hábito cultural, principalmente no
terísticas como a de algodão doce, sus-
aproximado, de 14%. A Abihpec tam-
Norte e Nordeste, potencializado devido
piro e caramelo. Além disso, os varejistas
bém pontua um crescimento na oferta
ao aumento de renda da população de
devem se atentar para as linhas
de produtos multifuncionais – como a
ambas as regiões. A penetração da ca-
refrescantes, também conheci-
tendência geral de mercado –, apresen-
tegoria é de 89% no País.
das como águas. Ainda reforça
tando valor agregado. Entre as empre-
A consultora em perfumes Alessandra
a particularidade de a mulher
sas nacionais, as líderes de mercado são
Tucci explica a importância das mulheres
brasileira utilizar, em algumas
Risqué (Hypermarcas), Impala (Mundial),
no crescimento dessa categoria. “Além
ocasiões, perfumes mascu-
Payot (Atalanta Lab. e Cosméticos) e Vult
do crescente número de mulheres en-
linos por causa das no-
(Vult Cosméticos).
trando na força de trabalho, destacamos
tas amadeiradas.
Embora todas as subcategorias tenham
a relação emocional e cultural, que fun-
um bom índice de desempenho, maquia-
ciona também como uma autoindulgên-
Coloração
gem para olhos e lábios são as tendên-
cia, um mimo em meio a uma vida mais
Com a segunda
cias de maiores crescimentos. A fim de
atribulada e com menos tempo disponí-
maior participação
potencializar as vendas, especialistas in-
vel”, afirma a consultora. Outro aspecto
de mercado, dentre
dicam campanhas e destaque nas gôn-
levantado por Alessandra é a ascensão
as categorias “Cabelos”,
dolas para apresentar às consumidoras os
das classes C e D que, com maior poder
coloração e descoloração
4 0 • m a r /a b r 2 0 1 4
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3,3% 0,4%
Pós-xampu
0,1%
Coloração/descoloração
25,4%
Xampu Alisantes/ Permanentes
perfil das vendas de produtos para cabelos em 2012
2,4% 0,9%
Fixadores/ Modeladores Produtos 2 em 1
Produtos para queda
26,9%
40,7%
Fonte: Euromonitor
Produtos profissionais (salão)
tem a fatia de 26,9%. E segundo dados
e a força de mercado da marca ex-
Euromonitor, estima-se um crescimento
posta. Ainda orientam trabalhar
de 8,3% de 2012 a 2017. Com os cui-
com um mix adequado de co-
dados com o cabelo, as consumidoras
res, devido à constante bus-
buscaram três pontos importantes em
ca por novidades por parte
2013: produtos que ofereçam mais bri-
das consumidoras.
lho e luminosidade, que tratem do cou-
Ao mesmo tempo em
ro cabeludo até as pontas, não somen-
que as mulheres frequen-
te as pontas, e a migração do conceito
tam os salões de beleza, elas bus-
skincare para haircare. Somente no ano
cam facilidades e preços mais acessíveis
de 2012 essa categoria faturou mais de
dos produtos para serem utilizados em
R$ 1 bilhão, um crescimento de 17,7%
casa, afirma a Abihpec. São citadas algu-
em relação ao ano anterior.
mas tendências como necessidade de tra-
Consultores da área orientam expor
tamento, ingredientes naturais e marcas
a coloração próxima aos xampus, con-
e qualidade de salão. No Brasil, a Garnier
dicionadores e afins, agrupando por
Nutrisse oferece o apelo “nutre enquanto
marcas para que a consumidora possa
colore”, além do lançamento da Garnier
visualizar com mais detalhes o quanto
Olia, a primeira coloração permanente
representa o valor agregado da cate-
sem amônia que com uma nova tecno-
goria. Os aspectos mais impactantes na
logia aumenta o efeito de clareamento,
hora da compra, conforme informou a
reinventando a tintura de cabelo feita em
indústria, é o produto não desbotar após
casa. Ainda de acordo com a associação,
várias lavagens, possuir uma cor intensa
essa categoria é crescente e apresenta • 41
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categoria feminina
as gerações das mulheres exibem traços que as tornam únicas
COMPRA
INFLUÊNCIA
Filhas idade média 30
Mães otimistas idade média 47
Mães incertas idade média 47
Avós idade média 67
Mais impulsivas
Mais compras no futuro
Conscientes sobre bom valor
Compradoras mais habituais
Usuárias intensas de meios de comunicação
Gostam de propagandas
Uso mais intenso de SMS/e-mail
Boca a boca
Fonte: Estudo Mulheres do Amanhã, Nielsen
uma democratização de produtos para
mundo. “Nos últimos anos, um núme-
diferenciados para casa está crescendo”,
todas as classes sociais e idades.
ro cada vez maior de consumidoras tem
afirma Eduardo Avendanho, consultor co-
exigido produtos que ofereçam alta tec-
mercial da Bio Extratus.
Dermocosméticos
nologia, cosmética superior e resultados
A empresa, com distribuição em to-
São produtos hipoalergênicos, testa-
comprovados. Devido ao alto valor agre-
do o território nacional, além de países
dos em peles sensíveis, que não possuem
gado e à demanda crescente, o dermo-
como Estados Unidos, Brasil, Portugal,
corantes nem fragrâncias. No Brasil, as
cosmético tornou-se um grande atrativo
Espanha, Peru e Guiana, também dá
marcas mais conhecidas são Vichy e La
para a indústria e varejo”, pontua o geren-
dicas de como montar uma “pratelei-
Roche-Posay (L’Oréal), RoC e Neutrogena
te, ressaltando, ainda, que as inovações
ra de ouro”. O conceito de destaque de
(Johnson & Johnson) e Eucerim (Aché). E
tecnológicas, a credibilidade junto à clas-
produtos na altura dos olhos já foi su-
em meio à busca cada vez mais constan-
se médica, a liderança em proteção solar
perado. Com a estatura média da bra-
te pela sofisticação – e vale ressaltar que
e a história das marcas J&J são os princi-
sileira na casa do 1,60 m, o ideal é que
sofisticação não está ligada a categorias
pais diferenciais de RoC e Neutrogena.
os produtos fiquem em uma prateleira
premium e sim a valor agregado que ca-
Entretanto, esse diferencial não fica
um pouco abaixo dos olhos, mas que a
da consumidora “enxerga” nos produ-
apenas nos cosméticos para a pele, a
consumidora faça um movimento menor
tos –, essa categoria vem ganhando for-
Bio Extratus, focada em cosméticos ca-
que 90º para pegar o produto. “Claro
ça no mercado. Para se ter uma ideia, no
pilares naturais, também sente a movi-
que temos outras formas de chamar a
primeiro trimestre de 2013, as vendas da
mentação da consumidora por esse ti-
atenção das clientes em outras dispo-
Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal – que
po de produto. Atualmente, a empresa
sições, mas tudo deve ser estudado”,
inclui entre outras marcas a Vichy e La
está investindo na ampliação da indús-
pontua Avendanho.
Roche-Posay – tiveram uma aceleração
tria para uma capacidade quatro vezes
Além disso, expor produtos que ge-
de +7,2% em todo o mundo.
maior que a atual, que será entregue em
rem a vontade de “experimentação” por
O gerente de mercado de produtos de
2016. “As consumidoras estão cada vez
parte das clientes é outra estratégia a ser
beleza da Johnson & Johnson, Marcos
mais presentes no mercado de trabalho
realizada. “Se o varejista colocar, ao lado
Savoi, explica que o crescimento dessa
e com maior poder aquisitivo, mas tam-
da linha tradicional, um lançamento, isso
categoria está ligado ao fato de a mulher
bém com menos tempo de ir ao salão e,
pode gerar uma reação da consumidora
brasileira ser uma das mais vaidosas do
por isso, a tendência de levar produtos
em levar para casa”, finaliza o consultor.
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BBCREAM DE L’ORÉAL PARIS: A REVOLUÇÃO NO MERCADO BRASILEIRO MARCA Nº1 NO CUIDADO COM A PELE NO VAREJO
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RH
treinamento: uma porta para
o crescimento sustentável
Por Mariana Vieira
Reter e engajar talentos, tornar-se mais competitivo e desenvolver líderes são algumas das vantagens do varejista que investe em treinamento
M
uitos pensam em trei-
Desenvolvimento (ABTD), Alfredo Pires
já antever como pode desenvolver os
namento apenas quan-
de Castro, a sociedade brasileira passa
funcionários”. Ela ainda esclarece que
do o colaborador aca-
por um momento de transformação
devem ser analisadas as questões téc-
ba de entrar na empre-
em relação à importância que atribui
nicas e comportamentais, principal-
sa. Entretanto, pesquisas
ao desenvolvimento dos profissionais,
mente no varejo, pois quase todos os
e consultores da área de-
e essa tendência deverá continuar pelos
colaboradores têm contato direto com
monstram a necessidade e
próximos anos. O executivo também
os clientes e, mesmo aqueles que ain-
a importância de desenvolver as equipes
apresenta a mais recente pesquisa da
da não têm, como os estoquistas, por
para que a loja cresça de maneira susten-
área, O Retrato do Treinamento no Brasil
exemplo, com o devido treinamento,
tável. E, aqui, retiramos mais uma falsa in-
2013/2014, que aponta algumas diretri-
podem ser promovidos sem problemas
formação, a de que sustentabilidade es-
zes como parte estratégica de engaja-
muito relevantes de adaptação.
tá ligada apenas a questões ambientais.
mento e retenção de talentos, base da
Para a psicóloga e consultora organi-
Na verdade, ser sustentável é ter caracte-
vantagem competitiva no mercado, no
zacional Meiry Kamia, um dos principais
rísticas e comportamentos que permitam
desenvolvimento de líderes, entre outros.
aspectos que precisam ser analisados é
a continuidade de um estilo de vida, uma
Reforçando os apontamentos da
a possível falta de inteligência emocio-
comunidade ou uma empresa de modo a
ABTD, a professora do Provar/FIA,
nal dos colaboradores. “Não adianta os
permanecer de maneira adequada para as
Dayse Maciel de Araújo, também
funcionários terem as informações téc-
próximas gerações. A partir desse concei-
orienta que não há momento certo
nicas de cada um dos produtos se não
to, começamos a compreender que trei-
para se realizar um treinamento para
tiverem habilidade e jogo de cintura ao
namento se faz mais que uma ferramen-
os colaboradores, mas que o melhor
atender o cliente, na forma de falar, de se
ta técnica, é um desafio na busca pela ex-
a se fazer é antecipar as necessidades.
vestir”, pontua a consultora, a qual ainda
celência no local de trabalho.
“O varejista deve planejar o seu ano
explica que cada vez mais as empresas
De acordo com o presidente da
e perceber quais as necessidades que
devem pensar no CHA (Competência/
Associação Brasileira de Treinamento e
irão surgir durante os períodos e, assim,
Habilidade/Atitude) dos colaboradores,
4 4 • m a r /a b r 2 0 1 4
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Foto Shutterstock
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NÚMEROS DE TREINAMENTOS NO BRASIL O valor médio investido anualmente por treinando cresceu
varejo passa decorrem de variação de
colaboradores possuem em relação ao
preço. Atualmente, o consumidor, que
trabalho e criar formas de desenvolver,
é cada vez mais multicanal, prefere até
definindo objetivos a curto e longo
pagar um pouco a mais para ter um
prazos. “O pequeno e médio empresá-
atendimento diferenciado ou uma loja
rio deve sair do senso comum de que
mais próxima de casa ou do trabalho.
treinamento necessariamente gera um
Para todos os especialistas entrevista-
custo. Muitas vezes as ferramentas já es-
dos, o grande diferencial para se aplicar
tão em mãos, basta apenas aplicá-las”,
bons treinamentos é, antes de qualquer
pontua a professora do Provar/FIA.
ação concreta, realizar um levantamen-
(entre 2012 e 2013) e a perspectiva de crescimento médio entre 2013 e 2014 é de
A relação entre os investimentos em T&D e o faturamento da organização é de
A média de horas anuais de treinamento é de
to de necessidades e mapear a atual
Reter talentos
situação, que compreende avaliar:
De acordo com a ABTD, um dos gran-
1 ) O clima da loja – Deve-se ma-
des diferenciais de se realizar treinamen-
pear qual a imagem/conceito que o
tos é a retenção dos talentos. A atração,
varejista deseja demonstrar aos clien-
o engajamento e a retenção de talentos
tes. Levantar como está a satisfação
no Brasil vêm sendo apontados como
dos colaboradores para que sejam
um dos maiores desafios. Métodos tra-
transmissores desse conceito;
dicionais de motivação, como programas
2 ) O perfil e a habilidade dos cola-
níveis de remuneração não são suficien-
des que cada um desenvolve e ques-
tes para reter talentos. Um ambiente de
tionar sobre hobby e outras aptidões.
aprendizagem e inovação mostra-se
Podemos ter um caixa, por exemplo,
eficaz como parte da oferta estratégica
que possui facilidade em decorar a
de retenção e engajamento de talentos.
loja, ou na utilização de redes sociais.
“Isso mostra que as empresas estão in-
Essas aptidões podem auxiliar e até
vestindo mais em programas de treina-
realocá-lo em outros cargos;
mento e desenvolvimento, estimulando
3 ) Líderes – Todas as equipes de-
por ano (valor praticamente estabilizado em relação à pesquisa anterior)
para que as ações a serem tomadas sejam efetivas. “Muitas empresas não
de benefícios, plano de carreira e altos
boradores – Entender quais as ativida-
o ambiente de compartilhamento de co-
vem ter como líderes pessoas carismá-
nhecimento, preparando-o para oferecer
ticas e de bom relacionamento inter-
novas possibilidades de aprendizagem
pessoal para que possam levar adiante,
e otimização do desempenho”, afirma
de maneira positiva e natural, todas as
Castro. Esse fenômeno será potenciali-
etapas de desenvolvimento;
zado nos próximos anos devido à maior
4 ) Mensurar resultados – Não é
utilização de recursos tecnológicos e
compreendem a função essencial dos
somente em ações comerciais, por
treinamentos não registrados ou não
treinamentos, pois começam a ministrá-
exemplo, que podem ser mensurados
realizados de modo presencial, mas que
-los sem ter mapeado as reais necessi-
os resultados. Treinamentos bem apli-
entram como parte das estratégias de
dades – o que quer alcançar, em quanto
cados geram resultados que se tornam
desenvolvimento, por meio dos modelos
tempo, como – e, com isso, não se chega
“palpáveis” quando se avalia o número
de treinamento informal.
a resultados adequados”, diz Meiry.
de reclamações por parte dos clientes
Exatamente por isso que a Profª Dayse
ou a rotatividade dos funcionários.
Líderes
esclarece que não se deve concluir que
A partir dessas avaliações, o varejis-
Ainda de acordo com a ABTD, a ten-
todas as dificuldades pelas quais um
ta deve detectar as carências que os
dência é clara no sentido de priorizar • 45
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27/02/14 15:47
RH
ETAPAS PARA SE ELABORAR UM BOM TREINAMENTO • Briefing (conjunto de informações): é preciso mergulhar no que motivou a necessidade do treinamento, entender pontos positivos do grupo e pontos que precisam ser desenvolvidos, o que já foi feito, quais as limitações da empresa e, principalmente, definir qual o objetivo daquela capacitação. • Eleição de temas-chave: é preciso eleger os temas centrais do treinamento (se possível, dividi-lo em blocos), bem como os temas transversais que o nortearão. O tempo precisa ser rateado de acordo com a necessidade de cada tema. • Metodologia: o ciclo de aprendizagem deve se encaixar ao modelo adotado: palestra? exposição dialogada? treinamento vivencial? workshop? A definição do método deve levar em conta o público, a carga horária e, principalmente, os objetivos a serem alcançados. • Preparação dos slides: há quem ainda acredite que bons power points (programa utilizado para criação/edição e exibição de apresentações gráficas) são apenas um detalhe. Ledo engano. O apoio visual é muito importante, ou melhor, considerar que as pessoas aprendem de maneiras diferentes é muito importante em um treinamento. • Material de treinamento: agenda (com tópicos detalhados e recursos instrucionais utilizados em cada um deles), slides minimizados (para evitar ficar “indo e voltando” na apresentação na frente do grupo). Fonte: Carolina Manciola, sócia e diretora da Triunfo Consultoria e Treinamento
“O pequeno e médio empresário deve sair do senso comum de que treinamento necessariamente gera um custo. Muitas vezes as ferramentas já estão em mãos, basta apenas aplicá-las” – Provar/FIA e valores do negócio e pela influência
e pode retardar a retomada de ritmo
que exercem nas equipes de trabalho.
de crescimento quando a economia
Entretanto, começam a cair alguns mitos
volta a crescer. A capacitação do ser
de que o treinamento comportamen-
humano não é tão rápida quanto a
tal deve ser feito, obrigatoriamente, de
mudança de perspectiva dos merca-
forma presencial. Mídias diversificadas,
dos. Por isso, é importante mostrar os
em ações que contemplam programas
impactos mensurados do treinamento
de treinamento “formal” e “informal”,
sempre que um orçamento previsto
incluindo-se o uso cada vez mais inten-
para determinado período estiver
so de tecnologia, atividades em mídias
ameaçado de redução, por conta de
sociais, com chats e vídeos, são alguns
uma crise momentânea. Esse é o mo-
exemplos. Outro ponto que chama a
tivo do crescimento do número de em-
atenção é a priorização, nos últimos
presas que buscam determinar o ROI
anos, de programas voltados a comu-
(retorno sobre o investimento) de seus
nicação e feedback. Quanto mais a so-
programas mais relevantes. Por isso,
ciedade se conecta, mais sente necessi-
novos critérios e indicadores passarão
dade de “reaprender” a usar princípios
a nortear os investimentos em T&D.
básicos de comunicação. O fato é que as
É importante começar a substituir o
empresas precisam modelar seus cola-
tradicional número de horas anuais de
boradores em técnicas de comunicação.
treinamento (que registra somente os
Nesse quesito, Meiry Kamia ainda re-
treinamentos formais) por indicadores
força que o discurso também tem de
que busquem relacionar investimen-
estar alinhado à prática. “Não adianta
tos de T&D com faturamento, lucro
realizarem um treinamento afirmando
e valor da folha de pagamento, além
que a empresa tem valores inovadores
de outros critérios de mensuração
e seus líderes serem extremamente con-
do impacto que o treinamento pode
servadores”, exemplifica a psicóloga.
gerar. Dessa forma, a solicitação de
Crise
verbas anuais para treinamento fica mais relacionável com o seu impacto
Em momentos de retração econô-
nas principais atividades da empresa.
mica, como nos anos anteriores à
Além de todos esses apontamentos,
pesquisa O Retrato do Treinamento
não se pode esquecer de que, mais
no Brasil 2013/2014, há uma tendên-
que, treinar os funcionários, os donos
cia de redução dos investimentos em
também devem se manter atualizados.
o desenvolvimento de lideranças. Elas
treinamento e desenvolvimento como
Entidades como o Sebrae oferecem cur-
continuam fundamentais pela sua im-
ação de contenção de gastos. Na práti-
sos, até mesmo gratuitos. Confira na
portância em relação aos resultados
ca, essa decisão se mostra inadequada
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4 6 • mar / abr 2 0 1 4
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26/02/14 19:21
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(086) 4009 1818
(091) 3311 3800
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(092) 2125 2000 / (069) 3216 9000
5.000
3.800
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DEC SLEIMAN
(085) 3444 6000
11.900 6.700
3.350
3.600 4.250
DEC NORTE SUL REAL (065) 3686 1289
DEC REAL
(062) 3250 0500
14.200
DEC ROGE
16.650
DEC PENNACCHI (043) 3274 8000
DEC ANDRADE
(082) 3522 9900
13.200 2.600
(011) 4417 7300
9.500
1.500
(047) 3404 9900
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DEC MINAS
(031) 3399 4200
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DEC PERNAMBUCO (081) 3125 9500
6.300
3.650
DEC BRASIL
(084) 4008 0102
DEC PRORIBEIRO (027) 3723 3866
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DEC ZAMBONI
(051) 3458 9793
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Conteúdo da edição atual • Notícias do setor • Enquete do mês • Case de sucesso
mapadec2.indd 46
09/01/14 18:16
gestão
O PODER DAS
DATAS SAZONAIS Por Mariana Vieira
Com o conhecimento das principais datas para o varejo e um bom planejamento de pré e pós–venda, sua loja tem tudo para se destacar em 2014 e nos próximos anos
A
té antes do início do
produtividade, muitas vezes por não sa-
deve atender o cliente ofertando o pro-
ano o varejo se progra-
ber como e quando trabalhar para cada
duto adequado. O consultor também
ma para aproveitar cada
uma das datas. Para auxiliar nesse que-
pontua as principais datas para se pro-
vez mais as oportunida-
sito, o consultor de varejo para peque-
gramar (veja calendário da página 50).
des das datas sazonais.
nos negócios, Maurício Camacho, ex-
“Além desses momentos, existem
Entretanto, o que se per-
plica que um dos aspectos a ser anali-
diversas datas regionais, locais e tam-
cebe entre os pequenos
sado é entender a sazonalidade do ne-
bém algumas específicas por segmen-
e médios varejistas é uma grande força
gócio em si, ou seja, em que momento
tos e setores. Um dos fatores que tam-
de vontade, mas nem sempre uma alta
aumenta a demanda e de que forma se
bém influenciam são os eventos que
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“Como nenhuma empresa é dimensionada para o pico de movimento, que geralmente ocorre nessas datas especiais, o varejista precisa tomar algumas medidas com antecedência para conseguir aproveitar todas as oportunidades proporcionadas por esses períodos tão importantes do calendário do varejo” – Gustavo Carrer – Sebrae-SP antecedência para conseguir aproveitar
produtos específicos para o evento em
todas as oportunidades proporcionadas
questão devem ser incorporados, mesmo
por esses períodos tão importantes do
que temporariamente, ao mix da loja.
calendário do varejo”, esclarece Carrer.
2 – Preparação da equipe de atendi-
O especialista também cita o poten-
mento e contratação de mão de obra
cial da Copa do Mundo, neste ano, e as
temporária: o treinamento da equipe
Olimpíadas do Rio em 2016, datas sazo-
é um grande desafio para os varejistas.
nais ainda mais periódicas no calendá-
Além de treinar a equipe no atendimen-
rio, e pontua que muitos varejistas estão
to de clientes bem diferentes dos usuais,
se perguntando como se preparar para
a empresa, como na época do Natal,
esses eventos praticamente sem prece-
deve dimensionar e contratar com maior
dentes na história do País e de suas em-
antecedência possível a mão de obra
presas, questionando se será semelhante
de temporários que utilizará. Claro que
ao Natal ou talvez mais parecido com o
sempre levando em consideração o po-
Carnaval. As oportunidades seriam ape-
tencial de pico de vendas em cada uma
nas para os locais onde ocorrem os jo-
das datas e segmentos.
gos ou em todo o País? Até agora exis-
3 – Organização e decoração do ponto
tem muito mais especulações do que in-
de venda: à medida que a loja faz uma
formações concretas sobre o que de fa-
decoração especial, ela consegue de al-
to pode e deve ocorrer com os negócios
guma forma aproveitar toda a movimen-
podem ter dimensões locais ou até in-
de um modo geral durante e depois des-
tação e a mídia espontânea sobre a data
ternacionais, como a Copa do Mundo
ses grandes eventos do esporte mundial.
para atrair mais clientes. Ao planejar a
ou as Olimpíadas”, pontua Camacho.
Mas, segundo ele, isso não impede que
decoração, o empresário deve avaliar se
De acordo com o especialista de
os empresários do varejo iniciem seu pla-
também é necessário realizar alterações
marketing do Sebrae-SP, Gustavo Carrer,
nejamento, pois parte significativa do que
no layout ou aluguel de equipamentos,
a principal característica desses perío-
precisa ser organizado com antecedência
especificamente para atender melhor
dos é o aumento expressivo da deman-
para as Copas e os Jogos Olímpicos não
os clientes numa situação de maior flu-
da, que se traduz em um número mui-
muda muito em relação aos momentos
xo. Por exemplo, filas podem surgir, ex-
to maior de clientes do que se observa
típicos de alta demanda, como o Natal,
positores podem não ser suficientes etc.
em dias normais, seja qual for o canal
por exemplo. E ainda lista cinco tópicos
de vendas escolhido. “Como nenhuma
básicos para a programação:
4 – Divulgação e promoção de vendas: todas as empresas do varejo po-
empresa é dimensionada para o pico
1 – Análise do mix de produtos e refor-
derão aproveitar as oportunidades de
de movimento, que geralmente ocor-
ço nos estoques: além de planejar com-
negócio proporcionadas pelas diversas
re nessas datas especiais, o empresá-
pras mais robustas prevendo o aumento
datas comemorativas, porém aquelas
rio precisa tomar algumas medidas com
da demanda, é necessário avaliar quais
que se diferenciarem, intensificarem a • 49
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gestão
Principais datas sazonais
Dietze, reforça a importância de um planejamento de pré e pós-vendas para se
Janeiro
verão, liquidações e “Volta às aulas”
Fevereiro
Carnaval
organizar. Segundo ele, o prazo para começar a estocar as categorias referentes à próxima data deve ser de acordo com o tamanho da loja. “O empresário deve pensar na movimentação do
Março
entrada de novas coleções e Dia da Mulher
Abril
Páscoa
fluxo de caixa versus o espaço do estoque para que tenha a dimensão correta do quanto comporta”, pontua o assessor. E precisa conhecer muito bem o shopper (aquele que decide a com-
Maio
Dia das Mães
Junho
Dia dos Namorados, festas juninas e início do inverno
pra) para saber agradá-lo e fidelizá-lo. Assunto também comentado pelo diretor de atendimento da Nielsen, Olegário Araújo, que esclarece que, embora o pequeno varejista tenha menos recursos,
Julho
férias e liquidações
Agosto
Dia dos Pais
Setembro
econômico da Fecomércio, Guilherme
por outro lado, tem em seu benefício a maior proximidade do dono com o consumidor e também maior agilidade na tomada de decisão. “Esses são dois grandes benefícios. Os pequenos vare-
entrada de novas coleções
jistas podem interagir com clientes, conversar com eles para saber o que com-
Outubro Novembro Dezembro
Dia das Crianças ações de e-commerce (Black Friday, Cyber Monday), prévia do Natal
pram e onde compram”, explica Araújo. Guilherme também pontua que o varejista deve se manter atualizado não somente nas informações do seu segmento, mas também na economia e notícias nacionais e de outros países, pois, com a
Natal
facilidade da internet, o consumidor tem
Obs.: o mês de incidência dos eventos informados pode variar no calendário conforme o ano.
acesso on-line a tudo o que acontece do outro lado do mundo e busca essas
divulgação e elaborarem as melhores
Por essa razão, é recomendado que o
novidades nas lojas em que frequenta.
promoções de vendas ficam com as me-
varejista avalie a contratação de segu-
Conectado – Ainda de acordo com o
lhores fatias do bolo. Por essa razão, tão
ranças especificamente para o período.
assessor da Fecomércio-SP, todos os pe-
importante quanto organizar a empre-
Além disso, é importante verificar se
quenos e médios varejistas devem atuar
sa para atender o aumento da demanda
já não é hora de atualizar ou implan-
de forma on-line. Mesmo que não seja
é fazer uma ampla divulgação da loja.
tar sistemas mais modernos de prote-
por meio de um e-commerce, é necessá-
ção e prevenção de perdas.
rio um site com as informações dos pro-
5 – Intensificar segurança: o aumento da quantidade de clientes no interior
Planejar e conhecer o consumi-
dutos, promoções, endereços e forma de
da loja cria oportunidades de perdas.
dor – Além dessas dicas, o assessor
contato. “Além de ser necessário, com o
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anuncio DEC 40
06/03/14 12:48
anuncio DEC 40
06/03/14 12:50
Sazonalidade Verão X Inverno VENDAS EM VALOR REAL - MILHÕES
ANO
VERÃO
(Nov-Fev)
INVERNO (Mai-Ago)
Brasil
PRODUTOS DE TRATAMENTO PARA CABELOS/ CONDICIONADOR
2011
2.699,3
145,0
98,2
833,6
2012
3.134,2
168,6
116,6
1.002,8
Var.%
16,1
16,3
18,7
20,3
2011
884,2
51,4
34,8
381,5
2012
1.012,6
56,5
39,0
418,1
Var.%
14,5
9,9
12,0
9,6
2013
1.074,6
63,3
43,3
467,7
Var.%
6,1
12,0
11,0
11,9
2011
853,1
43,0
29,4
189,9
2012
1.024,3
51,6
35,0
226,5
Var.%
20,1
20,0
19,0
19,3
2013
1.082,5
55,7
34,9
231,7
Var. %
5,7
8,0
-0,3
2,3
DEPILATÓRIOS DESCOLORANTE
BRONZEADORES/ PROTETOR SOLAR
Fonte: Nielsen
recurso da internet, o dono da loja po-
no verão. Entretanto, ao analisar os nú-
período cresceu 11,9%. Esses precisam
de mapear o perfil do consumidor, saber
meros, percebe-se que em 2012, em to-
ser acompanhados para entender as ne-
quais produtos estão sendo mais procu-
do o Brasil, essa categoria faturou mais
cessidades do consumidor.
rados e até criar campanhas para poten-
de R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,012 bi-
Guilherme Dietze também reforça
cializar as vendas na loja”, afirma Dietze.
lhão no período do verão, e no inverno
outro ponto importante para o pe-
Prova do quanto se pode crescer ao
R$ 1,024 bilhão. Uma pequena diferen-
queno e médio varejista: ter um óti-
entender quais as maiores demandas nas
ça que se não for bem avaliada trará rup-
mo atendimento. “Mais que decora-
datas sazonais é apresentada pelos dados
turas substanciais ao negócio. É preciso
ção e o entendimento dos números das
da Nielsen, comparando o período de ve-
também compreender o crescimento de
pesquisas de mercado, se não houver o
rão e inverno, que também demonstra
ano a ano que vem ocorrendo. No verão
convencimento do funcionário peran-
que o óbvio pode ser inimigo da clareza.
de 2012, protetor solar vendeu 9,6% a
te o cliente, os demais esforços serão
Se pensarem rápido talvez muitos imagi-
mais, em faturamento, que no mesmo
anulados. É fundamental que para isso
nem que produtos para tratamento de
período de 2011. E, quando compara-
eles conheçam bem os produtos e os
cabelo, por exemplo, são mais vendidos
do 2012 com 2013, o verão deste último
valores da empresa”, finaliza Dietze. • 51
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est
e de suces
so
cas
udo de c aso
Transformando dificuldade
em oportunidade
Por Tatiana Ferrador
Farmácia popular Silva e Silva, criada há seis anos por dois ex-balconistas, é referência em São Miguel da Guaporé, Rondônia
E
m São Miguel do Guaporé, ci-
na qualificação de nossa equipe para
irmãos. “As dificuldades eram muitas
dade do interior de Rondônia,
que nossos clientes sejam bem aten-
e aumentaram quando meu avô fale-
a farmácia popular Silva e Silva
didos sempre”, enfatiza.
ceu. A partir daí minha mãe começou
é conhecida pelos moradores
A experiência adquirida desde os 14
a trabalhar em casa de família e eu e
locais por vários motivos: pela
anos, quando conquistou seu primei-
meus irmãos fazíamos de tudo para
construção moderna e layout
ro emprego na farmácia dos patrões
ajudá-la, consertando fogões, catan-
chamativo, pelo porte, consi-
de sua mãe, que trabalhava como em-
do latinhas, ajudando feirantes etc.”,
derado grande para os padrões locais,
pregada doméstica da casa, despertou
lembra. Nessa época, sua mãe acu-
pela variedade de produtos e pelo prin-
em Luiz Carlos o interesse pelo comér-
mulava as funções de limpeza em ca-
cipal: o diferencial no atendimento.
cio e a vontade de empreender e ter
sa de família e na farmácia de seus pa-
um negócio só seu.
trões. Como o serviço estava pesado,
Pelo menos é o que afirma Luiz Carlos Silva, proprietário do estabe-
Trazido de Pernambuco pelo avô pa-
chamou seu filho Luiz Carlos para aju-
lecimento que há seis anos atende a
terno após a morte de seu pai, Luiz
dá-la na limpeza da farmácia a fim de
população da pequena cidade inte-
Carlos chegou a Rondônia aos 9 anos
que ela pudesse se dedicar exclusiva-
riorana. “Investimos constantemente
de idade com sua mãe e seus oito
mente às tarefas domésticas.
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Assim, Luiz Carlos começou fazen-
“Silva e Silva”, que hoje soma seis anos
pessoas e motivá-las, fazendo-as agir de
do faxina na farmácia dos patrões de
de atividade na cidade. E, finalmente,
acordo com a cultura da empresa pa-
sua mãe e logo virou balconista. Mas
passados mais dois anos, a “Souza e
ra que ela nunca perca sua essência.”
ele queria mais, queria crescer, e na-
Silva” completaria a rede de farmácias
quele pequeno comércio não via gran-
da dupla “Silva”. As farmácias pos-
HPC
des perspectivas para isso.
suem administrações independentes,
Na Silva e Silva a área de HPC res-
Aos 17 anos, já em uma farmácia
com José Fabiano em Alta Floresta e
ponde por 25% do faturamento, sen-
maior, começaram seus planos para um
Luiz Carlos em São Miguel do Guaporé.
do que o destaque maior fica por con-
negócio próprio. Luiz Carlos, um cole-
ta das colorações femininas, seguidas
ga de trabalho e o gerente da primeira
Diferencial
farmácia onde trabalhou, juntaram suas
A Silva e Silva possui um importan-
o mix de produtos nessa categoria é
economias e três anos depois montaram
te diferencial, além da atuação como
composto por mais de 25 mil itens. O
a primeira farmácia em Alta Floresta, ci-
farmácia popular da região: também
público atendido é variado, tanto em
dade a 120 quilômetros de São Miguel
manipula medicamentos em seu labo-
classe social, com predominância das
do Guaporé, a “FJ Silva e Silva”, que
ratório interno.
classes C e D, como em idade e sexo.
por desodorantes e perfumes. Hoje
hoje tem 12 anos de atividade. Quatro
Nos últimos anos, a farmácia sofreu
Recentemente, a farmácia foi refor-
anos se passaram e a segunda farmácia,
reformas para atender melhor a popu-
mada e ampliada e, para isso, contou
Qualifarma, também em Alta Floresta,
lação e acompanhar a demanda local.
com a ajuda do DEC na layoutização.
surgia, agora com apenas dois sócios
Quando iniciou suas atividades, ocupava
O consultor José Fernandes Vieira, do
após o ex-gerente desistir do negócio:
uma área de 120 m e hoje já são mais
DEC Nova Era, atuou diretamente com
Luiz Carlos Silva e José Fabiano da Silva.
de 350 m , com três checkouts. Os 4
Luiz Carlos na definição de disposição
Com os negócios prosperando, era
funcionários do começo viraram 19, sen-
de gôndolas, produtos destino, cate-
hora de investir em São Miguel do
do 2 farmacêuticos que atuam em tur-
gorias mais procuradas e de maior re-
Guaporé. Dois anos mais tarde nascia a
nos alternados. Hoje três motoboys se
levância, climatização da loja etc. “A
revezam nas entregas em domicílio que
ajuda e experiência do DEC foi muito
são feitas inclusive em zonas rurais, até
importante para agregar valor e resul-
10 km de distância do centro da cidade.
tado para melhor visibilidade e atração
2
2
Mas para chegar a um bem-sucedi-
para produtos”, diz o varejista.
do negócio, Luiz Carlos conta que não
Os planos de crescimento da rede
foi fácil. “Minha experiência era como
criada por Luiz Carlos e José Fabiano
funcionário, como atendente, e por is-
são audaciosos: até o final de 2014 a
so precisei me qualificar para saber co-
quinta farmácia deverá ser aberta e,
mo conduzir com sucesso meu negó-
até 2018, pelo menos uma nova por
cio”, explica. Hoje, aos 34 anos, Luiz
ano. Com tanta dedicação, estudos e
Carlos acumula duas faculdades concluí-
acompanhamento especializado, al-
das (Marketing e Administração de em-
guém duvida? O céu é o limite.
presas), uma pós-graduação em Gestão de Negócios, um MBA em Gestão de Pessoas e um curso de Farmácia em andamento, além de 10 anos dedicados ao estudo. “Hoje posso dizer que a
Luiz Carlos: mix de 25 mil produtos em HPC
Contato: Farmácia Silva e Silva Rua Capitão Silvio, 256 – Centro São Miguel do Guaporé/RO Tel.: (69) 3642 1010 e 3642 2085
maior dificuldade de um varejista é gerir • 53
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consultores
eles fazem a nossa história Conheça os consultores do DEC que se destacaram em positivação, ou seja, na geração de pedidos a cada visita realizada A atuação de cada um de vocês é muito importante para que eventuais correções de mix, introdução das novidades e reabastecimento aconteçam da melhor forma, de modo que a loja fique atualizada e sem rupturas até a próxima visita.
Antonio Carlos David da Costa DEC Amapá Atua no autosserviç o de Macapá (AP).
iro Alias Casim Gutemberg DEC Dismelo ião de Castanhal/ eg Atua na R (PA). çu -A Igarapé
5 4 • mj aanr // faebr v 22001144
consultoresDEC35ok.indd 54
Valerio Robson Siqueira Veras DEC Andrade Atua no Litoral Sul de Alagoas .
Alex Bruno Ferreira DEC Brasil Atua no Varejo Alimentar de Natal (RN).
Vinicius Gonzalez de Carvalho DEC Minas Atua na Região de Lagoa Santa/ Pedro Leopoldo (MG).
Carlos Eduardo Silva de Oliveira DEC Nova Era Atua em Itacoatiar a (AM).
Harley Cristina Santos Siqueira DEC Conar Atua em Porto Seguro (BA).
Marivaldo Lopes Soares Dec Norte Sul Real Atua em Primavera do Oeste - Sul do MT.
Henrique Fernando de Souza Domingues hi DEC Pennacc norte (PR). ia C m e Atua
Fotos Divulgação
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Nonato de Souza DEC Rio Piranhas Atua em Teresina (PI).
alequis an DEC Pro dra guidoni Ribeiro Atua e m Cola tina (E S).
ha briel da Cun Eurípedes Ga Novas DEC Real de Caldas o iã g e R a Atua n iba. e Corumba
a Paulo Souz Dec Sleiman nde Fortaleza (CE). Atua na Gra
Gisley Pereira de Santana DEC Roge Atua na Região de Teodoro Sampaio/M. Paranapanema (SP).
Edilson Xisto DEC Sul Atua em Santa Maria (RS).
Maria Ivonete Ribeir o de Araujo DEC São Luis Atua em São Luís (M A).
ino aff Raul Marli Gr al SC). DEC Virtu Florianópolis ( Atua em
Claudio da Silv a Rocha DEC Zamboni Atua em Belfo rd Roxo
(RJ).
A vocês, o nosso muito obrigado pela parceria e dedicação! • 55
consultoresDEC35ok.indd 55
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Ponto de venda
os bastidores do
ponto de venda
Por Nayara Figueiredo
Gerenciamento por categoria, precificação, localização de produtos, tudo em prol do comportamento dos compradores
N
ão existe uma fórmula má-
produtos afins, precisam ser bem es-
com suas especificidades: anticaspa, salão
gica para que o consumi-
tudadas e estruturadas para conquis-
etc., que compõem suas subcategorias.
dor entre na loja, compre
tar o resultado desejado.
O especialista destacou as oito eta-
e permaneça por mais dez
“O objetivo desta estratégia é fomen-
pas desse processo, com base em da-
minutos. Existem análises e
tar vendas e aumentar a lucratividade
dos do mercado e pesquisas com o
técnicas baseadas no com-
do negócio. O sistema é plausível de im-
consumidor. Confira:
portamento dos compra-
plementação em empreendimentos de
dores. Pode parecer bobagem, mas até a
todos os portes, inclusive nos pequenos.
Passo a passo
posição de cada produto numa gôndola
A meta é agregar valor ao consumidor
• 1a etapa - Definição: é preciso es-
é criteriosamente estudada para atingir
final”, afirma o consultor da ECR Brasil,
pecificar os produtos que farão parte
um único objetivo proposto: a venda.
Cláudio Czarpski. Dessa forma é possí-
da categoria. Todas as delimitações, es-
Uma das ferramentas mais utilizadas
vel reduzir custos e trabalhar com ações
truturação e segmentação são elabora-
no varejo é o gerenciamento por cate-
de divulgação mais bem direcionadas.
das nesse passo. Por exemplo, na cate-
goria. Em suma, trata-se de um pro-
O princípio básico do gerenciamento
goria higiene pessoal delimita-se quais
cesso para a definição de categorias
de categorias é agrupar produtos que
serão os sabonetes, cremes, desodoran-
de produtos, ou seja, como o mercado
tenham finalidades complementares e
tes etc. comercializados. Dentro da cate-
vê o produto e o seu papel quanto à
que vão compor cada uma das catego-
goria de cada produto existe uma sub-
satisfação de determinada necessida-
rias de produtos. Por exemplo: quando
categoria para sua especificação, como
de. Quando passamos pelas seções de
falamos em “produtos para cabelo”, en-
para sabonetes, as subdivisões gliceri-
alimentos, produtos de limpeza, higie-
contramos xampus, condicionadores,
nados, hidratantes, perfumados, anti-
ne pessoal encontramos diversas cate-
produtos de tratamento, colorações e
bacterianos e básicos. Feito isso, as eta-
gorias e subcategorias em cada uma
afins, em um mesmo corredor, subdi-
pas a seguir estão mais ligadas a estra-
delas. E essas “divisões”, interligando
vididos, no caso de xampus, de acordo
tégias de vendas e retorno ao varejista.
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O passo a passo do gerenciamento por categoria 1. Definição da categoria • Define os itens que formarão a categoria • Define a estrutura e segmentação da categoria 2. Papel da categoria • Define a prioridade e importância da categoria na estratégia da empresa 3. Avaliação da categoria • Analisa o desempenho da categoria • Identifica oportunidades de vendas, lucro e retorno 4. Cartão de metas da categoria • Define os objetivos a serem atingidos pelo fornecedor e pelo varejista 5. Estratégias da categoria • Plano para cumprir o papel e as metas da categoria 6. Táticas da categoria • Determina as ações específicas para atingir os resultados previstos na estratégia
• 2a etapa - Importância: define a
resultados atingidos, quais objetivos
relevância daquela segmentação no po-
foram alcançados e quais pontos ain-
sicionamento estratégico do varejista,
da carecem de melhorias.
que é o papel da categoria. Ou seja, como ela pode agregar valor ao comércio. • 3 etapa - Desempenho: em se-
Em todas as categorias é possível aplicar uma segunda classificação aos pro-
tido, com identificação de oportunida-
dutos que, mais adiante, será muito
des de vendas, lucro e retorno. “É a ho-
importante para a formação de pre-
ra de comparar com outras lojas, veri-
ços, são os chamados papéis de cate-
ficar se está compatível com o merca-
goria. Os especialistas costumam fa-
do, ou seja, é a validação da propos-
zer quatro divisões distintas:
ta”, enfatiza o consultor.
8. Revisão da categoria • É feita uma mensuração do progresso do plano para modificá-lo caso seja necessário
• Destino - o cliente sai de casa pa-
• 4 etapa - Cartão de metas: no qual
ra ir ao comércio determinado a ad-
os objetivos do fornecedor e do varejis-
quirir aquele produto, este é o motivo
ta são definidos. Quais resultados deve-
de sua ida, e ele varia de acordo com
rão ser atingidos com aquela estratégia.
o perfil de cada loja;
a
• 5a etapa - Planejamento: “Se meu
• Rotina - o produto rotina é o que
objetivo é aumentar as vendas, quais
a pessoa tem costume de usar sem-
medidas devo executar para chegar a
pre, como um desodorante, pois de
este fim? Quais serão as ferramentas
tempos em tempos será necessário;
que utilizarei para chegar a tais resultados?”, explica Czarpski.
• Sazonal - é o produto que o consumidor adquire em certas épocas do
• 6a etapa - Ações pontuais: é pre-
ano ou de acordo com a necessidade;
ciso definir quais ações pontuais fa-
um exemplo seria um protetor solar:
rão parte da estratégia da categoria.
agrega muito valor em ocasiões espe-
Entretanto, esta fase abrange quatro
cíficas, como no verão;
especificidades, que são:
Conveniência - é aquele que não
• Sortimento - desenvolver um
foi o motivo da ida do comprador à
sortimento de produtos que agra-
loja, mas se torna conveniente, como
dem o consumidor;
os doces que ficam próximos ao caixa.
• Preços - determinação de preços ao consumidor;
7. Implementação do plano • Desenvolve um plano específico e atribui responsabilidades
Papel de categoria
guida, avalia-se o comportamento ob-
a
• Promoção - definição das promoções a serem realizadas;
É importante lembrar que as categorias têm papéis diferentes nos variados canais de venda. A coloração na perfumaria é categoria “Destino”
• Apresentação na gôndola - de-
e no mercado é “Rotina”. Já sabonete,
limitação de posicionamento e locali-
por exemplo, no mercado é categoria
zação na loja e nível de serviço.
“Destino” e na perfumaria é “Rotina”.
A seguir implementa-se o planeja-
“Este é um ponto importante porque
mento e, por fim, elabora-se a revisão
principalmente as duas primeiras são mais
do processo com a mensuração dos
sensíveis à mudança de preço. O produto • 57
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Ponto de venda
O princípio básico do gerenciamento de categorias é agrupar produtos que tenham finalidades complementares e que vão compor cada uma das categorias de produtos
PDV Um dos principais bastidores do varejo é a organização do ponto de venda, o PDV. O diretor-geral da Autlog, Flávio Augusto Abrunhoza Filho, afirma
que eu não tenho o hábito de comprar,
foco está do lado de fora, no concor-
que, segundo pesquisas, mais de 80%
pesquiso, mas o que eu compro com ro-
rente. O ponto falho desse sistema é
das decisões de compra são tomadas
tina, já sei quanto custa. Por mais que o
que, se a única métrica for análise da
no PDV, ou seja, independem da mar-
preço seja mais alto que o normal na con-
concorrência, é possível não chegar ao
ca e são influenciadas pelo modo co-
veniência, se me auxiliar a resolver uma
mesmo lucro. “O ideal é fazer o cál-
mo o produto é apresentado na loja.
situação do momento, comprarei”, expli-
culo e estudar os números, chegar a
“Nada é feito por acaso, tudo é pensa-
ca o sócio-diretor administrativo financei-
um preço ideal, pensando num lucro e,
do. Pode parecer aleatório, mas até a er-
ro Márcio Galhardo, da Praxis Business.
em seguida, fazer uma análise da con-
gonomia do cliente é estudada”, lembra
Galhardo afirma que o mais importan-
corrência. É usar o que tem de bom
Abrunhoza. Ele explica que a ponta de
te é que o empresário compreenda que
em cada método”, comenta o diretor.
gôndola é um ponto nobre no PDV, quan-
tipo de produto está vendendo, pois a
Além disso, existe uma terceira manei-
do se fala em administração de categoria,
forma de divulgá-lo será diferente. Para
ra que é olhar para o cliente. Nesse ca-
e os líderes da categoria podem se posi-
ele, é mais fácil trabalhar com ofertas nos
so, sai da discussão de preço e entra na
cionar em lugares de melhor visualização.
produtos de conveniência, visto que uma
discussão do valor, o que o comprador
Outras áreas nobres são os lugares
promoção nos produtos destino atrairia
valoriza. “Isso é bem comum, quem já
em que o comprador necessariamente
uma quantidade excessiva de clientes,
não comprou um produto sabendo que
deve passar, por onde entra e sai. A es-
que chegariam a por à prova a qualida-
o preço é mais caro para obter alguma
tatura média do público que circula na-
de do que está sendo vendido.
outra vantagem? No marketing se pen-
quela região também configura o posi-
sa em mercado e mercado é formado
cionamento do produto nas prateleiras,
Precificação
por gente e não por concorrentes”, diz.
o melhor produto certamente estará no
Existem três formas para se estabele-
Um exemplo dessa valorização é a ida
ângulo de visão da pessoa. Em lojas de
cer o preço de um produto. O primeiro e
dos grandes supermercados para os bair-
brinquedos, alguns produtos são colo-
mais básico é em cima dos custos, para
ros, através de unidades
chegar ao valor de venda. “Muitos em-
menores, pois, “mesmo
presários não têm os números de cus-
com a variedade dos hi-
to, eles estimam uma margem. Assim,
permercados, os mercadi-
o cálculo não é fidedigno e a conta po-
nhos menores não mor-
de sair mais cara. Este cenário é ainda
reram. Os pequenos têm
mais incidente entre os pequenos va-
localização e os grandes
rejistas, eles precisam entender os nú-
perdiam as compras do
meros e fazer um bom cálculo e não
dia a dia”. Apesar disso,
‘chutar’”, destaca Galhardo.
ainda existem algumas vantagens que o
riais que complementam o PDV, como
cados embaixo, no ângulo de visão das crianças, por exemplo.
Mesmo com a concor-
Para Abrunhoza, o ponto de
rência dos supermercados, ainda existe uma vantagem que o pequeno varejo dificilmente perderá, como o atendimento personalizado
venda em bairro ainda é responsável por um grande faturamento das empresas, a venda regional chega a representar 17% do faturamento do fornecedor e o pe-
queno varejo valoriza mais os mate-
O segundo meio é a estimativa de
pequeno, bem trabalhado, dificilmente
as parreiras de ovos de páscoa. Peças de
preço com base no mercado. Se num
perderá, como o atendimento personali-
divulgação, como luminosos, são bem
primeiro momento olha-se apenas pa-
zado, no qual o vendedor chama o cliente
aceitas pelos lojistas e causam um efeito
ra dentro do empreendimento, aqui o
pelo nome e já conhece suas preferências.
interessante no consumidor.
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