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WWW.DECNEWS.COM.BR • ano 7 • nº 38 • set/out 2014
PREVENÇÃO
de perdas
Comprar bem, evitar ruptura e administrar bem o estoque é fundamental para o sucesso da sua loja
CAPAs38.indd 7
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EDITORIAL
OS DOIS LADOS
DA MOEDA
ANO 7 Nº 38 SET/OUT 2014 DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo
quando obteve um crescimento médio anual próximo aos 10%, o mercado de Higiene Pessoal e Cosméticos (HPC) apresentou, nesse 1º semestre de 2014, um
EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Rodolpho A. Lopes e Flávio Cardamone
crescimento nominal de 12,6%, segundo dados da
DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVA DE CONTA Daniela Jardim (dani@contento.com.br)
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
ASSISTENTE COMERCIAL Daniel Tavares
Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira
São números significativos, que animam muito a nós, do DEC, a investir e levar a você, cliente do
O
EDITORA-CHEFE Tatiana Ferrador (tatiana@contento.com.br)
DEC, novidades, serviços, informações e dados, entre
ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri
s números divulgados na última
outras coisas, de forma que a categoria de HPC possa
semana de agosto deste ano pelo
ser cada vez mais bem explorada em sua loja, aumen-
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Mariana Vieira e Nayara Figueiredo Colunistas Cláudio Felisoni, Luiz Fernando Samburgaro e Luiz Marins Revisora Maria Elisa Guedes
Instituto Brasileiro de Geografia e
tando a representatividade em seu negócio, com
IMPRESSÃO Abril Gráfica
Estatística (IBGE) sobre o Produto
maior segurança e rentabilidade.
Interno Bruto (PIB) brasileiro mos-
Em linha com esse nosso objetivo, nesta edi-
traram um recuo de 0,6% no 2º
ção da revista, inserimos um suplemento especial
trimestre/14, o que, aliado ao recuo de 0,2% revi-
sobre Cabelos e sobre Pele, no qual você poderá ver
sado por este mesmo instituto para o 1º trimestre,
a grande potencialidade destes mercados, suas ten-
levam o País a uma chamada “recessão técnica” por
dências, segmentação, dicas de como melhor traba-
apresentar dois trimestres consecutivos com eleva-
lhar e expor seus produtos, de forma que haja cada
ção negativa do PIB, ainda que tênue.
vez maior participação deles em seus negócios e, com
Alguns setores da economia vêm sentindo essa
Imagem de capa Shutterstock TIRAGEM 105 mil exemplares Contento – Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082-2200 E-mail: contento@contento.com.br PROJETO GRÁFICO Larissa Lapa, Junior B. Santos e Rodolpho A. Lopes
isso, contribuir para o aumento de seu faturamento.
situação com maior intensidade, especialmente o
Trazemos também uma matéria especial sobre
industrial, onde alguns mercados estão apresen-
prevenção de perdas com dicas valiosas para que
tando queda significativa em relação ao mesmo
cada real economizado seja revertido, direta-
EXPEDIENTE DEC
período de 2013.
mente, em lucro, tornando seu negócio cada vez
DEC – Distribuidor Especializado em Cosméticos Rua Baronesa de Bela Vista, 675 – 7º andar – Cj. 71 Aeroporto – São Paulo (SP) CEP 04612-002. Tel.: (11) 5081-5183 Francisco Muto muto@decbr.com.br
Por outro lado, e contrastando com esse cenário, assim como vem ocorrendo nos últimos 18 anos,
mais seguro e lucrativo. Boa leitura!
www.decnews.com.br
Tiragem auditada pela BDO Auditores Independentes. O relatório com o resultado do trabalho encontra-se em poder da Administração.
FRANCISCO HORÁCIO FERNANDES Presidente 4 • S E T/O U T 2014
editorial_38_01_1.indd 4
Fotos Shutterstock/Divulgação
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SUMÁRIO 22 MATÉRIA-DE-CAPA O melhor remédio para prevenir perdas, ainda, é a prevenção
30 GESTÃO A importância da sustentabilidade no varejo como forma de fidelizar o consumidor
26 MARKETING Como fazer do tabloide um aliado nas vendas e quais os cuidados necessários antes de usá-lo
32 PONTO DE VENDA Desconto, preço ou atendimento diferenciado? Saiba o que o consumidor mais valoriza nos dias atuais
37 ESPECIAL CABELOS E PELE Confira o cenário, as novidades, tendências e perspectivas de crescimento das categorias que movimentam o mercado de HPC no Brasil
34 ESTUDO DE CASO Mercado do Ernane, em Canindé (CE) aposta no atendimento personalizado e conquista os clientes da região há 11 anos com variedade e preço justo
68 FINANCEIRO Quais as melhores formas de pagar e receber no varejo: cheque, cartão de débito ou crédito?
E MAIS: 08 Mercado
6 • S E T/O U T 2014
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10 Lançamentos
Colunistas
18 A voz do DEC
12 Treinamento – Luiz Marins
20 Palavra da indústria
14 Administração – Luiz Fernando Sambugaro
72 Gerentes de Área DEC
16 Varejo – Prof.Dr. Claudio Felisoni Fotos Shutterstock
02/09/14 15:34
ESPAÇO PUBLICITÁRIO
EM CONSTANTE
MERCADO
TRANSFORMAÇÃO
Mudanças na forma de pagamento movimentam o cenário econômico das relações de consumo Pelos dados da Abihpec, o mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) cresceu, no 1º quadrimestre deste ano, 11,97% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentro dele, os seguintes mercados apresentaram crescimento superior ao médio, mostrando grandes oportunidades para os lojistas: • FRALDAS DESCARTÁVEIS • CUIDADOS DE PELE • XAMPU • PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE CABELO • CREME RINSE/CONDICIONADOR • PROTETOR SOLAR/BRONZEADOR • MAQUILAGEM PARA UNHAS • LENÇOS UMEDECIDOS • ENXAGUATÓRIO BUCAL • FIXADORES/MODELADORES • FIO DENTAL • MAQUILAGEM FUNCIONAL
Promoção
Varejo de vizinhança cresce
Apenas um em cinco brasileiros
O mercado de vizinhança, for-
sabe aproveitar bem as promoções
mado por até quatro checkouts,
do dia a dia, é o que aponta a
vem crescendo a ritmo mais acele-
agência de pesquisa de mercado e
rado do que as versões maiores do
inteligência Hello Research durante
varejo. Segundo um levantamento
o levantamento sobre o compor-
feito pela consultoria GfK, de março
tamento de compra dos brasilei-
a maio deste ano, os hipermercados
ros e sua relação com as oportu-
tiveram uma queda média no fatu-
nidades geradas pelo ambiente
ramento de 2% a 3%, enquanto os
promocional. Oitenta e dois por
mercados de vizinhança cresceram
cento da população afirma não
de 3% a 5%. O preço já não é mais
se lembrar de ter visto nenhuma
um diferencial para as grandes redes,
promoção de bens de consumo
apesar delas terem maior poder de
em sua última compra. Os con-
negociação com fornecedores. A
sumidores da classe D/E são os
diferença dos itens da cesta básica
que menos se atentaram às pro-
entre um grande supermercado e
moções, com índice de lembrança
um pequeno, de acordo com a GfK,
de apenas 14%, números que na
é de 1,3%. E, segundo o diretor da
classe A são mais de duas vezes
área de Bens de Consumo da con-
maior, 29%.
sultoria GfK, Marco Aurélio Lima, no
http://www.helloresearch.com.br
caso de produtos perecíveis, os mercados menores conseguem oferecer preços até 2% menores. “O mer-
Eles mais belos
cado de vizinhança cresceu muito
O consumo de produtos de higiene, perfumaria e cosméticos destinados ao público
porque o consumidor está indo mais
masculino dobrou de tamanho em cinco anos, de acordo com levantamento divul-
vezes às compras e opta por fazer
gado pelo Euromonitor. Esse nicho chegou a representar um faturamento de US$
isso mais perto de casa ou do tra-
4,572 bilhões no Brasil em 2013, mais de duas vezes os US$ 2,284 bilhões de 2008.
balho. A comodidade e o relaciona-
Atualmente, os produtos masculinos representam mais de 10% do consumo total do
mento humanizado fez desse modelo
mercado de higiene, perfumaria e cosméticos no Brasil, que totaliza US$ 43 bilhões.
o que apresentou o melhor desem-
Os produtos para barba representavam 58% das vendas dos produtos masculinos,
penho, de acordo com nossa pes-
enquanto a categoria de cuidados pessoais (principalmente desodorantes) soma 42%.
quisa”, explica Marco Aurélio Lima.
http://www.abrasnet.com.br
http://brasileconomico.ig.com.br
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Imagens Shutterstock
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LANÇAMENTOS
À FLOR
DA PELE Indústria traz novidades com formulações cada vez mais ricas em proteção, tratamento e cuidados com o corpo e os cabelos
Maciez e brilho A TRESemmé acaba de lançar a linha Oil Radiante, desenvolvida para proporcionar brilho de salão em casa. Com a combinação de óleos naturais e silicones, os produtos oferecem um brilho saudável e duradouro. Além de xampu, condicionador e creme de tratamento, a nova família de produtos também conta com o primeiro óleo de TRESemmé, o Oil Elixir, disponível nas versões para cabelos normais e quimicamente tratados, à base de óleos de macadâmia, babaçu e semente de uva. http://www.tresemme.com.br
Poder da turmalina A Palmolive Naturals inova no mercado de cosméticos e traz em sua fórmula microcristais de turmalina. A linha para cabelos Palmolive Naturals Longo Sedutor é composta por xampu, condicionador e creme
Cores vibrantes
para pentear. Contendo microcristais de turmalina, os produtos forta-
Reativar a cor dos cabelos
lecem os cabelos da raiz às pontas,
como no primeiro dia da colo-
deixando-os até dez vezes mais for for-
ração, mesmo quando pró-
tes. Já a linha para a pele, Palmolive
ximo de colori-los novamente,
Naturals Segredo Sedutor, chega na
já é possível graças à nova linha
versão sabonete em barra e, além
da Koleston. O reativador de
do ingrediente turmalina, contém
cor de Koleston é um condicio-
também o extrato da framboesa.
nador com pigmentos de cor,
www.colgate.com.br
sendo considerado uma coloração de nível semipermanente, ou seja, que reativa a cor sem a necessidade de oxidação e exposição das cutículas dos cabelos. Presente em sete diferentes tons: Violeta, Castanho, Castanho Dourado, Cobre, Vermelho, Loiro Dourado e Loiro, que atenderão as 43 nuances de Koleston. http://www.pg.com/pt_BR/
Axilas hidratadas A Monange traz ao mercado a nova linha de desodorantes com ação antitranspirante que protege as mulheres por até 48h. São quatro diferentes fragrâncias, que combinam com as essências dos hidratantes da marca, além da versão sem perfume. Os produtos possuem fórmulas que nutrem a pele até a segunda camada da pele e proporcionam axilas mais bonitas e protegidas. Sem álcool em sua composição, são encontrados nas versões: Hidratação intensiva com extrato de oliva, Flor de Lavanda, Frutas Vermelhas, Erva-doce e Água de Coco. www.monange.com.br
A força do óleo A Loreal traz novidades para o tratamento de cabelos ressecados com a linha Elseve Óleo Extraordinário, enriquecida com seis preciosos óleos (lótus, camomila, flor de tiare, matricaria, rosas e linhaça) que revitalizam a fibra capilar com nutrição extraordinária para transformar a qualidade dos fios. Composta por xampu, condicionador, creme para pentear, ampola mágica e creme de tratamento, devolve a leveza, a maciez e o brilho dos cabelos, nutrindo-os. www.loreal.com.br
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Fotos Divulgação
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TREINAMENTO
A ANSIEDADE PODE
MATAR A VENDA
C
hego ao balcão e sou pron-
virava-se para os demais e falava: “Só
tamente atendido pelo ven-
mais um momentinho que já vou aten-
dedor. Quando comecei a
dê-los”. Pouco tempo depois, todos os
dizer o que queria, chegou
clientes saíram da loja sem comprar.
outro cliente e ficou ao meu
O que aconteceu? Ocorreu que a ansie-
lado. Imediatamente, o ven-
dade de querer vender para todos os clien-
dedor virou-se para esse ou-
tes que chegavam fez com que ele não
tro cliente e disse: “Um momento, eu já
vendesse para nenhum. Todos os clientes
vou atendê-lo”. O vendedor voltou-se
com quem conversei disseram que viam
LUIZ MARINS
para mim e falou: “Pois não, desculpe, o
nos olhos do vendedor que não estava
Professor e autor de 14 livros na área de treinamento e motivação dos colaboradores
que mesmo o senhor deseja?”. Quando
ouvindo nada do que diziam. Queria ven-
comecei novamente a dizer o que que-
der para o “outro” e o “outro” e o “ou-
ria, chegou um terceiro cliente. O vende-
tro” e assim não vendeu para ninguém!
dor me pediu licença e dirigiu-se ao ter-
Na ânsia de querer ganhar comissão de
ceiro cliente e falou: “Um momento, eu
vendas, sozinho, não deixava que outros
já vou atendê-lo”. Voltou-se novamente
colegas atendessem os novos clientes que
para mim, pediu desculpas e disse: “Pois
chegavam. Ele queria tudo para si. Não
não, vamos lá então...”.
vendeu. Não ganhou nada.
Na ansiedade e na necessidade de garantir um ganho razoável, o vendedor torna-se um poço de ansiedade 1 2 • S E T/O U T 2014
a_treinamento_DEC38_05_1.indd 12
Desde o momento da chegada do se-
Será que isso que aconteceu comigo,
gundo cliente, eu percebi pelos olhos,
e ocorre todos os dias com dezenas de
pelo jeito e comportamento do ven-
clientes e vendedores, também não es-
dedor que ele não estava prestando
tá acontecendo conosco em nossa vida
a mínima atenção ao que eu estava
pessoal e profissional?
dizendo. Estava preocupado em não
Seja em vendas ou no que quer que
perder os outros dois clientes ao meu
realizemos, a ansiedade pode ser um
lado. A cada dois minutos, enquanto
grande fator impeditivo do sucesso. Fa-
eu tentava explicar o que queria, ele
zemos uma coisa ou uma tarefa qual-
virava-se para os dois clientes e dizia:
quer, pensando o tempo todo na próxi-
“Só mais um momentinho que já vou
ma, na próxima e na próxima, sem pres-
atendê-los”. E novamente voltava-se
tar atenção ao que estamos realizando
para mim querendo que eu fosse o
no momento. E tudo sai malfeito. E tu-
mais rápido possível.
do é feito pela metade, sem qualidade.
Não tive outra reação a não ser me
Esse círculo vicioso ansiedade-ten-
despedir e ir embora sem comprar. Fi-
são-ansiedade é quase sempre fatal
quei por uns minutos na porta da lo-
para o sucesso.
ja observando. Ele fez a mesma coi-
Pense nisso. Acabe ou pelo menos
sa com os demais clientes. Não ouviu
controle a sua ansiedade nestes tem-
nada do que diziam e a cada instante
pos competitivos em que vivemos. Foto Divulgação
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ADMINISTRAÇÃO
A GESTÃO DAS
PERDAS NO VAREJO
A
LUIZ FERNANDO SAMBUGARO Diretor de comunicação da Gunnebo Gateway Brasil
De nada adianta, você dispor da tecnologia, treinar seus funcionários e não ter o mínimo de orientação do que deve ser feito, como e por quem 1 4 • S E T/O U T 2014
a_adminstracao_38_06_1pag.indd 14
umentar os lucros nem
Dados de pesquisa indicam que 50%
sempre é sinônimo de
das perdas têm origem nos funcionários
vender mais ou abrir
da empresa. Traduzindo esse número,
novas lojas. Em inúme-
poderíamos dizer que metade dos fun-
ros casos concretos, esses
cionários contratados no varejo ou não
dois itens contribuem para
tem um treinamento adequado, ou não
o aumento de suas per-
se desenvolve como deveria em suas fun-
das. Pesquisas recentes conduzidas por res-
ções. Sim, prevenir as perdas também
peitáveis entidades, como Serviço Brasileiro
significa treinar adequadamente seus
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
funcionários, para que possam desem-
(Sebrae), Instituto Brasileiro de Executivos
penhar mais e melhor.
de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar)
A instalação de câmeras, antenas, eti-
e Nielsen, demonstram que o percentual
quetas de proteção e demais acessórios
médio de perdas sobre o faturamento no
também deve fazer parte do negócio,
segmento do pequeno e médio varejo é
bem como a adoção de normas e proce-
maior do que no grande varejo.
dimentos. De nada adianta, você dispor
Em supermercados e farmácias, por
da tecnologia, treinar seus funcionários e
exemplo, as perdas chegam a 3,4 vezes
não ter o mínimo de orientação do que
e 13,9 vezes mais do que nos grandes
deve ser feito, como e por quem. Entre
varejistas, respectivamente. Quando falo
essas normas e ou parâmetros, incluo a
de perdas, estou querendo dizer: furto
escolha de um fornecedor que realmente
interno, furto externo, erros administra-
procure lhe entregar uma solução e não
tivos, fraudes por fornecedores e outros
apenas vender um produto. Somente a
fatores críticos, que atrapalham a gestão
utilização da tecnologia aliada a proce-
e interferem na lucratividade. Costumo
dimentos e pessoas qualificadas e moti-
dizer que é mais fácil dobrar os lucros
vadas pode reduzir as perdas.
prevenindo perdas, do que aumentando
Estamos vivendo a era da customi-
as vendas ou investindo em novas lojas.
zação, não só dos produtos, como dos
Os desafios na área de prevenção de
serviços. Antes de fechar com alguma
perdas são inúmeros e, para começar, é
empresa de prevenção de perdas, é
necessário que os varejistas entendam
importante avaliar se a companhia
que ela é uma vantagem competitiva
consegue entregar uma solução em
importante para o negócio. Saber onde
segurança, que se adeque realmente
está a perda, ou seja, qual a origem do
ao seu problema e disponibilidade de
problema que está fazendo com que o
capital para que o investimento neste
lucro não seja o esperado, é o primeiro
item importantíssimo ao seu negócio
passo que precisa ser dado.
tenha um retorno garantido. Foto Foto Divulgação Divulgação
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VAREJO
DO CÉU DE BRIGADEIRO AO CÉU
COM NUVENS ESCURAS
T
PROF. DR. CLAUDIO FELISONI DE ANGELO Presidente do Conselho do PROVAR – IBEVAR
odos acompanharam ab-
Se assim for, as empresas precisam estar
solutamente estarrecidos o
preparadas. Não podem correr de um la-
fracasso da seleção brasileira
do ao outro, desorganizadas, sem rumo.
na última Copa do Mundo.
Quando a situação se torna difícil, é
Diante da Alemanha, o time
preciso procurar no íntimo de cada um
envergando a famosa ama-
o equilíbrio para continuar, diminuindo
relinha parecia aturdido. Cor-
as possibilidades de errar e aumentan-
ria de modo desorganizado, sem nenhuma
do as chances de aproveitar as oportu-
efetividade, totalmente perdido em campo.
nidades. Enfim, é preciso indagar a si
Dos dez minutos iniciais ao vigésimo no-
próprio, tentando identificar os fatores
no minuto, o gol brasileiro foi ultrapassado
que travam o desempenho.
nada menos que cinco vezes. A derrocada
No caso das atividades comerciais, as
não estava, entretanto, completa. Outros
restrições impostas pelo ambiente externo
dois gols ainda seriam marcados pelos co-
devem levar a um questionamento sobre
mandados de Joachim Löw. O placar final
a operação. Os estudos realizados pelo
registraria certo alívio com um gol inútil de
Programa de Administração do Varejo da
Oscar no segundo tempo.
FIA –Instituto Brasileiro de Executivos de
O futebol permite que se façam diver-
Varejo e Mercado de Consumo (Provar –
sas ligações com as atividades de gestão
Ibevar), por exemplo, dão conta de que as
nas organizações. Afinal, a exemplo de
perdas do varejo são de nada menos que
um time de futebol, a empresa também
1,95% do faturamento bruto. Embora
depende de um conjunto de indivíduos
não se tenham dados muito precisos, su-
à procura de um objetivo. No futebol, o
põe-se com bastante confiança que, no
gol, na empresa, o lucro. Sem gols, o ti-
caso das empresas pequenas e médias,
me cai em descrédito. Sem o lucro, a em-
o percentual é ainda maior.
presa desaparece.
A exemplo de um time de futebol, a empresa também depende de um conjunto de indivíduos à procura de um objetivo 1 6 • S E T/O U T 2014
a varejo_711_DEC38_07_1.indd 16
Pois bem, quando o dinheiro entra pe-
Essas ideias trazem a seguinte considera-
la janela, fica bem mais fácil administrar.
ção. Desde 2004, o mercado de consumo
É como aquela situação em que o time
vem passando por um momento bastante
faz logo de início dois ou três gols. Se for
favorável, registrando um crescimento ine-
cinco, ainda melhor. Quando isso ocor-
quívoco das vendas. Infelizmente, recente-
re, em geral, o time que está vencendo
mente, o cenário vem mudando. Inflação
“administra o resultado”. Porém, quan-
alta, subida dos juros e aumento da ina-
do o inverso ocorre, é preciso encontrar
dimplência. Essa combinação tem impli-
a serenidade de maneira a reverter a si-
cado em redução significativa do ritmo de
tuação desfavorável. Do mesmo modo
expansão e até mesmo na queda dos vo-
que o jogador deve procurar no seu ín-
lumes comercializados.
timo as respostas às condições adversas
Nessas condições, não se pode seguir
do jogo, cabe à empresa também exa-
o mesmo caminho dos comandados por
minar seus processos ainda com muito
Felipão. As condições podem ser adversas.
mais cuidado. Foto Divulgação
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A VOZ DO
SUA LOJA, SEU DOMÍNIO Um bom sistema de gestão ajuda você, lojista, a evitar perdas
T
udo que entra na sua loja
to, de maneira que você se assegure que
você paga, mas nem tu-
as operações diárias estão OK. Se não
Contudo, uma parte dos lojistas ain-
do que sai você recebe.
estiverem, essas eventuais diferenças
da opta pelo confinamento de produtos
Essa frase define bem o dia
têm de ser profunda e imediatamente
de maior valor agregado. E isso, espe-
a dia das perdas quando se
apuradas e com o envolvimento de to-
cialmente no mercado de perfumaria e
fala de produtos. Existem
dos. Este sinal de controle gera maior
cosméticos, é extremamente danoso,
muitos fatores que contri-
atenção em todo o processo.
pois elimina a possibilidade do contato
dão sinais de controle.
buem para isso: perdas internas, externas,
Além disso, o cuidado no armazena-
com o produto que é fundamental nestes
itens danificados, falta de controle, cola-
mento e no abastecimento de sua loja
mercados. Além disso, estudos mostram
boradores despreparados, entre outros.
pode diminuir drasticamente os produtos
que “ao não encontrar os produtos no
O lado bom é que a grande maioria
danificados que, de tanto trabalho que
PDV, 37% o compram em outro lugar
deles é administrável, ou seja, você lo-
dão para ressarcimento, é melhor não
e 6% não compram nada”, resultando
jista pode trabalhá-los melhor e reduzir
tê-los. Assim, a prevenção é o melhor
numa perda de 43%, às vezes maior que
essa diferença. E é sobre isso que gos-
remédio. Tenha seu estoque bem organi-
o risco de perda externa.
taríamos de falar.
zado, treine seus colaboradores, participe
Assim, uma das saídas é organizar as
Um dos fatores-chaves de sucesso
com eles das melhorias, envolva-os nessa
gôndolas, sempre de maneira racional e
nessa empreitada é o controle. E isso é
empreitada, de forma que eles se sintam
“vendedora”, observando os princípios
fundamental, tanto para reduzir perdas
responsáveis por essa qualidade. E tenha
de gerenciamento de categorias, pro-
quanto, e não menos importante, para
também absoluto controle sobre todo
curando colocar os produtos de maior
reduzir rupturas. Portanto, você deve
o processo de danificados, de maneira
valor agregado na parte mais próxima
começar por aí. Desenvolva ou adqui-
a ter certeza de que ele está reduzido
aos caixas ou ao balcão de atendimento,
ra sistemas de gestão de estoques, ou
ao mínimo, e aquilo que é possível está
que normalmente fica situado ao lado da
mesmo planilhas internas, com base na
sendo recuperado ou ressarcido.
gôndola inicial da lojas.
sua experiência do dia a dia, de forma
Outro fator são as perdas externas
Resumindo, tudo que falamos repre-
que você possa ter, a qualquer momento,
a que todo ponto de venda (PDV) está
senta o dia a dia das lojas, e a gran-
uma visão geral daquilo que está dentro
exposto. E aí existem várias maneiras
de maioria é de medidas simples, sem
de sua loja.
de tentar inibi-las: sistema de câmeras
custos elevados, que sua experiência no
Isso possibilita que, além do inventário
nas gôndolas e nos caixas, presença
comando da loja certamente o qualifica
mensal, normalmente feito, possam ser
de seguranças ou abastecedores nas
para defini-las, ajudando-o a administrar
feitos outros, a qualquer momento, com
gôndolas, etc. Só essas presenças já
essas ocorrências.
produtos aleatórios e sem agendamen-
provocam alguma redução, pois elas
Bons Negócios!
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PA
L AV R A D A
IND
ÚSTRIA
BARUEL: MAIS DE UM SÉCULO DE QUALIDADE
E COMPROMISSO COM O CONSUMIDOR Empresa investe em plano de ação específico ao trade para promover e incentivar o giro de produtos
C DANIEL TIRABOSCHI
om mais de 120
relação com o comércio e colocar a Baruel como
anos no mercado,
uma referência no segmento de Higiene.
a Baruel é referên-
Outro ponto importante foram os lançamentos
cia no segmento
realizados em 2013 e 2014. Na categoria pédica,
de cuidado pédico
aproveitamos toda expertise no desenvolvimento
e tem seus produ-
de produtos para os pés e lançamos o Tenys Pé
tos distribuídos em
antirressecamento, um produto de alto valor
mais de 150 mil pontos de
agregado específico ao tratamento de rachadu-
vendas em todo o País. Ao
ras nos pés. No segmento infantil, merecem des-
longo dos anos, a empresa
taques as extensões realizadas em Xuxinha, com
cresceu e fortaleceu os seus
o lançamento da linha Sono Tranquilo; e a par-
valores com um único objetivo:
ceria da Baruel e Disney, com os lançamentos
promover o bem-estar do seu
da linha Princesas e Frozen, esta última inclusive
consumidor, oferecendo pro-
um dos maiores sucessos de todos os tempos
dutos de alta qualidade a pre-
da Disney. Aqui vale ressaltar e destacar a par-
ços acessíveis. A Baruel pos-
ceria com os DECs no trabalho de distribuição
sui as marcas Tenys Pé – líder
de todo nosso mix no médio e pequeno varejo
em desodorantes para os pés
(alimentar e farma).
há mais de 20 anos,Turma da
Por fim, para maximizar e potencializar todos os
Xuxinha e Princesas da Disney,
investimentos realizados pela empresa no conhe-
no segmento de higiene infan-
cimento de nossas marcas e produtos junto aos
til, e a Sanix para produtos de
consumidores, a Baruel definiu um plano de ação
limpeza doméstica.
específico para o trade, com campanhas de incen-
Os últimos anos têm sido
tivo de sell out (venda ao consumidor final), com
bastante desafiadores e de
uma grande quantidade de materiais de ponto
muito crescimento para a Companhia. Firmamos parcerias impor-
de venda (PDV) e munimos de ferramentas e
tantes com a Seleção Brasileira e o jogador do Barcelona, Neymar
informações tanto equipe de vendas quanto de
Jr., parceiro e embaixador da marca Tenys Pé Baruel há mais de
merchandising para dar todo suporte necessário
três anos. Essas propriedades, juntamente com os investimentos
na definição do melhor mix, dos planogramas ade-
em comunicação, foram fundamentais à expansão do consumo
quados por tipo de loja e ações que promovam e
de desodorante para os pés no Brasil, a fim de solidificar nossa
incentivem o giro dos nossos produtos.
Diretor de Vendas e Marketing da Baruel
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Foto Divulgação
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CAPA
O MELHOR REMÉDIO,AINDA,
É A PREVENÇÃO
Por Mariana Vieira
Números apresentam o tamanho dos prejuízos dos varejistas que não possuem uma política de prevenção de perdas
P
ara se evitar o fantasma das
quisa de mercado. Entretanto, apesar da
nal (33%) e erros administrativos (24%).
perdas, o primeiro ponto
relevância, os números vêm crescendo
Para começar, o ideal é se implantar
crucial a se compreender é
a cada ano, desde 2010. Na última pes-
um programa de prevenção de perdas.
o significado deste termo.
quisa, apresentada em agosto do ano
E o primeiro passo para criar essa cul-
De acordo com o Ser-
passado com dados de 2012, o varejo,
tura é tratar do tema como prioridade.
viço Brasileiro de Apoio às
de uma maneira geral, atingiu 1,83% de
O assunto deve ter espaço nas reuniões
Micro e Pequenas Empresas
perdas sobre o faturamento.
com a equipe da loja e possuir a mesma
“O mais surpreendente, negati-
importância de temas, como aumento
toda interferência negativa no resultado
vamente, é analisar os dados das
de vendas, redução da inadimplência
da empresa, que tem como consequên-
pequenas empresas. Enquanto o médio
ou de custos. Por isso, a preparação,
cia a redução de lucro. E, ainda de acordo
e grande varejo supermercadista regis-
o treinamento e o comprometimento
com a entidade, o maior atrativo em
traram índice de 1,95% do total acima,
da equipe devem ocorrer desde o iní-
prevenção de perdas é que, a cada real
para os de pequeno e médio porte, o
cio do programa.
economizado, aumenta-se um real no
índice foi muito além: 6,7%. Imagine
lucro, diretamente. A prática demonstra
o quanto isso representa no bolso do
que é mais rápido, fácil e barato prevenir
varejista”, alerta o diretor de Comuni-
1) Recebimento das mercadorias
perdas, a aumentar as vendas.
cação da Gunnebo Gateway Brasil, Luiz
– Para receber as mercadorias, seja o
Fernando Sambugaro.
próprio varejista ou um funcionário res-
(Sebrae), é considerada perda no varejo,
O tema é tão importante que, anual-
O Sebrae dá cinco dicas que podem ser utilizadas como um roteiro:
mente, é divulgada a pesquisa Avaliação
Ainda de acordo com a pesquisa, os
ponsável, é preciso se atentar a todos os
de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada
três pontos com o maior percentual de
pequenos detalhes, pois é um momento
pelo Programa de Administração de
perdas são os furtos externo e interno
de grande possibilidade de perdas. Por
Varejo (Provar) e Nielsen, empresa de pes-
(juntos somam 34%), quebra operacio-
isso, faça a conferência entre a nota fis-
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Foto Shutterstock
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CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE PERDAS NO VAREJO: • Perdas comerciais – ocorrem quando o produto não está disponível para venda (ruptura) e suas principais causas são: embalagens inadequadas, falha na reposição do produto na loja. • Perdas administrativas – ocorrem por falhas no gerenciamento da operação da loja e suas principais causas são: erro de precificação, erro de cadastro de produto, desperdícios gerais (água, energia, telefone, manutenções por mau uso), deficiências na gestão de compras e estoques, dimensionamento incorreto dos recursos humanos para a operação da loja. • Perdas de produtividade – ocorrem quando há falta de padrões, controles e processos operacionais estabelecidos e disseminados: demora no atendimento, desperdício de tempo e recursos em tarefas redundantes, retrabalho. • Perdas financeiras – ocorrem principalmente devido a assaltos e furtos (internos e externos), deficiências nos meios de pagamento e oferta de crédito, inadimplência e fraudes (cartões e cheques). • Perdas nas operações – ocorrem durante a operação da loja e as principais causas são: armazenamento, exposição, ou movimentação inadequada de produtos, falhas no recebimento de mercadorias e falhas na operação do checkout.
Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP)
ques de produtos, pois assim se torna mais fácil e rápido identificar a origem e a natureza das perdas de uma loja, além de também orientar todo o processo de compras. A comparação da contagem das mercadorias com os relatórios de compras e vendas permite apontar quais as categorias e os itens que merecem maior atenção, bem como as possíveis causas das perdas. 5) Rotinas e controles diários – Além dos inventários frequentes, faça uma rotina diária de verificação dos produtos expostos. Os melhores momentos para isso são antes da abertura, no meio do expediente ou logo após o fechamento da loja. Assim, não se corre o risco de se perceber um prejuízo somente no fim do mês. E detectar com mais eficiência a causa que pode ser desorganização da equipe ou furto interno ou externo.
cal e mercadoria item a item, conciliando
3) Trocas e devoluções – Apesar de
as quantidades e os tipos de produtos.
corriqueiras e comuns a todos os tipos de
Gestão otimizada
Além disso, essa conferência das merca-
comércio, as trocas e devoluções de mer-
Além disso, especialistas em varejo
dorias deve ocorrer em local separado do
cadorias também constituem fonte de
esclarecem sobre a relação de se saber
armazenamento, e qualquer movimenta-
perdas. A mercadoria devolvida ou tro-
comprar bem e ter sempre um mix
ção de produtos deve ser feita somente
cada, mesmo quando em perfeito estado
atualizado. De acordo com o analista
com a presença de pessoal da loja, trei-
de conservação, pode ser uma potencial
de mercado da Nielsen, Jonathas Rosa,
nado para esta tarefa.
perda se não der entrada novamente nos
entender o consumidor é sempre ponto
2) Armazenagem das mercadorias
estoques da loja. Para tanto, faça uma
fundamental para saber comprar bem e
– Após o correto recebimento e registro
rotina de troca e devoluções cujos clien-
consequentemente manter um estoque
dos produtos no sistema de controle de
tes e funcionários saibam exatamente o
adequado e estratégico.
estoque, a preocupação com as perdas
que devem fazer. Deixe sinalizado o local
Uma forma é otimizar a quantidade de
passa a ser a sua adequada armazena-
apropriado, como caixa X ou balcão Y,
produtos disponíveis, evitando superes-
gem. Por isso, a área de estoque deve
para que isso não ocorra em meio aos
tocagem (capital parado) e as rupturas
ser muito organizada, limpa e bem ilu-
corredores, evitando assim a troca sem
(falta do produto). “Um dos caminhos
minada, para facilitar o acesso durante
o correto procedimento e a recolocação
é obter os dados de giro dos produtos;
a reposição dos produtos na loja. Esto-
do produto devolvido no sistema de esto-
com eles, será possível calcular a venda
que desorganizado é fonte potencial de
que e na gôndola apropriada.
média diária e programar o estoque de
furtos e de “falsas” rupturas, ou seja,
4) Inventários – O principal e mais
o produto está no estoque, porém, no
importante elemento na previsão de
momento da venda, não foi encontrado,
perdas no varejo é a realização siste-
Para tanto, volta-se na importantíssima
podendo inclusive perder o prazo de vali-
mática do inventário de mercadorias.
prática de conhecer no dia a dia o cliente.
dade, dependendo do produto.
Faça uma contagem frequente dos esto-
Quais os seus desejos, suas necessidades.
acordo com a frequência de reposição”, explica Jonathas.
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CAPA
13ª AVALIAÇÃO DE PERDAS NO VAREJO BRASILEIRO
compra de um produtos leve o outro com
lista em varejo, Fátima Merlin. “Está claro
50% de desconto”;
que se perde mais ao não vender esses
• Trabalhe com marcas com forte estratégia de comunicação, pois elas apresentam resultados positivos em praticamente qualquer alocação na gôndola;
10% Fornecedores
33%
15% Furto interno
19%
CAUSAS DE PERDAS
Furto externo
Quebra operacional
24% Erros administrativos
Fonte: 13ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro
produtos, deixando-os trancados, do que com o roubo”, conclui.
Pós-prevenção
• Estude a concorrência para saber
Assim como um pós-venda faz toda
se vendem ou não o produto, e pes-
a diferença para a marca do varejista
quise se o desempenho lá é melhor,
e a fidelização dos clientes, ter ações
pois ajudará a compreender se o
pós-implementação dos processos de
produto não “performa” como o
prevenção faz com que os fluxos não se
esperado ou se foi alguma falha
percam no decorrer do tempo. Segundo
na execução da loja.
o professor do Provar, Carlos Eduardo
Já para produtos com baixo
Santos, alguns pontos devem ser conside-
estoque e alto giro, o analista
rados para se manter essa cultura sempre
orienta:
acessível a todos. Uma delas é saber
• Recomponha o estoque, consi-
que uma empresa não pode depender
derando a demanda atual. Porém, vale
de pessoas, mas de processos. Pessoas
a ressalva de não agir de maneira eufó-
são importantes, mas uma forma de a
rica e fazer um grande estoque; é preciso
empresa não ficar refém delas – e a pre-
manter o racional de compras e estudar
venção de perdas pode contribuir muito
o movimento para entender se é algo
para isso – é formalizar os processos
passageiro ou sazonal, assim evita-se o
internos. Coloque comunicados, alertas
chamado efeito chicote;
e dicas em áreas internas da loja, para
Para o pequeno e até o médio varejista,
• Faça uma lista com todas as ações de
que os funcionários mantenham viva a
esse é o “coringa” em relação aos concor-
comunicação e vendas que foram reali-
atenção nos procedimentos. Assim, res-
rentes de grande porte. Se o consumidor
zadas para o produto. Recompondo o
ponsabilidades, objetivos e procedimentos
perceber vantagem no atendimento dife-
estoque, mantenha tais estratégias.
estarão documentados de tal forma que
renciado e produtos que atendam às suas
todos compreendam.
necessidades, ele retornará mesmo que
Confinamento de produtos
o preço não chegue nos oferecidos nas
Produtos de boas margens, como
que podem ser criadas as auditorias da
grandes redes. E nesse cenário, a partir
protetores solares, lâminas de barbear e
prevenção de perdas. Com uma lista das
de um ato de conhecimento do cliente,
sabonetes antiacne, muitas vezes deixam
atividades – diárias, semanais ou men-
o varejista evita, ou ao menos minimiza,
de ser comercializados por estar fora do
sais – de cada funcionário, uma pessoa
uma dificuldade comum que é o erro de
alcance do consumidor. Afinal, o que não
responsável deve fazer uma checagem
previsão, que ocorre quando a expecta-
é visto pelo consumidor, não é comprado
para levantar o bom andamento dos pro-
tiva de demanda ou oferta não se realiza.
por ele. Por estar trancados em armários
cessos. Cada item não realizado deve ser
E para finalizar, o professor esclarece
Entretanto, se o erro já aconteceu, o
ou gôndolas especiais alocadas fora da
reportado ao gestor responsável e a reco-
executivo da Nielsen orienta as seguintes
área de exposição e longe dos caixas,
mendação deve ser feita em conjunto,
ações para produtos com muito estoque
perde-se muito. Opta-se pela segurança e
demonstrando a parceria nessa relação.
e baixo giro:
compromete-se o lucro. “É preciso equa-
E a auditoria se completa com o moni-
• Faça promoções e ofertas, aplique
cionar os riscos e benefícios para tomar a
toramento dos planos de melhoria que
táticas variadas, como “descontos”, “na
decisão mais assertiva”, explica a especia-
foram sugeridos.
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MARKETING
PROMOÇÃO
ACERTE NA
PROPAGANDA Mariana Vieira
Para não investir de forma errada em um tabloide, conheça seu perfil de cliente e mantenha um bom controle de estoque antes de qualquer ação
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Imagens Shutterstock
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D
iferente do que muitos
ao que se quer passar, mas é preci-
pensam, o material de
so mesclar todos os casos.
divulgação conhecido
O segundo passo tem relação com
como tabloide é o resul-
o que entra no tabloide Como deci-
tado de uma boa estra-
dir? Avaliar dados internos: vendas,
tégia que começa mui-
margem, estoque adequado, preço,
to antes da chegada do
informações sobre tíquete de ven-
material às mãos do consumidor. De
das, dados sobre o que o cliente
maneira geral, de acordo com a es-
quer. E neste ponto, percebe-se a
pecialista em varejo e comportamen-
importância de se manterem sem-
to do consumidor, Fátima Merlin, o
pre organizadas as informações da
tabloide tem por finalidade gerar flu-
loja, pois sem este histórico, não há
xo para a loja e não necessariamente
como crescer de forma consistente.
CONHEÇA OS TIPOS DE TABLOIDES Tabloide Institucional: • Busca um maior engajamento do consumidor, com informações da empresa. Tabloide Temático: • Para datas sazonais e comemorativas. Tabloide de Guerrilha: • Que destaca preços em relação à concorrência.
apenas vender o que foi divulgado.
O terceiro passo diz respeito à for-
“Por isso, para se conquistar bons
ma de comunicar, para que o cliente
resultados, é necessário seguir um
realmente entenda o material. Por
sociais. Mas pode-se aproveitá-la
passo a passo estratégico e não ape-
isso, o ideal é que se dividam os
melhor, apresentando os lançamen-
nas sair divulgando produto e pre-
produtos em capa, interior e contra-
tos, mostrando dicas e oferecendo
ço sem saber aonde quer chegar”,
capa. Para a capa, ou primeira pági-
descontos com pagamentos que fo-
afirma Fátima.
na, vale escolher produtos de qua-
rem de maior conveniência ao vare-
lidade e bons preços, ou que mos-
jista, seja à vista ou cartão da loja.
Passo a passo
trem exclusividade. O mais impor-
Entretanto, deve-se manter atento
Ainda de acordo com a especialis-
tante: que chamem o cliente à loja.
às indicações do Código de Defe-
ta, para definir um tabloide, o pri-
Para o interior do folheto, páginas
sa do Consumidor, para que se evi-
meiro passo é ter clareza no propó-
seguintes, o lojista deve apresentar
te qualquer problema legal no mo-
sito da divulgação e possuir uma es-
e destacar os produtos por catego-
mento da comunicação.
tratégia bem desenhada, apontan-
rias, grupos de produtos ou sequên-
A fim de se facilitar a leitura, é ne-
do o que o varejista deseja mostrar:
cia da loja. Nesse ponto, vale pen-
cessário avaliar o tamanho da fon-
imagem de preço, qualidade (pro-
sar nos tipos de ofertas, como Le-
te e tipo da letra e de papel e qua-
dutos premium /exclusivo), varieda-
ve X Pague Y, valor de desconto na
lidade da imagem. O varejista tam-
de (amplo mix ), ou outros aspectos.
compra da segunda unidade, entre
bém deve procurar criar uma iden-
Lembrando que se deve dar ênfase
outras tantas alternativas.
tidade, uma personalidade para o
Para se conquistar bons resultados, é necessário seguir um passo a passo estratégico e não apenas sair divulgando produto e preço sem saber aonde quer chegar
Já para a contracapa,
tabloide, desenvolvendo um slogan
ou última página, normal-
alinhado à estratégia geral de comu-
mente se comunica o que
nicação. “Segmente o folheto em
a lei determina, como os
categorias ou grupos de produtos
endereços das lojas, os ho-
que façam sentido aos clientes. Uma
rários de funcionamento,
sugestão é que os produtos do fo-
o Serviço de Atendimen-
lheto sejam apresentados segundo
to ao Consumidor / Clien-
uma lógica dos corredores da loja.
te (SAC), o site e as redes
Assim, o consumidor pode apreciar • 27
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MARKETING
ATINJA SEUS OBJETIVOS E “EXECUTE” ADEQUADAMENTE O QUE ESTÁ NO TABLOIDE: 1. Disponibilidade dos produtos – o estoque da área de venda precisa estar adequado para suprir a demanda gerada pelo tabloide e com reposição contínua durante a vigência do tabloide; 2. Exposição/sinalização diferenciada – se queremos facilitar a decisão de compra do cliente, precisamos ajudá-lo a encontrar os produtos anunciados, criar um reforço da promoção na loja; 3. Atenção à oportunidade de ofertas de ocasião – por que não pensar em uma estratégia de ofertas para itens correlatos aos itens do tabloide para otimizar seus resultados?; 4. E finalmente – esteja atento à estratégia de distribuição para que todo o investimento nas etapas anteriores não seja desperdiçado e o cliente deixe de ser impactado como deveria. Fonte: especialista em varejo e comportamento do consumidor, Fátima Merlin
as ofertas enquanto caminha pela
Daniel Schmitz. O executivo escla-
de manter o orçamento equilibra-
loja”, pontua Fátima.
rece que muitos varejistas investem
do, em tempos de inflação alta e
O quarto passo é cuidar do abas-
tempo e dinheiro em layout , estra-
endividamento, o consumidor vem
tecimento, garantindo o produto na
tégia dos produtos, mas deixam a
buscando opções para não deixar
loja. Caso contrário, a insatisfação
desejar na distribuição, que é mui-
de comprar os produtos que deseja,
do cliente pode gerar uma má re-
to importante em todo o processo.
seja por promoções ou embalagens
putação, pois quem viu o tabloide e
“Não adianta o cliente pegar o ta-
menores. No estudo Mudanças no
foi comprar o produto ao preço ofe-
bloide na sacolinha do produto que
Mercado Brasileiro 2014, a empre-
recido e não o encontra tem sua ex-
ele acabou de comprar, pois dificil-
sa aponta que o consumidor procu-
pectativa frustrada e pode espalhá-
mente vai ver algo e voltar à loja.
ra os mesmos produtos, porém com
-la aos amigos e familiares.
Até porque, esse tipo de comuni-
novas opções de desembolso. Para
O quinto passo explica a necessi-
cação é para aumentar o fluxo que
se ter uma ideia, das 20 categorias
dade de se ter atenção à distribui-
já se tem na loja”, pontua Schmitz.
mais importantes da Cesta Nielsen,
ção, seja na frequência e no local.
60% delas aumentaram a importân-
Deve-se definir a rota adequada,
Somente preço baixo?
mapeando e estudando a melhor
Depois de executar o passo a pas-
40% das embalagens menores. “O
alternativa. No segundo momento,
so para elaborar um bom tabloide,
consumidor quer comprar produtos
é adequado monitorar os resulta-
o varejista deve se atentar para não
de qualidade, mas, em virtude do or-
dos. Neste passo, encontra-se um
cair em uma armadilha comum ao
çamento mais limitado, precisou per-
dos principais erros desse tipo de
pensar em atrair o consumidor: a
ceber benefícios e, por isso, ações do
comunicação, de acordo com o di-
de oferecer somente preço baixo.
tipo ‘Leve e Pague’ foram um gran-
retor de criação da agência de pu-
De acordo com a empresa de pes-
de propulsor”, esclarece a analista de
blicidade focada em varejo Thatto,
quisa de mercado, Nielsen, a fim
mercado da Nielsen, Natalí Araújo.
cia das embalagens econômicas e
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GESTÃO
SUSTENTABILIDADE
NO VAREJO Por Nayara Figueiredo
Um jeito de preservar o meio ambiente e fidelizar o consumidor
N
unca se falou tanto em sus-
O consumidor não se foca unicamente na
“Gosto da definição que contempla o
tentabildade como nos últi-
oferta, procura a prestação de um serviço
equilíbrio entre: lucratividade – socie-
mos tempos. Preservação
agregado. A sustentabilidade leva uma
dade – meio ambiente. O mais impor-
do meio ambiente, econo-
imagem de confiança ao consumidor”,
tante nessa definição é a palavra equilí-
mia de energia, bom uso
explica o professor do núcleo de varejo
brio, e este é o grande desafio de todo
da água e práticas de res-
da Escola Superior de Propaganda e Mar-
empresário, de todos os portes, nos dias
ponsabilidade social, mas
keting (ESPM), Roberto Nascimento.
atuais. A lucratividade já é algo esperado.
não para por aí. Passa por sustentação
É certo que ainda existe uma parcela
O meio ambiente gradativamente vem
econômico-financeira e qualidade de
de consumidores indiferentes às práticas
aumentando sua participação nos pla-
vida. Ações simples podem fazer com
sustentáveis, mas a aplicação de ações
nos organizacionais. E a sociedade é uma
que o pequeno varejo esteja engajado
em minimercados e estabelecimentos
dimensão que pode ser incrementada
com essas práticas e mais: além de aju-
comerciais, que têm um fluxo frequente
fortemente, com a substituição de méto-
dar o meio ambiente, são bem-vistas pelo
de pessoas, ainda colabora na conscien-
dos frágeis e pontuais por ações estra-
consumidor e colaboram na fidelização.
tização da comunidade. Uma pesquisa
tégicas. O conceito explicitado acima
“As atitudes sustentáveis comunicam e
do Instituto Akatu mostra que, entre os
pode ser chamado de ‘Triple botton
agregam valor ao varejo. O consumidor
anos de 2010 e 2012, a quantidade de
line’ [linha tríplice de resultados]”, avalia
enxerga de uma maneira positiva e res-
pessoas que já ouviu falar em sustentabi-
o CEO da Invent Conhecimento Estraté-
lidade subiu 16 pontos percentuais.
gico, empresa especializada em vendas e
ponde com a fidelização, com isso, o varejista acaba ganhando e evita a entrada na concorrência de preço.
Geração de sucesso
trade marketing, Adriano Amui. A partir desse conceito, a lucratividade
No mundo corporativo como um
agrega a imagem de organização bem-
todo, a sustentabilidade é definida por
-sucedida, competente, eficiente. Os pila-
meio de pilares relacionados à econo-
res de meio ambiente e sociedade agre-
mia, humanidade e ao meio ambiente.
gam a imagem de organização responsável, com visão estratégica, atuação de
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PERCENTUAL DE RESPONDENTES QUE DECLARARAM TER OUVIDO FALAR SOBRE SUSTENTABILIDADE (2010 e 2012) Foi perguntado também sobre o ``interesse em buscar informações`` sobre diversos temas, entre eles, sustentabilidade. Também neste caso houve um aumento muito significativo, passando o percentual de interessados de 14% em 2010 para 24% em 2012
Sim
Questão: você já ouviu falar em sustentabilidade?
44%
56%
40% 60%
2010
Não
2012
impacto na comunidade. Já a linha trí-
entorno e na cadeia de abastecimento,
jamento de todos os funcionários da
plice, ou o somatório dos três, gera uma
é possível disseminar princípios e valores
loja, principalmente quando se fala em
organização duradoura, com múltiplas
de responsabilidade social e sustentabi-
pequeno varejo. O trabalho em con-
gerações de sucesso.
lidade, que sensibilizem e eduquem os
junto é essencial e mostra a essência
consumidores, funcionários e até forne-
das ações”, diz Nascimento.
Na prática, podemos entender que a empresa: • Compromete-se integralmente com a gestão sustentável;
cedores para adoção de hábitos e práticas sustentáveis. De acordo com o Instituto Akatu, 5%
• Valoriza funcionários e colaboradores;
dos brasileiros já são consumidores cons-
• Adota critérios de sustentabilidade
cientes. A tendência é que esse número
nas compras; • Envolve consumidores e clientes em suas iniciativas; • Promove o desenvolvimento da comunidade vizinha; • Avalia os impactos sociais e ambientais de sua operação; •Torna suas lojas mais sustentáveis por meio de ações; • Contribui para o desenvolvimento sustentável da sociedade e do planeta.
aumente, visto que 28% dos consumidores são considerados engajados, isto é, estão tentando consumir de forma sustentável, e outros 59% estão começando a se sensibilizar pelo assunto.
Como aplicar? O professor Roberto Nascimento, da ESPM, enfatiza que o varejista pode fazer parceria com fornecedores que já tenham algum tipo de prática sustentável, mas
O presidente da Associação Paulista
também – e principalmente – é necessária
de Supermercados (Apas), João Sanzovo,
a proatividade por parte do dono da loja.
conta que o setor supermercadista, por
“A primeira é de responsabilidade
sua representatividade no cenário nacio-
do proprietário. Ações como economia
nal e mundial, assume um papel impor-
de energia, uso de material reciclável,
tante no movimento da sustentabilidade.
tratamento da água. Podem começar
Pela influência que as empresas desse
com práticas simples e outro atributo
segmento exercem nas comunidades do
extremamente importante é o enga-
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) disponibiliza algumas dicas que podem ajudar o varejo a ser mais sustentável e lucrativo: • Economize em logística, aproveitando ao máximo os recursos locais; • Oriente os funcionários sobre gerenciamento de resíduos; • Promova o conforto térmico das instalações e economize energia; • Aproveite a luz do sol e consuma menos eletricidade; • Adote ou seja parceiro de um ponto de entrega de produtos recicláveis; • Ofereça vagas para bicicletas no seu estacionamento; • Quando o ar-condicionado estiver ligado, feche portas e janela; • Crie e mantenha um padrão de limpeza econômico; • Troque as lâmpadas para economizar energia; • Crie alternativas para o uso constante da sacola plástica.
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PDV
VAI UM DESCONTO AÍ? Por Nayara Figueiredo
O fator preço já perde espaço para um bom atendimento e prestação de serviços
N
o universo do varejo,
de pegá-lo pelo bolso, ou por uma
promocionais dos grandes varejistas,
muitos empreendedores
boa prestação de serviço.
se abastecerem dessas promoções,
ainda acreditam que o
Os canais de menor porte, geral-
principal atrativo para o
mente, não possuem muito fôlego
“O preço é um fator importante para
cliente é a oferta: mito.
para descontos. Como se abastece
que o varejista se posicione no mer-
A aplicação de descontos
de distribuidores ou atacadistas, o
cado de forma mais competitiva, entre-
é, de fato, muito impor-
pequeno varejo procura aplicar parte
tanto, o consumidor busca primeiro
tante, mas deve ser posta em prática
do benefício recebido ou faz o repasse
produto, serviço, atendimento e, em
em hora e lugar certos, estrategica-
para se manter competitivo na região
seguida, um preço justo que ele esteja
mente entre as categorias. O consu-
onde atua. Segundo a professora do
disposto a pagar ou que venha agre-
midor traz consigo um conjunto de
Programa de Administração de Varejo
gar valor ao produto, promoção ou
fatores que levam à decisão de com-
da Fundação Instituto de Administração
serviço”, diz a especialista.
pra, basta estudá-lo para compreen-
(Provar/FIA), Teresa Cristina Zanon, é
O gerenciamento por categoria dá
der o momento mais oportuno a fim
comum eles acompanharem os encartes
uma boa margem para precificação
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aumentando estoque.
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do produto. O que a categoria repre-
Grupo
Representatividade
Destino
5% a 7% das categorias
Rotina
55% a 60% das categorias
Sazonal
Até 20% das categorias
Conveniência
Entre 15% e 20% das categorias
senta ao comércio depende da estratégia que o varejista define para ela. Entretanto, existem papéis comuns que são desempenhados na maioria das lojas, são eles: • Destino: aquilo que faz com que o cliente saia de casa e vá até a loja, como um pão francês; • Rotina: é o produto que o consumidor
Fonte: Nielsen
tem o costume de comprar, é de neces-
comprando por comodidade, como
e qualidade do ambiente fazem uma
sidade rotineira, como o papel higiênico;
um chiclete que fica próximo ao caixa.
grande diferença na fidelização do cliente,
• Sazonal: refere-se ao produto que
“Isso é um ponto importante porque
que muitas vezes prefere pagar mais pelo
é adquirido em certas épocas do ano,
principalmente as duas primeiras [rotina
produto para ter um serviço mais com-
de acordo com a necessidade, como
e destino] são mais sensíveis à mudança
pleto e que lhe agregue valor.
o filtro solar no verão;
de preço. O produto que eu não tenho
• Conveniência: é a famosa compra
hábito de comprar, eu pesquiso, mas o
Árvore de decisão
por impulso, o produto que você não
que eu compro com rotina, eu já sei o
A forma como os consumidores adqui-
tem o hábito de adquirir, mas acaba
preço. Por mais que o preço seja mais
rem produtos em um varejo é muito
alto que o normal na conveniência, se
pessoal. Existe o processo de escolha,
me auxiliar a resolver a situação do
mas o que se sabe é que independen-
momento, eu vou pagar mais”, afirma
temente do shopper (comprador) e da
o sócio diretor administrativo financeiro
categoria que ele está comprando, o
da Praxis Business, Maurício Galhardo.
processo é dividido em três blocos: a
Sendo assim, o necessário é que cada
necessidade por um produto, como é
empresário entenda o que estão ven-
selecionado ou escolhido e qual será a
dendo visto que a forma de divulgar
sua decisão para a compra – produto,
o produto vai ser diferente de acordo
promoção ou serviço.
DICAS PARA APLICAR UM BOM DESCONTO: 1) 2)
3) 4) 5)
Pesquisar os preços de seus principais concorrentes versus o preço praticado; Desenvolver uma parceria com indústrias/fornecedores que proporcione mais vantagem competitiva ao seu negócio; Aplicar uma boa gestão de compras e estoques; Estar atento a novidades e lançamentos do mercado; Desenvolver um calendário promocional adequado à sua realidade e de seus consumidores.
Fonte: professora do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Teresa Cristina Zanon
com a categoria. Galhardo conta que
Para o superintendente da ECR Brasil,
é mais fácil trabalhar oferta em produ-
Cláudio Czarpski, os atributos que o
tos de conveniência, isto vai fazer com
cliente mais valoriza em determinada
que o consumidor compre porque está
categoria compõem a árvore de deci-
barato. Mas dar descontos em produtos
são. Na categoria de higiene pessoal
de destino pode gerar uma percepção
e cosméticos, é possível indicar clara-
negativa por parte do cliente, pois ele
mente que o atributo preço nem sem-
pode se acostumar com o preço baixo
pre é o mais valorizado. Marca, fragrân-
e ficar frustrado quando não encon-
cia e textura são pontos extremamente
trar aquela promoção.
valorizados pelo cliente.
É importante lembrar que o pequeno
“Conhecendo essa estrutura de deci-
varejo cumpre o papel de reposição na
são do cliente, é possível organizar as
cesta básica das famílias, logo, a proxi-
categorias nas gôndolas e ainda trabalhar
midade da casa ou do trabalho e a pres-
a compra de produtos complementares
tação de um bom serviço, atendimento
por impulso”, diz Cláudio Czarpski. • 33
pdv_38_15_2pag.indd 33
01/09/14 12:12
EST
E DE SUCES
SO
CAS
UDO DE C ASO
Ernane (à esq.) com o consultor Naelio em sua loja
COM A CARA – E NOME – DO DONO Por Tatiana Ferrador
Ernane Chaves Sousa, cliente do DEC DAG, investiu no seu próprio negócio após trabalhar com o irmão e perceber que era isso o que queria para sua vida: vender e atender bem seus clientes
L
ocalizado na cidade de
de produtos, algo em torno de 15 e 20
pois o fato de estarmos na área cen-
Canindé, município com apro-
mil itens. “Nosso cliente está sempre
tral da cidade, local de grande circu-
ximadamente 76 mil habi-
de olho nas novidades que passam na
lação e fácil acesso, não pode ser o
tantes no estado do Ceará,
TV e procura esses produtos nas lojas,
único motivo para escolherem com-
o mercado “do Ernane”,
por isso, estamos sempre atualizando
prar conosco e não na concorrência”,
como é conhecido na região
os produtos nas gôndolas e prateleiras,
diz. “Conhecemos a maior parte de
– fazendo referência ao nome
para que nada falte”, explica Sousa.
nossos clientes, muitos pelo nome, e
de seu fundador, Ernane Chaves Sousa
Na opinião do empresário, a qua-
de outros, até sabemos as preferên-
–, foi fundado há 11 anos. Não tem
lidade no atendimento e a atenção
cias, por isso sempre avisamos sobre
placa nem nome próprio, mas todos
dada às necessidades e expectativas
novidades que podem agradá-los.
seus frequentadores o conhecem assim.
dos clientes são os fatores que geram
Esse contato só é possível mesmo em
O mercado fica no centro da cidade
a fidelização por sua loja. “Além
mercados de pequeno e médio porte,
e conta com um mix bastante variado
disso, nosso preço é competitivo,
como é o nosso caso”, explica.
3 4 • S E T/O U T 2014
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Fotos Divulgação
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O começo
chegar ao seu tamanho atual, sendo que
Numa família de 10 irmãos e com as
a última foi há dois anos e meio. “Hoje,
dificuldades comuns de uma casa cheia,
ela nos atende bem em seu tamanho,
Ernane começou a trabalhar cedo.
disposição de produtos e espaço para a
Apesar dos pais não trabalharem no
circulação de clientes, mas daqui a um
comércio, o interesse pelo contato diá-
tempo, podemos mexer de novo, quem
rio com o público por meio das vendas
sabe?”, vislumbra o comerciante, já com
passou de irmão para irmão. “De um
planos de crescimento.
jeito ou de outro, todos estão traba-
Mesmo com a expansão, Ernane sem-
lhando no varejo e assim como eu, não
pre fez questão de atender seus clientes
querem saber de outra área”, brinca.
para avaliar o nível de satisfação com a
“Nosso diferencial está no atendimento mais próximo com nossos clientes; de muitos, sabemos o nome e as preferências e avisamos sempre que há novidades que possam agradá-los” – Ernane Chaves Sousa
Ernane começou menino, ajudando
loja e saber se algum produto está em
um de seus irmãos que tinha um mer-
falta, para rapidamente providenciá-lo e,
que hoje já responde por 40% do fatu-
cado de pequeno porte. “Cuidava de
desta forma, fidelizar o cliente. “Essa pro-
ramento, com um mix variado de pro-
tudo um pouco: organização de prate-
ximidade ajuda na relação de confiança
dutos, entre os quais se destacam sabo-
leiras, controle de estoque, reposição
entre cliente e fornecedor”, alerta.
netes, desodorantes, xampus, cremes,
de produtos e até da limpeza”, lem-
Atualmente, Ernane conta a ajuda
etc. “Não conseguimos falar o que vende
bra. Foi então que, juntando todas as
da esposa e de mais três funcionários
mais, porque quando falamos em higiene
economias, abriu seu próprio negó-
que trabalham no mercado. Com dois
e perfumaria, tudo se vende e a rotativi-
cio, aos 23 anos, há cerca de 11 anos.
checkouts, a loja não possui um perfil
dade é bem grande”, lembra o varejista.
Era uma loja bem pequena, de apro-
específico de clientes. “Atendemos desde
A atuação do DEC no mercado do
ximadamente 60 m , no mesmo local
pessoas mais simples às mais conhecidas
Ernane é estratégica para manter a qua-
da atual. “Conquistamos ao longo dos
ou influentes da cidade, além de turis-
lidade e sortimento de produtos, uma
anos a confiança dos clientes e isso foi
tas romeiros que vêm para a tradicio-
vez que as visitas semanais do consultor
fundamental para o nosso crescimento”,
nal Festa de São Francisco das Chagas,
Naelio Cavalcante, com orientações sobre
explica Sousa, que foi quebrando algu-
um dos mais antigos eventos religiosos
promoções para produtos de baixo giro,
mas paredes e construindo outras tantas
do Brasil, que acontece entre o final de
produtos novos e readequações necessá-
até chegar ao tamanho atual da loja. “Já
setembro e começo de outubro, contri-
rias no ponto de venda, ajudam o dono
tínhamos um bom terreno, apesar da
buindo para aumentar o fluxo de clien-
da loja a fazer ações pontuais e assertivas
loja ser pequena quando começamos;
tes na loja”, aponta.
que refletem diretamente em seu fatu-
2
o que fizemos foi ir crescendo conforme nosso público também crescia”, diz.
Parceria de sucesso
ramento. “Contar com o apoio do DEC organizando a seção de higiene e perfu-
Hoje, a loja possui 150 m2 e conta
Desde a ampliação inicial, reestrutura-
maria da loja não a torna apenas bonita e
ainda com uma área de 160 m na parte
ção de loja, projetos de gerenciamento
sim, mais funcional e atraente para o con-
de cima, onde fica o estoque. O esta-
por categorias e layoutização da loja em
sumidor e isto se reflete diretamente em
cionamento utilizado pelos clientes fica
seu atual tamanho, Ernane contou com a
nosso faturamento”, finaliza.
a 20 metros da loja, e é uma opção prá-
ajuda do consultor do DEC DAG, Naelio
tica aos que optam por ele ao invés de
Cavalcante, e do Gerente de Área (GA),
deixar seus carros na rua, em frente ao
Antônio Wesley da Silva Duarte.
2
estabelecimento, também muito comum graças à tranquilidade da cidade.
O processo de parceria entre Ernane e DEC DAG refletiu no aumento das
Ao longo dos seus 11 anos de ativi-
vendas da seção de Higiene Pessoal,
dade, a loja passou por duas reformas até
Perfumaria e Cosméticos (HPC) na loja,
Contato: Mercado do Ernane R. Paulino Barroso, 1.959 Centro, Canindé, CE Tel.: (85) 9644-7141
• 35
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ESPAÇO PUBLICITÁRIO
SUMÁRIO
ESPECIAL CABELOS E PELE Perfil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 CABELOS
Panorama . . . . . . . . . . . Xampu . . . . . . . . . . . . . . Condicionador. . . . . . . . Coloração . . . . . . . . . . . . Tratamento . . . . . . . . . . Anticaspa . . . . . . . . . . . Exposição . . . . . . . . . . .
42 45 46 48 52 53 54
PELE
Panorama . . . . . . . . . . . Hidratante . . . . . . . . . . . Sabonetes . . . . . . . . . . . Desodorantes. . . . . . . . Fragrância . . . . . . . . . . . Protetor solar . . . . . . . . Fotos Shutterstock
sumário.indd 37
56 58 60 62 64 66 • 37
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PERFIL
MULHERES E A PAIXÃO
POR HPC
Como se comporta o público feminino quando a questão é beleza? Conhecer suas preferências e hábitos faz toda a diferença no sucesso de sua loja
N
ão se pode falar sobre consumo
um país de mulheres. Desde os anos de
participação delas saltou de 50,1% para
de higiene, perfumaria e cosmé-
1960, existe uma tendência consistente no
51,3% da população, segundo dados de
ticos sem se referir às mulheres.
aumento das mulheres no total da popu-
um estudo do Instituto Brasileiro de Opi-
O Brasil será, cada vez mais,
lação brasileira. Nos últimos 50 anos, a
nião Pública e Estatística (Ibope).
3 8 • S E T/O U T 2014
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Foto Shutterstock
9/5/14 4:05 PM
É INTERESSANTE NOTAR QUE HÁ DIFERENTES PERFIS ENTRE AS CONSUMIDORAS Buscam praticidade e conveniência, optam pelas formas 16
mais simples e costumam manter o mesmo compor20
tamento e escolhas.
Buscam melhores preços, promoções, formas e con64
dições de pagamento, seguem recomendações de amigos e propagandas.
Práticas Negociantes Exigentes
Buscam variedade de opções e produtos específicos, estão antenadas nos lançamentos e prezam por bom atendimento.
As mulheres hoje vivem mais, estu-
indispensável o batom. Depois apa-
Por outro lado, quem não adere ao
dam mais, empreendem mais, são
recem escova de dentes (70%), creme
e-commerce para esse tipo de aquisi-
mais ativas e ganham cada vez mais
para as mãos (57%), filtro solar (43%),
ção apontou como principais fatores
espaço no mercado de trabalho, inclu-
lápis de olhos (40%), escova de cabelo
o fato de gostar de ver o produto
sive nos cargos de chefia. Exatamente
(39%) e rímel (36%).
(71%) e a demora na entrega (19%).
por isso é que elas representam mais
E se dependerem da paz de espí-
uma excelente oportunidade nas ven-
Gastos e fonte de informação
rito das mulheres com sua aparência,
das de Higiene Pessoal, Perfumaria e
No escopo de pesquisa da Sophia
os varejistas que vendem esse tipo
Cosméticos (HPPC).
Mind, a maioria das mulheres investe
de produto podem ficar tranquilos.
Analisando os hábitos de consumo
entre R$ 51 e R$ 100 em beleza;
Nada menos que 54% delas disseram
das entrevistadas, os pesquisadores
23%, entre R$ 20 e R$ 50; e 14%
não estar satisfeitas com seu corpo
apontam que 91% usam perfume no
gastam de R$ 101 a R$ 150. E na
– 55% por estarem acima do peso
dia a dia, 89% citaram xampus e cre-
hora de se informar pela internet,
e 36% por terem celulite. Mais da
mes de tratamento dos cabelos, 85%
58% buscam tutoriais sobre cabe-
metade das brasileiras está descon-
se dedicam à maquiagem e à hidra-
los e 38% afirmaram usar a rede
tente com o próprio corpo.
tação do corpo e 72% lançam mão
para buscar novidades em cosmé-
Já para Stella Kochen Susskind, que
dos protetores solares.
ticos. As que optam pelas compras
preside a Shopper Experience, empresa
E quando a pesquisa se restringe
on-line listam como razões para isto
de pesquisa, embora o emocional seja
ao que as mulheres carregam na
a facilidade (74%), o preço (66%)
extremamente relevante no consumo
bolsa, 80% apontaram como item
e as formas de pagamento (38%).
feminino, o elemento determinante é • 39
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04/09/14 19:21
PERFIL
SEGMENTAÇÃO 25 22 27
16%14%13% 17%
18 12
27 28
37
22 23
26
AS PREFERÊNCIAS FEMININAS EM HPC
39%
33
Porto Alegre
Rio de Janeiro
Recife
São Paulo
40
37
38
24
25
22
25 12
25 13
20 20
IDADE
89%
46%
83%
46% 73%
76%
produtos para cabelos
cremes anti-idade
hidratantes
cremes antiacne
maquiagens
bronzeadores
protetores solares
anticelulite
limpeza de pele
outros
esfoliantes
46 a 60 36 a 45 25 a 35
a presença dos quatro “Ps” – paquera,
para o sucesso do negócio entender
18 a 24
pesquisa, pechincha e prazer. A paquera
quais são os elementos que compõem
é aquele espaço em que a sedução
o que as mulheres associam a um
que o produto exerce sobre a mulher
bom atendimento. É nesse contexto
envolve elementos, como apresenta-
que entra um quinto P – o pré-aten-
ção da loja, abordagem de venda e
dimento”, afirma Stella.
41
64
62
59
Exigentes
Negociantes
38
Práticas
37
CLASSE SOCIAL
CD
AB
Fonte: Nielsen / Consumer Research - Beauty Fair
adrenalina da novidade.
As mulheres que participaram da
Na pesquisa, a mulher se certi-
pesquisa da Shopper Experience não
fica do custo-benefício do produto;
economizaram elogios ao pré-atendi-
questiona se a paquera tem poten-
mento, ou seja, aos vendedores que
cial para se tornar “algo mais”. A
se apresentam com cortesia, colo-
pechincha é o momento em que põe
cando-se à disposição para ajudar. A
em xeque o “valor”, a qualidade de
partir dessa apresentação simples e
uma relação embrionária. No prazer,
eficaz, esse profissional cede espaço
a conclusão de um ritual sedutor que
para a “paquera”, para aquele pri-
envolve emoções complexas e extre-
meiro “P” que desencadeará todo
mamente femininas.
o encantamento que envolve uma
Embora o emocional esteja presente
experiência de compra perfeita; uma
em cada um dos “Ps”, há muito do
experiência que envolve conquista,
racional em cada etapa. “É essencial
prazer, alegria, surpresa.
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ESPAÇO PUBLICITÁRIO
PANORAMA
CABELOS
ELES ESTÃO
A
NO TOPO Produtos para cabelos lideram o ranking de vendas de HPC no Brasil venda de produtos de
lugar no mundo desde 2010, conforme
De acordo com uma pesquisa da
Higiene Pessoal, Per-
dados da Euromonitor.
Unilever e do Instituto Brasileiro de
fumaria e Cosméticos
O destaque dos cuidados dos cabe-
Opinião Pública e Estatística (Ibope),
(HPC) no País somou
los fica por conta das subcategorias
nove em cada dez mulheres dizem
US$ 43 bilhões, sendo
condicionador e coloração, que tam-
que se sentem mais confiantes se os
que destes, US$ 8.9
bém despontam no topo do ranking
cabelos estão em ordem. Das mulhe-
bilhões é o valor registrado na venda
global. E não por acaso! Cabelos boni-
res entrevistadas, 74% disseram que
de produtos para cabelos, que lidera o
tos interferem diretamente na autoes-
um cabelo bonito e bem tratado eleva
ranking no Brasil e ocupa o segundo
tima e confiança da mulher brasileira.
a autoestima e 37% revelaram que
4 2 • S E T/O U T 2014
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PANORAMA
CABELOS
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistíca (IBGE), o homem Brasileiro gasta mais de R$ 80 milhões por ano com beleza
de uma pesquisa realizada pela P&G, demonstraram uma predominância
Os supermercados e os
do cacheado (36%), o que justifica a
hipermercados são os canais de
busca por produtos voltados a esti-
vendas mais procurados e ambos
lização e tratamento dos fios, como
somam aproximadamente 55%
creme para pentear e leave-in (creme
de tudo o que é vendido para
sem enxágue utilizado nos cabelos,
os cabelos nestes pontos, sendo
logo após a lavagem, que protege os
que apenas 5% das mulheres
fios). Os números também apontam
compram produtos para cabelos
que 35% dos cabelos pesquisados são
na venda direta ou em catálogo.
quando o cabelo não está “bom”, não
secos, 25% normais, 22% oleosos e
Fonte: Mintel
têm vontade de sair de casa.
17% mistos.
Por isso, cerca de 17% de todo o
No País da escova progressiva, a per-
das consumidoras afirmaram que usam
consumo do mundo de colorações está
cepção do nível do dano ocasionado
o produto durante o verão enquanto
no Brasil e a cada quatro dos pós-xam-
aos cabelos ainda varia: 28% consi-
estão na praia ou piscina.
pus vendidos no mundo, um é no País.
deram que o seu cabelo não é dani-
Sobre tratamentos químicos, 58%
Os pós-xampus também representam
ficado; 41% afirmaram que o cabelo
afirmaram que já realizaram algum
40% de tudo o que é utilizado para os
é levemente danificado; 19%, mode-
processo de alisamento pelo menos
cabelos no Brasil, seguido de coloração
radamente danificado; e 12%, muito
uma vez na vida. Com relação à colo-
com 26% e xampu com 24%.
danificado. Entre os agentes causadores
ração, entre as mulheres que realizam
Outra tendência nos cuidados dos
dos danos, as entrevistadas citaram os
algum desses procedimentos, 80%
cabelos, de acordo com a Kantar, é a
tratamentos químicos, pentear e esco-
usam coloração permanente e a fre-
mulher brasileira desejar “o salão de
var os cabelos e os acessórios de cabe-
quência com que realizam a coloração
cabeleireiro em casa”. Prova disso, é
los. Em contrapartida, os benefícios que
é entre 4 semanas a 3 meses.
o crescimento das marcas com apelo
elas mais desejam são hidratação 17%,
“salão”. Sempre levando em conta a
força 11% e reparação 8%.
Beleza Masculina
imensa diversidade de tipos de cabe-
O secador é item mais comum do
Além disso, é importante destacar
los da brasileira que, segundo dados
que a chapinha no cuidado com os
que, de acordo com a Nielsen, 37% da
cabelos e o leave-in é muito utilizado
categoria de higiene e beleza é consu-
entre as consumidoras adeptas do ele-
mida pelo público masculino. Os dados
trodoméstico. O produto desponta
do Painel de Consumidores revelam que
como prioridade na lista de compras
produtos versáteis e compatíveis com a
em 51% das paulistanas entrevistadas,
vida agitada são cada vez mais requi-
sendo que 54% delas utilizam o leave-
sitados, pois esse público não gasta
-in de 2 a 4 vezes por semana. A prin-
dinheiro se o benefício não for perce-
cipal razão para o seu uso é a estili-
bido, nem costuma testar produtos.
zação, e normalmente é utilizado nos
Nas categorias de produtos que foram
cabelos ainda úmidos. O item também
avaliadas para o estudo, entre as mais
foi apontado como um importante
procuradas por esse público estão: tin-
integrante das bolsas de praia, 76%
turas, condicionadores e xampus.
Você sabia que, em 2013, de 41 mercados pesquisados, o de Higiene e Beleza Capilar ficou entre os dez maiores investidores em publicidade na TV aberta? Foram mais de R$ 2 bilhões investidos. Fonte: Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)
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Xampu
CATEGORIA CABELOS
A categoria de xampu, de acordo com dados da Nielsen, representa 10,9% do faturamento da cesta de Higiene e Beleza. Apresentando uma penetração de 94% dos lares, o que representa 44 milhões de domicílios.
Árvore de decisão
Esses domicílios compram a categoria a cada 54 dias. Como esse ciclo
MARCA
de compra ficou mais lento, mostra que as embalagens maiores ganharam importância. Com isso, o desembolso por ato de compra ficou maior,
BENEFÍCIO
porém o gasto anual permaneceu o mesmo. Atinge principalmente o nível socioeconômico alto, com donas de casa de 31 a 50 anos e lares de 3 a 4
PREÇO
componentes, sem a presença de crianças.
VENDAS EM VOLUME (MILHÕES/LITROS)
117,4
41,4
7,6
38,4
0,2
Variação (%) 2014 vs. 2013
Fonte: Nielsen
$ $ VENDAS EM VALOR (R$/MILHÕES)
2012
2.593,6
Variação (%) 2013 vs. 2012
Variação (%) 2014 vs. 2013
2013
2.843,1
Fonte: Nielsen
2013 – até abril
913,3
2014 – até abril
9,6
13,7
1.038,0
38% A cada 15 dias
117,7
Variação (%) 2013 vs. 2012
HÁBITO DE COMPRA
2014 – até abril
8% A cada dois ou três meses
2013 – até abril
2013
75% Uma vez ao mês
2012
O produto mais consumido no Brasil é o xampu com 10,9% da cesta de HPC • 45
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CATEGORIA CABELOS
CONDICIONADOR
DE ACORDO com a pesquisa da P&G e do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em relação ao uso do condicionador, 51% das
Árvore de decisão
consumidoras dizem buscar maciez. Apesar de ser item primordial na rotina de cuidados, o condicionador ainda enfrenta algumas barreiras, como:
MARCA
medo de deixar o cabelo muito oleoso (33%) e restrição em razão do tipo de cabelo da consumidora (28%). Já a Associação Brasileira da Indústria de
BENEFÍCIO
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) destaca que os condicionadores vêm se beneficiando, cada vez mais, da tendência de nutrir
PREÇO
e tratar os cabelos em casa, prolongando as ações realizadas por cabeleireiros nos salões de beleza.
A categoria de condicionadores representa 7,6% para o faturamento da cesta de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC)
VENDAS EM VOLUME (MILHÕES/LITROS) 2012
2013
2013 – até abril
2014 – até abril 46,2
144,3 138,1
-4,3
Variação (%) 2013 vs. 2012
47,4
Variação (%) 2014 vs. 2013
-2,4
HÁBITO DE COMPRA
$ $ 3.308,2 2013
3.468,2
FFonte: onte: Nielsen
Variação (%) Variação (%) 2014 vs. 2013 2013 vs. 2012
4,8
5,2
2013 – até abril
1.163,0
2014 – até abril
1.223,3
38% A cada 15 dias
2012
75% Uma vez ao mês
VENDAS EM VALOR (R$/MILHÕES)
8% A cada dois ou três meses
Fonte: Nielsen
Fontes: Elseve/L’Oréal – pesquisa feita com 505 mulheres
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COLORAÇÃO
CATEGORIA CABELOS
A categoria de tinturas, segundo pesquisas da Nielsen, representa 5,1% para o faturamento da cesta de Higiene e Beleza e atinge 26 milhões de lares, com uma penetração de 57%. As tinturas geralmente são compradas a cada quatro semanas, podendo variar em até 90 dias. O nível socieconômico mais envolvido é o alto, em domicílios de até 2 componentes, com donas de casa de mais de 50 anos em lares sem crianças. De acordo com a diretora de Marketing da Biocolor, Daniela Brilha, a coloração é uma das categorias que apresentam um dos maio-
Árvore de decisão FUNCIONALIDADE (PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE)
res crescimento. E assim, como nos anos anteriores, continua crescendo em ritmo
MARCAS
contínuo, ainda que moderadamente. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e
COR
Cosméticos (Abihpec) apontam 9,3% de crescimento em 2013. E destaca que as estações do ano não são determinantes para a escolha da cor. “É possível observar uma tendência para tons mais claros no verão, tais como: louros e ruivos mais abertos e castanhos e tons mais fechados no inverno. Um tom que independe de estação é o preto: esta nuance permanece com a mesma demanda durante todo o ano”, revela a diretora. Segundo uma pesquisa encomendada em junho deste ano pela Koleston do Instituto QualiBest, as mulheres mais jovens colorem os cabelos para mudar o visual (82%) e as mais velhas para cobrir fios brancos (78%).
VENDAS 2012
2013
Variação (%) 2013 vs. 2012
2013 – até abril
2014 – até abril
Variação (%) entre 2014 vs. 2013
VOLUME (Milhões/litros)
170,37
177,03
3,9
59,59
58,53
-1,8
VALOR (R$/ milhões)
1.876,02
2.050,20
9,3
682,40
691,77
1,4
Fonte: Nielsen
SAZONALIDADE As estações do ano não são determinantes para a escolha da cor, mas é possível observar uma tendência para tons mais claros no verão, tais como: louros e ruivos mais abertos e castanhos e tons mais fechados no inverno. Um tom que independe de estação é o preto: esta nuance permanece com a mesma demanda durante todo o ano. Como característica do mercado, tons mais escuros possuem melhor desempenho no varejo, por terem menos complexidade e maior facilidade de aplicação em casa.
Fonte: Biocolor
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CATEGORIA CABELOS
COLORAÇÃO
Organização da gôndola Priorize as nuances naturais durante a exposição e, na sequência, as nuances de reflexo. As colorações devem ser expostas com produtos de cuidados com os cabelos, como xampus, condicionadores e outros. Os itens devem ser organizados por
56 25
DIVISÃO DO MERCADO POR VERSÕES
%
10% single
das mulheres têm cabelos totalmente coloridos
%
têm luzes ou mechas
30% minikit
Fonte: Instituto QualiBest
subcategorias (colorações permanentes, tonalizantes, em pó, rejuvenescedores, etc.); seguidos por marcas e nuances, ajudam a consumidora a encontrar o produto desejado. Exponha na gôndola
A categoria de coloração representa 5,1% para o faturamento da cesta de HPC
sempre uma embalagem de cada nuance, facilitando a identificação da gama de nuances disponível. Invista na variedade, ainda que isto implique em dispor de um número menor de marcas, porém destas, com
Cores preferidas
60% kit
Tons castanhos Marrons Acinzentados
várias opções de nuances. Aposte na exposição casada: packs de coloração e ampolas com categoria de cuidados com os cabelos.
Em média, a cada 10 mulheres brasileiras, 8 colorem os cabelos em casa
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CATEGORIA CABELOS
TRATAMENTO
Quarenta e cinco por cento das mulheres usam máscaras de tratamento como parte
OS PRINCIPAIS ATRIBUTOS NA AMÉRICA LATINA
de sua rotina de cuidado com os cabelos. As máscaras são geralmente usadas uma vez por semana. Prevenção (40%) e reparação dos cabelos danificados (33%) são os principais motivos pelos quais as consumidoras brasileiras utilizam as máscaras de tratamento. E não por acaso. A L’Oréal esclarece que a mulher brasileira é conhecida mundialmente por realizar uma grande quantidade de procedimentos que danificam o cabelo. De acordo com uma pesquisa realizada pela própria empresa, 39% das brasileiras fazem escova no cabelo, 46% optam pelo relaxamento e 40% fazem escova
mulados mais extremos e persistentes. E com toda a sua vaidade, a mulher brasileira procura formas de sempre manter os cabelos bonitos e saudáveis. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) – Principais atributos
17% Brilho
poluição), os fios ficam com danos acu-
19% Vitaminas/mineral
prejudicam a saúde dos cabelos (vento,
28% Cabelos Danificados
por exemplo), e a fatores externos que
55% Botânico/Herbal
mentos a outros anteriores (coloração,
46% Maciez/Hidratação
com química. Ao somar esses procedi-
CRESCIMENTO DO MERCADO DE TRATAMENTO 76% de crescimento (média anual de 19%)
2009 Fonte: Abihpec
2013
Produtos para tratamento representavam 23% de participação de mercado em 2009 e, em 2013, passou a 37%
(Mi
V
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Fonte ecp_tratamento_38_8_1pag.indd 52
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CATEGORIA CABELOS
De acordo com a Head&Shoulders da P&G, com sintomas como coceira, que varia de moderada a intensa, e uma poeirinha branca que teima em cair na roupa, cau-
ANTICASPA
COMPORTAMENTO
sando constrangimento, a dermatite seborreica – ou caspa, como é mais conhecida – é um mal que afeta 50% da população mundial. De acordo com a Unilever, o mercado de anticaspa, segmento de maior valor agregado, vem crescendo significativamente e a gôndola deve refletir esta evolução e reduzir rupturas. “Os cientistas e pesquisadores da Unilever estudaram profundamente o couro cabeludo de homens e mulheres nos últimos 15 anos até chegarem à nova tecnologia exclusiva”, explica a gerente de marketing de CLEAR, Luciana Pereira. Considerando esse cenário, é recomendável expor a marcas líderes nesse mercado agrupadas na vertical. Já a gerente de Head&Shoulders, Silvia Andrade, pontua o potencial da categoria, explicando que os xampus anticaspa cresceram 20% em faturamento.
DICAS DE EXPOSIÇÃO
O xampu anticaspa dá maior participação e um melhor posicionamento à categoria, contribuindo para um maior faturamento e rentabilidade da loja
• O xampu anticaspa deve ser exposto sempre ao lado do condicionador. • Deve ocupar, no mínimo, 10% do espaço da gôndola de cuidados com o cabelo.
NORMAL VS. ANTICASPA 10% Anticaspa
11% Anticaspa
10% Anticaspa
2010
2011
2012
90% Normal
89% Normal
90% Normal
• Os homens estão ligeiramente mais propensos à caspa do que as mulheres por terem uma produção maior de sebo no couro cabeludo. • Utilizado em média de duas a três vezes na semana, o xampu anticaspa tem sua frequência variável, de acordo com a necessidade individual. • Mulheres que dormem com o cabelo molhado ou amarrado e úmido tendem a agravar a caspa, pois a umidade aumenta a proliferação dos fungos e, consequentemente, da dermatite seborreica.
Em média, 40% dos brasileiros apresentam problemas no couro cabeludo, entre eles, a caspa, mas apenas12% utilizam produtos específicos para tratar problemas no couro cabeludo Fonte: P&G, Unilever, SBD, Nielsen
Como age o xampu anticaspa Reduz a coceira. Fortalece os fios.
Fonte: Nielsen – Dados Volume
Trata e refresca o couro cabeludo. • 53
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CABELOS
EXPOSIÇÃO
TODOS OS HOLOFOTES PARA
O PONTO DE VENDA Exposição adequada de produtos no ponto de venda facilita a busca do shopper e contribui para o aumento nas vendas
Q
uando se pensa em
a lucratividade, esclarece a ECR
Entretanto, antes de se pensar nas
uma loja como negócio
Brasil, no material Como definir
estratégias de espaço das gôndolas,
gerador de resultados,
sortimento e o uso do espaço na
é necessário entender o perfil do con-
é preciso dar prefe-
gôndola. Exatamente por isso que,
sumidor brasileiro e seus impactos na
rência na gôndola aos
quando se fala de higiene e beleza,
hora da compra. Um bom exemplo é
produtos de melhor
os produtos para cabelo se desta-
compreender que, de acordo com a
giro e de boas mar-
cam, pois representam boa parte
Nielsen, em pesquisa apresentada em
gens, potencializando
do faturamento das lojas varejistas.
junho deste ano, o número de lares
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Foto Shutterstock
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Quais produtos você costuma comprar?
FEM. %
Para o cabelo
96
81
Sabonete
91
90
Maquiagem
91
9
Perfume
86
91
MASC. % Produto que não é visto não é comprado. A exposição benfeita estimula a compra por impulso
Fonte: Hibou – Monitoramento de Mercado e Consumo
com adultos que moram sozinhos
As recomendações gerais para
preço, e ficar perguntando o preço
dobrou e já representa 2,7 milhões.
aplicação do modelo de exposição
de tudo deixa o consumidor cons-
E como consequência, o número de
consistem em, primeiramente, iden-
trangido”, fala o especialista.
lares com crianças teve uma redu-
tificar o sentido do corredor no ponto
Já para o professor, palestrante
ção de 20%, mas ainda representam
de venda (PDV), depois blocar as mar-
e autor do livro Promoção e Mer-
61% dos lares brasileiros. Além disso,
cas por subcategorias, na vertical,
chandising Eficientes para Pequenas
38% dos consumidores buscam um
iniciando-se em anticaspa, seguido
Empresas, Júlio César Santos, uma
canal que lhes ofereça preço ou pro-
pelos 2x1, top (alta performance),
exposição estratégica pode trazer
moções; 19%, custo-benefício; e
salon (produtos de varejo com apelo
muitas vantagens ao varejista, como
13%, variedade.
profissional), premium (qualidade
o aumento de vendas, uma vez que
superior), intermediário (custo-benefí-
a exposição benfeita estimula a
cio), básico (uso familiar/preço).
compra por impulso; automatica-
Ao chegar ao PDV, o consumidor já possui um grupo de marcas com intenção de compra e vai procurar as opções que ofereçam o melhor custo-benefício. Por essa razão, é importante investir no mix de produto, tendo o produto certo, na quantidade certa
Dentro dessas subcategorias,
mente; os consumidores tendem a
blocar por marca e, dentro desta,
comprar mais, aumentando assim o
iniciar pelos cremes de tratamento,
tíquete médio de compras na loja.
de pentear, condicionador e os xam-
A loja que expõe seus produtos de
pus, que são geradores de tráfego.
forma ordenada, limpos e atraentes
É nessa tendência que o especia-
chama mais atenção dos seus consu-
lista em marketing e merchandising,
midores e, consequentemente, cria
Silvio Freire, reforça a frase de que
a fidelidade de compras. Quem ela-
“produto que não é visto não é
bora uma exposição bem colocada
comprado” e pontua que os pro-
e visível também atrai novos consu-
dutos para cabelo, por exemplo,
midores para a loja, além de tê-la
devem ser expostos todos juntos,
recomendada pelos seus consumi-
o que chama de departamentaliza-
dores fiéis, e aumenta o lucro dos
ção. Além disso, devem-se marcar
produtos, uma vez que a exposição
os preços dos produtos nas pra-
aumenta a venda e a venda aumenta
teleiras. “Todos nós temos medo
o giro dos produtos, logo o varejista
de comprar produtos sem saber o
aumenta sua rentabilidade. • 55
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PELE
PANORAMA
SENSIBILIDADE AO TOQUE
C
Brasil se destaca no consumo de produtos para pele om o terceiro maior
vida, o consumo masculino e a maior
Além disso, é importante destacar
mercado consumidor
procura por produtos de limpeza e hidra-
que, de acordo com a Nielsen, 37% da
de itens de Higiene
tação, ambos com preço mais acessível.
categoria de higiene e beleza é consu-
Pessoal, Perfumaria e
Ainda de acordo com a Associação, no
mida pelo público masculino. Os dados
Cosméticos, atrás ape-
Brasil, os produtos faciais representam
do Painel de Consumidores revelam que
nas dos Estados Unidos
39% do consumo e os corporais, 57%.
produtos versáteis e compatíveis com a
e da China, o setor no
O segmento de hidratante, por exemplo,
vida agitada são cada vez mais requi-
Brasil cresce a cada ano
é o mais popular, já que 49% das pessoas
sitados, pois esse público não gasta
devido às suas características inovado-
o utilizam com mais frequência, depois
dinheiro se o benefício não for perce-
ras no lançamento de produtos mais
os multifuncionais com 38% e os de lim-
bido, nem costuma testar produtos.
específicos para cada tipo de pele,
peza para o rosto com 36%.
Nas categorias de produtos que foram
cabelo, idade e sexo, como aponta a
Para o presidente da Abihpec, João
avaliadas para o estudo, entre as mais
Associação Brasileira da Indústria de
Carlos Basilio, esse crescimento tam-
procuradas por esse público estão: tin-
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmé-
bém se dá pela acirrada concorrência
turas, condicionadores e xampus.
ticos (Abihpec).
no mercado de trabalho. “O que pesa
Uma das apostas para conquistar
A categoria de produtos para pele acu-
no momento da escolha para preenchi-
novos compradores é oferecer ativos
mula um crescimento da ordem de 39%
mento de uma posição, especialmente
inovadores que, em pouco tempo, apre-
de 2009 a 2013, sendo sua média anual
no desempate, são os cuidados que
sentam bom resultado e que facilitam
de 9,7%. Tal crescimento está relacio-
a pessoa tem com a aparência. Cui-
o dia a dia, como os cremes anti-idade,
nado a diversos fatores, entre os quais se
dar de si mesmo é fundamental para
e os produtos que trazem diversos
destacam: o maior consumo das jovens
continuar inserido no mercado de tra-
benefícios em apenas um, como os
brasileiras, o aumento da expectativa de
balho”, afirma o executivo.
multifuncionais, especialmente os que
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Foto Shutterstock
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Evolução do mercado de pele (R$/Milhões) Corpo
Face
Mãos e Pés
Total
Em 2012
4.741
3.918
288
8.947
Perspectiva em 2017
9.082
6.122
525
15.729
% de crescimento
92%
56%
82%
76%*
* sendo a média anual de 15%
Fonte: Euromonitor
contêm fator de protetor solar, um item decisivo na conquista da consumidora brasileira.
Classes
Regiões
Conforme dados da Mintel, apenas 15% da população utiliza produtos anti-idade, no entanto, eles estão ganhando espaço no mercado. Mulheres de 55
34,4 % AeB
34,3 %
Norte e Nordeste
20 %
Maior importância em valor
Maior representatividade da categoria
Leste e Int. RJ
já existe uma penetração nas jovens de as classes A e AB são as maiores usuárias de cremes anti-idade. A maior aceitação de itens de beleza, saúde e bem-estar pela população masculina também tem impulsionado o crescimento do setor. No quesito pro-
68 %
entre 16 e 44
anos ou mais usam esses produtos, mas 16 a 24 anos. Segundo levantamento,
Idade
Entre as usuárias que mais consomem maquiagem
Fonte: Kantar Worldpanel
dutos para pele, 57% são usuários de itens de cuidados com a pele do rosto,
O rosto tem supremacia na catego-
categorias de HPC, tendo alcançado
36%, de hidratantes, 26%, multifuncio-
ria de cuidados com a pele. Quase dois
um valor de vendas próximo a U$107
nais e 1%, demaquilantes. Na hora do
terços (63%) das pessoas dizem usar
bilhões. No Brasil, as empresas têm
banho, 30% usam produtos para o rosto
mais de um produto para o rosto, mas
investido na criação de produtos
(excluindo sabonete) e 22% aproveitam
poucas seguem uma rotina de cuidados
inovadores para que a categoria
o mesmo creme do corpo para o rosto.
com a pele: 12% seguem três passos
avance ainda mais e se aproxime do
De olho nesse mercado que não
simples (limpeza, tonificação e hidrata-
bolso das classes sociais de menor
para de crescer, a indústria de Higiene
ção) e 6% têm e usam diversos cremes
poder aquisitivo.
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC)
para o rosto com funções específicas
A internet, por meio de blogs e
está lançando itens voltados ao público
(anti-idade, limpeza e hidratação). Esses
mídias sociais, também é uma exce-
masculino. Antigamente, os produtos
números refletem a necessidade da
lente aliada como ferramenta de
se restringiam a espuma de barbear,
indústria produzir mais produtos espe-
divulgação para educar a população
pós-barba e xampu anticaspa. Hoje, há
cíficos e não mais os genéricos.
brasileira, especialmente os jovens,
sabonetes, perfumes, xampus, condicionadores e cremes só para homens.
Globalmente, a categoria de cuidados com a pele é a líder das
R d
sobre as vantagens e benefícios com o consumo de produtos para pele. • 57
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CATEGORIA PELE
HIDRATANTES
A preferência por cremes hidratantes vem crescendo entre as opções das brasileiras. A empresa de pesquisa Mintel demonstrou que 59% das pessoas optaram por comprar hidratantes em 2008 e, três anos depois, este percentual chegou a 77%. No Caderno de Tendências 2014/2015 da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
Ressaltando que hidratantes podem se diferenciar entre corpo, rosto, mãos e pés
(Abihpec), a recomendação para um bom desempenho dessa categoria é divulgar com panfletos ou cartazes os benefícios de se hidratar a pele, encorajando o consumidor a utilizar diariamente, além de oferecer produtos “multipacks”, ou seja, em tamanhos diferentes ou kits com benefícios
% TOTAL BRASIL Tradicionais
diversos. Disponibilizar produtos com embalagens de presente também incentiva o cliente a dar esse tipo de produto aos amigos e familiares.
17
VENDAS EM VOLUME (MILHÕES/LITROS) 2012
2013
4,4
Variação (%) 2013 vs. 2012
-3,5
11
Variação (%) 2014 vs. 2013
3,8
12
12
12
11
11
Autosserviços 10-19+ CK 4
2013 – até abril 2014 – até abril
2013 909,5
4
39
40
40
275,0
890,6
Variação (%) 2013 vs. 2012
3
Autosserviços 5-9+ CK
VENDAS EM VALOR (R$/MILHÕES)
Fonte: Nielsen
10
Autosserviços 20-49+ CK 12
Fonte: Nielsen
2012
10
Autosserviços 50+ CK
4,2
14,3
17
Farmácias
2013 – até abril 2014 – até abril
13,8
18
324,6
2,1
Variação (%) 2014 vs. 2013
18
Autosserviços Até 4 CK 5 5 5 2010
2011
2012
Fonte: Nielsen – Volume / Canais
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CATEGORIA PELE
SABONETES
No mercado de sabonetes, o formato em barra ainda é o grande carro-chefe, com 78,5%, enquanto o líquido representa 22,5%. A penetração dessa categoria é de quase 100% e a dica para se aumentar o consumo per capita é diversificar a oferta com produtos de conceitos inovadores e fragrâncias especiais, com identidade na perfumaria fina. A linha antibacteriano já se consolidou, graças aos esforços midiáticos. E a subcategoria sabonete íntimo cresceu em dois anos para 15,7% em volume e 17,3% em faturamento, de acordo com dados da Nielsen. A região do País que mais contribuiu para tal crescimento foi o Nordeste, com São Paulo e Grande São Paulo logo em seguida.
IMPORTÂNCIA DOS CANAIS – 2013 (%) Lojas de presentes 4,34% Atacado de autosserviço 6,39% Farmácia/Drogaria/Perfumaria 2,18% Porta a Porta 4%
1,44% Outros canais
Outros canais 1,54%
7,64% Lojas de presentes 5,13% Atacado de autosserviço 3,5% Farmácia/Drogaria/Perfumaria 10,61% Porta a Porta
Varejo Tradicional 21,49%
18,87% Varejo Tradicional
Outros Autosserviços 54,46%
47,46% Outros Autosserviços
5 Maiores Redes 6% Fonte: Kantar Worldpanel
5% 5 Maiores Redes
Volume
Valor VENDAS
2012
2013
Variação (%) 2013 vs. 2012
2013 – até abril
2014 – até abril
Variação (%) entre 2014 vs. 2013
VOLUME (Milhões/litros)
198,9
205,2
3,2
67,0
69,7
4,1
VALOR (R$/ milhões)
2.998,03
3.260,25
8,7
1.072,72
1.133,03
5,6
Fonte: Nielsen 6 0 • S E T/O U T 2014
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CATEGORIA PELE
Desodorantes
Os desodorantes, também conhecidos como bodysprays, levaram o Brasil ao patamar de líder global em sua utilização, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Com uma participação de destaque no mercado mundial, a categoria possui uma penetração de 95% nos lares e acumulou um crescimento de 75% nos últimos quatro anos, com média anual de 18,8%. Isso porque o clima tropical e a preocupação dos brasileiros com a transpiração potencializam a procura. Além disso, enquanto as tecnologias vão evoluindo, oferecendo produtos com hidratação, redução de pelos e proteção superior contra a transpiração, os preços vão se tornando cada vez mais competitivos, com maior valor agregado.
IMPORTÂNCIA DOS CANAIS – 2013 (%) 6%
5%
6%
3,7%
2% 6%
15%
21%
19%
18%
4% 4,7% 5 maiores redes Atacado de autosserviço Varejo Tradicional Porta a Porta Perfumaria
41%
40%
Farmácia e Drogaria Outros autosserviços
6%
Volume
5%
Valor
Demais canais
$ $ VENDAS EM VALOR (R$/MILHÕES)
2012
3.042,5
Variação (%) 2014 vs. 2013
2013
3.564,9
Fonte: Nielsen
17,2
$ $ 2012
33,6 2013
35,7
2013 – até abril
Fonte: Kantar Worldpanel
Variação (%) 2013 vs. 2012
VENDAS EM VOLUME (MILHÕES/LITROS)
14,3
2013 – até abril
1.175,5
2014 - abril
1.344,1
Variação (%) 2013 vs. 2012
6,2
11,9
Variação (%) 2014 vs. 2013
2014 – até abril
7,1
12,7
Fonte: Nielsen
A categoria de desodorantes acumulou um crescimento de 75% nos últimos quatro anos
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CATEGORIA PELE
FRAGRÂNCIAS
O Brasil já é líder em vendas de fragrâncias per capita do mundo e isto se deve
IMPORTÂNCIA DAS REGIÕES 2013 (%)
a um hábito cultural, principalmente no Norte e Nordeste, potencializado devido ao aumento de renda da população de ambas as regiões. A penetração da categoria é de 89% no País.
População
27
8
Volume
15
9
57
13 6
Valor
46
últimos anos, tanto no quesito lançamento
Sul
Grande SP
Leste+Interior RJ
quanto na qualidade e criatividade. E três
Interior SP
Grande Rj
Norte/Nordeste
8
12
13
9
7 7
15 8
9
7 6 9
8
A perfumaria brasileira evoluiu muito nos
estilos vêm se destacando no gosto das
Centro-Oeste
Fonte: Kantar Worldpanel
mulheres: Florais Frutais – cujas frutas ver-
O QUE MAIS INFLUENCIA NA HORA DA COMPRA
melhas são amplamente aceitas, seguidas das amarelas azedinhas, como o mara-
Além disso, os varejistas devem se aten-
cujá, e aveludadas, como o pêssego –;
tar para as linhas refrescantes, também
Orientais Frutais – como baunilha, amên-
conhecidas como águas. Ainda se reforça a
doas e chocolates –; e Orientais Gustativos
particularidade de a mulher brasileira utilizar,
– que trazem características como a de
em algumas ocasiões, perfumes mascu-
algodão-doce, suspiro e caramelo.
linos por causa das notas amadeiradas.
CRESCIMENTO DO MERCADO DE FRAGRÂNCIAS
• Qualidade • Preço • Disponibilidade • Recomendação • Marca forte • Embalagem
Expectativa de 14,1% até 2017 (média anual)
72% nos últimos 4 anos, em média, 18% ao ano
2017
2013 2013 2012
2011 2010 2009 Fontes: Abihpec e Euromonitor
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Protetor Solar
PROTETOR SOLAR
O verão de 2014
Frasco Tubo Bisnaga Aerossol Frasnaga Cartucho
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
Com vitaminas e minerais Não testado em animal
Sem parabenos
Dermatologicamente testado
Longa duração na pele
Botânico/Herbal
Fácil de aplicar
AUTOBRONZEADOR 68% 59% 50% 39% 27% 26% 20% 19%
Hidratação
De 2009 a 2013, a categoria de protetor solar cresceu 58%. O crescimento médio anual foi de 14,5%
50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0%
Tempo de ação/rapidez na absorção
foi de muito calor em várias regiões do Brasil e para se proteger do sol, valeu de tudo – chapéu, sombrinha e, claro, protetor solar. Uma pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel mostra que essa categoria tem feito parte cada vez mais do dia a dia dos homens. Por serem mais vaidosas, as mulheres ainda se destacam no uso da categoria, com 63%, contra 37% dos homens. Mas a proteção para o rosto é a que mais chama atenção. Apesar de 76% das mulheres serem adeptas ao uso, o consumo masculino desse produto cresceu muito de 2012 para 2013. Os homens com idades de 25 a 34 anos mostraram um crescimento de 123%. Já os homens com idades entre 45 e 55 anos são responsáveis por uma participação de 22% entre os que passaram a se preocupar com a proteção para o corpo todo. Os que têm 65 anos ou mais, registram um crescimento de 19% no consumo desse produto.
Iluminador/brilho na pele
CATEGORIA PELE
Fonte: Mintel 6 6 • S E T/O U T 2014
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FINANCEIRO
VOSSA MAJESTADE,
O PAGAMENTO
Nayara Figueiredo
Cheques, cartões, débito ou crédito, quais são as melhores formas de pagar e receber no pequeno varejo?
O
segmento varejista de
que, no acumulado no primeiro se-
questionamento e até eventuais
pequeno porte é um
mestre de 2014, foram devolvidos
constrangimentos com os proces-
misto de comércio e
7,9 milhões de cheques por insu-
sos de análise de crédito. Por parte
serviços, sendo assim,
ficiência de fundos. Em 2013, es-
do comerciante, reduziu pela ques-
deve oferecer as me-
se número somou 16.801.647 de
tão do risco de fraude, por exem-
lhores condições a seus
um total de 838.178.679 emitidos.
plo”, explica o professor universitá-
consumidores, fato que se estende às
“Por parte do consumidor, o uso
rio e diretor do escritório de con-
formas de pagamento. Sejam nas fa-
do cheque caiu muito, porque é
cilidades de crédito do cartão, a pra-
mais prático e seguro usar o car-
Em contrapartida, se a questão é
zo no cheque ou por meio do débito,
tão. Tendo saldo em conta ou li-
negociar a melhor data para paga-
todas as possibilidades contêm van-
mite, já é possível pagar uma com-
mento, o cheque ainda é a melhor
tagens e desvantagens em seus usos.
pra sem passar por outro tipo de
solução. Além disso, se atrasar o
tabilidade Visão AE, Samuel Lins.
Por outro lado, o varejista também é um pagador, em função das relações comerciais que estabelece com seus fornecedores, logo, cabem a ele
PAGAMENTOS PONTUAIS (*) Mês
Comércio
Indústria
Serviços
Geral
também alguns alertas sobre como
Jan. - 14
95,4%
92,7%
93,4%
94,5%
manejar essas facilidades.
Fev. - 14
95,8%
93,6%
94,1%
95,0%
Nos últimos tempos, os riscos da
Mar. - 14
95,9%
94,1%
94,1%
95,1%
inadimplência causados pelo che-
Abr. - 14
95,9%
94,3%
94,2%
95,1%
que fizeram com que esta modali-
Mai. - 14
95,9%
94,3%
94,1%
95,1%
dade de pagamento fosse se redu-
Jun. - 14
96,0%
94,4%
94,3%
95,3%
zindo cada vez mais. Mesmo assim,
(*) Efetuados à vista ou com no máximo 7 dias de atraso Fonte: Serasa Experian
dados do Serasa Experian mostram 6 8 • S E T/O U T 2014
financeiro_38_12_3.indd 68
Foto Shutterstock
02/09/14 15:17
MOVIMENTAÇÃO DE CARTÃO DE DÉBITO BRASIL – 2013 Comércio Varejista
Transações milhares
Variação % ano anterior
Valor Transacionado R$ milhões
Variação % ano anterior
Tíquete Médio – R$
Variação % ano anterior
Janeiro
48.253
10,1%
4.950
17,0%
102,6
6,3%
Fevereiro
42.094
5,7%
4.118
14,2%
97,8
8,1%
Março
47.128
13,5%
4.714
21,0%
100,0
6,6%
Abril
42.985
12,8%
4.501
24,7%
104,7
10,6%
Maio
48.166
10,0%
5.073
20,0%
105,3
9,0%
Junho
48.512
11,1%
5.256
24,2%
108,4
11,8%
Julho
51.606
13,0%
5.427
22,5%
105,2
8,4%
Agosto
51.677
13,2%
5.369
21,8%
103,9
7,6%
Setembro
46.435
10,0%
5.002
20,5%
107,7
9,5%
Outubro
50.453
17,0%
5.366
25,0%
106,4
6,8%
Novembro
52.951
19,2%
5.824
30,2%
110,0
9,2%
Dezembro
96.206
12,8%
10.277
19,7%
106,8
6,1%
2013
626.468
12,5%
65.876
21,7%
104,9
7,9%
Fonte: ABECS – Indicadores mensais segundo ramo de atividade: cartão de débito – 2013
MOVIMENTAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO BRASIL – 2013 Comércio Varejista
Transações milhares
Variação % ano anterior
Valor Transacionado R$ milhões
Variação % ano anterior
Tíquete Médio – R$
Variação % ano anterior
Janeiro
60.055
7,1%
11.432
13,0%
190,4
5,5%
Fevereiro
55.439
1,7%
9.719
8,1%
175,3
6,3%
Março
63.194
7,2%
11.440
10,2%
181,0
2,8%
Abril
60.387
11,0%
11.691
22,7%
193,6
10,6%
Maio
68.649
4,5%
13.080
12,4%
190,5
7,6%
Junho
65.005
0,0%
12.337
7,5%
189,8
7,5%
Julho
68.526
11,0%
12.979
18,4%
189,4
6,7%
Agosto
68.565
9,8%
13.061
17,2%
190,5
6,8%
Setembro
62.434
9,2%
12.073
16,5%
193,4
6,7%
Outubro
68.652
8,8%
13.339
17,4%
194,3
7,9%
Novembro
70.070
10,3%
14.527
21,3%
207,3
10,0%
Dezembro
107.144
5,0%
14.394
-21,0%
134,3
-24,8%
2013
818.120
7,0%
150.072
10,2%
183,4
4,4%
Fonte: ABECS – Indicadores mensais segundo ramo de atividade: cartão de crédito – 2013
pagamento, nessa modalidade, po-
pode-se sustar o cheque evitando-
de dívidas, quando comparado aos
de-se negociar uma nova data pa-
-se o pagamento indevido.
segmentos de indústria e serviços.
ra quitação sem a incidência de ju-
Em geral, o setor de comércio en-
Segundo o Serasa, os comerciantes
ros. Um benefício do ponto de vis-
tre micro e pequenas empresas – que
se mantiveram na dianteira no decor-
ta do varejista é que se ocorrer al-
contemplam o varejo de menor porte
rer de todo o ano de 2014 no ranking
gum problema com o fornecedor,
– tem se mostrado o melhor pagador
de bom pagador. • 69
financeiro_38_12_3.indd 69
01/09/14 12:40
FINANCEIRO
OS PRÓS E CONTRAS DOS CARTÕES
Cartões A lacuna deixada pelos cheques foi imediatamente sendo substituída pe-
Vantagens do crédito:
los cartões. Para o educador financeiro
• Garantia de recebimento do valor, independente do cliente pagar a ope-
da Dsop Educação Financeira, Edward
radora do cartão de crédito.
Cláudio Jr., no fator segurança, o cré-
• Mais seguro em caso de perda e roubo do cartão, podendo ser cance-
dito e débito são os mais vantajosos.
lado rapidamente.
“O recebimento é certo, mas a des-
• Mais facilidade em parcelar as compras e adequar os pagamentos à pos-
vantagem começa nas taxas. No car-
sibilidade do orçamento.
tão de crédito, o varejista deve espe-
• Concentração do pagamento das contas num determinado dia, ajudando no
rar um determinado prazo para re-
controle e planejamento financeiro.
ceber, e as taxas, que normalmente
• Visualização e controle dos gastos em uma única fatura.
são altas, oneram a operação. Para o
• Possibilidade de acompanhamento diário da fatura, via internet.
cliente, existe a incidência de juros ca-
• Concentrar o pagamento das despesas no cartão de crédito permite o
so a quitação da fatura não seja fei-
acúmulo de pontos e milhagens, que podem ser trocados por produtos e
ta na data correta. No caso do débi-
passagens áreas.
to, também existem tarifas para o co-
• Descontos em cinema, teatro, shows e jogos de futebol.
merciante e, já ao cliente, é uma das
• Praticidade e aceitação da grande maioria de estabelecimentos.
melhores modalidades”, explica Lins.
Desvantagens:
a melhor forma de pagamento, o
• Existe taxa de administração cobrada pela administradora do cartão de crédito
que existem são as necessidades do
(que gira em torno de 3,5%).
cliente e do comerciante e de acor-
• O valor da operação não é recebido na data da venda.
do com elas, é possível identificar
• As altas taxas de juros cobradas por atraso de pagamento ou pagamen-
um acordo comum e a aplicação das
to da parcela mínima.
políticas de desconto.
Edward ressalta que não existe
“Entretanto, conforme o Código Vantagens do débito:
de Defesa do Consumidor, o comer-
• Pagar contas com o dinheiro que possui na conta corrente no banco.
ciante não pode oferecer desconto
• Forma segura de realizar pagamentos.
para o cliente que paga em dinhei-
• Praticidade em sacar dinheiro e realizar o pagamento de contas.
ro, porque a venda pelos cartões é
• Em caso de perda ou roubo, pode-se cancelar o cartão facilmente.
considerada à vista tanto quanto o
• Elimina problemas relacionados à aprovação de cheques.
dinheiro em espécie. Quando isso
• Aceito em praticamente todos os estabelecimentos.
acontece, o cliente pode se utilizar de instrumentos legais de proteção
Desvantagens:
ao consumidor”, diz o professor uni-
• Geralmente, não acumula pontos e milhagens.
versitário. “No entanto, está em vo-
• Em casos de emergência, não permite saques superiores ao saldo da
tação no Senado derrubar essa reso-
conta e ao limite.
lução, pois os cartões trazem custos
Fonte: Sevilha Contabilidade
adicionais em relação ao pagamento em dinheiro”, completa.
7 0 • S E T/O U T 2014
financeiro_38_12_3.indd 70
01/09/14 12:41
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02/09/14 15:37
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DEC SÃO LUIS
(96) 3225 4200
(98) 3276 2600
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DEC DISMELO
(86) 4009 1818
(91) 3311 3800
DEC NOVA ERA (92) 2125 2000 / (69) 3216 9000
5.150
3.900
5.500
DEC DAG
(85) 3444 6000
12.100 3.350
6.800 2.500
DEC BRASIL
(84) 4008 0102
4.200
DEC NORTE SUL REAL (65) 3632 3100
DEC CADAN
5.300
3.000
(81) 3252 6550
DEC ANDRADE
DEC REAL
(82) 3522 9900
(62) 3250 0500
14.200
DEC ROGE
(11) 4417 7300
13.000 10.600
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(43) 3172 9300
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(77) 3451 8800
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