WWW.DECNEWS.COM.BR • ANO 8 • Nº 44 • SET/OUT 2015
VENCENDO OBSTÁCULOS Superar as expectativas do shopper é o que vai tornar sua empresa mais competitiva. Esse é um processo administrativo que envolve entendimento pleno do negócio e constante atualização
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EDITORIAL
NA ERA
DA PROATIVIDADE dos valores praticados nas gôndolas. Qualidade do sortimento, bom atendimento, valorização dos colaboradores, inovação e gestão bem estruturadas são os verdadeiros alicerces para que se crie algo novo e difícil de ser copiado pelos adversá-
A
rios. E a fim de alcançar esses objetivos,
competição existe quando
é preciso sair da zona de conforto e ser
há a mesma pretensão en-
proativo diariamente, prevendo tendên-
tre dois ou mais adversá-
cias e atendendo às demandas dos con-
rios. E num mundo cercado
sumidores da loja. Nesta edição da revis-
de tantas opções por todas
ta Decnews, a matéria de capa mostra,
as partes, a competitividade
justamente, as principais ações que um
é cada vez mais frequente, tornando-se
varejista deve adotar para ser e se manter
uma ferramenta essencial para a sobrevi-
competitivo. Já a matéria de gestão trata
vência de postos profissionais ou de em-
do sonho da grande maioria dos peque-
presas no mercado.
nos varejistas: ser grande! Veja que, ape-
No varejo, mais especificamente, por
sar de difícil, essa não é uma meta inatin-
muitos anos, a competitividade foi ba-
gível. O crescimento é uma consequên-
seada no preço. No entanto, hoje, a
cia do dinamismo e de muita dedicação.
realidade mostra que se digladiar no
Nesta edição, os leitores também fo-
meio de promoções que, por vezes, po-
ram prestigiados com uma série de re-
dem ser fatais para o negócio, se cons-
portagens especiais sobre a categoria ca-
titui como uma estratégia sem força.
belos. Será possível identificar tendências,
Não é ela que vai garantir a longevi-
comportamentos de compras e o poten-
dade da empresa.
cial dos produtos que a englobam, pre-
Na era da informação e com o aumen-
sentes em quase todos os lares brasileiros
to da concorrência em todas as esferas,
e que fazem o País vice-líder no ranking
formar uma imagem organizacional for-
mundial de vendas.
te e, de fato, competitiva, vai muito além
Boa leitura!
ANO 8 Nº 44 SET/OUT 2015 DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Kathlen Ramos ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVA DE CONTA Daniela Jardim (dani@contento.com.br) ASSISTENTE COMERCIAL Daniel Tavares MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Claudia Manzzano e Kathlen Ramos Colunistas Luiz Marins e Sílvio Celestino Revisora Maria Elisa Guedes Imagem de capa Shutterstock IMPRESSÃO Abril Gráfica TIRAGEM 105 mil exemplares Contento – Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200 E-mail: contento@contento.com.br
www.decnews.com.br EXPEDIENTE DEC DEC – Distribuidor Especializado em Cosméticos Rua Baronesa de Bela Vista, 675 – 7º andar – Cj. 71 Aeroporto – São Paulo (SP) CEP 04612-002. Tel.: (11) 5081 5183 Francisco Muto muto@decbr.com.br Tiragem auditada pela BDO Auditores Independentes. O relatório com o resultado do trabalho encontra-se em poder da Administração.
FRANCISCO HORÁCIO FERNANDES Presidente 4 • S E T/O U T 2015
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Fotos Shutterstock/Divulgação
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SUMÁRIO 20 CAPA
Diante do cenário de crise, o varejista precisa saber como se manter competitivo no mercado. A capacidade de qualquer empresa em cumprir suas metas, com sucesso, e estar à frente da concorrência, tem sido uma palavra de ordem
26 GESTÃO
Apesar da atual fragilidade do mercado, é possível que um varejista de menor porte consiga crescer. Para isso, é necessário que ele alie o espírito empreendedor, criatividade, flexibilidade e, principalmente, um bom planejamento
30 CATEGORIA
O Brasil é o maior mercado de desodorantes do mundo e está presente em 95% dos lares brasileiros. Por conta da alta demanda, os consumidores estão cada vez mais exigentes com a categoria
ESPECIAL CABELOS 34 Cenário 36 Xampu e pós-xampu 40 Tintura e coloração 44 Finalizadores e transformadores
48 PONTO DE VENDA
O preço ainda é um fator de suma importância para a decisão de compra do consumidor. Mesmo que a conveniência e os serviços estejam ganhando mais espaço, o custo dos produtos é fator de avaliação e, talvez, o mais racional de todos
52 MARKETING
Ao comprar um kit promocional, o consumidor fica com a sensação de ter sido beneficiado em função do valor economizado. Esse tipo de ação agrada e gera fidelização
E MAIS: 8 Mercado 10 Lançamentos
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14 A voz do Dec
Colunistas
54 Estudo de Caso
16 Opinião – Luiz Marins
56 Oportunidade
18 Atualidade –Sílvio Celestino Fotos Shutterstock
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Nasceu já fazendo o maior sucesso ! A Lillo, marca líder Nielsen em chupetas e Top Of Mind em mamadeiras, lança a linha de Cosméticos Lillo Baby. Conheça os benefícios e entenda porque os produtos Lillo não podem faltar na sua gôndola.
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MERCADO
DE BEM COM O ESPELHO Por Kathlen Ramos
Mulheres mudam seus hábitos a fim de ter mais cuidados com a pele. Mas, de modo geral, pesquisas apontam que muitas delas estão contentes com sua aparência
Público feminino vai às compras
Autocrítica similar
As consumidoras de 30 a 39 anos são as que mais se des-
A comparação entre as respostas de homens e
tacam na ida ao ponto de venda, com um tíquete médio de
mulheres sobre aparência mostra novidades em rela-
R$ 30,24 e um gasto médio mensal de R$ 347,84, segundo
ção à crença de que elas são mais críticas, de acordo
apontou a Kantar Worldpanel, empresa que se dedica a pes-
com os resultados de pesquisa global da GfK, em-
quisas de mercado. Na sequência, estão as mulheres na faixa
presa especializada em pesquisa de mercado, reali-
etária de 40 a 49 anos, com um gasto médio de R$ 347,25
zada com 27 mil consumidores a partir de 15 anos
e tíquete médio de R$ 30,32. As consumidoras de 50 anos
de idade, em 22 países. A porcentagem de pessoas
ou mais, que registram um gasto médio de R$ 312,20 e um
satisfeitas com a aparência é igual entre os dois se-
tíquete médio de R$ 27,13, são as representantes da maior
xos: 43% afirmam estar razoavelmente satisfeitos e
parcela da população brasileira, com 33%. Segundo o levan-
12% estão totalmente satisfeitos. Em relação à insa-
tamento, as brasileiras que cuidam do lar aumentaram o con-
tisfação com a aparência, as mulheres superam os
sumo de dez categorias consideradas não básicas no ano de
homens por poucos pontos percentuais: 14% não
2014. São elas: fraldas descartáveis, cappuccino, alvejante sem
estão muito satisfeitas, comparado com 11% entre
cloro, leite condensado, cereal matinal, suco em pó, protetor
os homens, e 4% não estão nem um pouco satis-
diário, adoçante, sobremesa pronta cremosa e deo colônia.
feitas, contra 3% entre os homens.
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D
Foto Shutterstock
2014_
Oportunidade em HPC
Projeções otimistas para 2016
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de
Um ano de retomada lenta e gradual da
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), esse
economia, com ligeira melhora na confian-
mercado cresceu, até abril de 2015, 3,03% em relação ao
ça dos empresários e consumidores. Essa
mesmo período de 2014. Nesse resultado, algumas catego-
é a expectativa da Associação Paulista de
rias apresentaram crescimento superior à média geral, pro-
Supermercados (Apas) para os negócios no
porcionando grandes oportunidades para os lojistas. São elas:
ano de 2016, quando o setor supermerca-
1º Sabonetes
dista espera que a inflação esteja entre 6%
2º Desodorantes
e 6,5% e o crescimento do Produto Interno
3º Talcos
Bruto (PIB) chegue a 1%. “Como em todas
4º Cremes dentais
as crises vivenciadas até hoje, o setor de su-
5º Escovas dentais
permercados sairá fortalecido, pois se trata de
6º Produtos para o tratamento dos cabelos
uma estratégia econômica com ajuste fiscal
7º Absorventes higiênicos
que comprometerá o ano de 2015, mas que
8º Colorações e descolorações
tende a fortalecer as bases para um cresci-
9º Maquiagens para a boca
mento em 2016 e 2017, embora aquém do
10º Maquiagem para os olhos
desejado”, projeta o economista da entida-
11º Perfumes e colônias
de, Rodrigo Mariano.
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LANÇAMENTOS
CUIDADOS ESSENCIAIS À BELEZA Por Vivian Lourenço
As mulheres estão sempre em busca de produtos que facilitem o dia a dia, sem deixar de lado a aparência. Pensando especialmente nesse público cada vez mais antenado, a indústria investe em novidades
Mais liberdade aos bebês
Linha renovada
O conforto é muito importante para o proces-
Com o objetivo de
so de aprendizado dos pequenos. Oferecer mais
acompanhar as ten-
liberdade ao bebê ajuda no estímulo do desen-
dências do mercado e atender às expectativas das
volvimento de fatores importantes, como me-
mulheres quando o assunto é cuidado e tratamento dos
tabolismo, equilíbrio, coordenação, concentra-
cabelos, Palmolive renovou toda a sua linha de produtos
ção, socialização, criatividade e independência.
após um trabalho de profundo entendimento da consu-
Para eles, Pampers apresenta a nova Pants,
midora brasileira nos últimos dois anos.
que está ainda mais seca e suave, graças ao no-
A nova proposta engloba embalagens modernas e fór-
vo sistema de absorção que conta com mais gel,
mulas que reforçam a expertise de Palmolive Naturals no
garantindo 12 horas de sono seco.
uso de ingredientes naturais aliados à tecnologia avan-
Além disso, o produto ago-
çada para cuidados com todos os tipos de cabelos: lisos,
ra também está disponível
danificados, cacheados, tingidos, armados, longos,
em novos tamanhos de
secos e também tratamentos especiais, como anti-
embalagens, trazendo op-
queda e anticaspa, entre outros. A linha conta com
ções de pacotes mais eco-
xampu, condicionador e creme para pentear, que
nômicos. As embalagens
se complementam para o tratamento ideal, deixan-
também estão de cara nova
do os cabelos naturalmente bonitos.
com design mais moderno.
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Brasil que fala com as mãos
Hidratação e brilho máximo aos fios O tempo úmido faz com que o famoso vilão das
Uma homenagem
mulheres que desejam madeixas impecáveis apareça.
ao Brasil, suas cores
A Salon Line traz ao mercado a Selagem Redutora pa-
e expressões: esse é
ra cabelos castanhos, com inovador efeito antifrizz.
o conceito por trás
O tratamento apresenta o revolucionário sistema
da nova coleção de
disciplinante dos fios, que em apenas três passos pro-
Colorama, batizada
porciona cabelos saudáveis e brilhantes. Sua fórmula,
com o nome de Brasileirices. São 12 cores vibran-
enriquecida com óleo de argan e arginina, penetra
tes e intensas de esmaltes, uma representante
na parte interna da fibra capilar, promovendo força
de cada família de cor, que traduzem a alegria
e restauração, selando a cutícula do fio.
do povo brasileiro com gírias irreverentes, como “Vixe”, “Partiu”, “Sussa”, “Uai” e “Meu Rei”.
O kit contém um frasco de 54 mL de Xampu Purificante Condicionante, um frasco de 90 mL de
Com dez opções de cores regulares e dois efei-
Redutor de Volume Condicio-
tos especiais, os esmaltes, além das fórmulas de
nante, um frasco com 54 mL de
alta qualidade de Colorama, são cinco free, ou
Banho de Castanho Escuro, um
seja, não contêm os cinco principais ingredien-
par de luvas e folheto explicativo.
tes potencialmente alergênicos às usuárias: to-
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A VOZ DO
SUPERE A CRISE Nos momentos de maior dificuldade, surpreenda-se com sua capacidade de adaptação
N
osso País passa por um
que o mercado de perfumaria e cos-
Assim, trabalhe fortemente, jun-
momento difícil, mas
méticos cresceu 3,03% no primeiro
to com seus colaboradores, para
necessário, para que
quadrimestre deste ano em relação
um tratamento de excelência aos
sejam obtidos os ree-
ao mesmo período do ano passado;
clientes. Execute bem as promo-
quilíbrios essenciais pa-
• As empresas, para se diferencia-
ções nos melhores momentos do
ra a volta do desenvol-
rem das concorrentes, vão acelerar
mês, não deixe faltar nenhum pro-
vimento econômico e,
as novidades e as promoções, o que
duto em sua loja, e assegure-se de
por outro lado, e não menos impor-
é muito bem-vindo para o comércio;
ter, em seu mix , as novidades do
tante, para a obtenção da maior trans-
• O consumidor, que teve gran-
mercado. Com isso, estará atrain-
parência na gestão pública. Com cer-
des conquistas ao longo dos últi-
do novos clientes para sua loja e
teza, mais à frente, sairemos, como
mos anos, não vai querer perdê-
garantindo um bom atendimen-
país, mais fortalecidos e capacitados.
-las. Mesmo com juros altos, ele
to a todos.
Até lá, as coisas não serão fáceis,
vai procurar driblar as dificuldades,
Por outro lado, a administração
mas acompanhem alguns pontos –
tornando-se mais racional nas com-
do negócio deve ser rígida, como
especialmente para aqueles que têm
pras, mas não deixando de adquirir
já reforçamos num artigo anterior,
o privilégio de operar no mercado
aquilo que conquistou.
em todas as esferas, seja com caixa
de consumo, como é o nosso caso –
E é em cima desse cenário que vo-
que corroboram para mostrar que, se
cê, cliente do DEC (Distribuidor Espe-
existe crise, ela está em outro lugar:
cializado em Cosméticos), deve admi-
Seguindo essa receita simples, vo-
• As pessoas vão continuar se ali-
nistrar sua operação. Nada irá parar,
cê verá que, no “mais à frente” que
mentando, se vestindo e, o mais
muito pelo contrário. É hora de “ar-
citamos no início do artigo, sua em-
importante, cuidando ainda mais
regaçar as mangas” e trabalhar du-
presa estará muito maior e mais im-
da beleza, pois a vaidade recrudes-
ro para agregar valor ao seu negócio
portante no mercado em que atua.
ce nas épocas mais difíceis. Tanto é
e fazer com que sua receita cresça.
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ou estoque, por exemplo. Procure controlar tudo muito bem.
Bons negócios!
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PURE SECRET
VANILLA KISS VANILLA KISS VANILLA KISS
Categoria movimenta cerca de R$ 3,6 bi/ano
PURE SECRET PURE PURESECRET SECRET
Categoria movimenta cerca de R$movimenta 3,6 bi/ano Categoria (kantar worldpanel) Categoria movimenta cerca de R$ 3,6 bi/ano cerca de R$ 3,6 bi/ano (kantar worldpanel)
Produto de valor agregado e alto giro
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Produto de valor agregado e alto giro Produto de valor Produto de valor agregado e alto giro agregado e alto giro
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CRET
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LOJA!
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Embalagem moderna e de fácil aplicação (spray) Embalagem moderna Embalagem moderna e de fácil aplicação (spray) e de fácil aplicação (spray)
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Colônias refrescantes que darão um toque especial n dia a dia da mulher brasile
FLO155-003anun205x275.indd FECHAR ANÚNCIOS DEC.indd 120
Embalagem moderna e de fácil aplicação (spray)
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NÃO DEIXE FALTAR PHYTO SPLASH NA SUA LOJA! NÃODEIXE DEIXE FALTAR FALTAR PHYTO PHYTO SPLASH NÃO SPLASH NA NA SUA SUALOJA! LOJA! Colônias refrescantes que darão um refrescantes toque especial Colônias queno Colônias refrescantes que dia a dia mulher brasileira darão umdatoque especial no darão um toque especial no dia a dia da mulher brasileira dia a dia da mulher brasileira
Colônias refrescantes que darão um toque especial no dia a dia da mulher brasileira
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CY MY
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(kantar worldpanel)
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Produto de valor agregado e alto giro
1
agregado e alto giro
(kantar worldpanel)
NÃO DEIXE FALTAR PHYTO SPLASH NA SUA LOJA!
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C
cerca de R$ 3,6 bi/ano
e de fácil aplicação (spray)
dia a dia da mulher brasileira
19/08/15 13:29 12:26 21/08/15
OPINIÃO
CLIENTE AINDA MAIS SELETIVO
É LUIZ MARINS Antropólogo, professor, consultor de empresas no Brasil e no exterior, autor de 28 livros de temas diversos e presidente da Anthropos Consulting www.anthropos.com.br
preciso lembrar que, em
Assim, é falsa a ideia de que, na cri-
tempos de crise, os consu-
se, o preço se torna mais importante.
midores estão ainda mais
O que o cliente valoriza é a experiên-
seletivos e, como nossas
cia total que tem em relação aos for-
pesquisas mostram, o pre-
necedores de produtos e serviços. Es-
ço cai, ou seja, deixa de ser
tudamos um caso em que vários clien-
o item de maior relevância,
tes deixaram de comprar de uma em-
em outras palavras, perde importân-
presa porque a logística de entrega
cia. Isso acontece porque, com me-
era muito ruim. A empresa chegava a
nos recursos, os clientes valorizam
demorar de 15 a 20 dias para entre-
ainda mais a qualidade, a assistência
gar um produto na mesma cidade em
técnica, o pós-venda, a logística de
que produzia. Os próprios vendedores,
entrega, etc.
que faziam visitas semanais aos clien-
Nossas pesquisas mostram que clien-
tes, ficavam sem saber como explicar
tes que compravam muitos itens de
a razão de tal incompetência logística.
um determinado produto, na crise,
Estudamos também vários casos em
compram menos, porém buscam os
que clientes substituíram produtos de
de qualidade superior aos que compra-
baixa qualidade, com pouca durabili-
vam em tempos de abundância. Isso
dade, custos de reposição e manuten-
ocorre mesmo com pessoas comuns.
ção elevados, por produtos mais caros,
Casais que comiam fora todos os fins
porém de melhor qualidade e melhor
de semana, em tempos de crise, saem
assistência técnica. Há empresas que,
apenas uma vez ao mês, mas buscam
sem pensar e analisar com atenção, na
lugares de qualidade superior. A cons-
crise, cortam serviços que aumentariam
ciência de que “o barato sai caro” é,
suas chances de sucesso.
portanto, mais forte.
Bom atendimento, cumprimento de promessas e pós-venda são alguns dos valores que o consumidor aprecia, ainda mais em momentos de crise 1 6 • S E T/O U T 2015
Assim, atendimento excelente, cui-
É sempre bom lembrar que “crise”
dar da qualidade, cumprir o que pro-
em grego é “separar, selecionar, pe-
mete, ser ágil e rápido, fazer acompa-
neirar, decidir, julgar”. O cliente, mais
nhamento após a venda, garantia de
seletivo, coloca todos os concorrentes
assistência técnica, etc. são as verda-
numa peneira e seleciona: os que são
deiras diferenças que o cliente valoriza
bons passam, os que não são bons são
e paga, ainda mais em tempos de crise.
lançados fora.
Pense nisso. Sucesso! Foto Foto Divulgação Divulgação
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ATUALIDADE
DEMISSÕES E LIMITES
N SÍLVIO CELESTINO Coach e autor do livro “Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira”, é sócio fundador da Alliance Coaching. No Twitter: @silviocelestino. Visite: www.alliancecoaching.com.br
as crises, o momento para
presas. Em geral, o líder que conseguir
a tomada de decisões é um
compreender a complexidade do mo-
fator crucial de sucesso. En-
mento atual, como ele atinge seu mer-
tretanto, por vezes, a pres-
cado e sua companhia em particular, terá
são pela rapidez nas ações
melhores chances de avaliar o cenário e
faz o gestor optar por cri-
decidir apropriadamente. O ideal é buscar
térios fáceis de ser explica-
diversidade de gerações e gêneros, para
dos, mas que não são, necessariamente,
que a empresa tenha maior quantidade
os melhores para o contexto da empresa.
de ideias e pontos de vista, que, soma-
Por exemplo, demitir os profissionais mais
dos, serão capazes de criar soluções ino-
antigos pelo fato de serem os mais caros
vadoras e surpreendentes.
para a companhia. Isso é motivo de preo-
Nesse momento em que a incerteza
cupação e de agravamento da situação,
domina o horizonte e as dificuldades no
se for uma escolha feita sem reflexão.
plano internacional começam a se so-
Pensar sobre a situação da empresa
mar àquelas que já enfrentamos por aqui,
envolve não focar somente os custos de
contar com uma grande quantidade de
maneira fria ou em fórmulas de decisão
ideias é fator de sucesso para resolver as
que serviram no passado, ou para outras
questões de curto prazo, sem comprome-
companhias. Para isso, principalmente em
ter os resultados de longo prazo.
empresas menores, é fundamental ava-
Além disso, não podemos esquecer
liar a situação sob uma perspectiva mais
que, se escolhermos líderes e profissio-
ampla. Um profissional sênior é mais ca-
nais com pouca maturidade emocional, o
ro que o inexperiente. Entretanto, justa-
desgaste nos membros da equipe pode-
mente por ter mais tempo de casa, po-
rá fazer com que muitos deles saiam as-
de ser capaz de absorver mais tarefas,
sim que a situação econômica melhorar.
gerir melhor seu tempo e ter maior do-
E isso é uma consequência que deve ser
mínio emocional em meio à crise. Fato-
evitada, pois representa custos relaciona-
res que, somados, representam econo-
dos à capacitação de pessoas no futuro.
mia de tempo e recursos.
Por vezes, diante da pressão em reduzir custos e sem reflexão, gestores podem optar pela demissão dos profissionais mais antigos da casa, ato capaz de agravar, ainda mais, a situação da empresa 1 8 • S E T/O U T 2015
O momento exige equilíbrio e cora-
Além disso, a experiência de alguém
gem, para que a empresa enfrente tem-
que já passou por períodos de contração
pos incertos. A experiência de profissio-
econômica tão agudos quanto o atual
nais mais experientes pode acrescentar
representa um fator decisivo para a es-
maturidade e serenidade nas decisões.
colha de ações adequadas no decorrer
Fatores que contribuem para resoluções
dos trabalhos.
com mais chances de sucesso e equilíbrio
Como mencionei, sem reflexão, nenhuma fórmula serve para todas as em-
de resultados. Vamos em frente! Foto Foto Divulgação Divulgação
N º 1 E M C U I DA D O FAC I A L N O M U N D O, A P R E S E N TA* :
A NOVA MÁGICA DA TAÍS ARAÚJO, QUE IRÁ REVOLUCIONAR SUAS VENDAS. REVITALIFT
BLUR MÁGICO A L I S A D O R D A P E L E APAGA EM SEGUNDOS A APARÊNCIA DE: RUGAS LINHAS DE EXPRESSÃO BRILHO POROS
NÃO É UM HIDRATANTE. NÃO É UMA BASE. É MAIS QUE UM PRIMER.
O 1º BLUR NO VAREJO MASSIVO BRASILEIRO ANTES
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26/02/15 16:11
CAPA
Por Kathlen Ramos
Para ser competitivo no mercado, são necessários diversos alicerces bastante fortalecidos, como valorização do capital humano, foco no consumidor e conhecimento para boa gestão de todas as áreas da loja
A
competitividade, capa-
viver no mercado. “O varejo ficou
empresa que fornece soluções aos
cidade de qualquer em-
muito tempo preso ao comodismo
varejistas, Caio Camargo.
presa em cumprir suas
de ser apenas uma peça intermediá-
Para se chegar a esse patamar, exi-
metas, com sucesso, e
ria entre a indústria e o consumidor,
ge-se uma estratégica bastante sóli-
estar à frente da con-
e sempre muito apegado ao preço
da, que envolva não só os líderes das
corrência, tem sido pa-
como única estratégia. No entanto,
empresas como também toda a equi-
lavra de ordem no varejo. Diante
é necessário ir muito além dessa vi-
pe de colaboradores. “Competitivida-
do cenário de crise, estar e se man-
são para crescer e se tornar compe-
de vem do radical de duas palavras:
ter competitivo é meta de qual-
titivo”, constata o diretor de rela-
competência + atividade. Portanto,
quer empresário que quer sobre-
ções institucionais da Virtual Gate,
entender bem daquilo que faz, ten-
2 0 • S E T/O U T 2015
Ilustrações Shutterstock
1. Tenha foco no cliente A empresa que pretende sempre estar à frente da concorrência deverá surpreender cada vez mais e levar a inovação como processo no avanço para conquista de novos consumidores. “Um restaurante que sempre inova no cardápio e ouve constantemente os desejos dos clientes é frequentemente copiado, por exemplo. Então, como fazer para manter e conquistar clientes? A resposta é continuar inovando, porque o dia em que parar de inovar, deixará de surpreendê-los”, adverte Oliveira, do Sebrae-SP. O professor da ESPM justifica o crescimento dos mercados de vizinhança no setor justamente por conta desse foco no cliente, que se torna um diferencial. “As lojas de vizinhança são as que mais crescem porque conseguem atender às demandas da região primária em que atuam”, avalia. do como objetivo superar as expecta-
a política do ‘faça mais por menos’.
2. Conheça o próprio negócio
tivas dos clientes, é o que vai tornar a
“Esse parece um conceito antigo, mas
Conhecer bem a empresa fará com
empresa mais competitiva. Esse é um
muitas empresas se descuidam nesse
que qualquer cenário que se apre-
processo administrativo que envol-
ponto. E num momento de crise, elas
sente seja um obstáculo menor a
ve entendimento pleno do negócio e
passam a perder mais do que a con-
ser superado. “Com um bom mode-
constante atualização”, resume o con-
corrência, que sempre tem um plano
lo de negócios, é possível simular
sultor do Serviço Brasileiro de Apoio
B ou C para situações de adversidade
ambientes e agir frente às mudanças
às Micro e Pequenas Empresas, de São
e acabam sentindo menos o impacto
com mais agilidade. Pode-se, ainda,
Paulo (Sebrae-SP), Jean de Oliveira.
do que as outras”, diz.
aumentar as possibilidades de fon-
Na visão do professor do núcleo de
Aliás, os momentos de crise são óti-
tes de receitas, diminuir os custos,
negócios do varejo da ESPM e consul-
mos para se rever processos, reduzir
melhorar o desempenho de recursos
tor de gestão de processos pela Foco
custos, renegociar contratos e come-
e atividades-chave, além de estabe-
Consultoria, Roberto Nascimento de
çar fortalecido assim que o mercado
lecer parcerias produtivas”, analisa o
Oliveira, o principal segredo da com-
começar a reagir. Acompanhe, a se-
consultor do Sebrae-SP.
petitividade é a produtividade, con-
guir, alguns dos principais alicerces
cepção que deve caminhar junto com
responsáveis pela competitividade:
Camargo, da Virtual Gate, reforça que, para estar no varejo e adminis• 21
CAPA
trá-lo com maestria, exige-se esforço
processo”, complementa Jean de Oli-
ciso pensar nesse quesito de manei-
do empresário. “É preciso ir a cam-
veira. Nesse sentido, é preciso respei-
ra mais ampla, levando em considera-
po, consumir nas empresas concor-
tar todos os processos, inclusive a bus-
ção as margens, o que o cliente pode
rentes e ver o que elas estão ofere-
ca pela formalização da empresa pa-
pagar e o que é praticado pela con-
cendo de diferente ou identificar as
ra garantir a competitividade. “Existe
corrência. Recomendo que a loja te-
oportunidades que podem ser explo-
muito empresário que não atua for-
nha uma pessoa dedicada à precifi-
radas na sua loja; além de ter claras
malmente por conta dos tributos, mas
cação, que tenha uma visão da área
as necessidades dos clientes da re-
vale lembrar que nenhuma companhia
de marketing e da área de compras”,
gião”, conclui.
consegue crescer dessa forma”, pon-
sugere. Nesse momento, a empresa
tua Roberto Nascimento de Oliveira.
também pode contar com o auxílio
3. Estabeleça e respeite processos O alicerce primordial para um pe-
4. Administre a formação de pre-
queno negócio é estabelecer contro-
ços e descontos estrategicamente
les que possam servir como tomada de
O pequeno varejo tem três estí-
decisão para o empreendedor. Espe-
mulos para a formação do preço de
cialmente nas áreas de finanças, com-
venda: o preço dentro de suas ex-
O sortimento é importantíssimo e
pras e marketing, esses processos de-
pectativas de margem de lucro; o
é preciso ter cuidado para oferecer o
vem ser bem rigorosos, desde o seu
preço de mercado; e por fim, o pre-
que o cliente quer e não o que o pro-
nascimento. “Fazer mais com menos é
ço que o cliente está disposto a pa-
prietário acha mais apropriado. Nes-
um jargão clássico do pequeno varejo,
gar. Segundo o consultor do Sebrae-
sa etapa, também é possível contar
mas, para que isto aconteça, deve-se
-SP, para uma empresa ficar menos
com a parceria de bons fornecedores.
ter controle sobre planejamento e mo-
sensível ao preço, precisará praticar,
“Apoio a política de gestão a quatro
nitoramento do desempenho de cada
justamente, esse último estímulo.
mãos e, quando o vendedor entende
“Para isso, todo cuidado com a
da categoria, a ajuda é válida. Mas é
política de descontos deve-
sempre bom frisar que todas as esco-
rá ser acentuado, para que
lhas devem ser feitas sempre pensan-
o varejista não fi-
do no cliente”, reforça Roberto Nas-
que refém da
cimento de Oliveira, salientando que
de auxiliar nesse sentido. 5. Escolha um mix de produtos pertinente com o perfil da loja
necessidade
a proximidade do pequeno varejis-
da concessão
ta com seus consumidores precisa
de descon-
ser vista como um trunfo em relação
tos”, alerta.
às grandes redes. “Deve-se ouvir o
O professor do
cliente e estar ciente do que faltou
núcleo de negócios
na loja. Isso deve ser feito constan-
do varejo da ESPM
2 2 • S E T/O U T 2015
de fornecedores confiáveis capazes
temente”, ensina.
lembra que, em
Ainda para a formação do sorti-
tempos de crise, o pre-
mento ideal, é preciso estabelecer
ço costuma ter um peso de
uma proposta de valor que benefi -
70% a 80% no fator de de-
cie cada categoria. “Essas estraté-
cisão. Portanto, é impor-
gias fortalecerão a participação dos
tante ter um cuidado especial
clientes na compra mais assertiva
com os valores oferecidos. “É pre-
de produtos. A proposta será a de
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5 novas opções para revolucionar suas vendas
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21/08/15 13:41
CAPA
Diante do cenário de crise, estar e se manter competitivo é meta de qualquer empresário que quer sobreviver no mercado. Para se chegar a esse patamar, exige-se uma estratégica bastante sólida, que envolva não só os líderes das empresas como também toda a equipe de colaboradores
do entre os consumidores. O cliente tem procurado serviços agregados e ter bons profissionais impacta diretamente nessa meta”, comenta o professor da ESPM. 8. Reveja as estratégias e seja flexível às mudanças Mesmo que a empresa tenha esta-
explorar as mercadorias para que o
7. Valorize o capital humano
belecido um planejamento com visão
cliente perceba maior custo-benefí-
A falta de capacitação é um proble-
de longo prazo, é importante que
cio na compra”, considera o consul-
ma que precisa ser vencido por diver-
esses passos sejam revistos constan-
tor do Sebrae-SP. Pensando sobre o
sas empresas brasileiras. E um dos pi-
temente, a ponto de se adaptarem,
momento de crise atual, o mix tam-
lares da competitividade são manu-
dia a dia, com a realidade do mer-
bém pode ser repensado para que
tenção e valorização de colaborado-
cado. “Qualquer planejamento deve
adaptar à situação real.
res qualificados. “Um estudo recen-
ser visto e revisto com muita frequên-
“Nesse período, é importante ofere-
te mostrou que precisamos de cinco
cia”, pontua Jean de Oliveira. E, sem
cer um sortimento variado ao cliente,
brasileiros para fazer o que um ame-
dúvida, os novos hábitos e demandas
trazendo, além das marcas premium,
ricano faz em uma mesma hora de
do consumidor, além das tendências
as intermediárias e de preço. Em mo-
trabalho, e isso remete aos proble-
de mercado, devem ser incorporados
mentos de crise, muitos clientes op-
mas de educação e formação pro-
às metas da empresa.
tam por trocar a marca de preferên-
fissional”, comentou o presidente da
“É preciso estar atento às solici-
cia por outra que caiba no orçamen-
Sociedade Brasileira de Varejo e Con-
tações dos clientes, principalmen-
to”, reforça Camargo.
sumo (SBVC), Eduardo Terra, durante
te àqueles mais ativos. As correntes
evento em São Paulo. E, segundo o
atualizações de produtos e serviços
6. Controle a gestão de compras e estoques
professor do núcleo de negócios do
também devem estar na pauta do
O maior desafio dos pequenos
varejo da ESPM, essa questão não po-
bom empreendedor para alcance de
negócios é manter parcerias impor-
de ser deixada de lado, especialmen-
melhor competitividade”, acrescenta
tantes e que fortaleçam laços lucra-
te em momentos de crise. “Não po-
Jean de Oliveira. Lembre-se de que
tivos entre as partes para preser-
demos ter pessoas de baixa produti-
ela é um processo contínuo que de-
var estoques e compras dentro dos
vidade nas empresas. Elas acabam ge-
ve ser revalidado em pequenos perío-
parâmetros esperados. Para se man-
rando um impacto negativo em todo
dos de tempo, para tornar a empre-
ter competitivo, é importante esta-
o processo. Não podemos nos dar ao
sa o mais perene possível. Para isso,
belecer um rigoroso controle sobre
luxo de ter profissionais sem capaci-
a agilidade é fundamental.
o capital de giro da empresa e os
dade para exercer suas funções”, ava-
“Existe muito varejista que se aco-
fornecedores são parte importante
lia, salientando que essa importância
moda no seu conhecimento, se fe-
deste processo, especialmente entre
cresce ainda mais no varejo, onde as
chando para novas tecnologias ou
varejistas de menor porte. “Ter esto-
empresas precisam prestar um bom
demandas dos consumidores. No
ques menores e entregas mais fre-
atendimento ao cliente.
entanto, o varejo precisa ser dinâ-
quentes são ações que contribui-
“O capital humano é fundamental,
mico e a flexibilidade do empresário
rão para o melhor desempenho da
ainda mais diante da relevância que
se torna essencial”, finaliza Roberto
empresa”, diz Jean de Oliveira.
a prestação de serviços tem ganha-
Nascimento de Oliveira.
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NÃO TESTADO EM ANIMAIS
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24/08/15 17:19
GESTÃO
QUERO SER GRANDE!
Por Kathlen Ramos
Mesmo diante da atual fragilidade do mercado, é possível, sim, começar pequeno e crescer. Para isso, devem-se aliar espírito empreendedor, criatividade, flexibilidade e um bom planejamento
T
odas as grandes empresas
competição muito mais intensa, porque
ram a partir de uma ideia e cresceram”,
já foram pequenas um dia.
o mercado é muito mais bem informado
mostra Felisoni de Angelo, acrescentan-
E para chegar a esse pata-
sobre as possibilidades. Todos os espaços
do que, no caso do varejo, essa ideia de-
mar, foram necessárias di-
são ocupados rapidamente por iniciativas,
ve vir em torno das demandas do públi-
versas bases para se formar
tornando a competitividade muito gran-
co local, onde a loja deve se instalar. “O
um forte alicerce, passan-
de”, comenta o presidente do Programa
pequeno empreendedor precisa ver a
do por dedicação, apren-
de Administração de Varejo/Instituto Bra-
necessidade da região, atendendo com
dizado, trabalho, paciência e, mais do
sileiro de Executivos de Varejo & Merca-
sortimento adequado, bom atendimen-
que nunca, entender do que o consu-
do de Consumo (Provar/Ibevar), Claudio
to e preços condizentes. Essa sintonia é
midor precisa.
Felisoni de Angelo.
que abre a oportunidade ou sela o fra-
Pode-se dizer que, de fato, as oportu-
Mas mesmo com as adversidades do
nidades atuais são diferentes de outros
mercado, existe, sim, espaço para ser
Para começar, é importante que o va-
tempos. Nesse momento, o cenário é de
bem-sucedido no negócio. “Um indiví-
rejista tenha um planejamento, com vi-
muita concorrência e de clientes mais exi-
duo com uma boa ideia sempre pode se
são de médio e longo prazo, capaz de
gentes, fazendo com que quem almeja
posicionar competitivamente. As maiores
apontar aonde quer chegar a alguns
ser grande precise ter uma visão mais am-
empresas que temos, como Microsoft e
anos. “O planejamento é fundamen-
pla. “Evidentemente que hoje temos uma
Google, são de pessoas que começa-
tal dentro de uma empresa. É ele que
2 6 • S E T/O U T 2015
casso da empresa”, alerta.
Foto Shutterstock Ilustração Shutterstock
quem, quando e quanto”, aponta o presidente da Apas. Mas é importante lembrar que ter planejamento não significa ser inflexível. Os projetos devem ser revistos constantemente, a fim de se adaptar aos novos rumos do mercado e às novas demandas do consumidor. “É impressionante pensar que, nos últimos 100 anos, o mundo mudou e evoluiu muito mais do que em todo o restante da história. Adaptar-se ao novo faz parte de uma das características principais dos vitoriosos”, finaliza Pedro Celso. Felisoni de Angelo afirma que o mais importante é acompanhar o dia a dia. “O pequeno negócio precisa ter habilidade para se ajustar se quer crescer”, diz.
vai tornar viável os avanços. Temos de
mento. Estabelecer os prazos para o atin-
questionar nossos objetivos, o que faze-
gimento das metas é uma constante pa-
mos, como fazemos e aonde queremos
ra uma empresa que busca se reinventar
chegar. Esses são os questionamentos
a fim de atender às demandas dos clien-
básicos para a implementação de um
tes”, aconselha.
planejamento”, ensina o presidente da Associação Paulista de Supermercados
Revisão constante
(Apas), Pedro Celso.
Na hora de se planejar, devem-se en-
E vale reforçar que planejamento é al-
globar todas as áreas do negócio, para
go importante para qualquer empresa,
que se tenha uma visão macro. Portan-
independentemente do seu porte. Mui-
to, é de fundamental importância conhe-
tos acreditam que planejar só é neces-
cer todos os processos da empresa. Es-
sário em grandes empresas, mas esta-
sa estratégia permite que o empreende-
belecer metas se faz necessário para to-
dor tenha, de maneira palpável, os obje-
da e qualquer companhia. “Dificilmente
tivos para saber aonde se quer chegar e
uma organização permanecerá compe-
em que tempo isso é possível. “No plano
titiva no mercado se não houver planeja-
de ação, deve sempre estar muito claro
O QUE DIFERENCIA OS EMPREENDEDORES DE ALTO IMPACTO? SONHAM GRANDE: têm ambição e capacidade de enxergar longe. TÊM BRILHO NO OLHO: têm paixão pelo que fazem e, por isso, fazem sempre mais e melhor. INOVAM: sabem que, para se diferenciar, não adianta fazer igual ao concorrente. BOTAM PARA FAZER: têm capacidade de executar com excelência. SÃO ÉTICOS: atuam com transparência, gestão e profissionalismo. Fonte: eBook – 5 Conselhos Para Se Tornar Um Empreendedor de Alto Impacto, da Endeavor
• 27
GESTÃO
DEZ DICAS PARA SE TORNAR UM GRANDE VAREJISTA 1) Pense que o consumidor é o foco do negócio e é ele quem vai ditar os rumos que o estabelecimento deve seguir. Por isso, é essencial aperfeiçoar as operações e impulsionar a aplicação de boas práticas em todos os estágios da cadeia do abastecimento, proporcionando uma melhor experiência de compra e, com isso, crescer à medida que crescem as expectativas do cliente. O supermercado de hoje não será o de amanhã e o mesmo acontece com o perfil do consumidor. 2) Separe as finanças particulares das da empresa e faça uma planilha com seus custos muito bem definida. 3) Esteja sempre disposto a aprender. Essa palavra quer dizer “trazer para perto”. Metaforicamente, se traduz por trazer para junto da memória. 4) Invista em capacitação, já que ela é uma ferramenta responsável pelo aprimoramento do colaborador, gestor, proprietário, empresário, bem como de todas as peças envolvidas nas engrenagens que mantêm funcionando a cadeia do abastecimento. 5) Na hora de colocar o planejamento em prática, lembre-se de que a integração de todas as
áreas é primordial, analisando-se as necessidades de cada uma para atender aos objetivos de acordo com o orçamento disponível. 6) Para se tornar grande, é necessário ousadia, mas sem planejamento, a audácia pode se transformar num risco. 7) As parcerias são fundamentais. Um exemplo é aquela que, no caso do setor supermercadista, existe com os fornecedores. 8) Não deixe de estudar o mercado para que sejam acompanhadas as tendências e se possam antecipar as novidades. 9) Comece pequeno, mas sonhe grande. Uma pesquisa da Endeavor Insight mostra que a maioria dos empreendedores de sucesso começou localmente, mas planejou em escala global. Pelo estudo, entre os empreendedores entrevistados, aqueles cujas empresas cresceram, em média, 20% ou mais nos últimos três anos, 74% focaram em ter sucesso localmente no começo, para depois conseguirem aperfeiçoar os aspectos mais fundamentais do modelo de negócios. 10) Tenha um plano de negócios que seja flexível a mudanças, já que elas acontecem a todo o tempo no mercado.
Fontes: presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso; presidente do Programa de Administração de Varejo/Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Provar/Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo; e-Book – 5 Conselhos Para se Tornar um Empreendedor de Alto Impacto, da Endeavor
Invista no capital humano Envolver-se com a contratação e formação da equipe é essencial para o crescimento do negócio. “Definir com quem se vai trabalhar é um dos principais fatores para o sucesso. O colaborador é a vitrine do empresário. É preciso que ele esteja alinhado com a missão, a visão e os valores da empresa”, analisa Pedro Celso. Para o executivo da Apas, o mais importante para se tornar grande é valorizar e motivar as pessoas, e não o capital que se tem para investir. “Uma empresa só cresce se os colaboradores contribuírem e, para isso, é preciso tratá-los como os primeiros clientes do negócio. Em uma empresa, toda conquista precisa ser comemorada e compartilhada integralmente com a equipe”, aconselha. Mas caso o empreendedor precise de apoio financeiro para o desenvolvimento do negócio, este recurso pode ser utilizado, sim, mas com bastante prudência. “Os empréstimos são ferramentas úteis que possibilitam o investimento no negócio, mas devem ser usados com cautela, com prazos o mais alongados possível, boas taxas de juros e, principalmente, das parcelas, dentro de um valor que seu lucro dê para saldar e ainda sobre um pouco para seu fluxo de caixa”, finaliza.
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CATEGORIA
UM UNIVERSO DE OPÇÕES AO CONSUMIDOR Por Kathlen Ramos
Com inúmeras fragrâncias e cinco diferentes aplicadores, desodorantes se desenvolvem e cativam os brasileiros, estando presentes em quase todos os lares do País
O
Brasil é o maior mer-
Segundo o diretor de vendas e
A gerente de shopper & geren-
cado de desodorantes
shopper customer marketing da NIVEA
ciamento por categoria da Johnson
do mundo e estes estão
Brasil, Theodoro Oliva, quando o con-
& Johnson, Patrícia Gimenes, refor-
presentes em 95% dos
sumidor está à procura de um pro-
ça que, junto com a fragrância, os
lares brasileiros (cerca
duto novo, tenta encontrar algo que
usuários buscam por eficácia e per-
de 42 milhões de domi-
supra ou supere as expectativas. “No
formance. O alto grau de exigência
cílios)*. Assim, com alta
caso de desodorantes, busca por con-
gera um forte investimento em ino-
demanda, os consumidores ficam cada
forto e proteção contra o suor, além
vação por parte dos fabricantes, o
vez mais exigentes com a categoria, re-
de atributos funcionais, como per-
que faz desta uma categoria bas-
quisitando por atributos que vão muito
fume, cuidado da pele e tempo de
tante movimentada e competiti-
além da perfumação.
proteção”, diz.
va”, comenta.
3 0 • S E T/O U T 2015
Foto Shutterstock Ilustrações Shutterstock
E, de fato, o investimento da indústria está em surpreender o consumidor e antecipar demandas. “Atualmente, os con-
EXPOSIÇÃO RECOMENDADA DE ACORDO COM O RACIONAL DO SHOPPER
sumidores buscam atributos como hidratação, nutrição e proteção antibacteriana. Com essa demanda, os fabricantes passaram a investir em novas tecnologias e incorporar novos elementos às fórmulas. Nosso desodorante roll-on, por exemplo, conta com extrato de wassabi, que tem
1º Separe os gêneros (masculino e feminino). 2º Em seguida, bloque as marcas por aplicador (aerossol, roll-on, stick, spray). 3º Dentro de cada aplicador, exponha as marcas na sequência de valor, do maior para o menor. Fonte: DEC (Distribuidor Especializado em Cosméticos)
um alto poder antioxidante, antifúngico e antimicrobiano.”, explica a gerente de
da e hipoalergênica, possui ingredientes
Já a Unilever apresentou uma inova-
marketing da Leite de Rosas, Julia Ribas.
selecionados para entregar máxima pro-
ção que promete revolucionar o mer-
Com esse investimento em inovação,
teção com fragrâncias para vários perfis
cado nacional, com os antitranspiran-
a categoria vem apresentando altos ín-
e gostos. Além disso, garante 72 horas
tes comprimidos. Fruto de dez anos de
dices de crescimento. Segundo dados
de proteção”, resume Patrícia.
pesquisas nos laboratórios da empre-
do Euromonitor, o mercado de desodo-
Na NIVEA, o lançamento fica para a
sa na Europa, os produtos oferecem o
rantes movimentou, somente em 2014,
linha Protect & Care, que pode ser usa-
mesmo rendimento, benefício, eficácia
R$ 11,5 bilhões, alta de 106,7% em re-
da por homens e mulheres. “O produ-
e duração dos antitranspirantes em ae-
lação a 2009, quando o setor faturou
to garante proteção eficaz por 48h com
rossol regulares, porém, em embala-
R$ 5,6 bilhões. E a projeção é de que,
o tradicional cheirinho inspirado na fra-
gem menor. A novidade é oferecida ao
em 2019, esse setor movimente R$ 14,8
grância do NIVEA Creme. O desodoran-
público feminino em três variantes de
bilhões no País.
te une a proteção com o cuidado para
Dove e cinco variantes de Rexona pelo
“A frequência de compra do consu-
deixar as axilas com a sensação suave de
mesmo valor das versões regulares. Os
midor é de um desodorante a cada 40
hidratação, garantindo pele mais boni-
produtos também trazem característi-
dias. O segmento de aerossol é o que
ta e macia em apenas três dias de uso”,
cas que contribuem com o meio am-
mais cresce no mercado, pois é um pro-
garante Oliva.
biente já que os antitranspirantes com-
duto de maior valor agregado”, acres-
Devido ao clima com altas tempera-
primidos trazem uma redução de 30%
centa o gerente de marketing de de-
turas e alta umidade, outra busca dos
de alumínio nas embalagens; 50% de
sodorantes da Gillette, Wesley Murkin.
brasileiros pela categoria, segundo a
redução de gás propelente; 39% menos
E essas cifras não refletem apenas a
L’Oréal, é por desodorantes com to-
caminhões nas ruas; 65% mais produ-
necessidade do consumidor com a cate-
que seco. Hoje, segundo a empresa,
tos acondicionados por pallets; e 39%
goria diante das altas temperaturas em
o mercado de itens focados em efi-
de redução no número de pallets ne-
várias regiões do País. Elas também são
cácia é o mais importante no País, re-
cessários para transportar os produtos.
consequência do investimento da in-
presentando mais de 50% das com-
“Abriremos nossa tecnologia para
dústria, que aposta em versões diferen-
pras deste tipo de produto**. Para
outras empresas interessadas em pro-
ciadas, instigando os usuários à novas
atender a essa demanda, a empresa
duzir os antitranspirantes comprimi-
experimentações. A J&J, por exemplo,
apresentou o Garnier Bí-O Intensive
dos no Brasil. É uma forma de mostrar
apostou na linha de antitranspirantes.
Toque Seco, que promete três vezes
que podemos fazer escolhas sustentá-
“A fórmula, dermatologicamente testa-
mais eficácia antitranspirante.
veis todos os dias”, revela a vice-presi-
*Fontes: Nielsen Retail Index Bimestral, T. Mercado Desodorantes, 2013/ ** Nielsen 2014
• 31
categoria_44_13_3.indd 31
24/08/15 17:50
CATEGORIA
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES MAIS REPRESENTATIVAS FATURAMENTO (R$ em bilhões)
REPRESENTATIVIDADE (%)
Categoria total (todos os aplicadores)
11,5
100
Aerossol
5,2
44,8
Roll-on
3,4
29,4
Spray
2,3
19,8
Creme
0,6
5,45
Stick
0,1
0,55
CATEGORIA DESODORANTES
Fonte: Euromonitor/2014
dente de cuidados pessoais da Unilever, Andréa Salgueiro.
Agregue valor ao PDV Para que o varejo compartilhe resulta-
A frequência de compra do consumidor é de um desodorante a cada 40 dias. O segmento de aerossol é o que mais cresce no mercado, pois é um produto de maior valor agregado
dos tão positivos quanto os demonstrados pela indústria, é fundamental que se
midores”, exemplifica a gerente de tra-
aposte num modelo de exposição capaz
de da empresa, Carolina Ribas.
Seja qual for a ação criada, também é importante garantir uma boa exposição.
de garantir a atratividade da categoria. E,
Mesmo com o problema da falta de
Segundo Oliva, da NIVEA Brasil, é seguir
para o canal alimentar, essa importân-
espaço, que é um grande desafio ao
a árvore de decisão do shopper da me-
cia cresce ainda mais diante da relevân-
pequeno varejista, é muito importante
lhor maneira possível. “É importantíssi-
cia que esses estabelecimentos têm para
realizar ações de visibilidade, como pon-
mo quebrar, em primeiro lugar, os gê-
esses produtos. “O canal alimentar é res-
to extra; aplicação de material de ponto
neros feminino e masculino. Em segui-
ponsável por 70% das vendas dos deso-
de venda (PDV); ações de produto (de-
da, os aplicadores, mantendo os aeros-
dorantes JOHNSON’S®, enquanto o ca-
monstradoras e brindes); e táticas de
sóis na parte superior da gôndola, pois
nal farma possui 30% de importância”,
cross-merchandising (técnica que tem a
são itens de alto valor agregado. As va-
afirma Patrícia.
finalidade de ‘cruzar’ os produtos no PDV
riantes devem ser expostas de acordo
incentivando compras adicionais por im-
com a participação nas vendas e os lan-
pulso ou conveniência).
çamentos também merecem destaque
Diante da importância do pequeno e médio varejo, algumas empresas, como a Leite de Rosas, passam a considerar novas
“O consumidor de desodorantes não
estratégias para essas lojas. “Pensamos
se desloca até a loja para comprar ape-
É importante, ainda, ter cuidado com
em promover degustação dos novos pro-
nas desodorante e, muitas vezes, com-
as rupturas, que constituem a falta do
dutos, oferecendo uma equipe de pro-
pra porque o encontrou e lembrou-se
produto na gôndola. “O cliente ten-
motoras com um pequeno balcão e ex-
da necessidade. Assim, tais ferramentas
de a trocar de loja quando não encon-
pondo toda a linha de produtos, a atual
são de vital importância a fim de aumen-
tra o produto ou encontra menos va-
identidade da Leite de Rosas e a nova
tar a visibilidade do produto e a compra
riedade da categoria do que o espera-
forma de se comunicar com seus consu-
por impulso”, analisa Murkin, da Gillette.
do”, alerta.
3 2 • S E T/O U T 2015
especial”, ensina.
FECHAR ANÚNCIOS DEC.indd 20
24/08/15 14:23
ESPECIAL CABELOS
CENÁRIO
BRASIL ACUMULA VICE-LIDERANÇA NO MERCADO MUNDIAL DE CABELOS A força do País com o setor é indiscutível e mesmo em momentos de crises, as madeixas das brasileiras continuam impecáveis. Conheça as tendências e aproveite todas as oportunidades Textos Kathlen Ramos
É
fato que mudar e cuidar
dutos e hoje se encontra na vice-liderança
de cabelos em 2014, e 20,9% do mer-
dos fios são parte essen-
no ranking global. Impulsionado pelas
cado de Higiene Pessoal, Perfumaria e
cial no ritual de beleza das
categorias de condicionadores, coloran-
Cosméticos (HPC) no Brasil, segundo
brasileiras. Aliás, esse ciclo
tes, xampus e produtos para tratamento,
dados da Associação Brasileira da
de transformação e trata-
que juntos representam mais de 90% do
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria
mento, aliado à vaidade da
mercado de cabelos, o País registrou um
e Cosméticos (Abihpec)/Euromonitor.
população já reconhecida
faturamento de R$ 21,2 bilhões, repre-
“Nos últimos três anos, vem aumentando
mundialmente, faz com que o mercado
sentando 11,8% do mercado mundial
o número de pessoas fazendo tratamento
nacional se fortaleça e se destaque com a categoria. Assim, o Brasil vem contribuindo para o aumento e evolução dessa gama de pro-
USO FREQUENTE Durante o ano de 2014,
89%
da população brasileira usou algum tipo de produto para cabelo,
42% 58% 44% 46% 10%
sendo
do público
masculino e , feminino. Nesse universo, pertencem às classes AB; , classe C; e , classe DE.
Fonte: Estudo Geral de Meios (EGM) Marplan – estudo da Ipsos Connect
3 4 • S E T/O U T 2015
TENDÊNCIAS • Os consumidores buscam produtos que entregam mais brilho e luminosidade aos cabelos; • Eles também têm valorizado as fórmulas que tratem do couro cabeludo (movimento inverso ao atual tratamento das pontas); • Há uma migração dos conceitos de cuidados para a pele no mercado de cabelos, como linhas de BB creams ou botox capilar; • Vê-se, ainda, a evolução do apelo “Argan” (embora ainda muito usado no mercado), para Argan suave; óleo de ojon (semente caribenha); e óleo de moringa; • Após a onda de cabelos lisos, as mulheres agora optam por madeixas mais volumosas e onduladas, o que traz força para produtos de cuidados e modelagem dos fios; • O clima quente e úmido em várias regiões do País, que pode deixar os cabelos ressecados e difíceis de pentear, traz à tona soluções para o controle de frizz e efeito hidratante;
54%
• O controle dos fios é outro desejo da população: das brasileiras têm cabelos volumosos, indisciplinados, com
42%
frizz ou armados; e das brasileiras usam mais de quatro produtos para chegar ao resultado que almejam. Fontes: Caderno de Tendências da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) 2014-2015 e L’Oréal
O MERCADO DE CABELOS NO BRASIL O executivo de atendimento e negócios
Categorias/ Mercados
% de crescimento sobre ano anterior
% de crescimento médio anual nos últimos 6 anos
% das subcategorias na categoria em 2014
2013
2014
Xampu
3,8
22,0
12,3
31,0
Condicionador
10,4
22,1
14,5
19,3
Produtos para o tratamento dos cabelos
11,5
25,8
15,1
27,0
Fixadores/ Modeladores
19,2
20,1
11,8
2,2
Coloração/ Descoloração
0,5
8,3
8,3
17,7
Permanente/ Alisante
40,1
-5,5
3,9
2,8
Mercado total de cabelos
7,3
19,3
11,1
100,0
Mercado total de HPC
10,5
13,3
12,5
da Kantar Worldpanel, Vitor Henrique Francisco dos Santos, valida essas informações. “As maiores preocupações deles estão relacionadas a controle de caspas, controle de queda e remoção de resíduos”, acrescenta. Assim, mesmo em períodos de retração de vendas como o que o País atravessa, o setor de produtos de beleza, no qual a categoria cabelos está inserida, se constitui como um dos que menos é penalizado no varejo. Em 2013, a frequência de compra registrou queda de 3,9% e, em 2014, essa frequência caiu para 5%.
Potencialize os resultados Diante de números tão positivos, o ideal é que o varejista aproveite todas as oportunidades oferecidas, explorando melhor o
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
espaço da loja dedicado a esses produtos. Segundo Oliveira, nessa categoria, alguns consumidores buscam por ter novas e boas
e uso de produtos para o cabelo”, reforça
e 2014, observa-se a preocupação pelo pú-
experiências de consumir o produto adqui-
o diretor de contas da Ipsos Connect,
blico masculino com o uso de produtos pa-
rido. “Assim, a comunicação direcionada a
Diego Oliveira.
ra cabelo, além da frequência em cabelei-
esse segmento precisa explorar os momen-
Os homens também têm apresentado
reiros – em 2014, a cada dez homens, dois
tos que serão vivenciados, criando neces-
cada vez mais interesse pelo cuidado com
declararam frequentar habitualmente o sa-
sidades e despertando o desejo”, ensina.
os fios. “Ao comparar o período entre 2012
lão”, mostra Oliveira.
Para outros, o que realmente importa em uma mercadoria são fatores mais complexos, como procedência, a forma como é feita, os materiais ou substâncias que são utili-
O BRASIL NO MERCADO MUNDIAL
zados para sua fabricação. Para esse grupo, portanto, a informação no ponto de venda
Parâmetro Porcentagem do Brasil no mercado mundial de cabelos Posição do Brasil no ranking mundial de cabelos
2009 9,6
2010 11,5
2011 12,1
2012 11,7
2013 11,6
2014
(PDV) torna-se fundamental.
11,8
ações promocionais, desenvolvidas, com
2º
e promoções como leve mais e pague me-
Outra dica é colocar em evidência as sucesso, pela indústria. “Para estimular as vendas, boas apostas são os packs e kits,
3º
2º
2º
2º
2º
nos. Vemos, ainda, a indústria apostando no desenvolvimento de embalagens econô-
Fontes: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e Euromonitor
micas, bastante procuradas em mercados de vizinhança”, afirma Santos. • 35
EC_cenário_44_18.1_02.indd 35
24/08/15 17:31
ESPECIAL CABELOS
XAMPU E PÓS-XAMPU
CABELOS LIMPOS E SAUDÁVEIS O papel de xampus, condicionadores e cremes de tratamento é o de manter a saúde das madeixas em dia
A
brasileira adora se sen-
uma vez que é extremamente exi-
nicação para as marcas de beleza da
tir bonita e apostar em
gente e procura sempre por inova-
P&G, Marjorie Teixeira.
novos visuais, atreven-
ção, benefícios reais, produtos multi-
Nessa busca pela inovação, a indús-
do-se, assim, a mudar
função, com melhor tecnologia e re-
tria aposta não somente em fórmu-
a cor dos cabelos, ali-
sultado”, analisa a gerente de comu-
las diferenciadas (inclusive com ape-
sar ou enrolar os fios. No entanto, esses inú-
meros procedimentos podem trazer consequências danosas. E é principalmente com esse viés que surgem as novas linhas de xampus, condicionadores e cremes de tratamento no Brasil, com fórmulas especiais para reparar os danos. “Produtos especiais para cuidado com os fios coloridos ou com química continuam a ser tendência”, reforça o gerente de marketing da marca Dove (Unilever), Diego Guareschi. Nessa categoria, nota-se, ainda, uma fidelidade baixa pelas marcas, já que as brasileiras têm a crença de que mudá-las, periodicamente, faz bem aos cabelos. Daí vê-se a grande aposta da indústria em inovar sempre*. “O consumidor já tem hábitos muito avançados nessa categoria, 3 6 • S E T/O U T 2015
CONSUMO DE XAMPU E PÓS-XAMPU NO BRASIL A categoria de xampus está presente em
94% dos lares, o que representa
44 milhões de domicílios e os consumidores compram esses produtos a cada
54 dias.
Os pós-xampu também têm uma penetração bem desenvolvida
(93,6%) e atingem
43 milhões de lares.
Dentro da categoria, o segmento que mais se destaca é o de condicionador, com maior penetração e maior frequência de compra. Quando observados, isoladamente, o Brasil é o maior consumidor de pós-xampus mundialmente, uma vez que as mulheres valorizam a hidratação e os cuidados após a lavagem. Fontes: levantamento Nielsen/julho-2014 sobre consumo hair care; e Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
Untitled-4 1
20/08/15 11:24
ESPECIAL CABELOS
XAMPU E PÓS-XAMPU
mesmos benefícios daqueles usados
CONSUMO DE ANTICASPAS NO BRASIL
em salões de beleza*. “O varejo deve focar em marcas premium, vê-se
A reposição dos anticaspas se dá, em média, a cada três meses e o tíquete médio é de
Cerca de
10% dos lares
brasileiros consomem esses produtos.
R$ 15,00.
Fontes: P&G e Unilever
o aumento das vendas e penetração dessas linhas”, avalia Marjorie, salientando que o pequeno e médio varejista concentram, hoje, 34% das vendas de produtos dirigidos aos cuidados com os cabelos.
lo a ingredientes naturais), mas tam-
riência única para o banho”, mostra
Força no mercado de anticaspas
bém em novas sensações. “Queremos
o diretor de marketing de Palmolive,
Dentro da categoria de xampus para
que a consumidora se sinta irresistí-
Marcelo Cruzato.
adultos, as versões anticaspas são as
vel da cabeça aos pés. Por isso, en-
Outra grande demanda das consu-
mais representativas no segmento de-
contramos a oportunidade ideal pa-
midoras, especialmente entre aque-
pois das opções tradicionais. E à me-
ra lançarmos uma linha exclusiva de
las que pertencem à classe média, é
dida em que elas crescem, também se
produtos que oferecem uma expe-
a por produtos que apresentam os
aperfeiçoam, trazendo novas opções aos usuários. Vê-se, por exemplo, que os anticaspas deixaram de ser desti-
POTENCIALIZE AS VENDAS
nados, especialmente, aos homens, eles passaram a trazer linhas especí-
• A categoria de xampus/condicionadores e cremes deve ser agrupada na gôndola e exposta de forma subdividida por subcategoria, iniciando-
2x1
-se pelos produtos de uso específico (como anticaspas, e masculinos), obedecendo o critério de valor do maior para o menor, de acordo com fluxo principal do corredor e espaço disponível na gôndola. • Dentro de cada subcategoria, devem ser blocados por marca, e dentro dela, por versão (benefícios), expondo juntos e, nessa ordem, o creme de tratamento, de pentear, condicionador e xampu de cada versão, estimulando a compra por impulso. • Em relação ao sortimento, priorize menos marcas e mais versões dentro das marcas foco. As coleções mais relevantes para a as consumidoras são: Dano à Reparação, Hidratação, Força, Brilho, Maciez e Limpeza. • Lembre-se de que, no segmento de anticaspas, os consumidores são mais leais em relação à média de outros produtos voltados aos cuidados para cabelo e, por isso, o sortimento certo é ainda mais importante. • Evite rupturas, especialmente durante o inverno, quando há maior procura do consumidor por anticaspas (há um crescimento médio de
10% nas vendas entre junho e setembro).
Fontes: DEC (Distribuidor Especializado em Cosméticos), P&G e Unilever
3 8 • S E T/O U T 2015
ficas para mulheres. “Sendo a brasi-
SOLUÇÕES RÁPIDAS Outra grande tendência que tem caído no gosto das brasileiras são as ampolas para tratamento instantâneo dos fios. Em alguns casos, os resultados podem ser visualizados apenas um minuto após a aplicação. “Além de oferecerem a reparação desejada, a questão da praticidade é o grande diferencial nesses produtos”, analisa o gerente de marketing da marca Dove (Unilever), Diego Guareschi.
*Fonte: Caderno de Tendências 2014-2015 da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
EVOLUÇÃO DA CATEGORIA Categorias/ Subcategorias
% de crescimento sobre ano anterior
% de % das crescimento subcategorias médio anual na categoria nos últimos em 2014 6 anos
ÁRVORE DE DECISÃO DE COMPRAS 1º Performance 2º Marca 3º Segmento 4º Preço
2013
2014
Xampu – 31,0% do Grupo Cabelos
3,8
22,0
12,3
100,0
ADULTO
3,1
21,8
11,8
89,8
Tradicional
6,1
24,0
10,0
68,3
Anticaspa
-13,9
29,1
16,5
12,3
4,8
2,7
23,0
3,3
Afro-étnico
-30,6
-21,6
-1,4
0,1
Antiqueda
7,4
1,6
59,8
5,1
Masculino
31,6
-8,0
20,5
0,7
INFANTIL
10,6
23,5
18,3
10,2
Bebê
15,9
33,1
21,6
5,8
A gerente de marketing de Clear
Infantil
5,1
12,5
15,5
4,3
(Unilever), Luciana Pereira, comprova
Condicionador – 19,3% do Grupo Cabelos
10,4
22,1
14,5
100,0
Adulto
10,9
23,2
14,3
88,8
Tradicional
11,0
23,4
14,3
88,6
Afro-étnico
-4,2
-26,5
13,6
0,1
Infantil
6,5
14,1
16,9
11,2
2X1
Fonte: MD Comunicação
leira a mulher que mais ‘interferências’ faz no cabelo, entre elas, a escova progressiva, é ela também uma das que mais sofre com males causados no couro cabeludo, entre eles, a caspa”, justifica Marjorie, da P&G.
os motivos de linhas únicas para cada público. “Os homens são mais propensos à caspa, oleosidade e queda de cabelos. Mulheres são mais propensas aos danos e à coceira, por isso desenvolvemos produtos específicos para as necessidades de cada público”, mostra.
Produtos para tratamento do cabelo – 27,0% do Grupo Cabelos
11,5
Creme para pentear/ desembaraçar
6,5
25,5
15,7
57,4
Ativador de cachos
-21,3
4,6
6,3
0,4
zando o resultado da química realiza-
Tônicos/Loções
-20,3
33,4
-18,2
0,6
da anteriormente. Assim, muitas delas
Reparador de pontas
8,8
1,8
5,0
3,2
a diminuir o efeito da química”, justi-
Máscara/ Banho de creme
16,4
40,5
17,5
27,4
Outros
42,9
6,7
63,7
10,6
se resumem mais apenas aos xam-
Afro-étnico
-49,9
13,9
13,1
0,4
pus, mas agora se constituem em li-
Observa-se, ainda, que há um cui-
25,8
15,1
100,0
dado especial para as mulheres que realizam processos químicos nos fios. “Acontece que, muitas vezes, ao tra-
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
tar a caspa, o xampu escolhido conflitava com o pH do cabelo, minimi-
preferiam não tratar o couro cabeludo fica Marjorie. A indústria também ampliou o número de versões, que não
nhas de tratamento, agregando condicionadores com o mesmo efeito. • 39
EC_xampu e pos xampu_44_18.2_01.indd 39
24/08/15 17:36
ESPECIAL CABELOS
TINTURA E COLORAÇÃO
A COR E O TOM DO MOMENTO As consumidoras desejam mudar nuance dos cabelos de acordo com a moda, cobrir os fios brancos e, ainda, mantê-los hidratados, o que confere à indústria grandes desafios
A
s brasileiras querem a naturalidade e saúde dos cabelos a cada transformação e essa demanda
POTENCIALIZE AS VENDAS
rem, nutrem os cabelos, com tratamen-
• Nas gôndolas, a primeira divisão deve ser por funcionalidade (colorações permanentes e tonalizantes), seguida por marcas e variedade de nuances. • Vale, ainda, apresentar um bom sortimento de nuances para a consumidora, devido à fidelidade à marca e à cor. As prioridades de exposição são para as nuances naturais ou cores-base (1.0 - preto, 2.0 – castanho-escuríssimo, 3.0 – castanho-escuro...), organizadas da esquerda para a direita e em ordem crescente e, em seguida, para as nuances de reflexo. • Lembre-se de que a variedade de cores é muito importante, portanto, é melhor oferecer um número menor de marcas na gôndola, mas as principais do segmento e, destas marcas, ter a variedade completa de nuances. • Vale, ainda, investir no treinamento para as balconistas sobre colorimetria a fim de que façam a indicação correta à consumidora. É preciso expor sempre a Cartela de Mechas em perfeito estado, local de fácil acesso e bem iluminado.
tos condicionantes ou óleos nas formula-
Fontes: Embelleze, L’Oréal, Niely e P&G
se reflete, diretamente, na categoria de tinturas e colorações. Segundo
a gerente do Grupo Coloração Garnier (L’Oréal), Camila Ribeiro, para essa fatia do mercado, se observam três tendências em destaque: necessidade de tratamento; ingredientes naturais; e qualidade de salão para ser utilizada em casa. E é justamente nesses pilares que atuam as indústrias mais expressivas do setor. “As principais inovações estão nas colorações menos agressivas, com elementos que, além de colori-
ções”, comenta. Assim, além do investimento numa cartela diversificada de nuances que ganham tons cada vez mais naturais, existe a busca por fórmulas que possam promover a mudança, mas sem agredir os fios. “Agregar
ÁRVORE DE DECISÃO 1º Tinturas permanentes ou semipermanentes 2º Marcas 3º Nuance Fonte: P&G
4 0 • S E T/O U T 2015
CONSUMO DE TINTURAS NO BRASIL Recentemente, a Koleston encomendou uma pesquisa ao Instituto QualiBest e identificou que a maioria
(62%)
das brasileiras afirma colorir os cabelos. Quando questionadas sobre a relevância da cor.
86%
veem mais importância em ter a cor dos cabelos em dia do que o corpo em forma
(78%)
, ou mesmo o look da moda
(49%).
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ESPECIAL CABELOS
TINTURA E COLORAÇÃO
EVOLUÇÃO DA CATEGORIA Categorias/ Subcategoria
% de crescimento sobre ano anterior
AS NUANCES DA ESTAÇÃO
% de crescimento médio anual nos últimos 6 anos
% das subcategorias na categoria em 2014
2013
2014
COLORAÇÃO/ DESCOLORAÇÃO – 17,7% do Grupo Cabelos
0,5
8,3
8,3
100,0
Coloração
-0,5
7,9
7,2
89,2
Permanente
0,3
8,3
7,3
82,9
Kit
-0,9
9,9
8,8
75,6
Só tintura
12,0
-5,6
-1,2
7,3
Semipermanente/ temporária
-9,9
3,1
6,0
6,2
Kit
-9,9
3,1
6,9
6,2
Descolorante
10,2
11,6
24,0
10,8
Pó descolorante
13,5
9,7
22,6
6,2
Água oxigenada/ loção
15,2
21,0
36,5
3,6
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
O interesse das brasileiras no universo fashion reflete, diretamente, no tom dos seus cabelos. Diante desse conceito, há uma aposta da indústria em trazer esse desejo para as novas tinturas e colorações. A Imédia Excellence, por exemplo, apresentou, recentemente, a coloração Fashion Paris, inspirada nas tendências das passarelas francesas. Nessa coleção, serão destaque quatro nuances: preto Alta Costura, louro Flash, chocolate Passarela e vermelho Glamour. Segundo a P&G, com a aproximação do verão, também serão tendência os tons quentes e dourados.
ativos de tratamento (proteínas e vitami-
ria de coloração e transformação da Niely,
que é recorrente o lançamento de pro-
nas) têm sido cada vez mais um diferen-
Delane D’Azevedo.
dutos com apelos naturais, utilizando-
cial entre as colorações do mercado”, co-
O gestor da categoria de tintura da
-se de ativos de hidratação, como man-
menta a gerente de produto na catego-
Embelleze, Vinícius Ribeiro, confirma
teigas e óleos. “Produtos sem amônia ou mesmo sem derivados de petróleo
AS USUÁRIAS DE COLORAÇÃO SÃO DECIDIDAS QUANDO VÃO ÀS COMPRAS
89% já escolheram a
85%
marca antecipadamente.
já escolheram a cor.
84% já decidiram
79% já decidiram
o tipo de produto.
73%vão direto ao produto que querem.
Fonte: L’Oréal
o tipo de embalagem.
34% afirmam que há chance de mudar de ideia no momento da compra.
também vêm se destacando no mercado”, anuncia. E no intuito de colorir e tratar, alguns produtos são oferecidos em kits, já que, dependendo da escolha, oferecem sachês para hidratação ou até mesmo reativação da cor. Afinal, ter o tom sempre radiante é outro desejo das usuárias. “No ano passado, a Koleston lançou o Reativador de Cor, que é um condicionador com pigmentos de cor para renovar o brilho e a cor dos cabelos entre uma coloração e outra”, comprova a gerente de comunicação para as marcas de beleza da P&G, Marjorie Teixeira.
4 2 • S E T/O U T 2015
EC_tintura e coloração_44_18.2_01.indd 42
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Untitled-4 1
20/08/15 11:24
ESPECIAL CABELOS
FINALIZADORES E TRANSFORMADORES
TOQUE INDISPENSÁVEL Alisar ou modelar os cabelos é uma prática comum entre as brasileiras, que hoje almejam o controle dos fios aliado à naturalidade do penteado
O
desejo de ter os fios
de Luna, a busca da indústria está
nharam componentes que protegem
controlados e mode-
em alcançar a viscosidade ideal pa-
do ressecamento. A proteção solar e
lados, porém com as-
ra o não enxague, além do foco em
térmica também passa a ser explo-
pecto natural, se re-
benefícios específicos, como dimi-
rada por toda a categoria. “Esse be-
força como uma ten-
nuição do frizz. Já entre os sprays e
nefício está presente em finalizado-
dência. Os géis, pro-
mousses, além do aperfeiçoamento
res que protegem os cabelos do ca-
dutos mais tradicio-
da fixação ultraforte, segundo a ge-
lor do secador ou chapinha”, define a
nais e representativos na categoria de
rente de marketing da Cless, Nicolle
técnica capilar da Salon Line, Débora
finalizadores, são um exemplo. Com
Gobara, esses produtos também ga-
Venâncio. Recentemente, a categoria
o passar dos anos, esses produtos ganharam fórmulas menos agressivas (algumas delas com vitaminas e filtro solar), ou funções específicas, como
POTENCIALIZE AS VENDAS
ação prolongada ou brilho molhado. Outro destaque são os cremes para pentear, produtos que registram o maior crescimento médio entre os finalizadores. “As mulheres com cabelos cacheados são as maiores consumidoras desse tipo de produto, já que auxiliam na definição dos cachos e na redução de volume”, mostra a diretora de marketing de Monange, Regiane Bueno. Nessas fórmulas, de acordo com a gestora de tratamen-
• Nas gôndolas, os finalizadores devem encerrar o ciclo de cuidados com os cabelos, e a organização deve começar com os produtos mais elaborados. • Os cremes para pentear são complementares ao tratamento dos xampus e condicionadores, portanto, o ideal é que haja uma exposição que mostre a solução completa. • No caso dos transformadores, organize a gôndola por tipo de base química. E junto aos kits de alisamento, também é importante ter, próximos a eles, os produtos de manutenção, como xampus, máscaras e finalizadores. Fontes: Cless, Embelleze, Niely e Salon Line
to e marketing da Embelleze, Fabiana 4 4 • S E T/O U T 2015
EC_finalizadores-e-transformadores_44_18.4_01.indd 44
21/08/15 15:57
Untitled-1 1 FECHAR ANÚNCIOS DEC.indd 20
21/08/2015 10:17:39 21/08/15 13:47
ESPECIAL CABELOS
FINALIZADORES E TRANSFORMADORES
Com o passar dos anos, esses produtos ganharam fórmulas menos agressivas (algumas delas com vitaminas e filtro solar), ou funções específicas, como ação prolongada ou brilho molhado
EVOLUÇÃO DAS CATEGORIAS
Categorias e subcategorias
% de crescimento sobre ano anterior
% de crescimento % das médio subcategorias anual nos na categoria últimos em 2014 6 anos
2013
2014
Fixadores/ Modeladores – 2,2% do Grupo Cabelos
19,2
20,1
11,8
100,0
Laquê/Hair Spray
39,4
1,3
10,0
21,6
Mousse
12,0
8,9
14,8
2,8
Gel
12,2
29,8
17,4
54,5
Óleos
16,2
-10,9
0,2
0,8
Creme
27,6
11,8
23,4
13,1
Pomada/ Cera/Pasta
-1,6
51,9
11,8
7,1
Permanente/ Alisante – 2,8% do Grupo Cabelos
40,1
-5,5
3,9
100,0
Permanente
27,2
19,3
5,8
8,2
Neutralizante
39,8
-13,9
7,8
4,0
Alisante/ relaxante
41,1
-7,0
3,7
87,7
ganhou um novo aliado: os xampus a seco, que eliminam a oleosidade, sem precisar lavar os cabelos diariamente.
Transformadores Há cinco anos, o cabelo liso se tornou uma referência quando a onda da progressiva tomou conta da cabeça das brasileiras. Mas hoje a demanda tem mudado. “Os efeitos negativos desses processos (ressecamento, queda de cabelo, reações alérgicas e até mesmo morte) e a proibição do uso do formol pela Vigilância Sanitária fizeram as consumidoras procurarem novas alternativas”, analisa a gerente de produto na categoria de coloração e transformação da Niely, Delane D´Azevedo. Assim, ganham força no mercado os alisantes mais suaves, com a ideia de modelar os fios. De acordo com a Embelleze, os transformadores são comprados a cada 60 dias, com desembolso médio
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
de R$ 30,00 e R$ 50,00. 4 6 • S E T/O U T 2015
EC_finalizadores-e-transformadores_44_18.4_01.indd 46
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PONTO DE VENDA
PREÇO COM VALOR AGREGADO
Por Claudia Manzzano
Os clientes ainda buscam por custos atrativos, mas este não é o único fator que interfere na compra
Q
uanto custa? Essa
ços, venham ganhando mais espa-
ta de valor e ao posicionamento de
deve ser a pergun-
ço nesse gráfico imaginário que ca-
uma organização e, nas lojas físicas,
ta mais frequente
da consumidor tem em sua cabeça,
deve estar alinhado com a ambien-
em qualquer loja
o preço é um item sempre presente
tação e formatação do estabeleci-
varejista. E isso de-
e, talvez, o mais racional de todos.
mento”, afirma o gerente sênior da
monstra que o pre-
Embora ele seja, sim, um fator re-
consultoria da Ernst & Young (EY),
ço ainda é um fa-
levante na decisão de compras, espe-
Gustavo Guazzelli. E é esse compi-
tor importantíssi-
cialmente em épocas de crise, mais
lado, justamente, que faz o cliente
mo para a decisão de compra do
importante é definir o valor que ca-
optar pela loja A ou B. “A escolha
consumidor. Mesmo que outros fa-
da produto vai ter na loja. “O preço
está relacionada com conveniência,
tores, como conveniência e servi-
está totalmente atrelado à propos-
preço e mix. Produtos certos com
4 8 • S E T/O U T 2015
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Fotos Shutterstock
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O varejista precisa estar atento ao abatimento concedido nos pontos de venda e a política de desconto do negócio deve ser considerada na estratégia de formatação do preço
condição especial. “Se higiene e beleza são o atrativo de tráfego, a decisão com preço é uma. Se esses produtos são geradores de margem, a estratégia é outra.” O pulo do gato para essa estratégia é escolher qual produto vai ter uma política mais agressiva.
preços atraentes”, define o econo-
da. Estratégia muito característica
mista da Faculdade de Economia e
na prestação de serviços.
Segundo Luzio, o consumidor se sente atraído pelo preço baixo quan-
Administração da Universidade de
Preço baseado na competição:
do sabe o valor do produto em outras
São Paulo (FEA-USP), Eduardo Luzio.
aqui, o preço é formatado de acor-
lojas. Esse tipo de conhecimento só
Na hora na composição do pre-
do com os concorrentes. Estratégia
existe em itens que o cliente com-
ço pelo varejista, vale lembrar que
característica em varejos com alta pre-
pra com frequência e/ou são essen-
a regra não é única para todas as
sença de negócios e com produtos
ciais para ele. No varejo alimentar, são
lojas, já que cada uma delas possui
e serviços com muita oferta similar.
exemplos: arroz, feijão, carne e cerve-
características peculiares de merca-
Preço baseado em custo: o pre-
ja. E é aí que o varejo ganha. O clien-
do que resultam em técnicas dife-
ço é formatado conforme o custo
te vai passar por outras categorias que
rentes de precificação. Além disso,
do produto ou serviço, somado a
serão as geradoras de margem.
aspectos, como sazonalidade, região
uma margem de lucro que o vare-
Mas cada loja tem um perfil de pú-
geográfica, localização e presença
jista definir. Estratégia característi-
blico e, por isso, diz Luzio, para saber
da concorrência, possuem impac-
ca dos varejos de móveis e livros.
qual produto vai atrair o consumidor,
to direto na precificação. Por isso, segundo Guazzelli, não existe certo
Pense grande
é preciso conhecer quem frequenta o estabelecimento e de qual item ele
ou errado na construção da política
Definir o preço dos produtos é
sabe o preço. Somente dessa forma
de preço. O que existem são técni-
uma tarefa que exige um pensa-
será possível estabelecer uma estra-
cas que podem ser utilizadas pelas
mento estratégico do varejista. Um
tégia específica para atender o clien-
empresas para terem certeza de
exemplo é quando se entra numa
te. A época do ano e o clima são ou-
que não estão no caminho errado.
loja por conta do preço atrativo
tros fatores que interferem na política
O especialista pontua quatro delas:
de um único item. Provavelmente,
de preço, pois os produtos sazonais
Preço baseado em valor: neste
quando se chega a esse estabeleci-
ganham e perdem valor de acordo
caso, o preço é formatado, predo-
mento, percebe-se que outros itens
com essas variações. No verão, expli-
minantemente, pela percepção do
não estão tão baratos quanto aque-
ca Luzio, o consumidor tem disponi-
cliente. Esta tática é característica
la mercadoria que o atraiu. E isso
bilidade para pagar um preço no pro-
de novos produtos, serviços inova-
faz parte de um plano da empresa.
tetor solar, mas não é o mesmo que
dores e varejo de luxo. Os famosos
Ou seja, não é necessário ter um
ele vai desembolsar em época de frio.
sonhos de consumo. É nesta estra-
ótimo preço em todos os produtos,
tégia que o varejista tem a oportu-
mas deve-se mostrar, ao consumi-
nidade de obter maior rentabilida-
dor, que a loja tem pontos fortes.
de e ter uma melhor relação de ganha-ganha com o cliente.
Desconto sem prejuízo Depois da pergunta vencedora no
Para trabalhar com essa estraté-
varejo: “quanto custa?”, vem a que
gia, o coordenador dos programas de
nenhum varejista gosta de ouvir: “tem
Preço baseado em contexto:
MBA do Insper, Silvio Laban, explica
desconto?”. Segundo os especialistas,
nesta situação, o preço é formatado
que o varejista precisa entender quais
a resposta não pode ser genérica. O
conforme o contexto de cada ven-
produtos podem ser oferecidos em
primeiro fator a considerar na hora de • 49
PONTO DE VENDA
decidir sobre o desconto é saber se
Laban reforça a importância do
gestor vai saber, exatamente, o pre-
essa política é característica do negó-
desconto ser usado como uma estra-
ço mínimo daquele item para a loja
cio. Guazzelli explica que a redução
tégia da empresa. Por exemplo, ele
não sair perdendo.
do preço precisa ser muito bem expli-
vai atrair tráfego para loja ou com-
Guazzelli conta que uma estratégia
cada ao cliente. Caso contrário, cor-
pensar o cliente pela fidelidade ou
interessante para ser utilizada pelos
re-se o risco de transmitir uma ima-
volume de compra? Para ele, assim
varejistas com objetivo de transformar
gem negativa ao varejista. “Já estive
como afirmou Guazzelli, um descon-
o desconto em uma característica ou
em estabelecimentos que ao simples
to sem tática não fideliza.
diferencial no negócio é o desconto
fato de perguntar se o vendedor pode-
Mas se o modelo da loja contempla
progressivo. Nessa prática, quanto
ria me dar 10% de desconto, recebi
a política de descontos, é preciso ficar
maior a quantidade de produtos ou
um sim de imediato”, conta. Para ele,
atento para não se perder nas con-
valor comprado, maior o desconto re-
isso não demonstra vantagem. “Exis-
tas. Conhecer o ponto de equilíbrio
cebido pelo cliente. Desse modo, ao
te muito dinheiro na mesa ao falar-
dos produtos, ou a média para cada
incentivar uma compra maior, o ven-
mos de desconto. O varejista preci-
grupo, é um cálculo essencial para
dedor deixa claro ao cliente a razão
sa estar atento ao abatimento conce-
não ter prejuízos, segundo o consul-
do benefício, apresentando uma si-
dido nos pontos de venda (PDVs) e a
tor do Serviço Brasileiro de Apoio às
tuação de ganha-ganha. Uma segun-
política de desconto do negócio deve
Micro e Pequenas Empresas, de São
da estratégia utilizada é o desconto
ser considerada na estratégia de for-
Paulo (Sebrae-SP), José Carmo Vieira
para uma próxima compra, incenti-
matação do preço”, explica Guazzelli.
de Oliveira. Apenas dessa forma o
vando o cliente a voltar.
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MARKETING
Por Adriana Bruno
MAIS EM UM Kits ou combos promocionais de produtos de uso rotineiro atraem a atenção do consumidor e criam oportunidades de bons negócios para a loja
A
relação custo-benefício
seja, produtos de rotina, que são com-
tíquete médio do consumidor e fazê-
implícita nos kits promo-
prados periodicamente, como escovas
-lo voltar sempre por conta de itens de
cionais é o que mais atrai
de dente, cremes dentais e produtos de
abastecimento ou regulares.
o consumidor do vare-
consumo não durável. Para ele, quan-
A ação também pode não render
jo. Comprar dois produ-
do o desembolso é grande, essa ação
bons resultados em categorias de
tos pelo preço de um ou
deixa de ser atrativa.
baixo consumo. “O cliente não vai
ainda “ganhar” um produto correlato
“Não faz sentido que itens muito
se sentir atraído por uma promoção
na compra de determinado kit, gera
caros ou bens duráveis estejam nessas
de leve 3 e pague 1 numa categoria
uma sensação de valor em função do
promoções, porque embora represen-
como sal, por exemplo, porque se
desconto obtido. Segundo o diretor da
tem um desconto para o consumidor,
trata de um item de baixo giro. Esse
iTrade Smollan e especialista em vare-
poucos vão ter interesse. O ideal é apli-
tipo de promoção é atraente para
jo e marketing promocional, Jeferson
car essas promoções em produtos de
categorias com elasticidade de con-
Cheriegate, os kits promocionais têm
alto giro”, diz Cheriegate, acrescentan-
sumo. O consumidor vai comprar pro-
boa aceitação em categorias de abas-
do que ao usar essas promoções, a lo-
dutos que usa bastante. De uma for-
tecimento ou de desembolso baixo, ou
ja tem a possibilidade de aumentar o
ma geral, esse tipo de promoção é
5 2 • S E T/O U T 2015
Ilustração Shutterstock
rentável, funciona bem, é valorizada e eleva a venda”, avalia o professor do núcleo de negócios do varejo da ESPM e consultor de gestão de processos pela Foco Consultoria, Roberto Nascimento de Oliveira.
Os kits promocionais têm boa aceitação em categorias de abastecimento ou de desembolso baixo, ou seja, produtos de rotina, que são comprados periodicamente, como escovas de dente, cremes dentais e produtos de consumo não durável
Nas categorias de produtos de higiene e beleza, é comum encontrar
kits promocionais. Basta uma breve
Ação requer cuidados
insucesso da promoção. Afinal, tra-
visita às gôndolas dos supermercados
Existem três pontos cruciais para que
tam-se de produtos conhecidos e já
ou perfumarias para encontrá-los. Pa-
a ação de marketing com kits promo-
experimentados pelo consumidor.
ra a diretora da Ativar – Ativação de
cionais alcance resultados positivos. O
Mas nada impede que outras mar-
Varejo, Sandra Pimentel, para que a
primeiro deles é o preço, que nunca de-
cas menos conhecidas façam o mes-
venda aconteça, o shopper (compra-
ve ser maior do que a compra dos itens
mo. Só é preciso ter um esforço adi-
dor) precisa enxergar a real vantagem
da promoção de forma individual; o se-
cional para que se conquiste o “voto
de adquirir um determinado kit. Esse
gundo é jamais desmembrar os kits vin-
de confiança” do shopper. “Um tipo
benefício deve ser visto em quantida-
dos da indústria; e, por fim, concentrar
de promoção que sempre funciona
de a mais de produto, na amostra de
as promoções em marcas fortes, conhe-
bem é o brinde grátis na compra de
um lançamento ou em redução no
cidas e desejadas pelo cliente.
X produtos, desde que o brinde seja
valor final, principalmente nas cate-
De acordo com Oliveira, muitos con-
relevante, de boa qualidade, e que o
gorias de tratamento de cabelos e hi-
sumidores têm desconfiança em rela-
shopper sinta que ganhou de fato al-
dratação da pele, que possuem eta-
ção aos kits ou combos, por isso o va-
go”, comenta Sandra.
pas, indicações de uso e vários SKUs
rejista deve expor a embalagem pro-
Normalmente, os kits são uma ação
(a sigla que representa o termo Stock
mocional ao lado da unitária, com des-
da indústria para promover um lança-
Keeping Unit, em português Unida-
taque para o preço diferenciado, para
mento, aumentar o share de um pro-
de de Manutenção de Estoque, é de-
que se visualize, facilmente, a vanta-
duto ou marca e, assim, contam com
finida como um identificador único de
gem. “O preço tem de ser sério, não
comunicação e embalagem própria.
um produto e é utilizada para manu-
pode simular. O varejista não pode su-
Mas também há ações que vêm do
tenção de estoque).
bir o valor unitário para simular um ga-
distribuidor que cria kits em parceria com o varejo.
“O brasileiro, no geral, se seduz por
nho na promoção. O consumidor é es-
promoções. Mas reforço a importân-
perto e sabe que em outro estabeleci-
Vindo da indústria ou do distribuidor,
cia de oferecer uma vantagem clara pa-
mento o produto está mais barato, sem
o importante é que o varejista não des-
ra o shopper. Em tempos de crise, on-
precisar da promoção”, adverte.
membre o kit para que o mesmo não
de o consumidor está revendo os gas-
Outra orientação é pesquisar, na con-
perca valor. “Ao desmembrá-lo, o vare-
tos para controlar o orçamento, a sua
corrência, o valor dos itens em promo-
jista perde a oportunidade de aumentar
ida ao cabeleireiro pode ter diminuído,
ção. “Com essa informação, o varejista
o desembolso do consumidor. Ele abre
mas a autoindulgência, em manter o
garante que seu kit promocional não
mão da eficácia de incentivar a compra
uso de marcas cosméticas que acaba-
seja mais caro que os itens individuais
em volumes maiores”, alerta Cheriegate,
ram de ser conquistadas por ele, ainda
do concorrente, o que faria com que o
acrescentando que o ideal é dar o má-
está mantida. Promoções, nesse caso,
consumidor se sentisse enganado”, co-
ximo de destaque para o pacote pro-
são muito bem-vindas e garantem que
menta Cheriegate.
mocional. Assim, se for possível, pode-
o shopper poderá manter esse cuidado pessoal e com a família”, diz Sandra.
Marcas fortes atraem mais, ajudam a vender e reduzem o risco de
-se alocá-lo em pontos extras, a fim de chamar a atenção do shopper. • 53
ESTUDO DE CASO
UM SONHO REALIZADO
Por Kathlen Ramos
Supermercado Arco-Íris sai de um cenário de crise para se tornar uma das maiores lojas do setor em Tomé-Açu (PA), trazendo sortimento completo e espaço para que os clientes tenham uma boa experiência de compras
Q
uem nunca brincou ou
carinhosamente conhecido pela popu-
nando no formato atual da loja, cons-
sonhou em encontrar
lação como A Terra da Pimenta. Mas
tituído apenas por David e sua esposa,
um pote de ouro no fim
quando os pais de David, Milton Pinto e
Selmaria Nascimento dos Santos, na li-
do arco-íris? Para o em-
Maria do Carmo Sanches, vislumbraram
derança do negócio. “Manter uma lo-
presário David Sanches
o negócio da família, queriam que fos-
ja com muitos sócios traz dificuldades
Pinto, essa experiência
se muito além dessa iguaria, constituin-
porque cada um tem uma visão dife-
pode não ter trazido os
do um mercado capaz de atender às de-
rente”, comenta David. “Em 2012, con-
artefatos característicos
mandas dos moradores da região. No en-
segui um financiamento para construir
dessa fábula, mas, sem dúvida, culmi-
tanto, quatro anos depois da fundação, a
o nosso próprio ponto comercial, que
nou muito sucesso nos negócios e óti-
empresa passou por dificuldades finan-
foi inaugurado no dia 25 de maio de
mos resultados. Intitulado como atual
ceiras. Foi quando David, junto com seus
2013”, lembra.
proprietário e administrador do Super-
três irmãos, compraram a parte dos pais
mercado Arco-Íris, é fato que, para es-
no negócio e assumiram a loja.
Assim, sob nova direção, o Supermercado Arco-Íris ganhou, também, uma
sa conquista, o empresário tem atuado
Infelizmente, a sociedade não deu
nova identidade. A primeira mudança
com muita dedicação a fim de que a
certo e, em 2006, a parceria se des-
foi a de endereço. “Antes, a nossa loja
prosperidade prometida nessa lenda da
fez, restando apenas dois sócios, que
ficava na Avenida Dionísio Bentes, que é
cultura popular se tornasse realidade.
ficaram com David por mais quatro
conhecida pelo comércio bastante aque-
A história da sua loja começou em
anos. E, finalmente, em 2010, a so-
cido. Mas decidimos mudar para a Ave-
1998, no município de Tomé-Açu (PA),
ciedade se rompeu novamente, culmi-
nida Cametá e, com essa mudança, fi-
5 4 • S E T/O U T 2015
Fotos Divulgação
UMA PARCERIA DE CONFIANÇA Para chegar ao patamar a que chegou, saindo de uma loja com dificuldades financeiras, para ser uma das maiores da região, o Supermercado Arco-Íris também contou com a parceria de bons fornecedores. Um exemplo é o DEC Dismelo, que atende a todo o estado do Pará e abastece as gôndolas de higiene & beleza da loja. Essa parceria dura desde 1998, época de fundação do negócio, e a relação sempre foi de muita confiança. “Sempre demos liberdade para realizarem o trabalho que considerassem mais adequado. Vendemos bem todas as categorias e para todas as classes sociais”, diz Sanches. O consultor de vendas do DEC Dismelo, Manoel Ximenes de Barros, valida a força dessa parceria e comemora os resultados obtidos com as categorias. “O David começou o negócio com muitas dificuldades financeiras, mas com muita perseverança, conseguiu dar a volta por cima. No começo, logo quando iniciamos nossa parceria, tínhamos apenas uma marca de cada produto. Agora, o Arco-Íris tem um sortimento completo e uma venda expressiva no setor de higiene & beleza”, analisa. Por lá, a estratégia utilizada para alavancar as vendas da categoria é explorar as pontas de gôndolas. “Procuramos sempre expor bem as mercadorias e direcionar um espaço maior para aquelas que têm mais giro”, conclui Barros.
camos praticamente isolados do restan-
que significa um aumento de mais de
Hoje, o Arco-Íris conta com 24 funcio-
te do comércio. No entanto, passamos a
500 m2 para facilitar o tráfego de clien-
nários e sete checkouts. No período de
atender a uma nova demanda dos mora-
tes”, diz. E todas essas mudanças fizeram
um ano, o faturamento da loja cresceu
dores ao redor e nossos resultados não
o Supermercado Arco-Íris se diferenciar
110%. “Devo esse crescimento ao nos-
foram afetados. Pelo contrário. Melho-
dos principais concorrentes da região.
so investimento num melhor mix de pro-
raram muito”, conta Sanches.
“Na minha opinião, eles investem mais
dutos e espaço na loja, além de ter de-
E além do novo endereço, a loja tam-
em produtos da cesta básica, e acabam
senvolvido um estacionamento, serviço
bém passou a oferecer um serviço ade-
esquecendo que o consumidor é muito
que a maioria dos varejistas do setor, por
quado aos consumidores, com foco na
exigente tanto em variedade quanto em
aqui, não tem”, diz.
variedade de produtos e conforto na ho-
conforto. Assim, ofereço uma loja mais
Para 2015, o supermercado espera al-
ra da compra. “Antes, a nossa loja tinha
completa. Investi nessa ideia e deu cer-
cançar um crescimento de 20% ante o
apenas 385 m . Hoje, temos 960 m , o
to”, comemora o empresário.
ano anterior e ainda há planos de expan-
2
2
são. “Nossa meta é a de aumentar a área de frutas e congelados e também o nosso depósito, que ficou pequeno devido ao grande crescimento de faturamento. E também queremos continuar investindo em cosméticos, que é um dos principais itens que dão bastante lucro para nossa empresa”, revela Sanches, que também vislumbra, para o futuro, investir nas vendas por atacado.
O conforto na hora das compras é o diferencial que David e Selmaria proporcionam aos seus clientes
Supermercado Arco-Íris Avenida Cametá, s/n, Centro, Tomé-Açu (PA) Tel.: (91) 99301 5999/ 99195 5517
• 55
OPORTUNIDADE
MAIS CONHECIMENTO NO PDV A revista Decnews é elaborada para contribuir com o desenvolvimento do varejo indireto, com base na atuação do DEC (Distribuidor Especializado em Cosméticos). Assim, a publicação se consolida como um importante elo entre a indústria e os clientes deste canal. A seguir, confira os consultores e varejistas homenageados nesta edição pela regularidade de entrega da revista. Parabéns!
Entrega da revista Decnews feita pelo consultor do DEC Sul, Ednei Pesamosca (à esquerda, ao gerente do Super Comercial Rocha (à direita), localizado em Canoas (RS), Claudionor Cruz Junior. “Recebo, periodicamente, a revista Decnews e acho que a publicação tem extrema qualidade, pois já me auxiliou a compor um mix atrativo e atualizado, e também nos atualiza com informações de mercado e suas tendências. Algumas reportagens me levaram a tomar algumas iniciativas de planejamento a curto, médio e longo prazo”, Claudionor Cruz Junior.
Entrega da revista Decnews feita pelo consultor do DEC Roge, Rudy N. Rucinski (à direita), ao proprietário do Supermercado Isami, localizado em Barueri (SP), Yuji Mario Ivanaga (à esquerda) “Recebo a revista Decnews a cada dois meses e ela traz informações que agregam muito conhecimento ao dia a dia do negócio e que nos ajudam a crescer. Interesso-me muito pelos lançamentos da indústria e ações realizadas por outras lojas do setor”, Yuji Mario Ivanaga.
5 6 • S E T/O U T 2015
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Entrega da revista Decnews feita pelo consultor do DEC Amapá, Wanderlei Barros Cordeiro, à gerente da Benoliel Baby Kids, localizada em Macapá (AP), Beick Furtado Pantoja. “É uma ótima revista. Nela, eu e meus colaboradores buscamos novas informações de mercado e identificamos onde podemos fazer a diferença. Um exemplo é a coluna do professor Luiz Marins, que traz dicas e comentários sempre muito inteligentes”, Beick Furtado Pantoja.
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(96) 3225 4200
(98) 3276 2600
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(86) 4009 1818
(91) 3311 3800
DEC NOVA ERA (92) 2125 2000 / (69) 3216 9000
5.300
3.900
6.000
DEC DAG
(85) 3444 6000
12.900 3.200
6.600 3.300
DEC RIOGRANDENSE (84) 4008 0102
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DEC CADAN
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(81) 3252 6550
3.400
18.900
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(62) 3250 0500
DEC ANDRADE (82) 3522 9900
14.700
DEC ROGE
(11) 4417 7300
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(43) 3172 9300
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(47) 3404 9900
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