WWW.DECNEWS.COM.BR • ano 8 • nº 45 • nov/dez 2015
MOMENTO OPORTUNO O cenário de crise observado pelo Brasil nos últimos meses propicia novas oportunidades ao varejo. É preciso fazer mais com menos, utilizando tecnologia e conhecimento dos colaboradores para um 2016 produtivo e repleto de resultados satisfatórios
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Amor e proteção de sol a sol.
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EDITORIAL
CHEGA DE CRISE! lamentações e críticas ao ambiente externo e repensar o que se pode fazer para superar as expectativas. Qual foi a última vez que sua loja passou por uma revisão brusca para identificar onde estão os desperdícios, por exemplo? Se essa leitura nunca teve importância, agora é o melhor momento de fazê-la, verificando em todos os departamentos, desde o chão de loja até à diá algumas décadas, era co-
reção, processos que podem ser repen-
mum um pequeno varejo
sados e recursos que podem ser econo-
passar de geração para ge-
mizados. E capacite todos os colabora-
ração com o mesmo forma-
dores. Assim, com conhecimento e boa
to. Os conhecimentos eram
gestão, a hora que a crise passar – e ela
transmitidos de pais para fi-
vai passar –, a sua loja estará fortalecida
lhos e, assim, ficavam por anos, sem que
como nunca.
fosse necessário inovar. Mas hoje não há
Com esse propósito, a matéria de ca-
mais espaço para estagnação. As empre-
pa desta edição aponta onde estão algu-
sas precisam ser criativas, estar atentas a
mas boas oportunidades de crescimento
tendências e oportunidades para seguir
e como aqueles que apostam no setor de
em frente.
higiene e beleza têm bons motivos para
Mas muitos podem me dizer que a crise
comemorar. E aproveite que o verão es-
está aí e, por conta dela, não vale a pena
tá chegando para conhecer, na nossa re-
lutar diante de tantos resultados negati-
portagem sobre categorias, onde estão
vos. Digo que esse pensamento pode sur-
as principais tendências para a estação.
gir, de fato, para muitos, mas nunca para
Lembre-se de que boa parte do fracas-
um empreendedor. Afinal, os momentos
so está na falta de reação. Portanto, reaja
de adversidades sempre irão existir e es-
e aproveite os últimos meses de 2015 para
te não será o primeiro nem o último. Mi-
brilhar com as vendas de fim de ano. Con-
nha sugestão, então, fica para trocar as
te sempre conosco e boas-festas!
ANO 8 Nº 45 NOV/DEZ 2015 DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Kathlen Ramos ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVA DE CONTA Daniela Jardim (dani@contento.com.br) ASSISTENTE COMERCIAL Daniel Tavares MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Claudia Manzzano e Kathlen Ramos Colunistas José Ricardo Noronha, Marcos Bedendo e Silvio Laban Revisora Maria Elisa Guedes Imagem de capa Shutterstock IMPRESSÃO Abril Gráfica TIRAGEM 105 mil exemplares Contento – Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200 E-mail: contento@contento.com.br
www.decnews.com.br EXPEDIENTE DEC DEC – Distribuidor Especializado em Cosméticos Rua Baronesa de Bela Vista, 675 – 7º andar – Cj. 71 Aeroporto – São Paulo (SP) CEP 04612-002. Tel.: (11) 5081 5183 Francisco Muto muto@decbr.com.br Tiragem auditada pela BDO Auditores Independentes. O relatório com o resultado do trabalho encontra-se em poder da Administração.
FRANCISCO HORÁCIO FERNANDES Presidente 4 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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Fotos Shutterstock/Divulgação
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SUMÁRIO 22 CAPA
O momento atual de incertezas e instabilidade ainda deve vigorar em 2016. Porém, acredita-se num cenário mais positivo para o futuro próximo, por isso que o caminho a ser trilhado até lá pede foco, trabalho e empenho de todos
26 GESTÃO
Fazer uso da análise da concorrência, seja ela direta ou indireta, é considerado uma ferramenta simples de gestão e que deve ser utilizada pelas empresas. Ela servirá como auxílio para definir posicionamento, público-alvo, localização, formatos de loja e de negócios, entre outros
30 FINANCEIRO
Se o cenário para o próximo ano ainda é incerto, o conselho é conhecer detalhadamente a situação financeira da sua empresa. Com isso, fica mais fácil saber onde investir, cortar e aplicar recursos
34 CATEGORIA
A troca da estação e o aumento das temperaturas são uma grande oportunidade de aumento nas vendas para aqueles varejistas que estão de olho nas tendências. Descubra o que deve fazer parte do sortimento de pele e cabelos nas épocas mais quentes do ano
38 PONTO DE VENDA
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é uma arma que garante direitos aos clientes. Mas se o consumidor está mais consciente de quando pode reclamar, o estabelecimento também precisa estar atendo aos excessos que ainda ocorrem
42 RECURSOS HUMANOS
Os acidentes de trabalho já são considerados um dos maiores motivos de afastamentos de funcionários. Assim, prevenir é sempre melhor do que arcar com o ônus gerado pela situação
E MAIS: 08 Mercado 10 Lançamentos
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12 A Voz do DEC
Colunistas
20 Palavra da Indústria
14 Opinião – Silvio Laban
46 Estudo de Caso
16 Atualidade – Marcos Bedendo
48 Oportunidade
18 Varejo – José Ricardo Noronha Fotos Shutterstock Ilustrações Shutterstock
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MERCADO
FUJA DA CRISE Por Kathlen Ramos
Diante das turbulências políticas e econômicas do País, tanto o varejo quanto os consumidores criam novas estratégias para gerir o orçamento. Acompanhe essas práticas e outras perspectivas que podem ajudar sua empresa
D
D A força dos pequenos
Varejo intensifica liquidações
Apesar do cenário atual no País, 56% das pequenas e
Estudo da Confederação Nacional do Comércio de
médias empresas (PMEs) no Brasil esperam atingir suas
Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que, para mini-
metas estabelecidas para 2015. É o que revela a recente
mizar perdas de receita em um ano difícil, o varejo tem
pesquisa da Consultoria Doctor Trade, especializada em
recorrido, de forma cada vez mais frequente, às liqui-
gestão de negócios para este segmento. O levantamento
dações de estoques, estas, até então, atreladas ao ca-
mostra, ainda, que mais de 90% das PMEs estabeleceram
lendário de datas comemorativas do setor ou às mu-
metas de resultados para o ano corrente e que, embora a
danças de estação do ano. “O comércio varejista vem
crise econômica tenha se agravado de 2014 para cá, qua-
buscando alternativas para amortecer os impactos ne-
se 20% das PMEs esperam obter um volume de negócios
gativos da atual recessão econômica no nível de consu-
em 2015 no mesmo patamar registrado no ano anterior.
mo”, aponta o economista da entidade, Fabio Bentes.
www.doctortrade.com.br
www.cnc.org.br
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Foto Shutterstock
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2014_N
Mais sorriso no atendimento
Mudanças no consumo
Infelizmente, o brasileiro está perdendo a capacidade de sor-
Diante do atual cenário, o consumidor brasi-
rir na hora do atendimento ao cliente, segundo aponta a 11ª
leiro lança mão de diversas estratégias para dri-
edição da pesquisa Smiling Report, conduzida em 69 países
blar a crise e equilibrar o orçamento doméstico.
da África, Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul.
Entre elas, está a substituição das marcas prefe-
O Brasil aparece na penúltima posição do “ranking mundial
ridas por outras com preços mais acessíveis, se-
de sorrisos”, acima apenas do Japão. O País – conhecido pelo
gundo aponta a pesquisa da GfK, por meio do
povo simpático, alegre e acolhedor – não está refletindo es-
Painel de Consumidores Online, de abrangên-
tas características no atendimento. “A análise dos questioná-
cia nacional. Segundo o levantamento, a troca
rios dos clientes secretos que participaram da pesquisa mos-
de marcas foi a estratégia mais usada pelos con-
tra que há menos sorrisos, os cumprimentos são mais escas-
sumidores para algumas categorias de alimen-
sos e o índice de venda adicional é menor. O resultado desse
tação, como leite, café e óleo de soja. A prática
comportamento tem um impacto direto nas vendas”, alerta a
é, inclusive, a mais aplicada para todas as cate-
presidente da Shopper Experience e coordenadora da pesqui-
gorias de higiene pessoal e cuidados com o lar.
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LANÇAMENTOS
AXILAS BEM PROTEGIDAS PARA O VERÃO Por Vivian Lourenço
Com o aumento das temperaturas, a população busca alternativas seguras e eficazes. A indústria investe em tecnologia para combinar praticidade e inovação
Ativo exclusivo Monange amplia sua linha de desodorantes com o lançamento de Monange Protect Oil 72h, nas versões roll-
-on e aerossol com toque seco e fragrância floral frutada. A novidade chega ao mercado com fórmula que,
Fruto de dez anos de pesquisas, os novos antitrans-
além de garantir prote-
pirantes oferecem a mesma proteção, cuidado, preço e
ção – com ação antio-
rendimento iguais às versões regulares de aerossol, po-
dor por até 72 horas
rém em embalagens muito menores. As variantes com-
–, proporciona hidra-
primidas serão oferecidas nas linhas femininas em todo
tação às axilas com o ativo exclusivo Protect–Oil.
Brasil. Os produtos utilizam 30% menos de alumínio e
Os novos produtos ajudam a regular a transpi-
50% menos de gás propelente.
ração excessiva que causa o mau odor e nutrem
A novidade é oferecida ao público feminino em três
até a 2ª camada da pele, proporcionando axilas
variantes de Dove e cinco variantes de Rexona pelo mes-
mais bonitas e protegidas. Além disso, sua com-
mo valor das versões regulares, em todos os pontos de
posição não contém álcool.
venda nacionais.
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Opção comprimida
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Tratamento superior
Limpeza profunda
Na constante busca pe-
Colgate lança a 360° Interdental, escova que pro-
lo cabelo perfeito, Pantene
move uma limpeza completa da boca por meio de
traz ao mercado o novo tra-
cerdas ultrafinas e macias, tecnologicamente avan-
tamento da coleção Expert
çadas. A linha, já conhecida pela limpeza de dentes,
Collection com tecnologia
gengiva, língua e bochecha, apresenta agora um al-
exclusiva para atender ao
cance quatro vezes mais profundo, até nos espaços
desejo de 75% das mulhe-
mais estreitos entre os dentes.
res em todo o mundo que admi-
Com um design moderno e inovador, 360° Interdental possui limpador de língua e bochechas, além
tem ter cabelos danificados. Para combater esses danos, Pantene amplia seu
do cabo ergonômico para facilitar a escovação. Seu
portfólio de ampolas e traz, pela primeira vez ao
diferencial são as cerdas afuniladas com uma ponta
Brasil, a Ampola Advanced Keratin Repair, da cole-
mais fina do que as cerdas regulares, proporcionan-
ção Pantene Expert Collection. O produto destina-se
do uma limpeza profunda entre os dentes e ao lon-
à recuperação da fibra capilar e à proteção da que-
go da linha da gengiva.
ratina natural presente nos fios, ajudando a melho-
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ar na região íntima, e pode ser usado diaria-
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• 11
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A VOZ DO
FECHANDO MAIS UM ANO Racionalizar custos, aumentar o tíquete médio do consumidor e aproveitar a consultoria do fornecedor são algumas das estratégias que o varejista pode utilizar para atingir suas metas
E
stamos no último bimestre
Um dos pontos fundamentais para
Além disso, é fundamental que se
de 2015, ano marcado pe-
que se criem condições a fim de supe-
procure aumentar o tíquete médio da
lo cenário político desajusta-
rar as dificuldades é estar atento a to-
loja. Uma das maneiras de fazer isso é
do, com reflexos na econo-
das as oportunidades para racionaliza-
introduzindo novos produtos de bom
mia, fazendo com que gran-
ção de custos, sem perda de serviços. E
giro. E aí vai uma sugestão: o mercado
de parte das pessoas esteja
não existe tamanho para essa atividade.
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cos-
mudando seus hábitos, co-
Têm de ser analisadas as pequenas e as
méticos (HPC) é menos afetado nos
mo forma de se adequar a esta realida-
grandes despesas. Todas são importan-
momentos de maior dificuldade eco-
de. Mas independente disso, uma coi-
tes. Você se surpreenderá ao ver que
nômica, como temos mostrado nes-
sa é certa: estamos aqui, nós e vocês,
pode fazer o mesmo gastando menos.
ta seção. Assim, quando se aumenta
clientes do DEC (Distribuidor Especiali-
Outro ponto muito importante são
a oferta de produtos dessa categoria,
zado em Cosméticos), concluindo mais
os serviços. Nessas horas, deve-se pro-
você terá muito mais chances de agre-
um ano civil, mais um ano de negócios e,
curar buscar inovações para seu negó-
gar itens à compra normal dos clientes,
o mais importante, estamos todos vivos,
cio. Procure, assim, formas diferentes
aumentando o tíquete médio.
mesmo diante dos desastres pintados em
de servir ainda melhor os clientes: por
O consultor do DEC que o atende
verso e prosa ao longo de todo o ano.
exemplo, oferecendo serviços de entre-
tem todas as condições de dar uma
Como temos dito nesta seção, qual-
ga; pedidos por telefone; avisos telefô-
orientação bastante forte quanto ao
quer país passa por dificuldades, mas
nicos para sinalizar que o produto de in-
mix trabalhado na loja e as oportu-
elas podem ser administradas, ou se-
teresse chegou; apontando que existem
nidades de introdução que possam
ja: podemos “entrar na onda” da cri-
novidades por meio de panfletos para
contribuir para o cumprimento des-
se e diminuir nosso negócio, ou “ar-
lembrar datas importantes; cumprimen-
ta meta.
regaçar as mangas”, enfrentando-a e
tando-os pelo aniversário, oferecendo
Temos certeza de que, seguindo es-
tirando proveito (lições), fazendo com
algum atrativo pela data; etc. São pe-
sas regras simples do dia a dia, o ne-
que nosso negócio seja pouco afetado,
quenas atitudes, que não exigem gran-
gócio passará pela fase difícil e estará
ou cresça mais que antes. E é sobre is-
des investimentos, e que têm um gran-
ainda mais fortalecido à frente.
so que gostaríamos de falar.
de efeito para atrair e fidelizar clientes.
Bons Negócios!
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NOVA LINHA
5 novas opções para revolucionar suas vendas
Sensação em tamanho maior Sensação natural e estímulo intenso
Sensação de usar nada
Maior lubrificação
Mais fina e mais suave
3 opções em um pacote só
RENTABILIDADE PARA SUA GÔNDOLA DE PRESERVATIVOS
Considerando Mark Up = 50%, a rentabilidade de unidade vendida de SKYN é 50% maior que a média do mercado* Venda Média Unidade R$ 1,80
Venda Média Unidade R$ 1,01 Venda Média Unidade R$ 0,60
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*Média de preço (R$) Nielsen (por unidade)
0,3 1,29
0,28 0,52 Média aromatizados Preço de custo PDV
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Média total
SKYN
Margem de lucro 23/10/15 13:46
OPINIÃO
PEQUENOS GESTOS, GRANDE IMPACTO
V
ocê conhece o restauran-
e o valor do seu público-alvo. Nesse
te Perequim, localizado na
sentido, algumas questões podem aju-
bela praia de Ubatuba, no
dá-lo a refletir sobre o tema:
litoral norte de São Paulo?
Você tem um cadastro de clientes?
Provavelmente, não. Tra-
Num primeiro momento, como mos-
ta-se de um restaurante
tra o exemplo do restaurante, poucas
de cardápio diversificado, excelente atendimento e que tem uma privilegiada localização à beira-mar.
SILVIO LABAN Coordenador geral dos programas de MBA Executivo do Insper www.insper.edu.br
sos, a qualidade inicial das informações
se mudamos de foco. Não, não mu-
acaba sendo prejudicada pelo registro
damos! O tema sobre o qual iremos
inadequado: apesar de uma boa quali-
tratar é a gestão do relacionamento
dade inicial, esta se deteriora como o
com os clientes.
passar do tempo, devido à inexistên-
anos e minha filha preencheu um pe-
1 4 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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E como está a qualidade das informações desse cadastro? Em muitos ca-
Talvez você esteja se perguntando
Estive nesse restaurante há alguns
Para conquistar os clientes, uma simples ligação pode ser mais valiosa do que o investimento em sofisticados e complexos sistemas tecnológicos
informações são necessárias.
cia de processos simples de atualização e acompanhamento.
queno pedaço de papel informando
O que você tem feito com as infor-
dados básicos. Desde então, recebe-
mações do cadastro? Quando foi a úl-
mos, por ocasião do Natal, um cartão
tima vez em que você utilizou as infor-
de Boas-Festas e, além disto, no mês
mações do cadastro para entrar em
de outubro, o próprio Sr. João Bianchi,
contato com os clientes ou pelo menos
proprietário do restaurante, telefona
com alguns deles, fosse para atualizar
para parabenizá-la em seu aniversário.
os dados, para dizer olá ou até mes-
Quando analiso as ações do Sr. João e
mo para comemorar uma data festiva?
penso no relacionamento que os clien-
Considerando a existência de múlti-
tes desenvolvem com muitos varejistas,
plos programas e cartões de relaciona-
bem como com prestadores de serviços,
mento com o varejo, este tema pode
fica evidente que o desenvolvimento de
parecer simples e até simplista. No en-
relacionamento com os clientes não de-
tanto, convido-os a uma reflexão, colo-
pende de sofisticados e complexos sis-
cando-se no papel de cliente de diver-
temas, bem como de vultosos recursos
sos serviços e estabelecimentos e ava-
humanos ou materiais.
liando se, de fato, atitudes simples co-
Na realidade, trata-se, primeiramen-
mo estas não são essenciais para melho-
te, de desenvolver uma real e sincera
rar sua percepção e opinião sobre esses
atitude de reconhecer a importância
mesmos serviços e estabelecimentos. Foto FotoDivulgação Divulgação
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ATUALIDADE
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PODEM TER MARCAS FORTES NO MERCADO
U
ma empresa que está che-
consumidores. Uma empresa cuja essên-
gando ou já está presente
cia seja predominantemente jovem, por
no mercado precisa conven-
exemplo, vai estabelecer uma relação
cer o consumidor de que
diferente com seus clientes do que a de
existem diferenças entre o
um estabelecimento que possua como
que ela oferece e o que é
principal característica a sofisticação.
proposto pela concorrên-
4) Determinem a atitude da marca:
cia. E a construção da marca é uma etapa
a atitude da marca é a forma como ela
muito importante para que essa mensa-
interage com os consumidores, o tom
MARCOS BEDENDO
gem chegue de forma clara aos clien-
da comunicação com os clientes. Sua
Professor de Gestão de Marcas e Marketing Estratégico da ESPM, sócio consultor da Brandwagon Consultoria de Branding e Inovação e autor do livro “Branding para Empreendedores”
tes. Assim, é fundamental sair da zona
marca será mais próxima do público?
de conforto e acreditar na força da sua
Mais divertida? Mais profissional? Mais
empresa, independentemente do seu
sofisticada? Entenda qual é o perfil do
porte. Sugiro, então, que os empresários:
negócio e oriente todas as formas de
1) Sejam ousados: o ineditismo é uma
A construção da marca é uma etapa fundamental para definir a imagem que a companhia pretende transmitir aos clientes. E pequenas e médias empresas também podem usar essa estratégia 1 6 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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comunicação nesse sentido.
ótima forma de se diferenciar dos con-
5) Organizem as manifestações da sua
correntes, chamar atenção dos consu-
marca: uma grande empresa está dis-
midores e ganhar espaço no mercado.
tante do consumidor, então ela precisa
2) Definam o propósito da empresa:
investir em propaganda. Já a pequena
o objetivo da marca é a razão de existir.
empresa costuma estar fisicamente pró-
Ela pode vir acompanhada, assim, dos
xima dos clientes. Por isso, as manifes-
valores do empreendedor, sua visão de
tações da marca podem assumir outras
mundo, ou da vontade de transformar
formas, como a fachada da loja, o uni-
ou facilitar algum processo. Ter isso em
forme que os funcionários usam (ou não
mente de forma clara é importante para
usam), a embalagem do produto, a deco-
que todos os colaboradores da empresa
ração do ponto de venda, o estilo de
saibam qual o objetivo do trabalho que
atendimento, etc. Todos esses elemen-
realizam diariamente. Além disso, o pro-
tos devem estar alinhados para passar
pósito da marca funciona como uma fer-
a mesma mensagem sobre o negócio.
ramenta de gestão e auxilia no direcio-
6) Sejam pacientes: construir uma
namento da evolução do negócio.
marca sólida leva tempo. O planeja-
3) Descubram qual é a essência da
mento da marca tem como objetivo criar
marca: a essência da marca faz parte do
bases sólidas sobre as quais o negócio
seu DNA. Ela define as crenças e os valo-
será construído. Os resultados podem
res fundamentais da empresa. Esse con-
não vir no curto prazo. Mas se o pro-
ceito é atemporal e determina a perso-
cesso for conduzido de forma consis-
nalidade e as relações da marca com os
tente, eles vão aparecer. Foto Foto Divulgação Divulgação
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VAREJO
ENTENDER MAIS
DO QUE ATENDER
M
JOSÉ RICARDO NORONHA Vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. É autor dos livros “Vendedores Vencedores” e “Vendas. Como eu faço?” www.paixaoporvendas.com.br
esmo em tempos de
podem almejar comprar uma casa pró-
retração de vendas, em
pria, outros querem mais responsabili-
que o preço tornou-se
dades na empresa, e assim por diante,
prioridade para vários
tornando essa variável única em cada
consumidores, o aten-
caso. Trazer uma boa remuneração e
dimento continua, sim,
comissões a cada bom resultado tam-
sendo absolutamente
bém constitui pontos importantes para
fundamental para garantir bons resul-
manter uma equipe satisfeita, mas não
tados. Costumo dizer que é impor-
são as únicas. Não são raros os casos de
tante seguir o lema “entender mais
profissionais muito bem remunerados,
do que atender”. Isso significa que,
mas que têm pouca motivação. Dessa
antes de atender, é importante que
forma, quando o líder não conhece
a equipe de vendas entenda sonhos,
o seu colaborador, fica praticamente
demandas, necessidades e expectati-
impossível identificar os caminhos para
vas do cliente, para que seja possível
instigá-lo ao bom trabalho.
captar, exatamente, seus objetivos com aquela compra.
Como a motivação está atrelada a um sentimento interno e individual de cada um dos colaboradores, é importante que o líder conheça os objetivos de cada um dos membros da equipe 1 8 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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Junto com as bonificações e o conhecimento do colaborador, também deve
Para se obterem bons resultados nessa
haver uma meta maior, da empresa,
etapa, é fundamental ouvir muito, falar
em fazer o profissional se sentir perten-
pouco, dominar a arte de fazer per-
cente ao propósito daquele negócio e
guntas certeiras e também a lingua-
em apresentar caminhos claros de cres-
gem corporal, que é o “olho no olho”,
cimento profissional. Cada funcionário
a demonstração de que se está, de fato,
quer que seus princípios e valores sejam
interessado no pedido do cliente. Costu-
congruentes com os da companhia.
mamos usar a regra do 7-38-55, na qual
E tão importante quanto a motivação
7% significam a parcela do que se fala,
é a capacitação. Investir em treinamento
38% devem representar o tom de voz
é algo que o empresário não pode dei-
e 55%, a linguagem corporal.
xar de lado. De nada adianta oferecer
Mas como manter a motivação da
produtos incríveis dentro da loja se não
equipe de vendas para garantir um bom
há funcionários aptos a passar todas
atendimento ao consumidor? Primeiro,
as vantagens e os diferenciais daquela
é importante que o líder esteja próximo
mercadoria ao consumidor. Assim, para
da sua equipe, entendendo a motivação
garantir um bom atendimento, devem-
de cada um deles. Literalmente, motiva-
-se aliar à motivação, o conhecimento
ção é o que leva à ação e, assim, é algo
do produto e o domínio das principais
extremamente pessoal. Enquanto alguns
técnicas de vendas. Foto Divulgação
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PA
L AV R A D A
IND
ÚSTRIA
BONYPLUS: A FORÇA ESTRATÉGICA
POR TRÁS DA MARCA BEAUTYCOLOR Empresa reforça o crescimento no mercado por meio de incremento no portfólio de produtos, que passa a contar com esmaltes e maquiagens
Esse reforço positivo da marca tem permitido o alcance de novas consumidoras, anteriormente impacta-
C
das e já satisfeitas com os resultados da coloração BEAUTYCOLOR. E para os próximos anos, mesmo dianriadora e desenvolvedora da marca de cosmé-
te da crise que atravessa o País, continuamos a previsão
ticos BEAUTYCOLOR, a Bonyplus figura, atual-
de crescimento acima da média, com ganho de partici-
mente, entre as principais indústrias de cosmé-
pação de mercado e lembrança da empresa pelos con-
ticos da América Latina. A empresa nasceu há
sumidores, consolidando a BEAUTYCOLOR como uma
30 anos, focada em pesquisa e desenvolvimen-
marca completa em soluções para a beleza da mulher,
to especializado em produtos para uso profis-
em todas as suas nuances.
sional. No entanto, nas últimas duas décadas,
Para alcançar resultados tão positivos, a Bonyplus tam-
investiu fortemente em pesquisas e na estrutura fabril,
bém conta com a força do mercado de vizinhança, a qual
a fim de disponibilizar suas colorações ao segmento de
tem sido muito importante para a consolidação da estra-
home care e que podem ser usadas pelo consumidor
tégia e integrada de positivação. Esses canais facilitam a
final. Foi um movimento estratégico, de sucesso imediato!
cobertura de mercado, gerando ganhos de visibilidade
Tanto que a Bonyplus tem alcançado crescimento aci-
em regiões-alvo, como também permitem a disponibili-
ma da média de mercado durante os dez últimos anos,
zação dos produtos em canais muitas vezes mais próxi-
consolidando sua posição e força no Brasil. Para conti-
mos da rotina diária das clientes.
nuar com esses resultados, nos últimos cinco anos, o mix
Além disso, nessas lojas, existe um forte apelo em rela-
de produtos tem crescido consistentemente, com desta-
ção ao atendimento personalizado, em que as mulheres
que para a adição recente da linha de esmaltes e tam-
buscam as orientações de vendedores especialistas, que
bém de maquiagens ao nosso portfólio.
as auxiliam e orientam nos momentos de dúvidas. E essa
Assim, hoje, a produção da empresa é composta por
é a nossa dica para que esses estabelecimentos conti-
duas plantas industriais (colorações, esmaltes e maquia-
nuem a se fortalecer. O bom atendimento é um diferen-
gens) na cidade de Pinhais (PR), contando ainda com
cial para consumidoras desses produtos e, assim, preci-
um Centro de Distribuição na cidade de Piraquara (PR).
sa fazer parte do DNA desses negócios.
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24/08/15 14:26
CAPA
OPORTUNIDADES PARA 2016 Por Kathlen Ramos
Diante de um cenário de instabilidade, no qual está difícil fazer previsões certeiras, o conselho aos varejistas fica para “arregaçar as mangas“ e não perder as chances que surgem diante do novo comportamento do consumidor
O
s cenários político e eco-
nio 2015/2016, mas o consumo, forte-
Jonathas Rosa, acredita num cenário
nômico para 2016 ainda
mente influenciado pelo baixo nível de
mais positivo para o futuro próximo.
são uma incógnita. Mas,
confiança na economia, ainda deve ser
“Acredito que quando o País conse-
segundo especialistas do
afetado no período”, pondera o vice-
guir resolver as questões políticas, as
setor, há um consenso de
-presidente das Indústrias POPAI Brasil
questões econômicas também devam
viés recessivo para o pró-
e gerente de marketing do Grupo
melhorar. E como saímos de uma base
ximo ano. “A pressão in-
Condor, Denis Bover.
baixa, com alguns dos piores níveis his-
flacionária deve começar a ceder por
Mesmo com o consumo prejudica-
conta da recessão econômica no biê-
do, o analista de mercado da Nielsen,
2 2 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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tóricos, é esperado que tenhamos uma pequena superação”, projeta. Fotos Shutterstock
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Com as projeções ainda bastante tímidas de recuperação, é comum que o sentimento de desmotivação se alastre entre os empreendedores, inclusive do setor varejista. E, de fato, não há como negar que o País está passando por um momento de turbulência. Mas o caminho, agora, pede foco, trabalho e empenho de todos e, em vez de lamentações, exige uma visão diferenciada para aproveitar as oportunidades e continuar em ascensão. “Presenciamos varejos que continuam crescendo e expandindo, bem como tantos outros que estão fechando as portas. Vejo que a diferença desses cenários está em duas questões básicas: qualidade da gestão e capacidade de gerar novas alternativas em tempos adversos”, analisa a diretora da consultoria Mind Shopper, Alessandra Lima. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Pedro Celso, é justamente neste momento que o setor supermercadista historicamente mostra sua força diante de outros grandes varejistas, atuando nas negociações junto aos produtores e fornecedores; e chegando mais estruturado à estabilidade. “É preciso fazer mais com menos, utilizando tecnologia e conhecimento dos colaboradores. Deve-se agir e sair da zona de conforto para alcançarmos o sucesso”, aconselha Celso. O executivo da APAS comenta, ainda, que para os mercados de vizinhança, há uma força extra, já que estes estabelecimentos têm algumas vantagens. “Essas lojas estão mais próximas dos clientes e isso faz muita dife-
CATEGORIA DE HIGIENE E BELEZA CONTINUA FORTALECIDA Seja nos supermercados de rede ou nos mercados de vizinhança, sabe-se que a cesta de perfumaria é uma das que mais cresce em valor e contribui, relevantemente, no crescimento total dessas lojas. “Essa cesta é a terceira mais importante nesses canais em valor e uma das que menos perde frequência de compras de um período para o outro. Assim, é importante apostar nesses produtos, uma vez que o shopper já está dentro da loja buscando por outras categorias e pode aproveitar a sua ida para colocar no carrinho os produtos de cuidado pessoal”, orienta a executiva de atendimento e negócios da Kantar Worldpanel, Priscila Pontes. A analista de mercado da Nielsen, Priscila Martins Biancardi, lembra, ainda, que o Brasil é, hoje, o terceiro maior mercado mundial de produtos de higiene e beleza. “O brasileiro é muito preocupado com essas questões. Tanto que alguns estudos mostram que o consumidor deixa essa cesta por último, caso precise realizar cortes nas suas compras”, reforça. Assim, embora esses produtos também tenham sido impactados pela crise, vê-se que a queda no crescimento tem um impacto menor diante de outras. E são diversos os motivos para esse desempenho. Segundo a analista de pesquisa da Mintel, empresa que atua em pesquisa de mercado, Juliana Martins, em momentos de crise, a população tende a cuidar mais de si para esquecer os problemas. É o chamado “Lipstick effect” (Efeito Batom, em português), inventado, em 2001, pelo executivo da empresa de cosméticos Estée Lauder, Leonard Lauder. “O termo prevê que as vendas de batom aumentem mais que a de outros itens em tempos de crise, porque ele é um dos produtos de maquiagem mais baratos e continua acessível quando se deve economizar. Essa tendência também pode se expandir para outros itens acessíveis, como esmaltes”, prevê Juliana. Além disso, o consumidor quer manter as conquistas realizadas nos tempos áureos da economia. “Ele não quer perder os hábitos que adquiriu quando tinha um maior poder de compra, e um desses hábitos é cuidar mais de sua saúde e qualidade de vida”, avalia o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Pedro Celso. Outro efeito gerado pela crise que favorece o setor de higiene e beleza é o hábito de cuidar do visual dentro de casa. “Há uma substituição na quantidade de visitas aos salões de beleza. Por outro lado, o shopper não tem deixado de se cuidar, mas tem, sim, realizado alguns procedimentos de salão em sua própria residência. É uma forma de economizar sem deixar a vaidade de lado”, afirma o vicepresidente das Indústrias POPAI Brasil e gerente de marketing do Grupo Condor, Denis Bover.
rença, principalmente neste momento • 23
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23/10/15 15:23
CAPA
OS MELHORES DESEMPENHOS Em 2015, as categorias de fraldas descartáveis, deo colônia, sabonete, desodorante e pós-xampu foram as que mais se destacaram em valor, segundo afirma a executiva de atendimento e negócios da Kantar Worldpanel, Priscila Pontes. “Quando olhamos para anos anteriores, vemos uma ascensão na importância dessas categorias, o que pode indicar que 2016 siga o mesmo caminho”, diz.
compra, fazendo listas de compras e
muito grandes, desproporcionais ao
estando atento aos preços. Portanto,
tamanho da loja”, alerta Rosa.
é importante que o varejista entenda
• Acompanhe tendências: na ho-
esse momento para trazer mais opor-
ra da escolha do sortimento, os pro-
tunidades à loja.“‘Falar a língua’ desse
dutos que oferecem mais de um be-
shopper é fundamental para que ele
nefício ao consumidor, chamados de
veja atratividade no ponto de venda
multifuncionais, além de terem ganha-
(PDV) que frequenta: e preço e pro-
do o gosto das brasileiras, se tornaram
moção são fatores muito importan-
um aliado do consumidor em momen-
tes para ele”, mostra a executiva de
tos de crise. “A mulher deseja produ-
atendimento e negócios da Kantar
tos que tragam vários benefícios cor-
Worldpanel, Priscila Pontes.
relatos, por exemplo, um hidratante
• Ofereça packs diferenciados:
que seja antissinais e tenha proteção
por conta da inflação, tem sido uma
solar. Isso economiza tempo e dinhei-
atitude comum entre os consumidores
ro, já que ela pode resolver todas as
procurar produtos em mais quantida-
questões em um único produto”, mos-
de, com o intuito de abastecimento. E
tra Alessandra.
não são apenas os formatos de ataca-
• Entenda a nova relação do con-
do que crescem com esse novo com-
sumidor com as marcas: de acordo
de crise no qual é preciso saber as pre-
portamento. De acordo com Rosa, o
com Priscila Pontes, as marcas de baixo
ferências dos consumidores para ser
canal de vizinhança também se desta-
preço ainda são mais importantes na
mais assertivo na hora das vendas”,
ca diante dessa necessidade. “Por con-
cesta de higiene e beleza, mas os pro-
destaca Celso.
ta de conveniência, proximidade, rapi-
dutos premium ficam em segundo lu-
dez e preço, muitos consumidores fa-
gar, embora tenham perdido um pou-
zem essa escolha”, justifica.
co da importância por conta do atual
E na visão do consumidor, esse formato já representa economia. “Com
cenário econômico.
eles, a população não necessita se des-
Assim, é importante fazer com que
locar em longas distâncias, a exemplo
o shopper encontre tudo o que procu-
O presidente da APAS reforça, ain-
do hipermercado. Logo, pode ir a pé
ra em um único canal e garanta uma
da, que as preferências variam de
e carregar suas compras, sem preci-
maior taxa de conversão. “Leve mais
acordo com o perfil do consumidor.
sar gastar com um veículo para trans-
e pague menos, a oferta de pacotes
“Conforme o levantamento da enti-
porte”, pontua o associado POPAI
com mais produtos ou redução tem-
dade, a classe C deixou de comprar os
Brasil e gerente de trade marketing
porária de preço têm sido atrativos a
supérfluos e trocou a marca líder pe-
da Beauty’in, Paulo de Tarso Marques.
esses consumidores”, avalia a ana-
la segunda marca colocada; e as clas-
Acompanhe, a seguir, onde estão
lista de mercado da Nielsen, Priscila
ses A e B buscam ganhar promoções e
Martins Biancardi.
prazos para não abrirem mão de pro-
as principais oportunidades que podem ser exploradas a fim de manter o crescimento.
Vale lembrar que, caso a loja decida
dutos premium”, afirma Celso. E caso
investir em pacotes promocionais, pre-
a loja invista nas categorias premium, é
• Aposte em ações promocionais:
cisa-se respeitar características e tama-
importante que o shopper perceba os
se o shopper (comprador) está com o
nho desses estabelecimentos. “É ne-
diferenciais desses artigos. “Numa si-
orçamento reduzido, é natural que ele
cessário ter cuidado para que os pro-
tuação de crise, esses diferenciais pre-
se torne mais racional no momento da
dutos ou pacotes oferecidos não sejam
cisam ser comunicados e percebidos
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pelo consumidor para que, de fato, sejam preferidos”, destaca Bover, das Indústrias POPAI Brasil. • Invista em experiências sen-
O caminho, agora, pede foco, trabalho e empenho de todos e, em vez de lamentações, exige uma visão diferenciada para aproveitar as oportunidades e continuar em ascensão
soriais: de acordo com o relatório
Sabonetes e Produtos para o Banho – Brasil, de outubro de 2014, desenvol-
comprá-lo. Portanto, ações e exposição
de que a loja não vai bem, espantando
vido pela Mintel, 44% dos comprado-
nas quais o shopper (comprador) possa
o shopper rapidamente. A loja precisa
res afirmaram que gostam de cheirar
experimentar o produto antes de adqui-
estar limpa, iluminada e abastecida para
um produto antes de comprá-lo. Já o
rir são certeiras, especialmente nas ca-
atrair pessoas”, aconselha Alessandra.
relatório Varejo de Produtos de Beleza
tegorias de cuidado pessoal.
Rosa lembra outras questões impor-
– Brasil, de novembro de 2014, tam-
• Cuide da imagem do varejo e do
tantes para o varejo. “Ter velocidade no
bém da Mintel, apontou que 25% dos
PDV: um grande cuidado para sobrevi-
caixa, evitar rupturas que podem levar
compradores de produtos de beleza e
ver em momentos de adversidade é cui-
o consumidor a trocar de loja, oferecer
cuidado pessoal disseram ser muito im-
dar da imagem da empresa. “Manter a
estacionamento e manter a limpeza são
portante que as lojas ofereçam formas
luz apagada durante o dia ou gôndolas
fundamentais para uma boa impressão
de experimentar um produto antes de
menos abastecidas, passam a sensação
do consumidor”, enumera. • 25
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GESTÃO
TENHA OS ADVERSÁRIOS SEMPRE POR PERTO Por Kathlen Ramos
Analisar, com frequência, a concorrência direta e indireta, precisa fazer parte dos negócios para garantir que sua loja esteja sempre um passo à frente 2 6 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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Ilustrações Shutterstock
23/10/15 15:23
A
análise de concorrên-
cutivos de Varejo e Mercado de Consu-
sem fins lucrativos que realiza sempre,
cia é uma ferramenta
mo (Ibevar) e coordenadora acadêmica
com seus associados, o debate desses
simples de gestão e que
da Academia de Varejo, Patricia Cotti.
temas”, mostra Patricia.
deve ser utilizada pelas
Ela reforça, ainda, que também é ne-
empresas, de quaisquer
cessário que se identifique o modelo de
portes, desde antes da
gestão praticado pela loja vizinha, co-
Como aconselhado pelos consultores,
criação. Ela servirá co-
mo índice de perdas, margens, política
o trabalho de análise de concorrência
mo auxílio para definir posicionamen-
de relacionamento com fornecedores,
não para na ocasião de abertura da em-
to, público-alvo, localização, formatos
forma de gestão de estoques, entre ou-
presa. Muito pelo contrário. A partir daí,
de loja e de negócio, entre outros.
tros. Tais dados, entretanto, nem sem-
ele precisa se intensificar. “Todos aque-
Investigação constante
Segundo o consultor do Serviço de
pre estão disponíveis, sendo de difícil
les aspectos relacionados diretamente
Apoio às Micro e Pequenas Empresas,
acesso. Portanto, é preciso acompanhar
com o consumidor, como preços, mo-
de São Paulo (Sebrae-SP), Jean Fábio
boas práticas de todo o mercado. “O
delos comerciais, modelos de loja, am-
de Oliveira, na hora de abertura de
varejista precisa estar sempre conecta-
bientação, tipo de atendimento, expo-
uma loja, essa avaliação é tão impor-
do com os grupos de discussão de va-
sição, campanhas, categoria de produ-
tante quanto as contas necessárias para
rejo e engajado na troca de experiên-
tos, espaços, perfil de funcionários, en-
o início do empreendimento. “A con-
cias dos grupos de pesquisa existentes.
tre outros, ganham especial relevância”,
corrência, tanto direta quanto indireta,
O Ibevar, por exemplo, é um Instituto
enumera Patricia.
(veja box) precisa ser analisada a fim de definir como a loja vai se diferenciar. O ideal é fazer uma varredura num raio de 5 km. Se houver muitos concorren-
CONCORRÊNCIA DIRETA X CONCORRÊNCIA INDIRETA
tes, é mais seguro mudar de ponto, a não ser que o negócio seja muito inovador”, aconselha Oliveira, acrescentando que esta observação precisa continuar quando a loja já estiver estabelecida no mercado. “Deve-se fazer uma varredura do ambiente externo, avaliando forças e fraquezas; e interno, prevendo oportunidades e ameaças”, diz. Resumindo, é de suma importância que a empresa consiga ter uma visão clara daqueles que disputam o bolso do consumidor com uma oferta similar. “As pesquisas são capazes de demonstrar qual o melhor rumo a seguir entre as estratégias possíveis, com identificação das oportunidades de mercado, brechas deixadas pelos concorrentes existentes, espaços já ocupados e diferenciais junto aos consumidores”, justifica a dire-
Concorrência direta é aquela que possui um modelo de negócio igual ou similar ao seu. Por exemplo, uma marca de água “A” sempre irá concorrer com a marca de água “B”. E o mesmo acontece no varejo. “Um minimercado com posicionamento voltado para hortifruti sempre irá concorrer com outro minimercado com este tipo de posicionamento”, reforça a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti. Já na concorrência indireta, o que deve ser analisado é sempre o benefício gerado. “Se o consumidor está com sede, ele escolherá beber algum produto, seja água, cerveja ou refrigerante. Dessa forma, qualquer bebida passa a dividir a atenção”, alerta Patricia. O mercado de vizinhança precisa ter o mesmo pensamento na hora do desenvolvimento do negócio. “Até o ano passado, valorizava-se muito a concorrência direta. No entanto, hoje, há diversos tipos de comércio. Os supermercados, por exemplo, por muito tempo, tiveram visão míope e não olharam para os sacolões, feiras ou padarias, subestimando alguns modelos de negócios. No entanto, eles se tornaram fortes com o crescimento das lojas de vizinhança”, afirma o professor do núcleo de negócios do varejo da ESPM, Roberto Nascimento.
tora vogal do Instituto Brasileiro de Exe• 27
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GESTÃO
O professor do núcleo de negócios do varejo da ESPM, Roberto Nascimento de Oliveira, recomenda que todos os
O CLIENTE OCULTO
funcionários de uma loja conheçam a concorrência de perto. “Do departamento de tecnologia da informação ao caixa, todos devem visitar essas lojas, afinal, todos estão envolvidos para que o negócio dê certo. E não é apenas entrar e sair. Deve-se avaliar como pesquisador e analista de varejo, para identificar o que pode ser copiado e melhorado”, diz.
Aprimore ou adapte as experiências O ideal é que, ao analisar a concorrência, que as estratégias do “adversário” não sejam, integralmente, copiadas. A diretora vogal do Ibevar lembra que uma ação positiva deve ser analisada e
É se despindo do papel de gestor que o varejista conseguirá identificar, de maneira precisa, o sentimento do consumidor quando está dentro do ponto de venda. É importante, assim, que se faça este tipo de análise não só com os concorrentes, mas também, na medida do possível, como “cliente oculto” dentro de sua própria loja, para entendimento do real comportamento e experiência do cliente. Um guia simples que pode nortear esse tipo de pesquisa é um checklist que envolva notas justificadas para os itens de: ruptura, automação e tecnologia, estrutura física, sortimento, políticas de prevenção de perdas, precificação, iluminação, layout e comunicação visual. Promoções, sustentabilidade, atendimento e técnicas de venda também podem entrar na análise. Fonte: diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti
adaptada à realidade daquele varejista, de acordo com seu público e perfil de consumidor. Afinal, sem que haja essa
atendimento e sortimento, caracterís-
na concorrência ou se teve algo que
adaptação, o varejista corre o risco de
ticas muito valorizadas pelo consumi-
não encontrou na sua loja. Esse é um
perder sua essência e se tornar apenas
dor”, resume Nascimento. E se o lojis-
grande termômetro”, aponta o consul-
mais um no mercado, sem diferencia-
ta vê necessidade de oferecer preços
tor do Sebrae-SP.
ção. E na análise da concorrência, aqui-
mais competitivos, vale ter os pés no
O sentimento do consumidor em
lo que é bom pode ser uma oportuni-
chão para não praticar algo que pode
relação à concorrência (ou à sua lo-
dade de crescimento para a loja.
fazer as contas não fecharem no fim do
ja) também pode ser constatado por
“Se eu tenho pouco espaço e esta
mês. “Se o preço da concorrência está
meio das redes sociais ou empresas
é a minha fraqueza, que tal analisar
melhor, o primeiro passo é ver onde a
de reclamação. “Se no passado está-
o vizinho, que também é pequeno, e
sua loja pode cortar gastos e eliminar
vamos preocupados com o boca a bo-
ver como ele fez para driblar o proble-
desperdícios para começar a ser mais
ca e as indicações positivas, sendo cer-
ma do espaço?”, sugere o consultor do
competitiva”, orienta Oliveira.
to de que uma indicação negativa pos-
Sebrae-SP. Vale lembrar que o preço, embora seja importante, não deve ser
Consulte o consumidor
suía um efeito maior do que a primeira, hoje, este cenário é potencializado
o foco quando se analisam a concorrên-
A realização de uma pesquisa dire-
com o acesso às informações em tem-
cia e as preferências do cliente. “Embo-
ta junto ao consumidor é algo válido
po real e alta velocidade. Nem sempre
ra o valor de um produto seja signifi-
e fundamental. “O cliente sempre é o
as informações são corretas ou as pes-
cativo, o serviço, sim, é o diferencial.
principal elemento. A hora em que se
soas se conhecem, mas os efeitos para
Assim, toda loja precisa ter ambienta-
começa a indagá-lo, se descobre, por
o negócio serão certeiros”, alerta a es-
ção, estacionamento, banheiro, bom
exemplo, o que ele costuma comprar
pecialista do Ibevar.
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Untitled-1 1
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FINANCEIRO
PLANEJAR NEJAR É TUDO
Por Adriana Bruno
Em um cenário de incertezas, conhecer detalhadamente a situação financeira da empresa, saber onde investir, cortar e aplicar recursos é primordial para dar passos em direção ao futuro do negócio
A
construção de uma em-
ritmo da economia tem colocado
Planejar, segundo o consultor do
presa, independente
muitas empresas na berlinda, po-
Serviço de Apoio às Micro e Peque-
do porte, está basea-
rém também há notícias de outras
nas Empresas, de São Paulo (Sebrae-
da em uma série de
que estão investindo e pensando
-SP), Maurício Mezalira, é antever si-
conceitos econômicos,
em crescimento ou estabilidade.
tuações que devem ser tratadas pre-
mercadológicos e de
Mas como ter bons resultados em
viamente para que se caminhe em
gestão, que podem colocá-la em
um momento de crise? Boa parte
direção aos objetivos traçados. “O
um caminho de sucesso ou con-
da resposta está no planejamen-
planejamento financeiro possibilita
dená-la ao fracasso. A redução no
to financeiro.
uma visão antecipada das vendas,
3 0 • N O V/ D E Z 2 0 1 5
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Foto Shutterstock
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dos custos e despesas e, consequentemente, uma projeção dos resultados. Também serve para que se dimensionem os recursos necessários e as diretrizes para aplicação dos recursos, como, por exemplo, despe-
Os investimentos que forem realizados devem gerar o menor impacto possível no fluxo de caixa, sendo que o custo do capital deve ser considerado, mas, sobretudo, diluir esses investimentos ao longo do tempo
sas com treinamento, tecnologia ou marketing, entre outros”, diz. Para Mezalira, ao falar em planeja-
para aprendermos a programar in-
panhada mais de longe pelos em-
mento, o empresário deve conside-
vestimentos é pensar no futuro”, diz.
presários. A afirmação é do con-
rar todos os fatores externos, como
Para Rocha, está na hora de inves-
sultor de gestão da Inside Business
economia, mudanças na legislação,
tir com foco na queda de fluxo de
Design, Marcelo Scharra. Para ele,
clientes, concorrentes, fornecedo-
pessoas nos negócios, nas contrata-
outro passo importante é ter foco
res, economia mundial, entre ou-
ções, nos contratos, na receita, entre
no cliente. “É comum vermos mui-
tros; além dos internos, como re-
outros. “É hora de pegar todo o re-
tos empresários com foco excessivo
cursos financeiros, recursos huma-
curso da empresa e virar para o ata-
no produto, o que proporciona um
nos, tecnologia para produzir e fa-
que. Mais ou menos como faz um
distanciamento das possibilidades e
zer a gestão do negócio.
técnico de futebol quando quer ser
oportunidades comerciais. A rua e
ofensivo e defensivo. Está na hora de
o contato com clientes são sempre
readequar tudo aquilo que o cliente
muito ricos, mas nem sempre é con-
Se o momento pede que recursos
vê, passando desde a cor da parede,
fortável, por isso muitos empresá-
sejam poupados, os investimentos
da loja e da fachada, até pelos ven-
rios se distanciam com facilidade ao
podem acontecer internamente, com
dedores, que podem ter os uniformes
sinal de crescimento da empresa”,
o treinamento e aperfeiçoamento de
trocados e passar por treinamentos”,
alerta o especialista. Portanto, se-
equipe, por exemplo, visando me-
afirma o consultor de varejo, salien-
gundo ele, é hora de se reaproximar,
lhorar o atendimento. O consultor
tando que o mais importante é inves-
abordar clientes e verificar quais são
de varejo e palestrante, Fred Rocha,
tir nos aspectos intangíveis, que são
as necessidades e onde os investi-
acredita que os empresários devem
treinamento e comunicação. “A comu-
mentos podem trazer mais retorno.
ponderar investimentos em cresci-
nicação é estratégica para aumentar
Ainda segundo Scharra, depois de
mento em malha de vendas ou em
o fluxo de loja e o treinamento, para
identificados os principais gargalos,
novos negócios com atrativos para
manter esse fluxo e conseguir boas
é preciso fazer um teste de retorno
consumidores. “Realmente, o fluxo
conversões. Neste momento, os in-
sobre o investimento, com cálculos
de loja caiu, as vendas caíram, mas
vestimentos devem ter esse foco: tra-
e criação de métricas. “Após validar
é um ótimo momento de investir no
zer as pessoas para a loja”, orienta.
os investimentos que estão dando
Investimentos precisos
treinamento da equipe ou em melhorias nas lojas”, comenta.
Foco no consumidor
mais resultados, vá aumentando o investimento neste caminho”, orienta.
Ainda segundo Rocha, programar
Para saber onde, como e em que
Vale reforçar que, em geral, neste
esses investimentos é algo muito im-
momento investir, o primeiro passo
momento de crise, deve-se fazer o
portante, pois não adianta investir de
é revisitar todos os custos e despe-
menor investimento possível em pro-
qualquer maneira. É necessário cau-
sas e avaliar onde a empresa precisa
dução e estoque, focando na força
tela. “Vivemos num país onde a cul-
ser mais eficiente, na área operacio-
de vendas. “Investir na força comer-
tura costuma ser totalmente avessa
nal e, especialmente, na área co-
cial passa por estar aberto a inova-
ao planejamento. E o primeiro ponto
mercial, que muitas vezes é acom-
ções, não só de produto, mas de pro• 31
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23/10/15 15:24
FINANCEIRO
PLANEJAMENTO FUTURO
ento deve 1. Todo planejam claro co ter um diagnósti uação atual sobre qual é a sit o maior da empresa, com es possível. número de detalh
2. Depois dessa eta pa, se fa necessári z o um alin hamento dos acio nistas/só cios da empresa , pois é c o mum buscar u m direcio n amento que não é compa rt ilhado por todo s. O alinh amento dos sócio s garante 90% do sucesso do plane jamento .
4. Em seguida, checar quais são as oportunidades e ameaças que estão se desenhando no cenário do próximo ano.
5. Definido o ponto de partida (onde estou), a expectativa dos sócios (para onde queremos ir e com que velocidade) e analisar o cenário macroeconômico, devem-se definir metas e plano de ação.
3. Após a linhar a e xpectati responsá va dos veis pela e mpresa, análise s deve-se etorial e ter uma conômic para ond a , o u seja, ve e o merc rificar ado está caminha ndo.
6. Lembre-se de que o plano de metas e o plano de ação somente têm funcionalidade quando são definidos números (a meta), métrica (como este número é calculado, exemplo: vendas/ região) e prazo para serem executados.
7. O último passo é conferir, periodicamente, essas realizações e tomar as atitudes a ponto de fazer com que as metas sejam cumpridas ou corrigidas. Isso garante que os objetivos globais não sejam comprometidos.
ntado ser feito é ficar se 8. O que não pode dólar. do o eç verno e do pr reclamando do go é r ta a melhor que se movimen Tenha em mente ar da crise! r resultados, apes maneira de gera
Fonte: consultor de gestão da Inside Business Design, Marcelo Scharra
cesso de venda ou mesmo na forma
Os investimentos que forem reali-
como e onde aplicar os recursos é a
com que entrega seu produto. Uma
zados devem gerar o menor impacto
construção do plano financeiro em
dica é: estude e se aprofunde antes
possível no fluxo de caixa, sendo que
que serão orçados os valores das
de investir, pois, quando impróprio,
o custo do capital deve ser conside-
vendas, dos custos e das despesas.
o investimento pode acelerar a ida
rado, mas, sobretudo, diluir esses
O plano financeiro serve para en-
da loja na direção contrária à sua in-
investimentos ao longo do tempo.
xergar qual a sua capacidade de in-
tenção”, comenta Scharra.
“A melhor maneira para identificar
vestimento”, esclarece Mezalira.
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CATEGORIA
Por Kathlen Ramos
Cesta de consumidor em produtos para os cabelos e para a pele muda nessa estação. Varejista precisa estar atento às novidades para atender aos desejos da clientela
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Ilustração Shutterstock
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A
medida que as tempe-
aliada à conquista do tão desejado bron-
A diretora de marketing de Monange,
raturas começam a su-
zeado. E a indústria já atua nesse senti-
Regiane Erasto Bueno, lembra que a ex-
bir em todo o País, os
do. “Com proteção UVB e extraproteção
posição ao sol agride ainda mais a pe-
desejos do consumidor
UVA, a linha NIVEA SUN Protect&Bronze
le, por isso, nesse período, é importante
por novos produtos que
conta com a eficácia do betacaroteno e
usar produtos com alto poder de hidra-
atendam às necessidades
fórmula enriquecida com extrato de li-
tação. “Recentemente, Monange lançou
da estação começam a
corice, substância que contribui para o
o SOS Pele Fragilizada, um poderoso hi-
aparecer. Constitui-se, então, uma gran-
bronzeado duradouro, natural e saudá-
dratante que repara e repõe nutrientes
de oportunidade de aumento nas vendas
vel”, exemplifica Tatiana.
com vitaminas e o ativo hidraureia – tec-
para aqueles varejistas que estão de olho
Os hidratantes, consumidos o ano
nologia exclusiva com alto poder de hi-
nas tendências. Acompanhe, a seguir, o
inteiro pelo brasileiro, também ten-
dratação”, revela. Já a NIVEA, para es-
que deve fazer parte do sortimento da
dem a ser escolhidos com caracterís-
sa estação, apresenta a linha Sentidos,
loja nas épocas mais quentes do ano.
ticas condizentes à estação. “Eles são
com hidratantes que combinam fórmu-
mais indicados para o verão são aque-
la leve e de rápida absorção.
Pele pede por filtros solares e hidratantes leves
les com textura leve que hidratam sem
Para a categoria de filtros solares, nos
esse quadro tende a piorar”, aconse-
Cabelos precisam de hidratação extra
últimos anos, cresceu a procura por em-
lha a cientista da Johnson & Johnson,
O verão tende a ser estação mais ama-
balagens e modelos de aplicadores di-
Cristina Vendruscolo.
deixar a pele oleosa, já que, no calor,
da pelas brasileiras e, junto com esta pre-
ferenciados, como aerossol, spray e gel, embora as loções ainda detenham a maior fatia do mercado de proteção solar, segundo afirma a diretora de marketing e trade marketing da BDF NIVEA e Eucerin no Brasil, Tatiana Ponce. “As loções são as versões mais tradicionais, porém sempre apresentam inovações, como ação hidratante e fórmulas especiais para as peles das crianças”, explica, salientando que o consumidor está buscando cada vez mais benefícios, além da proteção. “Os protetores solares são associados à prevenção de efeitos não desejados de longo prazo, como rugas, manchas, envelhecimento e câncer de pele”, acrescenta Tatiana. Outra tendência, segundo a área de Pesquisa da Johnson & Johnson, reflete a conscientização das consumidoras sobre a importância de proteção contra os raios solares. No Brasil, outra grande tendência na categoria fica para a proteção da pele
POTENCIALIZE AS VENDAS COM A CATEGORIA PELE • No caso dos protetores solares, deve-se iniciar a exposição com os itens de maior valor agregado e finalizar com os de menor. Essa regra também vale para os Fatores de Proteção Solar (FPSs), que devem ser do maior para o menor, assim como as embalagens econômicas. • Lembre-se de que filtros solares devem ser separados por subcategorias, como: loções, sprays, aerossol, faciais, kids, bronzeadores, pós-sol e labial, dando prioridade ao mix para as loções. • Vale lembrar que o pico de vendas da temporada se dá na semana entre Natal e réveillon. E nos períodos de pré-verão e verão, é muito importante dar destaque à categoria, garantindo sua presença na loja em locais de alto fluxo. • Ações que complementam o uso dos filtros solares também são bem aceitas pelo consumidor, como, explorar vendas casadas com hidratantes, pós-sol ou produtos de praia. • Para a categoria de cuidados corporais, em que os hidratantes estão inseridos, o varejista deve separar os segmentos por blocos, como óleos corporais e hidratantes. Dentro dos segmentos, é necessário blocar as marcas; e, na sequência, agrupar os produtos por tipo de pele ou fragrância. Fontes: diretor de vendas e shopper e customer da NIVEA, Theodoro Oliva; gerente shopper & gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes; e diretora de trade marketing da divisão consumo da Hypermarcas, Ana Aparecida Biguilin
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CATEGORIA
ferência, está a preocupação em apro-
styling, por isso é muito importante uti-
na praticidade, que é outra grande de-
veitar somente o melhor do sol, com
lizar produtos que ajudem na regenera-
manda das brasileiras quando o assunto
cuidados contra os efeitos danosos que
ção dos fios, deixando-os mais fortes e
é tratamento dos fios. Um dos lançamen-
mar, piscina e raios ultravioleta (UV) po-
sedosos, como se os danos nunca tives-
tos da marca fica para a versão Advanced
dem causar aos cabelos. Prova disso é a
sem existido. E nós valorizamos também
Keratin Repair, da ampola 3 minutos mi-
aumento na demanda por esses produ-
a praticidade, o foco dos nossos produ-
lagrosos, que protege a queratina natu-
tos. “As vendas no verão podem atingir
tos é em resultados rápidos, já nas pri-
ral presente no cabelo.
até 15% de crescimento”, prevê a geren-
meiras utilizações”, afirma.
Outra aposta fica para soluções prá-
te de marketing da Embelleze, Fabiana
Dove, por exemplo, acaba de apre-
ticas que resolvam o problema da oleo-
Luna. Segundo o gerente de marketing
sentar a linha Regenerate Nutrition, que
sidade, bastante recorrente na estação.
de Dove e Seda, Diego Guareschi, os es-
regenera a aparência saudável até dos
“Para um dia mais prático e saudável, a
forços são para atender à necessidade e
cabelos extremamente danificados. Já
Phytoervas desenvolveu o xampu seco:
ao tipo de cabelo específico de cada con-
Elseve apresenta a nova linha Óleo Ex-
uma linha para deixar os cabelos mais
sumidora. “As linhas desenvolvidas pela
traordinário Edição Verão Brasileiro, que
bonitos e com aparência de limpos 24
Unilever levam em consideração o tipo
além do poder nutritivo dos óleos de flo-
horas, sem excesso de lavagens”, des-
de fio de cabelo da brasileira, que em ge-
res preciosas, tem filtro UV e proteção
creve a gerente trade marketing da em-
ral adora mudar os cabelos com proce-
antirressecamento para cabelos expostos
presa que distribui esta marca, Priscilla
dimentos, como alisamento, coloração e
ao sol, mar e piscina. E Pantene aposta
Vieira. A Phytoervas apresenta, ainda, uma linha desenvolvida especificamen-
POTENCIALIZE AS VENDAS COM A CATEGORIA CABELOS 1) Para esses produtos, a recomendação é de que seja seguida a árvore de decisão de compras do shopper, que começa por tipo de produto (anticaspas ou cosméticos); preço (atrelado à performance); marca; tamanho; e versão. Lembre-se de que a categoria de cabelos funciona como “âncora” do departamento de higiene e beleza, ficando próxima da categoria de coloração. 2) Na categoria de coloração, a primeira divisão deve ser por funcionalidade (colorações permanentes e tonalizantes), seguida por marcas e variedade de nuances. As prioridades de exposição são para as nuances naturais ou cores-base (1.0 – preto, 2.0 – castanho escuríssimo, 3.0 – castanho-escuro...). 3) Vale lembrar que lojas abastecidas com os lançamentos, exposição diferenciada e campanhas com brindes sempre têm bons resultados. Essas ações podem ser somadas por uma equipe muito bem treinada, pois o consumidor está mais maduro e quer informação.
te para o verão, denominada Sol, Mar e Piscina, composta por xampu, condicionador, máscara capilar, spray fluido protetor e DD Cream. “Os produtos são multifuncionais, protegendo os fios da ação do sol, da água do mar ou do cloro. Eles possuem, ainda, ação fotoprotetora”, descreve Priscilla. Para as tinturas, diferentemente do movimento comum de definir os loiros como tendência, algumas indústrias têm apostado nos vermelhos especialmente desenvolvidos para o verão. Koleston, por exemplo, apresenta a família Vermelhos Poderosos, composta pelas nuances: Borgonha Vibrante (4446), Amora (5546), Cereja (6646), Vermelho Super Intenso (7744) e a chegada de duas novas tonalidades: Acaju Acobreado (64) e Verme-
Fontes: gerente de gerenciamento de categorias da Divisão de Produtos de Grande Público (DPGP) da L’Oréal, Elaine Rocha; gerente de marketing de Koleston, Marjorie Teixeira; gerente de produto na categoria de Coloração e Transformação da Niely, Delane D´Azevedo; e gerente de marketing da Embelleze, Fabiana Luna
lho Fashion (764). Já Imédia Excellence, de L’Oréal Paris, apresenta a nova coleção Fashion Paris, com as nuances: preto Alta Costura, louro Flash, chocolate Passarela e vermelho Glamour.
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PONTO DE VENDA
DIREITOS E DEVERES
Por Claudia Manzzano
O consumidor está mais consciente de quando pode reclamar, mas o estabelecimento deve estar atendo aos excessos que ainda ocorrem
O
Código de Defesa do
de venda (PDV) é a informação. Assim,
mora; taxas efetivas mensal e anual de
Consumidor (CDC) com-
se o estabelecimento não aceitar che-
juros; acréscimos legalmente previstos;
pletou 25 anos em 2015.
que, por exemplo, a informação deve
além de número, periodicidade e valor
A lei, considerada avan-
estar clara e em destaque, para evi-
das prestações e valor total a pagar, com
çada e atual apesar da
tar que o consumidor precise desistir
e sem financiamento.
idade, é uma arma do
da compra quando já estiver no caixa,
No caso de promoções, a ação de-
consumidor para ter os
segundo esclarece a coordenadora ins-
ve informar o período de duração da
direitos garantidos. Mas diferentemente
titucional da Associação Brasileira de
oferta, bem como a quantidade de pro-
do que muitos pensam, a lei também
Defesa do Consumidor (Proteste), Maria
dutos disponibilizados e, se for o ca-
estabelece, de forma clara, os deveres
Inês Dolci.
so, o número de unidades por pessoa.
de quem compra. E a velha máxima de
Nas compras parceladas, acrescen-
“Boas ofertas terminam rapidamente.
que o cliente tem sempre razão pode
ta a assessoria de imprensa da Funda-
Caso esteja dentro do período promo-
ficar à prova.
ção Procon-SP, além do preço à vista em
cional e não tenha sido divulgada pre-
Um dos direitos básicos do consumi-
moeda corrente, o consumidor tem di-
viamente a quantidade reservada do
dor e que precisa de atenção do ponto
reto à informação prévia sobre: juros de
produto, o comerciante é obrigado a
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Ilustração Shutterstock Foto Shutterstock
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Um dos direitos básicos do consumidor e que precisa de atenção do estabelecimento é a informação, que deve estar clara e em destaque
uso) têm garantia legal de 90 dias e os não duráveis (aqueles que desaparecem imediatamente após o uso, como os alimentos, por exemplo), de 30 dias (para vícios aparentes e de fácil constatação, a partir da entrega do
oferecer outro equivalente em seu lu-
afixado na embalagem, por meio de
produto). A loja só é obrigada a efe-
gar”, alerta a Fundação Procon-SP.
código referencial, ou ainda, com a
tuar a substituição em caso de defei-
A informação também está relacio-
afixação de código de barras. Nos ca-
tos na mercadoria.
nada ao preço dos produtos. Segundo
sos de utilização de código referencial
A troca de produtos por motivo de
a advogada do Instituto Brasileiro de
ou de barras, o comerciante deverá
cor, tamanho ou gosto é uma liberali-
Defesa do Consumir (Idec), Mariana
expor, de forma clara e legível, junto
dade do estabelecimento. “O arrepen-
Alves Tornero, a diferença de preço
aos itens expostos, informação relati-
dimento só é permitido se a compra é
apresentada em tabloides, propagan-
va ao preço à vista do produto, suas
feita pela internet”, explica Mariana.
da e gôndola e o preço cobrado no
características e código.
No entanto, o mercado dita regras que
checkout é um dos maiores problemas
Na hipótese de utilização do códi-
acabam sendo cumpridas pela grande
enfrentados pelos consumidores nos
go de barras, os fornecedores deve-
maioria do comércio, a exemplo das
supermercados. E o CDC é claro: se
rão disponibilizar, na área de vendas,
lojas que permitem a troca de merca-
houver preços diferentes para o mes-
para consulta de preços pelo consu-
dorias mesmo que não tenham defei-
mo produto, vale o menor. “Qualquer
midor, equipamentos de leitura ótica
to. “Nesse caso, os critérios para troca
divergência pode caracterizar oferta
em perfeito estado de funcionamen-
devem constar na etiqueta ou na nota
enganosa e ser passível de denúncia a
to. Os leitores óticos deverão ser indi-
fiscal”, sinaliza a Fundação Procon-SP.
um órgão de defesa do consumidor”,
cados por cartazes suspensos que in-
Mas em todo caso, o consumidor preci-
avisa a Fundação Procon-SP.
formem a sua localização. E deverão
sa guardar o cupom fiscal para provar a
A especialista do Idec reforça que a
ser dispostos na área de vendas, ob-
compra no estabelecimento requerido.
duplicidade de preço confunde mui-
servada a distância máxima de quin-
3) Data de validade: validade ven-
to o consumidor e deixa pessoas ido-
ze metros entre qualquer produto e a
cida é um vício de qualidade. Portan-
sas ou desatentas em desvantagem.
leitora ótica mais próxima.
to, o consumidor pode exigir a troca.
A melhor opção para o supermerca-
Na impossibilidade de afixação de
“Segundo o CDC, a responsabilida-
do é ficar bem atento para esse pro-
preços, é permitido o uso de relações
de é solidária, ou seja, toda a cadeia
blema não ocorrer, mas caso um con-
de preços dos produtos expostos, bem
é responsável pela qualidade do pro-
sumidor apresente um descompasso
como dos serviços oferecidos, de for-
duto”, diz Mariana. Em regra, a repa-
de informações, o gerente deve ime-
ma escrita, clara e acessível ao consu-
ração do dano é de responsabilidade
diatamente cobrar o preço mais bai-
midor. E o decreto nº 5.903 estabelece
do fabricante, produtor ou do impor-
xo e arrumar o que está em desacor-
que os preços de produtos e serviços
tador do alimento, independentemen-
do. Acompanhe, a seguir, outros di-
deverão ser informados adequadamen-
te da comprovação.
reitos e deveres tanto do lojista quan-
te, de modo a garantir ao consumidor
Segundo a advogada do Idec, o co-
to do cliente:
a correção, clareza, precisão e legibili-
merciante também é responsável nos
dade das informações prestadas.*
casos em que o fabricante, produtor
1) Preço à vista: a Lei 10.962/04 regulamenta a oferta e a afixação de
2) Troca de mercadorias: produ-
ou importador não puder ser iden-
preços de produtos e serviços para o
tos duráveis (aqueles que não desapa-
tificado, se o produto for fornecido
consumidor. Ela determina que o pre-
recem com a simples utilização, mas
sem identificação clara do fabrican-
ço pode estar impresso no produto ou
sim, desgastam-se naturalmente pelo
te, ou ainda quando o comerciante
*Fonte: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste)
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PONTO DE VENDA
O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO? O Código de Defesa do Consumidor (CDC) surgiu para garantir o direito dos consumidores, mas isso não quer dizer que eles tenham sempre razão. A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumir (Idec), Mariana Alves Tornero, explica que, mesmo quando o estabelecimento comete um erro no preço, por exemplo, a lei pode interpretar o uso de má-fé por parte do consumidor. Ela conta o caso de notebooks vendidos a R$ 19 por um site na internet. Quando o erro é claro por parte do varejista, o cliente não pode se beneficiar. Assim, o consumidor não terá razão quando a intenção dele for maliciosa. A Fundação Procon-SP orienta que “tanto os consumidores quanto os fornecedores têm direitos e deveres que devem ser respeitados para que haja uma relação de consumo equilibrada e saudável”.
em outubro de 2011 em conjunto com
preço entre pagamento com cheque
a Fundação Procon-SP, determina que
ou dinheiro e pagamento com cartão
o consumidor que encontrar um pro-
de crédito ou de débito, a Fundação
duto vencido na gôndola que tenha ul-
Procon-SP ressalta que essa prática não
trapassado a validade, tem direito de
pode existir. No caso do consumidor
receber gratuitamente igual produto,
reclamar, o preço mais baixo vai valer.
dentro do prazo de validade. A medi-
5) Reclamações com o atendimen-
da vale para o estado de São Paulo,
to: a advogada do Idec alerta que es-
mas outros estados também adota-
tá previsto no CDC que, mesmo sem
ram práticas semelhantes. Mariana, do
ter um artigo específico para o tema,
Idec, ressalta que a compensação para
o cliente pode reclamar no Procon da
não conservar adequadamente os ali-
o consumidor não exime o supermer-
cidade e, se houver reclamações rein-
mentos. A pesquisadora do Idec, Silvia
cado da obrigação de recolher imedia-
cidentes de má conduta dos funcioná-
Vignola, atenta para o fato de que o
tamente todos os produtos com pra-
rios, o Procon pode autuar o estabele-
prazo de validade deve estar impresso
zo de validade vencido.
cimento. Apesar de alguns consumi-
na embalagem pelo fabricante e não
4) Pagamentos e cobranças: de
dores ainda reivindicarem direitos ine-
pode haver rasuras na data. Ela ain-
acordo com Maria Inês, do Proteste,
xistentes, Mariana acredita que eles
da orienta a não haver etiquetas so-
entre as reclamações mais frequen-
estão mais cientes dos seus direitos e
brepostas no local onde é informada
tes, estão as cobranças indevidas nos
Maria Inês diz que à medida que o co-
a data de validade.
cartões de créditos. E, nesses casos,
nhecimento cresce, os consumidores
Uma medida voluntária da Associa-
cabe ao estabelecimento deixar claro
procuram as entidades de defesa do
ção Paulista de Supermercados (APAS),
todas as cobranças na hora da com-
consumidor para reclamar, além das
chamada “De olho na validade”, criada
pra. Já com relação à diferenciação de
redes sociais.
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M
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RECURSOS HUMANOS
ACIDENTES DE TRABALHO Por Adriana Bruno
No varejo, esses problemas são motivos de muitos afastamentos de funcionários. Assim, prevenir é sempre melhor do que arcar com o ônus gerado pela situação
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P
or definição, acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou do empregador doméstico, provocando lesão
É indicado contratar um técnico em segurança do trabalho para análise e adequação do local, além do fornecimento de EPIs e, periodicamente, a realização de palestras e ações de conscientização sobre o assunto
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução – permanente ou temporária –, da capacidade para o trabalho.
Ainda segundo Rodrigues, apontar
em equipamentos de proteção. Geral-
as causas mais comuns dos acidentes
mente, segundo Alkimin, os acidentes
Segundo o advogado, especialista
no varejo também não é tarefa das
ocorrem por desatenção do empre-
em direito tributário, Sylvio Alkimin,
mais fáceis, uma vez que, em geral,
gado. “Mas, em muitos casos, tam-
a lei que regulamenta o acidente de
eles ocorrem por condições ambien-
bém acontecem pela falta de Equipa-
trabalho é a nº 8.213/91 e, por meio
tais do trabalho, como má organiza-
mentos de Proteção Individual (EPIs)
do artigo 19, dispõe que acidente do
ção do espaço, mobiliário e maquiná-
pelos empregadores, sendo que,
trabalho pode ser conceituado como
rio inadequado, entre outros. Alkimin
segundo a Comissão Interna de Pre-
o ato que ocorre quando do exercício
afirma que, por meio de pesquisa nos
venção de Acidentes (Cipa), é extre-
do trabalho a serviço da empresa ou
Centros de Referência em Saúde do
mamente importante como forma de
pelo exercício do trabalho prestado
Trabalhador (Cerests), e informações
evitar tal situação”, comenta.
pelos segurados especiais. Ou seja, é
da Previdência Social, em primeiro
O advogado ainda ressalta que em
aquela situação pela qual empresa e
lugar, os acidentes mais comuns são
caso de acidente de trabalho, a Cipa
empregador não querem passar, mas
quedas, choques elétricos e perda
e o Serviço Especializado em Enge-
que pode, sim, acontecer.
de equilíbrio, seguidos de acidentes
nharia de Segurança e em Medicina
No varejo, as causas dos aciden-
com equipamentos, máquinas e fer-
do Trabalho (Sesmt), se houver, deve-
tes são diversas. Segundo o advo-
ramentas. “Destacam-se também as
rão ser imediatamente comunicados,
gado e professor da pós-gradua-
doenças ocupacionais, ou do traba-
bem como o empregador deverá pro-
ção em Direito do Trabalho da Uni-
lho, como a Doença Osteomuscular
videnciar socorro imediato e realizar
versidade Presbiteriana Mackenzie,
Relacionada ao Trabalho (Dort)”,
a emissão da Comunicação de Aci-
Ivandick Rodrigues, é difícil apon-
diz o coordenador da Secretaria
dente de Trabalho (CAT). “Se o aci-
tar quais os motivos mais comuns,
de Comunicação e Promoção da
dente incapacitar o trabalhador por
por se tratar de condição bastante
Federação Nacional dos Técnicos de
mais de 15 dias, a empresa deverá
aleatória. No entanto, algumas ati-
Segurança do Trabalho (Fenatest),
encaminhá-lo ao Instituto Nacional
vidades costumam gerar um maior
Aldemir Amaral Montenegro Filho.
de Seguro Social (INSS), para rece-
número de ocorrências. “A atividade
Dort ou Lesão por Esforço Repetitivo
bimento do auxílio-doença aciden-
de movimentação de cargas é a que
(LER) são termos ligados a um con-
tário”, completa.
pode causar maior número de aci-
junto de doenças que atingem mús-
dentes ou doenças do trabalho. Já
culos, tendões, nervos e articula-
O custo dos acidentes
que o excesso de peso pode causar
ções dos membros superiores (mãos,
Além do afastamento do funcioná-
desde lesões crônicas, como bursi-
punhos, antebraços, braços e dedos).
rio e da necessidade de um remane-
tes, hérnias, entre outros, até esma-
Na opinião de Montenegro Filho, as
jamento na equipe ou até mesmo da
gamento de membros, ou mesmo a
empresas precisam criar uma cultura
contratação temporária de outro cola-
morte”, comenta.
de segurança e não apenas investir
borador para a vaga do acidentado, • 43
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RECURSOS HUMANOS
POR DENTRO DA LEI Durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença, ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. A contar do 16º dia do afastamento da atividade, será devido ao segurado empregado o auxílio-doença pago pela Previdência Social. Enquanto estiver afastado e recebendo o auxílio-doença, o segurando não pode exercer atividade remunerada. Caso isso aconteça, ele terá o benefício cancelado. Ainda de acordo com o artigo 118 da Lei 8.213/91, é assegurado àquele que sofreu acidente de trabalho, pelo prazo de 12 meses, a manutenção do contrato de trabalho com a empresa, sendo que após a cessação do auxílio-doença acidentário, o mesmo poderá ser demitido. Fontes: IOB Sage e advogado especialista em direito tributário, Sylvio Alkimin
a empresa ainda está sujeita a outros
vidência Social (CNPS) e considerará
balho para casa, e adquiriu alguma
custos. Segundo Rodrigues, nos ter-
a quantidade de registros de aciden-
sequela que tenha reduzido sua
mos do artigo 10 da Lei 10.666/03,
tes e doenças do trabalho, apurados
capacidade laborativa, pode reque-
a contribuição previdenciária deno-
pela emissão de CAT”, explica.
rer o auxílio-acidente. Também é
minada Seguro de Acidente de Tra-
Ainda segundo Rodrigues, há a
um direito daquele que, da mesma
balho (SAT), variável entre 1% e 3%
possibilidade de o INSS propor a
forma, ficou incapacitado tempora-
da folha de pagamento da empresa,
chamada Ação de Regresso, contra
riamente e pode requerer o auxílio-
poderá ser dobrada (2% a 6%) por
o empregador, requerendo a res-
-doença”, diz.
aplicação do Fator Acidentário de Pre-
tituição das quantias já pagas e o
Acidentes acontecem, mas podem
venção (FAP), conforme os índices de
pagamento das quantias futuras.
ser evitados e é com foco nessa pre-
frequência, gravidade e custos previ-
“Vale lembrar que aquele colabo-
missa que empregados e empregado-
denciários decorrentes dos acidentes
rador que sofreu um acidente, seja
res devem buscar formas de prevenir
de trabalho. “O cálculo do FAP fica a
durante o trabalho ou no caminho
que eles aconteçam. O primeiro passo
cargo do Conselho Nacional da Pre-
de casa para o trabalho ou do tra-
é contar com a Cipa. Depois disso, de acordo com Alkimin, é indicado
Os acidentes mais comuns são quedas, choques elétricos e perda de equilíbrio, seguidos de acidentes com equipamentos, máquinas e ferramentas
contratar um técnico em segurança do trabalho para análise e adequação do local, além do fornecimento de EPIs e, periodicamente, a realização de palestras e ações de conscientização sobre o assunto.
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ESTUDO DE CASO
CRESCIMENTO NA ADVERSIDADE Por Kathlen Ramos
Há 12 anos, a empresa era uma discreta casa de carnes. Hoje, é um Supermercado com 900 m2 só de loja. Conheça a história do empreendedor Luiz Joel Kosvoski, de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul
I
nvestir num novo negócio diante
então que comprou um supermercado
nova, com 900 m2 somente de área
de um cenário de crise é algo raro
de vizinhança em andamento, na cida-
de vendas, sete checkouts e 22 fun-
e que exige muita coragem do em-
de de Santo Antônio da Patrulha. Mas,
cionários que, juntos, deram uma no-
preendedor. Mas foi exatamente o
apesar dos negócios estarem fluindo
va cara para o Supermercado Compre
que fez Luiz Joel Kosvoski, ao inaugu-
bem, Kosvoski e sua esposa e também
Bem. E apesar de ser uma região com
rar, no ano passado, o Supermercado
sócia Rosane da Costa Kosvoski que-
comércio bastante aquecido, com con-
Compre Bem, na cidade de Santo
riam expandir (o espaço físico da lo-
correntes de igual porte ou grandes
Antônio da Patrulha, município do Rio
ja não comportava mais crescimen-
redes, nada impediu esse momento
Grande do Sul, localizado a 76 km de
to) e oferecer algo diferenciado na re-
de superação.
Porto Alegre. Kosvoski é a prova mais
gião. E essa chance de expansão esta-
“Hoje, temos um espaço agradável
concreta de que investir e não esmorecer
va mais próxima do que se imaginava.
para as compras, com estacionamen-
na hora das adversidades é o melhor ca-
“Compramos um terreno bem na fren-
to, além de termos conseguido forta-
minho para qualquer negócio, se tornan-
te do nosso antigo supermercado e, lá,
lecer o nosso sortimento de produtos,
do uma oportunidade de crescimento.
idealizamos a construção de uma lo-
trazendo novas opções aos consumi-
Essa história de superação começou
ja no mesmo segmento, mas de maior
dores”, afirma Kosvoski. A ampliação
bastante discreta, quando o empre-
porte e num espaço que fosse nosso”,
também fez com que o Compre Bem
sário, que administrava uma pequena
conta. E assim o fez.
ganhasse novos clientes. “No outro es-
casa de carnes, resolveu usar seu tino
A loja antiga, de 300 m , foi então
tabelecimento, percebia que os clien-
para o varejo num negócio maior. Foi
substituída por uma completamente
tes pertenciam a uma classe social mais
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GERANDO ATRATIVIDADE
baixa. Mas agora, com a expansão, além dos clientes antigos, consegui agregar outros, com poder aquisitivo
Sabe-se que os produtos de higiene e beleza sempre geram interesse entre as mulheres. E no Supermercado Compre Bem não é diferente. “Esses artigos são bastante importantes para o nosso faturamento, trazem uma boa margem e atraem a atenção das consumidoras”, comenta Luiz Joel Kosvoski. E para a concepção desse espaço, o Compre Bem contou com uma parceria que vem de longa data. “Eu atendo a essa loja há 11 anos, mas o DEC SUL já é parceiro há cerca de 15 anos”, lembra o consultor de vendas, Ronaldo Rocha Migliavacca. “Aqui no Compre Bem, temos liberdade de passar nossas sugestões ao proprietário e sempre pensamos juntos nos produtos que podem ser priorizados no encarte quinzenal e quais podemos colocar nos pontos extras”, conta. Segundo Kosvoski, a parceria se tornou ainda mais forte com a abertura da nova loja. “Eles nos ajudaram muito na montagem das gôndolas e no mix”, diz. Migliavacca comprova o sucesso dessas negociações. “Conforme a loja foi reformulada, pudemos oferecer um sortimento maior, com marcas mais consagradas, o que trouxe mais visibilidade para a categoria de higiene e beleza. É difícil o cliente sair sem o que procura. Além de preço bom, a variedade e os lançamentos são garantidos”, comenta o consultor do DEC SUL, acrescentando que, hoje, as linhas de cuidados com os cabelos são as de maior destaque nas gôndolas.
maior. Isso fez com que pudesse passar a oferecer produtos diferenciados no mix, com mais marcas, inclusive as
top de linha”, conta o empreendedor. E, hoje, acumulando ao todo 27 anos de experiência na área do varejo, esse empreendedor diz que, além dessa oportunidade de expansão, outra chave para o sucesso é estar sempre próximo aos seus clientes, estabelecendo uma relação de confiança. “Estou diariamente na loja e, junto com a minha esposa e minha filha, que também trabalha aqui, estabeleci uma relação muito próxima com meus consumidores, que cumprimento e, muitos, chamo pelo nome. Isso faz toda a diferença”, avalia, acrescentando que, para melhorar a experiência e satisfação dos seus clientes, também oferece entregas em domicílio e compras parceladas. Diante de todo esse esforço (que incluiu tocar uma loja enquanto a outra estava em construção) não podia ser diferente. Os resultados foram apenas uma consequência. “Nossas vendas dobraram. Só não crescemos mais por conta da crise econômica que atravessa todo o Brasil”, diz o empreendedor. “Por enquanto, minha meta futura, até mesmo por conta das adversidades do País, é estar à frente da minha loja e fortalecê-la para que o Compre Bem seja cada vez mais conhecido na região”, finaliza.
Da esquerda para direita: Rosane da Costa Kosvoski e Luiz Joel Kosvoski (casal de proprietários) ao lado dos filhos Vanessa da Costa Kosvoski e Jonathan Costa Kosvoski
Supermercado Compre Bem R. João Pedroso da Luz, 1015 Santo Antônio da Patrulha (RS) Tel.: (51) 3662 1372
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OPORTUNIDADE
MAIS CONHECIMENTO NO PDV A revista Decnews é elaborada para contribuir com o desenvolvimento do varejo indireto, com base na atuação do DEC (Distribuidor Especializado em Cosméticos). Assim, a publicação se consolida como um importante elo entre a indústria e os clientes deste canal. A seguir, confira o consultor e varejista homenageados nesta edição pela regularidade de entrega da revista. Parabéns!
Entrega da revista Decnews feita pelo consultor do DEC Rio Piranhas, Alcione Araújo Neves (à esquerda na foto), ao proprietário do Minimercado Araújo Fonetenelle, localizado em Cocal (PI), Marcelo Araújo Fonetenelle. “É com muito prazer e satisfação que sempre recebo as revistas. Essa publicação nos surpreende com suas matérias que trazem dados atualizados de mercado, além de informações e lançamentos de produtos, que nos deixam cada vez mais preparados para atender ao mercado e o consumidor”, Marcelo Araújo Fonetenelle.
Entrega da revista Decnews à equipe da Farmaster, localizada em Araruama (RJ). Na foto, da esquerda para a direta, o proprietário, Roxon Figueiredo; o consultor do DEC Zamboni, Bruno Quintanilha; a gerente Kely Ferreira; e o farmacêutico Flávio Nogueira. “Aprecio a revista Decnews, pois a recebo do meu principal distribuidor: DEC Zamboni. Com ela, me atualizo no mercado e no seguimento em que atuo, de forma atrativa e simples. Recebo, pontualmente, a revista, com matérias exclusivas e direcionadas ao consumidor final”, Roxon Figueiredo.
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(86) 4009 1818
(91) 3311 3800
DEC NOVA ERA (92) 2125 2000 / (69) 3216 9000
5.300
3.900
6.000
DEC DAG
(85) 3444 6000
12.900 3.200
6.600 3.300
DEC RIOGRANDENSE (84) 4008 0102
4.400
DEC CADAN
DEC NORTE SUL REAL (65) 3632 3100
(81) 3252 6550
3.400
18.900
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DEC ROGE
(11) 4417 7300
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(43) 3172 9300
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