www.decnews.com.br • ano 9 • nº 46 • jan/fev 2016
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Gestão Chegou o momento de repensar as estratégias e ajustar toda a operação da loja Categoria Filtros solares e loções pós-sol ganham destaque na temporada de férias e verão
Adaptação
necessária
É hora de revisar as estratégias e fazer pequenos ajustes na operação da loja. Olhe para o cliente e o ajude a continuar comprando
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EDITORIAL
2016: O INÍCIO
DA RECUPERAÇÃO ANO 9 Nº 46 JAN/FEV 2016 ces de ganhos podem ser compartilhadas em todas as pontas. De um lado, a empresa, com boas práticas, passa a garantir maior eficiência operacional e a ofe-
E
recer, nas gôndolas, exatamente o que o seu cliente procura; e do outro, o conm vez de começar o ano co-
sumidor sai satisfeito e fidelizado, dentro
mentando sobre a crise e os
de uma loja organizada, sem rupturas e
prejuízos que ela tem trazi-
que, com gestão sustentável, conseguiu
do, prefiro iniciar os traba-
manter preços competitivos.
lhos falando sobre retoma-
Para ajudá-los nessa empreitada, a pri-
da do crescimento. E para
meira edição do ano da revista Decnews
conquistar essa meta, nada melhor do
traz, na matéria de capa, as expectativas
que seguir bons exemplos que já foram
de alguns dos principais analistas do se-
adotados em outras crises de grande di-
tor para 2016, o que pode auxiliá-los a
mensão que o País atravessou e superou.
esclarecer o cenário externo. Já a maté-
Uma delas se deu há alguns anos, em
ria de gestão traz orientações táticas do
2008, e uma das estratégias praticadas
que pode ser feito, na prática, para ‘ar-
pelos empresários na época levou o no-
rumar a casa’ e tornar a operação inter-
me de back to basics que, em portu-
na mais efetiva.
guês, nada mais é do que a volta ao
Esta publicação também reserva algu-
básico. Com esse conceito, a ideia pa-
mas novidades aos leitores. Uma delas é
ra superar a turbulência era a de con-
a seção Comportamento, que ajudará o
centrar as atenções nas operações inter-
varejista a entender as preferências dos
nas e primárias, revendo cada uma de-
consumidores diante de algumas cate-
las com olhar crítico e analisando como
gorias. Outra novidade é que, a partir
torná-las mais eficientes.
de agora, a seção Consultoria mostrará,
E esse caminho pode ser empregado pelo varejo com sucesso, afinal as chan-
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Kathlen Ramos ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVA DE CONTA Daniela Jardim (dani@contento.com.br) ASSISTENTE COMERCIAL Daniel Tavares MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Claudia Manzzano, Denise Turco e Kathlen Ramos Colunistas Cláudio Luis Rosa e Luiz Marins Revisora Maria Elisa Guedes Imagem de capa Shutterstock IMPRESSÃO Abril Gráfica TIRAGEM 105 mil exemplares Contento – Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200 E-mail: contento@contento.com.br
a cada edição, os serviços do DEC prestados aos seus clientes.
www.decnews.com.br EXPEDIENTE DEC DEC – Distribuidor Especializado em Cosméticos Rua Baronesa de Bela Vista, 675 – 7º andar – Cj. 71 Aeroporto – São Paulo (SP) CEP 04612-002. Tel.: (11) 5081 5183 Francisco Muto muto@decbr.com.br Tiragem auditada pela BDO Auditores Independentes. O relatório com o resultado do trabalho encontra-se em poder da Administração.
FRANCISCO HORÁCIO FERNANDES Presidente 4 • JAN/FEV 2016
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SUMÁRIO 22 CAPA
Apesar do cenário preocupante da economia brasileira, o setor supermercadista pode ter sinais, ainda que discretos, de recuperação em 2016. Aqueles que apostam nas categorias de higiene e beleza e na proximidade com o consumidor podem driblar a crise
28 GESTÃO
É importante não se deixar abater pelo momento de pessimismo. As energias devem estar focadas, agora, nas maneiras de tornar a loja mais eficiente. Acompanhe alguns passos importantes que o ajudarão nesse desafio
32 FINANCEIRO
Com a retração da economia e o aumento do desemprego, o consumidor está mais cauteloso, principalmente por causa do seu endividamento, que pode afetar seriamente a lucratividade do varejista. Saiba como identificar as causas desses problemas e quais decisões tomar
36 CATEGORIA
Com a entrada do verão e das férias, o hábito de se expor ao sol se torna mais constante e isto faz com que filtros solares e pós-sol sejam mais procurados pelo consumidor e, na mesma proporção, estas categorias precisam ter atenção especial
44 PONTO DE VENDA
O tíquete médio precisa ser avaliado constantemente, já que ele pode levar a estratégias para aumentar as vendas em curto e longo prazo
46 RECURSOS HUMANOS
Para alcançar resultados, vários fatores estão em jogo, entre eles, o capital humano. Mais do que liderança, é fundamental ter uma equipe com capacidade de atender às necessidades da empresa
E MAIS: 8 Mercado 12 Lançamentos 14 A voz do DEC 20 Palavra da Indústria
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40 Comportamento
Colunistas
48 Estudo de Caso
16 Opinião – Luiz Marins
50 Consultoria
18 Atualidade – Cláudio Luiz Rosa Imagens Shutterstock
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MERCADO
AS FORÇAS DO VAREJO PARA 2016 Por Kathlen Ramos
A crise continua, mas a expectativa é de que alguns setores da economia permaneçam em crescimento, como os mercados de vizinhança e o segmento de higiene e beleza
NA CONTRAMÃO DO MOVIMENTO Os pais sempre querem o melhor para seus filhos e estão dispostos a pagar por isso. Com base nesse comportamento identificado pela Nielsen, em todo o mundo, as vendas de fraldas devem ultrapassar US$ 29 bilhões, de acordo com a pesquisa Global Nielsen OH, Baby – Tendências nos mercados de comidas para bebês e fraldas realizada entre 23 de fevereiro e 13 de março de 2015 com internautas de 60 países. No Brasil, as vendas de fraldas apresentam resultados positivos, sendo que 26% das famílias compraram a categoria durante o ano anterior*. A executiva de atendimento da Nielsen, Luciana Ignez, relata que, na hora da escolha desses produtos, os brasileiros são mais sensíveis a preço. Por isso, os principais motivos para a troca de marca na categoria são a presença de promoção, falta da marca preferida na loja ou substituição por marcas mais baratas. * Nielsen l Homescan/Penetração de Fraldas nos domicílios brasileiros/T.Brasil
www.nielsen.com/br
FUTURO PROMISSOR Apesar do Brasil passar por uma crise econômica, algumas categorias de consumo devem se sair bem nos próximos anos, como aponta relatório da Mintel, Estilos de Vida do Consumidor Brasileiro, que cobre todos os setores de consumo do País. Avaliados em R$ 3,29 trilhões em 2014, os gastos dos consumidores deverão crescer 37%, entre 2014 e 2019, atingindo os R$ 4,50 trilhões. Porém, a atual situação econômica do País irá afetar o crescimento de todos os setores de consumo, com a maioria deles vislumbrando um futuro menos favorável nos próximos anos. Algumas áreas, entretanto, apresentarão melhores desempenhos, a exemplo de ‘Beleza e Cuidados Pessoais’, e ‘Itens para Cuidados da Casa’.
www.brasil.mintel.com
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MERCADO
COMPORTAMENTO MASCULINO Segundo o último Estudo Global de Confiança do Consumidor da Nielsen, 18% dos homens brasileiros acreditam que a economia deva melhorar nos próximos 12 meses e 46% deles acreditam que vivem o momento certo para comprar o que desejam, pois estão mais confiantes. Diante desses índices, onde os homens brasileiros estão desembolsando mais? Segundo pesquisa Nielsen sobre o Mercado Masculino (Male Market), o setor de Higiene & Beleza, que está em ascensão, é uma das principais opções, visto que cuidar da aparência pode trazer benefícios a um baixo custo em tempos difíceis na economia. Tanto que, no período de junho de 2014 a junho de 2015, o público masculino foi responsável por 35% dos gastos dos itens de higiene e beleza.
www.nielsen.com/br
FORA DO PADRÃO Enquanto grandes varejistas encerram atividades no tradicional horário comercial, pequenos e médios estabelecimentos permanecem em atividade até altas horas. Essa realidade tão comum no Brasil mostra que o horário de atendimento diferenciado dessas empresas movimenta mais de US$ 300 milhões no País, segundo pesquisa inédita realizada pela Sage, empresa que atua no setor de softwares para pequenas e médias empresas. Em todo o mundo, o atendimento mais flexível contribui com US$ 8,3 trilhões para a economia global. O levantamento mostrou que, para 84% dos empresários brasileiros, trabalhar além do expediente normal é decisivo para ter sucesso nos negócios.
www.sagebr.com
DESAFIO LATENTE Segundo a pesquisa Top of Mind, realizada pela KPMG e pelo The Consumer Goods Forum (CGF), 61% dos executivos de alto nível do setor de mercados de consumo consideram a conquista da confiança do consumidor como um valor primordial para o crescimento dos negócios. Além disso, 32% dos respondentes dizem que a confiança é e será um dos maiores desafios a ser enfrentados ao longo dos próximos dois anos – atrás somente de expansão e aumento de receita. O estudo enfatiza, ainda, como as empresas estão tendo um relacionamento menos baseado em transações comerciais com seus clientes e competindo para estabelecer um envolvimento emocional com eles. Os respondentes estão utilizando estratégias de mídias sociais (41%) e programas de fidelidade/ associados (31%), em virtude do potencial para personalização e descontos direcionados.
www.kpmg.com/br
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PROXIMIDADE E CONVENIÊNCIA A Kantar Worldpanel lançou, em outubro último, o estudo Shopper & Retail Dynamics Latam, em que identifica as principais tendências do consumidor latino-americano. E uma delas mostra um ponto bastante favorável aos mercados de vizinhança. “Proximidade é a palavra-chave porque 68% dos latinos procuram fazer compras perto de sua casa e manter uma relação com o vendedor”, afirma a gerente de shopper & retail Latam, Flavia Amado. A pesquisa também identificou busca por oportunidades. Em 70% dos países, os produtos com promoção têm alta maior que os sem desconto. “Das várias promoções que existem no mercado, como ‘um produto com um brinde’, ‘leve dois e pague um’ ou ‘leve três e pague dois’, o destaque fica por conta dos descontos em preços (79%). Os brasileiros não podem ficar sem promoções, já que dos 10% de compras que fazem, 87% são por descontos nos preços”, finaliza Flavia.
www.kantarworldpanel.com/br
MAIS TREINAMENTO Os resultados da pesquisa O Panorama do Treinamento no Brasil, apresentados durante o 30º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD) 2015, mostraram que o volume de horas formais de treinamento por colaborador nas empresas é de, em média, 16,6 horas por ano. No entanto, o tempo é quase a metade do realizado nas organizações americanas, que somam 31,5 horas anuais. Entre os principais assuntos que farão parte dos próximos treinamentos realizados, de acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), estão: Liderança (80%), Atendimento ao Cliente (60%) e Tempo (60%) para as empresas de Terceiro Setor; Comportamental (41%) para as de Serviço; Técnico (37%) para a Indústria; Obrigatório (60%) para o Setor Público; e Vendas (71%) para o Comércio.
www.abtd.com.br
PERFIL DO MERCADO DE TRABALHO Atualmente, 67% das vagas operacionais criadas no País no último ano requerem segundo grau completo e apenas 6% elas aceitam profissionais com ensino fundamental. Entretanto, mais de 90% dessas posições oferecem salário até R$ 2 mil. É o que revela o levantamento OD&M Perfil das vagas operacionais e benefícios corporativos realizado pela OD&M Consulting, empresa especializada em pesquisa de mercado de trabalho. As áreas que mais empregam, mesmo com a crise, continuam sendo a de varejo (22%), produção industrial (15%), telecomunicações (14%), logística (10%) e administrativa/financeira (8%).
www.odmconsulting.com/br
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lançamentos
Opções divertidas para a higiene infantil Por Vivian Lourenço
Cuidar da saúde e da aparência das crianças por vezes pode ser complicado. Por isso, as empresas investem em produtos licenciados e que conquistam esses pequenos e exigentes consumidores
Cuidado com os dentes A Bitufo lança nova linha infantil licenciada, desta vez com personagens Monster High. Composta por escova, fio, gel dental, antisséptico e ortokit, é indicada para crianças a partir dos cinco anos de idade. A linha infantil foi reorganizada na família Higiene Bucal Divertida (HBD) e oferece produtos para as diferentes fases da infância, aprovados por odontopediatras.
www.bitufo.com.br
Curativos decorados A BAND-AID® traz sua nova linha de curativos inspirados na saga Star Wars. Por meio de uma colaboração entre a Disney e BAND-AID®, os personagens Chewbacca, Darth Vader, Yoda, R2-D2 e Stormtrooper chegam ao mercado nacional, em uma linha inédita totalmente decorada, para ajudar os pais na missão de cuidar e proteger os machucados dos pequenos.
www.jnjbrasil.com.br
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Nova proposta A Baby Roger lançou sua linha infantil de cosméticos, composta por xampu, condicionador e sabonete líquido – todos sem limitação de idade, podendo ser usados a partir dos primeiros dias de vida do bebê. Os produtos para cabelo têm duas formulações: neutro e cacheados.
www.babyroger.com.br
Maciez para os cabelos O novo hidratante da Salon Line possui em sua fórmula vitamina A que auxilia no crescimento dos cabelos; vitamina E com ação protetora antioxidante; d-panteol que proporciona hidratação de longa duração, maciez e brilho; e óleo de coco, rico em ácidos graxos e de fácil absorção, agindo na estrutura interna do fio para regenerá-lo.
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Pernas lisas A novidade de Gillette Venus Breeze para esse ano é um kit que contém um estojo exclusivo no Brasil para guardar o aparelho e dois cartuchos. Além disso, a marca sorteará viagens inesquecíveis para a consumidora que estiver #prontapratudo neste verão.
www.venusprontapra.com.br
Calor e sol brasileiros O verão é a estação mais amada pelas brasileiras, por isso Elseve apresenta a nova linha Óleo Extraordinário Verão Brasileiro. Especialmente desenvolvida para proteger, hidratar e nutrir os cabelos secos expostos ao sol, mar e piscina, Elseve Verão Brasileiro tem novas fórmulas com filtro ultravioleta (UV) e o poder nutritivo dos óleos de flores. São quatro novos produtos para uma rotina completa de beleza para os cabelos: xampu, condicionador, creme para pentear e spray.
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A VOZ DO
É CHEGADA A HORA DE ENCONTRAR OPORTUNIDADES É importantíssimo que, neste momento, o varejista realize o balanço do ano e identifique onde estão seus pontos fortes e fracos
E
stamos iniciando o ano de 2016 e nada melhor do que este momento para, independentemente do cenário
Nesse contexto, algumas questões básicas precisam ser respondidas: • O número de clientes que frequentou a loja aumentou?
Para cada resposta negativa a essas perguntas, devem-se estudar as causas e montar uma estratégia para reverter o jogo, colocando-a em prática. A revista
externo, repensarmos nos-
• O valor do tíquete médio melhorou?
Decnews, nas edições atuais e nas pas-
sas atividades, tanto pesso-
• O índice de rupturas caiu?
sadas, seguramente tem dicas que po-
ais quanto profissionais. É
• As reclamações dos clientes diminu-
dem ajudá-lo a resolver cada uma de-
hora da famosa “faxina”, ou seja, jogar-
íram ao longo do ano?
mos as coisas ruins fora e pensarmos co-
• A troca de funcionários diminuiu?
mo podemos aproveitar melhor as boas.
• A necessária revisão do mix face ao
No que diz respeito à atividade comer-
cenário econômico atual foi feita?
las. Acesse o site www.decnews.com.br e consulte o acervo da revista. Se ainda não começou esse trabalho, é importante que o faça já. Não perca
cial, é hora de tirar as lições das experiên-
• Meu mix está atualizado e a política
tempo para melhorar mesmo o que já
cias ruins em sua loja no ano que passou
promocional, condizente com o merca-
é bom. Você verá, com muita clareza,
e explorar ainda mais as boas, transfor-
do de vizinhança?
quantas oportunidades existem às suas
mando ambas em grandes oportunida-
• O layout da loja está adequado?
mãos e como é facílimo implementá-
des. É o grande balanço do ano que, ne-
• Há pontos “cegos” em minha loja
-las. E os resultados vão surpreendê-lo.
cessariamente, tem de ser feito por todos.
(onde os clientes quase não circulam)?
Feliz 2016 e bons negócios!
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OPINIÃO
CUIDADO PARA NÃO AMPLIAR A CRISE PARA VOCÊ
S LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. www.marins.com.br
Diante de uma crise, seja ela da dimensão que for, o mais importante é enfrentá-la com coragem e trabalho, a fim de que não tome proporções maiores e arruíne os negócios 16 • JAN/FEV 2016
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e a crise é pequena, mé-
bem formado(a), ter experiência e até
dia ou grande, você, leitor,
autoestima elevada será fácil conseguir
provavelmente já tem sua
outro emprego igual ao que tem hoje.
opinião e não quero dis-
Muitas pessoas se iludem e se acham
cutir com você sobre isto.
capazes e merecedoras e pensam que
Se a crise é muito ou pou-
será fácil conseguir novo emprego as-
co grave na sua região, no
sim que deixar o atual. As dezenas de
seu negócio ou até na sua vida, tam-
histórias pessoais mostram exatamente
bém não quero discutir. O que quero
o contrário e a pessoa acaba aceitan-
pedir é para você tomar cuidado para
do fazer qualquer coisa, por qualquer
não aumentar ainda mais a crise, seja
salário, para poder sobreviver.
ela do tamanho que você veja.
A verdade é que a maioria das pes-
O que quero dizer é que na crise, seja
soas tem uma autoimagem, isto é, elas
ela qual for, do tamanho que for, não
acreditam ser muito melhores do que
nos restam muitas alternativas a não
realmente são. Muitas pessoas acre-
ser enfrentá-la com força e coragem e
ditam que no dia que deixarem suas
trabalhar ainda mais e melhor para não
empresas, seus chefes não saberão o
deixar que ela aumente e acabe por
que fazer e cairão de joelhos imploran-
nos destruir. Pouco importa, para nós,
do sua volta. Muitas pessoas se acham
no nosso dia a dia, ficar pesquisando
insubstituíveis e como diz o velho dita-
e querendo saber o tamanho da crise.
do, “o cemitério está cheio de pessoas
É preciso agir, pois o perigo é que du-
insubstituíveis...”. Assim, cuidado! Não
rante o tempo em que estivermos dis-
aumente a crise para você! Ande o qui-
cutindo e pesquisando seu tamanho,
lômetro extra e faça mais para garantir
ela cresça ainda mais. Agora é tempo
o seu emprego.
de pensar em ações práticas e eficazes
E se você é empresário, pense tam-
para diminuí-la e não aumentá-la com
bém que agora não é hora de perder as
a nossa inércia. Repito, é preciso agir!
pessoas realmente boas que trabalham
Muitos me dirão, o que fazer se sou
em sua empresa. Aquelas que realmen-
um simples empregado? Meu conse-
te fazem a diferença e que, portanto,
lho é que você faça tudo o que pu-
ajudarão você a não aumentar sua cri-
der para manter o seu emprego atual
se. Cuide delas!
e não acredite que por você ser muito
Pense nisso. Sucesso! Foto Divulgação Divulgação Imagem
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ATUALIDADE
CLIENTE FIEL, A MINA DE OURO DA EMPRESA
É
fato que o comportamento
de Pessoas Físicas (CPF), data de nasci-
do consumidor mudou dian-
mento, sexo, estado civil, e-mail e celu-
te da crise, sendo marcan-
lar são algumas das referências básicas
tes a queda na frequência de
que devem ser registradas.
idas ao ponto de venda e um
De forma mais eficaz, esse cadas-
consumo mais consciente. Por
tro ainda pode trazer informações, co-
conta disso, os varejistas têm
mo frequência, gasto por compra, ra-
se desdobrado para aumentar e man-
zões pelas quais os clientes não voltam
ter as vendas, e uma das ferramentas
a comprar ou entender os pontos fortes
CLÁUDIO LUÍS ROSA
aliadas neste momento são os progra-
da empresa, a partir de relatos dos con-
Sócio diretor da Marka Fidelização e Relacionamento. www.markafidelizacao.com.br
mas de relacionamento. Afinal, neste
sumidores mais fiéis ao estabelecimen-
cenário, é de suma importância desen-
to. Vale dizer que o próprio Programa
volver formas de retenção do consu-
de Fidelização e Relacionamento já é
midor, capazes de mantê-lo conecta-
um qualificador de banco de dados.
do e fiel à loja.
Diante de um cenário que favorece a recessão nas vendas, é fundamental criar ações de relacionamento e fidelização, capazes de manter o consumidor conectado e fiel à loja 18 • JAN/FEV 2016
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Com esse valioso conhecimento, po-
Essa conquista pode se dar seja por
de-se, por exemplo, dividir os clientes
meio de benefícios concedidos ao clien-
em grupos, como “homens”, “mulhe-
te – como um programa de pontos ou
res”, “casados”, “solteiros”, “com fi-
créditos acumulados –, como também
lhos” e assim por diante. Por meio des-
pela oportunidade de contatá-lo para
sas listas personalizadas com os conta-
boas oportunidades de compras, mes-
tos, podem-se realizar ações mais as-
mo quando a renda é restrita. E essa
sertivas e focadas nas necessidades de
estratégia traz benefícios em todas as
cada perfil, hábito e comportamento
pontas da cadeia. De um lado, a loja
de compras, explorando datas come-
consegue o aumento do tíquete mé-
morativas, promoções, lançamento de
dio, a manutenção da frequência de ida
produtos, etc.
do cliente ao estabelecimento e conse-
As mensagens, assim, podem ser
quente retenção desses consumidores.
apresentadas de forma individualiza-
Do outro lado, o cliente sai satisfeito,
da, para que o cliente se sinta único e
já que poderá ter facilidades e vanta-
especial na sua loja. Lembre-se de que
gens especiais.
é melhor investir tempo trabalhando o
O primeiro passo para desenvolver um
cadastro de clientes do que perder es-
bom programa de fidelidade e relacio-
forços fazendo manobras para baixar
namento é ter um banco de dados bem
os preços. Encantar o cliente precisa ser
estruturado, com informações cadas-
um lema perene na empresa para fa-
trais do consumidor. Nome, Cadastro
zer com que ele volte mais uma vez. Imagem FotoDivulgação Divulgação
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L AV R A D A
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ÚSTRIA
FLORA: ATUALIZANDO O QUE HÁ DE MAIS TRADICIONAL
NA INDÚSTRIA DA BELEZA
Importantes marcas do portfólio da companhia, como Neutrox e Francis, passaram por atualização e forte trabalho de mídia para reativação destes produtos no dia a dia do consumidor
A
história da Flora no
Flora se constitui como detentora de um portfólio com 17 mar-
mercado brasileiro
cas e cerca de 300 produtos.
começou em 1980
A partir das novas aquisições, a Flora iniciou um intenso traba-
e, na época de de-
lho de atualização desses produtos. Assim, marcas tão tradicio-
senvolvimento da
nais, como Francis, por exemplo, foram adaptadas às novas de-
empresa – que le-
mandas dos consumidores. Dessa forma, os sabonetes da mar-
vou, carinhosamen-
ca não só melhoraram a concentração de óleos nas fórmulas,
te, o nome da esposa do fundador,
trazendo mais hidratação, como também passaram a oferecer
José Batista Sobrinho –, o objetivo
perfumes reformulados, inclusive com fragrâncias internacionais.
era atender ao setor de higiene e
Outro grande trabalho da Flora foi a reativação dessas mar-
limpeza. Criada como uma divisão
cas na mídia, fazendo com que voltassem a fazer parte da vi-
do grupo J&F Investimentos, suas
da dos brasileiros. Somente em 2015, a Flora foi a maior anun-
primeiras marcas, na ocasião, fo-
ciante na categoria de sabonetes, o que aumenta a curiosida-
ram Minuano e Albany, consagra-
de do consumidor para a experimentação e torna os produtos
das até hoje.
da marca indispensáveis ao ponto de venda. No segmento de
Com o passar dos anos, em 2007,
cosméticos, a Flora cresceu 29% em 2014 e, para 2015, o cresci-
a Flora se tornou independente den-
mento já ultrapassa os 15%, trazendo números acima da média
tro da holding J&F e, em 2011, um
de mercado, mesmo em momentos de desafios econômicos.
POR SÉRGIO CALDAS
grande passo foi dado para a ex-
Para obter números tão expressivos, os mercados de vizinhan-
Diretor comercial personal care da Flora www.flora.com.br
pansão da empresa, que adquiriu
ça tornam-se cada vez mais estratégicos para a empresa, pois é
e agregou novas forças para o seu
por meio deles que a Flora garante a presença de suas marcas
portfólio. Entre elas, na área de cos-
em todo o País. Mas para que esses canais compartilhem re-
méticos, passaram a fazer parte da
sultados tão positivos, é importante que o mix seja diversifica-
companhia marcas, como OX, Francis, Hydratta, Neutrox,
do. Afinal, na hora da escolha dos seus sabonetes, por exem-
Kolene, Karina, Phytoderm e Protege. E na área de cuidados
plo, os clientes valorizam as novas variantes e querem experi-
com a casa, foram adquiridas as marcas Assim, Mat Inset, No
mentá-las. Faça da Flora uma nova força de vendas para sua
Inset, Boa Noite, Fluss, Brisa e Lavarte. Como resultado, hoje, a
loja e bons negócios!
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CAPA
PANORAMA 2016:
CRISE OU RECUPERAÇÃO? Por Kathlen Ramos
Especialistas apontam que cenário turbulento deve continuar. No entanto, os mercados de vizinhança e aqueles que apostam nas categorias de higiene e beleza têm uma esperança a mais diante do comportamento do consumidor
C
rescimento da inflação e das
Mas apesar desse cenário, o setor su-
mada, também espera que a situação co-
taxas de juros, alta carga tri-
permercadista pode ter sinais, ainda dis-
mece a se reverter. “A expectativa para
butária, má gestão pública,
cretos, de recuperação no próximo ano.
2016 é de que comecemos a entrar nos
variação do dólar, desempre-
“Acredita-se na retomada lenta e gra-
eixos, mas ainda afetados pelo cenário
go e instabilidade política. Es-
dual da economia, com ligeira melhora
econômico de 2015, o que deverá tra-
ses são problemas que incor-
na confiança dos empresários e consu-
zer mais um ano difícil, mas melhor do
poraram parte da vida dos consumido-
midores”, analisa o presidente da Asso-
que o atual”, avalia.
res e empresários brasileiros em 2015, e
ciação Paulista de Supermercados (Apas),
ainda devem persistir nas manchetes em
Pedro Celso.
2016, trazendo uma pressão negativa sobre as vendas. 22 • JAN/FEV 2016
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O coordenador acadêmico dos programas de MBA do Insper e vice-pre-
O presidente da Associação Brasileira
sidente de pesquisas do POPAI Brasil,
de Supermercados (Abras), Fernando Ya-
Silvio Laban, lembra que o dinheiro esImagens Shutterstock
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ATENÇÃO AO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
que se conquistou há alguns anos. O momento pede que o varejista se adapte ao que o seu cliente busca”, resume o analis-
Para sair desse cenário com as menores consequências que a crise pode trazer, as estratégias devem estar voltadas em adaptar-se à realidade. “Diante de um cenário econômico conturbado, o comportamento do consumidor se modifica e é necessária, por parte dos supermercados, a adequação da variedade de produtos ofertados, por exemplo”, aconselha o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso. E cada loja deve observar o que mais ajudará o cliente daquela região. “Sem dúvida, oferecer packs promocionais, com ‘leve três, pague dois’, pode ser, sim, um caminho atrativo para muitos consumidores. Mas alguns deles podem não ter dinheiro para comprar nem, ao menos, uma unidade, exigindo uma análise cuidadosa por parte do varejista na hora de criar novas estratégias”, reflete o coordenador acadêmico dos programas de MBA do Insper e vice-presidente de pesquisas do POPAI Brasil, Silvio Laban. O sócio da consultoria PwC Brasil, Ricardo Neves, também acredita que 2016 exigirá adaptação. “Deve-se fazer uma análise de cada categoria e ver que tipo de substituições tem sido feito em cada uma delas. O caminho é inverso ao que aconteceu há alguns anos, em que se procurava verificar quais itens estavam sendo adicionados na cesta do cliente”, diferencia Neves. Outra estratégia, também com foco no consumidor, deve ser a de manter um bom padrão de relacionamento com o cliente e a excelência na prestação de serviços. “Ao conhecer as necessidades do consumidor, é possível atuar para saná-las, fidelizando o cliente para que retorne à loja. Em tempos de crise, a criatividade e o bom atendimento farão a diferença na hora de reter o consumidor”, finaliza o presidente da Apas.
ta de mercado da Nielsen, Jonathas Rosa. E para agradar ao consumidor, não basta ter preço baixo. “O preço é importante, mas o que mais se pode fazer? A loja não pode ficar refém dessa equação. Lembre-se de que preço é o que se paga, e valor é o que se recebe. Assim, diante de dois produtos iguais, o consumidor vai atrás daquele que oferece mais valor”, lembra o especialista do Insper e do POPAI Brasil. Outro caminho importante para 2016, junto à percepção da situação do consumidor, é o da otimização de recursos. “É hora de olhar para dentro das operações, solucionando, definitivamente, questões, como eficiência e alocação de recursos, que podem ter sido passadas por cima em anos bons”, conclui Laban.
Conveniência mantém força do mercado de vizinhança Há alguns anos, a mudança estrutural da economia fez com que os mercados de vizinhança tivessem um desempenho superior. Afinal, a inflação praticamente estabilizada permitiu, ao consumidor, substituir muitas das compras com o objetivo de estocagem que fazia em hiper-
tá no mercado, mas tem sido gasto de
criar modelos de atendimento e promo-
mercados (que por vezes exigia um deslo-
uma forma diferente, o que exige uma
ções para mantê-los próximos.
camento maior e mais tempo disponível),
nova atitude do varejista. “As pessoas
“Cada consumidor busca uma ‘enge-
para optar pela comodidade e conveniên-
ficam temerárias, a confiança do consu-
nharia financeira’ para adequar sua vida
cia das lojas menores e mais próximas. E
midor está sensível, mas não é uma es-
à nova realidade. Ele reduz o consumo
para este ano, também se espera que es-
tagnação total”, diz.
fora do lar; busca novos canais de com-
se modelo siga no gosto do consumidor.
Assim, é hora de olhar para o cliente,
pra; procura embalagens menores, que
“Se não tivermos novamente um surto
visualizando como ajudá-lo a continuar
tenham menor tíquete; maiores, com
inflacionário de proporções altas (o que
comprando. E o melhor caminho pode
maior benefício; ou marcas mais baratas.
parece difícil, dado o controle atual), a
ser o de detectar quem são os consumi-
O objetivo de tudo isso é o de encontrar
perspectiva é de que o mercado de vi-
dores mais relevantes da loja e, assim,
maneiras de economizar para garantir o
zinhança continue apresentando papel • 23
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capa
Perspectiva de recessão, mas com inflação sob controle e vendas do varejo positivas Principais indicadores
Projeções 2016 (% a.a.)
1. Atividade econômica *** Produto Interno Bruto (PIB) (%)1
-2,80
*** Valor Bruto da Produção (VBP) da Agropecuária (%)
+ 0,2
2
*** Produção Industrial (% de crescimento)1
- 2,40
*** Serviços (%)
-0,9
3
2. Emprego *** Taxa de desemprego [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)]3
9,0
3. Inflação *** Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE)1
6,87
4. Juros *** Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)1
14,25
4. Comércio ***Vendas no Varejo3
0,5
*** Índice de Vendas nos Supermercados (IVS)4
Entre 0,5 e 1
*** Indicador Abras – Índice Nacional de Vendas Abras (% a.a. deflacionado) *** Índice de Preços dos Supermercados (IPS) – calculado pela Apas/FIPE
3
4
0,4 6,5
5. Câmbio *** Taxa de Câmbio – Fim do período (R$/US$)1
R$ 4,20 (reais)
6. Inadimplência *** Taxa de inadimplência (acima de 90 dias, em %)5
5,0
Projeções: 1.Boletim Focus (Banco Central); 2. Coordenação-Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura; 3. Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras); 4. Associação Paulista de Supermercados (Apas); 5. Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Dados apurados até o fechamento da revista, em 21/12/2015.
de destaque nos próximos anos”, pro-
Afinal, não se tem tempo para ir, a todo
eles acabaram antes do fim do mês, ele
jeta Yamada.
o momento, ao local onde se faz a com-
não se desloca ao atacado de autosservi-
pra do mês”, destaca.
ços novamente para repor. Ele vai recor-
Nesse sentido, o sócio da consultoria PwC Brasil, Ricardo Neves, comenta que
É fato que, diante da crise, os ataca-
rer a farmácias ou mercados de vizinhan-
o formato dos mercados de vizinhança
dos de autosserviço tendem a se destacar
ça, que têm preços competitivos”, diz o
está muito associado a uma série de ten-
pela prática de preços agressiva, contu-
analista de mercado da Nielsen, Marco
dências, como diminuição do tempo dis-
do a força da conveniência prestada pe-
Antonio Giorgi.
ponível das pessoas, dificuldade de loco-
los mercados de vizinhança não é deixa-
Aliás, para as farmácias, as expecta-
moção e valor de deslocamento. “Ape-
da de lado. “Os canais de reposição, co-
tivas também são positivas para 2016.
sar das pessoas procurarem melhor cus-
mo os mercados de vizinhança, também
“Até pelo negócio principal desses esta-
to-benefício diante da crise, a conveniên-
seguem em crescimento. Se o consumi-
belecimentos, vê-se que as pessoas po-
cia também é levada em consideração.
dor comprou alguns pacotes de fralda e
dem trocar um medicamento de marca
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por um genérico na hora da crise, mas não deixam de se tratar. Além disso, esses estabelecimentos funcionam muito bem como mercado de conveniência para Higiene & Beleza (H&B)”, reforça o gerente da área de Varejo e Consumo da PwC Brasil, Jorge Inafuco. E o mix diferenciado também faz as farmácias serem motivo de destaque. “Há produtos específicos nas categorias de H&B que
Outra frente que pode ser trabalhada
tas apontam é que, dada a devida caute-
alguns clientes só encontram nesse ca-
pela indústria e estar presente nas gôn-
la que a situação exige, o ano pode tra-
nal”, comenta Giorgi.
dolas do varejo são os artigos inovadores.
zer boas oportunidades para quem tem
“Produtos novos de verdade, que vão
dinheiro em caixa. “Aqueles que que-
além de uma versão diferenciada, mas
rem expandir a área física de uma lo-
São diversos os fatores que fazem a
trazem uma nova experiência ou forma
ja, por exemplo, podem começar a ter
cesta de H&B seguir menos impacta-
diversa de uso de um produto já existen-
boas ofertas e oportunidades, algo que,
da em 2016. Segundo Pedro Celso, da
te, aguçam a curiosidade do consumidor
há pouco tempo, era mais difícil, devido
Apas, os setores que não dependem de
e fazem com que ele compre para expe-
ao mercado imobiliário muito aquecido”,
crédito são afetados em menor magnitu-
rimentar, se importando, assim, menos
argumenta Jorge Inafuco, da PwC Brasil.
de diante de um cenário econômico ad-
com o preço”, destaca Giorgi.
Uma forma de indulgência
verso. “As categorias de alimentos, me-
Mas os gastos precisam ser realizados com ponderação e bom senso. “Quem
dicamentos e H&B tendem a sofrer me-
É hora de investir?
nos”, diz, acrescentando que o consumi-
Geralmente, momentos de crise polí-
boa hora para expandir seus negócios,
dor não quer perder os hábitos que ad-
tica e instabilidade econômica passam a
tendo a cautela de reservar uma parte
quiriu quando tinha um maior poder de
ser sinônimos de pouca ou nenhuma ex-
do capital como segurança”, pondera o
compra. E um desses hábitos é o de cui-
pectativa de crescimento e ausência de
executivo da Apas. E, de fato, um cuida-
dar mais da saúde e qualidade de vida.
tem disponibilidade de caixa esta é uma
motivação. No entanto, apesar do fa-
do que se precisa ter é o de não se endi-
Neves lembra, ainda, que a indulgên-
to de o País estar passando por um mo-
vidar e, neste sentido, produtividade se
cia e o fato de as pessoas procurarem se
mento de turbulência – que não há co-
torna palavra de ordem.
cuidar sem auxílio de profissionais fazem
mo negar –, é preciso trilhar um cami-
“As empresas precisam pensar em co-
as vendas de produtos dessas categorias
nho de retomada diante das adversida-
mo fazer mais com menos e trazer cada
serem menos impactadas pela crise. “As
des e dos desafios.
vez mais o consumidor para perto. A fi-
pessoas costumam cortar vários produ-
Assim, apesar do cenário negativo,
delização do cliente nunca se fez tão ne-
tos da cesta em momentos de restrições,
aqueles que têm dinheiro em caixa e
cessária porque, apesar da instabilidade
mas vão se preservar e manter itens co-
querem fazer algum investimento na lo-
econômica, o que vemos são consumido-
mo um batom ou perfume. Além disso,
ja, 2016 pode ser um bom momento pa-
res cada vez mais exigentes e atentos ao
a ida a salões de beleza cai, fazendo com
ra essa aplicação, especialmente se o ob-
preço praticado pelos estabelecimentos”,
que o consumidor precise comprar pro-
jetivo da reestruturação é o de trazer uma
analisa Pedro Celso, acrescentando que
dutos para a manutenção da beleza em
experiência de compras ainda mais agra-
também é importante estabelecer um
casa”, justifica Neves.
dável ao consumidor. O que os especialis-
indicador máximo de endividamento.
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Média total
SKYN
Margem de lucro 23/10/15 13:46
GESTÃO
ARRUMANDO A CASA Por Kathlen Ramos
É chegada a hora de repensar as estratégias e ajustar toda a operação da loja, a fim de conquistar uma operação sustentável. Acompanhe, a seguir, alguns passos importantes para essa conquista
É
fato que as discussões sobre
benefícios que poderão ser revertidos
do serviço prestado. Em contraparti-
o tamanho da crise e como
ou repassados aos clientes finais”, des-
da, empresas pouco estruturadas ten-
ela tem afetado cada um
taca o consultor do Serviço Brasileiro
dem a economizar de todas as formas,
dominam as rodas de con-
de Apoio às Micro e Pequenas Empre-
inclusive, comprometendo a qualida-
versa, sejam entre empresá-
sas, de São Paulo (Sebrae-SP), Bruno
de dos seus produtos”, alerta o dire-
rios ou consumidores. Mas é
Zamith, acrescentando que a gestão
tor vogal do Instituto Brasileiro de Exe-
importante não se deixar abater pelo
do estoque melhora, consideravelmen-
cutivos de Varejo e Mercado de Con-
momento de pessimismo. As ener-
te, com a flexibilização dos lotes míni-
sumo (Ibevar) e sócio da TA Consult,
gias devem estar focadas, agora, na
mos de compra.
Fabio Itano.
maneira de tornar a loja mais efi-
“Com isso, o empresário pode ajus-
Por fim, a possibilidade de contar
ciente. Conheça alguns passos impor-
tar suas compras de acordo com a de-
com verdadeiros consultores e não
tantes para fechar uma conta positiva
manda real dos clientes”, justifica. E os
apenas vendedores, pode fazer toda
no fim do mês.
bons fornecedores, além de ajudar,
a diferença nos resultados finais. “O
não fazem com que a operação da lo-
bom fornecedor é aquele que ajuda
ja fique em risco.
o varejista a entender o mercado e a
1. Reforce a parceria com os fornecedores
“Um grupo de fornecedores de pri-
comprar o que realmente tem poten-
Diante do cenário de instabilida-
meira linha e que apresenta robustez
cial para ser vendido na região em que
de no País, o departamento de com-
financeira, traz uma garantia maior de
atua”, finaliza o professor de varejo do
pras da loja exerce um papel funda-
que honrará os compromissos firma-
Centro Universitário Newton Paiva, de
mental para que o estoque do vare-
dos e de que vai manter a qualidade
Belo Horizonte (MG), Leandro Silva.
jista seja compatível com o novo patamar de vendas (sem que haja rupturas) e acompanhe as novas demandas do consumidor. Para ajudar os profissionais dessa área nessa empreitada, os fornecedores são ótimos aliados, seja na con-
1
quista de bons preços ou outros diferenciais competitivos. “É por meio desse relacionamento que os varejistas podem conseguir descontos em produtos, prazos maiores de pagamento, artigos de qualidade e outros 28 • JAN/FEV 2016
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3. Fique atento aos custos operacionais Transferir o mínimo de aumento nos preços dos produtos é um dos principais objetivos do varejo a fim de não impactar o orçamento dos consumidores e manter sua fidelidade. E um dos fatores que têm prejudicado no alcance desses objetivos é o reajuste na tarifa da energia elétrica, que vem ocor-
2
rendo desde o fim de 2014. “A energia elétrica é, certamente, uma fonte de despesas significativa para o varejo e, neste contexto, é importante sempre adotar iniciativas que permitam a redução constante”, aconselha Itano. Conforme explica o vice-presidente
2. Reveja o regime tributário
e deverá ser observado se a empresa
da Associação Paulista de Supermer-
O regime tributário de uma empre-
poderá ou não participar deste regi-
cados (Apas), Erlon Ortega, somen-
me simplificado.
te no estado de São Paulo, a despe-
sa pode mudar de acordo com os seus ganhos e esta alteração pode ser fei-
“O Simples Nacional, em geral, é a
sa média com energia subiu do equi-
ta anualmente. “Se no ano anterior
forma mais vantajosa de tributação.
valente a 0,9% do faturamento dos
um regime se mostrou mais adequa-
Por conseguinte, faz-se necessário um
supermercados no ano passado para
do pela empresa, com mudanças eco-
estudo tributário para confirmar se es-
1,7% em 2015, superando os gastos
nômicas e consequentemente redu-
sa escolha é a melhor para a empresa”,
com aluguel, que respondem de 1%
ção ou aumento nos resultados, po-
diz. Santana acrescenta que é funda-
a 1,5% do faturamento. Esses custos
de ser que o regime escolhido hoje
mental, para a sobrevivência de uma
passaram a ser a segunda maior des-
não seja mais tão interessante quan-
empresa, um estudo tributário minu-
pesa em algumas redes supermerca-
to foi na ocasião”, pondera a consul-
cioso, não somente para uma redu-
distas, ficando atrás apenas da folha
tora do Sebrae-SP, Ana Luiza Santos
ção de carga tributária, mas também
de pagamento.
Santana, lembrando que outros fato-
a fim de assegurar se as operações
Para atravessar esse momento com
res podem influenciar na mudança do
fiscais e o recolhimento dos impostos
menos impacto, algumas sugestões da
regime, como inclusão de novos pro-
estão sendo realizados corretamente.
Apas ficam para a substituição de lâm-
dutos; prestação de atividades diferen-
A especialista do Sebrae-SP alerta,
padas comuns por lâmpadas de LED
tes; aumento ou diminuição do valor
ainda, que a atenção precisa ser redo-
(Light Emitter Diode – tem a proprie-
da folha de pagamento.
brada para se verificar a necessidade
dade de transformar energia elétri-
Assim, o diretor tributário da Crowe
de transição e não perder as datas-li-
ca em luz na matéria, sendo, por is-
Horwath, Thiago Santana, explica que,
mite para mudanças. Nesse processo,
so, chamada de estado sólido, fazen-
entre as regras estabelecidas, o em-
Ana Luiza lembra que o contador é o
do com que consuma menos energia
presário poderá optar pelo regime de
principal aliado do empresário, pois,
e não emita muito calor); a substitui-
tributação no Lucro Presumido, Lucro
com seus conhecimentos, poderá fa-
ção de balcões refrigerados e ilhas de
Real ou até mesmo o Simples Nacio-
zer uma simulação e orientar o em-
congelados abertas por balcões e ilhas
nal. Este último tem regras próprias
presário na escolha do melhor regime.
com tampas para menor consumo de • 29
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GESTÃO
energia; e a redução do tempo previsto para a limpeza noturna da loja, evitando o consumo de iluminação na madrugada. Silva faz apenas um alerta sobre a iluminação. “Economizar com energia
4
não pode ser sinônimo de apagar as luzes da loja em funcionamento. Isso pode passar, ao consumidor, a imagem de que o estabelecimento está falindo”, avisa. No caso da água, segundo Itano, vale explorar alternativas de reuso e criar campanhas de incentivo à economia, bem como eliminar fontes de desperdício, como, por exemplo, vazamentos. E para reduzir as contas de telefone, renegociar tarifas conforme perfil de uso e criar política para utilização do telefone, com destaque para celulares, são medidas que podem ser imediatamente aplicadas. “Telefonia é algo é explorar outras ferramentas, como
4. Pense bem antes das demissões
e-mail e WhatsApp (serviços de cor-
É natural que, quando os negócios
tado de R$ 10.000,00 ou cortar o fun-
reio virtual e mensagens on-line), além
não andam bem, a empresa pense em
cionário “B”, que custa R$ 5.000,00,
de identificar qual é a operadora dos
cortar despesas a todo custo e, nesta
mas produz duzentas peças mais so-
principais fornecedores para reduzir o
tarefa, a demissão de colaboradores
fisticadas, com margem de R$ 350,00,
custo da ligação. A ideia é valorizar o
é uma das saídas encontradas. E, na
gerando resultado de R$ 70.000,00?
dinheiro e investi-lo onde, de fato, te-
hora da escolha sobre quem demitir,
Se for levado em consideração apenas
rá retorno”, aconselha Silva.
uma das soluções encontradas é a de
o salário, o “B” seria a escolha natural
dispensar o funcionário com o salário
para o corte”, reflete.
caríssimo no Brasil. Portanto, o ideal
3
e produz cem peças, cada qual com margem de R$ 100,00, gerando resul-
maior e com mais tempo de casa, eli-
O professor de varejo do Centro Uni-
minando, assim, boa parte dos gas-
versitário Newton Paiva também ad-
tos mensais. No entanto, essa escolha
verte sobre os custos que podem ser
nem sempre vai significar economia.
gerados ao se demitir um funcioná-
Itano comenta que o ideal é anali-
rio com muitos gastos. “Lembre-se de
sar o custo por pessoa e não por pro-
que ao se eliminar um funcionário que
dutividade. Ele mostra um exemplo
está há muitos anos na empresa, vão
simples que pode ser adaptado para
junto todos os anos de treinamento.
qualquer negócio. “O que seria melhor
Fazer um funcionário novo ter o mes-
para empresa: cortar o funcionário
mo conhecimento pode ser bastante
“A”, que custa R$ 2.000,00 por mês
oneroso”, avisa.
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FINANCEIRO
SAIA DO VERMELHO
Por Denise Turco
Em época de crise, as dívidas podem afetar seriamente a lucratividade do varejista. Saiba como identificar as causas desses problemas e tome decisões assertivas
O
ano mal começou e a
vendas, a gastos em excesso ou aos
Aliás, é necessário contar com emprés-
empresa está operando
dois aspectos juntos. Portanto, não eli-
timos para promover investimentos im-
no prejuízo. Com a re-
mine custos sem antes realizar um le-
portantes, como aquisição de equipa-
tração da economia e o
vantamento detalhado das finanças.
mentos, implementar inovações na lo-
aumento do desempre-
“O sintoma é que a empresa está
ja, ampliar as instalações, etc. A ques-
go, o consumidor está
no vermelho. Verifique o motivo pelo
tão é exceder um determinado limite, a
mais cauteloso. Além disso, os custos
qual está endividado, ou seja, faça o
ponto de não honrar as dívidas.
de operação subiram de modo geral.
diagnóstico. Depois, tome as decisões
De acordo com o consultor de finan-
Consequência: a rentabilidade da loja
adequadas para sair dessa situação”,
ças do Serviço Brasileiro de Apoio às
despencou. O que fazer?
aconselha o sócio diretor da consulto-
Micro e Pequenas Empresas, de São
Antes de tomar qualquer decisão,
ria Praxis Business, Maurício Galhardo.
Paulo (Sebrae-SP), Maurício Mezalira,
é fundamental conhecer as causas do
Vale lembrar que toda empresa tem
é com o lucro gerado que uma or-
endividamento que, de maneira resu-
uma capacidade de endividamento. Ter
ganização consegue pagar os credo-
mida, estão relacionadas à queda de
dívida, nem sempre, é um mau negócio.
res. No entanto, muitos gestores não
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apuram esse montante da maneira correta e acabam perdendo o controle das dívidas. E, em um período de crise, essa situação tende a se agravar. De fato, o número de empresas inadimplentes
Em época de crise e de endividamento, pequenos erros saltam aos olhos e podem representar um custo importante a ser eliminado. Portanto, tenha atenção redobrada ao mix de produtos
vem aumentando. Segundo a Serasa Experian, passou de 3,5 milhões, em julho de 2014, para quatro milhões,
identificar as ineficiências da opera-
justamente, os caminhos para atrair
em agosto de 2015. “As empresas
ção e a corrigi-las.
mais receita para a loja.
vendem menos e isto impacta no flu-
“Com dedicação, em uma semana, é
Demitir funcionários também é uma
xo de caixa. Para piorar, a taxa de juros
possível ter uma visão completa das fi-
das primeiras ideias que vêm à mente
está mais alta e os custos de manei-
nanças da empresa”, garante Galhardo.
em época de lucros menores. No en-
ra geral, que são atrelados à inflação,
Para ajudar nessa tarefa, uma alterna-
tanto, essa não é uma opção válida pa-
também subiram”, explica a gerente
tiva é recorrer aos serviços de um con-
ra todas as empresas. Arcar com o pa-
de recuperação de crédito da Serasa
sultor especializado, que também po-
gamento de indenização num momen-
Experian, Viviane Magalhães.
de sugerir pontos de melhoria.
to de aperto pode agravar o cenário.
Números detalhados
Ao conhecer essas particularida-
Além disso, com as demissões, a em-
des, o empresário evita cortar onde
presa cria um clima ruim entre os co-
Com um pouco de disciplina, é pos-
não deveria. Um exemplo? O varejis-
laboradores, que ficam desmotivados.
sível deixar a casa em ordem e não
ta acredita que a solução para sair do
constar nas estatísticas de maus pa-
vermelho é não comprar determina-
Ações práticas
gadores. O primeiro passo é elaborar
da mercadoria ou adquirir produtos
O levantamento das finanças está
uma planilha para lançar despesas, re-
em menor quantidade. No entanto, se
pronto assim como o mapeamento dos
ceitas, capital de giro, etc. A partir do
fizer isso sem considerar a demanda
problemas. Agora, sim, é possível par-
momento em que o gestor conhece
do consumidor, pode deixar de ven-
tir para as ações prioritárias. Procure
detalhadamente as finanças, conse-
der. Outro erro apontado pelos espe-
bancos e credores, apresente a situa-
gue tomar decisões baseadas em da-
cialistas é que, com o caixa quase va-
ção e o tamanho da parcela que pode
dos reais e, portanto, mais assertivas.
zio, a tendência é cortar investimentos
pagar. Vários fornecedores estão dis-
Esse mapeamento também ajuda a
em marketing e propaganda, que são,
postos a negociar e até oferecem descontos e condições interessantes para quitar as dívidas.
SOLUÇÕES PARA SAIR DO VERMELHO
A Serasa Experian, por exemplo, possui uma plataforma permanente na internet (www.limpanomeempresas.com.br), na qual o empresá-
• Curto prazo: reduzir gastos e renegociar dívidas. • Médio e longo prazo: buscar estratégias para aumentar o faturamento. O período de crise pode ser um bom momento para pensar em como inovar e melhorar a operação da loja.
rio consegue visualizar todas as pen-
Fonte: consultor de finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Maurício Mezalira
gastos. Isso é algo específico no uni-
dências financeiras e renegociar com os credores. Além disso, será inevitável reduzir os verso de cada empresa, mas os especialistas dão algumas sugestões. Se for • 33
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FINANCEIRO
o caso, pode-se optar por ter um veículo em vez de dois, ou mudar o estoque para um espaço menor. É impor-
DOIS BOLSOS, PREJUÍZO ÚNICO
tante também rever contratos com os prestadores de serviços e tentar renegociar. Por exemplo: se sua empresa faz a locação de duas máquinas copiadoras, o ideal, neste momento, é ficar apenas com uma. Mobilize os funcionários para utilizar recursos, como água e energia, de maneira racional e inteligente. Aliás, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, ressalta que é fundamental apresentar a situação financeira aos colaboradores. “Todos devem ter a dimensão do problema e ser estimulados a pensar numa solução”, acredita.
Mix e estoque Quando o mercado está aquecido e as vendas em alta, as empresas cometem algumas falhas que passam quase despercebidas, porque não afetam significativamente os resultados. No entanto, em época de crise e de endividamento, pequenos erros saltam aos olhos e podem representar um custo importante a ser eliminado. Portanto, tenha atenção redobrada ao mix de produtos e à gestão de estoque – que são o coração da loja. “Se o varejista está endividado, é importante rever
Muitos gestores têm um hábito que pode comprometer seriamente o futuro do negócio: misturar as finanças corporativas com as contas pessoais. É prático e rápido pegar dinheiro da loja para pagar a escola do filho, o aluguel da casa ou a prestação do carro. “Pequenos e médios empresários tendem a confundir o bolso da pessoa física com o da jurídica, e perdem o controle”, comenta a gerente de recuperação de crédito da Serasa Experian, Viviane Magalhães. Tanto é que, das quatro milhões de empresas inadimplentes (ou seja, com pelo menos uma dívida em aberto), em agosto de 2015, a Serasa estima que 90% são de micro e pequeno porte. A solução é separar esses dois universos a fim de obter maior controle e visibilidade do fluxo de caixa. “Não há problema em pegar dinheiro da loja, mas é necessário ter transparência nessa contabilidade”, reforça o sócio diretor da Praxis Business, Maurício Galhardo. Segundo ele, em geral, quando o gestor decide fazer esse controle separado em uma planilha, ele percebe que gasta mais nas contas pessoais do que realmente lucra na loja. “Se não ajustar a questão da pessoa física, não adianta diminuir estoque ou criar ações para aumentar as vendas”, pondera Galhardo. Na opinião do consultor de finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Maurício Mezalira, o ideal é o empresário definir um salário para si e viver com esse valor. “Precisa ter disciplina para colocar isso em prática. É difícil, mas não impossível.”
a política de compras e saber exatamente os itens que giram mais”, des-
um problema no futuro, quando será
com valor mais baixo”, orienta o con-
taca Mezalira.
preciso vender um volume muito maior
sultor do Sebrae-SP. Ao reduzir o pre-
para manter o faturamento.
ço de parte das mercadorias, o varejis-
Na tentativa de impulsionar as vendas, alguns varejistas tendem a redu-
“Trabalhe com margens de lucro di-
ta agrada ao cliente, mostrando que a
zir os preços e, consequentemente, di-
ferenciadas para cada item. Assim, é
loja lhe dá apoio no momento de crise,
minuir a margem. Essa é uma solu-
interessante dosar os preços, ou se-
sem minar a lucratividade – essencial
ção de curto prazo que pode gerar
ja, não colocar tudo em promoção ou
para sair do endividamento.
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MBALAGE E S VA AS FRAL NS. O DAS N NOV . vendas. sucesso
nas gon do la s.
Motivos para garantir Cl inoff
v
e so d s e suc
nas prateleiras:
-Novas embalagens e tecnologia -Desempenho garantido para meninos e meninas -Menor espessura: mais compactas, confortáveis e anatômicas -Permite a respiração da pele do bebê -Sistema avançado de absorção -Pacotão econômico nas versões P, M, G e EG -Barreira antivazamento -Gel superabsorvente
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CATEGORIA
NO RITMO DO VERÃO Por Kathlen Ramos
A chegada dos dias mais quentes do ano faz com que duas categorias ganhem força na cesta de cuidados pessoais do consumidor: os filtros solares e os pós-sol
A
s temperaturas mais altas
parte das vendas aconteça no verão, é
o shopper não acha um item naquele
e o período de férias são
importante que o varejo esteja atento
momento, ele irá à outra loja buscá-
ótimos convites para pas-
para a alta demanda.
-lo e, provavelmente, voltará a com-
seios ao ar livre e com a
“Para evitar rupturas, deve-se man-
praia e a piscina como ce-
ter um bom estoque de segurança de,
nário principal. Esses há-
no mínimo, 30% a mais da venda da
Outro passo importante é estar
bitos fazem com que filtros solares e
última temporada. O shopper (compra-
atento às preferências do consumi-
pós-sol sejam mais procurados pelo
dor) adquire, aproximadamente, duas
dor. Conforme adianta a diretora de
consumidor e, na mesma proporção,
embalagens por verão”, lembra o dire-
trade marketing de Cenoura & Bronze,
essas categorias precisam ter atenção
tor de vendas e shopper e customer da
Ana Aparecida Biguilin, levando em
especial no ponto de venda.
NIVEA, Theodoro Oliva, acrescentan-
consideração os critérios de escolha
Já que esses produtos sofrem por sa-
do que a ruptura pode trazer prejuí-
do shopper, o que não pode faltar na
zonalidade, fazendo com que a maior
zos irreversíveis ao negócio. “Quando
gôndola são os fatores de proteção
36 • JAN/FEV 2016
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prar a categoria apenas no ano seguinte”, alerta.
Imagens Shutterstock
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mais vendidos e os segmentos de maior destaque, para que se ofereça sempre um bom sortimento. “O ideal
As preferências do consumidor
é sempre ter as loções nas embalagens de 100 mL e 200 mL dos fatores 30, 50 e 70 Kids. Importante também oferecer uma solução para quem procura bronzeado, portanto, o óleo ou protetor com cor fator 6 e 15 são importantes”, considera.
Segundo a diretora de trade marketing de Cenoura & Bronze, Ana Aparecida Biguilin, em primeiro lugar, o shopper (comprador) escolhe o fator de proteção e, em seguida, a escolha se dá por marca. “Dentro da marca, escolhe-se o segmento (kids, protetor com cor, facial...) e, por fim, o tamanho e tipo de aplicador (aerossol, loção e spray)”, descreve.
O que vem por aí?
o rosto com Fator de Proteção Solar
Os pós-sol, por sua vez, chegam
Para ter sucesso com as vendas da
(FPS) 30 e 50 tiveram suas embala-
com fórmulas que procuram evitar as
categoria, é igualmente importante
gens totalmente renovadas – ganha-
consequências do exagero na exposi-
estar atento às novidades ou aos des-
ram design clean e bico dosador para
ção solar. SUNDOWN® Gel Hidratante
taques do mercado. Para este verão,
uma aplicação mais delicada. E o no-
Pós-Sol, por exemplo, conta, na com-
a linha NIVEA Sun, por exemplo, che-
vo protetor com FPS 70 oferece uma
posição, com 95% de aloe vera, subs-
ga com a identidade visual renovada.
proteção ainda maior para as peles
tância natural que recondiciona a pe-
“As embalagens são mais modernas e
mais sensíveis”, descreve a diretora
le, deixando-a macia e hidratada, evi-
apresentam, de forma direta, os princi-
de marketing de Cenoura & Bronze,
tando a descamação.
pais atributos de cada produto. O prin-
Regiane Erasto Bueno.
O público infantil também têm aten-
cipal objetivo é ajudar o consumidor
Outra novidade recente de Cenoura
ção especial da indústria, que desen-
na hora da escolha do protetor ideal,
& Bronze é a linha Efeito Dourado,
volve fórmulas mais suaves e dura-
de acordo com os benefícios que ele
disponível nas versões FPS 6, 15 e 30.
douras. Sundown Kids Loção Spray
deseja no momento: hidratação, bron-
“Sua fórmula, com cor e um leve brilho
Contínuo FPS 60 conta com textura
zeado ou refrescância”, conta a dire-
dourado, oferece à pele um tom bron-
leve, fácil de espalhar e de absorver,
tora de marketing e trade marketing
zeado e luminoso desde a primeira apli-
oferece proteção imediata com resis-
da BDF NIVEA Brasil, Tatiana Ponce. A
cação e ajuda a disfarçar as imperfei-
tência de até seis horas dentro e fora
partir de agora, a denominação das li-
ções, o que a torna ideal para os pri-
d’água. Pode ser usado por bebês a
nhas passa a ser: NIVEA SUN Protect &
meiros dias de sol”, acrescenta Regiane.
partir de seis meses de idade até crian-
Hidrata; NIVEA SUN Protect & Bronze;
Já em NEUTROGENA®, a novidade
NIVEA SUN Protect & Fresh.
fica para a versão Sun Fresh Mousse
Cenoura & Bronze também apos-
Efervescente FPS 30 e FPS 60, que pos-
ta em novas embalagens. “A mar-
sui uma textura de mousse e, ao ser
ca traz como lançamento a linha de
aplicada, promove uma sensação de
protetores faciais. Os protetores para
leveza que protege e refresca.
ças com dez anos de idade.
Aqueça as vendas pela exposição Nas gôndolas, o objetivo deve ser o de facilitar o entendimento e experiência de compras do shopper. Assim, pa-
É interessante explorar pontos extras e ambientação/ decoração diferenciada, que dão visibilidade à categoria e criam um ambiente de compra diferenciado
ra trabalhar a exposição da categoria de proteção solar de maneira estratégica, recomenda-se blocar os produtos, primeiramente, por marca, facilitando a identificação da categoria, conforme ensina a gerente shopper • 37
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CATEGORIA
ENTENDA O DESEMPENHO DA CATEGORIA DE PROTETORES E PÓS-SOL
& gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes. “Dentro de cada marca, agrupar os segmentos e linhas de maior valor
Vendas das categorias em volume (litros)
agregado, que devem ser posicionados na altura dos olhos”, acrescenta.
Categoria
setembro/2013 a agosto/2014
setembro/2014 a agosto/2015
Variação (%)
Protetor solar
3.940.750
4.197.940
6,52
agrupar as linhas regulares mais pro-
Pós-sol
42.760
43.910
2,68
curadas (geradoras de tráfego), na par-
Em seguida, a especialista sugere
te inferior da gôndola. “Dentro dos
Fonte: Nielsen
segmentos/linhas, os produtos devem Crescimento vendas verão X inverno
ser expostos em ordem decrescente de
Pós-sol ainda dependente mais da sazonalidade para as vendas do que o protetor solar
FPS (do maior para o menor) conforme
Protetor solar
o fluxo do corredor”, finaliza. Ana Aparecida aponta outras ações
161%
que podem incrementar as vendas.
73% Importância verão
“Nas gôndolas, sugerimos expor os produtos de proteção solar próximos
Pós-sol
358%
àqueles voltados para a pele, como cremes hidratantes”, mostra a especialista.
82% Importância verão
Também é interessante explorar pontos extras e ambientação/decoração di-
Fonte: Retail Index/Nielsen/verão (setembro a fevereiro) inverno (março a agosto)
ferenciada, que dão visibilidade à cate-
FPS mais altos e embalagens econômicas ganham importância; loção e creme ainda são os formatos mais procurados
21,4
18,3
10
11,5
14,6
14,6
2,2
4,0
35,8 22,2
23,8
6,4
goria e criam um ambiente de compra diferenciado. “E assim como em outras categorias sazonais, ações promocio-
5,1
nais são fundamentais para alavancar a compra não planejada”, sugere Patrícia. Dessa forma, além do ponto natu-
40,7 88,9
89,9
ral, outros espaços da loja podem ser explorados, a fim de gerar mais visibili-
46,4
46,5
45,5
1,9
2014 2015 Importância Volume FPS FPS 30 FPS 50 FPS 60 Outros
dade para essas categorias. “Uma boa
37,3 3,4
2014 2015 Importância Volume Embalagem 61-100 mL 101-149 mL 200-299 mL 300 mL Outros
0,4
4,3
4,7
0,3
estratégia é expor nossos produtos nas
2014 2015 Importância Apresentação
pontas de gôndola, principalmente na
Bastão Gel Loção/creme Óleo
dica Oliva, da NIVEA. Também é indi-
Fonte: Retail Index/Nielsen/Volume em litros. MOV14 (setembro/2013 a agosto/2014)/ MOV15 (setembro/2014 a agosto/2015)
entrada da loja e nos checkouts, para estimular a compra por impulso”, incado realizar um modelo de exposição estratégica, que estimule as vendas desses produtos com outros bastante usados durante o verão, como xampus específicos para praia e piscina ou desodorantes.
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Comportamento
Espelho, espelho meu... Por Kathlen Ramos
Seja para refletir a personalidade ou acompanhar tendências, é fato que os cabelos das brasileiras passam por diversas transformações. E os xampus e condicionadores acompanham esse movimento, com fórmulas para diversas necessidades
A
brasileira, em geral, gosta
Sistema Embelleze, Jomar Beltrame,
sonalidade. Por esse motivo, os fios
de se cuidar e na hora
os cabelos representam a verdadeira
traduzem as diferentes fases pelas
de se arrumar, o cabelo
identidade da mulher no País. “Mais
quais a mulher passa ao longo da
é uma das partes mais
do que uma ‘característica’ do visual,
vida”, comenta.
importantes nesta rotina.
os cabelos significam muito do que
A importância é tamanha que
Para o vice-presidente do
elas desejam expressar e de sua per-
alguns momentos do dia são reser-
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C
M
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CY
CMY
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COMPORTAMENTO
vados para esses cuidados. “Recentemente, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) constatou que as brasileiras gastam, diariamente, em média, 35 minutos nas manhãs entre o processo de
As brasileiras cada vez mais usam os seus cabelos naturais. Isso se dá, principalmente, em função da existência de novos produtos que a ajudam a manter o look natural e também para evitar o dano da transformação
lavar, secar e estilizar as madeixas”, constata a gerente de marketing de Clear e responsável pelo canal de penteados práticos All Things Hair,
significa que funcionou”, explica o
deixar os cabelos mais saudáveis
Luciana Pereira.
executivo da Embelleze.
diante da rotina de danos.
Conforme afirma a gerente de
Nas suas compras de xampus e
comunicação corporativa e das mar-
condicionadores, as mulheres tam-
cas de beleza da P&G, Marjorie Tei-
bém são movidas pela inovação, afi-
O que elas querem dos cabelos?
xeira, o Brasil é um dos países com
nal, o mito de que “os cabelos acos-
Durante muitos anos, o cabelo
maior desenvolvimento da catego-
tumaram com o produto e é preciso
liso foi o mais desejado pelas bra-
ria cabelos e tem uma das maio-
trocá-lo” se tornou uma verdade
sileiras. No entanto, de acordo com
res frequências de visita a salão de
entre as brasileiras. “As consumido-
Luciana, apenas 18% da população
beleza. “Em média, as brasileiras
ras possuem seus ‘queridinhos’, mas
nasce com os fios com essas carac-
vão ao salão duas vezes por mês e
não abrem mão de novidades. Mui-
terísticas, o que justifica o sucesso
compram 15 garrafas de produtos
tas vezes, possuem diversos produtos
das técnicas de alisamento. Porém,
da categoria por ano”, comenta.
para diferentes ocasiões: o xampu
vê-se, recentemente, um movimento
do dia a dia, o condicionador para
de mulheres que têm assumido o
Xampus e condicionadores
dias de festa ou o creme de trata-
cabelo natural ou valorizado os fios
A indústria de produtos para os
mento mais potente para quando o
com mais movimento, o que deixa
cabelos procura acompanhar as
cabelo está danificado, por exem-
o gosto pelos fios extremamente
necessidades das brasileiras, a exem-
plo”, complementa Beltrame.
lisos de lado.
plo dos xampus e condicionadores,
E como as transformações são
“As brasileiras cada vez mais usam
que chegam com benefícios diferen-
muitas, para deixar o cabelo do jeito
os seus cabelos naturais. Isso se dá,
ciados e personalizados. Beltrame
que se deseja, xampus e condiciona-
principalmente, em função da existên-
afirma que, embora o objetivo racio-
dores com foco no tratamento dos
cia de novos produtos que a ajudam
nal da compra de um xampu seja
fios são destaque. “No Brasil, em
a manter o look natural e também
apenas a lavagem dos fios, o que
torno de 72% da população femi-
para evitar o dano da transformação
se deseja para essa ocasião são pro-
nina tem algum tipo de química. Por
química do cabelo”, analisa Marjorie.
dutos que proporcionem nutrição
isso o segmento de danos é o maior
Belisa afirma que o liso agora é
e hidratação. “Toda mulher quer,
no País”, afirma a gerente de Grupo
requerido de outra forma. “Elas que-
após lavar os fios, senti-los com
Capilar Garnier, Belisa Souza, acres-
rem um cabelo solto e não total-
movimento, cheirosos e macios ao
centando que também tem aumen-
mente disciplinado. Liso, mas como
toque. Quando um produto conse-
tado a procura por produtos com
se tivesse nascido daquele jeito, com
gue alcançar esse nível de satisfação,
ingredientes naturais, capazes de
um efeito mais natural”, define. A
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NA ERA DA BELEZA E DA TRANSFORMAÇÃO As brasileiras gastam diariamente, em média, 35 minutos nas manhãs entre o processo de lavar, secar e estilizar as madeixas.
80% das mulheres trocam de marcas na hora da compra de produtos para o cuidado com os cabelos, em busca de inovação.
A maioria das brasileiras (29%) tem o cabelo tipo 3, que é bem ondulado, mas que não chega a ser encaracolado. Mas, na prática, esse percentual cai bastante, para em torno de 19%, já que muitas realizam procedimentos de alisamento químico.
Os cabelos compridos são os preferidos entre as mulheres do País.
Em média, as mulheres vão ao salão duas vezes por mês.
72% da população feminina tem algum tipo de química nos fios e apenas 28% delas têm os cabelos 100% naturais. Fontes: L’Oréal, Unilever, P&G e Embelleze
A indústria de produtos para os cabelos procura acompanhar as necessidades das brasileiras, a exemplo dos xampus e condicionadores, que chegam com benefícios diferenciados e personalizados
força pela naturalidade dos fios
Arrumado, para mulheres que que-
também traz os cachos à tona. “Há
rem ter ondas com aparência natu-
muitas mulheres assumindo os seus
ral; TRESemmé Selagem Capilar
cachos e, nesse universo, a cesta de
Original, voltado para mulheres de
cuidados com os cabelos é muito
cabelos crespos sem química nos
maior, já que elas tendem a preci-
fios; Novex Meus Cachos, desen-
sar de uma gama extra de produ-
volvido para atender às particula-
tos para deixar os fios definidos”,
ridades dos fios cacheados; Elseve
acrescenta Belisa.
Quera-Liso [MQ], para um liso leve e
São exemplos de produtos que
naturalmente solto; e Fructis Cachos
nascem com essas características,
Poderosos, que recria os cachos e
TRESemmé Perfeitamente (Des)
memoriza sua forma por 72 horas. • 43
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PONTO DE VENDA
O RESULTADO DA EQUAÇÃO
Por Claudia Manzzano
Avaliar o tíquete médio da loja pode levar a estratégias para aumentar as vendas em curto e longo prazo
O
valor resultante da soma
mente. Dessa forma, o varejista poderá
mas todos os dias. E se tiver caindo, é o
de todas as vendas de uma
aumentar as vendas e obter melhores
momento de mudar o jogo.
loja divido pelo número
resultados no negócio.
Olhar estratégico
total de clientes atendi-
O tíquete médio é importante por-
dos em um determinado
que ajuda a mensurar a lucratividade da
Para aumentar o tíquete médio, é preciso
período é o que se chama
empresa e a sinalizar oportunidades de
fazer com que o mesmo grupo de clientes
de tíquete médio. Por exemplo, se uma
aumentá-la. Se a loja citada no exem-
adquira mais na loja em uma mesma com-
loja vendeu R$ 30 mil em produtos para
plo conseguir, com a mesma estrutura,
pra. E para isso acontecer, existem algu-
mil clientes no período de um mês, o
vender R$ 3 a mais para cada cliente do
mas técnicas. A mais instintiva é oferecer
tíquete médio da loja é de R$ 30 por
mesmo grupo de mil, terá R$ 33 mil em
um produto a mais para o consumidor.
mês. Essa simples equação pode resul-
vendas. Por isso, o professor do Núcleo
De fato, essa forma de venda pode trazer
tar em uma grande ferramenta.
do Varejo da ESPM, Roberto Nascimento,
ótimos resultados, mas isso só acontece
Especialistas acreditam que o tíquete
destaca que esse indicador tem de ser
quando a nova oferta tem relação com
médio precisa ser avaliado constante-
medido não apenas uma vez por mês,
os produtos que o cliente está levando.
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O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Davi Jeronimo, reforça que a oferta tem de complementar a venda inicial, oferecendo oportunidades e benefícios, e não forçar a situação para que se leve um produto que não atenda aos objetivos daquele cliente. Outra forma de fazer o cliente aumentar suas compras é por meio do layout da loja. Além de ser adequado para as características e o tamanho do estabelecimento, Nascimento alega que a loja precisa oferecer facilidades que proporcionem uma experiência de compras favorável. As compras por impulso, por exemplo,
AS FÓRMULAS PARA AUMENTAR O TÍQUETE MÉDIO 1. Avalie o que os clientes compram e prepare as gôndolas a fim de estimulá-los a comprar outros itens – aqueles que eles não comprariam normalmente. Ao ocorrer esse estímulo, significa que esses clientes compraram mais, com isso, aumenta-se o valor do tíquete médio. 2. Potencialize o mix de mercadorias para que seja possível encontrar todos os itens da lista de compras em uma única loja. 3. Lembre o cliente sobre outros itens que possa ter esquecido. Por exemplo: se comprou protetor solar, lembrá-lo do repelente, protetor labial, etc. Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP)
só acontecem se a loja apresentar os produtos aos clientes e os mesmos estiverem visíveis. E isso não precisa acontecer apenas nos checkouts, como muitos pensam.
sobretudo no momento de dar descon-
cipadas com os fornecedores e estabele-
“Estratégias de exposição de mercado-
tos. Mas, segundo Jeronimo, fazer pro-
cer metas de tíquete médio para mensu-
ria, usando o cross merchandising (téc-
moções como desconto na compra do
rar resultados.
nica que estimula as vendas cruzadas de
segundo produto de uma linha, por exem-
produtos relacionados) e comunicação
plo, traz resultado.
Objetivos claros
visual, também têm de ser aplicadas em
Nascimento acredita que os packs pro-
Assim como todas as ações estratégi-
toda a loja. Nem sempre o funcionário
mocionais são muito importantes. “Mas
cas da empresa, o aumento do tíquete
vai estar ao lado do produto, oferecendo
tem de ser ofertas negociadas e efetivas.
médio também precisa de uma meta
um item a mais. Assim, a comunicação
Não posso fazer um pack para um pro-
para ser atingida. Jeronimo aponta que
ajuda”, explica.
duto que está para vencer ou porque
o varejista pode ter como propósito o
Jeronimo diz que essas estratégias fun-
estou com estoque alto. Preciso previa-
aumento entre 15% e 20% nas vendas,
cionam, principalmente, em momen-
mente negociar com os fornecedores”,
e que é possível atingir este objetivo sem
tos estratégicos. Se estiver com estoque
alerta. Além disso, completa, as ofertas
comprometer o investimento previsto.
emperrado, vale a pena fazer. “Não vai
devem ser efetivamente vantajosas para os
Nascimento alerta que, para a estraté-
sacrificar nada da empresa.”
clientes. “Não adianta mais querer enga-
gia dar certo, é preciso escolher bem os
O Gerenciamento por Categoria (GC)
nar quem está comprando. Os packs têm
produtos a ser trabalhados.
é outra ferramenta importante que pode
de ser ofertas de verdade, apresentando
impulsionar o tíquete médio. Isso acon-
vantagens para o consumidor.”
Outra dica do especialista da ESPM é que, além do indicador da loja, cada fun-
tece porque o GC possibilita alavancar as
Ele sugere que cada loja, mesmo que
cionário também precisa ter uma meta. E
vendas com rentabilidade, ao apresentar
pequena, tenha um plano de marketing
isso já começa na contratação. Jeronimo
uma análise de mix adequado a região e
anual. Nesse planejamento, todas essas
aponta a importância do treinamento
perfil do varejo.
ações podem ser utilizadas de forma
para saber estratégia da empresa e apti-
O especialista do Sebrae-SP lembra,
estratégica, fazendo com que cada uma
dão de vendas. A capacitação para ven-
ainda, que uma dificuldade para peque-
tenha um plano de ação. Dessa forma,
das também faz parte, pois o vendedor
nas lojas está em trabalhar o marketing,
vai ser possível realizar negociações ante-
precisa saber analisar o cliente. • 45
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RECURSOS HUMANOS
O LÍDER E OS LIDERADOS Por Claudia Manzzano
É mais difícil conseguir bons resultados com um dirigente sem preparo ou uma equipe sem competência? Encontre as saídas para esses problemas
R
esultado é a palavra de or-
atividades; enquanto um líder que não
comum. Sempre com a vontade e in-
dem na maioria das empre-
tem habilidades para gestão não con-
tenção de mudar, crescer e melhorar
sas. E para alcançá-lo, vá-
segue conduzir o time”, afirma.
constantemente”, ensina.
rios fatores estão em jogo,
O partner da SBCoaching, Sergio
E mantendo um ambiente de alta
entre eles, o capital huma-
Giavoni, acredita que a liderança é pe-
performance, os colaboradores ruins
no. Mais do que liderança,
ça fundamental na conquista de ob-
são naturalmente eliminados, sejam
é fundamental ter uma equipe com ca-
jetivos, resultados, alta performance,
eles líderes ou liderados. Para Giavoni,
pacidade de atender às necessidades
qualidade e satisfação dos clientes nas
um verdadeiro líder é paciente, dá
da empresa. Mas, no mundo ideal, pro-
empresas. E um líder ruim pode ar-
atenção, valoriza as pessoas, incenti-
blemas estão por toda a parte.
ruinar todo um negócio que foi dura-
va, é autêntico, trata com respeito, sa-
O presidente do Instituto Brasileiro
mente construído partindo de um so-
tisfaz as necessidades da equipe, sabe
de Coaching, José Roberto Marques,
nho. E, muitas vezes, a liderança é for-
perdoar e ensinar diante de um erro,
acredita que tanto um líder despre-
mada pelos próprios donos dos negó-
é honesto, dá retorno, também ofere-
parado quanto uma equipe incapaz
cios, que precisam servir de exemplo.
ce condições para o desenvolvimento
geram cenários bem problemáticos.
“Liderar é inspirar e influenciar pes-
pessoal de seus liderados e, por fim,
“Uma equipe sem competência não
soas a fazer o certo, de preferência
é comprometido. “Agindo e compor-
possui sinergia para desempenhar as
entusiasticamente e visando ao bem
tando-se assim, um líder desejará ser
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tratado da mesma forma por seus li-
lizado e o perfil do profissional res-
houver alguma forma de se expres-
derados”, afirma.
ponsável. Por isso, aconselha Giavoni,
sarem, mencionar que a liderança po-
Vale ressaltar que equipes de pes-
“não economize no capital humano da
de e deve ser desenvolvida.
soas competentes sem um chefe ou
empresa. Mantenha sempre um alto
Outra dica de Marques é pontuar
líder inspirador também não atingi-
nível no recrutamento e seleção, tan-
com o líder todas as suas atividades,
rão o melhor desempenho. “As pes-
to nos treinamentos técnicos, quanto
para que ele tenha ciência das suas
soas competentes não suportam ter
naqueles de desenvolvimento pessoal
responsabilidades e não solicite de-
um chefe ou líder incompetente por
e comportamental”.
mandas fora do contexto. “Não crie
muito tempo”, diz Giavoni, que aler-
clima de discórdia. Afinal, a ele foi
ta: “A permanência de pessoas com-
Revertendo o quadro
petentes nesse time ocasionará nu-
Não adianta disfarçar! A melhor
deve ser respeitado. Caso esteja atra-
ma rotatividade de colaboradores em
maneira de lidar com líder ruim ou
palhando seu desempenho, acione o
grande escala”.
equipe ineficiente é encarar o proble-
recursos humanos”, aconselha.
confiado um cargo de liderança, o que
Em contrapartida, a convivência e as
ma de frente. Giavoni afirma que uma
Já o líder que tem um time sem as
responsabilidades de um líder com um
equipe com um chefe ruim tem como
competências desejadas, vai ser obri-
time sem as competências desejadas
consequência desmotivação por parte
gado a conviver com reclamações, co-
são tão problemáticas quanto um lí-
das pessoas. Não haverá engajamen-
branças excessivas e passar, muitas ve-
der ruim. Giavoni acredita que, nessa
to e compromisso com o chefe ou lí-
zes, as mesmas orientações sem im-
situação, surge uma sensação de frus-
der e muito menos com a empresa.
pacto imediato nos resultados. E uma
tração e de impotência. “Resultados
Mas os funcionários precisam ter em
das saídas, segundo Marques, é ma-
medianos, falta de entendimento,
mente que se os objetivos deles na-
pear o perfil dos profissionais. Para is-
comprometimento e engajamento,
quela empresa são de longo prazo,
so, um trabalho conjunto com o de-
entre outros muitos fatores que con-
devem, então, ter paciência e buscar
partamento de gestão de pessoas é
tribuirão com a carreira desse líder e
seu desenvolvimento por conta pró-
muito eficaz. Existem ferramentas que
da empresa a qual ele faz parte e pe-
pria. “Cuidado para não avançar de-
podem auxiliar na reformulação da
la qual é remunerado.”
masiadamente e expor o seu chefe.
equipe, desde a recolocação dos pro-
Uma equipe que não possui as com-
Lembre-se: ele tem o poder de demi-
fissionais, desenvolvimento de compe-
petências necessárias, de acordo com
ti-lo.” Oportunamente, explica, es-
tências para adequação ao cargo, trei-
Marques, compromete os resultados
ses liderados terão chance para fa-
namentos, entre outras ações.
ao não atender aos requisitos para o
lar com algum superior ao seu che-
Para Giavoni, o líder precisará, se
desempenho de determinadas tare-
fe de como andam os resultados em
possível, participar de algumas eta-
fas. Também é comum que essas pes-
suas áreas. Com muita delicadeza e
pas cruciais para a sua área, tais co-
soas não se sintam realizadas dentro
cautela, podem aproveitar a oportu-
mo: identificação do perfil dos cola-
do contexto, pois é importante existir
nidade para mencionar que os resul-
boradores, processo seletivo, formata-
congruência entre aquilo que é rea-
tados poderiam ser melhores e, se
ção de treinamentos específicos e do processo de avaliação de resultados e
Mais do que liderança, é fundamental ter uma equipe com capacidade de atender às necessidades da empresa. Mas, no mundo ideal, problemas estão por toda a parte
competências da equipe. Deverá, ainda, receber um retorno constante sobre as atividades da equipe, de modo a corrigir e reorientar para a obtenção do melhor resultado em um determinado período. • 47
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EST
E DE SUCES
SO
CAS
UDO DE C ASO
UMA ALIADA DOS PROFISSIONAIS QUE CUIDAM DA BELEZA
Por Kathlen Ramos
Cabeleireiros, esteticistas, maquiadores e demais especialistas dessas áreas podem contar com mix completo e entrega rápida de produtos pelo teleatendimento
A
Ramavi Cosméticos nas-
negócios deram tão certo que hoje o
oferecer treinamentos constantes aos
ceu em 1993, comple-
casal é dedicado somente a esse ne-
colaboradores. Só com esse conhe-
tando, em 2015, mais de
gócio. Afinal, já são sete lojas, sendo
cimento, nossos profissionais conse-
duas décadas no atendi-
que seis delas estão em Ribeirão Preto
guem oferecer um bom atendimento
mento da beleza da mu-
e uma em Sertãozinho, também no in-
ao cliente. Também investimos, cons-
lher em Ribeirão Preto,
terior de São Paulo.
tantemente, no nosso ponto de ven-
município localizado no interior de
2
Com estabelecimentos entre 120 m
da, oferecendo variedades de produ-
São Paulo. Instalada no bairro Jardim
a 400 m2, a Ramavi emprega, hoje,
tos e estando atentos aos lançamen-
Paulista, onde está até hoje, os tra-
mais de 160 colaboradores diretos e
tos do mercado”, analisa o empresário.
balhos tiveram bastante crescimento
tem os esmaltes, maquiagens, colora-
A consultora de vendas do DEC (Dis-
nesse período.
ções e toda a linha capilar como gran-
tribuidor Especializado em Cosméticos)
“No começo, a perfumaria era da mi-
des carros-chefes.
Rogê, Ivanir Daniel Alves, aponta ou-
nha esposa, Rosemary Bignardi, e eu
Para Bignardi, o segredo do sucesso
tros pontos fortes e estratégicos des-
era representante na área de cosmé-
está na profissionalização do estabe-
sas perfumarias. “A Ramavi tem vários
ticos”, relembra João Luis Bignardi. Os
lecimento. “Nosso diferencial está em
diferenciais, como mix completo, loja
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DEC46.indb 48
Imagens Divulgação
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ampla e funcionários dedicados. Também oferece cursos profissionalizantes e promotores exclusivos”, conta. E a profissionalização, diversidade e os serviços prestados na loja são fundamentais para a saúde dos negócios do casal Bignardi. Afinal, além dos consumidores finais, boa parte do público da Ramavi é formada por cabeleireiros, manicures, maquiadores e
O ponto de venda oferece variedades de produtos e o diferencial de estar atento a todos os lançamentos do mercado
esteticistas. Para atender a esse perfil, as lojas desenvolvem alguns servi-
de beleza, pois proporciona agilida-
apesar de haver muitos concorrentes,
ços diferenciados, como o teleaten-
de e comodidade aos clientes”, avalia
não há nenhuma loja tão forte quanto
dimento, em que os profissionais de
Ivanir. Somados a todos esses diferen-
ela. E me sinto honrada de fazer par-
salão de beleza fazem seus pedidos e
ciais, outra força da loja está na parce-
te dessa parceria, na qual o DEC au-
os mesmos são encaminhados pron-
ria com o DEC, que já dura 22 anos,
xilia nos serviços de mix e layoutiza-
tamente via motoboy.
desde a fundação da primeira loja.
ção”, resume Ivanir.
“O teleatendimento é um diferencial
“A Ramavi é a maior rede de per-
Localizadas numa cidade onde os
que fideliza os profissionais do setor
fumarias de Ribeirão Preto e região e,
agronegócios são o grande destaque da economia regional, as perfumarias Ramavi também comprovam a força do setor de higiene e beleza, pois nem mesmo a crise econômica intimida as projeções de crescimento do casal. “Nosso planejamento deste ano e é o de vender R$ 37 milhões e vamos conseguir”, anuncia o proprietário. Ainda em dezembro de 2015, estava prevista a inauguração de mais uma loja na região, que será a maior das filiais, com 1.000 m2. Para 2016, as expectativas seguem positivas. “Nossa previsão é a abertura de mais duas lojas em pontos importantes de Ribeirão Preto”, finaliza Bignardi.
O proprietário da Ramavi Cosméticos, João Luis Bignardi, diz que o segredo do sucesso é a profissionalização do estabelecimento
Ramavi Cosméticos Rua General Osório, 368, Centro, Ribeirão Preto (SP) Tel.: (16) 2111 5530
• 49
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Uma nova Cultura em Distribuição
Distribuidor Especializado em Cosméticos
Layoutização: entenda a ferramenta
do DEC para aumentar as vendas
Serviço é realizado para seus clientes desde 2002 e, até agora, mais de 40 mil lojas foram contempladas em todo o País
O
rganização correta das gôndolas de Higiene
“Com esse serviço, cada loja adquire o mix de produtos
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) dentro de
ideal para atender às necessidades do shopper (comprador),
um mix adequado de produtos, tornando-as mais
o que ocasiona uma maior fidelização. Além disso, a renta-
atrativas e maximizando o faturamento da catego-
bilidade de cada categoria passa a ter uma melhor perfor-
ria. Esse é o objetivo da layoutização, ferramenta
mance, adequada à realidade do consumo da loja”, resume a
personalizada desenvolvida pelo DEC para seus
coordenadora de marketing do DEC DAG – J. Sleiman (Ceará),
clientes em todo o País.
Janaina Feitosa. E, de fato, os resultados são surpreendentes, já que, em algumas lojas, o crescimento em vendas chega a
DEC AMAPÁ
DEC SÃO LUIS
(96) 3225 4200
(98) 3276 2600
1.000
DEC DISMELO
DEC RIO PIRANHAS
(91) 3311 3800
DEC NOVA ERA (92) 2125 2000 / (69) 3216 9000
(86) 4009 1818
5.300
3.900
6.000
12.900 6.600
3.200
3.300
4.400
DEC NORTE SUL REAL (65) 3632 3100
18.900 14.700
DEC ROGE
Dec Vale
(43) 3172 9300
DEC SUL
(51) 3458 9793
profissionais atendem e orientam o cliente para a manutenção do
RIOGRANDENSE (84) 4008 0102
DEC ANDRADE
(82) 3522 9900
10.000
(11) 4417 7300
16.600 3.000 6.700
realização dessa atividade. Esses
DEC
(81) 3252 6550
3.400
Cada DEC tem uma equipe de layoutizadores exclusiva para a
(85) 3444 6000
DEC CADAN
DEC REAL
(62) 3250 0500
DEC DAG
atingir 45%.
DEC MINAS
(31) 3399 4200
trabalho, que é desenvolvido seguindo as etapas de análise da loja, revisão do mix e execução. “Os clientes de lojas layoutizadas têm uma experiência de compras muito mais simples. Eles conseguem localizar os produtos desejados com facilidade e
DEC ZAMBONI (21) 3511 9350
perceber quais são as demais opções dentro da mesma categoria”, finaliza Janaina.
O D E C t e m h o j e u m a e q u i p e d e 3,2 m i l co n s u lto r e s q u e e s tão f o ca d o s, e xc l u s i va m e n t e, n a s cat e g o r i a s d e p ro du to s d e h i g i e n e e b e l e za. E l e s v i s i ta m, s e m a n a l m e n t e, 120 m i l po n to s d e v e n da s, l e va n d o a ca da u m d e l e s to da s a s i n f o r m açõ e s i m po rta n t e s d e s s a s cat e g o r i a s d e p ro du to s, s u a s n ov i da d e s e m p r i m e i ra m ão e a s m e l h o r e s o po rt u n i da d e s e p rát i ca s d e m e rca d o. Co n f i ra n o m a pa o n ú m e ro s d e c l i e n t e s v i s i ta d o s e m ca da D E C.
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