Ênfase

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Ênfase Abril de 2007

nº13 » gestão 2006/07

Nesta edição: » Trainee: o melhor caminho para seguir carreira nas empresas » Projetos do GEPEA em andamento » Entrevista com a Profª. Elisabete Salay

Mais um projeto de sucesso! Por Beatriz Brombal Moraes A linha Piatto D´Oro – sapore di vita, da Vida Alimentos, chegou ao mercado no ano passado como um produto alternativo aos semelhantes encontrados na prateleiras: os novos temperos foram desenvolvidos pelo GEPEA em 2005 e tornaram-se mais um projeto bem sucedido.

ervas empregado na receita – são pelo menos 15 em cada versão, bem acima da quantidade utilizada nessa categoria de produto. Os temperos Piatto D´Oro dispensam óleo, dão um tom dourado à carne e, pela sua cremosidade são fáceis de espalhar.

Durante os 4 meses, foram elaborados os temperos em pasta e de dois sabores de temperos em pó. O professor Roberto Hermínio Moretti foi o orientador e a gerente responsável foi Angela Meirelles.

Vida Alimentos

A nova linha de temperos caseiros é única no mercado com produtos adequados a cada tipo de carne – bovina, suína, aves e peixes, mais um para refogar e um multiuso. A formulação também é diferenciada, ideal para uma refeição equilibrada, com o teor de sal 25% abaixo do usado normalmente em temperos. Outro toque diferente é o número de

A Vida Alimentos iniciou suas atividades em 1996, com a aquisição de marcas tradicionais na indústria brasileira de alimentos. Além da Piatto D´Oro – marca que pertenceu a Cica –, a empresa tem em seu portfólio azeites de oliva (Riserva D´Oro, Torre de Belém e Azeitto), óleo de soja (Ceres), óleo de milho (Gilda), gordura vegetal (Colméia) e creme vegetal (Margarella). A Vida Alimentos está presente em 4 mil pontos-de-venda de todo o país, com produtos para o varejo e para o segmento de food service.

» O fantástico universo dos aromas.

Estagiário Pedro Esteves Duarte Augusto


Trainee O melhor caminho para seguir carreira nas empresas por Lídia Sarantópoulos Sem dúvida alguma você se esforçou muito para entrar no vestibular. Na faculdade percebeu que as coisas ficaram mais difíceis, só que quando você se formar tudo será uma maravilha! É aí que você se engana! Para conseguir um emprego como trainee, o aluno ainda passa por muitos desafios. Todos os anos, as organizações corporativas investem muito dinheiro para treinar e formar um seleto grupo de “jovens talentos”, considerados de alto potencial, com a aposta de que eles tragam ar novo à companhia e possam assumir posições que outros funcionários levariam mais tempo para alcançar. Em busca de bons empregos nessas empresas milhares de jovens se inscrevem nos programas de trainee e enfrentam verdadeiras maratonas em processos seletivos que podem durar até seis meses.

O Processo Seletivo No processo de seleção, a estrutura dos programas e os postos oferecidos variam bastante de uma empresa para outra. Cerca de 60% das pessoas são excluídas logo na etapa inicial do processo seletivo devido ao inglês e à forma de se comunicar, tanto oral como escrita. As demais são excluídos pela falta de habilidades comportamentais, como não conseguir lidar com pressão ou apresentar um estilo de liderança autoritário ou postura arrogante.

O processo pode incluir entrevistas em inglês, apresentação de projetos e dinâmicas de grupo. De forma geral, os programas duram de um a três anos e incluem tratamento vip da diretoria e da área de recursos humanos, contatos freqüentes com altos executivos e a possibilidade de ter uma visão ampla da companhia e do negócio. Ao entrar como trainee em uma empresa, o jovem é contratado, com carteira assinada, com um salário inicial que varia, em média, de R$ 2 mil a R$ 3.500 mil (dependendo da região) e recebe benefícios como assistência médica e odontológica, refeição e participação nos resultados.

Como é nas empresas? Na Unilever, o trainee é considerado um jovem com potencial para crescer e se desenvolver, podendo tornar-se um futuro líder dentro de um dos negócios da Companhia. Para eles, o trabalho em grupo é fundamental, pois por meio dele, o trainee conhece a realidade da empresa e aprende a relacionarse com pessoas de diversas áreas e diferentes culturas. Para aprofundar seu conhecimento sobre estratégias, mercados, tecnologias, clientes e consumidores, a empresa oferece uma abrangente agenda de cursos, visitas e trabalhos que podem ser, inclusive, internacionais.

As atividades propostas pela Unilever para os candidatos são estímulos para que eles possam ter a oportunidade de demonstrar seu potencial. No processo seletivo a Unilever não busca meramente habilidades técnicas e nem conhecimentos acadêmicos específicos, mas antes atentam para pessoas que tenham paixão pelo crescimento, sejam empreendedoras, inovadoras, que buscam e incentivam mudanças, tenham visão de futuro e sejam comprometidas com o trabalho em equipe. Na Bunge Alimentos, no ano passado, foram oferecidas trinta oportunidades no programa trainee. A exigência era de candidatos com fluência em inglês, perfil voltado para desafios, planejamento estratégico e liderança e disponibilidade para morar em outras cidades. Os salários variavam de acordo com a área de atuação de cada trainee, mas podem chegar a um valor máximo de R$ 2.200,00. Entre os benefícios oferecidos, destacavam-se os planos de saúde médico e odontológico, previdência privada e remuneração variável. O que é comum em todos é a grande experiência adquirida e a garantia, se bem cumprido, de estabilidade e retorno garantido. Ficar atento às ofertas é o primeiro passo de um caminho longo para quem decide seguir carreira na indústria de alimentos e um primeiro passo realmente recompensador.


Aromas: Citromax Essências Aromas são substâncias ou misturas de substâncias possuidoras de propriedades odoríficas, capazes de conferir ou intensificar o aroma ou sabor de alimentos ou bebidas.

de produtos de origem animal ou vegetal por processos físicos, o “idêntico ao natural” é provindo de reações químicas de síntese em laboratório.

Formados por ésteres, cetonas, aldeídos, terpenos, álcoois e ácidos, os aromas não são relacionados com o valor nutricional do alimento, devido a suas quantidades mínimas utilizadas. Os aromas são classificados em: Natural, Idêntico ao Natural e Artificial.

Quando esta síntese origina moléculas que não existem na natureza estamos falando de Aromas Artificiais. Há também outra categoria dos aromas. São os bioaromas, que são aromas naturais decorrentes de processos enzimáticos e fermentativos.

Aromas Naturais são extraídos da própria fonte do sabor: do suco de frutas, do macerado de sementes, do óleo essencial da casca de frutas.

Os aromas são uma das bases da indústria alimentícia, já que existem inúmeros processos de industrialização e armazenamento que retiram as características originais dos produtos desidratados, congelados e enlatados, que não teriam nenhum atrativo sem adição de aromas. A Citromax está a cada dia buscando soluções para melhor atender as necessidades de seus parceiros, podendo oferecer:

Aromas classificados como Idêntico ao Natural são aromas sintetizados e possuem as mesmas moléculas aromáticas que os naturais. O diferencial entre Aroma Natural e Idêntico ao Natural está na forma de obtenção dos mesmos, sendo que enquanto o natural é obtido a partir

» Aromas doces e frutais para bebidas, panificação, látcteos, etc; » Condimentos para frigoríficos, macarrão instantâneo, molhos, etc; » Óleos Essenciais e Óleoresinas diversas; » Emulsões. Aos que se interessarem por essa área, a Citromax envia bimestralmente um informativo por e-mail com curiosidades, boletins técnicos e informações sobre a indústria de alimentos, chamado: “Quem tem boca vai Aroma”. Para receber esse informativo, envie um e-mail para tatiana@citromax.com.br.

Projetos em andamento Nome do Projeto

Orientador

Gerente Responsável

Estagiário

Formulação de polpa de açaí

Homero Gumerato

Priscila Kawazoi

Ligia Pugliesi e Tiago Coroa

Formulação de bebidas orgânicas funcionais refrigeradas

Gisele Camargo

Rafael Querido

Angela Nakamura

Análise microbiológica em trufas

Cibele Osawa

Sara Grillo

Daianne Batista de Lima

Formulação de suco de banana

Flávio Schimdt

Sara Grillo


Entrevista

Por Beatriz Brombal e Noma Ruiz

Profª. Elisabete Salay de Alimentos); Implementação do método de gerenciamento e controle da qualidade na cadeia produtiva de milho; Alimentação escolar (custos, qualidade da alimentação, aceitação dos alimentos); entre outros.

Professora da FEA/ Unicamp foi coordenadora do NEPA nos anos de 2003 e 2004. Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Unicamp (1982), fez mestrado em Tecnologia de Alimentos pela mesma universidade e doutorado em Desenvolvimento Socioeconômico pela École des Hautes Etudes em Sciences Sociales (1992). Ênfase A Srª. coordenou diversas pesquisas em diferentes áreas durante toda a sua carreira. Qual a mais importante para você? E, em sua opinião, qual a mais importante para o mercado consumidor? Profª. Elisabete A mais importante para mim foi uma linha de pesquisa que aborda a economia da segurança dos alimentos, área em que se aplicam conceitos econômicos para se entender o nível de segurança de um alimento disponível no mercado. No âmbito dessa linha pesquisa, duas alunas orientadas por mim foram premiadas, uma pela Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas (ABERC) e outra pelo Grupo de Estudos de Nutricionistas e Dietetistas de Restaurantes Industriais de Campinas e Região (GENDRIC). Para o mercado consumidor, eu acredito que os projetos que orientei relacionados à segurança dos alimentos são os de maior importância, demonstrando a necessidade de se definir novas políticas.

Ênfase: A Sra. colaborou com diversos projetos com o GEPEA. Qual seu interesse pessoal em participar disso? E em sua opinião, quanto é relevante um graduando participar de uma empresa júnior, como o GEPEA?

“É preciso investir em pesquisa” Estas, por conseguinte, permitem a melhora dos produtos alimentícios para o consumo. Ênfase: O que é o NEPA (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação)? Em que área a Srª. atua hoje em dia? Profª. Elisabete O NEPA é um núcleo interdisciplinar da Unicamp que tem o objetivo de reunir profissionais de diversas áreas para realizar projetos relacionados à produção e distribuição de alimentos, nutrição e políticas públicas voltadas à alimentação. Fui coordenadora deste grupo, porém ainda hoje colaboro com alguns projetos. Já participei de projetos como: TACO (Tabela Brasileira de Composição

Profª. Elisabete: Eu considero gratificante trabalhar com o GEPEA, pois o serviço oferecido é de ótima qualidade e o modo de seleção dos estagiários é eficiente, o que resulta em projetos de sucesso. Já para os alunos da graduação da FEA, participar do GEPEA é uma formação complementar, que nem sempre pode ser vivenciada durante o curso e agrega conhecimento e experiência da realidade do mercado de trabalho. Sem dúvidas, são alunos que terão uma formação diversificada. Ênfase: Como está o mercado de trabalho para graduados que se interessam e atuam na sua área (distribuição de alimentos, consumo e hábitos alimentares e políticas agro-alimentares)? Profª. Elisabete: Neste ramo, geralmente, os engenheiros de alimentos trabalham em órgãos governamentais como a ANVISA e também em ONGs que desenvolvem ações sociais e projetos no âmbito da proteção e defesa de consumidores. Em algumas empresas privadas, atuam na área institucional, contígua às ações governamentais.

EXPEDIENTE Coordenação de edição Equipe de Marketing do GEPEA Diretor Rafael Kanashiro Toyohara Gerentes Adéssio David Simioni Aparecido, Bárbara Carra Dubowischy, Beatriz Brombal Moraes, Beatriz Momesso Paulino, Lídia Sarantópoulos, Noma Luporini Ruiz, Tatiana Victorino Tiragem 400 exemplares Design gráfico camaracom.com.br

GEPEA Consultoria em Alimentos www.gepea.com.br gepea@fea.unicamp.br Telefax: (19) 3521-4098


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