FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA LIANA TEIXEIRA JASPER
ESTUDO DE VIABILIDADE DE UMA LOJA E-COMMERCE DE ACESSÓRIOS INFANTIS
CURITIBA DEZ/2017
LIANA TEIXEIRA JASPER
ESTUDO DE VIABILIDADE DE UMA LOJA E-COMMERCE DE ACESSÓRIOS INFANTIS Plano de Negócio apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Designer de Moda, 6° período do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. Orientador: Rafael Carvalho Machado
CURITIBA DEZ/2017
RESUMO
O plano de negócio é uma ferramenta importante para auxiliar uma empresa desde a sua implantação até seu desenvolvimento. O varejo online e o mercado infantil estão em constante crescimento e com isso o objetivo desse estudo será analisar a viabilidade da comercialização de acessórios infantis através de e-commerce. A loja online vai disponibilizar uma grande variedade de produtos com a facilidade de um acesso rápido, disponível a todos através da internet com entrega direto ao cliente. O estudo foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e descritiva e realizada entrevistas com grupos de interesse. Através do modelo de negócio canvas pôde-se detalhar o desenvolvimento e definir a missão e a visão do negócio. No plano de comercialização foi criada as estratégias de comunicação, preços e comercialização, o estudo dos concorrentes e a definição dos produtos. Já no plano operacional foi desenvolvido todo o procedimento de compra e venda do e-commerce. Após levantamento de todos os indicadores necessários para a implantação do ecommerce, pôde-se analisar sua viabilidade e observar que segundo os indicadores financeiros o modelo de negócio proposto se mostrou viável e com boa atratividade.
Palavras chave: Viabilidade; E-commerce; Acessórios infantis.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1- FLUXO DE PEDIDOS (APADI)...............................................................17 FIGURA 2- LINKS PATROCINADOS.........................................................................20 FIGURA 3- O QUADRO.............................................................................................24 FIGURA 4- TIPOS DE PROPOSTA DE VALOR........................................................25 FIGURA 5- TIPOS DE SEGMENTAÇÃO DE CLIENTES..........................................27 FIGURA 6- TIPOS DE CANAIS..................................................................................28 FIGURA 7- TIPOS DE RELACIONAMENTO.............................................................29 FIGURA 8- TIPOS DE RECEITAS.............................................................................30 FIGURA 9- TIPOS DE RECURSOS PRINCIPAIS.....................................................31 FIGURA 10- TIPOS DE ATIVIDADES PRINCIPAIS..................................................32 FIGURA 11- TIPOS DE PARCERIAS PRINCIPAIS...................................................33 FIGURA 12- ESTRUTURA DE CUSTOS...................................................................34 FIGURA 13- NEGÓCIOS DE MODA – INFANTIL......................................................35 FIGURA 14- NEGÓCIOS DE MODA – MARCA ECOLÓGICA..................................36
LISTA DE TABELAS TABELA 1- PRINCIPAIS E-COMMERCES INFANTIS..............................................41 TABELA 2- O QUADRO – E-COMMERCE INFANTIL...............................................43 TABELA 3- INVESTIMENTOS...................................................................................52 TABELA 4- FATURAMENTO MENSAL.....................................................................53 TABELA 5- CUSTOS FIXOS......................................................................................54 TABELA 6- DRE.........................................................................................................55 TABELA 7- FLUXO DE CAIXA PRIMEIRO ANO.......................................................56 TABELA 8- FLUXO DE CAIXA SEGUNDO ANO.......................................................57 TABELA 9- PONTO DE EQUILÍBRIO........................................................................58 TABELA 10- INDICADORES FINANCEIROS............................................................59
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................09 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................11 2.1 E-COMMERCE...............................................................................................11 2.1.1 Novas Empresas de E-Commerce.............................................................11 2.1.2 Características do E-Commerce................................................................12 2.1.3 Gestão de Conteúdo..................................................................................14 2.1.4 Operação e Logística.................................................................................15 2.1.5 O Financeiro e Segurança do E-Commerce..............................................18 2.1.6 Marketing Digital........................................................................................19 2.2 MODELO DE NEGÓCIO................................................................................22 2.2.1 O Quadro.....................................................................................................23 2.2.2 O que?.........................................................................................................24 2.2.3 Para quem?.................................................................................................26 2.2.4 Quanto e Como?.........................................................................................29 2.2.5 Modelos de Negócios na Moda...................................................................34 3 SUMÁRIO EXECUTIVO....................................................................................37 3.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO..........................................................................37 3.2 DADOS DO EMPREENDIMENTO.................................................................37 3.3 DADOS DOS EMPREENDEDORES, PERFIS E ATRIBUIÇÕES..................38 4 MODELO DE NEGÓCIO...................................................................................39 4.1 ANÁLISE DE TENDÊNCIA DE MERCADO...................................................39 4.2 DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE NEGÓCIO.....................................42 4.3 VISÃO E MISSÃO...........................................................................................44 4.3.1 Missão..........................................................................................................44 4.3.2 Visão............................................................................................................44 5 PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO....................................................................45 5.1 ESTUDO DOS CONCORRENTES ................................................................45 5.2 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS...............................................46 5.3 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO...............................................................47 5.4 ESTRATÉGIA DE PREÇOS...........................................................................47 6 PLANO OPERACIONAL...................................................................................48 6.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO E/OU COMERCIALIZAÇÃO..........................48
6.2 ESTUDO DE FORNECEDORES....................................................................49 6.3 CAPITAL HUMANO........................................................................................50 6.4 LOCALIZAÇÃO DO NEGÓCIO.......................................................................50 6.5 CAPACIDADE COMERCIAL..........................................................................50 6.6 OBJETIVOS, METAS E PLANO DE AÇÃO....................................................50 7 ANÁLISE DE VIABILIDADE.............................................................................52 7.1 ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO TOTAL....................................................52 7.2 ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL DA EMPRESA........................53 7.3 ESTIMATIVA DE CUSTOS FIXOS.................................................................54 7.4 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS.........................................................55 7.5 PREVISÃO DE FLUXO DE CAIXA PARA OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE ATIVIDADE DA EMPRESA...................................................................................55 7.6 PONTO DE EQUILIBRIO................................................................................58 7.7 TAXA INTERNA DE RETORNO E INDICADORES DE VIABILIDADE..........58 8 AVALIAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS.......................................................60 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................61
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1 INTRODUÇÃO
O e-commerce é uma ferramenta de comércio online de fácil acesso, pois opera em uma plataforma virtual acessada pela internet que tem a capacidade de alcançar várias pessoas ao mesmo tempo. Um ambiente online permite uma atualização de conteúdo de forma rápida, seja essa de preço, de mercadoria, de marca ou de modelo. Uma loja online concentra em um mesmo lugar diversas marcas, diferentes modelos; trazendo assim uma facilidade de pesquisa para o cliente tanto em termos de opção quanto de tempo. Evita-se a pesquisa feita tradicionalmente, de “loja em loja”, se deslocando em vários shoppings ou lojas físicas. O e-commerce está em constante crescimento, mesmo com a crise financeira. Segundo previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) o setor deve fechar o ano com um aumento de 18% nas vendas. Além disso outros pontos fortes devem ser levados em consideração, como por exemplo, o atendimento 24 horas, vendas sem limitação geográfica, comodidade de efetuar uma compra de casa ou de um dispositivo móvel, a facilidade de criar e divulgar promoções rapidamente, competitividade, múltiplos estoques ou estoque zero, acompanhamento de desempenho, monitoramento do consumidor, entre outras facilidades que só um ambiente virtual pode trazer em tempo real. (CIASHOP, 2017) O mercado infantil teve impacto positivo com a queda na taxa de fecundidade e a ascensão da nova classe média. As famílias em arranjos menores e com grandes expectativas sobre o futuro dos seus filhos passam a investir mais em lazer, educação e vestuário. “Antes considerados supérfluos, itens como viagens e artigos de decoração passaram a fazer parte da realidade de consumidores infantis”, diz Reinaldo Gregori, da consultoria de geomarketing Cognatis. (2017) Dentro deste contexto, a variedade de roupas infantis aumenta de forma desproporcional em relação a variedade de acessórios infantis que não acompanham este mesmo crescimento. Existe neste sentido uma oportunidade de mercado, uma vez que o público infantil almeja não somente o produto principal, no caso a roupa, mas também o lado divertido dos acessórios uma vez que o perfil da criança traz este sentido ao consumo neste mercado. O dinamismo e a rapidez das atividades contemporâneas sugerem a necessidade então de facilitar a busca por
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esses produtos do varejo de moda por meio de um ambiente virtual. Unindo o constante crescimento do e-commerce e o mercado infantil aquecido, surge então a ideia de investigar a viabilidade de um empreendimento voltado para um nicho específico do mercado, que são os acessórios infantis, sendo ofertados através de uma loja online. Para implantar uma loja on-line o primeiro passo é fazer um plano de negócios para verificar se ideia é ou não viável, pois segundo Stutely (2012) o planejamento é essencial para o sucesso de um negócio seja ele de pequeno ou grande porte, de curto ou longo prazo. O plano de negócio é um documento abrangente de dados e informações que possibilitam a análise da viabilidade e riscos de um futuro empreendimento, assim como define suas características a fim de facilitar sua implantação e pode ser estruturado de várias formas, apresentando todas as informações necessárias para que se torne interessante e motivador, com o intuito
de
convencer
e
conquistar
aprovação
de
possíveis
investidores.
(CHIAVENATO, 2012) Portanto o objetivo geral desse estudo será analisar a viabilidade da comercialização de acessórios infantis através de e-commerce. Para isso primeiramente serão estudados os mecanismos de funcionamento do e-commerce e o mercado infantil, em seguida será elaborado o plano estratégico do negócio, para que então sejam desenvolvidos o plano comercial e o plano operacional, e por fim será feita a análise da viabilidade financeira do negócio. Para a realização do estudo serão utilizadas a pesquisa exploratória do tipo bibliográfico e pesquisa descritiva, realizada através de um levantamento de informações junto a grupos de interesse com entrevistas e de dados secundários disponíveis em outros estudos a fim de realizar o tratamento desses dados de forma qualitativa.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 E-COMMERCE Segundo Anselmo (2017) “O conceito de e-commerce é aplicável a qualquer tipo de negócio ou transação comercial que implique a transferência de informação através da internet, como sites que comercializam produtos, serviços, consórcios e sites de leilões”. De acordo com Kotler (2000), a conectividade e a digitalização caracterizam o e-commerce, pois permitem transações eletrônicas das mais variadas por meio da troca de informações no meio digital sobre oferta e demanda. Os consumidores de hoje demandam cada vez mais variedade não só de preço, mas como também de produto. Para Ladeira (2000, p. 9) “O varejo virtual vem como uma solução ao oferecer justamente conveniência, maior número de informações e de melhor qualidade e preços menores, entre outras diversas variáveis que podem influenciar e por vezes determinar a opção de compra virtual”.
2.1.1 Novas Empresas de E-Commerce A simultaneidade de atuação em diferentes nichos de mercado pode refletir em redução de custos operacionais quando comparado o e-commerce com a loja física. O atendimento ao consumidor final sem intermediários pode trazer benefícios como a economia de tempo e custo, fazendo assim com que o e-commerce surja como opção interessante para as empresas. (GHOSH, 1998) Grande parte da redução de custo se dá pelo fato de que uma empresa de ecommerce não precisa de instalações físicas e vendedores para o atendimento ao cliente, trabalhando com informações online; economizando tempo, uma vez que as informações são compartilhadas simultaneamente podendo envolver todas as áreas do ciclo comercial. (KOSIUR, 1997) Segundo Kotler (1999) no e-commerce as empresas economizam tempo e dinheiro devido à facilidade em se alterar produtos, preços e serviços conforme a demanda.
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Uma outra vantagem de uma loja e-commerce é poder concorrer com outras empresas independente de tamanho, pois os custos de transações envolvidos em relação a lojas físicas são menores. Os custos de tempo gasto, quantidade de pessoas remuneradas, local de transação e equipamentos utilizados são reduzidos em função do ambiente virtual, onde mesmo assim o alcance de pessoas é igual ou até maior que uma grande empresa física. (SOARES; HOPPEN, 1998) De acordo com Bakos (1991) a personalização de um produto, adequando este ao desejo do cliente, pode ser traduzida em vantagem competitiva quando este entendimento da necessidade do cliente é feito de forma rápida e eficiente. Isto deve constar em um plano de negócio claro, com objetivos e processos bem definidos para se obter resultados positivos. O planejamento bem feito de um negócio e-commerce é de fundamental importância para a obtenção de resultados positivos, do contrário a expectativa pode ser frustrada ao se oferecer serviços ou produtos sem definições claras. (LAN, 1998)
2.1.2 Características do E-Commerce
Existem inúmeras diferenças entres o modelo de operação física e virtual, e podemos dizer que a maior delas é a experiência de compra do consumidor, que apesar de ter a facilidade realizar a compra através da internet e recebe-la diretamente em sua casa, o e-commerce deve ainda conceder a esse consumidor uma experiência de compra humanizada e inesquecível a fim de que se torne um cliente fidelizado. (DIAS, 2013) Segundo a APADI (2013) “A primeira coisa a ser decidida na abertura de um e-commerce é o nome que será usado para a loja virtual, caso não exista uma loja física ou marca atrelada ao negócio. Se o seu e-commerce for um negócio totalmente novo procure definir um nome que seja forte em ferramenta de busca”. Depois de escolhido, o nome deve ser registrado no site www.registro.org. O segundo passo é escolher a plataforma ideai para o seu negócio. Existem três tipos de plataformas: a open source, que tem um custo menor, porém exige uma equipe própria ou terceirizada que faça a customização, layout, atualização e manutenção da empresa; e a plataforma de código proprietário e híbridas que estão em constante evolução das ferramentas e de mercado, podem ser personalizadas
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para atender grupos específicos de clientes e ainda conta com um suporte de instabilidade do sistema. (APADI, 2013) “Para e-commerce de pequeno e médio porte, que estão entrando agora no mercado, existem as plataformas conhecidas como Plataformas de Entrada. Nessa opção, o lojista paga uma mensalidade fixa, que varia entre R$ 75 e R$ 250, de acordo com as necessidades do seu e-commerce: número de pageviews e quantidade de produtos ofertados na loja”. (ANSELMO, 2017) De acordo com o referido autor uma plataforma completa deve: a) Permitir a inclusão de produtos; b) Gerenciar estoque e preços; c) Proteger as informações pessoais dos clientes; d) Oferecer uma área de cadastro de produtos; e) Ter um setor de organização do sistema de pedidos, das formas de pagamento e da entrega; f)
Garantir a segurança no envio de informações;
g) Conter ferramentas que possibilitem a integração de outras tarefas também importantes para a loja, como o marketing e a logística.
A comunicação visual é a responsável por definir como os usuários irão entender e usar o site com maior facilidade, além de criar um visual atrativo para os consumidores. Com a comunicação visual definimos o Mapa do site que varia de acordo com os conteúdos propostos; o Design que é responsável pela a hierarquia das informações e pelo visual propriamente dito; e a Navegação que possibilita ao usuário um fácil acesso aos conteúdos transmitindo uma sensação de orientação e satisfação. (APADI, 2013) Na visão de Anselmo: Quando se fala em design, é preciso ir além da estética. Uma loja bonita atrai, mas ela precisa ser bem organizada, otimizada e de fácil navegabilidade para fazer com que o cliente permaneça no seu site vá “descobrindo-o” à medida que navega. No e-commerce, o design engloba conceitos como usabilidade e acessibilidade. Quando bem explorados, ele resulta naquilo que todo lojista almeja: a boa experiência do usuário – ou user experience (2017).
O layout e a usabilidade são o que proporcionam ao cliente a boa experiência de compra e fazem com que as conversões de vendas aconteçam de forma natural.
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Existem quatro tipos diferentes de interfaces na qual o site pode ser acessado, a web, o facebook, mobiles e tablets, e cada uma delas apresentam recursos diferentes para que favoreça ou não o layout e usabilidade do e-commerce. A web hoje ainda é a interface mais utilizada nas transações de e-commerce, principalmente pelo espaço da tela, que oferece inúmeras possibilidades de exposição dos produtos. O facebook, tem se tonado uma interface vantajosa pois, devido ao grande número de acesso, a facilidade de obter informações de usuários e assim estimular o desejo do consumo, os varejistas tendem a focar grande parte das suas ações. Já os celulares e tablets apesar de apresentarem baixos recursos, são os que estão em maior contato direto do consumidor, tornando-se um ambiente ideal para converter oportunidades em negócios. (APADI, 2013) A respeito de acessibilidade pode-se afirmar que Acessibilidade é tornar o seu site acessível para qualquer pessoa, independentemente da limitação que ela tenha, permitindo, assim sua autonomia na web. E promovê-la no seu e-commerce, além de ser uma boa prática, é uma boa estratégia de venda e de fidelização de clientes. Afinal, pessoas com deficiência visual, auditiva, motora, com déficit de atenção, analfabetismo funcional ou apenas uma pessoa idosa também estão online e compram. E você precisa estar preparado para atender esse público da melhor forma possível e sair na frente da concorrência, uma vez que essa prática não recebe a devida atenção no e-commerce brasileiro. (ANSELMO, 2017).
2.1.3 Gestão de Conteúdo
Para controlar as informações de toda a parte do e-commerce que chega até o usuário, é preciso uma pessoa responsável por gerenciar cada etapa dessas informações, tais como os direitos autorais, publicações, promoções, entre outros. (APADI, 2013) Algumas das etapas mais importantes na gestão de conteúdos são: a) Produção de conteúdo, que é a responsável pela produção de fotos e vídeos, toda a parte visual do produto como o descritivo do produto, valores, garantia, validade e pelas regras e regulamentações do site; b) Publicação no e-commerce que fica responsável por analisar todo o conteúdo publicado a fim de evitar erros de cadastro de produto ou tamanho de imagem;
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c) Controle de estoque que exerce a função de gerenciar os produtos do estoque, monitorar promoções, excluir itens e alterar valores; d) Gerenciamento de Imagens que responde pela atualização de correta de formato das fotos, vídeos, banners e logotipia, e pela documentação de autorização de uso de imagem; e) Prazo de entrega que é uma etapa de fundamental importância, pois o prazo da entrega deve estar muito claro no site e no caso de ocorrer alguma alteração desse prazo, o cliente deve ser avisado imediatamente; f)
Direitos do consumidor que é responsável por garantir que todas as transações estejam de acordo com a legislação;
g) Política de preços que cabe a cada empresa analisar e definir a sua política, e estar atenta a concorrência reprecificando seu produto se preciso, para que se torne mais competitivo.
2.1.4 Operações e Logística
O atendimento ao cliente é um dos fatores mais importantes para o sucesso do e-commerce. O cliente deve ter as informações bem claras no site e ainda assim contar com um bom atendimento via telefone, e-mail, chats online e etc. O site deve contar com um bom relacionamento de pré e pós-venda com o cliente a fim de que se torne um consumidor fidelizado. (APADI, 2013) No e-commerce é possível trabalhar com estoque zero. Para isso é preciso ter um sistema integrado com fornecedores parceiros, onde o pedido seja feito através do e-commerce, porém seja expedido diretamente do fornecedor. Para as lojas virtuais que prefiram trabalhar com seu próprio estoque a dica é conhecer muito bem a necessidade de abastecimento dos produtos no estoque. (APADI, 2013) Alguns modelos de possibilidades de estoque no e-commerce são: a) Cross-docking: não há o armazenamento prévio de produtos. O custo é reduzido pelo fato de que as compras só serão realizadas a partir de um pedido executado, não exigindo assim um espaço físico maior e oferecendo maior variedade de produtos. Porém, para isso você terá que
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trabalhar com um prazo de entrega maior e estará mais vulnerável ao fornecedor. b) Estoque compartilhado: consiste em manter um único estoque para lojas que existem tanto no varejo físico quanto no online. Dentro dessa opção o sistema também precisa ser unificado podendo gerar alguns transtornos principalmente para a loja online, já que o produto vendido precisar ser instantaneamente retirado do estoque a fim de garantir que o produto vendido ainda tenha em estoque. c) Estoque dedicado: o espaço físico é inteiramente dedicado a loja online e abastecido constantemente com os produtos mais procurados. Esse tipo de estoque trará uma despesa maior já que exige manutenção de equipamentos, de pessoal e de espaço ocupado.
A entrega das mercadorias pode ser própria, no caso de uma grande empresa,
ou
depender
de
serviços
terceirizados
como
os
Correios
ou
transportadoras. Os Correios ainda são a forma mais simples para realização da entrega dos produtos, porém existe limitação de tamanho e peso para a postagem e ainda existe o risco de paralizações em suas operações prejudicando a empresa de e-commerce, já nas transportadoras o problema de limitações de peso e tamanho são bem menores, porém para quem possui uma operação pequena, o custo é bem mais elevado. (VERGANI, 2013) Ainda sobre a forma de entrega dos produtos, Anselmo diz que: Também é possível inovar na hora de entregar sua mercadoria. Muitas lojas disponibilizam a entrega expressa na região próxima ao seu centro de distribuição, realizando-a através de motoboy ou veículo próprio. A opção de retirada na loja também pode ser uma alternativa, na qual o comprador realiza toda a transação financeira pelo site e retira a mercadoria no espaço físico. Em vendas com o perfil B2B (empresa para empresa), é possível também utilizar a função na loja virtual de transportadora a cobrar, na qual a empresa de transporte escolhida pelo comprador retira a encomenda negociada (2017).
O backoffice é a gestão interna da operação que irá garantir que os processos sejam executados da melhor forma fim de acompanhar o crescimento e desenvolvimento da mesma. Um bom sistema de backoffice deve emitir, gerenciar e baixar boletos bancários, realizar a análise de risco, ser multicanal, ter a opção de gerenciar o frete automaticamente, gerenciar preços, especificações técnicas e
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detalhadas dos produtos, realizar a gestão de armazéns, ter opções de controle e gestão de prazos de validade, lista de desejos e etc. (ANSELMO, 2017) O fluxo de pedidos feitos dentro de uma loja online segue algumas etapas descritas na figura 1:
FIGURA 1: FLUXO DE PEDIDOS (APADI)
FONTE: Guia de e-Commerce APADI (2017)
Outro ponto que deve ser levado em consideração é o chamado logística reversa. Isso quer dizer que o produto pode ser devolvido por defeito ou insatisfação do cliente sem custo adicional, no entanto a maior parte das transportadoras oferece este serviço. Esse produto deve voltar para o estoque para que seja efetuado o cancelamento do documento fiscal emitido. (APADI, 2013)
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2.1.5 O Financeiro e Segurança do E-Commerce
É de extrema importância que a plataforma de e-commerce tenha o sistema de faturamento automatizado para dar agilidade na liberação dos pedidos após o pagamento compensado pelo banco. (APADI, 2013) Existem três formas de receber pagamentos online: por intermediadores de pagamentos, que são os sistemas já existentes mais indicados para quem está começando o negócio de e-commerce, já que assumem o risco das fraudes e fazem adiantamentos dos valores para a empresa caso seja necessário, cobrando uma taxa fixa por cada transação e uma variável sobre o valor da venda; por gateways de pagamentos, que diferente dos intermediadores, cobram apenas uma taxa fixa por transação, porém o adiantamento é feito diretamente com as redes de adquirência (como Cielo e Redecard) e o antifraude deve ser contratado separadamente; e por integração direta com a adquirente, que exige que a empresa tenha um equipe que desenvolva e entenda de segurança, e toda a negociação de taxas é feito diretamente com o adquirente. (VERGANI, 2013) A segurança nas operações são um dos fatores que mais pesam na decisão do cliente de fechar uma compra. Para que o varejista conquiste a confiança do seu público, ele precisa garantir a confidencialidade das informações do cliente, a integridade e a disponibilidade dessas informações garantindo que elas mantenham suas características e que seja de uso apenas para os usuários autorizados. (ANSELMO, 2017). Para que tenha segurança o e-commerce precisa ter uma boa estrutura e fazer investimentos que ajudam a garantir a segurança: a) Uma boa solução de pagamento pode melhorar a segurança pelo fato de que a empresa conta com profissionais especializados em segurança virtual, oferecendo análise de riscos e fraude; b) Selos de segurança dados as lojas por empresas especializadas no ramo, que cumprem uma série de requisitos; c) Certificados de segurança, como o SSL (Secure Sockets Layer), que permite com que o navegador do cliente estabeleça uma conexão autêntica e confiável com o site acessado, e impede por meio de criptografia, que uma pessoa mal-intencionada capture os dados da rede.
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d) Scanner de vulnerabilidade, que verifica quais pontos da loja existem falhas de segurança que deixam o site suscetível a ataques; e) Manter os dados na Nuvem, que pode ser mais seguro do que manter no próprio computador.
2.1.6 Marketing Digital
O marketing digital é responsável por anunciar e captar novos clientes para o e-commerce. Para isso existem algumas ferramentas de vendas, canais de divulgação e relacionamento e os canais institucionais que de forma direta ou indireta, fazem a promoção do produto ou serviço da loja virtual. (APADI, 2013) Existem alguns canais de marketing digital que são os meios em que os usuários interagem com a marca. Esses canais são: a) Tráfego Orgânico: sempre que o usuário busca algum termo no Google e acessa um determinado site. Para que o site esteja entre os primeiros do ranking, é preciso tempo e vários outros fatores valorizados pelo Google; b) Tráfego Direto: é considerado toda vez que um usuário digita a URL do seu site diretamente no navegador; c) Tráfego de Referência: vem através de outro site, como por exemplo produzindo conteúdo em parceria (entrevistas, materiais, postagens, etc) com influenciadores do seu ramo de atuação; d) E-mail: mensagens diretamente ao usuário; e) Mídia paga: publicidade em canais digitais como Google Adwords, Facebook Ads e LinkedIn Ads; f) Social: redes sociais como Facebook e Instagram.
Os canais de vendas são os links patrocinados, e-mail marketing e anúncios na mídia display, e cada um gera um resultado diferente de captação de clientes. Os links patrocinados são anúncios pagos para aparecerem no topo de uma lista ligada a alguma palavra-chave e é o canal que gera maior resultado para a empresa, pois o usuário já é um potencial comprador quando acessa um site de busca para encontrar algo no qual o gerou um desejo de compra. Como exemplo temos a figura 2, destacado em vermelho os links patrocinados:
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FIGURA 2: LINKS PATROCINADOS
FONTE: Guia de e-Commerce APADI (2017)
Para realizar uma campanha com Links Patrocinados é importante que se tenha um planejamento de para obter a palavra-chave que tenha maior relevância com o seu público alvo. Os custos dos anúncios podem variar de acordo com a concorrência e são cobrados por cliques e a palavra-chave é vendida através de leilão. (APADI, 2013). O E-mail marketing é a melhor forma de relacionamento com o cliente e tem como objetivo a divulgação de uma marca, produto, serviço ou informações. No entanto para que seja uma ferramenta eficiente é preciso conhecer as regras do mercado (consultadas na Associação Brasileira de Marketing Direto), evitando que o mesmo caia em caixa de spam e seu investimento seja desperdiçado. Um e-mail atrativo pode determinar o engajamento (leitura ou clique no e-mail) do consumidor, caso não haja esse engajamento por meses, esse e-mail também começa a ser jogado na caixa de spam. (APADI, 2013) Segundo a Associação supracitada: a) Agilidade: com as ferramentas certas, a informação chega a vários clientes em minutos; b) Mensurabilidade: com ferramentas especializadas no envio dos e-mais, oferecem relatórios indicativos de clientes que visualizam as mensagens,
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taxa de cliques, conversão, querem ou não receber as mensagens, entre outras informações; c) Segmentação: é ideal para direcionar as mensagens para cada grupo específico de clientes; d) Interatividade: possibilita o cliente de se relacionar com a página, responder a mensagem ou se desvincular da lista de envio; e) Resposta: uma das grandes vantagens, pois o custo é relativamente baixo para o índice de retorno que a campanha oferece.
A mídia display são os anúncios feitos dentro de sites, blogs e portais. Os anúncios podem ser tanto um banner quanto um vídeo e normalmente são redirecionados para sites que tenham palavras-chave relacionadas com as do grupo de palavras-chave criado para o anuncio em questão. (APADI, 2013) Anúncios de display são disponibilizados em sites de conteúdos que tenham a ver com a oferta da marca e não em sistemas de busca como o google, e não estão limitadas pela intenção de compra especifico de um produto ou serviço. Como exemplifica Gil (2015), “Se você vende bicicletas pela internet, seus anúncios de display podem aparecer em sites de notícias para ciclistas, por exemplo, o que expõe seu negócio a uma audiência totalmente nova e coloca sua marca em um ponto mais alto do funil de compra”. Os custos dos anúncios podem ser no esquema “custo por clique” ou “custo por aquisição”, isso significa que o contratante só pagará pelo anúncio quando alguém clicar ou tiver alguma interação nesse anúncio. Outra vantagem é que o contratante consegue ter dados sobre o site em que anunciou, como o número de page views e perfil da audiência, trazendo assim maior resultado com um custo acessível. (GIL, 2015) O retargeting é uma ferramenta que permite com que o anunciante tagueie visitantes que chegam até a sua página através de um anúncio, mas que não tomaram nenhuma atitude específica, podendo assim enviar ofertas especiais para esses visitantes enquanto navegam pela internet, gerando uma possível conversão para uma primeira compra em seu site. “O retargeting é uma ferramenta altamente efetiva que pode ser utilizada para reduzir o abandono de carrinhos ou aumentar o número de leads de seu website” diz Gil (2015).
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Os canais de relacionamento são as mídias sociais como Facebook, blogs proprietários (blogger e wordpress) e twitter por exemplo, e a divulgação nesses canais obedecem uma mecânica própria e mais sutil. O social media marketing tem como objetivo criar laço de relacionamento com os clientes em potencial para então introduzir a mensagem publicitária. Uma das grandes vantagens é a chance de aproximação do público alvo de forma mais pessoal e segmentada, conhecendo suas necessidades e fazendo com que a criação da estratégia seja feita de forma mais eficiente. Já os canais de divulgação são os blogs de terceiros, mídias verticais ou especializadas, portais e rede de afiliados. (APADI, 2013) Dentro dos canais institucionais o que se destaca é o selo de segurança digital, que é um certificado que garante a transparência das informações sobre o ecommerce, passando credibilidade ao consumidor, e gerando um relatório para que a loja virtual acompanhe o grau de satisfação de seus clientes. (APADI, 2013)
2.2 MODELO DE NEGÓCIO
Modelo de negócio é a descrição das várias partes e funções de um sistema de forma organizada. Um modelo de negócio tem a necessidade de se tornar claro e objetivo para a compreensão de todos para assim facilitar a discussão a fim de que se permita criar novas estratégias para o negócio. Segundo Osterwalder (2011, p. 8) “Um modelo de negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.” A diferença entre modelo de negócio e plano de negócio, segundo o SEBRAE é: O modelo descreve a lógica de criação do negócio, quer dizer, mostra que o raciocínio e a interconexão das partes fazem sentido. Nesse ponto, deverá ser muito bem explorada a questão da entrega e captura de valor. A entrega diz respeito à forma de recebimento da oferta pelo cliente e a captura do valor refere-se à possibilidade de receber o retorno de como o cliente está percebendo o que está sendo entregue. Já o plano de negócios descreve a forma como o negócio será construído, com etapas, prazos, planilhas de custos, receitas etc. (2013, p.12)
O Quadro é uma ferramenta utilizada para a construção de um modelo de negócio. Os diferenciais dessas ferramentas de acordo com o SEBRAE (2013) são:
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a) Pensamento visual: no quadro é utilizado desenhos para a representação das ideias, fazendo com que seja fácil a comparação das relações existentes nos diversos blocos, o que nos traz maior clareza do negócio como um todo; b) Visão sistêmica: é possível fazer uma relação rápida entre os nove blocos; c) Cocriação: permite com que pessoas de diferentes hierarquias e conhecimentos,
se
envolvam
no
negócio
de
forma
participativa,
contribuindo para que se torne um negócio mais inovador; d) Simplicidade e aplicabilidade: o quadro apresenta as ideias em menor tempo e com maior clareza, dando a chance para verificação e correção de forma mais prática, e ainda com a possibilidade de descobrir alguns elos entre os blocos que dificilmente seriam vistos em um texto.
2.2.1 O quadro
O quadro é uma ferramenta de criação que facilita a visualização em blocos, das respostas para as frequentes perguntas de quem está começando ou atualizando um negócio. Essas perguntas são: Vou fazer o que?; Para quem vou fazer?; Como vou fazer?; e Quanto vai custar? Segue figura 3 disponibilizada pelo SEBRAE:
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FIGURA 3: O QUADRO
FONTE: SEBRAE (2013)
2.2.2 O que? No bloco “O que?”, temos a definição de proposta de valor, que descreve o pacote de serviços e produtos a fim de criar um valor para um grupo específico de clientes. Segundo Osterwalder: A proposta de valor é o motivo pelo qual os clientes escolhem uma empresa ou outra. Ela resolve um problema ou satisfaz uma necessidade do consumidor. Cada Proposta de valor é um pacote específico que supre as exigências de um segmento de clientes específicos. Nesse sentido, a proposta de valor é uma agregação ou conjunto de benefícios que uma empresa oferece aos clientes. Algumas propostas de valor podem representar uma oferta inovadora. Outras podem ser similares a outras já existentes no mercado, mas com características e atributos adicionais. (2011, p. 22)
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FIGURA 4: TIPOS DE PROPOSTA DE VALOR
FONTE: SEBRAE (2013)
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2.2.3 Para quem? No bloco “Para quem?” é a hora de conectar a proposta de valor com o segmento de clientes, com os canais de entrega do produto e o relacionamento com o cliente. De acordo com Osterwalder o segmento de clientes é definido: Os clientes são âmago de qualquer modelo de negócios. Sem clientes, nenhuma empresa pode sobreviver por muito tempo. Para melhor satisfazêlos, uma empresa precisa agrupa-los em segmentos distinto, cada qual com necessidades comuns, comportamentos comuns, e outros atributos comuns. Um modelo de negócios pode definir um ou vários segmentos, pequenos ou grandes. A organização deve tomar uma decisão consciente sobre quais segmentos servir e quais ignorar. Uma vez tomada a decisão, um modelo de negócio pode ser melhor projetado já com a compreensão das necessidades de clientes específicos. (2011, p. 20)
A figura 5 explica os vários tipos de segmentação de clientes segundo o SEBRAE:
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FIGURA 5: TIPOS DE SEGMENTAÇÃO DE CLIENTES
FONTE: SEBRAE (2013)
Os canais, que são a forma em que seus produtos ou serviços chegarão até o cliente, podem ser operados pelo próprio empreendedor ou através de parceiros de forma direta ou indireta. Osterwalder (2011, p. 26) diz que “Canais de comunicação, distribuição e venda compõem a interface da empresa com os clientes. Os canais são o ponto de contato dos clientes e desempenham um importante papel na sua experiência geral”. A figura 6 está mostrando os formatos de canais, segundo SEBRAE:
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FIGURA 6: TIPOS DE CANAIS
FONTE: SEBRAE (2013)
É função de cada empresa definir que tipo de relacionamento quer estabelecer com cada segmento de cliente, como cada uma irá conquistar e manter seus clientes a fim de ampliar suas vendas. Segundo Osterwalder (2011, p. 28) “O relacionamento com o cliente utilizado pelo modelo de negócios de uma empresa influencia profundamente a experiência geral de cada cliente”. Na figura 7 o SEBRAE resume alguns tipos de relacionamentos:
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FIGURA 7: TIPOS DE RELACIONAMENTO
FONTE: SEBRAE (2013)
2.2.4 Quanto e como?
Todo negócio precisa gerar dinheiro, logo cada empresa precisa descobrir como cobrar por seus produtos e serviços de forma que o valor cobrado possua uma relação direta com sua proposta de valor. Na visão de Osterwalder: Se o cliente é o coração do modelo de negócios, o componente fontes de receita é a rede de artérias. Uma empresa deve se perguntar: que valor cada segmento de clientes está realmente disposto a pagar? Responder com sucesso a essa pergunta permite que a firma gere uma ou mais fontes de receita para cada segmento. Cada uma pode ter mecanismos de precificação diferentes, como uma lista fixa, promoções, leilões,
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dependência de mercado, dependência de volume ou gerenciamento de produção. (2011, p. 30)
A figura 8 mostra os tipos de receitas, segundo SEBRAE:
FIGURA 8: TIPOS DE RECEITAS
FONTE: Em: SEBRAE (2013)
Todo negócio precisa também de uma estrutura. Os recursos principais são descritos como o mais importante para fazer um modelo de negócio funcionar, e eles podem ser físicos, financeiros, intelectuais ou humanos. Osterwalder explica que: Cada modelo de negócios requer recursos principais. Eles permitem que uma empresa crie e ofereça sua proposta de valor, alcance mercados, mantenha relacionamentos com os segmentos de cliente e obtenha receita. Diferentes recursos principais são necessários dependendo do modelo de negócios. Um fabricante de microchip requer fábricas de capital intensivo, enquanto um projetista de microchip se concentra mais nos recursos humanos. (2011, p. 34)
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A figura 9 explica a diferença entre os recursos principais, segundo SEBRAE:
FIGURA 9: TIPOS DE RECURSOS PRINCIPAIS
FONTE: SEBRAE (2013)
As atividades principais ou atividades-chave descrevem o conjunto de ações que a empresa deve desenvolvem para fazer o modelo de negócios funcionar. Osterwalder descreve da seguinte maneira: Todo modelo de negócios pede por um número de atividade-chave. São as ações mais importantes que uma empresa deve executar para operar com sucesso. Assim como os recursos principais, elas são necessárias para criar e oferecer a proposta de valor, alcançar mercados, manter relacionamento com o cliente e gerar renda. E, assim como os recursos principais, as atividades-chave se diferenciam dependendo do tipo de modelo de negócios. (2011, p. 36)
A figura 10 mostra os tipos de atividades principais de uma empresa, segundo SEBRAE:
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FIGURA 10: TIPOS DE ATIVIDADES PRINCIPAIS
FONTE: SEBRAE (2013)
Para Osterwalder (2011, p. 38) “As parcerias vêm se tornando uma peça fundamental em muitos modelos de negócios. Empresas criam alianças para otimizar seus modelos, reduzir riscos ou adquirir recursos”. São quatro tipos diferentes de parcerias: a) Alianças estratégicas entre não competidores; b) Coopetição: parcerias estratégicas entre concorrentes; c) Joint ventures para desenvolver novos negócios; d) Relação comprador-fornecedor para garantir suprimentos confiáveis.
A figura 11 mostra os tipos de parcerias principais segundo o SEBRAE:
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FIGURA 11: TIPOS DE PARCERIAS PRINCIPAIS
FONTE: SEBRAE (2013)
Depois de definir e conhecer bem o modelo de negócio de acordo com a proposta de valor, é a hora de saber o quanto vai custar criar e manter toda a estrutura. Osterwalder define a estrutura de custo como: Este componente descreve os custos mais importantes envolvidos na operação de um modelo de negócios específico. Criar e oferecer valor, manter o relacionamento com clientes e gerar receita incorrem em custos. Tais custos podem ser calculados com relativa facilidade depois de definidos os recursos principais. Alguns modelos de negócios, entretanto, são mais direcionados pelos custos que outros. As linhas aéreas ‘econômicas’, por exemplo, têm construído modelos de negócios inteiramente baseados em estruturas de baixo custo. (2011, p. 40)
A figura 12 mostra os tipos de custos envolvidos no negócio, segundo SEBRAE (2013):
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FIGURA 12: ESTRUTURA DE CUSTOS
FONTE: SEBRAE (2013)
2.2.5 Modelo De Negócios Na Moda
O ponto de partida para um planejamento de um negócio é, principalmente, ter muito bem definido a proposta de valor, ou seja, missão, visão e os valores, e ela deve ser validada ao longo de toda a existência da empresa. (SEBRAE, 2014) As definições de missão, visão e valores são: a) Missão: é a razão de ser do negócio e pode ser alterada com o tempo; b) Visão: é onde a empresa deseja chegar num determinado período de tempo. É o conjunto de objetivos a conquistar; c) Valores: é o conjunto de atitudes, comportamentos e resultado que devem estar representadas nos funcionários e na relação da empresa com os clientes e parceiros.
Para a construção desse trio, o primeiro passo é definir a missão da empresa, com objetivos claros a fim de traçar uma estratégia de crescimento. O segundo
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passo é definir a visão da empresa, ou seja, traçar objetivos a alcançar de curto e longo prazo (É fundamental que se tenham indicadores e metas). E por último, o terceiro passo é definir os valores (princípios) que serão como um guia para o comportamento de toda a organização. (SEBRAE, 2014) As figuras 14 e 15 mostram exemplos de negócios de moda, de acordo com o SEBRAE (2014):
FIGURA 13: NEGÓCIOS DE MODA - INFANTIL
FONTE: SEBRAE (2014)
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FIGURA 14: NEGÓCIOS DE MODA – MARCA ECOLÓGICA
FONTE: SEBRAE (2014)
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3 SUMÁRIO EXECUTIVO
3.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO
Analisando a evolução do mercado infantil e do varejo online, a proposta de se criar uma loja de acessórios infantis voltada ao e-commerce tem como público alvo mães ligadas em moda. Este nicho de mercado tem como característica a busca constante do que há de novo com a necessidade de encontrar tudo em um só lugar. A loja online terá como principal atividade a compra de acessórios infantis de fornecedores, a revenda através de um site para o consumidor final e a entrega dos produtos através dos Correios para todo o Brasil. Dentro desse nicho será oferecida uma extensa linha de produtos como babadores, toalhas divertidas, sacos de dormir, pantufas, Bodys, boinas, gravatas, suspensórios, bolsas, mochilas, chapéus, óculos de sol, gorros, luvas, cachecol, meias ¾, meia-calça, guarda-chuva, galocha, capa de chuva, maiôs, biquínis, fantasias, faixas, tiaras, headband, laços e presilhas. Sua sede estará localizada em Curitiba – Paraná, o investimento inicial será de R$ 60.000,00 e a previsão de faturamento é de aproximadamente R$ 60.000,00 por mês. A estimativa de lucro gira em torno de R$ 10.000,00 e o retorno do investimento está previsto para um ano e dois meses se tornando um negócio interessante para o cenário atual, tendo em vista o modelo de negócio proposto.
3.2 DADOS DO EMPREENDIMENTO • Razão social: LTJ comercial (Eireli) • Setor de atividade: Comércio • Constituição jurídica: Empresário individual • Enquadramento tributário: regime simples • Capital social: R$ 60.000,00 – Participação 100% -> Liana T Jasper
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3.3 DADOS DOS EMPREENDEDORES, PERFIS E ATRIBUIÇÕES
A empreendedora, Liana Teixeira Jasper, 32 anos, residente na cidade de Curitiba – PR, estudante do curso Design de Moda no SENAI – PR e responsável pela implantação do e-commerce tem quatorze anos de experiência no varejo de moda, sendo três anos no varejo de moda infantil. Nesse período em que esteve em contato com o mercado infantil, gerenciando e comprando produtos para uma loja física localizada em um shopping de Curitiba, pôde observar através dos atendimentos aos clientes da loja, a carência na oferta de acessórios infantis e uma grande demanda em busca desses produtos. Assim surgiu a ideia de abrir um ecommerce de acessórios infantis para suprir a necessidade desse nicho especifico. Terá como função dentro da empresa realizar as compras dos produtos, elaborar o plano de comunicação e marketing, planejar política de preços e promoções, administrar e coordenar a equipe.
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4 MODELO DE NEGÓCIO
4.1 ANÁLISE DE TENDÊNCIA DE MERCADO
O mercado de moda infantil vem crescendo mesmo com a crise econômica. Segundo dados da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário), a produção do setor cresceu 6% em 2016, enquanto a confecção para adultos teve queda de 9,8% no mesmo período. A importação de roupas e calçados, que fez aumentar a concorrência e a variedade de oferta, a mudança no comportamento das mães e das crianças, a expansão do poder de consumo e entre outros fatores, aceleraram o crescimento desse mercado. O comércio eletrônico também tem uma grande parcela no crescimento da moda infantil em todo o país. Segundo o e-bit, consultoria de varejo online, moda é a categoria com maior volume, e roupas e acessórios são o primeiro item do carrinho. Como exemplo de negócio online temos a Tricae, fundada pelo engenheiro Wilson Ciminio e pela administradora Juliana Mader Duarte. A Tricae veio com a ideia de reunir uma grande quantidade de produtos e fornecedores em um mesmo site, e conta com um catálogo virtual de mais de 6500 produtos de vestuário de 300 fabricantes. Diariamente saem do seu centro de distribuição cerca de 40 caminhões carregados de roupas e sapatos infantis para várias partes do país. “Já entregamos produtos em mais de 80% das 5565 cidades brasileiras”, diz Ciminio. (MODA INFANTO-JUVENIL..., 2014) Atualmente as crianças têm participação direta na decisão de compra e para acompanhar o mercado crescente e atender os pais jovens e filhos decididos, várias empresas precisaram se reposicionar, mudando tecidos e modelagens, arquitetura das lojas, investir em e-commerce e redes sociais. “Mesmo crianças de 3 anos têm informação de moda, seja pela TV, tablet e o que elas veem no amigo, e influenciam na compra”, diz Laura Nóbrega, coordenadora do curso de Moda da FMU/Fiam Faam. (SOARES, 2017) Segundo Sebrae (2015) “O comportamento do consumidor é traçado pelas características do ambiente em que ele vive. Além dos fatores individuais, as mudanças geográficas, demográficas e econômicas, influenciam as suas atitudes bem como no processo de decisão de compra”. As mudanças ocorridas na dinâmica
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das famílias, fez com que os casais tivessem menos filhos, podendo assim atender as necessidades individuais de consumo da criança, ocasionando assim na compra de produtos com valores mais altos e de maior qualidade. O comportamento de consumo das crianças varia conforme a faixa etária. Crianças entre 0 e 6 anos preferem produtos que lhe dizem respeito diretamente, entre 7 a 11 anos os centros de interesse se ampliam e tendem a preferir produtos que lhe são familiares e crianças entre 12 a 14 anos focam em centros de interesse mais específicos. (SEBRAE, 2015) Resumidamente o comportamento de consumo segue: a) 0 a 2 anos: mais rejeição do que solicitação sobre brinquedos e comidas oferecidos; b) 2 a 4 anos: primeiras solicitações em relação a roupas, livros e discos; c) 4 a 6 anos: as preferências são mais acentuadas; d) 7 a 8 anos: Os pedidos são mais preciosos e cada vez mais orientados para os produtos familiares utilizados; e) 9 a 11 anos: compras familiares como automóvel, férias ou equipamentos, e surgimento de desejos por produtos para adultos; f) 12 a 14 anos: seu universo se reorganiza em torno de especialidades, seja de produtos digitais, carros, motos ou moda e acessórios.
Após entrevistadas algumas mães entre 30 e 40 anos, com filhos entre 1 e 10 anos, foi observado que a busca por produtos de moda para as crianças é constante, através de lojas online, redes sociais e principalmente de forma tradicional como a de loja em loja. A principal procura das mães é pelo vestuário, pelo fato de que a criança está em constante crescimento, e junto do vestuário normalmente buscam acessórios que completem o look. Segundo as mães entrevistadas existe uma grande dificuldade em encontrar acessórios infantis em lojas físicas e até mesmo na internet. O relato dessas mães é de que a variedade de opções é limitada e que geralmente compram em função da necessidade e não necessariamente pela atratividade e disponibilidade dos acessórios nas lojas. Quando realmente precisam de algo diferenciado para alguma ocasião específica, como por exemplo um casamento, normalmente fazem encomendas com artesãs locais.
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A opinião dessas mães é de que não tem no varejo nacional acessórios diferenciados e quando encontram normalmente é importado e o preço é alto. Entre os acessórios mais procurados estão as gravatas, chapéus e bonés, cintos, acessórios de cabelo, bolsas, cachecol, luvas, meia-calça, meias ¾, capa de chuva e guarda-chuva. Uma análise feita com a ferramenta de busca do Google, mostra que os acessórios infantis ainda são pouco comercializados através de e-commerce. Existem algumas lojas online especializadas no mercado infantil, focada em vestuário, porém com pouca variedade de acessórios. Segue tabela com os principais e-commerce de produtos infantis, sugerido (primeira página) pela ferramenta de busca Google:
TABELA 1: PRINCIPAIS E-COMMERCES INFANTIS LOJA
PRODUTO
TIPOS ACESSÓRIOS
PRINCIPAL www.boutiqueinfantil.com.br
Vestuário
OBSERVAÇÃO: no site aparece na opção
Banheira, mamadeira, copo, acessórios de alimentação e carrinho de bebê
ACESSÓRIOS, faixas, laços e óculos de sol porém não tem nenhum desses produtos
www.meninadelaço.com.br
Acessórios
OBSERVAÇÃO: no site aparece a opção
menina
Acessórios para cabelo
DEMAIS DEPARTAMENTOS que constam com poucos produtos
www.heredita.com.br
Acessórios
OBSERVAÇÃO: Acessórios com apelo religioso
menina
www.acessoriosmariachica.com.br
Acessórios
OBSERVAÇÃO: no site consta apenas cinco
menina
Acessórios para cabelo e pulseiras
Acessórios para cabelo e bolsas
opções de bolsas
www.tricae.com.br
Vestuário
OBSERVAÇÃO: opções variadas de acessórios
Bonés, capas de chuva, acessórios para cabelo, cintos, óculos de sol, relógio...
para meninas e meninos
www.domanikids.com.br
Vestuário
OBSERVAÇÃO: apenas acessórios de
Enxoval, chupeta, mamadeira, copo e carrinho de bebê
utilidades para bebê
www.roanaacessorios.com.br
Acessórios
Acessórios para cabelo, bolsas e linha
OBSERVAÇÃO: acessório de menino apenas
menina
baby com 10 modelos de kit
Acessórios
Acessórios para cabelo
na linha baby
www.lacaroty.com.br
menina
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Analisando o varejo infantil, os consumidores e a oferta de acessórios, é possível identificar que dentro deste nicho específico de mercado existe uma demanda com espaço para investimento: ofertar uma variedade maior de produtos com acessibilidade adequada ao alcance do público alvo é uma oportunidade de negócio.
4.2 DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE NEGÓCIO
Para o desenvolvimento do modelo de negócio foi adotada a metodologia CANVAS que abrange os seguintes tópicos: • Proposta de valor • Segmentos de clientes • Relacionamento com clientes • Canais • Fluxo de receitas • Estrutura de custos • Parcerias principais • Atividades principais • Recursos principais
O modelo de negócio para o e-commerce de acessórios infantis foi pensado para mães de crianças entre 0 a 10 anos que estão constantemente conectadas ao mundo virtual e buscam facilidade ao comprar os produtos para os filhos e variedade através de uma loja online ou aplicativo. O relacionamento com essas mães que normalmente tem o dia a dia corrido é feito online através de e-mail e chats. As principais atividades desse e-commerce é comprar produtos diferenciados de fornecedores e revender no varejo online, sendo essa a principal fonte de receita. Para isso são necessários alguns recursos como o desenvolvimento da plataforma online, programadores, fotógrafos, estoque e capital de giro. No quadro a seguir foi estruturado, portanto o modelo de negócio do ecommerce de acessórios infantis:
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TABELA 2: O QUADRO – E-COMMERCE INFANTIL RELACIONAMENTO PARCERIAS PRINCIPAIS ATIVIDADES PRINCIPAIS PROPOSTA DE VALOR COM CLIENTES SEGMENTOS DE CLIENTES Redes sociais Fornecedores Compras em atacado Facilidade Mães de crianças de 0 a 10 anos Lojas físicas infantis Revenda varejo Mulheres conectadas ao Variedade E-mail ambiente virtual via redes sociais Chat e comercio online RECURSOS PRINCIPAIS CANAIS Plataforma online Programador
Site Aplicativo
Fotógrafo Assistente administrativo Capital de giro Financiamento Insumos Marketing Estoque ESTRUTURA DE CUSTOS Técnico em informática Fotógrafo Marketing digital Fornecedores Custos indiretos (taxas cartões, softwares...)
FONTES DE RECEITA Produtos
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4.3 VISÃO E MISSÃO
4.3.1 Missão
Entregar o produto desejado com maior agilidade, atendendo as expectativas e necessidades das mães dentro do mercado de acessórios infantis.
4.3.2 Visão
Ser a principal referência de loja online de acessórios infantis no Brasil, sendo considerada uma das dez empresas mais influentes e valorizada do mercado infantil em até cinco anos.
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5 PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO
5.1 ESTUDO DOS CONCORRENTES
A maior parte das lojas online infantis são lojas de vestuário e poucas apresentam uma grande variedade de acessórios. Os principais e-commerces infantis são a Dafiti e a Tricae. Marcas especializadas em acessórios infantis ainda que não sejam de referência nem amplamente conhecidas são a Laçaroty e Menina de Laço que acabam se destacando devido a escassez de grandes marcas nesse segmento. A Dafiti e a Tricae são e-commerces de vestuário com grande variedade de produtos. São marcas conhecidas e bem aceitas pelos consumidores, porém contam com poucas opções de acessórios para complementar seus produtos de venda.
A Laçaroty e a Menina de Laço são e-commerce especializadas em
acessórios para meninas e específicos para os cabelos, ou seja, não entrega variedade. Os preços desses e-commerces variam muito, segue alguns exemplos: a) Dafiti: Bolsas entre R$19,90 e R$159,90; Bonés e chapéu R$15,90 e R$139,90; Gorro, luva e cachecol R$5,90 e R$79,90; Cintos e suspensórios R$12,90 e R$89,90 e óculos de sol entre R$34,90 e R$258,00; b) Tricae: Bolsas entre R$19,90 e R$199,90; Bonés e chapéu R$15,90 e R$99,90; Gorro, luva e cachecol R$5,90 e R$59,90; Cintos R$12,90 e R$89,90; Capas e guarda-chuva R$59,90 e 239,90; óculos de sol R$34,00 e R$410,00; Laços e tiaras R$14,90 e R$59,90; c) Laçaroty: Laços entre R$10,00 e R$35,00 e tiaras entre R$22,00 e R$39,00 d) Menina de Laço: Laços entre R$8,00 e R$32,90 e Tiaras e faixas entre R$6,0 e R$43,90 Também podemos encontrar uma forte concorrência nas redes sociais através de sacoleiras e artesãs que normalmente anunciam seus produtos em redes sociais como Instagram e Facebook. Um dos pontos fortes de comprar através de sacoleiras é que elas conseguem ter os produtos a pronta entrega e normalmente vendem com valor abaixo de mercado por não ter os custos de uma venda formal, porém nem sempre há variedade ou produtos específicos. O ponto positivo de se comprar através de artesãs é que o produto é feito sob encomenda de acordo com o
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pedido do cliente, porém normalmente isso implica em um prazo de entrega maior e a variedade de produtos são limitadas.
5.2 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS
A loja virtual contará com produtos sazonais e produtos que estarão à venda o ano inteiro. As abas de produtos no site estarão dividas na seguinte forma: a) Hora da papinha: babadores com valores entre R$29,90 e R$39,90 b) Hora do banho: toalhas divertidas com valores entre R$79,90 e R$99,90 c) Hora do soninho: sacos de dormir com valores entre R$149,90 e R$199,90 e pantufas entre R$59,90 e R$89,90 d) Meu look: Bodys entre R$79,90 e R$139,90 e) Mini boy: boinas entre R$39,90 e R$59,90, gravatas entre R$29,90 e R$69,90 e suspensórios entre R$39,90 e R$79,90 f) Para passear: bolsas entre R$59,90 e R$89,90 e mochilas entre R$79,90 e R$129,90 g) Para o sol: chapéus entre R$49,90 e R$119,90 e óculos de sol entre R$89,90 e R$299,90 h) Para o frio: gorros entre R$39,90 e R$99,90, luvas entre R$29,90 e R$89,90 e cachecol entre R$39,90 e R$99,90 i) Pézinhos: meias ¾ entre R$39,90 e R$59,90 e meia-calça entre 39,90 e 89,90 j) Dia de chuva: guarda-chuva entre R$49,90 e R$69,90, galocha entre R$89,90 e R$129,90, capa de chuva entre R$99,90 e R$169,90 e casaco para chuva entre R$249,90 e R$299,90 k) Dia de praia: Maiôs e biquínis entre R$89,90 e R$189,90 l) Fantasias: entre R$69,90 e R$199,90 m)Mini glam: releituras de acessórios vintage entre R$69,90 e R$119,90 n) Flores do jardim: faixas e tiaras de flores entre R$39,90 e R$69,90 o) Headband: entre R$29,90 e R$89,90 p) Lacinhos: faixas e tiaras entre R$19,90 e R$49,90 q) Faixinhas: entre R$29,90 e R$49,90 r) Acessórios básicos para cabelos: entre R$9,90 e R$29,90
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5.3 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
Uma boa estratégia de comunicação é fundamental para o sucesso do negócio. Para que o e-commerce seja visto e conhecido, algumas ferramentas de mídia digital e propaganda foram listadas: a) Facebook promovendo a página com um custo de R$300,00 mensais; b) Instagram promovendo a página com um custo de R$500,00 mensais e lançar sorteios de vale compra c) Mídia digital como GoogleAd, Links patrocinados, Mídia Display e retargeting com um investimento mensal de R$600,00. d) E-mail marketing semanal com divulgações de coleções e promoções; e) Mandar produtos para blogueiras influentes no mundo infantil; f) Parcerias com lojas físicas de vestuário infantil, promovendo suas roupas no site através das composições dos looks nas fotos dos acessórios e, em contrapartida a loja física oferecer os acessórios do site; g) Embalagens
personalizadas
com
a
logotipo
do
site
e
tags
de
agradecimento pela compra.
5.4 ESTRATÉGIAS DE PREÇOS
A estratégia de preço será baseada no que normalmente é praticado no varejo de moda. Analisado constantemente o giro do produto, aquele que estiver a 15 dias sem venda terá um desconto de 20%, se ainda assim ficar mais 15 dias sem venda, terá 50% de desconto e ao final de cada coleção/estação este irá para os saldos com 70% de desconto. A cada mudança de coleção, feita duas vezes por ano, os produtos da coleção anterior irão entrar na promoção do site com 30, 40 e 50% de desconto.
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6 PLANO OPERACIONAL
O plano operacional descreve as metas e os objetivos de curto prazo do ecommerce, estabelece os processos que devem ser feitos para que esses objetivos sejam alcançados e permite com que os responsáveis possam acompanhar essas ações.
6.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO E/OU COMERCIALIZAÇÃO
O processo de comercialização será o de compra em atacado e revenda no varejo através do e-commerce com um MarkUp médio de 2.3. As compras acontecerão das seguintes formas: a) Rua 25 de março na cidade de São Paulo: Lá serão comprados os acessórios atemporais e também será uma fonte de reposição rápida caso precise. A compra será feita uma vez por mês no valor de R$10.000,00 b) AliExpress: Serão comprados os acessórios mais básicos e com menores preços para também montar alguns kits de venda. A compra será feita mensalmente no valor de R$5.000,00 c) E-Bay: compras mensais de R$5.000,00 de acessórios variados; d) Artesãs locais: algumas peças mais artesanais serão encomendadas mensalmente com uma artesã local no valor médio de pedido de R$500,00 e) Compra de atacado através de showroom de fornecedores importados e nacionais. As compras serão programadas totalizando R$30.000,00 a cada três meses.
A venda acontecerá através do site por meio de um cadastro inicial do cliente, a escolha dos seus produtos e por fim o pagamento dos produtos escolhidos mediante boleto bancário ou cartão de crédito. A plataforma de e-commerce contará com o sistema de faturamento automatizado para dar agilidade na liberação dos pedidos após o pagamento compensado pelo banco. O cliente não pagará pelo frete
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nas compras acima de R$250,00, porém se for a baixo desse valor o frete será cobrado junto aos produtos do carrinho. O cliente terá atendimento online através de chat, redes sociais e e-mail, caso ocorra algum problema ou dúvida na hora da compra e também receberá um email informando o passo a passo do seu pedido. Assim que o pagamento do pedido for aprovado, os produtos serão separados, embalados, a nota fiscal será emitida e por fim o pedido será entregue aos correios.
6.2 ESTUDO DE FORNECEDORES
Os fornecedores serão: a) Rua de 25 de março na cidade de São Paulo: lojas de acessórios que vendem em atacado e de reposição rápida. Produtos como laços, tiaras, bolsas, chapéus, gorros e luvas, com preço médio de R$15,00. b) AliExpress: Compra feita através do site. Os produtos são os acessórios de cabelo, biquínis, cintos, bolsas, meias, babadores, suspensórios, gorros, bonés, cachecóis, luvas e gravatas, com preço médio de R$15,00. c) EBay: Compra feita através do site. Os produtos são os acessórios de cabelo, cintos, bolsas, mochilas, meias, pantufas, suspensórios, gorros, bonés, cachecóis, luvas e gravatas, guarda-chuva com preço médio de R$25,00. d) Kidorable: Marca importada com distribuidor localizado no Rio de Janeiro. Seus produtos são as capas de chuva, galochas, guarda-chuva, toalhas de banho, luvas, gorros e cachecóis, com preço médio de R$50,00 e) Etsy: Site de produtos feitos a mão com valor médio de R$70,00 f) SammyDress: Loja online com produtos como acessórios de cabelo, bodys, sacos de dormir e pijamas, com valor médio de R$30,00 g) Tamanho de Gente: Marca nacional de biquíni infantil com valor médio de R$60,00 h) Ray Ban: Marca de óculos de sol com valor médio de R$120,00 i) Artesãs locais: acessórios para cabelo com valor médio de R$15,00
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6.3 CAPITAL HUMANO
O capital humano necessário para começar o negócio conta com 3 (três) pessoas em período integral e 2 (dois) profissionais terceirizados para funções mensais. O trabalho interno em período integral contará com uma pessoa para fazer o trabalho administrativo e as compras, com salário de R$3.000,00; uma pessoa para o relacionamento com cliente através de chat e e-mail e separação de pedidos, com salário de R$1.500,00; e uma pessoa para fazer toda a parte de informática com o salário de R$1.500,00. Os serviços terceirizados contarão com um fotógrafo mensalmente para realização das fotos do site e com um programador para dar assistência e manutenção do site.
6.4 LOCALIZAÇÃO DO NEGÓCIO
A locação da sala comercial terá um custo de R$800,00 mensais, mais condomínio de R$500,00 mensais. A sala está localizada na Avenida Cândido Hartmann, Champagnat em Curitiba e tem 76 metros quadrados de área total, o que será suficiente para armazenar o estoque. A estrutura física do e-commerce será de 3 computadores e mais capital humano.
6.5 CAPACIDADE COMERCIAL
A loja online terá uma capacidade comercial de receber e enviar 64 pedidos por dia, totalizando 1.408 pedidos mensais com a estrutura considerada. Como a taxa de conversão de um e-commerce no Brasil é em média apenas 1,5%, a capacidade proposta para a abertura desse e-commerce é suficiente para o início das operações.
6.6 OBJETIVOS, METAS E PLANO DE AÇÃO
A meta inicial é vender R$60.000,00 por mês, a ser atingido após 12 meses do início da operação. Espera-se um preço médio de R$80,00 por peça, o P.A (peças por atendimento) de 2,5 e com venda média de R$200,00. Para isso é
51
necessário um fluxo de 20.000 pessoas mensais visitando o site para que 1,5% seja convertido em 300 vendas, já que essa é a taxa de conversão estimada para lojas online no Brasil. O principal plano de ação para o e-commerce é investir em marketing digital para que se ganhe visibilidade. Para isso serão realizados alguns investimentos iniciais: a) Facebook promovendo a página com um custo de R$330,00 mensais com uma estimativa de alcance de 12.000 a 30.000 pessoas b) Instagram promovendo a página com um custo de R$250,00 mensais com estimativa de alcance de 9.000 a 22.000 pessoas. Lançar sorteios quinzenais de vale compra de R$50,00. c) Mídia digital como GoogleAd e Links patrocinados por R$600,00 mensais, Mídia Display e retargeting por 400,00 mensais d) E-mail marketing semanal com divulgações de coleções e promoções que com até 2.000 assinantes é grátis e a partir disso é pago por cliques, por exemplo, 10 e-mails mensais para 10.000 assinantes, o resultado será de 3.300 cliques a R$0,07/clique. O investimento seria de R$231,00 mensais. e) Mandar um kit de produtos no valor de R$500,00 para cada blogueira influente no mundo infantil como a Zayra Mariany que tem 84,5 mil seguidores, DudinhaYamazaki com 72,5 mil seguidores e Hylanna Campos com 23 mil seguidores f) Parcerias com lojas físicas de vestuário infantil, promovendo suas roupas no site através das composições dos looks nas fotos dos acessórios e, em contrapartida a loja física oferecer os acessórios do site; g) Embalagens personalizadas com a logomarca do site no valor de R$2,50 cada e tags de agradecimento pela compra no valor de R$0,50 cada.
52
7 ANÁLISE DE VIABILIDADE
7.1 ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO TOTAL
TABELA 3: INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS Móveis e Utensílios 3 mesas de computadores 3 cadeiras de escritorio 5 Estante para estoque Mesa grande
1.750,00 17% 500,00 450,00 500,00 300,00
10,0%
Computadores e softwares 3 computadores programador
7.500,00 73% 4.500,00 3.000,00
20,0%
Licenciamentos, Taxas de Franquia
-
0%
0,0%
Veículos
-
0%
10,0%
Outros Fotógrafo para primeiro catálogo de produtos
Total de Investimentos
1.000,00 10% 1.000,00
10,0%
10.250,00
* - Percentual de depreciação por grupo.
Observação: o estoque inicial não está incluído no investimento, mas contabilizado na necessidade de capital de giro do negócio.
53
7.2 ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL DA EMPRESA
TABELA 4: FATURAMENTO MENSAL
54
7.3 ESTIMATIVA DE CUSTOS FIXOS
TABELA 5: CUSTOS FIXOS DESPESAS MENSAIS Discriminação
Valor R$
Mão-de-Obra + Encargos
4.126,79
Retirada dos Sócios (Pró-Labore)
3.330,00
Água Luz
200,00
Telefone
200,00
Contador
600,00
Despesas com Veículos Material de Expediente e Consumo
100,00
Aluguel
800,00
Seguros Propaganda e Publicidade
2.500,00
Depreciação Mensal
147,92
Manutenção Condomínio
500,00
Despesas de Viagem
500,00
Serviços de Terceiros Ônibus e Táxis Outros
5.200,00
Hospedagem
300,00
Sistema de ecommerce
100,00
Orçamento para promoções*
3.000,00
Fotografos
500,00
Embalagens
900,00
Outras despesas
300,00
Despesas bancárias
100,00
TOTAL
18.204,70
55
7.4 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
TABELA 6: DRE Demonstrativo de Resultados DISCRIMINAÇÃO
VALOR R$
%
1. Receita Total
60.500,00
100,00%
Vendas (à vista)
30.250,00
50,00%
Vendas (a prazo)
30.250,00
50,00%
31.041,78 25.300,00
51,31% 41,82%
6,99%
4.229,28
6,99%
0,13%
75,63
0,13%
0,00
0,00%
1.436,88
2,38%
3. Margem de Contribuição
29.458,22
48,69%
4. Custos Fixos
2. Custos Variáveis Previsão de Custos (Custo da Mercadoria + Custo do Serviço) Impostos Federais (PIS, COFINS, IPI ou SIMPLES) Impostos Estaduais (ICMS) Imposto Municipal (ISS) Previsão de Inadimplência Comissões Cartões de Crédito e Débito
18.204,70
30,09%
Mão-de-Obra + Encargos
4.126,79
6,82%
Retirada dos Sócios (Pró-Labore)
3.330,00
5,50%
0,00
0,00%
Luz
200,00
0,33%
Telefone
200,00
0,33%
Contador
600,00
0,99%
0,00
0,00%
Material de Expediente e Consumo
100,00
0,17%
Aluguel
800,00
1,32%
0,00
0,00%
2.500,00
4,13%
147,92
0,24%
0,00
0,00%
Condomínio
500,00
0,83%
Despesas de Viagem
500,00
0,83%
Serviços de Terceiros
0,00
0,00%
Ônibus e Táxis
0,00
0,00%
5.200,00
8,60%
11.253,52
18,60%
780,70
1,29%
780,70
1,29%
Água
Despesas com Veículos
Seguros Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção
Outros Custos Fixos 5. Resultado Operacional 6. Investimentos Financiamento 7. Imposto Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social (Presumido/Real)
0,00
0,00%
Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ
0,00
0,00%
Contribuição Social - CS
0,00
0,00%
10.472,82
17,31%
8. Resultado Líquido Financeiro
7.5 PREVISÃO DE FLUXO DE CAIXA PARA OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE ATIVIDADE DA EMPRESA
0
TABELA 7: FLUXO DE CAIXA PRIMEIRO ANO Primeiro Ano
jan / 18 Crescimento da atividade Sazonalidade 1. Receita Total 2. Custos Variáveis Totais 3. Margem de Contribuição 4. Custos Fixos 5. Resultado Operacional 6. Investimentos 7. Outros Investimentos 8. Resultado Líquido Financeiro Acumulado no Ano
fev / 18
mar / 18
abr / 18
mai / 18
jun / 18
jul / 18
ago / 18
set / 18
out / 18
nov / 18
18,00% 80,00% 8.712,00
18,00% 100,00% 10.890,00
30,00% 100,00% 18.150,00
30,00% 100,00% 18.150,00
50,00% 100,00% 30.250,00
50,00% 100,00% 30.250,00
70,00% 100,00% 42.350,00
70,00% 100,00% 42.350,00
90,00% 90,00% 49.005,00
90,00% 110,00% 59.895,00
95,00% 100,00% 100,00% 120,00% 57.475,00 72.600,00
4.470,02
5.587,52
9.312,53
9.312,53
15.520,89
15.520,89
21.729,25
21.729,25
25.143,84
30.731,36
29.489,69
37.250,14
4.241,98 18.204,70
5.302,48 18.204,70
8.837,47 18.204,70
8.837,47 18.204,70
14.729,11 18.204,70
14.729,11 18.204,70
20.620,75 18.204,70
20.620,75 18.204,70
23.861,16 18.204,70
29.163,64 18.204,70
27.985,31 18.204,70
35.349,86 18.204,70
-13.962,72 0,00
-12.902,23 0,00
-9.367,24 0,00
-9.367,24 0,00
-3.475,59 0,00
-3.475,59 0,00
2.416,05 780,70
2.416,05 780,70
5.656,45 780,70
10.958,93 780,70
9.780,60 780,70
17.145,16 780,70
-13.962,72 -13.962,72
-12.902,23 -26.864,95
-9.367,24 -36.232,18
-9.367,24 -45.599,42
-3.475,59 -49.075,02
-3.475,59 -52.550,61
1.635,35 -50.915,26
1.635,35 -49.279,91
4.875,76 -44.404,16
10.178,23 -34.225,92
8.999,91 -25.226,01
Necessidade de Capital de Giro Inicial 40.333,33 Primeiro Ano 8.861,55 Lucratividade -2,01%
dez / 18
16.364,46 -8.861,55
1
TABELA 8: FLUXO DE CAIXA SEGUNDO ANO Segundo Ano
jan / 19 Crescimento da atividade Sazonalidade 1. Receita Total 2. Custos Variáveis Totais 3. Margem de Contribuição 4. Custos Fixos 5. Resultado Operacional 6. Investimentos 7. Outros Investimentos
out / 19
nov / 19
dez / 19
100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 80,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 90,00% 48.400,00 60.500,00 60.500,00 60.500,00 60.500,00 60.500,00 60.500,00 60.500,00 54.450,00
100,00% 110,00% 66.550,00
100,00% 100,00% 60.500,00
100,00% 120,00% 72.600,00
24.833,42 31.041,78 31.041,78 31.041,78 31.041,78 31.041,78 31.041,78 31.041,78 27.937,60
34.145,96
31.041,78
37.250,14
23.566,58 29.458,22 29.458,22 29.458,22 29.458,22 29.458,22 29.458,22 29.458,22 26.512,40 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70 18.204,70
32.404,04 18.204,70
29.458,22 18.204,70
35.349,86 18.204,70
mar / 19
abr / 19
mai / 19
jun / 19
jul / 19
ago / 19
14.199,34 780,70
11.253,52 780,70
17.145,16 780,70
5.361,87 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 780,70 780,70 -
8. Resultado Líquido Financeiro Acumulado no Ano
fev / 19
-
-
-
-
-
-
-
set / 19
8.307,69 780,70 -
-
-
-
5.361,87 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 11.253,52 10.472,82 10.472,82 7.527,00 13.418,64 10.472,82 16.364,46 5.361,87 16.615,39 27.868,90 39.122,42 50.375,93 61.629,45 72.102,27 82.575,08 90.102,08 103.520,72 113.993,53 130.357,99
Necessidade de Capital de Giro Inicial 40.333,33 Primeiro Ano 0 Lucratividade 17,96%
2
7.6 PONTO DE EQUILIBRIO
TABELA 9: PONTO DE EQUILÍBRIO Pontos de Equilíbrio Operacional Mensal
100.000,00
37.388,02
Diário
90.000,00
1.246,27
80.000,00 Financeiro Mensal
70.000,00 38.991,39
Diário
60.000,00
1.299,71
50.000,00 40.000,00
Econômico Lucro Desejado Mensal Diário
0,00% 38.991,39 1.299,71
30.000,00 20.000,00 10.000,00 -
Dias Úteis
30
Receita
Custo Total
7.7 TAXA INTERNA DE RETORNO E INDICADORES DE VIABILIDADE
3
TABELA 10: INDICADORES FINANCEIROS Indicadores Financeiros Resumo Financeiro
Recursos Necessários Investimento
40.375,00
Faturamento
60.500,00
Capital de Giro
51.461,85
Custos Variáveis
31.041,78
51,31%
Total
91.836,85
Custos Fixos
18.204,70
30,09%
Investimentos Financiamento
19.584,31
Capital Próprio
72.252,54
Resultado
780,70
1,29%
10.472,82
17,31%
Pontos de Equilíbrio Operacional Mensal
100.000,00
37.388,02
Diário
90.000,00
1.246,27
80.000,00 Financeiro Mensal
70.000,00 38.991,39
Diário
60.000,00
1.299,71
50.000,00 40.000,00
Econômico Lucro Desejado Mensal
0,00% 38.991,39
Diário
1.299,71
30.000,00 20.000,00 10.000,00 -
Dias Úteis
30
Receita
Custo Total
Estoques e Disponibilidade de Capital Prazo Médio de Recebimento Rotação do Estoque
15 14,94 dias
Necessidade de Capital de Giro Ciclo Financeiro
40.333,33
Saldo das contas do Balanço
11.128,52
Indicadores de Desempenho Margem de Contribuição
48,69%
Lucratividade Operacional
18,60%
Resultado Final
17,31%
Rentabilidade
Prazo de Retorno do Investimento
Operacional
12,25%
Operacional
18 meses
Resultado Final
11,40%
Resultado Final
22 meses
51,01%
TMA - Taxa Mínima de Atratividade
Endividamento Geral Grau de Endividamento
Taxa de Retorno TIR - Taxa Interna de Retorno VPL - Valor Presente Líquido
0,76% 9,75% 8.099.006,31
Análise de Sensibilidade
Acréscimo no Preço
10,0%
Acréscimo nas Vendas
10,0%
Receita
66.550,00
Receita
66.550,00
Custo Variável
31.615,96
Custo Variável
34.145,96
Custo Fixo
18.204,70
Custo Fixo
18.204,70
Investimentos Resultado
780,70 15.948,64
Investimentos Resultado
52,3% Redução no Custo da Mercadoria
10,0%
780,70 13.418,64 28,1%
Redução no Custo Fixo
10,0%
Receita
60.500,00
Receita
60.500,00
Custo Variável
28.511,78
Custo Variável
31.041,78
Custo Fixo
18.204,70
Custo Fixo
16.384,23
Investimentos Resultado
780,70 13.002,82
Investimentos Resultado
24,2%
780,70 12.293,29 17,4%
Resultado
4
8 AVALIAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
A partir da análise dos indicadores financeiros pode-se observar que, em termos de lucratividade, de toda a receita bruta, cerca de 17,31% é convertido em lucro líquido. Já em temos da rentabilidade, 11,40% do investimento total requerido é convertido em lucro líquido. A taxa de retorno do projeto gira em torno de 9,75% o que, para o contexto atual, pode ser considerado como uma taxa relativamente atrativa para investimento, uma vez que a taxa atual de juros (taxa Selic) está próxima a 9,15% com tendência de queda (referência de Setembro/2017). Adicionalmente o valor presente líquido calculado (VPL) foi positivo, indicando assim que o projeto possui um potencial favorável a lucratividade. Partindo de levantamento de dados sobre o mercado infantil, o varejo online e entrevistas com consumidores finais, pode-se observar que existe um nicho de sucesso a ser explorado, que é o de acessórios infantis. A confirmação das premissas feitas através das entrevistas terá o seu grau de incerteza tão menor quanto maior número de pessoas forem entrevistadas. Destaca-se que para esse estudo foram entrevistadas dez pessoas. Um dos riscos ainda a ser mitigado para o desenvolvimento futuro deste estudo é a confirmação da quantidade mínima de clientes necessárias para manter a saúde financeira da empresa. Outro risco seria a aceitação da estratégia de precificação adotada. Com a análise financeira e de mercado conclui-se que a implantação do ecommerce de acessórios infantis é viável.
5
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como objetivo analisar a viabilidade da implantação de um e-commerce de acessórios infantis. A percepção da ausência da oferta de acessórios no crescente mercado infantil pôde ser confirmada por meio da pesquisa de campo a partir de entrevistas. Esta coleta de informações possibilitou confirmar essa necessidade de mercado. Adicionalmente a isto, a plataforma de e-commerce se mostrou uma opção interessante tendo como referência o público alvo entrevistado. Uma sugestão para a continuidade do presente trabalho seria ampliar o espaço amostral da pesquisa tanto em termos de quantidade de pessoas quanto para diferentes faixas etárias e classes sociais. Isso poderia trazer um maior subsidio para identificar de forma mais precisa a aplicabilidade da plataforma e ampliar o público alvo. A proposta do e-commerce é ter uma grande variedade de produtos infantis e entregar o produto desejado com maior agilidade, atendendo as expectativas e necessidades das mães dentro do mercado de acessórios infantis que é um nicho pouco explorado. Após a realização de levantamentos de dados e tendências de mercado, o plano de negócio se tornou uma ferramenta fundamental para a organização das ideias e a propostas de ações para o desenvolvimento do negócio. Por meio do plano de negócio desenvolvido pôde-se obter os dados necessários para a análise da viabilidade econômica, e concluir que o modelo de negócio proposto em forma de e-commerce para ofertar acessórios infantis é viável considerando o contexto analisado.
6
REFERÊNCIAS
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