Aprendendo a arte do Kumihimo

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を ま な ぶ

く み ひ も の ぎ じ ゅ つ

Aprendendo a arte do

Kumihimo Volume teórico

Mariana Rossini


“Sabem o que é ‘Musubi”? É como chamávamos o deus guardião desse local há muito tempo. Significa ‘união’. Essa palavra tem um significado profundo. Entrelaçar fios é uma união. Conectar com as pessoas é uma união e o passar do tempo é uma união. Tudo isso faz parte do poder do deus. Os fios que trançamos são um laço com ele, uma parte do deus. Representam a própria passagem do tempo. Acomodam-se e tomam forma, entrelaçam-se e retorcem-se, às vezes desenredam, rompem-se e voltam a se unir. Isso é uma união. Isso é o tempo.” - Hitoha Miyamizu (Kimi no na wa)



Resumo Este projeto de conclusão de curso teve o intuito de criar um livro que ensine a técnica japonesa do kumihimo para iniciantes. Para tanto foram realizadas pesquisas sobre o que é essa técnica e o que ela representa para a cultura japonesa, além do levantamento histórico desde a chegada do kumihimo ao Japão até seu uso nos dias atuais. Estudos acerca dos métodos de produção do kumihimo que abrangem desde a prática manual mais antiga denominada Kute Uchi, uma listagem de teares com suas especificações de dimensão e quais tipos de trançados podem ser produzidos em cada um, foram necessários. Um olhar mais próximo foi dado a produção caseira de kumihimo, através de entrevistas com praticantes da técnica que relataram seus

pontos de vista e suas experiências pessoais e o estudo de campo em um evento de cultura japonesa chamado Bunkasai. Essas pesquisas foram importantes ferramentas no auxílio da identificação do público-alvo e na diagramação dos quatro tutoriais de kumihimo que fazem parte do conteúdo do livro. Ademais, foram analisados tecnicamente alguns livros que ensinam práticas manuais de artesanatos diversos e outros que abordam temas da cultura japonesa, investigando nos primeiros a linguagem empregada e nos demais a estética utilizada. A partir destas análises desenvolveu-se um design fluido, alegre e encantador para o projeto com diversos elementos da cultura japonesa e do kumihimo incorporados à sua diagramação.

Palavras chaves: 1. Design Gráfico; 2. Design Editorial; 3. Kumihimo; 4. Japão; 5. Guias e Manuais.


Sumário

12

さん Kumihimo através das eras

いち Introdução

01

02

18

に O Kumihimo

22

03

30

ろく Desenvolvimento do projeto

よん Técnicas e teares

04

05

40

68

06

ご Resultados de pesquisa


Sumário

90

きゅう Anexos

しち Fazendo Kumihimo

07

08

120

122

09

はち Considerações finais

127

じゅう Lista de tabelas

10

じゅう に Referências

11

128

じゅう いち Lista de imagens

136

12


いち Introdução


1.1 Objetivos Este projeto acadêmico tem como objetivo a criação de um livro-caixa que ensine uma antiga técnica de trançado japonês para iniciantes, sendo esta técnica denominada kumihimo. O livro provoca a imersão do leitor-aprendiz através da história desse trançado, sua origem e contexto no Japão. Também aborda algumas técnicas de tecelagem do kumihimo, além de se apresentar seus diversos usos.

O livro busca por meio do design gráfico encantar os leitores afim de convidá-los a utilizar essa técnica através de trançados exclusivos criados pela autora do projeto. Para tanto, acompanhará o livro, os materiais necessários para a execução do kumihimo, sendo todos os elementos do kit organizados dento de um compartimento localizado dentro do livro.

Figura 5: Ensinando kumihimo no Festival Japão em Bragança Paulista - SP.

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1.2 Justificativa Este relato será escrito em primeira pessoa por se tratar de uma experiência vivenciada pela própria autora. Em 2018, fui convidada por meu professor de Japonês, Fumio Kokubu, a ensinar kumihimo no Bunkasai1, realizado pela escola de língua japonesa, Atibaia Nihongo Gakkou. Como todo ano, os alunos organizaram uma lista com todas as atividades que teriam no festival. Cada aluno escolheu qual prática queria organizar ou participar. No momento que vi a opção “artesanato japonês” fiquei curiosa e perguntei ao professor Kokubu do que se tratava, então ele me mostrou algumas imagens de kumihimos prontos e fiquei encantada, ele perguntou se eu gostaria de ficar responsável pela atividade e eu prontamente aceitei o convite, pois seria uma ótima oportunidade de aprendizado e também uma experiência divertida. Marcamos uma aula de kumihimo na escola em um sábado à tarde, qualquer um que tivesse interesse poderia comparecer, lá havia todos os materiais necessários, várias linhas de crochê de diversas cores, um peso de aproximadamente 100g e um

suporte de papelão, que fez a vez de um tear. O professor distribuiu uma folha com um tutorial e fomos fazendo passo a passo todos juntos. Foi uma vivência muito especial. Descobri que essa atividade exige paciência e concentração, além de proporcionar uma sensação de tranquilidade e paz. Foi assim que me senti. Quando fui dar a aula de kumihimo eu não esperava que aparecesse muita gente, mas para minha surpresa foi uma das atividades mais populares do festival. Pude perceber o interesse do público jovem e idoso, em sua maioria mulheres. Várias pessoas relataram como se divertiram durante a execução do kumihimo, outras como se sentiram tranquilas no final da experiência. Alguns participantes, ainda hoje, vêm me pedir ajuda, dicas e até novos tutoriais para fazer outros tipos de kumihimo. Foi a partir daí que percebi o potencial de um livro sobre essa atividade, pois seria a oportunidade de integrar o contexto que o envolve, a técnica e o design, disseminando essa experiência de forma cativante.

1.3 Metodologia Para esse projeto foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos, sites e blogs que apresentam informações sobre a cultura japonesa em relação a técnica e uso do kumihimo, além da sua importância cultural. Em pesquisa de campo foram visitadas livrarias para analisar livros da mesma natureza, ou seja, aqueles quem ensinam iniciantes em quaisquer outras técnicas manuais e também livros

que abordam temas da cultura japonesa como inspiração estética para o projeto. Além disso, foram conduzidas entrevistas com cinco pessoas que praticam kumihimo por iniciativa própria ou que participaram do evento Bunkasai, e também, a partir da análise dos participantes do Bunkasai de 2019, pode ser identificado o perfil dos participantes, e, portanto, de parte do público alvo.

Figura 6: Bunkasai, festival de cultura japonesa.

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ă Ť O Kumihimo

18

19


Segundo Carey (2009), o kumihimo é uma técnica tradicional do Japão que consiste em trançar fios formando um cordão. Este pode ter diferentes tipos de padrões que variam de acordo com a forma que as linhas são entrelaçadas, da quantidade de peso utilizado e do material que é feito o fio ou tecido a ser trançado. Qualquer pequena modificação no entrelaçamento, pequenos fatores que parecem ser irrelevantes, fazem muita diferença no resultado. Em japonês kumihimo significa reunir linhas, também pode ser traduzido como “trançar”.

O kumihimo também é visto com um olhar mais poético, conforme o filme Kimi no na wa (Your Name), os anciãos japoneses geralmente fazem uma relação desta técnica com as vidas humanas; cada vida é formada por várias linhas continuas que se cruzam com linhas de outras vidas e esses laços podem continuar se entrelaçando por muito tempo, podem se entrelaçar por um tempo breve, mas quando se rompe um laço, uma linha, uma continuidade, por mais que você tente remendar não é possível seguir como se nada tivesse acontecido e tudo está dentro dos padrões.

Figura 9: Kumihimos coloridos; 21


Kumihimo através さん das eras

22

23


Conforme os estudos de Yang e Narasin (1989), os quais serão utilizados como referência durante praticamente este capítulo inteiro, a história do Kumihimo faz parte da cultura e economia do Japão. Surgiu através da influência de países como a Coréia e a China conforme veremos a seguir. Durante o período Asuka (538 - 710 d.C.) o comércio entre o Japão e a Coréia e também com a China se intensificou e os japoneses acabaram simpatizando e adotando alguns aspectos culturais desses povos. Dois aspectos se destacaram: a religião budista vinda da Coréia, e os tecidos vindos da China. Foi a partir do contato com essas duas culturas que o kumihimo e a forma básica do kimono (vestimenta tradicional japonesa) chegaram ao Japão. O comércio com os chineses persistiu por mais dois séculos e cada vez mais trocas foram feitas entre si, o que fez com que o Japão produzisse tecidos, roupas e kumihimos cada vez mais elaboradas durante a era Nara (710 – 794 d.C.). A crescente popularidade do Budismo também contribuiu muito para difundir o uso do kumihimo nessa época, uma vez que estes eram amplamente utilizados na decoração dos templos budistas. A princípio o kumihimo era praticado à mão sem o auxílio de teares ou qualquer outra tecnologia. A técnica era passada de geração em geração oralmente, para que fosse mantida em segredo e, assim, a tradição familiar teria continuidade. Os padrões de kumihimo das Eras Asuka e Nara são caracteristica-

mente mais luxuosos e deslumbrantes, sendo o dourado bastante presente tanto na cor do tecido quanto nos adereços utilizados, conforme é possível observar na figura 12, porém muitos dos kumihimos dessa época não sobreviveram à ação do tempo e acabaram muito danificados e frágeis.

Figura 12: Reprodução de kumihimo do período Asuka ou Nara. 25


No decorrer da Era Heian (794 a 1192 d.C), o Budismo já havia adquirido popularidade e como consequência, o kumihimo acabou ganhando mais notoriedade. Muitos kumihimos desse período foram resguardados, pois estavam escondidos em estátuas dos templos budistas. Foi nessa época que os praticantes da técnica procuravam por maior variedade de padrões e maior expressão artística ao trançar o kumihimo, para isso começaram a testar novas técnicas a partir da combinação de técnicas já existentes, como mostra a figura 13. O resultado foi muito positivo, sendo que os novos kumihimo começaram a ser também usados pela nobreza, para segurar as bainhas das katana (espadas longas), pendurar pergaminhos, amarrar as partes das armaduras samurais, enfeitar casas e decorar templos budistas, esse último indicado na figura 14.

No período Kamakura (11921333 d.C.) novos estilos de kumihimo foram desenvolvidos através das novas técnicas criadas no período Heian. Nessa época, o Japão possuía um governo militar que se envolveu em várias guerras contra os mongóis, uma vez que estes tentaram consecutivas vezes invadir o território japonês e dominá-lo. Sendo assim, a necessidade de armaduras cresceu e como consequência a demanda por kumihimo aumentou. Os fabricantes deste

Figura 13: Reprodução de kumihimo do período Heian.

Figura 14: Kumihimos vermelhos e dourados decorando o templo de Horyuji. 26

acessório passaram a faturar muito com o mercado bélico. Mergulhava-se os kumihimos em água gelada para aumentar sua resistência. As placas das armaduras dos guerreiros eram unidas por fitas de kumihimo, demonstrado na figura 15, assim como os cabos das espadas eram envoltos por kumihimos afim de proporcionar maior aderência da mão ao material, evitando que a espada escorregasse, como mostra a figura 16.

Figura 15: Kumihimos vermelhos amarrados por toda armadura samurai da era Kamakura.

Figura 16: Kumihimos amarelos amarrados ao cabo e à bainha de uma katana da era Kamakura. 27


Ao longo do período Muromachi (1392-1573 d.C.), supostamente não foram desenvolvidas novas técnicas ou estilos de kumihimo, porém as técnicas avançadas criadas na era Kamakura continuaram a prosperar. O mercado de kumihimo entrou em declínio durante o período Sengoku (1467 a 1603 d.C.) devido ao fim do regime militar japonês. Por isso, os produtores passaram a buscar novos estilos e novos métodos de produção para alavancar as vendas de kumihimo. Durante o período Edo (1603 a 1867 d.C.) começou a crescer novamente, sendo que seu principal uso era manter a bainha da espada presa com firmeza à cintura da pessoa. Também foi sugerido o uso como obijime, uma espécie de cinto utilizado nas roupas femininas tradicionais japonesas. Ao longo da era Edo surgiu uma nova técnica denominada ayadashi, esta permite a incorporação de padrões e desenhos mais complexos e até mesmo de letras nas tramas, alguns exemplos de kumihimos seguem ao lado na figura 17. Já na era Meiji (1868-1912) a produção de kumihimo sofreu uma granFigura 17: Kumihide queda devido à mos feitos com proibição do uso de técnica ayadashi. 28

espadas pela Restauração Meiji, em 1868. Vários produtores de kumihimo perderam seus negócios. Porém para manter seus comércios funcionando, outros produtores decidiram investir no obijime, que estava virando moda na época, e tornou-se essencial para o uso dos kimonos. Concluindo os estudos de Yang e Narasin (1989), tradicionalmente, para os japoneses, roupas e acessórios caros feitos por teares manuais, principalmente o kimono de seda, na figura 18, juntamente com as faixas decorativas (denominadas obi, obijime e obiage) e outros adornos, eram herdados pelas gerações futuras, preservando-se a beleza e o estilo único dessas peças artesanais produzidas com materiais da melhor qualidade.

Figura 18: Kimono feito de seda, produzido no século XVII.

Atualmente, segundo a Domyo (2019), uma empresa fabricante de kumihimo artesanal tricentenária, é possível observar que o kumihimo ainda é muito usado como obijime, como mostra a figura 19, laço de haori (uma espécie de jaqueta de pano, faz parte

das vestimentas tradicionais japonesas) e como pulseira, este último item ganhou bastante popularidade no final de 2017 após o lançamento do filme Kimi no na wa (Your Name), o qual o kumihimo acaba se envolvendo na história e sendo parte essencial do enredo cinematográfico.

Figura 19: kumihimo vermelho utilizado como obijime. 29


Técnicas よん さん e teares

30

31


De acordo com Chizuru Nishioka (2019), especialista em restauração de kumihimo e armaduras japonesas, em sua publicação escrita para o Tachibana Museum, nos períodos anteriores à era Edo (1603-1867 d.C.) não existiam muitos equipamentos que auxiliassem na produção do kumihimo, portanto era comum que os artesãos e artesãs utilizassem um método chamado manipulação de loop¹, em japonês é traduzido como kute-uchi kumihimo gihou. O método em questão recebeu este nome pois as pontas

dos fios utilizados são amarradas umas nas outras em um único laço, fazendo com que não haja pontas soltas. Esse laço, por sua vez é amarrado a uma haste que serve de suporte para o kumihimo, como é mostrado na figura 22 logo abaixo. As linhas são enlaçadas nos dedos das duas mãos e trançadas conforme os fios passam dos dedos de uma mão para a outra seguindo um padrão repetitivo. Conforme os fios são trançados, pode ser formada um kumihimo de duas ou quatro camadas.

Figura 22: Nishioka utilizando a técnica de manipulação de loop para fazer um kumihimo ¹Loop: traduzido para o português significa laço

33


Por ser um processo manual complexo a trança mais básica necessita de duas pessoas para realizar a técnica, sendo uma para entrelaçar as linhas e outra para apertar a parte já trançada com uma espécie de espátula, dando leves batidas por entre os fios, um exemplo do uso dessa ferramenta está demonstrado na figura 23. Já os kumihimos mais elaborados como Yon-ren Kaku-gumi (tranças quadradas de quatro elos) ou Ryo-men Kikko-gumi (trança dupla-face com padrão hexagonal) precisam de até 3 pessoas trabalhando juntas. Esse é um método bastante antigo, mas até hoje é possível encontrar profissionais que utilizam esse processo no Japão, inclusive a própria Nishioka.

A partir do período Edo (1603 a 1867 d.C.) o uso do método de manipulação de loop começou a decair por duas razões principais: 1) Esse processo necessitava de muitos especialistas, além de exigir um compromisso a longo prazo, pois o kumihimo profissional leva muito tempo para ser terminado e é indispensável que todos os envolvidos estejam atentos até aos mínimos detalhes; 2) Foram desenvolvidos teares de trançado, pois os artesãos da época sentiam uma necessidade de criar novas formas de produzir kumihimo para, assim, atender a demanda da população por produtos têxteis cada vez mais decorados com desenhos mais complexos e diversificados, de acordo com Nishioka e a empresa Domyo.

Figura 23: Pessoa utilizando a espátula para deixar os fios do kumihimo mais juntos. 34

Figura 24: Reconstrução de Ryo-men kikko-gumi, feito com taka-dai.

Segundo o blog Kumihimo de Schmitz (2019), para a produção do kumihimo contemporâneo é mais comum utilizar um desses quatro tipos de teares de trançado: o kaku-dai (tear redondo), taka-dai (tear grande), o ayatake-dai (tear de bambu) ou o maru-dai (tear redondo); cada um tem características particulares, todavia, em todos os teares é possível fazer kumihimos coloridos ou monocromáticos e uma variedade enorme de desenhos, como veremos a seguir. Ao utilizar o kaku-dai as linhas utilizadas são entrelaçadas com muita firmeza. Enquanto se produz o kumihimo, a parte dos fios que já foi trançada é puxada para cima por um sistema de polia, como se pode observar na figura 25 e 26. Os estilos que podem ser produzidos no kaku-dai são: kumihimo quadrado, redondo ou oval, alguns exemplos estão representados na figura 27, na página seguinte. Geralmente, um kaku-dai pode ter 40cm de altura e para manuseá-lo será necessário ficar ajoelhado ou sentado no chão, como

é feito tradicionalmente no Japão, ou também pode-se encontrar kaku-dai com 60cm de altura, este permite ser manuseado enquanto se está sentado em uma cadeira ou banco.

Figura 25: Kaku-dai, tear quadrado. 35


Figura 29: Kumihimos de camada dupla feitos com taka-dai.

Figura 26: Kaku-dai, com kumihimo sendo trançado.

Figura 27: Kumihimos feitos com kaku-dai.

O suporte taka-dai permite que se produza padrões muito mais complexos com desenhos bem elaborados usando uma quantidade maior de linhas, como pode ser visto na figura 28, entretanto só é possível fazer kumihimos planos de uma ou duas camadas, este

último pode ser observado na figura 29. Normalmente as dimensões de um taka-dai são 67,5cm de altura, 86cm de largura e 73cm de pofundidade, porém, existem outros mais antigos muito maiores e com mais braços para se apoiar as linhas.

Figura 28: Taka-dai, tear grande, com kumihimo sendo feito. 36

O ayatake-dai é um equipamento menor que o taka-dai, como se pode observar na figura 30, mas também permite que se faça padrões mais difíceis, esse suporte só possibilita a produção de kumihimos planos assim como no taka-dai com a diferença que no ayatake-dai os fios sofrem bastante torção, alguns exemplos seguem na figura 31. Caso seja necessário um tear

Figura 30: Ayatake-dai, tear de bambu, com kumihimo em produção.

muito grande para fazer um kumihimo extremamente elaborado, existem empresas que fabricam um modelo de tear que faz a junção do taka-dai e do ayatake-dai, conforme a figura 32.

Figura 31: Kumihimos feitos com ayatake-dai 37


De acordo com McRae (2019), além desses teares que são utilizados para produção de kumihimo profissional, principalmente o taka-dai e o ayatake-dai, existe um suporte que simula um tear, este é utilizado principalmente para fazer kumihimos amadores, para iniciantes, geralmente feitos em casa

com materiais mais baratos, a princípio. Podem ser encontrados nos formatos redondo ou quadrado, como mostra a figura 35 e 36. Também podem ser feitos em casa utilizando papelão ou E.V.A., porém este suporte caseiro acaba tendo uma vida-útil bem curta.

Figura 32: Junção do taka-dai com o ayatake-dai em um único tear.

Já o maru-dai é um suporte bem mais simples e menor, como mostra a figura 33 ao lado, é também o mais comum de ser encontrado e utilizado. No maru-dai é possível fazer kumihimos quadrados, redondos e planos, alguns exemplos seguem na figura 34. Enquanto o kumihimo é produzido, a parte já trançada é puxada para baixo por um contrapeso, fazendo com que os fios fiquem mais juntos. O tamanho do maru-dai pode variar bastante sendo que existem teares entre 25cm e 42cm de altura, e quanto maior for, maior a quantidade de linhas possíveis para se fazer um kumihimo, como diz Schmitz (2019) em seus estudos publicados em seu blog.

Figura 35: Suporte redondo para kumihimo caseiro. Figura 33: Maru-dai, tear redondo, com kumihimo em produção.

Figura 34: Kumihimos feitos com maru-dai. 38

Figura 36: suporte quadado e oval para kumihimo caseiro.

Figura 37: Kumihimos feitos com suporte portátil. 39


ă ”

Resultados de pesquisa


5.1

Análise de livros que ensinam técnicas manuais

Com o intuito de analisar o mercado editorial de guias e manuais similares ao que será desenvolvido no projeto de conclusão de curso, foram selecionados 3 livros do segmento de Trabalhos manuais e Atividades criativas para conhecer seus defeitos e

qualidades além de investigar as variedades de preços, estilos de fotos e ilustrações, tipografias, formatos e acabamentos e também analisar a linguagem usada para que o produto final do projeto apresente o melhor conteúdo e estética possível.

• Artesanato, o guia definitivo de técnicas para a produção de estamparia, mosaico, bijuterias, velas e muito mais. Escrito por Dorling Kindersley: Este livro tem como objetivo ensinar as mais diversas técnicas para criação de produtos artesanais, com esse guia é possível fazer porta-retratos,

bijuterias, vasos, sabonetes, bolsas e vários outros objetos utilizando várias técnicas e materiais que possibilitam inúmeros projetos criativos.

Figura 40: Capa do livro “Artesanato”. 43


Ficha técnica

Figura 41: Tutoriais do livro “Artesanato”.

Título original

Craft

Texto

Dorling Kindersley

Fotografia

Ruth Jenkison

Editora

Publifolha Editora

Preço médio

R$ 82,50

Formato fechado

23,5 x 28,2 cm (largura x altura)

Atributos Tipografia

Caracteres serifados nos títulos e caracteres sem serifa nos textos corridos.

Estilo de fotografia

Fotografias bem iluminadas, coloridas e nítidas. Foco nas mãos que realizam uma certa ação e no produto que está sendo feito ou já pronto.

Paleta de cores

Não possui uma paleta de cor definida, apresenta grande diversidade de cores, em sua maioria cores quentes.

Texto x Imagens

O livro apresenta uma grande quantidade de fotografias que servem, em sua maioria, para demonstrar o que está escrito, a imagem complementa o texto. Por tanto, as imagens ocupam aproximadamente 70% das páginas e os textos cerca de 30%.

Figura 42: Disposição de imagens do livro “Artesanato”. 44

45


Acabamentos

Possui capa dura com verniz localizado nas quatro imagens logo abaixo do título, com encadernação brochura. O miolo é colorido e impresso em papel opaco de gramatura maior. Tabela 1: Dados técnicos e atributos do livro “Artesanato”.

• O Pequeno Livro do Bonsai: como dominar a arte do cultivo de árvores em miniatura. Escrito por Malcolm e Kath Hughes: O livro procura ensinar de forma simples e ilustrada como cultivar bonsai em casa, ensinando como plantar, po-

dar, adubar e cuidados em geral que são indispensáveis para a pequena árvore.

Figura 44: Página 56 do livro “O pequeno livro do bonsai”.

Figura 43: Capa do livro “O pequeno livro do bonsai”.

46

Figura 45: Página 59 do livro “O pequeno livro do bonsai”.

Figura 46: Abertura de capítulo do livro “O pequeno livro do bonsai”. 47


Ficha técnica Título original

The Little Book of Bonsai

Texto

Malcolm Hughes e Kath Hughes

Fotografia

Melvyn Evans

Editora

Quarto Editora

Preço médio

R$ 54,90

Formato fechado

16 x 21,5 cm (largura x altura)

Texto x Imagens

O livro apresenta uma grande quantidade de imagens que servem, em sua maioria, para demonstrar e exemplificar o que está escrito, a imagem complementa o texto. Por tanto, as imagens ocupam aproximadamente 70% das páginas e os textos cerca de 30%.

Acabamento

Possui capa dura com encadernação de brochura. O miolo é colorido e impresso em papel opaco.

Tabela 2: Dados técnicos e atributos do livro “O pequeno livro do bonsai”.

• Maquiagem os segredos dos profissionais. Escrito por Kit Spencer:

Atributos Tipografia

Caracteres serifados nos títulos e caracteres sem serifa nos textos corridos.

Estilo de fotografia

Fotografias bem coloridas de árvores em miniaturas e de materiais para cultivo, podem aparecer com fundo transparente.

Estilo de ilustração

Ilustrações chapadas sem profundidade e degrade de cores e sem muitos detalhes.

Paleta de cores

Não possui uma paleta de cor definida, apresenta grande diversidade de cores, porém tons de verde e marrom são mais frequentes.

Esse livro possui duas edições, uma que vem só o livro e outra que é um kit onde vem um livro dentro de uma caixa e dois pincéis e uma espoja presos à tampa da caixa, porém esse produto é feito somente sob encomenda. Seu conteúdo aborda técnicas, dicas

e truques atualizados de maquiagem que realçam a beleza feminina, disfarçando imperfeições e ressaltando as qualidades. Também traz informações sobre quais os melhores produtos e cosméticos para cada tipo de pele e como utilizá-los de forma correta.

Figura 47: Capa do livro “Maquiagem”. 48

49


Ficha técnica

Figura 48: Página 134 do livro “Maquiagem”.

Figura 49: Página 211 do livro “Maquiagem”.

Título original

Pro Makeup: Salon secrets of the professionals

Texto

Kit Spencer

Fotografia

Martin Norris

Ilustrações

Bernard Chau

Editora

Quarto Editora

Preço médio

R$ 59,40

Formato fechado

18,4 x 22,2 cm (largura x altura)

Atributos Tipografia

Caracteres sem serifa somente.

Estilo de fotografia

Fotografias de rostos, partes de rostos e materiais utilizados para maquiar. São fotos bem limpas sem elementos ao fundo para dar ênfase a maquiagem que está sendo feita.

Estilo de ilustração

Ilustrações bem elaboradas, coloridas e mais detalhadas.

Paleta de cores

Não possui uma paleta de cor definida, apresenta grande diversidade de cores, porém tons de verde e marrom são mais frequentes.

Figura 50: Abertura de capítulo do livro “Maquiagem”. 50

51


Texto x Imagens

O livro apresenta uma grande quantidade de imagens que servem, em sua maioria, para demonstrar e exemplificar o que está escrito, a imagem complementa o texto. Por tanto, as imagens ocupam aproximadamente 75% das páginas e os textos cerca de 25%.

Acabamento

Possui capa dura com encadernação wire-o. O miolo é colorido e impresso em papel brilhante e um pouco escorregadio. Tabela 3: Dados técnicos e atributos do livro “Maquiagem”.

• Maquiagem os segredos dos profissionais, o kit. Escrito por Kit Spencer:

Figura 51: Kit do livro “Maquiagem” aberto.

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Figura 52: Kit do livro “Maquiagem” fechado.

Figura 53: Kit do livro “Maquiagem” composto por um livro, dois pincéis e uma espoja.

53


Ficha técnica Título original

Pro Makeup: Salon secrets of the professionals

Texto

Kit Spencer

Fotografia

Martin Norris

Ilustrações

Bernard Chau

Editora

Quarto Editora

Preço médio

R$ 99,90

Formato fechado

15 x 19 x 5,4 cm (largura x altura x profundidade)

Peso

0,677kg

5.2

Análise de livros com temas da cultura japonesa

Como foi analisado o mercado editorial de guias e manuais anteriormente, também serão analisadas as publicações editoriais referentes à cultura e sociedade japonesa e levar como referência principalmente

estética para o projeto de conclusão de curso, examinando principalmente paleta de cores, tipografias, estilos de ilustração, de fotografias, capas e contra-capas.

• Kintsugi: a arte japonesa de encontrar forças na imperfeição, escrito por Céline Santini: Segundo a escritora, Céline Santini (2019), este livro utiliza o conceito do Kintsugi, uma prática artesanal que conserta cerâmicas fragmentadas e rachadas, cobrindo as imperfeições com ouro derretido e ao mesmo tempo realçando as falhas. Dessa forma, uti-

lizando esse conceito foi desenvolvida uma filosofia a qual diz que é necessário enfrentar seus problemas e aprender com eles ao invés de simplesmente acobertar e omitir os erros e frustrações pessoais.

Figura 54: Capa do livro “Kintsugi”. 54

55


Ficha técnica

Figura 55: Sumário do livro “Kintsugi”.

Figura 56: Página do livro “Kintsugi”.

Título original

Kintsugi: L’art de la résilience

Texto

Céline Santini

Fotografia

Myriam Greff, Adrien Daste, Céline Santini

Ilustrações

Caroline Donadieu

Editora

Editora Planeta do Brasil

Preço médio

R$ 51,90

Formato fechado

16 x 23 cm (largura x altura)

Atributos Tipografia

Caracteres sem serifa nos títulos, serifados no texto corrido e também tipografias cursivas são usadas em alguns casos.

Estilo de fotografia

Fotografias de cerâmicas, cenário mais limpo sem muitos elementos e predominância de cores mais frias.

Estilo de ilustração

Ilustrações simples com traços limpos, sem muitos detalhes, quase infantil.

Paleta de cores

Azul, preto, branco e dourado.

Figura 57: Abertura de capítulo do livro “Kintsugi”. 56

57


Texto x Imagens

Este livro possui bastante texto, com poucas imagens ilustrativas no decorrer do corpo do texto e ilustrações de abertura de capítulo. Dessa forma, o livro é composto por aproximadamente 15% de imagem e 85% de texto.

Acabamento

Possui capa flexível com encadernação de brochura. O miolo tem duas cores: preto e dourado, e impresso em papel amarelado e com uma certa transparência. Tabela 5: Dados técnicos e atributos do livro “Kintsugi”.

• Wabi Sabi. Escrito por Beth Kempton: Esse livro tem como propósito sugerir aos leitores novas formas de ver o mundo e encarar os problemas e obstáculos diários da vida, para isso,

a autora utiliza dos princípios do Wabi Sabi, a sabedoria japonesa que faz refletir sobre a estética e mostra que existe beleza até mesmo nos defeitos.

Figura 58: Capa do livro “Wabi Sabi”. 58

Figura 59: Sumário e abertura de capítulo do livro “Wabi Sabi”.

Figura 60: Página do livro “Wabi Sabi”. 59


Ficha técnica Título original

Acabamento Wabi Sabi: Japanese Wisdom for a Perfectly Imperfect Life

Possui capa flexível com encadernação de brochura. O miolo foi todo impresso com tinta preta e em papel off-white.

Tabela 6: Dados técnicos e atributos do livro “Wabi Sabi”.

Texto

Beth Kempton

Ilustrações

Desconhecido

Editora

Editora Best Seller

Preço médio

R$ 31,40

Formato fechado

16 x 23 cm (largura x altura)

• Shinsetsu o poder da gentileza, escrito por Clóvis de Barros: O livro “Shinsetsu: o poder da gentileza” possui 3 personagens principais: Shinsetsu, Moral e Mrs. Utilility, é através dessas personagens que Barros (2018), procura incentivar o altruísmo e a pensar mais no próximo, ter mais consi-

deração com os outros sejam eles mulheres ou homens, jovens ou velhos, pobres ou ricos, mas para isso acontecer primeiro é necessário olhar para seu próprio interior e começar uma transformação para depois mudar o mundo.

Atributos Tipografia

Para texto corrido foi utilizado a Minion Pro, em corpo 11/15 e nos títulos e no sumário foi utilizado tipografia sem serifa.

Estilo de ilustração

Similar a aquarela, traços leves e desenho simples, utilizando cores mais pastéis.

Estilo de fotografia

Não possui fotos.

Paleta de cores

Azul, preto e dourado.

Texto x Imagens

O livro não possui nenhuma imagem exceto na capa e contra-capa, portanto o miolo acaba sendo 100% texto. Figura 61: Capa do livro “Shinsetsu o poder da gentileza”.

60

61


Atributos

Figura 62: Página do livro “Shinsetsu: o poder da gentileza”.

Ficha técnica

62

Tipografia

Adobe Garamond Pro, fonte serifada para texto e Bliss Pro, fonte sem serifa para títulos e subtítulos.

Estilo de ilustração

Não possui ilustrações exceto o pontilhado da capa.

Estilo de fotografia

Não possui fotos.

Paleta de cores

Preto e verde.

Texto x Imagens

O livro não possui nenhuma imagem, por isso o miolo acaba sendo 100% texto.

Acabamento

Possui capa flexível com encadernação de brochura. O miolo foi todo impresso com tinta preta e em papel amarelado com um pouco de transparência.

Tabela 7: Dados técnicos e atributos do livro “Shinsetsu: o poder da gentileza”.

Título original

Shinsetsu: o poder da gentileza

Texto

Clóvis de Barros

Ilustrações

Desconhecido

Editora

Editora Planeta do Brasil

Preço médio

R$ 33,40

Formato fechado

14 x 21 cm (largura x altura)

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5.3 Entrevistas A fim de auxiliar na identificação e melhor compreensão do público-alvo, foram realizadas entrevistas com quatorze perguntas, respondidas por cinco pessoas que são familiarizadas com o kumihimo e praticam a técnica. A entrevista aborda o tema kumihimo, mais especificamente sobre a experiência de se fazê-lo. Entre as questões levantadas estão: como foi aprender a técnica, se fazer o entrelaçamento dos fios trouxe alguma sensação especial, se houve algum interesse em produzir estilos diferentes de kumihimo, quais materiais foram utilizados, entre outras questões de igual importância. As entrevistas completas estão disponíveis nos Anexos. Os participantes relataram que tiveram uma experiência positiva com kumihimo e que fizeram mais de uma vez. Também mencionaram que o kumihimo é um passatempo muito bom para se distrair do mundo ao redor e dos problemas cotidianos, pois exige bastante concentração, fazendo com que sua mente fique mais tranquila.

Houve duas respostas bastante interessante que se complementam, uma delas foi a Roberta que disse: “Me trazia uma sensação boa, como se naqueles fios eu pudesse depositar qualquer sentimento, se eu estivesse triste, a tristeza ia embora, se estivesse feliz, ficava ainda mais.” e a outra é do Fumio Kokubu que diz: “Desde os tempos antigos, acredita-se que algum sentimento habita nas coisas que se leva muito tempo para fazer (...)” e isso mostra muito do significado e da importância do kumihimo. Pode-se observar, que o anime “Kimi no na wa” lançado em outubro de 2017 no Brasil, foi o contato inicial de três dos quatro entrevistados, pois foi um grande sucesso de bilheteria e de público. O filme apresenta o kumihimo como um elemento muito importante para a trama cinematográfica e por isso a técnica acabou ganhando maior visibilidade, principalmente entre os jovens que constituem grande parte do público consumidor da película.

5.4 Bunkasai Este relato será escrito em primeira pessoa por se tratar de uma experiência vivenciada pela própria autora. Dia 5 de maio de 2019 participei da terceira edição do Bunkasai, um evento de cultura japonesa, que acontece na Escola de Língua Japonesa de Atibaia que eu frequento. A minha função foi ensinar a técnica do kumihimo. Cada pessoa interessada me entregava uma ficha no valor de R$5,00 e recebia um tutorial passo-passo explicando como fazer o trançado, um disco de papelão e 4 linhas de crochê das cores de sua preferência, como mostra a figura 64. No decorrer das aulas pude observar que haviam crianças, adolescentes, jovens e adultos todos reunidos na mesma sala interagindo entre si e fazendo kumihimo, foi muito interessante ver essa relação entre as pessoas e perceber que elas estavam se divertindo.

Figura 63: preparativos para o Bunkasai

Enquanto eu as ajudava a fazerem seus kumihimo, perguntei a algumas delas o que estavam achando da experiência e recebi respostas muito positivas como: “Adorei, gostei tanto que para mim é a melhor atividade do evento”, “É muito gostoso de fazer”, “Parece demorado, mas o tempo passa tão rápido quando a gente tá fazen-

Figura 64: materiais utilizados nas aulas 64

65


do”, “Essa atividade é boa para relaxar, quando estiver estressado, é só sentar e fazer um desses que no final o estresse já foi embora.” Além disso, percebi que muitas pessoas começavam a fazer e não queriam mais parar, alguns ficaram cerca de 1 hora na sala fazendo o kumihimo completamente focados, portanto as aulas que deveriam acontecer em 3 horários diferentes: das 12h às 13h, das 14h às 15h e das 15h às 16h, acabaram se estendendo por toda tarde, só paramos por volta das 16:30, quando o evento encerrou. No final, contei a quantidade de fichas recebidas, totalizando 38, mais que o dobro de participantes da segunda edição do Bunkasai. Analisando todos os aspectos das aulas de kumihimo, pude observar um retorno muito positivo, a quantidade de participantes aumentou significativamente e a grande maioria gostou da atividade, essa resposta foi muito relevantes, pois reafirmou a importância do meu projeto e também me mostrou que eu estava fazendo um bom trabalho ao ensinar a técnica.

5.5 Figura 66: Participantes das aulas de kumihimo.

Traçando o público-alvo

A partir do material coletado nas entrevistas e por experiência própria da autora no Bunkasai realizado em 5 de maio de 2019, onde foram ministradas aulas de kumihimo para iniciantes, foi possível observar que o kumihimo não é destinado para um público em específico, haviam participantes de todas as idades, desde crianças até idosos, houve também uma certa predominância do sexo feminino nas aulas e também nas entrevistas, em contraponto foi observado que o sexo masculino apresentava um pouco mais de dificuldade em se concentrar na ati-

vidade. A grande maioria não apresentou dificuldade em fazer o kumihimo e pareciam ter apreciado a experiência. Apesar do kumihimo não ser destinado a uma determinada faixa-etária, o livro que será projetado para o segundo trabalho de conclusão de curso terá uma linguagem voltada para um público jovem-adulto, entre 20 e 25 anos, pois pessoas desta faixa etária costumam ser mais abertas a novos conceitos e experiências e no evento de cultura japonesa registrado nesse trabalho, foi percebido uma certa predominância desse público.

Figura 67: Participantes das aulas de kumihimo.

Figura 65: Participantes das aulas de kumihimo. 66

Figura 68: Participantes das aulas de kumihimo. 67


Desenvolvimento ă‚?ă ? do projeto

68

69


6.1 Formato Dando inicio ao desenvolvimento do projeto, a primeira decisão a ser tomada foi a relação entre a dimensão e o formato do livro. O formato fechado de 19cm de largura por 24,5 de altura deve-se ao melhor aproveitado do papel para impressão, uma vez que duas páginas espelhadas ocupam um espaço

um pouco menor que a folha tamanho A3, e principalmente porque os materiais que vão junto com o livro (disco de kumihimo, linhas coloridas e peso) ficaram muito bem organizados dentro da caixa , proporcionando uma experiência muito agradável no manuseio pelo usuário.

19cm

Formato fechado:

24,5cm

28cm

Formato aberto:

24,5cm

71


6.2 Tipografia O próximo passo foi decidir qual tipografia seria usada e qual o melhor tamanho da fonte para leitura. Para isso, foram selecionadas algumas fontes e realizados diversos testes tanto para texto corrido, como para título, apresentado nas figuras 71 e 72. A tipografia foi a Nunito Sans em corpo 12pt, pois essa fonte apresenta boa legibilidade e aspecto mais delicado por ter o traço

Figura 71: Teste de fonte para texto corrido.

72

arredondado e fino. Para o título foi escolhida a fonte Livvic por apresentar pois seu traçado remete a escrita manual fazendo a relação com o kumihimo, um processo manual. Além dessas fontes, também utilizou-se a Yu Gothic para os textos escritos em japonês por ter a aparência de pinceladas, uma característica tradicional da escrita japonesa.

Figura 72: Teste de fonte para título.

6.3 Diagramação Depois de escolher as dimensões, o formato, as imagens e as tipografias, deu-se início à diagramação do livro. Foi estipulada a divisão do grid em duas colunas de 7,25cm, separadas por espaço de 1cm. A inspiração do grid veio através da pesquisa de campo editorial, quando realizou-se a análise do livro

Figura 73: grid de duas colunas do livro “Maquiagem”.

“Maquiagem, como mostra a figura 73. A página em duas colunas facilita a leitura evitando que o usuário se perca entre as linhas de texto e também auxilia na disposição das imagens ao longo do texto, pois possibilita diversas formas de diagramação intercalando texto e figuras.

Figura 74: grid de duas colunas do projeto. “Aprendendo a arte do Kumihimo”.

73


Como parte da identidade visual do projeto, todos os números das páginas foram colocados nos cantos inferiores dos rodapés acrescentando a ilustração vetorial de kumihimo que conecta as páginas espelhadas, proporcionando uma sensação de fluidez e continuidade uma

No decorrer da Era Heian (794 a 1192 d.C), o Budismo já havia adquirido popularidade e como consequência, o kumihimo acabou ganhando mais notoriedade. Muitos kumihimos desse período foram resguardados, pois estavam escondidos em estátuas dos templos budistas. Foi nessa época que os praticantes da técnica procuravam por maior variedade de padrões e maior expressão artística ao trançar o kumihimo, para isso começaram a testar novas técnicas a partir da combinação de técnicas já existentes, como mostra a figura 7. O resultado foi muito positivo, sendo que os novos kumihimo começaram a ser também usados pela nobreza, para segurar as bainhas das katana (espadas longas), pendurar pergaminhos, amarrar as partes das armaduras samurais, enfeitar casas e decorar templos budistas, esse último indicado na figura 8.

vez que a ilustração atravessa o rodapé das páginas. São quatro ilustrações de kumihimos diferentes uma para cada capítulo, sendo a mesma ilustração também utilizada no verso da entrada de cada capítulo, como será demonstrado na evolução das aberturas em seguida.

No período Kamakura (11921333 d.C.) novos estilos de kumihimo foram desenvolvidos através das novas técnicas criadas no período Heian. Nessa época, o Japão possuía um governo militar que se envolveu em várias guerras contra os mongóis, uma vez que estes tentaram consecutivas vezes invadir o território japonês e dominá-lo. Sendo assim, a necessidade de armaduras cresceu e como consequência a demanda por kumihimo aumentou. Os fabricantes deste

acessório passaram a faturar muito com o mercado bélico. Mergulhava-se os kumihimos em água gelada para aumentar sua resistência. As placas das armaduras dos guerreiros eram unidas por fitas de kumihimo, demonstrado na figura 9, assim como os cabos das espadas eram envoltos por kumihimos afim de proporcionar maior aderência da mão ao material, evitando que a espada escorregasse (figura 10).

6.4 Aberturas de capítulos Em seguida, toda a atenção se voltou para a diagramação das aberturas de capítulos. Foram quatro versões até que se chegasse no resultado esperado.

A primeira e a segunda versões são as mais simplificadas, como mostram as figuras 77, 78, 79 e 80.

Primeira versão:

Figura 7: Reprodução de kumihimo do período Heian.

Figura 8: Kumihimos vermelhos e dourados decorando o templo de Horyuji.

Figura 9: Kumihimos vermelhos amarrados por toda armadura samurai da era Kamakura.

Figura 10: Kumihimos amarelos amarrados ao cabo e à bainha de uma katana da era Kamakura. 17

16

Figura 75: Diagramação e grid do livro Aprendendo a arte do Kumihimo.

Figura 23: kumihimos de camada dupla feitos com taka-dai.

Figura 20: Kaku-dai, com kumihimo sendo trançado.

Figura 21: kumihimos feitos com kaku-dai.

O suporte taka-dai permite que se produza padrões muito mais complexos com desenhos bem elaborados usando uma quantidade maior de linhas, como pode ser visto na figura 22, entretanto só é possível fazer kumihimos planos de uma ou duas camadas, este

último pode ser observado na figura 23. Normalmente as dimensões de um taka-dai são 67,5cm de altura, 86cm de largura e 73cm de pofundidade, porém, existem outros mais antigos muito maiores e com mais braços para se apoiar as linhas.

Figura 22: Taka-dai, tear grande, com kumihimo sendo feito. 26

O ayatake-dai é um equipamento menor que o taka-dai, como se pode observar na figura 24, mas também permite que se faça padrões mais difíceis, esse suporte só possibilita a produção de kumihimos planos assim como no taka-dai com a diferença que no ayatake-dai os fios sofrem bastante torção, alguns exemplos seguem na figura 25. Caso seja necessário um tear

muito grande para fazer um kumihimo extremamente elaborado, existem empresas que fabricam um modelo de tear que faz a junção do taka-dai e do ayatake-dai, conforme a figura 26.

Figura 77: Frente da primeira versão da abertura de capítulo. Figura 24: Ayatake-dai, tear de bambu, com kumihimo em produção.

Figura 25: Kumihimos feitos com ayatake-dai 27

Figura 76: Diagramação e grid do livro Aprendendo a arte do Kumihimo. 74

Figura 78: Verso da primeira versão da abertura de capítulo.

Representação mais abstrata de um kumihimo, enfatizando o ato de trançar os fios. 75


Segunda versão:

A terceira, figura 81 exibida anteriormente, não impressionou, por isso também foi descartada. Buscou-se então imagens fotográficas que fossem impactantes e essas se tornaram a opção definitiva, (figura 82). Cada capítulo começa com uma imagem diferente de um kumihimo profissional com o intuito de mostrar aos leitores as várias possibilidades de trançado que o kumihimo oferece, além de também incentivar o público a treinar e aprimorar suas técnicas e habilidade na hora de fazê-los. Também optou-se por incorporar outro elemento da cultura japonesa que é a escrita. Os números dos capítulos foram

escritos em hiragana, pois este é um dos alfabetos japoneses mais utilizados e conhecidos. Além disso, logo atrás da numeração, foi adicionado uma ilustração vetorial de um disco de kumihimo, remetendo aos tutoriais do livro que utilizam o mesmo modelo de suporte para ensinar como fazer o kumihimo. A inspiração para a diagramação das aberturas de capítulos veio do livro “Kintsugui”, com sua ilustração na entrada de capítulo e “O pequeno livro do bonsai” com suas imagens chamativas, ambos fazem parte da análise editorial feita nos resultados de pesquisa.

Quarta versão: Figura 79: Frente da folha da segunda versão da abertura de capítulo.

Representação mais fiel de um kumihimo.

Figura 80: Verso da folha da segunda versão da abertura de capítulo.

Ilustração vetorial de um disco de kumihimo. いち: “um” escrito em hiragana.

Terceira versão:

Figura 81: Página dupla da terceira versão da abertura de capítulo 76

Figura 82: Página dupla da quarta versão da abertura de capítulo. 77


6.5 Tutoriais

Figura 83: Verso da página de abertura de capítulo.

Figura 84: Abertura de capítulo do livro “Kintsugi”, utilizado como referência.

78

A ilustração do kumihimo é a mesma no rodapé e no verso da página de abertura, porém o kumihimo do rodapé tem opacidade de 100% enquanto a ilustração que ocupa a página inteira tem opacidade de 30%.

Figura 85: Abertura de capítulo do livro “O pequeno livro do bonsai”, utilizado como referência.

O próximo passo foi desenvolver os tutoriais. No Bunkasai distribuiu-se o passo a passo do primeiro kumihimo diagramado nesse projeto, exibido na figura 86. Durante o evento observou-se que vários participantes manifestavam certa dificuldade de entender o tutorial, pois esse apresentava somente a ilustração do disco e seu movimento. Essa dificuldade foi resolvida pela presença do instrutor que apresentou os passos e sanou as duvidas. Para garantir a eficiência desse projeto, os tutorias são compostos de ilustrações em conjunto com fotografias, além de vídeos do instrutor explicando o processo como se o aprendiz estivesse presente na terceira edição do festival Bunkasai. Outra referência utilizada para a construção dos passo a passo foi o livro “Kawaii kumihimo no kyokasho”, apontado na figura 87, este por sua vez não se encontra na análise editorial dos resultados de pesquisa, pois só se teve acesso ao exemplar durante o desenvolvimento do projeto. O livro, Aprendendo a Arte do Kumihimo traz quatro tutoriais, sendo dois trançados já existentes em graus de dificuldade progressivos e outros dois autorais. Cada passo a passo conta com fotografias e ilustrações que demonstram os movimentos a serem

feitos seguidos por um pequeno texto explicativo. No final de cada tutorial adicionou-se um QR Code que direciona o aprendiz para um vídeo, de produção autoral, que ensina a fazer o kumihimo. Estes vídeos foram filmados e editados, um para cada tutorial. As fotografias que ilustram os movimentos dos passo a passo foram feitas por Claudia Adorno no estúdio fotográfico do Centro Universitário Senac e as fotos dos kumihimos prontos, foram realizadas pela autora desse projeto. As fotos e ilustrações foram diagramadas em colunas duplas, porém no texto explicativo utilizou-se uma única coluna, uma vez que os textos são, em sua maioria, pequenos com uma ou duas linhas, exibido na figura 88. Optou-se por colocar a fotografia do kumihimo pronto logo abaixo do título do tutorial para os leitores identificarem o resultado esperado e fazerem os trançados. Nos tutoriais dos kumihimos Yatsu Kongo e Kara Yatsu também foi colocado fotos destes feitos com cores diferentes para exemplificar a variedade de trançados resultante seguindo o mesmo passo a passo, apresentado na figura 89. Para a produção dos kumihimos autorais foram desenvolvidos grades mostrando o padrão que os trançados formam, como mostra a figura 90. 79


Tutorial de Kumihimo

1

Passo 1: Escolha 4 linhas de até 4 cores diferentes (aproximadamente 1 metro de cumprimento) Passo 2: Junte as linhas, dobre ao meio e dê um nó, como mostra a figura abaixo: A

B

Passo 3: Posicionar as linhas no disco e mover a linha rosa conforme indicado pela seta:

Passo 5: Girar o disco 90º, de forma que as linhas azuis fiquem na horizontal

Passo 7: Mover a linha roxa de baixo para cima:

C

*Não é necessário usar as mesmas cores das linhas desse tutorial, o importante é a posição e o movimento das linhas, não tem problema se as cores ficarem diferentes.

Passo 4: Mover a linha azul do lado de baixo para cima como indicado:

Trança Yatsu Kongo

Após ter feito os passos de base, a próxima etapa para se começar a fazer este tutorial, é posicionar as linhas no disco como está indicado na ilustração ao lado, encaixando as linhas nas fendas 32 e 1, 8 e 9, 16 e 17 e 25 e 26. É recomendado utilizar as mesmas cores indicadas na foto, as quais já estão inclusas no kit.

Passo 2: Desencaixe a linha preta da posição 17 e encaixe-a na posição 31.

Passo 6: Mover a linha amarela de cima para baixo:

Passo 8: Girar o disco 90º e repetir o movimento do passo 3.

Passo 1: Desencaixe a linha roxa da posição 1 e encaixe-a na posição 15.

Passo 3: Desencaixe a linha branca da posição 26 e encaixe-a na posição 7.

37

36

Figura 86: Tutoriais desenvolvido para o Bunkasai.

Figura 88: Diagramação página dupla do passo a passo de como fazer kumihimo.

Passo 4: Desencaixe alinha azul da posição 9 e encaixe na posição 24. Em seguida repita os movimentos do passo um ao quatro até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

Passo 4: Desencaixe a linha preta da posição 24 e encaixe-a na posição 2. Em seguida repita os movimentos do passo 1 ao 4 até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, os números em que as linhas se encaixam e as cores estarão diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não aos números e cores.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, os números em que as linhas se encaixam e as cores estarão diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não aos números e cores.

Você também pode fazer esse mesmo kumihimo utilizando duas ou três cores:

Esse kumihimo segue o grid apresentado abaixo

Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code. 38

Figura 87: Tutoriais do livro “Kawaii kumihimo no kyokasho” utilizados como referência. 80

Figura 89: Diagramação do tutorial com QR Code e as imagens de kumihimo como exemplo.

Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code. 48

Figura 90: Diagramação do tutorial de kumihimo autoral com QR Code e grade. 81


6.6 Sumário reta pontilhada, do mesmo estilo que foi utilizada no quarto capítulo “Fazendo Kumihimo”, cada pontilhado leva à duas informações: o número da página que começa o capítulo e o número em japonês do capítulo, seguido pelo nome em português do mesmo. No rodapé optou-se por utilizar a mesma ilustração de kumihimo que as páginas de Lista de imagens e Referências.

Para a capa utilizou-se uma fotografia de kumihimos profissionais. Todas as imagens desses lindos kumihimos foram trazidas afim de apresentar para o aprendiz onde ele pode chegar treinando e aprimorando a técnica. Na porção superior da capa está escrito o título do livro em japonês na escrita hiragana, na inferior o título em português seguido pelo nome da autora. O verso da capa contém uma mensagem dita por uma personagem do filme “Kimi no na wa” chamada Hitoha Miyamizu,

ela é responsável por ensinar sua neta a tradição do kumihimo, por isso considerou-se bastante pertinente a frase “quando as palavras falham, a tradição deve ser transmitida”. Como resultado é possível observar a simplicidade, a beleza e o encanto do kumihimo, suas cores vibrantes dão um tom alegre para o conjunto de elementos. Uma das inspirações para desenvolver a capa foram os livros “Kintsugi” e “Wabi Sabi” os quais fizeram parte da análise editorial nos resultados de pesquisa. を ま な ぶ

“Mesmo se as palavras forem perdidas, a tradição deve ser transmitida.” - Hitoha Miyamizu (Kimi no na wa).

Figura 91: Sumário do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo”. 82

Aprendendo a arte do Kumihimo

Mariana Rossini

Para diagramar o sumário, utilizou-se os vetores dos discos de kumihimo que foram empregados nas aberturas de capítulos, porém neste caso cada disco possui uma cor diferente que corresponde à cor do kumihimo do capítulo a que se refere. Dentro dos discos está escrito os números dos capítulos em português. A partir da ilustração dos discos direciona-se uma

6.7 Capa

く み ひ も の ぎ じ ゅ つ

Aprendendo a arte do

Kumihimo Mariana Rossini

Figura 92: Capa do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo”. 83


6.8 Folhas de guarda As folhas de guarda foram impressas num tom rosa que é o mesmo utilizado como fundo da página dupla apresentada na figura 93, não apresentam ilustrações, padrões ou texturas, com exceção da segunda folha a qual exibe um pequeno texto. Esse texto é uma citação do filme “Kimi no na wa”

da personagem Hitoha Miyamizu, esse trecho tem a intenção de apresentar brevemente o kumihimo de um ponto de vista mais simbólico e espiritual, criando, dessa forma, uma atmosfera mais emocionante em torno do conceito do trançado japonês e não somente técnico.

6.9 Caixa O livro conta com um compartimento em seu interior feito à mão, este sendo uma espécie de caixa com uma gaveta que desliza para fora. Dentro deste compartimento estão organizados os materiais necessários para fazer o kumihimo, são eles: um disco de kumihimo, um peso composto de moedas dentro de um saquinho e 16 linhas coloridas. A caixa tem as mesmas medidas de altura e largura do miolo (24,5x19cm) e revestida com papel

couché 115g impresso com a mesma cor que as folhas de guarda. A última folha de guarda do miolo foi colada na parte superior da caixa, o verso da capa de trás foi colada na parte inferior. A gaveta que encaixa no compartimento interno do livro tem um tamanho um pouco menor para poder deslizar com facilidade (24x18,5cm) também foi revestida com o mesmo papel couché 115g do compartimento.

Figura 93: Folhas de guarda. Figura 94: Caixa anexada ao interior do livro. 84

85


6.10 O livro O resultado do livro foi muito satisfatório, como se pode observar nas figuras 95, 96, 97. O miolo foi impresso em couché 150g e capa dura para proporcionar ao leitor a melhor

experiência possível. Também foi feita uma caixa acoplada ao interior do livro onde estão organizados os materiais para se fazer kumihimo.

Figura 96: Miolo do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo”.

Figura 95: Capa do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo”.

86

Figura 97: Livro “Aprendendo a arte do Kumihimo”. 87


6.11 Memorial descritivo O livro • Formato fechado: 19 x 24,5cm ; • Formato aberto: 28 x 24,5cm; • Lombada: 2,4cm; • Impressão do miolo: papel couché fosco 150g, colorido 4x4; • Impressão da capa - papel duplex supremo duo design 250g, capa dura, colorido 4x0. • Arquivos enviado para impressão em formato PDF/X-1a:2001. Caixa acoplada ao interior do livro • Formato - 19 x 24,5 x 1,2cm (largura, altura, profundidade); • Material - papel cartão duplex 300g; • Papel de revestimento - papel couché 115g, colorido 4x0. Gaveta para encaixe no interior da caixa: • Formato: 18,3 x 23,8 x 0,9cm (largura, altura, profundidade). • Material: papel papel cartão duplex 300g; • Papel de revestimento: papel couché 115g, colorido 4x0.

88

Materiais para fazer kumihimo: • Disco de kumihimo: 10cm de diâmetro. • 16 linhas: 1 metro de comprimento cada, cores dos tutoriais apresentados no livro, linhas de crochê. • Saquinho do peso: 6 x 8cm (largura x altura). Tipografia: • Nunito Sans Regular: para texto corrido, tamanho 12pt; • Nunito Sans Italic: para legendas, tamanho 10pt; • Livvic Medium: para títulos e para a capa, tamanhos: 18pt, 20pt, 32pt, 35pt, 40pt, 42pt, 71pt, 85pt; • Livvic Italic: utilizado na capa e na folha de guarda, tamanho 15pt e 10pt. • Yu Gothic regular: utilizado para frases e palavras escritas em japonês (いち, に, さん, し ...), tamanhos: 17pt, 27pt e 45pt.

Diagramação da Capa: Desenvolvida no software Adobe Illustrator CC 2019. Edição e tratamento das fotografias: Desenvolvido no software Adobe Photoshop CC 2019. Criação das ilustrações vetoriais: Desenvolvida no software Adobe Illustrator CC 2019. Criação das setas pontilhadas dos tutoriais: Desenvolvida no software Adobe InDesign CC 2019. Edição dos vídeos: Desenvolvido no software Adobe Premiere Pro CC 2019 e Adobe Media Encoder CC 2019. Criação do grid dos kumihimos autorais: Desenvolvido no software Adobe Illustrator CC 2019.

Diagramação do miolo: Desenvolvida no software Adobe InDesign CC 2019.

89


Fazendo しち Kumihimo

90

91


0

Passos de base

Antes de começar a trançar o kumihimo, é importante saber quais materiais serão utilizados nos tutoriais descritos neste livro:

Co l den oque a tro do s moe em d bru as lho .

1) Um disco de kumihimo; Fenda

2) Um peso de aproximadamente 100 gramas (cerca de 10 moedas);

3) Linhas coloridas de crochê com mais ou menos 1 metro de comprimento;

93


Os materiais estão disponíveis no kit juntamente com o livro, entretanto, é importante saber que você pode usar outros tipos de linhas, como: lã, linhas para bordado, barbante, linhas de seda, entre outras.

Para começar a fazer qualquer kumihimo é necessário fazer um nó para manter as linhas juntas, nesse caso o nó utilizado será demonstrado no passo-a-passo a seguir:

Passo 4: Continue puxando até o nó ficar bem firme.

Passo 1: Junte as pontas soltas e dobre as linhas ao meio. A quantidade de linhas varia de acordo com o kumihimo que será feito.

Em cima

Em baixo

Passo 5: Passe o nó pelo centro do disco de kumihimo. Em seguida, amarre o peso no nó, este por sua vez tem função de manter os fios mais próximos uns dos outros e deixar a trança mais firme e comprida. É muito importante que o peso fique suspenso, sem ser apoiado em lugar nenhum para que tenha o efeito correto.

Passo 2: Segure as linhas próximo a dobra e posicione em forma de circulo, deixando a dobra por cima.

Em cima

Em baixo

Em baixo

Em cima

Passo 3: Passe a ponta dobrada por trás das linhas e em seguida passe-a por dentro da curcunferência; pegue a ponta dobrada e puxe para cima. 94

Figura 112: Suporte de kumihimo suspenso. 95


1

Trança Yatsu Kongo

Após ter feito os passos de base, a próxima etapa para se começar a fazer este tutorial, é posicionar as linhas no disco como está indicado na ilustração ao lado, encaixando as linhas nas fendas 32 e 1, 8 e 9, 16 e 17 e 25 e 26. É recomendado utilizar as mesmas cores indicadas na foto, as quais já estão inclusas no kit.

Passo 1: Desencaixe a linha roxa da posição 1 e encaixe-a na posição 15.

96

Passo 2: Desencaixe a linha preta da posição 17 e encaixe-a na posição 31.

Passo 3: Desencaixe a linha branca da posição 26 e encaixe-a na posição 7.

97


2

Passo 4: Desencaixe alinha azul da posição 9 e encaixe na posição 24. Em seguida repita os movimentos do passo um ao quatro até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

Trança Kara Yatsu

Após fazer todos os passos de base, para iniciar este tutorial, posicione as linhas no disco como está indicado na ilustração ao lado, encaixando as linhas nas fendas 4 e 5, 12 e 13, 20 e 21 e 28 e 29. É recomendado utilizar as mesmas cores indicadas na foto, as quais já estão inclusas no kit.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, os números em que as linhas se encaixam e as cores estarão diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não aos números e cores.

Você também pode fazer esse mesmo kumihimo utilizando duas ou três cores:

Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code.

98

Passo 1: Desencaixe a linha azul da posição 4 e encaixe-a na posição 14.

99


100

Passo 2: Desencaixe a linha verde da posição 5 e encaixe-a na posição 27.

Passo 4: Desencaixe a linha verde da posição 20 e encaixe-a na posição 30.

Passo 3: Desencaixe a linha azul da posição 21 e encaixe-a na posição 11.

Passo 5: Desencaixe a linha rosa da posição 28 e encaixe-a na posição 4.

101


Passo 5: Desencaixe a linha rosa da posição 13 e encaixe-a na posição 5.

Passo 7: Desencaixe a linha vermelha da posição 12 e encaixe-a na posição 20.

Passo 6: Desencaixe a linha vermelha da posição 29 e encaixe-a na posição 21.

Passo 8: Desencaixe a linha verde da posição 30 e encaixe-a na posição 29.

102

103


Passo 9: Desencaixe a linha verde da posição 27 e encaixe-a na posição 28.

Passo 11: Desencaixe a linha verde da posição 14 e encaixe-a na posição 13. Em seguida repita os movimentos do passo 1 ao 11 até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, as cores das linhas podem estar diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não às cores.

Você também pode fazer esse mesmo kumihimo utilizando duas ou três cores:

Passo 10: Desencaixe a linha azul da posição 11 e encaixe-a na posição 12.

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Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code.

105


3

Trança Autoral

Após ter feito os passos de base, a próxima etapa para se começar a fazer este tutorial, posicione as linhas no disco como está indicado na imagem ao lado, encaixando as linhas nas fendas 32 e 1, 8 e 9, 16 e 17 e 24 e 25. É recomendado utilizar as mesmas cores indicadas na foto, as quais já estão inclusas no kit.

Passo 1: Desencaixe a linha amarela da posição 32 e encaixe-a na posição 10.

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Passo 2: Desencaixe a linha rosa da posição 8 e encaixe-a na posição 18.

Passo 3: Desencaixe a linha azul da posição 16 e encaixe-a na posição 26.

107


4

Passo 4: Desencaixe a linha preta da posição 24 e encaixe-a na posição 2. Em seguida repita os movimentos do passo 1 ao 4 até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

Trança Autoral II

Após ter feito os passos de base, a próxima etapa para se começar a fazer este tutorial, posicione as linhas no disco como está indicado na foto ao lado, encaixando as linhas nas fendas 32 e 1, 8 e 9, 16 e 17 e 24 e 25. É recomendado utilizar as mesmas cores indicadas na foto, as quais já estão inclusas no kit.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, os números em que as linhas se encaixam e as cores estarão diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não aos números e cores.

Esse kumihimo segue o grid apresentado abaixo

Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code.

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Passo 1: Desencaixe a linha preta da posição 16 e encaixe-a na posição 26.

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110

Passo 2: Desencaixe a linha preta da posição 17 e encaixe-a na posição 7.

Passo 4: Desencaixe a linha amarela da posição 8 e encaixe-a na posição 16.

Passo 3: Desencaixe a linha verde da posição 25 e encaixe-a na posição 17.

Passo 5: Desencaixe a vermelha preta da posição 32 e encaixe-a na posição 18.

111


112

Passo 6: Desencaixe a linha vermelha da posição 1 e encaixe-a na posição 15.

Passo 8: Desencaixe a linha amarela da posição 16 e encaixe-a na posição 1.

Passo 7: Desencaixe a linha verde da posição 17 e encaixe-a na posição 32.

Passo 9: Desencaixe a linha preta da posição 26 e encaixe-a na posição 25.

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31 32 1

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2

3

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5 7

8 9

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11

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15 16 17 18 19 14

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Passo 10: Desencaixe a linha preta da posição 7 e encaixe-a na posição 8.

Passo 12: Desencaixe a linha vermelha da posição 15 e encaixe-a na posição 16.

30

31 32 1

2

3

4

20

3

4

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28

2

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8 9

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5

23 24 25 26 22 27

15 16 17 18 19 14

31 32 1

13

5 13

15 16 17 18 19 14

20

Passo 11: Desencaixe a linha vermelha da posição 18 e encaixe-a na posição 17.

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30

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10

4

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3

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2

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31 32 1

6

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5

23 24 25 26 22 27 21 28

29

Passo 13: Desencaixe a linha verde da posição 24 e encaixe-a na posição 31.

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15 16 17 18 19 14

15 16 17 18 19 14

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8

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15 16 17 18 19 14

Passo 16: Desencaixe a linha amarela da posição 1 e encaixe-a na posição 24.

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31 32 1

2

3

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4

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31 32 1

31 32 1

5

5

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30

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4

Passo 14: Desencaixe a linha amarela da posição 9 e encaixe-a na posição 2.

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23 24 25 26 22 27

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15 16 17 18 19 14

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6

23 24 25 26 22 27

5

5 13

15 16 17 18 19 14

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Passo 15: Desencaixe a linha verde da posição 32 e encaixe-a na posição 9.

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8

8

2

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7

31 32 1

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6

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Passo 17: Desencaixe a linha verde da posição 31 e encaixe-a na posição 32.

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31 32 1

2

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8 9

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15 16 17 18 19 14

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Passo 18: Desencaixe a linha amarela da posição 2 e encaixe-a na posição 1. Em seguida repita os movimentos do passo 1 ao 18 até ficar satisfeito(a) com o comprimento do kumihimo.

É importante saber que ao dar continuidade aos movimentos, as cores das linhas estarão diferentes, portanto atente-se à sequência de movimentos feitos em cada etapa e não às cores.

Esse kumihimo segue o grid apresentado abaixo

Você também pode acompanhar esse tutorial pelo YouTube através desse QR Code ao lado, tudo que precisa fazer é enquadar o código na câmera do seu celular que o link aparecerá na tela do mesmo, caso isso não aconteça, você pode baixar um aplicativo de leitura de QR Code.

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はち さ ん

Considerações finais

Realizar este trabalho foi bastante desafiador, transformar uma ideia que surgiu com uma pequena pulseira feita em casa em um trabalho tão grandioso parecia praticamente impossível, entretanto ao realizar esse projeto percebi que não havia nada que eu não fosse capaz de fazer. Apesar de já ter bastante contato com o tema do trabalho, havia muitos aspectos culturais e subjetivos por trás do kumihimo que eu não imaginava, me encantei por esses detalhes, com isso o kumihimo ganhou um lugar ainda mais especial em meu coração. Estudar esses elementos que cercam o kumihimo foi fantástico, pois o projeto me proporcionou muito conhecimento

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não só sobre cultura japonesa, mas também sobre dissertação e procedimentos metodológicos. Criar um design digno de um livro profissional revelou ser um trabalho muito árduo, entretanto muito prazeroso. Ver este projeto evoluindo e adquirindo uma identidade visual mais elaborada e eloquente do que planejei foi uma experiência inesquecível. Ter a oportunidade de divulgar essa técnica incrível que proporcionou ótimos momentos para mim e para mais tantas outras pessoas e poder compartilhar esses momentos com diversos indivíduos proporcionando a melhor experiência possível é um prazer e uma honra inestimável.


きゅ う さん

Anexos

Entrevista com Caroline Honda, Fumio Kokubu, Rosangela Ferreira, Roberta Rios e Yoko Ikeda, praticantes de kumihimo. Como você conheceu o kumihimo? Caroline Honda: Pelo anime Kimi no Na wa. Fumio Kokubu: Conheci assistindo ao filme “KIMI NO NA WA”. Kumihimo é uma cultura tradicional do Japão, mas achei que não era muito conhecido até ser apresentado naquele filme. Rosangela Ferreira: Pelo evento Bunkasai segunda edição. Roberta Rios: Conheci pelo filme Kimi no na wa. Yoko Ikeda: Através de Kokubu sensei. Como aprendeu kumihimo? Caroline Honda: Comecei assistindo alguns tutoriais na internet. Fumio Kokubu: Meu colega tinha o instrumento para fazer kumihimo e emprestou-me. E fiz kumihimo acompanhando o manual que estava junto. Sou um professor de língua japonesa, e estava planejando um festival para apresentar a cultura japonesa. Como kumihimo estava ficando famoso por causa do filme, então, naquele dia, eu escolhi kumihimo como uma das atrações. Rosangela Ferreira: Aprendi na aula de kumihimo do Bunkasai. Roberta Rios: Aprendi com você. Yoko Ikeda: Aprendi no festival Bunkasai, Kokubu sensei me ensinou com um tutorial impresso em uma folha. Você poderia me contar como foi a experiência de aprender humihimo? Caroline Honda: Super gostoso, nem vi a hora passar. Adoro artesanato. Fumio Kokubu: O que eu pensei no início era se o kumihimo seria fácil para os visitantes fazerem. Ao final, cheguei à conclusão que seria fácil e divertido para os visitantes fazerem. Rosangela Ferreira: Excelente, foi mais fácil de fazer do que imaginei. Roberta Rios: Bem, no primeiro Bunkasai, haviam pessoas fazendo kumihimo e isso me chamou atenção, então decidi fazer também. Acabei ficando tão entretida com o kumihimo que passei a tarde inteiro fazendo eles, depois disso virou vício. 122

Yoko Ikeda: Foi muito bom, achei fácil de se fazer, é um passatempo muito legal. Você teve alguma sensação em especial enquanto trançava os fios? Caroline Honda: No começo achei um pouco difícil, mas quando vi que os fios de barbante (sim, usei barbante para crochê) estavam formando um trançado lindo fiquei apaixonada e corri para pesquisar sobre o ‘’marudai’’ para poder fazer outros trançados. Fumio Kokubu: É possível ficar bem concentrado enquanto se está fazendo. Rosangela Ferreira: Tive uma sensação de conforto e paz e quando vi o trançado bonito que estava se formando fiquei bem feliz. Roberta Rios: Me trazia uma sensação boa, como seu naqueles fios eu pudesse depositar qualquer sentimento, se eu estivesse triste, a tristeza ia embora, se estivesse feliz, ficava ainda mais. Yoko Ikeda: Quando estou fazendo kumihimo não penso em mais nada, acalma e distrai. Você teve alguma sensação em especial após terminar o kumihimo? Caroline Honda: Simplesmente amei meu primeiro kumihimozinho, dei ele de presente para alguém especial. Fumio Kokubu: Quando eu percebi, tinha passada muito tempo. Rosangela Ferreira: Adorei meu primeiro kumihimo, assim que terminei já amarrei no meu pulso e usei por um bom tempo sem tirar. Roberta Rios: Uma sensação de alegria e um pouquinho de dor nos dedos. Yoko Ikeda: Fiquei feliz por ter terminado, mas não tão feliz com o resultado. O que mais chamou a atenção no kumihimo? Caroline Honda: Como gosto de samurais, sabia que na armadura eram utilizados kumihimos, mas nunca tinha pensado em fazer um até assistir ao anime. Aprender a trançar partes da armadura de samurai... emocionante, não? Fumio Kokubu: É que leva muito tempo para fazer. Talvez seja assim em qualquer lugar no mundo. Desde os tempos antigos, acredita-se que algum sentimento habita nas coisas que se leva muito tempo para fazer, não é? Rosangela Ferreira: A facilidade de fazer e o resultado muito bonito do trançado. 123


Roberta Rios: A beleza por trás da simbologia do kumihimo. Yoko Ikeda: O kumihimo é um passa-tempo que distrai e dá para fazer enquanto se espera o ônibus, é prático. Gostaria de fazer kumihimo novamente? Caroline Honda: Artesanato é meu hobby e o kumihimo está na lista. Já fiz um monte e vou continuar fazendo. Fumio Kokubu: Depois do festival da escola, às vezes, alguns alunos ainda dizem que querem aprender kumihimo. Por isso, continuo a fazê-lo, ensinando a eles. Rosangela Ferreira: Sim, já estou procurando outros tutoriais. Roberta Rios: Claro que sim. Yoko Ikeda: Sim, já estou fazendo. Você teria alguma sugestão para melhorar o ensino de kumihimo? Caroline Honda: Não se focar apenas na técnica. Acho muito interessante saber a sua história, onde e como eram utilizados, o significado dos nomes de cada tipo de trança... Fumio Kokubu: Seria bom se tivesse material barato e fácil de fazer e um bom manual para iniciantes. Acho que assim, o kumihimo poderia ficar mais conhecido. Rosangela Ferreira: Acredito que ensinar um pouco da história do kumihimo e seu significado também seria interessante. Roberta Rios: Acho que você me ensinou muito bem, por isso consegui aprender. Yoko Ikeda: Não sei dizer. Você conhece a história do Kumihimo? Caroline Honda: Bom, não posso dizer que sei tudo, mas sim, assisti alguns programas a respeito do kumihimo além de ler vários artigos sobre ele. Fumio Kokubu: Há uma história longínqua no Japão. E o que eu acho interessante é que, dependendo da região, há várias histórias também. Rosangela Ferreira: Não conheço, mas gostaria de conhecer. Roberta Rios: Conheço. Yoko Ikeda: Não. Depois que aprendeu você continuou fazendo? Caroline Honda: Sim. Fumio Kokubu: Faço de vez em quando se tiver alunos que queiram aprender a fazê-lo. Rosangela Ferreira: Sim, fiz mais alguns. Roberta Rios: Sim, mas queria ter linhas melhores e o suporte certo para fazer kumihimos melhores. Yoko Ikeda: Sim, fiz um cordão para pendurar meus óculos no pescoço e alguns outros. 124

Se sim, interessou-se por aprender formas diferentes de fazer? Caroline Honda: Não canso de testar novas formas. Fumio Kokubu: Sim. Estou procurando melhores maneiras de fazer, para iniciantes. Rosangela Ferreira: Sim, gosto de fazer trançados diferentes. Roberta Rios: Sim, mas não tenho os suportes e não sei fazê-los. Yoko Ikeda: Sim, já fiz kumihimos de estilos diferentes. Qual suporte você usa para fazer kumihimo? Você comprou ou você fez? Caroline Honda: DIY, redondo e quadrado. Fumio Kokubu: Tenho os de forma redonda e quadrada. No Japão, encontram-se tabelas em loja de artesanato. Rosangela Ferreira: Uso os suportes que a escola forneceu no Bunkasai. Roberta Rios: Eu não tenho mais o meu suporte era de papelão fraco, então partiu ao meio, mas é um sonho de consumo. Yoko Ikeda: Aqueles suportes que vendem nas lojas, ganhei de Kokubu sensei. Que materiais você usa? Caroline Honda: O que tiver em casa está valendo. Comecei com barbante e linha de tricô, agora estou usando linha para bordado. Fumio Kokubu: Uso as linhas de algodão e linhas para bordado. Rosangela Ferreira: Linha de crochê. Roberta Rios: Antes de não ter mais suporte, eu usava linha de tricô. Yoko Ikeda: linha de algodão e para bordado. Você faz o que com o Kumihimo que produz? Caroline Honda: Dou de presente. Fumio Kokubu: É prazeroso usar, dar o kumihimo para as pessoas ou vendê-lo. Mas, acho que vale mais encontrar alguém, aprender, ensinar, passar o tempo juntos fazendo kumihimo. No festival, minha aluna dava aula de kumihimo para visitantes em uma sala. Ela preparava e ensinava com muita animação. Os visitantes participavam com os amigos e pareciam que estavam se divertindo. Eu penso que essas experiências valem muito. Rosangela Ferreira: Eu mesma uso eles. Roberta Rios: Os que eu fiz eu dei de presente para minha irmã e meu noivo, e tenho dois comigo que eu fiz para mim. Yoko Ikeda: Fiz alguns para mim e dei alguns de presente.

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じゅう さん

Lista de tabelas

Tabela 1: Dados técnicos e atributos do livro “Artesanato”. ........................................ 45 Fonte: Autoral Tabela 2: Dados técnicos e atributos do livro “O pequeno livro do bonsai”. .......... 48 Fonte: Autoral Tabela 3: Dados técnicos e atributos do livro “Maquiagem”......................................... 51 Fonte: Autoral Tabela 4: Dados técnicos e atributos do kit “Maquiagem”. .......................................... 54 Fonte: Autoral Tabela 5: Dados técnicos e atributos do livro “Kintsugi”. ............................................. 57 Fonte: Autoral Tabela 6: Dados técnicos e atributos do livro “Wabi Sabi”. ......................................... 60 Fonte: Autoral Tabela 7: Dados técnicos e atributos do livro “Shinsetsu”. .......................................... 62 Fonte: Autoral

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127


じゅう さ ん いち

Lista de imagens

Figura 1: Ilustração vetorial de padrão de kumihimo ....................................................... 5 Fonte: Autoral

Figura 12: Reprodução de kumihimo do período Asuka ou Nara ............................. 25 Fonte: http://domyo.co.jp/en/history/

Figura 2: Ilustração vetorial de padrão de kumihimo ....................................................... 7 Fonte: Autoral

Figura 13: Reprodução de kumihimo do período Heian ............................................... 26 Fonte: http://domyo.co.jp/en/history/

Figura 3: Imagem de abertura do capítulo 1 - Introdução ........................................... 12 Fonte: https://www.rejiquar.com/rw/Kumihimo/japanese_kumi_green

Figura 14: Kumihimos vermelhos e dourados decorando o templo de Horyuji ............ 26 Fonte: http://www.nippobrasil.com.br/3.turismo/n070.php

Figura 4: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 1 - Introdução ......................... 14 Fonte: autoral

Figura 15: Kumihimos vermelhos amarrados por toda armadura samurai da era Kamakura ................................................................................................................................... 27 Fonte: https://artsandculture.google.com/exhibit/GAIi8e97r03CLw

Figura 5: Ensinando kumihimo no Festival Japão em Bragança Paulista - SP ......... 15 Fonte: Rosangela Rossini Ferreira Figura 6: Bunkasai, festival de cultura japonesa ............................................................. 17 Fonte: Autoral Figura 7: Imagem de abertura do capítulo 2 - O Kumihimo ........................................ 18 Fonte: https://arvr.jp/camerastrap-2/ Figura 8: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 2 - O Kumihimo ....................... 20 Fonte: autoral Figura 9: Kumihimos coloridos .............................................................................................. 21 Fonte: https://kogeijapan.com/locale/en_US/kyokumihimo/ Figura 10: Imagem de abertura de capítulo 3 - Kumihimo através das eras ......... 22 Fonte: https://www.kimonomaedchen.com/listing/603397396/obijime-kumihimo-belt-white-with-pink Figura 11: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 3 - Kumihimo através das eras ................................................................................................................................... 24 Fonte: autoral.

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Figura 16: Kumihimos amarelos amarrados ao cabo e à bainha de uma katana da era Kamakura ............................................................................................................................. 27 Fonte: https://worldwidearmory.com Figura 17: Kumihimos feitos com técnica ayadashi ....................................................... 28 Fonte: http://www.taito-culture.jp/craft/kumihimo/english/guide_02.html Figura 18: Kimono feito de seda, produzido no século XVII ........................................ 28 Fonte: https://www.marubeni.com/en/insight/collection/kimono/ Figura 19: kumihimo vermelho utilizado como obijime ................................................. 29 Fonte: http://kimonoandkitsuke.blogspot.com/2005/05/kimono-couple.html Figura 20: Imagem de abertura do capítulo 4 - Técnicas e teares ............................ 30 Fonte: https://www.kimonomaedchen.com/listing/603371134/obijime-kumihimo-belt-pink-with-white Figura 21: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 4 - Técnicas e teares ........... 32 Fonte: autoral Figura 22: Nishioka utilizando a técnica de manipulação de loop para fazer um kumihimo ..................................................................................................................................... 33 129


Fonte: https://artsandculture.google.com/exhibit/GAIi8e97r03CLw

Fonte: https://prumihimo.com/resources/braiding-square-plate2/

Figura 23: Pessoa utilizando a espátula para deixar os fios do kumihimo mais juntos ................................................................................................................................ 34 Fonte: http://domyo.co.jp/en/craftmanship/

Figura 37: Kumihimos feitos com suporte portátil ......................................................... 39 Fonte: https://vvh6150.wordpress.com/kumihimo-japanese-braids/

Figura 24: Reconstrução de Ryo-men kikko-gumi ......................................................... 35 Fonte: http://www.texte.co.jp/makiko/works.html Figura 25: Kaku-dai, tear quadrado .................................................................................... 35 Fonte: https://thebraidsociety.wildapricot.org/page-1856661 Figura 26: Kaku-dai, com kumihimo sendo trançado .................................................... 36 Fonte: https://thebraidsociety.wildapricot.org/page-1856661 Figura 27: kumihimos feitos com kaku-dai ....................................................................... 36 Fonte: https://thebraidsociety.wildapricot.org/page-1856661 Figura 28: Taka-dai, tear grande, com kumihimo sendo feito ..................................... 36 Fonte: http://braidershand.com/ Figura 29: kumihimos de camada dupla feitos com taka-dai ..................................... 37 Fonte: http://www.weavershand.com/kgallery12.html Figura 30: Ayatake-dai, tear de bambu, com kumihimo em produção .................... 37 Fonte: https://www.stahlundseide.de/html/flechtgerate.html Figura 31: Kumihimos feitos com ayatake-dai ................................................................ 37 Fonte: http://www.kumihimo.de/html/geschichte.html Figura 32: Junção do taka-dai com o ayatake-dai em um único tear ....................... 38 Fonte: http://braidershand.com/equipment/takadai/ Figura 33: Maru-dai, tear redondo, com kumihimo em produção ............................. 38 Fonte: http://braidershand.com/ Figura 34: Kumihimos feitos com maru-dai ..................................................................... 38 Fonte: http://www.englisch.kumihimo.de/html/history.html Figura 35: Suporte redondo para kumihimo caseiro ..................................................... 39 Fonte: https://www.etsy.com/shop/lythastudios/ Figura 36: suporte quadrado e oval para kumihimo caseiro ....................................... 39 130

Figura 38: Imagem de abertura do capítulo 5 - Resultados de pesquisa ............... 40 Fonte: http://domyo.co.jp/en/craftmanship/ Figura 39: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 5 - Resultados de pesquisa .... ......................................................................................................................................................... 42 Fonte: autoral Figura 40: Capa do livro “Artesanato” ................................................................................ 43 Fonte: https://www.saraiva.com.br/artesanato-o-guia-definitivo-de-tecnivas-para-a-producao-de-estamparia-mosaico-5375017.html Figura 41: Tutoriais do livro “Artesanato” ......................................................................... 44 Fonte autoral Figura 42: Disposição de imagens do livro “Artesanato” ............................................. 44 Fonte: autoral Figura 43: Capa do livro “O pequeno livro do bonsai” .................................................. 46 Fonte autoral Figura 44: Página 56 do livro “O pequeno livro do bonsai” ......................................... 47 Fonte: autoral Figura 45: Página 59 do livro “O pequeno livro do bonsai” ......................................... 47 Fonte: autoral Figura 46: Abertura de capítulo do livro “O pequeno livro do bonsai” .................... 47 Fonte: autoral Figura 47: Capa do livro “Maquiagem” .............................................................................. 49 Fonte: autoral Figura 48: Página 134 do livro “Maquiagem” .................................................................. 50 Fonte: autoral Figura 49: Página 211 do livro “Maquiagem” .................................................................. 50 Fonte: autoral

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Figura 50: Abertura de capítulo do livro “Maquiagem” ................................................. 50 Fonte: autoral

Figura 64: materiais utilizados nas aulas .......................................................................... 65 Fonte: Robertt dos Anjos Souza

Figura 51: Kit do livro “Maquiagem” aberto ..................................................................... 52 Fonte: https://bit.ly/2r4DugE

Figura 65: Participantes das aulas de kumihimo ............................................................ 66 Fonte: Robertt dos Anjos Souza

Figura 52: Kit do livro “Maquiagem” fechado ................................................................... 53 Fonte: https://bit.ly/2r4DugE

Figura 66: Participantes das aulas de kumihimo ............................................................ 66 Fonte: Robertt dos Anjos Souza

Figura 53: Kit do livro “Maquiagem” composto por um livro, dois pincéis e uma espoja ................................................................................................................................................ 53 Fonte: https://bit.ly/2r4DugE

Figura 67: Participantes das aulas de kumihimo ............................................................ 66 Fonte: Robertt dos Anjos Souza

Figura 54: Capa do livro “Kintsugi” ..................................................................................... 55 Fonte: autoral Figura 55: Sumário do livro “Kintsugi” ............................................................................... 56 Fonte: autoral Figura 56: Página do livro “Kintsugi” .................................................................................. 56 Fonte: autoral Figura 57: Abertura de capítulo do livro “Kintsugi” ....................................................... 56 Fonte: autoral Figura 58: Capa do livro “Wabi Sabi” ................................................................................. 58 Fonte: autoral Figura 59: Sumário e abertura de capítulo do livro “Wabi Sabi” ............................... 59 Fonte: autoral Figura 60: Página do livro “Wabi Sabi” .............................................................................. 59 Fonte: autoral Figura 61: Capa do livro “Shinsetsu o poder da gentileza” ......................................... 61 Fonte: autoral Figura 62: Página do livro “Shinsetsu: o poder da gentileza” ..................................... 62 Fonte: autoral Figura 63: preparativos para o Bunkasai ........................................................................... 65 Fonte: Robertt dos Anjos Souza

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Figura 68: Partiipantes das aulas de kumihimo .............................................................. 66 Fonte: Robertt dos Anjos Souza Figura 69: Imagem de abertura do capítulo 6 - Desenvolvimento do projeto ............. 68 Fonte: https://www.jplusbdesign.com/store/p1002/NSB001_Silk_Kumihimo_Bracelet_with_Swarovski_Glass.html Figura 70: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 6 - Desenvolvimento do projeto ................................................................................................................................................. 70 Fonte: autoral Figura 71: Teste de fonte para texto corrido .................................................................... 72 Fonte: autoral Figura 72: Teste de fonte para título ................................................................................... 72 Fonte: autoral Figura 73: grid de duas colunas do livro “Maquiagem” ................................................ 73 Fonte: autoral Figura 74: grid de duas colunas do projeto. “Aprendendo a arte do Kumihimo” ......... 73 Fonte: autoral Figura 75: Diagramação e grid do livro Aprendendo a arte do Kumihimo ............. 74 Fonte: autoral Figura 76: Diagramação e grid do livro Aprendendo a arte do Kumihimo ............. 74 Fonte: autoral Figura 77: Frente da primeira versão da abertura de capítulo ................................... 75 Fonte: autoral 133


Figura 78: Verso da primeira versão da abertura de capítulo ..................................... 75 Fonte: autoral

Figura 91: Sumário do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo” ................................ 82 Fonte: autoral

Figura 79: Frente da folha da segunda versão da abertura de capítulo .................. 76 Fonte: autoral

Figura 92: Capa do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo” ...................................... 83 Fonte: autoral

Figura 80: Verso da folha da segunda versão da abertura de capítulo ................... 76 Fonte: autoral

Figura 93: Folhas de guarda .................................................................................................. 84 Fonte: autoral

Figura 81: Página dupla da terceira versão da abertura de capítulo ........................ 76 Fonte: autoral

Figura 94: Caixa anexada ao interior do livro ................................................................... 85 Fonte: autoral

Figura 82: Página dupla da quarta versão da abertura de capítulo .......................... 77 Fonte: autoral

Figura 95: Capa do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo” ...................................... 86 Fonte: autoral

Figura 83: Verso da página de abertura de capítulo ...................................................... 78 Fonte: autoral

Figura 96: Miolo do livro “Aprendendo a arte do Kumihimo” ...................................... 87 Fonte: autoral

Figura 84: Abertura de capítulo do livro “Kintsugi”, utilizado como referência ............. 78 Fonte: autoral

Figura 97: Livro “Aprendendo a arte do Kumihimo” ...................................................... 87 Fonte: autoral

Figura 85: Abertura de capítulo do livro “O pequeno livro do bonsai”, utilizado como referência ......................................................................................................................... 78 Fonte: autoral

Figura 98: Imagem de abertura de capítulo 7 - Fazendo kumihimo ......................... 90 Fonte: https://www.kimonomaedchen.com/listing/617206975/obijime-kumihimo-belt-yellow-with-white

Figura 86: Tutoriais desenvolvido para o Bunkasai ........................................................ 80 Fonte: autoral

Figura 99: Imagem de padrão de kumihimo capítulo 7 - Fazendo kumihimo p.92 Fonte: autoral

Figura 87: Tutoriais do livro “Kawaii kumihimo no kyokasho” utilizados como referência ............................................................................................................................................ 80 Fonte: autoral

Todas as fotografias dos tutoriais do capítulo 4: Fazendo kumihimo, foram tiradas por Claudia Adorno, com exceção das fotografias dos kumihimos prontos, pois estas são autorais.

Figura 88: Diagramação página dupla do passo a passo de como fazer kumihimo .. ......................................................................................................................................................... 81 Fonte: autoral

Todas as ilustrações vetoriais dos tutoriais do capítulo 4: Fazendo kumihimo são autorais.

Figura 89: Diagramação do tutorial com QR Code e as imagens de kumihimo como exemplo ............................................................................................................................ 81 Fonte: autoral Figura 90: Diagramação do tutorial de kumihimo autoral com QR Code e grade ....... 81 Fonte: autoral

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Todas os vetores dos kumihimos nos rodapés das páginas são autorais, assim como os vetores do disco de kumihimo. Imagem da capa do livro: Fonte: https://ombrato.com/collections/vendors?q=Showen%20Kumihimo

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じゅう さにん

Referências

BARROS, Clóvis de. Shinsetsu: o poder a gentileza. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2018. 272 p. CAREY, Jacqui. Japanese Braiding: The Art of Kumihimo. Grã-Bretanha: Search Press Studios. DOMYO. The History of Kumihimo. Domyo, 2016. Disponível em: <http://domyo. co.jp/en/history/>. Acesso em: 12 mar. 2019. HUGHES, Kath; HUGHES, Malcolm. O Pequeno Livro do Bonsai: como dominar a arte do cultivo de árvores em miniatura. São Paulo: Quarto Editora, 2018.

TACHIBANA MUSEUM. Japanese Braided Cords. Google Arts & Culture, 2019. Disponível em: <https://artsandculture.google.com/exhibit/GAIi8e97r03CLw>. Acesso em: 21 mar. 2019. TADA, Makiko. Kawai kumihimo no kyokasho: Hajimete demo kantan ni tsukureru gojittori no kumikata to akusesari no tsukurikata. Seibundoshinkosha, 2014. YANG, Sunny; NARASIN, Rochelle M. Textile Art of Japan. Japão: Shufunotomo Co., Ltd., 1989.

KEMPTON, Beth. Wabi Sabi. Rio de Janeiro: Editora Best Seller, 2018. KIMI no na wa. Direção de Makoto Shinkai. Japão: CoMix Wave Films, 2016. 1 DVD (103 min.). KINDERSLEY, Dorling. Artesanato: o guia definitivo de técnicas para a produção de estamparia, mosaico, bijuterias, velas e muito mais. São Paulo: Publifolha, 2015. MCRAE, Pru. Braiding with the square plate. Prumihimo, 2019. Disponível em: <https://prumihimo.com/resources/braiding-square-plate2/>. Acesso em: 18 mar. 2019. SANTINI, Céline. Kintsugi: a arte japonesa de encontrar forças na imperfeição. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2019. 256 p. SCHMITZ, Juliana L. Raskin. Japanese Kumihimo, the Art of Silk Braiding. Kumihimo, 2007. Disponível em: <http://www.englisch.kumihimo.de/html/history.html>. Acesso em: 20 mar. 2019. SPENCER, Kit. Maquiagem: os segredos dos profissionais. São Paulo: Quarto Editora, 2012. 136

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“Mesmo se as palavras forem perdidas, a tradição deve ser transmitida.” - 140 Hitoha Miyamizu (Kimi no na wa).


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