Revista UM #1 junho 2021

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evista

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design & fotografia

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revista de design e fotografia _ projeto de extensão _ centro universitário senac são paulo


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editoria

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ma revista é sempre o momento de refletirmos sobre ideias no tempo que passa por nós. Nesta primeira edição da Um temos a anotação de momentos especiais de nossas vidas. A curadoria

de Juliana Palladino estabelece um olhar poético sobre a produção imagética de estudantes de fotografia. A escolha das fotos dá sentido e conjunto a fragmentos de cada vivência íntima e apartada. A pandemia nos fez repensar tudo e o que era um espaço de distanciamento se mostrou nosso novo lugar de ação. Em entrevistas com ex-senacreanos - Claudia Adorno de Fotografia, Mariana Rossini e Vitor Manduchi de Design - podemos compreender a vida de quem está em busca de sua identidade como pessoa e profissional. Uma trajetória que demonstra estrutura, sensibilidade e vontade de fazer o mundo mais legal. Notem como o aprendizado de cada um os moldou como indivíduos que constroem efetivamente o modo como compreendem o mundo. A ideia de um aprendizado multidisciplinar é inerente aos cursos de Senac. Quando identificamos a graduação que desejamos vislumbramos a importância de vivenciá-la em diferentes formatos. Assim ensino, pesquisa e extensão dão base ao nosso centro universitário e nos define como parte de uma ecologia do conhecimento. Expressão lúdica deste aprendizado se encontra no Brincar, um projeto coordenado pela professora Fábia Campos voltado à comunidade em que a experiência da ludicidade transmuta no saber. Em Projetos você poderá ver como utilizamos os processos de design para a sociedade...ora atendendo necessidades humanas ora criando delicadezas urbanas. Vale ressaltar o projeto Mame que conquistou bronze na categoria Design de Impacto Positivo Categoria Estudantes no Brazil Design Award de 2020 promovido pela Abedesign. A Revista Um chega em boa hora e nos traz o exercício editorial das práticas da fotografia e do design. Um ambiente gráfico de palavras, imagens e ideias que se encontram em nossas inúmeras formas de pensar.

Nelson Urssi Coordenador do curso de design 4


sumári

expedient Centro Universitário Senac Santo Amaro Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823 Santo Amaro, São Paulo - SP https://www.sp.senac.br Coordenação do curso Nelson José Urssi (design) Felipe Barros (Fotografia) Revista desenvolvida por alunos dos cursos de Design e Fotografia que participaram do Projeto de Extensão - Revista 1 com direção dos professores responsáveis. Professores responsáveis Denize Roma de Barros Galvão Jair Alves da Silva Junior Alunos participantes do projeto Adriano Oliveira Navega Ana Clara Rizardi Araújo Denis Alves Guilherme Gonçalves Menghini Isabella Chiam Perrote Isabella Lima de Araujo Juliana Palladino Luciana Yuri Sassaqui Mariana de Araújo Fortes Sabrina Hammel Cattaneo Contribuíram nessa edição Ana Luíza Brigagão Affonso Arthur Borel Lima Eliseu Celestino Bezerra da Silva Robson Gomes Chotoli Foto da capa Julia Herrmann editorial.revista1@gmail.com

6 A pandemia fotografada

18 Brincar Projeto de extensão 24 TCC Viva Zine 16 Depois do TCC Kumihimo 22 Prata da casa Vitor Manduchi 30 Fotografia Autoral 50 Projetos de design Conectar, Construir, Identificar,Editar & Publicar


Curadoria de Juliana Palladino

A Pandemia Fotografada_

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Fotografia


Pandemia

Em março de 2020, o estado de São Paulo deu início a um protocolo de quarentena, decorrente da pandemia do vírus COVID-19. Os alunos do Bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac, em isolamento, documentaram acontecimentos físicos e emocionais decorrentes desta crise de saúde mundial.

Flávia Yumi.

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Fotografia

Aquele-Longo-Tempo, Flávia Yumi.

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Pandemia

Primeiros meses de COVID-19 no Brasil, Eliane Matos.

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Fotografia

Vida em Quarentena, Beatriz Lucato.

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Pandemia

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Fotografia

Pandemia, Marina Anahí.

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Pandemia

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Fotografia

Perda de identidade no isolamento social, Juliana Palladino.

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Pandemia

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Romaria, Eduardo Barbosa.

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Fotografia


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Pandemia

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Design

projeto de extensão universitária

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Projeto de extensão

O que caracteriza um projeto de extensão universitário é a trabalho multidisciplinar, envolvendo diversos cursos e especialidades. O Projeto Brincar: ludicidade e inclusão une os pilares comunidade, alunos e professores. por Sabrina Hammel e Luciana Yuri

Este projeto de extensão acontece desde 2008, com parceiros e propostas diferentes, dentre eles podemos destacar a comunidade Valquiria do Capão Redondo, a comunidade do Ato Cidadão, a Assistência à criança Samaritana, a Creche Mamãe Operária, a ONG grão da vida, a BRASCRI, o Recanto de Interlagos, o Caminheiros do Amor, a GNV, o espaço TK (escola para crianças com deficiências múltiplas) e a AACD (por três anos seguidos 2016, 2017, 2018). O tema principal do projeto é a utilização de informações multissensoriais, sendo assim foram criados jogos, livros, brinquedos, estações de trabalho, de aproveitamento e de lazer, sempre trabalhando com o corpo, os aromas e a linguagem visual. Em 2019, foi a primeira vez em que fizeram uma brinquedoteca voltada para o próprio Senac. Hoje o projeto tem uma página no site do Centro Universitário que apresenta a proposta e toda a brinquedoteca, que é inteiramente replicável e virtual. 19


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Design

Em 2020, com o isolamento social causado pelo COVID-19, o projeto passou a ter um caráter ainda relevante dentro do convívio familiar. Pois, a plataforma disponibiliza aos usuários 110 brinquedos, que podem ser produzidos em casa, bastando ter acesso a um computador conectado à internet e a serviços de impressão. Também em 2020, uma nova parceira, a ONG Design Possível, trouxe uma comunidade diferenciada, abrangendo pela primeira vez a população adulta (principalmente mulheres com mais de 45 anos) de cunho empreendedor, em que o treino se faz de forma lúdica através de jogos interativos. Com isso

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o projeto passou a ter como proposta promover a economia solidária. Entretanto, com a pandemia, o projeto ficou com o time reduzido, tendo somente 12 alunos trabalhando em dois grupos para fazer os jogos. No primeiro semestre foi criado o jogo do “Estilista de sorte” e o “Rei Feiticeiro”. Além disso, a quantidade de jogos produzidos, tiveram uma redução em relação ao ano anterior, contudo, esses são muito maiores, mais elaborados e com mais regras. Os protótipos, junto de todas as peças produzidas (pinos, marcadores, cartas e tabuleiros), serão doadas.


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Projeto de extensão

Interessante, multidisciplinar e multi sensorial pros jovens do lar escola AACD. Profa. Fabia Tuchsznajder Campos

2019, coleção “Somar & Amar”. Pesquisa: Joana Brasileiro; Fotografias: Thales Xavier; Design Gráfico: Isabella Chiam, Luciana Yuri Sassaqui, Melissa Caniatto, Milena de Jesus Santos, Sabrina Hammel Cattaneo e Tais Akemi Kawaguti. Mockup digital feito com o programa Rhinoceros 6 3D.

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Design

Acima: 2019, “Coleção Folclore”.

Ao lado: 2020, mockup do jogo “Estilista de Sorte”.

Participantes: Isabella Chiam, Jade Zorzetto

Design de Moda: Rafael Junior; Design Gráfico:

M. Leite, Felipe Castello Branco, Natali

Tifany Silva, Melissa Caniatto, Luiz Eduardo

Santa Rosa M. e Bruno Pacheco

Penna e Karina Matsushita; Animação: Tais Akemi Kawaguti.

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Projeto de extensão

Hoje a gente está a todo vapor, fazendo, brincando, como sempre, nos tornando crianças a cada quinta-feira. Profa. Fabia Tuchsznajder Campos

De acordo com a coordenadora, Fabia Tuchsznajder Campos, “tem sido uma experiência diferenciada, as pessoas estão esperando aquele momento pra se juntar, porque é um momento que a gente primeiro conversa, abre o coração, desabafa.” Ela também ressalta que no começo da pandemia no Brasil, março e abril, estavam todos muito preocupados com tudo o que poderia acontecer e com o projeto Brincar, porém, conseguiram se unir e desabafar sobre seus medos e angústias.

Para ver mais sobre os projetos, acesse o site: www.divulgacaocientifica.sp.senac.br/brincar

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Fotografia

VIVA ZINE

cláudia adorno

Entrevistamos a ex-senacreana Cláudia Adorno para sabermos mais sobre o seu processo na construção de sua monografia VIVA Zine Book - Mulheres que retratam mulheres, que tem como objetivo divulgar e publicar o trabalho fotográfico de mulheres na contemporaneidade. Por Juliana Palladino

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Prata da Casa

Autorretrato de Cláudia Adorno

O que te levou ao tema do trabalho? Vivências pessoais e globais de percepção do apagamento das mulheres na história da arte no geral. O quão importante é discutir o apagamento de mulheres na história da fotografia? Para além da noção histórica para a arte, é preciso discutir esse apagamento como reparação e uma oportunidade para fundamentar melhor a história e o mercado da arte para as mulheres artistas que estão no agora e virão no futuro. Como se deu a escolha das fotógrafas que tiveram seus trabalhos publicados na revista? Além da identificação, procurei escolher mulheres fotógrafas que enquanto indivíduos tivessem vivências distintas, pois acredito que

essas vivências refletem em seus trabalhos, trazendo assim uma abordagem ampla e com uma real diversidade. Como se deu a escolha das fotógrafas de referência mencionadas na revista? A princípio eu fiz uma pesquisa enorme com uma listagem de mais de 50 fotógrafas, então selecionei as que tinham contribuído diretamente para a fundamentação técnica e histórica da fotografia. Por que uma revista como suporte? O ramo editorial e curatorial do processo da revista sempre foi de enorme identificação pra mim e com a ideia de fazer o projeto sair do âmbito acadêmico para virar um produto, o suporte mais “democrático” que eu encontrei foi a revista. 25


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Fotografia

Para mim, minha maior descoberta foram fotógrafas que nunca haviam sido mencionadas em lugar algum.

Como foi o processo de criação / montagem da revista? Ele foi super digital, eu tinha referências estéticas bem formadas na cabeça, queria misturar formas pictóricas abstratas e fotografia. Com isso estabelecido, o processo de criação foi todo computadorizado. 26

Quais são as suas relações, diretas e indiretas, com o tema do trabalho? Como essa criação sua te impactou? Das minhas relações diretas, pude contatar e conhecer trabalhos de fotógrafas contemporâneas incríveis e efetivar laços pessoais e profissionais com as mesmas. Das indiretas,


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TCC

talvez tenha sido explorar a história da fotografia por um viés do qual eu nunca tinha conhecido, conhecer o trabalho de fotógrafas que fundamentaram a fotografia e mesmo assim não estão em livros ou museus. Como fluiu a pesquisa para o projeto? Quais foram as suas descobertas ou direções? A pesquisa se deu por dois temas: o apagamento da mulher na história da arte e a pesquisa de fotógrafas no mundo todo. Para mim, minha maior descoberta foram fotógrafas que nunca haviam sido mencionadas em lugar algum além de seus próprios espaços. Quais outras áreas de conhecimento, além da fotografia, foram importantes para a construção do projeto? História da arte e práticas de design. A VIVA e seu processo criativo e de pesquisa para/com ela influenciou seus trabalhos posteriores? Como? Sim e não, eu parei de fotografar por hora, por escolha minha. Porém, a pesquisa em dados me afetou muito no olhar curatorial e prático enquanto trabalhando em galerias de arte e projetos de produção e curadoria do qual eu faço parte. Sobre qual mulher fala o feminismo? Todas. Desde mim, do alto do meu privilégio branco, às mulheres negras ou não brancas, a corpos não padrões, etc. Ou pelo menos ele tem que falar de todas.

Acima: Fotografia de Giulia Brasil Ao lado: Fotografia de Geovanna Seccafien

Fale um pouco mais do projeto, algo que não coube nas respostas anteriores mas que é importante ou desejado de ser mencionado. Vale mencionar que esse projeto ainda vai ser revisitado várias vezes, mas mais de forma prática e profissional, pretendo transformar ele num espaço e acontecimento para mulheres fotógrafas. 27


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Prata da Casa

KUMIHIMO

Conversamos com a ex-senacreana Mariana Rossini, sobre a trama da vida durante e depois do seu TCC. por Denis Alves e Isabella Chiam fotografia Lux Sakurai

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Prata dado Depois Casa TCC

を ま な ぶ

く み ひ も の ぎ じ ゅ つ

Como você chegou no Kumihimo como assunto para o seu TCC? Foi a maior doideira, eu sempre gostei da cultura japonesa e já faço aula de língua japonesa faz um tempinho. Todos os alunos organizam um evento e eu me candidatei para aprender a fazer Kumihimo e ensinar as pessoas. E desde o início, tivemos uma resposta muito boa. Isso foi uns três meses antes do último ano da faculdade, eu ainda não sabia o que eu queria fazer de TCC. Lembro de chegar para a professora Fábia Campos e perguntar se ela queria ser minha orientadora e apresentei o Kumihimo para ela: ‘É um trançado japonês que a gente faz à mão, com a ajuda de um suporte. Um artesanato que normalmente eu uso como pulseira. Ela falou: ‘Uma pulseira?’, ‘Não, é um artesanato’. Então ela perguntou ‘Mas o quê que você gosta de fazer sobre isso?’, ‘Eu gosto de ensinar as pessoas a fazer isso’, porque para mim isso é a melhor parte, ensinar as pessoas. Chegamos num consenso de fazer um TCC sobre ‘Aprendendo a arte do Kumihimo.’

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Design

O Kumihimo foi sua primeira opção? Antes eu ia fazer algo relacionado com livro, box de colecionador, edição especial… Ai eu larguei tudo para fazer o Kumihimo, eu falei: “Não, eu vou fazer esse negócio.” Qual foi a maior dificuldade no TCC? Uma das maiores dificuldades foi o contexto histórico, porque não tem nada em português, eu achei pouca coisa. Tive que pesquisar em inglês e achei muita coisa em espanhol. O meu perrengue maior foi no TCC1 mesmo, de levar dados, fiquei horas procurando sobre o assunto e pesquisei muito sobre a história do kimono, porque muitos anos atrás era usado como adorno para segurar o kimono. No TCC2, fiquei muito frustrada, porque eu não conseguia achar um design que me agradasse e nem a minha orientadora. Ela dizia: ‘Você é capaz de fazer melhor’, e eu estava: ‘Não, vamos deixar assim, só quero acabar isso!’. Eu agradeço demais a Fábia por pegar no meu pé, porque o resultado foi maravilhoso, fiquei encantada com o livro. Ficou lindo, fiz até uma gavetinha, que encaixa dentro do livro, com todos os materiais que você precisa para fazer o kumihimo [...] na hora que eu vi valeu a pena todo o perrengue, todo nervosismo, frustração, as noites dormindo às 4, 5 horas da manhã. Na época me impactou muito, mas valeu totalmente a pena. Como foram as suas experiências durante o período de estágios? Eu comecei estagiando, no quinto semestre, numa empresa chamada Artmage, que faz quadros e espelhos, eu fazia muito trabalho

repetido de preparar os quadros para impressão, catalogava e subia as imagens para o site. Era um trabalho bem repetitivo. Eu fiquei um pouco mais de um ano. Depois eu tive a oportunidade pelo CIEE, de uma outra empresa de tecnologia, mas eu ia ganhar a mesma coisa, só que 4hr por dia. Eu fiquei responsável por desenvolver o site deles, e foi um desafio e tanto. Quando entrei lá, eu imaginei que teria alguém para fazer a parte de html, mas estava erradíssima, tive que escrever todo o código do site. Sai dia 30 de Dezembro, depois de 8 meses mais ou menos, assim que terminei a minha faculdade, depois de entregar o site. Por ser uma empresa pequena, não ligavam para design da empresa, tirando o site. Em seguida, eu já tinha feito uma entrevista na Docket, passei e comecei dia 6 de Janeiro. Então nem tive folga, todos esses anos de estágio, nunca peguei uma folga. E eu trabalho com as redes sociais da empresa, facebook e instagram. Conte-nos sobre como você conseguiu esses estágios e como foram os processos seletivos. Para mim não foi difícil, sempre arrumei rapidinho emprego. Eu nunca passei por processos seletivos muito longos, eles foram bem parecidos: eu enviei currículo, eles gostaram, então enviei algumas peças de design para eles verem o que eu sabia fazer. Só no meu primeiro estágio que eu tive que fazer uma redação e um teste de lógica. Mas nunca foi um processo seletivo muito longo. Meu primeiro estágio eu vi no grupo do facebook do Senac, o segundo o CIEE entrou


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Depois do TCC

em contato comigo perguntando se eu estava interessada na vaga. Na Docket, eu vi num site de vagas. No Senac, antes dos estágios nas empresas, você participou de algum projeto de extensão, iniciação científica do curso? Eu comecei a participar de um projeto de extensão com a professora Fábia, para criar um livro interativo, mas estava começando meu estágio e tendo problemas para entregar as atividades. Acabei pedindo para sair do projeto, porque não estava dando. Porque extensão não é brincadeira. Sem falar que é bacana que você pode ter experiência com pessoas de outras áreas. Como está sua recente vida pós-TCC? Trabalho, projetos... E a transição do presencial para o home office forçado na pandemia? Foi uma loucura total, foi difícil para se acostumar. Apesar do perrengue de pegar 500 ônibus, metrô e trem, para mim é complicado home office, porque não tem hora de parar pra mim. E na minha empresa tem ponto para bater online [...] e eu esqueço de bater o ponto,e eu levo várias broncas. Nos meus estágios, eu era sempre encarregada de fazer mais coisas do que um estagiário deveria fazer. Era para terem contratado um social media, mas por causa da Pandemia não conseguiram, e eu fiquei encarregada e tinha 0 ex-

periência, então eu tive muita dificuldade de pegar essa coisa mais marqueteira. Eu tive que aprender na marra, vários cursinhos online. Só eu na empresa tinha alguma noção de mídia social e era muita “responsa”. Há alguma área no design que você tem interesse em atuar? Eu sempre gostei muito dessa parte editorial e eu fico muito triste quando as pessoas falam que está morrendo. Gostaria muito de trabalhar em editoriais de revistas, livros. Mas eu nunca vi uma oportunidade de trabalho, já vi editora procurando só outros cargos... Dica da formada: Procurem vagas em startups, o trabalho é pesadinho, tem bastante demanda, mas o olhar deles é favorável aos designers, eles valorizam, chama bastante a atenção para eles essa profissão. E também, procurem fazer estágios em áreas diferentes, o que deixa o currículo mais completo, então para quem está fazendo estágio, procura coisas diferentes. O que é o design para você? Para mim, design é projeto, é ter planejamento para as artes que você está fazendo. Estruturar muito o que você vai fazer, procurar referências para montar um design que seja coeso. É você ter contexto, embasamento para criar uma peça gráfica. Querem mais? Confiram nosso podcast com a entrevista na íntegra, com os alunos Denis Alves e Isabella Chiam como mediadores. Linkedin.

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Conversamos com o Vitor Manduchi, designer brasileiro que se formou no Senac em 2016. Entrando no curso “meio que sem querer”, já que não sabia muito bem o que era design. Hoje Vitor não se vê fazendo outra coisa. Atualmente, trabalha como designer sênior no estúdio Mucho, em Barcelona. por Ana Clara Rizardi e Isabella Lima imagens de vitormanduchi.com

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Conta pra gente como foi o seu período no curso de design do Senac? Na minha opinião, não tem escola melhor na vida do que o trabalho, mas eu não teria tido uma boa escola no trabalho se eu não tivesse uma base na faculdade, ou seja, um bom apoio dos professores, boas matérias. No Senac, eu achava ótima a forma como o semestre era dividido, em cada um você aprende algo específico e a estrutura é algo que, em muitas faculdades que meus amigos frequentavam, não se compara. O que eu passei de tempo na sala de serigrafia, eu

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acho que foi mais do que em qualquer outra sala de aula. Então usei muito a estrutura do Senac e sou muito grato. Fiz um semestre de intercâmbio pela bolsa do Santander em Faro, no sul de Portugal. Como eu sou uma pessoa que não para muito tempo no mesmo lugar, foi muito bom. Eu já tinha morado fora antes, e essa viagem foi uma das chaves de eu estar aqui em Barcelona. Foi uma experiência que eu não teria em outro lugar e que me fez muito bem para eu estar aqui, hoje, nesse momento da minha vida, então tenho muito a agradecer. Sabemos que uma de suas paixões é o ciclismo e este foi o tema do seu tcc. Conte para nós um pouco sobre ele. O último ano do Senac foi o ano que mais gostei por eu ter tido essa oportunidade de focar tanto em um projeto que eu queria, o 24

briefing é você quem faz. Em um ano a gente pode mudar muito sobre o que a gente quer, o que você gosta, então tive muita sorte nesse sentido. O processo com o Jair foi muito bom, claro que é o aluno quem faz, mas eu e o Jair tínhamos uma química muito boa, toda vez que eu sentava para trocar ideia com ele, eu saía pensando “é isso aí”, não tinha dúvida. Além disso, o fato de ser dividido entre teórico e prático me deu muita visão para o futuro, no sentido de poder me preparar muito antes de começar a abrir o Illustrator. Tem gente que já abre o software na hora que recebe o briefing e vai tentando uns formatos aqui, uns formatos ali, e aí a pessoa trava, porque não é assim... você tem que pensar no que você está fazendo. Claro que na vida real você não tem um semestre para fazer um projeto, mas ter um semestre que dê para escrever, estudar sobre o mercado, as pessoas,


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toda a marca, a história, quem tá envolvida e quem não está, acho que isso foi muito importante para entender, hoje, o meu processo de criação de marca. Em 2017, você fez mestrado na Universidade de Design e Engenharia de Barcelona. Como foi essa experiência? E por que escolheu essa universidade? Na época eu trabalhava na FutureBrand, em São Paulo, e acabei chegando num burn out, porque ali se trabalha bastante. Estava meio de saco cheio das horas de trabalho, do ritmo que estava levando em São Paulo. Na época, eu ainda não tinha o passaporte, então tive que ter uma desculpa para poder sair do país com o visto, então comecei a ver cursos fora do Brasil. Pensei muito, pensei nos Estados Unidos, pensei na Europa, na Austrália, no Japão. No final, a Faculdade de Engenharia e Design de Barcelona cumpria todas as minhas requisições, que eram: faculdade boa, ou seja, reconhecida, numa cidade que eu amo e com um preço que eu posso pagar. Então eu me apliquei na faculdade em dezembro, recebi a resposta em fevereiro e em maio já estava aqui.

Giro d’Italia, Trabalho de Conclusão de Curso realizado no Senac em 2016.O projeto consiste no redesign da identidade visual do evento.

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Nowhow, o projeto de mestrado realizado na Elisava, consiste na criação de um museu que atua como filtro e curador de tópicos mais comentados nas plataformas digitais e, a partir disso, cria exibições que aprofundam o debate sobre esses assuntos.

A faculdade tem uma estrutura sensacional, os professores foram os melhores que tive na minha vida, todos possuem seu próprio estúdio em Barcelona. Eles não eram apenas bons professores, eles me abriram portas. Estou hoje na Mucho por causa deste curso, porque o mercado de design de Barcelona é minúsculo. A FutureBrand, por exemplo, tem 150 funcionários. O estúdio que eu trabalho hoje é considerado grande, sendo que tem 25 pessoas trabalhando. Eu cresci muito como designer no ano que estudei em Barcelona por conhecer os professores e estes me apresentarem para outras pessoas, pelo fato de aqui ter muito evento de design, e a partir disso criar um networking. Conte como foi a sua trajetória profissional até chegar ao cargo de Designer Sênior na Mucho. Meu crescimento como profissional foi muito gradual, tinha saído de um local de trabalho que era somente eu e meus outros dois chefes para uma equipe de 15 pessoas na Megalodesign, um estúdio que trabalha muito com apostilas para escolas e fundações. Nessa época, eu aprendi a traba-

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lhar em um time um pouco maior, tinha uma hierarquia de designers juniors e um sênior. Depois disso, uma amiga minha me indicou uma vaga que tinha acabado de abrir na FutureBrand. Fiz a entrevista e entrei. Lá a gente fazia uma marca em cinco dias, conceituando, fazendo mockup e apresentando. E era louco. Mas me fez crescer, aprendi a ser mais ágil e a trabalhar com uma equipe ainda maior. Nós éramos entre 25 a 30 pessoas. Lá era assim: ou você aprende a trabalhar daquele jeito ou você sai, e realmente tinha muita gente que não aguentava. Hoje em dia, não curto mais trabalhar 12 horas por dia, mas até onde eu sei, já mudou muitas coisas por lá. Mesmo assim, foi a melhor escola que eu já tive na minha vida. Meu primeiro trabalho no exterior foi um estúdio pequeno, chamado Kolaps. Um dos meus chefes era libanês e o outro era

marroquino. E foi muito bom porque eu fazia projetos para o Oriente Médio. Outra cultura, outro design. O que você faz para uma pessoa de Dubai, Arabia Saudita ou Líbano? Então foram outras referências. Enquanto eu estava na faculdade aprendendo tudo sobre o design europeu, eu me vi fazendo coisas para o Oriente Médio, diagramando árabe. O centro estético deles é diferente do nosso, é muito mais barroco, não vem com um design “suíço”, porque eles não gostam. Muito floral, muito pattern, o árabe quando você escreve já não é nada “suíço”. Existem dois grandes estúdios aqui em Barcelona: a Mucho, onde eu trabalho atualmente, e a Folch. Eu entrei na Mucho porque o coordenador do curso da ELISAVA é um dos sócios da Mucho. E na época, eles estavam precisando de um designer e ele lembrou de mim, me contatou, fiz a entrevista e entrei. 27


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Você é o criador do projeto Kickstory. Conte um pouco sobre como ele surgiu. A Kickstory foi criada em 2016, porque eu sentia vontade de voltar a fotografar. A minha câmera estava pegando pó e além de ser um louco pelo ciclismo, fotografia, corrida eu também sou o louco dos tênis. Na época, começou a ter muita foto de tênis no Instagram e eu pensava: “Cara, essas fotos são muito iguais”. Eu queria tirar fotos, mas de um jeito diferente. Então comecei a tirar foto de tênis destruído, usado, com história. Por isso é “Kick” de tênis e “Story” de história. A primeira foto eu tirei na minha cozinha que estava em reforma, na casa dos meus pais. No começo não teve um engajamen-

Identidade visual para o Gibraltar international festival

to social, eu já estava desanimado, as fotos tinham na maioria 15 likes, tinha 50 seguidores no instagram. Lembro de ir em uma festa de final de ano com alguns amigos e falar que ia acabar com o Kickstory e um casal de amigos me convenceram a não fazer isso, eles também curtiam e começaram a ajudar. No meio de 2016, eles já estavam super inseridos no projeto. O projeto já tinha virado uma entrevista completa de uma hora e meia ao invés de frases, falávamos sobre tênis, cultura e a vida. Em 2017, a gente começou a fazer trabalhos de produção de conteúdo para a Nike, Fila, Adidas. Decidi sair no começo de 2018, porque estava na Espanha e o projeto estava acontecendo no Brasil.

A galera quer um logo da Nike, mas o logo da Nike não chegou ali porque ele é bonito, mas porque tem um trabalho de branding e de criação de marca por trás. E isso leva tempo.

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Conte um pouco do seu processo criativo? Como é o seu dia a dia no estúdio? Meu dia a dia mudou muito no último ano, por que eu virei sênior. Eu tenho mais responsabilidades, em 60% do meu dia ainda faço design, mas os outros 40% tenho reuniões, dou feedback e acompanho os projetos. Eu não sou apenas designer, agora gerencio pessoas, então preciso saber o que está acontecendo ao meu redor. Essa é a parte mais importante do meu dia a dia. Faço marcas em 90% dos meus projetos, é a minha especialidade, escolher uma paleta de cores, uma tipografia, uma direção de arte para foto... faço em uma tarde. O problema é: Qual o nível de originalidade que você está entregando? Ir no Behance e Pinterest e pegar quinze referências, fazer um bem bolado de coisas é fácil. O problema é que essa marca tem um conceito, uma história, você quer que essa marca dure por um tempo e que o cliente sinta que tenha um storytelling ali. A galera quer um logo da Nike, mas o logo da Nike não chegou ali porque ele é bonito, mas porque tem um trabalho de branding e de criação de marca por trás. E é isso leva tempo. Por último, quais designers te inspiram? No momento eu tenho me inspirado em alguns designers alemães. Como o Eike Koenig, artista plástico e sócio do Hort Berlin (hort.org.uk). Também me inspiro muito no Mirko Borsche (bureauborsche.com). Eu, como um bom designer de marcas corporativas, sou super fã da Pentagram, do estúdio holandês Dumbar e do estúdio brasileiro Polar (polar.ltda), que foi criado por amigos meus e ex-colegas da FutureBrand. São pessoas muito talentosas e admiro muito o trabalho deles. 29


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Fotografia Autoral_

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Entre a Arte contemporânea e a poética, a fotografia autoral estimula a reflexão e a pesquisa sobre um tema, sendo construída a partir de uma motivação ou necessidade do autor.

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Prata da Casa Fotografia Autoral

ANDREZA DIAS JULIANA PALLADINO O ensaio experimental de nu artístico foi construído coma modelo Andreza Dias em 2019, usando o corpo como potência e suporte artístico, forma que pode se transformar e ocupar espaços. Uma busca pela poética da vulnerabilidade como empoderamento.

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ENTRE O TEMPO E O ESPAÇO JULIA HERRMANN O projeto Entre o Tempo e o Espaço consiste em um foto livro, com uma sequência de 29 fotos de uma bailarina enquanto dança. A narrativa se sustenta em uma fotografia clicada com um longo tempo de exposição e tem como objetivo nos fazer refletir sobre a poética do movimento do corpo humano e sua relação com o tempo e o espaço. Podemos observar sua construção desde o momento inicial, com a bailarina de forma estática, até o seu movimento final, numa trajetória gradativamente caótica, cujos gestos se embaralham diante das lentes da câmera.

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Prata da Casa Fotografia autoral

TÁ NA CARA MARINA ANAHÍ Ser uma pessoa não-branca no mundo não é uma tarefa fácil, principalmente no Brasil onde existe o mito da igualdade racial, que só atrasa os debates sobre raça. “Ao longo da minha vida, uma mulher negra de pele clara, cresci com comentários racistas e com tentativas de me embranquecer”. O projeto Tá na cara trouxe autorretratos expondo comentários que pessoas pretas crescem escutando em uma tentativa de embranquecimento e acabam reverberando em mudanças estéticas na tentativa de alcançar um padrão estéticos inalcançável.

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Design

Nesta seção você confere uma

seleção de projetos que fazem parte do tododesignsenac. O destaque fica para o

projeto Mame, aplicativo

desenvolvido no projeto

Publicar, que foi premiado no Brasil Design Award 2020. Por Guilherme Menghini

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J ETOS Revista 1

Projetos

Seja bem-vindo a seção de projetos! Aqui você encontrará uma pequena parcela do que é o #tododesignsenac (www.instagram. com/tododesignsenac). Os projetos aqui apresentados foram, em sua grande maioria desenvolvidos no primeiro semestre de 2020, período em que o mundo foi obrigado a mudar.

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Design

CONVIVER

VAGÃO CULTURAL Professores Gabriel Pedrosa e Moracy Amaral Alunos Lucas Matos, Gabriel Meireles, Rodrigo Oliveira e Thais Gonçalves

O Conviver discute o sentido de espaços públicos e privados e suas potencialidades culturais e sociais, estudando as relações entre meio ambiente, produtos, serviços e sistemas, para propor projetos de equipamentos urbanos e mobiliários para espaços públicos. O Vagão cultural tem como proposito ser uma extensão e incentivo para as exposições que ocorrem no metro. Para isso idealizou-se um vagão que é modificado a fim de abrigar as exposições gráficas e que incentivasse e permitisse as apresentações culturais dentro do vagão.

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Projetos

CONECTAR

REDE

Professores Valéria Fialho e Marcos Palhares Alunos Lucas de Aguiar, Odin Araujo e Ana Luiza Brigagão

A proposta do projeto Conectar era criar um objeto físico, digital ou um serviço que promovesse a conexão, entre pessoas ou entre pessoas e objetos. Levando isso em consideração, foi criada a Rede, um conjunto de mobiliários e aplicativo, que fazem com que pessoas de diferentes áreas em uma faculdade possam se conhecer e trocar habilidades e conhecimentos. 53


Revista 1

Design

CONSTRUIR

MANDACARURBANO Professor Marcio Hulk Gianelli Aluna Bárbara Martignago Alves de Lima

O projeto propõe a compreensão da sintaxe dos materiais e dos processos produtivos como condicionantes da linguagem de projeto, a partir da experimentação como método de criação. Indo na contramão de políticas higienistas e provocando o senso de coletividade da população, o mandacarurbano é um objeto que faz parte da cidade e seu movimento, é uma intervenção urbana que convida de forma divertida a higienizar as mãos e prevenir o contágio de doenças, e ele pode estar em todo lugar.

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Revista 1

Projetos

IDENTIFICAR

DABATATA Professor Jair Alves Aluna Nathalia Barreiro

O Identificar discute a questão de identidade e suas implicações nas relações sociais entre indivíduos, espaços e negócios. Aborda o design de identidade visual e seu papel estratégico na construção das marcas. DaBatata é um redesign de identidade visual para uma “skate house”, loja dedicada a artigos relacionados ao skate e sua cultura. Pensando nisso, é criada a nova identidade visual, tendo como inspiração a literalidade presente no nome da loja, além de remeter aos conceitos urbano e old school.

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Revista 1

Design

EDITAR

A CIDADE MURADA Professores Denize Roma e Cleidson Gonçalves Aluna Letícia Guntin

O Editar aborda registro, seleção e organização de elementos gráficos para projetos editoriais. Estuda linguagem editorial, anatomia, interpretação formal, conceituação visual e identidade gráfica de mídias editoriais. Articula estratégias de projeto adequadas, bem como materiais, processos e meios produtivos. O projeto A Cidade Murada tem como base a junção dos três diários e a imersão no ambiente onde a história se passa. Pensando nisso, o livro apresenta cadernos agrupados por uma costura artesanal exposta, além de um conjunto de encartes relacionados aos relatos. O livro vai envolvido por uma luva de abertura superior retratando a cidade murada, escondendo por trás de seus muros a ilustração de um dragão, símbolo da organização criminosa que controla a cidade. 56


Revista 1

Projetos

PUBLICAR

X-TALK Professor João Toledo Alunos Hannah Watanabe, Guilherme Moura, Maria Minelli, Maria Olszczenski

O Publicar propõe a elaboração de projeto de interfaces digitais, considerando o desenvolvimento de produtos tecnológicos para o acesso de diferentes usuários à bens e serviços, por meio de pesquisa exploratória, levantamento de requisitos e elaboração de prova de conceito. Aborda métodos de pesquisa e desenvolvimento de interfaces digitais, mediante identificação de problemas e oportunidades, estimulando à investigação de novas tecnologias e ferramentas para a inovação aplicada ao design. X-talk é um aplicativo bate-papo anônimo desenvolvido para adultos poderem discutir sobre os mais diversos temas relacionados ao sexo, sem medo de tabus. Assim facilitando o diálogo sobre atividade sexual e o acesso a sexólogos profissionais, a fim de desmistificar o assunto. 57


Revista 1

Design

MAME BRONZE NO BRASIL DESIGN AWARD Professore João Toledo Alunas Yasmin Amorim, Luanna Pagliuca, Bruna Gentil e Giovanna Merlin

O Brasil Design Award é uma premiação realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Design (ABEDESIGN). O evento tem como objetivo “(...) reconhecer e destacar a capacidade criativa e inovadora do design na economia nacional. (...)”. Em 2020, aconteceu sua 10° edição, contando com 10 categorias principais, além da premiação inédita que abriu as portas para estudantes e o Senac não ficou de fora! A Organização Mundial da Saúde aconselha que as mulheres amamentem seus filhos exclusivamente com leite materno em seus seis primeiros meses de vida. No Brasil, cerca 58

de 330 mil crianças nascidas a cada ano (11%) são prematuras ou têm baixo peso e precisam da doação de leite materno para sobreviver. O Brasil possui a maior Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH) do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). É pensando nesse ambiente que as alunas desenvolveram o Mame, projeto de aplicativo que ganhou Bronze na categoria Design de Impacto Positivo na premiação.


Revista 1

Projetos

Os principais objetivos do aplicativo são integrar mães que desejam doar, responsáveis que buscam por doações ou que desejam conhecer os benefícios do leite materno e informações relevantes sobre a gravidez, além de oferecer maior facilidade para encontrar informações a respeito do banco de leite humano e doação de leite materno. A cerimonia de premiação aconteceu no dia 7 de dezembro de 2020, e os vencedores podem ser vistos no site do evento. www.brasildesignaward.com.br. 59





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