DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE VISUAL E EMBALAGEM PARA ALIMENTO ARTESANAL
CENTRO UNIVERSITARIO SENAC SANTO AMARO FABIO YUTAKA SHIMABUKURO
DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE VISUAL E EMBALAGEM PARA ALIMENTO ARTESANAL Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a).
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Design com linha de formação específica em Design Gráfico.
Shimabukuro, Fabio Yutaka Desenvolvimento de identidade visual e embalagem para alimento artesanal / Fabio Yutaka Shimabukuro - São Paulo (SP), 2020. 54 f.: il. color. Orientador(a): Jair Alves Jr Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Bacharelado em Design com linha de formação específica em Design Gráfico) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2020.
Orientador: Prof. Jair Alves da Silva Junior
1. Identidade visual 2. Embalagem 3. Culinária japonesa 4. Caseiro I. Alves Jr, Jair (Orient.) II. Título
Fabio Yutaka Shimabukuro
São paulo,2020
RESUMO A popularidade da comida japonesa no mercado Brasileiro vem crescendo e se modificando há muito tempo. Podemos encontrar diversos restaurantes que oferecem o serviço de rodízio de comida oriental principalmente em centros comerciais. Em 2012, o setor de comida oriental (japonesa e chinesa), cresceu cerca de 9% contendo cerca de 600 unidades de restaurantes apenas na região da cidade de São Paulo. Entretanto, não é apenas em restaurantes que pode-se consumir comida japonesa, muitos imigrantes japoneses abriram mercearias e vendem produtos importados do Japão, além das empresas com lojas online.. As mercearias orientais não costumam vender só os produtos importados, elas oferecem uma variedade de produtos alimentícios produzidos caseiramente. Além desses produtos serem consumidos no cotidiano, são utilizados também em festas tradicionais da cultura nipônica como o Obon, onde são oferecidos alimentos e bebidas para cultuar e agradecer os ancestrais do passado. Porém, o alimento caseiro apresentado neste trabalho não contém nenhuma identidade visual ou uma embalagem adequada, fazendo com que o produto estrague ou seja violado. O desenvolvimento de uma embalagem e uma identidade visual pode criar uma nova percepção para esses produtos, melhorando a experiência do consumidor. Este projeto tem como proposta desenvolver uma identidade visual de uma marca e projetar uma embalagem adequada, mantendo a qualidade do produto e assim destacando-se dos demais. Palavras-chaves: 1. Identidade visual; 2. Embalagem; 3. Culinária japonesa; 4. Caseiro
SUMÁRIO 1
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OBJETIVO
11 OBJETIVO GERAL
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11 OBJETIVO ESPECIFICOS
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EMBALAGEM
37 ATRIBUIÇÕES BASICAS DE EMBALAGEM
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ESTUDOS DE CONSEPÇÕES
65 PLATAFORMA DA MARCA 68 PESQUISA QUALITATIVA 2
40 A LINGUAGEM DAS FORMAS
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ESTUDOS DE CASOS
70 PAINEL CONSEITUAL
45 MARCA DE PRODUTOS JAPONESES
74 TESTE DE LOGO
46 JAPAN STORE
TRADIÇÃO JAPONESA
50 AGRONIPPON 52 ESTUDOS DE EMBALAGEM
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PROJETO
53 STRAWBERRY MOCHI
83 PRODUTO
26 A CULINARIA JAPONESA NO BRASIL
54 CEREAL EDIÇÃO ESPECIAL
84 MARCA VERSÃO PRIORITARIA
27 KAMABOKO
55 ALIMENTOS CASEIROS
86 LINGUAGEM VISUAL - TIPOGRAFIA
56 TIKUWA KAI-HO AGRONIPO
IDENTIDADE VISUAL
57 TIKUWA ARTESANAL
29 O QUE É MARCA
57 PESQUISA QUALITATIVA
30 BRANDING- GESTÃO DE MARCA
60 CONCLUSÃO DA ANÁLISE
32 IDENTIDADE VISUAL 34 PROCESSOS DE IDENTIDADE VISUAL
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERENCIAS
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106 LISTA
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87 MALHA CONSTRUTIVA 88 LINGUAGEM VISUAL 94 APLICAÇÕES 98 EMBALAGEM
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REQUISITOS PARA O PROJETO
DE IMAGENS
76 TESTE DE EMBALAGEM
48 MARUKAI ORIENTAL MARKET
19 HISTÓRIA DA CULINARIA JAPONESA
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69 NAMING
25 O ALIMENTO NA RELIGIÃO
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39 DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGEM
JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
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14 110 APENDICE A
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1 - OBJETIVO 1.1 - OBJETIVOS GERAL O objetivo desse projeto é desenvolver o branding para um produto alimentício produzido caseiramente denominado kamaboko e juntamente criar um projeto de embalagem para oferecer uma experiência melhor ao consumir o produto e dar maior visibilidade para os produtos desse segmento e com mais qualidade destacando-se da concorrência.
1.2 - OBJETIVOS ESPECIFICOS • Sintetizar e interpretar a história da culinária japonesa e suas características; • Aplicar conceitos de design como branding a partir dos levantamentos bibliográficos; • Estabelecer e aplicar métodos de projeto de embalagem como apresentado no levantamento bibliográfico; • Compreender através de estudo de caso e análise como as embalagens de produtos caseiros se comportam no Brasil.
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2 - JUSTIFICATIVA A culinária japonesa tem passado por diversas mudanças ao longo do tempo expandindo-se para o mundo, mantendo as tradições e o prestígio que perdura atualmente (Cwiertka, 2008). No Brasil, a culinária japonesa é conhecida por seu valor nutricional equilibrado, contribuindo para uma vida saudável, além de ter seu preparo manualmente. É possível encontrar restaurantes por todas as regiões de grande centro urbanos, alguns oferecendo serviços de delivery, rodízio de sushi e outras comidas. Em uma pesquisa realizada em 2013 pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), revela-se que o setor de comida oriental (japonesa e chinesa) cresceu em 9% em 2012, faturando cerca de 411,5 milhões de reais, podendo para os próximos anos crescer 17% faturando meio bilhão de reais. Uma outra abordagem em que a comida e a tradição da terra do sol nascente estão presentes é no comércio de produtos caseiros, que são vendidos em mercearias de produtos orientais. Ao passar no bairro da Liberdade, localizada no centro da cidade de São Paulo, é possível perceber que muitos produtos caseiros vendidos não possuem embalagem ou contém apenas um pequeno papel retangular por dentro informando quem produziu e uma tabela nutricional, sem utilizar nenhuma identidade visual e muito menos uma embalagem adequada para o consumo, fazendo com que ela seja facilmente violada ou contaminada. O mercado de alimentos caseiros vendidos em mercearias orientais é pouco explorado, tanto na área de
Branding como na área de projetos de embalagem. Wheeler (2012) utiliza um método que consiste em formular uma estratégia de posicionamento, definindo os pontos de contato e identidade visual através de percepções e resultados adquiridas por pesquisas. Percebe-se que os mercados de produtos japoneses que atuam no Brasil utilizam na sua identidade visual uma abordagem que remete as cores do Japão, deixando as marcas desses mercados sem nenhuma diferenciação. Aplicando esses processos metodológicos com uma estratégia firme poderão surgir novas mudanças de percepção do público envolvendo-o novamente com as antigas tradições, que aos poucos estão se perdendo no Japão com o decorrer do crescimento econômico e tecnológico. Atualmente a minha família está no mercado de alimentos caseiros, no qual vendemos nosso produto, denominado de Kamaboko, para mercearias e barracas de feiras que vendem produtos orientais. A receita foi passada pelos meus avós para os meus pais como uma fonte de renda, e com o passar do tempo as vendas e as encomendas aumentaram. Como a produção do Kamaboko surgiu apenas como uma fonte de renda extra, não foi pensado em nenhuma estratégia de identidade visual ou de embalagem, fazendo com que as pessoas não soubessem quem produzia e causando uma queda nas encomendas, já que não há indicadores de contatos e a divulgação era realizado através do boca a boca.
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3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esse projeto é uma pesquisa de abordagem qualitativa. Foi realizado um levantamento bibliográfico da história da culinária japonesa, e suas características de adaptação no brasil. O conhecimento desse assunto é relevante pois fazem parte do universo de produtos alimentícios produzidos caseiramente. Pela natureza da pesquisa ser aplicada, onde o objetivo geral é desenvolver uma identidade visual e uma embalagem para um alimento caseiro denominado de kamaboko, foi consolidado o uso de conceitos e ferramentas de identidade visual e branding e uso de metodologias de pesquisa desenvolvimento para embalagens de autores da área para definir e fundamentar processo para se desenvolver os mesmos. Além disso foi realizado estudo de 4 empresas atuante no mercado de produto japoneses e a análise e estudo visual e de estrutura e forma de 3 embalagens de produtos japoneses.
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FUNDAMENTOS TEORICOS
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4 - TRADIÇÃO JAPONESA 4.1. HISTÓRIA DA CULINÁRIA JAPONESA Segundo Cwiertka (2008) o multiculturalismo é a característica que define o cenário do Japão contemporâneo. É perceptível o reflexo nas escolhas dos alimentos consumidos, visto que a culinária japonesa se desenvolveu durante os séculos como um resultado de mudanças culturais e políticas no decorrer das eras. Os métodos culinários no Japão vieram de diversas culturas e foram se adaptando desde o final do Sakoku “país fechado”, que constituía em uma política de isolamento imposta durante o Período Tokugawa (1603-1868) na qual impedia as potências ocidentais a se estabelecerem no território japonês - cujo objetivo destes era buscar terras e lucro no território asiático. Apenas em 1854, sob a ameaça dos Estados Unidos em invadir a Baía de Edo com uma esquadra de navios, a política Sakoku foi encerrada. Com a liberação do comércio no Japão, foi proposto um tratado para a criação de povoamento de estrangeiros nomeado de “postos do tratado” - que encontravam-se nas atuais cidades
de Hakodate, Nagasaki, Kanagawa, Niigata e Hyogo - e foram designados para os comércios internacionais com tarifas especificada pelo tratado. Com o imperialismo ocidental atuando no território, políticos japoneses foram convencidos que o país precisava avançar muito para poder negociar com as potências ocidentais e para modernizar o país, foram feitas reformas políticas e industriais de acordo com os modelos ocidentais. Assim, os banquetes oferecidos aos diplomatas estrangeiros seguiam um livro escrito por Yukichi Fukuzawa (1835-1901) com título “Seiyo Ryori Tsu”. O guia ilustrado escrito por Fukuzawa tratava-se dos costumes, da
Figura 1 - Descrição detalhada dos utensílios ocidentais descrito em Seiyo Ryori Tsu (1872)
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culinária e modos de mesa, ensinando aos leitores como comerem e se vestirem à moda ocidental. Com uma forte influência ocidental, o primeiro produto enlatado no Japão foi projetado e desenvolvido por Masanori Matsuda (1832 - 1895) em Nagasaki, que obteve êxito ao enlatar sardinhas em 1871 utilizando um método com óleo aprendido com o francês Léon Dury. Logo após do êxito de Matsuda, recém-chegado de uma viagem de estudo aos Estados Unidos, Sakichi Yanagisawa e Matsugoro Ofugi foram os primeiros a desenvolver um meio de enlatar pêssegos e tomates. O laboratório onde fora realizado os testes, além de dominar a técnica de enlatamento de alimento, tinha o intuito de copiar o maquinário utilizado para enlatar que haviam adquirido nos Estados Unidos e na Europa. (Cwiertka, 2008). A comida enlatada por causa de seu alto custo não chegou a se popularizar no Japão, e os que podiam pagar pelo produto preferiam as marcas importadas de melhor qualidade e mais confiável. Com a melhora e maior variedade dos alimentos enlatados, o produto tornouse atraente aos olhos dos militares
japoneses, já que o alimento tinha uma longa durabilidade e facilitava no transporte, proporcionando segurança ao consumir em qualquer lugar e deixando suas tropas menos vulneráveis. A comida enlatada por causa de seu alto custo não chegou a se popularizar no Japão, e os que podiam pagar pelo produto
Figura 2. Descrição detalhada dos utensílios ocidentais descrito em Seiyo Ryori Tsu (1872)
preferiam as marcas importadas de melhor qualidade e mais confiável. Com a melhora e maior variedade dos alimentos enlatados, o produto tornou-se atraente aos olhos dos militares japoneses, já que o alimento tinha uma longa durabilidade e facilitava no transporte, proporcionando segurança ao consumir em qualquer lugar e deixando suas tropas menos vulneráveis. Em 1869, foi criado um ministério que cuidavam das questões militares a fim de aumentar a economia e o poderio militar. Já em 1871, foi imposto um sistema onde a própria alimentação dos militares seria providenciada pelos mesmos, dispensando a prática de compra em locais como restaurantes e hospedarias e a utilização de enlatados. Com isso, foi estipulado que cada soldado receberia cerca de 6go – cerca de 840 gramas – de arroz branco, e assim no século XIX, a dieta baseado no consumo de arroz branco tornou-se símbolo de status, assim como ocorria na Europa com o consumo da carne.
Figura 4 - A “caixa de almoço do sol nascente” (Hiromaru bento
Figura 3. Salmão enlatado produzido por fábricas de Hokkaido, década de 1880
Figura 5 - Obento nos dias atuais
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Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses foram forçados a substituir o arroz branco por outros tipos de alimentos e embora o arroz seja uma refeição básica e admirada por todos, sua quantidade não era suficiente para suprir a todos. Na mesma época deu-se origem ao Hinomaru Bentō – caixa de almoço do sol nascente - uma caixa retangular de madeira com arroz branco cozido e ao centro uma ameixa em conserva (umeboshi) compondo um desenho que remete a bandeira japonesa. O Hinomaru Bentō teve sua origem a uma iniciativa de uma escola feminina em 1937, na região de Hiroshima, onde a marmita patriótica era consumida como um tributo de solidariedade aos soldados que lutavam na china e em 1939, a ideia foi adotada pelas escolas de todo o país. Contudo, dois anos depois, em 1941, o arroz se tornou um item de luxo no cardápio, já que as autoridades da época haviam proibido restaurantes de servir pratos com arroz. Com a influência do Hinomaru Bentō, o costume de se preparar marmita permaneceu através de gerações e atualmente são conhecidos como Obentō, podendo conter uma variação de estilos e criar até com personagens de desenhos para as crianças.
Segundo a autora o consumo do Hinomaru Bentō na época da guerra era questionada por sua qualidade nutritiva, e para achar uma solução para escassez de alimentos foi criado um Ministério do Bem-Estar Público, acelerando a intervenção do Estado na nutrição da população. Entre os anos de 1939 e 1944, foi criado novas instituições para formar dietistas oferecendo cursos anuais diurnos para dietética e enlatamento de alimentos.
Outro fator que alavancou foi o confisco do metal de sucata - que era designado apenas para produções de tanques e aviões - fazendo com que donas de casa ficassem sem utensílios de cozinha; e a escassez de latas, fazendo com que alimentos enlatados era exclusivamente para a linha de frente. Além da Kanpan outras empresas começaram a fazer uso das forças armadas, pois a popularidade era grande entre o povo japonês que
Figura 6 - Fábrica de bolachas duras Kanpan, década de 1940
Com o modelo de nutrição militar, as empresas com alimentos processados ampliaram cada vez mais. Um exemplo são as bolachas duras Kanpan, lançadas em 1937 cuja embalagem ilustra a ligação militar com a indústria alimentícia na época da guerra. A Kanpan foi o alimento básico das forças armadas; por volta de 1937 ainda era desconhecida pelos civis e no ano de 1944, a empresa representava cerca de 96% de toda a produção de bolachas no Japão. Esse impulsionamento só ocorreu devido ao fato de que o combustível para cozinhar estava sendo racionado e a bolacha oferecia muito mais calorias que o arroz - cada vez mais escasso depois de 1937 - além de serem mais fáceis de se transportar e armazenar.
Figura 7 - Publicidade de bolachas duras Kanpan, 1937
Figura 8 - Anúncio de azeite para salada,1938
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4.2. O ALIMENTO NA RELIGIÃO
acreditavam que os militares eram capazes de encontrar solução para um futuro melhor.
A religião no Japão sofreu várias influências de tradições religiosas como o Cristianismo. Entretanto, o Xintoísmo continuou até nos tempos modernos. O Budismo e as crenças xintoístas começaram a se interagir no século VI, dando a característica da religião que se prevalece segundo a EMB-Japan (Embaixada do Japão no Brasil). Apesar de toda a mudança que a culinária japonesa vem sofrendo, a comida conseguiu preservar duas conotações: espirituais e religiosas, graças ao papel que os alimentos têm nos rituais xintoístas e budistas.
Ainda com o racionamento de arroz por causa da guerra, houveram consequências no consumo dos moradores das regiões urbanas, passando a consumir outros tipos de alimentos básicos, principalmente o trigo incorporando os pratos de macarrão de origem chinesa, como o lámen e o yakissoba. Com o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão é marcado com a mais grave crise de alimentos da história e logo após 1945, os Estados Unidos surgiu como a principal força de influência no desenvolvimento político, econômico e social, criando a aliança nipo-americana na guerra da Coreia (1950-1953) e assim, revitalizando a economia do Japão. Segundo Cwiertka (2008), as mudanças mais notáveis das influências foram a proliferação de produtos processados industrializados e eletrodomésticos como símbolo de riqueza. Com a introdução de eletrodomésticos nas residências, como a geladeira, a venda de alimentos congelados aumentam fazendo com que em 1996, apenas 31,8% dos alimentos consumidos eram preparados nas residências, contra 41,6% já preparados, 9% eram pedidos pronta entrega e 17% eram consumido fora da residência.
Segundo Cwiertka (2008), da mesma maneira que em outras sociedades, a comida tem um papel religioso importante, como nas festas de Obon, em que os ancestrais são cultuados com oferendas de frutas, legumes e saques, além de comidas que os entes falecidos gostavam. Seguindo a tradição, algumas famílias fazem oferenda ao seus ancestrais todos os dias - com uma tigela de arroz cozido - ao oratório budista, o Butsudan, que contém placas memoriais (ihai) dos familiares falecidos.
Figura 9 - Anúncio de curry, 1938
Figura 10 - Butsudan (oratório budista) em uma residência
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4.3. A CULINÁRIA JAPONESA NO BRASIL
4.4. KAMABOKO
Segundo Alba Hino, Nilza Okano e Kiyomi Yamada (2017), os imigrantes japoneses vieram para o Brasil no século XX escapando da crise e em busca de uma terra prometida, com terra fértil onde basicamente era possível plantar qualquer coisa - segundo as propagandas que eram anunciadas na terra do Sol Nascente. Entretanto, quando os primeiros imigrantes chegaram aqui, se depararam com uma dura realidade, na qual tiveram que trabalhar em lavouras de café; poucos imigrantes conseguiram se adaptar com os costumes e crenças do nosso país, contudo, o convívio familiar foi um dos fatores que fizeram com que a tradição japonesa perdurasse até os dias atuais, já que os hábitos alimentares como o arroz branco cozido sem nenhum tempero, tsukemono (legumes em conserva), missô (pasta de soja) e o sushi eram considerados exóticos para os habitantes do Brasil.
Segundo Silvia Kawanami (2014), o Kamaboko é uma iguaria japonesa feita de massa de peixe prensada e curtida a partir de diversos peixes brancos, depois misturado com a adição de glutamato monossódico, modelado como se fosse pão e cozinhado a vapor até adquirirem uma forma mais consistente. A massa é servida em fatias e pode ser consumida tanto fria, como quente ou podem ser adicionadas em sopa quente como o lámen. Apesar de ser conhecido mais fora do Japão, o Kamaboko pode ser referido como salsicha de peixe; o tipo mais conhecido é o Narutomaki que contém uma espiral rosa devido aos redemoinhos de Naruto Uzushio que aparecem entre as costas das ilhas de Shikoku e Honshu.
Segundo Juliana Lima (2017), mesmo com os pratos tendo o mesmo nome, a culinária nipônica no Brasil apresenta um sabor e aparência completamente diferente de sua origem, pois a culinária sofreu uma forte influência americana,
criando uma adaptação para o paladar ocidental e aderindo novas possibilidades como o temaki com cream cheese e o sushi hot-roll.
Figura 11 - Sushi hot- roll
os outros tipos de kamaboko encontrados no mercado geralmente são caseiros. Os kamaboko podem ser produzidos tanto industrialmente quanto caseiramente e quando são caseiros podem apresentar de diversas formas, não tendo uma preocupação com a identidade visual e embalagem, podendo criar um diferencial para a marca. Desta forma dissertaremos um pouco sobre identidade visual.
Figura 13 - Kamaboko Narutomaki inspirado no redemoinho
Figura 12 - Temaki de cream cheese
Silvia Kawanami (2014) conta que o Kamaboko é consumido desde o século XIV e atualmente no Japão existe uma variedade e tipos diferentes. Como a massa é macia, é possível ser modelada e fazer diversos tipos de formatos, tendo a possibilidade de até criar personagens com a massa. No Brasil são vendidos em lojas de conveniência mas não é possível encontrar uma variedade muito grande, industrialmente só existe um tipo produzido pela empresa Agronippo,
Naruto Uzushio
Figura 14 - kamaboko clássico branco e rosa.
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5. IDENTIDADE VISUAL
5.1 O QUE É MARCA O conceito de marca pode ser estabelecido por vários pontos de vistas, independentemente de sua formação ou área profissional em que atua. Segundo Joan Costa (2011), os pontos de vistas serão incompletos e imprecisos mesmos tentando ordená-los e encaixá-los organizadamente, o quebra cabeça sempre estará incompleto. Joan Costa (2011) entende que a marca é um signo, onde ao mesmo tempo pode ser verbal ou visual. É necessário designa-la, verbalizá-la e descrevê-la, gerando um signo linguístico e tomando forma através de algum signo visual (logo), ganhando formas e cores. De acordo com o mesmo autor, considerando que só o nome da marca em si não transmite uma forma material, a memória visual é mais forte que a memória auditiva, fazendo com que reconheçamos a marca só com uma rápida visualização. Já Alina Wheller (2012) afirma que as empresas tentam criar uma ligação emocional com o seu consumidor, estabelecendo uma ligação duradoura através da marca. Dando a impressão de estar presente em diversos ambientes,
cria-se a sensação que podemos ouvila ou senti-la, provocando um apelo aos sentidos e instituindo as pessoas que se apaixonam e confia-se nela. Entretanto, David Aaker (1998) denomina esses sentidos transmitido pela marca como “brand equity”, um conjunto de ativos e passivos inerente a marca, o nome e o símbolo, que por sua vez poderá adicionar ou retirar os valores do produto ou serviço. Se o nome ou o símbolo forem alterados, os valores desse conjunto poderá ser perdido ou se desviará para um novo nome e símbolo. Em todas as definições acima, podemos observar que a função essencial da marca é diferenciar e se identificar através dos sentidos, pois segundo Joan Costa (2011), a marca pertence a um sistema complexo com elementos interdependentes que ao pouco vão incrementando novos valores tangíveis e intangíveis que precisam ser administradas com eficiência.
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5.2 BRANDING – GESTÃO DE MARCA Como visto na seção anterior, a marca contém valores que precisam ser gerenciados e ordenados com eficiência pelo processo de gestão denominada de branding ou gestão de marca. Gilberto Strunck (2001) conta que só no Brasil estima-se que de 1990 a 2000 foram registradas mais de 1.500.000 de marcas, dependendo do segmento que as empresas estavam no mercado, entre 40 e 70% não durariam mais de um ano. Já 2016, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) relatou que o número de registro de marca cresceu em 3,5 em relação aos anos anteriores, chegando a marca de 166.638 apenas naquele ano. Ao analisar esse dado é perceptível que o mercado é mais que saturado de marca, e o sistema de gestão de marca pode conseguir criar uma diferenciação para a marca. Segundo José Roberto Martins (2006), o Branding é um conjunto de ações associada a marca que devem ser tomadas com conhecimento e competência, pois a decisão ultrapassa sua natureza econômica, podendo
influenciar e fazer parte de uma cultura, simplificando nossas vidas neste mercado saturado. A design Alina Wheller (2012) define que o Branding é uma etapa - investigar, analisar, filtrar e aproveitar as oportunidades - ampliando assim, a fidelidade de seus consumidores e desenvolvendo novas possibilidades para investir no futuro. Para tal, é preciso um alinhamento estratégico bem definido sobre qual será o público alvo, suas necessidades e problemas que poderiam a vir, pois muitas coisas podem afetar o sucesso; perceber quem será o público alvo poderá trazer soluções excelentes. O posicionamento da marca é outra parte importante, com as mudanças culturais, demográficas e tecnológicas, necessita-se de uma estratégia de posicionamento que define as ideias de valor que a marca quer transmitir. Geralmente as mensagens são simples e curtas usado uma linguagem simples, mas que passa toda a mensagem do valor da empresa. Como exemplo a Coca Cola, produtora de refrigerantes que desde
2009 transmitia a mensagem “Open Happiness” (Abra felicidade), mudou sua mensagem em 2016 para “Taste The Feeling” (Saborear a sensação), já no Brasil foi usado “Sinta o Sabor” como slogan
Figura 15 - Slogan essência da marca da CocaCola, 2016
Figura 16 - Slogan e essência da marca da CocaCola, 2009
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5.3 IDENTIDADE VISUAL Segundo Gilberto Strunck (2001), a identidade visual é um conjunto de elementos Gráficos, que formam uma personalidade visual para um nome de uma marca, produto ou serviço, informando à primeira vista e estabelecendo um nível de comunicação com quem visualiza. Alina Wheller (2012) entende que a identidade visual tem uma possibilidade de ser desenhados de uma variedade quase infinita de formas e características diferentes. A assinatura visual ou logo é a representação de uma empresa composto por um logotipo, um símbolo de marca e uma tagline, tendo a possibilidade de ter uma assinatura dividida, separando o logotipo e o símbolo da marca e podendo variar em assinatura vertical e horizontal dependendo da aplicação. A autora ainda afirma que não existe uma regra específica sobre como construir uma identidade visual, a equipe de projeto deve determinar qual é a melhor abordagem analisando suas vantagens e desvantagens que atenderá as necessidades da empresa. Por meio de uma exposição repetida diária, símbolos se tornaram fáceis de ser reconhecidos
em questão de segundos. Para Joan Costa (2012) a memória visual é mais forte e consegue gravar rapidamente símbolos e formas; a segunda coisa que a memória consegue gravar é a cor da forma, criando emoções e sensações e diferenciando-se de outras marcas. O conteúdo de uma marca leva mais tempo para ser processada, entretanto, os significados das palavras precisam ser decodificados para serem compreendidas.
reconhecido sem dificuldades. Esse sistema é chamado de aparência e sentido, ele que gera uma diferenciação de identidades visuais de outras empresas, pois nela são definidas as paletas de cores, imagens símbolos, brasão, tipografias e a composição.
Figura 17 - Logotipo, estrutura e assinatura visual da marca
Wheller (2012) afirma que uma identidade visual pode seguir por 5 categorias: Marcas com Palavras (nome da empresa ou produto), Monogramas (instrumento mnemônico usando letras), Emblemas (nome da empresa conectado a um elemento pictórico), Marcas Pictóricas (uma imagem simplificada e estilizada) e Marcas Abstratas/Simbólicas (um símbolo que transmite uma ideia não literal). Na identidade visual de uma marca cria-se um sistema proprietário e imediatamente reconhecido, pois as empresas querem que sua marca chegue ao ponto no qual logo seja tampado e seja
Figura 18 - Sequência de captação da memória visual
Marcas com
Monogramas
Emblemas
Marcas pictóricas
palavras Figura 19 - Categorias das marcas
Marcas abstratas
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5.4 PROCESSOS DE IDENTIDADE Segundo Wheller (2012), um projeto de identidade marca é necessária uma gestão de estratégia e habilidade em gerenciamento de projeto, visto que todo processo na criação da identidade da marca é o mesmo o que difere é a profundidade da pesquisa e a abordagem que irá se tornar. Segundo a autora o processo é determinado por fase; • Condução da pesquisa: esclarecer visões de estratégias e metas, pesquisar e analisar problemas e as necessidades do público alvo; • Esclarecimento da estratégia: sintetizar e esclarecer a estratégia da marca criando uma boa posição em cima de um briefing; • Design de identidade: fazer testes usando métodos como brainstorming para poder gerar uma grande ideia explorando aplicações possíveis; • Criação de pontos de contatos: finalizar a identidade da marca e desenvolver aplicação de contato com arquitetura de marca; • Gestão de ativos: Construir sinergia para a marca lançando planos internamente e depois passá-los para consumidores externos; • Como o projeto tem como objetivo criar uma identidade visual e uma embalagem para um produto iremos metodologias de projeto de embalagem.
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6. EMBALAGEM
6.1 ATRIBUIÇÕES BÁSICAS DE EMBALAGEM Segundo Floriano Gurgel (2014), as embalagens são recipientes destinados a cobrir, empacotar, envasar, proteger e manter os produtos ou facilitar a comercialização. Já Negrão e Camargo (2008) afirma que embalagem é um sistema cujo objetivo é:
• Proteger o produto de riscos biológicos, climáticos, físicos e desfalque desde sua produção até ela seja consumida;
• Identificação é um veículo comunicacional que pode ser utilizado para atrair o interesse do consumidor;
• Transportar é uma função primordial pois uma embalagem precisa garantir a integridade de seu produto por longos trajetos sem sofrer perdas;
• Promover é um fator em que a embalagem deve chamar a atenção do consumidor no meio de outras embalagens concorrentes;
• Informar ao consumidor informações sobre o produto, quais são os componentes utilizados e instruções de manuseio caso necessário;
• Funcionalidade em sua aplicação para criar mais praticidade podendo trazer novas formas de consumir um produto.
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Além dessas características, um projeto de embalagem deve oferecer ao seu público alvo uma experiência diferenciada de seu manuseio e consumo, agregando mais valor à marca e ao produto. Segundo Negrão (2005) a parte de evolução de um produto é difícil, pois exige novas técnicas de fabricação. Dependendo do produto, por te uma simplicidade e uma ergonomia grande não há o que inovar em sua embalagem. Um exemplo que o autor cita é embalagem diferenciada em 2004 pela Nestlé para o Leite Condensado Moça, que foi desenvolvida com uma curvatura lateral dando a sensação de silhueta de um corpo feminino. Segundo o artigo publicado no G1 (2014), a Nestlé lança uma nova embalagem para o leite condensado ao atender os pedidos dos consumidores para remover a curvatura lateral e deixando-a reta, mas a quantidade do produto continuou a mesma (395g). Outra mudança adicionada foi um sistema de lacre facilitando a abertura e o rótulo volta a conter receitas colecionáveis que havia sido retirado na embalagem anterior.
Figura 20 -
embalagem
6.2.DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS Negrão e Camargo (2008) afirma que a possibilidade de utilizar diversos métodos de projeto que podem ser utilizadas ao desenvolver uma embalagem, Lincoln Seragini desenvolveu o método Seragini, onde ele propõe o desenvolvimento racional da embalagem separando em sete estágios: • Identificação do tipo de desenvolvimento do projeto: análise dos problemas e objetivos para poder buscar a predominância do projeto; • Planejamento preliminar: sistema de planejamento separado em duas partes, uma contendo um carácter mais técnico e a outra mercadológica, evitando que detalhes e dados sejam esquecidos; • Desenvolvimento estrutural: etapa que envolve estudos de materiais para desenvolver uma embalagem testando suas características físicas e químicas como resistência ao impacto, calor, umidade etc;
• Desenvolvimento formal e gráfico: completa a parte estrutural do projeto, nela deve conter informações legais, indicação do produto e comunicação visual, além de transmitir os valores da empresa; • Implantações: avaliar e testar as especificações dos materiais e suas qualidades; • Embalagem operando: necessidade de reavaliar o projeto de embalagem procurando pontos a serem melhorados; • Avaliação e correção das falhas: avaliar o desempenho da embalagem e as exigências dos consumidores e mudanças culturais, a fim de atualizar o projeto ao longo do tempo.
do Leite Condensado Moça, 2004,
embalagem do Leite
Condensado Moça, 2014
Nesse projeto será utilizado o método Seragini para o desenvolvimento da embalagem do Kamaboko.
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6.3 A LINGUAGEM DAS FORMAS De acordo Negrão e Camargo (2008), o ser humano sempre procura uma maneira de representar formas bidimensionais no mundo tridimensional em que vivemos, necessitando uma profunda observação para conseguirmos ver todas as faces do objeto. Segundo Wong, (2001 p, 239) os elementos do desenho são classificados em:
Efeito de Proximidade;
• Conceituais: ponto linha e plano; • Visuais: formato, proporção cor e textura; • Relacionais: posição, direção, espaço e peso. Já Floriano Gurgel (2014) afirma que os seres humanos têm uma facilidade de perceber padrões de formas retangulares que pode ser separado em 4 pontos:
• Proximidade: os modos de organização dos objetos podem criar efeitos que tende a ser percebida como conjuntos únicos;
• Continuidade: o efeito de continuidade ocorre quando duas formas quase parecidas estão uma sobre a outra, no entanto a visão obtida é estabelecida sempre pela primeira hipótese;
• Similaridade: as figuras que possuem formas ou alguns aspectos semelhantes entre si podem ser percebidas como uma continuidade;
• Imagem e o fundo: o ser humano consegue separar uma imagem do fundo focando na imagem e ignorando o fundo, entretanto, o oposto ocorre quando o fundo consegue destacar mais que a imagem, gerando assim uma sensação desagradável e angustiante.
Efeito de Similaridade
Efeito de continuidade;
Figura 21 - Padrões visuais
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Observando as definições dos conceitos acima, podemos perceber que o objeto além de sua funcionalidade tem um grande valor estético. O formato de uma embalagem pode definir e manipular como o consumidor irá interagir com a embalagem, porém o formato da embalagem também tem que se adequar com o sua utilizado. Um exemplo dado por Negrão e Camargo (2008) é a embalagem de shampoo que tem que se adequar para que não escorregue das mãos quando estão umedecidas ou ensaboadas, pois as formas das embalagens precisam ser ergonomicamente boa e ser percebida através dos elementos que o componham como linha contorno, peso ou percepção da massa do objeto, textura, valor tonal da cor, posição espacial. A exposição espacial é uma das partes mais importantes para gerar um equilíbrio com a forma da embalagem, pois é uma estrutura natural e o olho humano já está adaptado a ele. É possível classificar o equilíbrio visual em quatro etapas:
• Axial simétrico: equilíbrio com os objetos e são proporcionalmente divididos igualmente; • Axial assimétrico: objetos ficam divididos desigualmente pelo eixo central podendo um lado ser maior que o outro; • Oculto: não há um eixo, os objetos acentuam por todo o campo visual; • Radial: a tração é determinada pela rotação de um ponto no espaço.
Axial simétrico
Oculto
Como mencionado anteriormente no tópico de “Identidade Visual”, as capturas visuais de um objeto ocorrem em pouco tempo isso pode ocorrer com as formas as embalagens, já que só a identidade visual em certos casos não é o suficiente para chamar atenção do consumidor. Para Negrão e Camargo (2008), uma boa parte das impressões que temos sobre uma a embalagem é apresentada por um significado psicológico dependendo de sua forma, como por exemplo os tipos variados de frascos que podem nos remeter sensações de fragilidade, força, dignidade e segurança. Fazer uso de sensações pode agregar valores a embalagem e ao produto, mas tudo depende do propósito do projeto a quem aquela embalagem será designada. Podemos concluir que um bom projeto de embalagem precisa de uma estratégia de projeto para se destacar e é necessário fazer protótipos e testá-los com consumidores finais para assim aumentar a experiência de manuseio e utilização do produto agregando mais valores a ele. A seguir, analisaremos identidades visuais e projetos de embalagem que estão no mercado de produtos alimentícios orientais.
Axial assimétrico:
Radial: Figura 22 -
Equilibrio Axial
Figura 23 -
Frascos com mesma capacidade volumétrica
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7. ESTUDOS DE CASOS
7.1 MARCAS DE PRODUTOS JAPONESES Como visto nas seções de “branding” e de “processos de identidade”, é preciso compreender como as marcas concorrentes atuam no mercado e quais estratégias de marca são utilizadas. Tendo em vista a marca como concorrente direto sendo a Agronippo pois eles possuem o mesmo produto no mercado, foram feitos estudo e análise de logo e estratégias que utilizam, e para completar o painel, foram adicionados concorrentes indiretos: algumas distribuidoras de produtos importados do Japão. Os logos foram selecionados partir de sua participação no mercado e pelo desenvolvimento da identidade visual. Como podemos observar nesse painel, algumas marcas possuem o logotipo fazendo uso do nome do Japão ou algo que remete o país, utilizando símbolos que referem o universo da cultura e geralmente fazem o uso de uma identidade visual minimalista, algumas fazendo referência a bandeira japonesa. Outro ponto a ser observado é o excesso do uso da cor vermelha deixando as marcas sem nenhuma diferenciação.
Figura 24 -
Painel de logos
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7.1.1 JAPAN STORE De acordo com o site da loja a empresa foi criada em 2011 como varejista de uma consolidada distribuidora de produtos japoneses passou por uma transformação em 2015 atualizaram a sua loja online obtendo mais variedades de produtos sendo exclusivos e produtos comuns na rotina cotidiana. O logotipo é simples e fácil de ser lembrado se estiver acostumado com a língua americana. A tipografia utilizada é sem serifa, causando uma ótima legibilidade já que composição da marca é equilibrada, trazendo a sensação de segurança e conforto, o símbolo representado em cima do logotipo é uma representação de uma flor de cerejeira – sakura no hana – que é uma flor nacional do Japão que simboliza amor, renovação e esperança. No símbolo utiliza-se uma composição de vermelho com branco remetendo a bandeira nipônica. Segundo Alina Wheller (2012), todos os elementos de uma linguagem visual são intencionalmente projetados para ser imediatamente reconhecido, entretanto, podemos observar no site da loja que há uma quebra de identidade visual apesar
do logotipo utilizar as cores vermelho, preto e branco. O site faz uso constante das cores cinza e laranja, quebrando a estrutura de comunicação transmitida pelo logo, e usam as cores presentes na marca em algumas etiquetas de promoção que tem pouca legibilidade. Ao fundo há uma textura abstrata minimalista que não atrapalha a visualização do conteúdo apesar de estar presente nas laterais do site.
Figura 26 -
Logo japan store
Figura 25 -
Site Japan store
Figura 27 -
Textura do site
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7.1.2 MARUKAI ORIENTAL MARKET Atuando a mais de 20 anos no segmento de produtos orientais, com o objetivo de “oferecer uma variedade mais ampla de produtos importados de alta qualidade” (Marukai, 2019), a loja Marukai é localizada no tradicional bairro da Liberdade, em São Paulo, oferecendo uma variedade de mais de 5 mil produtos importados. O nome em japonês faz referência ao logo - Marukai pode ser traduzido como “festa do círculo”. Como o público alvo são pessoas que convivem com a cultura japonesa e consomem produtos orientais, considera-se que o nome em japonês não é um problema. Sua identidade visual é simples, o logotipo é em caixa alta sem serifa contendo um peso médio, já sua tagline possui uma tipografia light e sem serifa. O símbolo acima do logotipo faz uma representação da bandeira japonesa. A paleta de cores utilizada é constituída pelas cores Vermelha, Azul e Branco. Silvia Kawanami (2019) afirma que na cultura japonesa a cor vermelha representa o Sol, a azul representa o mar extenso que envolve
o país e o branco representa a pureza.’ Em seu site a comunicação é limpa, fazendo um bom uso das cores vermelha e azul sobre o fundo branco. A tipografia utilizado no site é sem serifa com peso médio e fazem uso das cores da marca dependendo do fundo em que se encontra, é possível notar uma variedade de fotos da loja e de alguns produtos comercializado.
branca vpor quase todo interior da loja, e o padrão visual da marca é aplicado na sinalização dos setores é utilizado a o padrão visual da marca.
Apesar do site seguir a identidade visual da empresa, o mesmo apresenta apenas uma breve descrição sobre a loja, uma galeria de imagens e seu endereço com informações de contato, quebrando a experiência do consumidor, pois seu principal meio de divulgação de novos produtos ou promoções ocorre pela sua página no Facebook, onde são apenas publicadas as fotos com o produto descartando toda a identidade visual já estabelecia. A fachada da loja física é simple e limpa, composta pelas cores branco para o logotipo e vermelho para o símbolo representando o sol sobre um fundo preto. O interior da loja é bem iluminado e limpo, utilizando a cor
Figura 28 -
Identidade visual marukai
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7.1.3 AGRONIPPO De acordo com o site da empresa, fundada por imigrantes japonês em 1971, a Agronippo é uma das primeiras nas indústrias de alimentos orientais no brasil e em 1973 foram a primeira empresa a lançar a linha de massas de peixe embaladas à vácuo e produzida com matéria-prima importada de primeira qualidade.
e colorida, contendo ilustração e criando um perfil mais animado para o produto comparando com outros produzidos pela empresa.
Seguindo o critério de avaliação descrito por Alina Wheller (2012), a identidade visual da Agronippo já é bem definida, o tom de voz da comunicação é simples e limpa, seu logotipo faz uso de uma tipografia em caixa alta e sem serifa e geométrica utilizando a cor vermelha. O símbolo acima e ao centro do logotipo possui 3 formas geométricas, duas das formas fazem uso da cor vermelha e a forma entre o meio utiliza a cor branca, criando uma representação da bandeira japonesa. Na identidade visual dos produtos, podemos notar uma mudança em relação ao Mupy, um suco de fruta com extrato de soja embalado em saquinho ou em caixa de 200ml e de 1 litro. Em sua embalagem utiliza-se uma tipográfica mais manuscrita Figura 29 -
Identidade visual Agronipo
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7.2 ESTUDO DE EMBALAGEM
7.2.1
STRAWBERRY MOCHI (ICHIGO DAIFUKU)
Como visto na seção “atribuições básicas de embalagem”, uma embalagem precisa proteger o produto, passar informações para o consumidor entre outra coisas. Como o projeto consiste em desenvolver uma embalagem, iremos analisar estudos de casos de embalagens de produtos importados, nacionais e caseiros seguindo o critério de avaliação de Negrão e Camargo.
Ichigo Daifuku é um doce japonês com o formato esférico feito de mochi (massa de arroz moído) contendo morango dentro. Sua embalagem consiste em uma bandeira OU BANDEJA? Rígida de plástico, com divisórias para que o alimento fique separado - pois essa massa se não houver separação, o produto pode grudar um ao outro - e um plástico transparente cobrindo a bandeja. Ao abrir o produto nota-se que devesse tomar cuidado, pois o plástico pode acabar rasgando na lateral e o produto cair ou impossibilitar de guardar a bandeja novamente.
descritivo do produto em japonês e as únicas informações encontradas em português são da importadora visto que se trata de um produto importado.
O plástico transparente que envolve a bandeja contém grafismos texturizados com a cor branco que envolve em suas laterais e em sua parte inferior, deixando assim a parte superior com a maior parte transparente, possibilitando a visualização do produto e dando a sensação de sofisticação. Na parte frontal da embalagem há uma ilustração do produto utilizando as cores vermelho, rosa e preto (cores presentes no produto). Acompanhado com a ilustração encontra-se um
Figura 30 - Embalagem de chigo daifuku
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7.2.2
CEREAL EDIÇÃO ESPECIAL
O cereal de chocolate da Tohato é um cereal simples que contém um diferencial em sua embalagem: a empresa sempre traz edições especiais em parceria com outras empresas. O produto a ser analisado é uma edição especial do desenho animado Pokémon - no Japão conhecido como Pocket Monsters (monstros de bolso).
O sistema de abertura também possibilita que o consumidor feche a embalagem depois de aberta e dentro da caixa de papel cartão há um saquinho de plástico contendo o produto, que é ilustração de um pokémon junto vem um adesivo do desenho como brinde.
As embalagens de alimentos caseiros a serem avaliadas serão de sushi e mochi caseiros, pois estes dois itens são encontrados nos mercados de produtos orientais e possui a mesma embalagem. A embalagem consiste em um prato de isopor e filme plástico que envolve todo o alimento e o prato descartável, no qual gera um problema de armazenamento, impossibilitando o empilhamento do produto. Outro problema que pode ser encontrado na embalagem do mochi é a falta de separação entre as comidas já que dependendo da posição que a embalagem se encontra, os alimentos podem grudar uns aos outros. Na abertura da embalagem não há dificuldades, pois, o filme plástico pode ser removido facilmente.
Sua embalagem consiste em uma caixa de papel cartão com o formato hexagonal nas partes de cima e embaixo, criando 6 faces em seu corpo que é composta por uma ilustração do mascote do desenho e um explicativo do brinde que acompanha o produto. Por ser um produto importado, as informações presentes estão em japonês e em umas das faces há uma etiqueta colada pela importadora traduzindo as informações para o português. A abertura localizada no meio do corpo faz com que seja necessário deitar a embalagem para abrir e as cores vermelha e branca junto com modo de abrir remetem a abertura de uma pokébola - ferramenta utilizada pelos personagens para capturar os pokemons no desenho.
7.2.3 ALIMENTOS CASEIROS
Em nenhum do caso há uma identidade definida pois ambas possuem apenas pequenas etiquetas com informações nutricionais, ingredientes, validade e o fabricante. Figura 31 - Cereal edição especial
Figura 32 - Mochi caseiro
Figura 33 - Shushi caseiro
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7.2.4 TIKUWA KAI-HO AGRONIPPO
7.2.5 TIKUWA ARTESANAL
Como descrito anteriormente na sessão “kamaboko”, o produto é feito de massa de peixe prensada e curtida a partir de diversos peixes.
O material usado na embalagem é plástico e o produto é mantido a vácuo, devendo ficar sob refrigeração a uma temperatura de 0°C a 5°C para manter a qualidade por mais tempo. Entretanto, a embalagem é difícil de ser aberta até com a utilização de uma tesoura se encontra um pouco de dificuldade de ser aberta quebrando totalmente a experiência do usuário.
é mantido a vácuo as informações presentes na embalagem podem ser comprometidas, uma vez que o plástico toma a forma da comida e distorce as informações.
O material utilizado na embalagem é plástico e o produto é mantido a vácuo, este deve ficar sob refrigeração a uma temperatura de 1°C a 6°C para manter a qualidade por mais tempo, entretanto, a embalagem é difícil de ser aberta, necessitando de uma faca ou uma tesoura.
Por se tratar de um produto caseiro, sua identidade visual é mais simples, fazendo uso de uma tipografia mais cômica para o descritivo de produto útil; ao centro, o nome do produto está escrito em japonês, indicando que o público alvo seja pessoas que já consomem produtos japoneses. A paleta de cores faz o uso das cores azul, amarelo e vermelho; apesar da embalagem ser transparente às informações na embalagem não desaparecem, já que o produto tem uma cor clara e a embalagem faz o uso de cores com tonalidades mais fortes.
Sua identidade visual é simples, mas o nome do produto descrito está em japonês - contendo apenas a frase “massa de peixe” e o peso em português - fazendo com que o produto seja mais voltado ao público que já consome alimentos japoneses. Sua paleta de cores é formada pelas cores laranja, azul, branco e vermelho; a tipografia utiliza a cor azul e remete ao sumi-e, uma técnica de pintura oriental. Já a cor laranja é utilizada no grafismo de fundo, contudo, o como a embalagem é transparente na maior parte da superfície, o grafismo se perde, pois, o produto tem uma cor parecida. Como o produto
Figura 35 - Kamaboko caseiro
Figura 34 - Kamaboko agroniipo
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7.3 PESQUISA QUALITATIVA Para completar as análises dos estudos de caso e conhecer o público consumidor, foi realizado uma pesquisa qualitativa presencial em frente a uma mercearia localizada na Zona Leste da cidade de São Paulo. 20 pessoas participaram da pesquisa, a maioria entre 25 a 60 anos que frequentam o local. Através de um questionário, as questões realizadas encontram-se no apêndice A. Mediante os resultados da pesquisa, foi possível notar que entre os entrevistados que consomem alimentos caseiros com mais frequência possuem em torno de 50 anos para mais e contam que preferem os alimentos caseiros pois, além de mais saborosos, são mais naturais por não terem conservantes e pelo fato dos produtos artesanais serem entregues todos os dias. Também foi mencionado a praticidade, já que muitos produtos caseiros como sushis e obentos estão prontos para serem consumidos a qualquer hora e em qualquer lugar. Ao questionar em relação ao que eles achavam sobre as embalagens dos produtos caseiros e quais eram seus problemas e vantagens no manuseio e no transporte, as respostas mais usuais foram
que nos casos dos produtos que vinham na embalagem de isopor com filme plástico, a abertura para consumir o produto era simples e não tinha havia dificuldades para abrir, já no transporte dependendo da sua compra, a comida poderia amassar ou o plástico filme poderia ser rompido. Segundo os resultados da pesquisa, a maioria das pessoas entrevistadas consomem produtos caseiro em casa com a família ou sozinhos. De acordo com os funcionários da mercearia, muitos clientes deixam de comprar os produtos caseiro pelo fato da ausência de uma embalagem mais adequada.
IDADE
De 15 a 24 anos
25% 20%
De 25 a 35 anos De 36 a 50 anos
10%
20%
De 51 a 60 anos Acima de 60 anos
25%
COM QUAL FREQUÊNCIA COMPRA ALIMENTOS CASEIRO VENDIDO EM MERCEARIAS DE PRODUTOS ORIENTAIS ?
25%
10%
25% 15% 20%
1 vez por semana 2 vezes por semana 1 vez a cada 2 semanas Mais de 2 vezes por semana 1 vez por mês Sempre Não compra
COM QUEM VOCÊ CONSOME ALIMENTOS CASEIRO? E AONDE COSTUMA CONSUMIR ?
Com a família Sozinho Em casa Na rua Não Consumo Escola Algum lugar de lazer
14 (70%)
5 (25%)
16 (80%) 2 (10%) 1 (5%) 1 (5%) 1 (5%) 5 0
Figura 36 - Infografico dos resultados obtidos
10
15
20
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7.4 CONCLUSÃO DA ANÁLISE Após a análise das identidades visuais, notase uma padronização nas marcas. Apesar de ser comum encontrar semelhanças de marcas que atuam no mesmo ramo, as semelhanças em suas paletas de cores fazem o uso constante das cores vermelho e branco na abordagem do logotipo e sua identidade, não variam muito e se apoiam em soluções muito próximas contendo um visual simples e limpo, fazendo com que o setor de produtos japoneses seja visto aos olhos dos consumidores com uma imagem homogênea. A abordagem utilizada pela Japan Store é muito próxima ao da Agronippo, entretanto, a Japan Store em seu site não faz muito uso da cor vermelha, dando mais destaque para a cor laranja o que gera um incômodo visual quando se visualiza a identidade por inteira. Já a loja Marukai cria uma abordagem que se destaca ao trazer do conceito sobre sol e o mar com as cores vermelho e azul, porém, apesar da marca já ter uma identidade visual definida a loja não faz muito o uso, desagregando um pouco o valor da marca. Sobre os produtos importados é possível analisar que tanto a experiência do uso da embalagem quanto sua identidade visual são bem definida e contém ótimas abordagem, diferenciando de outros produtos e criando uma experiência de uso para o consumidor a partir do
momento em que o mesmo abre a embalagem. Por se tratar de um produto trazido de fora, as importadoras geralmente colam um adesivo com informativos como tabela nutricional dos produtos, às vezes tampando parte da identidade visual ou ilustrações como ocorre na embalagem de cereal de chocolate analisado. Já na embalagem do Tikuwa Kai-ho e do Tikuwa artesanal é possível observar que as informações presentes sofrem uma distorção devido ao sistema de fechamento a vácuo que deforma o plástico. Como observado na pesquisa qualitativa, pessoas entre 50 a 60 anos para cima, tem o costumes de consumir produtos caseiros vendidos em mercearias várias vezes por semana, seguindo esse ponto de vista, a embalagem de tikuwa tanto o artesanal quanto o industrial necessitam de uma tesoura ou uma faca para serem abertas, criando uma certa dificuldade em comparação aos produtos vendidos na bandeja de isopor com o filme plástico, onde este pode ser facilmente rasgado por pessoas de idade com a mobilidade reduzida. Essa situação disponibiliza muita oportunidade para aqueles que desejam investir e inovar se diferenciando através do posicionamento da marca e de soluções criativas de identidade visual e embalagem, aumentando a qualidade e a experiência do consumidor e destacando-se no mercado.
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8. REQUISITOS PARA O PROJETO
Para a criação da marca foi utilizado a metodologia de Alina Wheller (2012) que consistem nas seguintes fases, condução de pesquisa, esclarecimento estratégico, design de identidade, criação de pontos de contato e gestão de ativos, durante o estudo foi possível adquirir novos aprendizados que serviram para auxiliar, mas etapas seguintes. Ao reunir dados da história da culinária japonesa e um pouco da sua cultura aos longos dos anos no Brasil, é possível notar uma deficiência em sua identidade visuais, fazendo os mesmos usos de cores remetendo a bandeira nipônica. Também é possível notar a falta de investimento de embalagens de alimentos caseiros, apesar de nem sempre ser viável a muitos pequenos produtores é importante pensar na proteção do produto e na experiência do usuário, pois segundo o resultados da pesquisa quantitativa e alguns funcionários de mercearias os público que consome mais produtos caseiros tem entre 50 a 60 anos fazendo com que seja necessário elaborar projetos de embalagens para esse público. Aplicando o método de Seragini, o
projeto tem como objetivo final fazer uso da embalagem como meio de comunicação mais eficiente e melhorar a qualidade do produto. Para a fase esclarecimento estratégico foi criado um briefing utilizado a ferramenta de gerenciamento estratégico “Plataforma da marca Canvas” desenvolvido por Daniel Padilha. Essa ferramenta irá ajudar a criar diretrizes, como: • • • • • •
Publico- alvo Palavras- chaves Concorrentes Naming Posicionamento da marca Diferencial
Nesse briefing também será mostrado o desenvolvimento do projeto, e no final do projeto, será apresentado um mockup físico da embalagem desenvolvida junto com um manual de identidade visual.
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9. ESTUDOS DE CONCEPÇÕES
PLATAFORMA DA MARCA CANVAS Como esse projeto tem com objetivo desenvolver uma identidade e uma embalagem para um alimento artesanal foi utilizado a plataforma da marca canvas de Daniel Padilha POR QUE EXISTIMOS?
O QUE SOMOS?
O QUE QUEREMOS?
Existimos para manter a tradição culinária japonesa presente na família, através de produtos produzidos caseiramente.
Somos uma empresa familiar que traz a tradição da culinária japonesa, presente na família oferecendo produtos mais naturais.
Queremos aprimorar a qualidade do produto e a experiência do consumidor, podendo estender a demanda das encomendas para mais regiões.
ONDE QUEREMOS CHEGAR?
NO QUE ACREDITAMOS?
ENTREGA RACIONAL
Manter os consumidores atuais e atrair novos, ampliando para outros tipos de alimentos, com a receita dos meus avos como por exemplo: sushi, tofu..., podendo ampliar até na área de doces tradicionais japoneses.
Trabalha de forma organizada, respeito e com extrema pontualidade.
Entregamos kamabokos fritos produzidos caseiramente, tendo a variação de dois tipos, um só a massa de peixe e o outro contendo legumes como cenoura e gobo (raiz de bardana). A prioridade é sempre entregar um produto de qualidade e mais natural sem substâncias químicas.
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ENTREGA EMOCIONAL
IDEIA CENTRAL DA MARCA
O sabor tradicional da culinária japonesa mantendo as tradições e os costumes passados.
No começo a produção de kamaboko surgiu como uma fonte de renda extra, a loja na qual fornecemos já encomendava uma pequena quantidade de kamaboko com os meus avós. Depois da receita ser passada procuramos uma forma de criar um sistema de organização e pontualidade, e após um tempo, as vendas aumentaram e começamos a ficar mais rigorosos na produção e higiene. Além disso, coletamos as opiniões dos consumidores e das mercearias, afim de manter um produto mais natural sem conservantes e saboroso que relembre a culinária tradicional e podendo ser adaptada para atrair novos consumidores, criando um diferencial para o produto.
CREDIBILIDADE Todos os produtos são passados por inspenção são analisando os feedback passado para a empresa para poder atender melhor os clientes. DIFERENCIAL O diferencial da marca é que a receita do produto produzido foi criada pela minha avó e passada adiante como uma herança cultural. DURABILIDADE Apesar de seguir a receita criada da minha avó, através dos feedback passado pelas mercearias e os consumidores, buscamos meios de manter a receita original e adaptá-la para outros tipos de gosto tentando sempre criar um diferencial.
O QUE TORNA A MARCA ESPECIAL? Usando produtos de boa qualidade e atendendo os feedback dos consumidores, afim de sempre melhorar a qualidade do produto e trazer mais variedade de sabores. QUAIS SÃO OS ARQUÉTIPOS DA MARCA? CARA COMUM - PRESTATIVO
INSPIRAÇÃO Inspirar as pessoas com uma alimentação livre de conservantes, prática mantendo o sabor e a tradição da cultura japonesa.
SÍNTESE DO POSICIONAMENTO
ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE DA MARCA
Sempre ser amigável e próximo aos clientes e as mercearias, como um “favor” de família para família.
// FEMININO
SÍNTESE DA PERSONALIDADE Uma empresa amigável comprometida com os colaboradores e consumidores TOM DE VOZ DA MARCA A marca se comunica verbalmente de uma forma próxima, amigável e formal. E não secomunica de uma forma técnica e apelativa.
// COMUM // AGITADO // SOFISTICADO
MASCULINO // INUSITADO // ESTÁTICO // SINGELO //
// ROBUSTO
FRÁGIL //
// DISTANTE
PRÓXIMO //
// CRITERIOSO // INTROVERTIDO
NÃO CRITERIOSO // EXTROVERTIDO //
// PENSADOR
EXECUTOR //
// SONHADOR
PÉ NO CHÃO //
O QUE A MARCA É E O QUE NÃO É
GOSTOS DA MARCA - Palavras chaves
Em primeiro lugar qualidade e sempre testando e melhorando a qualidade., e marca não faz uso de conservantes químicos para aumentar a durabilidade do produto.
Otimismo , Família, Proximidade, Lembranças, Artesanal, Compromisso, Tradição
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PESQUISA QUALITATIVA Afim de conhecer melhor o público consumidor foi feito uma pesquisa qualitativa sobre o produto que produzimos e sobre os industriais que se encontra no mercado. Com o resultado da pesquisa foi descoberto que o público consumidor que consomem mais kamaboko contém de 36 a 60 anos e chegam a comprar mais de 2 vezes por semana.
Quais os pontos positivos e negativos do Kamaboko industrial vendidos em mercearias ? • Difícil de abrir, porém a durabilidade é maior • Positivo: bom armazenamento não ocupa espaço • A embalagem e é mais forte, porem é difícil de abrir • Formato irregular, difícil de ler • a embalagem por ser a vacuo e difícil de abrir • Abertura do plástico é dura não da pra ver o produto direito • É difícil de abrir precisa de uma faca ou tesoura, mas permite congelar o produto pra comer depois
NAMING Você sente alguma dificuldade em armazenar o kamaboko caseiro ? Se sim, quais são essas dificuldades ? • A embalagem é ruim e não pode por peso em cima • o saquinho em que vem atrapalha • A embalagem as vezes não ajuda • depois de tirar da embalagem é difícil de guarda de volta. • o saco plástico que vem não mantem a temperatura.
Após a conclusão do canvas foi dado o início do processo de naming. Mesmo produzindo entregando kamaboko a 6 anos, nunca criamos um nome para a empresa. A ideia inicial era chama a marca de MIGUFU, pois esse nome é considerado o “nome do Clã” da família. Entretanto antes dos meus avos virem ao brasil muitos documentos foram perdidos por causa da guerra e o significado de Migufu foi esquecido com o passar dos anos. Após de muita pesquisa, como o alimento foi passado por geração foi escolhido como marca SHIMA devido ao fato de ser a inicial do sobrenome da família e por causa da origem dos meus avos que vieram da ilha de okinawa e o Shima significa ilha em japonês. Shima é um nome fácil de falar e de se lembrar mesmo para aqueles que não estão familiarizado com a pronuncia japonesa
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PAINEL CONCEITUAL
Figura 37 - Painel semantico familia
Para auxiliar no processo de criação da proposta da marca foi elaborado 3 painéis semântico em relação as palavras chaves elaboradas no canvas, Família, artesanato, tradição. O
processo criativo será construído em base da referência presente nos painéis.
FAMÍLIA Afim de criar uma relação tanto com os clientes como as lojas em que fornecemos os nossos produtos, presamos em manter próximos e interagir a eles, afim de melhorar a qualidade do serviço e criando novos laços.
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Figura 38 - Painel semantico Artesanato
ARTESANATO E TRADIÇÃO Acreditamos que através de um produto artesanal é possível agregar valor ao nosso negócio por se tratar de produto tradicional utilizado para cerimonias em certas datas seguindo a religião do xintoísmo, e por resultar uma tradição familiar, já que a receita foi passada por gerações.
Figura 39 - Painel semantico Tradição
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Figura 40 - Opções de Logo
Após a definição do nome e o painel conceitual, foi dado início ao processo de construção do logo, testando as formas e a tipografia e cor, foi escolhia três rascunhos iniciais. A opção 1, foi inspirada na forma de um hanko, que é utilizado para substituir a assinatura no Japão. A tipografia é mais pesada afim de ganhar, mas legibilidade.
OPÇÃO 1
TESTE DE LOGO
As opções demostradas são acompanhadas por uma tag-line “alimentos caseiros” demostrando o segmento e podendo criar oportunidades de ampliar para novos produtos.
OPÇÃO 3
A opção 3 possui o formato retangular com as bordas arredondadas criando a forma do kamaboko produzido.
OPÇÃO 2
A opção 2, O símbolo da marca faz referência ao hanko, já o logotipo utiliza-se uma tipografia manual como uma assinatura.
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TESTE DE EMBALAGEM Com a pesquisa qualitativa pode se observar uma certa dificuldade na abertura dos kamaboko industriais devido ao plástico e o fechamento a vácuo. Foram realizados teste de embalagens afim de preservar a temperatura do produto como sua durabilidade.
Faca de embalagem 1 A embalagem não possui ponto de cola, o fechamento contém duas travas laterais que permite que a embalagem não se abra facilmente. Em seu uso a abertura da embalagem é simples e fácil, a aba que ajuda na facilitação da abertura é maior, para que pessoas de idade que tem dificuldade em segurar coisas pequenas. Um problema analisado é na hora de retirar o produto fazendo com que o usuário use a mão, algum utensilio ou simplesmente virar a embalagem para que o produto caia.
Figura 41 - teste de embalagem 1
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Faca de embalagem 2
Faca de embalagem 3
A embalagem não possui ponto de cola, o fechamento contém quatro travas laterais, a faca é fácil de ser montada e armazenada.
A embalagem semiautomática e contém pontos de cola. Sua vantagem está no armazenamento e praticidade na montagem pois e fácil de monta-la.
Sua abertura consiste em uma aba grande que cobre as laterais a parte da frente, apesar de cobrir a embalagem a tampa não segura o produto necessitando de um lacre.
Figura 42 - teste de embalagem 2
É necessária uma etiqueta para segurar a aba de abertura já que o peso do produto pode fazê-la abrir dependendo da posição em que se encontra.
Figura 43 - teste de embalagem 3
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Faca de embalagem 4
Faca de embalagem 5
A embalagem não possui ponto de cola, a montagem consiste em um encaixe frontal, que permite que as laterais se sustente. A montagem da embalagem é rápida e fácil, entretanto as abas laterais arredondada no teste levantando sozinho fazendo com que seja necessário um adesivo tanto na parte frontal e na lateral. A embalagem foi estada com o papel cartão porem a alça não suportava o peso.
A embalagem não possui ponto de cola, a montagem consiste em encaixes de ambos os lados para sustentar as laterais. O manuseio da embalagem é simples assim como sua montagem, já que a estrutura é a mesma utilizada no teste 4. Foi feito um teste da embalagem com alça em ambo os lados, possibilitando a alteração do material utilizado.
Figura 44 - teste de embalagem 4
Figura 45 - teste de embalagem 5
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10.PROJETO PRODUTO A marca da proposta do projeto e sua identidade visual e suas diretrizes foram estabilizados em um manual de identidade visual. A embalagem a se desenvolver foi criada mockup com materiais mais próximos do real, os materiais a ser utilizado nas embalagens estão disponíveis no manual de identidade da marca. A seguir serão apresentados o conteúdo desenvolvido.
Especificações tecnicas do manual CAPA
Miolo
Formato aberto :500,5 x 260 mm Fomato fechado: 250 x 260 mm Suporte: Couche 300g Método de impressão: Impressão digital Cores - 4 x 4 Acabamento: Laminação fosca
Formato aberto :500 x 260 mm Fomato fechado: 250 x 260 mm Suporte: Alto auvura 150g Método de impressão: Impressão digital Cores - 4 x 4 Numero de paginas: 44
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MARCA VERSÃO PREFERENCIAL A versão preferencial da marca é o elemento central de uma empresa, carregando sua essência e seu comportamento fazendo o contato com os seus públicos alvos. Após o teste foi escolhido a opção 3 como estrutura base, por fugir do padrão de logo como mostrado nos estudos de casos, e por se encaixar no posicionamento da marca. Sua estrutura recebeu um reajuste se tornando mais geométrica com cantos arredondados ganhando a forma do hanko o carimbo de assinatura utilizado no Japão, fazendo a referência de que esse logo seria a assinatura da família. O logo em sua versão preferenciar, por ser inspirado no hanko não possui variação cromática. Caso a aplicação ocorra em uma cor próxima ao logo e a legibilidade seja prejudicada deve utilizar as versões negativa e positiva ou as versões preto e branco.
Versão Negativa Versão Positiva
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LINGUAGEM VISUAL - TIPOGRAFIA
MALHA CONSTRUTIVA
O padrão tipográfico caracteriza a marca assim ampliando sua linguagem visual atribuindo identificação e personalidade. Para as peças gráficas, será utilizado há Segoe UI emoji para títulos e chamadas, subtítulos deve-se fazer o uso da Letter Gothic Std Bold, já para textos corridos deve ser usado a RALEWAY Regular.
A malha construtiva foi criada partir da tipografia da letra M, assim criando um círculo áureo para determina a proporção dos objetos presente no logo.
SEGOE UI EMOJI ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 123456789!@#$%¨&*() Títulos
LETTER GOTHIC STD BOLD ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 123456789!@#$%¨&*() Subtítulos
RALEWAY REGULAR ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 123456789!@#$%¨&*() Texto corrido
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LINGUAGEM VISUAL - CORES
Cores Primarias e de Suporte A paleta de cores passa as sensaçþes de prosperidade e tranquilidade, e tem como sua cor principal a cor laranja. A cor laranja deve estar presente a quase todo momento tendo como suporte das cores secundaria que foram escolhidos para complementar a cor primaria podendo ser utilizada em fundos e grafismos, tendo a possibilidade de ser aplicado com tonalidade reduzidas
Pantone 2309 C
PANTONE 166 C HEX/HTML E35205
206
181
3
92
184
178
61
0
150
143
82
15
22
50%
28
50%
Pantone 7472 C
PANTONE P 1-1 C
231
Pantone HEX/HTML E35205
7716 C
5
39
9
50%
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LINGUAGEM VISUAL - ICONES
LINGUAGEM VISUAL - ETIQUETAS
Os ícones são representação gráfica de identificação dos produtos, informações e de comunicação. É um jeito simples de rápido de informar e identificar os produtos.
A etiqueta desenvolvida para lacrar a embalagem foi projetada para a identificação do produto, assim não será preciso fazer a criação de uma embalagem para cada sabor, melhorando a logística de armazenamento das embalagens.
Todos os ícones são contorno (outline) e quadrado com os possuem as mesmas do logo.
feitos apenas em linha de são centralizados em um cantos arredondado que medidas presente na forma
EMCOMENDA
KAMABOKO
KAMABOKO
DE
FRITO COM
FRITO
KAMABOKO
LEGUMES
APÓS ESFRIAR
APÓS ESFRIAR
APÓS ESFRIAR
MANTER
MANTER
MANTER
REFRIGERADO
REFRIGERADO
REFRIGERADO
Produtos
Informações do produto
Comunicação
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LINGUAGEM VISUAL - GRAFISMO O grafismo foi criado a partir de um círculo áureo, trazendo o conceito de ondas e de escamas de peixe, já que os alimento produzido são a base de peixe, e a textura faz referência textura japonesa conhecida como Seigaiha que é a representação de ondas. O grafismo é mais limpo e sem detalhes sendo criado por linhas de contorno. O grafismo pode ser utilizado com fundo desde que não seja criado um ruído ou poluição visual,
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APLICAÇÕES A seguir será mostrado algumas aplicações. No manual de identidade possui todas as características que deve seguidas para fazer a aplicação corretamente.
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INGREDIENTES: PEIXE, CLARA DE OVO, FÉCULA DE MANDIOCA, FÉCULA DE BATATA, FARINHA DE TRIGO, TEMPERO A BASE DE PEIXE, GLUTAMATO DE MONOSSÓDICO, SAL, AÇÚCAR, SAQUE, ÓLEO VEGETAL, CENOURA, GOBO (RAIZ DE BARDANA). ALÉRGICOS:CONTÉM PEIXE, OVO, DERIVADOS DE TRIGO E PODE CONTER GLÚTEN.
A identidade visual aplicada é simples e direta limpa, facilitando a visualização das informações. Por se tratar de uma embalagem sem pontos de cola a aba utilizada para abertura contém uma folga para os consumidores com problemas de coordenação motora ou com menos força consiga abrir sem dificuldades. Apesar do substrato ser resistente e aguentar o peso do produto, a embalagem será lacrada com um adesivo indicando qual é o tipo de produto está dentro.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL PORÇÃO DE 100G - 1UNIDADE
Quantidade por porção
% VD(*)
0%
0g
Fibra alimentar
-
0g
Gorduras trans
0%
0g
Gorduras saturadas
7%
4g
Gorduras totais
16%
12g
Proteínas
5%
14g
Carboidratos
7%
140 kcal=588kj
Valor energético
Sódio
33%
800 mg
(*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
SHIMA PRODUTOS ALIMENTICIOS ARTESANAIS CNPJ 021678461/0010-00-I.E.118.564.589.111 Rua Padre Manuel Luis de Vergueiro, 1605 Fone (11) 6910-1325
A montagem é simples e rápida e a faca não contêm ponto de cola. O substrato a ser utilizado é o papel cartão klafold Gb devido a sua camada anti gordurante, pois como o produto é frito não a perigo da embalagem ficar úmida. Após o estudo de concepções foi escolhida a faca 2 mostrada nos testes contendo algumas alterações.
EMBALAGEM 98
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EMBALAGEM PARA ENCOMENDA Para que melhorar a experiência do consumidor foi criado um pack que pode armazenar até 6 kamabokos que será utilizado para encomendas. A embalagem a se utilizar é a mesma apresentada no teste como faca 5, pois sua estrutura não possui ponto de cola, sua montagem é rápida e fácil facilitando o armazenamento. Sua abertura contém duas abas para segura a alça duplas. Para evitar a abertura involuntária deve lacrar com adesivo correspondente a encomenda, junto ao adesivo deve ser colocado o papel de identificação da encomenda. O substrato a ser usado será o papel cartão Klamulti por ser de fibra longa e mais resistente rasgo, já que esse mesmo substrato é utilizado em packs de cerveja.
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11.CONSIDERAÇÕES FINAIS A ideia de deste projeto se originou através de um acontecimento presenciado, já que a família produz o Kamaboko caseiro a mais de 6 ano, e as vendas em finais de anos sempre eram grandes e após destacar as caixas de isopor que eram entregues as vendas aumentaram, pois facilitava para os funcionários a se organizarem. Através da realização desse projeto, é apresentado uma temática quase nunca explorada e que pode contribuir com futuros trabalhos. Como as áreas do setor alimentício e o design sempre são relacionados, mas a parte de produtos caseiro e artesanais quase nunca são relacionados com design e desenvolvimento de embalagem. Os aprofundamentos desses temas e sobre os públicos consumidores podem enriquecer ainda mais o projeto, podendo agregar ainda mais a marca desenvolvida aumentando a variedade de produtos e acrescentando na experiência do usuário.
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12. REFERÊNCIA COSTA, Joan. A imagem da marca: um fenômeno social. São Paulo: Edições Rosari, 2011. WHEELER, Alina. Design de identidade de marca: guia essencial para toda a equipe de gestão de marcas. Porto Alegre: Bookman, 2012. PEREZ, Clotilde. Signos da marca - expressividade e sensorialidade. São Paulo: Cengage Learning Edições Ltda, 2010. Aaker, David A. Marcas Brand Equity Gerenciando o valor da marca. São Paulo: Elsevier editora, 1998. Strunk,, Gilberto luiz: Como criaridentidade visuais para marca de sucesso: um guia sobreo marketing das marcase como representar graficamente
seus valores. Rio de janeiro: Rio books. 2007 NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de embalagem do marketing à produção. São Paulo: Novatec Editora Lrda, 2008. Guguer, Floriano. A diministração da embalagem.. São Paulo: Cengage Learning. 2014 STEWART, Bill. Estratégia de design para embalagem. BLUCHER, 2010. CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008
ABF Associação Brasileira de Franchising, 2013. Disponivel em https://www.abf.com. b r/s a o - p a u l o - te m - m a i s restaurantes-japoneses-quechurrascarias/ KAWANAMI,Silvia. Kamaboko, uma iguaria japonesa à base de massa de peixe. Japão em foco, 9 jan 2014. Disponível em https://www.japaoemfoco. com/kamaboko-uma-iguariajaponesa-a-base-de-massa-depeixe/. Acesso em 20 out 2019. HINO, alba; OKANO, Nilza; YAMADA, Kiyomi. A influência da culinária japonesa no brasil – ontem, hoje e amanhã. Discovernikkei, 26 jun 2017. Disponível em https:// www.discovernikkei.org/en/ journal/2017/6/26/culinariajaponesa-brasil/ . Acesso em 20 out 2019.
JAPAN STORE. Japan Store, 2011. Disponível em https:// www.japanstore.com.br/Acesso em 20 out 2019. AGRONIPPO. Agronippo, 2019. Disponivel em https:// agronippo.com.br/ . Acesso em 20 out 2019. Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), 2018 Disponivel em https://www. terra.com.br/noticias/dino/ empresa-de-registro-de-marcacresce-1200-no-ultimo-semest re,2ea22c365575bba4ce67c8e3 3a5f6baa5tfyn5y6.html Acesso em 20 jan 2020. EMB-Japan (Embaixada do Japão no Brasil) Disponivel em https://www.br.emb-japan. g o . j p /c u l t u ra /re l i g i a o . h t m l acesso em 20 jan 2020.
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13. LISTA DE IMAGENS Figura 1 - Descrição detalhada dos utensílios ocidentais descrito em Seiyo Ryori Tsu (1872) CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 2. Descrição detalhada dos utensílios ocidentais descrito em Seiyo Ryori Tsu (1872) CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 3. Salmão enlatado produzido por fábricas de Hokkaido, década de 1880 CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 4 - A “caixa de almoço do sol nascente” (Hiromaru bentoCWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 5 - Obento nos dias atuais Disponívelem:www.darkintheboy.
com20081211appetizing-bentogameanimemovie-inspired-bentoboxes.jpg. Acesso em 20 out 2019. FFigura 6 - Fábrica de bolachas duras Kanpan, década de 1940 CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 7 - Publicidade de bolachas duras Kanpan, 1937 CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 7 - Publicidade de bolachas duras Kanpan, 1937 CWIERTKA, katarzyna. Moderna cozinha japonesa: comida, poder e identidade. São Paulo: editora senac sp, 2008 Figura 10 - Butsudan (oratório budista) em uma residência Disponível e m : h t t p : //w w w. d i s c ove r n i k ke i . orgptjournal20171011obon Acesso em 20 out 2019.
Figura 11 - Sushi hot- roll Disponível em: https://www. tudoreceitas.comreceitade-hot-roll-com-creamcheese-5534.html. Acesso em 20 out 2019. Figura 12 - Temaki de cream cheese Disponível em: https:// cybercook.com.br/receitas/ p e i xe s - e - f r u t o s - d o - m a r/ temaki-de-salmao-com-creamcheese-17021 . Acesso em 20 out 2019. Figura 13 - Kamaboko Narutomaki inspirado no redemoinho Naruto Uzushio Disponível em: https://www. japaoemfoco.comkamabokouma-iguaria-japonesa-a-basede-massa-de-peixe Acesso em 20 out 2019. Figura 14 - kamaboko clássico branco e rosa. Disponível em: https://www.japaoemfoco. com/kamaboko-uma-iguariajaponesa-a-base-de-massa-depeixe/ Acesso em 20 out 2019.
Figura 15 Slogan essência da marca da Coca-Cola, 2016 Disponível em:https://www.sibeg.itenareastampanewstaste-the-feelingcoca-cola-new-globalcampaign.html . Acesso em 16 set 2019. Figura 16: Slogan e essência da marca da CocaCola, 2009. Disponível em: h t t p s : // w w w . m a p e x p o . wordpress.com20140925whyhappy-customers-equal-ahappy-company-coca-colasopen-happiness-marketingcampaign . Acesso em 16 set 2019. Figura 17 Logotipo,estrutura e assinatura visual da marca WHEELER, Alina. Design de identidade de marca: guia essencial para toda a equipe de gestão de marcas, p. 60. Porto Alegre: Bookman, 2012.’
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Figura 18: sequência de captação da memória visual. WHEELER, Alina. Design de identidade de marca: guia essencial para toda a equipe de gestão de marcas, p. 62. Porto Alegre: Bookman, 2012. Figura 19 - Categorias das marcas autoria propria
Figura 23 - Frascos com mesma capacidade volumétrica NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de embalagem do marketing à produção, p.158. São Paulo: Novatec Editora Lrda, 2008. Figura 24 - Painel de logos Autoria própria
Figura 20: embalagem do leite condensado Moça, 2004, embalagem do leite condensado Moça, 2014 Disponível em: http://g1.globo.com/economia/ negocios/noticia/2014/05/leitemoca-lanca-lata-com-abridor-eaposenta-embalagem-acinturadaa. html. Acesso em 29 set 2019.
Figura 25 - Site Japan store Disponível em: https://www. japanstore.com.br/. Acesso em 20 out 2019.
Figura 21 - Padrões visuais Guguer, Floriano. A diministração daembalagem.. São Paulo: Cengage Learning. 2014
27 - Textura do site Disponível em: https://www. japanstore.com.br/. Acesso em 20 out 2019.
Figura 22 - Equilibrio Axial NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de embalagem do marketing à produção, p.158. São Paulo: Novatec Editora Lrda, 2008.
Figura 28 - Identidade visual marukai https://www.marukai. com.br/ acesso em 20 out 2019.
Figura 26 - Logo japan store Figura Disponível em: https://www.japanstore.com. br/. Acesso em 20 out 2019.
Figura 29 - Identidade visual Agronipo Disponivel em: https://www.facebook.com/ clubedomupy/photos/a.3247 31017553105/2083596854999 837/?type=3&theater .Acesso em 27 out 2019. https://www. hydealimentos.com.bragronippo Acesso em 27 out 2019 Figura 30 - Embalagem de chigo daifuku Autoria própria Figura 31 - Cereal edição especial Autoria própria Figura 32 - Mochi caseiro Disponivel em:http:// hishoku-sora.blogspot. com201307gastando-horroresna-liberdade-como.html Acesso em 03 nov 2019. Figura 33 - Shushi caseiro Disponivel em:http:// hishoku-sora.blogspot. com201307gastando-horroresna-liberdade-como.html Acesso em 03 nov 2019. Figura 34 - Kamaboko agroniipo Autoria própria
Figura 35 - Kamaboko caseiro Autoria própria Figura 36 - Infografico dos resultados obtidos Autoria própria Figura 37 - Painel semantico familia Autoria própria Figura 38 - Painel semantico ArtesanatoAutoria própria Figura 39 - Painel semantico TradiçãoAutoria própria Figura 40 - teste de logo Autoria própria Figura 41 - teste de embalagem 1 Autoria própria Figura 42 - teste de embalagem 2 Autoria própria Figura 43 - teste de embalagem 3 Autoria própria Figura 44 - teste de embalagem 4 Autoria própria Figura 45 - teste de embalagem 5 Autoria própria
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14. APENDICE A Alimentos caseiros Pesquisa de público consumidor As informações fornecidas por você serão anônimas, garantindo sua privacidade. As informações serão utilizadas para avaliação do público consumidor de alimentos produzidos caseiramente vendido em mercearias. Sua participação na pesquisa será importante para o projeto, que consiste na criação de uma marca para um produto caseiro juntamente com uma embalagem para o trabalho de conclusão de curso.
1. Qual a sua idade ? • De 15 a 24 anos • De 25 a 35 anos • De 36 a 50 anos • De 51 a 60 anos • Acima de 60 anos 2. Com qual frequência compra alimentos caseiro vendido em mercearias de produtos orientais ? • 1 vez por semana • 2 vezes por semana • 1 vez a cada 2 semanas • Mais de 2 vezes por semana • 1 vez por mês • Sempre • Não compra 3. O que te faz preferir um alimento produzido caseiramente ao invés do industrial ? 4. Qual sua opinião sobre alimentos caseiro vendidos em mercearias ? 5. Quais os pontos positivos e negativos da embalagem dos alimentos caseiro vendidos em mercearias ?
6. Você sente alguma dificuldade em transportar alimento caseiro? Se sim, quais são essas dificuldades ? 7. Com quem você consome alimentos caseiro? E onde costuma consumir ? • Com a família • Sozinho • Em casa • Na rua • Não consumo • Outros