Book Prêmio Benchmarking 2012

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2010 PRÊMIO BENCHMARKING SAÚDE BAHIA As empresas, instituições e gestores que foram modelo para o mercado



Premiação inédita no Nordeste, o Benchmarking Saúde mobilizou mais de 300 empresários, executivos e autoridades do segmento médicohospitalar da Bahia


Festa de premiação foi realizada no espaço Unique Eventos, localizado na Avenida Tancredo Neves, centro financeiro de Salvador


ÍNDICE

APRESENTAÇÃO

07

Arquitetura Hospitalar | Protécnica arquitetura

09

Day Hospital | Itaigara Memorial

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Empresa de TI | Medicware Sistemas

13

Empresário do Ano | Delfin Gonzalez

15

Gestora Pública | Sônia Carvalho

17

Home Care | SOS Vida

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Hospital Filantrópico | Hospital Santa Izabel

21

Hospital Privado (interior do estado) | Hospital Santa Helena

23

Hospital Privado de Grande Porte | Hospital Aliança

25

Hospital Privado de Pequeno e Médio Porte | Hospital Aeroporto

27

Indústria de Gases Medicinais | White Martins

29

Laboratório de Análises Clínicas | Labchecap

31

Medicina de Grupo | Promédica

33

Operadora de Autogestão | Planserv

35

Saúde Ocupacional | Grupo Santa Helena

37

Seguradora | Bradesco

39

Serviço de Diagnóstico por Imagem | Clínica Delfin

41

Serviço Financeiro | Banco do Nordeste

43

Serviço de Oftalmologia | DayHORC

45

Serviço de Oncologia | AMO

47

SERVIÇO de ORTOPEdia | oRTOPED

49

Destaque Brasil | PPP da Saúde

51

Dirigente de Classe | Marcelo Britto

53

Prêmio Emérito | Sílio Andrade

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Prêmio Benchmarking Saúde 2010


Confeccionados em bronze fundido, os trofÊus simbolizaram os conceitos de competitividade, ineditismo e superação


APRESENTAÇÃO

O

s japoneses cunharam, nos anos 70, a palavra “dantotsu” (lutar para tornar-se o “melhor do melhor”), baseados em um processo de aperfeiçoamento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos concorrentes. Para os americanos, o conceito nipônico de eficiência deveria ser encarado como prerrogativa para qualquer organização que quisesse tornar-se competitiva através de ações inovadoras. Ser benchmarking – um termo usado pela primeira vez em 1989, nos EUA, inspirado no “dantotsu” japonês – certamente é a tradução mais moderna para definir uma organização que se destaca a tal ponto da concorrência que se torna uma referência. IBM, Johnson & Johnson e Kodak foram algumas das empresas pioneiras na adoção de parâmetros de competitividade focados em uma ideia simples: reconhecer que sempre vai existir no mercado quem faça melhor. E, claro, perseguir o aprimoramento de suas ações de gestão e governança para serem, elas próprias, um benchmarking. No mundo da saúde, ser referência nunca foi tão proeminente para quem deseja se destacar – e ser reconhecido pelo seu feito – em um mercado cada vez mais competitivo. “Inventar” o prêmio Benchmarking Saúde, uma iniciativa inédita do Grupo Criarmed, através da Revista Diagnóstico, foi, a nosso ver, uma forma de usar o próprio caráter inovador da disputa para reconhecer empresas e gestores verdadeiramente referência para seus pares. Pioneira no País, a deferência mexeu com o mercado de saúde do Nordeste, ao realizar, pela primeira vez na história do setor, um prêmio que destaca os melhores dos melhores sob o aspecto da governança corporativa das instituições e do legado profissional de seus gestores. As páginas a seguir são o registro dessa história. Ao todo, o Benchmarking Saúde, edição Bahia, contemplou 21 players, em diversas categorias, além de criar três prêmios especiais. O processo de avaliação foi realizado por um comitê julgador formado por 60 gestores de entidades representativas de todo o trade de saúde do estado, com base nos critérios de Inovação, Credibilidade, Novos Investimentos e Visibilidade de Mercado. A eleição foi realizada pelo voto direto, via internet, entre 8 e 15 de abril de 2011. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 16 de junho, no Unique Eventos, em Salvador. A todos os que nos apoiaram nesse projeto – em especial a Abimo, Abramge, Ahseb, Febase e Unidas –, nossos sinceros agradecimentos.

Publisher Prêmio Benchmarking Saúde 2010


Arquitetura Hospitalar | Protécnica arquitetura

Tânia Barros, sócia fundadora da Protécnica Arquitetura


Beleza e rigor pautam projetos exclusivos

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om 15 anos de atuação especializada no segmento médico-hospitalar do Nordeste, a Protécnica Arquitetura e Engenharia recebe o reconhecimento do trade com o Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Arquitetura Hospitalar. Entre as empresas indicadas para concorrer à premiação, apenas a Protécnica executa empreendimentos exclusivamente para o setor de saúde. “É a comprovação de que estamos no caminho certo, com projetos responsáveis e com alto nível de detalhamento”, considera Tânia Barros, engenheira civil e sócia fundadora da empresa. Atualmente, a equipe formada por seis arquitetos e dois engenheiros, além de apoiadores como engenheiros de instalações e engenheiros calculistas, se dedica a mais de 11 projetos simultâneos, entre eles a construção do Hospital Ver – Oftalmologia de Excelência, em Maceió, e do Complexo Médico Hospitalar de Lauro de Freitas, na Bahia, onde será implantado o primeiro cíclotron privado da região Nordeste. Todos os empreendimentos de média e alta complexidade são desenvolvidos com base em pesquisas minuciosas de aspectos como normas técnicas e implicações ambientais, além dos avanços científicos e tecnológicos do próprio segmento médico-hospitalar. “Acompanhamos in loco a evolução dos equipamentos e procedimentos para que o trabalho arquitetônico seja atualizado e desenvolvido de forma harmoniosa”, ressalta Tânia. Para a especialista em Engenharia de Segurança e Engenharia e Arquitetura Hospitalar, o envolvimento da Protécnica com

seus projetos, desde a escolha do terreno até o funcionamento das instalações, consolida a credibilidade da empresa perante o mercado. “Não temos clientes, somos parceiros de quem precisa dos nossos serviços”, sentencia. Além da busca pela modernidade e pela qualidade técnica dos projetos, a Protécnica se destaca ainda pela beleza das suas instalações. “O fato de ser um hospital ou uma clínica, por exemplo, não significa que não precise de cuidados com a estética”, pondera. O que há duas décadas não era prioridade para os empreendedores passou a ser fator fundamental para a segurança e a eficiência dos processos. “O olhar sobre o negócio ficou mais técnico, e os gestores de saúde passaram a procurar projetos arquitetônicos que prezem pela humanização e pelo zelo ao meio ambiente”, reflete. A divulgação e a publicação dos projetos fazem parte da estratégia de visibilidade e crescimento da Protécnica, não só nos estados do Nordeste, mas também em outras regiões do País. Para a empresa que soube compreender as necessidades do setor de saúde e atender às suas exigências com rigor e inovação, o limite da expansão parece ser proporcional à busca por empreendimentos executados com qualidade e responsabilidade. “O entendimento da missão da empresa pelos clientes nos levou à posição atual no mercado, mas nossa meta é crescer mais”, declara Tânia.

Não temos clientes, somos parceiros de quem precisa dos nossos serviços Tânia Barros, sócia fundadora da Protécnica Arquitetura

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Day Hospital | Itaigara Memorial

Fábio Brinço, diretor superintendente do Itaigara Memorial, João Bráulio, diretor médico, Tânia Chagas, diretora operacional, e Terêncio Costa, diretor administrativo financeiro


Êxito sustentado por conceitos inovadores

I

naugurado no ano de 1997, o Itaigara Memorial trouxe dos Estados Unidos para a Bahia um novo conceito de hospital dia: unidade independente voltada exclusivamente para realização de procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade, com permanência de internação de no máximo 12 horas. Independente porque, ao contrário da maioria dos hospitais dia no País, o Itaigara Memorial não está ligado ou vinculado a um hospital de alta complexidade, sendo um dos pioneiros neste aspecto. “A empresa foi inovadora desde o momento da sua concepção e continuamos empenhados nesse sentido”, avalia Fábio Brinço, diretor superintendente da instituição. Ao longo de quase 15 anos de história, o Itaigara Memorial conquistou posição de destaque nacionalmente e tornou-se parceiro na implantação de dois projetos semelhantes: o Fleury Hospital Dia, em São Paulo, e o Baía Sul Hospital Dia, em Florianópolis. O crescimento, portanto, foi um caminho natural diante do êxito do negócio. Em 2003, uma nova unidade entrou em funcionamento, também no bairro do Itaigara. Hoje, o Itaigara Memorial conta com 45 leitos e 11 salas cirúrgicas, preparadas para realizar procedimentos em diversas especialidades médicas. “Com o aumento da demanda, nossa estrutura atual vai atingir seu limite nos próximos três anos. Estamos partindo para uma terceira unidade, que deve ser inaugurada até 2015”, afirma Brinço. Seguindo a tendência de crescimento da cidade de

Salvador, a Avenida Paralela foi o local escolhido para abrigar o novo empreendimento. Traços marcantes da empresa, a atualização permanente e os investimentos em tecnologia e infraestrutura foram pontos decisivos para que o Itaigara Memorial vencesse o Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Day Hospital. Fábio Brinço acredita que o mercado de saúde é dinâmico e exige muito das instituições. “Nosso setor vive em constante evolução e precisamos estar atentos a isso. O que se fazia cinco anos atrás não necessariamente é a melhor técnica hoje”, pontua. Ainda segundo o executivo, essa atualização é mais imprescindível para um hospital dia, uma vez que procedimentos antes inviáveis nesse tipo de estrutura tornam-se possíveis a partir do desenvolvimento tecnológico e da evolução das drogas anestésicas. Resultado do trabalho realizado com seriedade e profissionalismo, a credibilidade que o Itaigara Memorial detém hoje é considerada um estímulo a mais por seus diretores. “O prêmio nos enche de orgulho e nos motiva a continuar melhorando sempre”, garante Brinço. De acordo com o diretor, credibilidade e visibilidade fazem parte do que ele costuma chamar de ciclo virtuoso, pois ambas se alimentam mutuamente. “Esse é um trabalho que exige manutenção constante. Credibilidade e visibilidade são conquistas diárias”, conclui.

É um trabalho que exige manutenção constante. Credibilidade e visibilidade são conquistas diárias Fábio Brinço, diretor superintendente do Itaigara Memorial

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Empresa de TI | Medicware Sistemas

AndrĂŠ Silveira, diretor executivo da Medicware, e Marcelo Kutter, diretor comercial


Tecnologia é solução para crescimento

P

ara a Medicware Sistemas de Informática, a conquista do Prêmio Benchmarking Saúde não se restringe ao primeiro lugar na categoria Empresa de TI. Mais de 55% das instituições indicadas à premiação e 69% dos vencedores utilizam alguma das soluções oferecidas pela empresa através do Smart, primeiro sistema integrado de gestão para a área de saúde do Brasil a trabalhar em Windows. Lançado em 1994 a partir da união das ideias de um médico cardiologista e de um especialista em tecnologia, o Sistema Smart atende atualmente mais de 15 mil profissionais em cerca de 250 instituições espalhadas em estados como Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. “As instituições de saúde precisam investir em sistemas de gestão para que haja inovação nos seus processos e avanços nas suas formas de controle”, analisa Marcelo Kutter, diretor comercial da Medicware. A empresa oferece seis soluções para o segmento, desenvolvidas com exclusividade e integradas entre si: SmartHealth – Solução de Gestão Hospitalar; SmartLab – Solução de Gestão Laboratorial; SmartLab Express – Solução de Gestão para Laboratórios de pequeno e médio porte; Smart RIS – Solução de Gestão para Unidade de Diagnóstico por Imagem; SmartClin – Solução de Gestão Clínica e SmartDoctor – Solução de Gestão Médica. “São 17 anos desenvolvendo sistemas específicos para a área de saúde. Estabelecemos uma relação de credibilidade forte e também de colaboração direta para a inovação do setor”, conclui. Para Kutter, o leque de soluções oferecidas pela Medicware para todos os tipos de instituições de saúde, e não apenas para gestão hospitalar, con-

figura o diferencial da empresa perante o competitivo mercado de TI. Embora atue há menos tempo no mercado, a Medicware obteve 22,7% de vantagem na pontuação do Benchmarking Saúde em relação à segunda colocada. “Isso demonstra nossa capacidade e nossa eficiência”, comenta. Todos os sistemas da Medicware possuem recursos de monitoramento da gestão administrativa, geração de relatórios e integração dos diversos processos e setores de clínicas, hospitais e laboratórios de análises clínicas e patológicas, além de consultórios médicos. As ferramentas são totalmente adequadas à TISS/TUSS e dispõem ainda de Prontuário Eletrônico de Pacientes, certificado pela SBIS – Sociedade Brasileira de Informática e Saúde – “paperless”, parametrizado para atender às necessidades das diversas especialidades e perfis profissionais das instituições de saúde. Uma equipe multiprofissional com expertise em diferentes segmentos desenvolve soluções acessíveis e seguras para as instituições de saúde, oferecendo treinamento e suporte permanente aos clientes. Nos últimos anos, a Medicware vem direcionando seus esforços para a total migração do Smart para a web e na integração para dispositivos móveis, como tablets e smartphones. “Investimos para que a ferramenta seja melhor utilizada pelo cliente e se adapte cada vez mais às suas necessidades”, destaca Kutter. A empresa também vem investindo fortemente em RH e em planejamento estratégico. “Nosso forte é a atuação nacional. Pretendemos crescer 150% nos próximos quatro anos”, vislumbra André Silveira, diretor executivo da Medicware.

Estabelecemos uma relação de credibilidade forte e de colaboração direta para a inovação do setor Marcelo Kutter, diretor comercial da Medicware

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Empresรกrio do Ano | Delfin Gonzalez

Delfin Gonzalez, presidente do Grupo Delfin


Um homem à frente do seu tempo

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espírito empreendedor sempre foi um traço marcante da personalidade de Delfin Gonzalez, que desde a infância demonstrava carisma, talento para os negócios e aura de vencedor. Eleito Empresário do Ano no Prêmio Benchmarking Saúde, o baiano nascido em Salvador, mas calmonense de adoção, foi arrimo de família e chegou a trabalhar como office boy e professor de cursinho para ajudar na criação e formação dos quatro irmãos. Os empregos também garantiam o pagamento do seu curso de Medicina, concluído em 1977. Depois de formado, Delfin atuou durante oito anos no Hospital Sagrada Família, onde participou da implantação do serviço de ultrassonografia, uma novidade na época. Obstetra de formação, o jovem encontrou na Medicina de Imagem uma vocação e uma promessa para o futuro, embora a especialidade ainda fosse vista com desconfiança pela classe médica. Em 1980, contrariando o senso comum, Delfin decidiu montar um serviço próprio de ultrassonografia e passou a dividir seu tempo entre o novo negócio e o trabalho no hospital. “A Medicina de Imagem não era bem aceita”, lembra o empresário. “Diziam que era modismo, que eu estava assumindo um risco que não valeria a pena. Mas sempre acreditei no potencial da especialidade”. Do primeiro passo até a fundação da Clínica Delfin, foi apenas uma questão de tempo – mais precisamente de seis anos. E, neste contexto, um importante elemento entra em cena, o ingrediente que faltava ao talento nato do empresário: Maria Olívia Gonzalez, sua esposa, sócia e braço-direito em seus negócios.

A vontade de inovar e a inquietação constante de Delfin fizeram com que a clínica, também vencedora do Prêmio Benchmarking (na categoria Serviço de Diagnóstico por Imagem), tivesse sua grande alavancada. “Em 1994, eu me questionava sobre a possibilidade de oferecer todos os serviços de imagem no mesmo lugar”, relata o gestor. Um ano depois, Delfin e Maria Olívia inauguraram a unidade-sede do Itaigara, que disponibilizou o primeiro aparelho de ressonância magnética em ambulatório do estado. De lá para cá, o Grupo Delfin se consolidou na Bahia como a principal referência em diagnóstico por imagem e continua perseguindo novas metas, a exemplo das parcerias com os hospitais São Rafael e Português, em Salvador, e Natal Center, na capital potiguar. Atualmente, Delfin Gonzalez está concentrado no ousado projeto da Biofármaco, unidade industrial do Grupo, que irá produzir biomarcadores moleculares (radioisótopos) no município de Lauro de Freitas (BA) e acaba de investir R$ 60 milhões na aquisição do primeiro cíclotron privado do Norte-Nordeste. O cíclotron é um equipamento que fabrica compostos radioativos utilizados no diagnóstico de doenças como o câncer. “Esse projeto é inovador e vem sendo maturado há oito anos. Além da indústria, teremos, no mesmo local, um complexo médico oncológico e um importante polo de pesquisa em radioisótopos e suas aplicações clínicas”, afirma. Para Delfin, ser homenageado como Empresário do Ano simboliza o coroamento do trabalho realizado com afinco, sobretudo na última década. “Foi uma grata satisfação”.

A Medicina de Imagem não era bem aceita, diziam que era modismo. Mas sempre acreditei no potencial da especialidade Delfin Gonzalez, presidente do Grupo Delfin

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Gestora P煤blica | S么nia Carvalho

S么nia Carvalho, coordenadora-geral do Planserv


Um exemplo de gestão e zelo pela coisa pública

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edicação, honestidade e zelo pela coisa pública. Esses três elementos sempre foram os pilares fundamentais da carreira de Sônia Carvalho, coordenadora-geral do Planserv. Duplamente laureada no Prêmio Benchmarking Saúde, Sônia representou a equipe do plano de saúde coordenado por ela (vencedor na categoria Operadora de Autogestão) e ainda conquistou o primeiro lugar na categoria Gestor Público. À frente do Planserv desde o início do primeiro governo de Jacques Wagner (2007), ela se tornou um exemplo emblemático de como uma gestão competente pode mudar os rumos da história de uma instituição pública. Natural de Cruz das Almas, a economista Sônia Carvalho foi responsável pela implantação da primeira indústria de medicamentos da Bahia, a Bahiafarma, e assumiu a assessoria de diversos secretários de saúde, somando mais de 20 anos de experiência nesse setor. “Venho da área da Fazenda, mas enveredei para o segmento da saúde de modo muito natural”, conta ela, auditora fiscal de carreira. Ainda assim, Sônia hesitou ao ser convidada para dirigir o Planserv. “Sem credibilidade, o órgão era um ‘problema’ que ninguém queria assumir. Mas decidi encarar essa responsabilidade”.

De 2007 para cá, sob sua liderança, o plano de saúde

dos servidores públicos estaduais conseguiu alcançar o equilíbrio financeiro e a pontualidade nos pagamentos, deixando para trás a insatisfação dos usuários e a imagem negativa perante a sociedade baiana. A coordenadora-geral do Planserv explica que os investimentos financeiros não foram significativos durante o processo de recuperação do plano. O que mais pesou, segundo ela, foi o trabalho realizado com critério e afinco por toda a equipe. “A linha mestra desta gestão é o equilíbrio financeiro, aliado ao setor de auditoria. A partir daí, foi possível mudar radicalmente a nossa imagem e conquistar a confiança do mercado”, afirma. Para Sônia, os dois triunfos no Prêmio Benchmarking Saúde são o reconhecimento pelo trabalho feito nos últimos quatro anos. “Recebi a dupla premiação com muita alegria e contentamento, até pelo ineditismo desta iniciativa aqui na Bahia.” justifica a executiva. “Mas trata-se de uma vitória coletiva e, por isso, todos os coordenadores subiram ao palco junto comigo para receber os troféus”. Questionada sobre as perspectivas para o futuro, Sônia Carvalho aponta um dos aspectos mais importantes atualmente, não só para o Planserv, mas para o setor de saúde como um todo: a prevenção. “Daqui para a frente, a tendência é o foco na questão preventiva, que reduz os custos e melhora a qualidade de vida do usuário”, enfatiza. “Este é um desafio que, acredito, todos sairão ganhando”.

Recebi a premiação com muita alegria. Mas tratase de uma vitória coletiva Sônia Carvalho, coordenadora-geral do Planserv

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Home Care | SOS Vida

Edmundo Ribeiro, diretor administrativo da SOS Vida, Isabela Nápolli, gerente técnica operacional, e José Espiño, diretor médico


Pioneirismo e excelência operacional

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o ano de 1996, quando o serviço de atenção domiciliar era praticamente desconhecido na Bahia, a SOS Vida enxergou nesse segmento um importante nicho a ser explorado, apostando na implantação do primeiro home care do estado. Fundada em 1987, a SOS Vida atuava inicialmente nas áreas de remoção e transferência inter-hospitalares e atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência. Após um reposicionamento de mercado, a empresa deixou de realizar o serviço de remoção e atualmente foca todos os esforços em internação domiciliar e oncologia. O serviço de home care é seu principal produto, envolvendo toda a infraestrutura para internação em domicílio e uma equipe de saúde multidisciplinar altamente capacitada. Com o olhar sempre atento a novas possibilidades, a SOS investe também em assistência oncológica desde 2005, através de duas clínicas especializadas: uma localizada na própria sede e a outra em parceria com o Hospital Agenor Paiva. Não é exagero afirmar, portanto, que o espírito inovador faz parte do DNA da empresa. Vencedora do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Serviço de Home Care, a SOS Vida é uma instituição pioneira, que conquistou e mantém até hoje uma posição de liderança no mercado baiano. De acordo com o diretor administrativo da empresa, Edmundo Ribeiro, o fato de a comissão avaliadora ter sido composta pelos próprios representantes do mercado de saúde con-

fere um sabor especial ao prêmio. “Receber essa láurea foi uma grande honra e uma motivação a mais para continuarmos trilhando esse caminho”, afirma. Ribeiro destaca ainda que, além das inovações tecnológicas, a SOS Vida investe fortemente em recursos humanos e estruturação organizacional. “Uma boa equipe técnica é essencial para que possamos atender com eficiência. O mercado evoluiu e o nível de organização também”, ratifica Isabela Nápolli, gerente técnica operacional da SOS. No intuito de obter reconhecimento oficial por todo o trabalho realizado, a empresa vai se submeter nos próximos meses à auditoria da Joint Commission International (líder em acreditação no setor de saúde), sendo a primeira empresa de home care do Nordeste a conquistar esse importante certificado. Apesar da enorme relevância da acreditação, o diretor médico José Espiño faz questão de ressaltar que a credibilidade não vem de ações isoladas, e sim de um histórico de muito trabalho: “Estamos há quase 25 anos no mercado, mostrando às operadoras, hospitais e pacientes uma busca constante pela qualidade e humanização do atendimento”. Em 2008, a SOS Vida transcendeu as fronteiras estaduais e inaugurou sua primeira filial na cidade de Aracaju, levando para a capital sergipana todo o know-how desenvolvido na Bahia. “A SOS Vida terá sempre um olhar à frente. Esse é o ingrediente que nos move”, garante Espiño.

A SOS Vida terá sempre um olhar à frente. Esse é o ingrediente que nos move José Espiño, diretor médico da SOS Vida

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Hospital Filantrópico | Hospital Santa Izabel

Eduardo Queiroz, superintendente de Saúde da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Augusto Soares, superintendente administrativo financeiro, Ricardo Madureira, diretor médico do Hospital Santa Izabel, e Mônica Bezerra, diretora administrativa e de mercado da unidade


tradição centenária aliada à inovação

M

ais de quatro séculos de tradição em atividades assistenciais não impediram que o Hospital Santa Izabel e a Santa Casa de Misericórdia da Bahia (SCMBA) mantivessem seu padrão de eficiência, qualidade e humanização, adotando uma gestão profissionalizada e voltada para a autossustentabilidade. “A visão da filantropia não estava associada à excelência e à gestão profissional. Estamos solidificando uma nova cultura e o Benchmarking Saúde é um reconhecimento desta transformação no Santa Izabel”, atribui Ricardo Madureira, diretor médico da unidade. A instituição ousou ao adotar um modelo de gestão por áreas específicas, com definição de metas e indicadores referentes à satisfação dos pacientes e ao desempenho médico. “É um processo consistente de valorização das áreas de gestão e integração das equipes assistenciais e médicas. Tudo isso resulta em inovação tecnológica, melhorias na estrutura física e saneamento das finanças”, registra Augusto Soares, superintendente administrativo financeiro da SCMBA. Referência em cardiologia, ortopedia, oncologia, otorrinolaringologia e reumatologia, o Hospital Santa Izabel promove um refresh em seu parque de diagnóstico por imagem, com previsão de instalação de PET-CT, ressonância magnética e tomógrafo de 128 canais até o final de 2012. A instituição também promoverá a implantação de um parque de radioterapia para abrigar até três aceleradores lineares. “Estamos em um momento de crescimento nas áreas de maior complexidade”, arremata.

A renovação inclui ainda os equipamentos do parque de

hemodinâmica, atualmente a maior estrutura das regiões Norte e Nordeste, única dotada de ressonância com capacidade para realizar exames de cardiopatia congênita até em recém-nascidos. Com 525 leitos de internação, 77 leitos de UTI e 16 salas de cirurgia, a unidade realiza por ano 1,4 milhão de exames ambulatoriais, 15 mil cirurgias, 220 mil internações, 280 mil consultas ambulatoriais e 4.200 estudos hemodinâmicos. “O Hospital Santa Izabel está sempre sendo lembrado por oferecer volume e complexidade com dignidade”, acredita Eduardo Queiroz, superintendente de saúde da SCMBA. Com grande parte dos procedimentos direcionada aos atendimentos através do SUS, a instituição é reconhecida ainda por sua responsabilidade social. “Somos um símbolo de filantropia na Bahia, sobretudo pela forte prestação de serviço na área social. Não se faz isso para ser coroado, se faz porque é missão”, complementa. O Hospital Santa Izabel também é o principal centro formador de saúde na Bahia, com 105 vagas anuais de residência médica, 270 vagas de estágio e 100 vagas de internato, além de convênio com sete instituições de ensino superior. “Entendemos esse apoio ao ensino e à pesquisa como fator determinante para fixar e motivar as principais lideranças médicas”, resume Soares. A história de desenvolvimento e contribuição que começou em 1549, com a fundação da Santa Casa de Misericórdia da Bahia e do Hospital da Caridade, está muito longe de se estagnar. “O maior desafio é manter a sustentabilidade de uma instituição centenária e o compromisso com a filantropia e as gerações futuras”, aposta Mônica Bezerra, diretora administrativa e de mercado do Hospital Santa Izabel.

O maior desafio é manter a sustentabilidade e o compromisso com a filantropia Mônica Bezerra, diretora administrativa e de mercado do Hospital Santa Izabel

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Hospital Privado (interior do estado) | Hospital Santa Helena

Eládio Galdino Vilela, sócio diretor do Hospital Santa Helena, Sara Barbosa, diretora técnica da unidade, Ana Paula Lima, gestora hospitalar, e Vera Lúcia de Souza, sócia diretora


RESOLUtIvIDADE e avanço para camaçari

O

ferecer atendimento médico de média e alta complexidade para a população dos municípios de Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Simões Filho e demais localidades circunvizinhas da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O desafio vem sendo cumprido com resolutividade e infraestrutura diferenciada, desde 1994, pelo Hospital Santa Helena. A unidade é detentora do maior e mais equipado pronto-socorro particular da região, sendo referência nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, ortopedia-traumatologia, pediatria e obstetrícia. “Nossa grande inovação é disponibilizar serviços de alto padrão que ninguém mais oferece nesta região, evitando a necessidade de deslocamento de pacientes para Salvador”, estima Eládio Galdino Vilela, sócio-diretor do Grupo Santa Helena. O Hospital Santa Helena dispõe da primeira UTI privada de Camaçari, com dez leitos, além de 100 leitos para internação, emergência 24 horas, serviço de hemodinâmica e centro cirúrgico com capacidade para realizar procedimentos complexos nas áre-

as de ortopedia, neurocirurgia, urologia, cirurgias geral e vascular. “Estamos investindo maciçamente na aquisição de novos equipamentos, na melhoria contínua dos nossos processos de gestão e na especialização dos nossos profissionais”, relata. A instituição também possui um hospital pediátrico, com emergência 24 horas, internação clínica e cirúrgica com 16 leitos adaptados ao público infantil, unidade de cuidados intensivos neonatal, berçário e sala de reanimação com equipamentos de última geração. O corpo clínico das 50 especialidades médicas da unidade é gerido pelo modelo de “liderança por especialidade”, havendo protocolos, metodologias e um médico responsável para cada segmento. “Esse modelo facilita a administração e oferecimento de serviços, com diminuição da margem de erros e maior satisfação do usuário e dos colaboradores”, enumera. Além dos investimentos na gestão eficiente e na qualificação do corpo clínico, o Hospital Santa Helena também busca qualificar a alta gestão, através de cursos de especialização e qualificação.

Estamos investindo maciçamente na aquisição de novos equipamentos e na melhoria contínua dos nossos processos de gestão Eládio Galdino Vilela, sócio-diretor do Hospital Santa Helena

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Hospital Privado de Grande Porte | Hospital Aliança

Com 28 anos de existência, o Hospital Aliança se inspirou no modelo de gestão de ícones nacionais, como Albert Einstein e Sírio Libanês


projeto ambicioso é patrimônio da Bahia

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encedor do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Hospital Privado de Grande Porte, o Hospital Aliança é sinônimo de gestão eficiente e patrimônio da população baiana há 21 anos. Idealizado pelo empresário Paulo Sérgio Tourinho, o projeto de criação de um complexo hospitalar de referência em Salvador começou a ser gestado em 1982, com a proposta inovadora de integrar, em um mesmo espaço físico, o Hospital e o Centro Médico Aliança. O objetivo primordial de Tourinho era contribuir com a Medicina e oferecer serviços médico-hospitalares de alto padrão, além da comodidade de ter à disposição toda a infraestrutura de internação, pronto atendimento, apoio diagnóstico e terapêutico. Inaugurado em 1990, o Hospital Aliança teve como principais referências os hospitais paulistas Albert Einstein e Sírio Libanês. “O Aliança já nasceu benchmarking e, até hoje, é um dos principais hospitais do País. A escolha foi mais do que merecida”, comentou Marcelo Britto, presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (Ahseb). Empreendimento caracterizado pelos altos investimentos em tecnologia e equipamentos, estrutura arrojada e qualidade dos serviços prestados, o Hospital Aliança ocupa uma área de 55.000 m², onde inclui 800 vagas de estacionamento, um belíssimo jardim, obras de arte e famosas esculturas dos artistas Francisco Brennand e Juarez Paraíso. Tudo isso para suavizar as naturais dificul-

dades de adaptação dos pacientes e acompanhantes ao ambiente hospitalar. Com 203 leitos distribuídos em Clínicas Médico-Cirúrgicas, Pediatria, Clínica Obstétrica, Neonatologia, UTI Geral, UTI Cardíaca e Unidade de Cuidados Intermediários, o hospital tem como perfil a modernidade e a excelência, proporcionando bem-estar para aqueles que usufruem dos seus serviços. Embora o corpo clínico aberto seja uma característica da instituição, o Aliança mantém uma equipe fixa própria, que responde pela assistência do pronto atendimento, neonatologia e tratamento intensivo. O complexo onde o hospital está instalado abarca ainda o Centro Médico Aliança, composto de 77 consultórios que oferecem atendimento em diversas especialidades, e o Centro de Assistência Pediátrica, que acolhe a faixa etária entre 0 e 14 anos em regime de emergência, urgência, pronto atendimento, cirurgia ambulatorial e internação. A moderna infraestrutura do Aliança, aliada à excelência do atendimento e à credibilidade consolidada ao longo de sua história, é o pilar que levou à conquista do Prêmio Benchmarking. E não foi uma vitória qualquer: o hospital somou 924 pontos, quase o dobro do segundo colocado, e saiu vencedor com larga vantagem sobre os concorrentes. Os números da pontuação traduzem o que já é notório na prática, pois, quando se trata de hospital privado de grande porte, o Hospital Aliança é, sem dúvida, a principal referência para os baianos.

O Aliança já nasceu benchmarking e, até hoje, é um dos principais hospitais do País. A escolha foi mais do que merecida Marcelo Britto, presidente da Ahseb

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Hospital Privado de Pequeno e Médio Porte | Hospital Aeroporto

Débora Andrade, diretora técnica do Hospital Aeroporto, Clarissa Paiva, diretora financeira, e Bráulio Brandão, diretor administrativo


idealismo que já nasceu vitorioso

N

ove anos atrás, os médicos Jaar Andrade, Alcy Paiva e Bráulio Brandão apostaram na ideia de instalar um hospital nas proximidades do aeroporto, que serviria para atender à crescente demanda de Salvador, Lauro de Freitas e Litoral Norte. Com 6.500 m² de área construída no km 1,5 da Estrada do Coco, o Hospital Aeroporto, inaugurado em agosto de 2004, chegou justamente para suprir a falta de assistência médico-hospitalar na região, que vem se expandindo em termos econômicos e populacionais. Os idealizadores do novo empreendimento não mediram esforços para viabilizar o projeto, que resultou em modernas instalações, com equipamentos de ponta e profissionais altamente capacitados. Não por acaso, com apenas sete anos de existência, o Hospital Aeroporto venceu o prêmio Benchmarking Saúde na Categoria Hospital Privado de Pequeno e Médio Porte. “O simples fato de termos sido indicados já nos deixou muito orgulhosos. Concorremos com hospitais tradicionais e, por isso, o primeiro lugar foi uma surpresa e também uma grande alegria”, lembra o diretor administrativo Bráulio Brandão. Recentemente, o Hospital Aeroporto passou por uma reestruturação gerencial: José Saturnino Rodrigues, ex-secretário municipal de saúde, assumiu o cargo de diretor executivo; Roque Aras Junior ocupou o cargo de diretor médico; Débora Andrade, filha de Jaar Andrade, tornou-se diretora técnica, e Clarissa Paiva, filha de Alcy Paiva, assume agora a diretoria financeira.

“As mudanças foram bastante positivas, pois trouxeram novas ideias e renovaram nosso entusiasmo”, ressalta Brandão. À reforma administrativa somaram-se os investimentos em tecnologia e aquisição de equipamentos – aspectos decisivos para que o hospital vencesse o prêmio, assegura o gestor. Além da ressonância e do tomógrafo multi-slice, um novo aparelho de hemodinâmica foi adquirido recentemente e será o primeiro a ser instalado em Lauro de Freitas. Outra característica que merece destaque é a credibilidade da instituição, conquistada através de um trabalho feito com seriedade, zelo e dedicação de todos os envolvidos. “Dispomos de uma excelente infraestrutura e de uma equipe médica muito qualificada”, observa ainda o empresário. O sucesso do Hospital Aeroporto é tão contundente que a diretoria já planeja uma ampliação para o próximo ano, incluindo a incorporação de mais 100 leitos e a construção de uma nova fachada. Hoje, o hospital conta com 56 leitos abertos, 20 leitos de UTI, quatro salas cirúrgicas e 425 colaboradores. A ideia é dobrar a capacidade instalada, visando aprimorar o atendimento e oferecer ainda mais conforto aos pacientes e acompanhantes. O projeto de ampliação, cujo investimento será da ordem de R$ 6 milhões, já está em andamento. “Estamos preparados para este grande desafio que vem pela frente”, garante Brandão.

Concorremos com hospitais tradicionais e, por isso, o primeiro lugar foi uma grande alegria Bráulio Brandão, diretor administrativo do Hospital Aeroporto

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Ind煤stria de Gases Medicinais | White Martins

Ricardo N贸brega, gerente regional da White Martins


Inovação e eficiência no atendimento

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White Martins, empresa líder no segmento de gases medicinais, é dona de uma história quase centenária. Primeira fábrica de oxigênio instalada no Brasil, em 1912, a indústria foi também pioneira no uso da rede de distribuição de gases medicinais, entregando-os no estado líquido. Sua competência é reconhecida ainda na criação de novas técnicas e produtos, além da contribuição no desenvolvimento de pesquisas na área de saúde. O pioneirismo e a qualidade dos serviços prestados pela White Martins foram ratificados na conquista do Prêmio Benchmarking Saúde, na categoria Indústria de Gases Medicinais. Embora tenha havido, nos últimos anos, um aumento considerável da concorrência na Bahia, a White Martins não perdeu nenhum dos seus clientes, mantendo-se firme na posição de liderança. “Os concorrentes se colocaram de maneira muito forte, mas os clientes optaram por permanecer conosco”, analisa Ricardo Nóbrega, gerente regional da instituição. “Atribuo isso à confiança estabelecida ao longo dos anos, porque o oxigênio para hospitais é um produto que não pode faltar, não pode chegar atrasado e não pode ser entregue de forma impura”. A pontuação conquistada no Prêmio Benchmarking Saúde confirmou a preferência pela White Martins, que somou 665 pontos, contra 413 da segunda colocada – uma diferença de

mais de 250 pontos. Com sede no Rio de Janeiro e diversas filiais espalhadas pelo Nordeste, a empresa foi a primeira fábrica de gases a construir plantas de produção na Bahia, no ano de 1976. Hoje, são cinco plantas e oito unidades de negócios no estado, que garantem à White Martins ser a única indústria com logística de distribuição capaz de atender, de modo contínuo, qualquer localidade do interior da Bahia. “Onde quer que o cliente esteja, nós conseguimos chegar lá em menos de 24 horas”, garante Nóbrega. Fornecedora dos principais hospitais do estado, a White Martins está presente em mais de oito países da América do Sul e faz parte da Praxair, um dos maiores grupos de gases medicinais do mundo. Ao longo de sua trajetória, a indústria sempre apostou nos investimentos constantes para atender com qualidade e eficiência à demanda do mercado. Esta conduta fez da inovação uma característica marcante da White Martins, que foi precursora na introdução de gases esterilizantes no mercado e no processo de geração de ar medicinal sintético com gases misturados no próprio hospital. Não à toa, a empresa conquistou 217 pontos no quesito inovação, 69 à frente da segunda colocada. “Todas as novidades que incorporamos são prontamente oferecidas ao mercado baiano. Acredito que o prêmio veio justamente coroar esse trabalho de tantos anos aqui no estado”, conclui o gerente regional da empresa.

Onde quer que o cliente esteja, nós conseguimos chegar em menos de 24 horas Ricardo Nóbrega, gerente regional da White Martins

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Laboratório de Análises Clínicas | Labchecap

Maurício Bernardino, diretor executivo do Labchecap, e Josemar Fonseca, diretor técnico


crescimento vigoroso assegura liderança

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ascido do sonho de dois jovens que se conheceram na faculdade de Farmácia da Ufba, o Labchecap se tornou líder no seu segmento e foi vencedor do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Laboratório de Análises Clínicas. Em 1983, pouco depois de concluírem a graduação, os farmacêuticos Ananias Bernardino e Josemar Fonseca transformaram o desejo em realidade e inauguraram a primeira unidade do Labchecap, no bairro de Brotas. Hoje, com quase três décadas de existência, o laboratório conta com 12 unidades na capital baiana (serão 15 até o final de 2011). Filho mais velho de Ananias, falecido em 2006, Maurício Bernardino é o atual diretor executivo da empresa e, ao lado de Josemar, deu continuidade à trajetória de sucesso do Labchecap. Nos últimos anos, o laboratório tem vivenciado uma verdadeira guinada, saindo do 5º para o 1º lugar no setor de análises clínicas. Maurício acredita que esse aspecto foi decisivo para que a empresa conquistasse o Prêmio Benchmarking. “O Labchecap vem investindo fortemente em novas unidades, em tecnologia de ponta e no reposicionamento da marca no mercado”, afirma o executivo. “Em pouco tempo, saltamos de quatro unidades para 12 e ampliamos as parcerias com hospitais, clínicas e planos de saúde”. Hoje, a instituição reinveste cerca de 80% do seu resultado, o que viabiliza esse vigoroso crescimento. Para Maurício, o

Benchmarking representa um importante reconhecimento, sobretudo pela forma como ele foi articulado. “As empresas foram avaliadas pelos próprios representantes do mercado de saúde, que são formadores de opinião e conhecem a fundo o setor. Isso confere uma seriedade e um peso muito grande ao prêmio”, analisa. Outra peça-chave para o êxito do Labchecap é a credibilidade. As informações fornecidas por um laboratório tratam da saúde das pessoas e servem de base para que o médico tome decisões, o que representa uma enorme responsabilidade. O Labchecap cuida rigorosamente de todas as etapas de controle, desde os processos automatizados até aqueles em que há interferência humana. “Realizamos um volume muito grande de exames e precisamos investir fortemente em controle para que as informações sejam precisas”, pontua Maurício. Dentro do mercado brasileiro, o Labchecap está na vanguarda, contando com a mesma plataforma tecnológica dos laboratórios europeus e norte-americanos. Também é notória a atenção dispensada pela diretoria ao setor de comunicação da empresa. Embora reconheça que os investimentos em publicidade não são determinantes para o setor de saúde, Maurício aposta na comunicação como uma forma de reforçar os valores do laboratório e sua posição de liderança. “Se éramos 5º lugar e hoje somos 1º, precisamos transmitir isso para o mercado e para o público baiano como um todo”, destaca.

Em pouco tempo, saltamos de quatro unidades para 12 e ampliamos as parcerias com hospitais, clínicas e planos de saúde Maurício Bernardino, diretor executivo do Labchecap

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Medicina de Grupo | PromĂŠdica

Tereza Valente, presidente do Grupo PromĂŠdica


tradição e pioneirismo em 43 anos de história

O

s números do Prêmio Benchmarking Saúde não negam a solidez do Grupo Promédica, eleito na categoria Medicina de Grupo, com praticamente o dobro da pontuação da segunda colocada. “É o reflexo de um trabalho árduo, que já dura mais de quatro décadas”, constata Tereza Valente, presidente da empresa. Fundada pelo médico Jorge Valente Filho em 1969, a maior operadora de planos de saúde empresariais da Bahia possui atualmente mais de mil clientes corporativos e atende a uma comunidade de mais de 120 mil usuários, através de uma ampla rede de serviços próprios e credenciados. Com uma estratégia bem-sucedida de investimento na modernização e expansão da sua rede própria, o Grupo Promédica ultrapassou a proposta inicial de ser uma operadora de plano de saúde para se tornar uma empresa detentora de uma admirável estrutura. A instituição dispõe de Day Hospital, oito centros médicos e nove laboratórios distribuídos em diversos bairros de Salvador e região metropolitana, além do Hospital Jorge Valente – único da Bahia a possuir Acreditação Hospitalar com Excelência (Nível 3) da ONA. Em fevereiro de 2008, a Promédica também incorporou o Hospital da Cidade, localizado no bairro de Caixa D’Água, em Salvador. “Isso soma muito para quem vai adquirir um plano de saúde, o paciente se sente mais seguro”, evidencia. O grupo ainda disponibiliza assistência através de serviços especiali-

zados como o Núcleo de Terapia Oncológica, a Cardio Care e o Centro de Tratamento de Dor. Mais do que a credibilidade conquistada em 43 anos de serviços prestados, Tereza Valente atribui o reconhecimento do mercado ao pioneirismo da Promédica, a exemplo da implementação da primeira UTI em uma unidade privada de Salvador e do primeiro Day Hospital do Brasil a funcionar independentemente de um hospital geral, com mais de 140 mil procedimentos realizados em 20 anos. “Sempre fomos inovadores”, avalia. Especialista em gestão de negócios, Tereza define como prioridade a ampliação contínua dos investimentos em verticalização, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados sem negligenciar a sinergia entre as empresas do grupo. “Estamos sempre crescendo e ainda temos interesse em investir na ampliação da nossa rede”, promete. No total, mais de dois mil colaboradores atuam na instituição, que também oferece serviços nas áreas de Medicina Ocupacional e Medicina Preventiva, com o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas e o Serviço para o Tratamento de Obesidade (STOP), além dos programas de planejamento familiar, de Detecção Precoce de Câncer de Mama e de Prevenção e Assistência ao Diabético.

Estamos sempre crescendo e ainda temos interesse em investir na ampliação da nossa rede Tereza Valente, presidente do Grupo Promédica

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Operadora de Autogestão | Planserv

Sônia Carvalho, coordenadora-geral do Planserv, José Raimundo Mota, coordenador financeiro, Cristina Teixeira, coordenadora de auditoria, e Marco Aurélio Neves, assessor da coordenação geral


Gestão competente motiva transformações

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om quase duas mil unidades de atendimento distribuídas em todo o território baiano, o Planserv oferece aos servidores públicos estaduais e a seus dependentes uma ampla cobertura nos serviços de assistência à saúde. Sem fins lucrativos, o plano de saúde – sob a gestão do Governo do Estado, através da Secretaria da Administração – converte todos os recursos arrecadados com as contribuições mensais em benefícios para seus usuários. Embora a adesão seja facultativa, o número de segurados vem crescendo consideravelmente. Ao todo, R$ 900 milhões são desembolsados anualmente para atender com qualidade a cerca de 470 mil vidas.

O coordenador financeiro José Raimundo Mota acredita que a estabilidade dos pagamentos e o equilíbrio das finanças – obtidos com o apoio da Secretaria da Fazenda – foram pontos cruciais para o sucesso alcançado. “A partir do momento em que passamos a honrar os compromissos em dia, pudemos exigir dos prestadores um atendimento mais qualificado para o nosso usuário”, analisa. Neste contexto, Sônia Carvalho destaca ainda a importância do trabalho de auditoria realizado na instituição. “Toda a mudança desses últimos cinco anos foi baseada no equilíbrio financeiro e na dimensão maior que foi dada ao setor de auditoria do plano”, pontua a gestora.

Grande vencedor do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Operadora de Autogestão, o Planserv viveu momentos difíceis até o ano de 2006, com atrasos nos pagamentos e parcelamento de débitos, o que gerava insegurança dos prestadores e insatisfação dos beneficiários. Tudo isso, no entanto, foi superado por meio de uma gestão séria e competente, que promoveu a recuperação da credibilidade do plano. Liderada pela economista Sônia Carvalho, a equipe do Planserv trabalhou com sinergia e comprometimento para dar um verdadeiro salto qualitativo na imagem da instituição. De acordo com um levantamento interno, até 2006 eram registradas cerca de 40 aparições negativas na mídia por mês e, em dezembro de 2010, esse número já havia caído para zero.

Para a coordenadora de auditoria Cristina Teixeira, a conquista dessa respeitabilidade foi fundamental, uma vez que o Planserv possui um laço muito forte com a sociedade baiana. “Temos beneficiários em quase todos os municípios e atendemos aos servidores e suas famílias”, argumenta Cristina. Outro aspecto interessante é que o Planserv contraria o estereótipo da instituição pública com tecnologia defasada e aposta nas inovações, a exemplo da autorização eletrônica de exames e cirurgias (via web) e dos avisos de liberação de procedimentos via SMS. “Concorremos com empresas privadas e vencemos. Esse prêmio foi um reconhecimento importantíssimo para o Planserv”, ressalta Marco Aurélio Neves, assessor da coordenação geral do plano.

Concorremos com empresas privadas e vencemos. Esse prêmio foi um reconhecimento importantíssimo para o Planserv Marco Aurélio Neves, assessor da coordenação geral do Planserv

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Saúde Ocupacional | Grupo Santa Helena

Raimundo Pinheiro, diretor médico do Grupo Santa Helena, Vera Lúcia Souza, sócia diretora, Christiane Macedo, diretora de mercado, e Eládio Galdino Vilela, sócio diretor


expertise reconhecida para além das fronteiras

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íder absoluto na Bahia no segmento de saúde ocupacional, o Grupo Santa Helena possui uma carteira superior a mil empresas clientes, entre elas algumas das maiores organizações do Brasil, como Braskem, Odebrecht e Petrobras. O que começou em 1989 como uma modesta clínica em Dias d’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, evoluiu para um sistema integrado de saúde que atua não apenas como prestador de serviços, mas como consultor dos seus clientes na busca por ganhos financeiros, redução de riscos legais e fortalecimento da sustentabilidade empresarial. “Temos uma metodologia própria em saúde ocupacional e estamos sempre oferecendo aos parceiros produtos personalizados. Nenhuma outra empresa faz esse tipo de gestão”, reforça Eládio Galdino Vilela, sócio-diretor do grupo. Terceira instituição no Brasil a receber certificação ISO 9001:2008, o Santa Helena realiza o acompanhamento da saúde dos colaboradores através de programas de prevenção, além de promover a redução de riscos com problemas trabalhistas, como multas e indenizações por procedimentos não realizados ou mal executados. Todos os serviços contam com a infraestrutura própria do Grupo Santa Helena, composta por 11 clínicas e laboratórios com unidades de atendimento localizadas em Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila e Salvador, além do Hospital Santa He-

lena, com atendimento 24 horas em diversas especialidades. “O Benchmarking Saúde é um reflexo do nosso sucesso em aliar competência técnica e humanismo”, frisa Raimundo Pinheiro, diretor médico do Grupo Santa Helena. Mais do que o diferencial de ferramentas como prontuário eletrônico, amplo banco de dados e automação de protocolos técnicos, a instituição dispõe de profissionais de alta capacitação técnica em Medicina do Trabalho. A solidez e a reconhecida expertise do Grupo Santa Helena já ultrapassaram as fronteiras da Bahia, com atuação nacional através da submarca SH BRASIL Saúde Empresarial. Em 2009, foi instalada unidade ocupacional em Pernambuco, destinada principalmente ao suporte às atividades do Complexo Portuário de Suape e, em 2011, foram iniciadas atividades no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). “Acompanhamos a evolução do mercado. Após o primeiro ano de atuação, já estamos duplicando nossa estrutura e capacidade de atendimento em Recife. Além disto, estamos investindo fortemente em uma unidade própria no Rio de Janeiro”, adianta Christiane Macedo, diretora de mercado do grupo. Segundo a economista, a instituição também se prepara para lançar um produto de alcance nacional para empresas de grande porte com até 5 mil vidas. “Nossos investimentos e nossa visibilidade nacional só demonstram a credibilidade que temos no mercado”, enfatiza.

Temos uma metodologia própria e estamos sempre oferecendo aos parceiros produtos personalizados Eládio Galdino Vilela, sócio-diretor do Grupo Santa Helena

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Seguradora | Bradesco

MĂĄrcio Coriolano, presidente da Bradesco SaĂşde e da Mediservice


Confiança e flexibilidade movem expansão

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om mais de 3 milhões de segurados em todo o Brasil e aproximadamente 35 mil empresas em sua carteira de clientes, a Bradesco Saúde, empresa integrante do Grupo Bradesco Seguros, é líder do segmento de seguradoras especializadas em saúde no País. Na Bahia, a expansão de 22% no número de segurados em 2010, acima da média nacional, se refletiu na conquista do Prêmio Benchmarking Saúde, na categoria Seguradora. “A homenagem consolida nossa posição de destaque em excelência e qualidade no mercado baiano e na região Nordeste”, afirma Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice. Atualmente, a empresa possui mais de 228 mil segurados no estado. “A Bahia tem um motor de crescimento muito forte e representa uma parcela muito importante de nossa atividade”, completa. A Bradesco Saúde atua fortemente no mercado de seguro saúde coletivo do estado da Bahia. “Nosso esforço é sempre oferecer soluções para que as empresas administrem bem o seu benefício. Essa é a nossa vocação”, salienta Coriolano. A seguradora conta com ampla rede médica referenciada, composta por 43 mil profissionais de saúde, hospitais, clínicas, serviços de imagem e análises laboratoriais em todo o País. Além dos produtos nacionais, em 2010, a seguradora estendeu para Salvador e região metropolitana o Bradesco Saúde Perfil, produto cujo objetivo principal é atender empresas com necessidades locais com um plano de cobertura regionalizada e valores mais competitivos.

Para Coriolano, a flexibilidade dos produtos oferecidos e a transparência do benefício são as principais vantagens da Bradesco Saúde em relação ao mercado. “Disponibilizamos informações detalhadas que permitem ao cliente desenvolver políticas de prevenção e até mesmo redesenhar a rede de prestadores. Somos pioneiros nesse tipo de serviço”, detalha. Além da diversidade dos produtos, o presidente da Bradesco Saúde aponta o bom relacionamento com a rede prestadora como um diferencial da empresa. “O Benchmarking Saúde é um reconhecimento da confiança que estabelecemos com as empresas, os segurados e os parceiros”, qualifica Coriolano. O alto padrão de qualidade e a inovação na prestação dos serviços da Bradesco Saúde são reconhecidos também nacionalmente. A seguradora obteve pontuação máxima do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, indicador da ANS que mede a qualidade das operadoras, considerando critérios como atenção à saúde, desempenho econômico-financeiro, estrutura, operação e satisfação do cliente. O desempenho se reflete também em números como a arrecadação de R$ 3,7 bilhões registrada até junho de 2011 – crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior – e aumento de 34% na carteira de pequenas e médias empresas. “Vamos continuar crescendo acima da média do mercado e, no Nordeste, acima da média nacional”, pontua.

Nosso esforço é sempre oferecer soluções para que as empresas administrem bem seu benefício. Essa é a nossa vocação Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice

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Serviço de Diagnóstico por Imagem | Clínica Delfin

Maria Olívia Gonzalez, diretora administrativa da Clínica Delfin


alto grau de humanização e assertividade

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uando o assunto é diagnóstico por imagem, a Clínica Delfin é prontamente lembrada, tanto pelos representantes do setor de saúde quanto pelo público baiano em geral. Os pares da área de saúde enxergam na Delfin uma empresa vencedora, gerida com firmeza e foco permanente na qualidade. O público consumidor, por sua vez, lembra da variedade de serviços oferecidos, do atendimento diferenciado e da relação de confiança estabelecida ao longo dos anos. Desde o primeiro consultório na Rua Chile à imponente sede no Itaigara, a clínica cresceu de forma consistente e atenta às inovações tecnológicas. Fundada no ano de 1986 pelo obstetra Delfin Gonzalez, a empresa foi a primeira a disponibilizar exames de ressonância magnética fora do ambiente hospitalar, além de ter sido pioneira na incorporação do equipamento de ultrassonografia com Dopller Convencional, em 1990. Atualmente, a Clínica Delfin conta com três unidades em Salvador e duas no interior (Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana) e está entre as maiores do Brasil em capacidade para armazenamento de imagem digital (PACS). Esposa e sócia do fundador da instituição, Maria Olívia Gonzalez, que assume a diretoria administrativa, acredita que o espírito inovador faz parte da essência do negócio. “As novidades no campo da imagem surgem constantemente, e buscamos estar sempre na vanguarda” observa Maria Olívia. “Essa é uma característica pessoal de Delfin,

que é visionário e sempre aposta em novas possibilidades”. Vitoriosa na categoria Serviço de Diagnóstico por Imagem do Prêmio Benchmarking Saúde, com uma vantagem de 241 pontos sobre o segundo colocado, a Clínica Delfin atribui esta conquista ao seu maior diferencial: o atendimento. Para Maria Olívia, infraestrutura, conforto, bons equipamentos e equipe qualificada são condições obrigatórias para qualquer empresa se manter competitiva. “Entendemos que o prazer no servir, o tratamento dispensado e a acolhida ao paciente falam muito a nosso favor, e isso é trabalhado com toda a equipe, desde o porteiro até o médico”. Ainda de acordo com a diretora administrativa, a credibilidade é outro fator de peso para o sucesso da clínica. “A Delfin tem um grau de assertividade muito alto nos seus laudos”, garante. Como já vem fazendo ao longo dos últimos anos, a diretoria da clínica tem a perspectiva de abrir novas unidades, firmar parcerias e continuar galgando posições no mercado. Parceira de dois hospitais na cidade de Natal, a Delfin também pretende adentrar com mais força no segmento hospitalar, além de dar seguimento à recém-inaugurada Biofármaco, unidade industrial do Grupo Delfin. “Ficamos muito honrados com a conquista do primeiro lugar no Benchmarking Saúde. O que desejamos para o futuro é permanecer no topo desta premiação”, ressalta Maria Olívia Gonzalez.

Ficamos honrados com o primeiro lugar. O que desejamos é permanecer no topo da premiação Maria Olívia Gonzalez, diretora administrativa da Clínica Delfin

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Serviรงo Financeiro | Banco do Nordeste

Nilo Meira Filho, superintendente estadual do BNB na Bahia


Sustentabilidade financeira é prioridade

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credibilidade de uma instituição com mais de 50 anos de história marca a escolha do mercado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na categoria Serviço Financeiro do Prêmio Benchmarking Saúde. Maior instituição da América Latina voltada para o desenvolvimento regional, o BNB também elegeu o setor de saúde como uma de suas prioridades, através da oferta de linhas de financiamento com taxas de juros diferenciadas. “Nosso apoio ao setor de saúde é sistematizado e articulado em longo prazo, não só no que diz respeito aos recursos, mas também na mobilização dos seus agentes”, expõe Nilo Meira Filho, superintendente estadual do BNB na Bahia. Por meio de programas como o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a instituição disponibiliza recursos para a implantação de empreendimentos no segmento médico-hospitalar, assim como modernização de instalações e compra de equipamentos, entre outras iniciativas. “É nosso papel destinar novos investimentos para a promoção do desenvolvimento da região Nordeste”, sustenta o executivo. O BNB também dispõe de recursos por meio de parcerias e alianças com instituições nacionais e internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mais do que a intermediação financeira, o BNB desenvolve também atividades que garantam a sustentabilidade dos

empreendimentos incentivados. “Criamos espaços de discussão para que as necessidades do setor sejam identificadas e exploradas pelos novos empreendedores”, explica. Para aqueles que decidem investir em sua área de atuação, o BNB disponibiliza uma base de conhecimentos sobre o Nordeste, além de apoiar a realização de estudos e pesquisas com recursos não-reembolsáveis. “Assim, participamos deste arranjo produtivo, oferecendo produtos e serviços adequados para o crescimento da região”, observa. Com sede em Fortaleza, no Ceará, a instituição atua em cerca de dois mil municípios dos nove estados da região Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Na Bahia, o BNB desenvolve ações antecedentes e subsequentes à concessão de crédito não só em Salvador, mas também em municípios como Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Barreiras. “Nessas cidades mais dinâmicas, nós buscamos mobilizar os empreendedores, mostrando nossos produtos e incentivando o desenvolvimento de propostas”, conta. Ao mesmo tempo em que revela que a maioria das grandes instituições de saúde de Salvador é de clientes do BNB, o executivo acrescenta que o apoio às micro e pequenas empresas vem mobilizando muitos esforços na instituição. “Seja qual for o porte, qualquer empreendedor do setor de saúde pode buscar o apoio Banco do Nordeste. Nós temos o produto, serviço e a solução financeira para apoiar cada um deles”, finaliza.

Seja qual for o porte, qualquer empreendedor do setor de saúde pode buscar o apoio do Banco do Nordeste Nilo Meira Filho, superintendente estadual do BNB na Bahia

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Servi莽o de Oftalmologia | DayHORC

Ruy Cunha, s贸cio-fundador do DayHORC


referência de qualidade para o mercado

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o início da década de 80, o oftalmologista Ruy Cunha voltou da sua pós-graduação nos Estados Unidos com um desejo que logo se concretizaria: abrir uma clínica oftalmológica. Assim, em 1982, nasceu a Clínica de Olhos Santa Clara, na cidade de Itabuna. Dez anos depois, o médico firmou sociedade com sua esposa, a pediatra Marigrácia Cunha, e com sua irmã, a oftalmologista Solange Cunha. Neste momento, a instituição já era de médio porte e passou a se chamar Hospital de Olhos Ruy Cunha, dando origem à sigla HORC. Em 1997, após consolidar sua imagem na região sul do estado, foi a vez de a capital baiana abrigar uma nova unidade da clínica, agora batizada de DayHORC. O nome não foi escolhido à toa: demonstrando sintonia com as novas técnicas e tendências mundiais, Ruy Cunha trouxe para a Bahia o conceito de day hospital oftalmológico, que contempla procedimentos de alta imediata. Juntamente com quatro colegas, Cunha implantou ainda a cirurgia refrativa com Excimer Laser, o grande marco da oftalmologia moderna. Empresa vencedora do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Serviço de Oftalmologia, o DayHORC conta hoje com uma equipe de 300 colaboradores, distribuídos em duas filiais na capital baiana e uma em Eunápolis, além da unidade pioneira de Itabuna. “Vejo esse prêmio como um divisor de águas para o setor de saúde da Bahia”, avalia Ruy Cunha. “Uma verdadeira referência de qualidade para as instituições e seus gestores”. Sempre na van-

guarda do seu segmento, o DayHORC investe constantemente na implantação de novas tecnologias, equiparando-se aos grandes centros oftalmológicos da Europa e dos Estados Unidos. Para Cunha, o quesito ‘inovação’ foi essencial para a clínica alcançar o primeiro lugar no Prêmio Benchmarking. No DayHORC, o cuidado com o ser humano e a busca incessante pela excelência são elementos concretos, que podem ser observados, por exemplo, nos treinamentos e reciclagens frequentes oferecidos aos funcionários. “Cuidar da visão é algo minucioso e delicado. Os olhos são os nossos principais órgãos sensoriais e 90% do que fazemos depende da visão. Trabalhar com isso é uma grande responsabilidade, portanto prezamos pela máxima competência da equipe”, enfatiza Cunha. A humanização do atendimento é outro ponto forte da clínica, que também gerencia um projeto social através da Fundação Regina Cunha (o nome é uma homenagem à mãe do idealizador do projeto). A iniciativa visa atender à população de baixa renda, com a mesma qualidade do DayHORC, por meio do SUS e de parcerias com os governos municipal e estadual. Ruy Cunha acredita que a tendência de expansão é latente. “Esse projeto é a menina dos olhos do nosso serviço. Por enquanto, atuamos em Salvador e no sul da Bahia, mas pretendemos expandir essa proposta de saúde ocular comunitária para todo o estado”, garante.

Vejo esse prêmio como um divisor de águas para o setor de saúde. Uma referência de qualidade para as instituições e seus gestores Ruy Cunha, sócio-fundador do DayHORC

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Serviço de Oncologia | AMO

Nelson Pestana, diretor executivo da AMO, e Carlos Sampaio, diretor mĂŠdico


Ética e excelência são pilares para humanização

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AMO, vencedora do Prêmio Benchmarking Saúde na categoria Serviço de Oncologia, foi concebida a partir de um desejo compartilhado por um grupo de profissionais e amigos: criar uma instituição de saúde dedicada a oferecer um novo modelo de atenção integral ao paciente oncológico e hematológico. Interessante observar que a marca escolhida para dar nome à clínica traduz com precisão o anseio dos seus fundadores: Assistência Multidisciplinar em Oncologia. Com 17 anos de atuação em Salvador, a AMO tem como pilares de diferenciação no mercado a atenção individualizada e humanizada, a abordagem multidisciplinar, a excelência técnico-científica e a adoção de elevados princípios éticos em todas as suas ações.

mento notório dos últimos anos foi fundamental para a avaliação positiva obtida pela clínica. “Ampliar a capacidade de atendimento mantendo o padrão de qualidade foi um passo importante, mas os desafios continuam. Sempre há necessidade de adaptação, pois o mercado está mudando e o tratamento oncológico também é dinâmico”, afirma Pestana. Os critérios de avaliação adotados no Prêmio Benchmarking, ainda segundo o diretor executivo, dialogam com as características valorizadas pela AMO. “As bases do nosso modelo de gestão são a inovação e o empreendedorismo, associados a uma atuação ética. Buscamos inovar não apenas em termos técnicos e científicos, mas no relacionamento com os pacientes e com a comunidade médica”, esclarece.

“Este prêmio confirmou o trabalho diferenciado da AMO, feito com seriedade e comprometimento”, avalia o oncologista Carlos Sampaio, diretor médico da instituição. Desde a sua inauguração em 1994, a clínica vem promovendo um aperfeiçoamento constante do atendimento e se consolidando como uma referência no segmento de assistência oncológica. Atualmente, a AMO conta com mais de 90 profissionais (distribuídos entre a unidade do Itaigara e a nova filial do Rio Vermelho, implantada em 2010) e realiza aproximadamente 1.600 consultas por mês.

Neste contexto, outro ponto vital é a credibilidade da clínica, associada à forma como as ações são conduzidas, desde a marcação de consulta até uma decisão de investimento. Assim, consolidada na capital baiana, tanto do ponto de vista médico quanto em termos de gestão, a AMO tem como nova proposta a interiorização do serviço. De acordo com Carlos Sampaio, existem mercados fortes no interior da Bahia, cuja demanda não é atendida a contento. “Vale lembrar que a assistência oncológica acaba gerando impacto positivo em toda a estrutura de saúde do local, uma vez que utiliza vários setores de auxílio diagnóstico e tratamento de alta complexidade”, explica Sampaio.

O diretor executivo Nelson Pestana acredita que o cresci-

As bases do nosso modelo de gestão são a inovação e o empreendedorismo, associados a uma atuação ética Nelson Pestana, diretor executivo da AMO

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Serviço de Ortopedia | ortoped

Adalberto Visco, diretor administrativo financeiro da Ortoped, e Jairo Simões, diretor técnico


qualidade, conforto e eficiência como filosofia

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m 1989, um grupo de sete colegas ortopedistas se uniu para fundar o que hoje os baianos conhecem como uma instituição de referência no estado quando o assunto são as especialidades de Ortopedia e Traumatologia. Nascia assim a Clínica Ortoped, vencedora do Benchmarking Saúde na categoria Serviço de Ortopedia. Inicialmente, a empresa funcionava como prestadora de serviços para o Hospital Jorge Valente, em uma modesta estrutura de consultórios no Max Center, famoso centro comercial da capital baiana. A iniciativa foi um sucesso e, dez anos depois, os sócios inauguraram a atual sede em Ondina, passando a atender todos os convênios em sua própria estrutura ambulatorial e de emergência. “Na época, inovamos com a qualidade e o conforto de nossas instalações”, lembra Adalberto Visco, sócio-fundador e diretor administrativo financeiro da Ortoped. Atualmente, 14 médicos compõem a sociedade da Clínica, que também conta com dez médicos colaboradores. “Todos os sócios realizam atendimento e os demais profissionais, embora não tenham contrato de exclusividade, já trabalham conosco há quase uma década”, explica Jairo Simões, sócio-diretor e diretor técnico da instituição. O número de atendimentos no mês aumentou em aproximadamente 70% nesses mais de 20 anos de existência e, atualmente, supera a marca dos dez mil. “Nosso crescimento tem sido contínuo e este ano já realizamos alguns

investimentos, com compra de novo equipamento para raio-x e reforma das instalações”, contabiliza Simões. A Ortoped oferece serviços de consulta de ortopedia em todas as subespecialidades, além de atendimento de urgência e fisioterapia. “A qualidade médica dos nossos profissionais, em constante aprimoramento, nos garante total credibilidade entre nossos pares e transmite aos pacientes confiança e a certeza da eficiência dos nossos atendimentos”, constata Visco, quando questionado sobre o sucesso da instituição que, recentemente, ganhou mais duas unidades em Salvador, situadas no bairro Imbuí e no Hospital da Bahia. “O Benchmarking Saúde é a prova de que estamos no caminho certo, pois implica o reconhecimento do trabalho e a filosofia que a Ortoped adotou na mudança dos parâmetros de atendimento e nos investimentos em qualidade e conforto na ortopedia baiana”, conclui Visco. Quanto aos planos para o futuro, a diretoria da Ortoped garante continuar investindo na qualidade dos serviços e em infraestrutura, apostando na humanização dos atendimentos e assegurando aos pacientes instalações de total conforto, com equipamentos de última geração. “Vamos modernizar e ampliar as unidades constantemente, acompanhando a demanda do mercado e investindo em novas técnicas”, afirma Simões.

A qualidade médica dos nossos profissionais garante total credibilidade entre nossos pares e transmite confiança aos pacientes Adalberto Visco, diretor administrativo financeiro da Ortoped

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Destaque Brasil | PPP da Saúde

Jorge Oliveira, presidente do consórcio Prodal Saúde


hospital do subúrbio é Um benchmarking para o país

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ais do que a homenagem especial como Destaque Brasil no Benchmarking Saúde, a parceria público privada (PPP) da saúde baiana desperta interesses para além das fronteiras nacionais. Por ser a primeira PPP do segmento de saúde no País e a única da América Latina com gestão plena, a implementação do Hospital do Subúrbio, em Salvador, inaugurou uma nova era na relação entre poder público e iniciativa privada. “A coragem do Governo da Bahia e dos parceiros em assumir esse projeto deve ser um exemplo a ser seguido”, assegura Jorge Oliveira, principal executivo do Grupo Promédica e presidente do consórcio Prodal Saúde, formado ainda pelos franceses da Dalkia. O grande diferencial da operação do Hospital do Subúrbio em relação às demais PPPs do segmento é a incorporação do gerenciamento dos serviços médicos ao consórcio, a chamada “bata branca”. “O próprio mercado reconhece o ineditismo do projeto e o sucesso com que ele foi implantado”, aponta. Enquanto o Grupo Promédica se responsabiliza pela contratação e gestão do corpo clínico, a Dalkia administra os serviços técnicos de preservação do patrimônio, hotelaria e utilidades para a atividade hospitalar. O grupo francês gerencia de mais de cinco mil instituições de saúde no mundo todo, além de operar unidades em regime de PPP no Peru e no México. O processo licitatório, concluído em fevereiro de 2010 na Bolsa de Valores de São Paulo, atribuiu ao Governo da Bahia a entrega das instalações físicas, cuja construção consumiu R$ 47 milhões. O Prodal Saúde, por sua vez, arcou com toda a estrutura

de equipamentos, do mobiliário ao centro cirúrgico, em um investimento imediato de cerca de R$ 36 milhões. “Equipamos o hospital em tempo recorde, pois já vínhamos providenciando toda a infraestrutura necessária desde o vencimento da licitação”, revela o empresário. Toda formatação técnica do projeto do Hospital do Subúrbio foi realizada com apoio do Banco Mundial. O contrato prevê que o Prodal Saúde administre a unidade ao longo de dez anos, renováveis por mais dez, devendo realizar refresh tecnológico ao longo da operação, além de cumprir com indicadores de qualidade. “Caminhamos a passos largos para o processo de acreditação”, garante. Questionários aplicados no hospital apontam satisfação superior a 90% dos usuários em relação a itens como atendimentos médicos, de enfermagem, recepção e assistentes sociais, entre outros. “Já estouramos todas as metas de assistência em emergência, internação e cirurgias antes mesmo de completar um ano de operação”, registra Jorge Solla, secretário estadual de Saúde da Bahia. Em funcionamento desde setembro de 2010, o Hospital do Subúrbio possui 268 leitos distribuídos nas especialidades de clínica médica e pediátrica, cirurgia geral adulto e pediátrica, traumato-ortopedia, unidade semi-intensiva e UTI adulto e pediátrica. Com cerca de 13 mil atendimentos de urgência e emergência realizados por mês em todas as especialidades, a unidade dispõe ainda de 30 leitos de internação domiciliar, além de parque de medicina diagnóstica onde são realizados exames como radiologia digital, tomografia, ressonância magnética e eletrocardiograma, entre outros.

A coragem do Governo da Bahia e dos parceiros em assumir esse projeto deve ser um exemplo a ser seguido Jorge Oliveira, presidente do consórcio Prodal Saúde

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Dirigente de Classe | Marcelo Britto

Marcelo Britto, presidente da Ahseb


defesa da categoria com força e profissionalismo

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uando se trata da mobilização do segmento médico-hospitalar privado, é praticamente impossível excluir o empresário e ortopedista Marcelo Britto da discussão. Presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (Ahseb) pelo segundo mandato consecutivo, Britto é defensor ferrenho da profissionalização dos prestadores de serviços de saúde. À frente da entidade desde 2007, o dirigente adotou posicionamentos estratégicos ao promover modificações no estatuto da Ahseb e ao valorizar a participação dos associados. “Nosso principal trabalho é fazer valer a voz das pessoas que nós representamos e estamos conseguindo fazer essa tradução”, considera. Formado em 1989 pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Britto começou a conciliar as atividades médicas e empresariais ainda no quarto ano de graduação. O perfil de liderança o levou a integrar o Núcleo pela Excelência em Saúde (NES), fórum de discussões entre as maiores unidades de saúde do estado, e a coordenar a criação da Ahseb de Feira de Santana, em 1999. “Decidimos criar uma estrutura regional que defendesse nossos interesses perante as autoridades constituídas e nos firmamos com absoluta independência”, detalha. Também na gestão do atual presidente da Ahseb, foram consolidados os Núcleos Regionais de Interior em Camaçari, Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista e Barreiras, incluindo Luís Eduardo Magalhães.

A principal ação implementada por Marcelo Britto na entidade, no entanto, foi o fortalecimento da Diretoria de Relacio-

namento com as Operadoras, com a função de receber demandas dos associados e auxiliar na negociação dos contratos, entre outras atribuições. “Nosso maior desafio é apontar não apenas os enganos das operadoras, mas também profissionalizar nossos próprios pontos de fragilidade”, constata. Em questões de relevo nacional, a Bahia fortaleceu sua participação no Comitê pela Excelência da Saúde, composto por presidentes das associações, sindicatos e federações de 15 estados brasileiros. Além de atuar em parceria com a Confederação Brasileira de Saúde (CNS), a Ahseb também desenvolve ações de forma independente nas questões estaduais e municipais. “Cobramos das entidades nacionais participação e atenção às necessidades dos nossos associados”, sustenta. Em junho de 2009, Britto conseguiu levar para Brasília cerca de 50 representantes de hospitais, clínicas e serviços de saúde da Bahia com o objetivo de chamar a atenção do poder público sobre os prejuízos acumulados pelo setor. A mobilização conseguiu a adesão de 35 dos 39 deputados federais da bancada baiana e dos três senadores representantes do estado na época. Para Marcelo Britto, a homenagem do Benchmarking Saúde reforça as boas práticas de gestão do segmento médico-hospitalar. “A Bahia já merecia ter um evento para valorizar e encorajar ainda mais o desenvolvimento de um setor que tanto contribui para a sociedade”, comenta o dirigente. “Entendo esse reconhecimento como uma homenagem a todos os colaboradores e associados da Ahseb”.

Nosso principal trabalho é fazer valer a voz das pessoas que nós representamos Marcelo Britto, presidente da Ahseb

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Prêmio Emérito | Sílio Andrade

Sílio Andrade, ex-presidente da Ahseb e fundador da FBH


LIderança de classe com vanguarda e ousadia

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radicionalmente, são laureados com prêmios eméritos os indivíduos com grande competência e amplo saber em suas áreas de atuação. Para o setor de saúde brasileiro, o dentista, psiquiatra e empresário Sílio Nascimento Andrade pode ser considerado um ícone de liderança e vanguardismo, não apenas por suas atividades profissionais, mas sobretudo por sua mobilização nas atividades associativas, tendo participado dos principais momentos da história do segmento médico-hospitalar da Bahia. Nascido em Belmonte, município baiano a 695 km de Salvador, Sílio migrou para a capital para se formar em Odontologia, muitas décadas antes de se destacar como presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH). A decisão de cursar Medicina, inicialmente, foi motivada pelo objetivo do já conceituado dentista em se especializar em cirurgias de boca. Por um desses acasos que só o destino pode explicar, Sílio foi conquistado pela Psiquiatria ao fazer um estágio no Sanatório Bahia. “O contato com os doentes me deu uma convicção de que era aquilo que eu queria fazer. Minha paixão é a Psiquiatria”, confessa. Poucos anos depois, Sílio formou uma sociedade com outros médicos e arrendou o Sanatório Bahia, na década de 50, tendo sido também um dos fundadores do Sanatório Santa Mônica e da Casa de Saúde Ana Nery, ambos em Salvador. “Com a nova diretoria no Sanatório Bahia e a fundação do Santa Mônica e do Ana Nery, houve um boom de Psiquiatria na Bahia”, lembra. Durante as décadas de 70 e 80, Sílio atuou ainda como assessor especial

da Secretaria da Justiça do Estado da Bahia, além de ter sido responsável pela implantação da primeira comunidade terapêutica em Psiquiatria do Norte e Nordeste do País, iniciativa visionária que foi desfeita, na época, pela incompreensão daqueles que dirigiam a Saúde Mental na Bahia e, mais de 30 anos depois, vem sendo retomada no Brasil. A trajetória de Sílio Andrade como líder de classe também é repleta de iniciativas, a exemplo da fundação da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), em 1966, e do Sindicato de Hospitais do Estado da Bahia (Sindhosba), em 1988, do qual foi co-fundador juntamente com outros líderes empresariais baianos. O médico e empresário também foi um dos principais líderes do Movimento em Defesa da Livre Iniciativa na Saúde, durante a Constituinte de 1988. “Mobilizamos a categoria e foi possível evitar que houvesse a estatização completa da saúde no Brasil, do consultório individual do médico ao mais complexo hospital do País, como queriam as lideranças parlamentares na época”, assinala. Já na década de 90, Sílio também liderou o movimento contra a extinção completa dos hospitais psiquiátricos no Brasil, contribuindo para a aprovação da Lei 10.216, em vigor até hoje. “Ser homenageado desta forma me fez repensar toda a minha trajetória”, confidencia. Embora aposentado desde 2004, Sílio continua a defender o fortalecimento e a valorização do setor de saúde. “Iniciativas como o Benchmarking Saúde são muito importantes para valorizar o trabalho, estimular as novas iniciativas e a união das lideranças do segmento”, completa.

Ser homenageado desta forma me fez repensar toda a minha trajetória Sílio Andrade, ex-presidente da Ahseb

Prêmio Benchmarking Saúde 2010

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Mais do que uma festa dos vencedores, a noite do Benchmarking Saúde foi um momento de confraternização e fortalecimento do mercado médico-hospitalar baiano



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Book Benchmarking Saúde Bahia | 2010 Publisher Reinaldo Braga (MTBa 1798) Diretor Executivo Helbert Luciano Textos Danielle Villela Mara Rocha Nana Brasil Fotos e Tratamento de Imagens Roberto Abreu Projeto Gráfico Iuri Nogueira Revisão Marcos Navarro (MTBa 1710) Impressão Gráfica Santa Marta Distribuição Correios Realização

Gestão em Saúde

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