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Renovação da Malha Paulista
Ferrovias: Os eixos para o desenvolvimento econômico
Opaís inicia um novo ciclo de expansão da infraestrutura com um ambicioso programa de investimentos em logística, tendo como base primária a conexão por via férrea
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O ano de 2019 culmina com duas grandes notícias para o sistema logístico nacional. Uma foi a concessão dos ramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis, Goiás, considerada a espinha dorsal do sistema logístico brasileiro. A outra foi a aprovação da renovação da concessão da ferrovia Malha Paulista pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Com essas iniciativas, há clara sinalização de mudança da matriz logística do país em busca de mais racionalidade priorizando a expansão das ferrovias para superar os trechos de longa distância, integradas aos demais modais de acordo com as características regionais. “De uma só vez, garantimos um aporte de R$ 5,8 bilhões em investimentos no setor ferroviário em cinco anos, o que representa emprego na veia, um choque de oferta de transporte e frete mais barato”, celebrou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, por ocasião do balanço anual da pasta dele.
Tarcísio Gomes de Freitas
Segundo ele, R$ 2,2 bilhões arrecadados em outorga vão para os cofres do Estado.
Em 2019, de acordo com o balanço anual do Ministério de Infraestrutura, foram realizadas 27 licitações, divididas em 13 terminais portuários, um trecho da Ferrovia Norte-Sul, as rodovias BR-364 e 365 e 12 aeroportos. Para 2020, as expectativas voltam-se para as concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no Trecho entre Ilhéus e Caetité, na Bahia, e da Ferrogrão, um trecho de 1.142 quilômetros entre Lucas do Rio Verde (MT) e Mirituba (PA), fundamental para atender a expansão agrícola do CentroOeste.
Renovação da Malha Paulista
O caminho mais curto para o Porto do Santos
Por sua vez, também a renovação da concessão da Malha Paulista pela Rumo foi comemorada como um passo importante para agilizar os investimentos nessa linha e passar uma mensagem de confiança sobre as demais renovações que devem ocorrer em 2020. O contrato com a Rumo venceria em 2028. A renovação prolonga o direito de exploração da via pela empresa por mais 30 anos e agiliza a execução de novos investimentos e modernização da malha. Qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a Malha Paulista faz a conexão dos pontos do interior de São Paulo ao Porto de Santos – contribuindo o para o escoamento de produtos do agronegócio para exportação. Com isso, os dois principais polos produtivos do Brasil – Região Centro Oeste e Sudeste – iniciam um novo ciclo de investimentos e melhorias com reflexos direto para a economia e desenvolvimento dessas regiões. O presidente dos conselhos de administração da Cosan e da Rumo, Rubens Ometto, destacou que a concessão ajudará na expansão da fronteira agrícola do País e beneficiará aos caminhoneiros, que poderão operar nas pontas da ferrovia. Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, lembrou o “fator multiplicador da ferrovia: “Teremos a maior linha férrea capaz de democratizar a comercialização dos nossos produtos, não vamos mais ficar estrangulados”, comemorou na época. O tramo central está pronto e disponível para a operação do transporte comercial de cargas.