Jornal do empreendedor
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São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 2014
ESPECIAL AUTOCOM
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O consumidor decifrado
Cada vez mais o varejo, físico e virtual, está se utilizando da tecnologia para conhecer o cliente – qual o seu perfil, do que gosta e até do que vai gostar no futuro. Muitas dessas tecnologias podem ser vistas a partir de hoje na Autocom 2014.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de abril de 2014
Começa o maior evento da Automação Comercial Varejistas e profissionais que visitarem a Autocom 2014 poderão conhecer as tecnologias que estão revolucionando o comércio Carlos Ossamu Fotos: Divulgação
omeça hoje no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, zona Norte de São Paulo, a 16ª edição da Autocom, principal feira e congresso de A u t o m a ç ã o C o m e rc i a l d a América Latina, organizada pela Afrac (Associação Brasileira de Automação Comercial). Até quinta-feira são esperados 8,5 mil visitantes, que poderão conferir as novidades e soluções de 150 marcas expositoras; e também participar das discussões do congresso, que este ano abordarão temas como as mudanças nas regras de emissão de cupom fiscal, as novas tecnologias voltadas para o varejo e a gestão e estratégias do ecommerce. Para Araquen Pagotto, presidente da Afrac, os varejistas e profissionais que forem ao evento encontrarão soluções já adequadas à legislação e necessidades nacionais, permitindo a sua aplicação imediata nos estabelecimentos comerciais. “Na Autocom do ano passado mudamos nosso foco e trouxemos varejistas e profissionais de empresas que compram e usam as nossas tecnologias, tanto hardware quanto software. Isso foi bastante motivador para os expositores, pois até então os comerciantes, que são os usuários das nossas tecnologias, não participavam da feira, que era voltada para distribuidores e revendedores”, explica Pagotto. “O visitante poderá ver as soluções em operação e comparar as tecnologias de diferentes fabricantes. Faço o convite para que os varejistas venham até a Autocom para conhecerem hoje as novas tecnologias que eles vão usar amanhã, visando melhorar o atendimento e o gerenciamento dos seus negócios”, diz.
Canal para bons negócios
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Tendências Segundo o presidente da Afrac, a tecnologia está trazendo mudanças importantes na forma de funcionamento das lojas, com o objetivo de atender melhor o cliente. “Uma tendência forte é o uso de recursos de mobilidade dentro das lojas, com os vendedores utilizando smartphones ou tablets. Todo o atendimento é feito por meio desses equipamentos, inclusive o pagamento com cartão de crédito, sem a necessidade de pegar fila no caixa. E o consumi-
Araquen Pagotto, presidente da Afrac: o visitante da feira poderá ver as soluções em operação e comparar as tecnologias de diferentes fabricantes.
dor recebe a nota fiscal por email”, diz Pagotto. “Este é um modelo usado nas lojas da Apple no mundo todo e está vindo para o Brasil”, afirma o executivo, observando ainda que tecnologias como o NFC (Near Field Communication) permitem o pagamento apenas aproximando o smartphone de uma base, sem a necessidade do cartão de plástico, tornando mais ágil e seguro a operação de pagamento. Nos últimos anos, o varejo tradicional vem perdendo espaço para o e-commerce, que além de ser um grande usuário de tecnologia para gestão e de identificação do perfil dos
consumidores, tem a vantagem de não possuir custos com a manutenção de lojas físicas, o que torna a operação mais barata. “Essa transformação tecnológica dentro do estabelecimento comercial vai atrair mais clientes para que eles comprem nas lojas físicas. Hoje, por exemplo, há catálogos eletrônicos que exibem para o cliente os modelos de roupas disponíveis na loja, o cliente escolhe e a atendente pega o produto para ele experimentar ”, diz Pagotto. E mais do que isso, hoje já existem espelhos inteligentes que oferecem opções de outras peças que combinem com
aquela que o cliente está experimentando e ainda permitem postar fotos do consumidor com o produto em redes sociais. “As lojas físicas também estão se armando com tecnologias, uma reação frente ao avanço do e-commerce”, afirma Pagotto.
Segundo conta o presidente da Afrac, o tema mais importante este ano para o segmento de automação comercial são as novas tecnologias para atender a Nota Fiscal Eletrônica para o Consumidor, a NFCe, que vai substituir o Emissor de Cupom Fiscal (ECF). “Em São Paulo tem uma discussão importante, pois o SAT, Sistema de Autenticação e Transmissão de Cupons Fiscais Eletrônicos, vai trabalhar junto com a NFC-e. Isso é o que estamos falando muito este ano. As operações das impressoras fiscais hoje são gravadas, mas com o SAT e a NFC-e serão transmitidas automaticamente”, diz (Leia na página 3). O primeiro dia do congresso da Autocom irá abordar justamente essas novas tecnologias fiscais que entrarão em operação ainda este ano. Às 11h15, haverá um painel interessante para os varejistas, discutindo co-
mo as empresas que atuam em todo o território brasileiro deverão fazer para atender às diferentes legislações estaduais de emissão do Cupom Fiscal Eletrônico, evitando penalizações. Na parte da tarde, a partir da 14h de hoje, haverá uma grande discussão em relação às estratégias de canais, com a participação de executivos da Afrac, fabricantes, distribuidores e revendedores. A discussão é importante, já que o setor de automação comercial tem um histórico de atritos entre fabricantes e o canal de revenda. As distribuidoras e revendas reclamam da falta de políticas claras por parte dos fabricantes, envolvendo preços, margens de lucro, treinamento e apoio. A Afrac diz que os fabricantes têm buscado no trabalho com canais um meio de ampliar suas vendas e levar seu produto a todo o País. Poucos, porém, têm aproveitado todo o potencial desta escolha, gerando perdas de vendas, de tempo e de muito dinheiro. Serviço Autocom 2014 De 8 a 10 de abril Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte Horário: das 14h ás 21h Entrada gratuita Congresso Horário: das 9h às 15h www.feiraautocom.com.br
interestaduais no Brasil, que o retirasse do fogo cruzado gerado por uma batalha fiscal entre diversos Estados, situação que muito penalizou o comércio eletrônico e sua logística nos últimos anos”, afirmou Leonardo Palhares,
vice-presidente de Estratégia da camara-e.net e coordenador de Comitê Jurídico. Em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) também apoiou o acordo firmado e a sua inclusão na PEC 197. Para a entidade, a proposta de partilha interestadual do ICMS irá reduzir a guerra fiscal, evitará o aumento da carga tributária e dividirá racionalmente o ICMS entre os Estados de origem e destino de forma gradual, evitando privilégios. O setor de e-commerce ganha com o ocorrido, pois garante melhorias nas condições de negócios como um todo.
O congresso
Será o fim da guerra fiscal? m reunião realizada no dia 21/03, em Teresina (PI), representantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) chegaram a um consenso sobre a partilha do ICMS de produtos vendidos pela internet, o que provavelmente colocará fim à guerra fiscal iniciada há cerca de três anos, quando 17 Estados brasileiros mais o Distrito Federal aderiram ao Protocolo 21/2011. No encontro, os secretários estaduais de Fazenda aceitaram a proposta de distribuir o ICMS do comércio eletrônico de forma gradual entre os Estados de origem e de destino, em um regime de transição de cinco anos. Na atual legislação, o imposto sobre as vendas virtuais fica integralmente com o Estado onde está localizado o centro de distribuição das mercadorias. O Confaz irá
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Ingram Micro Brasil, subsidiária brasileira da maior distribuidora global de tecnologia, está presente na Autocom 2014 com seu portfólio de produtos e soluções de sua divisão de automação DCPOS (Data Capture/Point of Sales) e novas parcerias. Entre os lançamentos estão as impressoras térmicas da Argox e da Sato, as linhas de leitores de código de barras Wireless Lan da Motorola Solutions e uma solução de pagamento móvel com cartão da iZettle. A Ingram Micro também aproveitará o evento para apresentar seu reconhecido modelo de distribuição, que garante aos revendedores condições ideais para alavancar os negócios e simplificar as vendas ao cliente final, e para ampliar seu canal de revendedores com foco nos mercados de automação comercial e AIDC (Automatic Identification and Data Capture). Além das melhores soluções do mercado para ajudar as empresas e comércio a realizarem os processos com mais eficiência, resultado de parcerias com fornecedores como Datalogic, Elo, Epson, Motorola /Psion, Star e Toshiba Global Commerce Solutions, a Ingram Micro também oferece linhas de produtos de TI complementares, como soluções de mobilidade da Apple, servidores HP e IBM, e muitas outras linhas de cerca de 50 fabricantes. Assim, seus revendedores podem explorar oportunidades de cross-selling, combinando diferentes produtos e oferecendo soluções completas aos seus clientes. Os parceiros da distribuidora também podem contar com a logística eficiente que garante o menor prazo de entrega, estoque local, e-commerce com frete grátis e um portfólio de soluções financeiras para atender as revendas.
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propor que o regime de transição seja incluído na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 197, que muda as regras de tributação do comércio eletrônico. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), nesses quase três anos, reuniu-se diversas vezes, por meio do Comitê Jurídico, com entidades, representantes do governo, do legislativo, do judiciário e demais empresas para levantar a relevância de se buscar uma solução para o assunto e, enfim, encontrar uma solução para o impasse gerado pelo Protocolo 21 e evitar que os varejistas do ecommerce, bem como os consumidores da internet, saíssem prejudicados. “A perspectiva de uma solução apontada pela
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reunião do Confaz é recebida com muita satisfação por todo setor de comércio eletrônico, que há muita anseia pela definição de uma regra única de recolhimento de ICMS em operações
Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Edição e reportagem Carlos Ossamu Diagramação Lino Fernandes Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br
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Em breve, o Cupom Fiscal Eletrônico. O Sistema Autenticação e Transmissão de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT-CF-e) entra em operação em novembro. Saiba como se adaptar SAT (Sistema de Autenticação e Transmissão) substituirá os atuais emissores de cupons fiscais (ECF) e, de acordo com a Secretaria da Fazenda de São Paulo, trará inúmeras vantagens para o varejista, consumidores e também para o Fisco. Estimase que o equipamento será 50% mais barato que os atuais emissores de cupom fiscal, que custam acima de R$ 1.500. Os lojistas também não precisarão mais instalar um equipamento por caixa registradora. O SAT pode ser compartilhado por vários caixas, impressoras e rede de internet. Se o caixa não estiver conectado à internet, o equipamento armazena todas as operações para serem lançadas no sistema da Fazenda via computador instalado no escritório da administração. A emissão dos documentos fiscais via SAT será integrada à Nota Fiscal Paulista. O consumidor poderá visualizar o cupom da compra no site em algumas horas.
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Divulgação
O SAT é um módulo composto de hardware com software embarcado. Ele irá substituir o Emissor de Cupom Fiscal (ECF).
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Tire as suas dúvidas O que é o projeto SAT-CF-e? O projeto tem por objetivo documentar, de forma eletrônica, as operações comerciais do varejo dos contribuintes do Estado de São Paulo, em substituição aos atuais equipamentos ECF (Emissor de Cupom Fiscal). Para isso cria um novo modelo de documento fiscal eletrônico, o Cupom Fiscal Eletrônico – SAT (CFe-SAT), aderente ao modelo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), e um novo padrão de equipamento de baixo custo, o SAT, para gerar, autenticar com validade jurídica e transmitir, via Internet, os CF-e-SAT emitidos pelos estabelecimentos. O que é o equipamento SAT? O equipamento SAT é um módulo composto de hardware com software embarcado, que deverá gerar e autenticar, por meio de Certificado Digital próprio, o Cupom Fiscal Eletrônico – S AT (CF-e-SAT) e transmiti-lo periódica e automaticamente à Secretaria da Fazenda (SEFAZ), via Internet. O que é o CF-e-SAT - Cupom Fiscal Eletrônico do SAT? O CF-e-SAT é um documento fiscal eletrônico, emitido, armazenado e transmitido automaticamente pelo equipamento SAT, de existência apenas digital, que serve para documentar uma operação de circulação de mercadorias no varejo. Como o CF-e-SAT só existe na forma eletrônica, o consumidor receberá como comprovante de sua aquisição o chamado Extrato do CF-e-SAT. Com o CF-e-SAT, procura-se estabelecer um novo padrão para o varejo: documento fiscal válido é o Documento Fiscal Eletrônico existente na base de dados do Fisco. O que é a Nota Fiscal Eletrônica de Consumidor Final (NFC-e)? A Nota Fiscal Eletrônica de Consumidor Final (NFC-e) é um projeto
em desenvolvimento pelos Fiscos Estaduais, que objetiva disponibilizar uma versão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para utilização pelos contribuintes do varejo, para registro das operações sujeitas à tributação pelo ICMS. Assim como na NF-e, a premissa do projeto NFC-e é que a autorização para emissão do documento fiscal eletrônico (a NFC-e) seja online com o Fisco estadual. O que deverei (ou serei obrigado a) usar? SAT ou NFC-e? Em São Paulo o contribuinte poderá optar entre as duas soluções, uma não exclui a outra. Existe previsão na Portaria CAT 147 de 2012 que trata do SAT permitindo ao contribuinte optar por emitir NF-e (modelo 55) ou NFC-e (modelo 65) nas hipóteses em que a legislação prevê a emissão de Cupom Fiscal, ao invés de emitir CF-e-SAT. No entanto, a NFC-e encontra-se em fase de desenvolvimento e não existe legislação definindo as situações em que este documento deverá ser emitido. Somente após a conclusão dos testes e devida regulamentação, a Secretaria da Fazenda avaliará a utilização da NFC-e, adicionalmente ao SAT. Sou varejista. Serei obrigado a usar o equipamento SAT em meu estabelecimento? Os contribuintes do varejo deverão utilizar o equipamento SAT em seu estabelecimento comercial de acordo com cronograma de obrigatoriedade. A SEFAZ iniciará a obrigatoriedade de uso do SAT em 01/11/2014. A introdução do SAT deverá ser gradativa, com substituição em etapas dos atuais ECF. Estabelecimentos com receita bruta inferior a R$ 120 mil anuais, que hoje não estão obrigados ao uso do ECF, deverão utilizar o SAT a partir de 01/04/2015, também de acordo com o cronograma do artigo 27 da Portaria CAT 147 de 05/11/2012.
Estou abrindo um novo estabelecimento. Sou obrigado a usar o equipamento SAT? Caso o estabelecimento seja inscrito antes de 01/11/2014, prevalece a atual obrigatoriedade de emissão de Cupom Fiscal pelo ECF, o qual deverá ser substituído pelo SAT quando o ECF completar 5 (cinco) anos da data da primeira lacração inicial indicada no Atestado de Intervenção. Caso o estabelecimento seja inscrito a partir de 01/11/2014, deverá emitir o CFe-SAT a partir da data da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. No caso de comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, CNAE 4731-7/00, quando serei obrigado a emitir CFe-SAT pelo equipamento SAT? Para os estabelecimentos cuja atividade econômica esteja classificada no código 4731-8/00 (comércio varejista de combustíveis para veículos automotores) da CNAE: - A partir de 01/11/2014, em substituição ao Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF; - A partir de 01/04/2015, em substituição à Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2. Empresa do Simples Nacional é obrigada a usar o equipamento SAT? São obrigadas a usar o SAT empresas que realizem vendas para consumidor final com receita bruta anual a partir dos valores determinados na Portaria CAT 147 de 2012, não importando se a empresa é do Simples ou não. Consulte o artigo 27 da Portaria CAT 147 de 05/11/2012 para verificar o cronograma de obrigatoriedade. Informações adicionais sobre o SAT-CF-e podem ser obtidas em www.fazenda.sp.gov.br/sat
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Solução única para a nova Nota Fiscal A Bematech promete mostrar na Autocom uma solução única e plug & play que atende todas as exigências fiscais de qualquer Estado Fotos: Divulgação
Bematech, uma das maiores provedoras de soluções tecnológicas para o varejo, restaurantes e hotéis, está participando da Autocom 2014 com foco em sua solução para a Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e). Segundo Paulo Eduardo Guimarães, executivo de Desenvolvimento de Negócios da empresa, este será o grande destaque da empresa no evento, pois a Bematech conseguiu desenvolver uma solução única e plug & play para atender todas as exigências fiscais de qualquer Estado, seja com ECF (Emissor de Cupom Fiscal ou impressora fiscal, usado atualmente), a NFC-e e o SAT (Sistema de Autenticação e Transmissão), este último deve entrar em operação em novembro em São Paulo. “A adoção dessas exigências tributárias por parte do Fisco é um desafio, tanto para o varejista quanto para nós desenvolvedores de soluções. Para se ter uma ideia, a operação envolvendo a NFC-e é muito mais complexa do que a do cartão de crédito”, afirma Guimarães. “No cartão de crédito, o pin pad do varejista transmite o valor e a senha para o adquirente, que checa os dados e dá o OK para a operação. Na NFC-e, todos os itens da compra são relacionados, é preciso a assinatura digital do varejista, os dados são armazenados na Secretaria da Fazenda estadual, que dará o OK da operação para o estabelecimento”, observa. Segundo o executivo, é recomendável que o varejista armazene a nota fiscal eletrônica, por questões legais e de gerenciamento. “Ta m b é m oferecemos esse serviço e outros, graças a uma parceria que firmamos recentemente com a IBM, envolvendo o seu datacenter e serviços em nuvem”, diz. “O consumidor poderá receber a nota fiscal por e-mail ou o varejista poderá imprimir um comprovante não fiscal com um código QR, que lida por um smartphone, levará à página da Secretaria da Fazenda para visualizar o documento ”. O executivo observa que a impressora fiscal (ECF) tradicional, que armazena as ope-
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A Bematech mostra sua solução para Nota Fiscal Eletrônica
separada, sem a necessidade de mexer no software de PDV. A vantagem é que, com as constantes atualizações fiscais exigidas, não será necessário atualizar o aplicativo do PDV constantemente – a reinstalação de um aplicativo leva horas e o varejista não pode deixar de vender por falta de sistema”, diz.
tech fará a entrega, operação e manutenção do sistema. A tecnologia, disponível para a gestão de varejo, hotéis, restaurante e bares, possui vantagens como pagamento por uso, assim como implementação rápida e flexível, ao Divulgação
Pagamento móvel ganha mercado
Parcerias
Guimarães, da Bematech. rações em uma memória, continuará existindo por algum tempo, pelo menos por cinco anos. A Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica, a NFC-e, já em operação em alguns Estados, substitui o cupom fiscal emitido através da impressora fiscal. As transações de vendas passam a ser transmitidas online para os servidores da Secretaria da Fazenda do Estado com o certificado digital do varejista. O Estado de São Paulo vai adotar juntamente com a NFC-e outro sistema chamado SAT (leia na pág. 3). Guimarães afirma que a Bematech desenvolveu uma solução única para atender todas essas tecnologias. “A nossa solução é plug & play porque fica em uma camada
Ao longo dos últimos oito anos a Bematech vem realizando investimentos contínuos na aquisição de aplicativos para gestão do varejo e na unidade de sistemas de gestão, ampliando sua oferta de serviços neste mercado. Agora, como forma de intensificar ainda mais essa estratégia, a companhia está reforçando seu portfólio de produtos, por meio da expansão da oferta de sua linha de gestão empresarial no modelo de software como serviços (SaaS). Para isso, efetivou recentemente parceria com a IBM. A solução flexível e adaptável às necessidades individuais de cada empresa está baseada na nuvem privada da IBM, o que proporciona flexibilidade e segurança dos dados. Neste projeto, a IBM será a responsável, também, pelo gerenciamento, segurança e disponibilidade do ambiente, enquanto a Bema-
mesmo tempo em que reduz o investimento inicial, gerando economia e baixo custo. "Acreditamos que no modelo de software como serviços, a decisão sobre quem será o parceiro de cloud computing é muito importante. Não adian-
ta ter um sistema de gestão com as funcionalidades adequadas ao cliente, se os serviços de nuvem não forem confiáveis, disponíveis e seguros", diz Bruno Primati, diretor de Software da Bematech. Outra parceria estratégica anunciada pela Bematech é com a Samsung para a área de soluções de mobilidade. Neste primeiro momento, as empresas oferecerão suas soluções para os segmentos de Hotéis e Restaurantes. Para isso, os sistemas de gestão CMNet Reservas e Bematech Chef da Bematech – voltados aos dois segmentos respectivamente – serão integrados a smartphones e tablets Galaxy da Samsung. Segundo Guimarães, novas soluções de mobilidade voltadas para o varejo chegarão em breve, como por exemplo o sistema usado pelas lojas da Apple no mundo todo, em que o vendedor atende o cliente usando apenas com um smartphones, fazendo toda a operação de venda e também recebendo o pagamento com cartão. “Mobilidade é uma das grandes tendências do varejo mundial”, observa.
SumUp: leitor deve ser acoplado ao smartphone ou tablet.
o fim do ano passado, duas empresas europeias especializadas em meios de pagamentos móveis (mPOS) desembarcaram no Brasil: a SumUp, fundada na Alemanha e na Irlanda em 2011, e a sueca iZettle. Ambas oferecem aparelhos que, acoplados ao smartphone ou tablet, permitem receber pagamentos com cartão de crédito, beneficiando vendedores ambulantes, vendas porta a porta e pequenos comerciantes. Entre as vantagens, não há cobrança de mensalidade, mas uma porcentagem do total da transação, e o comprador ainda pode parcelar a compra. A SumUp (www.sumup.com.br) trouxe um leitor de cartões de chip que, acoplado ao celular ou tablet, permite que esses profissionais aceitem as principais bandeiras de cartão de crédito, incluindo Visa,
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Mastercard, Amex e Elo. O primeiro passo é ir até o site da empresa e abrir uma conta, preenchendo o cadastro com informações pessoais, da empresa (se for pessoa jurídica) e bancária. Feito isso, é preciso comprar o leitor, que custa R$ 79, e baixar o aplicativo no celular/tablet, disponível para Android e iOS (Apple). A empresa disponibiliza três pacotes para o mercado brasileiro: o à vista tradicional, com taxa de 3,7% para que o cliente receba em até 30 dias; o à vista antecipado, com recebimento em cinco dias úteis e taxa de 4,7%; e o parcelado antecipado, com recebimento total em 5 dias úteis e parcelamento em até 6 vezes - nesse caso, as taxas são de 6,7% para parcelamentos em até 3 vezes e de 8,7% para parcelamentos em 4, 5 ou 6 vezes. Já a sueca iZettle (www.izettle.com.br)
desembarcou no mercado brasileiro no fim de agosto do ano passado, graças a uma parceria com o banco Santander. Também é preciso criar uma conta de usuário e comprar o leitor de cartões pelo site da empresa e baixar o aplicativo no smartphone ou tablet. O leitor de cartões custa R$ 99 e está disponível no site. Os clientes da iZettle que optarem por ter o valor de suas vendas depositado em uma conta corrente do banco Santander receberão de volta 50% do valor pago pelo leitor após realizarem a primeira transação. Não há custos fixos como mensalidade, aluguel ou taxa de utilização mínima. Apenas será cobrada uma taxa de 5,75% sobre o valor de cada transação. Outro destaque é que o valor das vendas com cartão de crédito será depositado em até 5 dias, em vez de 30 dias como nas soluções tradicionais.
Novidades no estande da Gertec Gertec participa da Autocom 2014 com algumas novidades. A primeira é o Mobi PIN 10, um equipamento para pagamento móvel que permite ao vendedor autônomo, taxistas e outros prestadores de serviços receberem pagamentos por meio de cartões de débito e crédito. O Mobi PIN 10 transforma o smartphone ou tablet em uma solução de pagamento móvel, com um dispositivo leve e compacto. Outra novidade que será mostrada na feira é o pin pad PPC 920, um equipamento com design robusto e confiável,
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compatível com todos os dispositivos de leituras de cartões em operação no Brasil: cartão magnético, de chip ou sem contato. Além da segurança adicional com os exclusivos sistemas patenteados de Detecção de Fraudes e Identificação de Partes a Laser, o aparelho permite a leitura por aproximação do cartão (contactless), ou seja, sem que seja necessário inserilo na máquina. “Nós, da Gertec, procuramos desenvolver produtos que atendam ou superem às necessidades do mercado, conciliando a alta tecnologia com excelente performance,
design diferenciado e preço justo. A Autocom é um excelente canal para divulgarmos novos produtos para um público mais seleto do ramo de automação comercial”, diz Marcelo Teramae, gerente comercial da Gertec. A Gertec expõe ainda outros lançamentos, como a linha GPOS, que é composta por quatro versões de equipamentos que possuem todas as certificações nacionais e internacionais, leitor contactless, smartcard, cartão magnético, impressora térmica 100mm/s máx, interfaces GPRS, Ethernet, Wi-Fi.
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E-commerce cresce mais que o esperado
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De acordo com estudo da E-bit, os resultados de 2013 surpreenderam e o setor cresceu 28% esmo com a economia brasileira avançando em marcha lenta, o setor de e-commerce surpreendeu a todos e alcançou excelentes resultados em 2013, com crescimento de 28% no faturamento, somando R$ 28,8 bilhões. Em 2012 o setor cresceu 20% e a expectativa inicial para 2013 era de um aumento de 25% nas vendas. Foram 88,3 milhões de pedidos no ano passado, um crescimento de 32% sobre 2012, e o tíquete médio foi de R$ 327, menor do que do ano anterior, que foi de R$ 342. Esses dados constam do relatório Webshoppers 2014, elaborado pela E-bit. Segundo o estudo, a Black Friday é uma das explicações para esse resultado. Realizada no dia 29 de novembro, a ação movimentou R$ 770 milhões para o setor, quebrando todos os recordes de faturamento em um único dia. Outra justificativa é a popularização da banda larga móvel. A oferta de modelos mais simples de smartphones conectou pessoas das classes C e D, que não possuíam acesso à rede, transformando-as em internautas e, em muitos casos, consumidoras online. A categoria “Moda & Acessórios” manteve a liderança durante o ano com 19% de participação, seguida de “Cosméticos e Perfumaria / Cuidados Pessoais / Saúde”, com 18%, “E l et ro do mé st icos”, com 10%, e “Livros/assinatura de Revistas”, com 9%, “Informática” com 7% e “Telefonia/Celulares com 6%.
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Ainda segundo a E-bit, no decorrer do ano, mais de 9 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra online. Assim, o número de consumidores únicos, ou seja, que já fizeram ao menos um pedido através da internet, passou par a 5 1 , 3 m ilhões, contra 42,2 milhões em 2012. Mas desse total, 8 milhões não utilizaram o comércio eletrônico em 2013. No ano passado, os c o n s u m i d o re s ativos foram d e 4 3 , 2 m ilhões. Cada um fez, em média, duas compras. O mobile commerce, que é a compra por meio de dispositivos como smrtphones e tablets, vem crescendo rapidamente. Em janeiro de 2013, as transações concluídas por dispositivos móveis correspondiam a 2,5% de todas as vendas online. Em dezembro, esse número já era praticamente o dobro, chegando a 4,8%. Esses resultados demonstram a força do segmento, que deve se consol i d a r n o s p r óx i m o s a n o s . Atualmente, são poucas as lojas online preparadas para as peculiaridades da navegação através de tablets e smartphones. Este ano isso deve começar a mudar. A tendência é que muitos varejistas passem
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a direcionar esforços para se adaptar à mobilidade. A entrega gratuita é um fator importante para a decisão de compra dos e-consumidores. Apesar disso, no decorrer do ano, houve queda na oferta de frete grátis, que passou de 58%, em dezembro de 2012, para 50%, em dezembro de 2013. Essa redução deve continuar em 2014, por causa da busca das empresas por rentabilidade. Entretanto, o consumidor deverá encontrar
mais opções de entrega. Quanto menor o tempo para receber a compra, mais caro será o preço do frete. O relatório Webshoppers 2014 comenta outra pesquisa realizada pela E-bit, o Net Promoter Score, ou NPS, um indicador que mensura a satisfação e a fidelização dos clientes. Em 2013, o NPS geral do ecommerce brasileiro foi bom. O ano começou com o índice em 45,94%, chegando a 59,29%, em outubro. Entre-
tanto, em dezembro, houve uma queda considerável no indicador e o NPS ficou em 46,93%. Isso aconteceu porque foram registrados alguns problemas de atraso na entrega das compras feitas durante a B l a c k Fr i d a y , em virtude do número de pedidos, muito a c i m a d o e sperado. M e s m o a ssim, ao comparar o NPS de dezembro de 2013 (46,93%), com o de dezembro de 2012 (40,96%), foi constatada uma importante melhora no indicador, um sinal de que os lojistas investiram mais e se prepararam melhor para o período aquecido de vendas de final de ano. Expectativas 2014 Com relação às expectativas para este ano, a E-bit acredita que o comércio eletrônico brasileiro vai continuar em ascensão, mas a taxa de crescimento deve ser menor. A estimativa é de que o setor cresça, nominalmente, 20% em relação a 2013, faturando R$ 34,6 bilhões. Vários fatores devem influenciar nos resultados, desde o desempenho da economia até o calendário, já que esse ano o carnaval foi tardio,
a quantidade de feriados prolongados é maior e ainda temos pela frente uma Copa do Mundo e eleições no segundo semestre. A avaliação é que este ano o desemprego deve continuar em baixa, o que é bom para o setor de varejo em geral. Entretanto, as possibilidades de aumento da massa salarial são pequenas, devido à inflação alta. Os estímulos da economia também devem diminuir. Embora o IPI da linha branca não tenha aumentado no início do ano, houve alta para outros produtos, como os da categoria “Móveis & Decoração”, que vem se destacando no e-commerce. O parcelamento elástico e o frete grátis, dois dos principais atrativos do varejo digital, devem reduzir gradualmente. Todos esses fatores devem contribuir para que o consumidor fique mais cauteloso na hora da compra. A Copa do Mundo deve influenciar positivamente nas vendas do setor. A mobilidade é uma das tendências mais fortes para 2014, colaborando não só para o mobile commerce, mas para o crescimento de um fenômeno chamado showrooming. Mesmo estando dentro de uma loja física, o consumidor tem a possibilidade de pesquisar preços e informações em outros estabelecimentos, através do dispositivo móvel. Com isso, a decisão de compra fica por conta do fator conveniência. A loja em si acaba funcionando como um show room, em que o cliente pode ter contato com o produto antes da aquisição.
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A previsão é de um crescimento de 9,2% neste ano; soluções baseadas em mobilidade, cloud computing, Big Data e Social Business são apontadas como novo centro de inovação e valor IDC Brasil, empresa de consultoria voltada para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, divulgou suas previsões sobre as principais tendências para o mercado brasileiro em 2014, e prevê que o País deve consolidar sua posição de 4º maior mercado de TIC do mundo. Estima-se que os investimentos em TI e Telecom cheguem a US$ 175 bilhões neste ano e que 71 milhões de Smart Connected Devices (desktops, notebooks, tablets e smartphones) sejam vendidos no Brasil em 2014. “A 3ª plataforma, com soluções baseadas em mobilidade, cloud computing, Big Data e Social Business, é o novo centro de i n o v a ç ã o” , d i z A l ex a n d re Campos, diretor de pesquisas da IDC Brasil. De acordo com a IDC Brasil, as tecnologias da 3ª plataforma estão alinhadas ao aumento da influência dos executivos de negócios nos investimentos de TI, comprando soluções cada vez mais específicas para suas indús-
prometem agitar esse segmento neste ano. Gestão
Tecnologias que vão impulsionar o mercado
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trias. A estimativa é de que US$ 6 bilhões dos investimentos em TI venham diretamente do orçamento de negócios. Ao combinar novos dispositivos (smartphones, tablets e outros dispositivos sem fio) e novas aplicações (comunicações unificadas, vídeo, virtualização, gerenciamento de dispositivos móveis), a 3ª plataforma estimula o upgrade das redes corporativas para dar conta do aumento do volume de dados. Segundo o estudo IDC Networking Tracker, o volume mundial de informações digitais alcançará 5,4 Zettabytes em 2014 – 1 zetta
corresponde a 1 trilhão de gigabytes. Socialytics Outra tendência forte para este ano é o amadurecimento d e e s t r u t u r a s d e B i g D ata/Analytics, que deve movimentar cerca de US$ 426 milhões no Brasil, entre hardware, software e serviços, apesar de desafios como a escassez de mão de obra especializada e concorrência com outras prioridades, como nuvem e mobilidade. A principal aplicação ainda será o chamado “Socialytics”, para captura e aná-
A reação das lojas físicas IBM divulgou recentemente o estudo IBM 5 in 5, uma lista com as cinco inovações que têm potencial de mudar o modo como as pessoas trabalham, vivem e interagem nos próximos cinco anos. O levantamento deste ano explora a ideia de que tudo será capaz de aprender impulsionado por uma nova era de sistemas cognitivos, na qual as máquinas irão aprender, raciocinar e interagir conosco de uma forma mais natural e personalizada. A computação cognitiva está começando a surgir habilitada pela associação da computação em nuvem, de grandes análises de dados e de tecnologias de mobilidade, tudo com os requisitos de privacidade e de segurança adequados para os cidadãos, sejam eles consumidores, estudantes e/ou pacientes. Em breve, os sistemas de TI se tornarão mais inteligentes e customizados por meio de interações com dados, dispositivos móveis e pessoas, ajudando-nos a superar desafios antes insolúveis, usando todas as informações que nos rodeia e trazendo a sugestão certa ao alcance de nossos dedos. Uma nova era na computação vai levar a
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lise de dados gerados nas redes sociais. “Será necessário o investimento em capacitação de profissionais, e devem surgir empresas ‘data brokers’ ou ‘analytics providers’. Os provedores de soluções e fabricantes também terão que se preparar para mostrar como esta tecnologia gera mais valor em relação ao Analytics tradicional”, comenta o diretor da IDC Brasil. A adoção da nuvem pública impulsionada pela modernização de aplicações é uma tendência importante. Os investimentos devem atingir US$ 569 milhões em 2014, e
para 2017 a previsão é que cheguem a US$ 2,6 bilhões. A mobilidade continua em alta. A transição para dispositivos móveis continuará acelerada neste ano. Os smartphones e tablets deverão encerrar o ano com vendas de mais de 58 milhões de unidades e 81% de participação no mercado de Smart Connected Devices, ganhando ainda mais terreno em relação a desktops e notebooks. Os “phablets”, híbridos de telefones e tablets, ainda dão seus primeiros passos, mas lançamentos de smartphones com telas acima de 5 polegadas
Marketing via SMS Divulgação
e todas as ferramentas do marketing, o SMS (mensagem de texto via celular) é a que se mantém mais estável, mesmo com as novas maneiras de publicidade via internet que surgem todo ano. Pesquisa realizada pelo MMA - Mobile Marketing Association, mostra que os consumidores brasileiros estão receptivos ao SMS. Pelo menos 79% dos entrevistados afirmam estarem dispostos a receber mensagens em seus celulares, desde que sua privacidade seja respeitada. A taxa de leitura do SMS pelos usuários é de 98%, contra apenas 22% do e-mail, além de 90% das mensagens recebidas serem abertas e lidas em menos de três minutos. Uma empresa que vem usando essa ferramenta é a Morena Rosa Group que emprega o sistema da Zenvia desde 2012 para envio de SMS para processos internos, e há pouco tempo decidiu dar um novo passo no mundo mobile. Começou a realizar campanhas de marketing por meio do SMS. A base de contatos da marca é construída no momento da compra nas lojas, pelo cadastro dos dados das clientes. A cada envio de SMS, a empresa dá a opção para que, caso deseje, o cliente informe que não
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A loja física pode oferecer uma melhor experiência de compra. Na foto, loja conceito da Natura. descobertas que ampliam as capacidades humanas, nos ajudando a fazer boas escolhas e a navegar no nosso mundo de uma nova forma. Na área de varejo, o estudo afirma que as compras em lojas físicas ultrapassarão as online. Segundo a IBM, as vendas online estão crescendo mais rápido do que em lojas físicas. As lojas online têm atualmente uma vantagem na capacidade de aprender com as escolhas que os econsumidores fazem na web. Hoje, a maioria das
lojas físicas é limitada aos conhecimentos que podem ganhar no ponto de venda – e a tendência de showrooming torna ainda mais difícil a competição com varejistas online, que utilizam como vantagem o preço. Porém, em cinco anos, segundo o estudo, as compras em lojas físicas voltarão a se destacar. Varejistas experientes usarão o imediatismo do estabelecimento e a proximidade com os clientes para criar experiências que não podem ser replicadas
Do lado das empresas, os CIOs já perceberam a importância de uma estratégia de mobilidade integrada, que contemple o gerenciamento de dispositivos móveis (MDM – M o b i l e D e v i c e s M a n a g ement). Estima-se que mais de 5 milhões de dispositivos pessoais serão trazidos para dentro das empresas neste ano (BYOD - Bring your Own Device ou ‘traga seu próprio dispositivo’), o que implica na necessidade de dispor de uma base de gestão móvel para garantir a segurança e administrar diferentes componentes: dispositivo, conectividade, aplicativos, segurança, acesso, identidade, conteúdo, controle de informação e apresentação de relatórios. Outro foco importante é a modernização das aplicações para rodarem em dispositivos móveis. Finalmente, a IDC Brasil destaca a aceleração da “Internet das coisas” com aplicações corporativas (B2B). A previsão é que as soluções tecnológicas que permitem uma comunicação contínua e autônoma entre máquinas e dispositivos movimentem US$ 2 bilhões em 2014 no Brasil. Atualmente, as iniciativas mais significativas estão no setor de logística e transportes, para gestão de frota, mas as áreas de saúde, seguro automotivo, automação de processos industriais e energia também devem desenvolver projetos baseados neste conceito de conectividade.
por lojas online. Eles ampliarão a experiência digital, trazendo a web diretamente para onde o cliente pode tocá-la fisicamente. Os lojistas poderão contar com tecnologias como a do Watson para equipar as equipes de vendas, tornando cada vendedor um especialista sobre cada produto na loja. Com tecnologias como a realidade aumentada, a IBM está permitindo que os lojistas forneçam uma melhor experiência de compra aos seus clientes.
deseja receber mais mensagens. De acordo com Larissa Soares, da área de Trade Marketing do Morena Rosa Group, uma das razões para terem adotado o uso de SMS em suas ações de marketing foi que “mesmo já enviando e-mail com promoções e divulgações para nossas clientes, não surte tanto efeito porque não são todas que veem. Já com o SMS, a leitura é praticamente instantânea e são raras as pessoas que não abrem um SMS”. Além disso, Larissa diz que um ponto muito importante para a escolha do serviço da Zenvia foi a automatização dos envios e o acesso aos relatórios, pois isso facilita bastante o processo das campanhas. A empresa realizou sua primeira campanha de marketing pelo SMS no início de março para convidar suas clientes para o coquetel de lançamento da nova coleção outono/inverno que aconteceu em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. O impacto da ação já pode ser sentido: “Começamos a sentir os efeitos positivos de nossa campanha quando diversas clientes disseram, no dia dos eventos, que haviam recebido o SMS e por isso estavam lá”, diz Larissa. “Pretendemos iniciar em breve nossas campanhas promocionais para as aniversariantes do mês".
Sem identificação, nada funciona.
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Diário do Comércio – Quais os desafios atuais do varejo? Marcelo Oliveira Sá - Tem se falado muito no uso de tecnologias para aumentar a eficiência, do uso de canais alter-
Marcelo Oliveira Sá, da GS1
nativos como o e-commerce, mas isso tem feito com que a relação entre o consumidor e o varejo fique fria. Cada vez mais as pessoas estão indo menos às lojas físicas, e quando vão é por um motivo muito específico. Com isso, essa relação está se perdendo. Será preciso, de alguma forma, integrar a tecnologia com a humanização. O que seria isso? É o varejista prover cada vez mais serviços que o aproxime do consumidor. Por exemplo, o consumidor quer informações sobre os produtos que está comprando, a origem da carne consumida. Como ele pode ter isso muito rapidamente? Hoje se usa o celular, que lê um código de barras e acessa a página do fornecedor com informações sobre aquele produto. Quais os desafios de implementar essa rastreabilidade dos produtos? A rastreabilidade começa desde o produtor até o consumidor final. Mas para integrar tudo isso é preciso o envolvimento de todos os atores da cadeia, desde o produtor, o transportador, o supermercado etc. A principal dúvida que se tem é: quem é que precisa prover este tipo de informação? São todos, mas talvez o varejista tenha de tomar frente em algum momento, ou a indústria, mas o fato é que am-
bos têm de se preocupar com isso. O consumidor hoj e e s t á p re o c u p a d o com o que está comprando. Um dos pilares do consumidor moderno é a segurança dos alimentos, saber a origem da carne, se o produtor é confiável etc. Quem não estiver preparado para suprir essa demanda do consumidor vai perder mercado. Recentemente, houve novamente denúncias de leite adulterado. Nestes casos, a rastreabilidade é importante, não é mesmo? Sim e o interessante é que as marcas envolvidas são conhecidas e muito consumidas, principalmente na região Sul. O consumidor que sempre comprou estas marcas se pergunta agora o que fazer, quais as garantias que a empresa irá oferecer para que o consumidor continue comprando o produto. No futuro, quem não prover informações sobre segurança alimentar irá perder mercado e o consumidor hoje não tem problema algum em trocar de marca.
Soluções Oracle para o varejo Newton Santos/Hype
A rede de lojas Marisa optou pela suíte Oracle Retail Merchandise Planning and Optimization para ajudá-la a direcionar o mix de produtos.
Marisa, rede de lojas de varejo especializada em moda feminina, escolheu diversas soluções integradas da suíte Oracle Retail Merchandise Planning and Optimization para ajudá-la a direcionar o mix de produtos com base nas oportunidades de mercado e preferências dos clientes. Com mais de 410 lojas espalhadas em todas as regiões do Brasil, a varejista de moda usará essas soluções para que suas equipes colaborem de maneira eficaz nas atividades de planejamento, merchandising e cadeia de suprimentos, bem como para melhorar as margens de lucro da empresa. A rede Marisa precisava de uma solução de tecnologia capaz de aproveitar as informações provenientes de diferentes canais para aumentar a eficiência das operações de alocação e planejamento e que fosse intuitiva para os planejadores de moda. Depois de comparar os maiores fornecedores de software de varejo do mercado, a Marisa escolheu uma suíte completa de soluções: o Oracle Retail Release 14, a fim de utilizar
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uma plataforma comum para atender às necessidades atuais e futuras de planejamento e alocação. As soluções Oracle Retail foram escolhidas, em parte, por conta do ecossistema de clientes e parceiros e pela profunda expertise em varejo da empresa. A rede Marisa também implementará o Oracle Database, o Oracle WebCenter Portal e oOracle WebLogic Suite. “Diante da intensa concorrência no varejo brasileiro, várias redes estão procurando projetos de tecnologia para impulsionar a eficiência, reduzir os estoques e aumentar as margens”, disse Mike Webster, vice-presidente sênior e diretor geral da Oracle Retail. “Podemos oferecer à Marisa uma plataforma poderosa, que lhes permitirá alcançar os objetivos de negócios, manter a sintonia com as necessidades dos clientes e impulsionar o crescimento lucrativo.” Farmácia Com 27 anos de atuação na região Sul, a Rede de Farmácias e Drogarias Nissei adquiriu dois Oracle Exadata
Qualquer que seja a tecnologia adotada no futuro, a base sempre será a identificação das mercadorias
Divulgação
ara Marcelo Oliveira Sá, assessor de Negócios da Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil, o varejo do futuro será multicanal, não haverá mais distinção entre loja física e virtual, e o consumidor irá exigir cada vez mais informações sobre o produto que está comprando – se for carne, qual a sua procedência, se for um móvel, se a madeira é de reflorestamento. A base para a implementação de todas essas demandas é a identificação, como o código de barras, QR Code e o RFID (identificação por radiofrequência), entre outros. A GS1 é quem padroniza, no mundo todo, essas tecnologias.
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Database Machine X3-2. O objetivo da empresa foi simplificar e fortalecer sua infraestrutura tecnológica a fim de apoiar seu ritmo acelerado de crescimento, incluindo a abertura de 40 novas lojas por ano. “A adoção do Oracle Exadata Database Machine é um projeto estratégico para nós por apoiar três importantes pilares da companhia – vendas, compras e logística, propiciando melhora significativa de performance e agilidade às operações. Obtivemos resultados adicionais, como a redução de espaço físico ocupado, economia nos custos com refrigeração e energia, bem como manutenção e suporte de um único fornecedor”, afirma Oscar Luiz Barufaldi, gerente de TI da rede Nissei. A decisão de adquirir o Oracle Exadata Database Machine faz parte do plano da rede para o aprimoramento da infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, bem como para a criação de um datacenter de contingência. A escolha da solução da Oracle baseou-se em características como simplificação da infraestrutura, robustez.
Hoje se fala muito em varejo multicanal. Qual a sua opinião sobre isso? Tem consumidor que compra pelo site, mas quer buscar o produto na loja, pois não quer esperar o envio pelo correio. Hoje isso não é possível, pois a loja física é uma coisa e a loja virtual é outra, elas não estão integradas. O varejista precisa prover isso ao consumidor, o que deve ocorrer em breve. A grande discussão hoje é como fazer essa integração, o que está sendo chamado de omnichannel. O consumidor compra na loja, mas quer receber em casa, ou compra no site e quer retirar na loja. As empresas precisarão integrar processos e se modernizar para oferecer isso. Fala-se que no futuro haverá geladeiras inteligentes, que avisarão o proprietário sobre a falta de algum produto ou sobre a sua validade. Como o senhor vê isso? A base de todas essas tecnologias é um sistema de
identificação. O próprio código de barras, que tem 30 anos no Brasil e 40 anos no mundo, já traz uma série de informações. No caso da geladeira, isso será possível com o uso maciço do RFID, a identificação por radiofrequência. A geladeira identifica o produto que está entrando ou saindo, prazo de validade e se algum produto está faltando, caso haja uma lista. Estamos falando de geladeira, mas poderia ser o armário. A tecnologia RFID é usada hoje para controlar estoque na indústria e no varejo. As informações, que hoje estão no código de barras, serão armazenadas em um chip. E qual o papel da GS1 neste contexto? A GS1 entra para criar este
ambiente integrado com os diversos atores desta cadeia, pois é necessário um padrão. A GS1 é quem padroniza essas tecnologias no mundo inteiro. Mas quem vai impulsionar a implementação dessas soluções é a necessidade de suprir o que o mercado está demandando. O varejo do futuro terá de oferecer eficiência, seja na retaguarda ou no checkout, pois cliente nenhum quer ficar na fila; terá de prover melhores serviços e mais personalizados; usar cada vez mais recursos tecnológicos para atender perfis diferentes de consumidores; integrar os diferentes canais, físicos e virtuais; e estar mais próximo do consumidor, entendendo as suas necessidades. E a base de tudo isso são os sistemas de identificação.
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O futuro das lojas física e virtual Saiba como os dois setores estão evoluindo e quais tecnologias estarão disponíveis para os consumidores SXC
tualmente, o modelo de varejo enfrenta problemas em nível mundial. Seus processos que antes se encaixavam perfeitamente nas necessidades dos fabricantes, hoje estão lutando para se adaptar às novas configurações e locais de venda, tanto físicos quanto virtuais, e a um tipo bem diferente de consumidor. Para João Pissutto, executivo líder de Consultoria para Varejo e Produtos de Consumo da IBM Brasil, o varejo vem passando por uma revolução, que necessariamente passa por soluções tecnológicas mais inteligentes.
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Diário do Comércio – Como a IBM avalia este segmento de tecnologias para o varejo e qual a estratégia para atender este mercado? João Pissutto - Estamos vivendo grandes mudanças no varejo, uma fase de real revolução. Na nossa visão, o varejo envolve alguns pilares básicos: fragmentação de canais, em que o multicanal se torna cada vez mais realidade, com um mix de lojas físicas com loja virtual, o que impacta em todo o processo de automação da cadeia; a abertura de lojas menores e especializadas para aumentar o market share; a centralização no cliente, em que os esforços da empresa são focados no cliente, em sua experiência de compra; e o último pilar é a personalização, em que quanto mais você entender o seu cliente, seja com dados estruturados ou não, mais chances se têm de realizar a venda. Quais outras tendências que a IBM avalia como importantes? Outras tendências são a maior agilidade no atendimento e uso de recursos de mobilidade, inclusive no checkout e na retaguarda; uma maior compreensão dos detalhes de custos na logística de frete e distribuição, com a redução de perdas neste processo. Uma solução que temos investido bastante é como o varejista pode se manter permanentemente conectado com seus clientes, seja com um merchandising específico, uma comunicação direta com dispositivos móveis, gestão dinâmica de preços, gestão de promoções. É uma grande suíte que busca transformar dados desestruturados em atributos mais personalizados, voltados para cada cliente que se está relacionando. Em relação a coletas de dados dos clientes, qual a sua opinião sobre privacidade? Uma das questões discutidas no varejo é como proativamente posso coletar dados para saber
os seus hábitos de consumo para poder personalizar mais a venda. Todos nós temos preferências e temos interesse em compartilhar dados com empresas que possam manusear essas informações de forma eficiente. Se eu gosto de música e alguma empresa do varejo captura minhas informações e oferece ofertas personalizadas para mim, com certeza cada vez mais vou disponibilizar dados dos meus hábitos de consumo diário. Existe uma massa de dados que mostra o seu perfil, cada vez mais as pessoas estão colocando os seus dados à disposição, mas cabe aos varejistas gerenciar esses dados de forma eficaz, sem invadir a privacidade. Nesse ponto é que entra a tecnologia do Big Data, a análise de grandes volumes de dados? O Big Data é uma parte importante deste processo. Se se consegue coletar dados do indivíduo, se consegue um melhor processo de vendas. Hoje existe um volume de dados enorme. Mas quais empresas conseguem coletar esses dados e transformar isso em ações reais de marketing, preços ou de promoções? São muito poucas. O Big Data permite coletar dados desestruturados e conhecer melhor o consumidor e a partir disso desenvolver uma série de ações de marketing e de venda. Um estudo recente divulgado pela IBM (IBM 5 in 5) afirma que as vendas em lojas físicas vão ganhar impulso. Como será isso? Como qualquer área que se vê ameaçada, as lojas físicas estão procurando formas para sobreviverem. Havia uma grande tendência de que a venda virtual iria superar a venda física em poucos anos, já que ela está crescendo a taxas de dois dígitos ao ano, enquanto a venda de loja física cresce um dígito ao ano. Porém, o que se espera, principalmente em segmentos mais afetados, é que se invista em experiências com o seu cliente. Por exemplo: imagine que através de mobilidade e dispositivos de rastreamento que saiba aonde o consumidor está, por exemplo um shopping center, e aparece em seu dispositivo móvel uma oferta que faz sentido para ele. Isso vai fazer com que a movimentação e tráfego em lojas físicas aumentem naturalmente. Coisas como esta vão se tornar realidade no curto e médio prazo. O cliente compartilhou o seu perfil ou ele foi coletado por Big Data, e isso permitirá enviar ofertas interessantes ao seu dispositivo móvel inteligente. Existe uma vantagem da loja física sobre a loja virtual, já que a experiência na loja física é mais interessante.
Tendências do e-commerce Em breve, lojas eletrônicas e físicas estarão totalmente integradas, os consumidores poderão comprar como, quando e onde quiserem ssim como as lojas físicas estão evoluindo tecnologicamente, as lojas virtuais também estão investindo para “fisgar ” os consumidores. Segundo Fátima Bana, especialista em marketing digital e mestre em Comportamento do Consumidor, o mundo virtual leva vantagens em alguns quesitos: além de oferecer comodidade, rapidez e custo operacional menor, as ferramentas de rastreamento e análises disponíveis hoje permitem conhecer melhor o consumidor, seus hábitos e preferências.
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Diário do Comércio – Como o e-commerce vem evoluindo tecnologicamente e como será a loja virtual do futuro? Fátima Bana - O que a gente consegue ver no momento como tendência é a loja virtual cada vez mais buscando entender o comportamento do cliente. Hoje, em muitos sites fora do País, a home page, que é a vitrine da loja virtual, é configurada de acordo com as preferências de cada cliente. Esse cliente já foi rastreado e a loja sabe de
Carol Guedes/Hype
suas preferências. Assim, essa vitrine é montada com produtos que ele gosta, que fazem sentido para ele. Há alguma tendência tecnológica que se destaque? Também estão sendo aplicados conceitos de neuromarketing no ecommerce. Por meio das câmeras dos aparelhos e outras tecnologias que vamos começar a usar com mais frequência em breve, o aparelho entende para onde os olhos do usuário se movem, identificando áreas que são focalizadas por mais vezes, que chamaram mais a atenção do cliente. As últimas versões de smartphones estão vindo com esse recurso de identificar o olhar do usuário. Como se consegue entender o cliente no mundo virtual? Hoje, o e-commerce está mais próximo do cliente, entendendo quem ele é, seja por meio de seu perfil nas redes sociais, os apps que ele baixa no celular, as páginas que visita na internet, os produtos que pesquisa etc. Tudo isso permite mapear o seu comportamento, o seu perfil. São inúmeras as tecnologias em operação para entender o que o cliente quer e se adiantar a ele. Muitas vezes, o cliente passou os olhos algumas vezes em um produto, mas ainda não sabe que deseja aquilo. As novas tecnologias que estão surgindo visam
Multicanal: todos os canais de vendas estarão integrados. estimular esses desejos latentes. O que podemos esperar para os próximos anos em termos de recursos? Em cinco anos vamos ter muitos recursos de neuromarketing sendo aplicados na internet, como a navegação pelas páginas usando os olhos como cursor (eye tracking). Além disso, a loja física e a virtual estarão integradas. Na concepção do omnichannel (multicanal), não haverá mais diferenças no comércio, o cliente pode estar dentro da loja física e comprar online, ou estar na loja virtual e retirar o produto na loja física. Essa integração total dos canais deixará tudo mais fácil. No metrô da Coreia do Sul há painéis com fotos de produtos, que os consumidores capturam o QR Code (um código bidimensional) para comprar e receber em casa. Esta é uma tendência?
Trata-se de uma compra virtual em um ambiente físico e geralmente com uma entrega a jato. A ideia neste tipo de modelo com QR Code é que a logística seja muito eficiente – quando o cliente chegar ao seu destino, a compra chegará junto. Este é um bom exemplo de integração de canais e as novas tecnologias caminham neste sentido. Na loja física o cliente pode tocar e experimentar o produto. Poderá surgir uma tecnologia que equipare essa experiência na hora da compra no mundo virtual? A realidade virtual aumentada talvez possa nos ajudar neste sentido, mas não acredito que essa seja a solução. O comércio em loja física não vai deixar de existir, o que vai ocorrer é uma transformação do comércio como um todo. As lojas físicas estão mudando para ser mais um espaço de experiência para o cliente do que propriamente um checkout de compra.
Estamos vendo muitas lojas físicas mudando para lugares mais agradáveis, livrarias com grandes espaços onde o cliente passa o dia lá e muitas vezes não compra nada, mas vai fazê-lo mais tarde em casa por meio da loja virtual. Há uma mudança no modo de o consumidor comprar, ele entra na loja, toca, experimenta e depois decide como o onde quer comprar, pode ser naquele momento na loja física ou de noite em casa, quando ele percebeu que realmente precisa ou deseja aquele produto. Passamos hoje por uma reformulação do varejo, que integra o canal digital. Há muitos estudos sobre o comportamento do consumidor na loja física. Esse comportamento é diferente online? Na internet nós conseguimos antecipar o que o cliente está planejando, já que o comportamento normal é Divulgação
A especialista Fátima Bana
que a pessoa pesquise sobre o tema de interesse. Se a cliente compra um teste de gravidez pela internet e depois começa a pesquisar sobre sintomas, a loja virtual já pode começar a oferecer enxoval para o bebê, berço etc. Conseguimos mapear o comportamento do internauta antes mesmo das pessoas que convivem com ele diariamente. Muitas vezes as pessoas se esquecem que estão sendo vistas o tempo todo na internet. Esse monitoramento do comportamento é mais fácil na internet? Sim, é mais fácil. No mundo físico, para se saber se a mulher está grávida, ela precisa falar ou comprar alguma coisa, que pode ou não ser para ela. No ambiente virtual temos vários tipos de informações, o que ela pesquisou, com quem falou, o que ela curtiu no Facebook etc. As empresas querem conhecer o cliente para oferecer melhores serviços, mas como fica a invasão de privacidade? Esta é uma linha muito tênue. Você quer que as pessoas saibam de você, mas elas também ficam sabendo o que você não deseja que elas saibam. Acredito que a solução deste problema depende muito da postura do consumidor. No mundo virtual as pessoas podem decidir o que elas querem que seja visto, há ferramentas para isso.