Jornal do empreendedor
São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2012
ESPECIAL
Eliane Rosa Encarnação possui três lojas da grife de joias e acessórios Barbara Strauss.
As maiores e melhores empresas de franquias do País estão reunidas a partir de hoje no Expo Center Norte, onde ocorre a 21ª edição da ABF Franchising Expo. São mais de 470 expositores e a maioria está atrás de novos parceiros para ampliar suas redes.
Newton Santos/Hype
JOIAS DO FRANCHISING
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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Franchising: crescimento muito além do PIB. Enquanto o Produto Interno Bruto do País aumentou apenas 2,7% no ano passado, o faturamento do setor de franchising saltou quase 17% no mesmo período Marleine Cohen Paulo Pampolin/Hype
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o ano passado, o segmento de franquias cresceu 16,9% no Brasil e faturou R$ 88,85 bilhões, contra R$ 75,98 bilhões no período anterior, segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising). Responsável pela geração de mais de 837 mil empregos diretos, o setor representou 2,3% do PIB nacional. Mais: no final de 2011, 90 marcas brasileiras – isto é, 4,7% do total – já estavam operando em 58 países dos cinco continentes, enquanto a expectativa para os próximos anos é de que novas marcas estrangeiras afluam para o mercado nacional por conta da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o que sinaliza que este mercado continuará aquecido. O aumento do poder aquisitivo da população é outro fator de estímulo.
O franchising está surgindo como opção salvadora para uma indústria em declínio MARIA CRISTINA FRANCO, DA ABF
MAIS NÚMEROS Os dados compilados pela ABF têm como base as 2.031 marcas de franquias presentes no País, que reúnem 93.098 unidades em operação. Para 2012, a entidade estima que o ritmo de crescimento fique em torno de 15%. "A evolução do setor é sustentável e acompanha a economia do País, apesar de estar crescendo muito acima do PIB", explicou Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF. Para ele, a projeção de crescimento de 15% em 2012 pode até ser considerada conservadora, uma Fotos: Divulgação vez que está prevista a construção de 43 shopping centers ao longo do ano. Em 2011, 176 novas franquias surgiram no mercado – um aumento de 9,5%. Destas, muitas são marcas que o consumidor já conhece, mas foi somente no ano passado que elas decidiram adotar o modelo de franchising como forma No alto, franquia de O de expansão. Boticário, com mais de 3 É na região Sumil lojas. Acima, deste que se conCoteminas, detentora centra, segundo a das marcas MMartan, radiografia da Artex e Santista. ABF, o maior núm e r o d e e m p r esas: 70,5%. Ainda segundo o levantamento da ABF, o número de unidades (franqueadas e próprias) foi 7,8% maior que no ano anterior. Esta expansão resultou na abertura de 60,5 mil postos de trabalho. Estimativas para 2012 dão conta de que o setor será responsável pela geração de 913 mil empregos. De acordo com a pesquisa, o crescimento do número de unidades poderia ser ainda maior, não fosse o custo elevado dos imóveis (luvas e aluguéis) registrado em praticamente todo o território nacional. "No último ano, esse custo aumentou entre 2% e 4%, principalmente no primeiro semestre", explica Camargo, lembrando que as redes de franquia voltam todas as suas atenções para o ponto comercial, pois nem sempre é possível repassar o custo do aluguel para o preço do produto ou serviço oferecido.
Indústria a caminho Até o final deste ano, prevê a vice-presidente da ABF, Maria Cristina Franco, o franchising brasileiro deve superar a barreira dos R$ 100 bilhões em faturamento. Segundo ela, este aquecimento vai ficar por conta da crescente entrada em cena da indústria, que, espremida entre a competição com os importados, especialmente da Ásia, o aumento de impostos e os juros elevados, busca cada vez mais substituir o risco fabril pela participação no lucro mercantil, criando seus próprios canais de distribuição. A tendência é que grandes nomes da indústria constituam franquias para compensar a queda de faturamento da atividade industrial com uma maior margem de lucro gerada por uma rede de varejo própria, explica a executiva. "O franchising está surgindo como opção salvadora para uma indústria em declínio, cuja participação no PIB despencou verticalmente de 47%, pouco tempo atrás, para apenas 17%", observa. Assim, diante da ampla oferta de produtos importados que não encontram espaço nas economias mundiais enfraquecidas e vêm desaguar no mercado nacional, a formação de redes estruturadas de varejo funciona como uma blindagem contra o fogo cruzado da globalização. Entre os pesos pesados citam-se Hering, Coteminas, Portobello, Alpargatas, Marisol e Dudalina. Um dos maiores conglomerados operacionais de produtos têxteis de cama, mesa e banho do mundo, a Coteminas – dona da Springs Global Participações, detentora das marcas MMartan, Artex e Santista e hoje registrando faturamento de mais de R$ 2,5 bilhões – é exemplo de franchising vigoroso. Depois que a MMartan mostrou o caminho das pedras, em 2003, instituindo um sistema de franquias hoje constituído por cerca de 170 operações em 23 Estados, que geram faturamento superior a R$ 210 milhões, 30 novas lojas de produtos Artex foram abertas de uma só vez para dar início à franquia da bandeira. Outros setores da economia, como vestuário, acessórios pessoais, calçados e alimentação, devem puxar o cortejo.
De olho na base da pirâmide
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etade dos cartões de crédito em operação, metade dos alimentos e bebidas comercializados no País, responsável por movimentar R$ 1 trilhão na economia nacional em 2011: este é o poder de fogo da nova classe média brasileira, para o qual o sistema de franquias dirige suas atenções. Que o diga o Grupo Zaiom, um dos maiores grupos de microfranquias no Brasil e responsável pela formatação da Amigo Computador, que presta serviços de manutenção de computadores e redes em domicílio. Relançado em 2010 com foco nas classes
C, D e E, a rede acumula 22 unidades em operação e visa trazer para a formalidade o pequeno técnico em informática que quer abrir seu próprio negócio, mas não dispõe de recursos para investir. "Com apenas R$ 7.500,00, e nada mais, já é possível abrir uma franquia e começar a trabalhar, sendo que o retorno começa a aparecer em três meses e garante uma renda média de R$ 5 mil", informa Marco Imperador, sócio diretor da Zaiom. Para Romério Souza, diretor de expansão de franquias do Grupo Eurodata, rede especializada em
qualificação profissional, presente em 20 Estados e empregando mais de 2 mil pessoas, "para quem quer abrir uma franquia, e em especial no segmento de educação e treinamento, o momento é mágico". Explica-se: "Movimentando R$ 1 trilhão ao ano, as classes C e D estão carentes de capacitação, seja em informática, línguas estrangeiras, ou para prestar um concurso público", diz. Para tanto, o Grupo Eurodata formatou a Uniconcursos – cursos preparatórios para interessados em concurso público –, com a qual passa a oferecer mais de 1.500
cursos em 21 categorias diferentes. Apoiada em vídeoaulas dadas em escolas por cerca de 3 a 9 meses, a franquia tem, segundo Souza, um potencial fantástico: "Basta dizer que 20 milhões de pessoas estudam para um concurso público e apenas 5% delas se preparam em escolas". Foco nas classes C e D é o que também move uma das três franquias do Grupo Acerte, que atua no ramo de serviços de lavanderia, costura e customização de roupas. Formatada para atender o público com menos fôlego financeiro, a Prima Clean está em plena expansão nas localidades
onde opera, com até 50 mil habitantes, e conta com o que existe de mais moderno em tecnologia, uma vez que seus equipamentos foram concebidos para promover a racionalização do uso da água. Diferentemente das concorrentes, "representa uma marca jovem, que oferece serviços mais básicos, com foco nas roupas do dia a dia", explica o gerente de Expansão do Grupo Acerte, José Ventura. "Os preços são extremamente atrativos e calculados por cestos de roupas, que acondicionam, em média, 21 itens, e não por peça lavada. E o cliente pode, inclusive, optar pelo
autosserviço, ou seja, ele mesmo pode operar as máquinas de lavar e secar, como acontece nos Estados Unidos", completa. O investimento mínimo para abrir uma unidade é de R$ 110 mil, além da adequação do imóvel. O negócio tem baixo custo operacional, boa rentabilidade e retorno rápido do investimento, garante Ventura. Além de consultoria técnica e operacional, o franqueado conta com consultoria na elaboração do seu plano de negócios, software de gerenciamento, Central de Compras e assessoria de marketing e de imprensa. (M.C.)
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A maior feira de franquias do mundo A ABF Franchising Expo espera receber 50 mil visitantes e propiciar R$ 400 milhões em negócios Zé Carlos Barretta/Hype
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ntre hoje e 16 de junho, a maior feira de negócios em franquias do País – a 21ª edição da ABF Franchising Expo – abre suas portas ao público no Expo Center Norte, em São Paulo. Promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e organizada pela BTS Informa, o evento reúne mais de 470 expositores numa área de 31 mil metros quadrados, e espera receber 50 mil visitantes e movimentar R$ 400 milhões em negócios. Segundo a ABF, esses números credenciam o evento como a maior feira do setor de franchising do mundo.
O evento deve alavancar ainda mais os bons negócios do setor, que já vive um excelente momento, com faturamento próximo a R$ 89 bilhões em 2011
EXPOSITORES Considerado "um dos motores da expansão do franchising no Brasil, pois é quando se consolidam as marcas e aumenta a adesão de novos investidores", nas palavras de Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, o evento deve alavancar ainda mais os bons negócios do setor, que já vive um excelente momento, com faturamento próximo a R$ 89 bilhões em 2011. Reunindo expositores tradicionalmente presentes na feira – como Vivenda do Camarão, Casa do Pão de Queijo, Fisk, Bob´s, CCAA, Giraffas, Rei do Mate, 5 à Sec, Cacau Show, Habib' s, Spoleto, entre outras –, a ABF Franchising Expo também conta, este ano, com 71 empresas estreantes: Belle Bijou, Imaginarium, Bibi Calçados, Ecojardim, Mr Kids, Seu Professor, Spa das Sobrancelhas, Ticket.com e Sushiloko, entre outras. A proposta consiste em apresentar alternativas de negócios em diversos segmentos da economia, para que os interessados possam escolher em que área investir. Um dos nichos mais promissores, e que deverá atrair a atenção dos empreendedores com baixo capital e interesse em abrir o próprio negócio, são as microfranquias, com investimento até R$ 50 mil. Neste segmento, entre as opções de marca presentes estão as franquias Dr. Resolve, Emagrecentro, Espetinhos Mimi, Almeida Viagens, Praquemarido, Guia-se e Prepara Cursos, entre outras.
Patrícia Cruz/Luz
A ABF Franchising Expo é um dos motores da expansão do franchising no Brasil
NOVAS FRONTEIRAS
RICARDO CAMARGO, DA ABF
Preocupada com o intercâmbio e a troca de experiências, a ABF Franchising Expo convidou marcas internacio-
nais, como a AWEX, da Bélgica, e a russa Buybrand, e contará ainda com a presença de entidades estrangeiras. Entre elas, citam-se a Câmara Uruguaya de Franquicias, a Asociación Española de Franquicias, a Asociación Argentina de Marcas y Franquicias, a Associação Portuguesa de Franquias, o International Council of Shopping Centers, uma entidade internacional; o Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau, China; a MAPIC, francesa, e a Ubifrance; a Cámara Peruana de Franquicias e a Asociación Mexicana de Franquicias. Em comum, todas elas têm o interesse de conhecer o mercado nacional para expandir seus negócios, bem como selar parcerias com as redes brasileiras para que elas atuem no mercado exterior. Atualmente, segundo a ABF, contam-se 90 redes brasileiras trabalhando em 58 países e 106 redes internacionais em atividade no País. Outras marcas participam da feira através de consultorias – a Cia. de Franchising, a Franchise Store, a Global Franchise, o Grupo Bittencourt, a Francap, a Franchise Emporium e a Netplan –, o que garante um maior número de alternativas de negócios.
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Casa do Pão de Queijo (CPQ) vai mostrar na ABF Franchising Expo o seu modelo de co-branding, uma forma onde a franqueadora oferece um sistema unificado para as marcas de seu portfólio. "Ele facilita o processo de gestão de quem está à frente do estabelecimento, além de garantir maior rentabilidade por metro quadrado, já que são duas operações em um único espaço", afirma Alberto Carneiro Neto, presidente da CPQ Brasil, uma das empresas que oferece o método. Os ganhos com um cobranding da Casa do Pão de Queijo e O melhor Bolo de Chocolate do Mundo,
Paulo Pampolin/Hype
Modelo aumenta rentabilidade
A Casa do Pão de Queijo apresenta modelo de co-branding marcas da CPQ Brasil, vão além do pedido, já que "todo o relacionamento é realizado por um único atendente. O departamento de expansão, que cuida dos processos de
desenvolvimento dos novos pontos de venda, como implantações e abertura da franquia, funcionam para ambas as marcas", explica o executivo. "Quando há uma sinergia entre as
franquias e modelo de negócio é complementar sem rivalidade entre as marcas, como no nosso caso, os benefícios resultam em receita", garante. É o caso da franqueada Regina Soares, que possui quatro unidades da Casa do Pão de Queijo no Rio de Janeiro. Ela foi a primeira a optar pelo co-branding, adicionando a franquia O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo à unidade do Shopping Tijuca. "Agreguei faturamento a um negócio que já existia. O CNPJ é o mesmo e, com isso, as despesas com a nova marca foram menores do que se tivesse que abrir uma nova empresa", relata.
BOAS PRÁTICAS Além do leque de franquias diversas, a ABF Franchising Expo colocará à disposição do público, este ano, uma grade de cursos rápidos ministrados por especialistas. A iniciativa tem como objetivo permitir que os interessados aprofundem seus conhecim e n t o s s o b r e o f u n c i o n amento do sistema de franchising. "Cuidados ao montar sua empresa", "Como escolher um ponto comercial", "Aspectos Jurídicos do Franchising", "Passos para comprar sua franquia e Sustentabilidade", "Como avaliar o seu perfil empreendedor" e "Avaliando a franquia dos seus sonhos" são algumas das temáticas propostas. A 21ª edição da feira ainda traz como novidade uma maior preocupação com os princípios de sustentabilidade. Para tanto, seus organizadores desenvolveram ações privilegiando a utilização de carpete de fibras originadas da reciclagem de garrafas PET, a doação dos materiais recicláveis para uma cooperativa de catadores de lixo e a gestão dos resíduos sólidos em todas as áreas de exposição. A compensação do CO2 emitido durante a realização do evento é outra iniciativa prevista pela Associação Franquia Sustentável (AFRAS), braço social da ABF e organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo fomentar as práticas de responsabilidade social e sustentabilidade entre as empresas que fazem parte do sistema de franquias (franqueadores, franqueados e fornecedores). PREMIAÇÃO Paralelamente, desde o ano passado, os organizadores da ABF Franchising Expo promovem o Prêmio Estande Sustentável, oferecido, depois de avaliação de audito-
Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Edição Carlos Ossamu Reportagem Marleine Cohen
res credenciados, aos expositores que observam boas práticas socioambientais ao montar seus estandes, fazendo uso reduzido de água e energia elétrica, contemplando critérios de acessibilidade e responsabilidade social e promovendo o manejo de resíduos. Ainda no que diz respeito à montagem do estandes, este ano, os expositores poderão concorrer ainda ao Prêmio ABF-RDI Design de Estande, outorgado às instalações que melhor representam a imagem das marcas. O objetivo é estimular o design como ferramenta estratégica na criação dos estandes da ABF Franchising Expo. Dividido em quatro categorias de acordo com o tamanho dos estandes, o comitê de auditores indicado pelo Retail Design Institute (RDI) avaliará, entre outros temas, a originalidade, a aplicação de tecnologia e equipamentos e a comunicação visual e sinalização/gráficos. (M.C.)
S ERVIÇO 21ª ABF Franchising Expo Expo Center Norte Pavilhões Azul e Branco. R. José Bernardo Pinto, 333; Vila Guilherme São Paulo - SP De 13 a 16 de junho, das 13h às 21h; sábado, das 12h às 18h Ingressos custam R$ 50,00 www.abfexpo.com.br
Diagramação Lino Fernandes Arte Paulo Zilberman Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br
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Para quem sonha trabalhar em casa
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As microfranquias home based são uma boa oportunidade para aqueles que desejam abrir um negócio ou ter uma renda extra
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ados levantados pela Associação Brasileira de Franchising dão conta de que as microfranquias cresceram 15% em todo o País no ano passado, somando 336 marcas. Para 2012, a expectativa é ainda maior: aumento de 20%. O formato, que se caracteriza sobretudo pela possibilidade de gerar uma boa fonte de renda mediante um baixo investimento, emprega, ainda segundo a ABF, cerca de 36 mil pessoas e representa 5% do faturamento do franchising nacional. Opção para quem não tem fôlego financeiro para aplicar, a microfranquia movimenta, no entanto, um bom volume de recursos: faturou R$ 3,9 bilhões em 2011, de acordo com a ABF, e para este ano as perspectivas são ainda melhores. Com investimentos acessíveis – máximo de R$ 50 mil – e modelos de gestão simplificados, muitas têm a vantagem de ser home based (se trabalha em casa) e, portanto, de prescindir de ponto comercial, gerando uma economia significativa no bolso do empreendedor, que deixa de arcar com aluguel e condomínio.
EcoJardim: baixo investimento.
tem a pretensão de se tornar "referência em jardinagem" na sua região.
SXC
RENDA EXTRA
PORTFÓLIO Em função das facilidades oferecidas, elas conseguem proporcionar às classes C e D a oportunidade de abrir um negócio próprio. "As microfranquias vão de encontro à inclusão social, já que, com um investimento baixo, possibilitam a entrada de mais brasileiros neste ramo de negócios", analisa Artur Hipólito, diretor do Grupo Zaiom, um dos líderes no segmento de microfranquias no Brasil. Em seu portfólio, a Zaiom reúne marcas para os mais distintos perfis de empreendedores: a Home Angels oferece serviços para idosos com limitações físicas ou que necessitam de companhia, pacientes em recuperação cirúrgica, vítimas de acidentes, gestantes e portadores de Alzheimer ou Parkinson. A Doutor Faz Tudo, por sua vez, tem como objetivo suprir as necessidades do cliente em matéria de serviços elétricos, hidráulicos, de alvenaria
e revestimento, pintura e telhado. A Home Depil - Fotodepilação desloca o franqueado até a residência do cliente, onde, munido de um equipamento portátil de Luz Pulsada Intensa (IPL), ele dá atendimento personalizado a homens e mulheres. A Tutores, por sua vez, conta com profissionais especializados que trabalham na casa do aluno ou em sala comercial, usando como referência seu próprio material didático. Outras bandeiras como a EcoJardim, especializada em tratamento e nutrição de jardins, e a Seguralta Bolsa de Seguros, voltada para a corretagem de seguros, são exemplos de microfranquias com investimento inicial em torno de R$ 15 mil. "Está cada vez mais fácil deixar de ser empregado para ocupar um
cargo de gestor", argumenta o presidente da EcoJardim, Vâner Silva. "O empreendedor investe pouco e ainda tem a chance de lucrar entre 20% e 30% sobre o faturamento", afirma. JARDINAGEM Localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a franquia da EcoJardim de Elaine Martins cresce a olhos vistos, apesar de estar em atividade há menos de um ano. "Além da vantagem de me permitir trabalhar em casa, apenas com um computador, um celular e um número de telefone fixo, a rede me oferece capacitação e treinamento contínuo online, bem como produtos orgânicos exclusivos para a manutenção e recuperação de plantas
Paulo Pampolin/hype
Marcelo Silva e a esposa Elaine, franqueados da Doutor Faz Tudo.
doentes, o que sem dúvida representa um diferencial em relação aos métodos usados por profissionais autônomos", explica a empreendedora de 42 anos, que hoje atende de quatro a cinco clientes por semana – jardins residenciais, na maioria – e
Para Ednei de Oliveira, franqueado da Seguralta estabelecido em Guarulhos, São Paulo, o trabalho de corretor de seguros franqueado home based lhe permitiu "uma segunda fonte de renda nas horas vagas". Funcionário de uma empresa contábil em tempo integral, ele explica que tem intenção de lidar só com seguros daqui a dois ou três anos: "Eu trabalho em casa. Até mesmo o treinamento semanal é online. Além disso, a franquia dá todas as ferramentas necessárias e tem uma equipe por trás do negócio, que faz as cotações. Eu cuido apenas da intermediação com o cliente", relata Oliveira, calculando atender por semana, em média, dez pessoas e fechar pelo menos um contrato. Outro formato home based que demanda uma infraestrutura de trabalho enxuta é o Ótima Oferta, sistema de franquias apoiado em compras coletivas online. "O franqueado paga R$ 4 mil de taxa de adesão para liberação do
sistema em sua região e ainda recebe um notebook para trabalhar", explica Robson Tavarone, sócio e diretor comercial do site. Para Humberto Nagata, franqueado da rede em Campinas, o Ótima Oferta proporciona de fato uma série de vantagens, como baixo custo fixo e flexibilidade de tempo de trabalho. "Mas quem opta por este formato deve ter consciência de que não se trata apenas de uma mudança de escritório, mas, sim, de um estilo de vida novo", ressalta. Pois trabalhar em casa requer disciplina e organização, uma vez que a possibilidade de se distrair com afazeres ou preocupações domésticas é grande, o que interfere na produtividade e no rendimento do trabalho. O sistema de franquia funciona da seguinte forma: a empresa franqueada fica responsável por toda a parte de divulgação, marketing e contato de parcerias. Já a franqueadora Ótima Oferta faz a parte do fluxograma financeiro e de compras. Em cima dos contratos acordados com o estabelecimento, a franqueada recebe 30% ou até mais, dependendo da negociação realizada, e repassa 10% de royalties ao Ótima Oferta. (M.C.)
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Um caminho seguro para empreender Para Ricardo Bomeny, presidente da ABF, o franchising é a melhor opção para quem quer iniciar a vida de empreendedor Zé Carlos Barretta/Hype
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franchising ainda tem espaço para crescer no Brasil e no mundo? E quais as principais reivindicações do sistema de franquias nacional ao governo? Como entender a migração de marcas brasileiras para o mercado exterior e, na contramão, a entrada de marcas estrangeiras no País: fuga de capitais? Acirramento da competitividade? Com respeitáveis números do setor na manga, o presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF) – criada em 1987 e hoje com mais de mil associados –, Ricardo Bomeny, comemora a saúde do franchising verde-amarelo e aponta um longo percurso pela frente. Cheio de trunfos. Diário do Comércio - O franchising ainda tem espaço para crescer no Brasil e no mundo? Por que ele tem este espaço? Seria uma forma de coletivizar riscos e investimentos num mundo em crise? Ricardo Bomeny - No Brasil o franchising responde por 2,3% do Produto Interno Bruto. Já nos Estados Unidos, esse percentual é de 13,8%. Isso mostra que o franchising ainda tem muito espaço para crescer no Brasil. Além de acompanhar o crescimento da economia, e em especial do consumo interno, o franchising ainda está sendo impulsionado em função dos eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos e também pelas aberturas de novos shopping centers. De acordo com a ABRASCE, serão mais de 80 eventos nos próximos anos. Estas consolidações são movimentos naturais do mercado e devem continuar. Outra tendência muito forte é a criação de novas marcas para as mesmas redes; ou seja, o franqueador que já possui uma rede estável tende a criar um novo negócio, uma nova marca, para oferecer oportunidade de crescimento aos seus franqueados dentro da própria rede. O que acontece é que o franqueado também quer crescer e, na maioria das vezes, ele fica sem opção na mesma rede. Nos próximos cinco anos, teremos o ingresso de um volume maior de marcas internacionais, que estão buscando mercados em crescimento e, neste cenário, o Brasil passou a ser interessante. O franchising é o melhor caminho para quem quer iniciar a vida de empreendedor. Certamente uma de suas vantagens é crescer rápido e com o investimento compartilhado. Quais os setores que mais devem avançar no sistema de franchising no Brasil daqui para frente? No Brasil, o setor de turismo
Goleada de oportunidades
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Nos próximos cinco anos, teremos o ingresso de um volume maior de marcas internacionais. RICARDO BOMENY, PRESIDENTE DA ABF
Newton Santos/Hype
foi o que mais cresceu no ano passado. Mas ainda há muito espaço nesse segmento para crescimento. Os setores de alimentação, vestuário e cosmético continuam crescendo de forma significativa. O setor de serviços deve apresentar crescimento mais evidente também nos próximos anos. Com as mulheres cada vez mais presentes no mercado de trabalho, abre-se espaço para os serviços domésticos, como cuidadores de idosos ou de animais; de limpeza, lavanderia e delivery. O que a ABF e o franchising de modo geral podem esperar (ou pedir) de entidades como o Sebrae, por exemplo? O Sebrae é um grande parceiro do sistema de franchising. O sistema Sebrae nos ajuda a disseminar a prática do franchising, ao mesmo tempo que orienta e capacita o pequeno empreendedor. E na esfera governamental, quais as principais reivindicações? Temos uma vasta agenda de trabalho com o governo e, ao lado de outras entidades representativas do setor de varejo, serviços e da micro e pequena empresa de modo geral, a ABF tem dialogado incansavelmente com as autori-
dades federais. Muitas das nossas reivindicações se equiparam às do pequeno e médio empresário, de forma geral. Recentemente, o setor comemorou uma conquista importante: o aumento da faixa do Super Simples, uma briga antiga da associação. Com o aumento da faixa do faturamento das empresas optantes pelo sistema, o setor de franquias foi bastante beneficiado. Também temos que comemorar a desoneração da folha de pagamento, que num primeiro momento ajudou bastante a indústria e as empresas que exportam, mas também o setor produtivo como um todo. Essas duas medidas incentivam a formalidade, a criação de empregos e a produção e por isso devem ser bem recebidas pela sociedade. Outra vitória importante e recente foi a redução dos juros ao consumidor. Essa medida aumenta a capacidade de compras do consumidor e também ajuda muito os novos investimentos em franquia. Quando reunimos estes três movimentos, mesmo não sendo eles ideias novas propriamente, percebemos que são capazes de produzir um efeito muito positivo no nosso setor e nos dar ânimo suficiente para continuarmos investindo e almejando cada vez mais es-
paço na economia e no mercado global. Como a ABF entende a migração de marcas brasileiras para o mercado exterior e a entrada de marcas estrangeiras no País? O Brasil ainda é um país muito difícil para fazer negócios. A burocracia, a tributação, o chamado 'Custo Brasil' representam, sem dúvida, fatores que inibem a vinda de mais marcas estrangeiras ao País. Também há a necessidade de adequação de produtos e serviços para a cultura local, o que ocorre também quando uma marca brasileira opera no exterior. Porém, com a crise financeira na Europa e nos EUA, a tendência é de que o Brasil atraia mais investimentos nos próximos anos. Hoje, 94,7 % do mercado de franquias nacional é composto por empresas genuinamente brasileiras. Apenas 107 marcas internacionais operam no País. Das nacionais, 91 redes já têm operação internacional em 58 paises. Acredito que há mercado nas duas direções. A criação de marcas globais é uma tendência. As franquias têm colaborado com o Brasil neste objetivo e no de exportar produtos e serviços de valor agregado, e não apenas matéria prima. (M.C.)
Barretto: o Mundial é uma chance de aumentar a competitividade das PME.
m levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas por encomenda do Sebrae mapeou 456 oportunidades de negócios que serão geradas em São Paulo pela Copa do Mundo de 2014 (antes, durante e depois dos jogos) no segmento PME (pequenas e médias empresas). Com isso, estima-se que, ao todo, cerca de 300 mil micro e pequenas empresas paulistas, de todos os setores, têm boas perspectivas de crescimento econômico em função do Mundial. O setor de comércio concentra 51% delas; o de serviços, 30%; e o de indústria, 19%. As atividades com melhores chances estão ligadas a sete nichos: têxtil e vestuário, turismo e produção associada ao turismo, serviços, TI, agronegócios, madeira e móveis. Em todo o País, o estudo apontou 930 oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas, nas 12 cidades-sede da Copa. "O Mundial é uma chance de aumentar a competitividade das PME brasileiras. Assim, ao identificarmos as oportunidades que serão geradas e os requisitos necessários, estaremos preparando as empresas para se desenvolverem antes, durante e, principalmente, após o evento", definiu o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Uma das atividades que mais dividendos deve gerar durante a Copa de 2014 é a qualificação profissional e tecnológica – e em especial, os cursos de idiomas dirigidos a pequenos prestadores de serviços. Segundo Romério Souza, diretor de expansão de franquias do Grupo Eurodata, "existe um enorme contingente de 20 mil a 30 mil pessoas aguardando uma oportunidade de aprender o inglês. São taxistas, garçons, atendentes de hotel e frentistas de postos de gasolina que vão precisar falar a língua para atender os turistas e lidar com eles durante suas estadias no País". De olho nesta demanda, o Grupo Eurodata – rede que conta, atualmente, com mais de 126 de franquias em operação – formatou o novo modelo de franchising Extreme, uma novidade no ensino de inglês totalmente interativa, que será apresentada durante a ABF Franchising Expo por meio de laboratório com aulas demonstrativas. "O aluno é apresentado a todo o vocabulário pertinente à sua profissão, seja ele taxista ou garçom, e aprende a se expressar em inglês e manter uma conversação", diz Souza. (M.C.)
Muitas opções em investimentos Zé Carlos Barretta/Hype
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Paulo César Mauro: a Global Franchising apresentará 36 marcas de franquias.
Global Franchise Consulting, empresa especializada em franquias e desenvolvimento de canais de distribuição de produtos e serviços, levará 36 marcas de franquias de diversos segmentos para a ABF Franchising Expo 2012. Serão 30 franquias estrangeiras e seis nacionais, entre beleza, alimentação, varejo, saúde, serviços, moda e publicidade. Durante a feira, investidores poderão conhecer melhor o conceito e plano de negócios de grandes nomes de sucesso internacional, como Sbarro, Arabica Café e Winger’s, marcas tradicionais do segmento de alimentação; Armazém, que oferece roupas e acessórios
exclusivos para o público feminino, Misako, rede espanhola de acessórios femininos; e Tutor Doctor (rede de ensino especializada em aulas de reforço particular) que acaba de chegar ao País. De acordo com o presidente da Global Franchise, Paulo César Mauro, a redução das taxas de juros e o grande investimento que tem sido feito em shoppings centers em todo o País são alguns dos fatores de estímulo para o mercado de franquias. “Quem tem dinheiro para investir busca opções rentáveis, pois as aplicações de renda fixa estão pouco atrativas, enquanto as bolsas continuam instáveis. Investir em uma franquia é, sem dúvida, uma excelente
opção. Na outra ponta, quem sonha se tornar empreendedor e não tem recursos próprios suficientes encontra hoje ótimas ofertas de crédito com os menores juros da história”, comenta o executivo. A Global Franchise apresentará oportunidades para dois tipos de investidores: o master, que além de implantar as primeiras operações tem o direito de franquear a marca nacionalmente ou regionalmente; e o empreendedor, que pretende adquirir e operar uma ou mais franquias, mas sem direito a ser também franqueador. A expectativa financeira da Global para os três dias de feira é movimentar pelo menos R$ 1,5 milhão.
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Newton Santos/Hype
Mulheres faturam mais no comando das empresas
Minhas gerentes sabem que eu vou estar na loja, e isto é um grande diferencial em relação aos homens
Segundo pesquisa da Rizzo Franchise, elas são mais dedicadas e estão presentes no dia a dia do negócio
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o decidir entrar no mercado de trabalho, as mulheres consideram a possibilidade de abrir uma franchising? Tudo indica que sim. Um recente estudo realizado pela consultoria Rizzo Franchise dá conta de que a participação feminina no comando de operações franqueadas está crescendo em todo o País: em 2010, elas conduziam 47% dos negócios e em 2011 este percentual subiu para 48%. Se os homens ainda são maioria, com 52% dos negócios, em unidades comandadas por profissionais do sexo feminino, o número de gestões bem-sucedidas é maior. De acordo com a pesquisa da Rizzo, o faturamento delas é 34% maior e a rentabilidade, 26% superior. Entre as razões apontadas pelos franqueadores está o fato de que as donas de franquias estão mais presentes no dia a dia do trabalho, "enquanto os homens se ausentam e delegam funções", diz o levantamento, indicando que as mulheres
ELIANE ROSA ENCARNAÇÃO
atuam preferencialmente em franquias do setor de Saúde e Beleza, e, em seguida, no de Acessórios e Alimentação. PRESENÇA A franqueada Eliane Rosa Encarnação, de 25 anos, muito se orgulha da parceria que conseguiu consolidar com seus funcionários. Em dois anos, ela abriu três pontos da rede de joalheria e acessórios Barbara Strauss e conseguiu montar boas equipes de trabalho: "Entre 2010 e 2011, inaugurei três revendas de joias contemporâneas em shoppings, inicialmente no Shopping Paulista e logo em seguida no Pátio Higienópolis e no Shopping Morumbi". Semanalmente, ela se desdobra para estar presente em todas elas, em sistema de rodízio: "Eu cuido da parte administrativa, mas também lido diretamente com o público. Acima de tudo, minhas gerentes sabem que eu vou estar na loja, e isto é um grande diferencial em relação aos ho-
mens, que preferem manter foco nos resultados e cultivam relações mais frias", sustenta a jovem empresária. "Minhas vendedoras e gerentes são todas mulheres. Se uma delas tiver algum problema pessoal ou familiar, se estiver carente por qualquer motivo, ou preocupada, ela sabe que pode contar comigo. Eu vou ouvi-la e tentar incentivá-la nos momentos ruins", explica Eliane. Segundo a empreendedora, as mulheres estão sempre mais atentas à qualidade das relações, dos produtos e serviços. "Nós somos mais detalhistas que os homens. Preferimos tratar diretamente com as pessoas, sejam elas clien-
tes ou empregados." Para envolver suas equipes de trabalho, Eliane relata que costuma promover reuniões e recorrer, sempre que necessário, à competição entre elas: "Realizamos disputas entre as lojas e damos prêmios àquelas que mais faturam", explica. Ela também nunca esquece de oferecer pequenos mimos às vendedoras que se destacam: "Uma palavra de agradecimento, de estímulo, um e-mail para parabenizar.... são armas valiosas para aproximar o dono do negócio de seus funcionários", ensina. "Mais que tudo, a vontade de estar perto, de colaborar e de trabalhar em
equipe, é o que faz o negócio prosperar entre mulheres", completa a jovem, lançando mão de provérbio tão antigo quanto a primeira moeda de troca: "É o olho do dono que engorda o gado". CASES DE SUCESSO A norte-americana Nina Lahaliyed é outro exemplo de franqueadora bem-sucedidas. No Brasil há 14 anos, esta empresária de 42 anos, nascida em Chicago (EUA), trouxe nas bagagens as tradicionais receitas de brownie de sua infância e logo despertou o interesse – e o paladar – de todos à sua volta: "Eu tinha saudades
da culinária da minha família. Comecei a fazer brownies em casa, e também para presentear os amigos", lembra. Logo, a ideia amadureceu e ela abriu sua primeira 'browneria' em 2008, em Campinas (SP). O negócio prosperou. Em breve, o que se restringia a resgatar lembranças do passado ganhou corpo e se tornou uma rede de franquias, hoje somando quatro lojas – uma pioneira em São Paulo, no shopping Market Place, recém-inaugurada, e outras três em andamento. Além do sistema de lojas e franquias, a rede Brou´ne atua também como fornecedora de brownies para eventos, casamentos e datas especiais, através de "gifts" presenteáveis. "Temos apple pies, cookies sortidos, muffins e uma infinidade de outras gostosuras americanas", enumera Nina, que não se cansa de inovar e enriquecer seu cardápio com produtos da linha light e ingredientes integrais. Também atuando no ramo de alimentação, Adriana da Matta possui duas lojas e três quiosques da Empada Brasil, em São Paulo, há sete anos. "Nós mulheres somos mais cuidadosas com os negócios, o que reflete no sucesso das empresas", afirma. "A mulher consegue, com jeitinho, tirar o melhor de seus funcionários", complementa. Criada em 1999 por uma família mineira, a rede de empadarias está em constante expansão. Outro exemplo de profissional que trocou o emprego por um negócio próprio é o de Silvia Camilo. Ela deixou o cargo de executiva de contas em uma multinacional de vendas e montou sua franquia da Seguralta, uma rede de franquias do setor de seguros no Brasil. "Escolhi a franquia porque nunca ficamos sozinhos no negócio. A marca dá todo o suporte", diz a franqueada, que escolheu a área de seguros por ser uma das que mais crescem no País. (M.C.)
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Com muita fome de crescer Alimentação é um dos setores mais representativos do franchising no Brasil e várias novidades serão apresentadas na ABF Expo Divulgação
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setor que mais vai anunciar lançamentos na feira é o de Alimentação. Com lugar cativo no ranking dos que vêm prosperando de forma contínua – em 2011, ele cresceu 14,5%, segundo a ABF –, o mercado de alimentos recebeu o reforço de 54 novas marcas somente no ano passado. Além disso, ainda de acordo com a entidade, em 2011 respondeu por 20% do crescimento do franchising no Brasil. Para incentivar as negociações deste ano, adianta Ricardo Camargo, diretor executivo da entidade, "algumas empresas apresentarão quatro, cinco, até seis marcas novas durante o evento", revela. Jae Ho Lee, empresário à frente do Grupo Ornatus, que já comercializa as marcas Morana e Balonè, de bijuterias e acessórios, e a bandeira JinJin, de refeições rápidas inspiradas na gastronomia asiática, investiu R$ 4,5 milhões para aumentar seu portfólio. São três novas marcas no setor de alimentação – o fast food JinJin Sushi, de pratos japoneses; os restaurantes Little Tokyo, formatados para funcionar em áreas adjacentes das praças de alimentação, em shoppings; e a rede de lanches saudáveis MySandwich, uma parceria com o banco de investimento português Explorer.
De acordo com um levantamento realizado pela ABF, o setor de alimentos recebeu o reforço de 54 novas marcas somente no ano passado, respondendo por 20% do crescimento do franchising no Brasil.
NOVOS MODELOS Na mesma área de Alimentação, o Habib's anunciou esforços para alavancar negócios para o seu Box 30, durante a feira. Este modelo de franquia, mais compacto se comparado aos restaurantes convencionais da rede, foi formatado com o objetivo de vender salgadinhos e massas em espaços de até 70 metros quadrados. Lançada no final de 2010, a operação passou por testes em lojas instaladas na capital e em Santos. Agora que está pronta para ser massificada, a intenção do staff do Habib´s é abrir oito lojas até o final do ano e chegar a mil unidades em cinco anos. A Salad, rede de alimentação saudável especializada em saladas, vai apresentar na ABF Franchising Expo 2012 o novo modelo de negócio que está adotando com o objetivo de criar nichos alternativos para aumentar o seu público e tornar a Salad um empreendimento ainda mais rentável aos seus franqueados. "A rede está saindo estrategicamente das praças de alimentação dos Shopping Centers com o foco em criar nichos próprios de acordo com o perfil e conceito da Salad como, por exemplo, em centros comerciais, lojas de rua e faculdades", diz Cecília Gonçalves, gerente de Expansão da Salad Creations. A marca acaba de inaugurar sua primeira loja de rua, no bairro Santana, em São Paulo. Com 105 metros quadrados e lotação máxima para 54 lugares, a nova loja tem dois andares com grande espaço para o conforto dos clientes. "Começamos a implantação deste novo modelo com a abertura da loja de Santana para abranger também o público de bairro. Nesse caso, os moradores de Santana poderão compartilhar refeições em família com mais tempo e tranquilidade. A Salad é uma ótima opção para encontros familiares e de amigos, pois há pratos e ingredientes que agradam a todos os gostos", comenta Cecília. A nova unidade, administrada pelos empresários Carlo e Cinara Redigolo, contou com
investimento de cerca de R$ 300 mil e apresenta a mesma identidade visual da rede, além de oferecer aos clientes o novo cardápio de inverno. A estimativa de faturamento da loja é de R$ 80 mil por mês. DE OLHO NO NORDESTE Outra rede do segmento de alimentação saudável – e que recebeu o 'Selo de Excelência em Franchising' neste ano, a Seletti, tem planos de crescer 50% em número de lojas em 2012, em comparação aos 65% registrados no período anterior. Até 2020, sua meta é chegar a 150 lojas e ingressar nas principais regiões do Brasil, além de investir em novos modelos de negócios e produtos. Atualmente, encontramse franquias da bandeira em praticamente todos os princi-
pais shoppings centers das grandes capitais do País. Durante a feira, a rede de franquias tem expectativa de fechar pelo menos cinco novos negócios com investidores provenientes de diversas regiões do Brasil, mais especificamente do Sudeste, CentroOeste e Nordeste. De acordo com Luís Felipe Campos, diretor da rede, o planejamento de negócios para este ano prevê a abertura de novas unidades nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, sendo esta última o grande alvo da franquia. "Vamos estrear a bandeira saudável em grandes empreendimentos do Nordeste. A cidade de Salvador, na Bahia, deve ser contemplada com a primeira unidade. Em seguida, vem Fortaleza, no Ceará, onde as nego-
ciações estão avançadas", revela Campos. Para 2013, o plano de crescimento da rede Seletti inclui as regiões Sul e Norte do País. INVESTIMENTO Para ampliar a sua rede, Campos também aposta no crescimento da região Nordeste, e em especial no do mercado de Fortaleza e Salvador, especificamente, onde é fácil trabalhar a associação entre os conceitos de alimentação saudável, clima tropical e prática de esportes. Nestas regiões, registra-se significativo crescimento dos empreendimentos locais no segmento de alimentação. "Tivemos muita procura de investidores das duas cidades com interesse em atuar como parceiros locais da marca e de-
senvolver o mercado conosco", adiantou o executivo. "Em Fortaleza, por exemplo, não há nenhuma rede do nosso segmento." A rede Seletti fechou o último ano com 30 unidades ao todo, entre abertas e contratadas; vendeu cerca de 700 mil pratos e mais de 400 mil sucos. Para abrir uma franquia da rede, o investimento inicial é de cerca de R$ 400 mil, sem o ponto comercial, até o momento restrito a shoppings, e a taxa de franquia é de R$ 45 mil. O faturamento mensal bruto médio, no entanto, também é relativamente alto, R$ 100 mil, e o lucro líquido mensal se situa na faixa de R$ 12 mil a 15 mil. Para 2013, a rede anunciou que deve ingressar no segmento de lojas de rua. O Grupo Trigo, detentor das redes de alimentação Spole-
Uma sacada de mestre
V
ai longe o ano de 1951, quando o lendário esportista de origem norte-americana Robert Falkenburg – duplamente campeão em Wimbledon, em 1947 e em 1948, e mais conhecido pelo apelido de Bob – adquiriu o maquinário e a fórmula de sucesso dos sorvetes de baunilha Foster Freeze, vendidos em Los Angeles, e montou sua primeira sorveteria em Copacabana, no Rio de Janeiro. Pouco depois, sempre visionário, o proprietário do Bob´s apresentaria à elite carioca o sundae, o milkshake, o hot dog e o hambúrguer, atraindo para a meca do fast food recémdesembarcado no Brasil celebridades, intelectuais, artistas e gente bonita em geral. Não demorou muito e Falkenburg inaugurou uma
segunda loja em Ipanema, em 1956. Em seguida, outros Bob´s surgiram: no Largo do Machado, na Tijuca, no Castelo... O novo formato de restaurante deu tão certo que, duas décadas depois, o esportista voltaria para Los Angeles para se aposentar, depois de transferir o controle acionário da rede – com seus 13 restaurantes – para a Libby do Brasil, por 7 milhões de dólares. Passado tanto tempo, o pioneiro do sistema de franquias no Brasil continua colhendo os frutos da sua iniciativa: estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF) calcula existirem no país 41 cadeias de alimentação rápida apenas no setor de franquias. Juntas, elas somam 5,3 mil lojas e faturam mais de R$ 15 bilhões. Tamanho sucesso se mede pela voracidade do
brasileiro quando o assunto é hambúrguer: oito em cada dez pessoas se alimentam em algum fast food pelo menos uma vez por mês. Somente pela rede
do Bob´s, onde se comercializam cerca de 180 milhões de produtos ao ano, circulam mais de 10 milhões de pessoas por mês. (M.C.)
to, Domino's Pizza e Koni Store, ampliou o leque de modelos de lojas para atrair franqueados que queiram tornarse empresários multimarcas. Nordeste, Norte e cidades do interior são alvo da nova estratégia, que vai oferecer, durante a ABF Franchising Expo 2012, condições especiais para os interessados. "Buscamos franqueados empreendedores, que possam continuar traduzindo o espírito profissional do Grupo Trigo e compartilhem nossos valores. Já temos bons parceiros com esse perfil e diante dos resultados observados estamos certos de que esse é o verdadeiro caminho para consolidar ainda mais o grupo no mercado de food service brasileiro", diz a diretora de expansão Renata Rouchou. Para atrair futuros franqueados, o Grupo Trigo apresenta três modelos de negócios diferentes (Store in Store, Spoleto 21 sustentável e Koni Box) e aposta principalmente no projeto Store in Store, no qual duas marcas convivem harmonicamente num mesmo ambiente. Esse modelo pode unir combinações como Spoleto + Domino's ou Domino's + Koni ou ainda Spoleto + Koni e é ótimo para capitais, pois divide entre as marcas o custo de locação e cria locais de conveniência para o público. A proposta contempla também cidades menores, a partir de 120 mil habitantes. Em um espaço de, no mínimo, 150 m², as redes complementam seus serviços. (M.C.)
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Um negócio testado e aprovado O mercado de franquias apresentou um vigoroso crescimento na última década, acompanhando o aumento do setor de serviços
principalmente no que toca à estruturação do negócio e por receberem um modelo operacional previamente preparado. O que o pequeno empreendedor muitas vezes se esquece é que ele precisa saber como manter o negócio e para isso necessita investir em sua capacitação, bem como na de seu pessoal. A grande procura de pequenos empreendedores por franquias também se deve à crença de que o franqueador irá financiar o seu negócio e muitos acabam se frustrando com isso. Por outro lado, por mais atrativo que seja um negócio de franquia para o pequeno empreendedor, é muito importante que ele analise se está investindo certo para não correr riscos financeiros e nem frustrar-se nos aspectos pessoal e profissional. A reflexão é o primeiro passo para que tudo dê certo.
Você tem vocação?
1. Há uma total identificação com o tipo de negócio? 2. O investimento necessário para montar o negócio deixará uma reserva suficiente para a subsistência por pelo menos 1 a 2 anos? 3. Foi realizada uma investigação sobre a marca que se deseja representar, buscando conhecer bem o seu negócio? 4. A marca a ser representada apresenta bons diferenciais competitivos em relação à concorrência? 5. O empreendedor se preocupou em conhecer as regras do negócio?
6. Também procurou analisar o contrato, segundo a visão de um profissional de advocacia, visando a não assinar um acordo com obrigações que favoreçam excessivamente o franqueador? 7. Procurou entrar em contato com outros franqueados e exfranqueados para conhecer as suas experiências? 8. Observou a operação de um franqueado no seu dia a dia, para avaliar se está em condições de gerir o negócio?
9. Investigou os pontos comerciais e obteve parecer do franqueador para a sua locação?
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egundo a Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae, a reflexão é o primeiro passo para que a decisão de abrir uma franquia seja coroada de sucesso. Para ajudar os empreendedores a fazerem as melhores escolhas, ela publicou um boletim onde destaca nove perguntas cruciais. "A resposta para estas questões precisa ser inexoravelmente positiva, sob pena de ser um grande risco a não observância de qualquer uma delas", adverte o Sebrae na publicação.
Vinícius Almeida/Luz
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final, por que investir em uma franquia? Os números falam por si: porque o sistema de franchising é a locomotiva da economia brasileira e, sendo assim, as chances de a iniciativa dar certo são grandes. No entanto, na hora de aderir a uma rede, é preciso tomar cuidado, ensina o consultor do Sebrae-SP, José Carmo Vieira. Embora se trate de um negócio testado e aprovado na prática, ele requer do franqueado tempo, dedicação e muita identificação. E, para não frustrar ânimos, a Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae elaborou uma cartilha para orientar os empreendedores. Nela, se lê que o primeiro passo para que a decisão de abrir uma franquia seja coroada de sucesso é a reflexão. Diário do Comércio - Qual a importância das franquias no momento atual da economia brasileira? Que perspectivas se apresentam diante do cenário da Copa e das Olimpíadas? José Carmo Vieira - O sistema de franquias desempenha um papel vital na economia, é um dos grandes motores de condução de negócios e criação de novos empregos, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a ABF, as franquias tiverem, em 2011, um crescimento de 16,9% na comparação com o ano anterior, enquanto no mesmo período a economia cresceu apenas 2,7%. As perspectivas diante do cenário da Copa do Mundo e das Olimpíadas são de muito otimismo, com crescimento do número de franqueadores e de lojas franqueadas, além de um desempenho econômico superior ao obtido nos anos anteriores. Por que é interessante investir numa franquia? O mercado de franquias é um dos que mais cresceu no Brasil ao longo da última década, acompanhando a tendência de crescimento do setor de serviços. Segundo o
A baixíssima taxa de mortalidade desse tipo de negócio é um fator motivador JOSÉ CARMO VIEIRA
Provar - Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Felisoni Consultores Associados, esse mercado vem crescendo, desde 2007, a uma taxa média de 4,1% por trimestre, sendo que a expectativa é de o segmento de franchising ter uma participação de 8% a 10% do PIB brasileiro até 2020. Este sucesso chamou a atenção dos pequenos empreendedores. Não é difícil entender as motivações que tornaram essa modalidade de negócio tão atrativa para este público: a segurança oferecida por uma marca já estabelecida no mercado, o apoio e a orientação oferecidos pelo franqueador. Outro fator impulsionador é a baixíssima taxa de mortalidade desse tipo de negócio na última década: 3% ao ano. Além disso, os franqueados têm a vantagem de realizar compras em rede, que diminuem os custos da matéria-prima e têm o benefício indireto da publicidade do franqueador. Quais os pontos diante dos quais o pequeno empreendedor deve se precaver ao se decidir por uma franquia? Via de regra, os micros e pequenos empresários no Brasil têm como maiores deficiências a capacidade de gestão e de investimento, em contraponto às suas competências técnicas nos ramos em que atuam. Assim, a franquia parece resolver, em parte, o problema de gestão,
Projeção: cada vez mais, vemos pequenos prestadores de serviços autônomos, como contadores ou jardineiros, aderirem ao sistema de franquias para abrir o próprio negócio. A médio prazo, esta é uma tendência: microempresários proprietários de franquias em substituição ao simples profissional autônomo? Eu diria que é uma evolução natural do mercado, e não uma forte tendência, pois nem todas as pessoas reúnem as condições básicas necessárias para ser um franqueado, como ter disposição para trabalhar bastante, independentemente de horários ou dias da semana; seguir a orientação e padronização estabelecida pela marca; ter maturidade suficiente para dar este primeiro passo; ter dinheiro disponível para realizar os investimentos necessários para iniciar e fazer deslanchar o negócio.
O fato de abrir uma franquia – e, portanto, se tornar empresário – exige um comportamento profissional diferenciado? Qual o benefício que se pode ter, além de integrar o mercado formal de trabalho? O simples fato de abrir um negócio requer da pessoa um comportamento profissional, no sentido bem estrito da palavra. E esta responsabilidade torna-se maior ainda se o empreendedor optar por ser franqueado, tendo em vista que ele se torna um parc e i r o - i n v e s t i d o r d o f r a nqueador, com direitos, deveres e responsabilidades claras, e que elas são descritas, em geral, em contrato e nos manuais da franquia. Os benefícios são vários, como, por exemplo, oferecer produtos ou serviços já desenvolvidos, testados e implantados no mercado; obter consultoria para a escolha do local e o arranjo físico da empresa, dependendo da categoria da franquia; ter consultoria e treinamento em administração de pessoal e na metodologia, incluindo aspectos legais e jurídicos, dependendo da modalidade da franquia; receber consultoria para especificar material, máquinas e equipamentos, além da administração da relação comercial com fornecedores, incluindo assessoria jurídica, também dependendo da modalidade de franquia. Existe algum movimento ou iniciativa do Sebrae para ajudar os franqueadores brasileiros a se instalarem no exterior? O Sebrae-SP apoia os empreendedores de micro e pequeno porte, aqueles com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Por esta razão, não existem iniciativas por parte dos empreendedores interessados em franquias que procuram o Sebrae-SP em instalarem no exterior. (M.C.)
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Setor tem linhas especiais de financiamentos A Agência de Fomento Paulista oferece linhas de crédito com taxas de juros e prazos diferenciados; Bradesco, CEF, BB e BNDES também oferecem facilidades Zé Carlos Barretta/Hype
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abides, escadas, lâmpadas, ferramentas, lixeiras, parafusos, buchas, pilhas e chuveiros: para obter a licença da Casa&Coisa e abrir uma franquia no Mooca Plaza Shopping, Marcel de Oliveira Dias Moreira, seu irmão Michel e outros dois sócios tiveram de recorrer a um empréstimo da Agência de Fomento Paulista, instituição financeira do governo do Estado que conta com uma linha de crédito especial para franqueados – a LEF (Linha Especial a Franquias). Em plena expansão em todo o País, a bandeira que os empreendedores escolheram tinha um formato que exigia investimentos de porte: a loja seria implantada em um espaço de 96 m² e geraria nove empregos diretos. Além disso, era preciso colocar em exposição pelo menos 3,5 mil i t e n s . "F az en-
do as contas, vimos que precisávamos de cerca de R$ 500 mil entre o pagamento da franquia e a locação e adaptação do ponto", lembra Marcel Moreira – uma quantia significativa para ele e os sócios. Para não inviabilizar o negócio, eles entraram com parte do montante e contrataram um empréstimo de R$ 195 mil. "O valor era alto, assustou um pouco, mas as condições da Agência foram excelentes: 12 meses de carência, cinco anos para pagar e uma taxa de 0,57% ao mês. Um esquema para ajudar mesmo os empreendedores", explica. Resultado: a Casa&Coisa, franquia fundada em São José do Rio Preto-SP, viu sua 23ª loja abrir as portas ao público em fins de 2011. Segundo Moreira, o negócio não podia estar melhor: "Estamos trabalhando dentro do programado e nossa previsão é de abrir mais um ponto no final do ano". Voltada para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo, com faturamento anual a partir de R$ 360 mil, a Agência de Fomento Paulista tem linhas de crédito com taxa de juros, prazos e g a r a n t i a s e speciais para financiar tanto a abertura da
primeira franquia quanto obras de ampliação ou modernização. De acordo com o último balanço, ela já injetou no mercado mais de R$ 17 milhões para empresas franqueadas. Para o presidente da instituição, Milton Luiz de Melo Santos, o objetivo é fortalecer a expansão do setor: "Nós financiamos os pequenos e médios empresários de qualquer segmento, que queiram atuar sob o regime de franquias e que sejam geradores potenciais de emprego e renda, colaborando para o desenvolvimento do Estado de São Paulo", diz. Bastante simples, o atendimento pode ser feito em uma das mais de 50 entidades empresariais parceiras: Associação Brasileira de Franchising, Sebrae, Fiesp/Ciesp ou Facesp, entre outras. Outra opção é procurar a entidade de classe à qual o empreendedor é associado para dar início ao processo de levantamento da documentação necessária. Informações e solicitação de financiamento podem ser feitas também pela ferramenta disponível no site http://www.agenciadefomentopaulista.com.br ou pelo Canal do Empresário (canaldoempresario.com.br). Importante dizer que pequenos empresários com dificuldades de apresentar garantias têm como opção contratar o Fundo de Aval, do governo do Estado, ou o FAMPE (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), do Sebrae, para complementar as garantias exigidas. Outra opção de crédito para franqueados é o convênio firmado entre a ABF e o banco
Bradesco. O acordo entre eles estabeleceu uma cooperação técnica para troca de informações sobre o setor, bem como ações conjuntas de apoio e incentivo ao crescimento do franchising brasileiro. A parceria prevê que o banco estude, caso a caso, as redes de franquia interessadas em contratar seus serviços e ofereça soluções sob medida – desde serviços de cobrança e linhas de crédito até soluções de seguro e previdência, o que faz do Bradesco a primeira instituição financeira privada a apostar no segmento. Em contrapartida, a ABF auxiliará o banco a conhecer o sistema e seus players, de modo a lhe permitir formatar condições diferenciadas para diversos perfis de franqueados.
Nós financiamos os pequenos e médios empresários de qualquer segmento MILTON LUIZ DE MELO SANTOS, DA AGÊNCIA DE FOMENTO PAULISTA
MAIS OPÇÕES Outra linha de crédito relativa a acordo firmado entre a ABF e a Caixa Econômica Federal também permite a empreendedores concretizar o sonho de abrir uma franquia: são R$ 40 bilhões destinados aos empresários que desejam aderir a uma das 38 redes de franquias conveniadas com o banco. Entre elas, citam-se o Bob´s, a Restaura Jeans, a China in Box, a Livraria Nobel, a Aqua di Fiori e o instituto de idiomas Yes. As condições são atraentes
– taxa de juros de 5% ao ano mais variação da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), prazo máximo de 48 meses e até seis meses de carência – e o teto de financiamento é de R$ 400 mil, sendo que o percentual financiado varia entre 30% e 60%, de acordo com a rede. O montante oferecido pela Caixa se presta tanto para o investimento fixo quanto para o capital de giro necessário à implantação da unidade. Mais
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informações no site www.cef.gov.br. O franqueado também tem a possibilidade de obter recursos através do BNDES, que coloca à disposição do sistema de franchising valores superiores a R$ 7 milhões, a título de aquisição de equipamentos, taxa de franquia, aquisição ou desenvolvimento de softwares e treinamento inicial. O crédito está disponível tanto para microempresas com receita operacional bruta anual de até R$ 700 mil, quanto para grandes negócios com receita acima de R$ 35 milhões. No caso das micro e pequenas empresas, o valor do financiamento pode chegar a 90% do investimento financiável. (M.C.)
Beleza e bem-estar
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I-MEZZO - Instituto Mezzo de Cosmetologia e Estética, divisão de franquias da Mezzo Dermocosméticos, estreia na 21ª edição da ABF Franchising Expo. No evento, o I-MEZZO terá um estande localizado no Franchising Store, espaço que reunirá franquias nacionais e internacionais, coordenado pela Cherto. A Mezzo fará a apresentação de sua linha de produtos e protocolos de tratamento para o corpo e rosto,
formada por 75 itens, dos diferenciais da marca, que atua no mercado de beleza e bem-estar, e apresentará as informações sobre os investimentos para abrir uma unidade franqueada. Presente há dois anos no mercado de franquias, o IMEZZO tem como foco principal a venda de produtos, o atendimento e a capacitação de esteticistas. A unidade franqueada atua na comercialização dos dermocosméticos de uso em protocolos de tratamento estético, como
rejuvenescimento e redução de celulite, na venda de produtos home care e na promoção de treinamentos diferenciados para atualização profissional. Segundo Paschoal Rossetti Filho, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Mezzo Dermocosméticos, os principais diferenciais da marca são a constante pesquisa de formulações e protocolos, com pesquisas e testes de eficácia e performance, sempre em conformidade com a Agência Nacional de Vigilância
I-MEZZO: comercialização de dermocosméticos. Sanitária, o suporte técnico que oferece às profissionais, os cursos e a atualização de material didático. Como parte de sua estratégia de construção de marca e expansão dos negócios, no primeiro trimestre desse ano, a Mezzo inaugurou seu Centro Técnico Nacional na cidade de
Penápolis (SP), no interior de São Paulo, onde está sediada. O espaço oferece infraestrutura com salas para demonstrações de protocolos e workshops para os profissionais da área de estética. O CTN também é uma referência para futuros franqueados, que podem observar in loco toda a
comunicação visual da empresa e a forma como ela se apresenta em todo o Brasil. De acordo com Paschoal, até o final de 2012, a empresa planeja chegar a 30 unidades instaladas nas principais capitais do País. “Com isso pretendemos aumentar o faturamento da empresa em 30% até o final deste ano na comparação com 2011. Hoje, a atuação das franquias representa 70% do faturamento da empresa que possui uma unidade própria em Penápolis”, diz.
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Sistema conquista novos setores da economia Andrei Bonamin/Luz
Supermercados, clínicas odontológicas e farmácias passam a adotar o modelo de franquia para ampliar os seus negócios
Acima, clínica odontológica Sorridents; ao lado, loja da Farmais: exemplos de como o sistema de franchising vem expandindo para outros segmentos.
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té alguns anos atrás, o s i s t e m a d e f r a nquias brasileiro parecia ter conquistado um território definido, com forte atuação em alguns nichos, como alimentação, acessórios pessoais ou decoração e presentes. Mal se imaginava que o sistema poderia avançar para outros setores ou, melhor, se alastrar para todo o mercado. Pois é o que a ABF Franchising Expo pretende mostrar: maior vitrine dos negócios com franquias do País, ela espelhará, por exemplo, a evolução do segmento de serviços – uma linha ascendente que acompanha o surgimento da chamada nova classe média brasileira, a camada social que ganhou, entre 2002 e 2011, 31 milhões de pessoas, cresceu 38% e engordou sua renda em nada menos do que 62%, segundo dados do Instituto Data Popular, consultoria voltada para as camadas de baixa renda.
por um crescimento anual de 20% e conferiu à rede Dia o terceiro lugar no ranking das franquias com maior faturamento do Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franquias (ABF). Ao todo, são mais de 450 lojas, 6 mil funcionários e cerca de 9 milhões de clientes por mês. Em todo o mundo, a rede conta com mais de 6 mil lojas, próprias ou franquias; 42 plataformas logísticas e cerca de 50 mil colaboradores. MUTIRÃO DE SAÚDE Outra área na qual o sistema de franchising já atua é a de saúde. Fundada em 1995 pela dentista Carla Renata Sarni, a Sorridents
Os Correios acabam de abrir concorrência pública para interessados em operar uma agência em sistema de franquia.
Paulo Pampolin/Digna Imagem
plas e de fácil acesso. As construções são térreas, têm em média 200 m² e alocam de seis a oito consultórios com equipamentos de alta tecnologia. A rede Sorridents também atende idosos e crianças. Para o público infantil, em especial, as unidades são equipadas com um Espaço Kids, destinado ao entretenimento dos pacientes com idade até 10 anos. Estes consultórios têm cores alegres e decoração diferenciada, para evitar que o tratamento seja traumático. As ações sociais são uma característica da franquia. Equipes de dentistas voluntários atendem crianças carentes dentro do projeto "Adote uma criança Sorridents", especialmente realizado
Oportunidade nos Correios
SUPERMERCADO No Brasil desde 2001, a rede Dia, de origem espanhola, é a primeira e única franquia de supermercados do País. Presente em países como Argentina, China, França, Portugal e Turquia, seu perfil está a meio caminho entre o mercadinho de bairro bem equipado e o grande supermercado de rede – o que permitiu que introduzisse no varejo brasileiro um conceito inovador, diminuindo custos para garantir ao cliente a compra da semana (ou do mês) perto de casa e ao menor preço possível. Para tanto, tem um mix de produtos de marca própria, de alta qualidade, cujo preço é extremamente competitivo em relação aos hipermercados. Além disso, trabalha com estoques reduzidos e maior giro de produtos. Seus fornecedores são únicos e a rede Dia ainda oferece aos seus consumidores a possibilidade de solicitar um pedido pela web. Este modelo de negócio, associado à capacidade empreendedora dos franqueados, responde
Clínicas Odontológicas é considerada a maior rede de serviços odontológicos da América Latina. Nasceu com o propósito de facilitar o acesso de toda a população à saúde bucal. Franqueada desde 2005 e filiada à ABF, a marca está hoje presente em 14 Estados, somando 180 clínicas que já atenderam mais de 1,3 milhão de pacientes. As franquias da Sorridents possuem equipe multidisciplinar, com uma média de 12 profissionais especializados nas 19 áreas da odontologia, o que representa uma facilidade a mais para os pacientes, uma vez que concentram todos os tratamentos em um único lugar. Além disso, as unidades da rede são am-
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Agência de Correios é uma franquia? É, sim, e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) acaba de abrir concorrência pública para a escolha de pessoas jurídicas de direito privado interessadas em instalar e operar uma agência em sistema de franquia, cujo nome oficial é AGF (Agência de Correios Franqueada), isto é, uma unidade de atendimento terceirizada destinada à execução de serviços postais. Se ganhar a licitação, o empreendedor assina o Contrato de Franquia Postal e tem direito de uso da franquia por 10 anos, podendo prorrogá-lo uma única vez pelo mesmo período. Os investimentos são proporcionais ao tamanho da agência licitada. Unidades com dois guichês exigem recursos equivalentes a R$ 89.549,66; postos com seis guichês, até R$ 219.191,30. Sobre estes montantes ainda incidem a Taxa Inicial de Franquia e o valor do Kit Inicial necessário para dar início às atividades da empresa, sendo que alguns equipamentos são arrendados e outros comprados. Uma franquia dos Correios também demanda capital de giro mínimo de R$ 10 mil.
Existem atualmente mais de 1.400 unidades de franquia dos Correios em operação no Brasil. Recentes mudanças na legislação fizeram com que as comissões, que giravam em torno de 10% a 40% de forma inversamente proporcional ao faturamento sobre os serviços, passassem a um percentual variando entre 5% e 29%, de acordo com o movimento da agência: se este for pequeno, a franquia ganha mais do que a concorrente com maior movimento. No entanto, novas atividades agregadas ao leque de serviços prestados pelas AGFs tornaram o negócio mais promissor. Há um ano, as agências dos Correios (assim como as casas lotéricas) estão autorizadas a fazer operações de compra e venda de moeda estrangeira no limite máximo de US$ 3 mil por operação. Além das operações de câmbio e transferências para o exterior, o Conselho Monetário Nacional autorizou às AGFs a firmarem contratos com instituições financeiras para operar como correspondentes bancários.
A abertura de uma Unidade Lotérica também se dá mediante licitação de uma nova unidade ou aquisição de uma já existente, mas o modelo não é o de franquia. Após vencer a licitação, o empreendedor – pessoa física ou jurídica, maior de idade, que tenha concluído, no mínimo, a 4ª série – pode abrir uma unidade. Unidades Simplificadas têm custo mínimo de R$ 5 mil, já incluídos os valores da tarifa de permissão, padronização e demais despesas referentes à instalação do ponto. Já para uma Casa Lotérica, o piso está avaliado em R$ 30 mil. O empresário lotérico não paga os equipamentos da Unidade Lotérica, que são fornecidos pela Caixa sob regime de comodato. Para ser remunerado, ele recebe 13% sobre a Loteria Instantânea, 5% sobre a Loteria Federal e assim por diante. (M.C.)
em bairros mais distantes das cidades onde a rede possui clínicas em operação. Outro diferencial é que não é necessário que o franqueado tenha formação de dentista: a rede está aberta a empresários e empreendedores; basta que a gestão do negócio tenha como foco a eficiência e a coerência com os pilares de sustentação da marca. NEGÓCIO Na ABF Franchising Expo, a Sorridents Clínicas Odontológicas vai instalar acomodações para permitir que os interessados participem da entrevista que é normalmente realizada com os empreendedores que visitam a empresa com a intenção de fechar negócio. O procedimento, criado pelo departamento pessoal e denominado de DISC, é conduzido pela diretoria de RH e por um psicólogo, que analisam o perfil e o potencial de cada candidato. Para investir no negócio, são necessários R$ 350 mil, mais capital de giro, royalties e fundo de publicidade. O prazo de contrato é de cinco anos e o faturamento médio bruto é de R$ 120 mil por mês. Outra franquia que atua quase na mesma área é a Farmais, rede de drogarias que integra o Grupo Brazil Pharma. Na feira, a empresa pretende apresentar seu novo modelo de negócios, que prevê metas de expansão agressivas para os próximos anos. Com 358 lojas, número que se mantém praticamente inalterado desde 2010, a Farmais quer abandonar o modelo técnico que vinha tradicionalmente empregando para escolher os franqueados que operam sua marca. "A Farmais sempre foi tímida, apenas convertia farmácias existentes para a bandeira da rede. Agora, queremos ser opção para o investidor que não sabe se abre uma franquia de pão de queijo ou uma drogaria", afirma Renato Lobo, diretor de relações com investidores da empresa. Para ganhar terreno, o executivo conta que a empresa passou por uma profunda reestruturação. "Agregamos alguns funcionários egressos de outras áreas, como logística, varejo e serviços, e assim formatamos um novo processo, que torna possível a qualquer investidor ser proprietário de uma farmácia", garante Lobo. A ideia da Farmais não difere, na essência, da estratégia da Onodera, que soma 54 clínicas de estética corporal e facial espalhadas por todo o País – nove lojas próprias e as demais franqueadas. A rede pretende lançar na ABF Franchising Expo um novo formato de franquia, com desembolso inicial até 40% menor (R$ 290 mil) por parte do investidor. Trata-se de uma opção de negócio dirigida às cidades de pequeno e médio porte (a partir de 250 mil habitantes). (M.C.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.ESPECIAL
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Premiadas pela qualidade nos negócios O Selo de Excelência em Franchising da ABF valoriza as melhores práticas e o profissionalismo
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oncedido pela Associação Brasileira de Franchising às franqueadoras que se destacam pela sua conduta ética, o Selo de Excelência em Franchising (SEF) tem por função elevar o nível de atuação das empresas, valorizando as melhores práticas e o profissionalismo. Para obter a chancela do selo, que é anual, o associado franqueado da ABF passa por um rigoroso processo de avaliação na Comissão de Ética. Esta, por sua vez, utiliza critérios objetivos para destacar as redes que, por seu desempenho transparente e confiabilidade, estão aptas a receber novos candidatos a franqueados. Assim, o SEF funciona como diferencial para atrair novos investidores.
A Casa do Construtor é uma das empresas a quem a ABF outorgou o prêmio, em abril. Atuando no ramo de locação de equipamentos para a construção civil, a franqueadora, que está no mercado há quase duas décadas, oferece às construtoras, profissionais da área e consumidores em geral às voltas com uma reforma equipamentos de pequeno e médio porte: ferramentas elétricas, betoneiras, compactadores, painéis e acessórios para andaimes e outros equipamentos. Desde 2009, vem atravessando uma excelente fase de expansão, tendo passado de 48 lojas, naquele ano, para 120 em 2012. Para 2015, tem como perspectiva chegar a 250 unidades. DIFERENCIAL
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Os franqueados contam com apoio e consultoria técnica, Central de Compras e treinamento ALTINO CRISTOFOLETTI, DA CASA DO CONSTRUTOR
Para o sócio franqueador Expedito Arena, "além de preço e comodidade, o grande diferencial da Casa do Construtor é que todos os equipamentos obedecem às normas de segurança e são adquiridos de fornecedores homologados. Eles oferecem segurança, economia e rapidez para quem os usa; saem da loja revisados e o locatário recebe todas as instru-
ções de como manuseá-los". Para abrir uma unidade e fazer parte da rede estabelecida em 20 Estados, o investimento médio é de R$ 450 mil, sem ponto comercial. Segundo o franqueador Altino Cristofoletti, que recomenda a abertura de franquias em localidades com mais de 100 mil habitantes, o negócio é bastante rentável, mas requer dedicação. "Nós fazemos muitos investimentos em prol da rede", afirma o empresário. Para tanto, os franqueados contam com apoio e consultoria técnica, software de gerenciamento, Central de Compras e a Universidade Casa do Construtor, que elabora continuamente programas de treinamento para toda a rede, inclusive em parceria com fornecedores. "Mantemos, ainda, uma auditoria constante, feita pelo Bureau Veritas, que checa como a rede caminha nos âmbitos da Qualidade, Saúde e Segurança, Responsabilidade Social e Ambiental", explica Cristofoletti. Out ra s empresa s f ora m destacadas com o 13º Selo de Excelência em Franchising este ano. É o caso da Imaginarium, uma das redes com maior número de premiações no gênero. Com 117 operações no País – 98 lojas, 19 quiosques e 600 pontos multimarcas em todo o Brasil –, ela produz e comercializa presentes, objetos de decoração, eletrônicos e artigos de uso pessoal pelo sistema de franquias e fechou seu faturamento de 2011 em R$ 110 milhões, com um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Entre
seus diferenciais, citam-se suporte de treinamento e controle nas áreas de administração, vendas, decoração e marketing para os franqueados. DESTAQUES A certificação de excelência em franchising da ABF também foi entregue este ano a três redes de alimentação: a Água Doce, formada por mais de 100 restaurantes em atividade em nove Estados e no Distrito Federal, que oferece aos consumidores um cardápio inspirado na culinária brasileira, além de cachaças gourmets; a Lig-Lig, com 40 lojas especializadas em comida chinesa atuando em oito Estados da federação; e a Roasted Potato, primeira franquia do segmento que tem como carro-chefe a batata recheada. No mercado desde 1987, a rede conta hoje com mais de 70 unidades em 15 Estados e no Distrito Federal e possui duas unidades no Paraguai. Destaque também para o Selo de Excelência em Franchising outorgado à Quality Lavanderia e à Restaura Jeans. A primeira conta com mais de 100 lojas, que oferecem lavagem de roupas a seco e a água, tratamento de couro e serviços diferenciados de limpeza em tênis, calçados, tapetes, cortinas, roupa de cama e tecidos especiais. A Restaura Jeans tem mais de 200 lojas e pontos licenciados e presta serviços de tingimento de roupa, costura e limpeza; renovação de peças de couro, calçados e bolsas. (M.C.)
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Franquias Imaginarium e Restaura Jeans: o Selo de Excelência em Franchising (SEF) tem por função elevar o nível de atuação das empresas, funcionando como diferencial para atrair investidores.