ESPECIAL TECNOLOGIA: CADA PESSOA, UM COMPUTADOR - 14/08/2013

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Jornal do empreendedor

Arte Paulo Zilberman

São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Especial Tecnologia

Cada pessoa, UM COMPUTADOR. Pesquisa revela que em 2016 haverá um computador para cada brasileiro. Conheça também as principais tecnologias que estão revolucionando as empresas, trazendo agilidade, confiabilidade e redução de custos Carlos Ossamu

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irou uma tradição. Todos os anos, há 24 anos consecutivos, o professor Fernando Meierelles, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), convoca a imprensa para divulgar a Pesquisa Anual do Uso de TI, um amplo retrato do uso da Tecnologia da Informação nas empresas. "Entre os destaques desta edição, a nossa previsão é que até 2016 vamos ter um computador por habitante – estamos considerando tablet como um computador, ao contrário de outras pesquisas, então, as vendas de computadores não estão caindo", afirma Meirelles. Segundo ele, as empresas estão investindo 7,2% da receita em TI, um crescimento de 0,2% em comparação ao ano passado. "Parece pouco, mas é muito significativo, pois o valor tripli-

cou nos últimos 18 anos", observa. "Continua chamando a atenção a maturidade do processo de informatização e a estabilidade dos principais indicadores. Em suma, a pesquisa mostra um crescimento, positivo e consistente".

Inteligência analítica Segundo dados da pesquisa, hoje existem 118 milhões de microcomputadores em uso no Brasil (corporativo e doméstico), ou 60% per capita, o que significa dizer que estão em operação 3 computadores para cada 5 habitantes – este número dobrou em quatro anos. Para 2013, as estimativas apontam vendas de 22,6 milhões de unidades, o equivalente a um computador vendido a cada segundo. Um indicativo da maturidade

do uso de TI em uma empresa está no uso dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, conhecido pela sigla ERP (Enterprise Resource Planning). Eles integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. Dessa forma, os diversos sistemas departamentais (financeiro, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc) estão integrados e conversam entre si, evitando trabalhos manuais, retrabalhos e agilizando os processos. De acordo com levantamento da FGV-EAESP, as fabricantes TOTVS, SAP e Oracle detêm 81% do mercado de ERPs. A TOTVS lidera com 52% das empresas menores e a SAP fica com 51% das maiores. "A pesquisa não entra neste mérito, mas o que eu percebo é que as empresas, principalmente as de menor porte, não usam 10%

Marcos Mendes/Luz

Meirelles: continua chamando a atenção a maturidade do processo de informatização e estabilidade dos principais indicadores.

do potencial dos ERPs, que são vendidos em forma de pacotes – ou se compra tudo, ou não se tem nada, e muitas vezes a empresa precisa apenas da ponta desse iceberg", comenta. Fazendo um paralelo com o que ocorre com o usuário doméstico, muitas vezes ele precisa apenas do processador de textos Word para escrever textos simples, mas o programa oferece muito mais recursos e permite edições mais complexas. Além disso, o Word faz parte do pacote Office, com planilha eletrônica Excel e o programa de apresentação PowerPoint. A implementação de um ERP é importante para as empresas, pois com a integração dos vários sistemas departamentais, é possível desenvolver uma inteligência analítica, com o uso de Business Intelligence (BI), Customer Relationship Management (CRM), Data Warehouse e outros sistemas. Com o BI, um varejista, por exemplo, pode efetuar cruzamentos de dados e saber qual o melhor dia para fazer uma promoção ou a relação entre as condições meteorológica e a venda de produtos. Com o CRM, é possível ter todo o histórico dos clientes – o que comprou, quando e em que quantidade, o seu perfil e os contatos que fez. Neste segmento de inteligência analítica, a pesquisa da FGV-EAESP revela que a SAP detém a liderança, com 22%; seguida da Oracle, com 19%; a

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milhõ es núme é o r o de estão em op micros qu e e o que signif ração no Br i a ca diz 3 com sil, er p 5 hab utadores p que há ara ca itante da s.

TOTVS, com 16%; a Dymamic, com 11%; IBM, com 10%; e outros, com 22%.

Primo rico Segundo conta Meirelles, o setor financeiro é quem mais investe em tecnologia. De acordo com dados da Febraban, no ano passado os bancos investiram R$ 20,1 bilhões em TI, um crescimento de 9,5%. "Os investimentos nesta área são altos porque os produtos bancários e o marketing estão muito ligados à tecnologia, seja mobile banking (acesso ao banco via celular ou tablet), ou extrato online", observa o professor. Em sua opinião, ainda há uma parcela importante da população que não está bancarizada e fazem as operações pelos correspondentes bancários – pagam contas em lotéricas ou supermercados, por exemplo.

Isso pode abrir brechas para o surgimento de um fenômeno no mercado, que ele chama de "Google Bank" – assim como foi o caso do buscador Google, frente a uma oportunidade, algum novo player surge e cresce rapidamente no mercado. "Em alguns países, as operadoras de telefonia estão fazendo o papel de banco (é o caso do Quênia): com o crédito do pré-pago, o usuário pode pagar o lanche da padaria ou comprar um jornal", comenta. Em sua opinião, os bancos brasileiros são muito conservadores, querem desenvolver tudo internamente e relutam em compartilhar recursos. "No aeroporto ou no shopping center há vários caixas eletrônicos de diversos bancos, mas justamente o seu tem uma fila enorme. Os bancos podiam compartilhar esses caixas e ofertar mais equipamentos aos clientes", diz.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013 SXC

Um MERCADO de 60 bilhões de dólares O Brasil representa 3% do mercado mundial de TI e 49,1% do mercado da América Latina. Software e serviços cresceram 26%.

Concorrência desleal Rafael Hypsel/Luz

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Jorge Sukarie, da ABES

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om base na lei de combate à concorrência desleal em TI, o procurador geral do Estado do Tennessee (EUA), Victor Domen, anunciou que tomou medidas legais contra um fabricante de pneus tailandês com suspeita de obter vantagem competitiva sobre empresas locais ao usar software pirata em seu parque tecnológico para reduzir custos. Um acordo foi realizado entre a BSA (Business Software Alliance) e a exportadora tailandesa, depois que as autoridades norte-americanas entraram com recursos para proteger empregos, produção e a economia neste estado. Nos últimos nove meses, quatro procuradores gerais de estados dos EUA tomaram medidas contra cinco diferentes empresas estrangeiras por praticarem ações consideradas desleais. A procuradora de Massachusetts, Martha Coakley, deflagrou o primeiro caso de execução de concorrência desleal nos EUA, em outubro de 2012, multando uma empresa tailandesa de frutos do mar por utilizar software pirata em suas operações, concorrendo de forma desleal com empresas de pesca de Massachusetts. A procuradora mencionou que as companhias locais que cumprem a lei estavam gratas por seus concorrentes estrangeiros terem agora que competir em pé de igualdade com eles. Ela também chamou seu caso de "um tiro ouvido em todo o mundo", explicando a significativa atenção para esta questão de fornecedores estrangeiros que usam software pirata. Em janeiro deste ano, a procuradora geral da Califórnia, Kamala Harris, anunciou que entrou com ações judiciais contra dois fabricantes do setor têxtil e vestuário de origem indiana e chinesa, respectivamente. Para Jorge Sukarie, presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), trata-se de um alerta sobre os os riscos de infringir as leis de concorrência desleal e a principal lição a ser aprendida com esses casos é a de que as exportadoras brasileiras, seja de pequeno ou grande porte, devem atuar em conformidade de TI para que concorram legitimamente no mercado local e internacional.

e acordo com a Abes - Associação Brasileira das Empresas de Softwares, com dados da consultoria IDC, o mercado brasileiro de TI, envolvendo hardware, software e serviços, cresceu 10,8% em 2012 e movimentou US$ 60,2 bilhões. O segmento de hardware foi responsável por US$ 35,30 bilhões, enquanto que software (licenciamento) participou com US$ 9,48 bilhões e serviços (desenvolvimento, consultoria, implantação, suporte etc.), com US$ 15,44 bilhões. Levando em conta também os segmentos de Telecom (US$ 109 bilhões), TI in House (US$ 54 bilhões ) e Outros Serviços (US$ 5,8 bilhões), o mercado total movimentou pouco mais de US$ 229 bilhões no ano passado. O Brasil representa 3% do mercado mundial de TI e 49,1% do mercado da América Latina. "Quando software e serviços, que são a inteligência do sistema, faturam menos do que o hardware, isso demonstra um menor grau de amadurecimento do mercado", comenta Jorge Sukarie, presidente da Abes. Segundo conta o executivo, a China ainda apresenta baixa maturidade em TI, apesar de ser a segunda maior economia do mundo e ter movimentado US$ 173 bilhões neste segmento, já que 70% desse montante foi em hardware. "No Brasil, o setor de software e serviços vem crescendo e atingiu a marca de US$ 24,9 bilhões em 2012, o que representa um crescimento de

26,7% em relação ao ano de 2011", comenta Sukarie. A indústria brasileira de softwares e serviços de TI passou da 10ª para a 7ª posição no ranking internacional. Para a Abes, apesar de nos últimos anos o mercado estar aquecido, o setor de TI continua frágil, predominantemente formado por micro e pequenas empresas, e incentivado pelo crescimento da presença de capital internacional nas poucas grandes companhias do setor. De acordo com dados da entidade, são 10.736 empresas de softwares e serviços no Brasil. Desses, 5.396 (50,3%) atuam na área de distribuição, 2.751 (25,6%) são de serviços e 2.588 (24,1%) são da área de desenvolvimento. As micro e pequenas empresas são a ampla maioria, representando 93,4% das empresas. As médias empresas (de 100 a 500 funcionários) participam com 5,3% e as grandes empresas (acima de 500 funcionários), com 1,3%.

gia predominante era o mainframe, uma computação centralizada em equipamentos de grande porte; e em seguida veio a arquitetura descentralizada cliente-servidor. Agora, com a internet, temos a chamada 3ª Plataforma, que são smartphones e tablets, que possibilitam aplicações móveis", explica Sukarie. Em sua opinião, aplicativos para plata-

mão de obra especializada. De acordo com dados divulgados pela IDC, em março deste ano, existe atualmente no Brasil uma carência de cerca de 40 mil profissionais de tecnologia. Até 2015, esse número deve crescer para 117 mil vagas abertas sem que os empregadores encontrem profissionais qualificados para atendê-las. "Este é o grande

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bilhõe s dólare de s foi o movim entad montante em 20 o pelo 1 s Teleco 2, incluindo etor munic TI, House aç e Outr ões, TI in os S er viços

Tecnologias em ascensão De acordo com as tendências apontadas pela pesquisa, a partir de 2013, 90% do mercado de TI será direcionado para tecnologias Mobile, Social Business, Big Data e Cloud Services. Em 2012, estes segmentos representaram apenas 22% dos investimentos em TI. Além disso, 80% dos esforços de competitividade serão focados no fomento de ofertas e capacitação das soluções para essas áreas. "Nos anos 80, a tecnolo-

formas móveis, principalmente apps para celulares, são grandes oportunidades para as empresas nacionais. "As vendas de PCs estão caindo, enquanto sobem as de smartphones e tablets. O Brasil tem 265 milhões de celulares e vem crescendo a demanda por aplicativos neste segmento", afirma. Como em outros setores da economia, a indústria de softwares e serviços carece de

desafio hoje do setor, que precisará de ações conjuntas entre o governo, as escolas e as empresas. As empresas têm, cada vez mais, desenvolvendo e treinando a sua mão de obra", diz Sukarie.

Caça aos piratas Pirataria é um tema que sempre incomodou as empre-

sas nacionais de softwares, principalmente o segmento de games. No mundo, a pirataria é responsável por prejuízos de US$ 63,5 bilhões, de acordo com a Abes. O índice de pirataria caiu de 56% em 2009 para 53% em 2011, mas neste período, as perdas aumentaram 27%, passando de US$ 2,2 bilhões para US$ 2,8 bilhões. Este índice está 8 pontos percentuais abaixo da média da América Latina e 11% acima da média mundial. "Quanto maior o mercado, maiores são as perdas. Nos EUA, a taxa de pirataria é de 19%, mas as perdas são de US$ 9,7 bilhões", explica Sukarie. "Em 1988, quando a Abes foi criada, a taxa de pirataria era de 91%", informa. O executivo comenta que a atuação desenfreada do comércio de falsificação fez com que o CNCP - Conselho Nacional de Combate à Pirataria, órgão ligado ao Ministério da Justiça, visse a necessidade de ter uma dimensão deste impacto no Brasil, com números mais exatos referentes ao crime, como principal ação para o novo Plano de Combate à Pirataria, anunciado no último dia 15 de maio. Para tanto, foram sugeridas diversas atividades até 2016. Como forma de apoiar o governo nesta iniciativa, a Abes criou a Campanha Empreendedor Legal (www.empreendedorlegal.org.br), com o objetivo de conscientizar os empresários brasileiros de todos os setores sobre o atraso e prejuízo que eles podem causar ao seu segmento de atuação e à economia. (C.O.)

Difícil é encontrar bons profissionais Divulgação

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ara trabalhar em uma empresa de tecnologia não é preciso, necessariamente, ser um técnico e dominar linguagens de programação. Para driblar a falta de mão de obra, a Compusoftware, que atua no segmento de licenciamento de softwares, sendo uma das maiores na plataforma Microsoft, busca nas universidades alunos de outros cursos para formar suas equipes. "Um estudante de Arquitetura pode se tornar um bom vendedor de AutoCAD (software de design gráfico), um aluno do curso de Administração pode gerenciar carteiras de contato ou um estudante de Psicologia pode atuar em diversas áreas de negócio", conta Adriano Vieira, COO (Chief Operating Officer) da empresa. "O perfil são alunos de universidades renomadas e que tenham estudado em colégios privados, já que a qualidade é melhor. Está difícil encontrar profissionais que dominem a língua portuguesa, de forma a redigir uma proposta ou mesmo um e-mail. A língua inglesa é muito usada nesta área, assim como matemática", diz o executivo. "Isso é reflexo da baixa qualidade da nossa educação".

Vieira: está difícil encontrar profissionais que dominem a língua portuguesa para redigir propostas.

No mercado desde 1992, a Compusoftware acumula mais de 20 anos de experiência no setor de tecnologia. É parceira dos maiores fabricantes de software do mundo, como Microsoft, Symantec, Autodesk, Adobe, Corel e CA Technologies. Possui 120 funcionários, dos quais 40% atuando em vendas e 60% em marketing e negócios. A Compusoftware atende 70% das 500 maiores empresas do País e prevê um faturamento de R$ 160 milhões em 2013, após a recente aquisição da itBrain, companhia que atua com prestação de serviços

em TI, com consultoria, implementação e suporte. "Em dezembro de 2011, a Compusoftware passou a fazer parte do Grupo Globalweb, um dos principais grupos de TI do País em ofertas de soluções de computação em nuvem, modelo tradicional de comercialização de serviços e licenciamento de software, assim como em infraestrutura e plataforma de TI", explica Vieira. "Agora estamos formatando o negócio para franquias, o que deverá aumentar o nosso faturamento em 30%. O plano deverá ser apresentado nos próximos 30 dias e os fran-

queados vão atuar fora de São Paulo, já que aqui temos uma força de vendas já consolidada", revela. Na opinião de Vieira, apesar de o mercado de software crescer ano a ano, ainda há, de um

Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Edição e reportagem Carlos Ossamu

modo geral, baixa maturidade das empresas usuárias no uso de tecnologias. O mercado é muito dinâmico e constantemente apresenta novas tendências e conceitos – SaaS (Software as a Service), BPO (Business Process Outsourcing), BI (Business Intelligence), CRM (Customer Relationship Management) Big Data etc. "A empresa compra um sistema de CRM para gerenciar o relacionamento com seus clientes, faz o cadastramento, mas não alimenta o histórico de eventos desses clientes, desperdiçando o potencial desse sistema", exemplifica Vieira. Quando bem aplicado, o sistema de CRM traz todo o histórico do cliente, quais foram os contatos realizados, os assuntos tratados, as ações realizadas. Mas para que isso ocorra, é preciso alimentar com informações. (C.O.)

Diagramação Lino Fernandes Arte Paulo Zilberman Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Pesquisa revela uso do nas empresas

BIG DATA

O estudo contou com 1.144 entrevistados de 95 países, incluindo 65 empresas do Brasil, com o objetivo de identificar como a tecnologia está sendo aplicada nas organizações

Divulgação

Embratel lança loja virtual

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termo Big Data, amplamente discutido no mercado, não está mais confinado ao domínio da tecnologia. Hoje é considerado uma prioridade de negócio deSXC vido à sua capacidade de apontar soluções para desafios de longo prazo, inspirando transformações nos processos, organizações, indústrias e até mesmo na sociedade. Com base neste cenário, a divisão de consultoria da IBM, ram que o uso da análise de da- infraestrutura, fontes de dados em parceria com a Universida- dos tem criado uma vantagem e análise quantitativa para de de Oxford, conduziu o estu- competitiva para suas organi- apoiar o projeto", ressalta Serdo "Análise de dados: O real zações. Se comparado com es- gio Loza, diretor de Smarter uso do Big Data no mundo". A tudo semelhante realizado em Analytics para América Latina pesquisa contou com 1.144 2010, o aumento foi de 70% (na da IBM. Segundo ele, no Brasil o entrevistados de 95 países, in- ocasião, 37% enxergavam este crescimento foi mais significacluindo 65 empresas do Brasil, cenário). "Para que a iniciativa tivo: 72% das empresas têm com o objetivo de identificar tenha sucesso, profissionais li- criado vantagem competitiva como o Big Data está sendo gados diretamente aos negó- através da análise, represenaplicado nas organizações. cios e à área de marketing de- tando aumento de 90% em reEntre as principais consta- vem trabalhar juntos com a lação há dois anos. tações está o fato de que as equipe de TI. Primeiramente, se Ainda sobre o contexto loempresas estão utilizando Big deve identificar os requisitos de cal, 22% dos entrevistados Data para atingir resultados negócios para depois adequar pensam em novos tipos de dafocados em entender d o s e a n á l i s e s , e ne m e l h o r a r a e x p equanto 19% pensam riência do cliente, exem Big Data como indas empresas plorar dados internos formações em tempo brasileiras e construir um banco real. Estes resultados usuárias do de dados com inforestão alinhados com Big Data têm criado vantagem mações confiáveis. uma forma de caracPorém, a habilidade t e r i z a r t r ê s d i m e ncompetitiva através da análise técnica dos profissiosões do Big Data: os 3 de dados de seus clientes. nais para apoiar os priVs – Volume, Variedameiros estágios da de e Velocidade. Mas, aplicação é o principal a IBM acredita que as obstáculo observado pelos corporações precisam consientrevistados brasileiros. derar uma quarta dimensão, a O levantamento aponta que Veracidade dos dados. "A con63% dos entrevistados notavergência destes 4 Vs ajuda a

72%

Rodrigues, da Embratel

definir e distinguir Big Data, permitindo que as empresas obtenham vantagem competitiva no mercado. Confiabilidade da informação é um ponto altamente crítico e desafiador, já que a análise não pode trabalhar com dados incertos, que podem oferecer riscos ao resultado final", diz Loza.

Amadurecimento do mercado No entanto, a maioria das empresas brasileiras já está em direção a um nível mais maduro de ações de Big Data. Segundo a pesquisa, 51% das empresas entrevistadas estão definindo a estratégia e planejando as atividades que serão colocadas em prática e 24% já estão na fase de implementação do projeto piloto. Os 25% restantes ainda não deram início às atividades. "Apesar de um quarto das empresas do Brasil ainda estarem estudando o conceito, podemos dizer que o mercado

está em fase de amadurecimento, com as corporações enxergando os benefícios de investir em análise de dados, mapeando o planejamento e iniciando a implementação de grandes projetos", destaca. Dados advindos de mídias sociais foram lembrados por apenas 2% dos entrevistados brasileiros. Esse índice é surpreendente, pois mostra a falta de conhecimento por parte das organizações de como as redes sociais podem impactar o negócio, levando em conta ainda o fato de o Brasil ser um dos líderes em utilização de mídias sociais. Menos da metade das empresas disseram coletar e analisar perfis sociais. A maioria prefere concentrar seus esforços em fontes internas já existentes. "As organizações estão comprometidas com a melhora da experiência do consumidor e em compreender suas preferências e comportamento, mas para que isso ocorra de fato é preciso também analisá-lo no ambiente online".

Divulgação

O futuro está nas nuvens

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ste é o ano do Cloud Computing no Brasil, segundo prevê a empresa de consultoria IDC, especializada no mercado de TI e telecom. Segundo a empresa, este ano devem se concretizar os primeiros grandes projetos de nuvem no País. "Os investimentos em Computação em Nuvem Pública pelas empresas brasileiras atingirão a casa dos US$ 257 milhões em 2013. A infraestrutura como serviço movimentará US$ 123 milhões, enquanto plataforma como serviço, US$ 25 milhões, e software como serviço, US$ 109 milhões, diz Anderson Figueiredo, gerente de pesquisa da IDC Brasil. De acordo com as pesquisas

realizadas pela empresa de consultoria, o conceito de Computação em Nuvem deve se expandir de maneira bastante forte, com crescimento anual de aproximadamente 74%. Assim, o mercado nacional atingirá a marca de US$ 798 milhões em 2015, sendo que as vendas de software como serviço (SaaS) chegarão a US$ 370 milhões, ultrapassando infraestrutura como serviço, que atingirão US$ 362 milhões. Plataforma como serviço chegará em R$ 66 milhões.

Nuvem em alta Na opinião de Ivan Semkovski, COO (Chief Operating

Semkovski: é preciso avaliar se a empresa está preparada para adotar soluções de Cloud Computing.

Officer) da Globalweb Outsourcing, empresa brasileira de outsourcing e infraestrutura de TI e uma das pioneiras em soluções corporativas de Cloud Computing, as empresas estão percebendo que au-

mentar e manter a infraestrutura tecnológica requer altos investimentos – hardwares, softwares, implantação, funcionários especializados etc. – e que a terceirização passa a ser uma boa saída, permitindo

que a corporação foque em seus negócios e se torne mais eficiente. S e g u n d o o C O O d a G l obalweb, a decisão de terceirizar infraestrutura, software e gestão deve ser cuidadosamente analisada. "Prestamos serviços de consultoria para avaliar se a empresa está preparada para adotar a computação em nuvem", diz Semkovski. Caso a avaliação seja que a adoção da tecnologia seja vantajosa, a escolha do provedor de nuvem é fundamental. Deve ser levado em conta os aspectos legais do contrato (responsabilidades, acordos de confidencialidade, tempos de disponibilidade e condições e SLA - acordos de nível de serviço). Também é importante saber da interoperabilidade do sistema (se as restrições de segurança do provedor influenciam o andamento de aplicativos locais nas estações de trabalho, como se dá o acesso aos dados, como é o plano de recuperação em caso de desastre, em caso de término do contrato, como os dados do cliente serão entregues etc.). (C.O.)

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operadora de telecomunicações Embratel lançou uma loja virtual para oferecer soluções de Cloud Computing. Voltada para o mercado empresarial, a loja foi desenvolvida para permitir que micro, pequenas e médias empresas tenham acesso a recursos tecnológicos utilizados apenas por grandes companhias. O novo portal pode ser acessado pelo endereço: http://portal.embratel. com.br/cloud. "Estamos muito contentes por disponibilizar alta tecnologia e recursos de última geração ao mercado empresarial, por meio da loja virtual especializada em prover serviços computacionais em Cloud Computing. O novo espaço facilitará o acesso de soluções inovadoras de TI e Telecom para micro, pequenas e médias empresas, colaborando para que se tornem mais completas e competitivas", diz Ney Acyr Rodrigues, diretor executivo de Serviços de Valor Adicionado da Embratel, destacando que os serviços da empresa estão hospedados em data center próprio, com certificação TIER3. Entre as principais ofertas estão soluções de servidores virtuais, aplicativos de escritório, email corporativo, backup online e segurança de dados. As empresas interessadas podem simular no portal as ofertas disponíveis e verificar as que mais atendem às suas necessidades. Os serviços custam a partir de R$ 8,90 ao mês (Backup Online). A computação na nuvem permite o uso de serviços por meio da Internet e/ou de redes dedicadas, a partir de diferentes dispositivos e em qualquer local que tenha acesso à web. Com a tecnologia de Cloud Computing da Embratel, muitos aplicativos, assim como arquivos e outros dados relacionados, não precisam mais estar instalados ou armazenados no computador do usuário ou em um servidor dedicado do cliente. Esse conteúdo pode estar disponível na nuvem e, para utilizá-lo, o usuário deverá realizar apenas o acesso remoto por meio da web. "A loja virtual oferece serviços para que as empresas aumentem suas vendas, diminuam seus custos em aquisição de recursos computacionais", afirma Ney Acyr.


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Milton Mansilha/Luz

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o ano passado, os bancos investiram R$ 20,1 bilhões em Tecnologia da Informação (TI), número 9,5% superior a 2011. A indústria de tecnologia para o setor bancário já se aproxima dos investimentos de países desenvolvidos, como França e Alemanha, e corresponde a 15% dos gastos de TI no Brasil. Os dados constam do estudo "Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2013 - O setor bancário em números", divulgado pela Federação Brasileira de Bancos. A pesquisa contou com a participação das 16 principais instituições financeiras que operam no Brasil, que correspondem a 93% do setor bancário brasileiro. Esse crescimento nos investimentos em TI se justificam, uma vez que o volume de transações bancárias cresceu 78% nos últimos cinco anos, fortemente impulsionado pelo Internet Banking e POS (Point of Sale). O Internet Banking é o canal preferido dos clientes, responsável por 39% das transações, seguido dos caixas eletrônicos (26%), POS (13%) e agências (11%). O crescimento das transações em Internet Banking e POS é próximo de 25% ao ano, muito superior ao dos canais mais tradicionais. As agências tem o menor crescimento em número de transações, com 3% ao ano, perdendo participação de 18% para 11% no volume total de transações desde 2008. No ano de 2012, as transações realizadas pelos meios virtuais ultrapassaram pela primeira vez as realizadas pelos meios tradicionais, ficando em 42% e 41%, respectivamente.

Banco Virtual De acordo com a pesquisa, o uso do Internet Banking cresce mais do que o número de

O Internet Banking é o canal preferido, responsável por 39% das transações, seguido dos caixas eletrônicos (26%), POS (13%) e agências (11%)

Bancos investem pesado em

TECNOLOGIA No ano passado, os gastos com TI ultrapassaram R$ 20 bilhões; Internet Banking é o canal mais usado pelos clientes para realizar transações

usuários de internet. O volume de transações neste canal aumentou 23,7% ao ano, indicando uma maior inclusão digital da população; e 80,2% das transações no Internet Banking ainda são sem movimentação financeira, contra 50,5% dos ATMs, indicando

uma facilidade para utilização do canal para consultas. O usuário de Internet Banking realiza em média 3,2 vezes mais volume de transações que os clientes em geral. A participação do Mobile Banking no total de transações passou de 0,04% em 2008 pa-

ra 2,30% em 2012, com grande potencial para expansão. Pelo estudo, o crescimento no volume de transações em POS indica o aumento da presença dos bancos no varejo. O número de cartões de débito e crédito cresceu 10% de 2008 a 2012, saindo de 514 milhões

Incentivo à inovação

80

milhõ es reais é de o inicial valor do Pro d er g da FIN rama Inova epasse E c Minis P, ligada ao red, tério d a Tecno logia Ciência, e Inov ação.

A

Desenvolve SP - Agência de Desenvolvimento Paulista, instituição financeira do Governo de São Paulo, formalizou seu credenciamento junto ao Programa Inovacred, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Com a iniciativa, empresas paulistas com projetos inovadores podem procurar a Desenvolve SP para acessar o programa federal. O valor inicial do repasse será de R$ 80 milhões. O acordo prevê o financiamento de pequenas e médias empresas em investimentos para a introdução de novos produtos, processos, serviços, marketing ou inovação organizacional, bem como o aperfeiçoamento dos já existentes. A taxa de juros será de 5% ao ano e o prazo de pagamento pode chegar até 96 meses, incluindo 24 meses de carência. "São Paulo já responde por mais da metade da produção científica do País e possui o maior número de empresas inovadoras. Com essa parceria com a FINEP, a Desenvolve SP irá ampliar ainda mais sua atuação, incentivando o empreendedor paulista a colocar seu projeto em prática e contribuir para o desenvolvimento do Estado, porque crescimento econômico sus-

tentável só é possível com investimento em inovação", disse Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP. A instituição financeira já conta com um programa exclusivo para inovação, o São Paulo Inova, composto por três linhas de financiamento e um Fundo de Investimento em empresas inovadoras, o Inovação Paulista, em parceria com a Fapesp, o Sebrae-SP e a própria FINEP. O Inovacred atenderá empresas com receita operacional bruta anual até R$ 3,6 mi-

lhões (porte I), as de porte II até R$ 16 milhões e as de porte III, até R$ 90 milhões; 70% dos recursos serão direcionados para as empresas de porte I e II. O valor que poderá ser financiado para cada projeto também foi dividido pelo porte das empresas. As de porte I e II podem financiar entre R$ 150 mil e R$ 2 milhões e as de porte III, até R$ 10 milhões. Entre os principais itens que podem ser financiados pelo Inovacred estão: Equipes participantes do projeto; Equipamentos e instrumentos (nacionais e importados); Matériasprimas e material de consumo; Compra de tecnologia; Patenteamento e licenciamento; Compra de participação no capital de empresas inovadoras; Treinamento no País e no exterior; Softwares customizados e a concepção e desenvolvimento de software.

Balanço do semestre A FINEP divulgou informações sobre seu desempenho no primeiro semestre. No período de janeiro a junho de 2013, as contratações da empresa al-

Raono Maddalena/e-Sim

Santos: a Desenvolve SP irá ampliar ainda mais sua atuação, incentivando o empreendedor a colocar seu projeto em prática.

cançaram R$ 1,14 bilhão, sendo 185% superiores às do primeiro semestre de 2012. Já os desembolsos da empresa atingiram R$ 589,64 milhões, o que representa um crescimento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste primeiro semestre do ano, a FINEP também ampliou os setores apoiados, incluindo áreas como o transporte aéreo de passageiros, para o qual não tinham sido feitos desembolsos no mesmo período do ano passado. Além disso, entre os setores já apoiados, houve crescimento significativo do segmento eletroeletrônico, da agroindústria e farmacêutico, que registraram alta de 589%, 343% e 165%, respectivamente.

Financiamento para crescer O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 41,1 milhões à Locaweb Serviços de Internet. A operação, no âmbito do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (BNDES Prosoft), corresponde a 84% do valor total do projeto, que contempla investimentos em infraestrutura, marketing, comercialização e pesquisa e desenvolvimento, com ênfase em Cloud Computing. Os recursos permitirão expandir a capacidade operacional da companhia, principalmente no centro de dados da sede, em São Paulo, que poderá ter sua capacidade atual aumentada em pelo menos três vezes. O projeto contempla obras civis, adequação às normas de sustentabilidade, adequação da rede elétrica e do sistema de proteção contra desligamentos, implantação de sistemas de refrigeração e segurança e aquisição de móveis e computadores portáteis.

para 749 milhões, de acordo com informações da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Neste mesmo período, o número de transações cresceu de 2 bilhões para 4,7 bilhões. Os cartões de crédito, débito e lojistas despon-

tam como meio de pagamento altamente utilizado, com penetração superior nas classes A/B (atuais 88%) e penetração crescente na classe C (atuais 68%). O crescimento do número de transações acima do crescimento do número de cartões indica a grande intensificação do uso e a consequente importância da tecnologia neste canal. Os cartões de débito são mais numerosos do que os de crédito e os de rede e loja (38%, 26% e 36%, respectivamente), demonstrando o aumento da presença dos bancos na ponta do comércio. Um ponto que chama a atenção na pesquisa da Febraban é o aumento significativo na capacidade de armazenamento dos bancos, devido ao aumento do número de transações e pelo crescente volume de dados capturados para Business Intelligence. De 2008 a 2012, esse crescimento foi de 356%, saindo de 33 terabytes para 150 terabytes. No mesmo período, o custo de armazenamento caiu 69%. As despesas de armazenamento de dados caíram de R$ 11,5 mil para R$ 3,6 mil por terabyte. Do total de R$ 20,1 bilhões investidos no ano passado, 40% foram gastos em hardware, 37% em software, 21% em telecomunicações e 2% em outras despesas. Um sinal positivo da qualidade dos investimentos em TI nos bancos é um crescimento em torno de 20% ao ano dos gastos com software, que é onde se encontra a inteligência do sistema. Os softwares de terceiros e o desenvolvimento de softwares são o tipo de gasto que mais cresceu, mostrando a crescente demanda do negócio para ofertar produtos e serviços aos clientes através da tecnologia. Capacitação de talentos para atender a demanda de desenvolvimento de software é fator que os bancos devem lidar nos próximos anos. (C.O.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ESPECIAL

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

/Thomas Tolstrup/ Image Souce

O mundo caminha para a

MOBILIDADE

Vendas de tablets e smartphones batem recordes, aumentando a demanda por serviços de soluções móveis

P

esquisa realizada pe- bém que a chegada do tablet 2012, quando foram vendidos la empresa de consul- aumentou o tempo de vida de 16 milhões de celulares intelitoria IDC Brasil indica um computador, fazendo com gentes, segundo levantamenque no ano passado o que o consumidor demore to da IDC Brasil. Este número é mercado brasileiro vendeu mais tempo para renovar seus 78% maior do que o apontado 3,1 milhões de tablets, um desktops ou notebooks. "Em- em 2011, quando foram coc r e s c i m e n t o d e 1 7 1 % e m bora o usuário esteja com- mercializados aproximadacomparação a 2011, quando prando menos computado- mente 9 milhões de apareforam comercializados 1,1 mi- res, entendemos que os dispo- lhos. Durante o ano de 2012 lhão de equipamentos. Trata- sitivos têm funções bem dis- foram vendidos 59,5 milhões se do dispositivo que apresen- tintas e que o tablet não é, de de aparelhos celulares. Deste ta maiores taxas de cresci- forma alguma, um substitu- total, 43,5 milhões foram feature phones e os outros 16 mimento no mercado brasileiro. to", afirma Hagge. Somente no quarto trimestre Quando comparado com o lhões eram smartphones. "Pade 2012, principalmente na mercado de computadores no ra se ter uma ideia, no ano pasépoca do Natal, foram vendi- Brasil, verifica-se que foram sado, a cada minuto foram dos mais de 1 milhão de ta- vendidos, em 2012, um tablet vendidos cerca de 30 smartblets. para cada cinco computadores. phones. E a tendência é que Do total de tablets vendi- Em 2011 era um tablet para ca- este número cresça ainda dos, 77% têm o sistema opera- da 14 computadores. Nos Esta- mais daqui para frente", afircional Android e quase 50% dos Unidos, se vendeu, no mes- ma Leonardo dos dispositivos custaram me- mo período, praticamente um M u n i n , a n anos de R$ 500. "A entrada de tablet para cada notebook. Já lista de Merequipamentos com esta faixa na China foi um tablet para cada c a d o d a I D C de preço foi o principal fator oito computadores. No ranking Brasil. O cenário para o aumento significativo mundial do mercado de tablets, de vendas de tablets em 2012. o Brasil ocupa a décima posi- positivo para Em 2010 e 2011, os valores ção. O País havia fechado 2011 os smartphon e s é m u nainda eram considerados al- na décima segunda posição. tos e o leque de opções não era Para o ano de 2013, a IDC es- dial. De acortão extenso. No ano passado, pera que sejam vendidos 5,8 do com o esalgumas empresas, que até milhões de tablets, número tudo da IDC, o então fabricavam GPS, passa- que é 89,5% maior do que o Brasil será o ram a produzir tablets e os pre- apresentado no ano passado. quinto maior ços ficaram mais convidati- O mês de janeiro de 2013, se- m e r c a d o d e vos. Além disso, a maioria dos gundo o estudo mensal da IDC, smartphones fabricantes de computadores apresentou vendas de 350 mil e s t e a n o , f ique atua no mercado brasilei- peças, apenas 15% mais baixo cando atrás ro está incluindo o tablet em quando comparado com o mês a p e n a s d e seus portfólios de produtos", de dezembro de 2012, consi- China, Estadiz Pedro Hagge, analista de derado o mais representativo d o s U n i d o s , mercado da IDC Brasil. desde o início das vendas de ta- Reino Unido e Japão. A Índia Dos 3,1 milhões de tablets blets no Brasil. deve ficar na vendidos em 2012, 88% foram Computador sexta posição. "Isso mostra para usuários domésticos e de bolso que tanto economias mais 12% para o mercado corporamaduras, como também paítivo. Na comparação com As vendas de smartphones ses emergentes, estão impul2011, o segmento doméstico cresceu 159% e o corporativo também deslancharam em sionando o número de smartphones, permitindo 303%. "Desde que os que os celulares intelitablets foram lançagentes ultrapassem dos, é um mercado dos 3,1 os tradicionais pela que sempre aponta milhões de primeira vez na histópara números crestablets ria do mercado de tecentes, ou seja, em nevendidos no ano passado foram lefonia móvel", comnhum trimestre houve pleta Munin, da IDC. queda. Com certeza é para uso doméstico e 12% para Para o analista, o um dispositivo que coo mercado corporativo. momento favorável labora para a inclusão ao mercado de digital, já que é boa alsmartphones no Braternativa para quem sil se dá, principalmente, por precisa consumidor conteúdo conta da queda nos preços e não produzir muita informadestes dispositivos móveis. ção", observa Hagge. O analisEssa é uma tendência que deta da IDC Brasil conclui tam-

88%

ve se firmar ainda mais depois dos incentivos fiscais para a produção no País. "Com a desoneração, os preços dos smartphones estarão menores na ponta e isso, provavelmente, resultará em uma migração dos consumidores de feature phones para smartphones", avalia. É esperado para o mercado brasileiro o lançamento de diversos aparelhos, com os mais variados preços, o que mostra que os fabricantes es-

tão atentos às necessidades dos consumidores e têm o objetivo de atingir todos os nichos do mercado de celulares. "Existem outros fatores que suportam este momento do mercado de smartphones, um deles é o fato de as operadoras estarem cada vez mais direcionando o foco de suas vendas para este tipo de aparelho, já que há uma oportunidade na venda de serviços, como por exemplo, pacote de dados que serão consumidos

por meio destes dispositivos. Outro ponto importante é o avanço das vendas do chamado segmento Open Market, que inclui tanto o varejo físico como o online, e que tem apresentado altas taxas de crescimento para este tipo de dispositivo, fechando 2012 com a representativa marca de 112% de crescimento frente ao ano anterior - o segmento das operadoras cresceu 63% durante o mesmo período.

Tecle para pagar

C

erca de 55 milhões de brasileiros não possuem conta em banco, de acordo com dados da pesquisa Data Popular. Esta população movimenta cerca de R$ 665 bilhões por ano. Para este público, o mobile payment, tecnologia que permite o pagamento de contas vias celular, pode ser uma opção. Com o lançamento do serviço de pagamentos móveis Zuum em algumas cidades paulistas, consumidores e comerciantes passam a usar o dinheiro eletrônico. A MFS - Mobile Financial Service, joint venture formada pela Telefonica International e pela MasterCard Worldwide, já levou a tecnologia para Osasco, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Jundiaí e

Guarulhos, permitindo aos clientes da operadora de telefonia Vivo o acesso a uma conta corrente prépaga no celular, pela qual é possível fazer transações de pagamento. O Zuum permite a realização de transações de depósito, transferência de valores, recarga Vivo (para celular próprio ou de terceiros), pagamento de contas e consulta de saldo. Tudo isso com a segurança e a praticidade de ter todas as funcionalidades em um celular simples, sem a necessidade de trocar o aparelho, baixar aplicativos ou possuir smartphones. O usuário ainda pode adquirir um cartão pré-pago MasterCard com chip, que complementa o produto e acessa a mesma conta, permitindo compras em

mais de 1,8 milhão de estabelecimentos conveniados e saques em caixas eletrônicos da Rede Cirrus no Brasil. "Nestes primeiros meses de operação já foi possível ver a mudança na vida de alguns pequenos comerciantes e profissionais autônomos, que se sentem mais seguros e inclusos com a conta", comenta Marcos Etchegoyen, diretor presidente da MFS. O Zuum utiliza a tecnologia USSD (Unstructured Supplementary Service Data). Na prática isso significa que o usuário irá acessar a conta diretamente do telefone celular Vivo, de qualquer modelo de aparelho, pois é tão simples quanto enviar um SMS, porém sem custo. No cenário atual no Brasil onde a maior parte da população possui celulares pré-pagos simples, a tecnologia USSD permite fazer tudo isso com a segurança e a praticidade, sem a necessidade de baixar aplicativos, ter internet móvel ou possuir smartphones. A adesão ao sistema é gratuita e feita diretamente na tela do celular (basta ligar para *789#), de forma simples e autoexplicativa. No mesmo instante, o usuário poderá depositar na sua conta corrente pré-paga na maioria dos pontos de recarga da VIVO onde ele já esta acostumado a fazer as suas recargas de celular.


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