Diário do Comércio - 17/09/2014

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TEATRO DE GUERRA

Marcelo d'Sants/Ag. O Globo

Das janelas do que foi o hotel Aquarius, na Av. São João perto da Ipiranga, caiu até sofá. Foi o 1º ato da guerra contra a reintegração de posse. A PM atirou gás e bala de borracha. Os sem-teto, pedras. 2º ato: ônibus incendiado. 3º ato: Centro parado.

Ano 91 - Nº 24.209

Conclusão: 23h55

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014 Sebastião Moreira/Efe

Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Orelhões derrubados, tentativas de saque, corre-corre, comércio fechado, barricadas e incêndios esparsos foram o enredo do teatro de guerra, durante o dia inteiro. Aos sem-teto, uniram-se os semtrabalho e os sem-lei. Em cartaz, outras 100 ocupações. Pág. 8 Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

O DEBATE Presidenciáveis se comportaram diante dos bispos na maior parte do debate promovido pela CNBB, em Aparecida. A discussão só esquentou no último bloco, quando muita gente já tinha ido dormir. Pág. 5

Agora não Justiça Eleitoral tira do ar site paralelo da campanha de Dilma. Pág. 6

O que está acontecendo é um atentado. Já pensamos em medidas jurídicas para fazer com que esse grupo criminoso seja punido. Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp ISSN 1679-2688

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Reeleição é a mãe de todas as corrupções

Dida Sampaio/EC

Opinião é do ministro Joaquim Barbosa. Pág. 6

Sei o que é passar fome Marina Silva. Pág. 6

Dilma cai 3 pontos, Aécio sobe 4 pontos. Nova pesquisa Ibope traz Dilma com 36%; Marina, 30%; e Aécio, 19%. O cientista político Carlos Pereira, da FGV, acredita que a queda da presidente Dilma e a subida do tucano se devem ao escândalo da Petrobras. De acordo com Pereira, a pesquisa mostra ainda que os ataques de Dilma a Marina têm um limite.

2º turno Na simulação de um segundo turno, Marina aparece com 43% dos votos contra 40% da presidente Dilma. Pág. 5


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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Assim, por milagre, aquilo que não era possível dois ou três meses atrás ficou possível. José Márcio Mendonça

O QUE UMA

Reprodução

ELEIÇÃO NÃO FAZ urante alguns meses empresas brasileiras com subsidiárias no Exterior – as multinacionais nacionais – tentaram convencer o governo a estender a todas elas a redução de 9 pontos – de 34% para 25% – do Imposto de Renda sobre o lucro auferido no Exterior, concedido seletivamente aos setores de construção civil, bebidas e alimentos. Nunca se soube a razão de tal "exclusividade". Entretanto, o Ministério da Fazenda se recusava a atender ao pedido sob o argumento de que não havia folga no Orçamento para novas desonerações. Na época, Pedro Passos, que é um dos sócios da Natura e dirige o Instituto de Estudos e Desenvolvimento Industrial (IEDI) fez duras críticas à posição do governo, que ele considerou "um absurdo". Em carta ao ministro da Fazenda, ele disse que a medida, tal como estava, desincentiva a industrialização do País. E classificou a cobrança cheia para os diversos setores, com exceção dos três, como um passo atrás, pois inibe o investimento externo. E o Brasil, disse ele, tem poucas multinacionais. Os argumentos, inicialmente, não comoveram a presi-

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dente Dilma Rousseff e o ministro Mantega. Mas vai eleição para cá, vai eleição para lá – com o clima cada vez pior para a reeleição da presidente entre os empresários, principalmente no mercado financeiro e no setor industrial paulista, onde até um até pouco tempo empedernido governista, com o o a t u a l p re s i d e n t e d a Fiesp, Benjamin Steinbruch deu para falar mal do governo – e as coisas mudaram de figura. Assim, por milagre, o que não era possível dois ou três meses atrás ficou possível. a segunda-feira, em São Paulo, na CNI, palco cuja simpatia a campanha de Dilma quer conquistar, Mantega anunciou que o benefício fiscal de 9 pontos no IR de lucros no Exterior passa a valer, a partir de outubro, para todas as empresas que têm negócios também no Exterior. E esta não foi a única bondade dirigida aos empresários nos últimos dias pelo Ministério da Fazenda: o Reintegra em 2015 foi fixado em 3% (na Receita Federal defendia-se no máximo 1%) e incluou-se os setores sucroalcooleiro e de celulose nos benefícios do Reintegra.

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JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Pesquisa divulgada no Valor

Curioso é que há uma enorme contradição entre as medidas para adular os empresários e o ataque indireto e às vezes direto a empresários na campanha de Dilma quando se trata de atacar Marina Silva, colocando-a como a candidata do grande capital, dos banqueiros. Curioso também que na semana passada

saiu das máquinas do PT uma carta formal, assinada pela p ró p r i a p re s i d e n t e D i l m a Rousseff, dirigida a grandes empresas instaladas no País, pedindo contribuições para as eleições. Com humor, com o governo com um saco de bondades tão amplo e generoso – e muitas vezes na direção certa – há

Com a campanha de Dilma indo de mal a pior entre os empresários, o governo decidiu estender algumas "bondades" a alguns setores, o que vinha negando há tempos.

A LIÇÃO DE HIROSHIMA N

luxos e da imunidade. Em 6 de agosto de 1945 foi lançada a primeira bomba atômica e feita nova exigência de rendição. Hirohito não se abalou. Três dias depois foi lançada a segunda bomba e mandada outra carta de rendição, preservando alguns poderes do imperador e de parte de seu governo. Hirohito, enfim, assinou. O ano de 1945 deve ser lembrado não só pelo fim da guerra e pelas duas bombas atômicas, como por ter mostrado ao mundo as graves consequências quando o Estado tem pleno poder sobre a sociedade. té seu suicídio, Hitler assistiu à ruína de seu país, alimentando a obsessão em transformar o Estado numa imagem de si mesmo, tanto através de projetos de edifícios e cidades que levariam seu nome, quanto pela forma de lidar com tudo e todos ao

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ara quem quiser entender melhor que tipo de eleitor brasileiro vai às urnas este ano (analisado recentemente aqui em dois comentários) vale a pena ver a tabela montada pelo economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações, com base em dados levantados em duas pesquisas do DataFolha. Como descreveu Mendonça de Barros em artigo no jornal Valor Econômico de segunda-feira, o instituto fez em suas entrevistas uma série de perguntas sobre temas eco-

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nômicos e de comportamento que permitem montar um quadro com as posições políticas do brasileiro em cinco grupos: direita, centro-direita, centro, centro-esquerda e esquerda. Pelo que se depreende da tabela citada( ver acima), esse eleitor caminhou para a direita, distanciando-se das posições classificadas como de esquerda: em 2013, 41% e 39% de direita; em 2014, a esquerda caiu para 35% e a direita subiu para 45%. Ou seja,trata-se do o mesmo sinal de leituras de outros dados, do IBGE e do TSE: o eleitorado brasileiro está ficando mais conservador. JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

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JOÃO CÉSAR DE MELO os últimos meses da 2° Guerra Mundial, as forças japonesas estavam em frangalhos, sofrendo sucessivas derrotas e perdendo todos os territórios conquistados nos últimos anos. Mas o imperador Hirohito sequer considerava se render. Quando não havia mais soldados suficientes, mandou civis para as trincheiras. Depois mandou crianças. Quando as armas diminuíram, enviou suicidas. Com os soviéticos chegando pelo norte e os americanos pelo sul, as mortes eram contadas em dezenas de milhares a cada incursão. Cidades inteiras eram destruídas, mas nada abalava Hirohito. Mesmo ao saber que os Estados Unidos tinham a bomba atômica e cogitavam lançá-la sobre o Japão, Hirohito continuava indiferente, até porque os aliados exigiam sua rendição incondicional, e ele teria de abdicar do poder, dos

gente dizendo que o Brasil talvez ficasse melhor se houvesse pelo menos uma eleição por ano. É uma boa piada, sim, mas não vale o custo.

redor, sem qualquer pudor e responsabilidade – não por acaso,o mesmo comportamento de Lenin, Stalin, Pol Pot, Papa Doc, Mao Tsé-Tung, Kim Il-Sung, Gaddafi, Fidel , Pinochet, Bashir, Mugabe e outros. O que me assusta é ver, em pleno século 21, tantas pessoas, incluindo a maioria dos agentes culturais em todas as partes do mundo, cobrando que Estados tenham cada vez mais poder sobre as sociedades e suas respectivas economias, ignorando que Estados são liderados por pessoas que, como quaisquer outras, são propensas a todo tipo de desvio de comportamento. A célebre frase do historiador britânico Lord Acton , "o poder tende a corromper e o poder

absoluto corrompe absolutamente", é tão precisa quanto constrangedora. Mais de cem anos depois da frase, após um século 20 recheado de trágicas experiências, com centenas de milhões de pessoas submetidas à guerra e a perseguições políticas, ideológicas e religiosas, ainda temos boa parte da sociedade avalizando as tentativas de uma dúzia de pessoas de tomar o poder, ou mesmo mantê-lo, como um patrimônio inquestionável. á mais de cinquenta anos os cubanos são reféns dos caprichos de um único homem. Enquanto a população se arrasta sob a cotidiana privação de alimentos, confortos e

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liberdade, a família Castro vive entre palacetes. Os maiores investimentos financeiros e políticos de Fidel Castro, nestas décadas de reinado, foram no financiamento de revoluções noutros países. Três semanas após chegar ao poder, em 1959, Fidel já embarcava para a Venezuela, para plantar lá a semente da revolução. Todos os absurdos de todas as ditaduras, declaradas ou não, são de conhecimento público, mas as únicas críticas feitas se restringem às intervenções de libertação, como ocorreu no Afeganistão, no Iraque e na Líbia. É comum pessoas defenderem o fim do embargo americano a Cuba, mas ninguém lembra que as condições de Washington se resumem ao governo cubano reestabelecer a democracia. Em agosto, quando se completou mais um ano das explosões das bombas atômicas sobre o Japão, muitos lembraram a crueldade dos EUA, mas não falaram da total indiferença de Hirohito com seu povo, cujo sofrimento foi usado como mera barganha política – da mesma forma que o Hamas faz agora. A lição que a humanidade deve tirar da bomba em

Hiroshima é que quanto mais o Estado estiver sob o poder de uma única pessoa, menos a sociedade será considerada um conjunto de indivíduos com vidas, famílias e negócios próprios. A democracia existe para que a sociedade possa tirar do poder qualquer agente público que não trabalhe em seu benefício. ara cada guerra em que o governo americano se lançou, houve uma sociedade forte o suficiente para pressionar o governo a se retirar. Sociedade forte significa imprensa e cultura que se dedicam a denunciar, não a fazer publicidade estatal. É importante prestar atenção à política de intimidação do atual governo brasileiro. Lula não irá à televisão dizer as reais intenções dele, de Dilma e de seu partido. Ele só as realizará na medida em que for encontrando espaço e inocência social para tomar o poder e fazer dele a ferramenta para todos os seus caprichos, os quais se entrelaçam justamente aos caprichos de outras ditaduras do mundo.

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JOÃO CÉSAR DE MELO É ARQUITETO, ARTISTA PLÁSTICO, AUTOR DE "NATUREZA CAPITAL" E COLUNISTA DO INSTITUTO LIBERAL

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cesário Ramalho da Silva Edy Luiz Kogut João Bico de Souza José Maria Chapina Alcazar Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Miguel Antonio de Moura Giacummo Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Renato Abucham Roberto Mateus Ordine Roberto Penteado de Camargo Ticoulat Sérgio Belleza Filho Walter Shindi Ilhoshi

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REPRODUÇÃO ASSISTIDA EXIGE CUIDADOS DE QUEM PRETENDE UTILIZAR O PROCEDIMENTO. Nelson Anantoine/Estadão Conteúdo

SAÚVAS DO PAÍS

em conceituado, bem estabelecido, famoso. Como desc o n f i a r d e u m expert? No entanto, ele protagonizou um vergonhoso escândalo na comunidade médica brasileira e cometeu 52 estupros e quatro tentativas de estupro com 39 mulheres, suas pacientes e em sua própria clínica de reprodução assistida. O processo criminal teve início em 2008, por meio de denúncia de uma ex-funcionária. Tornou-se público em 2009 e, a partir daí, pelo menos 250 testemunhas foram ouvidas e depoimentos de mais vítimas somaram-se ao processo, que culminou com a condenação do médico a 278 anos de prisão. Ele conseguiu escapar e se manteve foragido por três anos e sete meses. Por fim, recentemente, foi capturado no Paraguai. Está preso e sua carreira encerrada.

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b d e l m a s s i h , u m expoente em sua área, tinha uma clínica de fertilização das mais conceituadas do país. Atendeu gente famosa; foi responsável, por exemplo, pela inseminação artificial de filhos de Pelé e Gugu Liberato. Exemplo de competência, era quase impossível duvidar de sua ética e honestidade. Os estupros aconteciam em momentos em que acompanhantes ou a enfermeira não estavam próximos, ou na sala em que as mulheres se recuperavam do procedimento médico. Além disso recai sobre Abdelmassih outra acusação muito grave: a de manipulação genética. Um casal, por exemplo, descobriu que o filho, concebido por meio de inseminação artificial na clínica de Abdelmassih, apresenta combinação genética que não é a dele. Há também denúncias de inseminação de óvulos para possível comercialização de embriões. Manipulação genética é crime previsto na lei de Biossegurança, de nº 11.105, de março de 2005. Mas o fato é que o tempo já decretado da pena e a idade do médico, 72 anos, indicam que ele não sairá mais da cadeia. E, claro, as investigações devem continuar.

á uma parcela muito grande da sociedade brasileira que está sofrendo com a realidade brasileira e com a possibilidade, felizmente hoje pequena, da permanência no poder central do grupo petista e seus aliados interesseiros, que estão afundando o País nos últimos doze anos, vendendo à outra metade da população a ilusão cinematográfica de que tudo está bem. O sofrimento decorre justamente de se verificar que um enorme contingente eleitoral, o mais pobre, ignorante, dependente, está sendo esbulhado pela desinformação, iludido pela mentira e mantido na escuridão da falta de discernimento para que os seus algozes – sim, são algozes – permaneçam infinitamente no usufruto das benesses do poder e na tentativa de dominação autoritária da parcela que pensa.

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e as ex-pacientes nada mais podem fazer se não unirem-se para garantir justiça, mulheres/casais que têm planos de realizar inseminação artificial devem tirar algumas lições desse terrrível episódio. A decisão pela inseminação artificial não é simples e envolve questões emocionais e, além disso, os procedimentos exigem cuidados. É um momento em que a mulher está vulnerável e, por isso mesmo, deve se cercar de ajuda profissional, não só no que se refere ao aspecto clínico, mas jurídico também. Ou seja, ela deve estar ciente dos direitos e deveres de todas as partes envolvidas no procedimento. A lei de Biossegurança é um tanto genérica e embora regule as questões que envolvem, por exemplo, a pesquisa de células-tronco, não tem o instrumental jurídico no que se refere à inseminação artificial. Para isso, a justiça do País se apóia nas resoluções do Conselho Federal de Medicina que tratam da reprodução humana assistida ou inseminação artificial, como é chamado o conjunto de procedimentos.

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onhecer as regras da última Resolução do CFM, a de nº 2.013, publicada no Diário Oficial em 9 de maio de 2013, é imprescindível, até porque essas regras norteiam não só os procedimentos médicos, mas o conteúdo de qualquer documento que as pacientes e pessoas

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AS NOVAS

ão é só coincidência que, nas pesquisas eleitorai, no segundo turno Marina esteja na frente, empatando com Dilma no primeiro turno. Isso traduz claramente essa insatisfação de quem está enxergando a realidade brasileira e os desatinos que o grupo de Lula/Dilma/Dirceu/ Padilha/Haddad, e outros impõem ao Brasil. Basta ter olhar crítico. O que, lamentavelmente, um país de analfabetos funcionais não consegue. Não precisa ir longe. É só olhar o Mensalão e agora o magistral escândalo da Petrobrás. Só não vê quem não quer que por trás está o sonho megalomaníaco de Lula de se eternizar no poder, de ser o dono do país, mesmo que comprando parlamentares, partidos, aliados e dando prejuízo de bilhões à antes maior empresa brasileira para saciar apetites escusos e forrar de dinheiro o caixa de campanha do partido.

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Roger Abdelmassih: reputação e carreira atiradas por terra

Quando o médico é o monstro envolvidas devem assinar. O item 3 dessa resolução determina que: "o consentimento informado será obrigatório para todos os pacientes submetidos às técnicas de reprodução assistida. Os aspectos médicos envolvendo a totalidade das circunstâncias da aplicação de uma técnica de reprodução assistida serão detalhadamente expostos, bem como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento com a técnica proposta. As informações devem também atingir dados de caráter biológico, jurídico, ético e econômico. E o documento deve ter a concordância, por escrito, das pessoas a serem submetidas às técnicas de reprodução assistida. s regras são muitas porque são numerosas as situações previstas. Na questão dos descartes de embriões – regra que interessa a todos –, a resolução determina que estes podem ser descartados após cinco anos de congelamento. O destino deles é uma escolha dos pais. É permitida a seleção genética dos embriões, escolhendo os que não apresentem alguma doença hereditária. Contudo, não é permitido escolher o sexo do bebê, exceto em situações específicas, quando a doença se relaciona ao sexo, como no caso da hemofilia.

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briões têm suas identidades preservadas e não deverão se conhecer. É proibida qualquer atividade lucrativa relacionada à doação. Médicos responsáveis pelas clínicas e seus funcionários não podem participar como doadores.

IVONE ZEGER resolução esclarece que as clínicas são responsáveis pelo controle de doenças infectocontagiosas, coleta, manuseio, conservação, distribuição, transferência e descarte de material biológico humano. Ao escolher a clínica, os interessados devem atentar para os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento, listados na resolução do CFM. A ciência avança e esperase que o bem-estar das pessoas seja cada vez mais uma realidade. Abdelmassih poderia ser lembrado por ter feito centenas de pessoas e famílias felizes; infelizmente, muitas das suas ex-pacientes se recordarão para sempre de sua monstruosidade.

A Entre os beneficiados pela resolução estão os casais homossexuais e as mulheres, independentemente de seu estado civil. No caso de um casal formado por duas mulheres, antes não era permitido que o óvulo de uma parceira fosse recebido pela outra, para que ambas pudessem participar na gestação. Agora isso já é permitido. ma mulher que não produza óvulos e que tenha condições financeiras pode pagar o tratamento de outra mulher que queira engravidar, mas não tem como custear o seu próprio tratamento; em troca, a mulher beneficiada doa parte de seus óvulos para a família que custeou. Nesse caso, essas mulheres não podem se conhecer. Mas quem recebe o óvulo pode ter acesso a informações como escolaridade e características físicas. Regra geral: doadores e receptores de gametas e em-

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IVONE ZEGER É ADVOGADA ESPECIALISTA EM DIREITO DE

FAMÍLIA E SUCESSÃO, MEMBRO EFETIVO DA COMISSÃO DE DIREITO DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AUTORA DOS LIVROS "HERANÇA: PERGUNTAS E RESPOSTAS" E "FAMÍLIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS", DA MESCLA EDITORIAL WWW.IVONEZEGER.COM.BR

A Resolução do CFM de 2013 traz regras que norteiam não só os procedimentos médicos, mas o conteúdo de qualquer documento que as pessoas envolvidas devem assinar.

só olhar como o PT agride de forma direta o empresariado nacional, buscando, inclusive, acabar com a indústria e o crescimento econômico do País, ao mesmo tempo em que, de forma antiética, busca arrancar contribuições financeiras das mesmas empresas para sustentar o, repito, cinematográfico aparato publicitário da máquina de mentiras. Há uma parcela "esperta" do grande empresariado que financia todas as artimanhas petistas, em busca de retorno em obras, concessões, favores públicos bilionários. Atiram no próprio pé já que financiam quem os quer destruir para transformar o Brasil num socialismo decadente, sem forças produtivas. Se depender "deles", em breve, ao estilo Venezuela, não teremos papel higiênico

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PAULO SAAB

para a população. PT é predador. Destrói a tudo e a todos para manter-se no poder, fazendo média populista com os mais necessitados, sem resolver-lhes os problemas, criando-lhes dependência ainda maior em troca do voto. Em São Paulo, o poste petista Fernando Haddad, em nome de beneficiar os mais necessitados, congestiona cada dia um pouco mais o transito de veículos, criando faixa de ônibus e vias para bicicletas que são um verdadeiro desatino pela falta de planejamento e resultados. Há faixa de bicicleta ate em cima das calçadas. O pedestre que morra atropelado.

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PT é um câncer que está matando o Brasil, disseminando suas metástases em todas as áreas onde põe a mão. Ou as duas mãos, com gula. O governo Dilma esfacelou a economia. O país está pior e atrás em todos os índices que detinha quando Dilma assumiu. O nosso desempenho econômico é chamado de miserável por entendidos e perdemos em crescimento para todos os países chamados emergentes. E a "presidenta", em sua pequenez de visão de mundo, de forma

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ignorante, bate no peito dizendo que privilegia o emprego e o consumo. É outro tiro no pé que vai nos levar de volta à inflação dos tempos de Sarney, hoje, aliás, um aliado de Dilma. Brasil corre sério risco diante da possibilidade de reeleição "disso tudo que aí está". Houve tempo em que se dizia que ou o Brasil acabava com a saúva, ou a saúva acabaria com o Brasil. Esse Brasil romântico já não existe mais. A ameaça agora é concreta e se chama lulo-petismo. Ou o Brasil acaba pelo voto com o poder do PT, ou o PT vai, ao estilo "arrasa quarteirão", acabar com o Brasil. Estão destruindo o Brasil, estão destruindo a cidade de São Paulo, como destróem tudo por onde passam. "Eles" não têm limites morais, nem éticos, nem de consciência. São as saúvas da modernidade.

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PAULO SAAB É JORNALISTA, PALESTRANTE E ESCRITOR


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GibaUm

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gibaum@gibaum.com.br

Há quase três anos, a Globo fez uma pesquisa para ver quem seria a ideal para substituir Fátima Bernardes no JN.

k “Eu mergulharia no fundo do mar para explorar o pré-sal.” LULA // empolgado, defendendo a Petrobras e o pré-sal. Fotos: Divulgação

Que ninguém imagine que tenha caído a ficha para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, quando ele resolveu liberar a faixa dos ônibus para taxis com passageiros, como era antes: essa foi quase uma ordem do expresidente Lula para levantar um pouco a imagem do alcaide paulistano, a ponto de prejudicar menos a candidatura de Alexandre Padilha. E para o exministro da Saúde, o ex-chefe do Governo mandou atacar para valer seus adversários, “Como Duda Mendonça vem mandando o Paulo Skaf fazer”. Malgrado o episódio do mensalão, Lula admira Duda. 333

DIFERENÇA Para quem tem memória curta: em 2010, Dilma Rousseff defendia a autonomia do Banco Central, que hoje condena e José Serra era contra. Analistas de plantão também lembram que os petistas que agora investem contra Marina Silva dizendo que ela quer “entregar o BC aos banqueiros”, preferem esquecer que, nos dois governos Lula, os bancos lucraram perto de R$ 200 bilhões. Nos dois governos FHC, os lucros das instituições financeiras chegaram a R$ 31 bilhões.

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Dor de garganta Há dias, no final de um comício, o ex-presidente Lula se queixou de dor de garganta. “Antes, quando tomava um conhaquezinho, não tinha problema. Agora, depois do câncer, dá uma coceirinha”. E essa coceirinha tem feito o exchefe do Governo pigarrear e até mesmo ver sua voz ganhar mudanças de tom. Por orientação do próprio Lula, nas horas que a garganta incomoda, assessores preparam rapidamente uma infusão à base de mel e gengibre. Seu médico particular, Roberto Kalil, sempre desaconselha excessos, especialmente com fala acima do tom normal, como pedem os palanques. 333

NOVO PITO “Guido Mantega é um caso inédito de ex-ministro em exercício”. A frase é de Marcos Lisboa, ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda. E mesmo em período de aviso prévio – e expressão é do próprio Mantega – o titular da Fazenda ainda leva pitos públicos e privados da presidente Dilma. Nesses dias, admitiu reajuste dos preços do combustível e, em menos de 24 horas, ela bradou que “não haverá aumento”. E pelo telefone, não foi exatamente polida com o ministro com um pé (ou dois) fora do governo.

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Deborah Secco, 34 anos, é capa e recheio de três revistas ao mesmo tempo: Trip, TPM e Top Magazine. Ela está no elenco da novela Boogie Oogie, no papel de Inês, vai aparecer no cinema antes do final do ano em Boa Sorte, onde vive uma soropositiva viciada em drogas e se prepara para voltar ao teatro com Mais Uma Vez Amor, ao lado de Marcos Mion. Numa revista, ela aparece loura; em outra, fala sobre sua infância e fama: “Ainda não é fácil ficar nua na frente de uma equipe. Me faz respirar e pensar: “Você não está aqui. Essa não é você”.

Dose tripla

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“Quem organizou essa m...?” A frase, atribuída a Lula, muito irritado com o naufrágio do comício na Cinelândia, no Rio, na defesa da exploração da camada do pré-sal e da Petrobras, acabou atingindo Rui Falcão, presidente nacional do PT e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, licenciado do cargo, encarregados de reunir sindicatos, militância do partido, organizações sociais e estudantis e que conseguiram arrebanhar pouco mais de 600 pessoas. No geral, foram levadas em ônibus fretados e com direito a R$ 100 de ajuda de custo. A fúria nacionalista de Lula foi apenas uma tentativa de fogo de encontro para encobrir os escândalos da Petrobras, que ameaçam crescer mais com a delação premiada de Paulo Roberto Costa.

Fogo de encontro

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333 Barbara Fialho, mineira de Montes Claros, 29 anos, 1,80m de altura, aparece só de vez em quando por aqui: sua carreira é totalmente internacional. Nos últimos anos, vem participando do famoso Victoria’s Secret Fashion Show, desfila para grandes grifes nos Estados Unidos e Europa e agora, acaba de tirar a roupa para a QG South Africa e para a QG Australia (no mesmo mês, aparece num editorial gênero boteco na Maria Claire). Medidas: 96-6190. E mais: ela sabe tocar violino.

Produto de exportação

MAIS: na época, já havia dado Renata Vasconcelos na cabeça. Outros interesses levaram Patrícia Poeta para a bancada.

Atrás da bancada A saída de Patrícia Poeta da bancada do Jornal Nacional provoca uma série de boatos sobre os reais motivos que teriam levado a Globo, a tomar essa decisão: de um lado, há quem aposte que William Bonner estaria insatisfeito em trabalhar ao lado dela que, supostamente, teria sido imposta por seu marido Amaury Soares, diretor de programação da emissora; de outro, a situação teria piorado depois das noticias que Poeta estava comprando um apartamento na Vieira Souto por R$ 23 milhões. O dono seria George Sedala, nome sempre ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira.

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Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil acaba de ultrapassar os Estados Unidos em números de intervenções no rosto e na cabeça. No ano passado, foram 380 mil procedimentos aqui contra 312 mil lá. Na sequencia, estão México, Alemanha e Colômbia. No total de procedimentos não cirúrgicos, incluindo botox e peeling químico, os Estados Unidos realizaram 2,5 milhões enquanto o Brasil alcançou 650 mil. Em seguida, vem México, Alemanha e Espanha. Mais: os EUA tem 6.133 cirurgiões plásticos e o Brasil, 5.473.

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Acessórios clássicos.

Acessórios assimétricos.

Cartão vermelho Marco Polo Del Nero, 73 anos, presidente da Federação Paulista de Futebol há 12 anos e presidente eleito da CBF (a posse será em abril do ano que vem), teria rompido seu romance com Katharine Fontenele, 23 anos, que apareceu toda nua, este ano, num ensaio da revista Sexy. O affair foi abalado por uma foto que ela postou no Instagram ao lado de Del Nero e escreveu “Amor incondicional”. Amigos chegados acham que o namoro não terminou: apenas deverá ser menos publico, especialmente porque Marco Polo virou alvo de gozações nas redes sociais. 333

HOJE NA CAPITAL Mín.

Máx.

15o | 22oC Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com muitas nuvens.

MAGRINHA Além de ensaiar o “passinho” na Central Única das Favelas, no Rio e participar do lançamento do livro Um país chamado Favela, de Renato Meirelles e Celso Athayde, fundador da Cufa, Dilma Rousseff ficou encantada com um grafite feito por integrantes do projeto, especialmente por sua aparência no retrato. “Eu queria agradecer especialmente os meninos do grafite, que me deram um grande presente: me fizeram magrinha”.

333

MISTURA FINA O EX-presidente Lula garante que não quer falar mal de Marina Silva, mas não esqueceu os últimos tempos dela no ministério quando divulgou, sem avisar o Planalto, dados desastrosos sobre o desmatamento, acusando colegas do Esplanada. Depois, o então chefe do Governo retirou o programa Amazônia Sustentável de sua alçada e ela acabou deixando o governo sem ter tido uma conversa a sós com Lula. 333

333 ABÍLIO Diniz está debruçado sobre novos planos que poderiam marcar sua volta a seu setor de origem. Não será surpresa se ele marchar em direção à rede Makro, a maior atacadista do Brasil, com quase 80 lojas e faturamento anual de cerca de R$ 8 bilhões, só que com resultados finais menos empolgantes. Se essa alternativa prosperar, a aquisição da rede holandesa entre nós seria uma chance de reabertura das conversações de Abílio com a francesa Carrefour.

Novo campeão

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Quem mandou

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

333 A DEMISSÃO antecipada de Guido Mantega da Fazenda foi a alternativa que Dilma aceitou de Lula, que queria que a presidente fizesse uma outra Carta aos Brasileiros, como ele fez em 2002, garantindo respeito aos contratos e estabilidade econômica. Carta a presidente rejeitou de cara e agora, recusa-se a apresentar seu programa de governo.

333 O DESAFIO do banho de água com gelo já arrecadou R$ 234 milhões para as pesquisa sobre a esclerose lateral amiotrófica. Por outro lado, os vídeos em que famosos e anônimos aparecem jogando um balde de água gelada na cabeça no Facebook já foram vistos mais de 10 bilhões de vezes, atingindo uma audiência de 440 milhões de pessoas no planeta.

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

AMANHÃ, 18/SET Mín.

Máx.

15o | 27o C

Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite.

SEX, 19/SET Mín.

Máx.

19o | 27o C

Sol com muitas nuvens. Pancadas de chuva à tarde e à noite.

SAB, 20/SET Mín.

Máx.

18o | 28o C

Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.

CRUZADAS DIRETAS


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A reeleição funciona como carro-chefe, como a mãe de todas as corrupções, de toda espécie. Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF.

Marina combate boatos com emoção Em propaganda ontem, ela faz chorar ao relembrar a infância miserável. E jura que quem já passou fome jamais acabaria com um programa como o bolsa família. Reprodução DC

o programa de tele- mos manter o Bolsa Família... visão de fundo emo- Eu sei o que é passar fome". Para integrantes da campacional feito pela equipe da presiden- nha, a fala de Marina é bem diciável do PSB, Marina Silva diz ferente da de outros candidaque uma pessoa que já passou tos porque não foi criada por fome, como ela, jamais acaba- redatores. O texto é um testemunho de vida. No trecho rá com o Bolsa Família. A peça aproveita o comício mais dramático, Marina se reem Fortaleza, na última sexta- corda do dia em que sua famífeira. Naquela noite, em cima lia tinha apenas um ovo e "um pouco de faride um palanque nha e sal" pamontado para o ra alimentar comício, Marina oito filhos. falou à população Dilma, você fique "Tudo o que de sua própria exciente: não vou lhe minha mãe tiperiência de vida. combater com suas nha para oito Veiculado pela filhos era um televisão, no ho- armas (...) . Nós ovo e um pourário eleitoral da vamos manter o noite de ontem, o Bolsa Família... Sei o co de farinha e sal com filme aproveitou que é passar fome. u m a s p a l h iaquele evento panhas de cebor a c o m b a t e r o s MARINA SILVA la picadas. Eu boatos petistas me lembro de segundo os quais a candidata do PSB interrom- ter olhado para o meu pai e miperia o programa social criado nha mãe e perguntado: 'vocês não vão comer'? . E minha mãe pelo PT. Em sua fala, Marina estabe- respondeu: 'nós não estamos lece uma identificação emo- com fome'". Marina continuou relemcional com setores do eleitorado que já passaram por priva- brando sua história: "E uma criança acreditou naquilo. ções semelhante. "Dilma, você fique ciente: Mas eu depois entendi que não vou lhe combater com eles há mais de um dia não cosuas armas; vou lhe combater miam. Quem viveu essa expecom a nossa verdade", grita riência jamais acabará com o Marina à multidão. "Nós va- Bolsa Família."

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nos e médios empresários. Ela argumentou que hoje 70% das empresas que estão no regime do Super Simples e que tentam migrar para o sistema tributário aplicado a empresas maiores desaparecem ao longo dessa transição. "Quando eles atingem os R$ 3,6 milhões (de fatura-

liados do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, estão se aproximando da campanha de Marina Silva (PSB) para declarar apoio já no 1º turno. Apesar disso, Marina pediu para que os auxiliares dela mais próximos não façam, por enquanto, nenhum movimento em direção aos tucanos. Segundo apoiadores da presidenciável, prefeitos e deputados tucanos procuraram integrantes da campanha nos últimos dias para manifestar simpatia pela candidata. Ontem, o presidente estadual do PSDB no Ceará, Tomás Figueiredo Filho, declarou apoio à Marina. "Temos muitos pontos políticos em comum", alegou Figueiredo. A cúpula tucana vem tentando mostrar otimismo e publicamente o discurso é de que Aécio pode chegar ao 2º turno. Nos bastidores, os tucanos não escondem o desânimo em virtude da dificuldade do candidato crescer na reta final do 1º turno. "Ninguém acredita mais no Aécio, né?", ironizou um pessebista. Marina chamou os aliados semana passada para dizer que seria "desrespeitoso" qualquer tentativa de "cooptação" dos tucanos num momento em que Aécio ainda tenta se viabilizar. "Não temos orientação para conversar com ninguém", comentou Walter Feldman, coordenador adjunto da campanha. (Estadão Conteúdo)

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PSB reproduz discurso emocionante de Marina contando que dividiu um ovo com os oito irmãos DE VOLTA ÀS ORIGENS A origem humilde de Marina remete à história de vida do ex-presidente Lula. Tanto que, hoje, a avaliação é de que somente eles, como poucos no cenário eleitoral atual, podem falar dessa maneira com todo o tipo de eleitor.

Com pouco tempo de televisão – são apenas dois minutos –, o desafio da equipe de comunicação da candidata do PSB é justamente conseguir dialogar com o eleitor e, ao mesmo tempo, enfrentar ataques adversários. A presidente Dilma Rousseff tem, por

exemplo, cerca de 11 minutos para conquistar votos e reverter rejeições. Apesar do pouco tempo, Marina termina sua história com a frase: "Não é um discurso, é uma vida". Ela não se emociona. Emociona-se quem assiste ao vídeo. (Agências)

E busca se aproximar dos microempresários candidata do PSB, Marina Silva, defendeu ontem ser favorável à criação de uma faixa para o regime de tributação Super Simples. "Defendo que haja uma faixa de transição", disse, após participar de evento no qual ouviu demandas de peque-

Revoada de tucanos rumo ao PSB no 1º turno

mento), entram em um processo incompatível com sua capacidade de suporte". Marina não detalhou mais sobre essa faixa de transição e disse que é uma medida que está sendo estudada por sua equipe, juntamente com a questão da reforma tributária. "Como será criada essa

faixa de transição é um esforço que está sendo feito inclusive ouvindo o setor." Questionada sobre sua fala sobre leis trabalhistas, reforçou que não usou o termo "flexibilização" e garantiu que as discussões com sua equipe tem como base garantir que não se percam conquistas

dos trabalhadores. "O debate será feito sem prejuízo das conquistas que trabalhadores a duras penas conquistaram", afirmou. Marina falou ainda em medidas que ajudam a diminuir a informalidade no mercado de trabalho e na reforma do sistema previdenciário. (Agências)

Janot defende suspensão de propaganda agressiva do PT

Joaquim Barbosa diz que a reeleição 'é a mãe de todas as corrupções'

Em foco, os ataques à proposta de Marina, de autonomia do Banco Central.

Para ele, o ideal seria o fim da reeleição e a instalação do voto distrital. André Dusek/Estadão Conteúdo

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 20/08/2013

procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da presidente Dilma Rousseff que criticam a proposta da rival Marina Silva de conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC). Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira, Janot considerou as peças irregulares ao reconhecer que elas pretendem criar "artificialmente na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais". Essa conduta é proibida pelo Código Eleitoral. A manifestação de Janot pode ser acatada pelo TSE no julgamento do mérito das três ações da campanha de Marina que questionaram a propaganda. O caso deve ser analisado nos próximos dias. Os advogados de Marina recorreram na semana passada ao tribunal contra a campanha, sob a alegação de que a chapa de Dilma pratica

O

Janot defende Marina "verdadeiro estelionato eleitoral" ao distorcer a proposta da adversária, uma vez que induz à percepção de que os bancos seriam os responsáveis pela condução da política de controle de juros e de inflação. Os advogados de Marina sustentam que a propaganda cria um "cenário de horror" com a implantação da autonomia do BC ao chegar ao "absurdo terrorismo" de que a medida esvaziaria os poderes do presidente da República e do Congresso.

A propaganda, que foi ao ar em 9, 11 e 12 de setembro e também em inserções de dia, mostra uma família sentada ao redor de uma mesa e a comida sendo retirada aos poucos, à medida que o narrador fala das supostas consequências da autonomia do BC. Na semana passada, o TSE negou três pedidos de liminares apresentados pela defesa de Marina para suspender a propaganda. Mas Janot é a favor de o tribunal impedir a veiculação da campanha no julgamento do mérito: "A cena criada na propaganda impugnada é forte e controvertida, ao promover, de forma dramática, elo entre a proposta de autonomia ao Banco Central e quadro aparente de grande recessão, com graves perdas econômicas para as famílias", afirma Janot. Para ele, é inquestionável que a crítica meramente política é inerente à campanha eleitoral e constitui típico discurso de embate. (EC)

ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa criticou o instrumento da reeleição. Para o ex-ministro, a possibilidade de um mandato seguido no Brasil é "a mãe de todas as corrupções". "Nos países em fase de consolidação institucional ou que tenham instituições débeis, a reeleição funciona como o carro-chefe, a mãe de todas as corrupções", afirmou ele, durante palestra de abertura do 13º Congresso Internacional de Shopping Centers e Conferência das Américas, em São Paulo. A reeleição, segundo Barbosa, faz com que o titular do poder executivo – de qualquer esfera – comece o mandato em busca de apoio para a reeleição. "Essas trocas explicam o motivo de um (político) conservador votar ou apoiar favoravelmente projetos de leis capitaneados por pessoas socialistas e viceversa", afirmou Barbosa. "Em

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Procurador quer Maluf inelegível procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer desfavorável à candidatura do deputado federal Paulo Maluf (PP) nas eleições deste ano. Janot aponta que, com base na Lei da Ficha Limpa, Maluf seria inelegível devido a condenação por ato doloso de improbidade administrativa que causou enriquecimento

O

ilícito e lesão ao patrimônio público. O parecer é enviado em recurso em que Maluf questiona decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de indeferir candidatura à Câmara dos Deputados. No final de 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou Maluf por improbidade administrativa sob acusação de superfaturamento no Túnel

Ayrton Senna, obra de sua gestão. A Procuradoria diz que Maluf, na prefeitura, nomeou Reynaldo Emygdio de Barros, de sua confiança, para a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e para a Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas. No parecer, Janot diz que a conduta de Maluf contribuiu para o enriquecimento de Emygdio e cita fraude em processo licitatório. (EC)

Joaquim Barbosa: primeira aparição pública depois de deixar o STF. regra não há qualquer ilícito nessa conduta, mas o desejo de se perpetuar no poder pode favorecer desvios". Para Barbosa, o ideal seria um mandato de cinco anos com a instalação do voto distrital. "Nós conseguiríamos, pelo menos, eleger um número razoável de pessoas qualificadas." O ministro também criticou a quantidade de partidos no País: "É absolutamente irracional um país ter 32 ou

33 partido". Barbosa também afirmou que o período de campanha poderia ser reduzido pela metade, sem o uso da televisão para baratear os custos de produção. "O que encarece a campanha são os custos de produção desses programas", disse. "Já presenciei eleições em diversos países e elas são muito enxutas. Nem se percebe que o país está em processo eleitoral". (EC)

TSE suspende site Muda Mais Decisão atende a pedido da coligação da candidata à Presidência, Marina Silva. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ontem uma liminar para retirar do ar o site Muda Mais (www.mudamais.com.br), criado por integrantes ligados ao PT para defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff. A decisão, dada pelo ministro Herman Benjamin, atende a um

O

pedido da coligação da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. O endereço eletrônico, ligado ao ex-ministro Franklin Martins, tem se tornado um dos canais mais críticos dos adversários de Dilma. O alvo inicial do site era o tucano Aécio Neves, mas com o crescimento de Marina nas pesquisas, a candidata do

PSB entrou na mira. Ontem, por exemplo, a página insinuava que Marina pretende vender a Petrobras. O ministro do TSE considerou que, pela Lei das Eleições, é proibida a veiculação de propaganda, ainda que gratuitamente, em páginas eletrônicas de pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos. (EC)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Reuters

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

RETA FINAL Na véspera do referendo sobre a independência da Escócia, três pesquisas de opinião mostram ligeira vantagem do grupo contrário à separação do Reino Unido.

UCRÂNIA REALIZA O SONHO EUROPEU

Sergey Dolzhenko/EFE

Kiev assina acordo com a União Europeia, mas não se esquece de anistiar separatistas e conceder mais autonomia ao leste pró-russo. Ucrânia ratificou ontem um acordo abrangente com a União Europeia (UE), tema no cerne da crise entre a Rússia e o Ocidente sobre o futuro ucraniano, e buscou conter o impulso separatista dos rebeldes apoiados por Moscou acenando com anistia e uma autonomia temporária e limitada no leste do país. Em Kiev, 355 dos 450 parlamentares votaram a favor da ratificação do acordo, que prevê um pacto de livre comércio entre a Ucrânia e a UE em troca de reformas democráticas nas instituições ucranianas. A implementação da parte relativa ao livre comércio foi adiada até o início de 2016, depois de Moscou ameaçar a Ucrânia com restrições comerciais. A Rússia se opõe ao acordo, afirmando que bens europeus podem inundar seu mercado. Autoridades ucranianas dizem que o objetivo da Rússia é conter a integração de Kiev ao Ocidente e manter o país na esfera de influência de Moscou. A recusa do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich em assinar o acordo em novembro de 2013 deu início a

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protestos de rua que deixaram dezenas de mortos e levaram à sua queda em fevereiro. Após a chegada de um governo próOcidente ao poder, a Rússia invadiu e anexou a Crimeia, além de dar apoio aos separatistas no leste ucraniano. Embora o atual presidente ucraniano, Petro Poroshenko, tenha saboreado uma vitória histórica com a aprovação parlamentar ao acordo com a UE, Manifestantes queimam pneus em frente ao Parlamento ucraniano em protesto à aprovação de acordo que 'legaliza' a ocupação do leste do país Valentyn Ogirenko/Reuters seus esforços de pacificação públicas populares" proclama- em dezembro. momento, por princípio", atraíram o das pelos separatistas. Outra lei ofereceu anistia acrescentou Purgin. desprezo dos Poroshenko elaborou o plano aos separatistas que combaOleh Tyahnibok, líder do parseparatistas e depois de concordar com relu- tem as forças do governo – tido nacionalista Svoboda (Lide alguns polítância com um cessar-fogo a mas não para os envolvidos na berdade), declarou antes da ticos de destapartir de 5 de setembro na es- derrubada do avião de passa- sessão que considera "absoluque, e as Forteira de perdas no campo de ba- geiros malaio em 17 de julho tamente errado votar pela capiças Armadas talha e de baixas ucranianas, ou para pessoas que partici- tulação depois de todas as perrelataram que Kiev afirma terem sido cau- pam pura e simplesmente de das. Precisamos de paz, e não mais três morsadas pelo envolvimento de atos criminosos. de uma trégua –mas não a qualtes de soldasoldados russos nos combates Reação - Mas o anúncio de quer preço". dos ucraniaem nome dos rebeldes. Poroshenko logo atraiu crítiA ex-primeira-ministra ucranos apesar do A nova lei oferece três anos cas. O líder rebelde Andrei Pur- niana Yulia Tymoshenko tamPoroshenko: Ucrânia pagou um preço alto. c e s s a r- f o g o de autonomia para áreas com gin declarou à Reuters em Do- bém criticou a medida. "(Esta em vigor há 12 dias. a perspectiva de filiação à UE? inclinação separatista e lhes netsk: "A parte essencial do lei representa) a completa ren"Nenhuma nação jamais pa- Hoje, estamos dando o primei- permitirá "fortalecer e apro- documento que prevê nossa dição dos interesses da Ucrânia gou um preço tão alto para se ro, mas decisivo, passo." fundar" as relações com re- permanência política no terri- em Donbass (regiões de Dotornar europeia", afirmou Potório ucraniano, naturalmen- netsk e Luhansk)", afirmou ela, Poucos momentos antes, em giões russas vizinhas. roshenko ao Parlamento. "De- uma sessão fechada, os parlaAlém disso, permitirá aos te, não é aceitável". citada pelas agências locais. pois disso, quem pode fechar as mentares votaram a favor do rebeldes fortemente armados "Insistiremos que quais- "Esta decisão legaliza o terroportas à Ucrânia? Quem será plano de Poroshenko para con- que criem suas próprias polí- quer uniões políticas com a rismo e a ocupação da Ucrâcontrário a conceder à Ucrânia ceder "status especial" às "re- cias e realizem eleições locais Ucrânia não são possíveis no nia", concluiu. (Agências)

TERROR

Kevin Lamarque/Reuters

EUA pelo ar. E agora por terra? Azad Lashkari/Reuters

nquanto forças norteamericanas intensificam ontem os ataques aéreos contra os militantes do Estado Islâmico (EI) no Iraque, a maior autoridade militar dos Estados Unidos não descartou a possibilidade de tropas norte-americanas assumirem maior participação terrestre na luta contra os radicais. O general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA, disse que não havia intenção de colocar consultores militares norteamericanos em combate. Ainda assim, ele disse em audiência no Senado dos EUA: "Eu mencionei, no entanto, que se eu achasse que a circunstância demandasse, eu mudaria, é claro, minha recomendação". Dempsey contemplou cenários nos quais uma maior participação poderia ser viável, incluindo juntar as forças norte-

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ed Mohamm

E Saber/EF

- 08/09/1

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Depoimento de autoridades (acima, Hagel) foi interrompido por manifestantes contrários à ofensiva

Forças que lutam contra o EI podem receber ajuda terrestre dos EUA americanas com os iraquianos durante uma ofensiva complicada, como numa eventual batalha para retomar a cidade de Mosul, no norte do Iraque. Dempsey estava se pronunciando diante do Comitê de Serviços Armados do Senado, ao

lado do secretário de Defesa Chuck Hagel, enquanto o governo de Obama faz sua apresentação do plano para ampliar as operações contra os militantes, incluindo ataques aéreos na Síria pela primeira vez. A declaração contradiz afir-

Paz em Gaza por um fio

mações anteriores do presidente dos EUA, Barack Obama, que havia descartado a possibilidade de uma missão que pudesse levar os EUA a uma nova guerra terrestre no Iraque. Respondendo aos comentários de Dempsey, a Casa Branca disse que os conselheiros militares tinham de se planejar para várias possibilidades.

frágil trégua entre israelenses e palestinos foi abalada ontem por um morteiro disparado a partir da Faixa de Gaza, que atingiu o sul de Israel pela primeira vez desde o fim do conflito no mês passado. Não houve mortos, feridos ou danos reportados. Após o incidente, Israel teria alertado os militantes do Hamas que se eles não prendessem os responsáveis, forças israelenses seriam obrigadas a intervir, disse o jornal

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Obama disse na semana passada que vai liderar uma aliança para derrotar o EI, mergulhando os EUA em um conflito no qual quase todos os países do Oriente Médio farão parte. Ontem, os EUA continuaram sua campanha ampliada contra os militantes do EI com cinco ataques aéreos no Iraque. Segundo o Comando Cen-

israelense Yedioth Ahronoth. O Hamas, principal facção islâmica em Gaza, minimizou o relato dos israelenses sobre o ataque e disse que os palestinos não estão desafiando o acordo de cessar-fogo. No final da noite, o Hamas informou a Israel que os responsáveis foram detidos. Segundo o jornal israelense, os autores seriam membros de uma facção rebelde. Tanto Israel quanto os palestinos estão à beira de uma

tral norte-americano, aviões de caça lançaram duas ofensivas no norte de Irbil, atingindo um caminhão blindado e combatentes. Outros três bombardeios aéreos ao sul de Bagdá explodiram equipamentos de artilharia antiaérea, um caminhão e dois barcos no rio Eufrates que forneciam suprimentos aos radicais. (Agências)

possível retomada da violência depois da guerra inconclusiva que matou mais de 2,1 mil palestinos, a maioria deles civis, e também 64 soldados e cinco civis israelenses. Enquanto a ameaça de guerra paira no ar, Israel e palestinos fecharam acordo ontem para a reconstrução de Gaza, que será monitorada pela Organização das Nações Unidas (ONU) (foto, casa de palestinos atingida durante ofensiva israelense). (Agências)


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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CENAS DE GUERRA NA SÃO JOÃO Reintegração de posse do antigo Hotel Aquarius, na Avenida São João, foi o estopim para espalhar o caos por todo o Centro. Comércio baixou as portas e o trânsito travou. Marcelo D'Santes/AOG

Mariana Missiaggia * ais uma vez o Centro Velho de São Paulo viveu um dia caótico. A reintegração de posse de um prédio gerou uma série de confrontos que transformou a região em uma verdadeira praça da guerra durante praticamente o dia todo. O comércio baixou as portas e escritórios dispensaram as pessoas mais cedo. Algumas lojas, como a da Oi e da Claro, foram saqueadas. Pelo menos 70 pessoas foram detidas e outras 12 ficaram feridas. Um ônibus foi incendiado em frente ao Theatro Municipal, na Praça Ramos. A tentativa de reintegração de posse começou por volta das 7h30. Um grupo de moradores do antigo Hotel Aquarius, na Avenida São João, 601, reagiu à chegada da Polícia Militar arremessando móveis e outros objetos do alto do prédio onde moravam cerca de 200 famílias. Em resposta, a Tropa de Choque lançou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral na direção dos ocupantes que bloqueavam a Avenida São João. Poucos minutos após a reação da PM, o conflito se espalhou por outras ruas da região, como a rua Coronel Xavier de Toledo, Barão de Itapetininga, Vinte e Quatro de Maio e Viaduto do Chá, onde ao menos, três lojas tiveram as vitrines quebradas. Houve muita correria e gritaria, alguns sem-teto também lançaram pedras contra o Theatro Municipal, na tentativa de quebrar os vitrais. Assim que o tumulto começou, todo o comércio da região da Praça da República e da Praça da Sé baixou suas portas e só voltou a funcionar depois das 13h. Mas a trégua foi breve: no fim da tarde, com os novos tumultos, as lojas voltaram a fechar. “Começou a juntar gente fazendo fogueira e, em seguida, vieram os policiais jogando bombas. Foi tudo tão rápido que não deu pra ver quem começou, mas logo fechamos a lanchonete. O andar de baixo da lanchonete ficou com cheiro de gás e nós aqui, trancados, parecendo criminosos”, disse Heloísa Guedes, 28 anos, funcionária de um restaurante na Rua 24 de Maio. Na mesma rua, o gerente Érico Gomes, 37 anos, lamentava o incidente justo no dia da abertura da loja de armarinhos em que trabalha. “Que dia ingrato, tantos dias para inaugurarmos e justo hoje acontece isso. Estamos cheio de clientes trancados na loja”, disse. Na Barão de Itapetininga, o proprietário de uma loja de artigos variados, Valmir Bertanha, 57 anos, disse que a situação do Centro está insustentável. “Não sei mais o que fazer. Achei que o pior já tinha passado com as manifestações do ano passado. Mas, depois do que vi hoje (ontem), não duvido de mais nada. Já perdi muitos clientes e com certeza perderei mais”, disse. Entre manifestantes e policiais, a estudante Maria Fernanda Schimidt, 22 anos, aguardava um ônibus para a Universidade Mackenzie, na Rua da Consolação, quando percebeu toda a confusão. “Fiquei mais de 40 minutos trancada dentro de um estacionamento, onde consegui abrigo. Agora, vou tentar chegar a faculdade a pé porque já perdi duas aulas. É muita violência gratuita”, reclamou. Após o confronto, a PM bloqueou a avenida São João e parte da Ipiranga para, finalmente, dar início à reintegração. A auxiliar geral Claudia Ramira, 45 anos, morava no

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Ônibus é incendiado em frente ao Theatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo: vândalos aproveitaram para agir em meio à confusão durante a reintegração de posse. Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Centro trava novamente. ACSP pede providências. pós seis dias, o Centro de São Paulo travou de novo. A reintegração de posse, na Avenida São João desviou cerca de 30 linhas de ônibus que passam pela região, bloqueou diversas ruas e acessos do Centro e deixou a estação de metrô Anhangabaú da Linha 3 – Vermelha fechada por alguns minutos. O mesmo ocorreu com a tradicional Galeria do Rock. O embate entre a Polícia Militar e os sem-teto impediu a circulação de carros em boa parte do Centro durante vários períodos do dia. O comando da Polícia Militar afirma ter identificado integrantes black-blocs em meio aos tumultos. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Capital chegou a registrar 96 quilômetros de ruas e avenidas congestionadas às 10h30. Somente a região central concentrava 28 quilômetros desta lentidão. Entre 11h e 13h, vias como a Rua Coronel Xavier de Toledo, a Avenida Rio Branco, a Rua Aurora, 24 de Maio e o Viaduto do Chá passaram por interrupções no tráfego de veículos. A Avenida São João ficou totalmente interditada durante quase o dia todo entre o Largo do Paissandu e a Avenida Ipiranga. À tarde, a confusão ficou concentrada nos arredores do Largo do Paissandu e a PM teve de intervir para garantir o retorno do paulistano para casa. O trânsito ficou novamente

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Marco Ambrosio/Estadão Conteúdo

Acima, funcionárias se escondem dentro de loja com medo de saques. Ao lado, manifestante é detido por PM. Fumaça de ônibus queimado foi vista de longe.

Eduardo Hernandes/Estadão Conteúdo

prédio com suas duas filhas, uma de 12 e outra de 8 anos. Claudia soube da desocupação pela televisão da empresa onde trabalha. “Vim correndo, minhas duas filhas estão lá dentro sozinhas”, disse. Depois de muita discussão com um dos policiais, a auxiliar geral conseguiu entrar no prédio para procurar pelas filhas. Com cobertores e roupas na mão, Jacinto Luiz Pereira, 34 anos, desempregado, não sabia o que fazer. “Não vou para onde a Prefeitura quer, prefiro ficar na rua”, disse. Em nota, o movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) informou que a decisão do judiciário vai devolver o prédio à especulação imobiliária, sem levar em consideração o problema social. "Aproximadamente 800 pessoas, crianças

e idosos serão jogados na rua, sem uma solução definitiva", disse o FLM em comunicado. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) afirma que realizou um estudo de viabilidade para transformar o hotel em moradia popular, mas foi

verificado que o projeto não seria viável pelo custo. Esta foi a terceira vez em que a retirada dos ocupantes foi marcada. Nas outras duas datas – julho e agosto –, os oficiais de Justiça avaliaram que a quantidade de caminhões

fornecida pelo dono do imóvel não era suficiente. A Secretaria da Segurança Pública informou, em nota, que a juíza Maria Fernanda Belli, da 25ª Vara Cível do Foro Central, determinou a reintegração de posse do edifício,

complicado em toda a região central. Punição – Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, o confronto de ontem coloca a sociedade em risco e deve ter os envolvidos punidos. “Estamos perplexos com o que está acontecendo. Nosso papel principal é defender a livre iniciativa. Porém, o que está acontecendo é um atentado, por parte de um grupo criminoso que coloca em risco a vida do cidadão. Essa minoria que se posiciona como maioria está frontalmente contrária a tudo o que acreditamos e fazemos. Portanto, repudiamos essa reação e já pensamos em medidas jurídicas para fazer com que esse grupo seja punido e tenha consciência do papel deletério que está desempenhando”, disse Amato. Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, acredita que o direito de ir e vir da sociedade não pode ser impedido pelo direito de se manifestar. “A violência tem que ser tratada como a legislação prevê. As ações devem ser punidas e os movimentos sociais não podem ser desconsiderados. A impunidade estimula novos atos. São Paulo já é uma cidade difícil, com essas confusões fica impraticável. Temos que acabar com essa história de que qualquer grupo consegue parar o Centro”, disse Solimeo. (M.M.)

ontem, após pedido de seu proprietário, a Aquarius Hotel Limitada. Foram feitas reuniões entre a PM, advogados da empresa proprietária e moradores, para acertar como seria a saída, diz a pasta. (* Com Agências)


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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

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Reprodução

Primavera: deixe derreter na boca.

R$ 22 milhões é a quantia que a rede Los Paleteros já faturou em 2014. A previsão é encerrar o ano na marca dos R$ 55 milhões.

Ana Barella

Acima, picolé de morango com leite condensado da loja Me Gusta –Picolés Artesanais, localizada na rua Augusta. Ao lado, paletas da Los Ticos Paleteros, que fica em Moema, com destaque para os sabores Leite Ninho trufado e Negresco. Abaixo, uma das delícias da rede Los Paleteros: doce de leite.

Newton Santos/Hype

62,5%

primavera está chegando, mas, antes das flores, uma nova tendência já encanta São Paulo: as paleterias mexicanas. Se na primavera/verão de 2010 os paulistas "se acabaram" de comer iogurte congelado e, em 2013, ninguém arredava pé das gelaterias, agora chegou a vez do picolé, ou melhor, da paleta. A diferença está na receita, que é tradicional do México. A paleta não leva conservantes. É feita com frutas frescas e aguá. A quantidade também é bem maior: se o normal de um picolé é pesar 60 gramas, a paleta tem

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mais que o dobro, variando entre 120 a 140 gramas. Em pleno inverno, diversas paleterias foram pipocando pela Cidade, e logo a graça mexicana caiu no gosto do paulista. As filas chegam a demorar 40 minutos, virando esquinas e descendo ruas. De acordo com Eduardo de Toledo Barroso, um dos sócios da loja Los Ticos Paleteros, de Moema, nos finais de de semana as filas eram tamanhas que eles logo tiveram que dobrar o número de caixas registradoras. E o crescimento vai no ritmo do tamanho da fila. Barroso, que abriu a Ticos em março, já tem mais duas lojas no forno e está se preparando para lançar sua franquia até o final do ano. "Do primeiro mês de loja até meados de setembro, o crescimento foi de 60%. Eu sabia que ia ter um boom, pois é uma novidade, mas nunca imaginei que com tanta rapidez", explica o empreendedor. Este é o primeiro negócio de Barroso, de 23 anos.

Ele acredita que o mote saudável das paletas atraiu o público paulista. "Acho que faz sucesso porque é uma novidade, um produto artesanal, não tem conservante ou corante e o mercado brasileiro preza muito por esse conceito" Sua loja, por sua vez, investe em peso nos sabores doces, que fazem muito sucesso. Leite ninho trufado, arroz doce, paçoca... A procura pelas versões doces é tanta que Barroso fechou um contrato de exclusividade com a Nestlé, agora fornecedora de delícias famosas, como o Kit Kat e Negresco. Barroso não é único jovem a se aventurar nas no mundo das paletas. Gabriel Simões, de 26 anos, começou com uma barraquinha de picolés artesanais em feirinhas gastronômicas, como a Panela na Rua, da Benedito Calixto, em novembro do ano passado, e agora já tem sua loja física. " Ti n h a u m a p ro c u r a m u i t o grande. As pessoas perguntavam muito pela loja, queriam o produto disponível não só no final de semana. Hoje, está em uma crescente, cada dia parece que vem mais gente."

A paleteria de Simões, a Me Gusta Picolés Artesanais, é conhecida pelos seus sabores frutados. A maior procura é pelo picolé de morango com leite condensado, que é uma delícia. De acordo com simões, as frutas são todas selecionadas por ele e por seu sócio à segundas-feiras, e estão sempre frescas. Na contra mão do plano de Simões, que é o de não expandir a Me Gusta, está a rede Los Paleteros. No mercado desde 2012, a marca já soma 43 franquias espalhadas pelo Brasil. A meta da Los Paleteros é chegar a fabricar duas milhões de paletas por mês até o final do ano. Hoje, a fábrica, localizada em Barracão, no Paraná, produz 700 mil unidades por mês. É picolé para chuchu. Para Gean Schu, sócio-fundador da Los Paleteros, a maior dificuldade foi apresentar ao brasileiro o conceito da paleta. "Tinhamos receio se vingaria (o investimento incial foi de R$ 750 mil), mas a resposta veio rápidam e n t e . Po u c a s h o r a s a p ó s a abertura da primeira loja, em pleno verão de Balneário Camburiú (em Santa Catarina), já tinhamos fila para fora."

é a porcentagem do crescimento do consumo de sorvete per capita no País, de 2003 até 2012, de acordo a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ASIS).

7.000 é o número de picolés produzidos semanalmente pela Me Gusta, isso durante o inverno. A previsão é a de triplicar esse número até o verão.

Divulgação

NAS GELADEIRAS Com a chegada da primavera, o clima e o mercado das paleterias só tendem a esquentar, assim como as opções de lojas, cada uma com suas pecuiliaridades e sabores exclusivos. O DCultura fez um pequeno guia para você não se perder nesse emaranhado de picolés, digo, paletas. LOS PALETEROS A rede já tem 43 unidades espalhadas pelo Brasil, sete destas na Cidade, mas a sugestão é conhecer a loja da Alameda Lorena – primeira unidade de rua de São Paulo. A dica frutada: manga com pimenta. A dica pé na jaca: paçoca. Onde encontrar: Avenida Lorena, 1930. Segunda a Sábado, das 11h às 22h. Domingo, das 12h às 20h. Outras lojas: Shopping Eldorado, Sp Market, Metrô Boulevard Tatuapé, Pátio Paulista, Center 3 e Itaim Kinoplex. Zinho Gomes

Paleta de paçoca, da Los Paleteros.

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Picolé de jabutica, sabor da Me Gusta. ME GUSTA - PICOLÉS ARTESANAIS O forte são os picolés frutados. Eles conquistaram o público das feiras gastronômicas, e agora, fazem a cabeça de quem passa pela loja da Augusta. É bom chegar cedo, principalmente nos finais de semana, pois a fila desce a rua. A dica frutada: hibísco com limão, e jabuticaba. A dica pé na jaca: o "clássico" morango com leite condensado, e o sucesso de vendas banana com nutella. Onde encontrar: Rua Augusta, 2052 (Loja 02). Todos os dias, das 11 às 20h. Feirinha: Butantã Food Park. Rua Agostinho Cantu, 47. Sábados, das 11 às 22h. Domingos, das 12h às 19h.

LOS TICOS PALETEROS É a única loja que tem a Nestlé como fornecedora oficial. Logo, espere paletas de Kit Kat, Negresco, Leite Ninho .... Já deu para entender, né? O estabelecimento é bem agradável também, um aconchego só. A fila, grande. Melhor evitar os horários óbvios. A dica frutada: melancia e kiwi A dica pé na jaca: arroz doce, e o sabor desejo, leite ninho trufado. Onde encontrar: Alameda dos Arapanes, 851. De terça a quinta, das 11h às 20h. De sexta a domingo, das 11h às 22h.

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Newton Santos/Hype

Chocolate belga: delícia da Los Hermanos.

Eduardo Barroso, sócio da Los Ticos Paleteros.

LOS HERMANOS Inaugurada em janeiro, em Santana, na zona norte, a paleteria também traz no seu menu a opção chocolate diet. Uma saída boa para quem quer manter a forma para o verão, mas não abre mão do doce. A dica frutada: abacaxi com hortelã A dica pé na jaca: chocolate belga ou a dupla Romeu e Julieta. Onde encontrar: Rua Doutor César, 742. De terça a quinta, das 11h às 22h. Sexta, sábado e domingo, das 11h às 23h.


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Cartões postais para formigas O título parece absurdo, mas foi assim que a artista Lorraine Loots escolheu chamar suas pinturas em miniatura. A artista produziu a série em 2013, uma por dia, usando pincéis e lápis especiais, para conseguir a precisão dos traços e das cores. O resultado foram 365 pinturas que a artista apresentou na sua cidade, Cape Town, escolhida como Capital Mundial do Design em 2014. lorraineloots.com

O projeto se transformou em uma série limitada de cartões postais de verdade e fez tanto sucesso que foi repetido em 2014.

.T..ECNOLOGIA

.A..RTE

Google, testemunha virtual. O deste ano, o Google recebeu mais de 30 mil pedidos para obtenção dados para investigações. Em média, o Google forneceu as informações solicitadas em 65% dos casos. Em 2009, quando o relatório de transparência começou a ser produzido, a empresa havia recebido, ao longo de todo o ano, 13 mil pedidos. O aumento de solicitações reflete tanto o interesse dos governos nessas informações quanto o crescimento no número de usuários dos serviços do Google na internet, como YouTube e Gmail.

O governo dos EUA aumentou em 250% o número de solicitações desde 2009, e 19% no primeiro semestre deste ano. O país enviou 12,5 mil pedidos ao Google, que forneceu as informações em 84% dos casos. A p e s a r d o c re s c i m e n t o mundial, o Brasil registrou uma queda nas solicitações. No primeiro semestre de 2014, o governo brasileiro fez 684 solicitações ao Google, metade das quais foram atendidas. No segundo semestre de 2013, o Brasil fez mil solicitações do tipo à empresa.

Nasa usará naves tripuladas privadas A Nasa anunciou ontem que utilizará naves privadas produzidas pela Boeing e pela SpaceX para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS). Com isso, a agência dos EUA suprirá a falta atual de transporte, que vinha sendo suprida pela utilização das naves russas Soyuz. Boeing e SpaceX receberão US$ 6,8 bilhões por seis missões tripuladas.

EFE

G o o g l e re v e l o u o ntem, em seu relatório de transparência, que registrou uma elevação no número de solicitações para a obtenção de dados de usuários e de endereços IP nos últimos cinco anos. Segundo a empresa, os pedidos, que são enviados à empresa por governos, que utilizam os dados em investigações criminais, tiveram aumento de 150% nos últimos anos. Somente na primeira metade de 2014, houve crescimento de 15%. Nos primeiros seis meses

.E..SPAÇO

Hipotâmisa O artista holandês Florentijn Hofman criou um hipopótamo de madeira para navegar pelo rio Tâmisa. Chamado HippoThames ("Hipotâmisa"), o trabalho tem 21 metros de comprimento e foi construído sobre sobre uma balsa que circula pelo rio até dia 28 deste mês. totallythames.org

.R..IO 2016

Ingressos custarão até R$ 1,2 mil valores serão mais altos para as cerimônias de abertura e encerramento, ambas realizadas no Maracanã. Para assistir ao início dos Jogos Olímpicos, o interessado terá que desembolsar entre R$ 200 e R$ 4,6 mil. Os ingressos do encerramento serão vendidos por valores entre R$ 200 e R$ 3 mil. Os valores são cerca de 20% menores do que os da Copa de 2014.

.E..SPORTES

s

Os ingressos para os Jogos Olimpícos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, custarão entre R$ 40 e R$ 1,2 mil informou ontem o Comitê Organizador do evento. As entradas mais caras serão as de "categoria A" nas finais de basquete, vôlei, vôlei de praia e atletismo, segundo tabela divulgada pela organização hoje. A decisão do futebol custará entre R$ 380 e R$ 900. Os

CENÁRIO DE CINEMA - Os fóruns romanos devem ganhar uma iluminação permanente dirigida pelo diretor de fotografia italiano Vittorio Storaro, que ganhou o Oscar por seus trabalhos em Apocalypse Now e Reds. O projeto custará 1,5 milhão de euros à prefeitura de Roma.

.M..ARCENARIA

.C..ELEBRIDADES

Brasil perde para Polônia no vôlei

Leonardo DiCaprio, mensageiro da paz.

Foram nove vitórias no Campeonato Mundial de Vôlei, mas a seleção brasileira masculina de vôlei perdeu por 3 sets a 2 para a Polônia (22/25, 25/22, 14/25, 25/18 e 17/15), em Lodz. A derrota foi a primeira da seleção brasileira na competição e obriga o Brasil a vencer a Rússia por 3 a 0 ou 3 a 1, hoje. Se vencer a Rússia por um desses dois placares, a seleção brasileira vai a quatro pontos e não pode mais ser alcançada pelos russos.

Madeira de dar nó

.L..OTERIAS Concurso 1316 da DUPLA-SENA

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Primeiro sorteio

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Concurso 3589 da QUINA

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O artista Kino Guerin trabalha com placas de madeira como se elas fossem fitas maleáveis, criando curvas, nós e outros efeitos intrincados. Há 19 anos, ele cria peças como estas, utilizando madeiras nobres e maquinário exclusivo para criar seus móveis. www.etsy.com/shop/KinoGuerin

O ator Leonardo DiCaprio foi nomeado mensageiro da paz das Nações Unidas, um título que usará para chamar atenção sobre a mudança climática, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ontem. DiCaprio discursará em uma reunião da cúpula da ONU sobre mudança climática no dia 23 de setembro, um dia antes da reunião anual dos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU. Muitos líderes dos 193 Estados membros das Nações Unidas são esperados na reunião sobre o clima. DiCaprio possui uma fundação de proteção a regiões selvagens.


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Varejo ensaia recuperação

As vendas do comércio paulistano na primeira quinzena de setembro cresceram 10,1%. No acumulado do ano, alta é de 1,8%.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Silvia Pimentel s vendas do comércio na capital paulista apresentaram alta de 10,1% na primeira q u i n z e n a d e s e t e m b ro n a comparação com o mesmo período do ano passado. A expansão de dois dígitos pode ser explicada, entre outros fatores, pelo efeito calendário: o período analisado tem dois dias úteis a mais que o anterior. De acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as vendas a prazo, medidas pelo IMC (Indicador de Movimento do Comércio a Prazo) subiram 11,8. Já o Indicador de Movimento de Cheques (SCPC- cheque), que reflete as vendas à vista, apresentou alta de 8,4%. “Esse avanço de setembro ajuda a compensar as quedas nas vendas do primeiro semestre, que teve dias perdidos em razão dos feriados prolongados e dos jogos da Copa d o M u n d o” , d i s s e Ro g é r i o Amato, que é presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e pres i d e n t e i n t e r i n o d a C AC B (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil. De acordo com o economista da ACSP, Emílio Alfieri, o maior desempenho das vendas a prazo sobre as transações à vista na primeira quinzena de setembro decorre, em parte, da redução dos depósi-

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O avanço de setembro ajuda a compensar as quedas nas vendas do primeiro semestre ROGÉRIO AMATO, PRESIDENTE DA ACSP

As vendas a prazo – de maior valor – se destacaram na quinzena, com avanço de 11,8%. O crédito residual ajudou, segundo ACSP. tos compulsórios. Os bancos, sobretudo os oficiais, usaram essa “so bra” de recursos na concessão de crédito e isso contribuiu para o aumento da venda de bens duráveis no período. Na comparação com a primeira quinzena do mês de agosto, as vendas a crédito aumentaram 9,9%. Já as vendas à vista recuaram 20,2% no mesmo período. A queda é explicada pela base forte do mês de agosto, quando foi come-

morado o Dia dos Pais. No acumulado do ano, as vendas apresentaram, em média, uma alta de 1,8%. É um resultado modesto quando comparado aos números registrados nos últimos anos. “Os dados refletem a manutenção da alta nas taxas de juros, as restrições ao crédito por parte dos bancos privados, queda dos índices de confiança do consumidor e as incertezas no campo político”,

analisou o economista. Ele diz que os dados de setembro não podem ser projetados para o ano inteiro. É preciso considerar a sazonalidade das vendas e o número menor de feriados prolongados ao longo do ano. INADIMPLÊNCIA Os dados do SCPC sinalizam para um aumento da inadimplência na capital paulista. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) fechou a pri-

Unir forças para vender mais Supermercadistas querem uma maior aproximação com a indústria para reduzirem os preços ao consumidor

meira quinzena de setembro com alta de 10,3. Na comparação com agosto, o aumento foi de 4,1% e, no acumulado, houve expansão de 1,8%. Em contrapartida, o IRC (Índice de Recuperação de Crédito) subiu 6,9, na comparação com a primeira quinzena de setembro do ano passado. Em relação ao mês de agosto, houve alta de 12,7%. Na prática, o número de registros nos cadastros de crédito por falta de pagamen-

Para Ibevar, comércio recua 0,3% este ano.

Leonardo Rodrigues/e-SIM

Paula Cunha

Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apresenta uma perspectiva pouco otimista para as vendas do varejo no restante de 2014 e no próximo ano. Ontem, durante o lançamento do Ranking Ibevar das 120 maiores empresas do varejo, o presidente do conselho da entidade, Claudio Felisoni de Angelo, considerou que renda real e crédito apontam sinais negativos para os próximos períodos e fazem com que não haja espaço para as vendas crescerem. A estimativa da entidade e do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), é de que em 2014 as vendas reais do varejo apresentem queda de 0,3% em 2014 ante o ano anterior. Para 2015, diz Felisoni, o cenário mais otimista indica expansão real de 2,2% nas vendas, mas ele mesmo considera que uma possível deterioração no cenário de renda e de crédito possa reduzir essa taxa. "Um cenário em que as variáveis de renda e crédito tenham expansão no próximo ano já não é realista", considerou. "É até pouco provável que já neste segundo semestre de 2014 se mantenham as condições da primeira metade do ano". Felisoni destacou a perspectiva de alta da inflação em 2015 com

O setor supermercadista precisa se aliar à indústria para oferecer aos consumidores alternativas de produtos e preços, especialmente neste momento de inflação elevada nos alimentos, o que afeta o poder de compra do brasileiro. Este foi um dos principais temas debatidos na abertura da convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), iniciada ontem em Atibaia, no interior paulista. A perspectiva de crescimento para o setor neste ano é de 1,9%, abaixo da previsão de avanço de 3% divulgada no começo do primeiro semestre. A expectativa de faturamento dos supermercados neste ano é de R$ 300 bilhões. Para elevar novamente o volume de vendas, os supermercados estão estreitando as negociações com as indústrias com a criação de ofertas especiais no ponto de venda. Os empresários do setor acreditam que esta medida é a mais prática a ser adotada em momentos de pressão inflacionária. Na opinião de Olegário C. de Araújo, diretor de Atendimento da Nielsen, empresa especializada em análises de dados, as indústrias estão intensificando as ações nos pontos de venda para divulgar produtos com maior valor agregado. Para Christine Pereira, diretora de Expert Solutions da consultoria Kantar World Pannel, os fabricantes que passaram a oferecer produtos com maior valor agregado, como

to cresceu mais do que a quantidade de cancelamentos. Na opinião de Alfieri, esse descompasso não é preocupante, pois em setembro os aposentados receberam a primeira parcela do décimo terceiro salário. Em novembro, será a vez dos trabalhadores receberem o benefício. “Além disso, devem recomeçar as grandes campanhas de renegociação de dívidas”, concluiu.

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O setor de supermercados espera crescer 1,9%, abaixo da previsão de avanço de 3% do começo do ano. os iogurtes gregos e bebidas saudáveis, são os que conquistarão melhores resultados. “Não dá mais para oferecer apenas o tradicional leve três e pague dois”, acrescentou. Perspectivas – Fernando Yamada, presidente da Abras, disse na abertura do evento que o resultado aquém do esperado pelo setor é reflexo do Produto Interno Bruto (PIB) fraco. “O PIB terá somente um ligeiro aumento de 0,48%, o que nos afeta. O Brasil ainda cresce porque a massa salarial deve avançar de 3,4% a 3,6%”, disse Yamada. Ele ainda citou um estudo da Abras que estima o PIB brasileiro de 2015 em 1,1%, baseado no relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Boletim Focus. Christine Pereira lembrou

O Brasil ainda cresce porque a massa salarial deve aumentar de 3,4% a 3,6% este ano. FERNANDO YAMADA, PRESIDENTE DA ABRAS

que o volume médio comercializado registrou aumento de apenas 0,5% no primeiro semestre, considerado o mais baixo dos últimos cinco anos. Esse desempenho é reflexo da postura mais cautelosa da população, que passou a diminuir as visitas aos supermercados e, consequentemente, priorizar os estabelecimentos

que oferecem ao mesmo tempo preços mais compensadores e conveniência. O estudo da Kantar mostra que esta tendência se acentuou agora, mas nos últimos cinco anos os lares reduziram, em média, sete visitas aos pontos de venda, o que equivale a mais de 350 milhões de visitas a menos no período.

possíveis reajustes nos preços administrados. Além disso, ponderou que tem havido elevação de juros e contração dos prazos no crédito ao consumidor. Esse cenário é particularmente negativo para os segmentos de bens duráveis, mais dependentes de crédito, considerou. Maiores do varejo – O Ranking do Ibevar constatou que o faturamento das 120 maiores empresas de varejo do Brasil cresceu 13% em 2013 na comparação com o ano anterior, chegando a R$ 379 bilhões no ano. Essas companhias representam 29,8% do varejo de bens do Brasil, segundo o Ibevar. O montante leva em conta o total do consumo das famílias, descartadas as compras de automóveis e combustível A lista dos dez maiores grupos seguiu sem muitas alterações na comparação com o ano anterior. O Grupo Pão de Açúcar é o maior de varejo do País, com faturamento de R$ 64,4 bilhões no ano passado, seguido, na ordem, por Carrefour, Walmart, Lojas Americanas, Cencosud, Magazine Luiza, Máquina de Vendas, O Boticário, Makro e Raia Drogasil. Considerando apenas os cinco maiores grupos varejistas do País, houve ata de 10,7% nas vendas em 2013 ante o ano anterior. (Estadão Conteúdo)


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Salário e produtividade em descompasso Economistas discutem a estagnação da produtividade em relação à alta do salário em evento na FGV Jonne Roriz/Estadão Conteúdo

Rejane Tamoto economia em marcha lenta e a indústria em crise contrastam com o crescimento da renda nos últimos anos. Mas o que preocupa economistas é que a elevação do salário não tem acompanhado o desempenho da produtividade, e o tema foi discutido ontem, durante o 11º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A produtividade está estagnada desde 2009 e o vilão disso não foi o salário, mas a falta de investimento das empresas", disse Nelson Marconi, professor e pesquisador da FGV e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ele, a taxa de câmbio abaixo do que seria o ideal para indústria, em torno de R$ 3 de acordo com seus cálculos, também interfere nesta postura das empresas. Já José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), atribui o problema às negociações salariais e à dinâmica demográfica. "Existe uma boca de jacaré quando olhamos o crescimento da produtividade e do custo total do trabalho (que inclui não só os salários, mas também abonos, prêmios, benefícios e encargos sociais). A questão é que a produtividade não é tão importante nas negociações salariais no Brasil quanto é nos países avançados, como Japão e Estados Unidos", afirmou o professor. Pastore citou uma pesquisa do também professor da FEAUSP Helio Zylberstajn, que mostra que no Brasil os fatores de maior peso nas negociações sa-

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confiança dos empresários brasileiros continua no menor nível desde 1999, segundo dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em 46,5 pontos em setembro, o mesmo nível de agosto. Esse é o menor patamar da série histórica, que teve início em 1999. Em relação a setembro do ano passado – quando os empresários ainda mostravam confiança –, houve queda de 7,7 pontos. A pesquisa mostra, segundo a CNI, que a falta de confiança já dura seis meses consecutivos e se mostra disseminada em todos os portes de empresas. É o sexto mês se-

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Jean-Paul Pelissier/Reuters

nível de emprego da indústria paulista caiu 0,37% em agosto em relação a julho, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na mesma base de comparação, na série sem ajuste sazonal, o Índice de Nível de Emprego recuou 0,58%. Ao comparar agosto de 2014 com igual mês do ano passado, o nível de emprego caiu 4,05%. Já no acumulado do ano até agosto, foi registrada queda de 1,2% do nível de emprego. O recuo é o pior resultado para o período desde 2009, quando o indicador registrou retração de 2,02%. Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, a situação ainda deve se agravar, superando a marca de 100 mil postos de trabalho fechados neste ano. "Faltam três meses para completarmos o ano e não vemos sinais de que tenhamos alguma recuperação", disse Francini, que classifica este ano como melancólico. Em números absolutos, de acordo com o Depecon, 31,5 mil pessoas perderam o emprego na indústria de janeiro a agosto. Só em agosto foram demitidos 15 mil trabalhadores. Destes, 12.275 foram dispensados pelos vários setores manufatureiros e 2.725 apenas pelo segmento de açúcar e álcool. (Estadão Conteúdo)

lariais são a taxa de inflação, com pontuação 4, e os aumentos conseguidos por outras categorias (pontuação 3,7). A produtividade tem importância menor, com 2,9 pontos, na comparação com esses dois fatores e com os desempenhos das empresas (3,9) e do mercado de trabalho (3,7). O professor disse que o desequilíbrio entre os salários e os ganhos de produtividade também têm sido afetados pela dinâmica demográfica. "Hoje, nossa população jovem é menor. O número de filhos por mulher caiu de quatro em 1982 para 1,7 em 2012. A expectativa de vida subiu de

63,4 anos para 73,9 anos no mesmo intervalo de tempo. Isso interfere na decisão dos recrutadores nas empresas, que são obrigados a diminuir as exigências pela falta de disponibilidade de pessoas para contratar. Como a produtividade não aumenta, há essa defasagem", afirmou Pastore. O aumento da produtividade não pode ser feito de forma espúria, de acordo com Clemente Ganz Lucio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos SócioEconômicos (Dieese). Durante o debate, ele criticou o aumento da produtividade por meio do

corte de postos de trabalho. "O aumento médio real do salário na indústria tem sido de 1,5% ao ano, mesmo em meio à crise. Não acho que as negociações salariais estejam fora de proporção, mas observamos que os salários de contratação tendem a ser menores", afirmou. Lucio disse que no setor de bens de capital, o salário de admissão já representa 88% do que recebia uma pessoa demitida. "A rotatividade está alta. Numa série de 2000 a 2012, descontando as aposentadorias e demissões por iniciativa do trabalhador, ela chega a ser de 37% na indústria", afirmou. O

Confiança da indústria ainda está baixa

Emprego na produção tem queda de 0,37% em agosto

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Segundo especialistas, a população jovem ser menor e a expectativa de vida, maior interfere na contratação de mão de obra para as empresas.

guido que o índice fica abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica falta de confiança. Os indicadores variam de 0 a 100. Os números acima de 50 indicam confiança. Os empresários de todos os portes estão desanimados. O índice de confiança das pequenas empresas está em 46,7 pontos, enquanto o das médias está em 45,4 pontos e o das grandes, 47 pontos. Segmentos Na comparação por segmento industrial, apenas a indústria extrativa mostra confiança, com 50,6 pontos. A indústria da construção tem 47,1 pontos e a de transformação, 45,8 pontos. Centro-Oeste (46,3 pontos), Sul (43,8

pontos) e Sudeste (42,8 pontos) são as regiões em que os empresários mostraram falta de confiança – e aquelas que concentram a maior parte da indústria do País. As regiões Norte (54,7 pontos) e Nordeste (51,4 pontos) apresentaram confiança. A Confederação aponta que a queda na confiança é resultado de percepção de piora nas condições da economia e da empresa, o que compromete a atividade industrial e prejudica os investimentos. A entidade informou que o levantamento foi realizado entre 1º e 10 de setembro com 2.844 empresas de todo o País, das quais 1.059 são de pequeno porte, 1.074 são médias e 711 são de grande porte. (Estadão Conteúdo)

AIR FRANCE: 60% DOS VOOS CANCELADOS

No segundo dia de greve dos pilotos da Air France, empresa do grupo francoholandês Air France – KLM, 60% dos voos foram cancelados. A diretora de operações da companhia, Catherine Jude, pediu desculpas aos passageiros e disse, que a linha aérea pretende operar com 40% de sua capacidade amanhã. Ela pediu aos clientes com voos agendados até o próximo dia 22, que alterem a data da viagem, gratuitamente, ou cancelem o bilhete requisitando o ressarcimento integral da tarifa. (Agência Brasil)

diretor disse, também, que não houve uma mudança estrutural nos salários, mas que o nível de emprego com carteira assinada está alto. Ao avaliar a produtividade da indústria, Lucio afirmou que há um gap entre a produtividade das grandes empresas, que é maior, e das micro, pequenas e médias. "É preciso diminuir a diferença do aumento da produtividade em diferentes setores e portes de empresas. A produtividade depende também de um pacto social, no qual a sociedade aceite fazer uma série de correções na economia", completou.

PREFEITURA MUNICIPAL DE AVAÍ-SP AVISO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS Nº 005/2014 - EDITAL Nº 023/2014 - PROCESSO N° 023/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS DE INFRAESTRUTURA, COMPREENDENDO A IMPLANTAÇÃO DE 1.504,23 METROS DE GUIAS E SARJETAS EXTRUSADAS, CONSTRUÇÃO DE 72,00 METROS QUADRADOS DE SARJETÃO EM CONCRETO E 7.340,84 METROS QUADRADOS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA (CBUQ, COM 3,00 CM. DE ESPESSURA), em diversas Vias do Loteamento Residencial “Vila Oliveira” do Município de Avaí – SP. RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, ÀS 09:30 horas. TOMADA DE PREÇOS Nº 006/2014 - EDITAL Nº 024/2014 - PROCESSO Nº 024/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: A presente licitação tem por objeto, a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE 14.031,18 M2 DE RECAPEAMENTO ASFÁLTICO EM CBUQ, COM 3,00 CM. DE ESPESSURA, EM DIVERSAS VIAS DO MUNICÍPIO DE AVAÍ – SP, conforme as especificações técnicas contidas no projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos. RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, às 14:00 horas. O edital encontra-se disponível na Praça Major Gasparino de Quadros n° 460 - Centro–CEP 16.480-000 – Telefone (14) 3287-2100, no site: www.avai.sp.gov.br. ou pelo e-mail: licitacao@avai.sp.gov.br. Avaí-SP, 10 de Setembro de 2014. CELSO ROBERTO DE FAVERI - PREFEITO MUNICIPAL DE AVAÍ. Dorris SP Participações S.A. CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809 AVISO AOS ACIONISTAS. Conforme aprovado em AGOE realizada em 15/09/2014, às 16 horas (“AGOE de 15/09/2014”), na sede da Dorris SP Participações S.A. (“Companhia”), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos 203/204, Jardim Paulistano/SP, o capital social da Companhia está sendo aumentado em R$23.000.000,00, com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da Companhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação, para subscrição particular pelos acionistas, com o objetivo de disponibilizar para a Companhia os recursos necessários para garantir o desenvolvimento regular dos negócios da Companhia, em atendimento às disposições do seu Acordo de Acionistas e às deliberações tomadas na AGOE de 15/09/2014. A Companhia esclarece que: (i) os acionistas poderão exercer seus direitos de preferência no período de 17/09/2014 até 17/10/2014 (i.e., 30 dias contados da publicação deste Aviso aos Acionistas), na proporção de sua participação no capital social da Companhia, mediante comunicação por escrito protocolada na sede da Companhia, com a consequente assinatura do respectivo Boletim de Subscrição; (ii) os respectivos valores subscritos deverão ser integralizados pelos acionistas subscritores em prazo de até 12 meses, conforme necessidades da Companhia a serem demandadas pela Diretoria da Companhia, por meio de chamadas de capital para integralização; (iii) as eventuais sobras de ações, após decorrido o prazo para o exercício do direito de preferência serão rateadas proporcionalmente entre os acionistas que tiverem indicado o seu interesse nas sobras no período de subscrição; e (iv) oportunamente, após o decurso do prazo para exercício do direito de preferência, será convocada nova AGE para a homologação do aumento de capital, já aprovado, mediante a apuração das participações finais dos acionistas subscritores. Por fim, a Companhia reitera que: (a) a Ata da AGOE de 15/09/2014 e respectivos anexos; bem como: (b) todos os documentos pertinentes às matérias da ordem do dia da AGOE de 15/09/2014 estão disponíveis para consulta na sede da Companhia. SP, 17/09/2014. Dorris SP Participações S.A. - Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista, Raphael Baptista Netto.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDO TOMADA DE PREÇOS Nº 027/2014 A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto.de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 27/14, referente à “Contratação de empresa especializada para execução de sondagens e ensaios geotécnicos em diversos locais do município”, com encerramento dia 08/10/2014, às 9h30, e abertura às 10h. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 306/2014 A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 306/14, referente à “Aquisição de cama hospitalar para a nova unidade do pronto atendimento infantil”, com encerramento dia 30/09/2014, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014. PREGÃO Nº 307/2014 A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 307/14, referente à “Aquisição de materiais de pintura, madeiramento, portas, hidráulicos e elétricos”, com encerramento dia 29/09/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Pesado Líder Transportes Ltda. – EPP. Requerido: Ster Engenharia Ltda. Rua do Bosque, 1.589 – 15° Andar – Bloco I – Edif. Palatino – Barra Funda – 2ª Vara de Falências.


14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fome: problema sob controle no Brasil.

Antonio Cruz/Agência Brasil

Percentual de brasileiros que passam fome caiu de 14,8% nos anos 1990 para 1,7% entre 2012-2014 Elza Fiuza/Agência Brasil

Elza Fiuza/Agência Brasil

Para Tereza Campello (acima), as políticas públicas entram agora em novo patamar. Para Eve (à direita) e Anne, da FAO, é possível erradicar o problema nos próximos anos.

Brasil reduziu drasticamente a fome e a pobreza extrema na última década, mostra relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado ontem. Entre 2001 e 2012, o País conseguiu diminuir em 75% a pobreza extrema, classificada com o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 ao dia. No mesmo período, a pobreza foi reduzida em 65%. Apresentado pela FAO como um dos casos mundiais de sucesso na redução da fome, no período 1990-1992, 14,8% dos brasileiros passavam fome, percentual que caiu para 1,7%, ou 3,4 milhões de pessoas, entre 2012 e 2014. Segundo o relatório, essa estatística coloca o Brasil como um dos que superaram o problema da fome. Entre as razões para o progresso do combate à fome no Brasil, aponta o relatório, está o programa Fome Zero, criado em 2003, pelo então ministro do governo Lula, José Graziano, hoje diretor-geral da FAO. Inicialmente concebido den-

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tro do Ministério de Segurança Alimentar, o programa era um conjunto de ações nessa área que tinha como estrela um cartão alimentação, que permitia aos usuários apenas a compra de comida. Logo, foi substituído pelo Bolsa Família. Na avaliação da consultora da FAO, Anne Kepple, o Brasil é exemplo devido a uma série de políticas públicas articuladas, como o Programa Bolsa Família, a geração de empregos formais, o fortalecimento da agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Superação de metas Para a representante region a l a d j u n t a d a FAO p a r a a América Latina e Caribe, Eve Crowley, a implementação de um conjunto de políticas públicas de forma articulada e integrada e de marcos legais e institucionais permitiu os avanços do País na superação da fome. “Nos últimos anos, o tema da segurança alimentar foi posto no centro da agenda po-

lítica do Brasil.” O resultado desses esforços são d e m o n s t r ados pelo sucesso do Brasil em alcançar as metas estabelecidas internacionalmente, diz o relatório, ressaltando que o Brasil investiu aproximadamente US$ 35 bilhões em ações de redução da pobreza no ano passado. O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: Um retrato multid i m e n si o n a l ” mostra que o Brasil cumpriu tanto a meta de diminuir pela metade a proporção de pessoas que sofrem com a fome, um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de 2000, quanto a de diminuir pela metade o número absoluto de pessoas com fome, estipulada na Cúpula Mundial sobre Alimentação, em 1996. Eve ressaltou, entretanto, que ainda há bolsões de pobreza e incluir essas comunidades nas políticas sociais é desafio para o Brasil. “Garantir a proteção das populações mais vulneráveis e continuar

as políticas que já existem de crescimento econômico e inclusão social devem ser a prioridade na próxima década. Podemos estar na última geração que conhece a fome no Brasil. Com a continuidade das políticas, é possível que, nos próximos anos, haja a erradicação completa.” No mundo “Após a construção de políticas públicas bem-sucedidas, temos agora que partir para estratégias muito mais focalizadas, procurando identificar a população que continua em situação de insegurança alimentar. É um novo patamar”, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Segundo ela, os 3,4 milhões de pessoas que ainda não comem o suficiente estão distribuídas por todo o País, vivendo

Safra de café, acima do previsto.

Agronegócio mantém crescimento. Como sempre. Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 0,11% em junho e acumula alta de 1,9% no primeiro semestre de 2014, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). O crescimento foi puxado, principalmente, pelos setores básico, com aumento de 4,04%; de insumos, com mais 1,84%; e de distribuição, cuja expansão foi de 1,57%. Um dos fatores que influenciaram esse resultado foi a evolução de 5,91% do faturamento médio da atividade, destacou a CNA. A agroindústria registrou crescimento menor, de 0,10% no primeiro semestre. A agroindústria para a agricultura recuou 0,57% no período e o segmento agroindustrial só teve resultado positivo, segundo o levantamento, por conta da alta de 4,54% do PIB da indústria da pecuária. Na abertura dos dados, o PIB da agricultura recuou 0,28% em junho e acumula alta de apenas

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1,9

por cento foi o crescimento acumulado do PIB do setor no primeiro semestre deste ano, segundo a CNA.

0,60% em 2014. O segmento primário na agricultura cresceu 2,91% no primeiro semestre e foi o principal responsável pelo desempenho da cadeia produtiva agrícola. Já as áreas de insumos e distribuição para a agricultura tiveram variação, no acumulado de janeiro a junho, de 0,98% e 0,08%, respectivamente. O destaque no período foi o algodão, com aumento de 31,72% na receita, por conta dos preços e da produção. Pelos mesmos motivos, outros produtos também

tiveram bom desempenho, como o cacau (53,91%), laranja (46,57%), soja (10,45%), banana (4,78%) e arroz (4,10%). O café e a uva registram expansão no ano, de 8,89% e 4,51%, respectivamente, impulsionados basicamente pela alta das cotações. No caso do trigo, o maior volume de produção explica a alta da receita de 34,81% no primeiro semestre. Já o PIB da pecuária cresceu 0,97% em junho, acumulando 4,90% no semestre. O PIB do setor básico da pecuária avançou 5,52%, o da distribuição 4,54% e o de insumos 3,12%, na mesma base comparativa. Segundo a CNA e o Cepea, os destaques nessa cadeia foram a pecuária de corte, de leite e a avicultura de postura com crescimento no período, de 16,24%, 18,88% e 11,39%, respectivamente. Na suinocultura, a variação foi menor, mas também positiva, atingindo alta 5,81% na receita obtida pelo segmento no acumulado do ano até junho, em decorrência do aumento de preços, mostra o levantamento das entidades. (EC)

em comunidades indígenas, quilombolas e isoladas; nas ruas e entre alguns grupos de ciganos. O estudo de caso sobre o Brasil faz parte do relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” (Sofi 2014, na sigla em inglês), também divulgado ontem, que aponta que cerca de 805 milhões de pessoas, ou uma em cada nove, ainda sofrem de fome crônica no mundo. No entanto, são 100 milhões a menos do que há uma década e 200 milhões a menos do que há 20 anos, mas ainda muito abaixo da velocidade que permitiria ao mundo cumprir a primeira meta dos objetivos do milênio, de reduzir a pobreza extrema à metade até 2015. Atualmente, apenas 63 países cumpriram a meta. Outros 15 estão no caminho e devem alcançá-la. Um progresso substancial no abasteci-

mento de alimentos em países como o Brasil melhorou os dados gerais e m a s c a ro u as lutas em países como Haiti, onde o número de p e s s o a s f am i n t a s a umentou de 4,4 milhões de 1990 a 1992 para 5,2 milhões de 2012 a 2014, disse o relatório. A América Latina é a região onde houve maior avanço na redução da pobreza e da fome, especialmente na América do Sul, com os países do Caribe ainda um pouco mais lentos. O número de pessoas subnutridas na região passou de 14,4% da população para cerca de 5%. Além do Brasil, a Bolívia é citada como exemplo. Apesar de ainda ter quase 20% da população abaixo da linha da pobreza, saiu de um porcentual próximo a 40%. A Ásia abriga a maioria dos famintos – 526 milhões de pessoas. Na África Subsaariana, mais de uma em cada quatro pessoas continua com fome crônica. Os chefes das agências reforçaram a necessidade de renovar o compromisso político para combater a fome por meio de ações concretas e encorajam o cumprimento do acordo alcançado na cúpula da União Africana, em junho, de acabar com a fome no continente até 2025. (Agências)

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou as estimativas para a produção nacional de café (arábica e conilon) neste ano das 44,6 milhões de sacas previstas em maio para 45,1 milhões de sacas. Ainda assim, se confirmada, a safra será 8,16% menor na comparação com as 49,15 milhões de sacas produzidas no ciclo anterior. Os dados foram divulgados ontem e constam do 3º levantamento realizado pela Conab. A produção de arábica deverá ser 16,1% inferior neste ano, em comparação a 2013, com 32,1 milhões de sacas, informou. "Os motivos foram a forte estiagem verificada nos primeiros meses de 2014, a inversão da bienalidade em algumas regiões, como na Zona da Mata mineira, e também as geadas que atingiram o Paraná em 2013", destacou a Conab, em nota divulgada ontem. Os estados com maior redução foram Minas Gerais (-18,22%), Paraná (-69,1%) e Espírito Santo (-16,8%). Quanto ao conilon, a safra deverá ser 19,9% maior, em relação a 2013, com 13 milhões de sacas. A elevação é decorrente da renovação e revigoramento da produtividade e das condições climáticas

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favoráveis ocorridas no Espírito Santo, estado que é o maior produtor brasileiro de conilon. Conforme a Conab, o arábica responderá por 71,2% do volume de café produzido no País, com destaque para Minas Gerais, que deve ter produção de 22,3 milhões de sacas. Já o conilon representa 28,8% do total nacional, sendo que o Espírito Santo produzirá 9,9 milhões de sacas. No levantamento de maio, a companhia projetava a safra de arábica em 32,2 milhões de sacas e a de conilon, em 12,3 milhões de sacas. Em termos nacionais, as culturas em produção e em formação devem ocupar uma área de 2,2 milhões de hectares, 3,9% menor quando comparada à safra passada, informa a Conab. Minas Gerais concentra a maior área plantada, com 1,2 milhão de hectares e predomínio da espécie arábica, que ocupa 98,8% da área total do Estado. Isso representa 53,6% da área cultivada no país, diz a Conab. A segunda posição é do Espírito Santo, com área total de 486,6 mil hectares, sendo que 310,1 mil hectares são destinados ao conilon - equivalentes a 63,9% da área nacional da espécie. (Estadão Conteúdo)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

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BMG lidera lista de bancos mais reclamados É a segunda vez seguida, desde que a metodologia de apuração do ranking do BC foi alterada, incluindo financeiras, que a instituição fica no topo. Eduardo martins/EC

conglomerado BMG voltou a liderar, no mês de agosto, a lista das instituições com maior volume de reclamações no Banco Central (BC), entre as que têm pelo menos 2 milhões de clientes. Este é o segundo mês em que a autarquia trabalha com uma nova elaboração do ranking e, desde então, o BMG fica no topo do rol. Apesar de ter sido a mais criticada, o índice do banco recuou de 40,30 pontos em julho para 36,13 pontos no mês passado. Conforme o BC, foram feitas 87 queixas consideradas procedentes contra o conglomerado, que conta com pouco mais de 2,4 milhões de clientes, no período. A concessão de crédito consignado sem a formalização do título adequado foi apontada por 17 consumidores como um problema. Esse foi o item alvo do maior número de reclamações da instituição bancária. A segunda maior q uantidade de queixas (14) foi em relação à restrição de realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais por recusa injustificada. Já 11 pessoas declararam insatisfação com a resposta recebida do BMG referente à reclamação registrada no BC Na segunda posição ficou o Mercantil do Brasil, que possui quase 2,1 milhões de clientes. Em agosto, o índice da instituição foi de 10,51 pontos, relativo a 22 reclamações consideradas procedentes. A maior quantidade de críticas (12) foi referente à restrição ao fazer portabilidade de operações

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Entre as principais reclamações estão: concessão inadequada de crédito consignado e depósitos não autorizados pelo cliente.

de crédito consignado. O Santander baixou uma posição de julho para agosto e agora está em terceiro lugar no ranking, ao registrar índice de 10,25 pontos. For am 317 críticas consideradas procedentes pelo BC no mês passado para o conglomerado, que reúne 30,9 milhões de correntistas. A maior quantidade delas (72) foi em relação a débitos em conta de depósito não autorizados pelo cliente. Na quarta posição ficou o conglomerado Banrisul, com índice de 7,87 pontos, 30 queixas e 3,8 milhões de clientes –

o banco que tem sede no Sul do País estava na terceira colocação em julho. Também a questão da restrição da portabilidade foi a que recebeu maior volume de reclamações de usuários (10) no mês passado. O conglomerado HSBC figurou em quinto lugar – também um abaixo do levantamento anterior, com índice de 7,08 pontos. Foram 73 críticas avaliadas como procedentes para o grupo que possui 10,3 milhões de correntistas. A cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados foi

Lei de falência: também para MPE. A LC 147 beneficia a recuperação de empresas de menor porte Silvia Pimentel s mudanças na legislação que criou o Simples Nacional vão além da permissão dada para que as empresas de setor de serviços participem do regime tributário diferenciado a partir do ano que vem. A Lei Complementar 147, sancionada em agosto, mexeu também na norma que regula a falência e a recuperação judicial (11.101/05), beneficiando as micro e pequenas empresas. Pelo menos quatro alterações na norma estão sendo estudadas por advogados especializados no assunto. As novas regras já estão em vigor e devem impulsionar o uso da lei de falência em favor dos pequenos empresários, seja na condição de credores ou devedores. De acordo com Ronaldo Vasconcelos, que preside a Comissão de Direito Falimentar e Recuperacional do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), a Lei de Falências, que completa uma década neste ano, tem um capítulo inteiro dedicado ao segmento. Mas a recuperação de micro e pequenas empresas era pouco utilizada porque não havia atrativos, o que inclui um alto custo para os pequenos negócios. “Com alterações, vai aumentar o interesse para a recuperação especial das micro e pequenas empresas”, prevê o advogado. A obtenção de uma “cadeira” cativa na mesa de

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negociação de credores num processo de recuperação judicial, na opinião do advogado, é a alteração mais importante. A lei criou uma nova classe de credores, denominada microempresas e empresas de pequeno porte. “O segmento ganhou status e passa a ser elemento importante para a aprovação de um plano de recuperação. Na prática, o devedor vai conversar com a micro e pequena empresa para

Eram duas grandes limitações para o setor, a de prazo e de tipos de créditos, que a nova redação corrigiu. RONALDO VASCONCELOS, DO IASP

tentar ver seu plano aprovado”, explica Vasconcelos. A mudança, apesar de positiva, tem gerado dúvidas no meio jurídico que deverão ser esclarecidas pelo Judiciário à medida que aumentarem os processos de recuperação judicial e o uso da nova configuração na lei. Atualmente, um plano de recuperação deve ser aprovado por três classes de credores, o que facilita o desempate: trabalhista,

quirografário (fornecedores), créditos com garantia (bancos). Agora, com a inclusão da nova classe (micro e pequena empresa), um empate na aprovação no plano de recuperação vai implicar em impasse. “O legislador não se ateve a esse detalhe – da participação da micro e pequena empresa –, que será superado pela jurisprudência”, prevê o advogado. Outra mudança importante diz respeito à inclusão dos créditos bancários num processo de recuperação envolvendo o segmento. Até então, as micro e pequenas empresas só podiam negociar um plano de recuperação especial com os fornecedores. Se a empresa tinha dívidas com os bancos, os valores não podiam ser incluídos na negociação. Com a mudança na legislação, essas dívidas poderão ser negociadas. Além disso, na recuperação ordinária, que é outra modalidade prevista na lei que regula o assunto, não há mais o limite de prazo (36 meses) para o pagamento da dívida da micro e pequena empresa. “Eram duas grandes limitações para o setor, a limitação de prazo e de tipos de créditos, que a nova redação corrigiu”, ressalta. De acordo com o advogado, a LC 147 também trocou o indexador das dívidas das micro e pequenas empresas em processo de recuperação. A lei fixava em 12% a taxa de correção da dívida. A partir de agora será usada a taxa Selic.

apontada por 10 críticos. Da sexta à décima posição do ranking do BC estão: Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Votorantim. A lista é obtida com base nas reclamações do público que são registradas no BC e que têm relação com assuntos regulados pela instituição. Até junho, os bancos estavam divididos entre os que tinham mais ou menos de 1 milhão de clientes. Pela nova metodologia, a separação considera a quantidade de 2 milhões de clientes. O BC ago-

ra também passa a incluir financeiras na lista Respostas – O Banco BMG informou, por meio de nota, "que atua para oferecer o melhor atendimento, de maneira ágil, para sanar quaisquer dúvidas ou pendências de seus clientes. Dessa forma, tem ampliado os esforços para melhorar os procedimentos internos, para garantir maior eficiência na solução das demandas dos clientes". O Mercantil do Brasil, por meio de sua assessoria, atribuiu à mudança no ranking e à nova resolução de portabilida-

de do BC o aumento no número de reclamações. "Entretanto, o Mercantil do Brasil está atento às necessidades dos clientes e alterou processos internos para reverter a situação". O Santander ressaltou que tem trabalhado na melhoria dos seus processos, ofertas e atendimento. O intuito, de acordo com a nota da assessoria de imprensa, é torná-los mais "simples e ágeis e, dessa forma, melhorar a satisfação e a experiência dos consumidores com o banco". (Estadão Conteúdo)


16 -.ECONOMIA/LEGAIS

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ERRATA LEILÃO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA No edital de LEILÃO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, autorizado pelo Credor Fiduciário BANCO SANTANDER BRASIL S/A, no qual figuram como fiduciantes ROSENILDE SILVA PEREIRA e ANDRE LEONEL PEREIRA, publicado no Jornal “Diário do Comércio” na edição de 09 de setembro de 2014, onde se lê: “...situado na Rua Eduardo Pontal (antiga Rua Quatorze).... e Para constar que o prédio sem número da Rua Eduardo Pontal........” leia-se “situado na Rua Eduardo Pondal (antiga Rua Quatorze).... e para constar que o prédio sem número da Rua Eduardo Pondal........... ...”.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014


Nova Zelândia Empreendimentos Imobiliários Ltda. NIRE 35.221.027.059 - CNPJ/MF nº 08.411.334/0001-60 Extrato da Ata de Reunião de Sócios no dia 26.08.2014 Data, hora e local. 26.08.2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo 555, 1º andar, sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa. Presidente: Rafael Novellino, Secretário: Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas. 1. Redução do capital social em R$ 5.700.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 5.700.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, a qual receberá, com a expressa anuência da sócia Cybra de Investimento Imobiliário Ltda., o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas. Passando o capital de R$ 33.618.611,00 para R$ 27.918.611,00. 2. Autorizar os administradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução de capital, após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social. Encerramento. Nada mais. São Paulo, 26.08.2014. Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações - Claudio Carvalho de Lima, Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum. Cybra de Investimento Imobiliário Ltda. - Claudio Carvalho de Lima, Sandra Esthy Attié Petzenbaum.

Cyrela Esmeralda Empreendimentos Imobiliários Ltda. CNPJ 13.003.580/0001-12 - NIRE 35.224.853.162 Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 26/08/2014 Data, hora e local: 26/08/2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, 555, 1º andar, sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação: Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa: Presidente - Rafael Novellino, Secretário - Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas: 1. Redução do capital social em R$ 22.400.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento, de 22.400.000 de quotas, com valor nominal de R$1,00 cada, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, a qual receberá com expressa anuência da sócia Cybra de Investimento Imobiliário Ltda o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 25.024.000,00 para R$ 2.624.000,00. 2. Autorizar os administradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução, após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital. Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 26/08/2014. Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos e Participações - p.p. Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima, Cybra de Investimento Imobiliário Ltda - Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima.

Odebrecht Agroindustrial S.A. CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para comparecerem à Assembleia Geral Extraordinária que será realizada em 24 de setembro de 2014, às 14h, na sede da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte 2, Butantã, CEP 05501-050, a fim de deliberar sobre (i) a proposta de aumento do capital social da Companhia no valor de, no mínimo, R$ 820.000.000,00 (oitocentos e vinte milhões de reais) e, no máximo, R$ 1.460.000.000,00 (um bilhão, quatrocentos e sessenta milhões de reais), mediante a emissão de novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço emissão de R$ 0,01 (um centavo de real) por lote de 1.000 (mil) ações, conforme proposta da Administração que se encontra à disposição dos acionistas na sede da Companhia. O preço de emissão por ação foi fixado com base no §1º, I, do artigo 170 da Lei 6.404/76; e (ii) a emissão privada, pela Companhia, de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real, no montante de até R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais). São Paulo, 17 de setembro de 2014. ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A. Marcelo Bahia Odebrecht – Presidente do Conselho de Administração

C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. (em organização) Ata da Assembleia Geral de Constituição de Sociedade por Ações Realizada em 11 de Junho de 2014 Data, Hora e Local: Aos 11 de junho de 2014, às 8:00 horas, na Rua Pamplona, nº 818, 9° andar, conjunto 92, Município de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP: 01405-001. Quórum de Instalação: verificou-se a presença dos Fundadores da Sociedade conforme boletins de subscrição, (Anexo II) e lista de presença (Anexo III). Mesa: Os trabalhos foram presididos pela Sra. Sueli de Fátima Ferretti, que convidou a mim, Cleber Faria Fernandes para secretariá-la.Ordem do Dia:Deliberar sobre a: (a) Constituição da Companhia;(b) subscrição e forma de integralização de seu capital social; (c) aprovação do Estatuto Social da Companhia; (d) elaboração da ata em forma de sumário; e (e) eleição dos membros da Diretoria da Companhia. Deliberações: Dando início aos trabalhos e seguindo a ordem do dia, a Assembleia deliberou, por unanimidade: (a) constituir a C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona, 818 - 9° andar, conjunto 92, CEP: 01405-001; (b) fixar o capital social da Companhia em R$ 500,00 (quinhentos reais) dividido em 500 (quinhentas) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, totalmente subscritas e parcialmente integralizadas, nesta data, conforme boletins de subscrição anexos.(c) aprovar, sem qualquer ressalva, o Estatuto Social da Companhia, que passa a fazer parte integrante da presente ata (Anexo I); (d) aprovar, nos termos, do § 1º artigo 130 da Lei nº 6.404/76, lavrar a ata desta assembleia em forma de sumário; (e) eleger as pessoas abaixo qualificadas para compor a Diretoria com mandato anual que vigorará até a posse dos eleitos pela Assembleia Geral Ordinária de 2015: Diretores: Sueli de Fátima Ferretti, brasileira, solteira, analista, residente e domiciliada na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, portadora da cédula de identidade RG nº 7.743.932-6, expedida pela SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob o nº 764.868.778-04, para o cargo de diretora. Cleber Faria Fernandes, brasileiro, casado, técnico em contabilidade, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, 818, 7º andar, conjunto 71, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, portador da cédula de identidade RG nº 23.360.684-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 192.212.358-74, para o cargo de diretor. Os membros da Diretoria ora eleitos declararam ter ciência do disposto no artigo 147 da Lei n° 6.404/76, não tendo sido condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos;ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato;ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade.Encerramento:Nada mais havendo a tratar, lavrou-se esta ata que, lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. São Paulo, 11 de junho de 2014. Sueli de Fátima Ferretti Presidente da Assembleia e Diretora Eleita; Cleber Faria Fernandes - Secretário da Assembleia e Diretor Eleito; Visto do Advogado: Renato Dias Pinheiro - OAB/SP 105.311-A - OAB/RJ 19.553. (Anexo I) Estatuto Social - C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. - (Assembleia Geral de Constituição realizada em 11 de junho de 2014) - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Objeto e Duração - Artigo Primeiro - A C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. é uma sociedade anônima que rege-se por este Estatuto Social e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. Artigo Segundo - A companhia tem sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona n° 818, 9º Andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, podendo abrir filiais, agências ou escritórios por deliberação da diretoria. Artigo Terceiro - A Companhia tem por objeto social a participação em outras Sociedades, como sócia ou acionista, no país ou no exterior (“holding”). Artigo Quarto - A Sociedade terá prazo indeterminado de duração. Capítulo II - Do Capital - Artigo Quinto - O capital social é de R$ 500,00 (quinhentos reais), representado por 500 (quinhentas) ações, sendo todas ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo R$ 200,00 (duzentos reais) integralizados e o restante a integralizar no prazo de 12 meses a contar desta assembleia. Parágrafo Primeiro - Cada ação corresponde a um voto nas deliberações sociais. Parágrafo Segundo - As ações provenientes de aumento de capital serão distribuídas entre os acionistas, na forma da lei, no prazo que for fixado pela Assembleia que deliberar sobre o aumento de capital. Parágrafo Terceiro Mediante aprovação de acionistas representando a maioria do capital social, a companhia poderá adquirir as próprias ações para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, sem diminuição do capital social, para posteriormente aliená-las, observadas as normas legais e regulamentares em vigor. Capítulo III - Da Assembleia Geral - Artigo Sexto - A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, nos 4 (quatro) primeiros meses após o encerramento do exercício social, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem. Parágrafo Primeiro - A Assembleia Geral será presidida por acionistas ou diretor eleito no ato, que convidará, dentre os diretores ou acionistas presentes, o secretário dos trabalhos. Parágrafo Segundo As deliberações das Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, ressalvadas as exceções previstas em lei e sem prejuízo do disposto neste Estatuto Social, serão tomadas por maioria absoluta de voto, não computando os votos em branco. Capítulo IV - Da Administração - Artigo Sétimo - A administração da Companhia será exercida por uma diretoria, composta por no mínimo 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, todos com a designação de diretores, podendo ser acionistas ou não, residentes no país, eleitos anualmente pela Assembleia Geral, permitida a reeleição.Vencido o mandato, os diretores continuarão no exercício de seus cargos, até a posse dos novos eleitos.Parágrafo Primeiro - Os diretores ficam dispensados de prestar caução e seus honorários serão fixados pela Assembleia Geral que os eleger. Parágrafo Segundo - A investidura dos diretores nos cargos far-se-á por termo lavrado no livro próprio. Artigo Oitavo - No caso de impedimento ocasional de um diretor, suas funções serão exercidas por qualquer outro diretor, indicado pelos demais. No caso de vaga, o indicado deverá permanecer no cargo até a eleição e posse do substituto pela Assembleia Geral.Artigo Nono - A diretoria tem amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendo praticar todos os atos necessários para gerenciar a Sociedade e representá-la perante terceiros, em juízo ou fora dele, e perante qualquer autoridade pública e órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais; exercer os poderes normais de gerência; assinar documentos, escrituras, contratos e instrumentos de crédito; emitir e endossar cheques; abrir, operar e encerrar contas bancárias; contratar empréstimos, concedendo garantias, adquirir, vender, onerar ou ceder, no todo ou em parte, bens móveis ou imóveis. Artigo Décimo - A representação da Companhia em juízo ou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidos no artigo nono competem a qualquer diretor, agindo isoladamente, ou a um ou mais procuradores, na forma indicada nos respectivos instrumentos de mandato. A nomeação de procurador(es) dar-se-á pela assinatura isolada de qualquer diretor, devendo os instrumentos de mandato especificarem os poderes conferidos aos mandatários e serem outorgados com prazo de validade não superior a um ano, exceto em relação ç às procurações “ad judicia”, as quais poderão ser outorgadas por prazo indeterminado. Parágrafo Único: Dependerão da aprovação de acionistas representando a maioria do capital social a prestação de avais, fianças e outras garantias em favor de terceiros. Artigo Décimo Primeiro - Compete à diretoria superintender o andamento dos negócios da Companhia, praticando os atos necessários ao seu regular funcionamento. Capítulo V Conselho Fiscal - Artigo Décimo Segundo - A companhia terá um Conselho Fiscal, de funcionamento não permanente que, quando instalado, deverá ser composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não.Parágrafo Único - Os membros do Conselho Fiscal serão eleitos pela Assembleia Geral Ordinária para um mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição. Capítulo VI - Disposições Gerais - Artigo Décimo Terceiro - O exercício social da Sociedade coincide com o ano civil, encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano. Quando do encerramento do exercício social, a Sociedade preparará um balanço patrimonial e as demais demonstrações financeiras exigidas por Lei. Artigo Décimo Quarto - Os lucros apurados em cada exercício terão o destino que a Assembleia Geral lhes der, conforme recomendação da diretoria, depois de ouvido o Conselho Fiscal, quando em funcionamento, e depois de feitas as deduções determinadas em Lei. Artigo Décimo Quinto - Mediante decisão de acionistas representando a maioria do capital social, a Sociedade poderá preparar balanços intercalares a qualquer momento, a fim de determinar os resultados e distribuir lucros em períodos menores.Artigo Décimo Sexto - A Sociedade distribuirá, como dividendo obrigatório em cada exercício social, o percentual mínimo previsto e ajustado nos termos da legislação aplicável. Artigo Décimo Sétimo - A Sociedade entrará em liquidação nos casos previstos em lei ou por deliberação da Assembleia Geral, com o quorum de acionistas representando a maioria do capital social, a qual determinará a forma de sua liquidação, elegerá os liquidantes e fixará a sua remuneração. Artigo Décimo Oitavo - Qualquer ação entre os acionistas ou deles contra a Companhia, baseada neste estatuto social, será proposta no foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo. Sueli de Fátima Ferretti - Presidente; Cleber Faria Fernandes - Secretário. JUCESP/NIRE nº 35.300.467.671 em 18/07/2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício. PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUI

Edital nº 60/2.014 – Concorrência Pública nº 06/2.014. Objeto:- Permissão de uso de espaço público para exploração da lanchonete no Terminal Rodoviário de Passageiros de Birigui, pelo período de 12 (doze) meses, podendo ser renovado se houver interesse daAdministração. Critério de Julgamento:- Melhor Oferta. ENCERRAMENTO E ABERTURA:- 23/10/2.014, às 08h30min. O Edital e seus Anexos na íntegra poderá ser retirado gratuitamente através do site www.birigui.sp.gov.br., ou na Seção de Licitações no valor de R$ 30,00 (trinta reais). ENCERRAMENTO DA VENDA: 22/10/2.014. INFORMAÇÕES:- Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº 28 ou pelos telefones (018) 3643.6125 - 3643 6126, Birigui, 16/09/2.014, Pedro Felício Estrada Bernabé, Prefeito Municipal.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUI

SUSPENSÃO EDITAL Nº 142/2.014 – PREGÃO PRESENCIAL Nº 118/2.014. A pregoeira designada pela Portaria nº 115/2014 torna público que o Pregão Presencial nº 118/2014 que objetiva a Contratação de consultoria especializada para elaborar o plano municipal de saneamento básico do município de Birigui conforme Lei federal nº 11.445/2007, devendo abranger todo o território (urbano e rural) e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de serviços de infraestrutura e instalações operacionais de I) abastecimento de água, II) esgotamento sanitário, III) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e IV) limpeza e manejo dos resíduos será suspenso para apreciação e resposta dos pedidos de esclarecimentos protocolados. O processo na íntegra encontra-se à disposição dos interessados na Seção de Licitações, na Rua Santos Dumont nº 28, Centro. Birigui, 16/09/2014. RenataAparecida Natal Zago, Pregoeira Oficial.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUI

EDITAL Nº 159/2014–PREGÃO PRESENCIAL Nº 139/2014 OBJETO:- Registro de Preços contratação de empresa especializada em prestação de serviços de exames de tomografia, ressonância e exames diversos, destinados à Secretaria Municipal de Saúde, pelo prazo de 12 (doze) meses. Data da Realização- 30/09/2014 às 08h30min. Melhores informações poderão ser obtidos junto a Sala de Licitações da Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de Paiva Castro s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018) 3643. 6234, ou pelo e-mail bernadete.pregoeira@birigui.sp.gov.br. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retirado gratuitamente no site www.birigui.sp.gov. br., Pedro Felício Estrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 16/09/2014.

ECONOMIA/LEGAIS - 17

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDES Pregão Presencial 33/2014 A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que, no dia e hora especificados, nas dependências do Paço Municipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-á licitação, na modalidade Pregão Presencial 33/2014, objetivando o registro de preços, pelo tipo menor preço global, com vistas a eventual e futura contratação de empresa objetivando o fornecimento de gases medicinais, de forma parcelada e a pedido, para os serviços de saúde pública. O edital completo poderá ser retirado no endereço supracitado, no horário das 09:00 às 16:00 horas ou pelo site www.santagertrudes.sp.gov.br. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com as propostas e os documentos de habilitação devem ser protocolados até as 08:30 horas do dia 30/09/2014 no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmo dia às 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 16 de setembro de 2014. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

Glock do Brasil S.A. CNPJ/MF nº 06.275.981/0001-66 – NIRE 35.300.321.022 Edital de Convocação da AGOE a ser Realizada em 30/09/2014. Ficam convocados os Acionistas da Companhia para comparecer à AGOE a realizar-se no dia 30/09/2014, às 10 horas, na sede social, em SP/SP, na Avenida Cidade Jardim, 400, sala 52, 5° andar, Edifício Dacon, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (a) em AGO: (i) aprovação do relatório da administração e Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2013; (ii) aprovação da destinação dos resultados auferidos pela Companhia a partir das Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2013; e (ii) (re)eleição de membros do Conselho de Administração;(b) em AGE: (i) fechar a filial localizada no em SP/SP, na Rua Doutor Olavo Egidio, nº 629 (Parte 1) Santana. Os documentos relacionados a ordem do dia estarão disponíveis aos acionistas para consulta a partir da presente data na sede da Companhia. SP, 10/09/2014.Conselho de Administração (16, 17 e 18/09/2014)

Alaof Brasil Infra Holdings S.A. CNPJ/MF n.º 14.287.110/0001-90 – NIRE 35.300.412.435 Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 12/09/2014 1. Data, hora e local: Realizada aos 12 (doze) dias do mês de setembro de 2014, às 9:00 horas, na sede social da ALAOF BRASIL INFRA HOLDINGS S.A. (“Companhia”), localizada na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, n.º 2.391, 3º andar, conjuntos 31 e 32, Pinheiros, CEP 01.452-000. 2. Convocação e presença: Dispensada a publicação de edital de convocação, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), tendo em vista a presença de acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica das assinaturas constantes do Livro de Registro de Presença de Acionistas da Companhia. 3. Mesa: A assembleia foi presidida pelo Sr. Emiliano Bochnia Machado e secretariada pelo Sr. Marcus Vinicius Varotti. 4. Ordem do dia: Reuniram-se os acionistas da Companhia para examinar, discutir e votar a respeito da seguinte ordem do dia: (i) a redução do capital social da Companhia, no montante de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta e seis mil, vinte e nove reais e seis centavos), sem o cancelamento de ações, nos termos do artigo 173 da Lei das Sociedades por Ações; e (ii) a alteração do caput do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, para refletir referida redução de capital, caso aprovada. 5. Deliberações: Os acionistas presentes, após exame, discussão e votação das matérias, resolveram, por unanimidade de votos e sem quaisquer ressalvas ou restrições, o quanto segue: 5.1. Registrar que a ata que se refere à presente assembleia geral será lavrada na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o §1.º do artigo 130 da Lei das Sociedades por Ações, sendo que a presente ata confere com a original, lavrada nas páginas 44 a 46 do Livro de Atas das Assembleias Gerais da Companhia. 5.2. Aprovar, integralmente e sem ressalvas, por unanimidade de votos, a redução do capital social da Companhia, passando dos atuais R$113.005.052,00 (cento e treze milhões, cinco mil e cinquenta e dois reais) para R$102.059.022,94 (cento e dois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos), uma redução, portanto, no montante total de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta e seis mil, vinte e nove reais e seis centavos), realizada sem o cancelamento de ações de emissão da Companhia, nos termos do artigo 173 da Lei das Sociedades por Ações. 5.2.1. Consignar que, nos termos do artigo 174, § 1.º, da Lei das Sociedades por Ações, durante o prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de publicação da presente ata, eventuais credores quirografários por títulos que sejam anteriores à referida data de publicação poderão se opor à redução do capital social da Companhia ora deliberada. 5.2.2. Consignar, ainda, que a redução do capital social da Companhia ora deliberada somente se tornará efetiva, findo o prazo mencionado no item 5.2.1 acima, (i) mediante inexistência de oposição de credores quirografários por títulos anteriores à data de publicação da presente ata, ou, (ii) existindo oposição de algum credor, mediante pagamento do seu crédito ou depósito judicial da importância respectiva, conforme disposto no artigo 174, § 2.º, da Lei das Sociedades por Ações. 5.2.3. Consignar, por fim, que da quantia total da redução do capital social da Companhia, (i) R$10.696.029,06 (dez milhões, seiscentos e noventa e seis mil, vinte e nove reais e seis centavos) foram reduzidos para absorção de perdas sofridas pela Companhia, até o montante dos prejuízos acumulados, de modo que, após tal redução, a conta de prejuízos acumulados da Companhia passará a registrar o valor de R$0,00 (zero reais); e (ii) R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) foram reduzidos do capital social por terem sido julgados excessivos, e serão restituídos aos acionistas da Companhia, proporcionalmente à participação de cada um no capital social da Companhia, em moeda corrente nacional, em até 20 (vinte) dias a partir da data em que se der o decurso do prazo previsto no artigo 174 da Lei das Sociedades por Ações para a efetivação da redução do capital social. 5.3. Em decorrência da deliberação tomada no item 5.2 acima, uma vez concluída a redução do capital social da Companhia e desde que atendidas as condicionantes previstas no item 5.2.2 acima, o caput do Artigo 5.º do Estatuto Social da Companhia passará a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 5.º O capital social é de R$102.059.022,94 (cento e dois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos), dividido em 113.255.052 (cento e treze milhões, duzentas e cinquenta e cinco mil e cinquenta e duas) ações ordinárias, todas nominativas, sem valor nominal.” 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a assembleia, da qual se lavrou a presente ata na forma de sumário que, lida e achada conforme, foi por todos os presentes assinada. São Paulo, 12 de setembro de 2014. (aa) Presidente: Emiliano Bochnia Machado; Secretário: Marcus Vinicius Varotti. Acionistas presentes: ALAOF Brasil Infra Holdings Fundo de Investimento em Participações; e ALAOF do Brasil Administradora de Valores Mobiliários e Consultoria Ltda. A presente ata confere com a original lavrada em livro próprio. São Paulo, 12 de setembro de 2013. Marcus Vinicius Varotti - Secretário.

Knoths Comercial e Comunicação Ltda., CNPJ n° 00.774.678/0001-21, IM n° 13014, comunica o extravio das notas fiscais: Série A, numeradas de 250 a 300. Santana de Parnaíba (SP), 11/09/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINDAMONHANGABA

COMUNICADO ADIAMENTO PREGÃO Nº 251/2014 A Prefeitura comunica que o PP nº 251/2014, “Aquisição de compressor de ar”, r fica adiado SINE DIE. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA:

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00598/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE KIT LABORATÓRIO LM-11 - CONJUNTO E SÓLIDOS GEOMÉTRICOS EM ACRÍLICO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Aquisição de Kit Laboratório LM-11 - Conjunto e Sólidos Geométricos em Acrílico. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 17/09/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 01/10/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 17/09/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ/SP CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 18-A/14 Comunicamos que a Concorrência Pública nº 18/14, que cuida da Construção da Rede Lucy Montoro e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME),teve sua Planilha de Quantitativos e Preços alterada devido às correções necessárias realizadas pela unidade requisitante. O novo edital, agora renumerado como 18-A/14, juntamente com a nova planilha e com as respostas de todos os questionamentos realizados serão disponibilizados aos interessados através do site www.taubate.sp.gov.br e no Departamento de Compras desta Prefeitura. O recebimento dos envelopes ‘Documentação’ e ‘Proposta’ ocorrerá até às 08h30min do dia 17/10/2014. Comunicamos ainda que os Memoriais descritivos, Projetos e cronogramas permanecem inalterados. Taubaté, 15 de setembro de 2014. José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior – Prefeito

Brookfield SPE SP-23 S.A. CNPJ 13.487.635/0001-07 Demonstrações dos fluxos de caixa Exercício findo Demonstração do resultado Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 (Valores expressos em milhares de reais) em 31 de dezembro de 2013 (Valores expressos em milhares de reais) Nota 2013 Fluxos de caixa de atividades operacionais 2013 (365) Prejuízo do exercício Despesas operacionais (366) Despesas de vendas 7 (365) Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com o caixa Prejuízo operacional antes do resultado financeiro (365) líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais (1) Depreciação Despesas financeiras 109 (366) Variação no capital circulante Prejuízo do exercício Aumento de estoques de imóveis a comercializar (863) Demonstração do resultado abrangente Exercício findo Aumento de outros ativos (152) em 31 de dezembro de 2013 (Valores expressos em milhares de reais) Aumento de contas a pagar de fornecedores e outras 45 Nota 2013 45 (1.227) Caixa líquido consumido pelas atividades operacionais (366) 45 Prejuízo do exercício Fluxos de caixa de atividades de investimento (366) Total do resultado abrangente do exercício 410 Aquisição de imobilizado (704) Demonstração das mutações do patrimônio líquido Exercício findo em 31 de 5 410 Adiantamentos a partes relacionadas 410 dezembro de 2013 (Valores expressos em milhares de reais) 6 28.149 Caixa líquido consumido pelas atividades de investimento (294) 28.515 Total do Fluxos de caixa de atividades de financiamento Prejuízos Capital (366) social acumulados patrimônio líquido Nota Adiantamento para futuro aumento de capital 1.984 6 b 1.984 Saldos em 1/01/2013 - Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 1.984 30.133 Aumento de capital 6 a 28.515 28.515 Aumento líquido no caixa e equivalentes de caixa 463 30.588 Prejuízo do exercício (366) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício (366) 28.149 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício (366) 28.515 Saldos em 31/12/2013 463 Notas explicativas às demonstrações financeiras (Valores expressos em MR$ - R$, salvo se indicado de outra forma) dução ao valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante recuperável do ativo panhia, Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A., relativos 1. Informações gerais: A Brookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), é uma sociedade é estimado com a finalidade de mensurar o montante dessa perda, se houver. Quan- a custos de aquisição e transferência do terreno. O montante não é atuaanônima de capital fechado com sede na Avenida Morumbi, 7750, 7766, 7768, 7770, do não for possível estimar o montante recuperável de um ativo individualmente, a lizado monetariamente ou acrescidos de juros e não possui prazo de ven7776 e 7778 – São Paulo – SP, cujo objeto é o planejamento, promoção, desenvolvi- Companhia, calcula o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qual cimento definido. 6. Capital social: a) Capital subscrito: O capital social da mento, a venda e a entrega de empreendimento imobiliário para fins residenciais no pertence o ativo. Quando uma base de alocação razoável e consistente pode ser iden- Companhia, em 31/12/13, é de R$28.515 dividido em 28.514.664 ações orimóvel situado na cidade de São Paulo – S.P, na Avenida Morumbi, 7750, 7766, 7768, tificada, os ativos corporativos também são alocados às unidades geradoras de caixa dinárias, todas nominativas, sem valor nominal e totalmente integralizadas. 7770, 7776 e 7778. 2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das individuais ou ao menor grupo de unidades geradoras de caixa para o qual uma base 31/12/2013 principais políticas contábeis: As demonstrações financeiras foram aprovadas pela de alocação razoável e consistente possa ser identificada. O montante recuperável é Percentual de Quantidade Administração em 28/03/14. As demonstrações financeiras da Companhia foram o maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Na Acionistas de Ações Participação preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreen- avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao Brookfield São Paulo Empreendimentos dem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, as valor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma avaliação Imobiliários S.A. 50,00 14.257.332 Orientações e as Interpretações emitidas, incluindo a Orientação OCPC 04 - Aplicação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo para o BV Empreendimentos e Participações S.A. 14.257.332 50,00 da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada. Se o montante recuperá- Total de ações emitidas 28.514.664 100,00 - no que diz respeito ao reconhecimento de receitas e respectivos custos e despesas vel de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valor b) Aumento de capital: Em 23/07/13, a Companhia realizou aumento de capidecorrentes de operações de incorporação imobiliária durante o andamento da obra contábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é reduzido ao seu tal social no montante de R$ 28.514 mediante a emissão de 28.514.664 ações (método da percentagem completada - POC). No exercício de 2012 a Companhia en- valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediata- ordinárias escriturais, sem valor nominal dentro do limite do capital autorizado contrava-se em fase pré-operacional e não efetuou transações. Dessa forma, como os mente no resultado. A perda por redução ao valor recuperável pode vir a ser revertida previsto no Estatuto Social da Companhia, ao preço de emissão de R$1,00 por saldos contábeis são inferiores a R$ 1, a Administração da Companhia não está reali- subsequentemente, exceto para o caso do ágio representado pela rentabilidade futu- ação. O capital social foi integralizado através de: (i) terreno situado na Avenida zando a apresentação das demonstrações financeiras comparativas conforme reque- ra cuja perda por redução ao valor recuperável não é revertida, desde que não exceda Morumbi, nºs 7750, 7766, 7768, 7770, 7776 e 7778, cidade e estado de São Paurido pelo CPC 26 - Apresentação das demonstrações contábeis. A moeda funcional da o valor contábil que teria sido determinado. A reversão da perda por redução ao valor lo, no valor contábil de R$ 14.740; (ii) custos relativo à aquisição de Certificado de Companhia é o real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstra- recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. e) Provisões: As provisões Potencial Adicional de Construção - CEPACs no montante de R$ 5.686 e; (iii) R$ ções financeiras. As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas em milha- são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou presumida) resultante de even- 8.088 referentes a custos agregados ao terreno, conforme Laudo de Avaliação. Em res de reais, exceto se indicado de outra forma, inclusive nas notas explicativas. As tos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liqui- 24/07/13 a controladora da Companhia, Brookfield São Paulo Empreendimentos demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com diversas bases de avalia- dação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa dos Imobiliários S.A., vende à BV Empreendimentos e Participações S.A. 14.257.332 ção utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na pre- recursos financeiros requeridos para liquidar a obrigação no final de cada exercício, ações ordinárias nominativas sem valor nominal, correspondente a 50% do caparação das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e sub- considerando-se os riscos e as incertezas relativas à obrigação. Quando a provisão é pital social da Companhia. c) Adiantamento para futuro aumento de capital: Nos jetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor ade- mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu meses de julho, setembro e outubro de 2013, as acionistas Brookfield São Paulo quado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a valor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa (em que o efeito Empreendimentos Imobiliários S.A. e BV Empreendimentos Empreendimentos e essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e do valor temporal do dinheiro é relevante). Quando alguns ou todos os benefícios Participações S.A. aportaram recursos na forma de adiantamento para futuro aude sua recuperabilidade nas operações, assim como da análise dos demais riscos para econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados que fossem mento de capital no montante de R$ 1.984. 7. Informações sobre a natureza das determinação de outras provisões, inclusive para contingências. A liquidação das recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso despesas reconhecidas na demonstração do resultado: A Companhia apresenta transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes dos for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. (i) Contin- a demonstração do resultado utilizando uma classificação das despesas baseada registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico ine- gências: As provisões para obrigações de naturezas cível, trabalhista, previdenciária e na sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas na rente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas fiscal, objeto de contestação judicial são reavaliadas periodicamente, e são contabili31/12/2013 pelo menos anualmente. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas zadas com base nas opiniões do departamento jurídico interno, dos consultores legais demonstração do resultado é apresentada a seguir: 117 e interpretações emitidas pelo Comitê de pronunciamentos contábeis (CPC) que es- independentes e da Administração da Companhia sobre o provável desfecho dos Despesas promoção e propaganda Stand de vendas / apartamento modelo 99 tavam em vigor em 31/12/13. Não existem outras normas e interpretações emitidas processos judiciais nas datas de divulgação. A Companhia adota o procedimento de Depreciação 109 provisionar a totalidade das obrigações de naturezas trabalhista, previdenciária, fiscal e ainda não adotadas que possam, na opinião da Administração, ter impacto signifi40 Outras despesas cativo no resultado ou no patrimônio divulgado pela Companhia. a) Caixa e equivalen- e cível cuja probabilidade de perda, ou seja, de desembolso futuro tenha sido estima- Total de despesas de venda 365 tes de caixa: Caixa e equivalentes de caixa são avaliados ao valor justo na mensuração da como provável. Em 31/12/13 não havia saldo de provisões registrado. f) Classificainicial e compreendem depósitos bancários a vista. b) Estoques de imóveis a comer- ção entre circulante e não circulante: Os direitos realizáveis e as obrigações exigíveis 8. Instrumentos financeiros: 8.1. Gestão do risco de capital: A Companhia adminiscializar: São registrados no “Estoques de imóveis a comercializar” os custos de aquisi- após os doze meses da data do balanço são considerados como não circulante. g) tra seu capital, para assegurar que as empresas que pertencem a ela possam conção de terrenos, de construção e outros custos relacionados aos projetos em constru- Demonstrações dos fluxos de caixa: As demonstrações dos fluxos de caixa foram pre- tinuar com suas atividades normais, ao mesmo tempo em que buscam maximizar ção cujas unidades ainda não foram vendidas. O custo de terrenos mantidos para paradas pelo método indireto e estão apresentadas de acordo com o Pronunciamen- o retorno de suas operações a todas as partes interessadas ou envolvidas em suas desenvolvimento inclui o preço de compra, bem como os custos incorridos para a to Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo Comitê de operações, por meio da otimização da utilização de instrumentos de dívida e do patrimônio. 8.2. Risco de mercado: A indústria de construção civil e incorporação imoaquisição e o desenvolvimento dos terrenos, que não excede o valor de mercado. c) Pronunciamentos Contábeis (CPC). 3. Estoques de imóveis a comercializar: Imobilizado: O imobilizado refere-se exclusivamente a estande de vendas em Montantes conferidos ao capital social: 2013 biliária é cíclica e significativamente influenciada por mudanças nas condições eco31/12/13 e está demonstrado ao valor de custo, deduzido de depreciação e perda por Terreno 14.740 nômicas gerais e locais, tais como: • Níveis de emprego. • Crescimento populacional. redução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. De acordo com a orien- CEPAC’s 5.686 • Confiança do consumidor e estabilidade dos níveis de renda. • Disponibilidade de tação OCPC 01 (R1) – Entidades de Incorporação Imobiliária, gastos diretamente rela- Custos agregados 8.088 financiamento para aquisição de áreas de terrenos residenciais. • Disponibilidade de cionados com a construção mobília e decoração dos estandes de vendas do empreen- Sub-total 28.514 empréstimos para construção e aquisição de imóveis. • Disponibilidade de propriedimento imobiliário possuem natureza de caráter tangível e, dessa forma a Compa- Custos agregados 863 dades para locação e venda. • Condições de revenda no mercado imobiliário. A Comnhia, está registrando-os no ativo imobilizado, e depreciando-os de acordo com o Total 29.377 panhia acredita que a linha de produtos oferecida a classes de clientes diferenciados respectivo prazo de vida útil estimada. Os gastos com a construção dos estandes de A Companhia não identificou a necessidade de registro de provisão para redu- fornece alguma redução de risco de mercado. Entretanto, a Companhia continua vendas são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útil-econômica for su- ção ao valor recuperável de ativos, conforme os requerimentos do CPC 01 (R1) exposta a riscos de mercado. 8.3. Gestão do risco de taxa de juros: A Companhia não está exposta ao risco de taxa de juros, uma vez que não possui ativos e passivos perior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômica (norEstande de vendas com taxas de juros prefixadas como pós-fixadas. 8.4. Gestão do risco de crédito: A malmente 24 meses), de acordo com cada empreendimento, sendo baixados por (“impairment”). 4. Imobilizado: Saldo em 31 de dezembro de 2012 Companhia não está exposta ao risco de crédito, em função da Companhia não ter ocasião do término da construção ou da venda total de unidades do referido projeto. 704 iniciado o processo de vendas de unidades imobiliárias. Caso a vida útil estimada seja inferior a 12 meses, a Companhia os reconhecem dire- Aquisições (109) Depreciação tamente ao resultado como “Despesas de vendas”. d) Redução do valor recuperável: 595 Diretoria: Alessandro Olzon Vedrossi - Ricardo Laham - André Paterno LucaSaldo em 31 de dezembro de 2013 No fim de cada exercício, a Companhia revisa o valor contábil de seus ativos para relli - Ricardo José Rodrigues Fontoura - Luciano Francisco de Oliveira Gagliardi. Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7-S -SP determinar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por re- 5. Partes relacionadas: Refere-se a valores a pagar à controladora da ComRelatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras: Examinamos as demonstrações financeiras da tos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstraBrookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31/12/13 e as respectivas demonstra- ções financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles ções do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da admi- os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a efinistração sobre as demonstrações financeiras: A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apre- cácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis sentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das deinternos que a Administração determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes: monstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, con- fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras: Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, duzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Brookfield éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as de- SPE SP-23 S.A. em 31/12/2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, monstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. RJ, 28/03/2014. ERNST & YOUNG - Auditores Independentes S.S. - CRC para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimen- - 2SP 015.199/O-6; Roberto Martorelli - Contador CRC - 1RJ 106.103/O-S-SP. Balanço patrimonial Em 31 de dezembro de 2013 (Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa Estoques de imóveis a comercializar Outros ativos Ativo não circulante Imobilizado Total do ativo PASSIVO Passivo circulante Contas a pagar a fornecedores e outras Passivo não circulante Partes relacionadas Patrimônio líquido Capital social Prejuízos acumulados Adiantamento para futuro aumento de capital Total do patrimônio líquido e recursos capitalizáveis Total do passivo, patrimônio líquido e recursos capitazáveis

2013 29.993 463 3 29.377 153 595 595 4 30.588

Nota

Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A. CNPJ 58.877.812/0001-08 Relatório da Administração Senhores Acionistas, atendendo disposições legais e estatutárias, a administração da apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras, referentes aos exercícios encerrados em no período, bem como a posição patrimonial da Sociedade. Colocamo-nos à disposição para Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A. tem a honra de submeter à 31 de dezembro de 2013 e 2012. Os valores apresentados revelam os resultados alcançados prestar-lhes quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. A Administração.

Demonstrações dos Resultados (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Reapresentado ConsoConsoControla- ControlaConsoContro- Controlidado lidado dora dora lidado ladora ladora 2012 2013 2012 2013 2013 2012 2013 ATIVO Receita operacional líquida 1.054.388 687.538 1.257.866 953.982 1.320.813 1.059.580 1.535.650 Ativos Circulantes (871.701) (540.654) (1.043.630) (762.408) Custos operacionais Caixa e equivalentes de caixa 33.115 182.625 36.781 Lucro bruto 182.687 146.884 214.236 191.574 Contas a receber de clientes 513.099 492.408 599.458 (Despesas) receitas operacionais Estoque de imóveis a comercializar 197.512 295.988 239.219 Despesas de vendas (63.498) (61.737) (71.924) (71.842) 88.559 660.192 577.087 Outros ativos Despesas gerais e administrativas (57.250) (60.426) (61.073) (61.246) 1.757.573 1.975.364 1.478.651 Ativos Não Circulantes Outras receitas (despesas), líquidas (60.788) (27.495) (67.732) (26.282) Contas a receber de clientes 580.554 661.884 698.885 Resultado de equivalência Estoque de imóveis a comercializar 303.943 274.256 333.022 patrimonial 49.108 38.888 33.142 5.778 Outros ativos 114.380 687.810 221.321 (179.223) (167.089) (181.897) (176.295) Resultado financeiro, líquido Investimentos 746.075 336.147 204.623 Resultado antes do imposto de 20.800 15.267 12.621 Imobilizado (132.574) (129.107) (131.638) (140.181) renda e contribuição social 3.078.386 3.034.944 3.014.301 Total dos Ativos (31.840) (65.519) (20.766) (66.272) IR e contribuição social PASSIVO (198.093) (160.947) (197.910) (160.947) 1.282.198 1.231.135 1.093.163 1.138.723 Prejuízo do Exercício Passivos Circulantes (197.910) (160.947) (197.910) (160.947) Empréstimos e financiamentos 416.236 389.301 448.132 390.952 Acionistas controladores da Cia. (183) Contas a pagar a fornecedores e outras 226.130 155.960 208.314 175.273 Acionistas não control. da Cia. Dividendos a pagar 280.569 224.584 13.912 40.824 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais) Adiantamentos de clientes 282.524 354.008 335.354 413.670 Reservas de Lucro Adto. 118.004 87.451 76.739 107.282 Outros passivos financeiros Investimen- Prejuízos para futuro 1.790.056 1.599.767 1.900.932 1.674.665 Passivos Não Circulantes to e capital acumulaCapital aumento de Empréstimos e financiamentos 772.783 652.474 835.544 720.257 Total dos giro Legal capital Social Saldos em Empréstimos com partes relacionadas 810.303 833.694 810.572 834.096 39.236 (52.580) 341.209 102.800 2.753 249.000 Contas a pagar a fornecedores e outras 66.896 46.138 54.835 46.138 31/12/2011 Adiantamento para futuro Adiantamentos de clientes 21.981 27.542 22.328 27.542 aumento de capital 23.780 - 23.780 Outros passivos financeiros 118.093 39.919 177.653 46.632 204.042 Reserva para investimento 20.206 6.132 204.042 Patrimônio líquido e capital giro (39.236) 39.236 Patrimônio líquido de acionistas controladores 6.132 204.042 6.132 204.042 - (160.947) (160.947) - Prejuízo do exercício 14.074 Participação de acionistas não controladores - (174.291) 204.042 126.580 2.753 249.000 3.078.386 3.034.944 3.014.301 3.017.430 Saldos em 31/12/2012 Total do Passivo e Patrimônio Líquido Reserva legal -(2.753) 2.753 Prejuízo do exercício - (197.910) (197.910) Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Contexto Operacional - a Sociedade tem por objetivo a incorporação de edificações próprias Saldos em 31 de 6.132 - (369.448) 126.580 249.000 e em condomínio, a promoção de loteamento de imóveis próprios, a locação de bens imóveis dezembro de 2013 próprios, a participação no capital de outras empresas, como sócia ou acionista e a coordenação, supervisão e fiscalização de obras civis, a organização e a administração de consórcios de créditos de liquidação duvidosa, que é constituída com base na análise individual dos recebíveis. imóveis, o planejamento, organização, implantação e administração de empreendimentos Estoque - são registrados nesta rubrica os custos de aquisição de terreno, de construção e outros imobiliários próprios ou de terceiros de qualquer espécie, sejam hoteleiros, residenciais ou custos relacionados aos projetos em construção e concluídos cujas unidades ainda não foram comerciais. Apresentação das Demonstrações Financeiras - as demonstrações financeiras vendidas. O custo de terrenos mantidos para desenvolvimento inclui o preço de compra, bem foram elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, as como os custos incorridos para a aquisição e do desenvolvimento do terreno, que não excede o Orientações e as Intrerpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ("CPC") valor de mercado. Imobilizado - terrenos, edificações, móveis e utensílios, instalações, veículos, e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"). Caixa e Equivalentes de Caixa - estandes de vendas (apartamento modelo) e equipamentos são demonstrados ao valor de incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras de curto prazo. Contas a Receber - são custo, deduzidos de depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, quando avaliadas e registradas pelo valor presente na data de transação sendo deduzida a provisão para aplicável. Os terrenos não sofrem depreciação. Os gastos com a construção dos estandes de Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais)

Reapresentado Consolidado 2012 1.244.296 216.704 605.840 316.776 104.976 1.773.134 815.150 315.958 526.139 98.621 17.266 3.017.430

Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Em milhares de reais)

Controla- Controladora dora Fluxo de caixa das atividades 2012 2013 operacionais Prejuízo do exercício (197.910) (160.947) Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com o caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais : Depreciações e amortizações 2.186 8.308 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (5.063) 4.057 Juros e variações monetárias 179.863 159.963 Equivalência patrimonial (49.108) (38.888) 20.766 66.272 Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido (prejuízo) do exercício (6.741) (3.760) ajustado (Aumento)/redução nos ativos operacionais Contas a receber 102.901 (64.713) Estoque de imóveis a comercializar 68.789 (23.211) Outros ativos 92.592 (443.331) (Aumento)/redução nos passivos operacionais Contas a pagar 90.928 (91.940) 201.350 (95.686) Outros passivos Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas) 255.764 (428.586) ativid. operacionais Aquisição de ativo imobilizado 460 (4.051) 367.296 (360.820) Aquisição de investimentos Caixa líquido consumido nas 363.245 (360.360) atividades de investimentos Empréstimos de terceiros e partes relacionadas (100.899) (196.064) Aumento de capital e adiantamento para aumento de capital 23.780 211.506 55.985 Dividendos pagos Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) 39.222 (44.914) ativid. de financto. Aumento (redução) do saldo de caixa e equivalentes de caixa (149.510) (26.119) 208.744 182.625 Saldos no início do exercício 182.625 33.115 Saldos no Fim do Exercício

Reapresentado ConsoliConsolidado dado 2012 2013 (198.093) (160.947)

2.500

8.308

(6.765) 183.426 (33.142) 65.519

3.630 123.078 (5.778) 31.840

13.445

131

166.801 60.493 (242.742)

(4.550) 118.183 (337.284)

41.738 (34.324)

(100.871) 160.597

5.411 (163.794) (6.034) (1.281) 72.405 (72.860)

(78.894)

71.124

(79.528)

(45.971)

(26.912)

23.780 27.746

(106.440)

5.555

(179.923) 216.704 36.781

(87.115) 303.819 216.704

vendas e do apartamento modelo são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útileconômica for superior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômica de 24 a 60 meses. Capital Social - o capital social subscrito e integralizado está representado por 72.006.060 ações ordinárias, nominativas sem valor nominal. Sérgio Leal Campos - Diretor - CPF 174.159.187-20 Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7 - S - SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

18

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

É a maior crise que enfrentamos desde a guerra civil Amara Konneh, ministro da Fazenda da Libéria.

Ebola também devasta economias Guiné, Libéria e Serra Leoa, três países africanos que já estão no fim dos rankings de indicadores econômicos e sociais sofrem mais perdas com o surto. Ahmed Jallanzo/EFE

Adam Nossiter The New York Times s c o m p a n h i a s a éreas cancelaram os voos aos países mais afetados. Os preços de bens de consumo básicos não param de subir e os suprimentos de comida só diminuem. Postos fronteiriços são fechados, trabalhadores estrangeiros voltam para casa e os índices de crescimento nacional devem despencar. O ebola – tanto a realidade, quanto a histeria em torno da doença – re s u ltou em um impacto econômico considerável na Guiné, Libéria e Serra Leoa, três países que já estão no fim dos rankings de indicadores econômicos e sociais. Para piorar ainda mais as consequências sociais e financeiras, esses países e seus amedrontados vizinhos africanos estão criando círculos concêntricos de quarentenas, isolando bairros e até países inteiros. Autoridades médicas internacionais alertaram contra essas práticas, argumentando que elas vão apenas aumentar o sofrimento e a privação, realizando pouco para impedir a difusão da doença na região. Entretanto, muitas nações africanas prosseguiram com a quarentena, fechando as fronteiras, impedindo a entrada dos habitantes de países afetados e suas companhias aéreas de voarem para esses países. O Senegal se negou até mesmo a permitir a ida de aviões humanitários com suprimentos fundamentais e equipes médicas de Dakar a centro das agências de ajuda internacional na África Ocidental. A África do Sul e o Quênia, dois dos pesos pesados econômicos do continente, proibiram a entrada de pessoas vindas da zona do ebola. Para os países mais atingidos, "o isolamento e o estigma, bem como a dificuldade de transportar suprimentos, profissionais e outros recursos" só vai piorar as coisas, disse o diretor regional da Organização Mundial da Saúde na África, Luis Gomes Sambo, em um encontro recente em Gana. O ebola foi um golpe cruel para esses três países que acabaram de sair de anos de guerra e conflitos políticos. "Depois de uma década de conflitos, estávamos prontos para fazer a economia voltar aos níveis anteriores à guerra", afirmou Amara Konneh, ministro da Fazenda da Libéria. "O surto está afetando gravemente os nossos esforços. Essa é a maior crise que enfrentamos desde a guerra civil". Com partes da Libéria e de Serra Leoa sob quarentena e as fronteiras do Senegal e da Guiné lacradas, a movimentação de bens perdeu força na região.

A

Na Libéria, os gastos com saúde pública correspondem a 25% do orçamento nacional, por conta da doença, ao invés dos 8% costumeiros.

Os orçamentos nacionais estão sob pressão, os gastos com a saúde não param de crescer, o faturamento do governo só cai, assim como a produção agrícola, especialmente em Serra Leoa. A África do Sul está proibindo a entrada de não sul-africanos que tenham passado pelos países afetados, e o Quênia e Senegal colocaram em prática medidas similares. "Com a principal colheita correndo perigo e a movimentação comercial de bens e produtos drasticamente restringida, a insegurança alimentar deve se intensificar nas semanas e meses futuros", afirmou o representante da Organização de Alimentos e Agricultura da ONU na África, Bukar Tijani, em comunicado. As Nações Unidas destacaram que o preço da mandioca subiu mais de 150% na Monróvia, a capital da Libéria. Em Serra Leoa, o arroz, o peixe, o palmito e outros produtos básicos também ficaram mais caros, de acordo com o ministro da Fazenda do país. O medo do ebola tornou as coisas ainda mais incertas, lembrando o pior período das guerras civis na África Ocidental na década de 1990. "As pessoas estão pensando que o resultado será tão ruim quanto o da guerra", afirmou Rupert Day, gerente da Tropical Farms, empresa britânica que compra e vende cacau e café no leste de Serra Leoa, o coração da zona do ebola. "Meus funcionários disseram que, no tempo da guerra, pelo menos eles sabiam quando os rebeldes estavam chegando", disse. Rupert Day foi obrigado a interromper parte dos serviços e dispensar muitos de seus 90 funcionários. Meses depois do início da

epidemia, funcionários do Banco Mundial afirmam que estão tentando determinar o impacto econômico da doença, de acordo com a estimativa de cerca de 20.000 casos potenciais de ebola, segundo a OMS. Já projetam uma queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné. Na Libéria, os gastos com saúde pública correspondem a 25% do orçamento nacional, por conta do ebola, ao invés dos 8% costumeiros, segundo o ministro da Fazenda. A ArcelorMittal, operadora de uma grande mina de ferro na Libéria, postergou a expansão das atividades porque as prestadoras de serviços evacuaram 645 funcionários. Em Serra Leoa, onde a

principal região agrícola do país foi a mais atingida, o ministério da Fazenda falou sobre o "impacto devastador da doença" sobre a economia do país, prevendo uma queda de 4 pontos percentuais no crescimento do PIB. ESTRADAS VAZIAS Até o momento as evidências não foram comprovadas. Porém, analistas, economistas e autoridades concordam: o choque foi perceptível. "O dano foi enorme", resume o presidente do Banco de Desenvolvimento Africano, Donald Kaberuka, enquanto a agência Moody's fala sobre "significativas ramificações

fiscais e econômicas" da epidemia na região. Em Serra Leoa, onde o Ministério da Fazenda produziu em setembro um resumo detalhado das implicações econômicas do ebola, haverá menos agricultores para a colheita da mandioca, do cacau e do café no país. Aldeões falam sobre o cancelamento de muitas colheitas este ano, já que tantos agricultores morreram, e o ministério prevê até "a perda de toda a produção desta estação". O governo local estima uma queda de 30% na produção agrícola. Estradas, que costumavam ficar cheias de caminhões que levam a produção das fazendas, agora estão vazias. Em diversos pontos do Legnan Koulan/EFE

Com uma queda de 30% na produção agrícola, as estradas de Serra Leoa, que costumavam ficar cheias de caminhões que levam a produção das fazendas, agora estão vazias.

US$ 1 bilhão, o custo do ataque ao problema. secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, lançará amanhã, em Nova York, uma "coalizão de resposta global" ao ebola, anunciou David Nabarro, coordenador da ONU para a doença. "O valor que solicitamos era de cerca de US$ 100 milhões um mês atrás e agora é de US$ 1 bilhão, então nosso pedido subiu 10 vezes em um mês. Devido à forma como o surto está avançando, o nível de crescimento do que precisamos é inédito, é enorme", ressaltou Navarro. Ontem, o presidente dos EUA Barack Obama, visitou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), em Atlanta, Georgia, para falar sobre o surto. Ele pretende enviar 3.000 soldados à África para ajudar a

O

enfrentar a crise, o que inclui um grande destacamento na Libéria, país onde a epidemia tem se espalhado mais rapidamente. A ajuda americana inclui planos para a construção de 17 centros de tratamento, o treinamento de milhares de trabalhadores de saúde e estabelecer um centro militar de controle para a coordenação, disseram autoridades do país. CUBA E CHINA Obama pediu US$ 88 milhões adicionais para combater o ebola, incluindo US$ 58 milhões para acelerar a produção da droga antiviral ZMapp e duas potenciais vacinas para a doença. Representantes do Departamento de Defesa pediram um

remanejamento de US$ 500 milhões em fundos para o ano fiscal de 2014 para ajudar a cobrir os custos da missão humanitária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que precisa de equipes médicas estrangeiras com 500 a 600 especialistas, assim como pelo menos 10.000 trabalhadores locais de saúde, números que podem crescer se a quantidade de

casos aumentar, conforme se prevê. Até agora, Cuba e China disseram que vão enviar equipes médicas para Serra Leoa. Cuba contribuirá com 165 pessoas, enquanto a China mandará um laboratório móvel e 59 pessoas para acelerar os testes de detecção da doença. O país já tem 115 pessoas e financia um hospital lá. (Reuters)

Denis Balibouse/Reuters

PIOR QUE A GUERRA

caminho, multidões de pequenos comerciantes são detidos, impedidos de seguir viagem pela polícia ou o exército. Na capital, Freetown, há poucos clientes nos hotéis e restaurantes que servem os estrangeiros que formam parte vital da economia do país. A taxa de ocupação dos hotéis caiu 40%. Já está ocorrendo "uma qued a n a a t i v i d a d e " d a s t rê s maiores indústrias do país: uma cervejaria, uma engarrafadora e uma fábrica de cimento, segundo o ministro da Fazenda. A construção de importantes rodovias foi suspensa depois da evacuação dos funcionários estrangeiros que comandavam as operações. A mineração de ferro e diamantes, em especial, oferece um quadro misto, com algumas empresas operando dentro do previsto, embora as minas de diamante apresentem mais problemas, com uma queda de 10,4% na produção. Em Kenema, a maior cidade da zona do ebola em Serra Leoa, com 600 mil habitantes, as prateleiras continuam cheias de produtos, mas ainda não se sabe quanto da produção local, da qual o resto do país depende, está sendo distribuída. Há uma "falta de itens alimentícios básicos nos mercados, especialmente em regiões urbanas", queixa-se o ministro da fazenda. "Temos a sensação de que a economia está completamente fechada", afirma uma importante autoridade da região, David KeiliCoomber, o chefe supremo. O corte de madeira para lenha, uma das principais atividades locais, está congelado, já que os caminhões não podem mais mover as árvores devido aos bloqueios nas estradas. Os agricultores precisam de empréstimos bancários para contratar funcionários e limpar a terra em torno dos cacaueiros, mas "por conta do ebola, ninguém está emprestando dinheiro para nós", diz Keili-Coomber. "A atmosfera geral é de medo". Day, o gerente da Tropical Farms, afirmou que a epidemia acabou com sua produção. Comprar cacau e café se tornou praticamente impossível. "Não podemos correr o risco de mandar nossos funcionários para o campo" para comprar a produção dos pequenos agricultores", afirmou em uma entrevista em Kenema. De toda forma, muitos deles estão mortos. "Os caras desse vilarejo ou daquele outro já morreram. Isso torna a coisa toda muito mais desoladora. Eu conhecia todo mundo", lamenta Day.

Navarro: "O que precisamos é inédito, é enorme".


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