Automação Comercial

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Jornal do empreendedor

São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2012

ESPECIAL AUTOMAÇÃO COMERCIAL

Vitrine de tecnologias Começa hoje no Expo Center Norte a 14ª edição da Autocom, o maior evento de automação comercial da América Latina. Além das novidades em produtos e serviços, o evento vai discutir a profissionalização do setor e as relações entre os fabricantes e o canal, um tema que gera muita polêmica.

Paulo P

ampoli

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e

Inteligência na gestão é uma das principais tendências hoje no varejo

A loja mais tecnológica do mundo está no Brasil: é a Billabong de Alphaville. Nova geração de balanças: impressão de código de barras com validade.

Varejistas apostam em mobilidade para atrair clientes e aumentar as vendas

Tecnologias analisam o comportamento dos consumidores


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terça-feira, 26 de junho de 2012

'Primo pobre' ,mesmo assim bilionário O mercado de automação comercial cresceu 10% e movimentou R$ 2,5 bilhões no ano passado Chico Ferreira/Luz

Carlos Ossamu

As atrações do Congresso

E

nquanto a automação bancária sempre foi considerada o "primo rico" do mercado de tecnologia, a automação comercial carregava o estigma de "primo pobre". Ambas cresceram sob a reserva de mercado e tiveram de desenvolver as próprias soluções. A tecnologia bancária brasileira se tornou referência mundial, enquanto a automação comercial ainda busca seu amadurecimento. O pessoal dos bancos acabou de fazer o seu evento, o Ciab; a turma do comércio começa o seu hoje, a Autocom. Segundo Araquen Pagotto, presidente da Afrac - Associação Brasileira de Automação Comercial, trata-se de um setor que cresceu mais de 10% no ano passado, movimentando algo em torno de R$ 2,5 bilhões. Mesmo com o fraco crescimento da economia brasileira e a crise europeia, novas lojas e shopping centers estão sendo abertos, estimulando as vendas do setor. O varejo brasileiro também vem evoluindo e investindo cada vez mais em inteligência na gestão, de forma a se tornar mais competitivo. É dentro deste cenário que ocorre a Autocom 2012, a maior feira de automação comercial da América Latina, que chega à sua 14ª edição. O evento começa hoje e termina na quinta-feira no Expo Center Norte. São cerca de 80 expositores e são esperados 10 mil visitantes. O horário de funcionamento é das 14h às 21h.

O

O bom resultado do setor se deveu à abertura de novas lojas, inaugurações de shopping centers e atualização do parque tecnológico.

Divulgação

Diário do Comércio - O senhor poderia traçar um perfil do mercado de automação comercial no Brasil? Araquen Pagotto - O setor é bastante pulverizado e segmentado, ficando até difícil medir com precisão o seu tamanho. A estimativa da Afrac é que o mercado movimentou no ano passado em torno de R$ 2,5 bilhões. O setor gera cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos, incluindo fabricantes, distribuidores, revendas e software houses. Temos ainda um alto grau de informalidade, por causa de aspectos econômicos e culturais do País, principalmente em regiões mais afastadas dos grandes centros. O governo anunciou recentemente o PIB do primeiro trimestre, com um crescimento bem baixo, apenas 0,2%. A crise na Europa e essa paralisia da economia brasileira tem inibido os investimentos em alguns setores. Como tem se comportado o setor de automação comercial neste cenário? De 2011 para cá, a economia em geral teve uma retração, mas o setor de automação comercial cresceu entre 10% e 12%, o que é muito bom frente ao cenário geral. O bom resultado se deveu à abertura de novas lojas, inaugurações de shopping centers, atualização natural do parque tecnológico e também pela formalização de empresas do setor, já que o governo vem facilitando e incentivando essa formalização. Hoje, em torno de 30% dos estabelecimentos comerciais estão automatizados, o

Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Edição e reportagem Carlos Ossamu Diagramação Lino Fernandes

que significa que temos ainda muito para crescer. Qual o estágio do varejo O setor gera brasileiro em cerca de 100 mil termos de empregos automação? diretos e Hoje, a impressora fisindiretos cal, ou ECF ARAQUEN PAGOTTO Emissor de Cupom Fiscal, ficou em segundo plano. Existe a sua obrigatoriedade, mas o varejo, seja de grande ou pequeno porte, está buscando a automatização não por causa da impressora fiscal, mas para ter o controle das informações e aumentar a eficiência. Com o mercado mais competitivo, as empresas precisam aprimorar veram de ser criadas aqui. Esa gestão, não basta colocar tamos desenvolvendo esta inuma impressa fiscal na ponta dústria desde 1988. Temos 16 do caixa. As empresas estão in- fabricantes de ECF, 2,5 mil vestindo em sistemas como o software houses, cerca de 6 mil Business Intelligence para or- revendas, 12 distribuidores, 6 ganizar as informações, elas fabricantes de bobinas térmiquerem saber o tíquete médio cas, 6 importadores de papel e de venda, controlar a reposição 400 fornecedores de bobinas. de produtos, gerenciar a logística, etc. A Afrac ampliou o seu foco de atuação, incluindo sistemas de Como se deu o identificação, coleta desenvolvimento da automação automática de dados e comercial no Brasil? radiofrequência (AIDC/RFID). A indústria de automação A Afrac hoje não atua apenas comercial é uma das poucas em automação comercial, mas com desenvolvimento nacio- em automação de uma forma nal em todas as etapas produ- mais ampla. Hoje, um shopping tivas. A tecnologia é brasileira center é totalmente automatidesde a impressora fiscal, o zado, desde as câmeras que software e outros tipos de monitoram os clientes, os sistehardwares – é um fator muito mas antifurtos instalados nas positivo para o Brasil. Isso ocor- lojas, os meios de pagamento, reu por causa da legislação fis- transações eletrônicas. Nós encal, que é complexa e única no tendemos que tudo isso é automundo. Então, as soluções ti- mação aplicada ao comércio. Muitas dessas soluções poderão ser vistas na Autocom 2012. Um evento que a cada ano está maior. Arte Max e Paulo Zilberman Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br

Uma das palestras do congresso será sobre a relação entre os elos da cadeia do setor. Como anda a convivência entre fabricantes, distribuidores e revendas do setor de automação comercial?

Não vejo grandes problemas nas relações entre os participantes deste mercado. Logicamente, um fabricante pequeno tem uma atuação diferente de uma empresa grande, chegando a vender diretamente ao cliente final, enquanto que outros fabricantes tem uma política muito correta com os canais, com distribuidores que fazem a ponte com as revendas. Existem vários modelos atuando no mercado. Tem havido uma disdos puta natural de estabelecimentos preços, o que comerciais estão acaba sendo benéfico para o automatizados, o cliente final. Exisque significa que tem fabricantes há muito espaço que não estão inpara crescer teressados em desenvolver uma política de canais, assim como existem aqueles que possuem políticas claras e uma relação de parceria com seus canais. Não é possível generalizar. Temos 16 fabricantes no mercado, dos quais 6 são grandes empresas e 5 de médio porte. Dependendo de sua estrutura e do mercado que querem atingir, eles operam de certa maneira.

30%

Congresso de Automação Comercial traz especialistas debatendo temas importantes para o setor. A palestra "A Importância da Definição Clara dos Papéis de cada elo da Cadeia de Vendas e Distribuição" será apresentada hoje por Pedro Rocatto, consultor especializado em canais de vendas e distribuição e CEO do Grupo Direct Channel. A palestra abordará a importância de regras claras e definição do papel de cada elo, desde o fabricante até o revendedor, passando pelo distribuidor e desenvolvedor de software. A palestra "Automação Comercial no Mundo" será ministrada por Paulo Eduardo Guimarães, e trata sobre como as diferentes soluções estão sendo aplicadas em cada país e região econômica, avaliando os resultados dessas soluções em termos práticos e situando o Brasil neste contexto internacional. Logo em seguida, Marcelo Coppla aborda o tema "O Presente e o Futuro da Automação Fiscal", que irá debater sobre o assunto, com perguntas e respostas com representantes do Fisco, além da participação especial de fabricantes, revendas e software house. Amanhã, dia 27, o Congresso começa com a palestra "Etiqueta Eletrônica, uma nova forma de precificação", ministrada por Ricardo Franceschini, que mostrará o cenário das Etiquetas Eletrônicas, com foco no mercado nacional – a tecnologia que está ao alcance das empresas de varejo, os benefícios e vantagens para os varejistas com a utilização da tecnologia e resultados práticos. O dia segue com o tema "Inovação Tecnológica no Varejo" com Wagner Bernardes, que aborda novos modelos de infraestrutura WiFi, os cuidados necessários para uma melhor visibilidade e gestão da operação de um estabelecimento comercial. Comentará ainda sobre o conceito Personal Shopping; RFID; terminais por comando de voz; etiquetas eletrônicas, entre outros temas. A palestra "Rastreabilidade de Medicamento no Brasil", comandada por Ana Paula Vendramini, da GS1, tem como objetivo oferecer exemplos de soluções de rastreabilidade de medicamentos que estão sendo adotadas em diversos países e Brasil. Encerrando o ciclo de apresentações do segundo dia, a palestra "Mobility: Tendência dos Comunicadores Pesquisa IBM" com o Kenneth Duffy aborda aspectos fundamentais para a compreensão deste tema e como utilizar a nova realidade tecnológica e social a favor do varejista, como as Redes Sociais podem influir no processo de compra, quais os principais influenciadores, os cases de sucesso no uso de redes sociais no varejo e quais as soluções/ferramentas já existentes hoje. No último dia do evento, a palestra "Mosaico de Software Brasil", com Luis Garbelini e Erick Pomim, reflete sobre o panorama alcançado pelo Brasil no segmento de controle fiscal digital, que o coloca entre as nações mais desenvolvidas neste setor. Em seguida, Diniz, conhecido executivo da IBM, aborda o "Cloud Computing" e as últimas tendências na computação em nuvem. Depois, o deputado federal Leonardo Gadelha discursa sobre a "Isenção Fiscal na Produção e Venda de Software" e o projeto de emenda constitucional (PEC) 137/12, que concede isenção tributaria à produção e comercialização de produtos de computador – a proposta equipara os softwares a livros, jornais e periódicos. O Congresso se encerra com Peter Harris e a palestra "Rede Social no Varejo", que aborda os elementos básicos para o entendimento da mobilidade no varejo e exibe cases inovadores e bem sucedidos no uso de tecnologia de mobilidade.


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ESPECIAL - 3

L.C. Leite/Luz

Momento de discutir a relação

Berman: é preciso amadurecer o relacionamento entre revendas, distribuidores e fabricantes.

Para o diretor da distribuidora DN Automação, os fabricantes deveriam implantar políticas comerciais claras, que possam reger a venda de seus produtos

A

crise econômica da Europa, a oscilação do dólar, o aumento da inadimplência e o fraco desempenho da economia brasileira, que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre em relação ao período anterior, têm paralisado os investimentos, principalmente de empresas do comércio, prejudicando o segmento de automação comercial. Para Isac Berman, diretor comercial da DN Automação, se não bastassem os entraves econômicos, há problemas comerciais históricos entre os três elos da cadeia produtiva do setor – fabricantes, distribuidores e revendas –, que agravam ainda mais a situação. Segundo o executivo, não existe uma política comercial clara por parte dos fabricantes, nem mesmo com preços sugeridos. "Vejo com muita preocupação esses últimos movimentos dos fabricantes no sentido de não quererem implantar políticas comerciais que possam reger a venda de seus produtos. Esta é uma das grandes preocupações do segmento hoje – é preciso amadurecer esse relacionamento entre revendas, distribuidores e fabricantes, no sentido de estabelecer um modus operandi razoável para acabar com a prostituição de preços que impera no setor, para que o mercado não acabe se matando, o que não seria benéfico para ninguém", reclama Berman.

Varejo ainda em alta

O

Falta parceria Para o diretor da DN, os fabricantes alegam problemas com a Lei Antitruste e por isso não podem fazer sugestões de preços. "O distribuidor é limitado pelo o que o fabricante permite que ele faça. Se o fabricante não tem determinada política, nem mesmo preço sugerido, eu temo que a gente veja no futuro uma carência de pessoas querendo investir no segmento", afirma Berman, lembrando que o fortalecimento da cadeia produtiva é importante para o mercado como um todo. "O Brasil é um país continental, é muito difícil para um fabricante vender na ponta, por isso ele precisa do distribuidor e das revendas. Além das grandes redes de varejos, que o fabricante atende diretamente, também existe a venda pulverizada para pequenos e médios estabelecimentos, atendido pela revenda". Segundo Berman, outros setores da economia mostram que é possível definir políticas comerciais, valorizando a cadeia produtiva. "Em uma franquia de chocolate, as diversas lojas, com donos diferentes, praticam os mesmos preços; um iPad custa o mesmo preço em diversas lojas, assim como outros produtos de informática. São mercados mais maduros, que possuem políticas comerciais claras, o que não ocorre hoje no mercado de automação comercial", afirma Berman. "Este não tem sido um bom começo de ano, estamos passando por um momento difícil. Dentro deste contexto, acho que os fabricantes deveriam assumir uma posição mais firme de regulação deste mercado, do contrário, todos saem prejudicados, o canal e o fabricante ", insiste. Segundo o diretor da DN Automação, o papel do distribuidor não é apenas o de mover caixa, mas também analisar crédito, fazer a logística. "O distribuidor carrega o risco da compra, da inadimplência, o ônus é grande e é preciso ter uma relação melhor entre ônus e bônus", comenta. "Tenho proposto à comunidade um fó-

rum de debates, com fabricantes, distribuidores e revendas no sentido de que todos opinem sobre o que está acontecendo, pois precisamos de uma discussão mais madura, mais profissional em relação à política de canal do setor". Na Autocom A Distribuidora Nacional de Automação (DN Automação) foi fundada em agosto de

2000, fruto da união de três empresas distribuidoras regionais. "A DN se posiciona como um distribuidor de valor agregado, temos executivos de contas e consultores de produtos para ajudar o fabricante no treinamento de revendas e geração de demanda. Há distribuidores que apenas movimentam caixa e por essa razão o fabricante diminui a margem de lucro – normalmente, não atendemos o usuário final dire-

tamente, como fazem alguns distribuidores, mas quando o fazemos, sempre há uma revenda envolvida e pagamos a comissão", diz Berman. Segundo ele, a distribuidora tradicionalmente participa da Autocom, que é praticamente o único evento representativo do setor, onde se reúnem revendas do Brasil todo. "Para nós é importante a visibilidade que a feira tem, da aproximação com as revendas e os fa-

bricantes, que acabam fazendo alguns eventos paralelos próximos à feira", comenta o executivo, explicando que a DN tem filiais em quatro Estados - São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. "Grande parte dos fabricantes estará na feira com estandes próprios. Vamos montar bancadas com soluções desses fabricantes, junto com fornecedores de softwares", observa. (C.O.)

setor varejista apresentou alta de 5,1% em maio, em comparação com as vendas do mesmo período do ano passado, fundamentada, basicamente, pela expansão da rede de lojas, uma vez que o crescimento no conceito "mesma loja" foi negativo em 2,81%. Entre junho e agosto, este crescimento estaria entre tímidos 0,05% e 2,51%, segundo projeção do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Para junho, os associados do IDV também estimam alta nas vendas de 8,2%. Esta previsão aponta para números acima dos apresentados nos meses de março, abril e maio, e a expectativa é de que o volume de vendas chegue a 9,8% em julho e 10,8% em agosto. "O crescimento das vendas do varejo no último mês sustentouse, essencialmente, na expansão das redes de lojas e pela introdução de novos produtos. Portanto, reflete a perda de ritmo de crescimento da atividade econômica, já que desde o final do ano passado, o cenário econômico tem se mostrado inconstante. O panorama econômico foi bastante movimentado nas últimas semanas e confirmou a preocupação do governo com esta desaceleração da taxa de crescimento da economia, confirmada pelo anúncio do PIB, que mostrou uma alta tímida de apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2012 sobre os três últimos meses de 2011", analisa o presidente do IDV, Fernando de Castro. Os resultados preliminares da economia brasileira em 2012 indicam que os agentes econômicos estão mais precavidos e aguardam maiores definições, principalmente no cenário externo. Apesar dos resultados pouco animadores da economia, o varejo acredita no crescimento sustentável da economia brasileira e continua investindo na modernização de seus sistemas e logísticas e na expansão da rede", diz Castro.


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Em busca de novos parceiros Gertec desenvolve Registrador Eletrônico de Ponto e faz cadastramento na Autocom de revendas especializadas em controle de acesso

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grande novidade d a G e r t e c ( w w w . g e rtec.com.br) na Autocom 2012 não tem a ver diretamente com automação comercial, mas está despertando grande interesse em revendas que atuam no setor. Trata-se do Marque Ponto, um Registrador Eletrônico de Ponto (REP), equipamento obrigatório em empresas com mais de dez funcionários desde o dia 2 de abril último. O equipamento foi determinado pela Portaria 1.510/09 e sofreu diversos adiamentos. Ele fará o registro da jornada de trabalho dos funcionários da indústria, comércio em geral e serviços, incluindo, entre outros, os setores financeiro, transportes, construção, comuni-

Patrícia Cruz/Luz

cações, energia, saúde e educação. Segundo conta Marcelo Teramae, gerente comercial da Gertec, empresa viu uma boa oportunidade de negócio neste setor. "Com a obrigatoriedade do uso do REP, a procura por soluções tem sido grande. Aproveitamos o bom nome que temos no mercado e desenvolvemos um equipamento robusto e com design sofisticado, que aceita o registro por teclado, código de barras, por aproximação (contactless) e até leitura biométrica de digitais", comenta o executivo. Novos parceiros Ele explica que o cliente pode adquirir apenas o equipa-

mento ou também o software de gerenciamento, que é compatível com qualquer sistema de ERP (sistema integrado de gestão empresarial). "O software permite gerenciar diversos perfis de funcionários, como mensalistas, diaristas, horistas, por turno, etc. O sistema também identifica inconsistências, como, por exemplo, um funcionário que retornou do almoço e não registrou a entrada", conta Teramae. "O sistema também traz uma versão digital da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para consultas", diz. Na Autocom 2012, a Gertec estará demonstrando o Marque Ponto e cadastrando revendas especializadas em sistemas de controle de acesso. "Hoje, trabalhamos com três

distribuidoras – BP Solution, Scan Source CDC e DN Automação –, que continuarão atuando com os nossos produtos na área de automação comercial, e se tiverem interesse, poderão comercializar esta nossa nova solução. Mas queremos formar um canal especializado, com revendas que atuem no segmento de controle de acesso", diz Teramae. Outra novidade da Gertec na Autocom 2012 é o aplicativo Pesquisa Rápida para tablet com sistema operacional Android. No ano passado, a empresa havia entrado neste mercado de soluções para pesquisas de satisfação com um aparelho chamado Pesquisa Rápida, que permite a realização de pesquisas de satisfação de forma prática em supermercados, restaurantes, lojas, bancos, etc. Logo em seguida, para negócios com duas ou mais lojas, a Gertec lançou o Pesquisa Rápida Web, em que pela internet o administrador pode acompanhar os resultados das pesquisas online e em tempo real, além de elaborar novas questões a serem respondidas. "O aparelho não possui teclado para que se coloque uma observação, um comentário ou para anotar dados do entrevistado, como nome, idade, telefone e e-mail. Fomos questionados quanto a isso e por essa razão desenvolvemos esse aplicativo para tablet", explica Teramae. Segundo conta, haverá uma versão gratuita para teste, mais simples e com prazo de validade. Quem desejar a versão completa pagará um valor mensal ainda não definido. Automação comercial A Gertec é um dos principais players do mercado de automação comercial do País. A empresa desenvolve e produz pin pads, microterminais, teclados programáveis, terminais de consultas, display de clientes, display de propaganda e leitores de cartões. A Gertec só não atua no segmento de impressoras fiscais e não fiscais. "Fornecemos pin pads para o setor financeiro e estamos presentes nos principais bancos, mas o mercado de automação comercial, incluindo os adquirentes (responsáveis pela comunicação e transação entre a loja e a administradora de cartões de crédito), representa 70% do nosso faturamento", afirma Teramae. Segundo ele, entre os principais produtos estão a linha de terminais de consulta de preços, que tem como objetivo atender a lei que determina que sejam instalados, a cada 15 metros, terminais de leitura de código de barras, para

Com a obrigatoriedade do uso do REP, a procura tem sido grande MARCELO TERAMAE

verificação de preços nos pontos comerciais, em todo o País. Os modelos dessa linha são voltados para os mais variados tipos de estabelecimentos comerciais, desde a pequena mercearia ou drogaria, até as grandes redes de super e hipermercados, magazines, livrarias, lojas de materiais de construção, lojas de conveniência, lojas de departamento e demais segmentos. O destaque desta linha é o modelo TC 505 WIFI, equipamento para consulta de preços que acessa o banco de dados da loja e informa ao consumidor o preço dos produtos consultados. O seu leitor permite a leitura dos códigos mais difíceis de ler, como, por exemplo, etiquetas de produtos resfriados e congelados e alguns códigos de pequenas dimensões em revistas. Conta com um display gráfico para apresentação do resultado da consulta e a comunicação com o servidor é através de interface wireless, WiFi 802.11B e G. Outro produto de sucesso no varejo, mas que também é fornecido para os bancos, é o pin pad PPC 910. O produto apre-

senta alta velocidade de processamento e a mais recente versão dos padrões internacionais de segurança para transações de cartões de crédito e débito e operações em instituições financeiras. Possui versões com interface serial ou USB e lê cartões magnéticos e cartões de chip. A senha do cliente é tratada com criptografia e o equipamento possui sistemas de segurança contra violação dos dados, evitando a clonagem de cartões. Em teclados programáveis, o destaque é o modelo TEC 55, que conta com uma melhor divisão funcional das teclas e um display gráfico para exibir até 132 caracteres. O produto facilita a operação de um aplicativo comercial, diminuindo erros de digitação e agilizando o processo de atendimento ao cliente no caixa. É ideal para automação de supermercados, lojas de departamento, postos de gasolina, restaurantes, lojas de material de construção, farmácias entre outros. Já o MT 720 é um microterminal que opera em rede Ethernet com protocolos TCP-IP. Seu teclado com 20 teclas programáveis pode ser utilizado com funções específicas de atalhos para agilizar a operação. As teclas re-legendáveis permitem a identificação da função de cada tecla. O display com back light (iluminado), com 20 caracteres por 2 linhas, permite a visualização da informação, principalmente em ambientes que possuem pouca iluminação. (C.O.)

Linha de terminais de consulta de preços da Gertec: voltados para os mais variados tipos de estabelecimentos comerciais.


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Leonardo Rodrigues/e-SIM

Todos os varejistas estão sentindo a necessidade de uma maior profissionalização e de ter dados mais confiáveis em mãos.

Entre os destaques da Itautec na feira estão o PayTower, que dispensa o operador de caixa, e um sistema que permite a compra por meio da leitura de QR Code

Aposta em autoatendimento e mobilidade

N

o estande a Itautec na Autocom 2012, os visitantes poderão conferir o PayTower, uma solução de self checkout que dispensa o operador de caixa. O próprio consumidor irá registrar a venda e fazer o pagamento via cartão de débito ou crédito. "Os supermercadistas e também lojas de magazines estão muito interessados em soluções dessa natureza. No passado, esta tecnologia não tinha grande aceitação, pois era tido como cara, enquanto o salário do brasileiro era muito barato. O cenário mudou, o Brasil está em um patamar de salários mais alto, o que vem tornando o produto mais viável, pois também existe o problema da falta de mão de obra para o varejo", diz Flávio Montezuma, diretor comercial de Automação Comercial da Itautec. Segundo o executivo, a Itautec já tem experiência com esse produto na Europa, onde ele é muito usado. "O PayTower está preparado para as demandas da Copa, pois ele é multilíngua", explica. O sistema tem uma balança, um monitor touch screen, scanner, um pinpad, uma impressora. O cliente passa o produto no scanner e o coloca numa sacola. "A navegação no monitor touch screen é muito simples e o pagamento é sempre com cartão, ele não aceita dinheiro – hoje, 70% do pagamento no varejo é por meio de cartões. A solução é uma opção para aquele cliente que não quer ficar na fila do caixa convencional. Agilidade hoje é fundamental para fidelizar o cliente no varejo", afirma. Mobilidade Na Autocom 2012, os visitantes poderão conferir soluções de mobilidade, outra tendência forte do varejo. "Vamos demonstrar na feira um sistema de captura de venda de produto via celular, em que o cliente lê um QR Code na entrada da loja e entra no sistema da loja, podendo fazer consultas de produtos via celular e fazer um pré-pedido, onde no final recebe um código e faz o pagamento. A compra pode ser entregue em casa. A compra pode ser feito dentro ou mesmo fora da loja, em lugares públicos por meio de painéis", comenta Montezuma. Para Montezuma, ao longo dos anos a Autocom vem mu-

Divulgação

dando o seu perfil: antes era uma feira muito direcionada a canais e hoje tem um perfil corporativo muito forte, atraindo não apenas os canais, mas também os clientes finais. "Corporativamente, é uma feira interessante, têm

PayTower: solução de self checkout que dispensa o operador de caixa.

várias palestras sobre assuntos fiscais, o que acaba despertando o interesse do cliente final. Por essa razão, a Itautec tem uma participação forte na feira, tanto que estamos montando um estande maior que do ano passado e expondo várias soluções voltadas para todos os segmentos do varejo", comenta. Segundo o executivo, a Itautec tem uma ampla gama de soluções para o varejo. "Temos desde terminais de autoatendimento para pagar contas, passando por toda a plataforma de softwares de loja, tanto para o PDV, pagamento eletrônico (TEF), quanto para monitoramento dos negócios – com este sistema, o varejista consegue monitorar todas as suas lojas, com dashboard central, onde ele sabe

3,7

mil é o número de municípios em que a Itautec está presente. A empresa afirma que atende todas as regiões do País

se tudo está funcionando bem, com um ganho operacional gigantesco", afirma. A empresa também uma grande capilaridade em termos de atendimento, assistência técnica e técnicos em campo para suporte, com presença em quase todas as cidades do Brasil – dos 5,5 mil municípios, a Itautec afirma estar em 3,7 mil. "A nossa estratégia é one stop shop, o varejista fala com um único fornecedor, com hardware, software e pós-venda, não importando o tamanho do cliente. A Itautec é uma das poucas empresas que consegue prover serviços de atendimento e pósvendas em todas as regiões do País", afirma. "Muitas vezes, um fornecedor tem forte atuação em algumas regiões ou centros urbanos, mas deficiências em outras localidades. Para o gestor de uma rede de varejo isso se torna um grande problema, pois ele terá de fracionar os contratos de serviços para que ele possa ter um bom atendimento e pósvenda", diz. Análise A inteligência na gestão é uma tendência forte entre os varejistas hoje. "Temos uma gestão centralizada, com monitoramento de promoções, sazonalidade, mas não fazemos o tratamento desses dados via ERP, isso é feito pelos fornecedores do ERP, como SAP, Oracle, etc. Também a parte de BI, que são aqueles relatórios analíticos, é feita por parceiros específicos. A nossa solução é mais simplificada, mais comercial, mas mesmo assim, capaz de fornecer informações para mudanças de atitudes, por exemplo, gestão de promoções online durante o dia, com flashes de vendas de todas as lojas – sabendo quanto cada PDV está vendendo e quais tipos de produtos. Para a gestão comercial, isso é muito importante. O varejista pode ter um painel com o nosso software, acompanhando todas as vendas que estão sendo realizadas – tipos de produtos, quais cartões usados, se a promoção que ele lançou aquele dia está tendo resultado", explica Montezuma. Para o diretor da Itautec, todos os varejistas estão sentindo a necessidade de uma maior profissionalização e ter

dados mais confiáveis em mãos. A competição está se acirrando, vários grandes players estão adquirindo outras empresas, e diante desse quadro, os pequenos e médios varejistas precisam ter o controle da gestão para poderem sobreviver. "Isso estimula cada vez mais a automação, com soluções de alta performance e disponibilidade, para que tenham a clareza dos dados, de forma a trabalhar cada vez mais com margens menores – muitas vezes o varejista acha que está praticando uma margem boa, mas não está, pois ele não em a gestão do negócio como um todo. Todos os varejistas estão olhando com mais seriedade a qualidade da automação que eles estão implantando, todos estão buscando uma automação mais robusta, com fornecedores mais confiáveis, para que eles possam ajudar a sobreviver neste novo cenário", observa. Mercado Para Montezuma, a automação comercial tem crescido muito nestes últimos anos e a Itautec está muito focada neste segmento, crescendo sistematicamente, principalmente na área de software e gestão. "O que eu sinto é que ninguém ainda pôs o pé no freio. O fato de o PIB ter crescido pouco es-

A inteligência na gestão é uma tendência forte entre os varejistas FLÁVIO MONTEZUMA

tá mais associado à indústria do que ao varejo, que continua crescendo, principalmente aqueles ligados à alimentos. No Nordeste, os estados estão crescendo a PIBs asiáticos, isso traz oportunidades muito grandes, com muita gente investindo", comenta. Segundo o executivo, tem ocorrido concentrações no mercado, sendo que o de supermercados é o mais forte atualmente, mas o segmento de drogarias vem caminhando para isso - Drogaria São Paulo com Pacheco, Droga

Raia com Drogasil, todo mundo está fazendo IPO, existem bancos investidores comprando participação ou comprando cadeias para depois vender para alguma outra cadeia nacional ou internacional. Isso exige padronização e sistemas. "A área de drogarias foi uma das mais beneficiadas com a substituição tributária, que é o recolhimento dos tributos no início da cadeia, que fez com que os sonegadores desaparecessem. Isso beneficiou as grandes redes e virou um bom negócio". (C.O.)


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O código de barras ainda tem muito a evoluir O DataBar permite carregar mais informações do que o código convencional; e os códigos bidimensionais, de maior capacidade, já estão no mercado

U

m dos destaques da Filizola na Autocom é a balança Platina, que imprime a etiqueta com a data de validade do produto no código de barras, além de outras informações, como o nome do produto, o valor, peso, preço por quilo e a data que ele foi embalado. Quando o cliente passar pelo caixa, caso a validade esteja vencida, o sistema emitirá um alerta. A solução atende as exigências do Código de Defesa do Consumidor, que prevê penas duras para os estabelecimentos que venderem produtos fora do prazo. Esta etiqueta com pra-

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zo de validade se chama GS1 DaO Exército e a taBar. O trabaAeronáutica lho de disseminação do usam o RFID na código está área de sendo feito uniformes pela GS1 Brasil desde 2010, FLÁVIA PONTE COSTA com prazo até 2014 para adoção plena pela cadeia de abastecimento. O prazo privilegia principalmente varejistas, para que possam adaptar softwares, leitores e coletores, a fim de decodificar e processar informações do novo código, como lote e validade.

Os símbolos do GS1 DataBar são capazes de carregar mais informações do que o código de barras convencional (EAN/UPC). Por isso, possibilitam uma grande oportunidade de codificação de itens em diversos segmentos. O de frutas legumes e vegetais (FLV) e o de itens de pesos variáveis (carne, aves, peixes, padaria, embutidos, frios), por exemplo, serão beneficiados.

2014

data limite para que o varejo adote o GS1 DataBar, que armazena data de validade e número do lote do produto

Vantagens Outro fator sensível é o tamanho dos produtos e das embalagens. Itens como cosméticos, componentes eletrônicos e telecomunicações, ferragens, joias, entre outros, dificultam a identificação devido à falta de espaço para impressão dos códigos de barras. O código GS1 DataBar possibilitará a identificação de produtos com espaço limitado, com melhor desempenho de leitura e capacidade de incluir informações adicionais, como números de série e lote e vencimento. Isso garante a melhor rastreabilidade do produto. O código GS1 DataBar não irá substituir os códigos EAN/UPC, eles são complementares e cada um terá sua aplicação específica. Para Flávia Ponte Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, entidade que está apoiando a Autocom 2012, apesar de já ter 30 anos no Brasil, o código de barras ainda está em evolução. "O código de barras tem evoluído ao longo do tempo e o DataBar é uma dessas evoluções, uma novidade que começa a ser usada no mercado. Além da identificação do produto, é possível colocar dados variáveis, como data de validade, que hoje é crítico para o varejo, para que o consumidor não receba um produto com data de validade vencida, e o número do lote, permitindo a ras-

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treabilidade", explica. No dia 27, durante o Congresso da Autocom, a GS1 fará uma palestra sobre rastreabilidade de medicamentos. "Isso é feito por meio de um outro tipo de código de barras, chamado DataMatrix, específico para medicamentos. Trata-se de um código bidimensional, em que é possível colocar lote e validade. Ele é bem pequeno, sendo possível colocá-lo em uma pílula de remédio", comenta Flávia. Segundo ela, o uso desse código garante um maior nível de segurança. "Em um hospital, a enfermeira fará a leitura da pulseira do paciente e do medicamento que ele irá tomar, evitando enganos, que podem ser fatais", diz. Flávia comenta que o DataMatrix é muito parecido com o QR Code, muito usado em publicidade e marketing – ele inclusive está sendo incorporado ao portfólio de códigos da GS1, que é um órgão padronizador e dará regras ao QR Code. "Hoje, qualquer um pode ir ao um site especializado e acessar um QR Code Generator e gerar um código. O processo é muito fácil. A GS1 entra na história estabelecendo regras para que se tenha confiabilidade na informação – precisará ter a identificação do produto, a URL, etc. – para que se garanta que aquelas informações que o usuário está lendo o leve para o site correto", explica. "Imagine alguém com alergia e que leia no código que o alimento não contém glúten, mas na verdade ele tem, pois alguém colocou uma informação errada. O nosso papel é normatizar, dar as regras de identificação, para

que o consumidor tenha acesso a dados confiáveis". Etiqueta inteligente Outra área em que a GS1 atua é a de identificação por radiofrequência, tecnologia conhecida pela sigla RFID. Há alguns anos, se falava que a tecnologia iria revolucionar o varejo, que os consumidores iriam colocar os produtos no carrinho dos supermercado, passar por um portal de antenas, que leriam as etiquetas de identificação, e em segundos saberiam o total a pagar, diminuindo as filas. "A tecnologia de radiofrequência é mais cara que a do código de barras, que já está massificada. O RFID pode ser visto como uma evolução do código de barras, já que as informações contidas neste passam a ser gravadas no chip de radiofrequência, adicionado com outros tipos de Paulo Pampolin/Hype i n f o r m ações", explicar Flávia. Segundo ela, essa tecnologia está mais forte hoje no setor têxtil. "Existem duas lojas que estão usando o RFID e outras te cno logi as de ponta, u m a é a M emove, do G r u p o V a ldac, que se tornou um case internacional, e a Billabong. O Grupo Valdac divulgou que irá implantar este sistema em outras duas marcas, a Siberian e a Crawford". Apesar de a tecnologia ser mais cara, uma peça de roupa tem um valor agregado maior do que um alimento, por isso, o investimento se justifica. "E na área têxtil, o controle de estoque também é mais complexo, pois envolve uma grade maior

de informações, como tamanho, cor, etc., e a reposição é mais elaborada. O uso do RFID traz muitos benefícios. O Exército e a Aeronáutica brasileiros estão usando essa tecnologia para controlar a área de uniformes", diz Flávia. No médio prazo, o código de barras e o RFID vão conviver. O código de barras é uma tecnologia muito barata e ainda tem mais a evoluir, principalmente na parte de gerenciamento de dados variáveis. Hoje, ele está muito voltado para a identificação de um produto, que é o que se vê no supermercado. Agora, o código vem sendo usado para o gerenciamento de outras atividades, principalmente no que se refere à rastreabilidade. No setor têxtil, o código pode comportar, por exemplo, a composição do tecido; em produtos eletrônicos, o número de série do equipamento. "Existem muito proQR Code: o papel da GS1 é normatizar, dar as regras de identificação, para que o consumidor tenha acesso a dados confiáveis.

jetos pilotos de RFID e andamento. À medida que a tecnologia vai barateando, fica mais fácil a sua adoção", diz Flávia. Tudo conectado O desenvolvimento do RFID é importante para uma tecnologia que vem sendo pesquisada no mundo todo, chamada Internet das Coisas (Internet of Things). "Na internet das coisas estão envolvidas nanotecnologia, sistemas e o RFID, pois são as coisas, ou objetos, se comunicando. A GS1 participa de um grupo, a IoT e as reuniões ocorrem aqui na GS1 Brasil", comenta Flávia. Trata-se de uma novação e que ainda depende de algumas evoluções técnicas. As coisas estarão conectadas e estabelecendo relações, interagindo entre si – a geladeira avisando o usuário de que está faltando leite no momento que ele estiver no supermercado, por exemplo. (C.O.)


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Bematech começa uma nova etapa Depois de amargar um forte prejuízo no ano passado, a empresa se reestruturou e vem embalada pelos bons resultados do primeiro trimestre

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o início de maio, a Bematech divulgou o balanço do primeiro trimestre. Para alívio dos investidores, a empresa apresentou um lucro líquido de pouco mais de R$ 6 milhões, depois de amargar um prejuízo de R$ 42,4 milhões em 2011. O balanço divulgado destacou que a companhia retomou a rentabilidade em relação ao primeiro trimestre de 2011 (1T11), apresentando evolução de 28,2% no lucro líquido e 47,5% no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações). Apesar da queda de 14,5% na receita líquida em relação ao 4T11, já esperada devido à sazonalidade histórica do período, o lucro líquido atingiu R$ 6 milhões, aumentando a margem líquida em 7,2 p.p. "2011 foi um ano de ajustes. Fizemos algumas reestruturações importantes, que resultou no desempenho demonstrado neste primeiro trimestre nas três linhas de negócios – hardware, software e serviços. A Bematech continua investindo muito em melhorias de processos e desenvolvimento de produtos", comenta Eros Jantsch, diretor de Hardware da empresa.

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milhões de reais foi o lucro líquido da Bematech no primeiro trimestre do ano, mostrando que a empresa está se recuperando

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Parcerias O executivo conta que houve mudanças importantes na parte de canais para hardware. A Bematech passou a operar com dois distribuidores, a ScanSource CDC e a Network 1 – os dois parceiros estarão na Autocom com soluções Bematech em seus estandes. "Firmamos parceria com a Network 1 no fim de 2011. Outra novidade é que, com revendas regionais de grande porte, passamos a fazer um faturamento direto, ou seja, atendemos diretamente essas revendas maiores e os distribuidores atendem as demais", explica. "Este ano estamos apostando em programas de desenvolvimento de canais. Em abril lançamos um programa de canal para revendas de hardware e agora vamos lançar um programa de desenvolvimento para serviços", revela Jantsch. O diretor de Hardware da Bematech admite que no passado não havia políticas de canais muito claras, até porque os papéis dos participantes da cadeia produtiva eram confusos – havia revendedor que também era fabricante e fabricante vendendo diretamente para o usuário final. "Agora começou a ter uma definição mais clara dos papéis. Isso se deve a um nível maior de competição no setor e à profissionalização do varejo, que é o cliente final – quanto mais profissional é o cliente, mais profissional será toda a cadeia de fornecedores. Também a entrada de empresas que atuam no setor de TI, um segmento mais amadurecido, como é o caso da Network 1, também traz mais profissionalização para o mercado", analisa.

Tudo num só lugar De acordo com Jantsch, a Bematech se posicionou como uma fornecedora de soluções completas para automação comercial, incluindo hardware, software e serviços. Antes, o cliente final precisava correr atrás de vários fornecedores e administrar vários contratos. "Vamos participar da Autocom com essa mensagem – além do amplo portfólio de hardware pelo qual a Bematech é conhecida, desde ECF, leitores de código de barras, gaveta de dinheiro, etc., também vamos demonstrar os nossos softwares já integrados aos nossos hardwares. Vamos apresentar essas soluções de forma segmentada, mostrando desde um sistema bem simples para estabelecimentos de pequeno porte, até aquelas mais complexas para clientes de grande porte. Os varejistas e o nosso canal vão poder ver todas essas soluções integradas e funcionando", diz o executivo. Jantsch conta que a Bematech vem acompanhando toda a evolução da automação comercial no Brasil. Ela nasceu focada em um produto, uma mini impressora, em 1990; e em 2000 passou a

quenos e médios estabelecimentos, que até então não precisavam tanto aprimorar sua gestão – o que Estamos eles usavam era muito apostando em básico e quando adprogramas de quiriam uma solução desenvolvimento mais sofisticada, muitos recursos nem eram de canais utilizados. A partir de EROS JANTSCH 2010, começou a ver um movimento grande de aquisições, com os grandes ficando maiores ainda e empresas de fora vindo para o Brasil com nível de atendimento muito alto; os varejistas nacionais sentiram uma pressão muito grande e tiveram de investir em automação para oferecerem o mesmo nível de eficiência e inteligência na gestão", observa. Em sua opinião, a próxima ofertar um portfólio completo onda que vem forte no varejo é de hardware para o ponto de a mobilidade. "Os visitantes venda; em 2006, em função da feira poderão ver soluções das aquisições efetuadas, co- móveis, por exemplo, comanm o a c o m p r a d a G e m c o das eletrônicas para restauAnywhere, ela passou a incor- rantes com o nosso software; porar soluções de softwares a área de AIDC (coleta de daem seus hardwares; na mes- dos) também utiliza muita moma época incorporou solu- bilidade na captura de dados e ções de Transferência Eletrô- a Bematech também estará nica de Fundos (TEF) e tam- apresentando soluções nesta bém oferecer serviços aos área", diz, acrescentando que a Bematech também está de clientes. "A Bematech fez essa trans- olho em soluções para o eformação porque o varejo foi commerce, um segmento que evoluindo ao longo do tempo, vem apresentando forte cresmais rapidamente de 2010 pa- cimento e que deverá crescer ra cá, principalmente os pe- ainda mais, abrindo muitas

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Unidade industrial da Bematech em São José dos Pinhais (PR). A empresa começou em uma incubadora de Curitiba.

oportunidades. "É uma área que nos interessa e talvez no futuro possamos mostrar soluções", diz. Começo A Bematech (www.bematech.com.br) é um exemplo de empresa que começou pequena, em uma incubadora de Curitiba, e se transformou no maior fornecedor de soluções em tecnologia para o comércio. Em 1987, os engenheiros eletrônicos Marcel Malczewski e Wolney Betiol, deram início ao curso de pós-graduação e desenvolveram dois trabalhos de dissertação relacionados a sistemas de impressão matricial por impacto. A partir disso, decidiram transformar o projeto em um empreendimento, visando obter um produto possível de ser industrializado e comercializado em escala. Em dezembro de 1989, eles tiveram o projeto de sistemas de imp r e s s ã o m a t r icial aceito como o primeiro em pree ndimento da recém fundad a I n c u b adora Tecnológica de Curitiba. (C.O.)

Impressora fiscal MP-4200 TH FI: a Bematech possui um amplo portfólio de hardware e software.


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Estudo aponta transformações no varejo Wang Zhao/AFP

A popularidade e aceitação do e-commerce, dos dispositivos móveis e de mídias sociais aumentaram, mas os consumidores ainda apontam a loja como melhor forma de comunicação com os varejistas

Os varejistas precisarão monitorar de perto os canais preferidos de seus clientes e ter uma visão 360º de seu mix de produtos e do posicionamento dos seus concorrentes.

Menos otimismo e mais investimentos

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s varejistas precisarão passar por uma grande revisão de sua forma de atuação ao longo dos próximos anos para se adequarem ao canal digital e ao perfil de compra dos consumidores, que se transforma a cada dia. Esta foi a principal constatação feita por dois estudos recém-divulgados pela divisão de consultoria da IBM: "Winning over the Empowered Consumers e Collective Intelligence - Capitalizing on the crowd". Personalização

O primeiro estudo, conduzido com 28 mil consumidores de 15 países, incluindo 1,8 mil brasileiros, apontou que as pessoas estão cada vez mais dispostas a revelar informações pessoais aos seus grupos favoritos de varejo em busca de uma experiência de consumo mais personalizada e eficiente. Cerca de 60% dos entrevistados se sentem confortáveis em divulgar nome e endereço aos varejistas e 59% não veem problemas em revelar conteúdo sobre estilo de vida, como quantidade de bens, frequência de viagens e número de filhos. Os brasileiros são um pouco mais contidos neste compartilhamento de informações: 55% estão dispostos a passar dados demográficos básicos e 41% concordam em divulgar informações sobre estilo de vida. Hoje, a maior resistência está em passar aos varejistas informações financeiras, como renda familiar mensal – 55% dos brasileiros responderam que não aceitam informar estes dados às empresas, contra 21% que concordam. Já 50% dos entrevistados não gostam de informar dados que permitam sua localização e 45% não

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otimismo acerca dos negócios na América Latina caiu, as empresas estão preocupadas com o enfraquecimento da demanda, instabilidade financeira global, competição de empresas estrangeiras, agenda política do governo e contratação de trabalhadores qualificados; 71% das empresas dizem que a corrupção tem impacto negativo significativo sobre os seus negócios. Ainda assim, tanto as contratações e os gastos das empresas deverão permanecer em alta. Estes são alguns dos resultados da recente pesquisa trimestral intitulada Panorama Global dos Negócios (CFO Survey - Global Business Outlook), conduzida pela Duke University,Fundação Getúlio Vargas e CFO Magazine. A pesquisa foi concluída no dia 6 de junho e teve a participação de 811 CFOs (responsável pelas decisões financeiras das empresas) de todo o mundo, sendo 38 da América Latina. A pesquisa versa sobre as expectativas dos altos executivos para as suas empresas e para a economia. Nesse trimestre, 43% dos diretores financeiros (CFOs) latinoamericanos tornaram-se mais pessimistas quanto a economia de seus países. Apenas 27% se tornaram mais otimista. "Esse declínio do otimismo é consistente com as fracas perspectivas econômicas na América Latina e também nos mercados globais em que as empresas latino-americanas operam", disse Antônio Gledson de Carvalho, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e co-diretor do

aceitam passar o número de documentos pessoais, como RG e CPF. O estudo também apontou que os consumidores que-

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Panorama Global de Negócios da América Latina. "Curiosamente, o otimismo dos diretores financeiros sobre suas próprias empresas continua forte, o que sugere que muitas empresas latino-americanas estão prontas para um crescimento rápido, o que pode acontecer caso ocorra uma melhora no panorama econômico global." No ano, o emprego irá crescer em média mais que 5%. Oito em cada 10 empresas dizem que estão ativamente contratando empregados. Muitas empresas dizem que estão tendo dificuldade em preencher vagas abertas. Os CFOs estimam que os salários vão subir 8% ao longo do ano. As empresas dizem que os preços dos seus produtos irão aumentar em média 6% ou 7%. A corrupção tem um efeito significante sobre a economia: 71% dos CFOs latino-americanos dizem que a corrupção (subornos, fraudes, etc.) prejudicam os seus negócios, provocando aumento de preços, queda de qualidade, menos concorrência e redução na arrecadação de impostos. As principais preocupações dos CFOs latino-americanos estão relacionadas à fraca demanda por seus produtos, intensa competição, políticas governamentais e dificuldade em contratar e manter trabalhadores qualificados. CFOs latino-americanos se dizem preocupados com a capacidade de suas empresas manterem as margens de lucro. As fontes de pressão são a intensa competição de preços, o enfraquecimento da demanda e a instabilidade econômica global.

rem usar cada vez mais dispositivos tecnológicos para p e s q u i s a r e r e a l i z a r c o mpras. Mais de 50% dos brasileiros preferem as compras em websites, pois acreditam que possuem mais variedade e preços menores. Inteligência coletiva Já o segundo estudo apontou alguns caminhos para o setor lidar com a complexidade proveniente dos múltiplos canais de vendas e interação com os clientes. O principal deles será a inteligência coletiva, uma abordagem capaz

de desempenhar um papel importante no processo de geração e compartilhamento de ideias entre varejistas e consumidores. Este modelo tem como objetivo explorar com maior precisão e eficiência o conhecimento distribuído dentro e fora dos limites formais de uma organização. "Os clientes comentam todo o instante sobre suas experiências na aquisição de produtos e serviços em sites e redes sociais e conquistam um maior controle e influência sobre as marcas", afirma João Pissutto, líder da consultoria da IBM Brasil para o setor de

distribuição. "As organizações que aprenderem a aplicar este conhecimento para oferecer benefícios tangíveis no desenvolvimento de novos produtos e serviços e para prever comportamentos futuros terão um grande diferencial competitivo frente à concorrência", explica. Inteligência coletiva O estudo também indicou que a popularidade e a aceitação do e-commerce, dispositivos móveis e de mídia social continua aumentando, mas os clientes ainda apontam a loja como melhor forma de comunicação com os varejistas. Além de compras normais, importantes partes das transações móveis e de comércio eletrônic o a i n d a o c o rrem na loja, como entregas, devoluções e dos brasileiros outros serviços, estão dispostos a sendo que 85% passar dados das decisões de compra também demográficos são feitas na loja básicos e 41% física. sobre seus estilos "Para acompade vida nhar essa rápida mudança no perfil do consumidor, melhorar seus produtos e a experiência de compra os varejistas precisarão monitorar de perto os canais preferidos de seus clientes e ter uma visão 360º de seu mix de produtos, do posicionamento dos concorrentes e da visibilidade de sua marca no mercado", diz Pissutto. A IBM anuncia novos aplicativos para e-Commerce voltados ao mercado varejista que permitirão que estas empresas ofereçam a seus consumidores a possibilidade de realizarem pesquisas e compras com maior facilidade por meio de dispositivos móveis e redes sociais. Os softwares da nova solução oferecem recursos como análise baseada na nuvem, que permitem à empresa monitorar a presença de suas marcas em tempo real por meio das mídias sociais, além da automatização de funções, como criação de campanhas e promoções, tanto online como para dispositivos móveis.

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Newton Santos/Hype

Especializada em projetos de automação Com larga experiência no mercado, a CRE Automação tem em sua carteira de clientes desde padarias até grandes rede do varejo

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lojas da rede Preçolândia fizeram a integração do sistema de lista de casamento com o e-commerce, um projeto realizado pela CRE

Nossa missão é entregar sistemas completos para os clientes VALDIR BALLET JR.

Galeria dos Pães, na Rua Estados Unidos, 1.645 - Jd. Europa, foi uma das primeiras padarias de são Paulo a utilizar o sistema de comanda eletrônica – um cartão numerado que armazena o consumo do cliente, que depois é entregue ao caixa para que seja efetuado o pagamento. Isso foi em 1999, quando a padaria foi inaugurada. Ser um estabelecimento que mesclasse as características de padaria, lanchonete, supermercado e delivery, e já começar suas atividades totalmente automatizada, era o objetivo inicial do estabelecimento. Para isso, ela contratou a CRE Automação (www.cre.com. br), uma revenda de valor agregado (VAR), que desenvolveu e implantou todo o sistema do estabelecimento. O projeto inicial envolveu a implantação dos sistemas de código de barras, de retaguarda, de transferência eletrônica de fundos (TEF) e de leitura óptica de cheques, além do monitoramento das vendas controladas pelo cartão de acesso entregue aos clientes na entrada da loja. "Hoje, com 450 funcionários e com uma frequência diária de cerca de 4.500 pessoas durante a semana e cerca de 6.000 nos finais de semana, seria impossível ter um amplo controle sobre as operações da loja se não tivéssemos um sistema de gerenciamento por software", confirma Renato Rinaldi, gerente geral da Galeria dos Pães. "Além disso, com os serviços oferecidos pela informática houve uma redução muito grande nos custos, principalmente no controle dos estoques, o que propicia uma diminuição significativa das perdas", conclui. Atualmente já foram implementados os controles administrativos, estoque, faturamento, cobrança, pagamento a fornecedores, controles fiscais, interligação com os bancos e sistemas que permitem ao cliente escolher a forma de pagamento das despesas efetuadas. "Há três anos, substituímos o sistema, que rodava em Windows, para uma versão em Linux, mais leve, sem a necessidade de estar constantemente sendo atualizado e principalmente mais barato e seguro, já que não há muitos vírus eletrônicos para essa plataforma", comenta Valdir Ballet Jr., gerente de TI da revenda CRE. O gerente conta que atualmente a CRE está implementando um grande projeto de automação comercial na RiHappy, rede com mais de cem lojas de brinquedos. O projeto

prevê a troca do ERP (sistema integrado de gestão empresarial) proprietário pelo ERP da Arius na versão Linux, o WMS (Warehouse Management System, sistema de gestão do depósito/centro de distribuição), todo o sistema de frente de loja e também o e-commerce, que já está em funcionamento com a plataforma da Rakuten. "Além da complexidade do projeto, um grande desafio que temos é o treinamento dos funcionários para que eles conheçam e saibam trabalhar no novo sistema", comenta Ballet Jr. Outro case recente de implementação da CRE foi na rede de lojas Preçolândia, que tem 14 lojas. "O projeto foi de integração do sistema de lista de casamento na frente de loja com o e-commerce", diz o gerente. O cliente pode escolher o item que deseja presentear tanto nas lojas como pela internet, basta saber o número da lista. Ao fazer a escolha em qualquer um desses canais, é dada a baixa na lista e não há como o mesmo produto ser comprado por clientes diferentes. Ballet Jr. Também destaca o projeto implantado no parque de diversões Hopi Hari, envolvendo a automação das lojas, lanchonete e troca do ERP. "Vencemos uma concorrência em que participavam gigantes como IBM e Itautec", comemora o gerente. Linha de produtos A CRE Automação mantém parcerias com as distribuidores BP Solutions, ScanSource CDC e Officer, com produtos das marcar Epson, Elgin, Daruma, Gertec, entre outros. Na área de software, a parceria é com a Arius Sistemas, "Somos uma revenda de projetos, a nossa missão é entregar sistemas completos para os nossos clientes, incluindo hardware, software e serviços", explica Ballet Jr. O Arius Loja é o administrador das operações de atendimento a clientes no ponto de venda, possibilitando o gerenciamento de funções de vendas a crédito, cheques pré-datados e validação de limites de clientes. Além disso, conta com outras recursos, como interface com mais de 30 marcas de impressoras fiscais, correspondente bancário, TEF, recarga de telefones celulares diretamente no caixa, consolidação online de todas as transações realizadas e administração remota da rede de PDVs O Arius ERP é o sistema de gestão empresarial, que automatiza toda a retaguarda Divulgação

Nilani Goettems/e-Sim

Integração da lista de casamentos na Preçolândia (acima) e troca do ERP e sistema de frente de loja na rede Ri-Happy (abaixo)

da empresa. Integrado com todos os departamentos, o sistema se torna uma ferramenta importe para a tomada de decisões estratégicas que visam racionalizar melhor os recursos internos e externos, buscando melhorar os resultados e a lucratividade. O Arius ERP disponibiliza ainda indicadores de todos os departamentos da empresa

que visam oferecer de forma clara e eficiente o andamento do seu negócio. Para a gestão de relacionamento com o cliente a solução é o Arius CRM, uma ferramenta que possibilita aliar controles seguros de limites e formas de pagamento específicas para cada caso, segmentar seus clientes por valores de compra, categoria

de produtos consumidos ou mesmo alertar sobre determinadas alterações nos hábitos de consumo. Com o objetivo de atender as novas obrigações fiscais com relação à contabilidade de sua empresa, a Arius Sistemas disponibilizou um importante módulo que se integra totalmente ao Arius ERP: o Arius Contábil. (C.O.)


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Alcateia, tradicional distribuidora de produtos de TI e informática, entrou há seis meses nos segmentos de automação comercial e AIDC (coletas de dados) e está estreando na Autocom. Com 28 anos de atuação, ela iniciou sua operação de distribuição com foco em periféricos e rapidamente expandiu suas operações, conquistando a distribuição das maiores e mais importantes marcas mundiais em tecnologia. Hoje, a empresa afirma estar entre os três maiores distribuidores de informática e eletroeletrônicos no Brasil e também na América Latina, por meio de sua sede em Miami (EUA). São mais de 500 funcionários, que atendem mais de 25 mil clientes ativos dos mais diferentes segmentos: revendas, varejo, VAR (revenda de valor agregado), lojas virtuais, integradores e provedores de serviços especializados em energia, segurança e automação. Segundo Carlos Henrique Tirich, gerente comercial da distribuidora, o crescimento do mercado de automação comercial nos últimos anos e as projeções otimistas do setor despertaram o interesse da empresa. "Em nossa estratégia, de um lado vamos trabalhar com revendas que já atuam neste segmento, ofertando também produtos de informática, já que temos um amplo portfólio desses produtos; por outro lado, também vamos incentivar as nossas revendas de informática e atuarem no segmento de automação e AIDC", explica. Habituado ao segmento de informática, Tirich diz que o mercado de automação comercial não é tão diferente, mesmo em termos de relacionamentos com fabricantes e revendas. "Temos parceria com cerca de 30 fabricantes da área de TI, desses, pelo menos 90% são líderes mundiais em seus segmentos. Eu vejo que o momento de amadurecimento de políticas comerciais é similar, tanto em automação comercial quanto em TI. É claro que a gente sempre espera uma evolução, mas em ambos os segmentos vejo que o nível de serviços são bem parecidos; existem falhas, como em todo setor, mas o que nos deixa satisfeitos é que vem ocorrendo uma melhoria contínua", opina Tirich. Em sua opinião, os fabricantes, tanto de TI quanto de automação, estão preocupados em melhorar o seu canal, as suas políticas comerciais e ter uma parceria estreita com o seu canal. Amadurecimento

Em sua opinião, vem ocorrendo uma profissionalização no setor. "Nos últimos sete anos, as empresas vêm se formalizando e chegamos em um nível interessante de formalidade do merca-

Alcateia traz experiência em TI para o setor de automação Uma das maiores distribuidoras do mercado de informática traz o seu know-how e parceiros para os segmentos de automação comercial e AIDC

Foco em sustentabilidade

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Accept, fabricante nacional e integradora de soluções na área de tecnologia e Intel Technology Provider Platinum, está lançando uma linha de produtos com foco na economia de energia durante a Autocom. A nova versão do Smart Client chega equipada com o novo processador Intel Atom D2500. A grande vantagem do novo modelo está no menor consumo de energia, mantendo a sua potência dos 2 núcleos de processamento com 1.86 GHz cada. Para aumentar ainda mais o desempenho, sem alterar o consumo de energia, o Smart Client possui versão com disco SSD da Kingston, que transforma o acesso a disco 2,5 vezes mais rápido, mantendo o custo bem acessível. Outra novidade, o Smart Client Pró, chega para

do e com evolução contínua, até porque os clientes finais estão exigindo que os seus fornecedores sejam formalizados, pois eles precisam prestar conta do que estão adquirindo", diz. Na outra ponta, para uma revenda trabalhar com um grande distribuidor ou um grande fabricante, precisa estar formalizado. "Em muitas revendas que trabalhamos, nós faturamos diretamente para evitar bitributação, comissionando a revenda, por isso sabemos que ela é formalizada", comenta.

aumentar a família Accept Smart e é perfeito para quem necessita de grande capacidade de processamento, mas não abre mão da economia de espaço e de energia. O equipamento possui o poder dos processadores Intel Core da segunda geração, nas versões Intel Core i3, Intel Corei5 e Intel Corei7 e pode vir com até 16 GB de RAM. O Accept Smart Client Pró possui recursos de vídeo embutidos no processador, saída de video HDMI, e opções de disco híbrido (SSD + disco rígido) ou de disco SSD de 128 GB da Kingston. Já o Smart Appliance atende às solicitações de parceiros Accept que desenvolvem soluções de web e networking, e que necessitam de um hardware compacto, de baixo custo, com pouco consumo de energia, mas com poder de

processamento e 2 saídas de Rede GigaLan, 2 Seriais e 2 Vídeos. Pode ser usado para telefonia, servidores de firewall, concentradores de solicitações de TEF, etc. O desktop Accept DT6000AT-04 é o principal modelo na linha de automação da Accept, com excelente custo beneficio, elevado padrão de qualidade na integração e processos que asseguram sua qualidade. Ele pode rodar múltiplas tarefas com maior eficácia e menor consumo de energia, aliado a tecnologia do processador Dual Core Intel Atom de 1.86 GHz. É um equipamento capaz de atender às necessidades computacionais para praticamente qualquer tipo de uso comercial, tais como: escritórios, supermercados ou lojas. Dispõe de 4 portas seriais indicadas para conexão de dispositivos de automação a opção de SSD ou HD.

Tirich afirma que a Alcateia está desenvolvendo uma série de treinamentos com as revendas que atuam em TI, municiando esses clientes com conhecimentos sobre os produtos de automação e o mercado, para que eles possam ofertar as soluções. "Nesta área de automação e AIDC temos hoje nove parceiros e estamos atuando onde eles têm penetração, mas o nosso portfólio atende as diversas frentes. Neste primeiro momento, avaliamos que esses parceiros atendem bem as

nossas expectativas, futuramente, trabalharemos com outros fabricantes, incluindo teclados programáveis, que no momento não faz parte do nosso portfólio", diz. Para o gerente comercial, a entrada da Alcateia neste segmento se justifica pelo momento que vem passando o mercado geral de tecnologia. "Tem havido uma convergência de tecnologias, com TI convergindo para automação; celulares e mobilidade convergindo para TI e automa-

ção; tudo isso buscando oferecer aos clientes finais uma melhoria de processos. O nosso propósito é que as revendas, seja de automação, seja de TI, encontrem conosco uma ampla gama de soluções, desde um servidor, impressora fiscal, leitor de código de barras, até uma TV que fica rodando 24h as promoções dentro da loja", comenta. Na feira, a Alcateia irá mostrar sua linha atual de automação e AIDC e também de TI. "Este é o evento mais importante do setor e as nossas expectativas são as melhores neste primeiro ano que estaremos participando", diz Tirich. Entre os parceiros presentes no estande da empresa estão: APC (equipamentos de energia, no-breaks de grande a media disponibilidade), Cisco (produtos de mobilidade e networking), Datalogic (leitores de códigos de barra, coletores de dados com e sem fio com tecnologia linear image, que oferece velocidade na operação e qualidade na leitura), Diebold (linha de PCs, servidores e impressoras não-fiscais, incluindo as impressoras Star Micronics), Elo Touch Solutions (tecnologia touchscreen em monitores desktop e computadores all in one, com diferentes tecnologias de toque), Epson (mini impressoras fiscais e não-fiscais), Honeywell (hardware baseados em imagem e laser de alto desempenho para atividades como captação de dados, incluindo computadores móveis e leitores de códigos de barra), HP (linha de servidores), Microsoft (softwares compatíveis com sistemas de automação), Zebra (soluções em impressão de códigos de barra, cartões, pulseiras, quiosques e tecnologias RFID). Quiosque A d i s t r i b u i d o r a P r i m e I nterway, que atua 100% via canais, também participa da Autocom com o objetivo de estreitar o relacionamento com seus parceiros, mostrando as possibilidades de ampliar o giro de produtos nas revendas, assim como a oferta de produtos e soluções em automação, o que permitirá alavancar novos negócios. Segundo Juliana Barletta, gerente de Marketing da Prime Interway, “este ano, criamos para a f e i r a o Q u i o s q u e P r i m e I nterway, um espaço descontraído, que foi desenvolvido pensando no ‘atendimento prime’ que preservamos com as nossas revendas". "Para atender nossos canais, ávidos por tecnologia de ponta, também apresentaremos em nosso estande soluções inovadoras, como o RUB e PDV Móvel. Temos a certeza de que estamos no caminho certo para possibilitar boas oportunidades de negócios que nossa marca favorece”, diz Juliana. (C.O.)


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Servir bem ou invasão de privacidade? O varejo usa cada vez mais a tecnologia em análises de comportamento e hábitos de consumo para aumentar as suas vendas

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uanto o seu hábito de consumo pode dizer de você? Os varejistas acham que muito e cada vez mais estão investindo em tecnologias e metodologias de análises, contratando especialistas em comportamento e matemáticos para desenvolverem modelos de estatísticas. Um caso recente gerou muita discussão nos Estados Unidos. A loja de departamentos Target – que vende tudo o que se possa imaginar, de ração para animais, produtos de limpeza e de beleza, roupas e até móveis para jardim – desenvolveu um programa que identifica se a mulher está grávida apenas analisando o seu hábito de consumo. A polêmica ocorreu quando o pai de uma jovem reclamou com o gerente que a filha adolescente estava recebendo cupons de descontos e propaganda de berços e roupas de bebês. Dias depois, o pai ligou para o gerente se desculpando, a filha contou que estava grávida. A loja sabia disso antes do futuro avô. Nada de novo

O caso colocou mais lenha na fogueira de uma antiga discussão sobre invasão de privacidade, um tema mais norte-americano e europeu do que brasileiro, pois aqui as pessoas, em geral, não ligam muito para isso – elas emitem cheques contendo os números do RG e CPF e ainda divulAndrei Bonamin/Luz gam o telefone. "Conceitualmente, nada mudou muito. Trata-se de uma mesma abordagem que o dono de armarinho utilizava há 50 anos: quanto melhor você conhece o seu cliente, melhor você consegue servi-lo. O conceito é o mesmo, só mudaram as ferramentas", diz Paulo Eduardo Guimarães, diretor de Relações Internacionais da Afrac (Associação Brasileira de Automação Comercial). Segundo ele, os donos de farmácia, da padaria, os comerciantes de 50 anos atrás procuravam puxar uma conversa com o cliente que entrava na loja, perguntava se era casado, se tinha filhos, o que fazia profissionalmente, buscava informações para poder servir melhor. "Da próxima vez que ele viesse, o chamava pelo nome, dava um docinho para levar para as crianças – eu vivi isso, o meu pai trazia para nós doces que ganhava de comerciantes", diz. Sistemas de câmeras analisam o fluxo de clientes pelos corredores da loja, contando A n t e s , u m c o m e rquantas pessoas estão passando e o caminho que elas percorrem. ciante pequeno tinha uma média de geração de tecnologia nes- anos, eu usava um palmtop ca de carro. Essas ferramen- raram para ver essa promo100 a 200 cliente sentido são os programas que, quando eu entrava no ae- tas de captura de dados, asso- ção. Dessa forma, se sabe o tes. Hoje, um de fidelidade, por roporto, ele baixava informa- ciadas a um conjunto de tec- seu nível de atratividade", diz comércio de exemplo o Mais, ções sobre a minha reserva de nologias de análise e interpre- Guimarães, explicando que médio porte do Pão de Açú- voo, se estava atrasado, por t a ç ã o é q u e e s t ã o s e n d o estes são exemplos de análise A tecnologia tem entre 2 usadas hoje para conhecer o de comportamento de grupo e c a r . E l e s f o- exemplo", comenta. chegou para mil a 120 mil consumidor e prever tendên- não de indivíduos. ram a primeiajudar a clientes. "O Monitoramento cias", explica Guimarães. Nos programas de fidelidara tentativa e m u n d o m uconhecer os As câmeras analisam o fluxo de, o estabelecimento sabe se apoiavam dou muito, a Em uma terceira geração de clientes pelos corredores quantos quilos de carne um em tecnoloclientes questão das g i a , c o m o tecnológica, foram introduzi- da loja, contando quantas pes- cliente consume por mês, se PAULO GUIMARÃES distâncias acab a n c o d e d a- das ferramentas modernas de soas estão passando. Associa- ele compra vinho e em que baram, as pessoas dos, cartão mag- captura de dados, como ima- do a um software, o sistema quantidade. "Isso é invasão de circulam mais, tem o nético para identifi- gens, sons, transações. "São faz uma estatística da porcen- privacidade? Em minha opicomércio eletrônico, não dá cação do cliente, o sistema ferramentas muito podero- tagem de clientes que passam nião, não", afirma Guimarães. mais para conhecer todos um atribui pontos pela quantida- sas. Existem câmeras que são por cada corredor, qual cami- "Eles estão usando a tecnoloa um. A tecnologia chegou pa- de de compras. "Em seguida, programadas para identificar nho eles fazem, quais seções gia para me conhecer e me ra ajudar o comerciante a co- veio uma segunda geração, uma parte do rosto e capturar eles vão. "O varejista pode co- servir melhor. Acho convenhecer os seus clientes", diz que fez uso de tecnologias mó- a expressão do cliente, igual locar uma promoção no corre- niente para os dois lados". Ele Guimarães. veis, com uso de celulares, às câmeras que estão nas ruas dor de maior fluxo e o sistema explica que a primeira geraEle explica que na primeira palmtops – há cerca de dez hoje para identificar uma pla- verifica quantas pessoas pa- ção era muito básica, na se-

geração de tecnologia utiliza ferramentas modernas e poderosas de captura de dados, como imagens, sons e transações gunda já se identificava o indivíduo e na terceira é possível fazer algumas previsões ou tendências de consumo – para o varejista, ter uma previsibilidade de negócio é muito interessante, pois ele pode planejar e negociar melhor as suas compras. "Essas tecnologias ainda são pouco usadas no Brasil. Nos EUA, a rede de supermercados Safeway está com um piloto com um programa de fidelidade muito interessante: comprando com eles, os clientes não precisam mais se preocupar com o inventário da casa. Eles fazem a conta de quanto cada um consome de cada item e eles mandam por e-mail ou celular a lista do que eles recomendam que se compre. Como as pessoas não têm muito tempo, isso é extremamente conveniente – a loja avisa que o cliente precisa comprar o sabonete, pois ele pode esquecer e só vai se lembrar quando chegar em casa". Piloto automático Um experimento nos laboratórios do famoso MIT - Massachusetts Institute of Technology estudou o comportamento de ratos em um labirinto. Atrás de uma das paredes foi colocado um pedaço de chocolate. Quando colocados no labirinto, eles vagavam a esmo, sentiam o cheiro do chocolate, arranhavam as paredes atrás da guloseima. Tirados e colocados novamente no labirinto, os ratos já não farejavam, iam direto à parede com chocolate. Neurotransmissores indicaram uma explosão de atividades cerebrais no início e depois que eles aprendiam o caminho, essas atividades diminuíam. Fazer o caminho para encontrar o chocolate virou um hábito, os ratos passaram a fazer automaticamente. É o mesmo processo quando as pessoas vão escovar os dentes – elas pegam a escova, colocam a pasta e escovam, não é preciso pensar. E o que isso tem a ver com vendas no varejo? Um consumidor, quando já conhece o supermercado e precisa sempre das mesmas coisas, entra na loja no modo "automático" percorre os mesmos caminhos, as mesmas seções e não presta muita atenção ao que está em volta. Por essa razão, o varejista, vez ou outra, faz algumas mudanças no layout da loja, troca os produtos de prateleira. "Fazer com que o cliente percorra mais os corredores pode aumentar as vendas por impulso, mas é preciso planejamento, pois se ele não encontra o produto, ele pode desistir da compra", observa Guimarães. (C.O.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.ESPECIAL

terça-feira, 26 de junho de 2012

O mundo nunca viu nada igual Paulo Pampolin/Hype

A Vip-Systems transformou a loja da Billabong na mais inteligente do mundo e que reúne as últimas tecnologias em interatividade, controle e gestão

A

loja mais inteligente do mundo fica no Brasil, mais precisamente no Shopping Iguatemi de Alphaville, em Barueri, região metropolitana de São Paulo. Trata-se de uma loja de 100 m² da Billabong, uma marca australiana especializada em moda sportware. O sistema foi implementado pela Vip-Systems e a sua CIO (Chief Information Officer), Regiane Relva Romano, foi premiada no começo do mês, na Itália, no evento ID World Internacional Congress 2012. O objetivo do evento é demonstrar tecnologias inovadoras de identificação, segurança, biometria e mobilidade. O evento reúne pesquisadores e desenvolvedores da área para compartilhamento de experiências, conhecimentos, ideias e inovações nos mais variados setores da sociedade.

No mundo inteiro não existe uma loja com todas essas tecnologias REGIANE RELVA ROMANO

ystems A Vip-S do o doou to para a a sistem ng, Billabo loja da o incluind s, re a w d r ha res, softwa ipes s e equ serviço is a n issio de prof para a tação. implan

Reconhecimento "Ganhamos o prêmio por indicação de um ministro da Alemanha. A gente fala que é a loja mais inteligente da América Latina, mas na realidade no mundo inteiro não existe uma loja que utilize os conceitos que nós empregamos. Em outras lojas há apenas uma ou outra tecnologia empregada, uma usa RFID, outra o provador inteligente, mas nenhuma integrou todas essas tecnologias em um mesmo local", diz Regiane. Ela conta que o case também ganhou destaque na última Cebit, em março na Alemanha, considerada a maior feira de tecnologia do mundo. "Eles ficaram impressionados com a tecnologia e surpresos pelo fato de que no Brasil existe uma loja com tantos recursos tecnológicos, ainda mais desenvolvido por uma empresa pequena como a VipSystems". A história da implementação deste sistema na Billabong é

curiosa, pois partiu de uma necessidade acadêmica e não se esperava a repercussão que teve. "Eu precisava fazer a implementação de diversas tecnologias para a tese do meu douto-

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rado. Eu procurei uma loja que aceitasse ser o estudo de caso", conta Regiane. A Vip-Systems doou todo o sistema para a loja, incluindo hardwares, softwares, serviços e equipes de profissionais. "Fizemos a implementação em 15 dias, mas a solução vem sendo desenvolvida há 12 anos. Após a implantação, de agosto a dezembro do ano passado, eu fiz as medições e comprovei a minha tese do impacto positivo que a tecnologia traz para o varejo", diz. Apesar do pouco tempo, as inovações tecnológicas não param. O catálogo eletrônico, que incorpora a tecnologia NUI (Na-

tural User Interface), que reconhece o movimento da mão das pessoas por meio de uma webcam, de forma que o cliente possa folhear virtualmente um catálogo, será substituída pelo o Knect, da Microsoft, usado no videogame Xbox e que reconhece o movimento corporal do usuário. "O sistema que usamos hoje é ideal para pequenos varejistas, já que a webcam custa R$ 40. O Knect é bem mais sofisticado e é indicado para o grande varejo", comenta a executiva. Quem pensa que loja inteligente é só para grandes redes, Regiane afirma que, se este

mesmo sistema da Billabong fosse implantado em outra loja hoje, o custo ficaria em torno de R$ 50 mil. "Não é um valor alto e o retorno é imediato, o varejo gasta muito mais que isso comprando ferramentas separadamente. Estamos em fase de negociação com duas redes grandes do varejo, mas o que está nos surpreendendo é o interesse de pequenos varejistas, que estão percebendo que essa solução também é para eles, que estão investindo em tecnologia até para poderem competir com os grandes. E fazer a implementação em uma loja pequena é mais fácil e barato do

que em uma grande rede". A inteligência da loja da Billabong começa com o uso de etiquetas RFID (identificação por radiofrequência) em todas as peças. Dessa forma, foi desenvolvida a Arara Inteligente, que possibilita a consulta a qualquer momento do inventário, quantas e quais peças estão expostas, se estão no lugar correto e se a arara precisa ser reabastecida. Parafernália tecnológica Outra aplicação é o Inventário Inteligente/Gestão de Ativos Inteligente, que permite, pór meio de software e coletores de dados RFID fazer todo o inventário da loja, um trabalho que manualmente levaria dias e que agora se faz em minutos. O Provador Inteligente foi desenvolvido pensando na interatividade, no entretenimento e na venda cruzada de produtos dentro do provador. Quando o cliente entra no provador, as peças são identificadas e exibidas em um monitor touchscreen. O sistema sugere produtos que combinam com as peças escolhidas, permite a consulta de tamanhos e cores disponíveis, traz detalhes do produto e consulta de preços. Também dentro do provador está o Espelho Interativo, que permite ao cliente tirar uma foto e arrastar virtualmente a roupa ou acessório para o seu corpo, ajustando o tamanho. A imagem final ainda pode ser enviada para o Facebook. O sistema antifurto implantado tem como base as etiquetas RFID. Quando o cliente passa no caixa e faz o pagamento, essa informação é gravada na própria etiqueta. (C.O.)


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