ESPECIAL - Empreendedores

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Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

S茫o Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

ESPECIAL

EMPREENDEDORES

Tina Cezaretti/Hype

Estudo da Endeavor Brasil revela que 76% dos brasileiros gostariam de ter o pr贸prio neg贸cio e mostra ainda os perfis dos nossos empreendedores.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mais benefícios para as MPEs Encabeçado pelo ministro Guilherme Afif Domingos, comitê vai acompanhar políticas públicas para as micro e pequenas empresas

Carlos Ossamu Ueslei Marcelino /Reuters

a semana passada, em Brasília, foi instalado o Comitê Int e rm i n i s t e r i a l d e Avaliação do Simples Nacional, presidido pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Doconfiança do mingos. O objetivo é acompaconsumidor nhar e avaliar as políticas púbrasileiro neste início de blicas para micro e pequenas ano não sofreu empresas e propor avanços alterações em relação para o setor. O evento teve a ao fim do ano passado, participação da presidente marcando 143 pontos Dilma Rousseff e dos ministros em janeiro – mesmo que integram o comitê - Casa número de dezembro. É Civil, Fazenda, Planejamento, o que mostra o Índice Desenvolvimento, Indústria e Nacional de Confiança Comércio Exterior, Ciência, da Associação Tecnologia e Inovação e TrabaComercial de São Paulo lho e Emprego. (INC ACSP/Ipsos) de Para o ministro Afif Dominjaneiro. Porém, o INC gos, o País precisa avançar está bem abaixo de muito nas condições de aberjaneiro dos últimos dois tura de micro e pequenas emanos. Em janeiro de presas e adiantou que sua se2013, o índice ficou em cretaria irá encampar a cam152 pontos e, em janeiro panha "Pense Simples", para de 2012, foi de 178 que todos os órgãos públicos pontos – na época, comecem a simplificar suas acreditava-se num salto normas, leis e regulamentos. do PIB e numa Segundo o ministro, o primeirecuperação da ro grande projeto da simplifieconomia, o que não se cação governamental é o Porconfirmou. tal Empresa Simples, para torO INC varia entre 0 e nar mais fácil o processo de 200 pontos, sendo que abertura de empresas, que 200 representa o deverá ser feito em um único otimismo máximo. As local: a Junta Comercial do Esmil entrevistas Paulo Pampolin/Hype tado onde se pretende abrir o negócio. Antes do lançamento do portal, no entanto, Afif fará, até maio, uma caravana em todo o País para divulgar o projeto. "Quando se abre uma empresa, o problema não é a abertura, é o l i c e n c i am e n t o . Te m Rogério Amato: consumidor não vê mudanças. de ter inscrição estadual, inscrição municipal, licença do domiciliares para o INC meio ambiente, licença dos de dezembro foram bombeiros, da vigilância sanirealizadas entre os dias tária e o alvará. Cada um está 16 e 27 de janeiro em 70 num balcão. Cada um com a cidades brasileiras, sua regra, a sua taxa e o seu incluindo nove regiões número", observou Afif. metropolitanas. “A confiança do Simplificação consumidor brasileiro segue as expectativas De acordo com ele, o Cadasgerais do mercado e não tro Nacional de Pessoa Jurídica sinaliza grandes (CNPJ) será o único número oscilações para os exigido do micro e pequeno próximos meses”, empreendedor. "Com isso, teafirma Rogério Amato, mos de fazer um acordo com presidente da ACSP e da os Estados para que se unifiFederação das que o sistema", observou. Associações Comerciais O ministro disse que o novo do Estado de São Paulo sistema, que pretende reduzir (Facesp). Ele lembra que de 150 dias para apenas 5 o o INC despencou em período de abertura de uma junho de 2013 – período empresa no País, ainda dependas manifestações de de uma lei complementar, populares – e desde que deve ser votada em plenáentão ficou no mesmo rio até abril e aprovada até jupatamar. lho. Afif espera que, com a Segundo Amato, os aprovação e a implementação dados do INC a respeito do portal, tenha fim a via sacra de compras e das que se enfrenta hoje. "O emsituações atual e futura presário irá a um único balcão dos entrevistados e, se tiver assinatura digital, revelam que o poderá abrir ou fechar a emconsumidor não presa de sua casa porque, no vislumbra mudanças na mundo digital, quem viaja são economia nos próximos os dados, e não as pessoas". meses. Mas o presidente Segundo Afif, como cerca de da ACSP alerta: “Esse é o 90% das micro e pequenas retrato do momento, na empresas são de baixo risco visão do consumidor. ambiental e de vigilância saniFatores internos e tária, será possível pegar o externos na economia podem influenciar esses indicadores no futuro”.

Consumidor está menos confiante

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O ministro Guilherme Afif Domingos (à esq.) com a presidente Dilma Rousseff no anúncio do Comitê Interministerial de Avaliação do Simples Nacional. A primeira proposta é que o processo completo de abertura de uma empresa seja feito na Junta Comercial.

certificado previamente e aguardar a inspeção já com a empresa aberta, evitando "formar essa fila enorme que atrasa a criação de empresas", disse. Campanha A campanha Pense Simples, que se referiu o ministro, teve início no ano passado e quer a aprovação do Projeto de Lei Complementar 237/12, de autoria do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), que modifica o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar 123/06). O objetivo é ampliar os incentivos fiscais já concedidos às micro e pequenas empresas (MPEs) por meio do Simples Nacional. O projeto foi apresentado em dezembro de 2012, já passou por diversas comissões na Câmara e foi apresentado em audiências públicas em diversas cidades do País – em São Paulo aconteceu em outubro último e reuniu mais de 700 pessoas. Nesse evento na capital paulista, o ministro contou os seus planos frente à Secretaria e muitas das ações estão alinhadas e dependem da aprovação do Projeto de Lei Complementar 237/12. O plano do ministro tem três gran-

des linhas de atuação: Simplificando o Simples, Aumentar a renda da MPE através da ampliação de mercado e a facilitação ao crédito, e por fim, fazer o Simples Trabalhista e incentivar a adoção da Lei do Aprendiz nas MPEs. Substituição Tributária No item Simplificando o Simples, o ministro quer eliminar a substituição tributária para as MPEs. “Ela elimina os efeitos do Simples Nacional em relação ao ICMS e reduz o capital de giro das MPEs. A ação proposta é impedir que os substitutos apliquem a retenção quando o substituído for uma MPE”, observou. Esta ação está alinhada ao PLC 237/12, assim como a proposta de universalização do Simples para todas as atividades profissionais. “Queremos que a classificação seja pelo porte e não por atividades. Faturou até R$ 3,6 milhões por ano, se enquadra no Simples”. Outra proposta levantada por Afif Domingos na ocasião foi a unificação das obrigações. Atualmente, o recolhimento é único pelo Simples Nacional, mas as informações ainda são prestadas a diversos órgãos, em di-

versas datas e em diversos formatos. “O que propomos é a criação da Obrigação Estatal Única, via internet, englobando Simples Nacional, FGTS, Caged, RAIS e Refis”, disse. Ainda na linha da simplificação, o ministro lembrou da Redesim - Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, que agora está sendo chamada de Portal Empresa Simples. “É a rede de unificação de abertura e fechamento de empresas, já prevista na lei, mas difícil de implementar. O grande problema é que ainda existem vários processos, sistemas, balcões e vários sites, resultando em múltiplos cadastros – Nire, CNPJ, Inscrição Estadual, Inscrição Municipal, licenças do Corpo de Bombeiro, Ambiental, Sanitária e alvará da pre feitu ra. Abrir uma empresa é uma via sacra, tem que bater de porta em porta. E por isso, o Brasil é colocado na ridícula 123ª posição n o r a n-

king do Banco Mundial em termos do apoio do país ao empreendedorismo. Isso afeta a nossa imagem no exterior”. “Nós temos a experiência de que 90% das empresas são de baixo risco. Só que, para se dar a licença é preciso a vistoria prévia de todos, e a demora se dá exatamente por causa disso. Vamos começar a acreditar na palavra das pessoas. Ela assina qual é o seu risco e eu vou acreditar, mas depois vou fiscalizar. Infelizmente, aqui a burocracia não acredita, não confia, não capacita e depois não fiscaliza. É aquela maçaroca inicial e depois não se olha mais”, contou Afif Domingos. “Nós vamos inverter isso: eu acredito, confio, capacito e vou fiscalizar, pois quem for fiscalizado e mentiu em sua declaração, essa empresa será fechada e não abrirá mais porque mentiu. Hoje, os mentirosos ganham dos honestos, porque os honestos pagam pelos mentirosos”. Acesso ao crédito O ministro lembrou que a Constituição já determinou um registro único para as empresas, que é o CNPJ. “Temos que reafirmar na Lei Complementar um princípio constitucional e acabar com a Inscrição Estadual e Municipal. A inscrição deve ser única e o número único, que é o CNPJ. E o balcão de entrada para abertura e fechamento também é único, é a Junta Comercial, absolutamente modernizada para esse objetivo. Esta é a missão do nosso ministério”. Também está nos planos a ampliação e facilitação do a c e s s o a o c ré d i t o p a r a a s MPEs para a compra de bens de produção. “Uma manicure, que precisa comprar uma autoclave para esterilizar os instrumentos, que custa entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil, não consegue linhas de créditos. Mas se ela for a uma loja comprar uma TV de 40 ou 50 polegadas, tem 60 meses para pagar”, observou. “Precisamos criar as linhas de crédito para máquinas e equipamentos para as MPEs, máquinas novas e usadas, pois alguém pode estar desativando um torno computadorizado de penúltima geração para comprar uma de última geração, e tem outra empresa pequena que para ela essa máquina de penúltima geração já serve. Mas não tem financiamento para comprar isso. Vamos trabalhar essa cultura para crédito em investimento, aperfeiçoando o sistema”, prometeu.

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Dias será o tempo necessário para abrir uma empresa no Brasil quando o Portal Empresa Simples estiver em operação. Hoje são 150 dias.


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Orientação e boas ideias para o seu negócio

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Começa amanhã no Expo Center Norte a Feira do Empreendedor do Sebrae-SP, o maior evento do Brasil sobre empreendedorismo Euler Paixão / Hype

mpresários que desejam melhorar ou expandir os seus negócios e candidatos a empreendedores não podem deixar de ir à 3ª edição da Feira do Empreendedor, que começa amanhã e vai até o dia 25 no Expo Center Norte – Pavilhão Verde, zona Norte de São Paulo. A feira é organizada pelo Sebrae-SP a cada dois anos e se consolidou como o principal evento de empreendedorismo do Brasil voltado às micro e pequenas empresas. Com entrada franca, o evento ocupará uma área de 21 mil m² com estandes de consultoria individual, orientação coletiva, lojas modelos para o comércio varejista, espaço de negócios p a r a e m p re e n d e d o re s d e

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Tina Cezaretti / Hype

startups, além de exposição de oportunidades de negócios. Para não enfrentar filas na entrada, os interessados podem realizar o cadastramento prévio no site http://feir a d o e m p r e e n d e d o r. s ebraesp.com.br. O visitante que busca informações sobre empreendedorismo poderá participar de atividades voltadas à disseminação de conhecimento nas oito salas de palestras, com capacidade para 300 pessoas cada, que contará com apresentações de profissionais do mercado. Haverá ainda seis espaços destinados à capacitação comandados por consultores e técnicos do SebraeSP. “É o maior evento para micro e pequenos empreendedores do Brasil e este ano vamos ter muitas novidades, como a carreta da Copa do Mundo, a nossa loja móvel, o salão de beleza itinerante, a lavanderia modelo etc.,

Bruno Caetano: além das palestras, mais de 70 consultores estarão disponíveis para orientar os pequenos empresários.

Feira do Empreendedor: visitantes terão acesso a nformações sobre as ofertas e tendências de mercado ao visitar a área de oportunidades de negócios.

além de palestras e mais de 70 consultores para orientar os empreendedores”, diz Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP. Os interessados em abrir a própria empresa poderão sair da Feira do Empreendedor com informações sobre as ofertas e tendências de mercado ao visitar a área de oportunidades de negócios. Cerca de 300 expositores dos segmentos de franquias, tecnologia da informação, máquinas e equipamentos, representação e porta a porta estarão no Expo Center Norte para apresentar seus produtos e serviços. "Nosso objetivo é apresentar soluções e oportunida-

Empreendedores estão mais maduros ados recentes revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que de cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios e não pela necessidade. Esse é o melhor índice já registrado desde o início do levantamento, há 12 anos. Em 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por identificar demanda no mercado, enquanto os demais tinham o empreendedorismo como única opção, por não encontrar alternativas no mercado de trabalho. Na avaliação do presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, os resultados indicam a vitalidade do empreendedorismo no País, mesmo em um período de pleno emprego. “A perspectiva é de que os pequenos negócios continuem em uma trajetória de crescimento, já que o mercado interno brasileiro ainda oferece muitas oportunidades de negócios, seja para a classe média, em expansão, seja para segmentos específicos de mercado”, avalia. Os microempreendedores individuais (MEI), microempresas e pequenas empresas – aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – representam 99% das empresas brasileiras e somam mais de 8,3 milhões de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Ter o próprio negócio é um dos três principais sonhos do brasileiro, atrás apenas de comprar a casa

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própria e viajar. “Sonhar é tão fundamental quanto se planejar. A maioria dos entrevistados afirma não ter medo de fracassar, o que é positivo, mas, para ter sucesso, o empreendedor também precisa investir na sua capacitação e buscar um diferencial para seus produtos e serviços”. Outro dado da pesquisa

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de cada 100 brasileiros que abriram um negócio o fizeram por identificar uma oportunidade de mercado e não por necessidade. GEM é que as mulheres já são maioria nas estatísticas de abertura de novos negócios no País, com 52% dos novos empreendedores – aqueles com menos de três anos e meio de atividade. A força empreendedora feminina é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste elas

ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários. “A cada ano, o perfil do empreendedor brasileiro se torna mais feminino e mais escolarizado”, destaca o Barretto. “As mulheres estão investindo em qualificação, buscam acesso às informações, não permitem amadorismo”, afirma. Prova disso é o índice de escolaridade: 49% dos donos de novos negócios – em que as mulheres são maioria – têm pelo menos o segundo grau completo. Já entre os donos de negócios estabelecidos (com mais de três anos e meio de atividade), – em que os homens são maioria – esse índice é de 41%. A pesquisa GEM aponta ainda que 66% das mulheres iniciam uma empresa após identificar uma oportunidade de mercado. “Elas estão deixando de empreender apenas para complementar a renda da família ou por passatempo”. Boa parte desse resultado pode ser creditado à força do mercado interno brasileiro, fortalecido pela expansão da classe média.

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Lino Fernandes

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira

Edição e reportagem Carlos Ossamu

Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br

des que promovam a melhoria de processos. Por isso, o Sebrae-SP seleciona os expositores e avalia se o perfil da empresa participante é compatível com as demandas dos micro e pequenos empresários", explica Caetano. A feira também terá um espaço de atendimento do Sebrae-SP, onde serão oferecidas consultorias de marketing, financeira e jurídica. O empresário que deseja sair da informalidade também poderá abrir a empresa durante a Feira do Empreendedor. Panorama do setor Segundo conta o diretor su-

perintendente do Sebrae-SP, pesquisas indicam que o empreendedorismo no Brasil vem amadurecendo. “Hoje, a maioria abre o seu negócio porque identificou uma oportunidade e não por necessidade, porque perdeu o emprego. A cada negócio aberto por necessidade, se abrem dois por oportunidade, o que significa que o empreendedor estudou o mercado, planejou e tem um modelo de negócio”, diz Bruno Caetano. Segundo o executivo, diversas entidades que defendem as micro e pequenas empresas, como o Sebrae e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entre outras, estão

mobilizadas para que seja aprovado na Câmara o Projeto de Lei Complementar 237/12, de autoria do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), que modifica o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar 123/06) e que tem, entre outros objetivos, ampliar os incentivos fiscais já concedidos às MPEs por meio do Simples Nacional. (C.O.)

S ERVIÇO

Feira do Empreendedor Local: Expo Center Norte Pavilhão Verde, São Paulo Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme Data: de 22 a 25 de fevereiro Sábado e domingo: 10h às 21h Segunda e terça: 13h às 21h


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Sebrae responde as principais dúvidas

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Conheça quais são as principais questões levantadas pelos empreendedores nos diversos canais da instituição o ano passado, o Sebrae-SP atendeu quase 500 mil empresários e futuros empreendedores do comércio, de serviços, da indústria e do agronegócios, em todo o Estado de São Paulo. A entidade possui diversos canais de atendimento, seja presencial, por telefone ou pela internet. No Site do Sebrae-SP (www.sebrasp.com.br), o empreendedor tem acesso a diversos informações de como abrir ou tocar o seu negócio. Veja algumas das principais dúvidas que surgem nesses atendimentos.

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Quais são os controles básicos de gestão? Para conseguir cumprir as necessidades dos controles empresariais, o empreendedor deve visualizar e analisar os processos de relação da empresa com os seus clientes e fornecedores.

Portanto, os controles empresariais devem contemplar desde o atendimento (cadastro dos clientes), as análises internas (custos, formação dos preços de venda, fluxo de caixa e demonstrativos de resultados), o estoque (controles de entrada, saída e giro), seguindo posteriormente, para a expedição e a entrega do produto e serviço, até o pósvenda. Todas estas atividades precisam ser monitoradas por controles diários, se possível, informatizados e integrados, para oferecerem os recursos necessários à gestão empresarial e às suas decisões estratégicas.

O empreendedor necessita ter o controle sobre todos os aspectos inerentes ao negócio, mas existem alguns que são primordiais para a gestão da empresa, como seguem: - Cadastro de clientes, fornecedores e produtos. - Controle do estoque e as informações inerentes a ele. - Analisar o Demonstrativo de Resultados do Exercício, através da margem de contribuição, do lucro líquido da empresa e também do ponto de equilíbrio. - Analisar diariamente o Fluxo de Caixa, que proporciona as condições adequadas à orientação financeira da empresa, ao longo do tempo. Tenho uma pequena empresa, mas não estou satisfeito com meus fornecedores. Como devo fazer para garantir uma boa contratação? Em qualquer área, o empresário deve lembrar

que, para seus fornecedores, ele é o cliente. Assim como voc ê p re z a p o r m a n t e r s e u s clientes, seu fornecedor precisa garantir um atendimento satisfatório à sua empresa. Busque um fornecedor que preste bom atendimento, ofereça flexibilidade, qualidade, agilidade e capacidade de produção. Um bom fornecedor é aquele que pratica bons preços, garante qualidade e cumpre os prazos de entrega. É comum que o empresário contrate um fornecedor apenas pelo preço. Mas quando não se olha a qualidade dos produtos e o comprometimento da empresa fornecedora, o próprio negócio fica comprometido. Para evitar contratempos, mantenha um fornecedor, mas sempre com uma ou duas empresas fornecedoras alternativas, que possam atendê-lo de última hora. Antes de qualquer contrato, procure, também, conhecer o histórico de seus fornecedores. Peça referências, fale com outras empresas atendidas e peça indicações. Preocupe-se com o preço, mas não abra mão da qualidade e do compromisso. Além disso, busque manter uma relação de parceria com seu fornecedor. Afinal, tanto o seu negócio quanto o dele dependem desta reciprocidade. Avalie-o com frequência e, sempre que possível, ofereça auxílio para que ele possa atendêlo da melhor forma. Se, mesmo assim, a relação com sua empresa se mantiver abalada, pesquise e avalie novos fornecedores. Por mais que você queira manter a parceria, seu negócio é que deve ser priorizado. E quando o fornecedor não consegue cumprir com a qualidade dos produtos e os prazos combinados, o seu cliente é

quem vai perceber as falhas Tenho um pequeno estabelecimento comercial e minhas vendas têm diminuído muito nos últimos meses. O que posso fazer para não fechar meu negócio? Antes de qualquer decisão ou mudança, identifique o real motivo desta queda de vendas. Em geral, elas acontecem por aumento da concorrência ou retração econômica. Vale investigar, também, se a queda do seu faturamento não foi por questões de qualidade dos seus produtos ou de atendimento feito em sua empresa. Se as causas forem devido a motivos externos, como a desaceleração econômica, é preciso pensar estratégias para retomar o faturamento normal. Primeiro, adeque a empresa em relação aos custos, despesas, compras e investimentos pelo tempo que perdurar essa nova realidade. Mesmo quando a população começa a gastar menos, é possível pensar em alternativas, como itens que possam ser agregados e que aumentem as vendas. Em situações mais críticas, onde a queda do faturamento é constante e crescente, avalie os impactos no caixa da empresa. Para isso, faça uso do fluxo de caixa, tanto para visualizar a situação da empresa, como para encontrar possíveis alternativas. Se, através desta avaliação, for identificado que a empresa possui reservas financeiras, meça por quanto tempo elas suportam a redução nas receitas. Porém, se o problema estiver dentro da sua empresa, não meça esforços para resolvê-lo. Treine funcionários, faça pesquisa de qualidade, cultive o relacionamento com a sua clientela. Estude o comportamento das vendas, tanto as realizadas quanto aquelas que foram perdidas. A análise do negócio é fundamental para o sucesso, in-

d e p e nd e n t emente do momento pelo q u a l a e m p re s a passa. A economia e a redução de gastos desnecessários são bemvindas em qualquer negócio. Além disso, esteja sempre atento às possibilidades de atrair mais clientes, seja por contato direto, seja por divulgação de produtos, promoções e ofertas Quais são os principais fatores que levam à falência ou à má administração de uma empresa? A falta de experiência pode levar à má administração. Porém, o que leva uma empresa à falência, na sua essência, é não conseguir atender o seu mercado e não conseguir levar a ele a sua proposta de valor. Isso faz com que a empresa não seja reconhecida, não podendo capturar valor de volta em forma de pagamento pelos produtos e serviços oferecidos. Para fazer a empresa funcionar é preciso uma boa gestão. Para aprender a fazer uma boa gestão, o empresário deve estudar bastante aqueles aspectos onde encontra maior dificuldade. Além disso, para não ter o sabor do insucesso, o empresário deve aprender com quem faz bem aquilo que precisa implementar em sua empresa, muitas vezes pessoas da sua própria convivência, com quem pode obter dicas, macetes e boas práticas em gestão.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Primeira pesquisa do ano da Anamaco mostra estabilidade nas vendas em comparação a janeiro do ano passado e boas expectativas até o fim do ano

Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção) divulgou no início deste mês os resultados do seu estudo mensal sobre as vendas no setor de material de construção. O levantamento indicou que as vendas no mês de janeiro tiveram retração de 7,7% em relação a dezembro. Já na comparação com janeiro de 2013, elas ficaram estáveis. A pesquisa Tracking Mensal foi realizada com 530 revendedores das cinco regiões do Brasil. “Esse era um resultado já esperado, em função do comportamento do setor. Janeiro geralmente é um mês fraco, pois vem logo depois das festas de fim de ano e ainda em uma época em que é preciso pagar novos impostos e matrículas escolares” explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

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Materiais de construção: vendas estáveis

As lojas pequenas e médias foram as que mais sentiram o impacto. Já as grandes tiveram um incremento de 8% nas vendas em relação a dezembro – na comparação com janeiro do ano passado, o desempenho foi 2% superior. A maioria dos segmentos apresentou queda, exceto aço e cimento, que se mantiveram estáveis. A retração foi maior ainda para os setores de tintas e iluminação, que tiveram índice de -41% e -23%, respectivamente. “No caso de tintas, a retração aconteceu em função do grande volume comercializado em dezembro, que é o melhor mês do ano para o segmento. As pessoas sempre procuram reformar a casa para as festas de fim de ano e isso acaba impactando o mês se-

uma reforma, mas gostariam de fazer, e 29% não fizeram e não fariam. Inclusive, apenas 19% deles fizeram alguma ação de reforma antes de entrarem no imóvel. Tipo de reforma

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guinte”, explica Conz. Ainda segundo o estudo, 41% dos lojistas acreditam que conseguirão recuperar parte da queda de vendas já em fevereiro, e 35% se declararam otimistas com relação às ações do governo nos próximos 12 meses. As perspectivas também são positivas no tocante a novos investimentos, pois 53% dos revendedores afirmaram que devem investir em seus estabelecimentos nos próximos 12 meses, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul neste quesito. Para o mês de fevereiro também diminuiu de forma geral a intenção de contratação de funcionários, exceto nas regiões Centro-Oeste e no Nordeste. Apesar da retração de janeiro, a Anamaco continua com perspectivas positivas para o ano. O setor registrou 4,4% de crescimento em 2013, alcançando um faturamento recorde de R$ 57,42 bilhões: “Continuamos esperando um desempenho 6% superior no primeiro semestre do ano e 8% superior no segundo. Se tudo

Pesquisa revela perfil das empresas de factoring o fim do ano passado, o SINFACSP (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo) realizou a pesquisa “O Perfil da Atividade de Fomento Mercantil no Brasil”, que contou com a participação de 91 empresas paulistas de factoring. O objetivo foi fazer um mapeamento do setor. “Esta ampla pesquisa será essencial para que nossa entidade condicione sua atuação criando novas estratégias e desenvolvendo planos que contemplem a maior representatividade do setor e o melhor atendimento aos associados no Estado. A análise da pesquisa mostra que o perfil das empresas de factoring é de pequenas empresas que atendem pequenas empresas”, diz Hamilton de Brito Junior, presidente da entidade. Segundo a pesquisa, entre os setores com maior presença do factoring, a indústria figura em primeiro lugar com 36,32%, seguida do

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Divulgação

Claudio Conz, da Anamaco

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Segmentos

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comércio (28,33%), dos serviços (26,39%) e do agronegócio (8,95%). O levantamento ratifica ainda que, somadas, as micro e pequenas empresas representam 78,45% do setor. Das empresas entrevistadas, 75,23% têm até 50 clientes ativos, com operações regulares. Entre as 91 pesquisadas, 84,61% disseram que realizam até 200 operações mensais e 74,73% dos respondentes afirmaram que movimentam até R$ 2 milhões por mês. O prazo médio da carteira de clientes varia de 31 a 60 dias para 81,32% das empresas do setor. De acordo com o mapeamento, 23,08% das empresas registraram menos de 0,20% de perda sobre o total operado nos últimos dois anos. Apesar da diversificação, maioria continua adquirindo ou realizando ativos e operações tradicionais. O domínio ainda é das duplicatas (46,32%) e dos cheques pré-datados (36,84%).

sair como estamos prevendo, devemos encerrar o ano com mais um recorde histórico de 7,2% de crescimento sobre 2013”, finaliza Conz. Planejando a reforma A Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, realizou uma pesquisa com paulistanos de classes B e C, entre os dias 24 e 28 de janeiro, para entender como eles se programam para as reformas domésticas e por que o início do ano é período

propício para isso. Dos entrevistados, 53% residem em casas e 47% em apartamentos. “Notamos que quase metade dos entrevistados possui moradia própria quitada (43%) e na outra metade, 17% ainda pagam financiamento, 38% pagam aluguel e 2% vivem em residências emprestadas” explica Lígia Mello, sócia da Hibou e coordenadora responsável da pesquisa. Segundo o estudo, o final e início de ano são as épocas escolhidas para realizar uma re-

forma. Dos entrevistados, 29% afirmaram que o 13º salário é o grande incentivador das obras de final de ano. Já 17% fazem por conta das promoções do período e outros 17% por conta das férias. Uma reforma nunca é fácil de ser planejada e mais difícil ainda é ser colocada em prática. Os entrevistados foram questionados se eles ou o responsável pela residência já tinham realizado algum tipo de reforma. Dos respondentes, 39% afirmaram que sim, 32% disseram que nunca houve

Para os que já realizaram alguma reforma, a pintura (69%) e troca de revestimentos, como em pisos e paredes (43%), foram as ações mais efetuadas, seguida de hidráulica e elétrica (34%), 12% renovação de telhado e apenas 5% reformaram para ampliar ou acrescentar novo cômodo ao imóvel. “Foram citados também troca de chuveiro e quadro de luz, porém em percentuais abaixo de 2%” complementa Lígia. Os principais motivos para a execução da reforma são a manutenção e solução de problemas (70%), 17% estética e design, 6% modernização do lar, 5% valorização do imóvel e apenas 2% responderam ampliação. “O paulistano de classe média B e C reforma mais por necessidade do que por estética. Outra informação importante é que 74% dos entrevistados que reformaram permaneceram no imóvel durante toda a obra.”


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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Asas para o seu negócio decolar ntre junho de 2012 e julho de 2013, o investimento-anjo destinado às startups no Brasil somou R$ 619 milhões, um crescimento de 25% sobre os R$ 495 milhões do período anterior. O número de investidores nesta categoria subiu de 6.300 para 6.430, um aumento de pouco mais de 2%. Estes números são de uma pesquisa divulgada pela Anjos do Brasil (www.anjosdobrasil.net) no fim do ano passado. O estudo ainda revelou o perfil dos investidores-anjo que atuam no País: 50% são empresários, 29% são executiv o s , 1 3 % s ã o i n v e s t i d ores/gestores, 6% profissionais liberais e 2% outros. Entre as principais áreas de interesse para investimentos estão: TI, Mobile, Saúde/Biotecnologia, E-commerce, Educação e Entretenimento. A Anjos do Brasil é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2011 pelo empresário Cassio Spina, que também lançou o livro Investidor Anjo (Editora nVersos). A organização foi criada com o objetivo de fomentar o crescimento do investimento-anjo para apoio ao empreendedorismo de inovação, compartilhando conhecimentos, experiências e oportunidades de negócios para investidores e empreendedores e apoiando a formação de redes de relacionamento, ajudando a conectar todos agentes da comunidade empreendedora.

Investidores-anjo ajudam empresas inovadoras a crescerem, com capital e também apoio em forma de conhecimento e redes de contato

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Como funciona O investimento-anjo é o investimento efetuado por pessoas físicas com capital próprio em empresas nascentes com alto potencial de crescimento (startups). Geralmente

Steve Marcus/Reuters

O investidoranjo tem como objetivo aplicar recursos em negócios com alto potencial de retorno, que terão grande impacto positivo para a sociedade.

são empresários, executivos e profissionais liberais experientes, que agregam valor para o empreendedor com seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamentos, além dos recursos financeiros. O investidor tem normalmente uma participação minoritária no negócio e não possui posição executiva na empresa, mas apoia o empreendedor atuando como um mentor ou conselheiro. Spina explica que o investimento -anjo é uma prática bastante difundida nos Estados Unidos e Europa, onde os governos locais oferecem in-

centivos, pois entendem que eles geram riquezas e empregos, além de promoverem a inovação. Nos EUA, por exemplo, é possível deduzir no imposto de renda entre 10% e 100% do total investido, dependendo do Estado; na Inglaterra, os investidores podem deduzir do IR 30% do total investido e ter isenção sobre ganho de capital. “No Brasil não há incentivos e a legislação considera que o investidor é um sócio, qualquer que seja a sua participação, podendo responder judicialmente por passivos ou outros problemas que a empresa possa apresen-

tar ”, afirma Spina. “Porém, há modelos de contratos que permitem que o investidor não seja considerado sócio – não é o ideal, mas é uma solução que temos usado”, revela. Além do dinheiro Importante observar que o investimento-anjo não é uma atividade filantrópica e/ou com fins puramente sociais. O investidor-anjo tem como objetivo aplicar recursos em negócios com alto potencial de retorno, que consequentemente terão um grande impacto positivo para a socieda-

de através da geração de oportunidades de trabalho e de renda. O termo "anjo" é utilizado pelo fato de não ser um investidor exclusivamente financeiro, que fornece apenas o capital necessário para o negócio, mas por apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso. O investimento-anjo em uma empresa é normalmente feito por um grupo de dois a cinco investidores, tanto para diluição de riscos como para o compartilhamento da dedicação, sendo definido um ou dois como investidores-líderes para cada negócio. O investimento total por empresa é em média entre R$ 200 mil a R$ 500 mil, podendo chegar até R$ 1 milhão. A Anjos do Brasil poderá fornecer materiais de referência, bem como apresentar outros investidores-anjos e/ou associações, conforme a necessidade, com os quais o empreendedor poderá trocar experiências e conhecimento. Mas não basta o empreendedor ter uma ideia na cabeça, é preciso ter um modelo de negócio formatado, um amplo estudo do mercado e a empresa ou produto registrados. Os

investidores-anjos normalmente investem em negócios que apresentem inovação. Caso seja um negócio tradicional, por exemplo varejo, a recomendação é que se procure entidades como o Sebrae, incubadoras ou organismos de fomento ou financiamentos. Os investidores-anjos também buscam empresas que a t u e m e m m e rc a d o s c o m grande potencial de crescimento. O valor do investimento também não deve superar R$ 1 milhão, pois exigiria um número grande de investidores. Nesse caso, a opção é buscar empresas de private equity. O investimento-anjo se destina exclusivamente para aporte da empresa (cash-in) e não para a compra de participação (cash-out) de outros investidores e/ou dos sócios, e nem poderá ser utilizado para pagamento de dívidas. Segundo explica Spina, não é apenas o investidor-anjo que deve escolher com critério o empreendimento que irá investir. O empreendedor também deve escolher com cuidado o investidor-anjo, conhecer a sua atuação, o seu portfólio de investimento, se há afinidade e como ele pode agregar valor, seja com contatos ou experiência. (C.O.) Divulgação

Cassio Spina, da Anjos do Brasil


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Quem são os novos empreendedores digitais?

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Pesquisa mostra os perfis de empreendedores e investidores de startups no Brasil ouve uma forte mudança no foco das startups brasileiras nos últimos anos. Em 2011, o foco principal era o Marketing Online, com 17% dos novos empreendimentos voltados para esta área, seguido de produção de Conteúdo, também com 17%, Software (16%), Educação (14%) e Social Media (13%). Já em 2013 os segmentos apontados como os de maior investimento dos empreendedores foram Serviços (33%), Aplicativos (30%) e Ecommerce (29%). Isso é o que indica a segunda edição da pesquisa “O Perfil do Empreendedor Digital no Brasil”, realizada pela e.Bricks Digital, empresa de investimentos do Grupo RBS, e a Consumoteca, boutique de conhecimento especializada no consumidor brasileiro. Foram ouvidos 342 empreendedores digitais, por meio de questionário estruturado online, com apoio dos parceiros Endeavor, Brazil Founders, Anjos do Brasil, Brazil Innovators e Startupi. O primeiro estudo sobre o tema foi realizado pelas duas empresas em outubro de 2011.

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Amadurecimento Para Fabio Bruggioni, CEO da e.Bricks Digital, a comparação entre os dois estudos mostra uma evolução. “Os resultados apontam para uma clara profissionalização do mercado, tendo em vista que os setores de maior crescimento exigem mais dos empreendedores, tanto em capital quanto em esforço de equipe”, afirma. “Negócios disruptivos têm chances maiores de competir com players globais”, completa Bruggioni. O estudo abordou também o ciclo de lançamento das startups. Segundo os entrevistados, o tempo médio para que os negócios e as ideias dos empreendedores entrevistados estejam prontos é de seis meses, um ciclo bem rápido. A pesquisa aponta que apenas 7% dos empreendedores ainda estão na fase de ideias, 8% estão com o projeto no papel, 33% estão em fase inicial de desenvolvimento, 26% estão com seus produtos em fase beta e 26% já estão com o produto finalizado.

Quando questionados sobre a formalidade dos negócios, 78% constituíram empresa formal ou estão no processo de legalização, um número bem próximo aos 77% que estavam nessa situação em 2011. Outro dado é que 43% dos empreendedores trabalham exclusivamente em seus projetos, enquanto que 52% dedicam parte do seu tempo ao negócio; 27% dos entrevistados afirmaram ter uma equipe formada por quatro ou seis pessoas, 15% responderam tocar o negócio sozinhos. Em busca de apoio A falta de recursos é a principal barreira para os empreendedores digitais, de acordo com 45% dos entrevistados. Se pudessem, portanto, contar com um apoio de empresas

especializadas em startups, 33% dos entrevistados pediriam financiamento. Já 28% de empreendedores gostariam de ter mais contato com o mercado, ou seja, maior facilidade para apresentar e comercializar o produto desenvolvido. Aproximadamente 80% dos projetos são financiados pelos sócios do negócio, ou seja, sem a presença de um investidor externo. Entre os que não possuem investimento externo, 27% disseram que apresentaram seu projeto para algum investidor. O status após a apresentação dos projetos a investidores não possui diferença significativa entre os número de 2011 e os de 2013. Em ambas as pesquisas, 42% dos entrevistados disseram estar em negociação e 17% afirmaram que não houve interesse por parte dos investidores, dois pontos percentuais a mais que em 2011. Nove por cento dos empreendedores entrevistados disseram estar trabalhando na lista de exigências – em 2011 eles eram 8%. Dos que não contaram com investimento externo, 46% disseram ter a intenção de apresentar posteriormente – em 2011 este número era de 55%.

Uma parcela pequena dos empreendedores entrevistados possui algum tipo de financiador, como investidor-anjo (12%), empresa de venture capital (5%), empresa privada (4%) ou banco de investimento (1%). A participação de programas do governo e instituições de ensino é baixa, 3% e 1% respectivamente. Perfis de investidores De acordo com os entrevistados, um investidor hoje não é apenas uma fonte de recursos financeiros, mas, principalmente, um parceiro. Para 39% dos entrevistados, o empreendedor precisa ter uma boa rede de contatos para ajudá-los a abrir portas e a crescer. Apenas 2% desejam apenas o dinheiro do investidor. São quatro os perfis de investidor mapeados pela pesquisa: Abridor de portas, Especialista, Estrategista e Financiador. O Abridor de portas é o parceiro que tem uma grande rede de relacionamento e possui o tino comercial que muitos empreendedores buscam. É imprescindível que ele conheça o segmento de atuação do

negócio para que as ações sejam dirigidas sem perda de tempo. O Especialista possui bons conhecimentos econômicos de mercado para auxiliar o empreendedor. Como geralmente o empreendedor é técnico, é importante ter um parceiro que entenda de economia e negócios. Ele deve ajudar o empreendedor a tomar as decisões baseados em reports, números e dados. O Estrategista é responsável por repensar toda a inteligência do negócio e apresentar novos rumos para a empresa. Neste caso o parceiro é visto como um “c on s el h ei ro”, mas é imprescindível que trabalhe no projeto, dedicando tempo ao negócio junto com o empreendedor. Já o Financiador é o investidor tradicional, que financia o novo negócio em troca de participação. É fonte de recursos financeiros, mas não auxilia em outras atividades, como estratégia e networking. É um perfil que os empreendedores não valorizam atualmente. Perfil do empreendedor A pesquisa aponta uma concentração de empreendedores nas regiões Sudeste (43% estão em São Paulo) e Sul (21%). Os empreendedores

são, em sua maioria, homens com idade entre 25 e 40 anos. A pirâmide social dos empreendedores é diferente da população brasileira, privilegiando pessoas com maior poder aquisitivo e alto nível de escolaridade – 42% fizeram algum tipo de pós-graduação. Cursos de graduação relacionados à tecnologia são os mais comuns entre os empreendedores digitais (19%), seguidos por administração de empresas (16%) e comunicação social (13%). A necessidade de gerir seu negócio e colocar sua ideia para frente faz com que os curs o s d e p ó s graduação mais frequentes estejam relacionados com gestão de negócios (23%), marketing (16%) e administração de empresas (11%). Inspiração (histórias de outros empreendedores) e experiência profissional são os fatores que mais influenciam um empreendedor na hora de pensar em ter seu negócio (42%). E sua motivação é trabalhar com o que gosta (73% em 2013 e 79% em 2011), seguido do ret o rn o f i n a n c e i ro ( 5 0 % e m 2013 e 52% em 2011) e da oportunidade de crescimento profissional (44% em 2013 e 54% em 2011). As motivações se mantiveram as mesmas em 2011 e 2013. Dos entrevistados, 45% disseram que a falta de recursos financeiros ainda é o principal problema dos empreendedores digitais no País. Em 2011 este número foi de 44%. A burocracia (39%) e a falta de mão de obra qualificada (35% em 2013 e 30% em 2011) também apresentam elevados percentuais. Observa-se redução significativa na insatisfação com políticas públicas de incentivo (28% em 2013 e 34% em 2011) e na falta de tempo para dedicação ao projeto (18% em 2013 e 34% em 2011). Em 2011, a média de tempo em que os entrevistados se consideravam empreendedores era de 30 meses. Em 2013, esse tempo subiu para 40 meses. Apesar do crescimento, a média não cresceu em 24 meses (tempo entre as duas pesquisas), indicando que ainda existe uma taxa de desistência elevada.


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Alta tecnologia ao alcance dos pequenos

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em sempre a micro e pequena empresa tem recursos para investir em hardwares, softwares e serviços de tecnologia da informação (TI). Uma alternativa é a terceirização através de serviços em nuvem (cloud computing). É justamente isso que propõe o Vo u c l i c a r. c o m ( w w w. vo u c l icar.com), um portal de comércio eletrônico de aplicativos de gestão empresarial e soluções de TI focado em micro, pequenos e médios empreendedores. O objetivo é oferecer a alta tecnologia utilizada por grandes corporações a empresas de menor porte. A distância de apenas um clique, o empreendedor encontra soluções para as suas necessidades, ganhando eficiência e podendo focar apenas em seu negócio. Idealizado pela empresária Cristina Boner em 2009, o portal já está no ar e funciona como um marketplace que une as tecnologias de computação em nuvem e e-commerce para oferecer aplicações específicas de gestão de serviços, hardware, software e infraestrutura de fabricantes mundiais – tudo em um mesmo local, com um ponto único de atendimento, venda e suporte ao cliente. “Essas companhias em estágio inicial são pilares fundamentais da economia brasileira e estão em franco crescimento. O próximo grande desafio delas é o uso da tecnologia para melhorar a própria gestão e, assim, conseguir dar o passo decisivo para a ampliação dos seus negócios”, comenta Cristina Boner, presidente do Conselho de Administração da Globalweb Corp, grupo controlador do Vouclicar.com. “A ideia do Vouclicar.com é atuar como um Cloud Service Broker, unindo as demandas dos empresários às ofertas dos desenvolvedores de tecnologia”, explica Gleydson Barbosa, COO da nova empresa. O resultado é um ecossistema que fomenta o surgimento de novos desenvolvedores (os chamados CSVs - Cloud Software Vendors), facilitando a entrada deles no mercado ao proporcionar uma infraestrutura tecnológica e comercial que eles geralmente não têm. O empresário encontrará no Vouclicar.com aplicativos de gestão criados para as necessidades de seu setor, como Automotivo, Saúde, Finanças, Indústria, Logística & Transporte, Jurídico, Marketing, Serviços e ONGs, entre outros. O acesso e a utilização dos serviços são feitos diretamente no portal, a partir de qualquer com-

Máquina velha, custos maiores

putador ou dispositivo móvel com conexão à internet. “O Vouclicar.com vai prezar pela liberdade de escolha do cliente. Como uma espécie de ‘supermercado online de TI’, nosso marketplace oferece as melhores soluções de fabricantes mundiais e de desenvolvedores independentes para auxiliar o empreendedor em suas ações diárias de gestão”, afirma Barbosa. Além das soluções específicas para determinados segmentos econômicos, o portal oferece, ainda, ferramentas comuns a diferentes mercados, como armazenamento e backup, e-mail e colaboração, segurança da informação, entre outras. Revolucionário, o produto é o primeiro no cenário mundial que se propõe a unir todas as principais tendências tecnológicas e do mercado global de TI – computação em nuvem, ecommerce, pay-per-use, billing, gestão de relacionamento com o cliente, seleção de CSVs, fabricantes e autoprovisionamento - em um modelo de negócios inovador. “Desta forma, os empresários terão no Vouclicar.com a sua equipe de TI de aluguel, concentrando em um só lugar todo o atendimento, sem a necessidade de buscar auxílio junto aos diversos fabricantes”, diz Barbosa.

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O portal Vouclicar.com oferece aplicações específicas de gestão de serviços, hardware, software e infraestrutura através da internet

Investimentos O Vouclicar.com foi viabilizado e desenvolvido pela Globalweb Corp, um dos maiores conglomerados brasileiros de Tecnologia da Informação, ao longo de três anos. Foram investidos R$ 10 milhões desde o início do seu desenvolvimento e estão previstos mais R$ 12 milhões ao ano, destinados a parcerias com desenvolvedores, marketing, infraestrutura, equipe e back-office. A proposta do portal vai ao encontro das estratégias dos grandes fabricantes para atingir a micro e pequenas empresas, o que explica a grande adesão ao projeto de importantes parceiros como Amazon, Microsoft, IBM, Trend Micro, Oracle, CA e Symantec. “Grandes players e mesmo os pequenos desenvolvedores não têm acesso ao segmento de micro e pequenas empresas, que é muito pulverizado. Por isso, entendemos que, para alcançá-lo, seria preciso criar um novo modelo de negócio, democrático e inovador, com pouca customização dos produtos e uma comercialização online que garanta maior capilaridade e autoprovisionamento”, explica Cristina Boner.

ma pesquisa realizada pela Techaisle a pedido da Intel revelou dados preocupantes em relação às pequenas empresas: em média, os funcionários perdem uma semana – ou 42 horas de trabalho – por ano em função de problemas com PCs antigos. Em contrapartida, 27% das 736 empresas entrevistadas afirmaram que a prioridade delas é reduzir o custo de TI. O estudo realizado com representantes do Brasil, China, Alemanha, Índia, Rússia e Estados Unidos, mostrou que todas elas estão prolongando a vida de seus PCs muito além da data de atualização recomendada. Em 36% delas, os PCs têm mais de quatro anos de uso e por isso exigem mais manutenção, afetando a produtividade dos funcionários e elevando os custos. Ainda segundo o estudo, investimentos em novas máquinas, em alguns casos, sairiam mais barato. “A atualização para um PC novo é uma das escolhas mais inteligentes que uma empresa pode fazer ”, explica Carlos

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Luzzi, diretor do segmento corporativo da Intel Brasil. “Os PCs são considerados a base de muitas empresas e este estudo deixa clara a necessidade de atualizálos regularmente”. No que tange aos gastos com os PCs mais antigos, os serviços de reparo e manutenção são 1,5 vezes mais frequentes, o que gera, em valor, custos de, em média, US$ 427 por PC com mais de quatro anos de uso. Isto equivale a 1,3 vezes o valor do mesmo serviço para PCs novo ou seminovo. Por exemplo, entre as empresas com 5099 empregados, o custo médio de reparo de PCs antigos é de US$ 521 por ano, ou 1,4 vezes o custo de reparo de um PC com menos de quatro anos de uso. Outro risco tem relação com segurança e custos que aumentarão no próximo ano. Das empresas participantes da pesquisa, 47% delas não estavam informadas de que a Microsoft encerrou o serviço de suporte para o Windows XP, aumentando a carga de manutenção. Além disso, sem as atualizações automáticas que ajudam a proteger os PCs, valiosos dados de negócios ficam mais vulneráveis aos vírus e riscos de segurança. Os pequenos empresários acreditam que com PCs mais novos o desempenho de aplicativos rodando simultaneamente sem nenhuma degradação do sistema seria 60% maior em comparação com os PCs antigos. O avanço é significativo na medida em que as pequenas empresas estão usando tipos de aplicativos cada vez mais diversificados, incluindo aplicativos de produtividade empresarial, e-mail e internet, bate-papo e vídeo, aplicativos de linhas de negócios, finanças e contabilidade, interações nas redes sociais, além de música e jogos.


Agora ficou fácil aceitar cartões Com um leitor acoplado ao celular ou tablet, comerciantes e vendedores autônomos passam a aceitar pagamentos com cartões de crédito e débito

o ano passado, as vendas com cartões de crédito e débito somaram quase R$ 850 bilhões, segundo levantamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Cada vez mais o dinheiro de plástico vem ganhando espaço – hoje, mais de 20 milhões de pessoas são usuárias de cartões, contra 16 milhões em 2008. Pequenos comerciantes e vendedores autônomos também começam a aceitar cartões na hora do pagamento e muitas empresas estão de olho neste público. É o caso da iZettle, que desembarcou no mercado brasileiro no fim de agosto do ano passado, graças a uma parceria com o banco Santander. Trata-se de uma empresa sue-

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Com o pé no acelerador

ca especializada em pagamentos móveis, cuja tecnologia permite a qualquer pessoa aceitar transações com cartões de crédito e débito com seus smartphones e tablets. Além da Suécia, a empresa está presente na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Reino Unido, Alemanha, Espanha e México. O processo é muito simples, basta criar uma conta de usuário e comprar o leitor de cart õ e s p e l o s i t e w w w. i z e ttle.com.br e baixar o aplicativo – disponível no Brasil para download gratuito na Apple App Store e na Google Play – diretamente no smartphone ou tablet. O leitor de cartões custa R$ 99. Os clientes da iZettle que optarem por ter o valor de suas vendas depositado em uma conta corrente do banco Santander receberão de volta

atual momento do mercado audiovisual brasileiro, a iniciativa do portal Zoomyard foi idealizada pelo mestre em administração internacional e com conhecimentos na área comercial e de operações em startups, José Figueiredo, e pelo Zoomyard (www.zoomyard.com), desenvolvedor de empreendimentos digitais, plataforma social formado em ciência da que conecta fotógrafos e computação, Thiago cinegrafistas profissionais Ghilardi. Juntos eles deram com clientes, acaba de significado ao principal receber o investimento de objetivo da startup, focada R$ 50 mil da WOW, na ampliação do horizonte aceleradora com foco em de oportunidades de iniciativas empreendedoras e inovadoras que oferece, além de recursos financeiros para viabilizar o crescimento de startups, uma ampla experiência e networking de um grupo de 57 investidores. Com a colaboração de recursos tecnológicos avançados aliados a resultados obtidos em pesquisas qualitativas e quantitativas que retratam o

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Fotos: divulgação

Acima, solução da iZettle para pagamentos por celular ou tablet, que aceita cartões de débito e crédito; ao lado, solução do PagSeguro para cartões de crédito.

clica em “cobrar ”. O comprador insere o cartão no leitor, que valida o chip, e assina na própria tela do celular ou tablet. Por fim, é possível enviar o comprovante de pagamento por e-mail. A solução da iZettle também traz ferramentas para o gerenciamento. O sistema permite rastrear e analisar vendas, com gráficos, que exibem receitas, produtos mais vendidos, volume médio de pagamentos, etc. Opção de peso

50% do valor pago pelo leitor após realizarem a primeira transação. A solução aceita cartões das bandeiras MasterCard e Visa. Um dos diferenciais da solução da iZettle é que não há custos fixos, como mensalidade, aluguel ou taxa de utilização mínima. Apenas será co-

trabalho do segmento audiovisual no Brasil. Segundo levantamento do Zoomyard no Brasil, 75% dos profissionais que atuam no mercado afirmam que seus clientes chegam até eles através de recomendações de outros clientes, 65% mencionam o Facebook e 45% seus websites pessoais, mas apenas 10% mencionam “outros websites” como fonte de trabalhos. A partir desta estimativa, os fundadores do projeto começaram a construir uma plataforma com o objetivo

brada uma taxa de 5,75% sobre o valor de cada transação. Outro destaque é que o valor das vendas com cartão de crédito será depositado em até 5 dias, em vez de 30 dias como nas soluções tradicionais. A experiência de pagamento é simples e segura. O cliente digita os dados da compra e

de oferecer uma nova fonte de trabalhos para os fotógrafos e cinegrafistas do Brasil. A empresa estruturou um modelo de negócios baseado na cobrança de uma comissão de 20% por cada serviço contratado através da plataforma. Desta forma, o Zoomyard custeia suas atividades de networking e proporciona o fomento de oportunidade de trabalho para os diversos profissionais do ramo. A startup inova no mercado de serviços audiovisuais, a partir da criação de um canal de

O PagSeguro do UOL ( h t t p : / / p a g s e g uro.uol.com.br), um gigante no segmento de meios de paga-

mentos para comércio eletrônico, também entrou neste mercado e desde abril de 2013 oferece uma solução de venda pelo smartphone e tablet, mas apenas para cartões de crédito. As transações são realizadas através de um leitor de cartões acoplado à saída para fone de ouvido dos aparelhos. O vendedor se cadastra no site para adquirir o leitor (em até 12x de R$ 9,90), baixa gratuitamente o aplicativo PagSeguro na loja da Apple ou do Google Play. Para efetuar a venda, basta acoplar o leitor de cartões no celular ou tablet, digitar o valor da compra, passar o cartão do cliente e a transação é realizada. A modalidade de venda pelo celular do PagSeguro permite que profissionais como taxistas, consultoras de beleza, personal trainers e dentistas, entre outros, tenham a oportunidade de aumentar seu faturamento aceitando cartões de crédito em qualquer lugar, a qualquer hora, usando apenas o celular ou tablet. E ainda têm a grande vantagem de receber o valor total da venda em uma única parcela. Quem adquire o serviço pode parcelar o pagamento com cartão de crédito por serviços que usualmente são pagos com dinheiro ou cheque. Para receber o valor da venda em 14 dias, a taxa cobrada é de 3,99%; em 30 dias a taxa cai para 3,59%; e em 45 dias, 3,09%. Para pagamentos parcelados há um acréscimo de 1,99% ao mês.

Captura de tela

Zoomyard: site oferece serviços de fotógrafos e cinegrafistas. comunicação direto entre consumidor target e profissionais da área de foto e vídeo. “Queremos oferecer uma nova fonte de trabalho para os fotógrafos e cinegrafistas do Brasil. Hoje em dia, esses profissionais têm dificuldade para encontrar clientes e trabalhos bem remunerados. Da mesma forma, clientes não possuem subsídios para localizar, de forma rápida e eficiente, um profissional qualificado para suas necessidades. O portal tem como objetivo estreitar esta lacuna entre clientes e

profissionais, e para isso não poupamos expertise tecnológica para suprir esta demanda do mercado”, afirma Figueiredo. André Ghignatti, diretorexecutivo da WOW, declara que o Zoomyard tem um potencial de atuação que vai além do esperado no mercado. “Este portal é uma ferramenta inovadora, o qual é utilizado para encontrar profissionais especializados, pois estes serviços são indispensáveis em eventos corporativos, ocasiões sociais e de entretenimento”, diz.


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Quando conselhos valem ouro A missão da Endeavor é identificar e apoiar pequenos negócios que amanhã serão as grandes empresas

Carlos Ossamu SXC

Perfis dos empreendedores

Caminho do crescimento

o ano passado, a Endeavor Brasil, juntamente com o Ibope, divulgou a pesquisa Empreendedores Brasileiros – Perfis e Percepções 2013. Entre aqueles que pretendem ser empreendedores, mas ainda não são, foram identificados três grandes perfis: Desbravador, Empolgado e Provedor. O Desbravador quer empreender para ganhar mais dinheiro, mas não possui experiência e renda; demanda conteúdo básico e prático sobre diversos temas, como finanças pessoais. O Empolgado quer empreender para ter mais independência pessoal, sendo mais jovem do que a média. Possui interesse em educação a distância e conteúdo inspiracional. Já o Provedor é composto principalmente por mulheres e pessoas mais velhas, com baixa escolaridade e renda pessoal. Neste caso, são necessários engajamentos através de eventos locais ou na comunidade e conteúdos mais simples. O estudo determinou ainda quatro tipos de empreendedores formais: Apaixonado, Antenado, Independente e Arrrojado. O empreendedor Apaixonado é mulher em sua maioria, com idade entre 25 e 35 anos. Enfrenta dificuldades burocráticas e falta de investimento e poderia se beneficiar de cursos sobre acesso a capital, inovação e networking. O Antenado geralmente é jovem e com maior renda familiar, enfrenta obstáculos de conhecimento e investimento. Este perfil necessita de mentoring e coaching, O Independente é um empreendedor mais maduro e estável, não acessa muito a Internet, portanto precisa de conteúdo por meio de revistas e ou jornais. Para resolver problemas financeiros, requer educação sobre linhas de financiamento. Já o Arrojado é composto em sua maioria por homens com maiores rendas pessoal e familiar. Para crescer, precisaria de ajuda sofisticada e mentoring/networking. Completando a lista há outros dois na categoria de empreendedores informais: o Pragmático e o Lutador. O Pragmático tem escolaridade mediana, se comparada a empreendedores informais em geral. O Lutador é o empreendedor com mais idade e menor escolaridade, que abriu o negócio por necessidade.

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ara um empreendedor com vontade ferrenha de crescer, quanto vale uma hora de conversa e muitos conselhos sobre negócios de empresários como Emílio Odebrecht (presidente do conselho do Grupo Odebrecht), Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann (acionistas da AB InBev, maior cervejaria do mundo) ou Laércio Consentino (CEO e fundador da TOTVS)? Não tem preço e nem isso está à venda, mas está disponível para empreendedores apoiados pela E n d e a v o r ( w w w. e n d e avor.org.br), uma organização internacional de fomento ao empreendedorismo de alto impacto, presente em 18 países, inclusive no Brasil. Segundo explica Fernanda Antunes, diretora de Relações Institucionais da Endeavor Brasil, os empreendedores de alto impacto são aqueles que revolucionam o mercado e o meio em que atuam pela inovação, geram renda e oportunidades de trabalho, proporcionam mobilidade social e inspiram as próximas gerações de empreendedores. “De 2009 a 2011, apenas 1,5% das empresas no Brasil geraram quase 50% dos novos empregos, algo próximo a 3 milhões de postos de trabalho. Estas são as empresas de alto impacto a que nos re feri mos ”, diz a executiva. “Trabalhamos para que o ambiente seja favorável ao surgimento de empreendedores inovadores, ambiciosos e com empresas saudáveis”. Para a Endeavor, as empresas que crescem rapidamente são aquelas que mais contribuem para a geração de empregos e distribuição de renda. A missão da organização é selecionar as próximas gerações de empreendedores que mudarão o País e aumentarão a qualidade do ecossistema empreendedor brasileiro. As empresas selecionadas recebem educação empreendedora, aconselhamentos por parte de executivos de renome, networking e outros tipos de apoio. A seleção dos empreendedores de alto impacto é muito criteriosa, sendo feita por meio de um processo bastante estruturado, similar ao usado como referência no mercado por alguns dos maiores investidores do mundo. Esses

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Pesquisa realizada pela Endeavor, juntamente com o Ibope, mostra os perfis de empresários e quais as suas dificuldades e necessidades.

empreendedores e seus respectivos negócios são indicados pela rede de empreendedores da Endeavor, pela mídia e em eventos. Todo o processo de prospecção é proativo, ou seja, não há autoindicação ou formulário de inscrição para candidatos. O processo completo de uma empresa avaliada chega a durar cerca de um ano e consiste, inicialmente, em uma análise profunda da empresa e dos empreendedores, guiada pelos mentores da Endeavor. Na etapa seguinte, os empreendedores apresentam seus negócios para o conselho da Endeavor no Brasil e posteriormente eles são submetidos a uma etapa internacional e são avaliados por mentores de diferentes lugares do mundo. Em 2012, por exemplo, foram analisadas mais de 3 mil empresas, e apenas 14 foram selecionadas; no ano passado foram avaliadas 1 mil empresas e selecionadas 12. “Hoje, apoiamos 57 empresas e 100 empreendedores no Brasil”, diz Fernanda. Perfil Segundo a executiva, não se trata de um programa de apoio para empresas iniciantes, pois é preciso ter um tempo no mercado para mostrar a viabilidade do modelo de negócio. Essas empresas deverão atuar em um mercado com grande potencial de crescimento, estar bem estruturadas com um modelo de negócio rentável, replicável e escalável, que permita o rápido crescimento. Do lado dos empreendedores, eles deverão ter ambição e capacidade de enxergar longe, ter paixão pelo o que fazem, capacidade de execução e serem éticos na gestão. “Não é uma consultoria, pois os mentores não irão ‘colocar a mão na massa’, mas sim dar aconselhamentos, tirar dúvidas e orientar os empreendedores – eles podem, inclusive, aconselhar a contratação de uma consultoria para resolver um problema interno”, explica Fernanda. Uma vez selecionados, os empreendedores são acompanhados por uma equipe da Endeavor. Eles passam a ter acesso a uma rede de voluntários de mais de mil líderes globais e locais de negócios, que atuam como mentores, orientadores, conectores e investidores, ajudando os empreen-

Fernanda: os empreendedores de alto impacto revolucionam o mercado e o meio em que atuam pela inovação e inspiram as próximas gerações de empreendedores.

dedores a superar desafios e acelerar o desenvolvimento de suas empresas. Cada empreendedor Endeavor tem como ponto de contato um gestor de conta, responsável por identificar junto ao empreendedor os gargalos da empresa, formatar propostas de projetos e articular a rede da organização de forma a auxiliar em cada desafio encontrado. “O empreendedor é responsável pela sua empresa, cabe a ele decidir se segue ou não as orientações dos mentores”, observa Fernanda. “Por outro lado, as empres a s e o s e mp r e e n d e d ores são constantemente avaliados e caso se constate que não e s t ã o a p r oveitando o apoio dado, eles podem deixar a nossa rede. Outra situação de exclusão é a c o n s t at a ç ã o de falta de ética na gestão”, explica. Em relação às dificuldades de se empreender no Brasil, a diretora da Endeavor Brasil lembra que o País ficou na 116ª posição no relatório Doing Business do Banco Mundial, que mede a facilidade para se fazer negócio em 189 países – perdemos feio do Chile, que ficou em 34º lugar. “A burocracia e a alta carga tributária são grandes empecilhos para o empreendedorismo, assim como a dificuldade no acesso ao financiamento ”, observa.

A Dermage faz parte da rede Endeavor desde 2008. Hoje a empresa é multicanal, presente em todo o País, com 35 lojas e 80 revendas multimarcas.

carioca Dermage deu um salto empresarial ao deixar de ser apenas uma farmácia de manipulação e passar a produzir linha própria de dermocosméticos. Hoje, a empresa conta com um portfólio de mais de 100 produtos, vendidos em 35 lojas, 80 pontos de revenda e redes de drogarias, apresentando forte crescimento. A Dermage é fruto da perseverança e visão de negócios da farmacêutica Lisabeth Braun, que, para começar o negócio, teve de vender seu carro. Em 1978, ela fundou a primeira farmácia de manipulação focada em dermatologia no Rio de Janeiro, em Copacabana e, em 1990, Lisabeth fundou um novo empreendimento ao lado do marido, o engenheiro civil e administrador Walter Braun, a Dermage. A empresa cresceu unindo os dois mundos: cada unidade era, ao mesmo tempo, uma farmácia de manipulação e uma loja de dermocosméticos. Graças ao relacionamento que Lisa desenvolveu com dermatologistas, alergistas e cirurgiões plásticos ao longo de doze anos, a linha Dermage logo foi ganhando a preferência deles, que, em vez de receitarem as fórmulas, passaram a recomendar os produtos prontos aos pacientes. Apoiada pela Endeavor desde 2008, hoje a empresa é multicanal, presente em todo o território nacional, com 35 lojas entre próprias e franquias, e 80 pontos de revenda multimarcas e nas principais redes de drogaria do Rio de Janeiro e São Paulo. “A Endeavor participa ativamente da gestão da Dermage, nos Divulgação ajudando a construir e validar toda a estratégia da empresa. Busca as melhores práticas e nos orienta na implantação daquelas que julgam adequadas ao nosso negócio. Além disso, a Endeavor nos proporciona sessões de mentoring com especialistas das mais diversas áreas, o que nos permite ter acesso ao que há de mais novo em termos de processos e práticas. Busca oportunidades de negócios e fomenta de uma forma geral o crescimento da empresa.”, diz Ilana Braun, CEO da Dermage e filha dos fundadores da empresa, Lisabeth e Walter Braun.


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