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diariodocomercio.com.br

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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.784 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2019

Pedido de proibição para barragens de risco ficou parado no TJMG dois anos Somente na última segunda-feira que a decisão foi tomada pela Justiça mineira Após o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), na última sexta-feira (25), a Justiça de Minas Gerais proibiu o Estado de conceder ou renovar licenças ambientais para novas barragens de rejeitos que utilizam o método de alteamento a montante. A determinação ocorre mais de dois anos após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizar o pedido. Procurado pela reportagem, o MPMG disse que não comentaria a decisão e que o atraso na resolução do caso deveria ser questionado ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Este, por sua vez, informou, por meio da assessoria de imprensa, que a juíza auxiliar Renata Bomfim Pacheco está na vara desde julho de 2018 e, por este motivo, não teria condições de justificar a não deferência da decisão quando do pedido do MP. Pág. 5

ISAC NÓBREGA/REUTERS

A opção de alteamento a montante é a mais antiga, simples e econômica, mas insegura e “fere princípios basilares que regem o direito ambiental”

Economia será impactada com o desastre da Vale O plano da Vale de descomissionar as barragens de rejeitos construídas pelo método de alteamento a montante e a consequente paralisação das operações nas minas em áreas de influências dessas barragens, todas em Minas Gerais, trarão um impacto imenso na economia do Estado e de

municípios mineradores, seja nas exportações, na arrecadação dos royalties da mineração ou no recolhimento de outros impostos. O plano, que deve durar três anos, reduzirá em 30% a arrecadação de tributos estaduais do setor de mineração, uma queda de cerca de R$ 220 milhões ao ano. Pág. 4 ADRIANO MACHADO/REUTERS

Bruno Falci assumirá a presidência da Jucemg

Desembolsos do BNDES para Minas caíram 13% em 2018

O empresário Bruno Falci, ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), assumirá a presidência da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Ele foi empossado na terça-feira (29) como membro do Conselho de Vogais da entidade, condição para assumir o cargo de presidente. A

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Estado chegaram a R$ 6,136 bilhões em 2018 e caíram 13,2% em relação ao valor desembolsado pelo banco para empresas mineiras em 2017 (R$ 7,073 bilhões). A queda nos financiamentos foi registrada em todos os setores da economia mineira, mas foi mais forte na indústria. Pág. 7

posse no novo posto deve acontecer nos próximos dias, segundo foi confirmado pela Secretaria de Estado de Fazenda. Falci informou que, entre suas prioridades à frente da instituição, está a busca de novos caminhos de inovação e tecnologia para garantir que a Jucemg preste um serviço cada vez mais ágil. Pág. 6 ALISSON J. SILVA

Clínicas “acessíveis” vivem um momento de consolidação

A redução anual da Cfem será de cerca de R$ 79 milhões

Existentes no Brasil há mais de três décadas, as clínicas de saúde populares tomaram impulso nos últimos cinco anos, principalmente pela crise econômica que retirou boa parte do poder de compra dos consumidores. O desafio agora é tirar o peso pejorativo da palavra “popular”, para dar a ela o real significado: acessível à população. Pág. 11

EDITORIAL

OPINIÃO

Tomado ao pé da letra, America First, um dos slogans que ajudou a eleger Donald Trump nos Estados Unidos faz sentido, do ponto de vista dos eleitores estadunidenses, claro. Contém também uma espécie de advertência, pela qual os cidadãos de todo o mundo deveriam agradecer ao atual inquilino da Casa Branca. Primeiro, no sentido da advertência implícita, porque também representa um convite para que cada um no seu país pense e aja da mesma forma, colocando seus próprios interesses em primeiro lugar. Há quem diga também que o novo presidente do Brasil, que em mais de uma oportunidade apontou seu alinhamento com o agora colega norte-americano, pretende seguir essas pegadas. Como ele disse, faz pouco, em pronunciamento em que definia as linhas que pretende imprimir ao comércio exterior brasileiro. “O Brasil em primeiro lugar”, pág. 2 Dólar - dia 30

Euro - dia 30

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,7225 Venda: R$ 3,7238

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Venda: R$ 4,2445

Poupança (dia 31): ............ 0,3715%

Ouro - dia 30

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 0,15%

Compra: R$ 3,5700 Venda: R$ 3,8700

Nova York (onça-troy): US$ 1.319,29

IPCA-Ipead (Dezembro): ... 0,30%

R$ 157,58

IGP-M (Dezembro):................ -1,16%

Compra: R$ 3,7145 Venda: R$ 3,7151

BM&F (g):

A tragédia ocorrida em Brumadinho, com o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, já é uma dos maiores, senão o maior, acidente de trabalho registrado no Brasil. Evidentemente, causa indignação e perplexidade ao cidadão pelo grande número de vítimas fatais, desaparecidos e toda a destruição que provocou na região. Além disso, o desastre ocorreu pouco mais de três anos de outro rompimento de barragem de Fundão, em Mariana, também em Minas. Não são poucos os empregados do primeiro acidente ocorrido em Mariana que ainda não receberam suas indenizações, o que comprova de forma transparente a ausência de temor reverencial de alguns empregadores pelas decisões judiciais. (Ricardo Pereira de Freitas Guimarães), pág. 3 BOVESPA

TR (dia 31): ............................. 0,0000%

Turismo Ptax (BC)

No Estado há seis unidades da Jucemg com sede própria

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