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JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.407 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2017 FIAT/DIVULGAÇÃO
EDITORIAL Existe em Brasília e ainda mais fortemente nos centros financeiros do País enorme preocupação com as prováveis consequências de uma possível delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, já condenado num primeiro processo. Relatos que vêm de Curitiba dão conta de que movimentos consistentes nessa direção estão próximos de um desfecho e as preocupações não dizem respeito apenas aos nomes que venham a ser implicados. Na realidade, a grande questão é tentar avaliar e se possível antecipar as consequências do que vier a ser apurado e o impacto no sistema financeiro do País. Tendo em conta o que ocorreu com algumas empreiteiras e, mais recentemente, com o grupo JBS, conhecedores da sensibilidade do sistema financeiro ponderam que seria necessário criar mecanismos que protejam os bancos, como instituições, dos executivos e dirigentes que venham a ser acusados. “Os caminhos do dinheiro”, pág. 2
OPINIÃO O setor automotivo, que estava amargando quedas consecutivas na produção, foi um dos destaques da recuperação
Faturamento da indústria voltou a subir em maio Recuperação faz Fiemg revisar estimativa da receita e produção Após cair por dois meses seguidos, o faturamento da indústria mineira cresceu 5,7% em maio ante abril, em dados dessazonalizados. Em relação ao mesmo mês do ano passado também houve aumento, de 3%. Os dados são da pesquisa Indicadores
Industriais (Index), divulgada ontem pela Fiemg. O resultado foi puxado por dois setores: veículos, com alta de 34,3%; e alimentos, com elevação de 24,9% em maio sobre abril. Com base nos resultados do ano até maio, a Fiemg revisou as projeções para
o ano. Para a receita do parque, a entidade, que previa uma alta de 0,2% em 2017 sobre 2016, revisou o número para um aumento de 0,9%. Em relação à produção, cuja previsão era de crescimento de 0,8%, a expectativa, agora, é de alta de 1,2%. Pág. 3
Apesar da profunda crise política que traz um alto grau de incerteza a estas projeções, é possível afirmar que o setor do agronegócio será o salvador da pátria, mais uma vez, por representar metade da expansão do PIB neste ano. Quando dizemos “mais uma vez”, não agimos com prepotência ou arrogância, mas, sim, porque dados do último ano mostram que o setor de agropecuária – englobando insumos, indústria e serviços dentro da cadeia, teve seu PIB 4,48% maior do que 2015. Em escala mundial, a produção ainda precisa crescer para dar conta da demanda. Esse mercado em expansão é uma oportunidade de bons negócios, mas é, principalmente, um grande desafio – produzir mais sem destruir o planeta no caminho, trazendo mais inovação e sustentabilidade para o segmento. (Mario Von Zuben), pág. 2
PIB do Estado registra queda no 1º trimestre Proibição da ANA pode DIVULGAÇÃO
A economia mineira iniciou 2017 com ligeira queda na geração de riquezas. No primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual encolheu 0,1% frente a igual período de 2016. Apesar do recuo, pesquisadores da Fundação João Pinheiro (FJP), entidade responsável pelo cálculo do indicador, afirmam que, aos poucos, a produtividade vem melhorando, apontando que não só a economia de Minas Gerais, como também a nacional, começa a sair do fundo do poço. Pág. 5
impactar o agronegócio
A proibição da captação de água na bacia do rio São Francisco para a irrigação, durante as quartas-feiras, imposta pela ANA deve impactar de forma negativa a produção agrícola de Minas
Gerais. O analista ambiental da Faemg, Guilherme Oliveira, explica que a decisão abrange rios importantes para a produção agrícola de Minas, como rio Preto, rio Urucuia e o rio Carinhanha. Pág. 14 DIVULGAÇÃO
O setor de serviços foi o que apresentou a maior contribuição, de R$ 84,14 bilhões
Delimassa aposta em pães congelados DIVULGAÇÃO
Depois de ganhar o mercado mineiro com o tradicional pão de queijo, a indústria de alimentos Delimassa investe, também, em pães congelados. O valor total do investimento na nova linha, que vai incluir 40 variedades de pães salgados e doces, é de R$ 1 milhão. A diversificação do portfólio também ajudará a empresa a cumprir sua meta de crescimento de 30% em 2017 em relação a 2016, além de aumentar em 15% o número de pontos de venda até dezembro deste ano. Pág. 11
Cofecon: momento é de estagnação econômica
Somente com o pão de queijo a empresa já atendia cerca de 1.400 estabelecimentos Dólar - dia 5
Euro - dia 5
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,2921 Venda: R$ 3,2926
3,7621
Venda: R$ 3,7631
Ouro - dia 5
Compra: R$ 3,2400 Venda: R$ 3,4370
Nova York (onça-troy):
Ptax (BC)
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 6): ............................. 0,0799%
Turismo Compra: R$ 3,3187 Venda: R$ 3,3193
Para o País alcançar o crescimento econômico são necessárias, principalmente, três medidas: investimento público, inclusive para incentivar ações do setor privado; intervenção do Estado no
Poupança (dia 6): ............ 0,5803%
+0,36
+1,06 +0,60
IPCA-IBGE (Maio): ............ 0,31% US$1.221,70
IPCA-Ipead (Maio): ........... 0,46%
R$ 128,00
IGP-M (Maio): ........................... -0,93%
-0,08 -0,12 29/06
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câmbio, de forma a tornar o real uma moeda competitiva; e redução acentuada dos juros. Essa é a posição defendida pelo presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya. Pág. 6