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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.448 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

Infraero ainda defende voos de grande porte na Pampulha Estatal retomou negociações com o Ministério dos Transportes DIVULGAÇÃO

A Infraero está determinada a conseguir a retomada das operações com jatos de grande porte no Aeroporto da Pampulha. O assunto, que parecia encerrado após o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil vetar os voos no terminal da capital mineira por meio de uma portaria editada em maio, está novamente entre as prioridades da Infraero. Em evento realizado na última sexta-feira, na sede da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), o presidente da empresa pública, Antônio Claret de Oliveira, voltou a defender os voos na região e negou que a medida prejudicará os negócios do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, destacando a importância da concorrência para a Um dos caminhos encontrados pela Infraero para retomar a operação é o Projeto Integra Minas população. Pág. 3 MARCOS ISSA / DIVULGAÇÃO

OPINIÃO Não só a reforma trabalhista é imprescindível, mas também outras sugestões de reformas, que estão em tramitação no Poder Legislativo, e aquelas que ainda poderão surgir, são importantes instrumentos para um crescimento sustentável para a economia brasileira. Não há como manter a competitividade das empresas brasileiras em um mercado globalizado, assim como um crescimento na geração de empregos sem uma reforma nas regras laborais. O regramento atual, por vezes, inibe a contratação de novos empregados em função de existirem muitas “travas” na relação empregatícia. A aprovação da reforma é de grande valia para a retomada da economia brasileira em médio e longo prazos. (Alberto Procópio), pág. 2

EDITORIAL As dúvidas com relação ao destino das quatro usinas hidrelétricas da Cemig, cujas concessões o governo federal pretende leiloar, persistem. O governo dá sinais explícitos de que tem pressa, buscando fazer caixa a qualquer custo e, nesse caminho, sabe perfeitamente bem que as usinas podem representar uma oferta tentadora, ainda que à custa de interesses que certamente não são os de Minas Gerais, assunto que até agora não parece ter entrado nas suas contas. Dessa realidade nos dá conta o anúncio de que o BNDES teria descartado a possibilidade de financiar parte da operação de renovação, pela própria Cemig, das concessões. Foram alegados supostos “entraves jurídicos”, mas está cada vez mais evidente que os entraves são na verdade de natureza política. “Jogo de alto risco”, pág. 2

Consumo das famílias impulsiona o Produto Interno Bruto brasileiro O Brasil cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre diante da recuperação do consumo das famílias em meio ao cenário de inflação e juros em que-

da, mas os investimentos produtivos continuaram caindo, evidenciando que a recuperação da atividade será gradual. O Produto Interno Bruto (PIB) do País

cresceu 0,2% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 4 DIVULGAÇÃO

Segundo Leite, os três pilares da Usiminas são resultados, clientes e pessoas

Usiminas já destina mais da metade da produção para o mercado externo Com a renegociação das suas dívidas em bonds concluída, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) aposta nas exportações, que já

respondem por 55% da produção da siderúrgica, como uma maneira de aumentar a produção no curto e médio prazos. Além disso, o fôlego que o setor

automotivo tem mostrado neste ano ajuda os negócios da companhia, uma vez que as vendas para o segmento representam um terço do total. Pág. 6

Receita do parque industrial em Minas Gerais caiu 0,7% em julho, apesar de ensaiar recuperação Pág. 5

Com o efeito calendário, segundo semestre começa aquecido para o setor supermercadista Pág. 7

Dólar - dia 1º

Euro - dia 1º

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,1446 Venda: R$ 3,1451

3,7201

Venda: R$ 3,7220

IPCA-IBGE (Julho): ............ 0,24%

Compra: R$ 3,1270 Venda: R$ 3,2830

Nova York (onça-troy): US$ 1.330,40

IPCA-Ipead (Julho): ........... 0,70%

R$ 132,60

IGP-M (Agosto): ....................... 0,10%

BM&F (g):

A Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), no Sul de Minas, incorporou a MCoffees.com, empresa especializada em conectar os BOVESPA

Poupança (dia 4): ............ 0,5181%

Ouro - dia 1º

Ptax (BC)

Cocatrel investe em cafés especiais para ampliar mercado e faturar mais

TR (dia 4): ............................. 0,0180%

Turismo Compra: R$ 3,1327 Venda: R$ 3,1333

Inflação em queda livre e juros cada vez menores alavancaram o consumo

+1,54

+0,44 -0,08 28/08

-0,62 -0,07 29/08

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produtores a torrefadores e importadores de cafés, principalmente especiais, no mundo inteiro, com uma rede ampla de contatos em 39 países. A expecta-

tiva com a incorporação é ampliar o mercado e os ganhos com a venda direta do café. A Cocatrel é a segunda maior cooperativa do Brasil. Pág. 14


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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OPINIÃO A reforma trabalhista e seus impactos ALBERTO PROCÓPIO * Com a sanção da reforma trabalhista pelo presidente Michel Temer, no dia 12 de novembro de 2017 terá início a vigência das mais de cem alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), bem como alguns aspectos das leis da terceirização e de custeio da Previdência Social. É inevitável o questionamento sobre os impactos para a economia, para a política nacional, para os empregadores e para trabalhadores. Não só a reforma trabalhista é imprescindível, mas também outras sugestões de reformas, que estão em tramitação no Poder Legislativo, e aquelas que ainda poderão surgir, são importantes instrumentos para um crescimento sustentável para a economia brasileira. Não há como manter a competitividade das empresas brasileiras em um mercado globalizado, assim como um crescimento na geração de empregos sem uma reforma nas regras laborais. O regramento atual, por vezes, inibe a contratação de novos empregados em função de existirem muitas “travas” na relação empregatícia. Apesar de muitas especulações e pontos de discórdia, é importante frisar que o texto da reforma não diminui os direitos dos trabalhadores, sendo que eles terão maior autonomia para negociação dos seus desejos. Em função

desta valorização da negociação, faz-se necessária uma atuação ainda maior das entidades sindicais, inclusive para garantir a contribuição sindical que também sofreu impacto e será facultativa. Esse aspecto será muito importante em um curto prazo, haja vista que com o incremento de poder para a autonomia da vontade das partes, os sindicatos terão que agir fortemente para que as negociações tenham resultado que alcance as vontades e necessidades de seus representados. Em curto prazo também veremos a negociação de situações que podem ser convencionadas de forma individual, de modo a flexibilizar as relações trabalhistas como, por exemplo, no que se refere ao banco de horas. Além disso, o texto sugerido altera questões para regulamentar questões por vezes já praticadas pelos empregadores como, por exemplo, a concessão de férias em mais de dois períodos, a jornada 12x36 horas e a realização do teletrabalho, o que trará maior segurança jurídica para as empresas. Dentre outras alterações, existem novidades na caracterização da equiparação salarial, além de uma nova modalidade de rescisão contratual por acordo, por meio da qual emprega-

do e empregador podem optar mutuamente pela rescisão, com multa do FGTS estipulada em 20%, sendo que o empregado pode sacar apenas 80% dos depósitos efetuados pelos empregados, mas sem a opção de recebimento do seguro-desemprego. O texto da reforma trabalhista também visa elucidar eventuais dúvidas sobre a lei da terceirização aprovada recentemente. Fica mais clara a questão de terceirização da atividade-fim, bem como a imposição de travas para a demissão de empregados para subsequente contratação como prestadores de serviços, já que determina que um empregado demitido não poderá ser contratado como prestador de serviços em um prazo mínimo 18 meses. A aprovação da reforma é de grande valia para a retomada da economia brasileira em médio e longo prazos, haja vista que as empresas nacionais poderão se tornar mais competitivas perante os mercados e concorrentes internacionais e, consequentemente, com aumento dos negócios empresariais, novos postos de trabalho surgirão e melhores oportunidades poderão ser oferecidas aos trabalhadores. * Diretor especialista da área trabalhista e previdenciária da Grant Thornton Brasil

Deu a louca no mundo CESAR VANUCCI * “Basta um maluco para apertar o botão. Temos dois.” (Nick Cohem, no “The Observer”) O Iémen está localizado nos confins do mundo, num lugar em que Judas perdeu as botas. Açoitado por guerra civil que já dura três anos, alvo de uma intervenção militar estrangeira capitaneada pela Arábia Saudita, vê-se agora às voltas com apavorante crise humanitária provocada pela disseminação do cólera. Segundo denúncia da organização “Médicos Sem Fronteiras”, ganhadora recentemente de um “Nobel da Paz”, 9 mil pessoas estão sendo alvejadas a cada dia pelo insidioso mal. Os recursos canalizados pela comunidade internacional para socorro da população, calculada em 10 milhões, ou são considerados insuficientes para prover as necessidades, ou deixam de chegar aos postos de atendimento por causa dos conflitos em andamento. As consequências funestas de tudo isso estão traduzidas nas milhares de covas abertas, todos os dias, para acolher as inocentes vítimas do flagelo. Não se sabe até aqui de nenhum comunicado emitido por qualquer organização terrorista, conhecida ou por conhecer, assumindo responsabilidade por esse atentado hediondo contra a dignidade humana. Em “The Observer”, o jornalista Nick Cohem assinala: “Basta um maluco para apertar o botão. Nós temos dois.” Não pode ser descartada assim, sem mais nem menos, confundida como mero ato paranoico, a partir dessa constatação, eventual previsão apocalíptica que venha a brotar das cumulativas aprontações procedidas pelos dois cidadãos supra-apontados, os mais “graduados” de um apreciável contingente de malucos. O coreano Kim Jong-un e o americano Donald Trump, com suas reiteradas e arriscadas bravatices e (só de pensar, dá um calafrio gélido na espinha de qualquer mortal) seu acesso desembaraçado aos botões dos códigos nucleares, especializaram-se em espalhar sobressalto e apreensão à mancheia. A cada fala raivosa trazida a público, vou te contar... Ambos andam flertando perigosamente a possibilidade de uma escaramuça bélica pra valer. Um conflito capaz de conduzir este maltratado planeta a uma inimaginável tragédia. Talvez definitiva. Explique aí quem puder. O sinistro “Califado do terror”, baseado

em áreas sírias, iraquianas e líbias com ramificações noutros países do Levante e da África, está sitiado por terra, mar e ar por forças militares poderosas, que têm ao dispor equipamentos bélicos sofisticadíssimos. Mas não dá provas de esmorecimento no propósito de espalhar o pavor e a selvageria. Essas circunstâncias todas somadas atordoam experimentados observadores. Difícil pacas entender essa tremenda confusão das arábias. Como interpretar o fato de não surgirem sinais de enfraquecimento na capacidade guerreira dessas coléricas falanges que deturpam a mensagem filosófica islâmica para “justificar” tenebrosas investidas contra a dignidade da vida? Afinal de contas, quem financia esses doidos ensandecidos? Como fazem eles para renovar seus arsenais? Por que meios chegam às suas mãos os equipamentos utilizados nas batalhas? Fica claro que se trata de material bélico produzido por uma indústria armamentista de alta tecnologia, a qual, evidentemente, não mantém complexos produtivos nas regiões sob o controle do Califado. Partindo da alucinada suposição de que os terroristas adquiram o material essencial a sua tresloucada aventura militar longe de seus domínios, como é que as encomendas chegam até eles? De onde sai a “nota preta” para a quitação das compras? Mais: de qual sistema bancário se valem os dirigentes do EI para fazer as operações financeiras que lhes permitam honrar os compromissos contraídos com os vendedores? Tem mais: de onde chega o combustível para acionar os tanques, carros de combate e outros veículos? Escuta aqui, não vale responder que o combustível estaria sendo obtido em refinarias que possam, eventualmente, continuar operando nas regiões ocupadas. Na hipótese de que a presumível fonte de suprimento de óleo esteja em tais refinarias, ainda restaria, à espera de resposta, implacável pergunta: o que impediria aviões, porta-aviões, drones dos exércitos sitiantes de paralisarem para valer as atividades dessas unidades processadoras de combustível? Hein? Não tem como fugir. Há coisas por demais obscuras e inextricáveis sobrepairando no ar nessa história da guerra promovida pelo e contra o terrorismo. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Fundos de Investimentos Imobiliários LEANDRO NACIF BARBOSA * Com a divulgação de que Minas Gerais pretende criar Fundos de Investimento Imobiliário (FII), integralizados com seus ativos imobiliários, visando à captação de recursos para fazer frente a sua necessidade de pagamentos, reacende o debate sobre este instrumento do mercado de capitais. Opção, até pouco tempo, desconhecida da maioria de empresários, executivos, empreendedores e de grupos familiares. Os Fundos de Investimento, notadamente o FII, quando corretamente avaliados em seu resultado, respondendo às expectativas e necessidades, estruturados e constituídos por administradores e profissionais experientes, podem trazer benefícios tributários e patrimoniais. Sendo dessa forma, uma boa alternativa para se investir. Na constituição das várias modalidades de fundos, seus objetivos, estrutura, organização, funcionamento e política de investimentos, e outros aspectos, são criteriosamente definidos, carregando assim, segurança, transparência e efetividade necessária para seu desenvolvimento.

Conforme o Boletim do Mercado Imobiliário nº 58, publicado pela BM&FBovespa com dados de 24 de fevereiro de 2017, somente este ano foram registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 303 FIIs, com patrimônio líquido total de R$ 67,25 bilhões. O mercado conta hoje com quase 90 mil investidores nesse tipo de fundo, sendo que em 2010, eram apenas cerca de dez mil. Existem diversos exemplos de Fundos de Investimento Imobiliário exclusivos, que captaram recursos para alavancagem de projetos imobiliários, viabilizando sua consecução com menor custo de investimento, melhores efeitos tributários e uma melhor performance para seus cotistas e investidores. Estes instrumentos são regulados por legislações internacionais, nas quais o Brasil é signatário. Dessa forma, as regras e procedimentos adotados são os mesmos em todos os países que as seguem, garantindo mais transparência, segurança e confiabilidade. Além da CVM e BM&FBovespa, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), regulam

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Jogo de alto risco Persistem as dúvidas com relação ao destino das quatro usinas hidrelétricas da Cemig, responsáveis pela geração de metade da capacidade da empresa, cujas concessões o governo federal pretende leiloar. E persistem, em Brasília, as resistências a qualquer solução que proteja a empresa e, dessa forma, o próprio Estado. O governo federal dá sinais explícitos de que tem pressa, buscando fazer caixa a qualquer custo e, nesse caminho, sabe perfeitamente bem que as usinas podem representar uma oferta tentadora, ainda que à custa de interesses que certamente não são os de Minas Gerais, assunto que até agora não parece ter entrado nas suas contas. Dessa realidade nos dá conta o anúncio de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teria descartado a possibilidade de financiar parte da operação de renovação, pela própria Cemig, das concessões. Foram alegados supostos “entraves jurídicos”, mas está cada vez mais evidente que os entraves são na verdade de natureza política. Minas comprou a Minas comprou a briga e já disse, briga e já disse, pela pela voz de voz de suas forças suas forças mais representativas, mais representativas, que não se cala que não se cala e e não se vergará ao que considera não se vergará ao clara e deliberada agressão a seus que considera clara e direitos. Não pode deliberada agressão ser diferente. O direito à a seus direitos. Não preferência na pode ser diferente renovação das concessões é líquido e certo, estabelecido em contratos. Tudo isso significa dizer, em termos bem diretos e práticos, que se o governo federal persistir em sua teimosia haverá necessariamente uma demanda jurídica em que os argumentos em favor da posição que o Estado defende são absolutamente sólidos. No mínimo isso quer dizer, como desejam os burocratas de Brasília, solução rápida. E muito menos que a oferta será atraente para eventuais investidores estrangeiros, que fatalmente estarão atentos à insegurança jurídica da operação. O ex-governador Antonio Anastasia, hoje senador, é um dos que aponta nessa direção lembrando a insatisfação dos mineiros, e chegando a dizer que haverá fatalmente “guerrilha social” e “guerrilha jurídica”, além de consequências políticas que não são desejáveis. O senador Anastasia tem sólida formação jurídica, natureza moderada e é integrante destacado da base do governo Temer, nada, porém que o impeça de colocar a questão nos seus devidos termos e com absoluta propriedade. Suas palavras soam como uma advertência à qual não faz o menor sentido que o presidente Michel Temer permaneça indiferente. Como alguém já disse, será, ao fim e ao cabo, um tiro no pé porque os mineiros definitivamente não aceitarão que o destino da Cemig seja colocado em risco, menos ainda que essa trilha seja aberta por burocratas que não conhecem a história e aos quais parece faltar até o próprio senso da realidade.

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA AVIAÇÃO

Infraero quer a volta dos jatos na Pampulha Para a retomada das operações no aeroporto, Ministério dos Transportes terá que adequar portaria RODRIGO LIMA/NITRO/DIVULGAÇÃO

GABRIELA PEDROSO

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está determinada a conseguir a retomada das operações com jatos de grande porte no Aeroporto da Pampulha. O assunto, que parecia encerrado após o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil vetar os voos no terminal da capital mineira por meio de uma portaria editada em maio, está novamente entre as prioridades da Infraero. Em evento realizado na sexta-feira (1º), na sede da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), o presidente da empresa pública, Antônio Claret de Oliveira, voltou a defender os voos na região e negou que a medida prejudicará os negócios do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, destacando a importância da concorrência para a população. Um dos caminhos encontrados pela Infraero para retomar a operação na Pampulha é o Projeto Integra Minas. O programa - revelado em primeira mão por Claret - já conta, inclusive, com uma proposta de malha apresentada pela Gol Linhas Aéreas, que contempla cinco cidades mineiras: Belo Horizonte, Governador Valadares, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia. Outras companhias aéreas, como Avianca e Latam, segundo o presidente da Infraero, também negociam a viabilidade de execução de rotas utilizando o terminal belo-horizontino. “O projeto está aprovado tecnicamente. Estamos tendo um cuidado muito grande em não afetar Confins, porque ele é nosso também, somos donos de 49% (do terminal). Qualquer coisa que o afetasse, afetaria também a Infraero diretamente. Não nos interessa abalar qualquer estrutura de Confins, mas também não podemos aceitar - dentro até da política nacional de aviação civil - que não propiciemos uma boa concorrência em prol do bom atendimento à população”, afirma Claret. Diretor de operações da Infraero, João Jordão explica que a malha apresentada pela Gol, que inclui a Pampulha, é factível e já foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dirigente destaca que o próximo passo agora é conseguir junto ao Ministério dos Transportes a adequação da portaria publicada em maio, que hoje restringe as operações do aeroporto belo-horizontino aos destinos regionais. A

Vendas têm o melhor resultado em 20 meses

Caso não haja mais restrições, a retomada será feita por meio do Projeto Integra Minas, contemplando cinco municípios

Revitalizações dependem da iniciativa privada O presidente da Infraero confirmou ainda durante o evento que os aeroportos da Pampulha e Carlos Prates, também em Belo Horizonte, estão fora da lista de aeródromos que serão concedidos à iniciativa privada pela União. Claret explica que os dois ativos chegaram a fazer parte de estudos do governo, que, no entanto, entendeu que não era o melhor momento para negociá-los. Agora, os planos da empresa pública estão voltados para a ampliação e revitalização dos dois terminais da capital mineira. De

acordo com a Infraero, já foram gastos R$ 4 milhões em obras na Pampulha, como a construção da nova torre de controle, a adequação da sinalização do pátio principal para aeronaves e a sinalização da pista. O maior investimento previsto para a Pampulha, porém, é a instalação de áreas comerciais em seu entorno, com custo estimado em R$ 350 milhões. Para que ele se torne realidade, no entanto, a Infraero depende de uma parceria com a iniciativa privada. A expansão, segundo Claret, seria em uma área

adquirida pela Infraero junto à Aeronáutica, que está de mudança para Lagoa Santa. Já para o Aeroporto Carlos Prates, a Infraero planeja a execução de melhorias no terminal, que terão um custo de R$ 500 mil. O objetivo da empresa pública é incentivar a formação de novos pilotos e promover a integração aérea no Estado. A instituição também tem como objetivo a ampliação do local, com a instalação de um terminal logístico, mas o investimento, assim como o da Pampulha, dependeria de recursos do setor privado. (GP) CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

A infraero planeja investimentos da ordem de R$ 350 milhões para a Pampulha e de R$ 500 mil para o Carlos Prates

expectativa da Infraero é de que até o fim deste ano o terminal esteja operando os voos. “O que estamos propondo agora ao ministro e demonstrando é que essa malha não impacta no Aeroporto de Confins, até porque a Infraero não tem interesse em ter prejuízo: temos de zelar pelos dois aeroportos.

Então falta a adequação dessa portaria, mas já estamos conversando com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) sobre isso”, detalha Jordão. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac (Rede), também esteve presente no evento. O membro do Executivo municipal informou que a Prefeitura

tem interesse nos planos da Infraero e vai somar forças à batalha pela retomada dos voos no Aeroporto da Pampulha. Por meio de sua assessoria de imprensa, a BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (Confins), não entrou em polêmica quanto à possibilidade de

operação simultânea junto à Pampulha e se limitou a reforçar a decisão tomada pelo Ministério dos Transportes em maio. “A vocação do Aeroporto da Pampulha já foi determinada pela portaria publicada pelo Ministério dos Transportes e pelo Conselho de Aviação Civil (Conac)”, disse em comunicado.

Tap Portugal e Azul devem formar joint venture A TAP Portugal e a Azul estão buscando fazer uma joint venture para colaborar no preço dos voos entre a Europa e o Brasil. “Queremos chegar a uma cooperação completa”, disse Trey Urbahn, diretor comercial da TAP em entrevista ao FlightGlobal. Urbahn diz que uma joint venture permitirá que

AUTOMÓVEIS

as duas companhias aéreas cooperem em preços e capacidade. As duas operadoras já compartilham voos e querem avançar ainda mais, agora na aquisição conjunta de aeronaves e combustível. Uma joint venture irá selar o relacionamento entre a TAP e a Azul, que já compartilham partici-

pações através de David Neeleman. Neeleman é acionista da Atlantic Gateway, que possui participação de 45% na holding da TAP. O Atlantic Gateway comprou participações na TAP no final de 2015, e desde então a companhia aérea iniciou um processo de renovação da frota e

está transformando suas operações europeias em low cost. O antigo presidente da Azul, Antonoaldo Neves, também se mudou recentemente para a TAP, onde agora é membro do conselho. Urbahn diz que Neves é o “sucessor lógico” para o cargo de presidente-executivo da TAP, atualmente

com Fernando Pinto. Em 2015, Neeleman e seu consórcio Atlantic Gateway adquiriram 61% do capital da TAP. Meses depois, porém, o governo português comprou parte das ações e voltou a ter 50% da fatia. A Azul voa para Lisboa, capital de Portugal, desde o ano passado com seu Airbus 330. (AE)

São Paulo - A indústria automobilística brasileira registrou em agosto o melhor resultado em vendas em 20 meses, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram vendidos 216,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O melhor resultado anterior foi registrado em dezembro de 2015, com 227,8 mil unidades, segundo dados antecipados pelo mercado. Também foi a primeira vez neste ano que as vendas, medidas por licenciamentos no Registro Nacional de Veículos (Renavan), ultrapassaram a marca de 200 mil unidades. O desempenho de agosto é 17,7% superior ao de igual mês do ano passado e 17,1% melhor que o de julho. No acumulado do ano, as vendas totais somam 1,42 milhão de veículos, 5,3% a mais em relação ao período de janeiro a julho de 2016. O crescimento supera a previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de 4% para o ano, que e pode ser revista na próxima semana, quando a entidade apresenta o balanço do setor, com dados de produção e exportação. Leves - A venda de veículos leves para consumidores pessoa física, que em junho interrompeu um período de três anos e meio de queda, voltou a subir em agosto, depois de um resultado negativo em julho. Em agosto, o mercado de leves para pessoa física somou 123,8 mil unidades vendidas, alta de 9,8% em relação a igual mês do ano passado. Ambos os meses contaram com 23 dias úteis. Em julho ante julho do ano passado, as vendas haviam recuado 2,9%, para 108,2 mil unidades - o número de dias úteis também foi o mesmo nessa comparação, 21. Em junho, o avanço havia sido de 9,3% (conta feita pela média diária, em razão da diferença de dias úteis). O mercado de veículos já vinha dando alguns sinais de reação em 2017. No entanto, nos dois primeiros meses em que apresentou crescimento este ano, em comparações interanuais, em março e maio, os resultados foram impulsionados por vendas para clientes pessoa jurídica, como locadores de veículos, produtores rurais e frotistas em geral. Apesar de agora as vendas para pessoa física também crescerem, o mercado para pessoa jurídica ainda apresenta desempenhos mais favoráveis. Foram 86 mil veículos leves vendidos para empresários em agosto, expansão de 31,7% em relação a igual mês do ano passado. (AE)


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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

Agropecuária registra uma alta de 14,9%

Especialistas revisam as projeções

Rio – O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário cresceu 14,9% no segundo trimestre de 2017, em comparação com igual período de 2016, segundo o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o setor permaneceu estável. Com exceção do café, que apresentou queda de 7% na estimativa de produção anual, as demais culturas apontaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade: milho (56,1%), soja (19,7%) e arroz (16,3%). Segundo o IBGE, esse resultado pode ser explicado principalmente pelo desempenho de alguns produtos que tem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esse crescimento foi o maior da história da agropecuária na comparação entre segundos trimestres. De acordo com o Comunicado Técnico do Núcleo Econômico da CNA, o resultado do setor foi favorecido não apenas pelo clima, mas também pelo elevado investimento dos produtores rurais na safra 2016/2017

São Paulo - Com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano, alguns economistas começam a revisar para cima as projeções para 2017. As expectativas de que a atividade econômica neste ano fique mais próxima de zero são deixadas para trás, substituídas por previsões de alta de até 1%. A alta de 1,4% do consumo das famílias no segundo trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior e a elevação de 0,6% dos serviços foram os principais gatilhos para as revisões mais positivas. Do lado da demanda, o consumo responder por cerca de 65% do PIB enquanto os serviços, do lado da oferta, ficam com uma fatia superior a 70%. Há ainda a percepção de que a melhora da atividade ocorre de maneira mais disseminada, ainda que a alta, de 0,2%, tenha sido inferior ao avanço de 1% registrado pela economia no primeiro trimestre. No período, no entanto, é possível dizer que a agropecuária atuou praticamente sozinha sobre o desempenho. A consultoria MB Associados esperava alta de 0,3% para o PIB deste ano e, conhecidos os números de abril a junho, elevou a previsão para 0,7%. Para Sergio Vale, economista-chefe da MB, os números do segundo trimestre permitem um olhar positivo para o ano como um todo. “Na esteira da crise de maio, imaginávamos um impacto maior na economia que, por não ter acontecido, nos fez rever a projeção”, diz ele. Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, já esperava uma alta de 0,7% do PIB em 2017 e agora avalia que o avanço pode chegar a 1%. “Tudo indica que o número será mais forte do que a alta de 0,7%. A composição do resultado de hoje veio mais benigna”, diz ele. Oliveira ressalta que a queda de 0,5% da indústria surpreendeu negativamente, mas a abertura dos dados mostra um quadro menos preocupante. Ele lembra que a indústria está sendo puxada para baixo pela construção civil, que caiu 2% e responde por um quarto da indústria. Com fatia de mais da metade do segmento, no entanto, a indústria da transformação, teve leve alta de 0,1% no trimestre. Bruno Levy, da Tendências Consultoria, esperava alta de 0,3% para o PIB de 2017 e avalia que o desempenho deve ficar mais próximo de 0,5%. “Saímos do fundo do poço, o pior já passou, mas ainda estamos no buraco”, diz Levy. Para ele, a atividade deve começar a acelerar a partir de agora, em especial porque os cortes mais expressivos da taxa básica de juros foram feitos no início deste ano e devem começar a ter efeito no segundo semestre. (FP)

Indústria - O desempenho negativo da construção civil é o principal fator a derrubar os resultados da indústria no PIB. No segundo trimestre, a indústria recuou 0,5% ante os primeiros três meses do ano. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a retração foi de 2,1%. No acumulado no semestre, a queda é de 1,6%. A construção civil responde por cerca de um quarto do conjunto da indústria. Ainda sob influência do crédito comprimido e de dificuldades de construtoras, o setor recuou 2% ante os primeiros três meses do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 7%. Já são 13 trimestres seguidos de contração da construção civil no PIB. Com números mais positivos vindos do setor automotivo e de equipamentos de informática, a indústria de transformação teve resultado positivo no segundo trimestre de 0,1%, ante os primeiros três meses do ano. Na comparação anual, porém, o número ainda é negativo na indústria de transformação (-1%), com variação igual à do primeiro trimestre. A queda, porém, é menos negativa do que o período mais difícil da recessão, em meados de 2016. Já na indústria extrativa, a maior produção de petróleo e de minério de ferro, a taxa de câmbio e preços mais altos impulsionaram o setor, que cresceu 0,4% no segundo trimestre, ante o primeiro, e 5,9% ante o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o crescimento acumulado da indústria extrativa cresceu 7,8%. (ABr/FP)

Economia do País foi impulsionada pelo consumo das famílias, que registrou o primeiro crescimento em nove trimestres

CONJUNTURA

PIB brasileiro cresce mais do que o esperado no 2º tri Atividade econômica avançou 0,2% entre abril e junho, aponta o IBGE Rio e São Paulo - O Brasil cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre diante da recuperação do consumo das famílias em meio ao cenário de inflação e juros em queda, mas os investimentos produtivos continuaram caindo, evidenciando que a recuperação da atividade será gradual. O Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 0,2% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. A boa surpresa também veio na comparação com o segundo trimestre de 2016, com o PIB crescendo 0,3%, o primeiro resultado anual positivo desde o primeiro trimestre de 2014 (+3,5%). “Acho que não dá para chamar de recuperação do PIB, mas claramente estamos num ciclo ascendente da economia”, afirmou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil havia crescido 1% sobre o período imediatamente anterior, interrompendo dois anos seguidos de recessão devido à forte expansão do setor agropecuário, mas com os investimentos produtivos ainda em queda. Entre abril e junho passado, o consumo das famílias mostrou expansão de 1,4% sobre o trimestre anterior, primeiro crescimento após nove trimestres e movimento que pode sugerir que a recuperação econômica continua nos trilhos. Sobre o mesmo

período de 2016, o consumo cresceu 0,7%, ainda segundo o IBGE. Inflação em queda livre, juros básicos cada vez menores, maior massa salarial e liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) explicam essa recuperação, movimento que ainda deve continuar nos próximos meses. O Banco Central, desde outubro passado, já reduziu a Selic em 5 pontos percentuais, a 9,25%, e já há expectativas de que a taxa vá abaixo de 6%. Beneficiado por esse consumo mais forte, o setor de serviços também foi destaque positivo, com expansão de

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil havia crescido 1% sobre o período imediatamente anterior, interrompendo dois anos seguidos de recessão 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas na variação anual, mostrou queda de 0,3%. “Quem mais puxou o setor de serviços foi o comércio graças ao melhor consumo das famílias, com queda na inflação e algum avanço na renda”, acrescentou Rebeca. Só o comércio mostrou expansão de 1,9% na margem. O IBGE informou ainda que, no trimestre passado, o consumo do governo recuou 0,9%, em meio à crise fiscal. Investimentos - O investimento

continuou em contração no trimestre passado, sinal de que o crescimento deve ser gradual daqui para frente diante do forte endividamento e excesso de capacidade das empresas. Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,7% na comparação com janeiro a março e despencou 6,5% sobre um ano antes. O segmento da construção civil foi o mais afetado, com contração de 2% sobre o primeiro trimestre. Com isso, a taxa de investimento no trimestre passado ficou em 15,5% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (16,7%), segundo o IBGE. “O cenário de incerteza e desconfiança na economia também explica a queda na FBCF. Tem ainda o efeito negativo do investimento público que está contingenciado por conta da crise fiscal”, afirmou a coordenadora do IBGE. A indústria continuou sofrendo, com queda de 0,5% na margem, enquanto a agropecuária ficou estagnada após crescer fortemente no primeiro trimestre. “Houve certa frustração com o ritmo de melhora dos investimentos, o impulso mais significativo deve ocorrer apenas em meados de 2018”, afirmou o economista do banco Santander, Rodolfo Margato, para quem o PIB crescerá 0,5 % neste ano e 2,5% em 2018. “A nosso ver é justamente o desempenho dos investimentos em 2018 que vai dizer se a gente vai crescer 1,5% ou 3% no ano que vem”, acrescentou. (Reuters)

País deixa a última posição de ranking global São Paulo e Rio - Depois de registrar o segundo trimestre de crescimento consecutivo, o Brasil saiu da lanterna do ranking global de atividade econômica. Mesmo com o avanço de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de abril a junho frente ao mesmo período do ano passado, o País ainda amargou o penúltimo lugar em uma lista de 42 países, elaborada pela agência classificadora de risco Austin Rating. O desempenho da economia brasileira só ficou à frente da Noruega, que cresceu 0,20% na mesma base de comparação. Vizinhos como Chile e Colômbia vieram na 40ª e 39ª posições, mas com desempenhos bem melhores: crescimento de 0,9% e 1,3%, respectivamente. O ranking é liderado pela

China, seguida por Filipinas e Malásia. A média geral de crescimento do PIB nos 42 países que compõem a lista foi de 3% no segundo trimestre. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, responsável pelo ranking, diz que o Brasil só não ficou na lanterna - que vinha frequentando desde o primeiro trimestre de 2016 - porque a Noruega perdeu pontos de crescimento da primeira para a segunda leitura do PIB no ano. A derrapada da Noruega é considerada normal. “Os países europeus passaram por uma forte crise, se recuperaram bem e agora estão se ajustando”, explicou Agostini. Ele afirma que, se a tabela dos países segundo a evolução de suas economias pudesse ser comparada

à tabela do Campeonato Brasileiro, o Brasil estaria muito próximo do rebaixamento. Apesar do comentário, ele alerta que algumas economias em situação pior que a do Brasil não têm publicado seus dados, como é o caso da Venezuela. Na média dos países que compõem o Brics, sigla que se refere aos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, houve expansão de 3,6% do PIB no segundo trimestre ante o mesmo período em 2016. Na área do Euro, a média de crescimento foi de 2,2% e no Piigs - acrônimo pejorativo criado para designar Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha, que entraram em derrocada econômica em 2010 - o crescimento foi de 2,3% no segundo trimestre. (AE)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA INDÚSTRIA

Receita em Minas recua 0,7% em julho

Produção no País cresceu No acumulado do ano, o faturamento do setor no Estado é 1,8% menor, aponta Fiemg 1,8% em agosto ALISSON J. SILVA

LEONARDO FRANCIA

A receita do parque industrial de Minas Gerais caiu 0,7% em julho sobre junho, em dados dessazonalizados. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por outro lado, o faturamento do setor cresceu 1,9%. Os dados são da Pesquisa Indicadores Industriais (Index), divulgada nesta sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No acumulado deste ano até julho, a receita da indústria mineira recuou 1,8% na comparação com o mesmo período de 2016. Nos últimos 12 meses, encerrados em julho de 2017, a retração do faturamento foi de 6,1%, conforme as informações da pesquisa da Fiemg. Todos estes indicadores vêm melhorando nos últimos meses, apesar de ainda estarem negativos. “A economia ainda está com desempenho fraco, apesar de termos uma pequena melhora no quadro econômico, com os indicadores de emprego melhores, inflação sob controle e juros em queda. Porém, até a indústria começar a crescer ainda temos que esperar pelas reformas e avaliar como este cenário vai ficar depois. A indústria parece ensaiar uma lenta recuperação”, afirmou a analista de Estudos Econômicos da Fiemg, Daniela Muniz. Conforme a analista da Fiemg explicou, a indústria vem demonstrando resultados inconstantes mês a mês ao longo deste ano, com altos e baixos, mas, se for traçado um gráfico do desempenho do setor, ele mostrará uma tendência de estagnação. Sempre na comparação com o mês anterior, em janeiro a receita do parque mineiro aumentou 1,4%; em fevereiro, a alta foi de 4,7%; caiu 0,6% em março; em abril voltou a apresentar redução de 2,5%; cresceu 5,7% novamente em maio; caiu 2,1% em junho, e, em julho, decaiu 0,7%. “Percebemos pelos resultados que estão ocorrendo oscilações de um mês para o outro, mas, em geral, a indústria está estagnada”, frisou a analista. O indicador horas tra-

Indicadores do setor industrial mineiro têm registrado algumas melhoras, apesar de ainda estarem negativos

No Brasil, CNI apurou queda de 2,2% Brasília - Após recuar 2,2% em junho, o faturamento industrial voltou a crescer em julho de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o mês anterior - e excluindo os efeitos de calendário -, as vendas das fábricas brasileiras aumentaram 1,7% no sétimo mês do ano. Na comparação com julho de 2016, o desempenho no faturamento da indústria também foi 0,2% melhor neste ano. Mas, considerando os sete primeiros meses de 2017, a queda acumulada nas vendas ainda é de 5,0% em relação ao mesmo período do ano passado. “O faturamento industrial segue alternando resultados positivos e negativos, comportamento que caracterizou o segundo trimestre”, considerou a CNI, no documento. Em julho também houve melhora na quantidade de horas trabalhadas na indústria, com alta de 0,7% em relação a julho. Esse indicador, no entanto, ainda ficou em um patamar 2,5% inferior ao desempenho do mesmo mês de 2016. E, no acumulado de 2017 até julho, o tempo de trabalho balhadas na produção da indústria mineira, que reflete a produtividade do trabalhador no chão de fábrica, fechou julho estável relação a junho, mas caiu 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. A massa salarial em julho caiu 0,4% em relação a junho e também decresceu 1,4%

na produção foi 3,3% menor que o verificado no mesmo período do ano passado. “Tal como o faturamento real, o índice de horas trabalhadas vem alternando variações positivas e negativas. O aumento de julho, insuficiente para reverter a queda do mês anterior, mantém o índice em patamar baixo”, avaliou a entidade. Com o aumento do faturamento e das horas trabalhadas em julho, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no parque industrial brasileiro evoluiu, passando de 77,1% para 77,4% (de acordo com dado ajustado). Em julho de 2016, a UCI estava em 76,4%. Empregos - Apesar de darem sinais de melhora no faturamento e na produção em julho, as fábricas não traduziram o desempenho de forma significativa em novas contratações. O indicador que mede o emprego no setor ficou estável no sétimo mês do ano, com ligeira variação positiva de 0,1% em relação a junho - considerando os efeitos de calendário. “O índice registrou o terceiro mês consecutivo sem variações negativas, o que não acontecia desde janeiro de

em relação ao mesmo mês de 2016. Nos mesmos confrontos, o rendimento médio reduziu 0,2%, mas cresceu 3,1%, respectivamente, com base nas informações do Index. A utilização da capacidade instalada do parque, cuja média histórica desde o início do período de re-

2015”, comentou a CNI, no documento. Na comparação com julho do ano passado, a redução nos postos de trabalho nas fábricas ainda é de a 2,3%. E, nos primeiros sete meses deste ano, o emprego na indústria obteve um desempenho 3,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2016. Apesar de certa estabilização no emprego, a massa salarial real dos trabalhadores da indústria recuou 1,2% em julho na comparação com junho. Em relação a julho do ano passado, porém, a queda é de apenas 0,2%. E, de janeiro a julho, o setor teve uma massa salarial 3,0% menor que a do mesmo período do ano passado. Já o rendimento médio do trabalhador da indústria ficou caiu 1,4% em julho, mas ainda registra uma alta de 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2016. Considerando os primeiros sete meses de cada ano, a alta no rendimento médio dos empregados do setor foi de 0,7%. “A massa salarial real e o rendimento real caíram em julho, interrompendo a sequência de resultados positivos - de quatro meses consecutivos, no caso do rendimento”, concluiu a CNI. (AE)

cessão nacional, em abril de 2014, é de 83,3%, fechou julho em 74,6%, em dados dessasonalizados, 0,6 ponto percentual acima do índice registrado em junho. No acumulado dos sete meses do ano, o índice foi de 77,2%, 1,8 ponto percentual abaixo do mesmo período de 2016 (79%).

Emprego – O nível de emprego do parque ficou estagnado em julho frente junho. Frente ao mesmo mês de 2016, houve queda de 4,3%. Entre janeiro e julho, a retração da força de trabalho da indústria tem queda acumulada de 5,1% no confronto com os mesmos meses do ano passado.

São Paulo - A produção industrial cresceu 1,8% em agosto, elevando o Índice Gerente de Compras (PMI) IHS Markit de 50 pontos em julho para 50,9 pontos no mês passado. Este indicador obedece a escala de zero a 100 pontos, com a marca de 50 pontos se estabelecendo como a linha divisória entre queda e crescimento. “Os fabricantes tiveram um bom desempenho na metade do terceiro trimestre, com os resultados mais recentes do PMI mostrando uma melhora na demanda por produtos brasileiros proveniente de mercados domésticos e externos”, disse a economista da IHS Markit e autora do relatório, Pollyanna de Lima nesta sexta-feira. Segundo ela, os pedidos de fábrica mostraram um dos ganhos mais fortes em quatro anos e meio, enquanto o real relativamente fraco deu ímpeto às exportações. Esses fatores, continuou a economista, fizeram com que as empresas intensificassem a produção. No entanto, a economista ponderou que a expansão foi moderada. Nesta avaliação, Pollyanna destacou que a redução nos níveis de empregos de agosto foi uma das mais fracas no atual período de dois anos e meio de corte de vagas. “Os indicadores de preços subiram ao longo do mês, com os custos de insumos aumentando a um ritmo acima da tendência, ajudados por aumentos dos impostos, assim como dos preços de energia e de combustíveis”, emendou. Ainda de acordo com a economista, os preços cobrados foram aumentados, com as empresas tentando proteger as margens de lucros. “Embora o Banco Central tenha dado indícios, em sua decisão política mais recente, de que a posição em relação à política de acomodação provavelmente continuaria nos próximos meses, os desenvolvimentos recentes na inflação podem significar cortes menores para a Selic ao nos aproximarmos do final do ano”, comentou Pollyanna. (AE)

COMÉRCIO EXTERIOR

Saldo da balança já é maior do que o registrado em 2016 Brasília - O saldo comercial brasileiro ultrapassou, nos oito primeiros meses de 2017, o valor alcançado em todo o ano de 2016 e durante os anos anteriores. De janeiro a agosto, as vendas ao exterior superaram as compras em US$ 48,1 bilhões, acima do resultado recorde de R$ 47,7 bilhões registrado em todo o ano passado. Somente em agosto, o resultado foi positivo em R$ 5,6 bilhões. Diferentemente de 2016, quando o montante foi alcançado principalmente por conta de queda nas importações, o saldo deste ano ocorre apesar do crescimento das compras de 7,3% no ano. Já as exportações subiram ainda mais, 18,1%, impulsionadas pela melhora no preço de commodities, como minério de ferro, e pela safra

recorde de produtos agrícolas. Em agosto, a alta nas vendas foi de 14,7% e, nas compras, 8%. “O resultado do mês de agosto reforça a trajetória muito consistente da balança comercial e uma recuperação nas exportações como um todo”, disse o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto. Apesar dos bons números, o governo manteve a estimativa de saldo para este ano em US$ 60 bilhões. Houve crescimento disseminado nas exportações no ano por produto - com aumento nas vendas de básicos (25,8%), semimanufaturados (14,2%) e manufaturados (10,4%) - e para vários destinos, principalmente China, EUA e Argentina. Em agosto, também houve

crescimento nas três categorias na comparação com o mesmo mês de 2016. Os básicos cresceram 24,2%, manufaturados 9,7% e semimanufaturados 3,4%. Pelo lado das importações, em agosto foi registrado o primeiro crescimento nas compras de bens de capital desde junho de 2016, uma alta de 6,6%. Para o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secex, Herlon Brandão, ainda é prematuro dizer que isso demonstra a recuperação da atividade econômica: “Temos que esperar alguns meses para confirmar, mas é uma boa notícia”. Brandão destacou o crescimento da balança de petróleo e derivados, que, de janeiro a agosto, registrou superávit e US$ 4 bilhões,

resultado de um crescimento na produção de 10,4% e melhora nos preços. Será o segundo ano na história que a venda de petróleo e derivados ultrapassa a compra. Ele também destacou os aumentos nas vendas de carne in natura (8,6% no ano). Recorde - Para o economista da Tendências, Silvio Campos Neto, embora os efeitos positivos da supersafra de grãos estejam perto do fim - o que ajuda a entender a queda de 5,3% dos embarques brasileiros na comparação com julho -, a produção recorde de soja permitiu um aumento superior a 40% das exportações desse produto frente a agosto de 2016, enquanto os preços do minério de ferro

voltaram “surpreendentemente” a subir. O economista observa ainda que as exportações de carne bovina, com alta de 48,6% em relação a agosto do ano passado, seguem em recuperação após a operação Carne Fraca, a ação deflagrada em março pela Polícia Federal que investigou o suborno de fiscais sanitários por grandes frigoríficos do País. “A balança comercial confirmou o panorama em que, a despeito da sazonalidade menos favorável, as exportações seguem fortes, com crescimento de dois dígitos”, comenta. Bens de capital - Já a alta das importações de bens de capital em agosto é, para Campos Neto, um sinal positivo da reação dos in-

vestimentos, ainda que o PIB do segundo trimestre, divulgado ontem, não tenha trazido sinais de recuperação dos investimentos. “É um sinal de que, mesmo de forma lenta, as coisas estão voltando a caminhar. Como ainda vivemos um período de muita incerteza, é normal que a reação seja lenta. Mas o aumento das importações de bens de capital é um bom sinal.” Já a economista especializada em setor externo Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que a importação de bens de capital avança a ritmo mais lento que a de outros itens, como insumos para o agronegócio, o que é preocupante. (AE)


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ECONOMIA SIDERURGIA

Exportações ganham espaço na Usiminas Aços destinados ao comércio exterior já respondem por 55% da produção da companhia mineira DANIEL MANSUR / DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

Com a renegociação das suas dívidas em bonds concluída, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) aposta nas exportações, que já respondem por 55% da produção da siderúrgica, como uma maneira de aumentar a produção no curto e médio prazos. Além disso, o fôlego que o setor automotivo tem mostrado neste ano ajuda os negócios da companhia, uma vez que as vendas para o segmento representam um terço do total. “As exportações tiveram crescimento significativo e sem dúvida são a opção mais efetiva no curto e médio prazos para aumentar a produção. Exportamos 55% da produção, basicamente para a Europa, desde que o mercado dos Estados Unidos se fechou, o que começou em 2015”, revelou o presidente da Usiminas, Sergio Leite. Conforme o último balanço divulgado pela companhia, no segundo trimestre deste ano as vendas para o mercado externo aumentaram 43% em relação aos primeiros três meses de 2017. A Usiminas, e toda a indústria do aço nacional, também está sendo beneficiada pela recuperação que o setor automotivo tem mostrado.

As vendas de aço da Usiminas no mercado externo cresceram 43% no segundo trimestre, segundo o último balanço divulgado

O segmento, que representa um terço dos negócios para a companhia, segundo Leite, registrou um crescimento de produção de 22,4% no acumulado do ano até agosto na comparação com o mesmo período de 2016. Leite disse que nem mesmo a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciada na última quarta-feira, contrária aos programas brasileiros de subsídios industriais e à exportação, incluindo da indústria automotiva, deve ameaçar a recuperação do setor. A condenação foi in-

centivada por queixas do Japão e da União Europeia (UE), e impõe ao governo brasileiro o prazo de 90 dias para encerrar os “subsídios proibidos”. A tendência é que o governo brasileiro apele da decisão, o que deve prolongar a questão até que a OMC tome uma decisão final sem que o Brasil seja retaliado durante o processo. “Essas questões em discussão na OMC vão demandar tempo e não tem efeito por enquanto”, disse Leite. Ainda de acordo com o presidente da Usiminas,

enquanto o setor automotivo responde por 1/3 das vendas da companhia, outro terço está nas mãos da indústria da transformação (exceto fabricantes de veículos) e mais um terço é direcionado para a rede nacional de distribuição de aço. Alto-forno – Enquanto vai obtendo sucesso na renegociação de suas dívidas e vê importantes mercados consumidores se recuperando, a Usiminas segue retomando algumas operações que estavam paralisadas em função das dificuldades dos últimos

anos. Sergio Leite confirmou que o religamento do alto-forno 1 da Usina de Ipatinga segue dentro do cronograma e deve mesmo acontecer em abril do próximo ano. Para isso, a companhia investiu R$ 80 milhões em adequações no equipamento, conforme já divulgado. Além disso, a companhia reiniciou a produção em três plantas da Mineração Usiminas (Musa). Dívidas - Na quinta-feira, a Usiminas informou ao mercado que concluiu com sucesso a renegociação das

dívidas relativas aos bonds. O Japan Bank for International Cooperation (Jbic), o único banco credor que ainda não tinha concordado com a renegociação das dívidas da companhia, afinal, concordou. “Isso (a conclusão da renegociação das dívidas dos bonds) significa que vamos resgatar a totalidade dos bonds no vencimento e também representa um apoio importante à gestão da empresa. A partir de julho, começamos um novo momento, com foco em três pilares: resultados, clientes e pessoas”, afirmou Leite. Antes, em junho, a Usiminas já havia concluído a negociação dos bonds com os bancos brasileiros, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Juntos, os credores brasileiros e o BNDES detêm cerca de 70% da dívida da companhia. Em contrapartida à renegociação das dívidas, em 15 de dezembro, a Usiminas antecipará o pagamento aos credores no valor de US$ 90 milhões - correspondente a 50% do saldo do principal em aberto das notas -, a título de amortização parcial da dívida perante os referidos credores. A data prevista para o pagamento do valor era 7 de setembro deste mês.

NEGÓCIOS EM FOCO

Minas integra a 1ª Delegação Empresarial à Canton Fair Em parceria com a Chubatsu& Saito, de São Paulo, a Federaminas realiza a 1ª Delegação Empresarial para a Canton Fair (feira de Cantão) 2017, considerada o maior evento de importação e exportação da China, que acontece em outubro na cidade de Guangzhou. O projeto abrange visita de três comitivas, uma para cada fase da feira, a ocorrerem nos dias 15 a 19, 23 a 27 e 31 a 4 de novembro. Empresários das regiões mineiras do Rio Doce e do Alto Paranaíba já sinalizaram interesse em integrar a missão, que, além da feira, conhecerá as regiões produtivas da província de Guangdong, participando de visitas técnicas a fábricas nas cidades industriais de Dongguan, Shenzhen, Foshan e

Guzhen. Seminário sobre a Canton Fair e Oportunidades na China, equipe de apoio nos dois países e consultoria pós-feira também fazem parte dos serviços disponibilizados pelos organizadores. De caráter multissetorial, a Canton Fair oferece ampla diversidade de oportunidades de negócio. A primeira fase é ligada a produtos pesados, desde construção e agricultura até maquinário e eletrônicos. A segunda trabalha com móveis e decoração. E a terceira com vestuário e acessórios. Empresários do mundo inteiro visitam anualmente a feira de Cantão, que hoje é considerada a porta de entrada para conhecer o mercado chinês. Em sua última edição, a mostra contou com mais de

35 mil expositores e 150 mil variedades de produtos. Segundo os promotores, o projeto 1ª Delegação Empresarial para a Canton Fair 2017 segue um modelo de excursão que oferece aos empresários uma nova imersão naquele mercado asiático. A programação foi pensada em detalhesobjetivando oferecer uma melhor experiência à comitiva, desde a seleção dos melhores hotéis internacionais de padrão cinco estrelas, a escolha de um bairro urbanizado e culturalmente rico no centro financeiro de Guangzhou, até toda a estrutura e suporte para a realização de negócios. Mais informações a respeito com Ciro Silva, através do telefone (31) 3078-7033 ou do e-mail cirofederaminas@gmail.com. FEDERAMINAS / DIVULGAÇÃO

ACEs homenageiam empresários de destaque em seus municípios Dirigentes de empresas com desempenho destacado na vida empresarial, no movimento classista e em ações de interesse comunitário estão sendo homenageados pelas associações comerciais (ACEs) de seus municípios, em eventos festivos em que lhes são concedidos títulos de empresários do ano. Além de reconhecimento em nível local, esses empresários também representam suas cidades na solenidade Mérito Empresarial, que a Federaminas realiza anualmente para distinguir homens de empresa indicados pelas associações comerciais. Neste ano, este evento solene será em Araxá, na região do Alto Paranaíba, em 25 de novembro, e, como nas edições anteriores, deverá movimentar os mundos político e empresarial de todo o Estado, já que, historicamente, é prestigiado por cerca de 1,2 mil pessoas.

Empresários e empresas de Sacramento recebem troféu A Associação Comercial e Empresarial de Sacramento mobiliza a sociedade local, no dia 2 de setembro, em torno da solenidade de entrega do Troféu Ângelo Crema a empresas e empresários da cidade. A finalidade é realçar o associativismo e expressar o reconhecimento da entidade a empresas e empresários que movimentam a economia, geram empregos e crescem devido à dedicação de seus dirigentes. Além do empresário do ano, recebem o troféu destaques empresariais nos segmentos de comércio, serviços, tradição, microempresa, média empresa, empresa individual, mulher, jovem e conquista.

Feirão em Cássia dinamiza o movimento dos negócios Com o objetivo de incrementar o movimento dos negócios em diversos segmentos da atividade econômica no município, a Associação Comercial de Cássia promove o Feirão da Independência no período de 7 a 10 de setembro. A iniciativa busca motivar os consumidores para as compras, oferecendo condições mais vantajosas, e reúne quase duas dezenas de estabelecimentos de segmentos do comércio – como autopeças, farmacêutico, modas, material de construção, móveis, presentes e chocolateria, além de serviços, turismo e financeiro. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

SUPERMERCADOS

Setor apura alta de 1,06% nas vendas em julho frente a 2016 No acumulado do ano o avanço foi de 1,54% ANA AMÉLIA HAMDAN

O segundo semestre começou aquecido para o setor supermercadista em Minas Gerais. Em julho, o segmento registrou alta de 1,06% nas vendas no comparativo com igual mês do ano passado. Na passagem de junho para julho, a expansão chegou a 1,57%. Já no acumulado do ano – janeiro a julho – em relação ao mesmo período de 2016, o avanço foi de 1,54%. Os dados constam do Termômetro de Vendas divulgado nesta sexta-feira pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). Com os resultados, está mantida a projeção de crescimento de 1,7% do setor este ano. De acordo com o superintendente da associação, Antônio Claret Nametala, uma análise “fria” dos

números possibilitaria uma revisão para cima do crescimento do setor neste ano, já que há expectativa dos supermercadistas de aumento nas vendas no segundo semestre frente aos seis primeiros do ano, que acumularam ganhos de 1,62% nas vendas. Mas, segundo ele, apesar de os empresários estarem confiantes, ainda há oscilações que não possibilitam uma nova projeção. Com isso, a Amis está adotando o tom cauteloso e mantendo o índice em 1,7%. “O otimismo exagerado pode levar a passos errados. Estamos preocupados com custos e com a falta de recursos nas mãos dos consumidores”, ponderou Claret. O faturamento do setor no Estado, que fechou 2016 em R$ 33,97 bilhões, deve chegar a R$

34,59 bilhões neste ano. As perspectivas positivas para o segundo semestre estão amparadas em indicadores como queda da inflação, estabilidade do real frente ao dólar e melhoria nos níveis de emprego. Além disso, para Claret, questões políticas estão interferindo menos na economia. Datas importantes, como o Natal, também embalam o otimismo. Na análise dos supermercadistas, a expansão nas vendas ocorrida na passagem de junho para julho ocorreu, em parte, ao efeito calendário: julho tem 31 dias, contra 30 de junho; em julho foram registrados cinco finais de semana, contra quatro em junho; julho foi um mês “cheio”, ou seja, sem feriado. A ligeira melhora no nível de emprego também teria

Com o desempenho no 1ºsemestre, a Amis mantém a projeção de crescimento de 1,7% neste ano

impactado no resultado. O resultado positivo na comparação mensal (relação com o mês anterior) foi registrado pela segunda vez consecutiva: aumento de 1,57% na passagem de junho para julho e de 0,07% em junho no comparativo com maio. Já na base comparativa anual (mês atual com igual período de 2016) é a quarta alta consecutiva, com os seguintes resulta-

dos: abril 2017/abril 2016, crescimento de 3,74%; maio 2017/maio 2016, elevação de 1,96%; junho 2017/junho 2016, avanço de 3,55%; julho 2017/julho 2016, com aumento de 1,06%. Regional - O Sul de Minas foi a região que apresentou melhores resultados, com avanço de 1,80% nas vendas, segundo a análise variação regional do levantamento.

Também tiveram desempenho acima do índice estadual (1,57%) a Zona da Mata, com 1,77%; e Centro-Oeste, com 1,67%. Os demais resultados – todos indicando crescimento – foram: Norte, com 1,57%; Central, com 1,50%; Triângulo, 1,48%; Rio Doce, com 0,67%. Os resultados já estão deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA/ IBGE.

ENERGIA

Instalação da Siva, em Itajubá, segue cronograma ANA AMÉLIA HAMDAN

A implantação da fábrica de painéis fotovoltaicos da norte-americana Siva Power, em Itajubá, no Sul de Minas, ganhou novo fôlego. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, Antonio Ferreira Granadeiro Filho, a previsão é que o processo de doação do terreno onde a planta será instalada seja finalizado nos próximos dias pela prefeitura municipal. Com isso, o cronograma está mantido: a previsão é que a fábrica comece a operar em 2019, com produção anual de 1 milhão de painéis fotovoltaicos, dispositivos usados pela indústria de geração de energia solar. Com a doação do terreno concluída, a empresa aguarda o licenciamento ambiental para dar início às obras. O investimento previsto no projeto é de cerca de R$ 800 milhões, sendo que a fábrica vai gerar pelo menos 220 empregos diretos e 800 indiretos. Granadeiro informou tam-

bém que a instalação do Instituto Senai de Inovação em Itajubá, prevista para 2020, é um grande atrativo para a empresa. “É um laboratório de alto nível que poderá certificar nossos produtos”, disse. O presidente da Siva Power, Kurt Hameeuw, e Granadeiro reuniram-se no último dia 31 com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, em Belo Horizonte. Segundo a assessoria da Fiemg, na ocasião Hameeuw ressaltou as possibilidades oferecidas pelo Instituto Senai de Inovação na área tecnológica. Entre os fatores que pesaram para que Itajubá fosse escolhida para a implantação da empresa, que tem sede no Vale do Silício, na Califórnia, está a posição estratégica que Minas ocupa no mercado de energias renováveis. Além disso, a cidade de Itajubá é sede da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), podendo gerar mão de obra especializada.

Inovação - Desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Fiemg, em parceria com a Prefeitura de Itajubá, o Instituto Senai de Inovação - Centro Empresarial

de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (ISI-Cediiee) terá investimento de R$ 450 milhões. O projeto prevê a construção de quatro laboratórios para testes de

equipamentos da indústria elétrica e eletrônica. O Instituto Senai de Inovação será instalado em um terreno de 210 mil metros quadrados, às margens da BR-459, em localização es-

tratégica. A primeira etapa para a implantação dos laboratórios já foi executada, com terraplenagem e asfaltamento da área. O próximo passo é dar início à infraestrutura predial.

Chinesa State Power visita usinas da Cemig São Paulo - A elétrica chinesa State Power Investment Corp. realizou no final de agosto visitas técnicas às quatro hidrelétricas da mineira Cemig cuja concessão o governo federal pretende vender em um leilão agendado para 27 de setembro, devido ao vencimento dos contratos de exploração dos ativos. Segundo documentos vistos pela reportagem, os chineses levaram um time com mais de uma dúzia de técnicos e consultores para as usinas de Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande, que somam 2,9 gigawatts em capacidade instalada. A União pretende arrecadar ao menos R$ 11 bilhões com a cobrança de bônus de outorga na licitação dos empreendimentos. As visitas técnicas demonstram

o forte interesse pela Spic em participar da licitação, que no momento encontra-se suspensa devido a uma liminar judicial concedida em uma ação popular. A reportagem havia publicado no final de agosto que a Spic estava em preparação para disputar os ativos. Enquanto isso, a Cemig tem buscado meios de convencer o governo a aceitar um acordo para ficar com ao menos três das hidrelétricas Jaguara, Miranda e São Simão. A empresa entende que os contratos de concessão lhe garantiam uma renovação automática do prazo de exploração das usinas. Mas o governo não concorda com a tese, e autoridades têm dito que somente chegarão a um acordo com a Cemig caso a companhia

se comprometa a pagar os bônus de outorga definidos para o leilão ou apresente uma proposta mais vantajosa para o Tesouro. No momento, a Advogacia-Geral da União (AGU) tenta derrubar a liminar que suspendeu a licitação. A chinesa Spic chegou ao Brasil com a aquisição da australiana Pacific Hydro, que opera usinas eólicas no Nordeste. A operação foi concluída em abril. A companhia tem ainda negociado uma possível compra de participação na hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, mas até o momento o negócio não foi fechado. Procurada pela reportagem, a unidade local da Spic disse que não comenta o assunto “por questões estratégicas”. (Reuters)

Atrasos em linhas de transmissão adiam geração em Belo Monte São Paulo - A hidrelétrica de Belo Monte não poderá gerar eletricidade com sua próxima turbina a ser concluída ainda neste mês, devido a atrasos na obra de linhas de transmissão que iriam escoar a produção da usina no Pará até o sistema elétrico, segundo um documento visto pela reportagem. A Norte Energia, que reúne os sócios do empreendimento, com acionistas como Eletrobras, Cemig, Light, Neoenergia e Vale, já foi alertada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a falta de capacidade do sistema para receber a geração da próxima máquina da usina, que será uma das maiores do mundo. Até o momento, a usina no rio Xingu, com investimento estimado em R$ 35,9 bilhões,

colocou em operação comercial doze turbinas - seis na casa de força principal e seis menores em uma unidade complementar. “Com o atraso na linha (de transmissão) há capacidade para escoamento apenas até a unidade geradora 6 (da casa de força principal)”, afirma um documento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) visto pela reportagem. Cada máquina da casa de força principal tem 611 megawatts em capacidade, o que representa praticamente a potência de uma usina de grande porte. A limitação em Belo Monte vem após a espanhola Abengoa alegar crise financeira e abandonar ainda no final de 2015 as obras de linhas de transmissão que aumentariam a capacidade do sistema e possi-

bilitariam à rede receber a energia de Belo Monte. Até o momento, a geração da hidrelétrica vinha sendo escoada por um sistema local de transmissão, mas a capacidade dessa estrutura já se esgotou. Embora a restrição faça com que a próxima máquina de Belo Monte não esteja apta a produzir eletricidade para a rede, a turbina deverá ser ligada mesmo assim, para apoiar a operação do sistema elétrico, funcionando em um esquema conhecido tecnicamente como “compensador síncrono”, acrescentou a fonte. “É uma manobra elétrica muito comum no sistema elétrico, no mundo inteiro... ajuda na operação, no controle da operação. A máquina não injeta megawatts na rede, ela absorve”, explicou a fonte, que falou sob a con-

dição de anonimato. A previsão agora é que essa restrição acabe somente quando entrar em operação um enorme linhão de ultra-alta tensão que está sendo construído pela Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), uma parceria da chinesa State Grid com a Eletrobras. O linhão, que ligará Belo Monte ao Sudeste, tem cronograma que prevê conclusão para fevereiro de 2018, o que deve permitir o escoamento da energia das novas turbinas, se não houver atraso na obra. Procurada pela reportagem, a Norte Energia disse em nota que “qualquer unidade geradora conectada ao sistema elétrico assegura receita ao empreendedor, independentemente de questões referentes à transmissão de energia”. O pagamento é

previsto porque o atraso não está sob controle da empresa. Segundo a companhia, a conexão das próximas máquinas da usina, as turbinas 7 e 8, “está programada para setembro e dezembro deste ano, respectivamente”. O ONS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Atraso adicional - A Norte Energia apontou à Aneel, ainda, um pedido para atrasar em quase um ano a data prevista para a entrada em operação da totalidade das máquinas de Belo Monte. O contrato de concessão da usina prevê o acionamento da última turbina da casa de força principal em 31 de janeiro de 2019, mas a Norte Energia disse ter uma previsão atual de concluir a instalação das máquinas em 6 de janeiro de 2020.

Questionada sobre a data prevista para conclusão da usina, a Norte Energia disse apenas que “mantém o cronograma informado até o momento aos órgãos de regulação do setor”, sem abrir as datas previstas. Na correspondência à Aneel sobre a limitação na geração em Belo Monte, a Norte Energia pediu autorização para adiar a entrega das próximas turbinas para a partir de março de 2018, o que, segundo a empresa, alinharia o cronograma da usina com a data em que o sistema de transmissão estará pronto. Case este pedido seja aceito, a usina atrasaria um pouco mais, ficando totalmente pronta em 25 de fevereiro de 2020, segundo o documento. Quando estiver concluída, Belo Monte contará ao todo com 24 máquinas. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA PETRĂ“LEO

FuracĂŁo nos EUA resulta em corrida por combustĂ­veis na AL PaĂ­ses latino-americanos buscam novas fontes, entre elas a Venezuela Houston - ApĂłs a tempestade Harvey passar pelo Texas, inundando refinarias e paralisando portos ao longo da costa do Golfo dos Estados Unidos, paĂ­ses da AmĂŠrica Latina estĂŁo buscando outras fontes de combustĂ­vel ao redor do mundo, incluindo um avanço sobre uma pequena frota de navios que esperam para descarregar na costa da Venezuela. Quase nĂŁo houve navios-tanque com combustĂ­veis saindo do Texas para a AmĂŠrica Latina nos Ăşltimos seis dias, segundo dados de acompanhamento de embarcaçþes da Thomson Reuters. Terminais e refinarias fechadas pela tempestade provavelmente nĂŁo deverĂŁo se recuperar totalmente por semanas. Os Estados Unidos sĂŁo o maior exportador lĂ­quido de produtos refinados de petrĂłleo, com o envio de quase 5,05 milhĂľes de barris de combustĂ­vel por dia. A AmĂŠrica Latina recebe quase metade disso, ou 2,5 milhĂľes de barris por dia, e a maior parte dos carregamentos vem da costa do Golfo dos Estados Unidos. ASSOCIAĂ‡ĂƒO BRASILEIRA DE AGĂŠNCIAS DE VIAGENS DE MINAS GERAIS – ABAV/MG CNPJ/MF NÂş 17.577.628/0001-57 CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLÉIA GERAL O Presidente da Associação Brasileira de AgĂŞncias de Viagens de Minas Gerais – ABAV/MG, abaixo assinado, no uso de suas atribuiçþes estatutĂĄrias (art.10 e art.11) CON92&$ DV DVVRFLDGDV QD FODVVLÂżFDomR $7,9$ DUW ž H ž para assembleia GERAL a ser realizada na sede da ABAV/ MG Rua AimorĂŠs, nÂş 1297, 7Âş andar, no prĂłximo dia 10 de outubro de 2017 em primeira convocação Ă s 8:30 horas com a maioria absoluta das Associadas presentes e em segunda convocação Ă s 9:00 horas com qualquer nĂşmero de Associadas presentes, para deliberarem sobre a seguinte RUGHP GR GLD , 35(67$d­2 '( &217$6 GD 'LUHWRULD QR ELrQLR DSUHFLDomR H GHOLEHUDomR ,, $VVHPEOHLD (OHLWRUDO (/(,d­2 GD GLUHWRULD H &RQVHOKHLURV TXH LUmR LQWHJUDU R &RQVHOKR 'HOLEHUDWLYR H &RQVHOKR )LVFDO GD ABAV/MG para o biĂŞnio 2017/2019. Os candidatos deverĂŁo FRPSRU VH HP &+$3$6 D VHUHP DSUHVHQWDGDV DWp FLQFR dias corridos apĂłs a convocação, na secretaria da ABAV/ MG, observando-se seu horĂĄrio de funcionamento (Art. 26). $ FRPLVVmR HOHLWRUDO HVWi FRPSRVWD SHORV 6U 1LQR %HOOLQL 3iWULD $JrQFLD GH 9LDJHP H 7XULVPR /WGD 7DWLDQD $QGUDGH GuimarĂŁes Oliveira Campos e Frederico Bauer Oliveira – %DXHU 7XULVPR /WGD UHSUHVHQWDQWHV GH WUrV DVVRFLDGDV ativas e que nĂŁo serĂŁo candidatos a cargo algum, conforme SUHYLVWR QR DUW GR HVWDWXWR YLJHQWH H GHFLGLUi DFHUFD GRV SHGLGRV GH LQVFULo}HV GDV FKDSDV † ž H † ž GR DUW ,9 - A mesa escrutinadora serĂĄ indicada pela comissĂŁo eleitoral sob a presidĂŞncia de um de seus componentes, secretariada pelos demais e assessorada pelo consultor jurĂ­dico indicado ABAV/MG. A mesa darĂĄ inĂ­cio Ă votação dos associados, mediante cĂŠdula depositada em urna lacrada (Art. 26 e 28). A votação encerrarĂĄ Ă s 17horas. Em seguida a Mesa apurarĂĄ os votos e o Presidente anunciarĂĄ a chapa vencedora. JosĂŠ MaurĂ­cio de Miranda Gomes - Presidente da ABAV-MG.

Os maiores recebedores de embarques de combustĂ­vel dos Estados Unidos sĂŁo MĂŠxico, Brasil e Venezuela. A Venezuela faz parte da Organização dos PaĂ­ses Exportadores de PetrĂłleo (Opep), mas suas refinarias estĂŁo em condiçþes ruins e o paĂ­s mal consegue atender suas necessidades domĂŠsticas por combustĂ­veis. Na Ăşltima terça-feira, uma empresa de trading com duas cargas de diesel que esperavam para descarregar no porto de Curaçao notificaram Ă petroleira venezuelana estatal PDVSA que pretendem suspender seu contrato de entrega e enviar o carregamento para o Equador, disse uma fonte da PDVSA. A companhia nĂŁo comentou imediatamente. MĂŠxico, Brasil e ColĂ´mbia, alĂŠm de outros paĂ­ses, tambĂŠm querem parte dos cerca de 7 milhĂľes de barris de combustĂ­vel que aguardam atualmente no mar do Caribe, segundo trĂŞs fontes. Alguns dos mais de 20 tanques tĂŞm aguardado por semanas em alto mar para descarregar, em parte porque a PDVSA tem atrasado pagamentos pelos combustĂ­veis e parte devido a gargalos estruturais nos portos. O MĂŠxico, que normalmente importa duas cargas de gasolina por dia, estĂĄ entre os paĂ­ses que buscam comprar esses combustĂ­veis, disseram as fontes. Se as tradings que controlam os navios-tanque receberem ofertas para levar o combustĂ­vel a outro lugar que nĂŁo a Venezuela, “eles vĂŁo aceiCentro de Instrução e Adaptação da AeronĂĄutica CIAAR - CNPJ 00.394.429/0113-07 - CTF: 1447402 - Av. Santa Rosa, nÂş 10 - Bairro SĂŁo Luiz - Belo Horizonte/MG CEP: 31270-750 - Toma pĂşblico que o IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis, expediu no dia 02/05/2017 a prorrogação da Licença de Instalação 698/2010 do Centro de Instrução e Adaptação da AeronĂĄutica - CIAAR. Lagoa Santa, com validade de 15 meses a contar da data de expedição.

COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA

Ficam convocadas as Acionistas da COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO, a se reunirem, em 1ÂŞ Convocação, no dia 14 de setembro de 2017, Ă s 11:10 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 25 de setembro de 2017, Ă s 11:10 horas, na sede da companhia localizada na Avenida do Contorno, 7962, sala 301, Bairro Lourdes, CEP 30110-056, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, D ÂżP GH H[DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU RV VHJXLQWHV DVVXQWRV L DXWRUL]DU D UHDOL]DomR GD GLVWULEXLomR S~EOLFD GD Â? VHJXQGD HPLVVmR S~EOLFD GH GHErQWXUHV VLPSOHV QmR FRQYHUVtYHLV HP Do}HV HP VpULH ~QLFD GD HVSpFLH TXLURJUDIiULD QRV WHUPRV GD ,QVWUXomR &90 Qž GH GH MDQHLUR GH LL DV FDUDFWHUtVWLFDV H FRQGLo}HV GD Â? (PLVVmR H GDV 'HErQWXUHV LLL DXWRUL]DU D 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD D WRPDU WRGDV DV PHGLGDV SDUD HIHWLYDU D Â? (PLVVmR GH 'HErQWXUHV H LY FRQÂżUPDU H UDWLÂżFDU WRGRV RV DWRV TXH WHQKDP VLGR SUDWLFDGRV SHOD DGPLQLVWUDomR DQWHULRUPHQWH j GDWD GD $VVHPEOHLD *HUDO HP UHODomR j Â? (PLVVmR GH 'HErQWXUHV %HOR +RUL]RQWH ž GH VHWHPEUR GH 0DUFHOR 7RVWR GH 2OLYHLUD &DUYDOKR Âą &RQVHOKHLUR 2V $FLRQLVWDV TXH VH Âż]HUHP UHSUHVHQWDU SRU SURFXUDGRUHV QD IRUPD GR DUWLJR † ž GD /HL Qž GHYHUmR HQFDPLQKDU DV UHVSHFWLYDV SURFXUDo}HV FRP YLQWH H TXDWUR KRUDV GH DQWHFHGrQFLD SDUD R ID[ Qž 2 FRQWH~GR GHVWH GRFXPHQWR WHP FDUiWHU SURVSHFWLYR H HVWUDWpJLFR 5HTXHU VH que seja dado WUDWDPHQWR FRQÂżGHQFLDO D HVWH EHP FRPR D WRGRV RV WHUPRV GRFXPHQWRV H RX LQIRUPDo}HV UHODFLRQDGRV D RSHUDomR HP FRQIRUPLGDGH FRP DV GLVSRVLo}HV SUHYLVWDV QDV ,QVWUXo}HV &90 QžV GH H GH .

ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A CNPJ/MF nÂş 17.262.213/0001-94 – NIRE: 31300091830 ATO DA DIRETORIA REALIZADO NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2017. DATA, HORA E LOCAL: Aos 10 (dez) dias do mĂŞs de agosto de 2017, Ă s 9h (nove horas), na sede administrativa, na Av. do Contorno, nÂş 8.123, Cidade Jardim, em Belo Horizonte - MG, CEP 30110-937. PRESENÇAS: Diretor Presidente, Clorivaldo Bisinoto, e o Diretor Financeiro, Gustavo Braga Mercher Coutinho. DELIBERAĂ‡ĂƒO: de conformidade com o disposto no § 2Âş, do artigo 8Âş do Estatuto Social, resolvem os diretores aprovar a mudança de endereço do escritĂłrio da Companhia na cidade do Rio de Janeiro - RJ, localizado na Praia de Botafogo, nÂş 186, salas 1301 a 1901, CEP 22250-145, para a mesma cidade, na Praia de Botafogo, nÂş 186, salas 1401 a 1701, CEP 22250-145, cuja abertura foi formalizada de conformidade com a Ata da ReuniĂŁo da Diretoria realizada no dia 07/06/1961, registrada na JUCEMG sob o nÂş 117.047, em 06/10/1961, e na JUCERJA sob o NIRE 3390065620-1, inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 17.262.213/0007-80. ASSINATURAS: Clorivaldo Bisinoto e Gustavo Braga Mercher Coutinho. Confere com o original lavrado no livro prĂłprio. CLORIVALDO BISINOTO – DIRETOR. Junta Comercial do Estado GH 0LQDV *HUDLV Âą &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP GD (PSUHVD $1'5$'( GUTIERREZ ENGENHARIA S/A, NIRE 3130009183-0 e protocolo 17/402.783-4 - 22/08/2017. D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO

ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A CNPJ/MF nÂş 17.262.213/0001-94 – NIRE: 31300091830 ATO DA DIRETORIA DA ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A REALIZADO NO DIA 25 DE AGOSTO DE 2017. DATA, HORA E LOCAL: Aos 25 (vinte e cinco) dias do mĂŞs de agosto de 2017, Ă s 11h (onze horas), na sede social, na Av. do Contorno, nÂş 8.123, Cidade Jardim, CEP 30110-937, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, RepĂşblica Federativa do Brasil. PRESENÇAS: Diretor Presidente, Clorivaldo Bisinoto, e o Diretor JurĂ­dico, Roberto JosĂŠ Rodrigues. DELIBERAÇÕES: de conformidade com o disposto no § 2Âş, do Artigo 8Âş do Estatuto Social, resolvem os diretores: Item I: Revogar todos os poderes de representação legal concedidos ao Sr. Carlos Augusto Filizzola Carabetti e aos representantes legais anteriores; Item II: Nomear o Sr. Manuel Alejandro Pastrian Cohen, chileno, casado por separação de bens, Contador Auditor, cĂŠdula de identidade nÂş 11.833.379-9, FRP HQGHUHoR FRPHUFLDO HP 5RVDULR 6XU 1ƒ RÂżFLQD 1ƒ /DV &RQGHV 6DQWLDJR &KLOH FRPR representante legal da sucursal chilena da Andrade Gutierrez Engenharia S.A., para praticar os DWRV QHFHVViULRV H LQGLVSHQViYHLV DR ÂżHO H SHUIHLWR FXPSULPHQWR GHVWH PDQGDWR LQFOXVLYH SDUD que proceda com todas e quaisquer gestĂľes necessĂĄrias para efetuar a alteração da denominação social mencionada no Item III desta ata; e Item III: Autorizar a alteração da denominação social da Sucursal da Constructora Andrade Gutierrez S/A na RepĂşblica do Chile, a qual serĂĄ tramitada pelo Sr. Manuel Alejandro Pastrian Cohen, passando a vigorar com a denominação social de Andrade Gutierrez Engenharia S.A. – Sucursal Chile. ASSINATURAS: Clorivaldo Bisinoto e Roberto JosĂŠ Rodrigues. Confere com a original lavrada no livro prĂłprio. ROBERTO JOSÉ RODRIGUES – DIRETOR -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV Âą &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž em 31/08/2017 da Empresa ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A, NIRE 3130009183-0 e SURWRFROR D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO

tarâ€?, disse uma das fontes. A petroleira estatal Pemex disse na Ăşltima quinta-feira que planejava importar ao menos seis cargas de gasolina, combustĂ­vel de aviação e diesel de fornecedores na costa Leste dos Estados Unidos, no Alabama e nas Bahamas, Ă medida que alguns portos no Golfo seguem fechados.

prador de diesel dos EUA e um grande importador de gasolina, tem restriçþes para armazenar combustíveis, disse o consultor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. Mas ele afirma que os impactos da tempestade Harvey sobre a capacidade de embarques dos EUA ainda não se tornou um problema para o País. Brasil - O Brasil, maior com- (Reuters)

Golfo do MĂŠxico tem a produção impactada Londres e Nova York - Cerca de 8,74% da produção de petrĂłleo no Golfo do MĂŠxico foi paralisada na sexta-feira devido Ă tempestade Harvey, disse o Gabinete de Segurança e Controle Ambiental (BSEE, na sigla em inglĂŞs) do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Isso equivale a cerca de 152,989 barris de petrĂłleo por dia, dos 1,75 milhĂŁo de barris bombeados diariamente do Golfo, abaixo dos 236.115 barris de petrĂłleo por dia que foram paralisados na Ăşltima quinta-feira. Enquanto isso, 12,61% da produção de gĂĄs natural da regiĂŁo, ou 405,99 milhĂľes de metros cĂşbicos por dia, foram paralisados, disse o BSEE. Isso fica abaixo dos 568,09 milhĂľes de metros cĂşbicos por dia na quinta-feira. O BSEE reuniu os dados a partir de uma pesquisa realizada com 28 operadores do Golfo. IEA - A AgĂŞncia Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglĂŞs) ainda nĂŁo vĂŞ necessidade de uma coordenação internacional para liberação de estoques de petrĂłleo apĂłs a tempestade Harvey ter interrompido parte significativa da indĂşstria de produção e de refino nos Estados Unidos, disse a entidade na sexta-feira. A agĂŞncia, com sede em Paris, que coordena as polĂ­ticas energĂŠticas dos paĂ­ses industrializados, disse que estĂĄ observando atentamente a situação nos estados do Texas e de Louisiana para avaliar o impacto da tempestade sobre os mercados de petrĂłleo e gĂĄs. A IEA disse ainda estar em contato com autoridades dos EUA. “AtĂŠ o momento, os mecanismos do mercado e a assistĂŞncia governamental foram adequados. A IEA estĂĄ pronta para atuar se necessĂĄrioâ€?, afirmou em comunicado. (Reuters) COMARCA DE PARĂ DE MINAS MG – 2ÂŞ VARA CĂ?VEL – EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO COM PRAZO DE 30 DIAS - a Dra. Herilene de Oliveira Andrade, MMÂŞ JuĂ­za de Direito da 2ÂŞ Vara CĂ­vel, desta Comarca, no exercĂ­cio do cargo, na forma da Lei, etc. Faz saber a todos quantos o presente edital virem, ou dele conhecimento tiverem, especialmente LENIN RODRIGUES CAMPOLINA, CPF nÂş 091.899.216-82, atualmente residente e domiciliado em lugar incerto e nĂŁo sabido, que SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA mantenedora da PONTIFĂ?CIA UNIVERSIDADE CATĂ“LICA DE MINAS GERAIS, move contra ele Ação de Cobrança pelo Procedimento Comum, pelos fundamentos da petição inicial, conforme processo nÂş 471.16.010296-1, por este meio CITA-A para querendo contestar a ação no prazo 15 dias, por todo o conteĂşdo da petição anexa por cĂłpia, sendo que a ausĂŞncia da contestação faz presumir como verdadeiros os fatos articulados pelo autor, sob as penas do art. 344 do NCPC (revelia). E, para que nĂŁo alegue ignorância, expediu-se o presente HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR H DÂż[DGR QD IRUPD GD /HL 'DGR H SDVVDGR QHVWD FLGDGH GH 3DUi GH 0LQDV DRV GH VHWHPEUR GH (X -XOLDQD 'XDUWH 6LOYHLUD 2ÂżFLDOD GH $SRLR -XGLFLDO R GLJLWHL H VXEVFUHYR $ MXt]D GH Direito: Dra. Herilene de Oliveira Andrade. Dr. Vinicius Magno de Campos FrĂłes, OAB 77.852.

COOPERATIVA DE TRANSPORTE DE TĂ XI ESPECIAL DA REGIĂƒO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE COOPERTRAMO LTDA. EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA A Cooperativa de Transporte de TĂĄxi Especial da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte – COOPERTRAMO Ltda. atravĂŠs de seu Diretor Presidente, Sr. Gilmar de Freitas Soares vem convocar a todos seus cooperados em dias com suas obrigaçþes sociais, a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria – AGE, consoante o que dispĂľem os arts. 23, 25, 28 e 29 do Estatuto Social e art. 45 da lei 5764/71, no dia 16 de setembro 2017, em sua sede Ă Rua das Tangerinas, 1036 – bairro: Vila ClĂłris em Belo Horizonte/MG em primeira convocação com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados Ă s 07:00 (sete) horas, em segunda convocação com a presença de ½ metade mais 1 (um) dos cooperados presentes Ă s 08:00 (oito) horas, e em terceira convocação com no mĂ­nimo de 10 (dez) cooperados presentes Ă s 09:00 (nove) horas, para deliberarem os seguintes assuntos. ORDEM DO DIA: I – Esclarecimento da Chamada De Capital; II – Esclarecimento da Retenção De 12,5%; III - Continuação ou NĂŁo Do FEAC ; IV – Esclarecimento e Aprovação de Processo Judicial; V – Esclarecimento de Cooperados Que Se Desligaram; VI – ExclusĂŁo e eliminação por inadimplĂŞncia; VII – Possibilidade De Novas AdmissĂľes De Cooperados. Obs: O nĂşmero total de associados para efeito de quĂłrum ĂŠ de 157 cooperados. Belo Horizonte/MG, 31 de agosto 2017. Gilmar de Freitas Soares - Diretor Presidente

COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO

Harvey afeta a política de preços da Petrobras São Paulo - A nova sistemåtica de preços da Petrobras para a gasolina e o diesel começou setembro sob forte pressão dos efeitos da tempestade Harvey, que inundou refinarias e paralisou portos ao longo da costa do Golfo dos Estados Unidos, levando a uma disparada nos preços da gasolina no mercado norte-americano. A Petrobras, que tem prometido não praticar preços abaixo da paridade internacional, jå anunciou dois reajustes para a gasolina em setembro, um de 4,2% e outro de 2,7%. No diesel, as altas foram de 0,8% e de 4,4%. Com isso, a estatal praticamente encostou no teto para reajustes diårios da gasolina, estabelecido por uma sistemåtica de formação de preços iniciada pela companhia em julho. Por essa política, se os reajustes acumulados em um mês forem superiores a 7%, Ê preciso convocar uma reunião do Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da companhia para avaliar novas mudanças. Esse grupo Ê composto pelo presidente da empresa, Pedro Parente, alÊm do diretor-executivo de Refino e Gås Natural e do diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Ajustes de atÊ 7%, para cima ou para baixo, são realizados pela årea tÊcnica de marketing e comercialização da empresa, sem a necessidade do GEMP, permitindo maior agilidade da Petrobras que tenta recuperar mercado de combustíveis no Brasil perdido para empresas que elevaram importaçþes. Apesar dos aumentos mais acentuados neste início de mês, especialistas disseram à Reuters que os preços da Petrobras para a gasolina nas refinarias estão com defasagem ante o mercado internacional. Os preços de referência do combustível fóssil nos Estados Unidos dispararam mais de 13% só na última quinta-feira, para uma måxima de mais de dois anos, antes de o contrato setembro expirar

no mesmo dia. Na sexta-feira, o primeiro contrato outubro operava em baixa de quase 3%. “Pelos nossos cĂĄlculos, a defasagem (no Brasil) ainda ĂŠ de 8% a 9%. A Petrobras tem espaço para subir mais, mas, ao que tudo indica, estĂĄ elevando aos poucos agora para reduzir tambĂŠm aos poucos depoisâ€?, afirmou o analista de commodities do Banco Pine, Lucas Brunetti. Na mesma linha, o diretor da comercializadora BioagĂŞncia, Tarcilo Rodrigues, que cita uma defasagem de atĂŠ 10%, afirmou que a petroleira pode estar atenta aos nĂ­veis de preço no mĂŠdio prazo. “A Petrobras estĂĄ ‘aplainando’ o pico, nĂŁo estĂĄ repassando a alta integral para o mercado brasileiro, atenta Ă tela de outubro nos Estados Unidos, que mostra certa convergĂŞncia nos preços. NĂŁo faz sentindo ela elevar muito agora, em meio a esse evento extremo, se o produto que vai chegar depois serĂĄ mais baratoâ€?, comentou. Procurada pela Reuters, a Petrobras confirmou que ĂŠ necessĂĄria uma reuniĂŁo do GEMP para aprovar reajustes que ultrapassem uma alta acumulada de 7% em um Ăşnico mĂŞs, mas nĂŁo quis comentar se estĂĄ previsto um encontro para avaliar novamente os preços. Segundo a Petrobras, a data das reuniĂľes do grupo nĂŁo ĂŠ divulgada por questĂľes estratĂŠgicas. Os reajustes da gasolina e diesel estĂŁo impactando outros mercados, como açúcar e etanol, concorrente do combustĂ­vel fĂłssil no Brasil. Analistas disseram Ă Reuters na quinta-feira que o mercado de etanol sĂł viria a ser afetado, levando a uma mudança mais forte no mix de cana, se as altas da Petrobras seguissem uma tendĂŞncia mais prolongada. De qualquer forma, operadores de açúcar cobriram suas posiçþes vendidas na bolsa de Nova York na semana, de olho numa eventual menor disponibilidade de cana para a produção do adoç,ante no Brasil.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 069/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 069/2017, cujo objeto consiste na contratação de empresa para prestação de serviço de seguro de veĂ­culo, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 20/09/2017 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CNPJ: - 16.636.540/0001-04

A PRODEMGE comunica a retificação do edital e seus anexos, referente ao Pregão Eletrônico nº 024/2017, Planejamento nº 201/2017, Registro de Preços de módulos de software aplicativo medindo 50.000 (cinquenta mil) pontos de função nas linguagens Java arquitetura JEE e PHP. Os arquivos encontram-se disponíveis nos sites: www.compras.mg.gov.br H www.prodemge.gov.br. A sessão do pregão serå adiada para o dia 19 de setembro de 2017 às 09:00h. Belo Horizonte, 01 de setembro de 2017.

CNPJ 07.085.630/0001-55 - NIRE 3130002076-2 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA

Ficam convocadas as Acionistas da COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO, a se reunirem, em 1ÂŞ Convocação, no dia 14 de setembro de 2017, Ă s 11:20 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 25 de setembro de 2017, Ă s 11:20 horas, na sede da companhia localizada na Avenida do &RQWRUQR VDOD &(3 QD FLGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV D ÂżP de examinar, discutir e votar os seguintes assuntos: (i) autorizar a realização da distribuição pĂşblica da 2ÂŞ (segunda) emissĂŁo pĂşblica de debĂŞntures simples, nĂŁo conversĂ­veis em açþes, em sĂŠrie Ăşnica, da espĂŠcie quirografĂĄria, nos termos da Instrução CVM nÂş 476, de 16 de janeiro de 2009; (ii) as caracterĂ­sticas e condiçþes da 2ÂŞ EmissĂŁo e das DebĂŞntures; (iii) autorizar a Diretoria da Companhia a tomar todas as PHGLGDV SDUD HIHWLYDU D Â? (PLVVmR GH 'HErQWXUHV H LY FRQÂżUPDU H UDWLÂżFDU WRGRV RV DWRV TXH WHQKDP sido praticados pela administração anteriormente Ă data da Assembleia Geral em relação Ă 2ÂŞ EmissĂŁo de DebĂŞntures. Belo Horizonte, 1Âş de setembro de 2017. Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho – Conselheiro. 2V $FLRQLVWDV TXH VH Âż]HUHP UHSUHVHQWDU SRU SURFXUDGRUHV QD IRUPD GR DUWLJR † ž GD /HL Qž GHYHUmR HQFDPLQKDU DV UHVSHFWLYDV SURFXUDo}HV FRP YLQWH H TXDWUR KRUDV GH DQWHFHGrQFLD SDUD R ID[ Qž 2 FRQWH~GR GHVWH GRFXPHQWR WHP FDUiWHU SURVSHFWLYR H HVWUDWpJLFR 5HTXHU VH que seja dado WUDWDPHQWR FRQÂżGHQFLDO D HVWH EHP FRPR D WRGRV RV WHUPRV GRFXPHQWRV H RX LQIRUPDo}HV UHODFLRQDGRV D RSHUDomR HP FRQIRUPLGDGH FRP DV GLVSRVLo}HV SUHYLVWDV QDV ,QVWUXo}HV &90 QžV GH H GH SINDICATO DOS PERMISSIONĂ RIOS AUTĂ”NOMOS DO TRANSPORTE SUPLEMENTAR DE PASSAGEIROS DOS MUNICĂ?PIOS DA REGIĂƒO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE/MG. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA – AGE Conforme previsto no art. 18Âş inciso II, art. 21Âş alĂ­nea “aâ€? e art. 22Âş de seu Estatuto Social, o Sr. Mauricio dos Reis, Presidente do Sindicato dos PermissionĂĄrios AutĂ´nomos do Transporte Suplementar de Passageiros dos MunicĂ­pios da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte/MG, inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas JurĂ­dicas sob o nĂşmero 06.113.248/0001-45, CONVOCA os PermissionĂĄrios do Serviço de Transporte PĂşblico de Baixa Capacidade - STPBC/BETIM, para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria – AGE - que realizarĂĄ no dia 11 de setembro de 2017, na sede da Regional Betim, do SINDPAUTRAS, situado na Rua Dona CecĂ­lia JĂşlia do Prado, 155, Sala 113, Bairro Centro, Betim – MG, CEP 32.600-166, com primeira chamada Ă s 09:00, com a presença mĂ­nima de 2/3 dos membros da categoria, Ă s 09:30 em segunda chamada com a presença mĂ­nima de 50% dos membros e, em terceira e Ăşltima chamada Ă s 10:00, com o nĂşmero de membros presentes, na qual serĂĄ apreciada e decidida a seguinte ordem do dia: Ă– 1) VOTAĂ‡ĂƒO PARA APROVAĂ‡ĂƒO DO TEXTO DAS CLĂ USULAS 1 E 2, DA PROPOSTA DE TAC APRESENTADA PELA ECOS/BETIM AO MINISTÉRIO PĂšBLICO; Ă– 2) VOTAĂ‡ĂƒO PARA APROVAĂ‡ĂƒO DO REPASSE DE 1% DA RECEITA BRUTA DA BILHETAGEM ELETRĂ”NICA MENSAL DO STPBC, EM FAVOR DO SINDPAUTRAS; Ă– 3) VOTAĂ‡ĂƒO PARA APROVAĂ‡ĂƒO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO - ACT DOS OPERADORES DO SERVIÇO DE TRANSPORTE PĂšBLICO DE BAIXA CAPACIDADE STPBC/BETIM; Ă– 4) ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DA CATEGORIA. A Assembleia serĂĄ realizada, impreterivelmente, Ă s 10:00 horas da citada data com qualquer nĂşmero de presentes. NOTA Ĺš 3DUD HIHLWR GH TXyUXP GHFODUD VH TXH R Q~PHUR GH SHUPLVVLRQiULRV GR 673%& p GH VHQGR TXH todos terĂŁo direito a voto associados ou nĂŁo associados ao SINDPAUTRAS; Ĺš 1mR VHUmR GLVFXWLGRV DVVXQWRV TXH QmR HVWHMDP QD SDXWD DFLPD Belo Horizonte, 02 de Setembro de 2017. MaurĂ­cio dos Reis - Presidente

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA

Ficam convocadas as Acionistas da COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO, a se reunirem, em 1ÂŞ Convocação, no dia 14 de setembro de 2017, Ă s 11 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 25 de setembro de 2017, Ă s 11 horas, na sede da companhia localizada na Avenida do Contorno, 7962, ž $QGDU VDODV D &(3 QD FLGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV D ÂżP de examinar, discutir e votar os seguintes assuntos: (i) autorizar a realização da distribuição pĂşblica da 2ÂŞ (segunda) emissĂŁo pĂşblica de debĂŞntures simples, nĂŁo conversĂ­veis em açþes, em sĂŠrie Ăşnica, da espĂŠcie quirografĂĄria, nos termos da Instrução CVM nÂş 476, de 16 de janeiro de 2009; (ii) as caracterĂ­sticas e condiçþes da 2ÂŞ EmissĂŁo e das DebĂŞntures; (iii) autorizar a Diretoria da Companhia a tomar todas as PHGLGDV SDUD HIHWLYDU D Â? (PLVVmR GH 'HErQWXUHV H LY FRQÂżUPDU H UDWLÂżFDU WRGRV RV DWRV TXH WHQKDP sido praticados pela administração anteriormente Ă data da Assembleia Geral em relação Ă 2ÂŞ EmissĂŁo de DebĂŞntures .Belo Horizonte, 1Âş de setembro de 2017. Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho – Conselheiro. 2V $FLRQLVWDV TXH VH Âż]HUHP UHSUHVHQWDU SRU SURFXUDGRUHV QD IRUPD GR DUWLJR † ž GD /HL Qž GHYHUmR HQFDPLQKDU DV UHVSHFWLYDV SURFXUDo}HV FRP YLQWH H TXDWUR KRUDV GH DQWHFHGrQFLD SDUD R ID[ Qž 2 FRQWH~GR GHVWH GRFXPHQWR WHP FDUiWHU SURVSHFWLYR H HVWUDWpJLFR 5HTXHU VH que seja dado WUDWDPHQWR FRQÂżGHQFLDO D HVWH EHP FRPR D WRGRV RV WHUPRV GRFXPHQWRV H RX LQIRUPDo}HV UHODFLRQDGRV D RSHUDomR HP FRQIRUPLGDGH FRP DV GLVSRVLo}HV SUHYLVWDV QDV ,QVWUXo}HV &90 nÂşs 358 de 03/01/2001 e 476 de 16/01/2009.

SINDICATO DOS PERMISSIONĂ RIOS AUTĂ”NOMOS DO TRANSPORTE SUPLEMENTAR DE PASSAGEIROS DOS MUNICĂ?PIOS DA REGIĂƒO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE/MG. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA – AGE Conforme previsto no art. 18Âş inciso II, art. 21Âş alĂ­nea “aâ€? e art. 22Âş de seu Estatuto Social, o Sr. Mauricio dos Reis, Presidente do Sindicato dos PermissionĂĄrios AutĂ´nomos do Transporte Suplementar de Passageiros dos MunicĂ­pios da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte/MG, inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas JurĂ­dicas sob o nĂşmero 06.113.248/0001-45, CONVOCA os PermissionĂĄrios do Transporte Suplementar de Passageiros do MunicĂ­pio de Belo Horizonte, para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria – AGE - que realizarĂĄ no dia 12 de setembro de 2017, na sede do SINDPAUTRAS, na Rua Dr. Ă lvaro Camargos, 99, Bairro SĂŁo JoĂŁo Batista, nesta capital, com primeira chamada Ă s 15:00, com a presença mĂ­nima de 2/3 dos membros da categoria, Ă s 15:30 em segunda chamada com a presença mĂ­nima de 50% dos membros e, em terceira e Ăşltima chamada Ă s 16:00, com o nĂşmero de membros presentes, na qual serĂĄ apreciada e decidida a seguinte ordem do dia: Ă– 1) VOTAĂ‡ĂƒO PARA APROVAĂ‡ĂƒO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO - ACT DOS OPERADORES DO SISTEMA DE TRANSPORTE SUPLEMENTAR DE PASSAGEIROS DE BELO HORIZONTE – STSP; Ă– 2) ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DA CATEGORIA. A Assembleia serĂĄ realizada, impreterivelmente, Ă s 16:00 horas da citada data em Belo Horizonte, com qualquer nĂşmero de presentes. NOTA Ĺš 3DUD HIHLWR GH TXRUXP GHFODUD VH TXH R Q~PHUR GH SHUPLVVLRQiULRV GR 6763 p GH VHQGR TXH todos terĂŁo direito a voto associados ou nĂŁo associados ao SINDPAUTRAS; Ĺš 1mR VHUmR GLVFXWLGRV DVVXQWRV TXH QmR HVWHMDP QD SDXWD DFLPD Belo Horizonte, 02 de Setembro de 2017. MaurĂ­cio dos Reis - Presidente


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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POLÍTICA LAVA JATO

OPERAÇÃO BULLISH

DÉFICIT

Ministério Público pede absolvição de Lula

Mantega propõe acordo ao MPF para evitar sua prisão

Secretário faz defesa da reforma da Previdência

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal pediu na sexta-feira a absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele é réu acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Nas alegações finais do processo, que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal, o MPF pediu ainda a perda de benefícios de delação premiada por parte do ex-senador Delcídio do Amaral, que afirmou que Lula ordenou a ele que comprasse o silêncio do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. “O que se comprovou nos autos foi que não houve no caso uma orquestração geral para impedir que a Lava Jato avançasse na elucidação do mega esquema de corrupção por ela investigado. Foi uma atuação pessoal de Delcídio tentando salvar-se e, para tanto, buscando apoio financeiro junto a comparsas daquele esquema de corrupção, pessoas que também poderiam estar interessadas no silêncio de Cerveró”, afirmou o MPF nas alegações finais. “Ao final, dando errado sua estratégia, Delcídio lançou mão de sua última carta: atribuir os fatos a um terceiro, que na sua visão seria ‘a menina dos olhos da investigação’. E, com sua boa retórica, levou o MPF a erro, criando uma situação realmente esdrúxula: o chefe do esquema sagrou-se livre entregando fumaça.” O MPF também pediu nas alegações finais a absolvição do ex-presidente do BTG Pactual André Esteves. Delcídio, à época filiado ao PT e líder do governo da então presidente Dilma Rousseff, foi preso em novembro de 2015 por causa de uma gravação feita por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, na qual o então parlamentar ofereceu dinheiro, influência junto ao Supremo Tribunal Federal e até uma rota de fuga em troca do silêncio de Nestor Cerveró. Na conversa, Delcídio citou Esteves como um dos interessados na compra do silêncio do ex-diretor. O executivo também chegou a ser preso neste caso. Posteriormente, em acordo de delação premiada, Delcídio acusou Lula de ser o mandante da tentativa de comprar o silêncio de Cerveró e, assim, atrapalhar as investigações da Lava Jato. Em suas alegações finais, o MPF afirma que o acordo de delação firmado com Delcídio “padece de algumas falhas que determinam o rompimento do acordo firmado”. “Delcídio mentiu, ainda, ao atribuir a Lula a coordenação desse esquema de pagamento de valores pela compra do silêncio de Cerveró”, disse o MPF. “Assim agindo, escondeu do Ministério Público Federal sua real função de chefe no esquema referido, angariando benefícios que não receberia se a verdade prevalecesse. Assim, demonstrada a rescisão do acordo, caberá ao juízo, no momento da condenação, referir tal situação, com a consequência de não se aplicar qualquer benefício a Delcídio no presente processo”, ressaltou. (Reuters)

Ex-ministro está disposto a incriminar grandes empresas do País

São Paulo - O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou na sexta-feira, durante o Fórum Estadão, que existe possibilidade concreta de aprovação da reforma da Previdência ainda em 2017. Fazer a reforma agora, disse ele, evita a necessidade de medidas mais duras no próximo governo. “É bem mais interessante tocar a reforma este ano e aproveitar o ano de 2019 para discutir políticas públicas voltadas para a geração de emprego, o crescimento econômico”, afirmou. Por isso, segundo Caetano, aprovar as mudanças previdenciárias neste ano representam uma “vantagem política” para o próximo presidente da República. “Aprovar a reforma agora evitará uma pauta nas eleições (de 2018) que negue o déficit”, afirmou o secretário, mencionando críticas de opositores das mudanças na Previdência, com determinadas entidades afirmando que não há déficit nestas contas. “Se alguém negar o déficit, poderá cair em contradição em 2019”, observou. Caetano ressaltou que a reforma proposta pelo Planalto não acaba com o déficit da Previdência, mas impede que a dívida entre em trajetória insustentável. O secretário ressaltou que reformar a Previdência é tarefa complexa em qualquer lugar do mundo e que “focos de resistência” são normais e eram esperados em grupos que sofrem mais alteração com as mudanças. Antes do debate, Caetano disse a jornalistas que o governo está trabalhando “24 horas por dia e sete dias por semanas” para conseguir aprovar a reforma conforme o texto aprovado em maio na Comissão Especial formada na Câmara dos Deputados. Nos cálculos do governo, essa versão preserva 75% do impacto fiscal da proposta original do Planalto.

ANTONIO CRUZ / ABr

Brasília - O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega propôs ao Ministério Público Federal (MPF) em Brasília um acordo para evitar que seja preso preventivamente no qual vai atuar como uma espécie de colaborador das investigações da Operação Bullish - que apura suspeitas de irregularidades em negócios bilionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - e já se mostrou disposto a citar grandes empresas brasileiras, conforme a Reuters apurou com uma fonte a par das tratativas. O acordo foi proposto recentemente ao procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pela apuração. Ele aceitou os termos do acerto, que no momento está pendente de homologação pelo juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília. A proposta - chamada de “Termo de Ciência e Compromisso” - prevê que o ex-ministro petista vai ajudar os investigadores com informações. Em troca, Mantega não poderia ser preso preventivamente. Ele não confessa crimes - essa é a grande diferença em relação à delação premiada - e continua respondendo ao processo normalmente, podendo, no futuro, ser condenado ou absolvido. No entanto, outras medidas cautelares, como o bloqueio de bens, podem ser

O acordo de Mantega depende de homologação da Justiça

solicitadas pelos investigadores. Além disso, o Ministério Público também está livre para oferecer denúncia em relação a Mantega. Segundo uma fonte, nesse tipo de acordo também não há qualquer previsão de diminuição de pena em caso de eventual condenação de Mantega. Seria uma espécie de acordo de “lealdade processual”, no qual o acusado se coloca à disposição de ajudar. Não é a primeira vez que um acerto desses é proposto em investigações de escândalos de corrupção recentes. Na proposta de acordo, segundo uma fonte, Mantega mencionou fatos que vão além das operações do BNDES que envolvem a JBS, um dos principais focos da investigação da Bullish. Ele também envolveu a

Odebrecht - que, juntamente com a JBS, são duas importantes empresas que também estão na mira da Lava Jato - e citou as relações que manteve com os marqueteiros João Santana e Mônica Moura - responsáveis pelas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Em nenhum momento, segundo a fonte, Mantega admite ter atuado para esses grupos empresariais adotando medidas que seriam contrapartidas a eles. Ele foi o ministro da Fazenda mais longevo da história democrática brasileira, ficando no cargo entre 2006 e 2014. Ele também presidiu o BNDES no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fraudes - Entre os principais temas que os investigadores

do Distrito Federal estão explorando com o petista, segundo a reportagem apurou, são as supostas fraudes ocorridas no BNDES. O banco estatal é vinculado ao Ministério da Fazenda. Entre as operações que o Ministério Público no DF conduz sobre o tema está a Bullish, deflagrada em maio deste ano. Ela investiga o suposto favorecimento de empresas como o grupo J&F, controladora da JBS, com aprovação de investimentos de R$ 8,1 bilhões na expansão do grupo. Esse não é o primeiro acordo deste tipo assinado entre investigados e o Ministério Público Federal do Distrito Federal. Outros termos de ciência e compromisso foram firmados entre procuradores e alvos da operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão. Em setembro de 2016, Mantega chegou a ser detido temporariamente na 34ª fase da Lava Jato. A prisão, porém, foi revogada pelo juiz Sergio Moro. O motivo da revogação foi a situação de saúde da mulher de Mantega, que passava por uma cirurgia no hospital Albert Einstein. Na Lava Jato, o ex-ministro é acusado de solicitar ao empresário Eike Batista o repasse de R$ 5 milhões ao PT para pagar dívidas de campanha, em novembro de 2012. (Reuters/FP)

DELAÇÃO PREMIADA

Empreiteiro compromete Beto Richa Brasília - O dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, disse em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) que pagou R$ 12 milhões de propina a um intermediário do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Parte dos recursos foi entregue, segundo o delator, em um banheiro de uma secretaria e também camuflado em caixas de garrafas de vinho. Nesse montante está incluída uma mesada de R$ 100 mil paga em 2015, segundo Souza, que abasteceria as campanhas de Beto, de seu irmão e de seu filho em 2018. O governador nega as acusações. O intermediário do governador apontado pelo empreiteiro é Maurício Fanini, amigo de Richa que foi nomeado por ele diretor da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), braço da Secretaria de Estado de Educação. Fanini é ligado a desvios de cerca de R$ 20 milhões da construção de escolas públicas, segundo dados da Operação Quadro Negro. A reportagem teve acesso à delação. Outra reportagem publicada pela “Folha de S.Paulo” na sexta mostra que o mesmo delator também citou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Fanini chegou a ser preso devido ao seu envolvimento no esquema e é apontado pelos investigadores da

Quadro Negro como peça central da suposta quadrilha. Souza relatou ainda que Fanini fez com Richa uma “viagem da vitória” em novembro de 2014 para Miami e Caribe para comemorar a reeleição do político no primeiro turno ao governo do Paraná. O empreiteiro disse que deu US$ 20 mil em espécie ao servidor para levar no tour. O delator revelou que Fanini disse “que durante a viagem comprou um relógio Rolex e deu de presente para o Beto Richa. Depois ele me mostrou fotos dessa viagem e de outras situações de lazer com o Beto Richa”. Mesada - Souza afirmou no acordo de delação que, quando Fanini foi nomeado presidente da Fundepar, autarquia que cuidaria de toda a parte administrativa da Secretaria de Educação, inclusive da construção das escolas públicas, ele passou a dar uma mesada de R$ 100 mil que seria, segundo depoimento, direcionada ao governador. “A gente daria R$ 100 mil por mês a ele (Fanini), porque o Beto vai ser candidato a senador, o Pepe Richa (irmão do governador) vai ser candidato a deputado estadual e o Marcelo Richa (filho do governador) a deputado estadual”, disse. A mesada durou pouco tempo, segundo Souza, porque meses depois de assumir a Fundepar, Fa-

nini foi exonerado com a deflagração da Operação Quadro Negro. O delator afirmou que Fanini “dizia que era amigo pessoal do governador Beto Richa, com quem jogava tênis frequentemente, e as famílias se frequentavam mutuamente. O Fanini comentou comigo que tinha conversado com o governador e que a gente estava ‘bem’, por conta dos valores que estávamos arrecadando para a campanha dele”. O empreiteiro relatou que entregou R$ 12 milhões em espécie a Fanini desviados das construções de escolas públicas que nunca foram terminadas. “Ele (Fanini) disse que, conforme acertado com o governador, parte desses valores ficaria com ele e parte iria para a campanha (de Richa)”, detalhou. Souza relatou que os desvios chegavam ao tucano pela seguinte via: o empreiteiro repassava a propina a Fanini que direcionava parte do montante a Ezequias Moreira da Silva, outra parte a Ricardo Rached e outra parte a Luis Abi Antoum. Os dois primeiros são assessores de Richa no Palácio Iguaçu e o último, primo dele. O delator disse que primeiramente as entregas a Fanini aconteceram no banheiro da Sude, braço da Secretaria de Educação dirigido por ele. Posteriormente, os valores, segundo o delator, passaram a ser muito altos e, segundo a

versão dele, o dinheiro começou a ser camuflado em caixas de garrafas de vinho. Defesa - Por meio de nota, o governador Beto Richa classificou de “mentirosas” as declarações do delator. “O governador Beto Richa classifica as declarações do delator como afirmações mentirosas de um criminoso que busca amenizar a sua pena. Tais ilações sequer foram referendadas pela Justiça. E suas colocações são irresponsáveis e sem provas. O governador afirma que nunca teve qualquer contato com o senhor Eduardo Lopes de Souza e sequer fez ou pediu para alguém fazer qualquer solicitação a essa pessoa para a campanha eleitoral de 2014. Todas as doações eleitorais referentes à eleição de 2014 seguiram a legislação vigente e foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, disse. Segundo o governador, a “Procuradoria-Geral do Estado também entrou com ações civis públicas na 1ª, 4ª e 5ª varas da Fazenda Pública por dano ao erário contra a construtora Valor e pessoas ligadas à empresa, incluindo o senhor Eduardo Lopes de Souza. Os pedidos de indenização pelos danos causados ao Estado somam R$ 41.091.132,80. Há ainda ações de improbidade administrativa contra os envolvidos, que também buscam ressarcimento dos cofres públicos”. (FP)

Tributação - Durante o debate, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda afirmou que a reforma da Previdência evitaria mais aumento de tributação, seja sobre a folha de pagamentos ou outra fonte. Ele ressaltou que um dos principais objetivos é dar um tratamento igualitário entre trabalhadores do setor público e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ainda no evento, Caetano ressaltou que o governo tem projetos para rever a desoneração da folha de pagamentos para determinados setores. Perguntado se a delação da JBS prejudicou o andamento da reforma no Congresso, o secretário afirmou que “fatos específicos” e inesperados no mundo político podem alterar votos para a Previdência. Caetano destacou ainda que a medida provisória que reonera a folha de pagamentos não teve êxito e voltou a dizer que o governo estuda alternativas. (AE)


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CRISE

Temer pode antecipar volta ao País Presidente avalia encurtar viagem à China diante da perspectiva de nova denúncia ISAC NÓBREGA/PR

Brasília - Com a expectativa de ser atingido, nos próximos dias, por uma nova denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer estuda antecipar seu retorno da China. O presidente avalia antecipar em um dia sua volta da China para acalmar a base e tentar assegurar as votações necessárias para o governo, ante a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar uma nova denúncia contra ele. No Palácio do Planalto cresceram as informações de que a denúncia poderá ser feita antes do feriado de 7 de setembro. Auxiliares de Temer admitem que o presidente pode voltar antes do dia 6 de setembro da reunião da cúpula dos Brics para iniciar a articulação política e tentar, mais uma vez, barrar o avanço da denúncia contra ele na Câmara. Além disso, o presidente quer acompanhar de perto a elaboração de sua defesa jurídica da acusação formal por obstrução de Justiça e formação de quadrilha. Na China para a reunião da cúpula dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-, o presidente discute com assessores se participa ou não de toda a programação, que vai de domingo à próxima terça-feira. A ideia era que o peemedebista cumprisse a agenda na Ásia e retornasse ao Brasil para participar do desfile de 7 de setembro, em Brasília. Temer deveria chegar ao Brasil na noite do dia 6, mas estuda chegar na terça-feira, quando os parlamentares estariam apreciando os destaques das novas metas fiscais. Essa votação - em que o governo cochilou e não conseguiu que fosse concluída na madrugada da última quarta-feria -- fez com que o presidente redobrasse a atenção com os riscos. “O problema é concluir a votação da meta para apresentar um orçamento real e não o que foi apresentado, que todos sabem que é errado”, disse uma fonte palaciana. Temer já havia esvaziado

sua comitiva à China para que seus principais ministros acompanhassem a evolução da votação de pautas importantes no Congresso e fizessem a defesa do governo caso o procurador-geral, Rodrigo Janot, apresentasse a segunda denúncia contra ele. O Palácio do Planalto espera que Janot apresente a peça antes de deixar o cargo, em 17 de setembro. Os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil), este inicialmente previsto na comitiva à China, permaneceram em Brasília. A votação da revisão da meta fiscal e as negociações em torno de uma nova proposta do Refis eram cruciais para a equipe econômica, e O presidente Temer discute a redução de sua agenda na China prevista até terça-feira Temer e Meirelles avaliaram que era melhor que o ministro cuidasse pessoalmente desses temas.

Maia: acusação seria “muito ruim”

“Mau humor - Aliados do presidente avaliam que, às vésperas da segunda denúncia, o clima no Congresso é de “mau humor” com o Planalto. Parlamentares de partidos da base afirmam que não tiveram suas demandas completamente atendidas mesmo depois de ajudarem a barrar a primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, na Câmara no início do mês. O centrão é o principal foco de insatisfações e pressiona o presidente, inclusive, para demitir o ministro da articulação política, Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo). A avaliação de integrantes da cúpula do Congresso é a de que Temer gastou muito capital político para pagar emendas e distribuir cargos aos aliados para se salvar na primeira denúncia. Agora, com o Orçamento mais magro e menos cargos para diminuir, a fatura ficou mais alta. Em meio à ameaça de nova denúncia, Temer avalia antecipar retorno da China O governo teme a paralisia que uma nova denúncia pode causar por algumas semanas, apesar de garantir que tem, como da primeira vez, apoio para barrar mais um processo.

Vitória - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na sexta-feira que uma segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer seria “muito ruim” e teria que tramitar “rapidamente” na Casa. “Se acontecer (a denúncia), acho que é muito ruim. De fato, a agenda da Câmara dos Deputados ficará limitada. O importante é que, se a denúncia vier, que aconteça rapidamente, dentro dos prazos regimentais, porque temos a reforma da Previdência para votar ainda neste segundo semestre”, afirmou Maia. O democrata assumiu a Presidência da República em razão da viagem de Michel Temer (PMDB) à China. “A gente precisa que esses assuntos possam ser superados, sem ser evitados”, disse, em evento de inauguração de estrada em Jaguaré (ES). Maia é presidente interino da República, em princípio, até o próximo dia 6, enquanto Michel Temer não volta de viagem à China. No Espírito Santo, além de inaugurar a estrada que liga a BR-101 a Jaguaré, ele deu ordem de serviço para a construção de uma barragem -ambas obras sem dinheiro federal. Maia ainda elogiou o governador Paulo Hartung (PMDB), que negocia abandoUm líder da base aliada admitiu à Reuters que a base aliada está “frágil” e “vulnerável” e que o governo precisa cuidar dos aliados se quiser barrar a denúncia e ainda manter a sua agenda de votações - -como a

nar seu partido e se filiar ao DEM, em meio à estratégia de expansão nacional da legenda. É a segunda visita que Maia faz a Hartung neste ano. Procurada, a assessoria do governador se limitou a dizer que o “convite está aberto”. O presidente da Câmara também voltou a defender a construção de um “novo centro” para tirar o País da crise, como fez no congresso do PC do B em São Paulo na última quarta-feira. “Nem direita, nem esquerda. O centro é que precisa ser um ambiente em que possamos sentar e construir maioria e consenso. Precisamos construir um novo Brasil, que precisa privilegiar as pessoas que mais precisam”, discursou. Apesar do discurso contra a polarização, criticou o “Brasil dos últimos anos”, em que fizeram “discursos falsos, prometendo aumentos, sem fazer contas”. “Promessas irresponsáveis foram avançando e chegou neste momento em que temos um Brasil quebrado. Precisamos começar a falar a verdade, porque a mentira dos últimos anos gerou toda a crise que vivemos hoje”, disse, referindo-se aos governos petistas. Depois da inauguração, ele seguiu para uma agenda com empresários do setor de rochas ornamentais no Palácio Anchieta, em Vitória. (FP)

conclusão da votação da meta fiscal e a agenda de reformas. “A votação da meta mostrou que há, sim, insatisfação na base”, afirmou esse líder, que preferiu comentar sob a condição do anonimato.

Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal analisar a denúncia, são necessários dos votos de 342 dos 513 deputados. Na primeira denúncia, foram 227 os votos pela autorização. (Reuters/FP)

Janot diz que Rocha Loures era intermediário Brasília - Sem mencionar o presidente Michel Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-deputado e ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures era um “intermediário do líder da organização criminosa” e disse ainda que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha era “um dos mandantes do esquema espúrio”. “Como se vê, não há identidade ou similaridade relevante entre circunstâncias fáticas que fundamentaram as prisões preventivas de Rodrigo Rocha Loures e Eduardo Cunha”, disse Janot. “Enquanto um deles era um intermediário do líder da organização criminosa, o requerente era virtualmente

um dos mandantes do esquema espúrio, ao qual coube, por anos, articular diversas pessoas nos mais variados níveis do Estado para instrumentalizar a máquina pública no atendimento de interesses privados. Sua periculosidade é tamanha que, mesmo preso, ainda intimida grandes empresários e agentes políticos destacados, incluindo o presidente da República”, acrescentou. O comentário do procurador-geral é mais uma indicação de que deverá denunciar novamente Temer ao Supremo Tribunal Federal antes de deixar o cargo, no dia 17 de setembro. Cunha - Janot manifestou-se contrariamente ao pedido da defesa de Cunha para estender a ele a liberdade concedida a Rocha Loures. No texto, de 29 páginas, o

procurador-geral afirmou que não há qualquer relação entre as condutas praticadas pelos dois a fim de justificar tal decisão. Para o chefe do Ministério Público Federal, Rocha Loures era “mero mandatário” de outro agente enquanto a participação de Cunha no esquema criminoso era muito mais relevante. Segundo ele, o PMDB montou uma organização criminosa, da qual Cunha era “um dos mais importantes atores”, a ponto de instrumentalizar a presidência da Câmara para a “reiterada prática de crimes”. “Nesse sentido, a participação do requerente nos aparatos ilícitos (ao menos parcialmente) desarticulados por meio da ‘Operação Patmos’ é significativamente mais gravosa que a de Rodri-

go Rocha Loures”, disse Janot, ao comentar que Cunha usava principalmente sua capacidade de influenciar os colegas da Câmara para a prática de cometer delitos “de toda sorte”. Para manter o ex-presidente da Câmara na cadeia - ele já foi condenado pela Operação Lava Jato -, Janot reforçou ainda que, mesmo com prisão preventiva também decretada na operação deflagrada a partir da delação de executivos da J&F, foi insuficiente para coibir a atividade delinquente dele. “Nesse período, não só recebeu valores indevidos como se articulou com outros membros da organização criminosa - em particular Lúcio Bolonha Funaro-- para obstar e criar embaraços às investigações em curso”, destacou Janot.

PP - A menos de três semanas de deixar o cargo, o procurador-geral da República denunciou nta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal parlamentares do PP investigados na Operação Lava Jato, segundo duas fontes informaram à Reuters. A denúncia, enviada ao STF sob sigilo, diz respeito a um inquérito aberto em março de 2015, época em que foi elaborada a chamada primeira lista de Janot com alvos da operação. Não é possível também saber quais crimes os acusados foram denunciados. A acusação criminal, segundo as fontes, não envolve todos os parlamentares do PP que eram investigados. Entre ex e atuais parlamentares, o inquérito já chegou a envolver 30 integrantes do partido. (Reuters)

JBS vai complementar delação Brasília - Os delatores da empresa JBS terão mais 60 dias para entregar informações complementares dentro do acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão é do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atende a pedidos tanto da JBS quanto da PGR. O último dia do prazo previsto para a entrega de anexos complementares era a última quinta-feira e agora passa a ser no fim de outubro. Na decisão, Fachin considerou que a prorrogação não gera “mudança substancial” no acordo e que não há motivos para rejeitar o pedido se a finalidade é trazer maior eficácia e efetividade à colaboração premiada. Além disso, afirmou que há precedente no Supremo Tribunal Federal de prorrogação de prazo e que a lei que trata das delações premiadas não prevê nenhum impedimento a isso. O pedido de prorrogação foi feito às vésperas do fim do prazo de quatro meses que os delatores tiveram desde a assinatura dos acordos de delação premiada para apresentarem o complemento. Os delatores que fizera o pedido são os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista - donos do grupo J&F, que controla a JBS -, Ricardo Saud, Demilton Antonio de Castro, Valdir Aparecido Boni, Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva. Anexos - Ainda sem saber se teriam o novo prazo concedido, os advogados da JBS apresentaram na quinta-feira anexos complementares da delação feita pelos executivos da empresa. Há entre os novos anexos repassados à Procuradoria-Geral da República a explicação de como deve ser feita a leitura de planilha entregue pelo diretor Ricardo Saud, que indica doações da JBS a mais de 1,8 mil políticos. No material, a JBS aponta quais doações foram fruto de corrupção e quais foram caso de caixa 2 - quando não há registro oficial da doação, mas a empresa não negociou nenhuma contrapartida para o repasse do dinheiro. Há anexo também sobre os contratos das empresas do grupo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os advogados da JBS argumentaram, no pedido de prazo extra, que a homologação do acordo de leniência da empresa J&F, que controla a JBS, “facilitará o acesso e a juntada de novos dados de corroboração”. Os advogados pedem mais prazo “para a checagem de listas de documentos e planilhas, a fim de apresentar esclarecimentos mais robustos e efetivos”. “Todos os esforços na busca de elementos e dados de corroboração referentes aos complementos de seus relatos em colaboração premiada”, disseram os advogados da JBS. Na manifestação em que endossou o pedido da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que os colaboradores têm prestado depoimentos, apresentado elementos de corroboração sobre anexos novos e aprofundado alguns outros anexos já apresentados. (AE)


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SAÚDE

População de Araxá ganha hospital de R$ 47 milhões Inauguração será este mês THAÍNE BELISSA

A população de Araxá, no Alto Paranaíba, vai finalmente conhecer o novo hospital da Unimed, que será aberto ao público na segunda quinzena de setembro. Com investimento de R$ 47 milhões, o hospital tem 9,6 mil metros quadrados de área construída e será o maior da cidade. Com estrutura para procedimentos de média complexidade, o hospital vai melhorar o atendimento em Araxá, mas também em outras cinco cidades da região, além de diminuir a evasão de pacientes para outras regiões, que atualmente gerava uma perda de R$ 1,5 milhão por mês para a Unimed Araxá. A construção do hospital segue uma tendência das operadoras de saúde de investimento em rede própria. O presidente da Unimed Araxá, Aylan Melo, afirma que a região do Alto do Paranaíba, assim como boa parte do Estado, sofre com a ausência de investimento público em saúde. Por isso, a Unimed tem investido cada vez mais em estrutura

própria, a fim de garantir a entrega dos serviços de saúde. “Nossa região está muito defasada e tem um grande deficit de leitos. Diante disso, a Unimed entendeu que era preciso investir em um hospital que, do ponto de vista arquitetônico e de equipamentos, será o mais moderno da região”, afirma. O novo hospital terá unidade de terapia intensiva (UTI) e pronto atendimento (PA) 24 horas para atendimento pediátrico, clínico-geral e de especialidades. Serão 10 leitos de UTI e outros 10 de observação no PA; 60 vagas de internação, além de laboratório, farmácia e centro de diagnóstico por imagem. Ao todo, a Unimed investiu R$ 47 milhões na estrutura, sendo 100% de capital próprio. Desse montante, R$ 32 milhões foram investidos na parte estrutural da obra e R$ 15 milhões na aquisição de equipamentos. O novo hospital gerou 240 empregos diretos, entre profissionais de saúde, como enfermeiros e fisioterapeutas, de

Hospital tem 9,6 mil metros quadrados de área construída, com estrutura para procedimentos de média complexidade

administrativo, limpeza, vigilância, entre outros. Melo acredita que o novo hospital será um grande reforço para a saúde na região. Segundo ele, além de Araxá, a Unimed atende outros cinco municípios próximos: Perdizes, Campos Altos, Ibiá, Pratinha e Tapira. Juntas, as seis cidades têm 160 mil habitantes, sendo 45 mil clientes Unimed. Devido à alta demanda pelos serviços da operadora e a pouca oferta de leitos, muitos clientes que moram nessas cidades tinham que viajar para municípios mais longe, como Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a fim de encontrar atendimento em outros hospitais credenciados à rede. Essa evasão de clientes gerava perda de R$ 1,5 milhão por mês para a Unimed Araxá, número que deve ser diminuído com a abertura do hospital na cidade. O presidente acredita

que o novo hospital deve atrair ainda mais clientes para a operadora. Segundo ele, esse incremento já vem acontecendo há alguns meses, desde quando a população tomou conhecimento da construção. “Mesmo com a crise econômica temos visto nossa carteira de clientes crescer: nos últimos seis anos, crescemos cerca de 200% e a construção do hospital foi um dos motivos de atração”, analisa. Além da atração de novos clientes, a operadora garantirá sua manutenção na região por meio de uma gestão eficiente. Prova disso é o planejamento sustentável do novo hospital, que prevê captação de água da chuva para descarga e serviços de jardinagem, aquecimento de líquidos por energia solar ou a gás, e geração de energia fotovoltaica. Estima-se que o custo de manutenção mensal do hospital seja de R$ 1 milhão.

EDUCAÇÃO

Faculdade Unimed lança primeiros cursos

LEO LARA / DIVULGAÇÃO

ANA CAROLINA DIAS

Credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) em agosto do ano passado, a Faculdade Unimed lança seus dois primeiros cursos de graduação. Com duração de dois anos e seis meses, as aulas dos cursos tecnólogos de Gestão Hospitalar e Gestão de Cooperativas começam em fevereiro de 2018 e o vestibular para selecionar os candidatos está marcado para o final de 2017. Dados apresentados pelo 12º Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro reforçam a importância da capacitação proposta pelo curso de Gestão de Cooperativas, uma vez que mostram crescimento de 13,3% nas movimentações financeiras em Minas Gerais no ano de 2016 comparado com 2015. O curso de Gestão Hospitalar também se mostra relevante para um setor que representa 9% do PIB brasileiro e congrega 298.415 mil estabelecimentos de serviços em saúde no País. Para o executivo de desenvolvimento e responsabilidade social da Fundação Unimed, Ary Célio de Oliveira, a escolha dos dois cursos busca contribuir para a formação de gestores nessas duas áreas que, segundo ele, apresentam demanda de profissionais pelo crescimento apresentado nos últimos anos. “Com quase 780 cooperativas em

A nossa intenção é, cada vez mais, ampliar a oferta de cursos, afirmou Oliveira

Minas Gerais, é função da nossa Faculdade pensar na sucessão e na qualidade da gestão dessas cooperativas. Além disso, são quase 300 mil instituições hospitalares ou similares no Brasil que também representam uma grande demanda. Daí a nossa intenção de formar profissionais para atender a necessidade desses mercados por gestores”, comenta Oliveira. Além da matriz curricular e da qualidade do corpo docente, Oliveira destaca que o principal diferencial da Faculdade é favorecer a inserção no mercado corporativo disponibilizando a estrutura do Sistema Unimed. “A expectativa de um

aluno que começa um curso de graduação é, ao sair, ter a oportunidade de inserção no mercado. Vamos criar um diferencial com estágios nos nossos hospitais e cooperativas para que eles façam, inclusive, programa de trainee visando à inserção no mercado de trabalho”, afirma o representante da Fundação Unimed. Conforme previamente estabelecido pelo MEC, serão oferecidas 80 vagas em duas turmas para aulas presenciais que vão acontecer na sede da Faculdade, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte. Além de expandir os dois primeiros cursos tecnólogos da modalidade presencial

para Educação a Distância (EAD) na busca alcançar mais alunos, o planejamento, segundo Oliveira, é viabilizar outras opções de graduação nas áreas de saúde, gestão e cooperativismo, incluindo a possibilidade do curso de medicina. “A nossa intenção é, cada vez mais, ampliar a oferta de cursos. Estamos trabalhando com uma perspectiva de, ao longo do tempo, oferecer cursos de graduação em enfermagem, nutrição e, no futuro, até o curso de medicina”, explica.

SAZONALIDADE

Venda de brinquedos deve crescer 10% com Dia das Crianças e Natal MÍRIAN PINHEIRO

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) estima crescimento superior a 10% nas vendas para o Dia da Criança e Natal. A previsão é do presidente da entidade, Synésio Batista da Costa. A expectativa confirma que a economia dá ligeiros sinais de reação, e a indústria do brinquedo acompanha, registrando, no primeiro semestre do ano, crescimento 2,5% acima do apurado no mesmo período de 2016. Para o Dia das Crianças, mais de mil novos brinquedos estarão chegando às lojas. De acordo com o presidente da Abrinq, o mercado nacional do brinquedo deve movimentar este ano perto de R$ 9 bilhões no varejo, e as vendas da Semana da Criança podem representar 35% desse total. Minas Gerais é o terceiro maior mercado em matéria de vendas por estado, com 8,3% do total, perdendo apenas para Rio de Janeiro (9%) e São Paulo (33%). As fábricas de brinquedos instaladas em Minas representam 0,9% do parque fabril nacional - com destaque para a gigante Estrela, com fábrica em Três Pontas, no Sul de Minas. Com a transferência de pedidos de brinquedos importados para a indústria nacional, o desempenho do setor no País registrado nos últimos anos deve se manter, prevê o presidente da Abrinq. Já o volume de importações em Minas (de 1,34%), embora pequeno, segue maior que o de exportações, de 0,24%. Os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos são referentes às vendas de 2016. No ano passado, a renda total da indústria do setor de brinquedos foi de R$ 6 milhões, sendo que apenas a produção nacional rendeu R$ 3,4 milhões. Esses valores mostram um aumento de 7% em relação ao ano de 2015. Costa estima que em mais quatro anos a produção nacional deverá atingir 70% do mercado. Curva crescente - “As encomendas para o Dia da Criança e Natal dão sinais de que a indústria nacional vai continuar avançando”, constata Costa. Segundo ele, os preços dos brinquedos estão estagnados,

e cerca de 60% da oferta estão na faixa de R$ 50. “A indústria está apostando no aumento do consumo per capita”, avalia. Dados da entidade mostram que as vendas de brinquedos com valores acima de R$ 100 reduziram sua participação nas vendas, de 19,9% em 2008 para 13,5% no ano passado. As vendas de brinquedos registraram crescimento nas faixas de preços entre R$ 51 e R$ 100 (de 14,1% em 2008 para 18% em 2015) e de R$ 31 a R$ 50 (de 19,5% em 2008 para 23% em 2015). Ainda de acordo com a Associação, a maior parte das crianças prefere brincar com bonecas e bonecos, ocupando o primeiro lugar na escolha, no ano passado, com 18,7%. Em seguida, a venda dos carrinhos, com 15,1%, a de patins, patinetes e carinhos a bateria, com 12%, e os brinquedos que reproduzem o mundo real com 10,2% das vendas. Já o presidente do Sindicato da Indústria de Brinquedos, Instrumentos Musicais e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindbrinq), Roberto de Paiva, projeta um crescimento de 5% nas vendas de brinquedo no Estado para o Dias das Crianças. Também, na visão dele, o mercado mineiro, assim como o nacional, permaneceu estável nos últimos três anos, sem queda na produção, nas vendas e mesmo na geração de emprego. “A crise não impactou a indústria nacional. Foram 5 mil empregos gerados pelo setor só em Minas. Mas, ainda assim, o Brasil permaneceu no 45º lugar no mundo em consumo per capita”, diz. Crítico em relação à maneira com que a sociedade brasileira consome pouco o brinquedo. “Ele é considerado um produto supérfluo, por isso chega caro ao consumidor. O brinquedo sofre um confisco que onera o preço em 20%”, indigna-se. Paiva explica que a indústria brasileira de brinquedos paga o imposto que seria devido pelo comércio. Isso acontece, ele diz, em razão da Substituição Tributária (ST), que é o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte. “Isso é irregular, ilegal e inconstitucional”, denuncia.

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NEGÓCIOS INOVAÇÃO

COMPUTADORES

SafeTest identifica diversas doenças

Assespro-MG e Fumsoft apoiam programa da Plataforma desenvolvida na UFMG busca fatia de um mercado de US$ 100 bilhões Prodabel ALYSSON LISBOA/DIVULGAÇÃO

ANA CAROLINA DIAS

DA REDAÇÃO

A mineira SafeTest Diagnósticos busca se estabelecer em um mercado que movimenta mais de US$ 100 bilhões em todo o mundo com uma tecnologia desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Por meio da integração de ciência e mercado, a plataforma escalável desenvolvida pela startup consegue identificar, de forma rápida e precisa, antígenos específicos e vem atender a uma demanda do mercado de testes de diagnósticos por métodos mais eficazes para detecção precoce de doenças infecciosas como dengue, zika, febre amarela, sífilis, HIV, brucelose e febre aftosa. Para a CEO da SafeTest, Janayna Bhering, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível é imprescindível para aumentar as chances de cura. “Atualmente, a trajetória que vai dos sintomas ao diagnóstico de determinada doença do paciente é um processo moroso. A expectativa é de que possamos ajudar com uma resposta rápida de que tipo de doença a pessoa tem, para diagnosticar da maneira mais rápida e auxiliar no tratamento”, ressalta. Aceleração - Em fase pré-comercial, consolidada para realizar o processo de produção e distribuição do primeiro produto nacionalmente, a SafeTest foi selecionada para participar do programa de aceleração Leap International, conduzido pela consultoria brasileira-canadense Dream2B. Único programa de aceleração direcionado exclusivamente para empresas brasileiras no Canadá, o Leap International selecionou neste ano oito startups que, durante o mês de setembro, terão a oportunidade de conhecer o potencial de internacionalização de seus produtos, além de passarem por uma capacitação para começar a idealizar a expansão para outros países. Janayna Bhering comenta sobre as expectativas e a possibilidade de investi-

Para Janayna Bhering, iniciar o tratamento o mais rápido possível é imprescindível para aumentar as chances de cura

mentos que o programa pode proporcionar. “O objetivo desse programa é que nós possamos passar por treinamentos, workshops, consultas individuais de mentorias com especialistas canadenses, fazer visitas técnicas e vamos ter alguns encontros com investidores que tem potencial de aportar recursos no nosso negócio”, afirma. A empresa está estruturada em duas áreas de negócios direcionadas aos diagnósticos humanos e animais. De acordo com a CEO, a linha para pacientes humanos tem como foco de vendas hospitais, clínicas de diagnóstico e, no médio e longo prazos, drogarias. Já no caso dos animais, a plataforma vai atender segmentos pet e agronegócio

para ser utilizada em clínicas e hospitais veterinários por profissionais da área, além de laboratórios de análise e na agroindústria. “Até para uma questão de mudança cultural, a ideia é que possamos disponibilizar testes em farmácias para que as pessoas comprem para saber se tem Dengue, por exemplo. Nos outros dois segmentos, direcionados aos animais, há a possibilidade, para a agroindústria, de testes em rebanhos antes do abate”, descreve Janayna Bhering. Teste rápido para leishmaniose - Com uma equipe que possui mais de 20 anos de experiência no mercado de diagnósticos, formada pelos pesquisadores e professores, Daniela Bartholomeu, mestre em Biologia Mole-

cular, doutora em Bioquímica e Imunologia, com pós-doutorado em genoma de parasitos e Ricardo Fujiwara, doutor e pós-doutor em Parasitologia, professor do Departamento de Parasitologia da UFMG e pesquisador colaborador da Fiocruz, a SafeTest já possui um produto mínimo viável (MVP) e o primeiro produto a ser comercializado, de acordo com o planejamento da empresa, é um teste de diagnóstico rápido de leishmaniose canina. Transmitida pela picada de mosquitos, a doença é uma das que mais afeta os cães no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que 90% dos casos da leishmaniose visceral canina na América Latina acontecem no País e a enfermidade é

classificada entre as seis endemias prioritárias no mundo. Com um período de incubação de 3 meses a 6 anos nos animais, a leishmaniose, em muitos casos, pode ser assintomática, o que aumenta ainda mais a relevância do teste oferecido, como reforça a CEO Janayna Bhering. “Considerada um caso de saúde pública em pelo menos 100 países, só no Brasil são diagnosticados, anualmente, mais de 600 mil animais com a doença. Nossa tecnologia se refere ao isolamento e produção de um antígeno específico, eficiente no diagnóstico de leishmaniose visceral. O teste consegue detectar inclusive as infecções nas quais não há evidência de manifestações clínicas”, confirma.

INTERNET

Domínio “bhz.br”, da Capital, já está no ar DA REDAÇÃO

Os usuários de internet já podem registrar os nomes de seus negócios, profissões, prestações de serviços, ideias, entre inúmeras opções, sob o “bhz.br”. O nome representa o município de Belo Horizonte entre os Domínios de Primeiro Nível (DPNs/categorias) criados e mantidos pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Para cadastrar os domínios de interesse associados ao apelido da cidade, basta acessar o sítio do Registro.br. O nome “bhz.br” - assim como “jampa.br”, “floripa. br”, “poa.br”, “vix.br”, “recife.br”, entre outros DPNs - foi criado pelo NIC. br a partir da chamada de sugestões, em que usuários de internet preenchem um formulário on-line e indicam o nome ou apelido

pelo qual a cidade é tratada e reconhecida. “Para o NIC. br, é de suma importância manter o diálogo aberto e consultar as preferências da comunidade antes de ampliar as opções para o registro do ‘.br’”, explica o diretor presidente do NIC. br, Demi Getschko. Pessoas físicas e jurídicas legalmente representadas no Brasil podem registrar domínios como “meunome.bhz.br”, “minhaempresa.bhz.br”, “minhaideia.bhz.br”, entre outras diversas possibilidades. Todas as regras para o registro dos domínios “.br” estão disponíveis no sítio do Registro. br. Com a criação do “bhz. br”, o NIC.br encerra a chamada de sugestões des com mais de 500 mil para Belo Horizonte. habitantes que ainda não Novos DPNs - O processo tiveram DPNs criados (veja continua aberto, no entan- a relação no sítio da camto, para outras localida- panha). O NIC.br reforça

REPRODUÇÃO

que não há premiação ou remuneração - o objetivo é receber contribuições espontâneas de apelidos e nomes já consagrados

para novos domínios de cidades. A divulgação dos próximos DPNs acontecerá por meio do sítio do NIC.br.

Diversas são as ações voltadas para infraestrutura e capacitação de pessoas de todas as idades, segundo Wellington Ferreira Cardoso, da Superintendência de Inclusão Digital da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). “Merecem destaque a utilização de 302 telecentros espalhados pelas nove regionais de Belo Horizonte, a carreta equipada com computadores que roda por toda a Capital, a realização de cursos de capacitação em diversas áreas e o recondicionamento e distribuição de computadores, que são doados por entidades públicas, privadas e pela sociedade civil”. O programa conta também com a instalação de hotspots, que oferecem acesso gratuito à internet em praças, parques, vilas e pontos turísticos. Visando contribuir com essa iniciativa, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG) e a Sociedade Mineira de Software (Fumsoft) firmaram uma parceria com a Prodabel para incentivar a doação de equipamentos de informática e periféricos em desuso, obsoletos, inservíveis ou não, além de mobiliários como cadeiras, mesas para computadores, impressoras e armários. Os equipamentos recondicionados serão utilizados nos Centros de Inclusão Digital, já os inaproveitáveis serão doados para entidades recicladoras devidamente certificadas para essa finalidade. “O apoio das entidades de TI é fundamental e nos faz ter a certeza que o trabalho está no caminho certo. Toda ajuda é bem-vinda. A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas e todos precisam contribuir para oferecer oportunidades, principalmente para os que estão em situação de vulnerabilidade social e possuem menos acesso”, ressalta Cardoso. Os resultados do programa BH Digital são expressivos e prometem ser ainda maiores nos próximos anos, uma vez que a atual administração da Prodabel e da própria Prefeitura querem ampliar as atividades. De acordo com Cardoso, diversas propostas e estudos nesse sentido já estão em andamento. Uma das alternativas é buscar parcerias com outras esferas de governo, como por exemplo no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “Até agora, o Programa BH Digital já qualificou cerca de 10 mil jovens e adultos. Muitos deles, inclusive, conseguiram sua primeira oportunidade de emprego ou optaram pela continuidade dos estudos graças ao curso de capacitação oferecido gratuitamente. Em relação ao recondicionamento de computadores, cerca de 8 mil máquinas já foram reconstruídas e distribuídas para os Telecentros e outras entidades”, enfatiza.


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DC TURISMO PROMINAS DIVULGA;’AO

IMBRÓGLIO

Reforma do Minascentro gera prejuízos para o trade Eventos no local serão transferidos DANIELA MACIEL

O anúncio realizado na última semana de agosto dando conta do fechamento do Minascentro para obras, a partir de janeiro de 2018, tem causado rebuliço junto à cadeia produtiva do turismo em Belo Horizonte. Os últimos eventos a serem realizados no centro de convenções que fica no hipercentro da Capital, serão este mês. A partir daí o espaço será fechado e todos os compromissos marcados remanejados, sem custo, para o Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), na região Oeste. O texto divulgado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), responsável pelo espaço, não esclarece prazo de entrega da obra ou valores, já que o edital ainda está em

andamento. “Serão realizadas intervenções no sistema hidráulico, de energia e de ar-condicionado, bem como no telhado a partir de janeiro de 2018, objetivando garantir segurança, conforto e bem-estar aos usuários, além de assegurar a adequada manutenção estrutural do edifício e a preservação do empreendimento. O processo licitatório das obras está em fase de estudo. Em função dessas obras emergenciais, as atividades do local serão temporariamente suspensas”, atestou o documento. Para o secretário-executivo do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, Hernani de Castro Júnior, a medida é descabida e pode afetar a credibilidade de Belo Horizonte como destino turístico de negócios. “É um absurdo o fechamento do Minascentro dessa forma intempestiva. Mesmo que a

Espaço iria sediar um grande evento do setor de aviação em 2018; negociação para trazê-lo para BH durou uma década

mudança de local não gere mais custos para os organizadores isso demonstra amadorismo de toda a cadeia produtiva. Um congresso médico, por exemplo, é marcado com três ou mais anos de antecedência. Isso não pode acontecer”, reclama Castro Júnior. Em esclarecimento divulgado dia 1º de setembro, a Codemig aumentou a possibilidade para os eventos com dificuldade para com o remanejamento. “A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) esclarece que os eventos agendados até dezembro de 2017 que não puderem ser realocados para o Expominas Belo Horizonte ou outros locais,

sem nenhum custo adicional para os organizadores, poderão ser realizados no Minascentro”, informou a nota. A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Minas Gerais (Abih-MG), Erica Drumond, engrossa o coro. A entidade já solicitou audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o tema. Está sendo organizado, também, um abraço simbólico ao prédio que faz parte da história da cidade. “O governo não pode atrapalhar o setor dessa maneira. Não existe fechamento de um equipamento como esse. Ninguém fecha um hotel ou um hospital para reforma. Queremos

que a Codemig detalhe o projeto nessa audiência. Não podemos jogar fora todo o trabalho feito de divulgação, promoção e captação de eventos realizados dessa maneira. Temos, por exemplo, um grande evento do setor de aviação marcado para outubro de 2018. Vamos poder realizá-lo? Demoramos uma década para trazê-lo para Belo Horizonte”, pontua Erica Drumond. A assessoria da Codemig foi procurada, mas até o fechamento da edição nenhuma fonte da empresa foi disponibilizada para comentar sobre o assunto. Linha do tempo - O Minascentro foi criado em 1981 pelo Decreto Estadual nº

21.226 para sediar o encontro das artes, cultura, indústria, comércio, ciência e turismo. Sua inauguração oficial ocorreu em 15 de março de 1984. A Codemig assumiu a gestão do espaço em conformidade com a Lei nº 22.287, de 14 de setembro de 2016. Indutora do desenvolvimento econômico mineiro, a empresa vem adotando o modelo de concessão de uso de espaços públicos, a título oneroso, à iniciativa privada, a empreendedores com capacidade e expertise devidamente comprovadas, no intuito de implementar dinamismo e operacionalidade aos empreendimentos, sendo remunerada, principalmente, por royalties sobre a receita bruta.

LEGISLAÇÃO

Política nacional precisa favorecer negócios no setor

DANIELA MACIEL

Buscando dar ao setor turístico maior agilidade e adequação às novas práticas comerciais próprias do século 21, mais colaborativas e menos burocráticas, o Poder Executivo enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n° 7413/2017, que altera a Política Nacional de Turismo, estabelecida pela Lei n° 11.771/2008. Tramitando em regime de prioridade, ele ainda será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Turismo; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O projeto amplia o conceito e faz um ajuste na Política Nacional do Turismo, ampliando o entendimento sobre preservação da identidade cultural na atividade turística. Para o secretário-executivo do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHC&VB), Hernani de Castro Júnior, a proposta atende demandas antigas do setor. “Essa é uma luta de muito tempo. Esse é um projeto tecnicamente bem preparado, um avanço. Mas pode passar por muitas alterações ao longo da tramitação”, avalia Castro Júnior. Um dos principais pontos do projeto é a criação de Áreas Especiais de Interesse Turístico (AEITs), que tem como objetivo potencializar a atração de investimentos para determinadas áreas, estimulando a regionalização do turismo, aumentando a geração de emprego e renda e contribuindo para a competitividade do setor turístico brasileiro. As AEITs não são, exatamente, uma novidade, já que estavam previstas

na Lei n° 6.513/1977, mas nunca foram efetivamente implementadas. A lei da década de 1970 é revogada pelo projeto. Em nota, o Ministério do Turismo (MTur) reafirma os objetivos da proposta: “Para o turismo concretizar seu papel como indutor da economia regional e nacional, com impacto em 53 segmentos, é necessário criar um ambiente que favoreça os negócios e que responda aos desafios desse competitivo setor”, explica o Ministério. De acordo com o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade, criado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, o projeto atende às principais demandas do setor e foi concebido após um longo debate do Conselho e outros órgãos associativos com o Ministério. “Essa negociação envolveu toda a expertise do Conselho e foi gestada durante um mês há quase um ano. Agora estamos fazendo um aprimoramento. A intenção, já conversada com o presidente da Câmara (Rodrigo Maia/Democratas-RJ), é votar no dia 27 de setembro - Dia Mundial do Turismo - em um só ‘pacote’ a Lei Geral, a transformação da Embratur em agência de fomento e a liberação de capital estrangeiro nas aéreas”, afirma Sampaio. A transformação da Embratur em agência de fomento permitirá a realização de parcerias da agência, que teria dotação orçamentária própria, com instituições privadas nacionais ou internacionais, para lançar ações de promoção do País mediante aporte financeiro mútuo. Essa seria

uma forma de manter e até ampliar a divulgação com menor custo. A Lei Geral é uma “lei guarda-chuva”, que vai precisar de outras leis complementares. Ela pretende modernizar as relações e inclui novidades que não existiam em 2008, como as plataformas colaborativas como, por exemplo, o Airnbn.

O projeto ainda retira do governo federal a atribuição de classificar os prestadores de serviços turísticos e inclui os microempreendedores individuais, as empresas individuais de responsabilidade limitada e os operadores de cruzeiros aquaviários, que não foram contemplados pela lei de 2008. “É muito importante que a

votação realmente aconteça, pois 2018 será um ano ainda complicado no Congresso por causa das eleições, além da própria conjuntura política que atravessamos. A nova lei aprovada dará segurança jurídica aos investidores e traçará com mais nitidez os limites das ações do Estado e da iniciativa privada”, argumenta o presidente do

Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade, da CNC. A expectativa é de que o projeto se transformando em lei, as legislações estaduais também sejam ajustadas à nova realidade, fortalecendo as políticas de regionalização do turismo em todo o território nacional. DIVULGA;’AO

Destino mais procurado pelas famílias brasileiras entre 1º de junho e 31 de agosto foi Caldas Novas, em Goiás

AIRBNB

Caldas Novas é destaque em ranking

São Paulo - O verão está chegando ao fim no hemisfério norte e a estação representou a maior temporada de viagens da história do Airbnb. Nos últimos três meses - entre 1º de junho e 31 de agosto -, cerca de 45 milhões de hóspedes ficaram em casas reservadas por intermédio do Airbnb em todo o mundo. Só no Brasil foram registradas no período mais

de 395 mil chegadas de hóspedes, dessas, 75 mil foram de famílias que reservaram seus imóveis pela plataforma. O destino mais procurado pelas famílias brasileiras no período, que inclui as férias de julho, foi Caldas Novas, Goiás. A cidade aparece em 9º lugar no ranking global e em 1º lugar na lista de mais visitadas

da América Latina, onde também figuram Canela, no Rio Grande do Sul e Fortaleza, no Ceará. A capital cearense brilha novamente dentre as que mais cresceram. A cidade é a única brasileira a aparecer no ranking de novos mercados em 9º lugar, com um aumento das reservas de 19% se comparado ao mesmo período do ano anterior.


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br ALEXANDRE SOARES / EMATER

CAFÉS ESPECIAIS

Cocatrel adquire a Mcoffees para expandir exportações A empresa tem contatos em 39 países MICHELLE VALVERDE

Investir em cafés especiais e buscar mercados diferenciados são ações importantes para agregar valor à produção de alta qualidade. Para ampliar as negociações destes grãos especiais com o mercado externo, a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), no Sul de Minas, incorporou a MCoffees.com, empresa consolidada nesse segmento e em exportação. A expectativa com a incorporação é ampliar o mercado e os ganhos com a venda direta do café. O diretor comercial da Cocatrel, Marco Valério Araújo Brito, explica que a cooperativa sempre incentivou os cooperados a produzirem com qualidade e focados nos cafés especiais. Com a participação cada vez maior no mercado internacional e sabendo da demanda crescente pela bebida especial, o investimento na incorporação da MCoffees.com é mais um passo para estimular a maior produção de cafés especiais e gerar renda para os cooperados. “A Cocatrel é a segunda maior cooperativa do Brasil e há dois anos estamos atuando fortemente na exportação de café especial. Recentemente, após participarmos de um road show de feiras de café especial no exterior, visitando eventos no Japão, Xangai, Seattle e Budapeste, acabamos intensificando os contatos com importadores e achamos necessário expandir o departamento de exportação e trabalhar com uma marca com café alto padrão e com nível acima de 85 pontos na prova de xícaras. Já trabalhávamos em parceria com

a MCoffees.com, avançamos nas tratativas e fizemos a aquisição da empresa”, explicou Brito. De acordo a Cocatrel, a Mcoffees. com é uma empresa especializada em conectar os produtores a torrefadores e importadores de cafés, principalmente especiais, no mundo inteiro, com uma rede ampla de contatos em 39 países. Com a aquisição, parte da equipe da Mcoffees.com foi incorporada e a empresa passou a atuar dentro da Cocatrel. As negociações de café foram iniciadas há cerca de 1 mês e estão aquecidas. Negociações - Dentre os resultados obtidos com as negociações dos grãos especiais, a agregação de valor é o destaque. De acordo com Brito, a precificação é muito alta, com o café sendo negociado, em média, ao dobro do valor praticado no dia a dia do café commoditie. No caso da Cocatrel, o preço valorizado recebido pela comercialização do café é repassado diretamente para o cooperado, que será o maior beneficiado. Além do produtor ter maior visibilidade no mercado internacional, ele poderá negociar micro lotes de café diretamente com o comprador. “Sozinho seria impossível fazer a negociação de pequenos volumes, o que foi viabilizado com a incorporação da Mcoffees.com. Nossa proposta é pegar com o cooperado microlotes de cafés com características muito especiais e negociar com compradores na Europa, no Japão, enfim, de forma lucrativa para o cooperado. A Cocatrel tem estruturação financeira e logística

A precificação dos grãos especiais é muito alta, com o café negociado, em média, ao dobro do valor do commoditie

para fazer esta exportação especial”. O mercado do café especial é considerado uma forma efetiva para que o cafeicultor tenha uma rentabilidade maior e saia de uma crise de preços. A expectativa com a melhor renumeração é que os cafeicultores invistam mais na produção dos grãos especiais, o que será importante para ampliar o volume a ser embarcado para o exterior. “Fazer uma projeção do volume de café especial a ser exportado é muito difícil. Nossa equipe é composta por mais de 20 pessoas que fazem a prova e as degustações para descobrir os cafés especiais. O volume depende da qualidade e de quanto café especial vai entrar na cooperativa. Se tiver nota acima de 85 pontos será exportado. Hoje estamos com um volume em torno de 20 contêineres prontos e vendidos e estamos procurando mais”. Safra - A safra 2017 de café na região de atuação da Cocatrel está apresentando boa qualidade, mas com menor rendimento em função dos grãos menores. A safra deve ficar em torno de 15% a 20% menor, o que segundo Brito já era esperado pela bienalidade negativa da cultura e também por questões climáticas, como a falta de chuvas no período de granação dos grãos. Nesta temporada, a cooperativa espera receber acima de 1 milhão de sacas de 60 quilos de café.

MERCADO EXTERNO

China deve aumentar o número de frigoríficos do Brasil habilitados para embarques Brasília - A China deve aumentar o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carnes para aquele mercado, disse na sexta-feira o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Blairo Maggi. Segundo ele, o presidente chinês, Xi Jinping, anunciou a disposição de ampliar a compra de carnes do Brasil durante reunião com o presidente Michel Temer. “O presidente Xi Jinping disse que gosta e é garoto propaganda da carne brasileira”, destacou o ministro, ao comemorar a intenção do governo do país asiático. A China, acrescentou Maggi, é o principal parceiro do agronegócio brasileiro no comércio mundial. Em 2016, as exportações de produtos agropecuários do Brasil para aquele mercado somaram US$ 17,8 bilhões. Maggi está na China na comi-

tiva de Temer, que participa de encontros bilaterais e seminários de negócios, em Pequim. De domingo (3) a terça-feira (5), Temer e Maggi estarão na 9ª reunião de Cúpula do Brics, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na cidade de Xiamen, na província de Fujian. Embarques - Dos US$ 17,8 bilhões exportados para a China em 2016, as carnes tiveram participaram de US$ 1,75 bilhão. Do total, US$ 702,8 milhões foram embarques de carne bovina. As vendas de frango totalizaram US$ 859,5 milhões e, as de suíno, US$ 189,3 milhões. A soja em grão é o principal produto da pauta de exportações do agro brasileiro para o mercado chinês. No ano passado, os embarques para a China alcançaram US$ 14,4 bilhões. Com informações do Mapa.

SUCROENERGÉTICO

CRÉDITO RURAL

Resolução autoriza a taxação em Caixa realiza promoção em setembro, com 20% nas importações de etanol redução de taxas em até um ponto percentual acima de 600 mi litros no ano ALISSON J. SILVA

DA REDAÇÃO

A Caixa Econômica Federal anunciou, na manhã de sexta-feira (1º) que promoverá campanha reduzindo as taxas de juros em até um ponto percentual para as propostas de financiamento apresentadas entre 1º e 29 de setembro de 2017. As taxas, que eram a partir de 7,5 % a.a., serão a partir de 6,7% a.a. somente no mês de setembro. A redução está de acordo com as alterações promovidas nas regras do Crédito Rural por meio da Resolução CMN 4.597, publicada em 28/08/2017. Além das linhas de custeio para produtores pessoa física, cooperativas e agroindústrias, a promoção com taxas especiais será direcionada também para as operações de comercialização e industrialização destinadas a cooperativas, que voltaram a contar com os recursos obrigatórios. O vice-presidente de Produtos de Varejo da Caixa, Fábio Lenza, explica que “a promoção tem o objetivo de apoiar o setor, oferecendo taxas de juros mais baixas durante o mês de setembro, o que proporcionará redução nos custos de plantio da safra e melhores resultados para os produtores”.

Somente neste mês as taxas passarão de 7,5% aa para 6,7% ao ano

A Caixa possui linhas de crédito para atender as principais culturas agrícolas, como soja, milho, arroz, café, algodão, trigo, feijão, cana-de-açúcar, laranja, sorgo, e para a bovinocultura de corte e leite. “Oferecemos um processo simplificado para as operações de custeio agrícola de até R$ 500 mil, em que a análise técnica da proposta ocorre de forma on-line, diretamente na agência, o que garante um acesso mais ágil ao recurso pelo produtor”, destaca Lenza. Os produtores e cooperativas interessados devem procurar uma das 1.700 agências da Caixa

habilitadas a operar com o Crédito Rural e apresentar o projeto de financiamento da produção. Para auxiliar na elaboração dos projetos, a Caixa possui ainda convênio com mais 2.500 empresas de consultoria rural, em todas as regiões do País. A Caixa começou a operar linhas de crédito rural no ano-safra 2012/2013. No ano-safra 2016/2017, disponibilizou cerca de R$ 8 bilhões. Para a safra 2017/2018, iniciada em julho, disponibilizou R$ 10 bilhões em crédito rural. O valor é 25% superior ao da safra anterior. Com informações da Caixa.

São Paulo - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou resolução em que autoriza a importação de 1,2 bilhão de litros de etanol sem taxas por um prazo de 24 meses (600 milhões de litros por ano), de acordo com o Diário Oficial da União desta sexta-feira. A aprovação da medida ocorreu em reunião da Camex no último dia 23. Volumes acima dos 600 milhões de litros serão taxados em 20%, em uma medida que atinge principalmente os Estados Unidos e que atende a reivindicações do setor sucroenergético nacional. Após esse prazo de 24 meses, as tarifas incidentes sobre importações de etanol serão novamente avaliadas pela Camex. Conforme a resolução publicada no Diário Oficial, “a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços editará norma complementar, visando estabelecer os critérios de alocação da quota mencionada”. Além disso, as compras sem incidência de tarifas são válidas para volumes de até 150 milhões de litros por trimestre, acrescenta a resolução. Essa decisão representa um impulso adicional

à produção do biocombustível no Brasil, disse um especialista do setor. Segundo o diretor da comercializadora Bioagência, Tarcilo Rodrigues, a resolução ocorre em um período de baixa nos preços internacionais do açúcar, o que por si só já estimula a fabricação de álcool para a próxima entressafra de cana. “Estamos em safra ainda, e o preço do açúcar está em um patamar ruim. Ou seja, temos até novembro para produzir etanol, porque se abriu uma janela de oportunidade (com essa resolução), já que a cota (trimestral) não fecha a conta (de consumo)”, disse, lembrando que o álcool importado é o anidro. Com tarifa de 20% para importações superiores a 150 milhões de litros por trimestre, as compras externas para atender a demanda local não seriam competitivas com a produção doméstica em alta desde agora. Na primeira quinzena de agosto, o biocombustível já voltou a mostrar certa atratividade para as usinas do Centro-Sul do Brasil, que direcionaram maior parcela de cana para sua fabricação, em meio a uma tributação mais favorável após mudanças no PIS/Cofins. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MERCADO

Resultado do PIB impulsiona o Ibovespa Indicador chegou a ultrapassar os 72 mil pontos na sessão desta terça, maior nível em sete anos São Paulo - O principal índice da bolsa paulista iniciou o mês de setembro com alta, encostando nos 72 mil pontos, diante de um cenário externo mais favorável e números melhores que o esperado para a economia brasileira. O Ibovespa fechou em alta de 1,54%, a 71.923 pontos, perdendo os 72 mil pontos durante os ajustes. Na máxima do dia, o índice subiu 1,95%, a 72.216 pontos, máxima intradia desde novembro de 2010. O índice marcou a sexta semana de ganhos, com alta acumulada de 1,2%. O giro financeiro somou R$ 9,93 bilhões, acima da média diária vista no mês passado, de R$ 8,76 bilhões. As siderúrgicas lideraram a ponta positiva do índice neste pregão, com destaque para as ações da Usiminas, que subiram mais de 10%. A economia brasileira cresceu 0,2% no segundo trimestre sobre o período de janeiro a março, com a recuperação do consumo das famílias. A expectativa de economistas em pesquisa Reuters era de expansão de 0,1%. Nos Estados Unidos, dados mostrando desaceleração mais forte que a esperada na criação de vagas corrobora a visão de que o banco central norte-americano manterá um ritmo gradual na elevação de juros. No mês passado, houve abertura de 156 mil postos de trabalho ante a expectativa de economistas pela criação de 180 mil vagas em agosto. O exterior também amparou o tom positivo da B3, após novos dados sobre atividade industrial na China mostrarem expansão no ritmo mais rápido em seis meses em agosto, o que ajudou a impulsionar os contratos futuros do minério de ferro e do aço no país asiático. Destaques – Usiminas PNA ganhou 10,3%, liderando a ponta positiva do Ibovespa, a R$ 7,60, no maior patamar de fechamento desde setembro de 2014. Os papéis reagiram ao bom desempenho dos contratos futuros do aço na China e perspectivas positivas para os preços da commodity. Também como pano de fundo estava a conclusão na véspera de renegociação de dívida com bancos e credores que dispensa a siderúrgica de fazer uma troca de bônus detidos por bancos japoneses e debenturistas, depois de receber permissão para isso de bancos brasileiros e do BNDES em junho. Gerdau PN avançou 6,24% e CSN ON subiu 6,67%, também na esteira do desempenho dos contra-

tos futuros de minério de ferro e aço na China e na expectativa pelo desempenho da commodity. Vale ON teve alta de 1,68%, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, após indicadores mostrando forte expansão da atividade industrial chinesa. BRF ON subiu 2,56%, após a companhia anunciar na véspera que o atual presidente-executivo, Pedro Faria, vai deixar a empresa e que o sucessor será escolhido fora da companhia. Segundo analistas do BTG Pactual, o anúncio não foi uma grande surpresa, mas indica o último capítulo “da saga” do processo de mudança da empresa, iniciado em 2013. JBS ON teve queda de 0,35%, tendo uma sessão volátil diante da suspensão por 15 dias da assembleia de acionistas, prevista para a sexta-feira, após decisão judicial sobre recurso apresentado pelos controladores. Na mínima do dia, os papéis caíram 1,38 %, enquanto subiram 1,5% na máxima. Petrobras PN avançou 2,71% e Petrobras ON ganhou 4,51%, influenciada pelo cenário em geral positivo, apesar do movimento do petróleo no mercado internacional, que fechou com leves variações. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 2,11% e Bradesco PN ganhou 2,08%, reforçando o viés

SAULO CRUZ / MME

Principal índice acionário da bolsa fechou a sessão de sexta-feira com uma alta de 1,54%, aos 71.923 pontos

altista do Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. A sessão foi positiva também para os demais bancos do índice, com Santander Unit em alta de 0,75% e Banco do Brasil ON subindo 3,88%. (Reuters)

Taesa e ações ordinárias da Vale estão em carteira teórica São Paulo - A terceira e última prévia da carteira teórica do Ibovespa que vai vigorar no período de setembro a dezembro confirmou a entrada das units da Taesa e as ações ordinárias da Vale como os papéis com o segundo maior peso no índice. A prévia da carteira confirmou a exclusão dos papéis preferenciais da Vale, após a conversão de ações preferenciais em ordinárias que teve ampla adesão e levou a bolsa a reajustar os índices em meados deste mês e excluir os papéis nas carteiras vigentes. Com os ajustes feitos nos papéis da Vale após a conversão de ações, a participação de Vale ON na terceira prévia para a carteira do Ibovespa que passa a vigorar segunda-feira subiu para 9,044%, ante 3,734% na

carteira para o período de maio a agosto. Vale PNA, que deixou o índice, tinha fatia de 4,727%. Com isso, o peso das ações ON da Vale fica atrás somente do Itaú Unibanco PN, que terá participação de 10,807% no índice ante os atuais 11,453%. O terceiro papel com maior peso na última prévia é Bradesco PN com 8,46%, ante 8,244%, seguido por Ambev ON com 7,039%, ante 7,299%. Petrobras PN é o quinto papel de maior peso no Ibovespa na terceira prévia para a próxima carteira teórica, com 4,837%, ante 5,331%. A Taesa, que teve a entrada confirmada para o próximo período terá peso de 0,357%, de acordo com a última prévia para o índice, que entra em vigor nesta segunda-feira. (AE)

INFLAÇÃO

IPC-S perde o ritmo em agosto e registra elevação de 0,13%, de acordo com a FGV São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) teve alívio relevante entre julho e agosto ao desacelerar a alta de 0,38% para 0,13%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira. O resultado ficou aquém do intervalo de expectativas da pesquisa do Projeções Broadcast, que previa avanço de 0,23% a 0,39% do indicador. No acumulado em 12 meses, o índice também desacelerou, de 3,45% no período finalizado em julho para 3,26% até agosto. No ano, a taxa acumulada é de 2,33%. Em relação à terceira quadrissemana de agosto (0,33%), o IPC-S mostrou arrefecimento de 0,20 ponto percentual. Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram decréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem

Grupo alimentação registrou deflação de 0,83% na última semana de agosto

da terceira para a quarta leitura de agosto: Alimentação (-0,54% para -0,83%), Habitação (0,47% para 0,23%), Transportes (1,84% para 1,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,21%), Comunicação (0,24% para 0,05%) e Despesas

Diversas (0,12% para 0,10%). Em contrapartida, dois grupos registraram aceleração entre a terceira e a última quadrissemana de agosto: Vestuário (-0,38% para 0,12%) e Educação, Leitura e Recreação (0,11% para 0,13%). (AE)

Moeda norte-americana fica estável e fecha em R$ 3,147 São Paulo - O dólar encerrou a sexta-feira estável ante o real, após o relatório do mercado de trabalho norte-americano reforçar apostas de que o banco central dos Estados Unidos voltará a subir os juros somente no próximo ano. O feriado norte-americano nesta segunda-feira enxugou a liquidez no período vespertino e um número menor de negócios foi suficiente para suavizar a queda da moeda. O dólar recuou 0,01%, a R$ 3,1471 na venda, acumulando na semana queda de 0,23%. Na mínima, marcou R$ 3,1231 e, na máxima, R$ 3,1490. No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,22%, aos R$ 3,1535. O volume financeiro movimentado somou US$ 14,33 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1340 (-0,83%) a R$ 3,1590 (-0,04%). “O Fed quer ver pelo menos uma pitada de inflação antes de retomar sua trilha de alta de juros e, pelo menos nestes números, isso não estava lá”, afirmou o economista-chefe da gestora canadense CIBC, Avery Shenfeld, nota. A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em agosto, após dois meses consecutivos de altas fortes. Foram criadas 156 mil vagas fora do setor agrícola, contra 189 mil em julho. Com isso, os juros futuros de curto prazo dos Estados Unidos subiam ligeiramente nesta sessão, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve não elevará a taxa de juros antes de meados de 2018. No exterior, o dólar passou a subir ante uma cesta de moedas, mas caía ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano. Juros maiores nos Estados Unidos têm potencial para atrair capital aplicado hoje em outras praças, como a brasileira. “O bom indicador chinês também contribuiu para o otimismo com os emergentes exportadores de commodities”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer. A China divulgou na sexta-feira que sua atividade industrial se expandiu no ritmo mais rápido em seis meses em agosto, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em

inglês) do Caixin/Markit, devido ao aumento das encomendas para exportações e dos preços mais altos. À tarde, muitos investidores norte-americanos já deixaram os negócios para aproveitar o final de semana prolongado e isso acabou enxugando a liquidez doméstica. O cenário político interno também seguiu no radar dos investidores, à espera de novas votações no Congresso Nacional na próxima semana, sobretudo o projeto que eleva a meta de déficit primário. O mercado também estava sob a expectativa de que o Banco Central volte a atuar no mercado de câmbio por meio da rolagem de swaps cambiais, já que vencem US$ 9,975 bilhões destes contratos, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Em agosto, o BC ficou de fora do mercado porque não havia vencimentos de swaps em setembro e a moeda norte-americana permaneceu comportada, oscilando num patamar entre R$ 3,10 e R$ 3,20. Taxas de juros - Os juros futuros de longo prazo fecharam a sessão regular de sexta-feira com sinais distintos, mas não muito distantes dos ajustes anteriores. Os contratos de curtíssimo prazo, até 2019, fecharam em queda, e os demais vencimentos terminaram em alta, definida na hora final da sessão regular, quando esses contratos foram para as máximas. Segundo profissionais da área de renda fixa, o movimento reflete um ajuste de posições de proteção contra o risco antes do fim de semana, em meio à possibilidade de homologação do acordo de delação do doleiro Lúcio Funaro e da apresentação de mais uma denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (339.765 contratos) fechou em 7,790%, de 7,805% no ajuste de quinta-feira; a taxa do DI para janeiro de 2019 (241 645 contratos) fechou na máxima de 7,80%, de 7,76% no ajuste anterior; a taxa do DI para janeiro de 2021 (156.145 contratos) subiu de 9,18% para 9,21% (máxima) e a do DI para janeiro de 2023 (46.795 contratos), de 9,82% para 9,84% (máxima). (AE/Reuters)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

FÓRUM

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EDITAIS DE CASAMENTO TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: LUIZ GUSTAVO ALMEIDA BARBOSA GONÇALVES, SOLTEIRO, OUTRA, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Califórnia, 804/702, Sion, 3BH, filho de Lafontaine Gonçalves Neto e Glecia Myrian Barbosa Gonçalves; e SILVIA MILAGRES DE CASTRO, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à R. Castelo de Evora, 580, Castelo, 2BH, filha de Geraldo de Castro e Maria da Conceição Auxiliadora Milagres de Castro. (676250) DERECK FRANCKEVICIUS MAYRINK, SOLTEIRO, DECORADOR DE EVENTOS, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Thompson Flores, 257, Gutierrez, 3BH, filho de Robertson Burgarelli Mayrink e Alessandra Lúcia Franckevicius Mayrink; e TAMIRIS SUELLEN RAMOS EVANGELISTA, solteira, Decoradora de eventos, maior, residente nesta Capital à Rua Thompson Flores, 257, Gutierrez, 3BH, filha de Roberto Carlos Evangelista e Angela Levinda Ramos. (676251) FRANCISCO AMORIM GONTIJO FOUREAUX, SOLTEIRO, HISTORIADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Campo Belo, 28/301, São Pedro, 3BH, filho de Ricardo Bento Foureaux e Dolores Amorim Marques Gontijo Foureaux; e NATÁLIA CRISTINA COSTA MARTINO, solteira, Jornalista, maior, residente nesta Capital à Rua Campo Belo, 28/301, São Pedro, 3BH, filha de Luiz Carlos Linhares Martino e Maria José Costa Martino. (676252) MATHEUS AVILA PINTO, SOLTEIRO, TÉCNICO DE MANUTENÇÃO ELETRÔNICA, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Mato Grosso, 66/1604, Bl. 2, Barro Preto, 3BH, filho de Robson Angelo Pinto e Rosimeire Gomes Avila Pinto; e THAMYRIS BARBOSA XAVIER, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Mato Grosso, 66/1604, Bl. 2, Barro Preto, 3BH, filha de Agnaldo Xavier Dias e Simone Aparecida Barbosa Xavier. (676253)

PEDRO HENRIQUE ALVES RIBEIRO, SOLTEIRO, MÉDICO CIRURGIÃO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Martim de Carvalho, 256/401, Santo Agostinho, 3BH, filho de Tomé Tarcisio Ribeiro e Maria Elza Alves Ribeiro; e DÉBORA DINIZ MITIDIERO, solteira, Médica oftalmologista, maior, residente nesta Capital à Rua Martim de Carvalho, 256/401, Santo Agostinho, 3BH, filha de Carlos Eduardo de Andrade Mitidiero e Matildes Lucas Diniz Mitidiero. (676254) ANDRÉ LUÍS CARDOSO E SILVA LOUREIRO, SOLTEIRO, JORNALISTA, maior, natural de Rio de Janeiro, RJ, residente à Av. Maracanã, 470 / 907, Jornalista, Rio de Janeiro, RJ, filho de Luiz Antonio Reis Loureiro e Tânia Maira Cardoso e Silva Loureiro; e GABRIELA MOURA DE SANT’ANNA, solteira, Administradora, maior, residente nesta Capital à Rua Camil Caram, 70 / 201, São Bento, 3BH, filha de Nestor Coelho de Sant’Anna e Ligia Maria Moura de Sant’Anna. (676255) LUIZ EDUARDO LOBO LIMA DA ROCHA, SOLTEIRO, MÚSICO INTÉRPRETE INSTRUMENTISTA POPULAR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Marechal Bittencourt, 988/201, Gutierrez, 3BH, filho de Hercio Eustaquio da Rocha e Maria José Lobo Ferreira Lima da Rocha; e FABRÍCIA MARCELI LOBOREIRO CHICATA, solteira, Estilista de moda, maior, residente nesta Capital à Rua Marechal Bittencourt, 988/201, Gutierrez, 3BH, filha de José German Chicata Layme e Maria Aparecida Loboreiro de Chicata. (676256) FELIPE CARVALHO ÁLVARES DA SILVA, SOLTEIRO, ANALISTA DE INFORMAÇÕES, maior, natural de Abaeté, MG, residente nesta Capital à Rua Jade, 47/301, Prado, 3BH, filho de Carlos Amador Álvares da Silva e Gláucia Carvalho Mendes; e EMILIANE GOMES TRAGINO, solteira, Analista ambiental, maior, residente nesta Capital à Rua Jade, 47/301, Prado, 3BH, filha de Aureo Tragino da Silva e Ení Gomes Silva Tragino. (676257) THIAGO CORRÊA FONSECA PORTES, SOLTEIRO, ENGENHEIRO ELETRICISTA, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Sergipe, 330/403, Centro, 3BH, filho de José Carlos de Carvalho Portes e Lêda Maria Corrêa Fonseca Portes; e CÍNTHIA NEVES FONSECA, solteira, Enfermeira, maior, residente nesta Capital à Rua Sergipe, 330/403, Centro, 3BH, filha de João Roberto da Fonseca e Nelita Soares Neves Fonseca. (676258)

JOÃO PAULO MACÊDO E SILVA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Tomé de Souza,406/1204, Funcionários, 3BH, filho de Paulo Sergio Ribeiro da Silva e Eliana Pais Macêdo e Silva; e CAMILA DOS SANTOS MOURA, solteira, Administradora, maior, residente nesta Capital à Rua Tomé de Souza,406/1204, Funcionários, 3BH, filha de Aníbal dos Santos Moura Júnior e Ana Maria dos Santos Moura. (676259) MARCOS PAULO DE OLIVEIRA CORRÊA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Coronel Pedro Jorge, 409/301, Prado, 3BH, filho de Luiz Henrique Massa Corrêa e Ilza de Oliveira Massa Corrêa; e BÁRBARA SILVA NOGUEIRA, solteira, Médica generalista, maior, residente nesta Capital à Rua Coronel Pedro Jorge, 409/301, Prado, 3BH, filha de Nelson Ricardo Nogueira e Marlene Pereira da Silva Nogueira. (676260) DANIEL NOGUEIRA MENDES, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Rio de Janeiro, 2299/101, Lourdes, 3BH, filho de Angelo Alves Mendes e Maria Bernadette Nogueira Mendes; e FERNANDA PINA LOPES, solteira, Nutricionista, maior, residente nesta Capital à Rua Rio de Janeiro, 2299/101, Lourdes, 3BH, filha de José Fernando Brombim Lopes e Soraia Maciel Pina. (676261) FELIPE MURTA TIMPONI DE MOURA, SOLTEIRO, FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL E DISTRITAL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Bambui, 981/101, Anchieta, 3BH, filho de Ricardo Timponi de Moura e Maria Lucia Murta de Moura; e MARGARETH EUFRÁSIA CARMO, solteira, Supervisora, maior, residente nesta Capital à Rua Camapuan, 341/401, Barroca, 3BH, filha de Newton Carmo e Marta de Almeida Lima Carmo. (676262) ALLAN SILVA DE LIMA, SOLTEIRO, ESTUDANTE, maior, natural de Aracaju, SE, residente à Rua Dom Bosco, 870/503, Bloco a, Suissa, Aracaju, SE, filho de Alvaro José Barros de Lima e Naide Silva de Lima; e LARISSA AZEVEDO SILVA, solteira, Médica, maior, residente nesta Capital à Rua Claudio Manoel, 521/1401, Funcionários, 3BH, filha de Manoel Pedro da Silva e Maria Vitoria Andrade Azevedo. (676262) Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa. Belo Horizonte, 01 de setembro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 14 editais.

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: LEONARDO RIBEIRO DOS SANTOS, solteiro, promotor de vendas, nascido em 17/04/1993 em Malacacheta, MG, residente a Rua Jose Roberto De Resende, 28, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de JOSE APARECIDO RIBEIRO DOS SANTOS e LUIZA ROSA DE OLIVEIRA Com SUELEN DA SILVA SANTOS, solteira, recepcionista, nascida em 04/12/1997 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jose Roberto De Resende, 28, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de MARCOS EVANGELISTA DA SILVA e EVA MARIA SANTOS. GILSON ROSA DE SOUSA, solteiro, porteiro, nascido em 23/09/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Helioterio, 40, Vila Leonina, Belo Horizonte, filho de JOSE RICARDO DE SOUZA e MATILDES ROSA DE SOUSA Com ADRIANA MARIA GOMES DA SILVA, solteira, do lar, nascida em 25/11/1978 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Helioterio, 40, Vila Leonina, Belo Horizonte, filha de NELSON GOMES DA SILVA e ONALDINA MARIA DA SILVA. LUCAS FERNANDES DOS REIS, divorciado, servente, nascido em 07/10/1983 em Contagem, MG, residente a Rua Açucena, 9, Jardim America, Belo Horizonte, filho de OTACILIO ANGELO DOS REIS e ILCA FERNANDES DOS REIS Com ELIANE DA LUZ BASTOS, divorciada, operadora de telemarketing, nascida em 19/03/1987 em Dionisio, MG, residente a Rua Açucena, 9, Jardim America, Belo Horizonte, filha de TARCISO FERREIRA BASTOS e MARIA APARECIDA DA LUZ BASTOS. FERNANDO ANTONIO FERREIRA LAURIA, divorciado, funcionário publico, nascido em 28/09/1963 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Ulisses Marcondes Escobar, 229 1001, Buritis, Belo Horizonte, filho de SIDNEY FERREIRA e LEILA MARIA LAURIA FERREIRA Com GILVANA CRISTINA VALADARES, divorciada, funcionaria publica aposentada, nascida em 20/09/1964 em Belo Horizonte,

MG, residente a Rua Ulisses Marcondes Escobar, 229 1001, Buritis, Belo Horizonte, filha de HIGINO VALADARES DA FONSECA e EVA PINTO VALADARES. REGINALDO JOSE DA SILVA, solteiro, porteiro, nascido em 24/04/1974 em Gonzaga, MG, residente a Rua Jequitibá, 100 Cs 1, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de AMARO ALVES DA SILVA e MARIA NASARE DA SILVA Com LUCIANA CARLA ARAUJO DE OLIVEIRA, solteira, copeira, nascida em 29/08/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Janauba, 470 L/cs4, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de CARLOS ROBERTO DA SILVA e ELIZABETH ARAUJO DO AMARAL. WALMIR PEIXOTO DE OLIVEIRA, viúvo, contador, nascido em 17/12/1962 em Campos Dos Goytacazes, RJ, residente a Rua Henrique Furtado Portugal, 90 301, Buritis, Belo Horizonte, filho de LAERT DE OLIVEIRA e CLEDES PEIXOTO DE OLIVEIRA Com FLAVIA FARIAS OTTONI PENIDO, divorciada, publicitária, nascida em 10/05/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Henrique Furtado Portugal, 90 701, Buritis, Belo Horizonte, filha de FLAVIO OTTONI PENIDO e CANDIDA MARIA FARIAS OTTONI PENIDO. LEANDRO VINICIUS DE CARVALHO, solteiro, assistente de logística, nascido em 14/01/1985 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Amanda, 660 Casa 7, Betânia, Belo Horizonte, filho de ELOISA MARIA DE CARVALHO Com JESSICA RODRIGUES DOS SANTOS, solteira, assistente de almoxarifado, nascida em 23/10/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Amanda, 660 Casa 7, Betânia, Belo Horizonte, filha de ELISMAR RODRIGUES DOS SANTOS e ELAICE PRATES DOS SANTOS. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 01/09/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 7 editais.

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“Guarde Mais abre 2ª unidade em Minas” FONTE: DC Franquia – Diário do Comércio – 06/07/2017

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

LEGISLAÇÃO REGULARIZAÇÃO

Multa ambiental pode ter perdão em MG Estado cria incentivos para pagamento de dívidas relativas a infrações aplicadas pelo IMA e Sisema DIVULGAÇÃO

A advogada explica que na o perdão trata-se apenas do débito, logo, a empresa poderá hipótese de parcelamento, se Os contribuintes que têm ser considerada reincidente, se dará a confissão extrajudicial dívidas com o governo minei- novamente for autuada”, diz. irrevogável do crédito, o que ro, relativas a multas aplicadas teoricamente impossibilita a pelo Instituto Mineiro de Agro- Redução - No caso do Progra- posterior discussão do débito. pecuária (IMA) e pelos inte- ma de Pagamento Incentivado Para o devedor ter direito grantes do Sistema Estadual dos créditos não tributários, à remissão será necessária do Meio Ambiente e Recursos ele abrange os créditos exis- a desistência de discussões Hídricos (Sisema), acabam de tentes em 31 de dezembro nas esferas administrativa e ser beneficiados pelo Decreto de 2014, constituídos ou não, judicial, a renúncia do direito Estadual nº 47.246, de 2017, inscritos ou não em dívida sobre o qual se fundamentam publicado no “Diário Oficial ativa, incluindo os que estão as discussões e a desistência, de Minas Gerais”da última sendo discutidos na Justiça, pelo advogado de cobrança quinta-feira. podendo serem quitados à ao estado de eventuais hoA norma também trata do vista ou parcelado com re- norários. Programa de Pagamento In- dução dos acréscimos legais. Elis alerta que apesar de centivado dos créditos não As reduções variam de 90%, num primeiro momento os tributários dos quais sejam se pago à vista, chegando até benefícios concedidos pelo credores a Secretaria de Estado 25% com parcelamento de até governo parecem atrativos de Meio Ambiente e Desenvol- 60 meses. é necessário analisar caso a vimento Sustentável (Semad), Caso o devedor opte pelo caso. “É preciso verificar se a Fundação Estadual do Meio pagamento parcelado, é indis- de fato vale a pena renunciar Ambiente (Feam), o Instituto pensável a quitação da entrada ao direito às discussões, sejam Estadual de Florestas (IEF), o prévia. Os valores das parcelas administrativas e/ou judiciais, Instituto Mineiro de Gestão das serão iguais e sucessivos e fazendo uma análise integral Águas (Igam) e o Instituto Mi- não poderão ser inferiores a e prevendo impactos futuros neiro de Agropecuária (IMA). R$ 500,00. Além disso, serão à empresa”, orienta. O perdão total dos créditos aplicados juros equivalentes Os interessados em aderir ao não tributários pode ser con- a Selic. Caso o parcelamento programa devem apresentar cedido em duas hipóteses. Na seja acima de 36 meses, ainda requerimento de ingresso e primeira, de valor original igual será exigido o oferecimento efetuar o pagamento à visou inferior a R$ 15 mil, inscrito de fiança, seguro garantia, ta ou da entrada prévia do ou não em dívida ativa, com ou carta de fiança ou garantia parcelamento até o dia 30 de sem ação judicial de cobrança, hipotecária. novembro de 2017. A advogada Elis Christina Pinto pondera que é necessário avaliar impacto de renúncia cujo auto de fiscalização ou boletim de ocorrência e de infração tenha sido emitido até 31 de dezembro de 2012. E na segunda, de valor original igual No contexto da Secretaria iguais e sucessivas; 70% de de Fazenda (SEF) em seu não tenha sido divulgada, pedido de parcelamento, o ou inferior a R$ 5 mil, inscrito ou não em dívida ativa, com ou de Estado de Meio Ambiente e desconto se pago em três endereço eletrônico na internet juros equivalentes a 1%, re- valor a ser parcelado será o lativamente ao mês em que somatório de todos eles. Para sem ação judicial de cobrança, Desenvolvimento Sustentável parcelas iguais e sucessivas; (www.fazenda.mg.gov.br). Aqueles que possuírem o pagamento for efetuado. os créditos não tributários que cujo auto de fiscalização ou (Semad), a adesão ao progra- 60% de desconto se pago Para os parcelamentos aci- se encontrem em fase admiboletim de ocorrência e de ma de pagamento incenti- em quatro parcelas iguais e créditos estaduais não triinfração tenha sido emitido vado de multas ambientais sucessivas; 50% de desconto butários inscritos em dívida ma de 36 meses, será exigido o nistrativa ou já inscritos na entre 1º de janeiro de 2013 e do governo de Minas visa à se pago em cinco parcelas ativa deverão protocolar o oferecimento de fiança, seguro dívida ativa, os parcelamentos quitação de débitos oriundos iguais e sucessivas; 25% de interesse junto à Advocacia- garantia, garantia hipotecária serão distintos. 31 de dezembro de 2014. ou carta de fiança. O valor de Caso haja desistência ou “Caso o autuado tenha de autos de infração lavrados desconto se pago em seis ou -Geral do Estado (AGE). A data-limite para manifes- cada parcela não poderá ser revogação do parcelamenapresentado recurso na esfera até 31/12/2014, seja junto à até sessenta parcelas iguais administrativa e/ou judicial Semad, à Fundação Estadual e sucessivas. Os benefícios tar interesse é 30 de novembro inferior a R$ 500,00, salvo com to, todos os ônus legais e a questionando a penalidade do Meio Ambiente (Feam), não se aplicam ao crédito deste ano, devendo o autuado autorização da autoridade restauração dos valores das multas que tenham sido reaplicada por alguma das ao Instituto Estadual de Flores- não tributário objeto de ação efetuar o pagamento à vista ou competente. da entrada do parcelamento As parcelas serão iguais duzidas serão imediatamente integrantes do Sisema, não tas (IEF) e ao Instituto Mineiro penal por crime ambiental. Para aderir ao plano e obter até esta data. Se o montante e sucessivas, com data de reconstituídos do saldo deveconcordar com a remissão de Gestão das Águas (Igam). A iniciativa visa fomentar os benefícios, o autuado inte- do crédito depender de apura- vencimento no último dia dor, abatida a importância já e pretender prosseguir com os processos, deve se mani- a regularidade perante os ressado deverá preencher o ção, que deverá ser concluída dos meses subsequentes ao recolhida. Importante observar que festar, até o próximo dia 30 órgãos ambientais, oportu- requerimento disponibilizado até 28 de fevereiro de 2018, do vencimento da primeira de novembro, por meio de nizando aos autuados por no endereço eletrônico na o prazo para pagamento à parcela. O pagamento da o parcelamento será revogarequerimento protocolizado infrações ambientais descon- internet: (regularize.meioam- vista ou da entrada prévia do entrada prévia será indis- do caso haja inobservância na Semad. Caso contrário, a tos progressivos, à medida biente.mg.gov.br). Caso queira parcelamento será de trinta pensável para efetivação do de qualquer das exigências penalidade de multa aplicada que se reduzem o número parcelar a dívida, o autuado dias contados da data da parcelamento. O montante estabelecidas nos artigos. 3º será considerada definitiva e de parcelas, para ficar em dia deverá apresentar o reque- intimação do resultado da a parcelar corresponderá ao a 5º do decreto; atraso por rimento de parcelamento a apuração. somatório dos valores do cré- prazo superior a 90 dias no alcançada pela remissão de com o meio ambiente. O programa de incentivo uma das unidades dos órgãos dito não tributário e dos juros, pagamento de parcela do débito”, explica a advogada, Elis Christina Pinto, coorde- consistirá no pagamento à a que esteja circunscrito e se Juros - Se o pagamento do monetariamente atualizados, principal ou dos honorários nadora da área ambiental da vista ou parcelado, com re- vincule o crédito não tribu- crédito não tributário for feito se for o caso, deduzida, em advocatícios; a desconstiduções dos acréscimos, da tário, quais sejam: Semad, em parcelas, serão aplicados cada rubrica, a importância tuição da garantia a que se Andrade Silva Advogados. juros equivalentes à taxa Selic, recolhida a título de entrada refere o inciso II do art. 5º e A especialista ressalta que seguinte forma: o crédito não Feam, IEF ou Igam. Para pagamento da parcela, acumulada mensalmente e prévia. nova autuação pelo mesmo muitos autuados poderão tributário existente em 31 de Se o autuado possuir mais fato ocorrida após a data da optar por continuar com os dezembro de 2014 poderá ser será emitido um Documen- calculada a partir do mês processos de discussão so- pago com 90% de desconto se to de Arrecadação Estadu- subsequente à data do pedido de uma autuação ou Processo homologação do ingresso no bre a legalidade do auto de pago à vista; 80% de desconto al (DAE), disponibilizado de ingresso no programa, Administrativo do Crédito programa. As informações infração. “Isso se dá porque se pago em duas parcelas pela Secretaria de Estado ou, caso a taxa Selic ainda Estadual (Pace), objeto do são da Agência Minas. DA REDAÇÃO

Programa prevê parcelamento ou quitação à vista

PROPINODUTO

AGU obtém na Suíça bloqueio de US$ 3,4 milhões

Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) informou na sexta-feira ter obtido, junto com o Ministério da Justiça, uma decisão favorável na Suíça que garante o bloqueio US$ 3,4 milhões (cerca de R$ 10,6 milhões) das contas de três ex-fiscais da Receita envolvidos em um esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro que respondem a ação cível no Brasil. O caso, que ficou conhecido como propinoduto, foi descoberto em 2002, após a Suíça informar à Polícia Federal a realização de depósitos em grandes quantias feitos por brasileiros de maneira irregular em bancos do país europeu. As investigações concluíram que o grupo criminoso

por trás do esquema contava com fiscais da Receita Federal e do Rio de Janeiro, mas os três escaparam da condenação penal na Justiça no Brasil porque os crimes praticados por eles já estariam prescritos (o prazo para punição já havia se esgotado). Como a Justiça no Brasil não estabelece prazo de prescrição para ações cíveis que buscam ressarcimento aos cofres públicos por prejuízos, a AGU tenta a condenação dos três fiscais na Justiça Federal do Rio de Janeiro. A ação cível segue tramitando e, caso eles sejam condenados em definitivo, o Brasil poderá solicitar à Suíça que os valores bloqueados sejam devolvidos ao País.

Segundo o Departamento de Assuntos Internacionais da AGU, esta é a primeira vez que uma cooperação internacional é exitosa em matéria cível. O bloqueio foi solicitado pelo departamento da AGU e pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

Acordo - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou acordo internacional firmado entre o Brasil e a Suíça para facilitar a troca de informações tributárias entre os dois países. Os termos do acordo estão previstos no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 486/16, elaborado pela Comissão

de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. O acordo foi encaminhado pelo governo ao Congresso por meio da Mensagem 128/16. Na justificativa da proposta, o governo diz que o texto leva em conta preocupações do Ministério da Fazenda com fraude e evasão fiscal e atende aos interesses do País. Pelo acordo, os dois países se ajudarão com informações relevantes para a recuperação e a execução de créditos tributários e, se for o caso, para a instauração e instrução de processo judicial relativo a matéria tributária. O parecer do relator na CCJ, deputado Felipe Maia (DEM-RN), foi pela constitucionalidade, juridicida-

de e técnica legislativa da proposta. De acordo com a Agência Câmara Notícias, o texto determina, por exemplo, que os países deverão assegurar que suas autoridades possam obter e fornecer, mediante solicitação, informações detidas por bancos, instituições financeiras e qualquer pessoa agindo na condição de representante, inclusive agentes (“nominees”) e fiduciários (“trustees”). Porém, a autoridade competente do país requerente só fará pedido de informações quando for incapaz de obter os dados por outros meios dentro de seu próprio território. A autoridade competente do país que receber um pedido de esclarecimentos

deverá encaminhar prontamente as informações solicitadas. Caso não seja possível informar dentro de 90 dias, o país explicará os motivos ou a natureza dos obstáculos encontrados. O acordo prevê ainda que o país que receber um pedido de informação poderá se recusar a prestar assistência quando a solicitação não for feita em conformidade com o acordo. Além disso, não estará obrigado a obter ou fornecer informações que o país requerente não poderia obter sob suas próprias leis. Aprovada também pela Comissão de Finanças e Tributação, a proposta será votada agora pelo plenário da Câmara, antes de seguir para análise do Senado. (AE)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2017

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Campanha “Setembro Verde” O governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), acaba de lançar a campanha “Setembro Verde” para incentivar a doação de órgão. Com o slogan “Doe órgão, doe vida”, a ação quer conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e, ao mesmo tempo, incentivar as pessoas a conversarem com seus familiares e amigos sobre o assunto. A iniciativa é promovida em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos (27 de setembro). A campanha começou a ser veiculada na sexta-feira e segue por todo o mês, com posts no Blog da Saúde MG e nas redes sociais da SES-MG, além de um hotsite, o “Doe órgãos”.

Síndrome de Down em fotografia A partir deste sábado, o Boulevard Shopping BH traz a tona discussão sobre a Síndrome de Down com a exposição “47 cromossomos e 1000 possibilidades”. Com o objetivo de desmistificar a síndrome, a mostra idealizada pela fotógrafa Cecília Schirmer fica até 17 de setembro, no Piso 2 do Boulevard e tem entrada gratuita. A mostra propõe a discussão sobre a inclusão dos portadores da Síndrome e mostrar que eles podem viver normalmente, trabalhando e se divertindo. “Fiz o projeto pensando em minha filha e em todas as crianças, jovens e adultos que têm síndrome de Down”, conta Cecília, mãe de dois filhos, sendo que a caçula hoje com 11 anos, Rafaela tem a síndrome.

Mercado de cervejas artesanais A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) recebe na próxima terça-feira, às 18h30, a jornalista Fabiana Arreguy. Ela participará da plenária semanal da casa a convite do Conselho da Mulher Empreendedora. Sommelier de cerveja pela Doemens Akademie de Munique e Senac/SP e apresentadora e editora da coluna Pão e Cerveja veiculada diariamente pela rádio CDL FM, Fabiana Arreguy fará uma palestra sobre “Cerveja Artesanal: Mercado e Tendências”. O evento é gratuito, aberto aos associados e aos interessados.

Financiamento de projetos culturais é tema de debate SARAH TORRES/ALMG/DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

O novo marco regulatório para o financiamento de projetos culturais será discutido pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira. Autoridades, especialistas e representantes da classe artística vão debater os desafios para o fomento à cultura e para a articulação dos municípios na elaboração de políticas públicas para o setor. O debate público “Organização do Sistema Estadual de Cultura, Novo Marco Regulatório para seu Financiamento e Política Cultura Viva em Minas Gerais” será realizado no auditório José Alencar Gomes da Silva, a partir das 9 horas. O evento será uma oportunidade para colher sugestões para aprimorar o Projeto de Lei 4.450/17, do governador Fernando Pimentel, que cria o Sistema Estadual de Cultura e de Financiamento à Cultura e a Política Estadual de Cultura Viva. A proposição já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda parecer de 1º turno da Comissão de Cultura. O PL 4.450/17 é fruto de intensos debates envolvendo os agentes culturais, que participaram do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura, realizado em 2016 pela ALMG. Como a atividade cultural tem sido prioritariamente

subsidiada por mecanismos de fomento público, como a Lei Estadual de Incentivo à Cultura e o Fundo Estadual de Cultura (FEC), a proposição busca construir um sistema unificado de financiamento, de modo a atenuar as desigualdades na distribuição regional, social e setorial dos recursos. Segundo a Secretaria de Estado de Cultura, 65,76% dos recursos da Lei de Incentivo à Cultura em 2016 foram destinados à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre os outros 16 territórios de desenvolvimento do Estado, quatro não conseguiram captar nem um centavo por meio dessa lei: Médio e Baixo Jequitinhonha; Mucuri; Alto

Artesanato mineiro no Ponteio Para os amantes do artesanato mineiro, a novidade é que agora tem Mafuá no Ponteio Lar Shopping. Com quase 15 anos de mercado, a loja, que hoje conta com duas unidades na Capital, chega ao Ponteio apresentando as novidades da marca nos tradicionais móveis rústicos, fabricados na indústria da marca em São João Del Rey. “O público que frequenta o Ponteio já é nosso cliente nas outras unidades. Para facilitar a vida de quem mora na região e gosta da nossa marca e das nossas linhas, trouxemos a Mafuá para mais perto de todos”, afirma a proprietária Renata Grisi.

esses recursos são repassados a projetos culturais específicos. A proposição também inova quanto às modalidades de repasses do FEC, que serão de premiação, de termo de compromisso cultural, de repasse a municípios e de financiamento reembolsável. O PL 4.450/17 prevê, ainda, dois tipos de projetos culturais, estabelecendo valores de contrapartida diferentes de acordo com cada categoria. Esse percentual vai variar de acordo com as características dos projetos: para aqueles com um caráter mais comercial, será de 5%, 15% ou 25%; para aqueles classificados como de cidadania cultural, poderá ser de 1%, 3% ou 5%. As informações são da ALMG.

CULTURA DIVULGAÇÃO

Bate-papo sobre MPB em Congonhas Na próxima terça-feira, o Museu de Congonhas terá um encontro especial. Trata-se de um bate-papo musical com o cantor e compositor carioca Danilo Caymmi e o violonista Davi Mello, músico do grupo Noites do Norte, com mediação do professor, pesquisador e escritor Júlio Diniz. O evento acontece às 20 horas, no anfiteatro do Museu de Congonhas (alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, 77, Basílica). e tem entrada gratuita. O tema do debate será a influência do Manifesto Antropofágico para Danilo Caymmi e para grandes músicos brasileiros como Tom Jobim, Dorival Caymmi e o próprio Danilo. A capacidade do anfiteatro é para 350 pessoas.

Jequitinhonha; e Sudoeste. A principal inovação do PL 4.450/17 é a ampliação dos recursos do FEC e sua melhor distribuição geográfica. Será aplicado um redutor de 50% do valor da contrapartida aos projetos do interior de Minas. A expectativa da Secretaria de Estado de Cultura é de que, com essa nova regra, sejam ampliados os recursos para o financiamento de projetos culturais em pequenos municípios. O FEC passa a ser composto também de créditos inscritos em dívida ativa e aplicações decorrentes de incentivo a contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Atualmente

Exposição “Legados da Grécia”- A Grécia, com toda sua riqueza e mistério, poderá ser apreciada na exposição interativa “Legados da Grécia”, berço da cultura ocidental com 4.000 anos de história, incluindo os 12 deuses do Olimpo, réplica do Cavalo de Troia, labirinto do Minotauro, arquitetura, artes plásticas, filosofia, literatura, medicina, ciências, esporte, música e teatro. Quando: Até 17 de setembro Quanto: Entrada Gratuita Onde: BH Shopping (Pisos BH e Mariana) Cerâmica Exposição - “Solo – Álbum das glórias musicais brasileiras” é o nome da exposição de cerâmicas do artista plástico itabirano Genin Guerra, na qual ele retrata grandes compositores brasileiros de todos os tempos. O nome Solo, explica Genin, além de terra, chão, significa tocado ou cantado por um só artista. Será exibido documentário sobre o trabalho de Genin Guerra, dirigido pelo fotógrafo e vídeomaker Marcelo Rosa. Quando: De 5 de setembro a 1º de

outubro, das 10h às 21h Quanto: Entrada Franca Onde: MIS Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza, Belo Horizonte)

Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. Mais informações: www. festivaldegramado.net/paginaprogramacao/. Quando: Até dia 6 Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Cinema Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes, Belo Horizonte)

Cordel

Lançamento de CD

Mostra - Segue em cartaz a exposição com trabalhos de um dos expoentes da literatura de cordel no Brasil. Com o título de “Literatura de cordel e xilogravuras do Mestre Gaio”, a mostra conta com aproximadamente 130 cordéis e 12 livros do mineiro Olegário Afonso, mais conhecido como Mestre Gaio. Os trabalhos aparecem nos formatos cordel tradicional, cordelivros e xilogravuras. Quando: Até dia 6, das 8h às 18h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Setor Infantojuvenil da Biblioteca Pública Estadual Luiz De Bessa (Circuito Liberdade, Praça da Liberdade, 21, Funcionários, Belo Horizonte)

Na praça – A Banda 12 de Março, formada por 35 músicos instrumentistas de sopro e percussão, com regência do maestro Daniel Campos, lança seu quarto trabalho, com repertório de dobrados sinfônicos, marchas, erudita, valsas e trechos de ópera. A realização do CD é da produtora Nas Montanhas Produções e a produção musical é de Caxi Rajão. Quando: Dia 3 (domingo), às 10 horas Quanto: Entrada Gratuita Onde: Praça Duque de Caxias (rua Mármore, Santa Tereza, Belo Horizonte) CAXI RAJÃO/DIVULGAÇÃO

Cinema Italiano Festival - Depois de dez anos de sucesso em dezenas de cidades lusófonas em três diferentes continentes, de passar por Porto Alegre em 2014 e 2015, e chegar a mais cinco cidades em 2016, o festival 8 ½ Festa do Cinema Italiano amplia seu circuito e chega a Salvador e Recife. Além de São Paulo, Rio de Janeiro,

www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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