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JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.452 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017 ALISSON J. SILVA
Andrade Gutierrez negocia venda de 20% do controle acionário da Cemig A Andrade Gutierrez está negociando a venda da fatia de 20% das ações com direito a voto que detém na Cemig. O Banco Clássico pode pagar cerca de R$ 1,4 bilhão pela participação na companhia. Há quase 15 anos a Andrade Gutierrez compartilha o controle da Cemig com o governo de Minas Gerais, que detém 51% das ações com direito a voto, em um acordo de acionistas que dava à construtora forte poder sobre decisões estratégicas da energética. Pág. 7
A redução nas taxas de juros e o patamar baixo da inflação voltam a atrair consumidores para as revendas de Belo Horizonte
Mercado de veículos tem alta com cenário melhor
Vendas das concessionárias da Capital cresceram 17% em agosto Ainda longe da pujança de outros tempos, o mercado de veículos novos em Minas Gerais já indica uma recuperação nas vendas, favorecidas pela melhoria do cenário econômico do País, com a queda nos juros e inflação
controlada. Concessionárias de Belo Horizonte apontam crescimento médio de 17% em agosto na comparação com a mesma base de 2016. Para manter o ritmo de alta, as revendas apostam em estratégias como adoção de taxas
de financiamento diversificadas e ações de marketing. O mercado de usados também melhorou. No Portal Auto Shopping, na Capital, as vendas de seminovos subiram 9% no acumulado do ano até julho. Pág. 3
Recolhimento da Cfem apresenta retração de 18% em Minas Gerais Líder na arrecadação de royalties da mineração no Brasil, Minas Gerais registrou queda de 18% no recolhimento da Cfem de janeiro a agosto sobre igual período de 2016. A receita somou R$ 523 milhões contra R$ 637,7 milhões nos oito primeiros meses do ano passado, quando o valor foi reforçado pelo pagamento de uma dívida da Vale. Nova Lima recebeu a maior fatia em 2017: R$ 46,9 milhões, 39% do total no Estado. Pág. 4 DIVULGAÇÃO
OPINIÃO Diante do desalento que se sente face à gravidade da crise política vivida pelo País, não deixa de ser uma esperança a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. É importante frisar que o documento foi assinado por mais de 201 deputados e 18 senadores de vários partidos. E não custa lembrar que “a soberania é o direito inalienável e a capacidade da sociedade brasileira de se organizar de acordo com sua história e características sociais para promover o desenvolvimento de todo o seu povo, de forma justa, próspera, democrática e fraterna “ (item 3 do Manifesto pela Soberania Nacional ). Segundo Patrus Ananias, secretário-geral da Frente, o caráter pedagógico do movimento é um de seus principais pilares e, por isso mesmo, a proposta da Frente será discutida em todas as regiões do País com os diferentes segmentos do povo brasileiro. (Nair Costa Muls), pág. 2
As redes mineiras de venda de material de construção registram ganhos de 4% a 17% DIVULGAÇÃO
EDITORIAL O prefeito Alexandre Kalil, após mais um acidente grave no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, agora com três vítimas fatais, anuncia disposição de processar criminalmente, acusando-as de omissão, autoridades federais responsáveis pelo Anel. Reclamará ao mesmo tempo que a gestão da via seja transferida à Prefeitura, assim como os recursos nela alocados. Diante do problema e, sobretudo, diante da indiferença das autoridades federais, é impositivo que seja dado curso a ações mais enérgicas, permitindo que as intervenções há tanto reclamadas sejam afinal concretizadas. O Anel Rodoviário perdeu, faz tempo, condições mínimas para suportar o tráfego a que é submetido e, tecnicamente, a sua função básica de interligar rodovias federais que cortam a região metropolitana, desviando o trânsito de caminhões das áreas mais centrais. “Minas conta seus mortos”, pág. 2 Dólar - dia 8
Euro - dia 8
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,0926 Venda: R$ 3,0931
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A Indústria Faleiro opera em três turnos, de segunda a sábado, com 190 funcionários
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Turismo
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Compra: R$ 3,1000 Venda: R$ 3,2300
Nova York (onça-troy): US$ 1.351,20
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IGP-M (Agosto): ....................... 0,10%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,0902 Venda: R$ 3,0908
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Faturamento das redes de material de construção sobe As redes de venda de material de construção vem alcançando bons resultados em Minas. Enquanto 54,3% das lojas amargaram perda de faturamento no primeiro semestre, as redes mineiras contabilizaram crescimento de 4% a 17%. A Construai, de Alfenas, no Sul de Minas, com lojas em 38 municípios do Estado, obteve em março expansão de 32%. Pág. 5
Indústria Faleiro contabiliza forte expansão da demanda Especializada em refeições prontas, salgados e sobremesas congeladas para marcas próprias, o mercado da Indústria Faleiro cresceu 300% em seis anos, de 2 mil clientes para 8 mil. A expansão gerou um incremento de 35% no faturamento. Com 190 empregos diretos, a fábrica opera em três turnos, de segunda-feira a sábado, no bairro Califórnia, e produz 90 itens de três linhas. A unidade foi ampliada com investimentos de R$ 8 milhões. Pág. 11
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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OPINIÃO Em defesa da soberania nacional NAIR COSTA MULS * Nada mais significativo do que a coincidência entre a inauguração do Auditório José Alencar Gomes da Silva, na Assembleia Legislativa do Estado, e o lançamento da Frente Parlamentar pela Soberania Nacional. José Alencar foi um grande empresário mineiro, que sabia defender com ardor os interesses de Minas Gerais e do Brasil. Presidente da Fiemg, vice-presidente da CNI, senador, fez da carreira política um espaço maior para o exercício de um de seus principais traços: a capacidade de articulação e a busca do consenso através do diálogo. Vice-presidente do governo Lula, desempenhou um papel importante na articulação entre o segmento empresarial e os trabalhadores. Assim, essa coincidência traz bons fluidos para o sucesso da defesa da soberania do País. Pois, diante do desalento que se sente face à gravidade da crise política vivida pelo País, não deixa de ser uma esperança a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. É importante frisar que o documento foi assinado por mais de 201 deputados e 18 senadores de vários partidos, o que supõe um grau bastante significativo de unanimidade face ao desastroso governo Temer. E não custa lembrar que “a soberania é o direito inalienável e a capacidade da sociedade brasileira de se organizar de acordo com sua história e características sociais para promover o desenvolvimento de todo o seu povo, de forma justa, próspera, democrática e fraterna “ (item 3 do Manifesto pela Soberania Nacional ). Segundo o deputado Patrus Ananias, secretário-geral da Frente, o caráter pedagógico do movimento é um de seus principais pilares e, por isso mesmo, a proposta da Frente será discutida em todas as regiões do País com os diferentes segmentos do povo brasileiro, juventude, movimentos sociais, Igrejas, Câmaras Municipais, universidades, movimentos sindicais entre outros, com o objetivo de responder a uma pergunta básica: que Brasil queremos? Assim, quem sabe teremos algo a comemorar em 2022, aos 200 anos de nossa Independência?… De qualquer forma, não se pode calar diante do desmonte do País: direitos e conquistas sociais, educação, ciência e pesquisa, saúde, recursos naturais, hidrelétricas, Petrobras, Eletrobras, Base de Alcântara e outras estatais, pré-sal, satélites de baixa altitude para o controle da comunicação interna, a maior reserva ecológica do mundo, a Amazônia, tudo está sendo vendido na bacia das almas para o capital estrangeiro, sob pressão do capital financeiro internacional, dominado pelos princípios do neoliberalismo, como ressaltaram os deputados Patrus Ananias e Celso Pansera, secretário-executivo e membro do colegiado executivo, respectivamente. O senador Requião (PMDB-PR) foi claro na apresentação dos objetivos da Frente: com-
promisso com a defesa da soberania nacional, com o nacionalismo e com o desenvolvimento socioeconômico do País. Presidente da Frente, Requião apontou com clareza os interesses do capital financeiro internacional (“... a maior ameaça à soberania brasileira”), que tem conseguido dominar, através do financiamento privado, as forças políticas também na Europa ─ destruindo o Estado do bem-estar social, transferindo o poder econômico para os bancos centrais, enfraquecendo os partidos e lá também promovendo a precarização do trabalho e a desqualificação do papel dos sindicatos. No caso brasileiro, lembra o senador, Temer é apenas uma figura considerada como capaz de levar à frente o projeto de interesse do capital financeiro. Segundo Requião, o documento “A Ponte para o Futuro”, documento defendido pelo PMDB, nada mais é do que uma repetição do programa Thatcher, que, é bom lembrar, acabou com a tranquilidade europeia. De autoria do economista Marcos Lisboa, segue a linha do Consenso de Washington (desregulação, privatização, terceirização, competição e ou entrada do capital privado nos serviços públicos (saúde, educação, planos de saúde, por exemplo), ou seja, como querem os grandes, o Brasil deve ser o celeiro do mundo, o grande fornecedor de produtos agrícolas e recursos minerais a baixos preços; deve abrir ao capital internacional as terras brasileiras e os recursos naturais brasileiros, as estatais (Eletrobras, Petrobras, Casa da Moeda). Ademais, busca uma tecnologia avançada, que faz parte do modelo, mas leva ao desemprego. E não se pode aplicar no Brasil o modelo chinês de trabalho semiescravo, lembra Requião, pois aqui as conquistas sociais já vividas não permitirão tamanho retrocesso. Lembra ainda que os Estados Unidos se recuperaram da crise de 1929, através do New Deal, de Roosevelt, que reconhecia o papel do Estado ─ que gradualmente tomou as feições do estado do bem-estar social ─ na recuperação da economia norte-americana, preservando a liberdade e as conquistas sociais e possibilitando a qualificação do trabalhador/especialização, a rentabilidade das empresas, a redução da carga horária do trabalhador e o aumento do salário; e, consequentemente, maior produção, preços melhores, maior demanda e melhores resultados também para o capital. Ao mesmo tempo, ao lado do aumento dos impostos pagos pelos mais ricos, o desenvolvimento dos serviços públicos, o pleno emprego e combate à fome foram conquistas importantes. O governo Temer faz justamente o contrário, ressalta Requião: a política de juros altos encarece o crédito e afeta a demanda; a precarização do trabalho impede o consumo; a mercantilização ou privatização dos serviços públicos (energia, água, ferrovias,
saúde, educação, estradas e prisões.. e até mesmo bancos) destrói as bases da soberania do País. E mais: o sistema financeiro não só tem lucros exorbitantes, como tem amplo controle das políticas do Estado. Segundo a Frente, há que se frear essa loucura entreguista, que só alcançará como resultado a derrocada da saúde e da educação públicas, o aumento da pobreza, a devastação do meio ambiente, além da privatização generalizada e perda da soberania nacional. E tudo isso, como consequência da ação de um governo que tem apenas 6% de aprovação junto à população, e, portanto, cuja autoridade e legitimidade são questionadas pelos outros 94% dos brasileiros. O liberalismo falhou na Europa e o Brasil caminha para o mesmo fracasso, afirma Requião. O senador se apoia ainda no Papa Francisco quando este diz que não se pode servir a dois senhores: Deus e Manon (E é bom lembrar que Manon não significa diabo; significa, pura e simplesmente, dinheiro). O capital pode ser positivo, ajunta, quando gera empregos, se submete ─ e é controlado ─ aos interesses e objetivos nacionais, possibilita a inovação da tecnologia, sem, no entanto, causar desemprego; quando investe no crescimento da indústria para o bem-estar e maior conforto das pessoas e quando paga um salário justo. A renúncia a certos direitos invioláveis, tais como o direito de organizar seu Estado e sua sociedade de forma a promover o desenvolvimento, é inadmissível, diz Requião, lembrando a missão do Congresso Nacional e o seu dever de garantir a soberania, o desenvolvimento e a independência nacional. Os eixos principais da ação proposta da Frente Parlamentar, segundo o seu manifesto são a defesa da exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo, para a promoção do desenvolvimento; da construção de uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento; da contribuição da agricultura para a alimentação do povo e as exportações; do capital produtivo nacional e de um sistema de crédito que tenha como objetivo seu fortalecimento; do emprego e do salário do trabalhador brasileiro; de um sistema tributário mais justo; de Forças Armadas capazes de defender nossa soberania; de uma política externa independente. Confiando na força e na importância dessa Frente Parlamentar Mista pela Defesa da Soberania Nacional, auguramos o maior sucesso possível na sua discussão com a população brasileira e com os diferentes setores da sociedade organizada, de modo a se chegar a um referendum, que possa, inclusive, sustar as privatizações em curso e retomar o projeto do Brasil que queremos. * Doutora em Sociologia, professora aposentada da UFMG/Fafich
Amazônia ainda: um estereótipo falso CESAR VANUCCI * “Tentam exacerbar um estereótipo que não temos.” (Wagner Sandoval Barbosa, da Maçonaria Nacional Gobiana) Remexendo papéis recolhidos ao baú, revejo mais um documento valioso sobre a sempre candente questão da gula estrangeira focada na Amazônia. O documento, de poucos anos atrás, elaborado no âmbito maçônico, conserva frescor de atualidade. Enfatiza a necessidade de nos mantermos, os brasileiros, conforme fazem os escoteiros, “sempre alertas”, quanto às ameaças que rondam, não é de hoje, a soberania nacional no tocante ao imenso, dadivoso e brasileirismo território. A Maçonaria Nacional Gobiana, que engloba 2.400 lojas, acha-se engajada numa campanha em defesa da Amazônia. É o que revela palpitante estudo elaborado por Wagner Sandoval Barbosa, membro da instituição. Quem trouxe o trabalho ao nosso conhecimento foi um amigo dileto, nosso companheiro de lidas leonísticas Ary Vieira Costa, oficial graduado do Exército, presentemente na reserva, com brilhante folha de serviços prestados à Nação. Documento extenso, contém informações valiosas sobre a realidade brasileira. O foco são as ameaças externas permanentes aos sagrados e soberanos direitos brasileiros, histórica e politicamente consolidados, sobre o riquíssimo e cobiçadíssimo chão amazônico. É lembrado, na introdução, que o Brasil enfrenta “há 506 anos uma explosão predatória” que se estende, de algum modo, até os dias de hoje. “Para se ter uma ideia – vem também registrado –, a Vale do Rio Doce foi avaliada, por grandes financistas, em 3,3 bilhões de dólares (...). Foi comprada com moedas podres (...) Em 2004, ela deu um lucro líquido de 6,4 bilhões (...) Em 2005, o lucro previsto era de 12,5 bilhões. Acreditem: “até” acharam cobre na área (...), gozado, ninguém sabia). (...) Na verdade, na época da venda, ela já havia sido avaliada em 40 bilhões de dólares.” Logo adiante é assinalado que “o mundo tenta exacerbar um estereótipo que não temos: faz crer que somos irresponsáveis e que não conseguimos administrar a Amazônia.” Menciona-se, depois, a presença no território citado de mais de duas mil ONGs e mais de 20 mil estrangeiros, boa parte deles com objetivos nebulosos. “Estão pesquisando? A favor ou contra o quê? São questões que fogem ao controle do governo e do povo brasileiro.” O autor do trabalho critica ainda a atuação de muitas ONGs estrangeiras. “No Brasil é permitida grande liberdade de
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ação a essas instituições. Na Rússia – sustenta –, depois de haver sido constatado que muitas delas representavam risco para o país, estabeleceu-se na legislação a obrigatoriedade dessas instituições se explicarem de onde vêm os recursos empregados em suas ações e qual é, realmente, o sentido de sua presença em cena. Resultou daí – informa o autor – que, logo de saída, 40 grandes organizações do gênero ficaram impedidas de operar naquele país. Wagner Sandoval Barbosa – repetimos, membro destacado da Maçonaria Nacional Gobiana – enfatiza, por outro lado, com copiosos exemplos, o fato de que, há muitos anos, dirigentes mundiais de renome vêm participando de uma orquestração sinistra objetivando abalar o conceito do Brasil no exterior, de olho nas riquezas da Amazônia. Noutro ponto do estudo fala-se das manifestações insolentes de organizações estrangeiras que atuam na Amazônia, quando se recusam a reconhecer, com intuitos nefandos, a capacitação da nação brasileira para lidar com a questão da integração indígena. “Países que não souberam fazer seu dever de casa” nessa complexa área do relacionamento inter-racial querem agora nos ensinar o que fazer, ignorando, perfidamente, que nenhuma outra nação, no mundo inteiro, possui maior “respaldo ético, moral e cultural” para definir as coisas, nesse capítulo da convivência humana, da forma mais correta e recomendável. O autor maçônico vai mais longe: “Dizem, erroneamente, que somos o pulmão do mundo. Não pelo oxigênio, como eles pregam (...), afinal, além do oxigênio produzido pelas matas, é produzido também o gás carbônico (...) pela fotossíntese.” “E já está provado – continua – que a grande reserva de oxigênio produzida para o mundo é o fictoplasma (...) que é uma camada sobre o mar (...) E temos mais mares que continentes.” O estudo reporta-se, noutra parte, às colossais riquezas do solo e subsolo amazônico. Lembra que, com o emprego de satélites no sensoriamento do terreno, essas riquezas afloraram de maneira estridente. “Somente em ouro aluvional, nós temos hoje na Amazônia cerca de 1/3 de todas as reservas medidas no mundo. E há hidrocarbonetos, petróleo, gás natural, uma floresta tropical úmida, a mais rica do globo em termos de germoplasma e de biodiversidade.” O estudo maçônico comporta mais considerações. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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Minas conta seus mortos Depois de mais um acidente grave no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, agora com três vítimas fatais, o prefeito Alexandre Kalil anuncia disposição de processar criminalmente, acusando-as de omissão, autoridades federais responsáveis pelo Anel. Reclamará ao mesmo tempo que a gestão da via seja transferida à Prefeitura, assim como os recursos nela alocados. Diante do problema e, sobretudo, diante da indiferença das autoridades federais, é impositivo que seja dado curso a ações mais enérgicas, permitindo que as intervenções há tanto reclamadas sejam afinal concretizadas. O Anel Rodoviário de Belo Horizonte perdeu, faz tempo, condições mínimas para suportar o tráfego a que é submetido e, tecnicamente, a sua função básica de interligar rodovias federais que cortam a região metropolitana, desviando o trânsito de caminhões das áreas mais centrais. Hoje, naquela via, o tráfego predominante é de veículos leves, em trânsito urbano. O A duplicação de todo Anel deixou de ser o trecho, proposta e uma rodovia para se transformar discutida há mais de numa grande dez anos, está posta avenida e sem que de lado e mesmo obras tenham sido feitas ditas de readequação as adequações que possibilitassem e correção de pontos convívio entre críticos, como veículos leves e afunilamentos das pesados. pistas, são postergadas A duplicação sem maiores de todo o trecho, proposta e satisfações discutida há mais de dez anos, está posta de lado e mesmo obras ditas de readequação e correção de pontos críticos, como afunilamentos das pistas, são postergadas sem maiores satisfações. O mais próximo do concreto que existe hoje é a promessa do Ministério dos Transportes de ordenar, até o final do ano, liberação de recursos para que sejam atacados os problemas mais críticos. Apenas uma possibilidade, sem nenhum carimbo definitivo, justificando plenamente a indignação do prefeito de Belo Horizonte, que é comum à maioria da população, e uma linha de conduta mais agressiva. Continuar esperando, continuar lamentando vidas perdidas, como agora mais uma vez ocorre, é que não é mais possível. É necessário fazer ver que a questão não mais se resume ao Anel Rodoviário e a uma “adequação” que jamais poderá ser satisfatória. Na realidade, o essencial é fazer compreender que as condições de mobilidade sobre rodas na região metropolitana não serão satisfatórias e não atenderão às demandas do grande entroncamento rodoviário nela existente sem que seja afinal encaminhadas providências que viabilizem e acelerem a implantação do Rodoanel de Contorno Norte, outra obra colocada na geladeira da indiferença com que tem sido tratados – e não é de hoje – no plano federal os interesses de Minas Gerais e sem que a bancada parlamentar mineira, além de outras forças políticas e empresariais, reajam à altura e com a contundência que se tornou impositiva.
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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ECONOMIA VEÍCULOS
Vendas aumentam 17% em Belo Horizonte Alta em agosto, ante mesmo mês de 2016, é atribuída à melhora do cenário, com queda de juros e da inflação ALISSON J. SILVA
GABRIELA PEDROSO
Inflação sob controle, taxa de juros em queda e uma economia que dá sinais relevantes de recuperação. Parte desse cenário, o mercado de veículos novos em Minas Gerais começa a observar em 2017 a desejada retomada. Apesar de ainda distante da pujança de outros anos, representantes do setor em Belo Horizonte são categóricos em afirmar que a melhora é consistente. Concessionárias da Capital relatam que, em agosto, o crescimento nas vendas foi em torno de 17% na comparação com igual período de 2016. O gerente regional da Grande Minas, Creomar Santos, conta que, no último mês, a alta nas vendas de veículos novos ao varejo na concessionária chegou a 18% frente a agosto do ano passado. E o incremento não se limitou a essa base de comparação. No confronto com julho, o comércio de carros zero na autorizada Chevrolet subiu 13%, enquanto no acumulado do ano a elevação alcançou a marca de 11%. Para Santos, a principal explicação para o reaquecimento do setor está na gradual redução da taxa básica de juros (Selic), iniciada no fim de 2016. “Tem havido uma retomada sim, até em função das taxas de juros, que vêm caindo mês a mês, o que nos favorece pela questão
do crédito. A confiança do consumidor também está crescendo e é outro fator. A melhora ainda não está nos níveis de anos anteriores, mas é uma retomada pequena e consistente”, analisa o gerente. Desde março, a Grande Minas vem registrando crescimento nas vendas de veículos novos. No início da semana, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou números da venda de veículos novos em geral – automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos - do mês de agosto. Em Minas Gerais, houve um aumento de 25% - sendo 52 mil emplacamentos - em relação ao mesmo período do ano passado. Indicadores - A Carbel, concessionária da Volkswagen em Belo Horizonte, também sente os efeitos da melhora dos indicadores macroeconômicos no País. No último mês, a empresa registrou aumento de 17% nas vendas de veículos novos frente a agosto de 2016 e de 20% no confronto com julho. “O comércio está muito aquecido. Hoje, a maior parte das vendas tem sido à vista. A credibilidade aumentou demais, principalmente porque o cenário melhorou. A inflação caiu e a redução nas taxas de juros também ajudou”, pondera o gerente comercial de veículos novos do grupo,
Nas concessionárias de BH, a percepção é de retomada, com aumento da confiança do consumidor e melhora consistente
André Corrêa Nunes. De janeiro a agosto, no entanto, a empresa ainda acumula queda de 8,9%. Pessoas jurídicas - Gerente de venda corporativa da Pisa, Marcelo Coimbra destaca que o momento não tem sido bom somente para o comércio junto à pessoa física. Segundo ele, o mercado de vendas para empresas também tem se beneficiado com a recuperação da economia. No acumulado do ano, a autorizada Ford relata uma alta de 7,4% nas vendas de automóveis leves zero quilômetro ao varejo. “As vendas em 2017 estão melhores, mas ainda muito longe de chegarem no pata-
mar de 2015, por exemplo. A queda foi grande. Em 2015, a Pisa vendia em média 140 carros no mês para pessoa física. Agora, vendemos na casa de 50 a 60 carros. No ano passado, porém, chegamos a vender em torno de 20 carros ao mês. Está melhorando, mas ainda está longe do patamar satisfatório”, afirma Coimbra. Para garantir a continuidade do crescimento das vendas, as concessionárias têm apostado em diferentes estratégias, que vão desde a composição dos estoques até o investimento em taxas de financiamento diversificadas e ações de marketing para atrair o consumidor. Na Carbel, Nunes revela que
o estoque está 15% maior e a empresa trabalha com condições especiais de negociação de preços. “Estamos agora com fila para o modelo novo que vai sair do Polo, automático, com lançamento previsto para o fim de setembro. Hoje tenho em torno de 30 pedidos, já”, diz. Na Grande Minas, alguns clientes já têm esperado em torno de 30 dias para ter o carro zero desejado, dependendo do modelo.
mulado do ano em julho. Frente a junho, a alta é de 5% e na comparação com julho do ano passado, o crescimento é de 3%. “Apesar da instabilidade econômica, conseguimos manter um patamar considerável em relação às vendas. Este ano, ainda tivemos liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que contribuiu muito para o acumulado de 2017”, pondera a gerente-geral do mall, Viviane Valadares. Segundo a dirigente do Usados - O mercado de Portal Auto Shopping, o usados também tem apre- tíquete médio hoje do emsentado evolução em 2017. preendimento gira em torno No Portal Auto Shopping, de R$ 35 mil a R$ 40 mil, o na Capital, a venda de se- que caracteriza seminovos minovos subiu 9% no acu- intermediários.
ANÁLISE
Desnacionalização da indústria preocupa economistas DA REDAÇÃO
emprego e renda, mas infelizmente o País é hoje um grande importador. Exemplos de proteção à indústria nacional são muito comuns em todo o mundo. Em abril, o governo dos Estados Unidos anunciou a possibilidade de criar taxas para importação do aço, de forma a fortalecer as empresas do setor sediadas em seu território. Há alguns anos, a China vetou que a Coca-Cola comprasse a Huiyuan, maior fabricante de sucos no país.
visão de Antonio Correia Lacerda, doutor pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o potencial da economia brasileira é subaproveitado pela ausência total de uma política industrial sólida. «O Brasil é dos poucos países do mundo que não precisa escolher entre ser bom no complexo agromineral ou na indústria ou nos serviços. Temos economia de estado, condições climáticas e território vasto para atuarmos em
Uma das principais preocupações manifestadas por economistas durante o 22º Congresso Brasileiro de Economia, que terminou nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, está ligada à venda de ativos brasileiros para grupos estrangeiros. Para eles, setores estratégicos da economia devem ser controlados por empresas nacionais, sejam públicas ou privadas. O crescimento do Brasil no longo prazo, de forma sustentável e inclusiva, vai Política industrial - Na depender da formação de um parque industrial robusto na opinião de Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), entidade que organiza o evento. “Uma DA REDAÇÃO das premissas de uma nação efetivamente independente Sem os bancos públicos, dadas e soberana é o controle naas condições do Brasil, não será cional sobre certos setores possível atingir o desenvolvimenestratégicos da economia. É to. A afirmativa é do doutor pelo preocupante o processo de Instituto de Economia da Unidesnacionalização da nossa versidade Estadual de Campinas economia. Capitais externos (Unicamp), Antônio Correia de estão assumindo o controle Lacerda. Ele recebeu o Personalide boa parte dos recursos dade Econômica do Ano de 2016 naturais do País e avançam durante o 22º Congresso Brasileiro de forma acelerada sobre a de Economia, que terminou nesta indústria do petróleo, do gás sexta-feira, em Belo Horizonte. e da energia elétrica”. Para o economista, o papel dos O problema, segundo Mibancos públicos é crucial para que ragaya, é que essas grandes um país possa se desenvolver e corporações estrangeiras dar suporte ao crescimento de seu mantêm suas áreas de pessetor industrial. “Não podemos quisa, tecnologia e desenficar ao sabor das circunstâncias. volvimento nos países onde Precisamos de uma política indusestão suas matrizes. Ele cita trial que envolva política comercial a indústria de fertilizantes, e política de ciência, tecnologia e que seria fundamental para inovação”, disse Lacerda. a economia brasileira gerar
vários setores. Isso não é pra quem quer. É pra quem pode. E só quatro ou cinco países no mundo têm essa possibilidade», disse Lacerda, após receber o prêmio Personalidade Econômica do Ano de 2016, na abertura do congresso. Ele destacou que a agricultura brasileira, um dos setores produtivos de sucesso no país, não se desenvolveu baseado apenas na eficiência microeconômica dos agricultores. “Houve uma política de estado. O papel da Embrapa [Empresa
Brasílieira de Pesquisa Agropecuária], por exemplo, foi fundamental. E isso foi feito com investimento público, com políticas públicas. Foi ela quem desenvolveu a soja no Cerrado, que foi a grande revolução que tivemos na agricultura e que depois teve grande impacto também na pecuária”. Para ele, a indústria nacional precisa ser alavancada e, para ter um crescimento sustentável, o Brasil precisa de investimentos. “O argumento principal para o ajuste é o de que o Estado
deveria funcionar como o orçamento familiar ou como uma empresa. E nós sabemos que isso não é possível. É justamente na crise que o Estado precisa investir, fomentar oportunidades. Não é qualquer gasto, mas é o gasto que tem efeito multiplicador. E também tem efeito demonstrador, porque estimula outros agentes a também aplicarem recursos no País. O ajuste pelo ajuste não se sustenta. A prática de juros elevados e o corte sucessivo de investimentos levam a mais recessão”. (ABr)
Bancos públicos movem o País, defende especialista Os bancos públicos atuam no fomento da indústria nacional, no desenvolvimento regional e no apoio a atividades nas quais grupos privados manifestam pouco interesse ou cuja rentabilidade ainda não é suficiente para que se desenvolvam. Para tanto, são feitos financiamentos e empréstimos, tanto de curto como de longo prazo, em condições mais favoráveis do que as oferecidas pelo mercado. Lacerda manifestou preocupação com a substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nas operações de crédito feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Medida Provisória 777/2017, que instituiu a nova taxa, foi aprovada na terça-feira (5) pelo Senado e segue agora para sanção presidencial.
“O J [letra jota] faz toda diferença. Uma [taxa] é política pública, definida pelo Conselho Monetário Nacional e, portanto, oferece juros compatíveis com a rentabilidade esperada dos projetos. E a outra é a taxa de mercado que, dadas as condições brasileiras, vai inviabilizar a única fonte de financiamento de longo prazo”, afirmou Lacerda. A TLP é composta pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela taxa de juros prefixada das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) vigente no momento da contratação do financiamento. Por outro lado, a TJLP é fixada pelo Conselho Monetário Nacional após avaliar alguns índices econômicos. O governo alega que a TLP barateia o crédito e facilita o controle da inflação e que o BNDES
poderá ter recursos com o menor custo de captação do mercado, permanecendo com um grau importante de incentivo. De acordo com o Ministério da Fazenda, o ajuste fiscal e as demais reformas econômicas levarão à queda de todas as taxas de juros da economia. Dessa forma, a diminuição do subsídio ao crédito não significará o aumento da taxa de juros real paga pelos clientes do BNDES. A pasta avalia também que não há evidências empíricas de que o forte aumento do crédito subsidiado tenha alavancado o investimento. O 22º Congresso Brasileiro de Economia foi realizado de quarta a sexta-feira com a participação de mais de 1,5 mil pessoas. O tema desta edição foi “Desenvolvimento Econômico, Justiça Social e Democracia: Bases para um Brasil Contemporâneo”. (ABr)
BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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ECONOMIA MINERAĂ‡ĂƒO
Recolhimento da Cfem recua no Estado
De janeiro a agosto, recursos somaram R$ 523,5 milhĂľes, queda de 18% ante mesmo intervalo de 2016 DIVULGAĂ‡ĂƒO
LEONARDO FRANCIA
O recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) em Minas Gerais somou R$ 523,5 milhĂľes entre janeiro e agosto deste ano contra R$ 637,7 milhĂľes nos mesmos meses de 2016, uma queda de 18%. Os dados sĂŁo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Minas se mantĂŠm na primeira colocação entre todos os estados arrecadadores dos royalties da mineração no Brasil, com uma participação de 43,6% do total recolhido com a Cfem em todo o PaĂs no acumulado do ano atĂŠ agosto, que totalizou R$ 1,2 bilhĂŁo. Conforme jĂĄ informado, parte relevante da queda ĂŠ atribuĂda ao pagamento de uma dĂvida antiga da Vale com municĂpios mineradores durante o primeiro semestre de 2016, o que alavancou a arrecadação da Cfem no exercĂcio passado. A mineradora jĂĄ informou que pagou cerca de R$ 500 milhĂľes durante o perĂodo, sendo R$ 250 milhĂľes direcionados para dĂvidas com cidades mineiras. Uma vez que 65% do valor recolhido com a Cfem sĂŁo distribuĂdos para os municĂpios mineradores, 23% para o Estado e 12% para a UniĂŁo, apesar
de Minas ter arrecadado US$ 523,5 milhĂľes com os royalties da mineração no acumulado atĂŠ agosto, o montante que ficou no Estado foi de R$ 120,1 milhĂľes. O valor foi 22% menor do que o apurado no mesmo perĂodo de 2016 (R$ 153,9 milhĂľes). O municĂpio mineiro que recebeu o maior valor apĂłs a distribuição dos royalties da mineração entre janeiro e agosto deste ano continua sendo Nova Lima, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os cofres nova-limenses receberam R$ 46,9 milhĂľes, o que representa 39% do total que ficou no Estado. A arrecadação da Cfem somente com o minĂŠrio de ferro respondeu por praticamente 85% da arrecadação dos royalties minerĂĄrios no Estado entre janeiro e agosto deste ano. No intervalo, o recolhimento da contribuição com a commodity somou R$ 444,4 milhĂľes contra R$ 555,1 milhĂľes nos mesmos meses de 2016, redução de 20%. Se considerado apenas o ouro extraĂdo no Estado, a arrecadação dos royalties tambĂŠm caiu. Entre janeiro e agosto, o recolhimento da Cfem referente somente ao metal precioso somou R$ 26,7 milhĂľes, 11,5% de queda em relação ao valor recolhido no mesmo perĂ-
Nova Lima foi o municĂpio de Minas Gerais que recebeu o maior valor, R$ 46,9 milhĂľes, o que representa 39% do total
odo do exercĂcio anterior (R$ 29,8 milhĂľes). Reforma regulatĂłria - No final de julho, o presidente Michel Temer assinou trĂŞs medidas provisĂłrias que pautarĂŁo a reforma regulatĂłria do setor mineral no PaĂs. Entre as alteraçþes, foram anunciadas mudanças na cobrança da Cfem, o que, segundo o governo federal, deve dobrar a arrecadação com os royalties minerĂĄrios no PaĂs. Os royalties incidentes
BHP/DIVULGAĂ‡ĂƒO
Aumentam as importaçþes pela China Pequim - As importaçþes chinesas de minĂŠrio de ferro cresceram em agosto, Ă medida que os preços em alta do aço aumentaram o apetite por matĂŠria-prima estrangeira. O paĂs asiĂĄtico importou 88,66 milhĂľes de toneladas no mĂŞs passado, um volume 1,1% maior em relação ao mesmo perĂodo de 2016 e 2,8% acima do apurado em julho, informou nesta sexta-feira a Administração Geral AlfandegĂĄria da China. Nos oito primeiros meses deste ano, as importaçþes de minĂŠrio de ferro da China acumulam alta de quase 7% sobre igual intervalo do
sobre o minĂŠrio de ferro, por exemplo, passarĂŁo a ter um teto de 4%, mas terĂŁo uma regra diferenciada. A alĂquota vai variar conforme a flutuação do preço no mercado internacional. Os royalties sobre o niĂłbio serĂŁo elevados de 2% para 3%; ouro, de 1% para 2%; diamante, de 2% para 3%. Ouro e diamante decorrentes de garimpagem terĂŁo cobrança de 0,2%. Minerais usados na construção civil, por sua vez, terĂŁo a alĂquota reduzida de 2% para 1,5%.
Em agosto, as compras de minĂŠrio de ferro cresceram 1,1% frente ao mesmo mĂŞs de 2016
ano passado, ao passo que mais siderúrgicas chinesas elevaram a produção para
DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO MĂ RCIO MIKIO CORRĂŠA, CPF: 645.471.246-04, DECLARA, nos termos do art. 6Âş do Regulamento Anexo II Ă Resolução nÂş 4.122, de 2 de agosto de 2012, sua intenção de exercer cargo de administração na Cooperativa de CrĂŠdito dos EmpresĂĄrios Industriais Vinculados a FIEMG LTDA.ESCLARECE que eventuais objeçþes Ă presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado pĂşblico acerca desta, por meio IRUPDO HP TXH RV DXWRUHV HVWHMDP GHYLGDPHQWH LGHQWLÂżFDGRV DFRPSDQKDGR GD documentação comprobatĂłria, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil Deorf – Departamento de Organização do Sistema Financeiro Av. Ă lvares &DEUDO 6DQWR $JRVWLQKR %HOR +RUL]RQWH Âą 0* &(3
aproveitar as margens melhores em meio Ă repressĂŁo do governo chinĂŞs sobre produtos de aço de baixa tecnologia. Isso resultou em encomendas maiores por maEDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Atendendo a dispositivos estatutĂĄrios, a AMIS - Associação Mineira de Supermercados, com sede na Rua Levindo Lopes, n° 357, 6Âş andar, Bairro FuncionĂĄrios, Belo Horizonte, Minas Gerais, atravĂŠs do Presidente de seu Conselho Diretor, convoca AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria para eleição de seu Conselho Consultivo, Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Vice Presidentes Regionais para o biĂŞnio 2018/2019. )LFD GHÂżQLGR TXH R SUD]R Pi[LPR SDUD UHJLVWUR de chapas serĂĄ o dia 11.09.17 atĂŠ Ă s 17:30h, na sede da entidade. A eleição realizar-se-ĂĄ no dia 19.10.17 as 20hrs, durante a 31ÂŞ Superminas – &RQYHQomR 0LQHLUD GH 6XSHUPHUFDGRV TXH VHUi realizada no Expominas sito a Av. Amazonas nÂş. 6.030 Gameleira, BH/MG /XL] $OH[DQGUH Brognaro Poni - Presidente do Conselho Diretor
tĂŠrias-primas, particularmente minĂŠrio de ferro de alto grau. “As importaçþes seguirĂŁo elevadas, pois a produção de aço ainda estĂĄ relativamente forte, e os cortes na produção chinesa de inverno nĂŁo devem ocorrer atĂŠ meados de novembroâ€?, disse Helen Lau, analista da Agronauts Securities, em Hong Kong. (Reuters) GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, 1Âş LeilĂŁo dia 19/09/17 Ă s 10:00hs, se necessĂĄrio 2Âş LeilĂŁo no dia 20/09/17 Ă s 10:00hs, para venda de Apto. em Porto Alegre/RS. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂcio de Reg. de TĂtulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.
CADE
Ato de concentração entre FMC Corporation e DuPont ĂŠ aprovado BrasĂlia - A SuperintendĂŞncia Geral do Conselho Administrativo de Defesa EconĂ´mica (Cade) aprovou sem restriçþes o ato de concentração entre a E.I. Du Pont de Nemours and Company (DuPont) e a FMC Corporation. Segundo informaçþes do Cade, trata-se da aquisição pela DuPont da totalidade de ativos e de propriedades representativos do negĂłcio de SaĂşde e Nutrição da FMC (exceto o negĂłcio de Ă”mega 3 da FMC), cuja oferta de hidrocoloides especializados ĂŠ feita no âmbito nacional e internacional. A operação estĂĄ relacionada ao Acordo em Controle de Concentraçþes (ACC) firmado entre as empresas The Dow Chemical Company (Dow) e DuPont junto ao Cade, como condiçþes para aprovação da fusĂŁo entre ambas. Segundo dados da operação disponĂveis no Cade, dentre os compromissos firmados, ficou acordada a venda do negĂłcio desinvestido da DuPont, referente a suas atividades globais de defensivos agrĂcolas, que abrangem diversos ingredientes ativos e produtos formulados de inseticidas e herbicidas, bem como atividades de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrĂcolas A aquisição pela FMC do NegĂłcio Desinvestido da DuPont tem como contrapartida a aquisição pela DuPont do NegĂłcio de SaĂşde e Nutrição da FMC, que ĂŠ a operação em anĂĄlise pela superintendĂŞncia.
centração envolvendo a General Electric Company e a CaĂsse de DĂŠpĂ´t Et Placement Du QuĂŠbec (CDPQ). Segundo o Cade, trata-se de uma operação para constituição de joint venture, que atuarĂĄ como plataforma global de financiamento de aeronaves denominada Einn Volant Aircraft Leasing Holdings Ltd. A parceria entre as empresas terĂĄ como principais atividades constituir-se em plataforma de securitização responsĂĄvel pela aquisição de aeronaves comerciais e jatos modernos de companhias aĂŠreas diversas; viabilizar o arrendamento, por meio de leasing de longo prazo, dessas mesmas aeronaves; e alienação de aeronaves.
Indicação - O presidente Michel Temer cancelou a indicação de Amanda Athayde para o cargo de superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa EconĂ´mica (Cade), que havia sido feita no dia 23 de agosto. Em novo despacho publicado no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo, Temer indicou para apreciação do Senado o nome de Alexandre Cordeiro Macedo, atual conselheiro do ĂłrgĂŁo, para o cargo de superintendente-geral do Cade, com mandato de dois anos. O presidente tambĂŠm encaminhou para apreciação do Senado o nome de Polyanna Ferreira Silva Vilanova para exercer o cargo de conselheira do Cade, para completar o mandato de Alexandre Cordeiro Macedo, com tĂŠrGE e CDPQ - A Superinten- mino em 8 de julho de 2019. dĂŞncia Geral do Conselho Os dois nomes tĂŞm que ser Administrativo de Defesa aprovados pelo Senado para EconĂ´mica (Cade) aprovou que a nomeação de fato possa sem restriçþes o ato de con- ser feita. (AE) VP PARTICIPAÇÕES E GESTĂƒO DE NEGĂ“CIOS EIRELI CNPJ 08.415.206/00001-94 NIRE 3160001161-1 DECISĂƒO DO TITULAR Pelo presente instrumento particular, VICTOR CAVALCANTI PARDINI, brasileiro, casado em regime de comunhĂŁo parcial de bens, mĂŠdico, inscrito no CPF sob o n. 525.560.696-00, portador da Carteira de Identidade n. M-756.093, expedida pela SSP/MG, residente e domiciliado na Rua Roberto Alvarenga de Paula, nÂş 575, CondomĂnio Clube dos Caçadores, bairro Mangabeiras, Belo Horizonte/MG, CEP 30210-440 (“Titularâ€?), titular e administrador da VP PARTICIPAÇÕES E GESTĂƒO DE NEGĂ“CIOS EIRELI, empresa individual de responsabilidade limitada, inscrita no CNPJ sob o n. 08.415.206/00001-94, com seus atos arquivados na JUCEMG sob o NIRE 31600011611, com sede em Belo Horizonte/MG, QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Q ž DQGDU EDLUUR 6DQWD (ÂżJrQLD &(3 ÂłVP Participaçþesâ€?), neste ato repreVHQWDGD SRU VHX WLWXODU DGPLQLVWUDGRU 9LFWRU &DYDOFDQWL 3DUGLQL DFLPD TXDOLÂżFDGR UHVROYH I – REDUĂ‡ĂƒO DE CAPITAL Observado o Anexo V Ă Instrução Normativa no 38/2017 do Departamento de Registro Empresarial e Integração - DREI (“Manual da EIRELIâ€?) e o disposto nos artigos 1.082 e seguintes do CĂłdigo Civil, o Titular declara que o capital social da VP Participaçþes se tornou excessivo para a consecução do seu objeto social, razĂŁo pela qual decide por reduzi-lo, passando de R$5.201.124,00 (cinco milhĂľes duzentos e um mil e cento e vinte e quatro reais) para R$926.499,00 (novecentos e vinte e seis mil quatrocentos e noventa e nove reais), com entrega de 27.532.166 (vinte e sete milhĂľes quinhentos e trinta e dois mil cento e sessenta e seis) açþes da sociedade Instituto Hermes Pardini S.A., inscrita no CNPJ sob o nÂş 19.378.769/0001-76, SDUD R 7LWXODU &RP HVWD DOWHUDomR D &OiXVXOD 4XDUWD GR $WR &RQVWLWXWLYR SDVVDUi D WHU D VHJXLQWH UHGDomR Âł&OiXVXOD 4XDUWD – O capital serĂĄ R$926.499,00 (novecentos e vinte e seis mil quatrocentos e noventa e nove reais), totalmente integralizado neste ato em moeda corrente do PaĂs.â€? II - ENCERRAMENTO Todas as demais clĂĄusulas e condiçþes do Ato Constitutivo da VP Participaçþes nĂŁo abrangidas pelo presente Instrumento de DecisĂŁo do Titular permanecem em pleno vigor, para todos RV HIHLWRV OHJDLV H GH GLUHLWR ( R 7LWXODU ÂżUPRX R SUHVHQWH LQVWUXPHQWR HP XPD YLD D TXDO VHUi GHYLGDPHQWH SXEOLFDGD HP -RUQDO GH *UDQGH &LUFXODomR H QD ,PSUHQVD 2ÂżFLDO H SRVWHULRUPHQWH UHJLVWUDGD QD -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV Gerias – JUCEMG. Belo Horizonte, 05 de setembro de 2017. VICTOR CAVALCANTI PARDINI - Titular
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ECONOMIA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Lojas se unem para enfrentar a recessão Varejistas do segmento em Minas Gerais apuram resultados positivos após se aliarem às redes ALISSON J. SILVA
ANA AMÉLIA HAMDAN
Criadas com principal objetivo de garantir que pequenos comércios tenham condições de concorrer com grandes grupos, as redes de lojas de venda de material de construção em Minas acabaram se mostrando eficazes também no enfrentamento à recessão econômica. De acordo com levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Tintas, Ferragens e Maquinismos de Belo Horizonte e Região (Sindimaco), no primeiro semestre deste ano, no comparativo com igual período de 2016, a maioria das lojas da capital que atuam nesse segmento – 54,3% – teve perdas, enquanto 33,2% mantiveram e 12,5% aumentaram o faturamento. Já representantes de redes de Minas ouvidos pela reportagem relataram terem tido, neste ano, aumentos nas vendas que variam de 4% a 17%. A Construai, rede com sede em Alfenas, Sul de Minas, e com lojas em 38 cidades do Estado, atingiu em março deste ano o maior faturamento de sua história, com desempenho 32% superior ao de igual mês do ano passado. De janeiro a agosto deste ano, em comparação com igual período de 2016, houve crescimento de 17% no faturamento. Com 30 associados e 61 lojas localizadas principalmente nas regiões Sul, Norte e Zona da Mata, a rede fatura R$ 300 milhões anuais e gera 1.100 empregos. Gestor da Construai, Rodolfo Norberto Nogueira atribui os bons resultado ao fato de a rede estar bem organizada e ter investido em marketing e treinamento de pessoal. “Acredito que, se não estivessem na rede, as lojas não teriam conseguido atingir esse desempenho”, analisa. “Geramos indicadores para as lojas, evitando estagnação. Em marketing, os
Dados do Sindimaco apontam que 54,3% das lojas de material de construção da Capital registraram queda nos negócios no primeiro semestre
investimentos chegam a R$ 1,3 milhão por ano. Também temos consultoria em recursos humanos, que treina os funcionários. Conseguimos certa padronização nos atendimentos”, enumera. Ele também percebe uma melhora no mercado no comparativo com o ano passado. Com 11 anos, a Construai está em plena expansão, sendo que realizou fusão com a rede Casa Mais. A tendência é continuar aumentando. Segundo Nogueira, o grupo recebe de 10 a 15 inscrições, por mês, de lojas interessadas em integrar a rede. Fila - A Rede 10, criada em 2010, também está crescendo. Começou com 10 associados e atualmente conta 14, sendo que há mais empresários “na fila”. Presidente do grupo, Flávio Gomes informa que os empresários fazem compras,
Ações de marketing impulsionam as vendas A Rede GMinas, com 105 lojas localizadas nas regiões Sul, Zona da Mata, Centro-Oeste, Triângulo e Região Metropolitana de Belo Horizonte, aumentou o faturamento em cerca de 8% no primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período de 2016. “Estamos muito focados em ajudar o associado a melhorar e crescer”, diz o presidente da Rede GMinas, Dênio Oliveira. O faturamento não foi informado. Uma das ações para impulsionar as vendas são as campanhas de marketing, inclusive as compartilham informações, realizam ações de marketing e se apoiam. Com isso, no primeiro semestre de 2017 houve crescimento de 5,5% nas vendas no comparativo com igual período do ano passado, com o faturamento
de venda premiada, com sorteio de carro para cliente. A rede surgiu há 11 anos. Com forte presença na Capital, a Rede Construir – Regional Belo Horizonte obteve estabilidade no faturamento no primeiro trimestre do ano, no comparativo com igual período do ano passado. Já no segundo trimestre, em relação aos mesmos meses de 2016, houve crescimento médio de 4%. A Rede Construir - Regional Belo Horizonte é formada por 14 lojas na Capital e uma em Abaeté, no
passando de R$ 125 milhões para R$ 132 milhões no período. Julho e agosto mantiveram aumento de 5,6% nas vendas, o que sinaliza crescimento neste segundo semestre. São 28 lojas em 20 cidades,
Centro-Oeste de Minas, com total de 178 funcionários. Ao todo, a rede está presente em 10 estados do País, com 282 lojas. Presidente da Regional Belo Horizonte, Ivens Silveira Ataíde ressalta que atuar em rede impulsiona compras e troca de informações, reforça as ações de marketing e a gestão. A rede tem 20 anos, mas foi formada em BH há dois anos. “Para as pequenas e médias empresas que não atuam em rede fica muito difícil sobreviver no mercado”, opina. (AAH)
principalmente no Centro-Oeste de Minas. O escritório fica em Divinópolis. Juntas, as lojas geram 856 empregos. O grupo foi criado para fazer frente as grandes lojas, inclusive aquelas com participação internacional. Gomes
acredita que a atuação em grupo tem sido primordial para enfrentar a instabilidade econômica. “Somos um grupo com grande mentalidade de associativismo. Essa é uma das condições para fazer parte da Rede 10”, ressalta.
CONJUNTURA
Bradesco revisa para cima suas projeções para o PIB ALISSON J. SILVA
São Paulo - O Bradesco divulgou na sexta-feira revisão de projeções para o Brasil, em que vê um cenário de menor inflação, juro mais baixo e maior crescimento da economia este ano e no próximo. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 passou de crescimento zero para 0,7% Em 2018, o banco vê avanço de 2,5%, ante 2% previsto anteriormente. “A recuperação da economia se consolida, sem aceleração da inflação”, destaca o relatório do banco. “As notícias positivas com o desempenho da atividade econômica continuam.” O banco ressalta que, além da surpresa com o PIB do segundo trimestre, um conjunto amplo de indicadores do início do terceiro trimestre confirmam que a retomada tem persistido. Em meio às mudanças de previsões, o Bradesco cortou a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, de 3,4% para 3% e em 2018 estima que o indicador deve ficar em 3,9%. “Apesar dos sinais de retomada do consumo, as surpresas baixistas com a inflação persistem”, destaca o documento. Com o quadro benigno
da economia tem sido puxada pelo consumo privado, destaca o Bradesco, ressaltando que este “é o primeiro passo para que os investimentos também voltem a crescer”. O banco observa que o mercado de crédito dá sinais de recuperação. O relatório também menciona a retomada do mercado de desemprego. O Bradesco espera que a taxa média de desemprego fique em 13,1% este ano e 13% em 2018.
Instituição financeira projeta uma inflação de 3% em 2017
para a inflação e o crescimento moderado do PIB, o Bradesco espera que o BC vai seguir cortando juros. Com isso, a estimativa para a taxa básica, a Selic, no final de 2017 foi cortada de 7,5% para 7% ao ano. Para o banco, este patamar deve seguir em 2018. “Os limitados riscos para a inflação de 2018 devem fazer o Banco Central seguir cortando um pouco mais os juros.” Um dos fatores que devem
contribuir para a baixa pressão inflacionária é o comportamento da taxa de câmbio, destaca o relatório. O Bradesco projeta que o dólar feche o ano em R$ 3,10 e termine 2018 em R$ 3,20. “Entendemos que os prêmios de risco do País devam se manter relativamente estáveis e que o cenário externo continuará ao menos razoável para preços de ativos dos países emergentes.” Ao falar do PIB, a retomada
Fiscal - O Bradesco prevê déficit primário de R$ 159 bilhões em 2017, mesmo valor da meta do governo. “Para atingir esse resultado, alguns fatores terão de ser observados até o final do ano, como aumento da arrecadação de impostos com PIS/Cofins de combustíveis e Refis”, menciona o relatório. Para 2018, o banco espera melhora do resultado primário por conta do maior crescimento da economia e do programa de privatizações do governo, que deve gerar recursos extras para os cofres públicos. A estimativa do banco é que o déficit fique ao redor de R$ 155 bilhões, pouco abaixo da meta do governo, também de R$ 159 bilhões. (AE)
Itaú Unibanco estima Selic em 7% neste ano São Paulo - O Itaú Unibanco alterou sua projeção para a taxa Selic, de 7,25% para 7%, no fim deste ano. Com base no comunicado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira, quando cortou o juro em um ponto percentual para 8,25% ao ano, a instituição ressalta que “provavelmente” o Banco Central (BC) diminuirá o ritmo de redução da Selic para 0,75 ponto percentual, levando a taxa para 7,50% em outubro. Depois disso, segundo o Itaú, o Copom faria outro corte, de 0,50 ponto, com a Selic chegando a 7,0%, em um final gradual do ciclo “Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7,0%, de 7,25% anteriormente”, avalia nota assinada pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita. No relatório, o banco afirma que uma economia em recuperação e a inflação
baixa amparam a intenção do Copom de desacelerar a velocidade de queda dos juros e eventualmente finalizar o ciclo de recuo da Selic. No relatório, o Itaú destaca que o Copom, no comunicado após a decisão deste mês, avalia que os dados divulgados desde a última reunião de política monetária (julho) são consistentes com uma recuperação econômica gradual - “indicando que, para o Copom, a economia já está se estabilizando”. Porém, o Itaú Unibanco ressalta que o documento não menciona que o aumento da incerteza em relação às reformas fiscais pode ter implicações desfavoráveis sobre a atividade. O banco ainda cita, dentre outros fatores, o quadro de alívio na inflação mencionado pelo Copom. “O Comitê avalia que a evolução da inflação permanece bastante favorável, mas já não fala de desinflação”, cita. (AE)
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ECONOMIA LABORATÓRIO
JBS
de benefícios Hermes Pardini anuncia Anulação dos delatores não alta de 22% no lucro líquido impacta acordo de leniência Resultado da companhia atingiu R$ 62,9 milhões no primeiro semestre LEO LARA /ARVORE DE COMUNICAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
O laboratório mineiro Hermes Pardini fechou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de R$ 62,9 milhões, 22% de aumento frente ao montante apurado no mesmo intervalo de 2016 (R$ 51,6 milhões). Este é o segundo resultado divulgado pela companhia, após sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), concluída em fevereiro deste ano. Até junho, a receita líquida dos serviços prestados do Hermes Pardini chegou a R$ 553,9 milhões, contra R$ 440,3 milhões em igual semestre de 2016, alta de 25,8%. A área de lab-to-lab (plataforma de exames) respondeu por aproximadamente 54,5% do faturamento da empresa e o segmento de PSC (outros produtos e serviços) por 46,5%. A receita líquida do segmento lab-to-lab foi de R$ 301,9 milhões na primeira metade deste ano, contra R$ 255,2 milhões nos mesmos meses de 2016, crescimento de 18,3%. O faturamento da área de PSC somou R$ 259,6 milhões e avançou 36,8%, em igual comparação. Apesar de a receita líqui-
Receita líquida do Hermes Pardini somou R$ 553,9 milhões no primeiro semestre, alta de 25,8%
da da rede ter aumentado, o custo com os serviços prestados também cresceram. No primeiro semestre, ele somou R$ 366,4 milhões contra os R$ 294,1 milhões nos mesmos meses de 2016, alta de 24,6%. Os segmentos de lab-to-lab e PSC responderam praticamente meio a meio na divisão dos gastos. Os investimentos da rede entre janeiro e junho somaram R$ 15,5 milhões, um salto de 70,3% em relação ao montante aportado nos mesmos meses do ano passado (R$ 9,1 milhões). Os recursos foram direcionados principalmente a mudança de endereço
de unidades e reformas em outras lojas. O Ebitda ajusado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia de janeiro a junho aumentou 24,8% em relação ao do igual período de 2016, chegando a R$ 132,2 milhões. Em compensação, a margem Ebitda ajustada caiu 0,2 ponto percentual e fechou semestre em 23,9%, em igual confronto. Estratégia - O Hermes Pardini informou, através do relatório de divulgação dos resultados, que a estratégia da empresa, em Minas Gerais, “vem sendo
reforçar os atributos da marca, por meio de melhorias no processo de atendimento e mudança de endereço de unidades relevantes”. A rede manteve suas 64 lojas abertas no Estado, durante o primeiro semestre. Em fevereiro, o laboratório Hermes Pardini movimentou R$ 877,7 milhões no seu IPO. Do total movimentado, R$ 187,3 milhões corresponderam à oferta primária e foram direcionados para o caixa da empresa. Já a oferta secundária movimentou R$ 690,4 milhões, que, por sua vez, foram para o bolso dos acionistas vendedores.
Brasília - A provável anulação dos benefícios concedidos a delatores da J&F, após a revelação do áudio da conversa entre Joesley Batista e Ricardo Saud que indicariam omissões na colaboração, não terá qualquer impacto no acordo de leniência do grupo homologado pela cúpula da Procuradoria-Geral da República, afirmou à Reuters uma fonte ligada à companhia envolvida nessas discussões. A J&F assinou um acordo de leniência com procuradores em Brasília no final de maio, posteriormente homologado em agosto pela Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal, no qual se comprometeu a repassar R$ 10,3 bilhões ao governo e uma série de instituições durante 25 anos. O principal ponto de blindagem da empresa de uma eventual rescisão da leniência, segundo a fonte está na cláusula 36 do acordo. Ele prevê a vinculação da leniência à colaboração premiada. Na avaliação da fonte ligada ao grupo, uma retirada da imunidade penal dos delatores --questão ligada
à concessão de benefícios da colaboração - não teria a capacidade de, como consequência, levar à rescisão também da leniência. Isso só ocorreria, disse, se houver um cancelamento integral da delação dos executivos por decisão do Supremo. A perspectiva, segundo a fonte, é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defenda a retirada dos benefícios, mas não peça a anulação da delação dos executivos da J&F. Na avaliação da fonte, Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva terão muito a perder, com a perda da imunidade - terão de responder criminalmente por uma série de casos revelados por eles -, mas a companhia deverá ser preservada. Essa blindagem é importante porque a J&F, conforme a íntegra do acordo divulgado mês passado, controla 363 empresas no Brasil e em vários países, entre controladores, afiliadas e controladas. “Estamos trabalhando para que o acordo de leniência seja cumprido”, disse a fonte da empresa. (Reuters)
NEGÓCIOS EM FOCO
Federaminas capacita 10 mil pessoas via videoconferência O programa de capacitação de empresários e empregados desenvolvido pela Federaminas experimentou um significativo salto em seus resultados com a adoção da ferramenta da videoconferência em seus treinamentos, em substituição ao modelo presencial. Essa mudança concorreu para que, em pouco mais de um ano, aproximadamente 10 mil pessoas tenham sido treinadas sobre diversos temas relacionados com a gestão tanto de associações comerciais quanto de empresas. De acordo com o coordenador da TV Federaminas, Ricardo Lacerda, no período foram realizados mais de 50 videotreinamentos, focalizando temas de importância para o meio empresarial, como, entre outros, reforma trabalhista, formação de preços, segredo do sucesso, comunicação para vendas, gestão estratégica de
negócios, soluções extrajudiciais de conflitos, educação financeira, gestão integrada de documentos, regularização de créditos tributários. Ele explica que as videoconferências ficam armazenadas no site da TV Federaminas e, portanto, contribuem para um processo de capacitação continuada, ampliando indeterminadamente o leque de pessoas beneficiadas com os treinamentos. Lacerda diz que a alternativa da capacitação utilizando a tecnologia gera diversos benefícios para as associações comerciais mineiras, inclusive por dispensar o deslocamento de dirigentes e funcionários até a sede da federação, em Belo Horizonte, o que reduz gasto de tempo e de recursos financeiros. O novo modelo, segundo ele, permitiu nesse período uma economia de cerca de R$ 2 milhões para
as entidades do Sistema Federaminas. A capacitação é um dos pilares da gestão do presidente Emílio Parolini. Ele sustenta que, para alcançar um alto nível de sustentabilidade e resultados, deve-se investir cada vez mais em capacitação. Esta é justamente a função da TV Federaminas, ou seja, levar até o empresário informação qualificada, cursos, treinamentos e ações voltadas para o desenvolvimento das associações comerciais mineiras de forma acessível e rápida. Diante dos resultados positivos, o programa de capacitação on-line da Federaminas tem prosseguimento, com ampliação do número de treinamentos e maior diversificação dos temas focalizados, sempre voltados para atender o dia a dia de empresas e empresários. DIVULGAÇÃO
Juruaia espera 15 mil pessoas na 13ª edição do Festlingerie Devido a um considerável crescimento no movimento de comércio neste ano, em comparação com 2016, principalmente nos períodos de realização de eventos, o presidente da Associação Comercial de Juruaia, José Antônio da Silva, tem expectativa de bons negócios durante o Festlingerie, que tradicionalmente abre a melhor temporada de vendas na cidade, com a proximidade das estações mais quentes. O evento deve atrair cerca de 15 mil clientes e visitantes no período de 4 a 9 de setembro. Esta é a décima terceira edição do principal festival de lingeries, moda praia e fitness de Minas Gerais, um dos maiores do País. O evento conta com a participação de 42 lojas, que estão apresentando os lançamentos para a primavera/verão de 2018.
Conexões empresariais são tema de feira em Santa Bárbara A Feira Multissetorial de Santa Bárbara acontece de 21 a 24 de setembro nesse município do Médio Piracicaba, tendo como tema conexões empresariais. O objetivo do evento é promover discussões, troca de informações e difusão de ideias entre governo e empresas visando tornar a cidade e a região mais conectadas. A expectativa da entidade, que tem na presidência o empresário Luiz Antônio da Silva, é que a mostra contribua para discutir os desafios para nortear os investimentos no município e região, expandir o alcance dos negócios e criar e ampliar relacionamento de resultados.
Itabira mostra novidades em comércio, indústria e serviços A quinta edição do WIN – Caminhos para a diversificação, considerada a principal feira de negócios e empreendedorismo da região, será realizada em Itabira nos dias 13 a 15 de setembro. O evento reunirá em espaço de 8 mil metros quadrados 145 estandes de empresas de diversos segmentos para apresentar novidades nos mercados de indústria, comércio e prestação de serviços. Promovida pela Associação Comercial de Itabira (Acita) a feira, de acordo com o presidente da entidade, Eugênio Müller, deve alcançar R$ 5 milhões em negócios prospectados. O WIN será dividido em pavilhões que identificam caminhos possíveis para a diversificação econômica – fortalecimento da economia local, tecnologia, indústria criativa e agronegócio. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS
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ECONOMIA SETOR ELÉTRICO
Banco negocia fatia da AGC na Cemig
Setor deve ter R$ 14 bilhões Fontes de mercado afirmam que operação deverá ocorrer nas próximas semanas do BNDES
São Paulo - O banco de investimentos Banco Clássico está em conversas avançadas para comprar a fatia de cerca de 20% das ações com direito a voto que a Andrade Gutierrez detém na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto na sexta-feira. Segundo uma das fontes, a Andrade Gutierrez pode levantar cerca de R$ 1,4 bilhão com a venda da participação na Cemig, uma das maiores empresas de eletricidade do País. O negócio deve ocorrer nas próximas semanas. A Cemig surpreendeu o mercado ao comunicar em meio ao feriado de 7 de setembro que a unidade de concessões da Andrade Gutierrez, AGC Energia, deixou o bloco de controle da companhia e assim está apta a vender suas ações da empresa, seja na bolsa de valores, seja no mercado de balcão. O preço de venda deve representar um prêmio de quase 100% sobre o valor da ação ordinária da Cemig, que era negociada em queda de 2,58%, a R$ 8,30, perto do fechamento. O volume de negócios da ação atingiu o nível mais alto desde maio com as notícias. Por quase 15 anos a Andrade Gutierrez compartilhou o controle da Cemig com o governo de Minas Gerais, que detém 51% das ações com direito a voto na companhia, em um acordo de acionistas que dava à construtora forte poder sobre decisões estratégicas da companhia. Duas fontes disseram à Reuters que a saída da AGC veio em meio a desentendimentos com os demais sócios da Cemig sobre os planos para reduzir o endividamento da companhia e para vender ativos que dão prejuízo ou baixos retornos, como a Renova Energia. A relação entre o governo e a empresa se deteriorou a partir da posse do petista Fernando Pimentel como governador de Minas Gerais, em 2015. A nova gestão mineira buscou reestruturar a Cemig, que cresceu muito e rápido demais na década anterior. Um sócio como o Banco Clássico, que também é um acionista minoritário da estatal Eletrobras, seria fundamental para acelerar a reestruturação da Cemig e a gestão da dívida da companhia, disse uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato. O Banco Clássico possui atualmente cerca de 8% do capital da Cemig, o que inclui ações preferenciais e ordinárias.
CHARLES SILVA DUARTE
Andrade Gutierrez pode levantar aproximadamente R$ 1,4 bilhão com a venda de sua participação na concessionária
Venda de participação pode atrair forte interesse São Paulo - Uma eventual venda da fatia da construtora Andrade Gutierrez na elétrica mineira Cemig poderá levantar forte interesse de investidores, pelo grande mercado em que a companhia atua e por seus bons ativos, que se encontram depreciados no momento, disseram especialistas nesta sexta-feira. Se a entrada de um novo sócio pode ser boa para a elétrica em dificuldades financeiras, a situação da companhia mineira, que ainda pode perder quatro hidrelétricas cujas concessões venceram, pode diminuir os retornos de uma eventual venda pela construtora, segundo analistas. A Andrade Gutierrez Concessões (AGC) detém 6,7% de participação total na Cemig, com 20% das ações ordinárias da companhia. A fatia valeria hoje quase R$ 710 milhões, sem considerar um eventual prêmio ante o valor dos papéis. “A Cemig é um ativo grande, bem valioso... se depreciou nos últimos anos, mas é um ativo de muito valor e que gera caixa fácil. Comprador tem”, disse à Reuters o diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego. O sócio da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, disse que o formato da venda das ações A Reuters não conseguiu contato com representantes do Banco Clássico. A Cemig e a Andrade Gutierrez recusaram-se a comentar. O governo de Minas Gerais não comentou de imediato. A Andrade Gutierrez vinha há alguns meses negociando um meio de sair da Cemig, disse uma das fontes. Como parte do acordo de acionistas, a AGC detinha o controle de diversas posições importantes na elétrica mineira, incluindo a área responsável por novos
definirá o tipo de interessado, mas destacou ver grande apetite pela companhia. “A Cemig tem ativos muito bons e um mercado muito grande em Minas Gerais, é um negócio fantástico... se for vender em bolsa, pode atrair fundos de investimento... se for uma venda direta, seriam os interessados de sempre, como os chineses e elétricas europeias”, disse. Os especialistas atribuem o movimento da Andrade Gutierrez à busca por caixa em um momento em que a construtora tenta se reestruturar após ser um dos alvos do enorme escândalo de corrupção deflagrado no Brasil, com as investigações da Operação Lava Jato. Dado esse cenário, a saída da Andrade Gutierrez da Cemig e a entrada de novos acionistas poderia até mesmo ser positiva para a elétrica, que atualmente passa por dificuldades devido a uma elevada dívida e busca vender ativos para se reequilibrar. “Um novo investidor pode dar uma respirada nova, trazer mais investimento no negócio da companhia”, disse Mello. Os especialistas ressaltaram, no entanto, que o difícil momento atual da Cemig pode reduzir o retorno
negócios e aquisições. Até o momento, os planos de desinvestimentos da Cemig têm avançado mais lentamente que os de outras companhias do setor, o que evidencia as dificuldades de se gerenciar uma empresa que expandiu-se para setores além da energia nos últimos anos, com participação nas áreas de gás natural, telecomunicações e tecnologia da informação. A maior parte das aquisições da Cemig nos últimos anos, no entanto, resultou
da Andrade Gutierrez na venda. Atualmente, além de enfrentar uma alta dívida e conduzir um programa de vendas de ativos, a Cemig caminha para perder a concessão de quatro hidrelétricas que respondem por quase 50% de sua capacidade de geração. Os contratos de concessão desses ativos venceram e o governo federal quer relicitá-los, mas a Cemig tem travado uma disputa judicial para manter as usinas. No momento, o leilão encontra-se suspenso por decisão judicial, enquanto o Tribunal de Contas da União determinou que o governo paralise negociações para um eventual acordo sobre as usinas com a Cemig, com o argumento de que as conversas podem atrapalhar a atração de interessados para a licitação, marcada para o dia 27 deste mês. “Talvez a Andrade Gutierrez precise de dinheiro e não queira esperar essa briga judicial... podem ter chegado no limite... com a perda de valor nos últimos anos, se ela não vê perspectiva de melhora nos próximos anos, vende”, disse Erik, da Excelência Energética. Procuradas, Cemig e Andrade Gutierrez não comentaram imediatamente o assunto. (Reuters)
em retornos abaixo do esperado, o que hoje pressiona o endividamento da companhia. Outros negócios - O diretor financeiro da Cemig, Adézio Lima, disse em julho que a companhia pretende vender toda sua participação na controlada Light, que opera em geração e distribuição, para focar em outros negócios principais. Com uma dívida consolidada de R$ 12,5 bilhões até o final de junho, a Cemig
está ainda prestes a perder as concessões de quatro de suas hidrelétricas, cujos contratos expiraram. A empresa também tem R$ 4,1 bilhões em dívidas a vencer antes do final do ano. A Cemig e a Light, que fazem parte do bloco de controle da Renova Energia, também estão muito próximas de um acordo para vender suas participações na companhia de geração limpa à canadense Brookfield, disse uma das fontes. (Reuters)
São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve desembolsar R$ 14,1 bilhões para projetos no setor elétrico neste ano, alta de mais de 50%, ante 2016, em uma evidência de que o segmento segue como uma das prioridades nos empréstimos, disse à Reuters uma executiva do banco de fomento. A projeção vem após uma forte queda dos desembolsos no ano passado, para R$ 9,2 bilhões, e em um momento em que o Congresso brasileiro acaba de aprovar uma mudança nos empréstimos do banco, que a partir de 2018 deverão ser atrelados à Taxa de Longo Prazo (TLP). Com a nova taxa, que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), o governo federal busca reduzir custos com subsídios nos empréstimos do BNDES, uma vez que a TLP será mais próxima dos custos de captação de recursos pelo Tesouro no mercado. “Evidente que a aprovação da TLP faz o banco se debruçar sobre seu papel e a definição de sua política operacional. Mas não imagino para energia a gente recuar ou reduzir nossa participação, mesmo com custo de dívida diferente”, disse a superintendente da área de energia do banco, Carla Primavera. “A mensagem principal é que a gente continua com empenho e interesse em manter nossa presença relevante no setor elétrico. A gente imagina não ter recuo, principalmente no segmento de renováveis. Isso não está em discussão, é uma prioridade e sempre foi”, ressaltou. Desde 2003, os empréstimos aprovados pelo BNDES para empreendimentos em eletricidade somam R$ 182,7 bilhões. Projetos de hidrelétricas responderam pela maior parte das operações, com R$ 68,5 bilhões, enquanto usinas eólicas somaram R$ 33,2 bilhões aprovados. A executiva explicou que a visão do banco é de que o mercado de financiamento privado ainda não é capaz de viabilizar sozinho empreendimentos de longo prazo, como é o caso de investimentos na expansão do sistema elétrico. “A gente entende que é um papel relevante do banco continuar a dar segurança para os empreendedores... a gente pode financiar esses projetos de longo prazo. O BNDES entende que é uma lacuna que ele pode preencher enquanto esse mercado (privado) não se desenvolve”, explicou. (Reuters)
Preço da energia no mercado spot aumenta e atinge o teto São Paulo - O preço spot da eletricidade, ou Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), será de R$ 533,82 por megawatt-hora em média a partir desta segunda, teto permitido pela regulação brasileira, ante R$ 494,46 reais na última semana, devido a previsões de chuva fraca nos reservatórios das hidrelétricas em setembro, disseram órgãos do setor na sexta-feira. Com o cenário climático
desfavorável, que reduz a oferta de energia hidrelétrica, as contas de luz podem voltar a ter bandeira tarifária vermelha no próximo mês, o que elevaria custos para os consumidores frente a bandeira amarela atualmente vigente. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as precipitações na região das usinas hídricas do País devem somar neste mês 58% da média
histórica, ante 70% projetados na semana anterior. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse que as hidrelétricas do Sudeste, que concentram os maiores reservatórios, devem receber chuvas equivalentes a apenas 71% da média histórica - queda significativa ante a projeção anterior, de 84% da média. O ONS ainda cortou as previsões de chuva nas hidrelétricas do Sul e do
Norte, enquanto manteve as expectativas para o Nordeste. Com isso, o custo marginal de operação do sistema (CMO) deverá ser de em média R$ 599,90 a partir desta segunda-feira por megawatt-hora, ante R$ 489,85 na semana anterior. “Está bem ruim, o tempo está seco em todos reservatórios relevantes do País. A tendência ainda é muito ruim para esse mês”, disse
à Reuters o presidente da comercializadora de eletricidade FDR Energia, Erik Azevedo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulga na última semana de cada mês a bandeira tarifária para o mês seguinte. A bandeira tem como objetivo sinalizar a oferta de energia, e não há cobrança adicional se ela ficar no patamar verde. “Do jeito que está indo, se a tendên-
cia não mudar, é bandeira vermelha. A gente vai, no mínimo, ficar na amarela”, disse Azevedo. A bandeira amarela é acionada quando o custo de operação da última termelétrica utilizada para atender à demanda supera R$ 211 por megawatt-hora. Já a bandeira vermelha é acionada quando a última térmica tem custo acima de R$ 422 por megawatt-hora. (Reuters)
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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
ANTÔNIO CRUZ/ABr
STF
Rodrigo Janot denuncia cúpula do PMDB por organização criminosa Acusação é de prejuízos de R$ 5,5 bilhões à Petrobras Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sete membros do PMDB por integrarem organização criminosa que desviou recursos públicos e obteve vantagens indevidas, sobretudo no âmbito da administração pública e do Senado Federal. Os denunciados Edison Lobão, Jader Barbalho, Renan Calheiros, José Sarney, Sérgio Machado, Romero Jucá e Valdir Raupp são acusados de receberem propina de R$ 864 milhões e gerarem prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos cofres da Petrobras e de R$ 113 milhões aos da Transpetro. Esta é a 34ª denúncia oferecida pela PGR no âmbito da Operação Lava Jato no STF. As informações são da Procuradoria-Geral da República. A organização criminosa denunciada teria sido inicialmente constituída e estruturada em 2002, por ocasião da eleição de Luiz Inácio Lula da SIlva à Presidência da República. Iniciado o seu governo, em 2003, Lula buscou compor uma base aliada mais robusta. Para tanto, negociou o apoio do PMDB e do PP, respectivamente a segunda e quinta maiores bancadas da Câmara dos Deputados. “Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas”, diz a denúncia. As ações ilícitas voltaram-se inicialmente para a arrecadação de recursos da Petrobras por meio de contratos firmados no âmbito da Diretoria de Abastecimento e da Diretoria Internacional, assim como da Transpetro. O aprofundamento das apurações levou à constatação de que, no mínimo entre
os anos de 2004 e 2012, as diretorias da sociedade de economia mista estavam divididas entre os partidos políticos responsáveis pela indicação e manutenção dos respectivos diretores. Naturalmente, a Petrobras tornou-se uma das principais fontes de recursos ilícitos que aportaram na organização criminosa ligada ao PMDB e, por conseguinte, no próprio Partido. Devia-se ao tamanho da pessoa jurídica, ao seu orçamento, montante de investimentos e a luta por diretorias, no caso do núcleo político da organização criminosa, e por contratos lucrativos e de baixo risco, no caso das empreiteiras. No limite da comunhão de interesses, quando as lideranças políticas conseguiam aparelhar um grupo de cargos diretivos e oferecer facilidades a agentes privados, formava-se um ambiente de criminalidade acentuada: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude a licitação, cartelização e evasão fraudulenta de divisas se multiplicavam. Para o PGR, não se questiona o fato de um governo conquistar uma ampla base política e ter êxito na aprovação de suas medidas no parlamento. Alianças, negociações e divisão de poder são da essência da política e é dessa forma que usualmente se obtém maioria para governar. No caso dos autos, o intuito das negociações em torno dos cargos, desde o início, foi obtenção de orçamentos, de forma a possibilitar, aos denunciados, desenvolver no âmbito dos órgãos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista um sistema de arrecadação de propina. Transpetro - Embora de menor escala, o esquema
na Transpetro apresentava o mesmo desenho e finalidade do estruturado na Petrobras. A Transpetro é subsidiária integral da estatal, inclusive com conselho de administração comum a ambas, para algumas finalidades, do qual fazia parte, por exemplo, Paulo Roberto Costa. Exatamente nesse modelo criminoso de funcio- Com Jucá, foram acusados Edison Lobão, Jader Barbalho, Renan, Sarney, Sérgio Machado e Raupp namento da máquina estatal descoberto, Sérgio Machado, políticos responsáveis pela e Edison Lobão, os quais dinheiro em espécie. Outros nomeado por Lula, exerceu sua nomeação na Transpetro receberam vantagem inde- depoimentos corroboram as a presidência da Transpetro, foram principalmente Renan vida repassada por aquele, relações de Sérgio Machado no período de 2003 a 2015. Calheiros, Jader Barbalho, tanto por meio de doações com políticos de cúpula do Machado confessou que os Romero Jucá, José Sarney oficiais quanto por meio de PMDB. (AE)
TESOURO PERDIDO
Decretada prisão preventiva de Geddel MARCELO CAMARGO/ABr
Brasília e São Paulo - Ao decretar a prisão preventiva de Geddel Vieira Lima, o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, destacou que o ex-ministro e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa age de “forma sorrateira”. O peemedebista desembarcou em Brasília, às 16h de sexta-feira, de voo que partiu de Salvador, onde foi detido por suspeita dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. l Geddel foi preso na sexta, em desdobramento da Operação Tesouro Perdido. A Polícia Federal atribui a ele a propriedade da fortuna de R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrada em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. O ex-ministro estava em regime domiciliar de prisão, em um imóvel situado a pouco mais de um quilômetro do “bunker” de R$ 51 milhões. No decreto de prisão de Geddel, o juiz federal assinalou que o ex-ministro nunca havia revelado a existência da dinheirama. “Ouvido pela autoridade policial e também por este Juízo
(audiência de custódia) em nenhuma dessas oportunidades revelou que detinha esses valores, sequer trouxe qualquer indicação nesse sentido, de modo que reitera na atividade delituosa de lavagem de capitais e outros delitos de forma sorrateira, em estado de permanência, pois os valores estavam ocultos em um apartamento cuja finalidade era exclusivamente para guardá-los.” O juiz federal assinalou, ainda. “Mesmo na remota hipótese de que os vultosos valores encontrados não sejam produtos diretos dos crimes ocorridos na Caixa Econômica Federal, o certo é que Geddel Vieira Lima estava em prisão domiciliar e tais fatos repercutem desfavoravelmente na situação do requerido, por incorrer em reiterada prática criminosa que dá ensejo à prisão preventiva para asseguramento da ordem pública, inclusive diante das provas que o apontam como dono ou possuidor dos valores.” A defesa do ex-ministro informou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos da Operação Tesouro Perdido. (AE) Alegação da Justiça é de que Geddel age de “forma sorrateira”
LAVA JATO
Áudio polêmico pode levar Joesley à perda de imunidade Brasília - Apesar da defesa apresentada pelos delatores da JBS na última quinta-feira, o procurador-geral, Rodrigo Janot, decidiu pedir a revogação da imunidade concedida aos integrantes do grupo, incluindo a de Joesley Batista. Com isso, há a possibilidade de Janot pedir a prisão do grupo, segundo palavras de um interlocutor da Procuradoria-Geral da República. Segundo pessoa ligada às investigações, após o episódio do polêmico áudio, “do jeito que está não pode ficar”. Conforme reportagem publicada pela Folha de S.Paulo na quarta-feira, Janot quer revogar o benefício concedido
porque entende que houve patente descumprimento de dois pontos de uma cláusula do acordo de delação que tratam de omissão de má-fé, o que justificaria rever os benefícios. A imunidade foi considerada a parte mais polêmica do acordo celebrado. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Joesley Batista afirmou que não recebeu orientações do ex-procurador Marcello Miller para negociar um acordo de delação, nem para gravar o presidente Michel Temer no encontro no Palácio do Jaburu, em 7 de março. O empresário depôs por quase três horas na sede da
PGR, em Brasília. Além dele, prestaram depoimento outros dois delatores, Ricardo Saud, diretor e lobista do grupo, e o executivo e advogado da empresa Francisco de Assis e Silva. Os três foram chamados a prestar esclarecimentos sobre o áudio polêmico entregue à Procuradoria no dia (31), em que Joesley e Saud indicam que Marcello Miller teria atuado para ajudá-los no processo de delação quando ainda era procurador. Por causa dessa nova gravação, de 17 de março e com quase quatro horas de duração, Janot anunciou abertura de investigação para apurar omissão de informações, com
ameaça de revisão dos benefícios concedidos, incluindo a imunidade penal. Segundo a reportagem apurou, uma eventual revisão dos termos da delação não foi discutida no depoimento dos delatores desta quinta. Ainda segundo apuração da reportagem, Joesley disse no depoimento que foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa. Os delatores argumentaram que apenas consultaram Miller em linhas gerais sobre o processo de delação e que acreditavam que ele já havia
saído da PGR. O ex-procurador pediu o desligamento do Ministério Público Federal no dia 23 de fevereiro, mas a saída foi oficializada em 5 de abril. Janot quer acelerar a revisão do acordo porque seu mandato no comando da Procuradoria termina no próximo dia 1. Caso contrário, uma decisão sobre o caso ficará nas mãos da sua sucessora, Raquel Dodge. O principal benefício acordado por Janot foi o de não denunciar os delatores criminalmente à Justiça, imunidade que rendeu inúmeras críticas ao acerto, homologado (validado) pelo STF em maio. Em nota, a JBS
diz não ser possível dar detalhes dos depoimentos em razão de sigilo e afirma que os executivos “continuam à disposição para cooperar com a Justiça.” Caso Miller - Após deixar a PGR, o ex-procurador Marcello Miller passou a atuar no escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, que foi um dos responsáveis por atender a JBS na negociação do acordo de leniência da empresa. Tanto ele quanto os empresários, porém, negam sua atuação nas tratativas do acordo de delação. Após surgir a polêmica, Miller deixou o emprego. (FP)
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HOTELARIA
Bristol aproveita crise para se reinventar e crescer Reforma do hotel de Vitória custou R$ 5 mi para a rede mineira DANIELA MACIEL
A rede mineira Bristol Hotels, que pertence ao grupo Allia Hotels, mira 2018 mantendo intacto o plano de investimentos proposto. O retrofit do Bristol La Residence, em Vitória, no estado do Espírito Santo, acaba de ser entregue. A obra custou R$ 5 milhões e promoveu a modernização da fachada, dos apartamentos, corredores e recepção. Os aparelhos de ar-condicionado, televisões, camas e colchões foram trocados. O layout foi alterado com novos móveis. O projeto, segundo o gerente regional de Operações da Bristol Hotels, Guilherme Almeida, faz parte de um planejamento robusto que prevê modernizações e inaugurações para o ano que vem. Em 2017, já foram inauguradas unidades em Manaus (AM) e Recife (PE), totalizando mais de 500 apartamentos. Ainda estão previstos para este ano mais três unidades em Minas Gerais: Viçosa e Ubá (Zona da Mata) e Congonhas (Central), e mais um em Rio Bonito, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. “A Bristol tem aproveitado a crise para se reinventar e crescer. Nosso objetivo é manter o nível de investimentos, cuidando da marca e dos nossos diferenciais. Os projetos de retrofit têm muito a ver com isso. Até o final de 2018, teremos inaugurados mais de mil quartos”, explica Almeida. Para o primeiro semestre do ano que vem, estão marcadas inaugurações em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e em Araguari, no
Triângulo. E, até o fim de 2018, será a vez de Conselheiro Lafaiete, na região Central. O aumento do turismo interno, beneficiado pela alta do dólar, que afastou os consumidores dos roteiros internacionais, e a queda no valor médio das tarifas hoteleiras no Brasil permitiu que muitos turistas domésticos aumentassem o número de dias em praças menos badaladas, fazendo crescer o fluxo em cidades do interior. “A nossa principal estratégia no interior é chegar
em cidades que ainda não têm hotéis de rede. Em Minas Gerais, principalmente, existem muitas cidades importantes, que cresceram muito nos últimos tempos, mas ainda carentes de uma estrutura profissionalizada. A rede garante padronização e otimização de recursos para os empreendimentos”, avalia o gerente regional de Operações da Bristol Hotels. Ao todo, serão gerados cerca de 180 empregos diretos só em Minas Gerais. Apesar do grande contingente de desempregados no Brasil, a missão de se-
lecionar uma mão de obra qualificada não tem sido muito fácil para o executivo. “A gente pensa que o desemprego vai gerar mão de obra qualificada, mas isso não é verdade. Para a nossa sorte, a Bristol tem histórico de valorizar a mão de obra interna e é através disso que temos uma equipe sempre bem preparada. Esse é um esforço que também gera novos líderes, formados dentro das novas tendências. Isso faz com que possamos manter o nosso lema, ‘prazer Televisões, camas e colchões do La Residence foram trocados em servir’”, reflete.
Ibis Budget desembarca em Barbacena DANIELA MACIEL
Parte da família Ibis, controlada pela francesa Accor Hotels, a marca Ibis Budget, de classe supereconômica, desembarca em Barbacena, no Campo das Vertentes, com uma unidade de 120 apartamentos. A franquia inaugura na região o conceito “Nest”, que promete oferecer aos hóspedes mais conforto e comodidade sem alterar as tarifas. Ele traz como inovação a posição da cama e da TV, loja de conveniência 24 horas, soluções criativas para atender o atual comportamento dos clientes que prezam pela multifuncionalidade dos espaços e pela conectividade. De acordo com o gerente de operações da AccorHotels para América do Sul, Guilherme Kuntze, a inauguração confirma o forte relacionamento que a marca e a operadora mantêm com Minas Gerais. “A Accor sempre considerou Minas Gerais como um dos principais estados para o
nosso desenvolvimento, o nosso atual terceiro maior mercado no Brasil. Nesse ciclo de expansão chegamos a cidades como Muriaé (Zona da Mata) e Patos de Minas (Alto Paranaíba), com o conceito ‘Budget’, que alia conforto e multifuncionalidade ao supereconômico. O Budget vem ao encontro das necessidades dos turistas que viajam pelas estradas de Minas, correndo as muitas cidades para realizar negócios”, explica Kuntze. O objetivo do novo estilo é atender a um hóspede que, na maioria das vezes, está trabalhando, mas que aprendeu a exigir conforto e comodidade, mesmo optando pela classe supereconômica. Ao desembarcar em cidades que abrigam poucas unidades de rede, o Ibis Budget costuma realinhar os meios de hospedagem locais. “Nos colocamos como membros do trade local, complementando as opções de hospedagem na região. Nesse sentido, em muitas cidades, somos o hotel
mais qualificado. Entendemos que este também é nosso papel, ajudar a desenvolver os destinos. Minas Gerais é célebre pela sua hospitalidade e queremos fazer parte disso, aliando a padronização da rede a um jeito caloroso de receber”, afirma o gerente. Uma alternativa para criar esse contato mais próximo com o público e com a cidade é abrir as portas para os moradores. Além do restaurante aberto para o público externo o uso de espaços comuns e corporativos é uma opção para quem precisa fazer reuniões de negócios ou realizar eventos sociais. Essa é, também, uma segunda fonte de renda para o empreendimento. Para suprir essa expectativa foram gerados cerca de 20 postos de trabalho. “Trazer a comunidade para dentro do hotel é uma forma de nos integrarmos e gerar ocupação nos dias mais fracos. Para dar conta disso, porém, mais do que novidades tecnológicas, precisamos de colaboradores
que gostem de trabalhar com hospitalidade. O mercado tem oferecido profissionais qualificados, porém precisamos daqueles que estejam dispostos a fazer mais, a transformar um simples lobby de hotel em um ponto de encontro”, destaca o executivo. Entre as estratégias para o desenvolvimento de toda a rede no Estado merece destaque a conversão de hotéis. Muitos empreendimentos independentes têm procurado a administradora em busca de capilaridade e força de venda. O Norte de Minas é uma das regiões que mais tem atraído a atenção da Accor nos últimos tempos. “Existem muitas oportunidades no interior para conversão. São hotéis independentes muito bons e bonitos mas que não têm força de marca, de marketing e de vendas. A rede pode oferecer tudo isso. Esses casos costumam ser indicados para as nossas marcas Ibis Style e Mercure, principalmente”, completa.
INOVAÇÃO
Equipe da MaxMilhas aumentou 300% em seis meses DIVULGAÇÃO
ANA CAROLINA DIAS
Belo Horizonte tem se consolidado como um dos principais polos tecnológicos do País nos últimos anos, como confirmam os dados mais recentes do levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), que mostram que Minas Gerais ultrapassou o Rio de Janeiro e é o segundo estado do Brasil em número de startups, com 591 empresas de tecnologia. Em termos geográficos, São Paulo é líder com 31% do total de startups filiadas do País e Minas Gerais, onde está localizado o ecossistema de inovação San Pedro Valley, que abriga mais de 200 startups de diversos setores como MaxMilhas, RockContent, Hotmart e SambaTech, está em segundo lugar com 9%. Uma das maiores startups criada e mantida dentro do modelo de boostrapping, ou seja, sem investimentos externos, a MaxMilhas tem sede na capital mineira e disponibiliza uma plataforma que tem como objetivo fazer
Criamos na MaxMilhas um ambiente de colaboração muito forte, diz Max Oliveira
com que as pessoas vivam mais experiências de viagem por meio da compra e venda de milhas para adquirir passagens aéreas de maneira mais econômica e rápida. Vencedora do prêmio Info Start 2013 como startup do ano, juntou-se em 2014 ao Programa Start-Up Brasil, sendo reconhecida como a maior startup do programa
e, em 2015, foi listada entre as 15 empresas mais inovadoras pela Exame.com. Atualmente, integra a lista de empresas brasileiras aprovadas pelo programa da Endeavor. Para o CEO e cofundador da startup, Max Oliveira, a troca de experiências que permite identificar oportunidades, necessidades e
incentivos dentro de uma comunidade como San Pedro Valley é um dos principais motivos do desenvolvimento crescente de empresas de base tecnológica em Belo Horizonte. “Os mineiros são
muito receptivos e ajudam o outro. Nós criamos um ambiente de colaboração muito forte, dividindo boas práticas para superar desafios de gestão e essa troca faz com que as empresas cresçam bastante”, diz Oliveira. O crescimento das empresas mineiras de tecnologia cria um novo desafio para os empreendedores, o de captar e manter talentos existentes no mercado mineiro, proporcionando benefícios não só para a startup e o profissional, mas para todo Estado. Atualmente com uma equipe formada por 132 colaboradores nas áreas de TI, atendimento e operações, financeiro, marketing, entre outros o CEO da MaxMilhas ressalta que, o engajamento de profissionais interessados em fazer parte da startup também está relacionado ao ambiente do ecossistema de inovação do
qual fazem parte. “É um grande desafio, mas acho que as oportunidades geradas pelo crescimento da empresa e o fato de batermos metas com frequência atraem profissionais, além disso, durante nosso último processo seletivo, diversas pessoas disseram que se candidataram às vagas ao conhecer a comunidade e as startups de Belo Horizonte. Nós fazemos tudo com um propósito e isso causa um impacto na vida das pessoas”, afirma Oliveira, que ressalta ainda que o objetivo da MaxMilhas é expandir o número de funcionários para até 180 até o final de 2017. Durante o primeiro semestre deste ano a empresa já registrou um crescimento de 300% em número de novos funcionários se comparado ao mesmo período do ano passado.
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
NEGÓCIOS ENTREVISTA DAVID POWELS São Paulo - Em quatro anos de crise econômica, o mercado automobilístico brasileiro encolheu 45%, de 3,76 milhões de veículos em 2013 para 2,05 milhões no ano passado. A Volkswagen, que por 41 anos foi líder de vendas no País, teve retração de 66%, de 673,4 mil unidades
para 228,4 mil, queda superior à da maioria das concorrentes. A marca alemã aproveitou o período de baixa para uma reestruturação que envolveu, entre várias ações, o corte de 4,4 mil vagas de trabalho - hoje emprega 16 mil pessoas -, modernização das suas quatro
fábricas e melhoria de 30% na produtividade. “Hoje fazemos um carro completo em média em 23 horas, 24 horas”, diz o presidente da montadora no Brasil e América do Sul, David Powels, no cargo desde janeiro de 2015. Em meio à recuperação que desponta neste
ano, com previsão de mercado 7% superior ao de 2016, a Volkswagen lança em duas semanas o compacto premium Polo, o primeiro de cinco veículos com os quais promete renovar sua linha de produtos e dar lugar a uma “nova Volkswagen”. A seguir, trechos da entrevista. (AE)
Na crise, produtividade cresceu 30%, diz presidente da Volks no Brasil DIVULGAÇÃO
O que muda na ‘nova Volkswagen?’ Nos últimos dois anos, trabalhamos em 10 campos de ações que incluem a renovação total da nossa linha, começando com a chegada do Polo, e mais três ou quatro produtos a partir do próximo ano, dos quais o sedã Virtus, um SUV e uma picape. São produtos inovadores e com alta tecnologia, relevantes para nossos clientes do Brasil e da região. A nova linha vai ajudar a Volkswagen, hoje terceira em vendas, a subir degraus na lista? Perdemos participação porque demoramos a renovar nossos produtos. Nos últimos anos, a marca ficou distante dos clientes, dos concessionários. Mas só produtos novos não resolvem nosso problema. Nas ações que desenvolvemos estão uma nova relação com os concessionários, que nos últimos anos muitas vezes foi conflituosa. Também uma nova relação com os trabalhadores, que não se trata só de uma troca de mão de obra por dinheiro, mas possibilidade de ter uma carreira mundial, oferecendo treinamento e ambiente para trabalhar com motivação. Também fizemos melhorias nos processos internos, que agora são mais enxutos, mais rápidos e modernos. Ainda há muito trabalho a fazer, mas já fizemos bons progressos.
Qual a meta para a produtividade? Precisamos continuar melhorando e nos próximos quatro a cinco vamos ganhar mais 15% a 20% em produtividade. Todas as empresas estão aumentando produtividade também em outros países. E esse é um assunto relevante não só para nós, mas para o País. Se o Brasil inteiro não aumentar sua produtividade não terá futuro. Como a matriz vê a situação econômica do Brasil? O Brasil não tem problema econômico, mas político. Quando esse problema for resolvido, o setor econômico vai melhorar bastante. Temos um planejamento relativamente conservador, adaptando nossa capacidade com flexibilidade para evitar problemas e estamos investindo em produtos para assegurar nosso futuro. Se não tivéssemos confiança no mercado não iríamos investir R$ 7 bilhões em cinco anos. Nosso objetivo é reduzir prejuízos e nos preparar para o futuro. Perdemos muito dinheiro nos últimos três anos, e ainda estamos perdendo.
Quais progressos? Aumentamos nossa produtividade em 30% nos últimos três anos, medida em horas gastas para produzir um carro. Isso em meio a uma crise, quando o volume de vendas total caía mais de 40%. Hoje, fazemos um carro completo em 23, 24 horas, em média. Ao mesmo tempo, nos últimos 18 meses simplificamos nossa linha. Há dois anos, tínhamos 12 mil combinações de modelos. Hoje, são 1.100. No próximo ano, quando forem apresentados os modelos 2019, serão 300. Isso vai simplificar a vida do cliente, dos concessionários, dos fornecedores e a produção. A empresa vai brigar para ser líder novamente? Queremos ser dominantes. Ser líder todos os anos independente do que isso vai custar não é nossa estratégia. Em 65 anos de Brasil, a Volkswagen foi líder por 41 anos e teve o carro mais vendido por 51 anos (24 com Fusca e 27 com Gol). Queremos combinar essa história positiva com um futuro de tecnologia, de uma marca mais moderna, mais relevante, mais sofisticada, com atitude nova. Quando falarem em indústria automobilística, queremos que pensem em Volkswagen. Como a marca, cujo nome em alemão significa ‘carro do povo’, vai se posicionar no mercado? O objetivo é ter gama com produtos para todas as fases da vida da pessoa,
crescimento médio de 8% a 9% nas vendas no Brasil nos próximos cinco anos. Temos também acordo de cinco anos com os trabalhadores que prevê flexibilizações, como redução de jornada. Não vamos fechar nenhuma planta. Infelizmente, desde 2015 reduzimos nosso quadro em 4,4 mil pessoas. Todas por PDV (programa de demissão voluntária). Se necessário, poderemos adotar novos PDVS, mas espero que não seja preciso.
O sr. acredita que as reformas serão feitas? Se não forem, o País não vai ter futuro, não vai ter condições de competir globalmente. Talvez demore um pouco mais que o planejado, mas as reformas precisam ser feitas. O Brasil já perdeu bastante competitividade nos últimos 10 anos e agora chega. Mas fazer reformas sem aumentar a produtividade em geral não vai assegurar o futuro do País. As duas coisas precisam ser feitas ao mesmo tempo, com participação do governo, das indústrias e da sociedade como um todo. não só para quem está comprando o pri- produzir em três turnos na Anchieta (no meiro carro. Vamos ter carros de entrada, ABC paulista). Mas ainda temos grancompactos premium, modelos de luxo. de ociosidade. Trabalhamos com cerca Em dois ou três de 52%, 53% de anos a imagem nossa capacidade da marca vai ser “Hoje, fazemos um carro completo em 23, instalada 24 horas, em média. Ao mesmo tempo, completamente diferente, não nos últimos 18 meses simplificamos nossa Como vai vai ser mais uma manter emprelinha. Há dois anos, tínhamos 12 mil imagem de cargos nessas conros de entrada. combinações de modelos. Hoje, são 1.100” dições? O mercado vai Em janeiro, a voltar a crescer, empresa trabalhava com 40% de sua nossa participação vai crescer no Brasil, na Argentina e nos outros 27 países da capacidade. Como está hoje? Com Polo e Virtus vamos voltar a região para onde exportamos. Esperamos
Isso ajudaria a atrair novos investimentos? O mundo tem muito capital livre no momento. Se o governo continuar mostrando sinais de que fará as reformas, o capital global vai voltar. A indústria se aproveita muito dos financiamentos do BNDES. Com a nova taxa de juros, a TJP, isso vai continuar? Vai ser logicamente menos interessante, mas acho que as empresas vão considerar porque o BNDES é muito importante no desenvolvimento da economia. Mas os grandes grupos têm outras possibilidades. Se o BNDES não for competitivo, eles vão buscar outras fontes de capital. (AE)
AQUISIÇÃO
Natura conclui compra da The Body Shop, do Grupo L’Oréal São Paulo - A Natura informou que foi fechada em Londres a aquisição de 100% da The Body Shop International, do Grupo L’Oréal, depois da obtenção das aprovações pelas autoridades de defesa da concorrência no Brasil e nos Estados Unidos, entre outras condições. O acordo preliminar para a transação foi anunciado em 9 de junho. “Com a aquisição da The
Body Shop a Natura dá um passo decisivo para fundação de um grupo de cosméticos multicanal que reúne três marcas fortes Natura, The Body Shop e Aesop”, diz a empresa, em comunicado. De acordo com a Natura, a transação levará o novo grupo a uma ampla presença geográfica em mercados-chave. Combinadas, afirma, as três marcas têm operações em 69 países,
18 mil colaboradores, 3.200 lojas, rede de franqueados, com uma força de vendas de 1,8 milhão de consultoras e um amplo portfólio de produtos. “Esta aliança cria uma combinação de empresas que compartilham um propósito comum e vai muito além das práticas usuais”, diz, em nota, o copresidente do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal. (AE)
DIVULGAÇÃO
Com a aquisição, a Natura dá um passo decisivo para fundar um grupo de cosméticos multicanal
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NEGÓCIOS ALIMENTOS
Marcas próprias alavancam Faleiro Desde que entrou para o segmento, empresa cresceu 200% nos últimos seis anos
representativas no Brasil que em outros países latinoA Indústria Faleiro atua -americanos. no segmento de Marcas Próprias desde 2012. Com Padrão de qualidade - Sesede em Belo Horizonte, gundo Neto, foram necesa empresa é um desmem- sários dois anos de preparo bramento do tradicional para adequar as instalações Buffet Faleiro, marca que aos padrões exigidos pefornecia doces e salgados los clientes. Para atender a para recepções por quase uma rede de hipermercados, 20 anos. De acordo com por exemplo, a empresa o presidente da empresa, precisou obter certificações Antônio Faleiro Neto, desde específicas e estar dentro que se especializaram em das conformidades exigirefeições prontas, salgados e das pelo cliente. “Somos sobremesas congeladas para fiscalizados regularmente marca própria, a indústria em todo o processo procresceu 200% nos últimos dutivo, da matéria-prima seis anos, passando de 2 mil à destinação de resíduos. clientes para 8 mil. A ex- Falhas de gestão não são pansão representou 35% de aceitas”, explica. Até um crescimento no faturamento laboratório de análise mie significou um aumento crobiológica funciona dentro expressivo da produção. da fábrica para garantir a Hoje, a fábrica, que gera segurança dos processos. 190 empregos diretos, loca- “Para manter a qualidade lizada no bairro Califórnia, dos produtos temos uma região Noroeste, produz indústria já certificada e diariamente em seus 7,2 que pretende implantar a mil metros quadrados, 90 IFS em dezembro de 2018”, itens distribuídos em três ressalta Antônio Neto. linhas. São 120 mil salgados; A International Feature 5 mil pratos prontos e 6 mil Standards (IFS) tem recosobremesas congeladas. Para nhecimento internacional atender a demanda crescen- que permite a criação de te, que exige operação em uma imagem de marca no três turnos, de segunda a setor alimentar, construindo sábado, a fábrica foi am- a confiança dos consumipliada e requereu aportes dores e abrindo caminho ao longo de seis anos que para novas oportunidades totalizaram R$ 8 milhões. de mercado. Faleiro Neto ressalta que Entre os diferenciais da as marcas próprias ainda Faleiro está a estratégia voltêm muito potencial de tada para a necessidade crescimento. “O mercado do varejista. “Somos uma a ser explorado é enorme, empresa 100% aberta em estamos engatinhando ainda desenvolver novos produneste modelo de negócio tos. Para isso contamos com no País”, comenta. Uma um time de inteligência e pesquisa da Nielsen revelou desenvolvimento voltado que o mercado de marcas para a inovação. Podemos próprias no Brasil é um dos criar para o cliente produtos mais baixos do continente que não temos em linha de sul-americano (7,9%) e está produção com exclusividadistante da média global de”, comenta o presidente. (16,1%), não ultrapassando Os produtos produzidos 5% de participação. pela Faleiro têm validade Entre os principais mo- de 150 dias. São enviados tivos que retardam o cres- diretamente aos centros cimento do mercado estão de distribuição em todo o a concentração desse seg- Brasil, em uma logística mento nas grandes redes de transporte que permite varejistas, que são menos entregas semanais, tanto
BRUNO LAVORATO
MÍRIAN PINHEIRO
Redes de supermercados ganham mais agilidade REDAÇÃO COM FP
Estamos engatinhando ainda neste modelo de negócio no País, afirmou Faleiro Neto
para o varejo quanto para próprias, comercializados o setor de food service. exclusivamente nas redes que detêm o controle daMercado em expansão - quela marca?” É assim que a presidente “Imagine a seguinte história: Dona Maria é cliente da Associação Brasileira antiga de uma padaria, pois de Marcas Próprias e somente lá ela encontra Terceirização (Abmapro), aquele bolo de milho com Neide Montesan, resume a gostinho caseiro que tanto vantagem competitiva dessa gosta. Como consumidora estratégia. Para ela, é simples: fiel e admiradora da marca, quando o consumidor se sempre recomenda aquela identifica, enxerga valor, padaria aos conhecidos e qualidade e ainda encontra ainda compra vários outros preços atrativos, ele volta produtos no estabelecimen- sempre, e assim se torna to. E se na mesma história, fiel ao produto. no lugar do bolo preferido Produtos de marcas próda Dona Maria, colocásse- prias, afirma Neide Monmos os produtos de marcas tesan, saem cerca de 20%
mais baratas em relação aos produtos tradicionais da indústria. Segundo a presidente da Abmapro, o valor é inferior porque esse produto não tem custo comercial, não possui investimento em publicidade e, normalmente, são desenvolvidos diretamente entre fornecedor e detentor da marca. Além de alimentos prontos, produtos como papel higiênico (25%), feijão (19%), óleos para cozinhar (18%), açúcar (15%) e arroz (15%) foram os que mais contribuíram para o crescimento das Marcas Próprias no ano passado.
Produtos apresentam preços mais competitivos Divulgação / GPA
De acordo com o gerente de Marcas Exclusivas do Extra, Rafael Berardi, em 2016, os produtos de marca própria representaram 11,7% no faturamento da venda anual das redes Extra e Pão de Açúcar. Segundo ele, as marcas exclusivas, além de oferecer competitividade de preços, são ferramentas de diferenciação e fidelização. “Por meio de uma negociação direta e diferenciada, conseguimos melhores preços para os clientes. Temos ainda fornecedores exclusivos, principalmente no caso de frutas, verduras e legumes comercializados pelas marcas Qualitá e Taeq”, comenta. Ele diz que o portfólio da rede Extra é bem extenso e inclui categorias como limpeza, alimentar (tanto mercearia como perecíveis), vinhos, higiene pessoal e artigos para casa e decoração. “Atualmente, as principais marcas exclusivas do Extra são: Qualitá, Finlandek, Taeq, Casino e Club des Sommeliers”, completa. Sobre o mercado, Berardi salienta que pesquisas mostram que os consumidores apostam nas marcas exclusivas quando estas fazem parte de uma rede de supermercados no qual eles confiam. “Por se tratar de marcas que só são encontradas em determinada loja, são mais fiéis às redes que oferecem essas
VAREJO
As principais marcas exclusivas do Extra são: Qualitá, Finlandek, Taeq, Casino e Club des Sommeliers
marcas, o que gera credibilidade e diferenciação”, observa. Ele também esclarece que muitos fornecedores utilizados nas marcas exclusivas do Extra são os mesmos de grandes nomes da indústria e apresentam a mesma qualidade. “Temos trabalhado em um programa evolutivo PEQ Programa Evolutivo da Qualidade, no qual estes fornecedores são
avaliados e selecionados dentro de um rígido programa, seguindo padrões e referências internacionais de qualidade e segurança alimentar”, explica. O desenvolvimento das marcas próprias no Extra, diz o gerente, é realizado nos mesmos padrões utilizados para grandes marcas do mercado. “Este esforço vai desde os estudos para trazer itens
novos, através de pesquisas de hábitos e atitudes do brasileiro em relação à alimentação, passando por teste sensorial das formulações com consumidores potenciais, desenvolvimento das embalagens mais adequadas e práticas, até os procedimentos para assegurar a qualidade dos insumos e do produto final”, destaca. (MP)
O cliente entra no supermercado, escolhe seus produtos, passa suas próprias compras no caixa, paga e vai embora. Essa cena, comum em supermercados e farmácias do exterior, começa a se tornar realidade no Brasil. “Eu sabia que isso existe no exterior e acho que demorou para chegar no Brasil. Às vezes a gente vem comprar só uma coisinha e fica um tempão na fila”, disse a engenheira Rafaela Fernandes, 22, após usar um dos recém-instalados caixas automáticos do Master Supermercado, no shopping Frei Caneca, região central de São Paulo. Também há sistemas assim no Carrefour do Jardim Pamplona Shopping (zona oeste) e na loja de doces Tateno, na Vila Mariana (zona sul). O Zaffari, em Porto Alegre, também tem a tecnologia. No espaço antes ocupado por dois caixas comuns, o Master instalou quatro terminais de autoatendimento e, baseado na experiência de outras lojas da rede no Sul do País, estima que eles absorvam de 5% a 10% do fluxo da loja. A Consinco, que desenvolveu os caixas do Master e que já instalou mais de 200 deles pelo País, afirma que é possível reduzir o tempo de espera nas filas em até 30%. Com um sistema de leitura de código de barras mais sensível, os terminais têm sistema de balanças e câmeras que impedem que o cliente pague menos do que deveria. Após serem registrados pelo cliente, os itens devem ser colocados em uma balança. Se o peso não bater com o registro do código de barras, o caixa trava e, automaticamente, chama um operador para verificar a situação. Em Belo Horizonte, a Rede BH foi uma das pioneiras na implantação do “self check-out” ou autoatendimento no Brasil, inovando o atendimento através de um sistema que garante agilidade no pagamento das compras com cartão de crédito, débito ou cartão BHMais. O autoatendimento cruza os dados da leitura do código de barra das embalagens com o peso das sacolas com os produtos. Segundo a reportagem apurou, cada terminal, com câmeras, custa cerca de R$ 30 mil. Redes de fast food também investem em totens de autoatendimento. Segundo o Bob’s, lanchonetes da rede com a tecnologia vendem até 30% a mais que as outras.
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AGRONEGÓCIO
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CACHAÇA
Mineira Santo Grau é premiada no Chile A edição Coronel Xavier Chaves Século XVIII recebeu prata, concorrendo com 1,2 mil destilados de 54 países MICHELLE VALVERDE
A edição especial da cachaça mineira Santo Grau Coronel Xavier Chaves Século XVIII, produzida no alambique mais antigo do País em funcionamento, o Engenho Boa Vista, na região Central de Minas Gerais, conquistou a medalha de prata na edição Spirits Selection by Concours Mondial de Bruxelles, realizada no final de agosto, no Chile. A edição Século XVIII, que teve apenas 3 mil garrafas produzidas, é da safra 2002 e passou dez anos armazenada em uma adega de pedra. A premiação foi classificada como reconhecimento do trabalho desenvolvido há gerações e à busca pela cachaça de alta qualidade. As primeiras produções oficiais do engenho Boa Vista, construído no século XVIII, no município Coronel Xavier Chaves, começaram em 1755. De acordo com o diretor e fundador da Natique, empresa proprietária da marca Santo Grau Coronel Xavier Chaves, Luiz Henrique Munhoz, o prêmio é um reconhecimento da tradição nos processos produtivos e da busca constante pela produção da cachaça de alta qualidade. “Nossa empresa sempre valorizou a cachaça como uma bebida diferenciada. Há 20 anos, quando fundamos a Natique, apostamos que o mercado para a cachaça de qualidade iria crescer e o consumidor aprenderia a dar valor. O prêmio é um reconhecimento de que estamos no caminho correto e coloca a marca dentre os destilados mundiais reconhecidos pela alta qualidade”. Para Munhoz, a edição premiada é mais que especial. A partir de uma seleção da safra de 2002, uma das melhores
ANIMAIS VIVOS
Transporte marítimo enfrenta desafios São Paulo - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avalia que o transporte marítimo de animais vivos do Brasil para o exterior tem grandes desafios. Como, por exemplos, a implantação de um relatório de bordo, com o registro de todas as ocorrências durante as viagens; o estabelecimento de critérios de construção dos embarcadouros - respeitando itens como a inclinação correta das rampas de embarque, piso antiderrapante e laterais dos bretes fechadas -; a retirada do mercado brasileiro dos navios sucateados; e o treinamento de todas as pessoas envolvidas. O assunto foi discutido na segunda reunião técnica sobre boas práticas no transporte marítimo de animais vivos, promovida pelo Ministério da Agricultura no final de agosto, em Belém. Em nota, a auditora fiscal federal agropecuária Mirela Eidt, da Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal do Ministério, diz que o Brasil é um dos maiores exportadores de gado vivo do mundo, mas há pouca informação sobre a
DIVULGAÇÃO
do engenho, foi produzida a Santo Grau Coronel Xavier Chaves Século XVIII. Armazenada em uma adega de pedra centenária climatizada e que realça o melhor da cana-de-açúcar, a cachaça começou a ser comercializada dez anos após sua produção, em 2012. Foram disponibilizadas para o mercado apenas 3 mil garrafas. Nesta edição do Spirits Selection by Concours Mondial de Bruxelles, que aconteceu no Chile, foram avaliados cerca de 1,2 mil destilados, provenientes de 54 países produtores. As bebidas foram avaliadas por 66 jurados de 22 diferentes nacionalidades. “A gente tem planos para A cachaça premiada foi produzida em 2002 e passou dez anos armazenada em adega de pedra lançar novas edições espeDIVULGAÇÃO ciais com safras antigas, que para a cachaça de alambique fomos reservando ao longo é crescente. ESTRATÉGIA do tempo”, disse Munhoz. “O mercado ainda tem muito espaço para crescer. Pela Mercado - Além da Santo cachaça de alta qualidade ter Grau Coronel Xavier Chaves, um preço mais elevado, o conque é produzida em Minas Ge- sumo ainda está muito conrais, a empresa possui outras centrado nas grandes cidades duas variações, a Santo Grau principalmente em São Paulo Paraty (Rio de Janeiro) e a San- e no Rio de Janeiro. Atuamos to Grau Itirapuã, produzida nas principais cidades do Sul, em São Paulo. Apesar de não Sudeste e Centro-Oeste do São Paulo - O Minisrevelar o volume produzido Brasil. Também exportamos a tério da Agricultura, Peanualmente da cachaça Santo Santo Grau para quatro países cuária e Abastecimento Grau, para 2017 é esperado da Europa, com destaque para (Mapa) instituiu o plano incremento entre 15% e 20% a Espanha”, disse Munhoz. “O Melhor do Agro Brana fabricação. sileiro”, com o qual o goEm relação ao mercado História - Adquirida pela tia verno pretende ressaltar a para a cachaça de alambi- do inconfidente Joaquim José qualidade, a inocuidade que, Munhoz explica que da Silva Xavier, o Tiradentes, e a sustentabilidade dos a alta tributação é um dos a fazenda Boa Vista, onde é produtos agropecuários empecilhos que impende o produzida a cachaça Santo brasileiros, para promover desenvolvimento das marcas. Grau Coronel Xavier Chaves, a produção agropecuária Além disso, o mercado muito foi passada de geração em genacional nos mercados exfragmentado, o que acontece ração, chegando aos cuidados ternos, conforme previsto pelo fato de a maioria das de Padre Domingos da Silva na Lei nº 13.249, de 13 de empresas ser de pequeno Xavier, irmão mais velho de janeiro de 2016. Medida porte, contribui para que os Tiradentes, que abandonou o nesse sentido foi publiinvestimentos na cadeia da celibato e partiu para cidade Cachaça é herança de família cada no Diário Oficial cachaça artesanal sejam feitos grande deixando o engenho da União (DOU) desta de forma desorganizada, o que nas mãos de Antônia Rita da nome à Santo Grau produzida sexta-feira, por meio da enfraquece o segmento frente Encarnação Xavier, bisavó do no engenho. Atualmente a Portaria número 1.734, aos demais destilados. Ape- Coronel Xavier Chaves, este fazenda é administrada pela assinada pelo ministro sar dos gargalos, o mercado que foi homenageado dando oitava geração da família. Blairo Maggi. O movimento surge meses após a Polícia Federal deflagrar em maio a Operação Carne Fraca, que investigou empresas do setor pelo pagamento ASCOM PARANA/DIVULGAÇÃO de propinas a profissionais encarregados da fiscalização dos produtos, o que levou diversos países a suspender importações de carne brasileira à época. O Brasil já conseguiu reverter a maior parte das suspensões às compras de seus produtos de carne, mas o Ministério da Agricultura tem prometido mudanças após o escândalo, com revisões na fiscalização e nos sistemas de controle de qualidade. De acordo com o ministério, as ações do plano incluirão organização das O Brasil é um grande exportador de gado vivo, mas há poucas informações sobre as embarcações informações disponíveis estrutura e a certificação das que são ocupadas de acordo facilitem a coleta de provas sobre temas que impactam embarcações, ocorrências com o seu tamanho e peso. laboratoriais. Nelas, os ania consolidação da imagem sanitárias e de manejo re- Em média, uma viagem em mais são avaliados, tratados do agronegócio brasileiro, gistradas durante as viagens águas internacionais dura 21 e vacinados, como exigido a divulgação da qualidade e treinamento adequado da dias, mas pode se estender pelo serviço veterinário dos produtos e criação mão de obra. por até 30 dias. A duração oficial. de ações integradas de Na avaliação da vete- depende do destino, da poNo Brasil, cinco portos comunicação entre atores rinária, a certificação dos tência do motor do navio e embarcam animais vivos: governamentais para connavios é um dos principais das condições do mar. Barcarena (PA), Rio Grande solidar a imagem do setor. problemas, porque parte Antes de serem embar- (RS); São Sebastião (SP); A Secretaria de Relada frota é muito antiga e cados, os animais ficam Imbituba (SC) e Itaqui (MA) ções Internacionais do foi adaptada de outras fi- nos Estabelecimentos de No acumulado de 2017 até Agronegócio (SRI), do nalidades (graneleiros, por Pré-Embarque (EPE) por julho, ainda conforme o Ministério da Agricultura, exemplo). Outra dificuldade um tempo mínimo de 24 ministério, o Brasil exportou será responsável pela foré o registro do que ocorre a horas, conforme o protocolo US$ 115,4 milhões. No ano mulação, a coordenação e bordo durante as viagens. sanitário existente com o passado, o montante foi de a execução das ações do Hoje, segundo o Ministério, país importador. Nas EPEs US$ 206,3 milhões, represenplano. (Reuters e ABr) os animais viajam em baias deve haver estruturas que tando 229.807 animais. (AE)
Mapa cria plano para divulgar qualidade
MILHO
Colheita do cereal deve recuar 14,6% no Brasil São Paulo - O Brasil deverá colher 93,598 milhões de toneladas de milho na safra 2017/18, queda de 14,6% ante o recorde de 109,547 milhões de toneladas da temporada 2016/17, com expectativa de recuo na área plantada e na produtividade diante de preços mais baixos do cereal, estimou na sexta-feira a consultoria Safras & Mercado. A área total cultivada na safra 2017/18 deve ocupar 16,314 milhões de hectares, 11,6% abaixo do ciclo anterior (2016/17). Já a produtividade média deve atingir 5.737 quilos por hectare, ante 5.988 quilos por hectare na mesma comparação. Para a safra verão 2017/18, cujo plantio já começou no Centro-Sul, a Safras estimou que a área plantada poderá retroceder 27,4 %, ocupando 3,846 milhões de hectares, na medida em que a soja ganha área do cereal. Com produtividades menores, a produção da primeira safra do Centro-Sul poderá atingir 24,067 milhões de toneladas, ante 33,56 milhões de toneladas em 2016/17. A Safras prevê ainda que a área a ser cultivada na segunda safra 2017/18 deve sofrer uma queda de 3,3%, para 11,111 milhões de hectares. Com uma produtividade média de 5.733 quilos por hectare, a produção seria de 63,696 milhões de toneladas. As regiões Norte e Nordeste deverão produzir 5,833 milhões de toneladas, abaixo das 7,267 milhões de toneladas colhidas na safra 2016/17, segundo a Safras. China - A produção de milho da China em 2017 deverá ser superior ao esperado anteriormente, graças ao clima favorável à medida que a safra entra em fase de amadurecimento, previu na sexta-feira o centro de grãos e oleaginosas da China (CNGOIC). De acordo com a última previsão do órgão, a China produzirá 212,5 milhões de toneladas de milho, 3,2 % abaixo do ano passado, mas 1 milhão de toneladas acima da estimativa de agosto. O órgão de análises do setor aumentou sua previsão após chuvas abundantes no mês de agosto nas principais áreas produtoras de milho, que aliviaram o impacto de uma seca anterior. Além disso, o clima deve ser favorável em setembro, à medida que a safra amadurece. Os contratos futuros do milho na China caíram quase 2% na sexta-feira, a maior queda em um dia em mais de três meses, diante da expectativa de colheita abundante. (Reuters)
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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MERCADO
Ibovespa emplaca sétima semana em alta Apesar de registrar queda de 0,45% na sexta-feira, índice acumulou valorização de 1,6% no período São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta sexta-feira, em movimento de ajuste após se aproximar da máxima histórica amparado no alívio com o cenário político. Apesar da queda na sessão, o Ibovespa emplacou a sétima semana seguida de alta. O Ibovespa fechou em queda de 0,45%, a 73.078 pontos, encerrando a semana com alta acumulada de 1,6%. O giro financeiro somou R$ 8,5 bilhões. O índice abriu com tom mais positivo, mas sem firmeza e trocou de sinal algumas vezes, passando de alta de 0,32% na máxima a queda de 0,66% no momento mais fraco do pregão. O recente bom humor entre os investidores, que levou o Ibovespa na quarta-feira a se aproximar da máxima histórica de fechamento, se deve à perspectiva de que o governo do presidente Michel Temer está melhor posicionado para avançar com a sua agenda de reformas no Congresso, especialmente após o pedido de abertura de investigação da delação de executivos da J&F, controladora da JBS. Esse otimismo ganhou mais força também após o Congresso concluir votações consideradas importantes esta semana, como a da criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e aprovação das novas metas fiscais. Ainda no cenário local, após o fechamento dos mercados na quarta-feira, o Banco Central
DIVULGAÇÃO
cortou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, conforme o esperado, e indicou que vai desacelerar o ritmo de cortes de forma “gradual”. “O corte de juros é muito positivo num momento em que indicadores de atividade estão vindo mais favoráveis também. A atividade econômica começa, ainda que modestamente, a dar sinais de melhora”, disse o economista da corretora Nova Futura Pedro Paulo Silveira. O cenário externo, no entanto, favoreceu alguma cautela nesta sessão antes do fim do semana, com receios sobre os potenciais impactos da chegada do furacão Irma ao sul da Flórida, nos Estados Unidos. Destaques - Petrobras PN caiu 2,06% e Petrobras ON recuou 2%, em sessão de perdas para os preços do petróleo no mercado internacional e após a série de ganhos recentes que levou os papéis preferenciais a acumularem alta de 11,7% nos últimos cinco pregões. Vale ON teve baixa de 3,69%, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China. Gerdau PN perdeu 5,34%, liderando a ponta negativa do índice, em dia de queda para os contratos futuros do minério de ferro e do aço na China, e também após o Credit Suisse cortar a recomendação do papel para “neutra”, de “outperform”.
Otimismo em relação ao avanço das reformas no Congresso Nacional está impulsionando a bolsa de valores
CSN ON avançou 1,73%, no melhor desempenho entre as siderúrgicas que compõem o Ibovespa, ainda na esteira do mais recente anúncio de reajuste em preço do aço e depois que o Credit Suisse melhorou a recomendação da ação para “neutra”, ante “underperform”. Eletrobras ON subiu 3,3% e Eletrobras PNB ganhou 4,36%, com os papéis mantendo o tom otimista recente após o anúncio dos planos de privatização da empresa. Os papéis ganharam mais fôlego em meio ao pedido de consulta do governo sobre a possibilidade de abrir mão do direito
de veto, a chamada golden share, sobre certas decisões estratégicas em algumas empresas que serão ou foram privatizadas. JBS ON avançou 2,76%, dando sequência ao movimento de recuperação iniciado na última quarta-feira, após a ação despencar mais de 8% no início da semana com o pedido de abertura de investigação da delação de executivos da controladora J&F. A recuperação vem conforme diminuem os receios de que a provável anulação dos benefícios aos delatores respingue no acordo de leniência da empresa. (Reuters)
Dólar recua em meio ao temor com a Coreia do Norte São Paulo - O dólar continuou sua tendência de baixa na sexta-feira e fechou a R$ 3,0931, o menor nível desde 21 de março (R$ 3,0862), em dia de baixo volume de negócios, o que contribuiu para uma queda mais pronunciada. O movimento foi totalmente influenciado pela depreciação generalizada da moeda no exterior diante de cautela com Coreia do Norte e menor chance de aumento de juros nos EUA neste ano. Os últimos acontecimentos na política brasileira, porém, seguem no radar dos investidores, mas em segundo plano. No mercado à vista, o dólar fechou em queda de 0,31%, aos R$ 3,0931. O giro financeiro somou US$ 1,57 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,0825 (-0,65%) e, na máxima, aos R$ 3,0997 (-0,09%). Às 17h20, no mercado futuro, o dólar para outubro caía 0,31%, aos R$ 3,0990. O volume financeiro movimentado somava cerca de US$ 1,06 bilhão. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,0905 (-0,41%) a R$ 3,1080 (-0,01%). Na véspera da comemoração do aniversário de fundação da Coreia Norte, no sábado, os investidores correram para os ativos mais seguros - iene e ouro. No ano passado, Pyongyang aproveitou a data para realizar um teste nuclear. “O mercado lá fora ficou mais cauteloso, uma vez que Trump (Donald Trump, presidente dos EUA) tem dito que está chegando em um ponto que será necessário usar armamento”, pontuou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. Mais cedo, o Dollar Index (DXY) - que mensura a moeda americana ante outras seis moedas fortes atingiu o menor nível em mais de dois anos, em uma performance que começou na última quinta-feira, após discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE),
RAFAEL NEDDERMEYER / FOTOS PÚBLICAS
Moeda norte-americana sofreu uma depreciação generalizada por conta da tensão na península coreana
Mario Draghi. Contribuiu também para o movimento do índice DXY o enfraquecimento das apostas para a elevação de juros nos EUA este ano diante de dados fracos recentes de inflação e preocupações de que os furacões Harvey e Irma possam prejudicar alguns indicadores econômicos no curto prazo. Com o foco no exterior, os recentes acontecimentos internos ficaram em segundo plano. A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), após a Polícia Federal encontrar em um imóvel na capital baiana R$ 51 milhões em espécie e com sua digital, ficou em segundo plano no mercado. No final da tarde, o dólar reduziu as perdas, uma vez que a próxima semana tende a ser recheada de delações e possibilidade de nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Taxas de juros - Os juros futuros fecharam entre a queda e a estabilidade na sexta-feira, refletindo os ajustes ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom),
divulgado na quarta-feira, e também a expectativa de avanço nas reformas, em especial a da Previdência, após os últimos eventos do cenário político. No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 fechou estável em 7,660%, assim como a taxa do DI janeiro de 2019 (649 315 contratos) terminou no mesmo patamar de ajuste da quarta-feira, a 7,62%, na máxima. A taxa do DI para janeiro de 2021 (12.865 contratos) caiu de 8,95% para 8,91% e a do DI para janeiro de 2023 (58.965 contratos), de 9,57% para 9,52%. Os contratos de curto prazo ficaram estáveis uma vez que a expectativa de corte da Selic em 1 ponto percentual, para 8,25%, já estava precificada nos ativos. As demais taxas a partir deste horizonte e, principalmente no miolo da curva, tiveram algum alívio ao longo da sessão, embora, no fechamento, a taxa do DI janeiro de 2019 tenha migrado para o ajuste de quarta-feira. No comunicado, o Copom
endossa a percepção do mercado de que deve reduzir o ritmo de cortes da Selic nas próximas reuniões, mas de maneira gradual. Com isso, as apostas são de redução de 0,75 ponto e de 0,50 ponto na Selic, respectivamente, nos encontros de outubro e dezembro, com a taxa encerrando 2017 a 7%, de acordo com a precificação embutida na curva. Ainda, os profissionais estão otimistas sobre a votação da reforma da Previdência ainda este ano. Além do episódio dos novos áudios divulgados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que levarão à revisão dos benefícios dos executivos da J&F, terem fortalecido politicamente o presidente Michel Temer, na visão dos agentes, o mercado repercute de forma positiva a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que vai pautar a votação da reforma da Previdência em outubro, após a proposta de reforma política. (AE)
Investidores estão optando por mais risco DA REDAÇÃO
Os investidores do segmento de varejo (clientes do varejo e do varejo alta renda) optaram por tomar mais risco na hora de aplicarem em fundos em julho. Ainda que a maioria das aplicações deste segmento continue concentrada em fundos de renda fixa (R$ 46 bilhões), os multimercados – aqueles que têm em suas carteiras ativos diversificados como renda fixa, ações, câmbio – vêm ganhando espaço. Até o mês de julho, esses produtos registraram captação líquida de R$ 5,8 bilhões, o que representou 11,3% do total de R$ 51,1 bilhões aplicado pelos clientes deste segmento. “As quedas da taxa de juros têm tornado as aplicações em renda fixa menos atrativas, o que está impulsionando os investidores a buscarem, ainda que em ritmo lento, outras alternativas de produtos que envolvam mais risco”, explica Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima. “O crescimento da procura dos multimercados é um reflexo desse movimento. Acredito que seja intensificado até o final do ano, quando a Selic pode chegar a 7%”, acrescenta. Captação da indústria - Entre as categorias que apresentaram maiores captações no mês de agosto, estão os fundos de renda fixa, com R$ 25 bilhões, e os multimercados, com R$ 8 bilhões. Na sequência, aparecem os fundos de previdência, com R$ 4,3 bilhões. Considerando os ingressos totais no ano, essa mesma ordem prevalece: R$ 102,4 bilhões nos fundos de renda fixa; R$ 58,2 bilhões nos multimercados; e R$ 25,7 bilhões nos fundos de previdência. O destaque em agosto foi a retomada da atratividade dos fundos de ações. O tipo Small Caps – fundos que têm em suas carteiras ações de empresas que não estejam no IBrX, isto é, com baixa capitalização de mercado – teve alta de 7,70% superando o Ibovespa em 0,24 ponto percentual. Esse tipo de produto vem registrando bons resultados ao longo de 2017. Entre os fundos de renda fixa, as maiores rentabilidades ficaram com os tipos Dívida Externa (1,49%) e Duração Alta Crédito Livre (1,18%). Esse último é formado por uma carteira com papéis de longo prazo, que foram valorizados nos últimos meses por conta do cenário macroeconômico. Entre os multimercados, o tipo Long Short e Direcional registrou alta de 2,62%.
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FÓRUM
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EDITAIS DE CASAMENTO SEGUNDO SUBDISTRITO 2º SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE MG - OFICIAL: MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION - RUA GUARANI, 251 - CENTRO - TEL: (31) 3272-0562 Faz saber que pretendem casar-se: FABIO ADRIANO DAMASCENO, solteiro, ass administrativo, nascido em 16/10/1986 em Belo Horizonte, residente em Rua Dores De Campos 82, Belo Horizonte, filho de JOSE MAURICIO DAMASCENO e DALVA HONORATO DO NASCIMENTO DAMASCENO Com NAYARA SENA NASCIMENTO, solteira, aux des infantil, nascida em 25/11/1990 em Belo Horizonte, residente em Rua Congonhal 606 401, Belo Horizonte, filha de LEVY NASCIMENTO OLIVEIRA e SOLANGE DE SENA GOMES NASCIMENTO. ISMAEL ANTONIO DE SOUZA RAMOS, solteiro, porteiro, nascido em 10/03/1992 em Belo Horizonte, residente em Av. Jose Cleto 1221, Belo Horizonte, filho de ROSENVALDO GOMES RAMOS e CRISTINA DE FATIMA SOUZA RAMOS Com ANA PAULA PASTORE DA SILVA, solteira, manicure, nascida em 01/09/1976 em Belo Horizonte, residente em Rua São Francisco 154, Belo Horizonte, filha de IVO EUSTAQUIO REIS DA SILVA e ROSANGELA PASTORE DA SILVA.
DOUGLAS VINCES DE LIMA, solteiro, fiscal de loja, nascido em 21/07/1976 em Belo Horizonte, residente em Rua Um 44 B, Belo Horizonte, filho de JORGE SABINO DE LIMA e HELENA VINCES DE LIMA Com ROSANA GOMES VIEIRA, solteira, vendedora, nascida em 05/05/1983 em Belo Horizonte, residente em Rua Um 44 B, Belo Horizonte, filha de MANOEL VIEIRA MACARIO e ANTONIA GOMES RODRIGUES. EDGAR MENDES DE LIMA, solteiro, engenheiro, nascido em 22/09/1982 em Belo Horizonte, residente em Rua México 330, Belo Horizonte, filho de MARCIO DE LIMA e CECILIA MENDES DE LIMA Com LAIS GABRIELLE VIEIRA MELGACO, solteira, engenheiro civil, nascida em 25/07/1988 em Belo Horizonte, residente em Rua Amiro Rodrigues Campos 205, Belo Horizonte, filha de MARIO JOSE MELGACO DE ABREU e MERCIA ALVES VIEIRA MELGACO. LUIZ GUSTAVO SANT ANNA MALKOMES MUNIZ, solteiro, estudante, nascido em 17/09/1988 em Rio De Janeiro, residente em Rua Coroados 95 401, Rio De Janeiro, filho de JORGE LUIZ MALKOMES MUNIZ e ENITE SANT ANNA MALKOMES MUNIZ Com ANDRESSA FERNANDES DE GUSMAO, solteira, engenheira química, nascida em 21/08/1988 em Belo Horizonte, residente em Rua Itaguaí 455 201, Belo Horizonte, filha de RICARDO JOSE FARIA DE GUSMAO e EDMARY CELENY FERNANDES DE GUSMAO.
FREDERICO NASCIMENTO LOPES TEIXEIRA, solteiro, gestor comercial, nascido em 14/03/1986 em Belo Horizonte MG, residente na Rua Ressaquinha, 21, Contagem MG, filho de JUAREZ LOPES TEIXEIRA e DENISE NASCIMENTO LOPES TEIXEIRA Com ANA CAROLINA GUERRA LIMA, solteira, gestora de rh, nascida em 08/04/1991 em Belo Horizonte MG, residente na Rua Itambacuri, 213, Belo Horizonte MG, filha de ILTON PEREIRA LIMA e TANIA GUERRA. RONDINELLI ROGER DUTRA, solteiro, fiscal, nascido em 10/11/1983 em Belo Horizonte MG, residente na Rua Cambe, 611 Cx 3, Belo Horizonte MG, filho de MARIA DE LOURDES DUTRA Com THISSIANE SEBASTIANA FLORES BELO BATISTA, solteira, vendedora, nascida em 02/08/1991 em São Paulo SP, residente na Rua Joaquim Amaral, 127, Conselheiro Lafaiete MG, filha de JOSE MARDO BATISTA e APARECIDA FLORES BELO BATISTA. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 08/09/2017. MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION Oficial do Registro Civil. 15 editais.
HUGO TALES PEREIRA SANTOS, solteiro, estudante, nascido em 04/03/1993 em Belo Horizonte, residente em Rua São Roque 65, Belo Horizonte, filho de EUSEBIO CARMO DOS SANTOS e ROSIMAR PEREIRA DIAS Com NAIARA DE FREITAS SILVA, solteira, estudante, nascida em 22/06/1998 em Ribeirão Das Neves, residente em Rua São Roque 65, Belo Horizonte, filha de VILMA DE FREITAS SILVA.
LEANDRO SILVA PEREIRA, solteiro, vendedor, nascido em 25/03/1989 em Belo Horizonte, residente em Rua Engenho De Dentro 528 1601, Belo Horizonte, filho de ROMNEY BATISTA PEREIRA e IARA MOREIRA DA SILVA PEREIRA Com ERICA MURTA COELHO, solteira, gerente financeira, nascida em 04/11/1988 em Teofilo Otoni, residente em Rua Coronel Jairo Pereira 244 201, Belo Horizonte, filha de MARIO GIOVANNI COELHO e SILEIA MURTA COELHO.
CRISTIANO BRAZ FERREIRA CRISPIM, divorciado, motorista, nascido em 13/06/1980 em Belo Horizonte, residente em Rua Henrique Dias 206, Belo Horizonte, filho de BRAZ MONSUETO CRISPIM e ROSELI FERREIRA DA CRUZ CRISPIM Com PRISCILA TAMARA VALADARES GONCALVES, solteira, op. caixa, nascida em 28/07/1991 em Belo Horizonte, residente em Rua Bernardo Cisneiro 140, Belo Horizonte, filha de RONALDO DIAS GONCALVES e CLAUDIA ANTONIA VALADARES GONCALVES.
WENDER CARDOSO LEMOS, solteiro, técnico mecatrônica, nascido em 17/02/1991 em Novo Cruzeiro, residente em Rua Ibertioga 414, Belo Horizonte, filho de JOSE DAS NEVES PEREIRA LEMOS e MARIA ADNA CARDOSO LEMOS Com DAYANA SILVEIRA COELHO, solteira, psicóloga, nascida em 30/04/1988 em Belo Horizonte, residente em Rua Ibertioga 414, Belo Horizonte, filha de RUBEM ANTONIO COELHO e MARGARIDA MARIA DA SILVEIRA COELHO.
JOAO FELIPE FERREIRA, solteiro, estagiário, nascido em 09/11/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dona Agripina Alves, 91, Marajó, Belo Horizonte, filho de JOAO DE BRITO FERREIRA e MARIA APARECIDA FERNANDES FERREIRA Com DULCINARA REZENDE ANASTACIO, solteira, professora, nascida em 10/06/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dona Agripina Alves, 91, Marajó, Belo Horizonte, filha de ADILSON DA ROCHA ANASTACIO e DULCILENE ANDRESINA DE REZENDE ANASTACIO.
JOSE FRANCISCO DE ASSIS, divorciado, auditor de operações, nascido em 29/07/1969 em Santa Maria De Itabira, residente em Rua Alípio De Melo 643, Belo Horizonte, filho de RAIMUNDO FRANCISCO DE ASSIS e MARIA VERONICA DE JESUS ASSIS Com MARCELA CRISTINA MARIANO MACHADO, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 24/07/1995 em Belo Horizonte, residente em Rua Camila De Souza Machado 35, Belo Horizonte, filha de MARCELO CORREIA MARIANO e ALEXANDRA MACHADO.
MARCELO ARAUJO DE ALMEIDA, solteiro, aposentado, nascido em 26/04/1972 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de ANTONIO CESAR DE ALMEIDA e MARIA DAS GRACAS DE ALMEIDA Com MARIA APARECIDA MARQUES, solteira, técnica de enfermagem, nascida em 09/05/1981 em Coqueiral, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de MARIO VENANCIO MARQUES e ANA CANDIDA ADAO MARQUES.
REGINALDO TEIXEIRA DA SILVA, solteiro, administrador de empresas, nascido em 12/11/1962 em Belo Horizonte, residente em Rua Figueiro 110, Belo Horizonte, filho de PAULO TEIXEIRA DA SILVA e MARIA DAS DORES DE MOURA SILVA Com ALBERT LUIZ BOAS PONTES, solteiro, administrador de empresas, nascido em 01/06/1985 em Brasília, residente em Rua Imbiaca 495, Belo Horizonte, filho de JORGE PONTES DE OLIVEIRA e ALBA RODRIGUES BOAS PONTES.
RAFAEL ZAGNOLI MARRA BRAGA, solteiro, professor de educação física, nascido em 16/08/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Maria Beatriz, 191 102, Havaí, Belo Horizonte, filho de RENI BRAGA e ZANE MARRA BRAGA Com NAYARA NUNES VIEIRA, solteira, gestora publica, nascida em 06/11/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Maria Beatriz, 191 102, Havaí, Belo Horizonte, filha de ADILSON VIEIRA DA SILVA e ELZA NUNES VIEIRA.
LUCIELL DE SOUZA CASTRO, solteiro, gerente de padaria, nascido em 26/10/1993 em Senador Firmino, residente em Rua Henrique Gorceix 1956 206, Belo Horizonte, filho de HENRIQUE MODESTO DE CASTRO e MARIA DO CARMO DE SOUZA CASTRO Com MARILIA PACHECO DINIZ, solteira, servidora publica, nascida em 04/09/1985 em Belo Horizonte, residente em Rua Boreal 200, Belo Horizonte, filha de CARLOS ANTONIO OLIVEIRA DINIZ e MARIA HELENA PACHECO DINIZ. PLACIDINO GOMES PEREIRA, viúvo, pedreiro, nascido em 17/03/1978 em Jequitinhonha, residente em Rua Das Bananeiras 10 104 Bl 06, Belo Horizonte, filho de IDARIO GOMES PEREIRA e ADELISIA PEREIRA DE SOUZA Com NEUZA LOPES DOS SANTOS, solteira, conferente, nascida em 30/03/1975 em Águas Formosas, residente em Rua Das Bananeiras 10 104 Bl 06, Belo Horizonte, filha de VERDIANA LOPES DOS SANTOS.
QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se:
DIEGO BARBOSA DUARTE, solteiro, investigador de policia, nascido em 18/01/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Bom Jesus, 141 201, Nova Suissa, Belo Horizonte, filho de JOSE RUY DE ASSIS DUARTE e MARIA DE FATIMA BARBOSA DUARTE Com PATRICIA ALBUQUERQUE CLARINDO OLIVEIRA, viúva, gerente comercial, nascida em 07/08/1979 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Bom Jesus, 141 201, Nova Suissa, Belo Horizonte, filha de EDMUNDO CLARINDO OLIVEIRA e VANIA ALBUQUERQUE OLIVEIRA. ANDERSON PEREIRA DA SILVA, solteiro, mecânico, nascido em 21/02/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Beco São João Del Rei, 50, Cabana, Belo Horizonte, filho de DERLY PEREIRA DA SILVA e ANITA PEREIRA DA SILVA Com MARILENE FERREIRA DE ALMEIDA, solteira, serviços gerais, nascida em 17/08/1975 em Belo Horizonte, MG, residente a Beco São João Del Rei, 50, Cabana, Belo Horizonte, filha de ADELARDO ALVES DE ALMEIDA e ANA FERREIRA DE ALMEIDA. RAMON HENRIQUE DA SILVA, solteiro, estoquista, nascido em 14/09/1997 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jornalista João Bosco, 70, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de TEREZA CRISTINA DA SILVA Com MELISSA CRISTINA DE SOUSA SILVA, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 01/08/1999 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Camboatao, 79, Patrocínio, Belo Horizonte, filha de CELIOMAR SILVA e MARIA CRISTINA DE SOUSA SILVA. PEDRO HENRIQUE ESTEVAM REZENDE MAIA, solteiro, técnico em eletromecânica, nascido em 27/12/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Fausto Alvim, 284 C, Calafate, Belo Horizonte, filho de EMERSON ESTEVAM MAIA E SILVA e ELIANE REZENDE MAIA E SILVA Com GABRIELA ASSUMPCAO MIGLIO, solteira, arquiteta, nascida em 03/01/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Das Flores, 216 302, Nova Suissa, Belo Horizonte, filha de AUBER MASCARENHAS MIGLIO e MARAIZA FREIRE ASSUMPCAO MIGLIO. RODRIGO ALVARES AYRES, divorciado, administrador de empresas, nascido em 16/08/1972 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Geraldo Lucio Vasconcelos, 785 502, Buritis, Belo Horizonte, filho de EDILSON GERALDO AYRES e MARIA STELA ALVARES AYRES Com CARLA MARIA SENNA, solteira, analista de ti, nascida em 16/01/1977 em Caeté, MG, residente a Rua Geraldo Lucio Vasconcelos, 785 502, Buritis, Belo Horizonte, filha de FERNANDO ROBERTO SENNA e MARIA DA PIEDADE SENNA. RAPHAEL LOPES PINTO BRESCIA, solteiro, engenheiro, nascido em 14/06/1984 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Maria Heilbuth Surette, 430 201, Buritis, Belo Horizonte, filho de MARCIO BRESCIA e MARIA LUCIA PINTO BRESCIA Com RENATA RODRIGUES TORRES, solteira, administradora, nascida em 28/07/1983 em São Paulo, SP, residente a Rua Maria Heilbuth Surette, 430 201, Buritis, Belo Horizonte, filha de EGNALDO FERREIRA TORRES e MARIA ROMANA RODRIGUES TORRES.
JOSE PEDRO ALIGHIERE STARLING ALVES, solteiro, educador físico, nascido em 21/05/1986 em Parque Industrial, Contagem, MG, residente a Rua Carlos Shettino, 109 204, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de PEDRO ALVES NETO e CONCEICAO IMACULADA STARLING RIBEIRO ALVES Com LUIZA COSTA WINTER, solteira, advogada, nascida em 16/01/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Carlos Shettino, 109 204, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de JOSE REINALDO SOUZA WINTER e LUCIA AMELIA GIGLIOTTI CAMPOS. GUTIERRI RUFINO DA SILVA, solteiro, operador de maquinas, nascido em 06/04/1993 em Cabo Frio, RJ, residente a Rua Havana, 200, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filho de JOCIMAR OLIVEIRA DA SILVA e ELIANE ALVES DA SILVA Com KARINE VASCONCELLOS DE ALMEIDA, solteira, técnica de enfermagem, nascida em 11/08/1991 em Rio De Janeiro, RJ, residente a Rua Havana, 200, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filha de UELITON CUNHA DE ALMEIDA e REGINA VASCONCELLOS DE ALMEIDA. HERBERT MAIA DO NASCIMENTO, solteiro, assistente administrativo, nascido em 21/02/1984 em Nova Lima, MG, residente a Rua Orquídea, 150 102, Marajó, Belo Horizonte, filho de CARLOS DO NASCIMENTO e EDINEIA MAIA DO NASCIMENTO Com ROSILENE DA SILVA, divorciada, chefe administrativa, nascida em 06/02/1973 em Água Doce Do Norte, ES, residente a Rua Orquídea, 150 102, Marajó, Belo Horizonte, filha de VICENTE RAIMUNDO DA SILVA e LEONTINA MARIA DA SILVA. GEORGE VICENTE MARTINS FERREIRA, solteiro, comprador, nascido em 28/01/1985 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Itamar Teixeira, 165 Apto D, Betania, Belo Horizonte, filho de MARIA CLEUZA MARTINS FERREIRA Com LETICIA ALVES MARTINS, solteira, estudante, nascida em 03/02/1992 em Parque Industrial M Contagem, MG, residente a Rua Lotus, 17, Betania, Belo Horizonte, filha de NILTON EUSTAQUIO MARTINS e LUCIMAR ALVES MARTINS. FLAVIO DE OLIVEIRA, solteiro, contador, nascido em 09/11/1981 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Corcovado, 1379, Jardim America, Belo Horizonte, filho de DIVINO SIQUEIRA DE OLIVEIRA e EDITH RIBEIRO DE OLIVEIRA Com CAMILLA DINIZ DE MORAES, solteira, bancaria, nascida em 02/07/1994 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Corcovado, 1379, Jardim America, Belo Horizonte, filha de NEYRISTON LOPES DE MORAES e MARCILIA ALVES DINIZ DE MORAES. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 08/09/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 14 editais.
FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 05/09/2017
02741 - Número TJMG: 002403892673-9 Numeração única: 8926739.32.2003.8.13.0024 Autor: Banco Bva S/A; Réu: Massa Falida de Savassi Esporte Ltda Vistos, etc.1. Trata-se da Falência de SAVASSI ESPORTE LTDA.2. Em decisão de f. 2919 foi determinada a intimação do Síndico para apresentar relatório final no prazo de 10 (dez) dias, com vista ao possível encerramento desta ação.3. À f. 2920 a Caixa Econômica Federal requer vista dos autos para exame e retida de alvará que lhe cabe.4. O Estado de Minas Gerais informa a existência de crédito tributário, requerendo a
juntada de documentos (fl.2921/2924).5. Às fl. 2925/2927 o Síndico informa a existência de ação de prestação de contas distribuída sob o nº 0024.09.673.535-2 pendente de julgamento, entendendo que este deve ocorrer anteriormente à apresentação do relatório determinado à f. 2919. 6. Pois bem.7. Por se tratar de processo de Falência, sobre o qual incidem as exceções previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94, defiro, apenas em secretaria, pelo prazo de 05 (cinco) dias, vista dos autos para o fim requerido à f.2920, facultando à parte interessada a extração de cópias xerográficas.8. Após, dê-se vista ao Síndico sobre manifestação do Estado de Minas Gerais de f. 2921.9. Em consulta ao andamento processual da ação de nº 0024.09.673.535-2 verifica-se que foi determinada a suspensão
daqueles autos nos moldes requeridos pelo Ministério Público, ou seja, até que o rateio e pagamento aos credores fosse concluído.10. Assim, intime-se o Síndico para, no prazo de 05 (cinco) dias, informar se já houve o pagamento dos credores noticiados no rateio de fl.2885/2887.11. Após dê-se vista ao Ministério Público sobre todo processado. SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 05/09/2017
02787 - Número TJMG: 002400051031-3 Numeração única: 0510313.54.2000.8.13.0024 Autor: Serprem S/A Servicos Projetos Construcoes e Empreendimentos; Réu: Serprem
S/A Servicos Projetos Construcoes e Empreendimentos Publicado despacho vista a síndica. Sobre requerimento fls. 3313/3333. 02788 - Número TJMG: 002402808050-5 Numeração única: 8080505.59.2002.8.13.0024 Autor: Abrafer Abrasivos e Ferramentas Ltda; Réu: Marcelino Antonio de Castro 1- fica o síndico intimado para apresentar Quadro Geral de Credores consolidado até o momento. 2Certifique-se a existência de ações de Habilitação/Impugnação de Crédito ainda pendentes de julgamento. 3- Após, retornem-me os autos conclusos. 02789 - Número TJMG: 002492840072-0 Numeração única: 8400720.32.1992.8.13.0024 Autor: Integral Mineração Ltda; Réu: Cosiva
Siderúrgica Ltda 1- Diante do ingresso de novos ativos para a Massa Falida, no valor de R$10.663,64 (fls. 4514/4516), fixo novos honorários para o Administrador Judicial no valor de R$500,00 (quinhentos reais), levando-se em consideração o trabalho realizado e a regra do art. 24, §1º da Lei nº 11.101/2005, que é o parâmetro utilizado por este Juízo, uma vez que a regra prevista no art. 67 do Decreto-Lei nº 7.661/45 não é mais compatível com o sistema financeiro nacional. 2- Outrossim, não há como deferir o pedido do Administrador para abertura de uma conta judicial em seu nome, uma vez que o Banco do Brasil não individualiza mais as contas. 3- fica o administrador judicial intimado, para dar início ao sobrerrateio entre os credores. 4- Após, dê-se vista ao Ministério Público.
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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LEGISLAÇÃO TRABALHO
JUSTIÇA
Custos de empresas serão reduzidos com novas regras Extinção do pagamento de horas extras começa a valer em novembro São Paulo - As novas regras trabalhistas que entram em vigor em meados de novembro vão permitir às empresas reduzir, em alguns casos, em mais de 60% os gastos com esse item, conforme estimativa do escritório Benício Advogados. A possibilidade de adoção do teletrabalho e da extinção do pagamento de horas extras são algumas das alterações que devem gerar mais corte de gastos nas empresas. O cálculo dos advogados parte de determinadas premissas - considera um indivíduo que tenha trabalhado durante 16 meses em uma empresa, mediante salário de R$ 3.500, realização de 30 horas extras por mês, vale-transporte de R$ 312,80, vale-refeição de R$ 414 e 20 horas por mês “in itinere” (despendidas pelo trabalhador no trajeto entre casa e trabalho). A estimativa comparou valores de tributos incidentes antes e depois da reforma e outros custos para o contratante, como por exemplo com multa relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), gasto com férias acrescido do pagamento de um terço do montante e 13º salário. Considerando a flexibilização de bonificação, que passará a não integrar o salário do trabalhador, chega-se a uma redução percentual de 12,82% no custo de contratação, com menos tributos incidentes. A adoção de teletrabalho -
hipótese em que fica excluída a obrigação de pagamento de vale-transporte, vale-refeição e horas extras - vai gerar uma queda de 38,9%. Haverá ainda redução de custos em função da não utilização da estrutura da empresa, o que não foi mensurado no exemplo. As empresas terão também gastos menores de horas “in itinere”, que são as horas despendidas pelo trabalhador no trajeto entre casa e trabalho, nas hipóteses em que o empregador está em local de difícil acesso ou não servido por transporte público. O pagamento pelo empregador deixa de ser obrigatório, explica o advogado Marcos Lemos, do Benício Advogados. “Companhias que se encontram nesta situação se beneficiarão da nova disposição legal”, explica. A redução neste caso é de 18,6%. Já com a eliminação do pagamento de horas extras, a diminuição estimada no exercício é de 29%. “A lei permite a adoção de banco de horas diretamente com o trabalhador, sem intervenção do sindicato. Se bem administrado pela empresa, alternando períodos de alta demanda com a concessão de folgas na baixa, há efetiva possibilidade de eliminação dos custos com horas extras”, explica Lemos. Levando em conta apenas essas quatro mudanças, chega-se a uma redução percentual total de 64,27%. Mas pode-se acrescentar a
Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 08/08/2017. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob.com. br/sitedocliente).
JOSÉ CRUZ/ABr
esse resultado a diminuição dos gastos com dispensa, de 22,19%, caso seja realizada por mútuo acordo. Nesse caso, serão devidas as seguintes verbas trabalhistas pela metade: aviso prévio, se indenizado, e indenização sobre o FGTS. Setores - Entidades empresariais citam as mudanças como positivas para as companhias. Um dos setores que mais emprega, a indústria automobilística ainda não tem uma estimativa monetária do impacto da reforma sobre os custos, mas considera que os benefícios das mudanças serão sentidos de forma gradual, principalmente no que se refere ao número de conflitos levados à Justiça do Trabalho. “Vamos ver uma redução do crescimento das ações trabalhistas”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Megale acredita também que as mudanças na legislação trabalhista vão dar mais segurança jurídica para as empresas, especialmente porque privilegia o acordado sobre o legislado. “A reforma tem mudanças que vão ajudar no curto prazo, mas vai resolver mais a médio e longo prazo”, sustenta. Já o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, diz que as mudanças trazem segurança
atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet. RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, § 1o, III. Dia 10 ICMS - agosto - substituição tributária - arquivo eletrônico GIA-ST - transmissão, pela Internet, de arquivo eletrônico com os registros fiscais das operações e prestações efetuadas no mês anterior, pelo contribuinte substituto. Não há previsão de prorrogação de entrega; desta forma, manter o prazo original de envio. Internet. RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, § 3º, anexo XV, parte 1, e artigo 36, II, “b”.
ICMS - prazos de recolhimento - os prazos a seguir são os constantes dos seguintes atos: a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral do RICMS-MG/2002; e b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O ICMS - agosto - Declaração de Regulamento de ICMS de Minas Apuração e Informação do ICMS Gerais é aprovado pelo Decreto (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à nº 43.080/2002. entrega: prestador de serviço de transporte aéreo, exceto empresa Dia 9 de táxi-aéreo; Conab/PAA, Conab/PGPM, Conab/EE e Conab/ ICMS - agosto - Declaração MO. Os prazos para transmissão de Apuração e Informação do de documentos fiscais, via inICMS (Dapi 1) - contribuintes ternet, são os mesmo atribuídos sujeitos à entrega: indústria do às demais formas de entrega de fumo; demais atacadistas que documentos fiscais previstos no não possuam prazo específico em RICMS/MG (artigo 162 do anelegislação; varejistas, inclusive xo V do RICMS/MG). Internet. hipermercados, supermercados e RICMS-MG/2002, anexo V, parte lojas de departamento; - prestador 1, artigo 152, § 1º, IV. de serviço de transporte, exceto aéreo; empresas de táxi-aéreo e Dia11 congêneres. Nota: Os prazos para transmissão de documentos fisICMS - julho - substituição tricais pela Internet são os mesmos butária - o distribuidor hospitalar
Nese: leis são muito rígidas
jurídica. “Os custos jurídicos vão diminuir, com certeza. Nossa matéria prima é mão de obra e a legislação trabalhista é muito rígida”, argumenta. “Se isso vai trazer mais ou menos emprego, não é nesse âmbito que discutimos. Depende mais do crescimento da economia. O setor de serviços é o primeiro a sofrer e o último a reagir”, opina. Na visão de especialistas, as empresas que tendem a se beneficiar das novas regras são as intensivas em mão de obra, como as varejistas, as indústrias, as redes de supermercados e as do setor de telefonia. Recentemente, o presidente do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Ronaldo Iabrudi, disse esperar que a companhia consiga uma redução de despesas com processos trabalhistas a partir do ano que vem. (AE)
situado no Estado é responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção e recolhimento do ICMS devido nas operações subsequentes com as mercadorias elencadas no capítulo 13 (medicamentos) da parte 2, do anexo XV. Notas: (1) O recolhimento será efetuado no dia 9 do segundo mês subsequente ao da saída da mercadoria, na hipótese do artigo 59-B da parte 1 do anexo XV, do RICMS-MG/2002. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigos 46, XII, e 59-B. ICMS - agosto - substituição tributária - saídas de mercadorias indicadas nos artigos 12; 13; 16, I; 18, III; 47; 58, II, 2º; 64, caput; 111-A, I; 113, parágrafo único, do anexo XV do RICMS-MG/2002 - relativo ao imposto devido por substituição tributária nas operações internas. Nota: Na hipótese de não haver expediente bancário no dia 9, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, III. ICMS - julho - substituição tributária - responsáveis tributários classificados na Cnae 1111-9/01, relativamente às saídas ocorridas até 31/01/2018, será efetuado o recolhimento até o dia 9 do segundo mês subsequente ao da saída da mercadoria. Nota: Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no
Execução nos tribunais demora três vezes mais do que o julgamento Brasília - Pela primeira vez, é possível analisar como evoluiu o tempo de trâmite de ações nos tribunais brasileiros de um ano para o outro com o anuário “Justiça em Números” de 2017. Consta das estatísticas produzidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) todos os prazos de tramitação em cada fase processual na Justiça. Embora complexa, a fase de conhecimento é mais ágil que a execução na maioria dos tribunais, em todos os ramos de Justiça. Até a primeira sentença, o processo leva, desde o ingresso, mais do que o triplo de tempo na execução (quatro anos e seis meses) do que no conhecimento (um ano e quatro meses), na média de todo o Judiciário. Na Justiça Estadual, por exemplo, a fase de conhecimento tomou, em média, um ano e sete meses até a sentença no 1º grau, em 2016. Nesta etapa, o juiz tem contato com os fatos - a partir de provas e testemunhos - e decide com base jurídica. Já a fase de execução, que é o cumprimento da sentença ou título extrajudicial, levou quatro anos e oito meses. A contínua queda no índice de recursos contra decisões é outra tendência captada pelo estudo: cai há quatro anos a taxa de contestações, tanto para os índices de recursos ao próprio órgão julgador (internos), quanto aqueles endereçados à instância
primeiro dia útil após, nos termos do art. 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, § 10, com redação do Decreto nº 47.142/2017. ICMS - agosto - substituição tributária - responsabilidade pelo recolhimento for atribuída ao remetente responsável, inscrito no Cadastro de Contribuintes de Minas Gerais, nas saídas de: a) das operações com as mercadorias relacionadas nos itens 7.0, 8.0 e 16.0 do capítulo 6 (combustíveis e lubrificantes) da parte 2 do anexo XV; b) nas situações previstas no RICMS-MG/2002, anexo XV, artigos 73, I, II, “a” e “f”, III, V e § 1o, 74 e 83. Exceções: álcool etílico hidratado combustível (AEHC), operações interestaduais com gasolina, óleo diesel e GLP quando o responsável pelo recolhimento do imposto em outra unidade da Federação não for produtor nacional de combustíveis. Notas: (1) O estabelecimento importador ou adquirente de mercadorias sujeitas à substituição tributária, relacionadas no RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 2, será o responsável pelo recolhimento do ICMS devido pelas operações subsequentes, no momento da entrada das mercadorias em seu estabelecimento. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V.
superior (externos). No cálculo, divide-se o total de decisões passíveis de recurso e o número de recursos apresentados. O universo aberto a recursos muda conforme o ramo de Justiça, o que é computado no índice. Por possuir a maioria dos processos e decisões com ampla margem de contestação, a esfera estadual exerce o maior efeito sobre o resultado global. Quanto mais próximo às instâncias superiores, maior a taxa de recursos. Assim, tribunais superiores tratam, em suma, de casos recursais, que representam 89,4% da carga de trabalho. A maior demanda em órgãos de 2ª instância também se refere a recursos. No primeiro grau, ao contrário, a contestação tende a ser menor e variar conforme o ramo de Justiça. A Justiça do Trabalho é o segmento com mais recursos externos, com índice de 44,8% nas varas do trabalho e de 47% nos tribunais regionais do Trabalho (TRTs). Nos juizados especiais federais, 43% das decisões, em média, chegam às turmas recursais. Entre todos os tribunais, o estadual do Piauí (TJPI) detém a menor recorribilidade, em ambos os índices: interna de 0,01% e externa de 1%. A maior taxa interna é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e maior externa do TRT14 (RO e AC). As informações são da Agência CNJ de Notícias.
no estabelecimento, quando o sujeito passivo por substituição for inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado; operações interestaduais com desperdícios e resíduos dos metais alumínio, cobre, níquel, chumbo, zinco e estanho e com alumínio em forma bruta. Notas: (1) Sujeito passivo: estabelecimento industrial destinatário localizado nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. GNRE. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V, “d”.
TFLF - quinta parcela - exercício de 2017 - Taxa de Fiscalização de Localização e Funcionamento (TFLF) - o prazo para pagamento da TFLF/2017 venceu em 10 de maio de 2017, sendo permitido o seu recolhimento em até oito parcelas consecutivas, conforme estabelecido no artigo 3º do Decreto nº 11.663/2004, vencendo a primeira em 10/05/2017. Nota: O contribuinte que optou pelo parcelamento do valor do imposto em até oito parcelas mensais e consecutivas, estará efetuando o pagamento relativo à quinta parcela. As demais parcelas vencerão todo dia 10 de cada mês. Poderá ser pago até o primeiro dia útil seguinte, quando o dia 10 não for dia útil ou não houver expediente bancário nas agências localizadas em Belo Horizonte. Guia de Recolhimento. Internet. Edital de Notificação de Lançamento GETM s/nº, de ICMS - agosto - substituição 11/04/2017 - DOM Belo Horizonte tributária - entrada da mercadoria de 11/04/2017.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 9, A SEGUNDA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2017
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
DIVULGAÇÃO
Conexão Empresarial Iniciativa do grupo VB Comunicação, o Conexão Empresarial chega à oitava edição de 2017 nesta segunda-feira, no Espaço V (Serena Mall), em Nova Lima, às 12 horas. Realizado no formato de almoço-palestra, o evento voltado para políticos e empresários será conduzido pela economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. Na ocasião, a convidada discutirá um panorama geral sobre o quadro econômico brasileiro e os desafios enfrentados pelo mercado empresarial, como déficit elevado. Há 15 anos no mercado, a XP Investimentos tem o compromisso de ajudar os clientes a atingirem o sucesso financeiro investindo de forma segura.
“O Turismo do Sonho”
Igarapé faz festival de gastronomia mineira DA REDAÇÃO
Um evento para saborear comidas típicas caipiras, sentir o cheiro da cozinha e temperos da roça e conhecer mais sobre as tradições gastronômicas centenárias e as plantas alimentícias não convencionais (Pancs). Este é o Festival Igarapé Bem Temperado, que acontece entre os próximos dias 21 e 24 com uma vasta programação cultural e gastronômica, presença de grandes nomes da gastronomia mineira e nacional e realização de seminário sobre as Pancs. O festival será realizado à sombra das árvores do Quintal Espaço Batista (avenida Professor Clóvis Salgado, 2.200), em Igarapé, e terá entrada gratuita com retirada de ingressos pelo Sympla. Durante quatro dias, Igarapé abraça o festival e recebe intensa programação gastronômica e cultural. O evento prepara um espaço especial, o “Palco Cozinha Show da Memória Culinária”, com forno e fogão a lenha, onde acontecem os workshops com as mestras da culinária (senhoras cozinheiras com mais de 60 anos) e chefs convidados, seminário e oficina de culinária infantil. Além disso, 24 estandes estarão abertos ao público, que poderá degustar e levar para casa, pratos e quitutes preparados
pelas mestras e cozinheiros da nova geração e produtos locais como doces, licores, compotas e cachaça. Uma feira de Pancs também será montada. “As pessoas que prestigiarem o Igarapé Bem Temperado terão a oportunidade de saborear e levar para casa hortaliças diferentes, como a cansanção, o ora-pro-nóbis, beldroega, mastruz, umbigo de banana e mavarisco e ainda pegar dicas de culinária com as próprias mestras. As Pancs estarão presentes tanto em receitas tradicionais, cozidas em forma de guisados com carnes de porco ou galinha caipira, como também em pratos mais contemporâneos criados em conjunto pela curadoria do Igarapé Bem Temperado, mestras e pelos chefs convidados. E para esta edição teremos novidades, como pratos vegetarianos e veganos”, explica Letícia Cabral, pesquisadora e gestora do Igarapé Bem Temperado. Em 2017, as apresentações, workshops e degustações ganham uma nova versão, mais ampla. As mestras subirão ao palco Cozinha Show acompanhadas por renomados chefs para uma boa prosa enquanto apresentam receitas da cultura culinária de Igarapé. Entre os chefs convidados, Eduardo Maya, o holandês Willem
Bovekerk, o português Alexandre Miguel, Flávio Trombino, Cidinha Lamounier, Jackson Cabral e Viviane Fantini. Tradições - Criado em 2005, o evento surgiu após a conclusão da pesquisa “Retratos e Histórias” sobre Igarapé, realizada pelo idealizador do festival, pesquisador e fotógrafo Carlos Oliveira Stan e pela historiadora Cássia Resende Coelho. Na época, ao perceber que a história da cidade está fortemente ligada às tradições alimentares e ao modo de fazer culinário da sua população, Stan decidiu criar o festival para promover este importante patrimônio cultural da cidade. E assim, um evento que nasceu tímido com pouco mais de 350 pessoas em sua primeira edição, se tornou um grande projeto que, em 2016, levou mais de 20 mil pessoas para Igarapé. “Já se vão 12 anos de um trabalho de apoio à valorização da cultura culinária igarapeense e do fomento ao turismo de base comunitária. Em pleno diálogo com chefs e pesquisadores, o projeto é considerado um importante movimento de salvaguarda da culinária popular mineira, indicando perspectivas para a atual cozinha de Minas”, revela Stan.
A reunião plenária semanal de diretores, sócios e convidados especiais da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) será realizada na próxima terça-feira, às 18h30, no Plenário Jornalista José Costa (avenida Afonso Pena, 372, 3º andar, Belo Horizonte). Organizada com a colaboração do Conselho Empresarial de Turismo, será debatido o tema “O Turismo do Sonho”, apresentado pelo palestrante Claudio de Moura Castro.
Cadeia de ferramentaria A Câmara Setorial de Ferramentaria e Modulações (CSFM) em Minas Gerais vai se reunir na próxima terça-feira, às 10 horas, no Quality Hotel (avenida Afonso Pena, 3.731, bairro Mangabeiras, Belo Horizonte). Promovida pela Agência de Desenvolvimento de Betim e Região (Adeber), a reunião da APL Ferramentarias terá como pauta principal a utilização de crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na cadeia de ferramentaria de Minas Gerais. A abertura será feita pelo presidente da CSFM da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Paulo Sergio Furlan Braga.
Bate-papo da ACMinas Jovem Buscando inspirar os empreendedores a partir de palestras, bate-papos com pessoas de destaque na sociedade, a ACMinas Jovem promove nesta terça-feira um encontro com a jornalista esportiva da TV Globo, Maíra Lemos. Com 12 anos de experiência no jornalismo, seis anos deles na Globo Minas, a jornalista vai contar como busca diariamente em sua rotina fazer diferente para alcançar seus objetivos. O evento será realizado, a partir das 18h30, no restaurante L’Entrecôte de Paris, localizado na rua Marília de Dirceu, nº 189, bairro Lourdes.
Carros europeus no Ponteio Os amantes de carros antigos já têm encontro marcado neste mês. A partir do próximo dia 14 está aberta a segunda edição do Ponteio Dream Cars. Em parceria com o Clube de Veículos Antigos de Nova Lima, a edição especial traz para a exposição carros europeus antigos que marcaram época. A mostra acontece no Ponteio Lar Shopping (piso LI). Nesta edição, a exposição homenageará a indústria europeia e traz para a mostra veículos antigos que marcaram história na Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Rússia.
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retirada de ingressos uma hora antes da sessão. Onde: Cine 104 (Praça Rui Barbosa, 104, centro) Exposição
Festival “Circuito de Parques” - O projeto chega a sua terceira edição com duas atrações internacionais: a mexicana Zaira Franco (foto) e a orquestra folk chilena Ensamble. Quando: 10 de setembro (de 9 às 18h) Quanto: Entrada gratuita Onde: Parque Marcos Mazzoni ((rua Deputado Bernardino de Sena Figueiredo, 1.022, Cidade Nova) Performance Experimental - A montagem “Como Manter-se Vivo?”, criada e estrelada pela artista recifense Flávia Pinheiro, aborda o movimento como um procedimento fundamental para a sobrevivência humana. Quando: Dia 9 de setembro (19h)
Quanto: Entrada gratuita com senhas distribuídas na bilheteria 50 minutos antes da exibição Onde: Teatro Marília (avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia) Cinema francês Mostra Mademoiselle Homenagem a Jeanne Moreau que faleceu no dia 31 de julho, aos 89 anos, deixando como legado uma carreira repleta de sucessos no cinema e no teatro em mais de sete décadas dedicadas à arte e à cultura. Na programação o público poderá assistir aos filmes “Ascensor para o Cadafalso”, “Mulher para Dois”, “A Baía dos Anjos”, “Corações Loucos”, “Cidadão Klein”. Quando: 13 e 14 de setembro Quanto: entrada gratuita, com
“Legados da Grécia” - A Grécia, com toda sua riqueza e mistério, poderá ser apreciada na exposição interativa “Legados da Grécia”, berço da cultura ocidental com 4.000 anos de história, incluindo os 12 deuses do Olimpo, réplica do Cavalo de Troia, labirinto do Minotauro, arquitetura, artes plásticas, filosofia, literatura, medicina, ciências, esporte, música e teatro. Quando: Até 17 de setembro Quanto: Entrada gratuita Onde: BH Shopping (Pisos BH e Mariana) Artes plásticas Cerâmica - “Solo – Álbum das glórias musicais brasileiras” é o nome da exposição de cerâmicas do artista plástico itabirano Genin Guerra, na qual ele retrata grandes compositores brasileiros de todos os tempos. O nome Solo, explica Genin, além de terra, chão, significa tocado ou cantado por um só artista. Será exibido documentário sobre o trabalho de Genin
Guerra, dirigido pelo fotógrafo e vídeomaker Marcelo Rosa. Quando: Até 1º de outubro, das 10h às 21h Quanto: Entrada franca Onde: MIS Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza, Belo Horizonte) Teatro Chico Xavier – A peça “Nossa Lar, Minha Casa Além da Terra”, do grupo especial da Fundação Caminho Verdade e Vida, é baseada no livro “Nosso Lar”, de Francisco Cândido Xavier, o médium Chico Xavier. Quando: dia 9 de setembro (16h e 19h) Quanto: Entrada gratuita Onde: Teatro Raul Belém Machado (rua Leonil Prata, s/ nº, Alípio de Melo, em frente à praça Paulo VI) Literatura
livro “Jantar Secreto” (Cia das Letras). No romance da revelação da literatura de suspense no Brasil, um grupo de amigos organiza jantares misteriosos. Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Além de “Suicidas”, escreveu os romances “Dias Perfeitos” e “O Vilarejo”. Quando: 12 de setembro (19h30) Quanto: entrada gratuita. Onde: Auditório da Cemig (rua Alvarenga Peixoto, 1.200, Santo Agostinho) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio
Sempre Um Papo - O escritor Raphael Montes participa de debate e faz o lançamento do
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