diariodocomercio.com.br
84 1
8
1
0
1
9
3
2
1
6
JOSÉ COSTA FUNDADOR
6
0
DESDE 1932 - EDIĂ‡ĂƒO 23.456 - R$ 2,50
2
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
Kohler investe US$ 100 mi na planta de Andradas Estado representa a maior operação do grupo na AmĂŠrica Latina Os aportes estĂŁo sendo realizados desde que a norte-americana adquiriu, no municĂpio, a fĂĄbrica da Fiore, quarta maior empresa do setor no PaĂs, hĂĄ praticamente trĂŞs anos. De lĂĄ para cĂĄ, a unidade dobrou de tamanho e de capacidade produtiva, alĂŠm de ter gerado 308 empregos diretos, completando, hoje, um quadro de 912 funcionĂĄrios. A empresa detĂŠm uma participação de 25% do mercado de louças sanitĂĄrias, ocupando a quarta colocação. Com os investimentos, a projeção da companhia ĂŠ assumir a terceira posição. Atualmente, a marca Fiori representa 80% do faturamento e da produção da Kohler no Brasil. Entretanto, a ideia ĂŠ aumentar a participação da marca Kohler nos negĂłcios, de forma que daqui a 10 anos a divisĂŁo alcance 50% para cada uma das marcas. PĂĄg. 3
DIVULGAĂ‡ĂƒO
O municĂpio de Andradas ĂŠ estratĂŠgico por estar perto da divisa com SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro DIVULGAĂ‡ĂƒO
Betim lança programa de regularização de dĂvidas A Prefeitura de Betim vai dar aos contribuintes com contas atrasadas junto ao municĂpio a oportunidade de colocar a situação em dia. O ĂłrgĂŁo do Executivo lançou neste mĂŞs o programa de regularização fiscal “De Bem com Betim – Renegociação de DĂvidasâ€?. O objetivo do governo municipal com a medida ĂŠ aumentar a arrecadação e garantir os investimentos nas ĂĄreas da saĂşde, educação e segurança. PĂĄg. 6 Minas passou a receber um volume significativo de leite do EspĂrito Santo
Com o movimento de interiorização das principais redes supermercadistas do Estado, estabelecimentos de menor porte se adequam e buscam estratÊgias para enfrentar a concorrência que vem de fora. Profissionalização da gestão e a aposta num atendimento mais acolhedor e personalizado são duas medidas que vêm sendo tomadas. Påg. 4
�ndice de Atividade Econômica (IBC-Br) avançou 0,41% em julho Påg. 15
CPFL avalia participar da licitação das hidrelÊtricas da Cemig Påg. 7
DĂłlar - dia 14
Euro - dia 14
Comercial
Compra: R$
3,7254
Venda: R$ 3,7274
Tecnologia entra em campo para alavancar os negĂłcios A tecnologia e as soluçþes inovadoras sĂŁo, cada vez mais, componentes importantes do time por trĂĄs dos atletas de diferentes modalidades. De olho na conexĂŁo entre esporte e tecnologia, empreendedores apostam em startups que prometem trazer soluçþes para as “doresâ€? do mercado esportivo. Rakete, da Capital, e B11, de Uberlândia, surgiram com a proposta de trazer melhorias para o mercado esportivo. PĂĄg. 11
DIVULGAĂ‡ĂƒO
Os fundadores do B11 estimam faturar R$ 130 mi por ano
TR (dia 15): ............................. 0,0185%
BOVESPA
Poupança (dia 15): ............ 0,5186%
+1,7 +0,30 +0,33
Turismo
Ouro - dia 14
IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,19%
Compra: R$ 3,1230 Venda: R$ 3,2530
Nova York (onça-troy): US$ 1.329,30
IPCA-Ipead(Agosto):.......... 0,13%
R$ 132,00
IGP-M (Agosto): ....................... 0,10%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,1348 Venda: R$ 3,1354
veiculos@diariodocomercio.com.br
FOTOS: MALAGRINE - VOLKSWAGEN - DIVULGAĂ‡ĂƒO
LANÇAMENTO
FamĂlia Delivery passa a ter onze modelos Volkswagen CaminhĂľes e Ă”nibus mira no segmento de atĂŠ 3,5 toneladas com a opção Express JOSÉ OSWALDO COSTA* de Resende / RJ
Atravessamos um momento Ăşnico no que diz respeito ao transporte de cargas urbano. Muitas cidades jĂĄ proĂbem, ou restringem ao mĂĄximo, a circulação de grandes caminhĂľes em ruas e avenidas mais centralizadas e movimentadas. É nesse cenĂĄrio que os caminhĂľes leves e semileves, com capacidade de carga entre 3,5 e 11 toneladas, ganham importância. Principalmente os primeiros. AlĂŠm de ter a circulação permitida (se enquadram entre os chamados VUC – VeĂculo Urbano de Carga), veĂculos com atĂŠ 3,5 toneladas de capacidade de carga podem ser dirigidos por condutores que possuem, apenas, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria B. NĂŁo hĂĄ exigĂŞncia pelas categorias C ou D. Hoje, o segmento de leves e semileves ĂŠ responsĂĄvel por 31% da vendas totais de caminhĂľes no Brasil. Os extrapesados respondem por idĂŞnticos 31% enquanto, os mĂŠdios e pesados (capacidade de carga entre 13 e 31 toneladas), sĂŁo donos de 38% da fatia do bolo. As projeçþes mostram que, atĂŠ 2030, os leves e semileves responderĂŁo por 39% das vendas totais. Por esses motivos apresentados, a Volkswagen CaminhĂľes e Ă”nibus acaba de lançar seis novos modelos para integrar a famĂlia Delivery. A linha Delivery jĂĄ contava com cinco opçþes: 5.150 (5 ton.), 8.160 (8 ton.), 9.160 (9 ton.), 10.160 (10 ton.) e 13.160 (13 ton.). Agora, recebe os seguintes modelos: Express (3,5 ton.), 4.150 (4 ton.), 6.160 (6 ton.), 9.170 (9 ton.), 11.180 (11 ton.) e 13.180 (13 ton.). Com esses lançamentos, a linha completa abrangerĂĄ o mercado de caminhĂľes desde os que partem de 3,5 toneladas chegando, atĂŠ, aos que possuem capacidade para 13 toneladas. De acordo com a VW CaminhĂľes e Ă”nibus, o investimento total para o desenvolvimento dos novos modelos foi da ordem de R$ 1 bilhĂŁo. O tempo necessĂĄrio SDUD FKHJDU DR SURGXWR ÂżQDO IRL de 5 anos e foram rodados mais de 4 milhĂľes de quilĂ´metros em testes. A nova linha serĂĄ lançada mundialmente, mas o Brasil serĂĄ o primeiro mercado a recebĂŞ-la. Produzido na planta de Resende, no interior do Rio de Janeiro, conta com trĂŞs versĂľes de acabamento: City, Trend e Prime (topo de linha). A nova linha Delivery teve sua engenharia desenvolvida
no Brasil enquanto, o design, ÂżFRX DRV FXLGDGRV GRV DOHPmHV É um caminhĂŁo desenvolvido totalmente do zero. Apesar do lançamento de seis novos caminhĂľes, pode-se dizer que a grande estrela do evento de apresentação Ă imprensa especializada foi o Delivery Express. Ele ĂŠ o principal modelo a se encaixar nos parâmetros que apresentamos no inĂcio dessa matĂŠria: capacidade para atĂŠ 3,5 toneladas, permissĂŁo para rodar em locais de circulação restrita e pode ser conduzido por quem possui, apenas, a CNH da categoria B. AlĂŠm disso, em pedĂĄgios, paga o mesmo valor de um automĂłvel. A VW CaminhĂľes e Ă”nibus apresentou soluçþes interessantes para esse modelo. Um bom exemplo ĂŠ o fato de, pela primeira vez na histĂłria da montadora, ele contar com suspensa dianteira independente. Outro detalhe importante ĂŠ que ele pode sair da fĂĄbrica jĂĄ encarroçado, seja para carga seca, seja com baĂş. Sua capacidade de carga lĂquida ĂŠ de 1 tonelada. Caso nĂŁo queira dessa forma, o cliente pode optar para que o veĂculo seja entregue, apenas, no chassi. De acordo com a Volkswagen, seus concorrentes ou sĂŁo veĂculos derivados de picapes ou sĂŁo caminhĂľes com cabine semiavançada. O Delivery Express ĂŠ o Ăşnico com cabine avançada (posicionada acima do motor) e que oferece 2 metros de largura dentro da cabine. Os concorrentes nĂŁo passam de 1,80 metro de largura. Dentre eles, podemos citar o Iveco Daily, o Mercedes-Benz Sprinter, o Hyundai HR e o Ford F350. Interior – A cabine do novo Delivery foi desenvolvida com o foco na ergonomia, no conforto e na robustez. Posição de dirigir, empunhadura do volante, regulagem de altura do banco, painel de instrumentos, porta REMHWRV H HVSDoR VXĂ€FLHQWH para transitar no interior, indo do banco do motorista atĂŠ o do passageiro de forma rĂĄpida, foram as premissas iniciais. A concepção dos bancos, ainda de acordo com a Volkswagen, contou com a colaboração de dezenas de pessoas de diferentes estaturas e portes fĂsicos, de modo que a condução seja confortĂĄvel para todos. Os assentos sĂŁo feitos com tecidos de alta resistĂŞncia e hidrorrepelentes, que nĂŁo mancham. Em cores escuras, tambĂŠm sĂŁo ideais para
o dia a dia. A posição dos pedais foi adequada ao anda e para das entregas urbanas, sem exigir grande esforço de acionamento ao motorista, o que reduz os riscos de lesão por esforço repetitivo (LER). A cabine vem, ainda, com novo sistema de basculamento por meio de uma alavanca localizada em seu interior. De fåcil acionamento, proporciona mais segurança e conforto em manutençþes. No quadro de instrumentos destaca-se o conceito modular, que permite ao operador organizar dispositivos como rådio, tacógrafo e equipamentos próprios de cada operação. É o caso da temperatura do ED~ IULJRUtÀFR SRU H[HPSOR que deve ser monitorada sem que o motorista tire os olhos da via. *O jornalista viajou a convite da VW Caminhþes e Ônibus
Motores Cummins e transmissĂŁo manual Os modelos Express e 4.150 sĂŁo equipados com o motor Cummins ISF de 2.8 litros. Ele alcança 150 cv e um torque mĂĄximo de 360 Nm numa ampla faixa de rotaçþes para garantir retomadas rĂĄpidas, agilidade e menor consumo possĂvel de combustĂvel nas entregas urbanas. O dois caminhĂľes sĂŁo os Ăşnicos da nova linha dotados com tecnologia EGR Para o Delivery 6.160, o motor tambĂŠm ĂŠ o Cummins ISF, 2.8 litros, mas desta vez, com solução SCR para o pĂłs-tratamento. Sua potĂŞncia chega a 160 cv e o torque mĂĄximo Ă€FD HP 1P Os veĂculos de 9, 11 e 13 toneladas, por sua vez, utilizam o Cummins ISF, de 3.8 litros e tecnologia SCR. Os trĂŞs registram o torque mĂĄximo em 600 Nm, variando a potĂŞncia entre 165 e 175 cv. O novo Delivery estreia quatro versĂľes de transmissĂŁo manual de seis velocidades totalmente novas, alĂŠm da opção automatizada. O Delivery Express e o 4.150 estĂŁo
equipados com uma caixa ESO-4106, enquanto o de 6 toneladas vem com a ESO-4206. JĂĄ os novos modelos de 9 e 11 toneladas contam com a transmissĂŁo ESO-6106, e o 13.180 tem a caixa ESO-6206. HaverĂĄ, tambĂŠm, a opção de transmissĂŁo automatizada para os veĂculos de 9, 11 e 13 toneladas, baseada na versĂŁo manual, mais confortĂĄvel ao PRWRULVWD 2 LWHP HVWi HP IDVH Ă€QDO de desenvolvimento. Algumas caracterĂsticas do novo VW Delivery (de sĂŠrie e opcionais): ar-condicionado; conector de ar para limpeza da cabine; acionamento elĂŠtrico dos vidros; retrovisores com ajuste elĂŠtrico; trava elĂŠtrica das portas; preparação para climatizador; farĂłis de neblina; proteção dos degraus; preparação para PTO; cruise control e alarme sonoro para cinto de segurança do motorista. A VW CaminhĂľes e Ă”nibus ainda nĂŁo divulgou os preços dos novos integrantes da famĂlia Delivery. PorĂŠm, informou que eles devem ser superiores entre 7% e 10% na
comparação com os demais (e antigos) modelos da linha. Os executivos disseram que, mundialmente, a nova linha tem potencial para vender 100 mil unidades anualmente. Para o Brasil, a expectativa, disseram, ĂŠ de comercializar 30 mil unidades nos prĂłximos anos (sem HVSHFLĂ€FDU HP TXDQWRV 2 GHVDĂ€R p JUDQGH QR DWXDO PRmento econĂ´mico que o PaĂs atravessa. Para que se tenha uma ideia, no melhor ano da planta de Resende, 2011, foram produzidas pouco mais de 80 mil unidades (entre caminhĂľes e Ă´nibus). Ano passado, com a recessĂŁo econĂ´mica, esse nĂşmero total foi um pouco superior Ă marca de 20 mil unidades. As vendas da nova linha respeitarĂŁo o seguinte cronograma: setembro de 2017 – Delivery 11.180 e 9.170; entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 – Delivery 6.160; fevereiro de 2018 – Delivery Express; entre fevereiro e março de 2018 – Delivery 4.150 e entre março e abril de 2018 – Delivery 13.180. (JOC)
OPINIĂƒO
Pequenos aprimoram gestĂŁo para enfrentar os gigantes
Compra: R$ 3,1160 Venda: R$ 3,1165
14
A Volkswagen CaminhĂľes e Ă”nibus acaba de lançar seis novos modelos para integrar a famĂlia Delivery. A linha completa abrangerĂĄ o mercado de caminhĂľes desde os que partem de 3,5 toneladas, chegando atĂŠ aos que possuem capacidade para 13 toneladas. PĂĄg. 14
Produtores de leite discutem medidas para reverter quadro Em plena entressafra, os preços do leite estão recuando. Para discutir a situação e adotar medidas que contribuam para recuperar a renda do setor, representantes dos produtores se reuniram, ontem, na Faemg. Entre as medidas necessårias, a principal Ê gerir a atividade com base no mercado, buscando equilibrar oferta e demanda. AlÊm da criação de barreiras para a importação desenfreada. Påg. 13
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
DC AUTO
BM&F (g):
-0,45 08/09
-0,18 11/09
12/09
13/09
14/09
A situação polĂtica do PaĂs ĂŠ extremamente preocupante. Estamos a praticamente um ano da eleição presidencial. Que perspectiva os brasileiros podem ter? Que liderança existe no cenĂĄrio atual capaz de devolver ao povo a esperança de novos tempos? EstĂŁo aĂ postos os mesmos, sem renovação, todos desgastados, quando nĂŁo envolvidos em escândalos. SĂŁo rarĂssimas as exceçþes e mesmo estas sem um grande e confiĂĄvel programa de restauração geral que fascine o eleitor. Por tudo o que tem acontecido de negativo, vemos um quadro de amplo desgaste dos polĂticos. Falta um lĂder de credibilidade e isso deixa o eleitor desorientado e o povo revoltado. (Luiz Carlos Borges da Silveira), pĂĄg. 2
EDITORIAL Em BrasĂlia, o governo federal continua tentando difundir a ideia de alĂvio das tensĂľes, focando nos sinais positivos vindos da ĂĄrea econĂ´mica e deixando de lado as questĂľes polĂticas. Quem ĂŠ contra afirma que tudo nĂŁo passa de “espumaâ€?, enxergando um governo encurralado por denĂşncias graves e ainda mais dependente de uma sustentação construĂda – precariamente – Ă custa de favores. E um dos parâmetros para aferir prestĂgio ou falta dele ĂŠ o rumo da votação da proposta de reforma do sistema previdenciĂĄrio. Os opositores insistem em que o governo nĂŁo tem chances e gente como o ministro Henrique Meirelles garante que atĂŠ outubro, no mais tardar, tudo estarĂĄ resolvido. “Pontos ainda por esclarecerâ€?, pĂĄg. 2
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
2
OPINIÃO Sem opção confiável para 2018 LUIZ CARLOS BORGES DA SILVEIRA* A situação política do País é, sem dúvida, extremamente preocupante, não apenas no presente como essencialmente para o futuro quanto a mudanças e recuperação dos princípios básicos e dos valores perdidos nos últimos tempos. As incertezas podem levar a escolhas equivocadas e a mais um período desperdiçado na condução do Brasil a um sólido caminho para o desenvolvimento geral. Estamos a praticamente um ano da eleição presidencial. Que perspectiva os brasileiros podem ter? Que liderança existe no cenário atual capaz de devolver ao povo a esperança de novos tempos? Estão aí postos os mesmos, sem renovação, todos desgastados, quando não envolvidos em escândalos. São raríssimas as exceções e mesmo estas sem um grande e confiável programa de restauração geral que fascine o eleitor. Por tudo o que tem acontecido de negativo, vemos um quadro de amplo desgaste dos políticos. Falta um líder de credibilidade e isso deixa o eleitor desorientado e o povo revoltado. A eleição presidencial se aproxima e a descrença aumenta. Para compreender a real gravidade da situação é suficiente analisar as pesquisas eleitorais realizadas nos últimos meses, que trazem a avaliação pública dos nomes que estão no cenário, prontos para disputar a Presidência da República. O grau de desaprovação, de rejeição eleitoral, é altamente negativo. Analisando alguns nomes isoladamente é importante considerar o contexto individual. Um
aspecto chama atenção, o fato de os caciques tucanos estarem com desaprovação bem acima dos demais, notadamente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderança maior do PT, que por sinal está em explícita campanha não só em palavras como em atos e comícios recentes pelo Norte e Nordeste. Segundo as pesquisas recentes, Lula é desaprovado por dois terços da população, enquanto um terço o vê de forma favorável, o que leva alguns analistas a considerar que em torno do ex-presidente ‘ainda há uma dose de mito’. No sentido de renovação, os tucanos até apareceram com um nome politicamente novo – João Dória, atual prefeito de São Paulo. Todavia, rapidamente Dória está revelando ser apenas ‘mais dos mesmos’. Deslumbrou-se com a eleição e parece ter sido ‘picado pela mosca azul’. Em poucos meses à frente de uma prefeitura de imensa importância política começou a pavimentar possível candidatura presidencial, inclusive percorrendo alguns estados. Esse posicionamento de Dória demonstra não somente afoiteza como também implícita ‘traição’ a Geraldo Alckmin, mentor de sua candidatura e sabidamente um dos pré-candidatos do PSDB. João Dória foi evidentemente recebido como uma esperança no quadro atual por ser liderança nova, politicamente falando, somando-se a isso certo carisma e bom marketing. Todavia, está ‘queimando o filme’, principalmente no âmbito tucano, do qual pode vir a ser sutilmente alijado
em sua pretensão para o ano que vem. Lamentavelmente, é com um elenco desses, já prévia e significativamente rejeitado, desaprovado pela população, que os eleitores brasileiros terão de lidar na próxima eleição para presidente. As opções serão niveladas por baixo, não haverá possibilidade de escolher o melhor, a decisão acabará recaindo sobre o menos pior e o resultado disso será quase que com certeza desastroso. A menos que em tão pouco tempo ocorra o surgimento de um novo e adequado perfil, algo bastante improvável na política brasileira. Resumindo, as expectativas são preocupantes, as perspectivas sombrias para o País. Essa situação coloca enorme responsabilidade sobre os eleitores que terão de analisar muito bem os pretendentes à disputa presidencial, pois o terreno político como se apresenta é propício ao surgimento de aventureiros populistas, os quais ainda não são percebidos por que, hoje, estão fora do radar eleitoral. Talvez o discurso antissistema se transforme em uma vantagem eleitoral. Há evidente necessidade, e as pesquisas deixam isso bem claro, de reconstrução e renovação. Os brasileiros precisam estar realmente preparados e prontos para isso. Por isso digo: pobre povo brasileiro se tiver que escolher entre Lula, Bolsonaro, Marina, Dória... * Empresário, médico e professor. Foi ministro da Saúde e deputado federal
O risco de uma generosidade ARISTOTELES ATHENIENSE * Desconsiderando as ressalvas feitas pelo Tesouro Nacional e sob um clima de mal-estar na área econômica, o presidente em exercício, Rodrigo Maia, homologou o Plano de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro. A chancela conferida pelo presidente transitório lhe renderá expressivos dividendos políticos, por se tratar de ato que se destina a ajustar as contas do Estado em R$ 63 bilhões no próximo triênio, com possibilidade de ser prorrogado por igual prazo. A celebração do acordo importará na injeção de R$ 11,1 bilhões em dinheiro novo no caixa, entre 2017 e 2018, inobstante o desgaste junto à área técnica. A notícia alvissareira é de que no início de outubro o governador Luiz Fernando Pezão passará a colocar as contas em dia, inclusive os salários dos servidores, valendo-se do empréstimo de R$ 3,5 bilhões que será obtido junto a um consórcio de bancos como antecipação pela venda da Cedae (Companhia Estatal de água e Esgoto), devendo este empréstimo ser garantido pela União. Tal como sucedeu por ocasião das Olimpíadas, o socorro prestado pela União está respaldado mais em interesse político do que em fundamentos jurídicos ou técnicos. A peça consigna a existência de “fragilidades materiais e formais”, que poderão frustrar a esperança do governador atual. Essas deficiências, pelo seu potencial, são hábeis a afetar o equilíbrio fiscal, estadual, inclusive a execução do plano. As estimativas do impacto do aumento de ICMS, energia elétrica, telecomunicações, gasolina, cerveja e chope, não fornecem informações satisfatórias que permitam avaliar os efeitos dessa elevação.
O Tesouro recomendou que o governo adotasse medidas adicionais que pudessem compensar os riscos se as atuais não surtirem efeito. Tal sugestão revela insegurança quanto aos resultados esperados, com a agravante de que este alvitre consistirá em vender à iniciativa privada o direito de cobrar parte dos débitos com o Estado. Como essas medidas dependem de aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), instituição estigmatizada pela marotagem de seus componentes, a iniciativa merece ser recebida com natural reserva. Ainda, entre os alvitres do Executivo Federal, sobreleva a oferta de redução do ensino superior pelo Estado, medida que vem sendo interpretada como o fim da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em que pesem as diversas restrições de ordem técnica contidas na peça opinativa, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, cuja autoridade nesta área sempre foi reconhecida, subscreveu o parecer com a recomendação do plano. Tudo faz crer que, se Rodrigo Maia não estivesse no exercício da presidência, o plano de recuperação fiscal não teria o desfecho conhecido. A despeito de a área técnica sair desconfortável deste episódio, o Tesouro, com as sugestões emitidas, procurou se acautelar, não dando o aval final, de modo a se livrar, no futuro, da acusação de que fora conivente com o que vinha ocorrendo no Rio de Janeiro, onde paira a incerteza de que os compromissos assumidos pelo governo Pezão serão cumpridos. Ainda mais em ano de eleição. Que dirão os outros Estados? Esperar para ver. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do iamg
Planos privados não são vilões ALEXANDRE RUSCHI * Cuidar de vidas é uma responsabilidade sem igual. Por isso, é possível melhorar este trabalho constantemente e as críticas sérias sempre serão muito bem-vindas. Ataques sem sentido, contudo, em nada contribuem para que aperfeiçoemos a saúde suplementar. Primeiramente, vamos entender o porte deste mercado. Empresas privadas e cooperativas médicas, sem dinheiro público, que recolhem seus tributos legalmente previstos, prestam assistência à saúde a 47 milhões de brasileiros. O orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS), para assistência a todos os 208 milhões de habitantes do País, é R$ 125,3 bilhões em 2017. Já a saúde suplementar desembolsou mais de R$ 71 bilhões até junho deste ano para cuidar de menos de um quarto da população. Aos que acreditam que as operadoras só visam ao lucro, lembro que a sinistralidade média é 85%. Ou seja, sobram 15% do faturamento para despesas administrativas, impostos, gastos com comercialização, marketing, investimentos tecnológicos e demais ações necessárias à prestação de serviços, que tem obtido avaliações muito boas de seus clientes, além de acompanhar a evolução mundial.
Isto tem se traduzido em retorno praticamente zero, quase sempre sustentado por resultados financeiros, advindos das imensas reservas técnicas impostas pelo órgão regulador. Se nós visássemos somente ao lucro, com certeza, esse não seria o tipo de negócio a receber investimentos. As operadoras têm sido acusadas, por exemplo, de articular os chamados planos populares. Nunca partiu das operadoras de planos de saúde a ideia do plano de saúde popular. A Lei 9656/98 sempre contemplou a segmentação de planos de saúde, inclusive os contratos somente ambulatoriais. Embora a iniciativa dos novos planos não seja nossa, não nos negamos a dialogar sobre o assunto, até porque estamos em uma democracia. Além disso, acreditamos que, sim, seja muito importante oferecer mais opções de planos de saúde acessíveis a famílias de menor renda. Elitizar a saúde privada não é, nem nunca será, a solução. Nosso entendimento atual é exatamente o do diálogo com toda a sociedade, alertando para o fracasso do modelo vigente e a necessidade imperiosa de direcionarmos nossas estratégias para uma nova forma de atenção à saúde, que
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456
Telefones Geral:
3469-2002
Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz
3469-2020
Redação: Comercial:
3469-2060
Circulação:
3469-2071
Industrial:
3469-2085 3469-2092
Diretoria:
3469-2097
Fax:
3469-2015
redacao@diariodocomercio.com.br
Filiado à
* Médico e presidente da Central Nacional Unimed
Comercial 3469-2000
Administração:
agregue qualidade e tenha o cliente no centro do modelo assistencial. As operadoras são financiadas pelos pagamentos de seus clientes. Sem resultados positivos, tornam-se insustentáveis. São reguladas em um processo que iniciou há somente 17 anos. Em casos extremos, as empresas de planos de saúde sofrem intervenções extremamente gravosas, alienação compulsória de carteiras e liquidação extrajudicial. A Unimed, maior sistema cooperativo médico do mundo, que completará 50 anos em dezembro próximo, e que gera 95 mil empregos diretos, está sempre disposta a procurar formas de aperfeiçoar e aumentar a abrangência da saúde pública no País, por meio de inúmeras parcerias com o poder público, e também da medicina privada, por uma cadeia produtiva que emprega e sustenta milhares de famílias de brasileiros e brasileiras. Liberdade econômica, política e institucional andam sempre de mãos dadas. Estamos abertos ao diálogo transparente, pois esta é a melhor forma de encontrar soluções para a saúde e a qualidade de vida de todos os cidadãos.
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa
Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls
presidencia@diariodocomercio.com.br
diretoria@diariodocomercio.com.br
Pontos ainda por esclarecer Em Brasília o Planalto continua tentando difundir a ideia de alívio das tensões, focando nos sinais positivos vindos da área econômica e deixando de lado as questões políticas. Quem é contra afirma que tudo não passa de “espuma”, enxergando um governo encurralado por denúncias graves e ainda mais dependente de uma sustentação construída – precariamente – à custa de favores. E um dos parâmetros para aferir prestígio ou falta dele é o rumo da votação da proposta de reforma do sistema previdenciário. Os opositores insistem em que o governo não tem chances e gente como o ministro Henrique Meirelles garante que até outubro, no mais tardar, tudo estará resolvido. Este é um tema, conforme tem sido dito e repetido, crucial, apontado como principal garantia de que será possível reconstruir o equilíbrio fiscal ou, antes disso, impedir um colapso semelhante à situação enfrentada pela Grécia há alguns anos. E o ajuste fiscal, lembram empresários e estudiosos, é Os opositores insistem também requisito essencial para que em que o governo a economia possa voltar a crescer, não tem chances e gerando emprego, gente como o ministro renda e atraindo investimentos que Henrique Meirelles deem velocidade e consistência garante que até ao processo, garantindo outubro, no mais também sua continuidade. tardar, tudo estará Disso só não sabem aqueles resolvido políticos que, de olho nas eleições do ano que vem, consideram o tema excessivamente delicado, fugindo de qualquer confronto com os eleitores. Para quem observa à distância é absolutamente assustador que a questão seja colocada nesses termos. Sobretudo porque continuam faltando informações confiáveis, capazes de possibilitar que a realidade seja conhecida tal como se apresenta. Ainda há pouco, por exemplo, foi dito, a partir de fonte oficial e categorizada, que sem mudanças existem riscos de que benefícios previdenciários não possam ser pagos dentro de, talvez, dois anos. É muito grave para passar despercebido. Até agora o prazo fatal, mesmo que ameaçador, era colocado num horizonte mais distante, lá por 2030, conforme declarações tanto do presidente da República quanto de seu ministro da Fazenda. Onde afinal está a verdade? Certo é que também não se pode continuar fingindo desconhecer que a desestruturação financeira do sistema se deu a partir do setor público, onde se concentram privilégios e vantagens que não se pode continuar bancando, enquanto o regime privado se sustenta e é superavitário. Entender e reconhecer onde está o problema será, claro, o primeiro passo para, de fato, começar a construir soluções. Em última análise estamos falando de privilégios, razão direta e evidente do desequilíbrio apontado e a corrigir, sem que sejam ameaçados – aí sim – indiretamente, como está sendo feito, aposentados e pensionistas que nada têm a ver com os erros e os abusos cometidos.
Representantes comercial@diariodocomercio.com.br
Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br
São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001
Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010
Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904
Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280
Assinatura semestral
Curitiba - Rua Antônio Costa, 529
Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 286,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento
Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401
CEP 80820-020 CEP 90150-02
(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222
Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 539,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento
Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br
Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50*
* (+ valor de postagem)
(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
3
ECONOMIA INDÚSTRIA
CONJUNTURA
Kohler investe US$ 100 mi em MG
Alpargatas aposta na Planta em Andradas é estratégica para expansão da fabricante de louças sanitárias retomada do consumo DIVULGAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
A estadunidense Kohler, gigante mundial do segmento de louças sanitárias e metais, deve concluir, em dezembro, o pacote de investimentos de US$ 100 milhões na sua planta em Andradas, no Sul de Minas. Os aportes estão sendo realizados desde que a norte-americana adquiriu, no município, a fábrica da Fiore, quarta maior empresa do setor no País, há praticamente três anos. De lá para cá, a unidade dobrou de tamanho e de capacidade produtiva, além de ter gerado 308 empregos diretos, completando, hoje, um quadro de 912 funcionários. Tudo isso transformou a plataforma mineira na maior operação da Kohler na América Latina e no Centro de Operações para a América do Sul. “Minas é o maior mercado que temos, junto com São Paulo. O município de Andradas é estratégico por estar perto da divisa com São Paulo, do Rio de Janeiro e por termos facilidade de escoar a produção e trazer matérias-primas. O Estado, através da planta de Andradas, se transformou no Centro de Operações para a América do Sul e a maior operação na América Latina”, afirmou o chief executive officer (CEO) da Kohler no Brasil, Jimmy Chavez Romero. Com o ciclo de investimentos a ser concluído em dezembro, a área construída da planta passou de 25 mil metros quadrados para 50 mil metros quadrados e também dobrou sua capacidade de produção (os números não foram informados). Além disso, em breve a empresa deve colocar em operação o segundo forno na unidade. Quando adquiriu a unidade fabril da Fiori, há três anos, a planta tinha um efetivo de 604 funcionários e, após os investimentos, o número saltou para 912 colaboradores. O CEO da empresa revelou, ainda, que novas inversões devem ser feitas a partir do próximo ano. Porém, os detalhes não foram informados. “A fábrica de Andradas tem uma capacidade de crescimento grande. Temos 250 mil metros quadrados de área disponíveis, sendo que só estamos ocupando 50 mil
metros quadrados”, disse. De acordo com CEO da Kohler no Brasil, o plano é ainda mais ambicioso. A empresa detém hoje uma participação de 25% do mercado de louças sanitárias, ocupando a quarta colocação entre os maiores players deste segmento. Com os investimentos na planta mineira, a projeção da companhia é assumir a terceira posição. “Nosso projeto é ambicioso e de longo prazo”, pontuou. Atualmente, a marca Fiori representa 80% do faturamento e da produção da Kohler no Brasil. Entretanto, a ideia é aumentar a participação da marca Kohler nos negócios, de forma que a previsão é de que, daqui a 10 anos, a divisão alcance 50%
para cada uma das marcas. O esforço para alavancar a participação da marca Kohler nos negócios da empresa pode ser medido com a inauguração de uma loja conceito em Belo Horizonte, prevista para a próxima semana. A unidade será a primeira do tipo, fora de São Paulo. O valor investido não foi revelado. Apesar de a fábrica atender em peso ao mercado nacional, com o direcionamento de 80% da produção, 20% dos produtos da marca Kohler já estão sendo exportados para os Estados Unidos. Em termos de vendas, após um crescimento de 8% em 2016 sobre 2015, a projeção é de um novo aumento para este Chavez Romero tem projeto ambicioso e de longo prazo ano, de 5%.
MERCADO DE TRABALHO
Empregos formais têm recuperação Rio de Janeiro - Embora o mercado de trabalho esteja apresentando recuperação, impulsionada pela geração de vagas informais, o setor formal também mostra sinais de melhora em curso. O trabalho com carteira assinada registra redução no ritmo de demissões, além de expansão dos rendimentos a taxas superiores às dos demais, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No segundo trimestre de 2017, de todos os trabalhadores que passaram da ocupação para o desemprego, 32% estavam empregados no mercado formal. Embora elevado, esse montante é 10 pontos percentuais menor que o observado há dois anos. O levantamento foi feito pelo Ipea com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os salários pagos pelo setor privado aos trabalhadores com carteira assinada no segundo trimestre cresceram 3,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Ao mesmo tempo, o rendimento dos trabalhadores sem carteira no setor privado recuou 3,5%, e a renda dos trabalhadores por conta própria encolheu 0,5%. Ao contrário da ocupação,
que começou a apresentar sinais de recuperação apenas recentemente, os rendimentos do trabalho registram uma dinâmica mais favorável há pelo menos três trimestres, ressaltou o Ipea. No trimestre móvel encerrado em julho, última divulgação disponível da Pnad Contínua, o rendimento médio real registrou alta de 3,0% em relação a um ano antes, o oitavo crescimento consecutivo. Segundo os autores do estudo, o bom comportamento dos rendimentos reais ao longo dos últimos trimestres sinaliza que os ajustes no mercado de trabalho provocados pela recessão ocorreram via demissões de trabalhadores. “Entretanto, outros fatores ajudam a explicar esse desempenho benigno dos rendimentos. O primeiro deles diz respeito ao efeito composição dos salários, tendo em vista que, ao longo da crise, a opção inicial é a dispensa de trabalhadores menos qualificados e, portanto, com salários menores, pois esse contingente é mais fácil de ser recontratado no momento da retomada da atividade econômica. Com isso, a média salarial se eleva mesmo na ausência de reajustes. Adicionalmente, a acentuada queda da inflação nos últimos meses vem contribuindo positivamente para
DIVULGAÇÃO
O ritmo de demissões caiu de acordo com estudo do Ipea
essa expansão dos salários reais”, explicaram os pesquisadores Maria Andréia Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho, na Carta de Conjuntura do Ipea divulgada ontem. Desalento - No artigo, os autores defendem que a expectativa para os próximos meses é de uma redução gradual na taxa de desemprego, acompanhando uma também gradual retomada do crescimento da economia. Mas os pesquisadores defendem que a queda do desalento - fenômeno em que as pessoas deixam de procurar emprego por acharem que não conseguiriam uma vaga - pode fazer com que aumente o número de pessoas em busca de trabalho, impedindo um recuo maior da taxa de desemprego
mesmo com uma expansão da ocupação. No segundo trimestre deste ano, 44,7% das pessoas aptas ao trabalho estavam fora da População Economicamente Ativa por acharem que não conseguiriam um emprego, o que representa uma queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. “Em relação aos salários, as perspectivas são de continuidade no avanço dos rendimentos, principalmente em um cenário de inflação baixa. Dessa forma, a tendência é que a massa salarial real continue a acelerar, contribuindo positivamente para a continuidade da retomada do crescimento do consumo das famílias”, avaliaram os técnicos Maria Andréia e Sacchet de Carvalho, do Ipea. (AE)
SETOR AUTOMOTIVO
Financiamento de veículos cresce 15,4% ALISSON J. SILVA
São Paulo - Num sinal de reação do crédito a veículos, os financiamentos de carros novos subiram 15,4% no mês passado, comparativamente a igual período de 2016, o que significa o maior crescimento em quase quatro anos. Os financiamentos a automóveis, que vêm de um longo período de restrição bancária e de baixo apetite dos consumidores em assumir dívidas de prazos mais longos, não mostravam desempenho tão positivo desde setembro de 2013. Os dados foram divulgados ontem pela B3, que opera um sistema que protege os financiamentos de fraudes. No total, 110,1 mil carros
novos foram financiados em agosto, levando o total financiado desde o início do ano para 718 mil unidades, ainda uma alta modesta de 1,5%. Incluindo na conta as demais categorias de veículos - motos e caminhões -, o total de veículos financiados em agosto, entre novos e usados, alcançou 468,8 mil unidades, num aumento de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação anual, os financiamentos de novos subiram 8,9%, para 168,9 mil unidades, enquanto o crédito na aquisição de usados teve alta ainda maior, de 15,2%, chegando a 300 mil unidades. (AE) As vendas de automóveis novos são estimuladas com operações de crédito de longo prazo
São Paulo - Uma recuperação do emprego e da renda disponível das famílias, além da queda da taxa de juros, é vista pelo presidente da Alpargatas, Márcio Utsch, como passo para uma retomada consistente do consumo. Durante a premiação Empresas Mais, do Grupo Estado, o executivo destacou que esses fatores devem contribuir para as vendas da companhia tanto em produtos mais baratos como nos de preços mais elevados. A calçadista fabricante das sandálias Havaianas considera que o crescimento de renda favorece esse produto, tipicamente de tíquete médio menor. Já os calçados esportivos da marca Mizuno são favorecidos pela maior oferta de crédito a juro menor. “Já começou a melhorar, nos últimos meses as vendas apontam para uma escalada, estamos subindo os degraus”, disse Utsch. Para o executivo, no entanto, ainda há uma dificuldade de se desprender o curso da economia da crise política. “Ainda dependemos de uma separação clara do que é político. O problema ético tem que ser separado”, comentou. Reformas - Já o presidente da Suzano, Walter Schalka, avalia que há uma “ligeira retomada” da demanda doméstica brasileira. Durante a premiação, o executivo considerou, no entanto, que ainda não é possível saber o quão sustentável pode ser essa recuperação. “Vejo uma evolução na economia como um todo, mas isso não é sustentável se as reformas necessárias não forem feitas, sobretudo a da Previdência, mas também a tributária e a reforma política”, concluiu. Sobreviventes - O presidente da Guararapes, controladora da Riachuelo, Flávio Rocha, também participa da premiação do Grupo Estado. O executivo acredita que as empresas de varejo que passaram pela crise vão ganhar espaço no mercado pela frente. Rocha afirmou que “os sobreviventes da crise vão ocupar o espaço da carnificina”. Ao longo de 2015 e 2016, pequenos varejistas fecharam as portas e a expectativa é de uma consolidação desse mercado nas mãos de redes maiores. Rocha ainda afirmou que a expectativa do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), do qual ele faz parte, é de que o varejo cresça em um ritmo de um dígito alto já nos meses finais deste ano, na comparação com os mesmos meses do ano passado. A partir de outubro, o crescimento já poderia chegar a uma ordem de 6% a 7% no varejo como um todo na comparação anual, diz. A expectativa é positiva, sobretudo para as vendas de Black Friday e Natal, afirmou. O desempenho em 2016 nessas datas foi mais fraco e a base de comparação, portanto, é melhor. (AE)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
4
ECONOMIA SUPERMERCADOS
Aumenta a concorrência no interior de Minas Grandes redes são atraídas pelo desempenho econômico das cidades de menor porte no Estado CHARLES SILVA DUARTE
ANA AMÉLIA HAMDAN
tomando para enfrentar a concorrência é melhorar o Os supermercados com atendimento e profissionaorigem no interior de Minas lizar a gestão, sem perder têm um desafio: se fortale- a característica de empresa cerem para enfrentar um familiar. O Bernardão comovimento de expansão de meçou como Casa Bernarredes do setor para as cida- des, com o avô e o pai de des menores, atraídas pelo Marco Antônio vendendo bom desempenho econômi- produtos que não havia nas co amparado pelo agrone- roças, como querosene, sal gócio. Comércios como o e açúcar. “Até hoje meus Supermercado Bernardão, pais, com mais de 80 anos, com sede em Patrocínio, no vão às lojas, convivem com Alto Paranaíba, e o Zebu Carnes Supermercados, os clientes”, diz. À frente do Zebu em Uberaba, no Triângulo Carnes Supermercados, Mineiro, estão entre os que buscam estratégias para o empresário Matusalém enfrentar a concorrência José Alves também busca que vem de fora. Profis- formas de enfrentar a sionalização da gestão e a concorrência. Com seis lojas aposta num atendimento em Uberaba, no Triângulo mais acolhedor e persona- Mineiro, o grupo emprega lizado são duas medidas 700 funcionários e tem que vêm sendo tomadas. faturamento anual de R$ À frente do Supermercado 170 milhões. Mesmo com as dificuldades criadas pela Profissionalização da gestão, queda do poder aposta em um atendimento mais de compra das acolhedor e personalização estão famílias, causada pela crise entre as estratégias das redes do econômica, o Zebu interior de Minas para enfrentar Carnes cresceu 1% o acirramento da concorrência este ano. Bernardão, Marco Antônio Bernardes revela que o grupo, com faturamento anual de R$ 300 milhões, cresceu 20% este ano, com abertura de um ponto. No total, são seis lojas localizadas em Patrocínio, Patos de Minas e Araxá, todas no Alto Paranaíba. O comércio emprega 950 funcionários. As lojas têm um mix de aproximadamente 20 mil produtos. Na análise de Bernardes, o bom desempenho do agronegócio e a saturação do mercado em Belo Horizonte estão atraindo grandes redes de supermercados para o interior. Além disso, em alguns casos, mesmo que a cidade não esteja crescendo, há o avanço da renda per capita. Ele relata que a região onde atua vem recebendo lojas de várias bandeiras do estado e até da multinacional Walmart. As medidas que ele vem
Aproximação - Ele também assiste, na cidade, a expansão de redes de supermercados. Para enfrentar a concorrência, o empresário afirma que vai manter a vocação do grupo de trabalhar de forma a garantir mais aproximação e comodidade do cliente. Ele cita como um dos diferenciais da loja o abate próprio, o que possibilita a venda de carne fresca e sem hormônio todos os dias. O mix de produto do Zebu Carnes - que, apesar do nome, é um supermercado completo - é de cerca de 15 mil itens. Os dois empresários participaram e trocaram ideias na 51ª Convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), realizada em Atibaia (SP). “Combinamos que não vamos abrir lojas na cidade um do outro”, brincou Alves.
Grandes redes supermercadistas, como o Super Nosso, têm projetos de expansão no interior
Movimento é tendência, aponta Amis Superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Antônio Claret Nametala disse que não há dúvida que a interiorização das redes de supermercado é uma tendência. “As nossas cidades têm potencial. Acreditamos que as redes devem continuar a crescer pelo interior de Minas”, disse. Como exemplo ele cita o Bahamas, grupo com sede em Juiz de Fora (Zona da Mata), e o ABC Supermercados, de Divinópolis (Centro-Oeste), que estão abrindo lojas em diversas cidades do interior. Há também as redes tradicionais da Capital e que buscam espaço no interior, como o Epa, que está indo para cidades menores utilizando
principalmente a marca Mineirão, que trabalha com atacarejo. O Super Nosso também planeja expansão para o interior de Minas, conforme revelou o presidente do grupo, Euler Nejm Fuad. O movimento em direção a cidades menores deve ocorrer a partir de 2019, com a bandeira Apoio Mineiro. Segundo ele, para o ano que vem está previsto aumento médio de 12%, com a inauguração de seis lojas, todas em Belo Horizonte e região metropolitana, sendo que esse número pode ser ampliado para dez. O investimento médio para cada novo ponto de venda é de R$ 5 milhões. Em 2017, o crescimento nominal deve ser de
10%, com o ano fechando com cinco novos postos de vendas. No total, são 40 lojas. O grupo trabalha com diversos formatos, sendo eles a Dec Minas Distribuidora; o Apoio Mineiro (atacarejo), o Supermercado SuperNosso e o Momento SuperNosso, com lojas mais compactas. Presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Sanzovo acredita que esse é um movimento não necessariamente de interiorização, mas uma estratégia de ocupação de mercado. “É um movimento que ocorre em função da competitividade, da concorrência. Mas há também o movimento contrário, de lojas do interior que vão para a capital”, diz. (AAH)
Setor está otimista com cenário atual O cenário atual traz indicadores bastante positivos para o setor supermercadista. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo. Queda da inflação, redução dos juros e leve retomada dos empregos são alguns desses fatores. “O cenário mostra que haverá mais investimentos, com isso, surgirão mais vagas de emprego. E os supermercados dependem de que as pessoas tenham trabalho, tenham renda e tenham o poder de compra restaurado, podendo consumir”, resume. Ainda como pontos positivos ele cita a reforma trabalhista e o reconhecimento do setor supermercadista como atividade essencial. “Com o setor sendo considerado essencial, o empresário ganha mais liberdade para atender aos consumidores, podendo abrir nos feriados e domingos”, diz. E, na avaliação do presidente da Abras, passada a crise, o principal desafio do empresário será atender a um consumidor cada vez mais exigente. E esse consumidor também vem com uma nova característica: ele é multicanal. Ou seja, pode fazer pesquisas na internet e finalizar a compra na loja física e vice-versa. Rio de Janeiro - Discutindo desafios e apresentando tendência para o varejo supermercadista, a 51ª Convenção Abras começou na terça-feira e terminou ontem. O encontro foi realizado em Atibaia, interior de São Paulo, onde vem ocorrendo tradicionalmente. Mas o ano que vem a convenção terá novo endereço e ocorrerá no Rio de Janeiro, em março, durante a Super Rio Expofood, feira de negócios do setor alimentício. O objetivo é que a convenção Abras seja itinerante. (AAH)
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Brasil e Argentina discutem facilitação de comércio Brasília - Após a 5ª reunião da Comissão de Produção e Comércio entre Brasil e Argentina, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Abrão Neto, relatou que o encontro tratou de diversas questões de facilitação de comércio entre os dois países e sobre o Mercosul, incluindo o protocolo de compras governamentais no bloco. “A previsão é de troca de ofertas já em setembro e o compromisso é de buscar a conclusão deste protocolo até o final do ano. Isso é importante porque o Mercosul também tem negociado este tema com a União Europeia”, afirmou Neto. “No caso brasileiro, as compras governamentais representam 15% do PIB”, acrescentou. Segundo o secretário brasileiro, as compras de governos estaduais e de empresas estatais também estão na mesa de negociação, mas
essa definição deve ocorrer apenas em outro momento. “Estamos interessados em um acordo profundo e ambicioso de compras públicas e estamos muito otimistas”, completou o secretário de Comércio do Ministério da Produção da Argentina, Miguel Braun. Entre os temas abordados na reunião, Neto citou um trabalho que envolve o Banco Interamericano de Desenvolvimento para identificar gargalos e aproximar projetos de janelas únicas de comércio exterior em desenvolvimento nos dois países. “Também pretendemos eliminar até o fim de 2018 o certificado de origem de papel, substituindo-o integralmente pela documentação eletrônica”, afirmou. Segundo Braun, o trabalho bilateral quer estimular que empresas brasileiras invistam “sem medo e trâmites excessivos” na Argentina, e vice-versa. Segundo ele, essa é a forma de se aproveitar o potencial produtivo con-
junto dos países vizinhos. Questionado sobre o aumento do déficit comercial argentino, Braun admitiu que houve um crescimento significativo das importações de produtos brasileiros, mas ressaltou que as vendas para o Brasil também
aumentaram. “O aumento do déficit com o Brasil está em linha com o a evolução do câmbio e da conjuntura macroeconômica. Nosso objetivo é aumentar as vendas ao exterior e as empresas exportadoras, incluindo as vendas para o Brasil”,
afirmou. O ministro do Mdic, Marcos Pereira, e o ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, participam nesta sexta-feira, em São Paulo de um encontro com empresários na sede da Confederação Nacional da
Indústria (CNI). “O objetivo é firmar um canal de diálogo mais amplo nos dois países com o setor privado, para receber sugestões e temas de interesse, dada a importância da relação bilateral entre Brasil e Argentina”, concluiu Neto. (AE)
Mercosul terá acordo de compras públicas Brasília - A troca de ofertas para um acordo de compras públicas entre países-membros do Mercosul acontecerá até o fim de setembro, informou o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto. Ainda segundo Neto, a previsão é fechar o acordo até o fim deste ano. Abrão Neto concedeu entrevista com os secretários argentinos de Comércio, Miguel Braun, e de Empreendedorismo e PMEs (Pequenas e Médias Empresas), Mariano Mayer.
“Estamos em processo de iniciar negociações, a parte normativa, o que entra ou não entra [no acordo de compras públicas]”, informou Abrão Neto. Segundo ele, o acordo abrange compras públicas no âmbito federal, mas não está descartada futura inclusão das estaduais e municipais. “No acordo [de compras públicas] Brasil e Peru [assinado no ano passado], foram incluídas compras no âmbito federal, mas se incluiu um mecanismo que permite avançar mutuamente em compras de outros níveis, desde que estados e muni-
cípios estejam de acordo”, explicou. O secretário de Comércio da Argentina, Miguel Braun, disse que a intenção é fazer um acordo que abranja a maior quantidade possível de produtos e serviços. “Estamos interessados, Argentina e Brasil, em ter acordo profundo e ambicioso de compras públicas. Estamos em processo de troca de ofertas e não posso informar muita coisa. Será o mais amplo possível”.
da Venezuela, que está suspensa do bloco) negociam para que passe a valer um protocolo de compras públicas, de forma a garantir tratamento não discriminatório na negociação dos bens, serviços e obras públicas fornecidos por empresas e prestadores de serviços dos estados-membros. Ratificado apenas pela Argentina, o protocolo não chegou a entrar em vigor e está sendo revisto desde 2010. Em abril do ano passado, o Brasil assinou um acordo Protocolo - Os membros nos mesmos moldes com o do Mercosul (com exceção Peru. (ABr)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
5
ECONOMIA ALVARENGA/DIVULGAÇÃO
VAREJO
Número de dívidas recua 3,93% em Belo Horizonte Resultado foi apurado em agosto GABRIELA PEDROSO
O número de dívidas em atraso diminuiu entre os consumidores da capital mineira em agosto. No último mês, de acordo com levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o recuo foi de 3,93% na comparação com igual período de 2016. A queda da inflação e da taxa de juros observada ao longo do ano, além da liberação do saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo governo federal, ajudaram os belo-horizontinos a colocar algumas despesas em dia. A redução se deu de forma equilibrada entre homens e mulheres. Na análise por gênero, enquanto os débitos pendentes retraíram 4,18% no grupo feminino, no masculino a queda foi de 4,21%. Economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos
explica que a melhora dos indicadores macroeconômicos contribuiu para que os consumidores de Belo Horizonte negociassem as dívidas atrasadas. “Houve ainda uma desaceleração da queda da renda real, que hoje está em 4,3% em relação ao segundo trimestre de 2016, além da entrada de renda extra na economia, via saque do FGTS, que ajudou a reduzir esse número”, completa a economista. Na mesma base de comparação, as pessoas com idade acima de 50 anos continuam, no entanto, sendo as que possuem o maior número de débitos em atraso: 21,14%. A explicação para isso, de acordo com Ana Paula, está no fato de que os consumidores inseridos nesse grupo, normalmente, são os responsáveis financeiros pelas famílias. Pesquisa Perfil do Inadimplente (2017), feita pela entidade, mostra que a dívida média dos idosos
Com aumento na regularização das contas, a inadimplência entre os consumidores caiu 0,51% frente a agosto de 2016
na Capital é em torno de R$ 2.156,00. Na passagem de julho para agosto, o comportamento do indicador foi mantido, com recuo de 0,25% no número de dívidas pendentes. No último mês, a média de despesas atrasadas na cidade foi de 2,16 por pessoa. Com o aumento na regularização das contas, a
inadimplência entre os consumidores do município também diminuiu 0,51% em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado. A maior queda foi entre os belo-horizontinos de 18 a 24 anos (-23,82%), enquanto, em caminho oposto, a faixa etária de 65 a 84 anos apresentou a maior alta (9,03%). Entre o sexo masculino, a
inadimplência recuou 1,20%; já no grupo das mulheres, a redução em relação a agosto de 2016 foi um pouco menor, de 0,41%. No confronto com julho, o número de inadimplentes na capital mineira caiu 0,09% no último mês. Para a economista da CDL-BH, os números em geral evidenciam uma evolução no cenário econômico de
Belo Horizonte. “Isso mostra que estamos parando de piorar, começando a melhorar. Vai ser uma recuperação mais lenta - para 2017 está previsto um crescimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional -, mas que é considerável se pensarmos que houve queda de 3,6% no indicador em 2016”, pondera.
BNDES
Rabello critica devolução antecipada da dívida Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou ontem que não é a instituição de fomento que atrapalha o equilíbrio das contas públicas e fez críticas ao pedido de devolução antecipada de parte da dívida com o Tesouro Nacional. “Não é o BNDES que está escangalhando as finanças públicas”, disse Rabello, em palestra durante seminário promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio. Rabello questionou o fato de o banco ter R$ 170 bilhões em caixa, lembrando que o BNDES tem compromissos a cumprir em sua carteira. “Que caixa é esse? De onde vem esse caixa?”, questionou o executivo. O presidente do BNDES ressaltou ainda que o “banco que cumpre seu dever”, jamais pediu socorro “à viúva”, e sempre tem atendido “à viúva”. “Alguma solução vamos dar, mas não necessariamente essa, do tipo ‘filhinho, mande-me dinheiro’”, afirmou Rabello, numa referência ao pedido, feito pelo governo, para que o BNDES devolva R$ 50 bilhões este ano e R$ 130 bilhões em 2018. “Na medida prudencial vamos participar desse esforço, porque inclusive o governo merece”, disse Rabello, elogiando a política econômica. TLP - O presidente do BNDES voltou a fazer críticas à Taxa de Longo Prazo (TLP), que entrará em vigor a partir de janeiro de 2018, para substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), nos empréstimos da instituição de fomento. Rabello lembrou que a TLP entrará em vigor para valer
WILSON DIAS/ABr
em 2022, quando termina o período de transição até que a taxa se equipare às taxas das NTN-Bs de cinco anos. Até lá, podem surgir alternativas. “A TLP vai entrar em vigor lá por 2022”, disse Rabello, em palestra durante seminário promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio. “E, no tempo, talvez a gente não vá nem ‘telepiar’. Vou arrepiar e sair fora, fazer uma outra taxa qualquer”, completou Rabello. A mudança no mercado de crédito, com a introdução da TLP, surtirá pouco efeito se a economia não se recuperar, conforme o executivo. “Próxima taxa disso, próxima taxa daquilo não vai adiantar nada se não retomarmos nossa brasilidade”, afirmou Rabello, após falar em recuperação da confiança e da autoestima Segundo o presidente, com a TLP, o BNDES poderá passar a buscar acesso a recursos externos, para emprestar em reais no Brasil. “O banco tenta O presidente do BNDES disse que atenderá à demanda do governo, mas não adiantou como se reposicionar de forma a trazer recursos os mais baratos possíveis, onde quer que estejam no mundo”, disse Rabello. São Paulo - Dois executi- América Latina. Ele se juntou foram acusados de vender Six - O BNDES está traba- vos da JBS são tidos dentro à JBS há dois anos para lide- ações da JBS antes de um lhando para atrair um sócio da empresa como possíveis rar o mercado de alimentos acordo de leniência em maio, chinês para a Six, fábrica de candidatos a substituir o processados. Tomazoni e no qual confessaram subornar semicondutores construída presidente-executivo, Wesley Farahat se recusaram a co- políticos. Essa confissão derrubou as ações da empresa. pelo empresário Eike Batis- Batista, que foi preso na vés- mentar o assunto. Na véspera, o conselho da A JBS não quis comentar ta, da qual a instituição do pera, disseram duas fontes a fomento é sócia. Segundo o par do assunto à reportagem. JBS se reuniu após a prisão o assunto. Um é Gilberto Tomazoni, de Wesley, mas deixou a O braço de investimento presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, em viagem à chefe de operações, um execu- discussão sobre sucessão do banco, a BNDESPar, que China, uma missão do BNDES tivo próximo de Wesley desde no comando para uma reu- detém 21% da JBS, vem manteve encontros sobre isso que se juntou à JBS em 2013. nião posterior, disse uma pleiteando um novo presiEle já foi vice-presidente da fonte familiarizada com a dente com apoio de outros em Xangai. minoritários, defendendo “É a primeira empresa de unidade brasileira da Bunge empresa. Ontem, os advogados de que a família Batista, que semicondutores abaixo da e diretor da Sadia até 2009, linha do Equador”, afirmou antes da fusão que criou a Wesley e de seu irmão Joesley detém 42% da JBS, seja pediram habeas corpus. Am- impedida de votar sobre Rabello. Segundo ele, a nego- BRF. Outro candidato é o pre- bos são acusados de insider o tema em assembleia de ciação para a substituição de Eike na sociedade depende da sidente do conselho da JBS, trading, uso de informação acionistas. A disputa foi aprovação de órgãos contro- Tarek Farahat, ex-diretor privilegiada para lucrar no enviada à arbitragem em da Procter & Gamble para a mercado financeiro. Ambos 1 de setembro. (Reuters) ladores. (AE)
Surgem nomes para lugar de Wesley
Para JBS, meta é governança profissional Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou ontem que o interesse da instituição de fomento no frigorífico JBS é “estabelecer uma governança profissional”. Para isso, ele disse que irá trocar dois dos conselheiros da empresa ligados ao banco. O BNDES tem direito a dois assentos no conselho de administração da companhia e a alteração tem por objetivo ampliar a influência sobre as futuras decisões da empresa. Dentre elas, será o conselho de administração da empresa que tomará a decisão sobre a sucessão do presidente da JBS, Wesley Batista, preso preventivamente na última quarta-feira. “Temos direito a dois assentos no conselho. Neste momento estamos alterando os dois nomes que são nossos. Queremos, sim, influir nos outros dois nomes que constituem os conselheiros independentes, que eventualmente podem ser trocados. Eventualmente, queremos influir indiretamente na escolha da diretoria financeira da empresa”, afirmou Rabello, após participar de seminário promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio. Após aportes bilionários durante os governos do PT, para apoiar a internacionalização da JBS, o BNDES ficou com uma participação de 21,3% da companhia. Em agosto, o banco pediu uma assembleia de acionistas para tirar a família Batista da administração do frigorífico. (AE)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
6
ECONOMIA TRIBUTOS
PEDRO VILELA / DIVULGAÇÃO
LOCADORAS
Programa de regularização fiscal é lançado em Betim
Frota deve alcançar 1 mi de veículos no próximo ano
Descontos nos juros chegam a 90% GABRIELA PEDROSO
A Prefeitura de Betim vai dar aos contribuintes com contas atrasadas junto ao município a oportunidade de colocar a situação em dia. O órgão do Executivo lançou neste mês o programa de regularização fiscal “De Bem com Betim – Renegociação de Dívidas”. O objetivo do governo municipal com a medida é aumentar a arrecadação e garantir os investimentos nas áreas da saúde, educação e segurança. “O município precisa de dinheiro. Esses são valores, tributos que pessoas e empresas que estão instaladas no município devem. É um recurso que faz falta para Betim, ainda mais diante da atual situação econômica do País. Então, essa medida é uma forma de tentar melhorar a nossa arrecadação”, afirma o secretário municipal de Finanças, Planejamento e Gestão, Gilmar Lembi Mascarenhas. Com o programa, os contribuintes inadimplentes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, podem ter até
90% de desconto nos juros e multa decorrentes do atraso. O percentual máximo de dedução, porém, só valerá para aqueles que liquidarem a dívida à vista até 31 de outubro. Para os que optarem pelo parcelamento do débito, a prefeitura também prevê condições diferenciadas e a possibilidade do benefício do abatimento, desde que a primeira parcela, neste caso, seja quitada até o fim do próximo mês. Para empresas ou pessoas que decidirem pelo pagamento dos tributos pendentes em até nove vezes, com entrada de 20%, conforme condições da tabela divulgada pela prefeitura, haverá um desconto de 80% nos juros e multa. Aqueles que optarem pelo mesmo percentual de entrada, mais o parcelamento de dez a 19 prestações, a dedução nos valores acessórios será de 70%. Se a escolha for por um prazo mais estendido, de 20 a 29 parcelas, com a primeira paga até o fim de outubro, o abatimento cai para 60%. Atualmente, segundo o secretário municipal de Fi-
Dívida ativa do município é de aproximadamente R$ 300 milhões, segundo a prefeitura
nanças de Betim, o município estima uma dívida ativa que supera os R$ 300 milhões. Mascarenhas ressalta, no entanto, que o montante ainda está sendo auditado. Ele lembra que parte dos débitos, algo em torno de R$ 50 milhões, já foi executada, mas segue sem pagamento. “Ainda há mais R$ 30 milhões em dívidas que já vamos encaminhar para o cartório para protesto. À medida que vamos auditando os valores
corretos, encaminhamos para da Municipal, entre outros. o protesto”, explica. O programa de regularização fiscal de Betim é diExpectativa - A expectativa recionado aos contribuintes da prefeitura é de arrecadar com dívidas vencidas até pelo menos 15% da quantia dezembro de 2016. Para a que tem a receber em tributos renegociação dos passivos, municipais atrasados. Os os interessados devem comrecursos, de acordo com o parecer ao posto localizado planejamento do município, na Prefeitura, na rua Pará serão destinados a projetos de Minas, número 640, na de investimentos da cidade, Brasiléia. O atendimento vai como, por exemplo, a abertu- das 10h às 17h. Outras inforra de creches, contratação de mações podem ser obtidas médicos, ampliação da Guar- pelo telefone (31) 3512-3477. DIVULGAÇÃO
RODOVIAS
Concessão de 40 mi Km será apenas para a manutenção Rio - O governo federal pretende elevar para 40 mil quilômetros a extensão total de rodovias federais concedidas, usando o novo modelo de concessão rodoviária, voltada apenas para a manutenção básica e recapeamento das vias, afirmou ontem o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Hailton Madureira de Almeida. Segundo o secretário, hoje, são cerca de 10 mil quilômetros concedidos. O primeiro leilão no novo modelo poderá ser já em 2018. “Para isso, imaginamos a criação de uma câmara de compensação. Não é possível cobrar pedágio em 40 mil quilômetros”, disse Madureira, após participar de seminário promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio. A ideia da “câmara de compensação” é que o pedágio de trechos de baixa demanda seja coberto por aqueles com demanda maior. Segundo Madureira, o governo ainda contratará estudos para definir. O secretário informou ainda que o governo vai contratar estudos para fazer a relicitação das concessões de rodovias que estão sendo devolvidas, no âmbito da nova lei criada para resolver empreendimentos com problemas. Madureira citou a devolução do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e a BR-040, no trecho entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Brasília, como exemplos de concessões devolvidas. (AE)
Fabricante brasileira realizou dois dias de reuniões com companhias aéreas de todo o mundo para avaliar o interesse em um novo avião
AVIAÇÃO
Embraer avalia fabricar novo modelo Londres e São Paulo Uma das maiores fabricantes de aeronaves no mundo, a Embraer está em conversações com companhias aéreas para potencialmente desenvolver um novo avião turbo-hélice regional, em meio a sinais de que a demanda nos Estados Unidos por uma aeronave do tipo pode ganhar um forte impulso. A companhia manteve nesta semana dois dias de conversas na Europa com companhias aéreas de todo o mundo para avaliar o interesse no novo avião para satisfazer a demanda pelos próximos 20 anos a 30 anos, disse John Slattery, presidente da Embraer Aviação Comercial. “Nós estamos
nos primeiros estágios para avaliar que caso de negócio poderia ser”, afirmou ele. O avião iria competir principalmente com a canadense Bombardier e a ítalo-francesa ATR. Slattery disse que os modelos de turbo-hélice vendidos atualmente têm “décadas de idade”, o que potencialmente abre a porta para um novo modelo. “Nós falamos sério em relação a isso”, afirmou ele no Clube de Aviação em Londres. Slattery disse que o retorno das companhias aéreas foi instrutivo. É comum que as fabricantes de aeronaves tenham encontros do tipo para ouvir os clientes e melhorar seus conceitos, antes
de oferecê-los formalmente aos clientes. A Embraer gostaria de apresentar mais de uma versão para cobrir diferentes números de passageiros, mas o tamanho exato ainda não foi definido. O executivo não disse quando a empresa pode decidir sobre introduzir ou não o novo modelo. Os aviões com turbo-hélice tendem a voar com menos passageiros e em distâncias mais curtas. Otimismo - A Embraer considera que as expectativas são positivas para as encomendas de aeronaves de Defesa. Durante a premiação Empresas Mais, promovida pelo Grupo
Estado, o vice-presidente financeiro da companhia, José Antônio de Almeida Fillippo, considerou que o modelo KC-390 deve contribuir para pedidos com entregas esperadas para a partir de 2019. O executivo afirmou ainda que, embora as receitas da companhia estejam atreladas sobretudo a negócios no exterior, a recuperação da economia brasileira é importante para o ambiente de negócios. “Nosso mercado é internacional, mas o fato de os indicadores mostrarem expectativa de crescimento no mercado interno ajuda bastante, é importante que haja crescimento no Brasil”, concluiu. (AE)
São Paulo - A indústria de locação de veículos está projetando crescimento de dois dígitos na frota neste ano e em 2018, impulsionada por uma retomada de negócios de clientes corporativos e também por fatores como expansão dos aplicativos de transporte urbano. O setor encerrou 2016 com frota de 660 mil veículos e tem expectativa de alcançar um patamar de cerca de 1 milhão até o final de 2018, disse ontem o presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Paulo Nemer, em evento da entidade. Segundo ele, o cenário de queda de juros, aliado ao interesse de montadoras de veículos em acelerar vendas em um momento de início de recuperação do setor automotivo, está facilitando as negociações de frota das locadoras. “O setor (de aluguel de veículos) vem de um encolhimento em 2015 e 2016, 2017 estamos crescendo e a tendência deve continuar em 2018”, disse Nemer. A entidade calcula que o setor ampliou neste ano sua importância sobre as vendas das montadoras de veículos do País. Segundo levantamento da Abla, as locadoras emplacaram 185.342 automóveis e comerciais leves de janeiro ao final de agosto, uma participação de 13,5% no total licenciado no Brasil no período, ante fatia de 10,9% um ano antes. O volume de compras das locadoras no acumulado do ano até agosto representa 85% dos 217.848 automóveis e comerciais leves comprados pelo setor no ano de 2016 inteiro, cujas maiores empresas são Localiza, Unidas e Movida em todo o ano de 2016. Nemer afirmou que as compras de automóveis pelas locadoras devem acelerar no segundo semestre ante a primeira metade do ano, conforme as empresas renovam suas frotas para evitar maiores níveis de depreciação e a economia segue avançando e clientes corporativos retomam contratos de locação. “O setor de óleo e gás está voltando, apoiado na melhora dos preços do petróleo, grandes obras estão recomeçando. Acredito que ano que vem vai ser um ano melhor”, disse o presidente da Abla. Ele, porém, descartou que as eleições do próximo ano possam ser um fator de impulso significativo para o setor. “São apenas alguns meses, vão ser demandas pontuais.” (Reuters)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
7
ECONOMIA LEILÃO
CPFL tem interesse nas usinas da Cemig Objetivo da controlada da chinesa State Grid é ampliar a presença no segmento de transmissão São Paulo - A CPFL Energia quer ampliar a presença no segmento de transmissão de eletricidade, o que deve acontecer por meio da participação em leilões previstos pelo governo para concessão de licenças de construção e operação de novas linhas, disse à reportagem um executivo da companhia. Além de transmissão, a companhia controlada pela chinesa State Grid, maior elétrica do mundo, também pode avaliar participação na licitação de hidrelétricas da Cemig e também a privatização da Cesp, previstas para este mês. No setor de transmissão, o foco da CPFL será a disputa por linhas a serem construídas perto de ativos da empresa, como a área de concessão de suas distribuidoras ou a região em que ela opera hidrelétricas, além das proximidades de parques eólicos ou outras usinas de sua controlada CPFL Renováveis. “Faz parte da estratégia do grupo estudar esses ativos e buscar crescimento nesse tipo de investimento”, disse o presidente da unidade de geração da CPFL, Fernando Mano. “Estamos estudando projetos. O interesse do grupo é participar do que chamamos ‘transmissão de nicho’. Não é fazer grandes linhas, mas participar nesses ativos que tenham sinergias com nossas distribuidoras, com nossas usinas eólicas, hídricas”, disse o executivo. A CPFL Geração, que gerencia os aportes do grupo nas linhas de energia, concluiu recentemente as obras de um projeto de transmissão cuja concessão foi arrematada em uma licitação de 2015.
CEMIG
Contrariando os interesses da Cemig, a usina de Volta Grande, assim como as de Miranda, Jaguara e São Simão, pode ir a leilão neste mês
A construção da subestação Morro Agudo, na região de Ribeirão Preto (SP), foi concluída pela CPFL cerca de três meses antes do prazo fixado em leilão, com investimento de cerca de R$ 100 milhões. “Foi feito um esforço grande pela equipe e conseguimos antecipar, mostrando que dá para fazer no prazo”, disse Mano, em referência aos constantes atrasos enfrentados por projetos no setor
de transmissão. Ele não quis estimar, no entanto, quanto a companhia poderá direcionar ao setor de transmissão nos próximos anos. “É difícil falar um valor, vai depender dos projetos e do nível de competição... mas o objetivo é, sim, continuar avaliando oportunidades em transmissão”, afirmou. Outras oportunidades - O presidente da CPFL Geração disse
HIDRELÉTRICAS
que a companhia também pode avaliar outros negócios, como um leilão no qual serão oferecidas a investidores as concessões de hidrelétricas da mineira Cemig, cujos contratos venceram, e a privatização da geradora Cesp pelo governo paulista. “A gente está avaliando. As decisões, às vezes, ficam para o final do processo... mas no fundo, sempre que tem uma oportunidade grande como essas, até como
player que quer ser consolidador, a gente tem intenção de pelo menos estudar”, disse Mano. Segundo o executivo, as oportunidades de investimento são alvo de discussão junto aos acionistas. Ele disse que a companhia estudará também uma possível participação em leilões de energia agendados pelo governo para dezembro, o A-4 e o A-6, que contratarão usinas para início de fornecimento em 2021 e 2023. (Reuters)
PETRÓLEO
Período chuvoso abaixo da média histórica no Shell investirá US$ 2 bilhões Brasil pode pressionar preços de energia no Brasil por ano até 2020, excluindo valores de leilões
São Paulo - As hidrelétricas do Brasil devem ver novamente um período chuvoso abaixo da média histórica entre dezembro deste ano e janeiro de 2018, mesmo após hidrologias desfavoráveis nos últimos quatro anos, disse ontem à reportagem um especialista da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As usinas hídricas respondem por mais de 60% da capacidade no País, com os maiores reservatórios no Sudeste e Nordeste. Chuvas fracas que não recuperam o nível dos lagos podem pressionar as contas de luz, que passam a ter um custo adicional quando há menor oferta de energia no sistema. “Nossos estudos, que a gente tem feito nos últimos meses, apontam para atraso do início do período úmido. E deveremos ter ainda nessa virada de 2017 para 2018 um período úmido abaixo da média”, disse o gerente de Preço da CCEE, Rodrigo Sacchi. Ele afirmou que as projeções são apoiadas por dados de órgãos meteorológicos do governo e por uma consultoria, que sinalizam também nessa direção. “Todos são unânimes no prognóstico de atraso do período úmido... então significa que provavelmente a gente deve ter um atraso aí de cerca de 15, 30 dias, pelo menos, no início do período de chuva”, explicou. De acordo com Sacchi, as chuvas geralmente começam em outubro e novembro, mas começam a efetivamente encher os lagos das hidrelétricas em dezembro. A previsão da CCEE é de que em dezembro a chuva na área das hidrelétricas deverá representar apenas 70% da média histórica,
ante 75% na temporada passada, já vista como desfavorável. Em janeiro, a estimativa é de 65% da média, contra 67% no ano anterior. Em fevereiro, 71%, ante 70%; em março, 76%, frente a 66% na última temporada; e abril teria chuvas em 81% da média, contra 68% no período anterior. Com o atraso estimado na entrada do período úmido, a CCEE espera que os preços da eletricidade no mercado spot, ou Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), sigam até o final de novembro no teto permitido pela regulação, de R$ 533,82 por megawatt-hora. Esses preços, que sinalizam uma menor oferta de geração, provavelmente levarão as contas de luz a ter bandeira tarifária vermelha nesses meses, o que gera custos adicionais para os consumidores. Belo Monte - O especialista da CCEE disse ainda que há uma expectativa de que as chuvas fracas sejam parcialmente compensadas pela entrada de mais capacidade de geração no sistema, principalmente com a perspectiva de a enorme hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, acionar mais máquinas. Atualmente, Belo Monte não pode acionar novas turbinas devido à falta de linhas de transmissão, mas as obras de um linhão que ligará a usina ao Sudeste devem ser concluídas entre o final deste ano e o início de 2018. “Isso pode favorecer o envio de energia do Norte para o Sudeste e o Nordeste. Isso favorece para o próximo ano... pode inclusive eventualmente até provocar uma redução do PLD... mais oferta
hidráulica tende a diminuir o preço”, disse Sacchi. O gerente da área de Preço da CCEE disse ainda que o padrão climático negativo dos últimos anos pode significar que o País está prestes a uma virada de cenário no próximo período úmido, em 2018/19. “Períodos assim, de alguns anos - três, quatro ou cinco - com hidrologia adversa no Sudeste é comum, já aconteceu, mas não dura muito mais que isso. Então a perspectiva que a gente tem é que isso se reverta. Provavelmente não este ano, mas a gente torce e espera que já no próximo ciclo”, apontou.
Nordeste - O Nordeste, que enfrenta uma seca muito mais forte, com chuvas ao redor dos 30% da média nos últimos meses, também pode passar por uma virada, mas a situação na região é muito mais incerta. “No Nordeste está bem ruim há alguns anos... lá a cada 20 anos, mais ou menos, tem 20 anos de bonança e depois mais 20 de adversidade. Pode ser que (esse ciclo ruim) esteja acabando, a qualquer momento encerre, mas é uma incógnita”, apontou. Metodologia - As projeções da CCEE para o PLD são realizadas com uso de tecnologia de redes neurais artificiais, um meio de construir operações matemáticas que busca se aproximar do funcionamento do cérebro humano. A metodologia foi aplicada pela CCEE no setor elétrico para prever as chuvas, que são elemento-chave na definição dos preços da eletricidade no mercado de curto prazo. (Reuters)
Rio de Janeiro - A petroleira Royal Dutch Shell vai investir US$ 2 bilhões no Brasil por ano até 2020, disse ontem o diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da companhia no Brasil, Flávio Rodrigues. O executivo ressaltou, no entanto, que a projeção não inclui valores a serem pagos por novos blocos em leilões de direitos de áreas de petróleo e gás. A segunda rodada do pré-sal que o governo realizará em outubro vai oferecer a investidores uma área adjacente a Gato do Mato, operada
pela Shell, o que gera expectativa no mercado de que a companhia possa disputar o certame. Além disso, a Shell é uma das empresas que se inscreveram para a 14ª Rodada de Licitação de áreas de petróleo e gás, que vai ofertar 287 blocos nas bacias sedimentares marítimas de Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Campos, Santos e Pelotas e nas bacias terrestres do Parnaíba, Paraná, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Espírito Santo. A Shell é a segunda maior produtora de petróleo do Brasil. (Reuters)
PPI
Privatização não deve impedir processo de venda de seis distribuidoras da Eletrobras Rio de Janeiro - O secretário de Articulação de Políticas Públicas do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Henrique Pinto, reforçou ontem que o processo de venda das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras seguirá seu curso, independentemente da decisão do governo federal de privatizar a holding estatal do setor elétrico. A Eletrobras administra seis distribuidoras de energia nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Alagoas e Piauí. “As distribuidoras podem ser vendidas em paralelo”, disse Henrique Pinto, em entrevista após participar de seminário promovido pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), no Rio. O executivo lembrou que o setor elétrico é complexo, mas “bem
regulado”. Como os três segmentos básicos (geração, transmissão e distribuição) são bem separados, faz sentido manter o processo de venda das distribuidoras. Segundo o superintendente da Área de Desestatização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Rodolfo Torres, o trabalho no processo de preparação das seis distribuidoras para privatização segue “a pleno vapor”. No momento, BNDES, Ministério de Minas e Energia (MME) e Eletrobras trabalham na conclusão dos estudos para fechar a modelagem de privatização. “A gente está em vias de concluir os estudos nas próximas semanas”, disse Torres, que também participou do evento da ABCE. (AE)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
8
INTERNACIONAL INDICADORES
OCDE
Economia da China perde força Crescimento de investimentos, produção industrial e vendas no varejo desaceleram DIVULGAĂ‡ĂƒO
Pequim - A China apresentou ontem uma rara sĂŠrie de dados decepcionantes, incluindo o crescimento mais lento do investimento em quase 18 anos, o que sugere que a segunda maior economia do mundo estĂĄ finalmente começando a perder forçar diante do aumento dos custos de emprĂŠstimo. A produção industrial e as vendas no varejo tambĂŠm cresceram menos do que o esperado, embora a recuperação nas vendas de moradias e no inĂcio de construçþes deva manter o crescimento geral da China relativamente robusto e confortavelmente na meta antes da reorganização da liderança no prĂłximo mĂŞs. “Acho que o risco (para a China) nĂŁo ĂŠ nos prĂłximos dois meses, mas sim nos prĂłximos dois anosâ€?, disse Julian Evans-Pritchard, do Capital Economics. “O avanço em importantes reformas estruturais que realmente importam, como aumentar o desempenho das empresas estatais, tem sido bastante lento e os pesos estruturais sobre o crescimento continuam bastante fortes e sĂŁo riscos reais.â€? Analistas esperavam que os dados de agosto da China mostrassem que o crescimento da produção industrial e das vendas no varejo acelerasse apĂłs enfraquecerem ligeiramente em julho, enquanto a expectativa para o investimento era de que desacelerasse apenas marginalmente. Mas os dados sugerem que o forte impulso da onda de AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO - RESULTADO PROCESSO DE COMPRA NÂş 068/2017 TOMADA DE PREÇO NÂş 002/2017 SICONV / ConvĂŞnio Federal nÂş 825473/2015 OBJETO: Reforma do piso das enfermarias coletivas do 4Âş, 6Âş e 7Âş andares da ala A do Hospital Central da Santa Casa de MisericĂłrdia de Belo Horizonte. Levamos ao conhecimento dos interessados que foi declarada vencedora a empresa, LOPES E ROCHA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA, CNPJ nÂş 18.997.345/0001-27 para o objeto supracitado. Os autos do processo permanecerĂŁo com vista franqueada aos interessados, no Setor de Compras/Licitação da Santa Casa de MisericĂłrdia de Belo Horizonte, localizado na Rua Domingos Vieira, 587 – 16Âş Andar – Sala 1609 Âą 6DQWD (ÂżJrQLD Âą &(3 Âą %HOR +RUL]RQWH Âą 0LQDV *HUDLV QRV KRUiULRV GH jV H GH jV KRUDV PHGLDQWH DJHQGDPHQWR YLD WHOHIRQH RX YLD H PDLO licitacao@santacasabh. org.br. Belo Horizonte – MG - 15 de setembro de 2017 - CĂŠsar Henrique Bhering - Presidente da ComissĂŁo Permanente de Licitação – CPL.
A recuperação nas vendas de moradias e nas construçþes deve manter a China ainda em ritmo de crescimento geral
construçþes de infraestrutura por Pequim pode estar começando a diminuir. O investimento em ativos fixos, importante motor do crescimento, cresceu 7,8 % entre janeiro e agosto contra o ano anterior, o ritmo mais fraco desde dezembro de 1999 e desacelerando contra os 8,3 % de janeiro a julho. O principal peso parece ter sido a desaceleração no investimento em infraestrutura devido Ă queda nos gastos fiscais do governo nos Ăşltimos dois meses, disseram analistas. Isso provavelmente teve efeito sobre a produção inGUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Sra. do Carmo, 1650, loja 42, Carmo-BH/ MG, LeilĂŁo: 27/09/17 Ă s 11:00hs, para venda de ImĂłveis em Curitiba/PR e CamboriĂş/ SC. Comitente: Banco Inter S/A. Normas para participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂcio de Reg. de TĂtulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.
EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO FERNANDO PEREIRA DO NASCIMENTO, 2ÂżFLDO GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH VLWXDGR QD 5XD 5LR GH -DQHLUR %DLUUR GH /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* VHJXQGR DV DWULEXLo}HV FRQIHULGDV SHOR DUW GD /HL Qž ID] VDEHU D WRGRV TXDQWR R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH ÂżFD INTIMADA D GHYHGRUD ÂżGXFLDQWHGrazielle Moreira Barros Pinto SDUD VDWLVID]HU QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV DV SUHVWDo}HV YHQFLGDV H DV TXH VH YHQFHUHP DWp D GDWD GR SDJDPHQWR RV MXURV FRQYHQFLRQDLV DV SHQDOLGDGHV H RV GHPDLV HQFDUJRV FRQWUDWXDLV RV HQFDUJRV OHJDLV FRQIRUPH SODQLOKD GLVSRQtYHO QD VHGH GD VHUYHQWLD SURWRFROL]DGD VRE R Qž 446773 LQFOXVLYH WULEXWRV DV FRQWULEXLo}HV FRQGRPLQLDLV LPSXWiYHLV DR LPyYHO DOpP GDV GHVSHVDV GH FREUDQoD H GH LQWLPDomR UHIHUHQWH j (VFULWXUD 3~EOLFD GH &RPSUD H 9HQGD &RQÂżVVmR GH 'tYLGD H $OLHQDomR )LGXFLiULD HP *DUDQWLD ODYUDGD QDV Ă€V D OLYUR 1 HP QR 6HUYLoR 1RWDULDO GR ž 2ItFLR GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 0* JDUDQWLGD SRU ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA ÂżUPDGD FRP Canopus Empreendimentos e Incorporaçþes Ltda UHJLVWUDGD QHVWD 6HUYHQWLD VRE R R-5 GD PDWUtFXOD Qž 130.277, GR LPyYHO VLWXDGR QD Avenida Prudente de Morais, nÂş 520 / Apto. 2.115, Bairro Cidade Jardim, QHVWD FLGDGH GH %HOR +RUL]RQWH 0* FRP VDOGR GHYHGRU QR YDORU GH R$194.004,74 HP 2 SDJDPHQWR GHYHUi VHU SURFHGLGR GLUHWDPHQWH j FUHGRUD QR ORFDO RQGH IRL HIHWXDGR R ÂżQDQFLDPHQWR GHYHQGR R UHFLER VHU DSUHVHQWDGR QHVWD 6HUYHQWLD 3RGHUi DLQGD R SDJDPHQWR VHU SURFHGLGR GLUHWDPHQWH QD VHGH GD VHUYHQWLD PHGLDQWH FKHTXH DGPLQLVWUDWLYR RX YLVDGR QRPLQDO j FUHGRUD ÂżGXFLiULD 1D RSRUWXQLGDGH ÂżFD 9 6D FLHQWLÂżFDGD TXH R QmR FXPSULPHQWR GDV UHIHULGDV REULJDo}HV QR SUD]R RUD HVWLSXODGR JDUDQWH R GLUHLWR GH FRQVROLGDomR GD SURSULHGDGH GR LPyYHO HP IDYRU GD &UHGRUD )LGXFLiULD Âą &DQRSXV (PSUHHQGLPHQWRV H ,QFRUSRUDo}HV /WGD Âą QRV WHUPRV GR DUW † ž GD /HL %HOR +RUL]RQWH GH DJRVWR GH S )HUQDQGR 3HUHLUD GR 1DVFLPHQWR 2ÂżFLDO GH 5HJLVWUR
INSTITUTO HERMES PARDINI S/A CNPJ/MF nÂş 19.378.769/0001-76 - NIRE nÂş 3130009880-0 COMPANHIA ABERTA DE CAPITAL AUTORIZADO – CVM nÂş 24.090 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam os acionistas do Instituto Hermes Pardini S.A. (“Companhiaâ€?) convidados a comparecer Ă Assembleia Geral ExtraordinĂĄria da Companhia (“AGEâ€?), a ser realizada no dia 02 de outubro de 2017, Ă s 15:00 horas, na sede da Companhia, QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH 0* QD 5XD $LPRUpV Qž ž DQGDU DXGLWyULR D ÂżP GH GHOLEHUDU VREUH DV VHJXLQWHV matĂŠrias constantes da ordem do dia: (i) deliberar sobre termos e condiçþes do Protocolo de Incorporação e Instrumento GH -XVWLÂżFDomR -XVWLÂżFDomR ÂłProtocoloâ€?), que estabelece os termos e condiçþes da incorporação (“Incorporaçãoâ€?), pela &RPSDQKLD GDV VXEVLGLiULDV LQWHJUDLV D IHP Digimagem Medicina DiagnĂłstica S.A., sociedade anĂ´nima de capital fechado, com sede na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Rua VoluntĂĄrios da PĂĄtria nÂş 2669, Bairro Santana, CEP 02.401-100, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 54.283.775/0001-40 (“'LJLPDJHPâ€?); (b) LaboratĂłrios Pro-Abordagem GenĂ´mica DiagnĂłstica S.A., sociedade anĂ´nima de capital fechado, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado GR 5LR GH -DQHLUR QD $YHQLGD 3UHVLGHQWH 9DUJDV Qž %DLUUR &HQWUR &(3 LQVFULWD QR &13- 0) VRE R Qž 11.589.216/0001-50 (“3URJHQpWLFDâ€?); (c) HP Importação, ComĂŠrcio e Locação de Produtos, MĂĄquinas e Equipamentos para DiagnĂłsticos S.A., sociedade anĂ´nima de capital fechado, com sede na Cidade de Vespasiano, Estado de Minas Gerais, na Av. das Naçþes, n.° 2448, Sl 01, Bairro Distrito Industrial, CEP 33.200-00, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 17.489.560/0001-54 (“HP Importaçãoâ€?), (d) Centro de Medicina Nuclear da Guanabara Ltda., sociedade empresĂĄria limitada, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua Buenos Aires, n.° 68, Sls 201, 301, 701, 1501 e Cob. 01, Bairro Centro, CEP 20.070-022, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 42.271.262/0001-30 (“CMNGâ€?); e (e) DiagnĂłsticos Serviços MĂŠdicos Auxiliares Ltda., sociedade empresĂĄria limitada, com sede na Cidade do Rio de -DQHLUR (VWDGR GR 5LR GH -DQHLUR QD 5XD &RQGH GH %RQÂżP 6XS F 5XD 6DQWR $IRQVR Q Q ƒ %O , %DLUUR Tijuca, CEP 20.520-054, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 31.885.734/0001-29 (“DIAG´ H HP FRQMXQWR FRP D 'LJLPDJHP D 3URJHQpWLFD D +3 ,PSRUWDomR H D &01* ÂłIncorporadas´ L GHOLEHUDU VREUH D UDWLÂżFDomR GD QRPHDomR GD 6ROW] Mattoso & Mendes Auditores, sociedade simples, com sede na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida Afonso Pena, nÂş 732, 9Âş andar, Bairro Centro, CEP 30.130-003, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 18.692.848/000194 e no CRC/MG sob o nÂş 002684/0-o, para elaborar os laudos de avaliação, a valor contĂĄbil, do patrimĂ´nio lĂquido das Incorporadas que serĂĄ transferido Ă Companhia em virtude da Incorporação (“Laudos de Avaliaçãoâ€?); (ii) deliberar sobre os /DXGRV GH $YDOLDomR LLL GHOLEHUDU VREUH D ,QFRUSRUDomR LY GHOLEHUDU VREUH DV VHJXLQWHV DOWHUDo}HV DR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD EHP FRPR VREUH D VXD FRQVROLGDomR D D H[FOXVmR GR SDUiJUDIR ž GR DUWLJR ž GH PRGR D H[FOXLU D H[LJrQFLD HVWDWXWiULD GH UHDOL]DomR GH DVVHPEOHLD JHUDO SDUD DSURYDomR GD UHFRPSUD SHOD &RPSDQKLD GH VXDV SUySULDV Do}HV E D LQFOXVmR GH QRYD DOtQHD QR DUWLJR GH PRGR D SHUPLWLU H[SUHVVDPHQWH DR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR D GHOLEHUDomR VREUH QHJRFLDomR SHOD &RPSDQKLD FRP YDORUHV PRELOLiULRV GH VXD SUySULD HPLVVmR GHVGH TXH REVHUYDGRV RV OLPLWHV OHJDLV H UHJXODPHQWDUHV DSOLFiYHLV F FDVR DSURYDGD D DOWHUDomR GHVFULWD QR LWHP ÂłD´ DFLPD DOWHUDU R SDUiJUDIR ž GR DUWLJR ž SDUD LQFOXLU D GHÂżQLomR GH Âł/HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV´ H Y HOHJHU XP PHPEUR TXH VHMD FRQVLGHUDGR FRQVHOKHLUR LQGHSHQGHQWH SDUD R &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD HP UD]mR GH YDFkQFLD GH FDUJR INFORMAÇÕES GERAIS: (i) Para participar da AGE, solicita-se ao acionista que apresente: (a) comprovante expedido pela instituição ÂżQDQFHLUD GHSRVLWiULD GDV Do}HV HVFULWXUDLV GH VXD WLWXODULGDGH RX HP FXVWyGLD QD IRUPD GR DUW GD /HL Q ž GH de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Açþesâ€?), (b) relativamente aos acionistas participantes GD FXVWyGLD IXQJtYHO GH Do}HV QRPLQDWLYDV R H[WUDWR FRQWHQGR D UHVSHFWLYD SDUWLFLSDomR DFLRQiULD HPLWLGR SHOR yUJmR competente, datado de atĂŠ dois dias Ăşteis antes da realização da AGE; e (c) na hipĂłtese de representação do acionista, LQVWUXPHQWR GH PDQGDWR R TXDO GHYHUi L WHU VLGR RXWRUJDGR HP FRQIRUPLGDGH FRP DV GLVSRVLo}HV GR † ž GR DUW GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV LL DSUHVHQWDU ÂżUPDV UHFRQKHFLGDV 2 DFLRQLVWD VHX UHSUHVHQWDQWH OHJDO RX R PDQGDWiULR conforme o caso, deverĂĄ comparecer Ă AGE munido de documentos que comprovem sua identidade: (a) documento de LGHQWLÂżFDomR FRP IRWR SDUD DV SHVVRDV ItVLFDV E FySLD DXWHQWLFDGD GR ~OWLPR HVWDWXWR RX FRQWUDWR VRFLDO FRQVROLGDGR H GD GRFXPHQWDomR VRFLHWiULD RXWRUJDQGR SRGHUHV GH UHSUHVHQWDomR EHP FRPR GRFXPHQWR GH LGHQWLÂżFDomR FRP IRWR GRV UHSUHVHQWDQWHV OHJDLV SDUD DV SHVVRDV MXUtGLFDV H F FySLD DXWHQWLFDGD GR ~OWLPR UHJXODPHQWR FRQVROLGDGR GR IXQGR H GR HVWDWXWR RX FRQWUDWR VRFLDO GH VHX DGPLQLVWUDGRU DOpP GD GRFXPHQWDomR VRFLHWiULD RXWRUJDQGR SRGHUHV GH UHSUHVHQWDomR EHP FRPR GRFXPHQWR GH LGHQWLÂżFDomR FRP IRWR GRV UHSUHVHQWDQWHV OHJDLV SDUD RV IXQGRV GH LQYHVWLPHQWR 1R FDVR GDV SHVVRDV MXUtGLFDV HVWUDQJHLUDV D GRFXPHQWDomR TXH FRPSURYD RV SRGHUHV GH UHSUHVHQWDomR GHYHUi SDVVDU SRU SURFHVVR de notarização e consularização1 'RFXPHQWRV UHGLJLGRV HP RXWUDV OtQJXDV QRV WHUPRV GR 'HFUHWR /HL Q ž GH GH setembro de 1942, conforme alterado, sĂł serĂŁo aceitos mediante apresentação de tradução juramentada. (ii) Considerando TXH DV PDWpULDV GD RUGHP GR GLD GD $*( QmR VH HQFRQWUDP GHQWUH DTXHODV LQGLFDGDV QR LWHP Âł,,´ GR SDUiJUDIR ž GR DUWLJR 21-A da Instrução CVM nÂş 481, de 17 de dezembro de 2009, conforme alterada, a Companhia esclarece que nĂŁo oferecerĂĄ, para a AGE ora convocada, mecanismo para votação Ă distância. (iii) As informaçþes e documentos previstos no arts. 124 e 135 da Lei das Sociedades por Açþes e na Instrução da CVM n° 481, de 17 de dezembro de 2009, relacionados Ă s matĂŠrias a serem deliberadas na AGE encontram-se disponĂveis aos acionistas na sede da Companhia, no website da Companhia (www.hermespardini.com.br/ri), no website da CVM (ZZZ FYP JRY EU) e no website da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, BalcĂŁo (www.bmfbovespa.com.br LY 2V DFLRQLVWDV GD &RPSDQKLD LQWHUHVVDGRV HP DFHVVDU DV LQIRUPDo}HV RX sanar dĂşvidas relativas Ă s propostas acima deverĂŁo contatar a ĂĄrea de Relaçþes com Investidores da Companhia, por meio do telefone (31) 3629-4503 ou via e-mail: UL#JUXSRSDUGLQL FRP EU. Belo Horizonte, 14 de setembro de 2017.Victor Cavalcanti Pardini - Presidente do Conselho de Administração. 1 Nos termos da Convenção Sobre a Eliminação da ([LJrQFLD GH /HJDOL]DomR GH 'RFXPHQWRV 3~EOLFRV (VWUDQJHLURV FHOHEUDGD HP GH RXWXEUR GH H SURPXOJDGD SHOR 'HFUHWR 1ž GH GH MDQHLUR GH ÂżFD GLVSHQVDGD D FRQVXODUL]DomR GH GRFXPHQWRV HVWUDQJHLURV HPLWLGRV HP SDtVHV VLJQDWiULRV GD PHQFLRQDGD FRQYHQomR GHVGH TXH REVHUYDGRV WRGRV RV VHXV WHUPRV H FRQGLo}HV
dustrial, que cresceu 6 % em agosto sobre o ano anterior, ritmo mais fraco em nove meses, mostraram dados da agĂŞncia de estatĂsticas. Analistas consultados pela Reuters esperavam expansĂŁo de 6,6 % em agosto, apĂłs alta de 6,4 % em julho. Varejo - As vendas no varejo tambĂŠm frustraram as expectativas do mercado, subindo 10,1 % na comparação anual, ritmo mais fraco em seis meses e contra 10,4 % em julho. Analistas esperavam ligeira aceleração na demanda. Ainda assim, economistas do Nomura mantiveram a visĂŁo de que a economia crescerĂĄ 6,8% no terceiro trimestre sobre o ano anterior, contra 6,9% no primeiro
semestre. Isso manteria a China no caminho para superar a meta do governo de expansĂŁo de cerca de 6,5 %. Investimentos - A China atraiu 62,52 bilhĂľes de yuans (US$ 9,56 bilhĂľes) em investimento estrangeiro direto (IED) em agosto, valor 9,1% maior que o do mesmo mĂŞs do ano passado, segundo dados publicados ontem pelo MinistĂŠrio de ComĂŠrcio do paĂs. Entre janeiro e agosto, porĂŠm, o IED acumulado na China recuou 0,2% na comparação anual, a 547,9 bilhĂľes de yuans, informou o ministĂŠrio. JĂĄ os investimentos diretos da China no exterior totalizaram US$ 68,7 bilhĂľes nos primeiros oito meses do ano,
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 056/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 056/2017, cujo objeto consiste no fornecimento de gĂĄs medicinal e ar comprimido com comodato dos cilindros para utilização no hospital sĂŁo judas tadeu, upa acrizio menezes, transporte sanitĂĄrio, samu, unidades bĂĄsicas de saĂşde pneumologia sanitĂĄria, dentre outros, por um perĂodo de 12 meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 02/10/2017 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.
EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDĂšSTRIAS DA CONSTRUĂ‡ĂƒO E DO MOBILIĂ RIO DE SANTA LUZIA – MG Pelo presente edital, faço saber que no dia 18 de setembro de 2017, o Sindicato convoca todos os trabalhadores da construção civil para uma AssemblĂŠia Geral ExtraordinĂĄria na sede da entidade a Rua SebastiĂŁo Ferreira de Pinho nÂş. 91 – Bairro Boa Esperança – Santa Luzia. HorĂĄrio 18:00 horas na primeira chamada e 18:30 horas em segunda chamada, para discutir e avaliar a Pauta de Reivindicaçþes a ser entregue ao sindicato Patronal (SINDUSCON). Santa Luzia, 15 de setembro de 2017. Ivanildo Leandro dos Santos - Presidente
EMPRESA NACIONAL DE COMÉRCIO, RÉDITO E PARTICIPAÇÕES S. A.- ENCORPAR CNPJ/MF NÂş 01.971.614/0001-83 - NIRE n° 3130001252-2 COMPANHIA ABERTA ATA DA OCTAGÉSIMA REUNIĂƒO EXTRAORDINĂ RIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO DA EMPRESA NACIONAL DE COMÉRCIO, RÉDITO E PARTICIPAÇÕES S. A. - ENCORPAR, REALIZADA NO DIA 14 (CATORZE) DE AGOSTO DE 2017, LAVRADA EM FORMA DE SUMĂ RIO. Data, Local e Hora: Aos 14 (catorze) dias do mĂŞs de agosto de 2017, na Rua AimorĂŠs,981 – 12o andar, parte, Bairro FuncionĂĄrios, em Belo HorizonteMG, Ă s 18:00 (dezoito) horas. Presença: Totalidade dos membros do Conselho de Administração. Mesa: Presidente, JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, e SecretĂĄria, Mariza Campos Gomes da Silva. Ordem do Dia: 1) DiscussĂŁo e DSURYDomR GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV LQWHUPHGLiULDV GD &RPSDQKLD UHODWLYDV DR VHJXQGR WULPHVWUH ÂżQGR em 30/06/2017. Deliberaçþes: A totalidade dos membros do Conselho de Administração presentes decidiu, por unanimidade de votos e sem quaisquer reservas, aprovar as demonstraçþes contĂĄbeis intermediĂĄrias da &RPSDQKLD UHODWLYDV DR VHJXQGR WULPHVWUH ÂżQGR HP Encerramento: NĂŁo havendo nenhum outro assunto a ser tratado, foram suspensos os trabalhos pelo espaço de tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata, a qual, reiniciada a sessĂŁo, foi lida e aprovada por unanimidade e sem restriçþes. Belo Horizonte-MG, 14 de agosto de 2017. Assinaturas: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente da ReuniĂŁo, e Mariza Campos Gomes da Silva, SecretĂĄria. Membros do Conselho: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente; Mariza Campos Gomes da Silva, 9LFH 3UHVLGHQWH H -RmR *XVWDYR 5HEHOOR GH 3DXOD &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH FRQIHUH FRP R RULJLQDO ODYUDGR HP OLYUR SUySULR -RVXp &KULVWLDQR *RPHV GD 6LOYD 3UHVLGHQWH 5HXQLmR -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV Âą &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRER R Qž HP 3URWRFROR $VV 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
EXÉRCITO BRASILEIRO 55Âş BATALHĂƒO DE INFANTARIA
MINISTÉRIO DA DEFESA
AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo SRP - nÂş 02/2017 – UASG 160122 Objeto: Aquisição de GĂŞneros AlimentĂcios - Hortifrutigrangeiros. Total de itens: 60. Retirada do edital e entrega das propostas a partir de 15/09/2017, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura das propostas: 27/09/2017, Ă s 13:30 horas, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Contato: Seção de Aquisiçþes, Licitaçþes e Contratos (SALC) - (38) 3213 8290. Montes Claros - MG, 14 de setembro de 2017. ALEXANDRE DOS ANJOS FERREIRA - Ten Cel Ordenador de Despesas do 55Âş BI
queda de 41,8%, ante igual perĂodo de 2016. Moradias - JĂĄ cĂĄlculos do The Wall Street Journal, baseados em dados do EscritĂłrio Nacional de EstatĂsticas do paĂs, apontam que as vendas de moradias na China subiram 3,8% em valor na comparação anual de agosto, desacelerando ante o avanço de 4,3% verificado em julho. O resultado ĂŠ o mais fraco desde março de 2015, quando foi registrada contração nas vendas. Entre janeiro e agosto, as vendas de moradias tiveram acrĂŠscimo de 14,2%, ante igual perĂodo de 2016. No perĂodo de janeiro a julho, as vendas haviam crescido em ritmo mais forte, de 15,9%. JĂĄ os investimentos no desenvolvimento de projetos imobiliĂĄrios avançaram 7,9% de janeiro a agosto, a 6,6 trilhĂľes de yuans (US$ 1 trilhĂŁo), enquanto as construçþes iniciadas - considerando-se tanto residĂŞncias quanto propriedades comerciais - subiram 7,6%, a 1,2 bilhĂŁo de metros quadrados. (AE/Reuters) SERVIÇOS MÉDICOS UROLASER LTDA CNPJ: 05.115.820/0001-42 Edital de Convocação: Ficam convocados os sĂłcios da empresa SERVIÇOS MÉDICOS UROLASER LTDA, CNPJ: 05.115.820/000142, nos termos do art. 1072, do C.C., para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a realizar-se nas dependĂŞncias da empresa, na Avenida General David Sarnoff, nÂş 85, Bairro Eldorado, Contagem, Minas Gerais, CEP 32.210-110, no dia 26 de Setembro de 2017, ĂĄs 19:00 hs, para a seguinte ORDEM DO DIA: AGE: A) Eleição da Diretoria Executiva, com consequente alteração da clĂĄusula 6ÂŞ, DA ADMINISTRAĂ‡ĂƒO; B) Outros assuntos de interesse da sociedade. Contagem, 12/09/2017, AUGUSTO DA CUNHA CAMPOS GONÇALVES - Diretor da Sociedade.
G20 registra alta de 0,9% no segundo trimestre Paris - O crescimento econĂ´mico do G20 foi 0,9% no segundo trimestre de 2017, um dĂŠcimo a mais do que entre janeiro e março, anunciou ontem a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento EconĂ´mico (OCDE). A informação ĂŠ da AgĂŞncia EFE. A essa aceleração contribuĂram, em particular, os Estados Unidos (que passou de 0,3% no primeiro trimestre a 0,8% no segundo), China (de 1,3% a 1,7%), Turquia ( de 1,3% a 2,1%), Ă frica do Sul (de -0,1% a 0,6%) e a AustrĂĄlia (de 0,3% a 0,8%). O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) se manteve estĂĄvel na IndonĂŠsia (1,2%), França (0,5%) e ItĂĄlia (0,5%), enquanto houve uma notĂĄvel desaceleração no Brasil (de 1% a 0,2%) e menos pronunciada na Alemanha (de 0,7% a 0,6%) e no MĂŠxico (tambĂŠm de 0,7% a 0,6%). Em termos interanuais, o PIB do G20 (grupo de paĂses desenvolvidos e emergentes) como conjunto progrediu 3,6% entre abril e junho com relação ao mesmo perĂodo de 2016, frente aos 3,4% no trimestre precedente. Os crescimentos mais importantes foram constatados na China (6,9%), Turquia (6,1%), Ă?ndia (5,9%), IndonĂŠsia (4,9%) e no CanadĂĄ (3,7%). EUA - O crescimento econĂ´mico dos Estados Unidos sofrerĂĄ um brando golpe no atual trimestre devido Ă passagem do furacĂŁo Harvey pelo Texas, mas as perspectivas para o prĂłximo ano se mantiveram estĂĄveis na mais recente pesquisa da Reuters, sugerindo que a produção perdida provavelmente serĂĄ recuperada. O Harvey foi a tempestade mais potente a atingir o Texas em mais de 50 anos, deixando mais de 60 mortos e deslocando mais de 1 milhĂŁo de cidadĂŁos. A tempestade tambĂŠm forçou o fechamento temporĂĄrio de refinarias e o governador do Texas disse que o dano causado pelo desastre natural foi de cerca de US$ 180 bilhĂľes. Perguntados sobre o impacto do furacĂŁo Harvey no crescimento econĂ´mico do atual trimestre, 48 economistas que responderam Ă pesquisa estimaram um golpe de 0,3 ponto percentual no crescimento anual ajustado sazonalmente. (ABr/Reuters)
RADIOCARE SERVIÇOS MÉDICOS ESPECIALIZADOS LTDA. - CNPJ/MF nÂş 07.796.772/0001-20 - NIRE 31208983673 - Edital de Convocação - Assembleia ExtraordinĂĄria de Quotistas - Ficam convocados os senhores quotistas da Radiocare Serviços MĂŠdicos Especializados Ltda. ("Sociedade") na forma prevista no Art. 1.152, § 3Âş, da Lei nÂş 10.406/2002, a comparecerem Ă Assembleia ExtraordinĂĄria de Quotistas (“Assembleiaâ€?), a realizar-se no dia 25 de setembro de 2017, Ă s 10h30min, na sede social da Sociedade, localizada na Avenida do Contorno, nÂş 9.530, Setor de Radioterapia do Hospital FelĂcio Rocho, Bairro Santo Agostinho, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30110-130, a fim de deliberarem sobre as seguintes matĂŠrias constantes da Ordem do Dia: (i) Aprovação do balancete da Sociedade de 31 de agosto de 2017; e (ii) Distribuição desproporcional do lucro lĂquido apurado pela Sociedade atĂŠ 31 de agosto de 2017. Todos os documentos e informaçþes pertinentes Ă s matĂŠrias a serem examinadas e deliberadas na Assembleia, em especial este Edital e aqueles exigidos pela Lei nÂş 10.406/2002, encontram-se Ă disposição dos quotistas na sede da Sociedade. Para participação e deliberação na Assembleia, os quotistas deverĂŁo apresentar documento de identidade, conforme o caso: (i) Pessoas FĂsicas: documento de identificação com foto; e (ii) Pessoas JurĂdicas: cĂłpia autenticada do Ăşltimo estatuto ou contrato social consolidado e dos atos societĂĄrios outorgando poderes de representação (ata de eleição dos diretores e/ou procuração), bem como documento de identificação com foto do(s) representante(s) legal(is). Aos quotistas que se fizerem representar por meio de procurador, solicitamos que o instrumento de mandato, nos termos do Art. 1.074, § 1Âş, da Lei nÂş 10.406/2002, seja depositado na sede da Sociedade, preferencialmente com antecedĂŞncia mĂnima de 48 (quarenta e oito) horas da realização da Assembleia. Belo Horizonte/MG, 12 de setembro de 2017. Leonardo Cunha Furbino Pimentel - Administrador.
DROGARIA ARAUJO S.A. CNPJ 17.256.512/0001-16 – NIRE / JUCEMG 313000 3861-1 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA E ORDINĂ RIA Ficam os senhores acionistas da Drogaria Araujo S.A. convocados a se reunir em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria e OrdinĂĄria, que se realizarĂŁo conjuntamente Ă s 11:00 horas do dia 22 (vinte e dois) de setembro de 2017 (dois mil e dezessete), em primeira convocação, na sede social, na Rua Curitiba, nÂş 327, Centro, nesta capital, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: a) alteração dos artigos 01, 03, 05, 06, 07, 16 e 20 e seus parĂĄgrafos do Estatuto Social e a sua consolidação; b) outros assuntos de interesse da Sociedade. Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: a) tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e deliberar sobre R UHODWyULR GD GLUHWRULD H DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV UHODWLYDV DRV H[HUFtFLRV VRFLDLV HQFHUUDGRV HP GH dezembro dos anos de 2011 a 2016; b) deliberar sobre as distribuiçþes de juros sobre o capital prĂłprio e GLYLGHQGRV F HOHLomR GRV DGPLQLVWUDGRUHV H Âż[DomR GH VHXV KRQRUiULRV G RXWURV DVVXQWRV GH LQWHUHVVH GD Sociedade. Os documentos referentes Ă s matĂŠrias a serem debatidas encontram-se Ă disposição dos senhores acionistas na sede da Sociedade. Belo Horizonte, 12 de setembro de 2017. DROGARIA ARAUJO S.A. Modesto Carvalho de Araujo Neto Presidente
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
9
POLÍTICA DELAÇÃO
Maggi é acusado de obstruir investigação Polícia Federal fez operação de busca e apreensão em três imóveis ligados ao ministro da Agricultura Brasília - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há indícios “veementes” de que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, cometeu o crime de obstrução de investigação ao atuar, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), para impedir que pessoas que colaboravam com apurações sobre crimes durante a gestão dele à frente do governo do Mato Grosso (2003-2010) o envolvessem. As informações constam da decisão de Fux que autorizou a Polícia Federal a realizar busca e apreensão ontem em três endereços ligados ao ministro: o apartamento funcional em Brasília, uma casa dele em Rondonópolis (MT) e uma sala comercial da Amaggi, empresa da família, em Cuiabá (MT). Maggi é alvo de um inquérito aberto no mês passado por Luiz Fux sob a acusação de liderar, conforme a PGR, uma organização criminosa responsável por um esquema de corrupção quando comandou o Mato Grosso. A investigação e as buscas e apreensões realizadas nesta quinta tiveram como base a delação premiada feita por Silval Barbosa, também ex-governador do Estado e que foi vice de Maggi (2007-2010), e de outros delatores. Ao todo, o Supremo autorizou ontem busca e apreensão em 65 endereços de deputados, empresários e do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Houve ainda o afastamento cautelar de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. No pedido feito ao STF em desfavor do ministro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustenta que Maggi, valendo-se de interpostas pessoas, vem praticando atos que caracterizariam crimes de obstrução de investigação criminal a fim de impedir a produção de provas contra ele por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Blindagem - Três fatos embasam o pedido feito pela PGR de buscas em desfavor do ministro da Agricultura. O primeiro deles refere-se a um delator e outra
MARCELO CAMARGO / ABr
Planalto adota cautela em relação às denúncias
Maggi é suspeito de liderar organização criminosa no Mato Grosso
pessoa que afirmaram a autoridades que duas pessoas ligadas a Maggi atuaram para “unificar as linhas de defesa” de forma a blindar o ministro de acusações. Nesse caso, segundo os relatos, houve até a contratação de um advogado indicado por ele. O segundo fato, segundo o Ministério Público Federal (MPF), diz respeito à ação de Maggi de tentar “comprar” a retratação de um delator, isto é, para ele voltar atrás em acusações feitas. O ministro e Silval Barbosa acertaram dividir o pagamento de 6 milhões de reais para que o colaborador retirasse as afirmações, o que, segundo a PGR, efetivamente se consumou. O terceiro fato, conforme o MPF, é o envio do senador Cidinho Santos (PR-MT), suplente de Blairo, para falar com Silval Barbosa, quando ele se encontrava preso para evitar que ele fizesse uma delação premiada. Silval gravou esse diálogo com Cidinho e entregou ao MP, o que fundamenta a autorização para as busca e apreensões. Para Luiz Fux, os depoimentos e documentos apresentados a partir das delações --que foram homologadas por ele-- indicam “veementes” indícios do crime de obstrução de investigação criminosa por parte de Blairo Magi, Cidinho Santos e outros quatro investigados. “Neste contexto, justifica-se que se autorize o cumprimento da diligência tanto no domicí-
lio pessoal quanto profissional dos requeridos, considerando a perspectiva concreta de que, nos aludidos locais, sejam encontradas provas úteis ao prosseguimento da investigação, o que possuiria o condão de reforçar a suspeita quanto ao cometimento dos delitos cogitados”, determinou o ministro do Supremo. Defesa - Em nota, Maggi garantiu que nunca houve ação pessoal ou autorizada por ele para agir de forma ilícita dentro das ações do governo ou para obstruir a Justiça. “Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja ‘mudanças de versões’ em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade”, disse. O ministro afirmou que não houve qualquer pagamento feito ou autorizado por ele a um das pessoas para acobertar qualquer ato, conforme aponta a “mentirosa” delação de Silval Barbosa. “Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das instituições e, como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional”, disse. “Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e restabelecer a verdade dos fatos”, concluiu. (Reuters)
OPERAÇÃO PATMOS
Saída - A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que Blairo Maggi, alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal realizada ontem, deveria deixar o cargo de ministro. A declaração da ex-ministra da Agricultura (2015-2016) foi feita ontem pela manhã, em São Paulo, durante o fórum “Agronegócio Sustentável”, promovido pela “Folha de S.Paulo”. Para ela, os últimos acontecimentos indicam que Blairo, que sofre acusações de obstrução de Justiça, não tem condições de exercer a função. “É uma pessoa competente, mas essa situação deve ser investigada”, disse Kátia, que foi suspensa do PMDB nesta semana. Blairo, filiado ao PP e ex-governador do Estado de Mato Grosso, é acusado de participar de um esquema de pagamento de mensalinho para comprar apoio de deputados estaduais ao seu governo. O ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal Federa (STF), que autorizou os mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro, afirmou que há “veementes indícios” de que ele tenha cometido crime de obstrução em fatos ocorridos entre os anos de 2014 e 2017. Punição - Kátia Abreu foi suspensa pelo partido na última quarta-feira. Ela ficará 60 dias longe das atividades partidárias por fazer declarações públicas contra a cúpula da legenda e divergir no Senado de orientações do Planalto. A senadora poderá ainda sofrer outras punições, inclusive a expulsão da sigla. “Neste exato momento a preocupação do PMDB deveria ser provar que não é uma organização criminosa (quadrilhão). Eu estou longe de ser um problema para o PMDB. Sigo minha vida”, disse ela ao comentar a suspensão. (FP)
REGRAS ELEITORAIS
Prisão de Aécio na pauta do STF Brasília - Um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no caso do pagamento de R$ 2 milhões pela J&F a pessoas ligadas ao tucano, poderá ser analisado na próxima terça-feira, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito e presidente da Primeira Turma, pautou para a sessão da terça-feira o pedido de prisão, mas antes haverá a discussão sobre onde o pedido de prisão deve ser analisado. A defesa quer o julgamento no plenário, enquanto a PGR defende que seja na Primeira Turma, conforme o entendimento inicial do ministro Marco Aurélio Mello. Se a preliminar da defesa for rejeitada, começará o julgamento do pedido da PGR. Alvo da Operação Patmos, realizada em maio para apurar fatos trazidos no acordo de colaboração de executivos do Grupo J&F, Aécio Neves ficou impedido de exercer atividades parlamentares por decisão do ministro Edson Fachin, relator do caso, por mais de um mês. Após mudança de relatoria, no dia 30 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello revogou a medida do
Brasília - Apesar de reconhecer que as acusações de obstrução de Justiça contra o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, sejam graves, o Palácio do Planalto decidiu adotar cautela em relação ao caso para proteger o presidente Michel Temer por tabela. O governo quer dar tempo para que o ministro se explique e vai levantar dúvidas sobre a delação premiada que embasou a operação de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo realizada ontem. Assessores presidenciais afirmam que não há perspectiva de que o ministro deixe o cargo. O comportamento do Planalto é uma tentativa de blindar Temer, uma vez que o próprio presidente também foi denunciado ontem pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo mesmo crime imputado ao ministro da Agricultura. O discurso de auxiliares do presidente é de que a atuação de procuradores, delatores e até do Judiciário contra integrantes do governo é questionável e, portanto, não deve haver pré-julgamento enquanto houver pontos não esclarecidos sobre esses processos. Blairo é acusado de fazer pagamentos ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes para que ele mudasse um depoimento para inocentá-lo em um processo judicial. Segundo o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), há “veementes indícios” de que o ministro tenha cometido crime de obstrução de Justiça. As investigações sobre o caso contaram com uma delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que sucedeu Maggi na gestão de Mato Grosso.
ministro Fachin e devolveu Aécio ao Senado. Aécio Neves tem negado qualquer tipo de irregularidade. A assessoria de imprensa do tucano foi procurada e ainda não enviou um retorno sobre se o senador deseja se manifestar. O julgamento do pedido de prisão havia sido pautado originalmente para 20 de junho. Durante a sessão, no entanto, houve um adiamento diante de uma questão preliminar levantada pela defesa. O novo julgamento acontecerá três meses após este adiamento. Denúncia - Enquanto não se conclui a análise dos recursos em relação ao caso Aécio Neves, a denúncia apresentada pela PGR contra o senador por corrupção passiva e obstrução de justiça segue sem análise. O ministro Marco Aurélio Mello, relator, já explicou que só haverá notificação para a apresentação de defesa prévia após o encerramento da análise dos recursos, como o da PGR, que insiste na prisão do senador. Aécio Neves foi acusado no dia 2 de junho pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS e por obstrução de Justiça por tentar impedir os avanços da Operação Lava Jato.
Andrea - A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza Lima também foram denunciados, mas apenas por corrupção passiva. Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio, e depois conseguiram o benefício de deixar a prisão. A denúncia contra eles foi remetida para análise na primeira instância, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello. Entre as acusações que pesam sobre Aécio no âmbito da delação dos empresários do grupos J&F, está a gravação na qual o tucano pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empresário sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato. A irmã de Aécio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empresário. O tucano indicou seu primo Frederico para receber o dinheiro. Mendherson também teria participado. O dinheiro foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. Para a PGR, o dinheiro teria Aécio Neves como destinatário final. (AE)
Divergências emperram votação da proposta de reforma política na Câmara Brasília - O roteiro das últimas semanas se repetiu na noite da última quarta-feira na Câmara dos Deputados. Depois de mais de 11 horas de sessão, o plenário da Casa mais uma vez não conseguiu votar a principal parte de sua proposta de reforma política. Em uma sucessão de improvisos, fatiamentos, idas e vindas, a Casa patrocina nos últimos meses tentativas de mudanças no sistema político, mas há divergências profundas sobre praticamente todos os pontos. Como as alterações têm que ser aprovadas por Câmara e Senado até o início de outubro para valer nas próximas eleições, são grandes as chances de que elas sejam engavetadas. A sessão de quarta-feira foi encerrada já no início da madrugada de ontem após as principais siglas não conseguirem um acerto mínimo para colocar os temas em votação. Como as mudanças são constitucionais, é preciso o voto de pelo menos 308 dos 513 deputados (60% do total) para haver aprovação.
Estavam para ser analisadas a mudança do atual sistema eleitoral, além da criação de mais um fundo público para financiar as campanhas. Inicialmente deputados planejavam alocar R$ 3,6 bilhões para esse fundo. Com a repercussão negativa, retirou-se o valor, que seria definido a cada eleição. Nova tentativa de votação pode ocorrer na próxima semana, mas vários deputados já dão como certo que nada ou muito pouco será aprovado. Fim de coligações - Uma outra parte da reforma já foi aprovada pela Câmara em primeiro turno, mas também pode ser engavetada - a que acaba com a possibilidade de coligações irrestritas nas eleições de deputados e vereadores e estabelece regras para tentar sufocar as siglas nanicas. Em um terceiro flanco, mudanças que não precisam de alterações constitucionais foram aprovadas em comissão da Câmara, mas aguardam votação em plenário. (FP)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
10
POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
CRISE
Temer é acusado de liderar “quadrilhão” Janot denuncia o presidente por obstrução da Justiça e comandar organização criminosa do PMDB Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o presidente Michel Temer sob acusação de obstrução da Justiça e participação em organização criminosa. A denúncia foi apresentada ontem. Os delatores Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o executivo Ricardo Saud também foram denunciados. O procurador-geral pede ao STF que o caso deles seja desmembrado e julgado em primeira instância pelo juiz federal Sergio Moro, já que os acusados não têm foro. Presos temporariamente em Brasília, Joesley e Saud perderam a imunidade penal, acordada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em maio, quando assinou a delação, porque Janot entendeu que agora surgiram indícios de que eles omitiram informações relevantes -o que era vetado em uma cláusula do acordo. Foram acusados ainda os ex-deputados do PMDB Eduardo Cunha (RJ), Henrique Eduardo Alves (RN), Geddel Vieira Lima (BA), Rodrigo Rocha Loures (PR) e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Segundo a denúncia, eles cometeram crimes em troca de propi-
na vinda de vários órgãos públicos como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. Temer é apontado como o líder da organização criminosa desde maio de 2016. De acordo com a denúncia, o esquema permitiu que os denunciados recebessem ao menos R$ 587 milhões de propina. “Para Janot, em maio de 2016, com a reformulação do núcleo político da organização criminosa, os integrantes do ‘PMDB da Câmara’, especialmente Michel Temer, passaram a ocupar papel de destaque que antes havia sido dos integrantes do PT em razão da concentração de poderes na Presidência da República”, informou a PGR. A acusação contra Temer de obstrução da Justiça refere-se ao suposto aval dado pelo presidente para que a JBS comprasse o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador financeiro Lúcio Funaro, ambos presos. Joesley Batista, da JBS, gravou uma conversa com Temer na noite de 7 de março na garagem do Palácio do Jaburu. No entendimento de Janot, o presidente concordou quando Joesley disse que
MARCELO CAMARGO/ABr
Procurador aponta propina de R$ 587 milhões, no mínimo
estava pagando a Cunha e Funaro para que eles não contassem o que sabem sobre esquemas ilícitos. A acusação de envolvimento em organização criminosa resulta de uma investigação sobre o suposto “quadrilhão do PMDB da Câmara”. Relatório da Polícia Federal concluído na última segunda-feira já havia indicado que Temer tinha poder de comando nesse grupo e utilizava terceiros para executar tarefas sob seu controle. Para que a denúncia contra o presidente possa virar uma ação penal, é preciso a autorização de dois terços dos deputados da Câmara. Se houver autorização, o
Supremo poderá analisá-la para julgar o seu recebimento e abrir a ação. Só então Temer e os demais acusados virarão réus. Durante eventual julgamento, o presidente é afastado por 180 dias. Resgate - A denúncia faz um resgate de nomeações e cargos desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu a eleição em 2002 e precisava ganhar apoio no Congresso. Sobre o “PMDB da Câmara”, “as negociações de apoio passaram a orbitar, por volta de 2006, primordialmente em torno de dois interesses: a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF); e
a necessidade de ampliação da base do governo em razão do processo do ‘mensalão’, que havia enfraquecido o poder político da cúpula do Poder Executivo integrada por membros do PT”, segundo a PGR. “Esses temas foram negociados por Michel Temer e Henrique Alves, na qualidade de presidente e líder do PMDB, que concordaram com ingresso do ‘PMDB da Câmara’ na base do governo em troca de cargos chaves, tais como a presidência de Furnas, a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias na Caixa Econômica, o Ministério da Integração Nacional, a Diretoria Internacional da Petrobras, entre outros. No dia 30 de novembro de 2006, o Conselho Nacional do PMDB aprovou a integração da legenda, em bloco, à base aliada do governo Lula”, informou a Procuradoria. Segundo a PGR, “todos estavam interessados nos cargos públicos que lhes garantissem a melhor rentabilidade em termos de arrecadação de propina”. Pela denúncia, o papel de negociar os cargos junto aos demais membros do núcleo político da organização criminosa, no caso do “PMDB da Câmara”, era desempenhado por Temer de forma
mais estável, por ter sido ele o articulador para a unificação do partido em torno do governo Lula. Funções - Depois de definidos os espaços que seriam ocupados pelo grupo, Temer e Henrique Alves - que foi líder do PMDB de 2007 e 2013 - eram os principais responsáveis pela distribuição interna dos cargos, e por essa razão recebiam parcela da propina arrecadada por Moreira Franco, Geddel, Padilha e, especialmente, Cunha. Padilha, Geddel, Alves, Moreira Franco e Rocha Loures têm relação próxima e antiga com Temer, segundo a PGR, «daí porque nunca precisaram se valer de intermediários nas conversas diretas com aquele». “Eram eles que faziam a interface junto aos núcleos administrativo e econômico da organização criminosa a respeito dos assuntos ilícitos de interesse direto de Michel Temer, que, por sua vez, tinha o papel de negociar junto aos demais integrantes do núcleo político da organização criminosa os cargos a serem indicados pelo seu grupo e era o único do grupo que tinha alguma espécie de ascensão sobre todos”, segundo nota da PGR. (FP)
Delação de Joesley e Saud é rescindida Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a delação de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, foi rescindida. A informação consta da denúncia apresentada ontem contra o presidente Michel Temer e outros integrantes do PMDB da Câmara. “No que toca às provas que dão sustentação às imputações formuladas na inicial, uma parcela delas foi obtida a partir dos acordos de colaboração firmados com Joesley Batista e Ricardo Saud e devidamente homologados pelo Supremo Tribunal Federal”, escreveu procurador-geral. Em seguida, Janot menciona a investigação aberta na semana passada para apurar se os executivos deliberadamente omitiram fatos criminosos. “Contudo, em razão de fatos novos, foi instaurado procedimento de revisão acerca destes ajustes firmados e o procurador-geral da República concluiu que houve omissão deliberada, por parte dos referidos colaboradores, de fatos ilícitos que deveriam ter sido apresentados por ocasião da assinatura dos acordos. Em razão disso, houve rescisão destes ajustes, mas isso não limita a utilização das provas por eles apresentadas”, justificou. A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu revogar a imunidade penal dos delatores da JBS e denunciar o empresário Joesley Batista ontem junto com o presidente Michel Temer e outros membros do chamado “quadrilhão do PMDB da Câmara”. Joesley e o executivo Ricardo Saud, também delator, estão presos temporariamente em Brasília
(por cinco dias). O prazo da prisão decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), termina hoje. A prisão foi determinada depois que surgiram indícios de que os delatores omitiram informações em sua delação premiada, como a possível participação do ex-procurador Marcello Miller na elaboração do acordo apresentado à PGR. Miller foi auxiliar de Janot em Brasília até meados de 2016, quando voltou a trabalhar na Procuradoria no Rio de Janeiro. Em fevereiro, o ex-procurador pediu sua exoneração e deixou o Ministério Público oficialmente em 5 de abril, mas, segundo a PGR, há indícios de que ele auxiliava a JBS enquanto ainda era funcionário público. Miller nega irregularidades. O acordo de delação tem uma cláusula que estipula que, se os colaboradores omitirem informações, eles perdem os benefícios. A PGR entende que é esse o caso. Outra cláusula do acordo prevê que, mesmo que os benefícios sejam revistos, as provas entregues pelos delatores e obtidas a partir da delação continuam válidas. Não está definido se a PGR pedirá a prorrogação da prisão temporária de Joesley e Saud, sua conversão em prisão preventiva (sem tempo para acabar) ou a soltura dos dois. De qualquer modo, Joesley poderá permanecer preso, porque na última quarta-feira a Justiça Federal em São Paulo decretou a preventiva dele e de Wesley Batista, outro sócio da JBS. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em
São Paulo investigaram se eles se beneficiaram do acordo de delação para lucrar no mercado financeiro, fazendo reservas. A prática, no mercado, é apelidada de “insider trading”. Documentos apresentados pela JBS à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que pessoas ligadas aos irmãos Batista venderam R$ 200 milhões em ações da empresa alguns dias antes da divulgação do acordo com a PGR, em 17 de maio deste ano. A investigação aponta que o grupo lucrou US$ 100 milhões com a alta do dólar após 17 de maio. Joesley e Wesley acertaram com a PGR o pagamento de multa de R$ 110 milhões cada um. No acordo de leniência com a Procuradoria no Distrito Federal, a multa acordada foi de R$ 10,3 bilhões. Para a PGR, a investigação de “insider trading” traz mais indícios de que os executivos agiram de má-fé durante a negociação do acordo de delação, o que diminui a margem de manobra deles para tentar repactuar benefícios (como tempo de prisão em regime fechado) – daí a tendência pela rescisão. Silêncio - O empresário Joesley Batista, sócio da J&F, controladora da JBS, ficou calado no depoimento realizado ontem sobre o áudio gravado entre ele o ex-funcionário de sua empresa e também delator Ricardo Saud. Assim como Joesley, Saud não falou. O motivo do silêncio, segunda a defesa, foi a notícia antecipada pela “Folha de S.Paulo” de que Janot, decidiu revogar a imunidade penal de ambos. (FP)
11
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
DC INOVAÇÃO GESTÃO
Esportes ganham forte aliado tecnológico A plataforma belo-horizontina Rakete, por exemplo, ajuda na organização de torneios de ponta a ponta THAÍNE BELISSA
Foi-se o tempo em que o desempenho no campo, quadra, piscina ou na pista era questão só de talento. A tecnologia e as soluções inovadoras são, cada vez mais, componentes importantes do time por trás dos atletas de diferentes modalidades. De olho na conexão entre esporte e tecnologia, empreendedores belo-horizontinos apostam em startups que prometem trazer soluções para as “dores” do mercado esportivo. Embora não existam dados consolidados sobre o investimento dos empresários do esporte na área de tecnologia, há diversos exemplos que mostram como os campos “inovação” e “esporte” estão cada vez mais próximos. Um caso recente é o da Adidas, que lançou uma chuteira com chip para o monitoramento do desempenho dos jogadores. Um exemplo mais extravagante é o da National Basketball Association (NBA) - liga de basquete da América do Norte -, que utiliza uma tecnologia para capturar imagens dos jogadores fazendo cestas e envia vídeos de forma automatizada e instantânea aos celulares dos torcedores. As câmeras espalhadas na quadra também fazem coleta de dados para melhorar o desempenho dos jogadores. Na Capital - Empreendedores de startups sediadas em Belo Horizonte também trabalham pela inovação do segmento esportivo. Um exemplo é a Rakete, empresa com sede no bairro Serra, na região Centro-Sul da Capital, que desenvolveu uma plataforma on-line para gestão de torneios de esportes de raquete. A empresa foi lançada no início do ano passado e já tem cerca de 10 mil jogadores cadastrados em sua plataforma, além de 400 academias e duas federações como clientes: a Federação Mineira de Tênis e a Federação Mineira de Tênis de Mesa. A startup surgiu a partir de uma carência de mercado identificada pelos empreen-
DIVULGAÇÃO
dedores Rubens Campos e Guilherme Meireles. Jogadores de tênis, eles sentiam na pele os problemas das organizações de torneios desprovidos de tecnologia. “Víamos que o organizador tinha muito trabalho para fazer tudo e que todas as tarefas eram feitas manualmente. A inscrição era via e-mail e precisava enviar comprovante de pagamento. Durante o torneio, quando os jogos acabavam, não havia rankings imediatos e tudo era muito demorado”, avalia Rubens Campos. A plataforma da Rakete ajuda na gestão dos torneios de ponta a ponta, desde a inscrição, passando pela geração de chaves, ranking automatizado, até relatório de performance dos jogadores. Ela é direcionada para qualquer esporte que utilize raquete, como tênis, tênis Guilherme Meireles e Rubens Campos sentiam na pele os problemas das organizações de torneios desprovidos de tecnologia de mesa, squash, padel, entre outros. Para os jogadores do torneio, o acesso à plataforma é gratuito, mas para os organizadores é cobrada Criada há cerca de um ano em Uber- econômicos sobre o jogador. pela plataforma e alterar se for necesuma porcentagem em cima lândia, no Triângulo Mineiro, a B11 A startup foi vencedora de uma das sário. Com a nossa solução o tempo de cada inscrição. Desde que também surgiu com a proposta de edições do programa de pré-aceleração de criação de um treino diminui de 30 foi criada, a Rakete já realizou trazer melhorias para o mercado es- Lemonade realizado em Uberlândia no minutos para cinco minutos”, afirma. portivo, por meio de uma plataforma ano passado. Segundo o empreendedor, Além disso, o empreendedor lembra cerca de 200 torneios em 11 que democratiza o acesso de jovens a empresa já recebeu várias propostas que a plataforma ajuda a padronizar estados do Brasil. talentos do futebol aos times profis- de investimento, mas os sócios ainda os treinos nas academias, eliminando O empreendedor afirma sionais. De acordo com o cofundador, não aceitaram porque estão em busca de erros e processos muito diferenciados, que a plataforma tem cresCarlos Antônio de Camargos Júnior, “smart money”. “Queremos investidores que podem acontecer quando há uma cido em números de clientes no Brasil existem cerca de 6,5 milhões que contribuam mais do que só com o troca de profissionais na academia. mês a mês e a meta da starde jovens que, todos os anos, buscam capital financeiro. Procuramos alguém A expectativa de Diniz é que a platup é alcançar, até o fim do uma oportunidade em seleções de do segmento, que entenda do mercado taforma seja lançada ainda este mês ano, pelo menos mais uma times, mas apenas 180 mil chegam aos de futebol e que possa contribuir para o e a meta é alcançar, pelo menos, 100 federação. “Até o momento, testes. Pensando nessa desigualdade no crescimento da B11”, afirma. A expec- academias até o fim deste ano. O emtemos duas mineiras porque é acesso e na precariedade do trabalho tativa do empreendedor é alcançar um preendedor afirma que também está o Estado onde atuamos. Mas do “olheiro”, que precisa contar com milhão de jogadores até 2020 e faturar negociando com times profissionais temos grande interesse em a sorte para achar um talento, o em- mais de R$ 130 milhões por ano. para a utilização da plataforma no atrair federações de outros preendedor criou o conceito da B11. treino de seus atletas. estados”, frisa. Para Campos, “Nossa plataforma dá mais chance Treino - No mundo dos esportes o Também sediada em Belo Horizonte, o segmento de esporte é um de visibilidade a esses garotos talen- treino também é uma fase importante a Treinus é outro exemplo de plataforma mercado com muitas possitosos. Criamos um aplicativo onde o para preparar o atleta profissional ou no segmento de treino. A startup criou bilidades, mas ainda pouco jovem pode subir informações sobre seu amador. Nesse segmento há uma oferta uma plataforma que torna viável e explorado pelas empresas perfil, como idade, posição no campo maior de soluções tecnológicas, como acessível o exercício físico acompanhado e experiência com o futebol. Além é o caso da Pró-treino, startup mineira por um profissional. Com mais de 80 de inovação. disso, ele pode cadastrar vídeos de sua que acaba de ser selecionada para o mil usuários, a plataforma permite que “Outros segmentos como performance”, explica. De acordo com o programa de aceleração do governo um educador físico acompanhe seus o financeiro e de saúde têm fundador, a ferramenta já está disponível do Estado, Startups and Entrepreneur- alunos à distância e ainda permite a ormuitos exemplos de startups para o cadastramento dos jogadores e ship Ecosystem Development (Seed). ganização de planilhas de treinamento, e de propostas de aceleraa expectativa é atingir cerca de 30 mil A empresa está desenvolvendo uma anotação de desempenhos e emissão ção, mas esporte é uma cajogadores até janeiro de 2018. Para que plataforma para geração automática de boletos de pagamento. “Estamos tegoria que não aparece nas os “olheiros”, agentes e empresários de treinos de musculação com base na crescendo a uma taxa de 40% ao ano, opções dos programas de tenham acesso a essas informações, a avaliação física e nos objetivos do cliente. e acreditamos que a massificação do fomento. Isso tem que mudar B11 também está desenvolvendo um De acordo com o CEO, Gustavo Diniz, uso de nossa plataforma é um meio porque esse é um mercado aplicativo específico para eles, que a plataforma não dispensa o educador para incentivar a população brasileira com muito potencial: os terá um custo de assinatura mensal e, físico, apenas torna mais eficiente o seu a praticar atividades físicas com mais esportistas estão dispostos dependendo do plano escolhido, uma trabalho. “O profissional de educação regularidade”, afirma o fundador da a pagar por soluções de exigência de contrapartida nos direitos física vai monitorar os treinos gerados startup, Gutenberg Dias. (TB) qualidade”, analisa.
B11 conecta craques do futebol a olheiros
PRÉ-ACELERAÇÃO
Raja Valley vai apoiar 24 startups em Minas Gerais
THAÍNE BELISSA
Os empreendedores de startups em Belo Horizonte vão ganhar mais uma oportunidade para fomentar seus negócios: o Raja Ventures Launch, programa de pré-aceleração do Raja Valley, que vai apoiar 24 startups em Minas Gerais. Ao todo, os sócios do Raja Valley estão investindo R$ 250 mil no projeto, que terá três meses de duração e oferecerá R$ 30 mil em dinheiro, além de outros benefícios às startups melhores colocadas no processo. As inscrições vão até 24 de setembro e a aceleração
tem início em outubro. Inaugurado no final do ano passado, o Raja Valley é um espaço para conectar empreendedores, startups, instituições de ensino e investidores. O prédio fica na avenida Raja Gabaglia, na região Centro-Sul da Capital, próximo a importantes atores do ecossistema de inovação em Belo Horizonte, como instituições de ensino e empresas de destaque, tais como Totvs, Sambatech e Méliuz. O Raja Valley oferece diferentes alternativas de ocupação, desde coworking até salas privativas, salas de reunião e espaço para
eventos. A partir deste ano, o espaço também será sede de 24 startups, que serão pré-aceleradas pelo Raja Ventures Launch. O programa está sendo realizado em parceria com o Lemonade, que também oferece pré-aceleração a startups mineiras. De acordo com o sócio do Raja Valley, João Paulo Zica Filho, o apoio será oferecido a startups em cinco áreas: música e entretenimento; construção civil e imobiliária; IoT e indústria 4.0; educação e fintechs. De acordo com Zica Filho, as áreas foram escolhidas devido ao potencial de negó-
cios, mas também de acordo com o networking da gestão do Raja Valley. “Além disso, trouxemos alguns setores que não costumam ser beneficiados por programas de fomento, como é o caso de música e entretenimento e construção civil e imobiliária”, completa. A expectativa do sócio é de que o programa atraia mais de 100 startups. Desse total apenas 24 serão selecionadas para o programa de pré-aceleração,
que dura três meses e que começa no dia 4 de outubro. “Durante esses três meses, as startups terão acesso ao espaço de coworking e vão receber mentorias de uma equipe multidisciplinar. Os empreendedores receberão apoio em áreas como finanças, tributária, gestão de pessoas e análise do mercado. É nesse tempo que eles também vão fazer a validação do seu negócio”, explica. Após o período de
apoio, três startups serão escolhidas como as vencedoras. Cada uma delas receberá R$ 10 mil em dinheiro, além de benefícios como horas de consultoria de tecnologia e gestão, acesso ao coworking do Raja Valley, acesso a softwares e a garantia de participar de um projeto de aceleração, que acontecerá no espaço no ano que vem. As três vencedoras terão que fazer uma contrapartida de 5% de equity para o Raja Valley.
www.facebook.com/DiariodoComercio
www.twitter.com/diario_comercio
gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
Telefone: (31) 3469-2025
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
12
DC INOVAÇÃO CASHBACK
Méliuz já devolveu mais de R$ 40 milhões Empresa, que acaba de fazer 6 anos, registrou mais de R$1,5 bilhão em vendas para seus 2 mil parceiros JULIANA FLISTER/DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
O Méliuz - empresa que devolve em dinheiro parte do valor gasto em compras (cashback) - completa seis anos neste mês e comemora as vitórias conquistadas junto a seus parceiros e clientes. A empresa, lançada em 2011, fecha esse ciclo com números que fazem jus ao seu propósito, de ser a maior empresa de cashback do Brasil. Desde o seu surgimento, o Méliuz gerou R$ 1,5 bilhão em vendas para as lojas físicas e on-line participantes do programa, conquistou 2 mil parceiros e devolveu mais de R$ 37 milhões aos usuários da plataforma. Criado por Ofli Guimarães e Israel Salmen em uma época onde o modelo de negócio era pouco explorado no País, o Méliuz vem cumprindo as metas traçadas pelos fundadores. “Quando começamos, entrei em contato com os presidentes de empresas similares no exterior e um deles me disse que, no Brasil, o mercado de cashback iria realmente aquecer em dois anos. E foi isso que aconteceu. Depois que as pessoas entendem o que é e comprovam que realmente funciona, voltam a usar”, diz Salmen, CEO do Méliuz. Ainda segundo Salmen, o patamar que hoje o Méliuz atingiu se deu graças a três fatores: time forte, trabalho duro e o benefício do cashback. “Consumidores, lojas e marcas têm sentido, cada vez mais, a necessidade de criar uma relação de consumo mais justa e equilibrada. E é exatamente isso que o Méliuz faz. Em nosso modelo de negócio, todos os envolvidos ganham: os parceiros, que aumentam suas vendas e conhecem o perfil dos seus clientes; o Méliuz, que recebe uma porcentagem para cada venda gerada pela plataforma; e os consumidores, que são recompensados em dinheiro por suas compras”, explica Salmen. A história do Méliuz é marcada por grandes conquistas, fruto do trabalho de uma equipe que está sempre em busca de inovações. Em fevereiro de 2016, foi lançado o SuperCashback, que oferece produtos selecionados com maior porcentagem de dinheiro de volta, chegando até 80%. Uma excelente solução para as grandes marcas, que conseguem impulsionar as vendas sem depreciar o produto - “com o Méliuz, ao invés de deixar de gastar, o consumidor ganha. Essa diferença faz com que a percepção do cliente seja outra.
A sensação de ser recompensado é única”, ressalta Salmen. Em setembro 2016, o Méliuz chegou às redes de supermercado, entregando soluções que ajudam os varejistas a conhecerem a fundo os hábitos de consumo de seu público. No fim do ano, a empresa inaugurou o seu Centro de Engenharia e Tecnologia, em Manaus, no Amazonas - o estado tem uma das melhores universidades de computação do Brasil, a Ufam, e a equipe é liderada pelos melhores profissionais da área. “Em seis anos, construímos uma equipe de 150 funcionários, com escritórios em três cidades brasileiras e conquistamos 3 milhões de usuários. Recebemos investimento de grandes fundos internacionais e nacionais, nos tornamos Empreendedores Endeavor, recebemos o prêmio de Startup do Ano, em 2016. Tem sido uma jornada incrível para todos nós, para nossos parceiros e também para os clientes”, conta Salmen.
CAPACITAÇÃO
Seed fecha parceria com FDC e Skema DA REDAÇÃO
Israel Salmen e Ofli Guimaraes: em seis anos, montamos uma equipe de 150 funcionários
INTERNET
Cabo submarino levará sinal de SP a NY São Paulo - Um cabo submarino de 10,8 mil quilômetros de extensão foi inaugurado quarta-feira (13) para transmitir sinal de internet de São Paulo diretamente para Nova York. Chamado Seabras 1, ele é a primeira iniciativa de grande escala da empresa americana Seaborn, sediada em Boston. Sua construção envolveu mais de cinco anos de trabalho e investimentos de mais de US$ 500 milhões. Os recursos vieram da gestora de fundos suíça Partners Group e de financiamentos obtidos pela Seaborn. O Seabras 1 terá seis pares de fibra ótica e capacidade de transmissão de 72 terabytes por segundo. A base terrestre dele no Brasil fica na Praia Grande (SP). De lá, segue pelo subsolo até a capital paulista. Larry Schwartz, presidente da Seaborn, diz que, por oferecer a primeira rota direta entre as duas cidades, o que permite maior velocidade, o cabo será usado para transmissão de dados no mercado financeiro. Ele transmitirá ordens de compra e venda em alta velocidade feita por softwares inteligentes, na modalidade conhecida como “high frequency trading”, em ser-
REPRODUÇÃO
viço da empresa chamado Seaspeed. “Outras rotas poderiam levar dados de São Paulo a Nova York indiretamente, mas essa é a primeira conexão direta entre os dois centros financeiros, o que faz dele uma alternativa mais rápida.” Schwartz afirma já ter contratos fechados para empresas especializadas no serviço, porém não informa quantas empresas o usarão. A estrutura também será usada por empresas de telecomunicações e outros segmentos. Schwartz diz
que a Telecom Italia (dona da Tim) e a Tata Consulting, por exemplo, transmitirão dados a partir dele. Segundo o executivo, projetos como o Seabras 1 aumentam a concorrência no setor de conectividade e, como consequência, reduzem preços para consumidores. Expansão - A empresa planeja uma ampliação da estrutura de internet a partir da expansão do Seabras 1 para a Argentina, a partir de ligação com a cidade de Las Toninas. No momento, a compa-
nhia realiza concorrência para decidir parceiro para realizar a obra. Schwartz afirma que a empresa também avalia a possibilidade de incluir ramificações do Seabras 1 para ter em sua rota Estados como Rio de Janeiro, Fortaleza e Flórida. “Queremos fazer do Brasil um eixo de conexões, aproveitando seu papel de destaque na região.” O cabo submarino foi construído em parceria com a empresa francesa Alcatel Lucent, subsidiária da Nokia. (FP)
SUSTENTABILIDADE
Ndays vende produto perto do fim da validade São Paulo - O prazo de validade de um produto na prateleira chegar perto do fim, motivo de angústia e tristeza do varejista, virou oportunidade de negócios para a startup Ndays. A empresa, em operação desde dezembro, usa a internet para vender com descontos, para consumo rápido, produtos que estão chegando mais perto do fim de vida útil. Em visita ao site na quarta-feira (6), era possível encontrar um pacote de ração que custaria R$ 61 vendido por
R$ 49 (15 dias de validade), uma garrafa de azeite que seria vendida por R$ 15,04 por R$ 9,78 (com 69 dias de validade) e um pacote de macarrão que custaria R$ 7,89 por R$ 5,98. Os produtos vêm de 30 diferentes parceiros. Entre elas, estão algumas lojas do Extra, que vem fazendo programa-piloto com a startup. O diretor de marketing e cofundador da empresa, Gustavo Zanetti, diz que a ideia do negócio veio do caso de um amigo dono de
importadora, que percebeu que um lote de cervejas ficaria encalhado e chamou um grupo para tomar a bebida em um churrasco. O fato fez os fundadores da empresa se atentarem à realidade de grande parte da indústria e do varejo: as perdas são inevitáveis e fazem parte dos custos rotineiros. “O Ndays surge como modo de reduzir o desperdício, de um lado, e recuperar parte do investimento feito nas mercadorias, de outro”, diz. “Um dos grandes desafios
do modelo é a organização das entregas, que precisam acontecer antes que o prazo de validade expire”, diz Paulo Teixeira, sócio-fundador. Ele diz que, na maioria dos casos, a empresa busca os produtos que varejistas querem vender com desconto e os leva para o armazém. Porém os itens não são comprados pela Ndays. Eles ficam em consignação no site e, caso sejam vendidos, as empresas que os cederam recebem o valor recuperado, descontada comissão, que, em média, é de 18%.
O Ndays espera aumentar a variedade de itens, como produtos eletrônicos com pequenas avarias ou ingressos de shows e passagens de avião que podem encalhar. “Nosso sonho é trabalhar com todo tipo de produto e serviço, não necessariamente perecíveis, mas coisas que seriam desperdiçadas”, afirma Zanetti. A empresa afirma ter 50 mil usuários cadastrados. A companhia não informa o valor movimentado no site. Foi investido mais de R$ 1 milhão no negócio. (FP)
Teve início um projeto do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), em parceria com duas das melhores escolas de negócios do mundo, Fundação Dom Cabral (FDC) e a francesa Skema Business School, que conecta os empreendedores do Programa a uma nova experiência: até o dia 10 de dezembro deste ano, startups terão a oportunidade de participar de um curso de ação-aprendizagem sobre como aplicar novos conhecimentos teóricos nos desafios de crescimento para as startups de alto potencial. O programa de 12 semanas oferece a 120 alunos das duas escolas 80 horas de curso distribuídas em palestras, workshops, mentorias e oficinas com especialistas. Divididos em 30 equipes, eles terão como foco trabalhar os desafios das startups do Seed, oferecendo soluções com base nas temáticas: Finanças e Valuation de Startups, Desenvolvimento de Negócios e Design Thinking, Gerenciamento de Projetos e Estratégia de Marketing Internacional. Dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) apontam que, em todo o mundo, um empreendedor com alto potencial cria, em média, até 3 vezes mais empregos do que um empresário médio, e até 15 vezes mais empregos do que um empreendedor com baixo potencial. No entanto, os talentos empresariais com alto potencial são muito escassos. Por este motivo, a maioria dos países está buscando investir e apoiar atividades que visam fomentar o aumento de empreendedores de alto potencial. Responsável pela parceria, o agente de Aceleração do Seed, Carsten Snedker, afirma que ecossistemas bem desenvolvidos como o de Minas Gerais, são fundamentais para tais atividades de apoio. “Eles são capazes de transformar descobertas acadêmicas e conhecimentos de ponta em atividades operacionais dentro de empresas iniciantes com o objetivo de aprimorar as habilidades empresariais de alto potencial e inicialização global de alto potencial”, garante. A iniciativa do Seed, FDC e Skema de transformar a excelência do conhecimento conceitual em excelência de habilidades aplicada é mais um ganho para o ecossistema mineiro, considerado o segundo maior polo de startups do Brasil, segundo a ABStartups.
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
13
AGRONEGÓCIO KÉKE BARCELOS EMBRAPA
PECUÁRIA LEITEIRA
Produtores devem reduzir captação para reaver preço Custos superam a remuneração MICHELLE VALVERDE
Em plena entressafra, os preços do leite estão recuando e são insuficientes para cobrir os custos de produção e manter a rentabilidade do setor. Para discutir a situação e adotar medidas que contribuam para recuperar a renda do setor, representantes dos produtores se reuniram, ontem, com a Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). Entre as medidas necessárias, a principal é conscientizar o produtor em relação à importância de gerir a atividade com base no mercado, buscando equilibrar a oferta com a demanda. Além disso, a criação de barreiras para a importação desenfreada de leite é considerada fundamental. Segundo o analista de agronegócio da Faemg, Wallisson Lara Fonseca, durante a reunião, foram elencadas ações importantes para que a rentabilidade do produto seja mantida. Além da necessidade de uma gestão eficiente das unidades produtoras, é importante produzir com foco também no mercado. “É importante ressaltar que o produtor precisa pensar além da porteira também, e buscar manter a produção de leite equilibrada com a demanda. É uma medida que pode trazer resultados positivos para a cotação, mas outras consequências também, como o aumento do desemprego e queda na renda”, explicou. Para o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faemg, Eduardo de Carvalho Pena, outro de-
safio enfrentado pelo setor são as constantes importações de leite, principalmente vindas do Uruguai. A compra do produto no mercado A queda no consumo de lácteos e as importações do Uruguai têm reduzido a remuneração e desestimulado a produção externo impede a retomada dos preços e a recuperação da renda. O estabelecimento de cotas, como já adotada em relação à importação de leite da Argentina, é um das reivindicações do setor leiteiro de Minas Gerais e ANA AMÉLIA HAMDAN O presidente da Comissão Técnica e do aumento do desemprego. do País. “Em um cenário de crise econômica de Pecuária de Leite da Faemg, Edu“Mesmo sabendo que o O ministro da Agricultura, ardo de Carvalho Pena ressalta que a como o vivido atualmente no Brasil, volume de leite importaPecuária e Abastecimento, Faemg está preocupada com a crise as pessoas deixam de consumir lácteos do do Mercosul tem caído Blairo Maggi, defendeu, no que o setor de leite está enfrentando. em geral. Quando o varejo não consonos últimos meses, a gente último dia 12 de setembro, “Hoje os custos de produção estão me o que é produzido, a indústria fica precisa ficar atento à essa a possibilidade da excluir o acima do valor recebido e desestimu- com estoques mais altos, mas é preciso questão. Porque quando a leite da cesta do Mercosul lando a produção. Nossa preocupação verificar se realmente isto está aconteoferta do leite cair e o preço para que o preço pago ao é que, para frente, possa faltar leite. É cendo. Se tem estoques, não faz sentido começar a reagir, se o goprodutor alcance resultados importar. Em agosto, o Brasil importou um problema que o governo precisa verno não barrar de forma melhores. A declaração foi 7 mil toneladas de leite do Mercosul”. se preocupar”. incisiva as importações não Presidente do Sindicato Rural de dada em Atibaia (SP), durante Ainda de acordo com Pena, no coirá resolver o problema do a abertura da 51ª convenção meço do ano houve muita importação Pompéu, na região Central de Minas produtor. Você precisa ter da Associação Brasileira de de leite, principalmente vindo do Gerais, Antônio Carlos Barbosa Álvareação do preço e equilíbrio Supermercados (Abras). EnUruguai. As empresas aproveitaram res, explica que já são quatro meses de na importação, o que é funo câmbio favorável e estocaram o queda nos preços do leite e os custos tretanto, ele reconheceu que damental para a manutenção produto e agora, em plena entressafra, estão acima do valor recebido. Para ele, essa “é uma briga com desdo pecuarista na atividade quando normalmente o preço é mais os produtores precisam reduzir a progaste gigante no Mercosul e leiteira”, disse Pena. rentável, estão colocando o produto dução para que a oferta fique ajustada que não há muito o que fazer.” no mercado e derrubando os preços à demanda. Segundo o ministro, os preLaticínios - Outro ponto “Na região, nossa produção caiu de pagos aos produtores. ços internos do Brasil, quando levantado durante a reunião Outro impacto negativo na forma- 500 mil litros de leite ao dia para 420 comparados aos do mercado e que será encaminhado ao ção dos preços é a queda no consumo mil litros, mas os preços continuam em internacional, são bons. EnMinistério da Agricultura, de produtos lácteos, como iogurtes e baixa. É preciso cair ainda mais para os tretanto, custos em função de Pecuária e Abastecimento queijos, por exemplo. A redução se preços reagirem. Estamos recebendo em exigências trabalhistas, frete, (Mapa) é o pedido de regudeve à diminuição da renda das fa- média R$ 1,2 pelo litro, e os custos são insumos e cadeia de impostos lamentação da Lei 12.669, mílias em função da crise econômica superiores”, explicou Álvares. (MV) fazem com que o lucro do que obriga as empresas de produto fique muito baixo. laticínios a informar ao proAlém disso, os acordos dutor de leite o valor a ser comerciais permitem a imporpago pelo leite até o 25º dia pelas importações signifiDe acordo com o diretor Programa - Outra medida tação do leite da Argentina e do mês anterior ao do for- cativas de leite que chegam do Sistema Faemg e presi- seria o governo comprar, do Uruguai. “Cada vez que ao Espírito Santo. De acordo dente da Comissão Nacio- através do Programa de necimento. há essas importações, a expec“O pecuarista faz de tudo com Lara, de janeiro a julho, nal de Pecuária de Leite Aquisição de Alimentos tativa de melhora do preço é para ser muito eficiente, mas 35% das 73,53 mil toneladas da CNA, Rodrigo Alvim, (PAA), 50 mil toneladas de não tem condições de traba- de leite importada tiveram algumas ações estão sendo leite em pó e 400 milhões derrubada”, disse. Em agosto, o preço pago lhar sem previsão de receita. como destino o estado. Po- tomadas em nível nacional. de litros de leite UHT. “O pelo litro de leite ao produtor Então toda mágica feita para rém, a capacidade de con- Após reunião na Câmara governo já avisou que não de Minas Gerais foi de R$ reduzir custo fica a mercê da sumo no estado é pequena. dos Deputados, em Brasília, tem recursos para fazer a 1,15, registrando queda de “O Espírito Santo não tem foi encaminhado ofício aos aquisição. O valor necessáindústria”, explicou Wallis7,21% com relação a julho. essa demanda toda. É preciso ministérios responsáveis rio seria de R$ 700 milhões, son Lara. Na comparação com igual fazer a rastreabilidade e saber solicitando a adoção de me- mas só teria disponível R$ Espírito Santo - O Mapa quem está importando e qual didas contra a importação 16 milhões. Está fora de co- mês de 2016, a queda foi de 28,45%. de leite do Uruguai. gitação”. também será questionado o destino”, disse Lara.
Importação e estoque elevam a oferta e reduzem o valor na entressafra
CARNES
CRÉDITO RURAL
Abates de bovinos e frangos recuam Rio de Janeiro - Os abates de bovinos e frangos recuaram no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre deste ano foram abatidos 7,42 milhões de cabeças de bovinos, 3,1% a menos do que no mesmo período de 2016. Mesmo com a queda em relação a 2016, o abate de bovinos teve um aumento de 0,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O abate de frangos, que chegou a 1,43 bilhão no segundo trimestre do ano, teve quedas de 4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano e de 4,5% em relação ao segundo trimestre de 2016. O abate de suínos, por sua vez, atingiu o maior número desde 1997: 10,62 milhões de cabeças no segundo trimestre deste ano. O aumento foi
Maggi quer tirar o leite da cesta Mercosul
NELSON MORÉS / EMBRAPA
No setor de suínos foi apurada alta de 1,3% no segundo semestre ante intervalo anterior
1,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano e 0,2% na comparação com o segundo trimestre de 2016.
2017, também teve aumento de 3,3% na comparação com o trimestre anterior e 7,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A aquisição de leite pelas Ovos, leite e couro - A produção de ovos de galinha, que indústrias beneficiadoras, que chegou a 816,1 milhões de dú- chegou a 5,64 bilhões de litros, zias no segundo trimestre de recuou 3,7% do primeiro para
o segundo trimestre, mas avançou 8% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Já a aquisição de couro, que envolveu um total de 8,23 milhões de peças inteiras, recuou 1,2% no trimestre e 4,8% na comparação anual. (ABr)
Contratos de médios e grandes agricultores já somam R$ 25 bilhões Brasília - Nos dois primeiros meses da safra agrícola 2017/2018, os médios e grandes agricultores contrataram R$ 25 bilhões em crédito bancário. O valor representa que foram aplicados, de julho a agosto, cerca de 13% do total de recursos disponibilizados para o financiamento agropecuário, que é de R$ 188,4 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 29% no valor. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As instituições financeiras liberaram 132.422 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento. O desembolso nas operações de custeio e de comercializa-
ção atingiu R$ 20,7 bilhões, o que representa uma alta de 29% sobre igual período de 2016. As contratações de investimentos chegaram a R$ 4,4 bilhões, com crescimento de 30%. As instituições públicas ofereceram, em julho e agosto, nas modalidades custeio, industrialização e comercialização, R$ 9,9 bilhões. Já os bancos privados somaram R$ 6,7 bilhões e as cooperativas de crédito, quase R$ 4 bilhões. As contratações pela Letra de Crédito do Agronegócio atingiram R$ 5,3 bilhões. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, esse resultado decorre do aumento na emissão do título, criado com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento do crédito rural. (ABr)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
14
DC AUTO veiculos@diariodocomercio.com.br
FOTOS: MALAGRINE - VOLKSWAGEN - DIVULGAÇÃO
LANÇAMENTO
Família Delivery passa a ter onze modelos Volkswagen Caminhões e Ônibus mira no segmento de até 3,5 toneladas com a opção Express JOSÉ OSWALDO COSTA* de Resende / RJ
Atravessamos um momento único no que diz respeito ao transporte de cargas urbano. Muitas cidades já proíbem, ou restringem ao máximo, a circulação de grandes caminhões em ruas e avenidas mais centralizadas e movimentadas. É nesse cenário que os caminhões leves e semileves, com capacidade de carga entre 3,5 e 11 toneladas, ganham importância. Principalmente os primeiros. Além de ter a circulação permitida (se enquadram entre os chamados VUC – Veículo Urbano de Carga), veículos com até 3,5 toneladas de capacidade de carga podem ser dirigidos por condutores que possuem, apenas, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria B. Não há exigência pelas categorias C ou D. Hoje, o segmento de leves e semileves é responsável por 31% da vendas totais de caminhões no Brasil. Os extrapesados respondem por idênticos 31% enquanto, os médios e pesados (capacidade de carga entre 13 e 31 toneladas), são donos de 38% da fatia do bolo. As projeções mostram que, até 2030, os leves e semileves responderão por 39% das vendas totais. Por esses motivos apresentados, a Volkswagen Caminhões e Ônibus acaba de lançar seis novos modelos para integrar a família Delivery. A linha Delivery já contava com cinco opções: 5.150 (5 ton.), 8.160 (8 ton.), 9.160 (9 ton.), 10.160 (10 ton.) e 13.160 (13 ton.). Agora, recebe os seguintes modelos: Express (3,5 ton.), 4.150 (4 ton.), 6.160 (6 ton.), 9.170 (9 ton.), 11.180 (11 ton.) e 13.180 (13 ton.). Com esses lançamentos, a linha completa abrangerá o mercado de caminhões desde os que partem de 3,5 toneladas chegando, até, aos que possuem capacidade para 13 toneladas. De acordo com a VW Caminhões e Ônibus, o investimento total para o desenvolvimento dos novos modelos foi da ordem de R$ 1 bilhão. O tempo necessário para chegar ao produto final foi de 5 anos e foram rodados mais de 4 milhões de quilômetros em testes. A nova linha será lançada mundialmente, mas o Brasil será o primeiro mercado a recebê-la. Produzido na planta de Resende, no interior do Rio de Janeiro, conta com três versões de acabamento: City, Trend e Prime (topo de linha). A nova linha Delivery teve sua engenharia desenvolvida
no Brasil enquanto, o design, ficou aos cuidados dos alemães. É um caminhão desenvolvido totalmente do zero. Apesar do lançamento de seis novos caminhões, pode-se dizer que a grande estrela do evento de apresentação à imprensa especializada foi o Delivery Express. Ele é o principal modelo a se encaixar nos parâmetros que apresentamos no início dessa matéria: capacidade para até 3,5 toneladas, permissão para rodar em locais de circulação restrita e pode ser conduzido por quem possui, apenas, a CNH da categoria B. Além disso, em pedágios, paga o mesmo valor de um automóvel. A VW Caminhões e Ônibus apresentou soluções interessantes para esse modelo. Um bom exemplo é o fato de, pela primeira vez na história da montadora, ele contar com suspensa dianteira independente. Outro detalhe importante é que ele pode sair da fábrica já encarroçado, seja para carga seca, seja com baú. Sua capacidade de carga líquida é de 1 tonelada. Caso não queira dessa forma, o cliente pode optar para que o veículo seja entregue, apenas, no chassi. De acordo com a Volkswagen, seus concorrentes ou são veículos derivados de picapes ou são caminhões com cabine semiavançada. O Delivery Express é o único com cabine avançada (posicionada acima do motor) e que oferece 2 metros de largura dentro da cabine. Os concorrentes não passam de 1,80 metro de largura. Dentre eles, podemos citar o Iveco Daily, o Mercedes-Benz Sprinter, o Hyundai HR e o Ford F350. Interior – A cabine do novo Delivery foi desenvolvida com o foco na ergonomia, no conforto e na robustez. Posição de dirigir, empunhadura do volante, regulagem de altura do banco, painel de instrumentos, porta-objetos e espaço suficiente para transitar no interior, indo do banco do motorista até o do passageiro de forma rápida, foram as premissas iniciais. A concepção dos bancos, ainda de acordo com a Volkswagen, contou com a colaboração de dezenas de pessoas de diferentes estaturas e portes físicos, de modo que a condução seja confortável para todos. Os assentos são feitos com tecidos de alta resistência e hidrorrepelentes, que não mancham. Em cores escuras, também são ideais para
o dia a dia. A posição dos pedais foi adequada ao anda e para das entregas urbanas, sem exigir grande esforço de acionamento ao motorista, o que reduz os riscos de lesão por esforço repetitivo (LER). A cabine vem, ainda, com novo sistema de basculamento por meio de uma alavanca localizada em seu interior. De fácil acionamento, proporciona mais segurança e conforto em manutenções. No quadro de instrumentos destaca-se o conceito modular, que permite ao operador organizar dispositivos como rádio, tacógrafo e equipamentos próprios de cada operação. É o caso da temperatura do baú frigorífico, por exemplo, que deve ser monitorada sem que o motorista tire os olhos da via. *O jornalista viajou a convite da VW Caminhões e Ônibus
Motores Cummins e transmissão manual Os modelos Express e 4.150 são equipados com o motor Cummins ISF de 2.8 litros. Ele alcança 150 cv e um torque máximo de 360 Nm numa ampla faixa de rotações para garantir retomadas rápidas, agilidade e menor consumo possível de combustível nas entregas urbanas. O dois caminhões são os únicos da nova linha dotados com tecnologia EGR Para o Delivery 6.160, o motor também é o Cummins ISF, 2.8 litros, mas desta vez, com solução SCR para o pós-tratamento. Sua potência chega a 160 cv e o torque máximo fica em 430 Nm. Os veículos de 9, 11 e 13 toneladas, por sua vez, utilizam o Cummins ISF, de 3.8 litros e tecnologia SCR. Os três registram o torque máximo em 600 Nm, variando a potência entre 165 e 175 cv. O novo Delivery estreia quatro versões de transmissão manual de seis velocidades totalmente novas, além da opção automatizada. O Delivery Express e o 4.150 estão
equipados com uma caixa ESO-4106, enquanto o de 6 toneladas vem com a ESO-4206. Já os novos modelos de 9 e 11 toneladas contam com a transmissão ESO-6106, e o 13.180 tem a caixa ESO-6206. Haverá, também, a opção de transmissão automatizada para os veículos de 9, 11 e 13 toneladas, baseada na versão manual, mais confortável ao motorista. O item está em fase final de desenvolvimento. Algumas características do novo VW Delivery (de série e opcionais): ar-condicionado; conector de ar para limpeza da cabine; acionamento elétrico dos vidros; retrovisores com ajuste elétrico; trava elétrica das portas; preparação para climatizador; faróis de neblina; proteção dos degraus; preparação para PTO; cruise control e alarme sonoro para cinto de segurança do motorista. A VW Caminhões e Ônibus ainda não divulgou os preços dos novos integrantes da família Delivery. Porém, informou que eles devem ser superiores entre 7% e 10% na
comparação com os demais (e antigos) modelos da linha. Os executivos disseram que, mundialmente, a nova linha tem potencial para vender 100 mil unidades anualmente. Para o Brasil, a expectativa, disseram, é de comercializar 30 mil unidades nos próximos anos (sem especificar em quantos). O desafio é grande no atual momento econômico que o País atravessa. Para que se tenha uma ideia, no melhor ano da planta de Resende, 2011, foram produzidas pouco mais de 80 mil unidades (entre caminhões e ônibus). Ano passado, com a recessão econômica, esse número total foi um pouco superior à marca de 20 mil unidades. As vendas da nova linha respeitarão o seguinte cronograma: setembro de 2017 – Delivery 11.180 e 9.170; entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 – Delivery 6.160; fevereiro de 2018 – Delivery Express; entre fevereiro e março de 2018 – Delivery 4.150 e entre março e abril de 2018 – Delivery 13.180. (JOC)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
15
FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
CONJUNTURA
Prévia do PIB voltou a crescer em julho IBC-Br avançou 0,41% no período e acumula alta de 0,14% nos sete primeiros meses deste ano Brasília - Após avançar 0,55% em junho (dado já revisado), a economia brasileira registrou nova alta em julho de 2017. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,41% em julho ante o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,06 pontos para 135,62 pontos na série dessazonalizada de junho para julho. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde dezembro de 2015 (136,7 pontos). Na comparação entre os meses de julho de 2017 e julho de 2016, houve alta de 1,41% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 137,84 pontos em julho, ante 135,92 pontos de junho deste ano e 134,28 pontos de julho do ano passado. O IBC-Br acumulou alta de 0,14% em 2017 até julho. O percentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta recuo de 1,44% nos 12 meses encerrados em julho O índice teve alta de 0,22% no acumulado do trimestre encerrado em julho deste ano, ante os três meses anteriores, pela série ajustada do BC. Já na comparação do trimestre encerrado em julho deste ano com o mesmo período do ano passado, o IBC-Br avançou 0,91% pela série observada.
GILSON ABREU/FIEP/DIVULGAÇÃO
IGP-10 de setembro tem alta de 0,39%
Além do indicador do Banco Central, levantamento do Serasa também aponta melhora na atividade econômica do País
teve alta de 0,23% em julho, na série com ajuste sazonal. A média móvel costuma ser usada como indicativo de tendências para o índice. Neste caso, o percentual reflete a comparação entre o trimestre encerrado em julho e o trimestre encerrado em junho. Na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral do IBC-Br vinha registrando avanços no início do ano: 0,14% em janeiro, 0,60% em fevereiro, 0,51% em março e 0,40% em abril. Em maio, porém, houve recuo de 0,17%, interrompendo a sequência positiva. Depois, em junho, a média móvel voltou para Trimestre - Após avançar o terreno positivo, com alta 0,15% em junho, a média de 0,15%. Agora, em julho, móvel trimestral do IBC-Br marcou +0,23%.
No caso da série sem ajuste sazonal, a média móvel trimestral do IBC-Br teve resultado positivo de 1,21% em julho. Conhecido como prévia do BC para o PIB, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,5%. Serasa – Já o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) aponta que a economia brasileira iniciou o segundo semestre com crescimento. O índice cresceu 0,3% em julho na comparação com junho, com ajuste sazonal. Em relação ao sétimo mês de
2016, o aumento foi de 0,9%, sem ajuste No acumulado de 2017, a atividade econômica teve expansão de 0,1%. O resultado de julho mostra que a atividade prosseguiu em trajetória de recuperação no começo do segundo semestre, depois de crescer no primeiro e no segundo trimestres, conforme a Serasa. “A inflação baixa e controlada, a continuidade da redução das taxas de juros, o início do processo de recuperação do emprego formal bem como do mercado de crédito, especialmente para as pessoas físicas, são elementos que estão influenciando a retomada do crescimento econômico”, justificam, em nota, os
economistas da instituição. Sob a ótica da oferta, a indústria e o setor de serviços foram os responsáveis pelo avanço do indicador de atividade em julho. Conforme a Serasa, o segmento industrial cresceu 0,9%, enquanto o de serviços teve alta de 0,3%. Em contrapartida, o PIB da agropecuária cedeu 1,8% no sétimo mês do ano, depois de um primeiro semestre de “crescimento exuberante”. Já do lado da demanda agregada, houve crescimento nas exportações (2,3%), nos investimentos (0,9%) e nas importações (0,1%). Na contramão, os consumos das famílias e do governo apresentaram quedas de 1% e de 0,5%, respectivamente. (AE)
Analistas estimam déficit primário de R$ 159 bi
Brasília - Com a aprovação pelo Congresso das novas metas fiscais para 2017 e 2018 - ambas fixadas em déficits primários de R$ 159 bilhões - as projeções para as contas públicas feitas pelos analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda no boletim Prisma Fiscal de setembro indicam que o governo conseguirá cumprir os objetivos. O documento foi divulgado ontem pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta. A mediana das projeções
do mercado para o déficit neste ano passou de R$ 154,841 bilhões para R$ 159 bilhões, exatamente na nova meta de saldo no vermelho de 2017. A meta anterior era de um rombo de R$ 139 bilhões. Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 156,341 bilhões certa folga para a meta de R$ 159 bilhões no negativo. No boletim de agosto - quando a meta para o próximo ano ainda era de déficit de R$ 129 bilhões - as previsões indicavam o saldo negativo
de R$ 130,527 bilhões. O Prisma deste mês voltou a revisar para baixo as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais. Em 2017 essa estimativa caiu de R$ 1,340 trilhão para R$ 1,337 trilhão. Para 2018, estimativa recuou de R$ 1,449 trilhão para R$ 1,440 trilhão. A estimativa para a receita líquida do governo central neste ano também caiu de R$ 1,139 trilhão para R$ 1,134 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,222 trilhão para R$
1,210 trilhão. Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do governo central este ano caiu de R$ 1,293 trilhão para R$ 1,290 trilhão. Para 2018, a estimativa aumentou de R$ 1,357 trilhão para R$ 1,363 trilhão. A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do governo geral ao fim de 2017 passou de 75,90% do Produto Interno Bruto (PIB) para 75,80% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 79,06% do PIB em maio
caiu para 78,82% do PIB no relatório de ontem Curto prazo - O Prisma também atualizou as projeções fiscais este e os próximos dois meses. Para setembro, a estimativa de déficit primário passou de R$ 24,869 bilhões para R$ 23,907 bilhões. Para outubro, a previsão de saldo negativo saltou de R$ 55 milhões para R$ 1,225 bilhão. Para novembro, a projeção de rombo passou de R$ 22,8 bilhões para R$ 20,004 bilhões. (AE)
Rio - O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 0,39% em setembro, após o recuo de 0,17% registrado em agosto. O indicador foi divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de setembro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 0,55% no mês, ante uma queda de 0,42% em agosto. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram estabilidade (0,0%) em setembro, após a alta de 0,34% no mês anterior. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,35% em setembro, depois de um aumento de 0,27% em agosto. O IGP-10 acumula deflação de 2,03% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada ficou negativa em 1,66%. O período de coleta de preços para o indicador de setembro foi do dia 11 de agosto ao 10 deste mês. O IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 31 do mês passado, subiu 0,24%. Grupos - A redução nos preços dos alimentos e na conta de luz freou a inflação ao consumidor no IGP-10 de setembro. O IPC-10 registrou estabilidade no mês, após a elevação de 0,34% registrada em agosto. Seis das oito classes de despesa tiveram taxas de variação menores, com destaque para o grupo Habitação, que saiu de um avanço de 0,78% em agosto para recuo de 0,06% em setembro, sob influência do item tarifa de eletricidade residencial, que passou de alta de 4,45% para queda de 0,28%. (AE)
MERCADO
Ibovespa interrompe série positiva e recua 0,18% São Paulo - A bolsa brasileira quebrou a sequência de três altas e fechou com leve queda ontem, com os investidores optando por embolsar parte dos lucros, mas ainda de olho em indicadores que apontam para a recuperação da economia brasileira. O dólar recuou para R$ 3,11 em sessão de correção. O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, caiu 0,18%, para 74.656 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,3 bilhões, acima da média do ano, que é de R$
8,16 bilhões. O dólar comercial fechou em baixa de 0,73%, para R$ 3,116. O dólar à vista, que termina as negociações mais cedo, caiu 0,21%, para R$ 3,133. Os investidores acompanharam a divulgação do indicador de atividade econômica do Banco Central, que mostrou crescimento de 0,41% em julho na comparação mensal, na segunda alta consecutiva. O dado reforça a percepção de que a economia brasileira está se recupe-
rando, afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Mas ele recomenda cautela. “É preciso pelo menos mais um trimestre para confirmar que saímos da recessão. Apesar do dado ruim de varejo, estamos num ciclo de queda de juros, o que significa que os consumidores estão diminuindo o endividamento. Isso deve se consolidar com a melhora no mercado de trabalho, e esse movimento deve durar até pelo menos o ano que vem”, afirma. O mercado aguardava
também para saber se a Procuradoria-Geral da República apresentaria nova denúncia contra o presidente Michel Temer, após o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitar pedido do peemedebista para impedir o procurador Rodrigo Janot de atuar contra ele. A notícia acabou se confirmando após o fechamento do pregão. Ações - Na bolsa, destaque para as ações da JBS, que subiram 3,87% e lideraram as altas do Ibovespa, um dia após a prisão do presidente
da empresa, Wesley Batista. Para Vieira, os investidores avaliam que a saída do executivo “retira componentes tóxicos do comando da empresa”. As ações da Vale estiveram entre as maiores quedas do índice, após queda de 3,36% dos preços do minério de ferro no exterior. As ações ordinárias caíram 3,31%, para R$ 33,62. As ações preferenciais se desvalorizaram 2,58%, para R$ 30,98. Os papéis da Petrobras fecharam com sinais mistos,
em dia de valorização do petróleo nos mercados internacionais. As ações mais negociadas da estatal subiram 0,07%, para R$ 15,04. As ações ordinárias recuaram 0,19%, para R$ 15,65. No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco caíram 0,23%. As ações preferenciais do Bradesco perderam 0,76%, e as ordinárias caíram 0,24%. O Banco do Brasil fechou em leve alta de 0,09%, e as units - conjunto de ações - do Santander Brasil se desvalorizaram 2,29%. (FP)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
FÓRUM
18
EDITAIS DE CASAMENTO SEGUNDO SUBDISTRITO 2º SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - MG - OFICIAL: MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION - RUA GUARANI, 251 - CENTRO - TEL: (31) 3272-0562 Faz saber que pretendem casar-se: PAULO ROBERTO SANTOS SOUZA, solteiro, autônomo, nascido em 07/06/1986 em Belo Horizonte, residente em Rua Urarirama 273, Belo Horizonte, filho de RICARDO PINTO DE SOUZA e ROSANGELA DOS SANTOS Com FERNANDA APARECIDA DIAS, solteira, empresaria, nascida em 05/11/1982 em Belo Horizonte, residente em Rua Urarirama 273, Belo Horizonte, filha de MARIA APARECIDA SOUZA DIAS. DINAMAR RODRIGUES DO COUTO, solteiro, bombeiro hidráulico, nascido em 05/08/1991 em Pote, residente em Rua Castelo 45, Belo Horizonte, filho de JOSE MARIA RODRIGUES DO COUTO e MARIA HELENA VIEIRA DO COUTO Com FERNANDA GONCALVES, solteira, estagiaria, nascida em 22/06/1997 em Belo Horizonte, residente em Rua Castelo 45, Belo Horizonte, filha de ROSEMARY GONCALVES. ELIEVERTON CRISTIANO DOS SANTOS, solteiro, professor, nascido em 11/01/1985 em Belo Horizonte, residente em Rua Bom Jardim 100 202 C, Belo Horizonte, filho de ELY DE FATIMA DOS SANTOS e ROSANGELA BISPO DOS SANTOS Com CRISTOPHER JORDAN CAMILO DE LELES, solteiro, atendente, nascido em 06/04/1993 em Belo Horizonte, residente em Rua Cesar George 126, Belo Horizonte, filho de ROSEMARY CAMILO DE LELES. FERNANDO AUGUSTO ROCHA, solteiro, analista de sistemas, nascido em 19/03/1990 em Belo Horizonte, residente em Rua Maria Elizabet Pessoa 200 401, Belo Horizonte, filho de GERALDO VALDEREZ ROCHA e MARIA DE SOUSA ROCHA Com CAMILA ALVES FERREIRA, solteira, arquiteta, nascida em 13/07/1990 em Belo Horizonte, residente em Av. Presidente Carlos Luz 107 02, Belo Horizonte, filha de WELBER FERREIRA LEITE e ELIZABETH NATALIA FERREIRA. GUILHERME HENRIQUE CABRAL DA COSTA MATTOS, solteiro, servidor publico, nascido em 02/12/1989 em Belo Horizonte, residente em Rua Apucarana 163 102, Belo Horizonte, filho de MARIO JOSE CAVALCANTI DA COSTA MATOS e CELIA DE FATIMA CABRAL CAVALCANTI MATOS Com ANA PAULA DINIZ XISTO, solteira, bancaria, nascida em 06/11/1990 em Belo Horizonte, residente em Rua Apucarana 163 102, Belo Horizonte, filha de EDIVALDO DA SILVA XISTO e MARIA APARECIDA DINIZ XISTO.
LAUDENIR OLIVEIRA BORGES FILHO, solteiro, especialista de projetos, nascido em 14/08/1992 em Parque Industrial M E C De Contagem, residente em Rua Gentil Portugal Do Brasil 55 102, Belo Horizonte, filho de LAUDENIR OLIVEIRA BORGES e JACQUELINE NOVARINA MAIA Com DEBORA PACHECO DA TRINDADE, solteira, estagiaria em direito, nascida em 25/05/1995 em Belo Horizonte, residente em Rua Gentil Portugal Do Brasil 55 102, Belo Horizonte, filha de MANOEL VIEIRA DA TRINDADE e MARIA APARECIDA PACHECO DA TRINDADE. RICARDO CARDOSO DE LIMA MAYER, solteiro, advogado, nascido em 01/06/1985 em Belo Horizonte, residente em Rua Pistoia 181, Belo Horizonte, filho de SERGIO AUGUSTO DE LIMA MAYER e LUCIENE DA CRUZ CARDOSO MAYER Com SAMANTHA BRISA MATOS ROCHA, solteira, cirurgia dentista, nascida em 03/10/1989 em Belo Horizonte, residente em Rua Pistoia 181, Belo Horizonte, filha de RENE GONCALVES DA ROCHA e CONCEICAO APARECIDA MACHADO DE MATOS ROCHA. DIOGO MATEUS DA SILVA, solteiro, funcionário publico, nascido em 28/08/1985 em Pedro Leopoldo, residente em Rua Mayrink 40 104, Belo Horizonte, filho de MAURICIO FERREIRA DA SILVA e GERALDA DA SILVA MENEZES Com RITHELLY OLIVEIRA SARMENTO, solteira, tecno financeiro, nascida em 17/06/1986 em Salinas, residente em Rua Mayrink 104 40, Belo Horizonte, filha de ANIBAL RICARDO GONCALVES SARMENTO e IRACI RODRIGUES DE OLIVEIRA. WELLINGTON DA CONCEICAO ROCHA, solteiro, técnico de laboratório, nascido em 11/11/1974 em Belo Horizonte, residente em Rua Figueiro 154, Belo Horizonte, filho de ANTONIO ROCHA e ANITA DA CONCEICAO ROCHA Com IOLANDA FERNANDES DE ALMEIDA, solteira, telemarketing, nascida em 17/06/1977 em Baldim, residente em Rua Almenara 56, Belo Horizonte, filha de DOREMI FERNANDES DE ALMEIDA e MARIA RAIMUNDA DE ALMEIDA. MAGNUM DE OLIVEIRA MARCAL, solteiro, servidor publico, nascido em 23/03/1987 em Belo Horizonte, residente em Rua São Paulo 26, Belo Horizonte, filho de PEDRO ALVES MARCAL e IVONE DE OLIVEIRA REIS MARCAL Com BARBARA SUELEN ALVES DA SILVA, solteira, vendedora, nascida em 16/10/1992 em Belo Horizonte, residente em Rua São Paulo 26, Belo Horizonte, filha de MARCELO ALVES DA SILVA e MARIZA ALVES DA SILVA. NICOLE DAVID DE ARAUJO, solteiro, contadora, nascido em 01/03/1991 em Belo Horizonte, residente em Rua Ministro Ivan Lins 397, Belo Horizonte, filho de ILDAMAR ALVES DE ARAUJO Com FERNANDA CARVALHO PIRES DE MENDONCA, solteira, empregada publica, nascida em 22/07/1981 em Belo Horizonte, residente em Rua Ministro Ivan Lins 397, Belo Horizonte, filha de FRANCISCO PIRES DE MENDONCA NETO e MARCIA CARVALHO PIRES DE MENDONCA.
LUIZ CARLOS MARTINS DA SILVA, solteiro, vendedor, nascido em 31/01/1961 em Belo Horizonte, residente em Rua Flor De Alecrim 396, Belo Horizonte, filho de MILTON MARTINS DA SILVA e FRANCISCA FLORENCA DA SILVA Com VALDINEA CARDOZO DE SOUZA, solteira, do lar, nascida em 05/05/1968 em Pote, residente em Rua Flor De Alecrim 396, Belo Horizonte, filha de MAXIMIANO CARDOZO DE AMORIM e ANTONIA TEIXEIRA DE AMORIM.
JOHNNY JUNIO DE OLIVEIRA, solteiro, polidor de automóveis, nascido em 22/06/1993 em Belo Horizonte, residente em Rua Coronel Ascendino Costa 124, Belo Horizonte, filho de VICENTE MIGUEL DE OLIVEIRA e GERALDA APARECIDA DE OLIVEIRA Com BRUNA ALVES VARGAS DE SOUZA, solteira, agente administrativo, nascida em 03/05/1994 em Belo Horizonte, residente em Alameda Da Açucena 150, Belo Horizonte, filha de MARCILIO SALES DE SOUZA e SONIA CRISTINA ALVES VARGAS.
FLAVIO HENRIQUE DE SOUZA E SILVA, solteiro, engenheiro, nascido em 11/10/1975 em Belo Horizonte, residente em Rua Peçanha 161 401, Belo Horizonte, filho de EUSTAQUIO ANTONIO SILVA e FATIMA DE SOUZA SILVA Com GABRIELA ORNELES COSTA SOUZA, solteira, marketologa, nascida em 14/02/1986 em Belo Horizonte, residente em Rua Peçanha 161 401, Belo Horizonte, filha de WALDEMAR ROBERTO ABREU SOUZA e ANA ZILMA ORNELES COSTA.
ANDRE RODRIGUES DA CRUZ, solteiro, professor, nascido em 13/10/1985 em Coronel Fabriciano, residente em Rua Pedro Moreira De Abreu 92, Belo Horizonte, filho de EUSTAQUIO RODRIGUES DA CRUZ e OLGA MARIA DA CRUZ Com CECILIA LOPES DA SILVA, solteira, decoradora, nascida em 22/03/1985 em Ipatinga, residente em Rua Pedro Moreira De Abreu 92, Belo Horizonte, filha de JOSE WALTER DA SILVA e MARIA EUNICE LOPES SILVA.
LEONARDO CUNHA BERNARDES SOUZA, divorciado, coordenador de suprimentos, nascido em 17/10/1981 em Belo Horizonte, residente em Beco Simão 110, Belo Horizonte, filho de ADEMAR BERNARDES SOUZA e MARIA DO ROZARIO CUNHA SOUZA Com JULIANA MATIAS DALSECO, solteira, auxiliar de produção, nascida em 15/04/1982 em Belo Horizonte, residente em Beco Simão 110, Belo Horizonte, filha de HELIO DALSECO e ELOIZA DE FATIMA MATIAS DALSECO. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 14/09/2017. MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION Oficial do Registro Civil. 16 editais.
TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: RAFAEL COSTA SALLES, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Marechal Hermes, 191/101, Gutierrez, 3BH, filho de Antonio Rubens de Salles e Flavia Sandra Costa Salles; e PRISCILA DE CAMPOS BARBOSA, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Grão Mogol, 1155/302, Sion, 3BH, filha de Marcelo José Dias Barbosa e Fátima Luzia Lima de Campos Barbosa. (676345) JADER PENNA FERREIRA, SOLTEIRO, CORRETOR DE SEGUROS, maior, natural de Rio de Janeiro, RJ, residente nesta Capital à Rua Alvarenga Peixoto, 854/1401, Lourdes, 3BH, filho de Ezer Ferreira e Francina Penna Ferreira; e IVONE DE PAULA LIMA FERREIRA, divorciada, Relações públicas, maior, residente nesta Capital à Rua Alvarenga Peixoto, 854/1401, Lourdes, 3BH, filha de Joaquim Pinto de Lima e Terezinha de Paula Lima. (676346) ENILSON ANTÔNIO FONSECA, DIVORCIADO, BIBLIOTECÁRIO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Tupis, 225/501, Centro, 3BH, filho de Tiburcio Pereira da Fonseca e Priscinia Gomes Pereira; e MARGARETH DO PRADO COELHO MASCARENHAS, divorciada, Fisioterapeuta geral, maior, residente nesta Capital à Rua Tupis, 225/501, Centro, 3BH, filha de José Maria Coelho Mascarenhas e Terezinha do Prado Mascarenhas. (676347) VICTOR BECATTINI RODRIGUES LIMA, DIVORCIADO, ENGENHEIRO MECÂNICO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua João Antônio Azeredo, 60/601, Belvedere, 3BH, filho de Wandyr Rodrigues Lima e Gracia Becattini Rodrigues Lima; e MÔNICA BICALHO ALVES DE SOUZA, divorciada, Fisioterapeuta neurofuncional, maior, residente nesta Capital à Rua João Antonio Azeredo, 60/601, Belvedere, 3BH, filha de Carlos Batista Alves de Souza e Maria Celina Bicalho Alves de Souza. (676348) MATEUS CUNHA CARDOSO, SOLTEIRO, ENGENHEIRO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Avenida Bernardo Monteiro, 1440/101, Funcionários, 3BH, filho de Raul Cardoso da Silva Filho e Carla Maria Nolasco Cunha Cardoso; e ANA ANGÉLICA CANGUSSU BICALHO, solteira, Funcionária pública federal superior, maior, residente nesta Capital à Avenida Bernardo Monteiro, 1440/101, Funcionários, 3BH, filha de José Geraldo Bicalho e Ilza Cangussu Bicalho. (676349)
LUCAS PEREIRA DE JESUS JÚNIOR, solteiro, Servente (construção civil), nascido em 12 de agosto de 1998, natural de Itabela, BA, residente nesta Capital à R. Regencia, 310, Vila Santana do Cafezal, 3BH, filho de Lucas Pereira de Jesus e Zelia Santos de Jesus; e PALOMA MATOS RODRIGUES, solteira, Balconista, nascida em 11 de setembro de 1999, residente nesta Capital à R. Regencia, 310, Vila Santana do Cafezal, 3BH, filha de Lidiomar Rosa Rodrigues e Edicléia Soars de Matos. (676350) PEDRO DE ALMEIDA VIEIRA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR DE CARTEIRAS DE INVESTIM., maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Professor Santos Roscoe, 60, Belvedere, 3BH, filho de Marcilio Deolino Vieira e Célia de Almeida Vieira; e ISABELLA PUJATTI DE FREITAS, solteira, Cirurgiã dentista - clínico geral, maior, residente nesta Capital à Rua Professor Santos Roscoe, 60, Belvedere, 3BH, filha de Altino de Freitas e Maria Antonia Pujatti. (676351) VINÍCIUS CÉSAR SANTOS DE MAGALHÃES, SOLTEIRO, ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Almirante Alexandrino, 610/201, Gutierrez, 3BH, filho de José Raimundo Batista Magalhães e Regina Diniz Santos Magalhães; e AMANDA DINIZ MALHEIROS, solteira, Economista, maior, residente nesta Capital à Rua Paulo Afonso, 152/1001, Santa Antonio, 3BH, filha de Henrique Gonzaga Gonçalves Malheiros e Glícia Maria Pereira Diniz Malheiros. (676352) GUSTAVO DOS SANTOS GOMES, SOLTEIRO, AUXILIAR DE MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua José Perpétuo, 140, Serra, 3BH, filho de Manoel Rodrigues Gomes e Geralda Modesta dos Santos; e JACQUELINE CRISTINA GOMES DE SOUZA, solteira, Atendente de telemarketing, nascida em 31 de janeiro de 1997, residente nesta Capital à Rua José Perpétuo, 140, Serra, 3BH, filha de João Gomes de Souza e Maria Rodrigues de Sousa. (676353) BRUNO LOPES SOUZA MARIANO, SOLTEIRO, AUXILIAR ADMINISTRATIVO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Bandonion, Beco Canaã, 111, Serra, 3BH, filho de Dercilio de Souza Mariano e Raquel Aparecida Lopes; e SANDRA MARA MOURÃO KAZINILKI, divorciada, Manicure, maior, residente nesta Capital à Rua Francisco Badaro, 50, Nova Cintra, 4BH, filha de PAI IGNORADO e Alzira Mourão Kazinilki. (676354) TÂNIA FERREIRA AMARAL, DIVORCIADO, HISTORIADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Vinicius de Morais, 86/1203, Luxemburgo, 3BH, filho de Alcides Teixeira Amaral e Ione Ferreira Amaral; e CILENE DE FÁTIMA GOMES, solteira, Assistente social, maior, residente nesta Capital à Rua Vinicius de Morais, 86/1203, Luxemburgo, 3BH, filha de Benedito Gomes e Maria Emília Gomes. (676355) MARCIO COSTA ARMOND, SOLTEIRO, FUNCIONÁRIO PÚBLICO FEDERAL SUPERIOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Esmeralda, 246, Prado, 3BH, filho de Ildeu Lopes Armond e Lucy José Costa Armond; e CLAUDIENE DE SOUZA RAMOS, solteira, Vendedora de comércio varejista, maior, residente nesta Capital à Rua Mario Batista da Costa, 43, Planalto, VENDA NOVA, filha de José Eduardo Ramos e Madalena de Souza Ramos. (676356) JOÃO JOSÉ DE MACEDO NETO, SOLTEIRO, PERITO CRIMINAL FEDERAL, maior, natural de Feira de Santana, BA, residente nesta Capital à Rua São Paulo, 2500/1004, Lourdes, 3BH, filho de Givaldo Moreira Macedo e Mariza Souza Sodré Macedo; e LUCIANA GONÇALVES DE SOUZA SANTOS, divorciada, Cirurgiã dentista - protesista, maior, residente nesta Capital à Rua São Paulo, 2500/1004, Lourdes, 3BH, filha de Antonio Carlos dos Santos e Vânia Rodrigues dos Santos. (676357)
“Guarde Mais abre 2ª unidade em Minas” FONTE: DC Franquia – Diário do Comércio – 06/07/2017
O conteúdo que chama sua atenção, chama a atenção de seus clientes também. DC FRANQUIA no Diário do Comércio, conteúdo de alta relevância para a sua marca falar com o público certo.
DC FRANQUIA tem como objetivo contribuir para o fortalecimento
do franchising em Minas Gerais. Apresenta matérias sobre o resultado de empresas (franquias) instaladas no Estado, noticia a chegada de franqueadas e franqueadoras e artigos referentes à área. Periodicidade: página semanal.
ANUNCIE: (31) 3469-2060 | comercial@diariodocomercio.com.br
BERNARD MARTINS BRAGA, SOLTEIRO, IMPORTADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Rio Doce, 385/902, São Lucas, 3BH, filho de Sergio Olinto Duarte Braga e Simone Maria Lopes Martins Braga; e MARINA FONTES RABELLO, solteira, Adestrador de animais, maior, residente nesta Capital à Rua Rio de Janeiro, 2121/1501, Lourdes, 3BH, filha de Guilherme Rocha Rabello e Beatriz Fontes Rabello. (676358) CHRISTIANO CARNEIRO DE BRITO, SOLTEIRO, ADVOGADO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Samuel Pereira, 192/101, Anchieta, 3BH, filho de Eduardo Cirino de Brito e Julia Maria Carneiro de Brito; e ANA LUIZA SOUSA BRANT, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Fabio Couri, 20, Luxemburgo, 3BH, filha de Michel Asmar Brant e Joseane Aparecida de Sousa Brant. (676359) Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa. Belo Horizonte, 14 de setembro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 15 editais.
QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: WELLINGTON MARCAL, divorciado, motorista, nascido em 26/08/1972 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Lena, 45, Betania, Belo Horizonte, filho de JOAQUIM MARCAL e DEUSDEDIT LOIOLA MARCAL Com LUCIMAR FATIMA DA CRUZ, solteira, auxiliar admnistrativo, nascida em 02/04/1966 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Padre Lattenkamp, 93, Betania, Belo Horizonte, filha de JOAQUIM JOSE DA CRUZ e LOURDES MARIA DA CRUZ. ROMARIO COELHO AMORIM, solteiro, montador, nascido em 14/02/1994 em Afranio, PE, residente a Rua Elson Costa, 240, Betania, Belo Horizonte, filho de GILBERTO COELHO DE AMORIM e ROSILEIDE AGOSTINHA COELHO AMORIM Com FABIANA DANTAS DE MENEZES, solteira, gerente, nascida em 17/08/1983 em Crisopolis, BA, residente a Rua Elson Costa, 240, Betania, Belo Horizonte, filha de JOSE DANTAS DE MENEZES NETO e PAULA DANTAS DE MENEZES. PAULO RENATO RODRIGUES, solteiro, conferente, nascido em 22/05/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Paiva, 65, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de PEDRO INACIO RODRIGUES e LUZIA INES Com DENIVALDA RODRIGUES MENDES, solteira, auxiliar de serviços gerais, nascida em 09/02/1977 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Paiva, 65, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de FLORISVALDO RODRIGUES MENDES e ENEDINA RODRIGUES DE SOUZA. HARRY APARECIDO SOUZA, solteiro, policial, nascido em 04/05/1982 em Montes Claros, MG, residente a Rua Estrelitzia, 123 301, Havaí, Belo Horizonte, filho de ATENOR SOARES DE SOUZA e VALQUIRA OLIVEIRA SOUZA Com CASSIA RODRIGUES CARDOSO MARQUES, solteira, educação física, nascida em 12/04/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Estrelitzia, 123 301, Havaí, Belo Horizonte, filha de SEBASTIAO CARDOSO MARQUES e IRENE RODRIGUES HORTA MARQUES. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 14/09/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 4 editais.
19
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
LEGISLAÇÃO RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Empresas poderão tomar crédito novo Projeto que altera legislação em vigor deve ser encaminhado ao Congresso até a próxima semana São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o projeto de alteração da lei de recuperação judicial deve ser encaminhado ao Congresso até a próxima semana, após discurso na abertura do Prêmio Empresas Mais, do Grupo Estado. Durante o pronunciamento o ministro explicou que o projeto é abrangente e visa reformular todo o processo de recuperação judicial para que seja mais célere e para permitir que as empresas possam efetivamente se recuperar. Uma das mudanças, segundo ele, é permitir que as empresas em recuperação judicial possam tomar crédito novo e que esses novos financiamentos tenham prioridade sobre os créditos antigos. O ministro afirma que, para os credores antigos, essa possibilidade também é favorável, já que, com crédito novo, as empresas terão maiores chances de se recuperar e assim pagar os financiamentos anteriores. Outra alteração é que a nova lei vai evitar que um comprador de um ativo de uma empresa em recupe-
JOSÉ CRUS/ABr
ração judicial seja incluído na sucessão da dívida da empresa em recuperação, como pode eventualmente acontecer hoje. “A lei resolve isso e uma série de outras coisas”, disse. Meirelles disse que a proposta que busca acelerar o processo de recuperação judicial e de falências está sob análise final do corpo técnico, mas deve ser liberada em breve. “Estamos encaminhando para ser analisada pelos órgãos técnicos do governo para que isso possa ser encaminhado para o Congresso até semana que vem”, afirmou. Pelo projeto, as empresas falidas poderão tomar empréstimos com os credores. Aqueles que aceitarem liberar créditos ganham prioridade na fila de pagamentos. Reportagem da “Folha de S.Paulo” mostrou que uma das alterações mais relevantes na legislação em vigor (de 2005) é que os credores poderão apresentar o plano de recuperação judicial - hoje só os controladores podem fazer isso. Com a proposta, o governo tenta diminuir o prazo médio da recuperação judi-
cial para um intervalo entre três e quatro anos. Dados da Serasa Experian mostram que, hoje, o processo demora quase cinco anos. Apenas uma em quatro empresas conseguem efetivamente se recuperar. Em agosto, os pedidos de falência cresceram 2,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já as recuperações judiciais requeridas subiram 25,5% na mesma base comparativa. Outro ponto importante da nova lei deverá ser o abatimento do imposto cobrado quando a empresa negocia uma redução da dívida. Tratada pelo Fisco como ganho de capital, a redução implica pagamento de Imposto de Renda que supera 30%. Isso aumenta o ônus tributário para uma empresa que já está mal das pernas. Incerteza - A nova legislação deverá deixar claro que quem comprar uma empresa de um grupo em crise não assumirá dívidas de todo o grupo. A legislação atual é vaga nesse ponto, o que gera incerteza a eventuais compradores e reduz o valor da venda.
Para o especialista em reestruturação de empresas Luis Alberto Paiva, economista e presidente da Corporate Consulting, a instauração de mais tribunais especializados em recuperações judiciais, rolagem de dívidas fiscais e adequação de outros prazos referentes ao processo de reestruturação seriam bem-vindos. “A Lei 11.101 (que trata da recuperação e falência de empresas no Brasil) não é ruim, mas contém pontos que travam a evolução do quadro das empresas em crise. O novo projeto deve focar mais nos mecanismos de recuperação. Assim, o processo ocorreria de maneira mais natural inclusive para os credores”, avalia. O economista pondera alguns pontos da lei que merecem atenção, na ótica de tornar os projetos de recuperação realmente viáveis e dentro de seu objetivo principal: fazer as empresas voltarem a prosperar e, por consequência, pagarem seus credores de todas as classes: “Seria importante que as empresas em recuperação judicial tivessem um tratamento fiscal específico - hoje elas
Henrique Meirelles quer acelerar processo de recuperação
têm a mesma carga e prazos de qualquer companhia. Não falo de isenções, perdões e afins, mas alargar prazos ou parcelamentos maiores, por exemplo, a fim de dar fôlego ao caixa”, ressalta. No modelo atual, os passivos trabalhistas devem ser liquidados em 12 meses. Para o especialista, na imensa maioria dos casos, esse prazo é insuficiente já que as empresas se encontram sem caixa e com operação muitas vezes paralisada, colocando em risco inclusive
PDG consegue blindagem contra execuções São Paulo - O juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, João de Oliveira Rodrigues Filho, garantiu à incorporadora PDG Realty a blindagem contra ações e execuções até que o plano de recuperação judicial seja votado durante assembleia de credores. Por enquanto, não há data para realização da assembleia. Em parecer publicado na última quarta-feira à noite, Oliveira admite a complexidade do processo, que não poderia ser tratado nos 180 dias previstos na lei, mesmo que contados em dias úteis. O magistrado também cita que há um “salutar ambiente de negociação entre as recuperandas e as maiores instituições financeiras do País”, com o objetivo de encontrar uma saída para a continuidade das operações e entrega dos imóveis, o que atenderia o interesse de todas as partes envolvidas no processo. O parecer do juiz atendeu a solicitação de mais prazo feita
pela PDG na semana passada. A companhia entrou em recuperação judicial em fevereiro, após acumular R$ 5,75 bilhões em dívidas com 23 mil credores. Atualmente, segue em negociação com seus principais credores, entre eles Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco. O juiz também chamou a atenção da incorporadora e dos bancos sobre o que considera um excesso de petições, que vêm tumultuando o andamento da causa. Segundo Oliveira, é preciso haver maior “cooperação processual” das partes. “Todas as petições envolvendo questão atinente à possibilidade de recuperação judicial de sociedades de Propósito Específico (SPEs), patrimônio de afetação e de securitizadora de recebíveis serão decididas em momento oportuno, conforme já decidido reiteradamente”, afirmou Oliveira. Mediação - De acordo com a Lei
nº 11.101 de 2005, a recuperação judicial tem por objetivo evitar que as empresas que estejam passando por uma situação de crise econômico-financeira fechem as portas, mantendo assim o emprego dos trabalhadores e os interesses dos credores. A ideia é reoxigenar a empresa por meio da renegociação das dívidas, com o benefício de ter o Judiciário como mediador. A Lei 11.101 substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. Enquanto a concordata restringia-se à remissão de dívidas e ampliação de prazos para pagamento dos credores, a recuperação judicial exige que os gestores façam um plano de reestruturação, com diversas medidas de ordem financeira, jurídica, econômica e comercial, que devem conferir efetivas chances para a superação da situação de crise. Além disso, na recuperação judicial os credores participam da elaboração desse plano e também são
responsáveis pela aprovação ou rejeição da estratégia escolhida pelo devedor, bem como pela fiscalização do seu cumprimento. Na concordata, os credores eram meros espectadores que deveriam contentar-se com a remissão e/ ou moratória imposta. A recuperação judicial pode ser utilizada por empresas de qualquer porte, desde microempresas até multinacionais. No entanto, a lei não vale para empresas públicas e sociedades de economia mista, além de cooperativas de crédito e planos de assistência à saúde, entre outras. Também são estipulados alguns critérios a respeito do histórico da empresa e do empresário. Para ter direito à recuperação judicial, a instituição deve desempenhar as atividades há mais de dois anos, não pode ter realizado uma requisição de recuperação judicial há menos de cinco anos e o empresário não pode ter sido condenado em crime falimentar. (AE)
LEI GERAL
Simples gera expansão de empreendimentos Brasília - Entre os anos de 2007 e 2016, o número de empreendimentos de pequeno porte no Brasil passou de 2,5 milhões para 11,6 milhões, ou seja, uma média de crescimento de quase um milhão de pequenos negócios por ano. De acordo com estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a expectativa é que o empreendedorismo continue em ascensão, e que, em 2022, existam no País 17,7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) e de micro e pequenas empresas. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, explica que a criação do Simples Nacional, que completou dez anos de implementação em julho, foi fator
essencial para o aumento do empreendedorismo no Brasil. “A desburocratização e a redução da carga tributária estimularam a formalização de empreendimentos que já existiam e fez com o que brasileiro pudesse tornar realidade o sonho de ser dono do seu próprio negócio”, ressalta o presidente. O estudo realizado pelo Sebrae detectou que a proporção de proprietários de negócios não formalizados em relação aos formalizados tem diminuído ano a ano, desde que o Simples Nacional foi implantado. Em dezembro de 2007, o Brasil possuía 22,7 milhões de donos de negócios, mas só 11% (2,5 milhões) tinham um negócio formal. Até o fiml deste ano, o número
de empreendedores formalizados corresponderá a 50% dos 26,1 milhões de donos de negócios, e até 2022, esse número irá saltar para 63% de um universo de 28 milhões. Afif também destaca que o aumento de formalizações gera um impacto direto nos cofres públicos. A participação do Simples Nacional na arrecadação total dos tributos federais quase que dobrou no período de 2007 e 2016, passando de 4,2% para 7,9%. “Desconheço qualquer outro segmento da economia que tenham dobrado a participação na arrecadação. Quando o Simples foi criado, houve muita gente alegando que os governos iriam perder receita. Hoje, temos a prova de que quanto mais simplifi-
camos e diminuímos a carga tributária, mais arrecada-se e formaliza-se”, realça o presidente do Sebrae. Em 2008, o Simples arrecadou R$ 41 bilhões, já no ano passado, esse valor saltou para R$ 73 bilhões. Unificação - O Simples Nacional surgiu com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aprovada em 2006, e entrou em vigor em julho de 2007. Esse sistema tributário é um regime unificado (União, estados e municípios) de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos, destinado às micro e pequenas empresas, que pagam em um único boleto oito impostos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto
sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social de Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/ Pasep) e a Contribuição Patronal Previdenciária. O Sebrae comemora este ano quatro décadas e meia de atuação em defesa dos pequenos negócios. As micro e pequenas empresas representam 98,5/% do total de empreendedores no Brasil, respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e geram mais da metade dos empregos no País. (ASN)
o recebimento por parte dos trabalhadores com crédito junto à empresa; “O ponto mais importante é o que o Judiciário tenha condições de analisar e barrar pedidos de recuperação judicial que não demonstrem potencial de realmente recuperar a empresa ou ainda que sejam colocados somente para protelar dívidas. Esse é um dos principais motivos de dois terços das recuperações judiciais não vingarem no Brasil”, afirma Paiva. (AE/FP)
BENEFÍCIOS
Governo inicia pagamento de abono do PIS/Pasep São Paulo - O Ministério do Trabalho começou a liberar ontem o pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), ano-base 2016, para os trabalhadores nascidos em setembro. O benefício ficará disponível para saque nos bancos até 30 de junho de 2018. Desde ontem, os servidores públicos com inscrição de final 2 podem retirar o benefício no Banco do Brasil. Já os trabalhadores da iniciativa privada poderão sacar em qualquer agência da Caixa Econômica Federal ou casas lotéricas de todo o País. Quem trabalhou formalmente por pelo menos um mês no ano passado, com remuneração média de até dois salários mínimos, tem direito ao benefício. O valor vai depender de quanto tempo a pessoa trabalhou em 2016. Quem esteve empregado formalmente durante todo o ano vai receber R$ 937, o valor do salário mínimo. Quem trabalhou apenas um mês, receberá um doze avos dessa quantia, e assim sucessivamente. O site da Caixa (www.caixa.gov.br) disponibiliza a tabela de exemplos, com base no salário mínimo. O Ministério do Trabalho identificou 24,34 milhões de brasileiros com direito ao PIS/Pasep, ano-base 2016. O calendário de pagamentos foi aberto em julho deste ano. Até o fml de agosto, 3,6 milhões de trabalhadores tinham sacado o benefício, o que corresponde a 14.85% do total. O último lote do abono será liberado em março de 2018. (ABr)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2017
20
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
Bichos da fazenda e tecnologia Bichos e plantações típicas de uma fazenda vão encantar crianças e adultos por meio da tecnologia, marcando as comemorações de 25 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Conhecida como realidade aumentada, a técnica permite que o mundo real e o virtual se misturem através da projeção de figuras em um cenário filmado. A exibição pode ser vista no Boulevard Shopping, na região Leste de Belo Horizonte, até o próximo domingo. Paralelamente à atração, as pessoas poderão conhecer o trabalho desenvolvido pelo Senar na formação profissional rural.
“Uma janela para o futuro” Espanto e alegria marcaram a manhã das crianças que estiveram na abertura da exibição “Uma janela para o futuro do Brasil”, ação em realidade aumentada que marca os 25 anos do Senar. Atentas ao telão, elas viram de pertinho cavalos, galinhas, porcos e outros animais típicos da fazenda, assim como plantações e até um trator. Até o próximo domingo), mais escolas estão agendadas para conferirem a novidade, que está montada na praça central do Boulevard Shopping. Toda a ação é gratuita e está disponível durante todo o horário de funcionamento do centro de compras da região Leste de Belo Horizonte.
Campanha de multivacinação A Campanha Nacional de Multivacinação 2017, aberta na última segunda-feira e que prossegue até o próximo dia 22, tem como objetivo atualizar o cartão de vacinação de crianças e adolescentes de zero a 15 anos. São oferecidas todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. Em Minas Gerais, será ofertada também a vacina contra febre amarela para as pessoas a partir de 9 meses de idade até 59 anos. Amanhã, as unidades básicas de Saúde (UBS) de todo o País estarão abertas em função do Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação. Em Belo Horizonte, o evento começará às 9h30 no centro de saúde Paraíso, na avenida Mem de Sá, 1001, bairro Paraíso.
VIVER EM VOZ ALTA
A fascinante obra romanesca de Elvira Vigna
LEO LARA / ÀRVORE DE COMUNICAÇÃO
ROGÉRIO FARIA TAVARES *
Como pude demorar tanto para começar a ler os livros da escritora carioca Elvira Vigna? Falecida em decorrência de um câncer, em julho passado, aos 70 anos, em São Paulo, ela deixou dez romances, lançados entre 1997 e 2016. “Às seis em ponto”, de 98, ganhou o tradicional ‘Prêmio Cidade de Belo Horizonte’ de melhor romance. “Nada a dizer”, de 2010, foi o vencedor do prêmio de melhor obra de ficção, da Academia Brasileira de Letras. Os títulos são sedutores e intrigantes. Relaciono apenas alguns: “Coisas que os homens não entendem”, “A um passo”, “Deixei ele lá e vim”. Antes de buscar o leitor adulto, a autora se dedicou ao público infantil, tendo sido premiada com um Jabuti por “Lã de Umbigo”, de 79. Sua longa carreira como ilustradora também foi parte importante de sua trajetória nas Letras e seguramente influenciou na elaboração de seu texto, habilíssimo na construção das cenas e das imagens. “O que deu para fazer em matéria de história de amor”, lançado pela Companhia das Letras em 2012, foi finalista do Jabuti e do Prêmio São Paulo. A personagem narradora fala sobre sua relação com uma família de alemães, à qual pertence Roger, de quem é sócia numa galeria de arte. Por meio dela, é possível conhecer as histórias de Arno, Gunther e Rose, fascinantes pelo modo como são engendradas. A linguagem coloquial, próxima da oralidade, e os cenários urbanos de um
Cem anos de Odair de Oliveira Na próxima segunda-feira, às 19h30, a Academia Mineira de Letras (rua da Bahia, 1466, Lourdes) realiza a sessão especial “Cem anos de Odair de Oliveira: uma história que deixou saudades” para celebrar o centenário de nascimento do acadêmico. Renata Barbosa de Oliveira, filha de Odair de Oliveira, participa contando a história de vida, carreira, família, amigos, principais conquistas e condecorações do jornalista, segundo sucessor da cadeira de número 15 da AML. O evento faz parte do programa Universidade Livre – Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH. A entrada é gratuita.
com quem ele se relaciona, sobretudo em viagens de trabalho. Sofisticada e complexa, a narrativa de Elvira Vigna não é facilmente desvendada da primeira vez. Muitas vezes vem cifrada, estimulando o leitor a participar de um estimulante jogo em torno do texto literário, como costumam fazer os grandes mestres, aqueles que ficarão. Leio que a autora ainda deixou três livros inéditos. Tomara que venham logo a público. *Jornalista. Da Academia Mineira de Letras
CULTURA DIVULGAÇÃO
Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal, Centro) Exposição “Legados da Grécia” - A Grécia, com toda sua riqueza e mistério, poderá ser apreciada na exposição interativa “Legados da Grécia”, berço da cultura ocidental com 4.000 anos de história, incluindo os 12 deuses do Olimpo, réplica do Cavalo de Troia, labirinto do Minotauro, arquitetura, artes plásticas, filosofia, literatura, medicina, ciências, esporte, música e teatro. Quando: até 17 de setembro Quanto: entrada gratuita Onde: BH Shopping (pisos BH e Mariana)
“Hora do Conto e da Leitura” Literatura e música se encontram na próxima edição da “Hora do Conto e da Leitura”, que acontece amanhã, no Setor Infanto-juvenil da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, espaço integrante do Circuito Liberdade. O projeto recebe a professora, escritora e compositora Kátia Peifer para uma atividade recheada de histórias musicais inspiradas em narrativas presentes em seus livros. Batizada de “Quem já viu, levante a mão”, a programação também conta com a presença de Mariana Peifer, filha da autora. Em conjunto, as duas interpretam as músicas do álbum “No jardim das margaridas”, e realizam um pot-pourri com as narrativas presentes nas obras “Até, Zé”, “Bolinhos e beijos de fubá” e “Quem já viu, um vagalume”, todos de autoria de Kátia. A entrada é gratuita.
Brasil do século XX e um são outros traços marcantes da produção de Elvira, que constrói personagens atordoados pela vida contemporânea e os seus dramas: a solidão, a violência, a dificuldade de comunicação entre as pessoas. “Como se estivéssemos em palimpsesto de putas”, editado pela Companhia das Letras no ano passado, é o seu último livro publicado, e ganhou o prêmio de melhor romance da Associação Paulista de Críticos de Arte. Por meio de sua leitura, é possível penetrar no universo de Lola, Mariana, João e das inúmeras garotas de programa
Artes plásticas
Cinema Russo - Organizado pelo Centro de Cultura Popular (CPC), a mostra “100 Anos da Revolução de Outubro” reúne 22 filmes que abordam diferentes períodos históricos da Rússia, da pré-revolução até a atualidade, como “O Cartão do Partido” (foto), dirigido por| Ivan Pyryev, de| 1936, e “Cavaleiros de Ferro” (Aleksandr Nevsky), dirigido por Serguei Eisenstein, de 1938. Quando: até 8 de outubro Quanto: entrada gratuita Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89 – Santa Tereza) Teatro Macunaíma - O espetáculo “Macunaíma Gourmet”, do grupo “Pigmalião Escultura que Mexe”, é uma releitura de Macunaíma, livro de Mário de Andrade, clássico da literatura nacional. Quando: até 30 de setembro (20h) Quanto: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia) Onde: Teatro Francisco Nunes (avenida
Cerâmica - “Solo – Álbum das glórias musicais brasileiras” é o nome da exposição de cerâmicas do artista plástico itabirano Genin Guerra, na qual ele retrata grandes compositores brasileiros de todos os tempos. O nome Solo, explica Genin, além de terra, chão, significa tocado ou cantado por um só artista. Será exibido documentário sobre o trabalho de Genin Guerra, dirigido pelo fotógrafo e videomaker Marcelo Rosa. Quando: até 1º de outubro, das 10h às 21h Quanto: entrada franca Onde: MIS Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza)
Liberdade, 10, Funcionários) Circo Espetáculo - A 2ª Mostra Tudo traz espetáculos gratuitos em diversas regiões de Belo Horizonte. As apresentações gratuitas têm como ponto em comum a comicidade e a palhaçaria. Promovido pela Cia. Circunstância, o evento conta com a presença de várias trupes nacionais e tem o objetivo de reunir as mais diversas linguagens circenses. As atrações de hoje são “Blitz - O império que nunca dorme” com a trupe Olho da Rua (Santos/SP) e “O Cabaré das Martas”, com a Cia. Las Martas. Quando: 15 de setembro (19h) Quanto: entrada gratuita Onde: Espaço Comum Luiz Estrela (rua Manaus, 348, Santa Efigênia) Musical Reality show - Segunda montagem com direção e produção de Rafael Zulu e Lidy Marx, “É show: o mundo animal” narra a história de um teatro habitado por animais. Quando: 16 de setembro (16h) Quanto: R$ 50,00 Onde: Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube (rua da Bahia, 2.244, Lourdes) DIVULGAÇÃO
Grupo vocal Música na Capela - Com regência de Hudson Brasil, o grupo vocal Coro de Cobras apresenta repertório de samba, bossa-nova e MPB no programa “Música na Capela” Quando: 17 de setembro (11h às 12h) Quanto: entrada gratuita, com espaço sujeito a lotação (80 lugares) Onde: Casa Fiat de Cultura (Praça da
www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067