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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.485 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017 DAVID ALVES/DIVULGAÇÃO

EDITORIAL

Quanto às expectativas para os próximos seis meses, todos os indicadores mostraram recuo em outubro no comparativo com setembro

Nível de produção da indústria em Minas recuou em setembro Com desempenho volátil, retomada da atividade é lenta e gradual Após apresentar resultado positivo por dois meses seguidos, o nível de produção da indústria em Minas recuou, atingindo 45,5 pontos em setembro. O indicador teve queda

de 9,4 pontos no comparativo com agosto, que atingiu 54,9 pontos. Em julho, o nível de produção foi de 51 pontos. Já no mês de setembro do ano passado, o índice era de 45,7

pontos. As informações constam na Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O nível de emprego passou de 48,1,

em agosto para 46,1, em setembro. Já a utilização da capacidade instalada teve queda de 4,1 pontos, passando de 43,9 em agosto para 39,8 em setembro. Pág. 3

Grande BH ganha mais uma loja do Apoio Mineiro O Grupo Super Nosso inaugurou ontem a 14ª unidade do atacarejo Apoio Mineiro, no bairro Morada Nova, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Localizado às margens da BR-040, o supermercado recebeu investimento de R$ 5 milhões e deve atender cerca de 15 bairros no entorno. A loja possui 3.500 metros quadrados de área construída, 2 mil metros quadrados de área de vendas e 71 vagas para estacionamento. Com apenas três horas de operação, a loja bateu a expectativa de clientes e, no fim da tarde, superou a meta de vendas, que era de R$ 500 mil. Pág. 11

DIVULGAÇÃO

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Usiminas se destaca por ser a única usina integrada da Nippon Steel no mundo

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Assaí Atacadista inaugura em Uberlândia primeira unidade e prepara expansão em MG

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Dólar - dia 26

Euro - dia 26

Comercial

Compra: R$

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ALISSON J. SILVA

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu, em apenas um dia, 77 pedidos de novos voos a partir do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. As solicitações coincidem com a liberação, por parte do Ministério dos Transportes, da volta dos voos comerciais de grande porte ao aeródromo, o que Não há prazo regimental para a análise dos pedidos ocorreu anteontem. Pág. 6

Venda: R$ 3,7979

Poupança (dia 27): ............ 0,4690%

Turismo Compra: R$ 3,2430 Venda: R$ 3,4270

Nova York (onça-troy): US$ 1.269,60

IPCA-Ipead (Setembro): ..... 0,27%

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IGP-M (Setembro): ................... 0,47%

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 27): ............................. 0,0000% IPCA-IBGE (Setembro): ..... 0,16%

Ptax (BC)

Um movimento contrário à aplicação da nova legislação trabalhista, que deverá vigorar a partir de 11 de novembro, eclodiu em Brasília. A resistência tem como pretexto o fato de que a inovação, além de contrariar a Lei Maior, conflita com as convenções da Organização Internacional do Trabalho, de que o Brasil é signatário. A sabotagem prometida pelos fiscais, procuradores e juízes do Trabalho às alterações introduzidas pelo presidente Michel Temer, antes de “preservar a justiça social”, através de um “controle difuso”, como foi alardeado, é um desafio ao império da lei que não pode e não deve ficar sujeito a procedimentos que colocam em risco o decantado Estado de Direito. (Aristoteles Atheniense), pág. 2

Após liberação do aeroporto da Pampulha, aéreas solicitam voos

Ouro - dia 26

Compra: R$ 3,2438 Venda: R$ 3,2444

OPINIÃO

O Grupo Super Nosso conta hoje com 37 unidades espalhadas em Belo Horizonte e região metropolitana

Café Santa Mônica investe no mix para o varejo brasileiro e aposta na inovação

Compra: R$ 3,2840 Venda: R$ 3,2845

É raro rodar pelo País e se deparar com obras essenciais para a população sendo executadas, sobretudo de infraestrutura. Os investimentos no País praticamente estão paralisados. A crise econômica; a dificuldade de realizar as reformas, sobretudo da Previdência Social; e a crise institucional são as principais justificativas quando o primeiro escalão do governo federal é questionado sobre a escassez dos recursos públicos. Justificativa, no mínimo, demagoga quando torna-se pública a informação de que a negociação política para barrar as duas denúncias criminais contra o presidente da República, Michel Temer, tem um custo que pode chegar a R$ 32,1 bilhões. “Descaso ou incompetência”, pág. 2

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O Equinox, utilitário esportivo de maior sucesso da marca no mundo, de acordo com a Chevrolet, acaba de chegar ao mercado brasileiro. O SUV agrega sofisticação, tecnologias voltadas para a segurança e um conjunto mecânico poderoso. Págs. 11 a 14


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017

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OPINIÃO Sabotagem à nova lei ARISTOTELES ATHENIENSE * Eclodiu em Brasília um movimento contrário à aplicação da nova legislação trabalhista, que deverá vigorar a partir de 11 de novembro vindouro. A resistência tem como pretexto o fato de que a inovação, além de contrariar a Lei Maior, conflita com as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de que o Brasil é signatário. O encontro reuniu 350 juízes, 30 procuradores e 70 fiscais trabalhistas. Além de contar com o apoio do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a iniciativa foi prestigiada pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), que conclamou a adesão de seus filiados em 125 enunciados. Assim, a vingar a parede instituída por esses órgãos de classe, a justiça obreira deverá ignorar as regras sobre a terceirização, o não reconhecimento de vínculo empregatício de trabalhadores autônomos, contratação de trabalho intermitente para

qualquer setor, limitação de valores por danos morais e a possibilidade de se estabelecer jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, mediante acordo individual. Ainda que sustentando a conveniência de se interpretar as novas normas “de modo coerente com a Constituição”, o que prevaleceu na tomada dessa proposta foi um enviesamento ideológico, com manifesta afronta ao Legislativo que aprovou a reforma com obediência ao que prescreve a Constituição. A sabotagem prometida pelos fiscais, procuradores e juízes do Trabalho às alterações introduzidas pelo presidente Temer, antes de “preservar a justiça social”, através de um “controle difuso”, como foi alardeado, é um desafio ao império da lei que não pode e não deve ficar sujeito a procedimentos que colocam em risco o decantado Estado de Direito. São atitudes como essas, patrocinadas, inclusi-

ve, por magistrados, que concorrem para a adesão à proposta do General Mourão, ao admitir a possibilidade de intervenção militar ante a incapacidade da Justiça de punir os corruptos e fazer cumprir a lei no seu conteúdo. E, também, contribuem para que expressiva parcela da população desacredite em solução democrática para a crise atual. Na medida em que o próprio Judiciário se rebela contra o novo sistema normativo, não faltarão propostas audazes sustentando o nosso despreparo em conviver com o regime por que optaram os constituintes de 1988. A Ordem dos Advogados do Brasil, mesmo não aplaudindo o governo Temer, deve fazer valer a sua autoridade perante a opinião pública, resguardando a eficácia da reorganização trabalhista nos exatos termos em que foi aprovada. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do iamg

Religiosidade x Nação NAIR COSTA MULS * Um padre, uma umbandista, um muçulmano, uma protestante (batista) e um historiador, professor de Ciência da Religião da PUC/MG. Discussão em torno da questão da Nação e Religiosidade, no dia 4 de outubro. Pode parecer estranho para muitos dos empresários e homens de negócios mineiros que se discuta, através do DIÁRIO DO COMÉRCIO, questões ligadas à religião, embora empresários deste mundo já estejam preocupados, há muito tempo, e através de associações específicas, com a responsabilidade dos cristãos na direção e na vida das empresas. O debate se situou no quadro proposto pelo Diálogos DC, como etapa do Movimento Minas 2032, na busca de um projeto para a Minas que queremos em 2032. O diálogo e o debate entre diferentes segmentos e setores do empresariado e da sociedade civil foram os instrumentos escolhidos, a partir dos temas propostos pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), instituído pela ONU em 2015. Nesse contexto, diferentes questões foram debatidas, tais como a corresponsabilidade institucional por uma sociedade pacífica, inclusiva e sustentável; o papel da liderança; a questão da educação e do protagonismo da juventude; o papel da educação na transmissão e no fortalecimento dos valores humanos; a qualidade da democracia; uma nova economia (inovação e tecnologia); e, entre outros, o papel do Estado na transformação da sociedade. Faltava o conceito de nação e o papel das religiões e da religiosidade na construção de um sentimento de pertencimento a uma nação. Se aceitarmos que o senso religioso tem sido a base dos processos civilizatórios e que a religião tem sido um dos traços constitutivos das diferentes nações, haveria a possibilidade de, mesmo com uma diversidade de religiões, um país se constituir como nação? O debate foi rico, provocador e bastante animador. Apresentando os traços principais de suas respectivas religiões, os diferentes palestrantes mostraram que a essência de todas elas é a mesma: a busca de transcendência, o amor e o respeito ao outro e a implantação de uma sociedade onde reine a solidariedade, a compaixão e a justiça e se assegure a dignidade humana. Assim, apesar das diferenças entre as formas de manifestação e vivência de suas crenças, é possível não só o diálogo entre elas como, através delas, a construção de uma identidade, de um sentimento de pertencimento a uma nação se nos ativermos aos valores que constituem a base de todas essas religiões. “O respeito às diversidades é o primeiro passo, mesmo diferentes, as religiões podem contribuir para um mundo melhor, pois nenhuma religião ensina o homem a fazer o mal”, assegura Makota, coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileira. “A convivência precisa ser melhor não apenas entre os religiosos, mas também entre aqueles que estão em caminhos diferentes”, assevera o Sheikh Mokhtar El-Khal, do Centro Islâmico de Minas Gerais. “Se vc. está com Deus, nunca vai fazer coisas que desagradam ou façam mal ao outro”, afirmou. Cada religião tem um grande potencial para acolher o outro enquanto ser holístico e não apenas espiritual, disse Petrúcia de Melo Andrade, responsável pelo Comitê de Ação Social e Institucional da Igreja Batista Central. “Precisamos cuidar do espiritual e evangelizar, mas também precisamos atender o ser humano na sua integridade, inclusive cuidando do meio ambiente, trabalhando para a transformação desse mundo em um mundo melhor. Como, aliás também adverte o Papa Francisco: “é tempo de cuidar da casa comum”, lembramos nós.

Cada um desses grupos, procurando viver a sua fé, desenvolve diferentes ações pelo bem-estar espiritual e social das pessoas de suas comunidades ou não; seja nas comunidades carentes, com mulheres negras, com jovens, nas diferentes favelas ou paróquias da cidade e mesmo nas prisões. No morro do Papagaio, por exemplo, o padre Mauro criou, junto com seus paroquianos, um museu dos Quilombos e Favelas urbanas, o Muquifo; pelos sertões de Minas a Igreja Batista Mineira leva o Programa Rota da Saúde, para atendimento médico no interior, as Dez Metas Para Crianças e Adolescentes, preparando-as para o futuro; ou o trabalho da Capelania Prisional com o seu programa Casa Alma Livre, de acolhimento, desenvolvimento e formação das mulheres para o trabalho. Em todas essas ações, as diferentes religiões acentuam o valor do amor, da união, do acolhimento, da solidariedade na resistência e na defesa do bem comum e na criação de uma sociedade melhor e mais justa. Nada do confronto, do fundamentalismo ou do extremismo que se nota em certos grupos que se dizem religiosos... No debate que se seguiu, vários dos presentes levantaram a importância de um sentimento religioso profundo, que leva sempre à preocupação com o bem-estar do ser humano e a ações que possam transformar o mundo em um lugar melhor; dá vida, inclusive, às especulações científicas, que podem assim se tornar mais voltadas para o bem-estar do homem e do planeta terra. Fé que se transforma em testemunho, em prática na vida diária, no trabalho, na família, nas empresas, nas diferentes entidades, sempre acreditando no potencial do outro. Até na busca da felicidade pessoal, a religiosidade e a fé dão sustentação a uma proposta de vida por um mundo melhor, como sustenta Adriano Macedo. Concluindo o debate, ficou claro que essa responsabilidade cabe fundamentalmente à sociedade, seja através das igrejas, de grupos voluntários ou entidades civis. Pois se o Estado e os governos são responsáveis pelas políticas públicas, “essas só são efetivadas quando a sociedade está na ponta”, diz Petrúcia. Todavia, queremos lembrar aqui um ponto importante: é preciso não só que o Estado seja laico, como as diferentes igrejas assumam a fundo a palavra do Ser divino que lhes serve de guia. Não basta que apenas alguns iluminados o façam. É preciso que as autoridades de cada uma delas ajam como verdadeiros pastores, a guiar, a iluminar e a incentivar seus fiéis. E ainda, outra questão: como fazer desse amor um ponto de partida, numa sociedade profundamente desigual? pergunta Makota. “Só é possível construir uma nação se ela reconhecer todos os cidadãos pela equidade”, frisou a líder umbandista. Voltamos então à velha questão: se a coexistência de religiões diferentes podem não impedir a formação de uma nação, o que fazer com as nossas brutais desigualdades sociais? O Papa Francisco em suas encíclicas e homilias sempre insiste na responsabilidade do cristão por um capitalismo mais humano. Podem essas diferentes religiões que fazem parte da nossa história, pelos valores que defendem, exigir um capitalismo menos perverso e uma sociedade justa onde todos sejam respeitados como seres humanos, integrais e transcendentes que são? E, do ponto de vista da nação, garantir direitos iguais e vida digna para todos os cidadãos? *Doutora em Sociologia, professora aposentada da UFMG-Fafich

A renovação política necessária JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO * Já estamos nos aproximando de 2018, quando acontecerão as eleições. A população inteira deve ficar de olho nos senadores, deputados federais e estaduais que estão procurando se reeleger. É no Congresso que se concentra o maior poder da República e uma boa parte dos senadores e deputados está fazendo de tudo para enterrar as investigações da Operação Lava Jato. A explicação é simples: como boa parte dos políticos está totalmente envolvida em escândalos e alguns foram nomeados para organismos pertencentes ao governo, com objetivo de arrecadar vultosas propinas das empresas que prestam serviços para a União, os Estados e Municípios, arrecadar dinheiro para os partidos políticos e para os próprios bolsos virou um autêntico “maná”, como se diz na gíria popular. Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, existem profundas semelhanças entre o que ocorreu na Itália e o que está acontecendo no Brasil. Enquanto naquele país europeu a operação

Mãos Limpas revelou a corrupção política italiana, no Brasil, a Operação Lava Jato vem procedendo de forma semelhante. O processo político brasileiro, na atualidade, vem revelando a podridão que acontece no Brasil trazendo enormes prejuízos para a população como um todo. O que assistimos no País descoberto por Cabral, na atualidade, são vários políticos de partidos diferentes tentando a todo momento jogar pedras e outras coisas indignas para cima de quem participa do processo de limpeza da política brasileira. O que não engana ninguém é que, no meio dos futuros candidatos à reeleição em 2018, teremos uma grande leva de políticos totalmente envolvidos na Lava Jato, Mensalões e obtenção de dinheiro através de propinas e outros atos ilícitos. A população que se cuide. Apesar de o povo já estar cansado de ver nos jornais, estações de rádio ou TV notícias que preenchem todo o noticiário, hoje revelando uma coisa e amanhã outra semelhante, teremos sempre ouvidos e olhos para fatos

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novos. O que é certo é que será muito difícil se dizer hoje o que poderá acontecer amanhã ou nas eleições de 2018. Precisamos ficar atentos porque a corrupção só tenderá a piorar se não houver reais punições aos culpados. Para burlar as leis eleitorais, um processo quase novo começa a acontecer no Brasil, que são as carreatas. Um exemplo é que o ex-presidente Lula, quase tendo a certeza que acabará condenado pela Justiça, iniciou poucos dias atrás sua peregrinação pelo País tentando “tapar o sol com a peneira”. Se suas promessas ou ameaças darão certo é uma outra história. Se o povo promover uma profunda renovação no Congresso, é possível que uma boa parte dos políticos interessados em enterrar a Lava Jato não esteja mais no poder e que boa parte dos processos em andamento acabe justamente nas mãos de juízes da primeira instância como Sérgio Moro.

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Descaso ou incompetência? Os investimentos no Brasil estão praticamente congelados. É raro rodar pelo País e se deparar com obras essenciais para a população sendo executadas, sobretudo de infraestrutura. A crise econômica; a dificuldade de realizar as reformas, sobretudo da Previdência; e a crise institucional são as principais justificativas quando o primeiro escalão do governo federal é questionado sobre a escassez dos recursos públicos. Justificativa, no mínimo, demagoga quando torna-se pública a informação de que a negociação política para barrar as duas denúncias criminais contra o presidente da República, Michel Temer, tem um custo que pode chegar a R$ 32,1 bilhões. Somente em Minas Gerais a obra que prometia duplicar os 303 quilômetros da BR381, do trecho conhecido como “Rodovia da Morte”, entre Belo Horizonte No Estado, este é só e Governador um exemplo. Em Belo Valadares, na Horizonte, o projeto de região do Vale do expansão do metrô já Rio Doce, custaria virou lenda. Quantas aos cofres públicos R$ 4 bilhões, de pontes, rodovias, acordo com o túneis e escolas Movimento Nova estão inacabadas? 381, da Federação Moradores de centenas das Indústrias do de municípios ainda Estado de Minas convivem com esgotos Gerais (Fiemg). a céu aberto e ruas A duplicação da BR–381 foi que sequer foram anunciada ainda pavimentadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2010. A ordem de serviço para o início das obras só foi assinada quatro anos depois, pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, o prazo para a conclusão dos serviços era de três anos. Após três anos de obras, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) entregou apenas 2 quilômetros de duplicação. No Estado, este é só um exemplo. Em Belo Horizonte, o projeto de expansão do metrô já virou lenda. Quantas pontes, rodovias, túneis e escolas estão inacabadas? Moradores de centenas de municípios ainda convivem com esgotos a céu aberto e ruas que sequer foram pavimentadas. Todos esses problemas já se transformaram em estatísticas. Estatísticas de um País onde a corrupção virou programa de governo. A reforma da Previdência Social pode até ser necessária – para muitos especialistas não -, mas para o Brasil se livrar das amarras do desvirtuamento a renovação política das câmaras municipais, assembleias legislativas, Câmara e Senado extrapola o sentido de urgência e se torna, talvez, o principal remédio para combatermos de vez políticos nocivos e perniciosos e colocarmos o Brasil no topo do ranking das nações desenvolvidas.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017

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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

INDÚSTRIA

CONSTRUÇÃO

Nível da produção mineira recua em setembro

Aumenta a confiança pela quinta vez consecutiva

Retomada não está consolidada ANA AMÉLIA HAMDAN

Após apresentar resultado positivo por dois meses seguidos, o nível de produção da indústria em Minas recuou, atingindo 45,5 pontos em setembro. O indicador teve queda de 9,4 pontos no comparativo com agosto, que atingiu 54,9 pontos. Em julho, o nível de produção foi de 51 pontos. Já no mês de setembro do ano passado, o índice era de 45,7 pontos. As informações constam na Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Economista da Fiemg, Annelise Fonseca explica que os dados indicam uma retomada da atividade industrial lenta e gradual, mas ainda não consolidada. Ela ressalta que ao longo do ano o indicador oscilou bastante, o que leva a essa conclusão. “Ainda não estamos num patamar de aumento de produção e recuperação do emprego”, diz. Por outro lado, ela ressalta que é possível que essa “retomada de fato” esteja próxima, já que no ano a intenção de investimento por parte do empresariado do setor acumula alta de 6,9 pontos. Além disso, há expectativas positivas para os próximos seis meses quanto ao aumento da demanda e aquisição de matéria-prima. Quanto ao porte, todas as empresas mostraram redução de produção em setembro no comparativo com agosto. O nível das grandes indústrias ficou em 44,1 em setembro, contra 57 pontos em agosto. Já as médias empresas atingiram 48,3, enquanto no mês anterior ficaram em 55,1 pontos. As pequenas ficaram com 45,1 em setembro e com 51,4 em agosto. O indicador varia no intervalo de 0 a 100, sendo que acima de 50 indica crescimento. O nível de emprego passou de 48,1 em agosto para 46,1 em setembro. De acordo com a Fiemg, mesmo com esse recuo, o indicador acumula alta de 1,2 no ano, mostrando que a redução no emprego perdeu inten-

sidade. Segundo a sondagem, a utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual teve queda de 4,1 pontos, passando de 43,9 em agosto para 39,8 em setembro. E, mesmo com a queda na produção, houve estoque acima do planejado, com o índice chegando a 51,8 em setembro. Segundo a Fiemg, “ao ficar acima dos 50 pontos, o resultado revela acúmulo indesejado de estoques no mês, o que sugere dificuldade de ajuste da produção à demanda atual do mercado.” O índice de evolução dos estoques ficou em 50,7 pontos em setembro, mostrando estabilidade em comparação com agosto (49,4). Expectativas - Quanto às expectativas para os próximos seis meses, todos os indicadores mostraram recuo em outubro no comparativo com setembro. Ainda assim, dois deles – aumento da demanda e compra de matéria-prima – mantiveram-se acima da linha dos 50 pontos. A expectativa quanto ao aumento da demanda passou de 54,9 em setembro para 53,6 em outubro. Já as projeções para compra de matéria-prima ficou em 51,5, recuo de 1,5 em relação ao mês anterior. Quanto ao número de empregados, as expectativas caíram de 49 para 46,2 mostrando que o empresariado não pretende contratar nos próximos seis meses. As expectativas sobre quantidades exportadas caíram de 48,8 (setembro) para 47,2 (outubro). A intenção de investimento mantém melhora gradual. O indicador chegou a 51,5 pontos em setembro, sendo 1,5 ponto acima do resultado de agosto e atingindo o melhor patamar do ano. Esse índice é impulsionado pelas empresas de grande porte, cuja intenção de investimento é 64,4 pontos. Os indicadores das médias e pequenas são, respectivamente, 38,2 e 40,8. Indicadores - Realizada trimestralmente, a pes-

QUEM TÁ NA CHUVA É PRA SE CUIDAR. Em caso de emergência, não espere o tempo fechar pro seu lado.

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Apesar das oscilações na atividade, a intenção de investimentos tem crescido em 2017

Retração perde intensidade no Brasil Brasília - A produção industrial recuou em setembro, como mostra a Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador que mede a evolução da produção ficou em 48,1 pontos em setembro, ante 54,8 pontos registrados em agosto. A CNI destaca que a queda é usual para o período e que o recuo é menor que o verificado em anos anteriores. “Ou seja, a redução da produção na passagem de agosto para setembro foi menos intensa em 2017 que no mesmo período de anos anteriores”, diz a pesquisa. O indicador que mede o número de empregados na indústria alcançou 49 pontos em setembro, valor próximo aos 49,1 pontos registrados em agosto. Pela metodologia da pesquisa, os índices variam de zero a cem pontos e, quando está abaixo dos 50 pontos, mostra queda no emprego. A avaliação da CNI, no entanto, é que, como está próximo da linha divisória dos 50 pontos, o índice indica que o fim das demissões está se consolidando. A pesquisa apontou ainda que a utilização da capacidade instalada continua muito baixa. Esse indicador ficou em 66% em setembro, um ponto percentual abaixo do registrado em agosto, que foi de 67%. O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual recuou também 1,6 ponto, para 41,8 pontos, ante 43,4 pontos registrados em agosto. Com relação aos estoques, a sondagem mostra eles estão um pouco acima do planejado pelos empresários. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado aumentou 0,7 pontos em relação a agosto e alcançou 50,7 pontos. O inquisa sobre indicadores financeiros mostra empresários insatisfeitos. Mas o levantamento mostrou avanços significativos no comparativo com o estudo anterior. O índice de satisfação com a margem de lucro ficou em 44,4, com alta de 6,6 pon-

dicador varia de zero a cem pontos e, quando está acima de 50 pontos, mostra estoques além do planejado. Condições financeiras - Segundo a Sondagem, os índices de satisfação com a situação financeira e com o lucro operacional permanecem abaixo dos 50 pontos, o que revela descontentamento das empresas com suas condições financeiras. Apesar disso, destaca a CNI, os índices registraram o sexto trimestre consecutivo de crescimento, apontando que as condições financeiras das empresas estão em trajetória de recuperação. Com relação aos principais problemas enfrentados pelas indústrias no terceiro trimestre do ano, a elevada carga tributária foi apontada por 45,2% das empresas ouvidas, ficando em primeiro lugar na lista. Na sequência, com 36,6% das assinalações, vem a demanda interna insuficiente e, em terceiro lugar, com 21%, a inadimplência dos clientes. A pesquisa mostra ainda que caiu o número de empresas que apontam a taxa de juros elevada como um problema. Com as sucessivas reduções na taxa de juros Selic, as menções aos juros altos como obstáculo enfrentado pelas empresas caíram de 27,9% no quarto trimestre de 2016 para 18,2% no terceiro trimestre deste ano. A sondagem mostra que as expectativas dos empresários industriais para os próximos seis meses são positivas. Os indicadores de expectativas para demanda, compra de matéria-prima e exportações continuam acima de 50 pontos, mostrando otimismo. O indicador que mede a intenção de investimentos ficou em 49,6 pontos, praticamente estável em relação a agosto. (AE)

tos em relação ao trimestre anterior. Já a avaliação de situação financeira marcou 48,4 pontos, enquanto no levantamento anterior foi de 44,5. De acordo com o estudo, os empresários continuam relatando dificuldade de acesso ao crédito, com índice de 36,5 pontos, contra

32,6 no segundo bimestre. No terceiro trimestre de 2017, os principais problemas apontados pelos executivos foram a elevada carga tributária (45,63), a demanda interna insuficiente (40,8) e a competição desleal (25,7), sendo os mesmos do levantamento anterior.

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,5 ponto, de setembro para outubro, alcançando 78,0 pontos. Essa é a quinta alta consecutiva, e a pontuação é a maior desde fevereiro de 2015 (80,8 pontos). Em relação a igual mês do ano passado, o ICST subiu 3,8 pontos. A alta do índice em outubro resultou basicamente da melhora das perspectivas, visto que o indicador sobre a situação presente ficou estável. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,0 ponto, a quinta alta consecutiva, alcançando 90,2 pontos. Os dois quesitos que compõem este subíndice subiram, com destaque para o indicador que projeta a tendência para a demanda nos três meses seguintes, que avançou 1,3 ponto, para 90,3 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) permaneceu em 66,2 pontos. No comunicado à imprensa, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, escreve que a quinta alta consecutiva do ICST fortalece a percepção de retomada dos investimentos em construção. “No entanto, ainda são as expectativas que impulsionam o aumento da confiança, já que a situação presente manteve-se estável no mês”, destaca a pesquisadora. “Da mesma forma, os indicadores de atividade da construção refletem um avanço muito tímido, como, por exemplo, a alta do emprego captada pelo Caged nos três últimos meses. Como o ciclo produtivo do setor é bastante longo, isto implica também um movimento mais demorado de recuperação”, afirma Ana Maria. Na sondagem de outubro, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor recuou 0,2 ponto percentual, para 65,4%. O resultado interrompe três meses consecutivos de crescimento. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos apresentaram movimentos opostos: enquanto o primeiro variou -0,3 pp, o segundo avançou 0,8 pp. (AE)

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ECONOMIA SIDERURGIA

Nippon destaca relevância da Usiminas Complexo em Ipatinga é a única operação integrada da multinacional japonesa ALISSON J. SILVA

MARA BIANCHETTI

Das operações que a Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC) mantém em todo o mundo, a do Brasil, por meio da sociedade com a Ternium Techint, na Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas), é a única classificada como usina integrada. Ou seja, possui o processo completo, da extração do minério de ferro até o fornecimento do aço aos diferentes processos industriais. Segundo o diretor para as Américas da NSSMC, Kazuhiro Egawa, daí resulta a importância da Usiminas para os negócios do grupo japonês. Conforme ele, não é possível precisar quantos por cento a brasileira representa dentro das 46,5 milhões de toneladas de aço que a Nippon produziu somente no ano passado em todo o mundo, pois a multinacional é uma das acionistas da Usiminas e não pode contabilizar a produção da empresa sozinha. Além disso, a siderúrgica mineira teve prejuízo em 2016. De qualquer maneira, o executivo destaca a importância da usina integrada para a produtora de aços mundial. “O lucro da Usiminas é o nosso lucro. Aliás, o lucro da Usiminas representa o lucro da Nippon em toda a América Latina. Nosso maior diferencial nesta operação, inclusive, é que

ela possui todo o processo, da extração do minério à produção do aço, até a entrega do produto às cadeias produtivas”, explicou. Além do Brasil, por meio da Usiminas, onde a NSSMC, juntamente com a Ternium Techint é sócia majoritária, a siderúrgica japonesa tem negócios na China, no Sudeste Asiático, na Índia, nos Estados Unidos, no México, no Oriente Médio e na África. Os segmentos de atuação dentro da siderurgia são: automotivo, construção, ferroviário e energia. De usina integrada são duas fábricas, de chapa de aço são dez, de canos, tubos e barras são dez, de manivelas quatro, de construção são 30, de acondicionamento quatro, ferroviárias uma e de energia oito.

Ranking - Considerando o ranking mundial de produção de aço, a Nippon aparece em terceiro lugar. Em primeiro está a ArcelorMittal com 95,5 milhões de toneladas em 2016. No entanto, Egawa ressalta que o grande diferencial da companhia está no aço de alta qualidade. E que, se por um lado a companhia aparece em terceiro lugar no ranking de produção, a empresa ocupa o topo da lista quando o assunto é inovação tecnológica. Para se ter uma ideia, a NSSMC investe R$ 1,8 bi-

Egawa explica que operação contempla desde a extração do minério até a entrega dos produtos

lhão por ano em pesquisa e desenvolvimento. Somente no Japão são 800 funcionários neste setor. “Essa qualidade é transmitida para a Usiminas há mais de 48 anos. Além disso, a Nippon licenciou as mais avançadas tecnologias relacionadas a chapas de

aço de qualidade (CLC) para a Usiminas, tornando a siderúrgica a primeira autorizada do mundo a utilizá-la”, lembrou. Além da Usiminas, com plantas fabris em Ipatinga, no Vale do Aço, e Cubatão (SP), cuja participação da Nippon é de 31,35%, a

empresa possui ainda 15% na Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) e 30% na Unigal, que é subsidiária da Usiminas. Vale lembrar ainda que o grupo japonês conta com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Ipatinga.

CEO assume presidência da Worldsteel Recentemente, o CEO Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC), Kosei Shindo, foi eleito presidente da Associação Mundial do Aço (Worldsteel – na sigla em inglês), na cerimônia em Bruxelas, na Bélgica. A entidade sem fins lucrativos é uma das maiores e mais dinâmicas associações industriais do mundo. Representa, atualmente, 160 empresas. Seus associados são responsáveis pela produção de cerca de 85% do aço do mundo. Entre eles estão a própria Usiminas, ArcelorMittal, Vallourec, Gerdau, Votorantim, entre outros. “Este ano a Associação Mundial de Aço comemora cinco décadas de criação. Tenho a honra de como chairman neste ano memorável. Estou disposto a servir para que o aço continue a ser desenvolvido como um material importante para a indústria mundial, à vida das pessoas e à sociedade nas próximas cinco décadas que virão, baseado história de 50 anos já construída pelos nossos antecessores”, afirmou Kosei Shindo. Segundo relatório divulgado pela associação, a previsão é que a demanda global de aço alcance 1,622 milhão de toneladas em 2017. Para 2018, a expectativa 1,648 milhão de toneladas, crescimento de quase 3%. (MB)

MINERAÇÃO

Lucro líquido da Vale cresce quase quatro vezes e atinge R$ 7,14 bilhões Rio e São Paulo - A mineradora Vale teve lucro líquido no terceiro trimestre quase quatro vezes superior ao registrado no mesmo período de 2016, devido a melhorias na realização de preços de minério de ferro, e prevê elevar a produção da commodity em 2018, com expectativa de mercado firme. O lucro líquido entre julho e setembro foi de R$ 7,14 bilhões no terceiro trimestre, ou US$ 2,23 bilhões, levemente abaixo do consenso de estimativas compiladas pela Thomson Reuters, de US$ 2,439 bilhões. O desempenho da mineradora só não foi melhor no terceiro trimestre porque os preços de minério de ferro se enfraqueceram ao final do período, segundo afirmou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em teleconferência com analistas. Para o quarto trimestre, o executivo prevê um bom resultado, apesar da sazonalidade, tendo em vista os esforços da empresa para reduzir custos e alavancar retornos. A previsão, segundo ele, foi feita considerando o cenário de preços atual. “Obviamente o quarto trimestre é um trimestre sazonalmente mais fraco do que o terceiro, principalmente em termos de preço. No entanto, posso assegurar aos senhores que a nossa expectativa, nestas condições, é apresentar resultados na média auferida pela Vale até este momento no ano”, disse Schvartsman. Os três últimos meses

do ano deverão ter ainda a ajuda dos recursos de Project Finance do corredor logístico de Nacala, em Moçambique, de mais de US$ 2 bilhões, que permitirão à companhia atingir em 2017 dívida líquida entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões , ante os US$ 21,07 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 13,25 bilhões, no terceiro trimestre, alta de 37,5% ante o mesmo trimestre do ano passado, com aumento nas vendas de minério de ferro, principal produto da companhia. A comercialização de minério de ferro (finos) da companhia, maior produtora global da commodity, atingiu 76,4 milhões de toneladas, ante 74,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, com vendas a preços mais altos. O preço de referência de finos de minério de ferro fechou o terceiro trimestre em US$ 76,10 por tonelada, alta de quase 30% na comparação anual. Assim, a Vale registrou receita operacional líquida de R$ 28,6 bilhões no terceiro trimestre, alta de 31% na comparação anual. Em relatório, o BTG Pactual destacou que a Vale está melhorando os resultados, mas observou que eles vieram levemente abaixo das expectativas da instituição, que, admitiu o banco, “estavam altas”. O Ebitda em dólares foi de US$ 4,192 bilhões, 9% abaixo do esperado pelo BTG e entre 3,5% e 4% abai-

xo do consenso de analistas. “Atribuímos isso a uma série de fatores: embarques de minério de ferro ligeiramente inferiores (-8% abaixo), baixas realizações de preços de pelotas (-8%), menor Ebitda de metais básicos (-20% com desempenho decepcionante no níquel) e menor Ebitda de carvão...”, analisou o BTG. Projeção - Os preços do minério de ferro devem ficar acima dos US$ 65 por tonelada no próximo ano, quando a empresa prevê produzir um total de 390 milhões de toneladas, na avaliação do diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga. O volume será um avanço ante a estimativa de produção para este ano, que deverá ficar próxima ao limite inferior da faixa projetada de 360 milhões a 380 milhões de toneladas. “A gente tem dito frequentemente que nosso ‘base case’ não será ainda em 2018, mas vai ser em 2019, de a gente chegar em 400 milhões de toneladas. Portanto, 2018 deve beirar os 390 (milhões de toneladas)”, disse Poppinga, destacando que grande parte da oferta nova da commodity no mundo será da Vale. Na parte da oferta de minério no mercado transoceânico, Poppinga afirmou que há um decréscimo dos volumes novos conforme os anos estão passando. Segundo ele, em 2018, é esperada uma oferta nova de 50 milhões de toneladas, ante 115 milhões em 2016, por exemplo. (Reuters)


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ECONOMIA GPA / DIVULGAĂ‡ĂƒO

ATACAREJO

Assaí inaugura em Uberlândia unidade de R$ 25 milhþes Bandeira do GPA tambÊm deve chegar a RMBH GABRIELA PEDROSO

Na próxima segunda-feira (30), a rede Assaí Atacadista inaugura em Uberlândia, no Triângulo, sua primeira unidade em Minas Gerais. A loja, no entanto, Ê apenas o primeiro passo da bandeira de atacarejo do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Estado, para o qual projeta uma expansão jå em 2018. Em período de silêncio, a empresa não då detalhes do plano, mas revela que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) estå entre os seus focos. O presidente do Assaí Atacadista, Belmiro Gomes, conta que a RMBH era inicialmente a primeira opção da rede para a entrada no mercado mineiro. A empresa chegou a pesquisar terrenos no município de Contagem, mas questþes como o preço e a localização acabaram dificultando a ida da bandeira para o local. Com uma economia forte e um grande potencial de crescimento,

Uberlândia, entĂŁo, acabou levando a melhor. “Minas Gerais estava nos nossos planos pelo poder econĂ´mico, participação no PIB (Produto Interno Bruto) e a força do Estado. A intenção era entrar prĂłximo da capital Belo Horizonte, mas ano passado começamos a fazer as conversĂľes do hipermercado Extra para a bandeira AssaĂ­, e Uberlândia foi escolhida pelo nosso desejo de entrar em Minas Geraisâ€?, conta Gomes. Desde 2016, o GPA tem transformado algumas de suas lojas do formato de hipermercado espalhadas pelo PaĂ­s em operaçþes de atacado. A unidade de Uberlândia ĂŠ uma das que integram o projeto de conversĂľes. Antes de passar por uma grande reforma para abrigar a loja do AssaĂ­ Atacadista, o prĂŠdio situado na avenida Rondon Pacheco estampava em sua fachada a marca Extra, que tambĂŠm pertence ao PĂŁo de Açúcar. O investimento na unida-

CONSUMO

InadimplĂŞncia de pessoas fĂ­sicas recua em MG, mas tem alta entre as empresas GABRIELA PEDROSO

Com menor nĂşmero de dĂ­vidas em atraso, o Estado registrou no Ăşltimo mĂŞs redução da inadimplĂŞncia entre seus consumidores. Indicador do Conselho Estadual do Serviço de Proteção ao CrĂŠdito (SPC) de Minas Gerais mostra que, em setembro, o universo de mineiros com dĂŠbitos pendentes recuou 2,47% na comparação com o mesmo perĂ­odo do ano passado. A queda foi maior entre o sexo masculino (-3,25%), sendo que o gĂŞnero feminino encerrou com decrĂŠscimo de 2,24%. A inflação sob controle, assim como a diminuição da taxa de juros no Ăşltimo ano novamente aparecem como responsĂĄveis pelo maior fĂ´lego do consumidor em 2017. O presidente do Conselho Estadual do SPC de Minas Gerais, Bruno Falci, pondera que o gasto menor do mineiro, principalmente com itens de alimentação, ajudou a aumentar um pouco a receita das famĂ­lias. “Com isso, parte da renda estĂĄ sendo destinada para o pagamento de dĂŠbitos em atrasoâ€?, analisa o dirigente. Apesar da queda, Minas Gerais contabiliza ainda 5,62 milhĂľes de pessoas com alguma pendĂŞncia financeira, cerca de 9,5% do total de devedores do PaĂ­s, segundo dados do Serviço de Proteção ao CrĂŠdito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Na anĂĄlise por faixa etĂĄria, o grupo de consumidores do Estado de 18 a 24 anos foi o que registrou o maior recuo na inadimplĂŞncia em setembro, contra igual mĂŞs de 2016: -22,84%. JĂĄ os mineiros de 65 a 84 anos foram os que

tiveram mais dificuldades para honrar os compromissos financeiros, com alta de 4,89% no número de inadimplentes. No confronto com agosto, tambÊm houve queda da inadimplência, que foi 1,01% menor em setembro entre os consumidores mineiros. No mesmo caminho, as dívidas em atraso de pessoa física em Minas Gerais diminuíram 5,04% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. A maior parte das dívidas existentes nesta base se då entre consumidores acima dos 50 anos (40,54%). Na comparação com agosto, o recuo foi de 1,26% em setembro. Empresas - Enquanto isso, as empresas no Estado ainda acumulam alta na inadimplência. Segundo a entidade, em setembro, houve aumento de 4,21% de pessoas jurídicas com dívidas pendentes frente a igual período de 2016. Em relação a agosto, o avanço foi de 0,44%. A boa notícia Ê que, mesmo com as elevaçþes, ambos os indicadores mostram desaceleração no ritmo de crescimento. Entre as atividades econômicas, as empresas de serviços foram as que tiveram a maior elevação na inadimplência em Minas em setembro, no confronto com 2016: 6,78%. Em seguida, vieram comÊrcio (3,49%) e indústria (2,30%). Agricultura (-3,01%) e outros (-4,79%) registraram queda. As dívidas em atraso das empresas mineiras subiram 3% em setembro, frente ao mesmo mês de 2016, e 0,91% em relação a agosto. O número mÊdio de contas pendentes por pessoa jurídica no último mês foi de 2,08.

de do Triângulo Mineiro foi de cerca de R$ 25 milhĂľes. A loja ĂŠ a 119ÂŞ da bandeira no Brasil e integra o plano de expansĂŁo da rede de chegar a 18 estados atĂŠ o fim deste ano. Hoje presente em 16 unidades federativas, a empresa, alĂŠm de Minas Gerais, vai iniciar atĂŠ dezembro operaçþes tambĂŠm no PiauĂ­. Belmiro Gomes considera a vinda para o territĂłrio mineiro fundamental para os negĂłcios do grupo. “A chegada da principal bandeira a Minas ĂŠ algo de A loja do Triângulo ĂŠ a primeira no Estado, para o qual hĂĄ planos de expansĂŁo, informa Gomes fato muito importante. É cadista abriu 13 novas lojas e mento de Uberlândia serĂĄ “O Triângulo Mineiro ĂŠ nossa primeira unidade em encerrou o ano com vendas voltado ao atendimento de um polo importante para o um estado vital e obviamenbrutas de R$ 15,7 bilhĂľes, desenvolvimento econĂ´mipequenos e mĂŠdios comerte com planos de seguir com crescimento de 39,2% na co do Estado, com grande ciantes, transformadores e expansĂŁoâ€?, afirma o presidente do AssaĂ­ Atacadista. comparação com 2015. De do consumidor final. A rede concentração de demanda O executivo sabe que janeiro a junho deste ano, promete preços bastante tanto pelo pĂşblico pessoa competitivos e garante que jurĂ­dica quanto pessoa fĂ­sica encontrarĂĄ pela frente um a expansĂŁo jĂĄ ĂŠ de 28,8%. “Passamos de um estado a economia frente ao varejo - perfis potenciais de clientes mercado bastante compeno Brasil para 16 em um petradicional pode chegar a ao nosso negĂłcio. Estamos, titivo, mas nĂŁo se mostra intimidado com a concorrĂŞn- rĂ­odo de seis anos. A gente atĂŠ 15%. Ao todo, sĂŁo mais portanto, extremamente sacia em Minas. Para Gomes, evita falar da concorrĂŞncia, de sete mil produtos, entre tisfeitos em entregar esta os resultados obtidos pela mas o AssaĂ­ Atacadista vai itens de mercearia, alimen- loja Ă população, iniciando bandeira nos Ăşltimos anos buscar sua participação no tos, perecĂ­veis, embalagens, assim, nossas operaçþes em bazar, higiene, bebidas e Minas Geraisâ€?, avalia Belcomprovam o potencial da mercadoâ€?, destaca. rede. Em 2016, o AssaĂ­ Atamiro Gomes. PĂşblicos - O estabeleci- limpeza. ENERGISA MINAS GERAIS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. - COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: 19.527.639/0001-58 NIRE: 31.3.000.4099-2 Ata de ReuniĂŁo do Conselho de Administração da Energisa Minas Gerais Distribuidora de Energia S.A. (“Companhiaâ€?) realizada em 20 de setembro de 2017 1. Data, Hora e Local: Aos 20 dias do mĂŞs de setembro de 2017, Ă s 11:30 horas, na sede da Companhia, localizada na Praça Rui Barbosa, nÂş 80, CEP 36770-901, na Cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais. 2. Convocação e Presença: Dispensada a convocação em virtude da presença da totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia. 3. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Ivan Muller Botelho e secretariados pelo Sr. Carlos Aurelio Martins Pimentel. 4. Ordem do Dia: Deliberar sobre (i) a 9ÂŞ (nona) emissĂŁo, para colocação privada, de debĂŞntures simples, nĂŁo conversĂ­veis em açþes, da espĂŠcie quirografĂĄria, em atĂŠ 5 (cinco) sĂŠries, no montante total de atĂŠ R$67.500.000,00 (sessenta e sete milhĂľes e quinhentos mil reais), na Data de EmissĂŁo (conIRUPH GHÂżQLGR DEDL[R QRV WHUPRV GD /HL Qž GH GH GH]HPEUR GH FRQIRUPH DOWHUDGD (“/HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HVâ€?) (“EmissĂŁoâ€?). A EmissĂŁo serĂĄ realizada nos termos da “Escritura Particular da Nona EmissĂŁo de DebĂŞntures Simples, NĂŁo ConversĂ­veis em Açþes, da EspĂŠcie QuirografĂĄria, em atĂŠ Cinco SĂŠries, para Colocação Privada, da Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S.A.â€? (“Escritura de EmissĂŁoâ€?); (ii) a autorização Ă Diretoria da Companhia para praticar todos os atos necessĂĄrios Ă realização da EmissĂŁo, incluindo, mas nĂŁo se limitando a: (a) contratação dos SUHVWDGRUHV GH VHUYLoRV UHODFLRQDGRV j UHDOL]DomR GD (PLVVmR LQFOXLQGR R DJHQWH ÂżGXFLiULR RV VLVWHPDV GH GLVWULEXLomR H QHJRFLDomR GDV 'HErQWXUHV D LQVWLWXLomR ÂżQDQFHLUD SDUD DWXDU FRPR EDQFR OLTXLdante e escriturador das DebĂŞntures (“%DQFR /LTXLGDQWHâ€? e “Escrituradorâ€?, respectivamente) e os assessores legais e, entre outros, (b) negociação e assinatura dos instrumentos (inclusive eventuais aditamentos) necessĂĄrios Ă realização da EmissĂŁo, incluindo, sem limitação, a Escritura de EmissĂŁo, em qualquer hipĂłtese, sem necessidade de nova aprovação societĂĄria pela Companhia ou de realização de assembleia geral dos titulares das DebĂŞntures (“Debenturistas´ F UDWLÂżFDomR GH WRGRV RV DWRV Mi SUDWLFDGRV UHODFLRQDGRV jV GHOLEHUDo}HV DEDL[R H G DXWRUL]DomR SDUD TXH TXDOTXHU 'LUHWRU RX procurador que venha a ser nomeado em procuração a ser assinada por 2 (dois) Diretores da Companhia assine, isoladamente, quaisquer documentos necessĂĄrios Ă efetivação e Ă realização da EmisVmR ÂżFDQGR UDWLÂżFDGRV RV DWRV Mi SUDWLFDGRV QHVVH VHQWLGR 5. Deliberaçþes: Instalada a presente UHXQLmR DSyV H[DPH H GLVFXVVmR GD PDWpULD FRQVWDQWH GD RUGHP GR GLD RV PHPEURV SUHVHQWHV GR Conselho de Administração da Companhia deliberaram, por unanimidade de votos e sem quaisquer restriçþes: 5.1 Autorizar a lavratura da presente ata em forma de sumĂĄrio; 5.2 Autorizar a realização da EmissĂŁo, com as seguintes caracterĂ­sticas e condiçþes principais, as quais serĂŁo detalhadas e reguladas na Escritura de EmissĂŁo: (a) NĂşmero da EmissĂŁo: A EmissĂŁo constitui a 9ÂŞ (nona) emissĂŁo de debĂŞntures da Companhia; (b) Quantidade de DebĂŞntures: SerĂŁo emitidas atĂŠ 67.500 (sessenta e sete mil e quinhentas) DebĂŞntures; (c) Valor Nominal UnitĂĄrio: O valor nominal unitĂĄrio das DebĂŞntures serĂĄ de R$1.000,00 (um mil reais), na Data de EmissĂŁo (“Valor Nominal UnitĂĄrioâ€?); (d) Valor Total da EmissĂŁo: O valor total da EmissĂŁo serĂĄ de atĂŠ R$67.500.000,00 (sessenta e sete milhĂľes e quinhentos mil reais), na Data de EmissĂŁo; (e) NĂşmero de SĂŠries: A EmissĂŁo serĂĄ realizada em atĂŠ 5 (cinco) sĂŠries, sendo as debĂŞntures objeto da EmissĂŁo distribuĂ­das no âmbito da primeira sĂŠrie doravante denominadas “DebĂŞntures da Primeira SĂŠrieâ€?, as debĂŞntures objeto da EmissĂŁo distribuĂ­das no âmbito da segunda sĂŠrie doravante denominadas “DebĂŞntures da Segunda SĂŠrieâ€?, as debĂŞntures objeto da EmissĂŁo distribuĂ­das no âmbito da terceira sĂŠrie doravante denominadas “DebĂŞntures da Terceira SĂŠrieâ€?, as debĂŞntures objeto da EmissĂŁo distribuĂ­das no âmbito da quarta sĂŠrie doravante denominadas “DebĂŞntures da Quarta SĂŠrieâ€?, as debĂŞntures objeto da EmissĂŁo distribuĂ­das no âmbito da quinta sĂŠrie, doravante denominadas “DebĂŞntures da Quinta SĂŠrieâ€? e, em conjunto com as DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie, as DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie, as DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie e as DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie, doravante denominadas “DebĂŞntures´ $ H[LVWrQFLD H D TXDQWLGDGH GH 'HErQWXUHV D VHU DORFDGD D FDGD VpULH GD (PLVVmR VHUmR GHÂżQLGDV QD (VFULWXUD GH (PLVVmR (f) Colocação e Procedimentos de Colocação: As DebĂŞntures serĂŁo objeto de colocação privada, sem qualquer esforço de venda ou intermediação de instituiçþes integrantes do sistema de distribuição perante investidores; (g) Destinação dos Recursos 1RV WHUPRV GR DUWLJR ž GD /HL Qž GH GH MXQKR GH conforme alterada (“/HL Qž â€?), do Decreto nÂş 8.874, de 11 de outubro de 2016 (“Decreto nÂş 8.874â€?) e da Portaria do MME nÂş 245, de 27 de junho de 2017 (“Portaria MME nÂş 245â€?), a totalidade dos recursos lĂ­quidos captados pela Companhia por meio da EmissĂŁo destinar-se-ĂŁo ao pagamento de investiPHQWRV DQXDLV FRUUHVSRQGHQWHV jV REUDV FODVVLÂżFDGDV FRPR H[SDQVmR UHQRYDomR RX PHOKRULD FRQVtantes das Ăşltimas versĂľes dos Planos de Desenvolvimento de Distribuição (PDD) apresentados Ă $JrQFLD 1DFLRQDO GH (QHUJLD (OpWULFD $1((/ QR DQR GH SHOD &RPSDQKLD H TXH VHMDP SUHYLVtos para os anos de 2017 e 2018, conforme descritos na respectiva portaria (“Projetoâ€?). A Companhia protocolou perante o MME, em 27 de julho de 2017, o pedido de enquadramento do Projeto de forma que os referidos investimentos sejam considerados prioritĂĄrios pelo MinistĂŠrio de Minas e Energia, nos WHUPRV GR 'HFUHWR Qž GR DUWLJR ž GD /HL Qž H GD 3RUWDULD GR 00( Qž REVHUYDGR R GLVSRVWR QR DUWLJR ž SDUiJUDIR ž % GD /HL Qž (h) Data de EmissĂŁo: 3DUD WRGRV RV ÂżQV H HIHLWRV D GDWD GH HPLVVmR GDV 'HErQWXUHV VHUi GHÂżQLGD QD (VFULWXUD GH (PLVVmR ÂłData de EmissĂŁoâ€?); (i) Conversibilidade, Tipo e Forma: As DebĂŞntures serĂŁo simples, ou seja, nĂŁo conversĂ­veis em Do}HV HVFULWXUDLV H QRPLQDWLYDV VHP HPLVVmR GH FDXWHODV H FHUWLÂżFDGRV (j) EspĂŠcie: As DebĂŞntures serĂŁo da espĂŠcie quirografĂĄria e nĂŁo contarĂŁo com quaisquer garantias; (k) PrivilĂŠgios: As DebĂŞntuUHV QmR FRQIHUHP TXDOTXHU SULYLOpJLR HVSHFLDO RX JHUDO DRV 'HEHQWXULVWDV QHP HVSHFLÂżFDP EHQV SDUD JDUDQWLU HYHQWXDO H[HFXomR (l) Prazo e Data de Vencimento: As DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie terĂŁo prazo de vencimento de 5 (cinco) anos contados da Data de EmissĂŁo (“Data de Vencimento da Primeira SĂŠrieâ€?), ressalvadas as hipĂłteses de liquidação antecipada resultante do vencimento antecipado GDV 'HErQWXUHV GD 3ULPHLUD 6pULH RX GR 5HVJDWH 2EULJDWyULR FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR GDV 'HErQtures da Primeira SĂŠrie, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo. As DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie terĂŁo prazo de vencimento de 7 (sete) anos contados da Data de EmissĂŁo (“Data de Vencimento da Segunda SĂŠrieâ€?), ressalvadas as hipĂłteses de liquidação antecipada resultante do vencimento antecipado das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie ou do Resgate ObrigatĂłrio das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo. As DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie terĂŁo prazo de vencimento de 10 (dez) anos contados da Data de EmissĂŁo (“Data de Vencimento da Terceira SĂŠrieâ€?), ressalvadas as hipĂłteses de liquidação antecipada resultante do vencimento antecipado das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie ou do Resgate ObrigatĂłrio das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo. As DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie terĂŁo prazo de vencimento de 5 (cinco) anos contados da Data de EmissĂŁo (“Data de Vencimento da Quarta SĂŠrieâ€?), ressalvadas as hipĂłteses de liquidação antecipada resultante do vencimento antecipado das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie ou do Resgate ObrigatĂłrio das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo. As DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie terĂŁo prazo de vencimento de 7 (sete) anos contados da Data de EmissĂŁo (“Data de Vencimento da Quinta SĂŠrieâ€?), ressalvadas as hipĂłteses de liquidação antecipada resultante do vencimento antecipado das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie ou do Resgate ObrigatĂłrio das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo, nos termos a serem previstos na Escritura de EmissĂŁo; (m) Atualização MonetĂĄria: O Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie, o Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie, o Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie e o Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie serĂŁo atualizados pela variação acumulada do Ă?ndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (“IPCAâ€?), apurado e divulgado mensalmente pelo InstiWXWR %UDVLOHLUR GH *HRJUDÂżD H (VWDWtVWLFD Âą ,%*( GHVGH D 'DWD GH ,QWHJUDOL]DomR GD 3ULPHLUD 6pULH FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR D 'DWD GH ,QWHJUDOL]DomR GD 6HJXQGD 6pULH FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR D 'DWD GH ,QWHJUDOL]DomR GD 7HUFHLUD 6pULH FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR H RX D 'DWD GH ,QWHJUDOL]DomR GD 4XLQWD 6pULH FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR FRQIRUPH R FDVR DWp D GDWD GH VHX HIHWLYR SDJDPHQWR ÂłAtualização MonetĂĄriaâ€?), sendo o produto da Atualização MonetĂĄria automaticamente incorporado ao Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie, ao Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie, ao Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie e ao Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie, conforme aplicĂĄvel (“Valor Nominal Atualizadoâ€?). O Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie nĂŁo serĂĄ atualizado monetariamente; (n) Juros RemuneratĂłrios das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie: Sobre o Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie incidirĂŁo juros remuneratĂłrios correspondentes a 0,10% (dez centĂŠsimos por FHQWR DR DQR EDVH GX]HQWRV H FLQTXHQWD H GRLV GLDV ~WHLV DFUHVFLGRV H[SRQHQFLDOPHQWH GD WD[D LQWHUQD GH UHWRUQR GR 7HVRXUR ,3&$ FRP -XURV 6HPHVWUDLV FRP YHQFLPHQWR HP GH DJRVWR GH 2022 (Tesouro IPCA+2022), baseada na cotação indicativa divulgada pela ANBIMA em sua pĂĄgina na rede mundial de computadores (http://www.anbima.com.br), a ser apurada em uma Ăşnica data a ser GHÂżQLGD QD (VFULWXUD GH (PLVVmR ÂłJuros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrieâ€?). Os Juros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrie serĂŁo calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por dias Ăşteis decorridos desde a Data de Integralização da Primeira SĂŠrie ou a data de pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrie imediatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a data de seu efetivo pagamento; (o) Juros RemuneratĂłrios das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie: Sobre o Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie incidirĂŁo juros remuneratĂłrios correspondentes a 0,20% (vinte centĂŠsimos por cento) ao ano, base 252 (duzentos e cinquenta e dois) GLDV ~WHLV DFUHVFLGRV H[SRQHQFLDOPHQWH GD WD[D LQWHUQD GH UHWRUQR GR 7HVRXUR ,3&$ FRP -XURV 6Hmestrais, com vencimento em 15 de agosto de 2024 (Tesouro IPCA+2024), baseada na cotação indicativa divulgada pela ANBIMA em sua pĂĄgina na rede mundial de computadores (http://www.anbima. FRP EU D VHU DSXUDGD HP XPD ~QLFD GDWD D VHU GHÂżQLGD QD (VFULWXUD GH (PLVVmR ÂłJuros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrieâ€?). Os Juros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrie serĂŁo calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por dias Ăşteis decorridos desde a Data de Integralização da Segunda SĂŠrie ou a data de pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrie imediatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a data de seu efetivo pagamento; (p) Juros RemuneratĂłrios das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie: Sobre o Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie incidirĂŁo juros remuneratĂłrios correspondentes a 0,35% (trinta e cinco centĂŠsimos por FHQWR DR DQR EDVH GX]HQWRV H FLQTXHQWD H GRLV GLDV ~WHLV DFUHVFLGRV H[SRQHQFLDOPHQWH GD WD[D LQWHUQD GH UHWRUQR GR 7HVRXUR ,3&$ FRP -XURV 6HPHVWUDLV FRP YHQFLPHQWR HP GH DJRVWR GH 2026 (Tesouro IPCA+2026), baseada na cotação indicativa divulgada pela ANBIMA em sua pĂĄgina na rede mundial de computadores (http://www.anbima.com.br), a ser apurada em uma Ăşnica data a ser GHÂżQLGD QD (VFULWXUD GH (PLVVmR ÂłJuros RemuneratĂłrios da Terceira SĂŠrieâ€?). Os Juros RemuneratĂłrios da Terceira SĂŠrie serĂŁo calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por dias Ăşteis decorridos desde a Data de Integralização da Terceira SĂŠrie ou a data de pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Terceira SĂŠrie imediatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a

data de seu efetivo pagamento; (q) Juros RemuneratĂłrios das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie: Sobre o Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie (ou o saldo do Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie, conforme o caso) incidirĂŁo juros remuneratĂłrios correspondentes a um SHUFHQWXDO DR DQR D VHU GHÂżQLGR QD (VFULWXUD GH (PLVVmR H HP WRGR FDVR OLPLWDGR D DWp FHQWR H VHWH LQWHLURV H VHWHQWD H FLQFR FHQWpVLPRV SRU FHQWR GD YDULDomR DFXPXODGD GDV WD[DV PpGLDV GLiULDV GR ', Âą 'HSyVLWR ,QWHUÂżQDQFHLUR GH XP GLD Âłover H[WUD JUXSR´ H[SUHVVDV QD IRUPD SHUFHQWXDO ao ano, base 252 (duzentos e cinquenta e dois) dias Ăşteis, calculadas e divulgadas diariamente pela B3 CETIP, no informativo diĂĄrio disponĂ­vel em sua pĂĄgina na Internet (http://www.cetip.com.br) (“Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrieâ€?). Os Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrie serĂŁo calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por dias Ăşteis decorridos desde a Data de Integralização da Quarta SĂŠrie ou a data de pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrie imediatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a data de seu efetivo pagamento; (r) Juros RemuneratĂłrios das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie: Sobre o Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie (ou o saldo do Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie, conforme o caso) LQFLGLUmR MXURV UHPXQHUDWyULRV FRUUHVSRQGHQWHV D XP SHUFHQWXDO DR DQR D VHU GHÂżQLGR QD (VFULWXUD GH EmissĂŁo e, em todo caso, limitado a atĂŠ 0,85% (oitenta e cinco centĂŠsimos por cento) ao ano, base GX]HQWRV H FLQTXHQWD H GRLV GLDV ~WHLV DFUHVFLGRV H[SRQHQFLDOPHQWH GD WD[D LQWHUQD GH UHWRUQR do Tesouro IPCA com Juros Semestrais, com vencimento em 15 de agosto de 2024 (Tesouro IPCA+2024), baseada na cotação indicativa divulgada pela ANBIMA em sua pĂĄgina na rede mundial GH FRPSXWDGRUHV KWWS ZZZ DQELPD FRP EU D VHU DSXUDGD HP XPD ~QLFD GDWD D VHU GHÂżQLGD QD Escritura de EmissĂŁo (“Juros RemuneratĂłrios da Quinta SĂŠrieâ€? e, em conjunto com os Juros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrie, os Juros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrie, os Juros RemuneratĂłrios da Terceira SĂŠrie e os Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrie, “Juros RemuneratĂłriosâ€?). Os Juros RemuneratĂłrios da Quinta SĂŠrie serĂŁo calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por dias Ăşteis decorridos desde a Data de Integralização da Quinta SĂŠrie ou a data de pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Quinta SĂŠrie imediatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a data de seu efetivo pagamento; (s) Periodicidade do Pagamento dos Juros RemuneratĂłrios: Os Juros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrie serĂŁo pagos pela Companhia aos Debenturistas da Primeira SĂŠrie anualmente a partir da Data de EmissĂŁo. Os Juros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrie serĂŁo pagos pela Companhia aos Debenturistas da Segunda SĂŠrie anualmente a partir da Data de EmissĂŁo. Os Juros RemuneratĂłrios da Terceira SĂŠrie serĂŁo pagos pela Companhia aos Debenturistas da Terceira SĂŠrie anualmente a partir da Data de EmissĂŁo. Os Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrie serĂŁo pagos pela Companhia aos Debenturistas da Quarta SĂŠrie anualmente a partir da Data de EmissĂŁo. Os Juros RemuneratĂłrios da Quinta SĂŠrie serĂŁo pagos pela Companhia aos Debenturistas da Quinta SĂŠrie anualmente a partir da Data de EmissĂŁo. (t) Pagamento do Valor Nominal UnitĂĄrio: O Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie serĂĄ pago em uma Ăşnica parcela, sendo devida na Data de Vencimento da Primeira SĂŠrie. O Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie serĂĄ pago em uma Ăşnica parcela, sendo devida na Data de Vencimento da Segunda SĂŠrie. O Valor Nominal Atualizado das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie serĂĄ pago em uma Ăşnica parcela, sendo devida na Data de Vencimento da Terceira SĂŠrie. O Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie serĂĄ amortizado em 3 (trĂŞs) parcelas consecutivas, a partir do 3Âş (terceiro) ano contado da Data de EmissĂŁo, sendo a Ăşltima parcela devida na Data de Vencimento da Quarta SĂŠrie. O Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie serĂĄ amortizado em 2 (duas) parcelas consecutivas, a partir do 6Âş VH[WR DQR FRQWDGR GD 'DWD GH (PLVVmR VHQGR D ~OWLPD SDUFHOD GHYLGD QD 'DWD GH 9HQFLPHQWR GD Quinta SĂŠrie, observado que as parcelas do Valor Nominal UnitĂĄrio das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie a ser amortizado serĂŁo atualizadas pela Atualização MonetĂĄria; (u) Local de pagamento: Os pagamentos a que Âż]HUHP MXV DV 'HErQWXUHV VHUmR HIHWXDGRV SHOD &RPSDQKLD QR UHVSHFWLYR YHQFLPHQWR conforme o caso: (1) utilizando-se os procedimentos adotados pela B3 CETIP, para as DebĂŞntures UHJLVWUDGDV HP QRPH GR WLWXODU GDV 'HErQWXUHV QD % &(7,3 H RX SRU PHLR GR %DQFR /LTXLGDQWH para os Debenturistas que nĂŁo tiverem suas DebĂŞntures registradas em nome do titular das DebĂŞntures na B3 CETIP (“/RFDO GH 3DJDPHQWRâ€?); (v) Prorrogação dos Prazos: Considerar-se-ĂŁo prorrogados os prazos referentes ao pagamento de qualquer obrigação atĂŠ o 1Âş (primeiro) Dia Ăštil subsequenWH VH R YHQFLPHQWR FRLQFLGLU FRP GLD HP TXH QmR KRXYHU H[SHGLHQWH FRPHUFLDO RX EDQFiULR QR /RFDO GH Pagamento, sem qualquer acrĂŠscimo aos valores a serem pagos, ressalvados os casos cujos pagamentos devam ser realizados por meio da B3 CETIP, hipĂłtese em que somente haverĂĄ prorrogação quando a data de pagamento coincidir com feriado declarado nacional, sĂĄbado ou domingo; (w) Encargos MoratĂłrios: Sem prejuĂ­zo do pagamento dos Juros RemuneratĂłrios da Primeira SĂŠrie, dos Juros RemuneratĂłrios da Segunda SĂŠrie, dos Juros RemuneratĂłrios da Terceira, dos Juros RemuneratĂłrios da Quarta SĂŠrie e/ou dos Juros RemuneratĂłrios da Quinta SĂŠrie, ocorrendo impontualidade no pagamento de qualquer quantia devida aos titulares das DebĂŞntures relativamente a qualquer obrigaomR GHFRUUHQWH GD (VFULWXUD GH (PLVVmR RV GpELWRV HP DWUDVR ÂżFDUmR VXMHLWRV D L MXURV GH PRUD QmR FRPSHQVDWyULRV FDOFXODGRV j WD[D GH XP SRU FHQWR DR PrV VREUH R PRQWDQWH GHYLGR H QmR SDJR e (ii) multa moratĂłria convencional, irredutĂ­vel e de natureza nĂŁo compensatĂłria, de 2% (dois por cento) sobre o valor devido e nĂŁo pago. Os encargos moratĂłrios ora estabelecidos incidirĂŁo desde o efetivo descumprimento da obrigação respectiva atĂŠ a data do seu efetivo pagamento, independentePHQWH GH DYLVR QRWLÂżFDomR RX LQWHUSHODomR MXGLFLDO RX H[WUDMXGLFLDO (x) Tributação das DebĂŞntures: Os pagamentos devidos pela Companhia aos Debenturistas deverĂŁo ser feitos Ă vista, em moeda FRUUHQWH QDFLRQDO OtTXLGRV GH GHGXo}HV H UHWHQo}HV ÂżVFDLV GH TXDOTXHU QDWXUH]D GHYHQGR DLQGD VHU acrescidos dos valores de quaisquer tributos que incidam ou venham a incidir sobre as DebĂŞntures, EHP FRPR TXDLVTXHU PDMRUDo}HV GDV DOtTXRWDV GRV WULEXWRV Mi H[LVWHQWHV GH WDO PRGR TXH UHFDLUi VRbre a Companhia o Ă´nus pelo pagamento de tais tributos, independentemente do sujeito passivo determinado por lei (gross up); (y) Forma de Subscrição e Integralização: As DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie, as DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie, as DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie, as DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie e as DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie deverĂŁo ser integralmente subscritas pelos Debenturistas a qualquer tempo, com integralização no prazo de atĂŠ 30 (trinta) dias contados da data de subscrição das DebĂŞntures da Primeira SĂŠrie (“Data de Integralização da Primeira SĂŠrieâ€?), das DebĂŞntures da Segunda SĂŠrie (“Data de Integralização da Segunda SĂŠrieâ€?), das DebĂŞntures da Terceira SĂŠrie (“Data de Integralização da Terceira SĂŠrieâ€?), das DebĂŞntures da Quarta SĂŠrie (“Data de Integralização da Primeira SĂŠrieâ€?) ou das DebĂŞntures da Quinta SĂŠrie (“Data de Integralização da Quinta SĂŠrieâ€?), fora do kPELWR GD % &(7,3 HP PRHGD FRUUHQWH SHOR 3UHoR GH 6XEVFULomR FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR SRU meio de boletim de subscrição, na forma prevista na Escritura de EmissĂŁo; (z) Preço de Subscrição: O preço de subscrição de cada uma das DebĂŞntures serĂĄ o Valor Nominal UnitĂĄrio ou, conforme o caso, o Valor Nominal Atualizado, acrescido dos Juros RemuneratĂłrios aplicĂĄveis Ă s DebĂŞntures da respectiva sĂŠrie da EmissĂŁo desde a Data de Integralização da Primeira SĂŠrie, a Data de Integralização da Segunda SĂŠrie, a Data de Integralização da Terceira SĂŠrie, a Data de Integralização da Quarta SĂŠrie ou a Data de Integralização da Quinta SĂŠrie (“Preço de Subscriçãoâ€?); (aa) Registro na B3 CETIP: As DebĂŞntures poderĂŁo ser registradas em nome do titular na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, BalcĂŁo – Segmento CETIP UTVM (“B3 CETIP´ VHQGR D OLTXLGDomR ÂżQDQFHLUD GRV HYHQWRV UHDOL]DGD SRU PHLR da B3 CETIP, considerando que as DebĂŞntures estejam registradas em nome do Debenturista na B3 CETIP na data de cada evento de pagamento pela Companhia; (bb) Vedação Ă Negociação: Os Debenturistas nĂŁo poderĂŁo negociar em hipĂłtese alguma sua posição na EmissĂŁo, permanecendo como Debenturistas durante todo perĂ­odo de vigĂŞncia da EmissĂŁo; (cc) Fundo de Amortização: NĂŁo serĂĄ constituĂ­do fundo de amortização para a EmissĂŁo; (dd) Fundo de Liquidez e Estabilização: NĂŁo serĂĄ constituĂ­do fundo de manutenção de liquidez para as DebĂŞntures. A Companhia nĂŁo contratarĂĄ LQVWLWXLomR ÂżQDQFHLUD SDUD H[HUFHU D DWLYLGDGH GH IRUPDGRU GH PHUFDGR market maker) para as DebĂŞntures; (ee) Direito de PreferĂŞncia: NĂŁo haverĂĄ direito de preferĂŞncia para subscrição das DebĂŞntures pelos atuais acionistas da Companhia; (ff) Repactuação Programada: As DebĂŞntures nĂŁo serĂŁo objeto de repactuação programada; (gg) Comprovação de Titularidade das DebĂŞntures: A CompaQKLD QmR HPLWLUi FHUWLÂżFDGRV GH 'HErQWXUHV 3DUD WRGRV RV ÂżQV GH GLUHLWR D WLWXODULGDGH GDV 'HErQWXUHV VHUi FRPSURYDGD SHOR H[WUDWR HPLWLGR SHOR (VFULWXUDGRU (hh) Amortização ExtraordinĂĄria Facultativa $V 'HErQWXUHV QmR HVWDUmR VXMHLWDV D DPRUWL]DomR H[WUDRUGLQiULD IDFXOWDWLYD SHOD &RPSDQKLD (ii) Resgate Antecipado Facultativo: As DebĂŞntures nĂŁo estarĂŁo sujeitas a resgate antecipado facultativo, total ou parcial, pela Companhia; (jj) Aquisição Facultativa: As DebĂŞntures poderĂŁo ser adquiriGDV SHOD &RPSDQKLD REVHUYDGR R GLVSRVWR QR DUWLJR SDUiJUDIR ž GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV QRV FDVRV HVSHFLÂżFDGRV QD (VFULWXUD GH (PLVVmR (kk) Vencimento Antecipado: As DebĂŞntures poderĂŁo ser declaradas antecipadamente vencidas, de forma automĂĄtica, independentemente GH DYLVR RX QRWLÂżFDomR D TXDOTXHU PRPHQWR GXUDQWH D VXD YLJrQFLD QDV KLSyWHVHV HVSHFLÂżFDGDV QD Escritura de EmissĂŁo; (ll) Resgate ObrigatĂłrio: A Companhia deverĂĄ realizar o resgate obrigatĂłrio da WRWDOLGDGH GDV 'HErQWXUHV FRP R VHX FRQVHTXHQWH FDQFHODPHQWR QRV FDVRV HVSHFLÂżFDGRV QD (VFULtura de EmissĂŁo (“Resgate Antecipado ObrigatĂłrioâ€?). O Resgate Antecipado ObrigatĂłrio serĂĄ realizado de acordo com os procedimentos estabelecidos pela B3 CETIP, para as DebĂŞntures que estiverem UHJLVWUDGDV HP QRPH GR WLWXODU QD % &(7,3 RX RV SURFHGLPHQWRV DGRWDGRV SHOR %DQFR /LTXLGDQWH para as DebĂŞntures que nĂŁo estiverem registradas em nome do titular na B3 CETIP; e (mm) Demais CaracterĂ­sticas das DebĂŞntures: as demais caracterĂ­sticas da EmissĂŁo das DebĂŞntures encontram-se detalhadas na Escritura de EmissĂŁo. 5.3 Autorizar a Diretoria da Companhia a, observadas as condiçþes descritas no item 5.2 acima, praticar todos os atos necessĂĄrios Ă realização da EmissĂŁo, incluindo, mas nĂŁo se limitando a: (a) contratação dos prestadores de serviços relacionados Ă realizaomR GD (PLVVmR WDLV FRPR DJHQWH ÂżGXFLiULR VLVWHPDV GH GLVWULEXLomR H QHJRFLDomR GDV 'HErQWXUHV %DQFR /LTXLGDQWH (VFULWXUDGRU H DVVHVVRUHV OHJDLV E QHJRFLDomR H DVVLQDWXUD GRV LQVWUXPHQWRV (inclusive eventuais aditamentos) necessĂĄrios Ă realização da EmissĂŁo, incluindo, mas nĂŁo se limitando a, Escritura de EmissĂŁo, em qualquer hipĂłtese, sem necessidade de nova aprovação societĂĄria SHOD &RPSDQKLD RX GH UHDOL]DomR GH $VVHPEOHLD *HUDO GH 'HEHQWXULVWDV H F UDWLÂżFDomR GH WRGRV RV atos jĂĄ praticados relacionados Ă s deliberaçþes acima. 5.4 Autorizar que qualquer Diretor ou procurador que venha a ser nomeado em procuração a ser assinada por 2 (dois) Diretores da Companhia DVVLQH LVRODGDPHQWH TXDLVTXHU GRFXPHQWRV QHFHVViULRV j HIHWLYDomR GD UHDOL]DomR GD (PLVVmR ÂżFDQGR UDWLÂżFDGRV RV DWRV Mi SUDWLFDGRV QHVVH VHQWLGR 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere esta reuniĂŁo que, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. Assinaturas: Ivan MĂźller Botelho, Ricardo Perez Botelho, Omar Carneiro da Cunha Sobrinho, MarcĂ­lio Marques Moreira e Marcelo Silveira da Rocha. Confere com o original que se encontra ODYUDGR QR /LYUR GH $WDV GH 5HXQL}HV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD (QHUJLVD 0LQDV *HUDLV Âą 'LVtribuidora de Energia S.A. Cataguases, 20 de setembro de 2017. Carlos AurĂŠlio Martins Pimentel 6HFUHWiULR &HUWLÂżFR TXH R DWR DVVLQDGR GLJLWDOPHQWH GD HPSUHVD (1(5*,6$ 0,1$6 *(5$,6 ',6TRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., de nire 313.0004099-2 e protocolado sob o nĂşmero 17/453.150-8 em 20/09/2017, encontra-se registrado na Jucemg sob o nĂşmero 6343320, em 25/10/2017. O ato foi GHIHULGR GLJLWDOPHQWH SHOD Â? 7850$ '( 92*$,6 $VVLQD R UHJLVWUR PHGLDQWH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D 6HFUHWiULD *HUDO 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017

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ECONOMIA AEROPORTO DA PAMPULHA

Em um só dia, 77 pedidos de novos voos Solicitações são feitas à Anac após liberação da volta dos voos de grande porte ao aeródromo da Capital ANA AMÉLIA HAMDAN

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu, em apenas um dia – da manhã de terça-feira até a manhã de ontem –, 77 pedidos de novos voos a partir do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. As solicitações coincidem com a liberação, por parte do Ministério dos Transportes, da volta dos voos comerciais de grande porte ao aeródromo, o que ocorreu anteontem. Até então, vinham operando no local serviços de táxi aéreo, aviação empresarial e voos regionais. Com 33 pedidos de novos voos a partir do Aeroporto da Pampulha, a Gol Linhas Aéreas foi a empresa que fez maior número de solicitações à Anac, seguida da Avianca Brasil (Oceanair), com 19 solicitações, e Azul, com 12. Dessas, todas se referem a viagens nacionais. A Passaredo requisitou 13 linhas, todas regionais. Com isso, dos 77 pedidos, 83% são para voos nacionais e 17% para regionais. Entre os destinos preten-

didos pelas companhias há aqueles considerados de negócios – como para municípios no entorno da cidade de São Paulo – e outros com perfil turístico, entre eles para as capitais do Nordeste. A Anac informou que não há prazo regimental para a análise dos pedidos, o que pode ocorrer até mesmo nos próximos dias. A Gol fez pedidos de saída da Pampulha com destinos variados. No Estado de São Paulo entram as cidades de Bauru, Presidente Prudente e Ribeirão Preto. Também foram solicitadas rotas para o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO). A companhia está de olho em cidades do Nordeste, com pedidos de viagens para Salvador, Ilhéus e Porto Seguro, na Bahia; São Luís (MA); Natal (RN); Recife (PE); Fortaleza (CE) e Maceió (AL). Também estão na lista Belém (PA) e Santa Maria (RS). Já a Avianca pretende oferecer voos saindo do Aeroporto da Pampulha principalmente com destino ao Rio de Janeiro, com chegada no Galeão – Aeroporto Antônio Carlos Jobim. A empresa pediu à Anac autorização para ofe-

recer oito voos diários, todos os dias da semana. Também foram solicitadas viagens para Brasília, Goiânia e Salvador. A Azul pretende seguir destino de Belo Horizonte para Vitória, Goiânia e Ribeirão Preto. A Passaredo pediu novos voos principalmente para Minas, para as cidades de Juiz de Fora (Zona da Mata), Ipatinga (Vale do Aço), Varginha (Sul), Uberlândia e Uberaba (Triângulo Mineiro) e Montes Claros (Norte). A empresa também quer oferecer viagens para Porto Seguro e Salvador, na Bahia. Consumidor - Coordenador do curso de Economia da Faculdade Ibmec, Márcio Salvato acredita que o consumidor sairá ganhando com a volta dos voos de grande porte ao Aeroporto da Pampulha. Na avaliação dele, as passagens dos voos saindo da Pampulha tendem a ter um preço mais alto do que aqueles cobrados por viagens a partir do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana. Isso porque, as pessoas podem preferir pagar para embarcar

no Pampulha, mais próximo, do que chegar a Confins. Esse movimento pode gerar uma concorrência benéfica para o consumidor, com empresas que operam em Confins cobrando preços mais baixos, que compensem, por exemplo, pagar pelo deslocamento até lá. Para o professor, a definição do perfil de operação do Aeroporto da Pampulha – se será mais turístico ou de negócios – virá com o tempo. De acordo com ele, o perfil de negócios pode prevalecer, pois executivos podem estar mais dispostos a pagar preços diferenciados pela comodidade de ter menor tempo de deslocamento. Procurada pela reportagem, a Gol informou apenas que não tem detalhes das operações. A Avianca Brasil informou que “está sempre avaliando possibilidades que agreguem resultados aos negócios e benefícios aos clientes.” A assessoria de imprensa da Azul declarou que considera que ainda é cedo para divulgar detalhes das operações e que acompanha o processo de certificação do aeroporto.

PROCON-SP

Com 33 pedidos, a Gol fez mais solicitações para a Pampulha

BH Airport - Anteontem, a BH Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, informou que vai entrar na Justiça para tentar reverter a liberação dos grandes voos no Aeroporto da Pampulha. Para a concessionária, a medida causa prejuízo direto ao contrato de concessão. Ainda segundo a concessionária, com a de-

manda dividida entre os dois aeródromos, Confins pode sofrer concorrência danosa. Membro da Associação Pro-Civitas, dos bairros São Luiz e São José, na Pampulha, Carlos Conrado também informou que a entidade estuda meios judiciais de barrar os novos voos na Pampulha. Na avaliação dele, a situação na região ficará “caótica”, se a medida for levada adiante.

RECORDE

Cobrança de bagagem gera dúvidas São Paulo - O Procon-SP enviou uma notificação pedindo que a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

INFRAERO/DIVULGAÇÃO

comprove a informação de que o preço das passagens áreas caíram até 30% após a adoção da cobrança das ba-

gagens despachadas. O órgão Para isso, o Procon-SP cita quer esclarecer dados por ele outras pesquisas, entre elas considerados contraditórios da Fundação Getulio Vargas sobre o tema. (FGV), que revelaram justamente o oposto: um aumento no preço das tarifas, desde que foi iniciada a cobrança de bagagens. Entre junho e setembro, segundo a FGV, essa alta chegou a 35,9%. Um outro levantamento realizado e também citado pelo Procon na notificação foi o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que destacou uma elevação um pouco mais moderada, de 16,9% em igual período. Na notificação, o Procon-SP solicita à Abear a apresentação de dados que embasaram notícia da associação; esclarecimento sobre a metodologia de pesquisa aplicada; e as fontes de dados (companhias aéreas onde foi feito monitoramento) e respectivos documentos comprobatórios. No fim de setembro, o Ministério da Justiça divulgou que poderia ter havido “inconsistência” na pesquisa das companhias aéreas que revelou queda do preço das passagens. Com dúvidas sobre a veracidade do estudo do setor que defende o pagamento extra, o governo instaurou averiguação sobre o tema e, se os dados não estiverem corretos, poderá aplicar multa de até R$ 9,4 milhões ao setor. Rotas domésticas - A investigação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor verificará a consistência de dados divulgados pela Abear. Ao apontar a queda nos preços, a associação afirma que avaliou o valor das passagens comercializadas de junho ao início de setembro nas rotas domésticas das companhias que adotaram a cobrança: Azul, Gol e Latam. O departamento do Ministério da Justiça fundamentou a investigação com o artigo do Código de Defesa do Consumidor que afirma que o ônus da prova da veracidade da informação “cabe a quem a patrocina”. (AE)

Porto de Santos supera 12 mi de toneladas pela terceira vez neste ano São Paulo – O Porto de Santos ultrapassou, pela terceira vez neste ano, a marca mensal de 12 milhões de toneladas movimentadas, atingindo em setembro 12,244 milhões de t, segundo melhor resultado mensal de sua história, atrás, apenas, de agosto de 2017 (12,343 milhões de t). O aumento de 23,6% verificado sobre setembro do ano passado (9,907 milhões de t) elevou o movimento acumulado no ano para 97,684 milhões de t, um crescimento de 10,3% sobre o mesmo período de 2016 (88,528 milhões de t). Com isso, a expectativa é ultrapassar, com folga, o recorde anual registrado em 2015 (119,932 milhões de t), informa a assessoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), por meio de comunicado. As exportações, no mês, somaram 8,978 milhões de t, um crescimento de 30,8% sobre os embarques realizados no mesmo período do ano anterior (6,866 milhões de t). No acumulado do ano esse fluxo de carga atingiu 71,095 milhões de t, um aumento de 9,3% sobre o mesmo período de 2016 (65,042 milhões de t). As importações totalizaram 3,266 milhões de t, um aumento de 7,4% sobre setembro de 2016 (3,041 milhões de t). Já as descargas acumuladas no ano ficaram em 26,589 milhões de t, elevando em 13,2% o movimento verificado de janeiro a setembro do ano passado (23,486 milhões de t). A Codesp informa que o milho destacou-se como a carga de maior movimento no mês, com 2,733 milhões de t embarcadas, ficando 93,6% acima do verificado em setembro de 2016 (1,412 milhões de t). As exportações do complexo soja também sobressaíram-se, atingindo 524.963 t, um acréscimo de 147,4% sobre o mesmo período anterior (212.181 t), por causa , principalmente, do

bom desempenho do farelo de soja a granel, que apresentou crescimento de 96,4%. Apresentaram crescimento, também, os embarques de açúcar (6,6%), álcool (51,6%), carnes (41,5%) e sucos cítricos (13,2%), bem como as descargas de sulfato dissódico (57,6%), nafta (396,3%), metanol (38,3%), sal (16,4%) e soda cáustica (2,4%). A carga conteinerizada cresceu 13,2%, saltando de 318.292 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em setembro de 2016, para 360.281 TEU no mesmo período deste ano. Trata-se do melhor desempenho mensal dessa modalidade de carga na história do Porto de Santos, ao superar a marca de 360.132 TEU registrada em julho de 2015. Acumulado - No acumulado do ano, o complexo soja se destacou pelo volume embarcado, somando 20,232 milhões de t e ficando 12,5% acima do verificado no mesmo período do ano passado (17,979 milhões de t). O desempenho da soja em grãos foi determinante para esse resultado. A commodity atingiu 16,337 milhões de t e elevou em 13,7% o total exportado nesse período do ano passado (14,368 milhões de t), contribuindo com cerca de 81% na composição do complexo soja. A segunda carga mais movimentada foi o açúcar, com 15,680 milhões de t, que suplantou em 4,4% o volume exportado no mesmo período de 2016 (15,016 milhões de t), seguida do milho (8,439 milhões de t), que registrou crescimento de 33,1% sobre o mesmo período do ano passado (6,338 milhões de t). Nos nove primeiros meses do ano, a movimentação de contêineres atingiu 2.824.650 TEU, superando em 6,4% o movimento do mesmo período anterior (2.653.868 TEU). (AE)


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ECONOMIA ALISSON J. SILOVA

ENERGIA

Cemig vai aumentar o capital em até R$ 1 bi Acionistas deram aval para operação São Paulo - Os acionistas Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aprovaram em assembleia realizada ontem uma proposta para que a companhia realize um aumento de capital no valor de até R$ 1 bilhão de reais, segundo ata da reunião divulgada pela empresa. A operação envolverá a emissão de 200 milhões de novas ações a um preço de R$ 6,57 cada, o que representa deságio de 20% frente à cotação média dos papéis entre 4 de maio e 31 de agosto. A Cemig disse que isso deverá permitir à companhia obter até R$ 1,314 bilhão, dos quais R$ 314 milhões seriam destinados à conta de reserva de capital. “Esse aumento de capital tem o mérito de robustecer a estrutura de capital da companhia, de modo a possibilitar a redução das despesas financeiras atuais e as novas operações de financiamento”, informou a companhia. O aumento de capital foi aprovado por una-

nimidade pelos acionistas. Mas, segundo a ata, uma representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pediu a palavra e ressaltou que a Cemig “deve seguir o caminho da eficiência e da alienação de ativos para redução da alavancagem, de modo a retornar para os patamares limites previstos em seu estatuto.” O banco de fomento possui 6,4% do capital da Cemig por meio de seu braço de participações BNDESPar. A Cemig fechou junho com uma relação entre dívida líquida e geração de caixa de 3,98 vezes, ante um limite original de 2 vezes previsto no estatuto da companhia. A empresa tem pedido recorrentemente autorização aos acionistas para ultrapassar essa meta. Para reduzir a dívida líquida, que soma R$ 12,5 bilhões, a companhia prometeu um amplo programa de vendas de ativos, que avançou muito pouco até o momento, com

Concessionária mineira mantém um programa de venda de ativos para reduzir sua dívida líquida de R$ 12,5 bilhões

a venda apenas de fatias em transmissoras de energia. Outros possíveis negócios anunciados pela Cemig não foram fechados até o momento, como tentativa de venda de sua participação na hidrelétrica de Santo Antônio e na geradora Renova Energia. Dívidas - Recentemente, a Cemig postergou o vencimento de quase R$ 550 milhões em dívidas de sua subsidiária Cemig GT, de geração e transmissão. As informações são de uma ata de reunião do Conselho de Administração da companhia realizada na semana passada. Em todos os casos, a Cemig adiou em 60 dias o vencimento

de parcelas de contratos de crédito junto ao Banco do Brasil que ocorreriam em outubro, mas em troca de elevação nos encargos financeiros ou do pagamento de taxas. Em duas parcelas, de R$ 33,9 milhões e R$ 95,2 milhões, os encargos financeiros sobre o saldo devedor passaram de 108% da variação do CDI para 128%. Em uma terceira parcela, de R$ 270 milhões, o custo passou de 112% do CDI para 128% do CDI. Uma última parcela, de R$ 150 milhões, foi postergada em troca do pagamento de um “fee” (taxa) de 0,5% sobre o total do principal a ser prorrogado. (Reuters)

Reajuste de bandeira tarifária não é suficiente São Paulo - As distribuidoras de eletricidade do País têm sofrido com custos maiores do que arrecadam junto aos consumidores nas contas de luz, e a situação deve permanecer mesmo após uma elevação no valor das bandeiras tarifárias que pesam sobre as faturas, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta semana uma alta de quase 40% nos custos da bandeira tarifária vermelha nível 2, atualmente vigente devido à falta de chuva na área dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil. Criadas em 2015, as bandeiras tarifárias geram uma cobrança adicional nas contas quando a oferta de energia é baixa, para incentivar um consumo menor e ao mesmo tempo arrecadar recursos para que as distribuidoras paguem pela geração de termelétricas mais caras, que têm sido acionadas devido à situação crítica das usinas hídricas. Leite afirmou que a mudança nas bandeiras tarifárias gera uma receita adicional de cerca de R$ 1 bilhão para as distribuidoras até o final do ano, enquanto o custo estimado com a compra de energia térmica no período é de cerca de R$ 6 bilhões. “Só isso não resolve o problema. Serão necessárias medidas adicionais”, disse. Ele afirmou que as distribuidoras já apresentaram uma proposta à Aneel para resolver o déficit de caixa com o menor impacto possível sobre os consumidores, mas ainda assim o problema poderá gerar elevações adicionais nas tarifas. O cenário deve-se basicamente ao baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que exige um uso mais intenso de termelétricas que o esperado inicialmente, com custos mais elevados e que não estavam previstos nas tarifas. Segundo Leite, existe o risco de as distribuidoras não terem recursos para pagar a energia gerada pelas termelétricas. As distribuidoras devem pagar as térmicas em 8 e 9 de novembro, quando a Câmara de Comercialização

AG”ENCIA PETROBRAS

Custo para comprar energia das usinas térmicas deve somar R$ 6 bilhões

de Energia Elétrica (CCEE) realizará a liquidação das operações do mercado de energia referentes a setembro. “Estamos pedindo para postergar a liquidação, do início para o final do mês, para dar mais tempo de as distribuidoras arrecadarem. Estamos sugerindo no último dia útil de novembro”, disse Leite. As distribuidoras também querem convencer a Aneel a repassar a elas recursos de um fundo setorial, a Conta de Energia de Reserva, abastecida com recursos gerados pela venda da energia de usinas de energia renovável contratadas pelo governo nos chamados “leilões de reserva”. Leite estimou que o fundo setorial poderia liberar cerca de R$ 1 bilhão adicionais para as distribuidoras. Mesmo com essas medidas, segundo o dirigente da Abradee, algumas concessionárias ainda podem precisar de um reajuste extraordinário de tarifas para fechar o ano. “Ainda não resolve a situação de algumas distribuidoras... nesse caso, estaríamos falando de uma revisão extraordinária... para que a distribuidora possa se

reequilibrar e evitar uma situação de inadimplência”, afirmou o dirigente, sem citar empresas. Procurada pela Reuters, a CCEE, que administra a Conta de Energia de Reserva, informou que o fundo tem saldo atual de R$ 981 milhões. A CCEE disse que está ciente do pleito das distribuidoras e aguarda decisão da Aneel. Uma inadimplência de distribuidoras teria potencial de praticamente travar o mercado de energia, uma vez que a liquidação financeira de operações realizada mensalmente pela CCEE já vem apresentando elevados valores em abertos desde meados de 2015. Reunião - A Aneel irá analisar os pleitos das distribuidoras em reunião de diretoria na próxima terça-feira, segundo pauta do encontro divulgada nesta quinta-feira pela agência. Para Leite, da Abradee, a situação lembra uma crise de fluxo de caixa enfrentada pelas distribuidoras em 2014, também devido a uma elevada geração térmica necessária naquele ano.

Consumo no Brasil cresce 2,4% neste mês São Paulo - O consumo de eletricidade no País apresenta um aumento de 2,4% em outubro, em relação a igual período do ano passado, segundo dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 24 deste mês e divulgados ontem pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Conforme a entidade, no período, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) somou 61.268 MW médios. No Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a CCEE aponta elevação de 9,8% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do mercado cativo (ACR). Desconsiderando a migração dessas cargas, o mercado livre teria retração de 3% no consumo. Já a energia consumida no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, ficou praticamente estável (-0,3%), índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Desconsiderando a migração, haveria uma alta de 4,5%. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumi-

dores livres e especiais, os setores de veículos (+8,1%), saneamento (+3,9%) e têxtil (+2,9%) registraram alta no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos químico (-6,6%), de bebidas (-5,4%) e extração de minerais metálicos (-4,6%). A CCEE também divulgou dados referentes à geração de energia elétrica, que cresceu 1,8% de 1º a 24 de outubro, ante igual etapa do ano passado, totalizando 62.957 MW médios. Conforme a câmara, o crescimento foi impulsionado pela maior produção termelétrica, que registrou alta de 24,4%, e pelo aumento da geração eólica, de 34,6%. A geração hidráulica, por sua vez, recuou 10%, considerando grandes e pequenas Centrais Hidrelétricas, reflexo do cenário hidrológico adverso e do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios das usinas. Conforme o boletim da CCEE, as usinas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), espécie de condomínio das hidrelétricas que compartilha o risco hidrológico, devem gerar em outubro o equivalente a 62,5% de suas garantias físicas, ou 37.784 MW médios em energia elétrica. (AE)

Coelho Filho diz que não há risco de apagão no País Rio - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou ontem que a situação dos reservatórios das hidrelétricas é “bastante preocupante”, mas que não vê risco de problemas de abastecimento. Na quarta, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que passará a se reunir semanalmente para avaliar as condições de abastecimento. “Não tem risco de abastecimento, mas o preço (da energia) já tem subido”, afirmou o ministro, em entrevista durante visita à feira OTC (Offshore Technology Conference), no Rio. Coelho disse que o governo vem conversando com a Aneel e com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em busca de soluções para conter a crise energética. Ele não quis adiantar, porém,

quais as alternativas. A Aneel já decidiu iniciar uma campanha pelo uso racional de energia, a fim de promover maior economia no consumo. O ministro disse que o MME deve enviar na semana que vem à Casa Civil o projeto de lei de privatização da Eletrobras. Ele não quis, porém, dar detalhes do processo. Questionado sobre o valor que entrará para o caixa do governo, disse que dependerá de decisão da Eletrobras sobre o número de usinas para as quais optará por mudança no regime de vendas. Com o dinheiro arrecadado pela venda de ações, a estatal pagará o governo para retirar hidrelétricas do regime de cotas, no qual o preço de venda é mais barato, para poder vender a energia no mercado. (FP)


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INTERNACIONAL EMBRAER / DIVULGAĂ‡ĂƒO

SUBSĂ?DIOS

CanadĂĄ tenta barrar estudo sobre prejuĂ­zo Ă Embraer PaĂ­s pede bloqueio Ă OMC Paris - O CanadĂĄ pediu que a Organização Mundial do ComĂŠrcio (OMC) bloqueie as tentativas do Brasil de desencadear uma investigação detalhada de seu setor aeroespacial para reforçar sua tese de que os subsĂ­dios Ă Bombardier causaram “sĂŠrios danosâ€? Ă brasileira Embraer. O procedimento movido pelo CanadĂĄ acontece um mĂŞs depois de a OMC ter concordado em instaurar um painel para investigar uma queixa do Brasil de que o CanadĂĄ teria fornecido auxĂ­lio prejudicial aos aviĂľes CSeries. Em um documento apre-

sentado Ă OMC nesta semana, o CanadĂĄ afirma que os argumentos preparatĂłrios do Brasil nĂŁo foram satisfatĂłrios e que nĂŁo deveriam levar a uma potencial investigação custosa e longa sobre suas polĂ­ticas aeroespaciais sob um procedimento conhecido como “anexo Vâ€?. Abusos comerciais - Embora pareça uma peça misteriosa da legislação comercial, o Anexo V ĂŠ muito debatido na OMC porque define o quĂŁo profundamente um painel pode investigar para descobrir abusos comerciais.

Procedimento pedido pelo CanadĂĄ ocorre um mĂŞs apĂłs OMC concordar em investigar queixa do Brasil sobre subsĂ­dios

O procedimento pode envolver centenas de questĂľes e respostas sob procedimentos especiais para lidar com informa-

çþes confidenciais, mas os membros da OMC nĂŁo concordam sobre quando isso deve ser usado. “O CanadĂĄ nĂŁo deve ser

PIB

intimado a participar em uma investigação longa e custosa baseada no processo do anexo V, em relação a medidas e queixas legais

que não estão propriamente dentro dos termos de referência do painel�, afirmou o Canadå à OMC nesta semana. (Reuters)

ESPANHA

China prefere crescer devagar e forte Pequim - A China não determinarå uma meta de dobrar seu Produto Interno Bruto a partir de 2021, para que possa se concentrar mais em um crescimento de longo prazo e de maior qualidade, divulgou uma autoridade do Partido Comunista, em uma ruptura com pråticas do passado. A segunda maior economia do mundo caminha para atingir seu objetivo de duplicar o PIB e a renda per capita atÊ 2020 a partir de 2010. A especulação do mercado sobre novas metas se intensificou antes do congresso do Partido Comunista, que ocorre duas vezes por dÊcada e terminou na terça-feira. Embora a busca chinesa

por metas de crescimento fortes ao longo dos anos tenha ajudado a retirar a economia global da recessão após a crise financeira, a dívida corporativa e de governos locais aumentou, as disparidades econômicas regionais se ampliaram e os danos ambientais se agravaram. Qualidade - O vice-ministro do Escritório do Grupo Central de Liderança sobre Assuntos Financeiros e Econômicos, Yang Weimin, disse ontem em uma coletiva de imprensa em Pequim que a China não vai buscar somente a expansão econômica e vai enfatizar a qualidade de seu crescimento. A mudança para deixar

de lado metas ambiciosas de longo prazo para o crescimento se opþe às pråticas passadas na China e marca uma nova estratÊgia para o desenvolvimento econômico no longo prazo. Focar menos nas metas pode dar às autoridades mais espaço para prosseguir com as reformas estruturais - em teoria - sob o risco de pressionar o crescimento domÊstico e global. Trump - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contou na quarta-feira que falou com o presidente chinês, Xi Jinping, para parabenizå-lo sobre a nova formação da liderança da China revelada no Congresso do Partido

Comunista, em Pequim. Os dois tambĂŠm conversaram sobre a Coreia do Norte e comĂŠrcio, disse Trump em uma publicação no Twitter. “Falei com o presidente Xi, da China, para parabenizĂĄ-lo por sua elevação extraordinĂĄria. TambĂŠm discuti Coreia do Norte e comĂŠrcio, dois assuntos muito importantesâ€?, escreveu Trump. Xi falou a Trump que a China vai “seguir firmemente o caminho do desenvolvimento pacĂ­ficoâ€? e promover “coordenação e cooperação entre grandes potĂŞncias mundiaisâ€?, relatou a agĂŞncia de notĂ­cias oficial chinesa Xinhua, na noite de quarta-feira. (Reuters)

PETROLEIRA

Statoil admite prejuĂ­zo de US$ 480 mi Oslo - A companhia norueguesa Statoil informou ontem que registrou prejuĂ­zo de US$ 480 milhĂľes no terceiro trimestre, superior ao prejuĂ­zo de US$ 432 milhĂľes registrado em igual perĂ­odo do ano passado. A receita da empresa, por

outro lado, cresceu 12%, a US$ 13,61 bilhþes, embora tenha ficado abaixo da previsão dos analistas, de US$ 14,11 bilhþes. O prejuízo maior ocorre após a Statoil registrar no período uma sÊrie de custos com depreciação, relacio-

ASSOCIAĂ‡ĂƒO BENEFICENTE TIPOGRĂ FICA - ABT CNPJ 16.557.365.0001-51 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO $VVHPEOpLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD Âą $ $VVRFLDomR %HQHÂżFHQWH 7LSRJUiÂżFD $%7 HQWLGDGH GRV VHUYLGRUHV GD 6XEVHFUHWDULD ,PSUHQVD 2ÂżFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV FRP VHGH j 5XD (VStULWR 6DQWR /RXUGHV &DSLWDO FRQYRFD WRGRV RV DVVRFLDGRV SDUD D $VVHPEOpLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD D VHU UHDOL]DGD QR GLD WULQWD GH QRYHPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH QR KRUiULR GH jV KRUDV HP VXD VHGH QR Ož DQGDU 5XD (VStULWR 6DQWR /RXUGHV H QDV GHSHQGrQFLDV GD ,PSUHQVD 2ÂżFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV $Y $XJXVWR GH /LPD H QD &LGDGH $GPLQLVWUDWLYD 5RGRYLD 3DSD -RmR 3DXOR ,, (GLItFLR *HUDLV ž H ž DQGDUHV Âą &LGDGH $GPLQLVWUDWLYD GH 0LQDV *HUDLV 6HUUD 9HUGH &DSLWDO FRP D ÂżQDOLGDGH GH HOHJHU RV QRYRV PHPEURV GD 'LUHWRULD H &RQVHOKRV $GPLQLVWUDWLYR H )LVFDO SDUD R ELrQLR GRLV PLO H GH]RLWR GRLV PLO H GH]HQRYH %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH 5(*8/$0(172 1ž (VWDEHOHFH QRUPDV SDUD D UHDOL]DomR GD HOHLomR HP GRLV PLO H GH]HVVHWH QD $662&,$d­2 %(1(),&(17( 7,32*5Ăˆ),&$ $%7 H Gi RXWUDV SURYLGrQFLDV $ 'LUHWRULD ([HFXWLYD H RV &RQVHOKRV $GPLQLVWUDWLYR H )LVFDO GHVVD HQWLGDGH HP UHXQLmR FRQMXQWD QR GLD QRYH GH RXWXEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH WHQGR HP YLVWD R GLVSRVWR QR DUWLJR FLQT HQWD H WUrV GH VHX (VWDWXWR GHOLEHUD $UWLJR ž $ HOHLomR SDUD D 'LUHWRULD ([HFXWLYD H &RQVHOKRV $GPLQLVWUDWLYR H )LVFDO VHUi UHDOL]DGD QR GLD WULQWD GH QRYHPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH QR KRUiULR GH WUH]H jV GH]HVVHWH KRUDV HP VXD VHGH 5XD (VStULWR 6DQWR ž DQGDU /RXUGHV &DSLWDO H QDV GHSHQGrQFLDV GD ,PSUHQVD 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV $Y $XJXVWR GH /LPD &HQWUR &DSLWDO H QD &LGDGH $GPLQLVWUDWLYD 5RGRYLD 3DSD -RmR 3DXOR ,, (GLItFLR *HUDLV ž H ž DQGDUHV &LGDGH $GPLQLVWUDWLYD 6HUUD 9HUGH &DSLWDO $UWLJR ž $V FKDSDV VHUmR SURWRFRODGDV QD 6HFUHWDULD GD $%7 PHGLDQWH UHTXHULPHQWR GH XP UHVSRQViYHO SHOD FKDSD DWp DV GH]HVVHWH KRUDV GR GLD YLQWH GH QRYHPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH QRV WHUPRV GR DUWLJR FLQT HQWD H RLWR GR (VWDWXWR 3DUiJUDIR ~QLFR $V FKDSDV VHUmR LGHQWLÂżFDGDV SRU Q~PHUR VHT HQFLDO SHOD RUGHP GH SURWRFROR $UWLJR ž 1RV WHUPRV GR DUWLJR WULQWD H KXP ;,9 GR (VWDWXWR VHUi LQVWLWXtGD &RPLVVmR QRPHDGD SHOR 3UHVLGHQWH FRP SRGHUHV SDUD SUiWLFD GH WRGRV RV DWRV QHFHVViULRV DR SURFHVVDPHQWR GDV HOHLo}HV LQFOXVLYH MXOJDPHQWRV GRV UHFXUVRV LQWHUSRVWRV SRU PDLRULD GRV YRWRV $UWLJR ž $ &RPLVVmR HOHLWRUDO UHXQLU VH i QR GLD GH]HVVHWH GH QRYHPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH SDUD H[DPLQDU DV FKDSDV SURWRFRODGDV YHULÂżFDU VH SUHHQFKHUDP RV UHTXLVLWRV LPSRVWR SHORV $UWLJRV H FLQT HQWD H VHLV H FLQT HQWD H VHWH GR (VWDWXWR 3DUiJUDIR ž 1D IDOWD GH SUHHQFKLPHQWR GH DOJXP UHTXLVLWR R UHVSRQViYHO SHOD FKDSD WHUi DWp jV TXLQ]H KRUDV GR GLD YLQWH H WUHV GH QRYHPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH SDUD VXSULU D IDOWD VRE SHQD GH LQGHIHULPHQWR GR UHJLVWUR GD FKDSD 3DUiJUDIR ž (P FDVR GH PRUWH UHQ~QFLD RX LQGHIHULPHQWR GH UHJLVWUR GH FDQGLGDWR R UHVSRQViYHO SHOD FKDSD GHYHUi SURYLGHQFLDU D VXEVWLWXLomR HP YLQWH H TXDWUR KRUDV VRE SHQD GD QXOLGDGH GD FKDSD 3DUiJUDIR ž 6H D PRUWH RFRUUHU QDV ~OWLPDV YLQWH H TXDWUR KRUDV DQWHFHGHQWHV j HOHLomR ÂżFD HVWD DGLDGD SDUD R GLD TXDWUR GH GH]HPEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH $UWLJR ž $V FKDSDV XPD YH] DSURYDGDV SHOD &RPLVVmR (OHLWRUDO VHUmR UHJLVWUDGDV HP OLYUR SUySULR $UWLJR ž 1HQKXP UHFXUVR FDEHUi GD GHFLVmR GD &RPLVVmR (OHLWRUDO TXDQWR DR UHJLVWUR GDV FKDSDV $UWLJR ž 6RPHQWH VyFLRV HP GLD FRP VXDV REULJDo}HV FRP D $VVRFLDomR WHUmR GLUHLWR D YRWDU 3DUiJUDIR ~QLFR &RQVLGHUD VH HP GLD FRP D $VVRFLDomR RV VyFLRV TXH HVWLYHUHP TXLWHV DWp WULQWD GLDV DQWHV GDV HOHLomR RX VHMD DWp R GLD WULQWD GH RXWXEUR GH GRLV PLO H GH]HVVHWH $UWLJR ž $ &RPLVVmR HOHLWRUDO H[SHGLUi LQVWUXo}HV FRPSOHPHQWDUHV SDUD R ÂżHO FXPSULPHQWR GHVWD UHVROXomR $UWLJR ž (VWD UHVROXomR HQWUD HP YLJRU QD GDWD GH VXD SXEOLFDomR %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH -RVp (XVWiTXLR 5HLV

nados principalmente a um ativo em terra na AmÊrica do Norte, que gerou ainda uma produção inferior à esperada. O lucro total ajustado antes de impostos, que exclui itens não recorrentes, subiu a US$ 2,3 bilhþes no terceiro trimestre, de cerca de US$ 600 milhþes anteriormente. Analistas esperavam US$ 2,4 bilhþes.

acima do 1,81 milhĂŁo de um ano antes. O avanço ocorreu sobretudo pela maior flexibilidade na produção de gĂĄs, devido aos preços mais altos, a novos poços e Ă capacidade adicional nos jĂĄ existentes, alĂŠm de um continuado desempenho operacional forte, informa a companhia. A empresa elevou sua meta de crescimento na proFlexibilidade - A Statoil pro- dução neste ano de 5% para duziu 2,05 milhĂľes de barris 6%. O conselho manteve o de petrĂłleo equivalente ao dividendo em US$ 22,01 por dia no terceiro trimestre, ação. (AE) DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO

FAMĂ?LIA BANDEIRANTE PREVIDĂŠNCIA PRIVADA, entidade aberta de previdĂŞncia complementar sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ/MF sob nÂş 62.874.219/0001-77, por meio de sua administração, D E C L A R A: 01 - Sua intenção de encerrar as atividades em previdĂŞncia complementar aberta. 02 - ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnaçþes Ă presente declaração deverĂŁo ser comunicadas diretamente a SuperintendĂŞncia de Seguros Privados - Susep, na Avenida Presidente Vargas, nÂş 730, 9Âş andar - Rio de Janeiro/RJ, CEP.: 20.071-001, no prazo mĂĄximo de 15 (quinze) dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatĂłria, observado que o(s) impugnates(s) poderĂĄ(ĂŁo ), na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. Belo Horizonte, 24 de outubro de 2017. FAMĂ?LIA BANDEIRANTE PREVIDĂŠNCIA PRIVADA

Adeptos do separatismo reagem a indeďŹ nição do presidente da Catalunha BrasĂ­lia - O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, decidiu seguir com a estratĂŠgia de nĂŁo esclarecer suas reais intençþes em relação ao desafio independentista da regiĂŁo espanhola. Em declaração feita ontem, Ă s 17h (13h no horĂĄrio de BrasĂ­lia), no PalĂĄcio do governo, em Barcelona, Puigdemont, mais uma vez, foi considerado confuso. Havia a expectativa de que ele anunciasse a desistĂŞncia de declarar a independĂŞncia da regiĂŁo e optasse por convocar eleiçþes. No entanto, o lĂ­der catalĂŁo descartou a possibilidade de novas eleiçþes por entender que nĂŁo hĂĄ garantias que as justifiquem. “Minha responsabilidade ĂŠ esgotar todas as vias para encontrar uma solução ao conflito polĂ­tico e de natureza democrĂĄticaâ€?, afirmou. Puigdemont tambĂŠm nĂŁo afirmou se pretende seguir com os planos de declarar a independĂŞncia da regiĂŁo. Ao longo da manhĂŁ, centenas de estudantes catalĂŁes protestaram contra a aplicação do Artigo 155 da Constituição espanhola, que pode suspender a autonomia da regiĂŁo e marcar novas eleiçþes. Diante de tantas inseguranças, os manifestantes se voltaram contra o lĂ­der separatista aos gritos de “traidorâ€?, GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. N. Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/MG, LeilĂŁo: 07/12/17 Ă s 10:00hs, para venda de imĂłvel em Uberlândia/MG. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂ­cio de Reg. de TĂ­tulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, Leilão: 24/11/17 às 09:00h, para venda de Imóveis em Curitiba/PR, Camboriú/ SC, Maceió/AL e Aracaju/SE. Comitente: Banco Inter S/A. Normas para participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.

por acreditarem que ele estĂĄ sendo desleal ao nĂŁo declarar oficialmente a independĂŞncia. Referendo - No dia 1Âş de outubro, cerca de dois milhĂľes de pessoas foram Ă s urnas na Catalunha se manifestar, em um referendo sobre a independĂŞncia da regiĂŁo. Cerca de 90% dos eleitores votaram pela independĂŞncia da Catalunha, mas o pleito foi considerado ilegal pelo governo espanhol, que nĂŁo reconheceu o processo e ameaça agora usar um artigo da Constituição do paĂ­s para suspender a autonomia da regiĂŁo. Puigdemont enviou ontem ao Senado uma carta de oito pĂĄginas em que dizia que a aplicação do Artigo 155 criaria uma situação ainda mais grave do que a atual. Ele argumentou que o artigo nĂŁo ĂŠ um cheque em branco e nĂŁo permite ao Governo central destituir as instituiçþes catalĂŁs. Uma comissĂŁo do Senado espanhol iria avaliar, ontem, a aplicação do Artigo 155, que serĂĄ votada hoje. Apesar do cenĂĄrio incerto, a expectativa ĂŠ de que o Senado dĂŞ prosseguimento para colocar em prĂĄtica o texto constitucional, que pode destituir Puigdemont e suspender a autonomia da Catalunha. (ABr) DĂ VILA ARQUITETURA E ENGENHARIA S/A. CNPJ: 05391.121/0001-25 - NIRE 3130009942-3 EDITAL NÂş 01/2017 – CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam convocados os Senhores Acionistas, a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 03 de Novembro de 2017 Ă s 10 (dez) horas, na sede social, na Av. Augusto de Lima, 479, 20Âş andar, sala 2016, Bairro Centro, Belo Horizonte/MG, a fim de deliberarem sobre os seguintes assuntos: Ordem do Dia: Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) Redefinição das classes de açþes preferenciais da Companhia, nominativas escriturais, eventualmente incluindo o direito a voto e direito a dividendos fixos; (ii) Outorga aos acionistas da Companhia o direito Ă conversĂŁo das açþes preferenciais para as classes redefinidas, nos termos que vierem a ser estabelecidos pelo Conselho de Administração da Companhia; (iii) Reforma e ajuste na redação do Estatuto Social da Companhia onde se dispĂľe sobre direitos relativos Ă s açþes preferenciais nominativas escriturais, bem como nos demais itens afetados pelas deliberaçþes mencionadas acima; (iv) Eleição dos membros do Conselho de Administração e Diretoria para o triĂŞnio 2017-2020; Belo Horizonte, 26 de Outubro de 2017. Alberto Enrique DĂĄvila Bravo Presidente do Conselho Administrativo


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POLÍTICA BASE ALIADA

Temer quer fazer pacto com Maia Sobrevivência política do peemedebista está nas mãos do presidente da Câmara Brasília - Passada a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o Palácio do Planalto quer fazer um pacto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conseguir emplacar uma agenda de reformas consideradas necessárias na retomada do crescimento econômico. Com menos apoio político, Temer sabe que agora depende de Maia para aprovar projetos polêmicos, “tourear” o Centrão e concluir sem sobressaltos o seu mandato, em 1.º de janeiro de 2019. O objetivo do Centrão grupo formado por partidos médios, como PP, PR e PSD -, é transformar Maia em uma espécie de “primeiro-ministro” para conduzir a articulação da Câmara com o Planalto. Conhecido por fazer ameaças e se rebelar, o grupo que já foi liderado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - hoje preso da Lava Jato - também pressiona o governo por uma reforma ministerial. Quer a todo custo tirar o PSDB da Esplanada, sob o argumento de que a bancada tucana aumentou o grau de infidelidade ao presidente. Temer planeja prestigiar Maia, que também tem boa interlocução com o empresariado e o mercado financeiro. Nos últimos dias, por exemplo, pediu para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acertar com o deputado um modelo que permita enxugar a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma da Previdência. Maia também se reuniu ontem com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Certo de que não terá os votos necessários para aprovar mudanças na aposentadoria às vésperas do ano eleitoral de 2018, o governo pretende se fixar na redução da idade mínima para a concessão do benefício e na quebra de privilégios dos servidores.

VALTER CAMPANATO / ABR

Rodrigo Maia vem ganhando maior protagonismo no governo Temer, assumindo papel-chave na agenda de reformas

de ser “primeiro-ministro” de um governo sem força, Maia abriu um sorriso. “Eu já sou articulador político, mas não dá para fazer um modelo híbrido num sistema presidencialista como o nosso”, disse ele à reportagem. “Michel sempre manteve uma boa relação com o Parlamento, o Brasil vive uma crise profunda e acredito que a Câmara terá um papel relevante para sairmos da crise. Não se pode misturar embate político com a agenda do País”, argumentou. Além de mudanças na Previdência, o Planalto quer concentrar esforços na simplificação tributária. Maia concorda, mas não abre mão de também investir em projetos sociais que dizem respeito à segurança pública e à geração de empregos. Até agora, o deputado jura ser candidato à reeleição pelo Rio, Estado que vive a maior crise de segurança do País. “Não existe e nem existirá essa competição entre o Executivo e o Legislativo”, “Primeiro-ministro” - Ques- argumentou o ministro da tionado sobre a possibilidade Secretaria de Governo, An-

tônio Imbassahy, que chegou a reassumir o mandato de deputado do PSDB para ajudar Temer a derrubar a denúncia na Câmara. “As boas iniciativas devem ser recebidas com aplauso.” Imbassahy foi escalado por Temer várias vezes, nas últimas semanas, para acalmar Maia, que disse ser vítima de “intrigas” do Planalto. O tucano conseguiu reaproximar o presidente da Câmara do governo, mas não se livrar das críticas do Centrão, que pede a sua cabeça. “Eu rezo para Rodrigo Maia ser iluminado, porque só assim vamos aprovar a reforma da Previdência, a tributária e mexer com a segurança”, afirmou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara. “Com o protagonismo do Rodrigo, se ele for contra algum projeto aqui, a coisa não anda, mesmo que o Executivo queira que ande.” Na prática, tanto a pauta do Planalto como a do Congresso será muito atrelada às eleições de 2018. “A agenda

eleitoral é a que vai dominar nesse pós-denúncia e o governo precisará ter uma base aliada que garanta a estabilidade. Não poderá nem exigir, nem retaliar”, disse o deputado Sílvio Torres (SP), secretário-geral do PSDB, que é aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e foi a favor do prosseguimento da denúncia contra Temer. Racha no PSDB - Apesar de comandar quatro ministérios, o PSDB continua rachado e, na última quarta-feira, deu mais votos contra do que a favor do presidente - 23 a 21. Além disso, exibiu maior índice de infiéis agora do que na votação da primeira denúncia, em 2 de agosto. Desta vez, Temer foi acusado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de chefiar uma organização criminosa para desviar recursos públicos e também de obstruir a Justiça nas investigações da Lava Jato. No mesmo processo, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) foram

denunciados por organização criminosa. “Temer está tendo uma nova oportunidade de reiniciar o governo. Necessita urgentemente fazer uma rearrumação e tirar os tucanos da equipe porque do jeito que está não funciona”, afirmou o deputado Arthur Lira (AL), líder da bancada do PP na Câmara. “Maia terá um papel importante nesse processo porque dialoga bem com a base e com a oposição.” Ao ser perguntado se o Executivo aceitaria dar ainda mais protagonismo ao presidente da Câmara, Lira não pestanejou. “Aceitar ou não independe da vontade do governo. É uma questão de sobrevivência”, ressaltou. Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o Planalto se converteu em um “comitê” para salvar Temer, “sangrando” as contas públicas. “O presidente ganhou, mas não levou”, disse Silva. “Na prática, já vivemos um semiparlamentarismo e Rodrigo Maia virou primeiro-ministro”, avaliou. (AE)

sistema portuário. Temer é investigado por esse caso, assim como o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures por supostamente atuarem em benefício da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos. O inquérito foi aberto pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, mas desde a troca no comando da PGR está nas mãos de Raquel Dodge. A procuradora-geral da República pediu ao Supremo diligências de investigação como o registro de doações feitas pela Rodrimar a Temer e ao PMDB nas últimas disputas eleitorais, além do depoimento do próprio presidente. O STF expediu na última segunda-feira ofícios com a requisição das informações a autoridades que deverão responder à Corte. Raquel Dodge deu 60 dias para a conclusão das investigações pela Polícia Federal, o que faz com que o caso possa ser encaminhado à PGR em dezembro. Caberá à procuradora-geral decidir depois das diligências necessárias se vai oferecer

uma nova denúncia contra o presidente - seria a terceira acusação criminal contra Temer enviada à Corte neste ano. O Planalto afirmou em nota, após o pedido da procuradora-geral da República para ouvir o presidente, que Temer responderá aos questionamentos sobre o Decreto dos Portos.

Cunha irá prestar depoimento hoje à Justiça Federal em Brasília no âmbito da Operação Sépsis, que apura fraude com recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. O peemedebista costuma enviar recados ao Planalto em suas declarações à Justiça. Além de Cunha, outro depoimento marcado para sexta pode levar tensão ao Planalto: é o do delator Lúcio Funaro. O corretor implicou Temer em sua delação e também vai falar à Justiça Federal em Brasília, no mesmo dia de Cunha. A rejeição da denúncia pela Câmara dos Deputados impede o prosseguimento do caso enquanto Temer é o presidente da República. A acusação será analisada pela Justiça, no entanto, quando o mandato de presidente se encerrar. O procedimento é o mesmo no caso das duas denúncias contra o presidente - a primeira, por corrupção passiva, rejeitada em agosto, e a segunda por

organização criminosa e obstrução da Justiça. Se Temer deixar a Presidência, mas permanecer em cargo com prerrogativa de foro - como uma cadeira no Congresso ou ministro de Estado -, as denúncias deverão tramitar no Supremo Tribunal Federal. No caso de o peemedebista deixar a Presidência ao fim de 2018 e não assumir cargo que possua foro privilegiado, no entanto, as acusações são remetidas à Justiça de primeiro grau. Na primeira instância, o procedimento de investigação tende a ser mais rápido do que no STF. A denúncia por organização criminosa pode ser encaminhada ao juiz Sérgio Moro, já que entre os atos listados pela PGR na acusação está atuação no âmbito da Petrobras. Os processos ligados à petrolífera são de competência de Moro, em Curitiba, quando não envolvem agentes com foro privilegiado. A Câmara trancou a acusação contra Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha - os demais acusados não possuem foro. (AE)

Presidente é investigado em inquérito no STF

Brasília - O presidente Michel Temer venceu a segunda batalha no Congresso para barrar o prosseguimento de mais uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar disso, o peemedebista não está livre de esclarecimentos à Justiça. No Supremo Tribunal Federal (STF), Temer é investigado em um inquérito aberto e conduzido pelo ministro Luís Roberto Barroso. Além da frente de investigação aberta, o Planalto monitora com atenção passos de antigos aliados de Temer que estão presos - como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). A apreensão de auxiliares do presidente é de que ambos partam para a delação premiada e, pressionados, mencionem Temer em relatos à PGR. A investigação que persiste no Supremo apura corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a edição do Decreto dos Portos neste ano, que mudou regras do

Geddel - Preso há quase 50 dias pela segunda vez, Geddel é considerado por procuradores como um forte candidato a delator depois que investigadores encontraram um apartamento ligado a ele, em Salvador (BA), com o equivalente a R$ 51 milhões em espécie. Já Cunha tentou negociar delação com a equipe de Janot, mas as tratativas fracassaram. Um dos argumentos na Procuradoria era de que não seria aceito um acordo do ex-presidente da Câmara em que não se falasse do papel da cúpula do PMDB - entre eles, Temer - nos esquemas investigados. O ex-deputado tenta agora emplacar a delação na gestão de Raquel.

Reforma ministerial é ventilada Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem, em entrevista ao portal UOL, que o presidente Michel Temer precisa reorganizar sua base, após a rejeição da denúncia contra ele e dois ministros, e ouvir as lideranças partidárias, que demandam mudanças no primeiro escalão do governo. O deputado disse ter ouvido de deputados que é necessário um rearranjo de forças na estrutura ministerial para ajustar a base e consolidá-la a ponto de aprovar matérias polêmicas de interesse do governo, como a reforma da Previdência e os projetos que complementam a lei orçamentária para o próximo ano. “Tem muitos partidos demandando isso, de fato alguns resultados sinalizam isso”, disse o presidente da Câmara ao blog do Josias, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma reforma ministerial no pós denúncia. “Pelo que a gente ouve dos líderes, acho que o presidente tem que chamá-los e entender o que cada um está pensando”, afirmou. Na última quarta-feira, o Planalto conseguiu barrar a segunda denúncia contra o presidente e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, mas os 251 votos obtidos não ultrapassam nem a metade do total de 513 deputados do plenário, indicando um enfraquecimento do governo. “Tanto a Previdência quanto esses projetos que o governo vai encaminhar nos próximos dias para compor o Orçamento de 2018 sem precisar aumentar o déficit público, a meta, a cima do que está apresentado, eles são polêmicos”, comentou Maia. “Mesmo sendo por maioria simples (a aprovação), o governo para conseguir colocar em votação na Câmara, no plenário, vai precisar repensar sua base e ver de que forma ele garante uma maioria para a aprovação desses temas.” Aliados argumentam que não se pode considerar apenas os votos contrários à denúncia para avaliar a força do governo, e calculam que os 25 ausentes também engrossam o coro dos que não votaram pelo prosseguimento da investigação contra o presidente e seus dois ministros. Mais cedo, Maia conversou, em encontros separados, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre a pauta a ser tocada na Câmara no pós denúncia. O presidente da Câmara tem demonstrado a intenção de assumir um protagonismo na condução de agendas prioritárias na Casa, tendo como foco principal temas econômicos. (Reuters)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

AGENDA ECONÔMICA

PEC da Previdência passa a ser prioridade Sem estabelecer cronograma, Meirelles acredita que reforma poderá ser aprovada ainda neste ano São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diminuiu ontem o tom em seu discurso sobre a votação da reforma da Previdência. Na última terça-feira, ele previu que a proposta de emenda à Constituição (PEC) seria votada na segunda quinzena de novembro. Em entrevista ontem à imprensa, Meirelles evitou falar em prazos específicos e disse ter esperança de aprovação nos próximos dois meses. “Quando mencionei a segunda quinzena de novembro foi uma estimativa, uma previsão. O que nós achamos é que é importante que seja aprovada ainda neste ano”, disse ele, destacando que as eleições de 2018 reduzem bastante as chances de uma reforma desta magnitude passar no Congresso. Na última terça-feira, em reunião-almoço da Câmara de Comércio França-Brasil o ministro afirmou que a reforma poderia aprovada na segunda quinzena de novembro. Ele ressaltou ainda que havia o interesse de todas as forças políticas que tem pretensões eleitorais em aprovar as medidas, pois se o texto não passar agora, o próximo presidente certamente terá que fazer a reforma da Previdência. Ontem, ele reafirmou este ponto e disse que a trajetória atual de despesas é insustentável. O ministro se reuniu ontem com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e disse a jornalistas em São Paulo que conversou sobre a Previdência com ele. Meirelles ressaltou que tem dialogado com líderes da base e terá uma agenda de reuniões intensas com grupo de parlamentares nas próximas semanas para discutir a reforma. Na última quarta-feira, após a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, Maia disse que pretende colocar em votação um texto “enxuto” para a Previdência. Perguntando sobre que pontos o governo cederia, Meirelles ressaltou que vai defender a

aprovação do texto aprovado pelo relator Arthur Maia (PPS-BA). “É um projeto que está equilibrado, já foi retirado uma série de pontos, mudado uma série de questões. Vamos ver como serão as negociações no Congresso.” “Esperamos que a Previdência seja votada ainda este ano pelo Congresso”, disse ele, ao ser perguntado pelos jornalistas se mantinha a previsão de aprovação do texto na segunda quinzena de novembro como disse. Perguntado se espera uma “reforma ou reforminha” da Previdência, Meirelles respondeu que será uma “reforma”. “A agenda segue agora com vigor”, disse ele, ressaltando que o Congresso pode se dedicar aos projetos econômicos. “Vou me envolver pessoalmente.” Questionado se o governo terá que fazer mais concessões aos parlamentares para aprovar a reforma da Previdência, Meirelles disse que o texto será aprovado “em seu mérito”, ou seja, com o entendimento de que a reforma é necessária para impedir um crescimento muito grande dos gastos públicos, comprometendo que o governo gaste em outras frentes. Meirelles disse que para aprovar a reforma vai “ter trabalho e discussão”, porque a reforma da Previdência é sempre controversa. Impostos - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que ainda não existe um cronograma definido para a reforma tributária, pois o projeto não está pronto e segue em processo de discussão em Brasília. “A ideia da reforma tributária é racionalizar a estrutura de impostos do Brasil, torná-la mais simples. É uma simplificação tributária”, comentou Mais cedo, em Brasília, o ministro ressaltou que o governo quer primeiro fazer a reforma da Previdência e, depois, a do sistema tributário. Meirelles ressaltou que a reforma tributária é

JOSÉ CRUZ / ABr

um projeto “grande, abrangente e complicado”, porque envolve interesse da União, estados, municípios. Meirelles foi perguntado pelos jornalistas se os gastos do presidente Michel Temer com parlamentares para barrar as duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista podem ter impacto no Orçamento e respondeu que “não”. “Nosso Orçamento para 2017 e 2018 não muda”, garantiu. O ministro ressaltou ainda que o governo tem que cumprir o teto de gastos e “não há nenhum espaço” para aumento de despesas orçamentárias. A meta de déficit primário prossegue em R$ 159 bilhões para este ano e no próximo. “O Orçamento é rigoroso, rígido e de despesas que já estavam consideradas”, afirmou. (AE) Henrique Meirelles descarta “espaços” para crescimento nas despesas orçamentárias

Eleições de 2018 podem atrapalhar votação Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu ontem que a proximidade das eleições de 2018 atrapalha a possibilidade de votação da reforma da Previdência e encurta o calendário do governo, mas garantiu que há condições de votar as propostas ainda este ano. “A aproximação da eleição faz com que sempre os votos, as posições políticas comecem a ser contagiadas. O parlamentar que busca a reeleição, ele sempre vai meditar. A proximidade com a eleição vai dificultando medidas que sejam mais custosas do ponto de vista popular? Vai dificultando sim”, afirmou. Padilha confirmou que o governo perdeu votos na última quarta-feira, durante a apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer, já por causa do possível impacto nas eleições de 2018. Segundo ele, alguns deputados chegaram a dizer que gostariam de votar com o governo, mas não teriam condições pelo impacto na sua base política de um voto a favor de Temer. O governo conseguiu 251 votos - o suficiente para arquivar a segunda denúncia contra Temer, mas nem perto dos 308 necessários para aprovar uma proposta de emenda à

Constituição (PEC), como a reforma da Previdência. Padilha, no entanto, insistiu que a base de apoio ao governo é de 390 votos e o resultado de quarta-feira não representa quem votaria pela reforma. A segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer, pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça, também imputa o crime de organização criminosa ao próprio Padilha e a Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral. “Não podemos dizer que os mesmos votos da rejeição da denúncia são os votos da Previdência. Eu cito exemplo da bancada do PSDB. São coisas diferentes”, afirmou o ministro. Os tucanos, apesar de serem parte da base do governo e terem nas mãos quatro ministérios, deram mais votos contrários a Temer do que a favor: 23 a 20, com três ausências. Na primeira denúncia, 21 votaram contra o governo e 22 a favor. No entanto, o partido diz apoiar majoritariamente a reforma da Previdência. Padilha defendeu que a perda de 12 votos em relação à primeira denúncia não foi uma derrota, mas estava dentro do previsto. “Quem

vota contra o governo votou. Se juntarmos aos 251 as 25 ausências, nós vamos ter 276. Foi absolutamente normal, não surpreendeu, compreendemos as razões daqueles que se ausentaram. Quem marcou presença e não votou são pessoas que não quiseram votar contra o governo”, alegou. Na primeira denúncia, o governo teve 263 votos a favor e 19 ausências, o que soma 282 - uma diferença de 19 votos para o placar de quarta-feira. Padilha, no entanto, afirmou que o governo pode sim garantir a aprovação da reforma. “O que eu tenho a dizer é que há todas as condições de se aprovar. Existe hoje uma consciência de todo o Parlamento da necessidade da reforma”, afirmou. “Essa não é uma questão de base, a reforma não é feita em favor do governo. Temos que pensar pelo Brasil, não estamos pensando nesse governo”, justificou. Padilha confirmou ainda que o governo irá reunir os líderes da base e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para definir o que será possível votar. Segundo o ministro, o fundamental continua sendo a idade mínima, transição e a igualdade das aposentadorias do setor público ao privado. (Reuters)

TUCANOS

Tasso Jereissati admite disputar comando do PSDB Brasília - Motivado pelo resultado da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), admitiu pela primeira vez que pode disputar a eleição para a presidência da sigla, em dezembro. Segundo o tucano, ele está consultando correligionários e familiares sobre o assunto antes de oficializar a candidatura. “Depois de ontem (quarta-feira), o presente está definido, vamos passar o ano que vem com um governo enfraquecido, com uma boa equipe econômica, mas atravessando a pinguela aos trancos e barrancos. O problema agora é pensar no futuro, e futuro não é só 2018, e sim o que vamos ser e o que queremos para o País”, declarou. Para Tasso, há dois proje-

tos antagônicos no partido. Na quarta-feira, o PSDB deu 23 votos pela abertura do processo contra Temer e 20 pelo arquivamento. Embora o peemedebista tenha reunido maioria na Câmara para barrar a denúncia, o resultado foi visto como uma vitória de Tasso dentro do partido sobre o grupo do senador Aécio Neves (MG), que defende a permanência da legenda na base aliada. Na primeira denúncia, o resultado foi de 22 senadores contrários à denúncia e 21 a favor do prosseguimento. “Algumas faltas na primeira votação fizeram com que fosse alardeado um falso resultado. O resultado de ontem foi uma demonstração clara do que a maioria quer”, avaliou o senador cearense. Com um discurso forte, Tasso reforçou ontem que

o partido deve realizar uma autocrítica e romper com o governo do presidente Temer, mas manter o apoio à equipe econômica. “Renovar o partido sempre foi o meu sonho, desde o (último) programa partidário até as propostas que fizemos. Houve uma reação muito grande no partido e agora vamos ter uma decisão final (na eleição)”, disse. Em agosto deste ano, Tasso foi bastante criticado internamente por veicular um vídeo que chamava o atual governo de “presidencialismo de cooptação”. Em outra peça, veiculada uma semana antes, a sigla também admitiu ter cometido “erros”. Tasso considera que, do ponto de vista numérico, o racha dentro do partido é “menor do que parece”. “Do ponto de vista de poder é diferente. Porque um dos

grupos (com visões diferentes dentro do PSDB) é apoiado pelo governo e aí, neste caso, pesam outros fatores”, ponderou. O tucano reforçou que o partido deve apoiar a equipe econômica independentemente do governo, mas não considera que será viável aprovar a reforma da Previdência este ano. “Se o projeto vier (da Câmara) bem feito, nós apoiaremos, mas matematicamente não vejo como seria possível.” Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, o texto precisa passar por dois turnos de votação na Câmara antes de seguir para o Senado. Desde que assumiu a presidência interina do PSDB, Tasso vinha negando que fosse disputar a presidência. Há menos de uma semana ele chegou a dizer, quando questionado pela imprensa,

que nunca teve objetivo de dirigir o partido. “Com certeza não faz parte dos grandes objetivos da vida ser presidente de nada. Estou muito bem como senador. Ser presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já é muita coisa”, rechaçou. Nos bastidores, porém, o grupo conhecido como “cabeças-pretas” sempre defendeu a candidatura do cearense como forma de renovar o partido. Presença de Aécio - As recentes investidas de Tasso contra Aécio também foram vistas por parlamentares mineiros como um sinal de que o senador cearense tinha interesse em disputar a presidência da legenda. Desde que foi enquadrado pelo tucano, Aécio tem sido convencido por aliados a resistir no posto. A avaliação

é de que a presença de Aécio impede que Tasso tenha plenos poderes na direção do partido. Os tucanos próximos ao senador mineiro argumentam que, com Aécio na Executiva Nacional, Tasso teria dificuldade de usar a máquina partidária a favor de sua própria eleição. Seria uma forma de manter a disputa entre Tasso e Marconi Perillo, governador de Goiás, mais “equilibrada”. Perillo já é oficialmente candidato à presidência da sigla, justamente com apoio de Aécio Neves. “Marconi é um candidato importante, uma liderança importante, fez um trabalho conhecido. Ele representa uma corrente, um desses projetos dentro do PSDB e tem toda legitimidade para se candidatar”, comentou Tasso sobre Perillo. (AE)


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LANÇAMENTO

Chevrolet Equinox chega ao mercado brasileiro SUV utiliza motor 2.0 turbo de 262 cv DA REDAÇÃO

O Equinox, utilitário esportivo de maior sucesso da marca no mundo, de acordo com a Chevrolet, acaba de chegar ao mercado brasileiro. O SUV agrega sofisticação, tecnologias voltadas para a segurança e um conjunto mecânico poderoso. Esse último é composto por um motor 2.0 turbo de duplo fuxo (262 cv) que trabalha em conjunto com uma transmissão automática, sequencial, de nove marchas. O conjunto leva o modelo de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. A velocidade máxima, limitada eletronicamente, é de 210 km/h, informou a General Motors. Além de proporcionar boas acelerações e retomadas de velocidades, os 37 kgfm de torque do motor 2.0 turbo podem ser distribuídos em percentuais diferentes para cada uma das quatro rodas a fim de garantir melhor dirigibilidade. A tração integral também está presente. Falando nela, vale mencionar que o sistema disponível no Equinox é permanente, do tipo AWD, e pode variar o envio de torque para cada uma das rodas para maior aderência do veículo. Esta tarefa é feita por uma central de comando capaz de realizar até mil leituras por segundo. O condutor pode desabilitar o modo AWD mesmo com o carro em movimento e trafegar apenas com tração nas rodas dianteiras. E, caso o sistema identifique alguma situação de risco, aparece uma mensagem no painel aconselhando o condutor a reativar a tração integral. O mesmo conjunto de tecnologias é capaz de identificar que o carro está rebocando outro veículo, como trailer ou um barco, e atuar para compensar oscilações e elevar a estabilidade da composição. Em relação à conectividade, o SUV conta com sistema de carregamento wireless para smartphones e sistema multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Também traz o sistema de telemática OnStar que permite, por exemplo, consultar e comandar

diversas funções do veículo por meio de um aplicativo para celular. “Projetamos o Equinox para que ele fosse a principal referência da categoria e para que ocupasse nossa vitrine tecnológica, ao lado do Camaro. O Equinox chega para agregar ainda mais valor à marca Chevrolet e, no segmento de SUVs, imagem de marca é quesito fundamental para a decisão de compra”, disse Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul. . A linha de utilitários esportivos da Chevrolet agora está completa com produtos de tamanhos e propostas complementares. O novo modelo fica posicionado entre o compacto Tracker e o Trailblazer. Design – O Equinox é um utilitário

esportivo caracterizado por um design atlético, robusto e refinado. Suas medidas são as seguintes: 4,65 metros de comprimento; 2,11 metros de largura; 1,70 metro de altura e entre-eixos de 2,73 metros. A parte externa da carroceria traz elementos característicos dos novos produtos globais da marca, como a frente ampla e horizontal e faróis afilados integrados à grade. Nas laterais, vincos curvilíneos criam um efeito de luz e sombra, que harmonizam com as grandes rodas de alumínio aro 19 polegadas. A sofisticação está presente nos cromados delineando as janelas das portas. O mesmo acabamento faz-se presente na grade frontal e dá toque especial ao para-choque posterior e às barras longitudinais do teto.

Premier é a única versão de acabamento disponível O novo SUV inaugura, no Brasil, a versão de acabamento Premier, a mais sofisticada da linha Chevrolet. É caracterizada pela ampla utilização de materiais nobres, itens de tecnologia e refinamento interno e externo, afirma a montadora. No caso do Equinox, os bancos são revestidos com material e acabamento especiais, como couro perfurado e costuras duplas. O painel também conta com acabamento requintado. Além disso, materiais soft touch (macios ao toque) aplicados em outras áreas de contato, como os apoios de braço e painéis de portas, proporcionam sofisticação e maior conforto. Os dois tons aplicados no interior do veículo, preto e cinza,

enfatizam as formas e superfícies principais. Além do visual, os materiais utilizados foram desenvolvidos para garantir alta durabilidade e facilidade da manutenção, garante a GM. O painel traz peças decoradas com metalização acetinada nas saídas de ar, na moldura central de instrumentos, no console e no volante. No interior, a sensação de amplitude é potencializada pelo teto solar panorâmico. O painel frontal é desassociado do console central, trazendo mais conforto e espaço para os ocupantes. O volume de carga máxima pode variar de 468 litros até 1.627 litros, dependendo da configuração dos bancos. O

traseiro, aliás, pode ser rebatido por meio de uma alavanca localizada na parede lateral direita do compartimento de carga, criando uma superfície plana, facilitando assim a acomodação de itens compridos. Segurança – O utilitário conta com uma extensa lista de itens de segurança. Traz desde tecnologias capazes de intervir de forma autônoma para prevenir ou mitigar acidentes até um sistema capaz de avisar automaticamente uma central de resgate 24h assim que os airbags são deflagrados, informando dados da localização e a dinâmica da batida, para que seja providenciado socorro adequado.

Entre os itens presentes, destaque para: frenagem automática de emergência (AEB), função de pré-ativação dos freios, sistema de compensação de frenagem, assistência de frenagem de emergência (PBA), alerta de colisão frontal, banco do motorista com alerta tátil de segurança, assistente de permanência na faixa, faróis Full LED com luz alta inteligente, farol com ajuste de nivelamento automático, alerta de ponto cego com sensor de aproximação repentina, controle eletrônico de tração e de estabilidade com tecnologia que atenua o risco de capotamento, alerta de esquecimento de pessoas ou objetos no banco traseiro, câmera de ré com linhas guias e alerta de

tráfego cruzado traseiro. Sensores no para-choque traseiro são capazes de detectar a aproximação de um outro veículo vindo a até 25 metros na perpendicular. Quando isso acontece, bipes soam e um triângulo de advertência com uma seta apontando para o lado da ocorrência pisca sobre a imagem captada pela câmera de ré. Destacam-se, ainda, os seis airbags (frontais, laterais e de cortina), além dos serviços de emergência e resgate do OnStar. O Equinox começa a chegar às concessionárias da marca em outubro, com três anos de garantia e cinco opções de cores: vermelho, preto, cinza, branco e prata. O preço sugerido é R$ 149,90 mil.


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DC AUTO FEIRA

Evento reuniu as principais novidades do setor em SP DA REDAÇÃO

A 21ª edição da Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas) ocorreu em São Paulo (SP) entre os últimos dias 16 e 20 de outubro. A seguir, alguns dos destaques do evento desse ano.

A montadora alemã lançou sua linha de caminhões 2018, na Fenatran, com quase 30 novos recursos de tecnologia, conforto, segurança, desempenho e economia para as famílias Accelo, Atego, Axor e Actros. Novo Accelo – Os caminhões leves Accelo 815 e Accelo 1016 e o médio Accelo 1316 6x2 receberam 15 novos recursos. Entre as novidades inclui-se a nova cabina estendida (ganho de 180 mm), que amplia o espaço interno para os usuários. O novo câmbio totalmente automatizado de 6 marchas, sem pedal de embreagem, proporciona mais desempenho e conforto para o motorista na condução do veículo. Destaque para o sistema de inteligência com auxílio de partida em rampa e controle de tração das rodas, que traz mais praticidade, segurança e economia na condução do caminhão. O painel de instrumentos traz novas funções. O tanque adicional de combustível de 150 litros eleva para 300 litros a capacidade total do Accelo. Atego – O câmbio automatizado de 8 marchas para o Atego 2426 6x2 aumenta o conforto de dirigibilidade para o motorista e assegura economia no consumo para os transportadores. Já a nova geração do câmbio Mercedes PowerShift para o Atego 2430 6x2 e 3030 8x2, com auxílio de partida em rampa e sensor de inclinação de via, traz mais comodidade e segurança na condução do caminhão. Axor - A principal alteração da linha Axor é o novo túnel do motor rebaixado, que torna o Axor o caminhão com o túnel mais baixo de sua categoria. Actros – As novidades ficam por conta da nova grade frontal na mesma cor do caminhão, o que garante um design mais sofisticado e atraente nas estradas. Destaque ainda para novas cores de cabina, painel de instrumentos com novas funções, atualização da inteligência do câmbio e para o novo piloto automático.

Completando 20 anos de operação no Brasil, a Iveco apresentou novas opções nas linhas Daily e Tector, séries personalizadas da Daily e do Hi-Way, em alusão ao aniversário da marca, e anunciou o investimento de US$ 120 milhões no desenvolvimento de novos produtos, em um período de 24 meses, a partir do segundo semestre de 2017 até o primeiro semestre de 2019. A nova Daily City 30S13, nas versões chassi cabine e furgão, atende o mercado de cargas fracionadas em centros urbanos com restrições de circulação. O modelo estará à venda a partir do primeiro trimestre de 2018.

Na linha Tector a montadora apresentou, além do recém-lançado Tector Auto-Shift, os modelos 80-190 e 110-190, que serão comercializados a partir do último trimestre de 2018. Com isso, a marca reforça a presença no segmento de médios, que engloba aplicações urbanas e específicas, como distribuição de bebidas, construção civil, entre outras. No estande da Iveco o destaque eram as edições limitadas da Daily e do Hi-Way, em comemoração aos 20 anos da montadora. “Esses modelos foram pensados para serem artigos de colecionador. O design externo e o acabamento interno prezam pelo bom gosto e refinamento”, disse Ricardo Barion, diretor de Marketing da Iveco para a América Latina. Se o mercado interno dá sinais de recuperação, as vendas para o exterior continuam sendo uma opção para expandir a participação da marca no setor. “Nos últimos anos reforçamos nossos negócios com parceiros da América Latina, como a Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai”, afirmou Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina. Borba ressaltou, ainda, que no período entre 2014 e setembro de 2017 o ritmo das exportações para a Argentina cresceu faixa de 170%, o que representa um volume anual de duas mil unidades a mais, percentual que é observado também na venda de produtos para outros países da região. “No primeiro semestre de 2017 mais de 1.700 veículos da Iveco foram vendidos para o mercado latino-americano”, completou.

A Scania lançou um pacote de soluções que envolve produtos, serviços e o motorista, com o objetivo de reduzir o custo total da operação e aumentar a rentabilidade dos negócios dos clientes. A Scania fez o lançamento de cinco caminhões e de dois serviços. Nos rodoviários, as novidades são os veículos com novas motorizações, de 450 e 510 cavalos, que oferecem até 5% a mais de economia de combustível. Esses propulsores passam a ser equipados com um sistema de injeção de alta pressão, além de produzidos em CGI, um composto compactado de ferro e grafite que duplica a resistência a fadiga. O Heavy Tipper traz para a gama fora de estrada dois modelos para a mineração, sendo o 8x4 capaz de transportar até 25% a mais de carga líquida, reduzir em até 15% o custo por tonelada transportada e aumentar em 30% a vida útil na operação, o que significa cerca de um ano a mais de trabalho (sendo três a vida média das opções atuais do mercado), afirmou a Scania. O outro lançamento é a expansão da gama V8 com um cavalo mecânico apto a acoplar no inédito Super Rodotrem, composição de 11 eixos, capacidade de 91 toneladas e 620 cv de potência, que inaugura um novo nicho para atender aos segmentos canavieiro, de grãos, insumos agrícolas e de produção rural. Em serviços, a fabricante apresentou um programa de manutenção no qual, por meio da conectividade, o veículo informa o momento ideal de parar para a manutenção. Nesse novo sistema, o pagamento passa a ser mais dinâmico, personalizado e por tempo indeterminado; e feito de acordo com a quilometragem rodada de cada veículo e tarifação por consumo de combustível (ou seja, quanto mais economizar diesel menos o cliente pagará). “Na Fenatran 2017, a Scania participa de forma consistente com soluções inteligentes, conectadas e sustentáveis. A partir de agora, nossas novidades de produtos e serviços elevam o mercado a outro nível para surpreender e atender o cliente”,

afirmou Roberto Barral, diretor-geral da em faixa, piloto automático adaptativo, alerta de fadiga e monitoramento de 360 graus do Scania no Brasil. caminhão com câmeras conectadas a uma central de operações. Para a produtividade, suas tecnologias incluem gerenciamento inteligente de carga, sistema de leitura de placas de trânsito, ajuste automático de torque e potência conforme o peso e condições de rodagem. Tem também um sistema de diagnóstico que orienta a manutenção preventiva para evitar paradas não programadas e um aplicativo em formato de game que ajuda o motorista a conferir e comparar o seu desempenho, monitorando vários dados da sua condução. O Boné Alerta, criado no Brasil, é um exemplo de inovação da Ford Caminhões com foco na segurança nas estradas e bem-estar dos caminhoneiros. Com aparência de um boné comum, ele tem recursos inteligentes que ajudam o caminhoneiro a dirigir com mais A DAF Caminhões Brasil entrou no segurança, alertando aos primeiros sinais de segmento off road ao lançar no mercado os sono no volante. Ele é equipado com sensores que monitoram modelos CF85 e XF105 para operações de cana e madeira. Os novos caminhões são os movimentos da cabeça e emite três tipos de produzidos na fábrica de Ponta Grossa, alerta – vibratório, sonoro e visual – ao detectar no Paraná, e chegam às concessionárias sonolência, para o motorista fazer uma parada e descansar antes de seguir viagem. em 2018. Ainda em fase de protótipo, o Boné Alerta “Estamos entrando em um segmento com grande potencial comercial e nivelado pela não tem data programada de lançamento, mas qualidade e pelo baixo custo operacional. Os a Ford demonstrou interesse em compartilhar novos CF85 e XF105 superaram a expectati- a tecnologia com parceiros e clientes para va dos nossos clientes durante os testes, com viabilizar a sua chegada ao mercado. excelente performance, agregando alto torque e consumo de combustível abaixo da média. Com a qualidade do nosso produto e o relacionamento dos nossos concessionários, tenho a convicção que a linha off road será um sucesso. Somado a isso, estamos trazendo também o XF105 4x2 para os segmentos de cegonha, químico, baú e sider”, afirmou Luis Gambim, Diretor Comercial da DAF Caminhões Brasil. O CF85 off road está disponível em três opções de cabine: a Day Cab, com teto baixo; a Sleeper Cab, com teto baixo e cama; e a Space Cab, com cama e teto alto. No interior, os bancos vêm revestidos com capa de vinil, aumentando a durabilidade do estofamento e facilitando a limpeza. Os clientes também podem optar pelo acionamento manual dos vidros, facilitando uma possível manutenção. A linha XF105 off road está disponível em Além do relançamento do Partner, duas opções de cabine, Comfort Cab e Space Cab, ambas com cama e agregando todos os furgão com o motor de 113 cv e capaopcionais e diferenciais da linha CF. Os dois cidade para 800 kg de carga, que hoje modelos também contam com o primeiro degrau detém 11% de participação em vendas de acesso à cabine reforçado, aumentando sua no segmento, a Peugeot investe em uma nova geração de veículo utilitário: durabilidade. Os dois modelos são equipados com motor o Expert. Ele será comercializado no Brasil em Paccar MX 13, de 12,9 litros. O CF85 com potência de 460 cv e o XF105 de 520 cv. A dois modelos (Expert Business 1.6 e transmissão é a ZF ASTronic automatizada de Expert Business Pack 1.6). Com carga útil de 1.500 kg e volume de até 6,6m³, 16 marchas, preparada para uso severo. Ambos os modelos têm PBTC de 125 tone- o furgão de 5,30m de comprimento, é versátil, concebido para o transporte em ladas e CMT de até 175 toneladas. O chassi foi redesenhado, recebendo reforço trechos urbanos e capaz de acessar estapara aplicações severas, com maior quantidade cionamentos, docas e qualquer tipo de de carga. Há a possibilidade dos modelos virem local de carga e descarga com até 1,94m equipados com reforço frontal para reboque, de altura máxima. O Expert é equipado com o Moduwork, mais comum em operação florestal. equipamento que possibilita o aumento de espaço para transportar cargas longas. Com a facilidade de elevar o assento lateral do passageiro a partir dessa modularidade, o utilitário libera espaço com superfície inferior plana e permite uma produtividade ainda maior ao veículo. A porta lateral é deslizante e as portas traseiras, 50/50, possuem abertura de 90º, podendo chegar a um ângulo de 180º, que facilitam o carregamento e descarregamento, uma vez que não encostam no solo das áreas de abastecimento – como docas dos centros logísticos. Com a abertura bipartida, inclusive, é fácil o avanço de uma empilhadeira. O assoalho é alto e em posição ergonômica, facilitando posicionamento adequado para carga e descarga. O modelo conta com um motor 1.6 A Ford apresentou o Cargo Connect, um caminhão com avançadas tecnologias semiau- diesel, de 115cv / 30 kgfm de torque, associado a uma caixa manual de seis tônomas e de conectividade. O Cargo Connect é um caminhão equipado marchas. A autonomia é de até 1.000 km. O furgão permite conservar o espaço de com tecnologias de sensores, câmeras, radar e outros recursos que trazem um novo nível de carga fechado no momento de destravar produtividade, controle, segurança e conec- a cabine. Isso a partir da seletividade na tividade para o motorista e o gerenciamento abertura, ativada via botão no painel. Dessa maneira, apertando uma vez, é aberta da frota. Montado sobre um protótipo Cargo 2429 apenas a região dianteira e, se apertado 8x2 Torqshift, o primeiro da marca com essa duas vezes, o carro todo é destravado. Caso o veículo seja aberto quebrando configuração de tração, ele traz uma série de uma das janelas, os botões de abertura da recursos semiautônomos com grande potencial cabine ficam inativos. Isso significa que, de aplicação em veículos comerciais. Na área da segurança, o Cargo Connect traz em caso de roubo, não se pode destravar inovações como sistema autônomo de frenagem, o espaço de carga pelo painel, o que peralerta de ponto cego, alerta de permanência mite segurança total do carregamento.


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DC AUTO FOTOS:AMINTAS VIDAL

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Compass é bom de vendas não por acaso Segundo utilitário mais emplacado do País, modelo da Jeep tem qualidades que vão além da marca AMINTAS VIDAL*

Ter uma marca que é sinônimo de um produto é o sonho de qualquer empresa. Normalmente, esse patrimônio é conquistado pela qualidade do produto, mas principalmente por ele ter sido pioneiro, inventor de um novo segmento de mercado. Marcas como Gilette, Xerox e Coca-Cola, por exemplo, são normalmente usadas por consumidores para nominar produtos que nada tem a ver com esses fabricantes. E isso acontece com a Jeep também. A empresa Willys Overland criou o Jeep, em 1941, para o exército americano. Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi lançado o modelo civil, praticamente igual ao modelo militar. Ele fez a marca virar um substantivo, um nome genérico aplicado para quase todo carro que tivesse características off-road de verdade. Hoje, a Jeep pertença ao grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), após a montadora italiana ter adquirido a americana que, por sua vez, detinha a marca desde 1987. A aquisição não poderia ser mais acertada, já que o segmento que mais cresce no mundo atualmente é o de utilitários esportivos, ou SUV, como são conhecidos os veículos com, pelo menos, algumas habilidades para o fora de estrada. A Fiat nunca teve tradição neste segmento de mercado e, ao adquirir a Chrysler, soube usar a marca em produtos que resgataram o espírito Jeep e, ao mesmo tempo, entregaram o que o consumidor esperava. Mercado – No Brasil, esse resultado está na lista de veículos emplacados. De janeiro a setembro deste ano, o Jeep Compass é o segundo SUV mais vendido, com 34.526 emplacamentos, ficando atrás do Honda HRV por apenas 400 unidades. O Jeep Renegade, modelo menor que o Jeep Compass, fecha esse pódio com 28.549. Eles são o 8º, 11º e 15º colocados da lista que inclui todos os segmentos. Não podemos esquecer que na fábrica da Jeep também é produzida a picape Fiat Toro que, neste mesmo período, emplacou 38.425 unidades. Este número a coloca como a líder da categoria de comerciais leves e a expres-

siva posição de 12º veículo mais vendido do Brasil no acumulado desses nove meses. Os dados acima foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os números de mercado do Jeep Compass são mais impressionantes ainda se considerarmos que ele é um modelo de tamanho médio, tem preço inicial acima dos R$ 107 mil e está deixando para trás pelo menos oito utilitários compactos nacionais, além do já mencionado “irmão”, o Renegade. DC Auto recebeu o Jeep Compass para avaliação na versão Longitude Flex. Ela é equipada com motor 2.0, câmbio automático, tração 4x2 e tem uma boa lista de equipamentos de série. Rodamos aproximadamente 350 km em rodovias e na cidade. Foram 40 km em estrada de terra. Nossa experiência foi suficiente para entendermos o motivo do seu sucesso.

O Jeep Compass tem um pouco mais de espaço para os passageiros da frente e ainda mais para os do banco de trás, quando comparado ao Renegade. Para a bagagem, a diferença também é grande, são 280 litros de capacidade contra 410 litros do Compass. Em acabamento eles nem distanciam muito, pois as peças são bem fabricadas e montadas e ambos têm superfícies macias ao toque. Detalhes cromados e outros pintados são encontrados nos dois modelos que compartilham diversas peças como o volante, alavancas e alguns botões. O que mais difere é o estilo do painel, mais “Jeep” no Renagade e mais “SUV” no Compass. Essa última diferença eles também apresentam no design exterior: o Renegade foi inspirado no Jeep Wrangler, o verdadeiro herdeiro do lendário Jeep 41 e o, Compass, foi inspirado no Grand Cherokke, considerado o primeiro “utilitário

moderno” do mundo. Um estilo mais desejado, e o maior espaço interno, podem explicar, em parte, porque o Compass vende mais que o Renegade. Mas o que ele entrega a na comparação com tantos outros concorrentes, mais baratos, e que justifique as suas vendas serem melhores, é o que veremos a seguir. *Colaborador

Estabilidade, silêncio interno e ergonomia se destacam Ao volante a sensação é que o Compass é mais estável, mais no chão que os outros utilitários. O acerto das suspensões, independentes nos dois eixos, não deixa a carroceria inclinar muito em curvas, dando a impressão de estarmos em um veículo mais baixo, como em um sedan. Outra característica comum aos carros de luxo é o silêncio interno. Nem o motor nem os pneus produzem muito ruído, tornando o rodar muito confortável acusticamente. Essa versão vem com bancos revestidos em couro de série e, na unidade que avaliamos, a padronagem do revestimento era cinza claro, tornando o interior muito agradável visualmente, mas difícil de ser conservado. A ergonomia acertada deixa todos os comandos à mão. A direção elétrica é leve em manobras, firme ao rodar e direta o suficiente para dar prazer ao dirigir. O câmbio está bem escalonado para o motor e passa as marchas com suavidade. Na sexta marcha, e aos 110 km/h, o motor trabalha aos 2.300 giros, garantindo conforto em viagens. Quando exigido, ele responde com prontidão, seu som invade a cabine, mas é agradável, sem aspereza. Apesar dessas características, ele é apenas suficiente para os mais de 1.500 kg do Compass. Dá conta do recado, mas sem sobras. Tamanho esforço resulta em pouca economia de combustível. Ele registrou mé-

dias de 7 km/l na cidade e 11 km/l na estrada, sempre com gasolina. O controle automático de velocidade é ativado e regulado facilmente. Já as trocas de marchas pelas “borboletas” do volante tem pouca utilidade. O sistema é pouquíssimo permissivo e só deixa as trocas ocorrerem em uma faixa restrita de giro do motor. Pelo menos, neste caso, o sistema não emite nenhum sinal sonoro avisando operação irregular, como acontecia no antigo sistema Dualogic usado pela Fiat. Para rodar na cidade o Jeep Compass é mais ágil do que aparenta. Já na hora de estacionar, você lembra que não está em um compacto. Essa versão tem sensor de estacionamento e câmera de ré com guias gráficas visualizadas na central multimídia que ajudam na missão. Este sistema, com tela 8,4 polegadas, é muito completo, inclusive com GPS e, além das demais funções comuns aos seus pares, ele controla o ar-condicionado digital de duas zonas. Graficamente é bem resolvido, permite fácil visualização, mas não responde tão rápido aos comandos. Se o usuário optar por usar o espelhamento do celular pelos aplicativos Android Auto ou Apple CarPlay a situação piora, pois um programa rodando sobre o outro prejudica mais ainda a velocidade de processamento do equipamento.

Tanta desenvoltura no asfalto nos fez acreditar que na terra ele não se sairia muito bem. Ledo engano. Mesmo com difusores sob os para-choques, que passam uma impressão que o Compass tem menos vão livre que o divulgado, ele surpreendeu. Manteve, dentro do possível, o conforto de marcha que apresentou no asfalto. Não bateu o fundo por todo o trajeto, nem mesmo os mencionados difusores. Manteve-se estável em velocidade sem escorregar muito em curvas. Apenas em um trecho com muito cascalho, e em subida, faltou aderência. Seus pneus não são de uso misto e exigiram mais embalo na base do morro para superar o aclive. Equipamentos – Sua lista de equipamentos de série é boa mas, com apenas 2 airbags, não é tão completa. Controles de tração e estabilidade, sistema anticapotamento e travas isofix para ancorar cadeiras infantis resumem os itens de segurança. Computador de bordo com tela de alta resolução de 3,5 polegadas, os já mencionados ar-condicionado de duas zonas e a central multimídia, comando elétrico do freio de estacionamento, chave presencial, entre outros, completam a oferta. Para ter mais 4 airbags, sensores de chuva e crepuscular, som da marca Beats e faróis em LED, só comprando à parte em pacotes de opcionais. O preço sugerido dessa

versão Longitude Flex do Compass, no site da Jeep, é R$115,99 mil. O pacote de segurança soma R$3,25 mil e, o Premium, mais R$ 2,54 mil. Já o teto solar, a bagatela de R$ 7,10 mil. O motor é o moderno Tiguershark 2.0 Flex de 4 cilindros. Ele tem bloco e cabeçote em alumínio e comando acionado por corrente com abertura variável de válvulas, tanto na admissão quanto no escape. A aspiração é natural, sem turbo, mas seus números são bons: desenvolve 166/159 cv aos 6.200 rpm e tem torque de 20,5/19,9 kgmf aos 4.000 rpm com etanol e gasolina, respectivamente. O câmbio é automático de 6 velocidades. Nessa configuração de motor a tração é sempre 4x2. Os modelos a diesel tem tração 4x4, motor mais potente, com melhor torque e menor consumo, mas preços 23% mais altos. Existe uma expectativa de a Jeep lançar, em breve, um Compass bicombustível 4x4 com câmbio automático de 9 marchas. A mesma transmissão que acompanha o motor a diesel. Só não se sabe ainda se será este motor 2.0 ou o 2.4 que equipa algumas versões da picape Fiat Toro. Uma marca icônica, considerada quase Premium no Brasil, um SUV muito bom de dirigir e, também, um preço não muito maior que o dos concorrentes compactos, para nós, é o que explica vendas tão expressivas do Jeep Compass. (AV)


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DC AUTO COMPETIÇÃO

Ralis Mitsubishi têm etapa em São Paulo Campos do Jordão recebeu os participantes para a penúltima prova do calendário desse ano FOTOS: ADRIANO CARRAPATO - HPE AUTOMOTORES - DIVULGAÇÃO

JOSÉ OSWALDO COSTA,* de Campos do Jordão (SP)

Já havíamos participado de uma etapa do rali, organizado pela montadora japonesa, realizada em terras mineiras, no ano passado. Mais precisamente, na histórica cidade de Tiradentes. Agora, foi a vez de conhecer as belas paisagens da Serra da Mantiqueira, que serviram de cenário para o rali de regularidade Mitsubishi Motorsports e para o de estratégia e tarefas, Mitsubishi Outdoor. A etapa, penúltima da temporada 2017, foi realizada na cidade paulista de Campos do Jordão. Da primeira vez, nossa participação no Mitsubishi Motorsports foi como piloto na categoria Light, para iniciantes. Agora, vivenciamos a experiência de ser navegador, na mesma categoria, e “desbravar” aquelas planilhas que, em um primeiro contato, parecem feitas em outra língua, com símbolos, muitas vezes, intrigantes. Nada que em meia hora de prova, e muitos erros cometidos, não possa ser compreendido. Mas, a verdade é que se apanha bastante no início. Em Campos do Jordão, as duplas enfrentaram um trajeto que passou pelos municípios paulistas de Wenceslau Braz, Itajubá, Piranguçu, Brazópolis e São Bento do Sapucaí, com altitudes que chegaram a mais de 1.800 metros. Para os competidores, foi uma ótima oportunidade de encontrar os amigos feitos durante tantas etapas do rali de regularidade. Afinal, muitos deles viajam o Brasil todo atrás do evento. “Participo desde 2001 do Mitsubishi Motorsports. É um grupo muito competitivo, que vem do Brasil

todo querendo ganhar. É ótimo encontrar os amigos e colocar o papo em dia. Fazemos o rali e depois conversamos sobre off-road”, brincou Weidner Moreira, procedente de Juiz de Fora (MG), que participou com o amigo Marcelo Juca na categoria Graduados em um Pajero Full. Além da categoria Light, o rali conta com mais três: Turismo, Graduados e Master. Para elas, a organização elaborou um trajeto especial, com a finalidade de tornar a etapa mais difícil e desafiadora. Talvez venha daí nossa sensação de melhor compreensão da planilha: nosso trajeto era bem mais fácil! L200 – Importante destacar que participamos do evento usando uma picape L200 Triton Sport HPE. Ela conta com motor 2.4 turbo diesel de 190 cv e câmbio automático de cinco marchas. Esse motor leva a picape à velocidade máxima de 175 km/h. Com ele, Triton gasta cerca de 10,4 segundos para sair da imobilidade e atingir os 100 km/h.

O sistema de tração 4x4, muito utilizado por nós na prova, é acionado por meio de botão giratório no console central. A operação pode ser feita com a picape em movimento. Em relação à antiga geração, nota-se o aprimoramento do conforto interno, bem como do seu acabamento.

A picape utiliza materiais de qualidade e apresenta encaixes precisos das peças. Sistema multimídia, volante multifuncional e ar-condicionado digital de duas zonas, por exemplo, estão presentes. Algumas das medidas da L200: comprimento – 5,28 metros; largura – 1,82 metro;

altura – 1,80 metro; entre-eixos – 3 metros; ângulo de entrada – 30 graus e ângulo de saída – 22 graus. O vão livre do solo é de 220 mm. A capacidade de carga útil é de 1.060 kg. Mitsubishi Outdoor – As equi-

pes dessa categoria, com estilo mais dinâmico e di-

ferenciado, se reuniram na praça central de São Bento do Sapucaí (SP), onde foram distribuídos os passaportes e a lista de atividades e provas do dia. Os participantes são divididos nas categorias Extreme, para os mais experientes, e Fun, para quem está começando. Eles exploraram a região de Cambuí, Gonçalves, Camanducaia e Monte Verde. Entre as atividades encontradas pelos estava um rapel feito em uma cachoeira, escalada, trilha de bicicleta e, também, um trecho 4x4, onde eles puderam aproveitar toda a capacidade off-road de seus veículos da marca. Além das atividades esportivas, os competidores conheceram uma plantação de morangos no meio da Serra da Mantiqueira. “Conheci o rali há alguns anos e cada vez trago mais amigos e familiares. É um tipo de diversão diferente, que não se encontra em outro lugar. Por isso, ficamos ansiosos esperando o calendário sair para programar em quais etapas poderemos ir”, comentou Raul Guimarães, da categoria Fun. A próxima etapa dos ralis será em Mogi Guaçu (SP), dia 25 de novembro. As inscrições poderão ser feitas no site: www.mitsubishimotors.com.br. Os eventos de rali realizados pela Mitsubishi também são conhecidos pelo cunho social, uma vez que os participantes devem doar alimentos para a realização de suas inscrições. Na cidade paulista, foram arrecadadas sete toneladas de alimentos. Além disso, 1.600 itens de higiene e 200 brinquedos. Tudo foi doado ao Fundo Social de Campos do Jordão. *Com informações da HPE Automotores do Brasil

INDÚSTRIA FOTOS: ROGÉRIO MACHADO

Nuvens negras sobre o Japão colocam em dúvida a qualidade ROGÉRIO MACHADO,* de Tóquio (Japão)

A caminho do salão do automóvel, aproveito o trajeto entre Kyoto e Tóquio para me inteirar das últimas notícias daqui. Os cinco últimos anos têm marcado o planeta por escândalos ligados à qualidade de produtos, principalmente no que se refere à segurança e poluição, os carros-chefe da regulamentação automotiva. A indústria europeia, com destaque para a alemã, ficou nas manchetes um bom tempo e o oriente produz novas notícias ruins através do Japão. Curiosamente, Japão e Alemanha ocupam posição de destaque em assuntos de qualidade de produtos, o que torna essas notícias mais preocupantes. Se estes, que são considerados os melhores, estão assim, o que poderíamos pensar do resto? Dessa vez, os “maus feitos” se voltaram para a indústria do aço, especificamente sobre um megaprodutor de matérias-primas siderúrgicas, a Kobe Steel. Acontece que a empresa fornece materiais como alumínio, aço e cobre para o mercado internacional e é considerada uma referência em padrões de

qualidade. Boeing, General Motors e Ford estão na lista de clientes que incluem, também, fabricantes de trens, inclusive os de alta velocidade aqui do Japão. A preocupação das empresas americanas citadas se traduziu em uma verificação imediata dos produtos que utilizam aqueles materiais da empresa japonesa. Pelo que já foi tornado público, até agora, alguns funcionários responsáveis pela certificação de materiais usados na produção do alumínio e do cobre teriam adulterado os laudos relativos aos mesmos. Ou seja, o material resultante teria tido suas propriedades comprometidas, não se sabendo, portanto, até que ponto isto está sendo investigado. A Kobe Steel já se manifestou após análises iniciais e, curiosamente, atribuiu a falha ao fator humano. Conclui-se que sistema foi, literalmente, enganado por inspetores devido à falta de métodos computadorizados automáticos que poderiam detectar a fraude. Isto nos leva a crer que, no futuro, os robôs serão a alternativa mais confiável. Os fabricantes de veículos japoneses são os maiores consumidores desses materiais

adulterados e as análises buscam, agora, determinar se as alterações na matéria-prima provocaram alguma perda de resistência que possa trazer risco ao uso. Nissan – Nem bem a poeira da Kobe Steel havia se espalhado pelo ar, outra grande empresa japonesa, a Nissan, anunciou (nó último dia 19) a suspensão da produção de veículos para o mercado doméstico. Outra vez, o assunto recai sobre funcionários da área de qualidade, responsáveis por algumas verificações importantes na liberação final de veículos para as concessionárias. Para refazer estes controles, a fabricante japonesa inspecionará 1,2 milhão de veículos produzidos desde 2014, o que representa, praticamente, o equivalente à sua produção anual. Hiroto Saikawa, o atual CEO da Nissan, anunciou à imprensa que o recall custará US$ 222 milhões e que, embora a verificação seja necessária, a qualidade e as funções do produto não irão comprometer os usuários. Como as investigações estão em curso, somente o tempo dirá. *Colaborador


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DIVULGAÇÃO

SUPERMERCADO

Grupo Super Nosso abre 14ª loja do Apoio Mineiro Investimento foi de R$ 5 mi THAÍNE BELISSA

O Grupo Super Nosso inaugurou ontem a 14ª unidade do atacarejo Apoio Mineiro, no bairro Morada Nova, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Localizado às margens da BR-040, o supermercado recebeu investimento de R$ 5 milhões e deve atender cerca de 15 bairros no entorno. O primeiro dia de funcionamento da unidade foi um sucesso, conforme o diretor comercial do Apoio Mineiro, Nildo Souza: com apenas três horas de operação, a loja bateu a expectativa de clientes e, no fim da tarde, superou a meta de vendas, que era de R$ 500 mil. O diretor afirma que a localização do atacarejo é estratégica, tanto para a venda focada no consumidor final que faz compra de abastecimento quanto para os pequenos comerciantes. Souza afirma que a construção de um viaduto saindo da avenida Teleférico e ligando-a à BR 0-40 facilitará o acesso de muitas famílias que moram no entorno do Apoio Mineiro. “Mapeamos 15 bairros que serão impactados pela unidade na região. São bairros que não têm estabelecimentos com o formato atacarejo e com população das classes

B e C, que têm o perfil de compra de abastecimento”, explica. Além disso, o diretor lembra que a unidade está localizada a cerca de 1,5 Km antes da Ceasa, o que é uma vantagem competitiva, principalmente em épocas que o trânsito na região fica mais intenso. “No fim do ano, por exemplo, o trânsito fica caótico em frente à Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A (Ceasa Minas) e os comerciantes pequenos desistem de ir até lá. Como ficamos um pouco antes dessa região, seremos uma opção para esses clientes”, afirma. Pensando nisso, o supermercado já se preparou com um estoque diferenciado para esses pequenos comerciantes, como donos de carrinho de cachorro quente e salgadeiras. Ao todo, são 3.500 metros quadrados de área construída, 2 mil metros quadrados de área de vendas, 71 vagas para estacionamento e 6.500 itens por gôndola. O supermercado também gerou 130 empregos para a população da região, entre cargos de operadores de caixa, segurança, encarregados e equipe de limpeza. O investimento total foi de R$ 5 milhões, sendo que a expectativa de vendas é de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões por mês. São esperados cerca de 1.500

Com apenas três horas de operação, loja bateu a expectativa de clientes e, no fim da tarde, superou a meta de vendas DIVULGAÇÃO

clientes por dia. Se depender do resultado do primeiro dia de operação, o estabelecimento não terá problemas. Segundo Souza, a loja foi aberta às 9 horas e, no fim da tarde, a meta de R$ 500 mil em vendas já havia sido batida. “Vamos superar muito a meta”, comemora. Essa é a 14ª loja da rede Apoio Mineiro a operar em Belo Horizonte e região metropolitana. Além da Capital e de Contagem, o atacarejo também está presente em Sete Lagoas, Betim, Ribeirão das Neves, Lagoa Santa, Santa Luzia e Sabará, todas na região metropolitana. A expansão do Apoio Mineiro faz parte de uma estratégia maior de cres- Loja está localizada a cerca de 1,5 Km antes da Ceasa, o que é uma vantagem competitiva cimento do Grupo Super Nosso, que hoje tem 37 uni- Super Nosso e Momento so, Rodolfo Nejm, o grupo saltar 12% em relação aos dades em Belo Horizonte e Super Nosso. Segundo o vai investir cerca de R$ 20 R$ 2,05 bilhões registrados região metropolitana, entre diretor Comercial e de Ope- milhões em expansão neste em 2016, totalizando cerca unidades do Apoio Mineiro, ração do Grupo Super Nos- ano. Já o faturamento deve de R$ 2,3 bilhões.

GASTRONOMIA

Brasa Bier recebeu aporte de R$ 2,5 milhões DIVULGAÇÃO

MÍRIAN PINHEIRO

Alheio à crise, o empresário mineiro Ricardo Garcia abriu, em março deste ano, o Brasa Bier, que funciona no prédio do Shopping Estação Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O capital investido, advindo de recursos próprios, foi de R$ 2,5 milhões. Sem preocupar com paybak, ele, que é apaixonado por gastronomia, diz que estima um faturamento de R$ 120 mil. Tendo em vista o desempenho do negócio, Garcia não demora a atingir a estimativa. O tíquete médio no restaurante varia de R$ 80 a R$150. Ele diz que a casa, especializada em carnes nobres, tem cerca de 320 metros quadrados, e tem lotado nos finais de semana. “Temos atingido a nossa capacidade máxima, de 160 pessoas nos finais de semana”, comemora. Não satisfeito com um restaurante, ele anuncia que abrirá outra casa em breve. Dessa vez, uma pizzaria. A pizzaria L’universo (Universo em italiano) está prevista para ser inaugurada em meados do mês que vem, e tem orçamento de R$ 1,2 milhão. A casa vai funcionar

Especializado em carnes nobres, o Brasa Bier tem cerca de 320 metros quadrados

próxima ao Brasa Bier. “Não posso falar muito. Mas digo que nunca tive emprego na vida. Comecei do zero. Ignoro completamente crises econômicas. Faço uma boa análise do negócio e sigo na fé. Pra mim, crise é medo”, afirma. A incursão pela gastronomia é nova, vem de uma paixão antiga. Mas investir profissionalmente tem também por trás o desejo de oferecer aos três filhos um

caminho. “Meu desejo é que eles administrem os negócios”, confidencia. Além dos herdeiros, o empresário emprega 24 funcionários no Brasa Bier.

O carro-chefe do restaurante são as parrillas, que custam a partir de R$ 50 e vão até R$ 200, no caso de a iguaria ser preparada com Wagyu. O prato mais barato são os preparados com costelas, a maioria de angus, e os bifes e chorizo, em média R$ 50. A casa abre todos os dias, em horários variados, sendo que, nos finais de semana, funciona das 11 horas até 24h30. O restaurante passou a funcionar para almoço mês passado, com o diferencial de oferecer pratos executivos, com opções de carnes grelhadas e guarnições volantes. Também oferece vagas na porta e mais 62 vagas cobertas no prédio do Shopping Estação Nova Lima, onde se localiza.

preparo delas. A casa possui, por exemplo, dois pitsmokers, que são assadores/defumadores de quase 6 metros de comprimento, que utiliza como fonte de combustão a lenha de laranjeira e/ou outras lenhas cítricas. As carnes são preparadas em contato direto com a fumaça, que atua como um tempero (defumação) e sem contato direto com a fonte de calor (fogo e brasa), em um processo conhecido como ‘low-slow’, que dura de 4 horas a 14 horas, dependendo do tipo e tamanho do corte da carne, e com temperatura média de 80 graus. O restaurante também investiu nas ”traquitanas”, estruturas em ferro concebidas, projetadas e construídas por Garcia e Kiki Ferrari. “Em um único equipamento, temos quatro tipos de técnicas para se preparar churrasco: a parrilla, a fogo de chão, rolete e o infernilho, sendo que uma única traquitana é capaz de preparar churrasco para mil pessoas”, afirma Garcia.

Kiki Ferrari, que além do A ferro e fogo - Os clientes preparo das carnes nobres, encontram no Brasa Bier, elaborou um menu com raí- além de uma decoração bem zes mineiras e caipira, que rústica, diversos tipos de aparecem nas guarnições preparo de carnes: parrilla, como o arroz cardido no fogo de chão, em churrascaldo de costelão defumado, queiras pitsmocker, entre Cardápio variado - O Brasa Bier oferece o melhor em desfiado e acebolado, entre outros. Na área externa ficam os equipamentos para o ingredientes. “Tenho bons outros. fornecedores. Trabalho com gado Angus e Wagyu (japowww.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio nês), vinhos selecionados Telefone: (31) 3469-2025 e chopes artesanais”, diz. gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br Assina o cardápio o chef


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SUSTENTABILIDADE

Estapar investe em energia fotovoltaica Sistema gera economia de 80% MÍRIAN PINHEIRO

Presente em 75 cidades, localizadas em 17 estados brasileiros além do Distrito Federal, a Estapar administra hoje cerca de mil estacionamentos, que somam 400 mil vagas. Um deles fica no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que acabou de receber um investimento de R$ 500 mil para a implantação de um sistema de energia fotovoltaica. De acordo com o CEO da Estapar, André Iasi, a tecnologia vai gerar 115.769 kWh/ano e atenderá 85% do consumo de energia do estacionamento. “Com o projeto, a economia na conta de energia elétrica será de 80%”, afirma, explicando ainda que a escolha por Confins para inaugurar a iniciativa se deu em razão da grande incidência solar no local e de sua planta privilegiada. O estacionamento é um dos maiores da Estapar: ocupa 25 mil metros quadrados e tem 1.200 vagas. A ação foi motivada, segundo Iasi, pela cultura organizacional da empresa, que tem entre os seus pilares de atuação a promoção da melhoria da mobilidade urbana com foco na qualidade de vida da sociedade. “Tornar as operações da Estapar cada vez mais sustentáveis faz parte dos nossos valores. Já usamos energia solar nos parquímetros de vagas rotativas em diversas cidades brasileiras e agora começamos a estender esta tecnologia para nossos estacionamentos. A redução de emissão de poluentes

se alinha a este objetivo”, explica. Nesse sentido, outra iniciativa da Estapar é a disponibilização de carregadores para carros elétricos nas garagens da rede. A tecnologia já está disponível em estacionamentos como o do Aeroporto de Recife (PE). Em razão do aumento da frota de veículos elétricos brasileira, o recurso, diz o CEO, será estendido para outras localidades. Sustentabilidade - A iniciativa de substituir a energia elétrica das garagens da empresa pelo sistema fotovoltaico está em estudo de viabilidade, mas ela poderá ser estendida a outras unidades da Estapar no País, inclusive em Minas, já que a rede possui 50 estacionamentos no Estado, além do off-site Confins. “A inovação está alinhada a iniciativas mundiais do setor e com os novos paradigmas do uso de energia nos equipamentos de mobilidade urbana”, acrescenta. A megagaragem de Confins é a primeira da rede a receber a tecnologia, que ganhou 276 módulos fotovoltaicos produzidos na Alemanha e na China. O sistema foi desenvolvido pela Axis Renováveis e tem como principal vantagem o baixo custo de manutenção do sistema, já que as placas fotovoltaicas têm vida útil de até 30 anos. Com a adoção de energia solar, o estacionamento evitará a emissão de mais de 135 mil quilos de dióxido de carbono por 15 anos, o que equivale à plantação de 1.287 árvores. Zona Azul Digital - Fundada em 1981, em Curitiba

Estapar de Confins (RMBH) acabou de receber um investimento de R$ 500 mil para a implantação das placas solares

(PR), a rede Estapar de estacionamentos consolidou-se ao ingressar no Rio de Janeiro e em São Paulo na década de 1980. Hoje são 8,5 mil funcionários diretos, que atendem 15 milhões de clientes por mês. Só na área de estacionamento rotativo, incluindo a cidade de São Paulo, a Estapar administra 18 operações de Zona Azul Digital no País em quatro Estados (SP, MG, ES e SC). O serviço vem sendo implantado pela empresa desde a década de 90. A Zona Azul Digital é um sistema de gestão de vagas em vias públicas. O sistema, explica Iazi, traz uma série de benefícios para a mobilidade, já que organiza melhor o espaço público, garante a rotatividade, contribui para a melhoria do tráfego - uma vez que os carros ficam menos tempo rodando à procura de vagas - e representa maior praticidade. “Temos uma operação em Minas Gerais, na cidade de Juiz de Fora. Inclusive ganhamos um prêmio com o modelo adotado pela cidade”, completa. Segundo ele, a operação da Área Azul Digital de Juiz de Fora, Zona da Mata, é um case de mobilidade urbana. “A cidade possui o que há de mais moderno em gestão de vagas em vias públicas no mundo, ao lado de capitais como Nova

York, Paris e Londres”, afirma o CEO da Estapar. A Área Azul Digital de Juiz de Fora abrange 2.587 vagas em quatro bairros, incluindo a região central. Na Área Azul Digital os usuários não precisam afixar a cartela no para-brisa do veículo nem obter talões em bancas de jornal ou outros intermediários. O sistema está integrado ao Vaga Inteligente, que permite a compra de horas do estacionamento rotativo e o pagamento pelo smartphone, tablet ou internet. Possibilita ainda estender a permanência em determinada vaga e marcar a posição do veículo para que seja encontrado facilmente na volta. “E, como um diferencial ainda único no Brasil, proporciona ao usuário a comodidade de visualizar em tempo real a ocupação das vagas nas ruas, o que ajuda a direcioná-lo sem perda de tempo ao local mais conveniente para estacionar”, comenta. Para ele, uma máxima em mobilidade é o ditado em inglês “No parking, no business” (sem estacionamento, não há negócios). “Ao garantir a rotatividade e a democratização das vagas, a Área Azul Digital tem um efeito positivo sobre a economia local, porque facilita o fluxo de pessoas nas regiões comerciais da cidade, impulsionando a economia local”, completa.

SEGURANÇA

Paulista Multifilmes vai franquear marca DANIELA MACIEL

A preocupação com saúde e segurança tem feito um mercado pouco comentado se desenvolver: o de películas de uso automotivo e arquitetônico. Seja para barrar a luz do sol ou minimizar a ação de vândalos e bandidos, os chamados filmes protetores de alta performance tem ganhado espaço especialmente entre as classes A e B. Há quase 18 anos no mercado, a paulista Multifilmes nasceu da força de vontade de um empreendedor que só tinha R$ 80 e ia de porta em porta aplicar o produto. Hoje, a empresa diversificou a gama de produtos e serviços e entra para o setor de franchising com uma meta ousada: 200 lojas em cinco anos. Do total, 50 devem ficar em Minas Gerais.

De acordo com o fundador da Multifilmes, João Paulo Ruciretta Junior, são três modelos de negócios, que tem o investimento mínimo médio entre R$ 28 mil e R$ 95 mil. No modelo home based, para cidades com até 100 mil habitantes, o franqueado faz atendimentos agendados em domicílio. O modelo intermediário é o “store in store”, indicado especialmente para grandes centros. Pode ser montado em galerias de hipermercados, aeroportos e outros pontos de grande circulação. E, por fim, a loja, que é o modelo completo. “Eu mesmo passei pelos três modelos. Comecei a vida atendendo de porta em porta, depois tive um box dentro de um hipermercado e só saí de lá porque não tinha mais

como crescer. Hoje a loja, de 600 metros quadrados, oferece todos os tipos de película de alta performance. Os produtos da rede são exclusivos e vão desde películas de controle solar, antivandalismo, privacidade ou decorativas. Além das películas, oferecemos adesivos de pintura autocolantes para fazer o famoso envelopamento, e também papéis de parede. Alguns de nossos serviços automotivos podem ser feitos de maneira delivery, sem que o cliente precise ir até uma unidade”, explica Ruciretta Júnior. O tipo mais vendido é o que controla a incidência de luz solar. O controle do calor permite um cuidado especial a pele e também a diminuição do consumo de energia elétrica com o uso do ar-condicionado. Outra película que tem venda ga-

rantida é a antivandalismo. Cada vez mais preocupado com a violência, o brasileiro tem aumentado o gasto com proteção pessoal e da família. “Trabalhamos com dois sonhos de qualquer brasileiro: a casa e o carro próprios. Notamos que os itens de proteção são encarados como investimento e não como gasto. Trabalhamos com foco nas classes A e B principalmente, mas mesmo na classe C esse é o sentimento. Escolhemos trabalhar com produtos de alto desempenho por isso, porque as pessoas querem o melhor resultado possível, mesmo que isso exija um investimento maior. Além disso, elas querem atendimento. O nosso pós-venda é tão ou mais importante que a própria venda”, avalia o fundador da Multifilmes.

TECNOLOGIA

Viação Torres aposta em telemetria para reduzir gastos com combustível DANIELA MACIEL

Em tempos em que o controle de custos é determinante para a sobrevivência das empresas, independentemente do setor em que atuam, toda tecnologia capaz de mensurar e fornecer dados que subsidiem ações de economia é bem-vinda. No setor de transporte isso é latente, visto que o principal insumo, o combustível, tem sofrido constantes altas ao longo do ano. Diante desse desafio, a opção da Viação Torres, sediada no bairro São Marcos, na região Nordeste da Capital, foi apostar na telemetria. O sistema implantado em janeiro que acompanha cada jornada com a identificação do motorista, já permite a economia de 12%, em média, de combustível. A empresa, que trabalha com transporte coletivo na Capital, opera 15 linhas, transporta 1,2 milhão de passageiros e tem 280 motoristas. De acordo com o gerente de Operações da Viação Torres, Lucas Vieira, a telemetria funciona através de uma chave, por meio de um pendrive, acionada no início da viagem, que identifica o motorista e recolhe todos os dados ao longo do trajeto. “Com os dados coletados podemos entender onde o motorista está errando e atuar pontualmente. Antes a nossa leitura era feita em grupos e a análise por média, não conseguíamos ter uma visão individualizada dos profissionais. Agora conseguimos, até, entender que muitas coisas acontecem por falhas em outras partes, como a manutenção ou por condições externas à empresa. Isso permitiu, inclusive, que pudéssemos recuperar profissionais com histórico de reclamações. Já notamos a diminuição do turnover, que faz com que tenhamos uma equipe mais coesa e diminuam os custos com contração, demissão e causas trabalhistas”, avalia Vieira. Além da economia de combustível, a tecnologia permitiu também 30% de redução dos custos com manutenção e 10% de aumento da vida útil de peças. A aferição de dados também possibilitou a criação de um programa de premiação para os melhores motoristas. Sem revelar os valores investidos o executivo garante as vantagens econômicas trazidas

pelo sistema implantado. “Se eu somar o custo da premiação oferecida aos motoristas e do uso da tecnologia não dá 30% da economia gerada”, compara o gerente de Operações da Viação Torres. Controle - Segundo o executivo da Mix Telematics, Bruno Santos, a telemetria aplicada no transporte público proporciona ao empresário total controle da sua frota no que diz respeito à gestão de custos de manutenção, gasto com combustível e forma de utilização do veículo porque permite a gestão eficiente na forma de condução do motorista. A cobrança é feita em forma de mensalidade pelo uso do software e varia entre R$ 150 e R$ 200 por veículo monitorado. “A telemetria consiste na instalação de um equipamento que manda os dados coletados para um servidor. Lá esses dados são transformados em informação que é comparada com padrões definidos. O software funciona como um auditor e a Mix pode ajudar o cliente a definir esses padrões. Dessa forma, a telemetria é indicada para empresas de qualquer porte e que se dedique a qualquer negócio em que exista um veículo em movimento”, explica Santos. A Mix Telematics é uma multinacional com atuação em mais de 120 países. Na unidade brasileira tem crescido, em média, entre 30% e 40% ao ano. O mercado mineiro responde por entre 15% e 20% dos negócios no Brasil. A diversidade e tamanho da economia do Estado justificam os resultados. Agronegócio, logística e mineração lideram a lista de setores mineiros clientes da Mix Telematics. “Temos muitos clientes em Minas Gerais e ainda muito a crescer. É um mercado muito tecnológico e exigente, que conhece e desenvolve soluções. Cabe ao consumidor ser ainda mais exigente quanto ao nível técnico. Minas tem força em muitos setores e quando um não está tão bem, outro reequilibra a economia. As empresas de ônibus mineiras, por exemplo, são extremamente modernas tecnologicamente e muito exigentes. Hoje o investimento em controle pela tecnologia é um caminho é primordial para a continuidade dos negócios”, avalia o executivo da Mix Telematics.


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DC FRANQUIA ALIMENTOS

Grupo Trigo reposiciona marcas no mercado Uma das estratégias da rede é a criação de uma culinária mais sofisticada sem aumento de preço DANIELA MACIEL

Dono das marcas Spoleto, Koni e Domino’s Pizza, o Grupo Trigo tem investido no reposicionamento das marcas no mercado, apostando na criação de uma culinária mais sofisticada sem aumento de preço. A estratégia que já se consolidou no Spoleto, com o projeto “Nossa Cozinha Italiana”, se repete agora no Koni. As mais de 100 lojas, espalhadas por 10 estados, vão ganhar um ambiente mais moderno e clean, além de cardápio mais sofisticado. A implantação do modelo começou pelo Rio de Janeiro e Distrito Federal. A expectativa é de que todas as lojas sejam repaginadas em dois anos. O aporte mínimo para a abertura de uma franquia é de R$ 490 mil e de R$ 65 mil para reforma (valores referentes ao modelo box adotado em shopping center), com retorno de investimento estimado para 36 meses e faturamento médio mensal de R$ 118 mil. De acordo com o gerente nacional de desenvolvimen-

to e expansão do Grupo Trigo, Carlos Eduardo de Melo, 75% das operações do Koni estão concentrados no Rio de Janeiro. “O nosso objetivo é continuar o propósito com a causa do Grupo Trigo, que é democratizar a boa culinária no mundo. São produtos com muita qualidade com preço justo, para todos. É uma evolução completa na cozinha, inclusive nos uniformes, e resgatando o conceito de culinária, em que o gerente do restaurante é um chef de cozinha, dando muita atenção aos detalhes de todos os produtos serviços. Os franqueados têm topado investir nessa reforma porque acreditam que esse projeto trará um novo patamar de evolução para a marca”, explica Melo. O restaurante tem apenas duas operações em Minas Gerais, ambas na Capital. A expectativa é de que após a reformulação a expansão tome fôlego no território mineiro. “Temos muitas oportunidades em Minas Gerais, inclusive em bons shopping

RODRIGO AZEVEDO / RAZ FOTOGRAFIA

O Grupo Trigo detém as marcas de restaurante Spoleto, Koni e Domino’s Pizza

centers, que têm revisado seus custos. As marcas são vivas e cada uma tem o seu ciclo de vida dentro do grupo. O Koni lançou o conceito de culinária rápida no Rio. A expansão aconteceu lá e tem sido feita aos poucos para outros estados. Com DIVULGAÇÃO

essa transformação vamos voltar a expandir, inclusive em Minas Gerais”, garante o gerente nacional de desenvolvimento e expansão do Grupo Trigo. Se o Koni ainda não conquistou os mineiros, a Domino’s Pizza aposta no

mercado de Minas Gerais atualmente são cinco unidades em Belo Horizonte, uma em Juiz de Fora (na Zona da Mata) e duas em Uberlândia (Triângulo) - e lança um ousado plano de expansão no Estado. Quatro lojas serão abertas em Belo Horizonte

nos próximos meses. Ainda em outubro, no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste. Em dezembro, no Jaraguá, na Pampulha. No início de 2018, no Buritis, Centro-Sul, e Sagrada Família, região Leste. Também em outubro, Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) vai receber uma unidade. Outras cidades também já aparecem no radar da Domino’s para 2018: mais uma em Juiz de Fora; Betim, na RMBH; Uberaba, no Triângulo; Montes Claros, no Norte de Minas. E, ainda na Capital, as regiões de Venda Nova e Barreiro, além do bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte. “A Domino’s vai completar 200 lojas e até aqui a expansão esteve voltada para o Rio de Janeiro. Agora nossos esforços se voltam também para Minas Gerais. No caso da Domino’s o nosso direcionamento é para lojas de rua, já que o delivery corresponde por entre 55% e 60% do faturamento das lojas”, pontua o executivo.

BEM-ESTAR

Beryllos pretende ultrapassar R$ 2 milhões em faturamento DANIELA MACIEL

Opção pela caixinha impede que a comida chegue “revirada” na casa ou trabalho

Mineiro Delivery já tem 8 lojas em BH DANIELA MACIEL

A Mineiro Delivery, apesar do nome, não tem origem nas Alterosas. Sediada em São José do Rio Preto, no interior paulista, a empresa, criada em 2012, tem no famoso mexido o carro-chefe. Preocupada em manter um sabor caseiro, mas sem descuidar da estética, desenvolveu mais de 30 opções de refeições, que vão do estrogonofe de camarão ao mexido mineiro, passando pelos pratos “kids”, massas e saladas. A opção pela caixinha impede que a comida chegue “revirada” na casa ou trabalho do consumidor. E os preços vão de R$ 13 a R$ 23. De acordo com o diretor de expansão da Mineiro Delivery, Leone Schultz, embora pareça simples, a caixinha é uma grande inovação tecnológica que garante diferencial à marca. “A embalagem permite que a pessoa tenha uma alimentação saudável e caseira em qualquer lugar. Ela conserva a temperatura por cerca de uma hora e vai ao micro-ondas. Tudo isso traz praticidade e também garante a qualidade

dos produtos”, explica Schultz. São 127 unidades negociadas espalhadas pelo País. Belo Horizonte é a capital com maior número de unidades: oito. A expectativa para 2018 é manter a faixa de crescimento de 40% no número de crescimento no número de lojas e fazer dobrar o faturamento por unidade. O otimismo se justifica por dados do setor. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o brasileiro gasta cerca de 25% de sua renda com alimentação fora do lar. A Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que o setor represente, hoje, 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) destaca que o setor tem crescido a uma média anual de 14,2%. E, por fim, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento alimentação cresceu em faturamento 5% entre o primeiro semestre de 2016 e o mesmo período de 2017, saltando

de R$ 18,89 bilhões para R$ 19,79 bilhões arrecadados, respectivamente. Em número de unidades o crescimento foi de 2% em igual período. “A comida mineira é bem-conceituada em todo o Brasil. É vista como uma comida tipicamente brasileira, então conseguimos agradar todos os paladares e desenvolver as receitas em qualquer lugar. Claro que observamos alguns regionalismos. Os peixes utilizados na região Norte, por exemplo, não são os mesmos do Sudeste. E tomamos muito cuidado quanto aos alimentos frescos. Eles são comprados de fornecedores locais homologados pela franqueadora”, destaca o diretor de expansão da Mineiro Delivery. O investimento inicial está calculado em R$ 126 mil para cidades acima de 100 mil habitantes. A preferência é por pontos de rua, que facilitam a ação de entrega. Como a maior parte das operações não tem atendimento de balcão, a loja não precisa, necessariamente, estar em avenidas principais, o que barateia o custo fixo.

Ainda que a crise tenha feito com que muitos consumidores voltassem a assumir os cuidados pessoais, como cabelos e unhas, no setor de franchising o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar não pode reclamar. De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), entre o segundo semestre de 2016 e o mesmo período de 2017, o faturamento subiu de R$ 6,441 bilhões para R$ 7,048 bilhões, perfazendo uma alta de 9,4%. Um dos fatores que ajudam a explicar o resultado é a inovação. Fundada em Taubaté (SP), em 2016, a Beryllos propõe um novo jeito de fazer as unhas: a cutilagem, que consiste em tratar as cutículas com uma ponta desbastadora, mantendo a real proteção das unhas, sem o risco de cortes e machucados. O novo processo visa tanto o embelezamento, quanto a saúde das unhas das mãos e pés. A empresa faz parte do grupo Sóbrancelhas. De acordo com a fundadora da rede Beryllos, Luzia Costa, após entrar no sistema de franquias, a Beryllos já começou a operar em São Bernardo do Campo (SP) e está em processo de implantação na capital paulista, Recife (PE) e Maceió (AL). A última inauguração foi em Pouso

Alegre, no Sul de Minas, no dia 30 de setembro. “Na Sóbrancelhas recebíamos muitos pedidos para que oferecêssemos serviços de manicure. Como acredito muito na especialização comecei a pensar um serviço que fosse eficiente e que tivesse um cuidado especial com a saúde. Queríamos uma opção ao alicate e veio a ideia de uma broca, parecida com a usada pelos dentistas. Desenvolvemos o equipamento, que hoje é patenteado, e produzido por um parceiro, no estado de São Paulo. As brocas são individuais e descartáveis, assegurando a higiene do processo”, explica Luzia Costa. Outro ponto crítico de contaminação nos salões de beleza é o pincel do esmalte. Para acabar com o problema a empresária desenvolveu uma coleção própria de esmaltes em frascos de quatro mililitros. Eles deram origem a uma linha completa de tratamento que é comercializada nas lojas. O preço da cutilagem para a consumidora é de R$ 25 para as mãos e R$ 35 para os pés. O plano de expansão da rede é ousado. A marca pretende ultrapassar R$ 2 milhões em faturamento em 2017 e em cinco anos, tem como meta chegar a 150 operações em todo País. Só no mercado de Minas Gerais a rede pretende chegar a 25 unidades, 17%

do total. “Acredito na força da nossa marca e na potência do mercado mineiro. As mineiras têm uma vaidade discreta que não abre mão dos cuidados. Estamos com conversas adiantadas em Varginha e São Lourenço (Sul de Minas) e Belo Horizonte. O nosso modelo de negócios foi formatado para cidades a partir de 100 mil habitantes, porém estudamos bastante as regiões, e uma cidade menor mas que seja um polo regional pode receber uma unidade Beryllos”, afirma a fundadora da rede. Além da cutilagem, a rede conta com serviços de massagem, depilação com cera, fotodepilação e fotorejuvenescimento. Para quem deseja investir no negócio, o capital inicial é de R$ 234 mil, com um faturamento mensal de até R$ 70 mil. O mesmo modelo de loja, de 32 metros quadrados, serve para pontos de rua e shopping. Outra opção é o modelo de co-branding com a Sóbrancelhas. As lojas seriam abertas lado a lado e administradas pelo mesmo franqueado. “Esse é um modelo que já está começando a acontecer. É uma forma de estreitarmos ainda mais o relacionamento com o franqueado e ampliar uma experiência que já deu certo com a primeira marca”, avalia a empresária. DIVULGAÇÃO

A Beryllos, de Taubaté (SP), propõe a cutilagem, um novo jeito de fazer as unhas


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CAFEICULTURA

Café Santa Mônica investe em inovação Para conquistar o varejo, a empresa lançou o Drip Coffee, um minicoador de dose única, com encaixe na xícara SIC/DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

A população brasileira está consumindo mais cafés especiais e procurando por produtos inovadores, o que tem incentivado as empresas a apostarem em novas tendências. O café Santa Mônica, cuja produção é em Machado, no Sul de Minas Gerais, está investindo em opções para o varejo. Desde 2015, a empresa vem desenvolvendo novas opções como os cafés especiais torrados e moídos e as cápsulas. Neste ano, foi lançada mais uma opção, o Drip Coffe, um minicoador com dose única de café, criado para coar a bebida direto na xícara. O produto foi apresentado ao consumidor mineiro durante a Semana Internacional do Café, que é realizada em Belo Horizonte. De acordo com o diretor do Café Santa Mônica, Marcelo Moscofian, até 2015 a empresa tinha como foco produzir cafés especiais e comercializar no food service, atendendo a demanda de cafeterias, hotéis e restaurantes. “Percebemos que os clientes consumiam nossos produtos e queriam levar o café de qualidade para ser consumido nos lares e não tínhamos opções para o varejo. Diante da demanda, nos preparamos para atender este mercado. Como a marca não era conhecida, decidimos entrar no mercado com algo inovador. Além disso, o consumidor precisava degustar nosso café. Por isso, a cada ponto do varejo que entramos, colocamos um barista para apresentar o produto e a nossa história. Hoje, não adianta chegar para o consumidor e falar que é o melhor café; ele quer saber como é produzido e como se faz. Por isso, o trabalho de apresentação é importante”. Visando a praticidade e a facilidade de acesso a um café de qualidade, a empresa desenvolveu o Drip Coffee, um minicoador de encaixe direto na xícara, que permite o preparo rápido do café gourmet. De acordo com Moscofian, a aceitação do produto no mercado tem sido positiva, o que incentivou o lançamento de mais duas opções: o café intenso e o orgânico, que chegarão ao mercado em novembro. “O Drip coffee atende um novo padrão de consumo que visa à praticidade. O consumidor só precisa de uma caneca e de água quente para fazer a dose única. As pessoas podem levar o café em viagens, por exemplo, tendo a garantia de levar no bolso o café que gosta e de fácil de preparo”, explicou. Além do café de bolso, a empresa também disponibiliza no varejo cápsulas de café e sachê de bebidas quentes em monodose, em três sabores: chocolate europeu, chai latte e cappuccino. A expectativa é de que as vendas no setor correspondam a 20% do faturamento da empresa esse ano, devendo chegar a 50% em dois anos. Produção - Fundado em 1985, o café Gourmet Santa

LÁCTEOS

J&F vende a Vigor para a mexicana Lala por R$ 4,325 bi

Objetivo é atender a um novo padrâo de consumo, que visa à praticidade: o preparo do café gourmet é rápido e fácil

Minas tem potencial para mais selos UTZ Os cafeicultores de Minas Gerais estão buscando, cada vez mais, pelas certificações do grão, o que é importante para a conquista de novos mercados no mundo. No Estado, a parceria firmada entre o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a organização holandesa UTZ tem despertado o interesse dos produtores e a tendência é de que, até o final do ano, cerca de 100 propriedades cafeeiras recebam o selo da UTZ. A conquista se deve ao reconhecimento, por parte da certificadora holandesa, da equivalência das exigências do Programa Certifica Minas Café (CMC) com as regras para a obtenção do selo UTZ. No programa estadual, o cafeicultor precisa adaptar as propriedades para atendimento de 28 normas obrigatórias em cinco áreas: lavoura, rastreabilidade, responsabilidade ambiental e social, capacitação e gestão da propriedade. De acordo com o diretor-geral do IMA, Marcílio de Sousa Magalhães, o selo UTZ é uma das certificações mais reconhecidas mundialmente e atesta que as propriedades atendem a parâmetros sociais, garantia de trabalho remunerado, respeito ao meio ambiente e a adoção de boas práticas de fabricação. “A UTZ reconheceu que a certificação do Sistema de Agricultura de Minas Gerais, feita pela Emater e pelo IMA, possui as mesmas características e qualidades da certificação deles. Então houve uma equivalência, de forma que, hoje, as propriedades da agricultura familiar certificadas pelo IMA podem receber o selo da UTZ sem novas auditorias ou custos. As fazendas de maior porte e que possuem a certificação estadual também podem requerer o selo e a taxa cobrada custa cerca de 20% do valor praticado fora da parceria. É Mônica é produzido em cinco fazendas no Sul de Minas Gerais. A empresa também adquire pequenos lotes de café especiais premiados. Em 2017, a produção de cafés nas unidades próprias alcançará de 8 mil a 10 mil sacas de 60 quilos. Sem divulgar valores, o Café Santa Mônica informou que o faturamento no Brasil deve

ACERVO FAEMG

Cerca de 1,2 mil produtores estão aptos à certificação, que abre novos mercados

uma certificação internacional que abre mercados”. Ainda segundo o representante do IMA, os cafeicultores que já possuem o selo do Certifica Minas Café podem requerer o selo da UTZ a qualquer momento. A demanda é crescente e a expectativa é encerrar 2017 com cerca de 100 propriedades certificadas pela UTZ. Magalhães destaca que o grande ganho da certificação é na gestão da propriedade, na agregação de valor no ponto de vista ambiental e da responsabilidade social. Em Minas Gerias já são mais de 50 propriedades com o selo UTZ. Valor agregado - “Este é o primeiro ano em que a equivalência está valendo. No Estado temos 1,2 mil propriedades certificadas pelo IMA e que podem solicitar a certificação UTZ. O número de unidades com os dois selos tende a aumentar porque

crescer 38% em 2017. O objetivo da empresa, segundo Moscofian, é ampliar a atuação no mercado interno, de acordo com o crescimento da demanda. A empresa, que também exporta café verde especial, pretende embarcar cafés processados e de maior valor agregado para os principais mercados consumidores.

os produtores ainda não conheciam a certificação da UTZ. A adesão é voluntária e precisa ser requerida pelos cafeicultores já certificados. O processo é contínuo e o produtor pode solicitar a qualquer momento o selo UTZ”. Ao atestar as boas práticas de produção, a certificação agrega valor ao café, garantindo melhores renda e condições para os cafeicultores continuarem a investir em melhorias. “Hoje o café vem aumentando o status de alimento gourmet e estamos recebendo diversas missões internacionais. Os compradores vêm em busca de cafés de qualidade e certificados que garantam as boas praticas de produção, o uso corretos de produtos químicos, a não utilização de mão de obra escrava e a adoção de práticas que não agridam o meio ambiente. São outras qualidades que se agregam ao café”, explicou Magalhães. (MV)

“O café brasileiro é muito usado no mundo como base para blends, utilizando apenas 20% de cafés da Colômbia e da Etiópia, por exemplo. Na verdade, é o café brasileiro que está fazendo a base e o volume. É um café de qualidade, pois, senão, prejudicaria a bebida. Os outros países não têm produção suficiente para

fazer isso. Por isso, usam o café Brasil como base da mistura. Queremos colocar o produto acabado no mercado mundial para o consumidor entender que o café brasileiro não é só quantidade, que ele tem qualidade. Parece que o mercado mundial não quer reconhecer para não aumentar os preços do nosso café”.

São Paulo - Depois de quase dois meses de tratativas, a J&F, holding que reúne os negócios dos irmãos Batista, concluiu a venda da fabricante de lácteos Vigor para a mexicana Lala por R$ 4,325 bilhões. O valor é um pouco inferior aos R$ 5,7 bilhões inicialmente anunciados, porque a mineira Itambé que pertence 50% a Wesley e Joesley Batista e 50% à CCRP (Cooperativa Central de Produtores Rurais de Minas Gerais) - deve acabar realmente ficando de fora do negócio. O atual presidente da Vigor, Gilberto Xandó, vai permanecer no comando da empresa durante um período de transição. Os dois lados viraram a noite para acertar os últimos detalhes do contrato. Segundo pessoas próximas às discussões, a CCPR, que já havia informado sua intenção de exercer o direito de preferência e recomprar os 50% da Itambé vendidos aos Batista em 2013, pediu uma prorrogação do prazo. A cooperativa está estruturando um financiamento bancário para levantar os R$ 700 milhões necessários para concretizar a aquisição. Executivos envolvidos dizem que a CCPR deve contar com a ajuda do governo de Minas Gerais e do BNDES. O banco estatal, que é sócio da J&F no frigorífico JBS, está em pé de guerra com os Batista desde que Joesley acusou o presidente Michel Temer de corrupção em sua delação premiada. A CCPR decidiu ficar de fora do negócio, porque não concordou com a avaliação da Itambé feita pela Lala. Os mexicanos estimaram que a Itambé valeria R$ 1,4 bilhão, enquanto a Vigor sairia por R$ 4,3 bilhão, incluindo dívidas. Para os produtores, as duas empresas são equivalentes. A negativa da CCPR atrasou o fechamento do negócio. Sem a inclusão da Itambé no pacote, os mexicanos tentaram negociar um desconto com os Batista pela Vigor, mas não tiveram sucesso. A perspectiva do acordo de leniência da J&F não ser mantido após a prisão dos irmãos Joesley e Wesley também chegou a preocupar a Lala. Os mexicanos, no entanto, decidiram seguir em frente, porque o Ministério Público não dá sinais de que vai fazer mudanças significativas no acordo. Além da Vigor, a J&F já vendeu a Alpargatas, dona das Havaianas, e a uma fatia da fabricante de celulose Eldorado. Os negócios foram selados a preços considerados atrativos pelo mercado e os recursos estão sendo usados para pagar dívidas. (FP)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

CONTAS PÚBLICAS

Governo central tem déficit de R$ 22,7 bi Rombo alcançou R$ 108,533 bilhões no acumulado dos primeiros nove meses do ano, segundo o Tesouro Brasília - O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de R$ 22,725 bilhões em setembro, informou o Tesouro, desempenho pior que o esperado e afetado pela forte base de despesas do governo. A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, avaliou que apesar do déficit primário em setembro o desempenho foi melhor do que o registrado no mesmo mês do ano passado. “O resultado de setembro enseja uma melhora da economia com impacto no desempenho fiscal”, afirmou. “E a melhora do fiscal beneficia a trajetória da dívida”, completou. A secretária do Tesouro destacou que houve um ganho real de R$ 8 bilhões na arrecadação em relação a setembro do ano passado, sendo R$ 1 bilhão de ganho real de receitas com a alta do PIS/Cofins e R$ 3,3 bilhões com o Refis. Ela citou, por exemplo, o ganho real de receitas de 1,1%. Já a arrecadação da contribuição previdenciária teria uma recuperação mais lenta. “A desinflação e os juros menores contribuem para a melhora da atividade. O ciclo de recuperação sustentável que observamos é positivo para as contas públicas”, afirmou. “Há tendência de reversão gradual na arrecadação”, acrescentou. Enquanto a Previdência amargou déficit de R$ 28,137 bilhões em setembro, Tesouro e BC somaram juntos um superávit de R$ 5,412 bilhões. As despesas no mês até

JOSÉ CRUZ/ABr

BNDES vai devolver mais R$ 17 bi

Ana Paula Vescovi destacou a melhora na arrecadação

cresceram menos do que as receitas. A forte base de gastos, contudo, acabou resultando no déficit. Em setembro, a alta real das despesas totais foi de 3,6%, ante igual período do ano passado, a R$ 112,564 bilhões , puxada pelo expansão de 7,7% em benefícios previdenciários. As receitas líquidas do governo central, por sua vez, subiram 8,5% na mesma base, a R$ 89,839 bilhões, impulsionadas pela arrecadação extraordinária de R$ 3,3 bilhões com o Refis, programa de regularização tributária. Acumulado - Nos nove primeiros meses do ano, o rombo chegou a R$ 108,533 bilhões, subindo a R$ 169,9 bilhões no acumulado em 12 meses, acima da meta de déficit de R$ 159 bilhões para o ano.

O governo tem reiterado o compromisso com a meta e, para tanto, conta com receitas além do esperado que foram arrecadadas em leilões de energia e petróleo, além da liberação de mais recursos em precatórios não sacados há mais de dois anos - possibilidade que ainda segue em análise jurídica. Segundo o Tesouro, a piora no resultado acumulado deverá ser revertida nos meses de novembro e dezembro, já que no último bimestre do ano passado foram regularizados uma série de pagamentos, incluindo a organismos internacionais e referentes a tarifas bancárias, afetando a base de cálculo em 12 meses. Para o mesmo período deste ano, o Tesouro prevê o ingresso de R$ 27,6 bilhões em receitas de concessões e permissões. (AE/Reuters)

MERCADO

Em meio ao noticiário externo, dólar mantém a trajetória de valorização São Paulo - O forte avanço do dólar no exterior impulsionou a moeda americana ao patamar de R$ 3,28 ontem, maior nível em mais de três meses, gerando um movimento técnico de stop loss de vendidos, com reversão para comprados. Os motivos para isso foram a redução menor do que a esperada do programa de flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu (BCE) e rumores de que Janet Yellen, atual dirigente do Federal Reserve (Fed), estaria fora da disputa para o cargo de presidente da instituição no ano que vem. Internamente, a vitória do governo na Câmara dos Deputados com um placar menor do que o estimado pelo Planalto chegou a pesar no real pela manhã, mas ficou em segundo plano durante a tarde. “Embora a notícia do BCE tenha vindo em linha com o que o mercado esperava, muitos investidores ainda apostavam em uma redução ainda maior, o que levou a uma reversão de movimento, tendo que passar por um ajuste”, explicou o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior. Diante disso, o

euro caiu com força ante o dólar. O Dollar Index - que mensura a moeda americana ante outras seis moedas fortes - subiu mais de 1%, valor considerado muito acentuado. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,42%, aos R$ 3,2845, maior nível desde 6 de julho. O giro financeiro somou US$ 1,094 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,2294 (-0,28%) e na máxima, R$ 3,2897 (+1,57%). No mercado futuro, o dólar para novembro avançou 1,75%, aos R$ 3,292. O giro financeiro somou US$ 23,41 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,23 (-0,16%) a R$ 3,3 (+1,99%). “Hoje tivemos um movimento forte de stop loss. Quem estava vendido em dólar teve que sair comprando, principalmente os grandes fundos”, o que resultou em giro financeiro alto, disse o diretor da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva. Diante dos fatores no exterior, o cenário doméstico ficou em segundo plano. Na quinta, no plenário da Câmara, 251 parlamentares votaram sim ao parecer que pedia a rejeição da denúncia

contra o presidente Michel Temer por organização criminosa e obstrução de justiça, enquanto 233 votaram não. Já na primeira denúncia contra o presidente, por corrupção passiva, houve 263 votos favoráveis a Temer e 227 votos contrários. Bovespa - A bolsa brasileira voltou mostrar fraqueza como reflexo da pouca disposição do investidor estrangeiro em assumir posições na renda variável doméstica. O Índice Bovespa abriu em alta, mas não encontrou sustentação para acompanhar os ganhos das bolsas de Nova York. Pesou mais a influência do câmbio, com o dólar registrando forte alta ante outras moedas pelo mundo. Ao final dos negócios, o indicador marcou 75.896,35 pontos, em baixa de 1,01%. Os negócios somaram R$ 9,1 bilhões. Já no mercado de juros, ao final da sessão regular, o volume de contratos era bastante expressivo, assim como o avanço das taxas na ponta longa. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 saltou de 9,59% para 9,82% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,90% para 9,13%. (AE)

Brasília - O Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) autorizou a transferência de mais de R$ 17 bilhões ao Tesouro como antecipação do pagamento de parte de sua dívida junto à União, elevando o total desembolsado a R$ 50 bilhões neste ano. Em nota conjunta divulgada ontem, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e o BNDES informaram que “a liquidação antecipada poderá ocorrer parcial ou totalmente sob a forma de títulos públicos”, fazendo com que a dívida bruta seja reduzida no exato montante liquidado. No fim de setembro, o BNDES já havia antecipado R$ 33 bilhões ao Tesouro e a devolução dos R$ 17 bilhões adicionais era dada como certa pelo governo. Para além destes montantes, a equipe econômica pediu outros R$ 130 bilhões ao banco no ano que vem. Integrantes do BNDES, contudo, vêm apontando dificuldades para uma operação dessa ordem, por temor de que vá comprometer a capacidade do banco de fomento de realizar empréstimos e incentivar a economia. Em 2016, o BNDES também antecipou R$ 100 bilhões ao Tesouro. Na prática, as sucessivas devoluções diminuem o tamanho do banco e o seu poder de fogo na concessão de crédito direcionado. “Para 2018, o Conselho de Adminis-

tração do BNDES irá estudar a possibilidade de antecipar o pagamento de recursos adicionais à União, na medida das estritas necessidades ditadas pelos comandos constitucionais respectivos”, trouxe a nota. “A avaliação da capacidade do banco em antecipar tal montante será analisada não somente à luz da sua posição em ativos líquidos, mas também da estimativa de fluxo de desembolsos líquidos para os próximos anos”, segundo o comunicado, acrescentando ainda que a antecipação não afetará a estrutura patrimonial do BNDES, bem como o atendimento às regras prudenciais. A antecipação é crucial para o cumprimento da chamada regra de ouro. Inscrita na Constituição, ela determina que as receitas de operações de crédito não podem ultrapassar o valor das despesas de capital. Na prática, o País não poderia tomar operações de crédito para financiar despesas correntes, restrição que tem sido ameaçada pela obtenção de sucessivos déficits primários nas contas públicas. O próprio governo calcula que só conseguirá economizar para pagar os juros da dívida pública a partir de 2020. Ao divulgar o resultado primário de agosto, o Tesouro apontou em apresentação que suas projeções indicam necessidade de R$ 184 bilhões para cumprimento da regra de ouro em 2018. (Reuters)




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22

FINANÇAS

Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

Ă‹QGLFHV 2XW

TR/Poupança 1RY

'H]

0,03%

0,54%

-DQ

)HY

0DUoR

$EULO

0DLR

-XQKR

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-XOKR $JRVWR

6HW 1R DQR PHVHV

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2840

R$ 3,2381

R$ 3,2504

,*3 0 )*9

VENDA

R$ 3,2845

R$ 3,2386

R$ 3,2509

,3& )LSH

0,27%

0,15%

0,72%

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

1,09%

2,25%

COMPRA

R$ 3,2438

R$ 3,2381

R$ 3,2464

,*3 ', )*9

0,13%

0,05%

0,83%

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

-2,03%

-1,04%

VENDA

R$ 3,2444

R$ 3,2387

R$ 3,2470

,13& ,%*(

0,17%

0,07%

0,14%

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

1,24%

1,63%

COMPRA

R$ 3,2430

R$ 3,2170

R$ 3,2200

,3&$ ,%*(

0,26%

0,18%

0,3%

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

1,78%

2,54%

VENDA

R$ 3,4270

R$ 3,3930

R$ 3,4000

,&9 ',((6(

0,37%

0,28%

0,12%

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

1,12%

1,80%

COMPRA

R$ 3,3600

R$ 3,3200

R$ 3,3300

,3&$ ,3($'

0,14%

0,16%

0,48%

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

2,85%

3,65%

VENDA

R$ 3,4600

R$ 3,4200

R$ 3,4300

$JRVWR 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

PTAX (BC)

TURISMO

PARALELO

)RQWH AE

0,16%

0,64%

0,08%

-0,72%

0,10%

0,47%

-2,10%

-1,45%

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

7,39% - a.a.

Capital de Giro

10,23% - a.a.

Hot Money

1,28% - a.m.

CDI

8,14% - a.a.

Over

8,15% - a.a.

)RQWH: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.269,60

US$ 1.279,00

US$ 1.278,30

R$ 131,00

R$ 130,60

R$ 132,00

BM&F-SP (g) )RQWH AE

Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV 1,09 0,87 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 -

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

0HWD GD 7D[D D D

13,00 12,25 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 -

Reservas Internacionais 25/10 .......................................................................... US$ 380.476 milhĂľes )RQWH: BC

Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

AtĂŠ 1.903,98

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendårio 2015

2XW 6DOiULR 880,00 &8% 0* ) 0,02 83& 5

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3,0109 7-/3 D D

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1RY 880,00 0,09 23.29 3,0109 7,50

'H] 880,00 0,11 23,29 3,0109 7,50

-DQ 937,00 0,12 23,40 3,2514 7,50

)HY 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

0DUoR 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

$EULO 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

0DLR 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

-XQKR 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

-XOKR 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 A 23/10 24/09 A 24/10 25/09 A 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 30/09 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0010 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4700 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

02('$ BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 26 30 40 45 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 706 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Contribuição ao INSS &2035$ 0,3244 0,4627 0,00562 0,3715 0,5101 0,03054 0,3984 0,3897 0,1482 0,06747 0,02819 8,5928 0,002775 4,5591 0,03175 0,8831 2,4896 3,2438 3,2438 2,5285 0,01551 3,9082 2,378 0,4157 1,1926 3,2438 0,01221 3,2555 0,000574 0,02847 0,1833 4,2721 0,002148 0,006291 0,1072 0,8526 1,0018 0,1851 0,005146 0,001078 3,2438 0,06833 0,06246 0,17 0,1098 0,4414 0,2288 0,4883 0,4881 0,8536 8,4123 0,01296 0,0000941 0,8649 0,7659 0,05621 0,05002 0,0002388 0,2079 0,9209 0,002883 0,8937 3,7965

9(1'$ 0,3253 0,4729 0,00572 0,372 0,5103 0,03063 0,3986 0,3899 0,1483 0,07041 0,02828 8,6058 0,00278 4,5922 0,03187 0,8834 2,4904 3,2444 3,2444 2,5297 0,01597 3,9566 2,3793 0,4158 1,2061 3,2444 0,01222 3,2568 0,0005744 0,02848 0,1843 4,2742 0,002155 0,0063 0,1074 0,8541 1,0023 0,1852 0,005152 0,001079 3,2444 0,06885 0,0625 0,1701 0,1101 0,4417 0,2291 0,4887 0,4882 0,8617 8,449 0,01298 0,0000941 0,8651 0,7665 0,05623 0,05004 0,0002389 0,2134 0,9221 0,002888 0,8941 3,7979

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 atĂŠ 5.531,31 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 937,00 (valor. MĂ­nimo) 11 103,07 De 937,00 atĂŠ 5.531,31 20 187,40 atĂŠ 1.106,26 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 859,88 Acima de R$ 859,89 a R$ 1.292,43

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 44,09 R$ 31,07

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2017

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Junho Julho

&UpGLWR Agosto Setembro

0,3090 0,2976

Seguros

TBF

09/10

0,01309268 2,92230314

10/10

0,01309347 2,92247900

11/10

0,01309409 2,92261722

12/10

0,01309460 2,92273032

13/10

0,01309460 2,92273032

14/10

0,01309519 2,92286216

15/10

0,01309519 2,92286216

16/10

0,01309519 2,92286216

17/10

0,01309585 2,92300949

18/10

0,01309640 2,92313287

19/10

0,01309678 2,92321622

20/10

0,01309727 2,92332559

11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 16/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 )RQWH $(

21/10

0,01309790 2,92346757

22/10

0,01309790 2,92346757

23/10

0,01309790 2,92346757

24/10

0,01309837 2,92357237

25/10

0,01309890 2,92369122

26/10

0,01309918 2,92375363

27/10 0,01309952 2,92382845 )RQWH )HQDVHJ

0,5493 0,5379

0,5343 0,5046 0,5004 0,5006 0,5257 0,5259 0,5344 0,5516 0,5499 0,5046 0,4841 0,5097 0,5126 0,5582 0,5411

)DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Setembro ,*3 ', )*9

Setembro ,*3 0 )*9

Setembro

IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de setembro/2017, relativo a operaçþes FRP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV ¿QDQFHLURV - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) ITR - Pagamento da 2ª quota do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2017 (Instrução Normativa RFB nº 1.715/2017). Darf Comum (2 vias) &R¿QV 3,6 3DVHS Retenção na Fonte ¹ $XWRSHoDV 5HFROKLPHQWR GD &R¿QV e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.10.2017. Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de setembro/2017 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido no 3º trimestre de 2017, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de setembro/2017, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operaçþes realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR H GH participaçþes societårias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) ,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho de Capital na alienação de Ativos - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de setembro/2017 (art. 5º, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 608/2006) Cód. Darf 0507. ,53) ¹ &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de setembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 0190. Darf Comum (2 vias)

AluguĂŠis 1,0254 0,9960 0,9855

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

Agenda Federal Dia 31

Taxas de câmbio

08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 15/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11

,53) Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de

setembro/2017 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - Cód. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de DSOLFDo}HV ¿QDQFHLUDV DGTXLULGRV HP moeda estrangeira - Cód. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) ,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operaçþes realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR IRUD GH EROVD no mês de setembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) ,53) ¹ 4XRWD Pagamento da 7ª quota do imposto apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendårio de 2016, acrescida da taxa Selic de maio a setembro/2017 mais 1% - Cód. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de setembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota única da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 3º trimestre de 2017 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) )LQRU )LQDP )XQUHV (Apuração mensal) - Recolhimento do valor da opção com base no IRPJ devido, no mês de setembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9º da Lei nº 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9017. Finam: 9032. Funres: 9058 Darf Comum (2 vias) )LQRU )LQDP )XQUHV (Apuração trimestral) - Recolhimento da 1ª parcela ou parcela única do valor da opção com base no IRPJ devido no 3º trimestre de 2017 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do lucro real - art. 9º da Lei nº 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9004. Finam: 9020. Funres: 9045. Darf Comum (2 vias) 5H¿V 3DHV Pagamento pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de ReFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL nº 9.964/2000; e pelas pessoas físicas e jurídicas optantes pelo Parcelamento Especial (Paes) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP, conforme Lei nº 10.684/2003. Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO

QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUĂ?ÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: DELIO CASSIO MARQUES, solteiro, funcionĂĄrio publico, nascido em 11/07/1963 em Capelinha, MG, residente a Rua Industrial Jose Costa, 635 304, Nova Granada, Belo Horizonte, filho de DIRCEU MARQUES e DEA BARBOSA MARQUES Com JOAO DOUGLAS SILVA, solteiro, policial civil, nascido em 04/01/1988 em Itamarandiba, MG, residente a Rua Industrial Jose Costa, 635 304, Nova Granada, Belo Horizonte, filho de RAIMUNDO AFONSO DA SILVA SOBRINHO e LOURDES MARIA ANDRADE SILVA. GENESIS RIBEIRO DE SOUZA FERNANDES, solteiro, auxiliar de produção, nascido em 05/01/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 290, Cabana, Belo Horizonte, filho de SILVIO DE SOUZA FERNANDES e ROSILENE MARIA DE SOUZA Com CAMILA RARI FERREIRA MENDES, solteira, educadora, nascida em 03/05/1997 em Betim, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 290, Cabana, Belo Horizonte, filha de ANDERSON MARCOS MENDES e ROSANGELA DE JESUS FERREIRA. ELPIDIO PEREIRA DONATO, solteiro, lavrador, nascido em 01/09/1966 em Diamantina, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 260, Cabana, Belo Horizonte, filho de JOSE AMBROSIO DONATO e MARIA FILOMENA DOS SANTOS Com FAVIANA PEREIRA ALFREDO, solteira, auxiliar de cozinha, nascida em 18/07/1982 em Colatina, ES, residente a Rua Pai Joaquim, 260, Cabana, Belo Horizonte, filha de AMILTON ALFREDO e ILZA PEREIRA ALFREDO.

LUCAS CRISTIANO OLIVEIRA COSTA, solteiro, serralheiro, nascido em 24/01/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jose Ferreira Campos, 217, Betania, Belo Horizonte, filho de ESIO RAUL DINIZ COSTA e FATIMA REGINA DE OLIVEIRA COSTA Com LEIDIANE DA SILVA, solteira, auxiliar de estoque, nascida em 11/07/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua CĂ´nsul Walter, 489 201, Buritis, Belo Horizonte, filha de MARIA AUXILIADORA DA SILVA. EDUARDO LADISLAU DA SILVA, solteiro, conferente, nascido em 13/05/1991 em Contagem, MG, residente a Rua JosuĂŠ Menezes, 213, Gameleira, Belo Horizonte, filho de ANGELA MARIA LADISLAU DA SILVA Com MIRIAN FERNANDA FARIAS SOARES, solteira, do lar, nascida em 26/08/1992 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua JosuĂŠ Menezes, 213, Gameleira, Belo Horizonte, filha de WILSON SOARES MOREIRA e DAVIS FARIAS MOREIRA. TULIO HENRIQUE PEREIRA, solteiro, autĂ´nomo, nascido em 04/11/1996 em Ibirite, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 260, Cabana, Belo Horizonte, filho de LUIZ HENRIQUE TEIXEIRA e MARIA DE LOURDES PEREIRA Com ALINE RODRIGUES DE CASSIA, solteira, do lar, nascida em 13/09/1999 em Betim, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 260, Cabana, Belo Horizonte, filha de JOSE RODRIGUES NETO e RITA DE CASSIA SETE. ADAM RUSSELL COOPER, solteiro, administrador de condomĂ­nios, nascido em 07/08/1981 em Bradford - Inglaterra, ET, residente a Evans Street, 196, Rozelle, Sidney- Australia, filho de BRENDAN JOHN COOPER e KIM JACQUELINE COOPER Com THAIS DE SOUZA RODRIGUES, solteira, turismologa, nascida em 19/06/1987 em Formiga, MG, residente a Rua Geraldo Lucio Vasconcelos, 360 1101, Buritis, Belo Horizonte, filha de MIGUEL RODRIGUES DE FARIA e ANA ZELIA DE SOUZA RODRIGUES.

GILMAR AUGUSTO DA SILVA, divorciado, carpinteiro, nascido em 22/03/1966 em Bambui, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 72, Cabana, Belo Horizonte, filho de EURIPEDES BALSANU AUGUSTO DA SILVA e LUZIA SILVA CAMPOS Com MARLISI GONCALVES DE OLIVEIRA, divorciada, faxineira, nascida em 24/12/1980 em DivinĂłpolis, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 72, Cabana, Belo Horizonte, filha de JOAO JOSE GONCALVES e LAURENTINA GONCALVES DE OLIVEIRA. DOUGLAS GONCALVES DE OLIVEIRA, solteiro, barbeiro, nascido em 11/12/1999 em Contagem, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 60, Cabana, Belo Horizonte, filho de MARLISI GONCALVES DE OLIVEIRA Com KAMILA INGRID FERREIRA CORREIA, solteira, do lar, nascida em 18/07/1999 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 60, Cabana, Belo Horizonte, filha de ANTONIO ALVES CORREIA e ZILMA FERREIRA DA SILVA. JULIO CARVALHO DE ALMEIDA, solteiro, motorista, nascido em 10/07/1985 em Betim, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 70, Cabana, Belo Horizonte, filho de HILARIO CARVALHO DE ALMEIDA e JOSEFA SOUZA ALMEIDA Com JHEICIELE RIBEIRO DOS SANTOS, solteira, vendedora, nascida em 08/03/1996 em Betim, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 70, Cabana, Belo Horizonte, filha de EDILSON RIBEIRO DOS SANTOS e GEISLA SILVA DOS SANTOS. CIRO FERREIRA DA CUNHA, solteiro, motorista, nascido em 21/02/1990 em Rio De Janeiro, RJ, residente a Av. Dom JoĂŁo V I, 1021 202, Betania, Belo Horizonte, filho de JORGE LUIZ PORTELLA DA CUNHA e VANIA APARECIDA FERREIRA DA CUNHA Com JANE DE SALES FERREIRA, divorciada, designer de interiores, nascida em 10/07/1982 em Belford Roxo, RJ, residente a Av. Dom JoĂŁo V I, 1021 202, Betania, Belo Horizonte, filha de ANTONIO NUNES FERREIRA FILHO e CLEUZA MARTINS DE SALES FERREIRA.

RICARDO CANCADO BYRRO, solteiro, tĂŠcnico em telefonia, nascido em 25/03/1986 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jose Claudio Rezende, 350 102, Estoril, Belo Horizonte, filho de WALTER ESTEVAM BYRRO PEREIRA e SONIA ASCENCAO CANCADO Com BARBARA RAYSSA FAGUNDES FREITAS, solteira, tĂŠcnica de suporte, nascida em 30/08/1990 em Montes Claros, MG, residente a Rua Jose Claudio Rezende, 350 102, Estoril, Belo Horizonte, filha de MAURO ETESON FAGUNDES DIAS e ETELVINA CARDOSO FREITAS FAGUNDES. JEFFERSON GOMES NOVAIS SIMOES, divorciado, motorista autĂ´nomo, nascido em 25/03/1975 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Julio De Castilho, 1081, Cinquentenario, Belo Horizonte, filho de CLEBEL FRANCISCO SIMOES e ILMA GOMES NOVAIS Com JUCELIA ALVES SILVA, divorciada, designer grĂĄfico, nascida em 20/10/1978 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Julio De Castilho, 1081, Cinquentenario, Belo Horizonte, filha de JOAQUIM ALVES LIMA e ROSELI SILVA LIMA. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do CĂłdigo Civil Brasileiro. Se alguĂŠm souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 26/10/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 13 editais.

FALĂŠNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PĂšBLICOS, FALĂŠNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 20/10/2017 02646 - NĂşmero TJMG: 002400121760-3 Numeração Ăşnica: 1217603.79.2000.8.13.0024 Autor: Representacoes Leila Ltda; RĂŠu: Drogaria Silva Ltda 1. Trata-se da FalĂŞncia de DROGARIA SILVA LTDA.2. Dada vista sobre laudo pericial de fl. 2206/2226 a Administradora Judicial requereu vista dos autos, fora de cartĂłrio, para apresentação do relatĂłrio circunstanciado (f.2239v).3. Manifestação da Caixa EconĂ´mica Federal # CEF Ă f. 2241 informando os dados para depĂłsito das parcelas referentes ao cumprimento do Plano de Recuperação.4. Pois bem.6. Inicialmente verifico que a petição de f. 2241 foi juntada nestes autos de forma equivocada, eis que endereçada para o processo de nÂş 3297358-64.2013.813.0024. Ă€ secretaria para desentranhar tal documento e juntĂĄ-lo no processo correto.7. Defiro o pedido da Administradora Judicial, concedendo vista dos autos, fora de secretaria, pelo prazo requerido Ă f. 2239v.

02647 - Número TJMG: 002408148657-3 Numeração única: 1486573.69.2008.8.13.0024 Autor: Grafica e Editora Lima Ltda em Recuperaçao Judicial; RÊu: Massa Falida de Gråfica e Editora Lima Ltda Autos vista síndica. Prazo de 0005 dia(s). quanto ao inteiro teor do despacho de f. 1973 quanto ao inteiro teor do despacho de f. 1973,.

dos autos para o fim requerido, pelo prazo de 15 (quinze) dias facultando à parte interessada a extração de cópias xerogråficas.6. Cumpra-se. Intime-se. **averbado**

02648 - NĂşmero TJMG: 002407494205-3 Numeração Ăşnica: 4942053.47.2007.8.13.0024 Autor: DecĂĄlogo Livraria e Editora Ltda; RĂŠu: DecĂĄlogo Livraria e Editora Ltda 1. Trata-se da FalĂŞncia de DECĂ LOGO LIVRARIA E EDITORA LTDA.2. Ă€s fl. 1110/1113 o Banco do Brasil requer o desarquivamento dos autos e vista fora de secretaria, pelo prazo de 15 (quinze) dias. Ao final requer o cadastramento do advogado Marcos Caldas Martins Chagas OAB/MG 56.526.3. Pois bem.4. Ă€ secretaria para providenciar o cadastramento do advogado Marcos Caldas Martins Chagas OAB/MG 56.526 como requerido Ă f. 1110.5. Por se tratar de processo de FalĂŞncia, sobre o qual incidem as exceçþes previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94, defiro, apenas em secretaria, vista

EXPEDIENTE DE 23/10/2017

PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PĂšBLICOS, FALENCIAS E CONCORDATAS.

02900 - NĂşmero TJMG: 002401053017-8 Numeração Ăşnica: 0530178.29.2001.8.13.0024 Autor: Lhl Servicos de Engenharia Ltda; RĂŠu: Muniz Mello Construcoes Ltda 1. Trata-se da FalĂŞncia de MUNIZ MELLO CONSTRUÇÕES LTDA.2. Ă€ secretaria para dar ciĂŞncia Ă s partes e demais interessados sobre retorno dos autos do e. TJMG, facultando-lhes requerer o que entenderem de direito. Registro que por se tratar de processo de FalĂŞncia, sobre o qual incidem as exceçþes previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94, a vista ĂŠ em secretaria, autorizada a extração de cĂłpias xerogrĂĄficas.3. Findo o prazo, defiro

o pedido do Administrador Judicial de f. 1148v, concedendo vista dos autos, fora de secretaria, pelo prazo de 05 (cinco) dias.4. Intimar.

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PĂšBLICOS, FALENCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 23/10/2017 02910 - 0892371.89.2010.8.13.0024 Autor: Pires do Rio Citep Comercio e Industria de Ferro e Aço Ltda; RĂŠu: Oximetal Industria e Comercio de Produtos Siderurgicos Ltda 1 # Expeça-se mandado de condução coercitiva em desfavor da ex-sĂłcia ALESSANDRA LOPES FIALHO, identidade M-4.461.549, CPF 771.712.176-04, para fins de efetivo cumprimento da ordem judicial exarada no item #1.2# da fl. 975. 2 # FICA a Administradora Judicial intimada, para cumprir com as determinaçþes judiciais exaradas no item #6# de fl. 963 e item 1.3 de fls. 975/975v, em cumprimento ao seu dever legal.

02911 - NĂşmero TJMG: 002406123336-7 Numeração Ăşnica: 1233367.95.2006.8.13.0024 Autor: Confecçþes Grympsy Ltda; RĂŠu: Confecçþes Grympsy Ltda 1 - Considerando que o Dr. Jesus Alves Martins veio a falecer, conforme informação Ă fl.1090, fica a procuradora JanaĂ­na Nascimento Aguiar Varagnat intimada, para juntar aos autos certidĂŁo de Ăłbito. 2 # ApĂłs, retornem-me os autos conclusos para as providĂŞncias cabĂ­veis. 02912 - 3200067.35.2011.8.13.0024 Autor: Alves e Myrrha Representacoes e Viagens Ltda; RĂŠu: Massa Falida de Alves e Myrrha Representaçþes e Viagens Ltda (...)Assim sendo, ACOLHO OS EMBARGOS DECLARATĂ“RIOS, aplicando-lhes efeitos infringentes, para modificar a sentença embargada da seguinte maneira: #(#) Intime-se a sĂłcia falida SIMONE ALVES DA CRUZ CASTRO, CPF 616.564.106-72, para prestar a declaração do artigo 104, da Lei de FalĂŞncias, em secretaria, sob pena de crime de desobediĂŞncia, no prazo de 05 dias.# Mantenho a sentença quanto aos demais termos (decisĂŁo publicada na Ă­ntegra no portal do TJMG # www.tjmg.jus.br).


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017

23

LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Migração para novo Refis será automática Contribuintes já podem ingressar no programa sob as novas condições para pagamento de dívidas Brasília - O “Diário Oficial da União (DOU)” de ontem publicou uma portaria da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e uma instrução normativa (IN) da Receita Federal que fazem adequação da regulamentação do Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) às novas condições de adesão do programa após a sanção da lei do novo Refis. Com a edição das normas, os contribuintes já podem fazer adesão ao programa sob as novas condições. Segundo a Receita Federal informou ontem, para os contribuintes que já ingressaram com o pedido de renegociação de dívidas durante a vigência da Medida Provisória 783, que instituiu o programa, ainda com descontos menores, a migração dos débitos será automática, sem necessidade de apresentação de novo requerimento. “Os contribuintes terão seus débitos automaticamente migrados para o parcelamento nos termos da Lei nº 13.496, de 2017, e o saldo devedor ajustado ao novo percentual de desconto das multas”, diz a nota divulgada ontem pela Receita Federal. Na

tramitação da matéria no Congresso Nacional, o programa ganhou descontos e condições melhores para a adesão. A instrução normativa da Receita faz, então, as alterações nos percentuais de descontos que serão concedidos aos contribuintes. No caso dos débitos abrangidos pelo Pert a serem liquidados em pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem redução, em cinco parcelas mensais e sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro de 2017, o restante da dívida poderá ser: a) liquidado integralmente em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora e de 70% das multas de mora, de ofício ou isoladas; b) parcelado em até 145 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos juros de mora e de 50% das multas de mora, de ofício ou isoladas; ou c) parcelado em até 175 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 50% dos juros de mora e de 25% das multas de mora, de ofício ou isoladas, sendo cada parcela calculada com base

CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

no valor correspondente a 1% da receita bruta da pessoa jurídica, referente ao mês imediatamente anterior ao do pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 do total da dívida consolidada. Todas as mudanças e alterações nas condições do programa foramo publicados na edição de ontem do “Diário Oficial da União”. Prazo - Por enquanto, o prazo de adesão permanece o mesmo, até dia 31 de outubro. No entanto, o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na noite da última quarta-feira que o prazo poderá ser prorrogado. “Pode ser prorrogado, mas existem ainda algumas questões que têm que ser definidas”, afirmou o ministro após participar de evento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em Brasília Antes, o relator da MP do Refis na Câmara, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), tinha afirmado pelo Twitter que o governo vai editar uma medida provisória na próxima segunda-feira, prorrogando o prazo de adesão ao programa até o dia 14 de novembro. (AE)

A Receita Federal publicou instrução normativa que altera percentuais de descontos

Inmetro regulamenta adesão ao PRD Brasília - O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publicou ontem, no “Diário Oficial da União (DOU)” portaria que regulamenta a adesão ao Programa de Regularização de Débitos (PRD), o Refis das autarquias, junto ao instituto. A portaria regulamenta procedimentos previstos na Medida Provisória 780, que foi sancionada ontem pelo presidente Michel Temer, e institui o programa de regularização de débitos não tributários. O programa oferece quatro opções para

parcelamento do débito, com condições facilitadas. A portaria do Inmetro apresenta as condições para o devedor que aderir ao PRD, com as seguintes opções de pagamentos: pagamento da primeira prestação de, no mínimo, 50% do valor da dívida consolidada, sem reduções, e pagamento do restante em uma segunda prestação, com redução de 90% dos juros e da multa de mora; pagamento da primeira prestação de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem reduções, e parcelamento do

restante em até 59 prestações mensais, com redução de 60% dos juros e da multa de mora; pagamento da primeira prestação de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem reduções, e parcelamento do restante em até 119 prestações mensais, com redução de 30% dos juros e da multa de mora; ou pagamento da primeira prestação de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem reduções, e parcelamento do restante, sem descontos, em até 239 prestações mensais. (AE)

TRABALHO

Relator de reforma contesta interpretação de juízes Brasília - O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), que foi relator da reforma trabalhista no Congresso Nacional, criticou magistrados que declararam oposição às mudanças. Em encontro no início do mês, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) aprovou 125 enunciados, que são interpretações de pontos da reforma trabalhista com recomendações de como os juízes devem julgá-los Algumas questões foram inclusive consideradas inconstitucionais pela associação e houve a orientação de julgá-las de forma diferente do previsto na reforma. “Não é democrático que uma associação promova cartilhas ensinando a descumprir a lei. Me parece uma desobediência civil, um claro processo de sabotagem. Não me parece correto do ponto de vista da Consti-

tuição”, afirmou, durante seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O deputado disse ainda acreditar que a grande maioria da magistratura vai cumprir a lei e a minoria será vencida pelo “bom senso”. “Não é papel de juiz elaborar lei, e sim julgar a lei de acordo com o que foi elaborado pelo Legislativo”, completou. Pedido de urgência - Marinho defendeu que o governo envie um projeto de lei com pedido de urgência - e não uma medida provisória (MP) - para ajustar pontos da reforma prometidos pelo presidente Michel Temer. Na tramitação no Senado, Temer acordou com a base que mandaria uma MP com alterações em pontos como o trabalho de gestantes em locais insalubres e a jornada intermitente. “Minha posição é

que o presidente tem que cumprir a palavra dele. Eu advogo que ele envie um projeto com pedido de urgência, porque uma MP corre o risco de abrir toda a discussão novamente”,

afirmou, após participar do promovido pela CNI. Para o deputado, no entanto, o projeto não deverá retomar a contribuição sindical obrigatória, extinta na reforma trabalhista. “Não

há nenhum clima para que se restaure a contribuição sindical obrigatória no Congresso Nacional. Caso tramite um texto nesse sentido, ele não será aprovado”, afirmou.

De acordo com o deputado, as alterações ainda estão sendo discutidas pelo governo e um projeto ou MP só será enviado depois de a reforma entrar em vigor, no dia 11 de novembro. (AE)

MPT cobra a publicação da “Lista Suja” São Paulo - O Ministério Público do Trabalho (MPT) protocolou na última quarta-feira um pedido de execução de sentença para que o governo divulgue o nome das empresas autuadas por flagrantes de funcionários em situação de trabalho escravo, conhecida como “Lista Suja do Trabalho Escravo”. Na ação, o MPT pede também uma multa de R$ 320 mil pelo atual descumprimento judicial do governo. No dia 27 de setembro, a Justiça do Trabalho do Distrito Federal emitiu decisão final que obrigava a União a publicar a lista imediatamente. No entanto, o Ministério do Trabalho, que recentemente assinou uma portaria mudando as regras de

caracterização de trabalho escravo, ainda não divulgou o material. Em nota, os procuradores do MPT dizem que o governo tem tratado o assunto com “falta de vontade”. “Com essa ação o Ministério Público do Trabalho deseja que encerre a omissão da União e do ministro do Trabalho em publicar a lista suja atualizada. Referida omissão já dura mais de 30 dias”, diz a nota, assinada pelos procuradores Maurício Ferreira Brito, Tiago Muniz Cavalcanti e Luís Paulo Villafañe Gomes Santos. A “Lista Suja” ficou sem atualização entre o período de dezembro de 2014 e março de 2017. A suspensão ocorreu porque um dos empregadores questionou a legalidade do

documento no Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a divulgação em dezembro de 2014. Para manter a sua publicação, a União publicou nova portaria, reformulando os critérios para inclusão e saída dos empregadores do cadastro. Com essa mudança, a ministra Cármen Lúcia, relatora da liminar em 2015 no STF, suspendeu a proibição e autorizou a publicação. No entanto, o Ministério do Trabalho continuou sem publicar o documento. Desde então, o assunto entre a sai da Justiça, até que decisão do STF deu aval para a publicação da lista. (AE)

CNBB classifica portaria do ministério como desumana Brasília - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) classificou ontem de desumana e considerou um retrocesso a Portaria 1.129, do Ministério do Trabalho, que alterou as regras para classificação e combate ao trabalho escravo. “Tal iniciativa elimina proteções legais contra o trabalho escravo arduamente conquistadas, restringindo-o apenas ao trabalho forçado com o cerceamento da liberdade de ir e vir. Permite, além disso, a jornada exaustiva e condições degradantes, prejudicando

assim a fiscalização, autuação, penalização e erradicação da escravidão por parte do Estado brasileiro”, disse em nota a CNBB, que repudiou a portaria. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse que a medida “diminui a força no combate ao trabalho escravo” por mudar a definição do que seja essa prática e os modos de averiguação e punição. Para o bispo, as pessoas não devem ser tratadas como objetos de ganância. “A pessoa humana tem a sua grandeza, tem a sua

dignidade, e nós todos, eu creio, como sociedade brasileira, queremos cuidar dos nossos irmãos e irmãs que trabalham e trabalham em um trabalho pesado, que nós não desejamos que seja forçado”, afirmou. A nota da CNBB reconhece a importância da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a “portaria da escravidão”, conforme intitula a confederação, e destaca que o país “tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana”.

O vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, alertou que essa defesa não deve ser feita apenas pelos bispos, mas assumida por todos os “que, conscientes de seus direitos, devem assumir o seu protagonismo perante as realidades do mundo”. “Tudo aquilo que fizermos de forma pacífica e dentro do que o Estado de Direito permite é válido, e não podemos ficar só esperando soluções vindas do alto, no sentido de altas autoridades, mas temos que mostrar que, como cidadãos, temos o direito de nos ma-

nifestar”, ponderou. Investigação - Apesar de suspensa pelo STF, a portaria que propôs mudanças nas regras de combate ao trabalho escravo continua provocando reações. Na última quarta-feira, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) decidiu instaurar comissão de apuração de condutas e situações contrárias aos direitos humanos para investigar o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Esta é a primeira vez que o colegiado abre um proce-

dimento apuratório, recurso previsto na Lei 12.986/2014, regra que criou este órgão de Estado. Segundo o CNDH, a abertura do procedimento decorre “das ações reiteradas adotadas pelo ministro, desde o início de sua gestão, que criam dificuldades ao processo de erradicação do trabalho escravo no país, como na ação voltada à não publicação da lista suja e, mais recentemente, com a publicação da Portaria MTB nº 1.129/2017”. O ministro ainda não foi notificado. (ABr)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2017

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

BH à Porter

VIVER EM VOZ ALTA

Após dois anos de recessão, o mercado da moda aponta para recuperação em 2017. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), a perspectiva é que o faturamento do setor têxtil e de confecção seja de R$ 135 bilhões neste ano. Isso significa aumento de 4,6% no setor têxtil e 2% para o varejo de vestuário, em comparação com 2016. Na Capital, uma das iniciativas para driblar a instabilidade é o BH à Porter, que acontece até 1º de novembro. O evento, organizado pela Cooperativa dos Consultores em Negócios de Moda de Minas Gerais (Coopermoda), em parceria com a Associação Mineira das Empresas de Moda (Instituto Amem) e o Sindivest, traz 120 lojistas de diversos estados brasileiros para visitas a fábricas e showrooms da Capital. Na última edição, no primeiro semestre, foram recebidos compradores de 16 estados, girando cerca de R$ 3 milhões. A expectativa agora é ampliar em R$ 500 mil esse volume de vendas.

Papai Noel de metrô O metrô de Belo Horizonte vai transportar o personagem mais aguardado do Natal: o Papai Noel, que estará a caminho do Minas Shopping. No dia 4 de novembro (sábado), o público será surpreendido com diversas ações nas estações de metrô, com partida na estação Eldorado, às 9h. O Papai Noel e vários animadores vão convidar as pessoas a embarcarem em um dos vagões do metrô - que estará caracterizado com a campanha de Natal do Minas Shopping - para acompanhar o evento. Estão previstas intervenções nas estações Lagoinha, Central e Santa Efigênia, com desembarque no Minas Shopping. A chegada do “bom velhinho” vai marcar a inauguração da decoração de Natal do Minas Shopping. Neste ano, o tema é inspirado no canal de vídeos AuthenticGames, fenômeno no Youtube, que já superou os 11 milhões de inscritos.

Avanço científico Estudo publicado ontem na revista Science anuncia novo avanço em uma técnica que promete, no futuro, corrigir falhas no DNA de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro, evitando a transmissão de doenças genéticas hereditárias. A técnica conhecida Crispr-Cas9 (ou “Crisper”) permite a edição do DNA, com o objetivo de eliminar mutações indesejáveis. Assim, será possível editar o RNA, em vez do DNA - o que traria a vantagem de não afetar diretamente o código genético do paciente, segundo os autores da pesquisa, dos institutos Broad e de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard - dos EUA. Em agosto, um dos cientistas provou que pode-se usar a técnica para editar o DNA de embriões humanos e corrigir mutação associada ao risco de doença genética. A descoberta foi anunciada como o início de nova era da ciência aplicada à reprodução humana. Dessa vez, foi desenvolvido um sistema capaz de alterar individualmente os nucleotídeos do RNA, de forma precisa e programável.

Cartas traduzem a obra e a vida de seus autores MORGUEFILE / DIVULGAÇÃO

ROGÉRIO FARIA TAVARES *

Os computadores, a internet e, consequentemente, os e-mails, só começaram a fazer parte da minha realidade em meados dos anos noventa. Até então, eram frequentes as vezes em que me correspondia com amigos por meio de cartas. Extraía grande prazer do ato de escrever à mão, envolvendo ossos e músculos na produção do texto que depois seria posto em um envelope, geralmente com as bordas em verde e amarelo. Um charme especial era dado pelos selos. Tio Olímpio era grande filatelista e me ensinou a prestar a devida reverência a eles. Até hoje guardo uma pequena coleção com que me presenteou um dia, na esperança de que eu pudesse partilhar com ele da mesma devoção. A ida aos Correios completava o ritual. Que delícia imaginar o percurso da carta até o seu destino, as palavras viajando no tempo e no espaço, algo que talvez soe romântico para uns e anacrônico para outros, súditos do imperador Whatsapp, que mal tolera um intervalo de mais de cinco minutos. A espera pela resposta produzia uma sensação agradável, talvez parecida com a do agricultor que abriga uma semente na terra, sabendo aguardar, com tranquilidade, a hora da colheita. Lembro-me especialmente dos anos de noventa e cinco e noventa e seis, período em que residi em Boston, nos Estados Unidos. Uma violenta tempestade de neve se

abateu sobre a região, sem piedade, obrigando as pessoas a ficar em casa. As aulas foram suspensas. Só as atividades indispensáveis à vida comunitária (como as dos hospitais ou dos bombeiros) foram mantidas. Recordo-me de haver ficado quatro dias sem poder sequer aproximar-me da varanda. Naquele momento, escrever cartas foi o que combateu o meu ânimo cinza, aproximando-me, magicamente, de entes queridos tão distantes, e, pelo milagre da escrita, tão presentes. Reflito a respeito desses temas durante a conferência da jornalista Márcia Maria Cruz sobre Literatura e o Gênero Epistolar, na Academia

DIVULGAÇÃO

* Jornalista. Da Academia Mineira de Letras

CULTURA ANDRÉ FOSSATTI / DIVULGAÇÃO

Mercado de Oportunidades Poder contribuir para o crescimento e a divulgação de trabalhos artesanais e talentos, muitas vezes, ainda desconhecidos é o objetivo da primeira edição do Mercado de Oportunidades, que será realizado amanhã, a partir das 17h, no Atmosphera Mocca Coffee and Meals (Alameda do Ingá, 16, Vila da Serra, em Nova Lima). A ideia é que artistas possam expor e convidar pessoas para conhecerem um pouco mais sobre seu trabalho, sem ter que arcar com custos como aluguel. A iniciativa surgiu depois que a hostess do Mocca, Laura Barreto, em parceria com Berta Bismarke, lançou a marca Anja Serafina no espaço, ao apresentar o trabalho artesanal de confecção e customização de bolsas e roupas. Interessados em participar das próximas edições podem entrar em contato com Laura Barreto, que, junto a uma curadoria, avaliará os trabalhos a serem expostos. Mais informações: 3656-7404 ou pelo 99793-4790

Mineira de Letras. Como destacou, se a carta é a escrita de si, por meio dela é possível conhecer um pouco, não só da obra, mas, sobretudo, da vida de seus autores. A carta contém uma narrativa, é testemunha de uma época, de suas delícias e de seus dramas. Muitas são fontes preciosas para historiadores. Outras querem ser apenas belas declarações de amor, talvez as mais potentes, muito superiores a qualquer ‘áudio’ ou mensagem de texto enviada pelo celular. Faça a experiência...

Maestro Concerto - O renomado pianista e maestro João Carlos Martins retorna a BH para mais um concerto com a Orquestra de Câmara Sesiminas. O repertório terá obras de Bach, Mozart, Brahms e Guerra-Peixe, canções clássicas de The Beatles, Freddie Mercury e do brasileiro Adoniran Barbosa. Haverá também tributo a Ennio Morricone e Michel Legrand, compositores notáveis de trilhas sonoras para o cinema no século XX. Quando: Domingo (29), às 19h Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Magic Índia Festival - Belo Horizonte recebe o Festival Internacional Magic Índia, uma mostra especial da milenar e riquíssima dança indiana, com diversos artistas de estilos ancestrais, que estarão no País pela primeira vez. O evento tem curadoria e produção da dançarina

Kamalaksi Rupini, professora de Bharatnatyam, estilo fundamental na dança clássica indiana, e maior nome do gênero no Brasil. Quando: Amanhã, às 19h Quanto: R$ 20 Onde: Teatro Isabela Hendrix (Rua da Bahia, 2.020, Lourdes, Belo Horizonte) Cantoras Show - O Grupo Turquesa, encontro entre as cantoras/atrizes Clara Dias, Juliana Tostes, Lilian Santiago e Raniele Barbosa, apresenta em BH o show “Feminina”. O quarteto segue a linha cênicomusical em seus processos criativos, usando músicas autorais e grandes clássicos da Música Popular Brasileira (MPB) com temáticas feministas e crítico-sociais, de cunho reflexivo.

Quando: Domingo (29), 19h Quanto: R$ 20 Onde: Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Jazz Madeleine Peyroux - Uma das grandes sensações do jazz contemporâneo, a estadunidense Madeleine Peyroux será atração do projetoFull Jazz. Com sua bela voz e estilo único, Peyroux, que é considerada por muitos a sucessora de Billie Holiday, será acompanhada pelo guitarrista Jon Herington e pelo baixista Barak Mori. Quando: Dia 16 de novembro, 21h Quanto: R$ 80 (Inteira) e R$ 40 (Meia) Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, Belo Horizonte) SHERVIN LAINEZ / DIVULGAÇÃO

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