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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.489 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017 RENATO LOPES/DIVULGAÇÃO

EDITORIAL Há quem acredite que os discursos do presidente Temer, bem como suas intenções, possam estar desconectados da realidade. As duas vitórias na Câmara custaram caro e, além disso, necessariamente não traduzem fortalecimento na posição do presidente. Pode ter ocorrido exatamente o contrário e o preço a ser pago pelos votos favoráveis continuará sendo cobrado até o final de seu mandato, no último dia de dezembro de 2018. Tudo isso, claro, com reflexos indesejados na autonomia e na gestão, fazendo crescer automaticamente o passivo reservado a quem assumir a Presidência da República em 2019. “Caminhos para mudar”, pág. 2 Ao ser incluída, Governador Valadares passa a ter mais um diferencial, já que possui faculdades, aeroporto e uma ferrovia

OPINIÃO

Área da Sudene em Minas pode ganhar 81 municípios Foi aprovado na Câmara projeto de lei que aumenta a abrangência do órgão Atualmente, 161 municípios do Estado já fazem parte da área da Sudene. O projeto ainda depende de apreciação do Senado. Ao entrarem para a área da Sudene, os

municípios passam a ter acesso a linhas de crédito especiais, incentivos fiscais e recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), ou seja, medidas que podem atrair

empresas, aumentar emprego e renda. As cidades podem se integrar ao órgão por terem condições climáticas semelhantes às do semiárido. Para o presidente

da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, a medida é positiva e atrai investimentos para o Estado. Pág. 3 SEAPA/DIVULGAÇÃO

Banco Inter está a um passo de abrir o capital A instituição financeira protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última terça-feira (31), o pedido de registro de companhia aberta, já se preparando

para a primeira grande oportunidade de lançar suas ações na Bolsa. Dependendo do comportamento do mercado, o IPO pode acontecer já no primeiro semestre de 2018. Pág. 7

Hermes Pardini compra Ecoar e reforça posição no mercado

DOUGLAS MAGNO/DIVULGAÇÃO

A expectativa é selecionar de 8 a 10 projetos; recursos disponíveis somam R$ 1 mi

Fapemig recebe 45 propostas para o aprimoramento do queijo Minas A chamada pública para o desenvolvimento de pesquisas sobre o Queijo Minas Artesanal, anunciada em agosto pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), recebeu

45 propostas. O resultado da seleção das pesquisas deve ser divulgado até março de 2018. A expectativa é selecionar de 8 a 10 projetos. Os recursos totais disponíveis somam R$ 1 milhão. Pág. 13

Estado quer se firmar na vanguarda da inovação

Guimarães: IPO vai subsidiar a expansão do banco Dólar - dia 1º

Euro - dia 1º

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2626 Venda: R$ 3,2631

3,8068

Venda: R$ 3,8082

Mais de R$ 2 milhões foram investidos pelo governo de Minas Gerais na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit). O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa, discursou sobre a necessidade de Minas Gerais avançar no campo da inovação e da tecnologia e deixar de ser dependente das commodities. Págs. 11 e 12

TR (dia 6): ............................. 0,0000%

BOVESPA

Poupança (dia 6): ............ 0,4690%

Turismo

Ouro - dia 1º

IPCA-IBGE (Setembro): ..... 0,16%

Compra: R$ 3,2400 Venda: R$ 3,4070

Nova York (onça-troy): US$ 1.277,30

IPCA-Ipead (Setembro): ..... 0,27%

R$ 132,50

IGP-M (Outubro): ................... 0,20%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,2730 Venda: R$ 3,2736

BM&F (g):

Após a turbulência promovida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, com as denúncias que armou visando submeter o presidente Michel Temer a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda-se o reinício das atividades da mais alta Corte, com o exame de questões relevantes de sua competência. As críticas que o STF sofreu quando do julgamento do senador Aécio Neves, propiciando ao Senado Federal promover o seu retorno, concorrem para a elaboração de uma pauta que não contenha temas polêmicos, capazes de tornarem ainda mais acesas as divergências que medram tanto nas duas Turmas como no Tribunal Pleno. (Aristoteles Atheniense), pág. 2

+0,10 -1,01 26/10

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30/10

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01/11

O Instituto Hermes Pardini Ltda informou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a aquisição da Ecoar Medicina Diagnóstica, com atuação na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O valor da transação não foi divulgado. A Ecoar possui três unidades e receita bruta acumulada em 2016 superior a R$ 22 milhões. Pág. 8

Aloísio Vasconcelos deixa a Cemig Telecom Os rumores de que a Cemig teria desistido de vender a Cemig Telecom teriam culminado com a renúncia do presidente da subsidiária, Aloísio Vasconcelos. Por não concordar

com a maneira com que a privatização vinha sendo tratada pelo grupo e ainda em demitir mais de 300 colaboradores, o executivo teria deixado a empresa na última semana. Pág. 6


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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OPINIÃO A pauta do STF ARISTOTELES ATHENIENSE * Passada a turbulência promovida pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, com as denúncias que armou visando submeter Michel Temer a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda-se o reinício das atividades da mais alta Corte, com o exame de questões relevantes de sua competência. As críticas que o STF sofreu quando do julgamento de Aécio Neves, propiciando ao Senado Federal promover o seu retorno, concorrem para a elaboração de uma pauta que não contenha temas polêmicos, capazes de tornarem ainda mais acesas as divergências que medram tanto nas duas Turmas como no Tribunal Pleno. No mesmo dia em que ocorreu o bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, a presidente Cármen Lúcia, no exercício de suas atribuições, divulgou o rol dos processos que serão apreciados até o fim do ano.

São eles: a demarcação de terras ocupadas por remanescentes de comunidades quilombolas; o direito dos transexuais a alteração de registro civil sem realização de cirurgia de mudança de sexo; fabricação e uso de amianto no estado do Rio; o uso de aditivos e aroma em cigarros; e a possibilidade de alterar e suprimir espaços territoriais, especialmente protegidos por meio de medidas provisórias. Com a limitação instituída às matérias que ensejam reverberação política, não será mais cogitada em 2017 a discordância do ministro Celso de Mello, que defende o questionamento do foro privilegiado ainda neste exercício. Com isso, serão deixados à margem, também, o acordo de delação, a prisão após o julgamento de segunda instância e a condução coercitiva. Ora, é de sabença comum que em 2018 as atenções do País estarão voltadas, prioritariamente,

para as eleições. Há quem considere que o pleito vindouro não afetará o desempenho do STF em relação ao que for transferido para o novo ano. O argumento não procede. Basta considerar o fenômeno da judicialização da política, concorrendo para que todos os entreveros eleitorais, que deveriam ser apreciados em última instância no TSE, possam chegar ao STF. Destarte, embora a presidente Cármen Lúcia não pretenda levar a julgamento dissidências políticas, reservando à Casa somente os assuntos já pautados, não poderá evitar que, mesmo em 2017, o Supremo Tribunal Federal se veja compelido a enfrentar novos conflitos político-partidários, como vêm ocorrendo nos últimos tempos. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do iamg

As agruras de um “orador oficial” CESAR VANUCCI * “Quem fala muito dá bom dia a cavalo.” (Adágio popular) Chegou na Associação de Pais e Mestres no finzinho da reunião e foi logo recebendo da presidente inesperada incumbência: saudar visitantes ilustres do exterior. Professores e estudantes da Pensilvânia, campeões de “wakeboarding”. “Enfatize o feito esportivo. Vamos entregar-lhes um troféu. Temos interesse em fortalecer o intercâmbio com eles.” Foi o que disse a presidente, sem lhe conceder tempo para argumentar, antes de deixar, às carreiras, a sala. Toda festiva, os braços abertos em sinal de fraterna acolhida, caprichando no timbre de voz para os “rauduidus” de praxe, ela conduziu a comitiva até o auditório. “Eles apreciam pontualidade e eu também”, asseverou. - E essa agora? Questionou-se com os seus botões, pensamento embaralhado, o nosso indigitado orador. Lamentou haver comparecido à reunião. “Não estaria agora a pagar esse baita mico. E que diacho de coisa é esse tal de “wake sei lá o quê?!” Sentiu-se perdido em meio a solitárias e silenciosas indagações. Lançou um olhar súplice ao redor. Percebeu logo que ninguém ali estava a fim de compartilhar suas aflições. A mesa da sessão começava a ser composta. O público numeroso cuidava, em ruidosa movimentação, de se apoderar dos assentos não ocupados no auditório. Suas ruminações mentais não calavam. Tentava, embalde, consolar-se com a ideia de que, diante da inevitabilidade da incômoda situação, o melhor a fazer era relaxar. Classificava, tardiamente, de supina besteira a concordância dada, dias antes, para a inclusão de seu nome, como “primeiro orador oficial”, na chapa da Associação. O hino de abertura da sessão acabara de ser entoado. A hora do pronunciamento se acercava e ele ainda sem saber como se arranjar na fala para os gringos. Pior, consciente da condição de analfabeto de pai e mãe com relação ao tal esporte de nome complicado. Que tal se invocasse ajuda da Medalha Milagrosa? Descartou a opção por lhe parecer oportunista, consideradas as circunstâncias de nunca

lhe haver passado pela cachola a intenção de integrar o grupo de devotos fervorosos da santa. Na busca de auxílio providencial, agarrou-se à ideia de invocar São Judas Tadeu. Adepto do santo não podia, em boa e leal verdade, dizer que era. Mas, de qualquer maneira, pesava a favor o fato de haver acompanhado a patroa em celebrações no santuário erigido em louvor de São Judas pela veneração popular. Mesmo após a invocação sentiu a estrutura óssea balançar, no momento crucial da chamada à tribuna. O coração saltitante, esmerou-se em pronunciar pausadamente as palavras. Rodeou toco o quanto pôde, com filigranas retóricas. Não se atreveu, estrategicamente, uma vez sequer, a citar a modalidade esportiva em foco. Com algum domínio da situação, deixou-se arrastar pela empolgação. Proclamou então que os homenageados, educadores de escol e coisa e loisa, cumpriam exemplarmente histórica missão, aplicando os recursos de um esporte tão apaixonante e valoroso no burilamento da têmpera e caráter dos jovens. Lastimou que tão enriquecedora prática não recebesse entre nós o incentivo devido. Arrancou, para surpresa, uma ovação. Os desportistas campeões abraçaram-no efusivamente, impressionados com tão incisivo apoio à sua causa esportiva. Um grupo de estudantes, seu filho entre eles, trouxe-lhe, na hora dos cumprimentos, inusitada proposta. Já que se confessara simpático à prática do “wakeboargding”, a moçada resolvera elegê-lo, ali mesmo, patrono do nascente time do educandário. Tocava-lhe, à vista disso, a suprema honra de abrir, com substanciosa doação, o livro de ouro instituído para a aquisição do material de treinamento. Meteu o chamegão no livro, sem tugir nem mugir, o sorriso amarelo, com a cara de quem estivesse conquistando o troféu de “cavalgadura do ano”. Ainda por se refazer das imprevisíveis emoções do dia, sentiu a língua coçar de tanta vontade de perguntar ao filho, na volta pra casa, o que vinha a ser mesmo esse tal de “wake... sei lá bem o quê...”. Faltou coragem... * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Termômetro para o Natal FRANK SINATRA SANTOS CHAVES * Como já sabemos, o Natal é a melhor data para o varejo. Mesmo com os sinais de recuperação econômica, o consumidor permanece cauteloso. Assim, cabe ao lojista entender essa mudança de perfil e iniciar, o quanto antes, as campanhas de Natal com foco na atratividade, na fidelização dos clientes e nas estratégias pós-vendas para garantir o sucesso dos negócios. Um grande momento para verificar o que fazer, quais estratégias manter e apostar na inovação, é justamente no ato da consolidação dos resultados das vendas da comemoração do Dia das Crianças. Tais números mostraram o que deu certo e o que não deu, o que refazer e o que manter. Saber essas diferenças é conhecer o próprio negócio e fazer dele o melhor dos melhores. Não podemos ter aversão aos números e o que eles nos querem mostrar. Não adianta ficar chorando as mágoas se não balizarmos as estratégias sobre os fatos concretos. Estão certos aqueles que falam que sucessos passados não são garantias de sucessos futuros. Todavia, temos que partir de um ponto. Exatamente aquele ponto que nos mostrou as fraquezas e as forças dos esforços feitos para um evento, uma comemoração ou, simplesmente, para o dia a dia de nossos negócios. Conforme as pesquisas de mercado, o Dia das Drianças contribuiu para um aumento de 5% a 7% no faturamento. Assim, surgem as perguntas: houve alteração do cenário econômico? Atendi as preferências do consumidor? Quais foram as estratégias que levaram a este aumento? Se houve perdas, o que foi feito para contornar a situação? E não para

por aqui! Esses questionamentos devem estar presentes em todas as etapas da dinâmica empresarial. Com todas as respostas em mãos e com a consolidação dos resultados, o que o empresário tem é uma fotografia de seu negócio naquele momento e que poderá ser repetido em uma data comemorativa mais forte: o Natal. Essa fotografia, na verdade, é um termômetro de vendas. Trata-se de uma ferramenta importante e indispensável, capaz de dar ritmo a qualquer negócio. Por exemplo, no Dia das Crianças e no Natal, um dos setores mais procurados é o de brinquedos. Em seguida, figuram vestuário, calçados e eletrônicos. Em 2016, segundo pesquisas da FCDL-MG no Estado, o Dia das Crianças foi o dia de dar lembrancinhas e presentes de pouco valor agregado. Já em 2017, com todas as melhoras observadas no cenário macroeconômico, principalmente o retorno da criação de empregos, o dia das crianças foi de presentes do momento, tais como a “baby alive” e as “nerfs”, sendo estes brinquedos de alto valor agregado e que são sensações do momento. Isso mostra que, além do consumidor estar mais consciente e mais disposto às compras, também há uma demanda reprimida pela recessão econômica. Temos que driblar isso, concordam? Com todas essas informações em mãos, podemos concluir que o ticket médio aumentou, mais pessoas circularam nas lojas, os produtos que fizeram sucesso foram os do momento, o número de presentes aumentou, o consumidor procurou novas experiências, a temática da loja contribuiu com a atratividade, a flexibilidade nas formas de pagamento pesou

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positivamente para a efetivação da venda, dentre outras inferências. Todo esse emaranhado de fatores evidenciou que as estratégias estão no caminho certo para o ambiente atual e suas particularidades. E por que não continuar a segui-las? Vale lembrar ainda que, no dia 24 de novembro, teremos a Black Friday 2017. Esse é um ótimo momento para vender e também testar as estratégias antes do Natal. Segundo uma pesquisa da CNDL, três em cada dez empresas brasileiras (35%) devem aderir à Black Friday. Três em cada dez empresários (28%) acreditam que as vendas no Black Friday 2017 serão iguais às do ano anterior e 18% acreditam que serão melhores. Entre os que irão participar, apenas 21% já investiram ou irão investir no estabelecimento para o evento, sendo promoções para aumentar as vendas (46%), ampliação do mix de produtos (30%) e investimento em propaganda da empresa (28%) as estratégias mais recorrentes. Quantas oportunidades, não é mesmo? O norte é manter o que está dando certo com um grau de inovação. Afinal, não podemos ficar estáticos no tempo. Tudo é novo. O consumidor mudou juntamente com todas as nossas bases econômicas e, principalmente, nossas convicções políticas. O trabalho honesto, íntegro, inovador, sustentável, flexível e unido é o que fará a diferença nos dias de hoje. Identificar o ouro escondido nas entrelinhas dos números é a chave do sucesso. O termômetro está latejando no topo. Você vai querer ficar fora dessa?

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Caminhos para mudar Depois de enfrentar, com sucesso, uma segunda denúncia do Ministério Público e de passar pelo bisturi de médicos paulistas, o presidente Michel Temer, com certeza aliviado, retornou a Brasília para tentar comandar o que ele chama de agenda positiva. Ele espera ter deixado para trás todas as turbulências políticas para que possa cuidar agora da consolidação do processo de recuperação da economia, num contexto em que o encaminhamento da reforma do sistema previdenciário continua no centro das preocupações. Afinal, e conforme tem dito o próprio governo, na reforma reside o ponto focal do saneamento fiscal que o País tanto reclama. Há quem acredite que os discursos do presidente, bem como suas intenções, possam estar desconectados da realidade. As duas vitórias na Câmara custaram caro e, além disso, necessariamente não traduzem fortalecimento na posição do presidente. Pode ter ocorrido exatamente o contrário e o preço a ser pago pelos votos favoráveis continuará sendo cobrado até o final de seu mandato, A tão aguardada no último dia de dezembro de reforma política, 2018. Tudo isso, assim entendida como claro, com reflexos indesejados mudanças capazes na autonomia e na gestão, de impedir que as fazendo crescer atuais circunstâncias automaticamente o passivo reservado se repitam no futuro, a quem assumir passou distante do que a Presidência da República em seria minimamente 2019. O problema necessário central é que, a rigor, todos os movimentos na esfera política foram, até agora, de sobrevivência e de acomodação, faltando espaço para a discussão e o encaminhamento das grandes questões de real interesse dos brasileiros. A tão aguardada reforma política, assim entendida como mudanças capazes de impedir que as atuais circunstâncias se repitam no futuro, passou distante do que seria minimamente necessário. Foram feitos, a rigor, pequenos ajustes, com alguns pontos positivos, mas nada que a rigor nos livre dos males que ajudaram a mergulhar o País numa crise institucional de extremo risco, além de produzir efeitos danosos no campo da economia. O fato é que não existem sinais objetivos de que o presidente possa, nesse pouco mais de um ano que lhe resta, cumprir a ambição de devolver confiança ao País, abrindo assim espaço para os negócios e para a revitalização da economia. Porque continuará faltando o principal, objetivo que claramente só poderá ser alcançado a partir de reformas profundas que, partindo da esfera política, cheguem a uma reordenação mais ampla, possivelmente construída a partir de uma revisão constitucional. Algo que não parece interessar aos políticos, mas, como lembrou o jurista Aristoteles Atheniense, colaborador deste jornal, em palestra na Associação Comercial de Minas, a reforma desejada haverá de resultar mais de manifestações populares, das entidades de classe e da Ordem dos Advogados do Brasil, que propriamente da ação de políticos que foram justamente os que mais concorreram para as dificuldades em que o País se encontra.

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA SUDENE

Minas Gerais pode incluir mais 81 municípios PLC aprovado na Câmara dos Deputados permite a ampliação, mas decisão ainda depende do Senado ALAIR VIEIRA/ALMG

ANA AMÉLIA HAMDAN

O número de municípios mineiros na área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) pode ter aumento de 50%. Na noite de terça-feira (31), foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar (PLC) 76/07, que inclui 81 cidades mineiras na abrangência do órgão. Atualmente, 161 municípios do Estado já fazem parte da área da Sudene. O projeto ainda depende de apreciação do Senado. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, a medida é positiva e atrai investimentos para o Estado. Ele ressalta que o fortalecimento da Sudene é primordial para que a aprovação do projeto surta o efeito desejado. Ao entrarem para a área da Sudene, os municípios passam a ter acesso a linhas de crédito especiais, incentivos fiscais, recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), ou seja, medidas que podem atrair empresas, aumentar emprego e renda. As cidades podem se integrar ao órgão por terem condições climáticas semelhantes às do semiárido. Segundo Olavo Machado, entre as cidades de Minas que podem passar a fazer parte da Sudene, aquela com maior potencial para atrair indústrias é Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

Entre os municípios que podem ser beneficiados está Governador Valadares, com perspectiva de atração de investimentos

Ele pondera que os demais municípios também terão atrativos, mas principalmente na área rural e de outros tipos de empreendimentos. Presidente da Fiemg Regional Rio Doce, Rozâni Azevedo disse que Governador Valadares ganha muito se realmente entrar para a área da Sudene. Ela ressalta que a cidade já tem vantagens como faculdades, área médica bem estruturada e aeroporto. Ainda de acordo com ela, Valadares é atendida por ferrovia e está localizada no entroncamento de duas importantes rodovias, a BR116 e a BR-381. “Valadares

e outras cidades da região esperam que indústrias e empresas queiram vir para cá com a nova medida”, disse. Rozâni Azevedo diz que há 40 anos o município luta para entrar na área da Sudene e que tem características para tal, por estar em região árida, ter Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média do Estado e ter população com renda per capita baixa. O deputado federal Fábio Ramalho (PMDB) reforça que, com a aprovação do PLC 76/07, mais agricultores e empresários passam a ter acesso a melhores condi-

ções de financiamentos em Minas. Ele informa que até estudantes sairão ganhando, já que os juros do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cidades na área da Sudene passarão a ter taxas menores. Deputados contrários à medida alegam que municípios mais necessitados do Nordeste do País podem sair perdendo. Incluídos - Além de 81 municípios de Minas, o PLC 76/07 inclui na área da Sudene três cidades do Espírito Santo. As cidades mineiras que constam do projeto são: Açucena, Água

Boa, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Bonfinópolis de Minas, Braúnas, Cantagalo, Capitão Andrade, Carmésia, Central de Minas, Coluna, Conselheiro Pena, Coroaci, Cuparaque, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Bosco, Dores de Guanhães, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Frei Lagonegro, Galileia, Goiabeira, Gonzaga, Governador Valadares, Guanhães, Imbé de Minas, Inhapim, Itabirinha de Mantena, Itanhomi, Itueta, Jampruca, José Raydan, Mantena, Marilac, Materlândia, Mathias Lobato, Mendes

Pimentel, Mutum, Nacip Raidan, Naque, Natalândia, Nova Belém, Nova Módica, Paulistas, Peçanha, Periquito, Piedade de Caratinga, Resplendor e Sabinópolis. Além desses, estão ainda Santa Bárbara do Leste, Santa Efigênia de Minas, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do Itueto, Santo Antônio do Itambé, São Domingos das Dores, São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do Manteninha, São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, Sardoá, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Tumiritinga, Ubaporanga, Uruana de Minas, Virginópolis e Virgolândia. Do Espírito Santo entram na Sudene as cidades de Aracruz, Itarana e Itaguaçu. Abrangência - A Sudene abrange totalmente os estados do Maranhã, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. O órgão já atende a 161 cidades de Minas e 26 do Espírito Santo. A reportagem entrou em contato com o órgão para obter informações sobre recursos liberados para Minas este ano, mas a assessoria de imprensa informou que não haveria como fazer o levantamento na quarta-feira (1º). ABr

BALANÇA COMERCIAL

Venda de commodities favorece o Brasil Brasília - Com o crescimento de 31,1% nas exportações brasileiras em outubro, o valor que o País vendeu ao exterior nos primeiros dez meses de 2017 (US$ 183,4 bilhões) praticamente igualou o montante exportado em todo o ano de 2016 (US$ 185,2 bilhões). No mês passado, as exportações registraram o maior crescimento mensal do ano. O valor alcançado em 2017 já supera em US$ 30 bilhões as exportações do mesmo período do ano passado. “Isso foi motivado por safra recorde de grãos e vendas de minérios de ferro e petróleo, entre outros

produtos”, afirmou o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão. Ele ressaltou que, no início do ano, as exportações cresciam principalmente pela melhora nos preços internacionais, mas, agora, com a demanda mundial aquecida, há aumento significativo também nas quantidades exportadas. De janeiro a outubro, o preço dos produtos vendidos ao exterior subiu 11,9%, enquanto as quantidades aumentaram 7,3%. “Provavelmente teremos recorde neste ano no

volume exportado”, afirmou, destacando o aumento nas vendas de minério de ferro e petróleo bruto, e de carne de frango in natura e milho. Ele destacou que houve crescimento também nas importações de bens de capital em outubro pelo terceiro mês consecutivo (18,7%), o que não acontecia desde 2013. “Isso está em consonância com o crescimento da produtividade industrial, é um sinalizador de melhora da economia e da atividade econômica”, completou.

Mês - Em outubro, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,201 bilhões, o melhor resultado para o mês da série histórica (1989). As exportações somaram US$ 18,877 bilhões (alta de 31,1% ante outubro de 2016), e as importações Petróleo - Até outubro, as US$ 13,676 bilhões (alta de exportações de petróleo su- 14,5%). (AE) Exportações subiram 31,1% no mês, com participação de grãos

COMÉRCIO EXTERIOR

Taxação de 30% sobre exportações de minério contraria tradição do País Brasília - Enquanto o Congresso Nacional discute taxar exportações de minérios para cobrir perdas de estados com a desoneração de ICMS, o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, ressaltou que o Brasil não tem tradição de taxar produtos exportados. Brandão afirmou desconhecer a discussão em curso no Legislativo, mas lembrou que não há cobrança de imposto de exportação em geral, tendo apenas taxas excepcionais, como sobre cigarros para países fronteiriços. As exportações de minério brasileiras poderão ser taxadas em 30%. A propos-

ta foi incluída no relatório do projeto que regulamenta os repasses da chamada Lei Kandir, apresentado na terça-feira, 31, pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT) na comissão mista criada para discutir o tema, que deverá ser votado na próxima semana. A Lei Kandir, de 1996, isentou do pagamento de ICMS produtos e serviços ligados à exportação e previu que os Estados seriam recompensados. Os valores repassados, porém, nunca foram regulamentados e são alvo de disputa entre Estados e União. No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de um ano para que o Congresso

peraram as importações em US$ 3,962 bilhões. Com essa tendência, a balança de petróleo deverá registrar superávit pela segunda vez na história, bem acima do saldo positivo registrado no ano passado de cerca de US$ 400 milhões.

Nacional regulamentasse os pagamentos e o Legislativo corre agora para tentar aprovar um projeto até o início de dezembro. A proposta do senador Fagundes estabelece o repasse anual de R$ 9 bilhões aos estados exportadores, corrigidos anualmente pela inflação medida pelo IPCA. O valor estaria acima do que vem sendo repassado pela Lei Kandir e pelo fundo de apoio à exportação (FEX), previsto na lei. Neste ano, os dois valores têm orçamento de R$ 3,8 bilhões, mas o pagamento do FEX é muitas vezes bloqueado pelo governo federal, que chegou a não repassar nenhum valor do fundo em anos anteriores. (AE)

ORÇAMENTO

Governo destinará R$ 1,5 bilhão para Emgepron, informa Oliveira Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou na última quarta-feira que o Orçamento de 2018 atualizado recentemente pelo governo prevê capitalização da Emgepron, empresa ligada à Marinha brasileira, para que retome a construção de embarcações para defesa da costa do País. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, estão previstos R$ 1,5 bilhão para construção de corvetas pela Emgepron. Ao participar de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, Oliveira também afirmou que o fundo eleitoral está contemplado no Orçamento de 2018 sem uma cifra específica, já que será composto por recursos de emendas de bancadas. Segundo ele, caberá à CMO fazer essa alocação.

Na peça orçamentária enviada pelo Executivo, R$ 4,4 bilhões foram destinados no total para as emendas de bancada. O ministro defendeu ainda que a privatização da Eletrobras não consiste numa «operação de salvamento» pelo governo, mas sim em investida para transformar a empresa numa companhia brasileira «com capacidade para ser grande investidor internacional». Oliveira reiterou ainda que a União não vai vender suas ações na Eletrobras. “A Eletrobras pode ser grande do mundo, pode ser uma Vale”, afirmou. Após a audiência, o ministro disse ainda que o governo planeja definir a liberação de recursos do Orçamento de 2017 antes do dia 22 deste mês, prazo final. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA INDĂšSTRIA

Produção volta a crescer no Brasil Indicador divulgado pelo IBGE apresentou o quinto aumento consecutivo em setembro Rio - A produção industrial brasileira cresceu 2,6% em setembro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE). O resultado ĂŠ o melhor para o mĂŞs de setembro desde 2013. É tambĂŠm o quinto resultado positivo consecutivo do indicador. Bons desempenhos da produção de bens de capital e bens durĂĄveis puxaram o indicador para cima. Na comparação de setembro com agosto deste ano, a alta da produção foi de 0,2%, tendo como destaque a melhora da produção de bens durĂĄveis e bens intermediĂĄrios. No acumulado do terceiro trimestre, frente a igual perĂ­odo de 2016, a alta na produção foi de 3,1%. É o terceiro trimestre consecutivo de alta. No acumulado dos nove meses de 2017, a alta na produção foi de 1,6%. No acumulado em 12 meses, a produção teve alta de 0,4%, interrompendo ciclo de 39 meses de queda. Desde maio de 2014 que esse indicador nĂŁo registrava aumento. Em dezembro de 2016, a produção havia interrompido 36 meses de queda na comparação anual. Nos quatro primeiros meses deste ano, houve movimento errĂĄtico da produção, com quedas seguidas de altas mĂŞs apĂłs mĂŞs. Desde maio, contudo, que a produção tem subido de forma contĂ­nua. O resultado mĂŞs apĂłs mĂŞs neste ano mostra que a recuperação ainda ĂŠ “lenta e gradualâ€?, explicou o gerente da Coordenação da IndĂşstria do IBGE, AndrĂŠ Macedo. Antes de registrar alta de 2,6% em setembro, por exemplo, a produção havia tido alta de 3,9% em agosto. A perda de ritmo, explicou Macedo, ocorre em razĂŁo de uma base

de comparação depreciada e tambĂŠm em razĂŁo de uma recuperação ainda tĂ­mida do mercado interno no paĂ­s. Apesar das seguidas quedas da taxa de juros, o investimento em produção ainda esbarra na melhora tĂ­mida do mercado de trabalho e nas incertezas da crise polĂ­tica. Macedo lembrou que o desemprego recua no PaĂ­s apoiado principalmente no aumento do trabalho informal. Sem a proteção das leis trabalhistas, trabalhadores informais ainda nĂŁo estariam confiantes o suficiente para consumir e aquecer o mercado interno. Na outra ponta, os empresĂĄrios estĂŁo adiando suas decisĂľes de investimentos por conta da crise polĂ­tica. “A indĂşstria vem de quase trĂŞs

ROGÉRIO SANTANA/DIVULGAĂ‡ĂƒO

anos de queda na produção. Essa oscilação no movimento de recuperação acompanha a lenta melhora da economia em geralâ€?, disse Macedo. Exportaçþes - Enquanto o mercado interno ainda resiste a deslanchar, a produção brasileira tem sido direcionada para as exportaçþes. Na comparação de setembro deste ano com setembro do ano passado, houve alta de 16,2% na produção de bens durĂĄveis. Segundo Macedo, a produção de veĂ­culos para o mercado externo puxou o indicador para cima. Os bens de capital, que sĂŁo as mĂĄquinas voltadas para indĂşstria, tiveram alta de 5,7% na mesma base de comparação. Esse segmento

Desempenho do setor de bens de capital impulsionou o resultado

teria tido impacto positivo na exportação de caminhþes e tratores. A celulose tambÊm compþe o rol de produtos industriais destinados ao mer-

cado externo. “As exportaçþes continuam explicando os bons resultados de uma parcela importante da indĂşstriaâ€?, disse Macedo. (FP)

CNI aponta queda de 0,9% no faturamento BrasĂ­lia - O setor industrial amargou resultados negativos em setembro, de acordo com a Confederação Nacional da IndĂşstria (CNI). Em comparação com agosto, todos os indicadores registraram recuo, tais como faturamento, utilização da capacidade instalada, emprego, horas trabalhadas e massa salarial. Os dados integram a pesquisa Indicadores Industriais, que foi divulgada na quarta-feira. O faturamento da indĂşstria caiu 0,9% de um mĂŞs para o outro, na sĂŠrie livre de influĂŞncias sazonais. Este ĂŠ o segundo mĂŞs consecutivo de queda no indicador. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o faturamento estĂĄ 2,9% abaixo do registrado no mesmo perĂ­odo de 2016. A situação, segundo a CNI, revela dificuldade da indĂşstria para manter uma trajetĂłria firme de crescimento, mas, por outro lado, indica que o ritmo de queda foi paralisado. “NĂŁo estamos

descendo ladeiraâ€?, resume o economista da confederação Marcelo Azevedo. O nĂşmero de empregados na indĂşstria caiu 0,1%. O economista da CNI argumenta que a indĂşstria estĂĄ demonstrando dificuldade em produzir e garantir postos de trabalho, por isso as demissĂľes continuam ocorrendo, mas avalia que esse processo se dĂĄ, agora, em menor intensidade do que o que vinha sendo registrado. Na comparação do acumulado no ano atĂŠ setembro de 2017 e igual perĂ­odo de 2016, a queda chega a 3,4%. Segundo a CNI, a massa salarial real caiu 1,2%. No acumulado do ano de janeiro a setembro, a massa salarial estĂĄ 2,4% abaixo do mesmo perĂ­odo de 2016. JĂĄ o rendimento mĂŠdio real caiu 2,2% em setembro frente a agosto, mas o acumulado no ano atĂŠ setembro ĂŠ 1,1% maior que o registrado em igual perĂ­odo de 2016. As horas trabalhadas na

produção recuaram 0,1% em setembro frente a agosto. Nos últimos três meses, as mudanças não foram bruscas. O índice havia crescido 0,2% em julho e 0,1% em agosto. As horas trabalhadas recuam 2,7% frente a setembro de 2016 e caem 3% na comparação do acumulado entre janeiro e setembro de 2017 com igual período do ano anterior. A indústria operou, em mÊdia, com 77,5% da capacidade instalada em setembro, na sÊrie livre de efeitos sazonais, uma queda de 0,2 ponto percentual na comparação com agosto. A utilização dessa capacidade de 2017 Ê idêntica ao que foi visto em 2016. Quanto a CNI compara o dado com a mÊdia para o período janeiro-setembro da sÊrie entre 2003 e 2015, a queda Ê de 4,2 pontos. Melhora - Apesar dos números negativos neste mês, a CNI afirma que a trajetória Ê de melhora, pois a sequência

de quedas nos Ă­ndices nĂŁo se verifica mais. Azevedo expĂľe que, embora setembro tenha registrado variaçþes negativas, elas nĂŁo foram intensas. “Os indicadores todos que estamos avaliando mostram que estĂĄ havendo estabilidade no crescimento. Isso significa que a gente parou de cair, mas ainda em um patamar lĂĄ embaixo, por isso hĂĄ muito o que ser feito para crescerâ€?, afirma. AtĂŠ o fim do ano, ele espera que setores como a indĂşstria de transformação alavanquem o resultado e gerem um saldo positivo no crescimento industrial em 2017. Depois, para o economista, ĂŠ preciso garantir que, passada a recessĂŁo, seja recuperado o patamar de crescimento registrado pelo Brasil antes da crise econĂ´mica. “O dever de casaâ€?, segundo ele, inclui qualificar trabalhadores, garantir energia e infraestrutura, alĂŠm de preços acessĂ­veis de insumos, entre outros itens. (ABr)

PERSPECTIVAS

Aumenta a conďŹ ança dos empresĂĄrios Rio - O Ă?ndice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 2,6 pontos em outubro na comparação com setembro, alcançando 90,3 pontos. Foi o maior nĂ­vel GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV S DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GH Instituto Hermes Pardini S.A. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ Qž ,QIR H HGLWDO QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX S WHO

COMARCA DE UBERLANDIA-MG . EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO COM PRAZO DE (20) VINTE DIAS. O Dr. Carlos Jose Cordeiro, MM. Juiz de Direito na Secretaria da 2ÂŞ Vara CĂ­vel da comarca de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem, que, par este JuĂ­zo e respectiva Secretaria, processamse os termos e atos da ação de Execução de Sentença, autos nÂş 702.09.606.072-9, requerida por Banco J Safra S/A em face de Marco AntĂ´nio Garcia Rodovalho. O Exequente se tornou credor do Executado, em decorrĂŞncia de Execução de Sentença proferida em 22/06/2015, que condenou o rĂŠu ao pagamento dos valores constantes da Sentença proferida em 29/11/2011. E como o Executado nĂŁo foi encontrado para citação, expediu-se o presente (GLWDO FRP D ÂżQDOLGDGH GH ,17,0$5 0DUFR $QW{QLR Garcia Rodovalho, inscrito no CPF n° 181.958.81653, para cumprir a sentença no prazo de quinze (15) dias, efetuando o pagamento da quantia de R$ 15.619,77 (valor atualizado ate 11.02.2016) sob pena de nĂŁo o fazendo, ser acrescida multa de 10% ao montante da condenação, bem como ser-lhe penhorados tantos bens quantos bastem para a satisfação do credito. Para conhecimento de todos especialmente dos interessados, publica-se R SUHVHQWH QR Âł'DULR GR -XGLFLiULR´ Ă?UJmR 2ÂżFLDO Âł0LQDV *HUDLV´ LQWLPDGD TXH DV SUD]RV Ă€XHP DSyV R WHUPLQR GR SUD]R Âż[DGR QR HGLWDO 8EHUOkQGLD GH RXWXEUR GH (X 2ÂżFLDO GH $SRLR -XGLFLDO o digitei, subscrevi. Carlos Jose Cordeiro, Juiz de 'LUHLWR &$5/26 -26e &25'(,52 -8,= '( ',5(,72

desde julho de 2014, informou na quarta-feira, 1Âş, a Fundação Getulio Vargas (FGV). “A recuperação da confiança empresarial ganhou consistĂŞncia nos Ăşltimos meses com o avanço mais expressivo dos indicadores da situação atual, refletindo uma migração de respostas desfavorĂĄveis para as que denotam um quadro de normalidade. Em relação ao futuro, o pessimismo começa a dar lugar a um otimismo moderado, exemplificado pelo comportamento do indicador de emprego, que registra, pela primeira vez desde novembro COMARCA DE SANTA LUZIA. EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO. PRAZO DE 20 DIAS. A Dra. Aldina de Carvalho Soares, JuĂ­za de Direito da 2ÂŞ Vara CĂ­vel da Comarca de Santa Luzia, Estado de Minas Gerais, na forma da lei, etc. Pelo presente edital de citação com o prazo de 20 dias, nos autos nÂş 0245.14.011.024-9, AĂ‡ĂƒO ANULATĂ“RIA DE TĂ?TULO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA CUMULADA COM INDENIZATĂ“RIA, proposta por CERA INGLEZA INDĂšSTRIA E COMÉRCIO LTDA, em desfavor de BRIGAPLAST INDĂšSTRIA E COMÉRCIO DE PLĂ STICO LTDA, ĂŠ o presente para CITAR, BRIGAPLAST INDĂšSTRIA E COMÉRCIO DE PLĂ STICO LTDA, que se encontra em lugar incerto e nĂŁo sabido, para contestar todos os termos da presente ação no prazo de 15(quinze) dias. Ficando ciente de que nĂŁo o fazendo presumir-se-ĂŁo verdadeiros os fatos alegados pela parte autora, nos termos do Art. 344 do NCPC. Cumpra-se. Dado e passado nesta cidade de Santa Luzia, 2ÂŞ Secretaria, aos 10 de outubro de 2017 Eu,____,Silane MĂĄrcia Viana Gabrich de Castro, EscrivĂŁ Judicial, o digitei e assino. A JuĂ­za de Direito:

EDITAL DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA “CONVOCAĂ‡ĂƒOâ€? O presidente do SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRĂ?COLAS DE NĂ?VEL MÉDIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS-SINTAMIG, vem pelo presente Edital, CONVOCAR todos os TÉCNICOS AGRĂ?COLAS que trabalham na Cooperativa Regional de Cafeicultores em GuaxupĂŠ LTDA sĂłcios e nĂŁo sĂłcios da entidade sindical respectiva, para Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 07 de novembro de 2017, terça-feira, Ă s 08h em primeira convocação e Ă s 08h30min em segunda convocação no auditĂłrio da Cooperativa Regional de Cafeicultores em GuaxupĂŠ LTDA, situado na Rua Manoel Joaquim MagalhĂŁes Gomes, 400 – Vila Santa Barbara, GuaxupĂŠ/MG,para discutir e deliberar a seguinte ordem do dia: a) DiscussĂŁo e deliberação da pauta de reivindicaçþes a ser apresentada Ă Cooperativa Regional de Cafeicultores em GuaxupĂŠ LTDA; b) $XWRUL]DomR DR VLQGLFDWR SDUD QHJRFLDU H ÂżUPDU R $FRUGR &ROHtivo de Trabalho 2018-2019 e se necessĂĄrio ajuizar dissĂ­dio coletivo e outras açþes judiciais que se Âż]HUHP QHFHVViULDV FDVR IUXVWUDGDV DV QHJRFLDo}HV c) Deliberação sobre medidas de mobilização H GHIHVD GD FDWHJRULD SURÂżVVLRQDO GXUDQWH R SURFHVVR GH QHJRFLDomR LQFOXVLYH JUHYH H GLDV SDUDGRV d) Deliberação sobre o percentual, forma de pagamento e repasse do desconto negocial e de acompanhamento; e) ,QVWDODomR GH HVWDGR GH DVVHPEOHLD SHUPDQHQWH DWp R ÂżQDO GD FDPSDQKD QHJRFLDO f) DiscussĂŁo e deliberação sobre a Contribuição Sindical; g) Outros assuntos de interesse geral e social da categoria. Belo Horizonte, 01 de novembro de 2017. (a) ELY AVELINO - PRES. SINTAMIG.

de 2014, mais empresas prevendo aumento que redução do total de pessoal ocupado nos meses seguintesâ€?, afirmou o superintendente de EstatĂ­sticas PĂşblicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Junior, em nota oficial. O Ă?ndice de Confiança Empresarial reĂşne os dados das sondagens da IndĂşstria de Transformação, Serviços, ComĂŠrcio e Construção. O cĂĄlculo leva em conta os pesos proporcionais Ă participação na economia dos setores investigados, com base em informaçþes extraĂ­das das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE).

Segundo a FGV, o objetivo Ê que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica. Em outubro, o �ndice de Situação Atual (ISA-E) avançou mais que o �ndice de Expectativas (IE-E) pelo terceiro mês seguido, reduzindo a distância entre os dois indicadores para 10,9 pontos O ISA-E cresceu 2,6 pontos, para 86,1 pontos, o maior patamar desde dezembro de 2014. Jå o IE-E subiu 1,5 ponto, para 97,0, o nível mais elevado desde março de 2014. A confiança melhorou em todos os setores no mês de outubro. A maior contribuição para a alta do ICE foi dada pela Indústria (0,9 ponto) e pelo Setor de Serviços (0,9 ponto),

Reauto Representação de Automóveis Ltda.

EDITORA ALTEROSA LTDA. CNPJ/MF 17.181.488/0001-01 - NIRE 3120467518-4 Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Ficam os Senhores cotistas da Editora Alterosa Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a se realizar na sede da Sociedade, situada na Av. Tom Jobim nÂş 2700, CEP: 32.210-090, Bairro Cidade Industrial, na Cidade de Contagem, Estado de Minas Gerais, no dia 30 de novembro de 2017, Ă s 09:00h., em primeira chamada, ou, em nĂŁo havendo quĂłrum legal, Ă s 09:30h., em segunda chamada, para tratarem da seguinte ordem do dia: a) Retirada de SĂłcios com a manutenção de suas cotas em tesouraria; b) Aumento de capital social mediante capitalização de lucros acumulados; c) Redução do capital social da Sociedade; e d) Consolidação do Contrato Social da Sociedade. Contagem/MG, 31 de outubro de 2017. Carlos Alberto Rangel Proença - Presidente do Conselho de Administração.

CNPJ/MF 17.282.963/0001-28 - NIRE 3120223919-1 Edital de Convocação de Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Ficam os Senhores cotistas da Reauto Representação de AutomĂłveis Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a se realizar na sede da Sociedade, situada na Av. Babita Camargos, nÂş 1243, CEP: 32.210-180, Bairro Cidade Industrial, na Cidade de Contagem, Estado de Minas Gerais, no dia 30 de novembro de 2017, Ă s 11:00h., em primeira chamada, ou, em nĂŁo havendo quĂłrum legal, Ă s 11:30h., em segunda chamada, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Retirada de SĂłcios, com a manutenção de suas cotas em tesouraria; b) Aumento de capital social mediante capitalização de lucros acumulados; c) Redução do capital social da Sociedade; e d) Consolidação do Contrato Social da Sociedade. Contagem/MG, 31 de outubro de 2017. Alexandre AraĂşjo de Resende - Presidente do Conselho de Administração.

AVISO AOS ACIONISTAS – PAGAMENTO DE JUROS SOBRE CAPITAL PRĂ“PRIO – Comunicamos aos Acionistas da Localiza Rent a Car S.A. – “Localizaâ€? (B3: RENT3 e OTCQX: LZRFY) que procederemos ao pagamento de juros sobre capital prĂłprio no dia 07 de novembro de 2017, no montante total de R$41.035.890,51, equivalentes a R$0,186484472 por ação, conforme deliberado pelo Conselho de Administração em reuniĂŁo realizada em 13 de setembro de 2017. O pagamento dos juros sobre capital prĂłprio tem como data-base a posição acionĂĄria de 22 de setembro de 2017, sendo que, desde 25 de setembro de 2017, as açþes da Companhia sĂŁo negociadas “exâ€? esses juros. O pagamento deste direito serĂĄ feito mediante depĂłsito na conta corrente de titularidade dos acionistas, conforme por cada um deles informado ao %DQFR %UDGHVFR 6 $ LQVWLWXLomR ÂżQDQFHLUD GHSRVLWiULD GDV Do}HV GH HPLVVmR GD &RPSDQKLD FRP UHWHQomR GR ,PSRVWR de Renda na fonte, exceto para os acionistas que jĂĄ sejam comprovadamente imunes ou isentos. Alternativamente, para o recebimento dos juros sobre o capital prĂłprio a que tĂŞm direito, os acionistas poderĂŁo se apresentar na agĂŞncia do Banco Bradesco S.A. de sua preferĂŞncia, munidos dos documentos que comprovem a titularidade das açþes da Companhia. Os juros sobre o capital prĂłprio relativos Ă s açþes custodiadas na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e CustĂłdia serĂŁo pagos Ă mesma, que os repassarĂĄ aos acionistas por intermĂŠdio das Corretoras Depositantes. Roberto Mendes – Diretor de Finanças e de Relaçþes com Investidores.

seguidos pelo ComÊrcio (0,7 ponto) e pela Construção (0,1 ponto). O indicador de ímpeto de contrataçþes avançou 1,8 ponto percentual em outubro, alcançando 101,8 pontos, sinalizando haver mais empresas prevendo aumento que redução do quadro de pessoal nos próximos meses, algo que não ocorria desde novembro de 2014. A maior contribuição para a alta foi dada pelo ComÊrcio (1 ponto), seguida por Serviços (0,7 ponto) e pela Construção (0,2 ponto). No mês, a Indústria contribuiu negativamente com 0,1 ponto. Em outubro, a confiança aumentou em 63% dos 49 segmentos pesquisados. A coleta do �ndice de Confiança Empresarial reuniu informaçþes de 5.021 empresas dos quatro setores entre os dias 2 e 27 de setembro. (AE) SENHORA PIPOCA LTDA ME CNPJ:23.786.900/0001-01 (Lei Municipal n.o 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.o 39/02 e n.o 42/02). O Gustavo Franklin, responsåvel pelo empreendimento denominado Senhora Pipoca Ltda ME,CNPJ:23.786.900/000101 localizado na rua caldas da rainha 1728, bairro São Francisco, BHz, torna público que protocolizou a consulta previa ambiental nº 8881700203030 requerimento de Licença Ambiental à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

PMI do setor tem crescimento SĂŁo Paulo - O Ă­ndice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglĂŞs) do setor industrial do Brasil subiu para 51,2 pontos em outubro, de 50,9 pontos em setembro, informou a IHS Markit na quarta-feira. Dessa forma, o indicador permanece acima de 50 pontos, que ĂŠ a fronteira entre a retração e a expansĂŁo da atividade. Segundo a economista da IHS Markit, Pollyana de Lima, esse desempenho anula qualquer dĂşvida sobre a retomada da atividade. “Os fabricantes brasileiros relataram aumentos adicionais nos volumes de produção e nos de registros de pedidos no inĂ­cio do Ăşltimo trimestre do ano, dissipando qualquer dĂşvida de que a recuperação observada atĂŠ agora em 2017 seria temporĂĄriaâ€?, escreveu em nota Ă imprensa. A novidade deste mĂŞs, segundo a instituição, ĂŠ que o nĂ­vel de empregos voltou a subir depois de dois anos e meio de queda. “Os postos de trabalho nas fĂĄbricas do Brasil cresceram pela primeira vez desde fevereiro de 2015, com o aumento sendo atribuĂ­do a novos projetos em fase de preparaçãoâ€?, escreve a IHS Markit em nota. O nĂ­vel de novos trabalhos recebidos pelos fabricantes aumentou pelo oitavo mĂŞs consecutivo, mas de forma modesta, refletindo a tendĂŞncia para volume de produção, diz a instituição. Mas os pedidos do exterior caĂ­ram pela primeira vez desde abril. Com exceção de bens de consumo, os outros dois grupos de mercado monitorados tiveram elevação da produção e de novas encomendas. Assim, os empresĂĄrios investiram tambĂŠm na aquisição de insumos, depois de terem reduzido as compras em setembro. Em relação aos estoques de produtos e insumos, houve queda pelo 34Âş mĂŞs consecutivo. Os preços das matĂŠrias-primas aumentaram em outubro, conforme relatos de empresĂĄrios ouvidos pela IHS Markit, principalmente de energia, plĂĄsticos, papelĂŁo, metais e combustĂ­veis. Dessa forma, os preços de fĂĄbrica subiram ainda mais, com a inflação atingindo um pico em sete meses, segundo a instituição. “Com a demanda se mostrando suficientemente forte, o poder de precificação melhorou em outubroâ€?, avalia Pollyana. JĂĄ em relação Ă confiança no setor, houve redução, atingindo um recorde de baixa em 19 meses, em virtude especialmente das preocupaçþes com a demanda bĂĄsica. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA Alisson J. Silva

VEÍCULOS

GLP

Vendas da Fiat crescem no mês, mas caem 3,5% no ano

Petrobras eleva em 6,5% preços para comércio e indústria

Incremento em outubro foi de 5,1% LEONARDO FRANCIA

As vendas de automóveis e comerciais leves da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) cresceram em outubro. No período, o aumento dos emplacamentos da montadora com planta em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em relação a setembro foi de 1,9%. Mesmo assim, no acumulado até outubro, a marca italiana continua com recuo, de 3,5%, frente ao mesmo intervalo de 2016. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de automóveis e comerciais leves da FCA em outubro contabilizaram 25,7 mil unidades contra 25,2 mil em setembro, alta de 1,9%. Na comparação com as vendas no mesmo mês de 2016 (24,4 mil), o crescimento foi de 5,1%. A participação da FCA nesse segmento em outubro foi de 13%, na segunda posição do ranking, atrás da GM,

com 18,5%. De janeiro a outubro, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves da Fiat somaram 239,9 mil veículos sobre 248,4 mil unidades nos mesmos meses de 2016, redução de 3,5%. A Fiat também ficou na segunda colocação nesse segmento no período, com participação de 13,5%, atrás da GM (18%). A GM vendeu 319,3 mil automóveis e comerciais leves entre janeiro e outubro deste ano contra 239,9 mil unidades da FCA, 79,4 mil unidades a mais, ou 33% mais. Na comparação com os mesmos meses de 2016, enquanto as vendas da GM aumentaram 15,7%, as da Fiat caíram 3,5%. A GM também teve o modelo de automóvel mais vendido até outubro deste ano, o Onix, com 152,5 mil unidades emplacadas. O carro mais comercializado da FCA nesses mesmos meses foi o Fiat Mobi, na oitava posição, com o emplacamento de 44,3 mil unidades, 108,2

De janeiro a outubro os emplacamentos somaram 239,9 mil, com 13,5% de participação no mercado

mil a menos que o Onix. No 1,6 mil unidades contra 2,2 tos de ônibus da marca, na mesmo intervalo de 2016, mil nos mesmos meses de mesma comparação, cresa FCA tinha o Fiat Paceram 28,8%. lio na sexta colocação, A Mercedes-Benz, No acumulado do ano, a com 52,4 mil unidades com planta de Juiz de comercializadas. Fora (Zona da Mata), GM apurou crescimento de emplacou 11,9 mil ca15,7%, nas vendas, puxadas Iveco – As vendas de minhões até outubro, principalmente pelo Onix, caminhões da Iveco Lacom redução de 3,9% na tin America, fabricante comparação com o mesque respondeu por 152,5 mil de veículos pesados do mo período de 2016. Em unidades emplacadas grupo FCA, em Sete Laigual confronto, as vengoas (região Central), das de ônibus da marca caíram no acumulado do 2016, queda de 27,3%. Por cresceram 1,4%, conforme os ano até outubro, somando outro lado, os emplacamen- dados da Fenabrave. DIVULGAÇÃO

Em dez meses, o setor automotivo do País acumula alta de 9,28% nas vendas

Mercado brasileiro aumenta 27,56% São Paulo - O mercado de veículos novos no Brasil subiu 27,56% em outubro ante igual mês do ano passado, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram 202,8 mil unidades vendidas no décimo mês de 2017, em soma que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume, se comparado com setembro, representa avanço bem mais tímido, de 1,83%. Vale ressaltar que outubro de 2017 contou com um dia útil a mais que setembro e outubro de 2016. Na média diária, o décimo mês do ano registrou a venda de 9,6 mil unidades, número que, em relação a igual mês do ano passado, também mostra forte expansão, de 21,48%. No entanto, na comparação com setembro, o sinal se inverte e passa a apontar queda de 3,02%. Com os resultados do mês passado, o setor acumula no ano a venda de 1,822 milhão de veículos, crescimento de 9,28% em relação a igual intervalo do ano passado. O desempenho se aproxima da previsão da Fenabrave para o ano

inteiro, de avanço de 9,9%. O segmento de automóveis e comerciais leves, que ocupa a maior parte do mercado de veículos, teve avanço de 26,98% nas vendas em outubro ante igual mês do ano passado, com o emplacamento de 196,6 mil unidades. O volume, se comparado a setembro, apresenta alta de 1,58%. No acumulado do ano, são 1,77 milhão de carros vendidos, aumento de 9,69% sobre o resultado dos dez primeiros de 2016. Os caminhões, por sua vez, tiveram avanço de 47,85% em outubro na comparação com outubro de 2016, para 5 mil unidades. Em relação a setembro, também houve alta, de 11,29%. No entanto, no acumulado do ano, o segmento apresenta retração de 3,97%, para 40,4 mil unidades. Entre os ônibus, os emplacamentos somaram 1,1 mil unidades em outubro, aumento de 54,56% em relação a outubro do ano passado e alta de 5,88% frente a setembro. No acumulado dos 10 primeiros meses do ano, o segmento tem crescimento de 1,13%, para 12 mil unidades. (AE)

Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou na última quarta-feira, dia 1 de novembro, um reajuste médio de 6,5% dos preços de comercialização às distribuidoras do gás liquefeito de petróleo (GLP) destinado aos usos industrial e comercial. O aumento entrou em vigor na quinta-feira. O reajuste não se aplica aos preços do GLP para uso residencial, o gás de cozinha, comercializado pelas distribuidoras em botijões de até 13 quilos (Kg). Em nota divulgada na quarta-feira, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou que o aumento de preço ficará entre 4,5% e 7,7% para o consumidor, dependendo do polo de suprimento. Com o aumento de preços, a estimativa do Sindigás é que o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 Kg ficará 46% acima da paridade de importação. “Na avaliação do Sindigás, o aumento do GLP para embalagens que atendem o comércio e a indústria é preocupante, pois afasta o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”, afirmou a entidade, em nota. (ABr e AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA DEMISSÕES

ENERGIA

Objeções à privatização seriam causa de renúncia do presidente da Cemig Telecom Aloísio Vasconcelos teria deixado a empresa na última semana DIVULGA;’AO

MARA BIANCHETTI

Os rumores de que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teria desistido de vender a Cemig Telecom, incorporando o negócio para, posteriormente, se desfazer dos ativos, teriam culminado com a renúncia do presidente da subsidiária, Aloísio Marcos Vasconcelos Novais. Por não concordar com a maneira com que a privatização da empresa de telecomunicações vinha sendo tratada pelo grupo e ainda em demitir mais de 300 colaboradores, o executivo teria deixado a empresa na última semana. Assim, o comando do braço de telecomunicações da Cemig passa agora para as mãos de Fernando Augusto de Campos, ex-superintendente da Cemig. Procurada pela reportagem, a Cemig Telecom informou que, por se tratar de um processo administrativo, não comentaria o assunto. Já o ex-presidente da companhia justificou que deixou a empresa de forma amistosa e que também não falaria sobre o tema. De acordo com fontes ligadas ao processo de privatização, a intenção da estatal mineira é extinguir o negócio, promover uma demissão em massa de empregados e prestadores de serviço e vender os ativos da empresa pelo seu valor patrimonial, avaliado em R$ 193 milhões. São R$ 30 milhões a mais que o faturamento projetado pela Cemig Telecom para 2017. Conforme informou uma fonte que preferiu não se identificar, o então presidente Aloísio Vasconcelos teria dito que considerava inaceitável a ideia de demitir sumariamente mais de 300 colaboradores e vender uma empresa rentável e autossustentável, de maneira tão incoerente. Como não obteve sucesso em dissuadir a diretoria do grupo da ideia, preferiu renunciar ao cargo, que ocupava desde 2015. “O problema está justamente nessa questão. Estão querendo privatizar a Cemig Telecom a preço bem abaixo do que ela realmente vale. Uma auditoria que a própria Cemig realizou a avaliou em cerca de R$ 500 milhões. Como podem

Cemig Telecom deve demitir mais de 300 colaboradores com a privatização

agora querer vendê-la a menos de R$ 200 milhões?”, questionou. Ainda segundo a fonte, a mesma consultoria indicou outras alternativas para a companhia, como a venda integral do negócio de telecomunicações; uma parceria 49% e 51%, em que já até existiriam empresas no mercado interessadas, como a Vivo e a TIM; ou a Cemig incorporar os empregados e vender os ativos. “Mas, no final, a controladora não acatou nenhuma das sugestões e vai realizar uma demissão em massa”, comentou a fonte. A decisão do governo do Estado de não vender a Cemig Telecom ainda não foi comunicada ao mercado, mas já é forte internamente. No início de junho, a companhia anunciou um Programa de Desinvestimento, que envolve a venda de dez ativos, entre eles, a Cemig Telecom, visando restabelecer o equilíbrio financeiro da empresa, por meio de uma redução acelerada de seu endividamento líquido. O lançamento do edital estava previsto para setembro, mas

até agora não saiu. Empresa - A Cemig Telecom é uma operadora de telecomunicações com sede em Belo Horizonte, com 18 anos de atuação no mercado. A empresa tem como foco prestar serviços de telecomunicação para os segmentos corporativo, de provedores de acesso à internet e de operadoras de telecomunicações e tem prevista uma receita de R$ 161 milhões em 2017. A empresa é responsável por mais de 500 empregos diretos e indiretos, com atuação em diversos estados brasileiros. Ela conta com mais de mil clientes diretos e 500 mil indiretos, atendidos por provedores locais. Entre seus principais clientes destacam-se as operadoras Vivo, TIM, Claro e Oi. Já no segmento corporativo, PUC Minas, Caixa Econômica Federal, RNP (Rede Nacional de Pesquisa), Cemig D e GT, Ministério Público de Minas Gerais, Tribunal Regional Eleitoral; e, no mercado privado, Drogaria Araujo, PUC Minas, Localiza, entre outros.

PRÉ-SAL

Produção de 1,677 milhão de barris de óleo representa crescimento de 6,6% em setembro Brasília - A produção total do pré-sal fechou o mês de setembro totalizando aproximadamente 1,677 milhão de barris de óleo equivalente por dia (petróleo e gás natural). O volume representa um crescimento de 6,6% em relação ao mês anterior e já corresponde a 49,8% de todo o óleo equivalente produzido no País. Os dados foram divulgados na quarta-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção se deu a partir de 82 poços, atingindo 1,351 milhão de barris de petróleo e 52 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por dia. Em setembro, foram produzidos no total aproximadamente 3,270 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia. A produção de petróleo atingiu 2,653 milhões de barris por dia (bbl/d), volume 3% superior à produção de agosto, mas 0,7% inferior a de setembro do ano passado. Já a produção de gás natural totalizou 114 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 1,9% em relação ao mês anterior e de 3,2% em relação a

setembro de 2016. Os dados divulgados pela ANP indicam uma retração no aproveitamento do gás natural produzido nos campos nacionais, que em setembro alcançou 97% do volume total da produção. Com isso, a queima de gás totalizou 3,4 milhões de m3/d, uma redução de 0,4% se comparada ao mês anterior e de 5,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

cionais, com destaque para o campo de Marlim Sul, na Bacia de Santos, com seus 92 poços produtores; enquanto em terra o destaque ficou com o campo de Estreito, na Bacia Potiguar, com seus 1.091 poços. Individualmente, o destaque ficou com a FPSO Cidade de Itaguaí (plataforma flutuante de produção, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural) que, por meio dos seis poços a ela interligados, produziu 188,4 mil barris de óleo Campos produtores - O campo equivalente por dia. de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, continua sendo o de maior Emergência - A Refinaria de Pauprodução de petróleo e gás natural línia (Replan), da Petrobras, sofreu do país. Em setembro, foram em uma parada de emergência na média, 799 mil barris diários de quarta-feira, a terceira registrada petróleo e 33,2 milhões de milhões em 30 dias, o que gerou uma nuvem de metros cúbicos de gás natural. formada pela mistura de gasolina, Os campos marítimos respon- GLP e óleo diesel vaporizados, deram, em setembro, por 95,3% afirmou o sindicato dos petroleiros de todo o petróleo produzido nos (Sindipetro), em nota à imprensa. campos nacionais e por 79,3% do A Replan, em Paulínia (SP), é a gás natural. A produção total se maior refinaria do Brasil, com capadeu a partir de 8.115 poços, sendo cidade para processar o equivalente 725 marítimos e 7.390 terrestres. a 415 mil barris de petróleo. Sozinha, a Petrobras respondeu Procurada, a Petrobras não se por 93,8% de todo o petróleo equi- manifestou imediatamente. (ABr/ valente produzido nos campos na- Reuters)

Decisão de desestatizar Eletrobras via projeto de lei pode atrasar processo São Paulo - A previsão do governo federal de viabilizar a privatização da Eletrobras por meio de um projeto de lei, em vez de uma medida provisória (MP), poderá atrasar o processo e levar as discussões sobre a proposta perigosamente mais para perto do período eleitoral, consideraram especialistas na quarta-feira (1º). A Secretaria de Governo da Presidência da República informou que o presidente Michel Temer manifestou na terça-feira a preferência por um projeto de lei, enquanto autoridades vinham falando que uma MP sobre a desestatização estava quase pronta para ser publicada. As ações da Eletrobras caíam mais de 5% na quarta-feira, após a divulgação da notícia. “Via projeto de lei, a aprovação é mais difícil, com certeza absoluta”, falou à Reuters o especialista em energia do Demarest Advogados Pedro Henrique Dante. Ele lembrou que mesmo discussões colocadas como essenciais pelo governo Temer, como a reforma da Previdência, ainda não passaram pelo Congresso Nacional, o que pode deixar a agenda parlamentar “embolada” e atrapalhar as discussões sobre a privatização. Além disso, uma maior lentidão na aprovação da proposta para a Eletrobras pode fazer com que o tema seja discutido às vésperas das eleições de 2018, o que o governo vinha tentando evitar.

“É um tema de difícil aprovação, ainda mais com a impopularidade do Temer e o argumento de que a privatização pode gerar aumento de tarifas... o Congresso vai ser muito pressionado”, adicionou Dante. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro, também avalia que a mudança na forma prevista para a aprovação da proposta pode atrapalhar o ritmo das discussões. Demora - “O tempo é ruim para o setor elétrico, porque projeto de lei demora um pouco mais... talvez essa questão não possa ser implementada na velocidade que o setor elétrico precisaria”, afirmou. Castro apontou ainda que deve haver alguma resistência política à desestatização da Eletrobras, principalmente por parte de políticos dos estados em que a empresa detém subsidiárias fortes, como no Nordeste. No início de setembro, governadores de todos estados do Nordeste encaminharam uma carta ao presidente Temer em que se colocaram contra a privatização. O documento, à época, foi assinado inclusive por políticos da base aliada - os governadores de Alagoas e Sergipe são do partido de Temer, enquanto o do Rio Grande do Norte é do PSD, que faz parte dos apoiadores da Presidência. (Reuters)

Chuvas abundantes são pouco para hidrelétricas São Paulo - O final de outubro e os primeiros dias de novembro tiveram significativa melhora no nível de chuva na região das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil, mas o movimento ainda não é suficiente para acabar com um cenário de crise de armazenamento nos reservatórios dessas usinas, informou à Reuters uma executiva da consultoria meteorológica Climatempo. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) na quinta-feira mostraram que as chuvas no Sudeste e no Sul do Brasil foram abundantes nos últimos dois dias de outubro, para um patamar de até 140% da média histórica, ante uma média de entre 70% e 80% até o momento no mês. Na primeira semana de novembro, as chuvas devem ser acima do normal em todas as regiões, exceto no Nordeste, enquanto na semana seguinte elas devem seguir superiores à média em todo o País e próximas da normalidade no Sul, de acordo com dados do terminal Eikon, da Thomson Reuters. O cenário deve permitir que o nível dos reservatórios das usinas hídricas comece a se recuperar por volta do fim do mês, mas a retomada ainda será lenta, disse a diretora de meteorologia da Climatempo, Patricia Madeira. “A tendência é que os reservatórios continuem caindo até o fim de novembro. A gente não deve ter grandes aumentos (de nível de armazenamento) ao longo de dezembro, vai aumentando devagar”, apontou ela. O cenário hídrico desfavorável já tem se refletido nas contas de luz - a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na semana passada um aumento nas cobranças das bandeiras tarifárias, que elevam o custo da energia em momentos de escassez de oferta. O Sudeste, que concentra quase 70% da capacidade de armazenamento das hidrelétricas, está hoje com apenas 17,7% do volume nos lagos das usinas. Nível menor - No Nordeste, segundo colocado em reservatórios, o nível atual é ainda menor, de 6%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “De fato, a gente teve alguma boa chuva, outubro não foi tão ruim assim. E ainda há expectativa de alguma chuva nos próximos sete dias... mas no Sudeste, particularmente, vai diminuir bastante depois disso. A tendência é que ainda termine novembro abaixo da média”, afirmou Patricia. Ela prevê que as chuvas no Sudeste devem fechar novembro em torno de 80% da média histórica. No acumulado do período tradicionalmente de chuvas, que vai até abril, as precipitações nas usinas hídricas do Sudeste devem representar cerca de 70% da média histórica. (Reuters)


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ECONOMIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Banco Inter prepara abertura de capital Pedido de registro foi protocolado junto à CVM e oferta de ações pode ocorrer no 1º semestre de 2018 CHARLES SILVA DUARTE

GABRIELA PEDROSO

O Banco Inter, com sede em Belo Horizonte, deu nesta semana o primeiro passo para o processo de abertura de capital. A instituição financeira protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última terça-feira (31), o pedido de registro de companhia aberta, já se preparando para a primeira grande oportunidade de lançar suas ações na bolsa de valores. O grupo explica que ainda não tem uma data certa para a realização do IPO, sigla em inglês para Oferta Pública Inicial, mas garante que, dependendo do comportamento do mercado, isso pode acontecer já no primeiro semestre de 2018. “A gente fez esse movimento de companhia aberta e demos um passo à frente. Assim, quando quisermos fazer o IPO, a gente já queimou essa etapa”, detalha o diretor executivo do Banco Inter, Marco Túlio Guimarães. “Pode ser que abra uma janela agora no primeiro semestre e, se for interessante, vamos abrir o capital”, completa. Um dos principais objetivos da instituição financeira com a medida é subsidiar a sua expansão. No terceiro trimestre de 2017, o banco contabilizou 271,1 mil clientes digitais, número 5,4 vezes superior ao registrado no mesmo intervalo do ano anterior, quando sua carteira contava com 50,4 mil correntistas. Até o fim deste ano, a empresa espera, porém, chegar à marca de 350 mil clientes. Para 2018, a meta é

Banco reportou lucro líquido de R$ 32,5 milhões entre janeiro e setembro, montante 50,5% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado

ainda mais ousada: alcançar 1 milhão de consumidores. Na quarta-feira, o Banco Inter divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre e acumulado de 2017, e, ao que tudo indica, a instituição deve fechar o ano no azul. De acordo com o documento, de janeiro a setembro, o grupo apurou lucro líquido de R$ 32,5 milhões, valor 50,5% superior ao registrado no mesmo intervalo em 2016, quando fechou em R$ 21,6 milhões. Na base de comparação trimestral, o número também foi positivo. De julho a setembro de 2017, o lucro

líquido do Banco subiu 8,9% frente ao mesmo período do ano passado, contabilizando R$ 10,4 milhões. O aumento dos ganhos da instituição financeira acompanhou o expressivo crescimento da carteira de clientes. O desempenho positivo, entretanto, resultou ainda da combinação de outros elementos, como a elevação da receita com prestação de serviços e redução de despesas com provisões para devedores duvidosos. “É uma junção de fatores. A queda do custo funding do banco, da taxa básica de juros (Selic). Tivemos também

um crescimento no número de operações no banco. Então é um mix”, explica o diretor executivo do Banco Inter. Entre os serviços mais prestados pela instituição financeira estão os seguros, recarga de celular, câmbio e produtos de investimentos como previdência e fundos. O grupo encerrou o terceiro trimestre com patrimônio líquido de R$ 370,4 milhões, aumento de 6,7% no confronto com igual período de 2016, e ativos totais de R$ 3,5 bilhões, alta de 14,1% na mesma base de comparação. O Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE)

Desembolsos do BNDES em Minas recuam LEONARDO FRANCIA

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas mineiras caíram 17,6%, em valor, no acumulado deste ano até setembro na comparação com os mesmos meses de 2016. Todos os setores (comércio e serviços, infraestrutura e agropecuária) registraram crescimento, com exceção da indústria do Estado, onde a queda puxou o resultado estadual para baixo. A redução dos empréstimos do BNDES no Estado (17,6%) foi menos intensa do que a registrada no âmbito nacional, com retração de 20%. Os financiamentos do banco de fomento para empresas mineiras responderam por 10,6% do total no Brasil entre janeiro e setembro (R$ 50 bilhões). De janeiro a setembro, os desembolsos do banco no Estado somaram R$ 5,3 bilhões, contra R$ 6,437 bilhões no mesmo intervalo de 2016, uma queda de 17,6%. O número de operações de crédito do BNDES com empresas de Minas caiu 39,5%, na mesma comparação. Os empréstimos do BNDES para a indústria mineira somaram R$ 987,1

milhões entre janeiro e setembro, 65,3% de queda sobre os R$ 2,848 bilhões em igual período de 2016. O número de operações para o parque caiu praticamente pela metade e, em valores, o setor industrial representou 18,6% dos financiamentos da instituição em Minas. Dentro da indústria, o parque extrativo recebeu R$ 13,7 milhões em desembolsos no acumulado até setembro contra R$ 508 milhões em igual período de 2016, retração de 97,3%. Os fabricantes de materiais de transportes contrataram R$ 123 milhões em empréstimos, com 67,3% de baixa ante os mesmos meses do ano passado (R$ 1,013 bilhão). O parque metalúrgico recebeu R$ 57,4 milhões em empréstimos do BNDES nos nove primeiros meses deste ano, com redução de 90,4% em relação ao montante do mesmo intervalo de 2016 (R$ 600,8 milhões). Para a indústria de alimentos e bebidas, o valor liberado em financiamentos pelo banco somou R$ 232,8 milhões ante R$ 309,9 milhões, recuo de 24,8%, na mesma comparação. Os desembolsos para o setor de comércio e serviços chegaram a R$ 1,173 bilhão no acumulado até se-

tembro deste ano. Em relação aos empréstimos da instituição para a área no mesmo período de 2016, quando foram liberados R$ 1,045 bilhão, houve um aumento de 12,3%. As operações de crédito do BNDES para a agropecuária de Minas somaram R$ 1,080 bilhão, alta de 71% em relação aos R$ 1,009 bilhão dos mesmos meses de 2016. O valor desembolsado para o segmento representou 20,3% do total das liberações da instituição para o Estado. Infraestrutura - O BNDES desembolsou R$ 2,058 bilhões para a área de infraestrutura em Minas Gerais entre janeiro e setembro contra R$ 1,534 bilhão em iguais meses de 2016, um crescimento de 34,1%. O setor foi o maior contratante de empréstimos da instituição neste ano, com participação de 38,8% no valor global liberado no Estado. Dentro do setor de infraestrutura, o segmento de telecomunicações merece destaque porque teve o maior crescimento. No semestre, a área recebeu R$ 79,4 milhões, com uma evolução de 256,8% em relação aos desembolsos do mesmo intervalo de 2016 (R$ 22,2 milhões).

Devolução antecipada ao Tesouro vai à Justiça SãoPaulo-Açõesjudiciaisem cinco Estados estão buscando impedir a devolução antecipada de R$ 130 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para o Tesouro Nacional em 2018, informou na quarta-feira a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES). As cinco ações populares, movidas por entidades e pessoas físicas apoiadas pela associação, argumentam que a

devolução do dinheiro fere os artigos 36 e 37 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que vedam operações de crédito e equivalentes entre uma instituição financeira estatal e o ente federativo. Os processos estão correndo na Justiça Federal no Pará, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, informou a AFBNDES. Para a entidade, a movimentação representa uma reação

da sociedade civil a um possível “desmonte” do BNDES promovido pela atual equipe econômica, e com o objetivo de sanar as contas do governo, o que vai contra a lei de responsabilidade fiscal. “Existe uma questão que comove as pessoas, a destruição do banco, e elas estão usando os instrumentos que têm disponíveis na cidadania para lutar contra isso”, disse à Reuters o vice-presidente da AFBNDES,

Arthur Koblitz. O BNDES já devolveu este ano aos cofres do Tesouro um total de R$ 50 bilhões, mas a União quer que sejam devolvidos outros R$ 130 bilhões no próximo ano. O presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, também vem expressando preocupação com o impacto dessa devolução sobre os recursos do banco, pois tal operação poderia deixar a instituição sem caixa. (Reuters)

fechou o acumulado do ano até setembro em 12,1%, incremento de 3,6 p.p. frente aos nove primeiros meses de 2016. No mesmo intervalo, o Retorno sobre Ativo Médio (ROAA) foi de 1,3%, um incremento de 0,3 p.p. O Índice de Basileia do banco está em 16,5%. Operações - O banco totalizou ainda R$ 2,4 bilhões em operações de crédito de janeiro a setembro. O valor representou um crescimento de 5,7% frente a igual intervalo em 2016 e de 0,7% no confronto com o trimestre anterior. A carteira de cré-

dito imobiliário representou a maior parte (53,4%) da carteira de crédito, correspondendo a R$ 1,3 bilhão. A instituição financeira não aponta uma projeção para o lucro líquido em 2017, mas, de acordo com Guimarães, o Banco Inter torce pela continuidade do avanço do indicador no ritmo do patamar atual. “Estamos querendo manter esse crescimento que está tendo até agora. Se conseguirmos isso, será muito bom. Queremos continuar nessa margem de 50%, que é um número bastante expressivo”, afirma.

Lucro do Bradesco aumenta 7,8% no 3º tri São Paulo - O lucro líquido ajustado do Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, subiu 7,8% no terceiro trimestre do ano, para R$ 4,8 bilhões, na comparação com mesmo período de 2016, informou a instituição na quarta-feira. Em relação ao segundo trimestre de 2017, a alta foi de 2,3%. A despesa com provisões para crédito duvidoso -montante que o banco reserva para caso de calote - caiu 23,1% sobre os três meses anteriores e 33,4%, ante o terceiro trimestre do ano passado. “Essa tendência de queda [do PDD, Provisão para Devedores Duvidosos] deve continuar e pode nos permitir chegar ao final de 2018 com indicadores próximos aos menores níveis históricos”, afirmou o vice-presidente do Bradesco, Alexandre da Silva Glüher. O movimento acompanha a queda no índice total de inadimplência acima de 90 dias, que fechou setembro em 4,8%, 0,6 ponto percentual abaixo de um ano antes. “A perspectiva é que a inadimplência continue sob controle e até melhore, o que nos dá confiança de que poderemos partir para novos ciclos. Acreditamos que os tipos de inadimplência como um todo estão próximos do final”, afirmou Carlos Wagner Firetti, diretor de relações com o mercado do Bradesco. O índice só não recuou

para grandes empresas, passando de 1,52% em junho deste ano para 1,8% em setembro. “Essa linha deve continuar um pouco mais volátil, com algumas oscilações. As empresas têm evoluído na melhoria de seus balanços, mas ainda estamos sujeitos a alguns impactos”, disse Firetti. O banco viu ainda suas receitas com prestação de serviços subirem 5% sobre o mesmo período de 2016, para R$ 7,8 bilhões. As maiores altas foram para os serviços de assessoria financeira (51%), custódia e corretagem (13,4%) e administração de fundos (13%). Crédito - A carteira de crédito do banco, no entanto, recuou pelo quarto trimestre consecutivo. No fim de setembro, as operações do Bradesco totalizavam R$ 486,86 bilhões, queda de 1,4% na comparação trimestral e de 6,7% ano a ano. A receita com operações de crédito foi a única entre os serviços a cair, 6,4%, no terceiro trimestre do ano, ante 2016. “A evolução do volume de crédito é um desafio”, afirmou Glüher. O segmento de pessoa física apresentou alta de 0,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual. O melhor desempenho foi para a linha de crédito pessoal consignado, que subiu 11,6% ano a ano, mas o financiamento imobiliário também cresceu 5%. (FP)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA COLÉGIO PADRE MACHADO / DIVULGAÇÃO

INVESTIMENTO

Hermes Pardini expande negócios com aquisição da Ecoar Medicina Diagnóstica Empresa incorporada teve receita bruta de R$ 22,6 mi em 2016 MARA BIANCHETTI

O Instituto Hermes Pardini Ltda, centro de medicina diagnóstica sediado em Belo Horizonte, informou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a aquisição da Ecoar Medicina Diagnóstica, com atuação na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O valor da transação não foi divulgado. Procurado pela reportagem, o Hermes Pardini alegou não poder comentar o assunto, em virtude do período de silêncio a respeito da publicação dos resultados do terceiro trimestre de 2017. Já na Ecoar Medicina Diagnóstica, ninguém foi encontrado para comentar o assunto. Segundo o comunicado do Hermes Pardini, a Ecoar atua com destaque na área de exames de imagem, de medicina nuclear, métodos gráficos e cardiologia. Possui três unidades e receita bruta acumulada em 2016 de R$

22,6 milhões. “Esta aquisição permitirá à companhia reforçar seu corpo clínico especializado e auxiliá-la na consolidação de sua posição em exames de alta complexidade na área de imagem, além de abrir espaço para expandir seu foco na especialização em outras áreas, como cardiologia, oncologia e urologia”, aponta o documento. Resultados - Conforme já publicado, o Hermes Pardini encerrou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de R$ 62,9 milhões, 22% de aumento frente ao montante apurado no mesmo intervalo de 2016 (R$ 51,6 milhões). Este é o segundo resultado divulgado pela companhia, após sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), concluída em fevereiro deste ano. Até junho, a receita líquida dos serviços prestados do laboratório chegou a R$ 553,9 milhões, contra

R$ 440,3 milhões em igual semestre de 2016, alta de 25,8%. A área de lab-to-lab (plataforma de exames) respondeu por aproximadamente 54,5% do faturamento da empresa e o segmento de PSC (outros produtos e serviços) por 46,5%. A receita líquida do segmento foi de R$ 301,9 milhões na primeira metade deste ano, contra R$ 255,2 milhões nos mesmos meses de 2016, crescimento de 18,3%. O faturamento da área de PSC somou R$ 259,6 milhões e avançou 36,8%, em igual comparação. Na época, o laboratório informou, através do relatório de divulgação dos resultados, que a estratégia da empresa em Minas Gerais “vem sendo reforçar os atributos da marca, por meio de melhorias no processo de atendimento e mudança de endereço de unidades relevantes”. A rede manteve suas 64 lojas abertas no Estado durante o primeiro semestre.

EUA

DEMANDA MUNDIAL

Fed mantém juros entre 1% e 1,25% Washington - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve os juros na faixa de 1% a 1,25% na quarta-feira (1º) e ressaltou o sólido crescimento econômico do país e o fortalecimento no mercado de trabalho, enquanto minimizou o impacto dos recentes furacões, sinal de que está no caminho para aumentar a taxa em dezembro. O Fed reconheceu que a inflação continuava baixa, mas não reduziu sua avaliação sobre as expectativas quanto aos preços, ao mesmo tempo em que notou que a taxa de desemprego do país havia caído ainda mais. “O mercado de trabalho continuou a se fortalecer e... a atividade econômica tem crescido com ritmo sólido apesar de interrupções relacionadas aos furacões”, informou o Fed em comunicado. O Fed aumentou os juros duas vezes neste ano e atualmente prevê outra alta em dezembro como parte do ciclo de aperto que começou no fim de 2015. Os investidores estavam amplamente focados em quem será responsável pela política monetária no fim do primeiro mandato da atual chair do Fed, Janet Yellen, em fevereiro de 2018. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá anunciar na quinta-feira (2) a indicação do atual diretor do Fed Jerome Powell, um centrista de fala mansa que apoiou a abordagem gradual de Yellen para elevar as taxas. Redução do balanço - O tom encorajador da decisão de agora ressaltou que o banco central está preparado para outro impulso em sua taxa de empréstimo de referência. As autoridades do Fed foram influenciadas nos últimos meses por uma economia global e doméstica mais forte e maior aperto no mercado de trabalho dos EUA, embora estejam divididos quanto às causas e duração da atual fraqueza da inflação. A medida de inflação preferida do Fed está em 1,3% após recuar mais da meta de 2% durante a maior parte do ano. Ainda assim, Yellen e outras importantes autoridades disseram que o Fed espera continuar aumentando gradualmente as taxas, dada a força da economia no geral. Em

Hermes Pardini quer consolidar posição em exames de alta complexidade

REUTERS / JOSHUA ROBERTS

Jerome Powell pode ser anunciado novo chair do Fed por Trump

sua declaração, o Fed reiterou que espera que a inflação volte a subir à meta no médio prazo. As condições financeiras dos EUA permanecem amplas, fortalecendo o argumento de que outro aumento da taxa não retardaria o crescimento. O governo informou na semana passada que a economia cresceu à taxa anual de 3% no terceiro trimestre. Uma queda na contratação em setembro também foi descartada como uma explosão causada pelo deslocamento temporário de trabalhadores devido a furacões Harvey e Irma. O relatório de empregos mostra os salários crescendo em ritmo crescente e a taxa de desemprego caindo para a mínima de mais de 16 anos e meio, a 4,2%. O Fed informou ainda que a redução planejada de US$ 4,5 trilhões no balanço patrimonial, que começou em outubro, prosseguia. Não houve nenhuma dissidência na decisão do Fed. O banco central realizará sua última reunião do ano nos dias 12 e 13 de dezembro. Anúncio de Trump - A Casa Branca informou o diretor do Federal Reserve Jerome Powell de que o nomeará como próximo chair do banco central, noticiou o Wall Street Journal na quarta-feira, citando uma pessoa familiarizada com o tema. O WSJ relatou que o presidente Donald Trump havia falado com Powell na terça-feira, teria falado uma segunda fonte familiarizada com o assunto ao jornal. Trump decidiu sobre Powell para

substituir a atual chair, Janet Yellen, no sábado, divulgou o jornal. Um anúncio formal deve ocorrer na quinta-feira. O mandato de Janet Yellen como chair do Fed acaba em fevereiro de 2018. (Reuters)

Transporte aéreo de cargas cresce 9,2% em setembro, menor ritmo em 5 meses São Paulo - A demanda mundial por transporte aéreo de cargas aumentou 9,2% em setembro ante igual período de 2016, segundo dados divulgados na quarta-feira (1º), pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). De acordo com a entidade, o resultado significou o menor ritmo de alta nos últimos cinco meses, mas se mostrou bem acima da taxa média de crescimento observada nos últimos cinco anos, de 4,4%. Por sua vez, a capacidade de frete aéreo também registrou expansão ante setembro de 2016, de 3,9%, taxa inferior à da demanda. Em nota, a Iata destaca que o setor parece ter superado os picos cíclicos de crescimento. Mesmo

assim, com o crescimento de 10,1% acumulado pela demanda desde janeiro, a projeção de 7,5% para o dado fechado de 2017 tem forte viés de alta, aponta a entidade. Capacidade - Na América Latina, a demanda por frete aéreo de carga mostrou aumento de 7,6% em setembro, enquanto a capacidade subiu 5,9%, ambas as comparações na base anual. Em volume, a alta do frete internacional foi de 8,6% no período, bem acima da média de 0,1% nos últimos cinco anos - nos dados dessazonalizados, o indicador retornou, em setembro, aos níveis observados em 2014. De acordo com a Iata, o movimento de retomada reflete os sinais de recuperação no Brasil, maior economia da região. (AE)

ALÍQUOTA

Senado deve votar em 3 semanas teto de 12% para ICMS sobre combustível de aviação Brasília - O projeto de resolução que estabelece um teto de 12% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre o combustível de aviação está pautado para votação no Senado daqui a três semanas, afirmou na quarta-feira (1º) o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE). “É um projeto que está pautado para o dia 20, se não me falha a memória, porque ele precisa de 54 votos (para ser aprovado), então eu tenho que fazer em uma quarta-feira, de Casa cheia, para que a gente possa deliberar”, disse o presidente. Como Eunício ressaltou a necessidade de quórum alto para a votação, o que ocorre normalmente às quarta-feiras, e como a data mencionada por ele é uma segunda-feira, o mais

provável é que o projeto seja votado no dia 22. A proposta fixa limite de 12% para a alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação usado em operações dentro do País para transporte aéreo regular, não regular e de serviços aéreos especializados. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado. Aplicativos - Eunício comentou ainda a aprovação do projeto que regulamenta a prestação de serviço de transporte particular por meio de aplicativos aprovada na véspera pela Casa, defendendo que o Senado possa analisar matérias e modificá-las, se considerar necessário, em vez de apenas chancelar os textos enviados pela Câmara. “O projeto deu uma equilibrada. Nem ficou tanto ao céu

nem tanto ao mar... voltou para a Câmara, o sistema bicameral é assim mesmo”, argumentou. O texto foi aprovado pelos senadores com algumas alterações e precisa ser reavaliado pela Câmara antes de seguir à sanção presidencial. Entre as mudanças, está a retirada da obrigatoriedade da placa vermelha e de o condutor ser o dono do veículo, atendendo a algumas das demandas dos representantes de aplicativos. “Não podemos ficar aqui carimbando matérias sempre com perspectiva de negociação para que haja uma decisão da Presidência da República de vetar ou não. Nosso papel não é negociar veto, nosso papel é discutir matéria, votar matéria ou rejeitar matéria, emendar matéria, esse é o papel do Congresso Nacional”, defendeu o senador. (Reuters)


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POLÍTICA ANTONIO CRUZ / ABr

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

PSDB

Fachin desmembra denúncia contra núcleo do PMDB

Perillo defende saída “normal” dos tucanos do governo

Moro receberá acusação contra Geddel e Cunha Brasília - Depois de a Câmara dos Deputados barrar a análise no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), o ministro Edson Fachin, do STF, decidiu desmembrar a denúncia para que tramite na primeira instância. Fachin vai enviar ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a parte da denúncia pelo crime de organização criminosa que se refere ao restante do núcleo político do PMDB da Câmara dos Deputados - o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o ex-assessor especial da presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Moro é o responsável pela condução da Lava Jato na primeira instância. “Diversos integrantes da apontada única organização criminosa foram processados e, inclusive, já sentenciados pelo Juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba”, disse Fachin, ao justificar o envio a Moro. Já a parte da denúncia que é pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa, com relação a Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, será encaminhada à Justiça Federal em Brasília. Temer havia sido denun-

ciado junto com os três. Também serão encaminhados para investigação em Brasília, em relação a este caso, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures, que não chegaram a ser denunciados pela Procuradoria-Geral da República em Fachin disse que investigação sobre Temer fica suspensa setembro. Para Fachin, a necessi- sob a análise do juiz Sérgio Moreira Franco. “Diante da negativa de dade de prévia autorização Moro. E que as prisões preda Câmara dos Deputados ventivas de Lúcio Bolonha autorização por parte da para processar o presidente Funaro, Eduardo Cosentino Câmara dos Deputados para da República e ministros de da Cunha e Roberta Funaro o prosseguimento da denúnEstado “não se comunica” Yoshimoto, no âmbito da cia formulada em desfavor Operação Patmos, ficarão do presidente da República aos outros réus. submetidas à Justiça Federal e dos aludidos ministros de Estado, o presente feito Prisões preventivas - Em do Distrito Federal. Ao concluir, Fachin diz deverá permanecer susoutro aspecto importante da decisão, Fachin decidiu que deverão seguir formal- penso enquanto durar o que as prisões preventivas mente investigados no Su- mandato presidencial e as decretadas contra Joesley premo apenas o presidente investiduras nos respectivos Batista e Ricardo Saud de- Michel Temer, o ministro cargos”, decidiu o ministro verão ficar a partir de agora Eliseu Padilha e o ministro do STF. (AE)

POLÍCIA MILITAR

Rio interpela ministro da Justiça no STF Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro vai entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que em entrevistas à mídia acusou a Polícia Militar (PM) do Estado de ter ligação com o crime organizado. As declarações de Torquato causaram revolta entre autoridades do Rio que, além de surpresas, chamaram o conteúdo da entrevista de irresponsável, mentiroso e sem fundamento. O governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se reuniu na quarta-feira com a cúpula da segurança e comandantes de batalhões para prestar solidariedade e para “acalmar” os militares. “Vamos interpelar o ministro no STF numa ação de reparo e pedindo explicações

a ele sobre o que falou”, disse Pezão à Reuters. “Não entendi o ministro Torquato. Não sei o que deu. Acho que nem o (presidente Michel) Temer sabe”, disse o governador, que trocou mensagens com o ministro da Justiça, mas ainda não teve oportunidade de conversar mais profundamente. “O ministro me disse que falou em nome pessoal e não em nome do governo. Não acredito que esse tipo de coisa abala a força-tarefa. O presidente Temer reiterou que quer nos ajudar mais fortemente”, ressaltou. O secretário de Segurança Pública fluminense, Roberto Sá, fez um breve pronunciamento após o encontro. “Além de manifestar solidariedade, o governo anunciou que o Estado do Rio vai interpelar

judicialmente o ministro da Justiça para que preste esclarecimentos”, disse. “O trabalho não para e isso não vai interferir o nosso trabalho em conjunto com o governo federal. A ajuda é bem vinda”, acrescentou. Em tom de indignação com as declarações de Torquato, o comandante-geral da Polícia Militar, Wolney Dias, declarou que comanda uma tropa de heróis e não uma horda de policiais. “Também serei signatário nessa ação do Estado. Nnão comando uma horda, mas sim uma legião de heróis que sangram diariamente em defesa da sociedade“, disse ele numa referência aos 114 PMs mortos no Estado em 2017.

na quarta-feira, em Brasília, declarações dadas à imprensa nos últimos dias sobre a segurança no Estado do Rio de Janeiro. Durante encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, Jardim classificou como “normais” as reações contrárias às seus apontamentos. “Sobre o Rio de Janeiro, não sei, já falei o que tinha que falar. Nenhuma reclamação. Reações são normais”, resumiu o ministro. Em entrevista ao jornal “O Globo”, publicada na quarta-feira, o ministro disse que o comando da Polícia Militar (PM) fluminense estaria fazendo acertos com o crime organizado, Reações “normais” - O retrocedendo a situação da ministro da Justiça reafirmou segurança pública no Rio

de Janeiro a uma situação semelhante ao retratado nos filmes “Tropa de Elite 1 e 2”. Torquato Jardim ainda havia afirmado na última terça-feira que o comando de batalhões da PM do Rio seria definido por “acerto com deputado estadual e o crime organizado”. As acusações do ministro foram alvo de reações de deputados estaduais do Rio. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), disse que há mais de uma década não existe interferência do crime organizado na segurança estadual. “A declaração é de quem não tem nenhum conhecimento, de quem é irresponsável e de quem age com má-fé”, afirmou Picciani. (Reuters/FP)

DESVIO DE MALUF

Safra vai pagar US$ 10 mi de indenização São Paulo - O Ministério Público de São Paulo anunciou na quarta-feira o fechamento de um acordo com o Banco Safra para pagamento de US$ 10 milhões por ter movimentado dinheiro desviado pelo ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf. É o quarto acordo firmado entre a promotoria e instituições financeiras usadas por Maluf para enviar ao exterior cerca de US$ 400 milhões retirados dos cofres públicos da capital paulista. As indenizações acertadas somam US$ 55 milhões. A maior parte do montante do novo acordo será destinada à prefeitura paulistana, que receberá US$ 9 milhões para construção e reformas de creches. O governo do estado ficará com US$ 400 mil, que vão cobrir despesas decorrentes do processo. Além disso, US$ 400 mil irão para o Fundo Estadual de Perícias Esta-

duais e US$ 200 mil para o Fundo Estadual de Direitos Difusos. “Esse acordo resolve uma questão que poderia durar 20 anos, se a gente tivesse que propor uma ação contra o banco”, ressaltou o promotor Silvio Marques após explicar os temos firmados com o Safra. Com o pagamento, o banco, assim como as outras intitiuições financeiras, está livre de possíveis ações judiciais por ter sido usado para lavar dinheiro. Ao todo, o Ministério Público estima que Maluf desviou quase US$ 400 milhões de recursos públicos no período em que foi prefeito de São Paulo (1993-1996). Segundo os promotores, a maior parte do dinheiro saiu das obras na Avenida Água Espraiada, atual Roberto Marinho, e do Túnel Ayrton Senna. As duas ações propostas contra o ex-prefeito

e atual deputado federal pelo PP pedem que Maluf e sua família paguem US$ 1,7 bilhão, entre ressarcimento e indenizações pelos danos causados. Além das contas da família, o promotor Silvio Marques disse que as contas da empresa Eucatex foram usadas para trazer de volta ao Brasil cerca de US$ 90 milhões. De acordo com o promotor, outra parte do dinheiro ainda teria sido usada, para financiar campanhas eleitorais de Maluf. Condenação - No último dia 10, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por quatro votos a um, a condenação de Maluf a sete anos e nove meses de prisão, incialmente em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O colegiado entendeu que ele movimentou quantias milionárias em recursos ilí-

citos localizados em contas nas Ilhas Jersey. Apesar de julgar pela prescrição do crime de corrupção passiva, os ministros votaram pela condenação do deputado por lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público, Maluf recebeu propina das empreiteiras Mendes Júnior e OAS.As investigações arrastaram-se por mais de dez anos, desde a instauração do primeiro inquérito contra o ex-prefeito, ainda na primeira instância da Justiça. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado. No caso de ser determinado o cumprimento da pena em regime fechado, Maluf pode perder o mandato de deputado federal sem necessidade do aval de seus pares, bastando ato decisório da Mesa Diretora da Câmara, uma vez que ficaria impossibilitado de

comparecer às sessões da Casa. Defesa - Em nota, o advogado de Maluf, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que irá recorrer ao plenário do STF para tentar reverter a decisão. Kakay alega que mesmo o crime de lavagem de dinheiro está prescrito, pois as movimentações mais recentes que levaram à condenação do deputado não foram feitas por ele, mas pelo próprio banco, conforme afirmam documentos obtidos pela defesa junto ao Deutsche Bank nas Ilhas Jersey. “O ministro Marco Aurélio (do STF) aceitou a tese e decretou a extinção da punibilidade. Com isso, abre a oportunidade de entrarmos com embargos infringentes para o pleno onde a defesa acredita que teremos êxito”, diz a nota do advogado. (ABr)

Brasília - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu na quarta-feira um desembarque “educado e normal” do governo Michel Temer. Perillo esteve em Brasília onde oficializou ao presidente interino do partido, senador Tasso Jereissarti (CE), que disputará o comando do PSDB em dezembro. Ele disse que os tucanos já contribuíram com o governo e que é chegada a hora de pensar nas eleições de 2018. “O PSDB pode tranquilamente apoiar as reformas, as medidas a favor do Brasil sem necessariamente estar no governo. O partido já deu sua contribuição, o PSDB ajudou no impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Não se furtou a colaborar num primeiro momento, mas chegou a hora que tem que se dedicar à questão presidencial, ao programa partidário”, disse. O governador não deu data para que isso ocorra, mas disse que o desembarque será “natural” para que os ministros passem a cuidar de suas candidaturas para 2018. Questionado sobre um prazo, ele defendeu que isso ocorra “o quanto antes”. A sigla ocupa atualmente quatro pastas na Esplanada: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Luislinda Valois (Direitos Humanos), Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Ao defender um discurso de “união do PSDB” ao lado de Tasso, Marconi disse que o partido tem chances de vencer a disputa pela presidência em 2018. “Temos todas as condições de vitória. Precisaremos convencer os eleitores de que temos as melhores opções”, declarou. Racha - Embora fosse esperado o anúncio da candidatura de Tasso para seguir na presidência do PSDB, o senador disse que vai passar os próximos dias em conversas. Ao deixaram a reunião, que ocorreu no Senado, os dois disseram que ambos buscam unir o partido, que está rachado diante de divergências sobre o apoio ao governo de Michel Temer. Os tucanos marcaram um novo encontro para a próxima semana, durante o qual promete ouvir as bancadas tucanas da Câmara e do Senado. A conversa de quarta-feira ocorre um dia depois de a contratação de uma agência de comunicação por Tasso ter irritado uma ala de deputados do PSDB. Incomodou alguns parlamentares o fato de ter sido escolhido o mesmo profissional que já atuou na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que derrotou um candidato tucano no Estado. Uma conversa de Tasso com deputados foi marcada por troca de ofensas na úlitma terça-feira. O tema foi objeto de uma reunião na quarta-feira de Tasso com o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG). De acordo com participantes, a conversa “acalmou os ânimos” dentro do partido. (FP)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ORÇAMENTO

Despesas devem ser descontingenciadas Valor não está definido mas a manutenção das rodovias federais precisa de recursos, diz ministro Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse na quarta-feira que o governo poderá realizar um novo descontingenciamento de despesas ainda neste mês, inclusive para recompor o limite de empenho do Ministério dos Transportes, com o objetivo de assegurar a manutenção das rodovias federais. “Ainda não sabemos quanto e quando (haverá essa liberação). Teremos o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas até o dia 22 deste mês e a intenção é fazer o descontingenciamento antes, mas ainda não temos os dados da arrecadação de outubro. Ainda não dá para fazer uma estimativa”, afirmou, após audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional. Questionado se não seria melhor o governo aproveitar essa “folga” de recursos neste ano para fazer um déficit primário menor que a meta de R$ 159 bilhões, Oliveira respondeu que o nível de contingenciamento deste ano é muito forte em um Orçamento já apertado. “Se tivermos a oportunidade de descontingenciar um pouco o faremos para a

manutenção de rodovias e o funcionamento dos órgãos. Mas faremos isso desde que haja segurança. Não vamos correr o risco de não cumprir a meta fiscal”, acrescentou. Para 2018, o ministro também respondeu que “não está sobrando dinheiro”. Segundo ele, o Orçamento está no limite exato da meta de déficit do próximo ano, que também é de R$ 159 bilhões. “Adotamos uma posição conservadora (nas despesas) porque há riscos, como as receitas de concessões”, repetiu. Oliveira disse acreditar que o governo terá apoio do Congresso para a aprovação de medidas de corte de gastos necessárias para o orçamento do próximo ano, como o adiamento do reajuste dos servidores públicos. “O Congresso tem colaborado com o processo de ajuste fiscal e dessa vez não será diferente. Estamos fazendo um trabalho de convencimento com os parlamentares, mostrando a situação grave das contas públicas”, afirmou. Ele esclareceu ainda que o fundo partidário terá que “disputar espaço” com as emendas de bancada no orçamento do próximo ano, já que essas despesas estão sujeitas ao teto de gastos.

Programas sociais - Após ser confrontado por parlamentares sobre a redução do orçamento para programas sociais, o ministro alegou que o governo fez uma recomposição importante dos valores para os programas na mensagem modificativa sobre o Orçamento de 2018. “Essa é a realidade com qual temos que trabalhar. Temos que fazer escolhas. Fizemos uma proposta que está equilibrada dentro das dificuldades que temos”, argumentou. “Não podemos corrigir tudo da noite para o dia, ajuste é ao longo do tempo”, completou Ele voltou a dizer que o rombo da Previdência - que é um gasto obrigatório - vem tomando o espaço de outras despesas discricionárias. “Nós mantivemos os recursos para os programas sociais funcionarem em um nível bom, e para manter as obras mais importantes de infraestrutura andamento”, acrescentou. Questionado pelos parlamentares sobre o adiamento do reajuste dos servidores em 2018 para 2019, o ministro lembrou que várias categorias do funcionalismo tiveram recomposição salarial neste ano. “Não estamos culpando o servidor público pela crise fiscal. Não

MARCELO CAMARGO/ABr

vemos grande crise em adiar reajuste dos servidores, que seria de 6% contra inflação de 4%”, alegou. Tramitação - Após o atraso no envio pela equipe econômica da nova versão do Orçamento de 2018, a CMO aprovou na última terça-feira um novo calendário para a tramitação da proposta. Pelo novo cronograma, os parlamentares terão de 3 a 9 de novembro para fazer ajustes às emendas apresentadas. Já o relatório de receitas, do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), precisará ser apresentado no dia 14 de novembro. O prazo de emendas se encerrou originalmente em 20 de outubro, e o relatório de receitas deveria ter sido apresentado na última segunda-feira. Mas foi só na própria segunda que a mensagem modificativa foi enviada pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O relatório preliminar do Orçamento, que será apresentado pelo deputado Cacá Leão (PP-BA), deverá ser entregue até 21 de novembro, mesmo dia da votação do relatório de receitas.

Dyogo Oliveira prefere adotar uma posição conservadora

Já o parecer final do relator-geral terá de ser apresentado até o dia 10 de dezembro, com votação em 14/12 no plenário da CMO. Dessa forma, a Lei Orçamentária Anual de 2018 poderia ser apreciada no plenário do Congresso Nacional no dia 19 de dezembro.

Dyogo Oliveira ouviu várias indiretas dos parlamentares de que a mensagem modificativa “demorou muito” para chegar ao Legislativo. “Ficamos praticamente dois meses discutindo números que não existiam”, reclamou Cacá Leão. (AE)

Pacote responde por R$ 40 bilhões São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em entrevista à Rádio CBN, que as medidas apresentadas na mensagem modificativa ao Congresso sobre o Orçamento de 2018 representam R$ 40 bilhões. O pacote de medidas provisórias (MPs) prevê aumentar a contribuição previdenciária de parte dos servidores federais de 11% para 14%, além de adiar reajustes salariais dos funcionários públicos. As propostas são consideradas impopulares pelos parlamentares, preocupados já com as eleições de 2018, mas são tidas pela equipe econômica como necessárias para equilibrar o Orçamento. Meirelles disse que não há plano B no Orçamento de 2018 caso as medidas não sejam aprovadas no Congresso. Segundo ele, não vai haver aumento de impostos para a população em geral, mas somente “algo específico” para os fundos fechados exclusivos. “Não era correto que investidores desses fundos tivessem tributação diferenciada. Além de aumentar arrecadação, estamos fazendo justiça tributária”, avaliou. O ministro ainda afirmou que o contingenciamento do Orçamento é sempre uma possibilidade. “Se for necessário, terá corte. O orçamento de 2018 será cumprido.” Meirelles acrescentou que um corte no orçamento “não é a solução mais adequada”. Meirelles disse que as medidas orçamentárias não trazem prejuízo eleitoral e que deverão ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Segundo ele, elas são importantes para cumprir o orçamento de 2018 e também para patrocinar a continuidade do crescimento econômico do Brasil. “O efeito das medidas é positivo e acredito que teremos apoio do Congresso”, disse o ministro. Ele ponderou que o adiamento do reajuste salarial dos servidores e o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos funcionários públicos têm o apoio da população em geral, ainda que prejudique um “grupo específico”. “Os projetos que tocam nos servidores têm apoio da população”, afirmou. Previdência - A mesma facilidade antevista por Meirelles na aprovação das medidas no Congresso não acontece com a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Previdência, na avaliação de Meirelles. “Reforma da previdência

é outra história e vai exigir um debate maior”, afirmou o ministro. Meirelles voltou a enfatizar que a aprovação da reforma agora interessa a todos que pretendem disputar uma vaga nas eleições de 2018. “Aprovar reforma da Previdência em 2017 é o ideal porque 2018 é ano eleitoral”, disse. “Ano eleitoral não é tão favorável para reformas profundas”, acrescentou. “Acredito que reforma da Previdência pode ser aprovada neste ano”, disse Meirelles. Meirelles ainda repetiu que a expectativa é que a receita do Refis neste ano seja um pouco superior que R$ 7 bilhões, o que ele classificou como “dentro da previsão”. O ministro da Fazenda concordou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, recentemente criticou o alto volume de medidas provisórias (MP) enviadas pelo governo ao Congresso, de que este não é o procedimento normal. “Maia tem razão. Todos concordam com ele. O presidente Michel Temer concorda também.” Segundo o ministro, o ideal seria que as propostas tramitassem como projeto de lei, mas Meirelles ponderou que, quando há urgência, a MP é adequada, pois vigora de imediato. Ele citou, como exemplo de medidas de urgência, propostas do âmbito tributário, que têm noventena para vigorar. O ministro da Fazenda voltou a dizer que sua declaração de que “ser vice-presidente é interessante” foi em tom de brincadeira. Apesar disso, ele não negou completamente a possibilidade de participar da eleição em 2018. “Questão da vice-presidência não existe. Foi só uma reação de bom humor a uma brincadeira feita pelo presidente do encontro”, disse ao referir-se ao empresário Luiz Fernando Furlan, presidente do Lide. Segundo Meirelles, depois da resposta bem-humorada, ele disse claramente que não era candidato. “Já considerei duas vezes essa possibilidade, mas decidi não aceitar e não seria agora que isso faria sentido”, argumentou. Sem negar completamente, contudo, essa possibilidade, Meirelles disse que há uma discussão natural sobre 2018. “O que é em 2018 fica em 2018. No futuro, tomamos decisão certa para todos”, afirmou, acrescentando que, atualmente, está cumprindo sua tarefa de recuperar a economia. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

ESPECIAL INCENTIVO

Finit é grande celeiro de oportunidades Feira atende desde empreendedores que estão começando quanto os que precisam da conexão com stakeholders THAÍNE BELISSA

Mais de R$ 2 milhões foram investidos pelo governo de Minas Gerais na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), que acontece desde o dia 31 de outubro e vai até sábado (4), no Expominas, localizado no bairro Gameleira, região Oeste da Capital. A informação foi divulgada ontem, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa, que destacou a importância do investimento em inovação para o desenvolvimento de uma nova economia no Estado. Durante coletiva à imprensa, o secretário “se desculpou” em ser repetitivo em seu discurso sobre a necessidade de Minas Gerais avançar no campo da inovação e da tecnologia e deixar de ser dependente das commodities. Corrêa voltou a falar que a estratégia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) é a criação de empresas inovadoras e a garantia do crescimento desses negócios, por meio da conexão deles com as grandes empresas. O secretário destacou que a Finit segue essa mesma estratégia, trazendo tanto oportunidades para empreendedores que estão começando quanto para

aqueles que precisam da conexão com stakeholders. “A Campus Party é uma aposta no conhecimento, na formação dos jovens em tecnologia. Já a 100 Open Startups tem o foco em geração de negócios: nossa missão em Minas Gerais é produzir startups, mas também garantir sua sobrevivência por meio das conexões com grandes empresas”, disse. Corrêa lembrou que essa conexão é muito importante também para as pequenas e médias empresas, que não têm estrutura de pesquisa e inovação, que é cara. “Por outro lado, as startups estão aí justamente produzindo essa pesquisa e inovação. E o que elas produzem pode ser acessado pelas empresas, pode contribuir para trazer competitividade, diminuir custos e aumentar a eficiência das operações dos empresários”, destacou. O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais, Leonardo Dias, lembrou que a Finit também tem o objetivo de divulgar o movimento de inovação em Minas Gerais, assim como todos os programas de fomento e atores que fazem parte desse ecossistema. “A Finit é o palco das boas notícias na área de inovação em Minas Gerais. E ela é para todos os públicos e não apenas para os experts em tecnologia. Essa feira deseja aproximar as pessoas desse assunto, que é para todo

GABRIEL MACIEL/DIVULGAÇÃO

mundo”, destacou. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, destacou que a Finit faz parte de um esforço maior do governo de diversificação econômica. “É preciso colocar a economia mineira no século 21 e essa feira é um passo importantíssimo nessa direção. Nós já temos o maior programa de aceleração de startups do Brasil, temos essa feira que é uma das maiores do setor e trouxemos a Campus Party para Belo Horizonte. Tudo isso somado são passos importantes para colocar o Estado na economia criativa, na indústria 4.0. Minas Gerais tem todas as condições para ser vanguarda, para ser ponta de lança nesse processo de modernização da economia brasileira”, disse. Para o secretário, Minas Gerais precisa avançar no campo da inovação e da tecnologia Campus Party - O presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, destacou que, além de triplicar de tamanho em relação ao ano passado, a edição 2017 da Campus Party em Minas Gerais traz um público mais diversificado. Enquanto no ano passado 90% dos campuseiros eram de Belo Horizonte e região metropolitana, este ano, o interior está muito mais representado. De acordo com Farruggia, 50% do público da segunda edição da Campus Party em Minas Gerais são do interior do Estado. “Fizemos um grande trabalho visitando cidades

do interior e divulgando a Campus Party e o resultado foi esse. Temos mais de 40 caravanas de campuseiros do interior de Minas Gerais, além de caravanas de outros estados, como Alagoas, Pernambuco e Tocantins”, disse. A Campus Party começou ontem (1º) e vai até domingo (5). A expectativa dos organizadores é atrair 4 mil campuseiros em 1.200 barracas. Nos cinco dias do evento, os campuseiros poderão acompanhar mais de 250 horas de conteúdos e atividades que durarão praticamente 24 horas por dia, além de contar com internet de 20 Gpbs.

Feira vai unir startups a grandes empresas ANA CAROLINA DIAS

ANA CAROLINA DIAS e THAÍNE BELISSA

O espaço com mesas e cadeiras espalhadas em uma sala ampla não parece oferecer grandes novidades. Mas, o que acontece dentro no ambiente 100 Open Startups montado na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), é revolucionário para os empreendedores, que ganham a chance de se conectar e fazer negócios com grandes corporações. A Finit vai unir 200 startups e 100 grandes empresas do País, em milhares de reuniões, que serão realizadas durante os cinco dias da feira. De acordo com o CTO da 100 Open Startups, Rafael Levy, só no primeiro dia do evento foram realizadas mais de mil reuniões entre startups e grandes empresas. Desse total, pelo menos 220 potenciais contratos foram firmados. “Quando dizemos potenciais contratos são executivos que se reuniram com empreendedores e saíram daqui garantindo que essa conversa vai resultar em algum contrato”, explica. Entre as startups que se destacaram no evento está a mineira de Belo Horizonte mLearn Educação Móvel (http://mlearn.com.br), que desenvolve aplicativos de educação a distância gamificados para dispositivos móveis. Ela registrou um saldo de três potenciais contratos

O que acontece no estande do 100 Open Startups montado na Finit é revolucionário

após conversas com as empresas Accenture, Johnson & Johnson, Dow, Furukawa e Natura. Em sua segunda participação no movimento organizado pela 100 Open Startups, o CEO Ricardo Drummond ressaltou a importância dos contatos realizados e como a dinâmica do evento ajuda nas possibilidades de negócios. “Em dois dias, já fizemos conexões que talvez demorariam meses para acontecer. Se você não tem indicações para entrar em contato com empresas desse porte, é muito difícil. Quem participa aqui tem foco nessas conexões, com tempo e atenção para conhecer a nossa solução”,

disse Drummond. Também sediada na capital mineira, a Opinion Box (opinionbox.com), que oferece soluções para pesquisa de mercado com o objetivo de desburocratizar o levantamento de dados e facilitar a tomada de decisões das empresas com base nas informações sistematizadas, também alcançou bons resultados nos primeiros dias da rodada de negócios. Com mais de 140 mil usuários ativos e engajados em todo o Brasil, a startup participa pela terceira vez do 100 Open Startups sendo que, em fevereiro deste ano, realizou cerca de 35 matchings em São Paulo, alcançando cinco no-

vos clientes, como informou o COO Felipe Schepers. Para ele, encontrar clientes e realizar conexões é o grande desafio da maioria das startups e o movimento contribui para encurtar esse caminho com benefícios comerciais e troca de experiências. “O evento permite que você converse com muitas empresas em um período curto, além da troca de conhecimento por meio do feedback sobre o seu negócio, o que nos ajuda a ser empreendedores melhores”, afirmou Schepers.

EMPREENDEDORISMO

She’s Tech Conference, que visa inspirar mulheres, acontece amanhã DA REDAÇÃO

Começa amanhã e vai até o dia 4, durante a Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), o She’s Tech Conference 2017. O movimento é dedicado a inspirar mulheres a buscarem conhecimento e empreenderem em carreiras e negócios com base tecnológica. A conferência trará 3 dias intensos de conteúdo, com 44 palestrantes, 28 atividades diferentes, divididas em 5 trilhas: empreendedorismo, comunidades, she’s tech, dev - novas tecnologias e programação para iniciantes. Os dias prometem trazer muita inspiração para os participantes e engajá-los com o universo da tecnologia e o ecossistema inovador. Além disso, o evento tem como objetivo fortalecer a presença feminina no setor da tecnologia, inspirando e capacitando mulheres a buscarem conhecimento e empreenderem em carreiras e em negócios com base tecnológica. Estão com presença confirmada Camila Achutti, CTO e fundadora Mastertech; Deb Xavier, idealizadora do Jogo de Damas; Ciranda de Morais, idealizadora do movimento; Carine Roos, da UPWIT; Dany Carvalho, Community Manager do CUBO; Maíra Lemos, jornalista e publicitária; Aline Carvalho, Embaixadora da Campus Party e fundadora da comunidade Campuseros International Club; Julia Ribeiro, da Endeavor; Roberta Vasconcellos, uma das fundadoras do BeerOrCoffee; Carine Roos, da UPWIT (SP); Liliane Tie, da WomenInBlockchain (SP); Cristina Luz, CEO da Desprograme (SP); Juliana Brasil, personal stylist e

CEO da MYPS; Priscila Gama, CEO da Malalai, Ana da Mata, CEO da Lincare, dentre outras empreendedoras e mulheres que acreditam no papel feminino na tecnologia. Alto impacto - O painel “Ela é Tech: empreendedorismo feminino de alto impacto” acontece no dia 3 de novembro, às 11h50, no palco Seed e contará com a participação de Júlia Ribeiro da Endeavor; Roberta Vasconcelos, da Beer or Coffee; Priscila Gama, da Malalai e Ana da Mata, da Lincare. Para Júlia Ribeiro, líder da Endeavor em Minas Gerais, empreendedor de alto impacto é quem constrói um negócio que resolve um problema grande, melhor que os concorrentes e cresce muito e consistentemente. E além de construir um negócio assim, essa pessoa multiplica seu impacto reinvestindo seu sucesso na futura geração de empreendedores: mentorando, investindo e/ou inspirando. “E isso não tem nada a ver com gênero. Vemos mulheres criando negócios de peso e se tornando referência no ecossistema. Problemas como segurança contra violência como no caso da Malalai - ou assistência remota a idosos como a Lincare, são exemplos disso. Estão despontando e começando, mas claramente atacam problemas relevantes da nossa sociedade. As mulheres precisam se preparar para empreender, ter autoconfiança e sonhar grande, desconstruir limites para si - aspectos necessários para todo empreendedor que quer construir algo grande. É disso que vamos falar no painel de empreendedorismo de alto impacto”, enfatizou Júlia Ribeiro.

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ESPECIAL FOTOS: ALISSON J. SILVA

TENDÊNCIA

Cultura maker ganha espaço nas grandes empresas Movimento reduz burocracia THAÍNE BELISSA

Realizada dentro da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), a 16ª Conferência Anpei de Inovação, da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), reuniu executivos ligados ao tema inovação de diversas organizações no Brasil. Com a temática central “Vivendo a inovação em um mundo em transformação”, a conferência começou na terça-feira (31) e foi encerrada ontem (1). Ao todo, evento reuniu 1.300 pessoas. O presidente da Anpei, Humberto Luiz de Rodrigues Pereira, explica que essa é a segunda vez que a conferência é realizada em Belo Horizonte, mas a primeira que ela acontece dentro de uma feira. Para ele, a novidade foi um sucesso e contribuiu para o objetivo da conferência, que é difundir o conhecimento em inovação, gerar insights e networking para os participantes. “Foi um sucesso. A feira é, em si, um ambiente de inovação e traz muitos jovens, o que é uma novidade para nós. Além disso, esse espaço nos proporcionou a construção de um formato diferente para a conferência com vários painéis e ambiente mais aberto para networking”, afirma. Uma das atrações da conferência foi o workshop “Descubra o movimento maker e como ele impacta a inovação no mundo corporativo”. Os participantes percorreram quatro palcos com palestrantes que explicaram sobre a cultura maker e deram exemplos práticos de como ela vem tomando o ambiente de grandes corporações. Os palestrantes representaram a We Fab, espaço em São Paulo que promove a conexão

entre makers e empresas, e a Isvor, Fab Lab do Grupo FCA, localizado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O gerente de desenvolvimento humano e organizações do Isvor, Paulo Matos, explicou que a cultura maker democratiza o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Se até a algum tempo esse processo era restrito a departamentos de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas, hoje ele é possível em qualquer fab lab ou laboratório aberto. Matos destaca que, embora esse seja um movimento muito associado a empreendedores autônomos, as empresas podem aproveitar muito do movimento. “O movimento maker ensinam as empresas a sair de uma ideia e ir para um produto de forma mais rápida. Nessa cultura não tem espaço para ficar enrolando, apresentando uma ideia com power ponit. A lógica é construir um protótipo e já testar com os clientes”, explica. A Fab Lab Manager do Isvor, Carolina Marini, destacou que o movimento maker pode trazer agilidade e custo baixo em protótipos para as grandes empresas. Ela lembra que, mesmo uma empresa que tenha a estrutura de um centro de PeD pode se beneficiar dos fabs labs. “Os primeiros protótipos de uma ideia não precisam de máquinas tão avançadas e nem de resultados tão exatos. Então usar um fab lab é uma ótima forma de reduzir custo. Além disso, esses espaços makers têm uma proposta que torna o processo muito mais ágil. Já tivemos retorno da Fiat de que um teste de uma funcionalidade para veículos que demoraria um mês no centro de PeD levou apenas uma semana no Isvor”, disse.

A realização da 16ª Conferência Anpei de Inovação na Finit proporcionou a construção de um formato diferente para o evento, com vários painéis e ambiente mais aberto para networking

Na opinião de Pereira, a conferência na Finit foi um sucesso e contribuiu para difundir o conhecimento em inovação, gerar insights e networking para os participantes

Os atuais sistemas de apoio à inovação que temos são jurássicos se comparados com a evolução do empreendedorismo, avaliou Raimar van den Bylaardt

Carolina Marini, Fab Lab Manager do Isvor, destacou que o movimento maker pode trazer agilidade e custo baixo em protótipos para as grandes empresas

Processo de inovação exige novo modelo de financiamento ANA CAROLINA DIAS

As adequações necessárias para que os processos de fomento à inovação atendam a um contexto de mudanças tecnológicas cada vez mais rápidas também foram discutidas no 16º Conferência Anpei de Inovação. Durante o painel “Políticas de Ciência Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento e Instrumento de Financiamento e Fomento Compatíveis: um novo modelo para o País”, o diretor da Anpei, Raimar van den Bylaardt, ponderou que o momento é de turbulência e que muitos dos instrumentos ainda colocados em prática já não fazem sentido atualmente. Sendo assim, segundo ele, o que a sociedade espera é um novo tipo de financiamento para acompanhar as profundas transformações pelas quais o mundo passa. “Os atuais sistemas de apoio à inovação que temos são jurássicos se comparados com a evolução do empreendedorismo e, por-

tanto, não temos instrumentos de financiamento para atender as novas empresas e os novos modelos de desenvolvimento que têm surgido”, afirmou o diretor. Para fazer frente a essa nova realidade, van den Bylaardt avalia que é preciso pensar em maneiras de fechar o ciclo da inovação e, para isso, são necessárias adequação dos financiamentos à dinâmica do empreendedorismo, versatilidade e amplitude na aplicação dos recursos, agilidade na aprovação de projetos e liberação de recursos, além da flexibilização de regras com ajuste de rubricas à realidade de cada projeto. “Nós acompanhamos diversos casos nos quais, entre um edital de chamada, a avaliação do edital e o início de liberação de recursos, passam-se meses e, dentro desse novo mundo que estamos vivendo, isso é muito tempo”, comentou o diretor que ressaltou ainda a tendência da sustentabilidade como onda influenciadora para novos pro-

cessos de inovação. “O processo da inovação como começamos a enxergar há alguns anos está acabando dentro do conceito tradicional. As empresas terão que trabalhar, dentro de seus princípios inovadores, a questão da sustentabilidade, que nem sempre é um produto”, concluiu. Na análise do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Alberto De Negri, o Brasil é um país que tem a característica de financiar bens de capital mas apresenta dificuldades para fomentar a inovação tecnológica. De acordo com ele, o desenvolvimento do processo produtivo no País passa pelo investimento em pessoas e tecnologia. “Somos um país que tem dificuldade de formar jovens e profissionais que consigam efetivamente atuar na área da inovação. As políticas de ciência e tecnologia são novas no caso brasileiro e todas as avaliações indicam que há falta dessas ações”, afirmou. De Negri considera que é

preciso foco em risco tecnológico, além de parcerias entre os setores público e privado para gerar alterações significativas não somente na quantidade de investimentos realizados, mas também na qualidade desses investimentos. “No centro da discussão da produtividade, está a inovação tecnológica. O Brasil precisa apostar mais em atividades que envolvam mais risco tecnológico, maior inovação e de melhor qualidade, isso não significa abandonar o que fizemos no passado recente, mas é necessário acelerar o número de instrumentos e a capacidade que temos de impulsionar o núcleo mais inovador da indústria brasileira”, comentou. A falta de estratégia no uso dos recursos destinados ao fomento da inovação e tecnologia é o principal desafio apontado pelo diretor-presidente do conselho técnico-administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Américo Pacheco, que

sugeriu uma reforma ampla do sistema de financiamento. “No Brasil, existe um isolamento do governo em relação aos atores que são capazes de tornar os gastos legítimos. Se não há uma agenda econômica para o País que inclua a ciência e tecnologia, não é possível justificar a necessidade de recursos para alavancar a inovação e a produtividade”, afirmou. Pacheco destacou ainda que os modelos de fomento devem ser repensados para articular interesses econômicos por meio de parcerias público-privadas que tenham uma governança adequada. “A política de inovação, ciência e tecnologia deve estar focada na produtividade, em ambições de solução para os problemas e em um projeto de desenvolvimento de país. A questão do financiamento exige uma engenharia institucional adequada e isso não vai acontecer se essa política não se mostrar útil para a sociedade brasileira”, disse.


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AGRONEGÓCIO QUEIJO MINAS ARTESANAL

Fapemig recebe 45 projetos de pesquisa Expectativa é selecionar, até março de 2018, entre oito e dez propostas, que receberão, no total, R$ 1 milhão MICHELLE VALVERDE

A chamada pública para o desenvolvimento de pesquisas sobre o Queijo Minas Artesanal, anunciada em agosto pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), recebeu 45 propostas. O resultado da seleção das pesquisas deve ser divulgado até março de 2018. A expectativa é selecionar de 8 a 10 projetos que promovam a melhoria da produção, que agreguem tecnologia e desenvolvam soluções para questões que ainda não foram tratadas cientificamente e que, hoje, limitam a produção e a comercialização do queijo mineiro. Os recursos totais disponíveis somam R$ 1 milhão. De acordo com o presidente Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela, os projetos referentes à chamada “Queijo artesanal – tecnologias para o seu aprimoramento”, foram entregues até 16 de outubro. Foram apresentadas 45 propostas, que agora passarão por uma pré-análise, quando serão avaliadas se exigências da chamada foram atendidas. Após esta primeira seleção, os projetos serão encaminhados para uma Comissão Especial de Julgamento, formada por especialistas que avaliarão as propostas de acordo com critérios como mérito, relevância, qualificação da equipe, entre outros. A previsão é que a etapa aconteça nos próximos meses. Os resultados devem ser divulgados até março.

Vilela ressalta que a Fapemig trabalha com muitos editais e a capacidade é pequena. Por isso, a análise dos projetos demanda maior tempo. As expectativas em relação aos resultados da chamada pública são positivas, principalmente por exigir que os resultados obtidos com os estudos sejam repassados para os produtores do Queijo Minas Artesanal. “Recebemos os pedidos, e uma comissão, formada por pesquisadores, cientistas e pensadores tecnólogos, vai analisar o mérito da proposta, o foco da pesquisa, condições da equipe em realizar os estudos, entre outros itens. Este edital tem uma inovação muito grande porque financia o avanço da tecnologia e obriga o grupo a transferir para o setor produtivo os resultados. Daqui para frente esta será uma tônica da Fapemig”, disse. Dos 45 projetos entregues, a expectativa é aprovar entre 8 e 10 propostas, que receberão um valor total de R$ 1 milhão. Vilela ressalta que bons projetos não serão deixados de fora. Outros editais - “Se por acaso o dinheiro for insuficiente e ainda tivermos projetos bons, vamos esticar esses recursos. Nosso princípio base é que temos que aportar tecnologia no queijo artesanal, porque o queijo é um produto muito bom e essencial para gerar renda aos produtores. Também queremos fazer outro

CENSO

Mais de um milhão de propriedades já foram visitadas

Objetivo é repassar os resultados dos estudos, de qualidade e processos, aos produtores

edital em 2018 para pagamento em 2019. Se a gente tivesse começado a fazer esses editais há 10 anos, a gente estaria em outro patamar. Queremos que o queijo artesanal de Minas Gerais se transforme na melhor coisa do mundo”. A realização de pesquisas voltadas para o queijo artesanal é uma demanda antiga dos produtores, pois, por meio delas, será possível remover barreiras que impedem a regulamentação e comercialização do produto no País. Demandas - Os temas das propostas de pesquisas entregues à Fapemig ainda não foram analisados, mas

existem várias questões sobre o queijo minas artesanal que não foram tratadas do ponto de vista científico e que precisam ser trabalhadas para o desenvolvimento de um padrão de qualidade que seja reconhecido nacional e internacionalmente. Exemplo disso são os queijos com microrganismos, como os fungos, que, pela legislação atual, têm a produção irregular. Os estudos são considerados fundamentais para identificar os microrganismos e garantir que não são prejudiciais à saúde. Outros temas necessários para o setor são a qualidade do leite para a produção do queijo, qualidade e

inocuidade, processos de higienização, condições que envolvem a maturação, condições de acondicionamento, armazenamento, transporte e comercialização. Temas como a gestão ambiental e sustentabilidade da cadeia do queijo, inovações e gestão econômica também estão inclusos. “A Fapemig está se esforçando em aportar recursos para beneficiar a sociedade e não ficarmos apenas na publicação e dentro das universidades. Queremos beneficiar a população com conhecimento e tecnologia. A gente precisa de apoio para continuar nessa linha”, disse Vilela.

IRRIGAÇÃO

Projeto Gorutuba avança no Norte de Minas DA REDAÇÃO

Um projeto da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba é a modernização do Projeto Público de Irrigação Gorutuba, em Nova Porteirinha (MG), que vai beneficiar os produtores rurais com a economia de água e a redução nos custos de manutenção da infraestrutura de uso comum do perímetro. A ordem para o início desta fase das obras foi assinada na última segunda-feira, dia 30 de outubro, pelo presidente da Codevasf, Avelino Neiva, durante agenda no Norte de Minas. O investimento de R$ 50 milhões do governo federal, por meio da Codevasf, tem como objetivo a substituição dos canais abertos por sistema de tubulação. Ao todo, serão substituídos cerca de 56 quilômetros de canais. “Nós assinamos a esperança dos irrigantes do Projeto Gorutuba. Com as intervenções, eles passarão a trabalhar com um sistema de irrigação mais moderno, que preserva o suprimento hídrico e vai melhorar a eficiência na condução e distribuição de água. O propósito das obras é promover sustentabilidade ambiental e econômica desse projeto de sucesso, implantado há quase 40 anos pela Codevasf”, sublinhou. De acordo com o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Rodrigo Rodrigues, a obra

SÉRGIO MOURÃO/DIVULGAÇÃO

vai beneficiar cerca de 460 produtores do projeto, a maioria agricultores familiares. “Ela vai possibilitar a utilização de 100% da água da barragem para irrigação. Essa substituição vai diminuir a perda de água no Gorutuba”, explicou. Fruticultura - O Projeto Gorutuba possui 4,7 mil hectares de área irrigada e exerce forte influência na economia agrícola regional, gerando cerca de 10 mil empregos, entre diretos e indiretos. O principal cultivo dos produtores é a banana (prata e nanica), que corresponde a 70% da área plantada. A uva já ocupa lugar de destaque e representa o segundo principal cultivo. “O projeto é de suma importância para o desenvolvimento da nossa região. Desde que cheguei aqui, vivo da cultura da uva. Por isso, estamos muito felizes com a liberação desses recursos”, afirmou o produtor Jânio Reus Felipe. Segundo dados da Área de Empreendimento de Irrigação da Codevasf, em 2016, o valor bruto da produção atingiu R$ 88,6 milhões, com 44,4 mil toneladas produzidas. “Com essa obra nós estamos garantindo a continuidade da produção dos irrigantes, como também o uso racional e adequado e mais eficiente da água na irrigação do projeto”, ressaltou o diretor da Área de Empreendimentos de Irrigação, Napoleão Casado. O presidente do Conselho

Com aportes de R$ 50 milhões, objetivo é substituir 56 km de canais abertos por tubulação

de Administração do Distrito de Irrigação do Gorutuba, Gustavo Lage, que também é produtor de frutas na região, principalmente a banana, disse que a obra vai garantir a sustentabilidade do projeto. “Vamos manter o uso racional da água, a eficiência na distribuição será maior e com isso vamos ter uma perda menor”, concluiu. Jaíba - No mesmo dia, Avelino Neiva esteve no Projeto Jaíba, onde reuniu-se com produtores do distrito de irrigação do Jaíba I e II. O presidente da Codevasf ainda entregou equipamentos agrícolas que serão usados nos serviços de operação e manutenção do distrito. Jequitaí - O presidente da

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Avelino Neiva, vistoriou as obras do Projeto Jequitaí, em Minas Gerais, como parte da agenda de trabalho no Estado nos últimos dias. O empreendimento de uso múltiplo da água está sendo executado pela companhia e faz parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Avelino Neiva afirmou que a obra hídrica é a maior prioridade para a região. “Ela vai garantir o abastecimento de diversos municípios, inclusive Montes Claros», explicou. Entre as finalidades do projeto, que prevê a construção de duas barragens, destacam-se o

abastecimento humano; a irrigação; a regularização de vazões e controle de cheias; e a geração de energia elétrica. Para a retomada da construção da barragem Jequitaí I, uma série de ações já está em andamento. A Codevasf realiza processo licitatório para contratação de empresa de engenharia para adequação dos projetos de três pontes no trecho da rodovia MG-208, que ligam Francisco Dumont a Jequitaí e estão inseridas na área de inundação da futura barragem. Além disso, está finalizando o projeto executivo da obra – que contempla, entre outros itens, o detalhamento da proteção das áreas degradas. Com informações da Codevasf.

Rio de Janeiro - Os cerca de 18 mil recenseadores contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para realizar em todo o País o Censo Agro 2017 superaram, já no primeiro mês de coleta de dados, o primeiro milhão de estabelecimentos agropecuários recenseados. A meta, segundo o IBGE, é visitar outros 4,2 milhões de locais até o final de fevereiro de 2018. O 10º Censo Agropecuário do IBGE já recenseou 1.036.867 estabelecimentos, o que representa cerca de 19,74% do total estimado. O Sudeste é a grande região que está mais adiantada, com 22,48% das entrevistas realizadas. Os recenseadores levantam informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação e o uso de agrotóxicos, entre outros temas. A intenção do IBGE é de que os primeiros resultados do Censo Agro 2017 sejam divulgados em meados do próximo ano. A coleta de dados do Censo Agro está sendo feita por meio dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs), semelhantes a smartphones comuns, que utiliza tecnologias como GPS e imagens de satélite para localizar os estabelecimentos. Não são mais utilizados formulários de papel. A partir do cadastro de estabelecimentos agropecuários feito no censo, será possível criar a Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários, para captar dados sobre receitas e despesas na produção, crédito e seguro rural, proteção de mananciais, conservação da fauna e flora, técnicas de produção, além da situação social e familiar dos trabalhadores do campo, entre outros temas. Minas Gerais - Até 31 de outubro, o Estado já contabilizava 125.701 propriedades visitadas. Esse valor representa 22,58% do total esperado no Estado, considerando-se as informações levantadas em 2007, que são usadas como referência para orientar a atual operação. Naquele ano, o total coletado foi de 556.713. O coordenador técnico do Censo Agro em Minas Gerais, Humberto Silva, avalia positivamente o período. “Nesse primeiro mês já foi coletado cerca de 20% do total esperado, o que está dentro da programação já que o tempo de coleta é de cinco meses”. O foco para os próximos meses é na qualidade das informações coletadas. “Apesar do período de chuvas ser mais intenso agora, o que pode dificultar os trabalhos de campo, vamos permanecer com esse rendimento e focar na qualidade dos dados, pois é um questionário extenso e complexo”. (ABr com informações do IBGE Minas Gerais)


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FOTOS: FCA / DIVULGÇÃO

TECNOLOGIA

Technoday voltado para a eficiência energética FCA mostrou evoluções técnicas AMINTAS VIDAL,* de Tuiuti (SP)

Engenheiros da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) apresentaram, para a imprensa automotiva, inovações tecnológicas que aumentam a eficiência energética, mas que normalmente não enxergamos. São diversas evoluções técnicas que, somadas, representam ganhos significativos na diminuição do consumo de combustível e no aumento do desempenho dos novos produtos do grupo. Além das novas tecnologias, foi destacada a grande importância do uso correto do automóvel para o aproveitamento das mesmas. A maneira de condução, e a correta manutenção do veículo, são tão importantes quanto as inovações da engenharia. Descuidos com o carro e um comportamento agressivo ao volante são capazes de anular todos os esforços para aumentar a eficiência energética. Eficiência energética – Antes das soluções, fomos informados sobre quais são os elementos que impactam na eficiência energética dos veículos. Seguem alguns exemplos: as diversas resistências físicas, como a residual dos freios, o peso total do carro, o arrasto aerodinâmico da carroceria e o rolamento dos pneus. Também estão incluídas as cargas de diversos equipamentos que dependem do motor para funcionar, como o compressor do ar-condicionado, o alternador e a bomba d’água. Por fim, a eficiência mecânica dos componentes em si, como motor, câmbio e sistemas reguladores de pressão e temperatura. Ao se moverem, os veículos precisam vencer a resistência do ar. Para melhorar o coeficiente de penetração aerodinâmica são feitas simulações em computadores e testes em túnel de vento que definem o design exterior do carro, a inclusão de peças aerodinâmicas na carroceria e carenagens sobre os conjuntos mecânicos expostos sob o mesmo. Duas imagens comparativas do Fiat Argo, com e sem esses adendos aerodinâmicos, mostraram a diferença da aceleração do ar ao passar pelo veículo. Quatro peças plásticas sob o modelo e o aerofólio na tampa traseira provocaram grande aceleração do ar ao seu redor, melhorando a sua capacidade de deslocamento e diminuindo o consumo de combustível. Juntamente com a aerodinâmica, a resistência ao rolamento dos pneus são as forças contrárias ao movimento dos veículos mais impactantes no consumo. O atrito do pneu com o solo, ao contrário do que se imagina, corresponde por apenas 5% a 10% dessas forças. A deformação dos mesmos é o grande vilão, respondendo por 85% a 95% do total. Contudo, conseguir uma alta calibragem dos pneus, e ainda

manter o conforto de marcha dos modelos, passa a ser o objetivo. Mudanças na estrutura, na espessura das diversas partes e na composição química dos materiais são empregadas nos chamados “pneus verdes” que equipam a maioria dos carros produzidos na atualidade. Forças residuais jogam contra o deslocamento dos veículos. Mesmo quando o motorista tira o pé do pedal, o sistema de freio ainda mantém suas partes em contato causando resistência ao movimento. O somatório das forças de atrito do câmbio, semieixos, juntas homocinéticas, cardãs e caixas de redução compõem a força residual da transmissão. Os rolamentos dianteiros e traseiros também contribuem para o aumento das forças resistivas. Melhorias nessas peças e sistemas, assim como na eficácia de seus lubrificantes, diminuem esses atritos e impactam positivamente na eficiência energética dos automóveis.

que o Argo apresente resultados melhores nos testes de impacto frontal e lateral, quando comparado aos modelos que não usam esses metais especiais. Outros equipamentos de conforto com sistemas inteligentes, e os conjuntos de motores e câmbios calibrados para funcionar com maior eficiência energética, completam os esforços da FCA para diminuir o consumo de combustíveis e as emissões de gás carbônico em seus automóveis. Testes – Realizamos três testes em pista que comprovaram os resultados positivos provenientes dessas diversas tecnologias aplicadas ao Fiat Argo, o lançamento mais recente do grupo FCA. Testamos o sistema Start&Stop em seis voltas na pista, com três paradas de 30 segundos em cada volta. Nas três primeiras voltas com ele desligado e nas três últimas com ele ligado. O consumo caiu 22,4 % ao usá-lo. A segunda prova visava mostrar como a forma de dirigir influencia o consumo. Também em seis voltas, nas três primeiras o percurso foi feito aos 100 km /h e com as trocas das marchas realizadas sempre às 4.000 rotações do motor. Nas últimas três, a velocidade padrão baixou para 60 km/h e as trocas ocorreram sempre às 2.000 rotações. Este resultado foi impressionante: 80,3% mais econômico na condução mais suave. No último teste, rodamos com dois carros idênticos, mas em condições diferentes de manutenção. O primeiro estava com as revisões em dia, com a suspensão alinhada e os pneus na calibragem indicada no manual do proprietário. O segundo estava com as velas e o filtro de ar vencidos, desalinhado e com algumas libras de pressão a menos nos pneus. Houve um consumo 13,4% maior no carro com a manutenção negligenciada.

Equipamentos elétricos – Todos os equipamentos elétricos do carro influenciam no consumo, já que a energia elétrica é gerada pelo alternador que, por sua vez, utiliza a força do motor. Para minimizar este impacto é utilizado o alternador inteligente. Ele só funciona nas desacelerações ou frenagens. A bomba elétrica de combustível e o eletroventilador do radiador variam em pressão e velocidade, respectivamente, para demandarem menos energia também. O Start&Stop é um sistema à parte nesse ganho de eficiência, podendo diminuir em 20%, ou mais, o consumo de combustível. Ele desliga e liga o motor automaticamente em semáforos ou no trânsito parado. Todas as partes envolvidas no processo são dimensionadas para o uso extra dos componentes e a eletrônica auxilia em sua máxima eficiência, como parar o motor em posição ideal para ser religado, por exemplo. O emprego de aços especiais de alta e ultrarresistência, como os utilizados no Fiat Argo, contribuem para a diminuição do peso estrutural e, por consequência, no consumo de combustível. *O colaborador viajou a conAo mesmo tempo, é provável vite da FCA

Dicas úteis para melhorar o consumo do carro Foram listadas 10 dicas que corroboram para o amplo aproveitamento das tecnologias apresentadas: 1ª) Fazer todas as manutenções nos prazos determinados. Carro sem problemas mecânicos gasta menos combustível; 2ª) Calibrar os pneus semanalmente. Pneu murcho aumenta o atrito e, por consequência, o consumo do veículo;

3ª) Fazer o alinhamento do carro assim que ele começar a puxar a direção para um dos lados; 4ª) Retirar do interior do carro todos os objetos desnecessários para diminuir o peso transportado; 5ª) Manter o manual do proprietário em mãos para se orientar sobre a maneira correta de utilizar e dar manutenção nos diversos sistemas do automóvel;

6ª) Ficar de olho no fornecedor de combustíveis. Se o carro começar a falhar, ou alterar de forma significante o consumo sem uma causa específica, troque de posto; 7ª) Acelerar de forma suave e desacelerar antecipadamente para acompanhar o tráfico, sem precisar frear; 8ª) Usar o ar-condicionado na regulagem necessária para garantir conforto a bordo. Não

o deixe na potência máxima o tempo todo; 9ª) Trafegar em velocidades menores. Dirija abaixo da máxima permitida quando tiver tempo para concluir o percurso em velocidades mais moderadas; 10ª) Evitar trocar as marchas em rotações elevadas do motor. Siga as indicações de trocas de marchas nos modelos que possuírem esse recurso. (AV)


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INFLAÇÃO

FLUXO

IPC-S avança 0,44% na capital mineira

Entrada de dólares supera a saída em Variação do índice registrada em outubro foi menor do que a apurada no mês anterior US$ 10,1 bilhões

DA REDAÇÃO

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal de Belo Horizonte (IPC-S/Belo Horizonte) registrou variação de 0,44%, na apuração realizada na quarta semana de outubro de 20171. O resultado foi 0,03 ponto percentual (p.p.) inferior ao divulgado na terceira semana de outubro, que foi de 0,47%. As informações foram divulgadas na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nesta edição, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos: Alimentação e Despesas Diversas, cujas taxas passaram de 0,55% para 0,02% e de -0,16% para -0,23%, respectivamente. A análise deste resultado mostra que as pressões acima da variação média foram exercidas pelos grupos: Habitação; 1,17% e Comunicação; 0,84%. Mostraram também que se situaram em nível abaixo da variação média os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais; 0,41%, Transportes; 0,26%, Alimentação; 0,02%, Vestuário; -0,01%, Educação, Leitura e Recreação; -0,11% e Despesas Diversas -0,23%. O núcleo do IPC-S/Belo Horizonte registrou variação de 0,26%. Em relação a setembro, quando a taxa ficou em 0,38%, núcleo recuou 0,12 (p.p.). No ano, o indicador apresentou variação de 2,40%, e nos últimos 12 meses, 2,94%. Para o cálculo

Perda no ritmo da alta dos preços dos alimentos foi um dos destaques do IPC-S de Belo Horizonte no mês passado

do núcleo foram excluídos os itens com variações inferiores -0,22% e superiores a 0,75%. De acordo com a FGV, o índice acelerou em cinco das sete capitais analisadas na quarta quadrissemana de outubro na comparação com a anterior. As cidades que registraram acréscimo nas taxas entre a terceira e quarta quadrissemana de outubro foram Salvador (0,14% para 0,20%), Brasília (0,14% para 0,21%), Recife (0,20% para 0,22%), Porto Alegre (0,36% para 0,51%) e São Paulo (0,40% para 0,43%). Em contrapartida, além de Belo Horizonte, Rio de

Janeiro (0,16% para 0,12%) portes (0,04% para 0,08%) e apresentou desaceleração Saúde e Cuidados Pessoais no período. (0,40% para 0,42%). Em contrapartida, quatro Nacional - No geral, O IPC-S grupos registraram arrefesubiu de 0,29% para 0,33% cimento entre a terceira e a no período, como também última quadrissemana de divulgado nesta quarta-feira, outubro: Educação, Leitura e 1º de novembro. Em setem- Recreação (0,21% para -0,12%), bro, o indicador marcara Vestuário (0,29% para 0,05%), queda de 0,02%. Despesas Diversas (0,56% para Das oito classes de des- 0,32%) e Alimentação (0,25% pesas analisadas, quatro para 0,24%). registraram acréscimo em A FGV destacou como as suas taxas de variação de principais influências indivipreços na passagem da ter- duais de alta no IPC-S entre ceira para a quarta leitura de a terceira e a quarta quadrisoutubro: Habitação (0,40% semana de outubro os itens para 0,70%), Comunicação batata-inglesa (28,39% para (0,41% para 0,55%), Trans- 38,99%), plano e seguro de

saúde (que manteve 0,95%), gás de bujão (mesmo com o alívio de 3,85% para 3,80%) e tomate (apesar da desaceleração de 19,27% para 14,08%), além de tarifa de eletricidade residencial. Já entre as principais influências individuais de baixa no indicador no período estão leite tipo longa vida (apesar da aceleração de -4,06% para -3,44%), banana-prata (-5,78% para -7,29%) e alimentos preparados e congelados de aves (-1,05% para -2,55%), além de passagem aérea e tarifa de ônibus urbano. Com informações da Agência Estado.

MERCADO

Bolsa de valores inicia novembro no vermelho São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no vermelho na quarta-feira, perdendo fôlego após os ganhos vistos mais cedo, com investidores adotando cautela antes do feriado local e diante de incertezas com a política interna. O movimento também foi permeado pela expectativa em torno do anúncio do novo líder do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. O Ibovespa fechou o primeiro pregão de novembro em queda de 0,65%, a 73.823 pontos. O giro financeiro somou R$ 9,9 bilhões, após marcar em outubro o maior volume médio diário do ano até o momento, com R$ 10,2 bilhões. O anúncio do nome que sucederá Janet Yellen à frente do Fed é aguardado para que investidores possam ajustar suas apostas sobre o

ritmo de alta de juros norte-americanos. “O investidor não quer ficar exposto com a expectativa por uma notícia importante como esta amanhã (quinta-feira)”, disse o analista de investimentos Pedro Galdi, da corretora Magliano. Neste pregão, após abrir em alta e subir 1,2 % na máxima da sessão, o Ibovespa perdeu força durante a tarde, voltando a flertar com o terreno positivo após a divulgação da decisão do Fed, que manteve a taxa básica de juros, conforme esperado. No entanto, a cautela prevaleceu e o índice voltou para o território negativo. No front local, o cenário político segue limitando as tentativas de melhora do mercado acionário, conforme investidores aguardam alguma indicação sobre o andamento da agenda de

reformas do governo, principalmente a da Previdência. Entre os destaques da sessão está os papéis PN do Bradesco que recuou 3,11%, após reportar os números do terceiro trimestre que, segundo a equipe do BTG Pactual, apesar de mostrarem boa qualidade de ativos foi um pouco decepcionante no lado da receita. Itaú Unibanco PN caiu 1,67%, engatando o quinto pregão seguido no vermelho e acumulando perda de quase 6,5% no período, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso em sua composição. Vale ON teve alta de 2,24%, em dia de ganho para os contratos futuros do minério de ferro na China e buscando uma recuperação após acumular queda de mais de 5% nos cinco pregões anteriores. Petrobras PN subiu 0,78%

e Petrobras ON ganhou 0,69%, mantendo o tom positivo apesar da mudança de rumo nos preços do petróleo no mercado internacional, que fecharam no vermelho. Câmbio - O dólar fechou a sessão em leve queda ante o real, com fluxo vendedor atraído pelas altas cotações em meio a temores com a agenda econômica do governo. A cautela predominou também com os investidores à espera da escolha do novo chair do Federal Reserve e o futuro da política monetária nos Estados Unidos. O dólar recuou 0,27%, a R$ 3,2640 na venda, depois de atingir R$ 3,2933 na máxima da sessão e R$ 3,2571 na mínima. O dólar futuro cedia cerca de 0,20% no final da tarde. Em outubro, a moeda norte-americana saltou 3,32 por cento e se aproximou

de 3,30 reais, maior avanço mensal desde novembro de 2016 (+6,18 por cento), quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. “A moeda a R$ 3,30 está um pouco esticada, então muitos acabam aproveitando para realizar um pouco dos lucros”, comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional. No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e operava misto ante divisas de países emergentes. A cena interna também continuou no radar dos mercados, com ceticismo sobre a capacidade política do presidente Michel Temer de emplacar sua agenda política no Congresso Nacional, em especial a reforma da Previdência. Esses temores levaram o dólar a saltar no mês passado. (Reuters)

Brasília - O fluxo cambial do ano até o dia 27 de outubro ficou positivo em US$ 10,170 bilhões, informou, na quarta-feira, o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era negativo em US$ 6,969 bilhões. A retirada de dólares pelo canal financeiro neste ano até 27 de outubro foi de US$ 34,389 bilhões. Este resultado é fruto de entradas no valor de US$ 387,980 bilhões e de envios no total de US$ 422,369 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 27 de outubro ficou positivo em US$ 44,559 bilhões, com importações de US$ 114,607 bilhões e exportações de US$ 159,166 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 23,716 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 42,402 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 93,047 bilhões em outras entradas. Outubro - Depois de registrar entradas líquidas de US$ 2,545 bilhões em setembro, o País registra fluxo cambial positivo de US$ 3,491 bilhões em outubro até o dia 27, informou o Banco Central. O canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 625 milhões no período. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 37,519 bilhões e de retiradas no total de US$ 36,894 bilhões. No comércio exterior, o saldo de outubro até o dia 27 é positivo em US$ 2,866 bilhões, com importações de US$ 11,415 bilhões e exportações de US$ 14,281 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,114 bilhões em ACC, US$ 3,623 bilhões em PA e US$ 8,545 bilhões em outras entradas. Semana - O fluxo cambial da semana de 23 a 27 de outubro ficou positivo em US$ 1,412 bilhão, informou o Banco Central. O canal financeiro apresentou entrada líquida de dólares na semana de US$ 51 milhões, resultado de entradas no valor de US$ 11,584 bilhões e de envios no total de US$ 11,533 bilhões. No comércio exterior, o saldo na semana passada ficou positivo em US$ 1,361 bilhão, com importações de US$ 3,244 bilhões e exportações de US$ 4,605 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 781 milhões em ACC, US$ 832 milhões em PA e US$ 2,992 bilhões em outras entradas. (AE)




FINANÇAS BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

Índices

Nov.

IGP-M (FGV)

0,03%

TR/Poupança Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

0,54%

0,64%

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

Out. No ano

12 meses

01/11/2017

31/10/2017

30/10/2017

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2626

R$ 3,2711

R$ 3,2878

VENDA

R$ 3,2631

R$ 3,2716

R$ 3,2883

IPC-Fipe

0,15%

0,72%

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

-

1,09%

2,25%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2730

R$ 3,2763

R$ 3,2541

IGP-DI (FGV)

0,05%

0,83%

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

-

-2,03%

-1,04%

0,20%

-1,91%

-1,41%

VENDA

R$ 3,2736

R$ 3,2769

R$ 3,2547

INPC-IBGE

0,07%

0,14%

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

-

1,24%

1,63%

TURISMO

COMPRA

R$ 3,2400

R$ 3,2370

R$ 3,2400

IPCA-IBGE

0,18%

0,3%

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

-

1,78%

2,54%

VENDA

R$ 3,4070

R$ 3,4130

R$ 3,4270

PARALELO

COMPRA

R$ 3,3400

R$ 3,3400

R$ 3,3500

VENDA

R$ 3,4400

R$ 3,4400

R$ 3,4500

Fonte: AE

01/11 CDB Pré 30 dias

7,39% - a.a.

Capital de Giro

10,65% - a.a.

Hot Money

1,20% - a.m.

CDI

7,39% - a.a.

Over

7,40% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

01/11/2017

31/10/2017

30/10/2017

US$ 1.277,30

US$ 1.270,50

US$ 1.277,70

R$ 132,50

R$ 133,50

R$ 133,50

BM&F-SP (g) Fonte: AE

Taxas Selic Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

Tributos Federais (%) 1,09 0,87 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 -

Meta da Taxa a.a. (%) 13,00 12,25 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 -

Reservas Internacionais 31/10 .......................................................................... US$ 380.351 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Até 1.903,98

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

ICV-DIEESE

0,28%

0,12%

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

-

1,12%

1,80%

IPCA-IPEAD

0,16%

0,48%

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

-

2,85%

3,65%

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Out. Salário 880,00 CUB-MG* (%) 0,02 UPC (R$) 23,29 UFEMG (R$) 3,0109 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Nov. 880,00 0,09 23.29 3,0109 7,50

Dez. 880,00 0,11 23,29 3,0109 7,50

Jan. 937,00 0,12 23,40 3,2514 7,50

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

18

CÓDIGO 26 30 40 45 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 706 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

VENDA 0,3282 0,4779 0,005777 0,3753 0,5117 0,03085 0,4021 0,3903 0,1489 0,06892 0,02846 8,6833 0,002805 4,6224 0,03206 0,8915 2,5158 3,2736 3,2736 2,5406 0,01611 3,9922 2,4076 0,4196 1,2124 3,2736 0,01223 3,271 0,00058 0,02873 0,1859 4,3454 0,002167 0,006357 0,1087 0,8571 1,0082 0,1854 0,00515 0,001083 3,2736 0,06834 0,06356 0,1714 0,1123 0,4463 0,2328 0,4958 0,4954 0,8993 8,5117 0,0131 0,0000936 0,8729 0,7739 0,05624 0,05071 0,0002411 0,2123 0,9317 0,002952 0,8986 3,8082

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Junho Julho

Crédito Agosto Setembro

3% 0,3090 0,2976

Seguros

TBF

19/10

0,01309678 2,92321622

20/10

0,01309727 2,92332559

21/10

0,01309790 2,92346757

22/10

0,01309790 2,92346757

23/10

0,01309790 2,92346757

24/10

0,01309837 2,92357237

25/10

0,01309890 2,92369122

26/10

0,01309918 2,92375363

27/10

0,01309952 2,92382845

28/10

0,01310019 2,92397948

29/10

0,01310019 2,92397948

30/10

0,01310019 2,92397948

31/10

0,01310077 2,92410861

17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 26/10 a 26/11 27/10 a 27/11 28/10 a 28/11 29/10 a 29/11 30/10 a 30/11 31/10 a 31/11 Fonte: AE

01/11

0,01310130 2,92422650

02/11

0,01310166 2,92430704

03/11

0,01310166 2,92430704

04/11

0,01310217 2,92441932

05/11

0,01310217 2,92441932

06/11 0,01310217 2,92441932 Fonte: Fenaseg

6% 0,5493 0,5379

0,5344 0,5516 0,5499 0,5046 0,4841 0,5097 0,5126 0,5582 0,5411 0,4891 0,4977 0,4926 0,5186 0,5390 0,5610

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Setembro IGP-DI (FGV) Setembro IGP-M (FGV) Outubro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0010 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4700 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

1,0254 0,9960 0,9859

14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 15/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 26/10 a 26/11 27/10 a 27/11 28/10 a 28/11 29/10 a 29/11 30/10 a 30/11 31/10 a 31/11

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4273 0,4273 0,4273 -

Agenda Federal Dia 6

Contribuição ao INSS COMPRA 0,3273 0,4676 0,005714 0,3748 0,5116 0,03076 0,4018 0,3901 0,1488 0,06805 0,0284 8,6725 0,0028 4,6001 0,03199 0,891 2,5143 3,273 3,273 2,539 0,01564 3,8964 2,4066 0,4195 1,2033 3,273 0,01221 3,2701 0,0005793 0,02872 0,1854 4,3436 0,002152 0,006348 0,1086 0,8564 1,0068 0,1853 0,005147 0,001082 3,273 0,06798 0,06352 0,1713 0,1121 0,4441 0,2327 0,4955 0,4953 0,8988 8,4881 0,01308 0,0000936 0,8727 0,7732 0,05621 0,05069 0,0002409 0,2112 0,931 0,002945 0,8982 3,8068

27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 30/09 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11

IOF - Pagamento do IOF apurado no 3º decêndio de outubro/2017: Operações de crédito - Pessoa Jurídica - Cód. Darf 1150. Operações de crédito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operações de câmbio - Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operações de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliários - Cód. Darf 6854. Factoring - Cód. Darf 6895. Seguros - Cód. Darf 3467. Ouro, ativo financeiro - Cód. Darf 4028. Darf Comum IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 21 a 31.10.2017, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “b”, da Lei nº 11.196/2005): a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 7 Pagamento dos salários mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salários mensais é até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sábado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da categoria profissional, que pode estabelecer prazo específico para pagamento de salários aos empregados. Recibo FGTS - Depósito, em conta bancária vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em outubro/2017 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o depósito. GFIP/Sefip (aplicativo Conectividade Social meio eletrônico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, ao Ministério do Trabalho (MTb), da relação de admissões e desligamentos de empregados ocorridos em outubro/2017. Nota: Para fins de seguro-desemprego, as informações no Caged relativas a admissões deverão ser prestadas na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do seguro-desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou então, no prazo estipulado em notificação para

comprovação do registro do empregado lavrada em ação fiscal por Auditor-Fiscal do Trabalho. Estas informações dispensarão o envio do Caged até o dia 7 do mês subsequente relativamente às admissões informadas (Portaria MTE nº 1.129/2014). Caged (meio eletrônico) Simples Doméstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em outubro/2017, da contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recíproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) Salário de outubro/2017 – Domésticos - Pagamento dos salários mensais dos empregados domésticos (Lei Complementar nº 150/2015, art. 35). Nota: O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Caso o dia 7 seja declarado feriado ou em caso de pagamento via instituições financeiras, não haja expediente bancário neste dia, o pagamento deverá ser antecipado. Recibo Dia 10 Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de outubro/2017 (art. 2º, II, da Instrução Normativa SRF nº 41/1998). Formulário IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da Tipi (cigarros que contenham tabaco) - Cód. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência outubro/2017. • Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverá antecipar o envio da guia. GPS (cópia)

EDITAIS DE CASAMENTO TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: MARCOS GRECO EDUARDS, SOLTEIRO, ENGENHEIRO MECÂNICO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Santa Maria de Itabira, 22/901, Sion, 3BH, filho de Fernando Silveira Eduards e Mara Luiza Greco Eduards; e CAROLINA MALLAB ALKMIN, solteira, Engenheira química, maior, residente nesta Capital à Rua Rio de Janeiro, 1672/402, Lourdes, 3BH, filha de Jair Eustáquio Durães Alkmin e Cristina Mallab Alkmin. (676600) POTIRENE UBIRAJARA DA SILVA, DIVORCIADO, ENGENHEIRO ELETRICISTA, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Avenida Paulo Camilo Pena, 495/701, Belvedere, 3BH, filho de José Pereira da Silva e Maria Coeli Amador da Silva; e ROSANGELA PEIXOTO GUIMARÃES UBIRAJARA E SILVA, divorciada, Aposentada, maior, residente nesta Capital à Avenida Paulo Camilo Pena, 495/701, Belvedere, 3BH, filha de José Peixoto Guimarães e Leonidia Oreia Guimarães. (676601) FELIPE SANTANA DINIZ, DIVORCIADO, COMERCIANTE VAREJISTA, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à R. Capelinha, 393, Serra, 3BH, filho de Adler Madson Gomes Diniz e Joana Santana Diniz; e LORENA CATTONI KOH, solteira, Administradora, maior, residente nesta Capital à Rua Capelinha, 393, Serra, 3BH, filha de Carlos Walter Gomes Koh e Lucia Cattoni Koh. (676602)

JOÃO CARLOS DA SILVA VENUTO, SOLTEIRO, PINTOR DE CASAS, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Av. Arthur Bernardes, 1428, Santa Lúcia, 3BH, filho de Jose Venuto Filho e Maria Aniceto da Silva; e IVANI TEIXEIRA GOMES, solteira, Empregada doméstica diarista, maior, residente nesta Capital à Av. Arthur Bernardes, 1428, Santa Lúcia, 3BH, filha de José Teixeira Gomes e Maria de Jesus Teixeira Gomes. (676606)

HENRIQUE RODRIGUES CALDEIRA, SOLTEIRO, ESTUDANTE, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Araguari, 1312/201, Santo Agostinho, 3BH, filho de Gil Marcos Rodrigues e Denise Rodrigues Jorge; e ISABELA DRUMMOND DUARTE, solteira, Pedagoga, maior, residente nesta Capital à Rua Alegrete, 114/104, Sagrada Familia, 1BH, filha de Maurilio Pereira Duarte e Caroline Drummond Duarte. (676612)

LUCIANO GOMES DUQUES, solteiro, motorista, nascido em 23/08/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Maria Camargo Diniz, 135, Ventosa, Belo Horizonte, filho de HELIO GONCALVES DUQUES e MARIA LOURDES GOMES MARTINS Com VILMA ALVES DA SILVA, divorciada, cabeleireira, nascida em 06/04/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Maria Camargo Diniz, 135, Ventosa, Belo Horizonte, filha de MARIA ALVES DA SILVA.

FABIANO AGUIAR GONÇALVES, DIVORCIADO, FOTÓGRAFO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Capivari, 596/501, Serra, 3BH, filho de Itamar Moreira Gonçalves e Vânia Natalina Aguiar Gonçalves; e MARCELA SOARES LAGE FERREIRA, solteira, Analista de marketing, maior, residente nesta Capital à Rua Capivari, 596/501, Serra, 3BH, filha de Iwan Ferreira e Patricia Soares Lage. (676607)

Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa

CRISTIANO SOARES PEREIRA, solteiro, técnico em segurança do trabalho, nascido em 06/04/1989 em Lajinha, MG, residente a Av. Amazonas, 4720 05, Nova Suíça, Belo Horizonte, filho de JOSE MARIA e MARIA APARECIDA PEREIRA Com STEPHANIE PEREIRA DE OLIVEIRA, solteira, empresaria, nascida em 17/07/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Av. Amazonas, 4720 05, Nova Suíça, Belo Horizonte, filha de VAGNER SOARES DE OLIVEIRA e MARIA DAS DORES PEREIRA SOARES.

JEISLAN CARLOS DE SOUZA, SOLTEIRO, ESTATÍSTICO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Aimorés, 1983/1501, Lourdes, 3BH, filho de Marco Antonio de Souza e Maria Isabel Carlos de Souza; e JAQUELINE SANTOS, solteira, Administradora, maior, residente nesta Capital à Rua Aimorés, 1983/1501, Lourdes, 3BH, filha de Carlos Alberto Moreira Santos e Clarice Raimunda de Carvalho Moreira Santos. (676608) ALEXANDER CORRÊA LOUZADA, DIVORCIADO, OPERADOR DE EQUIPAMENTO PESADO E MÓVEL, maior, natural de Cachoeiro de Itapemirim, ES, residente nesta Capital à Av. Prudente de Moraes, 858/701, Cidade Jardim, 3BH, filho de Célio de Moraes Louzada e Marines Corrêa Louzada; e LAURA XAVIER DE LIMA, divorciada, Analista de sistemas (informática), maior, residente nesta Capital à Av. Prudente de Moraes, 858/701, Cidade Jardim, 3BH, filha de Eduardo de Lima Ferreira e Marisa Aparecida Xavier de Lima. (676609)

THALES OLIVEIRA ROSA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Oeste, 527/202, Prado, 3BH, filho de Alziro Zarur Rosa e Helenice Aparecida Oliveira Rosa; e WALESKA MOURA MOREIRA DA SILVA, solteira, Supervisora de vendas comercial, maior, residente nesta Capital à Rua Oeste, 527/202, Prado, 3BH, filha de José Gilmar Moreira da Silva e Maria da Penha de Moura Moreira. (676603)

GIONE ISALTINO DE ARAUJO, SOLTEIRO, AUXILIAR DE TRÁFEGO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Jornalista Djalma Andrade, 1000, Belvedere, 3BH, filho de Isaltino Ambrósio de Araujo e Onofia Jacinto Feliciano Araujo; e MÁRCIA RIBEIRO DA SILVA, solteira, Empregada doméstica no serviço geral, maior, residente nesta Capital à Rua Jornalista Djalma Andrade, 1000, Belvedere, 3BH, filha de Amado Gomes da Silva e Adelfina Ribeiro da Silva. (676610)

WASHINGTON LUÍS DA SILVA, SOLTEIRO, COMERCIANTE VAREJISTA, maior, natural de Juiz de Fora, MG, residente nesta Capital à Rua Gonçalves Dias, 2525/804, Santo Agostinho, 3BH, filho de Marcilio Neto da Silva e Miriam Aparecida da Silva; e JÉSSICA MONTESSI MINEIRO, solteira, Analista financeiro (economista), maior, residente nesta Capital à Rua Gonçalves Dias, 2525/804, Santo Agostinho, 3BH, filha de Luciano da Costa Mineiro e Aparecida de Fátima Vigato Montessi. (676604)

RAFAEL DUARTE BOSON SANTOS, SOLTEIRO, ADVOGADO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Sobral, 194, Santa Lúcia, 3BH, filho de Carlos Alberto Boson Santos e Maria Lucia de Souza Duarte; e LAURIÊ MADUREIRA DUARTE, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua São Paulo, 86, Itatiaia, 2BH, filha de Aelson Madureira Duarte e Maria Madureira Duarte. (676611)

ALEX PICININ DE CAMPOS, DIVORCIADO, DESENHISTA PROJETISTA MECÂNICO, maior, natural de Contagem, MG, residente nesta Capital à Rua Açucenas, Bl 02, 960/303, Nova Suiça, 4BH, filho de Sebastião Cipriano de Campos e Nair Picinin de Campos; e CLARA MAGUI MOURÃO RIBEIRO, solteira, Enfermeira do trabalho, maior, residente nesta Capital à Rua Itapemirim, 219/301, Serra, 3BH, filha de Tadeu Rodrigo Ribeiro e Jacinta Mourão Ribeiro. (676605)

BERNARDO ANTÔNIO NICOLI DE MELO CHAVES, SOLTEIRO, ENGENHEIRO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Cassiporé, 371/301, Anchieta, 3BH, filho de Marco Polo Chaves e Maria Leonidia de Melo Chaves; e ISABELLA BERNARDES CARVALHO, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Cassiporí, 371/301, Anchieta, 3BH, filha de Sérgio Márcio Bernardes Carvalho e Sirley Silvânia Carvalho. (676612)

Belo Horizonte, 01 de novembro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 14 editais.

Faz saber que pretendem casar-se:

MOISES SILVA LOMBARDI, solteiro, vendedor, nascido em 05/10/1983 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Francisco Malta, 48, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filho de JOSE OSCAR LOMBARDI e INES PINTO DA SILVA Com IRACY DICARES DOS SANTOS, solteira, operadora de maquinas, nascida em 06/10/1968 em Parque Industrial, Contagem, MG, residente a Rua Francisco Malta, 48, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filha de JOSE CELESTINO DOS SANTOS e ARLETE DICARES DOS SANTOS.

LAERCIO PEREIRA SANTOS, divorciado, metalúrgico, nascido em 26/12/1985 em Betim, MG, residente a Rua Três Rios, 258, Pilar, Belo Horizonte, filho de LEONIDAS ROSA PEREIRA SANTOS e LUCIA HELENA DE JESUS PEREIRA SANTOS Com ANA PAULA CRISTINA DA CRUZ, divorciada, domestica, nascida em 18/05/1983 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Três Rios, 258, Pilar, Belo Horizonte, filha de SEBASTIAO EUZEBIO DA CRUZ e SOLANGE DE FATIMA TITO CRUZ.

TIAGO HENRIQUE GOMES PINTO, solteiro, motorista, nascido em 03/11/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Regina, 216, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de GERSON GOMES PINTO e EDIMEIA APARECIDA GOMES PINTO Com SABRINA CINTHIA SILVA OLIVEIRA, solteira, recepcionista, nascida em 06/02/1996 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua 18, 111, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de OLDAIR MOREIRA DE OLIVEIRA e ANDREA APARECIDA DA SILVA OLIVEIRA.

SINESIO DA SILVA, solteiro, sub gerente, nascido em 02/09/1994 em Brasília De Minas, MG, residente a Rua Randolfo Ferreira De Aguiar, 7, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de MARIA MARGARETE DA SILVA Com NATHALIA SOARES VIANA, solteira, desempregada, nascida em 08/07/1993 em Carlos Chagas, MG, residente a Rua Randolfo Ferreira De Aguiar, 7, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de VALDECIR GONCALVES VIANA e RAQUEL SOARES DE JESUS.

LUCAS JOSE CARNEIRO MACIEL, solteiro, estudante, nascido em 02/10/1992 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Campo Formoso, 214, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de CLAUDIO MANOEL MACIEL e GLAUCIA MARA CARNEIRO MACIEL Com STELLA DA SILVA LOPES, solteira, farmacêutica, nascida em 17/11/1990 em São Paulo, SP, residente a Rua Campo Formoso, 214, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de ARTUR REGIS DUTRA LOPES e FATIMA MARIA DA SILVA LOPES.

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847

THIAGO GOES DE FREITAS, solteiro, pintor, nascido em 24/05/1981 em Itabuna, BA, residente a Rua JK, 23, Cabana, Belo Horizonte, filho de REINALDO DE FREITAS MATOS e MAJUDIL CARDOSO GOES DE FREITAS Com ARIANE DOS SANTOS VIEIRA, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 17/06/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua JK, 23, Cabana, Belo Horizonte, filha de ANTONIO ALVES VIEIRA e MARIA AUXILIADORA DOS SANTOS. ALEXANDRE JOSE CORDEIRO MARTINS, solteiro, engenheiro civil, nascido em 09/08/1982 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Costa Do Marfim, 140 201, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filho de ODALBERTO JOSE LOPES e MARIA JOSE CORDEIRO MARTINS Com ROBERTA ASSUMPCAO NOVAES, solteira, advogada, nascida em 16/03/1981 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Nunes Vieira, 436 102, Santo Antonio, Belo Horizonte, filha de CLAUDIO VIANNA NOVAES e MARTA RASO ASSUMPCAO VIANNA NOVAES.

GREGORIO SOARES DA SILVA, divorciado, pedreiro, nascido em 18/03/1962 em Ataleia-mg MG, residente na Rua Professor Tavares Paes, 369/aa, Belo Horizonte MG, filho de SEBASTIAO SOARES DA SILVA e MARIA LOPES DA SILVA Com DENISE RAQUEL MOREIRA FLORES, solteira, cuidadora de idosos, nascida em 19/04/1968 em Betim MG, residente na Rua M, 130 Ca A, Vespasiano MG, filha de RAIMUNDO ALVES FLORES e IRANY MOREIRA MATTOS FLORES. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 01/11/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende - Oficial do Registro Civil. 10 editais.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS EXPEDIENTE DE 30/10/2017 00037 - Número TJMG: 002495065380-8 Numeração única: 0653808.35.1995.8.13.0024 Autor: Massa Falida de Ponta Engenharia Ltda; Réu: Massa Falida de Ponta Engenharia Ltda 1. Trata-se da Falência de Ponta Engenharia Ltda.2. À f. 5837 a arrematante, Sônia Maria Diamantino, informa que ao solicitar a expedição da carta de arrematação referente aos imóveis por ela adquiridos deixou de incluir a unidade 304. Assim, a carta expedida está incompleta, pois constou um total de 0,098838 (9,88%) e não 0,118271 (11,82%) das frações ideais dos móveis arrematados. Requer a expedição de nova carta de arrematação com os dados corretos. Juntou documentos às fl. 5838/5853.3. Em análise aos documentos juntados pela requerente constata-se o erro apontado. Constam da carta de arrematação de f. 5839 apenas os

imóveis 203 (fração ideal 0,019433), 303 (fração ideal 0,019433), 401 (fração ideal 0,019433), 402 (fração ideal 0,019433) e 602 (fração ideal 0,021106), num total de 0,098838, sendo que o arrematado pela requerente corresponde a 11,82%.4. Por se tratar de mero erro material, entendo ser desnecessária a intimação do leiloeiro, Síndico e Ministério Público no caso. Adema Ademais, a carta expedida anteriormente foi devolvida pela parte (f. 5839).5. Assim, com o recolhimento das custas devidas, se existentes, expeça-se a segunda via da competente carta de arrematação, observando-se os dados corretos passados às fl. 5837/5838.6. Cumpra-se. **averbado** SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS EXPEDIENTE DE 30/10/2017 00042 - 1130072.95.2013.8.13.0024 Autor: Massa Falida de Paramar

Supermercado Ltda 1 # Diante das informações trazidas pelo Administrador Judicial às fls. 3131/3133, expeçam-se ofícios: 1.1 # Ao Juízo da 35ª Vara do Trabalho para liberar o veículo placa HGX-2649 da #restrição judicial de circulação# que consta no Detran (fl. 3062 item #2#) por ter sido arrematado em leilão realizado nestes autos falimentares. 1.2 # À Fazenda Pública Estadual determinando-se a baixa dos débitos relativos a IPVA, taxa de licenciamento e seguros obrigatórios incidentes sobre os veículos arrematados nesta falência, existentes até a data da arrematação, uma vez que os arrematantes recebem os bens livres de qualquer ônus, bem como para informar eventuais débitos para inscrição no QGC. 2- Expeça-se alvará em favor do arrematante SUPERMERCADOS BH para levantamento da quantia de R$33.380,00, devidamente atualizada desde a data do depósito ate o efetivo pagamento. 3 # Após, intime-se o i.perito para dar início aos trabalhos, disponibilizando ao expert os documentos contábeis arquivados no cofre da Secretaria.

00043 - 3289322.33.2013.8.13.0024 Autor: Locplan Locacao de Equipamentos, Representacoes e Servicos L 1 # Intime-se o credor CITIBANK para juntar aos autos termos de cessão de crédito informado às fls.5056/5057. 2 # Após, dê-se vista ao Administrador Judicial e ao Ministério Público. 00044 - Número TJMG: 002409692993-0 Numeração única: 6929930.12.2009.8.13.0024 Autor: Autovia Veículos Ltda fica o procuradora da falida, Dr. SEBASTIÃO ANANIAS DE AZEVEDO - OAB/MG 80.991-B, intimado, para que informe nos autos, o endereço do representante legal da falida.


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Governo prepara aumento de impostos Fazenda estuda MP para elevar alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins para compensar exclusão do ICMS Brasília - O Ministério da Fazenda está preparando uma medida provisória (MP) que visa aumentar as alíquotas do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Essa ação serviria para compensar as perdas na arrecadação após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em excluir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da base de cálculo dessas contribuições. A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que o governo pode perder até R$ 27 bilhões por ano, com essa decisão e para tentar recompor essas perdas, integrantes da área econômica afirmam que deve haver um aumento das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins. Hoje, as alíquotas normais do PIS/Pasep e da Cofins são de 1,65% e 7,6%, respectivamente os quais são aplicados sobre o faturamento das empresas. A MP pode propor um aumento próximo a um ponto percentual, o que elevaria a cobrança para

nelson jr. / stf

Os ministros da Corte Suprema decidiram retirar o ICMS da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins

cerca de 10%, se somadas as duas alíquotas das contribuições. A discussão do aumento das alíquotas de PIS/Pasep e da Cofins voltou à pauta no Ministério da Fazenda após ser publicado o acórdão do julgamento do Supremo sobre a exclusão do ICMS das bases das contribuições A proposta será enviada à Casa Civil para análise dos ministros e

do presidente Michel Temer, mas o aumento somente pode ser feito com mudanças na lei via MP ou projeto de lei. O Ministério prefere a edição der uma MP pois os prazos de tramitação são menores e o aumento poderia ser aprovado mais rapidamente. Entretanto, essa MP vem causando conflitos entre o Congresso e Planalto, o

que pode obrigar o governo a reajustar as alíquotas somente via projeto de lei. O presidente Michel Temer ainda não deu “sinal verde” para aprovação do reajuste, mas fontes do governo afirmam que o assunto já chegou ao Planalto e, até o momento, não houve oposição formal à elaboração da MP. O governo ainda pretende recorrer

dia 2 do segundo mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Nota: Na hipótese de o dia 2 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do art. 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, § 9o, III, “b”.

derivados de petróleo ou com álcool etílico carburante através do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis (Scanc). Arquivo magnético. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § 1º; Ato Cotepe/ICMS nº 33/2016.

março/2016. (2) Na hipótese de o dia 5 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, I, “b.1”.

ICMS - setembro - Simples Nacional - Recebimento em operação interestadual de mercadoria para industrialização, comercialização ou utilização na prestação de serviço, ficando obrigado a recolher, a título de antecipação do imposto, o valor correspondente à diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual. Recolher até o dia 2 do segundo mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Nota: Na hipótese de o dia 2 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil ICMS - outubro - contribuinte/ após, nos termos do artigo 91 da atividade econômica: indústrias Parte Geral do RICMS-MG/2002. de lubrificantes ou de combus- DAE/internet. RICMS-MG/2002, tíveis, inclusive álcool para fins Parte Geral, artigos 42, § 14, e 85, carburantes, excetuados os demais § 9º, III, “c”. combustíveis de origem vegetal. Notas: ICMS - setembro - Simples (1) O recolhimento de no míni- Nacional - contribuinte inscrito mo 90% do ICMS devido deverá no Cadastro de Contribuintes do ser efetuado até o dia 2 do mês ICMS deste Estado, em relação ao subsequente ao da ocorrência do imposto correspondente à subsfato gerador. O ICMS restante tituição tributária, diferencial de deverá ser pago até o dia 8 do mês alíquota e antecipação, informado subsequente ao dessa ocorrência. na Declaração de Substituição (2) Na hipótese de o dia 2 não ter Tributária, Diferencial de Alíquota expediente bancário, o pagamento e Antecipação (DeSTDA). DAE/ será efetuado no primeiro dia útil internet. RICMS-MG/2002, Parte após, nos termos do artigo 91 da Geral, artigo 85, § 9º, III, “d”. Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, ICMS - Scanc – outubro - operaParte Geral, artigo 85, I, “p” e “p.1”. ções interestaduais com combustíveis derivados de petróleo e com ICMS - setembro - Simples álcool etílico anidro carburante Nacional - operações sujeitas ao – Scanc - o contribuinte que tiver regime substituição tributária. Na recebido o combustível de outro hipótese dos artigos 12 a 16, 73, IV, contribuinte substituído deverá e 75 do anexo XV da parte 1 do entregar as informações relativaRICMS-MG/2002, o imposto será mente ao mês imediatamente anterecolhido até o dia 2 do segundo rior, das operações interestaduais mês subsequente ao da ocorrência que promover com combustíveis do fato gerador. DAE/internet. derivados de petróleo ou com RICMS-MG/2002, Parte Geral, álcool etílico anidro carburante. artigo 85, § 9º, III, “a”. Arquivo magnético. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § ICMS - setembro - Simples Na- 1º; Ato Cotepe/ICMS nº 33/2016. cional - recolhimento do imposto relativo às operações com farinha ICMS - Scanc - outubro - operade trigo e mistura pré-preparada ções interestaduais com combusde farinha de trigo prevista no tíveis derivados de petróleo e com RICMS-MG/2002, anexo IX, parte álcool etílico anidro carburante – 1, artigo 422, realizadas por co- Scanc - importador - entrega das mércio ou indústria optantes pelo informações relativas às operações Simples Nacional. Recolher até o interestaduais com combustíveis

ICMS - Dapi 1 – outubro - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: indústria de bebidas; atacadista ou distribuidor de bebidas, de cigarros, fumo em folha e artigos de tabacaria e de combustíveis e lubrificantes; prestador de serviço de comunicação, exceto de telefonia. Internet. RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, I, § 1º, I.

Dia 3 ICMS - outubro - contribuinte/ atividade econômica: distribuidor de gás canalizado; prestador de serviço de comunicação na modalidade telefonia; gerador, transmissor ou distribuidor de energia elétrica; indústria de bebidas; e indústria do fumo. Notas: (1) O recolhimento de no mínimo 90% do ICMS devido deverá ser efetuado até o dia 2 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. O ICMS restante deverá ser pago até o dia 6 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. (2) Na hipótese de o dia 2 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, I, “e.1”.

Dia 4

Dia 6 ICMS - outubro - operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo e com álcool etílico anidro carburante – Scanc - contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente de contribuinte substituto. Arquivo magnético. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § 1º; Ato Cotepe/ICMS nº 33/2016. ICMS - terceiro decêndio de outubro - contribuinte/atividade econômica: venda de café cru em grão realizada em Bolsa de Mercadorias ou de Cereais pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento com intermediação do Banco do Brasil, referente aos fatos geradores ocorridos no 3o decêndio do mês anterior, compreendido entre os dias 21 e último do próprio mês. Nota: Na hipótese de o dia 5 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XIV, “c”. ICMS - outubro - contribuinte/ atividade econômica: comércio atacadista ou distribuidor de lubrificantes ou de combustíveis, inclusive álcool para fins carburantes ou biodiesel B100, excetuados os demais combustíveis de origem vegetal. Notas: (1) O pagamento deve ser efetuado até o dia 5 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Prazo a ser observado a partir dos fatos geradores ocorridos em

ICMS – outubro - contribuinte/ atividade econômica: comércio atacadista ou distribuidor de bebidas. Notas: (1) O pagamento deve ser efetuado até o dia 5 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Prazo a ser observado a contar dos fatos geradores ocorridos em março de 2016. (2) Na hipótese de o dia 5 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, “b.6”.

ao STF para que a alteração só passe a ter efeito em 1º de janeiro de 2018 e não retroativamente. Base menor - Antes da decisão do STF, o PIS/Pasep e a Cofins eram calculados sobre uma base maior, que incluía o ICMS. Após a decisão, as bases de cálculo dessas contribuições ficaram menores. Isso agradou os contribuintes, pois o pagamento dessas contribuições reduziu. Em contrapartida, houve a redução da arrecadação e o governo não quer que sua receita diminua, por isso tem essa intenção de aumentar as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins. Porém, o governo teme que a decisão de aumentar as alíquotas abra espaço para os contribuintes, que se sintam lesados com a decisão, acionem a União para recuperar os tributos pagos a maior antes da decisão de reduzir o ICMS das bases das contribuições. Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a União corre o risco de ter que pagar até R$ 100 bilhões em processos referentes aos últimos cinco anos. (AE)

I, “e”, da Parte Geral do RICMS-MG/2002. Notas: (1) O pagamento deve ser efetuado até o dia 5 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Prazo a ser observado a contar dos fatos geradores ocorridos em março de 2016. (2) Na hipótese de o dia 5 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, “b.11”.

ISSQN - outubro - contribuintes em geral - contribuintes do ISSQN, à exceção dos profissionais autônomos, deverão, mensalmente, apurar e recolher o imposto até o dia 5 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Nota: Sempre que o dia de vencimento e/ou prazo para recolhimento recaírem em final de semana ou feriado, prevalecerá, para todos os efeitos, o dia ICMS - outubro - contribuinte/ útil subsequente (CTN, artigo 210). atividade econômica: comércio Guia de recolhimento/internet/ atacadista de cigarros, de fumo sistema BH ISS Digital. Decreto em folha beneficiado ou de outros nº 11.956/2005, artigo 13, caput; artigos de tabacaria. Notas: Decreto nº 13.822/2009. (1) O pagamento deve ser efetuado até o dia 5 do mês subsequente ICMS - outubro - operações ao da ocorrência do fato gerador. interestaduais com combustíveis Prazo a ser observado a contar derivados de petróleo e com áldos fatos geradores ocorridos em cool etílico anidro carburante – março de 2016. Scanc - importador - entrega das (2) Na hipótese de o dia 5 não ter informações relativas às operações expediente bancário, o pagamento interestaduais com combustíveis será efetuado no primeiro dia útil derivados de petróleo ou com álapós, nos termos do artigo 91 da cool etílico carburante através do Parte Geral do RICMS-MG/2002. Sistema de Captação e Auditoria dos DAE/internet. RICMS-MG/2002, Anexos de Combustíveis (Scanc). Parte Geral, artigo 85, “b.7”. Arquivo magnético. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § ICMS - outubro - contribuinte/ 1º; Ato Cotepe/ICMS nº 33/2016. atividade econômica: extrator de substâncias minerais ou fósseis. ICMS - outubro - contribuinte/ Notas: atividade econômica: distribui(1) O pagamento deve ser efetu- dor de gás canalizado; prestador ado até o dia 5 do mês subsequente de serviço de comunicação na ao da ocorrência do fato gerador. modalidade telefonia; gerador, Prazo a ser observado a contar transmissor ou distribuidor de dos fatos geradores ocorridos em energia elétrica; indústria de bemarço de 2016. bidas; e indústria do fumo. Notas: (2) Na hipótese de o dia 5 não ter (1) Recolhimento do saldo reexpediente bancário, o pagamento manescente de ICMS, em geral será efetuado no primeiro dia útil 10%. Novos percentuais válidos a após, nos termos do artigo 91 da contar da competência de março Parte Geral do RICMS-MG/2002. de 2016. DAE/internet. RICMS-MG/2002, (2) Na hipótese de o dia 6 não ter Parte Geral, artigo 85, “b.10”. expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil ICMS - outubro - contribuinte/ após, nos termos do artigo 91 da atividade econômica: prestador de Parte Geral do RICMS-MG/2002. serviço de comunicação, exceto DAE/internet. RICMS-MG/2002, telefonia para o qual serão obser- Parte Geral, artigo 85, I, “e.2”, §§ vadas as condições do artigo 85, 2º e 8º.


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2017

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

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Semeando Letras Estão abertas até o próximo dia 21 as inscrições para a etapa final do fórum técnico Semeando Letras: Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, que será realizado de 22 a 24 deste mês, no Auditório José Alencar Gomes da Silva da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho, Belo Horizonte). O filósofo José Castilho Marques Neto e o secretário de Estado de Cultura do Ceará, Fabiano Santos Piúba, são dois dos nomes confirmados como expositores na etapa final. Os interessados em participar podem se inscrever pelo link goo.gl/zJphkX.

Circuito do Turismo Empresários de Nova Lima e região se reúnem, dos dias 6 a 9, para o Circuito do Turismo Empreendedor, iniciativa da Secretaria de Turismo da Prefeitura de Nova Lima, com apoio do Senac, que terá palestras e encontros gratuitos. O evento reunirá gestores de hotéis, restaurantes, agências de turismo, casas de eventos, empresas e produtores do setor gastronômico, de esportes de aventuras e ecoturismo. No dia 6, às 8h, o tema será “O turismo como fator de crescimento e desenvolvimento de Nova Lima”, no auditório do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães. No dia 7, às 8h, “Empreendedorismo e Inovação para o Turismo”, no Lions Clube. “Associação, Cooperativismo e Desenvolvimento para o Turismo” será o assunto do dia 8, às 8h, no Espaço BHZ, no Jardim Canadá. No dia 9, “Marketing e Atendimentos que Geram Vendas”, na Pousada Vila Solaris, em Macacos. Inscrições gratuitas, no local. Informações: 3581-8423.

Recursos Humanos Promover o debate sobre as boas práticas no setor de Recursos Humanos é o objetivo do 11º Fórum Sinduscon-MG Gestão de Pessoas, cujo tema é “Trabalho do Futuro versus Futuro do Trabalho”. O evento será no dia 23, no auditório da faculdade Ibmec, em BH, aberto a todos os profissionais do setor. Haverá três palestrantes convidados: A professora do Ibmec e mestre em Gestão Global de Recursos Humanos pela Universidade de Liverpool, Flávia Neves, que vai abordar as previsões do trabalho nos próximos anos. A diretora de Desenvolvimento de Pessoas e Gestão Estratégica da empresa alimentícia Forno de Minas, Hélida Stael Mendonça, que falará sobre a história da corporação e suas formas de gestão. E o diretor de criação da Nexialistas Consultores, Alberto Roitman, que abordará o tema “Novos Profissionais para um Novo Mundo”. Inscrições pelo link http://goo.gl/SJAcwP. Os inscritos devem levar dois litros de leite longa vida, que serão doados à Apae-BH.

Fundo de Cultura O edital deste ano do Fundo Estadual de Cultura (FEC), lançado nesta semana pela Secretaria de Estado de Cultura, com inscrições abertas de 7 de novembro a 7 de dezembro, disponibiliza R$ 9,5 milhões para projetos culturais que tradicionalmente encontram dificuldade em captar recursos no mercado. O repasse de recursos do FEC, ao contrário da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é direto, sem necessidade de captação junto a empresas, e contempla, de forma geral, manifestações da cultura popular, pequenas entidades, grupos e coletivos, tendo uma visão mais voltada ao interior do Estado. Neste ano, todo o processo de inscrição e apresentação de projetos será feito de forma online, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. A novidade objetiva democratizar o acesso ao edital, permitindo que maior número de pessoas participe do processo seletivo. A plataforma será disponibilizada no site www.cultura.mg.gov.br a partir do dia 7.

Candidatos ao Enem devem respeitar direitos humanos na redação Brasília - Apesar de o Inep ainda não ter sido notificado da decisão judicial que determinou a suspensão da regra do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que determina que quem desrespeitar os direitos humanos na prova de redação pode receber nota zero, a recomendação é que os candidatos sigam as regras do edital. O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse na quarta-feira (1) que a decisão judicial será respeitada, mas orientou os candidatos a respeitarem os direitos humanos na redação. “A questão dos direitos humanos é básica e fundamental, até porque estamos falando em educação, e não poderíamos ter uma linha de ação distante dessa realidade. Mas, ao mesmo tempo, temos que cumprir a decisão judicial, que leva à possibilidade de ter zero na prova. Como cautela, eu diria que o melhor é se submeter ao exame e fazer a redação respeitando os

critérios de direitos humanos”, recomendou o ministro. O ministro informou que o Inep vai recorrer da decisão até a última instância. Segundo ele, o respeito aos direitos humanos é um pressuposto constitucional elementar que não conflita com a liberdade de expressão. Ideologia e política - Mendonça Filho garantiu que as linhas de pensamento ideológicos e políticos dos candidatos serão respeitadas durante a correção da prova. “Ao mesmo tempo, jamais um ente como o MEC ou o Inep, em uma avaliação, pode aceitar teses que defendam por exemplo o holocausto, apartheid, a segregação racial, a discriminação do ponto de vista religioso, de raça”, frisou. A presidente do Inep, Maria Ines Fini, também recomendou que os direitos humanos sejam levados em conta na hora de escrever a redação. “Como cidadã e educadora, eu recomendo que

os jovens reproduzam o respeito aos direitos humanos não só na prova, mas também nas suas vidas”, ressaltou. Mesmo se a decisão da Justiça for mantida, o respeito aos direitos humanos deve ser considerado pelos candidatos que farão a prova. Isso porque uma das cinco competências avaliadas na correção da redação do Enem prevê a elaboração de uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial. Cada competência cobrada na redação recebe nota que varia de 0 a 200 pontos. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anula apenas o item do edital que prevê a anulação da prova de alunos que dissertarem contra os direitos humanos. Nos anos anteriores, provas foram anuladas por causa dessa exigência. (ABr)

CULTURA ADRIANA MOURA/DIVULGAÇÃO

do Brasil. Dudude convida o público a uma viagem pelo Brasil, de norte a sul, de leste a oeste. A travessia é feita por um corpo urbano de arte, que atravessa cada som a partir das habilidades do movimento. Quando: De sexta-feira (3) a domingo (5), às 20h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal, Centro, Belo Horizonte) Cordel

Dança Espetáculo - “Sublime Travessia”, espetáculo concebido e encenado pela bailarina Dudude, tem como inspiração o hino nacional e a riqueza rítmica e cultural

Mostra - A exposição “Folhetos de Cordel Portugueses Coleção Arnaldo Saraiva”, reunirá cerca de 150 folhetos, cobrindo mais de três séculos e meio da literatura de cordel em Portugal, pertencentes à mais vasta coleção particular que se conhece, de Arnaldo Saraiva. O colecionador estará presente à abertura e irá ministrar uma palestra. Quando: Terça-feira (7), às 19h30, abertura. Visitação, até dia 26

KIKA ANTUNES/DIVULGAÇÃO

Quanto: Entrada Gratuita Onde: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Centro, Belo Horizonte) Marcelo Veronez Show - Após o imenso sucesso da estreia oficial no Teatro Sesiminas, com ingressos esgotados, o cantor Marcelo Veronez leva ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec o show de seu primeiro disco, “Narciso Deu Um Grito”. O show seguirá o mesmo roteiro da estreia, com participações dos coletivos toda deseo e bacurinhas e da cantora Josi Lopes. Quando: Terça-feira (7), às 20h Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) no primeiro lote e R$ 20 (inteira) e 10 (meiaentrada) Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte) Concertos para Bebês Musicais - O espetáculo “Concertos para Bebês Brasil”,

com roteiro e direção de Cássio Pinheiro e arranjos musicais do multi-instrumentista André Durval, é dedicado à criança em sua primeira infância e oferece aos pequenos a oportunidade de vivenciar os sons do cotidiano e da natureza por meios dos instrumentos musicais. Quando: Dias 4, 5, 11 e 12. Sábados e domingos, às 11h Quanto: R$ 70 (Inteira), R$ 35 (Meia) ou R$ 30 nos postos de

venda do Sinparc (Biblioteca Pública Luiz de Bessa e site www.vaaoteatromg.com.br) Onde: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, S/N, Parque Municipal, em Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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