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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.502 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

Varejo na capital mineira está confiante para o Natal deste ano Principal data para o setor pode injetar R$ 3,06 bilhões na economia de Belo Horizonte Em 2017, o setor espera uma alta de 1,42% nas vendas da data, na comparação com o ano anterior, promovendo uma injeção de recursos na economia do município da ordem de R$ 3,06 bilhões. Ao todo, 65,5% dos lojistas da região acreditam que o comércio de produtos será melhor ou muito melhor que em 2016, percentual significativo quando confrontado com o do ano passado (38,3%). Os dados fazem parte da pesquisa divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O otimismo entre os empresários apontado pelo levantamento é o maior dos últimos dois anos na Capital. A razão para isso, segundo a entidade, está no início da recuperação econômica do País, que ocorre com a melhora de indicadores como inflação e taxa de juros - em queda - assim como o desemprego, que também, gradualmente, vem apresentando redução. Para 2017, apenas 6,9% dos lojistas creem em vendas muito piores ou piores do que em 2016. Entre os produtos que devem ter maior saída no Natal, as roupas aparecem em primeiro lugar (28,8%). Pág. 3

ALISSON J. SILVA

Boa parte dos empresários, apesar da expectativa por incremento, informou que vai encomendar a mesma quantidade de 2016

Industrial está mais otimista com o Falta de chuvas na região Noroeste atual cenário para realizar negócios prejudica as operações da Kinross O empresariado industrial de Minas demonstrou otimismo pelo terceiro mês consecutivo. Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 56,4 pontos, sendo o melhor resultado do ano. Em setembro e outubro, o resultado

foi, respectivamente, de 55 e 55,1 pontos. Em novembro de 2016, o indicador ficou em 51 pontos. A avaliação positiva se refere a empresas de todos os portes, ao momento atual de negócios e também às expectativas para os próximos seis meses. Pág. 7

Impactada pela escassez de chuvas, o que prejudicou as operações e chegou inclusive a provocar a paralisação de uma de suas plantas de beneficiamento no Estado, a produção da canadense Kinross Gold Corporation caiu neste ano. Até DIVULGAÇÃO

setembro, a queda apurada no volume produzido em relação ao mesmo período de 2016 foi de 18%. A mineradora produziu 293,9 mil onças de ouro no seu complexo minerário de Paracatu, na região Noroeste do Estado. Pág. 6

Vocação para pesquisa coloca Itajubá em destaque Um levantamento parcial sobre o ambiente de startups no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), revela que Itajubá, localizada no Sul de Minas Gerais, ocupa o primeiro lugar no ranking das 20 cidades com maior eficiência em geração de startups no País. Com cerca de 100 mil habitantes, a cidade tem forte vocação na pesquisa científica. Uberaba aparece em sexto lugar, seguida de Juiz de Fora, em 13º. Pág. 11 ALISSON J. SILVA

Somente na primeira fase o projeto contará com uma área construída de 23 mil metros quadrados

BCR investe R$ 50 milhões em CD na Bahia A nova área de armazenamento está sendo implantada no município de Feira de Santana, na Bahia. Com capital 100% próprio, o empreendimento entrará em operação no primeiro

semestre de 2018 com a estimativa de gerar centenas de empregos na região. O novo centro, que será erguido às margens da BR 324, um importante entroncamento rodoviário no País,

OPINIÃO

EDITORIAL

As viagens que os parlamentares empreendem ao exterior sempre foram alvo de críticas, seja pelo seu comportamento malsoante, seja pelo seu elevado custo, sem nenhum proveito capaz de justificá-las. Em recente levantamento feito pelo “Estadão”, veio a lume o valor da diária paga na viagem feita, no início do mês, pela comitiva de nove deputados comandada por Rodrigo Maia, equivalente a quase o dobro do salário mínimo (US$ 550 ou R$ 1.793). O abuso é cometido indistintamente por todos os partidos. O vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), retornou de uma feira de tecnologia em Las Vegas, embora não se recorde, sequer, do que teria obtido de proveitoso naquele evento. (Aristoteles Atheniense), pág. 2 Dólar - dia 23

Euro - dia 23

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2219 Venda: R$ 3,2224

ofertará um mix de produtos da ordem de 9 mil itens. A BCR (detentora das marcas Bartofil, Cotril e Ormel Distribuidoras) está sediada em Ponte Nova, na Zona da Mata. Pág. 5

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, começou a semana batendo na mesma tecla: para ele, se a reforma da Previdência, mesmo que desidratada, não for aprovada a gestão das contas públicas no País poderá, já no próximo ano, escapar ao controle. Meirelles tem jogado duro, embora costume mudar de tom, mais ou menos alarmista, quando trata do assunto e agora parece querer dar um recado aos políticos que sem qualquer disfarce transformaram a reforma em moeda de troca. E embora o preço esteja sendo pago, envolvendo, como acaba de acontecer, o Ministério das Cidades e suas quatro secretarias, num virtual loteamento, muitos acreditam que a mercadoria não será entregue. “A política na sua pior face”, pág. 2

Venda: R$ 3,8350

Poupança (dia 24): ............ 0,4690%

Turismo

Ouro - dia 23

IPCA-IBGE

Compra: R$ 3,2070 Venda: R$ 3,3700

Nova York (onça-troy): US$ 1.291,14

IPCA-Ipead (Outubro): ..... 0,29%

R$ 133,10

IGP-M (Outubro): ................... 0,20%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,2365 Venda: R$ 3,2371

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 24): ............................. 0,0000%

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Itajubá é sede de empresas com elevado nível tecnológico


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OPINIÃO A complacência desmedida ARISTOTELES ATHENIENSE * A seriedade que a opinião pública reclama da Câmara dos Deputados não fica limitada aos fatos obscenos ocorridos naquela Casa, ou aos pronunciamentos chulos de seus integrantes, revelando, na sua maioria, total despreparo para o exercício do mandato. As viagens que os parlamentares empreendem ao exterior sempre foram alvo de críticas, seja pelo seu comportamento malsoante, seja pelo seu elevado custo, sem nenhum proveito capaz de justificá-las. Em recente levantamento feito pelo “Estadão”, veio a lume o valor da diária paga na viagem feita, no início do mês, pela comitiva de nove deputados comandada por Rodrigo Maia, equivalente a quase o dobro do salário mínimo (US$ 550 ou r$ 1.793). Vale, ainda, ressaltar que 30% das passagens aéreas pagas pela Câmara são em classe executiva, correspondendo a três vezes o preço de uma passagem em classe econômica. Constitui exigência interna que, ao retornar do estrangeiro, o deputado informe detalhadamente os gastos feitos, acrescidos de

um relatório especificando a finalidade da viagem, se participou de algum simpósio, se avistou-se com autoridades locais. É indispensável demonstrar o proveito que o País obteve com a saída de um seu representante em cumprimento de missão oficial. Inobstante essa determinação, há prestações de contas pendentes desde 2005, sem que fosse oferecido um motivo razoável para esse atraso de 12 anos. O abuso é cometido indistintamente por todos os partidos. O vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), retornou de uma feira de tecnologia em Las Vegas, embora não se recorde, sequer, do que teria obtido de proveitoso naquele evento. O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que frequentemente recebe Temer em sua casa, entre 2005 e 2017 realizou dezessete viagens, sendo que oito delas somente em 2016. Indagado por uma jornalista a respeito de sua ida a Paris no 51º Salão da Aeronáutica e do Espaço, invocou a sua condição de vice-presidente do Parlamento Latino-Americano, respondendo: “Temos de acabar com essa

mania de cachorro vira-lata. O Brasil quer ou não quer ser grande?” O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino, em menos de uma semana, esteve na Suécia, Espanha e França, permanecendo dois dias em Paris, onde cumpriu “despachos internos...”. Assiste razão ao professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto Romano, ao considerar que: “Em se tratando de dinheiro público, um centavo é um tesouro. Não há o direito em não prestar contas de tudo o que você gastou. Do ponto de vista ético, é preciso prestar contas não apenas formais (…), mas trazer os resultados parciais do que foi discutido para distribuir aos seus pares e à sociedade”. As recentes idas de Michel Temer e Rodrigo Maia ao estrangeiro, levando consigo os seus apaniguados, concorrem para que subsista esta prática comprometedora, que não pode perdurar. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do Iamg

Um socialista no armário PERCIVAL PUGGINA * Pretendia contar o número de empresas, institutos e fundações estatais existentes no Brasil, considerando União, Estados e municípios. Comecei com determinação, mas desisti. Levei um susto! Quem quiser sentir a pujança do estatismo nacional vá à página da Wikipedia que tem a lista. Estamos falando de muitas centenas, senão de milhares desses entes. O Brasil é um país socialista, que muitos, sacudindo bandeiras vermelhas, se esforçam para tirar do armário. Armário cheio de esqueletos. A União tem 148 empresas estatais! Trinta por cento, segundo editorial de O Globo do dia 19 de agosto de 2016, criadas durante os governos petistas. Anos de gritaria contra privatizações e discursos de que “Estão vendendo tudo!” me levaram, ingenuamente, a crer que de fato estivessem. Mas era berreiro na sala, para distrair, enquanto a cozinha produzia novas iguarias para o cardápio político. A mesma matéria de O Globo conta que entre o fatídico ano de 2003 e 2015, esses filhotes do amor petista pelo Estado pagaram R$ 5,5 bilhões em salários e totalizaram um prejuízo de R$ 8 bilhões. A mais engenhosa das novas estatais foi concebida no PAC 2. É a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que absorveria a tecnologia do trem-bala e executaria o projeto da ligação de alta velocidade entre Rio e São Paulo. A empresa, descarrilada desde sua criação em 2008, é totalmente dependente do Tesouro. O formidável e assustador conjunto das “nossas” estatais é parte ponderável dos problemas do Brasil. No entanto, o Instituto Paraná Pesquisas revelou, há três meses, que 61% dos brasileiros são contra privatizações feitas pelo setor privado. Pelo jeito, preferem as “privatizações” caseiras, as notórias apropriações, por partidos, sindicatos e líderes políticos, de tudo que for estatal. Se é para ser abusado que seja pelos de sempre. Trata-se de um vício do nosso presidencialismo.

Quem governa comanda a administração e chefia o Estado, estendendo as mãos sobre o que puder alcançar em suas instituições. É nos estofados desses grandes gabinetes que a “privatização” do Estado proporciona os melhores orgasmos do poder. Em outras palavras: a experiência política e administrativa nos evidencia que empresas estatais realmente devotadas ao interesse público são fenômeno incomum. Como regra, resultam submetidas às conveniências privadas que descrevi acima. São nichos de usufruto e poder que pouco têm a ver com o bem nacional. Dentro desses domínios nascem as maiores reações a qualquer transferência que conduza ao desabrigo do Tesouro e às aflições do livre mercado. A ninguém entusiasma a ideia de remover o assento da poltrona e alinhá-lo à reta da competitividade. A doutrinação socialista cumpre seu papel, ensinando que estatal é sinônimo de público, de social, e imune a interesses privados. Empresas estatais seriam como santuários de desprendimento e abnegação. Sim, claro. O Mensalão não existiu e a Lava Jato, você sabe, foi criada para impedir a alma mais honesta do Brasil de retornar à Presidência. E quando um partido sai, vem o outro para fazer a mesma coisa? - perguntará um leitor estrangeiro. Nem sempre, prezado visitante. Se o serviço for bem-feito, a privatização partidária de um ente estatal pode ser anterior e se perpetuar além do governo desse partido. Quem duvida olhe para o Ministério de Educação e para as universidades públicas. Ali se educa a nação para amaldiçoar a iniciativa privada, amar o Estado, abrir o armário, e fornecer, nos ambicionados concursos públicos, respostas de acordo com o que pensa a banca. * Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor

Mutuários recebem proposta da Caixa KÊNIO DE SOUZA PEREIRA * Diante da necessidade de aumentar o capital próprio para continuar emprestando, os funcionários da Caixa Econômica Federal passaram a ligar para milhares de mutuários sugerindo a eles que saquem o saldo do FGTS para quitar as prestações ou parte do saldo devedor do financiamento imobiliário, o que resultará na redução do valor das prestações vincendas. Os mutuários têm se surpreendido com a ligação, mas devem ficar tranquilos, pois a proposta é séria, sendo que nos contratos assinado há anos contêm tal possibilidade. O funcionário da Caixa demonstra saber todos os dados do financiamento, os saldos das contas do FGTS e esclarece as alternativas do novo ajuste para incentivar o mutuário a aceitar a proposta. Matematicamente, pode ser bom para o mutuário que geralmente está pagando ao ano entre 9% a 13% de juros, mais TR, conforme a modalidade do empréstimo. Pelo valor que está depositado no FGTS o trabalhador/mutuário recebe apenas 3% de juros ao ano, mais TR, sendo, portanto, interessante reduzir uma dívida que lhe acarreta juros superiores. Por outro lado, cabe ao mutuário entender que, caso venha a perder o emprego deixará de ter uma reserva que o ajudará a passar pelo período que viesse a ficar desempregado. Conforme decisão de 2009 do Acordo de Basileia, o Índice de Basileia (que demonstra quanto de capital dos sócios o banco tem em relação aos

recursos emprestados) deve ser no mínimo 11%. Em outras palavras, a cada R$ 100,00 emprestados pelo banco, R$ 11,00 deve ser capital do próprio e não de correntista. Essa regra foi criada para reduzir o risco bancário no mundo. Em 18 de outubro deste ano, os noticiários informaram que a Caixa Econômica Federal havia pedido socorro ao Tesouro Nacional, solicitando aporte financeiro para não descumprir o Acordo de Basileia. Tendo a Caixa que se adequar, o governo federal teria que injetar mais capital ou então adotar medidas que visassem reduzir o volume de empréstimos já realizados. Considerando que não há como retirar dinheiro do orçamento para capitalizar a Caixa, se especulou que ela venderia 10 bilhões em créditos ao BNDES, que possui índices mais confortáveis. Pelo visto o governo preferiu adotar medidas que estimule os devedores a pagar com maior celeridade suas dívidas com a Caixa, a qual tem adotado medidas para equilibrar seu balanço. Sem aumentar seu capital próprio ou receber seus créditos não há como a Caixa realizar novos empréstimos. O mutuário adere à proposta de usar seu FTGS se desejar, sendo que os contratos de financiamento já preveem duas opções. Pode quitar as prestações ou quitar parte do saldo devedor e assim reduzir o valor das prestações. Se optar pela quitação das prestações finais do financiamento com o FGTS, mantendo assim o

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* Advogado e Presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-MG, Conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário de MG e do Secovi-MG, Professor da pós-graduação da Escola Superior de Advocacia da OAB-MG

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pagamento mensal das prestações que continuam a vencer, sem qualquer alteração do valor, é necessário analisar o caso concreto. Em geral a taxa de juros de um financiamento aumenta conforme o prazo, ou seja, quanto maior o tempo mais elevada a taxa. Se o prazo é menor, por exemplo 15 anos, a taxa seria 10% ao ano. Entretanto, já que o mutuário contratou um prazo por exemplo, de 30 anos e a taxa foi 12%, ao quitar as prestações finais o prazo reduziria. Entretanto, a taxa não cairia de 12% para 10%. Por outro lado, ao diminuir o número de meses a pagar, o mutuário elimina também as taxas que incidem sobre o financiamento, como o seguro por Morte e Invalidez Permanente (MIP), o IOF e a Taxa Referencial (TR). Preferindo o mutuário quitar parte do saldo devedor, resultará na redução imediata do valor da prestação, já que a dívida será menor e será quitada no mesmo prazo original do contrato. Cabe ao mutuário analisar qual a melhor opção, especialmente diante da economia em baixa que tem aumentado a possibilidade de perda do emprego.

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A política na sua pior face O ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, começou a semana batendo na mesma tecla: para ele, se a reforma da Previdência, mesmo que desidratada, não for aprovada a gestão das contas públicas no País poderá, já no próximo ano, escapar ao controle. Meirelles tem jogado duro, embora costume mudar de tom, mais ou menos alarmista, quando trata do assunto e agora parece querer dar um recado aos políticos que sem qualquer disfarce transformaram a reforma em moeda de troca. E embora o preço esteja sendo pago, envolvendo, como acaba de acontecer, o Ministério das Cidades e suas quatro secretarias, num virtual loteamento, muitos acreditam que a mercadoria não será entregue. O que se diz em Brasília, claramente, é que a proximidade das eleições torna o assunto extremamente indigesto para os deputados, sobretudo quando colocados diante da ameaça de que a dança de cadeiras possa alcançar proporções inéditas nas É disso que se trata eleições de e é assunto muito outubro de 2018. É do jogo político, sério para acabar dirão, talvez, os mais céticos. transformado em Certamente que não é bem assim. motivo de barganha A real situação da em que um punhado Previdência Social no País, cabe de votos pode ter reconhecer, pode ser definida como o preço de um uma caixa-preta, ministério inteiro cujo conteúdo ainda não foi revelado, da mesma forma que o governo prefere não apontar a real natureza do déficit, que, ao fim e ao cabo, produz um desequilíbrio fiscal que, se não for contido, pode realmente paralisar a administração pública. É disso que se trata e é assunto muito sério para acabar transformado em motivo de barganha em que um punhado de votos pode ter o preço de um ministério inteiro. E de “porteiras fechadas” como apontariam os cínicos. Com tudo que vem acontecendo no País, com o desgaste do qual são poucos os políticos que ainda escapam, é absolutamente impressionante que a toada continue sendo a mesma. São poucos, dentre os políticos, os que aceitam discutir a questão nos seus devidos termos. Quem é “da base” parece interessado exclusivamente em determinar quanto pode valer seu voto e quem está do outro lado repete o gesto automático de ser contra. A recente fala do ministro da Fazenda não poderia ou não deveria simplesmente cair no vazio, seja de elogios dóceis ou de críticas robotizadas. Alguém, e o espaço mais natural para isso está justamente na política, deveria se ocupar, diligentemente, de garimpar a verdade, para assim ajudar a encontrar as respostas que são de interesse da sociedade e, claro, deveriam ser também o único balizamento para a decisão a ser tomada. Nas condições que se apresentam algo muito próximo da utopia, quando, na realidade, deveria ser apenas a expressão do cotidiano.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA VAREJO

Belo Horizonte está confiante para o Natal Setor espera alta de 1,42% nas vendas do período frente a 2016, com previsão de girar R$ 3,06 bilhões GABRIELA PEDROSO

O varejo na capital mineira está confiante para o Natal deste ano. Em 2017, o setor espera uma alta de 1,42% nas vendas da data, na comparação com o ano anterior, promovendo uma injeção de recursos na economia do município da ordem de R$ 3,06 bilhões. Ao todo, 65,5% dos lojistas da região acreditam que o comércio de produtos será melhor ou muito melhor que em 2016, percentual significativo quando confrontado com o do ano passado (38,3%). Os dados fazem parte da pesquisa divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O otimismo entre os empresários apontado pelo levantamento é o maior dos últimos dois anos na Capital. A razão para isso, segundo a entidade, está no início da recuperação econômica do País, que ocorre com a melhora de indicadores como inflação e taxa de juros - em queda assim como o desemprego, que também, gradualmente, vem apresentando redução. Para 2017, apenas 6,9% dos lojistas creem em vendas muito piores ou piores do que em 2016. O setor estima que o tíquete médio para o Natal deste ano também seja superior.

De acordo com os entrevistados, os belo-horizontinos devem gastar em torno de R$ 139,83 com cada presente. Em 2016, o valor projetado foi de R$ 104,56, enquanto em 2015 a previsão era de uma despesa equivalente a R$ 88,56. Cada consumidor, no entanto, deverá comprar apenas um presente na data, na opinião de 55% dos comerciantes. “O índice de confiança do empresário tem melhorado exatamente por causa dos dados macroeconômicos também melhorados. Temos inflação menor, taxa de juros tendendo a 7% - um dos menores valores de todos os tempos -, desemprego caindo, além do fato que tivemos FGTS de contas inativas sendo pago durante boa parte deste ano, o que ajudou a diminuir a inadimplência. Com isso, acreditamos que agora vai sobrar uma parcela maior do 13º salário do consumidor para as compras”, analisa o vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar. Produtos - Entre os produtos que devem ter maior saída no Natal, as roupas aparecem em primeiro lugar (28,8%), seguidas por calçados/acessórios (15,9%) e brinquedos (9,9%), que fecham o Top 3. A sequência é a mesma projetada há um ano, quando as roupas res-

ALISSON J. SILVA

pondiam por um universo de 38,6%, acompanhada de calçados (16,2%) e brinquedos (6,6%). Boa parte dos empresários de Belo Horizonte (37,8%), apesar da expectativa por incremento nas vendas de Natal, informou que vai encomendar a mesma quantidade de produtos de 2016. A diferença em 2017 é o crescimento no número de lojistas que projetam um estoque maior para este ano: 27,9%, alta de 12,6 pontos percentuais frente ao ano anterior.

revela preferência por pagar à vista. Na semana que vem, divulgaremos o levantamento com o consumidor e vamos ver se isso vai se confirmar”, diz Gaspar.

Pagamento - A forma de pagamento mais utilizada no Natal, na opinião de 55% dos comerciantes, será a parcelada no cartão de crédito, seguida pelo cartão de débito (18,5%) e dinheiro (13,8%). Gaspar explica que os lojistas apostam no parcelamento por acreditar que o belo-horizontino possa presentear mais de uma pessoa na data. As últimas pesquisas, segundo o vice-presidente da CDL-BH, mostram, no entanto, que o consumidor tem evitado dividir o valor das compras. “O empresário acredita que, como o consumidor pode comprar mais presentes, a venda será maior e ele vai ter de parcelar. Entretanto, não é o que tem sido visto nas últimas pesquisas, nas quais o belo-horizontino

Consumidores desconfiam da Black Friday

Estratégias - Para atrair os consumidores, 22,3% dos lojistas apostam em estratégias de divulgação dos produtos, enquanto 21,5% vão investir em promoções e liquidações e 19,5% em decoração dos estabelecimentos. Para a divulgação, 48,6% dos empresários pretendem utilizar as redes sociais. Roupas, calçados e brinquedos devem ter maior procura

Três pesquisadores divulgaram uma pesquisa que coloca em dúvida a credibilidade de grandes ações do varejo, como a Black Friday. Segundo eles, apesar de um calendário fora de época para o comércio, poucos consumidores acreditam, de fato, nas promoções oferecidas na data. A pesquisa foi conduzida pelos Alberto Guerra, Flávia Ghisi e Marcos Angeli, que atuam em instituições como FEA/USP, FIA (Fundação Instituto de Administração) e FGV. Segundo eles, apesar de consolidada, a Black Friday desfruta de baixa credibilidade entre os clientes. Segundo o estudo, 74% dos consumidores ouvidos

acreditam que poucas promoções são reais, pois muitas são mascaradas, e metade destes não vê vantagens na maior parte das ofertas. A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2017, com 752 entrevistados de todas as regiões brasileiras. A amostra inclui consumidores com diversos níveis de renda e escolaridade, dos quais 58,2% são mulheres, 75,3 % têm idades entre 32 e 60 anos, 60,2% são casados e 56,4% têm filhos. O levantamento amplia questões sobre perspectivas da ação e expectativas dos consumidores. Segundo Alberto Guerra, 69% dos consumidores acreditam que as promoções da Black

Friday não incluem apenas produtos de lançamento, mas, também, produtos fora de linha ou obsoletos. Segundo o pesquisador, o descrédito também é reflexo dos primeiros anos da promoção no Brasil, a partir de 2010. “Alguns varejistas começaram a aumentar o preço dos produtos nas semanas anteriores à data”, lembra o especialista. O estudo, no entanto, indica potencial de crescimento, pois mais de um terço dos consumidores brasileiros (36%) ainda não efetuaram compras na Black Friday, por falta de confiança nos descontos ou por julgarem que as ofertas são pouco atrativas.(AE)

EM DOIS ANOS,

ENERGIA PARA

40FAMÍLIAS .000 NOVAS

A CEMIG ENFRENTA A CRISE COM TRABALHO. Até 2015, milhares de famílias viviam sem energia em Minas Gerais. Isso precisava mudar. Apesar da crise brasileira, a Cemig continuou trabalhando e levou luz para 40 mil novos lares na área rural. Em 2018, mais mineiros serão beneficiados. Cemig. Cada vez mais presente na vida dos mineiros.

Foram usados nesta fase da expansão: 9.897 km de redes 35.747 transformadores 109.665 postes

NA ÁREA RURAL.

Iraci Maria de Jesus e Carlos Daniel Garcia Lima Verdelândia - MG


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

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ECONOMIA TRIBUTOS

TELECOMUNICAÇÃO

Pequenos provedores de Mudanças na Lei Kandir internet estão preocupados devem encontrar resistência com o TAC da Telefônica Proposta de compensação aos estados tramita no Congresso Nacional ALISSON J. SILVA

GABRIELA PEDROSO

Apesar de aprovada por unanimidade pela comissão especial da Câmara dos Deputados na última terça-feira (21), a proposta de compensação aos estados das perdas com a Lei Kandir deve encontrar dificuldades para passar pelo Congresso Nacional. Pelo menos é o que preveem os representantes de entidades de classe de diferentes setores da economia em Minas Gerais. O substitutivo do deputado José Priante (PMDB-PA) ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 221/98 determina à União o pagamento anual, a partir de 2019, de R$ 39 bilhões aos estados e Distrito Federal como forma de recompor os prejuízos desses entes com a isenção do ICMS para as exportações. A expectativa é de que a matéria, que terá de passar também pelo Senado, seja apreciada o quanto antes no plenário da Câmara. No fim de novembro, termina o prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso aprove a lei de compensação aos estados. O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, acredita que a proposta tem condições de ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado. Entretanto, o dirigente reconhece que a tramitação não será nada fácil e deverá enfrentar pressão por parte das grandes empresas. Por esse motivo, ele frisa a importância de se manter a mobilização das entidades mineiras e de outros estados para conseguir que o projeto passe. “Essa articulação já vem acontecendo há muito tempo, não só no meio político, quanto entre os diversos setores da economia. Se encontrarem um denominador comum que possibilite que

Para Bretas o impacto será enorme para os cofres do governo federal, que deve dificultar o processo

esses valores entrem nas contas públicas federais, a gente acha que isso caminha bem. A gente acha que a proposta vai passar. Vai ter pressão das grandes empresas, mas acreditamos que o caminho está bem pavimentado para que isso aconteça”, afirma Silva. A proposta estabelece também a quitação das perdas anuais passadas dos Estados a partir de 2019, o que compreenderia o ressarcimento dos valores que deixaram de ser pagos de 1996 (início da desoneração) até 2019. Nesse caso, a União teria um prazo de 30 anos para concluir os pagamentos. Para o presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Paulo Roberto Bretas, o impacto da medida é enorme para os

cofres do governo federal, que deve fazer de tudo para dificultar o processo. “(A proposta) não ficou de bom tamanho para o governo (federal). E a União não tem mais onde cortar. Acho que será um impasse muito grande. O governo já cortou o possível no limite do que pode politicamente e tudo que eles estão fazendo agora é para ficar dentro do orçamento. O governo hoje tem um grande problema chamado déficit fiscal, e inclusive por isso está brigando tanto pela aprovação da reforma da Previdência, seja em que termos for”, analisa Bretas. TCU - Para o presidente do Corecon-MG, a União deve tentar de tudo para impedir o avanço da proposta e deixar que a decisão sobre as

compensações das perdas fique a cargo do Tribunal de Contas da União (TCU). Isso porque, caso o Congresso não encontre uma solução para o impasse até o fim deste mês, quando se encerra o prazo dado pelo STF, caberá ao TCU a missão de realizar os cálculos e definir a quantia a ser repassada aos Estados. “O governo vai se mobilizar para evitar que essa proposta seja aprovada. O (Henrique) Meirelles (ministro da Fazenda) não quer pagar nada, não reconhece esse ajuste de contas. Também há muitas dúvidas quanto aos valores de referência”, destaca Bretas, ao lembrar que os valores arbitrados na proposta tiveram como base contas do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

São Paulo - A Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) solicitou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) participação, como terceira interessada, nos autos do processo referente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que está em discussão com a Telefônica Brasil. O requerimento ocorre uma semana depois da divulgação de uma nota pela Abrint na qual a entidade cobra transparência do regulador em relação ao cumprimento de determinações apresentadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em relação ao TAC. “Após mais de 45 dias do ato do TCU, não houve ainda qualquer posicionamento por parte da Anatel diante da necessidade de ajustes no processo que envolve a Telefônica. É fundamental que possamos apurar e debater os critérios de escolha das localidades beneficiadas e das tecnologias empregadas”, comentou o presidente da Abrint, Basílio Perez, em nota distribuída à imprensa. No fim de setembro, o Tribunal de Contas da União decidiu que a Anatel pode trocar as multas aplicadas contra as operadoras de telefonia por investimentos das empresas no setor. Isso viabilizará, por exemplo, a oferta de serviços de internet rápida nas cidades carentes desse serviço, pois têm pouca ou nenhuma atratividade comercial para as empresas. A decisão do TCU foi tomada a partir do TAC que havia sido firmado entre a Anatel e a Telefônica, negociação que envolve investimentos que podem chegar a R$ 4,8 bilhões, em vez das multas que chegavam a R$ 2,2 bilhões. Por sua vez, a Abrint, que defende os interesses de pequenos e médios provedores no interior do País, tem mostrado ressalvas ao tema. A Abrint teme que a Telefônica e outras corporações migrem para cidades médias, onde os pequenos provedores já

oferecem banda larga, ainda que o serviço não seja tão veloz e/ou não atenda a todos os bairros. A entidade argumenta que a conversão da dívida em investimentos deve ter o objetivo de garantir a implantação de internet banda larga exclusivamente nas cidades que ainda não têm esse serviço. Esse é caso dos municípios com populações pequenas ou isolamento geográfico, sem atratividade comercial para as empresas. “Toda a sociedade deve ter acesso aos detalhes da ação. Há diversas indagações no ar, por exemplo: será que a escolha dos municípios não deveria priorizar aqueles que mais carecem de infraestrutura ao invés daqueles de maior população? A tecnologia FTTH - fiber to the home -, possivelmente de custo mais caro ao usuário final, seria mesmo a mais indicada para expandir a banda larga? E o que dizer sobre o ambiente competitivo nas regiões, haverá beneficiamento da empresa que está contando com benefícios públicos?”, acrescenta Basílio Perez. Com o objetivo de zelar pelos interesses de seus associados - provedores regionais espalhados por todo o território nacional, responsáveis pelo crescimento da banda larga fixa no País -, a associação deseja participar ativamente do processo. Como terceira interessada, a entidade será notificada para se manifestar diante de qualquer decisão no caso. “Desde sua fundação, a Abrint sempre acompanhou de perto a evolução das negociações dos Termos de Ajustamento de Conduta conduzidos pela Anatel, tendo, em inúmeras ocasiões, exposto preocupação sobre o direcionamento dos recursos a serem investidos em infraestrutura. Como parte interessada do processo, teremos melhores condições de atuar em prol de nossos associados e dos interesses do público em geral”, finaliza o presidente da Abrint. (AE)

CONJUNTURA

Inflação no País está no menor patamar desde 1998 Rio - A prévia de novembro da inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), desacelerou ligeiramente ao fechar em 0,32%, resultado 0,02 ponto percentual inferior ao de outubro. Em novembro de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,26%. Os dados relativos ao IPCA-15 foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,58%, inferior aos 6,38% do mesmo período de 2016 e o menor acumulado para um mês de novembro desde o índice de 1,52% registrado em 1998. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,77%, acima dos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da ligeira desaceleração nos preços em novembro, a inflação continua sendo pressionada pela alta da tarifa de energia elétrica, que fez com que o grupo habitação, com alta de 1,33%,

fosse o que exerceu o maior impacto individual no índice do mês. Com variação de 4,42% e 0,16 ponto percentual de impacto na taxa mensal, as contas de luz responderam por metade do IPCA-15 de novembro. “O novo valor do patamar 2 da bandeira vermelha entrou em vigor

no dia 1º de novembro e passou a adicionar R$ 5 para cada 100 KWh consumidos. Com isso, o item ficou entre o 1,12% registrado na região metropolitana de Fortaleza e os 21,21% de Goiânia”, constatou o IBGE. Os números indicam que também o preço do gás de botijão, que subiu 3,3% em

razão dos aumentos decorrentes da nova política de preços da Petrobras continuou a exercer pressão sobre o grupo habitação e teve impacto de 0,04 ponto percentual no IPCA-15 do penúltimo mês do ano. Em 5 de novembro, a Petrobras reajustou o preço dos botijões de 13 quilos nas refinarias

em 4,5%, em média. No grupo transportes, houve aumento de 0,27%, também influenciado pela alta autorizada pela Petrobras para a gasolina, que variou nesta prévia de novembro 1,53% e exerceu impacto de 0,06 ponto percentual no resultado final do IPCA-15. O preço do etanol também exer-

PIB cresceu 0,1% em setembro, aponta FGV Rio - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% em setembro na comparação com agosto, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. No terceiro trimestre, o avanço foi também de 0,1% em comparação ao segundo trimestre do ano. O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. “No mês de setembro, a economia

continuou a crescer e no terceiro trimestre completaram três trimestres de taxas positivas na série com ajuste sazonal. Nessa comparação, a agropecuária após um primeiro trimestre espetacular, apresentou no segundo e terceiro trimestres taxas de variação negativas, enquanto a indústria e os serviços foram positivos. A indústria de transformação e o comércio apresentam os melhores resultados. Surpreende a taxa positiva (0,2%) da Construção após dez trimestres de resultados negativos”, avaliou o coordenador do Monitor do PIB, Claudio Considera, em nota.

Em relação a agosto do ano passado, o PIB subiu 1,3% em setembro de 2017, a quinta taxa positiva consecutiva. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento também de 1,3% no terceiro trimestre. Os destaques foram os desempenhos positivos da agropecuária (10,2%), da transformação (3,3%), do comércio (5,3%) e dos transportes (3,6%). A construção teve significativa retração, de -6,4%, enquanto os serviços de informação recuaram 4,9%. O PIB acumulado em 2017 até o mês de setembro totalizou R$ 6,266 trilhões em valores correntes. (AE)

ceu pressão sobre a prévia de novembro. Ao subir 2,78%, exerceu impacto sobre a taxa de 0,03 ponto percentual. Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados, destacam-se os artigos de residência, com deflação de 0,35%, em razão da queda de 1,19% nos preços dos eletrodomésticos. O grupo alimentação e bebidas apresentou queda de 0,25%. Regiões metropolitanas - Entre as nove regiões metropolitanas e os dois municípios abrangidos no levantamento do IPCA-15, apenas duas fecharam com resultado acima da média nacional de 0,32%: São Paulo, com alta de 0,44%; e o município de Goiânia, que ao registrar taxa de 1,62% ficou com a maior prévia da inflação de novembro. As outras sete regiões fecharam a prévia com taxas abaixo da média nacional, com destaque para Fortaleza e Salvador, ambas com deflação: -0,05% e -0,03%, respectivamente. (ABr)


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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

ATACADO

BCR realiza aporte em centro de distribuição em Feira de Santana Investimento na Bahia vai somar R$ 50 milhões MARA BIANCHETTI

A BCR (detentora das marcas Bartofil, Cotril e Ormel Distribuidoras), sediada em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, está investindo R$ 50 milhões na construção de um novo centro de distribuição (CD). A nova área de armazenamento está sendo implantada no município de Feira de Santana, na Bahia. Com capital 100% próprio, o empreendimento entrará em operação no primeiro semestre de 2018 e vai gerar centenas de empregos na região. As informações são do diretor administrativo da Bartofil, Carlos Bartolomeu. Segundo ele, as obras tiveram início em setembro e estão a todo vapor. “Somente na primeira fase o projeto contará com uma área construída de 23 mil metros quadrados. Ou seja, ele já nasce com uma capacidade semelhante ao que o CD de Ponte Nova conquistou após sua primeira expansão”, recordou. Tamanha aposta, conforme o diretor comercial da companhia, Rafael Bartolomeu, se deve ao potencial do mercado baiano que abriga alguns dos principais consumidores da empresa, perdendo apenas para Minas Gerais. Além disso, de acordo com ele, pesou na escolha a questão logística. “O CD será erguido às margens da BR 324, um importante entroncamento rodoviário nacional, beneficiando o escoamento do nosso mix. Além disso, o nível de desenvolvimento do município e da região como um todo também é algo que nos inspira. Acreditamos que a equipe de representantes comerciais vai conseguir fazer um bom trabalho”, apostou. Este será o segundo centro de distribuição da Bartofil. O primeiro foi construído em

2004 em Ponte Nova, com 13 mil metros quadrados de área construída. Em 2010 o espaço passou pela primeira expansão, chegando a 23 mil metros quadrados e em 2014 recebeu mais um investimento chegando aos atuais 42 mil metros quadrados. E segundo o diretor administrativo, embora esteja totalmente construído e com infraestrutura e tecnologia adequados, não está 100% ocupado. Neste sentido, Carlos Bartolomeu explicou que o CD da Bahia vai atender a demanda daquele Estado, enquanto o empreendimento de Minas Gerais continuará atendendo às demais regiões do País. “Os mesmos 9 mil itens disponíveis em Minas também serão encontrados na Bahia”, garantiu. A BCR atua no setor atacadista e distribuidor. Além da sede em Minas Gerais, a empresa possui filiais nos estados do Ceará, Maranhão, Bahia, Alagoas e Amazonas. Hoje conta com cerca de 1.600 colaboradores diretos, entre funcionários, representantes e transportadores. Negócios - Sobre o desempenho dos negócios no decorrer de 2017, ele enfatizou que apesar do cenário econômico adverso vivido pelo País, a empresa conseguiu alcançar seus objetivos e vai encerrar o ano com crescimento em relação a 2016. O resultado é atribuído a um trabalho interno de revisão contínua dos processos que vem sendo realizado pela companhia. “Aproveitamos a crise até para melhorar nossa atuação. E a prova de que estamos no caminho certo não são somente os números, mas a confirmação de investimentos e o reconhecimento do mercado”, ressaltou. O executivo se refere ao Prêmio Valor 1000, do jornal Valor Econômico em parceria com a Serasa Experian e

a Fundação Getulio Vargas (FGV), que elegeu a Bartofil como a melhor empresa do setor atacadista do Brasil, novamente em 2017. Esta é a terceira vez que a companhia lidera o ranking, ficando à frente de gigantes como a Arcom, Grupo Martins e Tambasa Atacadista. Já sobre as perspectivas para 2018, Rafael Bartolomeu adiantou que a equipe vai continuar trabalhando internamente para alcançar novos objetivos. “O próximo

Bartofil conta com um centro de distribuição de 23 mil metros quadrados em Ponte Nova

exercício será um ano chave, devido às eleições. O resultado vai decidir o futuro do País. Mas, é importante frisar

na Bahia é a prova de que acreditamos na recuperação da economia e no futuro do Brasil”, finalizou.

BANCO DE FOMENTO

Desembolsos do BNDES recuam em MG LEONARDO FRANCIA

A queda dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as indústrias mineiras puxou os desembolsos da instituição para baixo neste ano. No acumulado deste ano até outubro na comparação com os mesmos meses de 2016, a redução nos financiamentos do banco em Minas foi de 12,5%, sendo que, somente para o parque industrial, o recuo foi de 56%. Todos os outros setores (comércio e serviços, infraestrutura e agropecuária) registraram crescimento. A retração dos financiamentos do BNDES no Estado (12,5%) foi menos grave do que a registrada em todo o País, com retração de 20%. Os empréstimos do BNDES para empresas mineiras representaram 10,8% do total no Brasil entre janeiro e setembro (R$ 55,180 bilhões). Até outubro, as liberações do banco no Estado somaram R$ 6,003 bilhões, contra R$ 6,865 bilhões no mesmo período de 2016, uma queda de 12,5%. O número de operações de crédito do BNDES com empresas de Mi-

nas também caiu, neste caso 39,3%, em igual confronto. Os empréstimos do BNDES para a indústria, historicamente um dos maiores contratantes de financiamentos da instituição, somaram R$ 1,321 bilhão de janeiro a outubro, com uma redução de 56% frente os R$ 3,006 bilhões em igual período de 2016. Em valores, o setor industrial representou 22% dos financiamentos da instituição em Minas. Para o economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e professor de economia do Ibmec, Sérgio Guerra, existem dois fatores, especialmente, desestimulando a contratação de empréstimos pelo setor. O primeiro, segundo ele, representa uma tentativa das empresas de se adequarem financeiramente a uma situação de demanda mais baixa e de reduzir o endividamento. O segundo fator é que os empréstimos do BNDES estão diretamente ligados à realização de investimentos. “Porém, enquanto o cenário político para 2018 e para o próximo mandato (presidencial) não ficarem mais bem definidos as empresas

Saiba mais em avancar.gov.br

MILHARES de obras que ficaram inacabadas, agora, serão finalizadas. Agora, mais de sete mil obras inacabadas no passado serão finalmente entregues para atender à população. São obras de pequeno, médio e grande porte em todo o Brasil. E o melhor, elas serão finalizadas do jeito certo: com data para começar, data para terminar e custo definido.

Obras como a integração do Rio São Francisco, o corredor de ônibus de São Bernardo do Campo e a 2a ponte sobre o Rio Guaíba, em Porto Alegre.

que vamos fazer a nossa parte independentemente do que acontecer. A construção e a inauguração do CD

vão segurar investimentos. Além disso, a ociosidade elevada do parque também desestimula investimentos nesse momento”, disse. Dentro da indústria, o parque metalúrgico e produtos recebeu R$ 64,6 milhões em empréstimos do BNDES até outubro deste ano, com recuo de 89,4% em relação ao montante do mesmo intervalo de 2016 (R$ 609 milhões). Para a indústria de alimentos e bebidas, o valor liberado em financiamentos pelo banco somou R$ 257 milhões, ante R$ 347,8 milhões, queda de 26,1%, na mesma comparação. A indústria extrativa recebeu R$ 232,7 milhões em desembolsos no acumulado até outubro, contra R$ 509 milhões em igual período de 2016, retração de 54,2%. Os fabricantes de materiais de transportes contrataram R$ 381,3 milhões em empréstimos, 63,9% menos que nos mesmos meses do ano passado (R$ 1,058 bilhão). Comércio - Os financiamentos para o setor de comércio e serviços totalizaram R$ 1,284 bilhão no acumulado até outubro deste ano. No confronto com os emprés-

timos da instituição para a área no mesmo período de 2016, quando foram liberados R$ 1,138 bilhão, houve um aumento de 12,9%. As operações de crédito do BNDES para a agropecuária de Minas somaram R$ 1,189 bilhão, elevação de 8,9% em relação aos R$ 1,091 bilhão dos mesmos meses de 2016. O valor desembolsado para o segmento respondeu por 19,8% do total das liberações da instituição para o Estado. Infraestrutura - O BNDES emprestou R$ 2,207 bilhões para a área de infraestrutura em Minas Gerais entre janeiro e outubro sobre R$ 1,629 bilhão em iguais meses de 2016, com aumento de 35,4%. O setor foi o maior contratante de empréstimos da instituição neste ano, com participação de 36,7% no valor global liberado no Estado. No âmbito da infraestrutura, o segmento de energia elétrica foi o destaque porque recebeu o maior montante em financiamentos. Até outubro, a área recebeu R$ 1,222 bilhão, com crescimento de 146,3% em relação aos desembolsos do mesmo intervalo de 2016 (R$ 496,1 milhões).


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ECONOMIA MINERAÇÃO

Falta de chuvas impacta produção da Kinross Companhia registrou queda de 18% na extração de ouro no Noroeste do Estado entre janeiro e setembro DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

Impactada pela escassez de chuvas, o que prejudicou as operações e chegou inclusive a provocar a paralisação de uma de suas plantas de beneficiamento no Estado, a produção da canadense Kinross Gold Corporation caiu neste ano. Até setembro, a queda apurada no volume produzido em relação ao mesmo período de 2016 foi de 18%. A mineradora produziu 293,9 mil onças de ouro no seu complexo minerário de Paracatu, na região Noroeste do Estado, entre janeiro e setembro deste ano. O volume foi 18% menor do que a produção dos mesmos meses de 2016, que somou 358 mil onças do metal. A companhia explicou, no seu relatório de resultados, que a produção em Paracatu foi menor devido à redução temporária das operações de mineração e em um das plantas do complexo devido à falta de chuvas na região. Ainda assim, a Kinross afirmou que a diminuição do ritmo de produção em uma das suas plantas foi parcialmente compensado pelo melhor desempenho da outra unidade. A mineradora prevê que a produção em Paracatu retome o ritmo “normal” durante o quarto trimestre deste ano. “A companhia continua a avançar em seus esforços de mitigação de

Foram produzidas 239,9 mil onças de ouro pela companhia no complexo minerário de Paracatu no acumulado dos primeiros nove meses deste ano

água para se preparar para potenciais níveis de chuvas mais baixos no futuro. Esses esforços incluem garantir os direitos das águas subterrâneas e a instalação de poços ao redor do site”, completou a Kinross no documento. O ativo de Paracatu vem passando por um programa de redução do uso de água. Ao longo do ano passado, a mineradora investiu na redução de água no processo de tratamento do metal e os rejeitos estão sendo reprocessados ao invés de passarem por uma etapa de bombeamento à base de

água. O projeto visa reduzir o consumo de energia, aumentar a disponibilidade de água para recirculação, ampliar a recuperação de ouro e da vida útil da barragem, além de possibilitar a melhor qualidade dos rejeitos. A produção da Kinross a partir do ativo no Estado respondeu por 23,7% de todo o metal produzido pela mineradora nas suas atividades nas Américas. Mesmo com a queda de produção, o volume de ouro produzido na mina de Paracatu só ficou atrás da quantidade que a companhia produziu no

ativo de Round Mountain, e comercialização de ouro. nos Estados Unidos. A companhia é a maior produtora de ouro do País, resVendas - As vendas de ouro ponsável por cerca de 25% da da companhia a partir da produção nacional. A sede produção em Paracatu tam- administrativa da empresa bém caíram neste ano. Até é na Capital e as operações setembro, foram vendidas de lavra se concentram na 293,4 mil onças, contra 355,2 mina Morro do Ouro, em mil onças nos mesmos me- Paracatu. ses de 2016, uma queda de A Kinross tem nove minas 17,4%. de ouro, espalhadas entre a A mineradora, que tem América, África e Eurásia. ações negociadas nas bolsas A mineradora produziu, ao de valores de Toronto e todo, 2 milhões de onças Nova York, atua, no Brasil, entre janeiro e setembro nas atividades de pesquisa deste ano, volume estável e desenvolvimento mineral, em relação ao apurado nos mineração, beneficiamento mesmos meses de 2016.

Mudança na Cfem pode afetar minas da Vale Rio - As mudanças feitas pelo Congresso Nacional na proposta original do novo Código da Mineração - que altera a alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), o royalty da mineração -, vão comprometer a competitividade da Vale, disse a companhia em um comunicado nesta quinta-feira, 23. A mineradora pede que o governo vete questões do novo texto, acenando com uma possível judicialização por parte das empresas do setor. “A aplicação de imposto sobre transporte e sobre uma atividade industrial como a pelotização - sobre a qual já incide, inclusive, IPI - fere a Constituição Brasileira, gerando insegurança jurídica, já que o setor mineral buscará seus direitos no âmbito judicial”, afirmou em nota. No projeto original sobre o novo Código da Mineração, destaca a Vale, a alíquota progressiva previa um aumento no tributo quando o preço do minério de ferro no mercado internacional estivesse mais alto e, no sentido inverso, um patamar como o praticado atualmente no caso de preço baixo. Alto custo - “Diante da enorme pressão dos municípios, o Congresso Nacional fez modificações profundas no texto original, tendo como resultado um modelo que afeta a nossa competitividade especialmente em um momento de preços mais deprimidos, assim como compromete a manutenção e operação de minas de alto custo”, afirmou. Na quarta, o Senado aprovou a Medida Provisória que muda os royalties

da mineração. A proposta aumenta a alíquota do minério de ferro de 2% sobre a receita líquida para 3,5% para o faturamento bruto da empresa. O texto segue agora para sanção presidencial. A Vale afirmou ainda que já enfrenta desvantagem

no mercado internacional, por ter uma carga tributária superior às concorrentes e estar mais distante do mercado consumidor. Segundo a companhia, enquanto as principais concorrentes ficam a 10 dias do principal mercado consumidor de minério de ferro, a Ásia,

o Brasil está a 45 dias de distância. “Temos esperança que o governo federal reconhecerá a importância de uma grande geradora de empregos, renda e tributos como a Vale manter a competitividade global, vetando os excessos que foram cometidos pelo

Congresso e que descaracterizaram a proposta original do governo”, finaliza a mineradora, ressaltando que a criação de uma Agência Nacional da Mineração foi uma decisão acertada, que valoriza o setor e pode fomentar investimentos na área. (AE)

Nexa pretende ampliar base de clientes na Ásia Rio - Após abrir capital em Nova York e Toronto, a mineradora brasileira Nexa Resources deve decidir ainda neste ano sobre a abertura de um escritório comercial na Ásia, como parte de uma estratégia para ampliar sua base de clientes na China e em outros países da região. Em entrevista à Reuters, o CEO da Nexa (ex-Votorantim Metais), Tito Martins, afirmou que a empresa já tem uma base de clientes bem estabelecida na Europa e bastante forte na América Latina. Agora, vai buscar se aproximar mais do mercado que mais cresce no mundo, explicou o executivo. A mineradora, integrante do conglomerado Votoratim, uma das cinco maiores produtoras de zinco do mundo, tem atualmente escritórios comerciais em Houston (EUA), Luxemburgo (Europa), Lima (Peru) e São Paulo. “Um desafio para nós tem sido entrar mais na Ásia... É muito provável que a gente decida abrir uma representação comercial (na região)”, disse à Reuters Tito Martins por telefone. Os quatro países onde a empresa tem representações comerciais foram responsáveis, juntos, por 70% da receita total de vendas da Nexa em 2016, de US$ 1,913 bilhão, sendo que o Brasil e o Peru representaram, cada um, quase 30% do montante total. Enquanto isso, a China representou menos de 1%. Martins, que foi diretor financeiro da mineradora Vale, vê boas oportunidades de crescimento nas vendas

e nos preços de realização de zinco e cobre, enquanto o gigante asiático vem reduzindo sua atividade mineral e industrial, em meio a um esforço do governo para reduzir a poluição. Segundo o executivo, a China é um dos maiores produtores globais de zinco. No entanto, após a adoção de novas exigências na área ambiental, o país tem reduzido sua oferta. “Com isso, nos últimos 12 a 18 meses, tem faltado concentrado de zinco no mercado e a expectativa é que a situação se mantenha pelo menos nos próximos 24 meses. O que significa que a gente deve ver os preços de zinco em patamares onde estão hoje ou acima deles pelos próximos 24 meses”, disse Martins. Atualmente, os preços do zinco giram em torno dos 3.200 dólares a tonelada, um dos maiores patamares da história, frisou Martins. Crescimento - A Nexa ainda não fechou suas metas para 2018, mas Martins prevê que o volume de investimentos deverá ficar em um patamar semelhante ou acima do que será registrado ao longo deste ano, de cerca de US$ 200 milhões. O objetivo da empresa para os próximos anos será se concentrar nas construções das minas de zinco Aripuanã, no Brasil, e Shalipayco, no Peru, enquanto melhora a capacidade das operações existentes no Peru. As receitas obtidas com os IPOs, realizados no mês passado, deverão seguir nesta direção. As novas minas brasileira e pe-

ruana deverão iniciar operações em 2020 e 2021, respectivamente, segundo Martins. No entanto, a Nexa não descarta o crescimento também por meio de aquisições, caso boas oportunidades venham a surgir futuramente. “A gente quer crescer nos projetos que nós temos hoje, mas lógico que se houver possibilidades de sociedades em outros projetos e em outras empresas vamos estar sempre vendo... não tem nada hoje, mas é uma possibilidade também”, ponderou o executivo. Ao publicar os resultados do terceiro trimestre na semana passada, a Nexa Resources apontou um lucro líquido de US$ 81 milhões, alta de 67,4% em relação ao mesmo período de 2016. A receita líquida foi de US$ 625,8 milhões, alta de 19,7% na mesma comparação. Foi o primeiro balanço financeiro que a companhia anunciou após a abertura de capital em Nova York e Toronto. O IPO da Nexa do Canadá foi o terceiro maior no setor de mineração no país, de acordo com dados da Thomson Reuters, e aconteceu quando os IPOs no Canadá já estavam desacelerando, após o primeiro semestre mais forte em 11 anos. A escolha do Canadá para abrir o capital, segundo a empresa, foi devido ao amplo conhecimento que os investidores no país tem sobre empresas de mineração. Nova York também foi escolhida com expectativa de liquidez para os papéis. (Reuters)

ENERGIA

Eletrobras poderá usar fundos para quitar dívidas São Paulo - O governo federal alterou uma resolução do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) referente à privatização de distribuidoras de eletricidade da Eletrobras, informou a companhia em comunicado divulgado ontem, em decisão que autoriza a companhia a receber recursos de fundos setoriais para cobrir parte das dívidas das empresas. A estatal também ganhou mais tempo para aprovar a venda das distribuidoras junto a seus acionistas. Segundo nova resolução publicada no Diário Oficial da União de ontem, a Eletrobras poderá assumir “direitos e obrigações” das distribuidoras junto aos fundos setoriais Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), incluindo um repasse de recursos que havia sido prometido à estatal em uma lei de junho de 2016. Na época, o governo havia autorizado os fundos setoriais a “prover recursos para o pagamento de despesas com aquisição de combustível, incorridas até 30 de abril de 2016 pelas concessionárias... comprovadas, porém não reembolsadas por força das exigências de eficiência econômica e energética”. Os fundos são abastecidos com encargos cobrados nas contas de luz e direcionam recursos para subsidiar alguns custos do setor elétrico, como o da geração termelétrica no Norte do país, no caso da CCC, e descontos tarifários para clientes de baixa renda e programas de universalização, no caso da CDE. A nova resolução do PPI, que entrou em vigor ontem, prevê ainda que a Eletrobras deverá convocar uma Assembleia Geral para deliberar sobre a venda do controle acionário das distribuidoras “até 1° de fevereiro de 2018”. Antes, o prazo para realização da assembleia era até 29 de dezembro de 2017. A nova resolução do PPI foi assinada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. (Reuters)


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ECONOMIA CENÁRIO

MEIS

Industrial de Empresários misturam contas de PF e PJ MG está mais confiante com situação atual ANA AMÉLIA HAMDAN

Em outubro Icei foi a 56,4 pontos ANA AMÉLIA HAMDAN

O empresariado industrial de Minas demonstrou otimismo pelo terceiro mês consecutivo. Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 56,4 pontos, sendo o melhor resultado do ano. Em setembro e outubro, o resultado foi, respectivamente, de 55 e 55,1 pontos. Em novembro de 2016, o indicador ficou em 51 pontos. A avaliação positiva se refere a empresas de todos os portes, ao momento atual de negócios e também às expectativas para os próximos seis meses. O levantamento foi divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Segundo a economista da Fiemg, Annelise Fonseca, a melhora gradativa mostra que o setor caminha para a consolidação do otimismo, o que incentiva investimentos. Ela ressalta ainda que o Icei de novembro foi o melhor desde setembro de 2012 (57 pontos). O Icei do Brasil marcou 56,5 pontos em novembro, melhor resultado desde março de 2013 (57,1 pontos). Amparando essa melhora, segundo Annelise Fonseca, estão os dados macroeconômicos, como controle da inflação e queda dos juros. “Esse cenário permite planejamento melhor com relação à tomada de empréstimos e a investimentos”, diz. A economista ressalta também que, na média, o Icei de 2017 indica otimismo. Entre janeiro e novembro, quatro meses registraram resultados abaixo de 50 pontos – que indicam pessimismo – e os demais ficaram acima deste limite. “Há uma melhora no ambiente econômico”, resume. Para confirmar, ela cita que no comparativo com igual período de 2016, os índices de 2017 vêm apresentando resultados melhores. Os resultados mais baixos do Icei se concentraram em junho (47,8), julho (47,4) e agosto (48,5), ocorrendo após as delações da JBS, em maio. O outro resultado negativo foi registrado em janeiro (49,4). “Podemos perceber agora que o impacto da delação não foi tão intenso quanto imaginávamos, já que houve uma recuperação rápida”, diz. Situação atual e expectativas - Dentro da composição do Icei de novembro, a avaliação da situação atual de negócios indicou otimismo, chegando a 51,3 pontos, aumento de 2,2 pontos frente a outubro (49,1) e avanço de 8 pontos no comparativo com novembro de 2016 (43,3). Em 2017, até agora, esse indicador só mostrou resultado positivo neste mês e em setembro (51,3). A avaliação atual da economia brasileira ficou em 51,2 pontos; da economia do Estado ficou em 47,5 pontos e, da própria empresa, em 52,3. Mas o melhor resultado ficou por conta da expectativa para os próximos seis meses,

que chegou a 59 pontos em novembro, aumento de 1 ponto frente a outubro. Na comparação com novembro de 2016, o avanço foi de 4,6 pontos. A expectativa em relação à economia brasileira ficou em 55,3 pontos e, quanto à economia do Estado, atingiu 52,4 pontos. Já quanto à situação da própria empresa, ficou em 61,7 pontos. Porte - Quanto ao porte, o estudo de novembro também trouxe uma novidade. Depois de sete meses com resultados indicando pessimismo, as pequenas empresas atingiram índice de otimismo, com 52,2 pontos. O Icei das médias ficou em 53,4 pontos e, das grandes empresas, atingiu a melhor posição, com 60,1 pontos.

Limitações no controle financeiro e na organização dos negócios – com a mistura de contas pessoais com as da empresa – é desafio para os microempreendedores individuais, os chamados MEIs. Segundo a pesquisa Microempreendedor Individual – Relacionamento Bancário e Regularidade Fiscal, realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), no Estado, o índice de empreendedores que nunca separa o que são despesas pessoais e da empresa chega a 39%, sendo que 50% sempre faz a separação e, 11%, às vezes. O índice daqueles que não define com exatidão quanto de dinheiro necessita para manter a empresa funcionando chega a 53%, sendo que 35% sempre fazem esse cálculo e, 12%, responderam às vezes. O estudo Relacionamento Bancário e Regularidade Fiscal é realizado, desde 2011, a cada dois anos. Seu objetivo é verificar como se dá o relacionamento do microempreendedor com o sistema financeiro. “Nesse

período, observamos que os resultados têm alternado muito em vários aspectos. É certo que há um grande índice de microempreendedores que misturam as contas físicas e jurídicas. Mas há tendência a uma maior organização”, diz o analista do Sebrae Minas, José Márcio Martins. De acordo com ele, o Sebrae Minas promove constantes ações na busca de melhores resultados. De acordo com o analista, em alguns casos, o negócio oferece um produto ou serviço atrativo, mas os problemas de administração acabam impedindo o seu crescimento e, em alguns casos, levam até mesmo ao seu fechamento. O impacto principal da falta do controle financeiro é sobre o capital de giro. “Sem ter controle sobre as contas, o empreendedor tira do capital de giro para arcar com as despesas. Mas o rombo aumenta”, pondera. Ainda de acordo com a pesquisa, 23% dos MEIs não calculam o valor dos produtos. Outros 30% nunca fizeram controle de contas a pagar. Quando perguntados sobre como é

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feito o controle das finanças, 59% responderam em um caderno, sendo que outros 25% usam planilha e 15% disseram que mantêm o controle “de cabeça”. Em média, 45% acreditam não ter dificuldade nos controles financeiros do negócio.

Contas bancárias - O estudo aponta também que nem todos os empreendedores têm conta em banco. Em 2017, 84% responderam que têm conta. Dos que não têm, a maior parte – 47% – alegou que, devido ao tamanho do negócio, não necessita do serviço. Já entre aqueles que têm a conta bancária, a maior parte – 65% – tem apenas uma conta pessoa física. Desses, 56,7% usam-na para movimentações pessoais e da empresa. Dos 14% que só têm conta pessoa jurídica, 66,7% usam-na somente para as movimentações financeiras, mas 28,9% utilizam também com fins pessoais. A pesquisa mostrou que os empreendedores individuais estão tendo mais dificuldades no acesso ao crédito. Em 2017, 53% relataram esse tipo de dificuldade, sendo que na última pesquisa (2015)

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o problema foi relatado por 29%. “No momento de retração econômica, os bancos se tornam mais criteriosos. O crédito se torna mais restrito”, diz Martins. Cartão - A pesquisa apontou que os microempreendedores estão aderindo com maior intensidade às formas eletrônicas de pagamento. Segundo a pesquisa, 38% dos MEIs usam cartão como forma de pagamento. Em 2015, 26% adotavam essa modalidade. O crescimento, segundo o Sebrae, é de 46% no percentual. Sobre a regularidade fiscal, o pagamento das guias (carnê do MEI) está em dia para 65% dos entrevistados. Dos que não estão com todas as guias em dia, 46% alegaram falta de recursos . Quanto ao futuro, 52% disseram que pretendem continuar como MEI nos próximos dois anos e 33% esperam se tornar empresa de pequeno porte. Foram entrevistados 385 microempreendedores individuais no Estado, de maio a junho de 2017. De acordo com o Sebrae, em Minas há 820.563 MEIs, o que representa 11% do total do País.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

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INTERNACIONAL BENOIT TESSIER/REUTERS

PERSPECTIVA

Investimentos corporativos elevarĂŁo PIB global em 3,8% DependĂŞncia nĂŁo serĂĄ mais de emprego e consumo SĂŁo Paulo - Um dos motores do crescimento de 3,8% do PIB global no prĂłximo ano deve ser a retomada dos investimentos corporativos nos paĂ­ses desenvolvidos e lĂ­deres emergentes, apĂłs anos de dependĂŞncia do emprego e do consumo nessa função. A avaliação ĂŠ do Credit Suisse, que divulgou ontem o relatĂłrio de perspectivas de investimentos para 2018. “Com a confiança empresarial e lucros em alta, mas os limites de capacidade apertando, nĂłs esperamos que os investimentos corporativos acelerem em 2018, especialmente em manufatura, tecnologia da informação, serviços de utilidade pĂşblica e transporte e armazenamentoâ€?, afirma o banco. As propostas de corte de impostos em discussĂŁo nos Estados Unidos e na Alemanha tambĂŠm contribuem para esse cenĂĄrio. Esse maior fĂ´lego empresarial tambĂŠm deve se traduzir no aumento das operaçþes de fusĂŁo e aquisição. O aumento da produtividade esperado por esses investimentos deve limitar a pressĂŁo inflacionĂĄria no prĂłximo ano, cuja mĂŠdia global deve ficar em 2,7%. O crescente espaço ocupado pelo comĂŠrcio virtual, que permite maior transparĂŞncia

e concorrência, Ê uma das forças que devem segurar a inflação nos próximos anos. O Credit Suisse, contudo, não descarta o risco de superaquecimento do mercado de trabalho nos EUA, Alemanha e Japão, o que pode levar a um aumento dos preços. Esses três países estão com taxa de desemprego historicamente baixa. Em setembro, ela era de 4,2% nos Estados Unidos, de 3,6% na Alemanha e de 2,8% no Japão. No caso americano, esse efeito Ê especialmente importante, uma vez que pode levar o Fed (o banco central do país) a intensificar a subida de juros - jå esperada pelo mercado, mas de modo gradual - no próximo ano. AlÊm do Fed, o Banco Central Europeu (BCE) e seus pares em países desenvolvidos devem voltar a subir a taxa båsica de juros no próximo ano, na avaliação do mercado. O movimento, a princípio, acompanha a expectativa de crescimento econômico, mas pode transformar-se em uma ameaça ao desenvolvimento, a depender de atÊ que ponto os bancos centrais levarem seu ciclo de alta. Nesse cenårio, o Credit Suisse aponta que a renda variåvel deve valer mais a pena para investidores em

COMARCA DE BELO HORIZONTE - 1ÂŞ VARA CĂ?VEL - edital de CITAĂ‡ĂƒO - prazo de 20 (vinte) dias. O MM. Juiz de Direito Dr. Paulo Roberto Maia Alves Ferreira, em pleno exercĂ­cio do cargo e na forma da lei, etc... Faz saber aos que virem ou deste edital tiverem conhecimento, que perante este JuĂ­zo e Secretaria tramitam os autos do processo nÂş 024.14.158.471-4, Ação OrdinĂĄria com pedidos de antecipação dos efeitos da tutela e cautelar que Hugo Oliveira Valladares move contra Buffet Tereza Cavalcanti Festas e Eventos Ltda - ME, Terezinha Neves Pereira Cavalcante, Luiz Fernando Pereira Cavalcanti e Simone Pereira Passos. É o presente edital para citar os rĂŠus BUFFET TEREZA CAVALCANTI FESTAS E EVENTOS LTDA - ME, por seu representante legal, bem como Terezinha Neves Pereira Cavalcante, Luiz Fernando Pereira Cavalcanti e Simone Pereira Passos, todos residentes e domiciliados em local incerto e nĂŁo sabido, para os termos da presente ação, cujo valor da causa ĂŠ de R$15.000,00. Ciente de que nĂŁo contestada a ação, no prazo de 15 (quinze) GLDV ~WHLV FRQWDGRV GR ÂżQDO GR SUD]R GHVWH HGLWDO SUHVXPLU VH mR FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DUWLFXODGRV SHOD SDUWH $XWRUD Ciente ainda, que, em caso de revelia, serĂĄ nomeado curador especial, nos termos do art. 257, inc. IV do CPC/2015. Pelo TXH VH H[SHGLX R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR H DÂż[DGR HP ORFDO GH FRVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH QRYHPEUR GH 2017. JosĂŠ Alexandre MagalhĂŁes Soares, EscrivĂŁo Judicial, o subscrevi e assinei, por ordem do MM. Juiz de Direito.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CGC/MF - 16.636.540/0001-04 A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 084/2017, processo nÂş 5141001-294/2017, para aquisição de uma Solução de Backup para o Ambiente Mainframe IBM, formada por 2 (dois) virtualizadores de fitas e 2 (duas) bibliotecas de fitas automatizadas, constituĂ­dos de softwares, cartuchos de dados e limpeza, serviços de instalação e customização, operação assistida, suporte e garantia pelo perĂ­odo de 60 (sessenta) meses, alĂŠm de capacitação tĂŠcnica para 12 (doze) tĂŠcnicos, em um Ăşnico lote. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br e www.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 07 de dezembro de 2017 Ă s 09:00 horas. Belo Horizonte, 23 de novembro de 2017. Pedro Ernesto Diniz – Diretor Diretoria de Infraestrutura e Produção. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor - Diretoria de GestĂŁo Empresarial. Paulo de Moura Ramos - Diretor Presidente – PresidĂŞncia. HELICĂ“PTEROS DO BRASIL S.A. - HELIBRAS CNPJ/MF N.Âş 20.367.629/0001-81 NIRE 31.300.052.184 Edital de Convocação para Assembleia Geral ExtraordinĂĄria O Conselho de Administração da HelicĂłpteros do Brasil S.A. - Helibras (‘’Companhia’’), convoca os acionistas da Companhia para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a se realizar em primeira convocação no dia 04 de dezembro de 2017, Ă s 10h, na sede da Companhia, localizada na Rua Santos Dumont, 200, na cidade de ItajubĂĄ, Estado de Minas Gerais, a fim de deliberar sobre as matĂŠrias contidas na ordem do dia abaixo. Ordem do Dia: 1. Deliberar sobre a renĂşncia do Sr. Bruno Michel Marcel Gallard ao cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia; 2. Deliberar sobre a r e n Ăş n c i a d o S r. M i c h a e l H e n r i c h s a o c a r g o d e m e m b r o d o C o n s e l h o d e Administração da Companhia; 3. Deliberar sobre a eleição do Sr. Alberto Robles Sendin para o cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia; 4. Deliberar sobre a eleição do Sr. Maximilian Christian Nicolai Alfred Thomasius para o cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia; 5. Deliberar sobre a renĂşncia do Sr. AndrĂŠ LuĂ­s de Oliveira Jacintho ao cargo de membro do Conselho Fiscal da Companhia; e 6. Deliberar sobre a eleição do Sr. Rodrigo Mendes Pinto para o cargo de membro do Conselho Fiscal da C o m pa n h i a . I ta j u b ĂĄ / M G, 2 1 d e n o v e m b r o d e 2 0 1 7 . D a n i e l M a n d e l l i M a r t i n Presidente do Conselho de Administração

GERDAU AÇOMINAS S.A. CNPJ nÂş 17.227.422/0001-05 - NIRE nÂş 3130003667 ATA DE REUNIĂƒO DO COMITĂŠ EXECUTIVO, REALIZADO NA SEDE SOCIAL, NA RODOVIA MG 443, KM 07, OURO BRANCO, MG, Ă€S 14h00min DO DIA 04 DE OUTUBRO DE 2017 1. A reuniĂŁo contou com a totalidade dos membros do ComitĂŞ Executivo, tendo sido presidida por AndrĂŠ Bier Gerdau Johannpeter, e secretariada por Harley Lorentz Scardoelli. 2. O ComitĂŞ Executivo, por unanimidade, aprovou, nos termos do seu Estatuto Social, (i) a outorga de garantia pela Companhia ao pagamento, total e incondicionalmente, de Bonds a serem emitidos pela Gerdau Trade Inc. (“Bondsâ€?), destinados Ă colocação no mercado internacional, a serem ofertados para investidores institucionais qualiďŹ cados, residentes e domiciliados nos Estados Unidos da AmĂŠrica, com base na regulamentação emitida pela Securities and Exchange Commission, especiďŹ camente, a Rule 144A, e, nos demais paĂ­ses, para non US Persons, com base na Regulation S (“EmissĂŁoâ€?); e (ii) autorizar a Diretoria da Companhia, por quaisquer dois membros da diretoria ou por um diretor em conjunto com um com um procurador devidamente constituĂ­do nos termos do Estatuto Social, a celebrar todos os documentos e seus eventuais aditamentos e praticar todos os atos necessĂĄrios Ă implementação das deliberaçþes mencionadas no item (i) acima, bem como ratiďŹ car qualquer ato jĂĄ praticado. 3. Nada mais foi tratado. Ouro Branco, 04 de outubro de 2017. (Ass.:) AndrĂŠ Bier Gerdau Johannpeter (Diretor Presidente), Claudio Johannpeter, Guilherme Chagas Gerdau Johannpeter, Francisco Deppermann Fortes e Harley Lorentz Scardoelli (Diretores Vice-Presidentes). Declaro, que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da ata transcrita em livro prĂłprio e que as assinaturas supramencionadas sĂŁo autĂŞnticas. Harley Lorentz Scardoelli - Diretor Vice-Presidente. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais: CertiďŹ co registro sob o nÂş 6351196 em 20/11/2017 da Empresa GERDAU AÇOMINAS S.A., Nire 31300036677 e Protocolo 17488811217/10/2017. Marinely de Paula BomďŹ m-SecretĂĄria Geral.

relação a ativos de crĂŠdito. A previsĂŁo ĂŠ de que as açþes de mercados emergentes gerem retornos na faixa de 10% a 15% em 2018. Latino-americanos - O desempenho econĂ´mico das economias latino-americanas no prĂłximo ano estarĂĄ fortemente atrelado ao cenĂĄrio polĂ­tico: Brasil e MĂŠxico realizam eleiçþes presidenciais, e Argentina, legislativa. “Depois de anos de escândalo e incerteza no Brasil, a probabilidade ĂŠ de que um presidente reformista que possa encaminhar as reformas necessĂĄrias seja eleito, dando sustentação Ă recuperação econĂ´micaâ€?, analisa o relatĂłrio da instituição. A previsĂŁo do banco ĂŠ que a economia brasileira cresça 2,5% no ano que vem, com inflação em 4%. Na Argentina, o presidente Mauricio Macri deve continuar com sua agenda de reformas no prĂłximo ano. JĂĄ no MĂŠxico, onde o candidato de esquerda lidera as pesquisas de intenção de voto, o cenĂĄrio ĂŠ de maior

PrevisĂŁo para 2018 ĂŠ do Credit Suisse, que aposta nos paĂ­ses desenvolvidos e emergentes

Geração digital mergulha na economia SĂŁo Paulo - O ano que vem deve marcar a entrada definitiva dos “millennialsâ€? - a geração que jĂĄ nasceu na era digital - como agentes relevantes na economia mundial, segundo o relatĂłrio elaborado pelo Credit Suisse. De acordo com pesquisa feita pelo banco, os interesses que norteiam o grupo sĂŁo eficiĂŞncia energĂŠtica, o consumo sustentĂĄvel e a tecnologia “blockchainâ€?, usada em criptomoedas, como o bitcoin. “Estamos focados no impacto causado pela prĂłxima geração de investidores os millennials. Temos a sensação de que 2018 serĂĄ lembrado como o ano em que eles deram passos importantes para se tornarem a força decisiva sobre temas incerteza em relação ao avanço de reformas, aponta o Credit Suisse. A perspectiva para a China ĂŠ mais moderada, cujo

relevantesâ€?, afirma, em nota, Nannette HechlerFayd’herbe, responsĂĄvel pela ĂĄrea de estratĂŠgia de investimento e pesquisa do Credit Suisse. Habitação - Por outro lado, uma preocupação desse grupo sĂŁo os preços de habitação, em alta nas economias desenvolvidas. Nos Estados Unidos, levantamento recente apontou que na maioria dos estados um salĂĄrio mĂ­nimo federal (em torno de R$ 23 por hora) nĂŁo ĂŠ suficiente para alugar uma residĂŞncia modesta de dois quartos. Na maior parte, sĂŁo necessĂĄrios mais de dois mĂ­nimos para cobrir esse custo. (FP)

crescimento não deve acelerar diante da política de restrição do crÊdito do país. A preocupação, nesse caso, Ê em evitar uma de-

saceleração muito grande da segunda maior economia global. A previsão Ê de crescimento de 6,5% do PIB no próximo ano. (FP)

BLACK FRIDAY

Amazon pode ter primeira greve na Itålia Milão, Itålia - Funcionårios do maior centro de distribuição da Amazon na Itålia estão planejando realizar sua primeira greve hoje, informaram sindicatos, ameaçando interromper um dos dias de compras mais movimentados do ano. Assim como o restante da Europa, os italianos adotaram nos últimos anos

a tradição norte-americana da Black Friday, um dia de grandes descontos concedidos pelas varejistas um dia após o feriado do Dia de Ação de Graças. Sindicatos afirmaram em comunicado que mais de 500 funcionårios da Amazon na unidade de Piacenza, no norte da Itålia, concordaram em entrar em greve após não

14ÂŞ VARA CĂ?VEL. COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG. EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO, COM PRAZO DE 20 DIAS. ANDRÉ LUIZ TONELLO DE ALMEIDA MM. JUIZ DE DIREITO DA 14ÂŞ VARA CĂ?VEL, EM PLENO EXERCĂ?CIO DE SEU CARGO, NA FORMA DA LEI. ETC... FAZ SABER, a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que perante este JuĂ­zo e Secretaria corre os autos da AĂ‡ĂƒO DE EXECUĂ‡ĂƒO que CASA ĂšNICA MATERIAIS DE CONSTRUĂ‡ĂƒO LTDA CNPJ 25.618.174/0001-43, move contra CLEIDE FERRAZ AMARAL, CPF 070.612.906-76, processo nÂş 024.14.346.493-1. A saber: Ressalvados outros crĂŠditos havidos entre as partes, a exequente ĂŠ credora da executada pela importância atualizada em 23/02/2015. Esgotados os meios para pagamento espontâneo da quantia devida, sĂł resta a credora o ajuizamento desta execução. Isto posto. É o presente edital para CITAĂ‡ĂƒO de CLEIDE FERRAZ AMARAL CPF 070.612.906-76, que se encontra em lugar incerto e nĂŁo sabido, para que, no prazo de 03 dias, efetuar o pagamento do dĂŠbito, qual seja, principal atualizado, despesas, custas, honorĂĄrios e demais consectĂĄrios, ou, independentemente de penhora, depĂłsito ou caução, RIHUHoD HPEDUJRV QR SUD]R GH GLDV ÂżQGR R SUD]R GHVWH (GLWDO +RQRUiULRV GH DGYRJDGR DUELWUDGRV HP VREUH R YDORU GR FUpGLWR H[HTXHQGR )LFDP FLHQWLÂżFDGDV GH TXH QmR HIHWXDGR R SDJDPHQWR H QHP oferecidos embargos, proceder-se-ĂĄ Ă penhora e avaliação de tantos bens quantos bastem para garantir a OLTXLGDomR GR GpELWR ( SDUD FRQVWDU H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR H DÂż[DGR QR iWULR GR FĂłrum como de costume. Belo Horizonte, 16 de outubro de 2017. Eu, Gerson Luiz Ferraz, escrivĂŁo em substituição. (a) AndrĂŠ Luiz Tonello de Almeida, MM. Juiz de Direito da 14ÂŞ Vara CĂ­vel.

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL DO CONDOMĂ?NIO DO EDIFĂ?CIO CAMBARĂ A ComissĂŁo de Representantes do CondomĂ­nio do EdifĂ­cio CambarĂĄ vem convocar todos os condĂ´minos, adquirentes das unidades em construção, permutantes e demais condĂ´minos, a que tĂ­tulo for, para comparecerem Ă Assembleia Geral do CondomĂ­nio a ser realizada na Rua Professora Bartira MourĂŁo, n.Âş 587, salĂŁo de festas, bairro Buritis, em Belo Horizonte – Minas Gerais, no dia 04/12/2017, segunda-feira, Ă s 19:00h (dezenove horas) em primeira convocação e Ă s 19:30h (dezenove horas e trinta minutos) em segunda convocação, para deliberarem as seguintes matĂŠrias constantes desta pauta de convocação: I) 3UHVWDomR H DSURYDomR GDV FRQWDV GR &RQGRPtQLR QR SHUtRGR ÂżQGR SHOD &RPLVVmR GH 5HSUHVHQWDQWHV II) Apresentação dos serviços prestados e em andamento pela ComissĂŁo de Representantes e pelo escritĂłrio GH DGYRFDFLD TXH DVVHVVRUD R &RQGRPtQLR QR SHUtRGR ÂżQGR EHP FRPR GHOLEHUDo}HV VREUH PHGLGDV a serem realizadas para o andamento dos serviços e para os serviços futuros. III) 'HOLEHUDo}HV VREUH R Orçamento para o exercĂ­cio seguinte e sobre o valor das futuras taxas condominiais a serem pagas pelas unidades autĂ´nomas. IV) Eleger e empossar novos membros para a ComissĂŁo de Representantes, para o prĂłximo perĂ­odo de 2 (dois) anos, podendo haver reeleição. V) ,QIRUPDo}HV VREUH DV HVFULWXUDV GDV IUDo}HV LGHDLV GDV XQLGDGHV VREUH R SURFHGLPHQWR UHJLVWUDO H VHXV UHTXLVLWRV H GHOLEHUDo}HV VREUH HVWDV PDWpULDV VI) ,QIRUPDo}HV H GHEDWH VREUH DV SRVVLELOLGDGHV QHJRFLDLV SDUD R HPSUHHQGLPHQWR WDQWR GH FRQVWUXomR FRPR GH OLTXLGDomR GR SDWULP{QLR H GHPDLV SRVVLELOLGDGHV H GHOLEHUDo}HV VREUH HVWDV PDWpULDV VII) Assuntos JHUDLV 2V FRQG{PLQRV ÂżFDP FLHQWHV TXH QRV WHUPRV GR DUWLJR GD OHL DV GHFLV}HV WRPDGDV SHOD PDLRULD VLPSOHV GRV SUHVHQWHV VHUmR YiOLGDV H REULJDWyULDV SDUD WRGRV VDOYR TXyUXP HVSHFtÂżFR SUHYLVWR em lei. Informa-se, ainda, que serĂĄ admitida a representação por procuradores munidos de procuração HVSHFtÂżFD QmR VHQGR QHFHVViULR R UHFRQKHFLPHQWR GH ÂżUPD UHVSRQGHQGR R SURFXUDGRU WRGDYLD FLYLO H criminalmente, pela autenticidade da assinatura do condĂ´mino outorgante e da validade de seu mandato.

CONSTRUTORA ATERPA S.A. – CNPJ/MF 17.162.983/0001-65 – NIRE 3130002413-0 – ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 30 DE JUNHO DE 2017. I DATA, HORA E LOCAL: Aos 30 dias do mĂŞs de junho de 2017, Ă s 8:00h, na sede social da CONSTRUTORA ATERPA S.A. (“Companhiaâ€?), localizada em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Professor Jorge Lage, nÂş 50, sala 601, Bairro Estoril, CEP 30.494-240. II. CONVOCAĂ‡ĂƒO E PRESENÇA: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas da Companhia, nos termos do art. 124, §4Âş, da Lei nÂş 6.404, de 15.12.1976 (“Lei das S.A.â€?) e conforme assinaturas apostas no livro de presença de acionistas. III. MESA: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Francisco JosĂŠ Laborne Salazar, tendo como secretĂĄrio o Sr. AndrĂŠ Pentagna GuimarĂŁes Salazar. 4. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre: (i) a lavratura da ata da AGE na forma sumĂĄria como faculta o §1Âş do art. 130, da Lei das S.A.; (ii) aceitar o pedido de renĂşncia dos Srs. CornĂŠlio JosĂŠ Temponi de SĂĄ, Eduardo AraĂşjo Ramos e Ricardo Lopes AbrĂŁo dos cargos de Diretores Executivos da Companhia; 5. DELIBERAÇÕES: Instalada a Assembleia e apĂłs a discussĂŁo das matĂŠrias, os acionistas, sem quaisquer restriçþes, resolveram deliberar o seguinte: (i) aprovar a lavratura da ata da AGE na forma sumĂĄria nos termos do §1Âş do art. 130, da Lei das S.A.; e (ii) RenĂşncia dos Diretores Executivos: Aceitar o pedido de renĂşncia apresentado nesta data pelos Srs. CornĂŠlio JosĂŠ Temponi de SĂĄ, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo universal de bens, nascido em 02/05/1949, engenheiro civil, CREA/MG nÂş 16.387/D, inscrito no CPF/MF n° 202.817.570-20, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Professor Jorge Lage, nÂş 50, bairro Estoril, CEP 30494-240, Eduardo AraĂşjo Ramos, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, nascido em 16/12/1952, engenheiro, CREA/MG nÂş 15.479/D, inscrito no CPF/MF n° 203.581.726-91, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Professor Jorge Lage, nÂş 50, bairro Estoril, CEP 30494240, e Ricardo Lopes AbrĂŁo, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, nascido em 20/03/1958, engenheiro mecânico, CREA-MG nÂş 27.816/D, RG nÂş M-1.589.024 – SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 301.027.406-82, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Professor Jorge Lage, nÂş 50, bairro Estoril, CEP 30494-240, dos cargos de Diretores Executivos da Companhia para os quais foram re-eleitos nos termos da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 22 de maio de 2015 e registrada sob o nÂş 5513673 em 25 de maio de 2015, a partir da presente data, por meio de cartas de renĂşncias apresentadas Ă Companhia, mantendo-se estes cargos de Diretores Executivos sem a nomeação GH RXWURV SURĂ€VVLRQDLV 2V 'LUHWRUHV UHQXQFLDQWHV RXWRUJDP j &RPSDQKLD D PDLV SOHQD DPSOD LUUHYRJiYHO LUUHWUDWiYHO UDVD H JHUDO quitação com relação a toda e qualquer obrigação e/ou valor devido pela Companhia em razĂŁo do exercĂ­cio de ser cargo de Diretor, declarando estar ciente de que nĂŁo tĂŞm nada a reclamar em relação Ă Companhia ou em decorrĂŞncia do exercĂ­cio do cargo de Diretor ou da presente renĂşncia, a qualquer tempo, seja a que tĂ­tulo for, declarando-se inteiramente pagos pelo exercĂ­cio dos atos de gestĂŁo praticados. VI. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada a presente reuniĂŁo, da qual se lavrou a presente ata, que, lida e achada conforme, foi assinada por todos os acionistas presentes (JASA Participaçþes S.A. – Francisco JosĂŠ Laborne Salazar, LASA Participaçþes S.A. – Francisco JosĂŠ Laborne Salazar e Neo Capital Mezanino Fundo de Investimento em Participaçþes – Luiz Chrysostomo e Guilherme Borrelli), Ă€FDQGR DXWRUL]DGD D VXD ODYUDWXUD QD IRUPD GH VXPiULR H VXD SXEOLFDomR FRP D RPLVVmR GD DVVLQDWXUD GRV DFLRQLVWDV QRV WHUPRV GRV SDUiJUDIRV ž H ž GR DUWLJR GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV &HUWLĂ€FDQGR R 6HFUHWiULR $QGUp 3HQWDJQD *XLPDUmHV 6DOD]DU H 3UHVLGHQWH )UDQFLVFR -RVp /DERUQH 6DOD]DU TXH D SUHVHQWH p FySLD Ă€HO GD DWD ODYUDGD QR OLYUR SUySULR -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV ² &HUWLĂ€FR UHJLVWUR VRE R Qž HP GD (PSUHVD &216758725$ $7(53$ 6 $ 1,5( H SURWRFROR D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPĂ€P ² 6HFUHWiULD *HUDO

terem conseguido negociar A Amazon emprega cerca um pagamento de bĂ´nus de 1.600 pessoas de forma com a companhia. permanente em Piacenza, a primeira unidade construĂ­da Horas extras - Os trabalha- no paĂ­s apĂłs o lançamento dores tambĂŠm decidiram de seu site na ItĂĄlia em 2010. que nĂŁo farĂŁo horas extras A companhia disse em coatĂŠ 31 de dezembro, o que municado que permanecerĂĄ corresponde Ă temporada de focada em tentar garantir o pico para a varejista on-line, prazo de entrega para seus que contrata funcionĂĄrios clientes na Black Friday e temporĂĄrios para a ĂŠpoca. nos prĂłximos dias. (Reuters) COMARCA DE PEDRO LEOPOLDO – EDITAL Âą &pVLR 5RVD 3HUHLUD 2ÂżFLDO GR 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH 3HGUR /HRSROGR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV ID] S~EOLFR SDUD FLrQFLD GRV LQWHUHVVDGRV HP FXPSULPHQWR DR GLVSRVWR QR DUWLJR GD /HL TXH FAZENDA DA BARRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIĂ RIOS SPE LTDA &13- FRP VHGH QD 5XD 'U &ULVWLDQR 2WRQL Qž VDOD &HQWUR HP 3HGUR /HRSROGR 0* &(3 GHSRVLWRX HP &DUWyULR D 3ODQWD 0HPRULDO 'HVFULWLYR H GHPDLV GRFXPHQWRV H[LJLGRV SHOD FLWDGD /HL UHODWLYRV DR ORWHDPHQWR GHQRPLQDGR SRU 3257$/ '$ %$55$ VLWXDGR QR OXJDU GHQRPLQDGR )D]HQGD GD %DUUD 0XQLFtSLR GH 3HGUR /HRSROGR 0* FRP iUHD WRWDO GH PĂ° GHYLGDPHQWH LGHQWLÂżFDGD QR UHJLVWUR GD PDWUtFXOD GHVWH &DUWyULR DVVLP LGHQWLÂżFDGDV UHVXPLGDPHQWH FRQVWLWXtGR GH ORWHV GLVWULEXtGRV HP TXDGUDV WRWDOL]DQGR PĂ° UXDV FRP PHWURV GH ODUJXUD H XPD DYHQLGD FRP PHWURV GH ODUJXUD iUHDV LQVWLWXFLRQDLV TXH WRWDOL]DP PĂ° iUHDV YHUGHV H XPD SUDoD TXH WRWDOL]DP PĂ° H ĂˆUHDV GH 3UHVHUYDomR 3HUPDQHQWH WRWDOL]DQGR PĂ° WXGR HVSHFLÂżFDGR HP 0HPRULDO 'HVFULWLYR H R UHVSHFWLYR SURMHWR FRP DQXrQFLD SUpYLD GD $JrQFLD 0HWURSROLWDQD GD 50%+ SURFHVVR $50%+ Qž H 'HFUHWR 0XQLFLSDO Qž GH )LFDP LQWLPDGRV RV LQWHUHVVDGRV QR SUD]R OHJDO GH GLDV DSyV D WHUFHLUD H ~OWLPD SXEOLFDomR GHVWH D DSUHVHQWDU VXDV LPSXJQDo}HV H VH QHQKXPD IRU YHULÂżFDGD R ORWHDPHQWR ÂżFDUi DSWR DR UHJLVWUR 'DGR H SDVVDGR QHVWD &LGDGH GH 3HGUR /HRSROGR DRV GH 1RYHPEUR GH 2 2ÂżFLDO &pVLR 5RVD 3HUHLUD

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA DO CONDOMĂ?NIO DO EDIFĂ?CIO MAQUINÉ A ComissĂŁo de Representantes do CondomĂ­nio do EdifĂ­cio MaquinĂŠ vem convocar todos os condĂ´minos, adquirentes das unidades em construção e todos os condĂ´minos, a que tĂ­tulo for, para comparecerem Ă AssemblĂŠia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no Plenarinho 02 da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, localizado na Rua Rodrigues Caldas, n.Âş 30, bairro Santo Agostinho, nesta cidade de Belo Horizonte/MG, no dia 05/12/2017, terça-feira, Ă s 19:00h (dezenove horas) em primeira convocação e Ă s 19:30h (dezenove horas e trinta minutos) em segunda convocação, para deliberarem as seguintes matĂŠrias constantes desta pauta de convocação: I) 3UHVWDomR H DSURYDomR GDV FRQWDV GR &RQGRPtQLR QR SHUtRGR ÂżQGR SHOD &RPLVVmR GH Representantes. II) Apresentação dos serviços prestados e em andamento pela ComissĂŁo de Representantes H SHOR HVFULWyULR GH DGYRFDFLD TXH DVVHVVRUD R &RQGRPtQLR QR SHUtRGR ÂżQGR EHP FRPR GHOLEHUDo}HV VREUH medidas a serem realizadas para o andamento dos serviços e para os serviços futuros. III) 'HOLEHUDo}HV VREUH o Orçamento para o exercĂ­cio seguinte e sobre o valor das futuras taxas condominiais a serem pagas pelas unidades autĂ´nomas. IV) Eleger e empossar novos membros para a ComissĂŁo de Representantes, para o prĂłximo perĂ­odo de 2 (dois) anos, podendo haver reeleição. V) ,QIRUPDo}HV H GHEDWH VREUH DV SRVVLELOLGDGHV negociais para o empreendimento: tanto de construção, como de liquidação do patrimĂ´nio e demais SRVVLELOLGDGHV H GHOLEHUDo}HV VREUH HVWDV PDWpULDV VI) $VVXQWRV JHUDLV 2V FRQG{PLQRV ÂżFDP FLHQWHV TXH QRV WHUPRV GR DUWLJR GD OHL DV GHFLV}HV WRPDGDV SHOD PDLRULD VLPSOHV GRV SUHVHQWHV VHUmR YiOLGDV e obrigatĂłrias para todos. Informa-se, ainda, que serĂĄ admitida a representação por procuradores munidos de SURFXUDomR HVSHFtÂżFD QmR VHQGR QHFHVViULR R UHFRQKHFLPHQWR GH ÂżUPD UHVSRQGHQGR R SURFXUDGRU WRGDYLD civil e criminalmente, pela autenticidade da assinatura do condĂ´mino outorgante e da validade de seu mandato.

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP n. Âş 62/GAPLS/2017 OBJETO: Serviço de limpeza de caixa de gordura e esgoto. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 24/11/2017. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 06/12/2017 Ă s 09:30, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 ANGELO NASCIMENTO MARROSO Cel Int Ordenador de Despesas


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

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POLÍTICA CORRUPÇÃO NO RIO

Mulher de Cabral volta ao regime fechado Adriana Ancelmo cumpria prisão domiciliar, por ter filhos menores de idade, mas tribunal modifica pena DA REDAÇÃO

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou ontem, por maioria, que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo fosse transferida para o regime fechado. Ela vinha cumprindo medida cautelar de recolhimento domiciliar em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio, por ter filhos menores de idade. A ex-primeira-dama foi levada para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde está preso seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral, e outros políticos do Rio de Janeiro, entre eles os também ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. O relator do processo no TRF2, desembargador Marcelo Granado, considerou que Adriana não pensou no bem-estar dos filhos ao incorrer em atitudes criminosas e pediu a decretação de prisão preventiva dela. “Foi a própria mãe que por último pensou no bem-estar físico e psicológico dos filhos”, destacou Granado, ao concluir a leitura de seu voto, que durou uma hora e quarenta minutos. O desembargador Abel Gomes acompanhou o voto do relator e destacou que

o uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar como medidas alternativas à prisão estão se generalizando no País. O desembargador Paulo Espírito Santo também votou pela prisão de Adriana Ancelmo em regime fechado e ressaltou que a ex-primeira-dama já recebeu condenação, em primeira instância, a 18 anos de prisão. A desembargadora Simone Schreiber divergiu do relator argumentando que a ré ainda não havia sido condenada em segundo grau, não vislumbrando requisitos para a prisão preventiva, e destacando que ela tem filhos pequenos. O presidente da 1ª Seção do TRF2, desembargador Ivan Athié, também divergiu do relator e destacou a falta de uma mãe na vida dos filhos. “A mãe presa, o pai preso, é muito complicado. A legislação busca proteger as crianças”, apontou. Defesa - O advogado Renato de Moraes, que defende Adriana Ancelmo, informou que vai recorrer da decisão do TRF2 no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Por norma legal, por ter um filho menor de 12 anos de idade, ela tem direito ao recolhimento domiciliar para cuidar dos filhos”. (ABr)

FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL

Ex-primeira dama Adriana Ancelmo foi levada para a Cadeia Pública José Francisco Marques, onde está seu marido

Operação C’est fini prende outras 5 pessoas DA REDAÇÃO

A Operação C’est fini, deflagrada ontem no Rio pela Polícia Federal (PF), cumpriu todos os cinco mandados de prisão preventiva, pedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Segundo a PF, a ação ocorreu com base na delação premiada de Carlos Bezerra, um dos operadores da organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Entre os presos estão Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil de Cabral, o empresário Georges Sadala - suspeito de ser o operador financeiro do esquema montado pelo ex-governador - e os engenheiros Maciste Granha de Mello Filho e Henrique Alberto Santos Ribeiro, acusados de favorecimento no esquema de propina, que chegou a desviar R$ 21 milhões. Organização criminosa - A me-

dida cautelar do juiz Marcelo Bretas é um desdobramento das operações Calicute e Eficiência. O objetivo é desmontar a organização criminosa responsável pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo contratos para a realização de obras públicas, entre elas o arco metropolitano e a urbanização de grandes comunidades carentes da cidade, conhecida como PAC-Favelas. (ABr)

EDUCAÇÃO

GEDDEL VIEIRA LIMA

PF, MPF e CGU buscam na BA e em MG autores de desvio de recursos

Ex-assessor afirma que devolvia salário

São Paulo - A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem, em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), a Operação Lateronis - que mira em crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da educação no centro-sul baiano. Em nota, a PF informou que são cumpridos nove mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 13 mandados de medidas cautelares e 41 de busca e apreensão na Bahia e em Minas Gerais. A operação conta com a participação de 160 policiais federais e 16 auditores da CGU. Segundo a PF, ao longo das investigações, iniciadas em 2013, foi apurado que três falsas cooperativas que pertenciam a um mesmo grupo, vencedoras de licitações recorrentes, desviavam recursos públicos obtidos por meio de contratos celebrados com diversos municípios, na área de transporte, sobretudo escolar. Com os dados obtidos foi possível verificar que essas cooperativas serviam apenas de “fachada”, não havendo concorrência entre elas uma vez que as vencedoras eram definidas previamente. Entre os anos de 2010 e 2016, afirma a PF, o esquema obteve aproximadamente R$ 140 milhões em contratos, dos quais teriam sido desviados pelo menos R$

45 milhões em razão das fraudes apuradas. Servidores públicos - Parte dos valores recebidos pelas cooperativas era repassada a servidores públicos, no intuito de corromper agentes políticos e interferir em decisões dos poderes Executivo e Legislativo municipais, além de financiar ilicitamente campanhas eleitorais como forma de se manterem dominantes no poder. O grupo chegava a decidir os candidatos que concorreriam aos cargos eletivos nos municípios de sua atuação, a formação das coligações locais, o secretariado a ser nomeado pelos prefeitos e até mesmo se as Câmaras Municipais deveriam ou não aprovar as contas do município. Uma espécie de atuação paralela que influenciava decisões públicas a favor de interesses ligados ao esquema criminoso. Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e fraude à licitação. O nome da operação, Lateronis, é uma referência aos soldados da Roma antiga, que guardavam as laterais e as costas do imperador e que, de tanto estarem ao lado do poder, passaram a acreditar que eram o próprio poder e que podiam atuar de forma impune ao cometerem delitos contra os mais pobres. (AE)

Brasília - Um dos ex-assessores da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro pretende entregar à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) extratos para provar que devolvia parte de seu salário da Câmara aos políticos. Em prisão domiciliar desde o fim de outubro, o auxiliar encontrou alguns registros de transferências bancárias que fez ao longo dos últimos cinco anos em nome de parentes de Geddel. Procurado pela reportagem, o advogado de Job, Marcelo Ferreira, confirmou a pretensão de apresentar os documentos e disse que, além da movimentação entre contas, os registros mostram um “modus operandi” do que acontecia mensalmente. Segundo Ferreira, os extratos revelam que havia um padrão de saques nas horas seguintes do depósito do salário a cada mês. Em depoimento à PF, no dia 14 de novembro, Ribeiro contou que ficava com cerca de R$ 2.500 por mês e devolvia cerca de R$ 9.000 para a família dos políticos durante todo o período em que trabalhou na Câmara dos Deputados. Ele revelou que prestou serviços à família por 28 anos e, apesar de exercer o cargo de assessor parlamentar, fazia serviços pessoais para os irmãos - como ir ao supermercado, cuidar de fazendas e da saúde do pai de Geddel. O ex-assessor falou que

VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL

Família de Geddel, que está preso, é acusada de pegar parte do salário do funcionário

trabalhou com Geddel entre fevereiro de 1991 e março de 2007, quando o peemedebista assumiu o Ministério da Integração Nacional no governo Lula. Job passou então a trabalhar como assessor do suplente, Edgar Mão Branca, até março de 2010. Em abril daquele ano, já no governo Dilma, Geddel voltou para o Congresso, e Job passou a ser novamente seu assessor parlamentar, até janeiro de 2011, quando passou a trabalhar com Lúcio e ficou no cargo até outubro de 2017. Ele contou que foi apenas uma vez a Brasília durante o período em que ocupou o cargo.

suas digitais no “bunker” em Salvador (BA) em que foram encontrados mais de R$ 51 milhões atribuídos a Geddel. O ex-ministro teve a segunda prisão decretada, após a descoberta da polícia, e está no presídio da Papuda (DF) desde o início de setembro. Assim que o STF decidiu pela prisão domiciliar de Job, o deputado Lúcio Vieira Lima decidiu exonerá-lo do cargo. A defesa da família Vieira Lima afirmou que vai se pronunciar somente após ter Prisão - Job teve a pri- acesso ao depoimento - os são decretada após a PF advogados fizeram o pedido identificar fragmentos de no início desta semana. (FP) Job negocia com a PGR uma delação premiada. De acordo com apuração da reportagem, o depoimento do ex-funcionário da família convenceu procuradores e delegados, que viram uma situação de exploração. O ex-auxiliar afirmou à PF que destruiu documentos a pedido dos peemedebistas, no período em que Geddel cumpria prisão domiciliar, em julho deste ano - na primeira prisão, quando foi acusado de tentar obstruir à Justiça.


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Equipe econômica não cede

Parlamentares convidados para jantar com o presidente Temer nesta semana disseram que nem todos os que compareceram votam em favor da reforma

PREVIDÊNCIA

Aliados acham difícil votar reforma Deputados e lideranças da base do governo temem desagradar os eleitores de 2018 Brasília - Deputados e lideranças da base do governo vislumbram dificuldades para a votação da reforma da Previdência, seja pela proximidade das eleições, seja pelo desafio de convencer a população e os parlamentares com campanhas publicitárias, e apontam que as mudanças ministeriais podem não surtir o efeito desejado de facilitar a aprovação da medida. A equipe econômica, por sua vez, segue reticente com qualquer sinalização de recuo em outras medidas em troca da Previdência, com receio de perder as duas batalhas no Congresso Nacional. O cenário não é muito otimista, mesmo com a versão mais enxuta da reforma. O texto apresentado na véspera em jantar no Palácio da Alvorada mantém as regras de idade mínima para aposentadoria e reduz o tempo mínimo de contribuição para trabalhadores do regime geral, além de retirar qualquer mudança relativa ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e às aposentadorias de pequenos produtores rurais, dois pontos que encontravam forte resistência dentro da base. “O sentimento é o mesmo. O problema não é a questão do texto ser mais enxuto ou não. A questão é do tempo, do timing”, afirmou o líder do PR e um dos vice-líderes do governo, José Rocha (BA). “É um momento em que

estamos próximos da renovação dos mandatos. Então, há uma cautela muito grande por parte dos deputados no sentido de aprovar matérias que impactam nas eleições”, falou à Reuters. Para ele, eventuais mudanças na composição ministerial já não teriam impacto significativo nos votos a favor da Previdência, justamente porque o que pesa na avaliação dos deputados é a proximidade do processo eleitoral. Mais otimista, o líder do PSD, Marcos Montes (MG), elogia a escolha do deputado Alexandre Baldy (Sem partido-GO) para substituir Bruno Araújo (PSDB-PE) no desejado Ministério das Cidades. Avalia, no entanto, que a votação da reforma da Previdência dependerá da capacidade do governo de comunicar sua proposta e convencer a população. “O governo está lutando para que a gente possa convencer a sociedade. Agora vai depender da comunicação do governo”, disse Montes à Reuters. “Vamos ter que trabalhar. Acho que isso tudo é verdade (proximidade das eleições), mas vai depender da comunicação do governo.” Em áudio divulgado por sua assessoria, o líder do SD, deputado Aureo (RJ), defendeu que mesmo com as alterações no texto não é momento de discutir o tema e que “não dá para entregar

esse presente ao trabalhador dados, entre parlamentares, brasileiro de tirar direitos ministros, economistas e o em pleno Natal”. presidente Michel Temer. Segundo a assessoria da Não há quórum - Outro Presidência, 176 pessoas deputado, que tem bom compareceram. trânsito tanto com o PlaPouco antes, na Câmanalto quanto com a equipe ra dos Deputados, o viceeconômica e preferiu não ser -presidente da Casa, Fábio identificado, apontou que Ramalho (PMDB-MG), já não há “nada que viabilize alertava sobre a resistênvotos para essa reforma”. cia dos colegas em votar a Segundo o parlamentar, o proposta. jantar de apresentação do “Ninguém vai votar a novo texto foi um “fiasco”. reforma da Previdência”, “Havia 100 deputados e afirmou Ramalho. “Se tiver metade dos que estavam lá 100 votos é muito”, acresnão vota (a favor)”, declarou. centou. Uma liderança da O jantar, de fato, contou base, que pediu para não com uma adesão abaixo da ser identificada, calcula que esperada pelo governo. O a essa altura o governo tem evento havia sido preparado cerca de 220 votos. para recepcionar 300 conviPor se tratar de uma Pro-

posta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários os votos de 308 dos 513 deputados para que a medida seja aprovada na Câmara, em dois turnos de votação. Mais cedo, ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já admitia que o prazo é curto. Defendeu, no entanto, que a Câmara aproveite a “janela de oportunidade” neste ano sob o risco de prejudicar a recuperação econômica do País. Aliados e até mesmo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, têm afirmado que a reforma da Previdência deve ser pautada na primeira semana de dezembro. (Reuters)

Economista prevê votação só em 2019 São Paulo - Mesmo repaginada, a reforma da Previdência deve ficar para 2019, ainda que as chances de aprová-la no ano que vem tenham aumentado, previu ontem o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita. Com ou sem a reforma da Previdência, alerta o banco, o teto de gastos estabelecido pelo governo pode ser rompido já em 2019. O teto prevê um limite para as despesas que corresponde à inflação do ano anterior (em 12 meses até junho). O teto não será cumprido porque, para isso, será pre-

ciso um corte de despesas de R$ 15 bilhões em 2019, explicou o economista do Itaú, Pedro Schneider. A reforma, no entanto, não vai permitir uma economia desse tamanho tão cedo. O Itaú prevê, no entanto, que a proposta de reforma da Previdência costurada pelo governo deve ajudar a reduzir o rombo das contas públicas de modo significativo. Resultado primário - Nas contas do banco, a proposta deve ter um efeito positivo sobre o resultado primário (a economia para pagar juros) de 1,4% do Produto

Interno Bruto (PIB) em 2025. Para Schneider, mesmo reduzida, a reforma é boa porque ataca pontos estruturais: a aposentadoria precoce e um benefício de aposentadoria acima de outros países. Como está sendo apresentada pelo governo, avalia o economista, a reforma representa uma economia de 60% sobre a proposta original. O banco conta com uma proposta que inclua idade mínima de 65 anos (homem) e 62 anos (mulher), tempo de contribuição de 15 anos (setor privado) e 25 anos (setor público). (FP)

RETALIAÇÃO

PMDB expulsa a senadora Kátia Abreu DA REDAÇÃO

Por unanimidade, a Comissão de Ética do PMDB decidiu ontem expulsar a senadora Kátia Abreu (TO) do partido. De acordo com o presidente da comissão, Eduardo Krause, os membros do colegiado acompanharam por unanimidade o voto da relatora do processo, Rosemary Soares Antunes Rainha. A decisão da comissão foi comunicada de imediato ao presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR). Em nota, Romero Jucá disse que o PMDB acatará a decisão da comissão. “O partido acatará de imedia-

to a decisão do Conselho de Ética, que expulsou a senadora Katia Abreu. A medida demonstra nova fase de posicionamento do partido”, aponta a nota. Com a decisão, a senadora deverá ter cancelado o registro de filiação dela à legenda. Impeachment - O processo para expulsar a senadora Katia Abreu teve início em setembro do ano passado, após ela ter votado contra a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, contrariando orientação do partido. Ela foi a ministra da Agricultura na gestão de Dilma Rousseff. A senadora

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

ainda tem feito críticas ao governo do presidente Michel Temer e se posicionado contra matérias enviadas pelo governo ao Congresso Nacional, como a reforma da Previdência. Para a comissão de ética da legenda, a senadora feriu o decoro. Em sua conta no Twitter, a senadora, que está fora do Brasil, afirmou “que ficará sem partido e que vai conversar com a população do Tocantins e “com as lideranças sérias do País antes de decidir o que será melhor para meu estado e o Brasil”. “A minha expulsão não é uma punição, é biografia”, Kátia Abreu é acusada de ferir o decoro, por criticar Temer considerou. (ABr)

Brasília - Dependente da Previdência para o reequilíbrio das contas públicas, a equipe econômica não se mostra abertamente disposta a fazer concessões em troca da aprovação da matéria, pois também precisa da aprovação pelo Congresso de medidas importantes do Orçamento de 2018, como a postergação de reajuste salarial de servidores públicos e a mudança na tributação de fundos fechados. Se colocar já essas medidas no balcão de negociações, o governo arrisca sofrer derrota em todas as frentes, uma vez que, mesmo com flexibilizações nas medidas fiscais, os deputados ainda seguiriam resistentes à reforma previdenciária. “Não tem carta na manga. Antigamente, dava para avacalhar Orçamento. Agora, não dá, ainda bem, por causa do Tribunal de Contas da União. A margem de manobra da área política do governo são os cargos. A área econômica não tem margem”, afirmou uma fonte da equipe econômica, que falou em condição de anonimato. “Orçamento de 2018 precisa ser consistente com medidas”, acrescentou a fonte, apontando que o adiamento do reajuste dos servidores públicos é “muito importante” para o governo conseguir cumprir a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões no ano que vem. Municípios - Uma segunda fonte da equipe econômica reconheceu que há pressão de municípios por mais receitas em troca do apoio à Previdência e que o governo deixou a porta aberta para se debruçar sobre o assunto. Mas apontou que não há nada concreto na mesa neste momento. “A dificuldade fiscal é tanto de curto quanto de médio prazo. Abrir mão de receitas ou (diminuição de) despesas já incluídas no Orçamento para fins de cumprimento da meta fiscal pressionará por mais uma revisão da própria meta, o que tem impacto político e econômico”, disse. Também presente no jantar da véspera, outro deputado apontou que a tentativa do governo de aliviar o texto não terá grandes implicações práticas e que o ambiente segue ruim. “Não se trata mais do que está no texto e, sim, de quem vai votar a favor ou contra. A população não quer saber o que está no texto. Quer saber quem vai votar a favor”, afirmou. (Reuters)


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SALÃO DUAS RODAS

Indústria apresentou as novidades para 2018 Principal evento do setor, na América Latina, ocorreu na cidade de São Paulo agora em novembro INDIAN / DIVULGAÇÃO

JOSÉ OSWALDO COSTA,* de São Paulo (SP)

O Salão Duas Rodas, realizado na cidade de São Paulo (SP) entre os dias 14 e 19 de novembro, apresentou as novidades da indústria das duas rodas para o ano de 2018. A seguir, apresentamos os principais lançamentos de algumas das marcas presentes neste que é considerado o maior evento do setor na América Latina. Indian – No estande da Indian, destaque para três novos modelos: Scout Bobber, Família Dark Horse (formada pela Chief e pela Chieftain) e Scout. A Scout Bobber chega com uma série de mudanças que vão desde as tampas do motor, agora em preto fosco, ao guidão mais plano e largo para tornar a posição de pilotagem mais esportiva. Para-lamas curto na dianteira e traseira deixam as rodas mais expostas, reforçando ainda mais o estilo Bobber. Conta, ainda, com pneus de uso misto. O seu motor é o V-Twin de 1133 cc, de refrigeração líquida, e a transmissão é de seis velocidades. O preço sugerido é R$ 51,99 mil. A nova Indian Chief Dark Horse traz a predominância do preto fosco e a redução dos cromados para conferir um design mais agressivo e moderno. A mudança nas cores não se limita à pintura. O painel com fundo preto, os piscas com acabamento fosco, as rodas de alumínio preto brilhante e o logo em cinza no tanque são itens exclusivos para a versão Dark Horse. Equipada com o motor VTwin Thunder Stroke 111, de 1811cc, o modelo possui transmissão de seis velocidades, chassi em alumínio forjado, sistema de partida sem chave, cruise control e lampejador de farol. O preço sugerido é R$ 69,99 mil. A Indian Chieftain Dark Horse está equipada com o mesmo powertrain da Chief. Conta, ainda, com sistema de partida sem chave, cruise control, lampejador de farol, para-brisa elétrico, monitoramento de pressão dos pneus, alarme imobilizador, sistema de áudio de 100 watts e travas elétricas dos alforjes por controle remoto, além do sistema Ride Command. Ele apresenta display de 7 polegadas touchscreen, tela de alta resolução e sensível à luva, sistema de navegação, Bluetooth, entrada USB e 8 telas para personalização de informações. Preço sugerido: R$ 94,99 mil. A Scout se destaca pelo motor V-Twin 1133 cc de refrigeração líquida. A motocicleta também apresenta transmissão de seis velocidades. A Scout, nas cores preta ou vermelha, é oferecida ao público por R$ 49,99 mil e a opção bicolor, por R$ 51,99 mil. BMW – Entre as novidades mais aguardadas da marca alemã estava a G 310 GS, uma GS urbana no segmento premium abaixo de 500 cc. Equipada com um motor monocilíndrico, de 313 cc e capaz de entregar 34 cv, a caçula da família de aventureiras da BMW é voltada para o uso no dia a dia. Ela surge como uma opção compacta, versátil e confortável, informou a fabricante. Com início da produção em Manaus (AM) programado para 2018, a nova BMW G 310 GS chega às concessionárias autorizadas no primeiro semestre do próximo ano. Outra novidade foi a superesportiva de competição HP4 Race, cuja produção é limitada em apenas 750 unidades, sendo cinco delas destinadas ao Brasil. Fabricada em Berlim, na Alemanha, em um processo de montagem artesanal realizado por especialistas da BMW Motorrad, a HP4 Race possui quadro principal construído em fibra

Indian Chief Dark Horse

Indian Scout Bobber LUCIANO FALCONI / BMW MOTORRAD / DIVULGAÇÃO

BMW G 310 GS

BMW HP4 Race PIETRO BIANCHI / DUCATI / DIVULGAÇÃO

Ducati Monster 797

de carbono e é impulsionada por um motor de quatro cilindros e 999 cc. Ele é capaz de gerar 215 cv e 120 Nm de torque e está acoplado à uma transmissão de seis marchas.. A BMW HP4 Race já está disponível na Rede Motorrad por R$ 490 mil. A linha K, por sua vez, acaba de ganhar duas novas integrantes com vendas confirmadas para o Brasil no início de 2018: a renovada BMW K 1600 GTL e a inédita K 1600 Bagger. A K 1600 GTL é uma touring de alto luxo e recebeu aprimoramentos no design e na ergonomia com o objetivo de proporcionar um rodar ainda mais confortável. Ela traz um motor de seis cilindros em linha, com 160 cv de potência e 175 Nm de torque. Entre seus principais equipamentos de série destacam-se suspensão eletrônica ESA, com amortecedores adaptáveis, assistentes de manobras e de troca de marchas Shift Assistant Pro e controle de tração, entre outros itens. A Bagger, por sua vez, ostenta aparência elegante e com desenho de contornos futuristas. Robusta e de fácil pilotagem, esta cruiser exibe silhueta sóbria. Ducati – No estande da Ducati chamavam a atenção quatro modelos: Monster 797, Multistrada 1200

Ducati Supersport S

Enduro Limited Edition, Scrambler Custom e a Supersport S. Essa última foi o principal lançamento da Ducati durante o Salão Duas Rodas. O motor é de cilindro duplo de 937 cm3 Testastretta 11°, que produz 113 cv a 9.000 rpm. São três modos de pilotagem (sport, touring e urban). Cada um deles pode ser customizado, permitindo que a moto seja ajustada rapidamente para atender preferências e níveis de pilotagem pessoais. Outro destaque era a Monster 797. O motor é um Desmodue L-twin refrigerado a ar com 803 cm3. Essa unidade de potência segue a pista da Monster original, mas é um motor atualizado Euro 4 capaz de produzir 75 hp a 8.250 rpm e um torque máximo de 69 Nm (50,8 lbft) a 5.750 rpm. A caixa de marchas é uma unidade de seis velocidades, e a embreagem APTC multidisco úmida controlada por fiação garante ação leve da alavanca. Além disso, a embreagem também tem função deslizante servo assistida que limita a desestabilização da roda traseira durante a redução da marcha. O preço sugerido é R$ 39,90 mil. A marca italiana venderá no Brasil edições especiais para a Multistrada e para a Scrambler. A nova versão da Scrambler vem com acessórios como

guidão esportivo, retrovisor baixo estilo “café racer” e grade de farol. A Scrambler Custom é uma versão exclusiva para o Brasil. O modelo será comercializado a partir de dezembro, disponível na cor prata. Seu preço também é R$ 39,90 mil. O preço da Multistrada Enduro Limited Edition é R$ 94,90 mil e ela terá dois pacotes opcionais: Enduro Pack e Touring Pack. O primeiro conta com protetor de tanque, protetor de radiador, protetor de resfriador de óleo, protetor de freio traseiro e faróis de milha. Já o segundo, oferece protetor de tanque, malas laterais em alumínio, manoplas aquecidas e sacola de guidão. Harley-Davidson – A nova linha 2018 da Harley-Davidson, lançada no Salão, apresentou novos modelos de motocicletas touring. Chamavam a atenção a Road Glide Special, a Road Glide Ultra e a CVO Road Glide, que passam a ser comercializados no mercado brasileiro. Já a Street Glide Special possui estilo blacked-out e foi reestilizada para fazer parte do line-up 2018. Os modelos CVO (Custom Vehicle Operations), Limited e Road Glide, são equipadas com o novo motor Milwaukee-Eigh 117 (1.923 cc) que fornece até 166 Nm de torque.

Trata-se do motor com maior cilindrada já utilizado em uma motocicleta Harley-Davidson de fábrica. É novidade para os dois modelos a tecnologia wireless de comunicação integrada que possui um módulo de interface por meio de headsets Bluetooth que permitem a comunicação entre piloto e garupa e com até 10 motocicletas. Também são lançamentos a Road King Special, a Street Glide Special e a Road Glide Special. Elas apresentam design totalmente reformulado, trocando o cromado pelo preto. O motor utilizado é o Milwaukee-Eight 107 (1.745 cc). A marca também está revolucionando seus modelos custom, sendo sete modelos que compartilham uma nova plataforma Softail. As motos possuem um novo chassi de aço mais leve e mais rígido, construído para suportar o alto torque dos motores Milwaukee-Eight 107 e Milwaukee-Eight 114. Os modelos são: Street Bob, Softail Slim, Fat Bob, Fat Boy, Breakout, Deluxe e Heritage Classic. *O jornalista viajou a convite da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)


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Novos modelos e fabricante estreante Royal Enfield, que chegou oficialmente ao Brasil em abril, fez sua primeira aparição no Salão TRIUMPH/DIVULGAÇÃO

JOSÉ OSWALDO COSTA, * foi aumentada e o corpo da de São Paulo (SP) injeção é novo, agora com 44 mm. Triumph – Um dos destaques De acordo com a Yamaha, do estande da Triumph era a ela é a primeira motocicleta nova Tiger 800, apresentada que pode receber ajustes no globalmente em Milão (Itália) gerenciamento do motor – nesse mês de novembro. Ela que permite alterar a forma foi exposta pela primeira vez como a potência e torque são no Brasil em três modelos: entregues – através de um XRx low seat, XRT e XCa. aplicativo para smartphones Outra novidade para o via wi-fi, o Yamaha Power mercado brasileiro é a nova Tuner. O chassi da YZ450F Bonneville T100 Black, equi- é em alumínio. pada com motor de 900 cc, O amortecedor traseiro inspirada nas lendárias Bon- inclui novas características neville, de 1959. Todas elas de amortecimento. Ele está serão lançadas no Brasil so- equipado com uma mola mente em junho de 2018 e mais leve, que reduz o peso, ainda não estão com seus e agora possui maior capacipreços definidos. dade no depósito de óleo para A Tiger 800 utiliza motor permitir uma performance de de três cilindros de última amortecimento mais consisgeração, com 800 cc, que con- tente em corridas mais longas. fere mais potência imediata e um pico de potência de 95 Honda – A edição 2017 do cv. A motocicleta também Salão Duas Rodas trouxe mais ganhou um novo modo de uma grande novidade para pilotagem, o Off-Road Pro, os motociclistas brasileiros e voltado para motociclistas amantes das scooters: a Honda mais experientes na con- X-ADV. dução fora-de-estrada, com O modelo foi apresentado até seis opções de modos de como conceito durante o Sapilotagem diferentes. lão de Milão, em 2016, e em É possível, por exemplo, sua versão comercial desde o desligar os sistemas eletrô- início deste ano, representa a nicos de auxílio e ficar to- proposta da Honda ao criar talmente no comando da um misto de moto urbana motocicleta. com modelo aventureiro. A T100 Black utiliza o moPrevista para chegada no tor Bonneville de 900 cc, que início de 2018, o modelo já proporciona mais torque e esta em pré-venda e será maior economia, informou oferecido em versão única a Triumph. com preço público sugerido de R$52,50 mil. Yamaha – O mais importante Ela é empurrada pelo lançamento da Yamaha no motor bicilindro paralelo Salão Duas Rodas foi a Fazer derivado que equipa a Hon250 ABS. O preço sugerido da NC 750X. Na X-ADV, é R$ 14,99 mil. tal motor está associado à As suspensões são comple- caixa de câmbio de dupla tamente novas. Na dianteira, embreagem DCT (Dual Clutch os tubos internos estão mais Transmission), que oferece a largos – passando de 37 mm possibilidade de optar pelo de diâmetro para 41mm – e modo “D” para mudanças de ganharam 10 mm de curso, marchas automáticas, ideais aumentando de 120 para para uso normal, modo “S” 130 mm. em três níveis para ritmo mais Já na traseira, o amortece- esportivo e ainda oferecer a dor único, cujo curso é de 120 possibilidade de selecionar mm, não só é mais robusto as mudanças através de seem seu corpo, como também letores situados no punho nos elos da mola, que por esquerdo. sua vez é ajustável em sete O chassi tubular de aço níveis de compressão. tipo Diamond foi projetado Outra novidade foi a XTZ tendo em mente a necessá150 Crosser Z. Ela é equipada ria robustez para enfrentar com protetores de bengala e terrenos irregulares assim guarda-pó nos cilindros dos como oferecer a dirigibiliamortecedores dianteiros, dade simples e praticidade protegendo-os de terra e intrínseca às scooters. água, comuns no fora de As suspensões são de longo estrada. curso – 153,5 mm na dianteira Já a YZ450F, linha 2018, e 150 mm atrás – permitem conta com novo motor, mais enfrentar terrenos difíceis e potente, leve e com parti- também garantem eficiência da elétrica. Nele o sistema em situações de uso urbano de arrefecimento também é e em trechos rodoviários. novo, garantindo ainda mais A moto é importada do eficiência – fundamental na Japão e conta com 3 anos prática do motocross. de garantia, além do Honda São novos nesse motor: Assistance 24h, que garano cabeçote do cilindro, que te assistência durante todo é mais leve, o comando de o período de vigência em válvulas, o virabrequim e o território brasileiro, assim pistão, que está mais resis- como na Argentina, Chile, tente. A taxa de compressão Uruguai e Paraguai.

A X-ADV chega às concessionárias da marca em janeiro de 2018. Royal Enfield – A Royal Enfield estreou no Salão Duas Rodas. A marca, que chegou oficialmente ao Brasil em abril desse ano, apresentou a nova série Redditch. Sua linha de motocicletas disponível no Brasil conta com os modelos Bullet 500, Classic 500 e Continental GT. “Estamos muito satisfeitos em apresentar a Royal Enfield para toda a indústria de motociclismo e clientes não só do Brasil, mas de toda a América Latina. Nosso primeiro ano no Salão Duas Rodas é muito Triumph Tiger XCa importante para alcançarmos um público maior, que vai muito além de São Paulo, e também é uma prova do compromisso firmado com o País. Estamos aqui para ficar por muito tempo. Desde o lançamento, tivemos um retorno encorajador de apaixonados por motocicletas, que mostraram grande interesse no que a Royal Enfield traz ao Brasil. Nossas motocicletas de média cilindrada vêm preenchendo uma lacuna de opções evocativas e de preços acessíveis nesse segmento. Nosso objetivo no primeiro ano é mais do que vender motocicletas, é fazer com que o motociclista compreenda o caráter da marca e de seus Yamaha YZ450F produtos. Para isso, queremos oferecer uma experiência de pilotagem contínua, dentro e fora da cidade de São Paulo. Realizamos mais de 3.000 test rides em sete meses”, explicou Claudio Giusti, diretor geral da Royal Enfield no Brasil. A marca lança sua nova série Redditch durante o evento, nas cores Redditch Red, Redditch Green e Redditch Blue. Os modelos serão adicionados à linha da Classic 500. “A inspiração da série vem do local de nascimento da marca - Redditch, no Reino Unido. É uma ligação importante entre nossa herança e nossas motocicletas atuais, que trazem esse legado em Honda X-ADV cada detalhe de seu design e projeto”, acrescentou Arun Gopal, diretor de Negócios Internacionais da Royal Enfield. “Royal Enfield está em plena expansão global e participa de todos os principais eventos de motociclismo em todo o mundo. Portanto, nossa presença no Salão Duas Rodas é fundamental para a expansão no Brasil. Queremos familiarizar os motociclistas à nossa história, filosofia, serviços e modelos”, finalizou Gopal.

HONDA /DIVULGAÇÃO

ROYAL ENFIELD/DIVULGAÇÃO

* O jornalista viajou a convite da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (AbraRoyal Enfield Classic 500 - Redditch ciclo) HARLEY-DAVIDSON/DIVULGAÇÃO

Harley-Davidson Road Glide Ultra

YAMAHA MOTOR CORPORATION/DIVULGAÇÃO

KEVIN NETZ PHOTOGRAPHY/DIVULGAÇÃO

Harley-Davidson Street Glide


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DC AUTO SALÃO DE TÓQUIO

Japão exibe modelos locais e globais Mostra bienal de veículos teve como temática a mobilidade na próxima década, indo além do motor ROGÉRIO MACHADO,* de Tóquio (Japão)

não são tão significativos como no passado, mas ainda assim estes carros custam menos e são mais econômicos. Isso atende muito bem ao trânsito urbano e os clientes mais idosos formam um mercado importante para essa categoria, que é crescente. Por outro lado, é um problema para o governo já que o censo local indica um envelhecimento contínuo dos habitantes, seguido de uma baixa taxa de natalidade, o que já provoca desde 2010 um declínio da população. Observamos imediatamente quando circulamos pelo Japão que a malha viária é de excelente qualidade e a frota de carros se destaca pelo ótimo estado, na sua maioria, veículos atuais com poucos anos de uso. Isto se deve aos custos crescentes dos carros à medida que envelhecem. São os impostos, as inspeções periódicas exigidas pelo governo e os seguros mais caros que, no final, tornam mais econômico trocar um carro do que mantê-lo nas ruas. Este processo resulta em um grande excedente anual de veículos usados e o resultado é que o país exporta, anualmente, 1 milhão destas unidades para o mundo todo, principalmente economias mais fracas e emergentes. Estão na lista os nossos vizinhos Chile, Bolívia, Paraguai e Peru. Para efeito de comparação, basta considerar que o Brasil exporta pouco mais da metade desse número em carros e comerciais leves novos.

O cenário automotivo, mesmo sob os efeitos de anos de globalização, ainda mostra alguns pilares de forte regionalização. Um desses mercados é o Japão e, embora seja um dos principais players do mercado mundial operando em polos de produção espalhados pelo mundo, o país do sol nascente é responsável por uma outra safra de produtos que raramente trafega na Europa e nas Américas. Ocorre que, em 1955, após a Segunda Guerra Mundial, o governo japonês estabeleceu incentivos à produção de automóveis de baixa cilindrada, os famosos K-Cars: K de Keijidosha, que, em português, significa veículo leve. As associações de produtores de veículos do Japão classificam o mercado como “mini” e “não mini”. Esses carrinhos tornaram possível o acesso da população à mobilidade individual e, ao mesmo tempo, promoveram a indústria automobilística, gerando empregos. Era uma fórmula infalível no século XX e a Europa já havia traçado esse caminho nos anos 1930 com o Fiat 500 Topolino, na Itália, o Citroen 2CV, na França, e o VW Beetle, na Alemanha. No começo, o Japão restringiu os incentivos dos “mini” a veículos com cilindrada até 360 centímetros cúbicos ou 0,36 litro. Ao longo dos anos, o governo ampliou esta margem e, em 1990, atingiu os 0,66 litro, ou 660 centímetros cúbicos, em Futuro – Este mercado bastante vigor até hoje. peculiar produz uma mostra bienal de veículos desde 1954, Tamanho – O comprimento o Salão do Automóvel de Tóé limitado a 3,4 metros dentro quio, ou Tóquio Motor Show. de 1,48 metro de largura e Tradicionalmente, estão pre1,98 metro de altura, abrigando sentes, além dos automóveis, quatro pessoas. Este programa as motocicletas, os caminhões de carros populares compactos e os ônibus. atingiu duas conquistas imA exemplo de outros salões portantes. internacionais, os japoneses já Primeiro, os motores peque- tratam do tema automóvel de nos se modernizaram, o que forma mais ampla e a palavra favoreceu a redução da emissão usada é “mobilidade”, inclusive de gases e hoje possibilitam com a instalação de seminários marcas de até 27 km/l. paralelos ao salão. Outro beneficio foi que a O próprio tema do evento pequena dimensão desses carros desse ano, Beyond the Motor, ajudou o fluxo nas ruas. São ou seja, “além do motor”, prevê cerca de 34% da frota e isso as profundas mudanças que o faz diferença. Para o olhar mais setor sofrerá na próxima década, distraído, eles são facilmente redefinindo o significado da identificáveis já que as placas palavra automóvel. são da cor amarela. Se por um lado esses car- Mazda – A Mazda apresentou rinhos trazem vantagens para o hatchback conceito Kai, que o trânsito e meio ambiente, as poderá, no futuro, substituir o empresas são penalizadas pelo Mazda 3. Esta proposta vai muifato de terem que desenvolver to além das formas da carroceria. diferentes engenharias, uma O motor de 4 cilindros utiliza a para os “mini” e outra para os tecnologia SKYACTIV-X com “não mini”. o uso do Homogeneous Charge Isto reduz a economia de Compression Ignition (HCCI), escala e encarece o produto. que, na prática, utiliza o prinUltimamente, os incentivos já cípio dos motores diesel nos

Suzuki e-Survivor, aventureiro elétrico, é o Jimny do futuro

quais a injeção de combustível em um ambiente de alta pressão é a causadora da combustão. No motor da Mazda, uma mistura inicial mais pobre, ou seja, com um mínimo de combustível, é admitida pelo cilindro e, após ser submetida a uma compressão mais elevada, recebe a injeção de gasolina próxima da vela, provocando uma explosão mais eficiente e com uso reduzido de combustível. Paralelamente, a marca apresentou também o belíssimo Vision Coupe, uma evolução muito bem executada do desenho do RX Vision, apresentado dois anos atrás. Ele conta com uma sobriedade e fluidez de linhas que anuncia um futuro muito interessante. O novo desenho seria melhor definido como um sedan de quatro portas. Estivemos na planta da Mazda, em Hiroshima, semanas antes do salão e Mazda Kai e sua sofisticada mecânica pudemos constatar que a engenharia da marca aposta muito neste motor. Toyota – O Tj Cruiser já havia sido motivo de uma prévia da Toyota poucos dias antes do salão mas, ainda assim, o SUV ao vivo causa surpresa. O capô está posicionado acima da linha de cintura e a área envidraçada das laterais é mais baixa, produzindo um visual enérgico. O espaço interno é grande e a própria montadora estabelece que este crossover possui características de um SUV e de uma van. O conceito utiliza um motor híbrido de dois litros. Outro conceito no estande era o Crown New Century. Uma limousine que utiliza um motor híbrido V8. O Century completa 50 anos de produção comemorados com este conceito que remete imediatamente ao Rolls-Royce, seja pelas linhas da coluna traseira, seja pelo tratamento da parte frontal. A produção é baixíssima e preenche um espaço para sedans de altíssimo luxo. O desenho é tradicional e, diria até, um pouco kitsch. Mas, o carro está recheado com tudo que a mais avançada tecnologia pode oferecer.

FOTOS: ROGÉRIO MACHADO

Toyota Tj Cruiser tem a aparência de um blindado

Daihatsu – A Daihatsu ganhou mais importância e superou recentemente a Suzuki no crescente mercado de “mini” japonês do qual falamos anteriormente. O conceito DN Compagno é um coupè compacto e possui 4,2 metros de comprimento. O designer Toshio Shibagaki teve como foco reinterpretar um modelo homônimo produzido pela marca, em 1963, e já estabelece que o público-alvo é o grupo de seniores ativos, cada vez maior no Japão. *Colaborador

O conceito Daihatsu DN Compagno ao lado do Compagno “original”, de 1963

O simpático Honda Sports EV Concept


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DC AUTO FOTOS: ROGÉRIO MACHADO

O conceito IMx, da Nissan

A picape conceito Yamaha Cross Hub

SALÃO DE TÓQUIO

Um evento prestigiado por 770 mil pessoas ROGÉRIO MACHADO,* de Tóquio (Japão)

Suzuki – A Suzuki, no Japão, é a segunda marca mais vendida no mercado de “mini” e a sexta nos carros “não mini”. Possui uma presença marcante nas ruas e mostrou o conceito e-Survivor, um aventureiro elétrico para o futuro. Este ensaio de design e tecnologia remete aos antigos jipes militares, assim como o pequeno Jimny, que também é produzido aqui no Brasil. A tração integral é garantida por motores posicionados nas quatro rodas. Eles assumem a rotação ideal para cada superfície sem perda de aderência. Poderia ser um Jimny do futuro. Além dele, foram apresentados outros cinco modelos, sendo três para o mercado de minis e dois para a categoria logo acima, comprovando a vitalidade do mercado doméstico. Como disse no início, estes fazem parte de um grupo de veículos que dificilmente serão vistos na Europa e nas Américas. Honda – O estande da Honda exibia mais de 50 veículos, incluindo as motocicletas. A marca já havia apresentado conceitos e lançamentos em outros salões durante o ano. Ficou para Tóquio a apresentação do Sports EV Concept, que carrega o mesmo DNA do recém-lançado Urban EV Concept, já apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha. Os dois estavam lado a lado e os trends no grupo ótico indicam uma direção da marca no campo dos elétricos. Pequenas câmeras, na região dos para-lamas, se projetam para fora da carroceria quando o carro é ligado, cumprindo o papel dos retrovisores em uma altura que é bem mais eficiente, como campo de visão, do que os retrovisores convencionais. A carroceria de dois lugares lembra as linhas italianas dos anos 70 e a Honda conseguiu um bom resultado, se desvencilhando da forma eventualmente pesada, comum em muitos elétricos. As rodas de grande diâmetro, e superfícies escuras no capô e no teto, ajudam a compor um visual muito interessante. Outro lançamento doméstico é o novo CR-V, com uma aparência mais imponente, e que deverá chegar ao Brasil no próximo ano. O comprimento total sofreu um pequeno incremento e, no Japão, está equipado com dois motores híbridos. Outra tecnologia interessante é o sistema de autoequilíbrio aplicado a motocicletas. Foi apresentado no salão sobre uma motocicleta conceito elétrica, a Riding Assist–e. O sistema funciona em baixa velocidade e, também, quando

a moto está parada. O garfo anterior muda a inclinação, aumentando a distância entre eixos e passando a funcionar independente do guidão. O garfo passa, então, a fazer correções milimétricas e sucessivas na roda dianteira, buscando equilibrar a moto. Tudo isso eliminou o uso de pesados giroscópios usados anos atrás, quando esta tecnologia era desenvolvida. É fácil de imaginar seu funcionamento quando nos lembramos que usamos estas correções da roda anterior das bicicletas para equilibrarmos quando estamos em manobras de baixíssima velocidade, ou quase parados. Na motocicleta, estas correções são feitas pelo computador, portanto, muito precisas e permitem, inclusive, que a moto se movimente sozinha em baixa velocidade.. Nissan – No estande da Nissan a atenção era voltada para o conceito IMx. Poderia ser, até mesmo, considerado um SUV com base no Leaf, mas com uma plataforma própria. Ela é adequada para a montagem das baterias, o que resulta em um assoalho plano, sem o túnel central. O IMx é movido por dois motores elétricos que atuam sobre as quatro rodas e funciona tanto em modo autônomo quanto em manual, permitindo que o motorista assuma os controles. A Nissan também apresentou a minivan híbrida Serena. O modelo usa um motor de combustão que age como gerador para os motores elétricos, aumentando, dessa forma, a autonomia das baterias. A Nissan integra o grupo Renault-Nissan Alliance. Outro produto interessante, o Leaf na versão Nismo, poderá chegar ao Brasil, segundo o presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva, que estava em Tóquio. A vinda do esportivo da Nissan não tem data marcada, mas tudo indica que isto acontecera ao longo de 2018. Yamaha – A fábrica de motocicletas Yamaha apresenta, a cada edição do salão, um conceito de quatro rodas e, este ano, foi a vez da pick-up Cross Hub. O veículo foi desenvolvido com a consultoria do projetista da Fórmula 1 Gordon Murray, mas não necessariamente com um desenho dele. Ele possui portas “suicidas” e o volante é central, tendo três assentos, na mesma lógica dos esportivos MacLaren F1 e do novo BP23. No campo das duas rodas, a Yamaha surpreendeu com o conceito Motoroid. Essa moto elétrica promete levar o piloto a experimentar emoções excepcionais sem colocar de lado a segurança.

Para isso, o contato entre os dois é completo, literalmente contornando, por trás, a cintura do piloto e mantendo os braços e o peito encostados na superfície da moto. O desenvolvimento do equilíbrio, através de sensores, possibilitou a Yamaha criar um robô capaz de pilotar a motocicleta ainda há dois anos, o Motobot. A marca japonesa estabeleceu o objetivo de tornar este robô capaz de atingir os 200 km/h nas pistas e, posteriormente, superar o ser humano pilotando sobre duas rodas. O adversário escolhido foi o piloto Valentino Rossi. Em uma moto com o mesmo desempenho, Rossi fez tomadas de tempo no autódromo de Thunderhill, no norte da Califórnia. Meses depois, a equipe da Yamaha foi para a mesma pista com o Motobot. Embora ele tenha superado os 200km/h, não conseguiu superar Valentino Rossi. Ainda assim, o Motobot é surpreendente. A Yamaha também mostrou o conceito MWC-4, um veículo compacto de quatro rodas que é capaz de apresentar as mesmas sensações de uma motocicleta, porém, com 4 rodas, que se inclinam nas curvas. Mitsubishi – A Mitsubishi apostou no crossover e-Evolution para surpreender o público com um elétrico de alta performance. Ele utiliza três motores elétricos. Dois são montados na parte traseira e um montado na dianteira. O grupo de baterias é localizado sob o assoalho na área central, mantendo um centro de gravidade favorável. O visual é bastante agressivo e assinala o que poderemos ver no futuro da marca.

Mitsubishi e-Evolution apresenta linhas agressivas

Subaru Viziv Performance é a aposta da montadora para a direção autônoma

Subaru – O Subaru Viziv Performance concept é a visão da marca para um futuro com direção autônoma. É claro que as bases do desenho serão usadas na linha WRX. Durante o evento em Tóquio, o CEO Yasuyuki Yoshinaga antecipou um passo importante que a empresa pode dar. A Subaru está considerando a possibilidade de se unir em uma joint venture com a Toyota-Mazda na área de veículos elétricos plug-in, aqueles que são carregados em residências e estações de carga. Vale lembrar que a empresa faz parte do conglomerado Fuji Heavy Industries e, quando a General Motors vendeu parte das ações que detinha da Subaru, um dos compradores foi a própria Fuji. Mas a Toyota FD-SI, o furgão de entregas futurista da Isuzu também participou, comprando promete preencher todas as ne- veículo em qualquer lado da rua. 40% dos papéis que eram da cessidades de delivery urbano. O Salão de Tóquio desse ano empresa americana. O veículo é um grande furgão foi o quadragésimo quinto da com uma plataforma baixa e história e teve um público de Isuzu – Pensando nas grandes cidades, inclusive Tóquio, a plana. O motorista fica em po- 770 mil visitantes, dos quais Isuzu desenhou o FD-SI, que sição central, podendo operar o 24% mulheres. A passagem de

um tufão nos dias do evento deixou parte dos espectadores em casa, mas não prejudicou o brilho do show. *Colaborador


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DC INOVAÇÃO EFICIÊNCIA

Itajubá é primeiro lugar em ranking Município está entre as 20 cidades com maior efetividade em geração de startups DIVULGAÇÃO

THAÍNE BELISSA

Um levantamento parcial sobre o ambiente de startups no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), revela que Itajubá, localizada no Sul de Minas Gerais, ocupa o primeiro lugar no ranking das 20 cidades com maior eficiência em geração de startups no País. A informação foi divulgada por Felipe Matos, diretor executivo do grupo Dínamo, que luta por melhorias em políticas públicas para startups. Ele foi mediador de um dos debates realizados pela ABStartups na Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (Case), no último mês, quando teve acesso aos dados, que ainda não foram divulgados oficialmente. Embora não tenha publicado os números completos sobre o levantamento, a ABStartups confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as informações divulgadas são verdadeiras. Entretanto, a associação destacou que os números são referentes aos meses de julho a setembro e, portanto, são resultados parciais de um levantamento que só será concluído e divulgado no ano que vem. Sendo assim, os números podem ser alterados. As informações foram divulgadas na coluna de Felipe Mattos no jornal Estadão, de São Paulo. Com cerca de 100 mil habitantes e forte vocação na pesquisa científica, Itajubá liderou o ranking “Top 20 cidades em eficiência na geração de startups no Brasil”. A cidade superou - e muito - outros municípios mineiros. Nesse ranking Uberaba, no Triângulo Mineiro, aparece em sexto lugar e Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 13º lugar. A capital mineira, assim como outras capitais importantes, sequer são listadas.

Itajubá, localizada no Sul de Minas Gerais, tem cerca de 100 mil habitantes e forte vocação na pesquisa científica

Já no ranking “Top 20 cidades em densidade de startups no Brasil (número de startups por habitantes)”, Itajubá aparece em 7º lugar, à frente de Belo Horizonte, que ficou em 10º lugar. Também aparecem no ranking Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em 4º lugar, e Uberaba, em 17º lugar. Florianópolis é a cidade que lidera esse ranking. O secretário de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio de Itajubá, Fernando Bissacot, comemora o resultado e destaca que ele é fruto de um ecossistema forte composto por diferentes instituições e atores. Para o secretário, essa vocação para o empreendedorismo e a inovação está na história da cidade. “Itajubá tem quase 200 anos e uma universidade federal que nasceu inovadora. Foi nessa universidade que foi criada, em 1913, a primeira escola de engenharia elétrica do Brasil”, destaca. E, desde então, novas instituições de educação, assim como empresas tecnológicas foram compondo o cenário

de inovação da cidade. Itajubá abriga organizações de reconhecimento mundial, como a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) e a General Electric (GE), além de um Arranjo Produtivo Local (APL) de Tecnologia da Informação e Comunicação, que conta com empresas que trabalham desde os insumos desse segmento até produtos de tecnologia de ponta. O secretário lembrou que um dos pilares para a eficiência em geração de startups de alta performance é a conexão dessas empresas com institutos de inovação. Nesse quesito, o secretário garante que Itajubá vai muito bem. “Já temos o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), que é um dos mais avançados no hemisfério sul. Além disso, já finalizamos a primeira fase do Parque Científico Tecnológico de Itajubá, que fica dentro da Universidade Federal de Itajubá. Além disso, vamos receber, até 2020, o laboratório de alta tensão do Instituto Senai de Inovação, que vai

receber um total de R$ 400 milhões de investimento e será o único da América Latina”, detalha. Um ambiente tão rico em oportunidades como esse só poderia ganhar o primeiro lugar em eficiência de geração de startups, na opinião do secretário. Ele afirma que a cidade ainda não tem um levantamento sobre o número de startups geradas por ano, mas dados da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (Incit) mostram o potencial do município: em 15 anos, a incubadora tem um saldo de 60 empresas entre incubadas e graduadas - que geraram 300 postos de trabalho e lançaram mais de 134 produtos. Ao todo, essas empresas registraram 46 marcas, depositaram 20 patentes e dois registros de software. Em 2016, elas faturaram, juntas, R$ 25 milhões. Bissacot lembra que os projetos de apoio a startups têm maturação longa e a perenidade de empresas de sucesso é garantida por uma boa formação, seja por

meio de incubação, aceleração ou outro tipo de apoio. O secretário destaca que a Incit já vem realizando esse trabalho com maestria mas, para garantir maior apoio às essas empresas, foi criada, este ano, a Associação Itajubense de Empreendedorismo e Inovação (Inovae). Ela é formada por um conjunto de instituições que representam as iniciativas pública e privada, assim como a academia. Sua missão é assumir a governança de iniciativas de ciência, tecnologia e inovação no município. O secretário garante que o objetivo é, não apenas manter a cidade na liderança de ambientes eficientes na geração de startups, mas também levar Itajubá para posições ainda mais destacadas em outros rankings. “Esse movimento trará uma nova vertente para o desenvolvimento da cidade. Vamos mudar o patamar de cidade que se sustenta com o piso de fábrica para ser referência em pesquisa e desenvolvimento”, frisa.

MG é o 3º em número de startups Minas Gerais ocupa posições privilegiadas nos rankings sobre geração de startups no Brasil, segundo os dados divulgados por Felipe Matos. No “Top 10 estados em números de startups do Brasil”, Minas Gerais ocupa o terceiro lugar, perdendo para São Paulo, que está na primeira posição, e para Santa Catarina, que está em segundo lugar. O mesmo terceiro lugar é ocupado por Minas Gerais no ranking que lista os 10 estados em densidade de startups, ou seja, que considera o número de startups em relação à população do estado. Nessa lista, o primeiro lugar é de Santa Catarina e o segundo do Distrito Federal. São Paulo cai para a quarta colocação. Já no ranking “Top 10 estados em eficiência na geração de startups no Brasil”, Minas Gerais aparece na segunda posição, perdendo apenas para Santa Catarina. O ranking traz ainda mais surpresas com Ceará em terceiro lugar, Paraná em quarto e, só em quinto lugar, São Paulo. Minas Gerais vem se destacando no cenário de fomento a startups no Brasil com uma série de programas referências no País. É o caso do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), programa do governo do Estado de aceleração de startups com investimento a fundo perdido e do Fiemg Lab Novos Negócios, programa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que foca a conexão entre startups e indústria. Se você quiser usar alguns dos rankings como arte acho que dá pra pegar daqui e dar o crédito: http:// link.estadao.com.br/blogs/ felipe-matos/qual-a-regiao-campea-em-densidade-de-startups-no-brasil-voce-vai-se-surpreender/. (TB)

SAÚDE PÚBLICA

CTVacinas tem arma contra leishmaniose visceral THAÍNE BELISSA

Belo Horizonte vive momento de alerta em relação à leishmaniose tipo visceral: o número de casos cresceu em 2017 e já são 31 registros de pessoas infectadas até agosto deste ano, sendo que quatro pessoas morreram em decorrência da doença. Curioso é que a mesma cidade que teme a leishmaniose abriga um Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec), que vem desenvolvendo uma série de inovações que ajudam a combater a doença. Com talento e inovação concentrados no mesmo lugar, o centro poderia contribuir ainda mais na luta conta a leishmaniose na Capital, mas faltam investimentos e interesse da indústria. Criado em 2005, o CTVacinas é resultado da iniciativa de pesquisadores que se dedicavam a estudar doenças

negligenciadas na época, como dengue, leptospirose, chagas, malária e leishmaniose. Hoje, o centro atua na produção de vacinas e diagnósticos de doenças como essas. Um dos produtos mais importantes já desenvolvidos pelo CTVacinas é a vacina veterinária para leishmaniose que, hoje, é um dos que mais gera royalties para a UFMG. O centro tem mais de 20 patentes depositadas e também uma spin-off, a Detechta, empresa que recebe investimentos da Fundepar. A professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do CTVacinas, Ana Paula Fernandes, destaca que o centro já tem uma atuação relevante no combate à leishmaniose na cidade. A vacina para cães, desenvolvida pelos pesquisadores da UFMG, é um poderoso recurso preventivo, já que os cães funcionam como

reservatórios do parasita da doença. De acordo com a pesquisadora, considerando o número de casos da doença e o número de óbitos causados por ela, a leishmaniose mata mais que a dengue. O Brasil tem, em média, 4 mil casos de leishmaniose em humanos por ano e uma taxa de mortalidade que gira em torno de 10%. A dengue, por sua vez, embora tenha mais casos, tem uma taxa de mortalidade menor: 3%. Os dados são da Gerência de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Belo Horizonte. Ana Paula Fernandes afirma que, além da vacina canina, o centro também vem desenvolvendo uma alternativa ao atual tratamento da doença em humanos. A medicação existente hoje ainda é muito tóxica e traz efeitos colaterais, de forma que ela nem pode ser utilizada por pessoas que têm diabetes, nem por cardía-

cos e gestantes. Além disso, trata-se de um tratamento prolongado que inclui um grande número de injeções e que nem sempre são eficazes. Os pesquisadores da UFMG desenvolveram uma fórmula que pode simplificar o tratamento da doença em sua forma cutânea. “O medicamento, que é de uso tópico, pode ser usado sozinho ou associado a outras medicações, trazendo mais comodidade para o paciente com um método menos tóxico e mais curto”, explica a pesquisadora. Nesse momento, a fórmula passa por testes clínicos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a professora, o CTVacinas ainda pesquisa uma série de soluções para o combate da leishmaniose. Entre os objetivos do centro está o

aperfeiçoamento da vacina canina e o desenvolvimento de kits mais sensíveis para o diagnóstico mais rápido da doença tanto em cães quanto em seres humanos. A vacina contra a leishmaniose para humanos também é um objetivo dos pesquisidores do centro, mas de acordo com Ana Paula Fernandes esse é um projeto que ainda não pode sair do papel por falta de investimento. Segundo ela, o centro conta com parcerias de alguns órgãos de fomento à pesquisa, assim como do setor público e privado, mas os recursos ainda são insuficientes. “Vivemos um momento crítico em relação ao investimento em pesquisa no Brasil. Precisamos de muitos recursos que não recebemos e eles são para todos os momentos do

processo, desde o início na ciência básica, passando pela ciência aplicada até o momento do desenvolvimento de produtos”, diz. A pesquisadora destaca que a indústria no Estado e no Brasil também se envolve pouco nesse processo de pesquisa para desenvolvimento de inovação. “As empresas ainda não têm essa cultura: em vez de investirem em patentes, elas preferem não correr riscos e trazer algo pronto de fora”, alerta. De acordo com ela, o desenvolvimento da vacina humana exigiria um grande investimento, em torno de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões. Entretanto, ela lembra que se trata de um tema de saúde pública e, por isso, era necessário maior envolvimento dos diferentes atores da sociedade.

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NEGÓCIOS AGRONEGÓCIO

INCENTIVO

Programa Ideas For Milk realiza primeiro Vacathon Maratona de programação rural para produção de leite teve mais de 80 propostas DIVULGAÇÃO

ANA CAROLINA DIAS

A necessidade de um ecossistema favorável à inovação para a cadeia produtiva do agronegócio leiteiro percebida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu origem ao programa Ideas For Milk que, neste ano, além da 2ª edição do Desafio de Startups, promove também a 1ª Maratona de programação rural para produção de leite - Vacathon. Com mais de 80 propostas inscritas nesta edição, o Desafio de Startups reúne, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, empreendedores de todo o País com soluções para evitar fraudes na captação do leite, verificar a qualidade do queijo e proporcionar o conforto animal, com as principais universidades brasileiras, entidades que apoiam o setor leiteiro e empresas de tecnologia e comunicação. A comissão avaliadora, formada por profissionais especializados em leite, modelos de negócio inovadores e Tecnologia da Informação, selecionou 10 propostas para a final presencial, que acontecerá no dia 9 de dezembro e premiará a melhor startup com R$ 20 mil. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, afirma que a iniciativa pretende inserir a cadeia produtiva do leite, que fatura R$ 70 bilhões por ano e é a que mais gera empregos para o agronegócio brasileiro, ao momento de mudança de paradigmas e de processo de produção. “Estamos entrando em um mundo digital no qual o produtor precisa ter acesso facilitado a dados para tomada decisão de maneira precisa. Por isso, a iniciativa de criar um ambiente que tenha a

Ideia da maratona é buscar soluções para evitar, por exemplo, fraudes na captação do leite

participação de diferentes profissionais, com formações diferenciadas, é uma forma de estimular esse processo de inovação disruptivo e levar a tecnologia do leite para o chamado mundo 4.0”, diz Martins. Já o Vacathon vai viabilizar uma maratona de programação na qual equipes de 20 instituições de ensino superior de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco vão explorar dados abertos de pesquisas da Embrapa Gado de Leite para desenvolver projetos de software ou hardware durante cinco dias de atividades. O principal objetivo, de acordo com Martins, é conhecer mais sobre temáticas relacionadas à produção de leite e criar soluções inovadoras aplicáveis a área. “Serão três dias de mentorias sobre assuntos relacionados ao setor. O desafio começa nos dois últimos dias de maratona com a apresentação

de quatro problemas para dados necessário e fazer a que as equipes proponham adequação. soluções tecnológicas viáveis Ainda em processo de para resolvê-los”, explica. testes do produto, o aluno do 8º período de Zootecnia Zoogras - Um grupo de Felipe Nakashima Camargo, alunos do curso de Zootecnia explica quais são os próxidas Faculdades Associadas mos passos da startup para de Uberaba (Fazu) desenvol- desenvolver um formato veu, a partir de um projeto para o aplicativo. “Buscamos iniciado em 2016, o apli- aprimorar a cada ano, semcativo Zoograss Produtor, pre pensando em organizar que compila informações a casa do produtor e tentar sobre os diversos tipos de melhorar a produção por pastagem para orientar o meio da pastagem. Atuprodutor a se organizar a almente, temos um banco partir de informações reais de dados bem extenso e o sobre índice pluviométrico, próximo passo para o ano solo e tipo de produção, que vem é escalar para a fornecidas pelo próprio usu- funcionalidade de indicação ário e escolher a gramínea de correção do solo”, afirma ideal para se adequar às Camargo, que comenta ainespecificações de cada pro- da a oportunidade de partipriedade. A solução, que fez cipar do Desafio de Startups com que a startup Zoograss proposto pela Embrapa. “A fosse escolhida como uma equipe está muito feliz e a das 10 finalistas do Ideas For nossa escolha entre tantos Milk - Desafio de Startups, projetos mostra que estamos levou em consideração a no caminho certo. Estamos realidade brasileira da pro- indo com a expectativa de dução de leite a pasto, além mostrar a nossa ideia e a da falta de tecnologias de visibilidade é muito imporfácil acesso para reunir os tante”, conclui.

VAREJO

See Now Buy Now lança marketplace B2B THAÍNE BELISSA

Depois de uma temporada de baixo crescimento ocasionado pela crise econômica, a indústria têxtil no Brasil parece ter ganhado fôlego em 2017, ano em que o setor deve registrar 4% de crescimento em relação a 2016, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). De olho nesse mercado, que é um dos mais importantes da indústria de transformação, a startup mineira See Now Buy Now desenvolveu um marketplace B2B, que conecta os lojistas às indústrias, criando uma verdadeira rede do setor. Com um ano de operação, a startup já tem 15 marcas cadastradas na plataforma e a expectativa é aumentar esse número seis vezes em um ano. A cofundadora e CEO da See Now Buy Now, Marta Machado, explica que, apesar da grande importância que tem para a indústria brasileira, o setor têxtil ainda é muito marcado por processos tradicionais e pouco inovadores, principalmente no momento da venda. Com ampla experiência no seg-

mento, a empreendedora cansou de ouvir as preocupações dos lojistas, que tinham de deixar seu ponto de venda para as constantes viagens de compra. Do outro lado, as marcas sempre apontavam a necessidade de novos canais de distribuição para que não ficassem tão dependentes das feiras. “Enxergamos uma lacuna nesse mercado e entendemos que se a inovação tem mudado tantos segmentos, o setor têxtil também poderia ser modificado. Criamos a See Now Buy Now, que é um marketplace B2B, que conecta os lojistas às marcas”, relata. De acordo com a empreendedora, cada marca disponibiliza seu portfólio na plataforma e se conecta a lojistas do mundo todo. Os lojistas, por sua vez, também se conectam às marcas e conseguem ver o portfólio detalhado, assim como enviar solicitação de compra. Marta Machado explica que ainda não é possível finalizar a compra pelo marketplace. Atualmente, a startup monetiza seu negócio por meio da cobrança de uma mensalidade no valor de R$ 740. A inserção de meio de

pagamento pela plataforma é um objetivo da CEO, que acredita ser essa mais uma forma de resolver dores do mercado. “A indústria hoje trabalha em meio a muito risco. Isso porque, nas feiras, os lojistas fazem o pedido, que funciona como intenção de compra. A indústria produz com base nesses pedidos, mas o lojista ainda pode desistir. Com a inserção do pagamento no marketplace, a indústria se livra desse risco”, explica. A ideia é que a startup também cobre uma porcentagem em cada compra realizada no site. Atualmente, a plataforma tem 15 marcas cadastradas e a expectativa é crescer seis vezes em um ano, chegando a 100. Já em relação ao número de lojistas a meta é mais modesta: passar dos atuais 1.200 para 2 mil nos próximos 12 meses. A CEO lembra que, como o setor ainda é pouco aderente às novas tecnologias, a startup vem desenvolvendo um trabalho aprofundado de capacitação no meio digital. Ela destaca que não basta apenas ter técnica para usar a tecnologia, mas é necessário

experimentar uma mudança de mindset para que ela seja, de fato, melhor utilizada. “As marcas ainda ficam à espera do lojista que chega ao showroom ou à feira. Mas elas podem conversar com ele a distância: enviar o link do portfólio na plataforma ou, até mesmo, fazer uma busca dentro da plataforma de lojistas em determinada região onde identifica que tem menor atuação”, exemplifica. No intuito de oferecer, cada vez mais, inovação ao setor, a startup lançou, este ano, uma versão do marketplace para aplicativo. A tecnologia oferece a funcionalidade de leitura de código de barras, que automatiza os pedidos realizados pelos compradores nas feiras de negócios. De acordo com a CEO, a maioria das indústrias ainda utiliza o método manual de anotação em blocos. “Além de agilizar e organizar os pedidos, o aplicativo ainda ajuda as marcas a terem a visão, em tempo real, de seus pedidos. Não precisam mais esperar alguém transmitir as informações do papel para o computador para, só então, fazer o balanço”, completa.

Betim recebe de 1º a 3 de dezembro evento mundial de incentivo à inovação DA REDAÇÃO

“Não são todos os participantes que têm uma ideia inovadora e isso não é um impedimento para a participação nessa maratona. Mas sugiro àqueles que desejam apresentar a sua ideia durante o evento que comecem a treinar desde já, pois o discurso deverá ser bem convincente sobre o problema que está sendo solucionado, o impacto da solução e sua viabilidade técnica. As pessoas realmente precisam daquilo que você está propondo? Os próprios participantes selecionarão quais ideias devem seguir em frente na maratona, através de uma votação”, esclarece Gisele Ramos, fundadora da comunidade Fênix Valley e uma das organizadoras do evento. Na manhã seguinte, sábado, as ideias serão discutidas com a orientação de mentores convidados especialmente para o evento e validadas por meio de pesquisas com os clientes “na rua”. No período da tarde, as propostas serão refinadas e as equipes serão desafiadas a venderem os seus projetos. No domingo, de manhã, as apresentações rápidas, conhecidas como pitchs, serão desenvolvidas. De tarde, a banca de jurados será apresentada as propostas. “O objetivo é que a ideia se transforme em projeto e saia pronta para ser implementada no mercado”, ressalta Gisele Ramos. “O Startup Weekend terá uma banca de juízes responsáveis por avaliar as ideias desenvolvidas e sua aderência com as necessidades e desejos do mercado. A composição está sob sigilo, mas são grandes nomes do ecossistema de inovação e empreendedorismo de Minas Gerais”, revela Gisele Ramos. A competição já conta com a chancela dos mantenedores Google for Entrepreneurs, Go.co, Appear.in e da Techstars, proprietária da marca. Sem a realização de palestras, o Startup Weekend é 100% “hands on”, na prática, os competidores colocarão a mão na massa.

Um final de semana dedicado à inovação, à tecnologia e ao empreendedorismo. De 1º a 3 de dezembro, o 1º Startup Weekend Betim vai reunir empreendedores, desenvolvedores, designers, publicitários e ilustradores em uma competição inédita na cidade. O local escolhido para o desafio foi o Monte Carmo Shopping, no bairro Ingá Alto, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A realização é da comunidade Fênix Valley e conta com o apoio da prefeitura de Betim, por meio da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico (Seadec) e do governo de Minas Gerais. O 1º Startup Weekend é um movimento global de empreendedores que tem a missão de inspirar, educar e capacitar indivíduos, equipes e comunidades na trajetória de lançamento de startups pelo mundo. A competição de startups já aconteceu em mais de 95 países e promove o encontro de pessoas que desejam criar um negócio inovador em 54 horas, de sexta a domingo. Ao longo desses três dias, os participantes são encorajados a terem boas ideias, validálas, construir o modelo de negócios, desenvolver um protótipo, monetizar e realizar uma apresentação para uma banca avaliadora. “Esse evento reforça o objetivo da prefeitura municipal de incentivar a inovação e o empreendedorismo em Betim. Vemos com muita alegria que os betinenses pensem em soluções inovadoras e criativas para os problemas da nossa cidade e das pessoas em geral. Isso renova as esperanças do futuro da nossa gente. A Seadec, assim como o nosso prefeito (Vittorio Mediolli), apoia a iniciativa e trabalhara juntamente com eles para saber o que podemos fazer para avançar. E, apesar de ser uma competição, o maior prêmio é a experiência adquirida.”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rômulo Veneroso. Orientação especializada Os mentores têm o papel de Desafios do município - O orientar as equipes no promunicípio de Betim enfrenta cesso de ideação e apresendiversos desafios. As secre- tação. A organização buscou tarias de Desenvolvimento profissionais experientes nas Econômico, Meio Ambiente, áreas de finanças, marketing, Saúde e Comunicação foram modelagem de negócio, expeconvidadas a propor desafios riência do usuário, inovação para que sejam mapeados. O e TI. “Estão todos conectados objetivo é encontrar soluções ao universo das startups e, de inovadoras para solucionar maneira colaborativa, orienos problemas enfrentados tarão o desenvolvimento dos pelos setores da prefeitura. negócios que poderão surgir Durante o Startup We- nesse evento além de apoiar ekend Betim, essas propostas a aproximação com possíveis serão apresentadas e, se fo- investidores”, explica Gisele rem selecionadas, poderão ser Ramos. desenvolvidas pelas equipes Os nomes já confirmados multidisciplinares do evento. são: Márcio Mariano (INDTe“Será uma grande oportuni- ch), Agatha Martins (Bankoo), dade para inovar no setor Pedro Eduardo (Arkmeds) público e nos aproximarmos e Caroline Nobre (Sebrae). das startups e das soluções Além da Prefeitura de Beinovadoras que serão ge- tim e do governo de Minas, radas”, pondera Veneroso. já são parceiros do 1º Startup Weekend de Betim o Monte Formato - A competição Carmo Shopping, a TremNet, começará na sexta-feira, 1º, o Hotel Abba, a Cor&Arte, a partir das 18h, quando as IvoryIT e OBS Engenharia e equipes serão formadas. Ge- Meio Ambiente. ralmente elas são compostas As inscrições com vagas por um ou mais empreen- limitadas estão disponíveis dedores, desenvolvedores e em bit.ly/swbetim. O valor de profissionais da área criativa, R$ 100 inclui a alimentação como designers, publicitários e todo o material utilizado e ilustradores. No início da no evento. Os participantes competição, as ideias serão precisam levar o computaapresentadas e selecionadas dor e muita disposição para pelos próprios participantes. enfrentar a maratona!


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NEGÓCIOS AERODESIGN

Cefet-MG conquista 6º lugar em competição Protótipo de aeronave não tripulada, o projeto F2, foi desenvolvido no campus de Belo Horizonte DIVULGAÇÃO

MÍRIAN PINHEIRO

Equipe formada por alunos do 1º ao 6º período dos cursos de engenharias do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) apresentou, entre os dias 26 e 29 de outubro, um protótipo de aeronave não tripulada desenvolvida no campus de Belo Horizonte. O projeto F2 conquistou o 6º lugar entre 105 equipes participantes do SAE Brasil AeroDesign - competição nacional promovida anualmente pela entidade internacional no Brasil que, em sua 19ª edição, realizada no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), contou com 75 instituições de ensino do Brasil e exterior, entre elas o Cefet-MG. Cerca de 30 equipes mineiras de outras instituições participaram do concurso. Segundo o aluno do 5º período de engenharia mecânica e capitão da equipe Cefast Aerodesign do Núcleo de Engenharia Aplicada a Competição do Cefet, Gabriel de Lima Viana, o projeto F2 tinha grande potencial para vencer o torneio, como já ocorreu em outros anos, como em 2010, quando uma equipe Cefast chegou a ganhar a competição mundial. “Ele é robusto e confiável”, afirma. Cerca de

Entre o esboço do projeto, simulações, montagens e ensaio, análise de resultado e projeto com a construção final, foram 12 meses

20 alunos de engenharia mecânica, elétrica, computação e de materiais participam do projeto, que recebeu R$ 40 mil de investimento patrocinado pela instituição e de empresas privadas, como a americana APC, fabricante de hélices. Os estudantes envolvidos na atividade extracurricular recebem benefício na carga horária obrigatória dos cursos. Vários testes - Para se chegar ao modelo ideal, que ficou entre os 10 primeiros na categoria Regular da competição - em que disputaram aeronaves de menor peso, mas com

capacidade de carregar maior carga -, o estudante diz que foram 11 tentativas. “O avião teve que caber dentro de um cone de 2,9 metros, com 75 centímetros de altura. Para isso, desde fevereiro estivemos desenvolvendo o projeto, montando e desmontando”, explica. Entre o esboço do projeto, simulações, montagens e ensaio, análise de resultado e projeto com a construção final, foram 12 meses e 35 voos de teste. A versão aprovada do F2, de acordo com Viana, pode suportar até 19 quilos (de carga de aço), tem autonomia de voo de cinco

minutos (tempo exigido na prova), e foi pilotado por técnicos em aeromodelismo via rádio. A equipe levou três aeronaves para a competição. “Cercamos tudo para que o F2 continuasse na competição até o fim”, diz. Os projetos premiados, em primeiro e segundo lugares, da Universidade de São Paulo (ESC/USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), respectivamente, ganharam o direito de participar da competição mundial do SAE e garantiram duas vagas por equipe para um estágio na Embraer.

O evento, de forma geral, busca a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica, através de aplicações práticas e da competição entre equipes envolvendo caso real de desenvolvimento de projeto aeronáutico, concepção, projeto detalhado, construção e testes das aeronaves. “Melhora nosso networking e aumenta o conhecimento aeronáutico”, resume Viana. Desafio - A Competição SAE AeroDesign ocorre nos Estados Unidos desde 1986, tendo sido concebida e realizada

pela SAE International. A partir de 1999, passou a constar também do calendário de Programas Estudantis da SAE Brasil. Os alunos que participam da Competição SAE Brasil AeroDesign formam equipes que representam a instituição de ensino superior ao qual estão ligados. As equipes são desafiadas anualmente com novos regulamentos baseados em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica como otimização multidisciplinar para atendimento de requisitos conflitantes, redução de peso através de otimização estrutural, instrumentação e ensaios em voo dos protótipos, entre outros. A edição brasileira é composta por três categorias distintas: Regular, Aberta e Micro, com requisitos específicos aplicáveis a cada uma destas. De maneira geral, a categoria Regular possui maiores restrições, enquanto as categorias Aberta e Micro dão maior liberdade de projeto às equipes. As avaliações e classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, onde os projetos são avaliados comparativamente por engenheiros da indústria aeronáutica, com base na concepção e desempenho dos projetos.

EMPREENDEDORISMO ANNA CASTELO BRANCO/DIVULGAÇÃO

Mineira traz Tea Shop para BH DANIELA MACIEL

A marca de chás espanhola Tea Shop acaba de desembarcar em Belo Horizonte com uma unidade franqueada no Pátio Savassi, na região Centro-Sul. O empreendimento, capitaneado pela dupla de amigos e empresários Láisa Queiroz e Thiago Mello, promete oferecer aos moradores da Capital acesso aos melhores blends produzidos ao redor do mundo. “Meu marido é polonês e sempre trazia chás de lá para nosso consumo e dar de presente. Percebi que aquele não era um encantamento só meu. Quando resolvemos ter um filho e eu quis deixar a atividade de piloto da marinha mercante, comecei a pesquisar oportunidades de

empreendimento e encontrei a Tea Shop, que apresenta as mesmas características e valores que acredito”, relembra Láisa Queiroz. A marca europeia tem mais de 70 lojas entre o Velho Continente, Argentina e Brasil, onde chegou em 2013. São mais de 15 unidades no Brasil, sendo essa a primeira em Minas Gerais. Lá é possível encontrar mais de 120 variedades de chás e infusões provenientes dos principais países produtores, além de acessórios exclusivos. Chás do mundo inteiro são enviados para a Alemanha, onde são processados os blends mandados para a Espanha, de onde são distribuídos para as lojas. Nas lojas brasileiras apenas alguns alimentos vendidos são locais.

“Percebi que em Belo Horizonte havia carência de uma loja especializada como a nossa. Ao mesmo tempo, a crise econômica fez com que os preços dos pontos começassem a baixar e conseguimos fazer uma boa negociação. A oportunidade surgiu junto com o meu momento de vida que exigia uma mudança. Temos planejada a abertura de outras unidades, porém esse é um passo para o futuro. A Tea Shop é uma marca muito séria e primeiro precisamos demonstrar resultado antes de pleitear a expansão”, afirma a empresária. Segundo a consultoria Euromonitor, especializada em pesquisas de mercado, as vendas de chá no varejo do Brasil ultrapassaram a marca

de R$ 1 bilhão em 2013 e, até o ano que vem, a previsão é de que essa marca cresça em 50%. A nova loja já gerou sete empregos diretos e a expectativa é de que ainda sejam realizadas contratações para o Natal. Embora pareça simples, o atendimento no balcão é extremamente personalizado e consultivo, porque muitos consumidores ainda veem o chá como remédio ou coisa da vovó. Todos os colaboradores foram treinados por um consultor vindo da matriz, na Espanha. “Esse é um trabalho delicado. Tudo precisa ser apresentado: os sabores, o modo de preparar, os horários. É um treinamento intenso. O vendedor precisa ser um consultor, que conheça os sabores, os

Thiago Mello e Láisa Queiroz prometem blends diferenciados

aromas, a procedência, entre outras características. Quero que os brasileiros tenham acesso a uma comodidade, um benefício que normal-

mente não temos aqui. Quero compartilhar algo que me faz tanto bem com todas as pessoas”, destaca a franqueada Tea Shop.

COMÉRCIO

Empresário investe em novo conceito de loja MÍRIAN PINHEIRO

Um espaço que funciona como um showroom e apresenta o produto de forma diferenciada, proporcionando uma experiência de compra. Esse é o princípio do Concept Store, que tem como base o store in store, a união de diversos serviços no mesmo lugar. Assim foi aberto no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Concept Store Premium, espaço de mais de mil metros quadrados que reúne quatro marcas: Klus, Spezzato, Barbearia Torres e Só Conserto Roupas. O novo complexo de compras, voltado para a classe A, oferece, segundo seu

idealizador Salvador Ohana, também dono da marca Klus, comodidade, conforto e segurança. O empresário diz que investir em um espaço compartilhado era uma ideia antiga. “Conheci o modelo de negócio em viagens internacionais, durante feiras de varejo e visitas em lojas, como a londrina Harrods, que já opera com esse conceito”, explica. Há cinco meses, a vontade saiu do papel e Ohana convidou outros três empreendedores para compartilhar a ideia, entre eles, a mulher Altina Ohana, que comandará a franquia da Só Conserto Roupas. Sem revelar o valor do investimento feito para a abertura do espaço, ele esclarece que, além do bene-

fício econômico que traz esse modelo de gestão, que pode chegar a uma redução de custos de até 75% para o varejista, o store in store inova na medida em que promove aconchego. O diretor comercial da marca, Rafael Ohana, acrescenta que o novo espaço “é um ambiente em que se pode proporcionar a experiência com a marca, e não só uma experiência de compra”. A Klus está presente no mercado de moda masculina desde 1975. A marca possui nove lojas em Belo Horizonte e região metropolitana e uma em Juiz de Fora (Zona da Mata). Além da linha completa de produtos para o homem, a loja oferece no Concept Store Premium um exclusivo serviço de al-

faiataria sob medida, onde os clientes podem escolher todos os detalhes de suas camisas e ternos, sob o auxílio de uma equipe de 12 profissionais. Open Space - A paulistana Spezzato estreia no mercado mineiro com uma loja conceito de sua marca feminina Premium e com a Spezzato Teen, para garotas de 10 a 18 anos. Consolidada em São Paulo, com 10 lojas e mais de 300 pontos de vendas em todo o Brasil, a marca completou 30 anos de mercado em 2016. Para Fernanda Borges, que inaugurou a franquia da Spezzato no Concept Store Premium, as Concept Stores não vendem apenas roupas. “Além de peças de vestuá-

rio feminino e masculino, é possível aliar outros serviços, como barbearia e conserto de roupas. As pessoas hoje querem resolver tudo no mesmo lugar, com conforto e liberdade”, afirma. A Barbearia Torres também amplia a inovação do complexo com produtos e multisserviços para a beleza e o bem-estar masculino com barba, cabelo e bigode. Ao se tornar parceiro do projeto, Edimar Torres posiciona a marca no segmento de luxo. “A intenção é facilitar a vida e que a pessoa aproveite mais o próprio tempo. Ela pode vir até aqui comprar a roupa que vai vestir no aniversário e já sair com barba feita”, observa o proprietário da Barbearia Torres. Para ele, compartilhar o

espaço com outras marcas também representa maior competitividade. “Se fosse abrir uma unidade sozinho na Zona Sul talvez não tivesse condições. Aliar-me a eles permitiu que ampliasse o mercado de atuação da barbearia”, diz. Na loja instalada no Concept Store Premium, os clientes têm acesso a um serviço diferenciado, com direito a massagem e área gourmet, com cervejas artesanais à disposição. Torres mantém três unidades da barbearia nos bairros Buritis (Oeste), Caiçara (Noroeste) e prepara a inauguração, dia 22, de mais uma também em conceito compartilhado, no bairro Estoril (Oeste). A loja vai funcionar dentro de uma revendedora de motocicletas.


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AGRONEGÓCIO

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BIODIESEL

RenovaBio pode começar a funcionar a partir de 2019 PL 9085/2017 deve ser aprovado em breve MICHELLE VALVERDE

Na última quarta-feira, foi aprovado na Câmara dos Deputados o pedido de urgência para acelerar o trâmite de aprovação do Projeto de Lei nº 9086/2017, que cria o Programa RenovaBio. O requerimento, de autoria do deputado Evandro Gussi (PV/SP), foi apresentado na semana retrasada e aprovado com 299 votos favoráveis, nove contrários e uma abstenção. Com o acolhimento, o projeto passa a ter prioridade entre as pautas que serão analisadas no plenário. A expectativa é que o projeto de lei seja aprovado rapidamente e, se todo o processo correr dentro do planejado pelos setores envolvidos, as primeiras ações serão implantadas em meados de 2018. De acordo com o presidente-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, o RenovaBio vem sendo planejado desde dezembro de 2016 e foi elaborado em trabalho conjunto com representantes do governo, produtores de biocom-

bustíveis e entidades de pesquisa, e aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo o Ministério de Minas e Energia, o RenovaBio é uma política de Estado que tem como objetivo traçar uma estratégia conjunta para reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética brasileira, tanto para a segurança energética quanto para estimular a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. Diferentemente de medidas tradicionais, o RenovaBio não propõe a criação de imposto sobre carbono, subsídios, crédito presumido ou mandatos volumétricos de adição de biocombustíveis a combustíveis. Segundo o representante da Siamig, o texto base do projeto estava sendo discutido com várias esferas do governo desde junho. Inicialmente, foi pensada a possibilidade de criar uma medida provisória, mas em função da demora da publicação da medida, foi decidido que o texto passasse pelos trâmites normais do

O RenovaBio é estratégico por garantir segurança energética e reduzir emissão de gases causadores do efeito estufa

processo legislativo, com a criação de um projeto de lei na Câmara dos Deputados. “Para que o projeto não fosse só mais um na Câmara e enfrentasse toda a demora, foi solicitado o pedido de urgência constitucional e aprovado nesta semana. Com isso, o trâmite do projeto se torna mais célere. Acreditamos que nas próximas duas semanas o texto seja avaliado e aprovado na Câmara. Após essa etapa, o PL será encaminhado ao Senado e, se aprovado, segue para a sanção presidencial”, explicou Campos. Depois da sanção, haverá um período de regulamentação do RenovaBio, que está estimado em seis meses. Neste período, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP) farão a gestão para que o projeto passe de uma legislação para a operacionalização. “Se tudo der certo, nós esperamos que no segundo semestre de 2018 possamos iniciar os testes do RenovaBio, para que o funcionamento efetivo aconteça a partir de 2019”, disse Campos. Segurança - Campos ressalta que o RenovaBio é um programa importante para o setor sucroenergético, que terá mais segurança para investir, com os estímulos à maior produção e consumo dos biocombustíveis. Com a retomada dos investimentos, a expectativa também é gerar mais empregos e renda em regiões variadas de Minas Gerais e do País. Com o RenovaBio, a previsão é de que haja uma valorização dos

biocombustíveis nacionais e maior segurança energética, uma vez que, aumentando a produção nacional, será possível reduzir a necessidade de se importar combustíveis. O incentivo ao uso dos combustíveis renováveis também favorece a menor emissão de poluentes e a melhoria da qualidade do ar. “Com o RenovaBio, nós estamos estimando cerca de R$ 1,3 trilhão em investimentos para promover o aumento produção de biocombustíveis, no Brasil, até 2030. Outros pontos favoráveis são os incentivos à inovação tecnologia e à eficiência, além da geração de empregos e renda. No País, temos a possibilidade criar em torno de 1,4 milhão de novos empregos em toda a cadeia do complexo produtivo do biocombustível”.

CAFÉ

Melitta quer ampliar negócios na indústria brasileira Mata de São João, Bahia - O grupo Melitta continua aberto a novas oportunidades de negócios na indústria de café do Brasil mesmo após importantes investimentos neste ano, informou ontem o presidente do Conselho Consultivo da empresa no País, Bernardo Wolfson. “Em todos esses anos no País, a Melitta sempre teve um plano de crescimento nos investimentos, um plano estratégico, que deve continuar”, afirmou ele à reportagem no intervalo do EnCafé, maior evento da indústria brasileira de café, realizado nesta semana na Bahia. Um dos principais do mercado de café do Brasil, o grupo Melitta anunciou em outubro a construção de sua quarta fábrica no País, em Varginha (MG), com investimento inicial de mais de R$ 8 milhões e expectativa de gerar faturamento próximo a R$ 200 milhões nos próximos quatro anos. “A fábrica atenderá todas as linhas da Melitta e ficará pronta em algum momento de 2018, provavelmente no segundo semestre”, disse Wolfson, que até fevereiro deste ano atuou como presidente da empresa para a América do Sul, sendo substituído por Marcelo Del Nero Barbieri. Atualmente, a Melitta do Brasil conta com fábricas em Avaré (SP), Bom Jesus (RS) e Guaíba (RS). O anúncio da planta industrial se seguiu à aquisição pela Melitta do Brasil, em abril, das marcas mineiras de café Barão e Forte D+, que pertenciam ao Grupo Mogyana. À época, o valor do negócio não foi divulgado. “A Melitta acredita muito no Brasil e continua com muito interesse para desenvolver seu negócio brasileiro”, concluiu Wolfson. A Melitta tem no Brasil o seu segundo maior mercado, atrás apenas da Alemanha. No Brasil, o segmento é dominado, ao lado da Melitta, por empresas como Jacobs Douwe Egberts (JDE), com a marca Pilão, e grupo 3corações, que comercializa a marca 3corações. (Reuters)

País tem que elevar produção para manter posição Mata de São João, Bahia O Brasil, maior produtor e exportador global de café, terá de elevar a sua produção em cerca de 40% ou 20 milhões de sacas até 2030, para manter a atual participação dominante na safra mundial da commodity, estimou o diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), o brasileiro José Sette. O prognóstico do diretor da OIC leva em consideração um crescimento de 2% ao ano na demanda mundial pelo produto, até 2030. Nesse cenário, a produção mundial teria de crescer 49 milhões de sacas até 2030 para atender a demanda, disse Sette. “Com a demanda crescendo 2% ao ano, o Brasil, se quiser manter sua parcela de 40% no mercado (safra global) terá de produzir cerca 20 milhões de sacas a mais até 2030”, afirmou Sette durante a abertura do 25º EnCafé, evento do setor promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), na noite de quarta-feira. Já em uma visão otimista, de aumento do consumo de 2,5% ao ano, a produção global teria de crescer 64 milhões de sacas no período, enquanto numa perspectiva conservadora, de demanda 1% maior ao ano, a expansão precisaria ser de 23 milhões de sacas. Se o Brasil, que é o segundo consumidor global de café atrás dos Estados Unidos, produz historicamente 40 % da safra global, sua participação na exportação é um pouco menor, mas igualmente relevante. Na temporada 2016/17 (outubro/setembro), a OIC contabilizou exportações de 35,8 milhões de sacas de cafés naturais do Brasil,

EMATER MG DIVULGA;’AO

OIC estima alta de 40%no volume até 2030 para o Brasil continuar com 40% de participação no mercado global

de um total de exportações globais de 122,45 milhões de sacas, o que significa uma parcela brasileira do mercado global de cerca de 30%. 2018 - Pela mais recente estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra deste ano o Brasil somou 44,77 milhões de sacas de café arábica e conilon (robusta), queda de 12,8 % na comparação com 2016. Para o próximo ano, há a expectativa de uma colheita maior, por ser um ciclo de bienalidade positiva para o arábica, mas a estiagem em setembro e outubro, durante a floração dos cafezais, deixou o setor receoso quanto ao potencial produtivo em 2018. “Ainda é um pouco cedo para qualquer definição de safra (no Brasil). Só teremos isso lá para janeiro”, alertou Sette em conversa com jornalistas, no evento na Praia

do Forte, distrito de Mata de São João (BA). O diretor-executivo da OIC destacou que o Brasil tem condições de elevar sua produção nos próximos anos, apesar da área menor, desde que com investimentos e outros tipos de ações na atividade. “Há o desafio da sustentabilidade econômica, que passa por renda adequada, maior produtividade, acesso a mercados e transparência, acesso a financiamentos”, comentou Sette. “O importante é baixar o custo (de produção)”. Sustentabilidade - Ele destacou que o setor tem ainda os desafios de sustentabilidade ambiental, envolvendo, por exemplo, a adoção de boas práticas agrícolas e manejo adequado de recursos hídricos e de terreno, e de sustentabilidade social, que passa por organizações

representativas mais eficazes e igualdade de gênero. Nos últimos 20 anos, a produção de café no Brasil dobrou, apesar de a área ter caído 39%. Isso se deu graças a um salto de 225% na produtividade, que chega hoje a 1.550 kg por hectare, afirmou Sette. 2017 - As exportações de café do Brasil devem fechar 2017 cerca de 5 % abaixo do inicialmente previsto, refletindo uma colheita comercializada lentamente por produtores à espera de preços mais atrativos, disse na quarta-feira à noite o presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Nelson Carvalhaes. Segundo ele, os embarques neste ano devem variar de 30 milhões a 31 milhões de sacas, também aquém das quase 33 milhões de sacas do ano passado. Os volumes levam em conta cafés verde, torrado & moído e solúvel. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

19

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

TRANSAÇÕES CORRENTES

Contas externas do País ficam negativas em US$ 343 milhões Apesar disso, resultado é o melhor registrado desde outubro de 2007 Brasília - Após o superávit de US$ 434 milhões em setembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 343 milhões em outubro, informou o Banco Central, por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. A instituição projetava para o mês passado déficit em conta de US$ 1 bilhão. Apesar do déficit, o resultado de outubro é o melhor para o mês desde outubro de 2007, quando houve déficit de US$ 216,5 milhões. A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 4,911 bilhões em outubro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,704 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 2,765 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no azul em US$ 22 milhões. No acumulado do ano até outubro, o rombo nas contas externas soma US$ 3,033 bilhões. Já nos últimos 12 meses até outubro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 9,648 bilhões, o que representa 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento de gastos em viagens internacionais e serviços no exterior, além do crescimento das importações e das remessas de lucros e dividendos por multinacionais observados nos últimos meses são indicações de retomada da atividade econômica. A avaliação foi feita pelo chefe do Departamento de

WILSON DIAS ABr

Desempenho das importações e gastos no exterior indicam melhora da economia, aponta Rocha

Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. Ao apresentar os números das contas externas, Fernando Rocha comentou que vários indicadores reforçam a percepção de que, com a retomada da atividade econômica, o Brasil começa a demandar cada vez mais serviços e mercadorias do exterior. O aumento das viagens internacionais é um exemplo. Em outubro, brasileiros gastaram US$ 1,637 bilhão no exterior, cifra 15% maior que o desembolsado um ano antes. Em novembro, a tendência de crescimento continua no mesmo ritmo e até o dia 21 o déficit da conta já somava US$ 772 milhões. O valor é resultado de gastos de US$ 1,10 bilhão

multinacionais também começaram a lucrar mais e, por isso, aumentaram a remessa de lucros e dividendos. De janeiro a outubro, foram emitidos US$ 19,746 bilhões, valor 3,5% maior que o observado um ano antes. Em novembro até o dia 21, a remessa de lucros somou US$ 822 milhões. Sobre o juro da dívida externa, o gasto também tem crescido. De janeiro a outubro de 2017, foram emitidos US$ 23,065 bilhões, valor 8,7% maior que o visto no ano passado. Em novembro até o dia 21, o gasto com juros já soma US$ 525 milhões. Esse valor cresce, diz Rocha, a despeito da estabilidade Lucros - Rocha também co- da dívida externa porque mentou que, com a melhora o juro internacional tem da economia, empresas subido. (AE) no período, muito superior à receita obtida pelo Brasil com estrangeiros no País que gastaram US$ 328 milhões no período. Outro exemplo é a compra de importados. Rocha destacou o aumento de 20,4% no total de importações observado no mês passado na comparação com igual período de 2016. “Esse crescimento das importações está vinculado à recuperação da atividade doméstica”, disse. O mesmo fenômeno ocorre com o aumento de gastos para o pagamento de serviços internacionais, como transportes, seguros e telecomunicações.

Investimentos diretos totalizam US$ 8,2 bi Brasília - Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 8,240 bilhões em outubro, informou ontem o Banco Central, por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. O resultado ficou acima das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 5,670 bilhões a US$ 8,000 bilhões, com mediana de US$ 7 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de outubro indicaria entrada de US$ 7 bilhões. No acumulado de 2017 até outubro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 60,013 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, é de US$ 75 bilhões de IDP. Para 2018, a expectativa é de US$ 80,0 bilhões. No acumulado dos 12 meses até outubro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 83,269 bilhões, o que representa 4,14% do Produto Interno Bruto (PIB). Ações - Investidores estrangeiros reduziram a posição em ações brasileiras em US$ 56 milhões em outubro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado foi completamente contrário com aumento do investimento estrangeiro em ações brasileiras em US$ 1,603 bilhão. No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 3,008 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será positivo em US$ 3,0 bilhões em 2017. Já o saldo de investimento

estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 1,477 bilhão em outubro e negativo em US$ 34 milhões no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017 e 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa. Em outubro do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 2,620 bilhões e, no acumulado de janeiro a outubro de 2016, negativas em US$ 21,540 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no acumulado de todos os 12 meses de 2016. Taxa de rolagem - O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 92% em outubro. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou acima do verificado em outubro do ano passado, quando a taxa havia sido de 44%. De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de “bônus, notes e commercial papers”, ficou em 67% em outubro. Em igual mês de 2016, havia sido de 2%. Já os empréstimos diretos atingiram 95% no mês passado, ante 51% de outubro de2016. No acumulado de 2017 até outubro, a taxa de rolagem total ficou em 101%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 146% e os empréstimos diretos, de 92% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100% para 2017 e 2018. (AE)

MERCADO

Dólar cai com a expectativa de reforma da Previdência São Paulo - Depois de ter subido pela manhã, reagindo à baixa adesão de deputados da base aliada ao jantar oferecido na última quarta-feira pelo presidente Michel Temer para apresentar a nova versão da reforma da Previdência, o dólar inverteu a tendência e, no meio da tarde de ontem se firmou no campo negativo. A mudança de viés foi atribuída a informações extraoficiais de que a reforma da Previdência poderia ser votada em dezembro na Câmara, ao contrário das sinalizações recentes de que não haveria tempo nem votos suficientes para a aprovação da pauta. O dólar à vista fechou em queda de 0,19%, a R$ 3,2224. O volume foi de US$ 1,275 bilhão. Na mínima, chegou a R$ 3,2199 (-0,27%) e, na máxima, a R$ 3,2425 (+0,43%). “Mesmo assim, alguns investidores se anteciparam à confirmação da data da votação da reforma, apesar da liquidez mais baixa no mercado por causa do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos”, afirmou Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. No exterior, o comportamento foi menos errático. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas

de países desenvolvidos, se manteve em queda ao longo do dia. O motivo, segundo Battistel, ainda é a repercussão da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), divulgada na última quarta-feira, que indicou que a inflação pode ficar abaixo da meta de 2% por mais tempo do que o previsto, o que implicaria um aperto monetário menor do que o esperado. Voltando ao mercado doméstico, o dólar se manteve em alta durante boa parte do dia devido a preocupações com a reforma da Previdência, especialmente depois que o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) deu por encerrada a polêmica envolvendo a sua nomeação para a Secretaria de Governo no lugar do tucano Antônio Imbassahy. Segundo ele, o convite para que ele ocupasse o cargo nunca ocorreu. “O mercado é cascudo, não vai dar tanta importância para esse tropeço na mudança ministerial. O ponto chave é o relógio: será que vai haver tempo suficiente para passar a reforma da Previdência?”, questiona Cleber Alessie Machado Neto, operador da H.Commcor DTVM. “Por

enquanto, estamos todos em nos Estados Unidos tirou de compasso de espera.” cena as bolsas americanas e o investidor estrangeiro. Com Bovespa - O investidor do isso, os negócios na bolsa mercado acionário domés- brasileira somaram R$ 4,6 tico adotou a cautela como bilhões, menos da metade da orientação em um pregão de média diária de novembro, liquidez reduzida e diversas de R$ 10,1 bilhões. incertezas no cenário político. Assim como aconteceu na O Índice Bovespa operou véspera, a baixa foi detercom sinal negativo durante minada pelas ações do setor praticamente todo o pregão e financeiro. Já a alta das comfechou aos 74.486,57 pontos, modities no mercado externo próximo da estabilidade, em garantiu um dia de ganhos baixa de 0,04%. O feriado às ações da Petrobras e da do Dia de Ação de Graças Vale, que, mais uma vez,

limitaram as perdas na bolsa. Apesar da liquidez reduzida, o petróleo subiu nos índices eletrônicos internacionais, o que favoreceu os ganhos de 0,85% (ON) e de 0,50% (PN) de Petrobras. Com o minério em alta pelo segundo dia seguido no mercado chinês, Vale ON avançou 1,32% e foi um dos principais destaques do dia. Com a agenda externa escassa, o mercado dedicou maior tempo à análise do cenário político, especificamente a reforma da Previdência.

De volta à análise por ações, os papéis do setor financeiro caíram em bloco. À frente ficaram as units de Santander Brasil (-1,02%) e Bradesco PN (-0,74%). As maiores altas do Ibovespa ficaram com os papéis do setor elétrico. Cemig ON subiu 4,41%, refletindo o noticiário positivo, que envolveu o anúncio de venda de units da Taesa. Outros papéis do setor elétrico se destacaram, como Copel PNB (+3,49%) e Eletrobras PNB (+2,06%) (AE)

B3 anuncia empresas que estarão no ISE São Paulo - A B3 anunciou as 30 empresas que fazem parte da 13ª Carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vai vigorar de 8 de janeiro de 2018 a 4 de janeiro de 2019: AES Tietê, B2W, Banco do Brasil, Bradesco, Braskem, CCR, Celesc, Cemig, Cielo, Copel, CPFL, Duratex, Ecorodovias, EDP, Eletropaulo, Engie, Fibria, Fleury, Itaú Unibanco, Itaúsa, Klabin, Light, Lojas Americanas, Renner, MRV, Natura, Santander, Telefonica, Tim e Weg. A nova carteira tem valor de mercado de R$ 1,28 trilhão, o equivalente a 41,47%

do valor total das companhias negociadas e listadas na B3, disse a presidente do Conselho Deliberativo do ISE e Diretora de Imprensa, Sustentabilidade, Comunicação e Investimento Social da B3, Sonia Favareto. Desde a sua criação, em novembro de 2005, até novembro de 2017, o índice acumula valorização de 185,01%, acima dos 113,72% do Ibovespa, enquanto a volatilidade acumulada nesses 12 anos foi de 24,67% no ISE e de 27,46% do Ibovespa. O processo de seleção da carteira é assegurado externamente pela KPMG.

Além disso, o ISE mantém parceria de monitoramento diário de imprensa sobre as empresas representadas no índice, o que, de acordo com Sonia, ajuda a manter o padrão do índice. Pela primeira vez, esse ano, o site do ISE, na B3, traz abertura dos questionários respondido pelas 30 empresas selecionadas. Sonia destacou, em conversa com jornalistas, o fato de um número maior de empresas ter demonstrado preocupação com questões relacionadas às mudanças climáticas e impactos em seu negócio principal.

De acordo com ela, nos últimos três anos, 92% das companhias realizaram estudos sobre suas vulnerabilidades frente à mudança do clima e potenciais impactos sobre o seu negócio. Na formação da carteira anterior, que vigorou até agora, esse percentual era de 71%. Outro dado apontado indicou elevação de 85% para 91% no número de companhias consideram os riscos e as oportunidades apresentados pela mudança do clima nos seus processos de planejamento estratégico e/ou de gerenciamento de riscos. (AE)




FINANÇAS

Indicadores Econômicos INDICADORES ECONÔMICOS BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

Inflação

Dólar

Índices

Nov.

IGP-M (FGV)

0,03%

TR/Poupança Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

0,54%

0,64%

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

Out. No ano

12 meses

23/11/2017

22/11/2017

21/11/2017

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2219

R$ 3,2281

R$ 3,2513

VENDA

R$ 3,2224

R$ 3,2286

R$ 3,2518

IPC-Fipe

0,15%

0,72%

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

1,65%

-2,29%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2365

R$ 3,2555

R$ 3,2585

IGP-DI (FGV)

0,05%

0,83%

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

-1,94%

-1,07%

VENDA

R$ 3,2371

R$ 3,2561

R$ 3,2591

INPC-IBGE

0,07%

0,14%

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

1,62%

1,83%

COMPRA

R$ 3,2070

R$ 3,2200

R$ 3,2230

IPCA-IBGE

0,18%

0,3%

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

2,21%

2,70%

VENDA

R$ 3,3700

R$ 3,3800

R$ 3,3970

COMPRA

R$ 3,3000

R$ 3,3100

R$ 3,3300

ICV-DIEESE

0,28%

0,12%

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

2,01%

2,41%

VENDA

R$ 3,4000

R$ 3,4100

R$ 3,4300

IPCA-IPEAD

0,16%

0,48%

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

3,19%

3,85%

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

TURISMO PARALELO Fonte: AE

23/11 CDB Pré 30 dias

7,10% - a.a.

Capital de Giro

11,18% - a.a.

Hot Money

1,20% - a.m.

CDI

7,39% - a.a.

Over

7,40% - a.a.

Fonte: AE

Ouro 23/11/2017 Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.291,14

BM&F-SP (g)

22/11/2017

21/11/2017

US$ 1.292,20

US$ 1.281,70

R$ 133,15

R$ 131,50

R$ 133,10

Fonte:

AE

Taxas Selic Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

Tributos Federais (%) 1,09 0,87 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64

Meta da Taxa a.a. (%) 13,00 12,25 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 -

Reservas Internacionais 22/11 .......................................................................... US$ 380.770 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Até 1.903,98

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

0,20%

-1,91%

-1,41%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Nov. Salário 880,00 CUB-MG* (%) 0,09 UPC (R$) 23.29 UFEMG (R$) 3,0109 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Dez. 880,00 0,11 23,29 3,0109 7,50

Jan. 937,00 0,12 23,40 3,2514 7,50

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

22

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 706 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 880 930 960 975 978

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

VENDA 0,3245 0,4719 0,7022 0,005754 0,5153 0,03113 0,3978 0,3894 0,1508 0,06965 0,02824 10,7367 0,002776 4,5786 0,03215 0,8814 2,4683 3,2371 3,2371 2,5453 0,01593 3,9477 2,4046 0,4145 1,2034 3,2371 0,01227 3,3005 0,0005709 0,02909 0,1829 4,3073 0,00215 0,006286 0,108 0,8265 1,0003 0,186 0,005107 0,001087 3,2371 0,06737 0,06403 0,1739 0,111 0,4413 0,233 0,492 0,492 0,8893 8,4146 0,01295 0,0000919 0,8632 0,7886 0,05539 0,05013 0,0002396 0,9222 0,002989 0,00563 0,9107 3,8350

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Junho Julho

Crédito Agosto Setembro

3% 0,3090 0,2976

Seguros

TBF

06/11

0,01310217 2,92441932

07/11

0,01310268 2,92453385

08/11

0,01310301 2,92460848

09/11

0,01310312 2,92463304

10/11

0,01310314 2,92463797

11/11

0,01310364 2,92474920

12/11

0,01310364 2,92474920

13/11

0,01310364 2,92474920

14/11

0,01310387 2,92479947

15/11

0,01310400 2,92482930

16/11

0,01310400 2,92482930

17/11

0,01310400 2,92482930

18/11

0,01310441 2,92492050

08/11 a 08/12 09/11 a 09/12 10/11 a 10/12 11/11 a 11/12 12/11 a 12/12 13/11 a 13/12 14/11 a 14/12 15/11 a 15/12 16/11 a 16/12 17/11 a 17/12 18/11 a 18/12 19/11 a 19/12 20/11 a 20/12 21/11 a 21/12 22/11 a 22/12 Fonte: AE

19/11

0,01310441 2,92492050

20/11

0,01310441 2,92492050

21/11

0,01310485 2,92501783

22/11

0,01310515 2,92508509

23/11

0,01310538 2,92513620

24/11 0,01310549 2,92516120 Fonte: Fenaseg

6% 0,5493 0,5379

0,5321 0,5339 0,4847 0,4617 0,4861 0,5119 0,4965 0,4969 0,5210 0,5136 0,4805 0,5046 0,5192 0,5473 0,5438

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Outubro IGP-DI (FGV) Outubro IGP-M (FGV) Outubro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0.4273 0.4273 0.4273

1,0221 0,9893 0,9859

06/11 a 06/12 07/11 a 07/12 08/11 a 08/12 09/11 a 09/12 10/11 a 10/12 11/11 a 11/12 12/11 a 12/12 13/11 a 13/12 14/11 a 14/12 15/11 a 15/12 16/11 a 16/12 17/11 a 17/12 18/11 a 18/12 19/11 a 19/12 20/11 a 20/12 21/11 a 21/12 22/11 a 22/12

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0.4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273

Agenda Federal Dia 24

Contribuição ao INSS COMPRA 0,3237 0,4617 0,696 0,005652 0,5151 0,03105 0,3975 0,3892 0,1507 0,06676 0,02818 10,7169 0,002771 4,5456 0,03208 0,881 2,4675 3,2365 3,2365 2,544 0,01547 3,8994 2,4033 0,4144 1,1899 3,2365 0,01226 3,2982 0,0005698 0,02909 0,1825 4,3062 0,002143 0,006277 0,1079 0,8255 0,9998 0,1857 0,005101 0,001086 3,2365 0,06722 0,06399 0,1737 0,1108 0,4411 0,2327 0,4912 0,4919 0,8889 8,3978 0,01293 0,0000919 0,863 0,7875 0,05536 0,05012 0,0002395 0,9215 0,002983 0,005561 0,9104 3,8333

19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 26/10 a 26/11 27/10 a 27/11 28/10 a 28/11 29/10 a 29/11 30/10 a 30/11 31/10 a 30/11 01/11 a 01/12 02/11 a 02/12 03/11 a 03/12 04/11 a 04/12 05/11 a 05/12

Cofins - Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mês de outubro/2017 (art. 18, II, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): Cofins - Demais Entidades - Cód. Darf 2172. Cofins - Combustíveis - Cód. Darf 6840. Cofins - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária - Cód. Darf 8645. Cofins não cumulativa (Lei nº 10.833/2003) - Cód. Darf 5856. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) PIS-Pasep - Pagamento das contribuições cujos fatos geradores ocorreram no mês de outubro/2017 (art. 18, II, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): PIS-Pasep - Faturamento (cumulativo) - Cód. Darf 8109. PIS - Combustíveis - Cód. Darf 6824. PIS - Não cumulativo (Lei nº 10.637/2002) - Cód. Darf 6912. PIS-Pasep - Folha de Salários - Cód. Darf 8301. PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de Direito Público - Cód. Darf 3703. PIS - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária - Cód. Darf 8496. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre todos os produtos (exceto os classificados no Capítulo 22, nos códigos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi) Cód. Darf 5123. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 da Tipi (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres) - Cód. Darf 0668. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre os produtos do código 2402.90.00 da Tipi (“outros cigarros”) - Cód. Darf 5110. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre os produtos classificados nas posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e nas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas) da Tipi - Cód. Darf 1097. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre os produtos classificados nas posições 87.03 e 87.06 da Tipi (automóveis e chassis) Cód. Darf 0676. Darf Comum (2 vias)

IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias Cód. Darf 0821. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de outubro/2017 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - Cód. Darf 0838. Darf Comum (2 vias) Dia 30 IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de outubro/2017, relativo a operações com contratos de derivativos financeiros - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) ITR - Pagamento da 3ª quota do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2017 (Instrução Normativa RFB nº 1.715/2017). Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constantes do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/2000, referentes ao 5º bimestre/2017 (setembro-outubro/2017), à Unidade da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio da matriz. Disquete Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.11.2017. Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de outubro/2017 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração trimestral - Pagamento da 2ª quota do Imposto de Renda devido no 3º trimestre de 2017, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescido de 1% (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de outubro/2017, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO SEGUNDO SUBDISTRITO 2º SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - MG - OFICIAL: MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION - RUA GUARANI, 251 - CENTRO - TEL: (31) 3272-0562 Faz saber que pretendem casar-se: MILSON ARZENIO CAETANO JUNIOR, solteiro, funcionário publico, nascido em 27/03/1980 em Belo Horizonte, residente em Rua Ernesto Carneiro Santiago 280, Belo Horizonte, filho de MILSON ARZENIO CAETANO e MARIA DE FATIMA CAETANO Com CRISTIANE ALVES DA SILVA MENEZES, solteira, funcionaria publica, nascida em 27/11/1976 em Belo Horizonte, residente em Rua Ernesto Carneiro Santiago 280, Belo Horizonte, filha de JOEL DE MENEZES e ESMERALDA ALVES DA SILVA MENEZES. DIOGO FAGUINER DE ANDRADE, divorciado, expedição, nascido em 10/10/1984 em Belo Horizonte, residente em Rua Flor Da Noite 94, Belo Horizonte, filho de PAULO GERALDO ANDRADE e LUIZA DE JESUS SILVA Com JENNIFER APARECIDA DE OLIVEIRA, divorciada, recepcionista, nascida em 30/07/1991 em Belo Horizonte, residente em Rua Flor Da Noite 94, Belo Horizonte, filha de JOVELINO WILTON DE OLIVEIRA e MARIA APARECIDA RIBEIRO. ADILSON HENRIQUE DOS SANTOS RODRIGUES, solteiro, sapateiro, nascido em 10/05/1984 em Belo Horizonte, residente em Rua Luiz Castanhedes 115, Belo Horizonte, filho de ADILSON RODRIGUES e SONIA REGINA DOS SANTOS RODRIGUES Com SILVANA SANTANA DOS SANTOS, solteira, pedagoga, nascida em 16/03/1988 em Belo Horizonte, residente em Rua Santos Souza 45, Belo Horizonte, filha de NAILOR FERREIRA DOS SANTOS e ANITA SANTANA DOS SANTOS. RAFAEL HENRIQUE DIAS, solteiro, estoquista, nascido em 12/12/1993 em Belo Horizonte, residente em Beco Tancredo Neves 120, Belo Horizonte, filho de JOAQUIM PEREIRA DIAS e EUNICE DO CARMO FELICIANO DIAS Com MARCELA MENDES CUNHA, solteira, telemarketing, nascida em 06/01/1997 em Belo Horizonte, residente em Beco Santo Antonio 1, Belo Horizonte, filha de ALBERTO CAMILO DA CUNHA e KENIA LOPES MENDES CUNHA. MARCOS FELIPE DA SILVA ALVES, solteiro, servente, nascido em 17/01/1989 em Belo Horizonte, residente em Rua Presidente Bernardes 120, Belo Horizonte, filho de DANIEL ALVES e MARIA DA CONCEICAO DA SILVA ALVES Com PALOMA SOARES DE PAULA, solteira, atendente de loja, nascida em 18/05/1994 em Belo Horizonte, residente em Rua

Monsenhor Nogueira Duarte 144, Belo Horizonte, filha de PEDRO DE PAULA e SIMONE DA CONCEICAO SOARES DE PAULA. ABRAHAO LINCOLN ASSUMPCAO, divorciado, motorista aposentado, nascido em 20/01/1954 em Montes Claros, residente em Rua Quintino Boacaiuva 495 102, Belo Horizonte, filho de GERALDO ANSELMO ASSUMPCAO e MARIA DE LOURDES QUEIROZ CAIXETA Com TELMA MARIA GOMES DA SILVA, solteira, professora, nascida em 09/11/1961 em Araçuaí, residente em Rua Quintino Bocaiúva 495 102, Belo Horizonte, filha de ILDEU PEREIRA DA SILVA e MARIA TEREZINHA GOMES DA SILVA. MARIO HARUO YAMASAKI, divorciado, comerciante, nascido em 15/02/1968 em Suzano, residente em Av. Brasília 191, Suzano, filho de OTOTSUGI YAMASAKI e KINUKO SAKAMOTO YAMASAKI Com ANA FLAVIA MOREIRA JALES, divorciada, técnica de enfermagem, nascida em 22/03/1979 em Belo Horizonte, residente em Rua Maria De Melo 71 21, Belo Horizonte, filha de JOSE GERALDO JALES e OLIMPIA MOREIRA JALES. ADRIANO CORREA MARQUES DA COSTA, solteiro, motorista, nascido em 26/02/1980 em Belo Horizonte, residente em Rua Violeta De Melo 1200, Belo Horizonte, filho de JOSE CORREA DA COSTA e MARIA DAS GRACAS MARQUES DA COSTA Com ADRIANA DE JESUS SANTOS, solteira, vendedora, nascida em 26/05/1991 em Guaratinga, residente em Rua Das Amoreiras 30 203, Belo Horizonte, filha de ATEVALDO PEREIRA DOS SANTOS e LINDAURA MARIA DE JESUS.

TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: ALEXANDRE MOTA FERREIRA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Cordelina Silveira Matos, 74/203, Estoril, 3BH, filho de Ronaldo José Ferreira e Rowênia Lucia Mota Ferreira; e OLGA KENÂ NUNES COELHO, solteira, Farmacêutica, maior, residente nesta Capital à Rua Cordelina Silveira Matos, 74/203, Estoril, 3BH, filha de Ildeu de Souza Coelho e Jakeline Maria Nunes Coelho. (676713) HELBERT FERREIRA DOS SANTOS, DIVORCIADO, VIGILANTE, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua São Sebastião, Bc Eduardo, 80, Nossa Sra. da Conceição, 3BH, filho de Jose Ferreira dos Santos e Jane de Melo Inocencio; e MARIA VANDA DA SILVA, divorciada, Vigilante, maior, residente nesta Capital à Rua São Sebastião, Bc Eduardo, 80, Nossa Sra. da Conceição, 3BH, filha de José Oliveira da Silva e Maria Aparecida Rocha Silva. (676714)

CASSIO IGNACIO SETTE CAMARA, divorciado, vendedor, nascido em 29/08/1974 em Belo Horizonte MG, residente na Rua Entre Rios, 132/512, Belo Horizonte MG, filho de ANTONIO CARLOS SETTE CAMARA e LAURITA MARIA SETTE CAMARA Com MELISSA DE MELO BOMFIM, solteira, professora, nascida em 17/12/1978 em Ribeirão Das Neves MG, residente na Rua Jose Maria Alkimim, 90/cx. 05, Belo Horizonte MG, filha de RONALDO BOMFIM e VANDA MARIA DE MELO OLIVEIRA BOMFIM./

BERNARDO DE PAIVA BOMFIM TEIXEIRA, DIVORCIADO, ENGENHEIRO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Penafiel, 393/202, Anchieta, 3BH, filho de Ilídio Bomfim Teixeira e Maria Célia de Paiva Teixeira; e JULIANA MOTTA DOS SANTOS, solteira, Psicóloga organizacional, maior, residente nesta Capital à Rua Penafiel, 393/202, Anchieta, 3BH, filha de Gastão Ferreira dos Santos e Maria Lúcia Motta dos Santos. (676715)

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei.

LEONARDO DA SILVA MATOS, SOLTEIRO, OFICIAL DE SERVIÇOS GERAIS, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Beco São Luiz, 190, Serra, 3BH, filho de Antonio Matos de Moura e Mirailde Antonia da Silva; e GRASIELLE ALVARENGA SILVA, solteira, Atendente balconista, maior, residente nesta Capital à Beco São Luiz, 190, Serra, 3BH, filha de Geraldo Rosa da Silva e Alessandra Alvarenga da Silva Motta. (676716)

Belo Horizonte, 23/11/2017. MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION Oficial do Registro Civil. 9 editais.

GABRIELLY ADRIANE REIS DE OLIVEIRA, SOLTEIRO, AUXILIAR DE CARTÓRIO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Avenida Bias Fortes, 623, Lourdes, 3BH, filho de Jerry Adriane de Oliveira e Rosimeire Aparecida dos Reis; e FABRÍCIA POLYANA MADUREIRA FIGUEIREDO, solteira, Funcionária pública estadual e distrital, maior, residente nesta Capital à Avenida Bias Fortes, 623, Lourdes, 3BH, filha de Leandro de Figueiredo e Silvia Aparecida Madureira Figueiredo. (676717) RENATO FERREIRA PIMENTA, SOLTEIRO, ADVOGADO, maior, natural de Teófilo Otoni, MG, residente nesta Capital à R. Helena Abdalla, 25/1201, Luxemburgo, 3BH, filho de Eduardo Diran Pimenta e Marilene Ferreira Pimenta; e VÂNIA RIBEIRO DA CUNHA SOUZA, solteira, Cirurgiã dentista - endodontista, maior, residente nesta Capital à R. Helena Abdalla, 25/1201, Luxemburgo, 3BH, filha de Sebastião Andrelino de Souza e Maria de Ligório Souza. (676718) DEILSON GONÇALVES MIRANDA, SOLTEIRO, VIGILANTE, maior, natural de Ouro Preto, MG, residente nesta Capital à Rua Geraldo de Oliveira 121, Vila Fazendinha, 3BH, filho de PAI IGNORADO e Maria Gonçalves Coelho; e JUCIMARA RIBEIRO DA CONCEIÇÃO, solteira, Assistente administrativo, maior, residente nesta Capital à Rua Geraldo de Oliveira 121, Vila Fazendinha, 3BH, filha de Vitorino Genoveva da Conceição e Maria Jesus Ribeiro. (676719)

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: TULIO DIONISIO ALVES DE FIGUEIREDO, solteiro, motorista, nascido em 09/10/1986 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jamil Farah, 311, Havai, Belo Horizonte, filho de CIRIO JOSE FIGUEIREDO e MARIA APARECIDA ALVES DE FIGUEIREDO Com SAMARA CRISTINA DE ASSIS SANTOS, solteira, vendedora, nascida em 25/04/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Professor Duque, 160, Havai, Belo Horizonte, filha de FRANCISCO DE ASSIS DOS SANTOS e CLEIDE DE ASSIS DOS SANTOS. RODRIGO AUGUSTO PEREIRA, solteiro, vigilante, nascido em 25/05/1985 em Belo Horizonte, MG, residente a Av. Padre Jose Mauricio, 490, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de ROMEU PEREIRA e ANA MARIA PEREIRA Com NAYARA KENIA VIEIRA SILVA, solteira, estudante, nascida em 02/01/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Juatuba, 35, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de MARCIO ANTONIO DA SILVA e TANIA VIEIRA DO AMARAL.

PAULO VERISSIMO CENCE PENA, SOLTEIRO, ENGENHEIRO AMBIENTAL, maior, natural de Uberlândia, MG, residente nesta Capital à Rua Miradouro, 100/101, Sion, 3BH, filho de Luís Verissimo Cence Lopes e Raquel Pena; e LUANA REZENDE LEÃO, solteira, Turismóloga, maior, residente nesta Capital à Rua Miradouro, 100/101, Sion, 3BH, filha de Ronaldo Ribeiro Rezende e Denise Nunes Leão. (676720)

EUDES LEONARDO VIEIRA, divorciado, porteiro, nascido em 09/09/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Candido De Souza, 1570 401, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de SEBASTIAO JOSE VIEIRA e MARIA DO CARMO BRITO VIEIRA Com TALITA AMORIM POEIRAS, divorciada, vendedora, nascida em 06/11/1978 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Candido De Souza, 1570 401, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de WALTER MARINHO POEIRAS e ELIZABETH AMORIM POEIRAS.

Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei.

Belo Horizonte, 23 de novembro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL.

Belo Horizonte, 23/11/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil.

8 editais.

3 editais.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 10/11/2017 01071 - Número TJMG: 002498042661-3 Numeração única: 0426613.54.1998.8.13.0024 Autor: Casa do Rádio Ltda; Réu: Casa do Rádio Ltda Carta de arrematação expedida. Prazo de 0005 dia(s). e a disposição da parte interessada e a disposição da parte interessada. Autos vista síndico. Prazo de 0005 dia(s). 01072 - 1196131.65.2013.8.13.0024 Autor: Realmed Assistencia A Saude Ltda.-Em Liquidaçao Extrajudicia; Réu: Massa Falida de Realmed Assistencia A Saude Ltda. 1. Trata-se da Falência de REALMED ASSISTÊNCIA À SAÚDE LTDA.2. Manifestação do síndico às fl. 1952/1959, dando ciência das penhoras no rosto dos autos e ofícios expedidos; tecendo considerações acerca do parecer do Ministério Público e ao final, requerendo a designação de audiência do sócio falido Ronaldo Luiz Pereira e a expedição de ofício ao juízo da 1ª Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, para informar da reserva de crédito e que seja determinada a citação da Massa Falida, nos termos do art. 76 da Lei 11.105/2005.3. À f. 1960 a Falida e os sócios Ronaldo Luiz Pereira e Maria da Conceição Ribeiro Pereira reiteram o pedido de nomeação de advogado dativo, argumentando que a Defensoria Pública informou que não atende a área cível desta Comarca. Juntaram documentos às fl. 1961/1964.4. Ofícios da 7ª Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, solicitando

informações acerca da reserva de crédito em favor da ANS (fl. 1965/1 1969).5. Pois bem.6. À secretaria para expedir ofício à 1ª Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ com as informações prestadas pelo Administrador Judicial às fl. 1890/1896 e fl. 1957/1958 e para que seja determinada a citação da Massa Falida, nos termos do art. 76 da Lei 11.105/2005.7. Em razão da manifestação e documentos de fl.1960/1964 nomeio a Dra. Rosângela Silva da Costa # OAB/MG 165.354, com endereço profissional à Rua dos Morangos, 101, Bairro Vila Clóris # Belo Horizonte/ MG, e-mail: silvacosta.adv@gmail.com, telefones (31)30477987 e (31)99829-3178, para atuar como advogada/curadora da Falida e dos sócios Ronaldo Luiz Pereira e Maria da Conceição Ribeiro Pereira, sendo desnecessária a realização de audiência para tal fim.7.1 - Intime-se a referida procuradora para, aceitando o múnus, assinar o termo de compromisso, no prazo de 05 (cinco) dias.8. Intime-se o Administrador Judicial para prestar as informações requeridas através dos ofícios envi enviados pela 7ª Vara Federal de Execução Fiscal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ acostados às fl. 1965/1969.9. Cumpra-se. Intime-se. SEGUNDA VARA DE REGITROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 10/11/2017 01122 - 0509164.95.2015.8.13.0024 Autor: Admedico - Administracao de Servicos Medicos A Empresas Ltda; Réu:

Admedico - Administracao de Servicos Medicos A Empresas Ltda (...)Pelo exposto, deixo de acolher os Embargos de Declaração, mantendo, em consequência, a decisão como proferida. das petições do administrados judicial. 2- Ciente das informações trazidas pelo Administrador Judicial às fls. 3457/3486 e 3492/3499. Por conseguinte, determino: 2.1Que sejam enviadas cópias do laudo pericial (fls. 3343/3430); dos relatórios do liquidante extrajudicial (fls. 60/66 e 90/91); do relatório de auditoria (fls. 2586/2606); da ação de responsabilidade ajuizada pelo MP em face dos falidos e cópia do relatório circunstanciado (fls. 3457/3486) para a Superintendência Regional da Polícia Federal para que possa instruir o IP nº 2359/2014-4 que visa apurar possíveis condutas criminosas praticadas pelos administradores da Massa Falida; 2.2- Expeçam-se ofícios ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para prestarem os esclarecimentos solicitados no item #b# de fl. 3485; 2.3- FICA o ex-liquidante, Sr. JOSÉ AUGUSTO MONTEIRO, INTIMADO, para que preste as informações e documentos solicitados pelo Administrador Judicial no item #c# de fl. 3485, a fim de instruir e possibilitar o regular andamento desta falência. Fica o ex-liquidante intimado para apresentar sua prestação de contas, em autos apartados, no prazo máximo de 30 (trinta) dias; 2.4- Fica a arrematante Dilene Anunciação Costa Bernardes intimada, na pessoa de seu procurador, Paulo César Mendes Miranda # OAB/MG 120993, para, informar se conseguiu realizar a transferência dos veículos arrematados; 2.5- Retifique-se o endereço da Administradora Judicial para Rua Tomé de Souza, nº 830, conj. 401/403, Savassi, Belo Horizonte/MG, CEP 30140-131. demais diligências. 3- Fica o Administrador

Judicial intimado para: 3.1- Esclarecer quem é o inventariante do Espólio do Sr. Lucílio Oscar Dias Vieira e o respectivo endereço, para que este Juízo possa cumprir o requerimento do item #e# de fl. 3486; 3.2- Esclarecer qual prestação de contas deverá ser enviada à ANS, conforme solicitação do item #d# de fl.- 3485. 3.3- Manifestar-se sobre proposta de honorários da perita às fls. 3487/3488; 3.4- Ter ciência dos ofícios de fls. 3455/3459, 3489/3490 e fls. 3503/3521. 4Cumpridas as determinações, dê-se vista ao Ministério Público (decisão publicada na íntegra no portal do TJMG www.tjmg.jus.br). 01123 - Número TJMG: 002408074652-2 Numeração única: 0746522.57.2008.8.13.0024 Autor: Digicabo Ind Com de Cabos e Acessórios para Informática Ltda; Réu: Crown Processamento de Dados S/A Fica a nova Síndica nomeada intimada, para, aceitando o múnus, assinar termo de compromisso, bem como ter ciência da ação em trâmite na 7ª Vara Cível de Curitiba/PR, e tomar as providências cabíveis. 01124 - 0916628.42.2014.8.13.0024 Autor: Empreendimentos Nossa Senhora do Carmo Ltda; Réu: Ace Educacao Profissional do Brasil Sa 1 # Determino a exclusão da empresa Empreendimentos Nossa Senhora do Carmo LTDA do polo ativo dessa ação, incluindo-se a sociedade Falgo Empreendimentos e Participações S/A como nova Autora. 2 # Após, intime-se o procurador da nova Autora, Dr. Daniel Ribeiro Rezende, para requerer o que for de direito. 01125 - 1092874.87.2014.8.13.0024 Autor: Fundo de Investimento em Direitos Creditorios da Industria -; Réu: Vk Minas

Ltda - Me 1 - Em relação ao requerimento de fl. 454, esclareço à parte a impossibilidade de dar vista dos autos fora de Cartório aos credores e interessados, em razão da natureza da causa, sobre o qual incidem as exceções previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94 e, ainda, diante dos diversos diligências que devem ser feitas pela zelosa Secretaria do Juízo. Assim, indefiro o pedido, cabendo à parte interessada a extração de cópias xerográficas. 2 # Fica a Ré intimada sobre requerimentos da Autora às fls. 431/432 e 456/477. 01126 - Número TJMG: 002409519927-9 Numeração única: 5199279.55.2009.8.13.0024 Autor: Zl Ambiental Ltda; Réu: Zl Ambiental Ltda 1- Expeça-se ofício ao Banco do Brasil, agência Fórum Fafayette, para que esclareça quando e por quem foi realizado o saque de R$800,00 da conta judicial nº 4800125766396, conforme solicitado pelo Administrador Judicial à fl. 4838. Junte ao ofício cópia do documento de fl. 4839. 2- Quanto aos requerimentos formulados pelo peticionário FÁBIO LACERDA DE MAGALHÃES às fls. 4846/4858, FICA o Administrador Judicial intimado, para se manifestar previamente, no prazo de cinco dias. 2.1- Neste ensejo, certifique-se se referido peticionário ajuizou habilitação de crédito. 3- Em seguida, dê-se vista ao Ministério Público sobre os questionamentos acima, bem como sobre mandado devolvido sem cumprimento, à fl. 4841. 01127 - Número TJMG: 002408997801-9 Numeração única: 9978019.49.2008.8.13.0024 Autor: Marco Antonio Crepaldi Autos vista ADM.JUD.DR.ALMIR. Prazo de 0005 dia(s). Conforme despacho de fl.1126.


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LEGISLAÇÃO FORO PRIVILEGIADO

DiasToffoli pede vista e decisão é adiada Na tarde de ontem, sete dos onze ministros do STF votaram por limitar a prerrogativa para parlamentares Brasília - O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e a corte vai adiar a decisão sobre o alcance do foro privilegiado para deputados federais e senadores. Os magistrados discutem como pode ser feita uma redução de foro privilegiado. Eles manifestaram preocupação sobre o impacto dos processos que tramitam no Supremo ao serem remetidos para tribunais de instâncias inferiores. Até agora, a maioria dos ministros - sete dos 11 que fazem parte do tribunal - votou por limitar o alcance do foro privilegiado para deputados federais e senadores. Ainda faltam votar Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Não há prazo para Toffoli devolver o processo. Restrição - Cinco ministros seguiram o voto do relator, Luís Roberto Barroso: Marco Aurélio, Rosa Weber, Edson Fachin, Luiz Fux e a presidente do tribunal, Cármen Lúcia. Para eles, o foro privilegiado no STF deve valer apenas para políticos acusados de crimes cometidos no exercício do mandato em vigor e relacionados a ele. Alexandre de Moraes também defendeu limitar o foro, mas com uma

CARLOS HUMBERTO SCO DTF

mudança menor do que a proposta pelo colega. Para ele, mesmo que o crime não tenha relação com o cargo, a autoridade deve ser processada no Supremo - por exemplo, em um caso de violência doméstica. A mudança pode levar 90% dos processos penais no Supremo para outras instâncias, avaliam magistrados. Assim, a alteração causará impacto direto nos inquéritos da Operação Lava Jato que hoje tramitam na corte e poderão ser remetidos a instâncias inferiores. Hoje autoridades têm foro privilegiado na Justiça, a depender do cargo que exercem. O presidente da República, ministros e congressistas, por exemplo, só podem ser processados criminalmente pelo STF. Governadores, pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O caso analisado no STF começou a ser julgado em 31 de maio. O ministro Alexandre de Moraes pediu Ministro pediu mais tempo, para analisar impacto da emissão dos processos para a 1ª instância vista e devolveu o processo presidentes da Repúbli- vale a mudança determi- ções municipais de 2008, no fim de setembro. Em ca (e o vice), da Câmara, nada pelo Congresso. em Cabo Frio (RJ). novembro, Cármen Lúcia do Senado e do Supremo O caso chegou ao Suincluiu o processo na pauta. Tribunal Federal. Questão de ordem - A premo em abril de 2015, Na quarta-feira (22), às Para os ministros do análise do tema foi leva- após Mendes assumir, vésperas de STF retomar Supremo, as decisões do da ao plenário por Luís como suplente, mandato as discussões sobre o assunto, a CCJ (Comissão tribunal sobre extensão do Roberto Barroso, como de deputado na Câmara. de Constituição e Justiça) foro e a PEC que acaba com questão de ordem para Ele deixou o cargo em abril da Câmara dos Deputa- foro para a maioria dos car- o julgamento de um caso de 2016 e o reassumiu em dos aprovou proposta de gos não são contraditórias. concreto, o do ex-depu- setembro para substituir emenda à Constituição Caso STF e parlamentares tado Marquinho Mendes Eduardo Cunha (PMDBque restringe o foro pri- decidam de modo diferente (PMDB-RJ), acusado de -RJ), que foi cassado. vilegiado na Justiça aos sobre o foro privilegiado, compra de votos nas eleiEm outubro, Mendes se

elegeu prefeito de Cabo Frio. Pela regra vigente, o processo contra ele teria que ter voltado a instâncias inferiores. Porém, como estava pronto para ser julgado no STF, Barroso decidiu discutir esse vaivém com os demais ministros. Pela tese de Barroso, o caso de Marquinho Mendes nunca deveria ter tramitado no STF porque o crime de que ele era acusado foi em 2008, quando ele era candidato a prefeito, e não deputado. “O sistema [atual] traz impunidade. Penso que impunidade, em geral, no Brasil, é decorrente de sistema punitivo ineficiente, não apenas aqui, que fez com que o direito penal perdesse seu principal papel, que é o de funcionar como prevenção geral. As pessoas não praticam crimes pelo temor de que vão sofrer consequente negativa. Criamos um direito penal que produziu um País de ricos delinquentes, porque são honestos se quiserem. Se não quiserem, não acontece nada. É preciso enfrentar esse sistema”, disse Barroso. De acordo com o ministro, há 37 mil pessoas beneficiadas por algum tipo de foro especial no País, no STF, no STJ nos TRFs (tribunais regionais federais) ou nos TJs (tribunais de Justiça nos Estados). (FP)

CARTÓRIOS

REFORMA

Avança na ALMG proposta do Tribunal de Justiça de extinção de serventias

Volume de ações trabalhistas recua em SP

DA REDAÇÃO

O Projeto de Lei 4.543/17, do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), recebeu parecer pela legalidade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em reunião realizada na última quarta-feira. A proposição trata da acumulação e a extinção de serventias em três comarcas mineiras. O artigo 1º do projeto acumula o Ofício do 2º Tabelionato de Notas e o Ofício do Tabelionato de Protestos de Títulos, localizados na sede da comarca de Iguatama (Centro-Oeste), ficando o primeiro com todas as atribuições. O artigo 2º extingue o Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas com Atribuição Notarial do distrito de Ponte Alta de Minas, da comarca de Carangola (Zona da Mata). As atribuições desse cartório ficam anexadas ao Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do distrito de Alvorada, na mesma cidade. Por fim, o artigo 3º extingue o Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas com Atribuição Notarial do distrito de Claro de Minas, da comarca de Vazante (Noroeste). Nesse caso,

as atribuições irão para o Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas, na sede do município. Baixa demanda – De acordo com o TJMG, a extinção das serventias justifica-se pela inexistência de receita e de volume suficiente de atividades para a sua manutenção. O tribunal também cita a impossibilidade de se realizar concurso público para prover os locais com novos delegatários, seja por desinteresse ou por inexistência de candidatos. O relator e presidente da comissão, deputado Leonídio Bouças (PMDB), salientou que a legislação permite a acumulação de serviços notariais e de registro nos municípios que não comportarem, em razão do volume dos serviços ou da receita, a instalação de mais de um dos serviços. E também acata a extinção do serviço ou a anexação de suas atribuições no caso da impossibilidade de realização de concurso público. Leonídio Bouças acrescentou que, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, essas medidas devem ser implantadas por meio de projeto de lei do Judiciário. O PL 4.543/17 segue, agora, para a Comissão de Administração Pública, para parecer de 1º turno. Com informações do TJMG.

São Paulo - A abertura de novas ações trabalhistas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo despencou na primeira semana após a aprovação da reforma, de 12 a 18 de novembro. Foram 29.326 novos processos na semana de 5 a 10 de novembro, antes da reforma, que começou a vigorar no dia 11. Na semana seguinte, apenas 2.608. O movimento está mais lento que o normal. Em outubro, foram 41.826 novas ações trabalhistas em São Paulo, ou seja, uma média próxima de 9.000 por semana, mais que o triplo da semana após a reforma. “Os advogados quiseram se antecipar às mudanças, então montaram

uma força-tarefa antes de a reforma valer. Quando uma lei processual entra em vigor, ela pega os processos em andamento”, diz Otávio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro Advogados. “Agora, depois de a nova lei entrar em vigor, há uma espera para entender como a Justiça vai lidar com os processos. Os advogados querem evitar prejuízos.” A tendência é a mesma no resto do País. Na semana anterior à reforma, a média de abertura de processos subiu, já que muitos advogados esperavam que, com isso, suas ações seguiriam as regras processuais anteriores.

agora, há a exigência de que quem entra com um pedido especifique os valores de cada um dos itens - quanto está sendo pedido por horas extras e aviso prévio, por exemplo. Além disso, pela reforma, quem perde a ação trabalhista pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da empresa, o que não acontecia antes. Apesar da “força-tarefa” de abertura de ações antes de 11 de novembro, já há casos em que juízes estão extinguindo ações que não apresentavam os valores específicos, mesmo se foram protocolados antes de a reforma entrar em vigor. É o caso da juíza Luciana de Souza Matos Delbin Novas exigências - Uma Moraes, da 83ª vara do das mudanças na lei é que, trabalho de São Paulo, que

extinguiu uma ação cujo pedido foi feito segundo as regras anteriores à reforma. “Cada juiz vai ter uma interpretação diferente. Se o pedido foi feito antes da reforma, ele segue a regra antiga, ou isso só valeria se o pedido já tivesse sido aceito? Há várias teorias, é uma farra”, diz Pinto e Silva. Para Estêvão Mallet, professor de direito do trabalho da Universidade de São Paulo, extinguir a ação é uma “violência inútil”, já que é possível pedir apenas que o advogado corrija a petição inicial. “A ideia é que se deve aproveitar tudo que é possível no processo. Extinguir a ação só serve para ter um bom resultado na estatística de processos julgados”, diz Mallet. (FP)

CONVALIDAÇÃO

Congresso recompõe trechos da lei Brasília - O Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente Michel Temer à Lei de Convalidação e restaurou os trechos que equiparam os incentivos fiscais de ICMS a subvenção para investimento. Os artigos reintegrados ao texto estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) de ontem. Se os vetos fossem mantidos, os incentivos de ICMS seriam considerados subvenção para custeio, o que obrigaria as empresas beneficiárias a recolher tributos federais. A convalidação, instituí-

da pela Lei Complementar 160/2017 e sancionada em agosto, regulariza benefícios fiscais concedidos por estados e Distrito Federal sem o aval do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A lei adia o fim da chamada “guerra fiscal” entre estados ao dar carência de 15 anos para as unidades da Federação acabarem com isenções que foram dadas para indústria, agropecuária e infraestrutura sem a autorização do Conselho. Além disso, a lei altera regras para a permissão de

novos incentivos fiscais. A partir de agora, não é mais obrigatório que um estado consiga a autorização unânime de todos os membros do Confaz para dar um incentivo fiscal. Será preciso apenas o voto favorável, para aprovação e ratificação, de dois terços das unidades federadas e um terço das unidades federadas integrantes de cada uma das cinco regiões do País. Quando decidiu pelos vetos, o governo alegou que os dispositivos violam a regra do Teto de Gastos, por não apresentarem o impacto

orçamentário e financeiro decorrente da renúncia fiscal, causam distorções tributárias, ao equiparar as subvenções meramente para custeio às destinadas a investimento, além de representar significativo impacto na arrecadação tributária federal. O governo ainda argumentou que, se esses dois dispositivos fossem mantidos na lei, “poderia ocorrer resultado inverso ao pretendido pelo projeto, agravando e estimulando a chamada ‘guerra fiscal’ entre os estados, ao invés de mitigá-la.” (AE)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2017

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

VIVER EM VOZ ALTA

Workshop: Arbitragem A arbitragem, um dos métodos extrajudiciais usado para a solução de conflitos, será o tema de destaque no II Workshop de Arbitragem na Administração Pública da Câmara de Mediação e Arbitragem (CMA) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas). O evento, que será na sede do conselho (Av. Álvares Cabral, 1.600, Santo Agostinho), segunda-feira (27), às 14h30, vai detalhar e orientar prefeitos, secretários, assessores, procuradores dos municípios mineiros e do Estado, além de advogados da administração pública, sobre a importância do uso da arbitragem aplicada aos contratos de governo. A programação prevê palestras sobre mitos e preconceito quanto à prática arbitral, além de painel sobre vantagens do procedimento na administração pública. Inscrição e programação no site http://www. crea-mg.org.br/.

Palestra: Cooperativismo Estão abertas as inscrições para a palestra gratuita Orientações Básicas sobre o Cooperativismo, promovida pelo Sistema Ocemg. A iniciativa é aberta ao público e será realizada dia 29, quarta-feira, às 9h, na sede da entidade (Rua Ceará, 771, Funcionários, Belo Horizonte). A palestra objetiva orientar a respeito dos fundamentos básicos e do funcionamento de uma cooperativa, com informações sobre o cooperativismo e os aspectos jurídicos e contábeis dessa forma de empreendimento. Interessados devem fazer o download da ficha de inscrição no site www.minasgerais. coop.br e enviá-la preenchida para o e-mail inscricao@minasgerais.coop.br. As vagas são limitadas.

Educação Infantil A Associação de Assistência Social Nossa Senhora de Nazaré e o cônsul-geral do Japão no Rio de Janeiro convidam para a inauguração da reforma e ampliação do Centro de Educação Infantil Madre Tarcísia, em 6 de dezembro, às 9h30, na Rua Desembargador Luciano Souza Lima, 59, bairro Bela Vista, em Contagem. Os recursos financeiros para a obra foram doados pelo Programa de Assistência a Projetos Comunitários (APC), do governo japonês. O programa APC proporciona assistência financeira não- reembolsável a organizações não governamentais (ONGs), hospitais, estabelecimentos de ensino básico, institutos de pesquisa e outras organizações sem fins lucrativos, a fim de auxiliar na implementação de seus projetos de desenvolvimento.

Lá se vão 20 anos sem o inesquecível Darcy Ribeiro DIVULGAÇÃO

ROGÉRIO FARIA TAVARES *

Conheci Darcy Ribeiro quando cursava o último ano de Jornalismo, na PUC Minas, no hoje distante ano de 1995. Com a colega Alessandra Mello (que se tornou excelente repórter e atualmente preside o Sindicato dos Jornalistas Profissionais), passei uma semana em Brasília, fazendo a cobertura das atividades do Congresso Nacional. Foi no período em que se deram as primeiras modificações da Constituição Federal promulgada em 1988. Os dias no Distrito Federal foram de rico aprendizado. No final da tarde, íamos para as emissoras de tevê, com o objetivo de acompanhar o fechamento das edições dos telejornais, sendo sempre muito bem recebidos: na Globo, pela encantadora e competentíssima Nereide Beirão; no SBT, por Marco Antônio Campos; na Bandeirantes, por Nairo Alméri; na TV Brasília, por Álvaro Pereira. Todos mineiros. Outro benefício retirado da experiência brasiliense foi o de entrevistar alguns importantes parlamentares. Lembro-me da visita ao gabinete de Roberto Campos, representante do Estado de Mato Grosso no Senado, quando fomos recepcionados com grande cortesia. Inesquecível, igualmente, foi a conversa com o antropólogo Darcy Ribeiro, mineiro de Montes Claros, então senador pelo Rio de Janeiro. Sem qualquer formalidade, o autor de “Os Índios e a Civilização” e “Processo Civilizatório” falou de vários assuntos, feliz por conversar com dois jovens estudantes vindos das Minas Gerais. Saí de seu gabinete impressionado com o entusiasmo com que defendia suas ideias. A memória da conversa com o fundador da Universidade de Brasília foi decisiva para que, dois anos depois, me decidisse a ler sua autobiografia.

“Confissões” figura, certamente, entre os melhores livros que já li. É leve, saboroso, envolvente, divertido. O conteúdo é insuperável. Darcy viveu a vida de modo intenso e apaixonado, o que está em todas as páginas do volume lançado em 97. Além disso, foi protagonista e testemunha de grande parte da história brasileira da segunda metade do século vinte. O precioso texto biográfico foi escrito quando o fundador da Universidade de Brasília já sabia que a ‘indesejada das gentes’ estava cada vez mais próxima. Foi na mesma ocasião que Darcy redigiu “O povo brasileiro” e “Os Diários Índios”, outras obras fundamentais para a compreensão de seu importante legado. “Migo” também contém traços biográficos, mas Darcy preferiu chamá-lo de romance. Para parte da crítica, o livro é tido como “autoficção”, formato hoje muito popular na Literatura Bra-

sileira. Seja lá como for, é leitura que vale muito a pena, assim como outra ficção de Darcy, essa bem mais antiga, “Maíra”, editada em 1976. Objeto de bela conferência do escritor Petrônio Braz na Academia Mineira de Letras, no ano passado, por ocasião dos quarenta anos de seu lançamento, o livro também foi tema de estudo da professora Haydée Ribeiro Coelho, da UFMG, que palestrou na ‘Casa de Alphonsus de Guimaraens’ nesta semana, em sessão especialmente marcada para lembrar os vinte anos sem Darcy. Em uma hora de explanação rigorosa e consistente, a titular da Faculdade de Letras abordou a riqueza e a atualidade do pensamento de Darcy, que continua a ser estudado no mundo inteiro. Ah, que falta ele nos faz... * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras ANDRÉ PAIVA/DIVULGAÇÃO

Trabalho no Carnaval Ambulantes interessados em trabalhar no Carnaval de Belo Horizonte devem comparecer, a partir de segunda-feira (27), ao BH Resolve (Rua dos Caetés, 342, Centro). Para o cadastro, que dá direito ao comércio de bebidas e adereços carnavalescos durante o Carnaval de Belo Horizonte 2018, os interessados deverão apresentar carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e declaração de compromisso – encontrada no goo.gl/rqC4RX do chamamento – preenchida e assinada. As inscrições estarão abertas até 15 de dezembro, das 8h às 17h, exceto sábados, domingos e feriados. Para evitar filas, a Prefeitura de Belo Horizonte orienta aos interessados que não deixem o credenciamento para a ‘última hora’. Os ambulantes poderão trabalhar durante os ensaios de blocos de rua, o pré-Carnaval, e os desfiles e cortejos entre os dias 27 de janeiro e 18 de fevereiro de 2018.

CULTURA GUTO AERAPH/DIVULGAÇÃO

Infantil Teatro - O espetáculo infantil “Dona Baratinha”, do Grupo Reverso, é inspirado na fábula “História da Carochinha”, escrita pelo português Adolfo Coelho, em 1890. Um conto que faz parte da tradição oral de vários países, a peça, que já teve diversas versões pelo mundo, ganhou uma adaptação do Grupo Reverso,

com trilha sonora original. Quando: Amanhã, às 17h; e domingo, às 16h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Teatro Marília (Avenida Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Português Brasileiro Palestra - A Academia Mineira de Letras promove a palestra “Português Brasileiro: que língua é essa?”, com a professora doutora Alcione Gonçalves. Serão apresentadas as novas abordagens, sob o

ponto de vista da Linguística Moderna, do que vem a ser língua e quais os impactos dessa nova perspectiva para o ensino/aprendizagem da língua materna. Quando: Hoje, às 19h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Lourdes, Belo Horizonte)

14h Quanto: Atividades Gratuitas Onde: Museu das Minas e do Metal MM Gerdau (Praça da Liberdade, s/n, Funcionários, Belo Horizonte)

Uma tarde no Museu

Exposições - Em tempos bicudos de avanço da intolerância no mundo, na arte, na vida, as novas exposições da dotART galeria elegem o belo, o amor como resposta. “Desnatureza”, de Efrain Almeida, e “Estórias do Jabuti”, de Regina Vater. Dois grandes nomes da arte contemporânea, com obras inéditas, produzidas especialmente para a mostra. Quando: Abertura, dia 28, às 18h. Visitação, de 29 de novembro a 6 de março de

Diversão - Vem aí mais uma edição do projeto “Uma tarde no Museu”, que oferece diversas atividades gratuitas, com classificação livre para crianças, pais e acompanhantes. A programação terá espaço de leitura e desafios motores dos mitos e contos de fadas – labirinto do minotauro, gruta dos anõezinhos, amarelinha do Joãozinho e Maria, escalando o Pé de Feijão, aventuras na cozinha e muito mais. Quando: Amanhã, a partir das

EDUARDO ORTEGA/DIVULGAÇÃO

Artes plásticas

2018 Quanto: Entrada Gratuita Onde: dotART galeria (Rua Bernardo Guimarães, 911, Funcionários, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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