23513

Page 1

diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

1

8

1

0

1

9

3

2

1

6

6

0

DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.513 - R$ 2,50

2

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

EMBRATUR/DIVULGAÇÃO

GIL LEONARDI/IMPRENSA MG

BH comemora 120 anos com o olhar para o futuro

Praça da Estação: símbolo da economia mineira

Apesar de a economia de Belo Horizonte continuar voltada para o setor de serviços, hoje existe uma vantagem: o desenvolvimento de cadeias produtivas de indústrias de alto valor agregado no Estado e especialmente na Grande Belo Horizonte, como a de tecnologia da informação, biotecnologia e nanotecnologia, trouxe um novo setor de serviços para a Capital, mais qualificado, mais moderno e promissor. Págs. 8, 9 e 10

Palácio da Liberdade: palco das decisões políticas

Samarco obtém licença para uso da cava Alegria Sul em Mariana Companhia teve os pedidos de licença prévia e de instalação aprovados pela Semad A concessão dessas licenças permitirá à mineradora começar os trabalhos de adequação e preparação da cava para receber os rejeitos de minério. Mesmo assim, a Samarco ainda depende da aprovação da licença de operação corretiva (LOC) de todas as estruturas do complexo de Germano pelo órgão ambiental para voltar a operar. Os trabalhos que serão realizados para preparação da cava incluem a retirada de aproximadamente 13,5 milhões de toneladas de material para ampliar sua capacidade. A área permitiria, originalmente, a disposição de 17 milhões de metros cúbicos de rejeitos em um prazo de cerca de 22 meses. A Samarco deve voltar a operar com apenas 26% da sua carga máxima, revisando para baixo seu projeto de retomada com 60% da capacidade. Pág. 3

DIVULGAÇÃO

A Samarco deu um passo importante para a retomada das operações em Mariana com a aprovação das licenças da nova cava

Lojista já está preparado para as vendas natalinas ALISSON J. SILVA

Apesar de o primeiro semestre ter sido marcado pela queda das vendas no comércio belo-horizontino, em virtude do cenário econômico ainda turbulento, lojistas dos shopping centers da capital mineira estão otimistas com o Natal. Empresários de diversos segmentos apostam em aumento dos níveis de comercialização desta que é a principal data para o setor e já adotaram uma série de estratégias para atender o incremento da demanda ou até mesmo elevar ainda mais os resultados. Maior divulgação da marca, contratação de temporários e reforço do estoque foram algumas medidas. Pág. 4 Comerciantes dos shoppings esperam aumentar o nível das vendas em dezembro

Associações tentam derrubar liberação dos voos na Pampulha Duas associações de moradores da região da Pampulha, em Belo Horizonte, e a Associação de Desenvolvedores do Vetor Norte (AV Norte) entraram na Justiça, separadamente,

contra portaria do Ministério dos Transportes que autorizou o retorno dos grandes voos ao Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o aeroporto da Pampulha. Pág. 5

Dólar - dia 11

Euro - dia 11

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2994 Venda: R$ 3,2999

3,8734

Estado arrecadou até novembro R$ 51,3 bi Minas Gerais arrecadou R$ 4,661 bilhões em novembro, 2% a menos do que em outubro (R$ 4,758 bilhões). Em relação à arrecadação de igual mês de 2016, quando foram

Venda: R$ 3,8744

Poupança (dia 12): ............ 0,4273%

Turismo

IPCA-IBGE

Compra: R$ 3,2630 Venda: R$ 3,4430

Nova York (onça-troy): US$ 1.246,90

IPCA-Ipead(Novembro):... 0,13%

R$ 130,10

IGP-M(Novembro):................. 0,52%

Ptax (BC)

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 12): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 11

Compra: R$ 3,2839 Venda: R$ 3,2845

recolhidos R$ 3,918 bilhões, foi registrado aumento de 18,9%. Até novembro, a arrecadação soma R$ 51,313 bilhões contra R$ 46,602 bilhões nos mesmos meses de 2016. Pág. 19

(Outubro): .....

+1,14

0,42%

+1,00 -0,74

02/12

05/12

+0,09 -1,07

06/12

07/12

11/12

EDITORIAL Pesquisas de opinião divulgadas na semana passada deram forma àquilo que, intuitivamente, já se sabia. A rejeição ao Congresso Nacional atingiu proporções inéditas, nunca antes registradas, com 60% dos entrevistados dizendo que consideram ruim ou péssimo o desempenho de deputados federais e senadores, enquanto a aprovação não passa dos 5%. Por outro lado, não é esperado que nas eleições de 2018 a renovação alcance proporção equivalente. Aqui também não há porque esperar mudanças porque, além do mais, a estrutura partidária a rigor também não sofreu alterações, indicando que o jogo de interesses se mantém absolutamente de pé. “Sem mudanças, sem horizontes”, pág. 2

OPINIÃO Não há dúvida de que algumas reformas, como a trabalhista, são de fato reformistas, ou seja, mudam o paradigma. A da Previdência é uma reforma pífia que modifica alguns itens na agenda de mudanças necessárias mas não vai trazer benefícios nem para o trabalhador e nem para o caixa da Previdência. Os benefícios de certas classes, como o Legislativo e o Judiciário, permanecem e são intocáveis. Para a reforma ser consistente precisa ser mais ampla e definir também os parâmetros das previdências pública e privada. A previdência privada pode ser grande financiador do desenvolvimento, desde que bem administrada e controlada. (Stefan Salej), pág. 2


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

2

OPINIÃO Das reformas e esperanças STEFAN SALEJ * A reforma da Previdência está ocupando todo o debate político e econômico nos últimos tempos. O governo está colocando a sua tropa de choque, a mudança do ministro de articulação política, nomeando o agressivo Marun para cargo é um claro sinal disso. O refrão é quem não está conosco, está contra. Amém. E a reforma tem que sair, salve Brasil. E o tal do mercado, que adora o ministro da Fazenda, vai dizer que o Brasil está fazendo reformas e marchando, apesar da impopularidade do próprio presidente da República e de todos os processos judiciais em curso. Não há dúvida de que algumas reformas, como a trabalhista, são de fato reformistas, ou seja, mudam o paradigma. A da Previdência é uma reforma pífia que modifica alguns itens na agenda de mudanças necessárias mas não vai trazer benefícios nem para o trabalhador e nem para o caixa da Previdência. Os benefícios de certas classes, como o Legislativo e o Judiciário, permanecem e

são intocáveis. Para a reforma ser consistente precisa ser mais ampla e definir também os parâmetros das previdências pública e privada. A previdência privada pode ser grande financiador do desenvolvimento, desde que bem administrada e controlada. Mas, hoje em dia, os fundos de previdência de estatais são um saco de gatunos e, por outro lado, as empresas de previdência privada, como da saúde, conseguem aumentos anuais acima de qualquer inflação imaginária. Ou seja, nessa área ninguém mexe e não precisa de leis novas, mas de ordem e controle. Mas, nenhuma reforma da Previdência vai dar certo se não mexer no cerne do problema econômico brasileiro, entre outros: o modelo de gestão do Estado, burocrático e com pouca eficiência para o cidadão. Não basta ter algumas categorias de funcionários excelentes se o sistema absolutamente não acompanha as necessidades da população e nem do País como um todo. Essa reforma,

que pode começar nos municípios e estados, não está acontecendo. E muito menos no nível da federação. Outra reforma absolutamente necessária é a fiscal e tributária. Dela ninguém fala, apesar de projetos na Câmara e discussão de alguns deputados. Sem essas reformas, todas as outras ficam sem muito efeito. E quando o presidente da República pede aos empresários apoio à reforma da Previdência, eles não lhe dizem com clareza que a Previdência só vai funcionar se houver reforma tributária. Mas esta também pode começar pelos municípios e estados. Desburocratizando, simplificando, já seria um bom passo. Mas, ninguém está fazendo isso porque a regra é quanto mais complicado, melhor. * Empresário, ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e Cofundador do Minas em movimento

Augusto Cesar e a liberdade de crença CESAR VANUCCI * “Ele apresentava acentuada preocupação por temática brasileira na programação.”(Artur da Távola) É provável que, neste acolhedor espaço do vibrante DC, nestes longos anos de enriquecedor contato, dia sim, dia não, religiosamente, com os leitores, já tenha surgido referência à admiração suscitada, ao tempo de ginasiano no Liceu do Triângulo Mineiro, Uberaba, pela erudição revelada na ação pedagógica do saudoso professor de Ciências José Peres, por sinal, excelente pianista. Eu considerava o máximo, sem intenção de trocadilho, as “máximas” com que ele enfeitava as dissertações. Guardo ainda hoje várias delas na memória velha de guerra. Revejo, saudosista, o momento em que ele - pronúncia enfática, sincronizada com a gesticulação denunciando pendor teatral não demonstrado, ao que saiba, em palco - proclama em sala de aula intrigante sentença: “Louvor em boca própria é vitupério!” Lembro-me de haver indagado: “Na boca de parente próximo, também?” Ele titubeou, mas acabou dizendo que sim. Abuso à parte, que segundo o dicionário é a expressão branda de sinonímia para vitupério, animo-me com disposição a dar sequência aqui à louvação da obra executada, em sua peregrinação na pátria terrena, pelo saudoso mano Augusto Cesar Vanucci. Pelo que ele fez em vida não há como não classificar de justa a carinhosa manifestação de saudade que amigos, ex-colegas de ação profissional lhe prestaram no Teatro Vanucci, Rio de Janeiro, em ciclo de palestras seguidas de encenações teatrais, no findo mês de novembro, focalizando sua vitoriosa trajetória humana e profissional. Ocupo-me agora de um trabalho que ele realizou, como líder carismático e cidadão possuidor de arraigadas convicções ecumênicas, em favor da liberdade de consciência e de crença. Recorro a esplêndido testemunho dado a respeito por ninguém mais, ninguém menos, do que Artur da Távola, influente jornalista e parlamentar já não mais entre nós. Oportuno anotar, antes desse testemunho acerca da atuação de Augusto Cesar em defesa dos valores humanísticos e espirituais sublinhados, o retrato que ele, Artur, fazia de meu irmão como ser humano e como exponencial figura na área da comunicação social e do entretenimento. “Um iluminado!” Assim o descrevia. Completava: “Sente-se na palavra de Augusto Cesar Vanucci comovente fé, vivida e exercida em tempos aparentemente

impróprios, pois materialistas; e numa atividade, a artística, marcada por inusitadas expansões existenciais, busca de prazer e mergulho nas patologias contemporâneas como corajosa forma de viver os impasses, dores e esperanças de tempos agônicos.” (...) “Vanucci viveu realidades paralelas aparentemente estranhas entre si, mas particuladas: intensa ação como homem de televisão (um dos mais importantes, acrescento eu) e a atividade espiritual, marcada por contrição permanente, fé inabalável, tendo que conciliar em seu interior, as exigências do meio externo com recebimento de mensagens espirituais permanente.” Artur da Távola assevera ainda haver acompanhado, de perto e de dentro, em análises diárias na televisão, o percurso de Augusto como diretor de programas, “completamente diferente dos demais”. Augusto “possuía estilo (que a televisão insiste em não permitir); apresentava acentuada preocupação por temática brasileira no conteúdo; buscava um formato para um show brasileiro de televisão e sempre encontrava alguma forma engenhosa de colocar matéria de natureza mística.” Levava ao ar programas sobre a paranormalidade e a espiritualidade sem sensacionalismo, acrescenta. O papel desempenhado por Augusto Cesar nas lutas pela liberdade de crença entra agora no registro de Artur da Távola. Na Constituinte, magno momento da vida brasileira, Augusto ocupa a tribuna da Câmara. “Falou bonito, forte e comovente”, acusa o deputado Távola. Prossegue: “A Constituição não saiu exatamente como queríamos, mas foi aprovado, graças a emenda de minha autoria e por influência dele, Augusto, um texto que lá está, oxalá para sempre, o que garante a liberdade da prática religiosa. Diz o seguinte: “Artigo 5, inciso VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.” Távola relembra ainda que o texto sofreu ameaça de uma restrição que entregava à polícia a possibilidade de impedir, em avaliação inevitavelmente subjetiva, “práticas religiosas que viessem a ser consideradas perigosas.” Explica: “A restrição abriria porta ao arbítrio. Qualquer autoridade poderia (...) impedir a plena liberdade de culto.” E arremata: “Derrubamos a restrição, graças a emenda minha em íntima articulação com Vanucci e outros.” * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

A bilionária reforma da Previdência MURILO AITH * Desinformação e desqualificação. Essas foram afirmações da juíza substituta Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília para determinar a suspensão da propaganda do governo sobre a reforma da Previdência, que apresenta uma medida como importante para combate de supostos privilégios. A decisão foi liminar e inclusive já foi derrubada, mas serviu para demonstrar a real intenção do governo federal: manipular – como se estivesse num jogo de xadrez – as peças para aprovação do texto da reforma. A juíza que determinou a suspensão considerou a peça publicitária da União "ofensiva e desrespeitosa a grande número de cidadãos dedicados ao serviço público". E a magistrada também considerou desinformação no anúncio, pois com a efetivação da reforma, haverá mais recursos para investimentos em outras áreas. Além disso, a propaganda – enganosa – da equipe de Temer sequer explica quais as diferenças dos regimes. E o pior, não ataca os reais privilegiados quando o assunto envolve os cofres da Previdência, como os políticos e militares, que estão excluídos de

qualquer mudança. A ação foi ingressada por diversas entidades. Entre elas está a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), que sempre combateu com números e estudos a falácia do déficit da Previdência. Sabe quanto o governo gastou na publicidade da reforma? 100 milhões de reais até o momento. E sem dúvida continuará abrindo a carteira para financiar outras peças e qualquer outro instrumento necessário para aprovar a reforma. Além disso, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, condicionou liberação de R$ 3 bilhões para os prefeitos em 2018 à aprovação da reforma da Previdência. “Se a reforma não for aprovada este ano, esse dinheiro não existe”, afirmou. Os cofres estão abertos para conquistar os deputados federais e seus partidos para a aprovação da reforma. Agora, porque não utiliza esses gigantescos volumes financeiros para acabar com o déficit atual da Previdência? Ou seria melhor utilizar o volume milionário para solucionar o grave pro-

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo

Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz

redacao@diariodocomercio.com.br

Filiado à

Telefones Geral:

* Advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

Comercial 3469-2000

Administração:

blema de saúde pública no País, onde mais de 900 mil pessoas aguardam por cirurgia no SUS? Ou seria melhor utilizar esse dinheiro para combater o desemprego, a falta de creches, a falta de vagas nas escolas públicas? Não, a equipe de Temer já escolheu o destino dos recursos: o financiamento político de partidos e deputados em prol da aprovação da reforma da Previdência. Uma nova regra que afastará definitivamente o brasileiro do sonho da aposentadoria, principalmente o trabalhador que recebe um salário mínimo e está nas periferias. Muitos vão morrer sem dar entrada no benefício por não atingir a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para as mulheres. A reforma tem seu preço. E mais uma vez quem pagará esse milionário absurdo será o povo brasileiro. Continuaremos sem saúde pública, sem educação pública, sem emprego e ficaremos sem aposentadoria pública.

3469-2002

Redação:

3469-2020

Comercial:

3469-2060

Circulação:

3469-2071

Industrial:

3469-2085 3469-2092

Diretoria:

3469-2097

Fax:

3469-2015

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

presidencia@diariodocomercio.com.br

diretoria@diariodocomercio.com.br

Sem mudanças, sem horizontes Repetindo movimentos que parecem ensaiados de tão repetitivos, políticos se movimentam de olho nas eleições presidenciais de 2018. A rigor e até agora sem nada de novo, inclusive com alguns candidatos assumidamente no jogo preferindo negar tal condição, repetindo que eleição é assunto para o próximo ano. Em torno dos nomes que estão colocados desenhamse preferências que pesquisas de opinião, com maior ou menor acuidade, vão registrando, em movimentos também repetitivos. Diante das proporções das dificuldades que o País enfrenta, do descrédito que acompanha a quase maioria dos políticos e seus partidos, da crise ética que ganha proporções epidêmicas, da sucessão de escândalos que se desdobram na gestão pública, essa aparência de normalidade evidentemente não tem como se sustentar. É tão falsa quanto os sorrisos e as promessas dos candidatos. Muito dificilmente das candidaturas que estão colocadas e daquelas que ainda poderão despontar, surgirão respostas Desafios, cabe consistentes aos desafios que lembrar, que em estão colocados. larga medida Desafios, cabe dizem respeito lembrar, que em larga medida exatamente à dizem respeito procrastinação exatamente à procrastinação de reformas e de reformas e mudanças que mudanças que estão prescritas estão prescritas desde a desde a redemocratização. redemocratização Dentre elas, com evidente primazia, a reforma política que alguém um dia disse que deveria preceder a todas as demais reformas. Eis porque as eleições do próximo ano parecem fadadas a ser pouco mais – ou pouco menos – que apenas a repetição de um ritual, sem espaço para ilusões quanto à possibilidade de grandes transformações. Pesquisas de opinião divulgadas na semana passada deram forma àquilo que, intuitivamente, já se sabia. A rejeição ao Congresso Nacional atingiu proporções inéditas, nunca antes registradas, com 60% dos entrevistados dizendo que consideram ruim ou péssimo o desempenho de deputados federais e senadores, enquanto a aprovação não passa dos 5%. Por outro lado, não é esperado que nas eleições de 2018 a renovação alcance proporção equivalente. Aqui também não há porque esperar mudanças porque, além do mais, a estrutura partidária a rigor também não sofreu alterações, indicando que o jogo de interesses se mantém absolutamente de pé. Disso nos dão conta também os movimentos ensaiados por partidos, políticos e candidatos, em que continua transparecendo exclusivamente ambição e busca de poder. Uns são contra outros a favor, posições de qualquer forma sempre instáveis, e as ambições ditam a conduta. Como sempre e mais uma vez em torno de projetos de poder, sem que ninguém pareça de fato em construir respostas e projetos para as grandes questões que continuam a nos desafiar. Não muda o cenário, não muda o enredo e, talvez, não mudem também os personagens.

Representantes comercial@diariodocomercio.com.br

Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br

Assinatura semestral Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 286,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001

Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010

Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904

Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280

Curitiba - Rua Antônio Costa, 529 CEP 80820-020

Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401 CEP 90150-02

(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222

Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 539,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br

Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50*

* (+ valor de postagem)

(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

3

ECONOMIA MINERAÇÃO

Samarco dá passo para retomar operações Pedidos de licença prévia e de licença de instalação para uso da cava Alegria do Sul são aprovados ALISSON J. SILVA

LEONARDO FRANCIA

A Samarco deu um passo importante ontem para retomar as operações em Mariana, na região Central de Minas. A companhia teve seu pedido de licença prévia (LP), concomitantemente com a licença de instalação (LI), para uso da cava Alegria Sul para deposição de rejeitos, aprovadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A concessão dessas licenças permitirá à mineradora começar os trabalhos de adequação e preparação da cava para receber os rejeitos de minério. Mesmo assim, a Samarco ainda depende da aprovação da licença de operação corretiva (LOC) de todas as estruturas do complexo de Germano pelo órgão ambiental para voltar a operar. Os trabalhos que serão realizados para preparação da cava incluem a retirada de aproximadamente 13,5 milhões de toneladas de material para ampliar sua capacidade. A área permitiria, originalmente, a disposição de 17 milhões de metros cúbicos de rejeitos em um prazo de cerca de 22 meses. Contudo, a incorporação de uma tecnologia de filtra-

Concessão das licenças permitirá à mineradora começar adequação e preparação da cava para receber rejeitos de minério

gem do rejeito arenoso, que equivale a 80% dos dejetos (a lama forma os outros 20%), e a disposição do mesmo em pilhas de estéril, em vez de depositar na cava, aumentará seu prazo de vida útil para algo entre

cinco e seis anos. As licenças aprovadas para o uso da cava foram protocoladas em junho do ano passado. A Samarco deve voltar a operar com apenas 26% da sua carga máxima, revisando para baixo seu

projeto de retomada com 60% da capacidade, devido ao indeferimento de Santa Bárbara ao pedido de anuência para captar água no município. A tecnologia de filtragem do rejeito arenoso também permitirá à com-

panhia aumentar o índice de reutilização de água no processo, suprindo, pelo menos parcialmente, a falta de captação no município. LOC – No entanto, para retomar as operações em

Mariana, a companhia depende, ainda, da concessão da licença de operação (LO) para uso da cava Alegria Sul para disposição de rejeitos e da LOC de todas as estruturas do complexo de Germano, que também está avançando. Ontem foi realizada a última audiência pública sobre o processo do licenciamento corretivo, em Ouro Preto. Anteriormente, foram realizadas uma audiência em Matipó, no dia 6 de dezembro, e outra, em Mariana, em 7 de dezembro. Mesmo com o avanço no processo, a mineradora não dá previsões de data para o retorno das operações. O pedido da LOC foi protocolado pela Samarco na Semad em setembro, mesmo sem a anuência de Santa Bárbara (região Central) para captar água no município e um ano depois que o órgão ambiental determinou o licenciamento. As licenças da empresa, incluindo a da barragem de Fundão, que se rompeu em novembro de 2015, foram suspensas em agosto do ano passado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Um mês depois, no fim de setembro, a Semad determinou a obrigação do licenciamento operacional corretivo de todas as estruturas do complexo.

João Carlos Leite PRODUTOR DE QUEIJO MINAS ARTESANAL E SUA EQUIPE

Queijo Minas artesanal. Orgulho de Minas, agora saboreado em todo o Brasil. Até há pouco tempo, o queijo mais famoso do país não podia ser vendido nem aqui nem em outros estados. Mas essa proibição caiu por terra. Para isso acontecer, a Assembleia mobilizou lideranças mineiras e nacionais, para, juntas, criar a lei que permite a venda de queijos feitos à base de leite cru dentro e fora do estado. Além disso, as regiões produtoras foram oficialmente demarcadas e o controle sanitário do rebanho e das instalações foi aprimorado, agregando maior valor ao produto. Essa é uma grande conquista para os produtores dos queijos artesanais mineiros, boa também para os milhões de consumidores brasileiros.

Você nem sempre fica sabendo, mas a Assembleia está presente na nossa vida.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

4

ECONOMIA PEDRO VILELA/AGÊNCIA I7/DIVULGAÇÃO

NATAL

Lojistas dos shoppings de BH apostam em bons resultados Otimista, setor adota estratégias para atender incremento da demanda MARA BIANCHETTI

Apesar de o primeiro semestre ter sido marcado por baixa nas vendas no comércio belo-horizontino, em virtude do cenário econômico ainda turbulento, lojistas dos shopping centers da capital mineira estão otimistas com o Natal. Empresários de diversos segmentos apostam em aumento dos níveis de comercialização desta que é a principal data para o setor e já adotaram uma série de estratégias para atender o incremento da demanda ou até mesmo elevar ainda mais os resultados. O sócio-proprietário da loja Fórum, do Diamond Mall, Centro-Sul da cidade, Donato Carvalhaes, por exemplo, estima um acréscimo entre 8% e 10% nas vendas do Natal deste exercício na comparação com o ano anterior. Segundo ele, o otimismo se deve aos próprios resultados obtidos no decorrer de 2017, especialmente nos últimos meses. “O primeiro semestre foi um pouco sofrido, aquém do que esperávamos. Mas, a partir da segunda metade do ano, as pessoas voltaram a consumir, o que nos permitiu traçar planejamento mais otimista para o encerramento do exercício”, comentou. Para atender à expectativa de aumento, conforme Carvalhaes, foi preciso investir em algumas medidas, tais como aumento de estoque, lançamentos de novos produtos e contratação de funcionários temporários. O estoque foi

aumentado em uma vez e meia e a marca lançou cápsulas de camisas com frases e mensagens voltadas para presentes. “Além disso, adotamos algumas ações ao longo do ano de forma a ancorar este crescimento, como patrocínios de eventos de moda, parcerias com outras lojas e divulgação na imprensa”, ressaltou. Em relação às demais datas comemorativas de 2017, o empresário citou que o resultado do Dia das Mães empatou com a mesma data do ano passado, assim como o Dia dos Pais. Já a Black Friday, no fim de novembro, proporcionou um incremento de 30% nas comercializações do dia, mas, ao mesmo tempo, prejudicou os níveis de vendas no restante do mês. “É preciso encontrar um equilíbrio para essa ação, pois o que ela agrega em sua realização acaba tirando o desempenho dos dias que a antecedem”, disse. A Ideiaz, loja de artigos para presentes, localizada no Minas Shopping, na região Nordeste de Belo Horizonte, espera uma alta de 5% a 10% no período natalino. A gerente, Juliana Baeta, atribui a expectativa à estratégia de divulgação dos produtos e da loja e da entrega de brindes em determinadas compras. Assim como na Fórum, o desempenho só começou a melhorar da metade do ano para cá e nas primeiras semanas de dezembro se intensificou ainda mais. “Além da panfletagem nas cancelas do

shopping e da contratação de funcionários para o período, incluímos um brinde para os clientes que comprarem acima de R$ 180”, contou. Diante da estratégia, conforme a lojista, é esperado um aumento no tíquete médio das vendas de pelo menos 10% sobre o ano anterior. Assim, o resultado de 2017 deverá se igualar ao de 2016, uma vez que o primeiro semestre não foi tão satisfatório. Juliana Baeta espera que 2018 seja mais favorável. A We Basic, especializada em calçados masculinos, por sua vez, trouxe como estratégia para incremento nas vendas de fim de ano, justamente a inauguração de uma loja no Pátio Savassi, na região Centro-Sul. A marca, que já contava com uma unidade na avenida Prudente de Morais,

inaugurou sua segunda loja no início do mês. Crescimento - De acordo com o sócio-proprietário da marca, Hans Saraiva, embora não seja possível compar com o Natal do exercício passado, em virtude do pouco tempo de existência do negócio, a expectativa é que haja uma alta de 80% nas vendas em relação aos tradicionais meses do ano. “Foi possível traçar esta expectativa em virtude do que já realizamos nos primeiros dias de funcionamento de dezembro e também do que ouvimos dos demais lojistas do mall. As promoções realizadas pela administração do centro de compras, por exemplo, ajudam bastante na atração dos consumidores”, citou. A expectativa quanto

Diogo e Pedro Ottoni, Saraiva e Andreola investem em loja

ao tíquete médio também está positiva. Conforme Saraiva, é esperado aumento de 35% nos valores das vendas neste período. Já a Bebê no Kilo, além de também ter apostado na abertura de uma loja em um shopping center, resgatou um modelo irreverente de comercializar seus produtos. Recém-inaugurada no Itaú Power Shopping, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a marca, que já tem unidade em Itabira, na região Central, vende roupas infantis no peso. Segundo o proprietário, Fábio Nunes, o negócio surgiu exatamente por conta da crise vivida no País. “Trata-se de

um conceito novo sobre um modelo antigo de vendas. Comercializamos peças no quilo, mas não abrimos mão da organização e da qualidade. Além disso, garantimos preços até 50% menores que os da concorrência”, destacou. Assim, frisa ele, as expectativas quanto ao desempenho das vendas no Natal são as mais positivas possíveis. A inauguração, no último dia 7, inclusive, objetivou o atendimento à demanda natalina. “Poucos dias se passaram após a inauguração e já estamos com números bastante satisfatórios. Acreditamos que com a proximidade do Natal os resultados serão ainda melhores”, aposta.

Há quem esteja cauteloso e com o pé atrás Na contramão da maioria dos lojistas ouvidos pela reportagem, o empresário Ewerton Starling não está muito animado com as vendas para o Natal neste exercício. Proprietário das lojas Havanna, no segmento de alimentação; e da Arquibancada, rede que comercializa artigos esportivos, ele tem registrado números negativos em todo o decorrer de 2017 e não espera que seja diferente nos últimos dias do ano. “Ao contrário do noticiado pela mídia, a queda da inflação, dos juros e o início da recuperação dos níveis

de emprego ainda não têm sido suficientes para elevar os resultados dos meus negócios nem de alguns empresários conhecidos por mim”, revelou. Segundo ele, a queda apresentada até agora gira entre 2% e 5% sobre 2016. Para tentar reverter a situação, Starling está adotando algumas medidas, como a aposta em produtos mais baratos para serem comercializados em suas lojas e a realização de promoções e ações sociais. No caso das lojas Arquibancada, por exemplo, os clientes podem se distrair com partidas de “totó” en-

quanto realizam compras, ou doarem um livro ou um brinquedo em bom estado e garantir 5% de desconto em qualquer produto. Black Friday - Sobre o desempenho das vendas nas demais datas comemorativas de 2017, o lojista também criticou a Black Friday. Segundo ele, embora a ação já esteja bastante disseminada no Brasil, não tem tido desempenho tão positivo. Ele se refere ao fato de os consumidores deixarem as compras todas para a semana ou dia da promoção, o que prejudica

as vendas nos demais dias de novembro. “Os níveis das vendas despencaram do dia 1º ao dia 23 de novembro. Já nos dias da promoção, embora tenha havido incremento de 60%, no meu caso, no volume comercializado, os preços estavam bem abaixo do tradicionalmente praticado. Ou seja, encerrei o mês com queda de 2% nas vendas e ainda com uma margem de lucro bem apertada. Precisamos estudar alternativas viáveis para essa ação. Dessa forma, está dando apenas prejuízo”, avaliou. (MB)

CRÉDITO

Quantidade de devedores se mantém estável no País DA REDAÇÃO

O número de devedores no Brasil ficou estável em novembro em relação a outubro, com uma variação de 0,15%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alteração foi maior, de 0,23%. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No total, são 59,9 milhões de pessoas com contas em atraso ou nomes negativados, aqueles incluídos em cadastros de devedores. Esse número representa 39,5% da população com idades entre 18 e 95 anos. A inadimplência é maior entre pessoas de 30 a 39 anos.

Em novembro, 49% das pessoas nesse grupo estavam nessa condição. Na comparação por faixas etárias, em seguida vêm as de 40 a 49 (47%), 25 a 29 (46%), 65 a 84 anos (31%) e 18 a 24 anos (21%). Entre as regiões, a Norte apresenta maior taxa de devedores, com 46% dos cidadãos nessa condição. A segunda região com maior índice de pessoas inadimplentes é a Centro-Oeste (44%), seguida do Nordeste (42%) e Sudeste e Sul (37%). Apesar da estabilidade, o volume de dívidas – ou seja, a soma dos valores dos empréstimos contraídos por pessoas de 18 a 95 anos analisados pelo SPC – em novembro caiu 3,79% em relação a 2016 e de 0,14% em

comparação com outubro. No comércio, a redução foi mais acentuada: 6,44%. Já nos bancos (2,55%) e no setor de água e luz (1,43%) o índice foi abaixo da média. O único segmento em que houve ampliação do volume de dívidas foi o de comunicação (4%). Recuperação lenta - Na avaliação do SPC, no último ano houve um processo de diminuição da tomada de empréstimos a partir da crise, com os consumidores evitando fazer uso desse recurso e as instituições concedentes (como bancos e financeiras) aumentando o custo e as garantias. Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC,

como há diversos casos em que uma pessoa contrai mais de uma dívida, com os sinais pequenos de recuperação da economia parte delas está conseguindo pagar uma ou outra dívida, o que gera a redução do volume, mas não consegue sair da condição de inadimplência. “A gente deve ver uma melhora nesse número, uma vez que tenha recuperação mais sólida na economia, mas a melhora ainda é muito pequena. A absorção de 13 milhões de desempregados pelo mercado demora bastante. Mas mesmo que o emprego tivesse melhorado, a recuperação lenta existe porque a gente vai ter uma primeira rodada de contratações com o salário menor.

Com a geração de postos informais, essa modalidade não tem todos os benefícios e isso faz com que haja uma demora na redução da inadimplência”, explicou a economista do SPC. Juros reais - Segundo Sonia Amaro, advogada do Instituto Proteste – associação de defesa do consumidor que acompanha os índices de inadimplência e faz campanhas sobre o tema -, um dos problemas que encarece o crédito e mantém muitas pessoas com nome negativado é o nível alto de juros reais no cartão de crédito e em outras modalidades, como o cheque especial. “Existe uma taxa de juros praticada altíssima, se compa-

rada com outros países. Isso é resultado da política monetária. Embora a taxa Selic [definida pelo Banco Central e que serve de referência para outras taxas] tenha caído, na prática os juros reais são tão altos que o impacto não é tão significativo”, explicou a advogada. Em novembro de 2016, o instituto divulgou estudo que aponta o Brasil com os maiores índices no cartão de crédito entre uma amostra de países latino-americanos. Em setembro daquele ano, os juros médios ao ano estavam em 436%, contra 43,7% no Peru, 43% na Argentina e 30% na Colômbia. Em outubro deste ano, o índice ficou em 397% no cartão e em 317% no cheque especial.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

5

ECONOMIA AEROPORTO DA PAMPULHA

Entidades vão à Justiça contra grandes voos Associações de moradores da região e a AV Norte contestam portaria do Ministério dos Transportes ALISSON J. SILVA

ANA AMÉLIA HAMDAN

Duas associações de moradores da região da Pampulha, em Belo Horizonte, e a Associação de Desenvolvedores do Vetor Norte (AV Norte) entraram na Justiça, separadamente, contra portaria do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil que autorizou o retorno dos grandes voos ao Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o aeroporto da Pampulha. As ações apontam principalmente três problemas: falta de segurança para ampliação das operações; impacto para os moradores e, por fim, problemas na finalidade apontada como justificativa para execução da medida, que foi a garantia da sanidade econômica da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Com as ações, os moradores e a AV Norte esperam que a retomada dos voos nacionais de grande porte na Pampulha não ocorra. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já autorizou a Gol a operar a linha Pampulha/ Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a partir de janeiro. A empresa aérea já está vendendo passagens. Na semana passada, a Associação Comunitária dos Bairros Jardim Atlântico e Santa Amélia e a Associação Pro-Civitas, dos Bairros São Luiz e São José, entraram com ação civil pública, na Justiça Federal em Belo Ho-

Ações judiciais apontam que grandes voos causariam problemas como falta de segurança e impactos para moradores

rizonte, alegando que voos regulares de grande porte no aeroporto da Pampulha colocam em risco a saúde, a segurança, o meio ambiente e o patrimônio cultural tombado. Os moradores também entraram com representações junto ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal, questionando sobre os impactos ambientais e a ausência de consulta pública às comunidades sobre a questão. Membro da Associação do Bairro Dona Clara e Adjacências, Rogério Carneiro Miranda informou que as

associações querem que os órgãos responsáveis apresentem estudos técnicos que comprovem que o aeroporto da Pampulha tem condições de ampliar suas operações obedecendo às normas. Segundo ele, estudos realizados anteriormente pelas próprias entidades públicas mostraram o contrário, ou seja, que o aeroporto da Pampulha não suporta a ampliação dos voos. A Associação do Bairro Dona Clara e Adjacências é uma das que apoiam as que entraram com a ação. De acordo com a assessoria de imprensa das associações,

“as entidades encabeçam movimento integrado pelas comunidades localizadas nas áreas diretamente afetadas pelas operações do aeroporto da Pampulha, que envolvem população de mais de 150 mil pessoas.” A ação civil pública foi distribuída para a 17ª Vara Federal. Já a AV Norte, entidade que atua pelo desenvolvimento do chamado Vetor Norte, entrou ontem com ação civil pública com pedido de liminar, ou seja, a decisão pode sair ainda nesta semana.

co da AV Norte, Vinicius Martins Cavalcanti explica que a ação questiona principalmente a finalidade, ou seja, o argumento usado pelo Ministério dos Transportes para autorizar a retomada dos grandes voos no aeroporto da Pampulha. A justificativa do Ministério dos Transportes para determinar a retomada dos voos foi a sustentabilidade econômica e financeira da Infraero. Mas, segundo Cavalcanti, essa argumentação não se sustenta. Isso porque a Infraero, que administra Questão - Diretor jurídi- o aeroporto da Pampulha,

detém 49% do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Ele explica que, com a retomada dos voos nacionais no aeroporto da Pampulha, os dois aeródromos podem entrar em concorrência direta. Com isso, Confins corre o risco de perder conectividade, o que acarretaria redução de voos. Dessa forma, a Infraero teria prejuízos. Cavalcanti também explica que a ação civil pública usou estudos realizados pelo poder público apontando que o aeroporto da Pampulha não tem condições de ampliar suas atividades. “Para voltar a operar com grandes voos, o Pampulha iria precisar de investimentos altíssimos”, avalia o advogado. Segundo ele, esse seria outro ponto que derrubaria o argumento de vantagem financeira para a Infraero. O Ministério dos Transportes informou ontem que ainda não tomou conhecimento das ações judiciais. A BH Airport, concessionária do Aeroporto de Confins, também entrou com mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a portaria publicada em 25 de outubro, pelo Ministério dos Transportes, que permitiu a retomada de voos comerciais para todo o País a partir do aeroporto da Pampulha. De acordo com a assessoria de imprensa da concessionária, até ontem não havia resultado.

PoR QuE SeRÁ qUe a gEnTe EstÁ CoMeMoRaNdO TaNtO Os 120 aNoS De bElO HoRiZoNtE? SeRÁ qUe É pOrQuE A CiDaDe aGoRa tEm a gUaRdA MuNiCiPaL MaIs pRÓXiMa dAs pEsSoAs? Ou sErÁ QuE É PoRqUe bElO HoRiZoNtE AgOrA TeM MaIs vAgAs nA EdUcAÇÃo iNfAnTiL? TaLvEz a gEnTe eStEjA CoMeMoRaNdO Os 120 AnOs pOrQuE TeMoS 120 ObRaS De sAnEaMeNtO E UrBaNiZaÇÃO Em aNdAmEnTo. Ou sErÁ QuE É PoRqUe a cIdAdE AgOrA TeM MaIs eVeNtOs CuLtUrAiS E De nEgÓcIoS? pEnSaNdO BeM, AcHo qUe a gEnTe EstÁ CoMeMoRaNdO MeSmO É PoRqUe aGoRa o hOsPiTaL Do bArReIrO eSTÁ FuNcIoNaNdO De vErDaDe. BoM… nÃo iMpOrTa O SeU MoTiVo pRa cOmEmOrAr. O QuE ImPoRtA É QuE NoS SeUs 120 aNoS BeLo hOrIzOnTe eStÁ OlHaNdO PaRa tOdOs e eNxErGaNdO CaDa uM.

GuArDa MuNiCiPaL mAiS pRóxImA dAs pEsSoAs.

hOsPiTaL dO bArReIrO 100% fUnCiOnAnDo.

120 oBrAs dE sAnEaMeNtO e uRbAnIzAção.

mAiS dE 7 mIl nOvAs vAgAs nA eDuCação iNfAnTiL.

gOvErNaNdO pArA qUeM pReCiSa pBh.gOv.bR


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

6

ECONOMIA LEONARDO FINOTTI / DIVULGAĂ‡ĂƒO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

AudiĂŞncia pĂşblica aborda hoje abertura de capital da Codemig Deputados querem entender a meta real da proposta GABRIELA PEDROSO

A proposta do governo estadual de abrir o capital da Companhia de Desenvolvimento EconĂ´mico de Minas Gerais (Codemig) ainda traz muitos questionamentos entre os parlamentares mineiros. Sem saberem ao certo os reais objetivos e planos do Executivo com o polĂŞmico Projeto de Lei 4.827/17, alguns deputados querem esclarecimentos das partes envolvidas antes que a matĂŠria vĂĄ a PlenĂĄrio. Para a manhĂŁ de hoje, estĂĄ prevista uma audiĂŞncia pĂşblica na Assembleia Legislativa de 35(60(' 6RFLHGDGH GH 3UHVWDomR GH 6HUYLoRV 0 p G L F R V 6 $ H P O L T X L G D o m R & 1 3 - 1,5( &RQYRFDomR $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD )LFDP FRQYRFDGRV RV DFLRQLVWDV GD 3UHVPHG 6RFLHGDGH GH 3UHVWDomR GH 6HUYLoRV 0pGLFRV 6 $ HP OLTXLGDomR SDUD D $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD D UHDOL]DU VH QR GLD jV K H[FHSFLRQDOPHQWH QD 5 $LPRUpV 6DOD )XQFLRQiULRV %HOR +RUL]RQWH ² 0* SRGHQGR FRPSDUHFHU SHVVRDOPHQWH RX VHU UHSUHVHQWD GR SRU SURFXUDGRU PXQLGR GH LQVWUXPHQWR GH SURFXUD omR QD IRUPD GR † ž GR DUW GD /HL SDUD GHOLEHUDU VREUH D VHJXLQWH RUGHP GR GLD , ² 3UHVWDomR Ă€QDO GH FRQWDV GR OLTXLGDQWH R SDJDPHQWR GR SDVVLYR H R UDWHLR GH HYHQWXDO DWLYR UHPDQHVFHQWH FRP R HQFHUUDPHQWR GD OLTXLGDomR GD &RPSDQKLD ,, ² 8PD YH] DSURYDGDV DV FRQWDV Ă€QDLV GR /LTXLGDQWH H R HQFHUUDPHQWR GD /LTXLGDomR GD &RPSDQKLD GHOLEHUDU VREUH D VXD H[WLQomR QD IRUPD GR † R GR DUWLJR GD /HL %HOR +RUL]RQWH GH GH]HPEUR GH 'U -RVp 5LFDUGR 3DXOD ;DYLHU 9LOHOOD ² /LTXLGDQWH

Minas Gerais (ALMG) para debater o tema, que pode ser votado nesta semana. Autor do requerimento da audiĂŞncia, o deputado Dalmo Ribeiro (PSDB) explica que o intuito com a reuniĂŁo ĂŠ dar transparĂŞncia ao processo. Segundo o tucano, a proposição apresentada na Casa nĂŁo trouxe de forma expressa detalhes relevantes, como, por exemplo, os termos em que se darĂĄ a abertura do capital, qual serĂĄ a destinação dos recursos provenientes da medida, ou ainda, se existem empresas interessadas e segurança jurĂ­dica. “A Codemig ĂŠ uma empresa extremamente luASSOCIAĂ‡ĂƒO DE CULTURA FRANCO-BRASILEIRA DE BELO HORIZONTE (A.C.F.B.) CNPJ/MF 17.490.616/0001-90 ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA A Presidente da Associação de Cultura Franco - Brasileira de Belo Horizonte (A.C.F.B.), Vania Carvalho dos Santos, no uso de suas atribuiçþes, convoca os Associados da referida Entidade para AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se no dia 19 de Dezembro de 2017, na sede da entidade, Ă Rua TomĂŠ de Souza, 1418, Ă s 19h00, em primeira chamada e Ă s 19h30 em segunda chamada, para tratar da seguinte ordem do dia: 1- Apresentação parcial do resultado de 2017; 2- Apresentação das mudanças na infra-estrutura da AFBH; 3- 3RVVtYHO DEHUWXUD GD ÂżOLDO HP 2018; 4- RelatĂłrios de eventos 2017; 5- Outros Belo Horizonte 07 de Dezembro de 2017 Vania Carvalho dos Santos - Presidente

crativa: rendeu R$ 230,7 milhĂľes em 2016. EntĂŁo, a gente precisa saber efetivamente o que se pensa sobre isso, se jĂĄ hĂĄ algum interessado (em comprar açþes), como o governo chegou a essa ideia de transferĂŞncia. Queremos transparĂŞncia sobre o processo e segurança jurĂ­dica para aprovar o projeto. Queremos saber onde serĂŁo aplicados os recursos. Precisamos ter conhecimento de tudo isso para fazer essa vendaâ€?, afirma Dalmo Ribeiro. O PL 4.827/17 estabelece a exigĂŞncia de, no mĂ­nimo, 51% do capital votante para o Estado, que nĂŁo poderĂĄ transferir o controle acionĂĄrio da Codemig sem &203$1+,$ ,1'8675,$/ $/,$1d$ %21'(63$&+(16( (0 /,48,'$d­2 &13- 1,5( $66(0%/(,$ *(5$/ (;75$25',1$5,$ $ &RPSDQKLD ,QGXVWULDO $OLDQoD %RQGHVSDFKHQVH Âą (P /LTXLGDomR FRQYRFD RV VHQKRUHV DFLRQLVWDV GD (PSUHVD SDUD VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD D VH UHDOL]DU QR GLD jV K PLQ KRUDV QD VHGH GD &RPSDQKLD QD $Y GDV 3DOPHLUDV HP %RP 'HVSDFKR 0LQDV *HUDLV D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH D VHJXLQWH RUGHP GR GLD $GHVmR GD &,$% DR 5(),6 GD FULVH ÂżQV GH RXWXEUR $QGDPHQWR GRV SURFHVVRV MXGLFLDLV FRQWUD D FRPSDQKLD &RQWLQXLGDGH GD YHQGD GRV EHQV SDUD SDJDPHQWR GH GtYLGDV WULEXWiULDV 6LWXDomR GR SURFHVVR GH OLFHQFLDPHQWR ÂżQDO GD 3&+ -RmR GH 'HXV H 2XWURV DVVXQWRV GH LQWHUHVVH GD OLTXLGDomR GD &,$% %RP 'HVSDFKR GH GH]HPEUR GH $VV 5RPPHO %UXQR 3LPHQWD Âą /LTXLGDQWH

O Expominas, na Gameleira, em BH, estĂĄ entre os imĂłveis administrados pela Codemig

autorização legislativa. Sendo assim, a entidade poderia ter negociados atĂŠ 49% de suas açþes, o que de certa forma preocupa o parlamentar. A Companhia, atualmente empresa pĂşblica, passaria, portanto, Ă condição de sociedade de economia mista. O deputado destaca que hoje o patrimĂ´nio lĂ­quido da Codemig gira em torno de R$ 1,363 bilhĂŁo. Dalmo Ribeiro reconhece, porĂŠm, que se a finalidade da abertura do capital tiver entre as prioridades a regularização das dĂ­vidas do Estado, o EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO A 1ÂŞ vice-presidente da Regional Leste ANDES-SN, no uso de suas atribuiçþes estatutĂĄrias (Art.41, inciso VIII), CONVOCA os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais, sindicalizados ao ANDES-SN, para Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a realizar-se no dia 13 de dezembro de 2017, Ă s 12:30 horas, Ăşnica convocação, na Sala 4101 da Faculdade de Educação da UFMG - FAE , com a seguinte pauta: - Escolha do delegado para a participação no 37Âş CONGRESSO DO ANDES-SN. Belo Horizonte, 11/12/2017 Renata Rena Rodrigues, 1ÂŞ Vice-Presidente da Regional Leste do ANDES-SN

SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A. CNPJ/MF NÂş 19.604.353/0001-29 - NIRE 31.3.0010671-3 TERMO DE RENĂšNCIA Neste ato e na melhor forma de direito, o Sr. Leonardo Couto Vianna, brasileiro, divorciado, engenheiro, portador da cĂŠdula de identidade RG nÂş 57.691.434-4 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 156.835.756-72, domiciliado na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 5Âş andar, membro do Conselho de Administração da SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A., localizada na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13, CEP 33500-900, doravante denominada simplesmente “Companhiaâ€?, renuncia expressamente, em carĂĄter irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel, ao seu cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia, outorgando para a Companhia e desta recebendo, a mais ampla, plena, rasa, geral e irrevogĂĄvel quitação, para nada mais reclamar e/ou pretender haver, em juĂ­zo ou fora dele, a qualquer tempo e/ou a qualquer tĂ­tulo, com relação a todo o perĂ­odo em que o ora signatĂĄrio ocupou o cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia. ConďŹ ns, 25 de agosto de 2017. Leonardo Couto Vianna. JUCEMG nÂş 6378711 em 05/12/2017 e Protocolo 17/453.050-1 em 20/09/2017. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.

SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A. CNPJ/MF NÂş 19.604.353/0001-29 - NIRE 31.3.0010671-3 TERMO DE RENĂšNCIA Neste ato e na melhor forma de direito, o Sr. AntĂ´nio Linhares da Cunha, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da cĂŠdula de identidade RG nÂş MG 751.190 SSP/MG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 414.102.036-20, domiciliado na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 5Âş andar, membro do Conselho de Administração da SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A., localizada na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13, CEP 33500-900, doravante denominada simplesmente “Companhiaâ€?, renuncia expressamente, em carĂĄter irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel, ao seu cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia, outorgando para a Companhia e desta recebendo, a mais ampla, plena, rasa, geral e irrevogĂĄvel quitação, para nada mais reclamar e/ou pretender haver, em juĂ­zo ou fora dele, a qualquer tempo e/ou a qualquer tĂ­tulo, com relação a todo o perĂ­odo em que o ora signatĂĄrio ocupou o cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia. ConďŹ ns, 25 de agosto de 2017. AntĂ´nio Linhares da Cunha. JUCEMG nÂş 6378711 em 05/12/2017 e Protocolo 17/453.050-1 em 20/09/2017. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 084/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 084/2017, cujo objeto consiste na contratação de empresa para prestação de serviço de seguro de veĂ­culo, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 09/01/2018 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.

Sinal positivo - Na Ăşltima quinta-feira (7), o PL 4.827/17 passou pela ComissĂŁo de Administração PĂşblica da ALMG, da qual recebeu parecer favorĂĄvel de 1Âş turno. A proposta jĂĄ havia tido sinal positivo da ComissĂŁo de Constituição e Justiça (CCJ) e agora seguirĂĄ para apreciação da ComissĂŁo de Desenvolvimento EconĂ´mico. Para o relator, deputado Agostinho Patrus Filho (PV), a proposição nĂŁo trarĂĄ prejuĂ­zos ao crescimento de Minas Gerais - como temem alguns -, mas, sim, possibilitarĂĄ novas fontes de recursos para investimentos no Estado. Segundo Patrus Filho, o projeto atende o interesse coletivo, “tratando-se de medida conveniente e

oportuna para o enfrentamento da crise econĂ´mica vivenciada por todo o PaĂ­sâ€?. O parlamentar esclareceu ainda que a Codemig nĂŁo serĂĄ privatizada, com o seu comando permanecendo a cargo do Estado. “Isso porque, na sociedade de economia mista, as açþes com direito a voto pertencem em sua maioria ao prĂłprio Estado, que manterĂĄ o controle da gestĂŁo da empresa nas suas mĂŁosâ€?, disse no parecer. Se receber parecer favorĂĄvel na ComissĂŁo de Desenvolvimento EconĂ´mico, o PL 4.827/17 avançarĂĄ para a votação em dois turnos, no PlenĂĄrio. Caso aprovada nesta etapa, cujo quĂłrum ĂŠ de maioria simples, a proposta seguirĂĄ para sanção do governador Fernando Pimentel (PT), responsĂĄvel pela sua autoria.

&20$5&$ '( (;75(0$ (',7$/ '( &,7$d­2 35$=2 '( ',$6 352&(662 1ž $ '5$ 0$5,$ )(51$1'$ 0$1)5,1$72 %5$*$ -8,=$ '( ',5(,72 68%67,787$ '(67$ &20$5&$ '( (;75(0$ 0,1$6 *(5$,6 QD IRUPD GD /HL HWF )$= 6$%(5 D WRGRV R SUHVHQWH HGLWDO GH FLWDomR YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP HVSHFLDOPHQWH R UHTXHULGR $'(/621 0285$ '$ &267$ SRUWDGRU GR &3) DWXDOPHQWH HP ORFDO LQFHUWR H QmR VDELGR SDUD RV WHUPRV GD $d­2 '( %86&$ ( $35((16­2 SURFHVVR Qž HP TXH ILJXUD FRPR UHTXHUHQWH %9 ),1$1&(,5$ 6 $ & ) , HP UD]mR GH FRQWUDWR GH )LQDQFLDPHQWR 2 EHP &256$ 6('$1 0$;; &+(952/(7 &42 %*6$ ( % FRU 35$7$ HQFRQWUD VH QD SRVVH GR DXWRU )LFDQGR R 6U $'(/621 0285$ '$ &267$ GHYLGDPHQWH &,7$'2 GRV WHUPRV GHVWD DomR SDUD TXH HP TXLQ]H GLDV FRQWHVWH D DomR RX HP GLDV SDJXH D LQWHJUDOLGDGH GD GtYLGD VRE SHQD GH QmR R ID]HQGR VHU OKH DSOLFDGD j SHQD GH UHYHOLD SUHVXPLQGR VH DFHLWRV FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DUWLFXODGRV SHOR DXWRU $UW GR &3& FF DUW ( SDUD TXH QR IXWXUR QLQJXpP SRVVD DOHJDU LJQRUkQFLD H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO R TXDO VHUi SXEOLFDGR H DIL[DGR QD IRUPD GD OHL 'DGR H SDVVDGR QHVWD FLGDGH GH ([WUHPD DRV GH 1RYHPEUR GH

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - ConcorrĂŞncia 005/2017 - torna pĂşblico que encontra-se suspenso de seu prosseguimento o edital da ConcorrĂŞncia 005/2017, cujo objeto consiste contratação de empresa/instituição especializada na elaboração e execução do instrumento de planejamento – plano de desenvolvimento socioterritorial-pdst, segundo a portaria 21/2014 do mcidades, bem como critĂŠrios, termos e condiçþes estabelecidas neste instrumento. O pĂşblico-alvo dos trabalhos serĂŁo os moradores do empreendimento conjunto alterosa, construĂ­do com recursos do programa minha casa minha vida, localizado na ĂĄrea urbana do bairro alterosa, municĂ­pio de ribeirĂŁo das neves-mg. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 078/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 078/2017, cujo objeto consiste no registro de preços para aquisição de reagentes e DÂżQV SRU XP SHUtRGR GH GR]H PHVHV $ GDWD SDUD HQWUHJD GRV HQYHORSHV H UHDOL]DomR da sessĂŁo serĂĄ dia 11/01/2018 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.

SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A. CNPJ/MF NÂş 19.604.353/0001-29 - NIRE 3130010671-3 TERMO DE RENĂšNCIA Neste ato e na melhor forma de direito, o Sr. Paulo Roberto Cassoli Mazzali, brasileiro, divorciado, engenheiro, portador da cĂŠdula de identidade RG nÂş 16.633.021-8 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 163.007.868-43, domiciliado na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 4Âş andar, membro do Conselho de Administração da SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A., localizada na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13, CEP 33500-900, doravante denominada simplesmente “Companhiaâ€?, renuncia expressamente, em carĂĄter irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel, ao seu cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia, outorgando para a Companhia e desta recebendo, a mais ampla, plena, rasa, geral e irrevogĂĄvel quitação, para nada mais reclamar e/ou pretender haver, em juĂ­zo ou fora dele, a qualquer tempo e/ ou a qualquer tĂ­tulo, com relação a todo o perĂ­odo em que o ora signatĂĄrio ocupou cargo de membro do Conselho de Administração da Companhia. ConďŹ ns, 14 de Junho de 2017. Paulo Roberto Cassoli Mazzali, JUCEMG nÂş 6342363 em 23/10/2017 e Protocolo 17/414.397-4 em 24/08/2017. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.

Zurich Minas Brasil Seguros S.A. CNPJ/MF nÂş 17.197.385/0001-21 – NIRE 31.300.038.688 Ata da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 16 de junho de 2017 Data, Hora e Local: Aos 16/06/2017, Ă s 13:00 horas, na sede social da Companhia, na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 1.420, 5Âş e 6Âş andares, salas 501 a 505, 507 a 516, 521 e 601 a 621, Belo Horizonte-MG. Convocação e Presença: Dispensada a convocação prĂŠvia, nos termos do parĂĄgrafo 4Âş, do artigo 124, da Lei nÂş 6.404/76, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas da Companhia, conforme verificado pelas assinaturas constantes no Livro de Presença dos Acionistas. Mesa: Walter Eduardo Pereira – Presidente. Ariane Viana Menezes – SecretĂĄria. Ordem do Dia: Deliberar sobre: (a) eleição de membro do ComitĂŞ de Auditoria; e (b) confirmação da composição do ComitĂŞ de Auditoria. Deliberaçþes: ApĂłs a leitura, anĂĄlise e discussĂŁo das matĂŠrias constantes da ordem do dia, as Acionistas da Companhia, sem qualquer reserva ou ressalva, aprovaram por unanimidade: a) A eleição do membro do ComitĂŞ de Auditoria o Sr. Luiz Roberto Cafarella, portador do RG nÂş 16.448.495-4 e do CPF/MF nÂş 060.839.468-83, com o prazo de mandato de 3 anos; O membro do ComitĂŞ de Auditoria ora eleito declara que preenche as condiçþes previstas nos artigos 2Âş e 3Âş do anexo II, da Resolução CNSP nÂş 330, de 09/12/2015, e que nĂŁo estĂĄ impedido, por lei especial, nem estĂĄ condenado ou se encontra sob efeitos de condenação a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos; ou por crimes falimentares, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrĂŞncia, contra as relaçþes de consumo, a fĂŠ pĂşblica ou a propriedade, enquanto perdurem os efeitos da condenação, nos termos do artigo 147 da Lei das Sociedades por Açþes. Tal declaração tambĂŠm se encontra no termo de posse do membro eleito, o qual estĂĄ devidamente arquivado na sede da Companhia. b) Em decorrĂŞncia da eleição acima citada o ComitĂŞ de Auditoria da Companhia passa a ser composto da seguinte forma: Sr. Edson Saraiva; Sr. JoĂŁo Aldemir Dornelles; Sr. JĂşlio de Albuquerque Bierrenbach; e Sr. Luiz Roberto Cafarella. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a sessĂŁo foi suspensa pelo tempo necessĂĄrio para a lavratura desta ata, que lida e aprovada ĂŠ assinada pela mesa. Belo Horizonte, 16/06/2017. Assinaturas: Walter Eduardo Pereira – Presidente; Ariane Viana Menezes – SecretĂĄria. p/ Zurich Insurance Company Ltd. – Edson Luis Franco. p/ Zurich Life Insurance Company Ltd. – Edson Luis Franco. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico o registro sob o nÂş 6317762 em 07/08/2017. Marinely de Paula Bomfim – SecretĂĄria Geral.

OMEGA GERAĂ‡ĂƒO S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF n.Âş 09.149.503/0001-06 - NIRE 31.300.093.10-7 | CĂłdigo CVM 02342-6 Edital de Convocação da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada em 27 de Dezembro de 2017 O Conselho de Administração da Omega Geração S.A., sociedade anĂ´nima, com sede na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida Barbacena, 472, 4Âş andar, sala 401, Bairro Barro Preto, CEP 30190-130, inscrita no CNPJ sob o n.Âş 09.149.503/0001-06, com seus atos constitutivos registrados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE 31.300.093.10-7, registrada na ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios (“CVMâ€?) como companhia aberta categoria “Aâ€? sob o cĂłdigo n.Âş 02342-6, com suas açþes negociadas no Novo Mercado da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, BalcĂŁo (“B3â€?) sob o cĂłdigo OMGE3 (“Companhiaâ€?), vem, nos termos do artigo 124 da Lei n.Âş 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.â€?) e dos artigos 3Âş e 5Âş da Instrução CVM n.Âş 481, de 17 de dezembro de 2009, conforme alterada (“ICVM 481/2009â€?), convocar a assembleia geral extraordinĂĄria da Companhia, a ser realizada, em primeira convocação, no dia 27 de dezembro de 2017, Ă s 14:00 horas, na sede social da Companhia, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia (“Assembleia Geralâ€?): (1) alteração do caput do artigo 5Âş do estatuto social da Companhia para contemplar o atual capital social depois os aumentos do capital social, aprovados pelo Conselho de Administração, dentro do limite do capital autorizado; (2) alteração do valor global da remuneração anual dos membros da administração referente ao exercĂ­cio social a se encerrar em 31 de dezembro de 2017; e (3) consolidação do estatuto social para contemplar a alteração do caput do artigo 5.Âş; e (4) autorização aos administradores a praticarem todos os atos necessĂĄrios Ă efetivação das deliberaçþes acima. O representante da acionista pessoa jurĂ­dica deverĂĄ apresentar cĂłpia simples dos seguintes documentos, devidamente registrados no ĂłrgĂŁo competente (Registro Civil de Pessoas JurĂ­dicas ou Junta Comercial, conforme o caso): (a) do contrato ou estatuto social; e (b) do ato societĂĄrio de eleição do administrador que (b.i) comparecer Ă assembleia geral como representante da pessoa jurĂ­dica, ou (b.ii) outorgar procuração para que terceiro represente a acionista pessoa jurĂ­dica. No tocante aos fundos de investimento, a representação dos cotistas na assembleia geral caberĂĄ Ă instituição administradora ou gestora, observado o disposto no regulamento do fundo a respeito de quem ĂŠ titular de poderes para exercĂ­cio do direito de voto das açþes e ativos na carteira do fundo. Nesse caso, o representante da administradora ou gestora do fundo, alĂŠm dos documentos societĂĄrios acima mencionados relacionados Ă gestora ou Ă administradora, deverĂĄ apresentar cĂłpia simples do regulamento do fundo, devidamente registrado no ĂłrgĂŁo competente. Com relação Ă participação por meio de procurador, a outorga de poderes de representação para participação na assembleia geral deverĂĄ ter sido realizada hĂĄ menos de 1 (um) ano, nos termos do artigo 126, § 1.Âş, da Lei das S.A. Adicionalmente, em cumprimento ao disposto no art. 654, § 1.Âş e § 2.Âş do CĂłdigo Civil, a procuração deverĂĄ conter a indicação do lugar onde foi passada, a qualiďŹ cação completa do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensĂŁo dos poderes conferidos, contendo o reconhecimento da ďŹ rma do outorgante. Vale mencionar que (a) as pessoas naturais acionistas da Companhia somente poderĂŁo ser representados na assembleia geral por procurador que seja acionista, administrador da Companhia, advogado ou instituição ďŹ nanceira, consoante previsto no artigo 126, § 1.Âş da Lei das S.A.; e (b) as pessoas jurĂ­dicas que forem acionistas da Companhia poderĂŁo, nos termos da decisĂŁo da CVM no âmbito do Processo CVM RJ2014/3578, julgado em 04 de novembro de 2014, ser representadas por procurador constituĂ­do em conformidade com seu contrato ou estatuto social e segundo as normas do CĂłdigo Civil, sem a necessidade de tal pessoa ser administrador da Companhia, acionista ou advogado. Os documentos dos acionistas expedidos no exterior devem ser notarizados por TabeliĂŁo PĂşblico, devem ser apostilados ou, caso o paĂ­s de emissĂŁo do documento nĂŁo seja signatĂĄrio da Convenção sobre a Eliminação da ExigĂŞncia de Legalização de Documentos PĂşblicos (Convenção da Apostila) de 5 de outubro de 1961, devem ser legalizados em Consulado Brasileiro e, em ambos os casos, traduzidos por tradutor juramentado matriculado na Junta Comercial, e registrados no Registro de TĂ­tulos e Documentos, nos termos da legislação em vigor. Para ďŹ ns de melhor organização da Assembleia Geral, requer-se, conforme estatuto social da Companhia, o envio dos documentos hĂĄbeis que comprovem a qualidade de acionista da Companhia e os poderes de representação com antecedĂŞncia mĂ­nima de 3 (trĂŞs) dias corridos contados da data da realização da Assembleia Geral, conforme o artigo 17, § 7Âş, do Estatuto Social, aos cuidados de Departamento JurĂ­dico, no seguinte endereço: Av. SĂŁo Gabriel 477, 2Âş Andar, SĂŁo Paulo, SP. A Companhia ressalta, entretanto, que o envio prĂŠvio da documentação visa somente dar agilidade ao processo, nĂŁo sendo condição necessĂĄria para a participação na Assembleia Geral ora convocada. Por conseguinte, os acionistas poderĂŁo participar da assembleia geral ainda que nĂŁo realizem o depĂłsito prĂŠvio acima referido, bastando apresentarem tais documentos na abertura da assembleia geral, conforme o disposto no § 2.Âş do artigo 5.Âş da ICVM 481/2009. Os documentos e informaçþes relativos Ă s matĂŠrias a serem deliberadas na Assembleia Geral encontram-se Ă disposição dos acionistas na sede social da Companhia e nas pĂĄginas eletrĂ´nicas da Companhia (http://www.omegageracao.com.br), da CVM (http://www.cvm.gov.br/) e da B3 (http://www.b3.com.br/) na rede mundial de computadores. Belo Horizonte, 12 de dezembro de 2017. JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto - Presidente do Conselho de Administração

projeto pode vir a ter o apoio dos parlamentares.

SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A. CNPJ/MF NÂş 19.604.353/0001-29 - NIRE 31.3.0010671-3 TERMO DE RENĂšNCIA Neste ato e na melhor forma de direito, o Sr. AntĂ´nio Linhares da Cunha, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da cĂŠdula de identidade RG nÂş MG 751.190 SSP/MG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 414.102.036-20, domiciliado na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 5Âş andar, Diretor sem designação especĂ­ďŹ ca da SOCIEDADE DE PARTICIPAĂ‡ĂƒO NO AEROPORTO DE CONFINS S.A., localizada na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13, CEP 33500-900, doravante denominada simplesmente “Companhiaâ€?, renuncia expressamente, em carĂĄter irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel, ao seu cargo de Diretor sem designação especĂ­ďŹ ca da Companhia, outorgando para a Companhia e desta recebendo, a mais ampla, plena, rasa, geral e irrevogĂĄvel quitação, para nada mais reclamar e/ou pretender haver, em juĂ­zo ou fora dele, a qualquer tempo e/ou a qualquer tĂ­tulo, com relação a todo o perĂ­odo em que o ora signatĂĄrio ocupou o cargo de Diretor sem designação especĂ­ďŹ ca da Companhia. ConďŹ ns, 25 de agosto de 2017. AntĂ´nio Linhares da Cunha. JUCEMG nÂş 6375644 em 01/12/2017 e Protocolo 17/453.648-8 em 20/09/2017. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA/GREVE SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE MINAS GERAIS (SJPMG) e o SINDICATO DOS EMPREGADOS DA ADMINISTRAĂ‡ĂƒO DAS EMPRESAS PROPRIETĂ RIAS DE JORNAIS E REVISTAS E EMPRESAS DISTRIBUIDORAS E VENDEDORAS DE JORNAIS E REVISTAS DE BELO HORIZONTE (SINAD), o primeiro com sede na Av. Ă lvares Cabral, n° 400 – Centro – Belo Horizonte/MG e o segundo com sede Rua da Bahia, nÂş 1148 andar n. 1901/1903, Centro, convocam na forma dos respectivos estatutos, todos os empregados jornalistas e empregados da ĂĄrea administrativa que laboram na empresa EDIMINAS S/A EDITORA GRĂ FICA INDUSTRIAL DE MINAS GERAIS (JORNAL HOJE EM DIA), com sede em Belo Horizonte, na Rua dos Pampas, 484, bairro Prado CEP 30411-030 - Belo Horizonte/MG, para comparecerem Ă assembleia geral extraordinĂĄria (AGE) a ser realizada, em frente a porta da empresa, no dia 14.12.2017, sendo que a AGE serĂĄ instalada, em primeira convocação Ă s 12:30 horase na falta de quĂłrum mĂ­nimo estabelecido pelos Estatutos Sociais, trinta minutos depois, em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de presentes, para discussĂŁo e deliberação sobre a seguinte ordem do dia: 1) DiscussĂŁo e deliberação sobre a possibilidade de paralisação das atividades laborais, nos termos da lei de greve; em função do nĂŁo pagamento do salĂĄrio e do dĂŠcimo terceiro-salĂĄrio e outros descumprimentos da legislação trabalhista. Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2018. Alessandra Cezar Mello (Presidenta do SJPMG), Marco AntĂ´nio Jacob (Presidente do SINAD).


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

7

POLÍTICA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

MARCOS CORRÊA/PR

Ministros são investigados por uso irregular de aviões da FAB Suspeita é de caronas a parentes e lobistas em viagens oficiais Brasília - A comissão de ética da Presidência da República instaurou investigação contra seis ministros para apurar se houve irregularidade na oferta de caronas a parentes e lobistas em voos da Força Aérea Brasileira (FAB). A apuração foi aberta com base em reportagem publicada ontem pela Folha de S.Paulo, segundo a qual os auxiliares presidenciais transportaram em viagens oficiais pessoas sem vínculo com a administração pública. O órgão federal vai investigar o comportamento dos ministros Helder Barbalho (Integração Nacional), Sarney Filho (Meio Ambiente), Gilberto Kassab (Comunicações), Maurício Quintella (Transportes), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Dyogo Oliveira (Planejamento). A norma que regulamenta o uso das aeronaves oficiais não autoriza expressamente o embarque de pessoas sem cargo ou função pública. O presidente da comissão de ética, Mauro Menezes, solicitou às pastas a relação dos ocupantes nos aviões militares e ressaltou

que pessoas estranhas à gestão pública não deveriam acompanhar viagens pelo princípio da impessoalidade.

O órgão federal tam- meses. A remuneração brubém concedeu direito à ta de Daiello era de R$ quarentena remunerada 37.550,19. No período, ele não poao ex-delegado-geral da Polícia Federal Leandro derá desempenhar cargos Daiello. nas iniciativas pública ou Com a decisão, ele re- privada. No mês passado, Interesses públicos - “O uso de aeronaves é deriva- ceberá salário integral do Daiello anunciou sua apodo de interesses públicos e cargo pelos próximos seis sentadoria do cargo. (FP) deve respeitar o limite da necessidade. Não é possível a utilização para finalida- CORRUPÇÃO PASSIVA des privadas”, afirmou. Como punições, o código da alta administração federal prevê tanto uma simples advertência como Brasília - A Justiça Fede- R$ 38 milhões que o grurecomendação de exonera- ral de Brasília decidiu ontem po empresarial iria pagar ção do servidor público ao transformar em réu por a Temer e representantes presidente Michel Temer. corrupção passiva Rodrigo para assegurar apoio do Na prática, a advertência Rocha Loures, ex-assessor governo a iniciativas da J&F. tem como efeito uma espé- especial do presidente Mi- A Câmara dos Deputados, cie de registro de violação chel Temer denunciado pelo entretanto, suspendeu em ética no currículo da auto- Ministério Público Federal agosto a parte contra o preridade, mas não impede o sob a acusação de ter rece- sidente, mas o STF decidiu ministro de ocupar outros bido propina de executivos fatiar o caso e mandar a parte de Rocha Loures para cargos na esfera pública. da J&F. O caso refere-se à pria primeira instância. Os seis ministros terão meira denúncia que o então Na decisão, o juiz federal prazo de dez dias, após procurador-geral da Repú- Jaime Travassos Sarinho, da serem notificados, para blica, Rodrigo Janot, ofere- 10ª Vara do Distrito Federal, apresentar esclarecimentos ceu no fim de junho contra disse que a “possibilidade sobre as viagens oficiais. Temer e Rocha Loures ao jurídica do pedido é indiscuNo mês passado, a co- Supremo Tribunal Federal tível, tendo em vista que os missão de ética abriu in- (STF) em que o ex-assessor fatos narrados na denúncia, vestigação contra nove recebeu uma mala com R$ em tese, constituem crime”. ministros, também base- 500 mil de Ricardo Saud, da “Igualmente, verifico ada em matéria da Folha, J&F, ofertados por Joesley que há substrato probatório mínimo que sustenta a sobre eles terem priorizado Batista. Essa verba, segundo a inicial acusatória, existindo, viagens oficiais a seus redenúncia, seria parte dos portanto, justa causa para a dutos eleitorais.

Ministros de Temer já são alvos de outra investigação

PF transforma Rocha Loures em réu deflagração da ação penal. A inicial acusatória traz narrativa coerente de eventos sequenciais que teriam resultado no recebimento pelo acusado, pessoalmente, de vantagem indevida no valor de R$ 500 mil, ofertada por Joesley Mendonça Batista, proprietário do Grupo J&F, cuja entrega foi realizada por Ricardo Saud, executivo do mesmo grupo empresarial”, citou o magistrado. Recurso - O juiz afirmou ainda que o pedido de suspensão do caso feito por Rocha Loures não paralisa o curso do caso, porque ele advém de uma decisão do STF. Ele disse que o recurso pendente do Supremo - que pediu para um colegiado da corte

avaliar se a denúncia contra o ex-assessor também tem de ficar paralisada por ter conexão com Temer - não tem efeito suspensivo. Em breve, o Supremo deve analisar esse e outros recursos que querem suspender o andamento de investigações na primeira instância contra denunciados juntamente com o presidente. Rocha Loures terá 10 dias para apresentar resposta escrita à acusação, por meio de advogado. Ele poderá, entre outras providências, pedir a apresentação de provas e convocação de testemunhas em sua defesa. Temer negou envolvimento em qualquer ilegalidade e criticou duramente a denúncia de Janot”. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

8

BH 120 ANOS DESENVOLVIMENTO

Uma cidade vocacionada para serviços Desde sua criação, há 120 anos, Belo Horizonte tem a economia ligada ao setor BELOTUR/DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

Belo Horizonte foi criada há 120 anos para ser o centro administrativo do Estado. Uma cidade planejada dentro da avenida do Contorno para não mais de 200 mil habitantes. Porém, entre planejamento e a prática, a então capital de Minas se tornou uma plataforma de serviços públicos, evoluiu como economia de serviços e ainda segue este caminho. Hoje, a cidade responde por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, com aproximadamente 75% do seu próprio PIB com origem no setor de serviços. “Belo Horizonte sempre foi uma economia ligada a serviços. Nasceu para ser uma cidade-capital, com uma população de funcionários, a maior parte deles dos serviços públicos e de serviços correlatos, como saúde e educação. A cidade se transformou em um importante centro de serviços para o Estado, principalmente para a região Central”, pontuou o professor e pesquisador Belo Horizonte cresceu muito além da avenida do Contorno, como planejado inicialmente da Fundação João Pinheiro PBH/DIVULGAÇÃO (FJP) José Osvaldo Lasmar. Desde sua fundação, em 12 de dezembro de 1897, o planejamento de direcionar o desenvolvimento econômico e urbano do centro para as periferias foi derrubado. A migração de pessoas de outras cidades e regiões para o centro administrativo, de serviços e cultural de Minas abriu espaço para, já na década de 50, 60% da sua população já não ter nascido na Capital. “As pessoas acabaram ocupando os espaços para além da avenida do Contorno. Mais da metade da população de Belo Horizonte habitava a área de fora da Contorno nas décadas de 30 e 40. Além da construção da cidade, isso também ocorreu em função da migração de pessoas de outras regiões de Minas”, reforçou o professor Praça Sete: região central da capital mineira já abrigou importantes instituições financeiras de Economia da Pontifícia PBH/DIVULGAÇÃO Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Flávio Constantino. A vocação para prestar serviços ganhava força com o passar dos anos. O processo de urbanização, que também ocorria em nível nacional, acelerava a cultura de serviços na Capital. Enquanto isso, os municípios vizinhos de Betim e Contagem passavam por um forte processo de industrialização. Industrialização na RMBH Na década de 60, a partir da construção da Cidade Industrial, na vizinha Contagem, surgiram os primeiros impulsos para dinamizar a economia da Capital. Em 1964, o governo de Minas, sob comando do então governador Magalhães Pinto (José de Magalhães Pinto), adota uma política de estado mais robusta, inserindo no cenário econômico atores como o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) e o Conselho de Distritos Industriais (CDI). “Era um tripé voltado para a industrialização. Ainda que a indústria não estava concentrada em Belo Horizonte, mas no seu entorno, sua economia consegue se dinamizar e acelerar os

Museu Abílio Barreto: casarão foi construído em 1983, quando a região ainda era o Curral Del Rei

processos de urbanização e influências porque até então a Capital era conhecida como uma metrópole periférica, com área de influência restrita”, conta o professor Flávio Constantino, da PUC/MG. A Capital, junto com a modernização do Estado, expande sua área de influência e passa a requalificar sua eficiência como prestadora de serviços nos aspectos econômico, político, social e cultural. “Belo Horizonte passou a prestar serviços para quem está no entorno, como Contagem e Betim, que se transformaram em polos industriais. Porém, as

sedes das empresas estavam na Capital. A centralização do poder político em Belo Horizonte faz com que as grandes decisões sejam tomadas aqui”, argumenta Constantino. Vocação - Para o professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ulisses Pereira dos Santos, “a economia de Belo Horizonte não passou por grandes mudanças”. “A cidade foi criada para ser um polo administrativo do Estado, uma prestadora de serviços. Belo Horizonte

não foi preparada para ser um centro industrial, mas sim para prestar serviços aos segmentos ligados ao poder público e à população. Isso ganha corpo ao longo dos anos e agrega algumas atividades mais sofisticadas, mas não muda”, avaliou. Tanto que, hoje, conforme informações reunidas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e da FJP, o PIB da Capital gira em torno de R$ 87 bilhões, sendo que o setor de comércio e serviços responde por cerca de 75% desse valor. Belo Horizonte tem uma participação de 17% no PIB de Minas.

Indústria na Grande BH atrai novas empresas Apesar de a economia de Belo Horizonte continuar voltada para o setor de serviços, hoje existe uma vantagem: o desenvolvimento de cadeias produtivas de indústrias de alto valor agregado no Estado e especialmente na Grande Belo Horizonte, como a de tecnologia da informação, biotecnologia e nanotecnologia, trouxe um novo setor de serviços para a Capital, mais qualificado, mais moderno e promissor. “A Belo Horizonte do passado prestava serviços para setores que exigiam mão de obra pouco qualificada, pouco aporte de capital e que produzia produtos de baixo valor agregado. Hoje é bem diferente porque nossos serviços estão concentrados em áreas promissoras, como a da tecnologia da informação”, afirmou o professor de Economia PUC-MG, Flávio Constantino. Belo Horizonte é sede, por exemplo, da comunidade San Pedro Valley reconhecida como a melhor do País - e programas de fomento a empresas inovadoras como o Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed). Além disso, conforme a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), das 591 startups que fazem de Minas o segundo estado em número de startups (atrás só de São Paulo), 418 ou 70,7% estão na Capital. O professor do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG Ulisses Pereira dos Santos acredita em uma nova fase do setor de serviços da Capital. “Belo Horizonte tem hoje uma vocação tecnológica, com apoio de importantes instituições, como a UFMG, o Cetec (Centro de Inovação e Tecnologia) e a Funed (Fundação Ezequiel Dias), dentre outras, além de empresas de base tecnológica e o BHTec (Parque Tecnológico de Belo Horizonte). Isso traz o futuro de um setor de serviços cada vez mais especializado em atender essa nova demanda e não mais atender apenas a uma indústria de base”, avaliou. Se a ideia é que o setor de serviços belo-horizontino passe a atender também empresas de base tecnológica, não faltam oportunidades na própria Capital, ou em seus arredores. Entre outras empresas, pode-se citar a Unitec Semicondutores, em Ribeirão das Neves, a Biomm indústria farmacêutica que está erguendo uma fábrica especializada na produção de insulina, em Nova Lima, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer em Minas Gerais (Cete-MG) e o escritório da Google, em Belo Horizonte. “É uma área promissora porque demanda mão de obra qualificada, atrai maior volume de capital e o produto já nasce internacionalizado. Se conseguirmos avançar nesse setor, o que também depende de políticas públicas, existe a possibilidade não só de Belo Horizonte, mas de Minas Gerais também se diversificar e largar a dependência da indústria tradicional de base”, afirmou o professor da PUC/MG. (LF)

Capital já foi importante centro financeiro Um capítulo importante da história da economia belo-horizontina foi a ascensão do sistema financeiro e seu declínio. Até a década de 60, a Capital viu uma série de bancos emergirem e seu sistema financeiro ganhar porte. Porém, o desenvolvimento econômico, industrial e a quantidade de capital que circulava em São Paulo (SP) levou estes bancos para a capital paulista, deixando para Belo Horizonte apenas o legado arquitetônico de suas imponentes sedes, localizadas na região Central da cidade. Neste cenário, a Belo Horizonte dos anos 60 aos anos 90 reunia um sistema financeiro robusto, composto por bancos como o Banco Nacional de Minas Gerais, o Banco Mercantil de Minas Gerais, o Banco de Minas Gerais (BMG), O Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), o Banco Minas Caixa, o Banco Agrícola e o Banco da Lavoura, entre outros. “Ao longo do tempo, Belo Horizonte não conseguiu destaque econômico, o que ficou com São Paulo, e nem cultural, ligado ao Rio de Janeiro. O sistema financeiro vai para São Paulo de forma natural. A forma de financiamento, seja o mercado de capitais, a bolsa de valores ou o sistema bancário ficam próximos de regiões mais dinâmicas”, analisou o professor de Economia da PUC-MG, Flávio Constantino. Para o professor da PUC/ MG, São Paulo representava maior atratividade para o sistema financeiro por ter uma economia mais dinâmica, mais próxima do mercado internacional do ponto de vista da indústria como fornecedora e demandadora e também no aspecto de atração de capital, além de um amplo mercado consumidor. “(São Paulo) Era um mercado muito forte para o sistema financeiro não se aproximar. Além de todas as vantagens, o desenvolvimento da bolsa de valores nacional também foi na direção de São Paulo, com outras capitais fazendo papel marginal no processo. Uma cidade em expansão tem que conciliar a concentração de capital e a centralização humana e, nesses quesitos, tanto Rio de Janeiro quanto São Paulo passaram por este processo de uma forma mais avançada que Belo Horizonte”, justificou Constantino. O professor do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG, Ulisses Pereira dos Santos, explicou que a partir dos anos 90 os bancos brasileiros passaram a ganhar tamanho e deixaram de atuar apenas regionalmente. “Enquanto os bancos foram regionais, Belo Horizonte conseguiu reunir um forte sistema financeiro, mas era natural que essas instituições mudassem para cidades com maior centralidade, como São Paulo, que consegue polarizar praticamente todo o País”, detalhou. Na avaliação do professor e pesquisador da FJP José Osvaldo Lasmar, o fato de Belo Horizonte sair atrás na corrida da industrialização foi a causa da migração do sistema financeiro para São Paulo. “Os bancos foram para a cidade que acompanhou a industrialização. O dinheiro sempre estará onde estiver o capital produtivo. E como Minas não embarcou na onda da industrialização ficou para trás”, disse. (LF)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

9

BH 120 ANOS DIVULGAÇÃO

Economia criativa é estratégica para BH

Capital mineira conta com dois importantes parques tecnológicos, o BHTec da UFMG e o CIT do Senai/Fiemg

CIDADE INOVADORA

Belo Horizonte no caminho para ser a capital da inovação Vocação pode induzir o desenvolvimento em todo o Estado DANIELA MACIEL

Belo Horizonte completa 120 anos no dia 12 de dezembro. A Capital é ainda uma cidade jovem e parece, finalmente, encontrar sua vocação como cidade inovadora e capaz de induzir o desenvolvimento não apenas do seu entorno, como do próprio Estado. Os 331 quilômetros quadrados, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrigam 2,4 milhões de habitantes, cuja principal ocupação econômica está no setor de comércio e serviços. Na última década, a chamada economia criativa tem dado o tom do desenvolvimento da antiga Curral Del Rei. Tecnologia, cultura, turismo e saúde têm se destacado na composição da economia belo-horizontina. Para o chefe do Escritório de Prioridades Estratégicas

da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Marcos Mandacaru, as cidades são, no século 21, o lugar do desenvolvimento. São elas que oferecem as condições para a atração de investimentos e geração de conhecimento e inovação. “Neste século os investimentos serão decididos pela competitividade das cidades. Elas se tornaram o locus da inovação por oferecerem diversidade de talentos, facilidade logística, conectividades internacionais e qualidade nos serviços. Já percebemos disputa entre as cidades por talentos e investimentos que tragam inovação e competitividade para esses territórios. Belo Horizonte precisa fazer parte dessa competição”, explica Mandacaru. Para o especialista, a criação e atração de centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é fundamental para uma cidade que tem no co-

nhecimento o seu principal ativo. Belo Horizonte conta com dois parques tecnológicos de grande importância: o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no bairro Engenho Nogueira, na região Noroeste; e o Centro de Inovação e Tecnologia Senai/Fiemg (CIT), no bairro Horto, na região Leste. “Por isso a gente vê tanta gente celebrando a instalação do centro de P&D do Google aqui (no bairro Santa Efigênia, também na região Leste). Isso é importante porque coloca BH no mapa mundial de talentos na fronteira da tecnologia, numa empresa referência em inovação. Muitas vezes, esses centros de pesquisa nem se conectam tanto ao ecossistema local. Mas o fato de gerar oportunidades para talentos – nacionais e/ou internacionais - mostra que

a cidade atrai investimentos em inovação. Não é só a marca Google, mas é o que ele faz aqui. É muito mais importante, por exemplo, do que o que ele faz em São Paulo, que é um escritório comercial. Por isso que a atração de centros de desenvolvimento deve ser uma agenda prioritária para Belo Horizonte”, analisa o chefe do Escritório de Prioridades Estratégicas da Fiemg.

A economia criativa é outra aposta do chefe do Escritório de Prioridades Estratégicas da Fiemg, Marcos Mandacaru. O termo, criado para nomear modelos de negócio ou gestão que originam atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual, já diz respeito, de acordo com levantamentos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro. Embora o percentual pareça pequeno, a economia criativa se mostra cada vez mais como modelo de desenvolvimento e alternativa viável para a geração de emprego e renda na cidade e no Estado. Atividades como gastronomia, design e moda são alguns dos exemplos mais significativos dentro da economia de Belo Horizonte. Esse novo modo de produzir tem encontrado em muitas cidades do mundo um lugar especial: o centro da cidade. Durante décadas condenados à deterioração patrimonial e econômica, os centros de cidades como São Francisco (EUA), Berlim (Alemanha), Barcelona (Espanha) e Medelín (Colômbia), entre outras, renasceram ao receberem projetos específicos para o fomento da economia criativa. Em Belo Horizonte, a Agência de Desenvolvimento P7 criativo pretende repetir o sucesso das experiências internacionais. Instalado provisoriamente no bairro Funcionários, na região Centro-Sul, a P7 Criativo é um projeto do governo do Estado em parceria com uma série de instituições que oferece serviços e espaços para acelerar, formar, capacitar empreendedores e atrair importantes empresas da economia criativa para o Estado. A sede oficial da agência será no Edifício Bemge, na Praça Sete, mas até o local passar por reforma, o P7 funciona na avenida Afonso Pena. O espaço provisório teve um investimento de R$ 1 milhão e oferece 150 estações de trabalho, salas de reunião, auditório e laboratórios, que são alugados aos empreendedores. A previsão é de que a sede oficial do P7 seja inaugurada no segundo semestre do ano que vem. A obra terá investimento de aproximadamente R$ 53 milhões. Mandacaru destaca também a possibilidade de uma retomada da cidade como um dos centros financeiros do País. A instituição de uma política para atração de fundos de investimento e sedes de bancos, criando um distrito financeiro, seria uma maneira de retomar um status que a cidade já teve em décadas passadas e angariar recursos e fontes de financiamento para sustentar a nova economia baseada no conhecimento. (DM)

Infraestrutura para atrair investimentos A transformação de uma cidade em um verdadeiro polo de atração de investimentos passa, prioritariamente, pela criação de infraestrutura e pela internacionalização do destino. Nos últimos anos Belo Horizontem tem passado por uma revolução nesse sentido, ainda que em ritmo menos acelerado do que seria necessário, impactada, especialmente, pela crise econômica agravada em 2014. A volta de antigos equipamentos culturais como os cines Brasil e Palladium, que se transformaram em Cine Theatro Brasil Vallourec e Sesc Palladium, respectivamente, ambos no hipercentro, e a constituição do Circuito Praça da Liberdade, que transformou os prédios das secretarias de estado e outros prédios públicos do entorno em um circuito de museus, após a transferência das repartições para a Cidade Administrativa, na região de Venda Nova, são alguns dos exemplos. O reconhecimento do Conjunto Arquitetônico da Pampulha como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2016, é outro fato marcante na busca por visibilidade internacional para Belo Horizonte. Mas essa é uma mudança

que precisa ser constante e compartilhada pelas iniciativas pública e privada. O programa Internacionaliza BH, capitaneado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), é uma das principais iniciativas nesse sentido. De acordo com a vice-presidente do Conselho de Relações Internacionais da ACMinas e coordenadora do projeto Internacionaliza BH, Mônica Neves Cordeiro, ele objetiva sensibilizar os mineiros e a comunidade empresarial mineira para o processo de internacionalização da cidade. “O nosso principal ativo é a característica do mineiro de saber acolher bem e ser capaz de aprender com as demais comunidades. O nosso DNA é cosmopolita. Como cidade planejada, temos um caldo cultural positivo, em que ideias e pessoas diversas são acolhidas. Estamos à beira de um círculo virtuoso, mas precisamos encarar nossos principais problemas de infraestrutura, como mobilidade, sinalização e também a fluência em outros idiomas”, pontua Mônica Cordeiro. O projeto conta com alguns produtos, como, por exemplo, o Selo “Eu Participo”: é fixado em estabelecimentos tais como, restaurantes, hotéis, galerias, escolas de idiomas, centros culturais, entre outros, em eventos promovidos

pelo Internacionaliza BH em parceria com estes espaços. “Estamos fechando um ano muito intenso no Internacionaliza BH. No fim de novembro vamos lançar a nova edição do Minas Gerais Business Guide, dessa vez em sete idiomas. Ele é uma grande ferramenta de divulgação. Em 2018 vamos consolidar a rede ‘Eu Participo’ e passar a divulgar e disponibilizar os nossos conteúdos para a sociedade. O caminho que traçamos é capacitar os empresários para que toda a sociedade de Belo Horizonte e Minas Gerais seja atingida”, afirma a coordenadora do Internacionaliza BH. O projeto institucional de internacionalização de Belo Horizonte tomou fôlego a partir da criação, em 2011, da Rede Aliança Euro-latinoamericana de Cooperação Entre Cidades (Projeto Al-Las), que reúne Cidade do México, Lima (Peru), Quito (Equador), Morón (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Medelín (Colômbia), Cidades Unidas da França e Fundo Andaluz de Municípios para a Solidariedade Internacional (Espanha). O objetivo geral da Al-Las é fortalecer as relações internacionais dos governos locais da América Latina, suas redes e associações para melhorar a qualidade das suas políticas públicas e o desenvolvimento territorial. (DM)

Não dá pra imaginar a história da Araujo sem Belo Horizonte. E não dá pra imaginar Belo Horizonte sem a presença da Araujo. Mas não é sempre assim com os amigos de infância?


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

10

BH 120 ANOS politica@diariodocomercio.com.br

JUCA FERREIRA DANIELA MACIEL

Sociólogo com dedicação à política, à cultura e às questões ambientais, Juca Ferreira foi vereador e secretário do Meio Ambiente de Salvador (BA), secretário-executivo do Ministério da Cultura e ministro da Cultura. Entre 2011 e 2012 foi embaixador especial na Secretaria Geral Ibero-Americana e em

2013 e 2014 foi secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Convidado, no início do ano, para assumir a recém-criada Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, pelo prefeito Alexandre Kali (PHS), encontrou uma cidade com uma grande diversidade cultural, bons equipamentos públicos e uma classe artística engajada. Entre os obstáculos, a clássica falta de recursos, a centralização das atividades e um clima

de patrulhamento que assombra todo o País. Defensor de um conceito de cultura que abrange os campos simbólicos, como direito do cidadão e econômico, recebeu o DIÁRIO DO COMÉRCIO para uma conversa franca sobre economia, o papel da arte na construção da cidadania e o esforço necessário para a criação de políticas públicas assertivas para a cultura.

A cultura é uma dimensão estratégica de um projeto de desenvolvimento de cidade O senhor tem uma vasta experiência no campo da cultura, sendo, inclusive, ministro. Chegou em uma cidade que não tinha Secretaria Municipal de Cultura (SMC) há 12 anos. Quais as primeiras grandes dificuldades enfrentadas? Quando Belo Horizonte deixou de ter uma Secretaria de Cultura me manifestei, como ministro, contrário, inclusive, com um artigo. Naquela época estávamos passando, talvez, pelo melhor período da gestão cultural no País. O fim da secretaria sinaliza a perda de status e passa a existir uma subalternidade desnecessária para que a cultura cresça. Com uma secretaria é possível disputar melhor a atenção do governo na hora de definir orçamento e prioridades, por exemplo. A cultura é uma dimensão estratégica de todo um projeto de desenvolvimento, seja do País ou da cidade. A cultura é importante para o desenvolvimento da condição humana de cada um, individualmente; para criar um sistema de coesão social, de sentimento de pertencimento; para enfrentar os desafios colocados pelo século 21, o desenvolvimento e manejo das novas tecnologias, enfrentamento às novas situações; solução dos velhos problemas, como a desigualdade. Tudo isso passa pela dimensão cultural. Existem, então, dois aspectos incontornáveis no Brasil: garantir o acesso a uma educação de qualidade a todos e a possibilidade um desenvolvimento cultural também acessível a todos. É preciso compreender a complexidade e a possibilidade de construir um projeto de desenvolvimento do País que seja sinérgico, onde seja claro o papel da sociedade, do poder público e da iniciativa privada.

pareceu pecado associar a produção cultural ao lucro. Como se fosse feio ganhar dinheiro. Hoje a SMC tem a Diretoria de Fomento e Economia da Cultura que coordena a Gerência de Fomento à Cultura. Elas estão ligadas à Subsecretaria de Coordenação Institucional da Cultura. Qual o papel da Secretaria no fomento à economia criativa e consequente geração de emprego e renda? É importante desenvolver políticas, estratégias de desenvolvimento das economias ligadas à cultura no Brasil. Sem nenhum apoio público ou fomento a economia da cultura no País chega em torno de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro - o que é uma façanha -, maior do que muitas economias tradicionais. Só ultrapassaremos Durante muito tempo esses números se houver

Belo Horizonte, 120 anos. Parabéns por construir uma história de desenvolvimento e inovação.

ALISSON J. SILVA

uma compreensão da importância dela e que a gente passe a desenvolver conscientemente estratégias capazes de fomentar e desenvolver essa economia. É preciso compreender a cadeia produtiva de cada área e ver qual é o papel do poder público no sentido de alavancar e criar sistemas regulatórios que a favoreça. Devemos, porém, ter o cuidado que a dimensão econômica não se sobreponha ao valor da arte em si, porque isso “mata a galinha dos ovos de ouro”. Eu não falaria em economia da cultura, mas falaria no plural porque são economias específicas, que, às vezes, têm relação entre si, às vezes tem relação com outras economias fora da economia cultural, criando cadeias, clusters econômicos diversos.

administração voltada para a periferia, para os mais pobres. Como isso tem se traduzido em ações? Eu encontrei uma estrutura de centros culturais bastante razoável em termos de distribuição no território da cidade, mas eles são precários. O orçamento nas gestões anteriores era de R$ 5 mil para cada centro. É impossível imaginar que é possível ter atividades com esse valor anual e ainda fazer a manutenção dos equipamentos e instalações. Então, temos muito o que fazer quanto a isso. E ainda pensar em estender o acesso à formação, criar possibilidades de descentralizar a atividade cultural. A cidade já é grande o suficiente para ter uma disposição no território mais generosa do que a que nós temos. Os investimentos culturais Tanto o senhor quanto também não podem ficar o prefeito falam em uma nas mãos de quem opera em um determinado circuito social e territorial restrito. É preciso reconhecer toda a produção da cidade como parte da grandeza cultural de Belo Horizonte.

É uma honra participar da história da cidade e colaborar com a preservação de um dos seus importantes patrimônios: o Prédio Rosa, que acolhe o MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal.

www.gerdau.com/br

Belo Horizonte está completando 120 anos com uma programação comemorativa intensa. Certamente a SMC participou da construção dessa agenda. Com qual conceito a Secretaria trabalhou nesse evento? Belo Horizonte é uma cidade marcada pelos conceitos modernistas, que veio junto com um impulso muito grande de desenvolvimento do Brasil no século 20 e a cidade teve um grande papel nisso. Ao completar 120 anos, que parece pouco, já tem um passado, constituiu estruturas culturais. Muitas precisam ser superadas, como a desigualdade, por exemplo. É preciso um olhar generoso de todos para a periferia. Mas eu sou oti-

mista porque essa é uma cidade que constituiu uma cultura afável, que tem um desenvolvimento cultural poderoso. Pensamos uma celebração que pudesse envolver toda a cidade. A Secretaria de Cultura entrou criando uma programação complementar que vai se realiza principalmente dos centros culturais, procurando envolver áreas culturais da cidade que, às vezes, tem pouca visibilidade. Trabalhamos no sentido de abraçar todos os belo-horizontinos. O grande marco da Cultura municipal nos últimos anos talvez tenha sido o reconhecimento do Conjunto Arquitetônico da Pampulha como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 2016. O que representa esse reconhecimento e como isso tem se traduzido em benefício para a população de Belo Horizonte? Quais planos a SMC tem para o conjunto arquitetônico? O fato de receber esse reconhecimento cria uma valorização para algo que podia passar desapercebido, cria uma referência importante para a cidade. O Brasil só tem dois patrimônios modernos, Brasília e Pampulha - isso é algo de muito valioso, são pouquíssimos –, mas depois disso a Pampulha se tornou um “saco de pedras”. Não pode ser visto assim. Vamos fazer três workshops e um seminário com todos que tenham interesse no tema para que possamos pensar o que pode ou não, qual economia que pode ser desenvolvida na região da Pampulha que seja boa para os moradores, os visitantes, a cidade, sem transformar o patrimônio em algo que pareça “uma

árvore de Natal cheia de penduricalhos”. É preciso transformar a região em um ativo da cidade. Tem que ser algo planejado, não pode ser espontâneo, para fazermos da Pampulha aquilo que ela realmente pode ser. Nada disso se faz sozinho. É certo que a Secretaria precisa trabalhar em conjunto com outros órgãos municipais como a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), com instâncias estaduais como a Secretaria de Estado da Cultura (SEC-MG) e também a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG), e no âmbito federal com o Ministério da Cultura, entre outros. Como tem sido esse relacionamento com Estado e União? Dinheiro ninguém tem, mas sempre existe um pouquinho e estou com a disposição de raspar o tacho de todos os parceiros. Fui muito bem recebido nessa cidade, as pessoas me cumprimentam na rua e agradecem por ter aceito, pelo fato de já ter sido ministro. Agora, eu tenho a mesma expectativa da cidade. Tenho a expectativa que o governo me apoie e o governo do Estado compreenda que uma parceria é possível. Isso me dá um impulso muito grande para que eu faça o meu trabalho. Eu também tenho uma expectativa enorme no empresariado, que tem uma tradição de apoio à cultura. Todos têm responsabilidades. O que eu posso é propor estratégias, ações, “afinar a viola” com esse conjunto ampliado de responsáveis pelo desenvolvimento cultural da cidade para que a gente possa, somando esforços, construir aqui, de fato, um impulso grande de ações. Acho que chegou a hora de Minas Gerais. O Estado tem uma das cenas mais qualificadas do País. Aqui tem uma sinergia grande entre o povo e suas elites e a gente pode alavancar um projeto generoso de desenvolvimento cultural da capital mineira. Podemos, inclusive, ser uma vitrine da cultura de todo o Estado. Podemos ajudar para que a arte e a cultura mineira se projete nacional e internacionalmente. Isso, porém, não é tarefa pra uma pessoa só. Como eu já disse, é uma tarefa que tem responsáveis na área privada, no governo do Estado, nas empresas públicas, no próprio governo que participo, na Câmara dos Vereadores… Temos que criar essa sinergia para além das querelas partidárias e das disputas que fazem parte da democracia. A democracia não veio para emperrar o desenvolvimento. Ao contrário, ela é o melhor mecanismo para criar coesão, de uma forma que todos participem dessa construção.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

11

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

E-COMMERCE

Minas representa 10,8% do comércio eletrônico nacional

CIEE/MG empossa diretoria FERNANDO BEIRAL/SECOM

Faturamento do setor no País deve superar os R$ 50 bi em 2017 MÍRIAN PINHEIRO

Dados divulgados pela Ebit, referência em informações sobre o varejo eletrônico brasileiro, mostram que em 2016 o comércio virtual faturou mais de R$ 44 bilhões, o que representa um crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. A pesquisa também mostrou que Minas Gerais foi responsável por movimentar R$ 4,8 bilhões, o que representa 10,8% do total nacional. A perspectiva é de que o mercado feche 2017 com uma movimentação de mais de R$ 50 bilhões, um aumento de 12% em relação a 2016. Sócio do magazine virtual ObaBox e diretor da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm-MG), Leonardo David é um dos precursores do e-commerce em Minas. O negócio aberto em 2004, em Belo Horizonte, comercializa artigos eletrônicos, de beleza e saúde, informática, utilidades domésticas e brinquedos, a maioria importados, e vem registrando média de crescimento anual de 30%. “Atendemos em 13 anos mais de um milhão de clientes”, comemora David. Ele destaca que a loja está entre as três maiores varejistas ‘ponto.com’ do País. A ObaBox, que tem sede no bairro Buritis e centro de distribuição (CD) de 700 metros quadrados no Salgado Filho, ambos na região Oeste, fechará o ano com receita de R$ 20 milhões. “A projeção de crescimento para 2018 é de 50%”, revela o empresário, que estima faturar R$ 35 milhões em venda no ano que vem. Ele também antecipa que, em 2019, o magazine virtual ganhará rede de loja fixa, em modelo de showroom. Mas os pedidos serão feitos por aplicativo ou internet. Na opinião de David, falta percepção do empresariado varejista mineiro para as vantagens do e-commerce, o que explica a pouca adesão do setor. Ele diz que em vez de investir numa loja virtual, o varejista prefere manter a visão cartesiana, ainda que as vendas on-line sejam maiores. “Se ele tem R$ 300 mil ou R$ 10 mil, abrirá uma segunda ou terceira loja física no lugar de apostar numa virtual. Desconhece que com o mesmo montante poderia desenvolver um plano de mídia e desenvolver toda infraestrutura necessária para operar on-line e obter payback”, critica. Para o empresário, falta um trabalho de educação e treinamento para novos modelos de negócios. Hora certa - Para mostrar que é possível, o diretor da ABComm-MG ressalta o momento oportuno para varejistas apostaram no ecommerce e explica alguns aspectos que devem ser levados em conta na hora de abrir um e-commerce. A começar pelo estoque que, segundo ele, precisa ser separado da loja física, para evitar contratempos, como o

Setor é promissor, aponta Fecomércio O segmento de comércio eletrônico registrou crescimento nominal de 7,4% em 2016, de acordo com levantamento da Ebit, enquanto as vendas físicas recuaram 8,7%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados corroboram com uma pesquisa realizada em maio deste ano pela área de estudos econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), que revela um grande potencial de expansão para o varejo virtual. Os estudos da federação indicam que pouco mais de 20% das empresas do comércio varejista de Belo Horizonte trabalham com vendas on-line, seja por plataforma exclusiva ou pela rede de lojas. Os principais motivos para a baixa adesão são a falta de planejamento/conhecimento (37,8%), de mão de obra especializada (27%) e de tempo (21,6%). Para o economista e pesquisador da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, a questão da baixa adesão ao e-commerce pelo comércio varejista de Belo Horizonte está relacionada a questões culturais associadas ao próprio desconhecimento. “O perfil do empresariado local é conservador. E a maioria é formada por micro e pequenos empreendedores que não têm conhecimento ou condições de investir no comércio virtual”, analisa. Para ele, está na hora de os varejistas repensarem sua política de atuação. “O comerciante pode optar por não trabalhar com vendas on-line, mas usar o ambiente virtual para marketing é muito importante”, alerta. Ele diz que, antes, o consumidor procurava o comércio eletrônico somente pelo custo. Hoje procura também pela curiosidade e comodidade. “O comportamento do consumidor em um cenário global é de usar o ambiente virtual para pesquisar preços, opiniões de de ter o produto disponível no site no ato da compra e não tê-lo na hora da entrega ao cliente. Uma boa estrutura de atendimento telefônico também é importante, assim como espaço para armazenagem dos produtos e cuidado com as embalagens. Segundo David, os produtos devem ser bem-acondicionados para chegar sem nenhuma avaria nas mãos do consumidor. “Nesse caso, deve-se evitar a logística

JÉSSICA ANDRADE

Para Almeida, baixa adesão se deve a questões culturais

produtos, e comprar sem deslocamento, isso não vai mudar”, afirma. Na opinião do pesquisador, o fato de o nível de concorrência ser alto nesse setor – e, não só da vizinhança, mas de outras empresas em outros estados e até países, o e-commerce entra como diferencial na disputa pela atenção do consumidor. Riscos - No entanto, Almeida reconhece os perigos da gestão dupla de um negócio (varejo físico e virtual). “A entrada no e-commerce deve ser muito bem avaliada. O varejista precisa saber se será vantajoso ou não, porque o fluxo de clientes aumenta e é preciso ter estrutura para suportar”, recomenda. Nesse sentido, ele também chama a atenção para um bom planejamento, que requer ações direcionadas, conhecimento, estratégia e investimentos. “Substituir o modelo tradicional pelo virtual pode custar caro. Aluguel de plataforma, suporte técnico, segurança de site, logística de entrega. Tudo isso é cobrado”, destaca. Além de poder ampliar a presença no ambiente digital, as lojas ainda podem explorar melhor essa ferramenta. Os levantamentos indicam, por exemplo, que 51,9% das pessoas que têm acesso à internet realizam compras nessa plataforma. É o maior percentual registrado pela pesquisa da entidade, iniciada em novembro de 2015. reversa porque pode inviabilizar a margem de lucro do pedido”, observa. A entrega é outro ponto destacado pelo empresário. “Hoje, os Correios são a principal operadora logística do e-commerce. Mas já estão surgindo outras opções com sistema de preço por faixa de CEP e peso e que ainda indicam qual é a melhor transportadora. Também há empresas aéreas com preços cada vez mais acessíveis e que, de acordo com volume

No entanto, o percentual é ainda baixo, no entendimento do economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida. Para ele, os números mostram a importância desse nicho, que, se bem trabalhado, proporciona ganhos para o empresariado. “Há muito espaço para crescer e são poucos os aspectos que ainda desmotivam os clientes a comprarem pela internet, como as questões culturais e de informação”, argumenta. No fim do ano passado, o indicador de consumo via e-commerce estava em 43,8%, de acordo com a Fecomércio-MG. Os principais atrativos do ambiente on-line, para os clientes, são os descontos oferecidos (51,6%), a praticidade de escolher e receber o produto em casa (38,8%), além da possibilidade de pesquisar preços (16,5%). O estudo destaca que o primeiro critério para a escolha do site é ser uma empresa conhecida no mercado (43,1%), quesito à frente do melhor preço, opção de 41,5% dos belohorizontinos. A indicação de conhecidos aparece em terceiro lugar, com 22,9%. As redes sociais influenciam em mais de 60% dos casos. Além disso, 72,7% dos consumidores da capital mineira habituados às compras on-line já deixaram de adquirir algum tipo de produto do comércio tradicional para comprá-lo pela internet. (MP) de remessa, estabelecem os preços da entrega”, explica. Entre as estratégias e canais disponibilizados no comércio on-line, para pequenos e médios sellers (vendedores), David cita as vendas por meio de marketplaces, que captam o pedido, recebem o pagamento e repassam o valor ao varejista, além das vendas por meio de influenciadores digitais (blogueiros, youturbers, perfis de Instagram e Facebook) e shoppings virtuais.

www.facebook.com/DiariodoComercio

www.twitter.com/diario_comercio

gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

Telefone: (31) 3469-2025

Em Assembleia Geral em Sessão Ordinária, os membros fundadores e titulares do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais deram posse à Diretoria Institucional e ao Conselho Fiscal para o biênio 2018/19. A solenidade foi realizada no último dia 6 no Ouro Minas Palace Hotel. Na abertura dos trabalhos, o diretor-presidente, Antônio Carlos Dias Athayde, enalteceu o esforço do grupo de educadores e empresários que no final da década de 70, com o apoio do então governador Ozanan Coelho, instituiu o CIEE/MG. “Referencio o grupo pioneiro dos fundadores, integrado por Antônio Eustáquio Óliver, Therezinha Dardengo, Sebastião Alvino Colomarte, bem como os saudosos Hélio José Muzzi de Queiroz e Waldemar Dornas Pereira”. Coube ao diretor-secretário Waldir Esmero Campos apresentar os resultados obtidos durante os 38 anos de atividades da instituição em Minas Gerais. Ele enfatizou que nesse período foram cadastrados 851 mil estudantes; recebidas 430 mil vagas de estágios geradas por empresas da iniciativa privada e por órgãos da administração pública. Outro fato importante é que durante esse tempo foram colocados em estágio 425 mil estudantes do ensino médio, da educação técnica e superior. Na foto, da esq. p/ dir., Cássio André Madureira Martins (conselheiro fiscal titular), Sebastião Alvino Colomarte (superintendente-executivo), Raimundo Alves de Jesus (conselheiro fiscal titular), Solange Gomes de Araújo Braz (conselheira fiscal suplente), Waldir Esmero Campos (diretor financeiro), Patrícia Augusta de Alvarenga (diretora financeira), Antônio Carlos Dias Athayde (diretor-presidente), José Pedro Barbosa (diretor vice-presidente), Paulo Roberto Banho Bordoni (diretor-secretário), Jonísio Lustosa Nogueira (conselheiro fiscal suplente) e Salvador Ohana (conselheiro fiscal suplente).

Colaborador recebe homenagem FERNANDO BEIRAL/SECOM

Dentro das comemorações dos 38 anos do CIEE/ MG, após as assembleias ordinária e extraordinária do CIEE/MG no Ouro Minas Palace Hotel, os membros fundadores e titulares, os conselheiros e os funcionários do CIEE/MG homenagearam o supervisor Ademir José da Silva pelos seus ininterruptos 30 anos de dedicação à instituição. Ademir iniciou sua trajetória em 1987 como estagiário do Setor de Contabilidade e Tesouraria, no controle, recebimento e liberação de bolsa-auxílio. “Os integrantes do quadro de recursos humanos são o bem mais precioso de uma organização. Assim sendo, o colaborador Ademir representa muito bem o quadro de RH do CIEE/MG, pois além de ser um profissional competente, é ético, responsável e muito comprometido”, observou o superintendente-executivo Professor Sebastião Alvino Colomarte. Na foto, Ademir Silva (esq.) com sua esposa Gislene e o Professor Colomarte. Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.


12

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

DC RH PESQUISA

Brasileiros dão notas baixas aos líderes Metade dos empregados acredita que altos chefes têm sincero interesse pelo bem-estar deles DA REDAÇÃO

Empregados brasileiros dão notas baixas à alta liderança em aspectos-chave da gestão de pessoas como a habilidade de desenvolver futuros líderes e a demonstração de sincero interesse no bem-estar dos empregados, é o que revela pesquisa realizada pela Willis Towers Watson, uma empresa global de consultoria, corretagem e soluções. Os empregados atribuíram notas um pouco mais altas a seus gestores imediatos, embora a pesquisa mostre um espaço significativo para melhorias. A pesquisa Global Workforce Study – 2016 constatou que somente 54% dos empregados brasileiros confiam no trabalho da alta liderança de suas organizações. Metade dos respondentes acredita que os líderes têm sincero interesse no bem-estar dos empregados, enquanto apenas 48% consideram bom o trabalho feito pela liderança de sua organização no que se refere ao desenvolvimento de futuros líderes. “Tendo em vista o dinâmico cenário de negócios que vivemos e a natureza mutável do novo ambiente de trabalho, a demanda por líderes corporativos fortes e eficazes está mais alta do que nunca”, afirma Glaucy Bocci, diretora de Gestão de Talentos da Willis Towers Watson para a América Latina. “É preocupante o fato de que um significativo percentual de profissionais não acredita que seus líderes são tão eficazes quanto poderiam ser, uma vez que uma liderança forte consiste em um fator essencial de engajamento dos colaboradores”, complementa Bocci. Os empregados veem seus gestores imediatos de modo mais favorável: mais de oito em dez (83%) afirmam que seus gerentes os tratam com respeito, e 72% dizem que os gestores lhes atribuem tarefas condizentes com seus conhecimentos

e habilidades. Entretanto, a pesquisa mostra que os gestores diretos ainda têm muito o que melhorar. Pouco mais da metade (56%) dos empregados avalia os gestores de forma positiva em relação à clareza na comunicação de metas e atribuições e somente 47% acham justas decisões tomadas em termos

de remuneração vinculada ao desempenho. A avaliação cai ainda mais quando o tema é o tempo para lidar com os aspectos do trabalho relacionados às pessoas. Apenas 44% dos participantes do estudo enxergam positivamente o papel dos gestores diretos neste quesito. Uma das prin-

cipais tarefas dos gestores de pessoas é a gestão do desempenho. No entanto, mais de 70% dos gerentes dedicam a esta tarefa menos de seis horas por ano por empregado. Se os gerentes dedicassem mais tempo a esta atividade, provavelmente conseguiriam desenvolver mais suas equi-

pes. A pesquisa revela baixos resultados nessa área, com apenas 49% empregados afirmando que os gestores atuam como “coaches” e ajudam a melhorar seu desempenho. “Considerando o papel cada vez mais importante dos gerentes e supervisores na definição do trabalho a ser

realizado, na motivação dos empregados e na garantia de um pipeline adequado de talentos, muitas organizações têm demonstrado interesse em saber como o comportamento dos gestores afeta o engajamento dos empregados e como eles podem contribuir para ter equipes mais engajadas”, revela Bocci.

As empresas no Brasil têm tomado ações para aprimorar seus programas de desenvolvimento de liderança, de acordo com o Global Talent Management and Rewards Study – 2016, pesquisa da Willis Towers Watson que avalia a opinião dos empregadores. Segundo o estudo, as empresas no Brasil têm tomado ações para aprimorar seus programas de desenvolvimento de liderança, mas ainda há o que melhorar. Conforme o levantamento, 62% afirmam que a organização desenvolve líderes que

serão capazes de acompanhar as mudanças constantes em termos de necessidades do negócio; 74% relatam que utilizam, de modo eficaz, um modelo de competência para liderança; 61% das organizações possuem, hoje, tecnologias para desenvolvimento de liderança e 30% pretendem adotar nos próximos um ou dois anos . “Na medida em que as distrações do mundo digital, as alterações demográficas e o ritmo acelerado das inovações transformam o modo como o trabalho é realizado, as

organizações vêm revendo, rapidamente, não somente o que esperam de seus líderes, mas também que passos serão necessários para melhorar suas habilidades relacionadas à liderança”, diz Glaucy Bocci, diretora de Gestão de Talentos da Willis Towers Watson para a América Latina. Empregados com líderes seniores e gestores eficazes têm maior probabilidade de serem altamente engajados, e o engajamento está diretamente relacionado ao resultado do negócio, ou seja:

quanto maior o engajamento setores econômicos e regiões dos seus empregados, melhor geográficas. será o desempenho da sua O Estudo Global da Força empresa” conclui Bocci. de Trabalho (Global Workforce Study) envolveu mais de Levantameno - A pesqui- 31.000 empregados selecionasa global da Willis Towers dos a partir de amostras que Watson sobre Gestão de representam as populações Talentos e Recompensas da de empregados trabalhan(Global Talent Management do em horário integral em & Rewards Survey) foi rea- grandes e médias organizalizada entre abril e junho de ções atuando em diversos 2016, e contou com respos- setores econômicos em 29 tas de 2.004 empresas em mercados em todo o mundo. todo o mundo, incluindo Foi realizada on-line durante 140 organizações no Brasil. os meses de abril e maio de Os participantes represen- 2016. A amostra do Brasil tam uma ampla amostra de inclui 1.024 empregados.

Empresas buscam melhoria no desenvolvimento

Gestor pode ser contagiante ou contagioso DA REDAÇÃO

Durante toda uma vida você trabalha duro e busca fazer o seu melhor para chegar à excelência, certo? O engraçado é que quanto mais qualidade tem a execução do seu trabalho, mais invisível você fica aos olhos dos seus líderes. Já parou para pensar nisso? E com os seus liderados, não funciona diferente. O efeito acontece em cadeia. Como assim? Alessandra Assad, professora de Gestão de Pessoas da FGV/Faculdade IBS, explica. “Parece que ser excelente há muito se tornou obrigação, e as pessoas só percebem que ali estamos, quando saímos, por algum motivo, da linha da excelência”. A pesquisadora, que é mestre em neuroliderança, reflete que quando falamos de excelência, existe um paradoxo que poderia ser longamente discutido. “Investimos nosso

principal orçamento de treinamento em ‘funcionários meia-boca’. Para que eles se tornem um pouco melhores. Mas, e os muito bons? Quando é que vamos investir para que eles se tornem excelentes? E não estou falando só de recursos financeiros, estou falando de tempo também”. Assad defende que o maior inimigo do excelente é e sempre será o muito bom. Para ela, este é um dos principais motivos de frustração dos nossos melhores talentos. “Isso pode ser muito mais tóxico do que você imagina. Eles vão embora porque não os enxergamos. E sabe por que fazemos isso? Porque eles estão desempenhando muito bem as suas tarefas. E geralmente reclamam que só existem para você quando acontece algum problema”, assegura.

ra da FGV, é o momento de reinventarmos a motivação, porque não saber motivar a equipe é um dos principais causadores de toxinas hoje no ambiente de trabalho. “Pessoas desmotivadas deixam de produzir bem, sentem-se desvalorizadas e acabam indo buscar atenção em outro lugar”, sentencia. Com Fernanda, uma das mais talentosas gerentes de projetos de uma multinacional de Campinas, não foi muito diferente. Ela é uma das personagens do livro Liderança Tóxica, que Alessandra Assad acaba de lançar nacionalmente pela editora Alta Books, onde ela discute pontos relevantes da sua tese de doutorado, para a qual mergulhou em estudos sobre a neuroliderança. Cansada de ouvir a sua líder dizer que tudo o que entregava para ela “andava sozinho”, Fernanda se sentia compleMotivação - Para a professo- tamente abandonada e sem

DIVULGAÇÃO

feedback, apesar de saber que o fato de receber os melhores projetos da empresa já era um feedback positivo. “Ela se sentia sufocada com tanto trabalho, sem tempo para nada, sozinha, sem ter com quem dividir as coisas reclamava que a chefe nunca tinha tempo para ela, porque estava sempre ensinando os outros a fazerem as coisas que ela já sabia. Então, acabava trabalhando por cinco e não achava justo. Quem não sabia fazer, tinha um terço do seu trabalho e ela acabava pagan- Alessandra Assad, da FGV do a conta de todo mundo.” Segundo a autora, a angús- eu confiar cegamente em você. tia de Fernanda não é rara Vejo esta conversa como falta de acontecer. “O fato é que de gratidão da sua parte”. Ou fazemos gestão de expecta- seja, de um lado, a expectativa tivas o tempo todo”, explica era de reconhecimento, e do Alessandra. Ela esperava, ao outro, de gratidão. conversar com a sua líder Em pouco tempo, Fernanda e expor seus sentimentos, foi embora, e até hoje aquela um pouco de compreensão. líder não se conforma como Porém, a reação foi contrária. ela pôde ter deixado escapar “Você deveria ficar feliz por tamanha oportunidade.

cegueiradasorganizacoes@diariodocomercio.com.br

A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

A razão do insight LEONARDO MAGALHÃES*

Recentemente, relendo um interessante livro do psicólogo Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002 por seu pioneirismo nos estudos sobre os processos de tomada de decisão, percebi por insight alguns pontos importantes que quero trazer para vocês neste nosso ensaio sobre a cegueira das organizações. Os estudos sobre o ser humano e sua maneira de racionalizar a realidade nos trazem o reconhecimento de que cada pessoa tem consigo filtros que o qualificam a perceber partes afins desta realidade e, com isso, transformar essa análise pessoal em uma hipótese a ser testada. Acontece que, para anular vieses pessoais, equipes são organizadas para pensar os assuntos em conjunto, determinar uma paisagem mais próxima ao real, elaborar assim cenários e caminhos menos incertos. Claro, tudo bem racional, lógico, para que consigamos montar o forecast dos próximos cinco anos de projetos nas reuniões de planejamento estratégico de virada de ano. Tudo bem até que

Kahnemannos chama atenção sobre duas formas que usamos para pensar. A primeira forma rápida e intuitiva, a segunda mais devagar, lógica e deliberada. De certa maneira, sua percepção de dois processos de pensamento para tomada de decisões somente amplia a possibilidade de filtrarmos dados e inserirmos outras impressões instintivamente, além daquelas que fazíamos por nossa personalidade ou caráter. Porém seus estudos mostraram também que as circunstâncias vividas também influenciam bastante sobre nosso instinto e sobre nossa capacidade de, sendo vagarosamente racionais, escapar de certas armadilhas ao consumir energia

racionalizando para nos beneficiar. Por outro lado, claro que não poderia ser tão fácil, gastamos muita energia e tempo, perdendo oportunidades ou deixando que nossos concorrentes nos ultrapassem, por não acreditarmos em nossos insights. O mundo sempre ponderou entre o pensamento racional lógico e o conhecimento abstrato e instintivo, mas em boa parte de nossas organizações tendemos a desenvolver o cartesianismo lógico, que nos deixa mais seguros de onde estamos e de que sabemos como ir para aquele futuro utópico. Em nosso caminho, já cruzamos diversas situações inusitadas, diversos modelos de negócio,

também quando cometemos os mesmos vieses de pensamento e somos corrigidos pelos pares já tão acostumados a nos ver caminhando nesses limites entre o sentimento e a razão. Deixo aqui então estes insights que tive ao reler esse psicólogo influenciador na economia. Disponibilidade de informação deixe disponíveis e de forma transparente as informações do negócio que julguem importante ou relevantes para alterá-lo. Estude-as. Autoconhecimento - conheça suas capacidades e suas limitações pessoais, exponha os insights importantes, e gaste energia raciocinando quando for necessário. Reconheça sua hora. Maturidade - analise a conjuntura e reconheça como procederão receber uma intervenção de um colega, um sinal de um concorrente, da mídia ou de uma nova pesquisa de mercado. Aja. Pensamento - de forma rápida ou devagar reconheça a realidade do mundo, sua e de seus colegas. Espere o insight e trabalhe sua razão.

produtos e mercados que precisaram ser revigorados. Este é nosso caminho para a inovação constante e, apesar de sempre precisarmos embrulhar nossos conselhos consultivos em racionalizações e lógicas cartesianas, os insights vem cada vez mais fortemente bater em nossa porta apontando a direção a ser estudada, avaliada, projetada e implantada. É interessante perceber isso em nossos colegas e em nossos clientes, e o quanto as horas de cadeira nos deixaram aptos para reconhecer instintivamente se a solução virá por um novo produto, uma nova abordagem ao mercado, um novo mercado, etc. É interessante perceber * Sócio-gerente da DMEP


13

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

TURISMO

Estudo aponta consolidação de circuitos em Minas Setor segue em crescimento DANIELA MACIEL

A Pesquisa de Demanda Turística que agrega resultados para todo o período de 2017 e traça o perfil dos visitantes que vêm a Minas Gerais, divulgada pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur-MG), demonstra que o turismo segue crescendo como alternativa de geração de emprego e renda no Estado. Os números não trazem nenhuma grande surpresa. Na verdade, mostram a consolidação de alguns circuitos que vinham apresentando bons resultados nos últimos estudos, a exemplo do Circuito da Serra da Canastra, e a necessidade de diversificação da oferta de modo geral. O Circuito Serra da Canastra, no Alto Paranaíba, segue na liderança com 19,3% (Araxá, Perdizes e São Roque de Minas são alguns municípios que compõem o circuito). O Circuito dos Diamantes, no Vale do Jequitinhonha, dessa vez, ficou com 16,5%

das intenções, tendo os municípios de Diamantina e Serro como destaques. Em seguida, o Circuito Belo Horizonte com 15,8% (Belo Horizonte). De acordo com o diretor de Pesquisa, Informação e Estatística da Setur, Rafael Oliveira, é natural que destinos muito conhecidos, como as cidades históricas do Circuito do Ouro, apresentem números menores, já que as pessoas estão respondendo lugares que ainda pretendem visitar. “Isso demonstra que os turistas querem novas experiências. Nesse sentido, o Circuito Serra da Canastra tem demonstrado uma boa capacidade de divulgação de atrativos diversos, como bem-estar e o próprio queijo”, explica Oliveira. Alcançando bons índices, o nível de satisfação que abrange os serviços ou dimensões turísticas, tais como segurança pública, qualidade de hospedagem, opções de lazer e entretenimento, hospitalidade, gastronomia/

Circuito Serra da Canastra segue na liderança com 19,3% das intenções de visitação conforme a pesquisa da Setur

restaurantes dentre outros, teve uma média de 8,2 num total de 10, representando um aumento de 4,3%, quando comparado com 2014. Com as maiores avaliações, destacaram os serviços de hospitalidade (8,9), gastronomia/restaurantes (8,8) e qualidade da hospedagem (8,8) com as maiores avaliações. Os pontos de melhoria foram observados nos preços em geral (7,4), transporte público (7,4) e na sinalização e informação turística (7,4). A gastronomia, estrela das políticas públicas para o turismo desenvolvidas pelo governo do Estado, teve o seu potencial estam-

pado pela pesquisa. Para 29,2% dos entrevistados, a primeira imagem que elas lembram quando se fala “Minas Gerais” está relacionada à gastronomia. O famoso pão de queijo ganhou destaque com 41,5%, seguido do não menos saboroso queijo com 23,5%. Entretanto, Minas Gerais já tem marcas garantidas por meio de suas montanhas/serras (12,4%) e continua sendo um destino importante de forma cultural (11,1%). “A escolha da gastronomia como carro-chefe da divulgação vem dos resultados dessa pesquisa em edições anteriores. Daí a importância desse tipo de

estudo, capaz de detectar tendências e aumentar a assertividade das políticas traçadas, usando melhor os recursos públicos”, defende o diretor de Pesquisa, Informação e Estatística da Setur. Além dos próprios mineiros que visitam Minas Gerais, totalizando 60,2% das visitas, os dados mostram que os estados de São Paulo (17,6%) e Rio de Janeiro (9,3%) estão no topo da lista de quem escolhe as terras daqui como destino. Motivação - Lazer/passeio continua sendo a principal motivação das viagens, somando 39,9%. As visitas a amigos e parentes se en-

contram na sequência com 28,1% e logo atrás é possível relacionar os motivados pelos negócios com 15,5%. “Temos um perfil de turismo regional. As proporções de origem dos nossos visitantes não sofreram grandes alterações. O que percebemos é que o turista busca novas experiências sem abrir mão das características que marcam o Estado, como gastronomia, patrimônio cultural, hospitalidade e exuberância da natureza. A cadeia produtiva do turismo precisa cuidar da apresentação dos atrativos oferecendo novas maneiras de desfrutar cada experiência”, aconselha o pesquisador.

INOVAÇÃO

Tracksale firma base na Argentina Demoday Trends reúne 84 startups com dois grandes clientes em carteira THAÍNE BELISSA

O mercado de inovação na Argentina acaba de receber mais um concorrente que vem direto das terras mineiras. Com cinco anos de operação, a Tracksale, que oferece o serviço de monitoramento da experiência do consumidor, acaba de firmar bases no país vizinho, onde já atende dois grandes clientes: a Electrolux, fabricante de eletrodomésticos multinacional, e o Cencosud, varejista de grande porte. O investimento na expansão foi de R$ 100 mil e a expectativa dos gestores é de que, nos primeiros três meses de 2018, a filial fature 4,5 milhões de pesos argentinos, o que representa um aumento de 15% do faturamento total da empresa. O Chief Operating Officer (COO) de operações da Tracksale, Luiz Carvalho, explica que a expansão da startup para Argentina faz parte do crescimento orgânico da Tracksale, que já atendia dois grandes clientes no país. A necessidade de estar mais próximo desses clientes foi um dos motivos iniciais para a escolha da Argentina como o primeiro país para internacionalização. Mas, vários outros motivos acabaram surgindo no decorrer do processo, que culminaram na expansão. “Há dois meses participamos de uma missão para a Argentina promovida pela Apex e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Foi um tempo muito importante e que nos ajudou a ter certeza que deveríamos ir para lá”, relata.

ANA CAROLINA DIAS

cada vez mais”, afirmou Machado.

Uma tarde de inovação e oportunidades de negócios para novos empreendedores e investidores reuniu 84 startups entre as mais promissoras de Belo Horizonte e um público interessado em oportunidades que seguem tendências de mercado e novas tecnologias na última quarta-feira, na sede do Sebrae-MG, no bairro Nova Granada, região Oeste da Capital, durante o Demoday Trends. O evento abriu espaço para que startups pré-aceleradas e aceleradas pelos programas Agita, GoMinas, Varejo Inteligente, BiostartupLab, FiemgLab e Gamedev Superstars apresentassem seus produtos e serviços para um público de mais de 800 pessoas com potencial para gerar negócios. O superintendente do Sebrae-MG, Afonso Maria Rocha, ressaltou que as ações de fomento ao ambiente de inovação são desenvolvidas pelo Sebrae a algum tempo e que a troca de conhecimento da empresa com as startups é positiva para as duas pontas. “Ao mesmo tempo que temos oportunidade de oferecer condições para facilitar o processo de concepção e desenvolvimento de negócios, nós temos aprendido muito com as startups. Por sermos uma instituição que se presta a levar conhecimento e inovação para o mercado também temos a preocupação de estarmos permanentemente inovando e a mensagem de cooperação e inovação trazida pelo ecossistema é muito importante para nós”, avaliou Rocha. Para a analista do Sebrae-MG, Márcia Valeria Cota Machado, o principal objetivo do Demoday Trends foi divulgar para o mercado as soluções desenvolvidas pelas startups em um ambiente de troca de informações e experiências, proporcionando a oportunidade de feedback sobre as tecnologias apresentadas e a viabilidade delas para os clientes. “Escolhemos oito startups que têm produtos mais alinhados ao mercado e reunimos grandes empresas e investidores para avaliar essas tecnologias. Queremos fazer essa conexão entre os programas presentes para que as startups não fiquem isoladas, e o ecossistema se desenvolva

Premiação - O palco principal do Demoday Trends contou com oito pitches de startups dos diferentes programas apoiados pelo Sebrae e mais duas sorteadas entre as participantes do evento. A startup Hitbel, especializada em gestão e distribuição de conteúdo digital, nascida dentro da build venture e.motion, foi escolhida pela banca avaliadora como a que obteve o melhor desempenho durante o pitch e recebeu um prêmio no valor R$ 30 mil, que será aportado pelo programa de consultoria tecnológica do Sebrae, o Sebraetec, para ajudar a empresa a continuar modelando o negócio. O CEO da Hitbel, Frederico Valente, comentou sobre a importância da construção de uma rede de contatos proporcionada pelo evento. “É muito importante como networking, encontrar com possíveis investidores, além de pessoas do mercado que podem criticar modelos e dar ideias”, avaliou Valente. Sobre a premiação, a cofundadora e diretora de produtos e marketing da startup, Poliana Godinho Pires, destacou que iniciativas como o Demoday Trends são importantes para as startups, principalmente as que estão começando, pela possibilidade de validar o negócio com o mercado e comemorou o reconhecimento do trabalho realizado. “Constantemente pivotamos nosso negócio para chegar na melhor oportunidade para o mercado. É uma felicidade muito grande e traduz nosso desempenho e nosso compromisso na busca por um produto que realmente faz sentido para quem vai usar”, comentou. Além da premiação principal, foi realizado também o Demoday do BioStartup Lab, que premiou a Sinaxys como vencedora da 4ª rodada do programa e se juntou as outras startups do palco principal no Demoday Trends. A CEO da Sinaxys, Mariana Figueiredo, comentou a importância da participação no programa. “O programa é intenso e, apesar de ser enxuto, ajudou muito a despertar um olhar empreendedor que a equipe, com formação em medicina, não tinha. Nossa expectativa para o resultado era grande, assim como a de apresentar a ideia para o público e para os investidores”.

DIVULGAÇÃO

Luiz Carvalho destaca a logística facilitada na Argentina

Além disso, o COO lembra que a Argentina tem uma grande população, o que se traduz em um grande número de consumidores também. Além disso, o empresário destaca a logística facilitada de uma filial no país vizinho, que fica a poucas horas de voos diretos de Belo Horizonte. Outro fator de destaque do mercado argentino é o crescimento de uma vocação em inovação. Carvalho destaca que há vários hubs de empreendedores em Buenos Aires, assim como iniciativas de fomento a startups, o que torna o ambiente mais atrativo para uma empresa de inovação como a Tracksale. Perfil - Sobre o perfil do mercado argentino, o COO afirma ser muito parecido com o do Brasil. A empresa oferece soluções para monitoramento da experiência do consumidor por meio da metodologia Net Promoter Score (NPS). Esse índice mede a possibilidade de recomendação da empresa pelo consumidor. “Nós tra-

balhamos desde a coleta de opinião do consumidor até a entrega de relatórios, que podem analisar diferentes aspectos da experiência do consumidor”, explica. Carvalho afirma que, no Brasil, esse é um mercado ainda pouco difundido e, por isso, a empresa tem tanta liberdade de atuação. Na Argentina, da mesma forma, há poucas empresas locais oferecendo o serviço. Ao todo, a empresa investiu R$ 100 mil na expansão. A sede da Tracksale será no coworking We Work, em Buenos Aires. De acordo com o COO, a expectativa da empresa é faturar 4,5 milhões de pesos argentinos, o que representa um aumento de 15% do faturamento total. Além disso, a startup pretende conquistar dez clientes nos primeiros seis meses e atingir o índice 65 do NPS. No Brasil, a empresa já trabalha com o índice de 80. Carvalho afirma que a empresa também tem interesse em expandir para outros países na América Latina, como México, Chile, Colômbia e Peru.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

14

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

SUCROALCOOLEIRO

Centro-Sul investe mais no etanol Vendas do biocombustível, usado nos tanques dos veículos, continuam aquecidas São Paulo - O Centro-Sul do Brasil impulsionou a produção de etanol hidratado na segunda quinzena de novembro, apesar da menor disponibilidade de cana, uma vez que as vendas do biocombustível, usado diretamente nos tanques dos veículos, continuam aquecidas. De acordo com dados divulgados ontem pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), as usinas e destilarias da região fabricaram na segunda metade de novembro 500 milhões de litros de álcool hidratado, alta de 15,4% na comparação anual. No total, somando-se também o anidro, misturado a gasolina, o Centro-Sul do Brasil produziu 800 milhões de litros de etanol na segunda quinzena de novembro, avanço de 0,6% ante igual período do ano passado. Essa produção leva em conta um mix de 63,2% da oferta de cana para o álcool e de 36,8% para açúcar, cuja fabricação na quinzena recuou 35,4%, para 734 mil toneladas. “Nos meses finais do ciclo agrícola é natural que a produção de açúcar diminua. Neste ano, entretanto, essa condição foi intensificada pelos preços relativos entre o açúcar e o etanol mais atrativos a esse último e pelas condições no mercado de combustíveis, as quais permitiram um avanço considerável nas vendas de

DIVULGAÇÃO

Na segunda metade de novembro a produção de álcool hidratado cresceu 15,4% e a de anidro avançou 0,6% na comparação anual

etanol”, afirmou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, em nota. Ao longo do segundo semestre, a comercialização de etanol cresceu com força no Brasil, resultado de altas tributárias maiores para a gasolina. Em novembro, as unidades produtoras do Centro-Sul venderam um total de 2,33 bilhões de litros de etanol anidro e hidratado para os mercados interno e externo, expansão de 19%

na comparação anual. Considerando-se apenas a comercialização doméstica de hidratado, foram 1,46 bilhão de litros no mês passado, alta de 40% ante novembro de 2016. “Esse expressivo volume de etanol hidratado vendido em novembro mostra que existe forte potencial de demanda pelo produto”, disse Rodrigues, avaliando que o ritmo de venda deve permanecer consistente também neste mês, frente à maior competitividade do

biocombustível em relação se deve às chuvas, que difià gasolina. cultaram a colheita em importantes áreas canavieiras, Menor moagem - A maior e ao encerramento da safra produção de etanol ocorreu por diversas unidades”, afirem meio a um cenário de mou Rodrigues. menor oferta de matériaAté 30 de novembro, 147 -prima. usinas e destilarias haviam A moagem de cana no finalizado suas atividades Centro-Sul na segunda quin- no Centro-Sul, ante 167 há zena de novembro recuou um ano. 22,6%, para 15,2 milhões de Pela projeção de safra da toneladas, levando o total no Unica, o Centro-Sul ainda acumulado da safra 2017/18 teria cerca de 17 milhões de a 568,2 milhões de toneladas toneladas de cana para moer (queda de 2,3 %). na temporada atual, encer“Essa queda na moagem rada em março. (Reuters) PEDRO CRUSIOL

FRUTICULTURA

Com as chuvas, safra de laranja de Minas e São Paulo deve crescer 57% São Paulo - A safra de laranja 2017/18 do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais, principal região produtora do País, deve alcançar 385,2 milhões de caixas de 40,8 kg, alta de 57% ante a fraca temporada passada, de acordo estimativa do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgada ontem. A terceira projeção é ainda 3% maior frente à divulgada em setembro e 5,7% superior na comparação com o número inicial, de maio. A safra passada da principal região exportadora do Brasil, líder global na exportação de suco de laranja, somou 245,31 milhões de caixas de laranja, atingida por problemas climáticos. O aumento da produção em 2017/18 permitirá uma recomposição dos estoques e melhores exportações, que atingiram os menores volumes em mais de 25 anos na temporada 2016/17. De acordo com Fundecitrus, a revisão para cima da safra é resultado, principalmente, de chuvas acima da média histórica no início da safra, que voltaram a cair nas regiões produtoras em outubro, após a estiagem que se estendeu de julho a setembro. “Além do clima, o bom desenvolvimento da safra

está associado à intensificação dos tratos culturais dos pomares, que pode ser constatado com o crescimento da demanda de insumos usados no manejo nutricional e fitossanitário registrado no último ano na citricultura”, acrescentou o Fundecitrus, em nota. Do total reestimado pelo Fundecitrus, 95,50 milhões de caixas de laranja são de Com as chuvas no início da safra, previsão é de boa produção na maior região exportadora do País variedades precoces, 118,19 milhões de caixas são de meia estação e 171,51 milhões de caixas são de tardias. DA REDAÇÃO tas é que, com este projeto, potencial de expansão muito Ainda segundo o Funas exportações de frutas significativo”, afirmou o decitrus, o peso médio da O presidente da Confe- brasileiras alcancem a marca presidente da Apex-Brasil, laranja está em 162 gramas, deração da Agricultura e recorde de US$ 1 bilhão até Roberto Jaguaribe. ante 154 gramas previstas Pecuária do Brasil (CNA), o final de 2019. Para esse As ações incluem a partiem maio e 158 gramas, em João Martins, participou, ano, as vendas projetadas cipação na Feira Fruit Logíssetembro. na última quinta-feira, da somam, aproximadamente, tica (Berlim), em 2018 e 2019; “O ganho de peso foi o assinatura do projeto se- US$ 870 milhões. eventos para distribuidores principal motivo que provo- torial entre a Associação “Com a ajuda da Apex de frutas na Europa, Oriente cou o aumento da produção Brasileira dos Produtores poderemos participar de Médio e Ásia; missões prosdas variedades precoces em Exportadores de Frutas e feiras e missões e visitar pectivas de negócios e defesa setembro e continua sendo Derivados (Abrafrutas) e a outros países. Um convênio de interesses do setor. o fator determinante para o Apex-Brasil para a promo- como esse nos ajuda a fazer A cerimônia também conincremento das variedades ção de ações conjuntas com planejamento estratégico tou com a participação da de meia estação e tardias o objetivo de aumentar as e a nos organizar melhor superintendente de Relações nesta reestimativa”, desta- exportações de frutas. para estar nesses lugares”, Internacionais da CNA, Lígia cou o Fundecitrus. O objetivo do convênio, afirmou o presidente da Dutra, do superintendente Ainda segundo a institui- assinado na sede do Sistema Abrafrutas, Luiz Roberto técnico da CNA, Bruno Lucção, já foram colhidos cerca CNA/Senar, é desenvolver Barcelos. chi, do secretário de Defesa de três quartos da produção um trabalho articulado enA iniciativa é conside- Agropecuária do Ministério esperada. tre a iniciativa privada e a rada fundamental para o da Agricultura, Luis EduarO trabalho da pesquisa de agência para aumentar as setor e vai criar condições do Rangel, e do secretário estimativa é feito pelo Fun- exportações de frutas bra- mais favoráveis para que de Relações Internacionais decitrus em cooperação com sileiras. O acordo tem dois a fruticultura aproveite do Agronegócio do Mapa, a Markestrat, FEA-RP/USP anos de duração. oportunidades no merca- Odilson Luiz Ribeiro e Silva. e FCAV/Unesp. (Reuters) A expectativa da Abrafru- do internacional. “Há um Com informações da CNA.

Projeto prevê aumento das exportações

Preços do hidratado variam São Paulo - Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros subiram em 13 estados e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em outras 12 unidades da federação houve recuo nos preços do biocombustível. Não foi possível avaliar a condição no Amapá porque a ANP nas últimas semanas não estava divulgando os valores nos postos do estado. Na semana passada o preço médio do etanol no Amapá foi de R$ 3,290 o litro e o da gasolina, de R$ 3,926/l. Em São Paulo, principal estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado apresentou queda de 0,29% na semana, de R$ 2,721 para R$ 2,713 o litro. No período de um mês, os preços do combustível subiram 7,36% nos postos paulistas. A maior alta no preço do biocombustível na semana passada, de 3,55%, foi em Mato Grosso. A maior baixa semanal, de 3,67%, ocorreu em Rondônia. No período de um mês, os preços do etanol subiram em 19 estados e no Distrito Federal, com destaque para São Paulo, onde avançaram 7,36%. O maior recuo mensal foi em Alagoas (-2,17%). No Brasil, o preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 1,99 o litro, em Mato Grosso, e o máximo individual foi de R$ 4,260 o litro, no Rio Grande do Sul. O menor preço médio estadual foi de R$ 2,39 o litro, também em Mato Grosso, e o maior preço médio ocorreu no Rio Grande do Sul, de R$ 3,709 o litro. Competitividade - O etanol hidratado segue competitivo em relação a gasolina nos Estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, segundo dados da ANP. O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em Mato Grosso, onde o etanol é o mais competitivo, o biocombustível é vendido em média por 58,26% do preço da gasolina. Em Goiás, a paridade é de 63,21%, em São Paulo de 69,99%, e em Minas Gerais o etanol vale, em média, 68,68% do preço da gasolina. A gasolina permanece mais vantajosa principalmente em Roraima. Naquele Estado, o preço do etanol atinge 88,37% do cobrado em média pela gasolina. (AE)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br DIVULGAÇÃO

CONJUNTURA

IGP-M avança 0,73% na 1ª semana

PIB do Brasil deve crescer acima do esperado neste ano Entidades revisaram para cima suas projeções Brasília - A exemplo de parte do mercado, a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal também passou a apostar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá ter um crescimento mais próximo de 1% em 2017. Até então, a projeção da entidade era de uma expansão da economia em 0,7% este ano, agora com viés de alta. O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) divulgado ontem aponta que o efeito carregamento do PIB até o terceiro trimestre do ano já é de 0,97%. “As simulações iniciais da IFI apontam crescimento do PIB mais próximo de 1% em 2017, considerando elevação moderada de 0,2% no quarto trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior”, avaliou a instituição. Com uma maior recuperação da atividade econômica e o aumento de receitas não recorrentes, o RAF de dezembro também considera ser possível que o déficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) seja menor que os R$ 155,2 bilhões previstos pela entidade. A meta fiscal deste ano autoriza um rombo de até R$ 159 bilhões nessa conta. “A arrecadação com os programas de parcelamento (antigos e novos) alcançou R$ 26,6 bilhões, acima das nossas expectativas”, reconhece o IFI. Segundo a instituição, o déficit do setor público consolidado em 2017 também deve ficar abaixo da meta de resultado negativo de R$ 163,1 bilhões. “Isso porque estados e municípios (inclu-

sive suas empresas estatais) apresentam superávit de R$ 19,4 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, bastante acima de sua meta anual de déficit de R$ 1,1 bilhão”, acrescentou o relatório. Apesar do resultado fiscal não ser tão ruim quanto se projetava inicialmente, o IFI destaca que os investimentos públicos não devem passar de 2% do PIB em 2017. Esse será o nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1995. “O volume total investido pelo setor público passou a cair, nos últimos anos, após um período anterior de crescimento. Depois de ter alcançado o auge de R$ 228 bilhões, no ano de 2014, os investimentos públicos apresentaram quedas consecutivas até atingirem R$ 127,2 bilhões, em meados de 2017, valor inferior aos R$ 133,9 bilhões investidos ainda em 2009”, detalha a instituição. Por fim, o RAF ainda alerta que medidas que ainda tramitam no Congresso Nacional representam um impacto de R$ 23,3 bilhões no Orçamento de 2018. Se não forem aprovadas, o governo terá que contingenciar recursos no próximo ano, já que essas medidas estão consideradas no projeto de lei orçamentária que deve ser votado no dia 19 deste mês. Esses R$ 23,3 bilhões equivalem a cerca de 15% da meta de déficit primário de R$ 159 bilhões para o próximo ano. Pelo lado das receitas as medidas garantem um reforço de caixa de R$ 14 bilhões, e pelo lado das despesas, as medidas representam um

corte de gastos de R$ 9,3 bilhões. O cálculo do IFI considera inclusive a economia potencial de R$ 1,9 bilhão em 2018 com a aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. Outra instituição que revisou suas projeções foi o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que aumento a projeção de crescimento do PIB de 2017 de 0,9% para 1%. Para 2018, a projeção é que a atividade econômica avance 2,8%.

Para a IFI do Senado a economia deve crescer 1% em 2017

de crescimento da economia brasileira e agora estima uma expansão de 2% em 2018, depois de um crescimento de 0,7% neste ano. As novas projeções apresentadas pela entidade ontem ainda revelam que o desempenho da economia nacional ganhará força em 2019, com uma alta de 2,5%. Em meados do ano, a entidade estimava que o crescimento seria de 1,6% para ONU - A Organização das 2018. Mas a certa estabilidade Nações Unidas também re- obtida nos últimos meses visou para cima a projeção fez os economistas da ONU

elevarem a projeção. Para 2017, os números também apontam para um aumento de 0,1 ponto percentual em comparação aos dados de meados do ano. Entre as maiores economias do mundo, a revisão do crescimento do Brasil é a maior, ao lado da Rússia. Na América Latina, a projeção é de um crescimento de 2% em 2018, mesma taxa registrada para a zona do euro. Nos Estados Unidos, a expansão será de 2,1% no ano que vem. (AE)

Inflação deverá ficar abaixo da meta São Paulo - O mercado voltou a ver a inflação abaixo do piso da meta neste ano e ainda elevou a expectativa para o crescimento da economia, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem. A alta do IPCA este ano passou a ser calculada agora em 2,88%, ante 3,03% na semana anterior, sendo que a meta de inflação é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. A redução acontece em um cenário de persistente fraqueza dos preços dos alimentos, que levou a alta do IPCA a desacelerar mais do que o esperado em novembro - 0,28%, contra 0,42% em outubro, acumulando em 12 meses avanço de 2,8%. Se o IPCA terminar o ano com alta abaixo de 3%,

será a primeira vez desde a criação do regime de metas que a inflação fica abaixo do piso e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, terá de fazer uma carta aberta para explicar o porquê do erro. Para 2018, o cálculo no levantamento junto a uma centena de economistas é de 4,02% de inflação, sem alterações. Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados passaram a ver agora crescimento de 0,91% em 2017, 0,02 ponto percentual acima da projeção anterior. Para o ano que vem, a melhora também foi de 0,02 ponto, para 2,62%. O PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre ante o período anterior, mas o destaque foi o melhor desempenho em quatro anos

dos investimentos, uma vez que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 1,6% no período. O Focus mostrou ainda que a projeção para a taxa básica de juros Selic no final de 2018 continua sendo de 7%, após redução de 0,25 ponto percentual em fevereiro e elevação na mesma proporção em dezembro. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, para a mínima histórica de 7% ao ano, deixando a porta aberta para nova redução adiante, mas ressalvando que encarará a investida com “cautela”. Já o grupo dos que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, calcula a taxa básica a 6,5% em 2018. (Reuters)

MERCADO

Cautela ainda dita o ritmo na bolsa de valores São Paulo - A valorização de ativos no mercado externo foi essencial para a leve alta do Índice Bovespa ontem, que avançou 0,09%, aos 72.800,04 pontos. Já a indefinição em torno da reforma da Previdência manteve-se como fator de volatilidade. O compasso de espera imposto pelo cenário político indefinido também se refletiu no reduzido volume de negócios, que somou R$ 7,1 bilhões. “Foi mais um dia em que o mercado navegou ao sabor do noticiário político, que ora favorece a alta, ora favorece a baixa, conforme as declarações em Brasília”,

diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora. Segundo o profissional, boa parte da retração do investidor está relacionada à falta de previsibilidade na questão da reforma da Previdência. “Essa indefinição dificulta o planejamento do investidor. A tendência é a volatilidade persistir, enquanto não se souber se a reforma passa ou não passa”, afirma. Pela manhã, o Ibovespa chegou a subir 0,86%, com o mercado na expectativa de que o governo conseguisse avançar mais nas negociações em torno da reforma da Previdência, cuja votação

é esperada para 18 ou 19 deste mês. Por outro lado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), frustrou essas apostas ao dizer que via dificuldade na votação da matéria na próxima semana. As declarações chegaram a levar o Ibovespa temporariamente ao terreno negativo pela manhã (até -0,36%). À tarde, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o governo continua “trabalhando arduamente” pela aprovação da reforma ainda este ano e lembrou que a discussão da proposta no plenário da Câmara deve começar na próxima quinta-

-feira (14). Segundo ele, até lá, a equipe econômica ainda tentará aprovar também medidas importantes para o Orçamento de 2018, como a reoneração da folha de pagamentos e a tributação de fundos exclusivos. Nesse contexto de indefinição, o cenário internacional foi importante contraponto, que impediu uma queda do índice. As altas do petróleo, dos metais e das bolsas de Nova York ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa por toda a tarde, ao impulsionar papéis específicos, como Vale ON (+0,79%) e Petrobras (0,50% na ON e 0,20% na PN).

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as do setor siderúrgico estiveram entre os maiores destaques. Os papéis acompanharam outras empresas sensíveis a commodities metálicas pelo mundo e também refletiram a notícia de que Usiminas e CSN negociam reajuste nos preços do aço, conforme informou a Coluna do Broad. Usiminas PNA subiu 3,23% e foi a maior alta do índice ontem. CSN ON avançou 1,63%. Dólar - O dólar à vista fechou em alta de 012%, a R$ 3,2999. O giro foi de US$ 699,570 milhões. (AE)

Rio - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,73% na primeira prévia de dezembro, após ter recuado 0,02% na primeira prévia de novembro. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou recuo de 0,68% no último mês do ano, o equivalente a uma redução também de 0,68% em 12 meses A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de dezembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 0,96%, ante uma queda de 0,09% na primeira prévia de novembro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,30% na prévia de dezembro, após o avanço de 0,03% na mesma leitura de novembro. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve alta de 0,30% na primeira prévia de dezembro, depois do aumento de 0,29% na primeira prévia de novembro. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 30 de novembro. No dado fechado do mês de novembro, o IGP-M subiu 0,52%. IPAs - Os preços dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola subiram 0,51% no atacado, na primeira prévia do IGP-M de dezembro. Na mesma prévia de novembro, houve recuo de 0,47. Os produtos industriais no atacado mensurados pelo IPA industrial tiveram aumento de 1,11% na primeira prévia de dezembro, ante alta de 0,04% na mesma prévia do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais tiveram alta de 0,47% na primeira prévia de dezembro, depois do aumento de 0,19% na mesma prévia de novembro. (AE)




16 FINANÇAS 18

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

INDICADORES ECONÔMICOS

Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

11/12/2017

07/12/2017

06/12/2017

Índices

Dez.

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2994

R$ 3,2883

R$ 3,2334

IGP-M (FGV)

0,54%

VENDA

R$ 3,2999

R$ 3,2888

R$ 3,2339

IPC-Fipe

0,72%

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

1,71%

2,59%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2839

R$ 3,2886

R$ 3,2348

IGP-DI (FGV)

0,83%

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

-1,15%

-0,33%

VENDA

R$ 3,2845

R$ 3,2892

R$ 3,2354

INPC-IBGE

0,14%

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

-

1,62%

1,83%

COMPRA

R$ 3,2630

R$ 3,2600

R$ 3,2130

IPCA-IBGE

0,30%

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

-

2,21%

2,70%

VENDA

R$ 3,4430

R$ 3,4330

R$ 3,3800

COMPRA

R$ 3,3700

R$ 3,3700

R$ 3,3100

ICV-DIEESE

0,12%

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

2,16%

2,29%

VENDA

R$ 3,4700

R$ 3,4700

R$ 3,4100

IPCA-IPEAD

0,48%

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

3,32%

3,81%

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

Nov. 937,00 23,54 3,2514 7,00

TURISMO PARALELO Fonte: AE

11/12 CDB Pré 30 dias

6,89% - a.a.

Capital de Giro

10,14% - a.a.

Hot Money

1,14% - a.m.

CDI

6,89% - a.a.

Over

6,90% - a.a.

Fonte: AE

Ouro 11/12/2017

07/12/2017

06/12/2017

US$ 1.246,60

US$ 1.253,10

US$ 1.266,10

R$ 130,10

R$ 131,50

R$ 130,50

BM&F-SP (g) Fonte:

AE

Taxas Selic Tributos Federais (%) 0,87 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57

Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro

Meta da Taxa a.a. (%) 12,25 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 -

Reservas Internacionais 08/12 .......................................................................... US$ 380.562 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$) Até 1.903,98

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

Nov. No ano 0,52%

12 meses

-1,40%

-0,86%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Nova Iorque (onça-troy)

Jan. 0,64%

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Dez. Salário 880,00 CUB-MG* (%) 0,11 UPC (R$) 23,29 UFEMG (R$) 3,0109 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Jan. 937,00 0,12 23,40 3,2514 7,50

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

COMPRA 0,3284 0,4685 0,7281 0,3761 0,5203 0,03129 0,3924 0,3872 0,1513 0,06827 0,02846 8,7037 0,002737 4,6252 0,03235 0,8939 2,4728 3,2839 3,2839 2,5536 0,0157 3,9094 2,4295 0,4207 1,2073 3,2839 0,01232 3,3127 0,0005837 0,02895 0,1837 4,386 0,002174 0,006369 0,1094 0,8589 1,0148 0,19 0,004997 0,001088 3,2839 0,06816 0,06525 0,1729 0,1133 0,4473 0,2416 0,4961 0,496 0,9016 8,5296 0,01309 0,0000925 0,8756 0,8053 0,05551 0,05098 0,0002423 0,2119 0,9317 0,003014 0,9214 3,8734

VENDA 0,3293 0,4788 0,7299 0,3766 0,5206 0,03139 0,3927 0,3875 0,1514 0,06864 0,02852 8,7145 0,002774 4,6391 0,03242 0,8944 2,4739 3,2845 3,2845 2,5544 0,01616 4,0055 2,4308 0,4208 1,221 3,2845 0,01233 3,3147 0,0005843 0,02896 0,1845 4,3881 0,002182 0,006378 0,1095 0,8602 1,0153 0,1902 0,004999 0,001088 3,2845 0,06831 0,06529 0,1729 0,1138 0,4476 0,2418 0,4963 0,4962 0,9022 8,5312 0,01315 0,0000925 0,8758 0,806 0,05555 0,051 0,0002424 0,213 0,9325 0,00302 0,9218 3,8744

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Até Acima de

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

3% 0,2976 0,2466

Seguros

TBF

24/11

0,01310549 2,92516120

25/11

0,01310585 2,92524096

26/11

0,01310585 2,92524096

27/11

0,01310585 2,92524096

28/11

0,01310626 2,92533414

29/11

0,01310680 2,92545416

30/11

0,01310712 2,92552602

01/12

0,01310730 2,92556595

02/12

0,01310765 2,92564319

03/12

0,01310765 2,92564319

04/12

0,01310765 2,92564319

05/12

0,01310816 2,92575658

06/12

0,01310855 2,92584339

25/11 a 25/12 26/11 a 26/12 27/11 a 27/12 28/11 a 28/12 29/11 s 29/12 30/11 a 30/12 01/12 a 01/01 02/12 a 02/01 03/12 a 03/01 04/12 a 04/01 05/12 a 05/01 06/12 a 06/01 07/12 a 07/01 08/12 a 08/01 Fonte: AE

07/12

0,01310905 2,92595565

08/12

0,01310928 2,92600831

09/12

0,01311001 2,92617028

10/12

0,01311001 2,92617028

11/12

0,01311001 2,92617028

12/12 0,01311061 2,92630431 Fonte: Fenaseg

6% 0,5379 0,4867

0,4837 0,4837 0,4888 0,4864 0,4861 0,5382 0,4744 0,4687 0,4934 0,5381 0,5266 0,4992 0,4451 0,4015

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Outubro IGP-DI (FGV) Novembro IGP-M (FGV) Novembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273

1,0221 0,9967 0,9914

23/11 a 23/12 24/11 a 24/12 25/11 a 25/12 26/11 a 26/12 27/11 a 27/12 28/11 a 28/12 29/11 a 29/12 30/11 a 30/12 30/11 a 31/12 01/12 a 01/01 02/12 a 02/01 03/12 a 03/01 04/12 a 04/01 05/12 a 05/01 06/12 a 06/01 07/12 a 07/01 08/12 a 08/01

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,4273 0,3994 0,3994

Agenda Federal Dia 13

Contribuição ao INSS

CÓDIGO 26 30 35 45 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 706 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

05/11 a 05/12 06/11 a 06/12 07/11 a 07/12 08/11 a 08/12 09/11 a 09/12 10/11 a 10/12 11/11 a 11/12 12/11 a 12/12 13/11 a 13/12 14/11 a 14/12 15/11 a 15/12 16/11 a 16/12 17/11 a 17/12 18/11 a 18/12 19/11 a 19/12 20/11 a 20/12 21/11 a 21/12 22/11 a 22/12

IOF - Pagamento do IOF apurado no 1º decêndio de dezembro/2017: Operações de crédito - Pessoa Jurídica - Cód. Darf 1150. Operações de crédito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operações de câmbio Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operações de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliários - Cód. Darf 6854. Factoring - Cód. Darf 6895. Seguros - Cód. Darf 3467. Ouro, ativo financeiro - Cód. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 1º a 10.12.2017, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “b”, da Lei nº 11.196/2005): a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 14 EFD – Contribuições - Entrega da EFD - Contribuições relativas aos fatos geradores ocorridos no mês de outubro/2017 (Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, art. 7º). Internet Dia 15 Previdência Social (INSS) - Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual - Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à competência novembro/2017 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. GPS (2 vias) Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de novembro/2017 (art. 2º, § 5º, da Lei nº 10.168/2000; art. 6º da Lei nº 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de

assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes - Cód. Darf 8741. Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível (Cide-Combustíveis) - Cód. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005), no período de 16 a 30.11.2017. Darf Comum (2 vias) Dia 20 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mês de novembro/2017, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País (art. 70, I, “e”, da Lei nº 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015). Darf Comum (2 vias) Cofins/CSL/PIS-Pasep - Retenção na Fonte - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mês de novembro/2017 (Lei nº 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nº 13.137/2015). Darf Comum (2 vias) Cofins - Entidades financeiras - Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mês de novembro/2017 (art. 18, I, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): Cofins - Entidades Financeiras e Equiparadas - Cód. Darf 7987. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) PIS-Pasep - Entidades financeiras - Pagamento das contribuições cujos fatos geradores ocorreram no mês de novembro/2017 (art. 18, I, da Medida Provisória nº 2.15835/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): PIS-Pasep - Entidades Financeiras e Equiparadas - Cód. Darf 4574. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.15835/2001). Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: ERICK BRUNO GONCALVES SANTOS, solteiro, pedreiro, nascido em 18/12/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11 3, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de RAIMUNDO ALOISIO SANTOS e MARIA APARECIDA GONCALVES SANTOS Com MARILZA OLIVEIRA TEIXEIRA SANTOS, solteira, do lar, nascida em 03/09/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11 3, ­Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de FRANCISCO JOSE DOS SANTOS e GENERITA DE O ­ LIVEIRA TEIXEIRA.

KAIQUE SPENCER SILVA PARANHOS, solteiro, analista, nascido em 31/01/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Domingos Rocha, 615 303, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de ALEXSANDER PARANHOS DE SOUZA e ANDREIA MIRANDA SILVA PARANHOS Com MARCIA EDUARDA LOPES DO NASCIMENTO, solteira, estudante, nascida em 09/06/1999 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Domingos Rocha, 615 303, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de ARQUIMEDES FERREIRA DO NASCIMENTO e LINDIOMARA LOPES DE SOUSA.

LEANDRO SANTANA ROCHA, solteiro, almo-

RODRIGO VIEIRA MAFFRA, solteiro, líder de

xarife, nascido em 17/10/1991 em Nova Lima,

projetos, nascido em 11/12/1989 em Belo Hori-

MG, residente a Beco Dos Vianas, 94, São

zonte, MG, residente a Av. Dom João Vi, 1371,

Jorge, Belo Horizonte, filho de DARCI PEDRA

Palmeiras, Belo Horizonte, filho de FRANCIS-

DA ROCHA e HELENITA SANTANA ROCHA

CO VIEIRA MAFFRA e // Com LAURA NA-

Com POLIANE CRISTINA DA SILVA NUNES,

TALI ­ MASSARIOL ALBANI MONTEIRO DE

solteira, autônoma, nascida em 04/04/1992

­BARROS, solteira, assistente jurídico, nascida

em Belo Horizonte, MG, residente a Beco Dos

em 21/10/1989 em Vitoria, ES, residente a Rua

Vianas, 94, São Jorge, Belo Horizonte, filha de

Bom Jesus, 295 302, Nova Suíça, Belo Hori-

OSEIAS NONATO NUNES e MAGNA MARIA

zonte, filha de ­JAIME FRANCISCO MONTEI-

DA SILVA.

RO DE BARROS e ­DEONILDA MASSARIOL ALBANI.

GUILHERME FIGUEIREDO CAMARGO, solteiRODRIGO BEJJANI DE FREITAS, solteiro, vendedor, nascido em 18/12/1987 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Doadora Eliane Stancioli, 87 201, Buritis, Belo Horizonte, filho de PAULO MARIO CRUZ DE FREITAS e RAQUEL BEJJANI DE FREITAS Com JANINE MIRANDA BORGES, solteira, farmacêutica, nascida em 05/10/1980 em Lagoa Da Prata, MG, residente a Rua Doadora Eliane Stancioli, 87 201, Buritis, Belo Horizonte, filha de JAIR DOS REIS BORGES e MANGELIA MIRANDA LEITE.

GUILHERME JUNIOR LOPES DA SILVA, solteiro, autônomo, nascido em 01/08/1990 em Inhapim, MG, residente a Rua Daniel De Carvalho, 2224 202, Jardim America, Belo Horizonte, filho de ONOFRE JOSE DA SILVA e MARIA DAS GRACAS LOPES SILVA Com KAROLYNE MORAIS BARCELOS, solteira, engenheira civil, nascida em 30/05/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Daniel De Carvalho, 2224 202, Jardim America, Belo Horizonte, filha de MUCIO PORFIRIO BARCELOS e MARLI MORAIS DE OLIVEIRA. VINICIUS ALVES DOS SANTOS, solteiro, auxiliar de escritório, nascido em 08/09/1995 em Governador Valadares, MG, residente a Rua Nicolina De Lima, 237, Havaí, Belo Horizonte, filho de ALUIZIO ALVES DOS SANTOS e NILZELIA MAMEDES DOS SANTOS Com LARISSA ORNELES COELHO, solteira, auxiliar de cozinha, nascida em 20/02/1996 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Nicolina De Lima, 237, Havaí, Belo Horizonte, filha de JAIR VICENTE COELHO e IARA ORNELES BARRETO COELHO.

ro, estudante, nascido em 22/02/1990 em Rio

FABIANO JULIO NEVES DAS DORES, solteiro,

De Janeiro, RJ, residente a Rua São Manoel,

auxiliar administrativo, nascido em 19/11/1986

82, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de

em Belo Horizonte, MG, residente a 64a Strode

JOSE PEREIRA CAMARGO e SUELI JESUS

Road, 0, Londres, Reino Unido, filho de JESIO

FIGUEIREDO CAMARGO Com LIVIA MEDEI-

JOSE DAS DORES e SONIA NEVES DAS DO-

ROS DE ALMEIDA, solteira, medica, nascida

RES Com ANA PAULA DE MORAIS MAZONI,

em 22/04/1988 em Rio De Janeiro, RJ, resi-

solteira, vendedora, nascida em 16/11/1985 em

dente a Rua São Manoel, 82, Nova Gamelei-

Governador Valadares, MG, residente a Rua

ra, Belo Horizonte, filha de SILVIO ROBER-

Santo Incio, Bc Das Flores, 8, Vista Alegre, Belo

TO DE ­ ALMEIDA e ROSANGELA BENIGNA

Horizonte, filha de WALDIR JOSE MAZONI e

Belo Horizonte, 11/12/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil.

MEDEIROS DE ALMEIDA.

MARIA LACILDA DE MORAIS.

9 editais.

­

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 29/11/2017 01435 - 1196131.65.2013.8.13.0024 Autor: Realmed Assistencia A Saude Ltda.-Em Liquidaçao Extrajudicia; Réu: Massa Falida de Realmed Assistencia A Saude Ltda. 1. Defiro o pedido da Administradora Judicial, concedendo vista dos autos, fora de secretaria para o fim requerido à f. 1979.2. Intimar.

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 30/11/2017 01458 - Número TJMG: 002495013934-5 Numeração única: 0139345.48.1995.8.13.0024 Autor: Cimento Caue S/A; Réu: Pavi S do Brasil S/A Ind e Com 1 # fica o falido intimado, para comprovar nos autos os pagamentos que lhe cumpria realizar, conforme manifestação da Administradora Judicial à fl.

1620/1621. 2- Quanto aos demais requerimentos da Administradora Judicial, cumpre registrar que os alvarás deferidos na decisão de fls. 1568, não foram expedidos em razão do despacho de fl. 1571. Assim, deverá esclarecer o pedido e, ainda, se manifestar sobre requerimentos de fls. 1587/1619. 3- Outrossim, certifique-se se já houve regular intimação das Fazendas Públicas e INSS acerca do encerramento da falência. 01459 - Número TJMG: 002401025134-6 Numeração única: 0251346.63.2001.8.13.0024 Autor: Polipeças Comércio Importação e Representações Ltda; Réu: Retifica Indiana Ltda 1- Expeça-se ofício ao DETRAN, conforme termos e no endereço informado à fl. 3546, para informar em qual pátio está localizado o veículo de placa GKN-4304, bem como para informar a possibilidade de sua liberação, por se tratar de patrimônio da Massa Falida. 2- Expeça-se mandado para a liberação do bem em favor do Leiloeiro Judicial, MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA BARBOSA, que o manterá em depósito até o leilão judicial.

3- Intime-se a Procuradoria da Fazenda Municipal de Contagem para que tenha ciência da realização do primeiro rateio nos autos e que o ativo apurado suportou apenas o pagamento dos credores trabalhistas sem correção, e parte do crédito da Fazenda Nacional. 4- Após, dê-se vista à Administradora Judicial para dar prosseguimento ao feito. 01460 - Número TJMG: 002497070633-9 Numeração única: 0706339.30.1997.8.13.0024 Autor: Art e Marketing Ltda; Réu: Esporte Espetacular Ltda Autos vista ADM.JUD.CYNTHIA B.. Prazo de 0005 dia(s). Para prosseguimento do feito, conforme despacho. 01461 - 1143134.66.2017.8.13.0024 Autor: Empresa Brasileira de Tecnologia Digital Ltda; Réu: Connection Celulares Ltda e outros 1- Defiro os benefícios da justiça gratuita à Autora, em razão da sua hipossuficiência financeira. 2- Designo Audiência de Conciliação a ser realizada no CEJUSC (Av. Francisco Sá, 1409, bairro Gutierrez, nesta Capital), em data agendada para 16/02/2018, às 16:00 horas. 3-Cite-se a

parte Ré com antecedência mínima de 20 (vinte) dias da data da audiência (art. 334 do CPC), e intime-se a Requerente, por meio de seu procurador(a) cadastrado(a) nos autos, alertando-os que o não comparecimento injustificado à audiência é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa, bem como que o desinteresse na autocomposição deverá ser manifestado, por petição, a ser apresentada até 10 (dez) dias antes da data designada. Advirta-a, outrossim, que, caso manifeste desinteresse na autocomposição, o prazo de 10 (dez) dias para oferecer a contestação terá início na data do protocolo do pedido de cancelamento da audiência. Se não comparecer à audiência ou, se ausente,não houver autocomposição, a contagem do prazo para contestação terá início a partir daquela data. Em qualquer caso, não sendo contestada a ação, será a parte Ré considerada revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas na petição inicial. 4- Não havendo conciliação, a parte Ré terá o prazo de 10 (dez) dias para contestar a ação, e, em

caso de elisão (parágrafo único do art. 98 da Lei 11.101/05), os honorários advocatícios serão fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, em conformidade com o artigo 85, §2º do Novo Código de Processo Civil e Súmula 29 do STJ. 01462 - Número TJMG: 002487492718-9 Numeração única: 4927189.05.1987.8.13.0024 Autor: Planca Comercio Administracao e Participacao Ltda; Réu: Planca Comercio Administracao e Participacao Ltda Expeça-se ofício ao Cartório do 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Belo Horizonte/MG (Cartório Sales), com endereço informado à fl. 830v, para determinar o Cancelamento da Indisponibilidade (contra-fé 608-A) com relação à falência de PLANCA # COMÉRCIO, ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO LTDA. oriunda de ofício datado de 07/08/1986, bem como a supressão da Indisponibilidade em nome de ANDRÉ PERONA, portador do CPF nº 049.470.53615, da matrícula 25.726, proveniente deste Juízo. **averbado**

LEIA E ASSINE O DIÁRIO DO COMÉRCIO. REFERÊNCIA EM ECONOMIA E NEGÓCIOS.

Tels.: ( 031 )

3469-2074 | 3469-2079


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

19

LEGISLAÇÃO TRIBUTAÇÃO

Arrecadação cresce no acumulado do ano De janeiro a novembro, recolhimento em Minas foi de R$ 51,313 bi, alta real de 7,6% ante igual período de 2016 LEONARDO FRANCIA

Minas Gerais arrecadou R$ 4,661 bilhões em novembro, 2% a menos do que em outubro (R$ 4,758 bilhões). Em relação à arrecadação de igual mês de 2016, quando foram recolhidos R$ 3,918 bilhões, foi registrado aumento de 18,9%. Os números foram divulgados pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). De janeiro a novembro, a arrecadação estadual acumulou o recolhimento de R$ 51,313 bilhões contra R$ 46,602 bilhões nos mesmos meses de 2016, com crescimento de 10,1%. Quando descontada a inflação oficial do País no período - medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, que foi de 2,5%, o resultado real foi uma alta de 7,6%. A receita tributária res-

pondeu pela arrecadação de R$ 4,435 bilhões em novembro contra R$ 4,392 bilhões em outubro, elevação de 0,9%. No confronto com igual mês de 2016 (R$ 3,704 bilhões), o aumento foi de 19,7%. O recolhimento de tributos representou 95,1% do total recolhido pelos cofres estaduais em novembro. O recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) somou R$ 4,194 bilhões em novembro sobre R$ 4,078 bilhões em outubro, evolução de 2,8%. Sobre a arrecadação do imposto no mesmo mês de 2016 (R$ 3,499 bilhões), o crescimento foi de 19,89%. O ICMS respondeu por 90% da arrecadação global em Minas para o período. No acumulado até novembro, a arrecadação do ICMS no Estado totalizou R$ 40,871 bilhões, ou 79,6 % do recolhimento total

de Minas no intervalo. Na comparação com os mesmos meses de 2016 (R$ 37,366 bilhões), houve um aumento real (descontado IPCA do período) de 6,8%. Entre os produtos e setores que mais recolheram ICMS em 2017 dentro do Estado, o destaque foi o de combustíveis e lubrificantes, com arrecadação da ordem de R$ 9,361 bilhões no acumulado até novembro, e o comércio de Minas, com o recolhimento de R$ 7,964 bilhões no período. A arrecadação com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) totalizou R$ 38,2 milhões em novembro, aumentando 9,7% sobre o mesmo mês de 2016 (R$ 34,8 milhões). De janeiro a novembro, o recolhimento do imposto somou R$ 4,460 bilhões contra R$ 4,201 bilhões nos mesmos meses de 2016, alta real de 3,6%. A cobrança dos débitos

CHARLES SILVA DUARTRE/ARQUIVO DC

No recolhimento de ICMS em onze meses destaca-se o setor de combustíveis e lubrificantes

referentes à dívida ativa milhões entre janeiro e no- R$ 480,3 milhões recolhidos de Minas Gerais gerou o vembro deste ano, um salto em idêntico intervalo do recolhimento de R$ 914,3 (real) de 87,8% frente aos ano anterior.

JUDICIALIZAÇÃO ALISSON J. SILVA

Gastos da União e dos estados com saúde aumentaram 1.300% entre 2008 e 2015 DA REDAÇÃO

O secretário de controle externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (TCU) Marcelo André Barboza da Rocha disse, durante a audiência pública sobre judicialização da saúde realizada ontem no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que os gastos da União e dos estados cresceram 1.300% devido às demandas judiciais por fornecimento de medicamentos entre 2008 a 2015. Neste período de oito anos, as despesas do Ministério da Saúde com o cumprimento de decisões judiciais para a aquisição de medicamentos saltaram de R$ 70 milhões para R$ 1 bilhão. De acordo com o Acórdão 1787, de 2017 do TCU, a maior parte dos gastos com medicamentos judicializados do Ministério da Saúde refere-se a itens não incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os tribunais estaduais com

maior número de processos estão São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina gastaram, juntos, entre 2013 e 2014, R$ 772 milhões, valor superior ao gasto da União no mesmo período. “Estados e municípios estão tendo que custear medicamentos que seriam de obrigação da União”, diz Marcelo André Barbosa da Rocha Chaves. Municipalização - Os secretários estaduais de saúde presentes na audiência manifestaram preocupação com a transferência das demandas judiciais que envolvem tratamentos de saúde para estados e Municípios. O secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Lucena Pereira da Fonseca, afirmou que é necessário ter mais clareza em relação à divisão de responsabilidades entre entes federados. “É responsabilidade da União

EMENDA CONSTITUCIONAL

Administração pública federal deve incluir trabalhadores de RR e AP Brasília - Foi publicada no Diário Oficial de ontem a Emenda Constitucional 98, que permite que pessoas que tenham mantido relação de trabalho com os ex-territórios de Roraima e do Amapá possam ser incluídos no quadro da administração pública federal. Os beneficiados poderão optar pelo quadro em extinção do governo federal se esse vínculo ocorreu entre a data da transformação dos territórios em Estado (outubro de 1988) e outubro de 1993. A emenda também permite que servidores da área de tributação e fiscali-

zação do Amapá, Roraima e Rondônia contratados até os anos 90 terão remuneração equivalente aos da União. A norma vale para servidores admitidos até 1987 por Rondônia e 1993 pelo Amapá e Roraima. A medida se estende a aposentados e pensionistas. A emenda veda o pagamento de valores retroativos. O texto é originário de proposta apresentada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e lista os meios de comprovação do vínculo funcional, entre eles depósitos bancários, contratos e atos administrativos. (AE)

o tratamento oncológico, mas Estados e municípios têm sido instados em decisões judiciais a arcar com isso”, diz. O secretário citou, durante a audiência, o caso do medicamento “Fator IX recombinante de coagulação”, utilizado para tratamento de hemofílicos. De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde negou o fornecimento do medicamento, e pacientes até de outros estados vieram ao Distrito Federal pleitear o remédio por conta de uma jurisprudência favorável do tribunal de justiça local- o remédio pedido nas ações judiciais representou um custo anual de R$ 1 milhão por paciente. Fonseca ponderou que enquanto a demanda por saúde pública é cada vez maior, pelo envelhecimento da população e a crise econômica, os orçamentos com saúde no País permanecem estagnados. Davi Uip, secretário de

Ministério da Saúde gastou R$ 1 bi com remédios em 2015 para cumprimento de decisões judiciais

saúde de São Paulo, trouxe ao debate os casos em que grandes laboratórios estrangeiros recrutam portadores de doenças raras e fornecem tratamentos por apenas um período. Em seguida, esses pacientes entram na Justiça brasileira pleiteando a continuidade do tratamento e, na maioria dos casos, o ônus recai sobre o poder público e não sobre essas multinacionais estrangeiras que patrocinam a pesquisa. “Os portadores de doenças

raras entendem essas tera- demandas pelo direito à pêuticas como salvadoras saúde, as ações para asseda vida”, diz Uip. gurar a prestação do direito à educação são apenas coNegócio lucrativo - Para letivas”, diz Schulze. o juiz Federal Clenio Jair Para Schulze, não há mais Schulze, coordenador do espaço para amadorismos, Comitê Gestor de Saúde no uma vez que em 2017 há Tribunal de Justiça de Santa aproximadamente 1,5 miCatarina (TJSC), a judicia- lhão de processos sobre lização da saúde se tornou judicialização de saúde na um negócio muito lucrativo. Justiça. Segundo o magistra“No direito à educação, não do, “os municípios passaram há judicialização individu- a suportar praticamente toda alizada para garantir esse a carga da judicialização”. direito. Ao contrário das Agência CNJ de Notícias.

TRANSPORTE AUTÔNOMO

STF reconhece vínculo de emprego DA REDAÇÃO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRT-17) que afastou a aplicação de dispositivos da Lei 11.442/2007, que estabelecem não haver vínculo de emprego nas relações decorrentes do contrato de transporte autônomo de cargas. A decisão foi tomada na Reclamação (RCL) 28849, ajuizada pela empresa Fadel Transportes e Logística. O relator apontou que, embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade incidental da norma, a Turma do TRT-17 afastou a aplicação da Lei 11.442/2007, tendo, consequentemente, exercido o controle difuso de constitucionalidade, desrespeitando

o artigo 97 da Constituição Federal e a Súmula Vinculante (SV) 10. O dispositivo constitucional estabelece que somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Já a SV 10 prevê que viola essa cláusula de reserva de Plenário a decisão do órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. O ministro Alexandre de Moraes explicou que o TRT17 reformou sentença do juízo de primeira instância – que não reconheceu o vínculo de emprego – sob a alegação de que o contrato de prestação de

serviço autônomo objeto da ação trabalhista foi firmado com a manifesta intenção de mascarar a relação de emprego, afastando o trabalhador de seus direitos trabalhistas. A Turma daquele tribunal entendeu que a atividade de freteiro seria atividade-fim da contratante, especialmente porque haveria concomitância de motoristas empregados com os transportadores autônomos de carga. “Ao realizar essa redução interpretativa, o órgão fracionário do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região exerceu o controle difuso de constitucionalidade e utilizou a técnica decisória denominada declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto, pela qual o intérprete declara a inconstitucionalidade de algumas interpretações possíveis do texto legal, sem, contudo,

alterá-lo gramaticalmente, ou seja, censurou uma determinada interpretação por considerá-la inconstitucional”, afirmou. De acordo com o relator, a cláusula de reserva de plenário atua como condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, aplicando-se a todos os tribunais. “A jurisprudência da Corte tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal”, apontou o ministro, julgando procedente a RCL 28849. As informações são do STF.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2017

20

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

ASCOM / SISEMA

Desenvolvimento do País Quais passos devem ser tomados para que o Brasil se desenvolva de forma sustentável? Qual o futuro do fomento no País? Essas são algumas das perguntas que serão debatidas no Fórum do Desenvolvimento, amanhã, das 9h às 18h, no BDMG (Rua da Bahia, 1.600, Lourdes), em Belo Horizonte. O evento, aberto ao público, contará com participantes de renome nacional e internacional. Entre os palestrantes estará o sul-coreano Ha-Joon Chang, professor da Universidade de Cambridge, escritor e teórico do desenvolvimento, que já prestou consultoria para os Bancos de Desenvolvimento Asiático e Europeu, além de diversas agências das Nações Unidas. O economista falará sobre Desenvolvimento Tardio e contará com os comentários do presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e vice-presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Marco Aurélio Crocco Afonso.

Parque da Gastronomia O tradicional projeto Gastronomia na Praça, primeiro evento gastronômico temático da Capital, após seis edições, incluindo uma em Nova York e outra em Portugal, será convertido em nova plataforma baseada na economia criativa, que passará a integrar o calendário regional e nacional, com foco na promoção e realização de novos negócios que vão fomentar todos os segmentos do setor. O evento, que passa a se chamar Festival Internacional Parque da Gastronomia, será lançado quinta-feira (14), às 19h, na Casa da Gastronomia Mineira – Mineiraria (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Santo Agostinho). Parceiros, colaboradores e imprensa conhecerão uma “cidade gastronômica”, a ser montada em 2018, no Parque de Exposições Bolívar Andrade, bairro Gameleira, em BH, onde será montada estrutura com 16 pavilhões temáticos, duas grandes alamedas gourmet, centro de negócios e outras atividades em edificações reunidas em 240 mil m².

Instrumentos de corda O Centro Cultural Sesiminas está com inscrições abertas para a Escola de Formação de Instrumentistas de Corda (Efic). A escola oferece aulas gratuitas de violino, viola, violoncelo e contrabaixo acústico para jovens de baixa renda. O objetivo é dar condições técnicas e musicais aos seus alunos para se desenvolverem no instrumento escolhido, por meio de metodologias que promovam o seu aprimoramento artístico e humano. Os interessados têm até 16 de fevereiro de 2018 para se inscrever. Após a inscrição, são feitos testes de aptidão e análise socioeconômica do inscrito. Fundada em 1989, a Efic se consolidou como referência no cenário musical mineiro. Os alunos que desejam seguir profissionalmente na música são preparados para o vestibular, e a todos é dada a oportunidade da prática de orquestra, por meio da Orquestra Jovem Sesiminas.

Raquel Dodge defende acesso à água como direito humano DA REDAÇÃO

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse ontem que entre os principais desafios do que chamou de a “pior crise hídrica” já vivida pelo Brasil está a indefinição legal sobre o acesso à água como direito humano fundamental. “Existe um fator jurídico na crise hídrica: a crise por falta de definição no acesso à agua. Primeiro, porque não se estabeleceu o direito humano à água. A lei tem regulado outros aspectos da relação humana com a água, como a propriedade da água, o uso e o controle de acesso, mas não garante o direito à água”, ponderou Dodge. As declarações da procuradora-geral foram dadas na abertura do seminário internacional Água, Vida

e Direitos Humanos, organizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por ela. O evento é preparatório para 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em Brasília em março do ano que vem. “As leis que protegem os recursos hídricos são muito pouco conhecidas e também estabelecidas de modo a proteger basicamente a propriedade e o controle da água, não ampliar o direito à água”, reforçou Dodge, que defendeu a inclusão do acesso à água no rol de direitos fundamentais previstos no ordenamento jurídico brasileiro, ao lado do direito à vida, à saúde e à livre expressão, por exemplo. A procuradora-geral da República pediu ainda a juízes, promotores e procuradores que busquem a aplicação de punições mais severas contra os que infringem leis de proteção

EDUARDO VARGAS / DIVULGAÇÃO

aos rios. “O direito deve exercer não apenas um efeito repressivo, mas também inibitório”, afirmou. Rio Doce - O seminário Água, Vida e Direitos Humanos continua até hoje no CNMP. Entre os assuntos a serem debatidos está o tratamento jurídico dado ao desastre ambiental de Mariana (MG), que causou o colapso da bacia hidrográfica do rio Doce (Foto), quinta mais importante do Brasil. Passados dois anos desde o rompimento da barragem da empresa Samarco, que despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério na natureza, nenhum indivíduo foi responsabilizado pela tragédia, cuja ação criminal ficou suspensa por mais de quatro meses na Justiça Federal e foi retomada neste mês. (ABr)

85 anos do DC Os 85 anos de fundação do DIÁRIO DO COMÉRCIO foram homenageados pelo Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Minas Gerais (Sinapro-MG), que neste ano comemorou 38 anos de fundação com a realização do Encontro Anual da Propaganda, na Utópica Marcenaria, com a presença de diretores e funcionários de agências de propaganda, de veículos, de fornecedores e importantes personalidades do setor. Na oportunidade, o presidente do DC, Luiz Carlos Motta Costa, acompanhado do Diretor Executivo e de Mercado, Yvan Muls, recebeu o Diploma Memória Viva da Propaganda. Além disso, o Sinapro-MG ofereceu a premiação dos Melhores da Propaganda Mineira de 2017. O presidente do Sinapro-MG, André Lacerda, agradeceu a todas as empresas que patrocinaram o evento, além dos apoiadores e demais pessoas que contribuíram para que a festa fosse um sucesso.

CULTURA Maurício Tizumba Comemorações - Um dos ícones da cultura afro-mineira, o multiartista Maurício Tizumba comemora 60 anos de vida e 45 de carreira em show que reunirá o grupo Tambor Mineiro, o Bloco Saúde, Chico Amaral, Júlia Dias, Marcus Viana e Titane. “A minha vida inteira eu me vi envolvido com a arte, com as manifestações de resistência afro-mineira”, afirma Tizumba. Quando: Hoje, às 20h Quanto: Entrada Franca (Os

ingressos serão distribuídos uma hora antes do show) Onde: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, s/n, Centro, Parque Municipal, Belo Horizonte)

retirada de ingressos 30 minutos antes) Onde: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte)

Minas Pocket

Música Itinerante

Teatro - O programa Minas Pocket apresenta a montagem de O Pelicano, interpretação da obra homônima do dramaturgo sueco August Strindberg. Direção, cenário, figurino e produção são assinados por Luiz Paixão, diretor PATRICK ARLEY / DIVULGAÇÃO da Companhia de Teatro, e elenco composto por Bruno Hilário (o filho), Thiago Di Nazaré (o genro), Nathália Estanislau (a filha), Mariana Bizzoto (a mãe) e Ângela Maria (a criada). Quando: Hoje, às 20h Quanto: Entrada gratuita (Com

MPB - A cantora Maíra Manga encerra a temporada de shows do “Música Itinerante 2017, com repertório de composições inéditas de Sergio Santos, além de releituras de canções de Chico Buarque, Baden Powell, Nelson Cavaquinho, entre outros compositores. De maneira intimista, Maíra apresenta mostrará a riqueza, a poesia e a diversidade da música brasileira. Quando: Sexta-feira (15), às 20h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Cine Theatro Brasil/ Teatro de Câmara (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte)

CATIA DONADUZZI / DIVULGAÇÃO

Bee Gees Tributo - O grupo argentino Geminis, de Buenos Aires, retorna a BH para uma única apresentação do Bee Gees – The Tribute Show, que inclui clássicos que marcaram época, como Stayin’ Alive, You Should Be Dancing, How Deep is Your Love e Night Fever, interpretados pelo trio Ismael Espiño (como Barry Gibb), Alejandro Niz (como Robin Gibb) e Daniel Liberchuk

(como Maurice Gibb). Quando: Amanhã, às 21h Quanto: De R$ 50 a R$ 120 Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.