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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.545 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

Aeroporto da Pampulha pode passar por novo licenciamento A polêmica novela das operações do aeroporto da Pampulha ganhou um novo capítulo. Associações de moradores da região protocolaram uma representação no Ministério Público Federal para pedir a suspensão dos voos no terminal até a elaboração de um novo licenciamento ambiental. Para os moradores, o processo é necessário diante do antigo passivo ambiental. Pág 5

Varejistas entram com ação contra o diferencial de alíquota do ICMS Três entidades representantes do comércio varejista da RMBH ajuizaram uma ação coletiva com pedido de liminar na Vara de Feitos Tributários contra a cobrança do diferencial de alíquota (Difal) do ICMS por parte do governo de Minas sobre 60 mil empresas optantes pelo Simples Nacional. A taxação incide sobre a compra de produtos provenientes de outros estados para revenda, industrialização ou utilização na prestação de serviços. Pág. 7

Dívida pública em 2017 fica muito abaixo da meta Déficit primário caiu 24,8% em relação ao registrado em 2016 MARCOS SANTOS / USP IMAGENS

O governo central conseguiu fechar 2017 com um déficit primário de R$ 124,401 bilhões, valor bastante inferior à meta de R$ 159 bilhões. O resultado negativo ficou 24,8% abaixo do registrado em 2016, de R$ 161,276 bilhões, já descontada a inflação medida pelo IPCA. Impulsionadas pelo novo Refis e pelas concessões de blocos de petróleo, aeroportos e hidrelétricas, as receitas líquidas da União cresceram 2,5% acima do IPCA no ano passado. As despesas recuaram 1% e os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram 14%. Entretanto, a maior queda ocorreu justamente nos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos): 31,9%, descontada a inflação. Segundo o Tesouro Nacional, correspondentes a 0,69% do PIB, os investimentos atingiram o menor nível desde 2008 em valores corrigidos O déficit primário do governo foi reduzido com corte nas despesas, principalmente nos investimentos pelo IPCA. Pág. 15 DIVULGAÇÃO

Mercedes-Benz gera 50 empregos em Juiz de Fora

Após um longo período de retração, a planta da Mercedes-Benz em Juiz de Fora, na Zona da Mata, começa 2018 com previsão de crescimento de 20% a 30% nas vendas de veículos comerciais até o fim do ano. A montadora confirmou a contratação de 50 funcionários para a unidade mineira, que continua a montar o caminhão Actros. O volume de montagem e pintura de cabines vem crescendo, inclusive com a expectativa de criação de um segundo turno nos próximos meses, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora. No fim de 2017 a empresa anunciou um plano de aportes de R$ 2,4 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos, incluindo a modernização das fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora Pág. 3 A Mercedes-Benz prevê crescimento de 20% a 30% nas vendas de veículos comerciais DIVULGAÇÃO

SensyMed planeja expansão comercial nos próximos três anos

A SensyMed produz uma série de equipamentos médicos de alta tecnologia em Itajubá Dólar - dia 29

Euro - dia 29

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,1651 Venda: R$ 3,1656

3,9088

Venda: R$ 3,9103

Turismo Compra: R$ 3,1770 Venda: R$ 3,3200

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC)

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 30): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 29

Compra: R$ 3,1648 Venda: R$ 3,1655

Especializada na fabricação de equipamentos médicos de alta tecnologia em Itajubá, no Sul de Minas, a SensyMed planeja uma expansão comercial nos próximos três anos com produtos como equipamento de aquecimento e mantas térmicas descartáveis para prevenção e tratamento de hipotermia. Com crescimento médio de 30% ao ano, a SensyMed vem ganhando mercado por meio de licitações governamentais. No caso das mantas, houve uma demanda de quase 130 mil unidades no valor de mais de R$ 12 milhões. Pág. 11

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Poupança (dia 30): ............ 0,3994% IPCA-IBGE (Dezembro): ... 0,44%

US$ 1.340,30

IPCA-Ipead (Dezembro): ... 0,60%

R$ 136,90

IGP-M (Dezembro): ................. 0,89%

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EDITORIAL De uma série de informações desencontradas que temos tido sobre a febre amarela, essa doença que nos assusta e deixa em alerta neste começo de ano, a confirmação do seu nível de letalidade parece ser a mais certa. Só em Minas Gerais, pelo menos 30 mortes causadas pela febre amarela teriam sido registradas até ontem. 25 desses óbitos foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e outros cinco pelas prefeituras de Brumadinho, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Alvinópolis. Até a semana passada, dos 853 municípios mineiros, 162 estavam na lista dos afetados pela doença. Há a expectativa de que hoje a SES divulgue boletim atualizado sobre a febre amarela. “Febre amarela e desinformação”, pág. 2

OPINIÃO As Nações Unidas declararam 27 de janeiro o dia da Memória das vítimas do holocausto. A data escolhida se refere à libertação pelos soviéticos do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. A perseguição aos judeus não foi novidade na Europa. Na história mais recente, no século 15, os espanhóis e portugueses promoveram durante a Inquisição a matança e expulsão dos judeus da península ibérica. E precisaram de 500 anos para reconhecer isso, devolvendo agora a cidadania portuguesa ou espanhola aos descendentes dos judeus perseguidos. Os reinos austríacos, em várias ocasiões da história, proibiram os judeus de habitarem suas terras ou exercerem suas profissões. (Stefan Salej), pág. 2


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OPINIÃO Do holocausto, shoa, nunca mais STEFAN SALEJ * As Nações Unidas declararam 27 de janeiro o dia da Memória das vítimas do holocausto. A data escolhida se refere à libertação pelos soviéticos do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Aliás, um dos 40 mil campos de concentração e de trabalhos forçados, campos da morte, que os nazistas alemães mantinham com câmaras de gás e outros métodos para assassinar mais de 6 milhões de judeus e mais cerca de 13 milhões de outros seres humanos, tais como padres católicos, ciganos, comunistas, eslavos, homossexuais e pessoas com deficiências físicas ou mentais. Todos os que o regime nazista liderado por Hitler, pelo fascista Mussolini e, com o apoio de simpatizantes nazistas nos países ocupados, consideravam inimigos de estado. A perseguição aos judeus não foi novidade na Europa. Na história mais recente, no século 15, os espanhóis e portugueses promoveram durante a Inquisição a matança e expulsão dos judeus da península ibérica. E precisaram de 500 anos para reconhecer isso, devolvendo agora a cidadania portuguesa ou espanhola aos descendentes dos judeus perseguidos. Os reinos austríacos, em várias ocasiões da história, proibiram os judeus de habitarem suas terras ou exercerem suas pro-

fissões. Na Rússia e Polônia, assim como na Romênia, existiam Pogroms que consistiam em agressões físicas e queima de aldeias onde moravam os judeus, e sua expulsão. Ou seja, a perseguição existia desde os tempos dos gregos, romanos, assírios, mas na história moderna foi a shoa, palavra em hebraico que significa catástrofe, que provocou mortes de forma sistêmica e a mais cruel vista na história da humanidade. Após 72 anos do término da Segunda Guerra Mundial, a pergunta que fica é se a humanidade, tão evoluída do ponto de vista tecnológico, pode repetir esses acontecimentos e se de fato o antissemitismo, o ódio racial, foram enterrados com os mortos do holocausto ou não. A resposta clara e em voz alta é: sim. Sim, o antissemitismo não está enterrado, está vivo e está se tornando, como o racismo e discriminação racial até política de estado. De novo. Os nazistas que depois da guerra fugiram, inclusive para a Argentina, Chile, Paraguai e Brasil (onde se esconderam nas empresas alemães como a VW e Mannesmann, entre outras) ressurgiram com nova roupagem na Europa. Na Áustria, ganharam as eleições, na Alemanha entraram no parlamento, na França o Front Nacional nega o holocausto, na

Polônia, na semana passada, aprovaram leis que negam a participação polonesa no holocausto, na Croácia multidões saúdam nos estádios de futebol com bandeiras de ustashas colaboradores dos nazistas, na Ucrânia as leis proíbem críticas ao regime nazista. E mais, na Hungria no dia da Memória das vítimas do Holocausto, os neonazistas fazem festa em homenagem ao seu líder durante a guerra, que mandou mais de 400 mil judeus para morte. Nunca mais não quer dizer medo de que voltemos aos tempos do nazismo. Mas diz com clareza que os valores da civilização em que vivemos e que são tão bem representados pelos valores judaicos, entre outros, devem ser preservados. Lutar pela justiça social, lutar pela igualdade racial e pelo respeito religioso, e lutar contra todas as formas de antissemitismo renascido, é preservar a democracia e respeitar os mortos no shoa. Nunca mais não são palavras ocas, lembradas uma vez por ano, são um compromisso de todo dia, para que o mundo seja mais igual, melhor para todos. * Empresário, ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e Cofundador do Minas em movimento

Dois minutos para meia-noite “O efeito Trump tem afetado o relógio.” (Revelação constante do último “Bulletin of the Atomic Cientists”.) Ele é tão famoso quanto o “Big Ben”. Mas, ao contrário do marcador de tempo londrino, venerável instituição britânica com sua pulsação festiva e solene de celebração da vida, é um lúgubre símbolo de um momento conturbado da história. Momento marcado por desatinos exacerbados que alvejam desapiedadamente a dignidade humana. Este relógio foi concebido há setenta anos por um grupo de cientistas de vanguarda. Seus instituidores procuraram estabelecer, com a iniciativa, uma analogia que inserisse a civilização contemporânea dentro de um espaço de tempo determinado, onde o dispositivo pudesse, através de medições periodicamente atualizadas, avaliar os lances negativos e positivos da conduta humana em condições de influenciar o destino deste nosso planeta azul. Avanços de segundos ou de minutos dos ponteiros em direção da meia-noite representam, dentro de tal enfoque, prenúncios de tragédias. Ocorrências avassaladoras com potencial suficiente para até mesmo reduzir a escombros as conquistas civilizatórias. Recuos na marcha dos ponteiros significam, de outra parte, evidência de redução no nível das tensões. Desde que posto a funcionar em 1947, o assim também denominado “Relógio do Apocalipse”, já foi acionado 23 vezes. Tudo em consequência da elevação da temperatura quanto a inquietações da comunidade internacional provocadas por conflitos e outras questões sociais, ambientais etc. A última dessas “mexidas” aconteceu ainda agora, no dia 26 de janeiro passado. O novo posicionamento dos ponteiros, estipulado pelo comitê de renomados cientistas de todas as

CESAR VANUCCI *

partes do mundo vinculados a esse esquema de avaliação periódica das confusões armadas pelo “bicho homem”, revela alarmantemente que estão faltando apenas dois minutos para as fatídicas badaladas da meia-noite. Cabe frisar que, anteriormente, só por uma única vez, no curso do processo (isso por volta de 1953), a ameaça de catástrofe definitiva desenhou-se tão iminente quanto agora. Na ocasião pretérita, em que os ponteiros do relógio acusaram, pela vez primeira, dois minutos para meia-noite, os Estados Unidos e a antiga União Soviética andaram testando sistemas termonucleares tão devastadores que, diante deles, as bombas arremessadas sobre Hiroshima e Nagazaki chegaram a ser apontadas, no dicionário dos “senhores da guerra”, como artefatos de efeitos até brandos, minha Nossa Senhora da Abadia da Água Suja!!! O alerta sobre os riscos da hora presente consta do último “Bulletin of the Atomic Cientists” da Universidade de Chicago. No entendimento dos encarregados das movimentações do “Relógio do Juízo Final”, vem sendo preponderante para a assustadora marcha dos ponteiros o denominado “efeito Trump”. Desde a mudança de governo ocorrida no mais poderoso país do mundo, responsável sabidamente por decisões que, na paz e na guerra, preconizam (pra dizer o mínimo) diretrizes para a humanidade inteira, o “relógio” vem sendo impactadamente afetado. Há um ano, em 26 de janeiro de 2017, o “avanço” foi de três para dois minutos e trinta segundos, sendo essa a primeira mudança com emprego de fração desde o longínquo ano de 47. Em 25 de janeiro de 2018 anunciou-se outro “avanço” de mais trinta segundos. Estão faltando dois minutos para meia-noite... * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

PT abre campanha GAUDÊNCIO TORQUATO * Não poderia haver evento mais útil aos propósitos do PT do que o julgamento do recurso de defesa de Lula pelo TRF-4, que manteve a condenação por 3 a 0 e elevou a pena para doze anos e um mês na última quarta-feira. O partido carecia de um grande motivo para reanimar a militância, nos últimos anos afogada na borrasca que começou no mensalão e desembocou no petrolão, a Operação Lava Jato. Lula se compara a Tiradentes ou Mandela, sem rubor na face, para assim embalar o partido, temeroso da própria existência por ocasião do mensalão. Lula era e continua a ser o elo que une as alas do partido, pelo carisma e por ser o principal puxador de votos do País. Apesar da punição severa, seguirá caminhando na trilha da candidatura, vestindo o manto de vítima das elites, agora engrossadas pela elite de toga do Judiciário. A campanha se desenvolverá sob um clima de alta tensão, fomentada por contingentes barulhentos, entre os quais os exércitos da CUT e do MST, com disposição de fechar rodovias

e invadir propriedades, na esteira de recomendações de quadros petistas, com destaque para a presidente do partido, Gleisi Hofmann, e o senador Lindberg Farias, incitando a militância a pegar em armas contra os inimigos e a tomada do poder pela violência. Consiga ou não posicionar-se como candidato até 17 de setembro, data limite para a garantia de presença nas urnas, Lula preencherá a planilha de necessidades que o PT planejou: reacender as fogueiras do petismo, puxar um cordão de candidatos proporcionais nos Estados e, quem sabe, até eleger governadores. Se Lula for impedido de ser candidato, seu eventual substituto acabará entrando na tuba de ressonância construída pelo julgamento dos juízes de Porto Alegre e poderá puxar razoável baciada de votos, principalmente no Nordeste, região que detém 27% dos votos do território. Sem Lula como candidato, a esperada polarização entre ele e Bolsonaro, pela extrema-direita, perde força, sendo provável o impulso a ser dado ao candidato do centro, principal-

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mente se o governador de São Paulo Geraldo Alckmin canalizar forças encasteladas nas áreas de centro-direita e centro-esquerda. Esse cenário não abrigaria outras candidaturas centrais, como a de Henrique Meirelles ou a de Rodrigo Maia, situação que produziria dispersão de votos. Álvaro Dias, que habita também o centro, não teria votos suficientes para ser o principal protagonista do terreno. Seu perfil é regional. Nessa condição, poderia estar Luciano Huck, caso induzido a entrar na arena. Voltando ao PT, é possível concluir que não será desta vez que o partido será batido fragorosamente. Lula, mesmo não sendo candidato, será o responsável pela sobrevida do petismo. Se vier a ganhar os recursos jurídicos, o clima de polarização reacenderá a fogueira entre “nós” e “eles”. Ainda assim, a vitória do PT seria a alternativa menos provável.

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Febre amarela e desinformação Febre amarela mata. De uma série de informações desencontradas que temos tido sobre essa doença que nos assusta e deixa em alerta neste começo de ano, a confirmação do seu nível de letalidade parece ser a mais certa. Só em Minas Gerais, pelo menos 30 mortes causadas pela febre amarela teriam sido registradas até ontem. 25 desses óbitos foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e outros cinco pelas prefeituras de Brumadinho, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Alvinópolis. Até a semana passada, dos 853 municípios mineiros, 162 estavam na lista dos afetados pela doença. Há a expectativa de que hoje a SES divulgue boletim atualizado sobre a febre amarela. Outro dado preocupante sobre a doença em Minas é que havia, também na última semana, cerca de 3,5 milhões de “Ir e vir é um direito. pessoas ainda não Mas é preciso ter em vacinadas, sendo uma maioria mente que o que se de homens com está tentando preservar idades entre 15 e quando se exige o 59 anos, segundo levantamento cartão de vacinação da SES. Mesmo com o registro da dose assim, a cobertura da vacina de febre vacinal no Estado amarela em dia é a vida estava entre as mais altas do País, do portador” atingindo em torno de 82% da população. Até aqui, pelo que nos orienta a medicina, a vacina é a forma mais eficaz de se evitar a doença em quem está nas áreas de risco. Pessoas que estão fora dos locais considerados de risco, devem procurar ficar longe deles neste momento de maior incidência de casos. Entretanto, a desinformação e, quiçá, a ignorância aparentam ser tão responsáveis pelo perigo de contágio quanto a falta de imunização. Prova disso é a insistência e a resistência de pessoas orientadas a não frequentarem determinados lugares em caso de não terem sido imunizadas há mais de 10 dias - prazo necessário para que a dose da vacina comece a fazer efeito. Ir e vir é um direito. Mas é preciso ter em mente que o que se está tentando preservar quando se exige o cartão de vacinação com o registro da dose da vacina de febre amarela em dia é a vida do portador. Algumas pessoas sequer podem ser imunizadas, por algum tipo de contraindicação, como idade ou portar determinadas doenças. Nessas situações e em outras similares, o mais indicado é sempre consultar um médico, que tenha como avaliar caso a caso e prescrever a vacina, desde que seja viável. Afinal, serenidade e informação adequada nunca são excessivas quando se trata da nossa saúde, da nossa vida.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

ECONOMIA INDÚSTRIA

Mercedes-Benz anuncia contratações Neste ano, a empresa contará com 50 novos funcionários na planta de Juiz de Fora, com plano de retomada DIVULGAÇÃO

MARA BIANCHETTI

Passado o período turbulento vivido pela Mercedes-Benz, com unidade fabril em Juiz de Fora, na Zona da Mata, marcado por sucessivas medidas de contenção adotadas em 2015 e 2016, incluindo longos períodos de lay-off e baixa na produção, a montadora já começou 2018 confirmando a contratação de 50 funcionários para a planta mineira, sob uma perspectiva de continuidade de retomada do mercado de veículos comerciais no decorrer deste exercício. De acordo com a assessoria de imprensa da Mercedes-Benz, a expectativa é de aumento entre 20% e 30% nas vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro no decorrer de 2018. A empresa não chegou a detalhar a produção, mas admitiu que a medida faz parte do plano de aportes anunciado no fim do ano passado, da ordem de R$ 2,4 bilhões no Brasil para os próximos cinco anos. Na época, a empresa divulgou que os recursos seriam direcionados à modernização das fábricas da montadora localizadas em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora. Os recursos englobam ainda a melhoria contínua dos veículos

Para 2018, a empresa projeta alta entre 20% e 30% nas vendas de veículos comerciais, com investimentos de R$ 2,4 bi no Brasil nos próximos cinco anos

comerciais da marca e o desenvolvimento de novos produtos e de tecnologias em serviços e conectividade. Vale destacar que a montagem do caminhão Actros continua a ser executada na cidade da Zona da Mata mineira, e o volume de montagem e pintura de cabinas têm crescido, inclusive com a

expectativa de criação de um segundo turno nos próximos meses, conforme já revelou o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. Em 2014 a Mercedes anunciou a intenção de transferir, gradualmente, a produção de caminhões de Juiz de Fora para São Bernardo do Campo. O modelo Accelo,

que chegou a concentrar mais de 90% da produção na cidade mineira, foi levado para São Paulo no final de 2016. Por outro lado, a cidade concentraria, também naquele ano, a produção de cabinas e pintura de todos os veículos da montadora. Conforme já publicado, a

Produção cresceu 2,5% no Brasil em 2017 Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira voltou a registrar crescimento no último mês do ano passado, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê um avanço de 0,2% em dezembro de 2017 ante novembro do mesmo ano. Como resultado, o setor industrial acumulou uma expansão de 2,5% no ano passado. O indicador é calculado como uma prévia da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado oficial será divulgado pelo IBGE na próxima quinta-feira. Na passagem de novembro para dezembro, os destaques positivos foram a importação de bens intermediários, com alta de 1,7%, e a produção de veículos automotores, com avanço de 4,5% no mês e encerrando o ano com expansão de 25,2%. Em dezembro, a produção

STUDIO CERRI / DIVULGAÇÃO

O segmento de veículos automotores cresceu 4,5% em dezembro ante novembro e 25,2% no ano

aumentou 3,8% em relação a dezembro de 2016, o que representaria a quarta alta consecutiva nesse tipo de comparação. O bom desempenho foi disseminado entre os componentes do indicador, com exceção da queda de 8,8% no indicador de estoques, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

Segundo o Ipea, o cenário para a produção industrial brasileira permanece de recuperação gradual e constante. “Percebemos uma trajetória regular ao longo de 2017. O crescimento da produção, que é uma consequência da melhora das vendas internas e das exportações, tem aumen-

tado significativamente o emprego industrial. É um setor que já está empregando mais e à frente de outros setores, como comércio e serviços, no que diz respeito à recuperação da crise”, avaliou o autor do estudo, Leonardo Mello de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, em nota oficial. (AE)

INDICADOR

Consumidor mostra mais confiança Brasília - A confiança do consumidor avançou 2,4% em janeiro ante dezembro. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro, o índice já havia registrado um recuo de 0,5% ante novembro. Com o movimento de janeiro, o índice chegou a 102,9 pontos, ficando 0,9% abaixo do apurado em janeiro de 2017. O indicador está ainda 4,7% abaixo da

média histórica para o índice, que é de 108 pontos. Na avaliação do economista da CNI Marcelo Azevedo, o resultado indica que, “apesar da melhora das expectativas, a confiança do consumidor continua baixa, o que limita uma recuperação mais forte do consumo”. O Inec reflete as expectativas dos entrevistados em relação à inflação, ao desemprego, à renda pessoal, às compras de bens de maior valor, ao endividamento e à situação

financeira. No geral, os consumidores estão mais otimistas, na margem, em relação a cinco desses itens e mais pessimistas em relação a um deles (compras de bens de maior valor). No caso da inflação, o índice subiu 4,0% ante dezembro e recuou 2,0% em relação a janeiro de 2017. Já a expectativa quanto ao desemprego subiu 6,0% e 3,4%, respectivamente. O indicador relacionado à renda pessoal teve alta de 5,3% em janeiro ante dezembro e queda de 5,0% ante janeiro de 2016.

Para a expectativa quanto ao endividamento, o indicador subiu 1,2% na margem e recuou 4,0% em relação a janeiro do ano passado No caso da situação financeira, a expectativa subiu 1,9% em janeiro ante dezembro e cedeu 3,0% ante janeiro de 2016. Por fim, o componente do Inec relacionado às compras de bens de maior valor cedeu 0,7% em janeiro ante dezembro, mas teve alta de 3,3% em relação a janeiro do ano passado. (AE)

operação de duplicar e ampliar as instalações da linha de montagem bruta na cidade demandou investimentos da ordem de R$ 230 milhões. Ainda segundo informações do sindicato, há cerca de 800 trabalhadores diretos na unidade de Juiz de Fora atualmente. Em relação a produção, há informações

de aumento na produção do Actros, de quatro unidades por dia no início de 2017 para 13 ao dia ao longo daquele ano, com perspectiva de elevação para 16 a 18 por dia em 2018. Em relação à montagem de cabinas, a expectativa é que o volume que hoje é de 120 por dia aumente para 140.

Setor industrial avança cercado de incertezas São Paulo - A estabilidade da confiança da indústria em janeiro ante dezembro (99,4 pontos) demonstra que o setor está avançando, mas não de forma robusta e sustentável e permeada por bastante incerteza, diz a coordenadora da Sondagem da Indústria da Fundação Getulio Vargas, Tabi Thuler Santos. Ela lembra que a indefinição eleitoral e quanto à aprovação das reformas deve gerar instabilidade na confiança durante todo o ano de 2018. Assim, conclui Tabi, é difícil apostar em retomada dos investimentos em ampliação da capacidade instalada do setor, ainda mais com a ociosidade elevada. “Os empresários tendem a esperar por uma definição para investir.” O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também ficou estável em janeiro, em 74,7%. Tabi ainda lembra que essa forma de recuperação está alinhada com a economia como um todo e também com a demanda que ainda reage de forma lenta e gradual. “Não tem retomada consistente. A economia está saindo da recessão, mas não há ainda crescimento com investimentos, confiança elevada, baixa incerteza e com o aumento da renda disponível”, avalia. Em janeiro, a queda de 2,4 pontos, para 98 pontos, do Índice de Expectativas (IE) impediu o avanço da confiança, já que o Índice de Situação Atual

(ISA) subiu 2,4 pontos. A principal influência para queda do IE foi a perspectiva de evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Mas Tabi considera provável que esse indicador volte a subir em fevereiro, ajudando a confiança a ultrapassar a barreira do pessimismo (100 pontos). “Podemos interpretar o recuo no indicador de emprego como pontual, mais demonstrando incerteza do que preocupação permanente.” Além disso, ela destaca que “há muitas informações positivas na pesquisa”. A pesquisadora destaca que o modesto avanço que o setor vem mostrando ainda está sendo orientado pelo mercado externo, mas que a sondagem mostra que a demanda interna está melhorando, só que bem vagarosamente. Segundo Tabi, o indicador de demanda externa atual e a perspectiva para o curto prazo estão em ótimo nível, em 114 pontos e 109 pontos, respectivamente. Já o indicador de demanda interna está em 94,7 pontos. Outra boa notícia é a redução da parcela de empresas que relata nível de estoques excessivo, que atingiu 8% com ajuste sazonal em janeiro, o menor porcentual desde abril de 2013 (7,7%) e menor que a média histórica de janeiro de 2001 a janeiro de 2018 (11,8%). “Esse é um bom indicativo de que a indústria está pronta para produzir.” (AE)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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ECONOMIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Sicoob Credicom tem resultado recorde Sobras da cooperativa somaram R$ 55,4 milhões no ano passado, com crescimento de 0,1% sobre 2016 DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

O Sicoob Credicom (Sistemas de Cooperativas de Crédito do Brasil - Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Médicos de Belo Horizonte e RMBH) encerrou 2017 com resultado recorde, o quinto consecutivo. No ano passado, as sobras da cooperativa somaram R$ 55,4 milhões, com crescimento de 0,1% sobre 2016 (R$ 55,3 milhões). “Estamos batendo recordes, sucessivamente desde 2013. A cooperativa vem crescendo em número de cooperados e movimentação financeira. Por outro lado trabalhamos dentro de uma revisão de estrutura organizacional e conseguimos maior eficiência com o custo administrativo menor”, explicou o diretor-presidente do Sicoob Credicom, Garibalde Mortoza. As sobras representam o resultado financeiro das cooperativas de crédito, ou, mais precisamente, ao lucro, termo usado normalmente para os desempenhos de empresas no mercado. A cooperativa também alcançou um ativo total de R$ 2,1 bilhões em 2017, contra R$ 1,8 bilhão em 2016, aumento de 16,6%. Neste caso, o termo ativo representa todo o dinheiro que circula na cooperativa, desde depósitos à vista, o dia a dia das contas correntes dos clientes, depósitos a prazo, aplicações

Garibalde Mortoza destaca que o Sicoob Credicom vem conseguindo maior eficiência com custo menos em função de uma revisão da estrutura organizacional

financeiras e o próprio patrimônio da cooperativa. As operações de crédito, que são os empréstimos realizados, somaram R$ 769 milhões em 2017 sobre R$ 586 milhões em 2016, crescimento de 31,2%. No ano passado, o patrimônio líquido chegou a R$ 305 milhões, ante R$ 240 milhões, alta de 27%. Os recursos dos empréstimos são direcionados para fomentar a área da saúde, como para

hospitais, clínicas, laborató- uma movimentação maior rios, consultórios médicos e na região”, disse. odontológicos, por exemplo. “Em São Paulo, o cooperativismo financeiro na área da Expectativas – Para este ano, saúde ainda é precário, mas o presidente da Credicom é um mercado com potencial acredita em um novo resulta- imenso. Por isso temos expecdo positivo. “Recentemente, tativa de aumentar número abrimos duas agências estra- de operações e de cooperados tégicas: uma em São Paulo e e, com isso, ampliar o resuloutra em Uberlândia (Triân- tado”, acrescentou Mortoza. gulo Mineiro). Já estávamos As agências paulistas e a de operando no Triângulo sem Uberlândia foram abertas em agência e agora projetamos dezembro do ano passado.

Estoque de crédito no Brasil recua 0,6% Brasília - O saldo das operações de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 3,086 trilhões em dezembro do ano passado, o que representou uma queda de 0,6% em relação a 2016, quando esse valor chegou a R$ 3,105 trilhões. O saldo de 2017 é equivalente a 47,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2016 as operações de crédito representavam 49,6% do PIB. Os dados estão no Boletim de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado ontem pelo Banco Central. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, 2017 apresentou quedas sucessivas no estoque do crédito até meados de agosto. No último trimestre do ano, no entanto, houve uma recuperação gradual. “Tem algumas modalidades que saíram na frente, como é esperado, e algumas outras não iniciaram o processo de recuperação. Mas [o crédito] parece alinhado à recuperação da atividade [econômica] que a gente viu ao longo de 2017”, explicou. De acordo com Rocha, o crédito

livre, que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado, puxou essa recuperação. Em 2017, o crédito a pessoas físicas teve um aumento de 8,4% nas concessões e 5,6% no saldo, ao contrário do crédito a pessoas jurídicas, que recuou 7%. No total, de acordo com o boletim, o crédito com recursos livres somou R$ 1,583 bilhão, um aumento de 1,7%, em comparação com dezembro do ano passado. Na carteira das famílias, com saldo de R$ 851 bilhões, o aumento foi de 0,3% em relação a novembro, destacando-se o cartão de crédito à vista, com crescimento de 4,2% no mês, o financiamento de veículos (1,2%) e o crédito consignado (0,4%). O crédito às empresas somaram R$ 732 bilhões em dezembro, uma retração de 2% comparado com dezembro de 2016. Já o crédito direcionado totalizou R$ 1,503 bilhão, uma retração 3% em relação a dezembro do ano passado. O crédito direcionado é aquele regulado pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) ou

vinculado a recursos orçamentários destinados, basicamente, à produção e ao investimento de médio e longo prazos nos setores imobiliário, rural e de infraestrutura. Endividamento - O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41% em novembro, o mesmo percentual registrado em outubro. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento manteve-se em 23% no período. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou estável em 20% de outubro para novembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 17,6% para 17,5% no período. (ABr/AE)

Caixa pode ter carteira de R$ 100 bi até 2019 São Paulo - A Caixa Econômica Federal poderá ampliar sua carteira de crédito em cerca de R$ 100 bilhões até o ano que vem se cumprir um novo plano de capital, que inclui total retenção de lucros e a emissão de bônus no exterior, afirmou a agência Moody’s ontem. Na semana passada, o conselho de administração da Caixa aprovou um plano de capital para assegurar o cumprimento de requisitos de capital de Basileia III. O plano inclui 100% de retenção de lucros de 2017 e 2018, além da emissão de títulos

perpétuos e a venda de empréstimos sem garantia. “O anúncio é positivo para o Caixa, pois oferece uma solução para restaurar os índices de capital do banco em níveis que atendam novos limiares regulatórios e apoiem seu crescimento futuro após a forte contração em seus ativos ponderados pelo risco nos últimos dois anos”, afirmou a Moody’s em relatório. Os bancos brasileiros precisarão respeitar regras de Basileia III até janeiro de 2019, quando o nível mí-

nimo de capital de nível 1 de aumentará de 6,875% para 8%. A Caixa reportou índice de capital de nível 1 de 9,54% no terceiro trimestre de 2017, mas a Moody’s estima que esse patamar foi de 8,14% pelas regras de Basileia III, o que praticamente impede o banco de ampliar o crédito. “A decisão de manter os lucros será benéfica com base em nossa expectativa de que o lucro da Caixa em 2017 alcançará um máximo de dez anos [um patamar] superior a R$ R$ 8 bilhões”,

informou a Moody’s no relatório. Pelas contas da agência, se a Caixa retiver todo o lucro anual estimado de R$ 8 bilhões em 2017 e 2018, seu índice de capital de nível 1 alcançaria 10% no fim deste ano, o que abriria espaço para o banco elevar sua carteira de empréstimos em cerca de R$ 100 bilhões. Além disso, se a Caixa captar cerca de US$ 1 bilhão em notas de capital de nível 1 neste ano, isso ajudaria seu índice atingir 10,6%, ante piso regulatório de 9,5% para 2019. (Reuters)

O presidente da Credicom explicou, ainda, que o cooperativismo é uma alternativa diferenciada para o atendimento de necessidades financeiras, já que todo associado é dono do negócio e por isso tem participação nos resultados. Além disso, as despesas com taxas e tarifas de serviços, como fornecimento de talões, transferências e cadastros são menores,

aumentando a rentabilidade do associado. A Credicom é a maior cooperativa financeira de Minas Gerais e conta hoje com 34 agências distribuídas nas proximidades das áreas hospitalares de Belo Horizonte e das cidades-polo do Estado. O sistema também está interligado ao Banco 24Horas. Atualmente, a Credicom tem cerca de 48 mil associados.

Taxa de juros do rotativo aumenta em dezembro Brasília - A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito para quem paga o valor mínimo da fatura em dia aumentou em dezembro. A taxa chegou a 233,8% ao ano, no mês passado, com aumento de 15,5 pontos percentuais em relação a novembro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). O crédito rotativo total fechou dezembro com uma taxa de 334,6% ao ano, uma queda de 163,1 pontos percentuais em relação a dezembro de 2016, quando a taxa anual era de 497,7%. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão de crédito só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro de 2017, obrigou as instituições financeiras a transferir a dívida para o crédito parcelado, que tem taxas menores. A taxa do crédito parcelado subiu 0,7 ponto percentual para 169,2% ao ano, em dezembro. No ano, esse aumento foi de 15,4 pontos percentuais. Em dezembro de 2016, a taxa era de 153,8% ao ano. Já a taxa de juros não regular do rotativo chegou a 401,4% ao ano em dezembro, uma queda de 12,1 pontos percentuais em relação a novembro e, no ano, uma redução de 118,3 pontos percentuais. Em dezembro de 2016, era 519,7% ao ano. O crédito rotativo total, incluindo o regular e o não regular, fechou dezembro com uma taxa de 334,6% ao ano, uma queda de 163,1 pon-

tos percentuais em relação a dezembro de 2016, quando a taxa anual era de 497,7%. No mês, também houve queda de 1 ponto percentual, em relação a novembro, com uma taxa anual de 335,6%. Taxa mensal - Em relação a taxa mensal, houve uma variação de 0,5 ponto percentual, passando para 10,6% ao mês. Na análise do chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a entrada de duas ou três financeiras que o oferecem o serviço a preços mais altos. “O que se observou é que teve novos participantes entrando no cartão de crédito rotativo, algumas financeiras que trabalham com taxas de juros mais elevadas que bancos. Os bancos permaneceram estáveis”, diz. A taxa de juros do cheque especial teve uma queda de 0,7 ponto percentual em dezembro em relação a novembro, fechando o ano em 323% ao ano. Em relação a dezembro de 2016, quando a taxa era 328,6% ao ano, a queda foi de 5,6 pontos percentuais. ICC - O Indicador de Custo do Crédito (ICC) caiu 0,5 ponto percentual em dezembro, ante novembro, para 21,4% ao ano. Houve baixa de 0,8 ponto percentual no caso de pessoas físicas, para 26,6% ao ano, e recuo de 0,1 ponto percentual no caso de empresas, para 15,6% ao ano. Considerando apenas o crédito com recursos livres, o ICC caiu 1,4 ponto percentual, para 34,4% ao ano de novembro para dezembro. No caso do crédito com recursos direcionados, o indicador ficou estável, em 8,9% ao ano. (ABr/AE)


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ECONOMIA RODRIGO LIMA / NITRO / DIVULGAÇÃO

AEROPORTO DA PAMPULHA

Moradores vão ao MP pedir a suspensão das operações Associação quer novo licenciamento ANA AMÉLIA HAMDAN

As operações no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, sofreram um novo questionamento. Associações de moradores da região fizeram representação, protocolada no Ministério Público Federal, pedindo a suspensão das operações no aeroporto até que um novo licenciamento ambiental seja realizado. Um dos líderes do movimento de moradores, Rogério Carneiro de Miranda, diz que essa é uma briga antiga que ganhou força com a possível volta dos grandes voos ao aeroporto da Pampulha. Mas ele ressalta que a reivindicação dos moradores independe da volta das aeronaves de grande porte, pois a situação atual já estaria irregular. De acordo com Miranda, na última quinta-feira (25), as associações comunitárias dos bairros Planalto e adjacências, Jardim Atlântico e Santa Branca protocolaram a representação junto à Promotoria do Meio Ambiente do Ministério

Público Federal em Belo Horizonte. O grupo pede, entre outros pontos, que os moradores sejam ouvidos para a elaboração do novo licenciamento ambiental. “Com a possível ampliação dos voos no aeroporto da Pampulha, o passivo ambiental só vai piorar”, diz Miranda. Os moradores se queixam dos impactos sonoros, entre outros. Segundo Miranda, o aeroporto da Pampulha opera sem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e sem Plano Específico de Zoneamento de Ruído. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou ontem que só irá se manifestar sobre a representação dos moradores quando conhecer na íntegra o teor do documento, além de sua fundamentação técnica e legal. Quanto ao AVCB, a Infraero informou que o aeroporto da Pampulha “dispõe de Seção Contra Incêndio (SCI) dedicada e já realizou adequações internas no terminal de passageiros visando, entre

Moradores apontam que o terminal opera sem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e sem Plano Específico de Zoneamento de Ruído

outras coisas, ao conforto e segurança do usuário”. Ainda segundo a Infraero, “outras intervenções foram aprovadas junto ao bombeiro militar de Minas Gerais.” Com isso, de acordo com o a empresa, o sistema preventivo do Pampulha funcionará plenamente até a finalização de intervenções complementares. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ontem que só se pronunciará caso seja notificada. Outras ações judiciais sobre o impacto ambiental e contra a retomada dos grandes voos no terminal da Pampulha continuam tramitando. A Associação

Comunitária dos Bairros Jardim Atlântico e Santa Amélia e a Associação Pro-Civitas dos Bairros São Luiz e São José já entraram com ação civil pública, na Justiça Federal em Belo Horizonte, alegando que voos regulares de grande porte no aeroporto colocam em risco a saúde, a segurança, o meio ambiente e o patrimônio cultural tombado. Moradores também já entraram anteriormente com representações junto ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal, questionando sobre os impactos ambientais e a ausência de consulta pública às comunidades sobre a questão. Segundo Miranda, com

a nova ação, os moradores reforçam o pedido de um licenciamento ambiental que leve em conta os moradores do entorno do aeroporto. As associações calculam que ao menos 150 mil pessoas morem nas proximidades do aeroporto e sofram os impactos das operações. Gol - O voo que a Gol Linhas Aéreas passou a oferecer no último dia 22, fazendo a rota Guarulhos/Juiz de Fora/Pampulha, pode ter vida curta. O site da empresa só aceita a compra de passagens nessa rota, de ida ou de volta, até 5 de fevereiro. A empresa foi procurada ontem para informar sobre os motivos do

possível cancelamento da rota, mas não deu qualquer retorno até o fechamento desta edição. Para começar a operar o voo Guarulhos/Juiz de Fora/Pampulha, utilizando aeronave de grande porte, a Gol utilizou-se de uma manobra. Inicialmente, a empresa iria operar a rota Guarulhos (SP)/Pampulha. Mas acabou tendo que criar a escala em Juiz de Fora após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que resultou na restrição das operações no Pampulha a voos entre aeroportos regionais. A decisão do TCU é provisória e deve ser julgada definitivamente até março.

ENERGIA

Abengoa Bioenergia Brasil pode vender duas usinas São Paulo - Bancos e investidores envolvidos na recuperação judicial da Abengoa Bioenergia Brasil esperam receber seus créditos por meio de uma potencial venda das duas usinas da companhia no interior de São Paulo, disseram à Reuters duas fontes próximas ao processo. Existem quatro non-disclosure agreements (acordos de confidencialidade) assinados com potenciais compradores das usinas, disse uma das fontes, que pediu anonimato. Dois dos interessados já atuam no setor sucroalcooleiro, enquanto os outros dois são fundos de investimento. Embora ainda não exista nenhuma proposta vinculante, espera-se poder chegar a um acordo antes do início da próxima safra de cana, em abril, segundo uma das fontes. “A ideia é aprovar o plano de recuperação no primeiro semestre”, disse essa fonte. A BP Biocombustíveis seria um quinta interessado nos ativos, segundo a outra fonte. As tratativas entre a divisão sucroenergética do conglomerado espanhol e a petroleira britânica, porém, são iniciais, segundo essa fonte. De acordo com análise da Crowe Horwath International, que integra o plano de recuperação judicial da Abengoa Bioenergia, a venda das duas usinas tem como “fator crítico... a capacidade financeira que o proponente deve possuir para propiciar a reestruturação integral da dívida”, mas é o cenário com maior possibilidade para recuperação dos créditos.

Em caso de venda apenas da Usina São Luiz, em Pirassununga, a recuperação seria de 36%, ou cerca de R$ 400 milhões. Já um negócio envolvendo somente a Usina São João, em São João da Boa Vista, recuperaria 30% (R$ 335 milhões). “Os ativos são bons, e a Abengoa quer muito passá-los para frente”, disse a segunda fonte. “O plano deles (Abengoa Bioenergia) prevê a possibilidade de o comprador negociar diretamente o pagamento do passivo”, acrescentou. A dívida do grupo sucroenergético, que tem entre seus principais credores Amerra Capital, Banco do Brasil, Bradesco, Banco Original e Santander, é da ordem de R$ 1 bilhão, segundo o plano de recuperação. A Abengoa chegou ao setor sucroenergético brasileiro em 2007 ao adquirir o controle da Dedini Agro por R$ 1,3 bilhão e assumir R$ 730 milhões de reais em dívidas. Suas duas usinas em São Paulo têm capacidade instalada para moer cerca de 6 milhões de toneladas de cana por safra. Em dificuldades já há alguns anos, com a crise do setor no Brasil, a recessão econômica no País e os próprios problemas da matriz na Espanha, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial em setembro do ano passado. Em dezembro, a Abengoa Bioenergia apresentou um plano de recuperação que prevê a venda de seus ativos e o pagamento, inicialmente, de todos os credores trabalhistas. Na sequência

aparecem as pequenas e médias empresas, no valor de R$ 7,8 mil para cada credor, seguidas de credores sem garantia real, créditos fiscais e retenção de R$ 80 milhões para despesas com o processo de recuperação judicial. A potencial venda dos

ativos da Abengoa Bioenergia pode ocorrer em um momento de perspectivas mais favoráveis para o setor sucroenergético do Brasil, depois da sanção da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) pelo presidente Michel Temer no fim do ano passado.

Pelas estimativas do governo, o RenovaBio pode gerar investimentos de R$ 1,4 trilhão e economia de 300 bilhões de litros em gasolina e diesel importados até 2030 --os derivados de petróleo seriam substituídos pelo combustível renovável produzido localmente.

Procuradas, a Abengoa disse que não comentaria o assunto, enquanto a BP Biocombustíveis não respondeu até o momento. Santander e Bradesco não comentaram. Amerra Capital, Banco do Brasil e Banco Original não responderam de imediato. (Reuters)

Decreto do governo pode valorizar a Cesp São Paulo - O valor da elétrica Cesp, que o governo paulista pretende privatizar neste ano, deve subir significativamente após um decreto federal que abre margem para uma renovação posterior das concessões de hidrelétricas da empresa, disseram analistas do Itaú BBA em relatório publicado na noite de domingo. “A medida provavelmente vai encorajar o governo do estado de São Paulo a tentar privatizar a companhia de novo - nós estimamos que a renovação vai adicionar até cerca de R$ 7,5 por ação ao valor da Cesp”, escreveu o time de analistas liderado por Pedro Manfredini. O decreto do governo federal, publicado na última sexta-feira, permite que vencedores de leilões de privatização de empresas geradoras de energia municipais, estaduais ou federais renovem suas concessões por 30 anos. O governo de São Paulo chegou a agendar um leilão de venda de sua fatia controladora na Cesp para setembro do ano passado, a um preço de R$ 16,80 por ação, mas na época houve falta de interesse de investidores devido ao pouco prazo para explorar os ativos da companhia, cujas concessões vencem entre 2020 e 2028.

A Cesp opera três hidrelétricas em São Paulo que somam 1,65 gigawatts em capacidade instalada. O texto do governo condiciona a renovação dos contratos ao pagamento de um bônus ao Tesouro, que o Itaú BBA estimou em R$ 2,5 bilhões. Os analistas do banco disseram esperar que o governo paulista mantenha o preço de R$ 16,80 por ação ordinária da Cesp quando retomar o processo de privatização, mas como o desembolso total ainda precisará levar em conta esse bônus à União o preço mínimo pela companhia deve alcançar R$ 24,30 por papel. Além da renovação dos contratos da Cesp, uma melhoria no cenário de chuvas no Brasil neste ano também deve favorecer o leilão de privatização, uma vez que a empresa opera somente hidrelétricas e vem sofrendo com uma menor produção em suas usinas devido ao nível baixo dos reservatórios hídricos no País. “Nós reconhecemos que o preço agora parece levemente mais atraente, devido às expectativas de que a companhia vá se beneficiar de uma melhor perspectiva hidrológica para 2018”, afirmaram os analistas do Itaú BBA. Eles também escreveram que

com o pagamento do bônus ao governo na privatização, é pouco provável que a renovação dos contratos gere valor para os acionistas minoritários da Cesp. O decreto do governo federal definiu que uma eventual arrecadação maior com o leilão da Cesp devido à perspectiva de renovação das concessões deverá ser compartilhada com a União. “Qualquer prêmio pago sobre o preço inicial será dividido entre Cesp e o governo federal. Por exemplo, se o lance vencedor chegar a R$ 30 reais por ação, representando um ágio de 23% sobre o preço mínimo, R$ 20,7 por ação iriam para a Cesp e R$ 9,30 para o governo federal”, exemplificou o relatório. O Itaú BBA colocou um preço-alvo de R$ 17 para a Cesp ao final de 2018, contra R$ 15,22 atualmente. As ações da Cesp garantem aos minoritários direito de tag-along, o que significa que após a privatização eles poderão vender seus papéis na companhia ao novo controlador pelo mesmo preço do leilão de desestatização - sem contar o valor representado pelo bônus de outorga. (Reuters)


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ECONOMIA DESENVOLVIMENTO

Codemig se mobiliza para realizar IPO Ainda nĂŁo hĂĄ avaliação oficial sobre o montante que a companhia pode obter, mas previsĂŁo ĂŠ de atĂŠ R$ 3 bi SĂŁo Paulo - O governo de Minas Gerais planeja realizar uma oferta inicial de açþes (IPO, na sigla em inglĂŞs) da estatal que detĂŠm concessĂľes de exploração de minĂŠrios e ĂĄgua mineral. A oferta pode chegar a 49% da participação Companhia de Desenvolvimento EconĂ´mico de Minas Gerais (Codemig). Ainda nĂŁo hĂĄ, oficialmente, avaliação sobre o volume de recursos que o Estado poderĂĄ obter com as vendas, que, segundo o “Valor EconĂ´micoâ€?, seria de atĂŠ R$ 3 bilhĂľes. O governo mineiro, comandado por Fernando Pimentel (PT), tambĂŠm afirma que nĂŁo estĂĄ definida a destinação dos recursos, que podem amenizar o dĂŠficit do caixa estadual, cuja previsĂŁo para este ano ĂŠ de R$ 8,18 bilhĂľes. Como exemplo da crise pela qual passa o Estado,

DOMĂ?NIO PĂšBLICO

A principal arrecadação da Codemig Ê a exploração de nióbio em Araxå, por meio da CBMM

maior dinamismo e autonomia Ă condução dos negĂłcios sociaisâ€?, informa a companhia. O projeto que permite a abertura de capital da Codemig foi aprovado a toque de caixa. Apresentado por Pimentel em 30 de novembro, com pedido de urgĂŞncia, foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 19 de dezembro e sancionado pelo governador em 4 de janeiro. A oposição foi contra. “NĂŁo queremos passar mais um cheque em branco para o governoâ€?, afirma o lĂ­der do bloco de oposição na Assembleia, Gustavo Valadares (PSDB).

parte dos servidores de Minas Gerais tiveram o 13Âş salĂĄrio dividido em quatro parcelas, sendo que a Ăşltima serĂĄ paga em abril. Minas tambĂŠm parcela os

Nióbio e ågua - A principal arrecadação da Codemig advÊm da exploração de nióbio, em Araxå (360 km de Belo Horizonte), onde a empresa detÊm o direito

pagamentos de quem recebe mais de R$ 3.000. A Codemig iniciou a seleção de instituiçþes financeiras que irão organizar o processo de abertura de

açþes, que, segundo o comunicado, terĂĄ “esforços de venda no exteriorâ€?. “A medida objetiva diversificar o capital, com a finalidade de promover

sobre uma reserva. A reserva Ê explorada pela CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), que repassa 25% do lucro líquido para a estatal, em contrato que vai atÊ 2032. Esse repasse corresponde a 85% da receita líquida total da Codemig, que, em 2016, foi de R$ 557,7 milhþes. O faturamento foi de R$ 825 milhþes. As reservas de nióbio - usado para melhorar a qualidade em produtos de aço como os usados na produção de automóveis, pontes e edifícios - em Araxå são responsåveis por 75% da produção do mineral no mundo e têm capacidade de ser explorado por mais 400 anos, segundo a Codemig. A Codemig tambÊm Ê detentora da concessão das fontes de åguas mineiras das marcas Araxå, Caxambu, Cambuquira e Lambari. (FP)

PETROLEO

Governo planeja arrecadar R$ 3,5 bi com leilþes em 2018 Rio de Janeiro - O governo brasileiro deve arrecadar R$ 3,5 bilhþes em 2018 com leilþes jå programados que oferecerão a investidores concessþes de petróleo e a exploração de åreas no prÊ-sal em regime de partilha da produção, disse ontem o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gås Natural e Biocombustíveis (ANP), DÊcio Oddone. A previsão considera que nem todas åreas ofertadas nos leilþes serão arrematadas, inclusive no prÊ-sal, disse ontem a jornalistas o diretor-geral da ANP, DÊcio Oddone. Somente o leilão do prÊ-sal deste ano, previsto para 7 de junho, irå oferecer cinco åreas, que se arrematadas renderiam um bônus de assinatura total de R$ 4,65 bilhþes. Oddone frisou, no entanto, que a previsão Ê

apenas uma estimativa, considerando resultados de licitaçþes anteriores. “A gente fez uma estimativa do histĂłrico que temos de ĂĄreas que normalmente sĂŁo contratadas em um leilĂŁoâ€?, disse ele, durante evento para a assinatura de 32 contratos de concessĂŁo da 14ÂŞ Rodada de licitaçþes sob regime de concessĂŁo, realizada em setembro de 2017. Na 14ÂŞ Rodada, o governo arrecadou um total de R$ 3,8 bilhĂľes, com 95% desse montante sendo obtido em lances por blocos na Bacia de Campos arrematados pela Petrobras e pela norte-americana Exxon Mobil, que voltou a realizar grandes investimentos no Brasil. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, tambĂŠm presente na cerimĂ´nia, afirmou que a companhia participarĂĄ nos

ULTRAFÉRTIL S.A.

CNPJ/MF n° 02.476.026/0001-36 - NIRE 35.300.160.185 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 01 DE DEZEMBRO DE 2017.DATA, HORA E LOCAL: Aos 01 (um) dias do mĂŞs de dezembro de 2017, Ă s 18:00 horas, na sede social da UltrafĂŠrtil S.A. (“Companhiaâ€?), na Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua SapucaĂ­, 383, 7Âş andar – parte, bairro Floresta, CEP 30.150-904. PRESENÇA E CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensadas as formalidades de convocação, na forma do Artigo 124, § 4Âş da Lei nÂş 6.404/76 (“LSAâ€?), HP UD]mR GD SUHVHQoD GD WRWDOLGDGH GRV DFLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 9HULÂżFDQGR SRUWDQWR TXRUXP VXÂżFLHQWH SDUD HIHWXDU DV GHOLEHUDo}HV FRQVWDQWHV GD 2UGHP GR 'LD MESA: Presidente: Marcus Vinicius de Faria Pentado; e SecretĂĄria: Talita Vasiunas Costa Silva. ORDEM DO DIA: Deliberar acerca da reforma do Estatuto Social da Companhia, para fazer nele constar as seguintes novas GLVSRVLo}HV (i) possibilidade de os Acionistas participarem Ă distância nas Assembleias Gerais da Companhia; (ii) alteração na redação do artigo 23 do Estatuto Social da Companhia para prever D OLPLWDomR GR SUD]R GH YDOLGDGH GDV SURFXUDo}HV ÂłDG QHJRWLD´ D XP DQR D SDUWLU GD RXWRUJD GD respectiva procuração; (iii) DOWHUDomR QR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD SDUD ID]HU FRQVWDU TXH DV FRQYRFDo}HV SDUD DV UHXQL}HV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GH 'LUHWRULD SRGHUmR VHU UHDOL]DGDV YLD H PDLO H TXH DV UHXQL}HV GH 'LUHWRULD SRGHUmR VHU LQVWDODGDV SRU YLGHRFRQIHUrQFLD DXGLRFRQIHUrQFLD SRU H PDLO RX SUHVHQFLDOPHQWH GHVGH TXH SUHVHQWHV D PDLRULD GH VHXV PHPEURV VHUmR SUHVLGLGDV SHOR VHX 3UHVLGHQWH H VHFUHWDULDGDV SRU TXHP HVWH LQGLFDU H DV GHOLEHUDo}HV VHUmR YiOLGDV TXDQGR tomadas por maioria dos presentes Ă reuniĂŁo; (iv) consolidação do Estatuto Social da Companhia. DELIBERAÇÕES TOMADAS POR UNANIMIDADE: Dando inĂ­cio aos trabalhos, o Presidente da mesa HVFODUHFHX TXH D DWD GD $VVHPEOHLD VHULD ODYUDGD HP IRUPD GH VXPiULR GRV IDWRV RFRUULGRV FRQWHQGR DSHQDV D WUDQVFULomR GDV GHOLEHUDo}HV WRPDGDV FRQIRUPH IDFXOWD R DUWLJR † ž GD /HL GDV 6 $ Prestados os esclarecimentos necessĂĄrios, os acionistas aprovaram, por unanimidade e sem reservas, D DOWHUDomR GR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD D ÂżP GH QHOH FRQWHPSODU WRGDV DV SURSRVWDV SUHYLVWDV QD ordem do dia, da seguinte forma: (i) Resolvem os acionistas instituir a possibilidade de participação Ă distância em Assembleia Geral. Em decorrĂŞncia desta deliberação, ĂŠ alterada a redação do ParĂĄgrafo 1Âş do Artigo 7 do Estatuto Social e incluĂ­do o ParĂĄgrafo 2Âş para prever a antiga redação do ParĂĄgrafo 1Âş ora alterado. Assim, os ParĂĄgrafos 1Âş e 2Âş do Artigo 7 do Estatuto Social passarĂŁo a contar com DV VHJXLQWHV UHGDo}HV Âł$UWLJR (...) ParĂĄgrafo 1Âş. – A Assembleia Geral serĂĄ realizada na sede da Companhia, podendo os acionistas participarem Ă distância. ParĂĄgrafo 2Âş. A Assembleia Geral serĂĄ presidida pelo Presidente do Conselho de Administração da Companhia, ou na sua ausĂŞncia, pelo 9LFH 3UHVLGHQWH RX DLQGD HP VXD DXVrQFLD SRU TXDOTXHU PHPEUR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD TXH YLHU D VHU HVSHFLÂżFDPHQWH GHVLJQDGR SDUD WDO ÂżP SHOR 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH Administração. CaberĂĄ ao Presidente da Assembleia Geral a escolha do secretĂĄrio da Assembleia.â€? (ii) Resolvem os acionistas alterar a redação do Artigo 23 do Estatuto Social da Companhia para SUHYHU D OLPLWDomR GR SUD]R GH YDOLGDGH GDV SURFXUDo}HV ÂłDG QHJRWLD´ D XP DQR D SDUWLU GD RXWRUJD da respectiva procuração. Assim, o Artigo 23 do Estatuto Social passarĂĄ a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 23 6DOYR TXDQGR D HVVrQFLD GR DWR GHSHQGHU GH IRUPD S~EOLFD RV PDQGDWiULRV VHUmR FRQVWLWXtGRV SRU SURFXUDomR VRE D IRUPD GH LQVWUXPHQWR SDUWLFXODU QR TXDO VHUmR HVSHFLÂżFDGRV RV SRGHUHV RXWRUJDGRV OLPLWDGR R SUD]R GH YDOLGDGH GDV SURFXUDo}HV ÂłDG QHJRWLD´ D XP DQR D SDUWLU GD RXWRUJD GD UHVSHFWLYD SURFXUDomR FRP D H[FHomR GDV SURFXUDo}HV SDUD UHSUHVHQWDomR MXGLFLDO TXH SRGHUmR VHU RXWRUJDGDV SRU SUD]R LQGHWHUPLQDGR ´ (iii) Resolvem os acionistas alterar o ParĂĄgrafo §1° e §2Âş do Artigo 13, bem como o §1Âş do Artigo 17 do Estatuto Social da Companhia, para FRQVWDU TXH DV FRQYRFDo}HV SDUD DV UHXQL}HV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR H GH 'LUHWRULD SRGHUmR VHU UHDOL]DGDV YLD H PDLO $GHPDLV UHVROYHP RV DFLRQLVWDV LQVWLWXLU TXH DV UHXQL}HV GH 'LUHWRULD H GR Conselho de Administração poderĂŁo ser instaladas por videoconferĂŞncia, audioconferĂŞncia, por e-mail RX SUHVHQFLDOPHQWH GHVGH TXH SUHVHQWHV D PDLRULD GH VHXV PHPEURV VHUmR SUHVLGLGDV SHOR VHX 3UHVLGHQWH H VHFUHWDULDGDV SRU TXHP HVWH LQGLFDU H DV GHOLEHUDo}HV VHUmR YiOLGDV TXDQGR WRPDGDV por maioria dos presentes Ă reuniĂŁo. Em decorrĂŞncia desta alteração, o ParĂĄgrafo §1° e §2Âş do Artigo 13 e o ParĂĄgrafo §1° do Artigo 17 do Estatuto Social da Companhia passarĂŁo a vigorar de acordo FRP DV VHJXLQWHV UHGDo}HV Âł$UWLJR (...) ParĂĄgrafo 1Âş. $V UHXQL}HV GH &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR poderĂŁo ser convocadas por e-mail e se instalarĂŁo por videoconferĂŞncia, audioconferĂŞncia, por e-mail RX SUHVHQFLDOPHQWH GHVGH TXH SUHVHQWHV D PDLRULD GH VHXV PHPEURV VHUmR SUHVLGLGDV SHOR VHX 3UHVLGHQWH H VHFUHWDULDGDV SRU TXHP HVWH LQGLFDU H DV GHOLEHUDo}HV VHUmR YiOLGDV TXDQGR WRPDGDV por maioria dos presentes Ă reuniĂŁo VHQGR FRQVLGHUDGRV SUHVHQWHV SDUD HVWH ÂżP RV &RQVHOKHLURV TXH DWHQGHUHP R GLVSRVWR QR 3DUiJUDIR ž DEDL[R ParĂĄgrafo 2Âş. 2V PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR TXH SDUWLFLSDUHP GDV UHXQL}HV SRU PHLR GH WHOHFRQIHUrQFLD RX YLGHRFRQIHUrQFLD SRU e-mail ou outros meios de comunicação similares serĂŁo considerados presentes Ă reuniĂŁo, desde TXH DV GHOLEHUDo}HV WRPDGDV VHMDP REMHWR GH DWD DVVLQDGD SRU WRGRV RV SUHVHQWHV SRVWHULRUPHQWH RX TXH R UHVSHFWLYR YRWR VHMD HQYLDGR j &RPSDQKLD QD IRUPD GR 3DUiJUDIR ž DEDL[R ´ Âł$UWLJR (...) ParĂĄgrafo 1. A reuniĂŁo de Diretoria Executiva poderĂĄ ser convocada por e-mail e seus membros SRGHUmR SDUWLFLSDU GDV UHXQL}HV SUHVHQFLDOPHQWH RX SRU PHLR GH WHOHFRQIHUrQFLD RX YLGHRFRQIHUrQFLD SRU H PDLO RX RXWURV PHLRV GH FRPXQLFDomR VLPLODUHV H VH LQVWDODUi GHVGH TXH SUHVHQWHV D PDLRULD GH VHXV PHPEURV 6HUmR SUHVLGLGDV SHOR 'LUHWRU 3UHVLGHQWH H VHFUHWDULDGDV SRU TXHP HVWH LQGLFDU H DV GHOLEHUDo}HV VHUmR YiOLGDV TXDQGR WRPDGDV SRU PDLRULD GRV SUHVHQWHV j UHXQLmR VHQGR FRQVLGHUDGRV SUHVHQWHV SDUD HVWH ÂżP R 'LUHWRU TXH D SDUWLFLSDU GD UHXQLmR GH IRUPD YLUWXDO SRU PHLR GH YLGHRFRQIHUrQFLD DXGLRFRQIHUrQFLD SUHVHQFLDOPHQWH RX TXDOTXHU RXWUR PHLR HOHWU{QLFR RX E HQYLDU seu voto por escrito ao Diretor-Presidente antes de sua instalação, via e-mail, fac-sĂ­mile, carta ou telegrama entregue em mĂŁos.â€? (iv) É aprovada a consolidação do Estatuto Social da Companhia, QD IRUPD GR $QH[R , j SUHVHQWH DWD SDUD UHĂ€HWLU DV DOWHUDo}HV SURPRYLGDV QRV LWHQV DFLPD LAVRATURA DA ATA: Aprovada a lavratura desta ata sob a forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos, FRQIRUPH GLVS}H R $UWLJR † ƒ GD /HL Qž ENCERRAMENTO: E, nada mais havendo a WUDWDU VXVSHQGHUDP VH RV WUDEDOKRV SHOR WHPSR QHFHVViULR j ODYUDWXUD GHVVD DWD TXH OLGD H DFKDGD conforme, foi assinada pela mesa e por todos os acionistas presentes. [ASSINATURAS: Mesa: Marcus Vinicius de Faria Penteado, Presidente da Mesa; Talita Vasiunas Costa Silva, SecretĂĄria; Acionistas: 78) (PSUHHQGLPHQWRV H 3DUWLFLSDo}HV 6 $ S S 7DOLWD 9DVLXQDV &RVWD 6LOYD @ %HOR +RUL]RQWH GH Dezembro de 2017. Talita Vasiunas Costa Silva - SecretĂĄria. CertidĂŁo -8&(0* &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

leilĂľes deste ano com a mesma linha de estratĂŠgia adotada em 2017: “firme, mas seletivaâ€?. CessĂŁo onerosa - TambĂŠm na cerimĂ´nia de assinatura de contratos, o secretĂĄrio de PetrĂłleo, GĂĄs Natural e BiocombustĂ­veis do MinistĂŠrio de Minas e Energia, MĂĄrcio FĂŠlix, reiterou que um terceiro leilĂŁo pode ocorrer neste ano, para que seja ofertado o direito de exploração dos volumes de Ăłleo e gĂĄs excedentes do chamado contrato da “cessĂŁo onerosaâ€?, assinado anteriormente entre governo e Petrobras. O governo tem trabalhado com um cronograma que prevĂŞ essa licitação em junho. “Para ter o leilĂŁo (da cessĂŁo onerosa em junho), a gente tem que aprovar em reuniĂŁo do CNPE (Conselho Nacional de PolĂ­tica EnergĂŠtica) em marçoâ€?, disse FĂŠlix. Geralmente, a ANP preAGROPÉU AGRO INDUSTRIAL DE POMPÉU S/A CNPJ/MF NÂş 16.617.789/0001-64 NIRE 3130000187-3 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam os senhores acionistas convocados para se reunirem em AGE que se realizarĂĄ no dia 20/02/2018, Ă s 16:00 horas, em sua sede sito Ă Rodovia MG 060, Km 82 - PompĂŠu (MG), para deliberarem sobre a eleição da nova Diretoria para o prĂłximo TriĂŞnio. PompĂŠu (MG), 25/01/2018. Geraldo OtacĂ­lio Cordeiro - Diretor Presidente.

Petrobras quer maior fatia do mercado Rio de Janeiro - A Petrobras estå elaborando um novo modelo de contrato de gasolina e óleo diesel, em busca de estreitar o relacionamento com seus clientes e elevar sua participação de mercado, informou ontem a empresa. O movimento vem após a companhia ver sua participação de mercado cair no Brasil, onde detÊm quase 100% da capacidade de refino, desde o lançamento em outubro de 2016 de uma política de preços de gasolina e diesel que segue a lógica do mercado internacional, em busca de rentabilidade. cisa de cerca de quatro meses para organizar um leilão de åreas exploratórias de petróleo após o governo aprovar a realização de uma rodada. O contrato da cessão de direitos, conhecido no setor como cessão onerosa, garantiu à Petrobras a produção, em uma determinada årea de prÊ-sal, de atÊ 5 bilhþes de barris de óleo equivalente. Pelo acordo, a com-

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş001/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo Menor Preço Global, visando a aquisição de aparelhos celulares tipo smartphone, GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV H TXDQWLGDGHV GHVFULWDV QHVWH edital e seus anexos. Abertura dia 15/02/2018, Ă s 9h:15m. O edital, bem como PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD a sexta-feira ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org.br. Pollyane de Almeida 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD

BOX1@SECRETARIA DA 6ÂŞ VARA CĂ?VEL@-EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - COMARCA DE BELO HORIZONTE- Prazo de 30 (trinta) dias. O MMÂŞ. JuĂ­za de Direito da Sexta Vara CĂ­vel, Dra. CĂŠlia Ribeiro Vasconcelos, em pleno exercĂ­cio de seu cargo e na forma da lei, etc... Faz saber aos que virem o presente edital ou dele tomarem conhecimento que, por este JuĂ­zo, tramitam os autos de Execução de TĂ­tulo Extrajudicial processo nÂş 0024.13.276.503-3, proposta por CASA ĂšNICA MATERIAIS DE CONSTRUĂ‡ĂƒO LTDA alegando o Exequente que ĂŠ credor do Executado da importância de R$ 1.943,85, representado pela Duplicata, nÂş de ordem 072899/1. É o presente edital para citar o executado ADILSON JĂšNIOR DE LIMA FERREIRA, CPF 035.543.976-01, que se encontra em local incerto e nĂŁo sabido para, em 3 (trĂŞs) dias, pagar a importância de R$1.943,85 (um mil, novecentos e quarenta e trĂŞs reais e oitenta e cinco centavos), acrescidos de juros, honorĂĄrios, custas e demais consectĂĄrios da inadimplĂŞncia ou nomear bens Ă penhora tantos quantos bastem ao pagamento. PoderĂĄ, o executado, no prazo de 15(quinze) dias, independentemente de penhora, depĂłsito ou caução, poderĂĄ opor-se Ă execução por PHLR GH HPEDUJRV 3HOR TXH VH H[SHGLX R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi DÂż[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL Belo Horizonte, 27 de novembro de 2017. Eu_______Gustavo Lopes Pires de Souza EscrivĂŁo Judicial em substituição o subscrevi, por ordem da MM. Juiz de Direito, Dra. CĂŠlia Ribeiro de Vasconcelos________.

“Com o novo modelo de contrato de gasolina e Ăłleo diesel rodoviĂĄrio em elaboração, a Petrobras tem como objetivo estreitar o relacionamento com seus clientes, crescer sua participação de mercado, aumentando sua competitividade por meio do maior nĂ­vel de serviço prestadoâ€?, disse a empresa. A notĂ­cia sobre os novos modelos contratuais foi publicada ontem, pela primeira vez, pelo jornal Valor EconĂ´mico. Segundo a matĂŠria, as mudanças seriam publicadas em maio pela empresa e poderiam incluir preços diferenciados.

A Petrobras, entretanto, não quis comentar a data de publicação das mudanças e negou que os novos contratos vão contemplar uma diferenciação dos preços praticados pela Petrobras em seus pontos de venda entre as distribuidoras. A produção de derivados de petróleo no Brasil em 2017 caiu 4,5% ante o ano anterior, enquanto as importaçþes de produtos derivados foram as maiores desde pelo menos o ano 2000, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gås Natural e Biocombustíveis (ANP). (Reuters)

panhia estatal pagou à União pela cessão onerosa R$ 74,8 bilhþes. Mas uma renegociação do valor, considerando variåveis como preço do barril do petróleo e câmbio, estava prevista desde o início, depois que as åreas fossem declaradas comerciais, o que jå aconteceu. Atualmente, governo e Petrobras estão em negociaçþes sobre o tema. Mas FÊlix acredita ser possível que ambos os lados entrem em um acordo para que o leilão ocorra mesmo antes do fim da renegociação do contrato.

Parente jĂĄ afirmou diversas vezes acreditar que a Petrobras serĂĄ credora do governo ao fim das negociaçþes, enquanto o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou recentemente acreditar no contrĂĄrio - segundo ele, a UniĂŁo espera receber “bilhĂľes de dĂłlaresâ€? da petroleira. Ontem, Parente afirmou que reitera suas falas anteriores, mas disse que nĂŁo farĂĄ comentĂĄrios adicionais sobre o assunto em respeito Ă s negociaçþes oficiais, que iniciaram recentemente. (Reuters)

0PORTUNIDADE

Ambev S/A, CNPJ 07.526.557/0049-54, por determinação do Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental – COPAM, torna pĂşblico que solicitou, atravĂŠs do Processo n° 02573/2008, Licença PrĂŠvia, de Instalação e Operação concomitantes para atividade de fabricação de latas de alumĂ­nio, localizada Ă Rodovia MG238, km 72,5, bairro Jardim Primavera II, em Sete Lagoas/MG.

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NOTIFICAĂ‡ĂƒO EXTRAJUDICIAL Ref.: Contrato nÂş 11.0082.690.0000271-04 REGINA COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTĂ?CIOS LTDA. Prezados (as) Senhores (as) 1 A CAIXA ECONĂ”MICA FEDERAL vem NOTIFICAR V.S.a a comparecer Ă AgĂŞncia Barreiro, telefone 3389 6300, para efetuar a regularização da dĂ­vida em atraso relativa ao contrato em referĂŞncia, que poderĂĄ sofrer as atualizaçþes contratualmente avençadas atĂŠ a data do efetivo pagamento. 2 127,),&$'2 ÂżFD 9 6 D WDPEpP GH TXH D QmR OLTXLGDomR GR GpELWR H[LVWHQWH GHQWUR GR SUD]R GH GLDV ~WHLV FRQVWLWXLUi 9 6 D HP PRUD SDUD WRGRV RV ÂżQV GH GLUHLWR SRVVLELOLWDQGR DR FUHGRU D DGRomR GDV PHGLGDV MXGLFLDLV FDEtYHLV. 3 Caso qualquer pagamento e/ou renegociação referente ao contrato em epĂ­grafe tenha sido realizada FRP D &$,;$ DWp D GDWD GR UHFHELPHQWR GHVWD QRWLÂżFDomR HVWH LQVWUXPHQWR WRUQD VH VHP HIHLWR Atenciosamente, 9DQHVVD /DJH (VWDQLVODX 'DQWDV Âą *HUHQWH *HUDO &DL[D (FRQ{PLFD )HGHUDO Âą $JrQFLD %DUUHLUR Av. Afonso Vaz de Melo, 399, Barreiro, Belo Horizonte-MG, CEP 30.640 - 070 Aos Senhores (as) AĂ­lton Moura Rabelo – CPF 049.345.416-08 Renata Cristina de Matosinho – CPF 011.976.246-35 REGINA COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTĂ?CIOS LTDA

33ª VARA C�VEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE. Edital de Citação de SIDNEY ANTONIO FIFFE. Prazo 20 dias. O Dr. João Luiz Nascimento de Oliveira, MM. Juiz de Direito da TrigÊsima Terceira Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais, em pleno exercício de seu cargo, na forma da lei etc. Faz saber a todos quantos o presente virem, ou dele conhecimento tiverem, que perante essa Secretaria tramita ação de execução ajuizada por BANCO MERCANTIL DO BRASIL S/A em face de SIDNEY ANTONIO FIFFE,, processo nº 0024.13.385.655-9. E estando o RÊu, SIDNEY ANTONIO FIFFE, inscrito no CPF/MF sob o nº 662.848.726-15, em lugar incerto e não sabido, serve o presente para citå-lo da presente execução, para pagamento, em 03 (três) dias, do valor de R$9348,16 (nove mil trezentos e quarenta e oito reais e dezesseis centavos), atualizado atÊ a data de novembro/2013, sob pena de penhora, cientes do prazo de 15 (quinze) dias SDUD HPEDUJRV DUW &3& $VVLP YDL R SUHVHQWH GHYLGDPHQWH SXEOLFDGR H D¿[DGR QR iWULR GR )yUXP %HOR Horizonte, 06 de dezembro de 2017. Sueli de Paula Vinhal, Escrivã Judicial por ordem do MM Juiz de Direito.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

COMÉRCIO

Optantes pelo Simples querem o fim da cobrança do Difal em BH Alegação é de inconstitucionalidade GABRIELA PEDROSO

O comércio de Belo Horizonte e região metropolitana quer o fim da cobrança do diferencial de alíquota (Difal) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) das empresas optantes pelo Simples Nacional. No último dia 19 de janeiro, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga-BH) e o Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas e Material de Construção de Belo Horizonte (Sindimaco), entraram com uma ação coletiva, junto à vara de Feitos Tributários, com pedido liminar para que o Estado deixe de exigir o pagamento do valor por parte do segmento. Na prática, a solicitação dos varejistas diz respeito especificamente à cobrança do diferencial que hoje incide sobre a compra de produtos provenientes de outros estados para revenda, destinação à industrialização ou utilização na prestação de serviços. A abrangência da ação, nos cálculos das entidades, alcançaria em torno de 60 mil empresas que hoje integram o regime tributário

simplificado na Capital e região metropolitana. O presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato, explica que o Simples Nacional foi instituído para que as empresas de pequeno porte tivessem condições diferenciadas em relação às outras para crescer. Entretanto, o dirigente pondera que mudanças na legislação, como é o caso do Difal, acabaram desvirtuando o propósito inicial do regime. “Começaram com a substituição tributária, em seguida veio o Difal. Ora, o que era uma coisa simples, ficou complicada. Com isso, o lojista vai pagando todos os impostos e, no fim, ele pagou mais do que deveria”, critica Donato, ao lembrar da impossibilidade do uso do crédito decorrente do pagamento do Difal do ICMS pelo segmento, por exemplo, para dedução na revenda ao consumidor final, aumentando a carga tributária para os empresários. “O Difal, para nós, é um imposto dobrado e que não temos o crédito dele. Eles (governo) criam um imposto simples, que depois fica complicado e oneroso e, com isso, joga o lojista para a informalidade novamente”, completa o presidente do Sindilojas-BH. Inconstitucionalidade - De acordo com o sócio da Silva Freire Ad-

Expectativa é de que o fim da cobrança do imposto contribua para investimentos, com novas lojas e aumento de estoques

vogados, Rômulo Martins, que representa os sindicatos, na ação é alegada a inconstitucionalidade da cobrança, além da lesão aos princípios da não-cumulatividade e do tratamento favorecido para as empresas optantes pelo Simples. Martins esclarece que, apesar de existir a Lei complementar nº123, que prevê a arrecadação do diferencial de alíquota, a Constituição só autoriza a incidência do Difal quando envolve a aquisição pelo consumidor final. Logo, a cobrança seria incompatível com a norma suprema. “Fere a não-cumulatividade, porque o crédito do ICMS incidente na aquisição do produto para revenda ou utilizado no processo de industrialização não pode ser aproveitado e, por consequência, acaba ferindo o postulado do tratamento favorecido”, explica Martins. Segundo ele, desde 2016 houve a intensificação da cobrança do diferencial de alíquota por parte do Estado.

SUPERMERCADOS

Cesta - Os preços de produtos em supermercados brasileiros aumentaram 1,01% em dezembro de 2017 na comparação com novembro do mesmo ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras. O preço total da cesta chegou a R$ 449,02 em dezembro, ante R$ 444,54 em novembro. Na comparação com dezembro de 2016, houve queda de 7,05%. Entre as maiores altas de dezembro, estão produtos como farinha de mandioca, cujo preço subiu 6,83% e massa sêmola de espaguete, com alta de 5,43%. Projeções - A Abras projeta crescimento de 3% nas vendas reais do setor em 2018 na comparação com 2017. A expectativa, descrita

A cobrança do Difal do ICMS realizada atualmente em Minas Gerais determina que as micro e pequenas empresas, optantes pelo Simples, recolham, antecipadamente, a diferença entre a alíquota mineira e a interestadual no momento da aquisição do produto voltado à comercialização, utilização na prestação de serviços ou industrialização, que seja originário de outra unidade da federação. Investimentos - Para Nadim Donato, o fim da exigência do pagamento do Difal contribuiria para a redução da carga tributária e, consequentemente, o aumento dos investimentos do varejo na região. “A empresa poderá se tornar rentável, porque ela hoje está pagando tanto imposto que não é mais rentável, e o lojista poderá continuar crescendo, investindo, por exemplo, na ampliação do estoque e abertura de novas lojas”, conclui.

VAREJO

Vendas cresceram 1,25% em 2017 São Paulo - As vendas dos supermercados brasileiros cresceram 1,25% em termos reais no acumulado do ano de 2017 na comparação com 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O resultado ficou abaixo da projeção da entidade, que havia antecipado um crescimento da ordem de 1,5% em termos reais neste ano. No mês de dezembro, as vendas subiram 2,55% ante igual mês do ano anterior. Já na comparação com novembro, houve alta real de 20,42%. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em termos nominais, a alta nas vendas em dezembro foi de 5,58% na comparação com o mesmo mês de 2016. Já o resultado acumulado do ano é de crescimento nominal de 4,75% ante 2016.

A previsão é de que haja uma decisão da Justiça sobre o pedido liminar entre um e dois meses, pois o Estado ainda será ouvido. A expectativa do advogado a respeito do julgamento, porém, é boa. Ele destaca que, em abril do ano passado, o tema recebeu parecer favorável ao contribuinte do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Isso dá força maior, porque se a PGR entende que é inconstitucional, não é algo completamente descabido, é algo que faz sentido”, afirma Martins, ao frisar que o parecer é um subsídio importante para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a questão na sua pauta. Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a Secretaria de Estado de Fazenda informou, por meio de nota, que “só irá se pronunciar quando for comunicada oficialmente da ação impetrada pelos sindicatos”.

REPRODUÇÃO

Alta esperada era de 1,5%, não alcançada em virtude da deflação de alimentos

como otimista pelo presidente da entidade, João Sanzovo Neto, representa uma aceleração do ritmo do crescimento ante o 1,25% de crescimento real registrado em 2017. “Estamos otimistas, vemos que a confiança dos consumidores e empresários está retomando”, disse Sanzovo Neto. O presidente da Abras considerou que a realização de eleições em 2018 traz incerteza para o ambiente de negócios, mas o executivo considerou que o setor tende a não ser afetado por turbulências. “A economia se descolou da política, isso é uma tendência que já vemos desde o final do ano passado”, disse Sanzovo Neto. Recuperação - O ânimo do setor melhora para 2018 depois de as redes supermercadistas terem crescido abaixo do esperado em 2017. A Abras previa que no ano passado as vendas aumentariam 1,5%.

Para o presidente da entidade, o crescimento ficou aquém do esperado porque a deflação de alimentos foi mais intensa que o previsto. Com isso, disse Sanzovo Neto, o faturamento do setor foi fraco mesmo tendo havido uma evolução positiva das vendas em volume. Para 2018, a expectativa é que o volume de itens vendidos aumente e que o faturamento ainda conte com o impacto de alguma recuperação nos preços de alimentos considerados commodities, caso do feijão, do arroz e do leite. A GfK prevê que alguns dos itens cujos preços mais cairam em 2017 podem sofrer aumentos de preços em 2018. “É o caso do leite, porque o produtor já chegou num nível de preço em que não faz sentido produzir”, diz. Para a maioria dos itens, no entanto, a previsão da GfK é de estabilidade de preço em 2018. (AE)

Consumidores das classes D e E ficaram mais confiantes com a queda da inflação São Paulo - A confiança do consumidor das classes D e E cresceu em janeiro deste ano, verificou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a partir do Índice Nacional de Confiança (INC). O indicador passou de 71 pontos em dezembro para 78 pontos neste mês, beneficiado pela “menor inflação em quase 20 anos registrada no ano passado”, afirma a ACSP em nota. O INC mede a confiança dos consumidores numa escala de zero a 200, em que a marca de 100 pontos delimita a fronteira entre otimismo e pessimismo. O grupo das classes D e E foi o único que registrou variação positiva. No País, a variação do indicador ficou dentro da margem de erro de três pontos, passando de 74 pontos em dezembro para 77 pontos em janeiro. Na classe C, o INC passou de 76 para 78 pontos na mesma base de comparação, enquanto, nas classes A e B, “grupo mais cauteloso e único abaixo da média nacional”, o indicador passou de 67 pontos para 70 pontos em janeiro, revela a ACSP. “A queda consecutiva dos preços dos alimentos no ano passado melhorou o poder de compra do consumidor brasileiro e permitiu ganhos reais de salários pelas correções baseadas nas taxas anteriores. Para a população de menor renda, o impacto foi maior, visto que ela é mais sensível à oscilação dos preços destes produtos, que pesam mais em seu orçamento doméstico”, diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri, para quem a melhora gradual do emprego

também sustenta a alta da confiança. Para 2018, Alfieri avalia que a safra agrícola menor e os primeiros dados sobre o comportamento dos preços neste ano podem pesar sobre a trajetória de melhora da confiança do consumidor. Por outro lado, o INC de janeiro aponta uma melhora da percepção do brasileiro em relação ao emprego, afirma a ACSP. “Nos últimos três meses, caiu a insegurança no emprego. Em novembro de 2017, 65% dos entrevistados estavam inseguros; em dezembro, eram 62%; e em janeiro de 2018 eram 58%”, ressalta a associação. Já a média de pessoas conhecidas dos entrevistados que estavam desempregadas era de 5,11 em dezembro e teve leve melhora em janeiro, passando para 5,09. Regiões - No País, a região Sudeste apresenta o maior patamar de confiança no INC, com 83 pontos em janeiro e alta de 9 pontos antes o mês anterior. “Como é a mais urbanizada do País, a região tem se beneficiado da retomada da indústria e do emprego”, explica Alfieri. No Nordeste, o indicador passou de 67 pontos no mês passado para 73 pontos em janeiro; no Sul, houve queda, de 93 pontos para 80 pontos; no Centro-Oeste, o indicador ficou estável em 65 pontos. O INC é encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos e é elaborado a partir de 1,2 mil entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do País. (AE)


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INTERNACIONAL COPYRIGHT DO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL/BORIS BALDINGER

Parceiros otimistas com o Nafta

Opção de desenvolver uma rede sem fio 5G para dar mais segurança a Donald Trump está sendo discutida, por enquanto, em um escalão mais baixo

EUA

Defesa de Trump pode criar rede 5G Intenção é se contrapor à possibilidade de a China espionar telefonemas no país Washington - A equipe de segurança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está analisando opções para se contrapor à possibilidade de a China espionar telefonemas nos Estados Unidos, entre as quais o governo construir uma rede sem fio 5G superveloz própria, segundo uma autoridade de alto escalão de Washington. A autoridade, que confirmou uma reportagem do site Axios.com, divulgou, no domingo, que a opção está sendo debatida por enquanto em um escalão mais baixo do governo, e

que só daqui a seis a oito meses deve chegar às mãos do presidente. A ideia de uma rede própria 5G tem por meta abordar o que autoridades veem como uma ameaça chinesa à segurança cibernética e econômica dos EUA. A gestão Trump vem adotando uma postura mais rígida em relação a políticas iniciadas pelo antecessor Barack Obama em questões que vão do papel da China para conter a Coreia do Norte ao empenho chinês para adquirir indústrias norte-americanas estratégicas.

Neste mês, a AT&T foi forçada a descartar um plano para oferecer aos seus clientes telefones fabricados pela chinesa Huawei, porque alguns membros do Congresso fizeram lobby com agências reguladoras federais contra a ideia, revelaram fontes à Reuters. Em 2012, a Huawei e a ZTE Corp foram tema de uma investigação dos EUA que analisou se seus equipamentos proporcionavam uma oportunidade de espionagem estrangeira e ameaçava elementos cruciais da infraestrutura dos EUA.

Alguns membros do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados continuam preocupados com as ameaças de segurança representadas pela Huawei e a ZTE Corp, de acordo com um assessor do Congresso. Invasão cibernética - Ontem, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying disse que a China proíbe todas as formas de invasão cibernética, mas não tratou especificamente da questão de segurança da rede 5G. “Acreditamos que a co-

munidade internacional deveria, com base no respeito e na confiança mútuos, fortalecer o diálogo e a cooperação e somar esforços abordando a ameaça dos ataques cibernéticos”, falou Hua durante um boletim de rotina à imprensa. Um temor crescente mencionado na apresentação é a presença cada vez maior da China na fabricação e operação de redes sem fio. Um esforço governamental orquestrado poderia ajudar os EUA a competirem nessa frente, de acordo com a apresentação. (Reuters)

ALIBABA

Gigante do e-commerce mira setor automotivo

Xangai, China - O gigante chinês do comércio online Alibaba e a Foxconn Technology estão liderando um investimento de 2,2 bilhões de yuans (US$ 348 milhões) na fabricante chinesa de carros elétricos Xiaopeng Motors, marcando a primeira incursão do Alibaba na indústria automotiva. A empresa de capital de risco IDG também participa do investimento, que será

utilizado para financiar pesquisas e custos de produção, informou a Xiaopeng, também conhecida como Xpeng, em comunicado divulgado ontem. Duas outras grandes empresas chinesas ligadas à internet, Baidu e Tencent, lideraram esforços de investimentos de pelo menos US$ 2,5 bilhões em fabricantes chineses de carros elétricos, incluindo NiO e WM Motor

Technology. Fora da China, a Tencent também investiu US$ 1,8 bilhão para adquirir uma fatia de 5% na americana Tesla, em março do ano passado. Banco central - A China vai avaliar a inclusão do sistema bancário sem regulação, do financiamento imobiliário e do financiamento de internet em sua avaliação macropru-

dencial, escreveu ontem o vice-presidente do banco central Yi Gang, de acordo com o China Finance, uma publicação do Banco do Povo da China. A segunda maior economia do mundo ainda tem problemas e perigos ocultos, uma vez que os níveis de dívida do país continuam altos e os riscos de bolhas de ativos não foram totalmente contidos, escreveu Yi.

O banco central vai manter a política monetária prudente e neutra, ao mesmo tempo em que busca aumentar a flexibilidade e efetividade do gerenciamento de liquidez, completou. A China tem condições de manter o yuan basicamente estável, ponderou Yi, acrescentando que o regulador vai buscar aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan. (AE/Reuters) KCNA/DIVULGAÇÃO

COREIA DO NORTE

Sanções internacionais estariam reduzindo exercícios militares do país Seul - As forças armadas da Coreia do Norte reduziram os exercícios militares de inverno neste ano, de acordo com oficiais dos Estados Unidos, no que se acredita ser um reflexo das sanções internacionais sobre a economia norte-coreana. Os exercícios da Coreia do Norte, que tipicamente acontecem de dezembro até março, demoraram para começar e estão menos extensivas do que o normal, segundo militares americanos familiarizados com relatórios de inteligência

e especialistas de fora do governo. Uma possibilidade é que as restrições dos embarques de petróleo bruto e refinados para a Coreia do Norte, impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), podem ter levado o país a economizar combustível, cortando exercícios na terra e no ar. “Isso terá um efeito na prontidão das forças terrestres”, avaliou Joseph S. Bermudez Jr., analista militar do 38 North, um site sobre relações norte-coreanas di-

Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, estaria contendo seu ímpeto bélico

rigido pelo Instituto EUA-Coreia, da Universidade Johns Hopkins. “Unidades militares precisam treinar para manter sua proficiência”, completou. Deserções - “Estamos ven-

do deserções acontecendo em áreas onde nós geralmente não vemos, como, por exemplo, na Zona Desmilitarizada da Coreia”, apontou o general Vincent K. Brooks, principal comandante americano na Coreia

do Sul, referindo-se à região que divide a península da Coreia. De acordo com o general, houve aumento de execuções, a maioria de oficiais políticos que está em unidades militares, devido à corrupção. (AE)

São Paulo - No encerramento da sexta rodada de negociações para reformulação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), ontem, os Estados Unidos negaram que estejam sendo “injustos” com os países vizinhos, ao mesmo tempo em que o México e o Canadá deixaram transparecer otimismo com a repactuação dos termos da parceria comercial. “Finalmente, estamos discutindo assuntos principais do Nafta. As negociações estão evoluindo, mas de forma muito lenta”, afirmou o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, em coletiva de imprensa em Montreal, no Canadá. Precisa evoluir - A autoridade americana considerou também que os Estados Unidos não estão sendo “injustos” e defendeu que os interesses do país é que estão em jogo. Ele também acusou o Canadá de fazer um “ataque maciço contra leis comerciais americanas”, ao que a chanceler canadense, Chrystia Freeland, respondeu: “o Nafta não é perfeito, mas precisa evoluir”. Na avaliação do ministro das Relações Exteriores do México, Ildefonso Guajardo, os países estão “em um momento melhor no processo de negociação do Nafta”. “Estamos no caminho certo para concluir negociações do Nafta em breve”, assegurou. UE - A União Europeia comunicou ontem que se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocar em prática medidas comerciais injustas contra o bloco, vai se preparar para “reagir rápido e apropriadamente”. Em uma entrevista publicada no fim de semana, Trump se disse incomodado com a política comercial da UE, ressaltando que os Estados Unidos não podem exportar o suficiente para o bloco. Segundo ele, seus problemas com a UE “podem evoluir para algo muito grande”, do ponto de vista comercial. O porta-voz da UE, Margaritis Schinas, retrucou ontem, dizendo que “ao mesmo tempo em que o comércio tem de ser aberto e justo, ele também tem de ser baseado em regras”. (AE)


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POLÍTICA JOSÉ CRUZ / AGÊNCIA BRASIL

GOVERNO TEMER

Comissão aplica censura ética a ex-ministro e a ex-vice da Caixa

Cristiane Brasil grava vídeo em lancha em traje de banho

Pereira teria recebido recursos indevidos Brasília - A Comissão de Ética aquiescência. Soou à comissão como Pública da Presidência da República uma atitude que faltava à ética”, decidiu pela aplicação da censura disse Menezes. A censura ética é a maior punição ética ao ex-ministro da Indústria, Comércio e Serviços Marcos Pereira que pode ser determinada pela e ao ex-vice-presidente corporati- comissão. Mesmo que os punidos vo da Caixa Econômica Federal ainda estivessem exercendo seus Antonio Carlos cargos, ela não Ferreira. teria um efeito Censura ética é a maior Ambos foram prático, a menos punição determinada pela que o presideninvestigados comissão. Currículo da pela comissão te da República no mesmo caso, autoridade passa a constar decidisse acatar derivado das de- que ela agiu sem integridade a sugestão dos lações dos execuconselheiros tivos do grupo que, nesse caso, J&F, em que Pereira é acusado de iriam sugerir também a demissão. ter recebido recursos indevidos, “A censura faz com que no curríque poderiam chegar a R$ 500 mil culo conste que a autoridade não se por mês, para atuar em benefício houve bem aos olhos da integridade da J&F. quando exerceu cargo público”, O ex-ministro teria atuado na explicou Menezes, ressaltando que Caixa, com a ajuda de Ferreira, isso não impede a pessoa de voltar para manter aberta uma linha de a exercer função pública. crédito em favor da J&F. Segundo Pereira pediu demissão no início o presidente da comissão, no caso deste mês, alegando ser candidade Pereira, apenas uma gravação to nas próximas eleições e ter de - em que Joesley Batista pede que reorganizar seu partido, o PRB, o ex-ministro aja para bloquear para o pleito. Ferreira foi um dos quatro vicea entrada de outros empresários brasileiros do setor de calçados -presidentes da Caixa afastados na Argentina, para beneficiar seus pelo presidente Michel Temer, por negócios - já é o suficiente para recomendação do Banco Central, por envolvimento em irregularimerecer a censura. “A conversa aparenta uma dades. Ele e outros três dirigentes

Marcos Pereira é suspeito de receber cerca de R$ 500 mil por mês

são investigados pelo Ministério Público em um esquema de desvios na Caixa. Ferreira, Roberto Derziê (Governo) e Deusdina Pereira (Fundos de Governo e Loterias) foram afastados em definitivo. Já José Henrique da Cruz, de Clientes, Negócios e Transformação Digital, foi restituído, porque a Caixa entendeu que não havia “elementos suficientes” para configurar responsabilidade Segundo Menezes, da comissão, não houve consenso em relação à punição da ex-vice-presidente Deusdina e ele mesmo pediu vis-

tas para que o processo volte a ser analisado na reunião de fevereiro, quando todos os sete conselheiros estarão presentes. Nessa reunião, dois estavam ausentes. Cemig - Deusdina Pereira é investigada por uma suposta “troca de interesses” na concessão de um empréstimo da Caixa à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Em troca, receberia um cargo no conselho da empresa. A comissão ainda não decidiu abrir processo contra Derziê e Cruz. (AE)

REUTERS / ADRIANO MACHADO

LAVA JATO

Portugal decide extraditar para o Brasil Raul Schmidt, acusado de operar propina

Presidente da Câmara é citado por delatores como beneficiário de doações

DELATORES

Rodrigo Maia nega acusações de que recebeu doações em “caixa dois” da Odebrecht São Paulo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), negou ter recebido doações em “caixa dois” da Odebrecht. Diante de acusações de repasses ilegais feitas por delatores do grupo, ele garantiu que as contribuições da empreiteira à campanha de seu pai, o vereador e ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM-RJ), estão devidamente registradas. “O que foi doado está registrado”, afirmou Maia em entrevista ao Grupo Estado. No domingo, o jornal O Globo noticiou que a Polícia Federal obteve provas de que Maia esteve na sede da Odebrecht no Rio de Janeiro no mesmo dia em que a contabilidade de pagamentos ilícitos da Odebrecht registrou um repasse a seu pai. Ontem, o presidente da Câmara afirmou ter recebido doações de

duas empresas ligadas a Odebrecht, mas garantiu que tudo está registrado. Acrescentou ainda que sua defesa vai provar que as informações dos delatores são contraditórias e não são verdadeiras. Candidatura - Durante a entrevista, Maia falou ainda não ter decidido sobre lançar candidatura à sucessão presidencial e considerou que ainda é prematuro falar sobre as eleições. Segundo ele, a Câmara tem uma agenda extensa a avançar antes de outubro. Após a votação da reforma da Previdência, prioridade na volta do recesso parlamentar, ele citou a privatização da Eletrobras e a revitalização do rio São Francisco, assim como temas de segurança pública e da agenda microeconômica, entre os projetos a serem debatidos pela Casa. (AE)

DEPUTADA

Brasília - A Justiça portuguesa determinou a extradição para o Brasil de Raul Schmidt, acusado de ser operador do pagamento de propinas a ex-diretores da Petrobras e preso em março de 2016 na primeira fase internacional da operação Lava Jato, informou ontem a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o comunicado, o processo de extradição dele encerrou-se neste mês, após a Justiça de Portugal ter negado os últimos recursos do brasileiro. O Ministério da Justiça português também autorizou o envio de Schmidt ao Brasil e as autoridades do país europeu já começaram as buscas pelo brasileiro, o que pode acarretar, inclusive, a emissão de mandado europeu de detenção. A autorização atendeu a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba. A extradição foi autorizada com a condição de que o julgamento no Brasil só ocorra por atos praticados antes da obtenção da nacionalidade portuguesa. Schmidt é brasileiro nato e foi naturalizado português em dezembro de 2011. Raul Schmidt é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos envolvidos no esquema

de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na estatal. Ele também aparece nas investigações como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras. Foragido - Segundo a nota da PGR, antes de sua prisão em março de 2016, Schmidt estava foragido desde julho de 2015. Ele morou em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, mas, após o início da Lava Jato, se mudou para Portugal, em virtude da dupla nacionalidade. Ele foi preso em seu apartamento, localizado em uma região nobre de Lisboa. “A confirmação da extradição é mais um marco na luta transnacional contra a corrupção e a lavagem de dinheiro e reforça os inúmeros laços entre o sistema de Justiça português e o brasileiro. Também demonstra que os vínculos artificiais de nacionalidade não são óbice na repressão ao crime organizado”, afirma a secretária de Cooperação Internacional da PGR, Cristina Romanó. A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (PGR) atuou em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir a extradição, conforme o comunicado. (Reuters)

Rio de Janeiro - A deputada federal indicada para comandar o Ministério do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), gravou um vídeo a bordo de uma lancha, acompanhada de amigos em trajes de banho, no qual se defende da acusação de ter respondido a ações trabalhistas movidas por dois ex-funcionários que trabalharam com ela. Com uma música tocando ao fundo e acompanhada de quatro homens de torso nu, Cristiane diz que “todo mundo pode pedir qualquer coisa abstrata”. Também afirma jurar que não deve nada e declara que vai prová-lo “em breve”, na gravação publicada pelo perfil Top Vídeos no Facebook. “Eu tenho para falar para vocês o seguinte: todo mundo tem o direito de pedir qualquer coisa na Justiça. Todo mundo pode pedir qualquer coisa abstrata. O negócio é o seguinte: quem é que tem o direito? Ainda mais na Justiça do Trabalho? Eu juro para vocês que eu não achava que eu tinha nada para dever para essas duas pessoas que entraram contra mim e eu vou provar isso em breve”, fala. Um dos homens que a acompanham pede para dar uma declaração “como empresário” e diz que “ação trabalhista toda hora a gente tem”. “Eu posso dar uma declaração como empresário aqui? Ação trabalhista toda hora a gente tem”, afirma. Um outro completa. “Todo mundo pode ter, eu tenho, ele tem”. “E eu tô com você, doutora”, diz. No fim da gravação, Cristiane fala: “Eu só quero saber o seguinte: que que pode passar na cabeça das pessoas que entram contra a gente em ações trabalhistas?” O advogado Dominique Sander, do Movimento dos Advogados Trabalhistas, que moveu a liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a posse da ministra, não viu com bons olhos a “defesa” da deputada. “Interessante: note que ela diz que não fazia ideia de que estava cometendo irregularidade. Considerando que anotar carteira de trabalho de empregados é algo extremamente primário na relação de emprego, me parece que temos no vídeo uma confissão expressa de que a pretensa ministra não tem os conhecimentos mais básicos necessários para exercício do cargo”, apontou o advogado à reportagem. O vídeo foi gravado por um amigo da deputada, mas não foi publicado na página oficial do Facebook dela. Outro lado - A assessoria de imprensa da parlamentar divulgou nota sobre o vídeo: “A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) afirma que a gravação e a divulgação do vídeo foram manifestações espontâneas de um amigo, editadas fora do contexto. A deputada reitera ainda o seu respeito à Justiça do Trabalho e à prerrogativa do trabalhador reivindicar seus direitos.” (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Base aliada no Senado não atesta aprovação Enciumados com a dedicação de Temer em conseguir votos na Câmara, senadores sinalizam com retaliação Brasília - A base aliada no Senado não garante uma aprovação “automática” da reforma da Previdência, caso a proposta defendida pelo governo do presidente Michel Temer passe pela Câmara no próximo mês, afirmaram à Reuters duas importantes lideranças da Casa, sob a condição de anonimato. Na avaliação de um dos senadores, Temer tem se dedicado quase que exclusivamente a garantir votos para tentar aprovar a reforma entre os deputados, sem dar a devida atenção ao Senado. Para justificar a afirmação, citou as mudanças no primeiro escalão que contemplaram demandas de deputados, embora algumas avalizadas por senadores com ascendência na Casa. “O presidente acha que o sistema é unicameral?”, questionou esse parlamentar. “Ele continua insistindo e se desgastando, entregando tudo aos deputados”, protestou. Se passar na Câmara, a proposta de emenda à Constituição (PEC) precisará de 49 dos 81 votos do plenário do Senado para avançar. Outro destacado senador lembrou ainda que dois terços dos senadores (54 do total) encerram o mandato e poderão disputar novamente. E que, mesmo durante o recesso, não acredita ter havido uma melhora na percepção dos parlamentares em favor da proposta, como esperava o governo. “Já houve uma captação, por parte da população de menor escolaridade, de que a reforma beneficia os mais ricos”, avaliou essa segunda liderança, citando que, no início da discussão, houve uma “comunicação errada” da reforma pela área econômica do governo. Para essa liderança, a reforma, se passar pela Câmara, só deverá avançar no Senado após as eleições, lá para novembro.

MARCELO CAMARGO/ABr

A primeira fonte apontou, no entanto, que se o governo fez todo o dever de casa na economia, errou na estratégia da reforma, ao ter, no início, apresentado uma proposta “draconiana”, que iria resolver o rombo previdenciário “pelos próximos cinco séculos». Para ele, a proposta só trouxe impopularidade para o governo. Parlamentares da base começam a retomar as conversas sobre o tema a partir desta semana, para tomar pé da situação e avaliar as chances de aprovação da proposta. O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), que deve retornar a Senadores ponderam que governo estaria entregando tudo aos deputados para aprovar a reforma da Previdência Brasília hoje, quer “nivelar as informações” e “discutir estratégias futuras”. “Nesta semana retorno e a gente vai poder ter uma Brasília - A três semanas da data apoiar a proposta. com a participação de Rodrigo Maia, posição melhor do impacto marcada para a votação da reforma da “Conheço o Congresso Nacional, que é um dos baluartes da aprovação da campanha do governo Previdência na Câmara dos Deputados, conhecemos nível de responsabilidade dessa reforma, para que possamos (sobre a reforma). A tarefa o governo não tem os votos necessários do nosso Parlamento, que nos momentos complementar um trabalho que já está é, a partir do dia 1º, contar para aprovar a proposta, admitiu ontem decisivos e essenciais nunca falta para sendo feito, de convencimento dos devotos”, revelou. o ministro da Secretaria de Governo, com o Brasil”, afirmou Marun. putados da necessidade de aprovação”, Já o vice-líder do PDT, Carlos Marun. Ele ressaltou, porém, que Ele argumentou que as contas da pontuou, ao reconhecer que a eleição está confiante no apoio dos deputados Previdência estão em déficit cada vez pode atrapalhar a tramitação, mas que Weverton Rocha (MA), da à mudança nas regras de aposentadoria maior - no ano passado, o rombo foi há indicações de mais apoio ao projeto. oposição, acredita que o e pensão e rechaçou qualquer possibi- de R$ 268,8 bilhões entre o Instituto Questionado sobre a persistência governo tem consciência lidade de novo adiamento da votação. Nacional do Seguro Social (INSS) e o de críticas à reforma nas redes sociais, de que não vai aprovar a Segundo o ministro, o governo não regime dos servidores públicos federais. o ministro minimizou: “Críticas não medida. “O governo não trabalha com hipótese de que não seja Além disso, já houve o rebaixamento da existem mais. Não existem argumentem chance nenhuma de a de votação em fevereiro. tos”, atenuou, ao comentar que não vê nota de crédito do Brasil pela agência de aprovar essa reforma. Ele “Ao mesmo tempo em que ainda classificação de risco Standard & Poor’s nas redes sociais pessoas defendendo sinaliza para o mercado e não temos esses votos, e eu não minto, e, segundo Marun, há o risco de novos a aposentadoria aos 47 anos ou com diz que a votação está manentão, não mentiria a respeito disso, nós rebaixamentos. valores superiores ao teto. “O que vejo tida, mas não tem coragem vivemos uma situação que é a melhor “Penso que ser contra reforma da é a conversa de alguns privilegiados de botar para votar”, considesde maio de 2017, quando iniciou Previdência é quase que assinar ates- preocupados com a sua própria apoderou o deputado, citando aquela conspiração que buscava derrubar tado de irresponsabilidade”, afirmou sentadoria”, acusou. a proximidade do período o presidente e que fez como principal o ministro. No esforço de convencimento, exeleitoral como um grande vítima essa necessária reforma”, disse plicou o ministro, também participam dificultador dos votos faMarun, que é responsável pela articu- Origem da segurança - Para Marun, a lideranças de fora do governo. “Existe um voráveis à proposta. lação entre o Palácio do Planalto e o articulação política em torno da reforma movimento de convencimento natural Congresso Nacional. da Previdência e o maior entendimen- para que as lideranças do País também O próprio ministro da Segundo ele, o cenário atual é melhor to da população sobre o tema dão ao se envolvam. Temos conversado com Secretaria de Governo, Carporque há hoje um número semelhante governo segurança de que aumentou lideranças empresariais, políticas, e los Marun, confirma que de votos ao que se tinha em maio de o apoio à mudança defendida pelo religiosas para que motivem e participe neste momento o governo 2017, antes do estouro da crise política. Palácio do Planalto. Ele acredita que, do processo”, afirmou. não tem votos suficientes. Além disso, o ministro alegou que existe se toda a população fosse esclarecida Sobre a posição de Maia de não levar A contagem do Palácio do sobre o tema, a aprovação popular ao atualmente um apoio maior da sociedade o texto à votação se não tiver segurança Planalto é de que existem à reforma. “Isso nos dá segurança e con- projeto chegaria a 90%. sobre a possibilidade de aprovação, o hoje cerca de 270 votos a No campo político, o ministro explica ministro comentou que o presidente fiança de que poderemos, sim, votar em favor da reforma e em torno fevereiro e seremos vitoriosos”, apontou. que líderes dos partidos começam a da Câmara será atualizado do cenário. de 70 indecisos. Ainda está O ministro também demonstrou voltar nesta semana para Brasília e o “Esperamos e temos a convicção de que longe dos 320 votos que o confiança na “responsabilidade” do governo retoma as reuniões de articula- oferecemos a Maia informações que lhe governo espera ter para Congresso Nacional em momentos de ção que já têm dado resultado positivo. trarão a necessária segurança para que ele colocar o texto em votação necessidade, embora tenha reconhecido Nesse esforço, o presidente da Câmara, tome a decisão correta em relação à votação - 308 necessários para aproantes que o fator eleitoral tem pesado Rodrigo Maia, é uma peça fundamental da reforma que, repito, tem que acontecer var, mais uma margem de mais para alguns parlamentares evitarem para o governo. “Contamos sempre no mês de fevereiro”, reafirmou. (AE) segurança. (Reuters)

Carlos Marun reafirma que votos são insuficientes

ELEIÇÕES

Temer diz que gostaria de ver Lula derrotado no voto O presidente Michel Temer afirmou ontem, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que gostaria que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputasse as eleições de outubro e fosse derrotado no voto, alegando que uma derrota do petista nas urnas “pacificaria” o País. “Do ponto de vista do quadro político, eu, pessoalmente, apreciaria que ele não tivesse essas responsabilizações todas, pudesse disputar a eleição e fosse vencido no voto. Isso pacificaria o País. Essa fórmula da sua não participação tensiona o País», argumentou Temer. “Eu, pessoalmente, pen-

so que, do ponto de vista essencialmente político, se ele tivesse como participar das eleições e eventualmente ser derrotado, seria mais tranquilo”, repetiu. Questionado se o ex-presidente, condenado na semana passada em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, estaria “morto politicamente”, Temer avaliou que não. Poderia, disse, estar morto “eleitoralmente”, se não puder concorrer. “A figura dele é de muito carisma, não é sem razão que ele ocupa as primeiras posições em toda e qualquer análise”, admitiu. “Dizer que a imagem dele,

a palavra dele, a presença passada dele não vai ter alguma influência, aí acho que morto ele não está.” Ao tratar de seu governo, Temer afirmou que está satisfeito com o que tem feito em seu governo e aproveitou sua impolularidade - como lhe sugeriu o publicitário Nizan Guanaes - para fazer o que considerava bom para o País. O presidente reafirmou que não será candidato à reeleição e apenas em maio deixará claro quem vai apoiar. “Eu quero alguém que defenda meu legado”, apontou. Temer reclamou novamente do que afirma ter

sido uma campanha pessoal contra ele e disse que vai dedicar seus últimos seis meses de governo a recuperar sua imagem “Fui desmoralizado por alguns embates de natureza moral. Nesses seis meses vou me dedicar à recuperação dos meus aspectos morais. Não vou admitir mais que digam presidente trambiqueiro, que fez falcatruas”, reclamou. Indicação de deputada Temer disse ainda que não se arrependeu em momento algum de ter apontado a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho e criticou a interferência do

Judiciário em decisões do Executivo. “A Constituição determina não só independência dos Poderes mas sua harmonia. Eu prezo a separação dos Poderes. A competência de nomear ministros é do presidente”, afirmou. “Eu serei respeitoso com a independência e harmonia dos Poderes. Se no final o Judiciário disser que não pode, tudo bem. Mas eu creio que seria de bom tom que tivéssemos essa vitória, que não é do governo, mas do sistema jurídico.” Cristiane Brasil foi indicada no dia 3 de janeiro, mas foi impedida de tomar posse por uma liminar do

juiz Leonardo Couceiros, da Justiça Federal em Niterói. Desde então, o governo sofreu uma série de derrotas e ainda não conseguiu empossar a deputada. No último revés, depois de a liminar ser derrubada no Superior Tribunal de Justiça, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, revogou a decisão afirmando que a prerrogativa sobre o caso é do STF. O governo quer a deputada, indicada por seu pai, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, para garantir os cerca de 15 votos prometidos por Jefferson para reforma da Previdência. (Reuters)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

BIOMEDICINA

SensyMed cria equipamento que salva vidas Empresa desenvolveu dispositivo que mantém a temperatura do corpo e uma manta descartável DIVULGAÇÃO

MÍRIAN PINHEIRO

A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas e, com o setor de saúde, não é diferente. O aumento da expectativa de vida contribui para que mais investimentos em inovação médica sejam realizados. A tendência virou oportunidade de negócio para uma empresa mineira. Nascida dentro do Programa Municipal de Incubação Avançada de Empresas de Base Tecnológica (ProIntec), incubadora de empresas de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, a SensyMed, especializada em equipamentos médicos de alta tecnologia, sediada hoje em Itajubá (Su de Minas), projeta expansão comercial para 2018, com aumento no portfólio de produtos e destaque para a unidade de aquecimento SensyWarming e os diversos modelos de mantas térmicas SensyBlanket, que juntos cuidam da prevenção e tratamento de quadros de hipotermia. De acordo com o engenheiro eletricista, sócio e diretor do setor de Pesquisa e Desenvolvimento da SensyMed,William Hideki Yanaguizawa, nos últimos anos a empresa vem crescendo 30% ao ano. “Esse crescimento é em produção, como dos modelos SensyBlanket, que têm baixo custo de fabricação e preço médio de R$ 300 pela tabela Simpro (referencial de preços de medicamentos e produtos para a saúde)”, explica. Somente para a manta SensyBlanket, projeção é de 300 unidades/mês. Segundo ele, a expansão comercial, estimada para os próximos três anos, tem o intuito de aproveitar ao máximo o crescente mercado no País por mantas térmicas descartáveis para dispositivos de ar forçado. “Nos últimos três anos de pregão eletrônico, por meio do sistema Comprasnet, desenvolvido pela Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) para licitações governamentais, houve uma demanda de quase 130 mil mantas térmicas descartáveis dos mais diversos

Solução reduz tempo de pacientes em hospital

Nacionalizamos a tecnologia, o que permitiu fazê-los chegar ao SUS, diz Yanaguizawa

modelos, movimentando mais o que permitiu fazê-los chegar a saúde, conforme aponta o de R$ 12 milhões”, observa. à rede pública de saúde”, diz sócio-diretor da SensyMed, o diretor. A nacionalização 60% desses equipamentos ainDemanda nacional - Este ano, da produção provocou uma da são importados, afirma a a indústria também preten- natural queda nos custos de fa- Associação Brasileira da Indúsde aplicar recursos próprios bricação, e isto tornou possível tria de Artigos e Equipamenpara a divulgação e entrada a sua aquisição pelo Sistema tos Médicos e Odontológicos (Abimo). Ainda de acordo do sistema de aquecimento Único de Saúde (SUS). Apesar do crescimento na com o órgão, só em 2016, este SensyWarming no mercado, apresentando e consolidando produção tecnológica brasileira mercado movimentou R$ 25 a solução como a primeira do no segmento de produtos para bilhões. DIVULGAÇÃO segmento produzida nacionalmente, abrindo caminho para a expansão e desenvolvimento dos outros produtos da empresa. “São diversos tipos de soluções que atendem desde a prevenção de hipotermia até estimulações nervosas para delicados procedimentos cirúrgicos”, completa Yanaguizawa. Com a unidade de aquecimento em fase final de certificação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e seu acessório essencial, as mantas térmicas SensyBlanket (já disponíveis para venda), a SensyMed espera no segundo trimestre deste ano atender a demanda de todo o setor de saúde nacional. “Além da inovação que aplicamos nos nossos produtos, SensyWarming mantém um fluxo contínuo de ar nacionalizamos a tecnologia, aquecido e a manta SensyBlanket distribui esse ar

O engenheiro eletricista, sócio e diretor do setor de Pesquisa e Desenvolvimento da SensyMed,William Hideki Yanaguizawa, recorre ao cenário mundial para esclarecer a importância do desenvolvimento das soluções. Segundo ele, o número de leitos atualmente no Brasil está abaixo do número recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e vem caindo segundo dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS). “Os produtos SensyMed podem auxiliar nesse problema, porque os equipamentos diminuem o tempo dos pacientes nos hospitais”, afirma, ressaltando a melhora na rotatividade dos leitos com o uso deles. O sócio-diretor também explica que um paciente que desencadeia problemas decorrentes da hipotermia, no pós-cirúrgico imediato, fica em média dois a seis dias a mais nos leitos, gerando um alto custo para os hospitais, ainda com risco de aumento em 31% da taxa de mortalidade nesses casos. A hipotermia, principal alvo da inovação, é conhecida da medicina como uma das complicações mais comuns em período pós-operatório que envolve anestesia (a incidência da hipotermia atinge de 60% a 85% de todos os pacientes na sala de pós-anestésico quando não utilizado um sistema de aquecimento e a mortalidade proveniente salta de 19% para 31% em pacientes que desenvolvem o quadro), podendo desencadear outros problemas mais sérios, até mesmo cardíacos e neurológicos. O SensyWarming, explica Yanaguizawa, atua diretamente no quadro. “Ele fornece ar aquecido com temperatura precisamente controlada à manta térmica, que é feita de material leve e flexível, e recobre o corpo do paciente sob tratamento, distribuindo o ar uniformemente e realizando o aquecimento forçado do corpo”, explica. Linha do tempo - A SensyMed foi fundada, no final de 2007, por um médico-cirurgião e uma engenheira ao final de uma pós-graduação em Engenharia Biomédica, se instalando inicialmente na Incubadora Municipal de Empresas de Base Tecnológica de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. Os investimentos iniciais, somente considerando os das instituições parceiras citadas e suas respectivas contrapartidas, somam um valor aproximado de R$ 900 mil desde a concepção da empresa, que passou por um longo período de pesquisa e desenvolvimento para as soluções imaginadas. A SensyMed já foi contemplada por diversos programas de financiamento público desde sua fundação, como o do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), entre outros. (MP)

MERCADO IMOBILIÁRIO

Somattos prevê três lançamentos para este ano MÍRIAN PINHEIRO

Neste mês, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) apontou confiança dos empresários do setor, com 52,8 pontos. Esse foi o melhor resultado para janeiro em cinco anos e o quinto mês consecutivo no qual o indicador ficou acima de 50 pontos - valor que separa confiança e falta de confiança. É neste cenário que a Somattos Engenharia, construtora mineira com 42 anos de mercado, anuncia uma nova sede, com previsão de inauguração até o final do primeiro trimestre, no bairro Belvedere (região Centro-Sul), dezenas de lançamentos e novas contratações. De acordo com o diretor comercial da empresa, Humberto Mattos, a construtora prevê três lançamentos esse ano (um deles não terá obras

iniciadas neste ano) e outro tem parceria com a Patrimar. “Não temos previsão de entregas em 2018. Nossa próxima finalização de obra será o My View, previsto para julho 2019. Por sinal, as obras estão adiantadas, portanto, podemos antecipar a entrega em alguns meses”, avisa. Desde a sua fundação, em 1976, a Somattos já construiu e entregou 45 empreendimentos em Belo Horizonte. Segundo Mattos, ao longo do ano, 27 mil metros quadrados relacionados a três residenciais estarão em construção, com entregas a partir de 2019. “Para os próximos anos, a perspectiva é lançar mais 11 empreendimentos, considerando projetos próprios e os desenvolvidos em parceria”, enfatiza. Sobre as novas contratações, ele diz ser difícil estimar o número

de vagas que serão abertas, já que as obras estarão em fases diferentes e as contratações são muito dinâmicas. “Hoje, temos 125 funcionários diretos, além dos terceirizados. Acreditamos que dobraremos o número de contratações diretas e faremos muitas parcerias com terceiros, já que dobraremos também o número de obras”, estima. Mattos diz que, em 2017, por questões estratégicas, a Somattos lançou apenas um produto, o Legacy (residencial no bairro Funcionários, região Centro-Sul). Em 2016, dois: o Home Residence (Funcionários) e o My View (São Lucas). “Não prevíamos crescimento em 2017. Atingimos a meta”, diz. A meta foi de R$ 49 milhões e a empresa conseguiu apurar VGV de R$ 48 milhões. “Aproximamos muito, apesar de ter sido um ano difícil para o mercado.

Este ano, focamos na estruturação da empresa, para nos prepararmos para a retomada prevista para 2018”, revela. Fugindo da palavra estagnação ao falar do desempenho da empresa no ano anterior, situação que ele prefere referir “de muitos desafios”, na visão dele, 2017 foi um ano de cautela, no qual a construtora optou por reduzir esforços em lançamentos em prol do fortalecimento de novas estratégias e equipes. “O setor ainda está em processo de retomada”, avalia. Por isso afirma acreditar em melhorias em 2018, mas com cautela. Para Mattos, o cenário ainda é incerto, principalmente em razão de dois grandes eventos: Copa

do Mundo e Eleições. “Enfrentamos os desafios e nos preparamos para a retomada fortalecendo nosso relacionamento com as imobiliárias parceiras e implementando nossa Central de Leads. Temos um supervisor de vendas, o Dida, focado em agregar, treinar e acompanhar todos os atendimentos a corretores externos (que hoje correspondem a quase metade do nosso faturamento anual), além de uma equipe de oito consultores internos”, salienta. O diretor explica que a Central de Leads da empresa hoje conta com dois atendentes especializados em receber prospects (potenciais clientes) - sobretudo, aqueles captados

em campanhas on-line - e qualificá-los para serem atendidos pelos consultores da equipe interna. “Implementamos um novo sistema CRM e ações automatizadas de marketing de conteúdo (inbound mkt)”, completa. Em relação à gestão de obras, Mattos diz que a empresa validou a eficiência de planejamento e controle de custos e prazos. “Um exemplo é o Moinhos do Vento, no Alto do Engenho, que foi entregue em 2017. Antecipamos a entrega em alguns meses e conseguimos cumprir todos os custos previstos para as obras. O empreendimento superou as expectativas em relação aos acabamentos e qualidade construtiva”, destaca.

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NEGÓCIOS SEGURANÇA

E-commerce brasileiro sofre uma tentativa de fraude a cada cinco segundos

SAÚDE

Fintech oferece cartão prépago que gera descontos

Solução é alternativa para quem perdeu o plano ou nunca teve São Paulo - Após cair em casa, Getúlio Caldas, 67, quebrou o fêmur e precisou colocar uma prótese no quadril e uma barra de titânio na coxa. Isso faz dois anos e até hoje ele precisa de fisioterapia para o tratamento. “Fiquei seis meses de cama e tem um ano e sete meses que faço fisioterapia”, relata. “Tive que aprender a andar de andador, de muleta e, agora, de bengala.” Ele aguarda desde então que o tratamento seja oferecido pelo SUS, mas não consegue uma vaga. As sessões particulares custariam R$ 70 cada. Custariam, pois com um cartão pré-pago, ele acessa o tratamento, na mesma clínica, por R$ 105 a semana. Isso garante sua recuperação. “Se não estivesse fazendo fisioterapia, já estava entrevado.” O produto foi lançado pela TEM, fundada por Igor Pinheiro e Gláucia Saffa e mais dois sócios. Eles saíram do mercado de seguros para fundar o negócio, classificado com fintech - organizações que unem soluções financeiras com tecnologia. O cartão, distribuído em lojas

de varejo, funciona de forma similar ao de conta-corrente. Há a contratação de um pacote, e o preço da mensalidade (entre R$ 19,90 e R$ 21,90) varia conforme os serviços de conveniência oferecidos. “Observamos uma oportunidade e um espaço grande de mercado. É uma solução alternativa para pessoas que foram perdendo plano ou nunca tiveram”, explica Gláucia Saffa “Hoje, no mercado de seguro saúde, os prêmios são altos e caros. Para os consumidores, os ajustes estão aumentando e eles não conseguem mais pagar”, complementa Pinheiro. Os tratamentos oferecidos, no entanto, são da mesma qualidade independentemente do pacote contratado, esclarece Gláucia Saffa. O desconto varia de 30% a 70%, mas, segundo a sócia, precisa ser de no mínimo 20%. “Tem que ser uma diferença sensível ao consumidor.” Por outro lado, não há tabela pré-estabelecida para os médicos porque o objetivo não é precificar. “Olhamos muito o que essas clínicas populares praticam para oferecer valores parecidos. E há profissionais

mais caros que saem mais baratos para nossa rede.” Para utilizar, o cliente, além da mensalidade, precisa recarregar o cartão, de maneira similar aos chips pré-pagos de telefone celular. “Funciona como uma rede de saúde onde negociamos com cada parceiro o preço, e o usuário do cartão faz as recargas.” Atualmente, essa rede conta com 4.000 unidades de atendimento, 22 mil tipos de serviços e 11 mil farmácias. Expansão - A TEM contabiliza 1,5 milhão de cartões emitidos desde o início da operação em fevereiro de 2015. O tamanho da fintech, que iniciou operação em fevereiro de 2015, foi catapultado pela Natura, que irá oferecer o serviço a 1,2 milhão de consultoras por todo o País no início deste ano. A parceria já funciona como projeto piloto em Porto Alegre e São Paulo. “A gente fez em 2014 o IDH da consultora Natura. Esse estudo provou que poderíamos, como empresa, ter outros benefícios para alavancar o IDH tanto em educação como em sáude, que só proporcionar renda e

autoestima não era suficiente», explica Cida Franco, diretora de Relacionamento da empresa. Os testes foram feitos durante o ano passado, o que veio em boa hora para Erenilce Santana, 42. “Tive uma alteração no útero e todo mês estou fazendo acompanhamento. A doutora falou que não é grave, é um lioma, mas, se não cuidar, vira câncer.” As consultas que sairiam por R$ 250, agora custam R$ 73. Outra virada na trajetória da TEM foi o investimento realizado pela Vox Capital ainda no início da operação, em março de 2015, que é acionista da empresa. “Com isso, fizemos algumas transformações no modelo de negócio”, diz Gláucia Saffa. “Começamos como uma administradora de cartões e evoluímos para análise de dados, se posicionando mais como fintech.” “É a única solução financeira para o mercado de saúde e que traz inovações o tempo todo em tecnologia nesta área com o objetivo de melhorar relação do consumidor com a saúde”, afirma Gláucia Saffa. “É para trabalhar na consciência do consumidor.” (FP)

A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

São Paulo - Com o objetivo de estudar o comportamento dos criminosos virtuais, a Konduto, empresa brasileira que desenvolveu um sistema antifraude eficiente e de alta performance, realizou um levantamento que mostra que o e-commerce brasileiro sofre uma tentativa de fraude a cada cinco segundos. Estes golpes contra lojas on-line acontecem a partir de compras feitas com cartões de crédito clonados. O estudo, intitulado Raio-X da Fraude, levou em consideração uma amostragem de mais de 40 milhões de transações, durante entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. O estudo aponta que o índice de tentativas de golpes virtuais foi de 3,03%, o que corresponde a uma transação fraudulenta a cada 33 processadas no comércio eletrônico. Este valor representa somente as tentativas de fraude, e não necessariamente a taxa de fraudes efetivas do e-commerce brasileiro. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o e-commerce nacional recebeu mais de 203 milhões de pedidos ao longo de 2017. Se 3,03% delas são de origem fraudulenta, mais de 6 milhões de transações foram feitas por estelionatários utilizando cartões clonados durante os 365 dias do ano. Quase uma compra criminosa a cada 5 segundos. “A maioria destas transações ilegítimas é barrada pelos sistemas antifraudes ou pelo lojista antes mesmo da aprovação do pagamento na hora da compra, e os produtos sequer são enviados ao fraudador. Um e-commerce saudável não pode ter uma taxa de fraudes superior a 1% do faturamento, sob risco de advertências, multas e até mesmo descredenciamento junto às operadoras e ban-

deiras de cartão de crédito”, explica Tom Canabarro, cofundador da Konduto. A taxa de tentativas de fraude em 2017 ainda é considerada bastante elevada alta, mas apresentou uma redução de 15,4% em comparação ao índice de 2016, de 3,58%. Uma explicação para esta queda é o crescimento de todo o ecossistema do e-commerce no Brasil, com um mercado cada vez mais maduro e com soluções que oferecem alta tecnologia e segurança para lojistas e clientes. O Raio-X da Fraude apresenta também o período do dia e o dia da semana em que a atividade criminosa é mais intensa na internet brasileira. De acordo com o relatório, a maioria dos pedidos ilegítimos ocorre entre 20h e 23h, com 21,5% das tentativas, e quarta-feira é o dia da semana que em que acontecem mais compras perigosas. “Estes dados mostram que os criminosos virtuais encaram a fraude como ‘trabalho’, e não como atividade secundária”, ressalta Canabarro. O estudo é voltado principalmente para profissionais que atuam nos setores de e-commerce, meios de pagamento on-line, bancos ou tecnologia. O objetivo da Konduto é compartilhar com o mercado informações relevantes sobre um problema ainda muito pouco debatido no mercado, muito embora a fraude seja uma das principais causas de prejuízo para lojas virtuais. “Este é um mal inerente ao comércio eletrônico, e infelizmente não há e-commerces à prova de fraude. A real função de um sistema antifraude também não é de garantir fraude zero para o lojista, mas de aprovar o máximo de compras diante do menor risco possível. Ou seja: administrar o risco de maneira consciente e orientada ao lucro”, finaliza Canabarro.

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Como vender a minha empresa? Parte 5 FLÁVIO DE AGUIAR ARAÚJO*

Nas edições anteriores desta série de ensaios sobre “Como vender a minha empresa”, publicados entre junho e dezembro de 2017, abordamos passos importantes quando estamos preparando empresas para serem vendidas, quais os documentos utilizados e qual o papel e importância da duediligence ou auditoria. Neste ensaio vamos falar de um documento muito importante, o infomemo, ou information memorandum, uma expressão em inglês muito utilizada para o documento que é enviado aos potenciais investidores detalhando o negócio. Quando enviamos o detalhamento do negócio para o investidor, em geral eles estão interessados em avaliar quatro pontos importantes, o mercado, a empresa, o financeiro e a transação. O primeiro é o MERCADO. É importante saber qual o tamanho do mercado e sua taxa de crescimento nos últimos anos. A partir

desta leitura de tamanho de mercado é possível demonstrar qual a participação da empresa. Por fim é recomendável destacar quais são os principais concorrentese as diferenças de posicionamento em relação a eles. O segundo ponto é a EMPRESA. É essencial entender quais são os produtos e seus diferencias e qual o modelo de negócio praticado pela empresa. Outro aspecto é a equipe, quem são sócios e qual o seu papel no negócio. Além dos sócios quem é a equipe chave a frente do negócio. Por fim é necessário apresentar o planejamento da empresa, pontuando como espera crescer e quais as principais iniciativas precisam

ser conduzidas. O terceiro ponto é a radiografia do FINANCEIRO. Neste quesito é preciso olhar para trás e para frente, apresentando as demonstrações financeiras dos últimos anos e as projeções financeiras para os próximos anos. Também é neces-

sário demonstrar o comportamento das principais variáveis do negócio, que alguns chamam de Unitseconomics. Do ponto de vista comercial duas variáveis têm sido muito exigidas, o CAC (Customer acquisition cost ou custo de aquisição do cliente) e LTV (Life time value ou o valor do cliente no seu ciclo de vida). É fundamental que o valor do cliente seja maior do que o custo de aquisição. Do ponto de vista do negócio é importante demonstrar o ROI (Return on investment ou retorno sobre o investimento), ou seja, quanto a empresa consegue ganhar sobre os investimentos realizados.

Por fim, o quarto ponto é a TRANSAÇÃO. O investidor está interessado em saber qual a estratégia de funding e como ela reflete no objetivo do investimento (aquisição total ou parcial), em outras palavras, para que os recursos que estão sendo capitados serão utilizados. Em caso de aquisição parcial, os recursos vão para os sócios (cash out) ou para o negócio (cash in)? Em caso cash in, quando os recursos captados são para o negócio, é necessário detalhar como será aplicado em termos de capital de giro e investimentos. Elaborar um bom documento facilita o processo de negociação, ao permitir de maneira objetiva apresentar as principais informações que precisam ser avaliadas pelos potenciais investidores. Logo, para livrar-se de imprevistos durante a negociação recomendamos elaborar um bom informemo, que deve conter as informações apresentadas acima. *Sócio-diretor da DMEP


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

TECNOLOGIA

Via Networks investe em expansão focada na indústria 4.0 Em dois anos, aporte chega a R$ 950 mil MÍRIAN PINHEIRO

Com foco no compartilhamento de informações das indústrias 4.0, a belo-horizontina Via Networks, especializada em soluções nas áreas de infraestrutura, tecnologia da informação, energia e telecomunicações, já investiu - entre 2017 e 2018 - cerca de R$ 650 mil na ampliação do share, abertura de filiais em quatro municípios mineiros (Pouso Alegre, Barbacena, Divinópolis e Nova Lima) e já planeja, para o segundo semestre deste ano, aporte de R$ 300 mil para abrir novas operações em Montes Claros (Norte) e Uberlândia, no Triângulo. Somente para a abertura da filial de Pouso Alegre (Sul de Minas) no ano passado, foram gastos R$ 500 mil em ferramentas, equipamentos, veículos e treinamento de pessoal. De acordo com o CEO da empresa, Bruno Diniz Pinto, com a ampliação dos serviços, espera-se, até o final do ano, crescimento de 50% no faturamento bruto na comparação com o resultado do ano passado, que foi de R$ 39 milhões, alcançando R$ 58,5 milhões. Somente com o setor industrial, a previsão, segundo o CEO, é de alcançar uma receita de R$ 12 milhões. A empresa também abrirá novas vagas no segundo semestre, elevando o quadro atual de 720 funcionários. Ponte - O foco na indústria 4.0 acontece em função da descentralização do controle dos processos produtivos e da proliferação de dispositivos inteligentes interconectados ao longo de toda a cadeia produtiva. “Nós somos o pilar dessa indústria 4.0, já que a nossa empresa fornece os meios para que as máquinas troquem informações

entre si”, afirma Diniz. Ele acredita que a implantação desse novo conceito alavancará, ainda mais, a empresa, que viu na crise uma abertura de oportunidade de crescimento. “Boas práticas, aliadas a um planejamento financeiro estável, possibilitaram que ganhássemos espaço no mercado mesmo em um cenário adverso como o atual”, afirma o CEO, já pensando no futuro. “Queremos estar junto da Vivo nas novas praças de expansão e consolidar a atuação da operadora na área de CFTV”, completa, com a perspectiva de aumentar o número de clientes corporativos também na área de mineração. Soluções tecnológicas - Com uma visão ampla dos processos, a empresa emprega modernas tecnologias de engenharia. Entre os serviços prestados estão a execução de projetos de redes de telecomunicações aéreas e subterrâneas, rede de dados/ voz, CFTV, instalações elétricas, aumento de carga, iluminação, aterramento, SPDA, rede wireless, As-Built de redes elétricas e de telecomunicações. Na área de Telecom, a empresa trabalha com a construção de redes telefônicas aéreas e subterrâneas; canalização subterrânea, MND; manutenção preventiva e corretiva; fusões, emendas e reparos de caixa de emenda óptica e metálica; instalação de armários ópticos; implantação de ERB’s; infraestrutura para telecomunicações em geral. Também presta serviços de infraestrutura, como cabeamento estruturado, rede de dados, telefonia, CFTV, CATV, sonorização, certificação e documentação eletrônica; soluções wireless, roteadores,

Nossa empresa fornece os meios para que as máquinas troquem informações entre si, afirma Diniz

lan switches, soluções convergentes de voz, dados e imagem; execução e/ou administração de obras empreitada global e “turn key”; gestão profissional de TI; consultoria pontual ou outsourcing dos processos da organização; análise e gerenciamento de redes, entre outros serviços. Em 2012, a Via Networks tornou-se a principal parceira GVT, sendo responsável pela telefonia fixa, ADSL e TV, de todo o Estado. Em 2014, a Telefônica|Vivo adquiriu a GVT o que fez com que a Via desse um salto mercadológico, ampliando sua área de atuação com a abertura de filiais no Estado e registrando a marca de 100 clientes na carteira. Além da Vivo, a Via Networks atende também a Embratel, Embraer, Gerdau, Sebrae, Unimed, Copasa, Holcin do Brasil, Fundação Renova, entre outros. A companhia, que foi criada em 2004 e tem sede no bairro São Francisco, região da Pampulha, é comandada por Bruno Diniz, especialista em gerenciamento de projetos. Os outros três sócios são Dilton Diniz Silva, administrador de empresas e diretor de networking; Jaqueline Dias Serafim, engenheira eletricista e de telecomunicações, diretora de engenharia/comercial e Evandro Souza Alves, engenheiro de telecomunicações e diretor de telecomunicações.

PESQUSIA

85% das empresas reveem as necessidades de treinamento dos funcionários o tempo todo São Paulo - A relação entre a educação e o trabalho passa por uma espécie de crise existencial. Ela é evidenciada por constantes revisões do perfil profissional buscado pelas empresas, que se torna cada vez menos técnico e mais focado em traços da personalidade, como persistência e facilidade de relacionamento. Outro sintoma do distanciamento entre o universo acadêmico e o laboral é a elevada parcela de profissionais que termina em empregos fora de sua área de formação. Essas tendências - apontadas por duas pesquisas da FGV Clear - indica que o País pode estar desperdiçando recursos investidos na educação que, se fossem mais bem aplicados, talvez elevassem a baixa eficiência da economia. Um dos estudos, feito pela instituição em parceria com o JPMorgan em 2017, mostra que 85% das empresas no Estado de São Paulo, nos setores de saúde, tecnologia e alimentos, reveem as necessidades de treinamento dos funcionários o tempo todo. O percentual atinge 90% entre as grandes empresas. “O mundo do trabalho tem mudado muito, e as empresas não sabem bem o que querem. Vão na base da tentativa e do erro”, afirma o economista André Portela, um dos autores da pesquisa. O esforço para adequar o perfil

dos funcionários às rápidas mudanças tecnológicas esbarra em barreiras. Quase 80% das 417 empresas entrevistadas pela FGV e pelo JPMorgan relataram enfrentar problemas para contratar empregados para vagas de perfil técnico, e 36% disseram que a dificuldade é alta. Personalidade - As entrevistas feitas com as empresas mostram que conhecidas deficiências do ensino ajudam a explicar seu desencontro com o trabalhador. Indagadas, por exemplo, sobre as competências que dificultam as contratações, as empresas mencionaram questões que aludem à formação acadêmica. No setor de alimentos, falta de conhecimento e escolaridade foram, respectivamente, a segunda e a quarta fragilidade mais citada. As empresas de tecnologia e de saúde também listaram problemas como escassez de conteúdo técnico e falta do domínio da escrita. Mas o que chamou a atenção dos pesquisadores foi que, nos três setores, competências mais próximas de traços da personalidade do que de conteúdos técnicos foram citadas pela maioria. “As empresas não reclamam tanto de habilidades técnicas, mas da chamada ‘job readiness’ [prontidão para o trabalho em tradução livre]”, afirma Portela.

Entre as carências mais comuns, foram mencionados pontos como “postura profissional”, “competências comportamentais”, “ética”, “falta de comprometimento” e “comunicação”. Já entre as características imprescindíveis, “ser disciplinado e perseverante” e “trabalhar em grupo” foram mencionadas por quase a totalidade das empresas. As habilidades socioemocionais apareceram na frente de “se comunicar em língua estrangeira” até nas respostas do setor de tecnologia, em que a demanda por profissionais com ensino superior técnico é bem mais alta do que nos outros dois. A percepção da importância de característica como perseverança, autocontrole e facilidade de relacionamento aumenta à medida que pesquisas mostram que seu impacto no desempenho acadêmico e no sucesso na vida adulta é igual ou até maior do que a inteligência medida em testes cognitivos tradicionais. Com isso, a demanda por profissionais com essas habilidades tem se tornado explícita. Foi o que percebeu o grupo Kroton Educacional ao analisar anúncios de vagas no portal que mantém para conectar seus graduandos com empregadores. Nove entre os 10 atributos mais demandados são traços de personalidade, como disposição para o aprendizado contínuo, responsabilidade e comprometimento. (FP)

TELECOMUNICAÇÕES

Algar amplia serviço e leva banda larga de até 300 Mbps para 11 cidades de SP e MG São Paulo - Ao longo do primeiro bimestre deste ano, a Algar Telecom ampliará a disponibilidade do serviço de ultra banda larga, com velocidades de até 300 Mbps, e levará a tecnologia para mais dez cidades da sua área de concessão. O investimento garantirá mais desempenho e velocidade para downloads, assistir vídeos, ouvir músicas e jogar on-line, sem limites, inclusive, em cidades de pequeno porte, como Sales Oliveira (SP), Rio Paranaíba (MG) e Papagaios (MG), que possuem 11,6 mil, 15,5 mil e 15,5 mil habitantes, respectivamente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Acreditamos que o investimento nessas pequenas localidades é uma forma de democratizar o acesso à internet de alta velocidade e qualidade, e também é uma forma de reconhecermos a confiança depositada pela nossa base de clientes”, afirma o diretor de negócios de varejo da Algar Telecom, Márcio de Jesus.

A operadora levará a mesma tecnologia para Iturama (MG), Brodowski (SP), Cajuru (SP), Morro Agudo (SP), Conceição das Alagoas (MG), Carmo do Paranaíba (MG), Pitangui (MG) e Poços de Caldas (MG). Em todas essas cidades, a operadora utilizará rede 100% de fibra óptica, inclusive dentro das residências e empresas, permitindo ainda mais qualidade e estabilidade de conexão. Vale ressaltar que os municípios serão cobertos gradativamente, e os clientes podem consultar a disponibilidade do serviço e de velocidades pelos canais de atendimento da empresa. Além das 11 cidades, outros 11 municípios de Goiás, Minas Gerais e São Paulo recebem ampliações da ultra banda larga da Algar Telecom, são eles: Itumbiara (GO), Araguari (MG), Divinópolis (MG), Frutal (MG), Patos de Minas (MG), Uberlândia (MG), Batatais (SP), Franca (SP), Ituverava (SP), Orlândia (SP) e São Joaquim da Barra (SP).

SUSTENTABILIDADE

Coca-Cola propõe reciclar toda embalagem até 2030 em ação que envolve o Brasil São Paulo - A Coca-Cola Company assumiu um compromisso global de coletar e reciclar a totalidade de suas embalagens até 2030. A meta envolverá esforços globais e, no Brasil, significa dobrar a capacidade atual: em 2017, 51% das embalagens tinham a destinação correta. O presidente da Coca-Cola Brasil, Henrique Braun, afirma que os esforços de coleta e reciclagem tem acelerado no País. Em 2016, o índice de embalagens com a destinação adequada era de 36%. Para fazer cumprir a meta no País, a Coca-Cola prevê investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão entre 2016 e 2020. Os recursos serão utilizados para desenvolvimento de linhas de embalagens retornáveis, redesenho de embalagens e no esforço de engajamento de consumidores e trabalho junto a cooperativas de catadores. Braun destaca que o desenho de embalagens é uma etapa relevante para diminuir a quantidade de plástico utilizada. De acordo com ele, uma garrafa de plástico da companhia hoje tem cerca de 20% menos peso do que as garrafas que iam ao mercado em 2008.

Outra frente tem a ver com reduzir o uso de embalagens descartáveis. A Coca-Cola afirma que uma a cada cinco embalagens do portfólio hoje é feita de vidro ou de plástico retornável. O porcentual cresceu nos últimos anos: em 2015, era de 15%. A empresa espera que a “retornabilidade” alcance 30% em 2020. O executivo avalia que diminuir o consumo de embalagens de plástico descartável tem sido uma demanda dos consumidores. “É uma tendência que já está acontecendo tanto na nossa indústria quanto em outras”, diz. “O consumidor está muito atento a essas necessidades”, acrescenta. Aumentar a coleta e a reciclagem dependerá ainda de trabalhar com cooperativas de catadores. De acordo com Braun, a empresa tem hoje parcerias com cerca de 200 cooperativas. Para conseguir aumentar a coleta, é preciso que elas gerem um maior volume coletado. Braun defende que a empresa e outras da indústria devem estimular a adesão de catadores às cooperativas e contribuir para que a gestão delas ganhe musculatura. (AE)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br CRISTINA AJUB / EPAMIG

PESQUISA

Epamig desenvolve o“refrigerante do bem”

Produzida com soro de leite, a bebida tem alto valor nutritivo MICHELLE VALVERDE

Os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig) desenvolveram o “refrigerante do bem”, uma bebida láctea à base de soro de leite que, além de nutritiva, pode gerar receita para os laticínios. As pesquisas já foram concluídas e a expectativa é que as indústrias lácteas se interessem pelo projeto, pois permite o aproveitamento do soro, que, na maioria das vezes, é descartado. Desenvolvido no Instituto de Laticínios Candido Tostes (ILCT), da Epamig, com aporte financeiro de R$ 30 mil provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o refrigerante do bem é fabricado com soro de leite desproteinado e apresenta grande quantidade de nutrientes. De acordo com o pesquisador da Epamig e coordenador do Projeto Refrigerante do Bem, Junio de Paula, a ideia do projeto foi dar uma destinação correta ao soro gerado na industrialização do leite, que muitas vezes é descartado

projeto. A nova forma de utilização do soro é interessante para o setor, que tem como um dos gargalos descartar corretamente o produto. Parte do soro também é utilizada na alimentação de animais, principalmente de suínos. Caso descartado de forma incorreta, o soro causa grande impacto ambiental. A ideia foi incentivar o consumo “Conseguimos desenvolver de lácteos e dar uma destinação um produto nutritivo e de baixo custo. As indústrias, ao invés de correta ao soro gerado na descartar, poderão utilizar o soro, industrialização do leite, que disponibilizando para o consumidor uma bebida diferenciada muitas vezes é descartado e gerando receita. O processo de fabricação da bebida tem custo um volume muito grande. A reduzido e não demanda grandes indústria aproveita parte para a investimentos, podendo ser facilfabricação de bebidas lácteas, mas mente produzida e comercializada é uma parcela muito pequena. A pelas pequenas indústrias de proposta foi criar uma alternativa laticínios”, disse Junio de Paula. para o aproveitamento sustentáO refrigerante é fabricado à base vel do soro, a baixo custo, e que de soro e de leite e foi enriquecido possa ajudar a indústria a utilizar com o corante natural luteína. toda a matéria-prima, ao invés Além do maior valor nutriciode descartar o soro”, explicou o nal, a luteína é importante para pesquisador. preservar a saúde dos olhos e a As expectativas em relação à visão. O corante está presente em aceitação do produto por parte vegetais, como a abobrinha e o dos laticínios são positivas e já brócolis, e na laranja, por exemplo. Além de refrescante, a bebitem indústrias interessadas pelo de forma incorreta, causando a poluição do meio ambiente. “Nossa proposta foi aproveitar o soro do leite, que atualmente, é pouco utilizado pela indústria. Para se ter uma ideia, para cada quilo de queijo produzido, são gerados oito litros de soro. É

Segundo Junio de Paula, a fabricação do refrigerante tem custo reduzido

da láctea pode ser mantida em temperatura ambiente por até 90 dias e comercializada como refrigerante sem refrigeração. De Paula ressalta que a bebida contém grande quantidade de nutrientes como vitaminas, sais minerais, lactose e cálcio.

CODEVASF

Semiárido mineiro aguarda mais recursos

SEAPA / DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Os recursos do Orçamento Geral da União repassados à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) por meio de emendas parlamentares têm sido uma importante fonte de investimentos no Norte de Minas. Os dados da 1ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Montes Claros (MG), revelam que o aporte desses recursos tem aumentado. Em 2017, foram mais de R$ 33 milhões destinados à empresa por 29 parlamentares. Segundo a Gerência Regional de Gestão Estratégica, em 2010, somente R$ 1 milhão foi repassado para a região, por meio de emendas de um deputado. “Os recursos chegam em locais onde, talvez, os técnicos em orçamento não imaginem, mas que a companhia, por atuar na região há mais de 40 anos, conhece de perto”, explica a gerente de Gestão Estratégica em Minas, Felicidade Tupinambá. Dos 53 deputados federais da bancada mineira, 44 deles já destinaram recursos do Orçamento Geral da União para a Codevasf. O chefe de gabinete da Superintendência da Companhia em Minas, Fernando Britto, espera um volume maior de recursos proveniente de emendas parlamentares em 2018. “Ao lado do superintendente Rodrigo Rodrigues, estamos envidando todos os esforços junto à bancada mineira para que isso aconteça. A execução de praticamente todo o orçamento disponibilizado para as ações de investimento no vale sanfranciscano mineiro é a afirmação que a empresa tem cumprido o papel de agente de desenvolvimento regional”, revela. Desenvolvimento sustentável - As ações de revitalização, inclusão produtiva, acesso à água e irrigação foram destaques da Codevasf no Norte de Minas em 2017. “Executamos ações, projetos e programas especiais que visam ao desenvolvimento sustentável e que têm forte cunho social, notadamente no que

A revitalização da bacia do São Francisco inclui a instalação de pequenas barragens e sistemas simplificados de abastecimento

se refere a apoiar o produtor familiar que convive com os efeitos de prolongadas estiagens”, afirma o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Rodrigo Rodrigues. “Além de ter aplicado praticamente todos os recursos disponibilizados, conseguimos fechar o ano com os compromissos financeiros totalmente quitados”, completa. A revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Minas Gerais recebeu atenção da Codevasf com a continuidade das ações de recuperação de processos erosivos em áreas degradadas e de saneamento básico. Desde 2014, foram investidos R$ 426 milhões do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Em 2017, a Companhia concluiu as obras de esgotamento sanitário nos municípios mineiros de Ponto Chique, Arcos, Brasília de Minas e Manga; e prosseguiu com os serviços em Caeté, que estão em fase de conclusão. As obras beneficiam uma população de aproximadamente 122 mil pessoas. Os investimentos

apenas nessas obras somam cerca de R$ 62 milhões. Semiárido - As populações que vivem, principalmente, na região do semiárido mineiro foram as mais beneficiadas. Para garantir o acesso a água, por exemplo, a empresa perfurou e instalou 18 poços tubulares, construiu pequenas barragens e implantou centenas de sistemas simplificados de abastecimento de água para atender famílias de comunidades rurais difusas. A Codevasf também forneceu caixas d’água, bombas submersas, tubos de PVC, reservatórios de polietileno e outros equipamentos necessários para captação e distribuição de água a pequenas comunidades. A produção agrícola familiar em áreas rurais atingidas pela seca também foi fortalecida com a estruturação de associações de pequenos produtores com tratores e implementos agrícolas, caminhões, pás carregadeiras, retroescavadeiras, tanques de resfriamento de leite, entre outros equipamentos. A Codevasf atuou ainda para melhorar o escoamento da produção

das famílias, construindo pontes e pavimentando vias e acessos em áreas rurais. Na área da inclusão produtiva e da economia criativa, as ações abrangeram os segmentos familiares da piscicultura, produção de coco macaúba, apicultura, cursos de corte e costura, programas de capacitação ao pequeno produtor e outras ações que buscam oferecer alternativas de trabalho e renda nas comunidades rurais. Já na área de irrigação, a Codevasf adquiriu equipamentos flutuantes para melhorar a captação de água e beneficiar os produtores do projeto Jaíba, que sofre com a escassez hídrica provocada pela longa estiagem que assola o semiárido mineiro há mais de sete anos. A empresa também retomou as obras de reforma estrutural do projeto Gorutuba, com a transformação de parte do sistema de condução de água de canais abertos por sistemas de tubulação. O valor total desses investimentos nos dois projetos públicos de irrigação, implantados pela Codevasf, chegará a cerca de R$ 68 milhões. Com informações da Codevasf.

CONTROLE

Mapa cria Banco Central de Dados de Identificação Animal DA REDAÇÃO

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na sexta-feira (26) a Instrução Normativa nº 05 que cria o Banco Central de Dados de Identificação Animal para todas as espécies. Os dados (numerária) serão padronizados conforme as normas internacionais (ISO - Organização Internacional para Padronização). Cada código de identificação de animais será formado pelo número 076 (código ISO Brasil), seguido por uma sequência exclusiva de doze dígitos numéricos. Com isso, quando um bovino, por exemplo, for exportado e estiver no novo sistema, o código 076 será visualizado em elemento externo (brinco) ou pela leitura eletrônica de dispositivo implantado (chip). O dispositivo de radiofrequência pode ser “lido” em qualquer país do mundo, não havendo necessidade de reidentificação em outros sistemas existentes. O banco fará parte do módulo rastreabilidade da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA). Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, a adesão ao banco de dados é opcional. O benefício para o produtor será a possibilidade de ter seus animais identificados conforme as exigências internacionais, em uma plataforma pública, aprovada pelo Mapa. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento instituiu a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), em 2015, como sistema público informatizado de rastreabilidade do rebanho do País, da movimentação dos animais e da produção agrícola, bem como de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal. A plataforma disponibiliza relatórios e informações sobre o setor agropecuário, como a quantidade de animais por estados e municípios. Os agropecuaristas podem pesquisar na plataforma dados sobre a área de suas propriedades, o saldo de animais, as guias de trânsito – entradas e saídas – e as vacinações aplicadas. Com informações do Mapa.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

CONTAS

Déficit primário fica em R$124,4 bilhões Resultado do governo central no ano passado está abaixo da meta R$ 159 bilhões estipulada para o período Brasília - A recuperação das receitas no segundo semestre fez o governo central encerrar 2017 com déficit consideravelmente abaixo da meta de R$ 159 bilhões. No ano passado, Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social registraram déficit primário de R$ 124,401 bilhões. O déficit é 24,8% inferior ao resultado negativo de R$ 161,276 bilhões registrado em 2016 descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apenas em dezembro, o governo central registrou déficit de R$ 21,168 bilhões, montante 67,1% menor que o rombo de R$ 62,447 bilhões em dezembro de 2016 considerando o IPCA. No ano passado, as receitas líquidas da União cresceram 2,5% acima da inflação oficial pelo IPCA. As receitas foram impulsionadas pelo Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), também conhecido como Novo Refis, que rendeu R$ 24,6 bilhões à União, e pelas concessões de blocos de petróleo, aeroportos e hidrelétricas, que reforçaram os cofres federais em R$ 32,1 bilhões em 2017. As despesas do governo central caíram 1% em 2017 descontada a inflação. Apesar de os gastos com a Previdência Social terem subido 6,1% acima do IPCA e as despesas com o funcionalismo terem aumentado 6,5%, as demais despesas obrigatórias caíram 10,5% em termos reais (descontada a inflação) no ano passado. Os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram 14%.

As despesas de custeio (manutenção da máquina pública) caíram 11,7% em termos reais. A maior queda, no entanto, foi observada nos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), que somaram R$ 45,964 bilhões e reduziram 31,9% em 2017, também descontando a inflação. Segundo o Tesouro Nacional, os investimentos atingiram o menor nível desde 2008 em valores corrigidos pelo IPCA. Os investimentos corresponderam a 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB), a menor proporção desde 2006 (0,8%). Investimentos - Principal programa federal de investimentos, o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) executou R$ 29,598 bilhões, queda de 32,2% em relação a 2016 descontando o IPCA. O programa Minha casa, minha vida gastou R$ 3,617 bilhões em 2017, recuo de 56,1% considerando a inflação. Os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público da União executaram R$ 1,221 trilhão. Em relação ao teto de gastos, em vigor desde o ano passado, o valor equivale a 96,21% do limite previsto para 2017. No ano, as despesas federais poderiam crescer 7,2% em relação ao executado em 2016. Para 2018, elas poderão subir até 3% em relação ao teto de 2017. Em entrevista coletiva realizada ontem, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, negou que o governo tenha inflado a meta de déficit primário de 2017, que era de R$ 159 bilhões. “Há aqui um governo disposto e engajado em cumprir as metas. Não

PIXABAY/DIVULGAÇÃO

utilizamos artifícios de contabilidade para o cumprimento de metas”, respondeu. “Não houve folga. Não há o que comemorar com um déficit primário de R$ 124,401 bilhões. Precisamos sim é chegar a um resultado que estabilize o patamar da dívida pública”, completou. Questionada sobre a execução de despesas R$ 30 bilhões inferior ao previsto originalmente, Ana Paula argumentou que a execução no primeiro semestre de 2017 foi apertada devido a seguidas frustrações de receitas e aos riscos fiscais para o restante do ano. “Tivemos um aperto enorme nos órgãos no primeiro semestre, mas, na segunda metade do ano, nenhum órgão reclamou que faltaram recursos. Os órgãos fizeram grande esforço diante de um quadro de aperto”, acrescentou. (AE/ABr) Receitas líquidas da União cresceram 2,5% no ano passado, de acordo com o Tesouro Nacional

Governo quer usar fundo para cumprir regra de ouro Brasília - Mesmo após ter fechado 2017 com rombo primário menor que o esperado, o governo enfrenta agora dificuldades para cumprir a regra de ouro fiscal neste ano e, para tanto, vai lançar mão de medidas que já somam pelo menos pouco mais de R$ 170 bilhões, sendo que algumas precisarão do aval do Congresso Nacional. Entre elas, quer liberar R$ 26 bilhões dos recursos do Fundo Soberano que estão na conta única da União, já empregados em outros anos para melhorar contabilmente o resultado primário, mas cujo uso dos recursos está amarrado por lei. Por isso, explicou ontem a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, o governo encaminhará um Projeto de Lei ao Congresso para ga-

nhar a liberdade para usar os recursos para abater dívida. A regra de ouro impede que o governo se endivide para bancar despesas correntes e, diante de sucessivos rombos nas contas públicas, o governo busca alternativas para não descumpri-la pela primeira vez. O governo também informou que prevê a liberação de outros R$ 16 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento, que está em processo de extinção e ainda precisa de análise jurídica. Segundo a secretária, a insuficiência para cumprir a regra de ouro em 2018 é de R$ 208,6 bilhões, acima dos R$ 184 bilhões projetados até então. A causa para essa diferença vem sobretudo da menor amortização com despesas de

capital corrigidas pelo IGP-M. O governo também quer reduzir os restos a pagar não processados para enquadramento à regra de ouro, bem como utilizar a antecipação de R$ 130 bilhões de pagamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à União. Também prevê a desvinculação de superávits anteriores de fontes orçamentárias, mas ainda não tem projeções a respeito. Questionada sobre receitas que serão consideradas para o Orçamento de 2018, como o ingresso de recursos com a privatização da Eletrobras, a secretária se limitou a dizer que questões relativas à programação orçamentária deste ano serão divulgadas nesta semana. (Reuters)

BOLSA DE VALORES

Ibovespa recua 0,97% em dia de realização de lucros São Paulo - O Ibovespa fechou em queda de 0,97% ontem, aos 84.698,01 pontos, em um dia dominado pelo movimento de realização de lucros após sucessivos recordes que levaram o índice à vista a ganhar cerca de 12% neste mês. O ritmo de queda reduziu nos últimos momentos do pregão e a valorização no mês ainda está em 10,86%. O recuo ocorreu em linha com a trajetória dos pares em Nova York O giro financeiro foi de R$ 11,6 bilhões - em nível similar ao dia da véspera do julgamento do recurso do ex-

-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o índice à vista recuou 1,22% pela cautela dos investidores. “O movimento de realização já era esperado, pois os mercados acionários, tanto aqui como lá fora, esticaram muito”, disse Carlos Soares, analista da Magliano Corretora, que acrescenta que há certa cautela dos investidores no exterior em uma semana com divulgação de indicadores importantes, como dados sobre emprego (payroll), nos Estados Unidos, e da produção (PMI), na China, além da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o

juro básico americano. “Mas é importante ressaltar que as condições monetárias globais favoráveis estão mantidas”, afirmou. Em um dia de agenda doméstica esvaziada, declarações de integrantes do governo sobre a reforma da Previdência chamaram atenção. Muito embora boa parte dos analistas já tivesse dado como precificada a não aprovação da reforma da Previdência agora em fevereiro, o tema segue no radar e o noticiário a esse respeito serve como mote para ordens tanto na ponta de compra como de venda.

foi de correção para o dólar em escala global, depois das fortes perdas da divisa na semana passada. O câmbio doméstico acompanhou o exterior, e a moeda americana subiu para a casa dos R$ 3,16, depois de ter alcançado o patamar de R$ 3,13 no fim da semana passada. Segundo profissionais do mercado, a agenda dos Estados Unidos desta semana - que incluiu a decisão de política monetária do Fed, na quarta-feira, e os dados do mercado de trabalho relativos a janeiro, na sexta - é fator de pressão sobre os rivais Dólar – A sessão de ontem do dólar O próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou esperar que a suspensão de empréstimos a Estados e municípios pela Caixa não atrapalhe a votação da reforma. Entre as blue chips, as preferidas dos investidores não-residentes, os papéis dos bancos, que conseguiram valorizações expressivas nos dois pregões anteriores, recuaram: Bradesco PN (-2,91%), Itaú Unibanco PN (2,69%), Santander Brasil Unit (2,64%) e Banco do Brasil ON (0,56%).

O dólar à vista fechou em alta de 0,86%, a R$ 3,1656. O giro foi de US$ 1,263 bilhão. No mercado futuro, o dólar para fevereiro terminou com ganho de 0,06%, a R$ 3,1565. O volume foi de US$ 16,854 bilhões. A moeda americana tende a ter alguma recuperação ao longo da semana, “principalmente se forem confirmados os indicadores favoráveis de emprego nos Estados Unidos”, afirmaram analistas da Lerosa Investimentos, em relatório. A expectativa com a reunião do Fed também traz cautela aos negócios, destacaram. (AE)

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FINANÇAS BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

29/01/2018

26/01/2018

25/01/2018

Índices

Jan.

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,1651

R$ 3,1380

R$ 3,1470

IGP-M (FGV)

0,64%

VENDA

R$ 3,1656

R$ 3,1385

R$ 3,1500

IPC-Fipe

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

2,27%

2,27%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,1648

R$ 3,1444

R$ 3,1380

IGP-DI (FGV)

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

-0,42%

-0,42%

VENDA

R$ 3,1655

R$ 3,1450

R$ 3,1391

INPC-IBGE

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

2,07%

2,07%

COMPRA

R$ 3,1770

R$ 3,1600

R$ 3,2000

IPCA-IBGE

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

2,95%

2,95%

VENDA

R$ 3,3200

R$ 3,3070

R$ 3,4000

COMPRA

R$ 3,2500

R$ 3,2400

R$ 3,1500

ICV-DIEESE

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

2,44%

2,44%

VENDA

R$ 3,3500

R$ 3,3400

R$ 3,3500

IPCA-IPEAD

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

3,94%

3,94%

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

TURISMO PARALELO Fonte: AE

29/01 CDB Pré 30 dias

6,75% - a.a.

Capital de Giro

10,00% - a.a.

Hot Money

1,13% - a.m.

CDI

6,89% - a.a.

Over

6,90% - a.a.

Fonte: AE

Ouro 29/01/2018 Nova Iorque (onça-troy)

26/01/2018

US$ 1.340,30

BM&F-SP (g)

25/01/2018

US$ 1.352,10

N/D

R$ 136,00

N/D

R$ 136,90

Fonte:

AE

Taxas Selic Tributos Federais (%) 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Meta da Taxa a.a. (%) 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 -

Reservas Internacionais 26/01 .......................................................................... US$ 383.849 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

Até 1.903,98 De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

Dez. No ano 0,89%

-0,52%

12 meses -0,52%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Jan. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,12 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

18

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 670 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

VENDA 0,3173 0,4621 0,7027 0,005592 0,5255 0,03137 0,4105 0,4009 0,1545 0,06638 0,02796 8,401 0,002674 4,4742 0,03299 0,8621 2,5622 3,1655 3,1655 2,5652 0,01538 3,8604 2,4142 0,4049 1,1768 3,1655 0,01262 3,3823 0,0005638 0,02909 0,1796 4,4586 0,002103 0,006147 0,1085 0,8378 0,9837 0,008993 0,005232 0,001115 3,1655 0,06497 0,06154 0,17 0,1115 0,4309 0,2648 0,4999 0,4987 0,8696 8,2221 0,01266 0,0000858 0,8441 0,8161 0,05614 0,04979 0,0002369 0,2053 0,9305 0,002958 0,9427 3,9103

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

Seguros

3% 0,2976 0,2466

6% 0,5379 0,4867

TBF

12/01

0,01311705

2,92774121

13/01

0,01311715

2,92776374

14/01

0,01311715

2,92776374

15/01

0,01311715

2,92776374

16/01

0,01311720

2,92777492

17/01

0,01311725

2,92778676

18/01

0,01311725

2,92778676

19/01

0,01311725

2,92778676

20/01

0,01311735

2,92780872

21/01

0,01311735

2,92780872

22/01

0,01311735

2,92780872

23/01

0,01311746

2,92783334

24/01

0,01311754

2,92784997

25/01

0,01311754

2,92784997

26/01

0,01311754

2,92784997

27/01

0,01311761

2,92786621

28/01

0,01311761

2,92786621

29/01

0,01311761

2,92786621

30/01 0,01311772 Fonte: Fenaseg

2,92789162

12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 Fonte: AE

0,4759 0,4773 0,4773 0,5266 0,5271 0,5085 0,4471 0,4372 0,4548 0,4788 0,5246 0,5086 0,5108 0,4597 0,4405

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Dezembro IGP-DI (FGV) Dezembro IGP-M (FGV) Dezembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 03994 0,3994 0,3994 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

Agenda Federal Dia 31

Contribuição ao INSS COMPRA 0,3165 0,4521 0,7013 0,005494 0,5253 0,03128 0,4102 0,4007 0,1544 0,06369 0,02775 8,3902 0,002669 4,4543 0,03286 0,8614 2,56 3,1648 3,1648 2,5643 0,01512 3,813 2,4127 0,4048 1,1635 3,1648 0,01261 3,3812 0,0005618 0,02907 0,1792 4,4573 0,002095 0,006138 0,1083 0,8371 0,9832 0,00889 0,00523 0,001114 3,1648 0,0645 0,0615 0,1699 0,1113 0,4306 0,2646 0,499 0,4985 0,8691 8,2203 0,01265 0,0000858 0,8439 0,8148 0,05612 0,04977 0,0002368 0,2042 0,9298 0,002952 0,9422 3,9088

23/12 a 23/01 24/12 a 24/01 25/12 a 25/01 26/12 a 26/01 27/12 a 27/01 28/12 a 28/01 29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02

1,0295 0,9958 0,9948

IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de dezembro/2017, relativo a operações com contratos de derivativos financeiros - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constantes do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/2000, referentes ao 6o bimestre/2017 (novembro-dezembro/2017), à Unidade da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio da matriz. Disquete Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.01.2018. Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de dezembro/2017 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ – Apuração – trimestral - Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido no 1º trimestre de 2018, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de dezembro/2017, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) IRPJ/Simples Nacional - Ganho de Capital na alienação de Ativos - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de dezembro/2017 (art. 5º, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 608/2006) - Cód. Darf 0507.

IRRF - Fundos de Investimento Imobiliário - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de dezembro/2017 pelos Fundos de Investimento Imobiliário (art. 9º, § 3º, da Instrução Normativa SRF nº 25/2001) Cód. Darf 5232. Darf Comum (2 vias) IRPF – Carnê-leão - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de dezembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) Cód. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de dezembro/2017 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - Cód. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira - Cód. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) IRPF - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de dezembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de dezembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 1ª quota ou quota única da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 1º trimestre de 2018 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) Finor/Finam/Funres (Apuração mensal) - Recolhimento do valor da opção com base no IRPJ devido, no mês de dezembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9º da Lei nº 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9017. Finam: 9032. Funres: 9058. Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: PEDRO PINHO ROQUETE, SOLTEIRO, ENGENHEIRO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente à Alameda

do Morro, 110/708, Vila da Serra, Nova Lima, MG, filho de Tito Valadares Roquete Neto e Patrícia Pinho Roquete; e DÉBORA DE SOUZA FARIA, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Pernambuco, 1408/701, Funcionários, 3BH, filha de Euler Faria Júnior e Silvana Maria de Souza Faria. (677016) JOSÉ CUSTÓDIO PIRES RAMOS NETO, SOLTEIRO, ADVOGADO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Marquês de Paranaguá, 191/302, Santo Antônio, 3BH, filho de José Custódio

Pires Ramos Júnior e Aleth Barone Costa Ramos; e LUIZA ANDRADE ANJOS NAVES, solteira, Cirurgiã dentista - clínico geral, maior, residente nesta Capital à Rua Níquel, 45/600, Serra, 3BH, filha de Paulo de Oliveira Naves Filho e Márcia Lucia Andrade dos Anjos Naves. (677017) DELVINO SOARES DE SOUZA, SOLTEIRO, APOSENTADO, maior, natural de Itamaraju, BA, residente nesta Capital à Beco Regional, 8, Serra, 3BH, filho de PAI IGNORADO e Eluiza Soares de Souza; e MARCIA ZACARIAS LENIGIDIO, solteira, Do Lar,

maior, residente nesta Capital à Beco Regional, 8, Serra, 3BH, filha de Agostinho Lenigidio e Dosilia Zacarias Lenigidio. (677018) CESAR PEDRO SANTANA, SOLTEIRO, AUXILIAR DE ESCRITÓRIO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua da Água, 109, Serra, 3BH, filho de Joaquim Pedro Santana e Maria dos Santos; e KÊNIA VIEIRA PIMENTA, solteira, Educadora infantil de nível médio, maior, residente nesta Capital à Rua da Água, 109, Serra, 3BH, filha de Jaime Alves Pimenta e Vanda Maria Vieira Pimenta. (677019)

Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2018 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 4 editais.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 19/01/2018 03579 - Número TJMG: 002498042661-3 Numeração única: 0426613.54.1998.8.13.0024 Autor: Casa do Rádio Ltda; Réu: Casa do Rádio Ltda DECISÃO PUBLICADA NA INTEGRA NO RUPE. 03580 - Número TJMG: 002495045408-2 Numeração única: 0454082.80.1995.8.13.0024 Autor: Coscarelli Construções e Restaurações Ltda; Réu: Coscarelli Construções e Restaurações Ltda 1. Por ora, apenas defiro parcialmente o pedido de f. 2610, concedendo o prazo de 05 (cinco) dias de vista dos autos para o fim requerido.2. Após, retornem os autos conclusos para análise dos demais pedidos e requerimentos. **averbado**

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 22/01/2018 04429 - 1130072.95.2013.8.13.0024 Autor: Massa Falida de Paramar Supermercado Ltda Alvará expedido e à disposição. do Arrematante SUPERMERCADOS BH Comércio de Alimentos Ltda, procurador Pedro Figueredo de Souza Júnior, OABMG 162951.

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 23/01/2018 02142 - Número TJMG: 002403010961-5 Numeração única: 0109615.11.2003.8.13.0024 Autor: Mobicon Industria Comercio Moveis Informatica Escritorio Ltd; Réu: Informoveis Ltda Expeça-se ofício a JUCEMG determinando a baixa das restrições existentes em nome do falido JAIRO DE OLIVEIRA DA SILVA para que o mesmo possa exercer livremente seu direito de constituição de empresa, junte ao ofício cópia da sentença de encerramento (fls. 605/606). **AVERBADO** 02143 - Número TJMG: 002497020913-6 Numeração única: 0209136.36.1997.8.13.0024 Autor: Ipacil Industria de Produtos Alimenticios Ltda; Réu: Organizações Eril S/A 1- Suspendo o processo por mais 90 (noventa) dias, a fim de aguardar o deslinde da ação anulatória informada pela Síndica. 2- Decorrido o prazo, intime-se a Síndica para atualizar este Juízo acerca do andamento de tal ação. 3- Em relação ao requerimento de fls. 4600/4601 (REQUERIMENTO DE JOSÉ DE ASSIS DA SILVA DE JESUS # ADVOGADOS: NATÁLIA CRISTINA CHAVES # 85766/MG e LAURENCE DUARTE ARAÚJO PEREIRA - 155435/MG), esclareço à parte a impossibilidade de dar vista dos autos fora de Cartório aos credores e interessados, em razão da natureza da causa, sobre o qual incidem as exceções previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94 e, ainda, diante dos diversos diligências que devem ser feitas pela zelosa Secretaria do Juízo. Assim, indefiro o pedido, cabendo à parte interessada a extração de cópias xerográficas.

02144 - Número TJMG: 002400052214-4 Numeração única: 0522144.02.2000.8.13.0024 Autor: Puffies Ind e Com Ltda; Réu: Sociedade Comercial Moura Ltda 1 - Diante do falecimento do Amistrador Judicial Jésus Alves Martins, nomeio em substituição, a Dra. Janaína Nacimento Aguiar Varagnat, OAB 75948. fica ela intimada, por esta publicação, para assinar o termo de compromisso. 2 - Vista a nova Administradora Judicial para dar prosseguimento ao feito. 02145 - Número TJMG: 002400079452-9 Numeração única: 0794529.61.2000.8.13.0024 Autor: Borrachas Vipal Ltda; Réu: Cacoviche Comercio e Representacoes Ltda Autos vista ADM. JUD.DR.ALMIR. Prazo de 0005 dia(s). Para dar prosseguimento ao feito haja vista o decurso de prazo da suspensão de 180 dias. 02146 - 0916628.42.2014.8.13.0024 Autor: Falgo Empreendimentos e Participações S/A; Réu: Ace Educacao Profissional do Brasil Sa 1- Chamo o feito à ordem. 2- Considerando que é de interesse da parte ingressar em Juízo e pedir a falência, revogo o despacho que determinou a exclusão da empresa Empreendimentos Nossa Senhora do Carmo Ltda. do polo ativo e inclusão da sociedade FALGO EMPREENDIMENTOS E PARTICOPAÇÕES S/A como nova autora (fl. 406). 3- Por conseguinte, determino novamente a remessa dos autos ao distribuidor para reinclusão da empresa Empreendimentos Nossa Senhora do Carmo Ltda. no polo ativo, e o recadastramento de seus procuradores. 4- Após, retornem-me os autos conclusos para as deliberações cabíveis. 02147 - 1035038.98.2010.8.13.0024 Autor: Maxclean Comercio Servicos Importacao e Exportacao Ltda; Réu: Higiterc - Higienizacao e Terceirizacao Ltda 1- O pedido de substituição do Administrador Judicial, pessoa física, pela pessoa jurídica da qual faz parte encontra respaldo no art. 21, Parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005, razão porque defiro o pedido do Administrador, nomeando a sociedade Osmar Brina Corrêa Lima, inscrita no CNPJ sob nº 03.348.517/0001-64, como Administradora da Massa Falida de HIGITERC tendo como profissional responsável pela condução do processo de falência o Dr. Sérgio Mourão Corrêa Lima, OAB/MG 64.026 que já havia sido nomeado antes para a função e não poderá ser substituído sem autorização deste Juízo, devendo ser re-ratificado o termo de compromisso de que trata o art. 33, da Lei nº 11.101/2005. 2 # ficam os credores e demais interessados, intimados, de que o Administrador Judicial estará à disposição dos interessados, das 14:00 às 18:00 horas, em escritório situado à Rua Curitiba n° 2583, bairro de Lourdes, em Belo Horizonte # MG, ou através do telefone (31) 3291-0113 e do e-mail obcl-smcl@obcl.com.br . 3 # Expeça-se ofício à Secretaria de Administração de Finanças do Superior Tribunal de Justiça, com endereço informado à fl.308, solicitando informações sobre a localização dos bens de HIGITERC, utilizados para a prestação de serviços atinentes ao Contrato n° 34/2009, que estão em sua posse, de modo a possibilitar a arrecadação pelo Administrador Judicial. 4 # Expeçam-se ofícios ao DETRAN dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e do Distrito Federal determinando a apreensão das motocicletas HONDA placas HDL2922 e HDL0862, caso sejam localizadas em eventual operação policial e que caso apreendidos quaisquer dos veículos referidos, seja remetido ofício endereçado a este Juízo informando a remoção das motocicletas, bem como o endereço na qual estarão depositadas no DETRAN-MG de endereço à fl. 308. 5 - A fim de determinar a indisponibilidade dos bens da Falida, acessei o sistema CNIB, aguardando-se o envio das informações encontradas.

6 # Defiro a pesquisa de endereços dos ex-sócios e ex-administradores de HIGITERC, mencionados à fl. 311, através do sistema BACENJUD, juntando aos autos as informações encontradas. Após, intime-se o Administrador para indicar os endereços para serem intimados. 7 # Determino que se oficie, nos endereços respectivos informados às fls. 312/317: a) à GECONT # Gerência de Contratos e Convênios do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para que encaminhe cópia dos contratos n° 397/2008 e 398/2008 e quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. b) à Diretoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça para que encaminhe cópia do contrato n° 34/2009 e quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. c) à SADCON # Secretaria de Administração de Contratações do Senado Federal para que apresente cópia do contrato 0045/2007 (ZL), 0002/20009 (HIGITERC), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. d) à Diretoria-Geral do Supremo Tribunal Federal para que apresente cópias dos Contratos n° 0011/2009, 0012/2009, 0073/2009 e seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. e) ao Serviço de Gestão de Contratos # SEGES/COLOG do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico # CNPq para que apresente cópia do Contrato n° 0029-00/09, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. f) à FIOCRUZ # Fundação Oswaldo Cruz para que apresente cópia dos Contratos n° 0021/2006, 0010/2007, 0041/2007 e 0036/2007, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. g) ao ICMBio # Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para que apresente cópia dos Contratos n° 0023/2008 e 0031/2009, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. h) ao INEP # Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira para que apresente cópia dos Contratos n° 0020/2006 (ZL) e 0049/2009 (HIGITERC), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. i) à FUB # Fundação da Universidade de Brasília para que apresente cópia dos Contratos n° 503/2006, 602/2007, 605/2007, 606/2007 (ZL) e 604/2007 (HIGITERC), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. j) à #Coordenação-Geral de Recursos Logísticos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações# para que apresente cópia dos Contratos n° 28/2006, 29/2006, 33/2006 (ZL), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. k) à ANTT # Agência Nacional de Transportes Terrestres e ao DNIT # Departamento Nacional de Infraes- trutura de Transportes (sucessores do DNER # Departamento Nacional de Estradas e Rodagem) para que apresentem cópia do Contrato n° 01/2008, celebrado por seu antecessor e HIGITERC, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. l) à Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa para que apresente cópia do Contrato n° 06/2009, celebrado entre o Hospital das Forças Armadas e HIGITERC, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. m) à SPOA #

Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda em Minas Gerais para que apresente cópia dos Contratos n° 16/2005 e 22/2007, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. n) à CGLSG # Coordenação-Geral de Logística e Serviços Gerais do Ministério da Previdência Social para que apresente cópia dos Contratos n° 27/2006 (ZL) e 01/2009 (HIGITERC), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. o) à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente para que apresente cópia do Contrato n° 06/2009, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. p) à EPE # Empresa de Pesquisa Energética para que apresente cópia dos Contratos n° 21/2005, 12/2006 (ZL) e 53/2007 (HIGITERC), seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondentes extratos de pagamentos. q) à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério de Minas e Energia para que apresente cópia do Contrato n° 07/2006, celebrado entre a Inventariança da extinta CBEE # Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial e ZL,, seus aditivos, quaisquer outros contratos firmados com HIGITERC, bem como os correspondes extratos de pagamentos. 8 # Expeça-se ofício ao Banco Central do Brasil, para que forneça todos os dados do CSS de HIGITERC # Higienização e Terceirização, CNPJ: 07.359.967/0001-03, desde sua constituição em 04 de abril de 2005; e ZL Ambiental LTDA., CNPJ 04.275.196/0001-88, desde sua constituição em 26 de janeiro de 2001. 9 # Expeça-se ofício ao Ministério do Trabalho e Emprego, endereço à fl.319, para que forneça todos os dados do CAGED das pessoas requeridas à fl.319. 10 # Expeça-se ofício a JUCEMG para que remeta a esse Juízo cópia de todos os atos constitutivos da Falida e de outras empresas que, porventura, os falidos sejam sócios, bem como, solicitando certidão sobre a existência de registros de livros obrigatórios da Falida no órgão. 11- Expeça-se ofício ao Ministério da Transparência, no endereço informado à fl.317, solicitando cópia integral do processo n° 00190.016494/2009-09 no qual foi declarada a inidoneidade de ZL, especialmente a Nota Técnica n° 440/2010/CPAF/CRG/CGU - n° 440/2010/CPAF/CRG/CGU-PR e o Parecer n° 189/2010/ ASJUR/CGU-PR. 12 # Expeça-se ofício à DIRSEP # Diretoria Executiva da Gestão de Bens, Serviços e Patrimônio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, endereço informado à fl.318, para que encaminhe cópia integral do Processo Administrativo n° 010/2010 # DIRSEP. 13- Quanto aos itens 11 e 12, cumpre registrar que os documentos não deverão ser juntados aos autos, sob pena de tumultuar o feito falimentar com milhares de documentos referentes a outros processos. Assim, autorizo a Sra. Escrivã a guardar referida documentação em caixas, mantendo-as na Secretaria do Juízo, e certificando-se a ocorrência nos autos principais. 15 # Por fim, fica o Administrador Judicial intimado, sobre a manifestação do Ministério Público no item “5” de fl. 701, bem como para indicar perito contábil de sua confiança para auxiliar na falência (decisão publicada na íntegra no portal do TJMG - www.tjmg.jus.br). 02148 - Número TJMG: 002403129228-7 Numeração única: 1292287.67.2003.8.13.0024 Autor: Metalgamica Produtos Graficos Ltda; Réu: Gráfica e Editora Sigma Ltda 1- Em relação ao valor proposto pelo perito, por se tratar de demanda complexa, entendo como razoável a quantia de R$25.700,00 (vinte e cinco mil e setecentos reais) e consequentemente a homologo. 2- ficam os falidos intimados, na pessoa de seu procurador, para efetuarem o pagamento dos honorários propostos, no prazo de 15 (quinze) dias, a fim de que sejam os trabalhos periciais iniciados.

02149 - Número TJMG: 002406282177-2 Numeração única: 2821772.33.2006.8.13.0024 Autor: Neuza Nicolai Marques de Oliveira; Réu: Império dos Parafusos S/A 1 # Aguarde-se o trânsito em julgado da Ação Rescisória ajuizada pelo Estado de Minas Gerais. 2 # Diante da notificação de fls. 2682/2700, em conformidade com o art. 112 do CPC, descadastrar os advogados ali informados. 3 # Intimem-se os falidos, por carta AR, para que, em cinco dias, constituam novos advogados. 02150 - Número TJMG: 002402651232-7 Numeração única: 6512327.35.2002.8.13.0024 Autor: S/A Estado de São Paulo; Réu: L&F Publicidade Ltda 1 # Determino o desarquivamento dos livros de registros entregues pelos Falidos, conforme requerimento às fls. 1135/1140. 2 # Após, intime-se a i.perita Edina Maria Adão sobre o desarquivamento dos livros. 02151 - Número TJMG: 002490720254-3 Numeração única: 7202543.13.1990.8.13.0024 Autor: Freitas Refrigeracao Ltda; Réu: Freitas Refrigeracao Ltda Em atenção à promoção de fl. 2937, fica o Síndico intimado, para diligenciar junto à Contadoria do Juízo, para atualização das custas processuais.

PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 24/01/2018 01953 - 0747650.05.2014.8.13.0024 Autor: Centro Oeste Implementos para Transportes Ltda; Réu: Ninatur Ltda 1. Às fl. 197/203 foram opostos embargos declaração por Frederico Randazzo Amaral Ribeiro e outra.2. Conforme redação no CPC/2015, no caso de eventual acolhimento dos embargos deve-se intimar a parte contrária para manifestação. Vejamos:”Art. 1.023. (...)§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.”3. Assim, determino a intimação dos embargados e do Ministério Público para se manifestarem acerca dos embargos opostos. 01954 - Número TJMG: 002404302279-7 Numeração única: 3022797.68.2004.8.13.0024 Autor: Banco Bva S/A; Réu: Mercearia Aeroporto Ltda Autos vista ao sindico. Prazo de 0005 dia(s). Vista à síndica. 01955 - Número TJMG: 002405801046-3 Numeração única: 8010463.77.2005.8.13.0024 Autor: Greca Distribuidora de Asfaltos Ltda; Réu: Vanaz Urbanização e Construções Ltda Autos vista ADM. JUDICIAL. Prazo de 0005 dia(s).

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 24/01/2018 01973 - Número TJMG: 002408124755-3 Numeração única: 1247553.55.2008.8.13.0024 Autor: Thermotite Brasil Ltda; Réu: Massa Falida de Js Master Comunicação e Publicidade Ltda Autos vista AD,JUD,PAULO PACHECO. Prazo de 0005 dia(s). Para dar andamento ao feito, haja vista que o processo 02414227359.


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LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Reinclusão no Simples termina amanhã MPEs podem pagar integralmente os débitos atrasados ou parcelar em até 5 anos com juros e multa MARCELO CAMARGO/ABr

Brasília - As micro e pequenas empresas (MPEs) excluídas do Simples Nacional, regime especial de tributação, têm prazo até amanhã para quitarem os débitos e pedirem a reinclusão no programa. De acordo com a Receita Federal, não haverá prorrogação do prazo de adesão ao regime para empresas em atividade. Em 1º de janeiro, a Receita Federal tinha excluído as empresas com débitos no Simples Nacional. Os contribuintes têm duas opções. Ou pagam integralmente os tributos em atraso ou pedem o parcelamento convencional em até cinco anos com multa e juros. Nesse caso, a empresa terá de pagar a primeira parcela e manter as obrigações em dia para evitar uma nova exclusão do regime. Segundo a Receita, a prorrogação do prazo não é possível porque a legislação determina que, antes de fevereiro, as empresas definam se estão ou não enquadradas nas regras que possibilitam a adesão ao Simples Nacional. Em vigor desde 2007, o Simples Nacional beneficia empresas que faturem até R$ 360 mil (microempresas) ou R$ 3,6 milhões (pequenas empresas) por ano. Criado em 2006, o programa possibilita o pagamento de até oito tributos federais, estaduais e municipais em apenas uma guia, podendo reduzir em até 40% os impostos e as contribuições. Amanhã também vence o prazo para os proprietários de MPEs aderir ou fazer o desenquadramento no Simples Nacional. As

A Receita Federal descarta uma prorrogação de prazo para as micro e pequenas empresas regularizem suas pendências dentro do Simples Nacional

solicitações são gratuitas e podem ser feitas no site: receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional . Criado em 2006, o Simples Nacional garante o tratamento diferenciado aos pequenos negócios, previsto na Constituição. Seu objetivo é reduzir a burocracia e os impostos pagos por essas empresas e unificar oito tributos em um só boleto – Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS) e a Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP). As MPEs (já optantes pelo Simples Nacional) que preveem um faturamento menor em 2018 - abaixo de R$ 81 mil -, poderão migrar para o Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos (Simei), que independe da receita bruta mensal. Quem já é Microempreendedor Individual (MEI) está automaticamente cadastra-

do no regime Simei, porém, se a previsão do faturamento anual ultrapassar o novo teto de R$ 81 mil, o empreendedor deverá optar pelo desenquadramento e passar a recolher tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional. Multas - Porém, as empresas devem ficar atentas, pois a mudança do regime tributário pode gerar uma redução de impostos, mas se não for bem calculada pode resultar em multas e até sair mais cara para o empresário. “Caso o faturamento anual ultrapasse o novo teto em até 20%, a empresa irá pagar sobre o faturamento bruto

excedente com base nas tabelas do Simples Nacional. Já se o excesso for maior que 20%, os tributos irão incidir sobre o faturamento total do ano. Por isso, é importante procurar a ajuda do contador para definir qual a melhor opção de regime tributário”, explica o analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) Haroldo Santos. Já para as empresas que ainda não são cadastradas no Simples Nacional, o prazo de adesão também termina amanhã. O pedido deverá ser feito por meio do site do Simples Nacional. Quem perder o prazo só pode-

rá entrar no sistema em 2019. A empresa que fez o agendamento do Simples no fim do ano passado e que não apresentou nenhuma pendência de documentação foi incluída no sistema automaticamente. As MPE que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, no mercado interno e que não desenvolvem atividades impeditivas para esse perfil (como empresas do setor financeiro) podem optar por esse regime de tributação. O pagamento dos tributos é feito por meio de uma guia única e o valor pode variar de acordo com a renda bruta do empreendimento. (ABr/ ASN)

IDEIAS

O eSocial agora é para valer LEANDRO SOUZA*

Finalmente, depois de tanto adiar, o eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) que obriga os empregadores a comunicar ao governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS, entrou em vigor, no dia 8 de janeiro de 2018 Caso você ainda não conheça bem o eSocial, ele consiste na transmissão eletrônica desses dados com o objetivo de simplificar a prestação das informações referentes às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas ao governo, de forma a reduzir a burocracia para as empresas, ao substituir o preenchimento e a entrega de formulários e declarações, que antes eram feitos de forma separada por colaborador. Para simplificar a adesão, o governo dividiu o eSocial em três grupos e três fases, a fim de atender a pedidos das empresas por mais tempo para a adequação. Acompanhem quais são eles: 1º grupo: Entram as empresas que faturaram acima de R$ 78 milhões em 2016; 2º grupo: Inclui as empresas

com demais faturamentos, com obrigatoriedade a partir de julho de 2018; 3º grupo: Aqui são considerados os órgãos públicos, com data prevista até janeiro de 2019. 1ª fase - eventos de tabela: envolve o envio dos dados cadastrais como nome da empresa, horários, cargos e funções dos funcionários; 2ª fase - eventos não periódicos: aqui entram rescisões, aviso prévios e o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). 3ª fase - eventos periódicos: obriga o envio das informações da folha de pagamento, até todo o dia 7 de cada mês subsequente. E, um detalhe importante, ao contrário do que a maioria dos empresários brasileiros pensava, o eSocial não será adiado devido à reforma trabalhista, pelo contrário, ele já está contemplando as novas normas da legislação, permitindo que as empresas enviem informações como: admissão de trabalhador para uma jornada de trabalho intermitente (que ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas); contratação do trabalhador por empreitada; e admissão de trabalhador para exercer função em home office. Entre as principais mudanças trazidas pelo eSocial está a transmissão das informações sobre estagiários. Antes, elas

eram enviadas apenas para Primeiro passo: Faça a quaos chamados “agentes inte- lificação cadastral dos seus gradores”, como o CIEE, por funcionários, que consiste no exemplo. Agora, tudo deverá registro de informações no ser unificado no novo sistema portal da Dataprev. Nesse local do governo. A reintegração de serão solicitadas informações um funcionário também é um como data de nascimento, nome evento que deverá ser informa- completo, NIS e CPF. Este do, bem como os comunicados órgão vai apontar se os dados de acidente de trabalho, que batem com o cadastro que ele inicialmente tinham de ser possui, ou se a empresa precisa mandados para o site da Pre- regularizá-los. vidência, e agora terão de ser Segundo passo: Faça o saneamento das informações catransmitidos para o eSocial. O Perdastrais, fil Profisenfase “As adaptações que serão siográfico para as Previdenacarretadas pelo novo Sistema rubricas ciário de folha de Escrituração Digital devem de pa(PPP) documen- ser implantadas com o mínimo gamento histórito com possível de intervenção” co-laboral o regido trabame trilhador que butário reúne, entre outras informa- e classificação de naturezas ções, dados administrativos, do eSocial, corrija os apontaregistros ambientais e resulta- mentos feitos pelo Dataprev nos dos de monitoração biológica, cadastros dos empregados e o durante todo o período em que regime tributário da empresa. este exerceu suas atividades na Terceiro passo: A integração respectiva empresa-, deixará entre os setores Jurídico, RH e de ser exigido pelo governo Departamento Pessoal, Financomo um documento à parte. ceiro, Comercial, Contabilidade Seu simples envio ao eSocial e Fiscal, deve existir. Por isso, já estabelece que a regra está conte com um sistema de gestão integrado que tenha capacidade sendo cumprida. Como implantar o eSocial de coletar tudo o que o eSocial precisa de forma automática, na sua empresa? Para a sua empresa iniciar sem intervenção manual. a adoção do novo processo, O que avaliar para saber se separei um passo a passo com a sua empresa está preparada? três etapas importantes: Assim como toda regra es-

tipulada pelo governo, e como você pode ler com os apontamentos que fiz no decorrer deste artigo, o eSocial irá acarretar uma série de adaptações às empresas, que terão de correr atrás para atender às novas exigências para não arcar com pesadas multas ou ainda ter suas contratações bloqueadas por não aderirem às normas. Mas você já parou para pensar se sua empresa está preparada para todas essas mudanças? Primeiramente é importante avaliar a capacidade do seu sistema de gestão. Ele deve ir muito além do que apenas auxiliar na padronização das informações. Isso definitivamente não deve ser visto como um diferencial, mas sim a maneira como o ERP vai notificar, avisar e se relacionar com os usuários que vão interagir com o eSocial, para facilitar seu dia a dia. A capacidade tecnológica que o sistema tem para fazer esses avisos, a forma como a implantação é realizada, o suporte que será prestado às dúvidas de navegação e também as próprias normas do governo, e a automação dos processos exigidos pelo eSocial é o que realmente deve ser levado em conta. O ideal é que a solução de gestão centralize em apenas um lugar de consulta todas as informações necessárias para cumprir as normas, entre elas a

visualização dos eventos rejeitados e aprovados. Além disso, um item importante no caso da rejeição dos dados enviados é oferecer alertas que mostrem os documentos rejeitados e ainda apontem o local do sistema onde o usuário poderá saber o porquê da rejeição e corrigir o que não foi aceito, de forma fácil, rápida e interativa. A qualificação do suporte dos profissionais que irão responder às dúvidas desses usuários também é importante, afinal serão muitas dificuldades neste início da adoção. A equipe de atendimento deve ser treinada, não só para ajudar na navegação do sistema, como também a esclarecer as próprias regras do eSocial. A implantação também requer cuidado, já que as adaptações do sistema que serão acarretadas pelo novo Sistema de Escrituração Digital devem ser implantadas com o mínimo possível de intervenção na operação da empresa. Fiquem atentos e avaliem se seu parceiro de gestão cumpre com todos esses requisitos. Isso será fundamental para o sucesso da adesão da sua empresa ao eSocial. * Analista de Negócios Sênior da Sankhya Artigos para esta página devem ser enviados para o e-mail legislação@diariodocomercio.com.br


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

LEO HOMSSI/DIVULGAÇÃO

Henrique Meirelles O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, será o convidado especial da primeira edição do Conexão Empresarial, em 5 de fevereiro, a partir das 12h. A programação do evento prevê credenciamento e coquetel, das 12h às 13h. Das 13h às 13h40 será realizado o almoço-palestra com o ministro. Em seguida, das 13h40 às 14h15, perguntas e respostas, com encerramento às 14h30. O evento será no Espaço V (Rodovia MG-030, 8.625, Torre 2, Nível 4, Shopping Serena Mall, Vale do Sereno), em Nova Lima, MG).

Apae Folia Desde 2006, o Carnaval da Apae-BH faz parte do calendário oficial da folia em Belo Horizonte. No próximo sábado (3) será realizado o desfile do Apae Folia, bloco mais alegre e inclusivo da cidade. Antecipando a folia com o seu 12º Grito de Carnaval, a concentração do bloco será em frente à sede da Apae-BH (Rua Cristal, 78, bairro Santa Tereza), a partir das 14h. O Apae Folia desfila pelas ruas do bairro Santa Tereza, tendo a cada edição um tema diferente. Neste ano, o samba do bloco vai cantar os 120 anos da capital mineira. Segundo Eder Nepomuceno, professor de música do programa Centro Dia – Para e Pelo Lazer, da Apae-BH, “somos o único bloco de carnaval em BH que tem um samba enredo, e vamos manter essa tradição”. Além de promover a participação sociocultural e favorecer o desenvolvimento da pessoa com deficiência, o Apae Folia sensibiliza a sociedade, criando oportunidades de vivências solidárias e cidadãs.

Líder Aviação De olho em agilidade, conforto e comodidade nestas férias de começo de ano – e também no dia a dia de trabalho –, a Líder Aviação oferece embarque e desembarque doméstico de passageiros diretamente do hangar da empresa, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Rio Galeão). O serviço elimina a necessidade do uso do terminal do aeroporto e faz da Líder a única empresa de aviação executiva a realizar esse serviço no Rio Galeão. É preciso informar à equipe de Atendimento Aeroportuário com duas horas de antecedência sobre o horário previsto para pousos e decolagens. O canal de inspeção do hangar funciona das 5h às 23h.

Artesanato leva mais dignidade e renda ao distrito de Itatiaia DA REDAÇÃO

Toda sexta-feira, Solange Maria Esteves sai da sede do município de Ouro Branco e se dirige à localidade de Itatiaia. Sua missão é nobre: ensinar artesanato, em forma dos pontos ágeis do crochê e das delicadas linhas do bordado, aos interessados. Há três anos, um grupo de pessoas tem seguido os passos de Solange, colocando as mãos à disposição do artesanato. “A turma fica sempre cheia, é um momento gostoso, alegre. As alunas gostam e se envolvem com a produção”, conta Solange. Além do trabalho realizado durante as aulas, as alunas sempre levam algo para fazer em casa e mostram o trabalho no próximo encontro. Máxima Guimarães, moradora de Itatiaia, é uma das alunas, que está presente à oficina de artesanato desde o início dos trabalhos. Ela prefere se dedicar à delicadeza do bordado. “É mais tranquilo de fazer, uma terapia”, afirma. O grupo de artesanato começou bordando panos de prato, que eram postos à venda na Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis. Com a evolução das aulas, novas peças

Febre amarela A poucos dias do início do Carnaval, o Ministério da Saúde reforçou ontem que a vacina contra a febre amarela deve ser aplicada pelo menos dez dias antes de qualquer viagem

Matriz - Com o restauro da Matriz de Itatiaia, concluído em junho de 2017, aumentou o número de visitantes e turistas na localidade. Com isso, a demanda de trabalho cresceu, e as artesãs têm desenvolvido peças por conta própria, aumentando as rendas das famílias. A associação incentiva a ação, pois promover ocupação e renda em Itatiaia é uma de suas metas. A oficina de artesanato chama a atenção, também, de pessoas que não vivem em Itatiaia. É o caso de Vivien Fabrini Lima, que atualmente mora em Belo Horizonte. Até dezembro de 2017, ela morou em Ouro Branco e ia a Itatiaia às sextas-feiras para

as aulas de artesanato. Quando concluiu sua primeira peça e a mostrou à professora Solange, Vivien se queixou que o bordado não estava perfeito. “Então, ela me disse que a minha obrigação era fazer bonito, pelas minhas próprias mãos, e não perfeito, que é o que as máquinas fazem. A marca do artesanato é mostrar a mão do artesão em cada peça”, completa. Mesmo sem estar mais nas aulas, Vivien continua praticando: está fazendo uma pezeira (manta colocada sobre a cama, na área dos pés) e segue orgulhosa de ter feito parte de uma ação que une a comunidade. Nos últimos três anos, a ação artesanal promovida pela Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis tem apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, por meio do Fundo Estadual de Cultura. A professora Solange já percebeu mudanças em Itatiaia: “Fazer artesanato virou cultura. É só chegar para ver as mulheres bordando e fazendo crochê nas varandas das casas”, conta, entusiasmada e realizada por contribuir para a ocupação e a geração de renda no local. O grupo de artesanato de Itatiaia também é o responsável pela ornamentação das festas da matriz.

para locais do País onde há recomendação de imunização. Os casos de febre amarela registrados no País, segundo o comunicado, permanecem no ciclo silvestre da doença – quando a enfermidade é transmitida apenas por mosquitos encontrados em regiões de

mata, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. “Portanto, os cuidados devem ser redobrados para os viajantes que se deslocarem para zonas rurais e áreas de mata”, informou o ministério.

foram sendo adicionadas ao repertório das artesãs: almofadas, jogos americanos, caminhos de mesa, camisetas. Máxima gosta de fazer almofadas, mas tem um enorme carinho pela colcha de 26 quadros que bordou, por encomenda. O material produzido para a oficina é colocado à venda nas Feiras de Artesanato e Gastronomia que acontecem na localidade e também na sede da associação. Parte da renda é revertida para as próprias artesãs e para a manutenção do projeto.

CULTURA DIVULGAÇÃO

Refúgio Poético Exposição - Onde encontramos refúgio nas grandes cidades é uma reflexão que o artista plástico mineiro Wendell Leal

faz com a exposição Refúgio Poético. Um dos projetos escolhidos no 2º Programa de Seleção da Piccola Galleria, da Casa Fiat de Cultura, a mostra reúne 12 aquarelas e uma tela pintada à tinta acrílica inspiradas no simbólico Parque Municipal Américo Renné Giannetti, fundado em 1897, no hipercentro de BH. Quando: De hoje a 18 de março. Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Casa Fiat de Cultura, Circuito Liberdade (Praça da Liberdade, 10, Funcionários, Belo Horizonte) Cinema e Psicanálise Mostra - A Fundação Clóvis

DIVULGAÇÃO

Salgado dá continuidade à mostra permanente Cinema e Psicanálise, resultado de parceria com a Escola Brasileira de Psicanálise. Na primeira sessão de 2018, será exibido o drama Gêmeos, Mórbida Semelhança (1988), do diretor estadunidense David Cronenberg, que também dirigiu os consagrados A Mosca (1986) e Na Hora da Zona Morta (1983). Quando: Sexta-feira (2), às 19h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Cia. 5 Cabeças Teatro - A dependência do outro, o desgaste das relações, a solidão e o condicionamento humano como antítese da liberdade são alguns dos temas abordados pela peça “Uma

Tendência para Alegria”, o mais recente espetáculo da Cia. 5 Cabeças. A peça tem direção de Ronaldo Jannotti e no elenco estão Carol Oliveira, Luisa Rosa e Saulo Salomão. Quando: De sexta-feira a domingo, às 19h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Teatro II - CCBB –BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários, Belo Horizonte) Nu artístico Intervenção - Qual o espaço do nu na arte? Com a proposta de reiterar o espaço do nu artístico no universo das artes, um grupo de mais de 30 artistas se reúne para um tableau vivant inspirado em “O Almoço Sobre a Relva”, de Édouard Manet. A intervenção é organizada e idealizada pelo Grupo Oficcina Multimédia (GOM), que

integra a 12ª edição do Verão Arte Contemporânea (VAC). Quando: Hoje, às 20h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Jardins do Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, s/nº, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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