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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.546 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

Governo de Minas vai aumentar ICMS dos combustíveis de novo Reajuste no valor-base, que entra em vigor amanhã, é o segundo em apenas 1 mês Pela segunda vez no ano, o governo de Minas Gerais vai reajustar o valor-base utilizado no ICMS incidente sobre os combustíveis. A partir de amanhã, com a nova tributação do Estado, a alta será de R$ 0,07 para a gasolina comum, R$ 0,18 para a gasolina premium, R$ 0,04 para o etanol e R$ 0,01 para o diesel S500. O Minaspetro alerta que a medida vai onerar os consumidores e impactar as vendas nos postos de combustíveis O diretor do sindicato, Bráulio Chaves, aponta bitributação do governo mineiro sobre os combustíveis, que “estão sendo usados como mecanismo de arrecadação”. No início de janeiro, além do aumento da alíquota do ICMS da gasolina, de 29% a 31%, e do etanol, de 14% para 16%, o governo elevou o valor-base dos combustíveis para fins de cálculo do imposto devido. A Secretaria de Fazenda informou que faz pesquisas periódicas em todas as regiões de Minas para chegar a um preço médio ponderado no mercado, que serve como referência para a cobrança do ICMS. Pág. 3

ALISSON J. SILVA

No início do ano, alguns postos fizeram um protesto contra a elevação da alíquota de ICMS sobre os combustíveis

Acordo define chapa única para eleição na Fiemg Flávio Roscoe será o candidato de consenso para presidir a entidade nos próximos 4 anos EDITORIAL

Agronegócio já usa drones para monitoramento

A organização não governamental britânica Oxfam divulgou, no último dia 22 de janeiro, um documento que mostra que 82% da riqueza gerada no mundo fica concentrada nas mãos dos que estão na faixa de 1% mais rica, enquanto a metade mais pobre, 3,7 bilhões de pessoas, não ficou com nada. Essa desigualdade é sentida com mais força no Brasil. Para a Oxfam, que participou do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o caminho para se reverter tamanha desigualdade seria a geração de empregos de qualidade, com melhor remuneração, e, ainda, a limitação dos lucros dos acionistas e altos executivos das empresas. No entanto, segundo a ONG britânica, há vários países regredindo em questões trabalhistas. “Negócio social é alternativa”, pág. 2

Por garantir maior precisão e agilidade no monitoramento das culturas agrícolas, os drones ganham espaço no agronegócio. Ao proporcionar redução de custos e manter a qualidade da produção, o uso do equipamento tende a aumentar nos próximos anos no cultivo de cana-de-açúcar, milho, soja, florestas plantadas, café e citros. Alguns modelos adaptados pulverizam as lavouras, facilitando o controle das pragas e doenças e o alcance em áreas de difícil acesso. Pág. 14 O drone pode ser empregado para pulverizar as lavouras

Tauá planeja expandir rede hoteleira

OPINIÃO Uma questão que preocupa, no seio do universo das mudanças que estão sendo propostas pela reforma da Previdência, é aquela relacionada aos efeitos da imposição de uma idade mínima para a aposentação. Segundo estudos da própria Previdência Social, a média de idade dos aposentados no Brasil gira em torno de 57 anos, considerando todas as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e por invalidez. Se analisarmos apenas a aposentadoria por tempo de contribuição, a média de idade na aposentadoria é de aproximadamente 54 anos. Se levarmos em conta, ainda, as aposentadorias especiais, relativamente aos trabalhadores que laboram em condições agressivas a saúde e a integridade física, este patamar etário torna-se ainda mais precoce. (Alexandre S. Triches), pág. 2 Dólar - dia 30

Euro - dia 30

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,1803 Venda: R$ 3,1808

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DIVULGAÇÃO

Motivada pela ascensão no faturamento em 2017, a rede mineira Tauá planeja construir de três a cinco hotéis e resorts neste ano e alcançar uma capacidade de oferta de 2 mil unidades habitacionais. Hoje, com 1.280 unidades, o grupo tem dois hotéis em Minas Gerais - Caeté e Araxá - um em São Paulo (Atibaia) e outro em Goiás, em fase de construção. O Tauá pretende expandir o seu mercado em estados como Santa Catarina, Rio de Janeiro e Brasília. O Tauá tem 2 hotéis em Minas, um em Caeté (foto) e outro em Araxá Pág. 11

Venda: R$ 3,9396

Turismo Compra: R$ 3,1930 Venda: R$ 3,3270

Nova York (onça-troy):

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TR (dia 31): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 30

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DIVULGAÇÃO

Poupança (dia 31): ............ 0,3994%

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IPCA-Ipead (Dezembro): ... 0,60%

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IGP-M (Dezembro): ................. 0,89%

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Cenibra bate o recorde de produção em Belo Oriente Com planta em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce, a Cenibra bateu o recorde de produção em 2017, com um volume de 1,220 milhão de toneladas de celulose, operando a plena carga. A companhia vai investir U$ 50 milhões até o fim do ano na modernização de uma das linhas da fábrica. Aproximadamente 96% da produção da Cenibra têm como destino o mercado externo. Pág. 5

Cade aprova a venda da Itambé ao grupo Lactalis O Cade aprovou, sem restrições, a venda da Itambé para o grupo francês Lactalis. A decisão ainda não é definitiva e há um prazo de 15 dias para recursos. A Vigor Alimentos, que detinha 50% de participação na Itambé até 2017, questionou a incorporação e levantou dúvidas concorrenciais. Segundo o Cade, a Vigor alegou que, juntas, a Lactalis e a Itambé responderiam por 27,9% da total de recepção de leite no País. Pág. 6


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

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OPINIÃO Impactos da reforma da Previdência ALEXANDRE S. TRICHES * Uma questão que preocupa, no seio do universo das mudanças que estão sendo propostas pela Reforma da Previdência, é aquela relacionada aos efeitos da imposição de uma idade mínima para a aposentação. Não me refiro especificamente ao acertamento ou não da medida, este não é o objetivo do presente artigo, mas, sim, quais serão as consequências sociais para a população idosa, no que tange ao retardamento do direito de parar de trabalhar com a garantia de rendimentos por parte do estado. Também não me preocupo com a experiência internacional; quero focar minha abordagem na realidade brasileira, pois acredito que será unicamente por meio dela que sentiremos as consequências, positivas ou negativas, das mudanças que estão sendo propostas. A idade mínima, adotada na maioria dos países, tem como objetivo evitar aposentadorias precoces. Segundo estudos da própria Previdência Social, a média de idade dos aposentados no Brasil gira em torno de 57 anos, considerando todas as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e por invalidez. Se analisarmos apenas a aposentadoria por tempo de contribuição, a média de idade na aposentadoria é de aproximadamente 54 anos. Se levarmos em conta, ainda, as aposentadorias especiais, relativamente aos trabalhadores que laboram em condições agressivas a saúde e a integridade física, este patamar etário torna-se ainda mais precoce. Abstraindo do debate acerca do acerto ou não da imposição de uma idade mínima para o ju-

bilamento, uma questão é fundamental: com a aprovação da reforma, milhares de pessoas alcançarão o direito a aposentadoria e não poderão formular o pedido, pois não terão atingido a idade mínima necessária para obter o direito - notadamente aqueles que almejarem se aposentar por tempo de contribuição, portanto, com base nas estatísticas, com aproximadamente 54 anos de idade. No caso de um homem, isto significará 11 anos de espera até atingir a idade necessária. No caso de uma mulher, serão oito anos. Como reagirá o mercado de trabalho na absorção deste trabalhador que, frise-se, não terá ainda o direito ao benefício previdenciário? Pessoas desempregadas, a partir dos 50 anos de idade, encontram mais dificuldades para conseguir um novo emprego em comparação às mais jovens. Não é à toa que, gradativamente, os sistemas previdenciários foram compreendendo a importância da proteção à velhice, em especial considerando que, assim como a invalidez, ela ocasiona na incapacidade para o trabalho, além de submeter o ancião a condições econômicas difíceis. Teremos um grande número de idosos no mercado de trabalho, o que exigirá, além de uma política de incentivo à contratação deste público, a elaboração de políticas públicas que protejam o acesso ao trabalho e que tenham ações voltadas à promoção da saúde. Algo está sendo feito pelo governo nesse sentido? Muitas pessoas com faixa de idade avançada sofrem preconceito ao procurar trabalho e também enfrentam a dificuldade de conseguir um

salário que corresponda a sua experiência profissional. No Brasil, os idosos são vistos como trabalhadores menos produtivos e mais caros porque têm salários maiores. Assim, muitos acabam optando pela informalidade e tendo mais dificuldade em sobreviver, pagar as contas e até contribuir com a Previdência Social. Apesar do rápido aumento do número de idosos nos últimos anos, o País não está preparado para o envelhecimento de sua população. As empresas não estão preparadas para empregar pessoas mais idosas. Cada profissão tem as suas particularidades. Para algumas atividades, a idade conta a favor, como professores e advogados. Para outras, como mineiros e metalúrgicos, ela trabalha contra. Trata-se de atividades mais desgastantes. Precisamos com urgência refletir sobre esse assunto. Em poucas décadas, o Brasil se tornou um país de idosos, hoje com mais de 20 milhões de pessoas nessa condição. Todos seremos idosos um dia. O que estamos fazendo em prol desse contingente populacional? Achemos acertada ou não a medida da idade mínima, seria sensato que, junto com a proposta de reforma previdenciária, o governo apresentasse uma política remodelada para a população idosa. Do contrário a reforma da Previdência Social ocasionará uma transformação social preocupante. Entendo que ajuste fiscal e austeridade econômica são fundamentais. Todavia, não podemos esquecer por completo do ser humano. * Especialista em Direito Previdenciário

Desafios para a nova agricultura digital PIERRE SANTOS VILELA * O próximo passo na modernização da agricultura mundial – e claro, a brasileira - é disseminar conhecimento e tecnologias de informação e comunicação que apoiem o crescimento sustentável da oferta de alimentos, com equidade e qualidade. Sim, precisaremos de cada vez mais alimentos, pois a população mundial continua a crescer. Mas, como cresce mais em certas regiões do que em outras, a distribuição equitativa desse alimento também será importante. E esse alimento deve ser seguro (sem riscos, como contaminantes), nutricionalmente adequado e promover saúde e bem-estar. Há outros desafios a serem superados pelo campo. Podemos sintetizar em quatro os maiores, mais claros ou eminentes. População: as projeções de crescimento da população mundial apontam que, em 2050, teremos cerca de 10,6 bilhões de pessoas no mundo. Em meados de 2017 já éramos 7,6 bilhões. Ou seja, em pouco mais de três décadas serão 40% mais pessoas que temos hoje. Com base nisso, a ONU estima que necessitaremos crescer a produção mundial em 70%, para suprir as necessidades de todos. E, ainda, espera-se que o Brasil contribua com pelo menos 40% desse crescimento. Fome: muito mais que aumentar a oferta, talvez seja prioritário atacarmos dois problemas graves presentes no nosso dia a dia. O primeiro, a fome, que assola 1 bilhão de pessoas mundo afora. Cerca de 13% da população não têm acesso adequado a alimentos para suprir suas necessidades básicas. Inclusive no Brasil de agricultura tão pujante. Nos conscientizemos de que esse problema não se justifica simplesmente na falta de alimentos. Ao contrário, temos produção e produtos suficientes no mundo para todos. O que não temos é produção bem distribuída, porque muitas partes do globo não são aptas a agricultura. E, desta forma, o problema passa a ser geopolítico. Desperdício: há, ainda, o enorme desperdício de produtos em inúmeras situações. Os cálculos são de que nada menos que 1/3 da produção mundial de alimentos é perdida no longo caminho entre as fazendas e o prato do consumidor. Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) apontam que 54% dessas perdas ocorrem na fase inicial do cultivo, passando pela manipulação, pós-colheita e armazenamento. Os 46% restantes são perdidos nas etapas de processamento, distribuição e consumo. Mudanças climáticas: o clima no mundo virou uma grande incerteza. Padrões climatológicos estão se alterando e eventos extremos se intensificando,

deixando áreas produtivas sobre constante alerta. Se estamos falando de um novo padrão ou se não passa de um ciclo temporário, como os já vividos em outros momentos, não cabe aqui discutir. O fato é que produzir nessas condições se tornou um desafio bem maior. Esses quatro macroproblemas mundiais já se configuram como um gigantesco desafio, cuja mitigação geraria benefícios sociais importantes para muitos em várias partes do globo. Temos que estar atentos, ainda, à agricultura brasileira e suas peculiaridades, para que as iniciativas de inovação tecnológica que estão surgindo sejam adequadas e gerem os resultados esperados. Os empreendedores de startups e outras formas de iniciativas devem ter clareza quanto ao perfil do agricultor e da agricultura, para que seus esforços sejam alocados de forma eficiente e as inovações propostas sejam efetivamente aplicáveis e dissemináveis. Um dado importante, apesar de defasado, é a concentração da produção em poucas propriedades e produtores. No último Censo Agropecuário, de 2006, apenas 12% dos imóveis recenseados geravam nada menos que 87% do valor bruto da produção (renda bruta) de toda a agropecuária brasileira. Destes, apenas 27 mil imóveis geravam 51% da renda bruta. Uma enorme concentração de renda em poucas propriedades agrícolas. Tínhamos, então, nos outros 88% de imóveis apenas 13% da renda de todo o setor. A enorme maioria dos produtores situam-se, portanto, no que chamamos de médios e pequenos. Uma boa parte deles, alijada das grandes oportunidades do propalado agronegócio e das exportações. Há culturas importantes no País, que inclusive participam do mercado internacional, onde há predomínio de pequenos e médios produtores e os grandes são exceção. Pode-se citar o café e a fruticultura, dentre outras. Acreditamos que aqui, para impulso à nova agricultura digital, o maior desafio é fazer chegar essas inovações a esse público. Termos serviços e produtos inovadores, práticos e adequados a esse perfil, com custos também acessíveis. Falamos de milhões de produtores. O maior mercado. Havendo oportunidade de demonstrar os benefícios das novas tecnologias a esse público, a próxima tarefa será desmistificar a tecnologia, driblando limitações culturais. Ou seja, há um enorme esforço a ser feito para digitalizar toda a agricultura, não deixando de fora milhões de produtores rurais envolvidos nas mais diversas atividades, de norte a sul do País. * Superintendente do Inaes - Instituto Antonio Ernesto de Salvo/Faemg

Inserção no mercado de trabalho ALEXANDRE CÉZAR DE OLIVEIRA MELO * Atualmente os postos de trabalho estão mais restritos e os processos seletivos são mais concorridos, as empresas contratantes exigem cada vez mais qualificação, habilidades e competências dos candidatos. Entretanto, o mercado de trabalho é aquecido nos dois últimos meses do ano, em virtude do movimento do comércio e das festas de fim de ano. Esse aquecimento permanece nos três primeiros meses do ano seguinte, o que torna o período bastante oportuno para quem está em busca de uma oportunidade profissional. Neste sentido, os primeiros três meses do ano se constituem na melhor época para quem está em busca de uma oportunidade, seja como estagiário ou aprendiz. Existem instituições especializadas na intermediação de programas de estágio e de aprendizagem que auxiliam significativamente os estudantes no desafio da inserção no mercado de trabalho. E uma das mais tradicionais no território mineiro é o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais, associação social de interesse público presente no Estado desde 1979.

Como agente de integração, o CIEE/MG está apto a intermediar a contratação de estagiários nos níveis médio, técnico e também da educação superior. Desde 2015, a instituição está credenciada como entidade qualificadora de aprendizes. No caso dos candidatos que perseveram em busca do estágio, mesmo no período de férias, abrindo mão do lazer e do descanso, poderão ter a compensação de seu esforço devido à diminuição da concorrência e do maior número de vagas disponíveis no mercado. A concorrência reduz porque muitos candidatos estudam em cidades diferentes de seus familiares, o que provoca uma evasão no período das férias. Outros priorizam as férias e o lazer, ignorando o fato de que as empresas continuam com suas demandas de contratação, mesmo nesse período. Assim sendo, aqueles que permanecem focados no objetivo de conseguir um estágio terão maiores oportunidades. Para os adolescentes e jovens sem experiência, na faixa etária entre os 14 e os 24 anos, o Programa

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de Aprendizagem pode ser uma excelente opção para entrar no mercado de trabalho, pois oferece a esse público a oportunidade de participarem de um curso de qualificação profissional conciliado com a aquisição de experiência prática. As empresas de médio ou grande portes estão obrigadas, em virtude da Lei 10.097/2000, a contratação de aprendizes, na proporção de cinco a 15 por cento de seu quadro de funcionários. Dessa forma, as empresas precisam cumprir a cota exigida pela legislação vigente e dispõem das vagas tão almejadas por jovens inexperientes e interessados em trabalhar. Ao contratar um aprendiz, a empresa absorve um potencial talento que trabalhará de forma responsável e comprometida com a organização e sua missão. Para o aprendiz, será a oportunidade do primeiro emprego, da formação técnica e de um futuro profissional. É uma relação em que ambos saem ganhando.

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Negócio social é alternativa No último dia 22 de janeiro, a organização não governamental britânica Oxfam divulgou um documento que mostra que 82% da riqueza gerada no mundo fica concentrada nas mãos dos que estão na faixa de 1% mais rica, enquanto a metade mais pobre, 3,7 bilhões de pessoas, não ficou com nada. Essa desigualdade é sentida com mais força no Brasil. Em 2017, o País passou a ter 43 bilionários, o que significou um crescimento de 13% em relação a 2016. Os mais pobres, por sua vez, tiveram sua fatia na renda reduzida de 2,7% para 2%. Ainda segundo a ONG britânica, no Brasil, quem ganha salário mínimo precisaria trabalhar 19 anos para alcançar a mesma renda mensal daquele que se encontra na faixa de 0,1% mais rica. Para a Oxfam, que participou do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o caminho para se reverter tamanha desigualdade seria a geração de empregos de qualidade, com melhor remuneração, e, ainda, a limitação dos lucros dos acionistas e altos executivos das empresas. No entanto, segundo a ONG britânica, há vários países regredindo em questões trabalhistas. O nome do negócio Além de despertarem social de Aufmuth, inúmeras questões denominado de de caráter OneDollarGlasses humanitário, esses dados confirmam a surgiu justamente extrema dificuldade do custo médio de de as populações produção de um óculos, mais pobres conseguirem da ordem de um ascender econômica dólar, que é o mesmo e socialmente e terem acesso às valor que milhares de mínimas condições pessoas no mundo tem de qualidade de para passar o dia vida, como moradia, saúde e educação. No entanto, apesar de tantas dificuldades, há alguns exemplos, no mundo e também no Brasil, que parecem iluminar esse caminho. Há, no País, uma série de ONGs que tentam compensar a desigualdade oferecendo serviços e atividades de lazer, cultura, esportes e formação profissional para a população de baixa renda. E estão surgindo também, no País e no mundo, os chamados empreendedores sociais. Um negócio social criado em 2012 pelo físico e matemático alemão Martin Aufmuth, e que hoje já está presente em oito países, inclusive no Brasil, tem permitido que pessoas de baixa renda tenham acesso a óculos de alta qualidade a um custo de produção de US$ 1. O nome do negócio social de Aufmuth, denominado de OneDollarGlasses surgiu justamente do custo médio de produção de um óculos, da ordem de um dólar, que é o mesmo valor que milhares de pessoas no mundo têm para passar o dia. Essa experiência, em meio a tanta desigualdade econômica e social, pode servir de inspiração e exemplo para muitos brasileiros que, na condição de empresários, investidores ou pesquisadores, podem optar por sistemas de produção com custo mais baixo, voltado para a melhoria de vida de quem tem poucas condições de ascender. Mas, para isso, seria necessária uma vontade de reversão desse quadro de injustiça social e absorver as recomendações da ONG britânica, que seria reduzir um pouco os lucros para distribuir um pouco mais a renda. Sabe-se que, para além das questões humanitárias, as classes menos favorecidas, incluindo aí as D e E, também são importantes grupos consumidores, capazes de fazer girar a máquina da economia. O empreendedorismo social pode ser uma boa alternativa para a sociedade brasileira.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

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ECONOMIA COMBUSTÍVEIS

Governo mineiro reajusta ICMS em fevereiro A correção do valor-base utilizado para a cobrança do imposto entra em vigor nos postos do Estado amanhã MARCELO CAMARGO / ABr

GABRIELA PEDROSO

O governo de Minas Gerais vai reajustar novamente o valor-base utilizado para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos combustíveis. Essa é a segunda vez no mês que é anunciada uma majoração na base de cálculo, que começa a valer a partir de amanhã. A decisão foi bastante criticada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), que aponta que a medida vai onerar ainda mais os consumidores, impactando nas vendas dos postos de combustíveis. “Isso é traumático para o consumidor, que tem de pagar mais, e para o posto, que está vendendo menos. Costumo ponderar que o posto de gasolina agora está sendo utilizado como mecanismo de arrecadação. Estamos pagando, com este aumento, mais de 50% só de tributos. É uma oneração expressiva, em um produto de necessidade básica do consumidor”, critica o diretor do Minaspetro, Bráulio Chaves. Para Chaves, a medida do governo é uma forma de bitributação, já que, para promover o reajuste, o Es-

A correção, após o reajuste realizado em janeiro, é criticada pelo sindicato dos postos, pois os aumentos devem impactar nas vendas

tado leva em conta a média dos preços praticados pelos postos revendedores, que, neste mês, já tinham sofrido alta em função de outras elevações nos impostos. No início de janeiro, além da entrada em vigor da nova

alíquota do ICMS da gasolina, que passou de 29% a 31% de tributação, e do etanol, que foi de 14% para 16%, o governo também chegou a aumentar o valor-base dos combustíveis para fins de cálculo do ICMS devido.

Com o mais novo anúncio, via publicação de Ato Cotepe, haverá em fevereiro uma alta de impostos da ordem de R$ 0,07 para a gasolina comum, R$ 0,18 para a gasolina premium, R$ 0,04 para o etanol e R$

0,01 para o diesel S500. O diesel S10 não teve alteração de valor. Fazenda - Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais explicou que faz pesquisas

periódicas em todas as regiões do Estado para chegar a um preço médio ponderado do combustível no mercado, que serve como referência para a cobrança do ICMS, e negou a realização de dois reajustes no mesmo mês. “Vale ressaltar que não houve dois aumentos. A base de cálculo foi mantida nos Atos Cotepe 024/2017 (que vigorou a partir de 1º de janeiro de 2018) e 001/2018 (que vigorou a partir de 16 de janeiro de 2018). Já o Ato Cotepe 002/2018 (que passará a vigorar a partir de 1º de fevereiro) foi reajustado, acompanhando a política de preços da Petrobras, repassada ao consumidor pelos postos revendedores. Também conforme o Ato Cotepe 002/2018, percebe-se que 20 das 27 unidades da federação reajustaram a base de cálculo dos combustíveis em relação ao Ato Cotepe 001/2018”, explicou a secretaria. É importante destacar, porém, que o Ato Cotepe 024/2017 teve uma elevação na comparação com seu antecedente. O Ato Cotepe, divulgado quinzenalmente, é um documento publicado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Diário Oficial da União (DOU), para fins de tributação dos combustíveis.

alisson j. silva

Pesquisa mostra que Confins está entre os mais bem avaliados pelos consumidores Brasília - Dentre os 20 maio- Fortaleza (4,32), Recife (4,29), térmico, conforto acústico e res aeroportos do País, o de Porto Alegre (4,28), Congonhas o acesso à internet. “Ainda Curitiba (PR) obteve a melhor (4,22), Cuiabá (4,14) e Galeão não estamos em um patamar satisfação dos passageiros no (4,11). confortável, mas a evolução Desse grupo, apenas o aero- dos indicadores das áreas último trimestre de 2017, de acordo com o Relatório de porto de Salvador ficou abaixo de comércio e alimentação Desempenho Operacional dos da meta, com uma nota de 3,91 dos aeroportos mostra que Aeroportos divulgado ontem pontos. “Há uma manutenção estamos no caminho certo”, pelo Ministério dos Transpor- da percepção positiva que os acrescentou. tes. O Aeroporto Internacional clientes têm dos aeroportos. Nesse trimestre, o levantade Belo Horizonte, em Confins, Já o aeroporto de Salvador mento passou a contabilizar as ficou na terceira posição, ao continua sendo um ponto avaliações dos aeroportos de lado do aeroporto de Natal de atenção”, reconheceu o Maceió (4,28), Goiânia (4,21), (RN). secretário de Aviação Civil do Belém (4,01), Vitória (3,85) e Esse foi o primeiro trimestre Ministério dos Transportes, Florianópolis (3,51). Nesses em que a pesquisa passou Dario Lopes. casos, a pesquisa foi realizada a contar com 20 aeroportos, Foram entrevistadas 13.908 apenas nos meses de novembro Após a suspensão dos voos, pelo TCU, Ministério diz que trabalha pela retomada das operações responsáveis por 87% da mo- pessoas nesses terminais e, na e dezembro. vimentação de passageiros no média, a nota desses 15 aeroO ministério também mediu Brasil. Até então, a pesquisa portos ficou em 4,35 pontos no a qualidade dos serviços das AEROPORTOS era feita com 15 aeroportos. A fim de 2017, ante 4,28 pontos empresas aéreas no último pesquisa aborda 38 indicadores no último trimestre de 2016. trimestre de 2017. A Azul foi a de infraestrutura, atendimento, Nessa comparação, porém, companhia mais bem avaliada serviços, itens de gestão e a houve piora nas notas dos nos quesitos “tempo de espera satisfação geral. aeroportos de Porto Alegre, na fila para embarque doméstiDos 15 aeroportos que já Brasília, Recife e Galeão. Se- co” (10 minutos e 25 segundos); vinham sendo avaliados, 14 gundo Lopes, os problemas “espera no balcão de check-in Brasília - Após o Tribunal aeroporto da Pampulha presidente Michel Temer e tiveram nota acima de 4 pontos, pontuais identificados nesses (6 minutos e 20 segundos); e de Contas da União (TCU) para que o terminal possa cerca de seis meses depois que é a meta do governo. Curi- terminais já estão sendo cor- “tempo médio de restituição da última bagagem” (5 minutos e manter a medida cautelar realizar esse tipo de opera- de uma primeira portaria tiba liderou com 4,77 pontos, rigidos. seguida por Viracopos (4,76), De acordo com o secretário, 6 segundos). A Gol teve o meque suspende a reabertu- ção tão logo seja possível. que autorizava apenas voos as principais reclamações dos lhor “tempo de restituição da Confi ns e Natal (4,48), Santos ra do Aeroporto Carlos “Se não houver um debate regionais partindo do terDumont e Guarulhos (4,43), passageiros ainda ocorrem primeira bagagem” (9 minutos Drummond de Andrade, o agora, a probabilidade de minal. Manaus (4,39), Brasília (4,34), em questões como conforto e 24 segundos). (AE) aeroporto da Pampulha, em ter um cenário de disputa A decisão do TCU que charles silva duarte Belo Horizonte, para voos ruim aumenta. Vamos de- vetou a operação partiu comerciais interestaduais, o bater com o mercado e com de uma representação do secretário de Aviação Civil todo mundo para fazer isso senador Antonio Anastado Ministério dos Trans- com segurança, mantendo sia (PSDB-MG), que pediu portes, Dario Lopes, reafir- um cenário de tranquilidade a revogação da portaria mou, ontem, que o governo jurídica para o cliente final”, de outubro. Desde 2005, trabalha para possibilitar completou. Pampulha opera apenas esse tipo de operação no O retorno das operações voos regionais e serviços terminal. comerciais de longa distân- de táxi aéreo. O fluxo de “Aeroporto central e cia no aeroporto era uma passageiros fica concenaeroporto metropolitano demanda antiga do PR, trado no Aeroporto Interpodem operar conjunta- partido que exerce grande nacional de Belo Horizonmente. Temos isso no Rio influência sobre a Infraero, te, em Confins, na região de Janeiro e em São Paulo, e responsável pelas ativida- metropolitana, concedido à isso ocorre no mundo todo. des de Pampulha. A portaria iniciativa privada em 2013. Mas também temos situa- que permitiu a retomada A concessionária BH Airções polêmicas em alguns dos voos foi editada em port, que administra Conlugares”, avaliou Lopes. 24 de outubro pelo Minis- fins, também questionou Segundo ele, a Infraero tério dos Transportes, um judicialmente a reabertura continua fazendo os inves- dia antes da votação da comercial do aeroporto da timentos necessários no segunda denúncia contra o Pampulha. (AE) Dos 15 aeroportos melhor avaliados, o de Confins ficou com a 3ª melhor colocação, junto com o de Natal

Ministério dos Transportes insiste em operações interestaduais na Pampulha


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

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ECONOMIA CHARLES SILVA DUARTE

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Regulamentação dos aplicativos é suspensa em Belo Horizonte Justiça barra decreto da PBH GABRIELA PEDROSO

A polêmica regulamentação do serviço de transporte por aplicativo em Belo Horizonte ganhou um novo capítulo. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a vigência do Decreto nº 16.832/18, de autoria do prefeito Alexandre Kalil (PHS), que atribui à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), entre outros, a responsabilidade por gerir, regular e fiscalizar a atividade. A decisão, datada do dia 29 de janeiro, é do juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 2ª vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal, da comarca de Belo Horizonte. A liminar é uma resposta da Justiça ao mandado de segurança impetrado pelo vereador Gabriel Azevedo

(PHS), que alega que o ato do Executivo viola o devido processo legislativo pertinente à situação. O vereador explica que a iniciativa de regulamentação é sim de competência da Prefeitura, entretanto, destaca que a questão deveria ter sido conduzida por meio de projeto de lei e não de decreto, dando à Câmara Municipal a oportunidade de se posicionar sobre o assunto. “Essa matéria tinha de surgir na Prefeitura, mas passar pela Câmara. (O processo) Não poderia ter sido feito dessa forma (decreto). A forma está errada. Não houve o devido processo legislativo e o juiz concordou”, disse Azevedo. Em seu despacho, o juiz Rinaldo Silva mostrou concordar com o argumento do vereador ao salientar que um decreto não

COMÉRCIO

pode criar novas obrigações, em função de seu caráter de regulação. “Nas hipóteses em que o chefe do Poder Executivo desejar impor à sociedade a observância de novas obrigações ou até mesmo a sua extinção, deve este se valer da criação de leis, a qual deverá respeitar o devido processo legislativo, com a aprovação pelos vereadores”, diz trecho da decisão judicial. Ao Executivo ainda cabe recorrer da deliberação, o

que, na opinião do vereador do PHS, não seria o melhor caminho. “A Justiça é sempre mais morosa, um caminho mais difícil, porque a Prefeitura pode entrar com recurso, e o último caso sobre esse assunto levou dois anos para ser resolvido. Por que não fazer do jeito certo? Mais rápido?”, ponderou Azevedo. Procurada pela reportagem, a Prefeitura, via assessoria de comunicação, informou que ainda não havia sido notificada da decisão

e que só vai se pronunciar quando isso ocorrer. Publicação - O Decreto nº 16.832/18 foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do último dia 24 de janeiro. O ato gerou bastante discussão, principalmente entre os motoristas dos aplicativos, como Uber, Cabify e “99”, pela possibilidade de aumentar os preços das corridas, além de burocratizar o serviço, que passaria a depender de autorização da BHTrans para operar.

Gabriel Azevedo mostrou-se contrário à ideia de deixar a regulação do serviço a cargo da entidade. “É complicado um decreto que deixa para que a BHTrans determine o número de motoristas que podem trabalhar. Existem milhares de pessoas que o sustento depende disso, tem toda a lógica dos aplicativos para atender à população, e chega a BHTrans e pode simplesmente burocratizar de um jeito que inviabiliza o serviço”, destacou.

INADIMPLÊNCIA

Shopping centers devem registrar alta de até 6% no faturamento neste ano São Paulo - O faturamento dos shopping centers do Brasil deve aumentar entre 5,5% e 6% em 2018 em termos nominais, em linha com o crescimento apurado em 2017, informou ontem a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). “2018 vai ser um ano de consolidar os empreendimentos lançados nos últimos anos... Vai ser positivo, mas longe do crescimento de dois dígitos de 2014 e 2015”, disse a jornalistas o presidente da entidade, Glauco Humai. Em termos reais, a entidade prevê alta de 3% na receita total de vendas dos shopping centers do País neste ano. Na avaliação de Humai, o primeiro semestre tende a ser melhor que o segundo, quando a disputa eleitoral deve acentuar o sentimento de cautela entre os consumidores e empresários. “A eleição injeta dinheiro na economia e, ao mesmo tempo, afeta confiança”, comentou. Outro evento que afetará a dinâmica do setor em 2018 é a Copa do Mundo, que deve favorecer as vendas de eletrônicos, em especial televisores, mas pode enfraquecer o varejo de moda, exceto no segmento esportivo, cuja representatividade é baixa, acrescentou o presidente da Abrasce. No ano passado, os shopping centers do Brasil faturaram um total de R$ 167,75 bilhões, alta nominal de 6,2% ante 2016. O resultado ficou aquém da expansão de 7% que a associação projetava para 2017. “Dezembro não foi tão bom quanto esperávamos... O Natal foi melhor que 2016, mas pior que o esperado”, explicou Humai. O setor encerrou 2017 com uma taxa de vacância de 5,7%, ante 5% apurada ao fim de 2016. A associação projeta algo

Liminar concedida pelo TJMG é uma resposta ao mandado de segurança impetrado pelo verador Gabriel Azevedo (PHS)

entre 5,5% e 6% para 2018 e só vê a taxa retornando à média história de 4,5% a partir de 2020. Um dos motivos para a maior vacância nos últimos anos é a taxa de ocupação mais baixa no momento de inauguração dos empreendimentos, segundo a entidade. “Hoje inauguramos um shopping com ocupação de 60 %... Essa taxa é menor na largada, mas a curva de melhora é contínua”, disse o presidente da Abrasce. Em 2017, foram abertos 12 shoppings em todo o País, ante expectativa inicial de 30. Para 2018, estão planejadas 23 inaugurações, sendo 17 no interior e seis em capitais, mas Humai alerta que o número final de lançamentos normalmente é revisado para baixo no decorrer do ano. “São muitas as variáveis que postergam as inaugurações, acho que 15 a 16 é algo factível para 2018”, afirmou. Consolidação - O presidente da Abrasce espera maior movimentação de fusões e aquisições no setor a partir de 2018, principalmente entre participantes regionais de pequeno e médio portes. Questionado sobre a eventual abertura de capital de novos grupos, Humai destacou que Tenco, Almeida Junior e Saphyr estão entre os que avaliam essa possibilidade. Em 16 de janeiro, a JHSF Participações anunciou que estudava realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da subsidiária de shopping centers. Humai também vê espaço para vinda de redes internacionais de varejo ao Brasil só a partir de 2019. “Esse ano o que dificulta é o ambiente político”, disse, referindo-se à cena eleitoral. (Reuters)

Número de endividados tem queda Rio - O percentual de brasileiros endividados diminuiu na passagem do ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas a pagar recuou de 62,2% em dezembro de 2017 para 61,3% em janeiro de 2018, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). “A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento”, avaliou

a economista da CNC, Marianne Hanson, em nota. Em relação a janeiro do ano passado, porém, houve um aumento de 2,6 pontos percentuais na fatia de endividados. Já a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 25,7% em dezembro para 25% em janeiro. Na comparação com janeiro de 2017, entretanto, houve alta de 1,1 ponto percentual no total de inadimplentes. A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam

inadimplentes recuou de 9,7% em dezembro para 9,5% em janeiro, patamar menor também em relação aos 10,2% registrados em janeiro do ano passado. A fatia de famílias que se declararam muito endividadas diminuiu de 14,1% em dezembro para 13,6% em janeiro. Na comparação anual, houve queda de 0,8 ponto percentual. O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 65 dias em janeiro de 2018, contra 65,6 dias em janeiro de 2017. O comprometimento do orçamento das famílias com as dívidas foi de sete meses, em média, sendo

que 32,2% delas possuíam dívidas por mais de um ano. Entre os endividados, 22,2% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, citado por 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,9%) e financiamento de carro (11%). A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010, com dados de aproximadamente 18 mil consumidores, coletados em todas as capitais e no Distrito Federal. (AE)

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Operações com recursos do FGTS recuam São Paulo - Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) totalizaram R$ 101 bilhões no ano passado, montante 12,2% menor do que o registrado em 2016, de R$ 115 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Foram financiados, conforme a entidade, 175,62 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção no exercício passado, número 12,1% inferior ao registrado 12 meses antes, quando o setor financiou 199,69 mil unidades. Do volume total financiado em 2017, a linha com recursos da poupança somou R$ 43 bilhões, declínio de 7,4%, ante 2016. Já a modalidade FGTS foi a R$ 58 bilhões, recuo de 15,5%, na mesma base de comparação.

No mês de dezembro, os financiamentos imobiliários somaram R$ 3,68 bilhões, conforme a Abecip, baixa de 31,6% ante o mesmo mês de 2016. Na comparação com novembro, porém, houve alta de 17%. O número de imóveis financiados foi a 14,6 mil unidades no último mês de 2017, queda de 28,7% e aumento de 8,2%, respectivamente. O presidente da Abecip, Gilberto Abreu, diz que o cenário de juros menores e com tendência de queda e inflação sob controle são positivos para o segmento. No que tange ao preço, Abreu destacou que o mercado imobiliário sofreu, mas que há um início de inflexão “sutil” no setor. “Esperamos que os preços retomem, ao menos em termos nominais, para acompanhar a inflação”, destacou ele, em conversa com a imprensa, na manhã de ontem.

Abreu reforçou ainda a queda dos distratos que, segundo ele, mostra o “fim de um ciclo”. Sobre a poupança, que ele classifica como a “gasolina” do mercado de financiamento imobiliário, ele disse que a expectativa é de entrada de recursos nas cadernetas em 2018, assim como já ocorreu no ano passado, em meio ao cenário de queda dos juros, o que torna esse veículo interessante para as pessoas. Restrição - As restrições de capital e funding da Caixa Econômica Federal já impactaram o mercado de financiamento imobiliário em 2017 e podem afetar as projeções de desempenho neste ano, de acordo com o presidente da Abecip. “Vai depender de quão rápido o banco público vai resolver essas questões. Se conseguir equacioná-las e voltar rapidamente

ao setor, a Caixa pode até beneficiar o segmento em 2018”, avaliou ele. Enquanto isso, conforme Abreu, os bancos privados, que já ocuparam maior espaço no financiamento imobiliário, devem continuar abocanhando uma maior fatia do setor em 2018. Ele lembrou que a Caixa tem abrangência geográfica grande e a maior cobertura nacional em financiamento imobiliário no Brasil. Considerando apenas o desembolso feito em 2017, o banco público seguiu na liderança do financiamento imobiliário com recursos da poupança, respondendo por 38,1% do crédito para aquisição e construção, com um total de R$ 16,4 bilhões. Na sequência, estiveram Itaú Unibanco (19,8%, R$ 8,5 bilhões), Bradesco (18,3%, R$ 7,9 bilhões), Santander (14,4%, R$ 6,2 bilhões) e Banco do Brasil (6,4%, R$ 2,8 bilhões). (AE)


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ECONOMIA CELULOSE

Cenibra anuncia recorde de produção em 2017 Companhia revelou também plano de investimentos de US$ 50 milhões para este ano em Belo Oriente LEONARDO FRANCIA

A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), instalada em Belo Oriente (Vale do Rio Doce), fechou 2017 com produção recorde de 1,220 milhão de toneladas de celulose. O volume superou a projeção inicial da empresa para o ano passado em 20,3 mil toneladas. A companhia anunciou também que até o final de 2018, vai investir US$ 50 milhões na modernização de uma das linhas da planta. “A maturidade dos empregados, a competência e comprometimento mostram como é possível obter resultados impressionantes com segurança. Comemorar este resultado é reconhecermos que a Cenibra trabalha com níveis de crescimento de qualidade, competitividade e produtividade, sem descuidar daquele que é o mais valioso patrimônio: a vida”, afirmou, em nota, o diretor-presidente da companhia,

Naohiro Doi. Ainda em dezembro do ano passado, a companhia bateu novos recordes de produção por linha (a planta mineira tem duas linhas produtivas). O primeiro foi o recorde diário de 1,9 mil toneladas de celulose; o segundo foi de produção mensal de 55,5 mil toneladas do produto; e o último foi o recorde anual de 598,1 mil toneladas por linha. O volume total de vendas em 2017 foi 1,221 milhão de toneladas. Conforme já informado anteriormente, a produção da Cenibra é majoritariamente exportada, com o índice chegando a cerca de 96% do volume do produto que sai das linhas em Belo Oriente. Além disso, a este ritmo de produção de 1,2 milhão de toneladas de celulose, a companhia está operando a plena carga. Com base em informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Servi-

ços (Mdic), as exportações estaduais de pasta celulose somaram US$ 630,2 milhões em 2017 contra US$ 503 milhões em 2016, com crescimento de 25,3%. A celulose foi o sétimo produto mais exportado pelo Estado, com participação de 2,5% nos embarques do exercício. A Cenibra é a única produtora em Minas Gerais. As vendas externas da Cenibra são bem distribuídas. A Europa fica com 40% da produção, Ásia, inclusive China e Japão (20%), e Estados Unidos com cerca de 36%. O Brasil fica com uma participação de apenas 4%, com base em informações já divulgadas pela empresa. Outro fator que torna a empresa competitiva mundialmente, mesmo diante das oscilações do preço da celulose, é a qualidade do produto (celulose de fibra curta), o que é facilitado devido ao clima, ao solo e à qualidade da madeira produzida, que representa

EDMAR SILVA/CENIBRA

Produção da empresa atingiu 1,220 milhão de toneladas no ano passado e ficou acima das expectativas

cerca de dois terços dos duzir o uso de produtos custos. químicos no processo produtivo, economia de água Aporte - A Cenibra está e, por consequência, maior investindo US$ 50 milhões competitividade. O aporte na otimização de uma das deve ser finalizado neste linhas da unidade, o que ano. permitirá à companhia reA Cenibra mantém ainda

em gaveta um outro investimento da ordem de US$ 2 bilhões para ampliar sua capacidade de produção para pouco mais que o dobro do volume atual. No entanto, o projeto continua parado e sob análise.

MINERAÇÃO

Danos da Samarco devem ser reparados em 2 anos São Paulo - Os danos causados pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em Minas Gerais, no fim de 2015, deverão estar reparados dentro de dois anos, quando terá sido concluída a reconstrução das casas atingidas e realizados programas de recuperação do ambiente, afirmou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman. A Samarco é uma joint venture entre a mineradora brasileira e a anglo-australiana BHP Billiton. O rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, deixou 19 mortos e poluiu o importante rio Doce, que percorre diversas cidades até atingir o mar do Espírito Santo, no que foi considerado o maior desastre ambiental da história brasileira. As operações da Samarco estão paralisadas desde então, e Vale e BHP criaram uma instituição autônoma e independente, a Fundação Renova, para cuidar das tarefas relacionadas às compensações pelo incidente. “A Renova é uma história extraordinária, ninguém tem noção do que é esse trabalho de recuperação... prestem atenção no que vai acontecer esse ano e ano que vem. Todas casas destruídas terão sido reconstruídas e entregues aos proprietários, todas as indenizações terão sido pagas, todo processo de recuperação do meio ambiente afetado pelo desastre estará sendo atendido”, afirmou Schvartsman, durante apresentação em evento do banco Credit Suisse em São Paulo. O executivo, que tomou posse como presidente da Vale em maio de 2017, afirmou, sem citar números, que os trabalhos de recuperação serão algo “jamais feito no mundo inteiro”. O diretor de relações com investidores da Vale,

André Figueiredo, disse há duas semanas que a empresa colocou R$ 1,4 bilhão em ações de compensação da tragédia, enquanto a BHP teria aportado valor semelhante. Ontem, Schvartsman disse que as vidas perdidas na tragédia não serão recuperadas, mas prometeu que as casas destruídas pela lama que escapou pela barragem e o meio ambiente ficarão “melhores do que estavam antes” após o final dos trabalhos em andamento pela Fundação Renova. O executivo reforçou ainda que Vale e BHP seguem em conversas sobre o futuro da Samarco e disse que a única certeza neste momento é que as duas empresas querem viabilizar a retomada das operações da empresa. “Vale e BHP conversam o tempo todo, temos um entendimento comum em relação às necessidades da Samarco”, disse, sem detalhar. Sustentabilidade - O presidente da Vale também prometeu empenho pessoal para assegurar sustentabilidade nas operações da companhia e das regiões em que ela opera. “Não é possível uma empresa que nem a Vale, que tem a pujança que ela tem, ser cercada de pobreza e miséria de todos os lados, de devastação ambiental... a Vale tem responsabilidade de trabalhar para mudar isso”, afirmou. Ele garantiu ainda que a Vale tem capacidade financeira e vontade de atuar nesse sentido. “Os números da Vale são muito grandes, ela consegue perfeitamente. Precisa se dar ao trabalho. O problema é que isso não é tão bacana quanto comprar uma empresa... não dá primeira página de jornal nenhum. Mas é isso que dará uma mudança sustentável na companhia”, disse. (Reuters)

Vale quer reduzir dependência do minério de ferro São Paulo - A Vale prevê que a participação do minério de ferro no resultado da empresa cairá para 70% em dois anos, ante 90% atualmente, em meio a um processo de diversificação liderado pela atual gestão, afirmou ontem o presidente da companhia, Fabio Schvartsman. O executivo, que falou durante um evento em São Paulo, disse que os metais básicos serão parte fundamental da estratégia da empresa em busca da diversificação. “A expectativa da Vale é que o minério de ferro, em que pese que seus resultados melhorarão de agora em diante, representará apenas 70% do resultado da Vale em até dois anos, ou seja, começa a ser uma empresa com cara de diversificada mesmo”, disse o Schvartsman, em uma conferência do Credit Suisse. O executivo, que saiu sem dar entrevistas, não ofereceu mais detalhes sobre qual seria a estratégia. O presidente da maior produtora de minério de ferro do mundo, em sua fala ao público do evento, mos-

trou satisfação com os resultados dos ativos de cobre, mas reiterou sua intenção de avançar no negócio de níquel. “Nossos ativos de cobre vão muito bem, obrigado, também produzem resultado muito grande... se trata basicamente de arrumar a operação de níquel”, disse Schvartsman, durante sua apresentação. Sem entrar em detalhes, o executivo afirmou que a empresa contratou um banco para buscar investidores para seu projeto de níquel na ilha do Pacífico Sul Vale Nova Caledonia (VNC). Segundo ele, se uma solução não for encontrada, o ativo poderá ser interrompido. Schvartsman também disse que um aumento recente nos preços do níquel deve gerar um fluxo de caixa adicional de US$ 750 milhões e que a empresa espera alcançar seu objetivo de dívida líquida de US$ 10 bilhões em meados do ano, antes do que a empresa esperava anteriormente. Demanda - Schvartsman des-

tacou que os esforços chineses contínuos para reduzir a poluição aumentarão a demanda pelo minério de ferro de alta qualidade da mineradora brasileira. “Não consigo imaginar a China voltando atrás nos controles de poluição que ela está tentando fazer... eles farão o possível e o impossível para dominar a poluição, o que garante essa demanda pelo minério de ferro”, disse Schvartsman. A agressiva campanha da China para reduzir a poluição, pressionando as usinas siderúrgicas poluentes, alimentou a necessidade de minério de ferro de alta qualidade para aumentar a produtividade e limitar as emissões, abrindo a porta para os fornecedores de minério de melhor qualidade para o maior comprador do mundo. Além disso, o executivo ressaltou que a empresa está começando a mapear oportunidades de redução de custos das minas e que ele estima que os cortes de custos poderão superar os 6%, mas não entrou em detalhes. (Reuters)

Cobalto: empresa pode fechar acordo inédito Joanesburgo e Londres - A Vale busca vender cobalto ainda não explorado por centenas de milhões de dólares para investidores, à medida que a especulação aumenta em relação à escassez do metal necessário para fabricação de baterias, afirmaram fontes familiarizadas com o assunto. O acordo, que permite que um investidor faça um pagamento antecipado em troca de produção futura a um preço com desconto, expandiu-se como uma forma de financiamento para empresas de metais básicos e preciosos, mas este acordo seria o primeiro para o setor de cobalto, que está em expansão. O cobalto é um componente importante para baterias de íon-lítio recarregáveis e seu preço se beneficiou de um empurrão de governos e fabricantes de automóveis para promover veículos elétricos para reduzir as emissões de gás carbônico por

carros a diesel e gasolina. Os preços subiram em torno de 150% desde o início do ano passado, para cerca de US$ 80 mil a tonelada, estimulados em parte pelo nervosismo quanto à dependência do maior produtor de cobalto, a República Democrática do Congo, país afetado por questões de ilegalidade e conflitos. Os fabricantes de automóveis, como a Volkswagen, buscaram contratos para garantir provisões de cobalto a longo prazo para seus ambiciosos planos de veículos elétricos. O cobalto aumenta a duração da bateria. Os analistas estimam que cada bateria usa de 8 a 12 quilos de metal, enquanto o mercado global é estimado em pouco mais de 100 mil toneladas por ano. A Vale contratou o Banco de Montreal (BMO) do Canadá para levantar cerca de US$ 500 milhões com investidores para o cobalto

que será produzido em sua mina de níquel Voisey’s Bay, no leste do Canadá, disseram quatro fontes. “O BMO também está falando com as montadoras e fabricantes de baterias, pessoas como Samsung e Toyota”, disse uma das fontes. A Samsung disse que não comenta rumores ou especulações e a Toyota não fez comentários imediatos. O processo começou no final de dezembro, com potenciais compradores analisando a informação, disseram duas das fontes. Um porta-voz da Vale no Canadá preferiu não comentar. O BMO não respondeu a um pedido de comentários. Não há certeza de que o processo resultará em um acordo. As fontes ouvidas pela Reuters, durante um período de vários dias, falaram na condição de anonimato já que as conversas eram confidenciais. (Reuters)


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ECONOMIA DIVULGA;’AO

LATICĂ?NIOS

Cade aprova a venda da ItambÊ para a Lactalis Hå prazo de 15 dias para recursos ANA AMÉLIA HAMDAN

A venda da ItambĂŠ para o grupo francĂŞs Lactalis estĂĄ mais prĂłxima de ser concretizada. A SuperintendĂŞncia Geral do Conselho Administrativo de Defesa EconĂ´mica (Cade) aprovou a transação, sem restriçþes, conforme publicado ontem no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo. HĂĄ ainda um prazo de 15 dias para que sejam interpostos recursos. Como a decisĂŁo ainda nĂŁo ĂŠ definitiva, a ItambĂŠ nĂŁo se pronunciou sobre o assunto. De acordo com o parecer do Cade, o parecer responde a questionamento feito pela Vigor Alimentos – que atĂŠ o ano passado detinha 50% da ItambĂŠ – quanto a dĂşvidas concorrenciais. Em seu questionamento, a Vigor levantou questĂľes referentes Ă definição dos mercados relevantes – que determina a fronteira de concorrĂŞncia entre as firmas – afetados pela operação de compra da ItambĂŠ pela Lactalis, quanto Ă dimensĂŁo geogrĂĄfica e Ă dimensĂŁo do produto. Segundo o Cade, a Vigor apresentou dados de que, juntos, o Grupo Lactalis e a ItambĂŠ responderiam por 27,9% da participação no total de recepção de leite em territĂłrio nacional. Mas, na anĂĄlise feita pelo conselho, o dado corresponde apenas Ă recepção de leite efetuada pelas 15 maiores empresas com atuação nessa atividade, que responderiam por apenas 29% do leite produzido formalmente no PaĂ­s. “A fim de analisar com mais acuidade as participaçþes dos players na recepção de leite in natura, faz-se necessĂĄrio recorrer a um conjunto mais representativo AGROPÉU AGRO INDUSTRIAL DE POMPÉU S/A CNPJ/MF NÂş 16.617.789/0001-64 NIRE 3130000187-3 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam os senhores acionistas convocados para se reunirem em AGE que se realizarĂĄ no dia 20/02/2018, Ă s 16:00 horas, em sua sede sito Ă Rodovia MG 060, Km 82 - PompĂŠu (MG), para deliberarem sobre a eleição da nova Diretoria para o prĂłximo TriĂŞnio. PompĂŠu (MG), 25/01/2018. Geraldo OtacĂ­lio Cordeiro - Diretor Presidente.

do segmento – idealmente, o universo total de empresas que adquirem leite para a fabricação de lĂĄcteosâ€?, definiu o Cade. Com isso, o parecer foi favorĂĄvel Ă transação entre ItambĂŠ e Lactalis. Consta no parecer do Cade que a Lactalis considera a compra da ItambĂŠ “uma oportunidade vantajosa de negĂłcios no mercado nacional de lĂĄcteos, ao possibilitar um ganho de sinergias decorrentes da aplicação da expertise do Grupo Lactalis na gestĂŁo administrativa e de processos da ItambĂŠ. AlĂŠm disso, a Operação representa uma oportunidade de aumento da presença do Grupo Lactalis em alguns segmentos no mercado de lĂĄcteos.â€? JĂĄ a Cooperativa Central dos Produtores de Minas Gerais (CCPR) – detentora da ItambĂŠ – considera que a operação “permite ao mesmo tempo que a cooperativa se dedique ao seu core business, ou a parte central do negĂłcio (captação de leite in natura) e que continue fornecendo leite Ă ItambĂŠ.â€? O negĂłcio - A CCPR acertou a venda de 100% da ItambĂŠ ao grupo francĂŞs Lactalis no inĂ­cio de dezembro por cerca de US$ 600 milhĂľes. Em setembro, a cooperativa mineira tinha comprado a fatia adicional de 50% da ItambĂŠ que pertencia Ă Vigor Alimentos, exercendo seu direito de preferĂŞncia para deter 100% da produtora de lĂĄcteos. Em entrevista ao DIĂ RIO DO COMÉRCIO, no Ăşltimo dia 18, o presidente da CCPR e da ItambĂŠ, Marcelo Candiotto Moreira TRĂŠS RIOS EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO SPE S/A EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os acionistas da TRĂŠS RIOS EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO SPE S/A - CNPJ 24.148.239/0001-71 convocados para reunirem-se em Assembleia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se nesta capital, Ă s 19:00 horas do dia 08 de fevereiro de 2018, na Rua Senhora do Porto, n° 2842, Sala 17, Bairro Palmeiras, CEP 30.575-590, para deliberarem sobre a Aprovação das Demonstraçþes Financeiras do ano de 2016 e Destinação do Resultado. (Ass.) a Diretoria.

Apesar de questionamentos da Vigor, o Cade entendeu que a compra do laticínio não representaria domínio na captação de leite

de Carvalho, disse que a empresa exerceu o direito de escolher o sócio, no caso, a Lactalis. Na ocasião, a Câmara de

Rio de Janeiro - O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 2,2 pontos na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, alcançando 109,6 pontos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). “O resultado de janeiro reforça a ideia de que serĂĄ difĂ­cil, pelo menos no curto prazo, ver a incerteza econĂ´mica oscilar em torno de sua mĂŠdia histĂłrica de 100 pontos. Apesar de as opiniĂľes do mercado sobre

câmbio e inflação estarem convergentes, como indica o IIE-Br Expectativa, hå outros fatores geradores de incerteza que estão sendo capturados pelo IIE-Br Mídia. Neste caso, destaque para a situação fiscal, que continua em aberto e para as questþes político-partidårias, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. O IIE-Br passou a integrar o calendårio de divulgaçþes

de indicadores econômicos do Ibre/FGV no fim de 2016. O índice mensal Ê composto por três componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; o IIE-Br Expectativa, que Ê construído a partir das dispersþes das previsþes para a taxa de câmbio e para o IPCA; e o IIE-Br Mercado, baseado na volatilidade do mercado financeiro. Em janeiro, a alta do IIE-Br foi determinada pela compo-

nente de mídia e de mercado. O IIE-Br Mídia subiu 1,7 ponto no mês, contribuindo com 1,5 ponto para a alta do índice geral, enquanto o IIE-Br Mercado cresceu 7,1 pontos, exercendo uma contribuição de 0,9 ponto. Jå o IIE-Br Expectativa recuou 0,8 ponto, contendo a evolução do IIE-Br no mês em -0,2 ponto. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira Ê realizada pela FGV entre os dias 26 do mês anterior e 25 do mês de referência. (AE)

MĂ QUINAS

CNH Industrial reverteu prejuízo em 2017 São Paulo - A fabricante de måquinas CNH Industrial reverteu o prejuízo de US$ 249 milhþes obtido no ano de 2016, em lucro líquido de US$ 313 milhþes (US$ 0,22 por ação) no ano passado, informou ontem a companhia. O lucro ajustado ficou em US$ 669 milhþes (US$ 0,48 por ação), 38,8% acima dos US$ 482 milhþes (US$ 0,35 por ação) registrados em

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş002/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo Menor Preço Global, visando a contratação de empresa para impressĂŁo de CARTILHAS, MANUAL, FOLDER e LIVRETO, de acordo com DV HVSHFLÂżFDo}HV H TXDQWLGDGHV GHVFULWDV QHVWH HGLWDO H VHXV DQH[RV $EHUWXUD GLD jV K P 2 HGLWDO EHP FRPR PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD RX DWUDYpV GR e-mail OLFLWD#VHQDUPLQDV RUJ EU 3ROO\DQH GH $OPHLGD 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD

O empreendimento RAIMUNDO GERONIMO DOS SANTOS - ME por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 43923/2017, a /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD SDUD D DWLYLdade de serviços de manutenção e reparação mecânica de veĂ­culos automotores, localizada na Rod. BR -381 FernĂŁo Dias, s/n, KM 486, Bairro Jardim TeresĂłpolis, Betim – MG.

OMEGA GERAĂ‡ĂƒO S.A. CNPJ n.Âş 09.149.503/0001-06 - NIRE 31.300.093.107 ATA DA REUNIĂƒO DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REALIZADA EM 18 DE DEZEMBRO DE 2017 1. DATA, HORA E LOCAL. Aos 18 dias do mĂŞs de dezembro de 2017, Ă s 08:00 horas, na ďŹ lial da Omega Geração S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Cidade e Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida SĂŁo Gabriel, 477, 2.Âş andar, Itaim Bibi, CEP 30190-130. 2. CONVOCAĂ‡ĂƒO E PRESENÇA. Dispensada a convocação, nos termos artigo 34, § 2Âş, do Estatuto Social da Companhia, por estarem presentes todos os membros do Conselho de Administração da Companhia, nos termos do artigo 34, § 4Âş, do Estatuto Social da Companhia. 3. MESA. Presidida pelo Sr. JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto e secretariada pelo Sr. Alexandre Tadao Amoroso Suguita. 4. ORDEM DO DIA. Reuniu-se o Conselho de Administração da Companhia para deliberar sobre a celebração pela Companhia de contrato para transferĂŞncia de ativos de geração de energia e outras avenças (“Contratoâ€?), tendo como contraparte Omega Desenvolvimento MaranhĂŁo Fundo de Investimento em Participaçþes MultiestratĂŠgia (“DEV FIP MaranhĂŁoâ€?) e Omega Desenvolvimento II Fundo de Investimento em Participaçþes (“DEV FIP IIâ€?), e, ainda, como intervenientes anuentes a Omega Gestora de Recursos Ltda. (“Omega Gestoraâ€?) e a Omega Desenvolvimento e Energia Do MaranhĂŁo S.A. (“ODMAâ€?) e por meio do qual a Companhia, observadas determinadas condiçþes: (a) passa a deter opçþes de compra da totalidade das açþes de determinadas holdings titulares e proprietĂĄrias de ativos de geração de energia eĂłlica e solar ainda em fase de implantação e que participarĂŁo do LeilĂŁo A-4 de 2017 e do LeilĂŁo A-6; e (b) outorga opçþes de venda de açþes das referidas holdings a fundos de investimento geridos pela Omega Gestora. 5. DELIBERAÇÕES. ApĂłs apreciação e discussĂŁo da matĂŠria constante da ordem do dia, e observada a recomendação do ComitĂŞ de Operaçþes com Ativos de Partes Relacionadas no sentido de aprovar a celebração do Contrato pela Companhia, consignada em relatĂłrio do ComitĂŞ de Operaçþes com Ativos de Partes Relacionadas, que integra a presente ata na forma do Anexo 1, o Conselho de Administração deliberou, nos termos do art. 33, XXVI e do art. 40 do Estatuto Social da Companhia, aprovar, por unanimidade de votos, a celebração do Contrato pela Companhia, conforme cĂłpia rubricada pela mesa e arquivada na sede da Companhia. 6. ENCERRAMENTO. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuniĂŁo, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. SĂŁo Paulo, 18 de dezembro de 2017. Mesa: JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto - Presidente; Alexandre Tadao Amoroso Suguita - SecretĂĄrio. Membros do Conselho de Administração Presentes: Alexandre Tadao Amoroso Suguita - Antonio Augusto Torres de Bastos Filho - Eduardo de Toledo - Gustavo Barros Mattos - Gustavo Rocha Gattass - JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto - Kristian Schneider Huber. JUCEMG sob o nÂş 6439750 em 09/01/2018. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.

estava previsto que a Lala iria recorrer, porque a empresa nĂŁo se conformou em nĂŁo comprar nossas açþesâ€?, disse Candiotto Ă ĂŠpoca.

Situação fiscal ainda gera incertezas

DENSO SISTEMAS TÉRMICOS DO BRASIL LTDA, por determinação do Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental - COPAM, torna pĂşblico que solicitou, atravĂŠs do Processo nÂş 0715822/2017 Licença de Operação Corretiva para a Fabricação de peças e acessĂłrios para veĂ­culos rodoviĂĄrios, ferroviĂĄrios e aeronave, localizado a Rod. BR 381, KM 432,24, s/n, bairro Santa Cruz, municĂ­pio de Betim.

$9,62 &RPXQLFDPRV TXH VH DFKDP j GLVSRVLomR GRV DFLRQLVWDV QD VHGH GD HPSUHVD QD 5XD :DOIULGR 0HQGHV Qž %DLUUR &DOLIyUQLD RV GRFXPHQWRV D TXH VH UHIHUHP RV LQFLVRV , ,, H ,,, GR $UW GD /HL %HOR +RUL]RQWH GH -DQHLUR GH (GPXQGR 0DULDQR GD &RVWD /DQQD 'LUHWRU 3UHVLGHQWH

bĂŠm pela Vigor. Nesse caso, a ação envolvia tambĂŠm a mexicana Lala, empresa que comprou a Vigor de sua antiga proprietĂĄria, a JBS. “JĂĄ

ECONOMIA

Prefeitura Municipal de Araponga, AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO, Processo LicitatĂłrio n.Âş014/ 2018, PregĂŁo Presencial n.Âş 005/2018. Contratação de empresa especializada para fornecimento de medicamentos. Interessados em adquirir o edital deverĂŁo procurar a ComissĂŁo Permanente de Licitação na Prefeitura Municipal, de 09:00h Ă s 11:00h e de 13:00h Ă s 15:00h, em dias de expediente. Maiores informaçþes pelo telefone (31) 3894-1100. A pregoeira Leidiane Ribas, Araponga, 29 de Janeiro 2018.

&,0&23 6 $ (1*(1+$5,$ ( &216758dÂŻ(6 &13- 1,5(

Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo havia validado a negociação entre ItambÊ e Lactalis, após questionamentos feitos tam-

2016. A receita somou US$ 27,36 bilhþes, um crescimento de 10% na mesma base de comparação. Jå no trimestre encerrado em 31 de dezembro, houve prejuízo líquido de US$ 40 milhþes ante o lucro de US$ 96 milhþes alcançados em igual período do ano anterior. No desempenho ajustado, o resultado ficou eståvel em US$ 197 milhþes (US$ 0,14 por ação). A receita trimestral ficou em US$ 8,1 bilhþes, 15,8% acima dos US$ 6,99 bilhþes do último trimestre de 2016. O resultado do quarto LUCAS AUGUSTO DE ALMEIDA E SOUZA ME por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentåvel de Betim, torna público que solicitou atravÊs do Processo nº 44919/2017, Licença $PELHQWDO 6LPSOL¿FDGD SDUD DWLYLGDGH GH &RmÊrcio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores; serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores; comÊrcio a varejo de peças e acessórios usados para veículos automotores, localizado na Rua Manhuaçu, nº 210, Bairro Nossa Senhora de Fåtima, Betim/MG.

trimestre “foi prejudicado pela cobrança de US$ 92 milhĂľes, em virtude da desconsolidação das operaçþes da Venezuela; a cobrança de US$ 123 milhĂľes em virtude de leis tributĂĄrias nos Estados Unidos, bem como a cobrança de US$ 8 milhĂľes no resgate antecipado de notesâ€?, justificou a empresa. Apesar do prejuĂ­zo lĂ­quido entre outubro e dezembro, o segmento de atividades industriais da CNH, que engloba equipamentos agrĂ­colas, equipamentos para construção e veĂ­culos comerciais, registrou receita de US$ 7,79 bilhĂľes, alta de 11,6% ante igual perĂ­odo do ano anterior. No total do ano, as atividades industriais re-

gistraram US$ 26,16 bilhþes, incremento de 10% ante 2016. Especificamente no segmento de equipamentos agrícolas, a receita de 2017 foi de US$ 11,13 bilhþes, avanço de 10% no comparativo anual. No quarto trimestre, o resultado ficou em US$ 3,24 bilhþes, 14,5% superior ao desempenho dos três últimos meses do ano anterior. Para 2018, a CNH Industrial espera vendas líquidas de atividades industriais entre US$ 27 bilhþes e US$ 28 bilhþes, alÊm de aumento de 30% no lucro por ação ajustado, para entre US$ 0,63 e US$ 0,67. A expectativa para a dívida industrial líquida estå entre US$ 800 milhþes e US$ 1 bilhão. (AE)

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - Chamamento Publico 003/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves. mg.gov.br, o edital do Chamamento Publico 003/2017, cujo objeto e o credenciamento de instituiçþes bancĂĄrias, nos termos da lei 8666/93 e alteraçþes, para prestação de serviços arrecadação de tributos e demais receitas municipais, conforme legislação vigente, em especial a lei Complementar 142/2013 – CĂłdigo TributĂĄrio Municipal. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 20/02/2018 as 09:00 hrs. Elcilene Lopes Correa Matos/Presidente da CPL.


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ECONOMIA INDÚSTRIA

Eleição para a Fiemg terá chapa única Após uma série de reuniões com representantes dos dois grupos, a decisão foi pela candidatura de Flávio Roscoe MARA BIANCHETTI

Depois de muitas controvérsias envolvendo a eleição da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e uma disputa acirrada entre os dois os candidatos Flávio Roscoe e Alberto Salum, as chapas parecem, enfim, ter entrado em um acordo. Na próxima semana deve De acordo com ser publicado o edital o presidente da entidade, Olavo de convocação para a Machado Junior, eleição, que deve ser que responde pelo cargo até maio, derealizada ainda no pois de uma série início de abril de reuniões chegou-se a um acordo para a formação de uma Procurado pela reporchapa única, em favor do de- tagem para comentar a senvolvimento da indústria escolha de liderar a chapa mineira e do fortalecimento única e falar sobre os plada Fiemg. nos à frente da diretoria, A chapa única será enca- o empresário, no entanto, beçada por Flávio Roscoe, preferiu não se manifestar. industrial do setor têxtil, Há alguns meses, Roscoe e que surgiu no cenário falava em mudança, oxicomo oposicionista a Olavo genação, descontinuidade. Machado Junior na época Ainda de acordo com em que ele buscava uma Machado Junior, na própossível reeleição para a xima semana deverá ser presidência da entidade. publicado o edital com a Um dos vice-presidentes convocação para a eleição, da Fiemg e ex-presidente prevista para o início de da Câmara da Indústria do abril. “Depois disso, fico Vestuário e Acessórios da até meados de maio, pois entidade, Roscoe, liderou o no dia 25 haverá a posse na movimento de resistência nova diretoria”, resumiu. à proposta de mudança do Eleito pela primeira vez estatuto, que permitiria em 2010, Machado Junior foi mais uma reeleição. reeleito em 2014 para atuar à “Estou à disposição da frente da entidade até 2018.

BNDES

RAÍLA MELO

casa, que demonstrou, nessa reunião, uma maturidade, uma sintonia com o desejo geral da sociedade da não perpetuidade de seus representantes. Destaca-se também a importância da alternância de poder”, declarou Flávio Roscoe na ocasião.

Segundo Machado Junior, seu mandato como presidente será encerrado em meados de maio, pois no dia 25 haverá a posse da nova diretoria

contribuições à economia HABITAÇÃO do Estado. Na época de sua reeleição, ele argumentava que era grande o potencial das empresas mineiras para a contribuição do desenvolvimento não só de Minas Gerais, mas também do País. Mas para que esse potencial fosse aproveitado, Rio de Janeiro e São Pauafirmava, seria necessário lo - O presidente da Caixa que o governo promovesse Econômica Federal, Gilberto ações mais assertivas e menos Occhi, informou ontem que a centralizadas. instituição financeira estuda, em parceria com o Ministério das Cidades, incluir nos imóveis do programa Minha casa, minha vida (MCMV) uma geladeira, um fogão e uma televisão. “Isso tem que colocar no R$ 26,854 bilhões. Já o setor coletiva de imprensa para desempenho operacional preço. Se dentro da sua casa de agropecuária desembol- comentar o desempenho do banco, sem revelar onde tem uma pia, tem um vaso sou R$ 14,375 bilhões em do banco em 2017, o ban- serão instaladas as novas sanitário, tem um tanque, a empréstimos, alta de 3% co conta com escritórios instalações. gente quer colocar também Ele afirmou que, por ser um fogão, uma geladeira e ante 2016. em Brasília e Recife, mas o dirigente disse que as um banco de fomento, com uma televisão. Nós estamos Escritórios - O presidente unidades estão muito so- estrutura enxuta, não há estudando isso, para que você do BNDES, Paulo Rabello brecarregadas. possibilidade de criar uma possa ter um conforto melhor, de Castro, comentou que a “Vamos ampliar para cin- estrutura em cada Estado, uma condição melhor. Agora, instituição de fomento vai co outras localidades, e a es- mas lembrou que o banco isso virá dentro da prestaampliar o número de escri- colha dos locais é meramente tem parcerias com o siste- ção que vocês vão pagar”, tórios regionais dos atuais logística e de distribuição ma brasileiro de agências anunciou, na cerimônia de três para um total de oito. para facilitar a operação”, de fomento regionais, que entrega de 800 unidades do Além da representação em disse, antes de começar a colaboram para chegar a Residencial Vila Carioca, em São Paulo, escolhida para a comentar os números do todas as localidades. (AE) Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. O Residencial Vila Carioca é um empreendimento destinado a famílias da Faixa I do MCMV, com renda de São Paulo - O presidente do BNDES, 2018 - A meta de desembolsos (emprésaté R$1.800. Paulo Rabello de Castro, disse ontem timos) do banco para 2018, disse Rabello Occhi fez o anúncio após que o banco tem condições de devolver de Castro, é superar os R$ 90 bilhões. ser provocado pelo prefeito recursos ao Tesouro neste ano e que Desembolsos próximos a R$ 100 bilhões, do Rio de Janeiro, Marceestá fazendo uma força “indômita” disse ele, estariam próximos do potencial lo Crivella, e pelo minispara isso. brasileiro em termos de investimento. tro da Secretaria-Geral da Ele afirmou, porém, que a devolução Recentemente, o diretor da área FinanPresidência da República, integral dos R$ 130 bilhões requeridos ceira e Internacional do banco, Carlos Moreira Franco, para que pelo governo, somada ao que o banco já Thadeu de Freitas, afirmou que o BNDES providenciasse uma forma devolveu ao Tesouro, pode prejudicar tem condições de devolver os recursos de equipar as casas entregues ao Tesouro no segundo semestre do os desembolsos. pelo programa. O ministro Moreira Franco “[Num cenário de devolução integral] ano sob algumas condições. Entre elas, disse que as obras do prograseria como se, em vez de o acionista ca- estaria a necessidade de os desembolsos ma em andamento são uma pitalizar o banco, o banco capitalizasse o não passarem de R$ 90 bilhões neste ano forma eficiente de combater acionista. A tarefa de fomentar o inves- justamente a meta citada por Rabello o desemprego. “Há dois, timento pode ficar prejudicada”, disse. de Castro. três meses, estamos quase O BNDES desembolsou R$ 70,8 biO BNDES, argumentou, não é o resque todas as semanas partiponsável por fechar a regra de ouro - a lhões em 2017, sendo que empresas com cipando da entrega de dois regra fiscal que impede que o governo faturamento acima de R$ 300 milhões ou três empreendimentos capte recursos para pagar despesas com receberam 58% (R$ 41 bilhões). pelo Brasil afora”. pessoal. “O banco é mero coadjuvante”. Já as micro, pequenas e médias emUma das moradoras do Para a devolução antecipada se con- presas receberam R$ 29,7 bilhões. Esse Residencial Vila Carioca será cretizar, afirmou, o BNDES poderia grupo inclui empresas com faturamento a aposentada Maria Luíza ser autorizado a emitir títulos, como anual de R$ 360 mil a R$ 300 milhões. Freitas dos Santos, de 77 anos, letras de crédito imobiliário e letras de Segundo Rabello de Castro, não é que vive atualmente na casa crédito agrícola, além de ser autorizado possível saber se esse movimento vai de um filho, em Santa Cruz. a recolher menos tributos, como IOF e se manter neste ano porque a nova taxa Ela ficou seis anos à espera de longo prazo do banco pode “roubar” Imposto de Renda. de um imóvel do programa. O BNDES tem uma dívida de mais de desempenho do setor. “Lá [Santa Cruz] já foi área R$ 400 bilhões com o Tesouro. O banco Em 2017, o braço de participações de risco de enchente, mas já devolveu R$ 180 bilhões nos últimos do banco, a BNDESPar vendeu R$ 6,61 agora é risco de violência. anos e o governo quer mais R$ 130 bi- bilhões em participações acionárias em Foi em 2011 que eu fiz a aslhões neste ano para ajudá-lo a cumprir cerca de 20 empresas, em meio a uma sinatura e esperei seis anos. carteira total de R$ 68 bilhões. (FP) a regra de ouro. Já tinha perdido a esperanEm seu primeiro mandado, uma das premissas de sua atuação à frente da Fiemg se baseou nas condições encontradas pelas indústrias em relação à competitividade no mercado. Já o segundo mandato foi iniciado com a defesa de um tratamento de isonomia para a indústria mineira, de maneira que o setor de Minas Gerais pudesse se diversificar e elevar suas

Desembolsos voltaram ao nível de 1999 Rio e São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou para empréstimos já aprovados R$ 70,751 bilhões em 2017, queda nominal (sem descontar a inflação) de 20% em relação a 2016. O valor desembolsado ano passado foi o menor desde 1999, quando o banco de fomento liberou R$ 67,859 bilhões, em valores atualizados pelo deflator do Produto Interno Bruto (PIB), informados nas Notas para a Imprensa, divulgadas ontem pelo BNDES. Levando em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como deflator, a queda nos desembolsos em 2017 ante 2016 foi de 22,4%. As aprovações de novos financiamentos totalizaram R$ 74,87 bilhões, recuo nominal de 6% ante 2016. Já as consultas, primeira etapa do processo de pedido de crédito no BNDES, registraram R$ 99,24 bilhões em 2017, diminuição nominal de 10% em relação ao ano anterior. Os dados das consultas, geralmente, sinalizam o apetite por investimentos de longo prazo. Por setores, o destaque na queda do ano passado foram os empréstimos para os projetos industriais. O BNDES desembolsou R$ 15,044 bilhões para a indústria, recuo nominal de 50%. Já o setor de comércio e serviços recebeu R$ 14,477 bilhões, diminuição nominal de 21% ante 2016. Na contramão, os empréstimos de longo prazo para projetos de infraestrutura cresceram 4% em termos nominais, atingindo

Devolução de R$ 130 bi exigirá cortes

Caixa pretende incluir eletrodomésticos nos imóveis do MCMV ça, pensei que eles não iam mais me dar porque eu estou velha. Daí no ano retrasado recebi a carta e estou muito feliz. É um financiamento, vou pagar R$ 88 mensais, e água, luz, gás. Estou muito feliz, porque esperei bastante tempo. Tenho muitos filhos, cada um vai passar um tempo comigo”. Segundo a Caixa, mais 520 imóveis no local estão em fase de finalização e em breve serão entregues para as famílias, que pagarão prestações que variam de R$ 80 a R$ 270. Os imóveis entregues ontem abrigarão cerca de 3.200 pessoas. Cada apartamento tem 44 metros quadrados, com dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O condomínio tem guarita, estacionamento, área de lazer, parque infantil, centro comunitário e quadra de esporte. A região é atendida por uma escola municipal e uma clínica da família. O Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 3,6 milhões de moradias em todo o Brasil, sendo 156.420 no estado do Rio de Janeiro e 62.132 na capital. Cooperação - A Caixa Econômica Federal anunciou ontem ter assinado acordo para uma cooperação técnico-financeira com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e com a Caisse des Dépots (CDC) para investimentos em projetos ligados a energia renovável, saneamento e infraestrutura, abordando, especialmente, projetos de Parceria Público-Privada (PPP). Em comunicado, a Caixa afirmou que a parceria tem no horizonte projetos como os de cidade inteligente, transição energética, ecológica e digital, além de projetos de financiamento de equipamentos fotovoltaicos para habitação. Ainda segundo o banco estatal brasileiro, as instituições francesas têm um fundo de investimento em projetos de infraestrutura de longo prazo de 600 milhões de euros. (ABr e Reuters)


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INTERNACIONAL SAÍDA DA UE

NAFTA

Economia do Reino Unido pode cair

Sexta rodada de negociações Expectativa é de estudo que vazou, mostrando mau preparo para o chamado Brexit é encerrada com sucesso REUTERS/TOBY MELVILLE

Londres - A economia do Reino Unido ficará pior depois da saída britânica da União Europeia, quer o país se desligue do bloco com um acordo de livre comércio, com acesso ao mercado comum ou sem nenhum acordo, segundo uma análise que vazou ontem, respaldando a visão de que o governo está mal preparado para o chamado Brexit. O estudo “Análise da Saída da UE – Memorando Cross Whitehall”, datado de janeiro de 2018, é mais um golpe para a primeira-ministra britânica, Theresa May, que vem sendo criticada por carecer de liderança e de uma estratégia clara para o Brexit, enquanto negocia o rompimento com a UE. Um porta-voz da premiê disse que o documento revelado pelo site BuzzFeed News é só uma avaliação inicial que não levou em conta o objetivo preferido do governo - um relacionamento futuro sob medida com a UE após a desfiliação. O porta-voz afirmou que o trabalho “parcial” foi finalizado pelo Ministério do Brexit, mas Steve Baker, um funcionário de segundo escalão do departamento, rejeitou pedidos para que o governo divulgue seu relatório sobre o impacto total, apontando que este ainda não está pronto e pedindo que os parlamentares sejam

Reino Unido vem negociando o rompimento com a União Europeia sob críticas à primeira-ministra Theresa May

cautelosos porque se provou o equívoco da análise em questão. “Ele está lá para testar ideias”, falou Baker ao Parlamento. Mas enquanto Londres tentava se distanciar do documento argumentando que ele é só uma parte de uma análise abrangente e em desenvolvimento sobre o Brexit, parlamentares da oposição, e até alguns do governista Partido Conservador, expressaram insatisfação. “Não é bom o suficiente”, avaliou Keir Starmer, assessor de políticas para o Brexit do Partido Trabalhista, de

oposição. “Agora se está empilhando absurdo em cima de absurdo”. O documento vazado voltou a aprofundar as divisões já existentes no Parlamento sobre o Brexit, e apoiadores da desfiliação estão acusando defensores da UE de tentarem minar o governo em suas negociações para desfazer os mais de 40 anos de laços com o bloco. Disputa por influência - May está no centro da disputa por influência para moldar a relação futura do Reino Unido com a UE, e seu desejo de uma

relação sob medida com a UE que inclua serviços financeiros lucrativos está sendo questionada por autoridades do bloco. A análise vazada dá a entender que, se o Reino Unido concordar com um acordo de livre comércio abrangente com a UE, o crescimento ao longo dos próximos 15 anos ficará 5% abaixo das previsões atuais. No caso de uma saída sem acordo, o que voltaria a sujeitar o Reino Unido às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o crescimento britânico seria reduzido em 8% no mesmo período. A primeira-ministra britâni-

ca, Theresa May, disse ontem a uma equipe de importantes ministros que uma análise sobre o impacto do Brexit que vazou para a imprensa é apenas um trabalho inicial que não havia sido aprovado pelo governo, informou seu porta-voz. “A premiê falou que isso era um trabalho inicial, não aprovado pelos ministros, que apenas considera cenários prontos. Nenhuma análise foi feita sobre o acordo personalizado que nós buscamos como um assunto de política governamental”, afirmou o porta-voz a repórteres. (Reuters)

INVESTIMENTO

Blackstone e Financial and Risk negociam fusão Londres - O fundo norte-americano de private equity Blackstone está em negociações avançadas para comprar participação de 55% na unidade Financial and Risk do grupo Thomson Reuters, uma operação que pode avaliar a divisão como valendo cerca de US$ 20 bilhões, incluindo dívida, informaram três fontes com conhecimento do assunto. O conselho de administração da Thomson Reuters deveria se reunir ainda ontem para discutir a oferta da Blackstone pela divisão F&R, segundo as fontes. A unidade fornece notícias, dados e informações analíticas a bancos e grupos de investimento ao redor do mundo. A unidade é responsável por mais da metade do faturamento anual da Thomson Reuters. Sob os termos propostos, a Thomson Reuters terá fatia de 45% na F&R, disseram as fontes. A transação seria estruturada de uma forma em que a Thomson Reuters receberia mais de US$ 17 bilhões por uma unidade com valor incluindo dívidas de cerca de US$ 20 bilhões, disseram duas das fontes. Os US$ 17 bilhões incluem cerca de US$ 4 bilhões em dinheiro da Blackstone e US$ 13 bilhões financiados por nova dívida a ser tomada pela empresa a ser criada na operação, informaram as fontes. A Thomson Reuters informou em comunicado na segunda-feira que estava em discussões avançadas com a Blackstone sobre uma potencial parceria envolvendo a

REUTERS/BRENDAN MCDERMID

divisão F&R. Um porta-voz da Blackstone não comentou o assunto. As fontes alertaram que um acordo ainda não foi finalizado e que a oferta ainda pode fracassar. As ações da Thomson Reuters em Nova York exibiam alta de 6,9% às 16:55 (horário de Brasília), avançando ao maior nível desde outubro. Os papéis da Blackstone mostravam baixa de 2%. Reuters News - Se um acordo for bem-sucedido, a Thomson Reuters ficará ao final do negócio com as divisões Legal and Tax and Accounting bem como a área de mídia da Reuters News, que fornece notícias para terminais financeiros e dados Eikon da F&R, confirmaram as fontes. Como parte da oferta, a Blackstone afirmou que a nova F&R a ser criada fará pagamentos anuais de US$ 325 milhões por 30 anos para a Reuters News, de forma a salvaguardar as perspectivas de crescimento da divisão, disseram duas das três fontes. O valor é equivalente a quase US$ 10 bilhões ao longo das três décadas. A Thomson Reuters, que não informa quanto a F&R contribui para as receitas da Reuters News, não comentou o assunto. Não ficou claro como a proposta de acordo será considerada pelos curadores da Thomson Reuters Founders Share, entidade que foi criada para fiscalizar a independência editorial quando a companhia listou ações em

O fundo Blackstone compraria 55% do Financial and Risk por cerca de US$ 20 bilhões

bolsa pela primeira vez na década de 1980. Os curadores aprovaram a compra da Reuters pela Thomson uma década atrás. O presidente da Thomson Reuters Founders Share, Kim Williams, não se manifestou. Se concluída, a oferta da Blackstone será o maior negócio da empresa de investimentos desde a crise financeira global e colocará a companhia em competição direta com a Bloomberg bem como a Dow Jones na venda de serviços de dados, informações analíticas e ferramentas de negociação de valores para o mercado financeiro. Canadenses - A família canadense Thomson controla mais de 63% das ações da Thomson Reuters por meio da Woodbridge. A fornecedora de informações finan-

ceiras e notícias tem valor de mercado de cerca de US$ 31 bilhões e suas ações são listadas em Nova York e Toronto. Duas das fontes afirmaram que grande parte dos investidores minoritários na Thomson Reuters, que detêm os 37% restantes da companhia, são favoráveis ao negócio com a Blackstone. Desde sua criação em 2008, a Thomson Reuters realizou mais de 200 aquisições, mas tem enfrentado dificuldades para integrar alguns ativos, especialmente na divisão F&R, que foi duramente atingida pela crise financeira internacional. O crescimento da divisão desacelerou uma vez que bancos e corretoras encolheram suas equipes com a queda na atividade de corretagem de ativos financeiros. Mas com a criação de regu-

lamentações mais rígidas em torno da área de tomada de riscos, os negócios do grupo envolvendo governança e legislação têm avançado. “O progresso que fizemos recuperando a divisão F&R e o futuro potencial dela estão refletidos no interesse da Blackstone”, ponderou o presidente-executivo da Thomson Reuters, Jim Smith, em mensagens aos funcionários. “Acreditamos que a F&R está bem posicionada na Thomson Reuters, mas poderia ser ainda mais forte com uma parceira como a Blackstone.” Em 2016, a Thomson Reuters vendeu ativos que considerou não essenciais, incluindo as divisões de propriedade intelectual e ciência, para as empresas de investimentos Onex Corp e Baring Private Equity Asia, por US$ 3,55 bilhões. (Reuters)

A sexta rodada de negociações do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), realizada em Montreal, foi concluída com sucesso nesta semana, com a aprovação de medidas anticorrupção, mas ainda em desacordo em outras questões importantes para os integrantes do bloco: Canadá, Estados Unidos e México. A informação é da agência chinesa Xinhua. Em uma coletiva de imprensa conjunta após as conversações, a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland; o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer; e o secretário de Economia mexicano, Ildefonso Guajardo Villarreal; revelaram que alguns progressos foram feitos, ao mesmo tempo em que reconheceram que ainda há difíceis desafios para se chegar a um novo acordo. Eles apresentaram separadamente as negociações da sexta rodada e nenhum deles respondeu a perguntas durante a coletiva. Chrystia informou que o Canadá prefere um acordo negociado, mas que protegerá a sua indústria de madeira. Ela disse que a contestação canadense aos EUA apresentada na Organização Mundial do Comércio, no mês passado, é uma questão separada das negociações do Nafta. “Os canadenses não veem o livre comércio como um jogo de soma zero, em que um lado deve perder para que o outro vença”, ponderou ela. O representante americano, Lighthizer, disse que a denúncia comercial lançada pelo Canadá na OMC contra o uso pelos EUA de direitos anti-dumping e anti-subvenções é “sem precedentes” e um “ataque maciço a todas as nossas leis de comércio”. Ele também expressou sua oposição a duas propostas colocadas à mesa pelo Canadá, incluindo uma relativa a automóveis. “Nós achamos que a ideia de regras de origem do automóvel, que foi apresentada, pode realmente levar a um conteúdo menos regional do que temos agora, gerando menos empregos nos Estados Unidos, Canadá e provavelmente no México. Este é o oposto do que estávamos tentando fazer”, falou. “Desafios substanciais” - Lighthizer pontuou que alguns progressos foram feitos no Nafta e que os EUA estão esperando que o processo de negociação se acelere e consiga grandes avanços. “Esta rodada foi um passo à frente, mas estamos progredindo muito devagar”, avaliou. O representane mexicano Villarreal considerou que, embora progressos tenham sido alcançados nas negociações, os “desafios substanciais” do bloco ainda não foram superados. A sexta rodada foi encerrada com uma mensagem mais conciliadora do que o esperado, com os três países aguardando mais avanços na próxima rodada de negociações, que será realizada na Cidade do México, no fim de fevereiro. Antes das negociações da sexta rodada do Nafta, alguns especialistas e políticos disseram que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciaria que os EUA iriam se retirar do bloco. (ABr)


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POLÍTICA ORÇAMENTO

Despesas altas levam ao contingenciamento Ministro do Planejamento afirma que gastos do governo estão extrapolando o teto e corte será inevitável Brasília - O contingenciamento no Orçamento de 2018 é inevitável porque as despesas do governo estão extrapolando o teto de gastos depois que as medidas de economia de gastos não foram aprovados pelo Congresso Nacional, afirmou ontem o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. “Nós teremos que fazer um corte das despesas para adequar ao teto dos gastos porque, principalmente, a questão do reajuste dos servidores e a desoneração da folha impactam o lado da despesa”, falou o ministro a jornalistas após evento no Rio de Janeiro. Questionado sobre o valor do congelamento de gastos que será necessário para cumprir a meta fiscal deste ano, de rombo primário de R$ 159 bilhões, o ministro afirmou que os cálculos ainda estavam sendo feitos e seriam divulgados até o fim desta semana. O governo enviou ao Congresso medidas para poupar R$ 7,4 bilhões neste ano, como R$ 4,4 bilhões com a postergação de reajuste do

funcionalismo público. Na frente das receitas, as medidas que não foram votadas pelos parlamentares somam outros R$ 14 bilhões, como a mudança na tributação de fundos fechados, que poderia gerar R$ 6 bilhões. Segundo Oliveira, o maior crescimento esperado para a economia neste ano compensará parcialmente as medidas que não receberam o aval dos parlamentares. A peça orçamentária que passou no Congresso considerou avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para este ano, mas o governo atualizou essa projeção para 3% no fim de 2017. O ministro do Planejamento também voltou a dizer que o cumprimento da regra de ouro em 2018 é factível, apesar de o buraco calculado pelo Tesouro na véspera ser de R$ 208,6 bilhões para o ano, acima dos R$ 184 bilhões vistos antes. Regra de ouro - Dyogo Oliveira disse ainda que a proposta de orçamento de 2019 não pode ser feita preservando a chamada regra de ouro. A equipe do ministério já tra-

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABr

balha na proposta que será enviada ao Congresso até o fim de agosto e estuda formas de tratar o assunto. “Há neste momento uma grande discussão técnica e jurídica incluindo as áreas de governo e o TCU [Tribunal de Contas da União] para a gente delinear como atacar esse problema para 2019”, afirmou o ministro. “O orçamento de 2019 não pode ser feito preservando a regra de ouro”. Determinada pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro estabelece que o governo só pode se endividar para financiar despesas de capital ou refinanciar a própria dívida. A União, dessa forma, está proibida de emitir títulos para cobrir despesas correntes, Oliveira afirma que reajuste dos servidores e desoneração da folha impactam o teto como o custeio (manutenção arrecadação. Para o ano que Não há problema, vamos atra- Previdência. “Nunca tivemos da máquina pública). vem, no entanto, as alternati- vessar com tranquilidade. quatro anos seguidos de déMas, para 2019, vamos ter ficit primário. Isso nunca foi Arrecadação - Em 2018, o vas terão que ser outras. “Conseguimos chegar até que enfrentar esse problema”, enfrentado tecnicamente e governo contará com a devoaqui pegando um pouco do enfatizou o ministro. juridicamente. Não se sabe lução de R$ 130 bilhões que o Segundo Dyogo Oliveira, exatamente o que pode e o Tesouro Nacional emprestou dinheiro que o Tesouro tinha ao Banco Nacional do De- emprestado para o BNDES, a solução permanente para que não pode, quais são os senvolvimento Econômico fazendo algumas ações dentro o problema seria a reforma, limites, como os tribunais e Social (BNDES) e há a ex- do orçamento e do Tesouro porque parte considerável de Contas vão interpretar”. pectativa de crescimento na Nacional. Para 2018, está ok. do déficit brasileiro está na (Reuters/ABr)

PREVIDÊNCIA

Temer foca energias em corpo a corpo por reforma REUTERS/ADRIANO MACHADO

Brasília - Depois da “ofensiva de mídia” no fim de semana com entrevistas a rádio, emissoras de TV e jornal, o presidente Michel Temer focará suas energias em um “corpo a corpo” com parlamentares para tentar convencer os indecisos a aprovar a reforma da Previdência, em 19 de fevereiro, ou nos dias próximos dessa data. O Palácio do Planalto acredita que tem cerca de 275 votos, número com que já contava em maio do ano passado, e está convencido de que será possível conseguir que os cerca de 70 indecisos votem favoravelmente à reforma. O governo se animou também com o discurso mais otimista do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, no fim do ano passado, dava sinais de desânimo, em relação à aprovação da matéria na Câmara. Às vésperas do retorno dos parlamentares do recesso parlamentar, Rodrigo Maia também retomou as negociações para angariar votos a favor da reforma. O presidente da Câmara promoveria ontem encontro na residência oficial com líderes partidários e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, para tratar da estratégia de aprovação do texto do relator Arthur Maia (PPS-BA). Rodrigo Maia, que adotou na semana passada um discurso mais pessimista em relação às chances de vitória, agora vê possibilidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). No Planalto, a leitura que os auxiliares de Temer fazem é que, para viabilizar sua candidatura como presidente da República, Maia precisa se esforçar para aprovar a reforma. Com a PEC votada

em dois turnos na Câmara, Maia se consolidaria assim como representante do bloco governista na disputa eleitoral. Ofensiva parlamentar - O presidente Temer já deu início a esse trabalho de convencimento dos parlamentares. Após a entrevista concedida ao vivo, na segunda-feira, na Rádio Bandeirantes, em São Paulo, Temer voltou para Brasília e passou a tarde recebendo parlamentares e líderes partidários. Primeiro, fez uma avaliação com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Wellington Moreira Franco (Secretaria-Geral). O governo entende que os deputados e senadores, durante o recesso, ao conversarem com os prefeitos e suas bases, viram que a resistência à reforma já diminuiu muito e estão acreditando que a própria população vai pressionar os parlamentares. O governo conta com a pressão de prefeitos e governadores, porque também estão com problemas de caixa para ajudar no convencimento aos deputados e senadores. O presidente acha que é hora, por exemplo, de começar a pressionar o PSDB, inclusive por meio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que ele entregue os votos do partido. O governo acha que consegue “arrancar uns 35” votos tucanos, da bancada de 47. No início da noite, por exemplo, Temer recebeu o senador Aécio Neves (MG), que tem apoiado o Planalto na reforma. O governo sabe que, se não votar o texto agora em fevereiro, no máximo início de março, ficará praticamente impossível conseguir fazer a reforma passar. (AE)

Michel Temer ficou animado com discurso otimista de Maia sobre aprovação da reforma

Planalto repassa nomes de indecisos Brasília - O Palácio do Planalto repassou uma lista com nomes de deputados indecisos para que agentes do mercado e empresários auxiliem no convencimento a favor da reforma da Previdência, que tem votação prevista para 20 de fevereiro na Câmara. Documento obtido pela Reuters com uma fonte do setor privado mostra uma lista de quase 90 parlamentares que o governo vê como indecisos sobre a reforma. Fonte palaciana confirmou a existência da lista e a estratégia de ter a ajuda dos agentes de mercado e empresários no esforço pela aprovação da proposta. As duas fontes pediram para não serem identificadas. Na véspera, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reuniu-se com confederações de empresários. Na noite de ontem, deveria comparecer a conversa com líderes da base patrocinada pelo presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O governo batalha para obter os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara em fevereiro. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), precisa de ao menos 308 votos favoráveis dentre os 513 deputados em dois turnos de votação. Depois, ainda precisa passar pelo Senado. O cálculo no Planalto hoje é de que 270 deputados estariam dispostos a votar pela reforma, faltando 38 votos para se alcançar o mínimo necessário. Considerando a margem de segurança para a votação, que o governo vê entre 320 e 330 deputados a favor da reforma, a distância é ainda maior. Por isso mesmo o Planalto intensificou seus esforços midiáticos pela aprovação da reforma da Previdência. Desde seu retorno de Davos, na Suíça, na semana passada, o presidente Michel Temer

entrou em uma maratona de entrevistas e martelou sobre a importância da readequação das regras previdenciárias. Indecisões - Um dos principais responsáveis pelo levantamento de números do governo na Câmara, o vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) afirmou ontem que não há mais espaço para indecisões na Casa. “O parlamentar tem que fazer a sua opção”, disse o deputado a jornalistas. “Eu acho que a gente tem que ter opinião a favor ou contra. Agora, ficar indeciso em um momento como este não dá.” O vice-líder defende que a proposta seja colocada em votação em fevereiro, mesmo que o governo não conte com votos suficientes. “Não precisamos ficar cozinhando essa questão da reforma da Previdência durante todo esse tempo.” (Reuters)

Proposta alternativa para servidor Brasília - O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) reagiu com ironia à declaração do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que afirmou ontem desconhecer pedido do presidente Michel Temer para que ele costurasse uma proposta alternativa para a transição dos servidores na reforma da Previdência. “Marun é meu amigo e está trabalhando demais e o esquecimento, às vezes, faz parte”, falou o deputado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo Rosso, o presidente Michel Temer fez o pedido a ele um dia antes de viajar para Davos, na Suíça, no Palácio do Planalto, para “trabalhar um texto para contemplar os servidores”. “Simples assim”, afirmou Rosso. Alterações - Em entrevista ontem, Marun garantiu não ter conhecimento do pedido do presidente a Rosso, mas admitiu que a proposta pode sofrer novas alterações desde que agregue votos. “Não queremos conversa que não leve a lugar nenhum, conversas que não tragam votos”, reforçou. Rosso pretende apresentar a proposta hoje sobre a transição de aposentadoria para quem entrou no serviço público antes de 2003. Esse é um ponto de impasse da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

JULGAMENTO DE LULA

Defesa impetra habeas corpus no STJ

Tentativa é evitar determinação de execução provisória da pena após julgados os recursos no TRT-4 Brasília - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impetrou ontem um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para afastar a determinação da execução provisória da pena após o julgamento de recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O ex-presidente foi sentenciado a 9 anos e 6 meses pelo juiz federal Sérgio Moro, que entendeu serem o triplex 164-A, no condomínio Solaris, e suas respectivas reformas, propinas de R$ 2,2 milhões da construtora OAS. A pena não apenas foi confirmada pelo TRF-4 como também aumentada pelos desembargadores para 12 anos e 1 mês. Ao condenar Lula, os desembargadores pediram para que a pena seja executada após esgotados os recursos no âmbito da Corte de apelações da Lava Jato. Em razão da unanimidade da condenação no TRF-4, cabe à defesa de Lula, naquela instância, embargos declaratórios, recurso por meio do qual se questionam obscuridades nos votos dos desembargadores. Os advogados requerem à Corte que se conceda ordem de habeas corpus para garantir a Lula “o direito de aguardar em liberdade até a preclusão maior de eventual édito condenatório”. O habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula foi distribuído ontem mesmo ao ministro Felix Fischer, relator de casos da Operação

Lava Jato no STJ. Mesmo assim, o pedido de medida liminar de Lula - para afastar a determinação da execução provisória da pena após o julgamento de recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) - pode ser analisado pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, durante o recesso do STJ. A assessoria do STJ confirmou à reportagem que Martins está no exercício da presidência até hoje e é o responsável pela análise de pedidos urgentes. A partir de amanhã os ministros do STJ retornam do recesso e inicia-se o ano judiciário do tribunal. Chances - Segundo a reportagem apurou com seis integrantes do STJ, as chances de o petista conseguir uma liminar favorável de Fischer é vista como baixíssima e até mesmo improvável. Fischer é considerado um ministro de perfil técnico, rigoroso e um dos maiores nomes da área penal do STJ. Levantamento aponta que Fischer não atendeu a nenhum de dez pedidos feitos pela defesa de Lula durante o último ano. A pesquisa foi feita com base nas decisões registradas no site do STJ. Na maioria dos pedidos, a defesa de Lula recorreu ao STJ declarando ilegalidades nas decisões tomadas pelo TRF-4, no âmbito das ações penais em que Lula é réu e correm na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba. Entre os temas que chegaram às mãos

REUTERS PAULO WHITAKER

de Fischer, o mais recorrente é sobre a atuação de Moro. Em cinco casos, Lula alegou suspeição ou incompetência do juiz ao TRF-4. Tendo como resposta a negativa dos desembargadores, o petista recorria então ao STJ, que manteve todas as decisões do Tribunal Regional, afastando a alegada parcialidade de Moro. A ação penal sobre o triplex, que condenou Lula por corrupção passiva de lavagem de dinheiro, dá origem a pelo menos três desses pedidos em relação à atuação do juiz de Curitiba. Ao negar o pedido liminar de um desses casos, em que a defesa do petista alegava Ex-presidente Lula teve condenação aumentada para 12 anos e um mês de prisão fechada “ato ilegal e abusivo” do TRF-4 ao não atender a solicitação de suspensão penal, Fischer afirmou que as teses sobre a conduta São Paulo - O juiz federal Sergio Moro “Atualmente [o triplex] não pertence de Moro já haviam sido determinou a venda, em leilão público, à OAS Empreendimentos nem ao exanalisadas e consideradas do triplex do Guarujá, litoral paulis- -presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “típicas do exercício da ta, que, segundo o Ministério Público O imóvel está submetido à constrição jurisdição”. Federal pertenceria ao ex-presidente da Justiça e será alienado para que o Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi produto reverta em benefício da vítima, “A defesa também solitomada após o imóvel ter sido penhora- a Petrobrás”, apontou o juiz. citou ao STJ a concessão de do a pedido da 2ª Vara de Execução de medida liminar para desde Títulos Extrajudiciais da Justiça Distrital Depósito judicial - O imóvel será logo afastar a determinação de Brasília, em processo da empresa vendido em leilão público e o produto de execução provisória da Macife contra a OAS. Segundo a defesa da venda será depositado em conta pena, de forma a assegurar de Lula, a decisão dessa penhora, pela judicial, com os valores sendo destinados, a Lula a garantia da presunprópria Justiça, comprovaria ser a OAS após o trânsito em julgado, à vítima ção da inocência que lhe é a verdadeira dona do triplex - e não o no caso de confirmação do confisco ou assegurada pela Constituiex-presidente. devolvidos à OAS Empreendimentos ção Federal nesta etapa da Na decisão anunciada por Moro na ou ao ex-presidente no caso de não ser ação penal e, ainda, para noite de segunda-feira (29) o juiz argu- confirmado o confisco. paralisar uma indevida inmenta que “o imóvel foi inadvertidamente Segundo Moro, a omissão do recolhiterferência de alguns órgãos penhorado, pois o que é produto de crime mento do IPTU pela “proprietária formal” do Poder Judiciário no proestá sujeito a sequestro e confisco e não à (OAS), ou pelo “proprietário de fato” cesso político-eleitoral que penhora por credor cível ou a concurso (Lula), colocaria em risco os direitos da se avinha”, informaram em de credores”. O juiz determina que os estatal, uma vez que a impressão de que nota os advogados Cristiano valores a serem obtidos com o leilão o imóvel estaria abandonado, poderá do triplex sejam revertidos à Petrobras. resultar na sua desvalorização. (FP) Zanin Martins e Valeska Teixeira Z. Martins. (AE)

Moro determina leilão do triplex

EX-GOVERNADOR DO RIO

MPF apresenta 21ª denúncia contra Sérgio Cabral O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou mais uma denúncia envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. É a 21ª denúncia contra Cabral: uma foi apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e as outras 20 pelo MPF no Rio. O ex-governador já tem quatro condenações pela Justiça Federal. A nova denúncia apresentada pelo MPF é relativa à lavagem de dinheiro e é um desdobramento das operações Calicute, Mascate e Eficiência. Além de Cabral, foram denunciados Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins. De acordo com os procuradores, os crimes de lavagem de dinheiro ocorreram nas seguintes modalidades: 165 atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 10 de outubro de 2007 a 22 de agosto de 2014 de R$ 6.858.692,06 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Gralc Consultoria (LGR Agropecuária). Segundo a denúncia, ocorreram 39 atos de lavagem de dinheiro entre 30 de de-

zembro de 2009 a 2 de maio de 2011 de R$ 1.074.582,50 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Falci Castro Advogados e Consultoria. Os procuradores também afirmam que houve oito atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 30 de setembro de 2013 a 22 de agosto de 2014 de R$ 157.540 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa SFB Apoio Administrativo. Defesa - Em nota, o advogado de Sérgio Cabral, Rodrigo Rocca, afirmou que a denúncia recicla material usado em outros processos para chegar ao ex-governador “baseada exclusivamente em artifícios teóricos e nas palavras de delatores”. “Sérgio Cabral nunca teve qualquer relação com as empresas ou com as operações financeiras nela descritas, não havendo um só indício da sua participação nos fatos investigados”, disse o advogado. No último dia 18, Cabral foi levado para Curitiba. A transferência do ex-governador atendeu às determinações do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e da juíza substituta Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro,

cujo titular é o juiz Marcelo Bretas. As duas decisões apontam que Cabral tinha privilégios na cadeia. (ABr) No último revés, depois

de a liminar ser derrubada no Superior Tribunal de Justiça, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, revogou a

decisão afirmando que a prerrogativa sobre o caso é do STF. O governo quer a deputada, indicada por seu pai, o

presidente do PTB, Roberto Jefferson, para garantir os cerca de 15 votos prometidos por Jefferson para reforma da Previdência. (Reuters)

DEPUTADO PRESO

Maia decidirá sobre mandato de Maluf Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai decidir no reinício dos trabalhos legislativos o que fazer com os mandatos de Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (MDB-RJ), presos em regime fechado desde o fim do ano no Distrito Federal. Na próxima semana, quando os deputados voltarem ao trabalho, Maia definirá se convocará os suplentes para não deixar a Casa funcionando com 511 parlamentares e se vai questionar judicialmente a recomendação do Supremo Tribunal Federal (STF) para decretação automática da perda do mandato de Maluf. A Câmara já cortou de ambos o salário de R$ 33.763,00, a verba de gabinete de R$ 101.971,94, toda a infraestrutura de servidores e os recursos oferecidos aos parlamentares que estão em exercício do mandato, entre eles o auxílio-moradia e a cota

para viagens. A Quarta-Secretaria da Câmara também notificou a defesa de Maluf sobre o prazo de 30 dias para a entrega das chaves do apartamento funcional que ele ocupava em Brasília. O prazo se esgotou no dia 20 e até o momento o deputado não deu sinais de que vai desocupar o imóvel. Desde então, está sendo cobrada de Maluf uma multa diária de R$ 141,76, o equivalente a 1/30 dos R$ 4.253 do auxílio-moradia. Maluf e Jacob ainda constam no sistema da Câmara como deputados no exercício do mandato. Se Maia determinar a convocação dos suplentes dos deputados presos, Junji Abe (PSD-SP) assumirá a vaga de Maluf e Nelson Nahim (sem partido-RJ) será chamado no lugar de Jacob. No caso do emedebista, em princípio, o suplente deve ser chamado se a Justiça rejeitar seu recurso e manti-

ver a decisão de cassar seu direito de trabalhar durante os dias úteis. Jacob perdeu o direito a dar expediente na Câmara após ser flagrado na volta ao presídio com queijo provolone e biscoito na cueca. Os deputados presidiários ainda não enfrentam processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, mas expectativa de que partidos ingressem com representações no colegiado. Em 2014, o ex-deputado Natan Donadon (sem-partido-RO) perdeu o mandato por cumprir pena no regime fechado. Estudo - No fim do ano, Maia encomendou estudo da assessoria jurídica da Casa para definir argumentos da ação judicial a ser protocolada no STF sobre a cassação de Maluf. Técnicos defendem que seja reforçada na Corte a prerrogativa do

plenário da Câmara de dar a palavra final sobre a perda de mandato. Ao determinar o início imediato do cumprimento da pena, o ministro Edson Fachin ordenou que a Câmara declare a perda do mandato de Maluf. Os assessores da Casa entendem que a Constituição é clara no artigo 55 sobre a votação no plenário e dizem que a tramitação da medida começa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A tendência é que Maia questione a interpretação defendida pela Primeira Turma de que a Corte pode decretar a perda do mandato em razão de condenação criminal de parlamentar, deixando à Mesa Diretora o papel de referendar a decisão do STF. Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

TURISMO

Tauá prevê crescimento de 56% em 2018 Expansão está relacionada ao número de unidades habitacionais da rede, que deve chegar a 2 mil no ano THAÍNE BELISSA

A rede mineira de hotéis e resorts Tauá quer chegar a 2 mil unidades habitacionais em 2018, o que representa um crescimento de 56% em relação à sua estrutura hoje. Para isso, a empresa pretende construir entre três a cinco hotéis e resorts durante o ano, segundo a diretora comercial e marketing de rede, Lizete Ribeiro. O otimismo é motivado pelos resultados das operações, que mesmo em meio à crise econômica fecharam 2017 com crescimento. De acordo com a diretora, a principal missão da rede em 2018 é expansão, levando a marca para outros mercados para além de Minas Gerais e São Paulo. “Queremos colocar a bandeira Tauá em outros hotéis de lazer e eventos e ampliar o número de hotéis e resorts da nossa rede”, diz. Segundo ela, atualmente a rede tem quatro hotéis, sendo dois em Minas Gerais, um em São Paulo e um em construção em Goiás. Juntos, os empreendimentos oferecem 1.280 unidades habitacionais. Para 2018, a meta é chegar a 2 mil unidades, o que será possível por meio da construção de três a cinco hotéis. Lizete Ribeiro não detalha o investimento nos próximos empreendimentos, mas garante que, este ano, a rede

chegará com força em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Brasília e Goiás. No início do ano, a rede também chegou a divulgar duas negociações com hotéis e resorts independentes no interior de São Paulo e no Espírito Santo. Se confirmadas, as novas operações receberão aporte imediato de R$ 2 milhões. De acordo com a diretora, a operação destaque em 2017 foi o Tauá Hotel & Convention Atibaia. A unidade teve um crescimento de 20% em seu faturamento em relação a 2016. Entre as iniciativas que ajudaram nos resultados estão os eventos de lazer, que eram tímidos em relação aos eventos corporativos e que cresceram 70% em 2017, em comparação com 2016. “Esse resultado é fruto da consolidação da nossa marca no mercado paulista. A região é pujante, concentra eventos corporativos e fica próxima aos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, o que beneficia muito a operação”, afirma. Já as operações de Minas Gerais não tiveram resultados tão expressivos. Tanto o Tauá Caeté quanto o Tauá Araxá fecharam 2017 com crescimento médio de 6%. Lizete Ribeiro destaca que, apesar de ser um resultado muito abaixo da operação de São Paulo, o número é positivo, considerando a

DIVULGAÇÃO

Tanto o Tauá Caeté (foto) quanto o Tauá Araxá fecharam 2017 com crescimento médio de 6% sobre o resultado de 2016

crise enfrentada pelo setor hoteleiro em Minas Gerais. “A economia mineira ainda é muito dependente do minério e a crise afetou mais o setor no Estado. Mesmo assim tivemos um resultado muito positivo, considerando um ano tão complicado. O segredo para continuar crescendo é, mais do que planejar, inovar, fazer diferente”, diz. O resultado das operações mineiras da Rede Tauá seguem a tendência do setor no Estado, que experimentou,

em 2017, uma leve melhora nos resultados, segundo o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-MG), Diogo Alves da Paixão. “Os anos de 2015 e 2016 foram o fundo do poço para o setor em Minas Gerais, mas em 2017 sentimos uma pequena melhora, embora não tenhamos isso em números consolidados. Nossa maior dificuldade ainda é o valor médio pago por hospedagem, que ficou parado nas tabelas de 2011 e 2012”, analisa.

SEGURANÇA

Loja Elétrica amplia mix de produtos ALISSON J. SILVA

DANIELA MACIEL

A insegurança pública tem movimentado o mercado de projetos de segurança e comunicação eletrônica. Cada vez mais consumidores buscam por sistemas integrados de segurança e profissionais por formação específica no segmento. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), divulgados em maio de 2017, a cada quatro minutos, uma pessoa tem um objeto ou bem levado por bandidos em Minas Gerais mediante violência, enquanto em Belo Horizonte isso ocorre a cada 12 minutos. Os roubos mais do que dobraram em cinco anos na Capital. Dados de 2012 mostram que naquele ano os belo-horizontinos foram vítimas de 23,1 mil assaltos, número que cresceu 102,5% e bateu em 46,8 mil casos em 2016. Diante dessa demanda crescente, a Loja Elétrica criou na sua unidade do bairro Engenho Nogueira, na região da Pampulha, um espaço exclusivo para produtos de segurança eletrônica. São mais de mil itens. De acordo com o supervisor de Vendas do Grupo Loja Elétrica, Renato Arcanjo, o espaço é dedicado aos profissionais do ramo ou para aqueles que atuam no setor elétrico e querem se especializar no segmento de segurança. “Atendemos aqui instaladores, integradores e revendedores dos segmentos

Arcanjo: rede já planeja novos espaços em outras lojas

de telecomunicações, segurança eletrônica, tecnologia e redes. Além dos produtos e venda consultiva - que integra pré e pós-venda -, aqui os profissionais vão encontrar cursos gratuitos realizados por técnicos enviados pelo nosso fornecedor, a Intelbras”, explica Arcanjo.

A novidade deve fazer com que o volume de vendas dos produtos do segmento dobre dentro do grupo em um ano. Hoje corresponde apenas por 1,7% da venda total. O potencial estimado é cinco vezes superior aos números atuais. O espaço inaugurado há quase quatro

meses gerou dois postos de trabalho direto e já vai dobrar o número de colaboradores. “Os números parecem pequenos, mas quando avaliados em proporção demonstram o quanto temos para crescer. Outro ponto importante, sob o ponto de vista dos negócios, é que essa avaliação foi feita pelo nosso fornecedor. Somos líderes de mercado em vários segmentos do setor e a expectativa é que possamos nos tornar líderes também em segurança rapidamente”, afirma o supervisor de Vendas do Grupo Loja Elétrica. O espaço montado na loja do bairro Engenheiro Nogueira é um piloto que deve ser replicado em mais duas das sete lojas do grupo espalhadas pela Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Vale do Aço e Triângulo. As unidades de Uberlândia (Triângulo) e Ipatinga (Vale do Aço) devem receber a iniciativa ainda em 2018. Além das lojas próprias, o grupo tem unidades “in company” e e-commerce. “São regiões ricas e em desenvolvimento que já sofrem, infelizmente, os problemas das grandes cidades, inclusive a violência. Já existe uma forte demanda por esse tipo de produtos e serviços nessas cidades”, justifica o executivo.

ENERGIA RENOVÁVEL

ForGreen vai investir R$ 1,5 milhão para franquear a marca THAÍNE BELISSA

Belo Horizonte vai receber, em março, a primeira franquia da empresa mineira ForGreen Energia Renovável. Especialista em soluções de energia solar, a empresa está investindo cerca de R$ 1,5 milhão para transformar a marca em franquia. A expectativa é de que, até o fim do ano, sejam abertas 50 unidades, começando pela capital mineira e região metropolitana. O novo direcionamento do negócio ajudará a ForGreen a alcançar a meta, que é de crescer 150% em faturamento este ano, em relação a 2017. A empresa oferece soluções 100% integradas em energia solar. Isso quer dizer que ela entrega desde o projeto de instalação das placas fotovoltaicas, o sistema em si, passando pela gestão, manutenção e monitoramento on-line 24 horas por dia. Os sistemas são oferecidos principalmente para empresas, que enxergam na economia de luz um importante corte de custos. Mas, justamente por enxergar grande valor também no cliente pessoa física, a ForGreen decidiu investir no modelo de franquia. De acordo com o especialista em energia renovável e sócio da empresa, Antônio Terra, a franquia foi a solução mais adequada para o objetivo da empresa de democratizar o acesso à energia solar. “Queremos chegar às residências”, frisa. De acordo com ele, a ForGreen está investindo cerca de R$ 1,5 milhão para transformar a marca em franquia. A expectativa é abrir 50 operações ainda este ano, iniciando por Belo Horizonte e região metropolitana. Em um período de seis anos, a meta é chegar a 300 cidades

no País. “Já temos vários contratos fechados, sendo que a primeira operação será aberta em março em Belo Horizonte”, diz. O sócio explica que há diversos formatos de franquias que podem ser adquiridos, desde o modelo on-line até a operação física, que tem cerca de 30 metros quadrados. O investimento máximo para adquirir uma franquia da ForGreen é de R$ 60 mil. A estimativa de faturamento mensal por operação é R$ 120 mil a R$ 150 mil. A aposta nas franquias é um dos motivos para o otimismo do empresário, que espera um crescimento de 150% no faturamento da empresa este ano, em relação ao ano passado. Outro motivo são os números positivos do mercado de energia solar no Brasil e em Minas Gerais. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu, em 2017, a marca histórica de 1 gigawatt (GW) de potência gerada por usinas de fonte solar fotovoltaica conectadas à matriz elétrica. Desse total, cerca de 250 megawatts (MW) partiram de cidades mineiras. Terra afirma que, além das franquias, a empresa investirá em seu parque de geração de energia solar, localizado em Unaí, na região Noroeste do Estado. Parte do terreno - que tem mais de 400 hectares - será arrendado ou alugado para clientes que querem um projeto de geração de energia solar, mas não têm espaço físico para a instalação de placas solares. A princípio, a empresa vai instalar placas em uma área de cinco hectares. Só a energia solar gerada nessa área será suficiente para abastecer entre 500 a 600 casas de médio a alto padrão.

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NEGÓCIOS EDUARDO MEDRANO

INTERNACIONALIZAÇÃO

Connecticut promove subsídio para instalação de brasileiras nos EUA Ideia é atrair empresas, por seis meses, para o Hub55 MÍRIAN PINHEIRO

Em iniciativa inédita, o governo do estado norte-americano de Connecticut passa a oferecer subsídio de até 50% nos custos para empresas brasileiras se instalarem por seis meses no Hub55, centro destinado ao desenvolvimento de negócios na terceira maior cidade do estado, New Haven. Segundo a especialista em internacionalização de negócios, Pamela Ariane da Silva, diretora do Hub55, o investimento mínino é de USD 36 mil em um contrato de 12 meses. Até o final do primeiro trimestre deste ano, duas empresas deverão ser escolhidas. Para concorrer ao subsídio, os interessados devem preencher um formulário de inscrição e realizar entrevista com a equipe do Hub55 (www.hub55.com.br). Até o momento, 25 empresas brasileiras já estão em processo de seleção para início em março de 2018, mas como as inscrições ainda estão abertas, espera-se um número ainda maior de participantes. Em sua maioria, diz Pamela Silva, empresas consolidadas no mercado brasileiro e interessadas em entrar ou expandir sua presença no mercado norte-americano. “São empresas de diversos segmentos, incluindo o setor médico-hospitalar, TI, marketing, e-commerce, para citar alguns”, completa, dizendo que, surpreendentemente, não tem ainda nenhuma empresa mineira no Hub55. “O estado de Connecticut atua em apenas quatro países: Bra-

sil, Alemanha, China e Israel. As regiões foram escolhidas porque representam grandes mercados ou com tecnologias de ponta”, esclarece. Oportunidade - De acordo com o vice-presidente de Business Recruitment do Connecticut Economic Resource Center (CERC), Jason Giulietti, agência de atração de investimentos do estado, a intenção é possibilitar que mais empresas possam se beneficiar das experiências que já vêm acontecendo entre Brasil e Estados Unidos. “Em menos de um ano de atuação em conjunto com o Hub55, contabilizamos cases de sucesso, com ativação de parcerias, negócios e geração de empregos. Acreditamos que, com esse novo estímulo, poderemos ampliar essa atuação”, afirma. As empresas escolhidas poderão receber incentivos adicionais, após decorridos os seis meses de permanência na região. Do Brasil, o Grupo ISG, que atua na área de tecnologia da informação, é o primeiro classificado. “O ISG é uma empresa de Brasília, com sólido plano de expansão internacional, que desde o início de 2017 considera investir na região de Conneceticut. No entanto, a decisão foi tomada pela empresa após anúncio do subsídio, para o qual ela foi selecionada”, explica a diretora do Hub55. Critérios de seleção - Um comitê formado por representantes do governo de Connecticut e da

consultoria Paseli, que representa o estado no Brasil, levará em consideração o impacto da empresa na região além da capacidade da mesma de se estruturar e crescer, através da análise do plano de negócios e formulário de avaliação inicial. “A empresa classificada poderá optar pelas modalidades chamadas test-drive ou soft-landing, através das quais ela poderão testar o mercado, adaptar o plano de negócios ou entrar no mercado norte-americano de forma mais suave, sem grandes investimentos iniciais”, explica a diretora. Com o subsídio do governo de Connecticut, o investimento no Hub55 pode cair para a metade, caso a empresa obtenha 50% do benefício. “Para uma empresa em processo de internacionalização, o valor é muito baixo, considerando todos os recursos a que ela terá acesso no mercado norte-americano”, ressalta. O Hub55 é uma plataforma de internacionalização que reduz os custos e acelera o processo de expansão e desenvolvimento de negócios internacionais. Com estrutura completa na cidade de New Haven, ele abriga 10 diferentes negócios, entre empresas e representações internacionais de instituições como a Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) e o ParqueTecnológico de São José dos Campos.

Investimento mínino é de USD 36 mil em um contrato de 12 meses, diz Pamela Silva

PERFIL DO ESTADO NORTE-AMERICANO • População: 3,5 milhões de pessoas • PIB: US$ 250,6 bilhões (2014) • Força de trabalho: 1,9 milhão de pessoas, com alto nível educacional • Principais cidades: Hartford, Stanford, New Haven, Bridgeport, Waterbury, New London • Qualidade de vida: menor taxa de pobreza dos EUA, menor taxa de obesidade, menores taxas de mortalidade infantil e crimes contra a propriedade, maior número de médicos per capita • Principais setores industriais: aeroespacial e defesa, biotecnologia, equipamentos de transporte, serviços financeiros e seguros, manufatura de precisão, eletrônico, lasers, plásticos e mídia digital.

OPORTUNIDADE

Cresce interesse de estrangeiros em trabalhar no País DANIELA MACIEL

A crise econômica, que levou o País a índices de desemprego alarmantes - batendo a casa dos 13,7% no primeiro trimestre de 2017, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, não abalou a vontade dos estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil. Só no ano passado, o Ministério do Trabalho editou cerca de 12 mil autorizações de trabalhos temporários ou permanentes para profissionais advindos de diversas regiões do mundo. Os norte-americanos lideraram o ranking, com 2.170 emissões de trabalho; na sequência os imigrantes da Filipinas, com 1.224 autorizações; e os chineses com cerca de 799. As maiores concentrações destes profissionais estão na região Sudeste, onde estão situadas as principais empresas do País. O reaquecimento da economia e a nova Lei de Migração, que entrou em vigor em novembro do ano passado, devem intensificar a onda de trabalhadores estrangeiros chegando ao Brasil. De acordo com a advogada da BR Visa, Marta Mitico, este é um momento de transição em que empresas e governos estão se ajustando à nova determinação. A BR Visa é uma empresa especializada na obtenção de vistos e documentos necessários à entrada e permanência de migrantes no Brasil. “É natural que as empresas demorem um pouco para entender a nova legislação, mas isso tende a se acertar rapidamente. Essa é uma legislação muito mais moderna, que desburocratiza a entrada de trabalhadores. Ela

está alinhada ao que preconiza a ONU (Organização das Nações Unidas), inclusive no que diz respeito aos refugiados”, explica Marta Mitico. Entre as mudanças mais significativas implantadas pela nova lei está a extinção do visto permanente: agora vale apenas o temporário, para profissionais técnicos que desempenharão uma função por determinado período e investidores ou diretores. Estes últimos, ao final do prazo, poderão requerer a residência. Outro ponto que foi descomplicado é o procedimento para obtenção do visto de assistência técnica, o qual exigia que as empresas recorressem aos consulados de cada país por onde o profissional já passou, e agora requer apenas a liberação junto ao Ministério do Trabalho, com todas as documentações digitalizadas. As empresas costumam buscar ou aceitar trabalhadores estrangeiros quando não encontram profissionais brasileiros capacitados ou quando querem diversificar sua fonte de conhecimento, especialmente nos cargos de gestão. A retomada da economia deve gerar oportunidades para trabalhadores de todos os níveis, principalmente para projetos de infraestrutura. “O nosso País, de dimensões continentais, tem a necessidade de projetos de infraestrutura de razoável grandeza. Temos uma demanda não atendida nos últimos anos muito grande. Devido a esse tamanho, qualquer movimento positivo da economia significa muita coisa. Precisamos de profissionais. É uma questão numérica. Outro ponto importante é a transferência de tecnologia. Trabalhadores estrangeiros trazem

consigo muitos conhecimentos”, pontua a advogada. A nova Lei de Migração deve ajudar a minimizar a questão dos trabalhadores ilegais que, não raras as vezes, são submetidos a condições degradantes de trabalho. A expectativa é a de que, com menos burocracia, mais pessoas busquem o caminho legal. “Se tivermos um processo mais fácil menos gente vai precisar apelar para a clandestinidade. As pessoas não correm risco porque querem, mas porque precisam. Se temos uma política mais amigável protegemos as empresas sérias e os trabalhadores, inclusive os brasileiros, que não vão sentir os estrangeiros como uma ameaça”, completa a especialista.

DOCE CLICK FOTOGRAFIA

Retomada da economia deve gerar mais oportunidades, diz Marta Mitico

MARKET PLACE

Mercado Livre terá linha de capital de giro para vendedores da plataforma São Paulo - O Mercado Livre anunciou ontem que vai entrar no mercado de concessão de crédito para capital de giro aos vendedores da plataforma, buscando suprir uma lacuna deixada pelos grandes bancos, que, durante a crise, limitaram os empréstimos para micro e pequenas empresas. O piloto do projeto foi lançado há seis meses no Brasil. Inicialmente, serão concedidos de R$ 5.000 a R$ 350 mil em capital de giro, que poderão ser pagos em até 12 meses. Os empréstimos médios por usuário serão limitados a dois meses de vendas, em um valor

médio calculado pela empresa em R$ 30 mil. A taxa de juros começa em 2,25% ao mês e vai até 5,5%. A média é estimada em 3,1%. O crédito será oferecido em parceria com duas instituições, o Banco Topázio e a financeira Money Plus. O dinheiro será debitado automaticamente da conta do vendedor. A concessão inicialmente estará limitada a usuários com pelo menos seis meses de histórico mapeado no Mercado Livre. O comportamento na plataforma, o volume de vendas e outras 400 variáveis serão usadas na avaliação de crédito do vendedor.

Segundo o vice-presidente sênior de Mercado Crédito na América Latina, Martín de Los Santos, não há preocupação de que o dinheiro seja usado como empréstimo pessoal, em vez de no negócio. A empresa também não restringirá crédito para usuários com nome sujo. O objetivo é alcançar 400 mil usuários em um ano e meio, em Brasil, México e Argentina. A empresa pensa, no futuro, em oferecer empréstimo para compradores, em piloto que será lançado neste ano ainda. O Mercado Crédito foi lançado em maio de 2017 na Argentina e há dois meses no México. (FP)


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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

DC RH RECURSOS HUMANOS

RH 3.0 promete mais agilidade para a área Conceito é uma evolução dos businesses partners (parceiros de negócios) definido no RH 2.0

DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Já há algum tempo, boa parte das empresas brasileiras tem implantado o chamado RH 2.0 - aquele em que o departamento de recursos humanos se coloca ao lado da alta diretoria e presidência para compor as estratégias da companhia. Agora, seguindo a tendência já estabelecida em economias mais maduras, o conceito de RH 3.0 começa a se tornar assunto no País. O RH 3.0 é uma evolução dos businesses partners (parceiros de negócios) definido no RH 2.0. A diferença é que no 3.0 os profissionais são ainda mais seniores e mais próximos do negócio e, além disso, há ferramentas tecnológicas mais modernas que auxiliam na atração e retenção de talentos. O profissional indicado seria, então, alguém com muita experiência e com capacidade de utilizar tecnologia, com ajuda de ferramentas e de sistemas de people analytics. De acordo com o gerente da divisão de Recursos Humanos da Talenses, Guilherme Malfi, essa é uma cultura ainda incipiente no Brasil e

que tem sido implementada principalmente em empresas de bens de consumo, varejo e startups. “É certo que o RH 2.0 não foi implantado em boa parte das empresas brasileiras. Mas as empresas mais atentas já estão se antecipando. A diferença entre os dois modelos está na senioridade dos profissionais e a capacidade de uso da tecnologia. É um profissional mais alinhado ao negócio, um RH desenvolvedor”, explica Malfi. Se para as empresas o grande desafio é encontrar profissionais qualificados para esse novo momento, o desafio dos profissionais é, justamente, conseguir se qualificar. Os materiais a respeito são escassos no País e a opção é buscar literatura fora. A expectativa é de que esse quadro comece a mudar nos próximos cinco anos. “Com o final da crise econômica as empresas vão precisar se voltar para o RH. Nos últimos anos todos os esforços foram para redução de custos e continuar resistindo à crise. Agora é hora de compreender que são as pessoas as responsáveis pelo

NEUROLINGUÍSTICA

Ter diploma já não é diferencial competitivo MÍRIAN PINHEIRO

“Atualmente, não basta ser somente qualificado, é preciso ser competente”. De acordo com o diretor do Instituto de Neurolinguística Empresarial (Inemp), Marco Túlio Costa, isso significa, em outras palavras, que ter um diploma já não é um diferencial no competitivo mercado de trabalho. “Para se destacar é preciso buscar mais do que a qualificação. O profissional precisa ser competente, no sentido de alinhar o conhecimento adquirido à habilidade de aplicá-lo de forma produtiva”, explica. Dentro da perspectiva da Programação Neurolinguística (PNL), ciência que estuda como as experiências subjetivas afetam o comportamento e aprendizagem das pessoas, o que faz a diferença no mercado hoje é o profissional com a constante reciclagem dos conhecimentos e com atitude. Daí a necessidade de se perceber a diferença entre qualificação, que oferece base ao profissional para que ele se forme, esteja apto ao trabalho, e capacitação, que fomenta seu crescimento. “Só a capacitação fomenta o crescimento contínuo. Feita a distinção, PNL, coaching, liderança, negociação e comunicação são habilidades requeridas para um profissional de sucesso”, pontua Costa. Contrário à ideia de que as empresas são corresponsáveis pelo desenvolvimento da competência de um profissional, Costa defende que somente o profissional é responsável pela carreira dele. “Muitos colocam na mão da empresa esta responsabilidade, o que é um erro”, avalia, admitindo, no entanto, que as organizações

também têm dificuldade de realizar uma seleção incluindo o critério competência. Competência - Sobre como a empresa pode fazer a diferenciação do candidato competente do qualificado, Costa diz que, muitas vezes, é difícil para a organização contratar levando em conta o aspecto, em razão de ela ter mais acesso ao currículo do profissional. “Alguns testes comportamentais podem nos ajudar a avaliar a competência daquele possível funcionário. Mesmo assim, o resultado não é de todo garantido. Por isso, defendo o seguinte: seja mais lento para contratar e rápido para demitir, se for necessário”, alerta. Para ele, a entrega de resultados pode diferenciar o competente do somente qualificado, mas isso é medido somente após a contratação. No entanto, a empresa não só pode como deve investir em treinamento, capacitação e coaching para seus colaboradores. “Tudo isso auxilia muito, lembrando, como já dissemos, que a principal responsabilidade é da própria pessoa de investir no desenvolvimento de suas competências. Empresa não é mãe e nem pai de ninguém”, resume taxativo - embora pense que investir nos competentes e fazer de tudo para segurar esses talentos também seja bom para a organização. “Nada mais desigual do que tratarmos pessoas desiguais de maneira igual. Invista mais naquele que quer se desenvolver e tem atitude”, ressalta. Para Costa, as empresas hoje querem profissionais que saibam trabalhar em equipe, se comunicar, influenciar pessoas

sucesso das empresas, então o RH precisa ser estratégico”, pontua o gerente da divisão de Recursos Humanos da Talenses. O perfil exigido, então, será de alguém que entenda qual tipo de negócio está sendo criado permanentemente e tenha um conhecimento profundo sobre finanças e estratégia. É importante que o business partner seja não apenas experiente, como também analítico, capaz de usar a tecnologia para engajar líderes. Além disso, claro, compreender quais são os talentos necessários para a companhia, encontrá-los e identificar aqueles que já fazem parte do time, dando oportunidades para que se desenvolvam. Tudo isso deve alterar a rotina dos departamentos de recursos humanos e de toda a empresa, tornando toda a estrutura mais ágil. O modelo tradicional de avaliação de desempenho - com definição de metas e feedback anual - deve ser bastante acelerado e ser realizado em consonância com metas e equipes que mudam com frequência.

Diferença entre os dois modelos está na capacidade de uso da tecnologia, diz Malfi

É possível explorar potencialidades a favor da carreira, diz especialista De acordo com a consultora em desenvolvimento de pessoas Tânia Zambelli, com mais de 30 anos de carreira e experiência nas áreas de gestão de RH, consultoria organizacional e coaching, o primeiro passo para quem precisa ou deseja dar uma guinada na vida profissional é conhecer suas expertises, ou seja, aquilo que possui de melhor e que certamente poderá agregar valor ao seu perfil. “Nesse sentido, contar com o apoio de um coach é importante. Ele poderá usar mecanismos capazes de mapear as potencialidades do profissional, como sua capacidade de argumentar e persuadir seu poder de decisão, comprometimento, escuta ativa, engajamento, entre outras”, afirma. Para isso, ela sugere o teste de análise de perfil proposta pelo coaching. “Quando esse teste detecta, por exemplo, que a pessoa tem facilidade para se comunicar, a próxima etapa é ela descobrir, com

o auxílio do coach, em que momento de sua vida usou essa competência. A partir daí é que começamos o trabalho de impulsionamento de aptidões. Uma vez descobertas ou redescobertas, essas expertises podem sim contribuir para que o profissional comece a usar seus talentos a favor de seu crescimento”, destaca Tãnia Zambelli. Para ela, explorar as competências para crescer não é só uma atitude dos profissionais jovens, em início de carreira, mas uma preocupação de todos. “Certa vez fui fazer um trabalho com um profissional com duas graduações, medicina e odontologia. Ele queria fazer um plano de carreira, mas antes precisava escolher sua especialização. Depois que eu mapeei seu perfil, ele constatou que, se quisesse ser assertivo na decisão, ou seja, escolher uma área de estudo que unisse as duas profissões, teria que se comunicar mais, deixar um pouco de lado a timidez para intensificar

seu networking e encontrar contatos que facilitassem sua residência”, lembra. Segundo ela, sabendo o que ele precisava aperfeiçoar para entrar com mais sucesso em seu mercado, tratou logo de criar um perfil no Linkedin para fazer as coisas acontecerem. A especialista também afirma que sempre que se quer modificar um comportamento é preciso desenvolver uma postura oposta ao “hábito” regularmente. “Se você é do tipo que fala demasiado e já percebeu que essa conduta te atrapalha para conseguir aquela tão sonhada promoção, que tal começar a praticar sua discrição?”, ensina. Para ela, o importante é saber que esse processo de mudança, embora exija persistência, é possível de ser efetivado. “Muitas vezes, para chegarmos a determinados lugares em nossa carreira, dependemos muito mais de inteligência emocional do que expertises meramente técnicas”, avalia Tânia Zambelli. (MP)

Conheça as cinco habilidades mais valorizadas no mercado de trabalho 1. Comunicação: a habilidade de se comunicar bem é a chave para profissionais técnicos trabalharem de forma integrada ao negócio; 2. Trabalho em equipe: profissionais que não conseguem demonstrar a habilidade têm pouca aceitação entre os gestores. Comprovar espírito de equipe é condição para crescer na carreira; 3. Resiliência: trata-se de uma habilidade que, normalmente, vem e tenham atitude de comprometimento e engajamento com o trabalho. “Nos dias atuais conciliar conhecimento, habilidade e atitude é o que determina a competência de um profissional”, diz. Conhecimento pessoal Mestre em administração, trainer em Programação Neurolinguística (PNL), master coach e especialista em Negociação pela Universidade de Harvard (EUA), Costa acredita que a PNL

com a maturidade emocional. De qualquer forma, é importante o profissional desenvolver o quanto antes a sua capacidade de lidar com situações de crise e de oposição sem desanimar e deixar abalar a produtividade; 4. Comprometimento: identificar e superar obstáculos de forma proativa é uma ótima maneira de demonstrar comprometimento com a empresa. Ir além do seu

é uma grande aliada dos profissionais que querem conhecer a si mesmo, para potencializar seus talentos e até mesmo reprogramar o seu comportamento. “O ideal é que os profissionais que queiram sair na frente, além de se capacitarem, tracem planos de curto, médio e longo prazo, e adotem um processo de coaching para expandir a consciência e saber o que fazer, como e onde atuar”, recomenda.

trabalho, pensar ‘fora da caixa’ e sair da zona de conforto são qualidades muito bem recebidas atualmente; 5. Intraempreendedorismo: a expressão que cabe aqui é “senso de dono”. As empresas buscam profissionais que abracem os projetos com responsabilidade e a motivação de um empreendedor. *Fonte: www.roberthalf.com.br

Para além de conhecer-se, na visão dele, o profissional que constantemente busca a atualização é bem-visto pela empresa onde trabalha e até mesmo pelas que estão de olho em quem se destaca. “O mundo girou rápido nestas últimas décadas e trouxe um novo sinônimo para competente, que agora significa conhecer mais o ser humano, saber lidar com conflitos e como se relacionar com diversos perfis de pessoas”, esclarece Costa.

Para ele, as empresas precisam contratar, mas muitas vezes não o fazem porque os profissionais não têm preparo para ocupar os postos vagos dentro das organizações, principalmente daquelas que já definiram um modelo mais moderno de gestão, que busca relacionar a competência das pessoas com a estratégia organizacional. “Certo que falta emprego, mas também falta gente competente”, enfatiza.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

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AGRONEGÓCIO

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TECNOLOGIA

Drones ao alcance dos produtores rurais

Equipamento, que oferece maior agilidade e precisão no controle das lavouras, pode ser adquirido por R$ 5 mil MICHELLE VALVERDE

Os drones vêm ganhando cada vez mais espaço no campo. O uso do equipamento tem garantido maior precisão e agilidade no monitoramento das culturas agrícolas, o que é essencial para identificar problemas, reduzir os custos e manter a qualidade da produção. A tendência é de que o uso do equipamento cresça substancialmente ao longo dos próximos anos. De acordo com o engenheiro agrônomo e diretor comercial da Agrodata, Gustavo Fedrizzi, com os drones é possível monitorar amplos espaços em tempo reduzido. A tecnologia também tem auxiliado na tomada de decisões estratégicas e permitido o melhor acompanhamento da atividade agrícola, principalmente no que se refere ao monitoramento da produção. “Hoje, o uso do drone auxilia os produtores no monitoramento das lavouras. É um grande benefício poder olhar as lavouras de cima, principalmente em culturas como as florestas plantadas, café e citros, onde as árvores são mais altas. O drone faz fotos e filmagens das lavouras que são analisadas pelos técnicos, produtores e engenheiros agrônomos. Com isso, é mais fácil e rápido identificar possíveis problemas e buscar as soluções, garantindo a produtividade”, explicou Fedrizzi. Ainda segundo Fedrizzi, os avanços tecnológicos já permitem que os drones sejam controlados através de smartphones, o que torna o aparelho acessível a um maior número

de produtores. Além disso, alguns modelos adaptados pulverizam as lavouras facilitando o controle das pragas e doenças e o alcance em áreas de difícil acesso. Com variedade de aparelhos e de preços, os drones são utilizados por produtores de todos os portes e em diversas culturas, com destaque para as lavouras de cana-de-açúcar, milho, soja, florestas plantadas, café e citros. “Hoje, o produtor pode adquirir um drone a partir de R$ 5 mil e, com isso, monitorar a lavoura com grande frequência e com agilidade. O uso da tecnologia é crescente tanto pelo preço, que já está mais acessível, quanto pelo retorno que o produtor obtém”. Os drones também são ferramentas de mapeamento das áreas. Com eles é possível, fazendo a medição, mensurar a topografia e a altimetria. “Em meia hora, um drone é capaz de monitorar 30 hectares. São 30 mil metros quadrados que, para serem monitorados por um agrônomo ou técnico caminhando, demandariam um tempo bem superior. Com as fotos e filmagens, os profissionais conseguem fazer um monitoramento mais efetivo, identificando as pragas e doenças com agilidade. Assim como no GPS é possível identificar com precisão as áreas afetadas”. Como o uso cada vez mais constante e a tendência de crescimento, Fedrizzi ressalta que o uso adequado dos drones é fundamental para evitar problemas e garantir melhor eficiência.

CIFAP FORMATION/DIVULGAÇÃO

Com variedade de aparelhos e preços, os drones podem ser usados por produtores de todos os portes e cooperativas BAYER/DIVULGAÇÃO

Webconferência gratuita Para orientar os produtores, Gustavo Fedrizzi participa, hoje, do projeto “webinars gratuitos” da InCeresé, que terá como tema a palestra “Comprei um drone, e agora? - O que você precisa saber e ter para utilizá-los no campo”. O evento vai abordar o funcionamento, legislação, aplicações e vantagens dos drones na agricultura. A webconferência será transmitida, ao vivo, hoje, às 17 horas no site http://inceres. com.br/webinars. Ao final do evento, haverá espaço para Recursos servirão para insumos e serviços para lavouras de milho, soja, arroz, algodão e café o esclarecimento de dúvidas. “O uso de drones é permi- CRÉDITO tido no Brasil, mas o produtor rural deve ficar atento à legislação e às regras específicas para que o uso correto e seguro da tecnologia”, disse Fedrizzi.

Governo libera R$ 12,5 bilhões para financiamento da safra 2018 - 2019

EXPORTAÇÕES

Cafés do Brasil movimentaram US$ 5,2 bi em 2017, com destaque para os especiais DA REDAÇÃO

Os cafés do Brasil exportaram mais de 30,7 milhões de sacas de café de 60kg em 2017 e atingiram US$ 5,2 bilhões de receita cambial. Nesse mesmo ano, somente os cafés diferenciados, os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, somaram volume de 5,1 milhões de sacas exportadas e obtiveram US$ 1,02 bilhão, montante que corresponde a 19,6% das receitas auferidas com o produto. Nesse mesmo contexto, vale ressaltar que apenas nos últimos três meses de 2017 as exportações de café alcançaram 8,8 milhões de sacas, período que apresentou a melhor performance em um trimestre do ano de 2017. Em contraposição, nesse ano, o total do volume exportado de sacas de café teve um ligeiro decréscimo de 10,1%, se comparado com 2016, pois o volume de sacas exportadas no ano anterior registrou 34,2 milhões de sacas. Contudo, a receita cambial com o volume de sacas das exportações de 2017 garantiu aos cafés do Brasil a 5ª posição no ranking das vendas ao exterior do agronegócio brasileiro, com 5,4% de participação na

receita cambial. Contribuiu para o café figurar em quinto lugar no ranking das exportações do agronegócio brasileiro em 2017 o fato de o preço médio da saca exportada ter atingido a cotação média de US$ 169,36, valor superior em 6,6% ao do ano anterior, que foi de US$ 158,91. Assim, em primeiro lugar nesse ranking das exportações do agronegócio está o complexo soja, com US$ 31,7 bilhões; em segundo, carnes - US$ 15,5 bilhões; em terceiro, o complexo sucroalcooleiro com US$ 12,2 bilhões; e, produtos florestais, o quarto colocado, com US$ 10,2 bilhões. Os dados e números em destaque exclusivamente do que foi exportado e arrecadado pelos cafés do Brasil com as vendas no ano de 2017 constam do Relatório mensal dezembro 2017, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé. De acordo com as análises do Conselho, “O ano civil de 2017 teve como resultado total das exportações o embarque de 30,7 milhões de sacas de café, seguindo o que era previsto pelo mercado, com o fator climático sendo o protagonista, influenciando os últimos anos da produção, de forma negativa, a exemplo da forte

redução das exportações no ano de 2017 dos cafés conilon”. Para 2018, ainda segundo o Cecafé, “a recuperação deve chegar no segundo semestre, com a expectativa de entrada da próxima safra”. E o Conselho conclui que, a partir de 1º de julho, ao que tudo indica, haverá uma boa safra como resultado de novos plantios, bons tratos culturais e, além disso, o bom índice pluviométrico que atingiu o parque cafeeiro sinaliza um cenário com resultado mais otimista para 2018. O relatório mensal dezembro 2017 demonstra ainda que os Estados Unidos mantiveram a liderança na aquisição dos cafés do Brasil, com 6,1 milhões de sacas (19,9%). Em segundo foi a Alemanha, com 5,5 milhões de sacas (17,9%). Nesse ranking, em terceiro, figurou a Itália, com 2,7 milhões sacas (9%), o Japão em quarto – 2,1 milhões de sacas (6,8%) e a Bélgica, como quinta colocada, com 1,7 milhão de sacas (5,8%). O relatório traz ainda como destaque o fato de ter havido aumento nas exportações para a Turquia (7,5%) e Rússia (1,2%), com 908.466 sacas e 990.299 sacas, respectivamente. Com informações do Mapa.

Brasília (DF) e Rio Verde (GO) - O governo federal liberou R$ 12,5 bilhões para financiar a safra agrícola de 2018 e 2019. O lançamento do custeio antecipado da nova safra foi feito pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, em cerimônia realizada ontem, na zona rural da cidade de Rio Verde (GO). Os recursos representam montante 16% superior ao valor liberado no ano passado e servirão para adquirir insumos e serviços agropecuários para as lavouras de soja, milho, arroz, algodão e café. O objetivo do lançamento, segundo Cafarelli, é evitar que o produtor fique refém do fornecedor, além de contribuir para a sustentabilidade do agronegócio, melhora do Produto Interno Bruto brasileiro e aumento da renda. Cada produtor poderá financiar, no máximo, R$ 3 milhões. Para os médios produtores que integram o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os recursos serão disponibilizados com taxas de 7,5% ao ano. Para os outros produtores, o banco oferece financiamento com encargos de 8,5% ao ano. Modalidades alternativas de financiamento serão disponibilizadas para os produtores que demandam valores superiores ao limite do plano. Em 2017, o BB liberou R$ 10,8 bilhões em 29 mil contratos de custeio antecipado. A verba proporciona aos produtores rurais condições diferenciadas de negociação com os fornecedores, favorecendo a aquisição de insumos e serviços a preços adequados

e oportunos, protegendo-os contra possíveis elevações na época de maior demanda. A solução fomenta, ainda, toda a cadeia produtiva do agronegócio, inclusive indústrias, com reflexos diretos e positivos no PIB do setor agropecuário e na economia brasileira. Também participaram do evento o presidente Michel Temer, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, da Integração, Hélder Barbalho, e das Cidades, Alexandre Baldy, o governador de Goiás, Marconi Perillo, entre outras autoridades. Impacto - O presidente Temer e os ministros destacaram o papel do agronegócio no crescimento da economia brasileira e o grande impacto do setor no volume de exportações do País. Temer lembrou ainda que a última safra foi recorde, com uma produção de mais de 240 milhões de toneladas, e afirmou que acredita em novo recorde para a safra deste ano, conforme as projeções do Banco do Brasil. Renda - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, retomou ontem o discurso de temor em relação à queda da renda do produtor rural. Durante evento em Rio Verde (GO), no qual o Banco do Brasil (BB) anunciou a liberação de R$ 12,5 bilhões em pré-custeio para o financiamento da aquisição antecipada de insumos para a safra 2018/2019, Maggi afirmou que a produção brasileira cresce safra após safra, mas

a renda continua recuando. “O produtor cresce, mas a renda e as margens se mantêm diminuindo e isso é sinal de alerta”, disse. “A continuar no atual ritmo, provavelmente em dois anos teremos situação de não renda”, completou Maggi. O ministro voltou a citar o projeto que tramita no Congresso que prevê a taxação de exportações do agronegócio, com o fim da isenção prevista na Lei Kandir, e mostrou a posição contrária da Pasta. “Não mexam com o agricultor porque é ele que dá sustentação para o País”, afirmou. Segundo o ministro, “experiências de taxação do agronegócio foram extremamente contraprodutivas em outros países. Produção e exportação são fundamentais para balança de pagamentos do País”, completou. O ministro citou a fala do presidente Michel Temer, em Davos (Suíça), de que o Brasil está voltando, mas que o setor agrícola não recuou na crise. “O Brasil está voltando e nós esperamos o Brasil voltar porque nós (agricultores) nunca saímos.” Fazenda - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, refutou a ideia de o governo onerar o agronegócio com a possível taxação de exportações do setor, principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira. “Não estamos pensando em oneração ou taxação do agronegócio e não temos projeto de taxar o agronegócio”, disse Meirelles após o evento no Banco do Brasil, em Rio Verde. (ABr e AE, com informações do BB)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

INFLAÇÃO

IGP-M perde o ritmo no início do ano Indicador apresentou alta de 0,76% em janeiro, ante variação de 0,89 em dezembro São Paulo - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou a alta para 0,76% em janeiro, ante 0,89% em dezembro do ano passado, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o indicador reduziu a queda em 12 meses de 0,52% em dezembro para deflação de 0,41% no acumulado até janeiro. Os preços no varejo atuaram no sentido de elevação IGP-M de janeiro ante dezembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu de 0,30% para 0,56%, com a influência principal, assim como no mês anterior, do grupo Alimentação, que teve forte alta no período, de 0,13% para 1,11%. Dentro do segmento, o item hortaliças e legumes foi o que mais contribuiu para avanço, ao ter alta de -3,56% para 13,56%. Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras três classes de despesas. Uma delas é Educação, Leitura e Recreação (0,87% para 1,46%), com influência típica no período de cursos formais (estabilidade para 3,59%) por causa dos reajustes das mensalidades educacionais. Transportes também avançou (0,78% para 0,92%) e teve a principal contribuição de tarifa de ônibus urbano (-0,70% para 1,03%), que sofre o efeito do aumento dos preços em várias capitais. Por fim, Comunicação saiu de -0,19% para 0,26%, com o destaque de tarifa de telefone residencial (-2,05% para 0,06%). Em contrapartida, quatro classes de despesas tiveram decréscimo nas taxas de variação: Vestuário (0,61% para -0,28%), por influência de roupas (0,77% para -0,79%); Habitação (-0,06%

para -0,17%), com contribuição de taxa de água e esgoto residencial (1,82% para 0,17%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,40%), em que perfume (0,07% para -0,80%) foi a principal influência; e Despesas Diversas (0,18% para 0,17%), com a desaceleração de clínica veterinária (0,94% para 0,21%). Entre as maiores influências individuais de alta no IPC-M de janeiro, segundo a FGV, estão tomate (-5,62% para 39,58%), gasolina (2,40% para 2,16%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), curso de ensino fundamental (0,00% para 4,40%) e curso de ensino superior (0,00% para 2,57%). Já entre as maiores influências individuais de baixa estão os itens tarifa de eletricidade residencial (-1,49% para -2,19%), que tem deflação por causa da adoção da bandeira verde no mês, condomínio residencial (0,01% para -0,77%), show musical (1,91% para -2,24%), seguro obrigatório para veículo (0,00% para -25,07%) e tarifa de táxi (5,83% para -2,31%). IPAs - A desaceleração da alta do IGP-M entre dezembro e janeiro foi provocada pelo arrefecimento dos preços no atacado, que saíram de 1,24% para 0,91% no período. Em 12 meses, o Índice de Preços ao Produtor Amplo acumula queda de 2,34%. Esse alívio no atacado foi resultado tanto do decréscimo da taxa dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola (0,83% para 0,17%) quanto dos itens industriais, mensurados pelo IPA Industrial (1,37% para 1,15%). Por etapas de produção,

ALISSON J. SILVA

a de matérias-primas brutas foi a única que desacelerou entre dezembro e janeiro, de 2,50% para 1,08%. Já os Bens Intermediários avançaram levemente de 1,01% para 1,05% e os Bens Finais tiveram alta mais relevante, de 0,48% no último mês de 2017 para 0,64% no primeiro mês de 2018.

Construção - O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a alta de 0,14% em dezembro para 0,28% em janeiro, conforme divulgado na última Sexta-feira (26). O aumento tem a influência do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, que avançou de 0,22% para 0,59%, enquanto o grupo relativo à mão de obra arrefeceu de 0,07% para 0,03%. (AE) Preços das hortaliças e legumes subiram 13,56% em janeiro

IPP avança 0,46%, aponta o IBGE Rio - O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,46% em dezembro de 2017, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de novembro do ano passado foi revisada de uma elevação de 1,43% para avanço de 1,40%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado de dezembro, o IPP das indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 4,18% no ano de 2017. Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 4,59% em dezembro, após a queda de 3,20% registrada em novembro, segundo o IBGE. No ano, houve elevação de 11,54%. Já a indústria de

transformação registrou expansão de 0,30% em dezembro, ante um crescimento de 1,59% no IPP de novembro. No ano de 2017, a alta ficou em 3,91%. Bens de capital - Os bens de capital ficaram 0,80% mais caros na porta de fábrica em dezembro do ano passado, segundo os dados do IPP. O resultado ocorre após os preços terem subido 1,41% em novembro. No ano de 2017, os bens de capital subiram 4,26%. Os bens intermediários registraram avanço de 0,74% nos preços em dezembro, ante uma alta de 1,86% em novembro. Em 2017, houve elevação de 6,53% nos preços. Já os preços dos bens de consumo caíram 0,08% em dezembro, depois de uma elevação de 0,66% em novembro. No ano passado, houve aumento acumulado de 0,51%.

Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram alta de 0,29% em dezembro, ante aumento de 0,15% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis caíram 0,20% em dezembro, após a elevação de 0,82% registrada em novembro. No ano de 2017, os bens duráveis aumentaram 4,34%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,63%. A alta de 0,46% do IPP de dezembro teve contribuição de 0,07 ponto percentual de bens de capital; 0,42 ponto percentual de bens intermediários e -0,03 ponto percentual de bens de consumo. No âmbito dos bens de consumo, os bens de consumo duráveis contribuíram com 0,02 ponto percentual, enquanto o impacto de bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de -0,05 ponto percentual. (AE)

IBOVESPA

Bolsa registra a segunda queda consecutiva São Paulo - Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa seguiu devolvendo parte dos ganhos acumulados no mês. O índice à vista reduziu o ritmo no final da sessão de negócios de ontem e encerrou em baixa de 0,25%, aos 84 482,45 pontos. Em janeiro, a valorização ainda é de 10,58%. O giro financeiro foi de R$ 9,87 bilhões. O movimento foi contido, segundo analistas, por causa do apetite dos investidores pelo risco, que se mantém a despeito da correção que está havendo aqui e no exterior. “A queda não é tão forte porque continua havendo fluxo na ponta compradora”, afirma Marcos Saravalle, analista da XP Investimentos. Nicolas Takeo, analista da corretora Socopa, ressalta que, apenas neste mês, o fluxo de capital estrangeiro para a bolsa é quase 70% do que veio em todo o ano de 2017 (R$ 13,4 bilhões). Segundo a B3, a entrada líquida de recursos de não-

-residentes chegou a R$ 9,18 bilhões até o dia 26. “Isso evidencia um panorama internacional positivo onde os investidores mostram apetite pelo risco”, disse Takeo. Sobre o andamento da reforma da Previdência, Saravalle diz que o cenário-base contempla chance próxima de zero de aprovação. “Como ninguém está precificando fortemente algo nesse sentido, o que acontecer e, se acontecer, vai ser um up side adicional para a bolsa. Algo como ocorreu com o resultado do julgamento do ex-presidente Lula”, disse o analista da XP. Ontem, os integrantes da equipe econômica saíram a campo novamente para discursar a favor do andamento da proposta no mês que vem dentro da Câmara dos Deputados. “Com esse tipo de discussão a gente não pode titubear. É isso que temos que fazer, vamos lutar até o último minuto. Se não passar, no

dia seguinte vamos discutir o que fazer”, afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em evento no Rio de Janeiro. A queda da cotação do petróleo no mercado internacional contribuiu para que as ações da Petrobras fossem destaque negativo na carteira do Ibovespa. Os papéis ON e PN da empresa recuaram 2,44% e 1,81%, respectivamente. Mas ainda acumulam valorização de 25% e 21% em janeiro. As blue chips do setor financeiro encerraram a sessão de negócios com queda bem contida: Itaú Unibanco PN (0,39%), Banco do Brasil ON (0,39%) e Santander Unit (0,20%). No fim do pregão, Bradesco PN ainda reverteu as perdas e apontou alta de 1%. Dólar - Após ter renovado as máximas no início da tarde, o dólar desacelerou a alta na reta final do pregão e encerrou na casa dos R$ 3,18. Como na véspera, o

exterior ditou o rumo dos negócios. O ambiente de aversão ao risco penalizou principalmente moedas emergentes e ligadas a commodities, afetadas ainda pela queda do petróleo no mercado internacional. No campo doméstico, a formação da Ptax, nesta quarta-feira, também influenciou os negócios. O dólar à vista fechou em alta de 0,48%, a R$ 3,1808. O volume foi de US$ 2,449 bilhões. No mercado futuro, a moeda americana para fevereiro terminou com ganho de 0,81%, a R$ 3,1820. O giro foi de US$ 21,583 bilhões. Com isso, a divisa americana deu sequência ao movimento de correção visto na sessão anterior, recuperando parte das perdas da semana passada, quando chegou ao patamar de R$ 3,13. “O dólar volta a ganhar forças frente ao real, em linha com o movimento da moeda americana ante os emergentes”, escreveram analistas

da Guide Investimentos. “O quadro internacional menos claro é algo que não contribui para o melhor desempenho dos ativos locais”, acrescentaram. No início da tarde, o dólar ampliou fôlego, ante moedas fortes e emergentes - renovando, inclusive, máximas ante o real - depois que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou, no Comitê Bancário do Senado, que apoia o dólar forte como uma medida de interesse de longo prazo dos EUA, em oposição à postura dele em Davos na semana passada. Taxas de juros - A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,810%, de 6,785% segunda-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,97% para 8,00%. A taxa para janeiro de 2021 terminou em 8,81%, de 8,79%, e a para janeiro de 2023 ficou estável em 9,51%. (AE)

Índice deve continuar a desacelerar São Paulo - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve ter nova desaceleração em fevereiro após registrar taxa mais baixa em janeiro (0,76%) em relação a dezembro (0,89%), estima o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), André Braz. Em 12 meses, o economista avalia que a taxa continuará negativa, depois da deflação de 0,41% neste mês, mas se encaminhando para estabilidade. Em fevereiro de 2017, houve aumento de 0,08% no IGP-M. Apesar de evitar fazer projeções, essa previsão de alívio é pautada na expectativa de Braz de arrefecimento de Alimentação e dos combustíveis no atacado e no varejo, além do efeito menor dos reajustes educacionais na inflação ao consumidor. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo Alimentação foi a principal influência para o avanço de 0,30% para 0,56% entre dezembro e janeiro. “A média histórica mostra que o pico da sazonalidade de alta dos alimentos in natura é em janeiro e os combustíveis devem ter reajustes que compensem o avanço neste mês”, explica. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Alimentação e combustíveis foram os principais elementos a impedir uma desaceleração maior do que de 1,24% em dezembro para 0,91% em janeiro, destaca o economista. Segundo ele, retirando os alimentos in natura, gasolina e óleo diesel, a taxa no atacado poderia ser de 0,71%, o que, completa ele, indica que não há pressões inflacionárias fortes e duradouras. Braz ainda completa que a queda de alimentos processados, que têm efeitos mais longos na inflação, indicam que os preços de alimentação devem ficar controlados esse ano, apesar da expectativa de alta depois da deflação forte em 2017. Nos índices de preços da FGV, a alta das mensalidades escolares é captada em janeiro, mas como o IGP-M é coleta entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês da divulgação, Braz lembra que ainda falta um terço do impacto. Contudo, ele ressalta que a alta deste ano deve ser menor do que os últimos anos. Em janeiro, cursos formais avançaram 3,59% contra 5,6% no mesmo período de 2017. “Esse mercado está se adaptando a uma nova realidade após a recessão, com a inadimplência e com a perda da capacidade de pagamento das famílias”, diz Braz, lembrando que os custos fixos de água e luz das escolas cresceram fortemente no último ano, enquanto o número de alunos parece ter caído. (AE)




FINANÇAS BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2018

INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

30/01/2018

29/01/2018

26/01/2018

Índices

Jan.

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,1803

R$ 3,1651

R$ 3,1380

IGP-M (FGV)

0,64%

VENDA

R$ 3,1808

R$ 3,1656

R$ 3,1385

IPC-Fipe

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

2,27%

2,27%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,1655

R$ 3,1648

R$ 3,1444

IGP-DI (FGV)

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

-0,42%

-0,42%

VENDA

R$ 3,1661

R$ 3,1655

R$ 3,1450

INPC-IBGE

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

2,07%

2,07%

COMPRA

R$ 3,1930

R$ 3,1770

R$ 3,1600

IPCA-IBGE

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

2,95%

2,95%

VENDA

R$ 3,3270

R$ 3,3200

R$ 3,3070

COMPRA

R$ 3,2600

R$ 3,2500

R$ 3,2400

ICV-DIEESE

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

2,44%

2,44%

VENDA

R$ 3,3600

R$ 3,3500

R$ 3,3400

IPCA-IPEAD

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

3,94%

3,94%

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

TURISMO PARALELO Fonte: AE

30/01 CDB Pré 30 dias

6,73% - a.a.

Capital de Giro

10,00% - a.a.

Hot Money

1,13% - a.m.

CDI

6,89% - a.a.

Over

6,90% - a.a.

Fonte: AE

Ouro 30/01/2018 Nova Iorque (onça-troy)

29/01/2018

US$ 1.335,40 US$ 1.340,30

BM&F-SP (g)

R$ 136,00

26/01/2018 US$ 1,352,10

R$ 136,90

R$ 136,00

Fonte:

AE

Taxas Selic Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Tributos Federais (%) 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54

Meta da Taxa a.a. (%) 12,25 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 -

Reservas Internacionais 29/01 .......................................................................... US$ 383.421 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

Até 1.903,98 De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

Dez. No ano 0,89%

-0,52%

12 meses -0,52%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Jan. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,12 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

18

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 670 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

VENDA 0,3174 0,4615 0,7051 0,005594 0,5294 0,03155 0,4112 0,4023 0,1555 0,06658 0,02795 8,4026 0,002674 4,4719 0,03322 0,8621 2,5626 3,1661 3,1661 2,5686 0,01542 3,8611 2,4183 0,4049 1,1726 3,1661 0,01269 3,3989 0,0005636 0,02918 0,1796 4,4753 0,002095 0,006148 0,1084 0,8385 0,9848 0,008995 0,00524 0,001114 3,1661 0,06501 0,06163 0,1696 0,1114 0,4313 0,2647 0,501 0,5007 0,8698 8,2258 0,01267 0,0000858 0,8442 0,8119 0,05625 0,04975 0,0002357 0,2053 0,9298 0,002957 0,9479 3,9396

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

Seguros

3% 0,2976 0,2466

6% 0,5379 0,4867

TBF

12/01

0,01311705

2,92774121

13/01

0,01311715

2,92776374

14/01

0,01311715

2,92776374

15/01

0,01311715

2,92776374

16/01

0,01311720

2,92777492

17/01

0,01311725

2,92778676

18/01

0,01311725

2,92778676

19/01

0,01311725

2,92778676

20/01

0,01311735

2,92780872

21/01

0,01311735

2,92780872

22/01

0,01311735

2,92780872

23/01

0,01311746

2,92783334

24/01

0,01311754

2,92784997

25/01

0,01311754

2,92784997

26/01

0,01311754

2,92784997

27/01

0,01311761

2,92786621

28/01

0,01311761

2,92786621

29/01

0,01311761

2,92786621

30/01 0,01311772 Fonte: Fenaseg

2,92789162

15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 29/02 Fonte: AE

0,5266 0,5271 0,5085 0,4471 0,4372 0,4548 0,4788 0,5246 0,5086 0,5108 0,4597 0,4405 0,4432 0,4666 0,4930

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Dezembro IGP-DI (FGV) Dezembro IGP-M (FGV) Dezembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 03994 0,3994 0,3994 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 29/02

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

Agenda Federal Dia 31

Contribuição ao INSS COMPRA 0,3166 0,4516 0,7034 0,005549 0,5292 0,03146 0,4108 0,402 0,1554 0,06581 0,02789 8,3921 0,002638 4,4585 0,03309 0,8617 2,5618 3,1655 3,1655 2,5673 0,01518 3,7685 2,417 0,4048 1,1638 3,1655 0,01267 3,3968 0,0005622 0,02916 0,1792 4,4735 0,002081 0,006139 0,1082 0,837 0,9843 0,008892 0,005236 0,001113 3,1655 0,06487 0,0616 0,1695 0,1113 0,4295 0,2645 0,5003 0,5005 0,8692 8,2221 0,01265 0,0000858 0,8441 0,8111 0,05623 0,04973 0,0002356 0,2042 0,9291 0,002951 0,9472 3,9379

26/12 a 26/01 27/12 a 27/01 28/12 a 28/01 29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02

1,0295 0,9958 0,9948

IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de dezembro/2017, relativo a operações com contratos de derivativos financeiros - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constantes do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/2000, referentes ao 6o bimestre/2017 (novembro-dezembro/2017), à Unidade da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio da matriz. Disquete Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.01.2018. Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de dezembro/2017 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ – Apuração – trimestral - Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido no 1º trimestre de 2018, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de dezembro/2017, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) IRPJ/Simples Nacional - Ganho de Capital na alienação de Ativos - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de dezembro/2017 (art. 5º, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 608/2006) - Cód. Darf 0507.

IRRF - Fundos de Investimento Imobiliário - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de dezembro/2017 pelos Fundos de Investimento Imobiliário (art. 9º, § 3º, da Instrução Normativa SRF nº 25/2001) Cód. Darf 5232. Darf Comum (2 vias) IRPF – Carnê-leão - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de dezembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) Cód. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de dezembro/2017 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - Cód. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira - Cód. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) IRPF - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de dezembro/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de dezembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 1ª quota ou quota única da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 1º trimestre de 2018 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) Finor/Finam/Funres (Apuração mensal) - Recolhimento do valor da opção com base no IRPJ devido, no mês de dezembro/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9º da Lei nº 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9017. Finam: 9032. Funres: 9058. Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: LEONARDO RODRIGUES DE CARVALHO, solteiro, repositor, nascido em 03/08/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua São João Del Rei, 104, Cabana, Belo Horizonte, filho de EMERSON RODRIGUES DA CRUZ e MARIA APARECIDA DE CARVALHO Com ANA CAROLINA JANUARIO CARNEIRO, solteira, vendedora, nascida em 09/11/1998 em Sabará, MG, residente a Rua São João Del Rei, 104, Cabana, Belo Horizonte, filha de CASSIO ALBERTO CARNEIRO e LUCILENE JANUARIO DE CARVALHO. LUCIMARCO BRAGATTO, solteiro, padeiro, nascido em 29/11/1979 em Governador Valadares, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Cabana, Belo Horizonte, filho de JACOMO BRAGATTO e MARIA DAS GRACAS BATISTA LOPES Com ANGELA PEREIRA ROSA, solteira, do lar, nascida em 01/03/1982 em Governador Valadares, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Cabana, Belo Horizonte, filha de CAMILO NICACIO ROSA e MARIA ENY PEREIRA ROSA. FERNANDO GENEROSO NEIVA FERREIRA, solteiro, engenheiro, nascido em 21/10/1987 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Peperi, 616, Nova Granada, Belo Horizonte, filho de JORGE LUIZ GENEROSO COSTA FERREIRA e LEDA GLAUCIA PORTO NEIVA FERREIRA Com MARINA DE SOUSA ANTUNES, solteira, psicóloga, nascida em 30/08/1988 em Itauna, MG, residente a Rua Peperi, 616, Nova Granada, Belo Horizonte, filha de JOSE FERREIRA ANTUNES e LUCY FERREIRA DE SOUSA ANTUNES. RODRIGO DE CASTRO FONSECA, solteiro, funcionário publico, nascido em 17/04/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Desembargador Barcelos, 696, Nova Suíça, Belo Horizonte, filho de ALBERTO MAGALHAES FONSECA e ADELIA MARIA DE CASTRO FONSECA Com VANESSA SANTOS BATISTA, solteira, funcionaria publica, nascida em 22/05/1986 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Desembargador Barcelos, 696, Nova Suíça, Belo Horizonte, filha de JOVANDES FRANCISCO BATISTA e ZULMA SANTOS BATISTA.

LEONARDO FABIANO FERNANDES LIMA, solteiro, metalúrgico, nascido em 22/06/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Guilherme Pinto Da Fonseca, 263, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filho de HELIO DE SOUZA LIMA e MARIA BERTULINA FERNANDES SOUZA LIMA Com RAQUEL APARECIDA ALVES, solteira, estudante, nascida em 29/03/1986 em Contagem, MG, residente a Rua Guilherme Pinto Da Fonseca, 263, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filha de ANTONIO RAMILO ALVES FILHO e MARIA MARTA ALVES. KLAUS VINICIUS MOREIRA ALVES, solteiro, ajudante de padeiro, nascido em 31/10/1996 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Do Campo, 20, Jardim America, Belo Horizonte, filho de JOSE VICENTE ALVES e ODETE MOREIRA ALVES Com MARIA DAS GRACAS DA SILVA BASILIO, solteira, auxiliar de professora, nascida em 28/07/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Alaíde, 54, Jardim America, Belo Horizonte, filha de JOSE JOAO BASILIO e VITORIA CANDIDA DA SILVA. ADEHER LUCAS FERREIRA LACERDA, solteiro, promotor de merchandising, nascido em 30/10/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Pastor Belmiro Amorim, 220, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de ADEHER NEVES LACERDA FILHO e ROSELANE FERREIRA LACERDA Com ANA CLAUDIA LORENA SILVA DE MATOS, solteira, auxilia de escritório, nascida em 25/03/1997 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Santa Cecília, 990, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de CLAUDIO DE MATOS e MARIA DO CARMO SILVA DE MATOS. DOLEZAR PROCOPIO FERREIRA NETO, solteiro, almoxarife, nascido em 07/07/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Benjamim Flores, 282, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de DISCELIO ANTONIO FERREIRA e MARIA JOSE DE FREITAS Com DENISE MENDES SANTOS, solteira, do lar, nascida em 01/02/1990 em São Paulo, SP, residente a Rua Benjamim Flores, 282, Nova Cintra, Belo Horizonte, filha de GENESIO DO CARMO SANTOS e LIZETE ANTONIA MENDES. EFRAIN DE JESUS, solteiro, serviços gerais, nascido em 08/01/1995 em Sento Se, BA, residente a Rua Walter Guimarães Figueiredo, 130 802, Buritis, Belo Horizonte, filho de IVAN DE JESUS e ELISIA MARIA DE JESUS Com GENILDA ANTONIA FERREIRA, solteira, domestica, nascida em 01/09/1994 em Minas Novas, MG, residente a Rua Walter Guimarães Figueiredo, 130 802, Buritis, Belo Horizonte, filha de JOAO RODRIGUES FERREIRA e JUSCELINA ANTONIA RAMOS FERREIRA. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 30/01/2018. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 9 editais.

Faz saber que pretendem casar-se

RODRIGO GUILHERME BATISTA, solteiro, mecânico de aeronaves, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 09 de abril de 1983, residente à Rua Rio Ipiranga, 114, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filho de JOÃO GUILHERME BATISTA e MARIA DAS GRAÇAS BATISTA; e ELENICE AQUINO DA SILVA, divorciada, vendedora, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 08 de dezembro de 1982, residente à Rua Rio Ipiranga, 114, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ PEREIRA DA SILVA e ELENITA AQUINO DA SILVA.

AILTON PINTO JÚNIOR, solteiro, vigilante, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 07 de março de 1989, residente à Avenida V, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de AILTON PINTO e ROSA APARECIDA SILVA PINTO; e ANNA ADELAIDE XAVIER DE CASTRO, divorciada, aposentada, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 11 de setembro de 1967, residente à Avenida V, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de ISMAEL XAVIER DE CASTRO e MARIA DAS GRAÇAS DE CASTRO.

RAFAEL DIAS FRANCO, solteiro, educador físico, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 04 de outubro de 1986, residente à Avenida VII, 523, Frimisa, Santa Luzia MG, filho de RONALDO TEIXEIRA FRANCO e VIRGILANE DIAS; e GEÝSA CARDOSO AMORIM, solteira, engenheira civil, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 12 de junho de 1990, residente à Avenida VII, 523, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de JOÃO AMORIM e MARLY CARDOSO DE ARAÚJO.

GILBERTO DE SIQUEIRA, solteiro, pedreiro, natural de Vespasiano - MG, nascido em 07 de agosto de 1962, residente à Rua C X, 21, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de ANTÔNIO CELESTINO SIQUEIRA e EFIGÊNIA MARIA GOMES SIQUEIRA; e ALEXANDRA DOS SANTOS PEREIRA, solteira, serviços gerais, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 24 de janeiro de 1971, residente à Avenida VIII, 375, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de LÁZARO ANTÔNIO PEREIRA e NEUZA DOS SANTOS PEREIRA.

FÁBIO HENRIQUE DE LIMA, solteiro, administrador de empresas, natural de Patos de Minas - MG, nascido em 16 de outubro de 1987, residente à Rua Aurélio Dolabela, 55, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de ARCÍDIO ANTÔNIO DE LIMA e EDNA PEREIRA LIMA; e SHYMENYA ROGÉRIO SILVA, solteira, enfermeira, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 26 de maio de 1991, residente à Rua Aurélio Dolabela, 55, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de WASHINGTON HELTON DA SILVA e ROSELENE SOARES ROGÉRIO SILVA.

JOÃO ERAQUE, divorciado, aposentado, natural de Mantena - MG, nascido em 12 de março de 1946, residente à Rua das Seringueiras, 151, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de SEBASTIÃO ERAQUE FILHO e MARIA DAS DÔRES PAULINA; e ANA DE SOUZA BATISTA, solteira, auxiliar de serviços gerais, natural de Santa Maria de Itabira - MG, nascida em 17 de fevereiro de 1966, residente à Rua das Seringueiras, 151, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ ESTEVAM BATISTA e JOVELINA PEDRO DE SOUZA BATISTA.

NATHANIEL FERNANDES DE BRITO, solteiro, técnico em informática, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 05 de julho de 1990, residente à Rua Maria Piedade Vieira, 260, Idulipê, Santa Luzia - MG, filho de RONALDO SOTERO DE BRITO e EVA MATUZINHA DE BRITO; e RAQUEL ABREU BARBOSA, solteira, administradora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 08 de março de 1992, residente à Rua Maria Piedade Vieira, 260, Idulipê, Santa Luzia MG, filha de EVANDRO LIMA BARBOSA e ROSIMAR DE ABREU BARBOSA.

SÉRGIO MOREIRA, solteiro, lavrador, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 15 de maio de 1995, residente à Rua São Geraldo, 316, Barreiro do Amaral, Santa Luzia - MG, filho de CARLOS LÚCIO MOREIRA e ELZA DA CONCEIÇÃO MOREIRA; e APOLIANA MARIA DA CONCEIÇÃO, solteira, do lar, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 26 de maio de 1999, residente à Rua São Geraldo, 316, Barreiro do Amaral, Santa Luzia - MG, filha de ELI DA CONCEIÇÃO e MÁRCIA MARIA MOREIRA DA CONCEIÇÃO.

JOEL CAMPOS SOARES, solteiro, policial militar, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 19 de março de 1988, residente à Rua Antônio Soares Diniz, 135, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de JOVENTINO JOSÉ SOARES e DILMA CAMPOS TOMÉ SOARES; e ANA CAROLINA DA CRUZ PEREIRA, solteira, do lar, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 12 de janeiro de 1999, residente à Rua Antônio Soares Diniz, 135, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de GESSÉ BRITO PEREIRA e LAUDICÉIA CATALUNHA DA CRUZ PEREIRA.

REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA Registro Civil de Santa Luzia - LUCIANA RODRIGUES ANTUNES - Oficiala do Registro Civil - Rua Floriano Peixoto, 451 – Tel.: 3642-9344 - Santa Luzia – Minas Gerais

ANDRÉ LUIZ DE ALENCAR SILVA MENDES, solteiro, desenvolvedor, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 19 de novembro de 1991, residente à Rua Dr. Aracanjo Soares de Azevedo, nº65, Alto Bela Vista, Santa Luzia MG, filho de WILSON WLADIMIR DE ALENCAR MENDES e PERCÍLIA FRANCISCA DA SILVA MENDES; e MAÍRA DE CÁSSIA DAMASCENO, solteira, professora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 26 de março de 1992, residente à Rua Tolendal, nº190, Quarenta e Dois, Santa Luzia - MG, filha de PAULO CÂNDIDO DAMASCENO e MARISTELA DA CUNHA DAMASCENO. EDER NOGUEIRA AFONSO, solteiro, aposentado, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 28 de novembro de 1978, residente à Rua José Liberato Moreira, nº500, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ RAIMUNDO AFONSO e ELIANA EMÍLIA DE ARAÚJO AFONSO; e AMANDA MICHELLE DE PAULA, solteira, fisioterapeuta, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 30 de setembro de 1983, residente à Rua Aurélio Dolabela, nº16, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de ANTÔNIO DE PAULA FILHO e MARIA DE LOURDES DE PAULA. EMMANUEL COSME FORTUNATO, solteiro, técnico de campo, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 07 de junho de 1990, residente à Rua José Martins, 19, Morada do Rio, Santa Luzia - MG, filho de MILTON ROBERTO FORTUNATO e BERENICE LUZ SILVA NASCIMENTO; e TATIANE RIBEIRO DIAS, solteira, gerente de vendas, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 24 de janeiro de 1987, residente à Rua José Santana, 517, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filha de MUCIO GONÇALVES DIAS e MARIZA RIBEIRO DA COSTA DIAS. Santa Luzia, 31 de janeiro de 2018. Luciana Rodrigues Antunes - Oficiala do Registro Civil 12 editais.

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LEGISLAÇÃO JOSÉ CRUZ/ABr

SIMPLES NACIONAL

Prazo para parcelar dívidas tributárias termina hoje Quase 600 mil micro e pequnas empresas devem R$ 20 bilhões Brasília – A data-limite para empresários de micro e pequeno porte que possuem dívidas tributárias com a União para solicitar o parcelamento dos débitos em até 60 meses vence hoje. Após este prazo, as empresas que não acertarem as contas com o governo serão excluídas do Simples Nacional. Quase 600 mil empresas foram notificadas pela Receita Federal no ano passado, devendo cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos. “Estamos lutando para derrubar no Congresso o veto do governo e manter o Refis para os pequenos negócios. O projeto vai dar condições mais favoráveis para as empresas parcelarem os débitos. Mas para aderir ao Refis, é preciso continuar no Simples. Então, as empresas que ainda não procuraram a Receita, devem correr”, alerta o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empreas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos. Pelas regras atuais do Simples, é possível parcelar as dívidas fiscais em até 60 meses. A partir da regulamentação do Refis para as micro e pequenas empresas, o número de parcelas para quitação dos débitos chega a até 180 vezes, com redução expressiva de juros e multas. Desde o último dia 15, o Sebrae lidera a campanha “Refis para os Pequenos” (www.refisparaospequenos. com.br), com esclarecimentos e registro de apoio para mobilizar parlamentares do Congresso Nacional a derrubarem o veto ao projeto de recuperação fiscal. Veto - Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou por unanimidade o projeto que estende aos pequenos

negócios os benefícios já concedidos às grandes empresas para parcelamento de débitos fiscais. O governo federal, porém, vetou o projeto no último dia 5. Após o retorno das atividades parlamentares, no dia 2 fevereiro, o Congresso poderá derrubar o veto. A partir da derrubada, o projeto será regulamentado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). Após a regulamentação do Refis pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, as empresas que já tiverem

as dívidas parceladas poderão procurar novamente a Receita e migrar para as condições mais favoráveis previstas pelo Refis. O Simples foi criado com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, e entrou em vigor um ano depois. O sistema é um regime compartilhado (União, estados e municípios) de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos, destinado às micro e pequenas empresas, que pagam em um único boleto oito impostos: Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social de Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Financeira para a Seguridade Social (Cofins), Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição Patronal Previdenciária. (ASN) Afif alerta para necessidade de evitar exclusão do Simples

MEIs precisam solicitar o reenquadramento no Simei O prazo para microempreendedores individuais (MEIs) que ganharam mais de R$ 72 mil, em 2017 e não excederam o novo teto de faturamento de R$ 81 mil para solicitar o reenquadramento no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos do Simples Nacional (Simei) termina hoje. Até 2017, um dos requisitos para ser MEI era faturar até R$ 60 mil. Porém, após a aprovação do Projeto de Lei 125/2015 – “Crescer sem Medo”, que prevê alterações no Simples Nacional, o limite anual de faturamento para adesão ao regime tributário do MEI passou para R$ 81 mil a partir de 2018. Desta forma, o MEI que faturou mais de 20% acima do teto, ou seja, no ano passado teve uma receita maior que R$ 72 mil, mas se manteve dentro dos R$ 81 mil do novo limite de faturamento, tem até hoje para regularizar os débitos e obrigações da empresa em relação a 2017. “Por exemplo, se o empreendedor teve um faturamento de R$ 75 mil no ano passado, ele irá pagar um percentual de 4% para as atividades ligadas ao setor de comércio, 4,5% para a indústria

e 6% para os serviços, sobre os R$ 75 mil. Além disso, terá de informar à Receita Federal, por meio do Portal do Simples Nacional, que pretende voltar a ser enquadrado como MEI em 2018”, explica a analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) Viviane Soares. O ideal é que o MEI que excedeu o limite de faturamento procure um contador para avaliar a melhor decisão a ser tomada em relação ao regime tributário para o seu negócio. “Faturando mais, o empreendedor deve verificar se vale a pena continuar como MEI ou migrar para Microempresa. Por isso, a avaliação do contador é essencial”, justifica a analista do Sebrae Minas. Boleto mensal - Os mais de 7 milhões de MEIs no Brasil devem estar atentos para a mudança na contribuição mensal que começa a valer a partir de fevereiro. O boleto de pagamento mensal das obrigações tributárias por meio do Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) terão os valores reajustados. Com o aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 954,

o valor fixo do boleto mensal (DAS) passa para R$ 48,70 para atividades de comércio/indústria e/ou transporte intermunicipal ou interestadual, R$ 52,70 para MEI que presta serviços em geral e R$ 53,70 para atividades ligadas ao comércio e/ou indústria com serviços. “O cálculo do DAS corresponde a 5% do salário mínimo, a título da Contribuição para a Seguridade Social, mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e/ou R$ 5 de Imposto sobre Serviços (ISS)”, explica o analista do Sebrae Minas Haroldo Santos. O tributo, destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ISS, deve ser pago até o dia 20 de cada mês, na rede bancária ou em casas lotéricas. “O atraso ou não pagamento pode gerar problemas, como a suspensão dos benefícios previdenciários, e gerar multas e juros”, alerta Santos. A guia para pagamento deve ser impressa pelo Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br). Pelo celular, o documento poderá ser gerado pelo aplicativo da Receita Federal, disponível para os sistemas

operacionais iOS e Android. Os formalizados também poderão comparecer aos Pontos de Atendimento do Sebrae de sua cidade e solicitar a impressão da guia gratuitamente. Formalização - Os MEI são trabalhadores que faturam até R$ 81 mil por ano, não têm participação em outra empresa como sócio ou titular, têm até um empregado contratado e desempenham uma das 490 ocupações permitidas. Quem opta por ser MEI passa a ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e acesso aos benefícios do INSS. Também pode contratar até um funcionário que receba até um salário mínimo. O processo de formalização é rápido e pode ser feito de forma gratuita no Portal do Empreendedor. Ao se formalizar, o MEI pode emitir nota fiscal e participar de licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos, fazer vendas por meio de máquinas de cartão de crédito, entre outras vantagens. Mais informações podem ser obtidas no site www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional ou na Central de Atendimento do Sebrae Minas, pelo telefone 0800 570 0800. (ASN)

TRABALHO ESCRAVO

Abrainc contesta cadastro de empregadores no STF Brasília - A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação questionando a portaria que trata do cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores à condição análoga à de escravo. Na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 509, a entidade defende que a regra instituída pela portaria só poderia ter sido criada por lei. Na ADPF, a entidade sustenta que a Portaria Interministerial MTPS/MMIRDH 4/2016, ao criar cadastro de caráter sancionatório e restritivo de direitos, ofende o princípio da reserva legal, uma vez que aos ministros de Estado não é permitido atuar como legisladores. “A administração é atividade que depende integralmente da lei para sua execução” afirma. Assim, a produção de regulamentos independentes ou autônomos, como seria o caso, iria contra a Constituição Federal. A Abrainc cita ainda o artigo 87, inciso II, da Constituição Federal, que

prevê entre as competências do ministro de Estado a expedição de instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos. “A portaria não guarda qualquer similitude, quanto ao conteúdo, com as normas que se refere em seu texto”, afirma, alegando que a norma não ostenta, por isso, o caráter de instrumento regulamentar. Outro argumento mencionado é a ofensa ao princípio da separação dos Poderes, já que a competência para legislar sobre a matéria, segundo alega, é do Congresso Nacional, competindo ao presidente da República sancionar e publicar as leis. “Os ministros de estado, ao editarem a portaria, legislaram, sancionaram e publicaram norma que inovou no ordenamento pátrio”, afirma. A associação alega ainda a falta de procedimento próprio para a defesa da infração administrativa de submissão de trabalhadores a condições análogas à de escravo, e defende a observação dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

A ADPF 509 tem pedido de concessão para suspender a eficácia da norma e de toda a cadeia normativa relativas ao assunto, remetendo à primeira portaria quanto ao tema, de 2004. No mé-

rito, pede a declaração de inconstitucionalidade das normas. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, entendeu que o caso dos autos não se enquadra na

previsão do artigo 13, inciso VIII, do Regimento Interno do Supremo, segundo o qual compete à Presidência do Tribunal decidir questões urgentes nos períodos de recesso ou de férias, e deter-

minou que o processo seja encaminhado ao gabinete do relator, ministro Marco Aurélio Mello, a quem caberá a análise do tema após as férias forenses. As informações são do STF.

Ministério reduziu fiscalizações em 2017 DA REDAÇÃO

O Ministério do Trabalho realizou 205.979 fiscalizações relativas ao cumprimento das normas trabalhistas e de segurança e saúde no trabalho em todo país em 2017. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram onde ocorreram mais ações, sendo 31.555, 27.207 e 21.808,respectivamente. Em 2016, o Ministério do Trabalho havia realizado 264.562 fiscalizações, com um total de 232.506 autos de infração lavrados. Em 2017, foram 257.610 autos lavrados pelos 2.367 auditores-fiscais do Trabalho em todo país. “Apesar das dificuldades, obtivemos um bom resultado”, avalia o

diretor de Fiscalização do Ministério, João Paulo Ferreira Machado. No combate ao trabalho análogo ao de escravo, num total de 3.786 trabalhadores alcançados pela fiscalização, 407 foram resgatados por estarem submetidos a trabalho análogo ao de escravo. Foram fiscalizadas 184 propriedades, o que resultou no pagamento de R$ 2,28 milhões. “Conseguimos, mesmo com o contingenciamento, com que os grupos móveis mantivessem uma média quatro ações de combate ao trabalho análogo por mês durante o ano”, avalia. Além disso, a fiscalização afastou 1.085 crianças e adolescentes do trabalho irregular e outros 102.311 empregados foram encon-

trados em situação informal, sem registro em carteira. Um total de 113.829 aprendizes e 37.217 pessoas com deficiência ou reabilitadas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram inseridas no mercado de trabalho sob ação fiscal. Na prevenção de acidentes doenças do trabalho foram realizadas 42.574 ações fiscais, com 1.575 acidentes do trabalho analisados pelos auditores-fiscais do Trabalho em 2017. Neste ano, salienta João Paulo, o foco da fiscalização, além da erradicação do trabalho análogo ao de escravo e infantil, será a proteção do adolescente trabalhador, o combate à informalidade, o cumprimento das cotas legais para admissão de aprendizes e

de pessoas com deficiência, o combate à discriminação no ambiente de trabalho e, ainda, a prevenção e redução de acidentes ou doenças do trabalho. Também estarão na pauta dos auditores-fiscais o combate à inadimplência e a sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com relação ao desconhecimento das normas, o diretor de Fiscalização ressalta que o governo Ffderal possui um canal de atendimento exclusivo para questões trabalhistas, o Alô Trabalho (158). Além disso, oferece o plantão de orientação trabalhista na maior parte de suas unidades em todo o Brasil. As informações são do Ministério do Trabalho.


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Artes Visuais no Cefart A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), abre inscrições para os cursos Produção em Artes Visuais e Formação Continuada em Artes Visuais. Ao todo, são oferecidas 360 vagas, sendo 80 para o curso Técnico de Produção em Artes Visuais e 280 para os cursos de Educação Continuada em Artes Visuais. Os interessados têm até 16 de fevereiro para fazer a inscrição, no site da FCS (www.fcs.mg.gov.br). A inscrição para qualquer um dos cursos ofertados tem valor de R$ 55 e o interessado deve preencher um formulário, disponível no site da FCS. Como requisito básico para a realização do curso, o candidato deve estar regularmente matriculado ou ter concluído o Ensino Médio. As disposições detalhadas sobre as demais informações constam no Edital de Seleção, também disponível no site.

Cursos na Faop Crianças, jovens e adultos podem se inscrever, até 19 de fevereiro, nos cursos de artes visuais, artes plásticas e música do Núcleo de Arte da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). Os cursos são voltados para quem quer dar os primeiros passos nas artes ou aperfeiçoar conhecimentos. Para crianças de 6 a 10 anos, o “Arte para Crianças” oferece aulas de gravura, cinema, musicalização, desenho e pintura. Crianças e jovens de 10 a 16 anos podem participar do “Arte para Jovens”, com circuitos museológicos, teatro, desenho e pintura. Já para maiores de 16 anos, o Núcleo de Arte oferece os ateliês de gravura, com monotipia e xilogravura; e de desenho, pintura e objeto. Há ainda cursos livres de fotografia, cerâmica, bordado, linguagens artísticas contemporâneas, pintura a óleo, pintura em aquarela, pintura com têmperas e acrílica, desenho, panorama da arte brasileira, história geral da arte e teoria e prática de violão. Mais informações: nucleodearte@faop.mg.gov. br ou (31) 3551-5052.

Antibióticos A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a resistência generalizada aos antibióticos que são usados para combater bactérias que causam várias infecções. Os mais frequentes microrganismos causadores de doenças são a Escherichia coli, que provoca infecções do trato urinário, e as bactérias Klebsiella pneumoniae, a Staphylococcus aureus e a Streptococcus pneumoniae, que causam a pneumonia, seguidas pela salmonella. A OMS lançou no início desta semana o Sistema Mundial de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos, visando “padronizar a coleta de dados dos países para dar uma imagem mais completa dos padrões e tendências” referentes ao assunto. Segundo a agência da ONU, o sistema não inclui dados sobre a resistência da bactéria que provoca a tuberculose, a Mycobacterium tuberculosis, porque o relatório global sobre a doença já inclui essas atualizações desde 1994.

Aedes aegypti gera ao menos R$ 2,3 bi de prejuízos no País ALEXANDRE CARVALHO / DIVULGAÇÃO

São Paulo - O avanço pelo Brasil de três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2016 causou ao País um prejuízo de pelo menos R$ 2,3 bilhões - um impacto de 2% no Produto Interno Bruto (PIB). Juntas, dengue, zika e chikungunya somaram naquele ano cerca de 2 milhões de casos, um drama para a saúde pública que trouxe junto prejuízos econômicos. É o que aponta um estudo feito pela consultoria Sense Company, que faz análises econômicas para empresas farmacêuticas e realizou esse trabalho sob encomenda da Oxitec, produtora de Aedes transgênicos. O trabalho levou em conta os custos de combate ao mosquito (por repasse de recursos federais para larvicidas e inseticidas, por exemplo), os custos médicos para diagnóstico e tratamento das doenças e os custos indiretos, pela falta ao trabalho por causa da doença e consequente perda da produtividade. O valor é considerado pelos próprios autores como conservador, uma vez que não levou em conta prejuízos de longo prazo com a microcefalia e outras doenças neurológicas, por exemplo, nem com a morte de alguns pacientes. “Representa o mínimo impacto que as doenças tiveram em 2016. É daí para cima”, afirma Vanessa Teich, professora do Insper, fundadora da Sense Company e líder do estudo. “Se pensarmos que significa 2% do PIB, é um custo relevante de doenças que poderiam ser evitadas. É um gasto importante que poderia ser investido em outros fins, em outras áreas de saúde mesmo”, defende. O combate ao vetor representou a maior fatia dos custos - 64,6%. Custos médicos diretos responderam por 16% do total e os indiretos, por 19%. Os

emergenciais”, explica.

Dengue, zica e chikungunya somaram 2 milhões de casos em 2016, representando um drama para a saúde pública brasileira e prejuízo de 2% do PIB resultados, divulgados ontem, serão publicados no Jornal Brasileiro de Economia da Saúde. Segundo Vanessa, os dados refletem ainda um outro complicador - os gastos não têm efeito de longo prazo, de modo a assegurar o País contra novos surtos das doenças. Foram todos emergenciais. “Não vimos nenhum custo estrutural, que pudesse ser categorizado como investimento. São gastos em larvicidas, nos agentes de combate às endemias. Houve investimento em criar os centros de reabilitação para quem teve complicações de zika. Mas ainda precisará haver manutenção. É tudo para ações

Minas Gerais - O trabalho considerou também os gastos por estados. Minas Gerais foi o campeão, com perdas de R$ 323.937.946, seguido de São Paulo, com R$ 255.470.166. O Nordeste, região mais afetada pela zika, somou R$ 761 milhões. “O impacto para cada lugar tem a ver com a ocorrência total de casos e também com a composição de casos, se de dengue, chikungunya ou de zika. Em 2016, em Minas foram notificados 528 mil casos só de dengue. Houve uma discrepância ali. Já o Nordeste apareceu com uma perda não tão alta, porque o custo do tratamento agudo do zika não é dos mais caros e não conseguimos fazer uma estimativa de gastos futuros com a microcefalia. Se a gente incluísse os custos dessas complicações, certamente o peso desses estados aumentaria também”, afirma Vanessa. (AE)

CULTURA AQUIVO PESSOAL

VANIA CARDOSO / DIVULGAÇÃO

BDMG Cultural (Rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes, Belo Horizonte) Histórias do avô

Retiro no Carnaval

Livro

Artes plásticas

A organização Brahma Kumaris realiza, nos quatro dias de Carnaval, de 10 a 13 de fevereiro, o retiro “Silêncio, um tempo a nosso favor”. Os instrutores serão Célia Oliveira e Olavo Moreira, professores da Brahma Kumaris há 30 anos e coordenadores da organização em Piracicaba. Em um mundo com tantos ruídos, momentos de silêncio caem como presentes necessários e prazerosos que damos a nós mesmos. É um tempo para relaxamento, caminhadas e exploração da natureza. O retiro será no Portal da Paz, que oferece um ambiente puro, sereno e espiritual. A Brahma Kumaris é um movimento espiritual mundial dedicado à transformação pessoal e à renovação do mundo. Fundada na Índia, em 1937, está presente hoje em mais de 110 países, em todos os continentes, com impacto em muitos setores, como uma ONG internacional. Inscrições: http://www.brahmakumaris. org.br. Informações: (31) 3371-9802.

Lançamento - O primeiro livro de Daniel Penido traz um pouco de ritmo, consciência, corporal, arte e música, resultando em um método de ensino inovador e divertido. A obra apresenta ao leitor nova proposta de aprendizado, na qual a mente é trabalhada de forma plena e saudável. “Palmapé – ensino rítmico e consciência corporal” é descrito pelo autor divinopolitano como um “manual de estudo próprio ou para lecionar”. Quando: Hoje, a partir das 19h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Casa Arte e Cultura (Rua Piauí, nº 1.231, Sidil, Divinópolis, MG)

Mostra - Natureza e arquitetura se relacionam na exposição inédita “Espaço Transitório”, de pinturas, desenhos e objetos, do artista plástico mineiro Henrique Detomi, com curadoria de Fernando Velázquez. Detomi se formou em artes plásticas na Escola Guignard (Uemg), em 2010. Em 2017, iniciou mestrado em artes visuais pela Escola de Comunicação e Artes (ECA), em São Paulo. Quando: Visitação de 3 de fevereiro a 6 de março. Diariamente, inclusive aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Às quintas, das 10h às 21h Quanto: Acesso Gratuito Onde: Galeria de Arte

Obra - O advogado mineiro Flávio Campos lança seu primeiro livro, “O Burrinho Sete Ouros”, com seção de autógrafos. A obra é inspirada nas histórias que o avô de Flávio contava ao seu pai, que as recontava para ele quando menino. Agora, o advogado resolveu recriar os versos, que ganharam as páginas do livro. Quando: Dia 17 de fevereiro, das 11h às 13h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Café com Letras Liberdade, Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários, Belo Horizonte) Cantor e compositor Disco solo - O cantor e compositor José Luís Braga lança o disco “Nossa Casa”, na programação do Verão Arte Contemporânea 2018. É o primeiro disco solo do artista, um dos criadores da banda Graveola e o Lixo Polifônico. O disco apresenta canções autorais carregadas de sutileza e delicadeza. Na obra, a simplicidade flerta com a complexidade, em

encontro de forças musicais vivas e originais. Quando: Domingo (4), às 19h Quanto: R$ 20 (Inteira) Onde: Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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