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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.553 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

Produção do parque industrial mineiro cresceu 1,5% em 2017 Alta foi influenciada, principalmente, pelo desempenho do segmento extrativo No ano passado, oito dos 13 segmentos contemplados na composição do indicador tiveram elevação na produção. Além da indústria extrativa (3,4%), puxada pelo minério de ferro em bruto ou beneficiado, contribuíram com maior peso para o crescimento do nível da atividade os ramos alimentício (1,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,2%) e de produtos têxteis (13,8%). O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Paulo Casaca avalia que, para um período pós-crise, o resultado foi bastante significativo, porque mostra que o Estado saiu da recessão e começou a se recuperar. Ele destaca, porém, que, para 2018, ainda é preciso cautela quanto ao que vem pela frente. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 3

DIVULGAÇÃO

Carro-chefe da economia mineira, o beneficiamento do minério de ferro exerce um peso importante no desenvolvimento econômico

Copasa terá R$ 595 mi do BNDES

EDITORIAL O Copom reduziu, na última quarta-feira, em 0,25% a taxa Selic, para 6,75% ao ano. Esse foi o 11º corte seguido da Selic, que atingiu o seu menor nível histórico desde 1996, quando o Copom foi criado. Espera-se que, com esse movimento da Selic, os bancos reduzam as taxas de administração dos seus produtos de renda fixa para manter a competitividade dos mesmos. Cabe aos investidores acompanhar essas mudanças para que a concorrência entre os bancos se torne mais ferrenha. O crescimento das fintechs e bancos de médio porte é uma boa oportunidade para investimentos com taxas de retorno mais atrativas. É sempre bom lembrar que o Fundo Garantidor de Créditos devolve aos clientes até R$ 250 mil por CPF em caso de quebra de um banco, desde que o dinheiro esteja depositado em conta corrente ou aplicado em uma série de investimentos. “Diversificação de investimentos”, pág. 2

Shoppings adotam novo conceito

OPINIÃO Enquanto a ministra Cármen Lúcia evocava a nobreza do Judiciário, exaltando a necessidade de preservá-lo dos ataques que vem sofrendo nos últimos meses, integrantes do mesmo Poder insistiam na aprovação do auxílio-moradia, além de sustentar a pertinência de uma proposta de EC que se encontra pendente no Senado Federal. Esta importará no pagamento de um adicional por tempo de serviço de 5% do subsídio mensal, a cada quinquênio de carreira. A aprovação dessa proposta resultará na elevação dos vencimentos de juízes e membros do Ministério Público em até 35%, ultrapassando o limite constitucional, que atualmente é de R$ 33.763. Com todo respeito que possam merecer os postulantes pelas funções que desempenham, num Brasil onde o salário mínimo é de R$ 954, conceder um aumento de 40% beira o absurdo. (Aristoteles Atheniense), pág. 2 Dólar - dia 8

Euro - dia 8

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2790 Venda: R$ 3,2795

DIVULGAÇÃO

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última quarta-feira, os acionistas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) aprovaram, por unanimidade, a contratação de um empréstimo de longo prazo no valor de R$ 595,5 milhões no âmbito da Instrução Normativa nº 29, de 11 de julho de 2017, do Ministério das Cidades. Os recursos serão investidos na implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em diversos municípios de atuação da concessionária mineira. Pág. 5 Copasa detalhou que o empréstimo terá um custo de juros de 6% ao ano

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ALISSON J. SILVA

Arquitetos, engenheiros, gestores e estudiosos do perfil de consumo vêm trabalhando em projetos que privilegiam, cada vez mais, a integração de ambientes e serviços, uso de áreas verdes e luz natural. O novo conceito foi batizado “Shopping do Futuro” ou “Shopping Aberto”. Se antes o que trazia as pessoas ao shopping eram as lojas âncora, agora são as opções gastronômicas”, analisou Isabella Aguirre, líder de Marketing do Shopping Contagem. Já a gerente de Marketing do Shopping Cidade, Carolina Vaz, afirmou que o novo consumidor exige Os centros de compras valorizam o contato com o ambiente externo um propósito. Págs. 11 e 12

Venda: R$ 4,0146

TR (dia 9): ............................. 0,0000%

BOVESPA

Poupança (dia 9): ............ 0,3994%

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Turismo

Ouro - dia 8

IPCA-IBGE

(Janeiro): ...

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Compra: R$ 3,2700 Venda: R$ 3,4270

Nova York (onça-troy): US$ 1.319,00

IPCA-Ipead

(Janeiro): ...

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Ptax (BC) Compra: R$ 3,2686 Venda: R$ 3,2692

BM&F (g):

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IGP-M (Janeiro): ....................... 0,76%

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Previdência: para Meirelles governo não tem plano B Tamanhas são as apostas do governo federal quanto à aprovação da reforma da Previdência nas próximas semanas, após o recesso parlamentar, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), voltou a afirmar, na capital mineira, que não há um plano B para o caso de o texto não ser aceito no Congresso Nacional. Ele confirmou o fim de fevereiro como a data-limite para votar a proposta. Pág. 7

Com maior liquidez, soja conquista mais espaço Na safra 2017/18 de grãos, Minas Gerais deve colher 13,3 milhões de toneladas, volume que, se alcançado, será 5,5% inferior ao recorde de 14 milhões de toneladas colhidas na safra passada. O impacto negativo veio, principalmente, do milho, que, devido aos preços inferiores, foi substituído pela soja, grão que tem maior liquidez no mercado. Os dados são do 5º Acompanhamento da Safra da Conab. Pág. 13


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

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OPINIÃO Vantagens, ainda que injustas ARISTOTELES ATHENIENSE * A manifestação havida em frente ao Supremo Tribunal Federal no dia em que a Corte promovia a abertura do Judiciário, primou pelo seu ineditismo. E neste, certamente, outras categorias profissionais haverão de se valer em suas reivindicações. Juízes, membros do Ministério Público, como que alheios à situação que o País atravessa, ergueram faixas e cartazes pleiteando melhoria de vencimentos, usando linguagem incompatível com as funções que exercem. Quem não soubesse a finalidade da concentração e quem eram os seus participantes, poderia supor que se tratava de movimento sindicalista, à semelhança das concentrações promovidas pela CUT e MST. Enquanto a ministra Cármen Lúcia evocava a nobreza do Judiciário, exaltando a necessidade de preservá-lo dos ataques que vem sofrendo nos últimos meses, integrantes do mesmo Poder insistiam na aprovação do auxílio-moradia, além de sustentar a pertinência de uma proposta de EC que se encontra pendente no Senado Federal. Esta importará no pagamento de um

adicional por tempo de serviço de 5% do subsídio mensal, a cada quinquênio de carreira. A aprovação dessa proposta resultará na elevação dos vencimentos de juízes e membros do Ministério Público em até 35%, ultrapassando o limite constitucional, que atualmente é de R$33.763. Com todo respeito que possam merecer os postulantes pelas funções que desempenham, num Brasil onde o salário mínimo é de R$ 954, conceder um aumento de 40% beira o absurdo. A palavra “auxílio” equivale à assistência, ajuda, proteção, amparo, apoio, adjutório, socorro. Obviamente, só faz jus a este favor quem esteja em condições precárias, carecendo do benefício. Chamou a atenção o fato de o juiz Marcelo Bretas ingressar em juízo para receber o auxílio-moradia, mesmo sendo casado com uma juíza que já recebia a vantagem, o que é vedado pelo Conselho Nacional de Justiça. O casal tem salário mensal de R$ 58 mil, auferindo R$ 8.756 de auxílio-moradia. Quanto a Sérgio Moro, residindo em imó-

vel próprio, faz uso da liminar que o ministro Luiz Fux concedeu em setembro de 2014, que foi estendida a todos os juízes do País. No seu entendimento, esse adjutório compensa a falta de reajuste de vencimentos, o que não acontece deste 1º de janeiro de 2015. Ora, se qualquer assalariado paga suas despesas com os recursos de que dispõe, como aceitar essas benesses corporativas senão “apequenando” o Poder que representam. Os inconformados, paradoxalmente, investem contra as alterações previdenciárias, que já deveriam ter ocorrido em governos anteriores que não tiveram a coragem de promovê-las. Esse procedimento, aparentemente razoável, importa numa demonstração de indiferença à crise de desemprego que assola o Brasil. É um estímulo aos políticos desonestos que se empenham em defender os seus peculiares interesses e conservar os mandatos que o povo lhes concedeu, a que não fazem jus. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do Iamg

Lula e o julgamento televisionado BADY CURI NETO * A TV Justiça passou a veicular, ao vivo, os julgamentos da Suprema Corte e outros importantes julgamentos dos demais tribunais do País. A partir dessas transmissões cidadãos brasileiros começaram a se familiarizar com as seções, debates e embates jurídicos, tendo acesso direto ao posicionamento de cada magistrado. Se para alguns, os julgamentos televisionados foi um ganho para toda a população, ao permitir maior transparência do Poder Judiciário e revelar um veículo de afirmação e legitimação da autoridade da jurisdição constitucional, para outros, o julgamento transmitido pela televisão trouxe um excesso de exposição dos magistrados, que diante das câmeras tendem a demonstrar maior erudição, elevando-se as vaidades individuais. O que às vezes, e esses “às vezes” cada dia mais frequentes, acirram os ânimos das discussões, abandonando o campo do debate e ideias jurídicas, descambando para ofensas pessoais. Ao votar, corre-se o risco da preocupação com a opinião pública ultrapasse a relevância da Constituição. Tenho para mim, que há um pouco de verdade nos dois posicionamentos, mas que o benefício da transparência dos julgamentos supera as demais críticas. Vejamos, como exemplo, o caso do julgamento da 8ª turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no caso da condenação e elevação da pena do ex-presidente Lula que fora transmitido ao vivo pela televisão. Os magistrados se portaram como verdadeiros juízes, imparciais, sem debates ofensivos, demonstrando em seus votos as razões de decidirem.

O julgamento, pela televisão, em tempo real, permitiu a todos os cidadãos ter conhecimento do voto de cada desembargador, que se ativeram à matéria de fato e de direito, inibindo especulações do “diz que me disse” quanto às provas dos autos. Por óbvio, o julgamento não agradou a todos, principalmente aos políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), que tentam imputar ao Judiciário uma perseguição contra o “homem mais honesto” do Brasil, em uma tentativa, espúria, de impossibilitá-lo de disputar as eleições presidenciais deste ano. O resultado do julgamento, por mais que seja contestado pelos seguidores e os advogados de Lula, no TRF da 4ª Região, joga uma pá de cal no discurso político da inexistência de provas nos autos para a condenação do ex-presidente Lula. Primeiro, porque a fase de análise de provas e materialidade transita em julgado nos Tribunais de Apelação - segunda instância. Segundo, porque o julgamento foi acompanhado também por todas as pessoas, inclusive pelos canais abertos, que produziam quadros explicativos sobre as provas contidas nos autos levadas em consideração na condenação por cada desembargador em seu voto. O ex-presidente perdeu o falso discurso diante da transparência do julgamento televisionado, valendo a máxima que “contra fatos não há argumentos”. * Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)

A endogenia da economia mineira JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO * “Minas Gerais apresenta um quadro econômico e social mais dramático do que em 1960”, escreveu o economista e professor Paulo Haddad em um dos trechos do artigo que ele publicou no dia 27 de janeiro último na imprensa de Belo Horizonte. O mestre Haddad vem publicando ao longo de sua vida um enorme volume de livros e artigos publicados em revistas e jornais do Brasil e até do exterior. No artigo publicado no final de maio, ele escreveu em um dos trechos: “Uma experiência histórica de desenvolvimento endógeno: o papel de um diagnóstico na redenção da economia mineira”, em referência ao Diagnóstico da Economia Mineira publicado em 1968 pelo BDMG. Algumas publicações brasileiras vêm citando ultimamente várias estatísticas ou diagnósticos das economias brasileira ou mineira e até fazendo comparações, principalmente, às do IBGE, da Fundação Getúlio Vargas ou da Fundação João Pinheiro. Sem apontar soluções, os números serão apenas números. Minas e o Brasil precisam são soluções e não de estatísticas e comparações. O economista Paulo Haddad foi um dos artífices da economia mineira nos anos 70/80, quando ocupou os cargos de presidente da Fundação João Pinheiro e secretário de Estado de Planejamento e não se conforma com a falta de oportunidades para que as pessoas possam ter acesso ao mercado de trabalho. Nos áureos tempos do processo de desenvolvimento mineiro, ao lado do engenheiro Silviano Cançado Azevedo, que presidiu a Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais, tivemos uma participação ativa e participamos do desenvolvimento quando procuramos colocar nas cabeças das pessoas que, um processo de crescimento e desenvolvimento econômico deve ser endógeno, ou seja, começar de dentro para fora, e não o contrário. Por esses mo-

tivos, realizamos no território mineiro as jornadas do desenvolvimento. Tentamos colocar nas cabeças das pessoas que as soluções para o atraso e o desenvolvimento local deveriam começar a partir de dentro, e não de fora. Juscelino Kubitschek, na década de 50, havia abastecido o Estado de serviços de energia e transportes. Silviano Cançado, ao lado dos presidentes do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais como Marco Paulo Dani e Luis Aníbal de Paula Fernandes, resolveu desenvolver um amplo programa de atração e localização de empresas em Minas Gerais O Diagnóstico da Economia Mineira, publicado pelo BDMG em 5 volumes em 1968, explicitou o que fazer, onde e para quem fazer para que os municípios mineiros tivessem condições de tirar o atraso em relação aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Verificamos conjuntamente, por exemplo, que diversas empresas queriam se mudar do ABC paulista e já estavam tendo problemas de localização e queriam se expandir e não podiam por falta, inclusive, de espaços para localizar novos investimentos. O resultado foi que Minas Gerais depois desse imenso trabalho, conseguiu nos áureos tempos fazer o produto interno bruto crescer a taxas médias anuais de 11%, superando em duas vezes a média brasileira. Foi quando o Estado assumiu o segundo posto da economia do Brasil. É claro que o trabalho de Minas não se limitou ao Sul, mas ocorreu em todos os rincões mineiros. No Sul, a Cdimg implantou os distritos industriais de Extrema, Itajubá, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí e Elói Mendes. Quem visitar o Sul de Minas vai poder sentir esse trabalho aqui divulgado. No Triângulo Mineiro, implantamos quatro distritos industriais em Uberaba e um em Uberlândia, só para citar os principais. Em Juiz de Fora,

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implantamos os DIS I, II, III e IV. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram implantados os distritos industriais de Vespasiano e Santa Luzia. Mais tarde, também na Zona da Mata mineira, o distrito industrial de Rio Pomba. No Norte, citamos os DIs de Montes Claros e Pirapora e, como não podemos deixar outros locais de fora, citaremos também o DI de Governador Valadares. Fica claro que os distritos industriais não foram os únicos causadores do enorme desenvolvimento da economia mineira. Não podemos deixar de citar, entre outros mais, o trabalho agrícola executado no chamado Serrado mineiro onde hoje se produz inúmeras frutas que estão sendo até exportadas. Milagres não existem em economia. O que vale é o trabalho contínuo. Para começar, em um novo arranco desenvolvimentista, será urgente e necessário se conhecer com detalhes tudo que está acontecendo em cada município mineiro, quais são os principais obstáculos ao desenvolvimento e o que se pode fazer para resolver o problema. É preciso um organismo como a Fundação João Pinheiro realizar um novo e atual diagnóstico. Precisamos conhecer o que fazer, como fazer, onde fazer e para quem fazer. Sem isso acontecer, é como se dar tiros no escuro e sem alvos precisos quando gastamos munição sem atingir ninguém. Na escuridão, todos os gatos são pardos e é impossível se alcançar objetivos sem gastar recursos escassos. Gasta-se algum tempo para montar uma competente equipe de trabalho mas, quando se começa a conhecer detalhes daquilo que está acontecendo, o sucesso é quase total.

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Diversificação de investimentos Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu em 0,25% a taxa Selic, para 6,75% ao ano. Esse foi o 11º corte seguido da Selic, que atingiu o seu menor nível histórico desde 1996, quando o Copom foi criado. A redução na Selic tem impacto direto para os investidores mais conservadores, pois afeta sobremaneira os investimentos em renda fixa. Produtos como o Tesouro Selic, CDBs e fundos DI com taxas de administração mais altas agora se igualam ou até perdem para a caderneta de poupança, seduzindo até o investidor mais conservador a dar seus primeiros passos na renda variável. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), fundos de renda fixa com resgate de seis meses a um ano só ganham da poupança quando a taxa de administração é menor que 1% ao ano. Acima de dois anos, os fundos só são vantajosos se É sempre bom lembrar tiverem taxas de que o Fundo Garantidor até 1,5% ao ano. A poupança torna-se de Créditos (FGC) mais interessante devolve aos clientes em relação a esses até R$ 250 mil por CPF produtos pois é isenta de imposto em caso de quebra de renda. de um banco, desde Espera-se que o dinheiro esteja que, com esse depositado em conta movimento da Selic, os bancos corrente ou aplicado reduzam as taxas em uma série de de administração investimentos dos seus produtos de renda fixa para manter a competitividade dos mesmos. Cabe aos investidores acompanhar essas mudanças para que a concorrência entre os bancos se torne mais ferrenha. O crescimento das fintechs e bancos de médio porte é uma boa oportunidade para investimentos com taxas de retorno mais atrativas. É sempre bom lembrar que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) devolve aos clientes até R$ 250 mil por CPF em caso de quebra de um banco, desde que o dinheiro esteja depositado em conta corrente ou aplicado em uma série de investimentos. Dessa forma, o investidor tem maior segurança para pulverizar seus recursos em diferentes instituições. Outra possibilidade é o investimento de parte dos recursos em renda variável. Em sentido oposto ao achatamento da rentabilidade na renda fixa, a bolsa tem apresentado um bom desempenho nos últimos meses, com uma valorização de 26,9% em 2017. Na média, os fundos de renda fixa apresentaram valorização de 10,3% no mesmo período. Com a redução da Selic, os fundos de renda fixa tendem a se tornar ainda menos atraentes. Entretanto, os riscos para o investimento em renda variável são consideravelmente superiores. Aquele investidor iniciante deve ter bastante cautela ao tentar investir em renda variável, sendo recomendado optar por fundos que investem em renda fixa (fundos multimercado, imobiliários, de dividendos etc.) ao invés de comprar diretamente as ações em bolsa. Além, é claro, de investir um percentual pequeno dos recursos disponíveis.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

CENÁRIO

Produção industrial mineira cresce 1,5% e sinaliza retomada Resultado de 2017 ficou próximo da previsão, de 1,9% GABRIELA PEDROSO

A produção industrial de Minas Gerais cresceu 1,5% no ano passado, na comparação com 2016, e encerrou o exercício em um patamar bem próximo do que era esperado pelo setor para o Estado, de um avanço da ordem de 1,9%. A alta foi influenciada, principalmente, pelo desempenho do segmento extrativo, que, no mesmo período, apresentou variação positiva de 3,4%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Paulo Casaca avalia que, para um período pós-crise, o resultado foi bastante significativo, porque mostra que o Estado saiu da recessão e começou a se recuperar. Ele destaca, porém, que, para 2018, ainda é preciso cautela quanto ao que vem pela frente. “Evidentemente que a gente não descarta pontos de atenção para este ano. Temos, por exemplo, as eleições, que podem influenciar no decurso da economia nos próximos anos, e temos também a agenda de reformas estruturais que a gente precisa manter, principalmente a reforma da Previdência. Caso essa última não seja discutida, podemos ter problemas fiscais muito graves no País”, afirma Casaca. No ano passado, oito dos treze segmentos contemplados na composição do indicador tiveram elevação na produção. Além da indústria extrativa (3,4%),

puxada pelo minério de ferro em bruto ou beneficiado, contribuíram com maior peso para o crescimento do nível da atividade os ramos alimentício (1,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,2%) e de produtos têxteis (13,8%). Esses três últimos foram impulsionados, respectivamente, pela maior fabricação de carnes de bovinos congeladas e açúcar cristal e VHP; de veículos para transporte de mercadorias; e de tecidos de algodão crus ou alvejados e tecidos de algodão tintos, estampados ou tintos em fio. “A gente tinha feito em novembro uma projeção (para a produção) em torno de 1,9% para o ano. Então, o resultado veio em linha com o que a gente estava esperando. A diferença (de 0,4%) talvez tenha ocorrido por causa do resultado mais fraco da indústria extrativa especificamente no confronto de dezembro de 2017, com igual período de 2016”, explica o economista da Fiemg. No acumulado de doze meses (1,5%), o crescimento no Estado foi o quinto resultado positivo seguido nessa base e indicou a manutenção de uma trajetória de alta que vem se desenhando desde outubro de 2016 (-7,9%). Em relação a igual mês do ano anterior, a indústria em Minas recuou 1,5% em dezembro de 2017. Em sentido oposto, a produção industrial nacional subiu 4,3%, oitavo resultado positivo seguido na base. No Estado, seis das treze áreas pesquisadas tiveram queda, que foi mais intensa

nas indústrias extrativas (-10,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-12,9%) e alimentícias (-4,5%). Na passagem de novembro para dezembro, a produção industrial mineira avançou 0,2%. Apesar da variação positiva, o percentual foi inferior ao do indicador apurado para o Brasil, que apontou crescimento de 2,8%. Oito dos treze segmentos tiveram resultados positivos, com destaque para a indústria extrativa (3,4%)

No Brasil, indústria registrou alta de 2,5% Rio de Janeiro - Dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), 12 tiveram expansão no índice acumulado em 2017, que fechou o ano com crescimento de 2,5% na média nacional. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque de crescimento foi o Pará, com 10,1%. Também apresentaram crescimento acima da média nacional as localidades de Santa Catarina (4,5%), Paraná (4,4%), Rio de Janeiro (4,2%), Mato Grosso (3,9%), Amazonas (3,7%), Goiás (3,7%) e São Paulo (3,4%). Ceará (2,2%), Espírito Santo (1,7%), Minas Gerais (1,5%) e Rio Grande do Sul (0,1%) também fecharam o ano com resultados positivos. Segundo o IBGE, o dinamismo foi influenciado pela alta na fabricação de bens de capital, principalmente os voltados para o setor de transportes, construção e agrícola; de bens intermediários, como minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia e derivados da extração da soja; de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos da linha marrom, que engloba televisores, som e vídeo; e de bens de consumo

EMPREGO

semi e não duráveis, como calçados, produtos têxteis e vestuário. A Bahia teve a maior queda (-1,7%) e, incluindo Pernambuco (-0,9%) e a região Nordeste (-0,5%), foram os únicos decréscimos acumulados em 2017. O resultado da Bahia foi pressionado pela diminuição na produção dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e de metalurgia, que são as barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento de 2,5% em dezembro foi o maior desde julho de 2011, quando o índice ficou em 2,8%. Variação mensal - Na variação de novembro para dezembro, dos 14 locais analisados, já que não há dados de Mato Grosso para o mês, oito apresentaram aumento, somando 2,8% na produção nacional no período. Rio Grande do Sul, com 6,8%, e Amazonas, com 6,2%, tiveram as maiores altas.Também tiveram taxas positivas o Ceará (4,9%), São Paulo (3,0%), Santa Catarina (1,6%), Paraná (1,6%), Rio de Janeiro (1,0%) e Minas Gerais (0,2%). A maior queda no mês foi em Goiás, com -2,7%, e também ficaram

com taxas negativas o Pará (-1,8%), Pernambuco (-1,8%), Espírito Santo (-1,7%), Bahia (-1,5%) e região Nordeste (-0,2%). 2016 - Na comparação com dezembro de 2016, a indústria nacional cresceu 4,3% em dezembro do ano passado, com taxas positivas em oito dos 15 locais pesquisados. As maiores altas foram de Amazonas (10,9%), impulsionado pelos setores de equipamentos de transporte, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e São Paulo (10,1%), com destaque para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, produtos alimentícios e metalurgia. Também cresceram acima da média nacional os estados do Rio de Janeiro (7,2%), Pará (6,1%) e Mato Grosso (5,8%). Os outros com alta foram Goiás (4,0%), Santa Catarina (3,9%) e Rio Grande do Sul (0,3%). A maior queda foi no Espírito Santo (-5,1%), pressionado pela indústria extrativa, de celulose, papel e produtos de papel e de produtos de minerais não metálicos. Também tiveram queda Pernambuco (-2,5%), região Nordeste (-2,3%), Bahia (-1,8%), Minas Gerais (-1,5%), Paraná (-0,5%) e Ceará (-0,1%). (ABr)

HABITAÇÃO

Indicador aponta aceleração no ritmo de Ministério das Cidades anuncia contratação recuperação do mercado de trabalho de 650 mil unidades do MCMV neste ano Rio de Janeiro - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,7 ponto em janeiro de 2018 ante dezembro de 2017, para 107,7 pontos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a FGV, após o quinto aumento consecutivo, o indicador sinaliza uma aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho. “O Indicador Antecedente de Emprego continua sinalizando melhora nas condições do mercado de trabalho ao longo dos próximos meses O cenário de melhora no nível de atividade econômica, juntamente com a expectativa de contratação futura, sugere continuidade da tendência de melhora do mercado de trabalho e de retorno à geração de vagas formais em 2018”, avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/ FGV), em nota oficial. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 3,6 pontos em janeiro ante dezembro, para 96,7 pontos. “Apesar do otimismo quanto à geração de emprego nos

CAMILA DOMINGUES PAL[ACIO PIRATINI

Apesar do otimismo, a taxa de desemprego ainda é alta (11,8%)

próximos meses, a taxa de desemprego continua elevada (11,8%) e a população desocupada ainda chega a representar 12 milhões de pessoas. Diante do quadro, as pessoas continuam percebendo dificuldades no mercado de trabalho, ainda que a melhora do indicador no último mês tenha sido expressiva”, completou Barbosa Filho. O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da

Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. No IAEmp, cinco dos sete componentes tiveram avanços em janeiro, com destaque para os que medem a situação dos negócios para os seis meses seguintes na Sondagem de Serviços (+4,0 pontos) e a situação dos negócios atual na Sondagem da Indústria de Transformação (+3,5 pontos). No ICD, as classes de renda que mais contribuíram para a queda de janeiro foram as duas mais baixas, consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00 (-9,9 pontos) e com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 (-4,6 pontos). (AE)

Brasília - O Ministério das Cidades anunciou ontem que a meta do Minha casa, minha vida (MCMV) em 2018 é contratar 650 mil novas unidades. Segundo o ministro da pasta, Alexandre Baldy, o governo tem os recursos necessários para cumprir esse objetivo neste ano. Ele descartou a necessidade de capitalização da Caixa Econômica Federal em função do programa habitacional. “O anúncio do MCMV está sendo feito após publicação do Orçamento de 2018. Não há contingenciamento de recursos para programa e esperamos cumprir a meta de 2018, que é bastante ousada”, disse Baldy. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, o Orçamento de 2018 tem R$ 9,7 bilhões destinados ao programa habitacional, enquanto outros R$ 63 bilhões em financiamentos virão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Questionado sobre as dificuldades de capitalização

da Caixa, Moreira Franco respondeu que o banco é apenas o agente financeiro que faz a gestão dos recursos do FGTS. “Não há ameaça de falta de funding para o MCMV. Não há necessidade de capitalização da Caixa para essas operações”, completou Baldy. Das 650 mil unidades que compõem a meta de novas contratações em 2018, 130 mil serão destinadas à Faixa 1 para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil. Na faixa 1,5 a meta é de 70 mil unidades; na faixa 2 é de 400 mil casas; e na faixa 3 é de 50 mil moradias. “Contratamos 495 mil unidades do MCMV em 2017. Agora queremos selecionar projetos que acelerem a contratação. O objetivo também é retomar obras paradas do programa, que somam cerca de 73 mil unidades”, acrescentou Baldy. Segundo ele, o governo fará uma nova seleção de projetos na Faixa 1, atendendo um desejo das construtoras. “As empresas terão 30 dias para iniciar obras

da Faixa 1, após a seleção”, adiantou. Para Baldy, a meta anunciada ajudará a induzir uma recuperação mais robusta da economia em 2018. O ministro Moreira Franco prometeu ainda a geração de 1,4 milhão de empregos na construção civil este ano, graças ao programa. “O investimento público estava debilitado e obras atrasadas tinham volume significativo. Nosso esforço é para garantir o direito dos cidadãos à casa própria, mas o objetivo também é aumentar geração de empregos na construção civil. Estamos retomando geração de empregos de maneira consistente, mas ainda temos muitos brasileiros desempregados”, completou o ministro da Secretaria-Geral. Questionado ainda sobre possíveis mudanças no programa, Baldy afirmou que o governo sempre estuda melhorar a eficiência do MCMV, mas afirmou que não há estudo sobre a alteração ou criação de novas faixas de contratação. (AE)


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ECONOMIA CONJUNTURA

IGP-M sobe 0,16% na 1ª Dentre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, seis tiveram aumento de preços em janeiro prévia deste mês

Inflação avança 0,36% na Grande BH

ALISSON J. SILVA

GABRIELA PEDROSO

O aumento nos custos dos transportes e alimentação pesou sobre o bolso do consumidor da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em janeiro. No último mês, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, apresentou variação positiva de 0,36% na RMBH. O indicador correspondeu ao quarto maior resultado mensal entre as 13 localidades pesquisadas, entretanto, não preocupa especialistas. “Vemos que a inflação está menor do que em janeiro do ano passado (0,64%)”, destaca o analista financeiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Juan Moreno. Ele explica que, para 2018, a projeção é de que o IPCA supere os 2,03% apurados em 2017, mas destaca que o indicador deve ficar dentro da meta estipulada pelo Banco Central. “A expectativa é de que (a inflação) seja maior neste ano, mas dentro da meta de 4,5%. Isso vai depender de como vai comportar o setor de alimentação, que já está tendo um grande impacto no indicador neste ano”, pondera Moreno. Em janeiro, o índice apurado para o País ficou em 0,29%. Dentre os nove grupos que compõem o cálculo do IPCA, seis tiveram alta em janeiro na RMBH, com destaque para alimentação e bebidas (0,63%) e transportes (2,49%). Entre os alimentos, as maiores elevações foram observadas no tomate (50,11%), cenoura (28,78%), banana-prata (25,99%), batata-inglesa (14,81%) e repolho (12,06%). Já na categoria transportes, pesou o avanço do etanol (9,08%), seguro voluntário de veículo (7,04%) e gasolina (6,33%). Alimentos - Em 2017, os alimentos foram os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA na região, ao fecharem o ano com deflação de 4,05%. Neste ano, no entanto, o mesmo grupo deve puxar o crescimento do indicador. “O setor de alimentação deverá ter uma

Preços de alimentos e bebidas foram o destaque em janeiro na região metropolitana e subiram 0,63%, segundo o IBGE

IPCA apresenta alta de 0,29% em janeiro Rio e São Paulo - A inflação oficial brasileira subiu bem menos do que o esperado em janeiro diante da queda nos preços da energia elétrica e teve o resultado mais baixo para o mês em mais de duas décadas, acedendo o sinal amarelo sobre o fim do ciclo de corte de juros indicado pelo Banco Central. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,29% em janeiro depois de ter subido 0,44% em dezembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura, a mais fraca para janeiro desde a criação do Plano Real em 1994 ficou abaixo até mesmo da menor projeção em pesquisa da Reuters, que apontava avanço de 0,41% em janeiro sobre o mês anterior. Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 2,86%, sobre 2,95% em dezembro, ficando mais abaixo do piso do meta de 4,5% inflação um pouco maior, porque a safra de 2018 deve ser menor, mas ainda temos (perspectiva) de um índice baixo quando comparado aos de anos anteriores”, esclarece o analista financeiro

com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O resultado também ficou abaixo da expectativa de avanço de 2,98 % no acumulado em 12 meses no levantamento da Reuters. Pressões - O IBGE apontou que a principal pressão de baixa no resultado do mês foi exercida pela queda de 4,73 % nas contas de energia elétrica, devido ao fim da cobrança da bandeira vermelha que vigorou em dezembro. Isso levou à deflação de 0,85% do grupo Habitação, depois de queda de 0,40% em dezembro. O outro grupo que registrou queda nos preços foi Vestuário, de 0,98%, ante alta de 0,84 % antes. A energia elétrica compensou a inflação de alimentos, que vem ganhando força após meses de queda de preços. Em janeiro, o grupo Alimentação e Bebidas acelerou a alta a 0,74%, sobre 0,54%.

da Fecomércio-MG. Ontem, o IBGE também divulgou a previsão de safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para o País em 2018, elaborada no último mês. De acordo com o Ins-

A maior alta de preços foi registrada por Transportes, de 1,10%, ainda que desacelerando sobre 1,23% de dezembro, por conta do aumento de 2,58% dos preços dos combustíveis. Selic - Na noite passada, o BC cortou a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual, a 6,75 %, e indicou o fim do afrouxamento monetário já em março devido à recuperação da atividade econômica “consistente”. Entretanto, alertou que essa visão pode mudar se houver mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos. “Se o cenário seguir conforme esperado, o BC não vai fazer outro corte. Mas ele não quis trancar a porta porque ainda há indícios de recuperação frágil e a inflação está rodando muito baixa, e pode haver surpresa adicional”, afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano. (Reuters)

tituto, a primeira estimativa do ano apontou para recuo de 6,0%, saindo de 240,6 milhões de toneladas em 2017 para 226,1 milhões de toneladas neste ano. No acumulado em 12 me-

ses, houve inflação de 1,74% na região metropolitana, a terceira menor entre as áreas pesquisadas pelo IBGE. Na mesma base de comparação, o Brasil fechou janeiro com um IPCA de 2,86%.

SIDERURGIA

Nippon e Ternium fecham acordo na Usiminas DA REDAÇÃO

A ítalo-argentina Ternium e a japonesa Nippon Steel (NSSMC) chegaram a um acordo para encerrar as disputas que duram anos na gestão da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas). O pacto entre as duas companhias compreende uma nova governança na empresa que inclui alternância na presidência e um mecanismo que permite deixar o investimento na empresa mineira. A Ternium, que divide o controle da Usiminas com a Nippon Steel, afirmou em comunicado que as novas regras permitem alternância de presidente-executivo e de

presidente do conselho de administração da siderúrgica brasileira a cada quatro anos entre os dois grupos. “O direito de indicação do CEO e do Chairman alternará entre a Ternium e a NSSMC em intervalos de quatro anos, compreendendo dois períodos consecutivos de dois anos cada um”. Para os quatro anos iniciais, a Ternium terá o direito de indicar o CEO e a NSSMC terá o direito de indicar o presidente do Conselho de Administração. Inicialmente, a Ternium e a NSSMC pretendem indicar Sérgio Leite para CEO da Usiminas e Ruy Hirschheimer para presidente do Conselho de Administração,

respectivamente. A diretoria da Usiminas será composta por um total de seis membros (incluindo o CEO e cinco Vice-Presidentes), indicando a Ternium e a NSSMC três membros cada, informa a companhia em comunicado. Além disso, o acordo inclui um mecanismo de saída que consiste em um procedimento de compra e venda, que pode ser exercido a qualquer momento durante a vigência do atual acordo de acionistas da Usiminas e após transcorridos quatro anos e meio a partir da próxima eleição da diretoria da Usiminas em maio de 2018. Esse procedimento de compra e venda permitiria

tanto a Ternium como a NSSMC adquirir a totalidade ou a maior parte das ações da Usiminas detidas pela outra parte. “Como parte desse acordo, a Ternium e a NSSMC darão todos os passos necessários para terminar ou resolver amigavelmente todas as disputas judiciais e administrativas pendentes que envolvem a Ternium, a NSSMC, suas afiliadas ou a Usiminas, além de atuais ou anteriores membros da administração da Usiminas, que surgiram nos últimos anos na relação com a Usiminas, com a visão de reconstruir a confiança mútua e fortalecer a parceria na Usiminas”. Ainda conforme o comunicado divulgado pela

Ternium, a Usiminas vem melhorando constantemente a sua rentabilidade e a sua força financeira, conforme demonstrado nos recentes resultados financeiros, após superar certas dificuldades financeiras mediante a ativa implementação de várias medidas, incluindo a otimização da sua estrutura produtiva, um aumento de capital e uma reestruturação de dívida. “A Ternium, conjuntamente com a NSSMC, está comprometida em avançar com a turnaround da Usiminas e a melhora de sua competitividade e do seu valor corporativo no melhor interesse da Usiminas e de todos os stakeholders”. Com informações da Reuters.

Rio - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,16% na primeira prévia de fevereiro, após ter aumentado 0,75% na primeira prévia de janeiro. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou alta de 0,91% no ano, mas uma redução de 0,34% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de fevereiro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 0,05% em fevereiro, ante um avanço de 1,03% na primeira prévia de janeiro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,40% na prévia de fevereiro, depois de uma alta de 0,30% em igual leitura de janeiro. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve alta de 0,25% na primeira prévia de fevereiro, depois do aumento de 0,14% na primeira prévia de janeiro. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 31 de janeiro. No dado fechado do mês de janeiro, o IGP-M subiu 0,76% Os aumentos nos custos com educação e transportes aceleraram a inflação ao consumidor na primeira prévia de fevereiro do IGP-M O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) apresentou elevação de 0,40% no primeiro decêndio de fevereiro ante um aumento de 0,30% na mesma leitura de janeiro. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais altas, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de uma queda de 0,56% na primeira prévia de janeiro para avanço de 1,42% na primeira prévia de fevereiro. Houve impacto do item cursos formais, que passou de estabilidade de preços (0,00%) para alta de 2,13% no período. Os demais acréscimos ocorreram em Transportes (de 0,66% para 1,02%), Vestuário (de -0,60% para 0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,35% para 0,61%) e Despesas Diversas (de 0,17% para 0,23%). Os itens de maior contribuição foram tarifa de ônibus urbano (de -0,56% para 0,36%), roupas (de -0,72% para 0,54%), salão de beleza (de 0,33% para 1,04%) e cartório (de 0,00% para 1,83%), respectivamente. Na direção oposta, as taxas ficaram mais baixas nos grupos Habitação (de 0,39% para -0,18%), Alimentação (de 0,44% para 0,18%) e Comunicação (de 0,30% para 0,06%), sob influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de 1,95% para -2,33%) e carnes bovinas (de 0,17% para -0,88%). Os preços dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola caíram 1,06% no atacado, na primeira prévia do IGP-M de fevereiro. Na mesma prévia de janeiro, houve elevação de 0,63%. Os produtos industriais no atacado, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram aumento de 0,41% na primeira prévia de fevereiro, ante alta de 1,16% na mesma prévia do mês anterior. (AE)


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ECONOMIA DIVULGA;’AO

SANEAMENTO

Copasa contratará empréstimo de R$ 595,5 mi para instalar sistemas Prazo para amortização será de 20 anos LEONARDO FRANCIA

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na quarta-feira passada, os acionistas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) aprovaram, por unanimidade, a contratação de empréstimo de longo prazo de R$ 595,5 milhões no âmbito da Instrução Normativa nº 29, de 11 de julho de 2017, do Ministério das Cidades. Os recursos serão investidos na implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em diversos municípios de atuação da concessionária. Em comunicado enviado ao mercado via B3 (Bolsa de São Paulo), a Copasa detalhou que o empréstimo terá um custo de juros de 6% ao ano e taxa de administração de 2% sobre o saldo devedor. O prazo para amortização da dívida será de

20 anos, com carência de até 48 meses. De acordo com o Ministério das Cidades, os recursos disponibilizados no âmbito do Programa Avança Cidades/Saneamento são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de outras fontes onerosas, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador/ Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (FAT/ BNDES). Este empréstimo é mais uma ação da Copasa para se capitalizar e cumprir seu Plano Plurianual de Investimentos. A companhia deve investir R$ 3,650 bilhões entre 2018 e 2022, considerando também aportes da Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor). Só neste ano, a concessionária de água e esgoto de Minas vai aportar R$ 690 milhões. A

Entre 2018 e 2022 a concessionária vai investir R$ 3,650 bilhões, sendo R$ 690 milhões somente neste ano

previsão de investimentos para 2019 é de R$ 550 milhões; para 2020, R$ 700 milhões; para 2021, R$ 750 milhões; e, para 2022, R$ 800 milhões. Os valores consideram R$ 40 milhões por ano durante o quinquênio em aportes da Copanor. Os investimentos contemplam tanto os serviços de abastecimento de água quanto

EMPRÉSTIMOS

os sistemas de esgoto sanitário. Ainda no começo deste ano a companhia anunciou sua 12ª emissão de debêntures para levantar R$ 268 milhões. Os recursos, neste caso, serão destinados à ampliação dos sistemas de esgotamentos sanitários dos municípios de Divinópolis (Centro-Oeste) e Sabará, na Região Metropolitana

de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com informações da Copasa, ao final de setembro do ano passado, a dívida líquida da companhia era de R$ 2,6 bilhões. Esse montante é o menor registrado desde o segundo trimestre de 2013. A dívida basicamente é resultado de empréstimos e de operações no mercado de capitais.

CONJUNTURA

Banco Central altera regra para concessão de crédito Brasil encerra 2017 com para estados e municípios sem garantias da União número recorde de 5,3 milhões de empresas inadimplentes Brasília - O Banco Central publicou ontem circular com novas regras a serem seguidas por instituições financeiras para concessão de empréstimos a estados e municípios sem garantias da União. A circular altera a regra de cálculo do requerimento de capital dessas operações e determina que o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não serão mais considerados como mitigador de risco. Estas novas regras são resultado de questionamentos que surgiram a respeito da legalidade de empréstimos feitos pela Caixa Econômica Federal a estados e municípios que tinham, como garantia, as transferências feitas pela União por meio do FPE e do FPM. Em 31 de janeiro, a reportagem divulgou que o Conselho de Administração da Caixa havia suspendido as operações de empréstimos a estados e municípios porque a utilização de receitas tributárias e de repasses como garantia era controversa Em nota publicada em seu site, o BC informou que a medida tem “caráter prudencial”. “Em que pese essas operações com garantias do FPE e do FPM apresentarem longo histórico de baixa inadimplência, quase nula (atualmente em 0,01%), observa-se que alguns estados e municípios apresentam um desafio fiscal”, pontuou o BC. “Além disso, recentemente surgiram questionamentos em torno da legalidade de tais garantias, inclusive, com a ocorrência de um caso de inadimplemento decorrente da impossibilidade de execução dessa garantia. Esses fatores aumentam o risco dessas operações.” De acordo com a instituição, pelas novas regras as garantias constituídas pelo FPE e pelo FPM não serão mais consideradas como mitigador de risco para fins do requerimento de capital. “Na prática, isso significa que eventuais novas operações com garantia desses fundos não

REUTERS UESLEI MARCELINO

Fundos de participação dos estados e municípios não serão aceitos como garantia

poderão mais contar com a redução do capital requerido em virtude dessa garantia. Como consequência, o requerimento de capital das novas operações será maior”, esclareceu o BC. Já as operações contratadas com garantias dos fundos antes da edição da circular estarão sujeitas “ao regime prudencial até então vigente”, conforme o BC. “O objetivo é evitar distorções nos parâmetros que balizaram sua precificação. O eventual aumento do risco esperado dessas operações será tratado por meio de ajustes no nível de provisionamento pelas instituições financeiras na sua gestão de risco”, acrescentou a autarquia. O BC lembrou ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando a questão da legalidade das garantias dadas - e não das operações em si. “O Banco Central adotará as medidas necessárias para assegurar o fiel cumprimento pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional das decisões que sejam tomadas pelo órgão de controle”, informou o BC. Prudência - O diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Ribeiro Damaso, afirmou ontem que houve um único caso até o momento de impossibilidade de execução dessas garantias

ligadas ao FPE e ao FPM. Ele disse ainda que o histórico de inadimplência é “praticamente nulo” e lembrou que este tipo de operação era feito há 30 anos. Damaso informou que, em 2017, apenas 3% do fluxo de recebimento foi objeto de execução dessas garantias. A nova regra, disse o diretor do BC, vale para os empréstimos a serem concedidos a estados e municípios daqui para frente. Os empréstimos antigos seguem sujeitos às regras até então em vigor “O estoque dessas operações com garantia do FPE e do FPM está na ordem de R$ 42 bilhões”, informou Dâmaso. O diretor afirmou ainda que o impacto da regra para as novas operações “dependerá de vários fatores”. Entre eles, Damaso citou os parâmetros para capital mínimo e se a instituição financeira que fornecerá o empréstimo é ou não sistemicamente importante. Na prática, conforme Damaso, a nova regra, que impede o uso do FPE e do FPM como garantia, estabelece que, em uma operação de R$ 100, por exemplo, o capital requerido adicional vai variar entre R$ 8,50 e R$ 11,00. “Essa norma não impede nem inviabiliza a concessão de crédito para estados e municípios”, pontuou o diretor do BC. “A concessão continua dependendo da instituição financeira.” (AE)

São Paulo - O Brasil fechou 2017 com um número recorde de 5,3 milhões de empresas inadimplentes, informou ontem a consultoria especializada em informações de crédito Serasa Experian. Em relação a dezembro de 2016, houve um acréscimo de cerca de 500 mil CNPJs com dívidas em atraso - alta de 10,8%. O montante alcançado pelas dívidas das empresas também foi recorde: R$ 122,9 bilhões, ante R$ 111,6 bilhões em dezembro de 2016. A pesquisa da Serasa passou a ser realizada em março de 2016. Segundo os economistas da Serasa Experian, a recuperação da economia em 2017 não foi suficiente para superar os impactos da longa e intensa recessão de 2015/16 sobre a saúde financeira das empresas.

“Adicionalmente, as dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para as micro e pequenas empresas, prejudicam a gestão financeira das companhias”, afirmaram, em relatório. A região Sudeste lidera o ranking, com 54,2% do total das empresas em situação de inadimplência no País, seguido pelo Nordeste (16,3%), Sul (15,6%), Centro-Oeste (8,6%) e Norte (5,3%). O estado de São Paulo sozinho abrigou 32,9% do total de empresas com dívidas em atraso, seguido por Minas Gerais (11%), e Rio de Janeiro (8,3%). Segundo a Serasa Experian, o setor de serviços teve o maior número de empresas no vermelho em dezembro, com 47,4% do total, seguido pelo comércio (43,1%) e pela indústria (8,6%). (Reuters)

CIMENTO

Vendas no País avançam 7% em janeiro ante dezembro, apontando recuperação do setor São Paulo - A venda de cimento no Brasil caiu 0,1% em janeiro sobre o mesmo período de 2017, para 4,328 milhões de toneladas, mas avançou quase 7% sobre dezembro, marcando uma continuação na recuperação da comercialização do insumo base da construção civil. “Temos observado nos últimos meses uma contínua desaceleração no ritmo da queda. Neste primeiro trimestre, o consumo ainda deve apresentar números negativos, mas no segundo trimestre ele deve alcançar índices positivos”, afirmou em comunicado à imprensa o presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), Paulo Camillo Penna. A expectativa da entidade para as vendas em 2018 é de cresci-

mento de 1% a 2% nas vendas de cimento no País. “A melhoria no ambiente macroeconômico que vem ocorrendo no País, de retomada do crescimento do PIB, redução da inflação e das taxas de juros, crescimento do emprego e da renda, além dos avanços em outros indicadores importantes para a demanda do cimento, como crédito imobiliário e redução no estoque de imóveis disponíveis levaram o Snic a projetar expansão entre 1% e 2 %”, afirmou Penna no comunicado. Em janeiro, as vendas de cimento sobre um ano antes caíram no Norte (-7,5), no Nordeste (-8,6%) e no Sul (-3,5%). No Centro-Oeste e no Sudeste houve avanços de 1,9% e 6,2 % respectivamente, segundo os dados do Snic. (Reuters)


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MINERAÇÃO

Produção da Riacho dos Machados aumenta 36% Porém, volume ficou abaixo da meta LEONARDO FRANCIA

A Mineração Riacho dos Machados (MRDM), que pertence à Brio Gold, subsidiária da canadense Yamana Gold, produziu 43,1 mil onças de ouro em 2017 a partir das operações em Riacho dos Machados (Norte de Minas). O volume representou um aumento de 36% em relação às 31,7 mil onças do metal que saíram da mina em 2016, mas ficou 4,3% abaixo da meta mínima da companhia, de 45 mil onças. Para este ano, a projeção da mineradora indica uma produção no complexo entre 75 mil onças e 85 mil onças, volume que, se confirmado, pode consolidar um salto de, no mínimo, 74% em relação à produção de 2017. No ano passado, o

volume de ouro produzido em Riacho dos Machados respondeu por 24,2% do total da mineradora em suas operações no País (178 mil onças). Recentemente, a Brio informou que a vida útil da jazida de ouro em Riacho dos Machados aumentou em 37%, o que também deveria impactar em aumento de produção. Além disso, o plano operacional da mina foi otimizado para melhorar o fluxo de caixa durante a vida útil do ativo, que foi prolongada em três anos, somando um total de nove anos. A produção de 2017 foi, inclusive, impactada por uma série de adequações, obras e também pelo período de seca na região. Entre as intervenções, a companhia instalou uma

Foram produzidas 43,1 mil onças de ouro no complexo minerário no Norte de Minas no ano passado, ante 31,7 mil onças em 2016

nova unidade de armazenamento de água, mediante aporte de US$ 13,5 milhões, e continua tocando o projeto de conectar a mina à rede elétrica do Estado. O comissionamento da linha elétrica está previsto para o segundo trimestre de 2018. A linha substituirá os geradores de energia a diesel de baixa capacidade atuais, o que também deve reduzir custos de operação na mina, melhorar a moagem e a recuperação, além de expandir a produção do moinho.

Também para este ano, a mineradora tem um plano de aumentar a profundidade de extração de ouro na mina, o que pode acarretar em uma nova revisão, para cima, dos recursos do ativo. Aquisição - O ativo da Riacho dos Machados foi adquirido pela Yamana, através da Brio, da também canadense Carpathian Gold, em abril de 2016, em uma operação que movimentou US$ 48,5 milhões. Na transação, a Brio também assumiu a dívida da

mineradora com o banco australiano Macquarie, devido a empréstimos concedidos anteriormente à Carpathian. O ouro é o sexto produto mais importante da pauta de exportações de Minas Gerais. Em 2017, o metal teve uma participação de 3,2% nos embarques estaduais, rendendo US$ 819,5 milhões contra US$ 800,2 milhões em 2016, com crescimento de 2,4%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

ENERGIA

Eletrobras vai assumir dívida de R$ 19,7 bi Brasília - A assembleia geral de acionistas da Eletrobras aprovou a privatização das seis distribuidoras de energia no Norte e Nordeste do País. Com 51% do capital votante, a União votou a favor da privatização de todas as empresas, conhecidas por má gestão e pelo acúmulo de dívidas bilionárias. Essa decisão era considerada fundamental para viabilizar a posterior privatização da própria Eletrobras, que deve ocorrer por meio do aumento de capital, que vai diluir a participação da União. Maior entrave ao processo de privatização, a dívida dessas companhias, de R$ 19,7 bilhões, ficou integralmente com a holding. O voto contrariou a orientação da diretoria da empresa, para quem os débitos de R$ 11,2 bilhões deveriam ficar com a Eletrobras, e os R$ 8,5 bilhões restantes, detidos junto a fundos setoriais, deveriam ser assumidos pelos futuros concessionários. A posição da União permitirá que as distribuidoras sejam adquiridas “limpas” pelos novos investidores. Sozinho, o governo já conseguiria aprovar a venda do controle das empresas e evitar a liquidação. Mas acionistas minoritários deram apoio massivo ao voto da União. A avaliação era de que era melhor assumir toda a dívida do que correr o risco de não vender as empresas e, eventualmente, liquidá-las. O voto do governo foi lido pelo coordenador-geral substituto de assuntos societários da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Luiz Frederico de Bessa Fleury, e assinado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Além da PGFN, o voto contou com a análise do Tesouro Nacional e da Secretaria de Coorde-

nação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento. Envolvido no processo de privatização das empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se absteve de votar. A assembleia foi marcada por protestos de sindicalistas e trabalhadores das distribuidoras, que impediram o acesso dos acionistas ao auditório no edifício da sede da empresa em Brasília (DF). Marcada para as 14 horas, ela só começou às 17h18 A reunião foi aberta pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado, e encerrada pelo presidente da companhia,

Wilson Ferreira Jr. Devido à impossibilidade de acesso ao auditório, parte dos acionistas acompanhou as deliberações de outra sala do edifício, com transmissão ao vivo. A assembleia chegou a ser suspensa por ameaças de invasão dos trabalhadores, mas foi retomada após a intervenção de policiais militares e federais. O voto da União teve duas condicionantes. Uma delas diz respeito à Amazonas Energia. A diretoria da Eletrobras havia estabelecido como condição para privatização que houvesse reconhecimento, por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do governo ou da Justiça,

em decisão definitiva, do direito ao reembolso integral, pelos fundos setoriais, dos gastos da empresa com o fornecimento de gás, no valor de R$ 2,9 bilhões. Em seu voto, o governo retirou essa exigência. O governo também votou por manter o poder ao Conselho de Administração para fazer o aumento de capital nas distribuidoras no processo de privatização. Porém para que isso ocorra, será preciso uma manifestação prévia favorável do Ministério da Fazenda. As distribuidoras de energia da Eletrobras atuam nos Estados de Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas. A intenção da

empresa é leiloar as distribuidoras até o dia 30 de abril. Cada uma delas terá valor simbólico de R$ 50 mil. Os novos investidores serão obrigados a assumir compromissos de investimentos no valor de R$ 7,8 bilhões nessas empresas, dos quais 30% serão depositados no momento da aquisição das companhias. As distribuidoras pertenciam a governos estaduais, mas foram assumidas pela Eletrobras no fim da década de 1990. A intenção era privatizá-las em seguida, mas elas ficaram quase 20 anos nas mãos da Eletrobras. Nesse período, elas geraram prejuízo de mais de R$ 20 bilhões. (AE)

Justiça derruba limite para risco hidrológico Brasília - A Justiça derrubou nesta semana uma liminar que limitava o risco hidrológico de um grupo de geradores de energia. A decisão é da juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, em uma ação movida pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) contra o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Apine é uma das entidades de maior representatividade no setor elétrico e reúne alguns dos principais geradores hidrelétricos do País que comercializam energia no mercado livre. A entidade obteve na Justiça uma liminar que limitava o risco hidrológico a 95%. “Concluo, portanto, que a pretensão da parte autora não é outra senão desvirtuar toda a metodologia adotada pelo Poder Concedente, com a finalidade de garantir a continuidade na percepção de lucro em detrimento da sociedade - leia-se consumidores finais - a quem, a rigor, caberá pagar mais essa contra”, diz o despacho. É a segunda decisão desfavorá-

vel aos geradores nos últimos dois meses. No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou ação da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), que reúne pequenas centrais hidrelétricas. O governo tinha expectativa de que essa decisão do STF tivesse um efeito cascata, derrubando todas as demais centenas de liminares de empresas em diversas instâncias judiciais, que impedem a liquidação integral no mercado de energia elétrica há anos. Até agora, a inadimplência está em cerca de R$ 6 bilhões. A derrubada das duas decisões, no entanto, não está relacionada. A juíza da 20ª Vara Federal do Distrito Federal derrubou a liminar e julgou o mérito da questão. No despacho, ela cita os argumentos da Aneel, a quem coube a defesa da União. Para a juíza, a flutuação do risco hidrológico é “intrínseco” do negócio, e só teria ocorrido déficit nos anos de 2013 e 2014, segundo a Aneel. Ela menciona decisões judiciais anteriores relacionadas ao tema e diz que

“não procede a alegação de que a geração térmica fora da ordem de mérito seria responsável pela diminuição do GSF”, pois essa contratação compensa, antecipadamente, redução ou carência de fornecimento de energia. Além disso, essa geração tem respaldo legal, concluiu a juíza. “Assim, não há dúvida de que eventuais prejuízos experimentados, decorrentes, como visto, do risco hidrológico, fazem parte do risco do negócio, legalmente previstos e voluntariamente assumidos e devem ser por eles suportados, sendo certo que a final serão repassados aos consumidores”, diz o despacho. “Não obstante a existência das normas supracitadas estabelecendo critérios claros para alocação e custeio dos custos da energia, em verdade, como bem lembrado pelo desembargador Kássio Nunes Marques (do Tribunal Regional Federal da Primeira Região - TRF1) na decisão alhures transcrita, quando essa política energética possibilitava aos agentes obter ganhos extras não houve nenhum tipo de irresignação, todavia.” (AE)

PETRÓLEO

ANP recebe 17 inscrições para leilão previsto para março Rio - A próxima rodada de licitações de blocos exploratórios de óleo e gás no Brasil, sob regime de concessão, recebeu a inscrição de 17 empresas para as ofertas de blocos marítimos, informou à Reuters em nota a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para os blocos terrestres, apenas cinco empresas se inscreveram até quarta-feira, quando foi encerrado o prazo para inscrições e pagamento da taxa de participação da 15ª Rodada, prevista para 29 de março. A agência explicou que pode haver empresas que estejam inscritas para ambas as disputas e que os nomes das companhias apenas serão publicados depois que forem aprovados pela Comissão Especial de Licitação (CEL). A CEL teve sua primeira reunião sobre a 15ª Rodada em 6 de fevereiro e as próximas foram agendadas para os dias 21 de fevereiro e 5 de março. O total de inscrições ficou abaixo das 36 empresas inscritas para participar da 14ª Rodada de licitações, sob regime de concessão, em setembro de 2017, que ofertou 287 blocos no mar e em terra. A 15ª Rodada vai ofertar 70 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná. Na terça-feira, a Reuters publicou que a petroleira norte-americana Chevron foi a primeira grande companhia estrangeira a indicar oficialmente interesse em participar do leilão. Em um comunicado no site da ANP, a companhia norte-americana indicou seu interesse em atuar em parceria com outras licitantes interessadas nas áreas da rodada. Um leilão do pré-sal, sob regime de partilha, também está previsto para ocorrer neste ano, em junho. A Petrobras, historicamente o maior destaque dos leilões do Brasil, mas que recentemente tem buscado ser mais seletiva, deverá seguir a mesma linha estratégica adotada em 2017: “firme, mas seletiva”, segundo declaração recente do seu presidente, Pedro Parente. (Reuters)


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ECONOMIA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Meirelles volta a negar plano B, em Minas Em reunião com empresários, ministro da Fazenda reafirma expectativa de aprovação do texto dia 28 MARA BIANCHETTI

Tamanhas são as apostas do governo federal quanto à aprovação da reforma da Previdência nas próximas semanas, após o recesso parlamentar, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), voltou a afirmar, na capital mineira, que não há um plano B para o caso de o texto não ser aceito no Congresso Nacional. Ele confirmou o fim de fevereiro como a data-limite para votar a proposta. “Não existe um plano B, porque não se deve iniciar um projeto já disposto a ceder. Caso contrário, a negociação já vai por água abaixo. Nossa expectativa é que o texto seja aprovado, mas é preciso trabalhar para isso e não falo apenas do governo. Falo também dos parlamentares e até mesmo dos empresários que se relacionam com os representantes de suas cidades e estados e que serão responsáveis pela aprovação ou não da reforma”, explicou durante palestra a empresários mineiros, na primeira edição do Conexão Empresarial em 2018, promovido pela VB Comunicação, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Nesse sentido, o ministro

apontou que todos os que acreditam na proposta devem ajudar de alguma maneira. Ele falou sobre a percepção da necessidade da reforma da Previdência e que o número de votos a seu favor está gradualmente aumentando, por isso a expectativa é tão favorável. “A reforma não é uma opção, é uma necessidade. Se os gastos da União com a Previdência hoje representam cerca de 50% do orçamento, em dez anos poderão chegar a 80%. Aí é que não restarão recursos para outras áreas como saúde, educação, transportes, e o País estará realmente quebrado”, disse. Quanto à economia, Meirelles já havia informado que o benefício fiscal com a reforma da Previdência será de cerca de R$ 600 bilhões em dez anos. Questionado novamente, o ministro afirmou que a ideia é manter o nível atual. “Em termos de Produto Interno Bruto (PIB), a ideia é mantermos o nível atual, de forma que acompanhe o crescimento econômico do Brasil”, justificou, sem dar mais detalhes. Ao palestrar para os empresários, o ministro alertou para o fato de que mesmo que a reforma não seja aprovada agora,

as mudanças terão que ocorrer mais à frente e tenderão a ser ainda mais duras. Na ocasião, ele comparou os critérios atuais e os que poderão ser alterados no sistema brasileiro com os de outros países. Disse, por exemplo, que os brasileiros se aposentam, em média, com 76% do salário, enquanto em outros países esse número beira os 40%. Falou ainda sobre a média de idade para a aposentadoria. Disse que no México a idade média é de 72 anos. “A Previdência brasileira é uma das mais generosas, com idade média de aposentadoria de 59,4 anos, levando-se em consideração o fator previdenciário. O único país em que as pessoas se aposentam mais novas que o Brasil é Luxemburgo (57,6)”, sinalizou. Idades mínimas - Nesse sentido, Meirelles afirmou que não haverá negociação em torno das novas idades mínimas para se aposentar. “Será de 65 anos para homens e 62 para mulheres, mas isso, após 20 anos. Logo após a reforma, passará a ser 55 anos e vai subindo gradualmente, até os tetos de 65 e 62 anos”, explicou. O ministro da Fazenda afirmou que a reforma da

Previdência visa evitar o aumento dos gastos públicos ao longo do tempo e, assim, também impedir que o País tenha uma alta taxa de juros. Dessa maneira, garantiu que mesmo após a aprovação, a taxa básica de juros (Selic) não deverá sofrer grandes aumentos. “Pode haver um ou outro equilíbrio, mas voltar aos patamares que vimos no passado recente, não”, frisou. Em relação a uma possível candidatura à presidência da República nas próximas eleições, o chefe da equipe econômica de Michel Temer (PMDB) disse que ainda não está se preocupando com esse assunto, buscando se dedicar às questões relativas ao ministério. Ele avisou que sua decisão só será conhecida em abril. Meirelles lembrou de 2010, quando teve seu nome indicado para candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. À época, era presidente do Banco Central e só divulgou sua decisão de permanecer à frente do BC no dia anterior ao término do prazo para oficialização de candidaturas. “Agora não será diferente. Tenho prazo até 7 de abril para me decidir”, afirmou.

Maia não concorda com votação em novembro Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que, se a reforma da Previdência não for votada em fevereiro, ele só pautará a matéria se ela fizer parte da agenda do próximo presidente da República eleito. Maia disse que está tentando negociar os pontos em que não há consenso para que a previsão de economia com a reforma permaneça em cerca de R$ 500 bilhões em dez anos, “ou pouco menos”. “Novembro é uma questão do próximo presidente da República. Não há possibilidade de eu pautar a reforma da Previdência, sem que seja uma agenda do próximo presidente da República. Essa é uma questão que a eleição pode ou não resolver. Se não votar em fevereiro, vota no início do ano que vem. Agora, acho que cada ano que a gente perde sem votar é um prejuízo que a sociedade vai tendo”, declarou após reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Na avaliação de Maia, o texto em discussão é “uma reforma muito leve, muito tranquila”. “Acho que ajuda muito o Brasil e a possibilidade de que não precise ter, no futuro, uma reforma como outros países fizeram e continuam fazendo até hoje, cortando aposentadoria dos seus trabalhadores. 30% em Portugal e 50% na Espanha. É isso que a gente não quer, chegar a um ponto em que o direito adquirido é discutido”, argumentou. Maia defendeu um limite maior para o acúmulo de pensão e aposentadoria, um dos pontos polêmicos e sem consenso da reforma. Para ele, o limite de dois salários mínimos, previsto no texto da proposta aprovada na comissão especial, é pequeno e “muito pesado”. Em sua avaliação, é preciso se construir um texto que não

prejudique os que ganham pouco, a classe média e os servidores públicos. “Certamente, a equipe econômica pensa nos que ganham muito. Mas você tem que pensar em casais que ganham dois salários mínimos. Se da noite para o dia um falecer, e o teto é dois salários, a pessoa só vai receber dois salários. E não é um salário alto, é um salário baixo. Então, tem que se tomar cuidado para que o ajuste fiscal também não impacte famílias que fizeram previsão para que no futuro tivessem uma aposentadoria com um mínimo de tranquilidade”, declarou. Maia também defendeu a negociação de uma regra de transição para servidores públicos que entraram antes de 2003 se aposentarem com direito à integralidade (último salário) e paridade (mesmo reajuste da ativa). Para ele, dá para se construir um texto sem perder nenhum valor da previsão de economia. “Nesses pontos (acúmulo e transição de servidores), vamos continuar debatendo para que a economia prevista de R$ 480 bilhões, R$ 500 bilhões, fique nesse patamar, um pouco menos”, declarou.

O presidente da Câmara ressaltou, porém, que esses dois pontos devem gerar poucos votos a favor da reforma. “Talvez esse do acúmulo traga”, ponderou em seguida. Ele reafirmou que trabalha para começar a votar a reforma na semana de 19 de fevereiro, como está marcado, mas reiterou que só abrirá a votação no plenário se o governo tiver a certeza de que tem os 308 votos mínimos necessários para aprovar a matéria. Adiamento - Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), reconheceu ontem a possibilidade de a votação da reforma da Previdência ficar para novembro e afirmou que um adiamento dessa votação não seria uma catástrofe. O senador, que disse considerar o tema prioritário, avaliou ainda que a proposta elaborada pelo governo não foi divulgada de forma eficiente para a população. “Ela começou muito mal vendida para a sociedade. A comunicação não foi adequada”, afirmou a jornalistas. Segundo ele, uma vez votada pela Câmara, a proposta de emenda à Constituição

(PEC) seguirá trâmite “natural” no Senado, mas com a celeridade que uma matéria “prioritária” exige. “Agora, se por acaso não acontecer a votação na Câmara dos Deputados, e eu dizia que a gente tem até novembro ou comecinho de dezembro. Não estou dizendo que vai votar no segundo semestre, pode ser votada ainda neste semestre, ou não. Nenhum candidato a presidente da República terá condições de fugir desse debate se essa reforma não for aprovada agora”, considerou. O governo atua em várias frentes para votar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ainda em fevereiro. Na última quarta-feira, divulgou um texto com novas concessões, na expectativa de angariar mais votos. Por se tratar de uma PEC, a medida precisa de 308 votos favoráveis entre os 513 deputados, em dois turnos de votação. Depois, ainda precisa ser analisada pelo Senado. Se for modificada pelos senadores, a proposta volta para a Câmara dos Deputados, e permanece nesse vaivém até que as duas casas concordem sobre o texto. (AE/ Reuters)

‘Viúvas’ de policiais terão R$ 400 mi Brasília - A pensão integral para viúvas e viúvos de policiais mortos em serviço vai custar R$ 400 milhões em dez anos. Esse é o novo cálculo da Secretaria de Previdência Social do Ministério da Fazenda, após a alteração na emenda aglutinativa da reforma da Previdência anunciada na quarta-feira (7) pelo relator deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). Segundo a Previdência, a economia de despesas prevista com a reforma no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) - regime de previdência dos servidores públicos - cai de R$ 88,1 bilhões para R$ 87,7 bilhões em dez anos. Essa economia só leva em conta os gastos da União, não está incluído o impacto

da mudança nas finanças dos estados. Criminalidade - O governo incluiu essa medida na proposta de reforma para obter mais votos favoráveis à reforma da chamada Bancada da Bala. O relator disse, durante o anúncio na quarta, que é uma medida importante neste momento em que policiais têm morrido em ação por conta do aumento da criminalidade no Brasil. A expectativa do governo e das lideranças da base no Congresso Nacional é de tentar votar a proposta até o dia 28. Se não houver condições favoráveis, a estratégia é retirar de pauta a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. (AE)

TIÃO MOURÃO/DIVULGAÇÃO

Henrique Meirelles defendeu que se trabalhe pela aprovação

Privatização da Eletrobras é opção em caso de derrota Brasília - De olho na agenda reformista que ainda avalia ser possível entregar em um ano de eleições, o governo concentrará esforços para tirar do papel a privatização da Eletrobras, além de outras pautas econômicas, já antevendo possível fracasso na aprovação da reforma da Previdência neste ano. Em jogo, estão não apenas receitas de R$ 12,2 bilhões esperadas com a realização da operação em 2018, mas também os dividendos políticos por seguir adiante com uma privatização considerada complexa, parte de um movimento de diminuição do tamanho do Estado na economia. “O foco irá fortemente para a Eletrobras”, afirmou uma fonte da equipe econômica, em condição de anonimato. O governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei com uma modelagem para a desestatização da companhia, com um cronograma que prevê aprovação parlamentar até junho e conclusão do processo ainda em 2018. Mas o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que a tarefa não será fácil. Outros projetos também são encarados como prioritários dentro da equipe econômica e têm sido temas de conversas com líderes no Congresso. Integram a lista a reoneração da folha de pagamento das empresas, a implementação do cadastro positivo, para fomentar a concessão de crédito mais barato a partir da análise do histórico de pagamento dos consumidores, e a alteração da sistemática de transferência de resultados cambiais do Banco Central para o Tesouro Nacional. A equipe econômica também quer a aprovação do projeto que cria depósitos voluntários remunerados de instituições financeiras como alternativa ao uso exclusivo de operações compromissadas, usadas para retirar ou injetar liquidez nos mercados. Uma das consequências da utilização desse novo instrumento será a redução da relação dívida bruta sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que vem crescendo na esteira do desequilíbrio fiscal do País. “A lista é essa”, afirmou uma segunda fonte da equipe econômica, confirmando as prioridades legislativas. “Temos diferentes secretários se esforçando em diferentes medidas, mas estamos nessas todas”.

Nesta semana, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para tratar justamente dos temas de interesse da autarquia. Após o encontro, Maia afirmou que também voltaram à mesa as conversas sobre a autonomia do BC - pleito antigo da autoridade monetária. Maia, que se articula nos bastidores para também concorrer à presidência da República, é autor de projeto sobre o tema. Mais cedo nesta semana, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), também lembrou ter projeto de independência do BC ao defender que 2018 será um ano curto para aprovar medidas econômicas no Legislativo. Apesar de seguir com o discurso de viabilidade da reforma da Previdência, o governo ainda não conta com votos suficientes para fazê-la avançar na Câmara dos Deputados, onde o ceticismo segue grande a respeito de qualquer chance do texto ser aprovado. Em função do cenário, a data de votação da proposta foi mais uma vez postergada na Casa, desta vez para até 28 de fevereiro. Cessão onerosa - Outra questão em relação à qual a equipe econômica se debruça é o impasse da cessão onerosa, que garantiu à Petrobras em 2010 o direito de explorar áreas do pré-sal de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente. Revisão posterior do contrato já era prevista à época, após declaração de comercialidade das áreas. A Petrobras tem defendido enfaticamente que, devido à variação do preço do petróleo no período, teria valores a receber da União nessa revisão contratual. A avaliação no governo, no entanto, é de que a Petrobras é devedora na renegociação, embora o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, tenha afirmado que não espera embolsar valores ainda neste ano. O governo já criou uma comissão para tratar do assunto com participação de todos os lados interessados. No fim de janeiro, o secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou que um possível leilão para a exploração de volumes de petróleo e gás excedentes ao contrato de cessão onerosa poderá levantar entre R$ 80 bilhões a R$ 100 bilhões. (Reuters)


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INTERNACIONAL CHINA

Exportaçþes tĂŞm expansĂŁo anual de 11,1% Importaçþes saltam tambĂŠm em janeiro - 36,9% - ante igual perĂ­odo de 2017, confirmando sĂłlida demanda Pequim - As exportaçþes e importaçþes da China apresentaram crescimento de dois dĂ­gitos em janeiro, refletindo sĂłlida demanda SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - SIRCOM - RUA BERNARDO GUIMARĂƒES, 2004 - BAIRRO DE LOURDES - BELO HORIZONTE/MG. - CNPJ.: 17.212.085/0001-74. ELEIÇÕES SINDICAIS – AVISO - Em cumprimento do disposto contido no parĂĄgrafo 1Âş do art. 28 do Regulamento Eleitoral, inserido no Estatuto Social do SIRCOM, comunico que jĂĄ foi registrada a Chapa seguinte, como concorrente Ă Eleição a que se refere ao Edital e Aviso Resumido, publicado no dia 23/01/2018, neste jornal: Alvaro Alves Nunes Fernandes, AntĂ´nio JosĂŠ Maciel Ribeiro, AntĂ´nio Romeu Soares, Carlos JosĂŠ Moreira Cotta, Gilberto Rodrigues Campos, Khalil Nassib Hamzi, Laudemiro Gomes De SĂĄ, Lilian Neves Dos Santos, MaurĂ­cio Afonso AraĂşjo Ludgero Siqueira, MaurĂ­cio Rocha De Melo Moreira, Paulo Torquato Dos Santos, Sidnei IsaĂ­as Dos Santos, Telles Fantini, Walter Campolina Alves. Nos termos do dispositivo legal acima referido, o prazo para impugnação de candidaturas ĂŠ de 05 (cinco) dias, a contar da publicação deste AVISO Belo Horizonte, 09 de Fevereiro de 2018. (a) Ă LVARO ALVES NUNES FERNANDES - PRESIDENTE.

tanto externa quanto domĂŠstica, embora tenham sido provavelmente influenciadas pelo feriado do ano-novo lunar No mĂŞs passado, as exportaçþes chinesas medidas em dĂłlares tiveram INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE MINAS GERAIS CNPJ NÂş 19.222.967/0001-46 ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA Dia: 22 (vinte e dois) de fevereiro de 2018 ADITAMENTO O Presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, em conformidade com os artigos 12, II, 13, 16 e 18 do Estatuto, convoca todos os associados efetivos do Instituto Dos Advogados De Minas Gerais – IAMG, para a Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria, a se realizar em 22 de fevereiro de 2018, das 17 (dezessete) Ă s 19 (dezenove) horas, na sede social da Rua GrĂŁo ParĂĄ, n° 737, 3Âş andar, em Belo Horizonte – MG,com o seguinte aditamento: pauta da reuniĂŁo – conhecimento, apreciação e deliberação das demonstraçþes financeiras 2015, 2016, 2017 e proposta orçamentĂĄria para 2018. (Art. 30c.c 11 e pertinentes disposiçþes estatutĂĄrias) Belo Horizonte – MG, em 07 de fevereiro de 2018. Nilson Reis Presidente da Diretoria e do Conselho Superior do Instituto Dos Advogados De Minas Gerais – IAMG

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş003/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo Menor Preço Global, visando a aquisição de Recursos Instrucionais (coletes, camisas, sacolas em TNT), de acordo com as HVSHFLÂżFDo}HV GHVFULWDV QHVWH (GLWDO H VHXV $QH[RV $EHUWXUD GLD jV K P 2 HGLWDO EHP FRPR PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD RX DWUDYpV GR H PDLO OLFLWD# VHQDUPLQDV RUJ EU 3ROO\DQH GH $OPHLGD 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD

expansão anual de 11,1%, depois de subirem 10,9% em dezembro, segundo dados da Administração Geral de Alfândega do país. O resultado, que marcou o 11º mês consecutivo de aumentos, superou a expectativa de analistas, que previam acrÊscimo de 10,2% nas exportaçþes. As importaçþes da China, por sua vez, saltaram em janeiro 36,9% ante igual mês do ano passado, após subirem em ritmo relativamente mais modesto Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 41, Carmo-BH/MG, Leilão: 07/03/18 às 10:00h, para venda dos imóveis em Itajaí/SC e Curitiba/PR. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Info. e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

de 4,5% em dezembro. A projeção do mercado era de ganho significativamente menor, de 9,2%. Jå o superåvit comercial da China diminuiu para US$ 20,34 bilhþes em janeiro, de US$ 54,69 bilhþes em dezembro. O saldo positivo ficou bem abaixo da projeção da Trading Economics (+US$ 45 bilhþes) e tambÊm da previsão do WSJ (+US$ 56,4 bilhþes). O período em que ocorre o feriado do ano-novo lunar, que caiu em janeiro no ano passado e serå em fevereiro neste ano, normalmente distorce os dados da balança comercial do primeiro bimestre. Antes da divulgação do indicador, analistas previam que o avanço das ex-

PARQUE DE DIVERSĂ•ES GUANABARA LTDA. CNPJ 17.352.659/0001-00 - NIRE: 3120838700-1

Reunião de Sócios - Edital de Convocação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBĂ - UNIFEI

MINISTÉRIO DA EDUCAĂ‡ĂƒO

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico “S.R.P.â€? (Via Internet): 003/2018 Objeto: Registro de preços para eventual contratação de serviços de emissĂŁo GH FHUWLÂżFDGRV GLJLWDLV GR WLSR $ , conforme condiçþes, quantidades e exigĂŞncias estabelecidas neste Edital e seus anexos. Edital: $ SDUWLU GH QRV VtWLRV www.unifei.edu.br ou www.comprasgovernamentais.gov.br Etapa de Lances: jV K PLQ QR VtWLR www.comprasgovernamentais.gov.br Informaçþes:

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Assembleia Geral ExtraordinĂĄria da Cooperativa de CrĂŠdito de Livre AdmissĂŁo da RegiĂŁo Central e Oeste Mineiro Ltda. – Sicoob Divicred, situada Ă Avenida Primeiro de Junho, n° 210, Bairro Centro, DivinĂłpolis/MG, CNPJ: 01.736.516/0001-61 – NIRE: 3.140.002.050-1. O Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de CrĂŠdito de Livre AdmissĂŁo da RegiĂŁo Central e Oeste Mineiro Ltda. – Sicoob Divicred, com 8.611 associados, no uso de suas atribuiçþes estatutĂĄrias, convoca os associados desta cooperativa, em pleno gozo de seus direitos sociais, para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 26 de fevereiro de 2018, na Sede da Cooperativa, localizada na Avenida Primeiro de Junho, 210, Centro, na cidade de DivinĂłpolis, estado de Minas Gerais, CEP: 35.500-002, em primeira convocação Ă s 15:00 horas, com presença de 2/3 (dois terços) do nĂşmero total de associados. Caso nĂŁo haja Q~PHUR OHJDO SDUD LQVWDODomR ÂżFDP GHVGH Mi FRQYRFDGRV SDUD D VHJXQGD FRQYRFDomR Ă s 16:00 horas no mesmo dia e local; com presença de metade mais 1 (um) do nĂşmero total de associados; persistindo a falta de quĂłrum legal, a assembleia realizar-se-ĂĄ, no mesmo dia e local, em terceira e Ăşltima convocação Ă s 17:00 horas, com a presença de no mĂ­nimo 10 (dez) associados para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: PAUTA A – Venda do imĂłvel de uso prĂłprio da Cooperativa, localizado em DivinĂłpolis/MG, na Avenida Primeiro de Junho, n° 210, Centro, CEP: 35.500-002. DivinĂłpolis/MG, 09 de fevereiro de 2018. Urias Geraldo de Sousa Presidente do Conselho de Administração SICOOB Divicred

CONCESSIONĂ RIA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS S.A. CNPJ/MF nÂş 19.674.909/0001-53 - NIRE 3130010676-4 ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 01 DE SETEMBRO DE 2017 DATA, HORA E LOCAL: 01 de setembro de 2017, Ă s 10:00 horas, na sede social da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Rodovia MG-10, km 09, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13a, na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, CEP 33500-900. PRESENÇA: Presente a totalidade das acionistas da Companhia, conforme consta do Livro de Presença de Acionistas. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas, conforme dispĂľe o parĂĄgrafo 4Âş do art. 124 da Lei 6.404/76. MESA: Presidente: Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, SecretĂĄrio: Frederico Bopp Dieterich. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre a (i) aceitação de renĂşncia dos membros do Conselho de Administração da Companhia (“CADBHâ€?); (ii) destituição de membro suplente do Conselho Fiscal da Companhia (“CF-BHâ€?); e (iii) eleição de novos membros do CAD-BH e CF-BH em decorrĂŞncia (a) dos itens (i) e (ii), indicados pela acionista Sociedade de Participação no Aeroporto de ConďŹ ns S.A. (“SPACâ€?), e (b) de indicaçþes da acionista Empresa Brasileira de Infraestrutura AeroportuĂĄria – Infraero (“INFRAEROâ€?) aos cargos de membro efetivo e respectivo suplente do CF-BH, atĂŠ entĂŁo vagos. DELIBERAÇÕES: Instalada a Assembleia e feita a leitura, discussĂŁo e votação das matĂŠrias constantes da Ordem do Dia, as seguintes deliberaçþes foram tomadas, por unanimidade de votos dos presentes: (i) Os Acionistas aceitaram os pedidos de renĂşncia, apresentados na presente data, aos cargos de membros efetivos e suplentes do CAD-BH, apresentados pelos Srs. Paulo Roberto Cassoli Mazzali, Arthur Piotto Filho, Francisco de Assis Nunes BulhĂľes, Antonio Linhares da Cunha e Ricardo Antonio Mello Castanheira; (ii) Os Acionistas destituĂ­ram em 15 de junho de 2017, o Sr. Marco Antonio da Gama e Mello Barboza ao cargo de membro suplente do CF-BH; (iii) Em decorrĂŞncia do disposto nos itens (i) e (ii) acima, os Acionistas aprovam as eleiçþes de (a) novos membros efetivos e respectivos suplentes do CAD-BH, bem como novo membro suplente do CF-BH, todos indicados pela SPAC, e (b) novos membros efetivo e respectivo suplente do CF-BH, indicados pela INFRAERO, para ocupar os cargos atĂŠ entĂŁo vagos, conforme a seguir: (iii.1) Alteraçþes no Conselho de Administração da Companhia. Eleição de novos membros titulares e de novos membros suplentes do CAD-BH, indicados pela SPAC: (a) em substituição ao Sr. Paulo Roberto Cassoli Mazzali como membro titular, o Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo, brasileiro, casado, engenheiro, inscrito no CPF/MF sob o n. 148.195.698-13, portador da Carteira de Identidade n. 23.818.436-5, expedida pela SSP/SP; (b) em substituição ao Sr. Arthur Piotto Filho como membro titular, o Sr. Celso Paes JĂşnior, brasileiro, engenheiro, casado, inscrito no CPF/MF sob o n. 070.942.228-82, portador da Carteira de Identidade n. 260337147-9, expedida pelo CREA/SP; (c) em substituição ao Sr. Francisco de Assis Nunes BulhĂľes como membro suplente, a Sra. Cristiane Alexandra Lopes Gomes, brasileira, analista de sistemas, casada, inscrita no CPF/MF sob o n. 120.775.978-36, portadora da Carteira de Identidade n. 22.436.934-9, expedida pela SSP/SP; (d) em substituição ao Sr. AntĂ´nio Linhares da Cunha como membro suplente, o Sr. RogĂŠrio Augusto Prado, brasileiro, engenheiro civil, casado, inscrito no CPF/MF sob o n. 170.744.838-85, portador da Carteira Nacional de Habilitação n. 1345384976, expedida pelo DETRAN/SP; e (e) em substituição ao Sr. Ricardo Antonio Mello Castanheira como membro suplente, o Sr. Renato Ideo Ikeda, brasileiro, contador, casado, inscrito no CPF/MF sob o n. 256.108.388-86, portador da Carteira Nacional de Habilitação n. 02016518470, expedida pelo DETRAN/ SP; todos domiciliados na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 4Âş andar. O mandato dos membros titulares e suplentes do Conselho de Administração ora eleitos serĂĄ coincidente com o mandato dos demais conselheiros jĂĄ eleitos, ou seja, atĂŠ 27 de abril de 2018. Diante do disposto acima, consignar a composição do Conselho de Administração da Companhia a partir da presente data, conforme a seguir: Membros efetivos (i) Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima; (ii) Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo; (iii) Sr. Celso Paes JĂşnior; (iv) Sr. Martin Eduardo Fernandez Gutierrez; (v) Sr. Eduardo Roberto Stuckert Netto; e (vi) Sr. Mauro CĂŠsar Santiago Chaves, e respectivos membros suplentes: (i) Sra. Cristiane Alexandra Lopes Gomes, (ii) Sr. RogĂŠrio Augusto Prado; (iii) Sr. Renato Ideo Ikeda; e (iv) Martin Max Schimidli, sendo mantidos vagos os cargos de suplentes dos membros do Conselho de Administração indicados pela INFRAERO, os quais serĂŁo eleitos posteriormente. (iii.2) Alteraçþes no Conselho Fiscal da Companhia: (a) Em substituição ao Sr. Marco AntĂ´nio da Gama e Mello Barboza, eleição de novo membro suplente do CF-BH, indicado pela acionista SPAC, Sra. Luciana Irene de Lima e Silva, brasileira, contadora, casada, inscrita no CPF/MF sob o n. 157.802.778-00, portadora da Carteira de Identidade n. 21.932.654-X, expedida pela SSP-SP, domiciliada na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Chedid Jafet, nÂş 222, Bloco B, 5Âş andar; (b) Eleição de novos membros titular e suplente, respectivamente, do CF-BH, em conformidade ao disposto no art. 25, §1Âş do Estatuto Social da Companhia, para ocupar os cargos atĂŠ entĂŁo vagos, a saber: (a) Sr. Gustavo Eduardo Brasil Passos, brasileiro, advogado, casado, inscrito no CPF/MF sob o n. 817.210.646-72, portador da Carteira de Identidade ProďŹ ssional n. 70.837, expedida pela OAB/MG, residente e domiciliado na SQS 315, Bloco F, AP 101, Asa Sul, BrasĂ­lia, Distrito Federal, no cargo de membro titular; e respectivo suplente, (b) Sr. Claiton Resende Faria, brasileiro, administrador, casado, inscrito no CPF/MF sob o n. 565.027.291-34, portador da Carteira de Identidade n. 1.317.791, expedida pela SSP/DF, residente e domiciliado na QNB 06 Casa 04, Taguatinga Norte, BrasĂ­lia-DF, no cargo de membro suplente. O mandato dos membros do Conselho Fiscal ora eleitos serĂĄ coincidente com o mandato dos demais conselheiros ďŹ scais jĂĄ eleitos, ou seja, atĂŠ a Assembleia Geral OrdinĂĄria da Companhia a ser realizada em 2018. Diante do disposto acima, consignar a composição do Conselho Fiscal da Companhia a partir da presente data, conforme a seguir: Membros efetivos (i) Sr. Paulo Yukio Fukuzaki; (ii) Sr. Carl Douglas de Gennaro Oliveira; e (iii) Sr. Gustavo Eduardo Brasil Passos, e respectivos membros suplentes: (i) Sra. Erika Natsumi Matsumoto; (ii) Sra. Luciana Irene de Lima e Silva; e (iii) Sr. Claiton Resende Faria. Declaração de Desimpedimento. Os novos membros titulares e suplentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal sĂŁo eleitos e empossados, conforme consta dos Termos de Posse lavrados no Livro de Atas de ReuniĂľes do Conselho de Administração e Livro de Atas de ReuniĂľes do Conselho Fiscal da Companhia, tendo aceitado os respectivos cargos e declarado, cada um deles, sob as penas da lei, ter conhecimento do art. 147 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e alteraçþes posteriores e, consequentemente, nĂŁo se enquadrar em nenhuma das hipĂłteses de impedimento previstas no referido artigo que os obstem de exercer as funçþes de conselheiros da Companhia, bem como que receberĂŁo eventuais citaçþes e intimaçþes em processos administrativos e judiciais relativos a atos de sua gestĂŁo nos endereços indicados acima, sendo que eventuais alteraçþes serĂŁo comunicadas por escrito Ă Companhia. ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÕES. Por ďŹ m, as acionistas deliberaram o arquivamento desta ata perante o Registro PĂşblico de Empresas e que as publicaçþes legais fossem feitas e os livros societĂĄrios transcritos. ENCERRAMENTO. Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Assembleia, da qual lavrou-se a presente ata em forma de sumĂĄrio, nos termos do artigo 130, §1Âş, da Lei nÂş 6.404/76 que, lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes: Presidente: Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima. SecretĂĄrio: Sr. Frederico Bopp Dieterich. Acionistas: Sociedade de Participação do Aeroporto de Con ns S.A. (p. Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo e e Sr. Celso Paes Junior) e Empresa Brasileira de Infraestrutura AeroportuĂĄria – Infraero (p. ClĂĄudio MagalhĂŁes). Frederico Bopp Dieterich - SecretĂĄrio. Assinado por certi cado digital. JUCEMG nÂş 6350216 em 16/11/2017 e Protocolo nÂş 174622767 em 04/10/2017. Marinely de Paula BonďŹ m – SecretĂĄria Geral.

Considerando o disposto na ClĂĄusula DĂŠcima do Contrato Social e no art. 1.073 do CĂłdigo Civil, ficam os sĂłcios da sociedade Parque de DiversĂľes Guanabara Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunirem, em 1ÂŞ Convocação, no dia 16 de fevereiro de 2018, Ă s 10 horas, em ReuniĂŁo de SĂłcios, na sede social da Sociedade, na Avenida OtacĂ­lio NegrĂŁo de Lima, no 3.333-A, bairro Pampulha, Belo Horizonte/MG, CEP 31.365-450, a fim de deliberar sobre: a) Alteração do quadro social da Sociedade com base no formal de partilha, no âmbito do processo de inventĂĄrio no 0983874-22.1995.8.13.0024; e b) Adequação do endereço da sede da Sociedade nos termos da mudança promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte; Caso nĂŁo seja possĂ­vel a instalação da ReuniĂŁo de SĂłcios em 1ÂŞ Convocação, ficam, desde jĂĄ, os sĂłcios convocados para se reunirem, em 2ÂŞ Convocação, no dia 16 de fevereiro de 2018, Ă s 11 horas, em ReuniĂŁo de SĂłcios, no mesmo endereço acima mencionado e para deliberar sobre a mesma pauta. Belo Horizonte/MG, 05 de fevereiro de 2018. REYNALDO PEREIRA DIAS. Parque de DiversĂľes Guanabara Ltda

GERDAU AÇOMINAS S.A.

CNPJ 17.227.422/0001-05 - NIRE 31300036677 ATA DE REUNIĂƒO DO COMITĂŠ EXECUTIVO, REALIZADO NA SEDE SOCIAL, NA RODOVIA MG 443, KM 07, OURO BRANCO, MG, Ă€S 10h00min DO DIA 12 DE JANEIRO DE 2018. 1. A reuniĂŁo contou com a totalidade dos membros do ComitĂŞ Executivo, tendo sido presidida por Harley Lorentz Scardoelli e secretariada por Francisco Deppermann Fortes. 2. O ComitĂŞ Executivo, na forma do Estatuto Social, deliberou, por unanimidade, autorizar a abertura e instalação de ďŹ lial da Sociedade, a se localizar na Rodovia Vito Ardito, 591, Bairro Jardim Campo Grande, Caçapava, SP, CEP 12.282-535, tendo como objeto social o comĂŠrcio atacadista de produtos de aço. SerĂĄ atribuĂ­do Ă ďŹ lial ora criada o capital de R$ 100,00 (cem reais). 3. Nada mais foi tratado. Ouro Branco, 12 de janeiro de 2018. Mesa: Harley Lorentz Scardoelli e Francisco Deppermann Fortes - Diretores Vice-Presidentes. Declaro, que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da ata transcrita em livro prĂłprio e que as assinaturas supramencionadas sĂŁo autĂŞnticas. Harley Lorentz Scardoelli - Diretor Vice-Presidente. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais: CertiďŹ co registro sob o nÂş 6486497 em 30/01/2018 da Empresa GERDAU AÇOMINAS S.A., Nire 31300036677 e Protocolo 180646656-29/01/2018. Marinely de Paula BomďŹ m-SecretĂĄria Geral.

FELICOOP COOPERATIVA MÉDICA DE ESPECIALIDADES EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA A Diretoria da Felicoop - Cooperativa MĂŠdica de Especialidades Ltda., no uso das atribuiçþes que lhe sĂŁo conferidas pelo CapĂ­tulo VI, Artigo 17, do Estatuto Social, convoca seus cooperados para a Assembleia Geral OrdinĂĄria, conforme abaixo: DATA: 14/03/2018 (quarta-feira). LOCAL: NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho. HORĂ RIOS: 1ÂŞ CONVOCAĂ‡ĂƒO - 6 HORAS - QuĂłrum mĂ­nimo 2/3 DOS COOPERADOS. 2ÂŞ CONVOCAĂ‡ĂƒO - 7 HORAS - QuĂłrum mĂ­nimo: Metade + 1 DOS COOPERADOS. 3ÂŞ CONVOCAĂ‡ĂƒO 8 HORAS - MĂ?NIMO DE 10 COOPERADOS. ORDEM DO DIA: 1. Eleição da Diretoria e Conselho Fiscal no horĂĄrio de 8 Ă s 18 horas, no NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho. As normas que regulamentam a eleição dos membros da Diretoria e Conselho Fiscal encontram-se disponĂ­veis na Cooperativa. 2. Prestação de contas da Diretoria referente ao exercĂ­cio de 2017, acompanhada de parecer do Conselho Fiscal e da Auditoria externa, compreendendo: a) RelatĂłrio da GestĂŁo; b) Balanço; c) Demonstrativo das Sobras ou Perdas. 3. Destinação das Sobras lĂ­quidas ou Rateio das Perdas; 4. Fixação dos HonorĂĄrios da Diretoria e da CĂŠlula de presença do Conselho Fiscal; 5. Reforma do imĂłvel sede da Cooperativa; 6. Assuntos Gerais. Nota: Para efeitos legais, declara-se que o nĂşmero de cooperados com direito a voto ĂŠ de 903. As inscriçþes dos candidatos ao cargo de Diretoria e de Conselho Fiscal deverĂŁo ser feitas com a gerente Patricia Andrade, na sede da Felicoop, atĂŠ o dia 28/02/2018, Ă s 18 horas. O processo da eleição serĂĄ coordenado pelos cooperados: Dr. Eduardo Antonio Vilaça, Dr. Leonardo Silluzio Ferreira e Dr. Rodrigo de Sousa Lopes. A eleição realizada no NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho e terĂĄ inĂ­cio logo apĂłs a abertura dos trabalhos da Assembleia, encerrando-se Ă s 18 horas. A apresentação, anĂĄlise, discussĂŁo e deliberação sobre os demais assuntos constantes da ORDEM DO DIA (itens 2 a 6 deste edital) terĂŁo inĂ­cio Ă s 19 horas. Belo Horizonte, 30 de janeiro de 2018. Dr. AloĂ­sio Ferreira da Silva Filho - Diretor Presidente; Dr. Denilson Santos CustĂłdio - Diretor Financeiro; Dr. Rodrigo Silveira Santos - Diretor Administrativo

portaçþes seria sustentado pelo maior número de dias úteis de janeiro de 2018 em comparação ao mesmo mês do ano passado. Petróleo e gås - A China importou um volume recorde de petróleo e a segunda maior quantidade de gås natural da história em janeiro, mostraram dados divulgados ontem, em meio a um grande apetite das refinarias e a uma maior demanda no principal consumidor global de energia. Refinarias independentes estão impulsionando as compras de petróleo após receberem cotas maiores de importação para 2018 e dada a expansão de um oleoduto russo. A China elevou a importação de gås no mês passado para evitar um aperto no fornecimento à população, uma vez que a nação se prepara para as festividades do Ano Novo Lunar na próxima semana.

As importaçþes de petróleo bruto pela China aumentaram 20% em relação a igual período do ano passado, para um recorde de 40,64 milhþes de toneladas, ou 9,57 milhþes de barris por dia (bpd), de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas divulgados ontem. Recorde anterior - Esse volume se compara a um de 33,7 milhþes de toneladas, ou cerca de 7,94 milhþes de bpd em dezembro e supera o recorde anterior, registrado em março de 2017, de 9,17 milhþes de bpd. As importaçþes de gås em janeiro, incluindo as importaçþes de gasodutos e compras de gås natural liquefeito, totalizaram 7,7 milhþes de toneladas, um terço acima do ano anterior e apenas aquÊm do recorde de 7,9 milhþes de toneladas visto em dezembro. (AE/ Reuters)

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 003/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 003/2018, cujo objeto consiste no registro de preços visando aquisição de gĂĄs e vasilhame, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 27/02/2018 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL. EDITAL PRAZO DE IMPUGNAĂ‡ĂƒO DE CHAPA E COMUNICAĂ‡ĂƒO DOS NOMES DOS CANDIDATOS SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS – RUA BERNARDO GUIMARĂƒES, N° 2004 – BAIRRO DE LOURDES – BELO HORIZONTE – MG – CEP.: 30.140-082 – CNPJ.: 17.212.085/0001-74 – ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA – EDITAL – Faço saber a quantos este edital virem ou dele tomarem conhecimento, que foi a seguinte chapa registrada que concorrerĂĄ Ă s eleiçþes para compor o Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado de Minas Gerais - CORE-MG, a realizar-se no dia 03 (trĂŞs) de julho de 2018 (dois mil e dezoito), Ă s 15:30 (quinze horas e trinta minutos), em 1ÂŞ (primeira) convocação, havendo o nĂşmero mĂ­nimo legal, em seu auditĂłrio “JoĂŁo Castanhoâ€?, na Rua Bernardo GuimarĂŁes, n° 2004 – Bairro de Lourdes, nesta Capital, e nĂŁo havendo nĂşmero mĂ­nimo legal, com qualquer nĂşmero em 2ÂŞ (segunda) convocação, uma hora depois, do mesmo dia e local. Chapa: “CORE – Valorização e Representaçãoâ€?, com os seguintes candidatos: para composição de 2/3 (dois terços) da chapa – os diretores de Sindicato: Ă lvaro Alves Nunes Fernandes; AntĂ´nio JosĂŠ Maciel Ribeiro; AntĂ´nio Romeu Soares; Khalil Nassib Hamzi; Paulo Torquato dos Santos e Sidnei Isaias dos Santos e, para compor 1/3 (um terço) da chapa – os representantes comerciais: Laudemiro Gomes de SĂĄ; MauUtFLR $IRQVR $UD~MR /XGJHUR 6LTXHLUD H 0DXUR -RVp 1XQHV 2V FDQGLGDWRV GD FKDSD UHJLVWUDGD SRGHUmR VHU LPSXJQDGRV ÂżFDQGR DEHUWR R SUD]R GH FLQFR GLDV SDUD WDO ÂżP %HOR +RUL]RQWH GH IHYHUHLUR GH ĂˆOYDUR $OYHV 1XQHV )HUQDQGHV 3UHVLGHQWH.

26ª VARA C�VEL. Comarca de Belo Horizonte-MG. Edital de Citação. Prazo de dilação 30 dias. O Dr. Elias Charbil Abdou Obeid, MM. Juiz de Direito da 26ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, em pleno exercício de seu cargo, na forma da lei, etc. Faz saber a todos quantos virem o presente edital ou dele conhecimento tiverem, que por este juízo tramita uma ação de Procedimento Ordinårio, processo nº 6043656-68.2015.8.13.0024, requerida por Banco Mercantil do Brasil S/A, CNPJ 17.184.037/0001-10, em face de Marcelo de Manso Pereira, CPF 137.748.67615, alegando o autor, resumidamente, que o rÊu Ê correntista do autor e teve disponibilizado em seu favor determinado limite em cartão de crÊdito. Ocorre que a partir de 10/09/2012 o r&ea cute;u deixou de quitar os valores devidos desde então, não realizando qualquer pagamento e tornando-se GH¿QLWLYDPHQWH LQDGLPSOHQWH 9DORU DWXDOL]DGR GD GtYLGD 5 GH]HVVHLV PLO GH]RLWR UHDLV e dois centavos). Diante da recusa do rÊu em adimplir a obrigação ajustada de maneira amigåvel, não restou outra alternativa ao autor senão ajuizar a presente ação, sendo o presente para citação do rÊu MARCELO DE MANSO PEREIRA, CPF 137.748.676-15, que se encontra em lugar incerto e não sabido, para os termos da presente ação, bem como para querendo contestar no prazo de TXLQ]H GLDV FRP DV DGYHUWrQFLDV GR DUW GR &3& GH TXH QmR FRQWHVWDGD D DomR presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na peça vestibular. Para que ninguÊm possa alegar ignorân cia, expediu-se o presente edital que serå publicado na forma da lei. Dado e passado aos 02 de fevereiro de 2018. Eu, _________Escrivão, o subscrevo e assino.

CONCESSIONĂ RIA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS S.A. CNPJ/MF: 19.674.909/0001-53 - NIRE: 313.001.0676-4 ATA DE REUNIĂƒO DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REALIZADA EM 20 DE DEZEMBRO DE 2017 DATA, HORA E LOCAL: 20 de dezembro de 2017, Ă s 11:00 horas, na sede social da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Rodovia MG-10, km 09, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, sala B13a, no MunicĂ­pio de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, CEP 33.500-900. PRESENÇA: Totalidade dos membros efetivos do Conselho de Administração por teleconferĂŞncia, nos termos do parĂĄgrafo 5Âş do artigo 13 do Estatuto Social da Companhia. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada a convocação, tendo em vista a presença da totalidade dos membros efetivos do Conselho de Administração, nos termos do parĂĄgrafo 4Âş do artigo 13 do Estatuto Social da Companhia. MESA: Assumiu a presidĂŞncia dos trabalhos o Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, que convidou o Sr. Frederico Bopp Dieterich para secretariĂĄ-lo. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre (a) a celebração (i) do segundo termo aditivo ao Contrato de Financiamento Mediante Abertura de CrĂŠdito NÂş 15.2.0606.1, de 18 de dezembro de 2015, conforme aditado (“Contrato de EmprĂŠstimo Ponteâ€?), ďŹ rmado entre a Companhia, o Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social – BNDES, a CCR S.A. (“CCRâ€?) e a Sociedade de Participaçþes no Aeroporto de ConďŹ ns S.A., cujo objetivo ĂŠ estender o prazo de vencimento deste Contrato de EmprĂŠstimo Ponte, e (ii) do segundo termo aditivo ao Contrato de Prestação de Fiança e Outras Avenças, ďŹ rmado entre o Banco Bradesco S.A. (“Bradescoâ€?), o Banco Bradesco BBI S.A., a CCR e a Companhia (“CPGâ€?), cujo objetivo ĂŠ estender o prazo de vigĂŞncia da garantia bancĂĄria prestada pelo Bradesco em benefĂ­cio do SubcrĂŠdito “Bâ€? do Contrato de EmprĂŠstimo Ponte; e (b) a autorização para a administração da Companhia praticar todos os atos para implementação do item “aâ€?. DELIBERAÇÕES: Instalada a reuniĂŁo e feita a leitura, discussĂŁo e votação da matĂŠria constante da ordem do dia, os membros do Conselho de Administração deliberaram, por unanimidade de votos, (a) aprovar a celebração (i) do termo aditivo ao Contrato de EmprĂŠstimo Ponte ďŹ rmado entre a Companhia e o Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social - BNDES, cujo objeto ĂŠ estender seu prazo de vencimento para 15 de novembro de 2018, e (ii) aprovar a extensĂŁo do prazo da garantia bancĂĄria prestada pelo Bradesco em benefĂ­cio do SubcrĂŠdito “Bâ€? do Contrato de EmprĂŠstimo Ponte, para 15 de fevereiro de 2019, por meio de termo aditivo ao CPG, em consequĂŞncia da extensĂŁo do prazo do Contrato de EmprĂŠstimo Ponte; e (b) autorizar a administração da Companhia a praticar todos os atos para a implementação do item “aâ€?. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado, a presente ata foi aprovada por unanimidade e assinada por todos os conselheiros presentes, a saber: Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo, Sr. Celso Paes JĂşnior, Sr. Stefan Conrad, Sr. Eduardo Roberto Stuckert Neto, e Sr. Mauro CĂŠsar Santiago Chaves; e tambĂŠm pelo SecretĂĄrio da mesa, Sr. Frederico Bopp Dieterich. CertiďŹ co que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da original, lavrada em livro prĂłprio. ConďŹ ns, MG, 20 de dezembro de 2017. SecretĂĄrio - Frederico Bopp Dieterich - Assinado por meio de certiďŹ cado digital. JUCEMG nÂş 6379962 em 06/12/2017 e Protocolo nÂş 174132697 em 05/12/2017. Marinely de Paula BonďŹ m – SecretĂĄria Geral.

CONCESSIONĂ RIA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS S.A. CNPJ/MF nÂş 19.674.909/0001-53 - NIRE 3130010676-4 ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 06 DE DEZEMBRO DE 2017 DATA, HORA E LOCAL: 06 de dezembro de 2017, Ă s 10:00 horas, na sede social da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Rodovia MG-10, km 09, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, Sala B13a, na Cidade de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, CEP 33500-900. PRESENÇA: Presente a totalidade das acionistas da Companhia, conforme consta do Livro de Presença de Acionistas. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas, conforme dispĂľe o parĂĄgrafo 4Âş do art. 124 da Lei 6.404/76. MESA: Presidente: Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, SecretĂĄrio: Frederico Bopp Dieterich. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre a (i) aceitação de renĂşncia de membros do Conselho de Administração da Companhia; e (ii) eleição de novos membros do Conselho de Administração da Companhia. DELIBERAÇÕES: Instalada a Assembleia e feita a leitura, discussĂŁo e votação das matĂŠrias constantes da Ordem do Dia, as seguintes deliberaçþes foram tomadas, por unanimidade de votos dos presentes: (i) Os Acionistas aceitaram o pedido de renĂşncia, apresentado na presente data pelos Srs. (1) Martin Eduardo Fernandez Gutierrez, espanhol, casado, chefe de desenvolvimento de negĂłcios internacionais, portador do passaporte n.Âş AE646521, residente e domiciliado em Zurique, Suiça, ao cargo de membro efetivo do Conselho de Administração da Companhia; e (2) Martin Max Schmidli, suíço, casado, engenheiro, portador do passaporte suíço nÂş X2488677, domiciliado em Flughafen ZĂźrich AG, P.O. Box CH8058 Zurique Flughafen, Suíça, ao cargo de membro suplente do Conselho de Administração da Companhia. (ii) Em decorrĂŞncia do disposto no item (i) acima, os Acionistas, diante de indicação da SPAC, aprovaram a eleição (1) do Sr. Stefan Conrad, suíço, casado, chefe de operaçþes, portador do passaporte nÂş X3588339, inscrito no CPF/MF sob o n. 064.417.787-00, residente e domiciliado na Av. DelďŹ m Moreira, n. 662, apto 1001, Leblon, na cidade e estado do Rio de Janeiro, CEP 22.441-000, para substituir o Sr. Martin Eduardo Fernandez Gutierrez como membro efetivo do Conselho de Administração da Companhia, e (2) do Sr. Johann Georg Erwin Gigl, alemĂŁo, solteiro, diretor ďŹ nanceiro e de novos negĂłcios, portador do passaporte nÂş C4YL43501, inscrito no CPF/ MF sob o n. 064.361.977-10, domiciliado na Rua Praia de Botafogo, nÂş 228, EdifĂ­cio Argentina, 16Âş andar, CEP 22250145, cidade e estado do Rio de Janeiro, para substituir o Sr. Martin Max Schmidli como membro suplente do Conselho de Administração da Companhia. Os acionistas consignaram que o mandato dos novos membros, efetivo e suplente, do Conselho de Administração, ora eleitos, serĂĄ coincidente com o mandato dos demais conselheiros em exercĂ­cio, ou seja, atĂŠ 27 de abril de 2018. (iii) Diante do disposto acima, os acionistas decidiram consolidar a composição do Conselho de Administração da Companhia a partir da presente data, conforme a seguir: Membros efetivos (i) Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima; (ii) Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo; (iii) Sr. Celso Paes JĂşnior; (iv) Sr. Stefan Conrad; (v) Sr. Eduardo Roberto Stuckert Netto; e (vi) Sr. Mauro CĂŠsar Santiago Chaves, e respectivos membros suplentes: (i) Sra. Cristiane Alexandra Lopes Gomes, (ii) Sr. RogĂŠrio Augusto Prado; (iii) Sr. Renato Ideo Ikeda; e (iv) Johann Georg Erwin Gigl, sendo mantidos vagos os cargos de suplentes dos membros do Conselho de Administração indicados pela INFRAERO, os quais serĂŁo eleitos posteriormente. Declaração de Desimpedimento. Os novos membros, titular e suplente, do Conselho de Administração sĂŁo eleitos e empossados, conforme consta dos respectivos Termos de Posse lavrado no Livro de Atas de ReuniĂľes do Conselho de Administração, tendo aceitado o respectivo cargo e declarado, sob as penas da lei, ter conhecimento do art. 147 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e alteraçþes posteriores e, consequentemente, cada um, nĂŁo se enquadrar em nenhuma das hipĂłteses de impedimento previstas no referido artigo que o obste de exercer as funçþes de conselheiro da Companhia, bem como que receberĂĄ eventuais citaçþes e intimaçþes em processos administrativos e judiciais relativos a atos de sua gestĂŁo no endereço indicado acima, sendo que eventuais alteraçþes serĂŁo comunicadas por escrito Ă Companhia. ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÕES. Por ďŹ m, as acionistas deliberaram o arquivamento desta ata perante o Registro PĂşblico de Empresas e que as publicaçþes legais fossem feitas e os livros societĂĄrios transcritos. ENCERRAMENTO. Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Assembleia, da qual lavrou-se a presente ata em forma de sumĂĄrio, nos termos do artigo 130, §1Âş, da Lei nÂş 6.404/76 que, lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes: Presidente: Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima. SecretĂĄrio: Sr. Frederico Bopp Dieterich. Acionistas: Sociedade de Participação do Aeroporto de Con ns S.A. (p. Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo e Sr. Celso Paes Junior) e Empresa Brasileira de Infraestrutura AeroportuĂĄria – Infraero (p. Eduardo Roberto Stuckert Neto). Frederico Bopp Dieterich - SecretĂĄrio. Assinado por certiďŹ cado digital. JUCEMG n.Âş 6444238 em 12/01/2018 e Protocolo nÂş 175765260 em 04/01/2018. Marinely de Paula BonďŹ m – SecretĂĄria Geral.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CGC/MF - 16.636.540/0001-04 A PRODEMGE comunica o adiamento da sessĂŁo de pregĂŁo, referente ao PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 001/2018, Planejamento nÂş 009/2018, Registro de preços para aquisição de insumos de certificados digitais, sendo 50.000 (cinquenta mil) tokens criptogrĂĄficos com interface USB, 30.000 (trinta mil) cartĂľes inteligentes criptogrĂĄficos e 10.000 (dez mil) leitoras/gravadoras de cartĂŁo inteligente para armazenamento de certificados digitais ICP-Brasil. Editais e anexos permanecem inalterados. A sessĂŁo do pregĂŁo serĂĄ adiada para o dia 27 de fevereiro de 2018 Ă s 09:00h. Belo Horizonte, 08 de fevereiro de 2018.

CONCESSIONĂ RIA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS S.A. CNPJ/MF nÂş 19.674.909/0001-53 - NIRE 35.3.0010676-4 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam os Senhores Acionistas da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A. (“BH Airportâ€?) convocados para comparecerem Ă Assembleia Geral ExtraordinĂĄria da BH Airport, a ser realizada Ă s 10:00 horas do dia 23 de fevereiro de 2018, na Rodovia MG-10, km 09, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, no municĂ­pio de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, CEP 33.500-900, a ďŹ m de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1. Diante da necessidade orçamentĂĄria para fazer face aos compromissos do exercĂ­cio social de 2018, deliberar sobre: (i) um aumento do limite do capital autorizado no montante de R$ 145.000.000,00 (cento e quarenta e cinco milhĂľes de reais); e (ii) o aumento no capital social da BH Airport, deďŹ nindo o prazo para subscrição e integralização do aporte de capital (jĂĄ se considerando o novo capital autorizado da BH Airport), no montante estimado de R$ 145.000.000,00 (cento e quarenta e cinco milhĂľes de reais), mediante a emissĂŁo de 308.510.638 (trezentas e oito milhĂľes e quinhentas e dez mil e seiscentas e trinta e oito) novas açþes ordinĂĄrias, escriturais, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissĂŁo de R$0,47 (quarenta e sete centavos) por ação, calculado com base no valor do patrimĂ´nio lĂ­quido por ação, de acordo com o artigo 170, §1Âş, inciso II, da Lei 6.404/76, tendo em vista o balancete datado de 31 de dezembro de 2017, passando o limite do capital autorizado R$761.940.000,00 (setecentos e sessenta e um milhĂľes e novecentos e quarenta mil reais) para R$906.940.000,00 (novecentos e seis milhĂľes e novecentos e quarenta mil reais) e o capital social da BH Airport de R$761.940.000,00 (setecentos e sessenta e um milhĂľes e novecentos e quarenta mil reais) para R$906.940.000,00 (novecentos e seis milhĂľes e novecentos e quarenta mil reais).2. Alterar o caput e o parĂĄgrafo 2Âş do artigo 5Âş do Estatuto Social da BH Airport, para reetir o novo limite do capital autorizado, bem como o novo capital social aprovado caso tais deliberaçþes sejam aprovadas. 3. Consolidar o Estatuto Social da BH Airport, caso as deliberaçþes tomadas acima sejam aprovadas. Em cumprimento ao disposto no artigo 124 da Lei nÂş 6.404/76, os documentos relacionados Ă s matĂŠrias da ordem do dia em questĂŁo estĂŁo Ă disposição dos acionistas na atual sede social da BH Airport, para exame prĂŠvio a partir desta data. Nos termos do artigo 126 da Lei nÂş 6.404/76, a BH Airport solicita aos acionistas que apresentem documento de identidade para comprovar a qualidade de acionista. Os acionistas poderĂŁo ser representados por mandatĂĄrios, observadas as restriçþes legais, devendo, neste caso, ser apresentado tambĂŠm o instrumento de mandato. ConďŹ ns, 08 de fevereiro de 2018. RICARDO BISORDI DE OLIVEIRA LIMA - Presidente do Conselho de Administração

CONCESSIONĂ RIA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS S.A. CNPJ/MF: 19.674.909/0001-53 - NIRE: 313.001.0676-4 ATA DE REUNIĂƒO DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REALIZADA EM 10 DE OUTUBRO DE 2017 DATA, HORA E LOCAL: 10 de outubro de 2017, Ă s 09:00 horas, na sede social da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Rodovia MG-10, km 09, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, PrĂŠdio da Administração, Mezanino, sala B13a, no MunicĂ­pio de ConďŹ ns, Estado de Minas Gerais, CEP 33.500-900. PRESENÇA: Maioria dos membros efetivos do Conselho de Administração, os Srs. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, Eduardo Siqueira Moraes Camargo, Celso Paes JĂşnior, Eduardo Roberto Stuckert Neto, e Mauro CĂŠsar Santiago Chaves. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Convocação realizada na forma do art. 13, §2Âş do Estatuto Social da Companhia. MESA: Assumiu a presidĂŞncia dos trabalhos o Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, que convidou o Sr. Frederico Bopp Dieterich para secretariĂĄ-lo. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre (i) a implantação do Programa de Integridade e Compliance da ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de ConďŹ ns S.A., incluindo o CĂłdigo de Conduta e Ética, PolĂ­tica do Programa de Integridade e Regimento Interno do ComitĂŞ de Conduta e Ética; (ii) a indicação dos representantes dos acionistas para receber reportes do ComitĂŞ de Compliance da companhia; e (iii) a aprovação de investimento adicional para infraestrutura de lojas de varejo do Terminal de Passageiros 2. DELIBERAÇÕES: Instalada a reuniĂŁo e feita a leitura, discussĂŁo e votação da matĂŠria constante da ordem do dia, os membros do Conselho de Administração deliberaram, por unanimidade de votos: (i) aprovar as minutas do Programa de Integridade e Compliance, CĂłdigo de Conduta e Ética, PolĂ­tica do Programa de Integridade e Regimento Interno do ComitĂŞ de Conduta e Ética, transformando-as oďŹ cialmente no Programa de Integridade e Compliance, CĂłdigo de Conduta e Ética, PolĂ­tica do Programa de Integridade e Regimento Interno do ComitĂŞ de Conduta e Ética da companhia. (ii) aceitar a indicação dos Srs. Ricardo de Macedo Gaia, Martin Schmidli e Francisco Ferreira Alencar JĂşnior como representantes dos acionistas para receber reportes do ComitĂŞ de Compliance da companhia, sendo os dois primeiros indicados pelo acionista Sociedade de Participação do Aeroporto de ConďŹ ns S.A., e o terceiro indicado pelo acionista Empresa Brasileira de Infraestrutura AeroportuĂĄria – Infraero. (iii) aprovar investimento adicional para infraestrutura de lojas de varejo do Terminal de Passageiros 2, no valor de atĂŠ R$5.100.000,00 (cinco milhĂľes e cem mil reais), notadamente Ă vista do pay back apontado nos documentos de suporte e da desnecessidade de aporte adicional do acionista Empresa Brasileira de Infraestrutura AeroportuĂĄria – Infraero para materialização do investimento. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado, a presente ata foi aprovada por unanimidade e assinada por todos os conselheiros presentes, a saber: Sr. Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, Sr. Eduardo Siqueira Moraes Camargo, Sr. Celso Paes JĂşnior, Sr. Eduardo Roberto Stuckert Neto, e Sr. Mauro CĂŠsar Santiago Chaves; e tambĂŠm pelo SecretĂĄrio da mesa, Sr. Frederico Bopp Dieterich. CertiďŹ co que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da original, lavrada em livro prĂłprio. ConďŹ ns, MG, 10 de outubro de 2017. SecretĂĄrio - Frederico Bopp Dieterich - Assinado por meio de certiďŹ cado digital. JUCEMG nÂş 6391422 em 19/12/2017 e Protocolo nÂş 175514666 em 06/12/2017. Marinely de Paula BonďŹ m – SecretĂĄria Geral.


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

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POLÍTICA JOS[E CRUZ ABr

ELEIÇÕES

Eunício questiona Bolsonaro

TSE pode rever brecha na Lei da Ficha Limpa Condenação de Lula reforça pauta Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, disse ontem que é possível que a Corte volte a examinar a possibilidade de um político “ficha suja” registrar candidatura para concorrer à eleição. O tema ganhou relevância em razão da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer em 2018. A Lei da Ficha Limpa impede que candidatos condenados por órgãos colegiados (formados por grupos) sejam candidatos, mas um de seus artigos deixa uma abertura. De acordo com a legislação, em meio à campanha o réu pode conseguir uma liminar junto aos tribunais superiores para suspender a inelegibilidade de candidatos já condenados na Justiça. Em conversa com jornalistas, Fux afirmou que vai discutir o assunto com os colegas da Corte. Ele não falou sobre nenhum caso específico. “Vou avaliar com colegas do tribunal se essa praxe

das liminares vai ser entendida sob esse ângulo”, afirmou. “Em princípio, quem já está com a situação definida de inelegibilidade evidentemente não pode se registrar”, disse Fux. “Outros acham que tem que requerer (o registro de candidatura, que pode ser impugnado). Isso é algo que tem que passar pelo colegiado”, acrescentou. Lula foi condenado na Operação Lava Jato pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os desembargadores mantiveram a condenação e aumentaram a pena, de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá (SP). Liminar - Agora, a defesa de Lula tenta uma liminar nos tribunais superiores para derrubar a decisão do TRF-4, a fim de evitar sua prisão e a declaração de inelegibilidade. O novo

Fux vai discutir o registro de candidatos “ficha suja” com os demais ministros do TSE

advogado do ex-presidente, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence, se reuniu ontem com o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Outros três advogados e integrantes do gabinete do magistrado também participaram da conversa. É praxe ministros do STF receberem advogados de investigados e réus. Na saída, Sepúlveda disse a jornalistas que, em sua opinião, o tribunal pode julgar o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lula antes que as instâncias inferiores terminem de analisar o caso. “Nós fizemos um apelo (para que a decisão sobre o habeas corpus seja rápida), dada a velocidade do tribunal de Porto Alegre. Está aberto o prazo para os embargos de declaração, e consequentemente próximo à queda da suspensão da ordem de prisão”, disse

Sepúlveda. Ele assumiu a defesa no começo desta semana. Fachin, no entanto, não deu prazo para decidir sobre o tema, afirmou. Um dos advogados de Lula, Cristiano Zanin disse que o ex-presidente está “sereno, mas com a indignação natural de uma pessoa condenada sem ter cometido um crime”. Normalmente, um tribunal analisa um recurso quando a instância inferior já esgotou aquele assunto. Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, do Paraná, esgotou os recursos na Justiça Federal e recorreu ao TRF-4. Os desembargadores mantiveram a condenação e aumentaram a pena, de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa ainda vai recorrer no TRF-4, mas, antes disso, já pediu uma liminar em habeas corpus ao Superior

Tribunal de Justiça (STJ), que foi negada em caráter liminar (provisório). Esse pedido ainda pode ser analisado por um ministro e depois por um colegiado do STJ. Antes mesmo de finalizar o caso no STJ, a defesa foi ao STF fazer o mesmo pedido: uma decisão provisória para suspender a condenação pelo TRF-4. Para Sepúlveda, o STF pode julgar o habeas corpus de Lula antes que STJ e TRF4 concluam os julgamentos justamente pela “velocidade” do TRF-4. A expectativa da defesa é que o caso seja discutido na segunda turma do STF, cujos ministros têm perfil garantista (a favor do réu cumprir a pena depois de esgotados os recursos) ou levar o assunto para o plenário do Supremo a fim de mudar o entendimento do tribunal sobre prisão após condenação em segunda instância. (FP)

Huck recebe ultimato para definir candidatura São Paulo - O apresentador Luciano Huck vai anunciar se aceita concorrer à Presidência depois do Carnaval. Hoje, ele tende a se candidatar pelo PPS, partido que lhe ofereceu legenda, mas já há aliados articulando o apoio de siglas como o DEM. Segundo a reportagem apurou, o catalisador final para o processo decisório de Huck, que vem sendo assediado a se lançar candidato apesar de já ter negado a possibilidade publicamente, foi um ultimato dado pelo seu empregador, a Rede Globo. A emissora disse na última quarta-feira que o apresentador do “Caldei-

rão” deveria tomar sua decisão, por temer que haja a associação natural entre o eventual presidenciável e seu nome. A entrevista que Huck deu ao “Domingão do Faustão” em janeiro já rendeu a ele e à rede de TV explicação formal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para negar que estivesse ocorrendo propaganda antecipada. Huck ainda não disse a aliados o que vai fazer, apenas que irá passar o Carnaval pensando no assunto. Ele deverá se consultar com o mentor de sua candidatura, Fernando Henrique Cardoso. Ex-presidente e decano do PSDB, FHC tem irri-

tado correligionários ao estimular o apresentador e empresário. O governador Geraldo Alckmin (SP), presidenciável da sigla, reagiu à conversa tergiversando: disse que o tucano e o global, a quem elogiou, são amigos pessoais. A pressão sobre Huck vem do fato de que ele poderia encarnar o “novo” numa eleição que ficou aberta com provável ausência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode ser barrado pela Lei da Ficha Limpa por ser condenado em segunda instância por corrupção. O desempenho fraco de Alckmin, pré-candidato declarado, nas pesquisas, é outro motor do movimento:

Huck e o tucano empatam em 8% no mais recente Datafolha em cenário sem Lula. O PPS, que ofereceu a legenda a Huck e ao movimento de renovação política Agora!, do qual faz parte, é o porto natural do global, caso busque se filiar - o prazo para poder concorrer é abril. FHC já deu declarações considerando a estrutura do partido insuficiente, e já há conversas entre seus aliados e estrategistas sobre a eventualidade de o DEM entrar na composição. Nesta semana, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), visitou FHC acompanhado do presidente da Câmara,

Rodrigo Maia (RJ). Liderança do DEM, Maia vem circulando como eventual presidenciável, mas até aqui é mais provável que ele busque cacifar a legenda para ocupar uma vaga de vice-presidente, seja na chapa de Alckmin, seja uma eventual de Huck. Mesmo Hartung é lembrado, aqui e ali, como um nome a dar peso institucional ao neófito Huck. Só que ele é do MDB, partido do impopular presidente Michel Temer e um dos alvos prioritários de denúncias no âmbito da Operação Lava Jato. Procurados, nem Huck, nem FHC responderam a questionamentos da reportagem. (FP)

PSD defende lançamento de um nome de centro Brasília - O presidente nacional do PSD e ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, defendeu ontem o lançamento de um único candidato de centro à eleição presidencial e ressaltou que o partido apoiará o nome que tiver maior viabilidade eleitoral. Segundo ele, se na véspera da campanha eleitoral uma candidatura de outro partido de centro for mais viável, “ela possivelmente terá a preferência do partido para que tenha o apoio”. Ele não excluiu, contudo, que o nome do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, possa se viabilizar até o pleito nacional. De acordo com ele, o PSD tem trabalhado para dar visibilidade a ele. Pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo

PSD, contudo, ele patina nas pesquisas de intenções de voto. “Nós temos de ter o bom senso e a humildade que se no momento certo da definição tiver um indicativo de que existe uma outra candidatura de outro partido que possa ser mais viável, ela possivelmente terá a preferência da legenda para que tenha o apoio”, disse. Em entrevista no Palácio do Planalto, Kassab ressaltou que o resultado das pesquisas de intenções de voto é um indicativo importante. No último Datafolha, Meirelles oscilou entre 1% e 2% nos diferentes cenários. Nos bastidores, em troca da formação de uma chapa PSDB-PSD ao governo de São Paulo, o ministro

tem negociado o apoio à candidatura presidencial do governador Geraldo Alckmin, nome que tem apresentado melhor desempenho no centro. Kassab ressaltou, porém, que os partidos de centro deveriam ter candidato único e que se outro partido desse campo tiver um concorrente mais viável, terá a preferência. “O PSD é um partido de centro e entendemos que os partidos de centro precisam ter um esforço para que possam se apresentar com uma única candidatura nas eleições presidenciais deste ano. Diante dessa posição existe esforço muito grande do PSD de dar visibilidade ao ministro Meirelles, para que com essa visibilidade ele possa

ser esse candidato”, disse mais viável, essa candidaKassab a jornalistas. tura muito possivelmente terá a preferência do partiDefinição - O programa do, para que tenhamos uma na TV do PSD no segundo candidatura fortalecida”, semestre do ano passado disse. foi quase todo ocupado por Segundo ele, há uma Meirelles, que tem dito que posição que está se consdefinirá se será candidato tituindo como majoritária ou não entre o fim de março no PSD de o partido se e início de abril, quando aliar ao PSDB na disputa terá que se desincompati- ao governo de São Paulo. “O prefeito João Doria, bilizar do cargo se quiser todos sabem, cada vez entrar na disputa. Mas Kassab indicou que mais se habilita para ser a candidatura do ministro candidato. O PSD não vai da Fazenda não depende interferir na questão insó do próprio Meirelles. terna do PSDB, mas existe “Temos também de ter o uma tendência do PSD bom senso e a humildade caminhar com o PSDB em de entender que se no mo- São Paulo”, afirmou. O mento da definição houver ministro participou ontem um indicativo em relação à de cerimônia de anúncio perspectiva de que existe do novo regulamento do uma outra candidatura de Marco Legal de Ciência e outro partido que possa ser Tecnologia. (FP/AE)

Brasília - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), questionou ontem se o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) teria condições de governar o País, caso ele vença as eleições presidenciais de outubro. “Estrutura emocional ele até pode ter para ganhar a eleição, eu quero saber o dia seguinte”, disse. Em café da manhã com jornalistas, o emedebista questionou a estrutura partidária do deputado fluminense, pré-candidato ao Palácio do Planalto. “Não sei nem o que significa PSL”, disse. “Imagina o que estamos vivendo. Bolsonaro aplaudido de pé dentro do BTG”, disse ao se referir a evento no qual o parlamentar participou, na última terça-feira, junto à elite do mercado financeiro. Na última pesquisa Datafolha, divulgada há uma semana, Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 16% das intenções de voto em um cenário com a participação do ex-presidente Lula na disputa. Já quando o petista é retirado da pesquisa, o deputado lidera com 19%. Ao comentar o cenário, Eunício disse que a corrida presidencial está indefinida e disse que inicialmente uma candidatura do PSDB seria mais palatável, por ser um partido de centro e com nomes “centrados”. Questionado sobre uma eventual candidatura do apresentador de TV Luciano Huck, ele disse que “do jeito que está todo mundo é viável”. Para Eunício, embora Huck não tenha experiência no Congresso, ele «pode se agregar à alguém que tenha experiência do Congresso, que tenha densidade de voto”, comentou. Ele lembrou um discurso do apresentador em evento em São Paulo e disse que ele teve uma fala “bem arrumadinha politicamente”, se destacando em relação a um pronunciamento do juiz Sergio Moro. “Huck se afirmou muito mais naquela plateia do que o próprio juiz que tem popularidade muito maior que a dele”, acrescentou. Apesar dos elogios, ele disse não estar defendendo uma candidatura de Huck e deixou em aberta a possibilidade de votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele se confirme candidato. Eunício disse que isso aconteceria se seu partido, o MDB, não tiver candidato próprio ou se ele não fizer parte de uma aliança no Ceará que o obrigue a votar em outro candidato. Pré-candidato à reeleição ao Senado, ele tem se aproximado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e dos irmãos Cid e Ciro Gomes, com quem deve firmar alianças para as eleições de outubro. (FP/AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

TRÊS PODERES

Auxílio-moradia deve ser regulamentado Presidente da Câmara defende a separação entre os benefícios “legítimos” e o que é “excessivo” Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que a Casa deve votar em março deste ano a regulamentação da concessão de auxílio-moradia para autoridades dos Três Poderes. Segundo ele, é preciso separar o que é “excesso” e o que é “legítimo” para não inviabilizar juízes, membros do Ministério Público e parlamentares de exercerem suas funções. “Essa regulamentação vai atingir todos os poderes. Ela precisa ser feita e será feita durante o mês de março de forma harmônica, no diálogo, para que se organize do jeito que a sociedade espera, mas entendendo a realidade de cada um dos poderes. Porque tem problemas em todos os poderes, mas tem parte desses auxílios que fazem sentido. Então, a gente precisa separar o que pode ser o excesso e o que é legítimo para o exercício de uma função e de um mandato”, disse Maia. Sem citar casos específicos, Maia disse que o recebimento de dois auxílios moradias é um “excesso”. Como veiculado pela imprensa, o juiz Marcelo Bretas, que cuida da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, e a esposa dele recebem auxílio-moradia cada um. “Não pode misturar tudo. Dois auxílios são um excesso.

Mas um juiz que sai da sua comarca e vai a outro município cumprir a substituição de outro juiz, no período certamente ele vai ter direito ao auxilio-moradia”, disse o parlamentar. No caso do auxílio-moradia para deputados, Maia evitou cravar sua posição. “Essa questão precisa ser resolvida, vamos resolver isso. Pessoalmente, acho que com moradia fixa, talvez o auxilio moradia não seja necessário”, disse, ressaltando que a questão deve ser tratada com os projetos que regulamentam a aplicação do teto salarial já aprovados pelo Senado e que estão parados em uma comissão especial na Câmara. Penduricalhos - O presidente da Câmara, afirmou que o Congresso também vai discutir a regulamentação de pagamentos de outros penduricalhos nos Três Poderes, com o objetivo de coibir excessos. O assunto fez parte da reunião que ele teve na manhã de ontem com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Reportagens da “Folha de S.Paulo” nos últimos dias mostraram que pagar auxílio-moradia a beneficiados que têm imóvel próprio ou patrimônio elevado é uma prática no Judiciário, Executivo e Legislativo. “Todos os poderes estão

MARCELO CAMARGO/ABr

Representação contra deputados presidiários

Rodrigo Maia pretende votar regulamentação em março

discutindo de forma harmônica a regulamentação desses temas. Não só auxílio-moradia. Essa regulamentação vai atingir todos os Poderes, e ela precisa ser feita e será feita durante o mês de março, de forma harmônica, para que se organize do jeito que a sociedade espera, mas entendendo a realidade de cada um”, disse Maia. O presidente da Câmara afirmou que a lei tem de ser feita para coibir excessos, sem que os exercícios de um mandato ou uma função fiquem prejudicados. Perguntado sobre casos em que favorecidos pelo auxílio têm em seus nomes casa própria na cidade em que trabalham, Maia respondeu que o benefício “talvez não seja necessário”. “Essa questão precisa ser resolvida. Tem a lei para resolver isso. Vamos

discutir. Eu pessoalmente acho que talvez ter o auxílio-moradia não seja necessário (para esses casos)”, avaliou. Na cúpula do Judiciário, 26 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar fazem parte da lista. Em São Paulo, quase metade dos juízes que recebem auxílio-moradia têm propriedades na capital paulista. Um deles, o campeão, tem 60 imóveis em seu nome. Integrantes da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), órgãos que entre outras funções são responsáveis pela fiscalização do dinheiro público, também se encontram na mesma situação. (AE/FP)

Imóvel funcional de Maluf será desocupado Brasília - A assessoria do deputado preso Paulo Maluf (PP-SP) informou à 4ª Secretaria da Câmara que desocupará o imóvel funcional que ele tinha direito no próximo fim de semana. O prazo para a entrega do apartamento funcional venceu no dia 20 de janeiro e, desde então, está sendo cobrada de Maluf uma multa diária de R$ 141,76, o equivalente a 1/30 dos R$ 4 253,00 do auxílio-moradia. Em dezembro, a Câmara cortou o salário de R$ 33.763,00 de Maluf e do deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), a verba de gabinete de R$ 101.971,94, além de toda infraestrutura de servidores e os recursos oferecidos aos parlamentares que estão no exercício do mandato, entre eles o auxílio-moradia (no caso específico de Jacob) e a cota para viagens. Na ocasião, a defesa de Maluf foi notificada do prazo de 30

dias para devolver as chaves do apartamento na Asa Sul, em Brasília, mas até então não havia dado sinais de que entregaria o imóvel. O valor final da multa que Maluf terá de pagar será calculado no ato da entrega das chaves. Se discordar do valor, o deputado ainda pode recorrer da multa. Ao final, se não quitar o débito, o nome do parlamentar será inscrito no cadastro de devedores da União, o chamado Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Assim que o apartamento for entregue, será oferecido a outro parlamentar que hoje recebe o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 por não ter sido contemplado com um imóvel da Câmara. Terceiro preso - A Câmara não decidiu se vai cortar os benefícios do deputado João

Rodrigues (PSD-SC), preso ontem por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Oficialmente, a Casa não foi comunicada sobre a execução provisória da pena de cinco anos e três meses em regime semiaberto por dispensa irregular de licitação na cidade de Pinhalzinho (SC). Rodrigues recebe reembolso do auxílio-moradia porque não conseguiu vaga nos apartamentos funcionais. Como o parlamentar poderá trabalhar durante o dia, a tendência é a Casa manter disponíveis os recursos oferecidos aos parlamentares em atividade e não convocar seu suplente. O deputado catarinense é o terceiro nesta legislatura preso no exercício do mandato. Ele, Maluf e Jacob aparecem no sistema da Câmara como deputados na ativa. Se houvesse sessão plenária hoje na Casa,

COMUNICADO Em virtude do feriado de Carnaval, informamos aos nossos leitores, assinantes e anunciantes que não haverá expediente no período de 12 a 14 de fevereiro. Portanto, o DIÁRIO DO COMÉRCIO circulará no sábado com data de 10 a 15/02/2018.

apenas 510 poderiam votar. A Casa ainda não se decidiu sobre a convocação dos suplentes de Maluf e Jacob. Como Maluf está no regime fechado e caminha para a perda do mandato, a Secretaria Geral da Mesa Diretora deve chamar brevemente o suplente Junji Abe (PSD-SP). A Casa aguarda o julgamento do recurso de Jacob pedindo para voltar ao regime semiaberto e, em caso de rejeição do requerimento, deve convocar Nelson Nahim (sem partido-RJ) para a vaga. Maluf foi condenado a sete anos, nove meses e dez dias de reclusão em regime inicial fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. Aos 86 anos, Maluf terá de pagar o equivalente a 248 dias-multa, aumentada em três vezes. O deputado foi considerado culpado pelo desvio de dinheiro de obras públicas e remessas ilegais ao exterior, por meio da atuação de doleiros, além da participação em um esquema de cobrança de propinas durante sua gestão da Prefeitura de São Paulo (1993-1996). Celso Jacob foi condenado a sete anos e dois meses de prisão por falsificar documentos e dispensar licitação para construção de uma creche em 2002, quando era prefeito da cidade de Três Rios (RJ). Preso no início de junho, o deputado cumpriu pena em regime semiaberto no complexo penitenciário da Papuda e tinha autorização para exercer o mandato durante os dias úteis. Jacob perdeu o benefício de sair durante o dia da cadeia em 23 de novembro do ano passado. (AE)

Brasília - A Rede deve ser o primeiro partido a protocolar representação por quebra de decoro parlamentar contra os deputados Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (PMDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC). Oficialmente, os três estão no exercício do mandato parlamentar e em pleno cumprimento de pena após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido começou a preparar a representação contra os parlamentares e deve formalizar o pedido em breve. “A bancada da Papuda daqui a pouco será maior do que a da Rede”, ironizou Bazileu Margarido, um dos coordenadores executivos do partido. A bancada da Rede tem hoje na Câmara quatro representantes. Desde a prisão de Jacob no regime semiaberto, em meados do ano passado, os partidos vinham resistindo a pedir a abertura de processo disciplinar contra o deputado presidiário. A alegação era de que o caso de Jacob era “secundário” no xadrez político e preferiram priorizar em dezembro uma ação contra Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima. Na ocasião, Rede e PSOL justificaram que Lúcio estava envolvido com o “poder central”, por isso merecia atenção do Conselho de Ética. Só partidos com representação no Congresso Nacional podem entrar com esse tipo de processo. Com a prisão de Maluf em dezembro, os partidos que tradicionalmente ingressam com representações no colegiado sinalizaram que poderiam representá-lo após o fim do recesso. Na prática, as siglas preferiram aguardar o encaminhamento que a Mesa Diretora daria para os casos dos deputados presos. PSB e PSOL, que integram o grupo dos que costumam representar parlamentares na Câmara, afirmaram hoje que embora considerem que os casos se enquadrem em cassação de mandato, vão discutir internamente depois do carnaval quais argumentos jurídicos e políticos podem ser usados no pedido de abertura de processo. Os partidos sabem que ações que se sustentam em fatos anteriores ao exercício do mandato (e que formam a base das três condenações em questão) tendem a não prosperar, mas a justificativa de que um parlamentar preso atinge a imagem institucional do Parlamento pode ser uma saída para a cassação. “É realmente um constrangimento para a Câmara”, comentou o líder do PSB, Júlio Delgado (MG). As legendas também alegam que representações devem ser bem fundamentadas para angariar mais votos no conselho, uma vez que a atual formação é mais corporativista do que o grupo que aprovou a perda do mandato do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2016. “Não duvido que o corporativismo livre a cara de todo mundo, ainda mais João Rodrigues, protegido da bancada da bala”, disse o líder do PSOL, Ivan Valente (SP). O presidente do Conselho de Ética, Elmar Nascimento (DEM-BA), não quis comentar a expectativa de representações. “É uma situação desagradável (a prisão de deputados), mas não está ao alcance da gente”, desconversou o parlamentar. No caso de Maluf, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou mais cedo que encaminhará o processo para a Corregedoria da Casa para ouvi-lo e emitir um parecer em 15 dias úteis sobre a cassação. Caberá à Mesa Diretora declarar a perda do mandato, sem levar o tema para plenário. Paralelamente ao cumprimento da decisão de Fachin no caso Maluf, Maia afirmou que a Câmara vai entrar com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF defendendo a prerrogativa do plenário do Parlamento dar a palavra final sobre a perda do mandato de deputados condenados em última instância, e não do Supremo. Como já existe o pedido do STF para decretação da perda de mandato de Maluf, o julgamento da ADPF valerá para casos futuros. Segundo fontes, embora os técnicos da Casa defendam a manifestação do plenário sobre casos de cassação de mandato, Maia decidiu atuar em duas frentes para não parecer que estava desobedecendo a Corte e, ao mesmo tempo, protegendo Maluf. Quase ministra - O PSOL não descarta incluir no “pacote de representações” o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), mas deve aguardar manifestação do STF sobre a autorização para que a ministra nomeada seja empossada. O partido pode usar como argumento a investigação sobre associação com tráfico de drogas em campanha eleitoral, os processos trabalhistas que pesaram contra a nomeação de Cristiane e os áudios recém revelados onde ela pressionava servidores a buscar votos para sua eleição. «A gente vem refletindo sobre essas questões», afirmou Valente. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

ESPECIAL ALISSON J. SILVA

TENDÊNCIA

Shopping centers tradicionais estão com os dias contados Integrar ambientes é grande “sacada” DANIELA MACIEL

veis são algumas das ações que vem se tornando comuns. No caso do Shopping Del Rey várias mudanças podem ser percebidas pelos frequentadores mais atentos. “Nos próximos três anos, vamos ter muitas novidades. Vamos reformar a fachada e construir uma alameda gastronômica ao ar livre. Já reformamos os banheiros e já está em construção um parque fixo para a garotada, a Floresta Encantada, que terá entrada gratuita. Ano passado, nos tornamos ‘pet friendly’. Todos os andares terão banheiros para as crianças e espaços para os animais de estimação”, enumera a gestora.

Aquele conceito de shopping centers ensimesmados, que protegem de toda maneira seus frequentadores dos olhares externos, impõe longos caminhos para qualquer deslocamento dentro do empreendimento e inibe o contato com o “lado de fora”, caprichando em uma iluminação artificial e permanente, que não diferencia a noite do dia, vem caindo - ainda que lentamente em desuso no Brasil. Atentos não apenas ao clima do País, que é rico em sol e tem uma natureza exuberante, arquitetos, engenheiros, gestores e estudiosos do perfil de consumo, vêm trabalhando em pro- Destino favorito - E não é à toa jetos que privilegiam, cada vez que os gestores de shopping centers mais, a integração de ambientes valorizam o consumidor belo-hoe serviços, uso de áreas verdes e rizontino. Levantamento realizado luz natural. O novo conceito foi pela 99 - empresa de mobilidade batizado “Shopping do Futuro” urbana - aponta os shoppings como ou “Shopping Aberto”. destino prefeDe acordo rido dos belocom a gerente “Mudanças vão bem além -horizontinos de marketing do paisagismo. Elas devem no último mês. do Shopping O levantamento Del Rey, Thâ- ocorrer no nível da mentalidade analisou o desmara Zaia, de gestores, lojistas e tino de todas as esse é uma corridas realizacolaboradores” tendência das entre os dias futura que já 23 de dezembro está chegando. “Nas décadas de e 24 de janeiro. Sete entre os 10 1980 e 1990, os shoppings foram destinos mais visitados nesse construídos com a estrutura de período são shopping centers de ‘caixote’. De lá pra cá, o compordiferentes regiões da cidade. O tamento do consumidor mudou Boulevard Shopping (Leste), radicalmente em todo o mundo, levando as marcas e, consequen- Shopping Del Rey (Pampulha) temente, os malls, a oferecerem e Minas Shopping (Nordeste) mais que produtos e serviços, lideram a lista, seguidos por BH mudando o foco para a questão Shopping (Centro-Sul), Pátio Sada experiência”, explica Thâmara vassi (Centro-Sul) e Diamond Mall (Centro-Sul). O Shopping Zaia. As mudanças vão bem além do Cidade (Centro-Sul) aparece na paisagismo. Elas devem ocorrer oitava posição. Inaugurado há quatro anos, o no nível da mentalidade de gesShopping Contagem, na cidade tores, lojistas e colaboradores. No Shopping Del Rey, cons- de mesmo nome, que fica na truído há 26 anos, a estratégia Região Metropolitana de Belo engloba ações pontuais - já que o Horizonte (RMBH), já surgiu empreendimento não pode parar sob a égide do novo conceito. para uma grande reforma - e Isso não significa, porém, que o modelo já esteja acabado. Para capacitação das equipes. “Desenhamos um planejamento a líder de marketing do Shopestratégico que engloba ações ping Contagem, Isabella Aguirre, em parceria com os lojistas. O cada centro de compras precisa consumidor, hoje, é o grande respeitar suas características e o protagonista da relação e ele perfil do seu público ao escolher quer ir além da compra. Quer ter as ações nas quais vão investir. “Quando começamos, já espaço para lazer, entretenimento, tínhamos em mente essa sem ser obrigado a comprar. O mudança de comportamento papel do gestor é entender como do consumidor. Muitas vezes ele atender esse anseio e transformar não sabe nomear o que quer, mas isso em uma oportunidade de já mudou a forma de comprar e venda. Então, modificamos no lidar com o shopping. Então temos nosso mix, buscamos ativamente marcas que também tenham sempre um caminho a percorrer. compreendido esse conceito”, E isso inclui uma conversa consafirma a gerente de marketing tante com os lojistas. O nosso foco é em convivência e a gastronomia do Shopping Del Rey. Atender os diferentes formatos é um dos carros-chefes. Se antes o de família, o que inclui animais que trazia as pessoas ao shopping de estimação e as necessidades eram as lojas âncora, agora são as e anseios das crianças, é outro opções gastronômicas”, analisa ponto fundamental. Já não basta Isabella Aguirre. Para atender essa demanda, o um fraldário onde só as mães podem entrar ou um parquinho centro de compras realiza eventos com atrações pagas. Investimentos como a Temporada Gourmet e o em tecnologia de atendimento e Festival da Cerveja Artesanal. A comunicação, especialmente via disposição dos restaurantes ao redes sociais e aplicativos, dispo- longo de um varandão que dá nibilização de rede wi-fi e espaços vista para a cidade também faz para recarga de dispositivos mó- parte da estratégia.

Disposição dos restaurantes ao longo de um varandão que dá vista para a cidade é a estratégia do Shopping Contagem ALISSON J. SILVA

Também faz parte de um novo modelo de negócio a implantação de um coworking no Shopping Contagem

Novo perfil consumidor tem buscado boas e diversificadas experiências, não só compras Cada vez mais atento e antenado, o consumidor brasileiro tem exigido dos lojistas e, consequentemente, dos shopping centers muito mais que bons produtos, bom atendimento e preço minimamente justo. Ciente do valor do dinheiro e municiado de informações, vindas principalmente das redes sociais, o consumidor tem buscado boas e diversificadas experiências. Para não deixar que esse público escape, os malls têm se adequado às novas estratégias. Ao se tornarem também centros de serviço e dedicarem espaço para a tecnologia, eles se alinham ao conceito de “Shopping do Futuro”, que tem determinado mudanças em empreendimentos do mundo inteiro. Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o shopping que carrega o mesmo nome da cidade, instalado no bairro Cabral, foi construído em uma região com muitas empresas. Ao ouvir com atenção os pedidos dos frequentadores, relembra a líder de Marketing do Shopping Contagem, Isabella Aguirre, o Departamento de Marketing detectou que a região não oferecia um coworking. Ali surgia uma ação de impacto que levava o empreendimento ao encontro de uma das palavras do século: compartilhamento. “Estamos em uma região bastante industrial e observando a quantidade de pessoas trabalhando na praça de alimentação

percebemos que a região demandava um espaço de coworking. Ele será profissionalizado ainda neste semestre e temos mais dois projetos ligados ao compartilhamento sendo desenvolvidos”, pontua Isabella Aguirre. No Shopping Estação BH, na região de Venda Nova, a mobilidade é um dos principais diferenciais que tem relação com o conceito de “Shopping do Futuro”. Primeiro a ser construído em uma estação intermodal - neste caso, reunindo metrô, BRT (Sistema Move) e ônibus - na Capital, tem na parte de serviços um dos seus destaques. Segundo o líder de Marketing do Shopping Estação BH, Rodrigo Souza, o conceito do Shopping do Futuro traz o consumidor como personagem central da tomada de decisões dos empreendimentos. “Sabemos que hoje, em função da rotina cada vez mais atribulada, as pessoas buscam acima de tudo comodidade e conveniência. O fato de ter uma estação intermodal conectada à estrutura do shopping atende a essa característica de imediatismo do consumidor contemporâneo, trazendo ainda mais conforto e segurança. Desde o fim do ano passado, oferecemos pontos exclusivos de embarque e desembarque de passageiros no estacionamento do primeiro piso, com lounges equipados com mobiliário e paisagismo, que agregam uma experiência diferenciada aos clientes”, analisa Souza.

Inaugurado em 2012, o centro de compras já trazia algumas inovações arquitetônicas valorizando o uso da luz natural e abrindo espaços de convivência que geram sensações positivas aos visitantes. Os corredores de serviços complementam a estratégia com a atração de operações que comungam dos mesmos valores. “O principal atrativo nesse sentido são os vitrais da fachada de acesso pela avenida Cristiano Machado, que contemplam os três primeiros pisos do mall e tem vista para as praças de alimentação dos 2º e 3º piso, espaço em que muitas vezes as pessoas se permitem parar um pouco para contemplar a experiência. Um dos conceitos do Shopping do Futuro é oferecer atrito zero e isso perpassa, não apenas pela parte arquitetônica, como também pela orientação do time de campo, que deve estar sempre preparado para melhor atender o cliente. A localização de algumas operações é estrategicamente pensada para atender com maior conforto e comodidade o cliente, respeitando o seu perfil. É o caso do EPA, que está no primeiro piso com acesso facilitado para o estacionamento e os acessos das estações de ônibus e metrô. Sempre que possível realizamos alguns remanejamentos nesse sentido, pensando em melhorar a experiência dos usuários”, destaca o líder de Marketing do Shopping Estação BH. (DM)

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NEGÓCIOS ESPECIAL

CARNAVAL

DIVULGAÇÃO

Belo Horizonte terá posto de comando para garantir segurança DANIELA MACIEL

O Shopping Cidade, localizado no hipercentro, se esmera em tornar a relação com os clientes a mais aberta possível

Centros de compras e hotéis redefinem estratégias DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Localizado no hipercentro da capital mineira, o Shopping Cidade, incrustado em um dos quarteirões mais movimentados da região, sem possibilidade de realizar uma expansão horizontal, se esmera em tornar a relação com os clientes a mais aberta possível. Para a gerente de marketing, Carolina Vaz, as quatro entradas (pelas ruas Rio de Janeiro, Tupis, Goitacazes e São Paulo), que permitem que o mall se torne um corredor para quem frequenta o centro da cidade, acabam fazendo o papel de integradoras do shopping com o entorno. “Se não temos como incluir a luz na nossa arquitetura, temos que aproveitar justamente a nossa principal característica: a localização. Fazemos questão de ser democráticos, includentes e compartilhar o conhecimento com todo mundo. Um dos exemplos é o café-coworking Guaja, inaugurado no fim de janeiro. Queremos ser um espaço de ideias, criatividade. A compra tem que ser uma consequência da experiência oferecida pelo shopping. Esse novo consumidor exige um propósito então precisamos ser inspiradores e acolhedores”, avalia Carolina Vaz. Hotelaria - E não são apenas os shopping centers que estão preocupados com o novo consumidor. Em Belo Horizonte, também pressionados pela crise de demanda desde 2014, os hotéis têm buscado alternativas e aberto as portas além dos tradicionais “day uses” e espaços para convenções e reuniões usados pelas empresas. Eventos na calçada, promoções especiais para moradores da cidade, restaurantes que atendem o público externo, inclusive no café da manhã, são algumas das ações. A Vert Hotéis, rede mineira que administra as marcas Cyan Hoteles, Don Hoteles, La Cantarera Hoteles, Ramada, Ícone, Days Inn, Sentido, Wyndham Hotels and Resorts, Ramada Encore, E-Suites, Ramada

O Othon criou o pacote “Eu & Você”, a tarifa “Day Use” para as áreas de lazer e o “happy hour”

Hotel e Suítes e Ramada Palaza, busca na inovação as possibilidades de incorporar o conceito de “Hotel Aberto” ou “Hotel do Futuro” às operações do grupo. De acordo com o gerente regional de Vendas em Minas Gerais da Vert, Luciano Carvalho, entretenimento e gastronomia são as chaves para esse novo momento. “Antigamente os hotéis eram ilhas que não interagiam com a comunidade local. Diferentemente disso, a Vert quer que os nossos hotéis sejam percebidos pela comunidade como espaços de entretenimento, lazer e cultura. Em cada unidade procuramos trazer uma experiência única para o público local”, afirma Carvalho. O hotel Ramada Encore Virgínia Luxemburgo, na região Centro-Sul, por exemplo, conta com intervenções de artistas locais nas áreas comuns e quartos. Já o E-Suítes Toscanini, na

mesma região, tem foco na gastronomia. O Ramada Minas Casa leva para a calçada eventos culturais. As ações vão além de uma estratégia para geração de receita. “Buscamos essas inovações porque a comunidade é a melhor propaganda para o empreendimento. Já tivemos no Brasil casos de operações que não deram certo porque foram boicotadas pela comunidade. Queremos que o hóspede conviva, se divirta, se conecte com as pessoas que estão próximas. É uma prática inspirada no coworking”, explica o gerente regional de Vendas em Minas Gerais da Vert. O tradicionalíssimo Belo Horizonte Othon Palace, no hipercentro, também busca se adequar a esse novo perfil de consumidor. Segundo a gerente de vendas da unidade, Vânia Teixeira, os fins de semana têm se tornado mais animados com a presença dos belo-horizontinos. Espe-

cialmente para os moradores da Capital, foram criados o pacote especial “Eu & Você”, a tarifa “Day Use” para as áreas de lazer e o “happy hour” às quartas-feiras. “A localização e a estampa do hotel são nossos patrimônios, então não podemos modificar a arquitetura. Temos um público de executivos que trabalham no Centro, por exemplo, que pode relaxar aqui conosco, ver o melhor jogo da rodada do futebol, desfrutar de um bufê de comida mineira e deixar o rush do trânsito passar. Amigos e famílias também podem curtir a área de lazer no sábado e ainda aproveitar a famosa feijoada do Varandão (restaurante do hotel), por exemplo, no day use. Temos um histórico afetivo com a cidade e ter a população aqui é, além de uma forma de gerar receita, uma maneira de estreitar ainda mais esse relacionamento”, avalia Vânia Teixeira.

Criado em 2014, por ocasião da Copa do Mundo Fifa, o Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), instalado no bairro Estoril, na região Oeste, está pronto para o Carnaval. A previsão é de que 3,6 milhões de pessoas saiam pelas ruas da Capital - de 27 de janeiro a 18 de fevereiro -, sendo 180 mil turistas. Dados da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) informam que a folia de 2018 contará com 480 blocos de rua cadastrados, que farão cerca de 550 cortejos, número bem maior do que o do ano passado, quando aconteceram 416 desfiles. No COP-BH reúnem-se os principais órgãos de segurança e infraestrutura pública do Estado e do município para monitorar e coordenar ações que vão desde o deslocamento da guarda-civil para atendimento a ocorrências, até a limpeza das ruas após os desfiles, passando por acionamento de ambulâncias, fechamento e abertura de vias, segurança patrimonial dos equipamentos públicos, fiscalização dos ambulantes, entre outras ações. Serão 100 posições ocupadas 24 horas por dia. De acordo com a coordenadora do COP-BH, Geórgia Ribeiro, o Centro de Operações funciona todos os dias, 24 horas. O que acontece no Carnaval é uma mobilização especial já que o evento muda radicalmente a rotina da cidade. Terão assento no Centro de Operações - durante os quatro dias de festa - órgãos e empresas públicas como: Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans), Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Guarda Municipal, Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Civil, Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig), Companhia de Gás de Minas Ge-

rais (Gasmig), Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), entre outros. “Este é um trabalho coordenado pela Belotur que começa muito antes do Carnaval. Usamos uma série de ferramentas, inclusive algumas públicas, no intuito de monitorar, fiscalizar e coordenar as ações para que a festa tenha o menor impacto possível sobre o funcionamento da cidade preservando o direito de todos se divertirem”, explica Geórgia Ribeiro. Para o presidente da Belotur, Aluizer Malab, a tecnologia de monitoramento e coordenação do evento, desenvolvida a partir do COP-BH, parte da mobilização conjunta de todos os órgãos envolvidos na organização da festa. “Aqui no COP-BH está reunida toda a inteligência que cuida da organização e segurança dos foliões e também daqueles que querem descansar e precisam se locomover e ter acesso aos equipamentos públicos da cidade”, destaca Malab. Entre as ferramentas usadas pelo COP-BH a principal é a BH Geo, uma plataforma georreferenciada, baseada nas informações dos blocos que vão desfilar. Assim é possível saber onde estão os postos de saúde, os pontos de ônibus ou as ruas interditadas em um determinado trajeto, antecipando problemas e agindo de forma muito mais assertiva quando acontece um imprevisto. Além da BH Geo, são usadas ferramentas como grupos de aplicativos de mensagem, mais de 1,6 mil câmeras e as Unidades de Segurança Preventiva da Guarda Municipal. A novidade de 2018 são as equipes volantes. “É uma equipe integrada de agentes da BHTrans, Polícia Militar, Guarda Municipal e fiscais que ficam em vans que são deslocadas de acordo com a necessidade detectada pela sala de comando no COP-BH. Já tivemos utilização desse recurso com muito sucesso no pré-carnaval”, afirma a coordenadora do COP-BH. DIVULGAÇÃO

COP-BH: 100 posições ocupadas 24 horas por dia


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AGRONEGÓCIO GRÃOS

Safra mineira recuará 5,5% após alta produção Previsão é de boa colheita, da ordem de 13,3 milhões de toneladas, com redução de 2,4% na área cultivada MICHELLE VALVERDE

Na safra 2017/18 de grãos, Minas Gerais deve colher 13,3 milhões de toneladas, volume que, se alcançado, será 5,5% inferior ao recorde de 14 milhões de toneladas colhidas na safra passada. O impacto negativo veio, principalmente, do milho, que, devido aos preços inferiores, foi substituído pela soja, grão que tem maior liquidez no mercado. Os dados são do 5º Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No atual período produtivo, foi verificada queda de 2,4% na área cultivada, que somou 3,29 milhões de hectares. Também é esperado recuo de 3,2% na produtividade média, uma vez que o rendimento por hectare foi estimado em 4 toneladas. Assim como em Minas Gerais, a tendência é de queda de 5,1% na produção de grãos no País, que deve somar 225,5 milhões de toneladas. Mesmo com a queda, o secretário substituto de Políticas Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sávio Pereira, destaca que a produção agrícola tem papel fundamental na economia brasileira. “Ao que tudo indica, vamos colher uma safra muito boa, apesar do volume pouco menor. É importante ressaltar que a safra anterior foi recorde e excepcional em termos de clima. Mesmo com

a queda, estamos mantendo o dinamismo da safra passada e esse tamanho de safra no País contribui para a redução da inflação”, explicou Pereira. Um dos fatores que interferiu na produção mineira foi a queda verificada na produção de milho. De acordo com os dados da Conab, em Minas Gerais, o plantio de milho primeira safra apresentou uma redução de 13,6% na área em relação à safra anterior, caindo de 909,4 mil hectares para 785,7 mil hectares. O resultado negativo na área é resultado da maior predileção dos agricultores pela soja, que apresentava preços mais remuneradores no período de plantio. Em Minas, a produção de milho primeira safra foi estimada em 4,88 milhões de toneladas, 15,7% menor que a colhida na safra 2016/17. Em algumas áreas do Estado, foi registrado veranico e, por isso, a produtividade deve recuar 2,4%, com rendimento em torno de 6,2 toneladas por hectare. Para a segunda safra de milho, ainda que a área esteja indefinida para Minas Gerais, a perspectiva é de aumento da colheita, que pode alcançar 2 milhões de toneladas, incremento de 19,3%. A produtividade estimada está 19,3% superior, com rendimento médio de 5,7 toneladas por hectare. Os números são iniciais e podem ser ajustados nos próximos levantamentos. Somando as duas safras, a

Volume deve ser o segundo maior da série no Brasil Brasília - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ontem que a safra de grãos 2017/2018 deverá alcançar 225,6 milhões de toneladas, sendo a segunda maior da série histórica, que é liderada pela safra anterior. Na comparação com o volume produzido em 2016/2017, de 237,7 milhões de toneladas, espera-se um recuo de 5,1%, embora a área total de plantio prevista seja 0,2% maior, de 61,01 milhões de hectares. O levantamento que analisou os principais centros produtores de grãos, de 21 a 27 de janeiro, identificou que sofrerão queda culturas como a soja, o milho e o arroz, que passam de 12,327 milhões de toneladas para 11,639 milhões, com uma colheita 5,6% inferior à de 2016/2017. A produção de arroz, estimada em 11,6 milhões de toneladas, não sofreu alterações significativas, visto que as condições climáticas permanecem favoráveis à cultura, segundo o levantamento. “O pessoal do arroz está com dificuldade de preço. Nós tivemos uma safra excepcional no ano passado, vamos ter uma safra muito boa este ano. O governo não tem nada de estoque de arroz. Por um lado, é positivo, porque temos a garantia do abastecimento privado. Isso fez com que os preços do arroz estejam no limite do preço mínimo. Tem regiões com o preço de mercado abaixo do preço mínimo”, disse o diretor-presidente da Conab, Marcelo Bezerra. Segundo Bezerra, o governo federal programa emitir hoje um aviso de Prêmio para o Escoamento (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para o arroz, no valor de R$ 100 milhões. “Faremos três ou quatro leilões,

TONY OLIVEIRA / CNA / DIVULGAÇÃO

previsão é colher 6,9 milhões de toneladas de milho, queda de 7,7%. O superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto, destaca que o momento é de tomada de decisão por parte do produtor em relação ao plantio da segunda safra. Alguns fatores podem contribuir para um menor investimento na cultura como, por exemplo, os estoques elevados que podem provocar retração nos preços do milho. “Estamos no momento especial de tomada de decisão do produtor na safra 2017/18. É período de colher a soja e decidir os investimentos no milho segunda safra. Outro fator que pesa na decisão do produtor é o atraso do plantio da soja. Em Minas Gerais, o A produção de milho primeira safra foi estimada em 4,88 milhões de toneladas, retração de 15,7% vazio da soja terminou em dutividade 5,9% menor, com avanço de 1%. No período, 30 de setembro e o normal rendimento estimado em 3,2 a produtividade média será é plantar a soja já no dia toneladas por hectares. A de 1,3 tonelada por hectare, seguinte, mas houve uma demora de mais 28 dias para área plantada cresceu 2,3%, variação positiva de 0,9%. iniciar o plantio. O atraso na com o uso de 1,48 milhão de A área destinada ao plantio ficou estável, com o uso de semeadura da soja faz com hectares. 116,8 mil hectares. Rio de Janeiro - A primeira que a janela do plantio do Feijão e algodão Para o No algodão, a expectativa estimativa para a safra naciomilho segunda safra se encurte, o que aumenta muito feijão, as expectativas são também é positiva. Com a nal de 2018, feita em janeiro, o risco climático”, explicou positivas. A produção mi- demanda e os preços em é de queda de 6% em relação neira na primeira safra será alta, a safra mineira deve ao ano anterior. A produção Oliveira Neto. Assim como verificado no 6,2% maior, com a colheita crescer 34,3% somando 78,3 de cereais, leguminosas e milho, a tendência também de 207,3 mil toneladas. A mil toneladas de algodão oleaginosas deve totalizar é de queda na produção mi- área de cultivo ficou 1,4% em caroço. A expansão na 226,1 milhões de toneladas, neira de soja. O levantamento inferior, com o uso de 158,8 área plantada foi de 36,5%, uma redução de 14,5 milhões da Conab aponta para uma mil hectares. Já a produtivi- somando 21,3 mil hectares. de toneladas em relação aos produção de 4,87 milhões dade tende a crescer 7,6%, A produtividade da cultura 240,6 milhões de toneladas de toneladas, volume 3,8% com rendimento estimado foi estimada em 3,6 tone- de 2017. A previsão do Leinferior quando comparado em 1,3 tonelada por hectare. ladas por hectares, o que, vantamento Sistemático da A previsão é colher 156 mil se concretizado, será 1,7% Produção Agrícola (LSPA) foi com as 5 milhões de toneladas colhidas em 2016/17. A toneladas na segunda safra menor que a registrada na divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia retração é resultado da pro- de feijão, o que representa um safra anterior. e Estatística (IBGE). No terceiro prognóstico, a estimativa da produção aumentou 0,8%, totalizando 224,3 milhões de toneladas. Os três principais produtos deste ALAN SANTOS / PR / DIVULGAÇÃO grupo, que são arroz, milho e soja, representaram 92,8% da estimativa da produção e respondem por 86,8% da área a ser colhida. Na comparação com 2017, houve acréscimo de 2% na área da soja e reduções de 7,1% na área do milho e de 3,3% na área de arroz. Na produção, a previsão é de decréscimos de 2,2% para a soja, 13,8% para o milho e 5,7% para o arroz. A região Centro-Oeste é a maior produtora de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 97,4 milhões de toneladas, seguida pelas regiões Sul (79,7 milhões de toneladas), Sudeste (22,0 milhões Diminuição de 5,1% em 2017-2018 deve ser puxada por soja, milho e arroz, enquanto a colheita de algodão deve crescer de toneladas), Nordeste (18,7 até atingir 1,2 milhão de toneladas milhões de toneladas, será 18,8% que, enquanto a soja e o milho são milhões de toneladas) e Norte de arroz”, informou. menor do que o da safra passada, favoritos pelos produtores devido (8,4 milhões de toneladas). Circunstâncias intrínsecas à cul- ocasionado por uma redução de à projeção no mercado externo, o Na comparação com a safra tura do feijão, como dificuldades área e produtividade. Na segunda feijão e o arroz, que compõem a passada, houve aumento de de manejo, problemas sanitários safra, a retração é da ordem de icônica mistura presente no pra4,4% no Nordeste e queda e na comercialização estabelecem 6,1% em relação à safra ante- to dos brasileiros, “representam nas outras regiões, com 8,1% forte pressão sobre o produto, rior, com a produção chegando saúde”, apesar de estarem sendo no Centro-Oeste, de 5,1% no na avaliação dos especialistas da a 63,26 milhões de toneladas. plantados em espaços menores. Sul, de 7,9% no Sudeste e de Conab. Para a primeira safra é Com isso, a expectativa para o 5,8% no Norte. constatado um encolhimento da milho é de redução de 10,1%, já Novas fronteiras - O cenário mais Por produto, os destaques área plantada, o que reflete uma que a quantidade colhida passa próspero salientado pela Conab de aumento na estimativa de produção de 1,25 milhão de to- de 97,8 milhões para 88 milhões foi o do algodão: com o plantio janeiro são o algodão herbápróximo do fim, deve registrar neladas, sendo 811 mil toneladas de toneladas. ceo em caroço (12,9%), cacau Ainda conforme o boletim, a um aumento de 1,789 milhão de feijão-comum cores, 295,7 mil em amêndoa (27,2%), café toneladas de feijão-comum preto soja, cultura favorita dos produ- de toneladas de pluma (17%). A em grão - arábica (18,5%), e 147,6 mil toneladas de feijão- tores brasileiros, ao lado do milho, companhia destacou, ainda, como café em grão tipo canephora (3,9%), feijão em grão segunda -caupi. Na segunda safra, há uma apresenta uma diminuição de regiões de potencial ou onde já safra (10,2%) e trigo em grão expansão das terras destinadas 2,2% na produção, com um total existe crescimento os estados de (44,5%). Devem ter queda o arao produto, o que resulta num de 111,6 milhões de toneladas, Tocantins e Rondônia, sendo este roz em casca (5,7%), batata-inincremento na produção, estimada ante 114,1 milhões de toneladas com grande capacidade de escoaglesa primeira safra (10,8%), em 1,23 milhão de toneladas, sen- do período mais recente. No que- mento da safra, e Maranhão, que, batata-inglesa segunda safra do 546,1 mil toneladas de feijão- sito produtividade, a oleaginosa segundo Oliveira Neto, tem sido (3,8%), batata-inglesa terceira -comum cores, 184,6 mil toneladas sofreu perda avaliada em 3.364 estimulado na produção agrícola safra (15,8%), cana-de-açúcar de feijão-comum preto e 503,2 mil quilos/hectare da safra anterior por programas governamentais. (2,4%), feijão em grão terceira toneladas de feijão-caupi. para 3.185 quilos/hectare. “No Norte, estamos vendo uma safra (5,5%), milho em grão O superintendente de Informa- fronteira que se abre no Sudeste primeira safra (14,7%), milho Milho e soja - A primeira safra ções do Agronegócio da Conab, do Pará”, acrescentou o superinem grão segunda safra (13,4%) do milho, por sua vez, de 24,74 Aroldo de Oliveira Neto, ressaltou tendente. (ABr) e soja em grão (2,2%). (ABr)

IBGE prevê queda de 6%no País em 2018


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DC AUTO veiculos@diariodocomercio.com.br

AVANT-PREMIÈRE

Novo sedan Cronos será lançado neste mês Modelo da Fiat brigará nos segmentos de compactos e médios. Principal disputa será com o VW Virtus FOTOS:FIAT CHRYSLER AUTOMÓVEIS-FCA/DIVULGAÇÃO

mos pacotes de itens da versão Drive manual (kit Stile e kit Parking). O alarme é opcional para Na última terça-feira, as duas versões com motor jornalistas especializados, 1.3. de Belo Horizonte (MG), tiveram a oportunidade Cronos Precision 1.8 (made ter um primeiro contato nual) – A versão de “entracom o mais novo modelo da” com motor 1.8 ofereceda Fiat, o Cronos. rá todos os itens da Drive O novo sedan-compacto 1.3 manual, acrescidos de: será lançado, oficialmente, rodas em liga leve de 16 no próximo dia 21 de feve- polegadas, faróis com asreiro, no Rio de Janeiro (RJ). sinatura em LED, sensor O encontro foi na plan- de estacionamento traseiro, ta da Fiat Chrysler Auto- voante com regulagem de móveis (FCA), em Betim profundidade, faróis de (RMBH), de onde parti- neblina, vidros elétricos traram para um test drive até seiros, retrovisores externos a cidade de Lagoa Santa com comandos elétricos, (MG), após uma coletiva luz de seta nos retrovisores, com alguns executivos da banco traseiro bi-partido, montadora. controle eletrônico de esNo bate-papo bastante tabilidade, assistente de informal, algumas infor- partida em rampas (Hill mações importantes sobre Holder) e controle de tração. o carro foram passadas. Quanto à motorização, ele Cronos Precision 1.8 (auserá equipado com os mo- tomático) – A versão topo tores 1.3 de três cilindros de linha do novo sedan(109 cv) e 1.8 (139 cv). -compacto conta com todos No caso do câmbio, se- os itens da Precision marão três opções: manual nual e inclui, ainda, paddle de 5 marchas, automati- shift atrás do volante para zado (GSR), também de 5 trocas manuais de marmarchas, e automático de chas, maçanetas e frisos 6 marchas. das portas cromados, piloto Dessa forma, o Fiat Cro- automático, apoio de braço nos será comercializado em para o motorista e volante quatro versões: Drive 1.3 revestido em couro. (manual); Drive 1.3 (auPara essas duas versões, tomatizado); Precision 1.8 o kit Stile (opcional) conta (manual) e Precision 1.8 com rodas em liga leve de (automático). Os preços não 17 polegadas e bancos em foram informados nesse couro. Já o kit Tech, oferece encontro. ar-condicionado digital, quadro de instrumentos Cronos Drive 1.3 (manu- com tela de 7 polegadas al) – Dentre outros, essa (computador de bordo), versão de entrada contará, sensores de chuva e crecomo itens de série, com puscular, chave presencial, a central multimídia de 7 retrovisor interno eletrocrôpolegadas, volante multi- mico, entre outros. funcional com comandos Também são itens opciopara o rádio e celular, se- nais, para as duas: airbags gunda porta USB para os laterais dianteiros e câmera ocupantes do banco traseiro, de ré. Importante destacar ar-condicionado, direção que a assinatura em LED, elétrica, vidros elétricos opcional para os faróis, não dianteiros, trava elétrica, é considerada como DRL chave com telecomando, (Daytime Running Light). Ou quadro de instrumentos seja, para fins de fiscalização com tela de 3,5 polegadas da polícia, não atendem às (computador de bordo), normas. Os faróis normais banco do motorista e volante (baixos) deverão ser utilicom regulagem de altura e zados em rodovias. rodas de ferro com calotas Serão oito cores disponíde 15 polegadas. veis para o modelo, sendo: Os opcionais serão: rodas Sólidas – branco, preto e em liga leve de 15 pole- vermelho; Metálicas – prata, gadas, faróis de neblina e banco traseiro bi-partido (kit Stile). Também pode ser equipado com câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro (kit Parking). O terceiro e último pacote traz retrovisores com acionamento elétrico e vidro elétrico traseiro (kit Convenience) JOSÉ OSWALDO COSTA, de Betim / MG

Cronos Drive 1.3 (automatizado) – A versão com o câmbio automatizado tem como itens de série todos os itens da versão anterior acrescidos de controle eletrônico de estabilidade, sistema start/ stop, “borboletas” atrás do volante (paddle shift) para trocas manuais de marchas, piloto automático, apoio de braço para o motorista, vidros elétricos traseiros, retrovisores externos com regulagem elétrica e luz de setas nos retrovisores, entre outros. Como opcionais, os mes-

cinza, preto e vermelho e Perolizada – branco. A suspensão dianteira do Cronos é do tipo McPherson com barra estabilizadora. Já a traseira, é semi-independente com braços longitudinais e eixo de torção de geometria variável. No trajeto que percorremos até Lagoa Santa foi possível perceber que o modelo tem um acerto do conjunto mais voltado para uma tocada esportiva, ou seja, mais firme. Porém, a engenharia da Fiat encontrou um bom meio-termo, uma vez que esse acerto não compromete o conforto dos passageiros e do motorista.

Espaço interno não decepciona Durante a conversa com os executivos da montadora italiana, um dado questionado foi quanto a distância entre-eixos do modelo (2,52 metros), uma vez que ela não foi alterada em relação ao hatch Argo, do qual o Cronos se origina. Fomos informados que, nos testes realizados, o banco dianteiro foi ocupado por uma pessoa com 1,95 metro de altura, posicionado de acordo com as normas de ergonomia. Atrás dela, no banco de passageiros, uma pessoa com 1,85 metro ficou acomodada com espaço e conforto. Mais uma vez, no test drive realizado, tivemos a chance de verificar que esses dados são bastante concretos. O modelo oferece um bom espaço interno para as pernas de quem ocupa o banco traseiro, sem incômodos. Falando em medidas, essas são as do sedan Cronos: comprimento – 4,36 metros; altura – 1,51 metro; largura – 1,73 metro e entre-eixos – 2,52 metros. O porta-malas tem espaço para bons 525 litros. Concorrência – Na apresentação, os exe-

cutivos da Fiat destacaram, como principais concorrentes do modelo, os seguintes sedans: Volkswagen Virtus, Chevrolet Prisma, Chevrolet Cobalt, Honda City, Hyundai HB20S e Toyota Etios sedan. O segmento de sedans, como um todo, é muito importante no Brasil para as montadoras. Para que se tenha uma melhor idéia, as vendas, hoje, se distribuem da seguinte forma no mercado automotivo nacional: 40% hatches compactos, 22% sedans (15% compactos e 7% médios), 16% utilitários esportivos – SUV (12% compacto e 4% médios), 13% picapes e 9% outros. Em relação à concorrência, também houve o questionamento quanto ao fato de a Fiat ainda não disponibilizar um motor compacto turbo, tanto para o Argo quanto para o Cronos. A resposta foi que a motorização sobrealimentada está sendo desenvolvida e chegará em breve, sem data definida. Mas, por outro lado, entendem que as duas que são disponibilizadas (somadas à 1.0 três cilindros do Argo) são suficientes, nesse momento, para atender às necessidades do mercado. (JOC)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MERCADO

Cenário externo volta a afetar o Ibovespa Principal índice acionário da bolsa brasileira registrou queda de 1,49% e atingiu 81.532 pontos São Paulo - O Ibovespa operou por mais um dia sob a influência do mau humor dos mercados acionários dos Estados Unidos, onde os olhares dos investidores se voltam para as possibilidades de um aperto monetário mais forte. O índice à vista abriu a sessão de negócios de ontem em alta e, tentando recuperar as perdas da véspera, testou o patamar dos 83 mil pontos. Mas na segunda etapa do pregão, virou para o negativo e começou a imprimir perdas conforme seus pares em Nova York se deterioravam. Fechou em baixa de 1,49%, aos 81.532,52 pontos. O giro financeiro foi de R$ 11,3 bilhões. Lá fora, o ambiente hostil se dá por um movimento de realização após longo ciclo de alta e, agora, em meio às perspectivas de encarecimento do dinheiro americano. “Apesar dos resultados corporativos bastante positivos, que mostram que os fundamentos não mudaram, há uma forte realização que vem na esteira de altas consecutivas por vários meses”, diz Fábio Macedo, da corretora Easyinvest. No meio da tarde, o Ibovespa operava em queda

DIVULGAÇÃO

No final da tarde de ontem o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York apresentava retração de 3,46% para 24 mil pontos

moderada, mas passou a registrar sucessivas mínimas espelhando Wall Street, que recuava após declarações do presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), William Dudley, dizendo que a precificação do mercado sobre o aperto monetário estava correta. Nesse contexto, o efeito por aqui é de influxo dos investimentos de não-residentes. De acordo com

a B3, saíram R$ 1,342 bilhão no pregão da última terça-feira. Foi a terceira sessão com saída líquida de recursos estrangeiros no ano. Com isso, em fevereiro, o fluxo estrangeiro ficou negativo em R$ 1,927 bilhão No entanto, ainda não foi forte o suficiente para reverter as entradas registradas em janeiro. Em 2018, o saldo está positivo em R$ 7,622 bilhões. “Aquele volume que alavancou as altas de janeiro já

não está mais sustentando o Ibovespa, pois, além de não comprar, o pessoal está vendendo”, ressalta Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora. “O mercado não tem força para caminhar com as próprias pernas, apesar de os indicadores da economia estarem bons”, complementa. O fluxo de venda comandou a sessão não só na bolsa brasileira, mas também na Europa e nos

Estados Unidos. As bolsas europeias fecharam no vermelho. Londres perdeu 1,49%, Paris caiu 1,98% e Frankfurt fechou com desvalorização de 2,62%. Milão (-2,26%), Madri (-2,21%) e Lisboa (-1,16%) também caíram. Nos Estados Unidos, os mercados tinham nova queda. Às 18h52, o Dow Jones caía 3,46%, para 24.030 pontos. A Nasdaq se desvalorizava 3,34%, para 6.816 pontos. E o S&P 500

Moeda norte-americana fica estável frente ao real São Paulo - O dólar terminou a quinta-feira praticamente estável ante o real, com investidores aproveitando o nível de preço para vender moeda após ela ter ido a R$ 3,30 sob influência externa, ainda em meio à percepção de aperto mais intenso de juros nos Estados Unidos. O dólar avançou 0,13%, a R$ 3,2811 na venda, depois de ter oscilado quase cinco centavos, entre a mínima de R$ 3,2568 e a máxima de R$ 3,3038. O dólar futuro subia cerca de 0,23%. “O exterior influenciou, mas o mercado chamou vendas nos R$ 3,30 e isso aliviou”, comentou um profissional da mesa de câmbio de corretora local, ao chamar atenção para a volatilidade que marcou os negócios tanto aqui quanto lá fora nesta sessão. No exterior, o dólar atingiu a máxima de duas semanas ante uma cesta de moedas mais cedo, com os investidores buscando a relativa segurança em meio à queda das ações europeias. Nos últimos dias, dados mais fortes sobre a economia norte-americana elevaram a percepção de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode ampliar o ritmo de alta de juros no país, ainda mais com US$ 300 bilhões que serão jogados na economia após a aprovação do orçamento pelo Senado do país, na véspera. Na tarde de ontem, o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, disse que enquanto a economia dos Estados Unidos continuar

crescendo acima da tendência neste ano ele estaria a favor de outro aumento da taxa de juros na reunião de março do banco central dos EUA. Internamente, o mercado seguiu de olho nas negociações para a reforma da Previdência. O governo ainda não conseguiu reunir os 308 votos necessários para aprovar o texto, em votação marcada para depois do Carnaval. O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional - equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem do vencimento de março. Desta forma, já rolou US$ 1,425 bilhão do total de US$ 6,154 bilhões que vencem no mês que vem.

futuros de curto e médio prazos fecharam em queda, refletindo a reação do mercado ao IPCA de janeiro abaixo do esperado, que fez crescer a aposta, ainda minoritária, entre os investidores de que a Selic será reduzida novamente na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em março. Além disso, os prêmios que indicavam alta da taxa básica este ano foram reduzidos na curva. A ponta longa, porém, nos contratos de vencimento a partir de meados de 2022, fechou com viés de alta, alinhada à piora do humor dos ativos externos. Ao final da sessão regular, que mostrava liquidez fortíssima, sobretudo na ponta curta, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro Taxas de juros - Os juros de 2019 estava em 6,740%,

de 6,805% no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,05% para 7,97%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,85%, de 8,87%, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,57% para 9,59%. A reação ao IPCA se sobrepôs à sinalização do comunicado do Copom, de que a redução de quarta da Selic para 6,75% encerrou o ciclo de flexibilização monetária, apesar de os diretores terem deixado uma brecha para voltar a cortar a taxa na próxima reunião, “caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos”. “O IPCA foi um surpresa não só no headline mas também na leitura qualitativa, que prevaleceu ao Copom e reabriu a possibilidade de corte da

Selic em março”, afirmou o trader de renda fixa da Quantitas Asset Matheus Gallina. O IPCA de janeiro mostrou inflação de 0,29%, a menor para o mês desde o início do Plano Real em 1994. Entre os economistas consultados pelo Projeções Broadcast, o piso das expectativas era 0,33%. A partir da leitura do IPCA, as apostas para um novo corte de 0,25 ponto percentual da Selic em março avançaram de cerca de 20% na quarta para 30% nesta quinta na curva, segundo a Quantitas. Adicionalmente, a precificação para altas da taxa básica este ano foi reduzida. “O mercado tirou um pouco do prêmio para alta no final do ano e postergou mais para o primeiro trimestre para 2019”, disse Gallina. (AE/Reuters)

Investidores estão cautelosos com estreantes São Paulo - A suspensão da abertura de capital da Blau Farmacêutica, dona da marca Preserv, comprova a seletividade dos investidores para estreantes na bolsa brasileira. No entanto, conforme fontes, deve trazer pouco efeito para a longa fila de empresas que se forma para emitir ações no primeiro semestre deste ano, antes do início da volatilidade que deve gerada pela campanha eleitoral. A Blau Farmacêutica, que seria a primeira oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 em 2018, não atraiu apetite dos investidores. A empresa não conseguiu demanda suficiente no mercado para as ações que seriam ofertadas no âmbito da oferta. Os investidores também se incomodaram com o fato de a empresa ser muito dependente de

contratos com o setor público. Além da falta de atratividade do ativo, a volatilidade dos mercados globais nesta semana e aumento da cautela global, acabou prejudicando. “O sinal amarelo acendeu, mas esperamos que volte a ficar verde”, destaca uma fonte de mercado, lembrando que há boas operações no pipeline dos bancos de investimento para irem para a rua neste ano. Já com pedidos para IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão a Ri Happy, Centauro e Neoenergia. O número de companhias com bancos já contratados, no entanto, é muito maior, entre elas o Banco Inter, Codemig e Almeida Jr, Notredame Intermédica, Hapvida, Saneago e uma subsidiária da JHSF. As empresas se preparam para fazer o pedido de registro ao

regulador já nas próximas semanas, segundo fontes, o que possibilita que as ofertas possam ir para a rua a partir de abril. Até aqui, as empresas mostraram intenção de buscar recursos para voltarem a investir em seus negócios, diferentemente do visto nos últimos anos, quando o interesse era redução de endividamento. Em janeiro a PagSeguro foi o primeiro ativo brasileiro a abrir capital, mas escolheu a bolsa de Nova York, para uma emissão que girou cerca de R$ 7 bilhões. As ofertas previstas para este ano seguem na esteira do bom ano de 2017, quando as emissões de ações no Brasil superaram os R$ 40 bilhões, o melhor desde 2009, desconsiderando a megacapitalização da Petrobras em 2010. (AE)

recuava 2,68%, para 2.609 pontos. Os três zeravam os ganhos no ano novamente. Ações - Dos 64 papéis que compõem o Ibovespa, 57 caíram e somente sete subiram. As ações preferenciais (+2,81%) e ordinárias (+2,75%) da Eletrobras lideraram as altas do índice. A Via Varejo subiu 1,65%. No terreno negativo, as ações da Suzano recuaram 4,88%. A Cielo perdeu 4,25% e a Braskem caiu 4%. As ações da Petrobras tiveram queda, em meio à desvalorização dos preços do petróleo. A baixa se dá após notícias mostrarem um recorde de produção nos EUA e a reabertura do maior oleoduto do Mar do Norte para operação. Os papéis preferenciais da estatal caíram 2,01%, para R$ 19,05. As ações ordinárias recuaram 3%, a R$ 20,35. As ações ordinárias da Vale perderam 0,29%, para R$ 41,59. No setor financeiro, o Itaú Unibanco teve queda de 0,49%. As ações preferenciais do Bradesco caíram 1,23%, e as ordinárias se desvalorizaram 2,95%. O Banco do Brasil perdeu 3,14%, e as units - conjunto de ações - do Santander Brasil recuaram 0,48%. (AE/FP)

TESOURO

Governo publica portaria para a seleção de dealers Brasília - A Secretaria do Tesouro Nacional publicou no Diário Oficial da União (DOU) portaria com os procedimentos para seleção e atuação das instituições credenciadas a operar com a Coordenação-Geral de Operações da Dívida Pública (Codip), conhecidas como dealers. A portaria também disciplina a participação dessas instituições em operações especiais do Tesouro. A portaria informa que o conjunto de dealers é formado por até 12 instituições, das quais três vagas serão destinadas a corretoras ou distribuidoras e nove às demais instituições. Segundo o texto, de um mesmo conglomerado financeiro, apenas uma instituição poderá atuar como dealer, a critério da Codip, preferencialmente a de melhor desempenho. Os pré-requisitos para credenciamento incluem: patrimônio de referência de, pelo menos, R$ 26,250 milhões; elevado padrão ético de conduta nas operações realizadas no mercado financeiro; e inexistência de restrição que, a critério do Banco Central do Brasil ou do Tesouro Nacional, desaconselhe o credenciamento. De acordo com o Tesouro, os credenciamentos e os descredenciamentos serão realizados nas seguintes datas: 10 de fevereiro, relativamente ao período de avaliação de 10 de agosto do ano anterior a 31 de janeiro; e 10 de agosto, relativamente ao período de avaliação de 10 de fevereiro a 31 de julho. (AE)




FINANÇAS BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

Indicadores Econômicos INDICADORES ECONÔMICOS Inflação

Dólar 08/02/2018

07/02/2018

06/02/2018

TR/Poupança

Índices

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

0,89%

Jan. No ano

12 meses

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2790

R$ 3,2742

R$ 3,2423

IGP-M (FGV)

VENDA

R$ 3,2795

R$ 3,2747

R$ 3,2428

IPC-Fipe

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

0,46%

2,74%

2,74%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2686

R$ 3,2461

R$ 3,2607

IGP-DI (FGV)

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

0,58%

-0,28%

-0,28%

VENDA

R$ 3,2692

R$ 3,2467

R$ 3,2613

INPC-IBGE

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

1,87%

1,87%

COMPRA

R$ 3,2700

R$ 3,2600

R$ 3,2430

IPCA-IBGE

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

2,86%

2,86%

VENDA

R$ 3,4270

R$ 3,4200

R$ 3,3830

COMPRA

R$ 3,3600

R$ 3,3500

R$ 3,3100

ICV-DIEESE

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

2,35%

2,35%

VENDA

R$ 3,4600

R$ 3,4500

R$ 3,4100

IPCA-IPEAD

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

3,44%

3,44%

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

Jan. 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

TURISMO PARALELO Fonte: AE

08/02 CDB Pré 30 dias

6,65% - a.a.

Capital de Giro

9,96% - a.a.

Hot Money

1,13% - a.m.

CDI

6,89% - a.a.

Over

6,90% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

08/02/2018

07/02/2018

06/02/2018

US$ 1.319,00

US$ 1.314,60

US$ 1.329,00

R$ 138,50

R$ 138,40

R$ 136,00

BM&F-SP (g) Fonte: AE

Taxas Selic Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro

Tributos Federais (%) 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 -

Meta da Taxa a.a. (%) 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 -

Reservas Internacionais 07/02 .......................................................................... US$ 382.656 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Até 1.903,98

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

0,76%

-0,41%

-0,41%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Fev. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,41 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

18

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 670 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

VENDA 0,0001311 0,4773 0,7367 0,005703 0,5394 0,0321 0,4146 0,4053 0,159 0,06883 0,02879 8,6762 0,002761 4,6175 0,03386 0,8902 2,5546 3,2692 3,2692 2,5996 0,01587 3,9868 2,4601 0,4181 1,2108 3,2692 0,01291 3,4782 0,0005849 0,02988 0,1852 4,5906 0,002165 0,006348 0,1113 0,8576 1,0064 0,009314 0,005436 0,001145 3,2692 0,06683 0,06329 0,1736 0,1143 0,4448 0,2711 0,5171 0,5143 0,8981 8,5003 0,01308 0,0000885 0,8717 0,833 0,05653 0,05087 0,0002404 0,212 0,9381 0,003002 0,9623 4,0146

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 até 5.645,80 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 954,00 (valor. Mínimo) 11 104,94 De 954,00 até 5.645,80 20 190,80 até 1.129,16 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 877,67 R$ 877,68 a R$ 1.319,18

Valor unitário da quota R$ 45,00 R$ 31,71

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2018

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

Seguros

3% 0,2976 0,2466

6% 0,5379 0,4867

TBF

22/01

0,01311735

2,92780872

23/01

0,01311746

2,92783334

24/01

0,01311754

2,92784997

25/01

0,01311754

2,92784997

26/01

0,01311754

2,92784997

27/01

0,01311761

2,92786621

28/01

0,01311761

2,92786621

29/01

0,01311761

2,92786621

30/01

0,01311772

2,92789162

31/01

0,01311772

2,92789162

01/02

0,01311772

2,92789162

02/02

0,01311772

2,92789162

03/02

0,01311775

2,92789695

04/02

0,01311775

2,92789695

05/02

0,01311775

2,92789695

06/02

0,01311780

2,92790999

07/02

0,01311780

2,92790999

08/02

0,01311780

2,92790999

09/02 0,01311780 Fonte: Fenaseg

2,92790999

24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 28/02 30/01 a 28/02 31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 06/02 a 06/03 07/02 a 07/03 Fonte: AE

0,5108 0,4597 0,4405 0,4432 0,4666 0,4930 0,4714 0,4719 0,4302 0,4370 0,4355 0,4355 0,4355 0,4291 0,4342

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Janeiro IGP-DI (FGV) Janeiro IGP-M (FGV) Janeiro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

1,0286 0,9982 0,9959

22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 28/02 30/01 a 28/02 31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 06/02 a 06/03 07/02 a 08/03

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

Agenda Federal Dia 9

Contribuição ao INSS COMPRA 0,0001307 0,4669 0,7345 0,005695 0,5392 0,03201 0,4143 0,4051 0,1589 0,06795 0,02858 8,6654 0,002724 4,5972 0,03373 0,8898 2,5531 3,2686 3,2686 2,598 0,01568 3,8912 2,4591 0,418 1,2017 3,2686 0,01289 3,4761 0,0005841 0,02987 0,1843 4,5885 0,002149 0,006339 0,1112 0,8563 1,0053 0,009233 0,005432 0,001144 3,2686 0,06673 0,06326 0,1735 0,1141 0,4435 0,2707 0,5162 0,5142 0,8975 8,4855 0,01306 0,0000884 0,8715 0,8322 0,05649 0,05085 0,0002402 0,2109 0,9367 0,002996 0,962 4,0129

04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02

Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de janeiro/2018 (art. 2º, II, da Instrução Normativa SRF nº 41/1998). Formulário IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de janeiro/2018 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da Tipi (cigarros que contenham tabaco) - Cód. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência janeiro/2018. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverá antecipar o envio da guia. GPS (cópia) Dia 15 Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de janeiro/2018 (art. 2º, § 5º, da Lei nº 10.168/2000; art. 6º da Lei nº 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes - Cód. Darf 8741. Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível (Cide-Combustíveis) - Cód. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005), no período de 16 a 31.01.2018. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) - Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual. Recolhimento das contribuições

previdenciárias relativas à competência janeiro/2018 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. GPS (2 vias) IPI - Demonstrativo de Crédito Presumido (DCP) - Entrega pela empresa produtora e exportadora que proceda à apuração de crédito presumido do IPI, de forma centralizada pela matriz, do DCP relativo ao 4º trimestre/2017 (outubro-novembro-dezembro/2017) Internet Dia 16 IOF - Pagamento do IOF apurado no 1º decêndio de fevereiro/2018: Operações de crédito - Pessoa Jurídica Cód. Darf 1150. Operações de crédito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operações de câmbio - Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operações de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliários - Cód. Darf 6854. Factoring Cód. Darf 6895. Seguros - Cód. Darf 3467. Ouro, ativo financeiro - Cód. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 1º a 10.02.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “b”, da Lei nº 11.196/2005): a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias) EFD – Contribuições - Entrega da EFD - Contribuições relativas aos fatos geradores ocorridos no mês de dezembro/2017 (Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, art. 7º). Internet Dia 20 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mês de janeiro/2018, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País (art. 70, I, “e”, da Lei nº 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015). Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: WALISSON OLIVEIRA DE ARAUJO, solteiro, motorista, nascido em 08/05/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Peroba Do Campo, 27, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de JOSE MARIA DE ARAUJO e CUSTODIA ROCHA DE OLIVEIRA DE ARAUJO Com GISELE CRISTINA BARBOSA SILVA, viúva, do lar, nascida em 17/03/1990 em Contagem, MG, residente a Rua Peroba Do Campo, 27, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de CARLOS ROBERTO DA SILVA e VALERIA CRISTINA DE SOUZA BARBOSA SILVA. LUIZ FERNANDO DINIZ ALMEIDA, solteiro, militar, nascido em 26/12/1987 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Lagoa Da Prata, 780, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de FRANCISCO ALBERTO DE ALMEIDA e MAGDA DINIZ DE ALMEIDA Com DEBO-

RA CRISTINA DE FIGUEIREDO, solteira, professora, nascida em 07/07/1986 em Guanhaes, MG, residente a Rua Lagoa Da Prata, 780, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de AMERICO AGUIAR DE FIGUEIREDO e GIRLANE TEIXEIRA DE FIGUEIREDO. MARCEL HENRIQUE SIMOES ALEXANDRE DE PAULA, solteiro, bancário, nascido em 23/04/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Junquilhos, 262, Nova Suíça, Belo Horizonte, filho de MARCELO ALEXANDRE DE PAULA e MAGALY MARIA SIMOES SILVA DE PAULA Com DANIELLE FERREIRA LEITE, solteira, bancaria, nascida em 01/03/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Junquilhos, 262, Nova Suíça, Belo Horizonte, filha de CLAUDIA MARCIA LEITE. ANTONIO CALAZANS SOARES CHAVES, solteiro, operador de telemarketing, nascido em 27/05/1985 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Flor Da Colina, 22, Cabana, Belo Horizonte, filho de ANTONIO RODRIGUES CHAVES e ZILDA SOARES DA MOTA Com LILIANE ALVES CORREIA, solteira, serviços gerais, nascida em 06/09/1981 em Presidente Juscelino, MG, residente a Rua Flor Da Colina, 22, Cabana, Belo Horizonte, filha de GERALDO ANTONIO ALVES CORREIA e GENI MATIAS CORREIA.

DANIEL FERREIRA DE SOUZA, solteiro, montador de balanci, nascido em 06/07/1994 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Três Fazendas, 321, Betania, Belo Horizonte, filho de EDSON FERREIRA DE SOUZA e SONIA FERREIRA DE SOUZA Com IZAMARA GOMES DE CARVALHO, solteira, auxiliar fiscal, nascida em 11/03/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Três Fazendas, 321, Betania, Belo Horizonte, filha de ITAMAR GOMES SILVA e VALDETE DUARTE CARVALHO. BRENO GONTIJO TEIXEIRA, solteiro, representante comercial, nascido em 09/03/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Conselheiro Joaquim Caetano, 27, Nova Granada, Belo Horizonte, filho de ROBERTO TEIXEIRA e ELIZABETH DA CONCEICAO GONTIJO TEIXEIRA Com ISABELA MEGALI DUARTE, solteira, advogada, nascida em 09/05/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Conselheiro Joaquim Caetano, 27, Nova Granada, Belo Horizonte, filha de JOSE ARTUR DUARTE e ROSANA DE FARIA DUARTE. LUCAS FELIPE RIBEIRO DE SOUSA, solteiro, frentista, nascido em 16/07/1997 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Cinco, 83, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de ADEILTON DE SOUSA e MARIA DE

­ ATIMA R F ­ IBEIRO SOUSA Com LARISSA APARECIDA DA SILVA, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 03/01/1999 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Três, 10, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de FRANCISCO DE ASSIS SILVA e APARECIDA AGRIPINA GOMES DA SILVA. FERNANDO MARCIO DOS REIS, divorciado, motorista, nascido em 08/05/1972 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Zinia, 291 401, Havaí, Belo Horizonte, filho de GERALDO DOS REIS e ROSA DE SOUZA LIMA DOS REIS Com MAYRA HELENA GUIMARAES PAIO, divorciada, professora, nascida em 08/12/1978 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Zinia, 291 401, Havaí, Belo Horizonte, filha de HUGO AUGUSTO PAIO e LILA HELENA GUIMARAES PAIO. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 08/02/2018. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 8 editais.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

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LEGISLAÇÃO FABIO RODRIGUES POZZEBOM / ABr

DEFESA ECONÔMICA

CONTRIBUIÇÃO

Fecombustíveis atribui alta de preços ao peso de impostos

Boleto mensal de MEI tem reajuste em fevereiro

Carga tributária chega a 50% do valor da gasolina São Paulo - A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), entidade que reúne 34 sindicatos patronais e os interesses de cerca de 41 mil postos de combustíveis no País, abordou em comunicado os comentários feitos pelo governo sobre preços de combustíveis. A entidade explica que as sucessivas altas nos preços dos combustíveis têm relação direta com a nova metodologia de precificação adotada pela Petrobras e com os aumentos de impostos. A Fecombustíveis diz que é preciso considerar o alto peso da carga tributária, que chega a aproximadamente 50% da composição de preço da gasolina, incluindo tributos como Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/ Cofins) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). “Em julho do ano passado, o governo federal aumentou as alíquotas de PIS/Cofins da gasolina em R$ 0,4109 por litro, o que representou aumento de R$ 0,30 por litro no preço ao consumidor, conforme Decreto nº 9.101/2017”, diz comunicado da entidade. “No caso específico do ICMS, é importante explicar que a pauta do imposto, que é o preço médio ponderado ao consumidor final, para os combustíveis, nos estados, varia a cada 15 dias, o que também interfere nos custos finais de gasolina e diesel. A base de cálculo do ICMS é definida pelas secretarias estaduais de Fazenda conforme pesquisas de preços em postos revendedores”, acrescenta. Assim, por se tratar de valor definido em âmbi-

to estadual, o ICMS pode apresentar comportamentos distintos entre as unidades federadas. “Nos períodos que compreendem os dias 1º a 15 e 16 a 31 de cada mês, as Secretarias estaduais de Fazenda divulgam os valores de referência para o cálculo do ICMS. Por exemplo, em Minas Gerais, o valor da PMPF em 1º de julho de 2017 era R$ 4,0243. Em 1º de fevereiro de 2018, foi para R$ 4,6762, impactando na elevação de custo da gasolina em R$ 0,20 por litro (cálculo feito com base no Ato Cotepe)”, diz o comunicado. Ponta final - A Fecombustíveis destaca que os postos revendedores são a ponta final da cadeia do setor de combustíveis, sendo o «elo mais frágil e visível para o consumidor». «O funcionamento da cadeia de combustíveis é complexo e muitas vezes desconhecido por parte da sociedade», ressalta. A gasolina que sai das refinarias não é pronta para o consumo final, recebendo a mistura de etanol anidro (27%) ainda nas bases de distribuição. O mesmo ocorre com o diesel, que recebe a mistura do biodiesel (8%). Depois disso, é preciso considerar os custos inerentes à operação, como o frete. “Exemplo de como esses outros custos influenciam no preço final do combustível é que, no período de 1º de julho de 2017 a 29 de janeiro de 2018, o preço do etanol anidro aumentou 36,84%, de acordo com dados do Cepea/ Esalq”, diz a Fecombustíveis. A entidade alega que os postos têm absorvido boa parte das elevações de custos, dada à dificuldade de operacionalização de reajustes diários e ao fato de o consumidor e órgãos de

defesa do consumidor não compreenderem a atual dinâmica diária de reajustes. “Por fim, destaca-se ainda que os reajustes divulgados pela Petrobras em suas Moreira Franco suspeita de cartel na venda de combustíveis refinarias são porcentuais médios e, portanto, não são aplicados de maneira uniforme em todos os Estados da federação”, diz a entidade. A Fecombustíveis considera ainda importante ressaltar que o Brasília - O governo que criar uma força-tarefa mercado é livre e competitivo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica em todos os segmentos, (Cade) e a Polícia Federal para investigar a formação cabendo a cada distribuidora de cartel na venda de combustíveis. O presidente e posto revendedor decidir do Cade, Alexandre Barreto, se reuniu ontem com o se irá repassar ou não ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreiconsumidor os reajustes. O ra Franco, e com o diretor-geral da Polícia Federal, cálculo deve considerar suas Fernando Segovia, para discutir o tema. estruturas de custo. Moreira Franco enviou ao Cade um ofício em que “Esta federação, entretansolicita que o órgão tome providências para que os to, entende ser imprescindíbenefícios da nova política de preços de combustível manter a sociedade inveis adotada pela Petrobras cheguem ao consumidor formada para que a revenda final “garantindo a liberdade de preços prevista na não seja responsabilizada por legislação”. alterações no preço ocorridas Desde o ano passado, a Petrobras passou a reajustar em outras etapas da cadeia e os preços dos combustíveis frequentemente, de acordo que, muitas vezes, são apenas com a variação no mercado externo. Moreira Franco repassadas pelos postos”, disse que, quando a Petrobras abaixa os preços dos conclui combustíveis, isso não tem tido reflexo nas bombas. Em entrevista à Band nesta “O consumidor tem o direito a escolher preço mais semana, o presidente Michel baixo, mas isso só acontece quando há concorrência. Temer prometeu soluções O que percebemos é que existe cartel nos postos de para evitar que as distribuigasolina”, disse o ministro. doras de combustíveis repasNa última quarta-feira, o presidente do Cade, sem ao consumidor apenas Alexandre Barreto, disse que o fato de a queda de os aumentos que saem das preços na refinaria não ser repassada às bombas refinarias. “Agora, nós estapode ser considerado um “indício de cartel”, mas mos vendo fórmulas jurídicas que a investigação tem que ser acompanhada de de como obrigar, quando outros elementos. Em nota, o órgão afirmou que haja a redução do preço do “em cumprimento à sua função de zelar pela livre combustível, que também concorrência, o Cade monitora constantemente os isso repercuta na bomba.” mercados e apura eventuais indícios de infração à Temer disse esperar para ordem econômica que detecta”. “logo” dar uma solução para O Cade disse ainda que, “em linha com a preocupao problema. ção externada pela Secretaria-Geral da Presidência da O ministro Moreira FranRepública”, planeja formas coordenadas e sistemáticas co, da Secretaria Geral da de combate ao cartel em combustíveis. Presidência, relatou que iria Apesar da ofensiva do governo, investigações de buscar auxílio no Conselho cartéis no mercado de combustíveis são recorrentes Administrativo de Defesa no Cade, que tem oito processos em aberto e julgou Econômica (Cade) sobre as outros 17 desde 2012, quando entrou em vigor a nova leis disponíveis e as medidas lei da concorrência. cabíveis para combater a Estão em investigação na superintendência-geral cartelização na distribuição do Cade conluios em postos de gasolina no Distrito da gasolina. A expectativa Federal, João Pessoa (PB), Joinville (SC) e Natal dele era ter uma resposta (RN). (AE) antes do Carnaval. (AE)

Ministro pede ao Cade investigação nos postos

CONTRIBUINTES DEVEDORES

Advogado questiona lei de bloqueio de bens DA REDAÇÃO

Com a publicação da Lei 13.606, em janeiro, que alterou dispositivos da Lei 10.522/02, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) foi autorizada a tornar indisponíveis os bens de devedores, junto aos órgãos onde estão registrados, sem precisar de autorização judicial. Isso impede o devedor de vender o bem até que o valor inscrito em dívida ativa seja pago. A medida é inconstitucional e por isso, cabe ações na Justiça, que inclusive poderão chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Essa medida viola o direito de propriedade, suprime garantias individuais e afasta, do Poder Judiciário, competência que lhe é única e indelegável. Trata-se, de uma lei absolutamente inconstitucional”, ressalta o advogado David Gonçalves de Andrade

Silva, sócio-fundador do escritório Andrade Silva Advogados. Segundo ele, a supressão da garantia fundamental do direito de propriedade pode ocorrer apenas nos limites definidos na Constituição Federal e a averbação de qualquer registro que torne o bem indisponível suprime um dos elementos mais essenciais desse direito. De acordo com o advogado, o Supremo Tribunal Federal certamente será solicitado a se pronunciar, diante do controle direto de constitucionalidade, que consiste na verificação da conformidade de um ato (lei, decreto etc.) em relação à Constituição. Não é aceito que um ato confronte as premissas da Constituição, sendo hierarquicamente inferior a ela. “Espera-se que o STF afaste, com o devido rigor, a aplicação dos res-

pectivos dispositivos da Lei 10.522/02. Mas, de imediato, os contribuintes deverão redobrar suas atenções, no caso do recebimento das chamadas ‘cobranças amigáveis’ de seus débitos pela Fazenda Pública Federal, impugnando prévia e judicialmente qualquer tentativa de averbação da sobredita indisponibilidade, por simples ato da administração pública”, avalia o especialista. Denúncias - A Advocacia Geral do Estado (AGE) criou um novo canal para que a população possa denunciar contribuintes inadimplentes que burlam a lei tendo como único propósito não quitar dívidas. A partir de agora, por meio do Canal de Denúncias Patrimoniais (Cadepatri), a AGE pode receber, de qualquer pessoa, informações úteis para a recuperação de créditos inscritos em dívida ativa

do Estado, suas autarquias e fundações. As denúncias podem ser encaminhadas por pessoas físicas ou jurídicas, por meio do e-mail denunciapatrimonial@advocaciageral.mg.gov. br ou pelo telefone (31)32180770. O usuário identificado poderá solicitar que sua identidade seja preservada, não sendo divulgada a terceiros. De acordo com a Agência Minas, a denúncia de forma identificada também permite que a AGE contate o usuário para solicitar esclarecimentos ou complementações se necessário. Destaca-se ainda que todas as informações obtidas pela AGE são protegidas pelos sigilos funcional e profissional inerente à advocacia. “A denúncia de bens é para aqueles que escondem bens, que brincam com o Judiciário e o Estado. Os contribuintes que escondem bens, os devedores contu-

mazes, os maus pagadores, é exatamente a razão de ser deste canal, as pessoas que ocultam bens de execução”, enfatiza o advogado-geral do Estado, Onofre Alves Batista Júnior. “São essas pessoas também que fazem com que o Judiciário fique com processos ineficientes por anos, gerando custos homéricos. Então esse canal é exatamente para pegar aqueles falsos contribuintes que omitem bens, escondem”, complementa o advogado-geral do Estado. As denúncias serão triadas e analisadas pela AGE, que poderá: arquivá-las por cinco anos, caso não sejam de interesse para recuperação de créditos; ou encaminhá-las para unidade da Advocacia Geral do Estado responsável pela cobrança do crédito, para verificação da real possibilidade de constrição do patrimônio indicado na denúncia.

Os mais de 7 milhões de microempreendedores individuais (MEI) no Brasil devem estar atentos para a mudança na contribuição mensal que começa a valer a partir deste mês. O boleto de pagamento mensal das obrigações tributárias - Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) - terá os valores reajustados. Com o aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 954, o valor fixo do boleto mensal (DAS) passa para R$ 48,70 para atividades de comércio/indústria e/ ou transporte intermunicipal ou interestadual, R$ 52,70 para MEI que presta serviços em geral e R$ 53,70 para atividades ligadas ao comércio e/ou indústria com serviços. “O cálculo do DAS corresponde a 5% do salário mínimo, a título da Contribuição para a Seguridade Social, mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e/ou R$ 5 de Imposto sobre Serviços (ISS)”, explica o analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) Haroldo Santos. O tributo, destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ISS, deve ser pago até o dia 20 de cada mês, na rede bancária ou em casas lotéricas. “O atraso ou não pagamento pode gerar problemas, como a suspensão dos benefícios previdenciários, e gerar multas e juros”, alerta Santos. A guia para pagamento deve ser impressa pelo Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br). Pelo celular, o documento poderá ser gerado pelo aplicativo da Receita Federal, disponível para os sistemas operacionais iOS e Android. Os formalizados também poderão comparecer aos Pontos de Atendimento do Sebrae de sua cidade e solicitar a impressão da guia gratuitamente. Formalização - Os MEIs são trabalhadores que faturam até R$ 81 mil por ano, não têm participação em outra empresa como sócio ou titular, têm até um empregado contratado e desempenham uma das 490 ocupações permitidas. Quem opta por ser MEI passa a ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e acesso aos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também pode contratar até um funcionário que receba até um salário mínimo. O processo de formalização é rápido e pode ser feito de forma gratuita no Portal do Empreendedor. Ao se formalizar, o MEI pode emitir nota fiscal e participar de licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos, fazer vendas por meio de máquinas de cartão de crédito, entre outras vantagens. (ASN)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

VIVER EM VOZ ALTA

Feira de Hannover A Fiemg, através do seu Centro Internacional de Negócios (CIN-MG), em parceria com a Apex-Brasil, realiza missão empresarial para a Feira Industrial de Hannover (Alemanha), entre os dias 23 e 27 de abril. Principal evento internacional de tecnologia para a indústria, reúne cinco feiras em uma: Automação Integrada, Movimento e Direção, Fornecimento Industrial, Pesquisa e Tecnologia, Indústria Digital e Energia. Os empresários participarão de workshop sobre Indústria 4.0, visitas técnicas e encontro de negócios. As inscrições podem ser feitas até o dia 9 de março. Mais informações: (31) 3263-4722.

Difusão da literatura Quatro escolas municipais das cidades de Várzea da Palma, Buritizeiros e Olhos D’Água serão as primeiras a receber o “Ler é Viver Viajando”, novo formato do projeto criado pelo Instituto Gil Nogueira (IGN) para difundir a literatura entre alunos da rede pública de Belo Horizonte e interior de Minas. Cerca de 400 alunos serão beneficiados, a partir de 5 de março, com o projeto, resultado da parceria firmada em dezembro de 2017 entre a Rima Industrial e o IGN para incentivo à leitura em escolas municipais instaladas em zonas urbanas, como as de Buritizeiro e Várzea da Palma, e rurais, como as duas de Olhos D’Água.

Ciência e Tecnologia O Diário Oficial da União de ontem publicou decreto que regulamenta o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016) e traz a expectativa de desburocratizar as atividades de pesquisa e inovação no País. As novas regras criam mecanismos para integrar instituições científicas e tecnológicas e incentiva investimentos em pesquisa. “Foi um trabalho de muitos ao longo dos últimos anos, de diversas instituições públicas e privadas e do governo. Daqui para a frente, teremos melhores condições de avançar com nossa pesquisa”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, após reunião com representantes da área de Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto, para celebrar a publicação do decreto. Kassab disse que a legislação também vai permitir que aumente o aporte de recursos privados em pesquisa.

Na convivência das praças a vida corre mais simples e feliz LÚCIA SEBE/IMPRENSA MG/DIVULGAÇÃO

ROGÉRIO FARIA TAVARES *

A Praça da Liberdade (Foto) sempre foi um dos mais tradicionais centros de convivência social de Belo Horizonte. Da época de sua fundação, no final do século 19, ela surgiu como o coração do poder político e administrativo da nova capital, reunindo os prédios das secretarias de estado e o palácio do governador. Em 1937, também ganhou o Palácio Cristo Rei, concebido sob as ordens de Dom Cabral e projetado pelo arquiteto italiano Raffaello Berti para sediar a Cúria Metropolitana e a residência oficial do bispo. Já o Edifício Niemeyer foi construído em 1955, por iniciativa de Antonio Joaquim e de sua esposa, a escritora Lúcia Machado de Almeida, autora de dois dos livros que mais marcaram a minha vida de menino: “O escaravelho do diabo” e “O caso da borboleta Atíria”, para os quais a autora contou com a assessoria de um sobrinho querido, desde cedo apaixonado pelos insetos: o professor Angelo Machado, da UFMG, meu confrade na Academia Mineira de Letras. No Niemeyer, o casal promovia os famosos saraus literários a que acorriam os intelectuais mais importantes de Minas e do Brasil. Em pouco tempo, o prédio se transformou num dos ícones da cidade. Na praça também funcionou o famoso ‘footing’, momento com que as moças e os rapazes das gerações passadas contavam para flertar e, eventualmente, começar um namoro. Cantada em prosa e verso, ela aparece na obra de Pedro Nava, Drummond e Fernando Sabino, entre outros. Durante vários anos, foi o lugar da realização da ‘Feira Hippie’, hoje na avenida Afonso Pena. Embora importante como núcleo de exposição da gastronomia, da arte e do artesanato produzidos em Minas, a feira não se adequava bem ao espaço, pondo em risco o seu verde e o patrimônio histórico. O acertado gesto de retirá-la de lá coube a um amigo: Roberto

Borges Martins, então administrador da Regional Centro-Sul. O tempo passou e a história da praça foi seguindo o seu curso. Atualmente, ela atrai milhares de visitantes por conta das atividades culturais que passou a abrigar. Na semana passada, conferi o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e gostei demais. Carlos se divertiu a valer, interagindo com diversas das obras de autoria de artistas de todas as partes do mundo. Pesquisando sobre a trajetória do festival, descubro que ele existe desde o ano 2000 e que é o maior evento de arte e tecnologia do País. Outro lugar encantador da praça é a Biblioteca Pública, comandada com brilho por Lucas Guimaraens, pertencente a uma das mais ilustres famílias literárias

do Brasil. Passando em frente ao prédio projetado por Oscar Niemeyer, recordo-me imediatamente de cenas da infância, quando costumava frequentar a sua Sala de Multimeios, onde era oferecido o famoso curso de teatro do professor Helvécio Ferreira. Por tudo isso, às vezes, me pergunto: o que seria das cidades sem as suas praças e o tanto de vida que há nelas? Restariam os passeios pelos shoppings, muito bons em alguns contextos, mas nada aconselháveis quando se quer apenas um pouco de ar, uma caminhada entre chafarizes e jardins, sem a necessidade de comprar nada, como nos tempos em que era bem mais simples ser feliz. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras BALEIA IMAGENS/DIVULGAÇÃO

Hospital da Baleia Eternizar nos corações dos pacientes mirins em tratamento no Hospital da Baleia e de seus familiares uma das histórias de amizade e determinação mais comoventes vividas na instituição. Com esse intuito os personagens do livro “O sorriso de João” - que ensina de forma lúdica e educativa como falar de doença e morte com crianças - foram adesivados nas paredes da Unidade Pediátrica. O “Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil” (15/02) foi o escolhido para a inauguração da nova decoração. A ação será às 9h, no prédio Baeta Vianna - onde funciona a Pediatria - com presença da autora do livro e médica do Baleia, Raquel Vilela, do cartunista Dan Arrows (que ilustrou gratuitamente a obra), dos pequenos pacientes e seus familiares e de dirigentes e funcionários da instituição. Prefaciada por Mauricio de Sousa, a publicação está na segunda edição e conta a saga de um golfinho muito alegre e valente que, mesmo com seu sofrimento, nadava em direção ao futuro, conquistando todos com sua simpatia e bondade.

CULTURA ELIENE RESENDE/DIVULGAÇÃO

Eufêmia, bairro Santa Rosa, em Belo Horizonte Artes do Fazer

Zona Norte Folia - O Bloco Tchanzinho Zona Norte surgiu em 2013, com a proposta de descentralização do Carnaval em BH. A agremiação denuncia as desigualdades regionais resultantes de (ausência de) políticas públicas e iniciativas do setor

privado em localidades não inseridas no eixo Centro-Sul da Capital. Neste ano, o bloco preparou música inédita, que será lançada em seu desfile, ressaltando as virtudes da Zona Norte. Quando: Hoje, às 18h Quanto: Aberto ao público Onde: Avenida Sebastião de Brito, esquina com Irmã

Mostra - “Artes do Fazer - Os Ofícios no Acervo do MHAB” apresenta uma seleção de objetos do acervo do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) que registram parte da trajetória dos ofícios na Capital. A mostra é composta por objetos, tais como ferramentas de trabalho, registros de estabelecimentos e produtos do trabalho desses artífices, que ajudam a conhecer melhor a cultura relacionada a alguns dos ofícios mais recorrentes em BH. Quando: Até 31 de maio. De terça a domingo, das 10h às 17h; quartas e quintas, até 18h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Museu Histórico Abílio Barreto (Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim,

Belo Horizonte) Maria Helena Andrés Documentário - Realizado pelo Instituto Maria Helena Andrés e pelo Laboratório Innovatio da Escola de Belas Artes da UFMG, o documentário Maria Helena Andrés – Arte e Transcendência apresenta as múltiplas facetas da artista mineira de 95 anos, como trabalhos voltados para a escrita e como educadora e blogueira. Maria tem experimentado várias outras linguagens, como pintura, desenho, gravura, colagem, escultura e fotografia. Quando: Dia 17, às 11h Quanto: Estreia Gratuita Onde: Cine Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes, Belo Horizonte) Nando Reis

com o encerramento da turnê do disco Jardim-Pomar. O disco foi produzido de maneira totalmente independente pelo próprio artista. Gravado praticamente em duas cidades – São Paulo e Seattle, EUA – o disco conta com o produtor americano Jack Endino, que trabalhou com bandas como Nirvana, Soundgarden e os Titãs. Quando: Dia 3 de março, às 22h Quanto: De R$ 50 a R$ 180 Onde: Km de Vantagens Hall BH (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br

Turnê - Nando Reis volta a BH

Telefone: (31) 3469-2067


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