23557

Page 1

diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

1

8

1

0

1

9

3

2

1

6

6

0

DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.557 - R$ 2,50

2

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

Novas regras para barragens ainda geram controvérsias Há pontos divergentes entre os setores ambientais e produtivos ALISSON J. SILVA

Mudanças no licenciamento ambiental e na fiscalização de barragens de mineração no Estado serão temas de audiência pública, hoje, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O encontro irá discutir o Projeto de Lei (PL) 3.676/16, que trata da matéria e já foi aprovado em primeiro turno. O texto é de autoria da Comissão Extraordinária de Barragens, criada logo após o desastre de Mariana. Sobre o mesmo assunto também foi apresentado o Projeto 3.695/16, de iniciativa popular, resultante da campanha “Mar de Lama Nunca Mais”. O texto de iniciativa popular foi anexado ao PL 3.736. Entretanto, em nota técnica de junho do ano passado, o MPMG considerou que há inovações importantes que ficaram de fora da proposta. Pág. 3 Novas estruturas da barragem de Fundão, que protagonizou o maior acidente ambiental do País

Arrecadação estadual registrou expansão de 9,6% no primeiro mês, totalizando R$ 6,9 bi A arrecadação estadual abriu 2018 com o recolhimento de R$ 6,974 bilhões em janeiro, 9,6% a mais do que os R$ 6,360 bilhões arrecadados no mesmo mês de 2017. Neste intervalo, a alta na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), principal imposto para os cofres do Estado, foi de 8,9%. O setor de combustíveis aparece na liderança. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Pág. 7

Influência negativa da pecuária pode impactar o faturamento do agronegócio mineiro A primeira estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2018 mostra uma tendência de queda de 2,49% em Minas Gerais, com o faturamento das produções agrícola e pecuária estimado em R$ 53,2 bilhões, ante o valor de R$ 54,59 bilhões registrado em 2017. Com base nos dados de janeiro, a influência negativa vem, principalmente, da pecuária, cuja previsão para este ano é de queda de 5,12% no VBP. O leite apresentou retração de 13,13%. Pág. 14

Atividade econômica do País subiu 1,04% em 2017 É o primeiro avanço anual após três anos de queda, desde 2013, quando havia subido 4,48%

Carnaval de BH entra na rota dos grandes eventos CRIATURA ESTÚDIO/DIVULGAÇÃO

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) comemorou o sucesso do Carnaval em Belo Horizonte. A festa atraiu 3,8 milhões de pessoas, crescimento de 26% na comparação com o evento no ano passado. A movimentação financeira entre a sexta-feira de Carnaval e a quarta-feira de Cinzas foi de R$ 641 milhões. O setor hoteleiro registrou um giro superior a R$ 8 milhões. O patrocínio saltou de R$ 1,5 milhão, em 2017, para R$ 9 milhões em 2018. Cerca de 9,6 mil ambulantes foram credenciados para trabalhar durante o período oficial de Carnaval na Capital. Para fiscalizar o trabalho nas ruas foram destacados 250 fiscais e 270 agentes de campo em Nos últimos anos o Carnaval de rua na Capital passou a atrair milhares de foliões escala especial. Pág. 11

Uberaba anuncia investimento de R$ 12 milhões DIVULGAÇÃO

A Electric Ink, empresa especializada em desenvolver, fabricar e comercializar equipamentos e tintas para tatuagem e micropigmentação, está investindo R$ 12 milhões na construção de uma sede própria e planta fabril no município do Triângulo Mineiro. A maior parte das inversões será do próprio caixa. Os trabalhos da empresa não estão voltados apenas para o mercado interno, uma vez que já está presente em 17 países. A Electric Ink está construindo a sede num terreno de 11 mil metros, doado pela prefeitura, cujas instalações contarão, inicialmente, com 6,8 mil metros quadrados. Isso significa que a fábrica já nasce com potencial para futuras O objetivo da empresa com o investimento é concentrar as operações num único espaço expansões. Pág. 5 Dólar - dia 19

Euro - dia 19

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2342 Venda: R$ 3,2347

4,0080

TR (dia 20): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,0101

Turismo

Ouro - dia 19

Compra: R$ 3,1970 Venda: R$ 3,3800

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 3,2341 Venda: R$ 3,2347

BM&F (g):

BOVESPA

Poupança (dia 20): ............ 0,3994% IPCA-IBGE (Janeiro): ......... 0,29%

N/D

IPCA-Ipead (Janeiro): ......... 1,70%

R$ 138,60

IGP-M (Janeiro): ....................... 0,76%

+0,90 +0,28 +0,32 -1,49 -0,78 08/02 09/02

15/02

16/02 19/02

Pág. 15

EDITORIAL A Usiminas encerrou o exercício passado com bons motivos para comemorar. Com receita líquida de R$ 10,7 bilhões, valor que representa ganho de 27% sobre o período anterior, a empresa apurou lucro líquido de R$ 233 milhões, contra prejuízo de R$ 670 milhões em 2016. O ciclo de boas notícias se completou, nesse início de ano com o acordo firmado entre os sócios controladores, Nippon Steel e Ternium, pondo fim, aparentemente, aos conflitos que foram acirrados nos últimos anos, gerando muita tensão e, em alguns momentos, a virtual paralisia da empresa que chegou muito próxima de uma situação de colapso. “Vitória do bom senso”, pág. 2

OPINIÃO Mesmo que muitos mineiros passem férias nas praias do Espírito Santo, é o Estado do Rio e a cidade do Rio de Janeiro que são a extensão de Minas Gerais. O Rio e Minas estão indissoluvelmente ligados, inclusive por estrada rápida, antigamente até pelo trem chamado Vera Cruz. As duas economias se complementam e os dois estados convivem bem. Portanto, o que acontece no Rio afeta a economia de Minas mais do que imaginamos. O estado, dominado por criminosos, sejam de colarinho branco, sejam bandidos comuns, por encontrar-se em segundo lugar entre os mais poderosos economicamente, falido e em recuperação, deve ser também preocupação dos mineiros. (Stefan Salej), pág. 2


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

2

OPINIÃO Do Rio de Janeiro dos mineiros STEFAN SALEJ * Mesmo que muitos mineiros passem férias nas praias do Espírito Santo, é o Estado do Rio e a cidade do Rio de Janeiro que são a extensão de Minas Gerais. Diz a brincadeira que a famosa avenida Brasil da Cidade Maravilhosa vai até a esquina com a rua Halfeld, em Juiz de Fora, onde moram os cariocas do brejo. Muitos mineiros famosos, entre eles até o ex-governador do Estado e atual senador Aécio Neves, têm residência no Rio. E a companhia de eletricidade ainda chamada Light pertence a ninguém menos do que à Cemig. E o embarcadouro de Angra dos Reis tem uma flotilha de iates pertencentes a mineiros de fazer inveja a qualquer paulista. A Estrada Real, hoje mais um projeto esquecido, começa em Diamantina e termina em Paraty. A Vale tem sede no Rio e minério em Minas. O mesmo acontece com a CSN. O Rio e Minas estão indissoluvelmente ligados, inclusive por estrada rápida, antigamente até pelo trem chamado Vera Cruz. As duas economias se complementam e os dois estados convivem juntos. Portanto, o que acontece no Estado do Rio afeta a economia de Minas mais do que imaginamos. O estado, dominado por

criminosos, sejam de colarinho branco, sejam bandidos comuns, por encontrar-se em segundo lugar entre os mais poderosos economicamente, falido e em recuperação, deve ser também preocupação dos mineiros. A atual intervenção na área de segurança, que o governo federal está fazendo no estado vizinho, não afeta Minas só porque tem um conterrâneo nosso como interventor. A ordem a ser estabelecida significa que o Rio, para começar, estará seguro para mandarmos mercadorias (o roubo de carga é um dos maiores problemas que temos lá), como também que poderá voltar a crescer de forma sólida e representar um mercado importante para as empresas mineiras. O Rio falido, inseguro, dominado pela bandidagem, só pode ser ruim para o Brasil e muito ruim para Minas Gerais. Quanto de sucesso pode ter a intervenção do governo federal na área de segurança do estado do Rio, só o tempo vai dizer. Quais consequências políticas essa ação terá, ainda não sabemos. E nisso se inclui a influência sobre todo o processo político eleitoral. Nem sabemos quanto vai custar essa guerra. Não se ganha uma guerra sem planeja-

mento, sem estratégia e sem saber como sair vitorioso dela. E o que está acontecendo no Rio é uma guerra para a qual também serão necessários recursos financeiros. As guerras custam muito dinheiro. O inimigo, o crime, está bem equipado, bem organizado e, por incrível que pareça, pode ter mais apoio da população do que estamos percebendo. E não está isolado no Estado do Rio. Está no Brasil inteiro. Então, não é só a fuga dos criminosos para Minas ou outros estados que deve preocupar, mas também as ações que vão se seguir, em função do conflito do Rio, em todo o País. Às vezes, a entrada num conflito armado é cheia de esperança, ao som dos tambores e marchas militares, mas é a paz, onde sempre há vencedores e vencidos, o término do conflito, que traz a verdadeira alegria. E essa guerra está só começando. E na guerra corre sangue. Mas, na situação atual, há outra solução? * Empresário, ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e cofundador de Minas em movimento

As desigualdades só fazem crescer CESAR VANUCCI * “O fosso separando os mais ricos dos mais pobres é abissal.” (Antônio Luiz da Costa, educador) A brutal desigualdade observada na partilha da renda universal, dando origem a escandalosas desigualdades sociais, constitui certamente a mais definidora nota da agoniante elegia dos padecimentos humanos na era contemporânea. Como compreender a absurdidade dessa situação? Como encaixar os dados e referências alarmantes, inimagináveis, no cenário social avaliado, à luz dos ensinamentos humanísticos e espirituais propagados pelas diferentes crenças que fundamentam o sentimento do mundo? Crenças, todas elas, que se haurem – sabemo-lo bem - de fonte matricial sagrada: uma mensagem de amor, de paz, de solidariedade, de harmônica convivência vinda do fundo e alto dos tempos para homens e mulheres de boa vontade. Não passa, na verdade, pela cabeça de nenhum ser pensante, realmente sintonizado com os nobres anseios da sociedade, a disparatada ideia de que, ao conceber o projeto da criação, outorgando à espécie humana a missão de povoar e conduzir este nosso belo planeta azul, a Suprema Divindade haja acenado com a mais tênue possibilidade de que algo tão contundente, em matéria de usufruto do patrimônio comum, pudesse vir a acontecer. Essa concentração extravagante da riqueza acumulada pelo labor humano não resulta de quaisquer desígnios superiores. É, sim, única e exclusivamente, coisa do bicho homem. De acordo com pesquisa da “Oxfam”, ong especializada em estudos da candente temática social, 82% dos bens produzidos no planeta, ano de 2017, o mais desigual até aqui dos tempos modernos, foram parar nas algibeiras dos cidadãos pertencentes ao “seleto clube” do 1% mais rico. A citada ong assevera que nunca, dantes no curso da história, brotaram tantos trilionários quanto no ano que passou. A média foi de um a cada dois dias.

Enquanto os ventos se mostravam imensamente favoráveis a essa parcela de privilegiados - partícipes de um tipo de atividade econômica que se crê um fim em si mesma, e não um valioso meio pra se atingir os fins (sempre) sociais -, a metade da população terrestre, calculadamente 3,7 bilhões de viventes, viu-se barrada no baile da distribuição da riqueza. Noutras palavras, não percebeu nadica de nada da generosa ventania. Ficou apenas com as intempéries das frenéticas movimentações dos negócios. Em linhas gerais, o panorama brasileiro reflete o panorama mundial. A mesma pesquisa anota que cinco patrícios ultrarricos ostentam patrimônio equivalente ao da metade da população. Em 2017, ano marcado, como sabido, por retração de negócios, fechamento de empresas, taxa de desemprego elevadíssima, o contingente dos trilionários foi acrescido de mais 12 nomes, recorde para um mesmo exercício. Eles somam hoje 43. A fortuna do grupo – consta também do levantamento - cresceu em cerca de 13%, contrastando com a perda de rendimentos observada no mesmo período pelos 50% mais pobres, que amargaram declínio de 2,7% para 2%. O trabalho da “Oxfam” assinala que, a despeito de inegáveis avanços sociais colhidos nos últimos anos, a redução das disparidades de renda e patrimônio vem-se revelando bastante tímidas entre nós. Detentor da nona maior economia mundial, o Brasil ocupa, melancolicamente, a décima colocação no “campeonato mundial” da desigualdade apurado pela ONU. Exibe na tabela de classificação pontuação que lhe assegura empate técnico com a Suazilândia, menor nação do mapa africano. A desigualdade comentada decorre, entre muitos outros fatores arrolados pelos especialistas, de um sistema tributário injusto, que penaliza o consumo, afetando por conseguinte as camadas de menor poder aquisitivo, mas garante isenções para lucros, dividendos e artigos de luxo. O tema se apresta, obviamente, a mais considerações. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

A dispersão do centro social GAUDÊNCIO TORQUATO * Os grupamentos que habitam o centro da sociedade estão dispersos. Aí estão os densos núcleos de profissionais liberais – médicos, engenheiros, economistas, comunicadores, educadores, dentistas etc -, pequenos e médios proprietários, enfim, os contingentes que exercem maior influência na pirâmide social. O centro tem o poder de irradiar seu pensamento para as margens, fazendo círculos concêntricos que se formam ao se jogar uma pedra no meio da lagoa. A dispersão dos habitantes do meio da pirâmide ocorre por diversas causas. Primeiro, a indignação contra a velha política e seus protagonistas. Os escândalos em série envolvendo políticos e agentes de negócios, que têm alimentado as pautas das mídias, têm provocado um sentimento de repulsa contra corruptos. Por extensão, contra todos os participantes da esfera política, representantes e governantes. O centro deu as costas aos políticos. O mesmo não se pode dizer em relação às margens, porquanto estas ainda se amarram nos fios do fisiologismo, o que lhes garante bolsas e outras compensações feitas por políticos. Por isso, o grau de renovação que se espera no Congresso – deputados e senadores – se dará com

mais força nas áreas centrais, onde as classes médias guardam um voto mais racional do que o voto emotivo das camadas mais carentes. O meio busca o novo na política, que deve ser entendido não apenas como candidatos jovens, mas perfis comprometidos com ideias renovadoras, propostas sérias e críveis. Daí a inclinação para se escolher pessoas assépticas, não contaminadas pelo vírus da politicalha. Os profissionais liberais começam a olhar para os horizontes e a distinguir os perfis que lhes possam parecer diferentes e interessantes. Por enquanto, ainda não encontraram o foco. No meio da pasmaceira, quem está se distinguindo é o deputado Jair Bolsonaro, um ex-militar com visão radical, cuja expressão aguda agrada a muitos que desejam limpeza geral na política. Mas é pouco provável que essa personalidade cheia de arestas e carregando polêmica tenha condições de chegar ao pódio. É uma escolha por falta de opção, no caso, um candidato com voz de autoridade, credibilidade e respeitabilidade. A dispersão das classes médias ocorre na esteira do imenso vazio aberto por falta de propostas para atender às urgentes demandas sociais.

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo

Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz

redacao@diariodocomercio.com.br

Filiado à

Telefones Geral:

* Jornalista, professor titular da USP é consultor político e de comunicação. Twitter: @gaudtorquato

Comercial 3469-2000

Administração:

A violência campeia. As ruas encontram-se sem policiamento ou com escassos destacamentos policiais. A situação falimentar dos Estados deixa servidores com salários atrasados. Os governantes não cumprem de maneira eficiente as tarefas e deveres. Na maior parte dos Estados, a avaliação é muito negativa. Poucos se reelegerão. Em abril, a campanha começará a esquentar. Os candidatos iniciarão sua perambulação. Suas identidades e histórias serão conhecidas. É razoável, portanto, supor que as classes médias comecem a descer do muro onde se encontram. Nesse pleito, o discurso será acompanhado e avaliado de maneira mais acurada por grupamentos do centro. Será difícil vender gato como lebre. As plataformas e programas passarão pela balança da factibilidade. Por último, convém registrar a hipótese: se as classes médias “comprarem” a ideia de um candidato, as marolas que produzirão no lago farão mudar a cabeça de eleitores das margens.

3469-2002

Redação:

3469-2020

Comercial:

3469-2060

Circulação:

3469-2071

Industrial:

3469-2085 3469-2092

Diretoria:

3469-2097

Fax:

3469-2015

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

presidencia@diariodocomercio.com.br

diretoria@diariodocomercio.com.br

Vitória do bom senso A Usiminas encerrou o exercício passado com bons motivos para comemorar. Com receita líquida de R$ 10,7 bilhões, valor que representa ganho de 27% sobre o período anterior, a empresa apurou lucro líquido de R$ 233 milhões, contra prejuízo de R$ 670 milhões em 2016. São resultados que refletem mudanças internas, indicativos que a superação das questões de governança que a siderúrgica enfrentou nos últimos anos estão, de fato, ficando para trás. Refletem igualmente melhorias no mercado, interno e externo, o que possibilitou ganhos tanto em volume quanto em faturamento, com destaque para o início da retomada do setor de material de transportes no Brasil, que tem na Usiminas a principal fornecedora de chapas. Para 2018, as avaliações de conjuntura sugerem que o volume de 4 milhões de toneladas entregues no exercício anterior poderá ser facilmente superado. O ciclo de boas notícias se completou, nesse início de ano com o acordo firmado entre os sócios controladores, São resultados que Nippon Steel e Ternium, refletem mudanças pondo fim, internas, indicativos aparentemente, aos conflitos que que a superação foram acirrados nos últimos anos, das questões de gerando muita governança que a tensão e, em alguns momentos, siderúrgica enfrentou a virtual paralisia da empresa que nos últimos anos chegou muito estão, de fato, ficando próxima de uma situação para trás de colapso. O acordo, pelo qual as partes se comprometem a optar por processos de arbitragem, evitando demandas judiciais, estabelece também regras mais objetivas de governança, com os sócios controladores indicando, alternadamente e por períodos de até quatro anos, seus principais executivos. Nesses termos, as expectativas são de que o atual diretor-presidente, Sergio Leite, possa permanecer no posto até 2022, tendo a seu lado o presidente do Conselho, Ruy Hirschheimer, indicado pela Nippon. A diretoria será constituída de seis membros, escolhidos meio a meio pelos dois sócios, cujas posições na empresa só poderão ser alteradas com aceitação da outra parte. O mercado já comemora que a bandeira branca tenha sido erguida na sequência das comemorações dos 55 anos de atividades da usina de Ipatinga e quando as condições para o mercado siderúrgico começam a se apresentar mais favoráveis. Daqui para a frente, dizem alguns especialistas, o processo de reestruturação da empresa, focado na rentabilidade e na produtividade, tende a ganhar velocidade e mais previsibilidade, favorecendo a consolidação da retomada que faz pouco tempo era dada como impossível. São, portanto, novos horizontes que se abrem à Usiminas, com efeitos diretos e da maior importância na região de Ipatinga e Vale do Aço ou, mais amplamente, em todo o Estado, que reconhece na empresa um dos marcos referenciais de sua industrialização. O acordo afinal estabelecido não foi mais que a vitória do bom senso, além de alívio que como tal merece ser bem comemorado.

Representantes comercial@diariodocomercio.com.br

Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br

Assinatura semestral Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 286,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001

Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010

Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904

Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280

Curitiba - Rua Antônio Costa, 529 CEP 80820-020

Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401 CEP 90150-02

(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222

Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 539,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br

Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50*

* (+ valor de postagem)

(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

3

ECONOMIA MINERAÇÃO

Mudanças legislativas geram divergências PL 3.676/16, que trata sobre licenciamento ambiental e fiscalização, será discutido hoje, em audiência pública ANA AMÉLIA HAMDAN

Mudanças no licenciamento ambiental e na fiscalização de barragens de mineração no Estado serão temas de audiência pública, hoje, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O encontro irá discutir o Projeto de Lei (PL) 3.676/16, que trata da matéria e já foi aprovado em primeiro turno. Segundo o deputado João Vitor Xavier (PSDB) – um dos autores do requerimento para a audiência –, ainda há pontos divergentes entre os setores ambientais e produtivos, o que leva à necessidade de discussões. As novas regras foram traçadas após o rompimento da barragem de Fundão, da empresa Samarco, em Mariana, região Central de Minas. O desastre, em novembro de 2015, causou 19 mortes e gerou a maior tragédia ambiental do País. Entre outros pontos, o PL 3.676 proíbe a construção de novas estruturas com o método conhecido por alteamento a montante, como a usada na barragem que rompeu. Segundo o deputado João Vitor Xavier, após a votação em primeiro turno, setores da sociedade manifestaram divergência sobre o texto. Ele informou que durante todo o mês de dezembro participou de discussões com representantes de movimentos ambientais e também com o setor produtivo ligado à mineração. “Para fechar o texto, todos os setores serão ouvidos, buscando o máxi-

mo de adequação possível a ambos os lados”, completou. João Vitor Xavier informou que as divergências ocorrem, em alguns casos, a itens pontuais, ligados até mesmo à redação legislativa. Um dos pontos que deverá ser revisto é o que trata da distância que toda barragem deve ter de qualquer localidade ou cidade. “Como está, o texto inviabiliza qualquer barragem já existente hoje no Estado”, pondera o deputado. O PL 3.736/16 foi aprovado em primeiro turno em dezembro do ano passado. O texto é de autoria da Comissão Extraordinária de Barragens, criada logo após o desastre de Mariana. Sobre o mesmo assunto também foi apresentado o Projeto 3.695/16, de iniciativa popular, resultante da campanha “Mar de Lama Nunca Mais”. O texto de iniciativa popular foi anexado ao PL 3.736. Entretanto, em nota técnica de junho do ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) considerou que há inovações importantes do Projeto 3.695 que ficaram de fora da proposta, como a realização de audiências públicas em todas as comunidades atingidas e o uso de novas tecnologias mais seguras nos empreendimentos. Diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Rinaldo Mancin disse ontem que tudo que seja para melhorar a segurança de barragem é bem-vindo. Ele informou que, após o rompimento da

ANTONIO CRUZ / ABr

As propostas para o setor de mineração foram elaboradas após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015

barragem de Fundão, já ocorreram alterações importantes em normas federais que resultaram em mais segurança para o setor. Entre elas ele cita mudanças do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) quanto à gestão de risco de barragens. “De modo geral, não vejo dificuldade do setor mineral em concordar com o texto”, disse. A reportagem tentou ouvir o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

be a instalação de barragem de rejeitos ou resíduos de mineração pelo método de alteamento a montante, como o adotado na barragem de Fundão. No caso das barragens desse tipo já existentes, deverá ser exigida a realização de auditoria técnica extraordinária de segurança. O texto também cria o Plano de Segurança da Barragem e o Plano de Ação de Emergência (PAE). Esse último deve ser elaborado e implantado com participação de órgãos ou entidades estadual e municipal de proteção e defesa civil. O projeto amNormas - De acordo com a plia a legislação federal, que Alemg, o PL 3.676/16 proí- apenas exige o documento

no caso de alto potencial de dano. O PAE deve prever também sistema de alerta capaz de avisar as populações que podem ser atingidas em caso de desastre. De acordo com o PL, as regras valem para barragens destinadas à disposição de rejeitos industriais ou de mineração que apresentem ao menos uma das seguintes características: altura do maciço superior a 15 metros; capacidade total do reservatório superior a 3 milhões de metros cúbicos; reservatório com resíduos perigosos; ou potencial de dano ambiental médio ou alto. O PL também define que o licenciamento ambiental e

a fiscalização de barragens competem aos órgãos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), em articulação com os órgãos responsáveis pela execução da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). O desastre na barragem de Fundão, da empresa Samarco, controlada pela Vale e BHP, aconteceu em novembro de 2015. Com o rompimento da estrutura, um mar de lama varreu o distrito de Bento Rodrigues, causando 19 mortes. Os rejeitos atingiram o rio Doce e chegaram ao oceano, gerando a maior tragédia ambiental do País.

ENERGIA

Geração de eólicas cresce 26,5% no País São Paulo - A geração de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN) subiu 26,5% no ano passado em relação a 2016, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As usinas movidas pela força do vento somaram 4.619 MW médios entregues ao longo do ano passado frente aos 3.651 MW médios gerados no mesmo período de 2016. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do sistema alcançou 7,4% em 2017. A fonte hidráulica (incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs) foi responsável por 70,7% do total e as usinas térmicas responderam por 21,8%. A CCEE contabilizou 494 usinas eólicas em operação comercial no País, ao final de 2017, somando 12.589,7 MW de capacidade instalada, incremento de 23,2% frente aos 10.221,5 MW de capacidade das 402 unidades geradoras existentes um ano antes. A análise indica que, por estado, o Rio Grande do Norte lidera a produção eólica com 1.455,3 MW médios de energia entregues no ano passado, alta de 20,7% em relação ao mesmo período de 2016. Na sequência, aparecem a Bahia com 890 MW médios produzidos (+28,5%), o Ceará, com 718,6 MW médios (+7,5%), o Rio Grande do Sul com 637,5 MW médios (+23%) e o

Piauí, com 524 MW médios, aumento de 58,3% frente à geração alcançada no ano anterior. Os dados da CCEE confirmam ainda o Rio Gran-

de do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.548,65 MW, aumento de 11,5% em relação a 2016. Em seguida aparece a Bahia com 2.414,94

MW (+38%), o Ceará com 2.134,96 MW (+10,6%), o São Paulo - Ao menos meia Rio Grande do Sul com dúzia de investidores tem se 1.777,87 MW (+9,6%) e o movimentado para analisar Piauí com 1.443,10 MW de seis distribuidoras de eletricapacidade (57,7%). (AE) cidade da estatal Eletrobras que deverão ser privatizadas em um leilão que o governo pretende realizar até abril, disseram especialistas próximos ranking do GWEC com das conversas em andamento. 23,2 gigawatts. O andar das consultas Além da distância sugere que deve haver inmaior para esses rivais, o teressados por todas as emBrasil reduziu a velocidapresas, que operam no Norte de de contratação de novas e Nordeste do País, com a usinas a partir de 2015, possibilidade até de haver em meio a uma recessão disputas entre mais de uma econômica que durou dois companhia por alguns ativos anos, o que prejudicará o mais atraentes. ritmo de implementação As empresas da Eletrode projetos a partir do bras atendem Acre, Alagoas, próximo ano. Amazonas, Rondônia, Rorai“Alguns países são ma e Piauí, com operações impossíveis de alcançar, fortemente deficitárias que caso de China e EUA. Mas obrigaram o governo a auestamos seguindo uma torizar a holding elétrica a trajetória de crescimento e assumir R$ 11,2 bilhões em vamos continuar... Claro dívidas e possíveis passivos que o ano de 2019 será um de até R$ 4 bilhões dessas pouco mais desafiador... subsidiárias junto a fundos do Então talvez a gente perca setor elétrico, para viabilizar um pouco a velocidade, a venda. mas retoma lá na frente”, Entre empresas vistas como disse Elbia, da Abeeólica. possíveis interessadas estão grupos que já atuam com disVentos - O crescimento tribuição de energia do Brasil da geração eólica no Brasil e fizeram aquisições no setor tem sido impulsionado ao longo dos últimos anos, por um forte interesse de como a Equatorial e a italiana investidores devido às Enel, além da Neoenergia, características dos ventos controlada pelos espanhóis do País, principalmente do da Iberdrola. Nordeste, visto por muitos Uma fonte disse à reportaespecialistas como um dos gem que a Energisa também melhores do mundo para a pretende disputar o leilão. produção de eletricidade. Uma segunda fonte disse (Reuters) que entre os grupos que querem disputar as priva-

Brasil é o oitavo em capacidade instalada São Paulo - O Brasil ultrapassou o Canadá para se tornar em 2017 o oitavo país do mundo com maior capacidade instalada em usinas eólicas, com cerca de 12,8 gigawatts, em uma trajetória ascendente dos investimentos na fonte renovável que pode levar a um novo avanço no ranking neste ano, disse à reportagem a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum. Com pouco mais de 2 gigawatts em novas usinas eólicas colocadas em operação no ano passado, o Brasil apareceu como o sexto maior em expansão anual da capacidade em todo o globo, à frente da França, com 1,7 gigawatt, segundo lista do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) divulgada na última semana. Em 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vê 1,6 gigawatts em novas eólicas com alta probabilidade de entrar em operação no Brasil, além de outros 226 megawatts vistos como com

média viabilidade de implantação ainda neste ano. “A energia eólica tem tido nos últimos anos, desde 2009, um crescimento exponencial no Brasil. Esperávamos mesmo chegar nesses patamares, e a gente ainda espera talvez chegar na sétima posição (no ranking global em 2018)”, afirmou Elbia. A líder global em energia eólica é a China, com 188 gigawatts instalados-o que representa mais que a capacidade instalada do Brasil quando consideradas todas as fontes de geração. Os Estados Unidos estão na segunda colocação da lista, seguidos por Alemanha, Índia, Espanha, Reino Unido, França e Brasil. Mas, embora o Brasil esteja a apenas 1 gigawatt de alcançar os 13,76 gigawatts dos franceses, o País pode depois levar mais tempo para galgar novos degraus-- o sexto colocado, Reino Unido, conta com 18,9 gigawatts em eólicas instaladas, enquanto a Espanha ocupa a quinta posição no

Distribuidoras da Eletrobras atraem investidores tizações estão também as financeiras Vinci Partners e GP Investments, fundos de private equity que já foram sócios da Equatorial. A Equatorial é vista como especialista em recuperar distribuidoras deficitárias, após ter comprado a Cemar, do Maranhão, por 1 real em 2004 - a empresa hoje é considerada uma das mais eficientes do setor. A Vinci Partners confirmou o interesse no leilão. “Estamos nos preparando para eventualmente participar da privatização das distribuidoras da Eletrobras. Estamos acompanhando de perto esse processo e aguardando as datas-chave para que a gente possa avaliar qual das seis (seria alvo de aquisição)-- ou se todas as seis, ou algum subconjunto delas”, disse o sócio da área de Infaestrutura da Vinci Partners, José Guilherme Souza. Procurada, a Eletrobras disse que não iria comentar, assim como a italiana Enel. A Energisa também não comentou. A Neoenergia não quis falar sobre o leilão das distribuidoras da Eletrobras, mas ressaltou em nota que “o grupo está sempre atento a novas oportunidades de negócios e acompanha a movimentação dos ativos disponíveis no mercado”. A Equatorial Energia disse que “está atenta às oportunidades de mercado”. GP Investments não respondeu a um pedido de comentário. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

4

ECONOMIA IABR DIVULGA;ÁO

SIDERURGIA

Tarifa sobre o aço nos EUA deve afetar o setor no Brasil Mercado é considerado estratégico MARA BIANCHETTI

Caso o governo norte-americano opte mesmo pela imposição de tarifas e cotas para limitar as importações de aços e alumínio, em nome da “segurança nacional”, as exportações brasileiras poderão ser fortemente afetadas. Representantes do setor alegam que mesmo que o volume embarcado para os Estados Unidos não passe dos 5%, o mercado é estratégico para a siderurgia nacional. Procurada para comentar o assunto, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) informou que por se tratar de um tema de tamanha natureza, deixaria os comentários por conta do Instituto Aço Brasil (IABr), que representa o setor. A companhia informou ainda que seus embarques para os Estados Unidos somaram menos de 1% do que a produtora de aços planos vendeu no ano passado para o exterior,

que totalizou US$ 584 mil toneladas. Neste sentido, o IABr está se organizando para mandar uma comitiva com membros da indústria siderúrgica nacional para Washington na próxima semana. O objetivo é negociar com membros da Casa Branca e parlamentares a exclusão do País de possíveis medidas restritivas. Dentre as opções do presidente Donald Trump quanto ao assunto, há alternativas como colocar um imposto de 53% sobre importações de aço proveniente de um grupo de 12 países, que inclui o Brasil. Também constam na lista China, Costa Rica, Egito, Índia, Malásia, Coreia do Sul, Rússia, África do Sul, Tailândia, Turquia e Vietnã. A outra sugere uma tarifa de 24% sobre as importações de aço de todos os países. A preocupação da Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp (NSSMC) é um pouco maior. Além dos impactos para as exportações da Usiminas, da qual é uma

Os EUA avaliam aplicar uma tarifa para as importações de aço e alumínios de 12 países, entre eles o Brasil, em 53%

das sócias majoritárias, ao lado da Ternium Techint, a maior siderúrgica do Japão teme que as possíveis medidas protecionistas dos EUA inundem a Ásia com produtos e que a recente valorização do iene possa prejudicar seus clientes, como as montadoras. “As recomendações que constam deste relatório são lamentáveis. As importações de aço do Japão e do Brasil são parte integrante da economia dos EUA e não ameaçam a segurança nacional do país. As re-

comendações no relatório para que o presidente tome medidas de limitar o nível das importações de produtos siderúrgicos violam os princípios do livre comércio, que constituem a base sobre a qual a economia global se desenvolveu e prosperou”, disse, por meio de nota, o diretor para as Américas da NSSMC, Kazuhiro Egawa. Segundo ele, sem uma adesão estrita a esses princípios, a perspectiva de crescimento futuro é incerta. “Esperamos que o presidente Trump faça um julgamento

preciso e deliberado sobre as recomendações do relatório”, completou. JFE - A concorrente da Nippon Steel, JFE Holdings Inc., expressou temores semelhantes sobre possíveis medidas comerciais norte-americanas. “Qualquer ação dos EUA pode desencadear retaliação por outros países. O que é mais problemático é ver o mundo em direção ao protecionismo”, disse o presidente da JFE, Eiji Hayashida. Sakae disse que a indús-

tria siderúrgica do Japão pedirá a Tóquio que informe Washington de que “nos opomos a essas medidas pois nós apoiamos o livre comércio”. As siderúrgicas japonesas estão desfrutando das melhores condições de mercado em pelo menos três anos. Os preços do aço aumentaram com o crescimento da produção das montadoras, ao mesmo tempo em que as obras para as Olimpíadas de Tóquio 2020 estão a todo o vapor. Com informações da Agência Reuters.

ÓLEO E GÁS

Petrobras passa a divulgar preços médios nas refinarias Rio e São Paulo - A Petrobras passou a divulgar em seu site os preços médios de gasolina e diesel, sem tributos, comercializados em suas refinarias e terminais no Brasil, em busca de mais transparência à composição do valor final dos combustíveis. Paralelamente, a empresa informou que irá aumentar em 1,5% o preço do diesel vendido às distribuidoras a partir desta terça-feira, a R$ 1,7369 o litro, e elevar em 1,8% o preço da gasolina, a R$ 1,5148 o litro. Após serem vendidos às distribuidoras, os preços de ambos os combustíveis passam por adições de impostos, custos e margem das distribuidoras e dos revendedores. Os produtos também sofrem adições dos biocombustíveis: biodiesel, no caso do diesel, e etanol anidro, no caso da gasolina, fatores que também impactam o valor na bomba. A decisão ocorre após autoridades, como o presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, apontarem que reduções implementadas pela petroleira estatal não estavam chegando às bombas. Na ocasião, os setores de distribuição e revenda de combustíveis do Brasil refutaram os comentários das autoridades culpando a elevada carga de tributos pela alta nas cotações aos consumidores finais. “As revisões de preços feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no

preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis”, disse a petroleira em nota divulgada ontem. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, havia anunciado anteriormente sua intenção de publicar os valores todas as vezes em que houver reajustes. Com a mudança na divulgação, o executivo afirmou na ocasião que a empresa quer mostrar ao público que a parcela do preço dos combustíveis é inferior a um terço do valor total que chega aos consumidores e também quer deixar clara a velocidade com a qual eventuais mudanças são transmitidas aos consumidores nos postos. Desde outubro de 2016, a Petrobras vem praticando uma política de preços que segue a lógica do mercado internacional de combustíveis. Em julho do ano passado, a empresa começou a reajustar os valores quase que diariamente, em busca de maior agilidade na variação dos valores. Impactos - A Petrobras destacou que o preço médio da gasolina nos postos em outubro de 2016 era de R$ 3,69 por litro nos postos de combustíveis, contra R$ 4,23 o litro em fevereiro deste ano, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Houve, portanto, uma variação de R$ 0,54. Neste total, os ajustes feitos pela Petrobras respondem por R$ 0,09, ou seja, um sexto do ajuste total”, disse a empresa em nota. No caso do diesel, o preço

médio em outubro de 2016 nos postos era de R$ 3,05 por litro, contra R$ 3,40 o litro em fevereiro. Segundo a empresa, a variação total dos preços nas bombas foi de R$ 0,35, sendo que a Petrobras respondeu por R$ 0,12 ou cerca de um terço do ajuste total.

publicou ontem que passará a informar o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) comercializado pela Petrobras às distribuidoras em botijões de até 13 kg, o chamado gás de cozinha. Atualmente, o preço médio do botijão sem tributos, segundo a empresa, é equivalente a R$ 23,16 por GLP - A Petrobras também botijão de 13kg.

Em janeiro, a Petrobras ressaltou que divulgou a revisão da política de preços do GLP de uso residencial com o objetivo de reduzir a volatilidade de preços do produto. A revisão alterou a frequência dos reajustes de mensal para trimestral e introduziu um mecanismo de compensação pelas

diferenças entre os valores que seriam praticados pela política anterior e aqueles adotados pela metodologia atual, sem, portanto, impactar negativamente o resultado da companhia. A referência continua a ser o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu acrescido de margem de 5%. (Reuters)

União pretende arrecadar R$ 1 bi com vendas Rio - O governo federal prevê arrecadar neste ano R$ 1 bilhão com a comercialização de petróleo e gás da União produzidos no pré-sal sob regime de partilha de produção, disse o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix. O montante considera volumes de 5 milhões de barris de óleo equivalente, produzidos entre 2015 e 2018, segundo o secretário, que também é presidente do Conselho de Administração da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal responsável por representar os direitos da União nos contratos de partilha. Félix ressaltou que os recursos poderão agora ser obtidos após o governo publicar em dezembro uma medida provisória que autorizou a PPSA a comercializar diretamente petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos da União. “Essa e outras iniciativas como os leilões de áreas de exploração e produção, retomados com grande sucesso em 2017 e já programados para 2018, impulsionam o Brasil para uma rota virtuosa de desenvolvimento”, afirmou ele, ressaltando sua perspectiva de reflexos do setor na recuperação econômica do Rio de Janeiro. Os recursos deverão ajudar o governo federal a fechar as suas

contas. Além do montante com a comercialização da produção do pré-sal, a União prevê receber R$ 3,5 bilhões neste ano com leilões de áreas exploratórias. O modelo de partilha de produção, que viabiliza o pagamento do chamado “óleo lucro”, foi criado no passado para que a União pudesse se apropriar de uma maior riqueza gerada pela produção de petróleo do pré-sal, que conta com grandes reservas que apontam para elevada produtividade. No outro modelo, o de concessão, mais antigo e consolidado no Brasil, as petroleiras pagam ao governo apenas royalties e participações especiais. Anteriormente, a PPSA apenas poderia contratar diretamente a Petrobras ou fazer uma concorrência pública para a contratação de um outro agente comercializador para o petróleo do pré-sal sob regime de partilha. A PPSA chegou a negociar com a petroleira estatal, mas ambas as empresas não alcançaram um entendimento. Primeira carga - A União deverá vender a sua primeira carga, com cerca de 500 mil barris de petróleo do campo de Mero, na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, até a primeira quinzena de abril, revelou Félix.

Libra, primeira área a ser licitada sob regime de partilha de produção, em 2013, e que entrou em produção em novembro de 2017 em teste de longa duração, será responsável por uma parte relevante da arrecadação com as vendas da União neste ano. A importante Libra é operada pela Petrobras, em parceria com a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNPC e Cnooc. A Shell conclui no começo do mês o seu primeiro carregamento de Libra, após a Petrobras realizar seu primeiro embarque da área. No início de fevereiro, a Petrobras informou que a área estava produzindo em um poço 20 mil barris de petróleo por dia e que deveria dobrar o volume até o fim do mês. Além de Libra, os recursos adicionais de arrecadação serão obtidos a partir da equalização de gastos e volumes de acordos de individualização da produção (AIPs) no polígono do pré-sal. Nestes casos, os AIPs são necessários quando áreas já contratadas dentro do polígono do pré-sal contêm jazidas que se expandem para áreas da União ainda não leiloadas e que por lei deverão ser regidas sob regime de partilha de produção. Félix preferiu não dar detalhes sobre o andamento dos AIPs em curso. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

5

ECONOMIA DESENVOLVIMENTO

Electric Ink investe R$ 12 mi em Uberaba Fabricante de equipamentos e tintas para micropigmentação concentrará suas operações em nova sede DIVULGAÇÃO

MARA BIANCHETTI

A Electric Ink, empresa especializada em desenvolver, fabricar e comercializar equipamentos e tintas para tatuagem e micropigmentação, está investindo R$ 12 milhões na construção de uma sede própria e planta fabril em sua cidade de origem: Uberaba, no Triângulo Mineiro. A quase totalidade do aporte de capital vindo do caixa próprio da empresa confirma a aposta da empresa não somente no mercado doméstico, mas também no internacional, uma vez que já está presente em 17 países. As informações são do sócio-proprietário da marca, Kamir Duarte. Segundo ele, há alguns anos a empresa atua em nove diferentes galpões na cidade e agora resolveu investir não somente em uma sede, mas também em uma unidade industrial que pudesse reunir todo o processo produtivo oferecido pela Electric Ink. “Trabalhamos com tintas, máquinas, agulhas, cosméticos, descartáveis e eletrônicos voltados para os segmentos de tatuagem e micropigmentação, que hoje são classificados como produtos para saúde pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). E como lidamos com diferentes produtos e etapas do processo, resolvemos reunir tudo em um só lugar”, explicou. Para isso, a empresa está construindo a sede num terreno de 11 mil metros, doado pela prefeitura, cujas instalações contarão, inicialmente, com 6,8 mil metros quadrados. Isso significa que a fábrica já nasce com potencial para futuras expansões. Embora não tenha revelado detalhes sobre a capacidade instalada ou nível

A empresa, atraída pela municipalização dos distritos industriais, já está presente em 17 países e projeta crescimento de até 20% neste ano

de produção, ele contou que o projeto prevê uma expansão em alguns meses. A Electric Ink é líder no mercado nacional e possui distribuidoras nos Estados Unidos e em Barcelona, exportando seus produtos para 17 países. São eles os Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Colômbia, Austrália, Malásia, Japão, Espanha, Portugal, França, Rússia, Inglaterra, Itália, Indonésia, Tailândia e Alemanha, entre outros. Segundo o sócio-proprietário, as expectativas são as mais positivas. Segundo ele, no ano passado, considerado um período ruim para

a economia nacional, a empresa conseguiu avançar cerca de 6% em seus negócios. Agora, diante do aumento da demanda e dos investimentos que estão sendo realizados, a expectativa é retomar o patamar de dois dígitos. “Nos últimos cinco anos vínhamos crescendo cerca de 20% ao ano. Daí também veio a necessidade do investimento e da concentração das atividades. A expectativa é que agora em 2018 já consigamos alcançar um avanço de 15% a 20% nos negócios sobre o exercício passado”, revelou. Somente em termos de funcionários, a empresa saiu de 72 para 205 nos últimos três anos.

Negociação direta - De acordo com o prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB), o processo de municipalização dos Distritos Industriais (DI) pelo qual passou a cidade recentemente, contou bastante para a decisão dos empresários. Segundo ele, a negociação direta com o Executivo municipal facilitou os procedimentos e fez com que a empresa recusasse até uma proposta de construção da planta fora do País. “Eles receberam uma proposta do Paraguai com incentivos bem interessantes e, ainda assim, conseguimos mantê-los aqui, onde tudo começou”, orgulhou-se.

GESTÃO FISCAL

Há risco de descumprimento de metas, alerta a IFI Brasília - A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal não vê riscos para o cumprimento das metas fiscais neste ano. Em 2019, de acordo com o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, há risco de o teto de gastos - que limita o crescimento das despesas à inflação - não ser cumprido. Isso porque a margem de despesas passíveis de compressão se restringiria a cerca de R$ 20 bilhões, margem incapaz de cobrir despesas crescentes com salários do funcionalismo e com a Previdência. Para tanto, frisou Salto, é preciso alterar regras sobre gastos obrigatórios. O pagamento de servidores, a Previdência e programas de transferência consomem 76% do Orçamento, frisou ele. Sem atuar sobre esses gastos, sobra pouco espaço de atuação ao governo. Os reajustes dos servidores em 2017, sancionados pelo presidente Michel Temer em 2016, logo após assumir a Presidência, fizeram com que os gastos com folha do governo federal crescessem mais do que as despesas com a Previdência. Pelos cálculos da IFI, os gastos com pessoal aumentaram 6,5% mais R$ 18 bilhões em despesas. Já com a Previdência, o crescimento foi de 6,1% (outros R$ 32 bilhões a mais em gastos). Esse aumento foi compensado por cortes em despesas com investimentos, como o PAC (-26,6%) e com subsídios com os empregados no programa de moradia popular Minha casa, minha vida (-56%). Estouro - A IFI prevê o estouro do teto de gastos em 2019, se nada for feito para conter as despesas obrigatórias. “É uma questão de pouco tempo”, disse Felipe Salto. Se o teto estourar, no ano seguinte serão adotadas medidas corretivas, como prevê a emenda

constitucional que criou o Teto de Gastos, instrumento que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. Salto avaliou que o descumprimento pode ser até mesmo educativo, inclusive porque, como correção, a emenda proíbe o crescimento real de despesas para a correção do desequilíbrio fiscal. A solução para o problema, afirmou Salto, é “arroz com feijão”: aumento de receitas e redução de despesas.

Salto, a gestão fiscal das contas do governo federal ainda é pouco transparente. A crítica é por conta de projeções do governo no fim do ano passado das despesas obrigatórias que foram superestimadas. Na divulgação do relatório mensal, ontem, em Brasília, os técnicos da IFI mostraram que o governo apresentou estimativas infladas de despesas no fim do ano passado. Como consequência, gastos ficaram limitados e as contas fecharam com um retrato menos negativo do que o Transparência - Na avaliação de esperado - o déficit do governo

federal ficou R$ 30 bilhões abaixo do previsto. Segundo levantamento da IFI, até novembro, as despesas de alguns órgãos já indicam que as despesas seriam bem menores do que projetava o governo, o que permitiria o aumento de despesas que estavam comprimidas. Essas previsões seguraram as despesas discricionárias e levaram a um déficit bem abaixo do previsto pelo governo em 2017. “Isso só mostra que o processo orçamentário ainda é caótico”, disse. (FP e AE)

Receitas extraordinárias somaram R$ 90,5 bi Brasília - O governo contou com R$ 90,5 bilhões em receitas extraordinárias no ano passado e, dessa forma, conseguiu reduzir o rombo fiscal. A estimativa, feita pelo IFI (Instituição Fiscal Independente), vinculado ao Senado, mostra que se tratou da maior contribuição de verba não recorrente ao Orçamento desde 1997 e representou 1,4% do PIB. O número é superior ao de 2010, quando o governo contou com volumosos recursos da Petrobras, capitalizada com recursos da cessão onerosa, para alavancar receitas. Naquele ano, as receitas não recorrentes somaram 1,3% do PIB. Sem essas receitas, o déficit do setor público (que inclui governo federal, estatais, estados e municípios) teria sido maior e alcançaria 3,1% do PIB. O rombo orçamentário, entretanto, ficou em 1,7% do PIB ou R$ 110 bilhões. O Refis, programa de refinanciamento de dívidas com o fisco, foi a principal fonte de receitas

atípicas em 2017 e contribuiu com R$ 38,5 bilhões para as contas do governo, aponta a IFI. Ao aderir ao Refis, as empresas tinham que desembolsar uma entrada do valor devido, que poderia ser de 20% para dívidas acima de R$ 20 milhões. Para as dívidas menores que este valor, o sinal era de 5%. Além do Refis do ano passado, o governo recolheu tributos referentes aos programas de refinanciamento de 2009, 2013 e 2014, além do chamado Refis das autarquias (dívidas com agências reguladoras, por exemplo) e o voltado a estados e municípios, com o objetivo de regularizar a situação dos governos locais com a Previdência. A segunda principal contribuição veio das concessões e outorgas, que somaram R$ 32,1 bilhões, segundo o IFI. Nesta conta, entraram as receitas obtidas com a privatização das hidrelétricas da Cemig e de campos de exploração de petróleo no pré-sal.

Segundo Gabriel Leal de Barros, diretor da IFI, o aumento da tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis, recurso usado pelo governo para ampliar receitas no segundo semestre do ano passado, recolheu mais R$ 6,2 bilhões aos cofres do governo de maneira extraordinária. Sua projeção é que o governo pode voltar a arrecadar volumosos recursos atípicos em 2018. O Refis deverá contribuir com mais R$ 24 bilhões e outros R$ 20 bilhões com concessões. O cenário mais provável, traçado pela IFI, é que o governo poderia recolher R$ 72,7 bilhões em verbas não recorrentes neste ano. Em um cenário otimista, em que sairiam a privatização da Eletrobras (R$ 12,2 bilhões) e o leilão de áreas hoje sob cessão onerosa da Petrobras, o governo poderia recolher mais R$ 40 bilhões, o que alçaria a verba extraordinária a R$ 112,7 bilhões. Este, no entanto, não é o cenário mais provável. (FP)

DÍVIDA PÚBLICA

Sem reforma, Merrill Lynch prevê rebaixamento da rating do Brasil São Paulo - O ritmo de crescimento da dívida pública deve se reduzir, mas se nada for feito, a trajetória de piora da relação entre o endividamento do governo e o Produto Interno Bruto (PIB) vai prosseguir e superar em breve os 80% na maioria dos cenários traçados, avalia o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Se a reforma da Previdência não for aprovada, o banco norte-americano prevê que as agências de rating Moody’s e a Fitch podem rebaixar a nota soberana brasileiro, seguindo o movimento da S&P Global Ratings, que em janeiro cortou a nota do País em um nível. A maior expansão da economia brasileira, que contribui para a elevação da arrecadação do governo, os juros mais baixos e a redução do déficit primário devem contribuir para um menor ritmo de expansão da dívida pública, ressalta relatório do BofA, assinado pelos economistas David Beker e Ana Madeira. “Contudo, a sustentabilidade de longo prazo da dívida depende de medidas fiscais adicionais, das quais a mais importante é a reforma da Previdência”, ressaltam eles, destacando que a probabilidade de aprovação das medidas que mudam a aposentadoria no Congresso é “baixa”. A relação dívida/PIB, um dos indicadores da solvência de um país e um dos números monitorados de perto pelas agências de rating, subiu de 70% em 2016 para 74% no ano passado, ressalta o BofA. Dependendo do ritmo de crescimento do PIB e da Selic, pode ultrapassar os 80% já em 2019 e superar os 90% a partir de 2022. Em 2017, a dívida pública atingiu R$ 3,6 trilhões ante R$ 3,1 trilhões do ano anterior. Sem uma estabilização da dívida do governo, pode demorar “vários anos” até que o Brasil consiga recuperar uma melhor classificação de grau de investimento. A possibilidade maior é que a classificação de risco piore ainda mais se o ajuste fiscal não avançar. “A Moody’s e a Fitch têm uma perspectiva negativa para o rating do Brasil e ainda precisam anunciar uma decisão. Não há um claro ‘timing’ para a revisão, mas uma rejeição da reforma da Previdência pode desencadear um rebaixamento”, ressalta o relatório do BofA. (AE)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

6

ECONOMIA CONSUMIDOR

Demanda por crĂŠdito sobe 20,3% em janeiro Redução das taxas de juros e melhora no mercado de trabalho contribuĂ­ram para aumento da procura MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAĂ‡ĂƒO

DA REDAĂ‡ĂƒO

DESAFIO

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por CrÊdito, a quantidade de pessoas que buscou crÊdito cresceu 5,3% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2017. Jå em relação ao mesmo mês do ano passado, a demanda do consumidor por crÊdito avançou 20,3% no início de 2018. Segundo os economistas da Serasa Experian, o recuo das taxas de juros com a expansão da oferta de crÊdito ao consumidor, aliado a melhora gradual do mercado de trabalho e à queda da inadimplência, têm impulsionado a busca do consumidor por crÊdito. O avanço da demanda dos consumidores por crÊdito neste primeiro mês de 2018 ocorreu em todas as classes de renda. Para os que ganham atÊ R$ 500, a alta mensal foi de 1,9%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, o avanço foi de 5,2%. Para a renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000, o crescimento foi de 6,2%. Jå os consumidores com ganhos entre R$ 2.000 e R$ 5.000, a alta foi de 6,0%. Para os que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, a expansão foi de 6,2% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, o crescimento na procura por crÊdito foi de

Apenas 21% dos brasileiros conseguiram poupar em dezembro

Todas as classes de renda e regiĂľes do Brasil registraram alta do Ă­ndice no 1Âş mĂŞs do ano

6,4% em janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a procura do consumidor por crÊdito em janeiro apresentou variaçþes positivas tambÊm em todas as faixas de renda: alta de 46,7% para quem recebe atÊ R$ 500 por mês; de 18,1% para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e 17,2% para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Jå nas rendas mais altas, as oscilaçþes positivas na procura por crÊdito no

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA e EXTRAORDINĂ RIA ASSOCIAĂ‡ĂƒO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS Frederico Gomes Jabbur, na qualidade de Presidente da Associação dos Servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, convoca os Associados para a AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 28 de fevereiro de 2018, Ă s 17:30 horas, em primeira convocação, ou Ă s 18:00 horas em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de presentes, na sede da associação, na Av. Prudente de Morais, 320, tĂŠrreo, bairro Cidade Jardim, Belo Horizonte/MG, para tratar dos seguintes temas: 1- Prestação de Contas – PerĂ­odo Janeiro a Dezembro de 2016. 2- Alteração do Estatuto. Belo Horizonte, 20 de fevereiro de 2018. FREDERICO GOMES JABBUR Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA O Sr.VALDEIR BORASCHI – Diretor Presidente da.- “Cooperativa dos Carreteiros de Contagem LTDA COOPCARâ€?. com sede na Av. Rio Volga, NÂş964, Parque Riacho das Pedras, Contagem/MG, no uso de suas atribuiçþes, conforme o capĂ­tulo VII, Art. 28 e capĂ­tulo X, Art. 39 do Estatuto Social, Convoca os Associados para AssemblĂŠia Geral que serĂĄ realizada dia 23 de março de 2018, na sede Social, com a primeira convocação marcada para as 09:00hs, a Segunda Ă s 10:00hs e a terceira para as 11:00hs, para tratar dos seguintes assuntos: 1- Prestação de contas do exercĂ­cio 2017 2- Apresentação do parecer do conselho fiscal 3- Plano de trabalho para o exercĂ­cio de 2018 4- Eleição do conselho Fiscal. 5- Eleição da vaga do cargo de segundo secretĂĄrio 6- Destinação das Sobras ou Perdas. 7- Outros assuntos pertinentes Ă AssemblĂŠia - Geral OrdinĂĄria Contagem, 20 de fevereiro de 2018.

OFICIO CIRCULAR NÂş 001/2018/ACCTBJ Belo Horizonte, 15 de fevereiro de 2018 Assunto: Convocação para AssemblĂŠia Prezado Associado, Por decisĂŁo da Diretoria da ACCTBJ – ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE COOPERAĂ‡ĂƒO EM CIĂŠNCIA E TECNOLOGIA BRASIL-JAPĂƒO, ficam os senhores Associados fundadores e efetivos da Associação (artigo 17Âş do Estatuto) convocados para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA a se realizar no dia 15 de março de 2018, no escritĂłrio da ACCTBJ na Rua ParaĂ­ba, 1.352 – sala 1.301, FuncionĂĄrios, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Ă s 18h30 horas em primeira convocação, com a presença mĂ­nima de 1/3 dos que a constituem ou em segunda convocação Ă s 19h com qualquer nĂşmero de constituintes presentes (parĂĄgrafo 2Âş do Artigo 19Âş do Estatuto) para os fins constantes da pauta deste ofĂ­cio circular a seguir transcrita: 1. Eleição da Diretoria 2. Eleição do Conselho Fiscal, 3. Prestação de Contas, 4. Inserção no CNPJ da ACCTBJ o CNAE de PRESTADOR DE INFRA ESTRUTURA PARA EVENTOS. Ficam os senhores Associados convocados para os fins do presente ofĂ­cio circular para os devidos fins de direito, o qual vai assinado pelo Presidente da Associação nos termos do parĂĄgrafo 1Âş Artigo 19 do Estatuto. Atenciosamente

BANCO INTER S.A. DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO O Sr. LUIZ ANTĂ”NIO NOGUEIRA DE FRANÇA, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da CĂŠdula de Identidade nÂş 11621702, expedida pela SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 078.004.438-09, declara, nos termos do art. 6Âş do Regulamento – Anexo II Ă Resolução nÂş 4.122, de 2 de agosto de 2012, sua intenção de exercer cargo de administração, na qualidade de Conselheiro, no BANCO INTER S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 00.416.968/0001-01, com sede na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Av. do Contorno, nÂş 7.777, 2Âş e 3Âş andares, Lourdes, CEP 30.110-051. Esclarece que eventuais objeçþes Ă presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado pĂşblico acerca desta, por meio formal em que os autores HVWHMDP GHYLGDPHQWH LGHQWLÂżFDGRV DFRPSDQKDGR GD GRFumentação comprobatĂłria, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Endereço para envio de eventuais objeçþes: BANCO CENTRAL DO BRASIL - Delegacia Regional em Belo Horizonte - Departamento de Organização do Sistema Financeiro – DEORF - Avenida Ă lvares Cabral, 1.605 - 3Âş andar – Santo Agostinho - CEP 30.170-008 - Belo Horizonte – MG.

Yukari Hamada Presidente da ACCTBJ

COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO

CNPJ 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (P FRQIRUPLGDGH FRP RV DUWLJRV | H | GR (VWDWXWR 6RFLDO ƢFDP DV $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 7UDQVLUDSÂŤ GH 7UDQVPLVVÂĽR FRQYRFDGRV D VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQÂŁULD HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 28 de fevereiro de 2018 ¢V KRUDV H HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 12 de março de 2018 ¢V KRUDV QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD ORFDOL]DGD QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Q| VDOD QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD GHOLEHUDU VREUH D VXEVWLWXLŠ¼R GH PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R $WHQFLRVDPHQWH (QLR /XLJL 1XFFL 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R

mĂŞs, na comparação com janeiro de 2017, foram: 17,0% para a faixa de renda entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais; 17,3% para o consumidor com renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mĂŞs e de 18,5% para quem ganha mais de R$ 10.000. RegiĂľes - O crescimento da demanda por crĂŠdito em janeiro ocorreu em todas as regiĂľes do PaĂ­s. Na regiĂŁo Centro-Oeste, a alta foi de 7,4% em relação a dezembro. No Sul, foi de 6,3%. No Sudeste, o avanço foi de 6,0%. JĂĄ no Norte e Nordeste, as altas na demanda do consumidor por crĂŠdito, no primeiro mĂŞs deste ano, foram de 4,4% e de 1,9%, respectivamente. Na comparação interaJUĂ?ZO DE DIREITO DA 22ÂŞ VARA CĂ?VEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG. EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO. PRAZO DE 20 DIAS. O MM. Juiz de Direito da 22ÂŞ Vara CĂ­vel da Comarca de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais, no exercĂ­cio do cargo, na forma da Lei, etc. Faz Saber a todos quantos este edital virem ou dele conhecimento tiverem que por este JuĂ­zo processam os termos de uma ação Busca e ApreensĂŁo promovida por AYMORE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A contra MARIA APARECIDA PORTO REIS, processo nÂş 024.11.170.099-6, com dĂŠbito inicial de R$24.412,00, apurado em 18.05.2011. E, estando a requerida MARIA APARECIDA PORTO REIS em OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR ÂżFD D PHVPD FLWDGD SRU este edital para, no prazo de 15 (quinze) dias, contestar a ação, pena de revelia, #nĂŁo sendo contestada a ação, presumir-se-ĂŁo aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor#. Este edital ĂŠ publicado e DÂż[DGR QD IRUPD GD /HL %HOR +RUL]RQWH GH -DQHLUR de 2018. A) EscrivĂŁo. A) MM. Juiz de Direito.

TORC TERRAPLENAGEM, OBRAS RODOVIĂ RIAS E CONSTRUÇÕES LTDA. CNPJ N° 17.216.052/0001-00 - NIRE 3120080681-1 ReuniĂŁo de SĂłcios - Edital de Convocação Ficam os sĂłcios da sociedade Torc Terraplenagem, Obras RodoviĂĄrias e Construçþes Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunir em ReuniĂŁo de SĂłcios, a ser realizada no dia 27 de fevereiro de 2018, Ă s 10:00 horas, na sede da Sociedade, na Rua MaranhĂŁo, nÂş 1.694, 12Âş DQGDU EDLUUR )XQFLRQiULRV %HOR +RUL]RQWH 0* D ÂżP de deliberar sobre as seguintes matĂŠrias constantes da ordem do dia: (a) propostas de alteração do Acordo de Acionistas e do Estatuto Social da ConcessionĂĄria de Rodovias TEBE S.A. (“TEBEâ€?); e (b) indicação do(s) representante(s) da Sociedade que serĂĄ(ĂŁo) eleito(s) para o cargo de membro(s) do Conselho de Administração da TEBE em Assembleia Geral OrdinĂĄria a ser realizada em 2018. Todos os documentos relativos Ă ordem do dia se encontram disponĂ­veis na sede da Sociedade. Belo Horizonte/MG, 16 de fevereiro de 2018. SMP Participaçþes EIRELI e EVM Participaçþes Ltda.

nual, isto ĂŠ, janeiro de 2018 contra janeiro de 2017, houve avanços da demanda por crĂŠdito em todas as regiĂľes: no Nordeste (25,4%); Norte (22,0%); Sudeste (20,1%); Centro-Oeste (18,9%) e no Sul (16,0%). Cheques - A parcela de cheques devolvidos (segunda devolução por falta de fundos) em relação ao total de cheques movimentados em janeiro deste ano ficou em 1,92%, apontou a Boa Vista SCPC. O nĂşmero representa uma queda de 0,15 ponto porcentual frente aos 2,07% registrados no primeiro mĂŞs de 2017. Na comparação com dezembro do ano passado, o percentual nĂŁo teve alteração. Em termos absolutos, 775.012 cheques foram devolvidos em janeiro. No mĂŞs retrasado, foram 769.175. O indicador da Boa Vista SCPC ĂŠ uma proporção do nĂşmero de cheques que retornaram ao pagador pela segunda vez por insuficiĂŞncia de recursos sobre o total de movimentados, que ĂŠ o total de compensados somados aos devolvidos. (Com informaçþes da AgĂŞncia Estado) UNIĂƒO DOS VAREJISTAS DE MINAS GERAIS - UVMG Edital de Convocação

A UVMG por seu presidente, atendendo ao que dispĂľe o Estatuto em seu art. 17Âş, letra “aâ€?, convoca seus sĂłcios inscritos e em pleno gozo de seus direitos para $VVHPEOpLD *HUDO 2UGLQiULD D ÂżP GH apreciar e decidir sobre a aprovação das contas do exercĂ­cio e o relatĂłrio de atividades do ano de 2017, a realizar-se no dia 06 de março de 2.018, em sua sede social, na Av. ParanĂĄ, 514 - 3Âş andar, em primeira convocação, Ă s 16h e, em segunda convocação, Ă s 16h30min, com qualquer nĂşmero de associados. Belo Horizonte, 20 de fevereiro de 2.018. (a) JosĂŠ Maria de Alvarenga.

LEILĂƒO DE IMĂ“VEL Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ON-LINE

1Âş LEILĂƒO: 06/03/2018 - 10:20h

-

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO

2Âş LEILĂƒO: 08/03/2018 - 10:20h

EDITAL DE LEILĂƒO Fernanda de Mello Franco, /HLORHLUD 2ÂżFLDO 0DW -8&(0* Qž GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGD SHOR FUHGRU ÂżGXFLiULR DEDL[R TXDOLÂżFDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/­2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online R LPyYHO D VHJXLU FDUDFWHUL]DGR QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL &RQVWLWXtGR SHOR DSDUWDPHQWR Qž VLWR j 5XD 'HSXWDGR -RVp 5DLPXQGR Qž FRP iUHD FRQVWUXtGD GH PĂ° H IUDomR LGHDO GH Ăł GR WHUUHQR IRUPDGR SHOR ORWH Qž GD TXDGUD Qž GR %DLUUR 'RQD &ODUD HP EHOR +RUL]RQWH 0* /LPLWHV H FRQIURQWDo}HV GH DFRUGR FRP D SODQWD UHVSHFWLYD 2 DSDUWDPHQWR WHUi GLUHLWR D XPD YDJD GH JDUDJHP Qž GHVFREHUWD &RQIRUPH $9 FRQVWD TXH IRL FRQFHGLGR R KDELWH VH H D EDL[D GH FRQVWUXomR SURF 1ž SDUD R SUpGLR UHVLGHQFLDO Qž GD 5XD GHSXWDGR -RVp 5DLPXQGR H VHX WHUUHQR IRUPDGR SHOR ORWH Qž GD TXDGUD Qž GR %DLUUR 'RQD &ODUD HP %HOR +RUL]RQWH 0* FRP DV VHJXLQWHV FDUDFWHUtVWLFDV UHVLGHQFLDO ž H ž SDYWž PĂ° FDGD FRQIRUPH DOYDUi Qž GH ,PyYHO REMHWR GD 0DWUtFXOD Qž GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GH %HOR +RUL]RQWH 0* 2EV ,PyYHO RFXSDGR 'HVRFXSDomR SRU FRQWD GR DGTXLUHQWH QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL DATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: dia 06/03/2018, Ă s 10:20 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 08/03/2018, Ă s 10:20 horas. LOCAL: Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 – Sala Âą (VWRULO Âą &(3 Âą %HOR +RUL]RQWH 0*. DEVEDORES FIDUCIANTES )/Ăˆ9,2 /Ă’&,2 %5,72 EUDVLOHLUR DGPLQLVWUDGRU QDVFLGR HP &3) 5* 0 663 0* H :$1'$ 0$57,16 '( 2/,9(,5$ %5,72 EUDVLOHLUD SURIHVVRUD QDVFLGD HP &3) 5* 0* 663 0* FDVDGRV HQWUH VL SHOR 5HJLPH GH &RPXQKmR 3DUFLDO GH %HQV HP UHVLGHQWHV H GRPLFLOLDGRV QD 5XD 'HSXWDGR -RVp 5DLPXQGR Qž $SWR Âą %DLUUR 'RQD &ODUD %HOR +RUL]RQWH 0* Âą &(3 CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Inter S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SDJDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOD OHLORHLUD VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH DOS VALORES: 1Âş leilĂŁo: R$ 462.826,11 (quatrocentos sessenta dois mil, oitocentos vinte seis reais, onze centavos) 2Âş leilĂŁo: R$ 231.413,06 (duzentos trinta um mil, quatrocentos treze reais, seis centavos), FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H DUW SDUiJUDIRV ž ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR COMISSĂƒO DA LEILOEIRA: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD QR YDORU GH FLQFR SRU FHQWR GD DUUHPDWDomR D VHU SDJD j YLVWD QR DWR GR OHLOmR FXMD REULJDomR VH HVWHQGHUi LQFOXVLYH DR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V QD IRUPD GD OHL DO LEILĂƒO ONLINE: 2 V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V VHUi mR FRPXQLFDGR V GDV GDWDV KRUiULRV H ORFDO GH UHDOL]DomR GRV OHLO}HV SDUD QR FDVR GH LQWHUHVVH H[HUFHU HP R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QD DTXLVLomR GR LPyYHO SHOR YDORU GD GtYLGD DFUHVFLGD GRV HQFDUJRV H GHVSHVDV QD IRUPD HVWDEHOHFLGD QR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL LQFOXtGR SHOD OHL 2V LQWHUHVVDGRV HP SDUWLFLSDU GR OHLOmR GH PRGR RQ OLQH GHYHUmR FDGDVWUDU VH QR VLWH ZZZ IUDQFROHLORHV FRP EU H VH KDELOLWDU DFHVVDQGR D RSomR Âł+DELOLWH VH´ FRP DQWHFHGrQFLD GH KRUD DQWHV GR LQtFLR GR OHLOmR SUHVHQFLDO MXQWDPHQWH FRP RV GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂżFDomR LQFOXVLYH GR UHSUHVHQWDQWH OHJDO TXDQGR VH WUDWDU GH SHVVRD MXUtGLFD FRP H[FHomR GR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V TXH SRGHUi mR DGTXLULU R LPyYHO SUHIHUHQFLDOPHQWH HP ž RX ž OHLOmR FDVR QmR RFRUUD R DUUHPDWH QR SULPHLUR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL GHYHQGR DSUHVHQWDU PDQLIHVWDomR IRUPDO GR LQWHUHVVH QR H[HUFtFLR GD SUHIHUrQFLD DQWHV GD DUUHPDWDomR HP OHLOmR OBSERVAÇÕES: 2 DUUHPDWDQWH VHUi UHVSRQViYHO SHODV SURYLGrQFLDV GH GHVRFXSDomR GR LPyYHO QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL 2 V LPyYHO L V VHUi mR YHQGLGR V QR HVWDGR HP TXH VH HQFRQWUDP ItVLFD H GRFXPHQWDOPHQWH HP FDUiWHU ÂłDG FRUSXV´ VHQGR TXH DV iUHDV PHQFLRQDGDV QRV HGLWDLV FDWiORJRV H RXWURV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR VmR PHUDPHQWH HQXQFLDWLYDV H DV IRWRV GRV LPyYHLV GLYXOJDGDV VmR DSHQDV LOXVWUDWLYDV 'HVVD IRUPD KDYHQGR GLYHUJrQFLD GH PHWUDJHP RX GH iUHD R DUUHPDWDQWH QmR WHUi GLUHLWR D H[LJLU GR 9(1'('25 QHQKXP FRPSOHPHQWR GH PHWUDJHP RX GH iUHD R WpUPLQR GD YHQGD RX R DEDWLPHQWR GR SUHoR GR LPyYHO VHQGR UHVSRQViYHO SRU HYHQWXDO UHJXODUL]DomR DFDVR QHFHVViULD QHP DOHJDU GHVFRQKHFLPHQWR GH VXDV FRQGLo}HV HYHQWXDLV LUUHJXODULGDGHV FDUDFWHUtVWLFDV FRPSDUWLPHQWRV LQWHUQRV HVWDGR GH FRQVHUYDomR H ORFDOL]DomR GHYHQGR DV FRQGLo}HV GH FDGD LPyYHO VHU SUpYLD H ULJRURVDPHQWH DQDOLVDGDV SHORV LQWHUHVVDGRV &RUUHUmR SRU FRQWD GR DUUHPDWDQWH WRGDV DV GHVSHVDV UHODWLYDV j DUUHPDWDomR GR LPyYHO WDLV FRPR WD[DV DOYDUiV FHUWLG}HV IRUR H ODXGrPLR TXDQGR IRU R FDVR HVFULWXUD HPROXPHQWRV FDUWRUiULRV UHJLVWURV HWF 7RGRV RV WULEXWRV GHVSHVDV H GHPDLV HQFDUJRV LQFLGHQWHV VREUH R LPyYHO HP TXHVWmR LQFOXVLYH HQFDUJRV FRQGRPLQLDLV DSyV D GDWD GD HIHWLYDomR GD DUUHPDWDomR VmR GH UHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYD GR DUUHPDWDQWH 2 DUUHPDWDQWH SUHVHQWH SDJDUi QR DWR R SUHoR WRWDO GD DUUHPDWDomR H D FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRUUHVSRQGHQWH D VREUH R YDORU GH DUUHPDWH H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH FKHTXHV 2 SURSRQHQWH YHQFHGRU SRU PHLR GH ODQFH RQ OLQH WHUi SUD]R GH KRUDV GHSRLV GH FRPXQLFDGR H[SUHVVDPHQWH GR r[LWR GR ODQFH SDUD HIHWXDU R SDJDPHQWR H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH 7(' H RX FKHTXHV GD WRWDOLGDGH GR SUHoR H GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRQIRUPH HGLWDO 2 QmR SDJDPHQWR GRV YDORUHV GH DUUHPDWDomR EHP FRPR GD FRPLVVmR GD /HLORHLUD QR SUD]R GH DWp YLQWH H TXDWUR KRUDV FRQWDGDV GD DUUHPDWDomR FRQÂżJXUDUi GHVLVWrQFLD RX DUUHSHQGLPHQWR SRU SDUWH GR D DUUHPDWDQWH ÂżFDQGR HVWH D REULJDGR D D SDJDU R YDORU GD FRPLVVmR GHYLGD D /HLORHLUD FLQFR SRU FHQWR VREUH R YDORU GD DUUHPDWDomR SHUGHQGR D IDYRU GR 9HQGHGRU R YDORU FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH SRU FHQWR GR ODQFH RX SURSRVWD HIHWXDGD GHVWLQDGR DR UHHPEROVR GDV GHVSHVDV LQFRUULGDV SRU HVWH 3RGHUi D /HLORHLUD HPLWLU WtWXOR GH FUpGLWR SDUD D FREUDQoD GH WDLV YDORUHV HQFDPLQKDQGR R D SURWHVWR SRU IDOWD GH SDJDPHQWR VH IRU R FDVR VHP SUHMXt]R GD H[HFXomR SUHYLVWD QR DUWLJR GR 'HFUHWR Qž $R FRQFRUUHU SDUD D DTXLVLomR GR LPyYHO SRU PHLR GR SUHVHQWH OHLOmR ÂżFDUi FDUDFWHUL]DGD D DFHLWDomR SHOR DUUHPDWDQWH GH WRGDV DV FRQGLo}HV HVWLSXODGDV QHVWH HGLWDO $V GHPDLV FRQGLo}HV REHGHFHUmR DR TXH UHJXOD R 'HFUHWR Qƒ GH GH RXWXEUR GH FRP DV DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOR 'HFUHWR Qƒ GH ƒ GH IHYHUHLUR GH TXH UHJXOD D SURÂżVVmR GH /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0DLRUHV LQIRUPDo}HV RX SHOR H PDLO FRQWDWR#IUDQFROHLORHV FRP EU %HOR +RUL]RQWH 0* W W W .francoleiloes.com.br

ue Lig a: par

(31) 3360-4030

CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em conformidade com os artigos 8Âş e 20Âş do Estatuto Social da Companhia Transleste de TransmissĂŁo, convoco Vossa Senhoria para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria em 1ÂŞ Convocação, no dia 27 de fevereiro de 2018, Ă s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 13 de março de 2018, Ă s 12 horas, para deliberar sobre aprovação da distribuição de dividendos de parte do saldo da Reserva de Lucros apurada em 31/12/2017. Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração. C.N.P.J.: 00.375.461/0001-49 TRANSGER S/A TRANSPORTES GERAIS REUNIDOS NIRE 31300010856 ZÄžĹŻÄ‚ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ĚĂ Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒĹ?Ä‚Í— Senhores Acionistas - Cumprindo as disposiçþes legais e estatutĂĄrias, apresentamos Ă Ä‚Ć‰ĆŒÄžÄ?Ĺ?ĂĕĆŽ ĚŽĆ? Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂĆ? Ĺ˝ ĂůĂŜĕŽ WÄ‚ĆšĆŒĹ?žŽŜĹ?Ä‚ĹŻ Äž Ä‚Ć? ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? &Ĺ?ŜĂŜÄ?ÄžĹ?ĆŒÄ‚Ć? ĆŒÄžĨÄžĆŒÄžĹśĆšÄžĆ? Ä‚Ĺ˝ ÄžÇ†ÄžĆŒÄ?Ĺ&#x;Ä?Ĺ?Ĺ˝ ĞŜÄ?ÄžĆŒĆŒÄ‚ÄšĹ˝ Ğž ĎŻĎ­ ĚĞ ÄžÇŒÄžĹľÄ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎ­Ďł ÄŽÄ?ĂŜĚŽ ÄžĆ?ƚĂ Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒĹ?Ä‚ ă ÄšĹ?Ć?ƉŽĆ?Ĺ?ĕĆŽ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ ƋƾĂĹ?Ć?Ć‹ĆľÄžĆŒ ÄžĆ?Ä?ĹŻÄ‚ĆŒÄžÄ?Ĺ?žĞŜƚŽĆ? ƋƾĞ Ć?Äž ÄŽÇŒÄžĆŒÄžĹľ necessĂĄrios. Belo Horizonte, 10 fevereiro de 2018. A Diretoria ATIVO 31/12/2017 31/12/2016 ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ ĚŽ ZÄžĆ?ƾůƚĂĚŽ ĚŽ Ç†ÄžĆŒÄ?Ĺ&#x;Ä?Ĺ?Ĺ˝ ÄžĆ?ƉĞĆ?Ä‚Ć? KĆ‰ÄžĆŒÄ‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚Ĺ?Ć? ĎŻĎ­ÍŹĎ­ĎŽÍŹĎŽĎŹĎ­Ďł ϯϭ͏ϭώ͏ώϏϭϲ Circulante ..................... 514.731,28 566.787,19 Caixa, Bancos e Aplic .... 68.134,18 121.449,06 ÄžĆ?ƉĞĆ?Ä‚Ć? ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ .. (51.035,19) (44.848,85) Duplicatas Devedoras, Despesas TributĂĄrias ........ (21.266,05) (20.574,29) Impostos a Recuperar... 446.597,10 445.338,13 Despesas Financeiras ....... (850,60) (5.686,59) NĂŁo Circulante ............. 3.654.627,19 3.668.269,85 Receitas Financeiras ........ 7.453,27 5.508,70 /ŜǀĞĆ?Ć&#x;žĞŜƚŽĆ? ............... 3.339.431,33 3.339.431,33 WĆŒÄžĹŠĆľĹ&#x;ÇŒĹ˝ KĆ‰ÄžĆŒÄ‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚ĹŻ......... (65.698,57) (65.601,03) Imobilizado ................... 313.781,09 327.423,75 Lucro/Prej. do ExercĂ­cio .... (65.698,57) (64.759,75) IntangĂ­vel ...................... 1.414,77 1.414,77 >ĆľÄ?ĆŒŽ͏WĆŒÄžĹŠĆľĹ&#x;ÇŒĹ˝ Ɖ͏ ĕĆŽ ...... (0,0530) (0,0523) dŽƚĂů ĚŽ Ć&#x;ǀŽ ............... 4.169.358,47 4.235.057,04 &ůƾdžŽ ĚĞ Ä‚Ĺ?džĂ Ͳ Ç†ÄžĆŒÄ?Ĺ&#x;Ä?Ĺ?Ĺ˝ ĎŜĚŽ Ğž ĎŻĎ­ ĚĞ ÄšÄžÇŒÄžĹľÄ?ĆŒĹ˝ ĚĞ PASSIVO 31/12/2017 31/12/2016 ĎŽĎŹĎ­Ďł Ͳ &ůƾdžŽ ĚĞ Ä?Ä‚Ĺ?džĂ ĚĂĆ? Ä‚Ć&#x;Ç€Ĺ?ĚĂĚĞĆ? Ĺ˝Ć‰ÄžĆŒÄ‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚Ĺ?Ć? Resultado do exercĂ­cio/perĂ­odo ................. (65.698,57) NĂŁo Circulante ............. 575,00 575,00 Ajustes para conciliar o resul. Ă s dispon. CrĂŠdito de Acionistas Ĺ?ÄžĆŒÄ‚ÄšÄ‚Ć? Ɖ͏ĂĆ&#x;Ç€Ĺ?ĚĂĚĞĆ? Ĺ˝Ć‰ÄžĆŒÄ‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚Ĺ?Ć? p/Aumento de Capital .. 575,00 575,00 Ĺ?ĹľĹ?ŜƾĹ?ĕĆŽ Ä‚Ć&#x;ǀŽ ŜĆŽ Ä?Ĺ?ĆŒÄ?ƾůĂŜƚĞ ................. 13.642,66 PatrimĂ´nio LĂ­quido ...... 4.168.783,47 4.234.482,04 Aumento de outros crĂŠditos ...................... (1.258,97) Capital Realiz/Subsc...... 5.961.685,51 5.961.685,51 Ĺ?Ć?ƉŽŜĹ?Ä?Ĺ?ĹŻĹ?ĚĂĚĞĆ? ĹŻĹ&#x;Ć‹ĆľĹ?ĚĂĆ? Ĺ?ÄžĆŒÄ‚ÄšÄ‚Ć? Lucros/Prej. Acum ........ (1.792.902,04) (1.727.203,47) ƉĞůĂĆ? Ä‚Ć&#x;Ç€Ĺ?ĚĂĚĞĆ? Ĺ˝Ć‰ÄžĆŒÄ‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚Ĺ?Ć? ................... 53.314,88 dŽƚĂů ĚŽ WÄ‚Ć?Ć?Ĺ?ǀŽ Äž Disponibilidades no inĂ­cio do perĂ­odo ........ 121.449,06 Patrim.lĂ­quido .............. 4.169.358,47 4.235.057,04 NŽƚĂĆ? džƉůĹ?Ä?Ä‚Ć&#x;ǀĂĆ? ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ŽŜƚĄÄ?ÄžĹ?Ć? Ğž ĎŻĎ­ Ĺ?Ć?ƉŽŜĹ?Ä?Ĺ?ĹŻĹ?ĚĂĚĞĆ? ŜŽ ĎŜĂů ĚŽ Ć‰ÄžĆŒĹ&#x;ŽĚŽ.......... 68.134,18 ƾžÄžĹśĆšĹ˝ ŜĂĆ? Ĺ?Ć?ƉŽŜĹ?Ä?Ĺ?ĹŻĹ?ĚĂĚĞĆ?.................. 53.314,88 ĚĞ ÄžÇŒÄžĹľÄ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎ­ĎłÍ˜ As Demonstraçþes contĂĄbeis ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ ĚĞ >ĆľÄ?ĆŒĹ˝Ć? Äž WĆŒÄžĹŠĆľĹ?ÇŒĹ˝Ć? Ä?ƾžƾůĂĚŽĆ? ĨŽĆŒÄ‚Ĺľ ĆŒÄžÄ‚ĹŻĹ?njĂĚĂĆ? ĚĞ Ä‚Ä?Ĺ˝ĆŒÄšĹ˝ Ä?Žž Ĺ˝Ć? ÄšĹ?Ć?ƉŽĆ?Ĺ?Ć&#x;ǀŽĆ? ĚĂ >ÄžĹ? Saldo anterior Prej. Acum. (31/12/16) (1.727.203,47) das Sociedades por Açþes e dos PrincĂ­pios fundamentais Resultado lĂ­quido exercĂ­cio do ano... (65.698,57) da Contabilidade geralmente aceitos. A TRANSGER S/A, Saldo Final Prej. Acum. (31/12/17) 1.792.902,04 ĹľÄ‚ĹśĆšÄ Ĺľ ĂƚƾĂůžĞŜƚĞ Ć‰Ä‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?ƉĂĕĆŽ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜÄ„ĆŒĹ?Ä‚ ĞdžÄ?ĹŻĆľĆ?Ĺ?ǀĂžĞŜƚĞ ŜĂ & Ͳ &ÄžĆŒĆŒĹ˝Ç€Ĺ?Ä‚ ÄžĹśĆšĆŒĹ˝ Í´ ƚůąŜĆ&#x;Ä?Ä‚ ^͘ ͕͘ ĆŒÄžĹ?Ĺ?Ć?ĆšĆŒÄ‚ÄšÄ‚ DÄžĹ?ĆŒÄžĹŻĹŻÄžĆ?Í• ^Ä ĆŒĹ?Ĺ?Ĺ˝ ĆľĹ?ĆľĆ?ƚŽ DÄžĆ?Ć?ÄžÄšÄžĆŒ ĚĞ Ä‚Ć?ĆšĆŒĹ˝Í˜ ŜĂ Ä?ŽŜƚĂ /ŜǀĞĆ?Ć&#x;žĞŜƚŽĆ? ƉĞůŽ Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒ ĚĞ ZΨ ĎŽÍ˜ϯϹϳ͘ϳϳϹÍ•Ď°ĎŹ Äž Contador - ĹŻÄžÇ†Ä‚ĹśÄšĆŒÄž ĆŒÄ‚Ĺ?Ä‚ ZÄ‚Ä?ĞůůŽ Ͳ Z ÍŹD' Ď°Ď°Í˜Ͼϯϰ͏Ϗϭ ƋƾĞĆ?Ć&#x;ŽŜÄ‚ ŊƾĚĹ?Ä?Ĺ?ĂůžĞŜƚĞ͕ ĚĞĆ?ĚĞ ĨÄžÇ€ÄžĆŒÄžĹ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎŹĎ°Í• Ć‰ĆŒĹ˝Ä?ÄžParecer do Conselho Fiscal. O Conselho Fiscal da dimentos adotados pela FCA e seus controladores, que TRANSGER S/A – no exercĂ­cio de suas funçþes legais no entendimento da TRANSGER S/A causaram prejuĂ­zos e estatutĂĄrias tendo examinado o RelatĂłrio Anual da ă ŜŽĆ?Ć?Ä‚ ĹľĆ‰ĆŒÄžĆ?Ă͘ ĞƚĂůŚĞĆ? ĚĞĆ?ƚĂ ĂĕĆŽ Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ†Ĺ˝ Ć?ÄžĆŒ Ĺ˝Ä?Ć&#x; ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝Í• ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? &Ĺ?ŜĂŜÄ?ÄžĹ?ĆŒÄ‚Ć? Äž EŽƚĂĆ? ĚŽĆ? ŜŽ Ć?Ĺ&#x;Ć&#x;Ĺ˝ www.jfmg.jus.br, processo em andamento ŜǑ ϳϾϾϰϏϰϲώϏϭϏϰϏϭϯϴϏϏ͘ EÄ‚ Ä?ŽŜƚĂ /ŜǀĞĆ?Ć&#x;žĞŜƚŽĆ?Í• ÄžĆ?ƚĄ džƉůĹ?Ä?Ä‚Ć&#x;ǀĂĆ? ĆŒÄžĹŻÄ‚Ć&#x;ǀĂĆ? Ä‚Ĺ˝ ÄžÇ†ÄžĆŒÄ?Ĺ&#x;Ä?Ĺ?Ĺ˝ ĞŜÄ?ÄžĆŒĆŒÄ‚ÄšĹ˝ Ğž Ä?ŽŜĆ&#x;ĚŽ ƾž Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒ ĚĞ ZΨ ϳϳϭ͘ϲϹϹÍ•Ͼϯ ĆŒÄžĨÄžĆŒÄžĹśĆšÄž Ä‚ ĂƉůĹ?Ä?ĂĕĆŽ 31/12/2017 declara que as referidas contas espelham Ä‚ žŽÇ€Ĺ?žĞŜƚĂĕĆŽ ÄžÄ?ŽŜƀžĹ?Ä?Ä‚ ĎŜĂŜÄ?ÄžĹ?ĆŒÄ‚ ĚŽ Ć‰ÄžĆŒĹ&#x;ŽĚŽ͕ em CDB no Banco Santos S/A, atualmente sob processo ĹľÄžĆŒÄžÄ?ĞŜĚŽ Ä‚ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç€Ä‚Ä•Ä†Ĺ˝ ƾŜÄ…ĹśĹ?žĞ ĚŽĆ? Ć‰ĆŒÄžĆ?ĞŜƚĞĆ? Äž de falĂŞncia. BHte, 10/02/2018. Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒĹ?Ä‚ Joaquim AugusƚŽ EĂŚĂĆ? Ͳ Ĺ?ĆŒÍ˜ WĆŒÄžĆ?Ĺ?ĚĞŜƚĞ͖ :Ĺ˝Ć?Ä &ĹŻÄ„Ç€Ĺ?Ĺ˝ ŽƾĆ&#x;ŜŚŽ Í´ Ĺ?ĆŒÍ˜ estando assim em condiçþes de serem aprovadas pela AssemblĂŠia Geral da Companhia. BHte, 09/02/2018. Financeiro. ŽŜĆ?ĞůŚŽ ĚĞ ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝: Joaquim AugusƚŽ EĂŚĂĆ?Í• :Ĺ˝Ć?Ä &ĹŻÄ„Ç€Ĺ?Ĺ˝ ŽƾĆ&#x;ŜŚŽ͕ DÄ‚ĆľĆŒĹ&#x;Ä?Ĺ?Ĺ˝ ZĹ?Ä?Ä‚ĆŒÄšĹ˝ dĆŒĹ˝Ä?Ä‚Í• tÄ‚ĹŻĆšÄžĆŒ DÄ‚ĆŒĆ&#x;ĹśĆ? Ͳ ĆľĆ?ƚĄƋƾĹ?Ĺ˝ WĹ?ĆŒÄžĆ? ĚŽĆ? ^ĂŜƚŽĆ? Ͳ DÄ‚ĆŒĹ?Ä‚ ZĂŠlia de MendonÄ•Ä‚ Aloisio Augusto Figueiredo Freitas, Eurico Alfeu TĂĄvora

SĂŁo Paulo - Dois em cada dez consumidores brasileiros (21%) guardaram dinheiro em dezembro do ano passado, e 71% nĂŁo conseguiram poupar nada. Segundo dados do Indicador de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao CrĂŠdito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), entre os brasileiros que nĂŁo pouparam nenhum centavo, 40% justificaram o fato pela renda muito baixa, 17% por nĂŁo terem nenhuma fonte de renda, 16% por terem sido surpreendidos por algum imprevisto e 13% por nĂŁo terem controle dos gastos e disciplina para guardar dinheiro. Os dados mostram ainda que 34% dos entrevistados afirmaram ter o hĂĄbito de poupar. Desses, 12% estipulam o valor a ser poupado e 22% guardam o que sobra do orçamento. Pouco mais da metade (51%) das pessoas ouvidas disseram que nĂŁo tĂŞm hĂĄbito de poupar, nem tĂŞm reserva financeira. AlĂŠm desses, 7% disseram que nĂŁo poupam, mas jĂĄ tĂŞm uma quantia reservada. O indicador ainda revela que metade dos brasileiros que dispĂľem de reserva financeira (49%) tiveram de sacar, em dezembro, parte dos recursos guardados. Os principais motivos foram imprevistos (14%), alguma compra (13%) e pagamento de dĂ­vidas (11%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o momento econĂ´mico limitou a renda das famĂ­lias, tornando a poupança de recursos ainda mais difĂ­cil, mas nem tudo deve ser atribuĂ­do Ă crise. “O alto desemprego e a queda da renda de fato pesam, mas tambĂŠm hĂĄ negligĂŞncia com as prĂłprias finanças. Um controle adequado do orçamento pode fazer a diferença entre ter e nĂŁo ter dinheiro sobrando no fim do mĂŞsâ€?, afirmou Marcela. Segundo Marcela, a questĂŁo da renda baixa de fato pesa, mas ĂŠ preciso fazer

esforço para poupar, mesmo que pouco por mĂŞs. “O hĂĄbito de poupar afasta o mau hĂĄbito de gastar mais do que se ganha, e assim, aos poucos, o consumidor cria uma reserva de emergĂŞncia. É necessĂĄrio fazer uma avaliação do orçamento, identificando o que pode ser cortado. Muito provavelmente, para montar uma reserva financeira, o consumidor terĂĄ de abrir mĂŁo de algoâ€?. O levantamento mostrou tambĂŠm que o principal objetivo de 37% dos brasileiros que poupam ĂŠ reservar uma parte do salĂĄrio para lidar com uma eventual doença ou outros problemas do dia a dia. O desejo de garantir um futuro melhor para a famĂ­lia ĂŠ o motivo de 24%. Em seguida, vĂŞm a vontade de viajar (22%) e de fazer uma reserva para o caso de ficar desempregado (21%). Em mĂŠdia, o valor poupado em dezembro foi de R$ 571,91. Entre os entrevistados que costumam economizar, 57% colocaram o dinheiro na poupança. Em seguida, vĂŞm aqueles que costumam guardar o dinheiro em casa (27%) e os 17% que deixam na conta corrente. Outras opçþes mais rentĂĄveis de investimentos, porĂŠm menos citadas pelos poupadores, sĂŁo os fundos de investimento (9%), previdĂŞncia privada (8%), Tesouro Direto (7%), certificados de depĂłsito bancĂĄrio CDBs (5%) e açþes (5%). Marcela Kawauti destacou que as escolhas revelam um perfil conservador e pouco atento Ă rentabilidade. Ela alertou para a facilidade de transferir o dinheiro da conta corrente para a poupança. “Assim, o consumidor consegue uma rentabilidade que, apesar de pequena, ĂŠ maior do que zero. A poupança serve a alguns propĂłsitos por ser uma opção com alta liquidez, mas, principalmente para aqueles que tĂŞm objetivos de longo prazo, hoje hĂĄ muitas informaçþes disponĂ­veis sobre modalidades de investimento com rendimento maior, sem grandes riscosâ€?. (ABr)

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO

CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (P FRQIRUPLGDGH FRP RV DUWLJRV | H | GR (VWDWXWR 6RFLDO ƢFDP DV $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 7UDQVOHVWH GH 7UDQVPLVVÂĽR FRQYRFDGRV D VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQÂŁULD HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 28 de fevereiro de 2018 ¢V KRUDV H HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 12 de março de 2018 ¢V KRUDV QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD ORFDOL]DGD QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Q| VDODV D QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD GHOLEHUDU VREUH D VXEVWLWXLŠ¼R GH PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R $WHQFLRVDPHQWH (QLR /XLJL 1XFFL 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R

COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO

CNPJ 07.085.630/0001-55 - NIRE 3130002076-2 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (P FRQIRUPLGDGH FRP RV DUWLJRV | H | GR (VWDWXWR 6RFLDO ƢFDP DV $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 7UDQVXGHVWH GH 7UDQVPLVVÂĽR FRQYRFDGRV D VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQÂŁULD HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 28 de fevereiro de 2018 ¢V KRUDV H HP l &RQYRFDŠ¼R QR dia 12 de março de 2018 ¢V KRUDV QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD ORFDOL]DGD QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Q| VDOD QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD GHOLEHUDU VREUH D VXEVWLWXLŠ¼R GH PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R $WHQFLRVDPHQWH (QLR /XLJL 1XFFL 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDŠ¼R

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DOS PROFISSIONAIS JORNALISTAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS DE RATIFICAĂ‡ĂƒO/ COBRANÇA DA CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL. O SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE MINAS GERAIS, entidade sindical de 1Âş grau, devidamente registrada no MinistĂŠrio do Trabalho e PrevidĂŞncia Social, representante de todos os profissionais jornalistas no Estado de Minas Gerais, nos termos do seu Estatuto Social, CONVOCA para atender aos artigos 578, 579 e 583, da CLT, com as alteraçþes da Lei n. 13.467/2017, TODOS os jornalistas associados ou nĂŁo ao Sindicato Profissional para participarem da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria que serĂĄ realizada no dia 20 de fevereiro de 2018, Ă s 19:00 horas em primeira convocação e Ă s 19:30 hs, em segunda convocação, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, localizada Ă Av. Alvares Cabral n. 400, na Cidade de Belo Horizonte, para deliberação sobre a seguinte ordem do dia: a) Ratificação dos atos realizados na AGE realizada no dia 20.12.2017, quanto aos procedimentos aprovados naquela assentada, visando a cobrança da Contribuição Sindical dos Profissionais liberais jornalistas e autorização da cobrança da Contribuição Sindical dos Empregados jornalistas; b) outras deliberaçþes consequentes. Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 2018. Alessandra Cesar Mello (Presidenta do SJPMG)

LEILĂƒO ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA BDMG – 001/2018 O BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS S.A. – BDMG torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo objetivando a venda de uma casa com aproximadamente 560,23 m², em terreno de 875,00 m², situada na Avenida Coronel Emerenciano Ferreira Junqueira, nÂş 551, Bairro: Vila OlĂ­mpia, em Uberaba-MG, imĂłvel recebido em razĂŁo de ter constituĂ­do garantia de propriedade fiduciĂĄria em contrato inadimplido perante o BDMG. Em observância Ă legislação, o 1Âş leilĂŁo ocorrerĂĄ no dia 28/2/2018, Ă s 9h. Fica desde jĂĄ agendada a realização do 2Âş leilĂŁo no dia 14/3/2018, Ă s 9h, para o caso de o imĂłvel nĂŁo ser arrematado no 1Âş leilĂŁo. Os interessados poderĂŁo participar por meio do envio de lances via internet, no site www.marcoantonioleiloeiro.com.br, e presencialmente no endereço: Rua HĂŠlio Lazzarotti, nÂş 523 – Alto Caiçaras, Belo Horizonte - MG, observadas as regras e procedimentos previstos no edital, cuja cĂłpia pode ser obtida em www.bdmg.mg.gov.br ou no site citado acima. Informaçþes complementares pelo e-mail juridico@marcoantonioleiloeiro.com.br ou pelo telefone (31) 3441-8881.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

7

ECONOMIA GIL LEONARD SECOM MG

RECEITA

Arrecadação estadual avança em janeiro e atinge R$ 6,974 bilhões Montante é 9,6% superior ao registrado um ano antes LEONARDO FRANCIA

A arrecadação estadual abriu 2018 com o recolhimento de R$ 6,974 bilhões em janeiro, 9,6% a mais do que os R$ 6,360 bilhões arrecadados no mesmo mês de 2017. Nesta comparação, a alta na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), principal imposto para os cofres do Estado, foi de 8,9%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Somente com a receita

tributária, Minas recolheu R$ 6,724 bilhões em janeiro contra R$ 6,122 bilhões em igual mês de 2017, com crescimento de 9,8%. O recolhimento de tributos respondeu por 96,4%% do total recolhido pelos cofres estaduais no primeiro mês deste ano. O recolhimento ICMS, o mais importante para a arrecadação estadual, somou R$ 3,997 bilhões em janeiro sobre R$ 3,669 bilhões no mesmo mês de 2017, com evolução de 8,9%. O ICMS representou 57,3% da arrecadação global em Minas

para o primeiro mês deste exercício. Na divisão do ICMS por produto, a arrecadação do imposto a partir de combus- ICMS gerou para os cofres do Estado R$ 3,997 bilhões em janeiro, de acordo com a SEF tíveis e lubrificantes repre- recolhimento do imposto (R$ 4,613 bilhões). A frota recadou R$ 56,519 bilhões, sentou o maior montante, em idêntico mês de 2017 estadual é estimada em 9,8 com um crescimento de com o recolhimento de R$ (R$ 2,031 bilhões). O IPVA milhões de veículos. 10,9% em relação ao mon885,6 milhões em janeiro. respondeu por 8,2% da arA cobrança de débitos tante de 2016 (R$ 50,954 O comércio de Minas arre- recadação total do Estado referentes à dívida ativa de bilhões). Mesmo desconcadou R$ 825,8 milhões no no ano passado. Minas Gerais gerou o reco- tando a inflação oficial período e a energia elétrica Para este ano, conforme lhimento de R$ 44,6 milhões do País no ano passado R$ 502 milhões no período. já informado, o governo de em janeiro, uma queda de - medida pelo Índice de A arrecadação com o Im- Minas projeta arrecadar R$ 3,1% na comparação com Preços ao Consumidor Amposto sobre a Propriedade 5,235 bilhões com o IPVA. os R$ 46 milhões recolhidos plo (IPCA), do Instituto de Veículos Automotores Se o valor for confirmado, em janeiro de 2017. Brasileiro de Geografia e (IPVA) totalizou R$ 2,293 representará um crescimento Estatística (IBGE) -, que bilhões em janeiro, com nominal de 13,4% sobre o Aumento real - No ano foi de 2,95%, o aumento aumento de 12,9% sobre o montante recolhido em 2017 passado, Minas Gerais ar- real foi de 8%.

SEGUROS

Lucro líquido da BB Seguridade recua 4,8% em 2017 São Paulo - A BB Seguridade registrou lucro líquido ajustado de R$ 941 milhões no quarto trimestre de 2017, queda de 12,5% ante resultado positivo de R$ 1,075 bilhão no mesmo período de 2016, informou a empresa nesta segunda-feira. No acumulado de 2017, o lucro líquido ajustado foi de R$ 3,911 bilhões, queda de 4,8 % ante o lucro de R$ 4,107 bilhões em 2016. “Em 2017, o lucro líquido foi impactado principalmente pela queda da taxa Selic e dos índices de inflação, o que levou o resultado financeiro combinado das empresas do grupo a uma queda de 12,2% quando comparado ao exercício anterior”, informou o braço de seguros do Banco do Brasil ontem. A empresa deve registrar lucros maiores a partir de 2019, quando a melhora dos resultados operacionais deve compensar com maior margem os efeitos da queda da taxa básica de juros sobre as receitas financeiras, disse ontem o presidente-executivo da empresa, José Maurício Pereira Coelho. “Leva algum tempo para a melhora do resultado operacional se sobrepor à queda

da receita financeira”, disse Coelho a jornalistas em coletiva sobre os resultados do quarto trimestre. As declarações do executivo ilustram o paradoxo da indústria de seguros no Brasil, que foi um dos últimos setores afetados pela maior recessão da história recente do País, já que resultados operacionais mais fracos foram em grande parte compensados com ganhos financeiros mais elevados num período de juros altos. Após ter atingido o pico em quase uma década a 14,25% ao ano em julho de 2015 e permanecer nesse patamar por mais de um ano, a taxa básica de juros, a Selic, veio caindo gradualmente até chegar ao piso histórico de 6,75% ao ano na semana passada. Com isso, enquanto empresas de vários segmentos ligados ao consumo e à produção mostraram melhora nos resultados do quarto trimestre, em linha com sucessivos indícios de retomada da atividade econômica, a companhia revelou queda no lucro e previsões para 2018 que desanimaram investidores. Para 2018, a BB Seguridade

previu que seu lucro líquido ajustado oscilará entre queda de 2% e alta de 2%. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido no quarto trimestre, de 42,2 %, representou uma acentuada queda de 10 pontos percentuais sobre um ano antes. Coelho disse também não esperar melhora desse indicador em 2018. Embora Coelho tenha frisado a melhora dos resultados do segundo semestre em relação ao primeiro, o desempenho operacional de outubro a dezembro foi mais fraco do que um ano antes em quase todas as principais linhas. O lucro na linha de seguro de vida caiu 15,4%, enquanto o de capitalização recuou 65% ante o último trimestre de 2016. Em patrimônio e automóvel, o resultado passou de lucro de R$ 14,8 milhões para prejuízo de R$ 29,5 milhões. Segundo Coelho, as vendas da companhia em linhas como capitalização, seguros de vida e previdência complementar estão ganhando força, tendência que deve se prolongar ao longo de 2018, mas só a partir do ano seguinte esse movimento ficará

CELULOSE

Suzano e Fibria confirmam conversas sobre um possível processo de fusão São Paulo - Os acionistas controladores da Fibria Celulose foram procurados por representantes da Suzano Papel e Celulose “para discutir alternativas estratégicas”, informou ontem a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. O comunicado foi enviado em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários sobre reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na última sexta-feira, afirmando que a Suzano procurou a Fibria para discutir a possibilidade de combinar ativos ou mesmo propor uma aquisição. Separadamente, a Suzano confirmou que foram estabelecidas discussões “muito preliminares” com representantes da Fibria sobre “possível negócio envolvendo as empresas,

sem nenhum formato ou estrutura definida”. As ações de ambas as empresas operaram em alta ontem, com Suzano (ON) subindo 3,5% e Fibria (ON) em valorização de 3,2%. Os controladores da Fibria são Votorantim Participações e o braço de participações em empresas do BNDES, BNDESPar. Já a Suzano é controlada pela família Feffer. Fontes próximas do assunto afirmaram que uma potencial fusão entre Fibria e Suzano precisaria levar em consideração a nova capacidade de produção da Fibria após o início da operação da segunda linha produtiva em Três Lagoas (MS). A nova capacidade muda o valor da Fibria em relação à Suzano, afirmaram as fontes. A segunda linha da Fibria

em Três Lagoas foi iniciada em setembro passado e elevou a capacidade da Fibria em 1,95 milhão de toneladas, para 7,2 milhões de toneladas de celulose por ano. A Suzano tem uma capacidade de 3,6 milhões de toneladas por ano de celulose e de 1,2 milhão de toneladas em papel. Outras duas fontes próximas do assunto afirmaram que nenhuma das companhias contratou assessores financeiros por enquanto para as negociações. As discussões da Suzano com Fibria também ocorrem enquanto a própria Suzano avalia construir uma nova fábrica de celulose no Estado de São Paulo e em meio a notícias de que é favorita na compra da fabricante de celulose Lwarcel, também em São Paulo. (Reuters)

mais nítido nos resultados. impacto e a implementação da reestruturação da socieMapfre - Coelho reiterou o dade se darão, conforme o prazo de 90 dias para con- executivo, somente após o cluir a negociação com a acordo vinculante e respecsócia espanhola Mapfre. O tivas aprovações dos regula-

dores. As empresas deixarão de ser sócias no segmento de automóvel e de grandes riscos e manterão a sociedade nos demais ramos, com foco no canal bancário. (Reuters)

BRASIF S/A EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO CNPJ/MF Nº 52.226.073/0001-08 - NIRE Nº 31.30001309-0 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Data, hora e local: 02/05/17, às 13:00 H, na sede social, à Rua Margarida Assis Fonseca, 171, Bairro Califórnia, BH/MG. Presenças: Acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Jonas Barcellos Corrêa Filho – Presidente. Santos de Araújo Fagundes – Secretário. Deliberações unânimes: 1. Destituir da Diretoria da Cia o Sr. Jonas Barcellos Corrêa Filho, brasileiro, casado, engenheiro, portador da CI da SSP/MG nº M-90.591 e CPF nº 000.816.476-20, que ocupa o cargo de Diretor Presidente, e o Sr. Santos de Araújo Fagundes, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da CI SSP/MG nº M-1.142.910 e do CPF nº 006.995.516-68, que ocupa o cargo de Diretor Vice Presidente, agradecendo a colaboração que, em suas respectivas funções, prestaram à Cia. 2. Ratificar a eleição dos Diretores Glauber José Biazotto Gonçalves, Sérgio Borges Martins, Fernando Vasconcelos e Gustavo de Avelar Vaz Rodrigues, ocorrida nas AGEs anteriores, sendo que o Diretor Gustavo de Avelar Vaz Rodrigues passará a ocupar o cargo de Diretor Presidente. 3. Sendo assim, a Diretoria da Cia, cujo mandato se encerra em 01/04/2018 ou até que haja a eleição de seus substitutos, ficou composta da seguinte forma: (i) Como Diretor Presidente, Sr. Gustavo de Avelar Vaz Rodrigues, brasileiro, casado, engenheiro mecânico, portador da CI nº MG10065996 do SSP/MG, inscrito no CPF sob o nº 043.470.876-32, residente e domiciliado na Cidade de Vinhedo, Estado de SP, na Alameda Guarujá, nº 633, Quadra “E”, Condomínio Jardim Paulista I. (ii) Como Diretores sem designação específica, os Srs.: Glauber José Biazotto Gonçalves, brasileiro, casado, contador, inscrito no CRC nº SP251.148/O-1 e no CPF nº 291.091.718-51, com endereço comercial na Cidade de Jundiaí, SP, na Av. José Alves de Oliveira, nº 4520, Distrito Industrial; Sérgio Borges Martins, brasileiro, divorciado, engenheiro, portador da CI da SSP/MG nº M -4.061.977 e do CPF nº 110.876.256-53, com endereço na Rua Dona Cecília, nº 111, ap. 1301, Serra, BH, MG; e Fernando Vasconcelos, brasileiro, casado, bacharel em Direito, portador da CI do SSP/MG nº M.371.823, inscrito no CPF sob o nº 133.502.856-00, residente e domiciliado na Cidade de BH/MG, na Rua Rafael Magalhães, nº 360, apto 801 B, Santo Antônio 4. Determinar que permaneçam vagos, por ora, o cargo de Diretor Vice Presidente e o sexto, sétimo e o oitavo cargos de Diretores da Cia. 5. Determinar que na representação da Cia nos termos previstos no caput do Art. 20 do Estatuto Social, quando realizada por 2 Diretores em conjunto, um deles será sempre um dos seguintes Diretores: Glauber José Biazotto Gonçalves ou Gustavo de Avelar Vaz Rodrigues. 6. Determinar que na representação da Cia nos termos previstos no § 1º do Art 20 do Estatuto Social, dentre os 2 Diretores um deles será sempre um dos seguintes Diretores : Glauber José Biazotto Gonçalves ou Gustavo de Avelar Vaz Rodrigues, que também poderão constar (todos ou parte) entre os outorgados dos instrumentos de mandato. 7. Alterar o Art 13 do Estatuto Social da Cia. para incluir como matérias que dependem necessariamente de aprovação prévia da assembléia Geral as seguintes: (i) alienação de bens imóveis e ações e/ou quotas representativas de participação societária; (ii) alienação e aquisição de ativos, concessão de mútuo e financiamento, oneração ou dação em garantia de qualquer bem da Cia e assunção e remissão de obrigações, sempre que em valor superior a R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração; e (iii) celebração de qualquer contrato ou ato que gere endividamento da Cia em valor superior a R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração; sendo que os atos previstos nos itens (ii) e (iii) acima não precisarão de aprovação prévia da assembléia Geral quando visarem o cumprimento pela Cia de seu objeto social. 8. Sendo assim, o Art. 13 do Estatuto Social da Cia passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 13 - As decisões da assembléia geral, excetuadas as referentes a matéria para as quais a lei estabeleça quórum superior, são tomados mediante o voto de acionistas titulares da maioria das ações emitidas pela sociedade. As seguintes matérias dependem necessariamente de aprovação prévia da assembléia Geral: (i) Alienação de bens imóveis e ações e/ou quotas representativas de participação societária; (ii) Alienação e aquisição de ativos, concessão de mútuo e financiamento, oneração ou dação em garantia de qualquer bem da Cia e assunção e remissão de obrigações, sempre que em valor superior a R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração; e (iii) Celebração de qualquer contrato ou ato que gere endividamento da ‘Cia em valor superior o R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração, (iv) Os atos previstos nos itens (ii) e (iii) acima não precisarão de aprovação previa da assembléia Geral quando visarem o cumprimento pela Cia de seu objeto social, notadamente a compra e venda, importação e exportação, inclusive na qualidade de “trading company”, distribuição, representação comercial, locação, com ou sem disponibilização de operadores, de veículos, máquinas e acessórios, inclusive de peças, partes e componentes de reposição, tais como tratores, motoniveladoras, escavadeiras, guindastes, carregadeiras, empilhadeiras, torres de iluminação e geradores de energia e quaisquer outros equipamentos pesados e de movimentação e armazenagem de materiais e containeres, manipuladores telescópicos e plataformas aéreas e pneus, no país e no exterior, por conta própria ou de terceiros.” 9. Extinguir os § 2º e 3º do Art. 20 do Estatuto Social da Cia. 10. Em razão das deliberações acima e das deliberações havidas em outras Assembleias Gerais, com atas devidamente arquivadas na JUCEMG e transcritas no livro próprio, consolidar o Estatuto Social da Cia, que passa a vigorar com a redação constante do Anexo I à presente ata. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi a presente ata lavrada e, depois. lida, aprovada e assinada pelos membros da mesa e pela totalidade dos acionistas da Cia. BH/MG, 02/05/2017. Jonas Barcellos Corrêa Filho - Presidente e Acionista - Santos de Araújo Fagundes – Secretário e Acionista - Brasif S/A Administração e Participações - Acionista - Sérgio Borges Martins Acionista. A presente é cópia da ata lavrada no Livro próprio. Anexo I - ESTATUTO SOCIAL. Capítulo I - Tipo, Denominação, Sede, Foro, Objeto e Duração. Art. 1º - A sociedade é do tipo sociedade anônima e tem a denominação de BRASIF S/A EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO. Art. 2º - A sede e o foro da sociedade são na cidade de BH/MG. § Único - Compete à Diretoria decidir sobre a criação e a extinção de filiais e outros estabelecimentos da sociedade, no país e no exterior. Art. 3º - A sociedade tem como objeto: a) compra e venda, importação e exportação, inclusive na qualidade de “ trading company”, distribuição, representação comercial, locação, com ou sem disponibilização de operadores, de veículos, máquinas e acessórios, inclusive de peças, partes e componentes de reposição, tais como tratores, motoniveladoras, escavadeiras, guindastes, carregadeiras, empilhadeiras, torres de iluminação e geradores de energia e quaisquer outros equipamentos pesados e de movimentação e armazenagem de materiais e containeres, manipuladores telescópicos e plataformas aéreas e, bem assim, de fotocopiadoras, impressoras, duplicadoras, aparelhos de fac-símile, scanners e quaisquer outras máquinas e sistemas de digitalização, processamento e tratamento de dados, informações e documentação, pneus, produtos de gênero alimentício e bebidas, produtos de limpeza em geral, produtos de higiene pessoal, artigos de vestuário, cama, mesa e banho, perfumes e cosméticos, artigos íntimos e mercadorias em geral, no país e no exterior, por conta própria ou de terceiros; b) prestação de serviços de manutenção e reparo desses veículos, máquinas e acessórios, e também de seu monitoramento; c) prestação de serviços de treinamento de operadores e mecânicos; d) prestação de serviços de produção de cópias, em instalações próprias ou de terceiros; e e) prestação de serviços de montagem, manutenção e reparo de pneus.” Art. 4º - A duração da sociedade é por tempo indeterminado. Capítulo II - Capital Social. Art. 5 º - O capital social é de R$311.144.548,76, dividido em 8.301.989 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. § Único. Os certificados de ações devem ser assinados por 2 diretores da sociedade. Art. 6º - Os acionistas se obrigam a não alterar a proporcionalidade das suas respectivas participações societárias, consignadas no Livro de Registro de Ações Nominativas, sendo, portanto, vedada a transferência ou a aquisição de ações da sociedade, a qualquer título, salvo com estrita obediência às condições determinadas neste capítulo. § 1º - A transferência de ações a descendente do acionista e a sociedade controlada pelo acionista não se sujeita às restrições estabelecidas neste capítulo. § 2º - O descendente do acionista e a sociedade controlada pelo acionista, para os quais o acionista transfira ações representativas do capital da sociedade, ficam sujeitos a todas as restrições definidas neste capítulo para a transferência das ações cedidas e dos correspondentes direitos de subscrição de novas ações. Parágrafo Terceiro - A cessão de ações para sociedade controlada pelo acionista cedente só é permitida se a transferência de ações ou de quotas representativas do capital da sociedade cessionária e de respectivo direito de aquisição forem submetidos às mesmas restrições estipuladas neste capítulo, de modo a assegurar a manutenção, direta e indireta, da proporcionalidade das participações acionárias atuais, consignadas no Livro de Registro de Ações Nominativas da “Sociedade. Art. 7º - As ações não podem ser transferidas a outro acionista ou a terceiro, a qualquer título, onerosa ou gratuitamente, sem que antes sejam ofertadas, em direito de preferência original, aos demais acionistas, os quais terão o prazo de 30 dias, a contar da data em que receberem a comunicação, para exercerem a preferência, de acordo com as proporções de suas participações acionárias atuais, consignadas no Livro de Registro de Ações Nominativas da sociedade, deduzidas, para efeito do cálculo da proporcionalidade, as ações ofertadas. § 1º - O acionista ofertante deve indicar aos destinatários da preferência o preço e as condições de pagamento das ações ofertadas. § 2º - Na hipótese de algum acionista deixar de exercer o direito de preferência original no curso do prazo de 30 dias estabelecido no caput, as ações que não tenham sido objeto do exercício de tal direito devem ser oferecidas, em preferência subsequente, aos acionistas que tenham manifestado interesse pelas ações sobrantes, por um prazo adicional de 30 dias. § 3º - O acionista que desejar exercer a sua preferência tem de adquirir a totalidade das ações ofertadas correspondentes à sua participação, não sendo admissíveis aquisições parciais. § 4º - No prazo de 30 dias, a contar do vencimento do prazo da preferência original, ou se for o caso, da subsequente, pode o ofertante alienar para terceiros as ações que não tenham sido adquiridas pelos demais acionistas, aos mesmos preço e condições de pagamento da oferta. § 5º- Na transferência gratuita de ações, deve ser considerado como preço das mesmas o seu valor patrimonial, de acordo com o balanço especial aprovado para esse fim, e como condição de venda o pagamento à vista. § 6º :.Os direitos de subscrição relativos a aumento do capital da Sociedade são objeto das mesmas restrições e preferências asseguradas às ações, exceto no que diz respeito aos prazos para exercício das preferências, que serão de 5 dias para a preferência original e de 10 (dez) dias para a preferência subsequente, contados estes do vencimento do prazo anterior de 5 dias. Art. 8º - O acionista que receber oferta de terceiros para a aquisição de ações de sua propriedade é obrigado a repassar para os demais acionistas tal oferta, na proporção de suas respectivas participações no capital social, aos mesmos preços e condições ofertados, de modo a assegurar que sejam mantidas as proporcionalidades entre as atuais participações dos acionistas, consignadas no Livro de Registro de Ações Nominativas. Art. 9º - É condição prévia de qualquer transferência de ações contemplada neste Capítulo que o adquirente assuma, por escrito, as obrigações do alienante decorrentes deste instrumento. Art. 10 - Para que as ações de propriedade de qualquer dos acionistas sejam dadas em garantia de quaisquer obrigações será necessário o prévio acordo dos demais acionistas. § Único - Caso as ações sejam dadas em garantia, atendidas as condições deste Estatuto Social e, posteriormente, venham a ser objeto de execução, o executado, se não exercer pessoalmente, ou por meio de sociedade que controle, o direito de remissão, deve ceder aos outros acionistas esse direito, ou o exercer em proveito daqueles acionistas, quando os mesmos manifestarem seu interesse no exercício do direito. Para tal fim, o executado deve fazer a devida comunicação e, no caso de exercício do direito ser efetuado em proveito dos demais acionistas, estes devem providenciar o depósito judicial da quantia executada, dentro de prazo hábil. Capítulo III - assembléia Geral. Art. 11 - Compete ao Presidente da sociedade convocar e, estando presente, instalar e presidir a assembléia geral. Art. 12- A AGO se reúne, anualmente, nos quatro primeiros meses do exercício social e a AGE sempre que a lei ou os interesses sociais exigirem a manifestação dos acionistas. § Único - Os acionistas podem fazer-se representar nas assembleias gerais por procurador constituído na forma da lei. Art. 13 - As decisões da assembléia geral, excetuadas as referentes a matéria para as quais a lei estabeleça quórum superior, são tomadas mediante o voto de acionistas titulares da maioria das ações emitidas pela sociedade. As seguintes matérias dependem necessariamente de aprovação prévia da assembléia Geral: (i) Alienação de bens imóveis e ações e/ou quotas representativas de participação societária; (ii) Alienação e aquisição de ativos, concessão de mútuo e financiamento, oneração ou dação em garantia de qualquer bem da Cia e assunção e remissão de obrigações, sempre que em valor superior a R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração; e (iii) Celebração de qualquer contrato ou ato que gere endividamento da Cia em valor superior a R$3.000.000,00 por operação individual ou conjunta, hipótese em que deverá ser considerado o período de 12 meses para a apuração. (iv) Os atos previstos nos itens (ii) e (iii) acima não precisarão de aprovação prévia da assembléia Geral quando visarem o cumprimento pela Cia de seu objeto social, notadamente a compra e venda, importação e exportação, inclusive na qualidade de “trading company”, distribuição, representação comercial, locação, com ou sem disponibilização de operadores, de veículos, máquinas e acessórios, inclusive de peças, partes e componentes de reposição, tais como tratores, motoniveladoras, escavadeiras, guindastes, carregadeiras, empilhadeiras, torres de iluminação e geradores de energia e quaisquer outros equipamentos pesados e de movimentação e armazenagem de materiais e containeres, manipuladores telescópicos e plataformas aéreas e pneus, no país e no exterior, por conta própria ou de terceiros. Capítulo IV – Diretoria. Art. 14 - A Diretoria é composta por, no mínimo, 2 e, no máximo, 8 membros, sendo 1 Diretor Presidente, 1 Diretor Vice Presidente e os demais Diretores sem designação específica, destituíveis a qualquer tempo pela assembléia geral. Parágrafo Único - O prazo de gestão dos diretores é de 3 (três) anos. Art. 15 - Ocorrendo vaga do cargo de Diretor, a assembléia geral deve reunir-se no prazo máximo de 30 dias e deliberar preencher ou não o cargo vago e, se for o caso, eleger o substituto, para exercer o mandato pelo prazo 20 remanescente do mandato do Diretor substituído. Art. 16 - Compete ao DiretorPresidente convocar, instalar e presidir as reuniões da Diretoria, nas quais tem, além do voto próprio, o de qualidade, e coordenar as atividades dos demais diretores. Art. 17 - A Diretoria se reúne, ordinariamente, nos três primeiros meses do exercício social, para elaborar o Relatório da Administração referente ao exercício anterior e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo Diretor-Presidente ou por um dos Diretores. Art. 18 - A Diretoria tem os poderes e as atribuições estabelecidas em lei. O exercício dos poderes e a distribuição das atribuições entre os Diretores obedecem à orientação estabelecida pelo Diretor-Presidente. Art. 19 - A remuneração dos Diretores é fixada pela assembléia geral que os eleger. Art. 20 - A representação ativa e passiva da Cia, em Juízo ou fora dele, junto a pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, em todos e quaisquer atos, é privativa de dois diretores, em conjunto, ou de um Diretor em conjunto com um procurador ou de 2 procuradores. § 1º - A Cia, representada por 2 diretores, pode nomear mandatários e conferir-lhes poderes para a prática de atos especificados no instrumento do mandato, que deve ter prazo de validade até o dia 31/12 do ano em que tenha sido firmado, ou até o dia 31/12 do ano seguinte, caso seja firmado nos últimos 2 meses do ano anterior. O mandato para fins judiciais pode ser outorgado por prazo indeterminado. §2º - A Cia pode ser representada isoladamente, por qualquer membro da Diretoria, sem as formalidades previstas neste Art. para o recebimento de citações e notificações judiciais e na prestação de depoimento pessoal. Nesse caso, o Diretor que receber as referidas citações e notificações, estará obrigado a repassar tal informação a toda Diretoria e/ou aos acionistas, quando for o caso, para que possam adotar as providências necessárias. Capítulo V - Conselho Fiscal. Art. 21 - A sociedade tem um Conselho Fiscal, composto de 3 membros efetivos e 3 suplentes, que só é instalado, por deliberação da assembléia geral, nos casos previstos no §2º, do art. 161, da Lei nº 6.404/76. Capítulo VI - Exercício Social. Art. 22 - O exercício social coincide com o ano civil e ao seu término devem ser levantados o balanço patrimonial, a conta de lucros e perdas e as demais demonstrações financeiras, cabendo aos acionistas definir a destinação dos lucros líquidos apurados. § 1º - É garantida aos acionistas a distribuição de lucros, na forma de dividendos, em cada exercício, de 30% do lucro líquido ajustado, calculado da forma que prescreve o art. 202, da Lei Federal nº 6.404/76. § 2º - A distribuição de dividendos de que trata o § anterior deve ser feita dentro do prazo legal de 60 dias. BH, MG, 02/05/2017. Jonas Barcellos Corrêa Filho Presidente e Acionista; Santos de Araújo Fagundes - Secretário e Acionista; Brasif S/A Administração e Participações – Acionista. Sérgio Borges Martins – Acionista; A presente é cópia da ata lavrada no Livro próprio. JUCEMG Sob o nº 6293516 e Data 09/06/2017. Marinely de Paula Bonfim - Secretária Geral.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

8

INTERNACIONAL CHEVRON DIVULGA;ÁO

PETRÓLEO

Opep prevê aumento da demanda para 2018 Estoques da OCDE tiveram alta Abuja/ Khobar/ Tóquio - A demanda global por petróleo em 2018 deverá crescer 1,6 milhão de barris por dia graças a um “ambiente encorajador”, disse ontem o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Barkindo. O representante da Opep disse que os estoques comerciais de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiram em janeiro e ficaram cerca de 74 milhões de barris acima da média de cinco anos. Mohammad Barkindo destacou ainda que a aderência dos países-membros e não membros da Opep ao pacto de redução de oferta de petróleo foi de 133% em janeiro e de 107% em todo o ano de 2017. Um encontro técnico entre integrantes da Opep e

aliados está marcado para acontecer no próximo mês de junho, concluiu o secretário-geral, que falou durante conferência em Abuja, na Nigéria. Maior produtor - A Arábia Saudita aumentou levemente suas exportações de petróleo em dezembro para 7,045 milhões de barris por dia (bpd), mostraram dados oficiais. O maior produtor da Opep, que cortou sua produção desde o ano passado devido a um acordo feito entre o cartel e outros produtores para aliviar um excesso de oferta, bombeou 9,980 milhões bpd de petróleo em dezembro, de acordo com dados da Joint Organizations Data Initiative (Jodi). Isso foi acima dos 9,891 milhões bpd em novembro, mas, mesmo assim, abaixo do limite de produção

Expectativa da entidade internacional é de que o crescimento neste ano seja em torno de 1,6 milhão de barris por dia

de 10,058 milhões bpd da Arábia Saudita acordado no pacto de fornecimento. A Arábia Saudita informou à Opep que bombeou 9,983 milhões bpd em janeiro. As exportações da Arábia Saudita aumentaram em dezembro dos 7,016 milhões de bpd de novembro, devido a uma diminuição sazonal da demanda doméstica nos meses de inverno. Em dezembro, o uso de petróleo na Arábia Saudita para gerar energia caiu para 260.000 bpd de 304.000

em novembro, os dados do Jodi mostraram, com as temperaturas amenas reduzindo a necessidade de ar-condicionado. A Opep e outros produtores, incluindo a Rússia, estenderam seu acordo para refrear a produção até o fim de 2018. Consumo em baixa – Enquanto há expectativa de alta na demanda internacional, a importação de petróleo pelo Japão em janeiro, por outro lado, atingiu uma

mínima para o mês em pelo menos 30 anos, segundo dados do Ministério das Finanças divulgados ontem, em meio a um contínuo declínio no consumo devido à diminuição da população. O Japão, o quarto maior comprador de petróleo do mundo, importou 3,16 milhões de barris por dia no mês passado, queda de 4,6% em relação a igual mês de 2017, mostraram os dados preliminares. Esse foi o menor volume para o mês de janeiro desde o início

da série histórica, em 1988. As importações japonesas de gás natural liquefeito totalizaram 8,263 milhões de toneladas no mês passado, recuo de 0,5% em relação ao ano anterior e marcando o nível mais baixo para o mês desde 2016. Já as importações de carvão térmico para geração de energia no País caíram 6,5% em janeiro, para 9,98 milhões de toneladas, também o menor volume para o período desde 2016. (Reuters)

PRESIDENCIA DE LA REP[UBLICA MEXICANA DIVULGA;ÁO

ALIANÇA

Brasil e Colômbia assinam acordo de cooperação contra a corrupção Brasília - O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Superintendência de Sociedades da República da Colômbia assinaram acordo de cooperação para aprimorar a investigação e a aplicação de sanções administrativas a empresas privadas envolvidas em práticas ilícitas. De acordo com a CGU, o memorando ratifica que Brasil e Colômbia compartilham interesse referente à adoção de uma política integral para prevenir e combater o suborno de servidores públicos estrangeiros, além de outros atos de corrupção. “Para tornar a prática vi-

ável, as instituições se comprometem a cooperar, de forma mútua, pronta e eficaz, mediante o uso dos instrumentos jurídicos vigentes em ambos os países, como a Lei Anticorrupção (12.846/2013), no caso do Brasil”, informou em nota, a CGU. Com o acordo, Brasil e Colômbia podem trocar dados sobre investigações e processos contra empresas que atuam nos dois países. A cooperação prevê, por exemplo, o fornecimento de informação e documentos relacionados ao pedido de assistência e a obtenção e produção de provas conforme permitidas pelas leis de cada país e que

estejam relacionadas com o pedido. Mediante pedido de assistência, também será possível que uma das partes preste assessoria à outra em assuntos relacionados à prevenção, ao combate e à punição de casos de suborno envolvendo servidores públicos estrangeiros. Ainda segundo a CGU, a meta do governo brasileiro é assinar, até o fim do ano, acordos bilaterais similares com todos os países da América Latina que têm legislação de responsabilização de empresas e de combate ao suborno transnacional, nos âmbitos civil e administrativo. (ABr)

GÁS NATURAL

Por importações mais baratas, Argentina pretende rever contrato com Bolívia Buenos Aires - A Argentina quer mudar os termos de um contrato chave de importação de gás com a vizinha Bolívia, o que a permitiria reduzir, ou mesmo eliminar, importações custosas de gás natural liquefeito (GNL), ao mesmo tempo em que impulsiona a sua própria produção, disse uma autoridade ontem. A Bolívia é o maior exportador de gás natural da América do Sul e depende do recurso para a maior parte da sua receita de exportação, mas o aumento de produção de Argentina e Brasil e renegociações de contratos com seus principais clientes ameaçam seu domínio, no momento em que sua produção e reservas estão diminuindo. Secretário de Planejamen-

to de Energia no Ministério de Minas e Energia da Argentina, Daniel Redondo disse que o governo quer modificar o contrato “take-or-pay” com o seu vizinho, que expira em 2026, para permitir mudanças sazonais que poderiam reduzir drasticamente caras importações de GNL durante o inverno. “Nós vamos precisar importar GNL durante o inverno, a não ser que consigamos um acordo com a Bolívia no qual o fornecimento, ao invés de se manter estável durante o ano, aumente no inverno. Isso é algo que queremos fazer com a Bolívia”, contou ele, em um encontro com líderes empresariais japoneses. Representantes do YPFB, a empresa estatal de petróleo da Bolívia, e o Ministério de

Energia do país andino não responderam imediatamente pedidos de comentários. A Argentina, que já foi um exportador líquido de energia, importa atualmente 20% do gás natural que precisa, afirmou Redondo. A maior parte vem da Bolívia, enquanto o resto vem de cerca de 70 envios por ano de GNL e alguns carregamentos regaseificados canalizados pela fronteira com o Chile. Fornecedores de GNL para a Argentina incluem a Royal Dutch Shell, BP Plc e Vitol. A produção crescente de gás natural na sua área de exploração não convencional do tamanho da Bélgica, Vaca Muerta, poderia levar a Argentina a exportar gás excedente para o Chile no verão, ele disse. (Reuters)

Chanceler alemã propôs em reunião que Annegret se torne nova secretária-geral da CDU

ARTICULAÇÃO

Merkel indica aliada para cargo, e partido já pensa em sucessão na Alemanha Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, indicou sua aliada próxima Annegret Kramp-Karrenbauer, premiê do pequeno Estado do Sarre, como secretária-geral de seu partido, o União Democrata-Cristã (CDU), disseram fontes do partido. A decisão é relevante, já que alguns membros da CDU começam a contemplar uma era pós-Merkel e a pensar em alternativas em potencial para liderar o partido e o país europeu. A própria Merkel foi secretária-geral da CDU antes de se tornar chanceler. Prestes a deixar o cargo

de secretário-geral, Peter Tauber está saindo após um período de doença. Às vezes chamada de “mini Merkel” pela mídia alemã, Annegret, de 55 anos, é tida em alta conta por sua sigla por ter vencido uma eleição em sua região, no ano passado, que melhorou o desempenho nacional da CDU antes da eleição federal de 24 de setembro. Merkel propôs que Annegret se torne a nova secretária-geral da CDU em uma reunião do comitê executivo do partido, realizada ontem. A expectativa é de que ela seja aprovada em uma vo-

tação no congresso da CDU, marcado para o dia 26 de fevereiro. “Houve apoio unânime”, disse um participante da reunião de ontem. Embora Merkel tenha dito que está disponível como chanceler por mais quatro anos, o debate sobre a sucessão vem ganhando intensidade graças à inclusão de uma cláusula em um acordo de coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), que prevê uma revisão do progresso do novo governo depois de dois anos para avaliar a necessidade de mudanças em sua missão. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

9

POLÍTICA PREVIDÊNCIA

Governo adia votação de reforma Intervenção no Rio gera insegurança jurídica que inviabiliza processo neste mês Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, rechaçou a acusação de que o governo encontrou no decreto de intervenção no Estado do Rio de Janeiro uma desculpa para adiar mais uma vez a votação da reforma da Previdência. Ele admitiu que a situação de falta de votos necessários para aprovar a mudança é a mesma, mas argumentou que o governo “fez a sua parte”. “O governo não precisa se desculpar por não aprovar a reforma da Previdência. O governo fez e está fazendo a sua parte”, disse o ministro, ressaltando que não é preciso criar nenhuma situação para “servir de desculpa” para o adiamento. “Tínhamos e temos consciência de que a reforma é necessária”, afirmou. Segundo Marun, a situação da segurança no Rio assumiu um caráter “tão explosivo que requereu medidas excepcionais”, que tiveram como efeito colateral a suspensão da tramitação da reforma. “Não precisamos de desculpa para nada”, repetiu. Para o ministro, se a reforma não for aprovada no futuro, “será uma derrota para o Brasil”. A decisão de priorizar a questão da segurança no Rio de Janeiro foi defendida por Marun, mesmo que o tema tenha passado à frente da Previdência, criando obstáculos jurídicos para a tramitação da proposta. Depois do alerta do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), o governo admitiu ontem que não é viável suspender o decreto de intervenção para votar e promulgar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Durante uma intervenção, não se pode fazer mudanças na Constituição. “A opção pelo combate ao banditismo é uma decisão tomada pelo governo. O governo tomou a decisão de fazer da guerra ao banditismo uma prioridade”, afirmou o ministro. “Penso que o assunto tem a gravidade que e a urgência que fizeram que fosse necessária essa intervenção. Eu lamento e reconheço que isso cria um óbice jurídico para a evolução da discussão da reforma da Previdência.” Marun, que foi presidente da comissão especial que analisou a reforma na Câmara dos Deputados, foi alçado a ministro com a missão de reaglutinar a base e conseguir os votos para a aprovação da proposta. Um dos defensores mais aguerridos das medidas do governo no Congresso Nacional enquanto deputado, ele disse não

FABIO RODRIGUES POZZEBOM AGËNCIA BRASIL

Ministro Carlos Marun insiste em que governo não está arranjando desculpa para a falta de votos

Eunício havia proibido tramitação no Senado O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou ontem à Mesa Diretora da Casa que nenhuma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) deve tramitar, inclusive nas comissões, enquanto vigorar o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Depois de participar da reunião dos conselhos de Defesa Nacional e da República, no Palácio da Alvorada, Eunício declarou que obedecerá a legislação que impede os parlamentares de aprovarem emendas constitucionais, inclusive a da reforma da Previdência. “Nenhuma PEC tramitará, não precisa a oposição entrar com pedido de liminar, absolutamente nada, porque nenhuma PEC tramitará. O mandamento constitucional no Artigo 60, item 1º, determina que, em estado de sítio, em estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não haverá mudança na Constituição”, explicou Eunício. O presidente afirmou que o Congresso tem um número alto de quase 190 PECs tramitando e que não há necessidade de se fazer neste momento nenhuma emenda constitucional. Durante a reunião ter ficado feliz com a opção de suspender a tramitação da reforma. Segundo ele, o presidente Michel Temer tampouco ficou contente com esse desfecho. O argumento do governo é que não há segurança jurídica para suspender o decreto de intervenção momentaneamente, apenas para aprovar e promulgar a reforma. Segundo Marun, isso poderia ser

com o presidente Michel Temer, o senador disse que foram levantadas outras pautas, como segurança e microeconomia, que devem ser priorizadas no Congresso. Questionado se Temer concordou com a suspensão da tramitação de todas as PECS, Eunício falou que o presidente, por ser um constitucionalista, jamais adotaria um posicionamento contrário à Constituição. Logo após assinar do decreto de intervenção, Temer declarou que o suspenderia se a reforma da Previdência reunisse o número mínimo de votos necessários para ser aprovada no Congresso. “Não há previsão constitucional de suspensão de decreto. Ele pode a qualquer momento suspender o decreto, mas como? Extinguindo a intervenção no Rio de Janeiro. Se for para fazer uma intervenção, chamar todos nós, fazer a intervenção e daqui a cinco dias dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, argumentou Eunício. Revogação impossível - O presidente do Senado sinalizou ainda que, politicamente, não seria posquestionado posteriormente, com possibilidade de invalidação das alterações nas regras previdenciárias. Violência - Marun rebateu argumentos de que a violência no Rio, alvo da intervenção federal, é menor do que em outros locais do País. Dezesseis de 27 indicadores de violência no Estado fluminense,

sível revogar o decreto e assinar outro em seguida a fim de beneficiar a aprovação de qualquer matéria no Congresso. “Nem o presidente Temer nem ninguém fará com que o presidente do Senado e do Congresso Nacional mude a posição por conveniência. (…) Se ele revogasse [o decreto], extingui-se a intervenção no Estado do Rio de Janeiro automaticamente. Aí para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria aí a condição política de se fazer, teria que fazer todo o trâmite novamente. Então, o que a sociedade ia dizer, o que iriamos dizer no Conselho? Que não havia a necessidade da intervenção. E ela é necessária.”, completou Eunício informou que vai pautar o decreto de intervenção na segurança do Rio no dia seguinte em que ele for aprovado na Câmara. A votação pelos deputados está prevista para hoje (ontem) à noite. O senador disse que a complementação de recursos para realização das ações no Rio, que ainda não foi definida pelo governo, também deve ser aprovada pelos parlamentares por meio de projeto de lei do Congresso Nacional. (ABr) como homicídios, furtos e roubos de celular, inclusive, tiveram queda no Carnaval de 2018 se comparado ao do ano passado. “A violência não se mede só por estatística. É evidente que no Rio estão presentes condições excepcionais”, argumentou o ministro, citando o uso de armas de alto calibre pelas facções criminosas. (AE)

INQUÉRITO

Diretor da PF tem 10 dias para se explicar

REUTERS / UESLEI MARCELINO

A Comissão de Ética Pública da Presidência concedeu um prazo de dez dias corridos, a contar de ontem. para que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, dê explicações sobre suas declarações a respeito do inquérito que apura irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado Decreto dos Portos. Só depois disso é que o órgão colegiado vai decidir se abre ou não um processo contra Segóvia. Normalmente, as punições na comissão costumam ser advertências, mas há também casos em que ela pode sugerir a exoneração de servidores. “Interessa de fato à comissão saber se as informações privilegiadas foram devidamente preservadas e se houve ou não uma espécie de transgressão praticada pelo diretor-geral”, argu-

mentou Mauro Menezes, presidente da comissão. Menezes explicou que o processo contra Segóvia foi aberto na semana passada como resultado de uma representação apresentada pelo líder do PT, deputado Paulo Pimenta. Quando a colegiado recebe representações o processo é aberto automaticamente. “Ainda estamos em uma fase preliminar, de maneira que é mais prudente escutar os esclarecimentos do diretor-geral”, completou Menezes. Supremo - Em entrevista há dez dias, Segóvia afirmou que as investigações não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado Decreto dos Portos. Ele sinalizou que a corporação vai recomendar o arqui-

Segovia falou em arquivar inquérito contra o presidente Temer

vamento do inquérito aberto contra o emedebista no Supremo Tribunal Federal (STF). Ontem, Segóvia teve que

prestar esclarecimentos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. (AE)

PEC suplementar ajudaria estados e municípios Brasília, DF e São Paulo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vinha repetindo que o sucesso da votação da reforma da Previdência estava condicionado à participação de governadores e prefeitos no convencimento de suas bancadas no Congresso. Não era apenas discurso. Existia uma articulação mais ampla, segundo a reportagem apurou. Em troca de apoio à aprovação da reforma, Maia se comprometeu a pôr em votação, na sequência, uma PEC suplementar para ajudar a reestruturar e sanear as previdências públicas dos estados. Desde novembro, um pequeno grupo de técnicos e de representantes dos estados se dedicou a redigir a proposta. Na última reunião de avaliação estavam presentes 17 governadores - três de estados governados pelo PT. O texto final seria apresentado ontem. Fundo - O destaque na PEC suplementar é a criação de um fundo de Previdência dos estados. Esse fundo funcionaria no mesmo modelo adotado pelos grandes fundos de pensão de estatais, como o da Previ, dos funcionários do BB. Em linhas gerais, o fundo passaria a operar tudo o que fosse relativo à Previdência arrecadações e despesas. Na contabilidade pública atual, receitas e despesas administrativas se misturam. Nas receitas estão a arrecadação de tributos e a contribuição previdenciária; nas despesas, todos os gastos com pessoal da ativa, aposentados e pensionistas. Em muitos estados, apenas com uma pesquisa mais detalhada é possível separar funcionários da ativa e inativos para identificar o peso de cada um na folha de pagamento. Como a criação do fundo, todas as contribuições e todos os gastos previdenciários seriam isolados das contas públicas. Ou seja, o fundo seria paraestatal. Como ocorre com fundos de pensão estatais, ele também poderia fazer investimentos adicionais e receber outros bens, como imóveis. Essa segregação da Previdência teria dois efeitos. De um lado, as contas dos estados ficariam mais leves. De outro, seria possível dimensionar o exato tamanho do buraco financeiro nas previdências estaduais e buscar alternativas para cobri-lo. Procurado pela reportagem, Maia confirmou as tratativas pela PEC suplementar dentro do esforço de aprovação da reforma da Previdência, mas se mostrou desanimado com o avanço da medida após o anúncio da intervenção na segurança do Rio. “Acho que a intervenção desmobilizou os governadores”, se limitou a dizer Maia no sábado (17), questionado sobre os entendimentos com os governadores acerca da PEC suplementar. Um dos governadores que participaram das reuniões, Wellington Dias (PT-PI) disse que o encontro marcado para esta semana para discutir o tema foi adiado e defendeu o instrumento: “Nossa proposta é organizar um fundo nacional para equilíbrio da Previdência dos Estados”. Imóveis e créditos - Segundo o petista, o fundo seria formado com bens imóveis e créditos com a União e representaria uma garantia para que Estados obtivessem receita extra no mercado como forma de equilibrar as contas previdenciárias. “O Piauí tem um deficit atuarial de R$ 18 bilhões. Pagamos no ano passado R$ 1 bilhão. Medidas foram adotadas, mas até alcançar o equilíbrio são R$ 18 bilhões. Com esse fundo, o objetivo é encontrar uma fonte separada.” (FP)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

10

POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ENTREVISTA: MARCO AURÉLIO MELLO Brasília - Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o da corrupção na polícia repressiva, que é a militar?”, questiocarioca Marco Aurélio Mello tem “sérias dúvidas” sobre o nou, em entrevista ao Estadão/Broadcast. resultado da intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro. Mello credita a decisão federal não só à escalada da violência “Será que o Exército realmente vai solucionar a problemática como também às ausências do prefeito Marcelo Crivella (PRB)

e do governador Luiz Fernando Pezão (MDB). “O governador foi praticamente para um retiro”, criticou. E preferiu não avaliar o decreto presidencial. “Se é constitucional ou inconstitucional, não irei comentar. Talvez eu possa até julgar isso.”

Intervenção preocupa ministro do Supremo O sr. considerou necessária a intervenção federal no Rio? A situação do Rio de Janeiro se tornou realmente crítica em termos de Segurança Pública. Mas há outros problemas seriíssimos, como no Brasil inteiro. Saúde, educação, administração, mercado de trabalho, que tem uma oferta excessiva de mão de obra e escassez de emprego. O que precisamos conceber é que a intervenção é sempre uma medida extrema, e, na maioria das vezes, não é parcial, como foi. Agora, vamos ver o resultado. Eu creio que é hora de fechar as fronteiras quanto à entrada de armas e tóxicos. Aí, sim, podemos ter a utilização das Forças Armadas e acionar, mais do que isso, a inteligência das forças repressivas, porque como está não se pode ficar. O Rio chegou a um estágio de insegurança que é desaconselhado no mundo inteiro. Isso é péssimo para o Brasil. Uma cidade vocacionada ao turismo, que é belíssima, mas que infelizmente deixa o turista sujeito à delinquência de toda ordem. Alguma medida do governo federal deveria ter sido tomada mesmo, então?

Tinha. E nós tivemos o quadro agravado por dois fatores. Primeiro, o prefeito, aquele que deveria estar no Rio de Janeiro durante a festa típica - o Carnaval -, viajou. E o governador foi praticamente para um retiro, uma cidade do interior (Pezão passou o Carnaval em Piraí, sua cidade natal).

O senhor passou o Carnaval no Rio. Sentiu aumento da violência? Não, mas tomei cuidados. Abandonei o calçadão da praia, na Barra, e caminhei no condomínio. O carro particular é blindado, muito embora Essas ausências pesaram tenha vindo no da filha, que não é, para o Galeão, via Linha na decisão do governo? Sem dúvida. Nada sur- Amarela. Confio no anjo da ge sem causa, e houve três. guarda. Delinquência ao ponto que chegou, com arrastões, vioA decisão do governo no lência de toda ordem, com Rio pode fazer com que oumorte de policiais. A viagem tros estados peçam as mesdo prefeito e esse abandono mas providências do governo ao município. E também o federal? Pode, mas não é bom. O afastamento, muito embora geográfico, no Brasil mesmo, saneamento de início tem de do governador Pezão. E a ser interno, considerados os fala dele, quando verbalizou poderes do próprio Estado. que não via mais solução, Vejo com muita preocupação que não tinha como imple- essa intervenção e receio, mentar medidas. Mas há o considerando o Exército braoutro lado da balança, que sileiro. é o desgaste que pode haver O sr. falou de desgaste do para o Exército brasileiro. E a esperança vã que se deu à Exército. Em qual sentido? sociedade. Será que o Exército Ele ir para rua, a população realmente vai solucionar a de bem acreditar que vai ter problemática da corrupção uma segurança maior em na polícia repressiva, que é curto espaço de tempo, e não a militar? Será que vai solu- ter. Isso desgastará a imagem cionar o problema de tráfico do Exército. Logicamente

6RPRV FRPSURPHWLGRV FRP R GHVHQYROYLPHQWR GR (VWDGR H FRP RV UHVXOWDGRV GD VXD HPSUHVD /XJDU FHUWR SDUD SXEOLFDomR GH EDODQoR p R 'LiULR GR &RPpUFLR

WƵďůŝƋƵĞ ƐĞƵ ďĂůĂŶĕŽ ĂŶƵĂů ŶŽ ũŽƌŶĂů ƋƵĞ ƚĞŵ ϴϱ ĂŶŽƐ ĚĞ ŚŝƐƚſƌŝĂ Ğ Ă ĐƌĞĚŝďŝůŝĚĂĚĞ ĚĞ ƋƵĞŵ Ġ ƌĞĨĞƌġŶĐŝĂ Ğŵ ĞĐŽŶŽŵŝĂ Ğ ŶĞŐſĐŝŽƐ Ğŵ DŝŶĂƐ 'ĞƌĂŝƐ͘ ;ϯϭͿ ϯϰϲϵͲϮϬϬϬ ͮ ĐŽŵĞƌĐŝĂůΛĚŝĂƌŝŽĚŽĐŽŵĞƌĐŝŽ͘ĐŽŵ͘ďƌ

0LQDV p R QRVVR QHJyFLR

CARLOS HUMBERTO/SCO/STF

de drogas? E, nas favelas, a disputa entre traficantes? Não sei. Eu tenho sérias dúvidas.

o Exército não existe para nos proporcionar segurança pública e interna. Existe para nos defender de uma agressão externa, por exemplo. Há muitos indícios de envolvimento de representantes do Estado com o crime... Essa promiscuidade é terrível, inimaginável. Agora, como consertar? O Exército concertará? Tenho sérias dúvidas. O que precisa é o saneamento com as forças internas do Estado. A intervenção é sempre a exceção. O sr. acredita em melhora após dez meses de intervenção? A sociedade não pode nutrir esperança de dias melhores imediatos O trabalho é um pouco mais profundo.

E passa pelo lado social, de viabilizar de alguma forma que jovens tenham oportunidade de trabalho. O problema de segurança seria a ponta final dos outros problemas do Estado. Vivenciamos tempos estranhos, não sabemos aonde vamos parar, em todos os setores da vida nacional. Agora é um problema que está muito enraizado no País inteiro. Precisa haver muita compenetração dos homens que aceitam o cargo público, e que se presume que queiram cargo público para servir, e não para se servirem do cargo público. O general Braga Netto irá coordenar as forças de segurança, ainda não está certo como será efetivamente a

atuação nas ruas Ele conhece porque participou de alguns auxílios para as forças repressivas. Conhece a situação do Rio, muito embora mineiro. É um homem que tem uma trajetória elogiável em termos de dedicação das Forças Armadas. Mas isso não é suficiente. O problema passa pelo aspecto social. Ver como se concerta esse contexto de absoluto desequilíbrio entre serviços essenciais, necessidades da população, entre mão de obra ofertada e empregos. E sobre o decreto de intervenção, qual a sua opinião? Quanto ao decreto em si, se é constitucional ou inconstitucional, não irei comentar. Talvez eu possa até julgar isso. (AE)

Recursos terão que sair de outras áreas Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que se houver necessidade de mais recursos financeiros federais para garantir a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, eles serão necessariamente retirados de outras áreas para a União seguir cumprindo a regra do teto de gastos. “O teto é uma limitação constitucional que será obedecida e as despesas de 2018 já estão no teto”, falou o ministro a jornalistas, após reunião no Palácio do Alvorada sobre a intervenção no governo fluminense. “Por isso temos que olhar com muito rigor o que já estava previsto no Orçamento para as Forças Armadas, visando ver até que ponto isso é suficiente”, completou. Além da Fazenda, o ministério do Planejamento e da Defesa estão em discussões para avaliar essa necessidade, disse Meirelles. “Não definimos ainda se será necessário. Estamos avaliando com calma”, destacou. O ministro considerou que a questão fiscal no Rio de Janeiro já vem sendo endereçada há tempos por meio de plano de recuperação, pelo qual o Estado recebeu recentemente empréstimo bancário de R$ 2,9 bilhões, garantido por ações da Companhia de Água e Esgoto do Estado (Cedae). Segundo Meirelles, novo empréstimo bancário para o Rio será discutido nesta semana, também dentro do plano de recuperação fiscal, mas tendo como garantia a cessão dos royalties de petróleo. Questionado sobre o valor em questão, o ministro afirmou que isso ainda está sendo avaliado. Conselhos - A maioria dos integrantes dos conselhos da República e de Defesa Nacional, reunidos ontem no Palácio

do Planalto, aprovou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, informou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Apenas os líderes da oposição na Câmara e no Senado, que integram o Conselho da República, se abstiveram de votar. Apesar de os conselhos não terem poder de veto, o presidente Michel Temer decidiu convocá-los para consultar a posição dos integrantes dos dois órgãos. A reunião teve a participação de ministros, parlamentares, militares e integrantes da sociedade civil. Jungmann relatou que durante a reunião o governo fez uma exposição dos motivos que levaram à intervenção. Entre eles, o ministro citou fatos como a interrupção de aulas nas escolas por causa da violência, o fato de comunidades no estado viverem sob o controle do crime organizado e de milícias e a necessidade de escolta armada para a entrega de encomendas dos Correios em localidades do Rio de Janeiro. O ministro disse que não se trata de uma intervenção militar, mas federal e civil e que os recursos necessários para a medida estarão disponíveis assim que o general Braga Netto, nomeado interventor, apresentar o planejamento. As Forças Armadas iniciaram ontem, em parceria com as forças policiais do Rio de Janeiro, uma grande operação nas vias de acesso ao estado para evitar a entrada de armas, drogas e munições, em uma ação que antecede mas ainda não faz parte da intervenção federal na área de segurança do Rio, decretada na semana passada. Ao todo, foram destacados 3 mil militares de Marinha, Exército e Aeronáutica, além de homens da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança e policiais locais. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

11

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

CARNAVAL

Foliões movimentaram R$ 641 milhões na Capital

Prefeitura de São José da Lapa FERNANDO BEIRAL/SECOM

Belo Horizonte recebeu 173 mil turistas, alta de 16% sobre 2017 AMIRA HISSA / DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Em coletiva realizada ontem, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na região do hipercentro, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) comemorou o sucesso do Carnaval da Capital. A festa atraiu 3,8 milhões de pessoas - crescimento de 26% na comparação com o evento no ano passado - no período de 27 de janeiro a 18 de fevereiro. A previsão era atrair 3,6 milhões de foliões. No mesmo período, a festa aqueceu a economia da cidade, levando os setores de hotelaria e alimentação fora do lar a baterem recordes no período. A movimentação financeira entre a sexta-feira de Carnaval (9) e a quarta-feira de Cinzas (14), foi de R$ 641 milhões - a estimativa era de R$ 637 milhões. A cidade recebeu 173 mil turistas - um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. “Quero agradecer a todos os secretários e todos os envolvidos nesse Carnaval. Ninguém faria uma festa como essa sem uma equipe como a que trabalhou aqui. Quem ganhou não foi só o Carnaval, foi uma filosofia de trabalho. Chega de ser uma cidade triste e taciturna como eu disse quando comecei o meu mandato. Quero avisar aos secretários que não esperem um crescimento de apenas 20% ano que vem. Somos, hoje, o segundo Carnaval do País – segundo o Google - e passaremos de segundo para o primeiro lugar em 2019”, entusiasmou-se Kalil. De acordo com dados apresentados pelo presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Aluizer Malab, cerca de 9,6 mil ambulantes foram credenciados para trabalhar durante o período oficial de Carnaval na Capital. Para fiscalizar o trabalho nas ruas foram destacados 250 fiscais e 270 agentes de campo em escala especial. Hotelaria - No setor hoteleiro a movimentação financeira superou R$ 8 milhões. A taxa média de ocupação foi de 61,18%, aumento de 14,7% em relação a 2017, com pico de 85,14% no dia 11 de fevereiro (domingo). Os dados se referem a 13 meios de hospedagem localizados na região Centro-Sul. Os dados estão alinhados com os números apurados antecipadamente pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO junto à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (Abih-MG), que registrou 65% de ocupação na região Centro-Sul - onde alguns estabelecimentos alcançaram a marca de 100% - e 53% de ocupação média quando avaliada toda a cidade. Apesar dos bons números, a hotelaria belo-horizontina ainda tem espaço para crescer. A maioria dos turistas se hospedou em

Em 2019, seremos o Carnaval mais buscado pelos foliões no Google, afirmou Kalil

casa de amigos e parentes (76,7%). Depois vieram os hotéis (16,7%) e casa própria ou alugada (5,8%). O percentual de visitantes em meios de hospedagem foi 70% superior ao de 2017, que foi de 9,8%. “Considero que nossa receita tenha ultrapassado R$ 1 bilhão, já que essa pesquisa se concentrou apenas na semana do Carnaval e não em todo o período e levou em conta o tíquete mé-

dio, deixando gastos como transporte, por exemplo, de fora”, pontuou Malab. O patrocínio do Carnaval de Belo Horizonte saltou de R$ 1,5 milhão em 2017 para R$ 9 milhões em 2018, sendo R$ 3,6 milhões em patrocínio direto e R$ 5,4 milhões em estruturas e serviços. O evento teve como patrocinadores a Skol e o Uber. “Finalmente Belo Horizonte entrou no contexto

dos patrocínios distribuídos durante a festa no Brasil, que se concentravam, principalmente, entre o Rio de Janeiro e o Nordeste. Essa é uma rota que não tem mais volta. Publicamos editais de patrocínio e de parcerias e apoios. O modelo deu certo e a partir de agora mais empresas vão se interessar em associar suas marcas ao Carnaval de Belo Horizonte”, destacou o presidente da Belotur.

O prefeito de São José da Lapa, Diego Álvaro dos Santos Silva, acompanhado da assessora técnica da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, Dirlene Aparecida Lauriano da Silva, e da assessora especial da Divisão de Recursos Humanos, Silvânia Simão Santiago, esteve, no dia 7 de fevereiro, na sede do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais. Na oportunidade assinou a renovação do convênio de parceria entre a Prefeitura e o CIEE/MG A Prefeitura é membro-cooperadora do CIEE/MG desde 2010 e já beneficiou mais de 200 estudantes do ensino médio, técnico e educação superior com oportunidades de estágios em vários órgãos do Executivo municipal. Na foto, Silvânia Santiago, Elaine dos Santos (colaboradora do CIEE/MG), Prefeito Diego Silva, Professor Sebastião Colomarte (superintendente-executivo do CIEE/MG) e Dirlene Silva.

Sindicato de Divinópolis assina convênio DCIEE/MG-GRANDE BH

Festa em BH é ranqueada pelo MTur Para conhecer o perfil do folião que curtiu o Carnaval em Belo Horizonte, a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) contratou uma pesquisa - apurada entre os dias 9 e 14 de fevereiro. Coordenada pelo Observatório do Turismo e realizada pela Gênesis - empresa vencedora da licitação - a pesquisa entrevistou 1,6 mil pessoas. As respostas revelaram que a maioria dos visitantes (80,4%) e dos moradores (77,7%) avaliou que o Carnaval superou ou atendeu plenamente as expectativas, manifestando alta satisfação com a experiência vivida na cidade. Os números são melhores do que os de 2017, quando 78,6% de visitantes e 76,8% de moradores deram a mesma opinião. Entre os visitantes que já conheciam a festa, 77% afirmaram que o evento melhorou, número também superior ao de 2017, 63,3%, e mais de 89% têm a intenção de retornar em 2019. A qualidade dos serviços também foi bem avaliada. Moradores deram de zero a 10, nota 8,3, e visitantes, 8,6. Para o presidente da Belotur, Aluizer Malab, Belo Horizonte tem, entre os carnavais das capitais, o mais forte viés de crescimento. “É com muito prazer que recebemos as notícias de que o Ministério do Turismo (MTur) incluiu a capital mineira entre os seis maiores destinos de Carnaval do Brasil - Rio de Janeiro, Salvador (Bahia), Recife e Olinda (Pernambuco) e São Paulo - e que o Google elegeu a folia belo-horizontina como a segunda melhor do País. O metrô registrou 30% a mais de movimentação de passageiros e o aeroporto (Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins), 20% a mais comparados ao Carnaval do ano passado. Tudo isso demonstra que estamos crescendo e que o Carnaval de Belo Horizonte é

o principal em ascensão do Brasil”, avaliou Malab. A maioria dos visitantes veio do interior do Estado, seguido por São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O aumento da presença de turistas na cidade foi de 15,7% em relação a 2017 e 79,2% comparado a 2016. Os turistas pernoitaram, em média, 5,1 dias - totalizando 41,7% de aumento na comparação com o ano passado, quando a média foi de 3,6 dias. O gasto médio, per capita, foi de R$ 933,70 durante todo o evento, gerando receita turística direta para Belo Horizonte estimada em R$ 160,9 milhões, o que significa um aumento de 194% no período de 2016 a 2018. Já os moradores apresentaram um gasto médio de R$ 228,00 durante o Carnaval, gerando receita direta estimada em R$ 158,5 milhões. Aplicados os efeitos multiplicadores na economia da cidade, a Belotur estima uma geração de receita de R$ 641 milhões no período da pesquisa, valor 20% superior ao de 2017. No setor de alimentação, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes registrou um aumento de 15 a 20% no faturamento em comparação a 2017. O número engloba estabelecimentos próximos aos locais de desfile dos blocos de rua, mas leva em conta apenas bares e restaurantes que já abriram no ano passado. Considerando aqueles que passaram a abrir as portas apenas no Carnaval de 2018, entretanto, o crescimento no volume financeiro movimentado no setor ultrapassou os 20%. “Tudo isso mostra um acerto na nossa metodologia e, também, que existe muito em que devemos trabalhar e melhorar. As ideias de descentralização serão reforçadas e em março já começamos a pensar na folia de 2019”, prometeu o presidente da Belotur. (DM)

www.facebook.com/DiariodoComercio

www.twitter.com/diario_comercio

gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

Telefone: (31) 3469-2025

O Sindicato dos Contabilistas de Divinópolis (Sincondiv) assinou, no dia 9 de janeiro, convênio com a Unidade de Atendimento de Divinópolis do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais para implantação do Programa Estágios junto ao sindicato e aos seus filiados. Na oportunidade, o presidente da entidade, Sérgio Dias Bebiano, solicitou ao supervisor da Unidade Regional Grande BH, Ualisson Perez, que fizesse uma exposição para cerca de 70 contadores que ali se encontravam reunidos sobre as vantagens e benefícios de contratar estagiários. Na foto, Thaisa Martins (colaboradora da Unidade de Divinópolis), Sérgio Dias Bebiano, Maria José (contadora associada ao sindicato) e Ualisson Perez.

CMDCA de Montes Claros CIEE/MG-MONTES CLAROS

O supervisor da Unidade Regional Norte de Minas do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais, Bacelar Botelho Júnior, acompanhado da colaboradora Shirley Gonçalves Moreira e Santos, esteve em visita ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Montes Claros. Foi recebido pela técnica e assistente social do Conselho, Lílian Carneiro Guimarães. Na foto, Bacelar Júnior, Shirley Santos e Lílian Guimarães. Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

12

NEGÓCIOS COMÉRCIO ELETRÔNICO

TI ajuda varejo integrar loja real à virtual Rastro de dados deixados pelos consumidores ajuda o lojista a entender melhor o que eles querem São Paulo - Não importa se o cliente compra pela internet ou se apenas faz pesquisas on-line antes de ir à loja física. As grandes varejistas brasileiras estão usando o rastro de dados deixados pelos consumidores, tanto no mundo real quanto no virtual, para entender melhor quem são eles e o que querem. O objetivo é unir o que os dois modelos têm de melhor: a comodidade e o preço competitivo do on-line com a experiência e a pronta entrega do endereço físico. A decisão das companhias decorre da mudança de hábito dos consumidores nos últimos cinco anos. Cada vez mais exigentes, eles têm hoje ferramentas literalmente à mão para descobrir sozinhos de que produtos precisam e onde podem pagar menos pelos itens. “O varejo vive uma revolução digital. Se antes a venda era definida no balcão das lojas, hoje é preciso estar e atender bem em todos os canais para não perder os clientes”, diz o sócio da Deloitte no Brasil, Reynaldo Saad. Apesar de conscientes da urgência de mudança, são poucas as empresas que têm conseguido investir em inovação sem a garantia de retorno no curto prazo, de acordo com Saad. Saem na frente as que apostaram em tecnologia antes das demais, como é o caso do Magazine Luiza. Desde 2016, os centros de distribuição e lojas da varejista são integrados para que entregas sejam feitas aos consumidores em até 48 horas sem cobrança de frete. A ideia agora é fazer isso em tempo recorde no Brasil. Em 10 lojas do País a rede vem testando há poucos meses como entregar em menos de três horas após a compra, poucos minutos a mais do que faz, desde 2014, a gigante Amazon nos EUA.

DIVULGAÇÃO

Saem na frente as que apostaram em tecnologia antes, como é o caso do Magazine Luiza

Outro modelo colocado à prova é o de entregar nas lojas físicas produtos de vendedores do marketplace on-line. Na loja da marginal Tietê, na capital paulista, por exemplo, é possível que alguém vá buscar a churrasqueira comprada na loja virtual e receba ofertas de fraldas ou de cervejas artesanais pelo aplicativo da loja instalado no celular. A correlação feita pela inteligência de dados da empresa é simples: churrasco combina com cerveja, que combinam com pais de filhos pequenos, que sempre precisam comprar fraldas. “Há cinco anos estudamos o que nossos clientes abandonam no carrinho, a maneira como eles preferem pagar as contas, entre outros detalhes, e com o tempo nos aperfeiçoamos para fazer recomendações de compras precisas para eles nas lojas on-line e físicas”, diz o diretor-executivo de tecnologia do Magazine Luiza, André Fatalla. Entrega rápida - Como no Magazine, boa parte dos consumidores que compram no comércio eletrônico

da Via Varejo (Ponto Frio e Casas Bahia) vai buscar os produtos nas lojas físicas, para evitar pagar frete e ter a entrega mais rápida. A fatia dos que optam por isso passou de 8% para 25% na rede do grupo Pão de Açúcar, que integrou as duas modalidades de compras há um ano e meio. Isso também permitiu que a empresa analisasse os hábitos dos clientes e checasse quais produtos são mais comprados por eles e em quais endereços as retiradas são feitas. Como resultado, a Via Varejo readequou seus estoques de acordo com a preferência dos consumidores de cada região e reduziu para menos de um décimo o custo da entrega por item comprado. “Já temos uma loja em São Paulo com realidade virtual e usamos inteligência artificial para indicar smartphones aos clientes”, diz o diretor de e-commerce da rede, Flávio Dias. A mesma estratégia de mapear os caminhos físicos e digitais dos clientes dentro das lojas foi feita pela varejista de construção e decoração Leroy Merlin. Desde o ano passado os con-

sumidores podem consultar o estoque dos produtos de cada loja no site, além de fazer a compra on-line e retirar na loja física. Uma parceria do Google também foi feita para atrair mais clientes. Quando se digita “porcelanato” no buscador, por exemplo, os primeiros resultados são de lojas da rede que tenham em estoque o produto procurado e estejam próximas da localização do cliente naquele momento. Origem dos dados - Demandas como essas vindas de varejistas viraram tão frequentes na operação do Google no Brasil que a companhia decidiu abrir há um ano uma área específica para atender as empresas do setor, assim como já faz nos Estados Unidos desde 2013. O papel da empresa dentro das estratégias das varejistas é importante. Na prática, é como se o caderno de anotações sobre os clientes, feito pelos comerciantes de antigamente, fosse hoje abastecido diariamente com milhares de dados vindos das buscas feitas por eles na internet. (FP)

Ícones americanos ficam para trás e encolhem São Paulo - Nos últimos 15 anos, a maneira como as grandes varejistas ganham dinheiro mudou drasticamente. Enquanto a velocidade com que as empresas faturam caiu pela metade, é preciso vender o dobro para estar entre as 200 maiores do mundo. Boa parte da dificuldade está relacionada à lentidão com que as companhias do setor inovam e a dificuldade em entender o que querem os consumidores mais jovens, de acordo com uma pesquisa mundial feita pela consultoria Deloitte. O levantamento analisou o desempenho das 250 líderes globais do varejo em faturamento nos últimos 15 anos para apontar as mudanças no período, que aconteceram mais rapidamente de 2012 a 2017. De acordo com o estudo, nestes últimos cinco anos, as compras de supermercados feitas pela internet no mundo saltaram 30% e a China tornou-se o país onde o comércio eletrônico mais cresce - as vendas anuais do segmento por lá sobem cinco vezes mais rápido atualmente do que no mercado americano. Grandes lojas de departamentos, sem ofertas virtuais atrativas nem possibilidade de entrega e pagamento variados, são coisas do passado. Prova disso, aponta o relatório, está no número recorde de fechamento de pontos comerciais em 2017 nos Estados Unidos. Apenas no ano, 6.885 lojas fecharam as portas. As varejistas Macy’s, J.C.Penney e Sears estão entre as que mais encerraram operações no mundo. O intuito é se concentrarem apenas nas lojas rentáveis e investirem em

tecnologia. “Tanto elas quanto a maioria das varejistas sabem que têm de competir e atuar como a Amazon, mas não sabem nem por onde começar, de tão atrasadas que estão”, afirma o sócio da Deloitte no Brasil, Reynaldo Saad. Entre as 10 maiores varejistas do mundo em faturamento, o Walmart é o único que se manteve na mesma posição de 15 anos atrás - a liderança. De acordo com Saad, a rede tem investido em inovação e segue hoje o caminho inverso da Amazon, empresa que se tornou sua maior rival no mercado americano. “Enquanto o Walmart quer aumentar a presença on-line, a Amazon, com a compra do Whole Foods, investe em lojas físicas. As duas estão se preparando para o futuro, com a junção dos dois mundos, físico e on-line”, diz. Modelo híbrido - Ainda que o comércio eletrônico esteja ganhando relevância, as lojas físicas de varejo não irão desaparecer, mostra a pesquisa. Pelo contrário: os endereços físicos das varejistas têm cada vez mais importância, já que 90% das vendas mundiais ainda são realizadas nelas. No entanto, a maneira de vender mudou e a exigência dos clientes é muito maior. “Os mais jovens querem comprar em lugares que tragam comodidade, mas também experiências com as marcas e produtos. Eles pensam: ‘Para que sair de casa se não for para ver algo interessante?’”, diz Saad. (FP)

cegueiradasorganizacoes@diariodocomercio.com.br

A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

Como evitar o desenvolvimento de um produto que o mercado não necessita? FILIPE DRUMOND REIS*

A empresa CB Insight fez uma interessante análise das causas de morte de uma startup. O estudo analisou as principais falhas de 101 startups que fracassaram e, dentre os 20 motivos identificados, os cinco principais motivos foram: 1. Não resolver uma necessidade do mercado; 2. Ficar sem dinheiro; 3. Não ter a equipe certa; 4. Não conseguir se diferenciar da concorrência e 5. Problemas de preço ou custo. Embora pareça evidente que se ninguém quiser o seu produto sua empresa fracassará, “Não resolver uma necessidade de mercado” esteve presente em 42% dos casos. Então por que um grande número de startups falha justamente em não conseguirem atender uma necessidade de mercado? Uma startup é uma organização focada em criar um novo produto ou serviço em um ambiente de grande incerteza, dessa forma é fundamental que ela consiga experimentar e validar se seu produto de fato está resolvendo um problema ou uma

necessidade de seu cliente. Nesse sentido, como bem descrito no livro Startup Enxuta de Eric Ries, deve-se focar no que as pessoas realmente querem, evitando toda atividade que não contribua para se aprender a respeito dos clientes. Para evitar que se invista tempo e recursos em uma grande estrutura para, ao final do desenvolvimento de seu produto, descobrir que seu cliente não quer ou não precisa daquilo que você desenvolveu, é necessário entender o problema ou necessidade do seu cliente. Entender o problema e compreen-

der as necessidades de seu mercado ajuda a minimizar o risco de ter um produto que o mercado não quer. É necessário que esse processo seja simples e objetivo. Deve-se evitar processos complexos e morosos sobre o risco de ficar paralisado diante das informações de mercado. A combinação de testes qualitativos e quantitativos durante o desenvolvimento do produto permite trazer a percepção do cliente para todo o processo. Entender o problema é a primeira etapa. A melhor forma de fazer isso é por meio de entrevistas em

profundidade com seu público, buscando entender como eles lidam com o problema, quais seus pontos de dor, frustrações e necessidades latentes. A partir do melhor entendimento do problema deve-se construir a solução e validar se de fato ela poderia resolver o problema descoberto ainda sem ter o produto desenvolvido. A validação do MVP faz parte do planejamento de seu produto, é necessário lançar experimentos rapidamente, testar e aprender com eles, identificando o que funciona e o que não funciona, o que seu

consumidor precisa e o que ele é indiferente. Esse primeiro produto capaz de ser testado recebe o nome de produto minimamente viável (MVP, de Minimum Viable Product). Pode-se ter uma Validação Qualitativa do MVP onde o objetivo é lançar o produto para um pequeno número de consumidores e entender como eles o avaliam, se eles entenderam a proposta de valor, e por qual motivo eles pagam pelo produto. Após a validação qualitativa, deve-se lançar o produto para um público maior e validar quantitativamente se seu produto é escalável e adaptado ao mercado. Nessa fase, pode-se utilizar um teste quantitativo que permite responder com mais acurácia se de fato seu produto e negócio está pronto para escalar. Aproximar do seu cliente, entender o que ele realmente necessita, experimentar e validar com ele todas as hipóteses da proposta de valor do seu negócio ajudam a evitar que sua startup falhe por não ter um produto que o mercado necessite. *Sócio-gerente da DMEP


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

13

NEGÓCIOS TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

ALIMENTOS

Coco Bambu vai desembarcar na Capital e Uberlândia Ao todo, serão R$ 22 milhões em investimento THAÍNE BELISSA

Minas Gerais vai receber, este ano, duas unidades da rede de restaurantes especializada em frutos do mar, Coco Bambu. Ao todo, serão R$ 22 milhões em investimento nas duas operações, em Belo Horizonte e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A expectativa é de que cada restaurante receba entre 30 mil e 40 mil clientes por mês. Os sócios Elias Bachá e Ricardo Caixeta estão otimistas com a expansão e acreditam que a operação na Capital ficará entre as cinco maiores em faturamento do grupo, que tem 27 restaurantes no Brasil. A rede, que tem 29 anos de operação, tem sede em Fortaleza, mas já está presente nas grandes capitais do País e também em Miami.

Os restaurantes seguem um conceito de “casual dinning”, que remete a um ambiente que é mais descontraído, mas não são tão populares quanto restaurantes-bar. A rede é especializada em frutos do mar, mas também serve aves e carnes. Caixeta afirma que Belo Horizonte e Uberlândia chamaram a atenção da rede por serem cidades com grandes populações e com bom poder aquisitivo. Além disso, ele ressalta a carência desses mercados de restaurantes especializados em frutos do mar. “Nossos clientes mineiros que frequentam nossas unidades em outras cidades sempre nos enviam mensagens pedindo uma unidade em Minas e isso nos chamou a atenção. Sabemos que cidades que não são litorâneas têm dificuldade

de encontrar peixes e frutos do mar de qualidade e é justamente essa carência que nos tornará um atrativo”, afirma. O sócio também brinca com a paixão do mineiro pela praia e garante que a estrutura dos restaurantes vai matar a saudade do ambiente praiano, pois simula uma casa de praia sofisticada. A unidade de Belo Horizonte já está em construção e tem inauguração prevista para junho deste ano. O restaurante terá 2.200 metros quadrados, 700 lugares e ficará no Anchieta Garden Shopping, no Anchieta, região Centro-Sul. São R$ 12 milhões de investimento na decoração, mobiliário e equipamentos. A operação vai gerar 200 empregos diretos na Capital. Segundo Caixeta, 60% dos

Especializada em frutos do mar, a rede Coco Bambu faturou R$ 600 milhões em 2017

empregos são para a cozinha e para o salão e contempla cargos como cozinheiros, auxiliares de cozinha e garçons. Os outros 40% são vagas para áreas como administrativo, delivery, gerência, recepção, limpeza e nutrição. A expectativa dos sócios é de que a operação belo-horizontina atraia entre 35 mil e 40 mil pessoas por mês e fique entre as cinco maiores em faturamento do grupo. O sócio Elias Bachá faz questão de destacar a estrutura do restaurante, que atenderá tanto famílias e amigos quanto grupos cor-

porativos. “Também temos estrutura para eventos, desde palestras e reuniões até aniversários e casamentos”, diz. O restaurante oferece refeições compartilhadas (para duas ou mais pessoas) que custam entre R$ 60 e R$ 300, além de música ao vivo todos os dias à noite e na hora do almoço nos fins de semana. Bachá ainda destaca um diferencial da operação: a brinquedoteca que conta com monitores dedicados às crianças. A operação de Uberlândia também já está em construção e a inauguração está prevista para agosto deste ano. O

restaurante ficará em uma área de dois mil metros quadrados no Center Shooping e deve receber cerca de 30 mil clientes por mês. A operação terá um investimento de R$ 10 milhões e vai gerar 180 empregos diretos. Os sócios não revelam a expectativa de faturamento para as unidades mineiras, mas garantem que as operações serão importantes para que a rede alcance sua meta de crescimento de 16% no faturamento em 2018 em relação a 2017. No ano passado, a empresa faturou R$ 600 milhões e, este ano, espera chegar aos R$ 700 milhões.

Trattoria e hamburgueria serão inauguradas no Diamond MÍRIAN PINHEIRO

Belo Horizonte vai ganhar, ainda neste semestre, uma filial da trattoria paulista Pecorino (com sede nos Jardins, em São Paulo, especializada em comida italiana) e a primeira unidade da hamburgueria alagoana The Black Beef, ambas no Diamond Mall, shopping localizado na região Centro-Sul. Segundo a superintendente do shopping, Lívia Paolucci, embora o mall seja frequentemente escolhido pelas marcas como porta de entrada para Minas Gerais, as marcas em questão foram capitaneadas pelo shopping e trarão muitos benefícios ao empreendimento. Ela explica que o Diamond Mall sempre investe em conveniência para seus clientes. Alinhado a isso, evidencia a tendência atual de promover espaços de convivência nos centros de compra. “A gastronomia costuma ser um desses atrativos, principalmente se forem operações inéditas em uma região, como é o caso da hamburgueria The Black Beef e da trattoria Pecorino - que inauguram suas primeiras operações em Belo Horizonte”, completa. De acordo com o sócio e fundador da hamburgueria alagoana The Black Beef, André Sadigursky, a capital mineira foi escolhida por estar entre as cinco cidades com maior mercado para alimentação fora de casa do Brasil. “Notamos uma carência de uma opção de hamburgueria no conceito Fast Casual, que une produtos artesanais de qualidade a custos acessíveis e serviço rápido”, justifica. A expectativa de faturamento da hamburgueria é de R$ 3 milhões por ano. Expansão - Para a abertura do negócio, o sócio revela que foram investidos R$ 700 mil, com recursos próprios. O payback está previsto para 18 meses. Segundo Sadigursky, a abertura de loja em Belo Horizonte faz parte de um plano de expansão da empresa, que prevê mais três unidades na Capital ainda no primeiro semestre

de 2018. “Nossa previsão é atingir 25 unidades no Brasil até o final do ano”, anuncia. O sócio explica que já são sete unidades em funcionamento em cinco estados brasileiros (São Paulo, Goiânia, Paraná, Alagoas e Minas Gerais), além do Distrito Federal. Em Minas, a marca está, desde o ano passado, em Uberlândia no modelo de franquia. A matriz funciona em Maceió. Sadigursky estima a venda média de 300 hambúrgueres/dia a um tíquete médio de R$ 30, o que inclui o sanduíche, refrigerante e batata. Os preços dos hambúrgueres variam entre R$ 15 e R$ 24. Entre o mix de

produtos ofertados, além do hambúrguer, a marca oferece batatas e milk shakes. “Nosso carro-chefe é o Black Rib: um hambúrguer de costela, bacon, barbecue e maionese de ervas”, destaca o empresário. A The Black Beef iniciou suas atividades há três anos, em Maceió, como um food truck. O idealizador do negócio é o chef baiano André (Deco) Sadigursky, que viveu em Nova York e trabalhou na rede mexicana Rosa Mexicano. Ele conta que, ao voltar para o Brasil, montou um food truck a partir de uma antiga ambulância emprestada por seu tio. Foi na capital alagoana

@ruinagaefotografia /DIVULGAÇÃO que seus burgers caseiros caíram nas graças das pessoas da região. “Fiz uma pesquisa e vi que os três produtos mais consumidos no mundo eram pizza, hambúrguer e hot dog. Apostei na carne e calculei uma venda de 50 unidades ao dia, para ter uma renda extra. A saída foi tanta que, na primeira semana, já vendia 50 em uma hora”, explica Sadigursky. Posteriormente, vieram outros sócios, entres eles, o global Caio Castro. A primeira loja da The Black Beef foi aberta em janeiro 2016. Hoje, a marca serve só nesta loja mais de 10 mil sanduíches ao mês. Os preços dos hambúrgueres variam entre R$ 15 e R$ 24

Intensificar vendas pela web é meta da John Pipoca MÍRIAN PINHEIRO

Engenheiro eletricista por formação, o mineiro Evandro Francklin, da John Pipoca, inovou ao montar o próprio negócio em Itaú de Minas, região Sul do Estado. Ele diz que, na verdade, a John Pipoca não é uma loja física, mas sim um empreendimento itinerante concebido no início de 2016, e inaugurado em julho do mesmo ano. O investimento inicial foi de algo em torno de R$ 1.000, sendo que cerca de 70% deste valor foi gasto na compra de embalagens personalizadas, item, segundo ele, indispensável deste a concepção do negócio. Mas tudo começou mesmo com uma mesa de plástico, um fogareiro de duas bocas, uma (boa) pipoqueira, uma frigideira e uma caixa de isopor (onde as pipocas são depositadas). “No entanto, acho que o que fez toda a diferença foi o fato de tudo isso ter a impressão da marca, o que deixava uma impressão de zelo e, principalmente, higiene”, ele resume, dizendo que ‘acha’ que o sucesso é por isso, já pensando em expandir para o mercado de pipocas gourmet, e tentar abranger o universo corporativo. “Além disso, quero ter outras formas de atender os

clientes e outros produtos a oferecer. Quero (ou melhor, preciso) expandir minha cartela de produtos e melhorar minha comunicação visual e marketing”, revela, explicando que ainda não possui loja on-line, mas faz pipocas sob encomenda. “A minha pretensão é, sim, chegar ao momento em que eu intensifique as vendas pela internet”, prevê. Desafios - O seu maior desafio enquanto empreendedor, ele diz, foi ter escolhido um produto de baixo valor agregado. “Ainda que minha proposta e agregar valor, é muito difícil convencer os clientes de quanto vale este produto, além de que, para as pipocas tradicionais, eu ainda mantenho o preço competitivo com os dos outros pipoqueiros (na verdade, minha menor embalagem ainda é maior do que as embalagens tradicionais dos pipoqueiros, o que faz minha pipoca ainda assim ‘compensar mais’”, avalia. Para ele, o fato de estar numa região de cidades de pequeno porte faz retardar seu crescimento. “Ainda, infelizmente, tenho poucas oportunidades de divulgar meu produto em locais com grande fluxo de gente”, queixa-se. Para isso, Evan-

DIVULGAÇÃO

dro Francklin diz que ainda precisa identificar eventos e locais que caibam o seu produto - “e, mesmo estes ainda sendo bastante eventuais, às vezes não consigo permissão , seja por parte da administração pública, seja por parte dos organizadores do evento - para vender nestas ocasiões”, lamenta. O cardápio oferecido pela John Pipoca é composto pelos sabores tradicional, queijo, bacon, coloridas, caramelizadas e leite ninho. Os preços dos sacos de pipoca variam de R$ 2 a R$ 8 e são disponibilizadas nos tamanhos médio e grande. Preços dos sacos de John Pipoca variam de R$ 2 a R$ 8 Nenhuma experiência Evandro assegura que nunca havia tentado nada no ramo de alimentação. “Na verdade, sou de uma família sem absolutamente nenhum comerciante, entre pais, tios, primos e avós. O empreendedorismo não veio na minha genética”, conta bem-humorado. Fato é que, sem saber, ou já sabendo, o start estava dado. Começou a investigar o mercado e foi assim que decidiu lançar o John Pipoca. Ele também esclarece que não utiliza nenhuma ferramenta de gestão, e ainda considera a John Pipoca uma startup, cujo modelo de

negócio ainda não foi 100% validado. “Já quebrei a cara várias vezes, e aos poucos vou acertando”, comenta, achando graça. Sobre a crise que assola o mercado há mais de dois anos, ele diz que não saberia dizer se impactou no meu negócio, já que ele foi criado sob a certeza de que, de fato, não era o melhor momento para abri-lo. Tanto pelo cenário político-econômico do País, quanto pelo fato de ele estar em uma cidade de pouco mais de 15 mil habitantes. “O que a crise certamente influenciou foi na minha decisão de empreender: eu

percebi no fim da faculdade que os colegas recém-formados encontravam uma significativa dificuldade para ingressarem no mercado de trabalho - ainda que com um diploma de uma instituição renomada, como era o caso da minha universidade -, e que mesmo aqueles que conseguiam, se submetiam a baixíssimos salários e maus planos de carreiras. Pesou também o fato de que eu, oito anos e meio depois de labuta acadêmica, já tinha claro pra mim que a engenharia não tinha nada a ver comigo, e que por isso eu precisaria caçar novos rumos”, relata.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

14

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

PROJEÇÃO

VBP em Minas deve recuar em 2018 Influência negativa vem, principalmente, da pecuária, com previsão de queda de 5,12% CNH / DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

A primeira estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2018 mostra uma tendência de queda de 2,49% em Minas Gerais, com o faturamento das produções agrícola e pecuária estimado em R$ 53,2 bilhões, ante o valor de R$ 54,59 bilhões registrado em 2017. Com base nos dados de janeiro, a influência negativa vem, principalmente, da pecuária, cuja previsão para este ano é de queda de 5,12% no VBP. O leite, produto com maior participação na composição do VBP da pecuária, apresentou retração de 13,13%. Na agricultura, o levantamento aponta para uma queda de 0,94% no faturamento da atividade, resultado da retração verificada, principalmente, na cana-de-açúcar, feijão e milho. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com as informações do Mapa, os dados ainda são preliminares e poderão ser alterados ao longo do ano, após a conclusão da colheita da safra de grãos. A queda na agricultura também é atribuída ao excelente desempenho verificado na safra de grãos de 2017, o que tornou o ano uma base forte de comparação. Em Minas Gerais, a projeção é que o VBP alcance R$ 53,23 bilhões neste ano. Na agricultura, que corresponde por 63,8% do total estadual, a previsão é de um VBP de R$ 33,99 bilhões, o que, se alcançado, representará uma retração de 0,94% frente a 2017, quando o faturamento das lavouras foi estimado em R$ 34,3 bilhões. Uma das influências negativas para a composição do VBP da agricultura é a previsão de queda na produção de grãos. De acordo com o 5º Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Minas Gerais, na safra 2017/18, deve colher 13,3 milhões de toneladas de grãos, volume que está 5,5% inferior ao recorde de 14 milhões de toneladas colhidas na safra passada.

Com perspectiva de colheita menor, o milho é um dos produtos que promete interferir no VBP da agricultura

O milho é um dos produtos que terá uma safra menor e que também apresentou resultados negativos no VBP. Com a previsão de colher 6,9 milhões de toneladas, queda de 7,7%, o VBP do cereal foi estimado em R$ 3,45 bilhões, valor 1,22% inferior. No feijão, o recuo estimado no VBP é de 21,2%, com o faturamento da atividade alcançando R$ 1 bilhão. Já na cana-de-açúcar, a retração estimada é de 27,6%, com o VBP da cultura calculado em R$ 4,84 bilhões. A previsão também é de queda no VBP da produção de banana, que foi estimado em R$ 1,44 bilhão, valor 12,6% inferior aos R$ 1,65 bilhão registrado em 2017. Para a laranja, a previsão é de uma retração de 15% no faturamento da lavoura, que pode encerrar o ano em R$ 381,7 milhões. Caminho oposto - Em contrapartida, dentre os destaques positivos está o café. Com a previsão para a safra 2018 variando entre 29 milhões e 30,6 milhões de sacas de 60 quilos, aumento que deve ficar entre 19% e 25,3% quando comparado com a safra passada,

o VBP da cultura projetado para este ano, com base em janeiro, alcançou R$ 13,21 bilhões, crescimento de 11,67% frente aos R$ 11,8 bilhões verificados em 2017. O faturamento do café arábica pode alcançar R$ 13 bilhões, alta de 12%. Já para o café conilon, a previsão é de queda, 16,88%, com o faturamento da produção estimado em R$ 129 milhões. Resultado positivo também é previsto para o algodão herbáceo. O faturamento da cultura tende a crescer 46,9% e alcançar R$ 523,6 milhões. A previsão favorável se deve a alta demanda mundial pelo produto, o que tem mantido os preços em patamares rentáveis e estimulado o plantio. Em Minas Gerais, a produção de algodão em caroço, em 2018, pode alcançar 78,3 mil toneladas, alta de 34,3%. Para este ano, a previsão é de um aumento de 1,52% no VBP da soja, que poderá encerrar o ano em R$ 5,28 bilhões. Pecuária - De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a previsão é

de um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) negativo para a pecuária estadual em 2018. Com base nos dados de janeiro, a projeção é de um faturamento de R$ 19,23 bilhões para este ano, retração de 5,12% frente aos R$ 20,2 bilhões registrados em Minas Gerais, em 2017. No setor, uma das influências negativas veio da produção de leite. Com preços baixos e produtores desestimulados, a previsão é de um VBP 13,13% inferior, com o faturamento da atividade leiteira calculado em R$ 6,89 bilhões, ante os R$ 7,9 bilhões alcançados em 2017. Queda também é esperada nos resultados dos ovos. O VBP deve recuar 11,7% em 2018, atingindo R$ 949,5 milhões. Para o frango, a previsão é de retração de 3,28% e faturamento de R$ 3,45 bilhões. No caso dos suínos, a projeção, com base nos dados de janeiro, é de um recuo de 3,38%, com o faturamento estimado em R$ 1,94 bilhão. Somente o segmento de bovinos apresentou estimativa positiva, com o VBP crescendo 5,58% e alcançando R$ 5,98 bilhões.

País também sinaliza redução no indicador São Paulo - O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária nacional para 2018 deve alcançar R$ 516,6 bilhões, 4,9% a menos que os R$ 543,3 bilhões de 2017, segundo a primeira estimativa divulgada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As lavouras devem ter redução real de 6,2% e a pecuária, de 2,3%. De acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques, parte dessa diferença entre as estimativas deve-se ao fato de o ano passado ter sido “excepcional”, o maior valor da série. Outro aspecto é o fato de o mês de janeiro ser ainda quase um início da safra do ano, portanto, com informações ainda incompletas. Os produtos com melhor desempenho são algodão, com aumento real de 15% no valor, batata-inglesa (11,1%), cacau (44,5%), café (5,8%), tomate (36,1%) e trigo (49%). Na pecuária, destaca-se a carne bovina com desempenho positivo, depois de registrar, durante o ano passado, preços em baixa. O grupo de itens com redução do valor da produção inclui o amendoim (-7,1%), arroz (-16,4%), banana (-13,1%), cana-de-açúcar (-13,2%), feijão (-22,4%), laranja (-29,4%), milho (-13%) e uva (-24,8%). Na pecuária, os resultados de suínos, frango, leite e ovos também devem ser inferiores aos de 2017. Para esses, os preços mais baixos no período têm contribuído para um VBP menor. Entre os diversos produtos analisados, soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e café contribuem com 52% do VBP de 2018, devendo gerar R$ 267,7 bilhões. Os Estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul representam 58% do VBP. (AE)

PECUÁRIA LEITEIRA

Circuito Megaleite promete estimular negócios no País DA REDAÇÃO

Com a presença de diversas lideranças do setor rural, teve início ontem a 1ª Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite Etapa Sul/Sudeste, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O evento, que vai até o dia 24 de fevereiro, marcou a inauguração da Expoinel Minas 2018, da 1ª Exposição Interestadual do Gir leiteiro, da VII Exposição Nacional da Raça Indubrasil e da Exposição de Guzerá, que acontecem simultaneamente no Parque Fernando Costa. Juntas, as cinco feiras reúnem cerca de 1.200 animais, que participarão das competições de julgamento e torneio leiteiro.

A expectativa é de que sejam realizados vários negócios durante as exposições, tanto pelos pecuaristas com animais inscritos, quanto pelas empresas expositoras. O presidente da Câmara Municipal de Uberaba, Luiz Dutra, fez questão de ressaltar que o evento é uma importante vitrine do setor para o mundo, por apresentar animais de alta qualidade genética e as mais novas tecnologias das empresas brasileiras presentes no local. A união das entidades na realização da solenidade foi destacada pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues. “Precisamos unir forças para garantir a cons-

tante evolução do agronegócio”, disse o dirigente. O presidente da Associação Mineira dos Criadores de Nelore, Frederico Henriques Lima e Silva, também ressaltou a importância dos pecuaristas somarem esforços em busca de novas oportunidades para o setor. Já o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, destacou que o evento abre com chave de ouro o calendário de exposições no Parque Fernando Costa. O deputado federal Marcos Montes (PSD) esteve presente na abertura da exposição e destacou o trabalho da bancada ruralista na Câmara dos

Deputados e no Senado em prol do agronegócio brasileiro . “É preciso divulgar com mais intensidade a contribuição do setor para a sociedade em geral, pois os produtores têm garantido grandes avanços para o País”, finalizou Montes. Investimento - O secretário municipal de Agricultura de Uberaba, Luiz Carlos Saad, reforçou a necessidade dos pequenos e médios produtores terem acesso às soluções tecnológicas para elevar a produção de seus rebanhos. Já o presidente do Sindicato Rural, Romeu Júnior, lembrou que Uberaba é o berço das principais associações de raça do País e que, ao longo da história,

vem contribuindo para o avanço da pecuária. “Esta exposição só confirma a qualidade do trabalho de seleção desenvolvido pelos criadores das diversas raças em todo o Brasil”, afirmou Romeu. Ontem, também começaram as competições de julgamento da Expoinel Minas e o torneio leiteiro da 1ª Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite Etapa Sul/Sudeste. A raça Gir Leiteiro iniciou no domingo seu torneio leiteiro. Já os julgamentos da raça Girolando acontecerão entre os dias 22 e 24 de fevereiro e ficarão a cargo do jurado efetivo Fábio Nogueira Fogaça.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

CONJUNTURA

“Prévia do PIB” tem alta de 1,04% em 2017 IBC-Br elaborado pelo Banco Central tem o primeiro avanço após três anos consecutivos em queda WILSON DIAS / ABr

Brasília - O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou alta de 1,04% em 2017, informou o Banco Central (BC). O percentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Este é o primeiro avanço anual após três anos de queda, desde 2013, quando havia subido 4,48%. Considerado uma espécie de prévia do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) por analistas, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 1%, sendo que este número havia sido informado em dezembro. O IBGE divulgará o dado oficial do PIB do ano passado apenas no dia 1º de março. Para 2018, o BC estima um crescimento de 2,6% para a economia. Dezembro - Após subir 0,30% em novembro (dado já revisado), a economia brasileira registrou nova alta em dezembro de 2017. O IBC-Br avançou 1,41% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, segundo o Banco Central. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 137,50 pontos para 139,44 pontos na série dessazonalizada de novembro para dezembro. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde junho de 2015 (139,80 pontos). Na comparação entre os meses de dezembro de 2017 e dezembro de 2016, houve alta de 2,14% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 136,47 pontos em dezembro, ante 133,61 pontos de dezembro do ano passado.

IGP-M perde força e sobe 0,03%

Índice de Atividade do Banco Central acelerou em dezembro do ano passado e apresentou alta de 1,41% na série com ajustes

tre de 2017 na comparação com o trimestre anterior (julho a setembro) pela série ajustada. Já na comparação do quarto trimestre de 2017 com o quarto trimestre de 2016, o índice subiu 2,56% pela série observada. Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em novembro, o IBC-Br passou de +0,49% para +0,30%. Em outubro, o índice foi de +0,37% para +0,42%. No caso de setembro, a revisão foi de +0,29% para +0,38%. O dado de agosto foi de -0,33% para -0,27% e o de julho permaneceu em +0,35%. Em relação a junho, o BC substituiu a taxa de +0,53% pela de +0,48%.

Trimestre - O IBC-Br registrou alta de 1,26% no Média móvel - Após avanacumulado do quarto trimes- çar 0,37% em novembro, a

média móvel trimestral do IBC-Br teve alta de 0,71% em dezembro, na série com ajuste sazonal. A média móvel do IBC-Br costuma ser usada como indicativo de tendências

para o índice. Neste caso, o percentual reflete a comparação entre o trimestre encerrado em dezembro e o trimestre encerrado em novembro. No caso da série sem

ajuste sazonal, a média móvel trimestral do IBC-Br teve resultado positivo de 0,25% em dezembro. Em novembro, a média móvel sem ajuste havia caído 1,04%. (AE)

IPCA deve subir 3,81% neste ano Brasília - O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação e aumentou a expectativa de crescimento da economia para este ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). A expectativa do mercado é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do País - fique em 3,81% em 2018, uma redução em relação aos 3,84% projetados na semana passada. A estimativa para o cres-

cimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deste ano aumentou, passando de 2,70% da semana passada para 2,80%. A expectativa do mercado para o crescimento da economia segue, no entanto, menor que a estimativa do governo, que estima um PIB de 3% para 2018. Para 2019, no entanto, as projeções foram mantidas em relação à última publicação. Para o mercado, a

expectativa é que o PIB do ano que vem seja de 3%. A expectativa para a inflação foi mantida em 4,25%. O Boletim Focus é lançado no início da semana com a média das expectativas de bancos, instituições financeiras, consultorias e empresas sobre os principais indicadores relacionados à economia brasileira, como os diversos índices de inflação, o Produto Interno Bruto, a taxa de câmbio e a taxa de juros básica da economia, a Selic. (ABr)

BOLSA DE VALORES

Ibovespa tem dia estável com feriado nos EUA São Paulo - Com o feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, que manteve fechados os mercados em Nova York, o Ibovespa operou durante todo o pregão de ontem em leve alta. Na primeira etapa da sessão de negócios, ensaiou furar o patamar dos 85 mil pontos em um dia de vencimento de opções. Entretanto, faltou força para chegar lá. O índice à vista encerrou valorizado em 0,32%, aos 84.792,70 pontos. Na análise de Pedro Paulo Silveira, economista-chefe Nova Futura CTVM, a bolsa se sustentou em terreno positivo, sendo amparada não apenas pelas perspectivas para um ambiente positivo, principalmente no plano doméstico, mas em dados que seguem confirmando isso. “Seguimos vendo e confirmando o tempo todo esse cenário. Do ponto de vista corporativo, as coisas seguem acontecendo positivamente bem”, afirmou. Além disso, do ponto

de vista macroeconômico, as estimativas para o crescimento da economia seguem firmes. Ontem o Banco Central divulgou que o IBC-Br subiu 1,4% em dezembro, ante novembro, e 1,04% no ano passado. Na sessão de ontem, se, por um lado, as ações da Petrobras - ajudadas pelo petróleo e por notícias corporativas - contribuíram para sustentar a bolsa pelo terreno positivo, por outro, o setor bancário operou na contramão em um movimento baixista, devolvendo os ganhos robustos apurados desde janeiro. Os papéis da estatal ON e PN tiveram alta de 2,80% e 3,24%, respectivamente. As ações do Itaú Unibanco PN fecharam em baixa de 0,79%, as do Banco do Brasil ON recuaram 1,66% e as Bradesco PN perderam 0,49%. Muito embora o governo sinalizasse na sexta-feira passada para a continuidade das discussões da

reforma da Previdência, analistas são unânimes em dizer que não contam mais com isso. Com a intervenção federal no Rio de Janeiro, o texto da reforma foi retirado da pauta do plenário da Câmara dos Deputados. Dólar - A ocorrência dos feriados nos Estados Unidos e na China (ano-novo Lunar) reduziu a menos da metade o volume de negócios no mercado de câmbio brasileiro. O noticiário também foi escasso, principalmente à tarde, o que acabou por consolidar um ambiente de poucas referências para as transações. Nesse cenário, o dólar oscilou em um intervalo pequeno e fechou cotado a R$ 3,2347 no mercado à vista, em alta de 0,28%. O viés de alta esteve em sintonia com a tendência majoritária de fortalecimento do dólar ante outras moedas pelo mundo, mas operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço

de notícias em tempo real do Grupo Estado, citaram principalmente a cautela do investidor em relação ao cenário político doméstico. Segundo Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora, a decretação da intervenção federal no Rio de Janeiro fez cessar qualquer discussão em torno da reforma da Previdência, o que deve direcionar as atenções dos investidores a outras questões. “O cenário eleitoral ganha maior relevância, com o mercado atento às chances de eleição de um candidato reformista”, disse Outra razão para o comportamento cauteloso está relacionada às consequências da não aprovação da reforma. O Bank of America afirmou em relatório nesta segunda-feira que, se nada for feito para reduzir o ritmo de crescimento da dívida pública, a trajetória de piora da relação dívida/PIB vai prosseguir e superar em breve os 80% na maioria

dos cenários traçados. Se a reforma não for aprovada, o BofA prevê que as agências Moody’s e a Fitch podem rebaixar o rating soberano brasileiro, seguindo o movimento feito em janeiro pela S&P. Taxas de juros - Os juros futuros fecharam com taxas em queda nos vencimentos de curto prazo, perto da estabilidade no trecho intermediário e levemente pressionadas para cima na ponta longa, numa sessão de liquidez abaixo do padrão em meio aos feriados no exterior. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 terminou em 6,590%, de 6,620% no ajuste anterior, e a taxa do DI para janeiro de 2020 caiu de 7,71% para 7,67%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,63%, de 8,62%, e a taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 9,89% para 9,92%. (AE)

Rio - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,03% na segunda prévia de fevereiro, após ter aumentado 0,82% na segunda prévia de janeiro. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou alta de 0,78% no ano, mas uma redução de 0,46% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de fevereiro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, caiu 0,13% em fevereiro, ante um avanço de 1,07% na segunda prévia de janeiro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,35% na prévia de fevereiro, depois de uma alta de 0,43% em igual leitura de janeiro. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve alta de 0,26% na segunda prévia de fevereiro, depois do aumento de 0,19% na segunda prévia de janeiro. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de janeiro a 10 de fevereiro. No dado fechado do mês de janeiro, o IGP-M subiu 0,76%. IPAs - Medidos pelo IPA Agrícola, os preços dos produtos agropecuários caíram 1,04% no atacado, na segunda prévia do IGP-M de fevereiro Na mesma prévia de janeiro, houve elevação de 0,52%, segundo a FGV. Os preços dos produtos industriais no atacado, medidos pelo IPA Industrial, tiveram aumento de 0,17% na segunda prévia de fevereiro ante a alta de 1,25% na mesma prévia do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais tiveram queda de 0,74% na segunda prévia de fevereiro, depois do aumento de 0,93% na mesma prévia de janeiro. Os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 0,97% na prévia de fevereiro ante a elevação de 1,04% na segunda prévia de janeiro. Os preços das matérias-primas brutas caíram 0,71% na segunda leitura de fevereiro, após uma alta de 1,29% na mesma prévia de janeiro. (AE)




FINANÇAS BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

Índices

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

0,89%

Jan. No ano

12 meses

19/02/2018

16/02/2018

15/02/2018

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2342

R$ 3,2251

R$ 3,2290

IGP-M (FGV)

VENDA

R$ 3,2347

R$ 3,2256

R$ 3,2295

IPC-Fipe

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

0,46%

2,74%

2,74%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2341

R$ 3,2375

R$ 3,2202

IGP-DI (FGV)

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

0,58%

-0,28%

-0,28%

VENDA

R$ 3,2347

R$ 3,2381

R$ 3,2208

INPC-IBGE

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

1,87%

1,87%

COMPRA

R$ 3,1970

R$ 3,1970

R$ 3,1970

IPCA-IBGE

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

2,86%

2,86%

VENDA

R$ 3,3800

R$ 3,3700

R$ 3,3870

COMPRA

R$ 3,3100

R$ 3,3000

R$ 3,3200

ICV-DIEESE

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

2,35%

2,35%

VENDA

R$ 3,4100

R$ 3,4000

R$ 3,4200

IPCA-IPEAD

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

3,44%

3,44%

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

Jan. 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

TURISMO PARALELO Fonte: AE

19/02 CDB Pré 30 dias

6,62% - a.a.

Capital de Giro

10,47% - a.a.

Hot Money

1,14% - a.m.

CDI

6,64% - a.a.

Over

6,65% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy) BM&F-SP (g)

19/02/2018

16/02/2018

15/02/2018

N/D

US$ 1.355,30

US$ 1.355,30

R$ 138,60

R$ 139,00

R$ 140,00

Fonte: AE

Taxas Selic Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro

Tributos Federais (%) 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 -

Meta da Taxa a.a. (%) 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 -

Reservas Internacionais 16/02 .......................................................................... US$ 382.877 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Base de Cálculo (R$) Até 1.903,98

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

0,76%

-0,41%

-0,41%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Fev. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,41 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

18

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 670 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

VENDA 0,0001297 0,4715 0,7253 0,005704 0,5384 0,03224 0,4154 0,4047 0,1585 0,06817 0,02851 8,5847 0,002732 4,5688 0,03395 0,8808 2,5583 3,2347 3,2347 2,5721 0,0157 3,9448 2,4623 0,4135 0,4879 3,2347 0,0129 3,4815 0,0005808 0,03037 0,1839 4,5273 0,002142 0,006281 0,1111 0,8617 0,9947 0,009242 0,00544 0,001142 3,2347 0,06588 0,0618 0,1744 0,1137 0,4398 0,2769 0,5099 0,5128 0,8887 8,4018 0,01294 0,0000871 0,8626 0,8318 0,05735 0,05035 0,0002386 0,2098 0,9221 0,003034 0,9687 4,0101

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 até 5.645,80 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 954,00 (valor. Mínimo) 11 104,94 De 954,00 até 5.645,80 20 190,80 até 1.129,16 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA

Remuneração R$ 877,67 R$ 877,68 a R$ 1.319,18

Até Acima de

Valor unitário da quota R$ 45,00 R$ 31,71

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2018

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

Seguros

3% 0,2976 0,2466

6% 0,5379 0,4867

TBF

02/02

0,01311772

2,92789162

03/02

0,01311775

2,92789695

04/02

0,01311775

2,92789695

05/02

0,01311775

2,92789695

06/02

0,01311780

2,92790999

07/02

0,01311780

2,92790999

08/02

0,01311780

2,92790999

09/02

0,01311780

2,92790999

10/02

0,01311780

2,92790999

11/02

0,01311780

2,92790999

12/02

0,01311780

2,92790999

13/02

0,01311780

2,92790999

14/02

0,01311780

2,92790999

15/02

0,01311780

2,92790999

16/02

0,01311780

2,92790999

17/02

0,01311780

2,92790999

18/02

0,01311780

2,92790999

19/02

0,01311780

2,92790999

20/02 0,01311780 Fonte: Fenaseg

2,92790999

02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 06/02 a 06/03 07/02 a 07/03 08/02 a 08/03 09/02 a 09/03 10/02 a 10/03 11/02 a 11/03 12/02 a 12/03 13/02 a 13/03 14/02 a 14/03 15/02 a 15/03 16/02 a 16/03 Fonte: AE

0,4370 0,4355 0,4355 0,4355 0,4291 0,4342 0,4325 0,4321 0,4272 0,4272 0,4272 0,4509 0,4747 0,4749 0,4748

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Janeiro IGP-DI (FGV) Janeiro IGP-M (FGV) Janeiro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994

1,0286 0,9982 0,9959

30/01 a 28/02 31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 06/02 a 06/03 07/02 a 08/03 08/02 a 08/03 09/02 a 09/03 10/02 a 10/03 11/02 a 11/03 12/02 a 12/03 13/02 a 13/03 14/02 a 14/03 15/02 a 15/03 16/02 a 16/03

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855

Agenda Federal Dia 20

Contribuição ao INSS COMPRA 0,0001294 0,4614 0,7243 0,005635 0,5382 0,03216 0,4151 0,4044 0,1583 0,06724 0,02826 8,574 0,002695 4,5551 0,03382 0,8804 2,5575 3,2341 3,2341 2,5714 0,01552 3,8501 2,4609 0,4135 0,4735 3,2341 0,01287 3,4794 0,0005791 0,03036 0,1828 4,5248 0,002126 0,006273 0,111 0,8601 0,9942 0,009162 0,005436 0,00114 3,2341 0,06573 0,06177 0,1744 0,1135 0,4388 0,2767 0,5091 0,5125 0,888 8,4003 0,01292 0,0000871 0,8623 0,831 0,05732 0,05033 0,0002385 0,2087 0,9212 0,003028 0,9679 4,008

12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 28/02

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mês de janeiro/2018, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País (art. 70, I, “e”, da Lei nº 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015). Darf Comum (2 vias) Cofins/CSL/PIS-Pasep - Retenção na Fonte - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mês de janeiro/2018 (Lei nº 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nº 13.137/2015). Darf Comum (2 vias) Cofins - Entidades financeiras - Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mês de janeiro/2018 (art. 18, I, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): Cofins - Entidades Financeiras e Equiparadas - Cód. Darf 7987. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) PIS-Pasep - Entidades financeiras Pagamento das contribuições cujos fatos geradores ocorreram no mês de janeiro/2018 (art. 18, I, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): PIS-Pasep - Entidades Financeiras e Equiparadas - Cód. Darf 4574. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parágrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) - Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à competência janeiro/2018, devidas por empresa ou equiparada, inclusive da contribuição retida sobre cessão de mão de obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual que lhe tenha prestado serviço, bem como em relação à cooperativa de trabalho, da contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural - Recolhimento - Veja Lei nº 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alterações posteriores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o recolhimento para o dia útil imediatamente anterior. Nota: As empresas que optaram pela contribuição previdenciária patronal básica sobre

a receita bruta (Lei nº 12.546/2011, observadas as alterações posteriores) devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo. GPS (sistema eletrônico) EFD – DF/PE – Pernambuco: O arquivo digital da EFD deverá ser transmitido pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, até o 20º dia do mês subsequente ao da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nº 1.371/2013, art. 12, caput). Distrito Federal: O arquivo digital da EFD deverá ser transmitido pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, até o 20º dia do mês subsequente ao da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nº 1.685/2017, art. 12). Nota: A cláusula décima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 estabelece que o arquivo digital da EFD deverá ser enviado até o 5º dia do mês subsequente ao encerramento do mês da apuração. No entanto, a administração tributária da respectiva Unidade da Federação poderá alterar esse prazo. Sendo assim, os contribuintes do ICMS/IPI dos demais Estados, deverá observar a legislação estadual sobre o assunto. Internet Simples Nacional - Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, do valor devido sobre a receita bruta do mês de janeiro/2018 (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38). Não havendo expediente bancário, prorroga-se o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. Internet IRPJ/CSL/PIS/Cofins - Incorporações imobiliárias - Regime Especial de TributaçãoRecolhimento unificado do IRPJ/CSL/PIS/Cofins, relativamente às receitas recebidas em janeiro/2018 - Regime Especial de Tributação (RET) aplicável às incorporações imobiliárias (Instrução Normativa RFB nº 1.435/2013, arts. 5º e 8º; e art. 5º da Lei nº 10.931/2004, alterado pela Lei nº 12.024/2009) - Cód. Darf 4095. Darf Comum (2 vias) IRPJ/CSL/PIS/Cofins - Incorporações imobiliárias - Regime Especial de Tributação – PMCMV - Recolhimento unificado do IRPJ/CSL/PIS/Cofins, relativamente às receitas recebidas em janeiro/2018 - Regime Especial de Tributação (RET) aplicável às incorporações imobiliárias e às construções no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV (Instrução Normativa RFB nº 1.435/2013, arts. 5º e 8º; e Lei nº 10.931/2004, art. 5º, alterado pela Lei nº 12.024/2009) - Cód. Darf 1068. Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: ALEXANDRE RAMOS DA CRUZ, solteiro, ajudante de servente, nascido em 15/02/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua São Marcos, 157, Palmeiras, Belo Horizonte, filho de ANTONIO RAMOS DA CRUZ e MARIA DO ROSARIO SOARES DE SOUZA Com THAIS FERREIRA DE PAIVA, solteira, faxineira, nascida em 13/09/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua São Marcos, 157, Palmeiras, Belo Horizonte, filha de IDONIAS MARTINS DE PAIVA e CARLA PATRICIA CARMO FERREIRA. CAIO FERREIRA BORGES, solteiro, cirurgião dentista, nascido em 13/07/1986 em Passos, MG, residente a Rua Lirio Montanhês, 460, Havaí, Belo Horizonte, filho de PAULO CESAR ALEXANDRE BORGES e MARISA FERREIRA BORGES Com IZABELLA ROCHA REZENDE, solteira, arquiteta, nascida em 16/03/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Lirio Montanhês, 460, Havaí, Belo Horizonte, filha de RONALDO REZENDE MOREIRA e SANDRA ROCHA AGUIAR REZENDE.

MAURICIO ALEXANDRE DE LIMA, solteiro, pedreiro, nascido em 11/08/1975 em Alvinópolis, MG, residente a Rua União, 70, Vila Leonina, Belo Horizonte, filho de JOSE MARCOS DE LIMA e PETRINA BARBARA DE LIMA Com APARECIDA ELEUTERIO, solteira, diarista, nascida em 27/01/1964 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua União, 70, Vila Leonina, Belo Horizonte, filha de CERVINO ELEUTERIO e CECILIA CUSTODIA DE JESUS ELEUTERIO.

MAURICIO TRIEBWASSER, viúvo, engenheiro civil, nascido em 25/12/1966 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Palmeira Imperial, 113 2, Patrocínio, Belo Horizonte, filho de ALBERTO TRIEBWASSER e HELENA TEREZINHA TAVARES TRIEBWASSER Com PATRICIA ASSIS FERNANDES, solteira, enfermeira, nascida em 08/12/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Palmeira Imperial, 113 2, Patrocínio, Belo Horizonte, filha de PATROCINIO FERNANDES MOREIRA e MARIA ELENA DE ASSIS FERNANDES.

ALBERTO MARTINS DE OLIVEIRA JUNIOR, solteiro, motorista, nascido em 20/09/1992 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dom Oscar Romero, 157, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de ALBERTO MARTINS DE OLIVEIRA e OLINDA RAMOS DE OLIVEIRA Com SAMARA FERNANDA DE LIMA, solteira, desempregada, nascida em 10/12/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dom Oscar Romero, 157, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de VANDERLEI JOSE DE LIMA e VARLEIA PATRICIA DE LIMA.

KENNEDY VIEIRA GARITO, solteiro, eletricista, nascido em 17/09/1994 em Contagem, MG, residente a Rua Guaporé, 47, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de EDSON ALVES GARITO e GRECINA VIEIRA DA SILVA GARITO Com RAIANE DA COSTA SILVA, solteira, promotora, nascida em 10/02/1996 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Guaporé, 47, Nova Cintra, Belo Horizonte, filha de WANDEIR PARREIRAS DA SILVA e MARIA ANDRELINA DA COSTA SILVA.

MAURICIO JOSE PALADINO, solteiro, gestor de produção industrial, nascido em 08/06/1984 em Bahia Blanca -buenos Aires- Argentina, ET, residente a Rua Pedro Pico, 262, //, Bahia Blanca - Buenos Aires- Argentina, filho de SERGIO ALBERTO PALADINO e ESTELA BEATRIZ AGULLO Com LUISA LAGES DE ABREU, solteira, medica, nascida em 17/08/1983 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Deputado Cristovam Chiaradia, 430 401, Buritis, Belo Horizonte, filha de RONALDO CELSO DE ABREU e ROSANE LAGES DE ABREU.

JOSE SANTANA DE PAULA FILHO, solteiro, vigilante, nascido em 30/05/1983 em Ponte Nova MG, residente na Sitio Córrego De Taioba, Urucania MG, filho de JOSE SANTANA DE PAULA e MARLENE DE OLIVEIRA PAULA Com ALINE SANTOS BARBOSA, solteira, atendente, nascida em 26/07/1990 em Dom Pedro MA, residente na Rua Mulungu N 340, Belo Horizonte MG, filha de ABDON SOARES BARBOSA e IRANILDE DE OLIVEIRA SANTOS BARBOSA.

VITOR WILSON DOS SANTOS, solteiro, coodernador administrativo, nascido em 19/10/1986 em Oliveira, MG, residente a Rua Silvio De Oliveira Martins, 265 101, Buritis, Belo Horizonte, filho de ILSON RIBEIRO DOS SANTOS e MARIA DE LOURDES SOUZA SANTOS Com TATIANE ALVES RODRIGUES, solteira, intrumentadora cirúrgica, nascida em 27/01/1983 em Três Marias, MG, residente a Rua Silvio De Oliveira Martins, 265 101, Buritis, Belo Horizonte, filha de SERGIO RONALDO RODRIGUES e TEREZA ­TEIXEIRA ALVES.

MAURI JUNIO MARCELINO DA SILVA, solteiro, office boy, nascido em 08/10/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Armando Sergio De Aguiar, 200, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de MAURI JOSE DA SILVA e JUNIA MARCELINO Com VIVIANE DE OLIVEIRA FERREIRA, solteira, auxiliar de escritório, nascida em 29/12/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Armando Sergio De Aguiar, 200, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de GERMANO FERREIRA e CLAUDIA DE OLIVEIRA CRISPIM.

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do ­Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum ­impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 19/02/2018. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 10 editais.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS RPIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 09/02/2018

01471 - Número TJMG: 002403075276-0 Numeração única: 0752760.68.2003.8.13.0024 Autor: Uniauto Administradora de Consórcios Ltda; Réu: Uniauto Administradora de Consórcios Ltda e outros Vista ao Administrador Judicial para manifestar-se sobre o pedido comstante às 12.296/12.301 e auto de penhora, f.12.346 no prazo de 10 dias. 01472 - Número TJMG: 002403162693-0 Numeração única: 1626930.75.2003.8.13.0024 Autor: Zeppini Comercial Ltda; Réu: Moleda Construcoes Gerais Ltda Intime-se o advogado, inscrito na OAB sob número 064601MG para

devolução dos autos à Secretaria no prazo de 3 dias, sob pena de busca e apreensão, de perder o direito à vista fora da secretaria e incorrer em multa correspondente à metade do salário-mínimo. 01473 - Número TJMG: 002407543139-5 Numeração única: 5431395.04.2007.8.13.0024 Autor: Livraria Mandamento Editora Ltda; Réu: Livraria Mandamento Editora Ltda Intime-se o advogado, inscrito na OAB sob número 023675MG para devolução dos autos à Secretaria no prazo de 3 dias, sob pena de busca e apreensão, de perder o direito à vista fora da secretaria e incorrer em multa correspondente à metade do salário-mínimo. Prazo de 0003 dia(s). SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS FALÊN-

CIAS E CONCORDATAS. Expediente de 09/02/2018 01490 - Número TJMG: 002408269190-8 Numeração única: 2691908.68.2008.8.13.0024 Autor: Massa Falida de Emaq Equipamentos e Máquinas Ltda; Réu: Emáquinas Ltda Alvará expedido e à disposição. do síndico Nelson de Melo Silva.

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 15/02/2018

01485 - Número TJMG: 002499027259-3 Numeração única: 0272593.71.1999.8.13.0024 Autor: Comercial Gerdau Ltda; Réu: Jt Ind e Com Ltda 1- Considerando que o cré-

dito do leiloeiro Marco Antônio Barbosa de Oliveira já foi levantado, conforme certidão à fl. 1440, torno sem efeito o item #1# do despacho de fl. 1453. 2- Dê-se vista ao Ministério Público sobre relatório final às fls. 1454/1463. 01486 - Número TJMG: 002497085650-6 Numeração única: 0856506.59.1997.8.13.0024 Autor: Brinquedos Bandeirante S/A; Réu: Comercial Candido Almeida Autos vista síndico/DR.ALMIR. Prazo de 0005 dia(s). Para dar prosseguimento ao feito, conforme determinado no depacho fl.931 01487 - 2048404.51.2014.8.13.0024 Autor: Pb-Ponto do Bombeiro Materiais Hidraulicos Ltda; Réu: Arrimo Construcoes S/A fica a autora intimada, para informar se tem interesse no prosseguimento do pedido de falência.

LEIA E ASSINE O DIÁRIO DO COMÉRCIO. REFERÊNCIA EM ECONOMIA E NEGÓCIOS.

Tels.: 031

3469-2074 | 3469-2079 W W W. D I A R I O D O C O M E RC I O. C O M. B R


19

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

LEGISLAÇÃO JUDICIÁRIO

Benefícios custaram R$ 211 mi em dezembro Indenizações começaram em 1992, com a Parcela Autônoma de Equivalência, para nivelar salários aos dos deputados DIVULGAÇÃO

São Paulo - Auxílio-moradia, auxílio-alimentação e auxílio-saúde não são os únicos itens a chamar a atenção nos contracheques dos juízes brasileiros. Quase 7 mil deles receberam em dezembro um total de R$ 211 milhões em pagamentos retroativos de benefícios e indenizações uma média de R$ 30 mil por magistrado, destaca o jornal O Estado de S. Paulo Isso significa que, no fim de 2017, cerca de 30% dos juízes federais e estaduais do País tiveram os vencimentos engordados por algum “penduricalho do passado”, com juros e correção monetária. Muitos deles foram contemplados graças ao auxílio-moradia que os deputados federais recebiam entre 1992 e 1998. Mas como o auxílio-moradia pago pela Câmara dos Deputados há mais de duas décadas pode ter impacto agora na folha salarial do Judiciário? A explicação envolve uma batalha por equiparação de privilégios, na qual a balança da Justiça pendeu para o lado dos juízes em diversas ocasiões, gerando um passivo no orçamento dos tribunais que até hoje é pago de forma parcelada. Tudo começou em 1992, quando o Judiciário instituiu o pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência - um bônus - para que ministros de tribunais superiores recebessem salário igual ao de deputados, com base na premissa constitucional de que deve haver paridade de remuneração entre membros de distintos poderes. Isso gerou um efeito cascata com impacto no contracheque de quase todo juiz. Mas os parlamentares recebiam na época, além do salário, auxílio-moradia, mesmo sem precisar comprovar gastos com aluguel. Isso

foi entendido como remuneração indireta, o que abriu brecha para magistrados exigirem nova equiparação, levando em conta o adicional de moradia. O Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu a reivindicação em 2000: decidiu que os juízes federais deveriam receber, além do salário, o valor que os deputados embolsavam como auxílio-moradia. Na época, isso equivalia a R$ 3 mil (R$ 9,2 mil em valores atualizados). Em seguida, associações de magistrados reivindicaram o pagamento retroativo, referente ao período em que os deputados receberam auxílio-moradia e os juízes, não. Tiveram ganho de causa: uma bolada equivalente a cinco anos do benefício. O efeito cascata teve continuidade quando o mesmo direito foi estendido a magistrados aposentados. A novela não acabou aí. Associações de juízes exigiram depois o recálculo da chamada Parcela Autônoma de Equivalência referente a janeiro de 1998 a setembro de 1999, com direito a juros e correção monetária. Mais uma vez obtiveram decisão favorável, gerando novos rombos contábeis nos tribunais - sempre cobertos com suplementações orçamentárias. Bola de neve - A bola de neve gerada pela concessão do auxílio-moradia a parlamentares na década de 1990 está rolando até hoje. O Estado perguntou a 32 tribunais qual o motivo dos pagamentos retroativos na folha salarial de dezembro. Desembolsos referentes à Parcela Autônoma de Equivalência, bem como correção monetária e juros sobre ela, foram citados por 14 deles. Outros tribunais citaram o

pagamento do que consideram uma “dívida” da época em que muitos juízes ficaram sem receber auxílio-moradia, por causa da controvérsia sobre a legalidade do benefício. Como o ministro Luiz Fux, do STF, liberou o pagamento do auxílio a praticamente toda a magistratura em 2014, tribunais decidiram pagar retroativamente o benefício, por considerar que houve prejuízo a quem não recebeu na tramitação do processo. Foram citadas ainda quitações retroativas de itens como gratificação por acúmulo de jurisdição, adicional por tempo de serviço, diferença de proventos e pensões e verbas rescisórias de instituidor de pensão, entre outros. O maior pagamento individual, de R$ 8,2 milhões, foi feito pelo Tribunal Regional do Trabalho do Ceará. Refere-se à concessão de pensão vitalícia a uma servidora com efeitos a Em 2000 o STF decidiu que os juízes federais deveriam receber também o valor do auxílio-moradia contar de março de 1993 - só de juros e correção, o montante foi de R$ 6,6 milhões. CNJ - O Estadão Dados contou os pagamentos retroativos na folha salarial de dezembro de 44 tribunais federais e estaduais graças à publicação dos dados de forma detalhada e padronizada, segundo determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a todos os órgãos do Poder Judiciário. Ainda assim, no caso dos retroativos, a base do CNJ não permite separar os valores referentes a cada tipo de pagamento (Parcela Autônoma de Equivalência, benefícios acumulados etc). As informações salariais começaram a ser publicadas no fim de 2017, com os dados de novembro. Os dados de janeiro não foram considerados porque muitos tribunais ainda não os encaminharam a CNJ. (AE)

Entidades defendem pagamento retroativo

São Paulo - Tribunais e associações de juízes estaduais e federais defendem a legalidade dos pagamentos retroativos à categoria - de fato, todos foram determinados com base em leis ou decisões judiciais. O Tribunal Superior do Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho do Ceará, de Minas Gerais, de Santa Catarina, do Distrito Federal e Tocantins, de Pernambuco, de São Paulo (2ª e 15ª Regiões), do Rio Grande do Sul, de Sergipe, de Goiás e do Espírito Santo informaram que os pagamentos retroativos se devem, integral ou parcialmente, à quitação de passivos da chamada Parcela Autônoma de Equivalência (PAE). A mesma justificativa foi apresentada por órgãos da Justiça Estadual, entre eles os tribunais do Piauí, do Amapá e do Tocantins. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou que os pagamentos “referem-se a retroativos de abono de permanência pagos aos ministros Marco

Buzzi, Nefi Cordeiro e Rogério Schietti e a retroativos de indenização de férias pagos ao ministro Francisco Falcão”. “Nos valores pagos a título de retroativos, referentes à folha de dezembro de 2017, R$ 44.269,70 são relativos a auxílio-moradia”, informou o Tribunal de Justiça do Ceará. “Esses pagamentos foram realizados para magistrados que mudaram de comarca e tiveram o auxílio cessado. Para voltar a receber, o juiz precisa fazer solicitação ao Tribunal de Justiça do Ceará, que, após aprovar o pedido, fez o pagamento retroativo.” Os tribunais de Justiça de Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal e Amazonas negaram que a folha de pagamento de dezembro contenha pagamentos retroativos relativos a auxílio-moradia. A assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná se recusou a responder aos questionamentos do Estado e orientou a reportagem a preencher um formulário. (AE)

TJMG

Núcleo identifica e combate fraudes em ações judiciais DA REDAÇÃO

Centenas de milhões de processos estão ativos no País. Em Minas, a cifra se aproxima dos 6 milhões. Na maioria deles, há direitos em conflito. Nem todas essas ações, porém, têm um lastro no mundo real. Nesses casos, não existem partes com problemas concretos, mas um uso mal-intencionado que inunda a Justiça de feitos fictícios. Para tentar minorar esse problema, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) criou o Núcleo de Monitoramento do Perfil de Demandas (Numopede). O órgão, vinculado à Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ), é inspirado numa iniciativa do Tribunal de Justiça de São Paulo e se propõe a identificar e combater, pela análise detida de denúncias, práticas “predatórias” no âmbito do direito. Essas condutas, que podem se originar da má-fé das partes ou de uma minoria de advogados que desvirtuam o exercício da profissão, consistem, por exemplo, em “desdobrar” o questionamento de um contrato em diversas ações,

em ajuizar uma causa com o mesmo pedido em várias comarcas diferentes ou em utilizar dados de pessoas sem o conhecimento e o consentimento delas. A metodologia se fundou na centralização das reclamações e no exame específico delas. Com isso, foi possível observar que o que pareciam processos independentes configurava uma reivindicação massiva e impessoal. Por vezes, os alvos imediatos eram o Estado – pedidos de tratamentos ou medicamentos, pensões e aposentadorias – ou empresas – planos de saúde, seguradoras, operadoras de telefonia, instituições financeiras. Em todos os casos, porém, havia outras duas vítimas: a coletividade e o Poder Judiciário. “Essas demandas, fabricadas artificialmente com a finalidade de ganhos ilícitos e diversos daqueles expressamente afirmados na petição inicial, consomem tempo e recursos públicos, prejudicando os trabalhos de todo o Poder Judiciário e lesando a população”, declara o corregedor-geral de justiça, desembargador André Leite Praça.

Ataque - O juiz auxiliar da CGJ e coordenador do Numopede mineiro e nacional, Guilherme Lima Nogueira da Silva, explica que é possível distinguir os processos que abusam do direito de acesso à Justiça, mas enfatiza que é indispensável o envolvimento de magistrados e suas equipes no conhecimento profundo do acervo sob sua responsabilidade. “Dispomos hoje de ferramentas tecnológicas que permitem mapear as ações tramitando numa determinada unidade jurisdicional, e a Corregedoria vem buscando divulgar, por meio de avisos e comunicados, o saber que está sendo construído coletivamente para que essas tentativas não progridam”, informa. Ele ressalta, contudo, que a finalidade principal do Numopede não é encontrar fraudes, mas, como o nome diz, monitorar o perfil das demandas. “Um aumento excessivo na distribuição em uma comarca não necessariamente é uma disfunção, mas pode ter um motivo razoável: é o que notamos em várias regiões atingidas pelo rompimento da Barra-

CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

Tecnologias permitirão o mapeamento de demandas fabricadas artificialmente para ganhos ilícitos

gem de Fundão”, esclarece. “Numa outra comarca, se houver um número elevado de ações em varas da fazenda, pode ser o caso de prefeituras que ajuízam execuções fiscais para obter valores devidos relativos a IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza)”, argumenta. O objetivo, de acordo com o juiz, é alcançar um domínio fino do conjun-

to, que viabiliza um tratamento inteligente dos processos: pode-se detectar a vantagem de suscitar um incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), selecionar ações passíveis de conciliação, corrigir irregularidades, identificar litigantes recorrentes e combater o demandismo, pensar soluções para assegurar a organização e a continuidade nos trabalhos realizados pelas unidades judiciais.

Núcleo - Instituído pela Portaria 5.029 da CGJ, em agosto de 2017, o Núcleo de Monitoramento do Perfil de Demandas (Numopede) foi criado para centralizar o recebimento de denúncias, detectar demandas fraudulentas e difundir boas práticas para combatê-las. O Numopede também recebe queixas pelo e-mail numopede@tjmg.jus.br. Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2018

20

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

TOMAS SILVA/ABr

Reforma Trabalhista O superintendente regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, João Carlos Gontijo Amorim falará sobre o tema Reforma Trabalhista, no próximo Almoço-palestra da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE), dia 23, das 12h às 14h, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - Fiemg (Avenida Contorno, 4.520, 1º andar, Funcionários), em Belo Horizonte.

Revolução Industrial O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a PTC e a ProConcept Sistema, promove amanhã, às 9h, o Seminário “Quarta Revolução Industrial - A Jornada da Transformação”, na sede da Fiemg. O evento vai reunir especialistas com o objetivo de destacar as inovações do setor e promover a discussão sobre o uso das tecnologias habilitadoras na transição para a indústria 4.0. No encontro serão discutidos os impactos gerados pela quarta revolução industrial, suas novidades, oportunidades e desafios para as empresas mineiras. Para o especialista em engenharia de projetos industriais, produção automobilística e gerente de Educação para Indústria do Senai, Ricardo Aloysio e Silva, a digitalização industrial é o primeiro passo para a indústria entrar nesse novo patamar. Inscrições no Sympla, no link goo.gl/xebpfb.

Líderes do Varejo Para que trabalhamos e para quem trabalhamos? Quem são as pessoas que fazem “as coisas acontecerem”? Perguntas como essas, que parecem simples, mas que não têm respostas imediatas e fáceis estão no conteúdo da palestra “Empreendedorismo profissional e pessoal: pessoas que fazem acontecer”. Apresentação que trará também reflexão sobre atitudes empreendedoras; o comportamento empreendedor e novos hábitos para novas habilidades na programação do 2º Líderes do Varejo, no dia 14 de março, em Caratinga. O palestrante será o professor e escritor Marcos Fábio, mestre em Administração Profissional, que tem com formação como “professor empreendedor”. Informações e inscrições: (31) 21220500 – relacionamento@amis.org. br ou amis.org.br.

Brasil manterá portas abertas a refugiados de todo o mundo O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, reiterou a disposição do Brasil em manter abertas as portas aos refugiados, a exemplo do que fez ao longo de sua história com imigrantes que buscaram acolhimento no País. A declaração foi feita ontem, durante a abertura da Reunião de Consulta da América Latina e do Caribe como Contribuição para o Pacto Global sobre Refugiados. “Vivemos em um País construído em grande parte com gente do mundo inteiro. Um País que recebeu e acolheu imigrantes que vieram para o Brasil. Muitos vieram voluntariamente, mas muitos vieram forçados”, disse o ministro, destacando que a presença de estrangeiros enriquece o País. Para o ministro, a resposta do Brasil ao drama dos refugiados, em especial no caso dos venezuelanos que buscam refúgio no País, tem sido um “estrito cumprimento” das obrigações do País. “O presidente [Michel] Temer, cumprindo a legislação brasileira, vem mobilizando o governo

para regularizar a situação dos venezuelanos [que buscam refúgio no Brasil]. Ele reiterou que o Brasil jamais fechará suas portas [aos refugiados venezuelanos]”, afirmou o ministro, acrescentando que tem como expectativa que as reuniões do grupo contribuam para a definição de um pacto global para lidar com a situação que atinge diversas partes do mundo. Também presente na abertura do encontro, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, defendeu a inclusão de refugiados nos programas sociais desenvolvidos pelos países que integram o grupo. “Todos os dias milhares de pessoas tomam a decisão de abandonar tudo o que é mais caro em busca de segurança. Essas pessoas são obrigadas [a fazer isso]. E nós temos que responder”, disse Grandi. “Eu os parabenizo por manterem as fronteiras abertas, e gostaria de incentivá-los a manter. A Acnur está pronta a ajudar esses países e simplificar os procedimentos. Continuem fazendo isso, respeitando

36 países - A reunião, iniciada ontem, conta com a participação de representantes de 36 países, e discute a situação dos refugiados na América Latina e no Caribe. O objetivo é avaliar como os países da região têm atuado para garantir a proteção e oferecer apoio a essas pessoas. O debate tem como base o Plano de Ação do Brasil, conjunto de compromissos aprovado por países da América Latina e Caribe em 2014, tendo como foco a assistência a refugiados e apátridas. O encontro ocorre no momento em que o Brasil vive uma situação complexa de chegada de alto número de cidadãos venezuelanos na Região Norte, em especial no estado de Roraima. Segundo estimativa da prefeitura de Boa Vista, mais de 40 mil pessoas do País vizinho chegaram à cidade, o que corresponde a mais de 10% da população local. (ABr)

CULTURA MARCO AURÉLIO PRATES/DIVULGAÇÃO

vaaoteatromg.com.br) Onde: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, s/n, Parque Municipal, Centro, Belo Horizonte) Tempo e espaço

Usando o LinkedIn O Núcleo de Pós-graduação do Senac oferece duas palestras gratuitas. No dia 27, o tema será Como utilizar o Linkedln para alavancar a carreira, apresentando ao público a melhor forma de usar a ferramenta e sua versatilidade, seja auxiliando os profissionais que desejam criar novas oportunidades ou para empresas, como estratégia de vendas. O palestrante Ricardo Friche tem MBA em Gestão Empresarial, é consultor de negócios do Senac há 4 anos e acumula mais de 22 anos de experiência na área comercial em diversas empresas. Inovação: possibilidades, dúvidas e uma certeza será o tema do dia 28, ministrado pelo consultor Darci Augusto Bento, que apresentará requisitos essenciais para inovar. Darci tem mestrado em Administração, é docente do curso de MBA do Senac e conta 30 anos de atuação em empresas como Volkswagen e Foxconn. As palestras serão às 19h, na Rua Guajajaras, 40, 16º andar. Inscrições: 0800 724 4440 ou no site cursos.mg.senac.br.

as garantias e incluindo o princípio e o direito de solicitar asilo”, acrescentou.

Dança Espetáculo - “Garrafa Enforcada”, espetáculo produzido pela Cia. Mário Nascimento, faz a simbiose entre a dança contemporânea e a cultura popular. Trata-se de adaptação livre de “História de Nossos Gestos” (1976), livro de Luís da Câmara Cascudo, em que são investigados os trejeitos e expressões corporais dos brasileiros. Quando: De quinta-feira (22) a domingo (25), às 20h Quanto: R$ 30 (Inteira), R$ 15 (Meia) e R$ 11 (Sinparc www.

Bailarinos - “Optempo”, da Cia Incomodança, com direção de Mauro Fernandes, traz uma discussão sobre como o tempo, bem tão precioso, é usado atualmente. As coreografias acontecem sempre da esquerda para a direita, fazendo referência a uma leitura ocidental do tempo. A linha cronológica é entrelaçada com boleros, tangos e sambas, pelos cinco casais que compõem o espetáculo Quando: Hoje e amanhã, às 20h30 Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) na bilheteria do teatro e por R$ 11 nos postos do Sinparc e site www. vaaoteatromg.com.br Onde: Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal, Centro, BH) Comédia Teatro - Em “Churrasco na Laje”, seis atores se desdobram

em 15 personagens em trocas constantes de caracterização. O cenário é a típica laje da periferia, com toques de improvisação: churrasqueira, piscina de plástico, máquina de lavar que serve como refrigerador das bebidas, cadeira de praia, tudo isso em meio a varal, antena e caixa d´agua. Quando: De quinta-feira (22) a domingo (25). De quinta a sábado, às 20h30, e domingo, às 19h Quanto: R$ 40 (Inteira), R$ 20 (Meia) ou antecipadamente nos postos Sinparc e site www. vaaoteatromg.com.br, por R$ 17 Onde: Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Grupo Galpão Fábula e sarau - Os Gigantes da Montanha, fábula trágica dirigida por Gabriel Villela; e De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão, sarau literário musical que tem

GUTO MUNIZ/DIVULGAÇÃO

direção de Lydia Del Picchia e Simone Ordones, são os dois espetáculos que o Grupo Galpão apresenta na 44ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Quando: Dias 2 e 3 de março (Os Gigantes da Montanha), às 21h; e dia 4 de março (De Tempo Somos), às 19h Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.