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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.567 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018 DIVULGAÇÃO

EDITORIAL Pesquisas de opinião recentemente divulgadas indicam que os brasileiros apoiaram, majoritariamente, a intervenção federal no sistema de segurança no Rio de Janeiro. Houve, na realidade, conforme se pode perceber independentemente do que acusam pesquisas de opinião, um sentimento de alívio. Era preciso fazer alguma coisa e finalmente as autoridades públicas se movimentaram, num processo de integração e articulação de recursos que, na verdade, deveriam ter amplitude nacional, conforme sugere a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A questão, vista no seu todo, é delicada, complexa e, com certeza, de difícil solução. “Um esforço mais amplo”, pág. 2

OPINIÃO

O acordo de aquisição é responsável ainda por descartar o plano de abertura de capital da indústria mineira

McCain compra 49% da Forno de Minas Operação mundial da canadense beneficiará mineira A associação é estratégica, na avaliação do CEO da Forno de Minas, Helder Mendonça, principalmente por se tratar de empresas que atuam no mesmo segmento. “Enxergamos várias

oportunidades de crescimento, como acelerar o processo de globalização do pão de queijo”, explicou Mendonça. Do percentual adquirido pela McCain, 29% pertenciam ao fundo de private

equity Mercatto Alimentos, adquirido pela Bozano Investimentos, e os outros 20% são de sócios pessoas físicas. Os demais 51% das ações permanecem com a atual gestão. Pág. 3

O ano novo chinês pode ser do cão (lealdade e amizade), mas a semana do cão de fato foi do presidente Trump. As investigações sobre a influência russa nas eleições americanas prosseguem, o presidente da China conseguiu mudar a legislação mediante a qual se torna praticamente presidente eterno, o genro que atua na Casa Branca como assessor foi rebaixado ao ponto de não poder mais participar das reuniões que envolvem segurança nacional, e a diretora de Comunicações da Casa Branca, Hicks, a “filha adotiva” de Trump, pediu demissão. E Putin, na véspera de ser eleito pela quarta vez, desafiou o mundo com armas novas, sofisticadas e mortais. (Stefan Salej), pág.2

Extensão do Estado beneficia as franquias O balanço consolidado do setor de franquias em 2017, apurado na Pesquisa de Desempenho, realizada pela ABF, confirmou que os números do Estado são DIVULGAÇÃO

Preço elevado da gasolina beneficia o consumo de etanol O consumo de etanol hidratado, em Minas Gerais, registrou volume recorde em janeiro, quando comparado com a série histórica para o mesmo mês. No Estado, o uso do biocombustível alcançou 167,8 milhões de litros no primeiro mês do ano, um avanço de 106,3% frente a janeiro de 2017. Mesmo em período de entressafra, o que eleva os preços do combustível renovável, a demanda está aquecida em função dos altos preços da gasolina e pelo fato de os consumidores fazerem as contas e observarem um melhor rendimento dos veículos com o etanol. Pág. 18 A fabricação de etanol hidratado está 8,6% maior, com 1,67 bilhão de litros produzidos

Marco Regulatório da Inovação avança em BH Representantes do setor de tecnologia, da academia e empreendedores da Capital se reuniram ontem, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), para discutir os “Caminhos para o Marco Regulatório da Ciência, Tecnologia e Inovação” na capital mineira. A reunião foi convocada pelo vereador Fernando Borja e atendeu a uma demanda do setor, que vem sofrendo com a ausência de uma legislação específica que o atenda em suas demandas que muito se diferenciam das necessidades dos setores tradicionais. O texto do marco está sendo construído pelos representantes de empresas do setor, da academia e das startups. Pág. 15

RAFA AGUIAR/DIVULGAÇÃO

As discussões serão levadas à comissão responsável pela elaboração da minuta do texto do marco

Dólar - dia 5

Euro - dia 5

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,2470 Venda: R$ 3,2475

4,0156

Venda: R$ 4,0174

Turismo

Ouro - dia 5

Compra: R$ 3,2970 Venda: R$ 3,3930

NovaYork(onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 3,2576 Venda: R$ 3,2582

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 6): ............................. 0,0000% Poupança (dia 6): ............ 0,3994% IPCA-IBGE (Janeiro): ......... 0,29%

US$1.319,90

IPCA-Ipead (Janeiro): ......... 1,70%

R$ 139,56

IGP-M (Janeiro): ....................... 0,76%

+0,03 +0,45 +0,30 -0,82 27/02

-1,82 28/02

01/03

02/03 05/03

superiores aos da média nacional. Segundo o balanço, o mercado de franquias em Minas Gerais faturou R$ 12 bilhões em 2017, um crescimento de 8,4%. Pág. 17

Diminui o número de endividados na Capital A inadimplência em Belo Horizonte caiu 7,5% em janeiro deste ano na comparação com igual mês do ano passado, segundo o levantamento da Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Nessa mesma base comparativa, a recuperação de crédito teve retração de 5,3%. Em janeiro de 2018 em relação a dezembro de 2017, a inadimplência caiu 1,2%, enquanto a recuperação de crédito teve ligeira alta de 0,6%. Pág. 8

Imposto Único já conta com o apoio de 215 deputados Será lançada hoje a Frente Parlamentar Mista do Imposto Único Federal. Coordenada pelo deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), o grupo já reúne 215 deputados. Bivar critica o atual sistema tributário nacional e espera que com a ajuda do colegiado consiga realizar estudos para a implantação de um imposto único no País. O imposto único é uma alternativa à proposta que propõe um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Pág. 23


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

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OPINIÃO Da guerra do aço à guerra mundial STEFAN SALEJ* O ano novo chinês pode ser do cão (lealdade e amizade), mas a semana do cão de fato foi do presidente Trump. As investigações sobre a influência russa nas eleições americanas prosseguem, o presidente da China conseguiu mudar a legislação mediante a qual se torna praticamente presidente eterno, o genro que atua na Casa Branca como assessor foi rebaixado ao ponto de não poder mais participar das reuniões que envolvem segurança nacional, e a diretora de Comunicações da Casa Branca, Hicks, a “filha adotiva” de Trump, pediu demissão. E Putin, na véspera de ser eleito pela quarta vez, desafiou o mundo com armas novas, sofisticadas e mortais. E nesta semana do cão, para dizer assim, Trump não seria Trump, se não saísse ao ataque e virasse o jogo: ‘tudo isso não importa, o que importa é que eu mando aqui e ali’. E atacou com uma atitude tola, segundo a imprensa norte-americana, estabelecendo sobretaxa para a importação de aço (25%) e alumínio (10%). Protegeu a pouco competitiva indústria americana de aço, fez felizes os sindicatos dos trabalhadores que eram tradicionalmente a favor dos democratas, enriqueceu meia dúzia de seus amigos do setor e desarranjou o mundo. Por quê? Com a diferença de outras medidas antidumping, (contra a importação de produtos

a preços baixos) ele atingiu o mundo inteiro, aumentou os preços internos com imprevisível efeito na cadeia produtiva norte-americana, que usa aço e alumínio (construção civil, aviação , indústria automobilística, linha branca etc.) e desencadeou uma onda de protecionismo ímpar, inclusive de países amigos e aliados históricos como o Canadá e a Coreia do Sul. Em resumo, se Trump precisasse estar liderando um caos mundial, parece que conseguiu. A raiz do problema, que é o excesso de produção de aço no mundo, devido à produção chinesa (que por outro lado consome nossos minérios), não vai ser resolvida por essa medida. As reclamações na Organização Mundial de Comércio também vão ficar sem efeito porque os Estados Unidos estão pouco ligando para a OMC. E o Brasil, segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, este sim vai ser afetado. E muito. Porque de um lado se fecha nosso maior mercado, por outro continuamos com o nosso mercado aberto à importação de aços, no ano passado correspondente a uma Usiminas. O que pode ser feito após a casa cair? Chorar na porta do governo dos Estados Unidos, cujo secretário de Estado, na visita à América Latina, nem pelo espaço aéreo brasileiro passou, é perder tempo. Temos que achar produtos que os Estados Unidos, ainda maior importador do

mundo, importem e nos façam competitivos em vista das novas medidas. Ou seja, produtos que incluem aço e alumínio, como automóveis e até carrinhos de supermercado ou talheres. Ou peças fundidas. Em segundo ponto, temos que fazer a nossa indústria de aço competitiva. A fragilidade das nossas siderúrgicas, endividas, brigando entre si, com pouca cooperação entre elas, só vai aumentar. Com importação desenfreada, e agora sobrando produto no mundo, o mercado brasileiro será invadido por produtos que estão sobrando no mercado norte-americano. Os norte-americanos só entendem uma língua, e esse governo ainda mais: do comércio e negócios. Então, como vender a Embraer à Boeing neste momento de guerra comercial? Como comprar etanol e trigo deles, se eles não compram nossos produtos? Materiais bélicos? Temos que rever toda a nossa relação, sem bravatas, sem ameaças, mas com firmeza. Não compra meu, não compro seu. Mas o governo vai fazer isso? Mas isso resolve? Só podemos esperar o impossível: que isso não desarranje o sistema econômico mundial e crie nova recessão. *Empresário; ex-presidente do Sebrae Minas e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais; cofundador de Minas em movimento

Pacto social para as reformas CESAR VANUCCI * “A própria base parlamentar admitiu a inoportunidade da proposta.” (Domingos Justino Pinto, educador) Sufocado por dilacerantes contradições e monumentais trapalhadas, o governo Temer viu-se compelido a recuar no propósito de impor, a qualquer custo e de forma a mais estabanada, sua inconsistente versão da reforma previdenciária, demagogicamente alardeada como a “salvação da lavoura”. A insistência em enfiá-la goela abaixo da comunidade, furtando-se ao diálogo com os setores atingidos pelas contundentes alterações das regras vigentes, concorreu poderosamente para que crescesse o índice de rejeição popular à administração pública. Seja ressaltado que, na atualidade, tal índice se situa em patamar sem precedentes na recente história republicana. Não tem como ocultar, verdade seja dita, o caráter chinfrim da proposta. Ela acha-se ancorada, como reconhecido na avaliação de acreditados analistas em políticas públicas sociais, em falsas premissas. O déficit trombeteado inexiste, atestam qualificados auditores fiscais. A despeito disso, os encarregados de divulgar a reforma como “saída providencial” para os problemas do desequilíbrio das contas públicas, à falta de argumentos convincentes, optaram por esgueirar-se nas sombras de um monólogo tecnocrático enervante e enfadonho. Mostraram-se, até aqui, avessos à troca de opiniões. Menosprezaram a possibilidade de debates francos e abertos em torno do candente tema. Escusaram-se a admitir que o diálogo seja a única fórmula apta a proporcionar transparência solar aos fatos reportados, aos argumentos expendidos pelas partes contendoras. Tão consistentes se mostraram as evidências de que a tal reforma não merecia prosperar, que até mesmo a dócil base parlamentar do governo, tantas vezes testada em sua canina fidelidade aos sedutores acenos do poder, ousou rebelar-se. Recusou-se a cumprir a ordem que se lhe foi dada no sentido de conduzir, a toque de caixa, a votação do projeto dito reformista. Não deu outra. A pretexto do controverso ato de intervenção na segurança do Rio de Janeiro, a reforma foi abruptamente retirada da pauta parlamentar. Essa a alternativa que restou aos especialistas em

tricas e futricas inerentes à politiquice barata ao sopesarem a circunstância de ser este um ano eleitoral. “Impróprio”, por conseguinte, para deliberações que ampliem o fosso a separar o estamento político-administrativo das aspirações das ruas. Com a sucessão à vista, as pesquisas de opinião dão notícia de que a maioria esmagadora da sociedade refuta a ideia da aprovação da reforma previdenciária, tal como concebida nas pranchetas oficiais. A opinião pública não consegue vislumbrar no projeto um instrumento de avanço social. Muito antes, pelo contrário. Lastima que a arrogância dos dirigentes governamentais faça tabula rasa da possibilidade de se instalar no País um debate amplo, geral, irrestrito, a se estender pelo tempo que se faça necessário, para definições que contemplem, numa questão de tamanha magnitude, todas as complexas conveniências e interesses em jogo. Quem sabe – chega até a ser positivo e alentador imaginar – se a pausa ora acertada no encaminhamento da palpitante questão das reformas, dentre elas a da política pública das remunerações, aposentadorias e pensões, não possa fazer emergir no âmago da sociedade uma conjugação poderosa de vontades focada, com tempo mais que suficiente para exame acurado das coisas, no objetivo maior da retomada do desenvolvimento? As lideranças mais lúcidas e as mentes mais arejadas da vida brasileira bem que poderiam se agarrar, com toda vibração e entusiasmo, à ideia de um novo e arrojado pacto social. Deixados de lado melindres, rasteirices políticas, malquerenças ocasionais, o segmento político, com a participação de outros setores representativos da inteligência, criatividade e labor comunitários, convocaria as melhores cabeças pensantes para estudo meticuloso das estratégias adequadas com relação à urgente retomada do desenvolvimento econômico e social, com vistas à conquista do futuro. Está claro que as reformas estruturais reclamadas, a da previdência inserida, estariam contempladas no importante trabalho. Seria – como não? - uma maneira ideal de se tentar a superação da crise, que, no momento, refreia o ímpeto brasileiro na direção do progresso. * Jornalista (cantonius@yahoo.com.br)

Marca para chamar de sua EULER COSTA BENFICA* É conhecido pela sabedoria popular que quem registra, torna-se o pai. No mundo corporativo acontece a mesma coisa. Nenhuma empresa é dona da marca só porque se registrou no cartório ou na Junta Comercial. É dono quem a registra no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Sem isso não há garantia de que ela seja de domínio da companhia e, pior, há o risco de o empresário estar cometendo um crime ao usar indevidamente a marca que pertence a outro. Neste caso poderá ser configurado descumprimento da Lei de Propriedade Industrial (Lei no. 9.279 de 14/05/1996). Muitos empreendedores capricham na hora de produzir o site, desenvolver o logotipo, criar e imprimir materiais de papelaria e divulgação, alugar ou comprar uma sede com uma bela e confortável instalação, decorada conforme a identidade visual. Até aqui, tudo bem. É isso mesmo que o mercado espera e aprova de um empreendimento. Mas todo o esforço pode ser em vão se a empresa se esquecer de algo fundamental: registrar a marca. Atentar para este importante fator - eu diria fundamental - certamente evitará dores de cabeça futuras. Sem registro no INPI, o logotipo não passa de um símbolo e a razão social - ou o nome de

fantasia - não é mais do que uma identificação para placas e fachadas, emissão de notas fiscais e contratos, para assinar carteiras de trabalho dos empregados e para outros procedimentos burocráticos. Sem o certificado, a empresa terá sempre uma ameaça - que pode ou não se concretizar – cujos danos serão proporcionais ao seu tempo de vida no mercado. Um destes perigos é se alguém, de qualquer região do território nacional, registrar um nome igual e para o ramo de atividade em que sua empresa atua. Mesmo que você tenha anos de mercado, a lei vai favorecer o outro e sua empresa terá que refazer todo o investimento em divulgação e ainda correrá o risco de comprometer a reputação. Muito provavelmente se a empresa cometer este deslize não terá sido por má-fé, mas por desconhecimento. Mas essa alegação não impedirá o empresário de pagar uma pesada multa ou até mesmo de pegar de três a 12 meses de reclusão pelo crime de contrafação (Leis 9.610, 19/02/1998 e 9.279 de 14/05/1979). Produtos com a marca alheia, por exemplo, podem se apreendidos pela polícia por ordem de um juiz. Ao contrário do que possa parecer, não são apenas os empreendedores que estão começan-

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do um novo negócio que não se “lembram” do registro. Embora não existam números exatos, a maioria das companhias já atuantes no mercado não detém uma marca devidamente documentada. Se o problema for o desembolso financeiro, vai aí uma boa notícia: o processo de registro é muito acessível e não é caro. Custa bem menos do que confeccionar os itens mencionados anteriormente. Além disso, o processo é feito unicamente uma vez, com renovação a cada dez anos. O longo tempo de espera pelo certificado também não deve ser usado como justificativa. A demora já foi de cinco anos, depois de três anos e hoje já está em torno de 28 meses. Estamos nos aproximando dos Estados Unidos, onde são 12 meses, e de países europeus, que registram em dez meses. Interessante acrescentar que qualquer marca precisa obedecer às regras vigentes no seu país de origem e de qualquer outro onde a empresa queira se estabelecer. Poucos sabem, mas aqui no Brasil nem os MEIs escapam da mesma legislação. Estar atento pode evitar um barato que sai caro.

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Um esforço mais amplo Pesquisas de opinião recentemente divulgadas indicam que os brasileiros apoiaram, majoritariamente, a intervenção federal no sistema de segurança no Rio de Janeiro. Houve, na realidade, conforme se pode perceber independentemente do que acusam pesquisas de opinião, um sentimento de alívio. Era preciso fazer alguma coisa e finalmente as autoridades públicas se movimentaram, num processo de integração e articulação de recursos que, na verdade, deveriam ter amplitude nacional, conforme sugere a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A questão, vista no seu todo, é delicada, complexa e, com certeza, de difícil solução, conforme, aliás, já foi devidamente alertado pelos mais diversos especialistas. A articulação pretendida envolve planejamento e mobilização de recursos, num primeiro momento como uma espécie de resposta àqueles que ocuparam, nas periferias principalmente, os espaços deixados vazios pelo Estado, numa deterioração É apenas o começo e os esforços prometidos progressiva e já bastante antiga, não farão sentido ou tendo como deixarão de alcançar resultado final a eficácia desejável uma situação se também não forem verdadeiramente calamitosa. levadas em conta as Mais visível no causas de problemas Rio de Janeiro, que, para além da mas percebida segurança pública, nacionalmente. estão na órbita de Num primeiro momento, e evidente deterioração independendo tecido social temente das críticas que enxergam outro tipo de motivação nas ações que começam a ser empreendidas, uma reação que, depois de tantos planos que jamais se concretizaram, o que se espera é que os recursos disponíveis, em atuação ostensiva, bastem para conter os avanços da criminalidade, até agora alimentados pela impunidade. E muita coisa poderá mudar a partir daí, mas será apenas o começo, o marco de uma virada que certamente não se completa ou se esgota, no prazo já determinado para a intervenção. Num primeiro momento, por óbvio e até por falta de opções, haverá, imagina-se, um severo e bem articulado processo de contenção. Como alguém já disse, a virada do jogo com o restabelecimento de padrões elementares de segurança pública, numa atuação que, se bemsucedida no Rio de Janeiro, provavelmente terá reflexos e desdobramentos mais amplos. É o esperado, o desejável e o necessário. Todo esse esforço, claro, não se esgota na abordagem das causas mais visíveis do problema que hoje está no centro das atenções para a maioria dos brasileiros. Como já foi dito, é apenas o começo e os esforços prometidos não farão sentido ou deixarão de alcançar a eficácia desejável se também não forem levadas em conta as causas de problemas que, para além da segurança pública, estão na órbita de evidente deterioração do tecido social. Nada, enfim, que se possa fazer em apenas oito meses, mas de qualquer forma a única maneira de dar sentido e consequência à empreitada que não tem como continuar sendo adiada.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

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ECONOMIA ACORDO DE AQUISIÇÃO

McCain adquire 49% da Forno de Minas Líder em processamento e vendas de batatas fritas congeladas se associa à pioneira em alimentos congelados DIVULGAÇÃO

ANA CAROLINA DIAS

Líderes no segmento de alimentos congelados, a Forno de Minas e a McCain do Brasil Alimentos firmaram ontem um acordo de aquisição no qual a McCain, principal empresa na área de processamento e vendas de batatas pré-fritas congeladas no mundo, passa a ter 49% de participação nas ações da Forno de Minas. Os demais 51% das ações permanecem com a gestão atual da fabricante pioneira na comercialização de pão de queijo congelado, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Do percentual adquirido pela McCain, 29% pertenciam ao fundo de private equity Mercatto Alimentos, adquirido pela Bozano Investimentos, e os outros 20% são de sócios pessoas físicas. A associação é estratégica, na avaliação do CEO da Forno de Minas, Helder Mendonça, principalmente por se tratarem de empresas que atuam no mesmo segmento. Ele ressalta também que a operação mundial da McCain pode ajudar na expansão dos negócios tanto no Brasil como em outros países. “Enxergamos

Os demais 51% das ações da Forno de Minas permanecem com a gestão atual, sediada em Contagem, na RMBH

várias oportunidades de crescimento, como acelerar o processo de globalização do pão de queijo, e, internamente, há uma sinergia para distribuição de produtos, atingindo clientes em comum. Além disso, compartilhamos os mesmos valores e princípios, como valorização da marca e da qualidade dos produtos, o que nos atraiu no momento da escolha dos sócios”,

explicou Mendonça. O acordo de aquisição é responsável ainda por descartar o plano de abertura de capital da indústria mineira. O cancelamento do registro de companhia aberta perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o fechamento do capital foi aprovado pela totalidade dos acionistas da Forno de Minas em janeiro deste ano, pouco mais de dois anos depois de a em-

presa fazer seu registro de companhia aberta na CVM e começar a se organizar para realizar uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da ordem de R$ 150 milhões. “Já entramos com pedido na CVM para fechar o capital e como a McCain também tem capital fechado, a partir dessa associação não temos pretensão de abrir o capital”, afirmou o CEO.

Histórico - Fundada na década de 1990, a empresa familiar líder no mercado de pão de queijo apresentou um crescimento incomum, que fez surgir a oportunidade de venda da marca para a multinacional Pillburry, em seguida comprada pela General Mills. Após dez anos sob o comando da multinacional, em 2009 a família adquiriu novamente o negócio e, desde então, a Forno

de Minas adotou uma série de ações agressivas como forma de retomar e ampliar seu mercado, bem como a participação no segmento. Prova disso é que, em 2010, a companhia vendeu 29% de seu capital para o fundo de private equity Mercatto Alimentos e se transformou em sociedade anônima (S/A) de capital fechado e, em 2013, a Bozano Investimentos comprou a Mercatto e se tornou sócia da Forno de Minas. O atual CEO da Forno de Minas, Helder Mendonça, ressalta que, apesar do histórico de vendas, o novo acordo com a McCain do Brasil Alimentos mantém as gestões das duas companhias separadas. A parceria, segundo ele, fortalece economicamente a empresa mineira, uma vez que o investimento permite acelerar o crescimento da companhia. “A família Mendonça continua à frente do negócio de forma independente. Em função da sociedade, podemos desenvolver projetos que já existem e iniciar novos. Ficamos fortalecidos para fazer investimentos, lançar novos produtos e buscar novos mercados”, aponta.

VENDAS DIRETAS

Volume de negócios retrai 1,1% no fechamento de 2017, para R$ 45,2 bi São Paulo - O setor de vendas diretas encerrou o ano de 2017 com uma queda de 1,1% no volume de negócios para R$ 45,2 bilhões, informou ontem a Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Segundo a entidade, o número de empreendedores ativos caiu para 4,1 milhões, um recuo de 3,6%, enquanto o volume de itens comercializados teve diminuição de 3,6%, para 1,987 milhão. Em nota, a diretora executiva da ABEVD, Roberta Kuruzu, destaca que o setor dá sinais de que está entrando em um período de estabilização. “As vendas

diretas seguem de perto a situação econômica do País. Quando há muito desemprego, cresce o número de pessoas que empreendem para manter a renda. E quando o desemprego diminui, muitos optam por continuar na área para melhorar os seus ganhos pessoais e da família, além de terem um aumento na sua capacidade de consumo”, afirma. Perspectivas - Para a executiva, a queda do volume de negócios não reflete as perspectivas das associadas, que se mantêm positivas para 2018. Entre as razões, ela cita a recuperação econômica e a confiança de que o

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setor desfruta no Brasil. “A ABEVD vê uma tendência de melhora no setor durante o ano e um crescimento da profissionalização dos empreendedores de vendas diretas”, avalia. “O que vemos é um canal ainda em expansão, com possibilidade de distribuição de diferentes produtos e serviços e que agora já conta com mais empreendedores que vivem apenas dele e precisam pensar seus negócios de forma cada vez mais profissional. E esse é um dos aspectos que nos fazem ter uma perspectiva bastante animadora para este ano”, considera Roberta na nota. (AE)

Data: 08 de março 2018 Horário: 13:30h às 19:00h Local: Cine Theatro Brasil PROGRAMAÇÃO 13:30h

CREDENCIAMENTO / ENTREGA DE MATERIAL

14:00h

ABERTURA: SAURO HENRIQUE DE ALMEIDA MARIO ELMIR BERTI GUADALUPE MACHADO DIAS

14:30h

SEJA UM PRESENTE PARA O MUNDO: TATHIANE DEÂNDHELA

15:30h

SUCESSO É UMA DECISÃO: GUSTAVO COELHO VALE

16:30h

SORTEIO DE BRINDES

17:00h

INTERVALO

17:30h

ESPETÁCULO: FRANCISCO DE ASSIS - DO RIO AO RISO ATOR CARLOS NUNES

PACTO COMERCIAL

Portugal e Espanha sinalizam que União Europeia fechará com Mercosul Brasília - O presidente Michel Temer recebeu ontem telefonemas dos primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e da Espanha, Mariano Rajoy, que teriam dado a ele garantia de que a União Europeia está empenhada em fechar a negociação do acordo, informou o Palácio do Planalto. “Ambos reiteraram ao presidente o interesse em vencer as últimas contendas para que o acordo Mercosul-União Europeia seja fechado no menor prazo. Na ocasião, o presidente Michel Temer também manifestou seu empenho nessa direção”, informou a

assessoria de Comunicação da Presidência. Uma nova rodada de negociações ocorreu na semana passada, no Paraguai, mas não foi possível, mais uma vez, fechar o acordo. O chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga, informou que as negociações continuarão pelas próximas semanas através de videoconferência. Segundo o chanceler, as negociações avançaram na semana passada e a expectativa no Mercosul é que o acordo seja fechado até o meio do ano.

ções, os dois lados não conseguiram avançar no principal entrave para o acordo, as baixas cotas de importação de carne e etanol impostas pela UE e que não supriam a demanda do Mercosul. Em janeiro, a UE melhorou sua oferta para um acesso de 99 mil toneladas de carne por ano, ante 70 mil toneladas propostas inicialmente. Ainda assim, o número ficou abaixo das 100 mil toneladas propostas pela UE em 2004, quando se começou a falar em um acordo. Uma das diretrizes das atuais negociações é de que os valores precisariam Entrave - Em dezembro, na ser superiores aos de 14 última rodada de negocia- anos atrás. (Reuters)

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

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ECONOMIA SETOR AUTOMOTIVO

Vendas crescem 15,3% no bimestre em Minas Emplacamentos atingiram 65,6 mil unidades entre janeiro e fevereiro deste ano, aponta a Fenabrave ALISSON J. SILVA

LEONARDO FRANCIA

As vendas de veículos em Minas Gerais em fevereiro caíram 4,5%, ante janeiro. Porém, na comparação com o mesmo mês de 2017, houve crescimento de 8,7%. No acumulado do primeiro bimestre, os emplacamentos no Estado aumentaram 15,3%, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os emplacamentos de veículos em Minas, que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários chegaram a 32 mil unidades em fevereiro, frente às 33,5 mil unidades de janeiro. Já em igual mês do ano passado, os licenciamentos no Estado atingiram 29,4 mil unidades. De janeiro a fevereiro, foram vendidos 65,6 mil veículos no Estado contra 56,8 mil unidades nos mesmos meses de 2017, com evolução de 15,3%. Somente em Belo Horizonte, as vendas de veículos somaram 34,6 mil unidades no bimestre, com participação de 52,7% em todos os emplacamentos em Minas no período. Na comparação com as 27,9 mil unidades vendidas na Capital no mesmo bimestre de 2017, houve um aumento de 24,1%. Os automóveis e comerciais leves representaram 92,9% do total de emplacamentos de veículos na cidade. Em Minas, os automóveis e comerciais leves também representaram a maior parte das vendas totais de veículos no primeiro bimestre, com participação de 73,7%. No período, foram vendidas 49,1 mil veículos deste tipo no Estado, aumento de 17,3% em relação ao mesmo intervalo de 2017. FCA – As vendas da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), com planta em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), prin-

Abeiva não espera Rota 2030 para este ano

Em Belo Horizonte, os emplacamentos totalizaram 34,6 mil unidades no primeiro bimestre, alta de 24,1%

cipal player do setor automotivo em Minas, aumentaram 5,1% no primeiro bimestre contra as dos mesmos meses de 2017. A montadora permaneceu na terceira posição do ranking de automóveis e comerciais leves, atrás da GM e da Volkswagem do Brasil. A FCA emplacou 40,7 mil automóveis e comerciais leves de janeiro a fevereiro em todo o País, com alta de 5,1% sobre as 38,7 mil unidades em iguais meses de 2017.

A participação da montadora italiana no mercado deste segmento no período foi de 12,4%, 1,6 ponto percentual abaixo da fatia que a marca tinha há um ano. No segmento de caminhões e ônibus a situação começou a melhorar. As vendas destes tipos de veículos em Minas, muito ligadas ao aquecimento da economia e ao escoamento da produção, somaram 1,1 mil unidades no primeiro bimestre, com um salto de 42,5%

frente aos 832 emplacamentos do mesmo intervalo de 2017. Na principal fabricante de caminhões e ônibus instalada no Estado também houve evolução. No confronto do primeiro bimestre de 2018 com os mesmos meses de 2017, os emplacamentos destes tipos de veículos da Iveco Latin America, fabricante de veículos pesados da CNH Industrial, em Sete Lagoas (região Central), somaram 450 unidades contra 391 mil, alta de 15%.

CONJUNTURA

PMI Consolidado avança em fevereiro São Paulo - O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Serviços do Brasil subiu de 50 pontos em janeiro para 52,7 pontos em fevereiro, informou a IHS Markit ontem. Dessa maneira, o PMI Consolidado, que reúne os indicadores de serviços e da indústria, atingiu 53,1 pontos no segundo mês de 2018 depois de alcançar 50,7 pontos em janeiro. O indicador da indústria, divulgado na semana passada, subiu de 51,2 ponto em janeiro para 53,2 na mesma base de comparação. “O crescimento econômico no Brasil melhorou consideravelmente em fevereiro, com a atividade do setor de serviços aumentando mais fortemente do que em qualquer momento dos últimos cinco anos”, escreveu em relatório a economista da instituição, Pollyanna de Lima. “Uma tendência otimista para a produção no setor industrial proporcionou um impulso adicional para a expansão, com o setor liderando a recuperação”, acrescentou. Ao marcar mais de 50 pontos, o indicador do setor de serviços apontou um retorno ao crescimento da produção. A melhora aconteceu por conta do fortalecimento da demanda básica, ao crescimento do volume de novos pedidos e também em razão da oferta de novos serviços. Apesar da expansão importante, a sentimento positivo e a confiança dos prestadores de serviços sobre o crescimento futuro foram considerados contidos pela Markit. “O otimismo contido entre as empresas de serviços refletiu-se em uma nova contração no número de funcionários, a mais acentuada em seis meses”, segundo relatório da Markit. De acordo com

a consultoria, o nível de empregos tem diminuído mensalmente ao longo dos últimos três anos. “No setor de serviços, a capacidade ociosa e as pressões de custos intensas dificultaram novamente a contratação”, escreveu Pollyanna.

No que se refere a preços, os custos do setor de serviços aumentaram novamente, refletindo a inflação acumulada na tarifa de eletricidade e nos preços dos combustíveis. Segundo relatório da Markit, algumas

empresas tentaram repassar aos seus clientes parte da carga adicional de custos, (...) porém, a taxa de inflação de preços de venda atenuou-se em relação à observada no início do ano e foi marginal”. (AE)

ENERGIA

Empresas temem corte na remuneração São Paulo - As maiores distribuidoras de eletricidade do Brasil têm pressionado a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para evitar um corte em um indicador utilizado para definir a remuneração das empresas do setor, tema que deve ser discutido na próxima reunião de diretoria do órgão regulador, previsto para hoje. A movimentação vem após a agência apresentar em novembro uma proposta que prevê definir o chamado “WACC regulatório” em 7,71% após impostos nas revisões tarifárias a serem realizadas entre 2018 e 2020, contra um patamar de 8,09 % praticado a partir de 2015. Antes, em outubro, técnicos da Aneel haviam proposto de maneira preliminar um WACC ainda menor, de 7,24 %. Na prática, cortes no WACC reduzem a remuneração das distribuidoras pelos investimentos em suas atividades, o que alivia pressões sobre a tarifa. O indicador é revisado a cada quatro ou cinco anos. Um grupo com as sete elétricas com maior fatia no mercado de distribuição - CPFL, Equatorial, Neoenergia, Eletropaulo, Enel, EDP Brasil e Energisa - teve reuniões com diretores da Aneel na reta final de fevereiro, nas quais defenderam

que o WACC proposto “não é o suficiente”. As elétricas argumentaram que o WACC sugerido pela Aneel seria o menor do setor de infraestrutura do Brasil - abaixo do indicador utilizado em ocasiões recentes para distribuidores de gás, operadores de saneamento, aeroportos e rodovias. Elas também alegaram que a proposta da Aneel significaria uma remuneração para as distribuidoras brasileiras abaixo da prevista em outros países da América do Sul, como Uruguai (10,13 %), Colômbia (9,31 %), Peru (8,4 %) e Chile (7,75 %). Em um documento apresentado durante as reuniões, as empresas pediram ao regulador um WACC de 8,71 %. Procurada, a Aneel disse que “só se pronunciará sobre o tema após a deliberação do processo em reunião pública da diretoria”. O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, defendeu que a agência ao menos mantenha a taxa nos níveis atuais. “Nós temos uma expectativa de que uma descida do WACC não faria sentido, e temos um conjunto de propostas técnicas que justificam a manutenção ou subida do WACC”, afirmou. Antes, o presidente da líder em distribuição, CPFL Energia, André

Dorf, já havia defendido em entrevista à Reuters que as empresas do setor não veem um cenário de riscos menores para justificar uma redução no indicador. Procurada, a CPFL disse em nota que defende que o WACC a ser definido pela agência “reconheça os investimentos das distribuidoras, com uma taxa de remuneração que incentive a melhoria da qualidade dos serviços prestados”. Equatorial, Neoenergia, Energisa, Eletropaulo e Enel disseram que não iriam comentar. Durante a audiência pública promovida pela Aneel para discutir o assunto, no ano passado, mesmo conselhos que representam consumidores chegaram a defender ao menos uma manutenção do WACC por entender que o tema teria pouco reflexo sobre as tarifas. “A redução (no WACC) proposta (pela Aneel)... tem duas consequências: uma pequena redução das tarifas com pouco impacto para o consumidor individualmente por um lado e redução da capacidade de investimentos por outro lado”, disse o Conselho de Consumidores da Cemig, que sugere manter o WACC em 8,09%, tendo como contrapartida exigências de investimentos na modernização do sistema. (Reuters)

São Paulo - Um dos participantes das discussões em torno do Rota 2030, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), José Luiz Gandini, afirmou ontem que o atraso no anúncio do programa demonstra que o tema não é uma prioridade para o governo. “Eu acho que não sai este ano”, disse O Rota 2030 está sendo elaborado para ser a nova política para o setor automotivo, no lugar do Inovar-Auto, que expirou em 31 de dezembro de 2017. A discussão para o novo programa começou no primeiro semestre no ano passado e o anúncio estava previsto inicialmente para o fim do ano passado. Sem uma definição em questões ligadas a incentivos fiscais, o anúncio ficou para fevereiro, o que não ocorreu. Não há mais prazo. Na visão de Gandini, o Rota 2030 atrasou em um primeiro momento porque a prioridade do governo era aprovar a reforma da Previdência. Depois, passou a ser livrar o presidente Michel Temer das denúncias da Procuradoria-Geral da República. E agora é a questão da segurança no Rio de Janeiro. “O norte do governo não é o Rota 2030”, afirmou. Para ele, o governo está empurrando a questão com a barriga porque entende que a indústria automobilística não precisa que o Rota 2030 seja anunciado agora. Além disso, afirmou, o novo titular do Ministério da Indústria, Marcos Jorge de Lima, não tem força política para enfrentar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em defesa das montadoras. “Nós sabemos que quem manda no País hoje é o Meirelles. Está tudo na mão da Fazenda”, disse. Para Gandini, Meirelles está decidido em não dar incentivos fiscais para o setor. O empresário afirmou também que tanto o ministro da Indústria quanto Meirelles devem deixar os cargos para disputar as eleições, o que causará um novo atraso nas discussões. Anfavea – Já o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou ontem que acredita que o Rota 2030 seja anunciado ainda em 2018, mesmo depois de alguns adiamentos. Ele disse que já há uma nova reunião marcada com o presidente da República, Michel Temer, mas não quis revelar a data. “Há boa chance de sair ainda neste governo. Pode ser que não saia integralmente, mas pelo menos parcialmente”, disse o executivo. O que não pode ficar para o ano que vem, afirmou Megale, é a definição dos incentivos fiscais para as montadoras, em troca de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “Isso não pode atrasar”, comentou. O tema é o principal entrave para a definição das regras do programa. (AE)


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

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SEDE: BELO HORIZONTE - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 33.040.601/0001-87 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – EXERCÍCIO DE 2017 No segmento dos bancos privados nacionais, o saldo de operações de crédito registrou expansão de 1,3%. As provisões para risco de crédito nos bancos privados nacionais são de 8,6%, contra 9,1% em dezembro. No Sistema Financeiro Nacional, a retração do crédito foi de 0,6%, ante queda de 3,5% no ano anterior.

Senhores Acionistas: Apresentamos as Demonstrações Financeiras da Mercantil do Brasil Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos, bem como as demonstrações consolidadas abrangendo a empresa controlada Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A.

CONTEXTO CORPORATIVO E DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO A Mercantil do Brasil Financeira S.A. é controlada pelo Banco Mercantil do Brasil S.A. e realiza as suas atividades operacionais com foco no financiamento de bens de consumo duráveis e crédito consignado.

CONJUNTURA ECONÔMICA E SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL A conjuntura econômica tem sido caracterizada por indicadores que corroboram trajetória de expansão da atividade econômica. Em 2017, o PIB alcançou expansão da ordem de 1,0% e as projeções iniciais apontam cenário mais favorável em 2018, com crescimento da ordem de 2,7%.

A Instituição empreende suas atividades através da rede de agências do Controlador, distribuídas de forma estratégica nas principais regiões e centros econômicos do País, e de parcerias.

Nesse contexto, a queda expressiva da inflação e da taxa básica de juros, a redução no nível de desemprego, o dinamismo advindo das exportações e importações e a expansão do crédito no segmento de pessoa física, favoreceram desempenho positivo em importantes segmentos da indústria e do comércio.

• Gerenciamento de Capital e Limites Operacionais

No setor industrial, registrou-se crescimento anual de 2,5%, ante retração de 6,6% em 2016. No período, a expansão nos segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias, indústrias extrativas, máquinas e equipamentos, favoreceram a performance do setor industrial.

O índice de adequação do patrimônio aos ativos de risco (Acordo de Basileia III) posicionou-se em 14,94%, perante mínimo requerido de 10,50%, já considerado o adicional de capital principal. Informações mais detalhadas estão disponíveis na nota explicativa nº 13.

Na Mercantil do Brasil Financeira S.A., o gerenciamento da estrutura de capital e o cálculo dos limites operacionais são realizados em conjunto com seu Controlador, em conformidade com as Resoluções CMN nºs 3.988/2011 e 4.192/2013.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos e construção civil, registrou crescimento de 4,0%, ante queda de 8,7% no ano anterior. No ano, o segmento de veículos novos registrou desempenho positivo de 9,2%.

• Gestão dos Riscos de Crédito, de Liquidez, de Mercado, Operacional e Socioambiental O gerenciamento dos riscos é centralizado no Controlador, que dispõe de adequadas estruturas para esse gerenciamento. Informações mais detalhadas podem ser obtidas na nota explicativa nº 20.

Quanto ao comportamento da inflação, a trajetória de alta dos preços nos últimos doze meses é compatível com um cenário de estabilização do IPCA abaixo da meta governamental de inflação, de 4,5% ao ano. Acumulou alta de apenas 2,95% em 2017 e projeções recentes apontam para inflação da ordem de 3,8% em 2018.

• Estrutura de Ativos, Passivos e de Resultados - Consolidados O ativo total consolidado posicionou-se em R$ 840,5 milhões. As aplicações interfinanceiras de liquidez e em títulos e valores mobiliários situaram-se em R$ 41,9 milhões.

O comportamento da taxa básica de juros tem acompanhado a trajetória de queda da inflação. A taxa Selic de 13,75% ao ano em dezembro de 2016 foi reduzida para os atuais 6,75% ao ano.

As Operações de Crédito somam R$ 684,8 milhões e representam 81,5% do ativo total da Instituição. As operações registradas nas faixas que refletem a melhor qualidade do crédito, de “AA” a “C”, perfazem 96,7% do total das operações de crédito, ante 94,6% de dezembro de 2016. A provisão para risco de crédito postou-se em 2,6%, ante 3,4% de dezembro de 2016. Os principais recursos captados estão representados por Depósitos Interfinanceiros de R$ 390,5 milhões, Depósitos a Prazo de R$ 140,4 milhões e por Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão (cessão de crédito com coobrigação) de R$ 52,2 milhões. >> Patrimônio Líquido e Lucro Líquido A Mercantil do Brasil Financeira S.A. registrou Patrimônio Líquido de R$ 211,8 milhões e o lucro líquido foi R$ 31,3 milhões, representando retorno médio anual de 15,6% sobre o Patrimônio Líquido médio de R$ 200,7 milhões. As Receitas da Intermediação Financeira alcançaram R$ 305,3 milhões, ante R$ 256,3 milhões de 2016, crescimento de 19,1%. Sobressaíram-se as Receitas de Operações de Crédito de R$ 156,6 milhões e Receitas de Venda ou Transferência de Ativos Financeiros (cessão de crédito) de R$ 145,9 milhões. As Despesas da Intermediação Financeira posicionaram-se em R$ 82,5 milhões, ante R$ 147,0 milhões de 2016, queda de 43,9%. Representam 27,0% das Receitas da Intermediação Financeira, ante 57,4% de 2016. As Despesas de Operações de Captação no Mercado e de Operações de Venda de Ativos Financeiros (cessão de crédito) posicionaram-se em R$ 64,7 milhões e representam 21,2% das Receitas da Intermediação Financeira, ante 46,3% em 2016. As Despesas com Provisão para Risco de Operações de Crédito de R$ 17,8 milhões representam 5,8% das Receitas da Intermediação Financeira, contra 11,0% em igual período de 2016. O Resultado Bruto da Intermediação Financeira posicionou-se em R$ 222,8 milhões e representa 73,0% das Receitas da Intermediação Financeira, contra 42,6% de 2016, demonstrando expressivo ganho de margem bruta. As Despesas de Pessoal posicionaram-se em R$ 5,0 milhões, crescimento de 9,4%.

As Despesas Administrativas somaram R$ 150,8 milhões, ante R$ 90,0 milhões de 2016. Maiores detalhamentos estão disponíveis na nota explicativa nº 17.2. • Demonstrações Financeiras no Padrão Contábil Internacional (IFRS) A Mercantil do Brasil Financeira S.A. não está obrigada a apresentar demonstrações financeiras consolidadas no padrão contábil IFRS, em conformidade com as normas em vigor. Informações sobre os ajustes que serão apresentados em conjunto com as demonstrações contábeis consolidadas em IFRS do Controlador poderão ser obtidas na nota explicativa nº 19. CONTROLADAS A controlada, Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A., registrou resultado positivo de R$ 283 mil, com o Patrimônio Líquido posicionando-se em R$ 6,9 milhões. RELACIONAMENTO COM OS AUDITORES INDEPENDENTES Em atendimento ao que dispõe a Instrução CVM nº 381/2003, a Mercantil do Brasil Financeira S.A. e sua controlada vêm informar que os auditores externos, PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, realizaram exclusivamente serviços de auditoria externa. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Mercantil do Brasil Financeira S.A., nesta oportunidade, agradece aos seus acionistas, clientes e colaboradores pelo expressivo apoio e confiança, que tanto têm contribuído para o desenvolvimento da Instituição. Belo Horizonte, fevereiro de 2018. Administração Em R$ mil

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 ATIVO CIRCULANTE������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ DISPONIBILIDADES ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 4�)��������������������������������������������������� Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................................................................

MBF 2017 400�443 1�693 31�177 26.032 5.145

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 5�)������������������������������������������������������������������������������������������ Carteira Própria .....................................................................................................................................

2016 428�635 3�186 22�901 19.344 3.557

-

-

MBF Consolidado 2017 2016 401�332 429�330 1�719 3�219 31�177 22�901 26.032 19.344 5.145 3.557 718 718

550 550

OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 6�) ����������������������������������������������������������������������������������������������� Operações de Crédito - Setor Privado (Nota 6.1.)................................................................................. Operações de Crédito Vinculadas a Cessão (Nota 6.4.) ........................................................................ (Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa) (Nota 6.2.) ........................................

294�941 269.615 33.333 (8.007)

323�377 245.931 88.796 (11.350)

294�941 269.615 33.333 (8.007)

323�377 245.931 88.796 (11.350)

OUTROS CRÉDITOS ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Rendas a Receber .................................................................................................................................. Diversos: Adiantamentos para Pagamentos de Nossa Conta (Nota 7.6.) ........................................................... Créditos Tributários (Nota 7.1.).......................................................................................................... Impostos a Compensar (Nota 7.3.) ..................................................................................................... Títulos e Créditos a Receber (Nota 7.5.) ............................................................................................ Valores a Receber de Sociedades Ligadas (Nota 7.8.) ....................................................................... Devedores Diversos (Nota 7.7.) .........................................................................................................

55�264 119

53�135 82

55�409 79

53�247 53

5.144 10.389 4.257 6.194 1.867 27.294

1.089 12.396 2.123 3.390 34.055

5.144 10.389 4.442 6.194 1.867 27.294

1.089 12.396 2.264 3.390 34.055

OUTROS VALORES E BENS �������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Outros Valores e Bens (Nota 8.a.) ......................................................................................................... (Provisão para Desvalorizações) ........................................................................................................... Despesas Antecipadas (Nota 8.b.) .........................................................................................................

17�368 2.322 (23) 15.069

26�036 134 (4) 25.906

17�368 2.322 (23) 15.069

26�036 134 (4) 25.906

NÃO CIRCULANTE �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ��������������������������������������������������������������������������������������������������������

437�902 432�613

442�473 437�336

439�180 439�172

444�043 444�026

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 4�)��������������������������������������������������� Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................................................................

7�561 7.561

15�314 15.314

7�561 7.561

15�314 15.314

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 5�)������������������������������������������������������������������������������������������ Carteira Própria .....................................................................................................................................

-

-

2�420 2.420

737 737

OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 6�) ����������������������������������������������������������������������������������������������� Operações de Crédito - Setor Privado (Nota 6.1.)................................................................................. Operações de Crédito Vinculadas a Cessão (Nota 6.4.) ........................................................................ (Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa) (Nota 6.2.) ........................................

372�036 368.018 13.826 (9.808)

344�282 312.999 43.401 (12.118)

372�036 368.018 13.826 (9.808)

344�282 312.999 43.401 (12.118)

OUTROS CRÉDITOS ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Diversos: Créditos Tributários (Nota 7.1.).......................................................................................................... Devedores por Depósitos em Garantia (Nota 7.2.)............................................................................. Impostos a Compensar (Nota 7.3.) ..................................................................................................... Pagamentos a Ressarcir (Nota 7.4.).................................................................................................... Títulos e Créditos a Receber (Nota 7.5.) ............................................................................................

40�476

49�218

44�615

55�171

16.976 16.800 6.700 -

25.650 16.487 7.081 -

16.976 17.225 2.594 6.700 1.120

25.650 17.031 2.507 7.081 2.902

OUTROS VALORES E BENS �������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Despesas Antecipadas (Nota 8.b.) .........................................................................................................

12�540 12.540

28�522 28.522

12�540 12.540

28�522 28.522

PERMANENTE ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

5�289

5�137

8

17

INVESTIMENTOS �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Participações em Controladas: No País (Nota 9.) ................................................................................................................................

5�286

5�125

-

-

5.286

5.125

-

-

IMOBILIZADO DE USO���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Imóveis de Uso ...................................................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso................................................................................................................. (Depreciações Acumuladas) ..................................................................................................................

3 453 (450)

TOTAL DO ATIVO�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

12 453 (441)

838�345

871�108

8 48 591 (631)

17 48 591 (622)

840�512

873�373

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

MBF 2017 548�920

MBF Consolidado 2017 2016 548�936 510�964

2016 510�941

DEPÓSITOS (Nota 10�) ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................................... Depósitos a Prazo .................................................................................................................................

501�218 390.507 110.711

426�633 244.402 182.231

501�218 390.507 110.711

426�633 244.402 182.231

OUTRAS OBRIGAÇÕES �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ......................................................................... Sociais e Estatutárias (Nota 11.1.)........................................................................................................ Fiscais e Previdenciárias (Nota 11.2.) .................................................................................................. Diversas: Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão (Nota 6.4.) ............................................................ Provisão para Pagamentos a Efetuar ................................................................................................. Valores a Pagar à Sociedades Ligadas (Nota 14.1.) .......................................................................... Credores Diversos - no País (Nota 11.4.) ..........................................................................................

47�702 445 9.872 2.153

84�308 262 3.668 1.589

47�718 445 9.885 2.154

84�331 262 3.677 1.600

23.393 539 390 10.910

72.892 3 407 5.487

23.393 539 392 10.910

72.892 3 409 5.488

NÃO CIRCULANTE ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� EXIGÍVEL A LONGO PRAZO �������������������������������������������������������������������������������������������������������������

77�657 77�657

170�433 170�433

78�145 78�145

171�063 171�063

DEPÓSITOS (Nota 10�) ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ Depósitos a Prazo .................................................................................................................................

29�662 29.662

76�292 76.292

29�662 29.662

76�292 76.292

OUTRAS OBRIGAÇÕES �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Diversas: Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão (Nota 6.4.) ............................................................ Provisão para Outros Passivos (Nota 11.3.a.) ...................................................................................

47�995

94�141

48�483

94�771

28.768 19.227

75.789 18.352

28.768 19.715

75.789 18.982

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELA CONTROLADORA ���������������������������������������

211�768

189�734

213�431

191�346

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NA CONTROLADA��������������������������������������������������������������

-

-

1�663

1�612

PATRIMÔNIO LÍQUIDO �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������

211�768

189�734

211�768

189�734

CAPITAL (Nota 12�1�) ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� De Domiciliados no País (Nota 12.1.) ............................................................................................

126�070 126.070

126�070 126.070

126�070 126.070

126�070 126.070

RESERVAS DE CAPITAL (Nota 12�2�) ���������������������������������������������������������������������������������������� Reservas de Ágios por Subscrição de Ações ..................................................................................

6�250 6.250

6�250 6.250

6�250 6.250

6�250 6.250

RESERVAS DE LUCROS (Nota 12�2�) ����������������������������������������������������������������������������������������� Reserva Legal ................................................................................................................................. Reservas Estatutárias ...................................................................................................................... Para Aumento de Capital ............................................................................................................

79�448 12.663 66�785 66.785

57�414 11.099 46�315 46.315

79�448 12.663 66�785 66.785

57�414 11.099 46�315 46.315

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ���������������������������������������������������������������������������

838�345

871�108

840�512

873�373

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Para o 2º Semestre de 2017 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ��������������������������������������������������� Operações de Crédito (Nota 16.) ..................................................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ........................................... Operações de Venda ou de Transferência de Ativos Financeiros (Nota 6.4.) .................. DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ��������������������������������������������������� Operações de Captação no Mercado (Nota 10.2.) ........................................................... Operações de Venda ou de Transferência de Ativos Financeiros (Nota 6.4.) .................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 6.2.)........................................... RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA �������������������������������� OUTRAS RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS��������������������������������������������� Receitas de Prestação de Serviços ................................................................................... Receitas de Prestação de Serviços ................................................................................ Rendas de Tarifas Bancárias ......................................................................................... Despesas de Pessoal (Nota 17.1.) .................................................................................... Outras Despesas Administrativas (Nota 17.2.) ................................................................ Despesas Tributárias (Nota 17.3.) .................................................................................... Resultado de Participação em Controlada (Nota 9.) ........................................................ Outras Receitas Operacionais .......................................................................................... Recuperação de Encargos e Despesas (Nota 17.4.) ...................................................... Reversão de Provisões Operacionais ............................................................................ Variações Monetárias Ativas (Nota 17.5.) .................................................................... Outras Receitas (Nota 17.8.) ......................................................................................... Outras Despesas Operacionais ......................................................................................... Aprovisionamentos e Ajustes Patrimoniais .................................................................. Descontos Concedidos (Nota 17.6.).............................................................................. Variações Monetárias Passivas...................................................................................... Despesas de Caráter Eventual (Nota 17.7.)................................................................... Outras Despesas (Nota 17.9.)........................................................................................ RESULTADO OPERACIONAL�������������������������������������������������������������������������������������� RESULTADO NÃO OPERACIONAL���������������������������������������������������������������������������� Receitas ............................................................................................................................ Despesas ........................................................................................................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO E PARTICIPAÇÕES � IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 18�)������������������������������ Provisão para Imposto de Renda...................................................................................... Provisão para Contribuição Social ................................................................................... Ativo Fiscal Diferido (Nota 7.1.b.) .................................................................................. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS NO LUCRO ������������������������������������������������������ Administradores ............................................................................................................... Empregados...................................................................................................................... PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NO RESULTADO������������������������������������������������� LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE / EXERCÍCIO ��������������������������������������������������� JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................ Número de Ações em Circulação ..................................................................................... Lucro Líquido por Ação .............................................................................................. R$

2° Semestre 2017 146�133 76.016 988 69.129 (35�387) (20.834) (4.948) (9.605) 110�746 (86�381) 35 35 (2.183) (75.207) (5.615) 159 3�187 406 1.253 268 1.260 (6�757) (372) (1.004) (19) (2.216) (3.146) 24�365 220 260 (40) 24�585 (6�284) (1.824) (1.364) (3.096) (1�710) (1.710) 16�591 (9.245) 18.010.000 0,92121

MBF Exercícios 2017 2016 305�097 256�107 156.628 193.680 2.541 8.103 145.928 54.324 (82�471) (147�022) (51.575) (91.120) (13.083) (27.614) (17.813) (28.288) 222�626 109�085 (171�771) (109�015) 49 83 49 83 (4.912) (4.481) (150.681) (89.884) (11.184) (6.430) 216 185 5�557 4�165 792 368 1.538 125 682 1.155 2.545 2.517 (10�816) (12�653) (953) (2.379) (2.571) (5.833) (44) (3.630) (3.199) (3.618) (1.242) 50�855 70 247 (78) 313 74 (66) (152) 51�102 (8) (18�113) 644 (5.491) (4.346) (8.276) 644 (1�710) (1) (1.710) (1) 31�279 635 (9.245) (3.977) 18.010.000 18.010.000 1,73676 0,03526

Em R$ mil

MBF Consolidado 2° Semestre Exercícios 2017 2017 2016 146�224 305�257 256�274 76.016 156.628 193.680 1.079 2.701 8.270 69.129 145.928 54.324 (35�387) (82�471) (147�022) (20.834) (51.575) (91.120) (4.948) (13.083) (27.614) (9.605) (17.813) (28.288) 110�837 222�786 109�252 (86�418) (171�817) (109�027) 36 50 84 1 1 1 35 49 83 (2.213) (4.975) (4.547) (75.231) (150.771) (89.982) (5.625) (11.207) (6.454) 3�376 5�910 4�538 406 792 368 1.344 1.630 125 366 943 1.516 1.260 2.545 2.529 (6�761) (10�824) (12�666) (372) (953) (2.379) (1.004) (2.571) (5.833) (23) (52) (2.216) (3.630) (3.203) (3.146) (3.618) (1.251) 24�419 50�969 225 220 247 (87) 260 313 142 (40) (66) (229) 24�639 51�216 138 (6�288) (18�159) 556 (1.825) (5.520) (58) (1.367) (4.363) (30) (3.096) (8.276) 644 (1�710) (1�710) (1) (1.710) (1.710) (1) (50) (68) (58) 16�591 31�279 635

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Em R$ mil

Capital 126�070 -

Reservas de Capital 6�250 -

-

-

32 -

SALDOS EM 31/12/2016 ���������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO�����������������������������������������������������

126�070 -

6�250 -

11�099 32

46�315 (3�374)

SALDOS EM 01/01/2017 ���������������������������������������������������������������� Lucro Líquido do Exercício ........................................................... Destinações: Reservas (Nota 12.2.) .................................................................. Juros sobre o Capital Próprio (Nota 12.2.) .................................

126�070 -

6�250 -

11�099 -

46�315 -

31.279

-

-

1.564 -

20.470 -

(22.034) (9.245)

SALDOS EM 31/12/2017 ���������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO�����������������������������������������������������

126�070 -

6�250 -

12�663 1�564

66�785 20�470

-

211�768 22�034

SALDOS EM 01/07/2017 ���������������������������������������������������������������� Lucro Líquido do Semestre ............................................................ Destinações: Reservas (Nota 12.2.) .................................................................. Juros sobre o Capital Próprio (Nota 12.2.) .................................

126�070 -

6�250 -

11�834 -

60�268 -

16.591

204�422 16�591

-

-

829 -

6.517 -

(7.346) (9.245)

SALDOS EM 31/12/2017 ���������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO SEMESTRE ������������������������������������������������������

126�070 -

6�250 -

12�663 829

66�785 6�517

SALDOS EM 01/01/2016 ���������������������������������������������������������������� Reversão de Reservas..................................................................... Lucro Líquido do Exercício ........................................................... Destinações: Reservas (Nota 12.2.) ..................................................................... Juros sobre o Capital Próprio (Nota 12.2.) .................................

-

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS: Lucro / (Prejuízo) Líquido antes do Imposto de Renda e Contribuição Social����������� Ajustes ao Lucro / (Prejuízo) Líquido antes dos Impostos�������������������������������������������� Despesa com Provisão / (Reversão) Fiscais, Cíveis e Trabalhistas ................................. Atualizações Monetárias Ativas ....................................................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............................................................. Provisão / (Reversão) para Perdas em Bens Não de Uso Próprio e Investimentos.......... Depreciações e Amortizações .......................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas................................................. (Ganho) / Perda na Alienação de Bens e Investimentos ...................................................... Variação na Participação Minoritária na Controlada ....................................................... Lucro Líquido Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social �������������� Redução (Aumento) em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................... Redução (Aumento) em Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .. Redução (Aumento) em Operações de Crédito................................................................ Redução (Aumento) em Outros Créditos ......................................................................... Redução (Aumento) em Outros Valores e Bens ............................................................... Aumento (Redução) em Depósitos .................................................................................. Aumento (Redução) em Outras Obrigações .................................................................... Caixa Gerado / (Aplicado) nas Operações ���������������������������������������������������������������������� Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos .............................................................. Caixa Líquido Proveniente / (Aplicado) nas Atividades Operacionais ������������������������ FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Alienação de Ativos Disponíveis para Venda .................................................................. Alienação de Investimentos ............................................................................................. Alienação de Bens não de uso Próprio............................................................................. Aquisição de Títulos Disponíveis para Venda.................................................................. Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Recebidos ................................................... Caixa Líquido Proveniente / (Aplicado) nas Atividades de Investimento�������������������� FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Juros sobre o Capital Próprio Pagos................................................................................. Caixa Líquido Proveniente / (Aplicado) nas Atividades de Financiamento ���������������� AUMENTO / (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA������������������� Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Semestre / Exercício .................................... Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Semestre / Exercício ....................................... AUMENTO / (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA�������������������

2° Semestre 2017 24�585 8�088 (1.087) (268) 9.605 18 2 (159) (23) 32�673 7.228 (58.073) 123.572 14.362 (49.218) (47.261) 23�283 (9.183) 14�100 340 14 354 (1) (1) 14�453 13.272 27.725 14�453

MBF Exercícios 2017 2016 51�102 16�165 (726) (682) 17.813 19 9 (216) (52) 67�267 6.165 (19.857) (969) 26.819 27.955 (86.999) 20�381 (11.964) 8�417 590 43 633 (3.855) (3�855) 5�195 22.530 27.725 5�195

Em R$ mil

MBF Consolidado 2° Semestre Exercícios 2017 2017 2016

(8) 27�598 554 (1.155) 28.288 (10) 18 (185) 88 27�590 9.073 (2.772) 246.952 31.133 42.466 (255.308) (110.104) (10�970) (10�970)

24�639 8�125 (1.161) (366) 9.605 18 2 (23) 50 32�764 7.228 (1.929) (58.073) 125.564 14.370 (49.218) (47.406) 23�300 (9.188) 14�112

118.689 1.103 (100.220) 49 19�621

340 340

(3.748) (3�748) 4�903 17.627 22.530 4�903

(1) (1) 14�451 13.300 27.751 14�451

51�216 16�150 (764) (943) 17.813 19 9 (52) 68 67�366 6.165 (1.852) (19.857) 1.050 26.819 27.955 (87.191) 20�455 (12.002) 8�453 590 590 (3.855) (3�855) 5�188 22.563 27.751 5�188

138 27�543 617 (1.516) 28.288 (10) 18 88 58 27�681 9.073 (2.774) 246.952 31.169 42.466 (255.308) (110.176) (10�917) (75) (10�992) 118.689 9 1.103 (100.220) 19�581 (3.748) (3�748) 4�841 17.722 22.563 4�841

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Para o 2º Semestre de 2017 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016

Reservas de Lucros Legal Estatutárias 11�067 49�689 (3.374) -

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO Para o 2º Semestre de 2017 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016

Lucros Acumulados

3.374 635

(32) (3.977) -

-

Totais 193�076 635 (3�977) 189�734 (3�342) 189�734 31�279 (9�245)

(9�245) 211�768 7�346

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Para o 2º Semestre de 2017 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016

2° Semestre 2017 1 - RECEITAS ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Intermediação Financeira ........................................................................................... Prestação de Serviços ................................................................................................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa........................................................ Outras ......................................................................................................................... 2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA���������������������������������������������� 3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ����������������������������������������������������������� Serviços de Terceiros .................................................................................................. Outros ......................................................................................................................... Processamento de Dados ......................................................................................... Publicações .............................................................................................................. Serviços do Sistema Financeiro............................................................................... Outros ...................................................................................................................... 4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3) ������������������������������������������������������������������ 5 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO���������������������������������������������� 6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (4-5) ������ 7 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA ������������������������������� Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ........................................... 8 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7) �������������������������������������������������������� 9 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO �������������������������������������������������������� Pessoal ........................................................................................................................ Remuneração Direta ................................................................................................ Benefícios ................................................................................................................ F.G.T.S ..................................................................................................................... Impostos, Taxas e Contribuições ................................................................................ Federais.................................................................................................................... Estaduais .................................................................................................................. Municipais ............................................................................................................... Remuneração de Capitais Próprios............................................................................. Juros sobre o Capital Próprio................................................................................... Lucros / (Prejuízos) retidos...................................................................................... Participação dos não Controladores nos Lucros Retidos.........................................

133�469 146.133 35 (9.605) (3.094) (25�782) (75�205) (70.583) (4�622) (2.662) (77) (364) (1.519) 32�482 (2) 32�480 159 159 32�639 32�639 3�676 3.673 3 12�372 12.342 27 3 16�591 9.245 7.346 -

MBF Exercícios 2017 2016 282�103 305.097 49 (17.813) (5.230) (64�658) (150�672) (142.268) (8�404) (5.592) (243) (636) (1.933) 66�773 (9) 66�764 216 216 66�980 66�980 5�433 5.425 8 30�268 30.230 33 5 31�279 9.245 22.034 -

Em R$ mil

MBF Consolidado 2° Semestre Exercícios 2017 2017 2016

219�301 256.107 83 (28.288) (8.601) (118�734) (89�866) (83.383) (6�483) (5.365) (214) (239) (665) 10�701 (18) 10�683 185 185 10�868 10�868 3�581 3.353 141 87 6�652 6.612 34 6 635 3.977 (3.342) -

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

133�735 146.224 36 (9.605) (2.920) (25�782) (75�229) (70.600) (4�629) (2.662) (77) (364) (1.526) 32�724 (2) 32�722 32�722 32�722 3�677 3.674 3 12�404 12.373 27 4 16�641 9.245 7.346 50

282�569 305.257 50 (17.813) (4.925) (64�658) (150�762) (142.302) (8�460) (5.592) (287) (636) (1.945) 67�149 (9) 67�140 67�140 67�140 5�435 5.427 8 30�358 30.318 33 7 31�347 9.245 22.034 68

219�762 256.274 84 (28.288) (8.308) (118�734) (89�964) (83.423) (6�541) (5.365) (258) (239) (679) 11�064 (18) 11�046 11�046 11�046 3�583 3.355 141 87 6�770 6.728 34 8 693 3.977 (3.342) 58


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

6

2/4

SEDE: BELO HORIZONTE - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 33.040.601/0001-87 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1� CONTEXTO OPERACIONAL A Mercantil do Brasil Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos – (Financeira) é controlada pelo Banco Mercantil do Brasil S.A. e realiza suas atividades operacionais atuando no segmento de crédito direto ao consumidor e crédito consignado. 2� ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1. Apresentação das demonstrações financeiras As informações contábeis contidas nas demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2017 foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que consideram as diretrizes emanadas da Lei nº 6.404/76, as alterações introduzidas pelas Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09 para contabilização das operações, associadas às normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, quando aplicáveis, do Conselho Monetário Nacional – CMN e do Banco Central do Brasil – BACEN, em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF, e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões para créditos de liquidação duvidosa, provisões trabalhistas, cíveis e tributárias, determinações de provisões para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. As demonstrações financeiras foram concluídas e aprovadas pelo Conselho de Administração da Mercantil do Brasil Financeira S.A. em 28/02/2018. 2.2. Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 31 de dezembro de 2017 foram elaboradas em consonância com as normas de consolidação da Lei nº 6.404/76, associadas às normas e instruções do BACEN e da CVM. Assim, foram eliminadas as participações de uma Instituição em outra, os saldos de contas e as receitas e despesas entre as mesmas, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas minoritários. As demonstrações financeiras consolidadas contemplam a Financeira e a sua empresa controlada Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A., cuja participação é de 76,07% (76,07% em dezembro de 2016) (vide nota nº 9.). 2�3� Principais políticas contábeis e estimativas críticas As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. Caixa e equivalentes de caixa são representados, basicamente, por disponibilidades, depósitos bancários disponíveis e investimentos de curto prazo de alta liquidez que são prontamente conversíveis em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e limites, cujo prazo de vencimento seja igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são utilizados pela Financeira para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo. Os ativos e os passivos, circulantes e não circulantes, são demonstrados pelos valores de realização ou compromissos estabelecidos nas contratações, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos ou encargos incorridos até a data dos balanços. Nas operações com rendimentos ou encargos pré-fixados, as parcelas a auferir ou a incorrer são demonstradas como redução dos ativos e passivos a que se referem. As receitas e despesas de natureza financeira são registradas pelo critério pro–rata die e calculadas pelo método exponencial. Em conformidade com a Deliberação CVM nº 639/10 e Resolução CMN nº 3.566/08, que aprovaram e tornaram obrigatório o pronunciamento técnico CPC 01 R1 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo, com base em análise da Administração, se o valor de contabilização dos ativos ou conjunto de ativos não financeiros, exceto outros valores e bens e créditos tributários, exceder o seu valor recuperável é reconhecida uma perda por desvalorização (impairment) no resultado do período. As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas ao custo acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços. Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção de negociação, dividindo-se em três categorias, em conformidade com a Circular Bacen nº 3.068/01 e regulamentação complementar: a) Títulos para negociação – são aqueles adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado. b) Títulos mantidos até o vencimento – são os títulos, exceto ações não resgatáveis, para os quais haja intenção, ou obrigatoriedade, e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento, avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos incorridos, em contrapartida do resultado. c) Títulos disponíveis para venda – são aqueles não enquadráveis nas categorias anteriores, ajustados pelo valor de mercado, líquidos dos efeitos tributários, em contrapartida à conta destacada no patrimônio líquido. Os ganhos e perdas, quando realizados, são reconhecidos, na data da negociação, no resultado em contrapartida à conta específica do patrimônio líquido. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi calculada em conformidade com a Resolução CMN nº 2.682/99 e regulamentação complementar do Banco Central do Brasil e é fundamentada em um sistema de avaliação de riscos de clientes e operações, incluindo a análise de risco de crédito da contraparte e várias premissas de fatores internos e externos, a situação financeira da contraparte, os níveis de inadimplência, garantias das carteiras e a política de renegociação; e foi constituída em montante considerado suficiente, pela Administração, para cobrir eventuais perdas na realização dos ativos correspondentes. As parcelas da remuneração referentes a originação de operações de crédito e custo de preparação de documentos e de implantação de propostas de operações de crédito, originadas até 31 de dezembro de 2014, estão registradas em despesas antecipadas e apropriadas pelos prazos das respectivas operações de crédito. A Financeira utilizou a faculdade de diferimento da despesa relativa a comissão de originação de operações de crédito, em conformidade com a Circular Bacen nº 3.738/14, na seguinte proporção: dois terços das comissões sobre operações originadas em 2015 e um terço para as operações originadas em 2016, sendo o restante da despesa alocada diretamente no resultado. Os valores registrados em despesas antecipadas são amortizados de forma linear, no prazo máximo de 36 meses ou imediatamente se houver liquidação ou baixa da operação de crédito que deu origem (vide nota nº 8.b.). A partir de 1º de janeiro de 2017, as comissões de originação de operações de crédito foram reconhecidas integralmente como despesa. As participações em sociedades controladas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. O controle das contingências ativas, passivas e provisões é efetuado de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM nº 594/09, com observância da Resolução CMN nº 3.823/09: a) Ativos contingentes – não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. b) Passivos contingentes – são divulgados sempre que classificados como perdas possíveis, observando-se o parecer dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos Tribunais. c) Provisões – originam-se de processos judiciais relacionados a obrigações trabalhistas, cíveis entre outras observando-se os pareceres dos consultores jurídicos externos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos Tribunais. Tais processos têm seus montantes reconhecidos quando evidenciam uma provável saída de recursos para liquidar a obrigação e quando os valores envolvidos forem mensurados com segurança. d) Obrigações legais – provisão para riscos fiscais - referem-se às obrigações tributárias legalmente instituídas, que são contestadas judicialmente quanto à legalidade ou constitucionalidade que, independentemente da probabilidade de chance de êxito dos processos judiciais em andamento, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. As contribuições sociais relativas ao PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) são calculadas com base na Receita Bruta de que trata o artigo 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77, em conformidade com a Lei nº 12.973/14 e regulamentação complementar, e são recolhidas à alíquotas de 0,65% e 4,00%, respectivamente, pelo regime cumulativo. A provisão para o imposto de renda é registrada pelo regime de competência e constituída com base no lucro, ajustado pelas adições e exclusões de caráter temporário e permanente, à alíquota de 15,00%, acrescida de adicional de 10,00% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240. A contribuição social foi constituída à alíquota de 15,00% sobre o lucro tributável até agosto de 2015, sendo majorada para 20% a partir de setembro de 2015, prevalecendo assim até dezembro de 2018, em conformidade com a Lei nº 13.169/15. Impostos diferidos provenientes de diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, se houver, são reconhecidos, com base em estudo técnico de estimativa de lucros tributáveis futuros, de acordo com a Instrução CVM nº 371/02, Resolução CMN nº 3.059/02 e regulamentação complementar. Os juros sobre o capital próprio, pagos e a pagar aos acionistas, são calculados em conformidade com a Lei nº 9.249/95 e são registrados no resultado, na rubrica de despesas financeiras, conforme determina a legislação fiscal. Para fins de apresentação das demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio são eliminados das despesas financeiras e são apresentados a débito de lucros acumulados. A Resolução CMN nº 3.533/08, com modificações posteriores, entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012 e alterou o registro das operações de crédito cedidas com retenção substancial de riscos e benefícios. Estas operações devem permanecer no ativo, com registro de passivo financeiro decorrente da obrigação assumida, e as receitas e despesas decorrentes dessas operações apropriadas de maneira “pro-rata temporis” (mensalmente) no resultado pelo prazo remanescente das operações. A Instituição implantou, a partir de 2012, o Plano de Remuneração específico para os administradores, que contempla diretrizes para o pagamento da remuneração fixa e variável alinhadas à política de gestão de riscos da Instituição e às melhores práticas de mercado, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.921/10. O montante da remuneração fixa é aprovado anualmente na Assembleia Geral. O direito à Remuneração Variável está condicionado ao atingimento dos objetivos estratégicos da Instituição, às metas individuais e de áreas de atuação dos administradores. 3� CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA O caixa e equivalentes de caixa são compostos como segue: Descrição

Dez / 2017

MBF

1.693 26.032 27�725

Dez / 2016

3.186 19.344 22�530

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 1.719 3.219 26.032 19.344 27�751 22�563

4� APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ As aplicações interfinanceiras de liquidez, no individual e consolidado, são compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

Dez / 2016

26.032

19.344

12.706 38�738 31.177 7.561

18.871 38�215 22.901 15.314

AA

A

Descrição Títulos / Vencimentos

Dez / 2017

Custo

MBF – Consolidado Dez / 2016

2�980 642 2.338 2�980 -

Dez / 2017 1�212 374 18 99 721 1�212 -

Mercado

Dez / 2016

3�138 718 2.420 3�138 718 2.420

1�287 423 20 107 737 1�287 550 737

621�055 26.315 35.159 17.533 72.047 117.337 352.664 1�408 622�463 90,90 615�545 89,06

19�182 641 1.452 88 2.166 3.901 10.934 3 19�185 2,80 15�212 2,20

Parcelas vincendas 01 a 30 dias 31 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Parcelas vencidas 01 a 14 dias 15 a 30 dias 31 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Total em 31/12/2017 % Total em 31/12/2016 %

-

-

10�889 634 644 538 1.559 2.475 5.039 704 687 17 11�593 1,69 10�860 1,57

Total em 31/12/2017 % Total em 31/12/2016 %

51 0,01 416 0,06

622�463 90,90 615�545 89,06

30�778 4,49 26�072 3,77

Operações de crédito Operações de crédito vinculadas a cessão Total Circulante Não circulante

MBF Dez / 2017 637.633 47.159 684�792 302.948 381.844

Dez / 2016 558.930 132.197 691�127 334.727 356.400

MBF Dez / 2017 23�468 42.766 (24.953) 17�813 (23.466) 17�815 8.007 9.808

Dez / 2016 38�848 64.366 (36.078) 28�288 (43.668) 23�468 11.350 12.118

6�2� A movimentação da provisão para perdas em operações de crédito, no individual e consolidado, é como segue: Descrição Saldo no início do exercício Constituição de provisão Reversão de provisão Efeito no resultado Baixa de créditos – prejuízo Saldo no final do exercício Circulante Não circulante

6.3. A classificação de risco para as operações de crédito e outros créditos é como segue: a) Composição da carteira, no individual e consolidado, por nível de risco conforme estabelecido na Resolução CMN nº 2.682/99 Operações de Crédito e Outros Créditos Pessoa Física

Produtos Crédito Consignado INSS Crédito Consignado Público Financiamento Veículos - CDC Renegociação Total geral

Indústria

Total

AA

51 51

A 443.502 168.343 10.618 622�463

Comércio

Serviços

Normal Anormal Normal Anormal Normal Anormal

Total

Dez /2017 Dez /2016 Dez /2017 Dez / 2016

-

-

-

-

-

-

51

-

51

51

416

-

-

A

620.955

-

620�955

623

-

52

-

833

-

1�508

622�463

615�545

3.111

3.078

B

18.462

11.501

29�963

-

-

-

-

723

92

815

30�778

26�072

308

261

C

822

1.955

2�777

-

14

-

-

18

5.927

5�959

8�736

12�127

262

364

D

2.512

2.628

5�140

1.464

-

-

-

130

-

1�594

6�734

14�894

673

1.489

E

417

1.241

1�658

-

313

-

-

-

-

313

1�971

2�623

592

787

F

286

1.364

1�650

-

-

-

-

-

-

-

1�650

2�499

825

1.250

G

199

987

1�186

21

-

-

3

-

4

28

1�214

2�366

849

1.654

H

889

10.071

10�960

-

57

-

69

-

109

235

11�195

14�585

11.195

14.585

644�542

29�747

674�289

2�108

384

52

72

1�755

6�132

10�503

684�792

691�127

17�815

23�468

Total

B 10.648 17.933 2.197 30�778

Dez / 2017 C D 1.084 1.293 290 3.353 7.362 1.887 201 8�736 6�734

F

G

408 23 30 13 54 91 197 9 417 0,06 1�276 0,18

286 18 23 10 44 69 122 286 0,04 1�106 0,16

220 15 20 9 30 47 99 220 0,04 902 0,13

889 67 74 49 149 195 355 889 0,14 1�981 0,30

646�881 27�362 37�115 17�908 75�299 122�851 366�346 1�576 648�457 94,71 656�985 95,06

94,48 4,00 5,42 2,62 11,00 17,94 53,50 0,23 94,71 95,06 -

1�249 47 57 35 128 225 757 305 15 38 53 52 121 26 1�554 0,23 1�347 0,19

998 44 52 32 104 171 595 366 7 44 53 48 141 73 1�364 0,20 1�393 0,20

646 28 32 22 70 118 376 348 4 32 41 42 153 76 994 0,15 1�464 0,21

6�881 336 433 200 848 1.388 3.676 3�425 22 381 417 284 1.008 937 376 10�306 1,49 12�604 1,83

30�068 1�540 1�704 1�183 3�857 6�286 15�498 6�267 92 1�617 1�059 514 1�497 1�112 376 36�335 5,29 34�142 4,94

4,38 0,22 0,25 0,17 0,56 0,92 2,26 0,91 0,01 0,24 0,15 0,08 0,22 0,16 0,05 5,29 4,94 -

1�971 0,29 2�623 0,37

1�650 0,24 2�499 0,36

1�214 0,19 2�366 0,34

11�195 1,63 14�585 2,13

684�792 100,00 691�127 100,00

100,00 100,00 -

E

F

905 495 108 463 1�971

984 466 86 114 1�650

G

H 6.260 3.574 1.009 352 11�195

771 278 164 1 1�214

Dez / 2017 Operações cedidas Obrigações assumidas 47.159 52.161 47�159 52�161 33.333 23.393 13.826 28.768

Descrição Saldo das cessões com coobrigação – A valor presente Total Circulante Não circulante

H

Total

%

Total 465�447 194�732 23�482 1�131 684�792

% 67,96 28,44 3,43 0,17 100,00

Dez / 2016 Total % 358�324 51,85 284�601 41,18 47�046 6,81 1�156 0,16 691�127 100,00

Dez / 2016 Operações cedidas Obrigações assumidas 132.197 148.681 132�197 148�681 88.796 72.892 43.401 75.789

No exercício, a Financeira apurou receitas com operações de venda ou transferência de operações de crédito, decorrente de operações cedidas sem retenção de risco, no individual e no consolidado, no montante de R$ 145.928 (R$ 54.324 em dezembro de 2016), em conformidade com a Resolução CMN nº 3.533/08, no montante de R$ 506.080 (R$ 213.718 em dezembro de 2016) a valor presente. As despesas com as operações de venda ou de transferências de ativos financeiros, no individual e consolidado, decorrem das obrigações assumidas em função do prazo remanescente das operações cedidas no período findo em 31 de dezembro de 2017, montam em R$ 13.083 (R$ 27.614 em 31 de dezembro de 2016). 7� OUTROS CRÉDITOS 7�1� Créditos tributários a) A composição dos créditos tributários, no individual e consolidado, é como segue: Descrição Imposto de Renda

Base de cálculo Prejuízo Fiscal Diferenças temporárias Total do efeito do IR Base de cálculo Base Negativa à alíquota de 15% Diferenças intertemporais à alíquota de 15% Diferenças intertemporais à alíquota de 20% Total do efeito da CSL Total geral Circulante Não circulante

Dez / 2017

Contribuição Social

Créditos tributários Saldos em 31/12/2016 Constituição Realização Efeito líquido no resultado PERT – Lei nº 13.496/17 (vide nota nº 19.a.) Saldos em 31/12/2017 Total

Dez / 2016

65�784 32.177 33.607 16�446

90�923 47.420 43.503 22�731

66�386 32.779 14.386 19.221 10�919 27�365 10.389 16.976

90�923 47.420 9.971 33.532 15�315 38�046 12.396 25.650

Operações de Crédito Normal – operações de crédito a vencer ou vencidos até 14 dias. Operações de Crédito Anormal – operações de crédito com 15 dias ou mais de vencidos.

Imposto de Renda Diferenças Prejuízo fiscal temporárias 10�876 11�855 10.817 (11.955) (3.811) (1�138) (3�811) (1.336) 9�738 6�708 16�446

Contribuição Social Diferenças Base negativa temporárias 8�202 7�113 8.411 (10.611) (1.127) (2�200) (1�127) (1.069) 6�002 4�917 10�919

Os créditos tributários sobre adições temporárias decorrentes de valores sob decisões judiciais, no individual e consolidado, montam em R$ 4.003 (R$ 3.811 em dezembro de 2016) e estão ativados com realização prevista até 2022. O quadro abaixo demonstra, para os créditos tributários ativos, no individual e consolidado, os valores previstos de realização comparativamente com o valor presente do crédito, calculado com base nas taxas de captação para os anos correspondentes: Realização dos Créditos Tributários Exercícios

Imposto de Renda

Contribuição Social

5.893 3.091 2.262 2.369 2.831 16�446 13�304

4.496 1.855 1.357 1.422 1.789 10�919 8�936

Dez / 2017

Total

10�389 4�946 3�619 3�791 4�620 27�365 22�240

Dez / 2016 12�396 4�294 1�851 1�667 5�613 7�258 4�967 38�046 24�769

Como citado anteriormente, a Financeira registra créditos tributários sobre diferenças temporárias, de acordo com os requisitos previstos na Instrução CVM nº 371/02, Resolução CMN nº 3.059/02 e regulamentações complementares. A realização dos créditos tributários dependerá da efetivação das projeções de lucros futuros previstos nos estudos técnicos elaborados pela Administração em dezembro de 2017 e aprovados pelos Conselhos de Administração e Fiscal. Assim, essas projeções de realização de créditos tributários são estimativas e não estão diretamente relacionadas com a expectativa de lucros contábeis. Créditos tributários ativados A MP nº 675/15, convertida na Lei nº 13.169/15, majorou a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do setor financeiro de 15% para 20% do lucro tributável, no período de setembro de 2015 a dezembro de 2018. Como decorrência, houve a atualização de créditos tributários constituídos sobre adições temporárias que se tornarão dedutíveis dentro do período em que vigorará referida alíquota majorada em conformidade com o § 2º do artigo 1º da Circular Bacen nº 3.171/02. 7�2� Devedores por depósitos em garantia Refere-se a questionamentos judiciais de ordem tributária, cível e trabalhista “sub judice”. As eventuais provisões trabalhistas, cíveis e tributárias correspondentes a estas causas estão registradas e classificadas na rubrica “Provisão para outros passivos” (vide nota nº 11.3.a.). 7�3� Impostos a compensar são compostos como segue:

Imposto de Renda e Contribuição Social Imposto de Renda e Contribuição Social – IPC/90(II) Crédito junto à previdência social – INSS(III) PERT – Lei nº 13.496/17 (IV) Outros Total Circulante Não circulante

Dez / 2017

MBF 3.716 538 3 4�257 4.257 -

Dez / 2016

1.951 172 2�123 2.123 -

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 4.719 2.907 1.590 1.552 14 14 538 175 298 7�036 4�771 4.442 2.264 2.594 2.507

Imposto de Renda e Contribuição Social referem-se a saldos credores de exercícios anteriores. O Imposto de Renda e Contribuição Social - IPC/90 são provenientes da inclusão dos efeitos da correção monetária de balanço, amparada pela Lei nº 8.200/91, na base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social do exercício de 1995. (III) O crédito junto à Previdência Social - INSS corresponde à restituição de contribuição social paga indevidamente sobre pró-labore de autônomos, nos termos da Lei nº 7.787/89, julgada inconstitucional pelo STF e cuja decisão favorável à empresa foi transitada em julgado em 22 de outubro de 2008. (IV) Refere-se a créditos tributários, a serem utilizados na liquidação de tributos, em conformidade com o Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) de que trata a Lei nº 13.496/17 (vide nota nº 19.a.). (I)

(II)

A Financeira reconheceu, no mês de agosto de 2010, o montante R$ 12.676, líquido dos impostos, decorrente de êxito em ações judiciais transitadas em julgado, que questionavam a base de cálculo da COFINS estendida pela Lei nº 9.718/98. O ativo registrado foi apurado pela diferença entre a COFINS paga sobre a receita bruta e a COFINS apurada sobre a prestação de serviços. Da mesma forma, destaca-se que o crédito de PIS decorrente de ação transitada em julgado, reconhecido em dezembro de 2005, no montante de R$ 886, líquido dos impostos, que teve como mérito recolher este tributo sobre a base de cálculo reduzida e reaver o que pagou a maior sobre a diferença entre a base estendida pela Lei nº 9.718/98 e a base contemplando somente as receitas de prestação de serviços. Referidos créditos de COFINS e PIS foram habilitados junto a Secretaria da Receita Federal e foram totalmente compensados, em exercícios anteriores, com tributos administrados por este órgão. Não obstante os trânsitos em julgados obtidos nas ações do PIS e COFINS acima referidas, que caracterizam os créditos como líquidos e certos, a Receita Federal do Brasil homologou parcialmente as respectivas compensações, contestando o alcance do êxito obtido nas ações judiciais. As discussões administrativas em andamento têm avaliação de risco remoto por consultores jurídicos externos, na forma do item 86 do CPC 25, aprovado pela Deliberação CVM nº 594/09 e Resolução CMN nº 3.823/09. 7�4� Pagamentos a ressarcir Refere-se ao crédito de Finsocial decorrente de decisão judicial transitada em julgado, que considerou improcedente o recolhimento desta contribuição, condenando a União a devolver à Mercantil do Brasil Financeira S.A. os valores recolhidos, com juros de mora e correção monetária. 7�5� Títulos e créditos a receber são compostos como segue: Descrição

PCLD

-

AA

E

6�4� Cessões de créditos A Resolução CMN nº 3.533/08, com modificações posteriores, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012, estabelece procedimentos para classificação, registro contábil e divulgação de operações de venda ou de transferências de ativos financeiros. As operações de cessão de créditos na modalidade de operações com retenção substancial dos riscos e benefícios configuram-se pela prestação de coobrigação aos cessionários. Nesta modalidade, as operações cedidas permanecem registradas no ativo da instituição cedente e os recursos recebidos são registrados no ativo tendo como contrapartida o passivo financeiro decorrente da obrigação assumida. A Financeira possui saldo de operações de crédito cedidas na modalidade com retenção substancial dos riscos e benefícios. Nessas operações, a Financeira está exposta ao risco de crédito, de mercado e operacional, que são adequadamente monitorados e mitigados em conformidade com as normas em vigor (vide nota nº 20.). As receitas e despesas decorrentes dessas cessões são apropriadas no resultado pelo prazo remanescente das respectivas operações. A operações cedidas, no individual e consolidado, é como segue:

Pessoa Jurídica Em curso Total

D Curso Normal 840 3�950 33 247 38 316 30 171 96 698 147 1.039 496 1.479 156 840 4�106 0,12 0,60 8�597 11�950 1,24 1,73 Curso Anormal 7�078 2�327 361 90 354 132 315 41 909 239 1.492 417 3.647 1.408 818 301 39 5 348 87 402 76 21 67 8 66 7�896 2�628 1,15 0,38 3�530 2�944 0,51 0,43 Total geral 8�736 6�734 1,27 0,98 12�127 14�894 1,75 2,16

c) Composição da carteira, no individual e consolidado, por produtos

(I)

Descrição

Normal Anormal

C

51 3 3 5 15 25 51 0,01 416 0,06

Descrição 6� OPERAÇÕES DE CRÉDITO 6�1� As operações de crédito, no individual e consolidado, são como segue:

Nível

B

Parcelas vincendas 01 a 30 dias 31 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Vencidas até 14 dias Total em 31/12/2017 % Total em 31/12/2016 %

2017 2018 2019 2020 2021 2022 a 2024 2025 a 2026 Total Valor presente

5� TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS 5.1. Instrumentos financeiros derivativos Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a Instituição não contratou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 5�2� Títulos e valores mobiliários A composição dos saldos dos títulos e valores mobiliários, no consolidado, é como segue:

Títulos para negociação CDB Até 30 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 1 ano De 1 a 2 anos Total geral Circulante Não circulante

Classificação por vencimento

b) A movimentação dos créditos tributários, no individual e consolidado, é como segue:

Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Total

Aplicações no mercado aberto Letras do Tesouro Nacional Aplicações em depósitos interfinanceiros Aplicações em depósitos interfinanceiros Total Circulante Não circulante

b) Composição da carteira, no individual e consolidado, por prazo de vencimento

Precatório INSS Títulos de capitalização Precatório CSLL (I) Total Circulante Não circulante

Dez / 2017

MBF 5.097 1.097 6�194 6.194 -

Dez / 2016

2.300 1.090 3�390 3.390 -

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 1.120 2.902 5.097 2.300 1.097 1.090 7�314 6�292 6.194 3.390 1.120 2.902

(I) Refere-se a precatório registrado em setembro de 2015, relativo ao crédito de CSLL, decorrente do trânsito em julgado do processo que discutia sobre a inconstitucionalidade do art. 8º da Lei nº 7.689/88.

7�6� Adiantamentos para pagamentos de nossa conta Referem-se, basicamente, aos pagamentos realizados por conta das comissões de originação de operações de créditos consignados, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.954/11, e a pagamentos efetuados por conta de serviços prestados. 7�7� Devedores diversos Refere-se, basicamente, a baixa de parcelas de crédito consignados que foram quitadas através de desconto em folha de pagamento e que aguardam o envio do recurso pelo respectivo Estado. 7�8� Valores a receber de sociedades ligadas Refere-se aos valores dos créditos tributários de prejuízos fiscais e bases negativas da Contribuição Social existentes em dezembro de 2015 cedidos para o Controlador quando da adesão dessa Instituição ao PERT instituído pela MP nº 783/17 - Lei nº 13.496/17.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

7

3/4

SEDE: BELO HORIZONTE - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 33.040.601/0001-87 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8� OUTROS VALORES E BENS a) Outros valores e bens Referem-se, basicamente, à aquisição de terrenos, recebidos em dação pagamento, no montante de R$ 2.000 e veículos apreendidos, objeto de garantia de operação de crédito por alienação fiduciária. b) Despesas antecipadas O saldo das despesas antecipadas, no individual e consolidado, é como segue: Descrição

Dez / 2017 22.751 625 19 4.214 27�609 15.069 12.540

Comissão sobre intermediação de operações de crédito (I) Comissão sobre originação de operações de crédito – Circular Bacen nº 3.693/13(II) Custo de serviço de preparação de documentos e digitação de proposta de negócios (III) Demais despesas antecipadas (IV) Total Circulante Não circulante

Dez / 2016 51.688 2.681 45 14 54�428 25.906 28.522

Refere-se, basicamente, às comissões sobre operações de crédito, originadas antes da entrada em vigor da Circular Bacen nº 3.693/13, na modalidade de créditos consignados, pagas aos correspondentes no País, que serão apropriadas mensalmente pelo prazo das respectivas operações de crédito, em conformidade com as normas vigentes. Essas apropriações são alocadas no subgrupo “Outras Despesas Administrativas”, e atingiram, até 31 de dezembro de 2017, o montante de R$ 28.712 (R$ 40.320 em dezembro de 2016). As comissões relativas aos créditos cedidos são apropriadas integralmente no resultado. (II) Refere-se, basicamente, às comissões de originação de operações de crédito realizadas a partir de 01/01/2015, conforme Circular Bacen nº 3.693/13, na modalidade de créditos consignados, pagas aos correspondentes no País, que serão apropriadas mensalmente, no prazo máximo de 36 meses da data da realização das respectivas operações de crédito, observado a data limite de 31/12/2019. Essas apropriações são alocadas no subgrupo “Outras Despesas Administrativas” e atingiram, até 31 de dezembro de 2017, o montante de R$ 2.073 (R$ 5.110 em dezembro de 2016). As comissões relativas aos créditos cedidos são apropriadas integralmente no resultado. (III) Refere-se ao custo de preparação de documentos e implantação de propostas dos negócios gerados por correspondentes no País, para operações originadas até dezembro de 2014, cuja apropriação das despesas é realizada mensalmente de acordo com os prazos dos contratos, no subgrupo “Outras Despesas Administrativas”, que atingiu, até dia 31 de dezembro de 2017, o montante de R$ 26 (R$ 103 em dezembro de 2016). Os custos relacionados aos créditos cedidos serão apropriados integralmente no resultado. (IV) Referem-se, basicamente, a seguros contratados, fianças contratadas, contribuição sindical patronal, mensalidades e taxas de associações cujas apropriações das despesas são realizadas mensalmente de acordo com os prazos contratuais. (I)

9� INVESTIMENTOS Participações em controladas – Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S�A� Descrição Capital social subscrito e integralizado Quantidade de ações integralizadas Participação no capital integralizado Patrimônio líquido ajustado Resultado do período Resultado da equivalência patrimonial (-) Dividendos distribuídos Valor do investimento

MBF Dez / 2017 4.853 53.924.604 76,07% 6.949 283 216 (55) 5�286

Dez / 2016 4.853 53.924.604 76,07% 6.737 244 185 (48) 5�125

Total Dez / 2017 11�771 362 22�798 40�505 425�782 29�662 530�880 501�218 29�662

Dez / 2016 50�943 7�309 23�878 28�208 316�295 76�292 502�925 426�633 76�292

Dez / 2017 18.393 32.694 488 51�575

Dez / 2016 48.736 41.394 990 91�120

10� CAPTAÇÕES 10�1� Depósitos Os depósitos são compostos, no individual e consolidado, como segue: Depósitos Interfinanceiros 11.771 362 22.798 40.505 35.275 390.507 29.662 140�373 390�507 110.711 390.507 29.662 -

Descrição

A prazo

Até 30 dias De 31 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 360 dias Acima de 360 dias Total Circulante Não circulante

10�2� Despesas com operações de captação no mercado As despesas com operações de captação no mercado, no individual e consolidado, são compostas como segue: Descrição

Depósitos a prazo Depósitos interfinanceiros Fundo garantidor de crédito Total

11� OUTRAS OBRIGAÇÕES 11�1� Sociais e estatutárias Referem-se aos juros sobre o capital próprio relativo aos exercícios de 2016 e 2017 e participações dos administradores do exercício de 2017. 11�2� Fiscais e previdenciárias estão compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

Impostos e contribuições sobre lucros a pagar Outros impostos e contribuições a recolher Total - Circulante (I) Circulante

MBF 2.153 2�153 2.153

Dez / 2016

1.589 1�589 1.589

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 9 2.154 1.591 2�154 1�600 2.154 1.600

As Provisões para Riscos Fiscais, de R$ 11.518 (R$ 11.633 no consolidado), em dezembro de 2016, anteriormente registradas nesta rubrica, foram reclassificadas e estão demonstradas na nota 11.3 a. - Provisão para Outros Passivos, nos termos da Carta Circular Bacen n.º 3.782/16. Assim, os saldos de 2016 foram ajustados de modo a contemplar as alterações da norma.

(I)

11�3� Provisão e passivos contingentes a) Provisão para outros passivos MBF Dez / 2017 11.911 1.874 5.442 19�227

Descrição Provisões para riscos fiscais Provisão para processos trabalhistas Provisão para processos cíveis Total – Não circulante

Dez / 2016 11.518 2.061 4.773 18�352

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 12.034 11.633 2.239 2.576 5.442 4.773 19�715 18�982

As provisões trabalhistas e cíveis são registradas de acordo com estudos técnicos realizados pelos consultores jurídicos externos, cuja metodologia aplicada resulta numa melhor avaliação destas contingências. Em síntese, os referidos estudos apuram o percentual de perda dos processos encerrados nos últimos dois anos para as ações cíveis e três anos para as ações trabalhistas, que são aplicados nas causas vigentes. Adicionalmente, nas ações trabalhistas com depósitos judiciais provisiona-se o montante integral dos respectivos depósitos. As provisões decorrentes de processos trabalhistas e cíveis são consideradas suficientes pela Administração para cobrir perdas prováveis. No caso das provisões para riscos fiscais (obrigações legais), a Financeira possui ações judiciais em andamento, nas quais discute a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos. Referidos tributos estão provisionados, não obstante chances de êxito, de acordo com a opinião dos consultores jurídicos externos. A Administração acompanha regularmente o andamento das obrigações legais referente aos processos trabalhistas, cíveis e fiscais incluindo os classificados como de risco provável pelos consultores jurídicos externos. O desfecho dessas ações judiciais poderá resultar em reversão das respectivas provisões para os processos em que a Financeira venha obter favorável êxito judicial. Estas provisões são compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

CSLL (I) INSS (II) PIS (III) Outros Total – Não circulante

MBF

9.395 1.709 690 117 11�911

Dez / 2016

9.108 1.634 667 109 11�518

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 9.395 9.108 1.709 1.634 813 782 117 109 12�034 11�633

Refere-se, basicamente, a questionamento judicial da exigibilidade de aplicação de alíquotas diferenciadas entre instituições financeiras e não financeiras, instituída pelos dispositivos das Leis nºs 7.689/88, 8.114/90, 8.212/91, 9.316/96, Lei Complementar nº 70/91, Emenda de Revisão Constitucional nº 01/94 e Emenda Constitucional nº 10/96, até o advento da MP nº 1.807, de 28 de janeiro de 1999, atual MP nº 2.158-35/01. (II) Refere-se ao questionamento de majoração de alíquota de 2,50% da Contribuição Previdenciária das instituições financeiras, prevista no artigo 22, § 1º da Lei nº 8.212/91 e Lei Complementar nº 84/96. (III) Refere-se, basicamente, ao questionamento da majoração da base de cálculo do PIS, instituída pela Emenda Constitucional n° 01/94, posteriormente substituída pela Emenda Constitucional nº 10/96, que continuou a exigir a incidência do PIS sobre a receita bruta operacional, retroagindo sua cobrança a partir de janeiro de 1996. Os valores estão depositados judicialmente. A movimentação das provisões para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis é como segue: (I)

Descrição Saldos em 31/12/2016 Constituições / (Reversões) Atualização monetária Liquidações Saldos em 31/12/2017 Depósitos judiciais (vide nota nº 7�2�)

Riscos fiscais 11�518 43 350 11�911 13�046

MBF Cíveis

4�773 2.847 58 (2.236) 5�442 1�604

Trabalhistas 2�061 73 203 (463) 1�874 2�150

Riscos fiscais 11�633 43 358 12�034 13�169

MBF - Consolidado Cíveis 4�773 2.847 58 (2.236) 5�442 1�604

Trabalhistas 2�576 (102) 228 (463) 2�239 2�452

b) Passivos contingentes Em conformidade com a Instrução CVM nº 594/09 e Resolução CMN nº 3.823/09, as ações envolvendo riscos de perda classificadas como possíveis não são reconhecidas contabilmente, mas são divulgadas em notas explicativas. No período, as principais ações da Mercantil do Brasil Financeira S.A., classificadas pela Administração como possíveis, com base na avaliação de seus consultores jurídicos externos, são de natureza tributária no montante de R$ 1.640 (R$ 3.339 em dezembro de 2016). 11�4� Outras obrigações – credores diversos Refere-se, basicamente, às provisões para comissões sobre originação de operações de crédito consignado devidas aos correspondentes não bancários no montante de R$ 6.042 (R$ 1.522 em dezembro de 2016), recebimentos de valores para baixas e repasses futuros de prestações de créditos consignados a processar no montante de R$ 3.829 (R$ 344 em dezembro de 2016). 12� PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12�1� Capital Social O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas escriturais, como segue: Dez / 2017 Quantidade 10.179.565 7.830.435 18�010�000 7,00

Descrição Ações ordinárias Ações preferenciais Total em circulação Valor nominal em reais

R$ mil

71.256 54.814 126�070

Dez / 2016 Quantidade 10.179.565 7.830.435 18�010�000 7,00

R$ mil

71.256 54.814 126�070

12�2� Reservas de capital e de lucros Reserva de capital (I) Reservas de lucros Reserva legal (II) Reservas estatutárias (III)

Descrição

Dez / 2017

6.250 79�448 12.663 66.785

Dez / 2016

6.250 57�414 11.099 46.315

São representadas, substancialmente, por reserva de ágio na subscrição de ações e de subvenções para investimentos. Constituída à base de 5% sobre o lucro líquido do exercício, limitada a 20% do capital social. Constituída com base no lucro líquido remanescente após todas as destinações estabelecidas pelo estatuto, permanecendo o seu saldo acumulado à disposição dos acionistas para deliberação futura em Assembleia Geral. Conforme disposição estatutária está assegurado aos acionistas dividendo de no mínimo 25,00% do lucro líquido de cada exercício social, sendo assegurado aos titulares das ações preferenciais o direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, 10,00% maior do que o atribuído a cada ação ordinária ou o direito ao recebimento de dividendos mínimos anuais não cumulativos de 6,00% sobre o valor nominal da ação, sendo efetivamente pago o dividendo que, dentre essas duas alternativas, represente o de maior valor. No exercício de 2017, foram distribuídos juros sobre o capital próprio no montante de R$ 9.245, sendo R$ 7.858 líquido de imposto de renda na fonte, correspondente, em reais, R$ 460,00 por lote de mil ações preferenciais e, em reais, R$ 418,10 por lote de mil ações ordinárias. O benefício fiscal gerado foi de R$ 4.160. Em dezembro de 2016 foram distribuídos juros sobre o capital próprio no montante de R$ 3.977, sendo R$ 3.380 líquido de imposto de renda na fonte, correspondente, em reais, R$ 420,00 por lote de mil ações preferenciais e, em reais, R$ 9,00 por lote de mil ações ordinárias. O benefício fiscal gerado foi de R$ 1.591. (I)

(II)

(III)

Descrição Lucro líquido dos exercícios Reversão de Reserva Estatutária Total a ser destinado Constituição da reserva legal Constituição da reserva estatutária Juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos Imposto de renda na fonte Valor líquido

MBF Dez / 2017 31�279 31�279 1.564 20.470 9�245 1.387 7.858

Dez / 2016

635 3.374 4�009 32 3�977 597 3.380

13� GERENCIAMENTO DE CAPITAL E LIMITES OPERACIONAIS Na Financeira, o gerenciamento da estrutura de capital e o cálculo dos limites operacionais são realizados em conjunto com seu Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A., nos termos da Resolução CMN nº 4.192/13. No Gerenciamento da estrutura de capital são utilizados mecanismos e procedimentos que compõem a Política Institucional de Gerenciamento de Capital com o objetivo de manter o Capital compatível com os riscos incorridos pelas Instituições de forma integrada às estratégias e aos negócios de cada Instituição do Conglomerado Prudencial. Informações mais detalhadas sobre Política de Gerenciamento de Capital estão disponíveis no site www.mercantildobrasil.com.br, na área de Relação com Investidores (RI). O Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A. optou, na forma da regulamentação em vigor, pela apuração dos índices de imobilizações e de risco consolidados, que abrange todas as instituições financeiras do conglomerado, estando todos dentro dos limites permitidos pelo Banco Central do Brasil. Os recursos aplicados no ativo permanente, apurados de forma consolidada, estão limitados a 50,00% do valor do patrimônio líquido ajustado na forma da regulamentação em vigor. Em 31 de dezembro de 2017, o índice de imobilização posicionou em 22,73% (22,62% em dezembro de 2016), e o índice de adequação do patrimônio aos ativos de risco (Acordo de Basileia III) em 14,94% (14,60% em dezembro de 2016), perante um mínimo requerido de 10,50%, já considerado o adicional de capital principal, nos exercícios de 2017 e 2016.

14� TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 14�1� As transações com as partes relacionadas são realizadas com os prazos, condições e taxas aplicáveis em conformidades e condições gerais de mercado, considerando ausência de risco� Os saldos e resultados das operações realizadas com o Banco Mercantil do Brasil S.A. e Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. são como seguem: Descrição Ativos / (Passivos) Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez – (vide nota nº 4.) Dividendos a receber (MACS) Valores a receber de sociedades ligadas (vide nota nº 7.8.) Depósitos interfinanceiros – (vide nota nº 10.1.) Outras obrigações Valores a pagar à sociedades ligadas (I) Sociais e estatutárias – juros sobre o capital próprio – (vide nota nº 11.1.) Receitas / (Despesas) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Despesas com operações de captação no mercado Outras despesas administrativas – Serviços prestados – ligadas – (vide nota nº 17.2.)

Dez / 2017

Dez / 2016

1.693 26.032 41 1.867 (390.507) (7�077) (390) (6.687)

3.186 19.344 29 (244.402) (2�908) (407) (2.501)

963 (32.694) (4.650)

2.245 (41.393) (5.337)

Referem-se ao reembolso de custos de gestão e administração pagos ao seu Controlador Banco Mercantil do Brasil S.A. por prestação de serviços relativos à gestão de tesouraria e captação de recursos, encaminhamento de negócios e outros.

(I)

14�2� Remuneração dos administradores e benefícios pós-emprego A Financeira implantou, a partir de 2012, Plano de Remuneração específico para os administradores que contempla diretrizes para o pagamento da remuneração fixa e variável alinhadas à política de gestão de riscos da Instituição e às melhores práticas de mercado, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.921/10. Anualmente, na Assembleia Geral Ordinária é fixado o montante global da remuneração fixa dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Mercantil do Brasil Financeira S.A., conforme previsto no Estatuto Social. O direito à Remuneração Variável está condicionado ao atingimento dos objetivos estratégicos da Instituição, às metas individuais e de áreas de atuação dos administradores. Até 31 de dezembro de 2017, não ocorreu qualquer deliberação quanto a benefícios pós-emprego. • Benefícios de curto e longo prazo a administradores e remuneração baseada em fundo exclusivo de ações Os benefícios de curto prazo são como seguem: Descrição

Dez / 2017

Honorários do Conselho de Administração e da Diretoria Remuneração Fixa Participação Estatutária: Pagamento em espécie - curto prazo Pagamento em cotas de fundo de ações do MB - longo prazo

MBF 5�193 3.483 1�710 855 855

Dez / 2016

2�928 2.928 -

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 5�195 2�930 3.485 2.930 1�710 855 855 -

• Benefícios de rescisão do contrato de trabalho A extinção da relação de trabalho não dá direito a qualquer compensação financeira. 14�3� Outras informações Não são efetuados empréstimos ou adiantamentos a quaisquer subsidiárias, membros do Conselho de Administração, da Diretoria, bem como a seus respectivos cônjuges, companheiros, parentes até 2º grau e demais pessoas, em conformidade com a Resolução CMN nº 4.596/17. 15� BENEFÍCIOS A EMPREGADOS A Financeira integra o grupo de empresas patrocinadoras da Caixa “Vicente de Araújo” de Assistência aos Funcionários do Grupo Financeiro Mercantil do Brasil – CAVA, entidade fechada de previdência complementar sem fins lucrativos, constituída em 03 de maio de 1958. Tem por finalidade a concessão de benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social aos associados admitidos até 25 de junho de 1980 (plano de benefício definido para massa fechada) e a prestação de serviços de natureza social aos participantes e seus beneficiários. Em 31 de dezembro de 2017, a contribuição da Financeira monta, em R$ 252,51 (R$ 380,30 em dezembro de 2016). Não há Ajuste de Avaliação Atuarial do Plano de Benefícios Definido a ser registrado nesta Instituição. 16� RENDAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO São compostas, no individual e consolidado, como seguem: Rendas de empréstimos e títulos descontados Rendas de financiamentos Recuperação de créditos baixados como prejuízo Despesas de cessão de operações de crédito Total

Descrição

Dez / 2017 140.666 9.433 6.557 (28) 156�628

Dez / 2016 173.743 16.201 3.736 193�680

17� OUTRAS RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS 17�1� Despesas de pessoal são compostas como segue: MBF Dez / 2017 3.715 8 841 (186) 534 4�912

Descrição Remuneração dos administradores Proventos de funcionários Benefícios e treinamentos Encargos sociais Contingências trabalhistas / (reversões) Indenizações trabalhistas Total

Dez / 2016 3.107 245 141 848 (144) 284 4�481

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 3.717 3.109 245 8 141 842 849 (126) (81) 534 284 4�975 4�547

O gasto com a remuneração dos administradores foi aprovado em Assembleia Geral Ordinária datada de 24/04/2017, que estabeleceu o limite para o exercício social em R$ 3.500. 17�2� Outras despesas administrativas são compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

Amortização e depreciação Comissão e custo de preparação e digitação de proposta de negócios (vide nota nº 8.b.) Processamento de dados Publicação Serviços de terceiros Serviços do sistema financeiro Serviços prestados – ligadas (I) Serviços técnicos especializados Outras despesas administrativas Total

MBF

9 119.993 5.592 243 3.805 636 4.650 13.820 1.933 150�681

Dez / 2016

18 53.598 5.365 214 14.533 239 5.337 9.915 665 89�884

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 9 18 119.993 53.598 5.592 5.365 287 258 3.807 14.541 636 239 4.672 5.360 13.830 9.924 1.945 679 150�771 89�982

Referem-se aos reembolsos de custos de gestão e administração pagos ao seu Controlador Banco Mercantil do Brasil S.A. por prestação de serviços relativos à gestão de tesouraria e captação de recursos, encaminhamento de negócios e outros.

(I)

17�3� Despesas Tributárias são compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

ISSQN COFINS PIS Outros tributos Total

MBF

2 9.588 1.558 36 11�184

Dez / 2016

4 5.496 893 37 6�430

MBF – Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 2 4 9.605 5.515 1.561 896 39 39 11�207 6�454

17�4� Recuperação de encargos e despesas Refere-se, basicamente, aos registros de devoluções de comissões pagas antecipadamente sobre operações de crédito e dos ressarcimentos de custas judiciais de operações de créditos cedidas sem coobrigação. 17�5� Variações monetárias ativas são compostas como segue: Descrição

Dez / 2017

IRPJ / CSL (vide nota nº 7.3.) Precatórios a receber (vide nota nº 7.5.) Atualização de depósitos judiciais (vide nota nº 7.2.) Finsocial (vide nota nº 7.4.) INSS Outros Total

MBF 68 337 140 137 682

Dez / 2016

223 151 414 224 4 139 1�155

MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 138 314 151 363 447 140 224 153 223 149 157 943 1�516

17�6� Descontos concedidos Referem-se, basicamente, aos descontos concedidos em operações de créditos renegociadas e em recuperação judicial no período. 17�7� Despesas de caráter eventual Referem-se, basicamente, aos acordos para encerramento de processos cíveis e perda com cancelamento de operações de créditos consignados. 17�8� Outras receitas Referem-se, basicamente, à remuneração de valores a liquidar por instituição cessionária, decorrente de cessões de créditos, sem retenção de riscos, ocorridas no período e ressarcimento de custos de portabilidade decorrente das operações de créditos transferidas para outras instituições financeiras. 17�9� Outras despesas Referem-se, basicamente, a gastos despendidos na recuperação e regularização dos veículos apreendidos, objeto de garantia de operação de crédito e aos gastos decorrentes das exclusões de valores no repasse financeiro do INSS das operações de crédito consignados. 18� IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O efeito do imposto de renda e contribuição social nos resultados é como segue: Descrição Lucro antes dos impostos e participações (–) Participações dos empregados no lucro Base de cálculo Alíquota nominal (I) Despesa nominal Ajustes à despesa nominal referentes à: Efeito de dedução de juros sobre o capital próprio Resultado de equivalência patrimonial Despesas indedutíveis Outras adições / (exclusões) permanentes Outras adições temporais Complemento / (realização) CT de 15% para 20% - Lei nº 13.169/15 Deduções dos incentivos fiscais (II) Receita / (Despesa) com IRPJ / CSL Total

MBF MBF - Consolidado Dez / 2017 Dez / 2016 Dez / 2017 Dez / 2016 IR CSL IR CSL IR CSL IR CSL 51�102 51�102 (8) (8) 51�216 51�216 138 138 (1) (1) (1) (1) 51�102 51�102 (9) (9) 51�216 51�216 137 137 25% 20% 25% 15% 25% 20% 25% 15% (12�776) (10�220) 2 1 (12�804) (10�243) (34) (21) 2�069 2�547 939 (298) 2�069 2�552 915 (306) 2.311 1.849 994 597 2.311 1.848 994 597 54 43 46 28 (154) (152) (49) (29) (154) (152) (49) (30) (142) 296 (52) (30) (88) 345 (30) (9) 1.227 1.227 (716) (864) (716) (864) 267 267 2 (10�440) (7�673) 941 (297) (10�468) (7�691) 883 (327) (18�113) 644 (18�159) 556

(I) No período findo em 31 de dezembro de 2016, a provisão de CSL constituída a 15% refere-se a base negativa apurada no período, com geração de crédito tributário realizável a partir de 2018. (II) Referem-se aos benefícios fiscais no âmbito do programa de alimentação ao trabalhador (PAT) e à atividade cultural e artística deduzidos no imposto de renda devido.

19� OUTRAS INFORMAÇÕES a) Adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) – em outubro de 2017, a Mercantil do Brasil Financeira S.A. aderiu ao PERT, instituído pela MP nº 783/17 - Lei nº 13.496/17, com o objetivo de aproveitar condições especiais de liquidação de débitos tributários, vencidos até 30 de abril de 2017, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL existentes até dezembro de 2015, com efeito líquido negativo no resultado em R$ 348. b) Em conformidade com o processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade foram emitidas várias normas, interpretações e orientações, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quando aprovadas pelo órgão regulador. Até o momento, foram aprovados pelo CMN e BACEN, os seguintes pronunciamentos: Resolução CMN nº 3.566/08 – CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Resolução CMN nº 3.604/08 – CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa. Resolução CMN nº 3.750/09 – CPC 05 (R1) - Divulgação sobre Partes Relacionadas. Resolução CMN nº 3.823/09 – CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Resolução CMN nº 3.973/11 – CPC 24 - Evento Subsequente. Resolução CMN nº 3.989/11 – CPC 10 (R1) - Pagamento Baseado em Ações. Resolução CMN nº 4.007/11 – CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Resolução CMN nº 4.144/12 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Resolução CMN nº 4.424/15 – CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados. Não há previsão de quando o BACEN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC e nem se a utilização dos mesmos será de forma prospectiva ou retrospectiva. Em conformidade com o artigo 2º da Circular Bacen nº 3.472/09, a Mercantil do Brasil Financeira S.A. apresenta suas Demonstrações Financeiras no padrão contábil internacional em conjunto com a instituição Controladora, Banco Mercantil do Brasil S.A., razão pela qual os quadros referentes aos dados padronizados das informações consolidadas em IFRS não foram apresentados levando-se em consideração que não são aplicáveis a Mercantil do Brasil Financeira S.A. Adicionalmente, o Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A., disponibilizará até 31 de março de 2018 suas demonstrações financeiras em IFRS referente à 31 de dezembro de 2017 no site www.mercantildobrasil.com.br, na área de Relação com Investidores (RI) e na CVM. Nas Demonstrações Contábeis Consolidadas de 31 de dezembro de 2017 serão realizadas as reconciliações entre o resultado e patrimônio líquido e apresentadas no mesmo padrão das demonstrações financeiras em IFRS de 31 de dezembro de 2016. 20� GESTÃO DOS RISCOS DE CRÉDITO, DE LIQUIDEZ, DE MERCADO, OPERACIONAL E SOCIOAMBIENTAL Na Financeira, a gestão dos Riscos de Crédito, de Liquidez, de Mercado, Operacional e Socioambiental é centralizada em seu Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A. É realizada de forma contínua e apoiada em políticas e estratégias adequadamente documentadas e em uma equipe técnica capacitada e em constante aperfeiçoamento, além de utilizar modelos internos que aplicam técnicas de gestão atuais e de ferramentas tecnológicas de última geração. Assim, em conformidade com as normas que regulamentam a matéria, a Mercantil do Brasil Financeira S.A. dispõe de Políticas aprovadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração. Informações mais detalhadas sobre Gestão de Riscos, Patrimônio de Referência Exigido e Patrimônio de Referência, tanto sob o aspecto quantitativo quanto qualitativo, e demais informações sobre o Conglomerado Financeiro estão disponíveis no site www.mercantildobrasil.com.br, na área de Relação com Investidores (RI). 21� RAZÃO DE ALAVANCAGEM Na Financeira, a Razão de Alavancagem (RA) de sua estrutura patrimonial é calculada de forma consolidada pelo Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A. Trata-se da relação entre o Nível I de Patrimônio de Referência, de que trata a Resolução CMN nº 4.192/13 e normas complementares, e a Exposição Total apurada na forma do artigo 2º da Circular Bacen nº 3.748/15. Essas informações tanto sob o aspecto quantitativo quanto qualitativo, estão disponíveis no site www.mercantildobrasil.com.br, na área de Relação com Investidores (RI).


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

8

ECONOMIA

4/4

SEDE: BELO HORIZONTE - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 33.040.601/0001-87 CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO

DIRETOR PRESIDENTE JosĂŠ Ribeiro Vianna Neto

JosĂŠ Ribeiro Vianna Neto - Presidente Paulo Henrique Brant de Araujo - Vice-Presidente Ă‚ngela Cristina Romariz Barbosa Leite - SecretĂĄria JosĂŠ Alencar da Cunha Neto

DIRETORES EXECUTIVOS Luiz Henrique Andrade de AraĂşjo Marco AntĂ´nio Andrade de AraĂşjo Mauricio de Faria Araujo

PARECER DO CONSELHO FISCAL

CONSELHO FISCAL

DIRETORIA

DIRETORES Athaide Vieira dos Santos Jane CĂŠsar Coelho

JosĂŠ Aloisio Martins Alves JosĂŠ Regis da Silva Pontes Milton de Castro Silva Junior

Os membros do Conselho Fiscal da Mercantil do Brasil Financeira S.A. - CrĂŠdito, Financiamento e Investimentos, no exercĂ­cio de suas atribuiçþes legais e estatutĂĄrias, tendo examinado o RelatĂłrio da Administração, as demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV UHODWLYDV DR VHJXQGR VHPHVWUH GH H R (VWXGR 7pFQLFR GH ([SHFWDWLYD GH *HUDomR GH /XFURV 7ULEXWiYHLV Futuros, que tem como objetivo a realização dos CrĂŠditos TributĂĄrios, trazidos a valor presente, de acordo com a Instrução CVM nÂş 371/02, Resoluçþes nÂşs 3.059/02 e 3.355/06 do Conselho MonetĂĄrio Nacional e Circular nÂş 3.171/02 do Banco Central GR %UDVLO VmR GH RSLQLmR TXH DV FLWDGDV SHoDV H[DPLQDGDV D OX] GD OHJLVODomR VRFLHWiULD YLJHQWH UHĂ€HWHP DGHTXDGDPHQWH D VLWXDomR SDWULPRQLDO H ÂżQDQFHLUD GD 6RFLHGDGH RSLQDQGR SRU VXD DSURYDomR SHOD $VVHPEOHLD *HUDO

CONTADOR Belo Horizonte, 28 de fevereiro de 2018. Anderson Guedes InocĂŞncio CRC - MG 077029/O-7

CONSELHO FISCAL JosĂŠ Regis da Silva Pontes JosĂŠ Aloisio Martins Alves

RELATĂ“RIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS Aos Administradores e Acionistas Mercantil do Brasil Financeira S.A. – CrĂŠdito, Financiamento e Investimentos OpiniĂŁo ([DPLQDPRV DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV GD 0HUFDQWLO GR %UDVLO )LQDQFHLUD 6 $ Âą &UpGLWR )LQDQFLDPHQWR H ,QYHVWLPHQWRV Âł)LQDQFHLUD´ TXH FRPSUHHQGHP R EDODQoR SDWULPRQLDO HP GH GH]HPEUR GH H DV UHVSHFWLYDV GHPRQVWUDo}HV GR UHVXOWDGR GDV PXWDo}HV GR SDWULP{QLR OtTXLGR H GRV Ă€X[RV GH FDL[D SDUD R VHPHVWUH H H[HUFtFLR ÂżQGRV QHVVD GDWD DVVLP FRPR DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV FRQVROLGDGDV GD 0HUFDQWLO GR %UDVLO )LQDQFHLUD 6 $ Âą &UpGLWR )LQDQFLDPHQWR H ,QYHVWLPHQWRV H VXD FRQWURODGD Âł&RQVROLGDGR´ TXH FRPSUHHQGHP R EDODQoR SDWULPRQLDO FRQVROLGDGR HP GH GH]HPEUR GH H DV UHVSHFWLYDV GHPRQVWUDo}HV FRQVROLGDGDV GR UHVXOWDGR GDV PXWDo}HV GR SDWULP{QLR OtTXLGR H GRV Ă€X[RV GH FDL[D SDUD R VHPHVWUH H H[HUFtFLR ÂżQGRV QHVVD GDWD EHP FRPR DV FRUUHVSRQGHQWHV QRWDV H[SOLFDWLYDV LQFOXLQGR R UHVXPR GDV SULQFLSDLV SROtWLFDV FRQWiEHLV (P QRVVD RSLQLmR DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV DFLPD UHIHULGDV DSUHVHQWDP DGHTXDGDPHQWH HP WRGRV RV DVSHFWRV UHOHYDQWHV D SRVLomR SDWULPRQLDO H ÂżQDQFHLUD GD 0HUFDQWLO GR %UDVLO )LQDQFHLUD 6 $ Âą &UpGLWR )LQDQFLDPHQWR H ,QYHVWLPHQWRV H GD 0HUFDQWLO GR %UDVLO )LQDQFHLUD 6 $ Âą &UpGLWR )LQDQFLDPHQWR H ,QYHVWLPHQWRV H VXD FRQWURODGD HP GH GH]HPEUR GH R GHVHPSHQKR GH VXDV RSHUDo}HV H RV VHXV UHVSHFWLYRV Ă€X[RV GH FDL[D EHP FRPR R GHVHPSHQKR FRQVROLGDGR GH VXDV RSHUDo}HV H RV VHXV Ă€X[RV GH FDL[D FRQVROLGDGRV SDUD R VHPHVWUH H H[HUFtFLR ÂżQGRV QHVVD GDWD GH DFRUGR FRP DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO DSOLFiYHLV jV LQVWLWXLo}HV DXWRUL]DGDV D IXQFLRQDU pelo Banco Central do Brasil. Base para opiniĂŁo Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, HVWmR GHVFULWDV QD VHomR D VHJXLU LQWLWXODGD Âł5HVSRQVDELOLGDGHV GR DXGLWRU SHOD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV´ 6RPRV Assuntos LQGHSHQGHQWHV HP UHODomR j )LQDQFHLUD H VXD FRQWURODGD GH DFRUGR FRP RV SULQFtSLRV pWLFRV UHOHYDQWHV SUHYLVWRV QR &yGLJR GH eWLFD 3URÂżVVLRQDO GR &RQWDGRU H QDV QRUPDV SURÂżVVLRQDLV HPLWLGDV SHOR &RQVHOKR )HGHUDO GH &RQWDELOLGDGH H FXPSULPRV FRP DV GHPDLV UHVSRQVDELOLGDGHV pWLFDV FRQIRUPH HVVDV QRUPDV $FUHGLWDPRV TXH D HYLGrQFLD GH DXGLWRULD REWLGD p VXÂżFLHQWH H DSURSULDGD SDUD IXQGDPHQWDU QRVVD RSLQLmR Porque Principais Assuntos de Auditoria ĂŠ um PAA 3ULQFLSDLV $VVXQWRV GH $XGLWRULD 3$$ VmR DTXHOHV TXH HP QRVVR MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO IRUDP RV PDLV VLJQLÂżFDWLYRV HP QRVVD DXGLWRULD GR H[HUFtFLR FRUUHQWH (VVHV DVVXQWRV IRUDP WUDWDGRV QR FRQWH[WR GH QRVVD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV FRPR XP WRGR H QD IRUPDomR GH QRVVD Como o RSLQLmR VREUH HVVDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV H SRUWDQWR QmR H[SUHVVDPRV XPD RSLQLmR VHSDUDGD VREUH HVVHV DVVXQWRV assunto foi conduzido 1RVVD DXGLWRULD SDUD R H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH IRL SODQHMDGD H H[HFXWDGD FRQVLGHUDQGR TXH DV RSHUDo}HV GD )LQDQFHLUD H GR &RQVROLGDGR QmR DSUHVHQWDUDP PRGLÂżFDo}HV VLJQLÂżFDWLYDV HP UHODomR DR H[HUFtFLR DQWHULRU 1HVVH FRQWH[WR RV 3ULQFLSDLV $VVXQWRV GH $XGLWRULD EHP FRPR D QRVVD DERUGDJHP GH auditoria, mantiveram-se substancialmente alinhados Ă queles do exercĂ­cio anterior. Porque ĂŠ um PAA

Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Provisão para crÊditos de liquidação duvidosa - PCLD (Notas Explicativas 2.3. e 6.) A Financeira atua, substancialmente, no segmento de crÊdito direto ao consumidor e crÊdito consignado. A determinação do valor da provisão para crÊditos de liquidação duvidosa considera as determinaçþes do Banco Central do Brasil, notadamente a Resolução nº 2.682/99, do Conselho Monetårio Nacional. No atendimento dessa norma a administração da Financeira exerce julgamentos e DSOLFD GHWHUPLQDGDV SUHPLVVDV SDUD PHQVXUDomR H GH¿QLomR GRV ULVFRV GH FUpGLWR dos devedores. O uso de tÊcnicas e premissas incorretas ou a aplicação indevida da regulamentação vigentes poderia resultar em estimativa de provisão para crÊditos GH OLTXLGDomR GXYLGRVD VLJQL¿FDWLYDPHQWH GLIHUHQWH &RQVLGHUDQGR R H[SRVWR acima, essa årea permaneceu como de foco em nossa auditoria.

Atualizamos nosso entendimento e realizamos testes de controles internos relevantes para a apuração da provisão para crÊditos de liquidação duvidosa. AlÊm disso, H[HFXWDPRV WHVWHV GH DXGLWRULD IRFDGRV QD L LQWHJULGDGH GD EDVH GH GDGRV LL premissas adotadas pela administração na mensuração do valor recuperåvel da FDUWHLUD GH FUpGLWR LLL LGHQWL¿FDomR DSURYDomR UHJLVWUR H PRQLWRUDPHQWR GDV RSHUDo}HV LQFOXVLYH DV UHQHJRFLDGDV LY SURFHVVRV HVWDEHOHFLGRV SHOD )LQDQFHLUD SDUD FXPSULPHQWR GDV SUHPLVVDV H QRUPDV GR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO H Y FRQIURQWR entre os valores apurados de provisão e os valores contabilizados. Adicionalmente, em base amostral, testamos as premissas adotadas para anålise de risco das contrapartes, existência de garantias e a aplicação da metodologia de cålculo da provisão com base nos referidos níveis de riscos atribuídos pela Administração. Consideramos que os critÊrios e premissas adotados pela Administração para a apuração e registro contåbil da provisão para crÊditos de liquidação duvidosa são razoåveis em todos os aspectos UHOHYDQWHV QR FRQWH[WR GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV

Reconhecimento e valor recuperåvel dos crÊditos tributårios (Notas Explicativas 2.3. e 7.1.) A Financeira apresenta saldo contåbil relevante relativo à crÊditos tributårios GHFRUUHQWHV VXEVWDQFLDOPHQWH GH GLIHUHQoDV WHPSRUiULDV H SUHMXt]RV ¿VFDLV GH ,PSRVWR de Renda e bases negativas de Contribuição Social. Para o registro e a manutenção dos referidos crÊditos, a Administração elabora estudo de projeção de lucro tributårio e de realização dos crÊditos tributårios, conforme requerido pelas normas do Banco Central do Brasil. O referido estudo envolve complexidade, aplicação de julgamentos e adoção de premissas subjetivas pela Administração. Considerando o acima descrito, essa permanece sendo considerada uma årea de foco em nossa auditoria.

Nossos principais procedimentos de auditoria consideraram a obtenção do estudo de projeção de lucros tributårios aprovado pelo Conselho de Administração. Efetuamos, tambÊm, a anålise da razoabilidade das premissas utilizadas pela Financeira com as divulgadas no mercado, quando aplicåvel. Adicionalmente, confrontamos os dados históricos com as referidas projeçþes e efetuamos anålise de aderência frente a Resolução nº 3.059 do Conselho Monetårio Nacional. Consideramos que os critÊrios e premissas adotados pela Administração para a determinação da realização GRV FUpGLWRV WULEXWiULRV VmR UD]RiYHLV QR FRQWH[WR GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV consolidadas.

Provisþes para passivos contingentes (Notas Explicativas 2.4., 8.3. e 12.4.) A Financeira e sua controlada são parte em processos judiciais e administrativos de natureza cível, trabalhista e tributåria. Os processos podem ser encerrados após um longo tempo e envolvem, não só discussþes acerca do mÊrito, mas tambÊm aspectos processuais complexos, de acordo com a legislação e jurisprudência vigentes. A evolução de jurisprudência sobre determinadas causas nem sempre Ê uniforme. $VVLP D PHQVXUDomR H GH¿QLomR GH UHFRQKHFLPHQWR GH XP SDVVLYR FRQWLQJHQWH envolve aspectos subjetivos e julgamentos exercidos pela administração da )LQDQFHLUD 1HVVDV FLUFXQVWkQFLDV HVVD FRQWLQXD VHQGR XPD iUHD GH IRFR GH auditoria.

Nossos principais procedimentos de auditoria abrangeram a atualização do HQWHQGLPHQWR GRV FRQWUROHV LQWHUQRV UHOHYDQWHV UHODFLRQDGRV j LGHQWL¿FDomR avaliação, monitoramento, mensuração, registro da provisão para passivos contingentes e as divulgaçþes em notas explicativas, bem como testes sobre a totalidade das bases de contingências e testes de aderência as respostas dos advogados externos. Efetuamos testes em base amostral sobre a integridade e KLVWyULFR GH SHUGDV LQFRUULGDV TXH VmR EDVH SDUD TXDQWL¿FDomR GRV SURFHVVRV MXGLFLDLV PDVVL¿FDGRV GH QDWXUH]D FtYHO H WUDEDOKLVWD &RP UHODomR DRV SURFHVVRV individualizados, substancialmente processos de natureza tributåria, a apuração Ê realizada periodicamente a partir da determinação do valor do pedido e da probabilidade de perda, que, por sua vez, Ê estimada conforme as características de fato e de direito relativas a cada uma das açþes. Analisamos, com o apoio de nossos especialistas, a probabilidade de perda dos processos judiciais e administrativos VLJQL¿FDWLYRV GH DFRUGR FRP D QDWXUH]D GH FDGD SURFHVVR $GLFLRQDOPHQWH realizamos procedimentos de confronto dos saldos contåbeis com os relatórios DQDOtWLFRV VXSRUWH EHP FRPR REWLYHPRV FRQ¿UPDomR FRP RV DVVHVVRUHV MXUtGLFRV responsåveis pelos processos relevantes, sobre a probabilidade de perda e o valor das causas. Consideramos que os critÊrios e premissas adotados pela Administração para a apuração e registro contåbil das provisþes para passivos contingentes são razoåveis em todos os aspectos relevantes no contexto das demonstraçþes ¿QDQFHLUDV

Ambiente de tecnologia de informação O processamento das transaçþes da Financeira, o desenvolvimento de suas operaçþes e a continuidade de seus processos de negĂłcios sĂŁo dependentes de sua estrutura tecnolĂłgica. Assim, ĂŠ importante a efetiva operação dos controles gerais de tecnologia, bem como dos seus controles dependentes para assegurar o processamento correto de informaçþes crĂ­ticas para a tomada de decisĂľes ou das operaçþes. Portanto, o ambiente de tecnologia da informação continua sendo uma ĂĄrea de foco em nossos trabalhos de auditoria. Outros assuntos Demonstraçþes do Valor Adicionado As demonstraçþes individual e consolidada do valor adicionado (DVA) UHIHUHQWHV DR H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH HODERUDGDV VRE D responsabilidade da administração da Financeira, cuja apresentação ĂŠ requerida pela legislação societĂĄria brasileira para companhias abertas e ĂŠ apresentada FRPR LQIRUPDomR VXSOHPHQWDU SDUD ÂżQV GR %DQFR &HQWUDO GR %UDVLO IRUDP submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GD )LQDQFHLUD 3DUD D IRUPDomR GH QRVVD RSLQLmR avaliamos se essas demonstraçþes estĂŁo conciliadas com as demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV H UHJLVWURV FRQWiEHLV FRQIRUPH DSOLFiYHO H VH D VXD IRUPD H FRQWH~GR HVWmR GH DFRUGR FRP RV FULWpULRV GHÂżQLGRV QR 3URQXQFLDPHQWR 7pFQLFR &3& – “Demonstração do Valor Adicionadoâ€?. Em nossa opiniĂŁo, essas demonstraçþes do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos UHOHYDQWHV VHJXQGR RV FULWpULRV GHÂżQLGRV QHVVH 3URQXQFLDPHQWR 7pFQLFR H VmR FRQVLVWHQWHV HP UHODomR jV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV tomadas em conjunto. 2XWUDV LQIRUPDo}HV TXH DFRPSDQKDP DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV individuais e consolidadas e o relatĂłrio do auditor A Administração da Financeira ĂŠ responsĂĄvel por essas outras informaçþes que compreendem o RelatĂłrio da Administração. 1RVVD RSLQLmR VREUH DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV nĂŁo abrange o RelatĂłrio da Administração e nĂŁo expressamos qualquer forma de conclusĂŁo de auditoria sobre esse relatĂłrio. (P FRQH[mR FRP D DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H consolidadas, nossa responsabilidade ĂŠ a de ler o RelatĂłrio da Administração e, ao fazĂŞ-lo, considerar se esse relatĂłrio estĂĄ, de forma relevante, inconsistente com as GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV RX FRP QRVVR FRQKHFLPHQWR REWLGR QD DXGLWRULD RX GH outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que hĂĄ distorção relevante no RelatĂłrio da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. NĂŁo temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV A administração da Financeira ĂŠ responsĂĄvel pela elaboração e adequada DSUHVHQWDomR GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV GH DFRUGR com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil, aplicĂĄveis Ă s instituiçþes autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinou FRPR QHFHVViULRV SDUD SHUPLWLU D HODERUDomR GH GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV OLYUHV GH distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 1D HODERUDomR GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV D administração ĂŠ responsĂĄvel pela avaliação da capacidade de a Financeira continuar operando, divulgando, quando aplicĂĄvel, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contĂĄbil na elaboração GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV D QmR VHU TXH D DGPLQLVWUDomR SUHWHQGD OLTXLGDU a Financeira ou cessar suas operaçþes, ou nĂŁo tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operaçþes. Os responsĂĄveis pela governança da Financeira e sua controlada sĂŁo aqueles com responsabilidade pela supervisĂŁo do processo de elaboração das demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV 5HVSRQVDELOLGDGHV GR DXGLWRU SHOD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV individuais e consolidadas Nossos objetivos sĂŁo obter segurança razoĂĄvel de que as demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV WRPDGDV HP FRQMXQWR HVWmR OLYUHV GH distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatĂłrio de auditoria contendo nossa opiniĂŁo. Segurança razoĂĄvel ĂŠ um alto nĂ­vel de segurança, mas nĂŁo uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorçþes relevantes existentes. As distorçþes podem ser decorrentes de fraude ou erro e sĂŁo consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, SRVVDP LQĂ€XHQFLDU GHQWUR GH XPD SHUVSHFWLYD UD]RiYHO DV GHFLV}HV HFRQ{PLFDV GRV XVXiULRV WRPDGDV FRP EDVH QDV UHIHULGDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras H LQWHUQDFLRQDLV GH DXGLWRULD H[HUFHPRV MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO H PDQWHPRV FHWLFLVPR SURÂżVVLRQDO DR ORQJR GD DXGLWRULD

Com o auxĂ­lio de nossos especialistas de sistemas, atualizamos o nosso entendimento e testamos a efetividade operacional dos controles gerais de tecnologia, controles automatizados ou dependentes de tecnologia, bem como os controles compensatĂłrios. Em nosso plano de trabalho, consideramos tambĂŠm testes relacionados Ă acesso lĂłgico, aos processos de gerenciamento e desenvolvimento de mudanças sistĂŞmicas e segurança de acessos a programas e banco de dados. Como resultado desses trabalhos consideramos que os processos e controles do ambiente de tecnologia nos proporcionaram uma base razoĂĄvel para determinarmos a natureza e a extensĂŁo de QRVVRV SURFHGLPHQWRV GH DXGLWRULD VREUH DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV AlĂŠm disso: ‡ ,GHQWLÂżFDPRV H DYDOLDPRV RV ULVFRV GH GLVWRUomR UHOHYDQWH QDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV LQGHSHQGHQWHPHQWH VH FDXVDGD SRU IUDXGH ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a WDLV ULVFRV EHP FRPR REWHPRV HYLGrQFLD GH DXGLWRULD DSURSULDGD H VXÂżFLHQWH para fundamentar nossa opiniĂŁo. O risco de nĂŁo detecção de distorção relevante resultante de fraude ĂŠ maior do que o proveniente de erro, jĂĄ que a fraude pode HQYROYHU R DWR GH EXUODU RV FRQWUROHV LQWHUQRV FRQOXLR IDOVLÂżFDomR RPLVVmR RX representaçþes falsas intencionais. ‡ 2EWHPRV HQWHQGLPHQWR GRV FRQWUROHV LQWHUQRV UHOHYDQWHV SDUD D DXGLWRULD SDUD SODQHMDUPRV SURFHGLPHQWRV GH DXGLWRULD DSURSULDGRV jV FLUFXQVWkQFLDV PDV QmR FRP R REMHWLYR GH H[SUHVVDUPRV RSLQLmR VREUH D HÂżFiFLD GRV FRQWUROHV LQWHUQRV GD Financeira e sua controlada. ‡ $YDOLDPRV D DGHTXDomR GDV SROtWLFDV FRQWiEHLV XWLOL]DGDV H D UD]RDELOLGDGH GDV estimativas contĂĄbeis e respectivas divulgaçþes feitas pela administração. ‡ &RQFOXtPRV VREUH D DGHTXDomR GR XVR SHOD DGPLQLVWUDomR GD EDVH FRQWiELO GH continuidade operacional e, com base nas evidĂŞncias de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condiçþes que possam levantar dĂşvida VLJQLÂżFDWLYD HP UHODomR j FDSDFLGDGH GH FRQWLQXLGDGH RSHUDFLRQDO GD )LQDQFHLUD Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatĂłrio de auditoria para as respectivas divulgaçþes nas demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV RX LQFOXLU PRGLÂżFDomR HP QRVVD RSLQLmR se as divulgaçþes forem inadequadas. Nossas conclusĂľes estĂŁo fundamentadas nas evidĂŞncias de auditoria obtidas atĂŠ a data de nosso relatĂłrio. Todavia, eventos ou condiçþes futuras podem levar a Financeira a nĂŁo mais se manter em continuidade operacional. ‡ $YDOLDPRV D DSUHVHQWDomR JHUDO D HVWUXWXUD H R FRQWH~GR GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV H FRQVROLGDGDV LQFOXVLYH DV GLYXOJDo}HV H VH HVVDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV UHSUHVHQWDP DV FRUUHVSRQGHQWHV WUDQVDo}HV H RV HYHQWRV de maneira compatĂ­vel com o objetivo de apresentação adequada. ‡ 2EWHPRV HYLGrQFLD GH DXGLWRULD DSURSULDGD H VXÂżFLHQWH UHIHUHQWH jV LQIRUPDo}HV ÂżQDQFHLUDV GDV HQWLGDGHV RX DWLYLGDGHV GH QHJyFLR GR JUXSR SDUD H[SUHVVDU XPD RSLQLmR VREUH DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV FRQVROLGDGDV 6RPRV UHVSRQViYHLV SHOD direção, supervisĂŁo e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opiniĂŁo de auditoria. Comunicamo-nos com os responsĂĄveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da ĂŠpoca da auditoria e das constataçþes VLJQLÂżFDWLYDV GH DXGLWRULD LQFOXVLYH DV HYHQWXDLV GHÂżFLrQFLDV VLJQLÂżFDWLYDV QRV FRQWUROHV LQWHUQRV TXH LGHQWLÂżFDPRV GXUDQWH QRVVRV WUDEDOKRV Fornecemos tambĂŠm aos responsĂĄveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigĂŞncias ĂŠticas relevantes, incluindo os requisitos aplicĂĄveis de independĂŞncia, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independĂŞncia, incluindo, quando aplicĂĄvel, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsĂĄveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais VLJQLÂżFDWLYRV QD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GR H[HUFtFLR FRUUHQWH H que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatĂłrio de auditoria, a menos que lei ou regulamento WHQKD SURLELGR GLYXOJDomR S~EOLFD GR DVVXQWR RX TXDQGR HP FLUFXQVWkQFLDV extremamente raras, determinarmos que o assunto nĂŁo deve ser comunicado em nosso relatĂłrio porque as consequĂŞncias adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoĂĄvel, superar os benefĂ­cios da comunicação para o interesse pĂşblico. Belo Horizonte, 28 de fevereiro de 2018. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP0000160/O-5 “Fâ€? MG Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2

ENDIVIDAMENTO

InadimplĂŞncia recua 7,5% na capital mineira Por outro lado Ă­ndice de recuperação de crĂŠdito em Belo Horizonte tambĂŠm apresentou queda em janeiro ANA AMÉLIA HAMDAN

A inadimplĂŞncia em Belo Horizonte caiu 7,5% em janeiro deste ano na comparação com igual mĂŞs do ano passado, segundo levantamento da Boa Vista Serviço Central de Proteção ao CrĂŠdito (SCPC). Nessa mesma base comparativa, a recuperação de crĂŠdito teve retração de 5,3%. Em janeiro de 2018, em relação a dezembro de 2017, a inadimplĂŞncia caiu 1,2%, enquanto a recuperação de crĂŠdito teve ligeiro aumento de 0,6%. Economista da Boa Vista SCPC, FlĂĄvio Calife explica que os nĂşmeros começam a melhorar, mas ainda nĂŁo indicam aquecimento da atividade econĂ´mica. Isso porque a retração da inadimplĂŞncia vem acompanhada da queda ou de baixo Ă­ndice de recuperação de crĂŠdito. Com isso, a causa para a queda no nĂşmero de endividados estĂĄ mais ligada Ă diminuição do consumo do que Ă melhora nas condiçþes de pagamento. Segundo Calife, hĂĄ indicadores – como a demanda por crĂŠdito – que mostram que estĂĄ havendo recuperação da atividade econĂ´mica. Mas os indicadores da inadimplĂŞncia e recuperação do crĂŠdito demoram mais para sentir a melhora. De acordo com ele, levantamento da Boa Vista SCPC, divulgado em fevereiro, mostrou que a demanda por crĂŠdito do consumidor cresceu 5,4% em janeiro em relação ao mĂŞs anterior. Ainda de acordo com Calife, mesmo que os indicadores sobre os devedores ainda nĂŁo indiquem aquecimento

da atividade econĂ´mica, nĂŁo sĂŁo ruins. “A despeito das condiçþes financeiras das famĂ­lias num cenĂĄrio de crise econĂ´mica, os estoques de inadimplĂŞncia vĂŞm caindo constantementeâ€?, diz. Essa caracterĂ­stica mostra que o consumidor se conteve num momento de recessĂŁo. Ele explica que pior seria se houvesse aumento da inadimplĂŞncia associada Ă queda na recuperação do crĂŠdito. A tendĂŞncia ao longo do ano ĂŠ de melhora nos indicadores de inadimplĂŞncia e recuperação de crĂŠdito, devido a fatores macroeconĂ´micos, como queda de juros e controle da inflação. Em Minas, a queda da inadimplĂŞncia foi de 7,1% na relação janeiro 2018/janeiro 2017, enquanto a recuperação de crĂŠdito apresentou decrĂŠscimo de 10,8%. JĂĄ no comparativo janeiro de 2018/dezembro de 2017, a inadimplĂŞncia caiu 0,9%, enquanto a recuperação do crĂŠdito subiu 0,4%. No Sudeste, a inadimplĂŞncia caiu 3,8% no comparativo janeiro 2018/janeiro 2017. A recuperação de crĂŠdito subiu 0,1%. No mĂŞs de janeiro, em relação a dezembro, a inadimplĂŞncia caiu 0,5%, enquanto a recuperação de crĂŠdito aumentou 0,2%. PaĂ­s - O levantamento mostrou ainda que, no PaĂ­s, a inadimplĂŞncia caiu 3,8% em janeiro, no comparativo com janeiro de 2017, enquanto a recuperação de crĂŠdito caiu 1,1%. No comparativo janeiro/dezembro, a inadimplĂŞncia caiu 0,6%, enquanto a recuperação de crĂŠdito avançou 0,3%.

USP IMAGENS/DIVULGAĂ‡ĂƒO

Em Minas, a queda na inadimplência atingiu 7,1% no primeiro mês deste ano na comparação com igual período de 2017

EMPRESAS

Número de pedidos de falência cai 19,8% São Paulo - Os pedidos de falências de empresas acumularam uma queda de 19,8% no período de 12 meses atÊ fevereiro comparado com igual período no ano passado. Os dados são de um levantamento divulgado ontem pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao CrÊdito). As falências decretadas, segundo a mesma base de

comparação, subiram 7,9%, enquanto para os pedidos de recuperação judicial e recuperaçþes judiciais deferidas foram observadas quedas de 14,3% e 14,5%, respectivamente. Na comparação mensal os pedidos de falência cresceram 31,8% em relação a janeiro de 2018. As falências decretadas ca-

Ă­ram 32,4%, enquanto houve avanço em pedidos de recuperação judicial, de 81,9%, e recuperação judicial deferidas, de 39,0%. “Como evidenciado pelos resultados acumulados em 12 meses, apenas as falĂŞncias decretadas cresceram, enquanto os outros indicadores permanecem caindo. Passado o perĂ­odo de intensa

retração da atividade econĂ´mica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crĂŠdito, entre outros fatores, as empresas apresentam sinais mais sĂłlidos dos indicadores de solvĂŞncia, fato que deve continuar, uma vez que o cenĂĄrio econĂ´mico tem mostrado recuperação em diversos setores produtivosâ€?, informa a Boa Vista, em nota. (AE)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

COOPERATIVA DE CRÉDITO UNICRED CENTRAL MULTIRREGIONAL LTDA. – UCM

CNPJ 00.184.068/0001-78 Balanços patrimoniais Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 - (Em milhares de reais) Nota 2017 2016 Ativo Passivo Circulante .............................................................. 1.017.571 782.756 Circulante .............................................................. Disponibilidades ..................................................... 3 21 17 Relações interfinanceiras ........................................ Aplicações financeiras de liquidez .......................... 4 31.405 154.474 Outras obrigações ................................................... Títulos e valores mobiliários................................... 5 917.709 566.654 Não circulante........................................................ Relações interfinanceiras ........................................ 6 68.129 60.453 Outras obrigações ................................................... Outros créditos ........................................................ 7 241 1.110 Patrimônio líquido ................................................ Outros valores e bens .............................................. 66 48 Capital social .......................................................... Não circulante........................................................ 27.477 49.298 Reserva legal .......................................................... Títulos e valores mobiliários................................... 5 20.515 42.563 Sobras acumuladas .................................................. Outros créditos ........................................................ 7 1.532 1.469 Investimentos .......................................................... 8 4.977 4.970 Imobilizado de uso .................................................. 9 340 192 Intangível ................................................................ 113 104 Total do ativo ......................................................... 1.045.048 832.054 Total do passivo e patrimônio líquido ................. As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Nota 10 11 11 12

2017

2016

1.009.255 999.311 9.944 1.540 1.540 34.253 33.959 44 250

804.001 790.672 13.329 1.579 1.579 26.474 26.459 15 -

1.045.048

832.054

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Semestre findo em 31 de dezembro de 2017 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) Capital social Reserva legal Sobras acumuladas Total Saldos em 31 de dezembro de 2015....................................................................... 14.857 15 14.872 Integralizações de capital ......................................................................................... 11.602 11.602 Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – não associados ... (105) (105) Sobra líquida ............................................................................................................ 105 105 Saldos em 31 de dezembro de 2016....................................................................... 26.459 15 26.474 Integralizações de capital ......................................................................................... 7.500 7.500 Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – associados .......... (15) (15) Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – não associados ... (114) (114) Aumento da reserva legal......................................................................................... 29 (29) Sobra líquida ............................................................................................................ 408 408 Saldos em 31 de dezembro de 2017....................................................................... 33.959 44 250 34.253 Saldos em 30 de junho de 2017 ............................................................................ 33.959 15 285 34.259 Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – associados .......... (15) (15) Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – não associados ... (114) (114) Aumento da reserva legal......................................................................................... 29 (29) Sobra líquida ............................................................................................................ 123 123 Saldos em 31 de dezembro de 2017....................................................................... 33.959 44 250 34.253 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Semestre findo em 31 de dezembro de 2017 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais, exceto se de outra forma indicado) 1 Contexto operacional aquisição de softwares, demonstrados pelo custo de aquisição. A Cooperativa de Crédito Unicred Central Multirregional Ltda. – Unicred Central MultirAs depreciações e amortizações são calculadas e computadas pelo método linear, leregional foi constituída em 31 de março de 1994. Tem sua constituição e funcionamento vando-se em consideração a vida útil econômica dos bens e projetos, reconhecidos no regulamentados pela Lei 4.595/64, que dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, resultado do período. Bancárias e Creditícias, pela Lei 5.764/71, que define a Política Nacional do Cooperatib.7 Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros (“impairment”) vismo, pela Lei Complementar 130/09, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito O “impairment” deverá ser reconhecido se o valor de contabilização de um ativo ou Cooperativo e pela Resolução nº 4.434/2015 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que de sua unidade geradora de caixa exceder o seu valor recuperável. Essa avaliação é dispõe sobre a constituição e funcionamento de cooperativas de crédito. A Cooperativa tem revista anualmente a fim de verificar eventuais indicativos de perda por “impairment”. sede e foro na cidade de Belo Horizonte, com sua área de atuação no Estado de Minas Na avaliação da Administração, no período corrente não existem indicativos para recoGerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás e São Paulo. nhecimento de perdas por “impairment”. A Cooperativa Central é filiada à Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unib.8 Depósitos à vista, sob aviso e a prazo cred´s – Unicred do Brasil e tem por objetivo a organização em comum e em maior escala, Os depósitos pré-fixados são registrados pelo valor futuro, retificado pela conta de desdos serviços econômico-financeiros e assistenciais de interesse das filiadas, integrando e pesas a apropriar e os depósitos pós-fixados são atualizados até a data do balanço, oborientando suas atividades, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços. servados os índices contratados. O resumo da estrutura e gerenciamento dos riscos da Cooperativa está descrito na nota 21. b.9 Relações interfinanceiras – passivo 2 . Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas conDestina-se ao registro dos cheques e outros papéis gerados contra a Cooperativa, apretábeis sentados por participantes de sistemas de liquidação. a. Apresentação das demonstrações financeiras b.10 Provisões As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as normas regulamentares As provisões são constituídas como resultado de um evento passado, sendo provável que constantes do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação no futuro. As provisões são e estão sendo apresentadas em conformidade com a atual legislação societária e práticas registradas tendo como base a estimativa do risco envolvido. contábeis, em observância aos Pronunciamentos Contábeis homologados pelo Banco Cenb.11 Ativos e passivos contingentes tral do Brasil. Os ativos contingentes não são reconhecidos, exceto quando da existência de evidências As demonstrações financeiras, incluindo as notas explicativas, são de responsabilidade da concretas que assegurem a sua realização. Os passivos contingentes são reconhecidos Administração da Cooperativa e foram por ela aprovadas em 27 de fevereiro de 2018. contabilmente pela Administração da Cooperativa quando, com base na opinião dos asReapresentação de informações comparativas sessores jurídicos e outras análises das matérias, for considerado que há risco de perda Os saldos de Caixa e Equivalente de Caixa em 31 de dezembro de 2016, incluídos na nota de ações judicial ou administrativa, gerando uma possibilidade de saída de recursos no explicativa 3, e em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, parte integrante dos saldos apresentafuturo para a liquidação dessas ações e, ainda, quando os montantes envolvidos posdos nas demonstrações dos fluxos de caixa respectivamente, estão sendo reapresentados, de sam ser mensurados com suficiente segurança. Esse é um julgamento subjetivo, sujeito acordo com o previsto no CPC23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificaàs incertezas de uma previsão sobre eventos futuros, mas que leva em consideração o ção de Erro, para fins de adequação aos requisitos previstos na Resolução 3.604 do BACEN. fundamento jurídico da causa, a viabilidade de produção de provas, a jurisprudência em Os impactos estão apresentados no quadro abaixo: questão, a possibilidade de recorrer a instâncias superiores e a experiência histórica. Valor Valor A Administração da Cooperativa revisa periodicamente a situação dos passivos conOriginal Ajuste reapresentado tingentes. Demonstração do Fluxo de Caixa – Dez. de 2016 b.12 Demais ativos e passivos circulantes e não circulantes Provisão para passivo contingente ......................... 63 63 Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando Aplicações interfinanceiras de liquidez ................. - (18.326) (18.326) aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos. Títulos e valores mobiliários ................................. (12.508) (298.787) (311.295) Os demais passivos são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acresOutros créditos ....................................................... (197) (197) cidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias inOutros valores e bens ............................................. (236) 197 (39) corridos. Outras obrigações................................................... 5.829 (63) 5.766 b.13 Apuração do resultado Caixa e Equivalente de Caixa no início do período .. 374.560 (344.553) 30.007 Os ingressos e dispêndios são reconhecidos pelo regime de competência do exercício. Caixa e Equivalente de Caixa no fim do período... 721.145 (661.666) 59.479 b.14 Segregação do circulante e não circulante Nota 3 – Caixa e equivalente de caixa Os valores realizáveis e exigíveis com prazos inferiores a doze meses estão classificados Total ....................................................................... 721.145 (661.666) 59.479 no circulante, e os com prazos superiores, no não circulante. b. Descrição das principais práticas contábeis b.15 Demonstração dos fluxos de caixa As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras A demonstração do fluxo de caixa foi elaborada de acordo com o CPC 03 emitido pelo estão definidas a seguir: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Com o intuito de demonstrar maior transparênb.1 Estimativas contábeis cia nas operações e uma melhor gestão dos recursos financeiros a cooperativa optou A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis pelo método indireto. Este método se baseia pelas sobras ou perdas do exercício ajuscríticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Cooperativa no tadas pelos itens econômicos, (depreciação/amortização) e pelas variações nas contas processo de aplicação das políticas contábeis. As demonstrações financeiras da Cooperativa patrimoniais. incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas-úteis do ativo imobilizado, b.16 Imposto de renda e contribuição social provisão para perdas nas operações de crédito, valor justo de certos instrumentos financeiO imposto de renda e a contribuição social são calculados sobre o lucro apurado em ros, provisão para contingências e outras similares. Os resultados reais podem apresentar operações consideradas como atos não cooperativos, de acordo com a legislação tribuvariações em relação às estimativas. A Administração da Cooperativa monitora e revisa as tária, e as alíquotas vigentes para o imposto de renda – 15%, acrescida de adicional de estimativas e suas premissas pelo menos semestralmente. 10% quando for o caso, e para contribuição social – 17%. A sobra apurada em operações b.2 Caixa e equivalentes de caixa Compreendem dinheiro em caixa, depósitos bancários livres e relações interfinanceiras de realizadas com associados é isenta de tributação. curto prazo e de alta liquidez, com prazo de vencimento inferior a 90 dias da data da transab.17 Fiança ção e risco insignificante de mudança no valor justo. Fiança é a operação na qual o cooperado necessita de um fiador para operações de crédib.3 Relações interfinanceiras – ativo to em outras instituições, onde a Cooperativa entra como fiadora da operação. De acordo Substancialmente representados pela centralização financeira na Central, classificados concom a resolução 4.512/2016, por se tratar de garantia financeira ocorre a necessidade de forme a intenção da Administração em mantê-los até o vencimento, e são atualizados pelos atualização da provisão mensal com base no percentual do nível de risco do cooperado rendimentos auferidos até a data do balanço, não superando o valor de mercado. (nota 17). b.4 Operações de crédito 3. Caixa e equivalentes de caixa As operações pré-fixadas são registradas pelo valor futuro, retificadas pela conta de rendas As disponibilidades e as relações interfinanceiras são classificadas como caixa e equivaa apropriar, e as operações pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço, observados os lentes de caixa para fins de apresentação da demonstração dos fluxos de caixa, quando índices contratados. Para as operações vencidas há mais de 60 dias, os juros permanecerão atendido às determinações da Resolução CMN nº 3.604/2008. em rendas a apropriar, até a liquidação da operação. 2016 Sobre as operações de crédito, a Administração da Cooperativa constituiu provisão para 2017 (reapresentado) perdas em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização de Disponibilidades valores a receber, com base em critérios consistentes e verificáveis, amparadas por informaCaixa e depósitos bancários .......................................... 21 17 ções internas e externas, pelo menos em relação ao devedor e seus garantidores (situação Centralização financeira (90 dias) (Nota 6) .................. 67.561 59.462 econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados, fluxo 67.582 59.479 de caixa, administração e qualidade de controles, pontualidade a atrasos nos pagamentos, 4. Aplicações interfinanceiras de liquidez contingências, setor de atividade econômica, limite de crédito) e, em relação à operação Descrição 2017 2016 (natureza e finalidade, características das garantias com suficiência de liquidez e valor), Letras do Tesouro Nacional - LTN.................................. 154.474 conforme determina a Resolução CMN nº 2.682/1.999, que classifica as operações em nove Certificado de Depósito interbancário CDI ..................... 31.405 níveis de risco (de AA a H). 31.405 154.474 As operações classificadas como nível “H” permanecem nesse nível por seis meses, quando Trata-se de Certificados de Depósito Interfinanceiros custodiados pelo Bancoob e Itaú, remuentão são baixadas para conta de compensação. nerado a taxa média de 101% do CDI. O montante de R$ 31.405, estão vinculados à garantia b.5 Investimentos de operações com cartões de crédito das cooperativas singulares associadas, não podendo ser Representados por participação societária avaliada ao custo de aquisição. resgatados antecipadamente. b.6 Imobilizado e intangível No exercício de 2017, as aplicações foram remuneradas no montante de R$7.625 (R$23.949 Compostos pelos Terrenos, Edificações, Sistemas de segurança, Equipamentos de proem 2016), registrados em ingressos da intermediação financeira. cessamento de dados, móveis, utensílios e outros equipamentos, instalações, veículos e 5. Títulos e valores mobiliários Descrição ...................................................................................... Fundos de investimentos (i) .......................................................... Provisão para perdas com fundos de investimento ...................... Outros títulos de renda fixa .......................................................... Provisão para perda com outros títulos de renda fixa .................. Vinc. a prestação de garantias (ii) Títulos dados garantia - outros......................................................

-

2017 Total 782.913 (57) 138.728 (3.932)

Circulante 566.711 (57) 3.932 (3.932)

Não Circulante -

2016 Total 566.711 (57) 3.932 (3.932)

20.515 20.515

20.515 938.224

566.654

42.563 42.563

42.563 609.217

Circulante 782.970 (57) 138.728 (3.932)

Não Circulante -

917.709

(i) Sobre a carteira de Fundos de Investimento, a Administração da Cooperativa em aten9. Imobilizado dimento as normas regulamentares do Bacen, especificamente a Resolução nº 2.682/1998, Demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, menos depreciação acumulada. As deconstituiu provisão para perdas no montante de R$ 57, considerada suficiente para cobrir preciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de eventuais perdas sobre a carteira vinculada à Cédulas de Crédito Bancário - CCBs do fundo vida útil estimada dos bens, conforme demonstrados abaixo: Unicred Long Term Crédito Privado. Ainda, constituiu provisão para perdas no montante de a Imobilizado de uso R$3.932 de Outros Títulos de Renda Fixa, composto por CCBs adquiridos do Fundo Long 2017 2016 Term. A Administração da Cooperativa busca a cobrança judicial. Taxa Anual de Depreciação (ii) Referem-se a títulos vinculados a garantias de operações com cartões de crédito das Depreciação Custo Acumulada Líquido Líquido cooperativas singulares filiadas, sem resgate antecipado. Instalações .................................. 10% 3 (3) Essas aplicações são remuneradas em média à taxa de 100% do CDI. No exercício de 2017 Móveis e equipamentos de uso .. 10% 209 (143) 66 70 foram registrados os rendimentos em resultado com títulos e valores mobiliários no montanSistema de comunicação ............ 10% 29 (12) 17 15 te de R$81.515 (R$43.465 em 2016). Sistema de processamento 6. Relações interfinanceiras - ativo de dados ..................................... 20% 509 (252) 257 107 Referem-se a centralização financeira das disponibilidades líquidas da Cooperativa de750 (410) 340 192 positada junto a Cooperativa Central, conforme determinado no artigo 17 da Resolução Movimentação - Imobilizado nº 4.434/15. Descrição Saldo inicial Adição Baixa Saldo final Descrição 2017 2016 Instalações ............................................ 8 (5) 3 Centralização financeira - Unicred do Brasil (nota 18 a) ....... 67.561 59.462 Móveis e equipamentos de uso ............ 232 9 (32) 209 Fundo Garantidor de Depósitos (i) ........................................ 568 991 Sistema de comunicação ...................... 33 4 (8) 29 68.129 60.453 Sistema de processamento de dados .... 416 204 (111) 509 (i) Trata-se das contribuições das associadas ao fundo garantidor, conforme prevê o Estatuto 689 217 (156) 750 Social, aplicadas junto a Unicred do Brasil (nota 18.a). (-) Depreciação No exercício de 2017 foram registrados os rendimentos, em ingressos de depósitos intercoInstalações ............................................ (8) 5 (3) operativos, no montante de R$ 6.115 (R$ 5.709 em 2016). Móveis e equipamentos de uso ............ (162) (11) 30 (143) 7. Outros créditos Sistema de comunicação ...................... (18) (2) 8 (12) 2017 2016 Sistema de processamento de dados .... (309) (49) 106 (252) Não Não (497) (62) 149 (410) Circulante Circulante Total Circulante Circulante Total Saldo liquido ....................................... 192 155 (7) 340 Adiantamentos diversos 25 25 29 29 b. Intangível Devedores diversos Nesta rubrica registram-se os softwares adquiridos depois da criação do grupo Ativos Intangíno país .......................... 216 - 216 1.081 - 1.081 veis pela carta circular do Banco Central do Brasil nº 3.357/2008. São registrados pelo custo Devedores por depósito de aquisição. em garantia (i) .............. 1.532 1.532 1.469 1.469 10. Relações interfinanceiras - passivo 241 1.532 1.773 1.110 1.469 2.579 a. Composição do saldo (i) Refere-se a depósitos judiciais para o PIS e COFINS sobre rendimentos das aplicações Descrição ........................................................................ 2017 2016 financeiras, atualizados até 31 de dezembro de 2017 pela taxa de juros Selic (nota 11 ii). Centralização financeira ................................................. 999.311 790.672 8. Investimentos Refere-se aos depósitos das filiadas, sendo esses recursos próprios, conforme determina o Descrição ........................................................................ 2017 2016 Unicred do Brasil ............................................................ 4.894 4.894 artigo 24 da Resolução CMN 4.434/2015, e tem remuneração atrelada ao Certificado de DeCNAC - Auditoria ........................................................... 15 pósito Interbancário (CDI). Corretora Unicred do Brasil ............................................ 83 61 Em 2017, a Cooperativa remunerou esses depósitos no montante de R$92.483 (R$71.173 ........................................................................................ 4.977 4.970 em 2016) que para efeito da demonstração do resultado é classificado como “Dispêndios de O quadro abaixo apresenta a movimentação nos exercícios dos investimentos: intermediação interfinanceira”. ............................................................ Unicred Unicred b. Concentração da centralização financeiras ........................................................... do Brasil Corretora CNAC Total 2017 2016 Saldos em 1º de janeiro de 2016 ........ 4.894 15 4.909 Descrição Valor % do total Valor % do total Aumento de investimentos................. 61 61 Maior depositante ...................... 266.543 27% 277.822 35% Saldos em 31 de dezembro de 2016... 4.894 61 15 4.970 Demais depositantes.................. 232.768 73% 512.850 65% Baixa de Investimentos ...................... (15) (15) 999.311 100% 790.672 100% Aumento de investimentos................. 22 22 A Administração da Cooperativa analisa não haver risco de concentração de carteira. Saldos em 31 de dezembro de 2017... 4.894 83 4.977 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos opinião. Administradores e Associados da Outros assuntos - Auditoria de valores correspondentes a períodos anteriores - Os exaCooperativa de Crédito Unicred Central Multirregional Ltda. – Unicred Central Mulmes das demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, tirregional preparadas originalmente antes dos ajustes decorrentes da reclassificação contábil na rubrica Belo Horizonte/MG de Caixa e Equivalentes de Caixa, descrita na Nota Explicativa 2b, foram conduzidos sob a Opinião - Examinamos as demonstrações financeiras da Cooperativa de Crédito Unicred responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatórios de auditoria sem Central Multirregional Ltda. – Unicred Central Multirregional (“Cooperativa Central”), que modificação com data de 09 de fevereiro de 2017. Como parte de nossos exames das demonscompreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2017, examinamos também os ajustes descritos trações de sobras ou perdas, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para na Nota Explicativa 2 que foram efetuados para alterar as demonstrações financeiras de 31 o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o de dezembro de 2016. Em nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram corretamente resumo das principais políticas contábeis. efetuados. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamenNão fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre te, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cooperativa de as demonstrações financeiras da Cooperativa Central referentes ao exercício findo naquela Crédito Unicred Central Multirregional Ltda. – Unicred Central Multirregional em 31 de data, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma de asseguração sobre aquelas dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exerdemonstrações financeiras tomadas em conjunto. cício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN. - A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações Base para opinião - Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, autorizadas a funcionar pelo BACEN e pelos controles internos que ela determinou como estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção reledas demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Cooperativa Central, vante, independentemente se causada por fraude ou erro. de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e da capacidade de a Cooperativa Central continuar operando, divulgando, quando aplicável, cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acredios assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na tamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa

Demonstrações de sobras ou perdas Semestre findo em 31 de dezembro de 2017 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 - (Em milhares de reais) 2017 2016 Nota 2ºsemestre Exercício Exercício Ingressos da intermediação financeira ............ 45.365 95.255 73.123 Aplicações interfinanceiras de liquidez ............ 4 1.235 7.625 23.949 Títulos e valores mobiliários ............................ 5 41.605 81.515 43.465 Ingressos de depósitos intercooperativos.......... 6 2.525 6.115 5.709 Dispêndios da intermediação financeira ......... (44.159) (92.491) (71.173) Dispêndios da intermediação interfinanceira .... 10.a (44.159) (92.483) (71.173) Provisão carta fiança ......................................... (8) Resultado bruto da intermediação financeira 1.206 2.764 1.950 Ingressos / (dispêndios) operacionais .............. (1.120) (2.389) (1.893) Ingressos de prestação de serviços ................... 366 504 74 Dispêndios de pessoal e honorários .................. 13 (3.109) (6.086) (5.119) Outros dispêndios administrativos.................... 14 (1.986) (3.755) (2.675) Despesas tributárias .......................................... (16) (30) Outros dispêndios operacionais ........................ (13) Outros ingressos operacionais .......................... 15 3.625 6.978 5.840 Resultado operacional ...................................... 86 375 57 Resultado não operacional ............................... 62 85 97 Resultado antes da tributação.......................... 148 460 154 Imposto de renda e contribuição social ........... (25) (52) (49) Sobra líquida do semestre / exercício .............. 123 408 105 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11. Outras obrigações 2017 2016 Não Não Circulante Circulante Total Circulante Circulante Total Sociais e estatutárias .. 1.067 - 1.067 1.405 - 1.405 Cotas de Capital a Pagar ....................... 897 - 897 1.269 - 1.269 Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (i) .................. 170 - 170 136 136 Fiscais e previdenciárias ........... 203 - 203 163 163 Impostos e contribuições a recolher ...... 203 - 203 163 163 Diversas ....................... 8.674 1.540 10.214 11.761 1.579 13.340 Provisão para pagamentos a efetuar ......... 7.318 - 7.318 10.114 - 10.114 Credores diversos no país ....................... 1.356 - 1.356 1.647 - 1.647 Provisão para passivos contingentes (ii) ................... 1.540 1.540 1.579 1.579 ...................................... 9.944 1.540 11.484 13.329 1.579 14.908 (i) O Fates tem formação, classificação e utilização conforme Lei do Cooperativismo e normas do Bacen. (ii) A provisão para riscos fiscais contingências, refere-se às ações judiciais e administrativas de natureza tributária, que discutem às obrigações de PIS/ COFINS sobre o faturamento e imposto de renda retido na fonte sobre juros ao capital próprio. As provisões estão suportadas por depósitos judiciais no mesmo montante registrados em outros créditos no ativo não circulante. A Administração da Cooperativa, constituiu provisão para contingências em montantes considerados suficientes para fazer face a eventuais perdas que possam advir de desfechos desfavoráveis nas ações. As provisões e depósitos em garantia estão assim resumidos: 2017 2016 Valor da Valor dos Valor da Valor dos provisão depósitos provisão depósitos Tributo constituída em garantia constituída em garantia PIS ........................... 51 251 241 241 COFINS .................. 1.281 1.281 1.228 1.228 Outros...................... 8 110 1.540 1.532 1.579 1.469 Pis Cofins Outros Total Saldo em 1º de janeiro de 2016 .................. 231 1.175 110 1.516 Atualização durante o exercício .................... 22 55 77 Provisões utilizadas durante o exercício ....... Reversão de Provisão .................................... (12) (2) (14) Saldo em 31 de dezembro de 2016 ............. 241 1.228 110 1.579 Atualização durante o exercício .................... 10 53 63 Provisões utilizadas durante o exercício ....... Reversão de Provisão .................................... (102) (102) Saldo em 31 de dezembro de 2017 ............. 251 1.281 8 1.540 Os impostos e as contribuições apurados e recolhidos pela Cooperativa, bem como as respectivas declarações acessórias, os registros fiscais e societários, estão sujeitos a exame por parte das autoridades fiscais durante prazos prescricionais variados, conforme a legislação aplicável em cada circunstância, em geral cinco anos. 12. Patrimônio líquido a. Capital social É representado pelas cotas integralizadas, no valor nominal de R$ 1,00 cada, esta central possui 12 filiadas em 31 de dezembro de 2017 e 2016. De acordo com o Estatuto Social cada filiada tem direito a um voto independentemente do número de suas cotas-partes. No exercício de 2017, a Cooperativa aumentou seu capital social no montante de R$7.500, com recursos provenientes das filiadas. Não houve baixas no exercício. O capital social é de R$33.959 e de R$ 26.459 em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, respectivamente. b. Destinações estatutárias e legais As sobras apuradas no fim do exercício, conforme Estatuto Social, tem a seguinte destinação: • 10% para a reserva legal com a finalidade de reparar perdas eventuais futuras e a atender ao desenvolvimento das atividades da Cooperativa; • 5% para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES). Atendendo à instrução do Bacen, o FATES é registrado como exigibilidade (nota 11 i). c. Sobras acumuladas O custo operacional mensal da Cooperativa é rateado entre as associadas, não havendo, portanto, sobras ou perdas ao final dos exercícios. A Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 24 de março de 2017, aprovou as demonstrações financeiras de 2016 por unanimidade. 13. Dispêndios com pessoal e honorários 2017 2016 Descrição 2º semestre Exercício Exercício Dispêndios de honorários........................................ (599) (1.199) (1.214) Dispêndios de pessoal - benefícios ......................... (519) (1.000) (903) Dispêndios de pessoal - encargos............................ (915) (1.708) (1.522) Dispêndios de pessoal - proventos .......................... (2.405) (4.431) (4.052) Dispêndios de pessoal - treinamento....................... (75) (136) (193) Dispêndios de pessoal - remuneração estagiário .... (50) (83) (41) (4.563) (8.557) (7.925) 14. Outros dispêndios administrativos 2017 2016 Descrição 2º semestre Exercício Exercício Dispêndios com serviços......................................... (264) (422) (324) Dispêndios com aluguéis ........................................ (87) (171) (183) Dispêndios com comunicações, promoções e publicidade ........................................................... (325) (645) (268) Dispêndios com processamentos ............................ (114) (416) (870) Dispêndios com viagens ........................................... (311) (621) (545) Dispêndios com Seguros ........................................... (18) (36) (30) Dispêndios de depreciação e amortização ................ (73) (124) (295) Outros dispêndios administrativos ............................ (794) (1.320) (160) (1.986) (3.755) (2.675) 15. Outros ingressos operacionais 2017 2016 Descrição 2º semestre Exercício Exercício Ressarcimento de Dispêndios administrativos (i) ..... 3.545 6.887 5.586 Reversão de provisões dispêndios administrativos ... 239 Outros ingressos operacionais................................... 80 91 15 3.625 6.978 5.840 (i) A Cooperativa possui uma relação de interdependência com as suas cooperativas singulares associadas, visto que o seu custo é reembolsado mensalmente por elas. A Cooperativa é responsável por fiscalizar os processos e procedimentos administrativos, ganho em escala normatização e padronização de documentos e prestar serviços ás associadas, como processamento de forma de pagamento, contabilidade, compensação, centralização financeira, entre outros. 16. Seguros contratados A Administração da Cooperativa adota a política de contratar seguros, cujas coberturas são consideradas suficientes pela Administração e agentes seguradores para fazer face à ocorrência de eventuais sinistros. As premissas de risco adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da auditoria das demonstrações financeiras, consequentemente, não foram auditadas pelos nossos auditores independentes. 17. Instrumentos financeiros Os ativos e passivos financeiros estão demonstrados no balanço patrimonial por valores contábeis, os quais são iguais ou que se aproximam dos seus valores justos, conforme critérios mencionados nas correspondentes notas explicativas, com destaque para as disponibilidades, relações interfinanceiras, operações de crédito, depósitos à vista e a prazo. Não foram realizadas operações com instrumentos financeiros derivativos nos exercícios. 18. Fiança Em atendimento a Resolução Nº 4.512/2017 a Central Multirregional, declara que possui em 31 de dezembro de 2017 dez operações de crédito na qual figura como garantidora. Em 31 de dezembro de 2017 o valor de Garantias prestadas soma R$ 1.593 (R$ 90 em 2016) e a provisão constituída totaliza R$ 8 (R$ 1 em 2016). O método adotado para constituição da provisão é a aplicação de um percentual representativo do risco assumido sobre o valor que está em garantia. 19. Partes relacionadas A Cooperativa possui uma relação de filiação com a Confederação das Unicreds (nota 8). Considerando que a Cooperativa é uma cooperativa central, as operações são realizadas exclusivamente com suas filiadas (cooperativas singulares). As operações com partes relacionadas são realizadas no contexto normal das atividades operacionais da Cooperativa e de suas atribuições estabelecidas em regulamentação específica e estão assim resumidas em 31 de dezembro de 2017 e 2016. 2017 2016 Diretores e Diretores e Descrição Conselheiros Conselheiros Despesas com honorários.................................................. 1.106 895 1.106 895 a. Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unicreds – Unicred do Brasil A Cooperativa é filiada a Confederação das Unicred´s, regida pela legislação cooperativista e normativos do BACEN. A Confederação representa suas associadas perante os organismos governamentais e privados ligados ao cooperativismo e às instituições financeiras. Cabe ainda a Confederação o monitoramento, a supervisão e a orientação administrativa e operacional de suas associadas, no sentido de prevenir e corrigir situações anormais que possam acarretar risco para a solidez de suas associadas ou do sistema. Os saldos das transações da Cooperativa com a Unicred do Brasil em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 são os seguintes: 2017 2016 Ativo ................................................................................. 1.039.531 826.723 Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................ 31.405 154.474 Títulos e valores mobiliários............................................. 938.224 609.217 Relações interfinanceiras .................................................. 68.129 60.453 Outros................................................................................ 1.773 2.579 Passivo .............................................................................. 999.311 790.672 Centralização financeira – cooperativas............................ 999.311 790.672 Receita............................................................................... 95.255 73.123 Ingressos da intermediação financeira .............................. 95.255 73.123 Despesa ............................................................................. (92.491) (71.173) Dispêndios da intermediação financeira ........................... (92.491) (71.173) As operações são realizadas em condições normais de seu mercado e regulamentações internas. 20. Índice da Basiléia O patrimônio líquido da Cooperativa apresenta-se compatível com o grau de risco da estrutura dos ativos, com índices de Basiléia de 11,50% em 31 de dezembro de 2017 e 14,09% em 31 de dezembro de 2016, conforme demonstrativo abaixo: 2017 2016 RWACPAD (Riscos de Crédito) ............................................. 188.031 182.729 RWAMPAD (Riscos de Mercado) .......................................... 34.497 3.412 RWAOPAD (Risco Operacional) ............................................ 3.244 1.366 Total Ativos Ponderados Pelo Risco (RWA) ....................... 225.772 187.507 PR MÍNIMO REQUERIDO PARA O RWA........................... 20.884 18.171 MARGEM SOBRE O PR CONSIDERANDO A RBAN ....... (2.350) 8.240 Patrimônio de Referência........................................................ 25.969 26.411 Índice de Basileia .................................................................... 11,50% 14,09% elaboração das demonstrações financeiras a não ser que a administração pretenda liquidar a Cooperativa Central ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Cooperativa Central são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras - Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada, de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, sempre detecta as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada, de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

Demonstrações dos fluxos de caixa Semestre findo em 31 de dezembro de 2017 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) 2017 2016 (reapresentado) Nota 2º semestre Exercício Exercício Fluxo de caixa das atividades operacionais ...... 20.576 1.000 18.183 Sobra liquida do semestre/exercício ................. 132 494 463 Sobra do semestre/exercícios ............................ 123 408 105 Depreciações e amortizações ............................ 9.a 73 124 295 Provisão para passivos contingentes ................. 11 (70) (39) 63 Baixas do imobilizado e intangível ................... 9.a 6 1 (Aumento)/redução dos ativos .......................... (74.594) (204.727) (360.309) Aplicações interfinanceiras de liquidez.......... (31.405) 123.069 (18.326) Títulos e valores mobiliários .......................... (23.377) (320.908) (311.295) Relações interfinanceiras ............................... (19.740) (7.676) (30.452) Outros créditos ............................................... (94) 806 (197) Outros valores e bens ..................................... 22 (18) (39) Aumento/(redução) dos passivos ...................... 95.038 205.233 378.029 Relações interfinanceiras ............................... 97.768 208.639 372.263 Outras obrigações........................................... (2.730) (3.406) 5.766 Fluxo de caixa das atividades de investimentos (143) (289) (208) Aumento de investimentos .............................. (22) (7) (61) Aquisições do imobilizado e intangível .......... 9.a (121) (282) (147) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos . (129) 7.392 11.497 Integralizações de capital ................................ 12.a 7.500 11.602 Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – associados ...................... (15) (105) Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) – não associados ................. (114) (108) Aumento do caixa e equivalentes de caixa ....... 20.304 8.103 29.472 Demonstração da variação do caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre/exercício ....................................... 47.278 59.479 30.007 Caixa e equivalentes de caixa no fim do semestre/exercício ....................................... 3 67.582 67.582 59.479 Aumento do caixa e equivalentes de caixa ....... 20.304 8.103 29.472 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 21. Resumo da descrição da estrutura de gerenciamento de riscos a Risco operacional Em cumprimento à Resolução do CMN nº 3.380/06, esta instituição implantou estrutura de gerenciamento de Risco Operacional compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas da instituição, e que tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos associados a falhas, deficiências ou inadequações de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta estrutura contempla atualmente: a) Diretor Responsável nomeado perante órgão regulador; b) Política, Manual e Sistema de mensuração de riscos; c) Comitê de Gestão de Riscos. Além da apuração gerencial das perdas operacionais é realizada também a apuração semestral da parcela referente ao risco operacional (RWAOPAD), uma das parcelas que compõe o montante de RWA (Ativos Ponderados pelo Risco), base de cálculo para os Requerimentos Mínimos de Capital, em atendimento à Resolução do CMN nº 4193/13. A metodologia utilizada para apuração da parcela RWAOPAD é o BIA (Basic Indicator Aproach). As descrições das estruturas estão evidenciadas no site da Unicred do Brasil, e podem ser acessadas através do endereço eletrônico: www.unicred.com.br, assim como a Política, os Manuais e os Relatórios de Risco estão disponíveis na sede da instituição. b. Risco de mercado Em cumprimento à Resolução do CMN nº 3.464/07, esta instituição implantou estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas da instituição, e que tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos associados a perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela instituição. Esta estrutura contempla atualmente: a) Diretor Responsável nomeado perante órgão regulador; b) Política, Manual e Sistema de mensuração de riscos; c) Comitê de Gestão de Riscos. Além da apuração gerencial do risco de mercado é realizada também a apuração mensal das parcelas referentes ao risco de mercado (RWAJUR / RWACAM / RWACOM / RWAACS / Rban), parcelas que compõem o montante de RWA (Ativos Ponderados pelo Risco), base de cálculo para os Requerimentos Mínimos de Capital, em atendimento à Resolução do CMN nº 4193/13, assim como é realizada a elaboração mensal do Demonstrativo de Risco de Mercado (DRM), em atendimento à Circular nº 3.429/09 do Banco Central do Brasil. As descrições das estruturas estão evidenciadas no site da Unicred do Brasil, e podem ser acessadas através do endereço eletrônico: www.unicred.com.br, assim como a Política, os Manuais e os Relatórios de Risco estão disponíveis na sede da instituição. c. Risco de crédito Em cumprimento à Resolução do CMN nº 3.721/09, esta instituição implantou estrutura de gerenciamento de Risco de Crédito compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas da instituição, e que tem por objetivo identificar, mensurar, controlar e mitigar os riscos de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. Esta estrutura contempla atualmente: a) Diretor Responsável nomeado perante órgão regulador; b) Política, Manual e Sistema de mensuração de riscos; c) Comitê de Gestão de Riscos. Além da apuração gerencial do risco de crédito é realizada também a apuração mensal da parcela referente ao risco de crédito (RWACPAD), parcela que compõe o montante de RWA (Ativos Ponderados pelo Risco), base de cálculo para os Requerimentos Mínimos de Capital, em atendimento à Resolução do CMN nº 4193/13. As descrições das estruturas estão evidenciadas no site da Unicred do Brasil, e podem ser acessadas através do endereço eletrônico: www.unicred.com.br, assim como a Política, os Manuais e os Relatórios de Risco estão disponíveis na sede da instituição. d. Risco de liquidez Em cumprimento à Resolução do CMN nº 4.090/12, esta instituição encontra-se na fase final de implantação da estrutura de gerenciamento de Risco de Liquidez compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e a dimensão da sua exposição a esse risco, e que tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos associados à: I - a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e II - a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. As descrições das estruturas estão evidenciadas no site da Unicred do Brasil, e podem ser acessadas através do endereço eletrônico: www.unicred.com.br, assim como a Política, os Manuais e os Relatórios de Risco estão disponíveis na sede da instituição. e. Risco socioambiental O Sistema Unicred é formado por um conjunto de cooperativas de crédito que se baseia em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Seus objetivos econômicos e sociais são comuns a todos. Os aspectos legais e doutrinários são distintivos de outas sociedades. Seus cooperados acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante. Desta forma, a governança da responsabilidade socioambiental tem o objetivo de viabilizar inciativas que promovam boas práticas que sustentem a tomada de decisão bem como monitoramento para cumprimento das ações, conforme as seguintes atribuições: • Implantar as ações no âmbito da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA): Conselho de Administração da Confederação; • Acompanhar a implantação no âmbito da PRSA: Conselho Fiscal da Confederação, Centrais e Filiadas; • Monitorar e avaliar a PRSA e propor aprimoramentos na mesma: Comitê de Riscos da Confederação; • Avaliar a efetividade das ações implementadas: responsável pelo controle interno e compliance na Confederação, Centrais e Filiadas; • Verificar a adequação do gerenciamento do risco socioambiental e identificar deficiências na implementação da PRSA: auditoria da Confederação e Centrais f. Gestão de capital Em cumprimento à Resolução do CMN nº 3.988/11, esta instituição implantou estrutura de Gerenciamento de Capital compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e a dimensão da sua exposição a esse risco, e que tem por objetivo o processo continuo de: I - monitoramento e controle do capital mantido pela instituição; II - avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita; e III - planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. As descrições das estruturas estão evidenciadas no site da Unicred do Brasil, e podem ser acessadas através do endereço eletrônico: www.unicred.com.br, assim como a Política, os Manuais e os Relatórios de Risco estão disponíveis na sede da instituição. g. Gestão de continuidade de negócios A Gestão de Continuidade de Negócios (GCN) é a disciplina técnica que visa desenvolver a capacidade de uma organização em se antecipar e responder a eventos que possam interromper suas atividades. O objetivo é manter as operações em um nível aceitável, de forma a mitigar os prejuízos de qualquer ordem que por sua vez possam impactar os serviços do Sistema Unicred e consequentemente afetar negativamente ao mercado e aos seus cooperados. A Gestão de Continuidade de Negócios do Sistema Unicred abrange as etapas relacionadas abaixo: registro da documentação da Gestão de Continuidade de Negócios ficará armazenado no banco de dados do SGCN (Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios). Os registros poderão ser disponibilizados para eventuais situações de contingência, testes, treinamentos, auditoria interna, auditoria externa e supervisão do Banco Central do Brasil. h. Segurança da informação O sistema Unicred possui uma política interna de segurança da informação, onde estabelece as diretrizes para assegurar o cumprimento das boas práticas relacionadas ao uso seguro de dados. A política se baseia nos três pilares fundamentais de segurança da informação: confiabilidade, integridade e disponibilidade. O primeiro determina que os dados só podem ser acessados por pessoas autorizadas, enquanto o segundo dispõe que somente quem tiver a permissão pode modificar as informações. Já o terceiro estabelece que as informações precisam estar sempre disponíveis para os autorizados, conforme o solicitado. A Central Multirregional está em conformidade com esta política, possuindo, assim, maiores garantias sobre a efetividade das suas ações para proteção das informações. Lu M u C h d N m n M u T d S m D S CPF D P CPF C An n A F h D A m F CPF A V G P C CRC MG O C PARECER DO CON ELHO F CAL O mm C COO ERAT VA DE CRÉD TO UN CRED CENTRAL MULT RREG ONAL LTDA UCM m m m L m m Dm C m m m m m B m Dm Dm M m L Dm C N E m m m UN CRED CENTRAL MULT RRE G ONAL C m m m m m UN CRED CENTRAL MULT RREG ONAL m R A E &Y A m m m m m m m m C m m m A m G O B H D A C C E D C R R V C E D M L A C E • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Cooperativa Central. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razo m m C m m m m m fi m C C S m m m m m fi m fi m m N m T m C C m m m A m m fi m fi m m m m C m m m fi fi fi fi m P A M ERNST & YOUNG Aud nd p nd n CRC SP O D R m d Cunh C CRC SP O

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

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ECONOMIA RICARDO ALMEIDA ANPr

‘Mapa’ propõe dobrar ritmo de crescimento

Queda da geração de empregos na indústria brasileira foi de 0,5% tanto na comparação anual quanto na mensal

INDÚSTRIA

Emprego recua 0,5% no setor neste início de ano Pesquisa da CNI aponta queda também na massa salarial, 0,3% Brasília - A indústria brasileira iniciou 2018 com recuo na geração de emprego e na massa salarial, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a confederação, houve aumento no faturamento e nas horas trabalhadas e maior utilização da capacidade instalada no inicio do ano. O emprego recuou 0,5% em relação a janeiro do ano passado, enquanto a massa

salarial encolheu 0,3%. Já o rendimento médio real teve expansão de 0,2% nessa comparação. Em relação a dezembro, o emprego também apresentou queda de 0,5%, enquanto a massa salarial aumentou 0,5% e o rendimento médio real subiu 0,2%. “A queda chama a atenção, mas o emprego vinha crescendo, e, com a recuperação da atividade, a expectativa é que o resultado de janeiro se reverta nos próximos meses”, aponta o

economista da CNI Marcelo nas horas trabalhadas na Azevedo. produção, de 1,1% em relação a janeiro e 0,4% ante Faturamento real - En- dezembro. “O aumento do quanto o emprego recuou, o consumo está aos poucos faturamento real (já descon- estimulando a atividade tada a inflação) subiu 7,7% industrial”, avalia Azevedo. de janeiro de 2017 para este O nível de utilização da ano, caindo 0,1% na com- capacidade instalada da paração com dezembro. O indústria de transformação uso da capacidade instalada chegou a 78,1% em janeitambém aumentou, passan- ro. Com isso, a ociosidade do de 75,9% em janeiro de do setor caiu para 21,9%, 2017 para 76,5% no mesmo o menor desde julho de mês deste ano (era 76,1% em 2015, informou a CNI nos dezembro). Indicadores Industriais, diHouve expansão também vulgados ontem. (AE)

Brasília - O Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) pode fazer o País dobrar a velocidade de crescimento da economia. De acordo com a entidade, as metas do documento podem levar a renda per capita brasileira dos atuais US$ 14 mil para US$ 30 mil em 24 anos. Sem as iniciativas propostas, o País levaria 50 anos para chegar nesse patamar. “Seria frustrante chegar em 2022 com o padrão de crescimento dos últimos quatro anos”, avaliou o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. O documento da entidade estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer em média 4% ao ano a partir de 2023, caso as iniciativas propostas pelo setor sejam levadas adiante. Sem as medidas, a média de expansão seria 2%. A CNI levará as questões abordadas e as medidas sugeridas no Mapa Estratégico 2018-2022 aos candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. Segundo Fernandes, é inevitável um novo ciclo de reformas estruturais no País. “A questão da Previdência Social mostra a inevitabilidade de uma reforma nessa área, por exemplo. Não há como adiar também a Reforma Tributária”, completou. Segurança jurídica e estabilidade no ambiente macroeconômico seriam outros pré-requisitos para aumentar a taxa de crescimento do País. O diretor da CNI destacou ainda que a inovação tecnológica é um dos pontos principais que deve ser levado em conta na estratégia do País para a economia. “Se no mercado global de bens há um pouco mais de ruído protecionista, no mercado digital a demanda é por mais liberdade”, apontou. Competitividade - O Mapa Estratégico traz 11 fatores-chave que levariam a um ganho de competitividade nos próximos anos: segurança jurídica; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; governança e desburocratização; educação; financiamento; recursos naturais e meio ambiente; tributação; relações do trabalho; infraestrutura; política industrial, de inovação e de comércio exterior; produtividade e inovação na empresa. Dentro desses fatores, a CNI traçou 60 objetivos com metas até 2022, último ano do próximo governo. “Parte dos problemas está fora da empresa, mas há fatores que as próprias companhias precisam melhorar, revisando sua gestão”, acrescentou Fernandes. Para além da Educação - que é fundamental para o aumento da competitividade -, o documento aborda questões de eficiência do Estado inclusive nas áreas de Saúde e Segurança, e seus impactos sobre a produtividade da economia brasileira. “O Brasil gasta mais em Segurança Pública do que em Pesquisa e Desenvolvimento. Essa despesa está fora do lugar”, criticou o diretor. (AE) IGOR BRANDÁO AG PAR[A

HYDRO ALUNORTE

Justiça mantém atividades suspensas O desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), indeferiu ontem pedido de liminar impetrado pela mineradora Hydro Alunorte para retomar as atividades da empresa, que estão parcialmente suspensas desde a semana passada. A Hydro teve que reduzir a sua produção em 50% após decisão em primeira instância do juiz Iran Ferreira Sampaio, da Comarca de Barcarena, que considerou a empresa incapaz de garantir a drenagem industrial de toda a água de rejeitos que se acumula para a produção de alumínio. A determinação, que se mantém em vigor, ainda proíbe a mineradora de operar o Depósito de Rejeitos Sólidos nº 2, que não tem licença de operação. A multa pelo descumprimento das medidas foi estipulada em R$ 1 milhão por dia. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também já havia embargado, na semana passada, o mesmo depósito de rejeitos e uma tubulação de drenagem da área industrial da refinaria. Além disso, a autarquia aplicou multas que somam R$ 20 milhões. Laudo do Instituto Evandro Chagas, vinculado ao Ministério da Saúde, comprovou que um depósito de resíduos da mineradora transbordou há cerca de três semanas despejando uma quantidade incerta

de rejeitos tóxicos no meio ambiente. De acordo com o documento, o vazamento colocou em risco a saúde da população de três comunidades da região: Bom Futuro, Vila Nova e Burajuba. O caso foi denunciado pelos próprios moradores, que notaram a alteração na cor da água de igarapés e de um rio.

Maior do mundo - A Hydro Alunorte é considerada a maior refinaria de alumina (matéria-prima para produção de alumínio) do mundo e opera em Barcarena desde 1995. Ela nega que tenha havido vazamento ou transbordamento de resíduos sólidos de sua produção. Procurada, a assessoria

da mineradora informou que o prazo para recorrer da decisão expira na sexta-feira (9). “Estamos dialogando e aguardando o resultado destes diálogos antes de ter uma posição final [sobre o recurso]. Nossa prioridade é o diálogo e a cooperação ampla e aberta com as autoridades”, afirmou a empresa, em nota. (ABr)

Hydro é considerada incapaz de drenar água de rejeitos

Empresa quer análise independente sobre água Barcarena, Pará - A norueguesa Norsk Hydro, dona da refinaria de alumina Alunorte, em Barcarena, não tem indicação de que seja responsável pela contaminação da água com resíduos do beneficiamento de bauxita e buscará uma análise independente, mas montou uma grande operação para cuidar da questão e garantir a saúde da população da cidade paraense, disse ontem o presidente-executivo da companhia. Svein Richard Brandtzæg afirmou à Reuters que nomeou o seu “melhor” executivo, o diretor financeiro da Hydro, Eivind Kallevik, para responder também interinamente pela área de negócios de Bauxita & Alumina da empresa neste momento de crise, que resultou na paralisação de metade da maior refinaria de alumina do mundo, por decisão judicial, na semana passada. Em entrevista após visitar,

no fim de semana, a refinaria e a região de Barcarena, a cerca de 100 quilômetros de Belém, por rodovia, Brandtzæg declarou que o que o preocupa neste momento são as pessoas e o meio ambiente. “Não temos indicação de que nós causamos a contaminação ou de que danificamos o meio ambiente em Barcarena. Ainda, nossa principal preocupação agora é ajudar as pessoas com água e tratamento de saúde”, declarou o executivo, por telefone diretamente de Brasília, onde esteve ontem para conversar com autoridades. Ele não elaborou sobre o que pode ter ocorrido, mas em nota na semana passada a Hydro apontou investigações sobre uma quantidade limitada de água que vazou por uma tubulação antiga e desativada, que não teria ligação com o sistema de resíduos. As informações sobre contaminação da água sur-

giram após chuvas fortes no mês passado, que teriam eventualmente colaborado para o transbordamento de resíduos de bauxita, matéria-prima da alumina, depois transformada em alumínio. O Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, apontou contaminação da água da área. Uma nota do IEC citada pelo Ibama apontou “indícios de transbordamentos e lançamentos de efluentes não tratados” na região e “níveis elevados de alumínio e outras variáveis associadas aos efluentes gerados pela Hydro Alunorte”. Mas o CEO da companhia norueguesa, dona de 92,1% da Alunorte, afirmou que a companhia, contratará uma auditoria independente que dará um parecer sobre o que aconteceu na região. “Teremos as nossas conclusões quando tivermos uma visão completa...”, declarou ele, ressaltando

que a companhia busca ser transparente, mas antes de qualquer ação é preciso saber o que ocorreu. Multa - O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a Alunorte em R$ 20 milhões, na semana passada, por realizar “atividade potencialmente poluidora sem licença válida da autoridade ambiental” e “por operar tubulação de drenagem também se licença”. Em visita ontem à refinaria de alumina, a Reuters constatou mais de 20 caminhões e outras máquinas parados devido ao corte de produção que levou a empresa a declarar, na semana passada, força maior para não entregar o produto da unidade aos clientes. O presidente da Hydro disse que não tem como falar ainda em quanto tempo a refinaria vai voltar a operar

a pleno vapor ou o período que vai vigorar a força maior, ressaltando que no momento busca o diálogo com as autoridades. “Queremos resolver a situação para restaurar a confiança na Hydro e na Alunorte.” A Alunorte emprega cerca de 2 mil pessoas e tem uma capacidade nominal de produção anual de 6,3 milhões de toneladas ao ano. Questionado se a empresa já recorreu da decisão judicial que suspendeu as operações de metade da unidade, ele falou que a companhia ainda não tem uma posição legal e que a empresa, por ora, busca dialogar com as autoridades. Os principais clientes de alumina da Alunorte são fundições da própria Hydro em diversos países. A Hydro se constituiu na maior empresa de alumínio da América do Sul depois de adquirir ativos da mineradora brasileira Vale, no Estado do Pará, em 2011. (Reuters)


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ECONOMIA BALANÇA COMERCIAL

Exportações em MG recuam no 1º bimestre Em sentido oposto, importações estaduais cresceram 34% frente ao mesmo período do ano passado LEONARDO FRANCIA

Se no ano passado os preços internacionais do minério de ferro ajudaram a alavancar as exportações do Estado, no primeiro bimestre de 2018 a queda do volume embarcado do insumo foi a maior responsável pelo recuo das exportações, que caíram 10,5% em relação aos mesmos meses de 2017. Na contramão, as importações estaduais cresceram 34% na mesma comparação, puxadas pelas compras externas de hulha betuminosa, que, na forma sólida, é o coque, usado nos altos fornos. De acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações estaduais somaram US$ 3,625 bilhões no primeiro bimestre contra US$ 4,055 bilhões em iguais meses de 2017, com queda de 10,5%. O recuo está ligado ao menor rendimento das vendas externas do minério de ferro (-34,6%) e do café (-10,6%), que juntos responderam por 43,3% de tudo que o Estado negociou no mercado internacional. As vendas de minério de ferro ao exterior, entre janeiro e fevereiro, somaram US$ 984,9 milhões sobre

US$ 1,506 bilhão no mesmo bimestre de 2017, retração de 34,6%. Em volume, o Estado vendeu 7,7 milhões de toneladas a menos em igual base de confronto. O minério foi o principal produto da pauta de embarques, com participação de 27,1%. Café - As exportações de café por Minas também caíram em quantidade e rendimento. O Estado exportou 2,7% a menos em volume no primeiro bimestre, na comparação com o mesmo período de 2017. Com isso, as remessas do grão ao exterior renderam US$ 565,4 milhões contra US$ 632,8 milhões, queda de 10,6%, em igual confronto. As exportações do ferronióbio entre janeiro e fevereiro (US$ 252,4 milhões) aumentaram 1% em relação às do mesmo intervalo de 2017 (US$ 249,8 milhões). No caso do ouro, o volume maior em remessas ao exterior resultou em uma alta de 25,9% nos embarques do primeiro bimestre deste ano. Importações - Enquanto as exportações do bimestre acumularam queda, as importações estaduais somaram US$ 1,447 bilhão no

Minério de ferro, que em 2017 favoreceu as vendas para o mercado externo, iniciou 2018 puxando o indicador para baixo

período, 34% de elevação frente aos mesmos meses de 2017, quando as compras externas do Estado somaram (US$ 1,080 bilhão). O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa, que é o carvão mineral, usado em altos-fornos. Os desembarques do item deram um

salto de 110,9%, na mesma base comparativa. A China continuou como a maior compradora e também como a maior vendedora de produtos para Minas no primeiro bimestre deste exercício. O país asiático foi destino de 24,5% das exportações mineiras e 18,3% de tudo que o Estado comprou

também veio de lá. Mais uma vez, o saldo da balança comercial de Minas Gerais (exportações - importações) se manteve superavitário em US$ 2,178 bilhões no primeiro bimestre, mas caiu 26,8% em relação ao valor, também positivo, dos mesmos meses de 2017 (US$ 2,975 bilhões).

PETRÓLEO

Produção no Brasil cai 2,7% em janeiro AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

São Paulo - A produção de petróleo do Brasil em janeiro foi de 2,615 milhões de barris por dia (bbl/d), alta de 0,1% ante dezembro, mas queda de 2,7%, em relação a igual mês do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O recuo na comparação anual ocorreu em meio a uma queda na produção da Petrobras devido a uma parada para manutenção em unidade no Parque das Baleias, na Bacia de Campos. Do total de petróleo produzido no País, em janeiro, a estatal respondeu por aproximadamente 2 milhões de barris. Já a produção de gás natural totalizou 112 milhões de metros cúbicos (m³) por dia, uma redução de 0,84%, em comparação ao mês anterior, e aumento de 2,3%, frente janeiro de 2017. Considerando-se apenas o pré-sal brasileiro, a produção totalizou 1,723 milhão de barris de óleo equivalente (gás e petróleo) por dia (boe/d), alta de 2,3% na comparação mensal, respondendo por 51,9% do total produzido no Brasil.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o País produziu 1,381 milhão de barris de petróleo por dia e 54 milhões de m³ diários de gás natural por meio de 85 poços no pré-sal, uma das maiores províncias petrolíferas descobertas do mundo na última década. A ANP destacou que o campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural,

produzindo, em média, 842 mil bbl/d de petróleo e 35,4 milhões de m³/d de gás natural. Segundo a reguladora, a produção média de petróleo da Petrobras, como concessionária, em janeiro, foi de aproximadamente de 2,508 milhões de boe/d. Já a Shell, segunda maior produtora do Brasil e principal parceira da Petrobras, produziu em janeiro 405,4 mil boe/d. (Reuters)

Sindigás anuncia redução no preço do GLP Industrial Rio de Janeiro - O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou ontem que a Petrobras vai reduzir o GLP Industrial em 4,1% e 4,4%, dependendo do polo de suprimento, a partir de hoje. De acordo com o Sindigás, apesar da queda, o combustível ainda ficará 27,24% acima da paridade de importação e 29,52% mais caro do que o gás comercializado em embalagens de até 13kg (gás

de cozinha). “A entidade reforça que a falta de uma política de preços para o GLP empresarial faz persistir essa diferença de preços entre o GLP residencial e o empresarial e, ainda, o ágio cobrado pela Petrobras em relação ao preço praticado no mercado internacional para o produto”, informou a entidade em nota. Em fevereiro, a estatal já havia reduzido o preço do GLP Industrial em 4,6%. (AE) Recuo nacional ocorre em meio à queda na produção da estatal

PRÉ-SAL

União vende 500 mil barris à Petrobras A Pré-Sal Petróleo S.A concretizou, em nome da União, a venda de 500 mil barris de petróleo à Petrobras, em produção extraída da área de desenvolvimento de Mero, na reserva de Libra, disse ontem a companhia criada para representar o governo na gestão de contratos em regime de partilha na região do pré-sal. A negociação, que envol-

ve duas cargas com previsão de embarque para março e abril de 2018, é a primeira realizada diretamente pela PPSA, empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. “Essa operação de venda de óleo da União é o primeiro resultado concreto do modelo de partilha no Brasil. Os recursos arrecadados serão destinados ao

Fundo Social e às áreas de educação básica e saúde. A sociedade é, portanto, beneficiária direta dessa venda”, disse, em nota, o presidente da PPSA, Ibsen Flores. A empresa disse que a carga foi oferecida em um processo competitivo para petroleiras com a capacidade logística necessária, e que a Petrobras apresentou

a melhor oferta de preço. Programação - Uma nova oferta ao mercado para a venda de mais 500 mil barris de petróleo de Mero deverá ser realizada até junho, segundo Flores. “No segundo semestre, a expectativa é de que seja iniciada também a comercialização de petróleo dos campos de Sapinhoá e Lula”,

adicionou a PPSA. A empresa pode comercializar a fatia de petróleo e gás natural atribuída à União nos contratos de partilha diretamente ou por meio de um agente comercializador, segundo a legislação. A expectativa da União é de arrecadar R$ 1 bilhão neste ano com as operações geridas pela PPSA. (Reuters)

ANP

Vinte se inscrevem para 15ª rodada de licitações Rio de Janeiro - A 15ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) teve um total de 20 empresas inscritas. Desse universo, 16 empresas se inscreveram apenas para as áreas marítimas, três para as áreas terrestres e somente a Petrobras para ambas as opções. Das 20 empresas, apenas três ainda não têm contrato para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil: a malaia Petronas, a espanhola Cobra e a alemã Wintershall. A sessão pública de apresentação das ofertas está prevista para ocorrer no próximo dia 29. Segundo a ANP, “as empresas inscritas atenderam os requisitos previstos no edital e estão aptas a participar da rodada. A inscrição é obrigatória e individual para cada interessada, mesmo para aquelas que pretendam apresentar oferta mediante consórcio”. Na 15ª Rodada, serão ofertados, ao todo, 70 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná, totalizando 95,5 mil quilômetros quadrados (km²) de área. As empresas inscritas para a 15ª Rodada são as seguintes: Para as áreas terrestres: Cobra Brasil Serviços, Comunicações e Energia S.A.; Parnaíba Gás Natural; Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras; e Rosneft Brasil E&P Ltda. R15 – Mar: BP Energy do Brasil Ltda; Chevron Brazil Ventures Llc; CNOCC Petroleum Brasil Ltda; Ecopetrol Óleo e Gás Do Brasil Ltda; Exxonmobil Exploração Brasil Ltda; Murphy Exploration & Production Company; Petrogal Brasil S.A.; Petronas Carigali Sdn Bhd; Premier Oil do Brasil Petróleo e Gás Ltda; QPI Brasil Petróleo Ltda; Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A.; Repsol Exploração Brasil Ltda; Shell Brasil Petróleo Ltda; Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda; Total E&P do Brasil Ltda; Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras; e Wintershall Holding GMBH. (ABr)


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INTERNACIONAL DIVULGA;Ă O

IMPORTAĂ‡ĂƒO

CanadĂĄ e MĂŠxico podem escapar de tarifação dos EUA Exceção de Trump vai depender de acordo do Nafta Washington/ Cidade do MĂŠxico/ SĂŁo Paulo - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, indicou ontem que CanadĂĄ e MĂŠxico podem ser excluĂ­dos da imposição norte-americana de tarifas de importação de aço e alumĂ­nio se os dois paĂ­ses assinarem um novo acordo de comĂŠrcio e tomarem outras medidas. Trump fez os comentĂĄrios em um momento em que EUA, MĂŠxico e CanadĂĄ estĂŁo se preparando para mais uma rodada de negociaçþes para reformulação do Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre ComĂŠrcio) de 1994. “Temos grandes dĂŠficits comerciais com o MĂŠxico e o CanadĂĄ. O Nafta, que estĂĄ sendo renegociado agora, tem sido um acordo ruim para os EUA. Grandes realocaçþes de empresas e empregos. As tarifas sobre aço e alumĂ­nio somente nĂŁo vĂŁo valer se um Nafta novo e justo for assinadoâ€?, escreveu Trump no Twitter. Um representante da Casa Branca nĂŁo comentou o assunto de imediato. Trump defende que as tarifas de importação, anunciadas por ele na quinta-feira passada (01), sĂŁo uma forma dos EUA recuperarem suas indĂşstrias de siderurgia e de produção de alumĂ­nio. O diretor de ComĂŠrcio e PolĂ­tica Industrial da Casa Branca, Peter Navarro, reafirmou este ponto ontem, em entrevista Ă Fox News. “Como o presidente disse, nĂŁo podemos

ser um paĂ­s sem indĂşstrias de aço e alumĂ­nioâ€?. Entretanto, Navarro indicou que ele nĂŁo tinha visto os tuĂ­tes de Trump sobre MĂŠxico e CanadĂĄ serem excluĂ­dos das tarifas se aceitarem um novo acordo para o Nafta. “Isso seria uma boa coisa para o povo dos EUA, mas, neste momento, sĂŁo 25% para aço e 10% para alumĂ­nio, sem exceçþesâ€?, disse Navarro. Trump espera finalizar o anĂşncio das tarifas mais para frente nesta semana. O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, a ministra de Relaçþes Exteriores do CanadĂĄ, Chrystia Freeland, e o ministro da Economia do MĂŠxico, Ildefonso Guajaro, se reuniram ontem, na Cidade do MĂŠxico, para retomarem a Ăşltima rodada de negociaçþes sobre o Nafta.

JUĂ?ZO DE DIREITO DA 2ÂŞ VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PĂšBLICA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - EDITAL PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS (Art. 34 do Decreto Lei nÂş 3.365/41). Prazo: 20 dias. Processo n° 0024.12.205.8613 da ação: Desapropriação proposta pelo MUNICĂ?PIO DE BELO HORIZONTE e outros, em face de ROSA ALVES MACHADO e outros, advogado Leandro Vieira Delmondes, OAB/MG 128251. Finalidade: levar ao conhecimento de qualquer interessado(a), para que, querendo, se manifeste como de direito no prazo de 10 dias, que perante este JuĂ­zo processam-se os atos e termos processuais relativos ao processo em referĂŞncia, pelo qual pretende o ora expropriante a desapropriação do lote de terreno nÂş 03 do quarteirĂŁo 12 localizado na Avenida Central, s/n, entre o Beco Central e a Rua Principal, na Vila Antena do aglomerado Morro das Pedras, em Belo Horizonte-MG, com ĂĄrea de 170 m2 do terreno. Por ser essa a expressĂŁo GD YHUGDGH H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUÂŁ DƢ[DGR no local de costume e publicado uma vez no Minas Gerais. Belo Horizonte, 05 de Março de 2018. Eu, Marta Mesquita dos Santos Gomes, EscrivĂŁ Judicial, o subscrevi por ordem do MM. Juiz de Direito, Exmo. Dr. Rinaldo Kennedy Silva.

TORC TERRAPLENAGEM, OBRAS RODOVIĂ RIAS E CONSTRUÇÕES LTDA. CNPJ N° 17.216.052/0001-00 NIRE 3120080681-1 ReuniĂŁo de SĂłcios Edital de Convocação Ficam os sĂłcios da sociedade Torc Terraplenagem, Obras RodoviĂĄrias e Construçþes Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunir em ReuniĂŁo de SĂłcios, a ser realizada no dia 13 de março de 2018, Ă s 10:00 horas, na sede da Sociedade, na Rua MaranhĂŁo, nÂş 1.694, 12Âş andar, bairro FuncionĂĄrios, Belo Horizonte/ 0* D ÂżP GH GHOLEHUDU VREUH DV VHJXLQWHV PDWpULDV constantes da ordem do dia: (a) acesso e permanĂŞncia de terceiros nas dependĂŞncias da Sociedade; (b) FRQGLo}HV GH SDJDPHQWR GH OXFURV Mi GHFODUDGRV SHOD Sociedade; e (c) acesso a documentos e informaçþes da Sociedade. Todos os documentos relativos Ă ordem do dia se encontram disponĂ­veis na sede da Sociedade. Belo Horizonte/MG, 02 de março de 2018. SMP Participaçþes EIRELI e EVM Participaçþes Ltda.

Sem “Plano Bâ€? - O presidente dos Estados Unidos negou que haja qualquer projeto alternativo Ă imposição das tarifas de importação de aço e alumĂ­nio. “NĂłs nĂŁo vamos desistir do planoâ€?, afirmou Trump, em coletiva na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. As declaraçþes de Trump dadas ontem foram uma resposta ao discurso do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan. O deputado disse estar “extremamente preocupadoâ€? com o projeto, que, segundo ele, pode ameaçar o impulso

CNPJ: 21.130.869/0001-20 – NIRE: 314.0000.381

COMUNICADO A Cooperativa de Economia e CrĂŠdito dos Colaboradores da Coopeder LTDA – CoopCREDER, conforme previsto no artigo 21, §8Âş do seu Regimento Eleitoral, COMUNICA que, o Curso sobre Cooperativismo e Responsabilidade dos Gestores, requisito esse necessĂĄrio para candidaturas de chapas ao Conselho de Administração mandato 2018/2021, serĂĄ ministrado na Sede do Sistema OCEMG, situado Ă Rua CearĂĄ, 771– FuncionĂĄrios – Belo Horizonte – MG, na data de 14/03/2018 no horĂĄrio de 09:00 Ă s 13:00 horas. 6HUi QHFHVViULR R SUHHQFKLPHQWR GD ÂżFKD FDGDVWUDO GH FDGD SDUWLFLSDQWH FRP R Pi[LPR GH DQWHFHGrQFLD SRVVtYHO DWp R GLD $V ÂżFKDV HVWDUmR GLVSRQtYHLV QD 6HGH GD &RRS&5('(5 VLWXDGD j $Y GRV $QGUDGDV Âą 6DOD Âą 6DQWD (ÂżJrQLD Âą %HOR +RUL]RQWH Âą 0* WHO RX RX %HOR +RUL]RQWH Âą 0* GH PDUoR GH ClĂĄudio JosĂŠ Marques da Silva Presidente do Conselho de Administração

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE

de crescimento econômico que a reforma tributåria deu aos EUA. Trump disse tambÊm que não acredita que a medida de tarifação de importação vai gerar uma guerra comercial. (Reuters/AE) Presidente dos Estados Unidos estå determinado a aplicar sobretaxas ao aço e alumínio

Brasil protesta na OMC contra imposição Genebra - O governo brasileiro protestou ontem na Organização Mundial do ComÊrcio (OMC) contra os planos do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de impor novas tarifas contra a importação do aço. Brasília pediu que a Casa Branca repense sua decisão. Na semana passada, Trump indicou que iria elevar a tarifa de importação de aço e alumínio em 25% e 10%, respectivamente. O anúncio levou vårios governos a alertar sobre uma eventual retaliação.

Falando durante uma das principais reuniĂľes da OMC, representantes do Itamaraty insistiram que o sistema “nĂŁo vive tempos normaisâ€? e que a entidade “enfrenta sĂŠrios desafios, mesmo existenciaisâ€?. Insatisfação - Sem citar nominalmente os Estados Unidos, o governo brasileiro deixou claro sua frustração. “No centro da ameaça estĂĄ o protecionismoâ€?, disse. “O recente anĂşncio unilateral, por um importante membro, leva essa ameaça a

um novo patamarâ€?, disse. “Temos profundas preocupaçþes sobre as implicaçþes sistĂŞmicas, o que poderia levar a sĂŠrias consequĂŞncias que nĂŁo seriam de interesse de ninguĂŠmâ€?, afirmou um representante do Brasil, em uma alusĂŁo a uma guerra comercial. “Pedimos a esse membro que reconsidere sua decisĂŁoâ€?, disse. Durante o encontro da OMC, Europa, JapĂŁo e outras delegaçþes tambĂŠm criticaram as medidas americanas. (AE)

PETRĂ“LEO

EUA ďŹ cam perto de atingir autossuďŹ ciĂŞncia Londres - A produção de petrĂłleo shale dos Estados Unidos (EUA) deverĂĄ aumentar nos prĂłximos cinco anos, roubando participação de mercado de membros da Organização dos PaĂ­ses Exportadores de PetrĂłleo (Opep) e levando o paĂ­s, que jĂĄ foi o maior importador global de petrĂłleo, para perto da autossuficiĂŞncia, disse ontem a AgĂŞncia Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglĂŞs). Um acordo marcante em 2017 entre a Opep e outros produtores de petrĂłleo, incluindo a RĂşssia, para reduzir a produção e cortar o excesso de oferta global melhorou conside-

ravelmente as perspectivas para outros produtores, à medida que os preços do petróleo avançaram acentuadamente ao longo do ano, disse a IEA. Como resultado, a produção de petróleo dos EUA retomou um crescimento acentuado ao longo do ano passado e deverå aumentar em 2,7 milhþes de barris por dia (bpd), para 12,1 milhþes de bpd atÊ 2023, jå que o crescimento dos campos de shale mais do que compensarå a diminuição no fornecimento convencional. Os líquidos de gås natural adicionarão mais 1 milhão de bpd, para 4,7 milhþes de bpd em 2023.

GLAMA COMBUSTĂ?VEIS & NEGĂ“CIOS LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e sustentabilidade torna pĂşblico que foi concedido atravĂŠs do processo n° 8390/01-15, licença ambiental sumĂĄria para atividade de comercio varejista de combustĂ­veis para veĂ­culos DXWRPRWRUHV FRPpUFLR YDUHMLVWD GH OXEULÂżcantes. Localizada na Avenida Alvarenga 3HL[RWR Qž %DLUUR ,QFRQÂżGHQWHV &RQWDJHP 0* Âą &(3

O Sra Ana Paula Dos Santos Pereira, responsåvel pelo empreendimento denominado Rochedo Mårmores e Granitos LTDA EPP, CNPJ 27.033.813/0001-34, com a atividade principal de Aparelhamento de Placas e Execução de Trabalhos em Marmore,Granito,Ardósia e outras pedras, localizado na Avenida Vilarinho, n° 2941, Venda Nova , no município de Belo Horizonte MG, torna publico que protocolizou o requerimento de renovação da licença de operação corretiva à Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SMMA .

Mata Mineira Investimentos Florestais Ltda. CNPJ/MF nº 10.691.702/0001-12 - NIRE nº 31208671264 Ata de Reunião de Sócios realizada em 01/03/18 Aos 01/03/18, às 10 hs., na sede, com a totalidade. Mesa: Edson Kody Watanabe como Presidente e Danielle Baptistella como Secretåria. Deliberaçþes tomadas por Unanimidade: Colocada a matÊria em discussão, as sócias representando a totalidade do Capital Social da Sociedade, resolvem: (a) Aprovar a redução do Capital Social da Sociedade no valor total de R$ 6.000.000,00, uma vez que foi considerado excessivo em relação ao Objeto da Sociedade, nos termos do inciso II do Artigo 1.082 do Código Civil Brasileiro. Dessa forma, o Capital Social da Sociedade, que atualmente Ê no valor de R$ 112.870.510,00, passarå para o valor de R$ 106.870.510,00, representados por 106.870.510 quotas, no valor unitårio de R$ 1,00. Após transcorrido o prazo estipulado no Parågrafo 1º do Artigo 1.084 do Código Civil Brasileiro, as sócias se reunirão novamente para deliberar sobre a alteração contratual correspondente. Encerramento da Reunião. Lavratura e Leitura da Ata: Nada mais e. Belo Horizonte, 01/03/18.

Com a produção total de lĂ­quidos dos EUA prevista para atingir quase 17 milhĂľes de barris por ano em 2023, ante 13,2 milhĂľes em 2017, os Estados Unidos serĂŁo, de longe, o maior produtor mundial de lĂ­quidos de petrĂłleo. “Os Estados Unidos devem mostrar sua força nos mercados mundiais de petrĂłleo nos prĂłximos cinco anosâ€?, disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, em uma perspectiva de mercado de mĂŠdio prazo. CenĂĄrio - O crescimento da produção de petrĂłleo de Estados Unidos, Brasil, CanadĂĄ e Noruega deverĂĄ ser mais que suficiente para atender Ă expansĂŁo da demanda global de petrĂłleo atĂŠ 2020, disse a entidade,

acrescentando que mais investimentos seriam necessårios para aumentar a produção depois disso. A produção de fora da Opep deve subir em 5,2 milhþes de bpd atÊ 2023, para 63,3 milhþes de bpd, com os EUA sozinhos respondendo por cerca de 60% do crescimento global da oferta. O movimento serå guiado pela bacia de Permian e pelo Novo MÊxico, onde a produção deverå dobrar atÊ 2023. Jå a capacidade de produção da Opep deverå crescer em apenas 750 mil bpd atÊ 2023, para 36,31 milhþes de bpd. Com isso, a Opep atenderia menos de 35% da demanda global, contra sua atual fatia de cerca de 40%. (Reuters)

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 007/2018 - torna pĂşblico TXH VH HQFRQWUD GLVSRQtYHO QR VLWH ZZZ ULEHLUDRGDVQHYHV PJ JRY EU R HGLWDO UHWLÂżFDGR GR 3UHJmR FXMR REMHWR FRQVLVWH QR UHJLVWUR GH SUHoRV YLVDQGR D DTXLVLomR GH PHGLFDPHQWRV SRU XP SHUtRGR GH GR]H PHVHV $ QRYD GDWD SDUD HQWUHJD GRV HQYHORSHV H UHDOL]DomR GD VHVVmR serĂĄ dia 20/03/2018 ĂĄs 09:00h. Elcilene Lopes Correa Matos/Presidente da CPL.

CGC/MF - 16.636.540/0001-04 AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 098/2017, Processo n° 5141001 012/2018, para contratação de serviço continuado e ininterrupto de Vigilância Armada para realizar atividades de controle de acesso e de observação de imagens em tempo real capturadas por sistema de Circuito Fechado de TelevisĂŁo (CFTV) em 2 (dois) postos de trabalho na Prodemge Unidade Augusto de Lima, em regime de 24x7, de segunda-feira a domingo, pelo perĂ­odo de 24 (vinte e quatro) meses. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br HÂŹ www.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 19 de março de 2018 Ă s 09:00 horas. Belo Horizonte, 05 de março de 2018. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor - Diretoria de GestĂŁo Empresarial e respondendo pela Diretoria de NegĂłcios. Paulo de Moura Ramos - Diretor Presidente – PresidĂŞncia.

EDITAL PARA RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL PROFISSIONAL EXERCICIO: 2018 Pelo presente edital, o SINDICATO DOS OFICIAIS MARCENEIROS DE BELO HORIZONTE E REGIĂƒO - SINDMAR, inscrito no CNPJ 17.469.784/0001-02, portado do cĂłdigo Sindical 914.560.090.07115-2, faz saber a WRGRV RV HPSUHJDGRUHV GDV LQG~VWULDV GH DJORPHUDGRV DUWHIDWRV GH PDGHLUD FDUSLQWDULDV FKDSDV GH ÂżEUDV GH PDGHLUD colchĂľes, cortinados, escovas, espuma, estofos, junco e vime, madeiras, madeiras compensadas e laminadas, madeireiras, marcenarias, mĂłveis de madeira, pincĂŠis, serrarias, tanoarias, vassouras, no Estado de Minas Gerais, com exceção dos municĂ­pios de Açucena, Alfenas, AraxĂĄ, Arcos, Barbacena, Barroso, BraĂşnas, Betim, Bom Sucesso, CaetĂŠ, Campina Verde, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, CapinĂłpolis, CarandaĂ­, Carmo do ParanaĂ­ba, Carrancas, Cataguases, CatutĂ­, CenĂĄpolis, Centralina, Conceição das Alagoas, Congonhas, Conquista, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Datas, Delta, Diamantina, DivinĂłpolis, Dores do IndaiĂĄ, Espinosa, Formiga, Gameleira, Governador Valadares, Guimarânia, GurinhatĂŁ, IjacĂ­, Ipiaçu, ItaĂş de Minas, Ituiutaba, Itumirim, Jaiba, JanaĂşba, JoanĂŠsia, JoĂŁo Monlevade, Juiz de Fora, Lagoa Formosa, Lavras, Leopoldina, LuminĂĄria, Macaia, Mamonas, Maquita, Mato Verde, Matutina, Mesquita, Mirai, Monte Azul, Nanuque, Naque, Nazareno, Nova Porteirinha, Ouro Branco, Ouro Preto, ParĂĄ de Minas, Patos de Minas, PatrocĂ­nio, Pedro Leopoldo, PerdĂľes, Periquito, Poços de Caldas, Ponte Nova, Porteirinhas, Prata, Presidente OlegĂĄrio, Ressaquinha, Riacho dos Machados, RibeirĂŁo Vermelho, Rio ParaĂ­ba, Sacramento, Santa Luzia, Santa VitĂłria, Santana do JacarĂŠ, Santo Antonio do Amparo, Santo Antonio do Monte, SĂŁo Gonçalo do AbaetĂŠ, 6mR *RWDUGR 6mR -RmR 'HO 5H\ 6mR -RVp GD /DSD 6HUUDQySROLV GH 0LQDV 7DSLUD 7HyÂżOR 2WRQL 7LURV 8Ei 8EHUDED 8EHUOkQGLD 9DUJLQKD 9D]DQWH 9HUGLOkQGLD 9HUtVVLPR 9HVSDVLDQR H 9LoRVD TXH QD FRQIRUPLGDGH GR TXH GLVS}H R artigo 605 da Consolidação das Leis do Trabalho, combinado com o artigo 582, o desconto da CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL de seus empregados foi autorizado em assembleias da categoria, realizada nos dias 19 e 26 de janeiro GH FXMD DWD ÂżFD GLVSRQtYHO DRV LQWHUHVVDGRV sendo que o desconto deve ser efetuado atĂŠ o dia 31 de março de 2018, recolhida na Caixa EconĂ´mica Federal ou estabelecimento bancĂĄrio credenciado pela CEF, atĂŠ o dia 30 de abril do corrente ano. Faz saber tambĂŠm, ao industriĂĄrio autĂ´nomo, que durante o mĂŞs de fevereiro de 2018, deverĂĄ recolher a CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL, devida por ele para este sindicato. Fica ciente todo o empregador, desde jĂĄ, que o nĂŁo recolhimento atĂŠ o dia 30 de abril do corrente, importarĂĄ multa de 10% (dez por cento) nos trinta primeiros dias, com adicional de 2% (dois por cento) por mĂŞs subsequente de atraso, alĂŠm de juros de mora de 1% (um por cento) ao PrV H FRUUHomR PRQHWiULD ÂżFDQGR QHVWH FDVR R LQIUDWRU LVHQWR GH RXWUD SHQDOLGDGH &RQIRUPH R DUWLJR GD &/7 O SINDMAR encaminharĂĄ por correio todas as guias. Caso sua empresa, por alguma razĂŁo nĂŁo receba o documento em tempo hĂĄbil, faça contato com nossa secretaria. Evite transtorno! Fique em dia com suas obrigaçþes. SINDMAR – Rua CarijĂłs, 141, Conj. 205, 2Âş andar, Centro, Belo Horizonte/MG, CEP: 30120-060, FONE: (31) 3271-1611. %HOR +RUL]RQWH GH PDUFR GH $GULDQR 5HLV GD 6LOYD Âą 3UHVLGHQWH

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA DA “COOPERAUTOâ€? O Sr. MĂĄrio LĂşcio Lopes BelĂŠm, Diretor Presidente da Cooperativa de Consumo, Transporte RodoviĂĄrio e Locação Ltda “Cooperautoâ€?, com sede na cidade de Ouro Branco, Minas Gerais, localizada na Avenida Mariza de Souza Mendes, nÂş 1.177, bairro Soledade, no uso das atribuiçþes que lhe confere o artigo 19, parĂĄgrafo 1Âş, do Estatuto Social e o parĂĄgrafo 2Âş do artigo 38 da Lei 5.764/71, CONVOCA os senhores associados para que compareçam Ă ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA, a ser realizada no prĂłximo dia 24/03/2018, no AuditĂłrio da Câmara de Vereadores, localizado na Avenida Lucas Evangelista, n.Âş 511, Bairro Aterrado na cidade de Volta Redonda/RJ, com a primeira convocação Ă s 07h:00min, com exigĂŞncia de “quorumâ€? mĂ­nimo de 2/3 do nĂşmero de associados, a segunda convocação, Ă s 08h:00min do mesmo dia, com exigĂŞncia de “quorumâ€? mĂ­nimo de metade mais um do nĂşmero de associados, e, finalmente em terceira e Ăşltima convocação, Ă s 09h:00min do mesmo dia, com exigĂŞncia de “quorumâ€? mĂ­nimo de 10 associados, onde serĂĄ apreciada e decidida a seguinte ordem do dia: 1- Prestação de contas do exercĂ­cio de 2017; A) RelatĂłrio de GestĂŁo; B) Balanço Geral; C) Demonstrativo das sobras apuradas, ou das perdas, e Parecer do Conselho Fiscal; D) Plano de atividade da Cooperativa para o exercĂ­cio seguinte. 2- Destinação das sobras ou rateio das perdas apuradas no exercĂ­cio de 2017; 3- Eleição e posse do Conselho Fiscal para o mandato de 2018; 4- Indicação de 6 (seis) membros para composição da Junta Eleitoral - JUNE – que conduzirĂĄ o processo eleitoral de 2019; Nota: Informa-se que o nĂşmero de cooperados nesta data ĂŠ de 301. Ouro Branco, 06 de março de 2018. MĂĄrio LĂşcio Lopes BelĂŠm - Diretor Presidente

ALFANDEGA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM BELO HORIZONTE

MINISTÉRIO DA FAZENDA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO LeilĂŁo EletrĂ´nico LICITAĂ‡ĂƒO: 1Âş LeilĂŁo EletrĂ´nico NÂş 0617700/0001/2018 Mercadorias: VeĂ­culos, Motocicletas, InformĂĄtica, Peças Automotivas, Artigo de Decoração, EletrĂ´nicos/Ă udio/VĂ­deo. RECEPĂ‡ĂƒO DAS PROPOSTAS: 08:00hs de 14/03/2018 Ă s 18:00hs de 22/03/2018. VISITAĂ‡ĂƒO DAS MERCADORIAS: 09:30hs de 14/03/2018 a 16:30hs de 21/03/2018 ABERTURA DA SESSĂƒO PĂšBLICA: 23 de março de 2018 Ă s 10:00hs; LOCAL: : www.receita.fazenda.gov.br e-CAC – opção “Sistema de LeilĂŁo EletrĂ´nicoâ€? EDITAL E INFORMAÇÕES: Alfandega da Receita Federal em Belo Horizonte Equipe Aduaneira 02 – Rua Itapecerica, 508 – Lagoinha – BH – MG, no sĂ­tio acima e pelos telefones: (31) 3421-4524, 3421-0914 ou 3422-2674 em Belo Horizonte; (35) 3714-2847 e (35) 3531-5688 em Poços de Caldas e (34) 3338-5044 ou 3322-4500 em Uberaba. Assina: Elisa Maria MarzagĂŁo – Presidente da ComissĂŁo de Licitação.

Zurich Minas Brasil Seguros S.A. CNPJ/MF nÂş 17.197.385/0001-21 – NIRE 31.300.038.688 Ata da AssemblĂŠia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 01 de fevereiro de 2018 Data, Hora e Local: 01/02/2018, Ă s 11:00 horas, na sede social da Companhia, na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 1.420, 5Âş e 6Âş andares, salas 501 a 505, 507 a 516, 521 e 601 a 621, Bairro FuncionĂĄrios, Belo Horizonte-MG. Convocação e Presença: dispensada a convocação prĂŠvia, nos termos do § 4Âş, do artigo 124, da Lei nÂş 6.404/76, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas da Companhia, conforme verificado pelas assinaturas constantes no Livro de Presença dos Acionistas. Mesa: Walter Eduardo Pereira – Presidente; Eduardo Augusto Seicentos – SecretĂĄrio. Ordem do Dia: Deliberar sobre o encerramento da filial de Londrina. Deliberaçþes: ApĂłs exame e discussĂŁo da matĂŠria da Ordem do Dia, os Acionistas aprovaram, por unanimidade, o encerramento da filial da Companhia localizada na Cidade de Londrina, Estado do ParanĂĄ, inscrita no CNPJ/MF sob nÂş 17.197.385/0184-11, com NIRE 4190134317-3, localizada na Rua Pernambuco, 1187, Lojas nÂş 01,02, 11 e 12, Centro, Galeria Pernambuco, Londrina/PR, CEP 86020-121. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a sessĂŁo foi suspensa pelo tempo necessĂĄrio para a lavratura desta ata, que lida e aprovada ĂŠ assinada por todos os presentes. a) Presidente – Walter Eduardo Pereira. SecretĂĄrio – Eduardo Augusto Seicentos. b) p/ Zurich Insurance Company Ltd. – Edson LuĂ­s Franco. p/ Zurich Life Insurance Company Ltd. – Edson LuĂ­s Franco. Mesa: Ass.: Eduardo Augusto Seicentos – SecretĂĄrio. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico o registro sob o nÂş 6515882 em 21/02/2018. Marinely de Paula Bomfim – SecretĂĄria Geral.

BANCO INTER S.A. CNPJ/MF: 00.416.968/0001-01 - NIRE: 31300010864 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA E ASSEMBLEIA ESPECIAL DE PREFERENCIALISTAS Ficam os senhores acionistas do BANCO INTER S.A. (“Bancoâ€?) convocados a reunirem-se em Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 12.03.2018, Ă s 11h00, e os acionistas detentores de açþes preferenciais convocados para se reunir tambĂŠm em Assembleia Especial de Preferencialistas, a ser realizada no dia 12.03.2018, Ă s 13h00, ambas na sede social do Banco Inter, situada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida do Contorno, nÂş 7.777, 3Âş andar, Bairro Lourdes, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: (i) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar o RelatĂłrio da Administração e as Demonstraçþes Financeiras do Banco, acompanhadas do RelatĂłrio dos Auditores Independentes, referentes ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017; (ii) deliberar acerca da proposta da Administração do Banco para a destinação do lucro lĂ­quido H D GLVWULEXLomR GH GLYLGHQGRV UHODWLYRV DR H[HUFtFLR VRFLDO ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH (iii) deliberar sobre o nĂşmero de membros do Conselho de Administração do Banco, e eleger seus membros; e (iv) Âż[DU D UHPXQHUDomR JOREDO DQXDO GRV membros do Conselho de Administração e da Diretoria do Banco referente ao exercĂ­cio social de 2018. Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) GHOLEHUDU VREUH D UHUUDWLÂżFDomR GD GHOLEHUDomR TXH DSURYRX D UHPXQHUDomR JOREDO GD $GPLQLVWUDomR do Banco para o exercĂ­cio social de 2017, tomada na Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria do Banco realizada em 31 de março de 2017; (ii) GHOLEHUDU VREUH D UHUUDWLÂżFDomR GDV GHOLEHUDo}HV TXH DSURYDUDP D GHFODUDomR GH MXURV VREUH R capital prĂłprio e dividendos, tomadas na Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria do Banco, realizada em 27 de maio de 2016; (iii) deliberar sobre o desdobramento de açþes integrantes do capital social do Banco; e (iv) tendo em vista as GHOLEHUDo}HV DQWHULRUHV GHOLEHUDU VREUH D DOWHUDomR GR DUWLJR ž GR (VWDWXWR 6RFLDO GR %DQFR ,QWHU SDUD QHOH UHĂ€HWLU D QRYD composição do capital social. Em Assembleia Especial de Preferencialistas: (i) deliberar sobre a conversĂŁo obrigatĂłria de açþes preferenciais de emissĂŁo do Banco em açþes ordinĂĄrias tambĂŠm de sua emissĂŁo. Todos os documentos pertinentes Ă ordem do dia a serem analisados ou discutidos na Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria e na Assembleia Especial de Preferencialistas ora convocadas encontram-se Ă disposição dos acionistas do Banco em sua sede social. Belo Horizonte, 02 de março de 2018. Rubens Menin Teixeira de Souza - Presidente do Conselho de Administração.


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POLÍTICA MARCELO CAMARGO ABr

CONGRESSO

Conselho de Comunicação cria comissão para avaliar projetos sobre fake news

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi condenado a 12 anos de prisão na segunda instância

OPERAÇÃO LAVA JATO

STJ vai julgar hoje pedido de habeas corpus para evitar a prisão de Lula Sepúlveda Pertence fará a sustentação oral da defesa Brasília - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje, a partir das 13 horas, o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impedir a prisão após esgotarem os recursos no Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4), que condenou Lula no âmbito da Operação Lava Jato. O julgamento acontece no prédio sede do STJ, em Brasília, na sala de sessões da Quinta Turma. A sessão será transmitida pelo canal do tribunal no YouTube. Cinco ministros, que compõem a Quinta Turma do STJ, analisarão o mérito do habeas corpus preventivo do ex-presidente. O colegiado é formado pelos ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares, Ribeiro Dantas, Joel Ilan Paciornik e Felix Fischer que é o relator do pedido de Lula e dos outros processos da Lava Jato que chegam ao Superior Tribunal de Justiça. A Quinta Turma é responsável pelas matérias de direito penal no STJ, junto da Sexta Turma. O julgamento do habeas corpus se inicia com a leitura do relatório da ação, elaborado e lido pelo ministro Felix Fischer. Esse procedimento pode ser dispensado se a defesa do petista e a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordarem. Em seguida, o representante da PGR terá 15 minutos para apresentar os argumentos do órgão, que é contrário ao pedido de Lula. Quem fará a sustentação é o subprocurador Geral da República Francisco de Assis Vieira Sanseverino - que normalmente fala em nome da PGR nos processos relativos a Lava Jato no STJ. Logo após, o advogado do ex-presidente terá 15 minutos para

fazer a defesa do pedido do Lula. Quem fará a sustentação oral é o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogado criminalista Sepúlveda Pertence. Ele passou a integrar a equipe de defesa do petista no início de fevereiro. Em seguida, o relator do caso, ministro Fischer, apresenta o seu voto. Depois, os votos são proferidos na ordem do ministro mais antigo do colegiado para o mais novo: Jorge Mussi, Reynaldo Soares - presidente da Quinta Turma -, Ribeiro Dantas e, por último, Joel Paciornik. Esse habeas corpus de Lula no STJ já teve o pedido liminar negado pelo vice-presidente da Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, no dia 30 de janeiro. Martins estava no exercício da presidência durante o recesso judiciário, e por isso foi o responsável pela análise do pedido, em vez de Fischer Assim que negou a liminar, submeteu a análise de mérito do caso para o colegiado. Isso ocorreu porque, desde o princípio, o relator designado para o habeas corpus era Felix Fischer, integrante da Quinta Turma. Na ocasião, o ministro Humberto Martins afirmou que o STF já firmou o entendimento de que é possível a execução provisória de acórdão penal após condenação em segunda instância, “mesmo que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não havendo falar-se em violação do princípio constitucional da presunção de inocência”. Supremo - Para conseguir vetar através do STJ a execução provi-

sória da pena após esgotados os recursos no TRF-4, Lula precisa de três votos favoráveis ao habeas corpus. Se o pedido for negado, ele pode tentar reverter o resultado no STF. Já há um habeas corpus do ex-presidente que espera para ser analisado no mérito pela Corte Suprema. Cabe à presidente do STF, Cármen Lúcia, pautar a ação. Assim como o habeas corpus no STJ, o pedido liminar para evitar a prisão após condenação pela segunda instância já foi negado no Supremo, pelo ministro Edson Fachin. Caso os ministros do STJ neguem o pedido de Lula, a defesa do ex-presidente também pode entrar com um recurso no STF contra a decisão do STJ, o chamado recurso em habeas corpus. O ex-presidente foi sentenciado a nove anos e seis meses pelo juiz federal Sérgio Moro, que entendeu serem o triplex 164-A, no condomínio Solaris, e suas respectivas reformas, propinas de R$ 2,2 milhões da construtora OAS. A pena não apenas foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, como também aumentada pelos desembargadores para 12 anos e um mês. Ao condenar Lula, os desembargadores ainda pediram para que, após esgotado seu último recurso ao TRF-4, a pena de prisão, em regime fechado, seja executada. Estão em análise no TRF-4 os embargos declaratórios interpostos pela defesa de Lula contra a decisão dada no dia 24 de janeiro pelo tribunal. Esse é o último recurso disponível para ex-presidente na segunda instância. (AE)

MPF se manifesta contra recurso Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou ontem contra o último recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, para rever a condenação a 12 anos e um mês na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP). Além de pedir a rejeição do recurso, o MPF pediu a prisão de Lula após o julgamento para cumprimento da pena. No parecer, o procurador responsável pelo caso se manifestou a favor da defesa de Lula para dar parcial provimento aos embargos de declaração e corrigir somente alguns termos do acórdão, a sentença do colegiado, proferido em

janeiro. Apesar de pedir a correção das palavras Grupo OAS, empresa OAS Empreendimentos e funcionamento ou não do Instituto Lula, a procuradoria entende que as correções não alteram a essência da condenação. “O acórdão entende haver provas suficientes de que a unidade tríplex do Condomínio Solaris estava destinada a Luiz Inácio Lula da Silva como vantagem, apesar de não formalmente transferida porque sobreveio a Operação Lava-Jato e a prisão de empreiteiros envolvidos, dentre eles, José Adelmário Pinheiro Filho [conhecido como Leo Pinheiro, ex-executivo da OAS]”, sustenta o MPF. No dia 24 de janeiro, o TRF4

confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal. Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso. A previsão é de que o recurso seja julgado até o fim de abril. (ABr)

Brasília - O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional criou ontem uma comissão de relatoria destinada a analisar os projetos de lei que tramitam na Câmara e no Senado sobre o combate às fake news (notícias falsas). Após negar que elaborariam uma nova proposta sobre o tema, os conselheiros aprovaram o nome de seis membros da comissão, que deverá apresentar um relatório após ouvir os autores das propostas. A reunião iniciou-se em meio à expectativa de que o conselho elaboraria um anteprojeto sobre o tema, a ser submetido aos parlamentares. Devido a controvérsias em torno da competência do conselho para elaborar propostas legislativas e da possibilidade de os primeiros rascunhos do texto proporem a censura de notícias na internet sem decisões judiciais, o presidente do colegiado, Murillo de Aragão, negou a intenção de formular um projeto. “Nosso papel é meramente suplementar, de debate, de trazer os temas à discussão perante representantes da sociedade, dos trabalhadores e dos empresários, aberto à sociedade civil para receber contribuições. Qualquer iniciativa que traga ameaça à liberdade de imprensa será plenamente refutada por este conselho. Não cabe (a nós) a iniciativa de projetos de lei, mas sim o exame e a opinião sobre temas que estão em debate”, disse o cientista político. De acordo com o conselheiro José Francisco de Araújo Lima, porém, uma versão da proposta chegou a ser enviada aos membros do conselho. “Eu tomei conhecimento no dia 27 (de fevereiro), por correspondência, de que havia um

estudo. E não era estudo, já estava mesmo em formato de um projeto, que o conselho apresentaria ou submeteria oportunamente. Eu não me conformei com isso. Temos uma comunicação que fazemos através de mensagem de texto no grupo dos conselheiros, onde manifestei minha surpresa e meu inconformismo diante da forma que foi feita”, afirmou. Remoção - Durante a reunião, as organizações que fazem parte da Coalizão Direitos na Rede divulgaram nota contra projetos de lei que visem remover conteúdos da internet e de aplicativos sem uma decisão judicial prévia. “”De acordo com a referida proposta, conteúdos classificados como fake news devem ser removidos pelas plataformas em até 24 horas, contadas a partir do recebimento de mera notificação. Caso a remoção, ou bloqueio do conteúdo, não seja atendida no prazo estipulado, o ato implicaria na responsabilidade civil dos provedores de aplicação de internet. A ideia de remoção automática de conteúdo deve ser imediatamente repelida em qualquer projeto de lei deste porte”, diz a nota. Há no Congresso oito projetos de lei sobre o tema. Geralmente as comissões do Conselho de Comunicação Social são formadas por apenas três membros, mas, como o tema é complexo, os conselheiros aprovaram a designação de seis integrantes: dois representantes das empresas de comunicação, dois trabalhadores da área e dois indicados pela sociedade civil. Segundo a conselheira Maria José Braga, o objetivo da comissão será avaliar se há a necessidade de alterar a legislação sobre fake news (AE)

MAGISTRADOS

Advogado pede ao CNJ que barre paralisação de juízes em defesa do auxílio-moradia Brasília - O advogado Carlos Alexandre Klomfahs pediu ontem ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que suspenda a paralisação dos magistrados em defesa do auxílio-moradia. Marcado para o próximo dia 15, o ato contou com 81% dos votos dos consultados pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe). Para o advogado, a paralisação é “por todo inconstitucional, uma vez que o objetivo da greve não é por direito adquirido, não é por melhoria nas condições do exercício de dever funcional, não se trata de garantia da irredutibilidade de vencimentos, nem de luta por aposentadoria integral dos magistrados”. “Por se tratar de serviço público de natureza jurisdicional financiada por toda a sociedade brasileira, a greve por magistrados é proibida por uma interpretação sistemática da constituição, a uma pela inafastabilidade do controle jurisdicional, a duas pelos prejuízos do não recebimento de processos, pedidos ou tutelas de urgência e cautelar nos feitos criminais ou que envolvam situações emergenciais etc., que podem prejudicar de forma irreversível os jurisdicionados”, sustenta. Klomfahs requer que, se for acolhido o pedido e, portanto, suspensa a manifestação, magistrados que desobedecerem sejam punidos com “desconto dos dias parados” e outras sanções previstas no regimento interno do CNJ. O fato de a presidente do STF,

Cármen Lúcia, pautar as ações que discutem o pagamento de auxílio-moradia a juízes foi seguido de uma forte reação por parte da magistratura. Entre as seis ações a serem julgadas no STF estão aquelas em que o ministro Luiz Fux concedeu liminares em 2014 para estender o auxílio-moradia, de R$ 4.378, a todos os juízes. Posteriormente, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) regulamentou a concessão de auxílio-moradia aos membros do Ministério Público da União e dos estados. Fux levou três anos para liberar as ações para julgamento no fim de 2017. Renúncia fiscal - O Fisco deixa de arrecadar R$ 360 milhões ao ano em razão do tratamento tributário dado ao auxílio-moradia e a outros «penduricalhos» recebidos. Segundo o presidente da Ajufe, a magistratura vem sendo atacada em função do combate à corrupção, “sem limites”, pela Operação Lava Jato. Para ele, a forma encontrada para punir a Justiça Federal é o ataque à remuneração dos juízes com a não aprovação da “recomposição do subsídio, direito previsto na Constituição Federal, cuja perda já atinge 40% do seu valor real”. Veloso também diz que houve uma aceleração na tramitação do projeto de alteração da lei de abuso de autoridade, “em total desvirtuamento das dez medidas contra a corrupção, projeto esse de iniciativa popular”. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ELEIÇÕES

Alckmin propõe valorização do setor produtivo no País Governador paulista defende resgaste da competitividade industrial ADRIANO MACHADO/REUTERS

MARA BIANCHETTI

Em quarto lugar nas pesquisas eleitorais para presidente da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), garantiu que, se eleito, adotará como medidas imediatas de seu mandato o tripé de crescimento, inclusão e sustentabilidade, visando ao desenvolvimento sustentável do Brasil, com a valorização do setor produtivo e a realização das tão faladas reformas estruturantes. Em encontro com empresários mineiros, ele propôs o resgate da competitividade da indústria e destacou a importância do Estado no colégio eleitoral do País. “No Brasil não tem política nem desenvolvimento sem a participação de Minas Gerais. Este Estado do tamanho de um país é decisivo em qualquer eleição. E parafraseando Juscelino Kubitschek, quando foi candidato, é preciso pregar a unidade nacional, visando à construção de um futuro melhor para o Brasil, deixando os pesadelos do passado de lado”, disse o tucano em palestra na segunda edição do Conexão Empresarial do ano, promovido pela VB Comunicação, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Por falar em Minas, embora o nome de Antônio Anastasia, também do PSDB, tenha sido citado algumas vezes como possível vice-presidente da chapa que será encabeçada por Alckmin, o governador de São Paulo deixou bem claro sua preferência de ver o senador como candidato ao governo do Estado. Isso porque, segundo ele, considerando a estrutura partidária brasileira atual, a eleição por meio de chapa pura não

Alckmin diz que, se eleito, priorizará tripé de crescimento, inclusão e sustentabilidade

seria a melhor opção. “Existem as duas possibilidades: de chapa pura e mista, o que pode ser definido mais à frente. Sabemos que o MDB já tem candidato próprio, assim como a maioria dos partidos e temos que respeitar a legislação. Por isso, esta definição ocorrerá mais para frente. E, eu, particularmente, acredito que teremos um quadro eleitoral fragmentado, porque o Brasil vive um momento de pluripartidarismo e somente quando afunilar é que será possível definir o papel de cada político nas eleições”, explicou. De qualquer maneira, ele enfatizou a importância de se fazer o novo, que tanto a população diz buscar. Mas não deixou de questionar o que seria este “novo”. “Para mim, o novo no Brasil é defender o interesse coletivo e público. Nosso povo está órfão e precisamos recuperar

o interesse coletivo no exercício de nossas funções. Isso o Anastasia fez e faz muito bem. Justamente, por isso, é o candidato natural para o governo de Minas Gerais”, reiterou. Reformas - Em relação às prioridades, uma vez eleito, o tucano citou as já famosas reformas política, tributária, fiscal e previdenciária e destacou que, em sua opinião, poderão ser realizadas nos primeiros seis meses de seu mandato. “É no primeiro ano, nos primeiros seis meses, se possível. Porque senão perde o foco e perde a força política, como aconteceu com o atual governo. A intenção é logo no começo apresentar as propostas que envolvam mudanças constitucionais e mudar o rumo do País”, garantiu. Sobre o sistema político brasileiro, ele afirmou que

a reforma tem que ser feita urgentemente de maneira a diminuir o número de partidos existentes. Quando à reforma tributaria, Alckmin destacou que modelo existente precisa ser simplificado. “Devemos desonerar o trabalhador, tirar das costas dele esses governos incompetentes e estimular os empreendedores a gerarem emprego e renda para a população”, resumiu. Em relação à Previdência, admitiu que as mudanças precisam ser justas. “Por que tem que ter um modelo para a iniciativa privada, para quem atua no comércio, indústria, agricultura e serviços, e outro para o setor publico? Enquanto na iniciativa privada há aposentados ganhando R$ 1.191 do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no setor público vemos pessoas recebendo até R$ 27 mil por mês”, questionou.

Rodrigo Maia deve ser lançado pelo DEM Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que o DEM deve lançar o seu nome ao Palácio do Planalto na convenção do partido marcada para a próxima quinta-feira. Segundo Maia, a construção da sua candidatura vem acontecendo ao longo dos meses” e só depende agora do aval formal da cúpula do partido. “Muitos colegas, parte da sociedade civil, alguns empresários estão vendo nossa gestão na Câmara, essa coragem de enfrentar temas de muitos anos atrás. Agora é esperar a convenção”, afirmou em entrevista ao programa 90 Minutos, do apresentador José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes. Para ele, a população está cansada da polarização entre PT e PSDB, que desde a redemocratização se revezam na Presidência. “As pesquisas mostram uma rejeição contra esses partidos”, declarou. Maia também afirmou que o

próximo presidente terá que ter “coragem” para enfrentar temas com pouco apelo popular, como a reforma da Previdência. Com tom de pré-candidato, o presidente da Câmara também abordou outros assuntos como saúde, educação e transporte público. “São milhões de jovens sem estudo, muito deles no crime. Tem que olhar para essa juventude abandonada que precisa ser recuperada pela sociedade”, disse. Reposicionamento - Maia deve explicitar o seu redirecionamento --e o de seu partido-- da direita para o centro na convenção do DEM na próxima quinta-feira, quando o deputado deve lançar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Esse reposicionamento deve ter como linhas gerais a união do discurso do enxugamento do Estado com as questões sociais, disse uma fonte que acompanha o assunto, sem deixar de lado também a segurança públi-

ca, a geração de emprego e o crescimento econômico, pautas já defendidas pelo presidente da Câmara. “Ele vai pontuar (o redirecionamento)”, disse a fonte sob condição de anonimato. Político declaradamente liberal do ponto de vista econômico, Maia foi um dos principais defensores e articuladores da polêmica e impopular reforma da Previdência. Agora, com a disputa à Presidência da República no horizonte e o esforço de se tornar o candidato de centro mais viável para fazer frente ao que chamou de “populismo”, Maia também deve voltar seu foco e seu discurso à área social. O deputado já vinha se dedicando ao tema da segurança pública, mesmo antes de o governo federal anunciar a intervenção na área no Rio de Janeiro, no mês passado. Na quinta-feira, o DEM realiza convenção para eleger seus diretórios e deve lançar a pré-candidatura

presidencial do parlamentar. O partido, no entanto, não irá oficializar nenhuma candidatura, já que a lei eleitoral prevê um período específico para isso, entre 20 de julho e 5 de agosto. Mas a entrada de Maia na disputa já vinha sendo ventilada. Em entrevista coletiva no mês passado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, também do DEM, afirmou que o partido defende a candidatura do deputado ao Planalto. Se confirmar sua pré-candidatura na quinta-feira, como esperado, Maia será mais um integrante da base a manifestar intenção de entrar na corrida pelo comando do Executivo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já admitiu a possibilidade de se candidatar mesmo que o presidente Michel Temer tente a reeleição. Temer tem negado a intenção de se candidatar, mas integrantes do governo - principalmente no Palácio - não descartam a possibilidade. (AE/Reuters)

Anastasia resiste em se candidatar em Minas Embora o governador de São Paulo e futuro candidato à presidência da república, Geraldo Alckmin (PSDB), insista e torça para que Antonio Anastasia (PSDB) concorra ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018, o ex-governador do Estado e atual senador afirmou que este não é o seu desejo. “Acredito que eu já tenha cumprido meu papel enquanto governador de Minas Gerais e agora posso colaborar com o Estado na esfera federal como senador. Esta é minha posição, pelo menos por ora”, afirmou. Anastasia lembrou que existem outros nomes cotados para a corrida ao governo de Minas, como o deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB), o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Dinis Pinheiro, todos imbuídos em um trabalho de oposição ao atual governador do Estado, Fernando Pimentel (PT). Inclusive, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda e o deputado Diniz Pinheiro também estiveram presentes no Conexão Empresarial. Diante do ainda indefinido quadro do partido tucano em Minas, a pressão para que o senador Anastasia volte a concorrer ao governo do Estado não se limitou somente a Geraldo Alckmin. O presidente do diretório mineiro do PSDB, deputado Domingos Sávio, disse que apesar de respeitar a decisão de Anastasia de não se candidatar novamente ao Executivo mineiro, na vida pública não se faz apenas escolhas pessoais. “Pelo contrário, a vida pública é uma escolha que o interesse coletivo nos impõe. O Anastasia tem uma história brilhante a serviço de Minas Gerais, está fazendo um papel brilhante no Senado, e cada dia é mais evidente que ele é o nome natural que reúne o nosso grupo político. É mais do que isso: Minas precisa dele e o País também. Não é somente uma questão de desejo, é uma questão de missão”, concluiu. (MB)

PSDB manifesta apoio ao governador de SP São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi o único inscrito nas prévias que definiriam o candidato do PSDB à Presidência da República e, dessa forma, a consulta interna não será realizada e o governador torna-se oficialmente o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto na eleição de outubro. De acordo com o presidente da comissão responsável pelas prévias do partido, deputado Marcus Pestana (MG), Alckmin, que também ocupa o cargo de presidente nacional do PSDB, se inscreveu com o apoio de 40 dos 46 deputados tucanos e de 10 dos 11 senadores da legenda. O apoio exigido para participação no processo interno era de 20% das bancadas de deputados e senadores. “Agora então nós vamos operacionalizar, queimada esta etapa. Vamos reunir a Executiva no dia 13 para já traçar um plano de trabalho e uma estratégia para a pré-candidatura”, disse Pestana, que também é secretário-geral do PSDB, à Reuters por telefone. “Durante março, ele (Alckmin) ainda estará focado em ser o melhor governador possível, consolidando o balanço de suas realizações, fazendo inaugurações. A partir de abril, aí sim, é começar a viajar os estados”, acrescentou, se referindo ao prazo de desincompatibilização para poder disputar a eleição, no início de abril. Convenção - A oficialização de Alckmin como candidato do partido terá que esperar, no entanto, até pelo menos 20 de julho, quando começa o período previsto na legislação para as convenções que definiram os nomes que disputarão o Planalto. Além de Alckmin, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, havia anunciado intenção de disputar as prévias tucanas, mas no último dia 23 anunciou que não participaria, por discordar do formato das prévias, especialmente da previsão de apenas um debate entre os postulantes à candidatura. Ao anunciar que não participaria das prévias, Virgílio classificou o processo interno de “fraude” e disparou contra Alckmin, afirmando não respeitar mais o governador e dizendo sentir incompatibilidade com a ideia de votar no correligionário na eleição de outubro. Alckmin respondeu afirmando que o prefeito havia sido injusto com ele e com a legenda. Alckmin, de 65 anos, está no quarto mandato como governador de São Paulo, deverá disputar a Presidência da República pela segunda vez. Em 2006 chegou ao segundo turno, mas foi derrotado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além do governo do estado, Alckmin, que é um dos fundadores do PSDB, foi vereador e prefeito de Pindamonhangaba, sua cidade natal. Foi também deputado estadual e federal por São Paulo antes de ser eleito vice-governador na chapa encabeçada por Mario Covas, em 1994 e 1998. Assumiu o governo paulista em 2001 com a morte de Covas e foi reconduzido ao cargo na eleição de 2002. Após a derrota eleitoral de 2006, perdeu a disputa pela prefeitura de São Paulo dois anos depois, antes de se eleger governador mais duas vezes, em 2010 e 2014. (Reuters)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

BH discute avanços no marco regulatório Esboço do texto está sendo discutido e construído por empresários do setor, academia e startups THAÍNE BELISSA

Representantes do setor de tecnologia, da academia e empreendedores da Capital se reuniram ontem, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), para discutir os “Caminhos para o Marco Regulatório da Ciência, Tecnologia e Inovação” na capital mineira. A reunião foi convocada pelo vereador Fernando Borja e atendeu a uma demanda do setor, que vem sofrendo com a ausência de uma legislação específica que o atenda em suas demandas que muito se diferenciam dos setores tradicionais. Durante o seminário, lideranças que se dedicam à criação do primeiro texto do marco regulatório comentaram seus avanços até agora. O vereador Fernando Borja abriu o seminário destacando que o encontro é mais um dos muitos passos que o setor precisa dar em direção ao marco regulatório. Ele lembrou que a cidade vem perdendo talentos para outros municípios, inclusive vizinhos, que oferecem condições mais favoráveis ao desenvolvimento desses negócios. “A legislação precisa criar um ambiente propício para a inovação não apenas para reter esses talentos, mas também para atrair novos. Queremos que Belo Horizonte se transforme em um centro de excelência para o desenvolvimento de negócios inovadores e tenha um ambiente que sirva de exemplo para o País”, disse. O vereador Gabriel Azevedo, que também estava presente, explicou que os primeiros esboços do que deve ser o texto do marco regulatório está sendo construído a muitas mãos, entre representantes de empresas do setor, da academia e das startups. Segundo ele, as discussões para a construção do marco estão baseadas em três grandes pilares: a desburocratização do processo de formação de empresas; a tributação com condições especiais e o uso da infraestrutura do município. “Queremos criar um plano para requalificar o Centro de Belo Horizonte para que a inovação encontre zonas de desenvolvimento na nossa cidade”, afirmou. Entre as lideranças que participam do processo de criação do marco está a integrante da Comissão de Direito para Startups da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais, Paula Guimarães Figueredo. No seminário ela falou da experiência de diálogo da comissão que

vem discutindo o assunto entre advogados, empreendedores, investidores e representantes de entidades de fomento. “Na questão da tributação, por exemplo, temos pensado no que seria desejável para o setor, trazendo exemplos de municípios que já têm incentivos nesse sentido e propondo uma medição do que essas empresas geram em receita e renda, a fim de justificar esse benefício. Na área de desburocratização precisamos que o governo entenda o setor, percebendo que uma empresa de tecnologia às vezes é só uma pessoa e um computador em um apartamento. E por fim o uso da infraestrutura do município, tanto no que diz respeito a imóveis, quanto à infraestrutura, como rede de dados”, disse. A secretária de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, Mariah Brochado, que também é professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), falou sobre sua experiência para contribuição com o marco regulatório. Durante o seminário, ela explicou que o tema vem sendo discutido também em nível estadual com atores expressivos da inovação na UFMG. Segundo ela, esse diálogo tem privilegiado duas frentes: o pesquisador empreendedor e os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). Também contribuiu com o seminário o presidente da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (Sucesu Minas), Leonardo Bortoletto. Ele destacou que a entidade também vem se preparando para esse debate há algum tempo, ouvindo seus associados sobre as principais demandas do setor. Entre os assuntos levantados por eles está a necessidade de o Estado oferecer recursos financeiros e de infraestrutura, principalmente às empresas iniciantes; a abertura de dados do município para que as empresas ofereçam soluções; o incentivo às políticas público-privadas; a criação do Dia da Computação nas escolas, incentivos às empresas que geram emprego na área de inovação; uso do orçamento participativo em ações de inovação, entre outros. As discussões serão levadas à comissão responsável pela elaboração da minuta do texto do marco regulatório, que será posteriormente apresentado aos vereadores da CMBH para votação. Ainda não há data para apresentação do texto.

RAFA AGUIAR/DIVULGAÇÃO

Fernando Borja abriu o seminário destacando que o encontro é mais um dos muitos passos que o setor precisa dar em direção ao marco

ENERGIA SOLAR

ForGreen cria projeto para Luiza Barcelos DA REDAÇÃO

A busca por alternativas energéticas é cada vez maior entre as empresas. Além de contribuir para a sustentabilidade ambiental, gera economia e se transforma em um diferencial competitivo no mercado e na decisão de compra do consumidor. Atenta a esta tendência, a grife mineira Luiza Barcelos está investindo em um sistema de geração própria de energia por meio de uma usina solar fotovoltaica. O projeto, desenvolvido pela também mineira ForGreen Energia Renovável, tem capacidade total de geração de 21 KW, energia capaz de suprir toda a demanda de um galpão da Luiza Barcelos instalado no Caiçara, região Noroeste, usado como unidade de e-commerce da grife. São 62 painéis fotovoltaicos instalados e que a partir deste mês de março estarão em pleno funcionamento, produzindo em média 2.600kWh por mês e gerando uma economia de aproximadamente R$ 2,3 mil ao mês, ou R$ 30 mil ao ano. A economia projetada será de R$ 750 mil em 25 anos, tempo mínimo de vida útil do sistema fotovoltaico.

FILÓ ALVBES/DIVULGAÇÃO

Grife mineira Luiza Barcelos está investindo em um sistema de geração própria de energia

Compensação de Energia. e desenvolvendo produtos tendência mundial. “O cenáDessa forma, a unidade ge- para parceiros utilizando rio caminha para o aumento radora instalada pode, em couros e tecidos de coleções constante no preço da enerum futuro próximo, produzir passadas. Utilizar energia gia nos próximos anos, o que para o consumo e o que não solar nas nossas unidades torna o gasto com eletricifor utilizado será repassado representa um passo im- dade um dos grandes garao sistema da distribuidora portante no caminho dessa galos das médias e grandes e transformado em crédito sustentabilidade. A adoção empresas. Por isso, é preciso para abastecer outras unida- dos painéis na nossa unida- investir em soluções que, des ou para ser abatido nas de de e-commerce é apenas além de trazer benefícios próximas contas. Todo este o início dos investimentos para o meio ambiente, sejam processo é regulamentado da empresa em energia economicamente viáveis pela Agência Nacional de renovável”, destaca Luiz para os negócios”, afirma. Energia Elétrica (Aneel). Raul Barcelos, diretor da “Gerar a própria energia “Na Luiza Barcelos, acre- empresa. é sustentável, econômico e Autossuficiente e sustentáPara o diretor da ForGre- necessário para evitar um vel - A produção da unidade ditamos no consumo susda Luíza Barcelos será capaz tentável. Não à toa estamos en, Antônio Terra, a Luiza colapso energético no fude suprir toda a demanda sempre resgatando materiais Barcelos está seguindo uma turo”, finaliza. interna da unidade, com possibilidade de dobrar a produção e gerar energia www.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio excedente para ser comparTelefone: (31) 3469-2025 tilhada com a concessionágestaoenegocios@diariodocomercio.com.br ria por meio do Sistema de


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

INOVAÇÃO

Festival nos EUA vai ter destaque de empresas brasileiras Presença no SXSW amplia visibilidade no mercado americano São Paulo - Quatro projetos de origem e orçamentos distintos, que vão de um banco social criado com R$ 15 mil, ao desenvolvimento de uma tecnologia bilionária de “carros voadores”, vão subir ao palco da seção do festival South by Southwest, um dos maiores eventos de inovação do mundo. Depois da formação de uma parceria local para aumentar a participação brasileira no SXSW, o País deverá ter neste ano maior visibilidade em debates sobre soluções para grandes temas globais - como mobilidade, redução da pobreza e desenvolvimento sustentável - no festival. A agência Lynx, que pertence à Holding Clube, de José Victor Oliva, comprou, no fim do ano passado, os direitos de organizar quatro painéis no SXSW - que acontece em Austin, nos Estados Unidos. Para garantir a relevância dos conteúdos, diz a sócia-diretora da Lynx, Wal Flor, a opção foi selecionar projetos de grandes empresas que tinham resultados concretos para mostrar. Apesar de os espaços de conteúdo do festival ser comercializados - estratégia comum em grandes eventos globais -, Flor conta que a seleção passou pelo crivo da organização do SXSW. Antes de fechar os painéis com Natura, Embraer e Ambev, outras propostas foram descartadas. A executiva diz que, para empresas brasileiras, o festival também poderá ser uma ferramenta de visibilidade no mercado americano. Dos projetos selecionados, o mais antigo - e com mais resultados a apresentar - é

a Ekos, da Natura. Embora a linha de produtos tenha sido lançada em 2000, o desenvolvimento começou dois anos antes - ou seja, há duas décadas. Para fazer a extração sustentável de princípios ativos da Amazônia, a empresa teve de desenvolver um sistema de produção e remuneração das comunidades locais. “Faremos questão de mostrar que se trata de um projeto que usa a floresta de forma sustentável, que faz parte de um negócio de escala global”, diz a vice-presidente de marketing da fabricante de cosméticos, Andréa Alvares. A Natura, que teve receita de R$ 11 bilhões em 2016, comprou a britânica The Body Shop no ano passado. Inovação comunitária - A Natura abrirá espaço, em seu painel, para a história de uma de suas consultoras, Maria Ivoneide Vale, da Ilha do Mosqueiro, em Belém. Ela começou a atuar como revendedora da marca em 1988, mas vai a Austin para falar de uma iniciativa própria: o Banco Tupinambá, criado em 2009 para atender à comunidade Baía do Sol, com 8 mil habitantes. Com um patrimônio de R$ 15 mil, o banco mantém uma moeda social para conceder pequenos empréstimos aos moradores. Os valores giram de R$ 30 a R$ 100 e ajudam famílias em necessidades básicas. Como o valor é pago na moeda social - o moqueio -, o dinheiro só pode ser usado na Baía do Sol. O resultado, segundo Maria Ivoneide Vale, foi o aumento da renda circulando na comunidade. “Antes,

2% da renda era gasta em negócios locais. Hoje, o índice é de 94%.” Além dos recursos para o moqueio, o Banco Tupinambá também mantém convênio com a Caixa Econômica Federal para liberar crédito a empreendedores. Também no âmbito social, a Ambev vai apresentar uma inovação que deu origem a projetos de acesso à água no semiárido brasileiro. Para garantir recursos, a gigante brasileira das bebidas criou um novo produto, a água mineral Ama. Lançado há um ano, o produto já angariou cerca de R$ 1,4 milhão para beneficiar quatro estados até o fim deste ano: Ceará, Pernambuco, Bahia e Piauí. Carros voadores - A Embraer vai mostrar no festival americano um projeto de tecnologia de ponta que ainda está em fase de desenvolvimento. A fabricante brasileira aceitou o desafio do Uber para desenvolver uma aeronave elétrica urbana capaz de fazer viagens curtas a preços acessíveis - um protótipo é esperado para 2020. O desafio de longo prazo é ambicioso: viabilizar viagens de 100 quilômetros - distância aproximada entre São Paulo e Campinas - por cerca de R$ 75. A fabricante de aeronaves Embraer está mobilizando equipes de engenheiros em sua matriz - em São José dos Campos (SP) - e em suas unidades no Vale do Silício, na Flórida, e em Massachusetts, nos Estados Unidos, para pensar o futuro da mobilidade urbana. Esses profissionais trabalham para viabilizar o desafio que a brasileira aceitou do Uber: a

Dos projetos selecionados, o mais antigo - e com mais resultados a apresentar - é a Ekos, da Natura

criação de um protótipo de uma aeronave elétrica leve para transporte em curtas distâncias. O desenvolvimento do projeto, que deverá ter os primeiros testes comerciais em 2023 - nas cidades americanas de Austin e Los Angeles e em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos -, é sigiloso. No entanto, segundo uma fonte, a fabricante trabalharia em um “carro voador” de quatro lugares, e não de dois, como sugeriu o Uber inicialmente. Há vários parceiros trabalhando com o app de transporte no projeto, mas a Embraer - que atualmente negocia uma união com a gigante americana Boeing é o maior deles. A intenção da brasileira é incentivar sua equipe de 6 mil engenheiros para pensar não só as aeronaves em si, mas os sistemas de tráfego aéreo e outras necessidades de infraestrutura para permitir que os veículos possam sobrevoar as cidades com segurança. Ambev - Uma máquina de marketing e vendas, a gigante das bebidas Ambev usou uma de suas maiores habilidades corporativas - a de pôr em prática rapidamente as ideias consideradas inovadoras - para um fim social: garantir o acesso da população das

regiões mais secas do País à água. E foi com a criação de um novo produto, a água mineral Ama, que a Ambev está financiando projetos de captação e fornecimento de água no Nordeste brasileiro. Segundo a diretora de sustentabilidade da companhia, Carla Crippa, da ideia inicial ao lançamento da Ama, em fevereiro do ano passado, não se passaram mais de seis meses. O produto, que está completando um ano, já captou cerca de R$ 1,4 milhão referente a lucros - dos quais quase R$ 940 mil foram utilizados em projetos. Um site foi criado para informar os consumidores sobre o faturamento e a destinação dos lucros. Todo o processo é auditado pela KPMG. Como acontece com todo o portfólio de produtos, a Ambev está colocando o pé no acelerador para garantir a expansão mais rápida da Ama. Inicialmente vendida apenas em supermercados, a água mineral agora entrou no “circuito” de entregas para bares e restaurantes no início de 2018 - o que deve colaborar para aumentar significativamente as vendas e ampliar os valores distribuídos. Natura - O projeto Ekos precisou definir valor para produtos que não são negociados em bolsa de mer-

cadorias, mas que sempre foram usados pelas comunidades que vivem na região amazônica. Em paralelo, a empresa precisou estudar essas espécies do ponto de vista científico para garantir que elas tivessem eficácia dentro dos exigentes padrões da indústria global de cosméticos. Lançados originalmente em 2000, os produtos Ekos são hoje a segunda mais importante linha de cuidados com a pele para a Natura. Para que a proposta de sustentabilidade não se perca, a empresa precisa respeitar o ciclo natural de produtos como ucuuba e murumuru. “Se as árvores estiverem produzindo, a linha estará disponível para a venda. Se não estiverem, é necessário esperar o próximo ano ou escolher outro produto. Esse é o conceito”, diz a diretora de marketing da empresa de cosméticos, Andréa Alvares. No painel em Austin, a Natura vai se concentrar especialmente na ucuuba, espécie que corria risco de extinção na região amazônica antes de começar a ser usada em cosméticos. Para a fabricação do sabonete de ucuuba - que será lançado em 2018 -, a empresa montou um esquema de produção agroflorestal de outro ingrediente da composição do produto, o óleo de palma. (AE)

cegueiradasorganizacoes@diariodocomercio.com.br

A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

Desvendando o BSC - parte 2: Como desdobrar objetivos estratégicos em iniciativas estratégicas? MARCELO ALVIM SCIANNI*

No primeiro ensaio desta série apresentamos como o BSC auxilia a organização de objetivos estratégicos em geradores de valor e estruturadores de competência. Neste ensaio apresentaremos outra grande contribuição do método BSC: o desdobramento dos objetivos em iniciativas seguindo uma lógica de causa-efeito de forma a encadear todos os objetivos às iniciativas propostas. No entanto, acreditamos que por mais que pareça óbvio o estabelecimento desse desdobramento e conexão causal, percebemos uma grande dificuldade das organizações em garantir o correto desdobramento e encadeamento de objetivos e iniciativas estratégicas. Assim sendo, como facilitar esse processo? Nossa experiência mostra que o método BSC pode ser trabalhado de forma combinada ao método QFD (Quality Function Deployment) para a facilitação desse processo. Isso porque o QFD trabalha exatamente a relação de causa-efeito a partir de matrizes que combinam duas dimensões de análise. Nesse caso, podemos

encadear, em uma mesma matriz, uma tabela de objetivos e outra tabela de inciativas estratégicas. A figura apresenta a lógica do método QFD para a construção das quatro matrizes indicadas com os números 07, 08, 10 e 11, a partir da combinação das tabelas indicadas com os números 01,

02, 03 e 04. Aplicada ao BSC, a matriz QFD aplica três regras para conduzir o desdobramento de objetivos estratégicos: 1) extrair um conjunto de iniciativas a partir dos objetivos listados nas tabelas 01 e 02 de forma a construir as tabelas 03 e 04; 2) correlacionar cada objetivo

com as iniciativas levantadas de forma a evidenciar diferentes intensidades de correlação na medida em que as iniciativas podem contribuir comparativamente mais ou menos no alcance de objetivos; e 3) converter o peso ou a importância dos objetivos estratégicos para a lista de iniciativas a partir das notas de correlação alcançadas no passo 2. A partir da aplicação do QFD combinado ao BSC, podemos promover a articulação causal entre objetivos e iniciativas de forma objetiva e didática. Essa articulação estará presente nas quatro matrizes que correlacionam objetivos e iniciativas com os focos na geração de valor e estruturação de competência. Dessa combinação são geradas

duas matrizes de prioridade e duas matrizes auxiliares que indicam urgência ou dependência. As matrizes de prioridade, como o nome indica, determinam quais iniciativas são prioritárias para a geração de valor ou mesmo para a estruturação de competências. Refletindo o momento estratégico da organização (a partir do peso dado aos objetivos) será compilada uma lista das iniciativas hierarquizada por importância. As matrizes auxiliares indicam ou a urgência do estabelecimento de uma iniciativa estruturadora de competência para a geração de valor, ou a dependência que uma iniciativa geradora de valor possui em relação à estruturação de um objetivo de competência. A facilidade e objetividade no desdobramento proposto pelo BSC a partir do QFD propiciam para as organizações e seus gestores a criação de uma lista hierarquizada de iniciativas que pode ser gerida taticamente ao longo do período abarcado pelo mapa de objetivos estratégicos. *Sócio-diretor da DMEP


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DC FRANQUIA BALANÇO

Franquias em Minas faturaram R$ 12 bilhões Cifra representou alta de 8,4% em relação ao mesmo período de 2016; no País, avanço foi de 8% ALISSON J. SILVA

DANIELA MACIEL

O balanço consolidado do setor de franquias em 2017, apurado na Pesquisa de Desempenho realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), confirmou o crescimento de 8% da receita do setor na comparação com 2016. O faturamento no período saltou de R$ 151,247 bilhões para R$ 163,319 bilhões. No quarto trimestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano anterior, o segmento também cresceu 8%, cuja receita passou de R$ 43,521 bilhões para R$ 47,014 bilhões. Quando comparados o terceiro e quarto trimestres, a alta foi de 12,3%. Notícia ainda melhor para os mineiros, já que os números do Estado são superiores aos da média nacional. Segundo o balanço da ABF, o mercado de franquias em Minas Gerais faturou R$ 12 bilhões em 2017, um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O mercado mineiro cresceu 12% em número de redes, atingindo o patamar de 530 marcas em operação. Além disso, Minas expandiu em 10% o número de unidades, com 7.319 pontos de venda. De acordo com a diretora regional da ABF Minas, Danyelle Van Straten, os bons resultados de Minas Gerais estão intimamente ligados a uma peculiaridade do Estado: o grande número de municípios - 853. “O franchising brasileiro consegui crescer intensificando o processo de interiorização e o nosso número de cidades é uma vantagem competitiva natural. É normal que em momentos de crise empresas locais busquem profissionalização e padronização se transformando em unidades franqueadas. Além disso, elas ganham em percepção de marca”, analisa Danyelle Van Straten. A maioria das unidades no Estado atua nos mercados de Saúde, Beleza e Bem-Estar (23,4%), Alimentação (21,9%) e Serviços Educacionais (14,9%). Mais uma vez, o Estado seguiu a tendência nacional. O estudo mostrou que todos os segmentos elencados pela ABF cresceram em faturamento, tanto em 2017, como no 4º trimestre. Saúde, Beleza e Bem-Estar en-

A mineira Localiza Rent a Car, com 574 unidades espalhadas pelo Brasil, é a marca mais internacionalizada do País segundo o balanço da ABF

cabeça a lista em ambos os períodos, crescendo 12,1% e 13,4%, respectivamente. O aumento da longevidade da população, a crescente preocupação com saudabilidade e bem-estar e o aquecimento do mercado de clínicas populares, que receberam vários egressos de planos de saúde, são alguns dos principais fatores que explicam a alta do segmento. “Um fenômeno interessante e que também se valeu da força do interior do Estado foi o rápido crescimento das redes de clínicas de saúde populares. Elas surgiram para atender um vácuo existente entre o sistema público de saúde e os convênios particulares. Elas ajudaram a dar formas finais aos números do segmento de Saúde, Beleza e Bem Estar”, pontua a diretora regional da ABF Minas. Ao passo que mira o interior, o franchising mineiro também se dedica ao mercado internacional. Duas marcas do Estado estão entre as 10 mais internacionalizadas do País: Localiza Rent a Car (1º) e Depyl Action (6º). “Somos conhecidos como uma praça teste e isso faz com que tenhamos um nível de profissionalização e organização muito grande quando vamos para o exterior. Também o nosso relacionamento com enti-

©SERGEY NIVENS - STOCK.ADOBE.COM

A rede Depyl Action, que fatura R$ 100 milhões/ano, se consagrou como a 6ª empresa mais internacionalizada do País REPRODUÇÃO

dades que promovem o comércio exterior, como câmaras de negócios bilaterais, é muito importante. Frequentemente realizamos rodadas de negócios em conjunto. Os segmentos mais procurados são Saúde, Bem-Estar e Beleza; e tecnologia. Uruguai, Paraguai e Portugal são os países emergentes, enquanto os Estados Unidos seguem liderando”, completa a executiva.

Marcas brasileiras estão presentes em 100 países Dois mil e dezessete foi um ano difícil para a economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 1,0% em 2017, na primeira alta após dois anos consecutivos de retração. Apesar disso, o setor de franchising tem muito a comemorar. De acordo com o balanço consolidado do setor de franquias em 2017, apurado na Pesquisa de Desempenho realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), houve crescimento de 8% da receita. O faturamento do setor no período saltou de R$ 151,247 bilhões para R$ 163,319 bilhões. Todos os segmentos elencados pela ABF cresceram em faturamento, tanto em 2017, como

no 4º trimestre. Saúde, Beleza e Bem-Estar encabeça a lista em ambos os períodos, crescendo 12,1% e 13,4%, respectivamente. No acumulado de 12 meses, o segundo segmento que mais cresceu foi Hotelaria e Turismo, com alta de 9,7%. Serviços e Outros Negócios apresentou a terceira maior variação em faturamento, 9,2%. O fato de se tratar de um segmento com muitos nichos, com negócios que atendem o público B2B (empresa para empresa) e o incremento de serviços administrativos, como contabilidade, favoreceram tal desempenho. A seguir, Casa e Construção teve alta de 8%, impulsionado pelo aumento da demanda por serviços de reforma, reparo e manutenção. Ano passado, o franchising

investiu em três principais estratégias: inovação, interiorização e internacionalização. A Pesquisa de Inovação nas Franquias Brasileiras - realizada pela ABF em parceria com a Confederação Nacional de Serviços (CNS) e metodologia da Fundação Dom Cabral (FDC) mostrou que 91,8% introduziram algum novo produto ou serviço entre 2014 e 2016. Dentre as empresas que se mantiveram inovadoras, 37,4% realizaram mudanças significativas em seus modelos de negócios no Brasil e 6,9% delas no exterior. Para a diretora regional da ABF Minas, Danyelle Van Straten, a inovação é uma resposta à própria crise. “Além de novos produtos e serviços, as empresas estão inovando em modelos de

negócios. Muitas marcas mineiras estão surgindo no segmento de tecnologia. As empresas precisam compreender como o processo de inovação é importante. O mundo, os consumidores estão mudando e quem não conseguir acompanhar terá muitos problemas”, avalia Danyelle Van Straten. Se, de um lado, as marcas brasileiras buscam oportunidades no exterior, de outro, as marcas internacionais continuam apostando no Brasil para as estratégias de expansão. A pesquisa da ABF apurou que existem 200 marcas de 26 países atuando no País. Elas têm origem principalmente nos Estados Unidos (40%), Portugal (10,5%) e Argentina (7%). A pesquisa mostrou também que redes nacionais continuam avançando na internacionaliza-

ção. No ano passado, a presença das marcas “brazucas” em outros países passou de 80 para 100 nações. Os Estados Unidos lideram com 46 operações físicas de marcas brasileiras, seguido de Paraguai e Portugal, com 34 operações cada. Entre os segmentos mais internacionalizados, Moda lidera, com 25,4%. Seguido de Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 16,9% e Alimentação em terceiro, com 15,5%. “Tenho visto um começo de 2018 muito promissor. Muitas pessoas estão reativando antigos planos. Esse é o momento certo, com alugueis e outros custos ainda mais baixos. Esse será um ano de muito trabalho e um pouco menos difícil do que 2017”, afirma a diretora regional da ABF Minas. (DM)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

ETANOL HIDRATADO

Minas atinge consumo recorde em janeiro Alta demanda pelo biocombustível ocorre devido ao custo-benefício e aos preços elevados da gasolina UNICA / DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

O consumo de etanol hidratado, em Minas Gerais, registrou volume recorde em janeiro, quando comparado com a série histórica para o mesmo mês. No Estado, o uso do biocombustível alcançou 167,8 milhões de litros no primeiro mês do ano, um avanço de 106,3% frente a janeiro de 2017. Mesmo em período de entressafra, o que eleva os preços do combustível renovável, a demanda está aquecida em função dos altos preços da gasolina e pelo fato de os consumidores fazerem as contas e observarem um melhor rendimento dos veículos com o etanol. Com a procura em alta, as expectativas para a safra 2018/19, que se inicia em abril, são positivas e a tendência é de que haja maior fabricação do biocombustível no período. De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume de hidratado consumido no Estado, em janeiro, foi o maior desde 2000 para o mês. Para se ter ideia do aumento, em janeiro de 2017 a quantidade do biocombustível vendida pelas distribuidoras foi de 81,34 milhões de litros. Até então, o recorde anterior para o mês havia sido em 2016, quando

No primeiro mês de 2018, foram vendidos no Estado 167,8 milhões de litros de etanol

foram comercializados 114,4 milhões de litros. O crescimento expressivo será um estímulo para que a produção de etanol continue em alta no Estado. Entre os fatores que impulsionam o uso do etanol hidratado está o preço remunerador praticado em 2017, o que incentivou o maior investimento das usinas no biocombustível. No período, várias unidades revisaram o mix de cana-de-açúcar, am-

pliando o volume destinado ao etanol. Com isso, mesmo em época de entressafra, a oferta do biocombustível está mais equilibrada com a demanda. O presidente-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, explica que muitos consumidores estão fazendo as contas e percebendo um melhor desempenho dos veículos abastecidos com

etanol. Com isso, mesmo que o preço do etanol corresponda a mais de 70% do valor da gasolina, em muitos casos, o uso do biocombustível ainda é vantajoso. “A gente está em entressafra e, poucas vezes, vimos uma demanda bem alta no período. Essa entressafra foi complemente diferente. Dois fatores provocaram a elevação. Um deles é a política mais transparente na formação de preços da

SALMONELA

BRF é investigada por fraudar resultados Brasília - A BRF, uma das maiores empresas de alimento do mundo, dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy, é o principal alvo da 3ª fase da Operação Carne Fraca, deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF). O grupo é investigado por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela bactéria Salmonella pullorum. As fraudes foram constatadas entre 2012 e 2015. Onze pessoas tiveram mandado de prisão decretado, entre elas ex-executivos do grupo. Segundo o delegado da PF, Maurício Boscardi Grillo, as planilhas e laudos técnicos eram modificados e os resultados finais adulterados eram entregues ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), para impedir que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizasse a qualidade do processo industrial das plantas (frigorífico ou abatedouro) da BRF. A presença e quantidade real da salmonela foram omitidas em alguns casos. A ração oferecida ao frango antes do abate também era objeto de fraude, de acordo

com o delegado. Grillo conta que muitas provas surgiram após as fases anteriores da Carne Fraca e que trocas de e-mails bastante consistentes entre executivos e funcionários do controle de qualidade comprovam o esquema de fraude, que era parte da “estratégia da empresa”. “Existe um cronograma da operação que começa nas granjas dos cooperados da empresa, onde existe a contaminação. Passa-se, então, para as plantas frigoríficas e depois para a análise laboratorial”, disse Grillo. Bactéria - Equipes do Ministério da Agricultura também estão trabalhando em conjunto com a PF. Em nota, o ministério explicou que, dentre as mais de duas mil variedades de salmonela, existem duas de preocupação para a saúde animal e duas de saúde pública. Por isso, as empresas devem adotar medidas específicas dentro das granjas e nos produtos positivos para a bactéria para reduzir os riscos ao consumidor. Segundo o coordenador-geral de Inspeção do Depar-

tamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Alexandre Campos da Silva, neste caso da operação, o risco à saúde pública não está “devidamente configurado”, pois a salmonela, por si só, não caracteriza risco à saúde pública, pois depende da forma do consumo. De acordo com o ministério, a presença da bactéria é comum, pois faz parte da flora intestinal das aves. No entanto, quando utilizados os procedimentos adequados de preparo e de consumo, minimizam-se os riscos, uma vez que ela é destruída em altas temperaturas. O Mapa informou ainda que a fiscalização do ministério já havia identificado irregularidades nos procedimentos de certificação sanitária em algumas unidades frigoríficas. Por isso, as unidades foram proibidas de exportar a países que exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação da salmonela. Três empresas estão sendo fiscalizadas pelo Mapa, em parceria com a PF, em busca de provas. Outras sete já foram investigadas.

Alterações - De acordo com a PF, as investigações apontaram que três laboratórios credenciados ao Mapa e dois de controle da empresa fraudavam os resultados de exames das amostras. A prática das fraudes contava com a anuência de executivos da BRF, bem como de seu corpo técnico, além de profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa. Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo, para acobertar as práticas ilegais durante as investigações. Estão sendo cumpridas 91 ordens judiciais no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. São 11 mandados de prisão temporária, 27 de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão. Os investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha, além de crimes contra a saúde pública. Os presos temporários serão levados à Superintendência da PF em Curitiba. (ABr)

gasolina por parte da Petrobras; o outro são os preços atuais dos combustíveis. O cenário atual de preços leva à modificação das escolhas por parte do consumidor, que está mais atento em relação ao desempenho dos veículos e comparando o rendimento gerado com o etanol e com a gasolina”, destaca Campos. Projeções - Com o mercado aquecido, a tendência é de aumento da produção de etanol na safra 2018/19 da cana-de-açúcar. Campos esclarece que algumas unidades já estão retomando a produção agora em março, mas a maior parte retorna em abril. “Nossa expectativa é de que o consumo de etanol em 2018 seja maior. Por isso, a tendência é ter mais cana-de-açúcar destinada à fabricação do biocombustível e, obviamente, ter mais oferta para atender ao mercado. Estamos satisfeitos com as condições de desen-

volvimento da safra que vai se iniciar. Tudo caminhou bem e tivemos um período com boas chuvas”, afirma. Acumulado - A safra 2017/18 de cana-de-açúcar em Minas Gerais será encerrada neste mês. De acordo com os últimos dados da Siamig, no acumulado da safra até o início de fevereiro, as usinas já haviam esmagado 63,96 milhões de toneladas de cana, variação positiva de 1,81%, frente à safra 2016/17. Do total de cana esmagada, 49,28% foi destinada à fabricação de açúcar e 50,72% para produção de etanol total. No período, a produção de etanol total somou 2,67 bilhões de litros, alta de 1,86%. A fabricação de etanol hidratado está 8,6% maior, com 1,67 bilhão de litros produzidos. Já o etanol anidro registrou queda de 7,68% e 1 bilhão de litros gerados. A produção mineira de açúcar alcançou 4,2 milhões de toneladas, alta de 6,58%.

GRÃOS

Seca na Argentina provoca elevação nos preços das commodities Chicago/ Chivilcoy (Argentina) - A pior seca em décadas na Argentina está reduzindo a safra de grãos do país, jogando os preços das commodities para cima e forçando a Bunge e outros grandes processadores a esmagar menos oleaginosas para fabricação de rações que alimentam rebanhos ao redor do mundo. A seca na Argentina, o terceiro exportador mundial de milho e soja, não acabou com um cenário de excesso de oferta global deixado por anos de safras abundantes, impulsionadas pelo bom clima e pelas culturas geneticamente modificadas. Mas combinada com problemas de seca que ameaçam as culturas nos estados das Planícies dos Estados Unidos (EUA) e na África do Sul, as perdas na Argentina estão consumindo reservas globais e levando os compradores a acelerarem as compras. Os agricultores do Meio-Oeste dos EUA estão lutando para vender grãos que ficaram armazenados durante meses para tirar proveito dos preços em alta, em meio às dificuldades na Argentina. “Você nunca deseja uma seca em outro país, mas, às vezes, é o que é preciso”, disse Rob Schaffer, produtor

de milho e soja de Illinois, que está intensificando as vendas para aproveitar a subida dos preços dos EUA. “Isso tem sido praticamente um presente”. Prejuízos - A milhares de quilômetros de distância, na cidade rural de Chivilcoy, na Argentina, o agricultor Bernardo Romano tem o ponto de vista oposto. Suas plantas de soja e milho estão apenas na metade do tamanho típico, sofrendo com a falta de chuva. As espigas de milho estão 70% menores ante o normal, faltando cerca de um mês para o início da colheita. “Isso vai ter um impacto muito grande na economia regional”, disse ele, acrescentando que os produtores pediam chuva para mitigar mais perdas nas culturas plantadas tardiamente. As chuvas nesta fase de desenvolvimento ficaram em apenas um quarto do normal, disse Romano. No máximo, ele espera que sua soja produza um terço do seu rendimento médio. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou em três milhões de toneladas a sua previsão de soja na quinta-feira (01), estimando agora uma produção um quarto menor que a do ano passado. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MERCADO DE CAPITAIS

Ibovespa tem sessão estável e sobe 0,30% Principal índice acionário do Brasil atingiu 86,022 mil pontos e o giro financeiro alcançou R$ 10 bilhões São Paulo - O Ibovespa fechou o pregão de ontem em leve alta, tendo sido bastante influenciado pelo preço do petróleo que impulsionou as ações da Petrobras, mas sem conseguir pegar tração de seus pares em Nova York, que encerraram o dia de negócios subindo mais de 1%. Puxou para baixo a força vendedora de ações das empresas dos setores de carne e de siderurgia - que, em conjunto, têm peso significativo dentro da carteira teórica. O índice à vista só teve fôlego para galgar os 86 mil pontos na reta final da sessão, terminando aos 86.022,82 pontos (+0,30%). O giro financeiro foi de R$ 10 bilhões. As ações ON e PN da Petrobras disparam e encerraram em alta de 2,85% e 2,84%, respectivamente. Os papéis da BRF, alvo da nova fase da operação Carne Fraca, deflagrada pela Política Federal ontem, foram penalizados caindo perto de 20%. As ações das outras companhias do setor foram contaminadas, principalmente depois de a Comissão Europeia ter deixado aberta a possibilidade de haver medidas restritivas contra os produtos brasileiros. Isso porque, segundo as investigações, Pedro de Andrade Faria, ex-presidente da BRF, sabia de falsidade ideológica e possíveis problemas sanitários na venda dos produtos. Ele teria omitido dados do

Ministério da Agricultura e ordenou ocultação de ilícitos. Também pesou sobre o índice à vista o conjunto de ações das siderúrgicas, como CSN e Usiminas, que seguiram em queda com os investidores imprimindo sentimento de cautela na semana na qual está sendo esperado o anúncio oficial pelo governo dos Estados Unidos da sobretaxa para a importação de aço e alumínio. “Essa questão da sobretaxa e a possibilidade de uma guerra comercial continuam fazendo bastante preço hoje, mesmo depois de ter o cenário meio drástico na sexta”, afirma Rodrigo Martins, da AQ3 Asset Management, para quem a cautela está também ligada à incerteza de como e quando essa taxação vai afetar o mercado realmente. Taxas de juros - Os juros futuros de curto e médio prazos consolidaram no fechamento da sessão regular o movimento de baixa visto desde o começo dos negócios, ainda motivado pelo otimismo dos investidores com o comportamento da inflação, reforçado por declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Mesmo após uma sequência firme de quedas recentemente, os contratos longos também recuaram, a despeito das incertezas em relação a possíveis efeitos da decisão dos Estados

AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

Unidos de aplicar tarifas à importação de aço e alumínio e da deflagração da Operação Trapaça, da Polícia Federal, nova fase da Operação Carne Fraca, que tem como alvo esquema de fraudes descoberto na BRF. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fecha com taxa de 6,465%, de 6,514% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 encerrou a 7,41%, de 7,47% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,36% para 8,30% e a do DI para janeiro de 2023, de 9,20% para 9,13%. (AE) Alta da cotação do petróleo impulsionou as ações da Petrobras, que subiram 2,85% (ON)

Dólar recua 0,11% em dia de liquidez reduzida São Paulo - O mercado de câmbio teve um dia de liquidez reduzida e oscilações contidas. Ao longo dessa segunda-feira, o dólar foi conduzido ora pela influência externa, ora pelo fluxo de recursos, com os investidores à espera de eventos e indicadores aguardados para os próximos dias. Depois de ter oscilado em leves altas pela manhã, a divisa americana assumiu ligeiro viés de baixa no período da tarde e fechou cotada a R$ 3,2475, com recuo de 0,11% no dia. As atenções dos investidores permaneceram bastante concentradas na questão da sobretaxação das importações de aço e alumínio dos Estados Unidos, que pode ser oficia-

lizada nesta semana. Com críticas vindo de diversos países e até mesmo dentro do Partido Republicano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que esteja em estudo alguma medida alternativa à sobretaxa de 25% para o aço e de 10% para o alumínio. “Nós não vamos desistir do plano”, afirmou Trump, que também minimizou a possibilidade de uma guerra comercial, em resposta à medida protecionista. “Apesar da grande repercussão, as medidas de Trump ainda não são oficiais, o que leva o mercado a aguardar o desenrolar desse episódio. E como ainda há muita coisa para acontecer nesta semana, o que acabou

por determinar as oscilações foi mesmo o fluxo de mercado”, disse Alessandro Faganello, operador da Advanced corretora. A pesada agenda de indicadores foi outro fator de cautela, que retraiu os investidores, ávidos por saber quais serão os próximos passos do Federal Reserve na condução da política monetária dos EUA. Entre os indicadores da semana, o principal deve ser o relatório de empregos, o payroll, importante termômetro do aquecimento da economia do país, a ser conhecido na sexta-feira (9). Internamente, estão no radar os dados de produção industrial em janeiro, aguardados para hoje. Além disso, a percepção de desaceleração con-

tínua da inflação, que hoje voltou a derrubar os juros futuros, pode ser confirmada pelo IPCA de fevereiro, na sexta-feira. Na máxima do dia, registrada pela manhã, o dólar à vista chegou a ser negociado por R$ 3,2639 (+0,39%). Naquele período, os mercados externos exprimiam cautela diante da indefinição política na Itália e da proximidade dos indicadores econômicos esperados para a semana. À tarde, a aceleração dos ganhos das bolsas de Nova York e a alta do petróleo foram apontados como fatores que ampliaram o apetite por risco e contribuíram para o spot bater a mínima de R$ 3,2459 (-0,16%), pouco depois das 16h. (AE)

FOCUS

Analistas voltam a reduzir as projeções para a inflação Brasília - Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a inflação de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano caiu de 3,73% para 3,7%. Há um mês, estava em 3,94%. Já a projeção para o índice em 2019 caiu de 4,25% para 4,24%. Quatro semanas atrás, estava em 4,25%. Na prática, as projeções de mercado agora divulgadas no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação em 2018 fique dentro da meta, de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, no início de fevereiro, que o IPCA de janeiro subiu 0,29%. O resultado ficou abaixo do que esperava o mercado financeiro. Em 12 meses até janeiro, a taxa acumulada é de 2,86%. No início do mês, antes da divulgação do IBGE, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para o IPCA: +4,2% para 2018 e +4,2% para 2019. Entre as instituições que mais se aproximam do re-

sultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus caiu de 3,73% para 3,67%. Para 2019, a estimativa do Top 5 continuou em 4,25%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,78% e 4%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,01% para 4,02% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,04%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para fevereiro de 2018 foi de 0,34% para 0,33%. Um mês antes, estava em 0,44%. No

caso de março, a projeção passou de 0,26% para 0,25%, ante 0,32% de quatro semanas antes. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em dezembro de 2017, o BC havia atualizado sua projeção de inflação para fevereiro, para 0,47%.

Juros - Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) para o fim de 2018 e de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,75% ao ano. Há um mês,

PIB brasileiro deverá crescer 2,9% neste ano Brasília - O mercado financeiro alterou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. A expectativa de alta para o PIB este ano passou de 2,89% para 2,9% no Relatório de Mercado Focus. Há um mês, a perspectiva estava em 2,7%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 3%. Quatro semanas atrás, a expectativa já era de 3%. O Banco Central atualizou suas projeções para o PIB no RTI divulgado em dezembro. Para 2018, a estimativa é de 2,6%. Na semana passada, o IBGE divulgou que o crescimento do PIB brasileiro em 2017 foi de 1%. No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2018 passou de avanço de 3,76% para alta de 3,9%. Há um mês, estava em 3,35%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial continuou em 3,35%, ante 3% de quatro semanas antes. A projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 55,1%. Há um mês, estava em 55,4%. Para 2019, a expectativa no

boletim Focus continuou em 57,7% ante 57,95% de um mês atrás. Dólar - O relatório mostrou que a projeção para a cotação da moeda americana no fim de 2018 seguiu em R$ 3,30. Há um mês, já estava neste mesmo valor. O câmbio médio de 2018 seguiu em R$ 3,28, ante os mesmos R$ 3,28 anotados um mês atrás. No caso de 2019, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio no fim do ano foi de R$ 3,39 para R$ 3,38 ante R$ 3,40 de quatro semanas atrás. Já a expectativa do Relatório Focus para o câmbio médio seguiu em R$ 3,34 - ante R$ 3,35 previsto há quatro semanas. Balança comercial - Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a balança comercial em 2018. A estimativa de superávit comercial este ano subiu de US$ 54,29 bilhões para US$ 54,50 bilhões da última semana para esta, ante US$ 54,04 bilhões de um mês antes. Para 2019, a estimativa de superávit seguiu em US$ 45 bilhões, mesmo valor de um mês antes.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2018 passaram de déficit de US$ 26,60 bilhões para déficit de US$ 26,10 bilhões. Há um mês, o déficit estimado era de US$ 27,00 bilhões. A estimativa do BC para o déficit em conta em 2018 é de US$ 18,4 bilhões. O mercado alterou a projeção de rombo nas contas externas em 2019, de US$ 38,80 bilhões para US$ 38,50 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 39,70 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2018 quanto em 2019. A mediana das previsões para o IDP este ano seguiu em US$ 80,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. A projeção atual do BC para 2018 também é de IDP de US$ 80,00 bilhões. Para 2019, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, seguiu em US$ 80,00 bilhões. Há quatro semanas, o valor projetado era o mesmo. (AE)

estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 seguiu em 8% ao ano. Há um mês, estava no mesmo nível. No dia 7 de fevereiro, o Copom cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, de 7% para 6,75% ao ano. Foi o 11º corte consecutivo. O colegiado do BC também sinalizou que o mais provável é que o movimento tenha sido o último do atual ciclo de cortes da taxa básica. Uma nova redução poderia ocorrer em março apenas se o cenário melhorar e o risco diminuir. Na ata do encontro, divulgada há duas semanas, a perspectiva de manutenção da taxa básica foi reafirmada, embora a possibilidade de novo corte não tenha sido descartada. No Focus, a Selic média de 2018 permaneceu em 6,75% ao ano, mesmo percentual de quatro semanas atrás. A taxa básica média de 2019 foi de 7,83% para 7,75%, ante 7,89% de quatro semanas atrás. Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções de médio prazo (Top 5), a taxa básica terminará 2018 em 6,75% ao ano, ante os mesmos 6,75% de uma semana antes e os 6,5% de um mês atrás. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic é de 8%, igual ao valor verificado uma semana e um mês antes. (AE)




FINANÇAS BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2018

INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

Índices

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

IGP-M (FGV)

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

0,89%

Jan. No ano

12 meses

05/03/2018

02/03/2018

01/03/2018

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,2470

R$ 3,2502

R$ 3,259

VENDA

R$ 3,2475

R$ 3,2512

R$ 3,2514

IPC-Fipe

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

0,46%

2,74%

2,74%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,2576

R$ 3,2608

R$ 3,2614

IGP-DI (FGV)

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

0,58%

-0,28%

-0,28%

VENDA

R$ 3,2582

R$ 3,2614

R$ 3,2620

INPC-IBGE

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

1,87%

1,87%

COMPRA

R$ 3,2970

R$ 3,2430

R$ 3,2400

IPCA-IBGE

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

2,86%

2,86%

VENDA

R$ 3,3930

R$ 3,4000

R$ 3,4000

COMPRA

R$ 3,3300

R$ 3,3300

R$ 3,3300

ICV-DIEESE

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

2,35%

2,35%

VENDA

R$ 3,4300

R$ 3,4300

R$ 3,4300

IPCA-IPEAD

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

3,44%

3,44%

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

Jan. 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

TURISMO PARALELO Fonte: AE

05/03 CDB Pré 30 dias

6,56% - a.a.

Capital de Giro

9,64% - a.a.

Hot Money

1,11% - a.m.

CDI

6,64% - a.a.

Over

6,65% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

05/03/2018

02/03/2018

01/03/2018

US$ 1.319,90

US$ 1.305,20

US$ 1.317,90

R$ 139,56

R$ 141,00

R$ 141,00

BM&F-SP (g) Fonte: AE

Taxas Selic Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro

Tributos Federais (%) 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47

Meta da Taxa a.a. (%) 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 -

Reservas Internacionais 02/03 .......................................................................... US$ 382.382 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

Até 1.903,98 De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

0,76%

-0,41%

-0,41%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Fev. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,41 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

22

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

VENDA 0,0000926 0,475 0,7325 0,005753 0,5394 0,03252 0,4162 0,3944 0,1581 0,06877 0,0286 10,8752 0,002752 4,602 0,03411 0,8872 2,5248 3,2582 3,2582 2,5129 0,01582 3,9734 2,471 0,4161 0,4844 3,2582 0,0128 3,4725 0,0005919 0,03079 0,185 4,512 0,002164 0,006327 0,1113 0,8539 1,0038 0,0501 0,00543 0,001144 3,2582 0,06674 0,06282 0,1725 0,1146 0,4417 0,002439 0,5132 0,5141 0,8951 8,4629 0,01304 0,0000872 0,8688 0,8344 0,05734 0,05005 0,0002368 0,2113 0,939 0,003022 0,9579 4,0174

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 até 5.645,80 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 954,00 (valor. Mínimo) 11 104,94 De 954,00 até 5.645,80 20 190,80 até 1.129,16 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 877,67 R$ 877,68 a R$ 1.319,18

Valor unitário da quota R$ 45,00 R$ 31,71

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2018

FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro

Crédito Setembro Outubro

Seguros

3% 0,2976 0,2466

6% 0,5379 0,4867

TBF

16/02

0,01311780

2,92790999

17/02

0,01311780

2,92790999

18/02

0,01311780

2,92790999

19/02

0,01311780

2,92790999

20/02

0,01311780

2,92790999

21/02

0,01311780

2,92790999

22/02

0,01311780

2,92790999

23/02

0,01311780

2,92790999

24/02

0,01311780

2,92790999

25/02

0,01311780

2,92790999

26/02

0,01311780

2,92790999

27/02

0,01311780

2,92790999

28/02

0,01311780

2,92790999

01/03

0,01311780

2,92790999

02/03

0,01311780

2,92790999

03/03

0,01311780

2,92790999

04/03

0,01311780

2,92790999

05/03

0,01311780

2,92790999

06/03 0,01311780 Fonte: Fenaseg

2,92790999

16/02 a 16/03 17/02 a 17/03 18/02 a 18/03 19/02 a 19/03 20/02 a 20/03 21/02 a 21/03 22/02 a 22/03 23/02 a 23/03 24/02 a 25/03 25/02 a 25/03 26/02 a 26/03 27/02 a 27/03 28/02 a 28/03 01/03 a 01/04 02/03 a 02/04 Fonte: AE

0,4748 0,4760 0,4760 0,4760 0,4759 0,4758 0,4826 0,4754 0,4844 0,4844 0,4844 0,4756 0,4845 0,4845 0,4864

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Janeiro IGP-DI (FGV) Janeiro IGP-M (FGV) Janeiro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855

1,0286 0,9982 0,9959

18/02 a 18/03 19/02 a 19/03 20/02 a 20/03 21/02 a 21/03 22/02 a 22/03 23/02 a 23/03 24/02 a 24/03 24/02 a 24/03 24/02 a 24/03 25/02 a 25/03 26/02 a 26/03 27/02 a 27/03 28/02 a 28/03 29/02 a 28/03 30/02 a 28/03 31/02 a 28/03 01/03 a 01/04 02/03 a 02/04

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3855 0,3994 0,3994 0,3994 0,3855 0,3855

Agenda Federal Dia 6

Contribuição ao INSS COMPRA 0,0000923 0,4647 0,7309 0,005652 0,5392 0,03242 0,416 0,3942 0,158 0,06597 0,02854 10,8478 0,002747 4,5882 0,03398 0,8868 2,524 3,2576 3,2576 2,5116 0,01563 3,9248 2,4701 0,416 0,4814 3,2576 0,01277 3,4703 0,0005906 0,03078 0,1845 4,5108 0,002157 0,006318 0,1111 0,8529 1,003 0,05002 0,005427 0,001143 3,2576 0,06625 0,06278 0,1724 0,1144 0,4414 0,002426 0,513 0,5138 0,8945 8,4613 0,01302 0,0000872 0,8686 0,8336 0,05731 0,05002 0,0002367 0,2102 0,9383 0,003015 0,9574 4,0156

31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 06/02 a 06/03 07/02 a 08/03 08/02 a 08/03 09/02 a 09/03 10/02 a 10/03 11/02 a 11/03 12/02 a 12/03 13/02 a 13/03 14/02 a 14/03 15/02 a 15/03 16/02 a 16/03 17/02 a 17/03

Salário de fevereiro/2018 - Pagamento dos salários mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salários mensais é até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sábado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da categoria profissional, que pode estabelecer prazo específico para pagamento de salários aos empregados. Recibo Dia 7 FGTS - Depósito, em conta bancária vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em fevereiro/2018 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o depósito. GFIP/ Sefip (aplicativo Conectividade Social - meio eletrônico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, ao Ministério do Trabalho (MTb), da relação de admissões e desligamentos de empregados ocorridos em fevereiro/2018. Nota: Para fins de seguro-desemprego, as informações no Caged relativas a admissões deverão ser prestadas na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do seguro-desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou então, no prazo estipulado em notificação para comprovação do registro do empregado lavrada em ação fiscal por Auditor-Fiscal do Trabalho. Estas informações dispensarão o envio do Caged até o dia 7 do mês subsequente relativamente às admissões informadas (Portaria MTE nº 1.129/2014). Caged (meio eletrônico) Simples Doméstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em fevereiro/2018, da contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recíproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) Salário de fevereiro/2018 – Domésticos - Pagamento dos salários mensais dos empregados domésticos (Lei Complementar nº 150/2015, art. 35).

Nota: O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Caso o dia 7 seja declarado feriado, ou, em caso de pagamento via instituições financeiras, não haja expediente bancário neste dia, o pagamento deverá ser antecipado. Recibo Dia 9 Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de fevereiro/2018 (art. 2º, II, da Instrução Normativa SRF nº 41/1998). Formulário IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2018 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da Tipi (cigarros que contenham tabaco) - Cód. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência fevereiro/2018. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverá antecipar o envio da guia. GPS (cópia) Dia 14 IOF - Pagamento do IOF apurado no 1º decêndio de março/2018: Operações de crédito - Pessoa Jurídica - Cód. Darf 1150. Operações de crédito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operações de câmbio - Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operações de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliários - Cód. Darf 6854. Factoring - Cód. Darf 6895. Seguros - Cód. Darf 3467. Ouro, ativo financeiro - Cód. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 1º a 10.03.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “b”, da Lei nº 11.196/2005): a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias)

EDITAIS DE CASAMENTO SEGUNDO SUBDISTRITO 2º SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - MG - OFICIAL: MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION - RUA GUARANI, 251 - CENTRO - TEL: (31) 3272-0562 Faz saber que pretendem casar-se: FRANCISCO FERREIRA DE MORAES JUNIOR, solteiro, ajudante de pedreiro, nascido em 20/11/1981 em Belo Horizonte, residente em Rua Alameda Dos Girassois 6, Belo Horizonte, filho de FRANCISCO FERREIRA DE MORAES e MARIA DE JESUS GONZAGA FERREIRA Com ANDREZA APARECIDA DOS SANTOS SILVA, solteira, serviços gerais, nascida em 21/09/1985 em Belo Horizonte, residente em Rua Alameda Dos Girassois 6, Belo Horizonte, filha de JORGE FRANCISCO DA SILVA e RAIMUNDA AGOSTINHA DOS SANTOS SILVA. EMERSON PIMENTA, divorciado, supervisor de fibra optica, nascido em 25/10/1978 em Belo Horizonte, residente em Rua Marta Gonçalves Camila 159, Belo Horizonte, filho de DEUSDEDITH ANTONIO PIMENTA e MARIA HELENA DOS SANTOS PIMENTA Com RAIANE APARECIDA HONORATO SILVA, solteira, vendedora, nascida em 02/11/1990 em Serra Azul De Minas, residente em Rua Marta Gonçalves Camila 159, Belo Horizonte, filha de ITAMAR APARECIDO HONORATO e IRACEMA DA COSTA SILVA. FELIPE LUIS BOSCHI RUBINGER, divorciado, bancário, nascido em 15/10/1980 em Jundiaí, residente em Rua Francisco Ovidio 227 202, Belo Horizonte, filho de HELIO MAURO VELOSO RUBINGER e MARIA AMALIA BOSCHI RUBINGER Com ERICA MOREIRA NORTON, solteira, medica, nascida em 15/02/1979 em Belo Horizonte, residente em Rua Francisco Ovidio 227 202, Belo Horizonte, filha de VILMAR RABELLO NORTON e MARCIA MOREIRA NORTON. PAULO ALBERTO RIBEIRO DOS ANJOS, divorciado, autônomo, nascido em 10/04/1987 em Belo Horizonte, residente em Rua Dos Abacateiros 15 104 Bl 32, Belo Horizonte, filho de BELARMINO JOSE DOS ANJOS e MARIA ILMA RIBEIRO DOS ANJOS Com MARGARIDA NUNES RUE, viúva, diarista, nascida em 23/05/1969 em Morrinhos, residente em Furnace Brook Prwy 937, Massachusetts Eua, filha de ANTONIO NUNES HENRIQUE e MARIA DAS GRACAS NUNES. EDSON DE BRITO DIAS, solteiro, marceneiro, nascido em 01/08/1964 em Belo Horizonte, residente em Rua Guararapes 1733, Belo Horizonte, filho de GERALDO DE BRITO DIAS e RAIMUNDA HERCULANA DIAS Com JURACI RODRIGUES CORDEIRO SILVA, viúva, autônoma, nascida em 03/11/1964 em São João Da Ponte, residente em Rua Guararapes 1733, Belo Horizonte, filha de LUIZ RODRIGUES CORDEIRO e NELCINA RODRIGUES CORDEIRO.

GERRY ADRIANO FERREIRA DOS SANTOS, solteiro, pintor de paredes, nascido em 09/11/1989 em Teofilo Otoni, residente em Rua Vila Real 17, Belo Horizonte, filho de GERCILIA FERREIRA DOS SANTOS Com SIMONE DUARTE SOARES DA CRUZ, solteira, auxiliar de clientes, nascida em 23/03/1989 em Belo Horizonte, residente em Rua Vila Real 17, Belo Horizonte, filha de OSMARIO SOARES DA CRUZ e VERA LUCIA DUARTE. GUSTAVO FELIPE DOS SANTOS PEREIRA, solteiro, técnico de celular, nascido em 22/02/1991 em Belo Horizonte, residente em Rua Reinaldo Melgaco 23, Belo Horizonte, filho de JOSE WENCESLAU PEREIRA e EMY JANUARIA DOS SANTOS PEREIRA Com ROSE MAURA DE JESUS, solteira, demonstradora promotora, nascida em 06/08/1993 em Corinto, residente em Rua Reinaldo Melgaco 23, Belo Horizonte, filha de MANOEL JESUS PINTO e MAURA APARECIDA DA SILVA. RODRIGO MARQUES BICALHO, solteiro, biólogo, nascido em 05/05/1990 em Belo Horizonte, residente em Rua Olga Fratezzi 560, Belo Horizonte, filho de ANTONIO SERGIO DE OLIVEIRA BICALHO e ALZIRA MARQUES BICALHO Com SUELLEN BATISTONI DE MORAIS, solteira, bióloga, nascida em 12/12/1988 em Contagem, residente em Rua Olga Fratezzi 560, Belo Horizonte, filha de JOSE ERIVALDO DE MORAIS e MARTA BATISTONI DE MORAIS. GUSTAVO DE ARAUJO OLIVEIRA E SILVA, solteiro, químico, nascido em 26/09/1988 em Belo Horizonte, residente em Rua Sebastião Possada Bravo 343 201, Belo Horizonte, filho de JOAQUIM ROBERTO DA SILVA e ARILMA DE ARAUJO OLIVEIRA Com CATIA DA CRUZ SANTOS, solteira, química, nascida em 28/12/1987 em Salinas, residente em Beco Dos Berens 187, Diamantina, filha de CARLENO TEIXEIRA DOS SANTOS e FENILZA GONCALVES DA CRUZ SANTOS.

CHARLES RODRIGUES SALES JUNIOR, divorciado, comerciário, nascido em 15/02/1989 em Belo Horizonte MG, residente na Rua Flor De Vidro, 02, Belo Horizonte MG, filho de CHARLES RODRIGUES SALES e IRANY DE JESUS ROCHA SALES Com TALITA RAFAELA OLIVEIRA SILVA, solteira, administradora, nascida em 31/03/1994 em Para De Minas MG, residente na Rua Simões, 86, Para De Minas MG, filha de ANTONIO FLAVIO DA SILVA e VANIA PEREIRA DE OLIVEIRA SILVA.

HENRIQUE SOARES TEIXEIRA, divorciado, professor de tênis, nascido em 05/05/1984 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua David Maurilio Mourao, 43, Palmeiras, Belo Horizonte, filho de NICOLAU AGOSTINHO TEIXEIRA e SONIA SOARES TEIXEIRAS Com LAIS CRISTINA DE MORAES OLIVEIRA, solteira, técnica em projetos, nascida em 19/06/1993 em Franca, SP, residente a Rua David Maurilio Mourão, 43, Palmeiras, Belo Horizonte, filha de WILMAR CARLOS DE OLIVEIRA e SANDRA MARI DE MORAES.

EDER AMADOR FERREIRA, solteiro, empresário, nascido em 10/12/1980 em Itabira MG, residente na Rua Valdemar De Alvarenga Lage, 1123, Itabira MG, filho de JOSE MARIA FERREIRA e EUNICE AMADOR FERREIRA Com GABRIELA LAGE MENEZES CRUZ, solteira, assistente social, nascida em 08/01/1985 em Itabira MG, residente na Rua Cacuera, 710/201, Belo Horizonte MG, filha de GERALDO MENEZES CRUZ e PALMIRA LAGE MENEZES CRUZ.

ROBERTO TEODORO DA SILVA JUNIOR, solteiro, pizzaiolo, nascido em 19/10/1994 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Malva, 62 2, Havaí, Belo Horizonte, filho de ROBERTO TEODORO DA SILVA e MARIA FATIMA DA SILVA Com ELIANE CANDIDA DE SOUZA BORGES, divorciada, do lar, nascida em 22/03/1977 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Malva, 62 2, Havaí, Belo Horizonte, filha de SEBASTIAO CANDIDO DE SOUZA e MARIA DA CRUZ DE SOUZA.

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei.

DERICK ADSON FIGUEIREDO, solteiro, analista técnico, nascido em 21/07/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dezenove De Dezembro, 205 204, Alpes, Belo Horizonte, filho de FABIO ANDRE DE FIGUEIREDO e VILMA MARIA PINTO DE FIGUEIREDO Com INGRID PERALVA ABDALLA TEIXEIRA, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 05/09/1994 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dezenove De Dezembro, 205 204, Alpes, Belo Horizonte, filha de JORGE GERALDO TEIXEIRA e VIVANE PERALVA ABDALLA TEIXEIRA.

Belo Horizonte, 05/03/2018. MARIA CANDIDA BAPTISTA FAGGION Oficial do Registro Civil. 13 editais.

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se:

WALKER DA CUNHA SODRE, solteiro, chapista, nascido em 31/10/1994 em Belo Horizonte, residente em Rua Caldas Da Rainha 655, Belo Horizonte, filho de WANDERSON FERREIRA SODRE e SANDRA GONCALVES DA CUNHA Com NAYANE GABRIELA ARAUJO DE SOUZA, solteira, auxiliar de escritório, nascida em 23/02/1997 em Belo Horizonte, residente em Rua Viana Do Castelo 18, Belo Horizonte, filha de JOEL LUIZ DE SOUZA e MARIA REGINA DE ARAUJO.

ADRIANO LUIZ PEREIRA, solteiro, empresário, nascido em 08/05/1974 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Candido De Souza, 1570 203, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de LUIZ ROBERTO PEREIRA e EVA MARIA DE JESUS PEREIRA Com SILVANA GARAJAU MEDEIROS, divorciada, auxiliar administrativo, nascida em 22/03/1970 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Candido De Souza, 1570 203, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de ADAO GARAJAU DE MEDEIROS e MARIA DE LOURDES MEDEIROS.

LUIZ FERNANDO BISPO DE SOUZA, solteiro, vigilante, nascido em 27/04/1993 em Belo Horizonte, residente em Rua Jornalista Geraldo Resende 382, Belo Horizonte, filho de MARLON LEANDRO BORGES DE SOUZA e ELIANA BISPO DE SOUZA Com LAYANA FONTELLA DE ANDRADE, solteira, estudante, nascida em 19/02/1993 em Belo Horizonte, residente em Rua Jornalista Geraldo Resende 382, Belo Horizonte, filha de FERNANDO JOSE SOARES DE ANDRADE e MARIA ISABEL FONTELA DE CASTRO.

LEONARDO DE MATOS CARVALHO, solteiro, ajudante, nascido em 16/08/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Av. Barão Homem De Melo, 510, Jardim America, Belo Horizonte, filho de PAULO DUARTE CARVALHO e MARIA APARECIDA DE MATOS CARVALHO Com JUSCILENE CAMPOS DE ALMEIDA, solteira, vendedora, nascida em 09/01/1987 em Belo Horizonte, MG, residente a Av. Barão Homem De Melo, 510, Jardim America, Belo Horizonte, filha de GERALDO RODRIGUES DE ALMEIDA e MARINALVA FERREIRA CAMPOS DE ALMEIDA.

LIBERIO AUGUSTO DE LIMA, solteiro, cozinheiro, nascido em 25/05/1986 em Florestal, MG, residente a Rua Prof. Bartira Mourão, 596 103, Buritis, Belo Horizonte, filho de MARIA HELENA MAGALHAES DE LIMA Com ANA CAROLINA GUIMARAES VALOIS, divorciada, nutricionista, nascida em 06/08/1981 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Prof. Bartira Mourão, 596 103, Buritis, Belo Horizonte, filha de ROBERTO FELIPE DE VALOIS e AGDA PERGENTINA GUIMARAES VALOIS. LEONARDO MELLA FERREIRA, solteiro, piloto, nascido em 01/04/1987 em Loanda, PR, residente a Rua Rubens Caporali Ribeiro, 533 601, Buritis, Belo Horizonte, filho de SERGIO LUIZ FERREIRA e MARIA EUGENIA MELLA FERREIRA Com AMANDA KARLA LAZARETTI, solteira, administradora, nascida em 11/06/1982 em Maringa, PR, residente a Rua Rubens Caporali Ribeiro, 533 601, Buritis, Belo Horizonte, filha de CARLOS LAZARETTI e ROSA MIDORI LAZARETTI. CAIO MARINHO MIQUERI NOGUEIRA, solteiro, assistente administrativo, nascido em 24/04/1996 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Indiana, 881 204, Jardim America, Belo Horizonte, filho de RODRIGO MIQUELETTI NOGUEIRA e RENATA DE ALMEIDA DA CUNHA MARINHO Com LARISSA VIEIRA RESENDE, solteira, estudante, nascida em 06/09/1995 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Indiana, 881 204, Jardim America, Belo Horizonte, filha de MARCOS RESENDE DE SOUZA e FABIANA MONTEIRO VIEIRA RESENDE.

DIOGO RESENDE LACERDA MOREIRA, solteiro, autônomo, nascido em 18/08/1984 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Eli Seabra Filho, 100 602, Buritis, Belo Horizonte, filho de MARCOS MOREIRA e MARLUCE RESENDE DE LACERDA Com MONICA FERNANDES DE SOUZA, divorciada, farmacêutica, nascida em 04/12/1986 em Parque Industrial, Contagem, MG, residente a Rua Eli Seabra Filho, 100 602, Buritis, Belo Horizonte, filha de AIRTON SIMAO DE SOUZA e JOANA FERNANDES DE SOUZA. EDER BATISTA DA CUNHA, solteiro, auxiliar administrativo, nascido em 02/06/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Guaporé, 104, Nova Cintra, Belo Horizonte, filho de JOAO BATISTA DA CUNHA e VILMA LUCIA GONCALVES DA CUNHA Com MIRIAM CONRADO PEIXOTO, divorciada, digitadora, nascida em 22/06/1978 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Almirante, 75, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de ODILON SOARES PEIXOTO e CLEUZA CONRADO PEIXOTO. MARLON GUILHERME DE MEDEIROS PAINS, solteiro, educador físico, nascido em 23/04/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Janauba, 415, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de FRANCISCO DEODATO PAINS e DEUZIRLENE MARIA DE MEDEIROS PAINS Com JAYANE KYVIA ROSA, solteira, maquiadora, nascida em 16/10/1997 em Contagem, MG, residente a Rua Janauba, 415, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de JAIRO JOSE ROSA e SINEIA DOS SANTOS SILVA ROSA. ALISSON JUAN RAMOS VIEIRA, solteiro, estudante, nascido em 27/02/2000 em Vespasiano, MG, residente a Beco Dos Vianas, 47, São Jorge, Belo Horizonte, filho de GILMAR MANOEL VIEIRA e ADRIANA RAMOS SOARES Com DARLENE TAINA DOS SANTOS MENDES, solteira, auxiliar administrativo, nascida em 19/02/2001 em Belo Horizonte, MG, residente a Beco Dos Vianas, 47, São Jorge, Belo Horizonte, filha de GELSON DA CRUZ MENDES e MARIZA SIMONE DOS SANTOS. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 05/03/2018. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 12 editais.


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LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

PROCESSOS

Frente quer criar imposto único

Demandas repetitivas Grupo de 215 deputados defende alternativa à proposta de reforma por meio do IVA congestionam o Judiciário Brasília - Será lançada MARCELO CAMARGO/ABr

hoje a Frente Parlamentar Mista do Imposto Único Federal. Coordenada pelo deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), o grupo já reúne 215 deputados. Bivar critica o atual sistema tributário nacional e espera que com a ajuda do colegiado consiga realizar estudos para a implantação de um imposto único no País. Ele avalia que a iniciativa é um passo importante no Legislativo para que seja aprovada uma alternativa à proposta que propõe um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) discutido na Comissão de Reforma Tributária da Câmara. Segundo Bivar, a ideia do imposto único defendida pela frente parlamentar é simples: sobre as transações efetuadas no sistema bancário incidirá uma alíquota de 2,29% sobre cada débito e crédito. Os tributos arrecadatórios federais seriam todos extintos – Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), contribuições previdenciárias patronais, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto Territorial Rural (ITR) e outros. “As vantagens do imposto único são inúmeras. Além da redução individual da carga tributária e do combate à sonegação e à corrupção, esse

FGTS

Fiscalização recupera R$ 4,2 bi para contas DA REDAÇÃO

O Sindifisco calcula uma defasagem acumulada de 88% na tabela do Imposto de Renda

tributo simplifica o complexo sistema tributário brasileiro, aumenta a produtividade das empresas, eleva salários, aumenta o poder aquisitivo dos consumidores e elimina a progressividade fiscal que vigora no país”, argumentou o Luciano Bivar. Tabela do IRPF - Sete projetos (PL 6.094/13 e apensados) em discussão na Câmara propõem diversas espécies de atualizações e até novas deduções na tabela do Imposto de Renda que não é corrigida desde 2015. O relator dos projetos na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), optou, porém, por focar o seu substitutivo na correção da tabela. “Eu coloquei somente a correção da inflação do período: 13,29% desde a última correção. É uma forma de eu não deixar esse projeto parado. Dar argumentos

para que tenhamos que esperar estudos do Tesouro. E aí passa mais um ano, dois anos, sem correção”, justificou. Cury propõe ainda um gatilho para evitar que no futuro o Legislativo tenha que discutir novamente a correção da tabela do Imposto de Renda. “Ou seja, todo ano haverá correção da tabela baseada na inflação”, informou. O relator acredita que outras propostas, inclusive a taxação de lucros e dividendos, devem ser tratadas no âmbito de uma reforma maior. “Baixar os impostos sobre a cadeia produtiva e sobre o consumo, que são muito altos no País, injustos; e olhar com mais carinho os impostos sobre a renda. Torná-los mais justos. Agora, fazer isso de forma pontual é muito arriscado. Há o risco de o governo vetar parte disso e só ficar

com a parte que aumenta a arrecadação, deixando todo o sistema caótico que nós temos”, alertou. Entre as dificuldades para a correção da tabela é que vários dispositivos legais impedem redução de receita sem a correspondente compensação orçamentária. Mas o deputado Eduardo Cury afirma que a correção apenas pela inflação não pode ser considerada uma renúncia fiscal, já que tem o objetivo apenas de equilibrar o peso dos impostos sobre o contribuinte. Pela proposta, a faixa de isenção sairia de R$ 1.903,98 mensais para R$ 2.157,13. O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) calcula que a tabela deveria ser corrigida em 88% para repor a inflação acumulada desde 1996. As informações são da Agência Câmara Notícias.

INTERNET

Facebook contesta exclusão na rede Brasília - O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral na matéria discutida no Recurso Extraordinário (RE) 1037396, interposto pelo Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. contra decisão da Segunda Turma Recursal Cível do Colégio Recursal de Piracicaba (SP) que determinou a exclusão de um perfil falso da rede social e o fornecimento do IP (internet protocol) de onde foi gerado. O recurso discute a constitucionalidade do artigo 19 do marco civil da internet (Lei 12.965/2014) que exige prévia e específica ordem judicial de exclusão de conteúdo para a responsabilização civil de provedor de internet, websites e gestores de aplicativos de redes sociais por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros. No caso tratado nos autos, a autora da ação ajuizada na Justiça paulista informou que nunca teve cadastro no Facebook, mas, alertada por parentes, constatou a existência de um perfil falso, com seu nome e fotos, usado para ofender outras pessoas. Alegando que, diante da situação, sua vida “tornou-se um inferno”, pediu a condenação da rede social à obrigação de excluir o perfil e reparar o dano moral causado. O Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de

Capivari (SP) deferiu apenas a obrigação de fazer a exclusão do perfil e fornecimento do IP, mas rejeitou o pedido de indenização. A sentença fundamentou-se no artigo 19 do marco civil, segundo o qual o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para a exclusão do conteúdo. Em julgamento de recurso da autora, a Turma Recursal deferiu indenização de R$ 10 mil, com o entendimento de que condicionar a retirada do perfil falso à ordem judicial específica significaria isentar os provedores de aplicações de toda e qualquer responsabilidade indenizatória, contrariando o sistema protetivo do Código de Defesa do Consumidor e o artigo 5°, inciso XXXII, da Constituição Federal, que trata do dever de indenizar. No recurso extraordinário ao STF, o Facebook sustenta a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que teria como princípios norteadores a vedação à censura, a liberdade de expressão e a reserva de jurisdição. Segundo a empresa, a liberdade de comunicação envolve não apenas direitos individuais, mas também um direito de dimensão coletiva, no sentido de permitir que os

indivíduos e a comunidade sejam informados sem censura. De acordo com a argumentação, admitir a exclusão de conteúdo de terceiros sem prévia análise pela autoridade judiciária acabaria permitindo que empresas privadas “passem a controlar, censurar e restringir a comunicação de milhares de pessoas, em flagrante contrariedade àquilo que estabeleceram a Constituição Federal e o marco civil da internet”. Repercussão geral - Ao se manifestar pela existência de repercussão geral, o relator do RE, ministro Dias Toffoli, assinalou que o tema em discussão é definir se, à luz dos princípios constitucionais e do marco civil, a empresa provedora de aplicações de internet tem os deveres de fiscalizar o conteúdo publicado nos seus domínios eletrônicos, de retirar do ar informações reputadas como ofensivas mediante simples notificação extrajudicial e de se responsabilizar legalmente pela veiculação do conteúdo antes da análise pelo Poder Judiciário. “A transcendência e a relevância são inequívocas, uma vez que a matéria em questão, dadas a importância e o alcance das redes sociais e dos provedores de aplicações de internet nos dias atuais, constitui interesse de toda a sociedade

brasileira”, afirmou. Segundo o relator, o debate poderá embasar a propositura de milhares de ações em todo o País, com impacto financeiro sobre as empresas provedoras de aplicações de internet, o que pode, em última instância, reverberar na atividade econômica como um todo. Outro ponto destacado foi que a discussão envolve uma série de princípios constitucionalmente protegidos, contrapondo a dignidade da pessoa humana e a proteção aos direitos da personalidade à liberdade de expressão, à livre manifestação do pensamento, ao livre acesso à informação e à reserva de jurisdição. “Dada a magnitude dos valores envolvidos, afigura-se essencial que o Supremo Tribunal Federal, realizando a necessária ponderação, posicione-se sobre o assunto”, concluiu. Por maioria, vencido o ministro Edson Fachin, foi reconhecida a repercussão geral. A questão da responsabilidade dos provedores é objeto também do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 660861, que teve igualmente a repercussão geral reconhecida, mas em 2012. “Aquilo que se decidir no ARE 660861 aplicar-se-á, em tese, apenas aos casos ocorridos antes do início da vigência do Marco Civil da Internet”, explicou o ministro Toffoli. As informações são do STF.

O Ministério do Trabalho recuperou R$ 4,2 bilhões para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2017, por meio de ações de fiscalização em empresas que deixaram de depositar o dinheiro nas contas vinculadas dos seus trabalhadores. As maiores arrecadações ocorreram nos estados de São Paulo (R$ 692 milhões), Rio de Janeiro (R$ 485 milhões), Minas Gerais (R$ 199 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 192 milhões). O volume de dinheiro recuperado em 2017 foi 35,4% maior do que em 2016, quando foram arrecadados R$ 3,1 bilhões pela Inspeção do Trabalho. Em 2015, o valor foi de R$ 2,2 bilhões. Ao todo, 50.596 estabelecimentos foram fiscalizados pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, que emitiu 19.497 notificações de débito. O maior número de autuações foi no setor do comércio, que teve 5.348 notificações em 16.948 estabelecimentos fiscalizados. O segundo maior foi nas empresas da indústria de transformação, com 4.080 notificações entre 7.207 estabelecimentos fiscalizados. Desde a instituição da fiscalização eletrônica, em 2014, o Ministério do Trabalho tem impulsionado seus resultados. A capacitação dos auditores para utilização de sistemas informatizados e para a padronização das ações tem tornado mais céleres os processos de fiscalização. Já o cruzamento das bases de dados governamentais com a base de depósitos efetuados nas contas vinculadas tem facilitado a identificação das empresas com irregularidades nos recolhimentos de FGTS. “Os procedimentos eletrônicos detectam automaticamente os débitos e um comunicado estabelecendo prazo para regularização é enviado à empresa pelo auditor-fiscal do Trabalho responsável pela ação. Não havendo o recolhimento, é lavrada uma notificação de débito”, explica o diretor de Fiscalização do Ministério, João Paulo Ferreira Machado. “Além disso, investimos na fiscalização específica dos grandes devedores, uma prioridade para a Inspeção do Trabalho”, afirma. A força-tarefa do Ministério voltada especificamente para a fiscalização do FGTS ainda conseguiu recuperar R$ 1.321.809.697,00. Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Brasília - Em todos os tribunais do Brasil, chega a 2,1 milhões o número de processos paralisados no Poder Judiciário por suas vinculações a temas repetitivos. O dado, que corresponde a 2,5% dos processos pendentes nos diversos ramos da Justiça, integra o “Relatório Demandas Repetitivas e Precedentes Judiciais” que o Departamento de Pesquisas Judiciais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) torna público. Demandas repetitivas são processos nos quais a mesma questão de direito se reproduz de forma que sua solução pelos tribunais superiores ou tribunais locais possa ser replicada fazendo com que causas idênticas tenham a mesma solução. Além de divulgar o número dos processos com andamento suspenso por demandas repetitivas, o relatório apresenta os temas que mais geram precedentes judiciais obrigatórios. Entre esses assuntos constam questões de direito público, direito tributário, direito processual civil e do trabalho. Entre os dez temas com o maior número de processos paralisados por demandas repetitivas estão: aplicação da Taxa Referencial (TR) como índice de correção monetária de saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), correção monetária de saldos em caderneta de poupança por expurgos da inflação de planos econômicos das décadas de 80 e 90, “desaposentação” e tributação incidente sobre faturas de energia elétrica. Transparência - Com a publicação do “Relatório Demandas Repetitivas e Precedentes Judiciais”, o CNJ busca ampliar a visibilidade dos dados disponíveis no Painel de Consulta ao Banco Nacional de Demandas Repetitivas e Precedentes Obrigatórios (BNPR). Entre os dados disponíveis no documento constam, também, os temas de demandas repetitivas por tribunal. Segundo o relatório, estão a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF) 974 temas de repercussão geral, dos quais 670 foram julgados. No Superior Tribunal de Justiça (STJ) são 800 temas de recursos especiais repetitivos, sendo que 733 foram julgados. Já o Tribunal Superior do Trabalho (TST) analisou 16 temas de recursos repetitivos, sendo que cinco foram julgados e 11 estão pendentes de avaliação. Em termos quantitativos, os cinco tribunais com o maior número de processos sobrestados são: Tribunal de Justiça de São Paulo (536,2 mil processos sobrestados), Tribunal Regional Federal da 3ª Região (506,5 mil processos sobrestados), Tribunal Regional Federal da 4ª Região (245,5 mil processos sobrestados), Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (129,7 mil processos) e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (117,1 mil processos). As informações são da Agência CNJ de Notícias.


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

ANDRE GOMES DE MELO / DIVULGAÇÃO

Elas na política

InfoVarejo

A participação e a representação de mulheres na política formal ainda estão muito distantes da composição da população brasileira. Em nível mundial, o Brasil tem uma das proporções mais desiguais entre homens e mulheres em cargos eletivos, ficando atrás de Arábia Saudita e Afeganistão, e é a terceira pior da América Latina. Nas diferentes instâncias, elas não chegam a ocupar nem 10% das cadeiras. Discutir os entraves históricos que dificultam a participação política da população feminina e a realidade contemporânea é a proposta do Café Controverso - Mulheres em cargos no Legislativo e Executivo, dia 10, às 11h, no Espaço do Conhecimento UFMG. Participam do debate Marlise Matos, professora do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), e Thaís Gonçalves, assessora na Procuradoria Regional Eleitoral em Minas Gerais (PRE-MG). A entrada é gratuita.

Empresários do setor varejista que pretendem enriquecer seus conhecimentos, compartilhar informações e ficar por dentro das tendências para 2018 têm encontro na segunda edição do Congresso InfoVarejo. O evento, que será realizado no dia 20, no Hotel Ouro Minas, tem na programação palestras e painéis com grandes nomes do varejo nacional e experiência internacional, como Daniel Cava (Beblue), Adriana Prates (Dasein Executive Searching), Carlos Barros (PDV Brasil), Rafael Moura (Wanna Sleep), Lucien Newton (Loja de Franquia), entre outros. A programação, com início às 8h, apresentará cases de sucesso, acesso a novas tecnologias e palestras. Entre alguns temas estarão varejo na vida real, fidelização e retenção de clientes, transformação digital, agregando valor financeiro ao varejo, e cultura em gestão em empresas vencedoras. Inscrições: http://infovarejo.com. br/congresso.

Dia de Cooperar Varginha será a primeira cidade mineira a receber o Lançamento da Campanha do Dia de Cooperar (Dia C) 2018. O evento será realizado nos dias 13 e 14, na Coccamig (Alameda do Café, 1.000, Jardim Andere). Para participar do lançamento, os dirigentes e colaboradores das cooperativas locais podem inscrever no máximo duas pessoas, até o dia 9. São oferecidas 60 vagas e a ficha de inscrição deve ser baixada no portal www. minasgerais.coop.br e enviada para o e-mail inscricao@minasgerais.coop.br. A participação é gratuita e, no dia do evento, o Sistema Ocemg contará com a doação voluntária de dois quilos de alimentos não perecíveis (exceto sal, fubá e óleo), que serão destinados a instituições beneficentes. Mais informações: (31) 3025-7134, 3025-7110 e 3025-7109.

Mulheres aptas a pilotar aeronaves são minoria Levantamento divulgado ontem - bem pertinho do Dia Internacional da Mulher (8 de Março) - pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que o número de mulheres com licença ativa para pilotar aeronaves cresceu 106% de 2015 a 2017. Segundo a Anac, há no Brasil 1.465 mulheres que exercem a atividade. Os homens são 46.556. O maior crescimento ocorreu no número de mulheres com licença de pilotos privados de avião, que aumentou 165%, passando de 279, em 2015, para 740 no ano passado. A Anac também identificou aumento expressivo no segmento de pilotos privados de helicóptero, que passou

de 47 mulheres em 2015 para 167 em 2017, o que representa crescimento de 255%. No caso de pilotos de avião de empresas aéreas, o número de mulheres passou de 29, em 2015, para 41 em 2017. Também aumentou a presença de mulheres piloto de linhas que operam com helicóptero, que foi de 14 profissionais para 22 no mesmo período. Mecânicas - O número de mulheres mecânicas de aeronave também cresceu. O percentual foi de 30% no período, passando de 179, em 2015, para 233 em 2017. “No entanto, o número ainda é pequeno quando comparado aos profissionais do sexo masculino: 8.092 em

2017”, informou a Anac. Os dados excluem a carreira de comissário de bordo que, historicamente, sempre teve mais profissionais do sexo feminino. Ao todo, são 6.485 mulheres contra 3.335 homens habilitados para a função. De acordo com a agência, o levantamento de profissionais habilitados é feito a partir da extração das licenças ativas emitidas exclusivamente pela Anac. De acordo com a Anac, apesar de os homens serem a maioria nos postos de pilotos, mecânicos e despachantes, os dados mostram que o cenário está mudando aos poucos com o ingresso de mais mulheres no setor, em especial no comando das aeronaves. (ABr)

Compliance O professor titular de Direito Penal da Universidade Castilla La Mancha (UCLM) e referência europeia em compliance, Adán Nieto Martin, juntamente com outros especialistas, terá um painel no evento “Diálogo sobre compliance nas organizações”, que será realizado hoje, em Belo Horizonte. O evento, promovido pela Samarco e pelo Centro de Pesquisa e Estudos em Compliance, acontecerá no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Recentemente, a Samarco figurou em uma lista de estudo inédito feito pela organização Transparência Internacional Brasil. A empresa ocupou o 31º lugar em transparência entre as 100 maiores empresas brasileiras. A pesquisa, feita em 2017 e publicada neste ano, buscou identificar como as maiores corporações no País estão evoluindo em seus padrões de transparência e prevenção à corrupção. Mais informações: (31) 3269-8927.

CULTURA DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Tavinho Moura lança com um show em BH. Ao seu lado, o multi-instrumentista e compositor Beto Lopes. Além das canções do novo CD, Tavinho Moura mostrará algumas pérolas de seu extenso repertório, como: Paixão e Fé, Gente que vem de Lisboa, Tesouro da Juventude,Viagem das Mãos, Cruzadas e Peixinhos do Mar. Quando: Sábado (10), às 21h30 Quanto: R$ 30 Onde: Bar do Museu Clube da Esquina (Rua Paraisópolis, 738, Santa Tereza, Belo Horizonte) Mamutte

Nello Nuno e Eliana Rangel Mostra - A exposição “Construções Afetivas: Nello Nuno e Eliana Rangel na Casa Fiat de Cultura” reunirá, pela primeira vez, a obra desses dois irmãos, nascidos em Viçosa (MG), que se consagraram como grandes nomes do cenário artístico mineiro. As mais de 80 obras expostas, entre pinturas, vídeo e objeto em diálogo plástico-visual, revelam as singularidades e

afinidades entre os artistas. Quando: De hoje a 6 de maio. De terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h Quanto: Entrada gratuita Onde: Casa Fiat de Cultura, Circuito Liberdade (Praça da Liberdade, 10, Funcionários, Belo Horizonte) Tavinho Moura Novo CD - “O Anjo na Varanda” é o novo CD que

Show - O artista mineiro Mamutte faz show que integra uma série de cinco apresentações. No repertório, canções autorais do EP “Quase Disco” e do álbum “Epidérmico”. O show traz a sonoridade dos violões de aço e nylon, teclado, guitarra elétrica, baixo e bateria, arregimentação que dá pele ao corpo das canções de Mamutte. Quando: Dia 21, às 19h Quanto: Entrada gratuita Onde: Centro Cultural Zilah Spósito (Rua Carnaúba, 286, Bairro Jaqueline, Belo

Horizonte) Youtuber Authentic Games - O youtuber Marco Túlio, sensação brasileira do universo Minecraft, vai apresentar o “Authentic Games o show: Festa dos Youtubers” em BH. Voltado para os fãs do game Minecraft, o evento promete tarde animada com muita música, interatividade e jogos. Ele retorna a Belo Horizonte após sucesso em

sua apresentação na cidade em 2017. Quando: Dia 25, a partir das 18h Quanto: R$ 40 a R$ 200 Onde: Km de Vantagens Hall BH (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, Belo www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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