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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.609 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2018

Lítio garante investimentos da Oxis Energy na Grande BH Compra de 10% da britânica, pela Codepar, viabilizará a instalação da empresa A unidade brasileira da Oxis Energy, que é especializada em produção de células de bateria de lítio-enxofre, iniciará suas operações no primeiro trimestre de 2020. A garantia é do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco. Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ontem, ele anunciou o ano de inauguração e adiantou que a fábrica terá capacidade de produzir um milhão de células de bateria de lítio-enxofre por ano, o suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano. A Codemig Participações (Codepar), subsidiária da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) comprou 33% de participação da Companhia Brasileira de Lítio (CBL). A compra garantiu a possibilidade da compra de 10% da Oxis Energy, pela Codepar, por meio do Fundo Aerotec, que faz aportes em empresas dos setores aeroespacial, defesa e novos materiais. Pág. 3

DIVULGAÇÃO

As células de bateria de lítio-enxofre que serão fabricadas pela Oxis podem ser utilizadas na fabricação de ônibus elétricos

Embraer amplia atuação em Minas Gerais

EDITORIAL A economia do País continua dando sinais de reação, porém mantendo um nível de expansão ainda modesto e aquém das expectativas. Os números mais recentes do IBGE apontam nessa direção, num contexto em que chama a atenção o recuo de 0,1% da indústria no mês de março, em comparação com o mês anterior. Os principais analistas já começam a refazer suas contas e previsões para o ano, trocando as apostas em 3% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para algo em torno dos 2,5%. E tudo isso sem que entre nas contas as incertezas com relação à economia global e possíveis dificuldades no câmbio e no comércio, pontos que até agora têm sido favoráveis ao País. “Sem tempo para esperar”, pág. 2

OPINIÃO A semana de mau tempo em Buenos Aires não foi só de chuvas e trovoadas, mas de uma turbulência econômica assustadora. Surpreendente, de certa forma, porque os incautos observadores da república portenha achavam que os piores momentos na economia passaram e que o governo Macri era só alegria. A sua aceitação internacional, a vitória nas eleições parlamentares intermediárias, a determinação em fechar acordos internacionais através do Mercosul e algumas reformas sistêmicas, davam a impressão de um futuro brilhante e de uma reeleição garantida no próximo ano. (Stefan Salej), pág. 2

PIB brasileiro pode esbarrar na falta de fôlego da economia Pág. 15

Custo de vida em BH registrou alta de 0,19% no mês passado Pág. 6

Dólar - dia 7

Euro - dia 7

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,5517 Venda: R$ 3,5522

4,2280

A empresa, por meio da Embraer Serviços & Suportes, homologou a OPD Aviation como seu Centro de Serviços Autorizados (Easc, na sigla em inglês) para manutenção de seus jatos executivos no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A OPD Aviation fará a manutenção de linha e base para as aeronaves Phenom 100 e Phenom 300. A empresa já conta com um Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer em Minas Gerais (Cete-MG). Pág. 4

Em construção desde 2015, o primeiro módulo do Instituto Senai de Inovação de Itajubá, no Sul do Estado, terá um dos seus cinco galpões subsidiados pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Com um investimento de R$ 32 milhões, a Codemge será a responsável pela construção da estrutura física do Setor C, que receberá laboratórios focados em transformadores de alta-tensão. Pág. 11

Venda: R$ 4,2291

Poupança (dia 7): ............ 0,3715%

Turismo Compra: R$ 3,5170 Venda: R$ 3,7000

Nova York (onça-troy): US$ 1.314,10

IPCA-Ipead (Março): ........... -0,27%

R$ 149,50

IGP-M (Abril): ......................... 0,57%

BM&F (g):

SEBASTIÃO JACINTO/FIEMG/DIVULGAÇÃO

Olavo e Castello Branco durante coletiva na Fiemg BOVESPA

TR (dia 8): ............................. 0,0000% IPCA-IBGE (Março): ........... 0,09%

Ptax (BC)

Além do Centro de Engenharia, BH agora conta com um centro de manutenção

Codemge é parceira da Fiemg no Instituto Senai de Inovação

Ouro - dia 7

Compra: R$ 3,5452 Venda: R$ 3,5548

DIVULGAÇÃO

+0,07 -1,82 -1,49 27/04

02/05

03/05

-0,20 -0,49 04/05

07/05

Consumidor da Capital com a renda comprometida Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) apontou que 48,3% dos belo-horizontinos estão com mais de 30% de sua renda familiar comprometida com o pagamento de compras parceladas ou financiamentos. Deste total, 1,7% deve mais do que ganha. O patamar saudável de comprometimento da renda com dívidas é de 30%. Pág. 5


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2018

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OPINIÃO Da Argentina turbulenta STEFAN SALEJ * A semana de mau tempo em Buenos Aires não foi só de chuvas e trovoadas propriamente ditas, mas de uma turbulência econômica assustadora. Surpreendente, de certa forma, porque os incautos observadores da república portenha achavam que os piores momentos na economia passaram e que o governo Macri era só alegria. A sua aceitação internacional, a vitória nas eleições parlamentares intermediárias, a determinação em fechar acordos internacionais através do Mercosul e algumas reformas sistêmicas, davam a impressão de um futuro brilhante e de uma reeleição garantida no próximo ano. Mas o descontrole do câmbio, a repentina elevação dos juros pelo Banco Central (taxa básica de 40% ao ano), a elevação da inflação (prevista para este ano em 20%) , levaram a Argentina, com a desculpa de que o dólar norte-americano se sobrevalorizou e prejudicou o peso argentino, a um turbilhão inesperado para os incautos e bem-vindo para todos aqueles que sempre ganham com a crise argentina. O capital, que vinha alegre, e em quantidade, de repente, saiu do país, com a mesma alegria,

como escreveu o influente “New York Times”. Aliás, algo para lembrar no caso brasileiro, em que teimamos que capital só vem, e que não vai embora em velocidade ainda maior quando realizou seus lucros ou sentiu o perigo. O Banco Central argentino queimou, para manter a moeda em pé, mais de cinco bilhões de dólares. E aí vêm as declarações tantas vezes já ouvidas pelos investidores estrangeiros das autoridades argentinas, só mudam os nomes, mas não as frases, de como tudo está calmo e resolvido. No Brasil temos mais especialistas em Europa, agora em China e Estados Unidos, do que entendedores de Argentina. A crise cambial argentina bate de frente com a recuperação da economia e, em especial, da indústria brasileira. Nosso superavit comercial, basicamente de manufaturados, de 10 bilhões de dólares, com Argentina, é resultado da recuperação da economia portenha. E a nossa exportação de automóveis é principalmente destinada ao país vizinho. Como 70% de automóveis produzidos na Argentina usam peças importadas e a maior parte dos automóveis é importada, a desvalorização de 30% da moeda local terá efeitos

imediatos no custo e no preço de venda. Em resumo, acabou a alegria. Ficou mais uma vez a saudade da boa relação comercial. A nossa aliança com a Argentina deveria ter sido mais solidamente revista há mais tempo. Mas, como somos também mais de vento do que de formação de uma política externa e comercial a longo prazo, acabamos aceitando esse tipo de eventos como normais. Aliás, estamos nos iludindo com superávits comerciais, inclusive com a China, sem nenhum fundamento sólido para uma relação consistente a longo prazo. Estamos confundindo balança comercial com balanço de pagamentos. Também no Brasil vai faltar dólar em breve, com a gestão e com a política de comércio exterior que temos. E mais, devido à base exportadora, que se restringe a poucos empresas, poucos produtos e poucos mercados. O efeito vodka, eu serei você amanhã, poderá se repetir, sem sabermos quando e como. * Ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e cofundador de Minas em movimento

Sinto muito, muito mesmo! CESAR VANUCCI * “As criaturas estão no caminho entre o Nada e o Tudo. Encontram o que está acima de todos (...) pela via da oração.” (Alceu Amoroso Lima) Ouvi a oração, um bocado de tempo atrás, numa representação teatral. Anotei na memória velha de guerra as ideias básicas contidas no sugestivo recitativo. Resolvi aqui reproduzi-lo. Não tenho dúvida quanto à fidelidade aos conceitos. Mas, não consigo garantir o mesmo quanto à qualidade da reprodução. Peço a todos, por isso, que levem em conta a (boa) intenção. Estou falando de uma mensagem havaiana de cunho religioso. Lembra a arrebatante Oração de Francisco de Assis, na parte em que exorta as pessoas ao exercício do perdão. Perdão concebido, numa e noutra prece – claro está - dentro da perspectiva da humildade, “base e fundamento de todas as virtudes”, sem a qual “não há nenhuma virtude que o seja”, como atesta Cervantes. Por atravessarmos época pra lá de conturbada, carregada de tensões oriundas do ódio, intolerância, injustiça social, propicias por tudo isso a reflexões acerca do sentido da aventura humana, considerei de oportunidade compartilhar essa oração com os amáveis leitores. O texto que dei conta de rememorar diz (mais ou menos) o que vem alinhado na sequência. Sinto muito, muito mesmo, por tudo aquilo que, partindo de mim, haja provocado, em qualquer época e qualquer lugar, sofrimento, decepção, frustração, ira, desalento, perturbação, contrariedade em pessoas de meu ambiente familiar; em pessoas de meu círculo afetivo; em pessoas de minhas ligações profissionais; em homens e mulheres, adultos e jovens, conhecidos ou desconhecidos, que cruzaram meus caminhos no curso desta caminhada pela pátria terrena. Sinto muito, sinceramente, por tudo

aquilo que, em decorrência de atos ou palavras de minha autoria, possa ter dado causa a reações de pessoas de minha roda familiar, de minha esfera afetiva, nas minhas vinculações profissionais e comunitárias, que despertassem em mim rancor, tristeza, inconformismo, irritação, desejos de vingança. Rogo da Suprema Divindade que transmute todas essas emoções negativas em energias positivas. Energias que tenham o mérito de comunicar sensações de bem-estar e conforto a todos e que possam contribuir para a construção de relacionamentos humanos harmoniosos, fraternais e duradouros. Eu sinto muito por tudo isso. Peço, humildemente, perdão por todas as reações desagradáveis que, consciente ou inconscientemente, ajudei a fomentar na convivência com os semelhantes. Escancaro o coração à prática do amor, da fraternidade, da solidariedade e agradeço, reverentemente, por esta chance de poder lamentar, pedir perdão e exprimir o avassalador sentimento de mundo que me invade a alma. Não resisto, por último, à tentação de pedir a atenção dos leitores para algo que, certamente, não lhes passa desapercebido todas as vezes em que tomam conhecimento, como agora no caso desta oração do Havai, de uma forma de diálogo com o Absoluto nascida de concepção cultural da vida diferenciada da nossa. No fundo, independentemente de tempo e lugar, o que dá pra perceber é que a linguagem é sempre igual. Os cânticos de louvor ao Altíssimo alcançam sempre o entendimento universal. Brotam dos mais generosos impulsos da alma humana. Revelam que os homens, não importam a etnia, o idioma, o lugar em que vivem, os hábitos, são na essência tremendamente parecidos. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

As ondas eleitorais GAUDÊNCIO TORQUATO * O campo eleitoral costuma ser movimentado por ondas. Que circulam de cima para baixo e de baixo para cima, absorvendo climas, circunstâncias, discursos e canalizando esse conjunto de inputs na direção de potenciais perfis, principalmente candidatos a pleitos presidenciais. Em face da competitividade alcançada pela eleição deste ano, a atenção maior se volta para aqueles que pleiteiam o assento no Palácio do Planalto, razão porque figurantes estaduais, a poucos meses antes do pleito, não ganham tanta projeção quanto os protagonistas presidenciais. As ondas ganham o empuxo do momento, empurrando para cima perfis que parecem responder às demandas imediatas da sociedade. As demandas, por sua vez, reúnem anseios, expectativas, frustrações do povo para com governantes e suas políticas, e contextos que levam em conta heranças do passado e esperanças do eleitor em relação ao futuro. No caso do Brasil, a leitura do momento exibe um país que afundou na maior recessão econômica da história; a ascensão de um novo governante sob a decisão congressual de afastar a presidente; reformas – teto de gastos, trabalho, educação, terceirização etc - não suficientemente explicadas e entendidas pela sociedade; o maior processo de investigação da corrupção em todos os tempos, com envolvi-

mento de altos empresários, políticos e governantes; prisão do líder mais populista do País; tentativa de um partido de tornar vítima seu líder maior e, dessa forma, retornar ao centro do poder, depois de 13 anos de comando do País; indignação social contra a classe política; volta de uma polarização do discurso que tem como lema “nós e eles”; dispersão do campo político; situação falimentar de Estados e Municípios; extrema violência que assola os quatro cantos do País; e precarização dos serviços públicos. Essa é a moldura que está por trás dos agentes que se apresentam como pré-candidatos em outubro próximo à Presidência da República. Sob a influência de alguns traços do cenário, o eleitor faz suas primeiras escolhas. De um lado, um partido organizado, com militância aguerrida, que proclama todo tempo ter sido responsável pelo “melhor governo que o Brasil já teve em todos os tempos”, sem abrir ouvidos ao maior rombo do Tesouro por eles provocado no governo da presidente impichada. O “Salvador da Pátria”, mesmo preso, continua sendo elevado aos píncaros da glória, graças ao carisma que ainda detém. O que explica a margem histórica de 30% que lhe dão pesquisas de intenção de voto. De outro lado, emerge a figura que faz o papel de contraponto, um perfil de extrema direita, ex-militar que sustenta o discurso da ordem contra a bagunça, sob os lemas

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de “bandido bom é bandido morto”, “soldado bom é aquele que mata”. Jair Bolsonaro, pois, é empurrado para o alto pela temperatura ambiental, enquanto Luiz Inácio está, como esteve antes, sendo impulsionado pela onda petista, muito forte mesmo contra ventos que levam o petismo para a profundeza oceânica. Será que ambos sustentariam seus índices até outubro? Lula está praticamente fora do jogo, eis que, mesmo sendo solto, deverá entrar na lama do ficha-suja. Tudo indica que será impedido pelo TSE e seu substituto não levaria seus votos. Bolsonaro representa a sociedade indignada, mas não o voto mais consciente e racional das maiores parcelas das classes médias. Terá poucos segundos de TV para fazer sua campanha. Estamos divisando outras ondas carregando Joaquim Barbosa, Marina Silva e Ciro Gomes. Ondas revoltas. Quando o mar estiver menos agitado, será razoável supor que outros perfis poderão ascender na escada eleitoral. A decisão do eleitor muda segundo as circunstâncias. Por enquanto, os ventos do outono puxam os perfis. Aguardemos a ventania do inverno e o sopro do verão.

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Sem tempo para esperar A economia brasileira continua dando sinais de reação, porém mantendo um nível de expansão ainda modesto e aquém das expectativas. Os números mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam nessa direção, num contexto em que chama a atenção o recuo de 0,1% da indústria no mês de março, em comparação com o mês anterior. Falta entender se o copo está meio cheio ou meio vazio. Pondo atenção na indústria, que gera mais renda e melhores empregos, registrou-se, nos últimos doze meses, expansão de 2,9%, mas o setor ainda está 15,3% abaixo de seu melhor resultado, alcançado em maio de 2011. Com os resultados já conhecidos, em que o dado mais relevante é o fato de que a economia continua se mantendo fora do quadro de recessão, as atenções agora estão concentradas na divulgação dos números relativos ao primeiro trimestre do ano. A crença é de que haverá expansão de 0,6%, pouco Pondo atenção na menos que indústria, que gera o esperado mais renda e melhores anteriormente. Nesse rumo empregos, registrouos principais se, nos últimos doze analistas começam a refazer suas meses, expansão de contas e previsões 2,9%, mas o setor para o ano, trocando as ainda está 15,3% apostas em 3% abaixo de seu melhor para o crescimento resultado, alcançado do Produto Interno Bruto em maio de 2011 (PIB) para algo em torno dos 2,5%. E tudo isso sem que entre nas contas as incertezas com relação à economia global e possíveis dificuldades no câmbio e no comércio, pontos que até agora têm sido favoráveis ao País. Sobre o desempenho da indústria, que tem peso na balança, especialistas apontam a baixa anotada como resultado do recuo havido nos bens de consumo intermediário, que incluem algumas das matérias-primas mais relevantes para a manufatura, como minério de ferro, petróleo, celulose e açúcar. Já a área de bens de consumo duráveis, depois de uma expansão relevante no quarto trimestre de 2017, esperase agora que o aquecimento fique por conta de eletrônicos, televisões especialmente, puxados pela aproximação da Copa do Mundo de Futebol. Desse quadro geral, em que faltou mencionar os sinais positivos vindos da indústria da construção e a consolidação aparente da recuperação do setor de material de transportes, resta assinalar, e com a necessária ênfase, que os números não saíram do negativo no que toca à recuperação de postos de trabalho, com o número de desempregados tendo alcançado o recorde de 14 milhões de indivíduos no mês de março. Este, sem lugar a dúvida, o ponto crítico que torna mais alarmante os sinais de que a recuperação da economia continua correndo num ritmo mais lento que o estimado. Por elementar, quem está sem trabalho e sem sustento não tem como esperar que os bons ventos da economia voltem a soprar.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2018

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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

IMPASSE

DNPM fará vistoria em fábrica da Heineken

A planta terá capacidade de produzir um milhão de células de bateria de lítio-enxofre por ano, o suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano

MINERAÇÃO

MG produzirá bateria de lítio-enxofre Filial da britânica Oxis Energy será instalada na RMBH, com início das operações em 2020 THAÍNE BELISSA

Com endereço ainda incerto na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a unidade brasileira da Oxis Energy, que é especializada em produção de células de bateria de lítio-enxofre, iniciará suas operações no primeiro trimestre de 2020. A garantia é do diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco. Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ontem, ele anunciou o ano de inauguração e adiantou que a fábrica terá capacidade de produzir um milhão de células de bateria de lítio-enxofre por ano, o suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano. A abertura da filial brasileira da britânica Oxis Energy só será possível

porque a Codemig Participações (Codepar), subsidiária da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) comprou 33% de participação da Companhia Brasileira de Lítio (CBL). O valor de investimento foi de R$ 80 milhões, conforme explicou Castello Branco. Com essa operação, a Codepar passou a se beneficiar da exploração e do beneficiamento do lítio já realizado pela CBL nos municípios de Araçuaí e de Divisa Alegre, no Vale do Jequitinhonha, e também garantiu a vinda da Oxis Energy para o Estado. “Essa compra de 33% garantiu a possibilidade da compra de 10% da Oxis Energy, pela Codepar, por meio do Fundo Aerotec, que faz aportes em empresas dos setores aeroespacial, defesa e novos materiais com alto potencial de crescimento. A compra de participação da startup

britânica foi realizada sob a garantia de que ela abriria uma subsidiária brasileira”, explica. De acordo com Castello Branco, a unidade, que iniciará operações no primeiro trimestre de 2020, funcionará como uma fábrica-laboratório, com o lítio extraído no Jequitinhonha, já que terá uma escala baixa nesse primeiro momento. O local exato da planta não foi confirmado, mas a garantia é que será na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “É um investimento de alto risco, então vamos começar com uma produção de um milhão de células de lítio-enxofre por ano. Uma fábrica completa teria uma produção dez vezes maior que isso. Entendemos que esse formato de laboratório nos possibilitará aprender e desenvolver a logística, qualificar mão de obra sem assumir um risco grande demais agora”, explicou.

Segundo ele, o principal diferencial da Oxis Energy é a produção de células de bateria de lítio-enxofre e não de íon-lítio, que é o mais comum no mercado. “Trata-se de uma geração mais moderna do produto, que não oferece risco de aquecimento e explosão como o seu antecessor”, disse. Uma das principais aplicações do lítio é na produção de baterias de celulares, laptops e de veículos elétricos. Sua utilização como componente em baterias elétricas vem sendo aperfeiçoada para aumentar o tempo de uso e a autonomia. Castello Branco acredita que a filial brasileira da Oxis Energy fomentará a produção de ônibus elétricos no País. Segundo ele, a produção inicial da fábrica em Minas Gerais seria suficiente para fabricar 80 ônibus elétricos por ano.

VEÍCULOS

Nível de vendas é o maior em dois anos São Paulo - Com o melhor resultado de vendas em mais de dois anos e o segundo maior volume de exportações da história, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, fez uma avaliação positiva dos resultados da indústria automobilística em abril. Como o mercado, apesar do crescimento de 21,3% que levou o consumo de veículos no Brasil para 763 mil unidades nos quatro primeiros meses do ano, segue abaixo da média histórica - de 951 mil veículos em igual período -, o executivo avaliou que as montadoras ainda têm espaço para crescer e reduzir a ociosidade das fábricas. Segundo Megale, o aumento das vendas de caminhões, de 3,9% na passagem de março para abril, confirma a recuperação gradual, mas “progressiva”, da economia brasileira. O presidente da Anfavea

destacou que a produção de veículos no Brasil está há 18 meses em alta na comparação interanual, o que permitiu um aumento de 4,1% da mão de obra empregada pelo setor no último ano. “O emprego está crescendo a ‘conta-gotas’, mas aumenta todo mês”, assinalou o executivo. A produção brasileira de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em abril ficou praticamente estável na comparação com março, com recuo de 0,5%, enquanto na comparação com abril de 2017 saltou 40,4%, impulsionada por avanços no mercado interno e nas exportações. O volume produzido somou 266,1 mil veículos, acumulando 965,9 mil unidades nos quatro primeiros meses do ano, 20,7% a mais que no primeiro quadrimestre de 2017. As vendas avançaram 4,8% no mês passado sobre março e 38,5% na comparação anual, para 217,3 mil

unidades. No acumulado do quadrimestre, os licenciamentos subiram 21,3 por cento, para 762,9 mil veículos. Já as exportações de veículos montados, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus subiram 19,5% na comparação com abril de 2017, para 73.152 unidades. Na comparação com março deste ano, as vendas externas unitárias subiram 8,4%, acumulando no primeiro quadrimestre expansão de 7,5% sobre o mesmo período do ano passado, a 253.359 unidades, informou a Anfavea. As exportações, de 73,2 mil veículos no mês passado, representaram o melhor abril em embarques da história e, considerando todos os resultados, o segundo melhor mês da série histórica, atrás apenas de maio do ano passado (73,4 mil). O presidente da Anfavea reconheceu que o setor observa com preocupação

a situação da Argentina, principal destino das exportações das montadoras brasileiras. “Com certeza, nos preocupa. Tivemos movimento de volatilidade no câmbio, que também está afetando o Brasil. Fica mais difícil trabalhar com câmbio volátil”, afirmou o presidente da Anfavea, acrescentando que a Argentina representa mais de 75% das exportações de veículos produzidos no Brasil. A Anfavea manteve suas projeções para o ano, apesar dos números de vendas no acumulado dos quatro primeiros meses do ano estarem acima das estimativas da entidade para 2018. A Anfavea espera crescimento de vendas internas de 11,7% neste ano, para 2,5 milhões de veículos. Na produção, a expectativa é de alta de 13,2%, para 3,05 milhões de unidades. Já para as exportações, a entidade espera crescimento de 5%, para 800 mil veículos. (AE e Reuters)

METRÔ

CBTU reajusta em até 90% valores das passagens A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) anunciou reajuste de quase 90% nos valores de passagens de metrô de cinco capitais do País. Em quatro cidades, o aumento ocorre após mais de uma década sem mudanças nas tarifas. Em nota divulgada ontem, a CBTU informa que a partir da próxima sexta-feira, 11, os bilhetes de Belo Horizonte (R$ 1,80) e Recife (R$ 1,60) terão reajuste de 89% e 88%, saltando para R$ 3,40 e R$ 3, respectivamente. Em João Pessoa, Maceió e Natal, as tarifas custarão o dobro, passando de R$ 0,50 para R$ 1. Segundo a CBTU, o reajuste “busca o fortalecimento do transporte de passageiros sobre trilhos”. “Rigorosamente em todo o País, tarifas de transportes públicos sofrem reajustes baseados, normalmente, em índices inflacionários. Em João Pessoa, Maceió e Natal as tarifas estão congeladas há 15 anos; em Belo Horizonte há 12 anos e em Recife há seis”, afirmou a companhia. “Com isso, a receita obtida pelo serviço de transporte metroferroviário não evoluiu de forma compatível com o aumento de seus custos, sendo necessária aplicação do presente reequilíbrio financeiro.» Em março deste ano, a companhia ameaçou reduzir o funcionamento das linhas de metrô das cinco capitais para apenas os horários de pico dos dias úteis. O motivo seria o corte de 43% no orçamento de 2018 em relação ao ano passado. Em 2017, a companhia recebeu R$ 260 milhões, mas neste ano o montante foi reduzido a R$ 139,7 milhões. No início de abril, o então ministro de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, afirmou que seria realizada complementação orçamentária para garantir o funcionamento das linhas operadas pela CBTU. (AE)

São Paulo - O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) enviará técnicos para conduzir uma vistoria em uma fábrica da Heineken localizada no município de Alagoinhas (BA), após denúncias de supostas irregularidades ambientais, em meio a uma disputa judicial que envolve a empresa e um empresário. A fábrica é uma das cinco que a cervejaria holandesa tem no Nordeste do País de um total de 15 no Brasil e foi herdada com aquisição da Brasil Kirin em fevereiro do ano passado por US$ 1,09 bilhão, em um acordo que a tornou a Heineken a segunda maior fabricante de cervejas do País. A área ocupada pela fábrica em Alagoinhas é alvo de uma disputa judicial que se arrasta desde 1996, quando o empresário Maurício Brito Marcelino da Silva entrou com pedido de autorização de pesquisa para prospecção de fosfato no local. Na época, o DNPM indeferiu o requerimento, favorecendo a abertura no ano seguinte de uma fábrica do então grupo Schincariol, posteriormente comprado pela japonesa Kirin, por US$ 3,95 bilhões, em 2011. Após quase 20 anos brigando judicialmente pelo direito de exploração da área, o empresário obteve em 2015 uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou os atos do diretor-geral do DNPM na época, citando evidências de “interesse político do governo municipal de Alagoinhas/BA em dar preferência de instalação da cervejaria”. Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou na semana passada que “está examinando o alcance e teor da referida determinação judicial (STJ) para orientar o DNPM quanto ao seu correto cumprimento”. De acordo com a AGU, ainda não foi exigida a desocupação da área ou adotada qualquer medida similar envolvendo o empreendimento da Heineken em Alagoinhas. O atual diretor-geral do DNPM, Victor Hugo Froner Bicca, disse à Reuters na sexta-feira que se reuniu com representantes da cervejaria em 7 e 28 de março. Além da decisão judicial, a autarquia apura denúncias de irregularidades ambientais feitas pelo autor da ação, segundo Bicca. “Levantamentos técnicos em escritório foram iniciados e culminarão em vistoria presencial na área... Somente após a conclusão dos estudos, outras questões técnicas poderão ser abordadas”, afirmou o diretor-geral do DNPM sem informar uma data para a visita dos técnicos do departamento. Na quarta-feira passada, a Reuters noticiou que Bicca estava entre os indicados pelo presidente Michel Temer e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM), que vai substituir as funções do DNPM nos próximos meses. (Reuters)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

Anac não fala sobre Viracopos Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não se manifestará sobre o pedido de recuperação judicial do Aeroporto de Campinas (SP) até ter detalhes sobre a medida anunciada pela concessionária, mas nota que a empresa deve continuar com a operação. Sócia da Aeroportos Brasil no terminal, a estatal Infraero não se pronunciará sobre o tema. Em nota, a Anac informa que a manutenção dos serviços aos passageiros e companhias aéreas continua sendo responsabilidade da empresa que administra o terminal. “Cabe destacar que a concessionária permanece responsável pela manutenção dos níveis de qualidade dos serviços prestados aos passageiros, conforme estipulado no contrato de concessão e acompanhado pela Anac”, cita a agência. Com a homologação da OPD Aviation, Embraer passa a contar com Centro de Serviços Autorizados para a manutenção de seus jatos na Capital

AVIAÇÃO

Embraer amplia atividade em BH Companhia passa a ter Centro de Serviços Autorizados no Aeroporto da Pampulha LEONARDO FRANCIA

A Embraer deu mais um passo para ampliar sua atuação em Minas Gerais. A empresa, através da Embraer Serviços & Suportes, homologou a OPD Aviation como seu Centro de Serviços Autorizados (Easc, na sigla em inglês) para manutenção de seus jatos executivos no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A Embraer não comentou o assunto, mas, em documento enviado à reportagem, a empresa afirmou que a OPD Aviation está homologada para manutenção de linha e base para as aeronaves Phenom 100 e Phenom 300. Além da OPD, a rede de serviços da Embraer no Brasil conta com a Voar Aviação, em Goiânia (GO); a Aeromecânica, no Recife (PE); e também em Curitiba (PR), além do centro de serviços próprio em Sorocaba (SP). A Embraer vem ampliando sua atuação de diferentes formas no Estado já há alguns anos. Em novembro de 2014, a empresa e o governo de Minas confirmaram que o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer em Minas Gerais (Cete-MG), que atua em atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos, produtos e serviços para o setor aeronáutico e de defesa e segurança desde o fim de 2011, seria ampliado. Empregos - O Cete-MG da Embraer fica nas instalações do Centro de Inovação e Tecnologia (Cetec) do Serviço Nacional da Indústria (Senai), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na região Nordeste da Capital. Na época, a ampliação permitiu ao empreendimento dobrar sua capacidade de empregos diretos de 100 para 200, en-

Infraero licitará áreas externas de aeródromos São Paulo - Buscando engordar suas receitas comerciais, a Infraero planeja licitar, em 2018, dezenas de áreas comerciais externas nos aeroportos de sua rede. Para dar início ao plano, a estatal mapeou 30 espaços em 17 terminais aeroportuários, onde poderão ser instalados empreendimentos como hotéis, supermercados e universidades. “Mas há áreas disponíveis nos 54 aeroportos sob administração da Infraero. Esses 30 que elencamos são os projetos que, segundo nossa análise, estão mais maduros, têm um apelo comercial maior”, afirma o superintendente de Negócios em Áreas Externas e Serviços Aéreos da estatal, Bruno Basseto. Os 30 espaços externos, que variam de 3 mil a 85 mil metros quadrados, se concentram principalmente em aeroportos com localizações estratégicas, em regiões centrais ou próximos de grandes rodovias. Alguns possuem vocação específica, como os destinados a hangares, que têm acesso a pista de pousos e decolagens. Mas a maioria das áreas pode ser moldada de acordo com o interesse do potencial investidor, seja quanto à natureza do empreendimento (megalojas, postos de gasolina, concessionárias de veículos, hotéis, entre outros), ou quanto ao tamanho da área ocupada. Embora o mercado esteja mais familiarizado com oportunidades comerciais dentro dos terminais, Basseto garante que há grande demanda pelos espaços externos, que contam com facilidades logísticas e de segurança. Ele destaca que dois dos 30 projetos já foram licitados tre engenheiros, técnicos e pessoal administrativo. Além disso, a Embraer era âncora para o desenvolvimento de um projeto maior do governo do Estado, que era a implantação de uma Aerotrópole, com toda a mobilidade urbana e conectividade entre modais construída em torno do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de

e estão em fase de assinatura dos contratos: uma área de 3,5 mil metros quadrados no Aeroporto de Jacarepaguá (RJ) e outro lote de 28 mil metros quadrados em Manaus (AM), ambos destinados a atividades comerciais (escritórios). Para trazer investidores aos espaços, a Infraero tem ido a campo e frequentado feiras setoriais tanto no Brasil quanto no exterior. Neste ano, a estatal esteve presente na feira de logística Intermodal, na convenção da Abad, de atacadistas e distribuidores, e pretende comparecer à Equipotel, do setor de hotelaria. “O mercado recebeu muito bem, de forma bastante positiva, principalmente as oportunidades nos principais aeroportos: São Paulo, Rio, Goiânia, Recife, Curitiba”, comentou o superintendente. As conversas estão mais avançadas para alguns dos projetos previstos para o ano. Mas o portfólio é “dinâmico”, afirma Basseto: se um investidor se interessar por outra área, ainda não mapeada, a licitação pode entrar nos planos da Infraero. Com esses 30 espaços licitados, a estatal espera encerrar 2018 com uma ocupação comercial externa de aproximadamente 6 milhões de metros quadrados, um aumento de 400 mil a 500 mil metros quadrados em relação a 2017. Já as receitas com contratos comerciais ultrapassariam R$ 420 milhões, cifra 8% maior que a do ano passado. Pelo País - Na lista da Infraero, há terminais em todas as regiões do País. No Sudeste, há oportunidades nos aeroportos de Congonhas

Belo Horizonte (RMBH). O plano da Aerotrópole incluía a construção do Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial (CTCA), em Lagoa Santa, no Vetor Norte da Capital, e a ideia era que a Embraer transferisse suas atividades para o empreendimento quando ele ficasse pronto, o que não aconteceu até hoje. O governo de Minas chegou a oficializar o lança-

(SP), Campo de Marte (SP), Santos Dumont (RJ), Jacarepaguá (RJ), Pampulha (MG) e Montes Claros (MG). No Sul, as áreas disponíveis estão em Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Navegantes (SC). No Centro-Oeste, há projetos já mapeados em Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). No Norte, foram contemplados os aeroportos de Belém (PA), Marabá (PA), Manaus (AM) e Macapá (AP). Por fim, completam a relação os terminais nordestinos de São Luis (MA) e Teresina (PI). De acordo com o porta-voz da estatal, a aposta da Infraero em expandir seus contratos não entra em conflito com os planos futuros do governo para a estatal. “O trabalho que a Infraero está fazendo vai gerar contratos, e mesmo que esses aeroportos venham a ser tratados de uma nova maneira pelo governo, esses contratos são instrumentos legais, válidos e serão sub-rogados pelo novo operador privado”, afirma. Na avaliação de Fabio Falkenburger, sócio de Infraestrutura e head da área de Aviação do escritório Machado Meyer, o mercado pode ver com bons olhos essas ações da Infraero em terminais que poderão ser eventualmente concedidos à iniciativa privada. “É melhor já assumir o aeroporto com uma receita pré-determinada, fixa - desde que em parâmetros e condições boas do que ter um monte de espaços ociosos que você terá que ir atrás de locatários”. Ele aponta, porém, que essas licitações não devem afetar de forma relevante a atratividade desses ativos em uma potencial concessão. (AE)

mento do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para construção e gestão do CTCA em outubro de 2014, mas a construção do empreendimento não foi para a frente. O CTCA funcionaria como uma zona de desenvolvimento especial, focada na inserção de Minas Gerais na Nova Economia, visando atração de indústrias, instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimen-

to do setor aeroespacial e defesa. Além dos centros de manutenção da Embraer em Minas e no Brasil, na América do Sul, a empresa tem estruturas semelhantes de suporte em Buenos Aires, na Argentina, em Santiago, no Chile, e em Caracas, na Venezuela. No mundo, são 75 centros de serviços, sendo 70 da rede autorizada e cinco próprios.

Sociedade - Sócia com 49% da concessionária que administra o terminal do interior paulista, a estatal Infraero apontou que informações sobre o tema devem ser solicitadas à Aeroportos Brasil, sócia da Infraero, cujos acionistas são a Triunfo, UTC e Egos. (AE)

Fidelidade de clientes da Smile recua São Paulo - O lucro da administradora de programas de fidelidade de clientes Smiles teve leve queda no primeiro trimestre, uma vez que a expansão da receita operacional foi ofuscada por menores receitas financeiras e maiores despesas. A empresa controlada pela companhia aérea Gol teve lucro líquido de R$ 155 milhões de janeiro a março, queda de 0,8% ante mesmo período de 2017. O faturamento bruto da empresa no período foi 17,8% maior do que no primeiro trimestre de 2017, para R$ 507,7 milhões, apoiado em parte na evolução de 24,1% no volume de milhas acumuladas e de 17,8% em milhas resgatadas. O programa atingiu 14,2 milhões de participantes no primeiro trimestre, representando uma expansão de 14,9% na comparação anual. Já a receita líquida teve evolução menor no comparativo anual, de 7,5%, a R$ 247,1 milhões. O resultado financeiro teve redução de 23,9%, principalmente decorrente da redução da taxa de juros da economia. Despesas operacionais Enquanto isso, as despesas operacionais subiram 22,2%, a R$ 50,5 milhões, com a elevação de 29,5% das despesas comerciais com marketing, maiores gastos com pagamento de comissão de cartões e com atendimento a clientes. Na outra ponta, a receita de breakage atingiu R$ 90,6 milhões, crescimento de 17,3%. A taxa de breakage, que mede quanto das milhas venceram sem terem sido resgatadas pelos clientes, foi de 19,1%, alta de 1,7 ponto percentual sobre um ano antes. (Reuters)


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ECONOMIA CONSUMO

Belo-horizontinos estão mais endividados Pesquisa da CDL-BH mostrou que 48,3% dos consumidores têm mais de 30% da renda comprometida MARA BIANCHETTI

A crise financeira instalada no País nos últimos anos aumentou o nível de endividamento dos consumidores mineiros. Pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), apontou que 48,3% dos belo-horizontinos estão com mais de 30% de sua renda familiar comprometida com o pagamento de compras parceladas ou financiamentos. Deste total, 1,7% deve mais do que ganha. Para especialistas, o patamar saudável de comprometimento máximo da renda com dívidas é de 30% e conforme a economista da entidade, Ana Paula Bastos, quanto maior o nível de endividamento, maior o risco do aumento da inadimplência. “Para se ter um alto grau de endividamento, é preciso ter uma organização financeira adequada. Somente assim é possível evitar o aumento da inadimplência, porque o comprometimento da renda não significa falta de pagamento, mas pode levar a isso”, explicou. A economista ressaltou ainda que embora o cenário esteja melhor, com os níveis de emprego maiores, nem sempre as pessoas se organizam o suficiente para

reverter o quadro deixado pela crise. “Planejar não é deixar de consumir, mas consumir de forma consciente. Para isso, as pessoas precisam avaliar seus orçamentos antes de uma nova compra, dar uma entrada maior em um financiamento e não só ver se a parcela cabe no bolso, mas o impacto que trará no orçamento ao longo do tempo”, completou. Segundo a pesquisa, quando separados por perfil, a maioria dos homens (51,4%) tem mais de 30% da renda comprometida e entre as mulheres o percentual é de 45,5%. Os consumidores que afirmaram destinar até 30% da renda para o pagamento de débitos representam 42,2% e apenas 9,4% responderam que não possuem nenhum comprometimento dos recursos financeiros. Além disso, por faixa etária, a maioria dos jovens (18 a 24 anos) e dos jovens adultos (25 a 34 anos) tem mais de 30% dos rendimentos destinados ao pagamento de parcelamento e financiamentos. Já entre as classes sociais, os consumidores das classes A/B são os que possuem um maior comprometimento: 30,4% dos entrevistados afirmaram ter de 16% a 30% dos seus rendimentos destinados ao pagamento de compras

MARCELO CAMARGO ABR

Para especialistas, o nível saudável de empenho máximo da renda com financiamentos ou parcelamentos é de 30%

parceladas ou financiamento, e 21,4% das pessoas ouvidas, de 31% a 50%. “Apesar de apresentarem este resultado, as classes A/B são as menos impactadas pelo desemprego e mais organizadas financeiramente. Isto contribui para que eles consigam arcar com todos

os parcelamentos e com- restante sem considerar a promissos financeiros”, data de vencimento, encomentou Ana Paula. quanto 3,9% quitam todos os débitos após a data de Vencimento - Ainda de vencimento. acordo com a pesquisa, Entre os gêneros, 72,1% 71,2% dos consumidores das mulheres e 70,1% dos pagam todas as contas na homens afirmam que padata de vencimento. Já gam todas as contas dentro 24,8% priorizam as contas do prazo de vencimenbásicas e depois pagam o to. No entanto, mais de

24% dos consumidores de ambos os sexos priorizam o pagamento das contas básicas. “De forma geral, as pessoas tentam pagar as contas dentro do prazo de vencimento, mas o percentual dos que dão preferência às contas básicas ainda é elevado”, concluiu.

COMÉRCIO

Expectativas para o Dia das Mães são positivas ALISSON J. SILVA

ANA AMÉLIA HAMDAN

A proximidade do Dia das Mães já vem aumentando o fluxo de pessoas nos shoppings de Belo Horizonte e região metropolitana. No final de semana passado, o último antes da data comemorativa, que será festejada no próximo domingo (13), a movimentação em centros de compras da Capital cresceu de 5% a 25%. Mas os lojistas não são unânimes quanto ao reflexo desse movimento sobre o número de negócios. Enquanto alguns perceberam que houve incremento nas vendas, outros não sentiram diferença. O comportamento do consumidor, que normalmente deixa as compras para a última hora, e o fato de boa parte das pessoas ainda não ter recebido o salário, podem ter interferido nesse resultado, segundo comerciantes ouvidos pela reportagem. No Boulevard Shopping, região Leste da Capital, o fluxo apresentou crescimento de 25% no último final de semana, segundo informou a assessoria do centro de compras. Gerente da loja de calçados Karita, Cristiane Rosa Maciel informou ontem que se beneficiou dessa movimentação. “O shopping estava bem cheio e a gente alcançou o objetivo esperado”, disse. Para a data, a Karita preparou uma promoção progressiva – quem levar mais pares tem descontos maiores –, de olho nos consumidores que vão presentear mais de uma pessoa. Cristiane ressalta que os consumidores estão preferindo os preços mais acessíveis. Já na loja de roupas Damyller, também no Boulevard, não houve incremento nas

Boa Vista SCPC prevê alta de até 5% nas vendas

Movimento nos shoppings aumentou entre 5% e 25%, mas vendas devem ter alta nesta semana

vendas no último final de semana. Gerente do comércio, Jaqueline de Godoi Leal informou que não foi criada expectativa de aumento de vendas nesses dias porque muita gente ainda não tinha recebido o pagamento. “O crescimento esperado é de 20% em relação ao ano passado, mas isso ainda não ocorreu. A melhora virá nesta semana”, disse. Para a data, a loja lançou uma estampa especial. O fluxo de clientes também teve aumento no Shopping Cidade, centro da Capital. No último final de semana, a movimentação cresceu cerca de 5%. À frente da Cacau Show do centro de compras, Rose Mary Rodrigues informou que percebeu uma reação positiva, com consumidores procurando saber as opções para a data e também antecipando as compras. “Mas muita gente deixa a compra para a última hora”, diz. Rose Mary explica que, normalmente,

o chocolate entra como um complemento para o presente, sendo que o tíquete médio é de R$ 70. “Os presentes estão bonitos, coloridos e saborosos”, diz. Gerente da loja O Boticário do Shopping Del Rey, na Pampulha, Letícia Horta disse que houve um aumento considerável da movimentação do shopping no último final de semana. E, segundo ela, as vendas na loja aumentaram. “As pessoas não estão economizando. Os nossos perfumes, mesmo os mais caros, estão tendo muita saída. Estou surpresa e feliz”, disse. Ela disse ainda que, normalmente, a pessoa compra para ela mesma, para a mãe e também para presentear uma terceira pessoa, como a sogra. A aposta de O Boticário são os kits. Expectativas - No Itaú Power, em Contagem, região metropolitana, a expectativa é de aumento do movimento ao longo da semana, sendo

que, de sexta a domingo passado, cerca de 100 mil pessoas circularam pelo centro de compras. Gerente da Samsung do Itaú Power, Eduardo Tavares disse que estava sendo esperado um fluxo maior de clientes na loja no último final de semana, o que não se concretizou. “Muita gente ainda está aguardando o quinto dia útil e o recebimento do salário para fazer as compras”, disse. Ainda assim, as expectativas positivas estão mantidas. “O smartphone é uma ótima opção, pois as mães estão cada vez mais tecnológicas”, diz. Atuando com depilação a laser, a Espaço Laser, no Itaú Power, também não apresentou incremento no movimento no último final de semana. Gerente do espaço, Pâmela Ramos disse que as promoções do comércio começaram ontem e devem impulsionar vendas de pacotes. “Tem muita procura. É um presente prático que dura para o resto da vida”, diz.

São Paulo - As vendas para o Dia das Mães, segunda data mais importante para o comércio varejista depois do Natal, devem crescer entre 4,5% e 5% neste ano em relação ao registrado em 2017, segundo a Boa Vista SCPC. “Caso esta alta significativa se comprove, o Dia das Mães em 2018 seguirá a tendência das últimas datas comemorativas, de crescimento nas vendas na comparação com as de anos anteriores”, afirma a entidade em nota. O economista Flávio Calife, responsável pela projeção, explica que a melhora das condições financeiras dos consumidores deve impulsionar as vendas. “Esta expectativa se deve a uma melhora do cenário econômico que reflete não só no aumento de postos de trabalho, mas também no mercado de crédito”, complementa o economista. No ano passado, as vendas para o Dia das Mães reverteram perdas registradas nas festividades anteriores. “Depois de dois anos de queda, as vendas voltaram a crescer no ano passado. Em 2017 o comércio nessa data cresceu 1,6%. Em 2016 recuou 4,6%. Em 2015 caiu 1,2% e em 2014 houve um crescimento de 2,7%”, lembrou Calife. (AE)

Shoppings apuram crescimento de 2,3% São Paulo - As vendas nos shopping centers do País no primeiro trimestre de 2018 cresceram 2,3% em relação ao mesmo período de 2017, de acordo com dados publicados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Para o acumulado do ano, a associação prevê um aumento de 5,5% a 6,0% nas vendas, e a inauguração de 23 empreendimentos. “Estamos otimistas com o ano de 2018 e já sentimos a retomada de confiança do consumidor”, afirmou o presidente da Abrasce, Glauco Humai, em nota distribuída à imprensa. O levantamento mostrou também que o fluxo de visitantes nos shoppings teve alta de 2,9%, no primeiro trimestre. A vacância se manteve estável, em 5,3%. (AE)


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ECONOMIA CONSUMO

ALIMENTOS

BH tem menor inflação em 10 anos

Supermercados esperam reverter Dado leva em conta variação do IPCA de 3,74%, no acumulado dos últimos 12 meses deflação MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

ANA CAROLINA DIAS

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,19% em abril deste ano na comparação com o mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice, que apresentou uma variação de 3,74%, foi o menor dos últimos 10 anos, considerando o período de análise de maio a abril. Já a variação entre janeiro e abril de 2018 foi de 1,18%, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). As altas de 7,34% para alimentos in natura e de 1,19% para alimentação em restaurante foram as principais responsáveis pelo resultado da inflação na Capital durante o mês de abril. Por outro lado, houve destaque para as quedas de 2,15% para vestuário e complementos e de 1,43% para artigos de residência. Após duas deflações em fevereiro e março deste ano, o resultado positivo era esperado na avaliação do coordenador de pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes. Levando em conta que este foi o segundo menor índice de elevação para abril nos

últimos 10 anos, o IPCA continua dentro do patamar aceitável em termos de variação de preços, para o economista. “O índice reverteu um pouco as duas últimas quedas apresentadas, quando estava negativo. Mas ainda não é motivo de preocupação, porque é um nível bastante reduzido em relação aos que já foram registrados em vários outros períodos para o mês de abril”, explicou Antunes. Confiança – Os resultados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte em abril deste ano revelaram que os consumidores da Capital estão mais pessimistas em relação ao cenário econômico do País e à expectativa financeira da família. O ICC alcançou a marca dos 36,12 pontos no período, queda de 3,77% em relação a março. Antunes ressaltou que as oscilações no índice de um mês para o outro são previstas, principalmente porque o ICC tem se mantido quase estagnado. A manutenção do resultado abaixo do nível dos 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo, reflete a falta de percepção de uma melhora substancial do contexto econômico por parte dos belo-horizontinos, segundo o coordenador de pesquisa do Ipead.

Alimentos in natura e alimentação em restaurante tiveram as maiores altas em BH

“Historicamente, o índice já estava abaixo da linha do otimismo há algum tempo. Nesse mês, houve impacto com uma queda expressiva, devido a temores relacionados à situação econômica do País, que tem melhorado ainda de maneira lenta”, avaliou Antunes.

diminuiu em abril deste ano na comparação com o mês imediatamente anterior. O custo da cesta apresentou queda de -1,92% no período e o valor para abril foi de R$ 393,31, equivalente a 41,23% do salário mínimo. No acumulado dos 12 meses, a variação também foi negativa (-5,73), enquanto, Cesta básica – Após a alta de de janeiro a abril, o custo 1,89% registrada em março variou 2,63%. de 2018, o custo da cesta O coordenador de pesbásica em Belo Horizonte quisa do Ipead, Eduardo

Antunes, destacou que a redução de preços da banana (-8,68), da carne (-4,34%) e do tomate (-3,36) contribuiu de forma determinante para o resultado de abril. “Por ser composta apenas de itens de alimentação, a cesta básica também apresenta variações relevantes de um mês para o outro. Os itens que apresentaram queda pesam significativamente para o preço final da cesta”, ponderou.

IPEA

Formação Bruta de Capital Fixo sobe 0,8% Rio de Janeiro - O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 0,8% em março ante fevereiro, informou ontem o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com isso, o índice, que procura estimar, a partir de dados antecedentes, o comportamento dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB), encerrou o primeiro trimestre do ano com alta de

0,3% em relação ao quarto trimestre de 2017. Na comparação com março de 2017, o Indicador Ipea de FBCF avançou 3,4%. No trimestre, a alta foi de 3,3% sobre os três primeiros meses do ano passado. No acumulado de 12 meses, o indicador registra queda de 0,1%. O destaque positivo foi o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção interna líquida

das exportações, acrescida das importações), que encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,4%, após avanço de 2,2% em março. “Enquanto a produção interna de bens de capital cresceu 1,8%, a importação de bens de capital recuou 4,8% na margem, devolvendo parte do forte crescimento observado no período anterior (12,8%)”, diz a nota publicada ontem

no blog da Carta de Conjuntura do Ipea, assinada pelo pesquisador Leonardo Mello de Carvalho. Máquinas e equipamentos O avanço do Indicador Ipea de FBCF em março foi puxado pelos investimentos em máquinas e equipamentos porque o componente de construção civil apresentou crescimento mais modesto, avançando 0,2% ante feve-

BIOENERGÉTICA VALE DO PARACATU S.A.

CNPJ/MF nº 08.793.343/0001-62 Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Controladora Consolidado Controladora Consolidado Ativo 2017 2016 2017 2016 Passivo e Patrimônio Líquido 2017 2016 2017 2016 Ativo circulante 205.930 250.705 206.382 250.784 Passivo circulante 340.727 414.503 340.856 414.555 Caixa e equivalentes de caixa 5.675 10.649 5.677 10.652 Empréstimos e financiamentos 234.217 249.223 234.217 249.223 Contas a receber de clientes 8.643 43.548 8.643 43.572 Fornecedores 52.103 53.011 52.131 53.044 Estoques 57.496 67.098 57.496 67.098 Salários e encargos sociais 10.332 58.167 10.337 58.172 Tributos a recuperar 3.153 1.969 3.550 1.969 Obrigações tributárias 19.292 1.139 19.293 1.145 Ativo biológicos 101.342 102.915 101.342 102.915 Adiantamentos de clientes 16.654 37.054 16.654 37.054 Despesas antecipadas 876 602 882 608 Outras contas a pagar 513 247 608 255 Adiantamentos a fornecedores 28.186 23.770 28.196 23.779 Receitas antecipadas a realizar 7.616 15.662 7.616 15.662 Outros créditos 559 154 596 191 Passivo não circulante 940.998 844.672 931.019 835.962 Empréstimos e financiamentos 745.556 699.538 745.556 699.538 Salários e encargos sociais 40.633 – 40.633 – Ativo não circulante 1.146.644 1.131.674 1.135.930 1.122.533 Provisão para riscos tributários, cíveis e 6.601 5.991 6.762 7.082 Tributos a recuperar 66.822 62.553 66.822 64.035 trabalhistas 81.506 75.175 81.506 75.175 Tributos diferidos 310.745 275.934 310.745 275.934 Partes relacionadas 56.562 51.787 56.562 51.787 Partes relacionadas 10.808 10.715 94 93 Tributos diferidos – 2.380 – 2.380 Outros créditos 251 249 251 248 Obrigações tributárias 10.140 9.801 – – 388.626 349.451 377.912 340.310 Provisão para perda com investimento 70.849 123.204 70.437 122.800 Imobilizado 757.484 781.571 757.484 781.571 Patrimônio líquido 809.880 809.812 809.880 809.812 Intangível 534 652 534 652 Capital social – 853 – 853 758.018 782.223 758.018 782.223 Reserva legal Reserva de lucros – 16.212 – 16.212 Prejuízos acumulados (739.883) (710.422) (739.883) (710.422) 69.997 116.455 69.997 116.455 Adiantamento para futuro aumento de capital 852 6.749 852 6.749 Participação de não controladores – – (412) (404) Total do ativo 1.352.574 1.382.379 1.342.312 1.373.317 Total do passivo e patrimônio líquido 1.352.574 1.382.379 1.342.312 1.373.317

Demonstrações do Resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro 2017 e de 2016 em milhares de reais (exceto lucro/ prejuíz o por ação) Controladora Consolidado Controladora Consolidado 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 Receitas líquidas 472.300 394.484 472.300 394.484 (=) Prejuízo antes do IRPJ e da CSLL (85.840) (58.884) (85.847) (58.841) Variação do valor justo ativo biológico 38.605 42.988 38.605 42.988 IRPJ e contribuição social – diferidos 39.314 17.288 39.314 17.288 (-) Custos dos produtos vendidos e da energia (=) Prejuízo do exercício antes da revendida (425.547) (315.848) (425.547) (315.848) participação de não controladores (46.526) (41.596) (46.534) (41.553) Lucro (prejuízo) bruto 85.357 121.624 85.357 121.624 Resultado atribuível aos não controladores – – (8) (43) (+/-) Receitas (despesas) operacionais (=) Prejuízo do exercício antes da Despesas comerciais (22.730) (28.718) (22.730) (28.718) participação de não controladores (46.526) (41.596) (46.526) (41.596) Despesas administrativas e gerais (29.902) (24.897) (29.937) (24.897) Quantidade de ações ordinárias integralizadas 2.498.528 2.498.528 2.498.528 2.498.528 Perda do investimento em parte relacionada (338) (865) – – Quantidade de ações preferenciais Outras receitas (despesas) 11.208 (6.139) 10.895 (6.983) integralizadas 82.662 82.662 82.662 82.662 (=) Prejuízo antes do resultado financeiro 43.595 61.005 43.585 61.026 (=) Prejuízo por ação ordinária (0,02) (0,02) (0,02) (0,02) Resultado financeiro líquido (129.435) (119.889) (129.433) (119.867) (=) Prejuízo por ação preferencial (0,02) (0,02) (0,02) (0,02) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Adiantamento Patrimônio para futuro líquido dos Lucros/ Total do Participação aumento acionistas Capital Reserva Reserva (prejuízos) patrimônio dos não de capital controladores controladores social legal de lucros acumulados líquido Saldos em 31 de dezembro de 2015 745.094 853 16.212 (669.157) 93.002 7.760 100.762 (361) Lucro líquido do paríodo – – – (41.265) (41.265) – (41.265) – Adiantamentos para futuro aumento capital – – – – – 51.129 51.129 – Participação dos não controladores – – – – – – – (43) Aumento capital 52.140 – – – 52.140 (52.140) – – Aumento capital – mútuo 12.578 – – – 12.578 – 12.578 – Saldos em 31 de dezembro de 2016 809.812 853 16.212 (710.422) 116.455 6.749 123.204 (404) Prejuízo líquido do período – (853) (16.212) (29.461) (46.526) – (46.526) (8) Adiantamentos para futuro aumento capital – – – – – (5.897) (5.897) – Aumento capital 68 – – – 68 – 68 – Saldos em 31 de dezembro de 2017 809.880 – – (739.883) 69.997 852 70.849 (412) Gabriel Sustaita – Diretor Presidente

Diretoria Marcos Tadeu de Moraes – Diretor Financeiro As notas explicativas estão arquivadas na sede da Companhia

Total 100.401 (41.265) 51.129 (43) – 12.578 122.800 (46.534) (5.897) 68 70.437

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Controladora Consolidado Atividades operacionais 2017 2016 2017 2016 Prejuízo do exercício antes do IRPJ e da CSLL (85.840) (58.884) (85.847) (58.841) Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais Depreciações e amortizações 73.831 78.616 73.831 78.616 Exaustão do ativo biológico 102.915 91.805 102.915 91.805 Encargos financeiros sobre empréstimos e financiamentos 134.466 78.752 134.466 78.752 Contingências para demandas judiciais 610 (1.374) (320) (1.398) Provisão para Perda com investimento 338 865 – (49) Imposto de renda e contribuição social pagos 39.314 17.288 39.314 17.288 Ajuste a valor justo – ativo biológico (38.605) (42.988) (38.605) (42.988) Resultado de não controladores – – 8 – Decréscimo (acréscimo) em ativos Contas a receber de clientes 34.905 (23.449) 34.930 (23.449) Tributos a recuperar (5.453) (3.128) (4.368) (2.337) Tributos diferidos (30.036) (16.097) (30.036) (16.097) Estoques 9.603 (27.255) 9.602 (27.255) Despesas antecipadas (274) (122) (274) (122) Adiantamentos a fornecedores (4.416) 4.187 (4.417) 4.187 Outros créditos (407) (45) (408) (29) Acréscimo (decréscimo) em passivos Fornecedores (908) (22.699) (914) (22.678) Salários e encargos sociais (7.202) 29.156 (7.202) 29.156 Obrigações tributárias 15.773 2.799 15.768 2.740 Adiantamentos de clientes (20.400) 24.205 (20.400) 24.205 Outras contas a pagar 266 91 344 6 Pagamentos de empréstimos e financiamentos – juros (59.307) (46.035) (59.307) (46.035) Receita antecipadas a realizar (8.046) 11.232 (8.046) 11.232 Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas) atividades operacionais 151.127 96.920 151.034 96.709 Fluxo de caixa das atividades de investimento (Adições) do ativo biológico (62.737) (59.927) (62.737) (59.927) (Adições) do imobilizado (66.033) (47.846) (66.033) (47.846) Baixas do imobilizado 16.485 4.427 16.485 4.427 (Acréscimo) diminuição do intangível (78) 567 (78) 567 Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas) atividades de investimento (112.363) (102.779) (112.363) (102.779) Fluxo de caixa das atividades de financiamento Pagamentos de empréstimos e financiamentos – principal (44.147) (38.000) (44.147) (38.000) (44.147) (38.000) (44.147) (38.000) Fluxo de caixa das atividades de financiamento com acionistas Integralização de capital 68 – 68 – Adiantamento para futuro aumento de capital (5.897) 51.129 (5.897) 51.129 Partes relacionadas ativo (93) (208) (1) 3 Partes relacionadas passivo 6.331 (2.355) 6.331 (2.355) 409 48.566 501 48.777 Caixa líquido (aplicado pelas) gerado nas atividades de financiamento Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa No início do exercício No fim do exercício Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa

(43.738)

10.566 (43.646)

10.777

(4.974)

4.707

(4.975)

4.707

10.649 5.675

5.945 10.652

10.652 5.677

5.945 10.652

(4.974)

4.707

(4.975)

4.707

Ivone Corrêa Barra – Contadora CRC MG-078.514/O-6

reiro, resultado que sucedeu duas quedas consecutivas. Com isso, o setor encerrou o primeiro trimestre de 2018 com retração de 0,6% ante o último trimestre do ano passado Segundo os pesquisadores do Ipea, o terceiro componente da FBCF, classificado como “outros ativos fixos”, também contribuiu positivamente para o desempenho dos investimentos, registrando avanço de 0,6% em março. (AE)

São Paulo - A deflação de alimentos, que persistiu ao longo do primeiro trimestre de 2018 no Brasil, ainda deve se reverter até o fim do ano, em um movimento que pode beneficiar o faturamento do setor de supermercados, segundo entidades do setor. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) acredita que os preços em supermercados podem se elevar entre 2,5% a 3% neste ano em comparação com 2017, conforme afirmou o presidente da entidade, Pedro Celso Gonçalves, durante evento em São Paulo Os supermercados do Estado de São Paulo registraram nova queda de preços em março, segundo mês consecutivo de recuo, de acordo com dados da Apas. O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas/Fipe, apresentou queda de 0,41% em março, após recuo de 1,07% em fevereiro. No ano passado, a deflação acumulada já havia sido de 2,7%. Receita nominal - Embora ajude a aumentar a renda disponível de consumidores, a deflação de alimentos tem sido uma notícia ruim para as empresas do setor de supermercados. Isso ocorre porque nem sempre o volume de produtos vendidos aumenta diante do preço mais baixo, o que reduz a receita nominal dos varejistas. Os custos das empresas também não têm caído na mesma velocidade, o que impacta as margens. Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, no entanto, há sinais positivos para as vendas. Ele avalia que a redução nos gastos com produtos mais básicos pode começar a permitir que os consumidores façam o chamado “trade up”, a migração para itens de marcas mais caras ou produtos considerados mais supérfluos. (AE)

CENTRAL BIOENERGETICA ENERVALE S.A.

CNPJ/MF nº 10.511.512/0001-76 Demonstrações Contábeis referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 (Em milhares de reais) Balanços Patrimoniais Demonstrações dos Fluxos de Caixa 2017 2016 Atividades operacionais 2017 2016 Ativo Ativo circulante 14.343 4.360 Lucro do exercício antes do imposto de renda e da Caixa e equivalentes de caixa 4.757 1.603 contribuição social 18.815 3.134 Contas a receber de clientes 9.232 2.425 Ajustes para conciliar o resultado às disponibiliAdiantamentos a fornecedores 354 332 dades geradas pelas atividades operacionais Ativo não circulante 81.496 75.165 Encargos financeiros sobre empréstimos e finanPartes relacionadas 81.496 75.165 ciamentos 13.379 381 Imobilizado 735 592 Depreciação 195 159 Intangível 22 19 Decréscimo (acréscimo) em ativos Total do ativo não circulante 82.253 75.776 Contas a receber de clientes (6.807) (3.890) Total do ativo 96.596 80.136 Adiantamentos a fornecedores (22) (40) Acréscimo (decréscimo) em passivos 2017 2016 Passivo e Patrimônio Líquido Fornecedores (498) 552 Passivo circulante 13.441 13.711 Obrigações tributárias 1.270 (48) Empréstimos e financiamentos – 279 Salários e encargos sociais (9) 8 Fornecedores 59 557 Adiantamentos de clientes 1.011 16 Salários e encargos 88 97 Pagamentos de empréstimos e financiamentos – juros (622) (392) Obrigações tributárias 1.784 867 Receitas de entrega futura (1.412) 11.813 Adiantamentos de clientes 1.109 98 Caixa líq. gerado pelas atividades operacionais 25.300 11.693 Receitas antecipadas a realizar 10.401 11.813 Imposto de renda e contribuição social (2.440) (266) Passivo não circulante 2.143 1.790 (2.440) (266) Obrigações tributárias 2.143 1.790 Fluxo de caixa das atividades de investimento (338) (186) Patrimônio líquido 81.012 64.635 (Adições) ao imobilizado – 234 Capital social 12 10 Baixas do imobilizado (2) (16) Reserva legal 2 3.088 (Acréscimo) diminuição do intangível Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas) Reserva de lucro 80.998 61.537 (340) 32 Total do passivo e patrimônio líquido 96.596 80.136 atividades de investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamento Demonstrações do Resultado Pagamentos de empréstimos e financiamentos – (13.036) (2.450) 2017 2016 principal Receitas líquidas 74.576 8.884 Caixa líquido gerado pelas atividades de (13.036) (2.450) (-) Custos dos produtos vendidos (52.178) (2.238) financiamento com terceiros Lucro (prejuízo) bruto 22.398 6.646 Fluxo de caixa das atividades de financiamento com acionistas Receitas (despesas) 2 – Despesas comerciais (1.058) (883) Integralização de capital (6.331) (8.558) Despesas administrativas e gerais (1.131) (826) Partes relacionadas (6.329) (8.558) Outras receitas (despesas) (14) – Total receitas (despesas) (2.203) (1.709) Caixa líquido aplicado pelas atividades de (19.365) (11.008) Resultado financeiro líquido (1.380) (1.803) financiamento 451 Lucro (prejuízo) antes do IRPJ e da CSLL 18.815 3.134 Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 3.154 IRPJ e contribuição social – correntes (2.440) (266) Caixa e equivalentes de caixa 1.603 1.152 Lucro (prejuízo) do exercício 16.375 2.868 No início do exercício 4.757 1.603 Quantidade de ações ordinárias integralizadas 10.000 12.250 No final do exercício 451 Lucro (prejuízo) por ação ordinária 1.638 234 Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 3.154

Saldos em 31/12/2015 Lucro do período Constituição da reserva de lucro Saldos em 31/12/2016 Lucro do período Constituição da reserva de lucro Reversão da reserva legal Aumento de capital Saldos em 31/12/2017

Gabriel Sustaita Diretor Presidente

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Capital social Reserva legal Reserva de lucro Resultado do exercício Total patrimônio líquido 10 3.088 58.669 – 61.767 – – – 2.868 2.868 – – 2.868 (2.868) – 10 3.088 61.537 – 64.635 – – – 16.375 16.375 – – 16.375 (16.375) – – (3.086) 3.086 – – 2 – – – 2 12 2 80.998 – 81.012 As notas explicativas estão arquivadas na sede da Companhia Diretoria Marcos Tadeu de Moraes Ivone Corrêa Barra Diretor Financeiro Contadora CRC MG-078.514/O-6


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2018

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ECONOMIA IPTU

BALANÇO

Nova Lima inicia envio de boletos para moradores Prefeitura, porĂŠm, ainda aguarda decisĂŁo do TJ sobre reajuste polĂŞmico LUCAS PAIVA DIVULGA;Ă O

MARA BIANCHETTI

Os boletos de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Nova Lima, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), jĂĄ começaram a ser enviados para as residĂŞncias da cidade. No entanto, a prefeitura ainda aguarda decisĂŁo do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) quanto ao recurso da liminar que impediu o municĂ­pio de aplicar a correção aprovada pela Câmara Municipal, no fim do ano passado, ao tributo. De acordo com o secretĂĄrio municipal da Fazenda, Walmir Braga, os valores foram corrigidos apenas pelo Ă?ndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 2,07%, e caso a segunda turma do TJMG acolha o recurso, uma guia complementar serĂĄ emitida apenas com a diferença. “Esperamos que isso aconteça tĂŁo logo o desembargador responsĂĄvel volte de

Cobrança enviada a moradores foi corrigida apenas pela inflação

fĂŠrias e remeta o pedido Ă turma. Uma vez que o recurso seja aceito, teremos um percentual total mĂŠdio de reajuste da ordem de 52%â€?, disse. O secretĂĄrio explicou que o aumento nĂŁo diz respeito apenas ao Ăşltimo exercĂ­cio, mas a, pelo menos, 12 anos. Isso porque, segundo ele, a planta genĂŠrica do municĂ­pio nĂŁo ĂŠ atualizada desde 2006. “Para se ter uma ideia, enquanto nos Ăşltimos cinco anos tivemos uma inflação acumulada de 35%, a corre-

ção do IPTU foi pouco maior que 10%. SĂł nesse perĂ­odo, tivemos uma defasagem de cerca de 25%â€?, detalhou. Ainda conforme Braga, o aumento aprovado pela Câmara Municipal no ano passado e alvo de inĂşmeras manifestaçþes e crĂ­ticas em Nova Lima ĂŠ mais do que correto, ĂŠ imprescindĂ­vel para colocar as contas pĂşblicas em dia. “Os 52% contemplam o perĂ­odo em defasagem. NĂŁo estamos falando em ganho realâ€?, justificou. Outro argumento do

ENERGIA

Lucro lĂ­quido da MRV Engenharia cresce 22% no 1Âş trimestre de 2018

Com alta de 44,1% em relação ao primeiro trimestre de 2017, o A incorporadora mineira Ebitda atingiu R$ 229 milhĂľes secretĂĄrio diz respeito aos MRV Engenharia apresentou, nos trĂŞs primeiros meses deste recursos da Compensação no primeiro trimestre de 2018, ano. Financeira pela Exploração seus melhores resultados para o de Recursos Minerais (Cfem): perĂ­odo, puxando para o alto o Dividendos - Quanto ao paembora o municĂ­pio apareça lucro lĂ­quido e a receita lĂ­quida, gamento de dividendos aos em primeiro lugar no ranking tambĂŠm recordes para o inter- acionistas, estĂĄ aprovada para de arrecadação de tributos valo. O balanço do desempenho 2018 a distribuição de R$ 310 de exploração mineral em financeiro da empresa foi divulMinas Gerais, as restriçþes gado ontem e apontou que as milhĂľes. Nos Ăşltimos quatro quanto Ă utilização dos recur- vendas lĂ­quidas chegaram a R$ anos, foi pago o valor de R$ sos impede que o Executivo 1,24 bilhĂŁo nos trĂŞs primeiros 1 bilhĂŁo. Segundo Leonardo CorrĂŞa, os nĂşmeros mostram os aplique em ĂĄreas como meses deste ano, com avanço de a consistĂŞncia no pagamento saĂşde, educação e folha de 17,5% sobre o mesmo perĂ­odo de de dividendos aos acionistas. pagamento, por exemplo. 2017. Com isso, o lucro lĂ­quido O retorno sobre o patrimĂ´nio “Os recursos do IPTU e de foi a R$ 160 milhĂľes, alta de 22% lĂ­quido (ROE, na sigla em inglĂŞs) outros recursos ordinĂĄrios, em relação ao primeiro trimestre de 12 meses foi de 12,5%, o maior como Imposto sobre Servi- de 2017. A receita lĂ­quida, entre nos Ăşltimos trĂŞs anos. O ROE ĂŠ ços (ISS) e demais taxas sĂŁo janeiro e março, foi de R$ 1,2 definido pelo quociente entre o destinados a essas obrigaçþes. bilhĂŁo, com alta de 21,2% na lucro lĂ­quido (depois de juros e Precisamos de suas correçþes comparação com iguais meses impostos) e o valor mĂŠdio do ano a ano para que possamos do ano passado. patrimĂ´nio dos acionistas. honrar os compromissos do Diretor executivo de finanças As despesas comerciais tie relaçþes com investidores da veram alta de 4,9%, chegando municĂ­pioâ€?, completou. As guias emitidas desde MRV, Leonardo CorrĂŞa dis- ao primeiro trimestre de 2018 a ontem (7) deverĂŁo chegar Ă s se que o aumento das vendas R$ 134 milhĂľes. De acordo com residĂŞncias atĂŠ o fim de maio, decorre da estratĂŠgia da MRV o balanço, o aumento reflete com vencimentos previstos que começou a ser executada o maior volume de vendas e a partir do dia 11 de junho. em 2016, de procurar mercado pagamento de comissĂľes. JĂĄ as Quem nĂŁo receber o boleto onde exista demanda latente despesas gerais e administrativas poderĂĄ retirar a segunda via mais forte. Segundo ele, em subiram 17,3%, passando a R$ no prĂłprio site da prefeitura. 2016, teve inĂ­cio a compra de 83 milhĂľes. terrenos, sendo que a estratĂŠgia Ainda segundo a MRV, em 31 continuou sendo executada em de março de 2018, o endivida2017 e estĂĄ mantida em 2018. O mento total da empresa era de objetivo ĂŠ atingir 50 mil unidades R$ 3,36 milhĂľes. Com relação a lançadas este ano. março de 2017, houve aumento “NĂŁo temos uma grande de 2,6% na dĂ­vida. euforia para este ano, mas hĂĄ O landbank, ou banco de terpara a canadense Brookfield, um cenĂĄrio macroeconĂ´mico renos, atingiu no primeiro triem fase de conclusĂŁo. A em- melhor e mantemos o esforço mestre do ano o valor de R$ 45,9 presa chegou a ser lĂ­der no de identificar microrregiĂľes com bilhĂľes, com alta de 10,8% em mercado eĂłlico brasileiro e demanda maiorâ€?, disse. relação a igual perĂ­odo do ano previa alcançar um portfĂłlio Ainda de acordo com o balanço passado. O nĂşmero de unidades de 2,66 gigawatts em 2019, da MRV, a geração de caixa da lançadas caiu 34,4%, chegando mas deve ficar com apenas empresa subiu 21%, atingindo R$ ao primeiro trimestre de 2018 a 190 megawatts em PCHs, 86 milhĂľes no primeiro trimestre 5.040. As metas de aumento nos caso feche o negĂłcio com de 2018, enquanto em igual perĂ­- lançamentos para 2018 estĂŁo os canadenses. odo de 2017 foi de R$ 71 milhĂľes. mantidas. ANA AMÉLIA HAMDAN

Renova diz “nĂŁoâ€? Ă Cemig para aquisição LEONARDO FRANCIA

A Renova Energia (empresa de geração controlada pela Companhia EnergĂŠtica de Minas Gerais - Cemig e pela sua tambĂŠm subsidiĂĄria Light) negou o pedido para aquisição, pela Cemig, de 100% das açþes da Chipley SP Participaçþes, detidas pela Renova, ou por 51% das açþes da Chipley na Brasil PCH, que possui 13 pequenas centrais hidrelĂŠtricas (PCHs) em todo o PaĂ­s. Com a proposta, o objetivo da Cemig era de que a Renova alienasse sua participação na Brasil PCH para a prĂłpria estatal ou a quaisquer de suas afiliadas para viabilizar o pagamento dos valores devidos Ă Cemig Geração e TransmissĂŁo (Cemig GT). É por meio da Cemig GT que a concessionĂĄria mineira detĂŠm 36,2% de participação total na Renova. Os detalhes financeiros da proposta nĂŁo foram divulgados. Em fato relevante divulgado ao mercado, ontem, via B3 (Bolsa de Valores de SĂŁo Paulo), a Cemig informou que o Conselho de Administração da Renova negou a proposta da estatal mineira. A Renova afirmou que “sua diretoria estĂĄ desenvolvendo estudos aprofundados de um Novo Plano de Reestruturação que serĂĄ apresentado em breve ao Conselho de Administração, objetivando equacionar sua estrutura de capital e honrar todos os compromissos assumidosâ€?. No documento enviado Ă B3 ontem, a Cemig reforçou que “confia que o Novo Plano de Reestruturação que estĂĄ sendo desenvolvido pela diretoria da Renova equacionarĂĄ sua estrutura de capital, de forma definitivaâ€?. Apesar do “nĂŁoâ€? da Renova, essa nĂŁo foi a primeira vez que a Cemig tenta comprar a Brasil PCH. Em meados de 2013, a Cemig participou da concorrĂŞncia, inclusive da fase final, para a aquisição da Brasil PCH, conforme informado Ă ĂŠpoca pelo ex-presidente da

companhia, Djalma Bastos de Morais. A estratÊgia, na ocasião, era de ampliar os ativos de geração da estatal, restringidos pela polêmica Medida Provisória 579, de 2012, convertida na Lei 12.783/2013. A Chipley SP detÊm 51% das açþes da Brasil PCH. A Eletroriver, com participação de 34,3%, e a BSB EnergÊtica, com 14,7% da fatia, completam o bloco controlador da empresa, que tem 13 PCHs, distribuídas nos estados de Minas Gerais, Goiås, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No ano passado, a Brasil PCH apurou lucro líquido de R$ 211,3 milhþes, consolidando um salto de 206,6%, ou pouco mais que o triplo, em relação ao resultado do exercício anterior, que chegou a R$ 68,9 milhþes. Recuperação - A Renova vem tentado se reerguer com vårias açþes. Em fevereiro deste ano, por exemplo, a empresa acertou a venda do Complexo Eólico de Alto Sertão III e de projetos de energia eólica ainda em desenvolvimento na Bahia por cerca de R$ 855 milhþes para a canadense Brookfield Energia Renovåvel. O Complexo de Alto Sertão III reúne diversos parques eólicos, com capacidade de geração de 433 megawatts. A Brookfield pagarå ao final da transação R$ 650 milhþes pelo ativo, mas o valor poderå ser acrescido de atÊ R$ 150 milhþes, alÊm de os financiamentos bancårios relativos ao empreendimento tambÊm serem transferidos à Brookfield. Na transação, a canadense tambÊm vai comprar projetos eólicos em desenvolvimento da Renova. No total, esses empreendimentos terão capacidade instalada estimada de 1,1 gigawatts e o preço serå de R$ 187 mil por megawatt. Nesse caso, o preço cheio desses ativos seria da ordem de R$ 205,7 milhþes, levantando o valor de toda a aquisição (Complexo de Alto Sertão III

e projetos de energia eĂłlica) para algo prĂłximo de R$ 855 milhĂľes, sem contar os financiamentos. Recentemente em conferĂŞncia com acionistas, a Renova afirmou que ainda nĂŁo tinha planos para o futuro, apĂłs a venda de seus principais projetos eĂłlicos

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2018

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INTERNACIONAL KREMLIN FOTOS P[UBLICAS

RĂšSSIA

Putin toma posse com pacto de maior protagonismo Presidente atinge quarto mandato Moscou - Vladimir Putin tomou posse ontem para mais um mandato de seis anos como presidente da Rússia, auxiliado pela aprovação popular, mas afetado por uma disputa com o Ocidente, uma economia frågil e incertezas sobre o que acontecerå ao final de seu longo período à frente do país. No ornamentado Salão Andreyevsky do Grande Palåcio do Kremlin, com a mão sobre uma cópia da Constituição com alto-relevo dourado, Putin ju-

rou servir ao povo russo, salvaguardar os direitos e as liberdades e proteger a soberania da nação. A posse de Putin para um quarto mandato como presidente ocorreu dois meses depois que mais de 70% da população o aprovou em uma eleição na qual não teve adversårios sÊrios. Seu adversårio mais perigoso, Alexei Navalny, foi impedido de concorrer e, no såbado, ele e centenas de apoiadores foram detidos pela polícia, enquanto protestavam contra o novo

Vladimir Putin estĂĄ no comando do paĂ­s, seja como presidente ou no cargo de primeiro-ministro, desde o ano 2000

mandato de Putin com o ao mesmo tempo em que slogan: “Putin nĂŁo ĂŠ nosso se empenharĂĄ muito para melhorar a vida de seus czarâ€?. cidadĂŁos. Atuação global - Em um “Assumo este cargo com discurso feito apĂłs a ce- um sentimento colossal de rimĂ´nia de posse, Putin responsabilidadeâ€?, disse disse que, nos prĂłximos Vladimir Putin a uma plaseis anos, a RĂşssia se mos- teia de autoridades russas trarĂĄ um ator forte na arena e dignitĂĄrios estrangeiros, global, apoiada por For- entre eles o ex-chanceler ças Armadas poderosas, alemĂŁo Gerhard Schroeder.

“O objetivo da minha vida e do meu trabalho serĂĄ servir o povo e a pĂĄtria-mĂŁeâ€?. Vladimir Putin usou uma nova limusine de fabricação russa para a curta viagem de seu gabinete atĂŠ o local da cerimĂ´nia de posse. De agora em diante, a limusine substituirĂĄ a frota de veĂ­culos importados que o lĂ­der russo costumava

usar, noticiou a televisĂŁo estatal. Depois da posse, Putin nomeou seu fiel aliado Dmitry Medvedev para permanecer como primeiro-ministro, sinalizando continuidade. Putin, de 65 anos, estĂĄ no poder, seja como presidente ou como primeiro-ministro, desde o ano 2000. (Reuters)

ESTADOS UNIDOS

Trump revela hoje decisĂŁo sobre acordo com IrĂŁ Washington/Ancara - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que irĂĄ anunciar uma decisĂŁo sobre o futuro do acordo nuclear com o IrĂŁ hoje, com paĂ­ses europeus aumentando pressĂŁo sobre Washington pela permanĂŞncia no acordo de 2015, que Trump tem frequentemente criticado. Trump ameaçou deixar o acordo, que suspendeu sançþes econĂ´micas sobre o IrĂŁ em troca de TeerĂŁ limitar suas ambiçþes nucleares, a nĂŁo ser que signatĂĄrios europeus do acordo consertem o que chamou de deficiĂŞncias. “Irei anunciar minha decisĂŁo sobre o Acordo do IrĂŁ amanhĂŁ (hoje), na Casa Branca, Ă s 14hâ€?, disse Trump, em publicação ontem no Twitter. O presidente norte-americano possui atĂŠ 12 de maio para decidir se irĂĄ reintroduzir sançþes dos EUA sobre o IrĂŁ, o que seria um golpe

intenso ao acordo. Encerrar alĂ­vio de sançþes norte-americanas tambĂŠm poderia provocar uma forte reação do IrĂŁ, que poderia retomar seu programa de armas nucleares ou punir aliados norte-americanos na SĂ­ria, Iraque, IĂŞmen e LĂ­bano, disseram diplomatas. Trump praticamente decidiu deixar o acordo, mas como exatamente irĂĄ fazer isso permanece incerto, disseram Ă Reuters, na semana passada, duas autoridades da Casa Branca e uma fonte familiar ao debate interno do governo. Uma das autoridades da Casa Branca afirmou ser possĂ­vel que Trump tome uma decisĂŁo que “nĂŁo ĂŠ uma retirada completaâ€?, mas nĂŁo foi capaz de descrever como isso seria.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, Leilão: 05/06/18 às 09:30hs, para venda de 01 imóvel em Uberlândia/MG. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH, nº 01 419286. Info. e e dital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

INDĂšSTRIA MECĂ‚NICA IRMĂƒOS CORGOZINHO LTDA, por determinação do Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental COPAM, torna pĂşblico que solicitou, atravĂŠs do Processo nÂş 02055/2006, Renovação da Licença de Operação, para a atividade de fabricação de mĂĄquinas em geral e implementos agrĂ­colas, bem como suas peças e acessĂłrios metĂĄlicos, localizada Ă Rua SĂŁo Francisco de Assis, nÂş 20, Bairro Distrito Industrial, Sarzedo, CEP 32.450-000.

Permanência iraniana - Sob o acordo com EUA, França, Alemanha, Reino Unido,

EDITAL DE LEILĂƒO Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0DW -8&(0* Qž 507 GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGR SHOR FUHGRU ÂżGXFLiULR DEDL[R TXDOLÂżFDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/­2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online (simultâneo) RV LPyYHLV D VHJXLU FDUDFWHUL]DGRV QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL: LOTE 001: (I) $SDUWDPHQWR Qž TXLQKHQWRV H GRLV GR (GLItFLR +(/< '( %5,772 FRP IUHQWH SDUD D 5XD GRV ([SHGLFLRQiULRV Qž %DLUUR 3URPLVVmR FRP iUHD SULYDWLYD SULQFLSDO WRWDO GH PĂ° iUHD GH XVR FRPXP PĂ° iUHD WRWDO PĂ° FRP YDJD GH JDUDJHP DFHVVyULD GHVFREHUWD GH Qž H VXD UHVSHFWLYD IUDomR LGHDO GH GR WHUUHQR IRUPDGR SHORV ORWHV Qž WUrV H Qž TXDWUR GD TXDGUD Qž GH] VLWXDGR QR %DLUUR GD 3URPLVVmR GD Â? 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FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H †† ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR ATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: 23/05/2018 Ă s 10:15 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 24/05/2018 Ă s 10:15 horas LOCAL: /RMD Qž 6KRSSLQJ 6XO ORFDOL]DGR j $Y 1RVVD 6HQKRUD GR &DUPR Qž ž DQGDU %DLUUR &DUPR %HOR +RUL]RQWH 0* DEVEDOR (A) FIDUCIANTE: %,* +286( (035((1',0(1726 ,02%,/,Ăˆ5,26 /7'$ &13- Qž VLWXDGD i $Y *HW~OLR 9DUJDV Qž %DLUUR -RDQD 'DUF /DJRD 6DQWD 0* CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Semear S/A, CNPJ: 00.795.423/000145 DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SDJDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOR OHLORHLUR VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH COMISSĂƒO DO LEILOEIRO: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD 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RĂşssia e China, o IrĂŁ limitou estritamente sua capacidade de enriquecimento de urânio para tentar mostrar que nĂŁo estĂĄ tentando desenvolver bombas atĂ´micas. Em troca, o IrĂŁ recebeu alĂ­vio de sançþes econĂ´micas. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, sugeriu ontem que o IrĂŁ pode permanecer no acordo mesmo que os Estados Unidos saiam, mas disse que TeerĂŁ irĂĄ resistir ferozmente Ă pressĂŁo norte-americana para limitar sua influĂŞncia no Oriente MĂŠdio. “NĂŁo estamos preocupados com as decisĂľes cruĂŠis da AmĂŠrica. Estamos preparados para todos os cenĂĄrios, e nenhuma mudança ocorrerĂĄ em nossas vidas na semana que vemâ€?, disse Rouhani. (Reuters)

PetrĂłleo tem alta Ă vĂŠspera de anĂşncio Londres - O petrĂłleo fechou com ganhos ontem, com investidores Ă espera da decisĂŁo dos Estados Unidos sobre o acordo nuclear com o IrĂŁ. ApĂłs o fechamento desse mercado, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que sua decisĂŁo serĂĄ informada hoje, Ă s 15h (de BrasĂ­lia). Ontem, o petrĂłleo WTI para junho fechou em alta de 1,45%, a US$ 70,73 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho subiu 1,74%, a US$ 76,17 o barril, na ICE. O WTI fechou acima dos US$ 70 o barril pela primeira vez desde novembro de 2014. Ainda durante o pregĂŁo, Trump afirmou no Twitter que o acordo nuclear com o IrĂŁ havia sido “muito mal negociadoâ€?. Esse acordo, fechado

tambÊm pelos demais integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Naçþes Unidas e pela Alemanha, permitiu a retirada de sançþes contra o Irã, o que facilitou suas exportaçþes da commodity. Agora, caso Washington recue, isso deve dificultar a atuação do país persa no mercado internacional. Na mesma sessão, mesmo o dólar mais forte não foi suficiente para conter o movimento dos contratos. Em geral, esse fator no câmbio tende a reduzir o apetite dos investidores que detêm outras moedas, mas, no dia de ontem, a questão geopolítica se sobrepôs. Alguns estimam que os problemas para o Irã podem significar uma queda de 250 mil barris por dia na oferta mundial. (AE)

VENEZUELA E PANAMĂ

EUA anuncia sançþes a 20 empresas São Paulo - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou ontem que impôs sançþes econômicas contra 20 empresas da Venezuela e do Panamå controladas por três venezuelanos identificados por Washington como narcotraficantes. Em nota, o órgão aponta

o venezuelano Pedro Luis Martin Olivares como um “significante narcotraficante estrangeiroâ€? e acrescenta que Walter Alexander Del Nogal Marquez e Mario Antonio Rodriguez Espinoza oferecem apoio financeiro, logĂ­stico e tecnolĂłgico Ă s suas atividades de narcotrĂĄfico.

GOL PLUS BRASIL BENEFĂ?CIOS CNPJ/MF NÂş 27.713.570/0001-85 EDITAL DE 1ÂŞ, 2ÂŞ E 3ÂŞ CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA O Sr. Presidente da Associação Gol Plus Brasil BenefĂ­cios, situada na Rua Clementina de Jesus, nÂş 90, 202 (parte) bairro FlĂĄvio Marques Lisboa, na cidade de Belo Horizonte/MG, CEP 30.622-460, inscrita no CNPJ/ MF sob o nÂş 27.713.570/0001-85, no uso das atribuiçþes que lhe confere o Estatuto Social, convoca todos os Senhores Associados, para se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (AGE) que realizar-se-ĂĄ em 18 de maio de 2.018, na Via Expressa de Contagem, 2001, Ă gua Branca, Contagem/MG, CEP 32.370-485 Ă s 08:00 (oito horas) em primeira convocação - com a presença de no mĂ­nimo metade de seus associados; em segunda convocação Ă s 08:30 (oito horas e trinta minutos) com a presença de no mĂ­nimo 1/3 dos associados, ou Ă s 09:00 (nove horas), em terceira e Ăşltima convocação com qualquer nĂşmero, cujas deliberaçþes devem obedecer Ă seguinte ORDEM DO DIA: i) Pedido de aprovação de contas; ii) RescisĂŁo de fornecedores e prestadores de serviços; iii) Contratação de novos fornecedores e prestadores de serviços; iv) Alteração da Diretoria Executiva com nova eleição e posse de membros da Diretoria Executiva; v) Consolidação e Reforma do Estatuto Social; vi) Mudança de endereço da sede social; vii) outros assuntos de interesse social. Belo Horizonte/MG, 07 de maio de 2018. Gustavo Jorge Faria Silva - Presidente

EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO DENISE TESTA PEREIRA, substituta legal do Primeiro Serviço Registral de ImĂłveis de Uberlândia-Minas Gerais, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a todos os interessados que, frustradas as tentativas de intimação do devedor ÂżGXFLDQWH VROLFLWDGD SHOD FUHGRUD ÂżGXFLiULD %DQFR %UDGHVFR 6 $ FRP VHGH HP 2VDVFR 63 LQVFULWD QR &13- VRE R Qƒ R TXDO IRL SURWRFRODGR QR ž 2ÂżFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GHVWD &RPDUFD VRE R Qƒ HP H HP DWHQGLPHQWR DR 3URYLPHQWR &*- ,17,0$ 6( SRU HGLWDO R GHYHGRU ÂżGXFLDQWH WESLEY PEREIRA GOMES, HPSUHViULR &1+ '(75$1 0* CPF 044.823.906-07, residente e domiciliado QHVWD FLGDGH D HIHWXDU R SDJDPHQWR GRV YDORUHV SHQGHQWHV UHODWLYRV DR &RQWUDWR GH )LQDQFLDPHQWR ,PRELOLiULR nÂş. 0779793-1, registrado na matrĂ­cula Qƒ 129.238, /LYUR Qƒ 5HJLVWUR *HUDO GHVWD 6HUYHQWLD QR SUD]R OHJDO GH TXLQ]H GLDV D FRQWDU GD ~OWLPD SXEOLFDomR GHVWH HGLWDO D WHRU GR H[LJLGR SHOD /HL Qž. DUW † 4°. 5HIHULGR SDJDPHQWR GHYHUi VHU HIHWXDGR SUHIHUHQFLDOPHQWH DR FUHGRU RX DLQGD QD VHGH GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV QD $YHQLGD &HViULR $OYLP Qƒ &HQWUR 8EHUOkQGLD 0* TXH IXQFLRQD GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD GDV KRUDV iV KRUDV Informo que o nĂŁo pagamento tempestivo dos valores vencidos e vincendos acarretarĂĄ o direito de consolidação da propriedade do imĂłvel em favor da credora ÂżGXFLiULD 8EHUOkQGLD 0* $ 6XEVWLWXWD /HJDO

O comunicado acrescenta que Martin ĂŠ ex-chefe de InteligĂŞncia Financeira para o entĂŁo DiretĂłrio Nacional de InteligĂŞncia e Serviços de Prevenção (Disip) em Caracas, hoje conhecido como o Serviço Nacional Bolivariano de InteligĂŞncia (Sebin). “Corrupção sistĂŞmica e um colapso no domĂ­nio da lei sĂŁo caracterĂ­sticas definidoras do governo da

Venezuelaâ€?, afirma na nota o secretĂĄrio do Tesouro americano, Steven Mnuchin. “NĂłs negaremos a oficiais corruptos do regime venezuelano o acesso ao sistema financeiro dos EUA, Ă medida que trabalhamos com parceiros internacionais para apoiar o povo venezuelano na restauração da democracia e em um retorno Ă prosperidadeâ€?, completa. (AE)

UNIĂƒO - ADMINISTRAĂ‡ĂƒO, PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S/A CNPJ: 21.669.288/0001-61 - CONVOCAĂ‡ĂƒO: ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Convoco todos os acionistas da UniĂŁo - Administração, Participaçþes e Investimentos S/A, CNPJ 21.669.288/0001-61 para se reunirem na Assembleia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se na sede social da Companhia, no km 06 da Rodovia MG 424, municĂ­pio de SĂŁo JosĂŠ da Lapa, Estado de Minas Gerais, no dia 21 de maio de 2018, Ă s 15:30hs (quinze horas e trinta minutos), com tolerância de 30 minutos, para deliberarem sobre os assuntos constantes da seguinte ordem do dia: L WRPDU DV FRQWDV GRV DGPLQLVWUDGRUHV LL H[DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GR exercĂ­cio de 2017; e (iii) a destinação do lucro lĂ­quido no exercĂ­cio de 2017. )LFDP RV DFLRQLVWDV FLHQWLÂżFDGRV GH TXH VH HQFRQWUDP GLVSRQtYHLV QD VHGH GD &RPSDQKLD FySLD GRV VHJXLQWHV documentos: L UHODWyULR GD DGPLQLVWUDomR H SULQFLSDLV IDWRV DGPLQLVWUDWLYRV GR H[HUFtFLR GH H LL FySLD GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GH 1D GDWD GHVWD FRQYRFDomR DLQGD QmR UHFHELGR SHOD &RPSDQKLD R UHODWyULR GH DXGLWRULD H[WHUQD O acionista ou seu representante legal deverĂĄ comparecer Ă Assembleia Geral OrdinĂĄria munido de documento que comprove sua identidade e/ou procuração. Belo Horizonte, 3 de maio de 2018. Ignez da Gama GuimarĂŁes Ramalho - Presidente

Poder JudiciĂĄrio do Estado de Minas Gerais Justiça de Primeira Instância – 1a Vara de FamĂ­lia de Belo Horizonte

Av. Augusto de Lima, n° 1549 – Barro Preto – Belo Horizonte/MG. CEP 30.190.002 COMARCA DE BELO HORIZONTE – EDITAL DE CURATELA/INTERDIĂ‡ĂƒO-1a VARA DE FAMĂ?LIA. Processo n.° 5101504-93.2016.8.13.0024. O Dr. AntĂ´nio Leite de PĂĄdua, Juiz de Direito desta 1a Vara de FamĂ­lia desta Comarca em pleno exercĂ­cio de seu cargo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que por sentença proferida em 01/11/2017, foi decretada a INTERDIĂ‡ĂƒO PARCIAL de MARCIO ALBERTO ZAULI EUDVLOHLUR FDVDGR DSRVHQWDGR &, Qƒ 0 &3) Qƒ ÂżOKR GH $OIHX =DXOL H 5XWH Dias Zauli, nascido aos 1/2/1943, residente e domiciliado na Rua Abadessa Gertrudes Prado, n° 33, apto. 206, Bairro Vila Paris, nesta capital, tendo sido nomeada(o) curador(a) JULIANO RIBEIRO ZAULI, brasileiro, casado, contador, CPF n° 025.988.516-92, CI n° M-6.056.655, residente e domiciliado na Rua Professor Lincoln Continentino, n° 450, apto. 201, Bairro Cidade Nova, nesta capital, nĂŁo podendo o interditado enquanto nessa condição, salvo atravĂŠs de seu curador: praticar qualquer ato de natureza patrimonial ou negocial, como dar quitação, alienar, ou comprar, transigir, praticar atos que nĂŁo sejam de mera administração, exercer atividade empresarial, como movimentar contas bancĂĄrias ou mesmo aplicar ou resgatar qualquer tipo de investimento, inclusive previdĂŞncia privada; e, alĂŠm disso, demandar e ser demandado e atĂŠ mesmo receber citaçþes ou intimaçþes; e, ainda, a alienação de qualquer bem pertencente ao curatelado, mesmo com assistĂŞncia do curador, dependerĂĄ de autorização judicial. O interditado, NĂƒO PODE, mesmo que assistido por seu curador, praticar os seguintes atos: obter carteira de habilitação para dirigir veĂ­culo automotor, adquirir autorização para porte de armas ou mesmo adquirir armas, exercer atividade laboral em atividade de risco para si e terceiros e, ainda, emprestar, doar, hipotecar e contrair ou FRQFHGHU HPSUpVWLPRV RX ÂżQDQFLDPHQWRV H ÂżQDOPHQWH DGTXLULU Do}HV 3RU RXWUR ODGR pode o interditado, mesmo estando sob curatela, exercer atos simples ligados Ă administração da vida pessoal. E para que chegue ao conhecimento de todos e ninguĂŠm possa alegar ignorância no futuro, expediu-se o presente edital, que serĂĄ publicado na imprensa local.


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POLÍTICA FORO PRIVILEGIADO

Denúncia contra Geddel pode ficar no STF PGR alega que caso dos R$ 51 milhões do ex-ministro envolve seu irmão, deputado Lúcio Vieira Lima Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou aos ministros que compõem a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) um memorial em que defende que a denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e outras quatro pessoas no caso em que foram encontrados R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador continue tramitando na Corte. “O caso em análise envolve a prática de crimes por parlamentar detentor de foro por prerrogativa no STF, relacionados à função pública e no exercício do mandato parlamentar. Portanto, é uma situação que se enquadra nos limites decididos na questão de ordem na Ação Penal 937, subsistindo a competência desta Corte para o recebimento da denúncia e processamento da respectiva ação penal”, destacou a procuradora-geral. A manifestação de Raquel refere-se ao julgamento da semana passada, quando, por 7 a 4, a Corte decidiu reduzir o alcance do foro privilegiado, no caso de deputados federais e senadores, para crimes cometidos no exercício do mandato e em

função do cargo, conforme o entendimento defendido pelo ministro Luís Roberto Barroso. Lúcio Vieira Lima é deputado desde fevereiro de 2011. No documento, Raquel reitera ainda pedido de recebimento integral da acusação contra os irmãos, a mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho e os ex-secretários parlamentares Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz. A denúncia contra os seis foi apresentada em dezembro de 2017. Eles são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões. O posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi enviado aos ministros ontem, véspera da análise do recebimento da denúncia pela Segunda Turma. Os advogados dos acusados tentam impedir o recebimento da denúncia. Geddel cumpre prisão preventiva desde a descoberta do dinheiro e seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, responde a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. No memorial, Raquel vol-

VALTER CAMPANATO ABR

STJ remete processo de governador

Acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa, Geddel cumpre prisão preventiva

ta a rechaçar as alegações das defesas e cita três fatos criminosos que possibilitaram a arrecadação de parte do dinheiro encontrado no apartamento na capital baiana. São mencionados R$ 20 milhões que o doleiro Lúcio Funaro afirma ter entregue a Geddel, aproximadamente R$ 4 milhões da Construtora Odebrecht e R$ 2 milhões provenientes da prática de peculato. Provas - Segundo a procuradora-geral, há provas de que a família se apropriou

de forma sistemática de 80% dos salários de dois assessores parlamentares do deputado Lúcio Vieira Lima. “Todos os crimes antecedentes acima estão provados por documentos, confissões extrajudiciais, autos de apreensão, relatórios de polícia judiciária, perícias”, afirmou Raquel Dodge. À reportagem, a defesa de Job Ribeiro Brandão afirmou que fará sustentação oral reiterando os termos da resposta à acusação, por meio da qual requereu a

rejeição da denúncia ou a absolvição sumária de seu cliente. Também disse que não se opõe à manutenção do processo no Supremo porque não enxerga «qualquer prejuízo para defesa». Procurados, os advogados de Geddel Vieira Lima, de Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), de Marluce Vieira Lima, de Luiz Fernando Machado da Costa Filho e de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz não se manifestaram até a publicação desta matéria. (AE)

Dodge pede definição sobre Eduardo da Fonte Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que instância judicial é competente para processar e julgar uma denúncia oferecida contra o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-executivo da Petrobras Djalma Rodrigues. A questão de ordem enviada ontem à Corte envolve acusação de recebimento de propina do deputado em legislatura anterior. O objetivo da questão de ordem é explicitar o alcance da recente decisão do STF sobre foro privilegiado, de acordo a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da

República (PGR). Segundo denúncia, o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC Engenharia S/A, pagou R$ 300 mil a Eduardo da Fonte, sendo R$ 100 mil em espécie e R$ 200 mil em doações oficiais ao diretório estadual do Partido Progressista em Pernambuco. O valor teria sido repassado à sua campanha para o cargo de deputado federal, em 2010. O empresário apresentou documentos para provar o pagamento da propina. Como contrapartida, Dudu da Fonte e Djalma Rodrigues teriam prometido beneficiar a empresa nos contratos de construção de unidade para processa-

mento de um resíduo do petróleo chamado coque, na Refinaria do Paraná. Em agosto de 2017, a Segunda Turma do Supremo iniciou a análise do recebimento da denúncia, mas o procedimento foi interrompido, por pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski, e remarcado para hoje. Ao ser suspenso, o julgamento estava empatado em 2 a 2. Na avaliação da PGR, antes de retomar a deliberação, o plenário da Corte deve definir se o caso deve continuar no Supremo ou ser enviado à primeira instância. Na semana passada, por 7 a 4, a Corte decidiu reduzir o alcance do foro privilegiado, no caso de de-

putados federais e senadores, para crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo, conforme o entendimento defendido pelo ministro Luís Roberto Barroso. No documento, Raquel Dodge destaca que, durante o julgamento, foi esclarecido que situações específicas exigiriam a análise do caso concreto. “É preciso decidir como a decisão do Plenário se aplicará à conduta praticada por parlamentar em uma dada legislatura, que se relaciona às funções desempenhadas por ele; o qual, reeleito, neste momento exerce função parlamentar em uma nova legislatura. Deve ser processado e julgado pelo STF

ou em primeira instância?”, questionou. Para Raquel Dodge, caso o entendimento dos ministros seja de que o caso não deve seguir no Supremo, ele deve ser enviado à 13ª Vara Federal, em Curitiba, e ser processada no âmbito da Força Tarefa da Lava Jato. “Saliento, por fim, que a circunstância de o julgamento sobre o recebimento desta denúncia já ter se iniciado não impede o declínio de competência e a remessa destes autos à primeira instância, na hipótese de o STF entender que não tem competência, na linha da recente decisão do Pleno na Questão de Ordem na Ação Penal nº 937.” (AE)

Dallagnol prevê envio de ações para 1ª instância Rio de Janeiro - O procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, disse ontem que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir a prerrogativa de foro a infrações penais ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato, vai fazer com que muitos processos sejam devolvidos para a primeira instância da Justiça. Segundo Dallagnol, o chamado foro privilegiado acaba sobrecarregando as cortes superiores e também leva à impunidade. “O foro privilegiado acaba gerando uma impunidade, uma proteção dos poderosos, justamente os primeiros que deveriam ser responsabilizados por seus desvios. Nesse sentido, a restrição do foro é extremamente importante. Aguardamos agora que casos prévios a 2015 possam ser encaminhados para a

primeira instância, para que possam receber uma investigação. E esperamos que essa investigação possa ser mais célere do que vinha acontecendo, em razão das facilidades que existem na primeira instância, e não em cortes pra decisões e atos de investigação”. Dallagnol participou ontem do Seminário Corrupção e Eleições, na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), onde fez palestra sobre a Lava Jato e o financiamento eleitoral. Em conversa com a imprensa após o evento, ele disse que a Lava Jato é “uma das investigações que estão rompendo com a impunidade dos ciclos de poder”, mas que é preciso avançar com reformas no sistema político. “[É] uma de várias investigações, que são um passo necessário, mas não o suficiente. Precisamos avançar. Hoje estamos em

um círculo vicioso de corrupção: dinheiro gerado em propina gera facilidade para reeleição.Pessoas corruptas tendem a se reeleger e, uma vez reeleitas, ampliam seus esquemas criminosos, conseguem mais propina, isso alavanca a reeleição novamente e assim por diante”, ressaltou Dallagnol. Inflexão - O procurador destacou o caso da Itália, afirmando que, após a grande investigação judicial feita pela Operação Mãos Limpas, na década de 90, o sistema corrupto contra-atacou, e as investigações arrefeceram depois de um tempo. “A Lava Jato está em um ponto de inflexão. Se o sistema político não mudar, se os mesmos líderes corruptos permanecerem no Congresso Nacional, o que vai acontecer é que, inevitavelmente, quando ficarem distantes novas eleições, tendem a ser aprovados projetos que

vão esvaziar as investigações, como aconteceu na Itália. Na Itália não foi feita uma reforma política, não houve renovação política, não houve reformas mais substanciais, e o que aconteceu foi o esvaziamento das investigações após um certo tempo.” Para Dallagnol, a maior arma contra a corrupção no País é o voto do brasileiro. “As eleições representam um ponto de inflexão, não só pela necessidade de substituir lideranças apontadas como corruptas por lideranças íntegras, mas por representarem um ponto de inflexão porque em um Congresso altamente corrupto não vão passar as reformas anticorrupção profundas de que o país precisa. Por isso, o voto é a arma mais importante na luta contra a corrupção para o brasileiro em 2018”, afirmou. Durante o evento, o procurador Sérgio Pinel,

que atua na Lava Jato no Rio de Janeiro, destacou a questão do financiamento eleitoral como fonte do ciclo de corrupção. “O financiamento eleitoral é uma licença para desviar? Seria o financiamento eleitoral a nossa versão do 007? O que vem primeiro? Financiamento eleitoral motiva atos de corrupção, ou atos de corrupção são desculpa para financiamento de campanha?”, questionou. A procuradora Luana Vargas, integrante do grupo da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, lembrou que a lei brasileira é muito específica na caracterização da corrupção e que neste ano o STF vai julgar quatro casos contra pessoas que têm prerrogativa de foro e foram acusadas nessa operação. Segundo Luana, esses julgamentos serão a primeira oportunidade para o STF para se posicionar sobre a Lava Jato. (ABr)

Brasília - O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), remeteu ontem à primeira instância da Justiça da Paraíba a ação penal contra o atual governador do Estado, Ricardo Vieira Coutinho (PSB). A baixa do processo foi feita com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringiu o foro por prerrogativa de função em sessão na última quinta-feira. O governador é denunciado pela prática de 12 crimes de responsabilidade, enquanto ocupava o cargo de prefeito de João Pessoa (PB), onde ficou de 2005 a 2010. A análise do recebimento ou não da denúncia ainda não foi feito no caso. De acordo com o ministro, os fatos são decorrentes de nomeação e admissão ilegais de servidores, no último ano de prefeitura de Coutinho - o que foge do período do atual mandato de governador, não guardando nem relação com a função atual, diz Salomão. “Delitos que, em tese, não guardam relação com o exercício, tampouco teriam sido praticados em razão da função pública atualmente exercida pelo denunciado como governador”, argumentou Salomão No Supremo, a decisão é pela restrição ao foro de senadores e deputados federais. O plenário entendeu que a competência da Corte é para julgar somente crimes cometidos no mandato e em função do cargo. Para Salomão, em função do princípio da simetria, o STJ também deve observar essa delimitação. O ministro também deverá levar questão de ordem à Corte Especial do tribunal (quando conduz o assunto para análise de outros ministros), para definir sobre a competência em torno de processos que envolvam agentes públicos como conselheiros de tribunais de contas e desembargadores. Também com base na interpretação sobre as novas regras decididas pelo STF, o ministro considera que ações que tiverem trânsito em julgado deverão ser remetidas à primeira instância; nos demais casos, os recursos serão decididos pela Corte Especial do STJ. Salomão também pediu pela manifestação do Ministério Público Federal e da defesa em inquéritos sobre autoridades com foro em que ainda não há trânsito em julgado, informa a assessoria do tribunal. (AE)


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POLĂ?TICA politica@diariodocomercio.com.br

DECRETO DOS PORTOS

Barroso prorroga o inquĂŠrito de Temer PolĂ­cia Federal terĂĄ mais 60 dias para analisar dados de quebras de sigilos e colher depoimentos ADRIANO MACHADO/REUTERS

BrasĂ­lia - O ministro LuĂ­s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou ontem pedido feito pela PolĂ­cia Federal para prorrogação por 60 dias do inquĂŠrito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuĂĄrias. Em despacho, Barroso apoiou o novo prazo para a “ultimação das diligĂŞnciasâ€? a serem realizadas no caso, na linha de parecer apresentado na Ăşltima sexta-feira pela procuradora-geral da RepĂşblica, Raquel Dodge. HĂĄ, por exemplo, depoimentos a serem colhidos e a anĂĄlise de dados de quebras de sigilo bancĂĄrio e fiscal de Temer e outros investigados no inquĂŠrito. Barroso tambĂŠm concordou com a manifestação de Raquel Dodge e foi contra os pedidos da defesa do presidente, de arquivar o inquĂŠrito, e do advogado JosĂŠ Yunes, amigo de Temer e que pretendia ter acesso irrestrito aos documentos e anexos da apuração. “Quanto ao pedido formulado pela defesa de JosĂŠ Yunes, esclareço que, de acordo com pacĂ­fica jurisprudĂŞncia deste Supremo Tribunal Federal, o direito de acesso aos elementos de prova pela defesa do investigado se limita ao que jĂĄ documentado nos autos, de modo que nĂŁo hĂĄ falar-se em ‘acesso ilimitado’, tal como pleiteadoâ€?, decidiu o ministro do STF, ao rejeitar

o pedido de Yunes. “JĂĄ quanto aos pedidos de arquivamento do inquĂŠrito, formulados pela defesa do excelentĂ­ssimo senhor presidente da RepĂşblica, razĂŁo assiste ao MinistĂŠrio PĂşblico Federal ao salientar ser necessĂĄrio aguardar-se a conclusĂŁo das diligĂŞncias em curso para que se possa formar opiniĂŁo sobre a existĂŞncia material dos delitos investigadosâ€?, completou Barroso. Desde setembro do ano passado, Temer ĂŠ alvo dessa apuração no STF sob suspeita de ter recebido propina, por meio do entĂŁo assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que teria beneficiado a empresa Rodrimar em alteraçþes legais para a ĂĄrea portuĂĄria. A pedido do MinistĂŠrio PĂşblico e da PF, Barroso autorizou a ampliação do escopo das apuraçþes iniciais. Ele permitiu a quebra de sigilos bancĂĄrio e fiscal de Temer e de pessoas prĂłximas do presidente. Dois amigos de Temer, o coronel aposentado da PolĂ­cia Militar de SĂŁo Paulo JoĂŁo Baptista Lima Filho e o advogado JosĂŠ Yunes, chegaram a ser presos temporariamente no curso da apuração. Dinheiro vivo - Na Ăşltima quinta-feira, uma das filhas do presidente, a psicĂłloga Maristela Temer, depĂ´s na PF em SĂŁo Paulo nesse inquĂŠrito. Maristela entrou no radar das investigaçþes

depois que surgiram suspeitas de que a reforma da sua casa, na capital paulista, teria sido custeada em dinheiro vivo pelo coronel Lima. Delatores da J&F, holding que controla a JBS, acusaram o coronel de ser um dos intermediĂĄrios de Temer no suposto recebimento de vantagens indevidas. As defesas de Temer, de Maristela e do coronel negam irregularidades. Na semana passada, Temer fez um duro discurso contra o inquĂŠrito, cha-

mando-o de “perseguiçãoâ€? disfarçada de apuração. O PalĂĄcio do Planalto receia que o presidente seja alvo de uma terceira denĂşncia criminal da Procuradoria-Geral da RepĂşblica. No ano passado ele conseguiu que a Câmara dos Deputados negasse andamento a outras duas apresentadas pelo ex-procurador-geral da RepĂşblica Rodrigo Janot. No inquĂŠrito, que ainda nĂŁo teve denĂşncia apresentada, ĂŠ investigado o suposto favorecimento da

empresa Rodrimar S/A, concessionåria do Porto de Santos, por meio do decreto assinado por Temer em maio do ano passado. Em troca, teria sido paga propina. Temer nega todas as suspeitas. No início do ano, ao responder por escrito a questionamentos dos delegados responsåveis pelo caso, a defesa do presidente declarou que ele nunca foi procurado por empresårios do setor portuårio para tratar da edição do decreto. (Reuters/ABr) Temer nega favorecimento

Policial fez entrega de dinheiro para Yunes BrasĂ­lia - O policial militar Abel de Queiroz disse ter ido ao menos duas vezes “com absoluta certezaâ€? ao escritĂłrio do advogado JosĂŠ Yunes, amigo do presidente Michel Temer, para fazer entrega de dinheiro a ele entre 2013 e 2015, segundo depoimento sigiloso dele prestado Ă PolĂ­cia Federal (PF) e obtido pela Reuters. As declaraçþes de Queiroz foram prestadas no dia 28 de março ao delegado da PF Thiago Machado Delabary em SĂŁo Paulo. Ele falou na condição de testemunha do inquĂŠrito que investiga se houve crime numa contribuição de R$ 10 milhĂľes para o entĂŁo PMDB, que teria sido formalizada em um jantar no PalĂĄcio do Jaburu, com a presença de Temer, do empresĂĄrio Marcelo Odebrecht e dos hoje ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia) em 2014. O presidente entrou para o rol

de investigados desse inquĂŠrito em março, apĂłs o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ter aceitado pedido da procuradora-geral da RepĂşblica, Raquel Dodge, para inclui-lo. O depoimento de Queiroz foi publicado pelo jornal “Folha de S.Pauloâ€?na edição do Ăşltimo domingo. No depoimento, o policial militar confirmou ter estado no escritĂłrio de Yunes “com absoluta certezaâ€? em pelo menos duas ocasiĂľes. Ele trabalhou como motorista da Transnacional, empresa de transporte de valores da Odebrecht, um dos alvos da Operação Lava Jato. A PF fez um reconhecimento “in locoâ€? com Queiroz do endereço do advogado amigo de Temer. Queiroz disse que “salvo enganoâ€?, dois colegas de trabalho foram responsĂĄveis por entregarem o dinheiro no endereço de Yunes. Disse tambĂŠm que essas operaçþes ocorreram em

dias diferentes. Ao delegado, o PM, entretanto, afirmou que nĂŁo se lembra se as pessoas indicadas para receber os recursos eram “Yunesâ€? ou Shirley, que seria secretĂĄria dele. Defesa - O advogado de Yunes, JosĂŠ LuĂ­s de Oliveira Lima, afirmou em nota que seu cliente, “com mais de 50 anos de advocacia, jamais se prestou a desempenhar o papel de intermediĂĄrioâ€?. O advogado de Temer, Brian Alves Prado, afirmou que a defesa do presidente nĂŁo teve acesso ao depoimento e que, por isso, nĂŁo poderĂĄ se pronunciar sobre o assunto. Em fevereiro do ano passado, Temer afirmou em nota que pediu “auxĂ­lio formal e oficialâ€? Ă Odebrecht na campanha de 2014, mas ressaltou que nĂŁo autorizou ou solicitou que “nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoralâ€?. (Reuters)

OPERAĂ‡ĂƒO LAVA JATO

Lula cogitou compra de sĂ­tio, afirma Okamotto SĂŁo Paulo - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva chegou a ter a intenção de comprar o sĂ­tio Santa BĂĄrbara, em Atibaia. Ele ainda disse que parte do acervo presidencial do petista apĂłs o tĂŠrmino de seu mandato ficaria no imĂłvel. Okamotto prestou depoimento ontem ao juiz federal SĂŠrgio Moro como testemunha de defesa. Ele foi questionado pela advogada de Fernando Bittar sobre um almoço em 2015, no Instituto Lula, no qual teria sido discutida a aquisição do sĂ­tio. “Teve um

almoço. Lula, Kalil, Fernando, nĂŁo sei se o FĂĄbio tambĂŠm. Esse tema tinha sido tratado. O presidente Lula, jĂĄ hĂĄ algum tempo, achava que tinha que comprar o sĂ­tio como presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de dĂşvida, mas tinha essa impressĂŁoâ€?, afirmou. Okamotto tambĂŠm disse que, no fim de 2010, o ex-ministro Gilberto Carvalho, afirmou a ele que “teria que providenciar a retirada do acervo presidencialâ€?. “Coisa que eu acabei fazendo, levei para a Granero, como muita gente sabe. Fui informado de que uma parte do acervo seria levada para o sĂ­tio do

Fernandoâ€?, declaroui. O presidente do Instituto Lula tambĂŠm disse quer freqĂźentou o sĂ­tio “algumas vezesâ€? por ter tambĂŠm um imĂłvel nas redondezas, sempre na presença de Fernando Bittar. O caso envolvendo o sĂ­tio representa a terceira denĂşncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e tambĂŠm a empreiteira Schahin, com o pecuarista JosĂŠ Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhĂŁo em obras de melhorias no sĂ­tio em troca de contratos com a Petrobras. A denĂşncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e

aliados do ex-presidente, atÊ seu compadre, o advogado Roberto Teixeira. O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e estå registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio Ê de Lula, que nega. Manifestação - O ex-presidente, preso hå 30 dias na sede da Operação Lava Jato em Curitiba, segue se manifestando de dentro da cadeia para a militância. Ontem, em depoimento di-

EDITAL DO LEILĂƒO DE ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA

Marcelo Valland, leiloeiro oficial inscrito na JUCESP n° 408, com escritĂłrio Ă Rua Benedito ClimĂŠrio de Santana, 373 VĂĄrzea do PalĂĄcio, Guarulhos - SP, devidamente autorizado pelo Credor FiduciĂĄrio ITAĂš UNIBANCO S/A, inscrito no CNPJ sob n° 60.701.190/0001-04, com sede na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, n° 100, Torre Olavo SetĂşbal, na Cidade de SĂŁo Paulo/SP, nos termos do Instrumento Particular de Venda e Compra de bem imĂłvel, Financiamento com Garantia de Alienação e Outras Avenças de nÂş 10130911507, no qual figura como Fiduciante NILSON FONSECA ESPĂ?NULA, empresĂĄrio, C.I. M- 2.544.659 SSPMG, CPF nÂş 584.885.296-00 e s/m, SALETTE DA SILVA ESPĂ?NULA, assistente administrativa, C.I. nÂş 20.807.876 PCMG, CPF nÂş 867.934.899-68, brasileiros, casados sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, residentes em Belo Horizonte/MG, levarĂĄ a PĂšBLICO LEILĂƒO de modo Presencial e On-line, nos termos da Lei nÂş 9.514/97, artigo 27 e parĂĄgrafos, no dia 10/05/2018, Ă s 13 horas, Ă Rua Benedito ClimĂŠrio de Santana, 373 - VĂĄrzea do PalĂĄcio, Guarulhos - SP, em PRIMEIRO PĂšBLICO LEILĂƒO, com lance mĂ­nimo igual ou superior a R$ 329.029,42 (trezentos e vinte e nove mil e vinte e nove reais e quarenta e dois centavos), o imĂłvel abaixo descrito, com a propriedade consolidada em nome do credor FiduciĂĄrio constituĂ­do pelo ImĂłvel objeto de MatrĂ­cula nÂş 24.301 do CartĂłrio de Registro de ImĂłveis de SabarĂĄ/MG: fração ideal de 0,008009 de um terreno com ĂĄrea de 10.826,93m², localizado na divisa do Bairro Nova Vista, neste municĂ­pio, correspondente ao apartamento nÂş 102 do EdifĂ­cio Angelyca, no “CondomĂ­nio Garden Villeâ€?, com uma ĂĄrea global real de 85,1640m², sendo 59,3100m² de ĂĄrea real privativa, 25,8540m² de ĂĄrea real de uso comum, ĂĄrea equivalente de construção de 75,2805m², com o direito de uso de 01 vaga coberta e 01 vaga descoberta no estacionamento, com a função de guarda de veĂ­culos pequeno/mĂŠdio porte. Obs.: Ocupado. Desocupação por conta do adquirente, nos termos do art. 30 da lei 9.514/97. Caso nĂŁo haja licitante em primeiro leilĂŁo, fica desde jĂĄ designado o dia 23/05/2018, no mesmo horĂĄrio e local, para realização do SEGUNDO PĂšBLICO LEILĂƒO, com lance mĂ­nimo igual ou superior a R$ 261.643,76 (duzentos e sessenta e um mil, seiscentos e quarenta e trĂŞs reais e setenta e seis centavos). Os interessados em participar do leilĂŁo de modo on-line, deverĂŁo se cadastrar no site (www.manheim.com.br) e se habilitar acessando a pĂĄgina deste leilĂŁo, clicando na opção HABILITE-SE, com antecedĂŞncia de atĂŠ 01 (uma) hora, antes do inĂ­cio do leilĂŁo presencial, nĂŁo sendo aceitas habilitaçþes apĂłs esse prazo. O envio de lances on-line se darĂĄ exclusivamente atravĂŠs do site (www.manheim.com.br) , respeitado o lance inicial e o incremento mĂ­nimo estabelecido, em igualdade de condiçþes com os participantes presentes no auditĂłrio do leilĂŁo de modo presencial, na disputa pelo lote do leilĂŁo. A venda serĂĄ efetuada em carĂĄter “ad corpusâ€? e no estado de conservação em que o imĂłvel se encontra, e eventual irregularidade ou necessidade de averbação de construção, ampliação ou reforma, serĂĄ objeto de regularização e os encargos junto aos ĂłrgĂŁos competentes por conta do adquirente. O(s) devedor(es) fiduciante(s) serĂĄ(ĂŁo) comunicado(s) na forma do parĂĄgrafo 2Âş-A do art. 27 da lei 9.514/97, incluĂ­do pela lei 13.465 de 11/07/2017, das datas, horĂĄrios e locais da realização dos leilĂľes fiduciĂĄrios, mediante correspondĂŞncia dirigida aos endereços constantes do contrato, inclusive ao endereço eletrĂ´nico, podendo o(s) fiduciante(s) adquirir sem concorrĂŞncia de terceiros, o imĂłvel outrora entregue em garantia, exercendo o seu direito de preferĂŞncia em 1Âş ou 2Âş leilĂŁo, pelo valor da dĂ­vida, acrescida dos encargos e despesas, conforme estabelecido no parĂĄgrafo 2Âş-B do mesmo artigo, ainda que, outros interessados jĂĄ tenham efetuado lances, para o respectivo lote do leilĂŁo. O arrematante pagarĂĄ no ato, Ă vista, o valor total da arrematação e a comissĂŁo do leiloeiro, correspondente a 5% sobre o valor de arremate. O edital completo encontra-se disponĂ­vel no site do leiloeiro (www.manheim.com.br) , o qual o participante declara ter lido e concordado com os seus termos e condiçþes ali estabelecidos.O horĂĄrio mencionado neste edital, no site do leiloeiro, catĂĄlogos ou em qualquer outro veĂ­culo de comunicação, consideram o horĂĄrio oficial de BrasĂ­lia/DF.As demais condiçþes obedecerĂŁo ao que regula o Decreto n° 21.981 de 19 de outubro de 1.932, com as alteraçþes introduzidas pelo Decreto n° 22.427 de 1° de fevereiro de 1.933, que regula a profissĂŁo de Leiloeiro Oficial.

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vulgado pelo seu site oficial, ele volta a se declarar inocente pela condenação no caso do triplex do GuarujĂĄ (SP). O imĂłvel e a reforma feita nele seriam propina de empreiteiras em troca de contratos com o governo. O petista nega. TambĂŠm foi compartilhado um vĂ­deo com o Ăşltimo discurso de Lula antes de se entregar para a PolĂ­cia Federal em SĂŁo Bernardo do Campo, no ABC paulista. “Completam-se 30 dias que estou aqui aguardando que o Moro e o TRF-4 digam qual crime eu cometi. NĂŁo sei se os acusadores dormem com a consciĂŞncia tranquila que eu durmo. A minha tranquilidade ĂŠ porque eu tenho vocĂŞsâ€?, assina Lula.

Na carta, o ex-presidente afirma que tem “certezaâ€? de ser “vĂ­tima de um conluio entre a imprensa e a Força Tarefa da Lava Jato que nĂŁo sabem como sair da emboscada que se meteram com tantas mentirasâ€?. Desde que Lula foi preso, militantes acampam nas proximidades da sede da SuperintendĂŞncia da PolĂ­cia Federal em Curitiba, com moradores da regiĂŁo alegando transtornos. A prefeitura da capital paranaense jĂĄ solicitou a transferĂŞncia do ex-presidente e a Justiça jĂĄ determinou que os movimentos desfaçam o acampamento sob pena de multa diĂĄria. Integrantes do acampamento tambĂŠm foram alvo de tiros na semana passada. (AE)

MLF HOLDING DE PARTICIPAÇÕES S.A. - CNPJ n.Âş 14.868.348/0001-00 - NIRE: 3130009924-5 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA DE LIQUIDAĂ‡ĂƒO E EXTINĂ‡ĂƒO REALIZADA Aos sete dias de Março de 2018, Ă s 19h00min, na sede social da empresa situada na Rua GuaporĂŠ, n.Âş 101, bairro CĂŠlvia, CEP QR PXQLFtSLR GH 9HVSDVLDQR 0* %UDVLO FRQIRUPH SUHYLVWR QR DUWLJR † ž GR &yGLJR &tYHO ÂżFD GLVSHQsada a convocação dos sĂłcios, uma vez que estĂŁo presentes todos os acionistas da MLF HOLDING DE PARTICIPAÇÕES S/A, sociedade anĂ´nima com estatuto social arquivado na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş. 3130009924-5 e inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş. 14.868.348/0001-00 representando A TOTALIDADE do capital social conforme se constatou do respectivo livro e presença. Assim reunidos os referidos acionistas subscritores, a saber: LEĂ”NIDAS MARQUES DE PAULA SANTOS, sĂłcio acionista e diretor presidente da MLF HOLDING DE PARTICIPAÇÕES S/A, brasileiro, empresĂĄrio, casado sob o regime comunhĂŁo parcial de bens, portador do documento de identidade MG-1.619.500 PC/MG, inscrito no CPF sob nÂş 443.583.186-49, residente e domiciliado Ă Rua GuaporĂŠ, nÂş 87, bairro CĂŠlvia, Vespasiano/MG - Brasil, CEP:33.200-000, nascido HP ÂżOKR GH 0DXUtOLR GH 3DXOD 6DQWRV H 0DULD 7RPD]LD 0DUTXHV H ),/,3( 0$57,16 0$548(6 VyFLR DFLRQLVWD H diretor administrativo da MLF HOLDING DE PARTICIPAÇÕES S/A, brasileiro, empresĂĄrio, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, portador da ID/RG nÂş MG - 7.138.853, expedida pela SSP/MG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 068.932.466-92, residente e domiciliado na Avenida Doutor Jorge Dias de Oliva, n.Âş 230, Apto. 01, bairro Parque Jardim ItaĂş, Vespasiano/MG, %UDVLO &(3 QDVFLGR HP ÂżOKR GH /H{QLGDV 0DUTXHV GH 3DXOD 6DQWRV H 0DULOHQH 0DUWLQV GD 3DL[mR )RL aclamado presidente da Assembleia o Sr. LEĂ”NIDAS MARQUES DE PAULA SANTOS que, por sua vez, convidou a mim, FILIPE MARTINS MARQUES, para secretariar os trabalhos da Assembleia. Formada assim a mesa dos trabalhos, o Sr. Presidente abriu a sessĂŁo e, de acordo com a ordem do dia, expĂ´s aos presentes que a reuniĂŁo tinha por objetivo deliberar sobre a Liquidação e Extinção da MLF HOLDING DE PARTICIPAÇÕES S.A. O Balanço de Encerramento foi publicado no jornal DiĂĄrio do CoPpUFLR GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SiJLQD VHLV DEULO GH GRLV PLO H GH]RLWR QD SDJLQD H QR 'LiULR 2ÂżFLDO &DGHUQR 2 pĂĄgina 02 em 07 (sete) de abril de 2018 e anexado ao registro da presente ata. Deliberaçþes: Foi aprovado por unanimidade: R UHODWyULR GD DGPLQLVWUDomR %DODQoR 3DWULPRQLDO H 'HPRQVWUDo}HV )LQDQFHLUDV D GLVVROXomR OLTXLGDomR H H[WLQomR GD sociedade, que apĂłs honrados os valores passivos, o saldo do ativo foi distribuĂ­do aos senhores acionistas, na proporção de nĂşmeros de açþes que cada uma possuĂ­a. Todos os acionistas declararam haver recebido sua parte, e, como nenhuma conta, tanto do Ativo como do Passivo indicava algum resultado e como nada mais foi questionado, foi declarada EXTINTA a empresa MLF +2/',1* '( 3$57,&,3$dÂŽ(6 6 $ ÂżFDQGR D JXDUGD GRV OLYURV VRFLDLV H ÂżVFDLV EHP FRPR D GRFXPHQWDomR SHUWLQHQWH VRE D responsabilidade do acionista LEĂ”NIDAS MARQUES DE PAULA SANTOS. Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente mandou que fosse lavrada a presente ata que, lida aos presentes, foi aprovada e assinada por todos, quais sejam, os acionistas LEĂ”NIDAS MARQUES DE PAULA SANTOS e FILIPE MARTINS MARQUES. E por assim estarem justos e contratados, os acionistas LEĂ”NIDAS MARQUES DE PAULA SANTOS e FILIPE MARTINS MARQUES assinam digitalmente o presente instrumento para o mesmo efeito. Na condição de secretĂĄrio da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada neste dia, eu, FILIPE 0$57,16 0$548(6 FHUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH DWD p FySLD ÂżHO GR RULJLQDO ODYUDGR HP OLYUR SUySULR 9HVSDVLDQR 0* GH 0DUoR /,67$ '( 35(6(17(6 /H{QLGDV 0DUTXHV GH 3DXOD 6DQWRV VyFLR DFLRQLVWD H GLUHWRU SUHVLGHQWH )LOLSH 0DUtins Marques (sĂłcio acionista e diretor administrativo). LeĂ´nidas Marques de Paula Santos - Diretor Presidente. Filipe Martins 0DUTXHV 'LUHWRU $GPLQLVWUDWLYR :DUOH\ 3RQWHOOR %DUERVD $GYRJDGR 2$% 0* -8&(0* &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

INOVAÇÃO

Instituto Senai em Itajubá terá parceria do governo de Minas

Encontro no TJMMG DIVULGAÇÃO/TJMMG

Contrato entre a Codemge e a Fiemg foi assinado ontem em Belo Horizonte THAÍNE BELISSA

Em construção desde 2015, o primeiro módulo do Instituto Senai de Inovação de Itajubá, no Sul do Estado, terá um dos seus cinco galpões subsidiados pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). O contrato entre a companhia e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) foi assinado ontem. Com um investimento de R$ 32 milhões, a Codemge será a responsável pela construção da estrutura física do Setor C, que receberá laboratórios focados em transformadores de alta-tensão. Também contribuirão com essa parceria a Cemig e a Fapemig: cada uma delas investirá R$ 40 milhões em pesquisa e em equipamentos para esse galpão. Durante entrevista coletiva realizada, ontem, na sede da Fiemg, em Belo Horizonte, o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco, explicou que o projeto do instituto já existe desde 2015, quando começaram as obras. Mas, no segundo semestre de 2016, a Fiemg convidou o Estado a participar por meio da Codemge, Cemig e Fapemig. As três entidades subsidiarão as obras e a estruturação de um dos cinco galpões que formarão o primeiro módulo do instituto. “A Cemig e a Fapemig vão participar com verba de P&D e com a compra de

SEBASTIÃO JACINTO JÚNIOR - DIVULGAÇÃO

equipamentos, enquanto que a Codemge vai construir a estrutura física do setor C. Nós construímos o prédio e alugamos para o Senai durante 50 anos. Dessa forma, não é um investimento a fundo perdido, mas é um investimento de risco”, disse. Com foco em transformadores de alta-tensão, o Setor C poderá oferecer diversos testes, como tensão aplicada sob frequência industrial a seco e sob chuva, impulso atmosférico e de manobra a seco e sob chuva, tensões combinadas e medições de descargas parciais. Mas esse é apenas um dos muitos galpões que formará o instituto, que tem investimento total R$ 425 milhões. Trata-se de um projeto ousado que consiste em um complexo de laboratórios capaz de atender à demanda da indústria eletroeletrônica por testes de alta-tensão, alta potência, elevação de temperatura e ensaios mecânicos, entre outros, todos essenciais à competitividade da indústria. A primeira parte do empreendimento Castello Branco: Codemge ficará responsável por obras será concluída até 2020, o que o colocará entre os dez tem tecnologia vive a cargo citou uma pesquisa realizamaiores do mundo. Com dos outros. E é por isso que da pela companhia sobre a área útil de 60 mil metros, estamos apostando nisso. competitividade de Minas o complexo será pioneiro na Já recebi visitas de empre- Gerais em 24 setores da inAmérica Latina na pesquisa sários dos Estados Unidos dústria de transformação. O e desenvolvimento de novos e da China, que querem estudo apontou que o Estado explorar nosso mercado é mais competitivo que São equipamentos. no setor elétrico-eletrônico Paulo em apenas sete desses Atração - O presidente da e, para isso, precisarão de setores, sendo um deles o Fiemg, Olavo Machado Ju- um instituto como esse para elétrico-eletrônico. “Para nior, destacou a importância desenvolver e atestar seus manter esse protagonismo e para garantir a saúde desse de um empreendimento produtos”, disse. Castello Branco também setor que passa por grande como esse, que atrairá grandes empresas para o Estado. falou sobre a importância de revolução é que estamos “Desenvolvimento se faz se aprimorar uma área que investindo em tecnologia”, com tecnologia e quem não já é destaque no Estado. Ele frisou.

COMÉRCIO

Via Varejo abre loja Smart em Minas THAÍNE BELISSA

A Smart, novo formato de loja compacta das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, chega a Minas Gerais com uma primeira unidade em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas Gerais. Com uma área de loja menor, mas com produtividade de venda por metro quadrado que é 30% maior que uma unidade comum, a Smart leva ao consumidor uma experiência diferenciada de mistura dos mundos on-line e off-line. A expectativa do grupo detentor das marcas, Via Varejo, é abrir 80 Smarts até o fim do ano, sendo que outras cidades do interior do Estado estão no radar da companhia. O diretor de modelo de vendas da Via Varejo, Marcelo Nogueira, afirma que, até o momento, são 14 Smarts no Brasil em diferentes estados. Ele explica que o grupo fez um plano de expansão detalhado com mapeamento de todos os micromercados no Brasil, considerando dados relevantes como presença da concorrência, potencial de consumo, perfil de público e aderência às marcas. “São Sebastião do Paraíso

foi uma das cidades mineiras que se destacou nesse plano. Vimos que a cidade tem um potencial de captura de clientes importante e que temos grande chance de conquistar um market share significativo lá. Além disso, não estávamos presentes com as nossas marcas no município”, justifica. A unidade foi inaugurada no fim de abril e gerou dez empregos diretos. Nogueira destaca que essa Smart ainda conta com uma área chamada “Retira Rápido”, destinada à retirada de produtos comprados pela internet. “Esse é um detalhe importante porque a possibilidade da retirada na própria cidade pode reforçar também nossas vendas pela internet”, completa. O diretor não revela o investimento feito pelo grupo em cada unidade, mas explica que o fato de a Smart ser menor em área de vendas não resulta em diminuição do investimento, em relação a uma loja convencional. Isso porque a Smart, apesar de

menor, tem mais tecnologia embarcada, o que permite seu funcionamento diferenciado. Por outro lado, ele lembra que os custos de infraestrutura são menores e que a loja é mais eficiente em vendas. “No fim das contas a Smart gera mais valor para o grupo do que uma loja convencional porque ela é mais efetiva em vendas. As vendas por metro quadrado em uma Smart chegam a ser 30% maior que na unidade comum”, diz. O executivo explica que isso acontece porque a Smart integra os mundos on-line e off-line, oferecendo uma experiência de compra mais fluida para o cliente. A loja disponibiliza aos clientes totens touchscreen, que permitem o acesso ao catálogo dos produtos, inclusive aqueles que não estão em exposição naquela unidade, assim como acesso às informações adicionais dos itens. O cliente pode até mesmo finalizar a compra em um desses dispositivos, caso seja seu interesse.

“Nesse formato a jornada de atendimento ao cliente é mais fluida. Ele pode ser atendido por um único vendedor, que o recebe, o auxilia no totem e até finaliza o pedido. É um atendimento muito mais personalizado”, diz. O diretor explica que o formato atende ao público que prefere um pouco de interação física, seja porque não quer comprar pela internet e inserir seus dados na web, seja porque gosta de ver o produto fisicamente ou porque precisa de um item imediatamente. Segundo o diretor, o Via Varejo pretende abrir 80 Smarts em todo o País até o fim deste ano. Nogueira afirma que há outras cidades em Minas Gerais no radar da companhia, principalmente no interior. Na capital mineira não há previsão de inauguração de Smarts, pois o grupo entende que a cidade já é bem abastecida pelas marcas em lojas convencionais: são 28 ao todo, entre Casas Bahia e Ponto Frio.

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Representantes do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais estiveram reunidos recentemente no Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG) para reforçar a parceria do órgão. O TJMMG possui convênio com o CIEE/MG desde 2013 e já beneficiou 107 estudantes com oportunidades de estágio em diversas áreas do conhecimento. O superintendente-executivo do CIEE/MG, professor Sebastião Alvino Colomarte; o diretor vice-presidente da instituição, José Pedro Barbosa, e o supervisor de Comunicação, Alexandre Cézar de Oliveira Melo foram recebidos pelo presidente do TJMMG, Juiz Coronel James Ferreira Santos; pelo chefe de Gabinete, Coronel Fábio Xavier; pelo secretário especial, Frederico Viana e pela coordenadora de Recursos Humanos, Cecília Santos (foto). Durante o encontro, o professor Colomarte teve a oportunidade de fazer uma exposição sobre a história do CIEE/ MG, que atua em território mineiro desde 1979 e já possibilitou a inserção de cerca de meio milhão de estudantes no mercado de trabalho como estagiários e aprendizes.

Treinamento institucional SECOM / DIVULGAÇÃO

O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG) reuniu, no dia 30 de abril, seus colaboradores para mais uma etapa do Treinamento Institucional. Na abertura dos trabalhos, o superintendente-executivo Professor Sebastião Alvino Colomarte ressaltou a importância do projeto de expansão da instituição no Estado, com a abertura de unidades de atendimentos em novas cidades mineiras. O treinamento contou com o professor Diogo Isoni Ribas, como convidado especial (foto). Em sua palestra, ele abordou o tema “Marketing e vendas”, quando foi elogiado pelos presentes. Ainda na programação, Eduardo Dias Soares, Wander Fernandes Duarte e Kleber de Castro ministraram workshop sobre negociação e vendas. Antônio Marcos Pereira e Joicimar Antônio de Oliveira encerraram o encontro com o tema “A importância da gestão de documentos”.

Sul de Minas Os supervisores da Unidade Regional Sul de Minas e Operacional de Estágios, Henrique Naves e Kleber de Castro, respectivamente, realizam série de visitas na região. Na Câmara Municipal de Varginha foram recebidos pelo presidente da Casa Legislativa, Leonardo Vinhas Ciacci. No Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Varginha (Condedica-Varginha), reuniram-se com o supervisor de Serviços de Programas Sociais, Rodrigo Olegário da Silva e com a funcionária da Secretaria Executiva, Adriana Pio Ferreira. Na empresa parceira, Philips Lighting, foram recebidos pela analista de RH, Patrícia Belini Azevedo (na foto, Patrícia ladeada por Kleber de Castro e Henrique Naves). No Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), estiveram com o superintendente-executivo Runior de Oliveira Neves. Os supervisores também estiveram reunidos na Associação Comercial e Industrial de Pouso Alegre, que mantém uma unidade de atendimento do CIEE/MG em suas dependências. Foram recebidos pelo presidente da entidade, Luiz Filipe Valias Vargas, pelo vice-presidente Marco Antônio Dias e pelo diretor de Treinamento e Parcerias Tadeu Fernandes Oliveira. Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Phoenix estima crescer 30% com lançamento de serviço Empresa sediada em Uberlândia passa a atender clientes pessoa física DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Especializada em atendimento médico de urgência e emergência pré-hospitalar, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a Phoenix Emergências Médicas dá início a um novo ciclo de expansão. A principal estratégia é o lançamento de um produto dedicado ao cliente pessoa física. Além disso, a empresa se prepara para abrir um filial em São Paulo no prazo máximo de quatro meses. De acordo com o diretor da Phoenix Emergências Médicas, José Elias, a expectativa é crescer em faturamento 30% em 2018 na comparação com o ano passado. “Até agora atendíamos apenas clientes corporativos em Uberlândia e Patrocínio (Alto Paranaíba). Agora abrimos a carteira para os clientes pessoa física. Boa parte deles formada por quem perdeu a capacidade de pagar um plano de saúde, mas não quer depender exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde)”, explica Elias. Fazem parte da cartela de serviços da Phoenix: Transportes terrestres – remoção de pacientes para realização de exames, altas hospitalares e transferências inter-hospitalares em unidades móveis. Cobertura de eventos - manutenção de equipes de atendimento especializadas, para atendimento a todas as situações críticas de urgências e emergências ocorridas durante a realização do evento. Atendimento pré-hospitalar - atendimento médico emergencial a todas as situações críticas e agudas que fogem ao controle, relacionadas à saúde e o

bem-estar do contratante. Área protegida para empresas - delimitação física das dependências da empresa contratante em uma área de proteção permanente da Phoenix. Postos de enfermagem - instalação de postos de enfermagem em empresas, shopping centers e canteiros de obra, a fim de suprir todas as necessidades de seus clientes quanto à sua saúde e bem-estar. A unidade paulista vai seguir se dedicando ao cliente corporativo, com foco nas licitações públicas e para Elias: cerca de 30% dos atendimentos resultam em internação organizações sociais. Para suportar o crescimento a em mídia, marketing e equipe para clientes e sociedade. O empresa investiu R$ 200 mil comercial. As mudanças objetivo é fazer com que as em uma nova sede com 800 devem fazer a equipe, que entradas em hospitais não metros quadrados. O local atualmente conta com 50 necessárias sejam evitadas. foi escolhido observando colaboradores, aumentar Atualmente, ainda segundo o executivo, apenas cerca o tempo estimado para o entre 30% e 40%. de 30% dos atendimentos atendimento a cada parte Treinamento Além de resultam em internação da cidade. A mobilidade foi o principal critério de fazer a remoção de pacientes hospitalar. O restante, escolha. Nos próximos 12 e prestar a assistência algo em torno de 70%, é meses a Phoenix deve in- pré-hospitalar, a empresa resolvido no próprio local vestir outros R$ 1,2 milhão também oferece treinamento de atendimento. Há oito

Transporte terrestre está entre os serviços prestados pela Phoenix

anos no mercado, a empresa garante que o serviço é prestado a qualquer hora, sete dias por semana. “Isso reduz riscos e custos. O atendimento começa em casa, evitando o agravamento do quadro. No tempo em que a pessoa ainda estaria passando pela triagem em um hospital, ela já está recebendo as-

sistência e, na maioria dos casos, não precisa sequer ser encaminhada. Isso diminui o sofrimento do paciente, o tempo de recuperação e o período de afastamento do trabalho, reduzindo as intercorrências e os custos tanto para o trabalhador como para a empresa”, argumenta o diretor da Phoenix Emergências Médicas.

RECURSOS HUMANOS

RH passa a ser núcleo estratégico nas empresas DA REDAÇÃO

Em 2011 surge, cunhado na Feira de Hannover pelos alemães, o conceito da Indústria 4.0, caracterizada pela inovação e automação da manufatura, criando novos postos e estruturas de trabalho. Com isso, o mercado cada vez mais exige um novo perfil de profissional, com maior pensamento crítico, capacidade de resolver problemas complexos, empatia, criatividade e colaboração, que vem refletindo nos RHs das empresas. O departa-

mento, que antes tinha uma posição mais tática, passa a ser um núcleo estratégico dentro das companhias, segundo avaliação de Naomi Scuratovski Wernli, coach de carreira com mais de dez anos de experiência, que idealizou o projeto Amiga da Meta Coaching & Consultoria para apoiar profissionais. “Garantir a conformidade dos valores e preservar a cultura da companhia não pode ser o único foco do RH no mundo atual. É preciso moldar essa cultura, pensando em novas formas de suportar

processos mais ágeis, e isso exige uma nova forma de atuação deste setor”, afirma Naomi. A fim de garantir o sucesso nesta transição, a especialista diz que o RH deverá desenvolver habilidades de coaching para apoiar gerentes e colaboradores com conversas cotidianas, visando departamentos mais integrados e conectados. O uso de tecnologia para a área de gestão de pessoas como o people analytics – a coleta, organização e análise de dados para reter e mapear talentos de forma

A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

mais precisa – garante a agilidade nos processos e tomadas de decisão. A especialista ressalta que quem está entrando no mercado de trabalho procura, mais do que boa remuneração e benefícios, engajamento e significado. “A geração Y tem buscado propósito no que faz e as empresas devem se atentar a isso. Não só com a intenção de reter talentos, mas vivenciá-los na prática, no dia a dia corporativo. É essencial ser transparente”, pontua a idealizadora da Amiga da Meta.

A transformação do RH depende da mudança de mindset da alta administração das empresas, que precisa encontrar estratégias para impulsionar as equipes e traçar planos de negócio de acordo com o momento econômico. “Enxergar que vivemos em um mundo diferente é fundamental para formar equipes mais capacitadas, reter talentos, reduzir custos e, finalmente, melhorar a reputação da marca empregadora no mercado”, arremata a coach.

cegueiradasorganizacoes@diariodocomercio.com.br

Será que devo investir nesta startup? (Parte 2) BRUNO PFEILSTICKER*

Em ensaio anterior falamos sobre o processo de tomada de decisão de investimento em uma startup. Destacamos que os investimentos neste tipo de negócio, em suas diferentes modalidades, momentos e portes, estão cada vez mais comuns, motivados por diferentes fatores. Neste ensaio iremos discutir uma outra dimensão do processo de decisão, abordando diferentes critérios a serem analisados durante o processo de análise de investimento. Os critérios de análise são inerentes aos diferentes momentos das startups. Aqui na DMEP, conforme ensaio anterior, trabalhamos com 3 momentos distintos. O primeiro é o da validação, em que a empresa precisa provar seu conceito, sua ideia e produto. O segundo é o da implantação, quando a empresa com um conceito validado começa a entrar no mercado e a gerar receita. O terceiro é o do crescimento e expansão. No momento da validação, os critérios essenciais a serem avaliados buscam delinear a relevância do negócio. O primeiro é o problema trabalhado. Será que existe uma dor específica e clara que está sendo mitigada? Nesta linha, é preciso entender

se este problema além de relevante é grande. Ou seja, qual o tamanho de mercado deste problema? O terceiro ponto é o produto. De fato, a solução proposta é diferenciada, atende ao problema foco e possui alguma barreira de entrada? Por último, é preciso entender a estrutura do time. Existe uma equipe multidisciplinar capaz de entregar a solução prometida? Qual o perfil dos empreendedores?

No momento de implantação, os pontos principais a serem checados avaliam a aderência mercadológica do produto/ empresa. Primeiro deve-se avaliar a aceitação do produto no mercado. Qual a percepção do produto no mercado? Já estão sendo geradas receitas significativas? Em segundo lugar deve-se avaliar a rota para o mercado. Já existem uma estrutura e estratégia de venda e penetração

avaliar a rota de escalabilidade e desempenho da empresa. Um primeiro critério a ser avaliado são os resultados financeiros e o direcionamento à otimização da operação. O negócio é escalável? Depois disso, avalia-se a capacidade de gestão da equipe e do atingimento de resultados prometidos. Avalia-se os níveis de governança da empresa e seu alinhamento ao compliance e boas práticas. Por último, avalia-se o valuation do negócio que, em tese, nesta fase, já tem uma rota de crescimento sustentável definida. Normalmente constrói-se um score model com todas estas dimensões e faz-se uma avaliação criteriosa de cada projeto. É preciso dizer que o investimento em startups é de altíssimo risco, muitas vezes mais incerto que o próprio mercado de ações, com empresas consolidadas. Estamos falando de negócios em construção que podem crescer e gerar resultados financeiros magníficos, mas que podem também fechar as portas rapidamente. Sabe-se que no mundo das startups a taxa de mortalidade de empresas é altíssima, sendo este índice acentuado em ecossistemas de inovação menos maduros. Como mitigar este risco? Esta é uma pergunta a ser respondida no próximo ensaio.

de mercado delineadas? Uma terceira dimensão fundamental é o custo de aquisição de clientes? Quanto se gasta para atrair um novo cliente? Existe algum direcionamento para otimizar este custo? Ainda no momento de implantação é essencial reavaliar a equipe, sua adequação e evolução das competências internas da empresa. No terceiro momento, de crescimento e expansão, busca-se * Sócio-diretor da DMEP


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DC TURISMO FILIPE PIMENTA / DIVULGAÇÃO

HOTELARIA

Mercado do Brasil atrai a atenção da rede Wyndham

Concessão de vistos aumentou 49% em abril DA REDAÇÃO

Grupo deve abrir 10 hotéis no País DANIELA MACIEL

Uma das maiores redes hoteleiras do mundo, com mais de 8,4 mil hotéis e mais de 728,2 mil quartos em 80 países, a Wyndham Hotel Group olha com atenção para a América Latina e, especialmente para o Brasil. Na região, está presente em 20 países com 14 marcas, cerca de 200 hotéis, que reúnem mais de 25 mil quartos e escritórios em Buenos Aires, São Paulo, Cidade do México e Miami (que faz parte da estratégia para América Latina). No Brasil, está em 18 cidades com sete bandeiras – Wyndham, Wyndham Garden, Ramada, Ramada Encore, Tryp, Super 8 e Days Inn – o grupo possui 34 hotéis no País, com oferta de mais de 5.650 quartos. A previsão, segundo o presidente e CEO do Wyndham Hotel Group para a América Latina e Caribe, Alejandro Moreno, é a abertura de mais dez unidades no Brasil nos próximos meses, sendo uma em Minas Gerais. Além disso, o grupo está reforçando a presença do logotipo da marca Wyndham. Desde abril, placas de todas as marcas do Wyndham Hotel Group passam a ter a assinatura “by Wyndham”, a exemplo do que já aconteceu com outras bandeiras do grupo, como Wingate, Microtel, Hawthorn Suites e Tryp. Serão 7.074 hotéis das redes Ramada, Ramada Encore, Howard Johnson, Dazzler, Esplendor, Super 8, Days Inn, Travelodge, AmericInn, Baymont, Dolce, e Trademark a adotarem o sufixo. O objetivo é que os hóspedes reconheçam em todas as bandeiras o mesmo padrão de qualidade sob a marca Wyndham. “A Wyndham faz a aquisição de marcas já existen-

tes. Com esse intuito estamos focando na América Latina – até o fim do ano teremos 240 anos. Enxergamos o Brasil, do ponto de vista do desenvolvimento, o país com mais possibilidades na região junto com o México. Além da potência da economia e do tamanho da população, os brasileiros frequentam nossos hotéis na América Latina, conhecem nosso trabalho e querem usufruir dos benefícios que a rede oferece também dentro do País. Então, por todas essas oportunidades precisamos aumentar nossa representatividade aqui e trouxemos um escritório para São Paulo”, explica Moreno. Minas - Sem revelar datas e valores de investimentos já em andamento, o executivo exalta a importância de Minas Gerais na estratégia para o mercado brasileiro. Por enquanto são cinco hotéis no Estado. Dois na Capital (ambos Ramada Encore), e um em Lagoa Santa (Ramada), Santa Luzia (Super 8) - ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e mais um em Uberlândia (Super 8), no Triângulo. Para dar conta da empreitada, o grupo conta com a parceria da Vert Hotéis, sediada em Belo Horizonte. “Temos uma inauguração em Minas Gerais em breve. Ainda não podemos adiantar os detalhes, mas posso dizer que Minas é um território em que devemos e precisamos ser mais presentes. Vocês têm atrativos variados como cidades históricas, cidades secundárias de negócios, uma natureza exuberante e uma gastronomia espetacular. Podem receber turistas o ano todo porque não dependem do clima.

Grupo hoteleiro anunciou que irá inaugurar uma nova unidade em Minas Gerais em breve FILIPE PIMENTA / DIVULGAÇÃO

Rede Wyndham conta com 34 hotéis no Brasil, com a oferta de 5,650 mil quartos

Falta, talvez, um trabalho mais forte de divulgação. A nossa parceria com a Vert é para atuação no Brasil, mas como mineiros eles

têm uma grande expertise e uma grande paixão por Minas Gerais. Esse é um ponto muito importante porque assim conseguimos

levar o padrão Wyndham para todos os empreendimentos e, ao mesmo tempo, valorizar as qualidades locais”, revela o executivo.

FÉRIAS

Levantamento mostra destinos mais procurados DA REDAÇÃO

Faltando dois meses para o início da temporada de férias escolares, o setor de turismo mostra otimismo em relação à movimentação de turistas no mês de julho. Para dar um panorama das expectativas do empresariado e dos destinos preferidos para este período, a Agência de Notícia do Ministério do Turismo consultou representantes das agências/operadoras de viagens, da hotelaria e sites de busca na internet. A CVC, maior operadora de turismo da América Latina, com 1,2 mil pontos de venda espalhados pelo País, listou os dez destinos mais procurados para as férias de julho. Oito deles

são destinos de sol e praia e estão localizados na região Nordeste. Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Porto Seguro (BA) lideram no ranking geral. Os outros dois estão na região Sul, Gramado (RS), tradicional atrativo de inverno, e Balneário Camboriú (SC), que figura entre os mais procurados por estrangeiros que visitam o Brasil. As representações regionais da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) dessas localidades confirmam a tendência. Em Maceió, a expectativa de ocupação dos hotéis em julho é de 72%; em Fortaleza, que realiza carnaval fora de época no final de julho, chega a 82%; e em Porto Seguro, com uma das

RECEPTIVO

maiores ofertas de leitos do País fora os grandes centros, a estimativa é de 90%. Para Gramado, a expectativa de ocupação na rede de hospedagem é de até 85% e em Balneário Camboriú, destino de praia e de negócios o índice chega a 65%. “É um quadro animador. Mostra que se fizermos a coisa certa e dermos continuidade aos esforços de promoção dos destinos, reforçarmos os investimentos em infraestrutura turística, melhorarmos o ambiente de negócios, por exemplo, seremos mais competitivos e teremos resultados expressivos no fluxo doméstico e internacional”, comenta o ministro

do Turismo, Vinicius Lummertz. O site de buscas Melhores Destinos elegeu os destinos mais populares de cada região do País para a temporada de julho. Deu Bonito (MS), Morro de São Paulo (BA), Alter do Chão (PA), Tiradentes (MG) e Gramado (RS), presente em várias listas de preferências do consumidor. Neste ranking são citados ainda Fernando de Noronha, como dono dos melhores atrativos, e São Paulo, eleito o melhor destino gastronômico do País. Já no Skyscanner, site de pesquisas internacional, São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador aparecem como os cinco destinos domésticos mais populares nesta ordem.

A Associação das Agências de Viagens (Abav), com representação em todos os estados, registra que 65% dos pacotes comercializados no período são para destinos nacionais, mesmo em ano de Copa do Mundo. “Entre os domésticos, os mais demandados têm sido Maceió (AL) e Porto de Galinhas (PE), que concentram grande número de resorts e costumam ser mais frequentados por famílias. Esse é o principal perfil de público na temporada de julho”, informa a associação. Da lista dos destinos preferidos das próximas férias constam também Maragogi (AL), Recife (PE), Praia do Forte (BA), Porto Alegre (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF).

Os dados do programa eVisa referentes ao último mês de abril, divulgados pelo Ministério de Relações Exteriores, indicam que nos mercados estratégicos para o turismo brasileiro (Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão), onde o sistema de visto eletrônico foi implantado, o número de concessões de vistos aumentou, em média, 49% em relação ao mesmo período do ano passado quando o processamento dos vistos era feito pelo sistema tradicional. De acordo com estimativas do Ministério do Turismo, isso representa um acréscimo potencial de R$ 20,7 milhões na economia em apenas um mês. O Canadá teve o aumento mais significativo, de 74,55%. Foram 1.461 vistos eletrônicos, em abril de 2018, contra 837 no mesmo período do ano passado pelo sistema tradicional. Na Austrália foram emitidos em abril deste ano 1.399 vistos eletrônicos, 52,23% a mais do que os 919 vistos emitidos em abril de 2017 pelo método antigo. Os Estados Unidos apresentaram um aumento de 44,17% com 12.298 vistos eletrônicos emitidos em abril deste ano e 8.530 no mesmo mês de 2017, quando o eVisa ainda não estava funcionando. No Japão o percentual de aumento de abril deste ano em relação a abril de 2017 foi de 25,04%, sendo 1.952 vistos eletrônicos emitidos em abril de 2018 e 1.561 vistos tradicionais concedidos em abril do ano passado. “Esses números reafirmam o nosso compromisso com as medidas que facilitam a entrada de turistas estrangeiros no Brasil. Quanto menos burocracia, mais visitantes viajarão para conhecer nossos atrativos, gerando divisas para o Brasil e empregos no país”, comemorou o ministro do Turismo, Vinícius Lummertz. Ele foi um dos articuladores junto ao ministério das Relações Exteriores para que o processo de análise e concessão de vistos para o Brasil fosse simplificado. A crescente adesão dos turistas ao sistema eletrônico de solicitação de vistos se reflete no percentual de eVisas emitidos em relação ao total de vistos processados entre os dias 1º e 30 de abril de 2018. O sistema eVisa alcançou 96,74% dos vistos emitidos para os australianos. Já os canadenses recorrerem ao sistema eVisa em 79% dos pedidos de visto. Os americanos solicitaram 74,56% dos vistos por meio eletrônico, e os japoneses tiverem 40,08% dos vistos emitidos para o Brasil pelo programa eVisa. Histórico - Desde 21 de novembro do ano passado já foram emitidos 50.557 vistos eletrônicos para o Brasil. De um total de 52.672 vistos emitidos para turistas dos quatro países nesse período, apenas 2.115 foram processados pelo sistema tradicional. Em números absolutos de vistos concedidos até abril de 2018 para o Brasil, foram emitidos 9.315 vistos na Austrália. O Canadá soma 4.921 vistos processados. Nos Estados Unidos foram emitidos 35.469 para o Brasil e outros 2.967 no Japão.


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AGRONEGÓCIO

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CAFÉ

Expocafé apresenta novas tecnologias Feira, que será realizada de 16 a 18 de maio, em Três Pontas, reunirá 160 empresas e cerca de 20 mil visitantes EPAMIG / DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

o período em que os pesquisadores da Epamig e de outras instituições apresentam para os produtores as pesquisas desenvolvidas para o café. Todo o evento é importante para que os visitantes se atualizem e invistam em melhorias, o que pode resultar em melhor produtividade, eficiência e ganho na qualidade do café”, explicou Ana Paula. Dentre os destaques da Expocafé estão as dinâmicas de máquinas e equipamentos. No espaço, empresas expositoras apresentam as máquinas e tecnologias voltadas para o café. A dinâmica acontece nos dias 16 e 17 de maio. Ana Paula destaca que durante as demonstrações, os produtores obtêm dicas técnicas de pesquisadores e extensionistas e conhecem na prática o funcionamento de equipamentos para a lavoura cafeeira.

Os investimentos constantes em formas de ampliar a produtividade e a qualidade da produção de café são fatores que irão impulsionar os negócios ao longo da 21ª edição da Expocafé. A feira, que acontece nos dias 16, 17 e 18 de maio, no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Três Pontas, é considerada um dos principais eventos do setor, reunindo fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos para a cafeicultura. Além disso, o espaço é utilizado para a capacitação do cafeicultor, que pode participar de palestras e cursos. A Expocafé é promovida pela Epamig, Prefeitura de Três Pontas, Universidade Federal de Lavras (Ufla), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Geoportal - Uma das novidades de Minas Gerais da edição atual (Emater-MG) e será a apresenAlém de equipamentos e pela Cooperatitação do Geoinsumos, a exposição prioriza portal do Café. va dos Cafeicultores da Zona também o conhecimento, com No estande será de Três Pontas apresentado o espaço para apresentação de (Cocatrel). mapeamento pesquisas para a cafeicultura De acordo da produção cacom a coordefeeira em Minas nadora da ExGerais e as principais características pocafé, Ana Paula Pinheiro, a feira da cultura. Neste espaço, técnicos está em constante ampliação, o e pesquisadores da Epamig e da que é resultado do maior interesse Empresa de Assistência Técnica do dos cafeicultores pelas novidades Estado de Minas Gerais (Ematerdesenvolvidas para o setor. A -MG) estarão de plantão para atenmontagem do evento foi iniciada der os cafeicultores. no dia 27 de abril. Na edição atual, a área da feira Capacitação - Antecedendo a foi ampliada em 16% somando 14 abertura da Expocafé, no dia 15 de mil metros quadrados. Ao todo, o maio, acontecerá o 9º Simpósio de evento contará com 160 empresas, Mecanização da Lavoura Cafeeira, o que representa cerca de 30 a mais evento técnico destinado a partique no ano anterior. As empresas cipantes previamente inscritos. apresentarão aos visitantes desde Este ano, o tema será o “Manejo maquinários pesados para lavou- mecanizado e colheita seletiva ras até embalagens, passando por visando à qualidade do café”. softwares e soluções de gestão para “Os eventos que compõem a Exa cafeicultura. Do total, 15 exposi- pocafé são importantes para o setor, tores participam pela primeira vez principalmente pela oportunidade de do evento. Cerca de 20 mil pessoas abranger os pequenos produtores. No devem visitar a feira. dia 17 de maio, por exemplo, vamos “A Expocafé é uma oportuni- receber 50 caravanas formadas por dade para o cafeicultor conhecer pequenos cafeicultores do Estado. as tecnologias e novidades desen- Estamos preparados para receber volvidas para o setor. Além das este público, promover a capacitação máquinas e insumos, a exposição e a troca de conhecimento”, disse prioriza também o conhecimento. É Ana Paula.

Entre os destaques da feira estão as demonstrações e informações técnicas sobre máquinas e equipamentos

Nestlé pagará US$ 7,15 bi à Starbucks Londres/Zurique - A gigante de alimentos Nestlé pagará à Starbucks US$ 7,15 bilhões em dinheiro pelos direitos de vender os produtos da cadeia norte-americana de café ao redor do mundo, amarrando a marca premium ao poderio global de distribuição da empresa suíça. O acordo de ontem para um negócio com vendas de US$ 2 bilhões reforça a posição da Nestlé como a maior empresa de café do mundo, buscando fortalecer seu lugar no topo de um mercado em rápida mudança. É uma jogada ousada do novo presidente-executivo da Nestlé, Mark Schneider, que fez do café uma prioridade estratégica enquanto tenta convencer os acionistas inquietos, incluindo o ativista Third Point, de que ele pode impulsionar o desempenho do grupo. Andrew Wood, analista da Bernstein, disse que a terceira maior aquisição da Nestlé permitirá à empresa suíça expandir a marca por meio de sua rede de distribuição global. A Starbucks, a maior cadeia

de café do mundo, com sede em Seattle, disse que usará os recursos para acelerar a recompra de ações e que o acordo aumentaria o lucro por ação até 2021, no mais tardar. A Nestlé informou que espera que o acordo de venda de café ensacado e de bebidas da Starbucks aumente o lucro até 2019. O acordo não envolverá nenhum das cafeterias da Starbucks ou produtos prontos para beber. Mas permite que a Nestlé venda café Starbucks em cápsulas individuais - como faz agora com Nespresso e Nescafé - e amplie as vendas de café solúvel da Starbucks, um mercado importante na Ásia. A Starbucks agora vende café de dose única em cápsulas Kuerig K-cup. O nome da Nestlé não aparecerá nos produtos da Starbucks. “Não queremos que o consumidor perceba que a Starbucks agora faz parte de uma família maior”, disse uma fonte da Nestlé. A Starbucks, forte principalmente nos Estados Unidos, terá a palavra final na expansão de sua linha de produtos. “Esta aliança global de café trará

a experiência da Starbucks para as casas de milhões de pessoas em todo o mundo, através do alcance e da reputação da Nestlé”, disse o presidente-executivo da Starbucks, Kevin Johnson. O acordo fortalecerá a posição da Nestlé nos Estados Unidos, onde é a quinta colocada com menos de 5% do mercado. A Starbucks, líder de mercado, tem uma participação de 14%, segundo a Euromonitor International. “Nos EUA, o Nescafé é visto como uma marca de baixo custo para pessoas mais velhas e o Nespresso como um produto de nicho. A Starbucks é a líder de mercado de massa”, disse Erik Gordon, da Ross School of Business da Universidade de Michigan. “A Nestlé é de longe a maior empresa global de bebidas quentes, com mais vendas do que as cinco maiores empresas de bebidas quentes combinadas”, disse Matthew Barry, analista da Euromonitor, quando a união foi discutida pela primeira vez na sexta-feira. “No entanto, a posição de liderança da Nestlé é menos segura do que antes.” (Reuters) NEW HOLLAND / DIVULGAÇÃO

GRÃOS

Fabricantes de máquinas agrícolas apostam na safra de soja e anunciam investimentos Ribeirão Preto - Os fabricantes de máquinas agrícolas no Brasil apostam em fortes vendas neste ano, com impulso de uma segunda grande safra de soja e pelo aumento nos preços dos grãos, que vão compensar a fraqueza do setor de cana-de-açúcar. Alguns produtores de máquinas preveem um crescimento nas vendas de até 8% em 2018, já que a confiança dos agricultores está aumentando e as taxas de juros se encontram em níveis historicamente baixos, o que incentiva financiamentos e investimentos. “No fim, tudo se resume aos preços da soja. Se forem assim bons, o produtor decidirá comprar”, disse Rodrigo Bonato, diretor de vendas da América Latina da fabricante de máquinas John Deere, da Deere & Co, durante entrevista na semana passada na Agrishow, maior feira de agronegócio do Brasil. Ele disse que depois que as duas últimas safras de soja do Brasil estabeleceram recordes históricos, os produtores devem impulsionar

os investimentos e melhorar a eficiência. A Deere investiu US$ 500 milhões última década no Brasil, onde vê as vendas cresceram 5% em 2018. Apesar de o setor agrícola brasileiro ter sido uma rara luz na profunda recessão dos últimos anos, a desaceleração econômica também afetou agricultores, fazendo com que a recuperação gradual da economia seja uma faísca para novos investimentos. O IC Agro, índice de confiança do produtor medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), atingiu uma alta de mais de quatro anos no primeiro trimestre. “Mesmo que o setor agrícola não tenha sofrido muito durante a recessão, os agricultores seguraram os investimentos”, disse Fernando Gonçalves, presidente-executivo da Jacto, produtora brasileira de equipamentos. “Mas olhe para a confiança deles agora. Está de volta”, disse ele, prevendo que o crescimento das vendas na Jacto esteja entre 5% e 8% em 2018. Isso representa o dobro da previ-

Alguns produtores de máquinas projetam crescimento de até 8% nas vendas diante da confiança em alta e juros mais baixos

são de crescimento de 3,7% para as vendas de máquinas da Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os empréstimos também estão ficando mais fáceis, já que a baixa inflação permitiu que o Banco Central reduzisse a taxa básica de juros para um nível histórico, com outro corte esperado em maio. O Banco Santander Brasil SA estava oferecendo R$ 1 bilhão de linhas pré-aprovadas na Agrishow para financiar as vendas de equipamentos, ao expandir negócios em um setor tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil.

O Santander Brasil abriu, desde o ano passado, 16 lojas dedicadas a empréstimos agrícolas em estados produtores de grãos, como Mato Grosso e Goiás, e contratou 60 agrônomos para sua operação comercial. “Você precisa falar a língua dos agricultores”, disse Paulo Cesar Bertolane, supervisor de produtos do Santander. Cana-de-açúcar - A grande exceção no entusiasmo na Agrishow foi no setor de cana-de-açúcar, no qual as vendas estagnaram, já que os preços do açúcar estão perto dos

níveis mais baixos desde o final de 2015 e as usinas estão adiando os investimentos. O diretor de vendas de maquinário de cana da unidade brasileira da Agco Corp, Marco Antônio Gobesso, disse que as vendas caíram no ano passado e tiveram queda de 20% nos quatro primeiros meses deste ano, ante o mesmo período em 2017. A Agco respondeu cortando sua capacidade de produção para produtos para cana em suas fábricas em Ribeirão Preto e abrindo em janeiro uma linha dedicada à fabricação de pulverizadores para plantações de grãos. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

DAVID ALVES / DIVULGAÇÃO

CRESCIMENTO MENOR

Projeção para avanço do PIB retrai após recuo da indústria Expectativa para indicador saiu de 2,75% para 2,70% São Paulo/Brasília - A perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano foi reduzida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem sob forte pressão da produção industrial, enquanto a expectativa para o dólar voltou a subir. Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes. Importante pressão vem da produção industrial, cuja expectativa de expansão passou a 3,81%, de 4,28%. O ajuste vem depois de o setor ter terminado o primeiro trimestre estagnado, com queda inesperada na produção em março.

Para 2019, permanecem as Com a taxa básica de juros expectativas de crescimento a 6,5% agora, os especialistas de 3% do PIB e de 3,50% da consultados no levantamenprodução industrial. to continuam vendo que ela terminará 2018 a 6,25% e Câmbio - Outra revisão que 2019 a 8%. O Top-5, grupo dos que os economistas promoveram no levantamento foi da taxa mais acertam as previsões, de câmbio, sendo que passa- também segue sem alterar ram a ver o dólar a R$ 3,37 sua visão, de Selic a 6,25% ao final deste ano, de R$ 3,35 e 7,5%, respectivamente em antes. Na semana passada, 2018 e 2019. a moeda norte-americana acumulou ganho de 1,79%, IFI - A Instituição Fiscal Inna segunda semana seguida dependente (IFI) do Senado de alta, em um rali recente Federal reduziu suas projeque levou a moeda a alcançar ções para a inflação e para a Selic de 2018 em função o patamar de R$ 3,50. As contas para a inflação da “elevada ociosidade da permaneceram inalteradas economia”, de acordo com em 3,49% este ano e em relatório também divulgado 4,03% em 2019, enquanto ontem. A perspectiva para o que o cenário para a política Índice Nacional de Preços ao monetária se manteve, com Consumidor Amplo (IPCA) corte esperado de 0,25 ponto neste ano passou de 3,8% no percentual na taxa Selic, na relatório de abril, para 3,5% reunião deste mês do Banco no do mês de maio. Para a Central. Selic, a estimativa caiu de

Indústria brasileira fechou o 1º trimestre com estagnação e queda na produção em março

6,5% para 6,25%. De acordo com o texto, a estimativa para o desempenho do PIB foi mantida em 2,7% “por ora”, mas poderá ser reavaliada em breve, com a incorporação do resultado das contas nacionais do primeiro trimestre. A projeção para o déficit primário do setor público consolidado passou de 2,06% para 1,96%. “As metas fiscais mostram-se factíveis este ano, mas desafiadoras a partir de 2019”, completa o texto. (Reuters/AE)

NEON PAGAMENTOS

Fintech firma parceria com o Votorantim São Paulo - A fintech Neon Pagamentos informou que fechou parceria com o banco Votorantim para dar continuidade à sua operação, após o Banco Central (BC) ter anunciado, na última sexta-feira (4), a liquidação do Banco Neon, que atuava em parceria com a novata. “O Banco Votorantim vai trabalhar em conjunto com a fintech Neon para o restabelecimento integral de todas as suas atividades o mais rápido possível”, informam as instituições, em comunicado à imprensa. Com a parceria estratégica, o Votorantim assume

os serviços de custódia e movimentação das contas de pagamento da Neon, que ficaram inviabilizados após o BC decretar a liquidação do banco que levava o mesmo nome da fintech. Desde então, a startup do setor financeiro começou a procurar um novo parceiro, conforme revelou o fundador e CEO da Neon Pagamentos, Pedro Conrade, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, na sexta-feira. Segundo ele, após o pleno restabelecimento das atividades da fintech, a Neon e

o Votorantim vão explorar, juntos, sinergias em novos produtos e serviços. “A Neon segue de forma independente, contando com o suporte do Banco Votorantim para simplificar a vida de nossos clientes com a inovação e o pioneirismo de sempre”, diz Conrade, em nota. Para o Votorantim, conforme o diretor executivo do banco, Gabriel Ferreira, a parceria está alinhada à estratégia de diversificação da instituição. “Estamos confiantes que a parceria com a Neon, uma das fintechs mais inovadoras na reinvenção da experiência em servi-

ços financeiros, é mais um importante passo em nossa estratégia de diversificação de negócios e transformação digital”, avalia. A liquidação extrajudicial do Banco Neon, anunciada na semana passada, ocorreu por conta de irregularidades encontradas pelo BC, tais como deficiência patrimonial e não observância das regras de lavagem de dinheiro. No entanto, conforme o regulador, a Neon Pagamentos, que emprestava o seu nome para o banco, não foi atingida e, com isso, poderá continuar a operar normalmente. (AE)

MERCADO FINANCEIRO

CAPTAÇÃO EM ALTA

Poupança encerra abril com melhor resultado para o mês desde 2013 Brasília - A caderneta de poupança fechou o mês de abril com captação líquida de R$ 1,237 bilhão. O valor reflete o montante de recursos que os poupadores depositaram na caderneta, já descontados os saques no período. Esse foi o segundo mês consecutivo de captação líquida na poupança. O resultado para a poupança foi o melhor para meses de abril desde 2013, quando houve depósitos líquidos de R$ 2,616 bilhões. Em abril do ano passado, houve saídas líquidas de R$ 1,271 bilhão e, em março de 2018, captação líquida de R$ 3,978 bilhões. Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques na poupança, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente as despesas. Em 2017, porém, a poupança registrou depósitos líquidos de R$ 17,126 bilhões, em meio ao início da recuperação econômica. Nos dois primeiros meses de 2018, porém, houve mais saídas que entradas de recursos. O período geralmente é marcado por

saques, pelas famílias, para o pagamento de despesas como o IPTU e as matrículas escolares. Em março e abril, a poupança voltou a ter captação líquida. De acordo com o Banco Central (BC), o total de aplicações na poupança em abril foi de R$ 182,631 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 181,394 bilhões. O estoque total do investimento na poupança está em R$ 735,433 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 2,787 bilhões de abril. Ano - No acumulado de 2018 até abril, a poupança registra saques líquidos de R$ 694,4 milhões, resultado de aportes de R$ 708,428 bilhões e retiradas de R$ 709,122 bilhões. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 6,50% ao ano, a remuneração da caderneta é formada pela TR mais 70% da Selic. (AE)

Ibovespa tem 5ª queda; dólar fecha a R$ 3,55 DISPUTA BANCÁRIA São Paulo - O Índice Bovespa teve ontem sua quinta queda consecutiva, depois de ter ensaiado uma recuperação ao longo do dia. O indicador chegou a subir 0,63% pela manhã, mas inverteu o sinal na última hora de negociação e fechou em baixa de 0,49%, aos 82.714,42 pontos. O volume de negócios somou R$ 7,7 bilhões, inferior à média dos últimos dias. O desempenho do Ibovespa não foi pior devido aos ganhos das ações da Petrobras, apoiadas na alta dos preços do petróleo e na perspectiva de um resultado financeiro melhor, a ser divulgado hoje. Petrobras ON e PN subiram 3,56% e 1,71% e amenizaram as perdas de papéis de mineração e siderurgia, por exemplo, que caíram mesmo em dia de alta significativa de 1,48% do preço do minério de ferro na China (porto de Qingdao). Vale ON terminou o dia com perda de 0,93%. Em cinco dias de queda ininterrupta, o Ibovespa já perdeu

4,32%. A falta de sustentação dos preços das ações é atribuída em boa parte à redução da participação dos investidores estrangeiros, que retiraram mais de R$ 800 milhões da bolsa brasileira somente nos dois primeiros dias de maio. A alta persistente do dólar e o clima de indefinição política são dois fatores apontados por analistas como causas de desconforto para o investidor do mercado de ações. “A alta do dólar em tese deixa a bolsa mais barata para o investidor estrangeiro, mas o mercado não está sendo beneficiado por esse atrativo devido à indefinição eleitoral, que mantém as incertezas quanto à economia”, disse Ariovaldo Santos Ferreira, gerente de renda variável da HCommcor. “Se houvesse um nome de centro despontando nas pesquisas ou mesmo o anúncio de uma aliança de centro, essa notícia poderia fazer o mercado de ações reagir”, afirmou. O noticiário corporativo também teve influência expressiva

nos negócios com ações. Com pequena participação na composição do Ibovespa, mas com grande repercussão no mercado, os papéis da Eletrobras lideraram as perdas do índice. As dúvidas em relação ao avanço do projeto de privatização da estatal voltaram a pesar sobre os papéis, assim como questões ligadas aos valores das tarifas, no caso da venda da estatal. Ao final do pregão, Eletrobras ON e PNB caíram 9,15% e 8,07%, respectivamente. O cenário internacional foi importante referência para os negócios no Brasil. Apesar da alta das bolsas de Nova York, a volatilidade exibida por esses mercados acabou por prejudicar os negócios por aqui. A virada do Ibovespa para o negativo ocorreu justamente quando os índices americanos renovaram mínimas. Dólar - Depois do pequeno refresco de dois pregões na semana passada, o real voltou a ficar sob pressão ontem. O dólar encerrou o dia com valorização

de 0,78%, cotado a R$ 3,5522. Na última quarta-feira (2), quando a moeda americana fechou nesse patamar (a R$ 3,5518), o Banco Central anunciou que colocaria contratos de swap cambial no mercado acima do montante necessário para rolar o vencimento de US$ 5,6 bilhões em junho. Se continuar no mesmo ritmo diário, o BC deve colocar cerca de US$ 3 bilhões a mais em swaps, valor considerado pequeno pelos operadores embora ninguém saiba, ao certo, qual será a quantidade leiloada. Taxas de juros - Os juros futuros fecharam a sessão regular em alta firme e boa parte deles nas máximas do dia, na medida em que o dólar voltava a acelerar os ganhos ante o real, se firmando novamente acima dos R$ 3,55. A moeda, por sua vez, fortalece-se na esteira do crescimento da percepção em torno de quatro elevações de juros nos Estados Unidos em 2018. (AE)

Itaú Unibanco reduz taxa de crédito consignado para 1,99% ao mês São Paulo - O Itaú Unibanco informou ontem ter reduzido a taxa máxima do crédito consignado (com desconto em folha de pagamentos) para aposentados e pensionistas do INSS, ficando abaixo do teto estabelecido pelo Ministério do Planejamento e pelo Conselho Nacional de Previdência (CNP). Com a decisão, os clientes passam a contar com taxa de, no máximo, 1,99% ao mês. A nova tarifa passa a vigorar a partir de hoje. “A redução da taxa para um nível inferior ao teto estabelecido pelo regulador tem como objetivo apoiar nossos clientes aposentados e pensionistas neste momento de recuperação do País,

após um longo período de contração da atividade”, destaca o diretor do Itaú Unibanco, Ricardo Botelho, em nota à imprensa. O anúncio de redução de juros no consignado ocorre após o Bradesco ter ultrapassado o Itaú e se tornado líder da modalidade. É a primeira vez que isso ocorre desde que o maior banco privado da América Latina comprou a carteira do mineiro BMG, em 2012. O Bradesco totalizou R$ 45,3 bilhões em crédito consignado ao final de março, com crescimento de 3% em relação a dezembro, ante R$ 44,7 bilhões do Itaú, cujo incremento foi de 0,6%, na mesma base de comparação. (AE)





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LEGISLAÇÃO ARRECADAÇÃO

Analistas tributários entram em greve Diversos serviços e atividades da Receita Federal ficam suspensos a partir de hoje e até quinta-feira RECEITA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

A partir de hoje e até a próxima quinta-feira, cerca de 7 mil analistas tributários da Receita Federal do Brasil (RFB) paralisarão suas atividades em todo o País, em greve nacional pelo cumprimento integral do acordo salarial da categoria, assinado há mais de dois anos. O movimento dos servidores do cargo exige que o governo federal regulamente, por meio de decreto do Poder Executivo, o Bônus de Eficiência e Produtividade da Carreira Tributária e Aduaneira. A gratificação foi aprovada em lei no ano passado e é um importante instrumento amparado no cumprimento de metas de eficiência institucional da Receita Federal. O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Geraldo Seixas, esclarece que as premissas da gratificação já foram amplamente discutidas pelos ministérios envolvidos na negociação salarial, pelo Fisco e pelo Congresso Nacional. Mesmo após todo o debate sobre o tema, destaca o líder sindical, a Casa Civil analisa, há mais de um mês, os termos do decreto para regulamentação do bônus de eficiência. “Aguardamos a edição do decreto que regulamentará o Bônus de Eficiência desde o dia 11 de julho de 2017, quando foi sancionada a Lei nº 13.464, que reestruturou a remuneração dos servidores da carreira tributária e aduaneira e criou a gratificação. A Casa Civil analisa, há mais de um mês, os termos do decreto. A

morosidade em todo este processo demonstra não apenas um enorme desrespeito para com os servidores do Fisco, mas, também, o descaso do governo para com a Receita Federal, órgão responsável pela administração tributária e aduaneira do País”, avalia Geraldo Seixas. A postura do governo federal, segundo Seixas, não deixou outra opção para os analistas tributários, senão a realização de greves até o cumprimento integral do acordo salarial da categoria. Neste ano, servidores do cargo têm realizado greves semanais desde o mês de março, como forma de protesto contra a inexplicável demora para a regulamentação do Bônus de Eficiência. “Desconhecemos as razões pelas quais o decreto ainda não foi editado. Este longo processo precisa ser findado urgentemente, para que a Receita Federal possa voltar à normalidade. No entanto, o governo federal não nos deu alternativas e nós decidimos acirrar o movimento de greve dos analistas tributários e seguiremos firmes até que este processo seja encerrado”, afirma o presidente do Sindireceita. Geraldo Seixas destaca ainda que, além do cumprimento do acordo salarial, os servidores também protestam contra ações que podem inviabilizar o funcionamento da Receita Federal do Brasil, entre elas a falta de definição em relação às progressões/promoções dos analistas tributários; a Portaria nº 310/2018, que determina a mudança no regime de plantão dos ATRFBs; e a morosidade do pagamento

Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 11/04/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob.com. br/sitedocliente).

de adicionais noturno/insalubridade/periculosidade. “A Receita Federal, a partir das suas atividades essenciais e exclusivas de Estado, é um órgão fundamental para o desenvolvimento do Brasil e para o enfrentamento à atual crise que abala o nosso país. Essas medidas podem ter como consequência a inviabilização do funcionamento da Receita Federal, prejudicando não apenas os servidores do órgão, mas toda a sociedade brasileira”, alerta o líder sindical. Entre hoje e quinta-feira, diversos serviços e atividades ficarão suspensos nas unidades da Receita Federal em todo o Brasil, entre eles: atendimento aos contribuintes; emissão de certidões negativas e de regularidade; restituição e compensação; inscrições e alterações cadastrais; regularização de débitos e pendências; orientação aos contribuintes; parcelamento de débitos; revisões de declarações; análise de processos de cobrança; atendimentos a demandas e respostas a ofícios de outros órgãos, entre outras atividades. Zona primária - Já nas unidades aduaneiras, os analistas tributários não atuarão na zona primária (portos, aeroportos e postos de fronteira), nos serviços das alfândegas e inspetorias, como despachos de exportação, verificação de mercadorias, trânsito aduaneiro, embarque de suprimentos, operações especiais de vigilância e repressão, verificação física de bagagens, entre outros. “Seguiremos firmes e unidos em defesa dos nossos direitos. A nossa greve é um

fiscais pela Internet são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manter o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet. RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, caput, I, § 1o, II.

ICMS - abril de 2018 - contribuinte/atividade econômica: indústrias de lubrificantes ou de combustíveis, inclusive álcool para fins carburantes, excetuados os demais combustíveis de origem vegetal. Nota: O pagamento do valor remanescente (10% do ICMS ICMS - prazos de recolhimento devido) deverá ser efetuado até o - os prazos a seguir são os cons- dia 8 do mês subsequente ao da tantes dos seguintes atos: ocorrência do fato gerador. DAE/ a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral internet. RICMS-MG/2002, Parte do RICMS-MG/2002; e Geral, artigo 85, I, “p.2”. b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos suICMS - abril de 2018 - conjeitos a substituição tributária). O tribuinte/atividade econômica: Regulamento de ICMS de Minas comércio atacadista em geral Gerais é aprovado pelo Decreto quando não especificado no art. 85, nº 43.080/2002. I, “b” do RICMS-MG/2002. Nota: O pagamento deve ser efetuado Dia 8 até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. ICMS - abril de 2018 - Decla- DAE/internet. RICMS-MG/2002, ração de Apuração e Informação Parte Geral, artigo 85, I, “n.1”. do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: gerador e/ou ICMS - abril de 2018 - condistribuidor de energia elétrica e tribuinte/atividade econômica: de gás canalizado; prestador de comércio varejista, inclusive hiserviço de comunicação (telefo- permercados, supermercados e nia); indústria de combustíveis e lojas de departamentos. Nota: lubrificantes, exceto combustíveis O pagamento deve ser efetuado de origem vegetal. Nota: Os prazos até o dia 8 do mês subsequente para transmissão de documentos ao da ocorrência do fato gerador.

A atuação dos analistas tributários nos postos de fronteira da Receita será paralisada

instrumento de luta legítimo, que não prejudicará a atuação em ações fundamentais para o País, como a Operação

Lava Jato. Nosso movimento será realizado por 72 horas em defesa dos servidores da carreira tributária e a Adua-

neira, da Receita Federal do Brasil e da qualidade dos serviços prestados pelo órgão à sociedade”, explica Seixas.

Lote de restituição soma R$ 200 mi Brasília - A Receita abre hoje, às 9 horas, consulta a lote multiexercício de restituição de Imposto de Renda. As restituições residuais são de 2008 a 2017. O crédito bancário para 125.569 contribuintes será realizado no próximo dia 15, somando R$ 200 milhões. Desse total, R$ 85,3 milhões, são de contribuintes com preferência para receber: 23.957 idosos e 2.140 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receitafone 146. Pelo serviço e-CAC, na internet, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, diz a Receita, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações e situação cadastral no CPF – Cadastro de Pessoas Físicas. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento - por meio da Internet - mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF - Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento pelo telefone 4004-0001 (capitais), 0800-7290001 (demais localidades) e 0800-7290088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (ABr)

DAE/internet. RICMS-MG/2002, dor, transmissor ou distribuidor Parte Geral, artigo 85, I, “n.2”. de energia elétrica que apresente faturamento, no mês anterior ao ICMS - abril de 2018 - con- da ocorrência do fato gerador, tribuinte/atividade econômi- superior a R$ 300.000.000,00, e ca: indústrias não especificadas do estabelecimento fabricante de no artigo 85, I, da alínea “e” do produtos do refino de petróleo RICMS-MG/2002. Nota: O pa- e de suas bases, classificados no gamento deve ser efetuado até o código 1921-7/00 da Cnae, readia 8 do mês subsequente ao da lizadas nos meses de fevereiro a ocorrência do fato gerador. DAE/ abril de 2018. internet. RICMS-MG/2002, Parte Deverá ocorrer o pagamento Geral, artigo. 85, I, “n.3”. do ICMS até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do ICMS - abril de 2018 - con- fato gerador, relativamente às tribuinte/atividade econômica: operações realizadas do dia 27 prestador de serviço de trans- ao último dia de cada mês. Nota: porte. Nota: O pagamento deve Havendo a impossibilidade de se ser efetuado até o dia 8 do mês apurar o imposto devido até o dia subsequente ao da ocorrência 27 do próprio mês o contribuinte do fato gerador. DAE/internet. deverá recolher o valor corresRICMS-MG/2002, Parte Geral, pondente a 90% ICMS apurado artigo 85, “n. 4”. no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador. DAE/internet. ICMS - Do dia 27 até último RICMS-MG/2002, Parte Geral, dia do mês de abril de 2018 - ope- artigo 85, XIX, § 20. rações ou prestações próprias do prestador de serviço de comuniDia 9 cação na modalidade telefonia, classificado nos códigos 6110ICMS - abril de 2018 - Decla8/01 e 6120-5/01 da Cnae que ração de Apuração e Informação apresente faturamento, por núcleo do ICMS (Dapi 1) - contribuintes de inscrição, no mês anterior ao sujeitos à entrega: indústria do da ocorrência do fato gerador, fumo; demais atacadistas que superior a R$ 30.000.000,00, da não possuam prazo específico indústria de bebidas, classificada em legislação; varejistas, incluno código 1113-5/02 da Cnae que sive hipermercados, supermerapresente faturamento, por núcleo cados e lojas de departamento; de inscrição, no mês anterior ao prestador de serviço de transda ocorrência do fato gerador, porte, exceto aéreo; empresas de superior a R$ 400.000.000,00, da táxi-aéreo e congêneres. Nota: indústria do fumo, classificada Os prazos para transmissão de no código 1220-4/01 da Cnae que documentos fiscais pela Internet apresente faturamento, por núcleo são os mesmos atribuídos às de inscrição, no mês anterior ao da demais formas de entrega dos ocorrência do fato gerador, supe- documentos fiscais previstos rior a R$ 400.000.000,00, do gera- no RICMS-MG/2002.

Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet. RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, III. ICMS - abril de 2018 - substituição tributária - saídas de mercadorias indicadas nos artigos 12; 13; 16, I; 18, III; 47; 58, II, § 2º; 64, caput; 111-A, I; 113, parágrafo único, do anexo XV do RICMS-MG/2002 - relativo ao imposto devido por substituição tributária nas operações internas. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, III, “a” e “b”. ICMS - abril de 2018 - substituição tributária - o distribuidor hospitalar situado no Estado é responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção e pelo recolhimento do ICMS devido nas operações subsequentes com as mercadorias elencadas no capítulo 13 (medicamentos) da parte 2 do anexo XV. Notas: (1) O recolhimento será efetuado no dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, na hipótese do artigo 59-B da parte 1 do anexo XV do RICMS-MG/2002. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet. RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigos 46, III, “c” e 59-B.


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Expedição BioAntártica As crianças vão se aventurar pela Antártica, neste mês, no Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários). Na atividade Expedição BioAntártica, os pequenos poderão conhecer mais a fundo o continente, ao se transformarem em biólogos por um dia. O percurso pela mostra explora curiosidades sobre os animais que vivem em território antártico. Além de pinguins e baleias, o público vai descobrir seres pequeninos que podem ajudar a curar doenças. Um painel com centenas de fungos exibe a beleza do microscópico, além de sua importância em pesquisas de saúde. Expedição BioAntártica tem entrada gratuita. Podem participar crianças a partir de 6 anos. A atividade acontece nos dias 12 e 19, às 18h30, na exposição temporária do Espaço, Expedição Antártica, que mostra belezas e curiosidades do território mais frio do mundo. A programação conta com outras atrações para todas as idades. Mais informações no link goo.gl/WjNRuK.

Os 130 anos da abolição motivam festival quilombola na Capital ACERVO IEPHA/DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Os 130 anos da abolição da escravatura no Brasil, celebrados em 2018, são tema da terceira edição do Canjerê – Festival de cultura quilombola de Minas Gerais, realizado de amanhã (11) sexta-feira (13), na Praça da Liberdade e espaços culturais do Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 600 quilombolas de diversas comunidades do Estado vão se reunir na capital mineira, com o objetivo de dar visibilidade à cultura tradicional e chamar a atenção para sua luta pelo direito à terra e à vida digna. O projeto vem ao encontro das políticas de salvaguarda do patrimônio imaterial e promoção do desenvolvimento agrário em Minas Gerais. O festival é realizado pela Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais -N’Golo com a parceria do governo do Estado, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), correalizador do evento e da Cemig, patrocinadora. Tem o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda-MG), da Prefeitura de Belo Horizonte, do Iphan e Fundação Palmares. Neste ano, além das 60 barracas com artesanatos, culinária e produtos quilombolas montadas na Alameda da Educação, na Praça da Liberdade, das 10h às 22h, o Canjerê terá exibições de filmes quilombolas, apresentações culturais, oficinas, rodas de conversas, entre outras atrações nos espaços do Circuito Liberdade.

comunidades diferentes: Ribanceira (São Romão); Pinhões (Santa Luzia); Quilombo Nossa Senhora do Rosário (Ribeirão das Neves); Cruzeiro, Brejo, Vila Santo Isidoro, Misericórdia, Moco dos Pretos, Alto Caititu e Caititu do Meio (Berilo e Chapada do Norte); Oito grupos - Cortejos de congado, reinado Vila Nova dos Poções (Janaúba); Dr. Campoe batuque também integram a programação lina (Jequitibá); Comunidade Carrapatos da do festival. Ao todo, serão oito grupos de Tabatinga (Bom Despacho); e Chacrinha dos

Semana de Museus O Instituto Inhotim, em parceria com o Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), preparou programação especial para a 16ª Semana Nacional de Museus, que acontece oficialmente no País entre os dias 14 e 20. Neste ano, o tema trabalhado será Museus Hiperconectados: Novas Abordagens, Novos Públicos. A proposta é promover integração com o público – tanto pelo viés tecnológico quanto por outras conexões possíveis – e também aproximação e interação com outras instituições museológicas. As atividades no Inhotim foram organizadas pela equipe do Educativo, que convida os visitantes a resgatarem suas recordações a partir de experiências com os acervos artístico,

botânico e histórico-cultural do Inhotim e por meio de objetos, textos e outras ferramentas educativas. Dentro da programação estão as ativações da Biblioteca Inhotim e das obras Abre a Porta (2006/Foto) e Rodoviária de Brumadinho (2005), além de visitas temáticas nas quais serão abordados os temas memória e identidade. WILLIAM GOMES/DIVULGAÇÃO

Pretos (Belo Vale). Além das cerca de 30 apresentações das comunidades, haverá shows musicais de artistas como Sérgio Pererê, Pereira da Viola, Samba de Terreiro e, do Rio de Janeiro, o grupo Realidade Negra. A programação completa pode ser acessada pelos sites: iepha.mg.gov.br e circuitoliberdade. mg.gov.br.

BDMG Instrumental

no CCBB-BH, com a presença de um instrumentista consagrado convidado. Entre os 12 músicos semifinalistas da 18ª Eles também participarão do programa edição do Prêmio BDMG Instrumental, Instrumental Sesc Brasil, do Sesc-SP. A realizado pelo BDMG Cultural, a comis- programação será divulgada no site do são julgadora consagrou Davi Fonseca BDMG Cultural (www.bdmgcultural. (piano), João Machala (trombone), Luísa mg.gov.br). Mitre (piano) e Matheus Barbosa ÉLCIO PARAÍSO/DIVULGAÇÃO (guitarra). Com composições ousadas, formações interessantes e muita técnica, essa turma conquistou não só a comissão julgadora, mas o público. Os instrumentistas Matheus Luna (violão) e Ravi Kefi (sanfona) também foram premiados como finalistas. Outro destaque da noite foram as mulheres. Nas categorias melhores instrumentistas, Natália Mitre (vibrafone) e Camila Rocha (baixo) foram escolhidas como as melhores da edição. Os músicos vencedores se apresentarão em BH,

CULTURA ANA PAULA ASSIS/DIVULGAÇÃO

Colagem Mostra - A exposição “Palimpsestos: A Poesia das Cores”, que apresenta obras do artista mineiro Antônio Torres, reúne 18 trabalhos em uma técnica que deixa de lado os materiais mais tradicionais, como pincel e tinta. Ele utiliza a técnica da colagem, para criar peças poéticas e marcadas pela riqueza das cores e dos detalhes. Material aparentemente frágil, o papel é a base da obra de Torres.

Quando: De hoje a 1º de julho. Terça, quarta, sexta e sábado, das 10h às 18h30. Quinta, das 12h às 20h30. Domingos e feriados, das 10h às 16h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1.201, Centro, Belo Horizonte) Por trás do tapume Fotografia - No bairro Sion, em BH, o comércio coberto por tapumes é descoberto pela lente da artista visual e arquiteta Mariângela Haddad, em série de 11 fotografias e duas montagens fotográficas que compõem a exposição Por trás do tapume. A pesquisa da ultrapassa a função elementar da fotografia, que seria a

DINEY ARAÚJO/DIVULGAÇÃO

de registro, para encontrar uma fotografia expressiva; que revela a vida pulsante nos espaços fadados à transformação arquitetônica. Quando: Até 24 de junho. Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários, Belo Horizonte) Cartografia Imaginária Exposição - Um olhar contemporâneo sobre a história urbana, literária e visual de Belo Horizonte é o que propõe a exposição Cartografia Imaginária: a cidade e suas escritas, que tem curadoria de Marconi Drummond e Maurício Meirelles. A mostra faz parte do eixo temático Língua Portuguesa e as atividades foram selecionadas a partir do reconhecimento do idioma como patrimônio imaterial. Quando: Visitação de quinta-

feira (12) a 8 de julho. De terça a domingo, das 9h às 21h Quanto: Entrada Franca Onde: Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium (Avenida Augusto de Lima, nº 420, Centro, Belo Horizonte) Espetáculos Teatro - Uruguaio radicado no Brasil há 30 anos, o diretor, coreógrafo, ator, bailarino e professor Hugo Rodas orquestrou essa OperATA em dois atos, composta pelos espetáculos Ensaio Geral (2012/Foto) e Punaré & Baraúna (2015), que tecem diálogo entre o urbano e o rural. As obras são inspiradas na literatura de Hilda Hilst,

Caio Fernando Abreu, Eduardo Galeano, e em Cansaço, do escritor Luiz Bernardo Pericás. Quando: Dias 19 e 20. Sábado às 20h e domingo, às 19h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3.613, Horto, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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