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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.637 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

Novo cenário econômico impacta a construção civil Empresários desconfiam do poder de reação da economia O segundo trimestre de 2018 tem se mostrado diferente dos três primeiros meses do ano para a construção civil em Minas Gerais. Pesquisas divulgadas ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) apontaram queda da confiança dos empresários, aumento do custo de construção e redução do índice de emprego no setor. Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) recuou e, em maio, registrou 46 pontos frente aos 49,4 pontos de abril. Abaixo dos 50 pontos, o indicador aponta falta de confiança. O índice de intenção de investimento voltou a ficar abaixo da média histórica dos 30,3 pontos e recuou 2,5 pontos entre abril (30,7 pontos) e maio (28,2 pontos), sinalizando menor disposição de investir. Pág. 3

DIVULGAÇÃO

O estudo “Emprego e crescimento: a agenda da produtividade”, recentemente publicado pelo Banco Mundial, alerta que, se o Brasil quiser gerar crescimento econômico sustentável e inclusivo, reduzir pobreza e melhorar o padrão de vida das pessoas, deve necessariamente encarar a agenda de reformas. Melhorar a produtividade para aumentar a competitividade são essenciais para viabilizar uma economia que necessariamente deverá ser mais aberta, mais integrada ao comércio internacional. O banco aponta para a complexidade da estrutura tributária, o forte aumento da carga de impostos que houve no País, o encolhimento dos investimentos comprometendo a infraestrutura e a qualidade dos serviços públicos, a ineficiência do mercado financeiro, a má alocação de recursos e a perda de dinamismo da economia. (Carlos Rodolfo Schneider), pág. 2

EDITORIAL

O indicador de número de empregados apontou retração de 5,4 pontos em abril

Presidenciáveis debateram um novo pacto federativo A reformulação do pacto federativo e as principais mudanças a partir de uma reforma tributária foram os assuntos centrais do painel realizado com pré-candidatos à Presidência da República durante o 35º Congresso Mineiro de Municípios,

OPINIÃO

Ainda com relação à paralisação dos caminhoneiros, não faltaram sinais de alerta e não faltaram ameaças e pedidos de negociação. Não deveria ter faltado também o elementar entendimento de que diante da situação da economia não haveria como sustentar a política de preços da Petrobras ao impor reajustes que claramente não poderiam ser absorvidos. Veio a greve e ainda assim ficou evidente desde o primeiro momento que o governo simplesmente não sabia o que fazer com o País parado, produção descontinuada e consistente ameaça de falta de alimentos. Negociando sob pressão e sem saber o tamanho do problema criado e, muito menos, como enfrentá-lo, o governo foi posto de joelhos, aceitando condições que não teria como honrar. “Escalada de erros”, pág. 2

BH ganha unidade da Skema Business

promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM). Estiveram presentes: Alvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello (PSC), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB). Pág. 10

Para seguir com seu plano de expansão global, a escola internacional de negócios Skema inicia suas operações no Brasil a partir de Belo Horizonte, com o lançamento do curso de bacharelado de Gestão

em Negócios Globais neste mês. Para isso, serão investidos R$ 28 milhões em cinco anos no Brasil. A partir de fevereiro de 2019, a instituição, localizada no bairro Funcionários, região Centro-Sul

da cidade, já estará apta a receber 40 alunos brasileiros na faixa dos 17 anos, oriundos do ensino médio. A Skema Business School pretende abrir o próximo campus na África. Pág. 11 DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Só no primeiro semestre deste ano, 408 alunos vindos de fora do país passaram por Belo Horizonte DIVULGAÇÃO

Meirelles: é preciso redistribuir os impostos no Brasil Dólar - dia 19

Euro - dia 19

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,7464 Venda: R$ 3,7469

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MRS: operação intermodal gera novos negócios

Receita da agropecuária pode recuar

A empresa realizou a primeira operação, com transferência de cargas em contêineres dos seus ramais ferroviários para caminhões, no terminal intermodal da Multilift, em Sete Lagoas (região Central). A ferrovia já conta com 40 terminais parceiros. Pág. 4

Para 2018, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Minas, com base nos dados de maio, foi estimado em R$ 56,44 bilhões, resultado 0,52% inferior aos R$ 56,7 bilhões verificados em 2017. A queda se deve ao resultado negativo de importantes produtos como o leite e a cana. Pág. 14

Venda: R$ 4,3501

Ouro - dia 19

IPCA-IBGE (Maio): ............. 0,40%

Compra: R$ 3,7070 Venda: R$ 3,8870

Nova York (onça-troy): US$ 1.278,60

IPCA-Ipead (Maio): ............. 0,22%

R$ 155,95

IGP-M (Maio): ........................... 1,38%

Ptax (BC)

BM&F (g):

+2,26

Poupança (dia 20): ............ 0,3715%

Turismo Compra: R$ 3,7560 Venda: R$ 3,7566

BOVESPA

TR (dia 20): ............................. 0,0000%

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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OPINIÃO O conceito de bem-estar CARLOS RODOLFO SCHNEIDER * O psicólogo e cientista canadense Steven Pinker, que já publicou vários livros de sucesso, defende em sua última obra (“Enlightenment now: the case for reason, science, humanism, and progress”), a ideia de que a sociedade deve se preocupar com a pobreza e não com a desigualdade. O que importa é quanto as pessoas na camada de baixo estão bem, e não quantas vezes melhor estão as pessoas das camadas de cima. A não ser que se parta do pressuposto de que a riqueza é fixa e limitada, e que o fato de alguns terem mais, necessariamente leva outros a terem menos. O que claramente não é verdadeiro, uma vez que o bolo da riqueza vem crescendo ao longo das décadas e séculos. As discussões populistas têm focado na tese de que uma melhora no padrão de vida dos mais pobres passa por reduzir a riqueza dos que têm mais, invocando medidas como aumentos e criação de tributos sobre renda, doações, heranças e dividendos. Essas são medidas que geram resultados fáceis no curto prazo, mas na medida em que desestimulam a geração de poupança e investimentos privados, afetam a capacidade de geração de riquezas. O princípio Robin Hood dificilmente levará a um crescimento consistente e duradouro do nível de bem-estar das pessoas mais pobres, até porque o Estado é ineficiente na gestão dos recursos arrecadados.

Não há muita dúvida de que o caminho mais eficaz de distribuir renda é a criação de empregos qualificados. Então provavelmente a discussão mais pertinente seja em torno de estímulos para que os detentores de poupança apliquem seus recursos de modo a maximizar a geração de riqueza para a sociedade, somada à implementação de políticas públicas mais eficientes. Nesse sentido, o estudo “Emprego e crescimento: a agenda da produtividade”, recentemente publicado pelo Banco Mundial, alerta que, se o Brasil quiser gerar crescimento econômico sustentável e inclusivo, reduzir pobreza e melhorar o padrão de vida das pessoas, deve necessariamente encarar a agenda de reformas. Melhorar a produtividade para aumentar a competitividade são essenciais para viabilizar uma economia que necessariamente deverá ser mais aberta, mais integrada ao comércio internacional. O banco aponta para a complexidade da estrutura tributária, o forte aumento da carga de impostos que houve no País, o encolhimento dos investimentos comprometendo a infraestrutura e a qualidade dos serviços públicos, a ineficiência do mercado financeiro, a má alocação de recursos e a perda de dinamismo da economia. Para compensar os elevados custos de produzir no País, o governo cria mecanismos de proteção e compensação que não funcionam. O estudo su-

gere abrir o mercado, reduzir o que chamamos de custo Brasil e aumentar a eficiência dos gastos públicos. Como bem coloca Roberto Castello Branco, diretor da FGV Crescimento & Desenvolvimento, a sociedade e os políticos brasileiros não “podem se deixar levar pela pregação populista de que ajuste fiscal e reformas estruturais prejudicam os mais pobres e/ou ‘desnacionalizam’ a economia. Pelo contrário, elas beneficiam os mais pobres e fortalecem a economia brasileira”. Parece inteligente entendermos que “bem-estar” é um conceito absoluto e não relativo. O crescimento de uns não depende do encolhimento de outros. Mais consistente é discutirmos como fazer todos crescerem juntos, não necessariamente em velocidades iguais, mas com oportunidades mais equilibradas, sem fugir dos preceitos dos regimes econômicos ocidentais que têm permitido melhor evolução das sociedades. Como afirma o canadense Pinker, “apesar de toda a obsessão com desigualdade ao longo da última década, ela não é uma dimensão fundamental do bem-estar humano”. * Empresário e coordenador do Movimento Brasil Eficiente (MBE); crs@brasileficiente.org.br

Acontece que haverá eleição PERCIVAL PUGGINA * Certas mensagens recebidas quando menciono o pleito do dia 7 de outubro provêm de eleitores que desconfiam de tudo. Duvidam das urnas e dos votantes, dos partidos e dos tribunais, dos políticos em geral e dos candidatos em particular. Enquanto esperam solução por meio de uma ruptura institucional que comprovadamente não acontecerá, colocam tudo e todos sob suspeita. Ainda há pouco alguém se exclamava, em rede social, com a notícia de que certo militar seria candidato a deputado federal. Tratava-se, no seu modo de ver, de uma traição à causa da ruptura institucional e uma absurda aceitação das urnas eletrônicas. Queiramos ou não, essa é, hoje, uma questão nacional relevante, consequência da degradação institucional e da fragmentação social. Se o que desejam os proponentes dessa solução não for uma inaceitável ditadura, se for de ação rápida isso pelo que clamam, de onde vem a confiança em que logo ali adiante surgirão partidos, políticos e eleitores com elevado discernimento e sistemas perfeitos? Fraudes sempre houve e sempre poderá haver. Eleições também podem ser fraudadas. Na Primeira República, o bico de pena e a degola comandavam os resultados. O primeiro adulterava as atas que provinham das mesas eleitorais e o segundo, através da poderosa Comissão Verificadora de Poderes, simplesmente declarava ilegal, no Parlamento, a vitória dos indesejados. Mesmo após a criação da Justiça Eleitoral em 1932, continuaram as fraudes no registro e voto de eleitores inexistentes ou falecidos, na cíclica transferência de votantes em eleições municipais, na existência de municípios com mais eleitores do que habitantes, na compra de votos, e por onde mais houvesse brecha para a malícia dos espertalhões. Fui fiscal de apuração em diversos pleitos e embora não tenha me deparado com tentativas de fraudes, pude verificar possibilidades para que isso acontecesse durante a manipulação das cédulas, bem como esforços maliciosos para interpretar

indevidamente rabiscos de eleitores analfabetos. Nos grotões continua a intimidação dos eleitores com a divulgação de sanções a serem aplicadas se o resultado das urnas não for o pretendido pelo cabo eleitoral da região. Não bastasse isso, ainda agora, com a introdução da identificação digital dos eleitores, e já cadastrados 65 milhões, o TSE identificou 25 mil títulos duplicados. Um desses “multicidadãos” portava 52 títulos. Também isso é fraude. As urnas que o Brasil usa, afirmam muitos técnicos, podem ser fraudadas. Se têm sido é questão para a qual ainda não vi resposta afirmativa categórica, malgrado a persistente suspeita em relação à silenciosa reviravolta na apuração do pleito presidencial de 2014. Segundo se diz, aquela vitória petista não foi obtida lisamente. Ora, se essa porta existe e pode ser aberta, como explicar o resultado do pleito de 2016? Afinal, apenas dois anos após a reeleição de Dilma, o PT sofreu estrondosa derrota, caindo do primeiro para o sexto lugar entre os partidos brasileiros, vencendo em apenas uma dentre as capitais de estados da Federação. Deu pane no mecanismo? Estavam de férias os manipuladores? Por outro lado, a arrogância com que os ministros do TSE desprezam a opinião pública em tema tão relevante à legitimidade do poder político não ajuda a democracia. No meu modo de ver, a apuração manual, malgrado lenta e com grande dispêndio de recursos humanos, suscita superior credibilidade e segurança, por ser menos hermética e proporcionar ampla fiscalização partidária em todas as fases do processo, possibilitando, inclusive, totalizações paralelas pelos meios de comunicação. Não estou convencido, enfim, de que as coisas sejam como querem fazer crer alguns mais interessados em desacreditar eleição e eleitores. Haverá eleição e temos que fazer bom uso de nosso voto. * Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário e escritor

Propostas para um país melhor MARCIO MASSAO SHIMOMOTO * A corrida eleitoral acelera seu curso rumo ao primeiro turno do dia 7 de outubro e ainda não se vislumbra, entre os candidatos, programas claros o bastante para uma definição dos eleitores mais comprometidos com o futuro da Nação. À exceção, como sempre, dos radicais das extremas esquerda e direita. O fato é que o cenário continua nebuloso e a multiplicação dos candidatos eleva a temperatura. O Brasil tem demandas urgentes e precisa de um estadista que nos devolva a esperança do emprego, da casa própria, do salário digno, de dias melhores. O Sindicato das Empresas de Contabilidade e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP) realizou uma enquete para identificar as maiores necessidades do País, em ordem de urgência e importância, na avaliação dos quase 600 empresários da contabilidade entrevistados. Em primeiro lugar, um tema que não nos surpreende: a reforma tributária, fardo pesado que o brasileiro carrega nas costas há décadas. Entretanto, a hipótese de unificação de impostos está mais presente e em discussão no Congresso com o objetivo de diminuir a densa carga imposta ao contribuinte e que beira os 40% do PIB, índice muito superior a países como Chile, Coreia e Israel. Que seja levada a sério e não se

transforme apenas em mais uma iniciativa cosmética. A reforma tributária é crucial para eliminar um dos entraves que só fazem crescer o custo Brasil. As leis brasileiras já sofreram remendos em excesso. Não podemos esperar mais para implantar programas que façam diminuir a burocracia e a carga de forma racional. O crescimento do país depende disso. O foco do governo na arrecadação deve dar espaço para um ambiente de estímulo aos negócios, com incentivos reais para quem gera emprego e renda. Em segundo lugar, de acordo com a enquete do Sescon-SP, outra questão urgente que merece atenção dos candidatos: a melhoria de serviços básicos como saúde, educação e moradia. Sabemos que a arrecadação de tributos é vital para o desenvolvimento. No Brasil, no entanto, os cidadãos precisam pagar duas vezes pelo mesmo serviço, pois boa parte da tributação não retorna à população, obrigando-a a arcar com planos de saúde, segurança particular e outros serviços básicos que, pela Constituição, são dever do Estado e direito do cidadão. Com a carga tributária equivalente a de muitos países desenvolvidos, no Brasil há eficiência para arrecadar e ineficiência para investir. Enquanto isso, o PIB da economia informal se expande, desviando bilhões de reais dos cofres

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públicos e inserindo o país no ranking da desorganização produtiva. O terceiro tema mais citado pelos entrevistados durante a enquete feita foi a necessidade de ampliação de medidas contra a corrupção. Mesmo com tantas operações em curso, o sentimento de impunidade ainda é forte. Nossa enquete identificou ainda outras áreas deficientes e que também devem receber mais atenção dos candidatos e dos futuros eleitos, como reforma da Previdência, incentivo à geração de empregos, segurança pública, reforma política, equilíbrio fiscal, empreendedorismo e mobilidade urbana. O Brasil entrou no círculo vicioso do atraso, que só será quebrado com políticas voltadas para desenvolvimento sustentado. As eleições deste ano são a grande oportunidade de iniciar esse processo. Cada eleitor deve cumprir o papel de analisar as propostas dos candidatos, optando pelas que realmente se aproximem de suas aspirações, não esquecendo de cobrar o cumprimento das promessas de campanha. O que não se aceita nesse momento é a omissão.

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Escalada de erros A sucessão de erros cometidos pela alta administração federal que culminaram com a greve dos caminhoneiros parece não ter fim. Não faltaram sinais de alerta e não faltaram ameaças e pedidos de negociação. Não deveria ter faltado também o elementar entendimento de que diante da situação da economia não haveria como sustentar a política de preços da Petrobras ao impor reajustes que claramente não poderiam ser absorvidos. Veio a greve e ainda assim ficou evidente desde o primeiro momento que o governo simplesmente não sabia o que fazer com o País parado, produção descontinuada e consistente ameaça de falta de alimentos. Negociando sob pressão e sem saber o tamanho do problema criado e, muito menos, como enfrentá-lo, o governo foi posto de joelhos, aceitando condições que não teria como honrar. É o caso do virtual tabelamento dos fretes, que ameaça setores tão vitais como o agronegócio e impõe reajustes que podem chegar aos 150%. Não é por outro motivo que as Não deveria ter faltado novas regras já também o elementar são contestadas entendimento de que por mais de trinta ações judiciais diante da situação da em todo o País, economia não haveria movidas por como sustentar a particulares, empresas e política de preços entidades de da Petrobras ao classe. Nesse impor reajustes rol encontrase a Federação que claramente das Indústrias não poderiam ser de Minas. Para absorvidos a entidade, o impacto negativo das medidas anunciadas pode representar um desastre para a economia mineira e nacional. Às tontas, a administração federal parece ter perdido por completo a capacidade de reagir com um mínimo de articulação. Não foi sequer capaz de implementar, de fato e integralmente, a redução dos prometidos 46 centavos no preço do diesel e, comenta-se em Brasília, existiria no Planalto verdadeiro pânico diante da possibilidade de reação dos caminhoneiros. E tem mais. Desde a greve, ou locaute, os preços da gasolina e do etanol subiram, conforme medição em Belo Horizonte, pouco mais de 7%. Tem gente, definitivamente, querendo pôr fogo no circo e com ajuda também dos preços do gás de cozinha. Quem depende diretamente desses combustíveis, dos taxistas a condutores que trabalham com aplicativos, passando por perueiros, motoboys e, claro, donos de restaurantes, também se encontram no limite das suas possibilidades de reagir. E com toda certeza não perderam de vista o exemplo dos caminhoneiros que bloquearam as rodovias e paralisaram o País em dois ou três dias. Agora a ameaça latente é a paralisação das grandes cidades, numa reação em cadeia que pode ser explosiva e para a qual, tudo faz crer, em Brasília ninguém está preparado. Resta cruzar os dedos e esperar, com muita fé, que afinal alguém reencontre a trilha do bom senso para que o País chegue às eleições com um mínimo de estabilidade e com os eleitores lúcidos quanto ao seu poder e sua responsabilidade.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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ECONOMIA CONSTRUÇÃO CIVIL

Aumentam os custos e confiança diminui Em maio, empresários de Minas mostraram menos otimismo com as condições atuais e para os próximos 6 meses ANA CAROLINA DIAS

pontos, em maio e foi 1,5 ponto inferior ao registrado em maio de 2017. Já o componente de expectativas caiu 3,7 pontos frente a abril, e registrou 48,2 pontos em maio. O indicador mostrou pessimismo após oito meses de resultados acima de 50 pontos e foi 3,9 pontos inferior ao apurado em maio de 2017. Na avaliação do economista e coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, os resultados estão diretamente relacionados às perspectivas macroeconômicas. Furletti ressaltou a previsão do Boletim Focus de crescimento da economia para 2018 que, no início do ano indicava um PIB de 2,5% e que, nessa semana, caiu para 1,76%. Além disso, há expectativas de aumento da inflação, o que também influenciou o pessimismo dos empresários. “O empresário está mais pessimista porque as condições macroeconômicas recuaram e a sondagem refletiu uma mudança de cenário e de opinião dos empresários em relação ao trimestre anterior. Em 2017, o mercado e os próprios empresários acreditavam no início de uma melhora para este ano. Agora, o mercado espera o novo governo para prever o que vai mudar”, explicou.

O segundo trimestre de 2018 tem se mostrado diferente dos três primeiros meses do ano para a construção civil em Minas Gerais. Pesquisas divulgadas ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) apontaram queda da confiança dos empresários, aumento do custo de construção e redução do índice de emprego no setor. Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) recuou e, em maio, registrou 46 pontos frente aos 49,4 pontos de abril. Abaixo dos 50 pontos, o indicador aponta falta de confiança dos empresários. O resultado de maio deste ano foi 3,2 pontos menor do que o apurado no mesmo mês de 2017, interrompendo uma sequência de 24 meses de melhora na comparação anual. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o Iceicon-MG apresentou queda de 5,3 pontos. Os dois componentes do Iceicon-MG, que mostram condições atuais e expectativas para os próximos seis meses, explicaram o recuo do indicador geral. O índice de condições atuais recuou 2,3 pontos, passando de 44,2 pontos, em abril, para 41,9 Sondagem – Os resultados

CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

No Estado, o setor apurou recuo de 0,6% no primeiro trimestre e encolheu 20% desde 2014

dos indicadores da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, abaixo dos 50 pontos, refletem queda da atividade e do número de empregados em abril. O índice de atividade da construção ficou estável em relação ao apurado em março, registrando 43,0 pontos, inferior ao de abril de 2017 (47,7 pontos) e ficou abaixo da média histórica (44,5 pontos). Já o indicador de número de empregados apontou retração com 43,3 pontos, resultado 5,4 pontos inferior ao registrado em

abril de 2017, quando era de 48,7 pontos. O índice de intenção de investimento voltou a ficar abaixo da média história dos 30,3 pontos e recuou 2,5 pontos entre abril (30,7 pontos) e maio (28,2 pontos), sinalizando menor disposição de investir dos empresários da construção. Sobre as expectativas, o dado referente a maio apontava expectativa de elevação do nível de atividade (51,5 pontos) pelo quinto mês consecutivo. O indicador cresceu 4,1 pontos frente a

maio de 2017 e foi o maior para o mês em seis anos. Segundo Daniel Furletti, os números são preocupantes principalmente para um setor considerado estratégico do ponto de vista social e econômico. Ele destacou que, no 1º trimestre de 2018, a construção civil apresentou queda de -0,6% apesar da recuperação da economia e, de 2014 pra cá, o setor caiu mais de 20%. “É uma queda grande para um setor que é importantíssimo para a sociedade, uma vez que produz habitação, escolas,

obras viárias e também no ponto de vista econômico já que envolve toda uma cadeia produtiva que gera empregos, renda e tributos na economia toda”, afirmou. Custo da construção - Após aumento em abril devido à elevação do custo com a mão de obra, em maio deste ano o Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m²) também registrou alta de 0,17%, puxado pelo custo com material de construção, que aumentou 0,44%, enquanto mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos permaneceram estáveis no mês de maio. Nos primeiros cinco meses do ano o CUB/ m² registrou alta de 2,27% e no acumulado dos últimos 12 meses o índice teve alta de 3,02%. Na composição do CUB/ m², a mão de obra representou, em maio, 56,19% do custo, os materiais de construção responderam por 39,53% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,28%. Entre os materiais que tiveram os maiores aumentos de preço estão emulsão asfáltica impermeabilizante (+6,80%), fio de cobre antichama (+2,75%), porta interna semioca para pintura (2,36%) e esquadria de correr (+1,17%).

PBH.GOV.BR

daqueles que e d a id il b a s n o m por irresp e c te n o c a s e v multado. ntes gra r e e s id c e a d , o p to s s o te g linhas cortan ntre junho e a o e d , n s e ia d d n s e o v s o o d Tod em for flagra e idade, u d Q r . o a n n e e il m h r c fo a cerol ou linh Se o infrator . m o o ã c is a r p ip p e d m o a n solt 3 meses a 1 a e d a n e p m o has é crime c n li s a s s e d o O us ilizados. b a s n o p s e r r se os pais podem

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PARA QUEM GOVERNANDO

PRECISA


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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ECONOMIA ARQUIVO MRS/DIVULGAÇÃO

REFRATÁRIOS

Camex susta antidumping a produtos de China e México

MRS conseguiu, a partir da parceria com a Multilift, de Sete Lagoas, fechar negócio com um novo cliente, a mineradora Anglo American

LOGÍSTICA

MRS firma parcerias para avançar Aposta são acordos com operadores de terminais, como Multilifit, de Sete Lagoas LEONARDO FRANCIA

Com o objetivo de ampliar os negócios através da integração em modais, a MRS Logística, com sede em Juiz de Fora (Zona da Mata), vem investindo em parcerias estratégicas com operadores de terminais intermodais. A estratégia já está gerando resultados e a empresa realizou a primeira operação, com transferência de cargas em contêineres dos seus ramais ferroviários para caminhões, no terminal intermodal da Multilift, em Sete Lagoas (região Central). Neste caso, a parceria com a Multilift permitiu à MRS fechar negócio com um novo cliente: a mineradora Anglo American. O contrato inclui o transporte de cerca de 2 mil toneladas de cargas (bolas de moinho), o equi-

valente a 80 contêineres a cada 30 dias. A carga será transportada em contêineres pelo ramal ferroviário da MRS do litoral fluminense até o terminal da Multilift, em Sete Lagoas, onde será transferida para caminhões, e segue para seu destino final, em Conceição do Mato Dentro (Médio Espinhaço), sede das operações minerarias da Anglo American no Estado. A estratégia de incrementar a oferta desse tipo de transporte está alinhada com o aumento da participação das cargas gerais no volume de cargas transportadas pela MRS. As cargas gerais são, basicamente, tudo que não é minério, carvão ou coque. São produtos agrícolas, siderúrgicos, cimento, areia, outros insumos para a construção e contêineres, que, por sua vez, comportam

vários tipos de mercadorias. Além do terminal da Multilift, em Sete Lagoas, a rota Belo Horizonte - Rio de Janeiro conta ainda com dois terminais em Contagem e um em Sarzedo, ambos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que já operam com contêineres. No próximo mês, a empresa inaugura mais um terminal em Itutinga, no Sul de Minas. “Temos uma forte orientação para buscar novos clientes e desenvolver terminais intermodais como o de Sete Lagoas nessa rota (BH-RJ). Esses terminais estão possibilitando o fechamento de negócios, além de trazer mais cargas para a companhia”, afirmou o gerente Comercial da MRS, Diogo Gogliath. Segundo ele, o desenvolvimento de parcerias com

players do setor rodoviário e com operadores de terminais está possibilitando o crescimento de contatos de transporte que necessitam de uma boa conexão com outros modais de transporte. Em toda sua malha, a MRS já conta com 40 terminais parceiros, sendo que nem todos operam com contêineres. “Essa operação em Sete Lagoas exemplifica que a ferrovia é complementar à rodovia. Na maioria das vezes, carga geral sempre vai precisar da complementação do rodoviário, seja no destino ou na origem. A greve dos caminhoneiros mostrou isso, e, em países mais desenvolvidos, todos os modais estão conectados, de forma que todos se tornam competitivos e complementares”, analisou Gogliath.

Números – O gerente Comercial da MRS revelou que, do fim da greve dos caminhoneiros para cá, a procura de clientes por transporte ferroviário de cargas na empresa cresceu três vezes. Além disso, no acumulado deste ano, o volume de cargas em contêineres transportadas pela concessionária praticamente duplicou na rota BH-RJ. As cargas gerais, que há três anos representavam cerca de 25% de tudo que era transportado pela MRS, hoje já respondem por 30% do total. Nos últimos 4 anos, o crescimento do segmento foi de 14% ao ano. E, de 2013 a 2017, o transporte de contêineres aumentou 64%, sendo que 70% de todas as operações envolvendo contêineres têm como origem ou destino o Porto de Santos (SP).

São Paulo - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) suspendeu aplicação de direito antidumping sobre produtos refratários básicos produzidos na China e no México por até um ano, prorrogável por igual período, segundo decisão publicada ontem no Diário Oficial da União. O direito antidumping havia sido aplicado em 2013 após reclamação aberta no final de 2011 pela fabricante brasileira de produtos refratários Magnesita, que “após a implementação da medida antidumping, foi a principal beneficiada”, afirmou a Camex na resolução de ontem. Na ocasião, os produtos chineses foram sobretaxados em US$ 536,5 por tonelada e os mexicanos em US$ 370,5. Os refratários básicos magnesianos que eram alvo da medida antidumping brasileira são usados em uma série de indústrias, incluindo siderúrgica, por empresas como Usiminas, CSN, Gerdau e ArcelorMittal. O material é aplicado como revestimento interno em alto fornos, evitando que o aço acima de 1.500 graus Celsius entre em contato com as paredes dos equipamentos. Preços internacionais - A decisão da Camex de suspender a aplicação do direito antidumping foi tomada diante de alta dos preços internacionais dos refratários, algo que associado à desvalorização do real ante o dólar “vem desincentivando as importações e reduzindo a concorrência no setor de refratários no Brasil”. A Camex cita ainda mudança de postura da própria Magnesita, que foi alvo de uma fusão com a austríaca RHI, negócio concluído no final do ano passado. Segundo o texto, a Magnesita passou “a defender, em 2018, a expansão dos concorrentes mundiais no mercado brasileiro, com maiores alternativas de oferta de matéria-prima”, como forma a suprir necessidade nacional de consumo de refratários depois que a indústria local do produto começou a ver maiores oportunidades de exportação. (Reuters)

AÇO

INOVAÇÃO

Compras das siderúrgicas retraem 3%

Anfavea e Finep estudam construção de centro de testes automobilísticos

São Paulo - As compras de aço da rede de distribuição nas siderúrgicas em maio caíram 3% em relação ao mesmo período do ano passado, para 224,4 mil toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação ao mês de abril houve um recuo de 15%, sendo uma das causas os efeitos da greve dos caminhoneiros. Esse levantamento inclui chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletrogalvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume. Já as vendas de aço plano no mês passado caíram 15,8% na relação anual, para 203 mil toneladas. No comparativo mensal o recuo foi de 9,8%. Com esse desempenho, os estoques da rede subiram 2,3%, somando 947,3 mil toneladas. O giro de estoques

subiu e foi a 4,7 meses As importações dos distribuidores caíram 1,2% em maio ante o mesmo mês do ano anterior, para 110,5 mil toneladas. Em relação a abril as importações subiram 13,2%. Para junho, a projeção da entidade é de que tanto as compras como as vendas subam cerca de 15% ante maio. Greve – A greve dos caminhoneiros em maio cristalizou uma reversão das expectativas no País, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro. Para a rede de distribuição, as vendas em maio foram bastante afetadas e o número do mês só não foi pior, segundo o executivo, porque o ritmo de vendas vinha aquecido antes da greve. A venda por dia útil da rede de distribuição foi de 9,2 mil toneladas em maio, o pior desempenho desde

dezembro de 2015, quando foi de 8,6 mil toneladas. Outro efeito da greve, citou, foi o aumento dos estoques, com o giro para as vendas subindo para 4,7 meses. O único produto em que os estoques não estão elevados é o zincado. Projeções – O Inda não deverá revisar sua estimativa para crescimento das vendas do aço em 2018 em relação ao ano passado, de 5%, por conta da greve dos caminhoneiros e a atual conjuntura. “A projeção é de crescimento do setor automotivo e do setor agrícola. Com um PIB de 1,5% é possível manter a projeção”, afirmou Loureiro. Considerando o atual nível de preços do dólar em relação ao real e os valores do aço no mercado internacional, pode haver espaço para uma nova rodada de aumento de preços pelas siderúrgicas brasileiras,

afirmou o presidente do Inda. Os preços no mercado doméstico, neste momento, estão mais baixos do que os vistos no mercado externo. O desconto dos preços é visto mesmo após os aumentos implementados pelas siderúrgicas, que foram de 10% a 12%, dependendo do produto, disse o executivo. Os ajustes, programados para o início de junho, foram em alguns casos postergados, tendo em vista os atrasos dos embarques provocados pela greve dos caminhoneiros. O Inda não deverá revisar sua estimativa para crescimento das vendas do aço em 2018 em relação ao ano passado, de 5%, por conta da greve dos caminhoneiros e a atual conjuntura. “A projeção é de crescimento do setor automotivo e do setor agrícola. Com um PIB de 1,5% é possível manter a projeção”, afirmou Loureiro. (AE)

Rio de Janeiro - A construção de um centro de testes automobilísticos no estado do Rio de Janeiro está em discussão entre a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Empresa Brasileira de Inovação e Serviços (Finep). Em um evento na sede da Finep, ontem, o presidente da associação, Antonio Megale, revelou a proposta sem dar detalhes. “Se pudéssemos fazer um centro de desenvolvimento e de testes que pudesse atender não só as montadoras, mas também as indústrias de autopeças, poderíamos dar um salto importantíssimo na parte de inovação e desenvolvimento de produto”, disse Megale. Segundo o presidente da Anfavea, o País já dispõe de centros de testes como esse,

mas eles estão em montadoras e não estão disponíveis para pesquisa e desenvolvimento de empresas de outras partes da cadeia automobilística. Local - A Finep também não revelou mais detalhes sobre o projeto, que ainda está em fase embrionária. O local, por exemplo, ainda não foi definido. O presidente da Finep, Ronaldo Camargo, contou que os esforços são no sentido de promover ações capazes de acelerar a recuperação do setor. Segundo ele, o centro de pesquisa teria a maior pista de desenvolvimento desse tipo da América Latina e poderia atender tanto a testes em veículos nacionais quanto importados que chegam ao País e precisam ser atualizados conforme a legislação nacional. (ABr)


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ECONOMIA CENÁRIO

Cresce a demanda por bens industriais Indicador do Ipea aponta evolução de 1,2% em abril frente a março, repetindo desempenho mensal anterior Brasília - A demanda por bens industriais cresceu em abril pelo segundo mês seguido. É o que mostra o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em abril houve avanço de 1,2%, na comparação com março. De acordo com o Ipea, houve uma repetição do desempenho obtido em março, após a queda de 2,3% em fevereiro, na série com ajuste sazonal. Ainda assim, no trimestre encerrado em abril, o Indicador Ipea ficou negativo em 1,4%. Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e autor do estudo, Leonardo Mello de Carvalho, a base de comparação era elevada, em relação ao trimestre terminado em janeiro. Isso porque nesse cálculo foi considerado o “ótimo resultado de dezembro de 2017”, com crescimento de 2%. “Desse modo, as altas nos meses de março e abril não foram suficientes para salvar a média do trimestre”, explicou. Os dois componentes do

ELÓI CORRÊA/GOVBA/DIVULGAÇÃO

CONJUNTURA

PIB recua 0,4% no trimestre encerrado em abril, indica Monitor da FGV

Das grandes categorias econômicas, os destaques foram bens de capital e bens intermediários

consumo aparente apresentaram resultado positivo em abril: a produção doméstica líquida de exportações, com 1,3%, e as importações de bens industriais, com 2,6%. Na análise das grandes categorias econômicas, os destaques foram os segmentos bens de capital e bens intermediários, com altas de 2,9% e 0,5%, respectivamente. Os demais segmentos tiveram

recuos no mês – bens de consumo (1,6%), bens duráveis (0,2%); e semi e não duráveis (1,7%). Em relação a abril de 2017, todos os segmentos avançaram. Ao se avaliar as classes da indústria, embora a extrativa mineral tenha sofrido recuo de 5% em abril, a demanda por bens da indústria de transformação avançou 1,4%.

Segundo o Ipea, houve crescimento em 12 segmentos da indústria de transformação, de um total de 22. Os que mais contribuíram para o resultado foram “outros equipamentos de transporte”, com alta de 12,2%, e “alimentos”, com expansão de 11,1%. O principal destaque negativo em abril foi o segmento “metalurgia”, que registrou queda de 4,1%. (ABr)

Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 0,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, em relação ao trimestre anterior (encerrado em janeiro). Na comparação com abril do ano passado, no entanto, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, cresceu 1,3%. Os dados são do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Considerando-se apenas o mês de abril, o PIB cresceu 0,1% na comparação com março deste ano e 2,9% na comparação com abril do ano passado. Em 12 meses, o PIB acumula crescimento de 1,6%. Na comparação do trimestre encerrado em abril com o trimestre encerrado em janeiro, apenas a agropecuária teve alta (0,1%).

A indústria recuou 0,4% e o setor de serviços caiu 0,1%. A principal queda foi observada na indústria da transformação (0,9%). Nos serviços, os maiores recuos foram nos transportes, serviços de informação e serviços de intermediação financeira (todos com quedas de 0,4%). Sob a ótica da demanda, tiveram crescimento o consumo das famílias (0,1%) e as exportações (3,8%). Por outro lado, caíram o consumo do governo (0,3%) e formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (0,2%). O PIB calculado mensalmente pela FGV não é o indicador oficial para medir o ritmo econômico brasileiro, mas serve como uma prévia do índice oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é divulgado trimestralmente. (ABr)

INFRAESTRUTURA

ENERGIA

Corte em subsídios divide governo DIVULGAÇÃO

São Paulo - Um plano do Ministério de Minas e Energia para reduzir as contas de luz por meio do corte de subsídios embutidos nas tarifas de energia tem enfrentado resistência de alguns setores antes beneficiados pelas políticas de incentivo, mas também dentro do governo, um sintoma da disputa por verbas públicas num ambiente de déficit fiscal. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo abastecido por um encargo tarifário, irá consumir R$ 18,8 bilhões neste ano para custear políticas que incluem descontos para clientes de baixa ren- Entre as propostas está restrição para consumidores do Bolsa Família e do meio rural da, empresas de serviços Saneamento Ambiental, consumidores enquadrados produtores e em alguns públicos de água, esgoto e do Ministério das Cidades. no programa Bolsa Família, casos poderão inviabilizar a saneamento e para consu“Caso o Ministério de limitações em descontos produção irrigada”, afirmou midores rurais que utilizam Minas e Energia entenda garantidos a consumidores a entidade. Os ministérios serviços de irrigação, entre que os subsídios devem rurais e uma revogação gra- de Agricultura e do Deoutros. ser reduzidos ou extintos, dual de reduções tarifárias senvolvimento Social não Para reduzir essa conta, entendemos que, em razão para atividades rurais de participaram da consulta que tem crescido nos últimos dos impactos... quaisquer irrigação. pública da pasta de Minas anos, técnicos da pasta de modificações devem aconOs benefícios às famílias e Energia. Minas e Energia sugeriram tecer a partir de um período carentes consumiram cerca medidas que incluiriam um mínimo de 10 anos, para de R$ 2,3 bilhões em 2016, Disputa - A briga entre corte gradual nos benefícios que o setor tenha tempo de enquanto os concedidos ao setores por subsídios na para os consumidores rurais adaptar-se aos novos custos setor rural demandaram conta de luz e o movimento e do setor de água e sanea- de energia”, defendeu a mais de R$ 3,2 bilhões, sendo do governo para reduzir os mento, além de uma redução secretaria. a maior parte destinada a custos com esses benefícios no universo de famílias que A opinião do órgão de consumidores no campo, refletem uma disputa que podem ter acesso à chamada governo vai na mesma linha enquanto a irrigação ficou deverá se tornar cada vez “tarifa social”, mais barata, da posição da Associação com cerca de R$ 650 milhões. mais comum no Brasil deentre outras. Brasileira das Empresas O Instituto Brasileiro vido ao estrangulamento Mas as propostas sofre- Estaduais de Saneamento de Defesa do Consumidor fiscal da União, avalia o ram críticas em uma consulta (Aesbe), que vê o corte de (Idec) avaliou que a mudan- especialista em energia do pública realizada pela pasta, subsídios como “impactan- ça na tarifa social “irá deixar Cescon Barrieu Advogados, que incluíram até questio- te”, principalmente para as expostas muitas famílias Roberto Lima. namentos do Ministério das estatais do setor. “Seria um de baixa renda, nas quais a “É uma discussão que Cidades, que defendeu a contrassenso, na presente energia elétrica correspon- está em praticamente todos manutenção de um des- conjuntura, as empresas de um considerável custo os setores... quanto mais conto de 15% nas tarifas virem a ser prejudicadas no orçamento familiar”, escassos os recursos, mais concedido às empresas de com uma retirada de sub- enquanto a Confederação intensa vai ser essa briga, água e esgoto. sídio de alta relevância no Nacional da Agricultura e e estamos indo para o terA pasta de Minas e Ener- custeio das mesmas quando, Pecuária (CNA) defendeu a ceiro ano de déficit fiscal gia quer reduzir em 20% ao ao contrário, se busca a ex- manutenção dos subsídios expressivo”, disse. ano o benefício do segmento, pansão do setor”, escreveu a seu setor. Procurado, o Ministério que custou R$ 694,3 mi- a entidade. “Não existe condição de de Minas e Energia disse que lhões em 2016. “A extinção passarmos os aumentos de realizou a consulta pública ou redução do subsídio... Agricultura e baixa renda custos diretamente para os justamente para promover para o setor de saneamento - Também estão entre as nossos produtos como ocor- a participação da sociedarepresentaria, a nosso ver, propostas do Ministério de re com outros setores... no de e orientar sua atuação um retrocesso”, afirmou Minas e Energia a restrição caso da agropecuária, esses na busca pela redução de a Secretaria Nacional de da chamada “tarifa social” a custos são absorvidos pelos custos. (Reuters)

Ecorodovias vai explorar 363,95 Km em três rodovias de Minas Gerais DA REDAÇÃO

A empresa de concessões de infraestrutura Ecorodovias anunciou ter assinado ontem o contrato de concessão para explorar um lote de rodovias em Minas Gerais, numa concorrência vencida pela empresa em fevereiro. O lote é composto pelos trechos BR-135 (301,2 quilômetros), MG-231 (22,65 quilômetros) e LMG-754 (40,1 quilômetros), com extensão conjunta total de 363,95 quilômetros. A Ecorodovias pagou R$ 2,06 bilhões para poder explorar a concessão do trecho por 30 anos. De acordo com o contrato, firmado ontem no Palácio da Liberdade, com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Púbilcas (Setop), em Belo Horizonte, a concessionária terá que fazer uma série de melhorias, como duplicação e construção de acessos e passarelas. Os investimentos totais serão de R$ 3,1 bilhões. O governador Fernando Pimentel, que autorizou o contrato por meio de despacho governamental, destacou a importância da obra para a região do Norte de Minas. “Nós colocamos como prioridade a realização dessa licitação de concessão e tornar possível a tão sonhada obra da rodovia que liga Cordisburgo a Montes Claros. Para não falar da importância econômica dessa via, indispensável para o desenvolvimento da região Norte do nosso Estado”, disse. Entre as intervenções obrigatórias previstas no contrato estão a duplicação de 136,35 quilômetros da BR-135, do entroncamento com BR-040 até Corinto, e de Bocaiúva a Montes Claros; a implantação do contorno

de Cordisburgo; de 125,5 quilômetros de acostamento; de 110 quilômetros de faixas adicionais, de 6,05 quilômetros de vias laterais, além de 40 melhorias de interseções. Também estão previstas outras 120 melhorias em acessos às rodovias; bem como a implantação de 14 passarelas para pedestres. A previsão de aportes de recursos por parte da concessionária é de R$ 3,1 bilhões ao longo dos 30 anos, entre investimentos, manutenções e prestações de serviços, sendo que R$ 1,4 bilhão deverá ser executado até o quinto ano. Não há contraprestação financeira do Estado. O objetivo das obras é garantir mais segurança e conforto para os cerca de 30,7 mil veículos que circulam, em média, por dia, nos trechos concessionados. A concessão também terá impacto econômico, com a expectativa de gerar cerca de 600 empregos diretos pela concessionária e outros 1.100 em função das obras. O trecho concedido na BR-135 será de 301,2 quilômetros, e vai do KM 367,65 (entroncamento BR-135/ BR-122/251/365, contorno de Montes Claros) ao KM 668,85 (entroncamento BR-135 com a BR-040). Na MG-231, serão 22,65 quilômetros, começando no KM 41 (entroncamento da MG-231 com a LMG-754, em Cordisburgo) ao KM 63,65 (entroncamento da MG-231 com a BR-040). Já na LMG-754 serão 40,1 quilômetros, entre o km 2,85 (entroncamento da LMG-754 e a avenida Brasil, no fim do trecho urbano de Curvelo) ao KM 42,95 (entroncamento da LMG-754 com a MG-231, em Cordisburgo). (Com informações da Reuters e da Agência Minas.)


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ECONOMIA EX-MINISTRO E ENGENHEIRO

Adeus ao mineiro Eliezer Batista Natural de Nova Era, entre outros cargos, ocupou a presidência da Vale duas vezes ACMINAS / DIVULGAÇÃO

ANA AMÉLIA HAMDAN

Estrategista empresarial de reconhecido valor, homem de sonhos imensos e de ações grandiosas, responsável por levar a mineradora Vale a se tornar a gigante que é hoje. O ex-ministro e engenheiro civil Eliezer Batista foi descrito assim, com adjetivos superlativos, durante todo dia de ontem. Ele faleceu na noite de segunda-feira, aos 94 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, Rio de Janeiro, vítima de insuficiência respiratória aguda. Mas Batista também foi lembrado, pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Lindolfo Paoliello, por duas características pouco faladas: sua formação humanística e seu prazer – comum a praticamente todo bom mineiro – em conversar. Eliezer Batista era natural de Nova Era, região Central de Minas. Eliezer Batista ocupou, entre outros cargos, o de presidente da Vale por duas vezes. Foi ministro de Minas e Energia (1962 a 1964), secretário do governo Fernando Collor e conselheiro no governo Fernando Henrique Cardoso. Empresário no ramo da mineração, ele era pai do também empresário Eike Batista e outros seis filhos. A ACMinas decretou luto oficial de três dias e, em reunião na noite de ontem, prestou homenagens ao engenheiro no Plenário José Costa. Eliezer Batista foi presidente do Conselho Empresarial de Política e

Eliezer Batista faleceu na noite de segunda-feira, aos 94 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro

Estratégia da ACMinas entre 2001 e 2006. Segundo Paoliello, ao fortalecer a Vale, Eliezer Batista teve papel primordial para impulsionar a economia de Minas. Para ressaltar a importância das ações de Eliezer Batista no cenário contemporâneo nacional, Lindolfo Paoliello cita o que ele considera ter sido a primeira grande ação do engenheiro. “Ele fez uma base logística com portos e navios que ainda nem existiam”, aponta. Paoliello se refere ao feito de Eliezer Batista em sua primeira gestão à frente da Vale (1961-1964).

tratos de longo prazo com dez siderúrgicas japonesas, que previam o fornecimento de 50 milhões de toneladas de minério de ferro por um período de 15 anos. Em troca, os japoneses ajudaram a construir o Porto de Tubarão.” O engenheiro assumiu novamente a presidência da Vale em 1979, com o desafio de implantar o Projeto Grande Carajás, na selva amazônica. Em 1986, Eliezer deixou a presidência da Vale. “Estamos consternados. Nosso maior engenheiro, Desafio - Segundo a Vale, o homem que teve a visão em 1962, “a mineradora de preparar a Vale para ser assinou os primeiros con- a empresa que conhecemos Ele assumiu o cargo aos 36 anos, sendo o primeiro funcionário de carreira a chegar à presidência da empresa. Segundo nota divulgada ontem pela mineradora, Eliezer idealizou o Porto de Tubarão (ES), devido à necessidade de uma estrutura capaz de receber navios de até 150 mil toneladas, quando a maioria da frota mundial não passava de 60 mil toneladas. A ação permitiu dobrar o volume de exportações da Vale.

hoje, se foi. Eliezer Batista, que um dia recebeu a alcunha de ‘Engenheiro do Brasil’, bem que poderia ser conhecido por: ‘o Construtor da Vale’. Sim, temos orgulho de dizer que fomos a sua principal obra”, afirmou o diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em nota. Também em nota, o presidente Michel Temer declarou que “o Brasil perdeu um de seus maiores engenheiros. Eliezer Batista foi um dos responsáveis pelo sucesso da Vale no mundo. Muito trabalhou pelo nosso País e sempre acreditou no Brasil”. (Com AE) REUTERS / ROOSEVELT CASSIO

4G

Leilão para serviço móvel de 4ª geração fica para 2019 Brasília - Deve ficar para 2019 o leilão da faixa nacional de 700 MHz para serviço móvel de quarta geração (4G) que não teve interessados em licitação realizada em 2014, disse ontem o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros. “Está inicial, leilão mesmo só em 2019”, revelou Quadros à Reuters durante evento promovido pela Anatel em Brasília. Ele explicou que a análise da licitação dentro da área técnica da agência já ocorreu, mas o processo ainda precisa passar por consulta pública e pelo crivo do Tribunal de Contas da União (TCU). Outra pendência é fechar com a equipe econômica a questão do preço da outorga. Quadros lembrou que, nesse ponto, a Anatel defende uma “mudança de viés”, para que o leilão não tenha foco tão concentrado no valor a ser arrecadado com a outorga, mas também nas exigências de investimentos. Outorga - “Já tivemos conversas boas (com área econômica), mas isso será decidido mais à frente”, disse o presidente da Anatel. A agência vem defendendo que o edital contemple, além da outorga a ser recolhida pelo Tesouro, uma previsão de obrigações de investimentos em cobertura. (Reuters)

Embraer e Boeing reforçaram os rumores sobre uma possível fusão desde o ano passado, mas nada foi confirmado

ACORDO

Conversas de Boeing e Embraer evoluem São Paulo - As conversas entre a Boeing e a Embraer para um potencial acordo estão progredindo e em um “bom momento”, afirmou a vice-presidente da fabricante norte-americana para a América Latina, Donna Hrinak, a jornalistas, após participar de um evento. A executiva ressaltou, porém, que ainda não há uma estrutura definida para a combinação de negócios, tampouco um prazo para que o acordo seja estabelecido. Hrinak lembrou que há três partes envolvidas nas negociações - as duas empresas e o governo brasileiro - e destacou que os esforços deverão atender a todos os agentes.

O Brasil tem potencial para assumir a liderança mundial na indústria de combustíveis sustentáveis para aviação, avalia Donna Hrinak. “Agora é o momento de o Brasil assumir a liderança nessa área da aviação. Com a participação do governo, academia e indústria, podemos trazer o Brasil à liderança”, avaliou a executiva, durante evento organizado por Boeing, Embraer e entidades ligadas ao setor de biocombustíveis. A fabricante norte-americana desenvolve pesquisas na área junto com a Embraer há três anos, em um centro instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). “Possuímos projetos em várias partes do mundo, Estados

Unidos, China, Japão, mas só aqui no Brasil trabalhamos com outra empresa de fabricação de aviões, desde 2015. Este é um exemplo de como duas empresas membros da indústria poderiam colaborar”, comentou Hrinak. Tecnologia agroindustrial Na visão da vice-presidente da Boeing para a América Latina, o Brasil está à frente de várias partes do mundo porque soube aproveitar bem seus recursos naturais através de uma tecnologia agroindustrial de ponta. Ela cita o fato de que, no País, o abastecimento de veículos com etanol já existe há quatro décadas, enquanto em outros países essa prática ainda “engatinha”.

E a executiva enxerga um horizonte positivo, com a nova Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e os Créditos de Descarbonização de Biocombustíveis (CBios). “Ainda tem muito a se fazer, a parceria é o que vai nos levar ao sucesso nessa área”, diz. Além da Boeing, a Embraer tem outras parcerias em pesquisas sobre biocombustíveis, com empresas como a GE e a companhia aérea KLM. A fabricante brasileira é pioneira no tema, sendo a primeira e única empresa do mundo a certificar e produzir em série um avião que utiliza combustível alternativo - o modelo agrícola Ipanema, com propulsão a álcool, que chegou ao mercado no início de 2004. (AE)

ENERGIA

Aneel aprova mais 50% em receita de hidrelétricas A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião ontem uma elevação de cerca de 50% na receita anual de um grupo de hidrelétricas antigas, cuja concessão foi renovada em 2013, a maior parte delas da estatal Eletrobras. O reajuste tem como objetivo viabilizar investimentos em melhorias nessas usinas, que precisaram aceitar uma drástica redução de receita em troca da prorrogação dos contratos, em meio a um pacote de medidas do governo da então presidente Dilma Rousseff para baixar as tarifas de energia. A Aneel vinha analisando a revisão dos valores desde o ano passado, e com o reajuste essas usinas passarão a receber uma receita de em média R$ 60,98 por megawatt-hora, contra R$ 40,58 anteriormente. O efeito tarifário da medida para os consumidores foi estimado pela Aneel em cerca de 0,8%. “Com essa receita possibilita-se, entre outros fatores, melhor adequação da receita dos concessionários às suas obrigações contratuais, bem como melhores condições para a consecução de investimentos em melhorias, cujo efeitos devem refletir aumento de qualidade no serviço prestado e na segurança do sistema”, defendeu o diretor Tiago de Barros, relator do processo sobre o tema na Aneel. A receita anual dos empreendimentos deverá passar por nova revisão em um período de cinco anos. Segundo a agência reguladora, a revisão entra em vigor em 1° de julho e valerá para 35 usinas. Apesar do reajuste, essas hidrelétricas seguem com custo de energia bem inferior ao tradicionalmente praticado por empreendimentos de geração no País - o preço médio para usinas hídricas nos leilões do governo para novos projetos é de cerca de R$ 157. Bônus de outorga - Mas o governo quer permitir à Eletrobras retirar suas usinas desse regime, com preços regulados pela Aneel, em troca de um bônus de outorga bilionário para o Tesouro. A ideia é viabilizar a medida em meio à planejada privatização da elétrica, prevista para acontecer por meio de uma emissão de novas ações que diluiria a União a uma fatia minoritária na companhia e geraria recursos para o pagamento à União. A proposta para a privatização é tema de um projeto de lei que já tramita no Congresso, cujo avanço travou nas últimas semanas em meio à resistência de políticos em votar o assunto com a proximidade das eleições. (Reuters)


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ECONOMIA COMÉRCIO

ICF recua em junho impactado pela greve Apesar de o quadro atual não ser favorável, CNC mantém estimativa de alta de 5% no varejo ampliado em 2018 Rio de Janeiro - A greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar afetaram as perspectivas do consumo das famílias e a disposição para compra de bens duráveis, apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na medição do ICF (Intenção de Consumo das Famílias) em junho, que caiu 0,5% em relação ao mês anterior, apesar de ter crescido 12,4% na comparação com junho de 2017. Para 2018, apesar do quadro atual, a CNC mantém a projeção de alta de 5% no varejo ampliado (inclui veículos automotores e material de construção) e prevê que o impacto das manifestações de maio deve ficar limitado ao terceiro bimestre e não comprometer a tendência de alta nas vendas. Segundo a CNC, a pesquisa do ICF completa este mês três anos e um mês abaixo dos 100 pontos, registrando 86,7 pontos, “mostrando a insatisfação persistente das famílias quanto às condições de consumo”, avaliou a CNC. O resultado só não foi pior por conta da percepção mais positiva quanto ao emprego atual, reflexo da melhoria do mercado de trabalho. O subíndice Mercado de Trabalho da pesquisa registrou 113,4 pontos, com aumento de 0,5% em relação ao mês passado e 5,8% na comparação anual. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual também apresentou alta. Em 2017,

ALISSON J. SILVA

o indicador era de 31,2% e este ano alcançou 33,9%. Já em relação às perspectivas do mercado de trabalho houve recuo de 0,4% contra maio, mas subiu 7,1% em relação a junho de 2017. Esta é a quinta vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, com 103,4 pontos. O subíndice Nível de Consumo Atual apresentou leve recuo de 0,1% na comparação com maio, porém aumento de 19,9% em relação a junho de 2017. Já o componente Momento para Duráveis apresentou queda de 1,1% no comparativo mensal, mas, em relação ao ano passado, a alta registrada foi de 17,5%. O estudo aponta que o índice segue abaixo da zona de indiferença, com 60,8 pontos. Cautela - “A queda desses componentes reflete a disposição das famílias em gastar um pouco menos, principalmente com produtos que venham a comprometer o orçamento com compras parceladas”, analisa o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior. A Renda Atual, outro subíndice do ICF, voltou ao patamar de neutralidade (100 pontos), mas o componente Acesso ao Crédito caiu 0,3% contra maio e teve alta de 16,6% contra junho de 2017. “Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, 42,8% das famílias entrevistadas declararam estar com o nível de consumo menor do que em 2017”, afirmou a CNC em nota. (AE)

Há mais de três anos, indicador aponta insatisfação contínua das famílias no que se refere às condições de consumo

Vendas no País avançam 3% em maio, diz Cielo

São Paulo - As vendas do varejo brasileiro aumentaram 3% em maio (descontada a inflação), na comparação com igual período do ano anterior, segundo o índice calculado pela operadora de cartões de pagamento Cielo, com base nas vendas das mais de 1,6 milhão de lojas credenciadas à companhia. Em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita

das suas vendas, o indicador registrou alta de 4,6% no comparativo anual. De acordo com a empresa, o período foi levemente prejudicado no efeito líquido entre feriados e trocas de dias da semana em relação ao mesmo período do ano passado. Ajustando a esses efeitos de calendário, o crescimento (descontada a inflação) seria de 3,1% e o nominal de 4,7%. Para o diretor de In-

teligência da Cielo, Gabriel Mariotto, o resultado mensal surpreendeu, principalmente em razão da paralisação dos caminhoneiros. No período, destaca o executivo em comunicado, foram observados dois períodos muito claros e distintos: crescimento muito forte no momento que antecedeu a crise de abastecimento e outro bem mais fraco, até com retração, no período

da paralisação. No período pré-paralisação, o ICVA deflacionado do mês foi de 4,5%. Já no período da paralisação, o ICVA foi de apenas -1,2% no mesmo conceito, impactando significativamente o resultado do mês. A paralisação teve seu período mais crítico entre os dias 23 e 29 de maio, com impacto de 2,4 pontos percentuais na receita de vendas do varejo. (AE) ALISSON J. SILVA

PIS/PASEP

Retiradas batem recorde no primeiro dia de saques dos benefícios Brasília/ São Paulo As retiradas das cotas dos Programas de Integração Salarial (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) bateram recorde no primeiro dia de saques para trabalhadores com mais de 57 anos. Segundo o Ministério do Planejamento, 144.409 cotistas sacaram R$ 196,2 milhões na segunda-feira (18). O número é o maior para um dia, desde que começou a flexibilização dos saques, em setembro do ano passado. Desse total, R$ 162,6 milhões foram sacados de 119,6 mil cotas na Caixa Econômica Federal, que administra o PIS (destinado a trabalhadores da iniciativa privada). No Banco do Brasil, responsável pelo Pasep (servidores públicos e trabalhadores de estatais), as retiradas somaram R$ 33,6 milhões em 24.809 cotas. Entre 14 e 28 de setembro, a autorização será ampliada para todas as idades, diferentemente do que ocorria até então, quando o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro de titular da conta. Pelas contas do governo, 28,7 milhões de pessoas serão beneficiadas. Em cifras, são R$ 34,3 bilhões

disponíveis para saque no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Isso porque 3,6 milhões de pessoas já resgataram R$ 5 bilhões em recursos dos dois programas. Quem tem direito - Têm direito ao saque servidores públicos e pessoas que trabalharam com carteira assinada de 1971, quando o PIS/Pasep foi criado, até 1988. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição, promulgada naquele ano, passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode acessar os sites www.caixa.gov.br/cotaspis e www.bb.com.br/pasep. Abono salarial - Trabalhadores com direito ao abono salarial, relativo ao ano-base de 2016, têm até o dia 29 de junho para sacar o recurso, que chega a um salário mínimo. Até o fim de maio, mais de dois milhões de trabalhadores não haviam sacado o valor

a que tinham direito. Caso o dinheiro não seja retirado pelos beneficiários, o valor vai para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e só será possível sacar o abono do ano seguinte. Em nota, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, diz que o FAT beneficia os trabalhadores brasileiros por meio do Seguro-Desemprego e também pelo próprio abono salarial, mas que os beneficiários não podem deixar de pesquisar se têm direito e realizar o saque. “Mesmo que o FAT seja Órgão de controle investiga se resolução da Anac trouxe benefícios ao consumidor brasileiro uma ferramenta dos trabalhadores, o recurso do BAGAGENS abono salarial ano-base 2016 está disponível neste momento e pode auxiliar na renda das famílias, dando um fôlego para quem não está com as contas em dia”, São Paulo - A auditoria cz, a indústria entregou as afirma que a intenção da auafirma Yomura. de conformidade aberta tarifas aéreas mais baixas ditoria é avaliar se a resoluO abono começou a ser pelo Tribunal de Contas da prometidas na época da ção número 400 da Agência pago em 27 de julho de 2017. União (TCU) para investi- aprovação da regra. Ele Nacional de Aviação Civil Desde então, 22,2 milhões gar os efeitos da cobrança cita as classes tarifárias (Anac), que autorizou a de trabalhadores foram pelo despacho de bagagem mais enxutas criadas pe- cobrança pelo despacho de pagos em todo o Brasil, sobre as tarifas aéreas não las companhias depois que bagagem, “trouxe algum de acordo com a última preocupa o presidente da a norma entrou em vigor. benefício ao consumidor”. atualização. Associação Brasileira das Nas categorias tarifárias O relator do processo é o Os valores sacados atin- Empresas Aéreas (Abear), mais básicas, as empresas ministro Bruno Dantas, giram R$ 16,4 bilhões. Ain- Eduardo Sanovicz. Em retiram do “preço cheio” responsável pelo setor de da há R$ 1,6 bilhão à dispo- conversa com jornalistas, da tarifa serviços como o transportes para o biênio sição dos trabalhadores. As o dirigente afirmou que despacho da bagagem e a 2017-2019. regiões Nordeste e Sudeste está “tranquilo” e disse que marcação de assento, que Ainda na avaliação do acumulam a maior quanti- foi avisado pelo órgão de passaram a ser cobrados presidente da Abear, a área dade de pessoas que ainda controle sobre o início do separadamente. técnica do TCU está “muito não buscaram os recursos. processo. Em nota divulgada na bem preparada” para averiDe acordo com Sanovi- segunda-feira (18), o TCU guar a situação. (AE) (ABr/AE)

Presidente da Abear se diz “tranquilo” com auditoria do Tribunal de Contas


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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INTERNACIONAL JOSE LUIS GONZALES/REUTERS

ESTADOS UNIDOS

Ă udio com crianças aumenta polĂŞmica de polĂ­tica de imigração Separação de famĂ­lias tem causado comoção no paĂ­s Brownsville, Texas - Uma gravação em ĂĄudio que parece captar as vozes de crianças pequenas falando em espanhol e chamando por seus pais em uma instalação de imigração nos Estados Unidos (EUA) ĂŠ o centro das atençþes no crescente tumulto causado pelas separaçþes de famĂ­lias de imigrantes, que jĂĄ causou a retirada de 2 mil crianças de seus pais. “Papai! Papai!â€?, diz uma criança na gravação, chorando. O ĂĄudio foi inicialmente divulgado pela organização sem fins lucrativos ProPublica. A advogada de direitos Humanos Jennifer Harbury disse ter recebido a fita com a gravação feita na semana passada, mas nĂŁo forneceu detalhes do local onde o ĂĄudio foi captado. A secretĂĄria de Segurança Interna dos EUA, Kirstjen Nielsen, disse que nĂŁo ouviu a gravação, mas afirmou que as crianças colocadas sob custĂłdia do governo estĂŁo sendo tratadas humanamente. Ela reiterou que o governo americano tem altos padrĂľes para os centros de detenção e as crianças sĂŁo bem cuidadas, ressaltando que o Congresso precisa preencher lacunas na lei para que as famĂ­lias possam permanecer juntas. O ĂĄudio veio Ă tona no momento em que polĂ­ticos e defensores pĂşblicos se

reĂşnem na fronteira entre Estados Unidos e MĂŠxico para visitar os centros de detenção de imigrantes e aumentar a pressĂŁo sobre o governo Trump para encerrar a polĂ­tica de separação das famĂ­lias. CrĂ­ticas - A Igreja MĂłrmon disse que estĂĄ “profundamente perturbadaâ€? pela separação de famĂ­lias na fronteira e pediu aos lĂ­deres do paĂ­s que encontrem soluçþes com compaixĂŁo. O governador do Estado de Massachusetts, o republicano Charlie Baker, reverteu sua decisĂŁo de enviar um helicĂłptero para ajudar em um destacamento na fronteira mexicana e chamou a polĂ­tica atual do governo de “cruel e desumanaâ€?. Na fronteira, 80 pessoas se declararam culpadas, na segunda-feira (18), pelas acusaçþes de imigração ilegal e perguntaram ao juiz do caso questĂľes como “O que vai acontecer com minha filha?â€? e “o que acontecerĂĄ com meu filho?â€?. Advogados presentes nas audiĂŞncias afirmaram que o grupo de imigrantes havia levado cerca de 25 meninos e meninas para os EUA. O juiz respondeu que nĂŁo sabia o que aconteceria com os filhos dos imigrantes. VĂĄrios grupos de legisladores visitaram uma instalação prĂłxima a Brownsville, no

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CNPJ - 16.636.540/0001-04 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA - CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam convocados os senhores acionistas a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, que serĂĄ realizada no dia 28 (vinte e oito) de junho de 2018, Ă s 09:00 horas, na Rodovia Papa JoĂŁo Paulo II, nÂş 4.001, PrĂŠdio Gerais, 4Âş andar, sala 7, Bairro Serra Verde, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, nesta Capital, Estado de Minas Gerais, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Aprovação do Estatuto Social nos moldes da Lei 13.303/16; Rerratificação do aporte de capital de açþes da MGS; Nomeação dos membros do Conselho de Administração e Fiscal; Fixação da remuneração dos membros do Conselho Administração e Fiscal; Aprovação de integralização do aporte de capital do Estado para Prodemge; Outros assuntos de interesse da Companhia. Belo Horizonte, 18 de junho de 2018. HelvĂŠcio Miranda MagalhĂŁes Junior – Presidente - Conselho de Administração

COMARCA DE IPATINGA – 2ÂŞ VARA CIVEL EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - PRAZO: 20 DIAS FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que por este juĂ­zo e Secretaria, tramita o processo nÂş 313.12 009959-0, Ação de EXECUĂ‡ĂƒO DE TITULO EXTRAJUDICIAL que BANCO HONDA S/A move contra AGNALDO CAMPOS LOPES, e por este meio CITA: AGNALDO CAMPOS LOPES, CPF 39.440.946-97, CI 11972894, estando atualmente em lugar incerto e nĂŁo sabido, para PAGAR(EM) a quantia de R$ 29.540.28, referente ao principal e acessĂłrios a ser acrescida de honorĂĄrios de advogado do autor e custas iniciais NO PRAZO DE 03 (TRES) DIAS, ÂżFDQGR $'9(57,'2 '( 48( 1R FDVR GH LQWHJUDO SDJDPHQWR QR SUD]R supracitado, a verba honoraria serĂĄ reduzida pela metade. 2) O executado, independentemente de penhora deposito ou caução, poderĂĄ opor-se a execução por meio de embargos, que deverĂŁo ser oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos deste documento. 3) O executado, comprovando o deposito de trinta por cento do valor acima, poderĂĄ requerer o parcelamento do restante em ate 06 (seis) vezes na forma do art. 916 do CPC. Dado e passado nesta cidade e comarca de Ipatinga, em (X 0$5,=$ '( $1'5$'( 9,/$ 5,12 (VFULYD -XGLFLDO R GLJLWHL H subscrevi. OAB 161997 MM. Juiz de Direito: JOSE CARLOS DE MATOS PARTCON ADMINISTRAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAÇÕES S/A Ata de Assembleia Geral OrdinĂĄria e Extraordinaria Partcon Administração e Participaçþes S/A CNPJ/MF : 23.145.899/0001-36 NIRE : 313.0001778-8 Data, Hora e Local: 30 de Abril de 2.018 Ă s 09:30 horas, na sede da Sociedade, localizada na Rua Santa Catarina, 1.630, sala 102 parte A, Bairro de Lourdes, Belo Horizonte, MG, CEP 30.170-088. Presença: Presente a totalidade dos acionistas, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. Convocação: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas, conforme dispĂľe o parĂĄgrafo 4° do art. 124 da Lei n° 6.404/76. Publicaçþes PrĂŠvias: (a) Aviso de Acionistas – Dispensada a publicação do Aviso aos Senhores Acionistas, conforme disposto no art. 133, § 4Âş, da Lei n° 6.404/76; (b) Edital de Convocação – Formalidade dispensada na forma do § 4Âş do art. 124, da Lei n° 6.404/76; (c) Publicaçþes do art. 133 da Lei n° 6.404/76 – realizadas no dia 28 de Março de 2.018, no “Jornal Minas Gerais na pĂĄgina 34 - caderno 2â€? e no “Jornal DiĂĄrio do ComĂŠrcio na pĂĄgina 3â€? publicaçþes devidamente registradas na Jucemg sob. nr. 6674029 em 12/04/18. . Mesa: Presidente:Tiago Nascimento de Lacerda ; SecretĂĄria: Juliana Nascimento de Lacerda. Ordem do Dia e Deliberaçþes Tomadas: Instalada a AssemblĂŠia e feitas a leitura e a discussĂŁo da Ordem do Dia, os acionistas deliberaram, por unanimidade de votos, o seguinte: Ordinariamente: Aprovação das Contas da Companhia. ApĂłs a respectiva leitura, discussĂŁo e votação, foram aprovados integralmente, sem reservas, as contas da Diretoria e as Demonstraçþes Financeiras, relativas ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, Ordinariamente: (a) Aprovação das Contas da Companhia. ApĂłs a respectiva leitura, discussĂŁo e votação, foram aprovados integralmente, sem reservas, as contas da Diretoria e as Demonstraçþes Financeiras, relativas ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, devidamente publicadas no DiĂĄrio de Minas Gerais e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio do dia 28/ 03/2018, arquivadas na Jucemg no dia 12/04/2018 sob nÂş 6674029. (b) Destinação de Lucros e PrejuĂ­zos. Foi apurado prejuĂ­zo de R$ 1.716.714,44 (um milhĂŁo setecentos e dezesseis mil setecentos e catorze reais e quarenta e quatro centavos) no exercĂ­cio findo em 31 de dezembro de 2017, sendo aprovada a sua contabilização na conta de “PrejuĂ­zos Acumuladosâ€?. (c) Eleição dos Membros da Diretoria . Foram reeleitos para compor a Diretoria, para um mandato de 03 ( trĂŞs ) anos, mandato que se estenderĂĄ atĂŠ a AssemblĂŠia Geral que aprovar as contas da Diretoria e Demonstraçþes Financeiras relativas ao exercĂ­cio social a ser encerrado em 31 de Dezembro de 2.020 , os Srs.: (i) Edmundo do Nascimento Pires, brasileiro, casado, administrador, portador da carteira de identidade M-456.115, expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o nĂşmero 222.901.41615, residente e domiciliado na Rua Rodrigues Caldas 502 apto 1.600 – Bairro Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30.190-120; (ii) Tiago Nascimento de Lacerda, brasileiro, casado, administrador de empresas, inscrito no cadastro de pessoa fĂ­sica do MinistĂŠrio da Fazenda (CPF/MF) sob o n° 040.837.316-48, portador da carteira de identidade de n° M-8.173.287, expedida pela SSP/MG, residente e domiciliado na Rua Melaleuca, 219, Serra dos ManacĂĄs, municĂ­pio de Nova Lima/MG, CEP 34.007-878. O Diretor Edmundo do Nascimento Pires, brasileiro, casado, administrador, portador da carteira de identidade M-456.115 SSPMG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 222.901.416-15, residente e domiciliado na Rua Rodrigues Caldas, 502 aptÂş 1600 – Bairro Santo Agostinho em Belo Horizonte – MG CEP. 30.190-120 neste ato ĂŠ nomeado representante da Companhia, perante todos os atos pertinentes ao Cadastro Nacional de Pessoas JurĂ­dicas (CNPJ) do MinistĂŠrio da Fazenda, inclusive podendo praticar isoladamente os atos necessĂĄrios a registro e manutenção da certificação digital da Companhia. Os Membros da Diretoria reeleitos e empossados, conforme consta do termo de posse no Livro de Atas de ReuniĂŁo de Diretoria, declararam sob as penas da lei, nĂŁo estarem incursos em quaisquer dos crimes previstos em lei ou nas restriçþes legais que possam impedi-los de exercer atividades mercantis ou a administração de sociedades mercantis, cientes de que qualquer declaração falsa importa em responsabilidade criminal. Extraordinariamente: (a) Fixação da verba destinada Ă Administração da Companhia. Para a Diretoria foi aprovada a fixação de uma verba global para o exercĂ­cio de 2.018 de atĂŠ R$ 300.000,00 ( trezentos mil reais ), cuja distribuição individual e ao longo do perĂ­odo serĂĄ definida a critĂŠrio da Diretoria. Ainda em AssemblĂŠia, os acionistas deliberaram o arquivamento desta Ata perante o Registro PĂşblico de Empresas Mercantis e que as publicaçþes legais fossem feitas e os livros societĂĄrios transcritos, para os devidos fins legais. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, lavrou-se esta ata em livro prĂłprio, a qual foi lida, aprovada por unanimidade e assinada por todos os acionistas presentes. (a/a)Tiago Nascimento de Lacerda e Quarup Participaçþes Ltda., representada por Tiago Nascimento de Lacerda e Juliana Nascimento de Lacerda. Certifico que a presente ĂŠ cĂłpia fiel da original, lavrada em livro prĂłprio. Presidente da Mesa: Tiago Nascimento de Lacerda; SecretĂĄria: Juliana Nascimento de Lacerda. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico registro sob o n° 6875481 em 30/05/2018 da Empresa Partcon Administração e Participaçþes S/A. Protocolo 18/214.101-2 - 03/05/2018 e o cĂłdigo de segurança zU1x. Esta cĂłpia foi autenticada digitalmente e assinada em 30/05/2018 por Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria Geral.

Texas, que abriga centenas de menores imigrantes. Instalaçþes - O deputado democrata Ben Ray Lujan, do Novo MĂŠxico, disse que o local era um antigo hospital convertido em alojamento para crianças, com quartos divididos por faixa etĂĄria. Havia um pequeno quarto para os mais novos, com duas cadeiras altas, onde dois bebĂŞs estavam sentados, usando roupas iguais. Outro grupo de legisladores visitou, no domingo (17), um antigo depĂłsito em McAllen, tambĂŠm no Texas, onde centenas de crianças sĂŁo mantidas em jaulas de metal. Uma das celas no local tinha 20 menores. Mais de 1,1 mil pessoas estavam dentro da instalação, ampla e escura, dividida em alas para crianças desacompanhadas, adultos sozinhos e pais e mĂŁes com filhos. No Vale do Rio Grande, o corredor mais movimentado para os que tentam atravessar a fronteira ilegalmente, funcionĂĄrios da Patrulha dizem que devem reprimir os imigrantes e separar os adultos das crianças para desencorajar que outras pessoas tentem entrar no paĂ­s sem permissĂŁo. A lĂ­der democrata Nancy Pelosi, em entrevista apĂłs visita a uma instalação em San Diego, com outros deputados, disse que a separação de famĂ­lias ĂŠ “uma questĂŁo bĂĄrbara, que pode ser mudada em um instante pelo presidente dos EUA, ao rescindir sua açãoâ€?. “Isso

Na fronteira, 80 pessoas jå se declararam culpadas, na segunda-feira, por imigração ilegal

desafia tanto a consciência de nosso país que deve ser mudado e deve ser mudado imediatamente�, disse a deputada. San Diego Ê conectada ao aeroporto de Tijuana, no MÊxico, por uma ponte. O senador republicano Ted Cruz, do Texas, anunciou, na segunda-feira (18),

que estava instaurando uma legislação de emergĂŞncia para manter as famĂ­lias de imigrantes juntas. “Todos os americanos estĂŁo horrorizados, com razĂŁo, diante das imagens que estamos vendo no noticiĂĄrio, de crianças chorando sendo afastadas de suas mĂŁes e paisâ€?, disse Cruz. “Isso deve pararâ€?.

O presidente Donald Trump defendeu a polĂ­tica de seu governo enfaticamente na segunda-feira, culpando o Partido Democrata pelas separaçþes. “Os EUA nĂŁo serĂŁo um campo de migrantes e nem um campo de refugiadosâ€?, declarou. “NĂŁo sob minha supervisĂŁoâ€?, completou. (AE)

ZONA DO EURO

Merkel e Macron entram em acordo por orçamento para investimentos no bloco Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, concordaram ontem em criar um orçamento da zona do euro voltado para estímulo a investimentos no bloco e na promoção de convergência econômica entre seus 19 países. Os líderes se encontraram em preparação para uma cúpula de líderes da União Europeia nos dias 28 e 29 de junho, com Macron interessado em introduzir uma ampla gama de reformas para fortalecer a zona do euro e insular a moeda única de futuras crises, enquanto Merkel tem sido mais cautelosa. Merkel disse que a refor-

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H GH %ULWR (VFULYmR -XGLFLDO Edital de Convocação - A Diretoria Executiva, atravĂŠs de sua maioria, no uso de suas atribuiçþes estatutĂĄrias, e em conformidade com os artigos9°, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 21, 24, 25, 26 (incisos IV, V, VI e VIII), 40 e 41, convoca todos os associados do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço PĂşblico Municipal da RegiĂŁo Norte Metropolitana da Grande Belo Horizonte – SINORTE, CNPJ N° 25.577.719/0001-10, para participarem da Assembleia Sindical EstatutĂĄria ExtraordinĂĄria (artigo 12, § 1° e artigo 13, § 2°), a ser realizada na sede do SINORTE, localizada na Rua Manuel da Costa Viana, n° 80 – B, Centro, Lagoa Santa - MG, no dia 26 (vinte e seis) de junho de 2018 (dois mil e dezoito), Ă s 09 (nove) horas em primeira convocação, com a presença de no mĂ­nimo 50% (cinqĂźenta por cento) dos associados quites com suas obrigaçþes sindicais, e Ă s 09 (nove) horas e 30 (trinta) minutos, em segunda e Ăşltima convocação, com a presença de qualquer nĂşmero de associados, para deliberar sobre a seguinte pauta: a) aprovar ou nĂŁo a declaração de perda do mandato da Presidente Palmira LĂşcia de Souza Marçal, conforme a indicação aprovada em reuniĂŁo da Diretoria Executiva realizada no dia 14/06/2018, devido ao descumprimento do Estatuto e por violação grave ao artigo 9°, incisos II e VI; ao artigo 10, incisos I, III e IV;ao artigo 14, inciso V e § Ăşnico; aos artigos 17 e 21; ao artigo 26, incisos IV e V, e ao artigo 41, incisos I, II, III, IV e VI;b) aprovar ou nĂŁo a expulsĂŁo do quadro de associados dos filiados DĂĄrio de Medeiros e Palmira LĂşcia de Souza Marçal, e c) deliberaçþes conseqĂźentes. Nos termos legais e do Estatuto, os senhores DĂĄrio de Medeiros e Palmira LĂşcia de Souza Marçal, possuem o direito Ă ampla defesa escrita e oral, e estĂŁo convocados a comparecer e participar desta Assembleia, exercendo sua defesa pessoalmente, e ou, atravĂŠs de representante/procurador, podendo ainda oferecer defesa escrita a ser entregue ao Diretor SecretĂĄrio, atĂŠ Ă s nove horas do dia 26/06/2018. Em virtude da coincidĂŞncia de horĂĄrio com o jogo da Seleção Brasileira e considerando os pedidos e solicitaçþes dos associados fica cancelada a Assembleia Sindical EstatutĂĄria ExtraordinĂĄria anteriormente convocada para o dia 22/06/2018, e cujo Edital de Convocação foi publicado no Jornal DiĂĄrio do ComĂŠrcio, Edição de 15/06/2018. Lagoa Santa, 18 de junho de 2018. JosĂŠ Geraldo de Melo – Diretor Tesoureiro; Amarildo Gonçalves de Oliveira – Diretor de Cultura; Ă‚ngela Maria Almeida Santos – Diretora de Imprensa, e Paulo AraĂşjo Rocha – Diretor SecretĂĄrio.

ma da zona do euro era o assunto mais difĂ­cil durante as conversas deles no retiro de Meseberg, nas cercanias de Berlim, onde eles tambĂŠm abordaram polĂ­ticas migratĂłria, externa e de defesa. “Estamos abrindo um novo capĂ­tuloâ€?, disse Merkel, apĂłs as conversas. “Estamos trabalhando para garantir que o orçamento da zona do euro vai ser usado para fortalecer investimentos, e tambĂŠm com o objetivo de fortalecer a convergĂŞncia dentro da zona do euroâ€?, ela acrescentou. “Porque nĂłs sabemos que uma uniĂŁo econĂ´mica e monetĂĄria sĂł pode permanecer intacta se as polĂ­ticas econĂ´micas convergiremâ€?. Enquanto a economia

– EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO – SINDUSCON-MG - SINDICATO DA INDĂšSTRIA DA CONSTRUĂ‡ĂƒO CIVIL NO ESTADO DE MINAS GERAIS 3HOR SUHVHQWH (GLWDO ÂżFDP FRQYRFDGRV RV DVVRFLDGRV GR 6LQGXVFRQ 0* D VH ID]HUHP SUHVHQWHV j $VVHPEOpLD *HUDO 2UGLQiULD D VHU UHDOL]DGD QR GLD YLQWH H FLQFR GH MXQKR GH Â? IHLUD jV K HP VHX DXGLWyULR j 5XD 0DUtOLD GH 'LUFHX Âą ž DQGDU %DLUUR GH /RXU GHV %HOR +RUL]RQWH 0* HP SULPHLUD FRQYRFDomR FRP PDLRULD OHJDO RX HP VHJXQGD FRQYRFDomR FRP TXDOTXHU Q~PHUR GH DVVRFLDGRV QR PHVPR GLD H ORFDO jV K P SDUD GHOLEHUDUHP D UHVSHLWR GD VHJXLQWH RUGHP GR GLD ([DPH GLVFXVVmR H DSURYDomR GR %DODQoR 3DWULPRQLDO GR H[HUFtFLR GH H UHVSHFWLYR SDUHFHU GR &RQVHOKR )LV FDO 5HVVDOWD VH D LPSRUWkQFLD GD SUHVHQoD GH GLUHWRUHV GDV HPSUHVDV DVVRFLDGDV RX GH UHSUHVHQWDQWHV GHYLGDPHQWH FUHGHQFLDGRV %HOR +RUL]RQWH GH MXQKR GH $QGUH GH 6RXVD /LPD &DPSRV Âą 3UHVLGHQWH

europeia acelerou e nĂŁo hĂĄ nenhum sinal imediato de estresse financeiro, muitos analistas defendem que reformas sĂŁo necessĂĄrias para proteger a moeda Ăşnica. Merkel, sob pressĂŁo interna onde seus conservadores se dividem sobre como reduzir a chegada de migrantes, disse que ela estava otimista que seu governo e o parlamento dariam apoio Ă s reformas da zona do euro. “Temos um rascunho para a nova zona do euro e isso ĂŠ realmente uma coisa boa, eu diriaâ€?, afirmou ela. Macron disse que o novo orçamento conjunto da zona do euro combinado entre eles seria operacional em 2021. Detalhes do orçamento, incluindo o valor e se ele seria financiado por fontes nacionais ou um imposto em todo o bloco, seriam discutidos entre ministros antes do fim do ano, disse ele. (Reuters) Alexsandro Alves Bandeira, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado ABX IndĂşstria de Embalagens Ltda., fabricação de embalagens de material plĂĄstico, localizado Ă Avenida HerĂĄclito MourĂŁo de Miranda, 1599, bairro Serrano, Belo Horizonte, CEP: 30.882-640, torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença de Operação Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

JARAGUA INDUSTRIA E COMERCIO DE RAÇÔES PARA ANIMAIS EIRELI, por determinação da secretaria municipal de meio ambiente torna pĂşblico que solicitou atravĂŠs do processo NÂş 1375/01-18, licença ambiental sumĂĄria para atividade de “Fabricação de alimentos para animais; moagem e fabricação de produtos de origem vegetal nĂŁo HVSHFLÂżFDGRV DQWHULRUPHQWH FRPHUFLR DWDFDGLVWD GH PDWHULD SULPD DJUtFROD FRP atividade de fracionamento e acondicionamento associda; comercio atacadista de alimentos para animais; comercio atacadista de materia prima agricola nĂŁo HVSHFLÂżFDGDV DQWHULRUPHQWH FRPHUFLR YDUHMLVWD GH DQLPDLV YLYRV H GH UWLJRV H DOLPHQWRV SDUD DQLPDLV GH HVWLPDomR FRPHUFLR YDUHMLVWD GH RXWURV SURGXWRV QmR HVSFLÂżFDGRV DQWHULRUPHQWH HQYDVDPHQWR H HPSDFRWDPHQWR VRE FRQWUDWR ´ $Y 3URIHVVRU 5XEHQV &RVWD 5RPQHOOL Qž %DLUUR .HQQHG\ &RQWDJHP 0* &(3 (',7$/ '( /(,/­2 35$d$ ,17,0$d­2 Âą 2 -XL] GH 'LUHLWR HP VXEVWLWXLomR QD 7HUFHLUD 9DUD &tYHO GHVWD &RPDUFD GH 0RQWHV &ODURV (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV 'U )DXVWR *HUDOGR )HUUHLUD )LOKR QD IRUPD GD OHL HWF )$= 6$%(5 D TXDQWRV R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH QR GLD '( -8/+2 '( jV KRUDV QR iWULR GR (GLItFLR GR )yUXP *RQoDOYHV &KDYHV VLWR QD UXD 5DLPXQGR 3HQDOYD Q~PHUR 9LOD *XLOKHUPLQD QHVWD FLGDGH GH 0RQWHV &ODURV 0* R 2ILFLDO 3RUWHLUR GRV DXGLWyULRV OHYDUi D S~EOLFR SUHJmR GH YHQGD H DUUHPDWDomR SDUD VHU YHQGLGR SRU SUHoR VXSHULRU j DYDOLDomR GH 5 VHWHQWD PLO UHDLV R VHJXLQWH EHP SHQKRUDGR DR H[HFXWDGR :$ $7$&$',67$ '( &(5($,6 ( ',675,%8,'25$ /7'$ DXWRV GD DomR (;(&8d­2 Q~PHUR UHTXHULGD SRU 6$17+(5 )Ăˆ%5,&$ '( 3$3(/ 6$17$ 7+(5(=,1+$ 6 $ SRU PHLR GR VHX SURFXUDGRU R 'U 3DXOR *XLOKHUPH 0HQGRQoD /RSHV DGYRJDGR LQVFULWR QD 2$% 63 VRE R Qž TXH VH HQFRQWUD HP WUDPLWDomR SRU HVWH -Xt]R H 6HFUHWDULD GD 7HUFHLUD 9DUD &tYHO GHVWD &RPDUFD GH 0RQWHV &ODURV 0* D VDEHU 80$ 0Ăˆ48,1$ 3$5$ &26785$ ( (03$&27$0(172 '( &(5($,6 ',9(5626 &21-8172 &203/(72 ( '8$6 (67(,5$6 0$5&$ 0$7,6$ 1ž 6e5,( 2 EHP HQFRQWUD VH FRQVHUYDGR QmR HVWi HP XVR H IRL DYDOLDGR HP 5 VHWHQWD PLO UHDLV (P QmR KDYHQGR DUUHPDWDQWH ILFD GHVLJQDGR R ',$ '( $*2672 '( QR PHVPR KRUiULR H ORFDO SDUD UHDOL]DomR GD VHJXQGD SUDoD OHLOmR 1mR FRQVWD GRV DXWRV D H[LVWrQFLD GH {QXV VREUH R EHP SHQKRUDGR 3DUD FRQKHFLPHQWRV GH WRGRV RV LQWHUHVVDGRV H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi DIL[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL &RP R SUHVHQWH ILFD R H[HFXWDGR FDVR QmR VHMD SRVVtYHO D VXD LQWLPDomR SHVVRDO LQWLPDGR V GD GHVLJQDomR GDV KDVWDV S~EOLFDV HP HStJUDIH 'DGR H SDVVDGR QHVWD FLGDGH GH 0RQWHV &ODURV 0* DRV GLDV GR PrV GH MXQKR GH

PARTCON ADMINISTRAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAÇÕES S/A ATA DE REUNIĂƒO DE DIRETORIA E TERMO DE POSSE DA DIRETORIA ELEITA PELA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA DE 30 DE ABRIL DE 2.018 DA PARTCON ADMINISTRAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ/MF : 23.145.899/0001-36 NIRE : 313.0001778-8 Aos 30 de Abril de 2018, Ă s 10:00 horas reuniram-se a totalidade dos Membros da Diretoria da PARTCON ADMINISTRAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAÇÕES S/A, na sede da Companhia na Rua Santa Catarina, 1.630, sala 102 parte A, Bairro de Lourdes, Belo Horizonte, MG, CEP 30.170-088, a fim de, nos termos do artigo 149 da Lei 6.404/76, tomar posse nos cargos em que foram eleitos. Destarte, neste ato, os Diretores Srs. (i) Edmundo do Nascimento Pires, brasileiro, casado, administrador, portador da carteira de identidade M-456.115 SSPMG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 222.901.416-15, residente e domiciliado na Rua Rodrigues Caldas, 502 aptÂş 1600 – Bairro Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP. 30.190-120 e (ii) Tiago Nascimento de Lacerda, brasileiro, casado, administrador de empresas, inscrito no cadastro de pessoa fĂ­sica do MinistĂŠrio da Fazenda (CPF/MF) sob o n° 040.837.316-48, portador da carteira de identidade de n° M-8.173.287, expedida pela SSP/MG, residente e domiciliado na Rua Melaleuca, 219, Serra dos ManacĂĄs, municĂ­pio de Nova Lima/ MG, CEP 34.007-878, eleitos pela AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria da companhia realizada em 30 de Abril de 2018, tomam posse efetivamente nos cargos de Diretores, sem designação especĂ­fica, para o mandato de 03 (trĂŞs) anos, sendo investidos nos poderes necessĂĄrios para o exercĂ­cio das atividades e funçþes pertinentes aos respectivos cargos. O Diretor Edmundo do Nascimento Pires, brasileiro, casado, administrador, portador da carteira de identidade M-456.115 SSPMG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 222.901.416-15, residente e domiciliado na Rua Rodrigues Caldas, 502 aptÂş 1600 – Bairro Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG CEP. 30.190-120 foi nomeado representante da Sociedade, perante todos os atos pertinentes ao Cadastro Nacional de Pessoas JurĂ­dicas (CNPJ) do MinistĂŠrio da Fazenda, inclusive podendo praticar isoladamente todos os atos necessĂĄrios ao registro e manutenção da certificação digital da companhia. Os Membros da Diretoria ora empossados, declararam sob as penas da lei que nĂŁo estĂŁo impedidos de exercer o comĂŠrcio ou a administração de sociedades mercantis em virtude de condenação criminal, nĂŁo estando incursos em quaisquer dos crimes previstos em lei ou nas restriçþes legais que possam impedi-los de exercer atividades mercantis em conformidade com o disposto no inciso II do art. 37 da Lei nÂş 8.934 de 14 de Fevereiro de 2001, cientes de que qualquer declaração falsa importa em responsabilidade criminal. Membros da Diretoria Empossados Tiago Nascimento de Lacerda Edmundo do Nascimento Pires. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico registro sob o n° 6889318 em 12/06/2018 da Empresa Partcon Administração e Participaçþes S/A. Protocolo 18/214.069-5 - 03/05/2018 e o cĂłdigo de segurança c2IX. Esta cĂłpia foi autenticada digitalmente e assinada em 13/06/2018 por Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria Geral.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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POLÍTICA OPERAÇÃO LAVA JATO

STF vai julgar novo recurso de Lula Pedido para suspender a condenação do ex-presidente entra na pauta do dia 26 Brasília - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, na próxima terça-feira (26), um pedido para suspender a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O colegiado vai se reunir pela manhã e à tarde. A liberação do recurso para julgamento foi do ministro-relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, que também sugeriu a data, que foi confirmada na pauta de julgamentos da Corte na tarde de ontem . Se a condenação for suspensa, como pedem os advogados de defesa, o ex-presidente poderá deixar a prisão imediatamente e também se candidatar às eleições. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça. Na petição enviada ao Supremo, a defesa do ex-presidente alega que há urgência na suspensão da condenação, porque Lula é pré-candidato à Presidência e tem seus direitos políticos cerceados diante da execução da condenação, que não é definitiva. “Além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sério risco de ter, da mesma forma, seus direitos políticos cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível”, argumentou a defesa. Esse mesmo pedido da defesa já havia sido negado, na semana passada, pelo ministro Felix Fischer, que é relator da Lava Jato no

Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao decidir o caso, Fischer entendeu que o recurso protocolado não tem o poder de suspender a sentença condenatória contra o ex-presidente. A defesa de Lula reitera ainda argumentos apresentados no recurso interposto no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de que teria havido irregularidades no processo que resultou na condenação do ex-presidente, como a incompetência do juiz Sergio Moro para analisar o caso e falta de imparcialidade no julgamento. Além de Fachin, fazem parte da Segunda Turma do STF os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewadowski, Dias Toffoli e Celso de Mello. Com exceção do próprio Fachin, todos os ministros da Segunda Turma votaram contra a execução de prisão em segunda instância, em abril, no julgamento de um habeas corpus preventivo pedido pelo ex-presidente. O resultado desse julgamento abriu caminho para a decretação da prisão de Lula. “Injustiça” - O ex-ministro Sepúlveda Pertence, advogado de Lula, disse que o petista está sofrendo uma “injustiça”, após audiência com Fachin no STF na segunda-feira retrasada. Sepúlveda criticou o fato de o TRF-4 ter levado um tempo similar (cerca de 42 dias) para analisar a condenação imposta pelo juiz federal Sérgio Moro e enviar a notificação do Ministério Público Federal para se manifestar sobre a admissão de recursos da defesa aos tribunais superiores. “O tribunal levou 40 dias, ao contrário da rapidez com que julgou, para intimar o Ministério Público pra responder (aos recursos). A velocidade varia conforme o ato”, disse Sepúlveda na ocasião. (ABr/AE)

VALTER CAMPANATO ABr

A Segunda Turma do Supremo vai analisar pedido para Lula deixar prisão de Curitiba

Pena do irmão de Dirceu é mantida São Paulo - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento - julgou inviável - ao Habeas Corpus (HC) 155378, no qual a defesa de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), buscava reverter a execução provisória da pena a que foi condenado por associação criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas no site do Supremo. Luiz Eduardo foi condenado a oito anos e nove meses de reclusão pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, por suposta participação na organização que se infiltrou na Petrobras e por recebimento de recursos irregulares da Engevix Engenharia. O irmão de José Dirceu já está preso desde fevereiro. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, em julgamento de recurso do Ministério Público Federal, aumentou a pena para dez anos e seis meses de prisão e determinou o início do seu cumprimento. Em seguida, o Superior Tribunal de Justiça rejeitou habeas corpus lá impetrado pela defesa. No HC 155378, a alegação da defesa de Luiz Eduardo é que a execução da pena foi determinada antes do esgota-

MENSALÃO MINEIRO

de Atendimento ao Preso da Seap”, anotou. De acordo com o magistrado, “a situação inusitada permite sugerir uma gama de oportunidades ao sentenciado, que por seu turno, não pode, ao contrário dos demais presos do Estado de Minas Gerais, ficar tolhido de oportunidade ao trabalho, estudo, e até das remições por leitura”. “O trabalho será por certo oferecido pelo Comandante, caso existente, em condições condizentes com a capacidade intelectual e física do sentenciado”, observou. A remição de pena, ou seja, o direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua sentença penal, pode ocorrer mediante trabalho, estudo e, de forma mais recente, pela leitura, conforme disciplinado pela Recomendação nº 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo a norma, o preso deve ter o prazo de 22 a 30 dias para a leitura de uma obra, apresentando ao final do período uma resenha a respeito do assunto, que deverá ser avaliada pela comissão organizadora do projeto.

Brasília - A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e arquivou o inquérito que investiga suposto crime de falsidade ideológica eleitoral envolvendo o deputado federal José Francisco Paes Landim (PTB-PI). O inquérito foi instaurado a partir das declarações dos colaboradores da Odebrecht José Carvalho Filho e Cláudio Melo Filho. De acordo com as informações prestadas, o deputado procurou os colaboradores em 2010 e 2014 pedindo que realizassem doações para sua campanha eleitoral. Melo Filho declarou que o congressista teria recebido R$ 1 milhão em 2010 de forma não contabilizada, por meio do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira Segundo ele, o objetivo era “gerar crédito para eventual necessidade futura”, tendo em vista que o parlamentar tinha “longa relação com a empresa estando já no seu oitavo mandato como deputado federal”. Em 2014, Landim teria recebido R$ 80 mil, em duas parcelas, por meio de doação eleitoral oficial, sendo uma entregue ao Diretório Estadual do PTB e outra diretamente ao deputado. De acordo com a procuradora-geral, após as diligências realizadas não restaram elementos que pudessem configurar crime de falsidade ideológica eleitoral. “Como destacou a autoridade policial, as doações oriundas do Grupo Odebrecht à campanha do deputado federal Paes Landim, no pleito de 2014, foram oficialmente registradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Não há, por ora, base fática, para continuidade das investigações”, concluiu.. (AE)

COMBUSTÍVEIS

Azeredo pede à Justiça para fazer curso a distância e trabalho interno São Paulo - Preso no quartel dos bombeiros de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para cumprir pena no mensalão mineiro, o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) pediu à Justiça o direito de reduzir os 20 anos e um mês que tem pela frente na cadeia por meio de cursos a distância, leitura e trabalho interno. Desde 23 de maio, o tucano ocupa Sala Especial na unidade militar, autorizado a não usar roupas de presidiário e sem a necessidade do uso de algemas. Diante do pedido da defesa, o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte, afirmou que “as reclamações devem ser examinadas pela administração prisional do Estado de Minas Gerais, bem como o comandante do Batalhão Militar onde está cumprindo a pena”. “Afinal, questões relativas ao trabalho interno são autorizadas pelo comandante do Batalhão, mediante os critérios de conveniência e oportunidade, enquanto que os demais assuntos são deliberados pela Sub Secretaria

mento de recursos no STJ (especial) e STF (extraordinário), “sem a observância de requisitos de cautelaridade ou de fundamentação concreta, o que também colidiria com o reconhecimento do direito de apelar em liberdade”. Fachin destacou que o Supremo reconheceu, em vários julgados recentes, que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5 º, inciso LVII, da Constituição. O ministro citou a apreciação das medidas cautelares nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44 e o julgamento, com repercussão geral, do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 964246. Ainda segundo o relator, no julgamento do HC 152752 - impetrado pela defesa do ex-presidente Lula -, realizado em abril deste ano, o Plenário assentou a ausência de constrangimento ilegal em hipóteses como a dos autos, em que o ato impugnado é compatível com a jurisprudência prevalecente no STF. A reportagem está tentando contato com a defesa de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. (AE)

Inquérito de Landim é arquivado

O juiz determinou que, quanto às resenhas, a “Seap poderá diligenciar junto a PIEP, a fim de oferecer ao Sentenciado participação nos ciclos regulares de leitura daquela unidade, ficando dispensado de portaria específica, dada a excepcional situação de cumprimento de pena no Batalhão Militar”. “Por outro lado, quanto a cursos a distância a mesma Sub Secretaria poderá apresentar as propostas, celebrando convênios para conferência e aplicação de provas, conforme outros estabelecimentos prisionais do Estado”, anotou. O mensalão mineiro, conforme denúncia do Ministério Público em 2007, consistiu em desvio de recursos de estatais mineiras, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o, hoje extinto, Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), para a campanha de Azeredo pela reeleição em 1998, quando foi derrotado pelo ex-presidente Itamar Franco, à época no PMDB. Os desvios em benefício do tucano chegaram a R$ 3 milhões, segundo a acusação. (AE)

Senado aprova projeto que autoriza a venda direta de etanol para postos Brasília - O plenário do Senado aprovou ontem o projeto de decreto legislativo que autoriza a venda direta de etanol hidratado de usinas para os postos. Apesar da tentativa de alguns líderes de adiar a votação, os senadores aprovaram a matéria por 47 votos a 2. O texto segue agora para a análise da Câmara dos Deputados. O projeto foi apresentado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) após a paralisação dos caminhoneiros contra a alta no preço dos combustíveis. Na semana passada, um requerimento de urgência foi assinado pela maioria dos líderes da Casa, o que fez com que a matéria fosse levada diretamente ao plenário. Ontem, no entanto, o líder do DEM na Casa, senador Ronaldo Caiado (GO), chegou a sugerir que fosse retirada a urgência do projeto para que se realizasse uma audiência pública para discutir melhor o tema. O adiamento tinha apoio da líder do MDB, senadora Simone Tebet (MT).

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), no entanto, manteve a matéria na pauta. Atualmente, os produtores não estão autorizados a vender o combustível diretamente aos postos por restrições da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Durante a greve dos caminhoneiros, a agência chegou a autorizar emergencialmente a venda direta das usinas para os postos, mas a medida foi revogada quando a situação se normalizou. O projeto aprovado derruba artigo da Resolução 43/2009, da ANP, que só permite ao fornecedor comercializar o etanol com outro fornecedor cadastrado na agência, com um distribuidor autorizado ou com o mercado externo. A proposta dividiu o setor de etanol. A União Nacional da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) se posicionou contra a liberação de comércio direto entre produtores e postos de combustíveis. Já a Federação dos Plantadores de

Cana do Brasil (Feplana), que reúne os agricultores e tem forte influência no Nordeste, se manifestou favorável ao projeto. Os que são contra a proposta alegam que a venda direta criaria dificuldades para a tributação e a fiscalização do produto. Otto Alencar, por sua vez, afirma que a medida irá beneficiar o livre comércio, pois o produtor não precisará de uma distribuidora para vender o etanol, o que, na sua opinião, vai baratear o preço para o consumidor. “Nós queremos mexer em um oligopólio grande, que ganha dinheiro fácil”, afirmou. Apesar de ter articulado a adiamento da votação, Simone Tebet afirmou que é favorável à venda direta, mas com regras claras que garantam segurança jurídica para todos os atores envolvidos na cadeia produtiva. “Apenas a simples sustação da resolução não torna viável a proposta, muito menos a redução de preço na bomba ao consumidor”, disse. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

CONGRESSO DE MUNICÍPIOS

AMM discute o pacto federativo Pré-candidatos à Presidência da República expõem suas propostas de governo MARA BIANCHETTI

A reformulação do pacto federativo e as principais mudanças a partir de uma reforma tributária foram os assuntos centrais do painel realizado com pré-candidatos à Presidência da República durante o 35º Congresso Mineiro de Municípios, promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM). Estiveram presentes e discursaram para prefeitos e vereadores seis presidenciáveis: Alvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello (PSC), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB). Para o presidente AMM e prefeito de Moema, no Centro-Oeste do Estado, Julvan Lacerda, esta foi uma oportunidade para os gestores mineiros conhecerem os possíveis candidatos, bem como suas propostas. “É hora de conhecermos seus traquejos enquanto futuros presidentes do Brasil e apresentar as demandas dos nossos municípios”, ressaltou. O primeiro a subir ao palco foi o senador pelo Paraná, Alvaro Dias (Podemos), que incentivou os prefeitos a cobrarem de cada candidato propostas municipalistas capazes de devolver às cidades a capacidade de suprir as necessidades da população. Ele destacou que o atual modelo federativo tornou os municípios sócios dos prejuízos do País sem ao menos consultá-los. “Isso precisa ser revisto. Grande parte da arrecadação hoje fica com a União e não é partilhada com os estados e municípios”, ressaltou. Dias afirmou ainda que renúncias e desonerações fiscais afrontam a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Renúncia desonera, e isso significa R$ 280 bilhões ao ano. Nós não sabemos quem será o próximo presidente, mas sabemos que ele terá que enfrentar um contrato de desonerações de R$ 360 bilhões. E os municípios não foram consultados”, completou. O senador disse, por fim, que, se eleito, vai aumentar o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 1 ponto percentual. “Somente assim será possível atender as cidades do interior do País”, argumentou. Vaias - Ciro Gomes (PDT) pautou seu discurso pelos problemas causados pela mais recente crise brasileira à indústria nacional. No entanto, o pré-candidato à Presidência da República saiu vaiado do 35º Congresso da AMM após bater boca com a plateia. O político não concordou com o formato das palestras, abandonou o palco e saiu vaiado. Antes, porém, defendeu que o Brasil não pode continuar estagnado e que pretende resolver as graves questões que assolam a economia do País. “Nossa indústria, que já respondeu por um terço da riqueza produzida internamente, hoje beira os 11%. Sem uma reindustrialização não haverá crescimento”, defendeu. Interrompido por ter extrapolado o tempo destinado às respostas das perguntas, Ciro Gomes reclamou que não veio até Belo Horizonte para falar poucos minutos e de forma fragmentada. “Escuta, senão eu me retiro. Eu não sou demagogo, eu quero governar o Brasil para restaurar a autoridade dessa baderna que está acontecendo no nosso País. Vou consertar o Brasil restaurando a autoridade”, afirmou. Já o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Paulo Rabello (PSC) voltou a

Ciro Gomes colocou como prioridade a reindustrialização para reverter a grave crise econômica do País

A ex-senadora Marina Silva defendeu o fim da reeleição, com mandatos de cinco anos a partir de 2022

Alckmin promete descentralizar recursos O pré-candidato do PSDB à Presidência da República e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prometeu descentralizar os recursos da União e uma agenda de competitividade para sustentar a recuperação do Brasil. Em seu discurso, o candidato garantiu que, se for eleito, priorizará as reformas tributária, política, da previdência e do Estado. “Precisamos das reformas para simplificar os sistemas e diminuir nossos custos”, resumiu. A ex-senadora Marina Silva (Rede), por sua vez, subiu ao palco destacando a crise brasileira e a intitulando como econômica, social e moral. Ela falou também sobre os altos níveis de desempregos do País e o “crescimento dizer que fará uma revisão constitucional juntamente com as reformas das quais necessitam o País. Segundo ele, o modelo de 1988 ainda deixa os municípios em posição de “colônia”. “Queremos inaugurar em janeiro de 2020 um novo capítulo na história do municipalismo brasileiro”, revelou. Rabello disse ainda ser possível

pífio da economia”. Além dos temas propostos pela organização do evento, a pré-candidata defendeu ainda o fim da reeleição e mandatos de cinco anos a partir de 2022. Argumentou também que terá quatro anos para adotar mudanças e que pretende governar com os melhores integrantes da sociedade, dos partidos e do Congresso. Sobre a centralização de recursos, Marina disse que somente será resolvido quando não só os encargos forem divididos. “Vamos reformular o pacto federativo para solucionar esta equação, melhorando a governança, e a gestão e a distribuição entre estados, União e municípios”, detalhou. elevar a participação da arrecadação dos municípios até 2022. Para isso, conforme o candidato, será necessário criar uma nova estrutura fiscal, que garanta um bom uso dos recursos públicos. O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) representou o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula

Por fim, Henrique Meirelles (MDB) enfatizou sua atuação enquanto ministro da Fazenda e defendeu que quer ser presidente do Brasil para evitar novas crises. Ele classificou a reforma tributária como sua primeira ação, caso seja escolhido pela população brasileira em outubro próximo, e sinalizou que pretende redistribuir os impostos do Brasil para que o País se recupere das turbulências econômicas vividas nos últimos anos. “A primeira coisa é garantir que o Brasil continue crescendo. Depois, os governos federal e estadual terão que cumprir com suas obrigações. A partir daí, a União vai fazer as reformas fundamentais, visando diminuir as despesas”, disse. (MB) da Silva. Na ocasião, Lopes entregou uma carta escrita por Lula ao presidente da AMM. O deputado aproveitou para defender alguns pontos em relação ao futuro do Brasil. Segundo ele, para retomar o desenvolvimento do País é preciso refazer o Pacto Federativo, revogar a PEC do teto dos gastos, entre outras medidas.

LDO DE 2019

Comissão mista aprova relatório preliminar Brasília - A Comissão Mista de Orçamento aprovou ontem, após acordo entre os parlamentares, o relatório preliminar do senador Dalirio Beber (PSDB-SC), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019. Com a aprovação do relatório, começa a contar o prazo para apresentação de emendas à LDO. Deputados e senadores têm até o dia 26 de junho para apresentar emendas à proposta. Pelo cronograma de tramitação do projeto, atualizado ontem, a votação do relatório final deve ocorrer no dia 10 de julho na comissão. As emendas podem ser apresentadas individualmente por deputados e senadores e também por comissões da Câmara e do Senado; além das coletivas, apresentadas pelas bancadas estaduais. Essas emendas se referem ao texto do projeto de lei, que tem caráter normativo, e ao Anexo de Metas e Prioridades. O texto da LDO precisa ser votado pelos parlamentares até o dia 17 de julho em sessão do plenário do Congresso Nacional. Caso não seja votado até essa data, pode inviabilizar o recesso parlamentar, que vai de 17 de julho a 1º de agosto. A data de recesso está prevista na Constituição, que determina ainda que o Congresso Nacional não pode parar enquanto não aprovar a nova LDO. Prioridades - O anexo da proposta da LDO foi elaborado pelo governo e apresenta as 23 ações prioritárias para o próximo ano em áreas como defesa, agropecuária, ciência e tecnologia e educação. Com as emendas, esse número pode subir. O projeto prevê uma meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo federal. Para 2020 e 2021, o déficit previsto é de R$ 110 bilhões e R$ 70 bilhões. De acordo com a proposta, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 é estimado em 3%, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficaria em 4,25%, enquanto a taxa básica de juros (Selic) e o dólar devem encerrar o ano em 8% e R$ 3,50, respectivamente. A proposta prevê que o governo gastará R$ 635,4 bilhões no próximo ano para pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), um valor que é R$ 43,1 bilhões (7,27%) maior que o previsto para 2018. O pagamento de salários do funcionalismo e encargos sociais soma mais R$ 321,983 bilhões. Outras despesas obrigatórias estão estimadas em R$ 360,122 bilhões, segundo a LDO de 2019. Com isso, sobrariam cerca de R$ 99 bilhões de recursos discricionários, que financiam obras e investimentos, o que representa cerca de 7% do total do Orçamento Federal estipulado para próximo ano. Apesar da polêmica em torno da previsão do salário mínimo previsto para 2019, o valor de R$ 1.002 foi assegurado pelo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago. Nota técnica da Comissão Mista de Orçamento diminuía a previsão para R$ 998. O salário mínimo atual é de R$ 954. (ABr)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

EDUCAÇÃO

Skema abre unidade em Belo Horizonte Esta é a primeira escola da instituição francesa no Brasil, onde serão investidos R$ 25 milhões em 5 anos LEANDRO PEREZ - DIVULGAÇÃO

JULIANA BAETA

Para seguir com seu plano de expansão global, a escola internacional de negócios Skema inicia suas operações no Brasil a partir de Belo Horizonte, com o lançamento do curso de bacharelado de Gestão em Negócios Globais neste mês. Para isso, serão investidos R$ 28 milhões em cinco anos no Brasil. Somando todas as ações globais, o faturamento da rede no ano passado foi de R$ 320 milhões, e há a expectativa de fazer este número subir um pouco mais com a instalação da unidade em BH, que se torna o ponto referencial da marca na América Latina. Já com escolas instaladas na China, França e Estados Unidos, e após a consolidação da unidade brasileira, a Skema Business School pretende abrir seu próximo campus na África. A longo prazo, a ideia é alcançar todos os continentes. A partir de fevereiro de 2019, a instituição, localizada no bairro Funcionários, região Centro-Sul da cidade, já estará apta a receber 40 alunos brasileiros na faixa dos 17 anos, oriundos do Ensino Médio, com o objetivo de prepará-los para o mercado global. “Mas nós não estamos chegando agora. Já estamos aqui desde 2015, em parceria com a Fundação Dom Cabral, trazendo estudantes de nossos outros campi mundiais ao Brasil para fazerem aqui um semestre de seus cursos de pós-graduação. Já recebemos mais de 1.000 alunos em Belo Horizonte desde então e a cidade está se provando um destino muito atraente para nossos estudantes internacionais”, ressalta a reitora da Skema Brasil, Geneviève Poulingue. É que apesar de abrir as portas para os estudantes brasileiros só agora, a escola já atuava na capital mineira trazendo estudantes estrangeiros para completarem um dos semestres letivos de seus cursos aqui. Só no primeiro semestre deste ano, 408 alunos vindos de fora do país passaram por Belo Horizonte. Além disso, a instituição possui convênios com diversas empresas multinacionais para a oferta de estágios para seus alunos e, também, um acordo com o Startups and

Instituição francesa mantém uma parceria com a Fundação Dom Cabral desde 2015

Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), programa de incentivo ao ecossistema de empreendedorismo e startups de Minas Gerais. A reitoria também explica o motivo de Belo Horizonte ter sido escolhida para receber a unidade brasileira. “A visão internacional e a cultura de excelência e inovação da Skema determinam a instalação de seus campi em cidades que são centros de negócios ou parques tecnológicos ou científicos. Isso permite a sinergia com os ambientes locais em termos de pesquisa e em termos de negócios, e oferece aos estudantes excepcionais oportunidades e perspectivas de carreira. Sophia Antipolis é um polo de tecnologia na França. Na China, o campus fica no Parque Industrial de Suzhou. E em Raleigh, na Carolina do Norte (EUA), a escola está no coração do Research Triangle Park, um dos maiores parques de pesquisa do mundo. Belo Horizonte está alinhada com essas diretrizes. Aqui, temos um polo brasileiro da economia digital. O ambiente é bastante estimulante, com o São Pedro Valley, o Seed, o BH-Tech e outras iniciativas importantes”. Expansão no Brasil - A marca está focada em consolidar a implantação de sua unidade brasileira em BH, mas não descarta a possibilidade de instalar novas unidades no País futuramente. “Temos um plano

DIVULGACÃO

Geneviève Poulingue: Skema avaliará oportunidades no Brasil

Ensino para analisar complexidade atual O curso de bacharelado de Gestão em Negócios Globais segue o formato do calendário acadêmico brasileiro, dividido por semestres. “Os alunos aprenderão como analisar as complexidades do mundo atual, como fazer negócios em um ambiente em constante mudança, por meio de um contexto de multiculturalismo. E, claro, irão obter conhecimento aplicado para serem identificados como talentos que poderão contribuir muito rapidamente para o desempenho dos negócios. Vamos treiná-los para aprender a aprender, a fim de prepará-los para uma aprendizagem duradoura, contínua”, explica a reitoria Geneviève Poulingue. Se o estudante brasileiro optar por estudar no exterior em um dos campi da Skema, nos EUA, na França, na China ou em uma combinação destas opções. A Skema Brasil poderá atender também jovens da América Latina, que poderão vir ao País para fazer o curso. Além disso, assim como funciona nos outros países em que têm unidades instaladas, o estudante brasileiro – ou latino-americano – terá a possibilidade de fazer um intercâmbio por meio da execução dos dois últimos anos do curso em outro campus da Skema fora do Brasil ou nas mais de 100 universidades parceiras no mundo. “Nosso objetivo é desenvolver global, continuaremos a nos expandir. No Brasil, a Skema estudará oportunidades, mas no momento está muito concentrada em ser bem-sucedida em sua entrada no mercado brasileiro de

profissionais internacionais qualificados para atuar em qualquer empresa do mundo independentemente dos perfis e segmentos em que estas companhias atuam. A partir da preparação da Skema, o brasileiro, que possui habilidades necessárias no ambiente de negócios internacional, como criatividade e facilidade de se adaptar a novos cenários, terá um papel ainda mais estratégico, diferenciado e global no mercado de trabalho”, explica a reitora. Outro diferencial da escola é a formação bilíngue. 25% das aulas são ministradas em inglês no primeiro ano, 50% no segundo ano e 100% no terceiro e quarto anos, garantindo a fluência da língua para os estudantes. Dependendo do percurso formativo do aluno, ele também pode obter um diploma duplo, reconhecido no Brasil e na França ou nos Estados Unidos. “Dentro da nossa visão, o fator da diversidade multicultural é muito importante. A abertura internacional, ampliada com a operação brasileira, que pode ainda atrair estudantes de outros países da América Latina, resultará em um grupo de alunos em escala global cada vez mais diversificado, aqui e em todo o mundo. Nós também vamos aumentar nosso conhecimento do mercado brasileiro e latino-americano. Tenho certeza também que o Brasil nos ensinará

graduação em Belo Horizonte. Estamos crescendo ano a ano. E estamos convencidos de trazer uma grande proposta de valor ao Brasil. Especialmente porque aqui as pessoas já possuem o

muito em termos de gestão e no plano humano, pois os brasileiros possuem qualidades únicas. Flexibilidade e abertura para o novo, por exemplo”, conclui Poulingue. História - A School of Knowledge Economy and Management, ou Escola de Economia do Conhecimento e Administração (Skema) surgiu em 2009 na França. Em pouco menos de dez anos, a instituição já conquistou as três mais altas certificações internacionais de qualidade de ensino superior, integrando um exclusivo círculo de escolas com essa tripla certificação. São elas: Equis (European Quality Improvement System), que atesta a alta qualidade de ensino e da pesquisa, o alcance internacional da escola e seu relacionamento com a comunidade de negócios; AACSB (Association to Advance Collegiate Schools of Business), que indica a excelência do nível acadêmico e da qualidade dos programas; e a Amba (Association of MBAs), conferido somente às escolas com os melhores programas de MBA Executivo. A escola conta com 160 professores permanentes, 250 professores associados e 800 palestrantes convidados, oriundos de várias partes do mundo. A instituição já formou 40.000 profissionais globais, oriundos de 145 países. Hoje, a escola possui 8.000 alunos matriculados de cerca de 120 nacionalidades. (JB)

talento indispensável para ser flexíveis num mundo em mudança, onde as habilidades gerenciais ligadas à resiliência estão presentes e onde as pessoas estão muito focadas na educação. As

atividades no Brasil podem crescer, mas neste momento de lançamento, estamos mais focados na qualidade que será oferecida aos nossos futuros alunos”, conclui Poulingue.

Kroton Educacional anuncia parceria com Cubo Itaú São Paulo - A Kroton Educacional fechou parceria com o espaço de fomento de startups do Itaú Unibanco, o Cubo Itaú, para investir e apoiar empresas voltadas ao desenvolvimento de soluções para educação pública e privada no país. Como parte do acordo, o maior grupo de ensino superior do país patrocinará um andar inteiro da nova sede do Cubo, a ser inaugurada no início do segundo semestre, dedicado às chamadas edtechs. A Kroton não informa o valor do aporte no Cubo

Education, que segundo o presidente-executivo, Rodrigo Galindo, “deve gerar valor muito superior ao investimento” e faz parte dos esforços para a transformação digital do grupo. “Não definimos um orçamento específico... É uma parceria muito flexível”, afirmou Galindo, acrescentando que há possibilidade de investimento em equity dependendo da solução. O executivo ressaltou que o processo de seleção da empresas ainda não começou, embora já esteja bastante organizado. “Não temos

pressa para preencher todos os espaços porque queremos que os maiores problemas da educação sejam resolvidos”, comentou. Conforme o diretor de Inovação e Analytics da Kroton, Felipe Amaral de Mattos, o andar terá capacidade para abrigar de 10 a 12 edtechs, mas o “Cubo Education poderá transbordar para outros andares” da nova sede se houver necessidade. O espaço contará com lounges de aprendizagem, estúdios audiovisuais e salas de aula preparadas para

analisar novos formatos e metodologias. Atualmente, o Cubo Itaú tem 55 startups residentes e 253 na plataforma digital, mas a nova sede permitirá abrigar até 210 empresas ou cerca de 1.250 funcionários, de acordo com o diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco e responsável pela iniciativa de fomento, Lineu Andrade. Galindo, da Kroton, espera que a aproximação

com startups da plataforma do Cubo Itaú viabilizará ainda a implementação de soluções que ajudem o grupo a gerir melhor o programa de parcelamento de mensalidades, o PEP, reduzindo inadimplência e ampliando a oferta. A parceria com o Cubo Itaú ocorre após a Kroton ingressar no segmento de ensino básico, criando a holding Saber para reunir

ativos comprados na área, entre eles a Somos Educação e o Centro Educacional Leonardo Da Vinci, em Vitória (ES). A aquisição da Somos, por 4,6 bilhões de reais, foi o maior acordo desde que a fusão com a rival Estácio Participações foi rejeitada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em meados do ano passado. (Reuters)

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NEGÓCIOS COMÉRCIO EXTERIOR

Guerra comercial pode gerar oportunidades Empresários podem aproveitar imbróglio entre EUA e China para estreitar as relações com o país asiático THAÍNE BELISSA

O cenário de incertezas causado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China pode representar uma oportunidade para os empresários brasileiros que têm interesse na importação de produtos do país asiático. A análise é de Ian Lin, CEO da Serpa China, braço do grupo mineiro Serpa, que tem sede em Belo Horizonte. Para o executivo, esse é o momento certo de estreitar relações com a China e tirar proveito de importações de matérias-primas a um custo mais baixo. Nesse sentido, a Serpa oferece uma solução facilitada para empresários interessados na transação: a Distribuição 4.0, serviço que promete maximizar lucros com importações. Lançada há seis meses, a Distribuição 4.0 funciona como uma sede de logística para as empresas brasileiras interessadas em importar produtos fabricados na China. A solução já é utilizada por cinco empresas, que têm experimentado redução de custos de 20% a 50% em

relação ao processo tradicional de importação. Lin explica que a inovação da solução está no fato de ela maximizar os lucros com as importações, eliminando etapas do processo tradicional de importação. “Hoje o brasileiro que quer trazer um produto chinês para o Brasil paga muitos tributos e taxas de operações. Ele normalmente importa, personaliza e depois revende para clientes de todo o Brasil, o que gera custos com logística interna, imposto de revenda, mão de obra para o trabalho de personalização, entre outros. A nossa solução propõe algo diferente: por meio da Serpa ele atua a partir da China. É na China que ele encontra o fabricante, personaliza os itens e envia o produto final para o cliente. Então, não há mais necessidade de passar o produto pela alfândega, nem pelo centro de distribuição. O produto vai direto da fábrica para o cliente”, explica. Lin explica que, na prática, é como se a empresa brasileira tivesse um braço no país asiático, que é a Serpa China.

A Serpa organizará todo o processo, desde a recepção do empresário em um de seus escritórios em Xangai e Ningbo, passando pelo levantamento de possíveis fornecedores chineses, pela escolha desse fornecedor, até a fabricação e o envio aos clientes. Da empresa brasileira, o fabricante chinês normalmente exige 30% de entrada do valor negociado. Os outros 70% são pagos na entrega do produto, período em que normalmente a empresa já recebeu do seu cliente final. Lin explica que, apesar de todo o processo ser realizado na China e coordenado pela Serpa, o cliente final recebe o produto com a marca do empresário, somente com a indicação de que a produção foi na China. “É muito comum os empresários terem medo de que os seus clientes ou mesmo seus intermediadores descubram seus fornecedores na China. E é por isso que eles preferem importar para o Brasil para depois reenviar aos clientes. Mas na Serpa garantimos segurança nesse processo”, diz.

DIVULGAÇÃO

Serpa oferece solução facilitada para empresários interessados em exportar para a China

Lin garante que a solução já traz resultados para os cinco clientes atendidos e destaca que a meta da empresa é chegar a 30 empresas atendidas até 2020. Ele espera que o faturamento proveniente da Distribuição 4.0 passe a representar 30% do faturamento total da Serpa China em dois anos.

e exportação, a empresa já desenvolve uma nova solução, que deve ser lançada em junho. Trata-se de um grande cadastro on-line que funcionará como um raio-x das empresas chinesas. Nesse cadastro, que será vendido, os empresários poderão pesquisar detalhes sobre as empresas com quem pretendem firmar Cadastro - O CEO também parcerias. adianta que, pensando nes“Hoje qualquer pessoa sas relações de importação física ou jurídica consegue

encontrar um fornecedor na China. Mas, ela não sabe quem está por trás dessa empresa. Nosso produto mostrará detalhes como quem são os diretores, quanto tempo tem de operação, se tem problemas judiciais, quantas vezes já importou ou exportou, entre outras informações. Isso tornará os processos mais transparentes para o empresário que quer começar um processo de importação”, diz.

TURISMO ROBERTO CASTRO/MTUR/DIVULGAÇÃO

Brasil quer atrair turistas do Qatar DA REDAÇÃO

O Ministério do Turismo vai defender a facilitação de vistos para o ingresso de visitantes do Qatar no Brasil. O anúncio foi feito ontem durante reunião em Brasília entre o ministro Vinicius Lummertz e o embaixador do país, Mohammed Al-Hayki, que discutiram a facilitação do fluxo turístico nas duas nações. Atualmente, brasileiros podem visitar o Qatar sem a necessidade do documento por até 30 dias e a ideia é adotar a reciprocidade na medida. “Essa iniciativa se somaria aos nossos esforços pela adoção do visto eletrônico para viajantes da China e da Índia, permitindo que mais visitantes da Ásia e do Oriente Médio tenham o Brasil como destino por meio de uma grande conexão

aérea”, ressaltou Lummertz. Ele lembrou ao diplomata que o MTur apoia a abertura do capital de empresas áreas nacionais ao capital estrangeiro, medida que pode baratear passagens e incrementar a atuação de companhias internacionais no Brasil, a exemplo da Qatar Airways. O projeto que trata do capital de companhias aéreas aguarda votação na Câmara dos Deputados. O ministro sugeriu ao embaixador que Brasil e Qatar promovam uma aproximação entre empresários da área turística, a fim de despertar o interesse por projetos nacionais. Mohammed Al-Hayki destacou que o Qatar é responsável hoje por investimentos de aproximadamente US$ 6 bilhões no País, especialmente na área de óleo e gás, e afirmou que a área de hotelaria pode atrair a atenção do setor privado.

Árabes Unidos (EAU) no Brasil, Hafsa Al Ulama. Os dois acertaram que representantes do MTur e do governo daquele país vão discutir a organização de uma missão oficial aos EAU, a fim de permitir a divulgação de atrativos brasileiros e a apresentação de projetos que possam despertar a atenção de empresários. Um dos objetivos é favorecer o fluxo de turistas entre os dois países, que tende a crescer a partir da operação, no mês de julho, de cinco voos semanais da Emirates Airlines na rota Dubai-São Paulo-Santiago, no Chile. O ministro citou esforços pela melhoria da conectividade aérea, que tem grandes perspectivas de avanço com a possível abertura de empresas Emirados – Recentemente, aéreas brasileiras ao capital o ministro se reuniu com a estrangeiro. “Com a medida, embaixadora dos Emirados mais empresas poderão atuar O embaixador do Qatar, que será sede da próxima Copa do Mundo Fifa em 2022, também elogiou a organização do mundial de 2014 no Brasil e manifestou o interesse daquele país em absorver a experiência brasileira. Também participaram da reunião o secretário nacional de Estruturação do Turismo, José Antônio Parente; o chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do MTur, Rafael Luisi; Ana Paula Cavallaro, secretária do embaixador do Qatar; Geraldo Rocha, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), e o presidente da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), Marco Ferraz, entre outros.

Embaixador do Qatar se reuniu com o ministro Vinicius Lummertz

no país, permitindo a chegada de novos investimentos e a ampliação de voos e rotas aéreas. Isso é essencial para a expansão do mercado de viagens”, observou. Facilitação- Um acordo bilateral que determina a isenção mútua de vistos entre Brasil e Emirados Árabes Unidos vigora desde 03 de junho deste ano. O texto permite que portadores de passaporte comum em visitas de turismo, negócios ou trânsito ingressem, saiam e

circulem livremente pelos dois países por até 90 dias, a cada 12 meses. A entrada de viajantes exige apenas a apresentação, na chegada ao destino, de passaportes nacionais com pelo menos seis meses de validade, sem que seja preciso efetuar o pagamento de qualquer taxa. A medida não vale para fins de estudo ou trabalho. Nestes casos, são necessárias autorizações específicas, emitidas conforme as exigências de cada nação. As informações são do Ministério do Turismo.

IDEIAS

Empresas beneficiadas pela Lei do Bem ainda são minoria RAFAEL COSTA

Essencial para a competitividade e sustentabilidade das organizações, sobretudo em um cenário de globalização, a inovação infelizmente tem sido muito pouco praticada em nosso País. É preocupante constatar que ainda são poucas as empresas no Brasil sensíveis à criação de valor para os negócios por meio de novas tecnologias, modelos de negócios ou ainda formas diferentes de responder às necessidades dos consumidores. E esta realidade reflete-se claramente no pouco uso que é feito dos benefícios fiscais disponíveis para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento. Por exemplo, menos de 1% das empresas brasileiras, segundo o IBGE, utilizam a Lei do Bem - um dos principais mecanismos de incentivo fiscal disponíveis para a inovação. Em 2014, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), estima-se que no Brasil, apenas 1.206 empresas se apresentaram à Lei do Bem. Segundo estimativa da F. Iniciativas, em 2015 e 2016 esse

número caiu, ficando próximo das 1.000 empresas em cada ano. Tendo em vista de que é um benefício sem restrição setorial, toda gama de indústrias, empresas de serviço e tecnologia podem aderi-lo. Geralmente, por conta da premissa do Lucro Real, a lei tem sido costumeiramente aplicada às médias e grandes empresas. Os cinco setores que mais se sobressaem na utilização dos benefícios são: Outras Indústrias (21,39%) – que contempla segmentos como Bancos, Seguradoras e empresas de Serviços e Tecnologia; Mecânica e Transporte (19,17%); Software (14,23%) e Eletroeletrônica (8,68%). Evidentemente a região sudeste do Brasil, onde a atividade econômica é mais elevada, é a que apresenta o maior número de empresas que realizam investimentos na área de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Destaca-se o Estado de São Paulo, onde 539 empresas utilizam-se do benefício no ano-base de 2014. É importante entender que não existe limitação quando se fala sobre valores obtidos pela dedução

de impostos através da Lei do Bem. Os benefícios fiscais se resumem basicamente a três pontos principais: dedução de até 34% no IRPJ e CSLL; redução de 50% no IPI na compra de máquinas e equipamentos destinados à P&D; depreciação e amortização acelerada desses bens. Somente as empresas que aferem

As companhias precisam cercar-se de consultores conhecedores das leis de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação lucro fiscal podem utilizar-se do benefício da Lei do Bem, justamente por este tratar-se de uma diminuição do resultado tributável da empresa. No entanto, não são raras as empresas que têm um investimento alto em P, D & IT por não apresentarem um resultado fiscal positivo, já que quando não há lucratividade fiscal, não há onde diminuir o resultado tributável. Assim

não é possível beneficiar-se em anos futuros. As leis de incentivo similares em países como a Espanha ou França permitem às empresas retroagirem no levantamento de dispêndios em P&D, quando em prejuízo, ou mesmo receber créditos diretos do governo, possibilitando assim que os investimentos em anos de prejuízo sejam recuperados quando o cenário for revertido e gerar lucro novamente. Desta forma as empresas não ficam limitadas ao lucro tributável. Mas quais seriam as causas para o baixo crescimento de utilização dos incentivos fiscais no Brasil? Alguns acreditam que exista muita insegurança baseada em fatores como a dificuldade em entender como funcionam e como atender às regras, os obstáculos na inserção dos benefícios nas próprias práticas tributárias das organizações e, até, o receio e a sensação de invasão da privacidade contábil. No entanto, sabemos que o que paira de fato é um enorme desconhecimento sobre as leis de incentivo. Dentro dos departamentos contábeis das organizações

não há como manter profissionais especializados em conduzir processos específicos relacionados ao uso dos incentivos fiscais que possam suportar os projetos de inovação. Por conta disso, as companhias precisam cercar-se de consultores conhecedores das leis de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, da mesma forma como contam com especialistas para redesenhar seus processos ou recomendar as melhores tecnologias. Este é um caminho viável para que os projetos tornem-se sustentáveis e a inovação passe a ser um motor que impulsione a competitividade. Por isso tudo, é imperativo ampliar a visibilidade desse tema para que as empresas despertem sobre a grande oportunidade que existe nas leis de incentivo. * Gerente de Operações da F.Iniciativas, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financiamento à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

INTERNET DAS COISAS

Getrak faz investimento de R$ 9 mi em novas tecnologias Faturamento deve crescer 75% THAÍNE BELISSA

Especialista em softwares baseados em Internet das Coisas (IoT), a empresa mineira Getrak espera crescer 75% em faturamento este ano em relação a 2017. O investimento de quase R$ 9 milhões em desenvolvimento de novas tecnologias é a principal aposta da empresa para ancorar esse resultado. Após 12 meses de desenvolvimento, a empresa lançou uma evolução do seu sistema para rastreamento de veículos, além do primeiro dispositivo no Brasil baseado em rede de IoT e específico para rastreamento veicular. O CEO da Getrak, Frederico Menegatti, explica que a empresa desenvolve soluções baseadas em IoT para três segmentos: segurança, logística e transporte. No segmento de segurança, que é o principal mercado de atuação da empresa, os clientes atendidos são seguradoras e empresas que oferecem o serviço de rastreamento para o consumidor final. E é nesse segmento que a Getrak está apostando com o investimento de quase R$ 9 milhões em novas tecnologias. Segundo o executivo, o sistema Getrak 5.0 foi a solução que recebeu maior investimento: R$ 8 milhões. Ele é uma versão aprimorada do sistema de rastreamento veicular já oferecido pela empresa. Entre as principais inovações trazidas pela solução está a integração do sistema Deep Track, uma plataforma de inteligência artificial, que processa em tempo real todas as informações dos rastreadores instalados nos 400 mil veículos que utilizam a solução. “Muito mais que um banco de dados, temos um algoritmo que aprende com esses

dados. Isso permite o entendimento de padrões de uso do carro, de forma a alertar rapidamente uma situação de roubo, por exemplo”, explica. Segundo ele, esse sistema permite a diminuição do tempo médio entre roubo e recuperação de veículos e cargas de três a quatro horas para 40 minutos. Rastreamento - A segunda solução desenvolvida pela Getrak consumiu um investimento menor: R$ 800 mil. Trata-se de um dispositivo baseado em rede de IoT específico para rastreamento veicular. Menegatti explica que o desenvolvimento des-

Frederico Menegatti explica que a empresa desenvolveu soluções para os segmentos de segurança, logística e transporte

sa solução foi uma resposta à demanda de seus clientes por um produto mais em conta para rastreamento veicular. Ele explica que o dispositivo é mais barato porque, além de ter sido construído com itens de custo mais baixo, ele é baseado em rede de IoT,

que é uma tecnologia de conexão de dispositivos que transmitem dados, sem a necessidade de estabelecer conexão de rede. “Além do custo mais baixo, esse dispositivo ainda traz uma inovação muito útil: ele é autônomo. É alimentado por uma bateria

interna que pode durar até três anos. Isso dá a ele outras aplicabilidades, já que pode ser colocado na bolsa de uma criança ou na coleira de um pet, por exemplo”, completa. Os dados coletados por esse dispositivo também são enviados à base do Getrak 5.0.

De acordo com o CEO, a expectativa é que as novas tecnologias gerem um aumento de 75% no número de veículos conectados e, automaticamente, de faturamento. A meta é chegar a 700 mil veículos conectados ao sistema Getrak 5.0 até o fim de 2019.

Governo anuncia linha de R$ 1,5 bi para IoT RICARDO FONSECA/MCTIC/DIVULGAÇÃO

Rio - O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Empresa Brasileira de Inovação e Serviços (Finep) apresentaram ontem uma nova linha de fomento que destinará R$ 1,5 bilhão a projetos ligados à tecnologia da internet das coisas. A expectativa da Finep é receber pelo menos 300 projetos candidatos ao financiamento. Internet das coisas é a tecnologia que permite a conexão dos mais diversos equipamentos, objetos e máquinas à internet, com o objetivo de otimizar seu funcionamento e fornecer informações mais precisas aos usuários. A maior parte dos recursos (R$ 1,1 bilhão) é do caixa da própria Finep e poderá ser usada para projetos de diversos setores. Os outros R$ 400 milhões são do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) e devem ser destinados a iniciativas dessa área.

Para avaliar as condições econômicas dos concorrentes, a Finep estabeleceu um piso de R$ 16 milhões de receita bruta anual para as empresas candidatas e de R$ 5 milhões por projeto. O presidente da Finep, Ronaldo Camargo, acredita que agricultura, mobilidade, energia e saneamento serão os setores com maior número de projetos aprovados. A partir da candidatura, a liberação dos recursos, em caso de aprovação, deverá ocorrer entre 90 e 120 dias. O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que a ação de fomento é complementar à linha do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também voltada a projetos de internet das coisas e lançada na semana passada. “Um é apoiado no outro e o resultado é a somatória de todo o apoio possível para que a gente possa continuar investindo em

Gilberto Kassab afirma que recurso é complementar à linha anunciada pelo BNDES

inovação”, disse Kassab. Recuperação judicial - O ministro também comentou a aprovação do acordo de Recuperação Judicial da Oi na Justiça dos Estados

Unidos. Kassab disse que a homologação já era esperada, e a recuperação é um processo lento. “Nós tínhamos a expectativa de que isso acontecesse mesmo na justiça americana,

e vamos continuar entendendo que em um futuro próximo haverá necessidade de novos investimentos na Oi, seja dos atuais controladores ou com a vinda de novos controladores”. (ABr)

PET

Aplicativo lança “Uber” de passeios com cães DA REDAÇÃO

Quem tem cachorro sabe como é difícil encontrar tempo para levá-lo para passear, com a frequência e a atenção que o cãozinho merece. A DogHero, aplicativo que conecta donos de cachorro a anfitriões que hospedam os pets em casa, expande o portfólio de serviços e lança passeios. Pela plataforma, é possível agendar um passeio ou pedi-lo imediatamente: mesmo conceito dos aplicativos de transporte, como Uber e 99. O cliente é avisado pelo app quando o passeio começa e pode acompanhar o trajeto em tempo real. Além disso, a atenção é exclusiva — o passeador caminha com um cachorro por vez (ou com dois, se forem da mesma família). O serviço já está disponível na cidade de São Paulo e chegará em outras capitais a partir de julho. O cliente

baixa o aplicativo, coloca o endereço, dá informações sobre o cachorro (como porte, raça e idade), explica como é o comportamento dele e escolhe quando quer agendar o passeio. A partir disso, a DogHero indica o passeador com o perfil mais adequado para atender aquela família. Os passeios, de 30 minutos ou 1 hora, custam a partir de R$ 25 — planos mensais têm desconto de 20% — e o pagamento é feito pelo aplicativo. Caso o cachorro sinta-se mal durante o passeio, a empresa reembolsa eventuais gastos com veterinário, exames e medicamentos em até R$ 5 mil. Importância - Sabe-se que atividade física feita com regularidade reduz a ansiedade do cachorro e, com isso, diversos problemas de comportamento, como o hábito de destruir objetos e latir em excesso. Além disso, ajuda o

animal a se dar melhor com outros cães e pessoas. Isso acontece porque os ancestrais dos cachorros viviam em vida livre. Eles podiam andar, correr e caçavam para se alimentar. Conforme ele foi sendo domesticado, o nível de atividade física diminuiu drasticamente. “O passeio é uma maneira muito legal de melhorar a saúde e a qualidade de vida do cachorrinho”, afirma o empreendedor Fernando Gadotti, cofundador da DogHero. Qualquer pessoa com mais de 18 anos, que mora na cidade de São Paulo e é apaixonada por cachorro, pode se candidatar a passeador. É necessário fazer um cadastro na plataforma e encontrar a equipe a DogHero, que aplica um teste prático. Cerca de 15% dos candidatos são aprovados. “Ser pai de cachorro é uma delícia, mas dá trabalho: a

PIXABAY

Plataforma permite que usuário acompanhe em tempo real o trajeto de seu animal

DogHero existe para ajudar essas famílias”, diz o empreendedor Eduardo Baer, cofundador da empresa. “Levar a qualidade e o cari-

nho que são nossas marcas registradas na hospedagem para outros serviços, como passeios, é um pedido antigo dos nossos clientes. Há

três anos revolucionamos o conceito de hospedagem de pets e agora estamos muito felizes por fazer o mesmo por passeios”.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

Receita pode recuar 0,52% no Estado em 2018 Previsão é de R$ 56,44 bilhões, com alta de 3,3% na agricultura e redução de 6,9% na pecuária EMATER / DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

Para 2018, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Minas Gerais, com base nos dados de maio, foi estimado em R$ 56,44 bilhões, resultado 0,52% inferior aos R$ 56,7 bilhões verificados em 2017. No período, é esperada alta de 3,3% no VBP da agricultura e queda de 6,9% na pecuária. A queda no VBP estadual se deve ao resultado negativo observado em importantes produtos como o leite, com retração de 9,5%, suínos, com VBP 17,1% menor, e cana-de-açúcar, que registrou queda de 13,6% no VBP. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o relatório, o VBP das lavouras foi estimado em R$ 36,6 bilhões. O valor ficou 3,3% maior que os R$ 35,4 bilhões registrados em 2017. Dentre os produtos que contribuíram para a alta estão o café, a soja e o milho. Com uma safra maior, devido à bienalidade positiva, o café apresentou elevação de 12,2% no VBP, que foi estimado em R$ 13,7 bilhões.

O VBP das lavouras foi estimado em R$ 36 bi, puxado pelo café, com alta de 12,2%, somando R$ 13,7 bi

Este ano, a previsão é colher 30,69 milhões de sacas de 60 quilos em Minas Gerais, o que, se alcançado, representará um incremento de 25,6% sobre a safra anterior. A produção do café arábica foi avaliada em R$ 13,6 bilhões, alta de 12,8%. Já o valor do conilon recuou 33,3% atingindo o valor de R$ 107,2 milhões. A soja, que terá uma produção recorde em 2018, também apresentou alta no VBP.

De acordo com os dados do Mapa, o faturamento das lavouras foi estimado em R$ 5,6 bilhões, aumento de 4,58% frente ao valor de R$ 5,37 bilhões registrado em 2017. Contribuíram para o resultado positivo os preços valorizados e o recorde de produção mineira da oleaginosa. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma colheita 9,4% superior à registrada no ano passado,

somando 5,54 milhões de toneladas de soja em Minas Gerais. Alta de 6,5% foi registrada no VBP do milho, que deve encerrar o ano em R$ 3,8 bilhões. A variação positiva se deve aos preços maiores praticados no mercado, uma vez que a produção mineira do cereal tende a recuar 3,2% em 2018, com a colheita de 7,28 milhões de toneladas. Resultado positivo também é esperado na produção

de algodão herbáceo. De acordo com o Mapa, o VBP da produção mineira para 2018 foi estimado em R$ 555,9 milhões, alta de 50,9%. Com a demanda aquecida pela pluma, os preços estão valorizados desde 2017, o que estimulou o plantio da safra e contribuiu para o crescimento do VBP. Quedas - Alguns produtos apresentaram queda no VBP, como no caso da cana-de-açúcar. O VBP da cultura está estimado em R$ 1 bilhão, recuo de 13,6% frente ao valor de R$ 5,98 bilhões registrado em 2017. A queda nos preços do açúcar no mercado internacional foi um dos fatores que contribuíram para a redução. No feijão, foi verificada retração de 17,9% no VBP, com a produção avaliada em R$ 1,07 bilhão. Na safra 2017/18, a produção total de feijão, em Minas Gerais, foi estimada em 194,2 mil toneladas, volume 7,6% menor que as 535 mil toneladas colhidas na safra passada. Além da queda na produção, os preços também estão em baixa, contribuindo para um VBP menor em 2018.

Produção de proteína animal terá faturamento menor Ao contrário da agricultura, a pecuária mineira segue registrando resultado negativo na estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2018. Com base nos dados de maio, foi verificada queda em quatro dos cinco atividades da pecuária praticadas no Estado. A previsão é de um valor bruto 6,9% menor em 2018, com o faturamento da atividade estimado em R$ 19,8 bilhões. No grupo da pecuária, apenas a produção de bovinos apresentou expectativas positivas. O VBP foi calculado em R$ 6,4 bilhões, aumento de 3,38%. A produção de leite, que enfrenta preços baixos no mercado, apresentou queda de 9,5% no VBP, que deve encerrar o ano em R$ 7,4 bilhões. A produção mineira de frango, que trabalha com custos elevados e preços desvalorizados em função da maior oferta, registrou queda de 11,9% no VBP e a estimativa é encerrar o ano com faturamento de

ADRIANA FUCHTER / DIVULGAÇÃO

Projeção é de alta no VBP de bovinos (3,38%), mas queda no de frangos (11,9%); ovos (9,5%); leite (9,5%) e de suínos (17,1%)

R$ 3,22 bilhões. No ano passado, o VBP do segmento foi de R$ 3,66 bilhões. O VBP de ovos recuou

9,56%, com o faturamento da atividade estimado em R$ 1 bilhão. Em suínos a retração no VBP foi

estimada em 17,1%, com o faturamento previsto para 2018 em R$ 1,7 bilhão. (MV)

No Brasil, projeção é de queda de 2,3% Brasília - O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2018 para o Brasil está estimado em R$ 552 bilhões, 2,3% abaixo do montante de 2017. As lavouras participam com R$ 377 bilhões e a pecuária, com R$ 174,9. As lavouras tiveram queda de 0,5% e, a pecuária, recuo de 6 %. O valor da pecuária (31,7% do VBP) é o menor dos últimos seis anos, e as lavouras (68,3% do VBP) apresentam o segundo maior valor desde 1989. Entre vinte produtos das lavouras, os que apresentam os maiores aumentos do valor da produção em relação ao ano passado, são: algodão, 32,3%; cacau, 27,6%; café, 9,1%; soja, 8,9%, Nesse grupo, o algodão é um destaque pelo aumento de produção e também pelos preços recebidos pelos produtores. O café tem desempenho determinado especialmente pelo aumento de 24,2% (café arábica) da safra deste ano. Os maiores decréscimos do valor da produção vêm ocorrendo no arroz, -21,1%; feijão, -26,3%, laranja, -20,8% e uva, -31,3%. Em percentuais menores de queda podem ser relacionados, banana, cana-de-açúcar, mandioca e milho. Para o feijão, arroz e laranja, as quedas de preços são a principal causa do decréscimo no faturamento neste ano, observa José Garcia Gasques, coordenador Geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todas as atividades que fazem parte da pecuária apresentam valor menor que em 2017. Suínos e aves apresentam as maiores quedas, -13% e -11,3%, respectivamente. Os resultados regionais mostram, como tem sido observado, liderança da região Centro-Oeste, com valor de R$ 158,82 bilhões; seguida por Sudeste, R$ 138,12 bilhões; Sul, R$ 133,68 bilhões; Nordeste, R$ 51,49 bilhões e Norte, R$33,24 bilhões, lembra Gasques. (Com informações do Mapa.)

MERCADO EXTERNO

Desvalorização trava negociações de soja do Brasil São Paulo e Brasília - A negociação de soja no Brasil, que já vinha travada pela ponta compradora, dadas as indefinições sobre frete, tende a ser ainda mais prejudicada agora que os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago estão em queda acentuada, desestimulando o lado vendedor, segundo especialistas ouvidos pela reportagem. As cotações da oleaginosa renovaram mínimas ontem em meio à crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, que trabalham com retaliações sobre diversos bens de ambos os países. Ontem mais cedo, os preços da commodity

chegaram a atingir o menor patamar desde 2008 para um primeiro contrato em Chicago. “Estamos em um mês de junho com pouca comercialização. Os preços tiveram uma queda bem expressiva, saíram de US$ 10,50 por bushel em maio para abaixo de US$ 9,00 agora... O produtor vai segurar para aguardar uma nova oportunidade de venda”, disse o analista Adriano Gomes, da consultoria AgRural. Segundo ele, produtores tiraram proveito da alta do dólar ante o real e conseguiram comercializar um bom volume de soja antes dos protestos dos caminhonei-

ros e posteriores reflexos, incluindo a tabela de fretes mínimos que afugentou compradores para negócios de curto prazo. Nesse cenário, explicou Gomes, o sojicultor acaba preferindo mesmo aguardar um melhor momento para vender seu produto. Estima-se no mercado que até 30% da safra recorde deste ano, de quase 120 milhões de toneladas, ainda não tenha sido negociada. “O produtor se retirou. Ninguém tem de vir a mercado desesperadamente vender”, comentou a corretora Moema Damo Bombardieri, CEO da Moema Corretora de Grãos, em Santo Rosa (RS).

Para ela, o mercado de soja “pode travar até mais”, pois participantes passam a olhar a partir de agora para a safra dos Estados Unidos, em fase final de plantio, que deve vir em bom volume, pressionando ainda mais os preços na Bolsa de Chicago. Na mesma linha, a Chicago Corretora de Cereais, em Primavera do Leste (MT) afirmou que, com esse recuo nas cotações, vai ficar “inviável” para o produtor vender. Desde 21 de maio, quando os protestos de caminhoneiros começaram, até ontem, os valores domésticos da soja cederam 3%, para cerca de R$ 83,00 por saca, segundo

monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, refletindo tanto as incertezas internas quanto o tombo em Chicago e a perspectiva ampla oferta. Os especialistas ponderaram que uma melhora nos prêmios da soja brasileira, resultado direto da disputa entre EUA e China, pode ajudar a destravar algumas vendas, já que a tendência é Pequim se voltar ao produto nacional. Maggi - A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China “só vai atrapalhar o Brasil” e tende a elevar o preço doméstico da

soja, com possível impacto negativo para a indústria de proteína animal, disse ontem o ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi. As declarações foram dadas por Maggi antes de participar da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde um dos assuntos tratados é o recente embargo europeu às carnes de aves do Brasil. Para Maggi, as decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, que têm gerado temores de um conflito comercial entre os norte-americanos e a China, são muito prejudiciais para o agronegócio brasileiro. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

LUIZ PRADO / BM&F BOVESPA

DÓLAR

Moeda americana fecha praticamente estável, em meio a tensões comerciais

Bradesco PN e Itaú Unibanco PN subiram 5,18% e 4,51%, respectivamente, sendo as maiores contribuições positivas

RECUPERAÇÃO

Bancos têm valorização e Ibovespa avança mais de 2% Giro financeiro no pregão de ontem somou um volume de R$ 13,06 bilhões São Paulo - O principal índice acionário da B3 avançou mais de 2% ontem, com o setor financeiro puxando o movimento de recuperação, após as recentes perdas, e descolando o mercado acionário local do exterior. O Ibovespa fechou em alta de 2,26%, a 71.394 pontos. O giro financeiro somou R$ 13,06 bilhões. “Hoje é uma questão nacional mesmo, de ajuste técnico em função das fortes quedas das últimas semanas”, disse o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech, acrescentando que o mercado acionário local foi bastante pressionado pela greve dos caminhoneiros. Ainda ajudando a manter o bom humor no pregão de

ontem, segundo Indech, estava a consolidação das apostas de que o Banco Central vai manter os juros na reunião de hoje. No caso do setor financeiro, destaque do pregão, profissionais de renda variável disseram que, após as fortes quedas recentes, os papéis apresentavam uma oportunidade de compra, movimento que ganhou respaldo ainda da possibilidade de votação do cadastro positivo na Câmara dos Deputados. Com isso, a bolsa local se descolou do mercado externo, que seguia pressionado por receios de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,4%.

Ações - O Bradesco PN avançou 5,18% e Itaú Unibanco PN subiu 4,51%, sendo as maiores contribuições positivas, dado o peso dessas ações no índice. O movimento de alta dos papéis veio após uma sequência de fortes quedas recentes. As ações preferenciais do Bradesco caíram em nove dos dez pregões anteriores, acumulando perdas de mais de 17% no período, enquanto Itaú fechou no vermelho em oito dessas sessões, com queda acumulada de quase 16%. O Banco do Brasil ON ganhou 7,01% e Santander Unit subiu 5,36%. A Petrobras PN cresceu 6,34% e ON avançou 3,72%, na contramão dos preços do

petróleo no mercado internacional, diante da expectativa com a possibilidade da votação do projeto sobre cessão onerosa na Câmara dos Deputados. Lojas Americanas PN teve alta de 5,88% e Magazine Luiza ON ganhou 4,99%, em sessão positiva para o varejo diante da perspectiva de manutenção da taxa básica de juros esta semana. A Vale ON caiu 1,85%, exercendo a maior influência negativa do Ibovespa devido ao peso que tem no índice. A queda ocorreu na esteira das perdas nos contratos futuros do minério de ferro na China, diante dos receios de uma guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos. (Reuters)

FGV

IGP-M aumenta 1,75% em nova prévia Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1,75% na segunda prévia de junho, após ter aumentado 1,20% na segunda prévia de maio. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou alta de 5,26% no ano e avanço de 6,80% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de junho. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 2,24% em junho, ante um avanço de 1,71% na segunda prévia de maio. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,99% na prévia de junho, depois de uma alta de 0,20% em igual leitura de maio. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve alta de 0,48% na segunda prévia de junho, depois do aumento de 0,44% na segunda prévia de maio. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de maio a 10 de junho. No dado fechado do mês de maio, o IGP-M subiu 1,38%,

FERNANDA CARVALHO / FOTOS PÚBLICAS

Índice é comumente utilizado como referência para o reajuste de contratos de aluguel

segundo a FGV. IPAs - Os preços dos produtos agropecuários mensurados pelo IPA agrícola sofreram forte alta: subiram 3,26% no atacado, na segunda prévia do IGP-M de junho. Na mesma prévia de maio, houve elevação de 0,57%, informou a FGV. Os produtos industriais no atacado - que são medidos

pelo IPA Industrial - tiveram elevação de 1,89% na segunda prévia de junho, ante alta de 2,10% na mesma prévia do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais tiveram elevação de 2,17% na segunda prévia

de junho, depois do avanço de 0,18% na mesma prévia de maio. Os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 2,41% na prévia de junho, ante elevação de 2,50% na segunda prévia de maio. Os preços das matérias-primas brutas subiram 2,10% na segunda leitura de junho, após uma alta de 2,63% na mesma prévia de maio. (AE)

São Paulo - O dólar terminou ontem praticamente estável ante o real, com um movimento de correção que desobrigou o Banco Central (BC) a atuar extraordinariamente no mercado e colocou o Brasil na contramão do exterior, onde predominou a aversão ao risco com o recrudescimento das tensões comerciais entre Estados Unidos (EUA) e China. O dólar avançou 0,11%, a R$ 3,7443 na venda, depois de marcar a máxima de R$ 3,7855 e a mínima de R$ 3,7176. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,05%. “Passou a histeria. O mercado sabe que o BC está atuando, deu uma acomodada”, comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. Os profissionais das mesas não viram uma justificativa para a correção do dólar em um dia de grande nervosismo no mercado internacional. Citaram, além da forte alta recente da moeda, zeragem de algumas posições compradas bem como o ajuste em baixa da curva de juros para a possível manutenção da Selic em 6,50% hoje. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifa de 10% sobre US$ 200 bilhões em bens chineses e Pequim alertou que irá retaliar, em um rápido agravamento do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo. O Ministério do Comércio da China disse que Pequim vai reagir com medidas “qualitativas” e “quantitativas” se os EUA publicarem uma lista adicional de tarifas sobre bens chineses. O aumento da retórica entre os dois países trouxe um forte movimento de

aversão ao risco, que içou o dólar ante a grande maioria das moedas no exterior, subindo ante a cesta e ante divisas de emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano. “A China teria de impor tarifas sobre tudo o que comprasse dos EUA para manter essa resposta na mesma medida. Mas ela tem outras ferramentas que poderia usar, incluindo pressionar diretamente as empresas norte-americanas que operam na China”, afirmou a empresa de pesquisas macroeconômicas Capital Economics (CE) em relatório. BC surpreende - O mercado também trabalhou sob a expectativa de atuação do Banco Central por meio de leilão de novos contratos de swaps cambiais tradicionais -equivalentes à venda futura de dólares -, mas, pela primeira vez desde 14 de maio, o BC não ofertou swaps adicionais ao mercado. A moeda norte-americana valorizou 6,66% em maio e, no acumulado de junho, apenas 0,20% ante o real. No mês passado, para tentar conter a elevada volatilidade e dar liquidez aos agentes, o Banco Central vendeu US$ 7,250 bilhões em novos contratos de swap, volume que já somava US$ 32,366 bilhões neste mês até segunda-feira (18). Na sessão de ontem, o BC fez apenas o leilão de swap para rolagem, no qual vendeu integralmente a oferta de até 8.800 contratos, já rolando US$ 5,720 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões que vence no mês que vem. Se mantiver e vender esse volume até o final do mês, fará rolagem integral. (Reuters)

ANBIMA

Comitê diminui pela 2ª vez seguida projeção para o PIB deste ano São Paulo - O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) reduziu, pela segunda reunião consecutiva, sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, agora de 2,4% para 1,6%. No encontro anterior, em maio, a projeção já havia caído, de 3,0%. Para o câmbio, a previsão para o fim deste ano foi elevada de R$ 3,50 na reunião de maio para R$ 3,63, o que, segundo a Anbima, corresponderia à desvalorização de 9,58% do real em 2018. O grupo também alterou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elevando de 3,6% para 3,9%. Em relação à taxa Selic, a expectativa é de que permaneça no nível atual, de 6,5% até o fim do ano.

Mas a Anbima nota que as projeções dos diferentes membros do comitê variaram de 6,5% a 8,5%. A instituição afirma que a dispersão das projeções é “um reflexo da piora do balanço de riscos da economia a partir de maio”. Análise da economia - O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Anbima é composto por 25 economistas de instituições associadas. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional. As estimativas da Anbima foram divulgadas ontem, primeiro dia de reunião do Copom, que também se reunirá hoje (20) para definir o nível da taxa básica de juros do País, a Selic. (AE)




Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

COMERCIAL

PTAX (BC)

TURISMO

PARALELO

TR/Poupança -XOKR

$JRVWR 6HW

2XW

1RY

'H]

-DQ

)HY

0DUoR

$EULO

0DLR 1R DQR PHVHV

0,20%

0,52%

0,89%

0,76%

0,07%

0,64%

0,57%

0,55%

0,46%

-0,42%

0,00%

-0,03%

0,19%

0,22%

1,54%

0,74%

0,58%

0,15%

0,56%

0,93%

1,64%

3,91%

5,20%

COMPRA

R$ 3,7464

R$ 3,7403

R$ 3,7311

,*3 0 )*9

VENDA

R$ 3,7469

R$ 3,7408

R$ 3,7316

,3& )LSH

0,05%

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

COMPRA

R$ 3,7560

R$ 3,7537

R$ 3,7732

,*3 ', )*9

-0,96%

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

VENDA

R$ 3,7566

R$ 3,7543

R$ 3,7738

,13& ,%*(

-0,30%

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

0,18%

0,07%

0,21%

0,43%

1,12%

1,76%

COMPRA

R$ 3,7070

R$ 3,7170

R$ 3,7070

,3&$ ,%*(

-0,23%

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

0,32%

0,05%

0,22%

0,40%

1,33%

2,86%

VENDA

R$ 3,8870

R$ 3,8830

R$ 3,8670

,&9 ',((6(

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

0,05%

0,03%

0,04%

-

1,08%

2,79%

COMPRA

R$ 3,8100

R$ 3,8100

R$ 3,8000

,3&$ ,3($'

-0,07%

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

-0,44%

-0,27%

0,19%

0,22%

1,40%

3,50%

VENDA

R$ 3,9100

R$ 3,9100

R$ 3,9000

$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

)RQWH AE

-0,67%

-0,72%

0,10%

0,47%

1,38%

3,45%

4,26%

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

6,45% - a.a.

Capital de Giro

9,91% - a.a.

Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

6,39% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

)RQWH: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.278,60

US$ 1.280,10

US$ 1.278,50

R$ 155,95

R$ 155,80

R$ 156,00

BM&F-SP (g) )RQWH AE

Taxas Selic Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

Ă‹QGLFHV -XQKR

7ULEXWRV )HGHUDLV 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52

0HWD GD 7D[D D D

8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 6,50 6,50 6,50 -

Reservas Internacionais 18/06 .......................................................................... US$ 381.796 milhĂľes )RQWH: BC

Imposto de Renda $OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

%DVH GH &iOFXOR 5

AtĂŠ 1.903,98

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. F &RQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD d) PensĂŁo alimentĂ­cia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR

-XQKR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,15 83& 5

23,48 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

-XOKR 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

$JRVWR 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

14/05 a 14/06 15/05 a 15/06 16/05 a 16/06 17/05 a 17/06 18/05 a 18/06 19/05 a 19/06 20/05 a 20/06 21/05 a 21/06 22/05 a 22/06 23/05 a 23/06 24/05 a 24/06 25/05 a 25/06 26/05 a 26/06 27/05 a 27/06 28/05 a 28/06 29/05 a 29/06 30/05 a 30/06 01/06 a 01/07

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

02('$ 3$Ă‹6 BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 26 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978

Contribuição ao INSS &2035$ 0,000047 0,5358 0,7907 0,006601 0,4288 0,5833 0,4587 0,4216 0,1684 0,07809 0,03193 12,3919 0,00313 5,2901 0,03674 1,0225 2,7731 3,756 3,756 2,8319 0,01785 4,4794 2,7666 0,4785 0,5499 3,756 0,0135 3,7745 0,0006597 0,03413 0,2096 4,947 0,002469 0,007285 0,1244 0,7958 1,1441 0,05486 0,005859 0,001281 3,756 0,0756 0,07046 0,1831 0,1189 0,5001 0,002732 0,5787 0,5789 1,0313 9,7558 0,01501 0,0000885 1,0015 0,9378 0,05886 0,05498 0,0002695 0,2423 1,0333 0,003375 1,01 4,3479

9(1'$ 0,0000471 0,5476 0,7984 0,006645 0,4294 0,5835 0,4589 0,4218 0,1686 0,07909 0,032 12,4226 0,003166 5,2984 0,03689 1,0228 2,7742 3,7566 3,7566 2,8332 0,01808 4,5535 2,7681 0,4786 0,5649 3,7566 0,01352 3,7755 0,0006608 0,03415 0,2106 4,9493 0,002496 0,007294 0,1246 0,7963 1,1446 0,05495 0,005863 0,001284 3,7566 0,07581 0,07049 0,1832 0,1191 0,5026 0,002744 0,5797 0,5792 1,032 9,7574 0,01503 0,0000885 1,0017 0,9387 0,05889 0,055 0,0002698 0,2436 1,0346 0,003383 1,0103 4,3501

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Fevereiro/2018 Março/2018

&UpGLWR Abril/2018 Maio/2018

Seguros

TBF

02/06

0,01311781 2,92791132

03/06

0,01311781 2,92791132

04/06

0,01311781 2,92791132

05/06

0,01311781 2,92791132

06/06

0,01311781 2,92791132

07/06

0,01311781 2,92791132

08/06

0,01311781 2,92791132

09/06

0,01311781 2,92791132

10/06

0,01311781 2,92791132

11/06

0,01311781 2,92791132

12/06

0,01311781 2,92791132

13/06

0,01311781 2,92791132

04/06 a 04/07 05/06 a 05/07 06/06 a 06/07 07/06 a 07/07 08/06 a 08/07 09/06 a 09/07 10/06 a 10/07 11/06 a 11/07 12/06 a 12/07 13/06 a 13/07 14/06 a 14/07 15/06 a 15/07 16/06 a 16/07 17/06 a 17/07 18/06 a 18/07 )RQWH $(

14/06

0,01311781 2,92791132

15/06

0,01311781 2,92791132

16/06

0,01311781 2,92791132

17/06

0,01311781 2,92791132

18/06

0,01311781 2,92791132

19/06

0,01311781 2,92791132

20/06 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

0,5160 0,5103 0,5116 0,5166 0,4992 0,4766 0,5017 0,5267 0,5216 0,5219 0,5252 0,5093 0,4863 0,5114 0,5365

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Maio ,*3 ', )*9

Maio ,*3 0 )*9

Maio

1,0286 1,0520 1,0426

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 20

Taxas de câmbio

02/06 a 02/07 03/06 a 03/07 04/06 a 04/07 05/06 a 05/07 06/06 a 06/07 07/06 a 07/07 08/06 a 08/07 09/06 a 09/07 10/06 a 10/07 11/06 a 11/07 12/06 a 12/07 13/06 a 13/07 14/06 a 14/07 15/06 a 15/07 16/06 a 16/07 17/06 a 17/07 18/06 a 18/07

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de maio/2018, incidente sobre rendimentos GH EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS Retenção QD )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV GD CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas a outras pessoas jurĂ­dicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de maio/2018 (Lei nÂş 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nÂş 13.137/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de maio/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-5/2001, alterado pelo DUW ž GD /HL Qž &RÂżQV Entidades Financeiras e Equiparadas CĂłd. Darf 7987. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) 3,6 3DVHS (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV - Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de maio/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): PIS-Pasep - Entidades Financeiras e Equiparadas - CĂłd. Darf 4574. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipase o prazo para o primeiro dia Ăştil que R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Recolhimento das contribuiçþes SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV j FRPSHWrQFLD maio/2018, devidas por empresa ou equiparada, inclusive da contribuição retida sobre cessĂŁo de mĂŁo de obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual que lhe tenha prestado serviço, bem como em UHODomR j FRRSHUDWLYD GH WUDEDOKR GD contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural - Recolhimento - Veja Lei nÂş 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alteraçþes posteriores. 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR deve-se antecipar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente anterior. Nota: As empresas que optaram pela contribuição

SUHYLGHQFLiULD SDWURQDO EiVLFD VREUH a receita bruta (Lei nÂş 12.546/2011, observadas as alteraçþes posteriores) devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo. GPS. (sistema eletrĂ´nico) ()' Âą ') 3( Âą Pernambuco: O arquivo GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU WUDQVPLWLGR pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atĂŠ o 20Âş dia do mĂŞs subsequente ao da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nÂş 1.371/2013, art. 12, caput). Distrito )HGHUDO 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi ser transmitido pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atĂŠ o 20Âş dia do mĂŞs subsequente ao da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nÂş 1.685/2017, art. 12). 1RWD $ FOiXVXOD GpFLPD VHJXQGD GR Ajuste Sinief nÂş 2/2009 estabelece que R DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU enviado atĂŠ o 5Âş dia do mĂŞs subsequente ao encerramento do mĂŞs da apuração. 1R HQWDQWR D DGPLQLVWUDomR WULEXWiULD da respectiva Unidade da Federação SRGHUi DOWHUDU HVVH SUD]R 6HQGR DVVLP os contribuintes do ICMS/IPI dos demais (VWDGRV GHYHUi REVHUYDU D OHJLVODomR estadual sobre o assunto. Internet 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, do valor devido sobre a receita bruta do mĂŞs de maio/2018 (Resolução CGSN nÂş 94/2011, art. 38). 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR prorroga-se o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. Internet ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5HFROKLPHQWR XQLÂżFDGR GR ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV UHFHELGDV HP PDLR - Regime Especial de Tributação 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% nÂş 1.435/2013, arts. 5Âş e 8Âş; e art. 5Âş da Lei nÂş 10.931/2004, alterado pela Lei nÂş 12.024/2009) - CĂłd. Darf 4095. Darf Comum (2 vias) ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH Tributação – PMCMV - Recolhimento XQLÂżFDGR GR ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV UHFHELGDV em maio/2018 - Regime Especial GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV H jV construçþes no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV (Instrução Normativa RFB nÂş 1.435/2013, arts. 5Âş e 8Âş; e Lei nÂş 10.931/2004, art. 5Âş, alterado pela Lei nÂş 12.024/2009) - CĂłd. Darf 1068. Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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LEGISLAÇÃO CONTAS PÚBLICAS

Governo enviará projeto dos precatórios Congresso aguarda a regulamentação dos subsídios dos cofres federais para estados e municípios Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, afirmou ontem que o governo enviará até o dia 30 de junho ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar como se dará o subsídio dos cofres federais para estados e municípios pagarem precatórios, ressaltando que não haverá impacto fiscal para a União antes de 2020. Segundo o secretário, ainda não é possível estimar quanto a medida custará aos cofres públicos federais. Não há, segundo Mansueto, previsão orçamentária para esse gasto nem neste nem no próximo ano e, além disso, os governos locais, antes de acionarem o Tesouro, precisam se utilizar de outras ferramentas para pagar precatórios em primeiro lugar. “Para qualquer coisa é preciso ter previsão orçamentária e financeira. O que você pode fazer é regulamentar, mas, mesmo assim, antes de isso começar a funcionar os Estados têm que usar receita própria, uma série de coisas para pagar precatórios”, disse Mansueto, segundo áudio divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda. “Como ela (emenda constitucional) estabelece um prazo para começar, que é a partir de 30 de junho, a gente vai ter que enviar um projeto de lei para o Congresso para regulamentar isso”, afirmou. Aprovada pelo Congresso em dezembro, a Emenda Constitucional 99 prevê que em seis meses a União deverá, diretamente ou por intermédio de instituições financeiras oficiais, disponibilizar uma linha de crédito especial, atualizada pelos mesmos índices da caderneta de poupança, para auxiliar Estados e municípios no pagamento de precatórios. “Mesmo que ela seja regulamentada agora, a partir de qual momento o Estado

pode efetivamente pedir financiamento para pagar precatório? Então o impacto disso não é imediato não. Não é nesse ano nem no próximo”, completou o secretário. Na prática, a emenda cria um subsídio indireto do Tesouro Nacional, uma vez que o custo de captação de recursos da União vem superando a remuneração da poupança. O custo médio de captação da dívida pública mobiliária federal interna foi de 8,68% ao ano em abril, último dado disponível. A Selic, que serve de referência para a remuneração da poupança está em 6,50% ao ano. Precatórios são pagamentos que o poder público precisa fazer quando é condenado pela Justiça em caráter definitivo. Dotação - O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, disse ontem que o governo federal não tem dotação orçamentária para oferecer empréstimo subsidiado para estados e municípios pagarem os precatórios devidos. A medida está prevista na Emenda Constitucional 99, promulgada em dezembro do ano passado, que adiou de 2020 para 2024 o prazo para os entes quitarem essas dívidas dentro de um regime especial. De acordo com a emenda, em até seis meses, a União, diretamente, ou por intermédio das instituições financeiras oficiais, deve disponibilizar uma linha de crédito especial para pagamento dos precatórios. Os precatórios são as dívidas contraídas pelos governos em todas as esferas, quando são condenados em instância final pela Justiça, a pagar a pessoas físicas ou jurídicas. Segundo Colnago, o governo não conseguiu retirar o dispositivo da proposta e agora, para cumprir essa

Histórico

obrigação, será preciso abrir espaço no orçamento. “Alguma coisa terei que deixar de fazer”, diz. “Vamos ter essa discussão dentro do Executivo, para ver como atender e se vamos atender”, disse o ministro, explicando que a própria Constituição diz que é preciso ter dotação orçamentária para cumprir as obrigações, assim a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias pedem essa compatibilidade orçamentária. “Preciso, dentro do arcabouço jurídico, estar atendendo a todas a leis, e a própria Constituição”, ressaltou. Para o ministro, mesmo para o orçamento do ano que vem, para que o financiamento seja oferecido aos entes, outras despesas deverão ser reduzidas. “É uma discussão que veremos ao longo do tempo e no envio da LOA (Lei Orçamentária Anual)”, explicou. Mansueto Almeida explicou que, antes de acessar a linhas de crédito da União, os estados e municípios têm prazos e precisam recorrer aos recursos próprios e outros mecanismos para pagar os precatórios. Segundo levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até junho de 2014, a dívida total da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios com precatórios era de R$ 97,3 bilhões. A maior dívida é dos estados e alcança R$ 52,7 bilhões nos tribunais federais, estaduais e trabalhistas. A dívida dos municípios é de R$ 43,7 bilhões e a da União, de R$ 935 milhões. Colnago e Mansuetto participaram ontem, em Brasília, do seminário “Cenários Fiscais e Prioridades Orçamentárias”, promovido pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal. (Reuters/ABr)

ração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras (DES-IF) - entrega do Módulo de Apuração Mensal do ISSQN, pelas instituições financeiras e equiparadas, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (Bacen), e pelas demais pessoas jurídicas obrigadas a utilizar o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif), com os dados referentes ao mês anterior (Decreto nº 13.471/2008). Nota: Este arquivo deverá ser entregue por meio do programa validador disponível no site da Prefeitura de Belo Horizonte. Internet, Decreto nº 13.471/2008, artigo 13, § 4º, I.

Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 09/05/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob.com.br/ TFRM-D - maio de 2018 - Desitedocliente). claração de apuração da TRFM (TFRM-D) - entrega à SEF/MG ICMS - prazos de recolhimento pelas pessoas físicas e jurídi- os prazos a seguir são os cons- cas que efetuarem vendas ou tantes dos seguintes atos: transferências entre estabelecia) artigos. 85 e 86 da Parte Geral mentos pertencentes ao mesmo do RICMS-MG/2002; e titular do mineral ou minério, b) artigo 46 do anexo XV do por meio do Sistema Integrado RICMS-MG/2002 (produtos su- de Administração da Receita jeitos a substituição tributária). O Estadual (Siare), disponibilizado Regulamento de ICMS de Minas no site da SEF. Internet, Decreto Gerais é aprovado pelo Decreto nº 45.936/2012, artigo 14; Portaria nº 43.080/2002. SRE n] 106/2012, artigo 2º. Dia 20 ISSQN - maio de 2018 - Decla-

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

O ministro Esteves Colnago disse que o efeito fiscal dos precatórios não será imediato

OPERAÇÃO GRÃO BROCADO

Fraudes em notas fiscais na venda de café são alvo da Receita Estadual DA REDAÇÃO

A Receita Estadual de Minas Gerais, o Ministério Público (MPMG) e a Polícia Civil, órgãos que integram o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira, em parceria com a Receita Federal do Brasil, realizaram ontem a Operação Grão Brocado, com o objetivo de combater fraudes na comercialização do café no interior de Minas Gerais, no Distrito Federal e no Paraná. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, dez mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva. Também foram autorizadas as quebras de sigilo fiscal e bancário de mais de 30 contribuintes sediados nas três unidades de federação. Em Minas Gerais, as ações foramo concentradas nos municípios de Patrocínio, Santana da Vargem, Machado, Varginha e Três Pontas. Investigações conduzidas pela Receita Federal reve-

sujeitos à entrega: frigoríficos e abatedores de aves e de outros animais; laticínio; cooperativa de produtores de leite; produtor rural. Nota: Os prazos para transmissão de documentos fiscais pela Internet são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, § 1º, VI.

laram a existência de uma organização criminosa arquitetada para sonegar tributos incidentes no comércio de grãos de café, especialmente destinados à exportação. Conforme apurado pelo Fisco, entre os anos de 2016 e 2018, empresas de fachada, conhecidas como “noteiras”, emitiram mais de R$ 3 bilhões em notas fiscais simulando operações e negócios para evitar o recolhimento dos impostos devidos. As investigações indicam que as empresas envolvidas mantêm uma espécie de unidade operacional de controle, cujo propósito é beneficiar terceiros criando falsos intermediários na cadeia de comercialização de grãos. Foi apurado que o esquema criminoso visava ocultar os verdadeiros responsáveis pelo recolhimento do Funrural e pelo aproveitamento indevido de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), permitindo

receitas provenientes da Câmara de Compensação Tarifária, correspondente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior. Nota: O documento de arrecadação do município de Belo Horizonte não possui denominação específica. Os contribuintes pessoas jurídicas poderão emitir a guia de recolhimento através do sistema BH ISS Digital (internet). Guia de recolhimento/internet/sistema BH ISS Digital, Decreto nº 11.956/2005, artigo 13, § 2º.

ICMS - maio de 2018 - substituição tributária -saídas de mercadorias nas hipóteses previstas no RICMS-MG/2002, anexo XV, artigos 86, IV, 87, § 1º, e 92, paISSQN - maio de 2018 - De- rágrafo único, todos da parte claração Eletrônica de Serviços 1 deste anexo. DAE/internet, (DES) - entrega da DES pelas RICMS-MG/2002, anexo XV, pessoas jurídicas estabelecidas parte 1, artigo 46, VI. no município de Belo Horizonte, Dia 23 correspondente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior. ICMS - Scanc – maio de 2018 Nota: A transmissão deste arquivo magnético será através do site da - entrega, pelas refinarias de pePrefeitura de Belo Horizonte, por tróleo e suas bases, de informações meio do sistema BH ISS Digital. relativas às operações interestaduInternet, Decreto nº 14.837/2012, ais com combustíveis derivados artigo 7º; Portaria SMF nº 16/2012. de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ICMS - maio de 2018 - DeclaISSQN - maio de 2018 - empre- por outros contribuintes. Nota: ração de Apuração e Informação sas de transporte coletivo - reco- Esta obrigação é cumprida por do ICMS (Dapi 1) - contribuintes lhimento do imposto relativo às meio eletrônico e pode ser efetu-

reduzir o valor do Imposto de Renda devido pelas reais beneficiárias e pelos produtores rurais. Participaram da operação 21 servidores da Receita Federal, 42 servidores da Receita Estadual, 72 Policiais Civis e cinco promotores de Justiça. Na linguagem do setor, grão brocado é aquele danificado pela broca, um parasita dos cafezais. O nome da operação refere-se aos vários agentes intermediários entre o produtor e a indústria, que estão sob investigação e atuam como verdadeiros parasitas, operando um esquema criminoso de sonegação de tributos estaduais e federais, o que também reduz a participação dos municípios nos recursos repassados pelo Estado - baseada no Valor Adicionado Fiscal (VAF) -, prejudicando o custeio da saúde, educação e demais serviços prestados pelas prefeituras, além de causar desequilíbrio no mercado (As informações são da Agência Minas)

ada a qualquer tempo. Portanto recomendamos que o envio seja efetuado até a data mencionada no ato legal mesmo que esta coincida com sábado, domingo ou feriado. Scanc, Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § 1º, V, “b”; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2017. Dia 25 ICMS - maio de 2018 - Escrituração Fiscal Digital (EFD) - entrega do arquivo relativo à Escrituração Fiscal Digital (EFD), contendo as informações dos fatos geradores ocorridos no mês anterior, pelos contribuintes relacionados no anexo XII do Protocolo ICMS nº 77/2008. Internet, RICMS-MG/2002, anexo VII, parte 1, artigo 54. ICMS - segundo decêndio de junho de 2018 - contribuinte/atividade econômica: venda de café cru em grão realizada em Bolsa de Mercadorias ou de Cereais pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com intermediação do Banco do Brasil, referente aos fatos geradores ocorridos no segundo decêndio do próprio mês, ou seja, no período de 11 a 20 do mês. DAE/ internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XIV, “b”.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Semana Guignard celebra um dos maiores mestres da arte brasileira do século XX DANIEL MANSUR / STUDIO PIXEL

DA REDAÇÃO

Um dos maiores mestres da arte brasileira do século XX, o pintor Alberto da Veiga Guignard será homenageado na tradicional Semana Guignard, que neste ano terá sua oitava edição. O evento é realizado pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e da Superintendência de Museus e Artes Visuais, e acontecerá no Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, entre os dias 22 e 30, tendo a Cemig como patrocinadora, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Toda a programação é gratuita. O extenso rol de atrações terá exposições, apresentações artísticas, palestras, lançamento de livro, exibição de vídeo, oficina e workshop culturais, que visam promover verdadeira imersão no universo do artista. O destaque da Semana Guignard de 2018 é o lançamento do livro “Passos de Guignard em Ouro Preto”, fruto de pesquisa feita em duas décadas pelo coordenador do Museu Casa Guignard (Foto), Gélcio Fortes. O livro traz textos e correspondências de amigos de Guignard, como Priscila Freire e Lúcia Machado de Almeida, belas poesias de expoentes da literatura brasileira e depoimentos de moradores de Ouro Preto que conviveram com o artista. Apresenta também imagens de obras e registros de Guignard em Ouro Preto. O design é de Paulo Schmidt, que deu à obra moderno e requintado acabamento. A superintendente de Museus

e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, reafirma a importância do evento para a comunidade de Ouro Preto: “Todos os anos o Museu Casa Guignard oferece à comunidade de Ouro Preto uma caprichada programação na Semana Guignard. É sempre uma excelente oportunidade de estreitarmos nossa relação com o público e de a trajetória do grande artista, que tanto amou a cidade, ser reconhecida”. A programação tem início na sexta-feira (22) com apresentação do Bontempo Trio, no Dirce Café Bar. Entre os destaques de sábado (23), será realizada a abertura da 12ª Noite de São João, tema constante nas obras de Guignard, com projeções de obras do artista na fachada do museu e apresentação de quadrilhas. Em seguida, às 21hs, acontece o show da banda O Xote das Meninas, formada por seis musicistas mineiras, que se uniram para tocar e celebrar um importante gênero da música brasileira: o forró pé de serra. O intuito do grupo, criado por Christiane Cordeiro, é dar visibilidade à música feita por mulheres no País, que ainda tem a cena predominantemente masculina. O repertório passeia por baiões, xotes e xaxados, eternizados nas vozes de Marinês, Elba Ramalho, Dominguinhos e Luiz Gonzaga.

reproduções de matérias e curiosidades sobre o artista, retiradas de jornais e revistas coletadas ao longo de quatro décadas e que compõem o acervo pessoal de Tadeu Bandeira, curador da mostra. O público poderá saber um pouco mais sobre o processo de coleta dessas noticias, na roda de conversa com o curador logo após a abertura da exposição. Na parte da tarde, no espaço Priscila Freire (no subsolo do Museu Casa Guignard), acontece o encontro com o grupo Urban Sketch (desenhistas urbanos) de Ouro Preto. Nos dias 25 e 26 (segunda e terça-feira) será realizada a oficina de produção de flores de papel, ministrada pela artesã mineira Regina Ribeiro, com temática “Jarros de Guignard”. O público será convidado a produzir flores e compor arranjos inspirados nos jarros de flores pintados pelo artista. Na quinta (28) e na sexta (29), o fotógrafo Eduardo Trópia ministra o workshop de fotografia “Um olhar”, levando os participantes a produzirem seus registros pelas rotas dos Passos de Guignard em Ouro Preto. Na noite do dia 29 será exibido o filme “Guignard Imaginário”, no Bar e Restaurante Toffolo, seguido de bate-papo com a diretora Isabel Lacerda. Encerrando a VII Semana Guignard, será lançado o livro “Passos de Guignard em Ouro Preto”, Matérias e curiosidades - As no dia 30 (sábado) e, na sequênatividades continuam no do- cia, palestra do artista plástico mingo (24), com a abertura da Marcelo Albuquerque com o exposição temporária “Notícia tema “Paisagens Imaginantes de de Guignard”, que apresenta Guignard, poética e influências”. JOÃO CARLOS AMARAL / DIVULGAÇÃO

Culinária junina

DC homenageado

A gastronomia é um dos grandes pilares da edição de 2018 do Arraial de Belo Horizonte. Entre as ações propostas para o festejo está o “Circuito Gastronômico Arraial de Belo Horizonte”, que apresenta pratos típicos da culinária junina reinventados por 23 bares e restaurantes da cidade. O objetivo é fortalecer a culinária mineira, oferecendo receitas com ingredientes típicos, como milho, carne seca, amendoim e outros. Participam do circuito: Academia, Assacabrasa Lourdes, Baiana do Acarajé, Bar Ideal, Boi Vitório, Cafeteria da Fazenda - Comidinhas Mineiras, Casa Cheia Restaurante - Mercado Central e Savassi, Chalé da Mata, Dona Lucinha, Laicos, Maria das Tranças - São Francisco e Savassi, Marina’s Bar e Restaurante, Pampulha Stand Bar, Paracone, Pizzaria Estação Parada do Cardoso, Reciclo, Restaurante Escola Promove, Sport Bar Pizzaria, Verdinho, Xico da Carne - Cidade Nova e Santa Inês.

O Diretor-Presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa, foi um dos agraciados com o Troféu Tancredo Neves e com diploma oferecidos pelo jornal Edição do Brasil, por sua destacada atuação no cargo que exerce. A honraria foi concedida na noite de segunda-feira, no Auditório do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Na foto, Luiz Carlos Motta Costa aparece ao lado do secretário de Comunicação da Prefeitura de Juiz de Fora, Michael Guedes, designado para lhe entregar o diploma.

CULTURA WENDY MUTZ / DIVULGAÇÃO

Pianista Concerto - O pianista fluminense Sérgio Monteiro será a atração da Série Manhãs Musicais da Fundação de Educação Artística (FEA), apresentando obras de Scarlatti, Poulenc, Mendelssohn e Chopin. Nascido em Niterói (RJ), Monteiro iniciou seus estudos aos 4 anos e formou-se sob a orientação de Myrian Dauelsberg, na Escola Nacional

de Música do Rio de Janeiro, onde concluiu graduação e mestrado. Quando: Domingo (24), às 11h Quanto: R$ 20 (Inteira) R$ 10 (Meia) Onde: Sala Sergio Magnani, Fundação de Educação Artística (Rua Gonçalves Dias, 320, Funcionários, Belo Horizonte) Rafael Macedo Novo CD - O músico e

compositor mineiro Rafael Macedo lança seu segundo CD, “microarquiteturas”, em show no Teatro Centro Cultural Minas Tênis Clube (antigo Teatro Bradesco). Ele será acompanhado pelo grupo Pulando o Vitrô, com o qual gravou o CD e que também participou de seu primeiro disco, “Quase em silêncio”, de 2009. Quando: Amanhã (21), às 20h30 Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Teatro Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte) Nemer Mostra - O artista plástico mineiro José Alberto Nemer, doutor em Artes Plásticas pela Universidade de Paris VIII, França, professor e um dos mais respeitados nomes da cultura brasileira, expõe “Nemer | Aquarelas recentes – Geometria Residual”, continuação de série que vem sendo apresentada desde os

anos 1990, com cerca de 50 obras em dimensões que vão de 7x10cm até 1,5x4m. Quando: De domingo (24) a 2 de setembro. Terça a sábado, das 10h às 20h, domingos e feriados, das 11h às 19h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, CF5, Lourdes, Belo Horizonte)

a 19 de julho Quanto: Entrada Gratuita Onde: Aliança Francesa Belo Horizonte (Rua Tomé de Souza, 1.418, Savassi, Belo Horizonte). VALERIA RAMOS TERRA IMAGEM / DIVULGAÇÃO

Artes plástica Ana Göbel - A exposição “Terra Fértil”, da artista plástica Anna Göbel, é composta por nove painéis de gravuras, desenhos e projeções que propõem sensibilizar e envolver o espectador para a potência do ser humano e sua ação no mundo, capaz de transformar processos de conflitos em soluções transformadoras. Para isso, Anna Göbel trabalha com materiais do cotidiano, como acetato, papelão, vinil, lonas, restos de EVA, látex e betume. Quando: Abertura: 28 de junho, às 19h. Visitação de 29 de junho

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