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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.646 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2018

Triângulo se destaca na geração de energia a partir da biomassa Uberlândia e Uberaba, juntas, têm capacidade de gerar 176 MW por meio da matriz Estudo da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mostrou que Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda cidade mineira com maior potencial para geração de energia a partir da biomassa. Uberlândia tem capacidade para gerar até 58 megawatts (MW) de energia por meio da biomassa. A cidade só perde para Uberaba, também no Triângulo, com potencial para 118 MW. O perfil econômico do município, voltado para o agronegócio, foi o fator determinante para colocar Uberlândia nessa posição. O perfil econômico dos municípios, voltados para o agronegócio, foi o fator determinante para colocar as duas cidades em posições de destaque. “Temos uma estrutura pública voltada para o conceito de sustentabilidade e fontes renováveis. Hoje, a proposta é atrair empresas que gerem energia a partir de fontes renováveis e já temos negociações em curso”, afirmou o secretário de Desenvolvimento de Uberlândia, Dilson Dalpiaz. Pág. 3

PIXABAY/DIVULGAÇÃO

Os resíduos vegetais gerados a partir das culturas do milho, soja e lenhosos, além da suinocultura, colocam a cidade em evidência

Siderurgia ganha iniciativa pioneira em Minas Gerais A produção do aço no Brasil e toda a sua cadeia de valor são o foco do mais novo centro de inovação de Minas Gerais, que será inaugurado amanhã, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Criado pela

EDITORIAL

ArcelorMittal, o Açolab faz parte dos investimentos da empresa em inovação digital e em tecnologia da informação em aços longos, que somam R$ 30 milhões em 2018. A ideia é apoiar soluções inovadoras na área. Pág. 11 DIVULGAÇÃO

A venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa, sempre que se cuide de alienar o controle acionário. Este é o entendimento do ministro Ricardo Lewandowski, doSTF, em julgamento de ações que questionam a chamada “Lei das Estatais”, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados, Distrito Federal e municípios. Embora este seja apenas uma decisão liminar, o posicionamento do Supremo é oportuno e necessário. “A preço de liquidação”, pág. 2

Produção de soja no Estado bate recorde O Estado colheu 5,54 milhões de toneladas da oleaginosa, volume 9,4% maior que o registrado no ano anterior. Apesar do volume recorde e da maior liquidez em relação aos demais grãos, as expectativas em relação à

próxima safra são cautelosas, em função da queda de preços, aumento dos custos de produção e problemas envolvendo o escoamento após o governo interferir nos preços do frete. Os dados são da Conab. Pág. 14 DIVULGAÇÃO

OPINIÃO Paula Harraca: startups chegam com um olhar novo e sem vícios para contribuir

Glencore Energy compra participação na AleSat Combustíveis

Horário dos jogos do Brasil na Copa impacta os bares e restaurantes

Parte da AleSat Combustíveis, até então controlada pelo grupo mineiro Asamar, está sendo vendida à Glencore Energy (Glencore). Na última semana, o grupo suíço, por meio de sua subsidiária no Brasil, assinou contrato para aquisição de 78% da rede de postos da bandeira Ale. A conclusão da operação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pág. 5

A Copa do Mundo 2018 tem atraído mais clientes para os bares e restaurantes de Belo Horizonte, porém, o aumento do movimento não é generalizado. Devido principalmente aos horários dos jogos, estabelecimentos de segmentos específicos são mais beneficiados pelo evento esportivo, enquanto outros têm enfrentado resultados negativos. Pág. 6

Dólar - dia 2

Euro - dia 2

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,9084 Venda: R$ 3,9094

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As dimensões de uma Copa do Mundo de futebol são tantas que está difícil de percebê-las no espaço de um mês. Aliás, as suas repercussões duram muito tempo e, em especial, seus escândalos, resultados e as dívidas que deixam. A Copa da Rússia é até agora um show de bola em termos de organização. A Rússia isolada e com sanções econômicas levantou a cabeça mais uma vez e mostrou que é um país que sabe o que quer e sabe fazer as coisas. O governo do presidente Putin fez da Copa um momento Rússia para ninguém botar defeito. (Stefan Salej), pág. 2

Venda: R$ 4,5327

Poupança (dia 3): ............ 0,3715%

Turismo

Ouro - dia 2

IPCA-IBGE (Maio): ............. 0,40%

Compra: R$ 3,7830 Venda: R$ 4,0530

Nova York (onça-troy): US$ 1.241,70

IPCA-Ipead (Maio): ............. 0,22%

R$ 157,50

IGP-M (Junho): ......................... 1,87%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,9049 Venda: R$ 3,9055

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 3): ............................. 0,0000%

+1,64 +1,35

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-1,11 26/06

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O rendimento médio por hectare foi de 3,67 toneladas


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2018

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OPINIÃO Da Copa e suas lições STEFAN SALEJ * As dimensões de uma Copa de futebol são tantas que está difícil de percebê-las no espaço de um mês. Aliás, as suas repercussões duram muito tempo e, em especial, seus escândalos, resultados e as dívidas que deixam. Ninguém esquece a Copa de quatro anos atrás. Foi um marco indelével na história do País, marco de competência na organização e incompetência na essência, que é perder no final para a Alemanha. E assim foi a nossa alegria maior esta semana, quando a Alemanha foi mandada para casa por uma inexpressiva força no futebol mundial, a Coreia do Sul. O Brasil explodiu em alegria de vingança, como se um fato tivesse alguma ligação com o outro. Ou seja, o que um jogo quatro anos depois tem a ver com o jogo de quatro anos atrás? As equipes são outras, os tempos são outros, só a bola continua redonda. Mas, a nossa frustração de perdedores desejando a vingança coletiva contra os alemães continua a mesma. Um fenômeno e tanto, essa alegria com a derrota dos alemães. E a volta para casa de argentinos e portugueses? Em qualquer circunstância torcemos pelos

seja quem for que podem ganhar da Argentina. As imagens de Maradona sofrendo com a derrota nos ajudam a aliviar as nossas dores de incompetência? Parece que sim. E a derrota de Portugal, país tão querido? Doeu, mas não ganhou do nosso vizinho Uruguai. Mas não gostamos deles porque em 1950, no Maracanã, ganharam a copa da gente. A Copa da Rússia, em que não temos mais times africanos jogando na fase de oitavas de final, é até agora um show de bola em termos de organização. A Rússia isolada e com sanções econômicas levantou a cabeça mais uma vez e mostrou que é um país que sabe o que quer e sabe fazer as coisas. O governo do presidente Putin fez da Copa um momento Rússia para ninguém botar defeito. Interessante observar que predominam as seleções europeias e latino-americanas. Onde estão os africanos que organizaram a copa há oito anos e tiveram seleções inesquecíveis, como a de Camarões, nas competições anteriores. Por outro lado, as seleções europeias estão tão multirraciais que você se pergunta se realmente existe um proble-

ma racial e de imigrantes na Europa. Pelo jeito, no futebol não. Além da organização da Copa, para um leigo em futebol como eu, vale a pena observar as táticas de jogo. Definitivamente os dois times com maiores estrelas do futebol mundial, a Argentina com Messi e Portugal com CR7, se deram mal. E quem não teve estrela, por exemplo a França ou o Uruguai, e jogou como equipe unida com o objetivo de ganhar o jogo, levou. Ou seja, a lição que fica para o empresário é que quem vence é o time, jogando junto, respeitando a bola, o gol, o público e o adversário. É a empresa como um todo que vence, os indivíduos fazem parte do time. E mais, achar que a vingança nos faz fortes e melhores é mero engano. A derrota da Alemanha não faz nosso time melhor. Ou ele é melhor, ou não é. A bola é redonda e gol é quadrado. Pura geometria na alegria de jogar. * Ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, cofundador do Minas em Movimento

A contundente distribuição da renda CESAR VANUCCI * “A turma (mais afortunada) do 1 por cento levou para casa, no ano passado, 36 vezes o que ficou com a metade mais pobre dos brasileiros (...), grupo formado por pessoas com renda média de 750 reais mensais.” (André Barrocal, jornalista) Dados recolhidos nas declarações anuais do Imposto de Renda, objeto de comentários técnicos em órgãos especializados, estão alinhados num trabalho jornalístico de fôlego de autoria de André Barrocal, na apreciada revista “CartaCapital”, edição de 27 de junho passado. O trabalho oferece sugestivo retrato de corpo inteiro da contundente distribuição da renda nacional. Revela, como ponto de partida, com base em informações coletadas pelo IBGE na “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)”, que de uma população de 207 milhões 124 milhões de pessoas possuem algum tipo de renda, derivada de trabalho remunerado, aluguéis, aposentadorias, pensões, mesadas, aplicações, benefícios sociais, assim por diante. O salário é apontado como a modalidade mais importante de renda, fonte de provento para 86 milhões. Desses, 860 mil são identificados como integrantes da faixa mais afortunada em matéria de rendimentos, pela circunstância de abiscoitarem, em média, 27 mil reais por mês. Fazem parte do conjunto dos 1 por cento mais bem posicionados financeiramente. Esta categoria responde por 20 a 25 por cento da riqueza brasileira. Estudos a respeito das desigualdades sociais na vida contemporânea ressaltam que a concentração de renda nas mãos de pequenas minorias constitui fenômeno mundial. No Brasil, os índices que falam da perversa discrepância são considerados maiores do que em boa parte dos países de economia pujante. Noutras palavras, os sinais dos gritantes contrastes na apropriação de bens mostram-se, cá por estas bandas, mais visíveis do que em outras plagas. Os 5 brasileiros mais ricos somam haveres calculados em 87 bilhões de dólares. No ano passado, os algarismos acumulados do ervanário pertencente ao reduzido grupo correspondiam – ora, veja, pois! - ao patrimônio somado de 100 milhões de compatriotas da metade mais pobre. De outra parte, os 15 maiores ricaços brasileiros, elencados em trabalho da revista “Forbes” ao relacionar as 1.000 fortunas mais avultadas do planeta, detinham recursos da ordem de 124 bilhões e 700 milhões de dólares. Da comparação do PIB brasileiro (1.796 trilhão de dólares, em 2016) com o patrimônio desses 15 magnatas extrai-se a conclusão de que a participação dos mesmos na renda nacional anda por volta de 10 por cento. A lista dos nossos miliardários comporta outros sugestivos registros.

Dos 5 mais bem aquinhoados, ocupando o primeiro, o terceiro e o quarto lugares, três fazem parte de um mesmíssimo conglomerado empresarial, ramo de bebidas. Na sequência, no sexto e sétimo lugares, se posicionam 4 dirigentes de uma mesma instituição bancária. Os 13º e 14º lugares da lista são de executivos de uma outra organização de presença realçante no cenário industrial. Ao time do 1 por cento toca, no bolo da riqueza coletiva, fatia equivalente a 36 vezes mais a da metade mais pobre, que sobrevive com renda média mensal de 750 reais. Abaixo, como sabido, do pífio piso salarial vigente, piso que o governo cismou em não elevar para o ano vindouro. Louvando-nos ainda nos informes da “Forbes”, tomamos ciência de que, entre 2016 e 2017, dos 2.043 triliardários listados no mundo inteiro 31 eram de nacionalidade brasileira. Em 2018, mais 12 entraram no seleto clube. As análises a que nos reportamos fornecem copiosa informação sobre as características da distribuição da renda brasileira. Em 2017, 28 milhões de contribuintes prestaram conta ao Leão. R$ 137 mil foi o ganho médio mensal declarado de 1.300 dirigentes de empresas com ações negociadas na Bolsa. De R$ 100 mil mensais foi a renda média anunciada por 9.600 donos de cartórios possuidores de bens avaliados, em média, de 1,4 milhão de reais e de patrimônio de 1,3 milhão. Trinta e cinco mil e 200 membros do Poder Judiciário assinalaram renda média mensal de R$ 51 mil, enquanto 2.600 diplomatas afirmaram possuir renda média mensal de R$ 36 mil e riqueza individual de 1,6 milhão em média. O patrimônio médio e a renda mensal anotados por 323 mil médicos foram, respectivamente, de R$ 850 mil e de R$ 28 mil. Já o patrimônio registrado por vinte e oito mil advogados foi de 540 mil, enquanto sua renda média atingiu 28 mil. O amplo painel de dados vindo a lume no trabalho jornalístico citado não levou em conta, óbvio supor, os valores presumivelmente altíssimos das fortunas pessoais amealhadas no plano – chamemos assim – da informalidade. Bufunfa respeitável acha-se guardada, com certeza, em contas ultrassecretas nos chamados “paraísos fiscais”. Locais que a hipocrisia social e os manjados esquemas de malfeitorias em permanente funcionamento fazem questão de manter, receptivos, ativos e prósperos, em variadas paragens deste mundo amalucado, começando pela ladina e neutra Suíça. Mas isso, como era de costume dizer-se em tempos de antanho, já são outros 500. 500 milhões, ou bilhões, em dólar, euro, libra, por aí, por aí... * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Ureia é insumo do agronegócio? BENJAMIN SALLES DUARTE * Os jornais noticiam que a Petrobras deverá fechar, em outubro desse ano e por razões de mercados, duas fábricas que processam a ureia para alimentação de bovinos, e que entra na formulação de fertilizantes nitrogenados de uso recorrente nos cultivos agrícolas. Ora, sem ser um analista de mercados, o Brasil já importa 70% dos fertilizantes que consome nas lavouras anuais e perenes, o que se configura numa dependência estratégica, senão perigosa, para o agronegócio que abastece e exporta para mais de 160 países nos cinco continentes. Embora não se possa isolar o “fator fertilizante” de outras tecnologias exigidas na produção e oferta de grãos, cereais, oleaginosas, fibras, biomassa, produtos de base florestal, hortaliças, frutas e legumes, esse fator é um componente indispensável nos ganhos de produção e produtividade por unidade de área cultivada, o que depende igualmente da análise do solo para calibrar as dosagens de fertilizantes nas diferentes culturas. Assim, a Ureia Fertilizante da Petrobras, indispensável à agricultura, contem 46% de nitrogênio, concentração que reduz custos de transporte, armazenagem, aplicação, e na adubação. Em 2016, o consumo aparente de fertilizantes no

Brasil foi de 32,78 milhões de toneladas, sendo 5,59 milhões de toneladas ureia ou 17% do total (Anda). Insumo é tecnologia de ponta, e os custos agropecuários podem aumentar em cenários adversos. Mas “produzir ureia tem que ser lucrativo num mundo econômico interdependente no entender do pesquisador Eliseu Alves, da Embrapa.” A ureia é um composto sólido, nitrogenado não proteico, derivado do petróleo e muito usado, também sob orientação técnica, na alimentação de bovinos de leite e de corte ao longo do ano. O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, o segundo produtor de carne bovina, e o maior exportador. Os cinco maiores rebanhos bovinos do mundo são Índia, com 303,35 milhões de cabeças; Brasil, 226,03 milhões; China, 100,03 milhões; EUA, 93,50 milhões; e União Europeia, com 89,25 milhões de cabeças (farmnews-2017). Portanto, a ureia é um dos insumos estratégicos no desempenho do agronegócio brasileiro, que movimentou por vias internas R$ 1,42 trilhão em 2017, a preços correntes, e acumulou um superávit nas exportações de US$ 1,025 trilhão entre 1997 e 2017. Importar nem sempre é um bom negócio para quem planta e cria, e muito menos para a sociedade consumidora, que arca com os

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custos finais das tecnologias, dos produtos e serviços. Essa e outras abordagens não são análises econômicas, searas dos economistas, mas de cenários prováveis e presumíveis consequências nos sistemas agroalimentares nas regiões produtoras brasileiras e no abastecer e exportar. A demanda crescente por alimentos é uma constante no mundo, pois a previsão é de 9,2 bilhões de habitantes em 2050, contra os 7,63 bilhões atuais, e a fome também não pode esperar e atinge 815 milhões de pessoas, principalmente nos países mais pobres e nos em desenvolvimento (ONU/FAO). O fator terra, segundo a Embrapa, foi responsável por apenas 10% do crescimento das safras de grãos no Brasil se tomando como base o Censo Agropecuário de 2006, vigente. A segurança alimentar como política de governo, conceito e prática, não pode subestimar eventuais estrangulamentos na oferta de fertilizantes, embora não se possa negar o peso das decisões econômicas na tomada de decisão de governantes e governados. Entre 2015 e abril de 2018, o superávit nas exportações do agronegócio brasileiro foi de US$ 254,14 bilhões, um desempenho histórico (Mapa).

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A preço de liquidação A venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa, sempre que se cuide de alienar o controle acionário. Este é o entendimento do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento de ações que questionam a chamada “Lei das Estatais”, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados, Distrito Federal e municípios. Depois de apontar que diariamente noticia-se medidas para acelerar as privatizações com o intuito de ampliar receitas governamentais, o ministro conclui que decisões a respeito não competem apenas ao chefe do Executivo. Embora este seja apenas uma decisão liminar, o posicionamento do Supremo é oportuno e necessário, no sentido de induzir mais discussões sobre privatizações, Embora este sua conveniência seja apenas uma e condições em decisão liminar, o que devem ser realizadas. São posicionamento do decisões muito Supremo é oportuno graves para que e necessário, no sejam tomadas sentido de induzir isoladamente, sob riscos de danos mais discussões ao patrimônio sobre privatizações, público e ao sua conveniência e interesse nacional, condições em que notadamente na esfera estratégica. devem ser realizadas O que não faz sentido é repetir o expediente de governos anteriores, quando o Estado brasileiro vendeu empresas tão importantes quanto a então Companhia Vale do Rio Doce a pretexto de levantar recursos para abater a dívida pública e investir em áreas mais sensíveis e não fez nem uma coisa nem outra. Agora, diante de um déficit público crescente e que não consegue conter, o governo atual tenta repetir a experiência, promovendo uma grande liquidação que parece fugir a qualquer controle ou razoabilidade, particularmente no que toca aos preços ofertados. É preciso conter essa caminhada insensata e que o setor público trate, em primeiro lugar, da boa gestão de suas empresas, da transparência e da correção de procedimentos. Tirar o sofá da sala pode parecer mais simples, mas definitivamente não é a solução e tampouco significa que os pecados das estatais estarão de alguma forma expurgados. Ainda que a decisão anunciada, se de fato implementada, possa também abrir espaços para que se ampliem os desvios abrigados no âmbito do Legislativo, uma vez que apoios poderão ser explicitamente transacionados, como já ocorre, a barreira que o Supremo Tribunal Federal (STF) está levantando é pertinente e necessária. Como foi dito, trata-se tão somente de respeitar o princípio elementar que recomenda decisões colegiadas sempre que estiver em questão o interesse coletivo, acima de opiniões individuais ou de visões políticas em que a objetividade acaba posta de lado.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2018

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

ENERGIA

Uberlândia investe no potencial da biomassa Atividade agropecuária contribui LEONARDO FRANCIA

o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Dilson Dalpiaz. Segundo ele, a matriz energética da cidade é 70% hidrelétrica, 8% fotovoltaica e 2% biomassa, sendo 80% de toda a fonte de Uberlândia renovável. Dalpiaz explicou que as atividades que geram resíduos para produção de energia de biomassa já são desenvolvidas na região. Além disso, Uberlândia está recebendo um investimento inicial de R$ 30 milhões da ME-LE Energietechnik, empresa alemã que atua no ramo bioquímico e de energias renováveis. A companhia está construindo uma planta dedicada à fabricação de biodigestores. O equipamento, segundo o secretário, pode usar resíduos sólidos do lixo, resíduos vegetais ou resíduos animais para gerar energia. O projeto da ME-LE deve gerar até mil empregos diretos e indiretos. “Isso é importante porque cria uma cadeia de ponta a ponta. Já tem os resíduos, agora o fornecimento de equipamentos. Estudos como o da Cemig nos dão condições de trabalhar para atrair empresas que representam mais elos dessa cadeia”, avaliou o secretário.

Estudo da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mostrou que Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda cidade mineira com maior potencial para geração de energia a partir da biomassa. O perfil econômico do município, voltado para o agronegócio, foi o fator determinante para colocar Uberlândia nessa posição. De acordo com o levantamento da Cemig, intitulado de Potencial de Energia da Biomassa em Minas Gerais, Uberlândia tem capacidade para gerar até 58 megawatts (MW) de energia por meio da biomassa. A cidade só perde para Uberaba, também no Triângulo, com potencial para 118 MW. Os resíduos vegetais gerados a partir das culturas do milho, soja e lenhosos, além da suinocultura e do efetivo galináceos (galos, galinhas, frangos e pintos) são os responsáveis por colocar a cidade em evidência na geração de energia a partir da biomassa. “Temos uma estrutura pública voltada para o conceito de sustentabilidade e fontes renováveis. Hoje, a proposta da prefeitura é atrair empresas que gerem energia a partir de fontes renováveis e já temos negociações em curso”, afirmou Potencial - Para se ter ideia

Município, que tem 70% de energia hidrelétrica, 8% fotovotaica e 2% de biomassa, receberá fábrica de biodigestores

Parques da Energimp serão suspensos no Ceará São Paulo - Três parques eólicos no Ceará operados pela Energimp deverão ter a operação suspensa em caráter temporário, de acordo com decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicada no Diário Oficial da União de ontem. A Energimp é uma sociedade entre a fabricante argentina de equipamentos eólicos Impsa e o fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS), e a determinação do regulador é válida para as usinas Buriti, Cajucoco e Coqueiros, que somam 87 megawatts em capacidade. do potencial de geração de energia a partir de biomassa, o estudo mostrou que, em todo o País, Uberlândia foi a cidade que mais produziu cabeças de suínos (14,92 milhões) e de galináceos (775 mil) em 2015. Da mesma forma, o município teve uma das

Segundo a Aneel, a suspensão da operação comercial “é em caráter temporário”, válida até que os empreendimentos sejam conectados a uma subestação da Chesf definida como conexão definitiva dos parques à rede elétrica. Isso porque a Energimp havia sido autorizada a conectar as usinas em um “acesso provisório” à rede devido a um atraso da Chesf na conclusão da subestação para conexão definitiva, que, no entanto, já está pronta desde 2014. De acordo com a agência, a suspen-

maiores áreas plantadas de soja (acima de 50 mil hectares) naquele ano. Diante deste contexto, a prefeitura de Uberlândia criou uma Coordenação de Cidade Inteligente e Humana, ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ino-

são das operações das usinas deverá perdurar “até que sejam concluídas as obras e realizadas as adequações necessárias para conexão definitiva das centrais de geração ao sistema de transmissão”. “Não foi levada a efeito pela Energimp a necessária proatividade, prática que a situação demandava, visto que a empresa dispôs de tempo suficiente para promover as obras da conexão definitiva, o que não foi observado até o presente momento”, escreveram técnicos da Aneel em análise sobre o caso. (Reuters)

vação e Turismo, que está responsável por fomentar iniciativas de eficiência energética que impactem positivamente no futuro da cidade. “A diversificação da matriz energética é considerada fator imprescindível para a autossuficiência do mu-

nicípio. O cenário permite oportunidades e amplia o potencial de atração de investimentos sustentáveis, que possam resultar na redução de custos, de resíduos e no surgimento de novas atividades econômicas geradoras de emprego e renda”, reformou Dalpiaz.

INFRAESTRUTURA

Iniciativa privada participará da construção de ferrovias Brasília - O governo federal recorrerá à iniciativa privada para construir ferrovias consideradas estratégicas. Em troca, as empresas terão outros contratos, como concessão de linhas férreas, renovados por 30 anos. A iniciativa foi anunciada ontem pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca; pelo ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e pelo secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Vasconcelos. Dois projetos terão prioridade. O primeiro será a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), de 383 quilômetros, entre Água Boa (MT) e o entroncamento com a Ferrovia Norte–Sul em Campinorte (GO). O segundo será o Ferroanel de São Paulo, de 53 quilômetros, entre as estações de Perus, na capital paulista, e de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, na região de Mogi das Cruzes (SP), com traçado paralelo ao trecho norte do Rodoanel paulista. Orçada em R$ 4 bilhões, a Fico será construída pela mineradora Vale, que em troca terá as concessões das linhas férreas Carajás (no Pará e no Maranhão) e Vitória–Minas renovadas até

DIVULGAÇÃO

nistros participaram da reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que aprovou o Plano Nacional de Logística (PNL). Segundo Adalberto, esse plano pretende dobrar a capacidade de transporte da malha ferroviária brasileira nos próximos sete anos. “Atualmente, 15% das cargas no País são transportadas por trem. Queremos aumentar para 31% até 2025”, declarou. O PPI busca a realização de investimentos de infraestrutura em parceria com o setor privado. Na reunião de ontem, o Conselho do PPI aprovou a inclusão no programa de 14 empreendimentos que gerarão um investimento Investimentos da Vale na Fico garantirão renovação de concessões como a Minas-Rio até 2057 de R$ 100 bilhões nos pró2057. Mesmo descontando prorrogação”, explicou Vas- vadas em troca de construir ximos anos. o que a mineradora gastou concelos. Depois de cons- o ramal de 53 quilômetros. para duplicar a estrada de truir a Fico, a ferrovia será Com a obra, os trens de carga Pré-sal - Além das duas ferro Carajás, a empresa devolvida ao patrimônio da que seguem para o Porto obras ferroviárias como conteria de desembolsar R$ 4 União, que licitará a linha de Santos (SP) deixarão de trapartidas, o PPI aprovou bilhões, mas vai construir ao setor privado pelo valor compartilhar os trilhos das a 5ª Rodada de licitação de a Fico em contrapartida. de outorga. Inicialmente, a linhas da Companhia Paulis- áreas de exploração e pro“A prorrogação [dos con- Fico teria 1,6 mil quilômetros ta de Trens Metropolitanos dução de petróleo e gás no tratos de Carajás e Vitória– e ligaria Goiás a Rondônia, (CPTM), que transportam pré-sal, que deve ocorrer Minas] vai dar um valor mas apenas o trecho até passageiros na Região Me- no quarto trimestre do ano, positivo, que será revertido Água Boa será construído. tropolitana de São Paulo. gerando uma arrecadação em contrapartida para a Em relação ao Ferroanel, Assim que a linha for con- de bônus de assinatura de Vale fazer a Fico. Isso traz o procedimento será se- cluída, a União concederá a R$ 6,82 bilhões. uma nova dimensão para melhante. A empresa MRS ferrovia à iniciativa privada. o País, com marcos claros, Logística terá a concessão Rodovias - O PPI aprocondicionados ao êxito de de diversas ferrovias reno- Rodovias - Os três mi- vou ainda a concessão de

trecho rodoviário de 515 quilômetros em Santa Catarina, entre Navegantes e a divisa com o Rio Grande do Sul, envolvendo trechos de três rodovias federais: BR-153, BR-282 e BR-470. Segundo o PPI, essa é uma rota para escoamento de mercadorias do Mercosul ao porto de Itajaí, bem como importante ligação para o turismo entre Brasil e Argentina. Ainda segundo o PPI, hoje deverá ser publicado o edital do leilão da chamada Rodovia de Integração do Sul, formada por trechos das BRs 101/290/386/448. O concessionário terá de investir cerca de R$ 8,5 bilhões na via ao longo dos 30 anos de contrato, além de outros R$ 6,6 bilhões em gastos operacionais. O governo não citou prazo para a realização do leilão. O plano, que contempla projetos do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foi divulgado alguns meses antes das eleições de outubro, mas os representantes do Ministério dos Transportes, em breve entrevista coletiva a jornalistas, não mencionaram qual a viabilidade dele diante da mudança de equipe de governo até o início de 2019. (ABr e Reuters)


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ECONOMIA ELETROBRAS

Distribuidoras somam prejuízo de R$ 22,3 bi Unidades que a União espera privatizar dia 26 enfrentam também obstáculos no Congresso e Judiciário Brasília - As seis distribuidoras da Eletrobras que o governo espera privatizar no dia 26 de julho acumularam um prejuízo de R$ 22,3 bilhões desde 1997, quando a União assumiu essas empresas, temporariamente, com a intenção de vendê-las para a iniciativa privada. Vinte anos depois, o edital da venda está publicado, mas obstáculos no Congresso e no Judiciário, a poucas semanas do leilão, podem adiar novamente os planos. Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski retirou a distribuidora de Alagoas (Ceal) da disputa até que Estado e governo federal se entendam sobre um ressarcimento que o governo estadual diz ter direito de receber. No Congresso, ainda é preciso votar o projeto de lei que resolve pendências das distribuidoras do Norte, principalmente a Amazonas Energia. O projeto é essencial para que não haja aumento bilionário nas dívidas da empresa. Distribuição nunca foi uma atividade da Eletrobras, mas acabou “sobrando” para a companhia há 20 anos, quando o governo federal renegociou e assumiu as dívidas dos Estados. Em troca, pelo acordo, os estados deveriam privatizar suas distribuidoras. Foi um negócio bem-sucedido para vários deles, caso de São Paulo, Rio e Espírito Santo. A operação deu origem a companhias como Eletropaulo, CPFL, Light e Escelsa. As distribuidoras que ficaram com a Eletrobras foram as que não puderam ser vendidas. Desde o início, a federalização das empresas era para ser uma situação temporária. O plano era que a Eletrobras promovesse melhorias nas empresas para que fosse possível privatizá-las em seguida. Os leilões da Ceal, de Alagoas, e da Cepisa, do Piauí, em 1998 e 2000,

MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO

Distribuidoras da Eletrobras continuam sofrendo forte influência de políticos e tiveram cargos loteados entre partidos por muitos anos

fracassaram por falta de in- concessões das distribuidoteressados. ras. Desde então, a Eletrobras atua como uma prestadora Perdas - Mesmo fora das temporária de serviços para mãos dos estados, as distri- manter o atendimento nesses buidoras continuaram sob estados. forte influência de políticos e tiveram cargos loteados Recursos próprios - O comentre partidos por muitos binado foi que a companhia anos. Segundo cálculos do não utilizaria mais recursos BNDES, em 20 anos, as dis- próprios para tocar as distritribuidoras consumiram R$ buidoras. Por isso, a Agência 22,3 bilhões. Nacional de Energia Elétrica Como 60% das ações (Aneel) autorizou reajustes da Eletrobras pertencem à superiores a 10% nas tarifas União, esse dinheiro veio, em dos consumidores atendidos última instância, dos impos- pelas empresas. tos de todos os brasileiros. Além disso, em quase Em 2016, os acionistas da dois anos, elas consumiram Eletrobras decidiram, em cerca de R$ 4,5 bilhões em assembleia, não renovar as empréstimos subsidiados.

Cada mês em que permanecem nessa situação e não são vendidas, são mais R$ 202 milhões. Com patrimônio líquido negativo (dívidas muito maiores do que sua infraestrutura), as distribuidoras serão vendidas por R$ 50 mil, um valor simbólico. Os trabalhadores das companhias, um contingente de mais de seis mil pessoas, temem perder os empregos quando houver troca de controle acionário. O salário médio pago pelas distribuidoras é de R$ 11,7 mil, quase o triplo da média das empresas privadas do setor. (AE)

Liminar do STF não deve prejudicar leilão São Paulo - O leilão agendado para 26 de julho pelo governo para a privatização de seis distribuidoras de energia da Eletrobras não deve ser afetado por uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou na semana passada que a venda de empresas públicas depende de aprovação pelo Congresso. A interpretação hoje vigente no Ministério de Minas e Energia é de que a licitação poderá ir adiante, exceto pela eventual venda da distribuidora que atende o Estado de Alagoas, a Ceal, que foi alvo de uma liminar em separado assinada também pelo ministro Lewandowski, disse ontem o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Félix. “Há interpretações diferentes (sobre a liminar), e há interpretações de que não afeta. Esse é nosso entendimento, menos pela Ceal, que existe uma liminar específica... Mas o leilão está marcado, a princípio, vamos trabalhar para isso”, falou ele.

Na sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, informou a jornalistas avaliar que a liminar do STF contra privatizações poderia impactar a venda das distribuidoras da Eletrobras e que o governo buscaria derrubar a decisão. A fala de Félix, no entanto, mostra que essa interpretação já está superada na pasta. A procuradora federal e consultora jurídica junto ao Ministério de Minas e Energia, Renata Beckert Isfer, escreveu em sua página no LinkedIn que a decisão de Lewandowski não afeta o leilão das distribuidoras ao exigir autorização legal prévia para a venda de estatais. “O leilão das distribuidoras está previsto na Lei 12.783/2013. Mais que isso, todas as distribuidoras têm previsão inclusive em lei específica, o que sequer seria necessário pela decisão”, afirmou. A Eletrobras afirmou em comunicado ao mercado na noite de quinta-feira que ainda avalia o eventual efeito da decisão do STF sobre a venda de suas

distribuidoras. A estatal adicionou, no entanto, que “adotará todas as medidas necessárias” para seguir com a licitação da Ceal. Congresso - O sucesso na venda das distribuidoras da Eletrobras depende também da aprovação pelo Congresso de um projeto de lei com alterações legislativas que equacionam débitos dessas empresas com fundos do setor elétrico, o que é visto como essencial para viabilizar o interesse de investidores pelas elétricas no leilão, principalmente para as que atuam no Norte. A Eletrobras convocou para 30 de julho uma assembleia de acionistas para deliberar sobre o futuro das distribuidoras, e a pauta do encontro prevê que a companhia poderá colocar em votação uma proposta de liquidação e dissolução das empresas caso não tenha sucesso em vendê-las. “A gente está trabalhando para evitar que aconteça o que ninguém quer, que é a liquidação das empresas. Então, vamos buscar todas

saídas para isso”, reforçou o secretário Félix. Ele adicionou ainda que o prazo é curto para viabilizar a privatização das distribuidoras da Eletrobras, uma vez que neste mês haverá ainda o recesso do Congresso Nacional e a aprovação e projetos deve ficar mais difícil devido à aproximação das eleições presidenciais, em outubro. “O calendário deste ano nos leva a ter dois meses para aprovar essas coisas, isso sendo otimista”, afirmou o secretário, destacando que o governo também vai priorizar nos próximos dias a aprovação de um projeto de lei que visa permitir um acordo entre União e Petrobras para a revisão do chamado contrato da “cessão onerosa” assinado pela companhia em 2010. “Está mais perto, só faltam três destaques”, apontou. A Câmara dos Deputados aprovou em 20 de junho o texto-base do projeto sobre a cessão onerosa, mas a discussão de destaques foi adiada. A matéria ainda precisará também de aprovação pelo Senado e sanção presidencial. (Reuters)

Incertezas não diminuem oportunidade de negócios Brasília - Mesmo com as incertezas jurídicas e indicadores financeiros ruins, as distribuidoras da Eletrobras representam uma grande oportunidade de negócios para os investidores, na avaliação de autoridades do setor elétrico. Entre os principais interessados nas distribuidoras estão os grupos Energisa, Equatorial, Neoenergia, CPFL e Enel, além de fundos de investimento, empresas chinesas e indianas. Os riscos relacionados ao Congresso e ao Judiciário favorecem as empresas que já atuam no País e já sabem lidar com esses aspectos, avaliam fontes do setor, em detrimento de novos entrantes. A diretora da Thymos Energia, Thais Prandini, acredita que haverá lances para todas as distribuidoras da Eletrobras, mesmo que o leilão tenha que ser adiado. A consultoria assessora investidores interessados na aquisição das companhias. “Se tudo for resolvido no Congresso e no Judiciário, deveremos ter propostas para todas as empresas”, avalia. Paradoxalmente, segundo ela, quanto pior estiver a empresa em termos de indicadores financeiros e de qualidade do serviço, maior pode ser o retorno do investidor que comprá-la. Ela prevê operações de fusão no setor de distribuição nos próximos anos, mas avalia que as melhores oportunidades estão nas distribuidoras da Eletrobras. “Quem tiver capacidade de fazer uma boa gestão vai conseguir melhorar a situação das empresas e obter resultados em cima disso”, diz a executiva. “Quanto pior a empresa estiver, maior pode ser a oportunidade. Claro

que há risco, mas também muita oportunidade.” Nova gestão - Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro acredita que um empreendedor que tenha capacidade de gestão e recursos financeiros pode reverter rapidamente perdas e ineficiências das distribuidoras. Castro cita como exemplo empresas como a Cemar, no Maranhão, e a Celpa, no Pará, adquiridas pela Equatorial, que hoje prestam serviços de qualidade e dão retorno aos acionistas, assim como as distribuidoras que pertenciam ao grupo Rede, compradas pela Energisa. “O potencial das distribuidoras da Eletrobras é muito bom. Essa melhoria nos serviços acontece rápido, assim como o retorno.” Para o coordenador do Gesel, a tendência é que a atividade de distribuição de energia deixe de ser estatal e passe a ser eminentemente privada. “O cenário de médio e longo prazo é no sentido de que as estatais não estão preparadas nem qualificadas para o tipo de gestão administrativa, financeira e operacional que as distribuidoras exigem.” Na avaliação dele, essa tendência é mais evidente para a Eletrobras, mas também para empresas estaduais de distribuição. “Não é uma questão ideológica, é de análise econômica”, aponta. “O modelo do setor elétrico é robusto, consistente, tem um marco regulatório seguro, baixo risco e contratos de longo prazo. Os financiamentos do BNDES não são mais tão necessários, pois o modelo é capaz de atrair investidores privados.” (AE)


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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

COMBUSTÍVEIS

Glencore adquire 78% da rede de postos Ale Marcelo Alecrim presidirá Conselho MARA BIANCHETTI

Parte da AleSat Combustíveis, até então controlada pelo grupo mineiro Asamar, está sendo vendida à Glencore Energy (Glencore). Na última semana, o grupo suíço, por meio de sua subsidiária no Brasil, assinou contrato para aquisição de 78% da rede de postos da bandeira Ale. A conclusão da operação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas a Ale confirmou a negociação. Por meio de um comunicado, informou também que um dos fundadores da companhia, Marcelo Alecrim, vendeu 10% e

continuará liderando os negócios, com participação de 22% na empresa e assumirá a posição de presidente-executivo do Conselho de Administração. O outro sócio (grupo Asamar), vendeu toda a sua participação de 50% para a Glencore; assim como o fundo de investimentos Darby, que detinha 18% Embora não revele o valor da operação, a empresa ressaltou que o investimento da Glencore fortalecerá a Ale, proporcionando uma plataforma para maior participação no mercado e a oportunidade para a empresa melhorar seus serviços, logística e operações, beneficiando

A Ale ocupa hoje a quarta posição no ranking das distribuidoras no Brasil, com cerca de 1.500 postos em 22 estados

consumidores e revendedores. A aquisição da rede mineira acontece depois de a companhia investir no segmento no México, por meio da G500. O aporte da Glencore Energy na Ale representa um marco no mercado brasileiro de combustíveis. O investimento proporcionará à Glencore uma plataforma sólida para aproveitar as significativas oportunidades de crescimento no setor, sendo que

a maior parte do aumento da demanda deverá ser suprida por importações. Com 22 anos de história, a Ale é fruto da união da Ale Combustíveis com a Satélite Distribuidora de Petróleo e ocupa hoje a quarta posição no ranking das distribuidoras de combustíveis no Brasil. A marca possui uma rede de aproximadamente 1.500 postos em 22 estados e cerca de 260 lojas de conveniência em diversas partes do País.

MARCELO CAMARGO/ABr

Valores subiram 8% para as usinas

Na média dos postos pesquisados pela ANP, houve queda de 1,34% na semana passada

Preços do etanol recuam em 16 estados Ribeirão Preto - Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros nove estados houve queda e no Amapá não houve avaliação. Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP houve queda de 1,34% no preço do etanol na semana passada. Em São Paulo, principal estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado recuou 1,78% sobre a semana anterior, de R$ 2,749 pra R$ 2,700 o litro, a maior queda percentual entre todos os avaliados. No entanto, no período de um mês, os preços do combustível subiram 2,23% nos postos paulistas. A maior alta no preço do biocombustível na semana passada, de 1,89%, foi em Roraima. Além de São Paulo, no período de um mês os preços do etanol subiram em 15 estados. O destaque de alta mensal foi a Paraíba, com 7,74% no período. Na

média brasileira, o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 2,24% na comparação mensal. O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,179 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,947 o litro, no Rio Grande do Sul. Mato Grosso tem o menor preço médio estadual, de R$ 2,676 o litro, e o maior preço médio ocorreu no Rio Grande do Sul, de R$ 4,062 o litro. Competitividade - Os valores médios do etanol seguem vantajosos sobre os da gasolina nos cinco estados entre os maiores produtores do biocombustível do País - São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 57,52% do preço da gasolina, em Goiás em 60,83%, em São Paulo por 63,17%, em Minas Gerais a 63,37% e, no

Paraná, a paridade está em 67,71% Na média brasileira, a paridade é de 64,05% entre os preços médios do etanol e da gasolina. A gasolina é mais vantajosa em Roraima. Naquele estado, o preço do etanol atinge 89,63% do cobrado em média pela gasolina. Gasolina - O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 21 estados e no Distrito Federal na semana passada, segundo dados da ANP. Apenas no Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Roraima houve aumento. Na média nacional, houve baixa nos preços médios entre as semanas, de 0,88%, de R$ 4,538 para R$ 4,498. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 1,20% na semana passada, de R$ 4,326 para R$ 4,274, em média. No Rio de Janeiro, o combustível saiu de R$ 4,975 para R$ 4,927, em média, queda de 0,96%. Em Minas Gerais houve baixa no preço médio da gasolina de 0,78%, de R$ 4,851 para R$ 4,813 o litro. (AE)

São Paulo - Os preços médios do etanol praticados pelas usinas do estado de São Paulo, referência nacional para o biocombustível, tiveram alta de 8% no primeiro trimestre da safra 2018/19, de abril a junho, ante igual período do ciclo anterior, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A firmeza nas cotações ocorre diante de fortes vendas pelas usinas e destilarias, dada a demanda aquecida pelo biocombustível. Recentemente, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) relatou comercialização recorde na primeira quinzena de junho. Conforme o Cepea, no mês passado o valor médio do etanol hidratado, usado diretamente nos tanques de veículos, foi de R$ 1,6037 por litro, 1,22% acima do apurado em maio. Para o anidro, a valorização foi de 4,7%, para R$ 1,8097 por litro. Na semana passada, porém, os preços já haviam recuado para R$ 1,507 por litro, no caso do hidratado, e para R$ 1,7484, para o anidro, “pressionados pela maior oferta, devido à necessidade de algumas usinas em “fazer caixa”, como é típico em final de mês”, disse o Cepea em relatório. “Do lado da demanda, algumas distribuidoras, que estavam fora do mercado, voltaram a adquirir novos volumes, mas ainda de forma tímida”, acrescentou o centro de estudos. Os primeiros três meses de safra no Centro-Sul são, geralmente, sinônimo de recuo nos preços do etanol, dada a maior produção, algo que não ocorreu neste ano justamente em função do forte consumo. Como resultado, o etanol teve um primeiro trimestre de safra com os preços mais firmes em nove anos. (Reuters)

PETRÓLEO

Produção da Opep cresceu no mês passado, puxada pela Arábia Saudita Londres - A produção de petróleo da Opep cresceu no mês passado, com a Arábia Saudita produzindo em um ritmo quase recorde, mostrou ontem uma pesquisa da Reuters, um sinal de que o maior exportador do mundo está atendendo a pedidos dos Estados Unidos e outros consumidores por mais petróleo. A Organização de Países Exportadores de Petróleo produziu 32,32 milhões de barris (bpd) por dia em junho, mostrou a pesquisa, alta de 320 mil bpd ante maio. O total de junho é o mais alto desde janeiro de 2018, de acordo com a pesquisa. O movimento saudita vem conforme o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona a compensar as perdas causadas pelas novas sanções norte-americanas sobre o Irã e a baixar os preços, que atingiram neste ano os US$ 80 o barril

pela primeira vez desde 2014. A Opep e um grupo de países aliados concordaram no mês passado a voltar aos 100% de cooperação com os cortes de petróleo que começaram em 2017, após meses de produção abaixo do esperado pela Venezuela e outros países, que levaram a aderência a mais de 160%. “Nós estamos entrando no segundo semestre do ano com uma grande quantidade de incertezas do lado da oferta”, disse Tamas Vargas, da corretora de petróleo PVM. “Dependendo do que você acredita, você poderia apostar facilmente em US$ 100 como em US$ 60 até o fim do ano”, acrescentou. A Arábia Saudita disse que a decisão da Opep seria traduzida em um aumento de oferta de cerca de 1 milhão bpd, apesar da declaração do grupo sobre não ter uma valor claro. (Reuters)

Mercado opera em queda com risco de maior volume Londres - Os preços do petróleo operam em queda ontem em meio a preocupação de que grandes produtores de petróleo possam aumentar a produção mais do que o esperado. O presidente dos EUA, Donald Trump, assustou o mercado de petróleo no sábado ao escrever em sua conta no Twitter que a Arábia Saudita concordou em aumentar sua produção em cerca de 2 milhões de barris por dia para compensar a queda na produção da Venezuela e o esperado declínio na oferta do Irã. A Casa Branca, posteriormente, esclareceu em comunicado que, em conversa telefônica com Trump, o rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud havia dito que seu país dispõe “de uma capacidade ociosa de dois milhões de barris por dia”, que será “usada prudentemente, se e quando necessário”. Ainda assim, os investidores permaneceram nervosos sobre eventos geopolíticos que podem perturbar o mercado de petróleo. O vice-secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette, disse na sexta-feira que os países que compram o petróleo iraniano receberão a oportunidade de reduzir gradualmente suas compras. Os comentários de Brouillette estavam em contradição com uma declaração anterior do governo Trump de que Washington sancionaria países que não cortarem as importações de petróleo do Irã para “zero” até 4 de novembro.

“É problemático para os EUA em termos de sanções para o Irã”, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB Markets. “Eles querem que as sanções sejam implementadas o mais rápido possível, da forma mais vigorosa possível, mas ao mesmo tempo querem um preço menor do petróleo. É uma contradição.” Os preços do petróleo subiram com força na semana passada, com os investidores antecipando um aperto no mercado com mais quedas nos estoques, devido à demanda global robusta e às interrupções no abastecimento de vários produtores soberanos. Especialistas antecipam que o mercado perderá um adicional de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia até o final deste ano, principalmente devido a interrupções na Venezuela e no Irã. Analistas estão observando a evolução na Líbia, onde os principais portos de petróleo foram fechados devido a uma luta interna pelo poder no país, que removeu 850 mil barris por dia do mercado global de petróleo. Em uma declaração enviada ontem ao The Wall Street Journal, a National Oil, da Líbia, disse que declarou força maior nos portos de Zueitina e Hariga, na Líbia Oriental. Uma facção militar que controla a área, o Exército Nacional da Líbia, tem impedido que seus navios entrem nos portos. (AE)


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ECONOMIA COPA DO MUNDO

Jogos movimentam bares e restaurantes Aumento da procura, no entanto, não alcança os 20% a 30% esperados inicialmente e é localizado ANA CAROLINA DIAS

A Copa do Mundo 2018 tem atraído mais clientes para os bares e restaurantes de Belo Horizonte, porém, o aumento do movimento, no entanto, não é generalizado. Devido principalmente aos horários dos jogos, estabelecimentos de segmentos específicos são mais beneficiados pelo evento esportivo, enquanto outros têm enfrentado resultados negativos. Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel/MG), Ricardo Rodrigues, a expectativa inicial de aumento de 20% a 30% no fluxo de clientes não aconteceu da forma desejada e tem sido observada de maneira localizada. Rodrigues explicou que os jogos disputados no fim da manhã, por exemplo, prejudicam uma grande fatia do mercado localizada em áreas centrais e comerciais, como restaurantes à la carte e self-service, que perdem o movimento do horário de almoço. “Para alguns segmentos de alimentação fora do lar, especialmente bares que

investiram em televisões e telões, o resultado tem sido muito bom, porém, os resultados positivos são observados em um perfil muito específico. De forma em geral, os jogos de 11h e 15h não são benéficos para o segmento que tem o almoço como carro-chefe”, ressaltou. A variação dos dias e horários dos jogos é atribuída pelo proprietário do Paracone, Lindoval Conegundes, à instabilidade do fluxo de clientes no restaurante durante os jogos da Copa do Mundo. Com dois restaurantes na região Centro-Sul da Capital, apesar de um movimento positivo no último jogo da seleção brasileira, ontem, ele destacou que, de maneira geral, o empreendimento não tem sido beneficiado. “O resultado geral é negativo, com alguns picos. No início da tarde, por exemplo, a maioria das pessoas é liberada do trabalho e vai acompanhar as partidas em casa. Além disso, como funcionamos à noite, os jogos durante o dia fazem com que as pessoas não procurem o restaurante mais tarde”, afirmou Conegundes.

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

Torcedores não têm procurado muito locais que servem refeições para assistir às partidas

Há 11 anos com bons resultados durante o período de Copa do Mundo, o Bar Ideal, na Savassi, tem registrado aumento de 30% no fluxo de clientes durante os jogos do Brasil e de 10% nas transmissões de partidas das outras seleções. Com investimentos em equipamentos como televisões, telão e melhorias no som

para transmitir os jogos a um maior número de pessoas neste ano, o proprietário do estabelecimento, Thales Eduardo Barbosa, avalia que os horários diferenciados tornaram-se uma oportunidade. “Nesses horários, normalmente, não temos movimento, principalmente durante a semana, então, a

estrutura para assistir aos jogos atraiu mais clientes. A expectativa é que, até o fim da Copa, esse fluxo aumente ainda mais, principalmente durante os jogos da Seleção Brasileira”, disse Barbosa. Surpresa - Inicialmente com uma previsão fraca antes do início da Copa do Mundo, o movimento no Bar da Neca,

no bairro Carmo, está surpreendendo o proprietário Rodrigo Barreira. Segundo ele, nos dias de jogos da Seleção Brasileira o número de clientes tem sido 40% a 50% maior. “As pessoas estão gostando da Copa em si, além dos jogos do Brasil, e estamos com um movimento surpreendente. A procura começou devagar até para acompanhar a Seleção Brasileira, mas o torcedor se animou”, afirmou. Apesar do horário não ser ideal, Barreira avalia que o funcionamento no período atípico e a divulgação da transmissão dos jogos ajudou a atrair as pessoas. Com estrutura já montada para transmissão de jogos, o estabelecimento contratou dois novos funcionários, um para a cozinha e outro para atendimento, esperando aumento do fluxo de clientes. “Com os resultados positivos da Seleção Brasileira, estamos esperando um aumento ainda maior. Com a vitória no último jogo e o próximo na sexta-feira, já recebemos ligações para reservas e estamos com expectativa positiva”, afirmou Barreira.

NEGÓCIOS EM FOCO

Federaminas abre inscrições para curso de arbitragem

Serasa aponta recorde de inadimplência em maio De acordo com estudo elaborado pela área econômica da Serasa Experian, em maio deste ano, o número de consumidores inadimplentes no País era de 61,4 milhões, o maior desde o início da série, em 2016. Comparado com o contingente registrado no mesmo mês de 2017 (61,0 milhões), o índice teve aumento de 0,7%. A informação é do Setor de Negócios da Federaminas, que atua em parceria com a Serasa em Minas Gerais. O levantamento mostra que o montante das dívidas dos consumidores no quinto mês de 2017 alcançou R$ 273,7 bilhões, com média de quatro débitos por CPF, totalizando R$ 4.458 por pessoa. Esse volume foi um pouco menor que em maio do ano passado (274,6 bilhões), mas superior ao registrado no mesmo mês há dois anos (R$ 265,0). Conforme observam os economistas da Serasa Experian, o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico concorre para manter em patamares elevados as

financeira/leasing (10% - 9%) 1; e outros (7,30% - 8,30%) – 1.

taxas de desemprego no País e, por consequência, os níveis recordes de inadimplência do consumidor. Por segmentos – A despeito de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade no índice, na comparação entre os anos a participação desse segmento caiu 1,5 ponto percentual, enquanto a das áreas de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou. Assim, confrontados maio 2018/ maio 2017, os percentuais de bancos e cartões (28,50% - 30%) variaram -1,5 p.p.; os de utilities (19,30% - 17,90%) 1,4 p.p.; os de telefonia (11,50% - 11,10%) 0,4 p.p.; os de varejo (12,70% 13,70%) -1 p.p.; os de serviços (10,70% - 10,10%) 0,6 p.p.; os de

No gênero masculino encontra-se a maior concentração dos negativados (50,8%), e a maioria dos consumidores com débitos vencidos tem entre 41 e 50 anos (19,7% do total). Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão as pessoas com mais de 61 anos, abrangendo 14,2% do total. Na tabela a seguir, os percentuais referentes a todas as faixas etárias:

DIVULGAÇÃO

Segundo o estudo dos economistas da Serasa Experian, a inadimplência está concentrada principalmente na região Sudeste (45,2%), seguindo-se as pessoas com dívidas atrasadas no Nordeste (25,2%), Sul (12,7%), Norte (8,9%) e Centro-Oeste (8,1%).

Em parceria com a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (Cbmae) - órgão da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), e com o apoio do Sebrae, a Federaminas realizará em sua sede o Curso de Arbitragem – teoria e prática. A capacitação terá aulas presenciais nos dias 17 e 18 de agosto e estudo dirigido até 18 de setembro. O conteúdo do curso abrange métodos extrajudiciais de resolução de conflitos, noção e conceito de arbitragem, convenção de arbitragem, árbitro e tribunal arbitral, procedimento arbitral, medidas de urgência, carta arbitral, sentença arbitral e fase pós-arbitral. Mais informações e inscrições pelo e-mail cmarbitragem@federaminas.com.br ou no site www.cbmae.org.br.

Consultores de ACEs recebem capacitação do Empreender A importância da participação de cada município na construção do desenvolvimento econômico do Estado foi ressaltada pelo presidente da Federaminas, Emílio Parolini, na abertura dos trabalhos da Capacitação de Consultores e Executivos do Empreender, realizada nos dias 13 a 15 de junho, na entidade. O evento contou com a presença de representantes de 22 associações comerciais que desenvolvem o Programa Empreender em suas cidades. O projeto é realizado pela Federaminas em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o Sebrae Nacional e objetiva reunir empresários de micro e pequenas empresas em núcleos setoriais com vistas à resolução de problemas comuns a segmentos idênticos, promovendo, dessa forma, o seu fortalecimento. A capacitação foi conduzida pelo coordenador estadual do Empreender, Nilson Borges, que ministrou a oficina Plano de Manejo de Crise. Os trabalhos também contaram com apresentação, por ACEs, de cases de sucesso dos núcleos de Contadores de Ouro Preto, de Gastronomia de Juruaia e de São Sebastião do Paraíso, de Fruticultura de João Pinheiro, e dos 39 núcleos setoriais de Uberlândia. Atuaram como palestrantes no evento os consultores Gilmar Mendes, Lorena Godoy, Ludmila Carvalho, Yonara Medeiros e Rogério Moreira.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

INDICADOR

Índice de Confiança Empresarial tem retração de 1,9 ponto em junho

Empresa vai fabricar no município da região Central do Estado produtos químicos usados no tratamento de água e esgoto

VITTA QUÍMICA

Empresa anuncia construção de unidade em Minas Gerais Valor do investimento em São Gonçalo do Rio Abaixo não foi revelado LEONARDO FRANCIA

A Vitta Química, que pertence ao grupo paulista TQA, vai construir uma unidade fabril em São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central do Estado. A empresa fabricará produtos químicos usados para o tratamento de água e esgoto e o projeto será desenvolvido em mais de uma etapa. Na primeira, devem ser gerados pelo menos 25 empregos diretos. O valor do investimento na planta ainda não foi revelado. As informações são do prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho. “O valor do investimento é considerável. A Vitta Química irá fabricar produtos químicos

para tratamento de água e esgoto. Esses produtos também são usados pelas indústrias siderúrgica e de mineração”, afirmou. Segundo o prefeito, o início das operações deve acontecer de 12 meses a 18 meses. A planta está sendo instalada em uma área de 17 mil metros quadrados, dentro do distrito industrial (DI) do município. Bicalho não revelou o valor do aporte e, procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou. Por outro lado, o prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo revelou que o Executivo local concedeu alguns benefícios para atrair a empresa, como a concessão da área e isenções fiscais relacionadas à água e ao Imposto Predial

e Territorial Urbano (IPTU). “É uma empresa que vai absorver mão de obra local, gerando emprego e renda no município”, pontuou. Diversificação - Bicalho explicou que o município vive basicamente da arrecadação proveniente da atividade minerária na cidade, especialmente da Vale. “Estamos tentando diversificar a economia para não ficarmos presos à mineração. A ideia é atrair empresas que podem perpetuar o desenvolvimento do município, gerando renda e emprego”, disse. O grupo TQA, com planta em Bragança Paulista (SP), comprou a Vitta Química em 2014. A empresa, com unidade em Pindamonhangaba, é especializada

no mercado de coagulantes para o tratamento de água e efluentes e insumos para papel e celulose. Em 2017, o grupo inaugurou a filial da Vitta Química na Bahia e, agora, chega a Minas Gerais. A companhia conta com uma frota própria de cerca de 70 caminhões. O grupo TQA realiza toda a sua gestão logística, permitindo a rastreabilidade das cargas desde o recebimento da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente. Por isso, o grupo defende que um de seus maiores diferenciais é a segurança de distribuição, ou seja: garantir o transporte, manuseio e armazenamento de todos os produtos, controlando totalmente sua operação.

FROTA NACIONAL

Motos superam carros em 45% das cidades Brasília - O número de motocicletas é maior que o de carros em 45% das cidades, segundo levantamento divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a frota de veículos no Brasil. De acordo com a pesquisa, havia em abril deste ano mais motos do que carros circulando em 2.487 do total de 5.568 municípios brasileiros. Em todo o País, foram contabilizadas 26,4 milhões de motos, uma frota 3,44% maior do que a registrada em abril do ano passado. A proporção é de uma moto para 7,86 habitantes. A região que lidera essa proporção é o Nordeste, onde a frota de motos chega a 7,49 milhões contra 6,67 milhões de carros. No Norte, são 2,49 milhões de motos contra 1,67 milhão de automóveis. No Acre, todas as cidades têm mais motos do que carros. No Maranhão e no Pará, 99% das cidades seguem essa configuração. Em Pedreiro, no Ceará, quase 54% da população têm moto, seguido de Tocantinópolis (TO) e Água Branca, com 53,07%

e 49,34%, respectivamente. Segundo a CNM, o aumento expressivo de motos no País se deve à facilidade do crédito, ao baixo preço das prestações desse tipo de veículo, aos incentivos e isenções do governo federal ao mercado, além da deficiência do transporte público. No caso do Nordeste, o estudo aponta que há claros sinais de substituição dos animais de tração, como cavalo, jumento e burro, pela moto. Outro fator apontado pelo CNM são os congestionamentos e complicações do trânsito que incentivaram a população a investirem em motos para se locomoverem em menor tempo e com o custo reduzido em relação ao consumo de combustível dos carros. Liderança automotiva - Apesar do aumento da frota de ciclomotores, motocicletas e motonetas, o levantamento aponta que os carros ainda lideram os meios de locomoção. Em abril deste ano, o Brasil tinha 53,4 milhões de carros, o que representa um carro para cada 3,89 habitantes,

número 3,3% maior do que o registrado em abril do ano passado. A frota de carros, no entanto, está concentrada nas regiões Sudeste e Sul. Só o estado de São Paulo tem 17,8 milhões de automóveis, volume que representa 33,47% da frota do País. Dos dez municípios com mais carros, nove são capitais. Já as cidades que têm menos carros no País se situam na região Norte, onde, em muitos casos, a locomoção é feita pelo meio fluvial. As cidades de Itamarati e Tonantins, no Amazonas, têm dois carros para uma população de 8,1mil e 18,7mil habitantes, respectivamente. O município de Afuá, no Pará, possui três carros para uma população de pouco mais de 38 mil habitantes. Transporte coletivo - O levantamento também traz informações sobre o transporte coletivo. Segundo o estudo, o Brasil tem 616 mil ônibus, a maioria circulando em cidades de mais de 60 mil habitantes. As maiores taxas de ônibus a cada mil habitantes novamente se

concentra nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, onde há maior demanda por transporte de massa. Com relação ao transporte de cargas, o Brasil tem quase 14 milhões de caminhões, caminhonetes ou caminhonetas. Apesar da frota dos veículos de carga ser mais alta nos estados do Sudeste, onde o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no País – é maior, quando comparado ao número de outros veículos, as regiões Norte e Nordeste apresentam maior número de caminhões do que de carros. A CNM explica que a maior presença de caminhões no Norte do País se deve à transferência de parte do escoamento para os portos do Norte, além de melhorias na estrutura rodoviária, principalmente em áreas de produção de grãos. O estudo é baseado em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), de abril de 2018, com o objetivo de analisar crescimento da frota de automóveis, motos, ônibus e caminhões. (ABr)

Rio de Janeiro - Os desdobramentos econômicos e políticos da greve dos caminhoneiros no final do mês de maio levaram ao recuo do Índice de Confiança Empresarial (ICE) em 1,9 ponto em junho, para 90,5 pontos. Na média do segundo trimestre de 2018, o indicador também fechou em queda de 1,9 ponto em relação ao trimestre anterior. O Índice de Confiança Empresarial foi divulgado ontem, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), e consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pela entidade: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. A avaliação da FGV é de que a queda do ICE em junho decorreu da piora “tanto da percepção dos empresários sobre o momento presente, quanto das perspectivas de curto prazo”. O subíndice da Situação Atual (ISA-E) caiu 1,1 ponto, para 88,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou pelo terceiro mês consecutivo, ao cair 0,9 ponto para 97,5 pontos – menor nível desde os 96,8 pontos de janeiro de 2018. Para o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Jr., o recuo da confiança empresarial em junho “aprofunda uma tendência esboçada nos dois meses anteriores”. Segundo o economista, parte do aumento do desânimo

no mês está relacionada aos desdobramentos econômicos e políticos da greve dos caminhoneiros do final de maio. “A esse efeito, aparentemente temporário, somaram-se outros fatores que vinham provocando quedas da confiança: insatisfação com o ritmo lento de retomada da economia, falta de confiança na política econômica e aumento da incerteza política e eleitoral”, explicou. Queda generalizada - Os dados divulgados pela FGV indicam que, em junho, os índices de confiança caíram em todos os setores, com destaque para o Comércio e a Construção, com quedas de 3,0 e 3,1 pontos, respectivamente. Os setores que mais contribuíram negativamente foram comércio, que respondeu por uma retração de 32% no índice agregado, e Serviços, com queda no índice agregado de 42%. O estudo constatou ainda que, em junho, houve alta da confiança em apenas 27% dos 49 segmentos que integram o Índice de Confiança Empresarial. Considerando-se médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta também diminuiu em relação ao mês anterior, para 36% do total. Os dados divulgados pela FGV têm por base coletas de informações de 5.549 empresas, entre 4 e 26 de junho. A próxima divulgação do ICE ocorrerá no dia 31 de julho. (ABr)

INDÚSTRIA

PMI recua e aponta contração da atividade pela 1ª vez em 15 meses São Paulo - O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil caiu de 50,7 pontos em maio, para 49,8 pontos em junho, indicando contração da atividade (abaixo de 50 pontos) pela primeira vez desde março de 2017, informou a IHS Markit. Segundo a economista da instituição Pollyanna de Lima, a retração era “amplamente esperada” devido “aos efeitos em cascata produzidos pelos protestos dos caminhoneiros”. “As empresas esperam que a desaceleração seja breve, com uma previsão de expansão do volume de produção nos próximos doze meses”, pondera. Além dessa percepção de melhora, o único outro ponto positivo obtido na leitura do PMI industrial de junho foi a recuperação nas vendas para a exportação. “Segundo relatos, a desvalorização do real permitiu que os produtores garantissem novos contratos de mercados externos, revertendo o declínio registrado em maio”.

da IHS Markit são todos negativos. O volume de produção interrompeu uma sequência de 15 meses de crescimento. De acordo com os entrevistados, a queda refletiu o recuo na quantidade de novos trabalhos - 1ª vez desde fevereiro de 2017 -, com a demanda sendo contida pela interrupção causada pelos protestos de caminhoneiros. Além disso, a escassez de insumos para uso contribuiu negativamente para a produção em junho. Essa falta de matéria-prima, por sua vez, aumentou o número de negócios pendentes, que estavam em redução há 30 meses. Com a escassez, os fornecedores também elevaram os preços. Dessa forma, os produtos industriais ficaram mais caros e a taxa de inflação atingiu o ponto mais alto desde fevereiro de 2016. Com custos mais elevados e produção menor, houve redução no quadro de funcionários no último mês do segundo trimestre, após oito meses de crescimento do emprego. A IHS Markit ainda destacou que os bloqueios das estradas Piora - Os outros critérios também prejudicaram os analisados pela pesquisa prazos de entrega. (AE)


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INTERNACIONAL ESTADOS UNIDOS

Câmara de Comérco inicia ação contra tarifas De aliado, maior grupo empresarial do país agora se torna opositor à política comercial adotada por Trump Washington/ Bruxelas - A Câmara de Comércio dos Estados Unidos, maior grupo empresarial do país e geralmente um aliado do Partido Republicano de Donald Trump, lançou uma campanha ontem para se opor às políticas de tarifas comerciais do presidente norte-americano. Com alguns dos mais próximos parceiros comerciais dos Estados Unidos (EUA) impondo medidas de retaliação, a abordagem de Trump às tarifas abalou os mercados financeiros e estremeceu as relações entre a Casa Branca e a Câmara. A nova campanha, detalhada primeiro à Reuters, é um esforço agressivo da gigante de lobby dos negócios. Usando uma análise de estado por estado, a Câmara argumenta que Trump está

arriscando uma guerra comercial global que atingirá as carteiras dos consumidores dos EUA. “O governo está ameaçando minar o progresso econômico que tanto trabalhou para conseguir”, disse o presidente da Câmara, Tom Donohue, em comunicado à Reuters. “Devemos buscar comércio livre e justo, mas esse não é o caminho certo para isso”. Rachadura - A Câmara, que tem 3 milhões de membros, historicamente tem trabalhado em estreita colaboração com os presidentes republicanos e elogiou Trump por ter assinado cortes de impostos corporativos em dezembro. Mas as crescentes tensões comerciais criaram uma rachadura com o presidente.

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais – FECOMÉRCIO MG CNPJ 17.271.982/0001-59 AVISO DAS CHAPAS REGISTRADAS APÓS JULGAMENTO DAS IMPUGNAÇÕES PROCESSO ELEITORAL 2018 Em obediência às disposições contidas no Estatuto da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais – FECOMÉRCIO MG, em especial o art. 23 e parágrafos, bem como em atenção ao princípio da publicidade, faço saber que depois de julgadas as impugnações, próprias e tempestivas, as chapas que se apresentaram às eleições ¿FDUDP DVVLP FRQVWLWXtGDV GHODV H[FOXtGDV RV LQWHJUDQWHV FXMDV LPSXJQDo}HV IRUDP MXOJDGDV SURFHGHQWHV “CHAPA ÍNTEGRA”, registrada em 03 de abril de 2018, Diretoria-Efetivos: Presidente Lázaro Luiz Gonzaga, Representante da (PSUHVD /X]D 'URJDULD H 3HUIXPDULD /WGD &1- Vice-Presidentes: 1º Sebastião da Silva Andrade, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUDJLO 3URPRWRUD GH 9HQGDV /WGD 0( &13- 2º Glenn Andrade, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &*$ &RQIHFo}HV GR 9HVWXiULR /WGD 0( &13- 3º Lúcio Emílio de Faria -~QLRU 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )DPD $YLDPHQWRV /WGD &13- 4º -RVp 0DULD )DFXQGHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5KLQDUD 'HFRUDo}HV /WGD 0( &13- 5º $OH[DQGUH 0DJQR GH 0RXUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DU\ (VSRUWV /WGD &13- 6º 5REHUWXV )HUGLQDQGXV 0DULD 9DQ 'RRUQLN 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &U\VWDOOLV &RPpUFLR H &RQVXOWRULD /WGD &13- 7º Helvécio Siqueira %UDJD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 8VR 2XVDGR (LUHOL (33 &13- 8º Vago 9º Flávio Lauar Breder, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )/% &RQIHFo}HV (LUHOL (33 &13- 10º 5LFDUGR 7HL[HLUD %DWLVWD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR 9LoRVHQVH /WGD &13- Tesoureiros: 1º Marcelo &DUQHLUR ÈUDEH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 9LD = 0ROGXUDV /WGD &13- 2º Vago 3° Maria Luiza 0DLD 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5+2 ,QYHVWLPHQWRV H 3DUWLFLSDo}HV /WGD &13- 4º Alfeu )UHLWDV $EUHX 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $OIHX )UHLWDV $EUHX 0( &13- 5º Gilbert Lacerda Silva, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD *LOEHUW /DFHUGD 6LOYD 0( &13 6º 5RGULJR 1DWDO 5RFKD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD (OHWURGLHVHO 7XUER /WGD (33 &13- 7º Marcelo Augusto Ferreira Leite, Representante GD (PSUHVD 01 3HoDV H $FHVVyULRV /WGD &13- 8º $OHVVDQGUR *HUDOGR 'LDV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &HQWUR GH )RUPDomR GH &RQGXWRUHV 5LR 'RFH /WGD &13- 9º Edilson Avelino da Mata, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO GD 0DWD /LPSH]D H $OLPHQWRV /WGD &13- 10º :DQGHU -~QLRU GH &DUYDOKR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD /HLWH &RUWH 3URGXWRV $JURSHFXiULRV /WGD &13- 11º /DpUFLR -RVp 2OLYHLUD $OPHLGD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD ',6/$9 'LVWULEXLGRUD GDV /LQKDV H $YLDPHQWRV /WGD &13- Secretários 1º &DLR 0iUFLR *RXODUW 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3DSHODULD 9LD /WGD &13- 2º 5RQ\ $QGHUVRQ GH $QGUDGH 5H]HQGH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 73/ 'URJDULD /WGD &13- 3º 9HUD /~FLD )UHLWDV /X]LD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 9HUD /~FLD )UHLWDV /X]LD 0( &13- 4º (YDQGR $YHODU 'XDUWH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD (YDQGR $YHODU 'XDUWH (33 &13- 5º +HOWRQ $QGUDGH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &KHFNFRPSUDV (FRPHUFH /WGD &13- 6º -RVp 'RQDOGR 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0RXUD 0( &13- 6º 0iUFLR $QW{QLR )DULG 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $QW{QLR )DULG &RPpUFLR H ,PSRUWDomR /WGD &13- 7º $QGUp 'RPLQJRV GR 1DVFLPHQWR 1HWR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $QGUp 'RPLQJRV GR 1DVFLPHQWR 1HWR 0( &13- 8º Flávio Oliveira ,]DF 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 7ULXQIR %UDVLO /WGD &13- 9º Leonardo Hamilton Maia Oliveira, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5+2 ,QYHVWLPHQWR H 3DUWLFLSDo}HV /WGD &13- 10º Inácio Carvalho 6LOYD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD ,QiFLR &DUYDOKR 6LOYD &LD /WGD 0( &13- 11º Flávia Garvil, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )DUPiFLD +RPHRJDUYLO (LUHOL (33 &13- 12º Maria de Lourdes Carvalho 0DUWLQ *DOHJR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DUWLQ *DOHJR /WGD &13- 13º Sebastião Eustáquio $OYHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )DUPiFLD GH 0DQLSXODomR $VIDG /WGD &13- 14º Eduardo Soares )HUUHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 900 0RGD 0DVFXOLQD /WGD 0( &13- 15º 'DQLHO $EUHX 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD +RPHRSDWLD H 3URGXWRV 1DWXUDLV 6mR /XFDV /WGD (33 &13- 16º /HRQDUGR 7XU\ +DGGDG 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 7XI¿N 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,PRELOLiULRV /WGD &13- 30º +HOL /XLV %RUJHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $XWR 3HoDV %DQGHLUDQWHV /WGD &13- 31º -RUJH (GJDU 'H /LPD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO 9LWROLPD /WGD 0( &13- 32º /LEHUDOGLQR &XQKD $OIHQDV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $OIHQDV H 2OLYHLUD 'URJDULD H 3HUIXPDULD /WGD &13- 33º ,VPDHO GH 2OLYHLUD 6DOHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD ,VPDHO GH 2OLYHLUD 6DOHV 0( &13- Conselho Fiscal-Efetivo 1º Roberto Márcio do Bom Conselho, Representante da (PSUHVD 5HPHGLDU )DUPiFLD 'URJDULD H 3HUIXPDULD /WGD &13- 2º Lizziane Martins Facundes, 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3UHVWRYDOH 3UHVWDomR GH 6HUYLoRV /WGD 0( &13- 3º 0DUFR 3ROR 9LULDWR 5ROLP 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD *DURWDGD 0RGD ,QIDQWLO /WGD &13- Conselho Fiscal-Suplentes: 1º /RXFLPDU GR (JLWR 5LEHLUR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD /RXFLPDU GR (JLWR 5LEHLUR 0( &13- 2º &DUORV $OEHUWR $SROLQiULR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD =,; ,QIRUPiWLFD /WGD &13- 3º 'HPpWULRV 1XQHV *XDOEHUWR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD *XDOEHUWR 6RX]D H )LOKRV /WGD &13- Delegados Representantes-Efetivos: 1º /i]DUR /XL] *RQ]DJD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD /X]D 'URJDULD H 3HUIXPDULD /WGD 2º 6HEDVWLmR GD 6LOYD $QGUDGH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUDJLO 3URPRWRUD GH 9HQGDV /WGD 0( &13- Delegados Representantes-Suplentes: 1º *OHQQ $QGUDGH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &*$ &RQIHFo}HV GR 9HVWXiULR /WGD 0( &13- 2º &DLR 0iUFLR *RXODUW 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3DSHODULD 9LD /WGD &13- $ RXWUD GHQRPLQDGD “CHAPA RENOVA”, com registro efetivado em GH DEULO GH FRP D VHJXLQWH FRPSRVLomR Diretoria-Efetivos: Presidente: 1DGLP (OLDV 'RQDWR ) OKR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 'RPDQL &RPpUFLR GH $UWLJRV GH &DPD 0HVD %DQKR H &DIp /WGD (33 &13- Vice-Presidentes: 1º (PHUVRQ %HORWL GH 6RX]D 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD -RVp %HORWL GH 6RX]D H &LD /WGD &13- 2º ,HVVHU $QLV /DXDU 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3ULPH ,QIRUPiWLFD /WGD &13- 3° 2VYDOGR )HUQDQGHV 3HUHLUD -~QLRU 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )HUQDQGHV -~QLRU &LD /WGD &13- 4º *LOVRQ GH 'HXV /RSHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR % /WGD &13- 5º 0DUFXV GR 1DVFLPHQWR &XU\ 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6DUJ &RPpUFLR H 'LVWULEXLomR /WGD &13- 6º -RVp 3RU¿UR GR &DUPR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD -RVp 3RU¿UR GR &DUPR 0( %D]DU /LG\ 6HUYLoRV &13- 7º $XUHOLDQR =DQRQ $OYHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DUHO $UPDULQKRV H &RQIHFo}HV /WGD 0( &13- 8º -RVp *HUDOGR GH 2OLYHLUD 0RWWD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD (OpWULFD +HOS /WGD &13- 9º -~OLR *RPHV )HUUHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &DVD 7LQWD &RPHUFLDO /WGD &13- 10º 9DOpULD &ODUD GH 2OLYHLUD &DUPR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &DUPR H 2OLYHLUD &RPHUFLDO /WGD &13- Tesoureiros 1º %HQWR -RVp 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR - 2OLYHLUD /WGD &13- 2º $QGUp &RHOKR %RUJHV GH 0HGHLURV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD .DPSDOOD 6XSHUPHUFDGRV /WGD &13- 3º )DEtROD GH $OFDQWDUD $ULGD 8HVFDU 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0LQDV /DU /WGD &13- 4º /HRQDUGR $UD~MR &RVWD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $UD~MR 0DU[ /WGD 0( &13- 5º 6HEDVWLmR ,YR $OYHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 2UJDQL]DomR $OYHV H &DUYDOKR /WGD &13- 6º *LOPDU 3LQWR GH 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5 6KRFN &RPpUFLR H &RQIHFo}HV /WGD (33 &13- 7º 0DUFHOR 5RGULJXHV 6HS~OYHGD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5DXO 6HSXYHGD (YHQWRV 6RE /RQD /WGD (33 &13- 8º -RmR %DUERVD 1HWR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO %DUERVD 0DWHULDLV SDUD &RQVWUXomR /WGD &13- 9º Flávio Ferreira do Carmo, Representante da (PSUHVD )OiYLR )HUUHLUD GR &DUPR 0( 3RUWR 7HQGDV /RFDo}HV &13- 10º César Roberto de $OEXTXHUTXH 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 2UWR 6KRSSLQJ (LUHOOL (33 &13- 11º Edson Adriano 6DQWRV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD (GVRQ $GULDQR 6DQWRV 0( &DQWLQKR GD 5RGRYLiULD &13- Secretários: 1º $IRQVR 0DXUR 3LQKR 5LEHLUR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3LQKR 7DYDUHV /WGD 0( &13- 2º 5REVRQ %DWLVWD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO ,UPmRV %DWLVWD /WGD 0( &13- 3º $OEHUW &DJQDQL 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3DULV 0RGDV /WGD &13- 4º )iELR GH &DUYDOKR 6DQWD 5RVD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6DQWDURVD &RPpUFLR H ,QG~VWULD /WGD &13- 5º *HUDOGR 3HUHLUD GD 6LOYD %LWDUmHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $XWRSHoDV 7UHYR /WGD &13- 6º (GVRQ 7ROHGR H /LPD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 'URJDULD &HQWUDO 6DQWRV 'XPRQW /WGD (33 &13- 7º 0DUFXV 9LQLFLXV &RWWD 6DQWRV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DGHLUHLUD 6DQWRV H &RWWD /WGD 0( &13- 8º /LQGRPDU $SDUHFLGR 5LEHLUR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DOX 0DJD]LQH /WGD &13- 9º -RVp /XL] GH 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5RPD 3OXV /WGD &13- 10º /DXUR )RQVHFD GH 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RP )LOWURV 3XUL¿FDGRU GD ÈJXD )RQVHFD /WGD &13- 11º 0iUFLR 5REHUWR GH 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO 69 /WGD &13- Diretoria-Suplentes: 1º 3DXOR &DQoDGR *RQoDOYHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD ÏWLFD 7DPRLR /WGD 0( &13- 2º Vago 3º $OH[DQGUH 7DVVL %UXJLROR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 3HFDOH[ /WGD &13- 4º -RVp 0iULR 1RJXHLUD GH 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD -06 &RPXQLFDo}HV /WGD 0( &13- 5º $OGLU )UDQFLVFR %DUERVD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DWHULDLV GH &RQWUXomR 3LUDQJXLWD /WGD &13- 6º $QW{QLR &DUORV GH 6RX]D /LPD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD ÏWLFD 5LR 3RPED /WGD &13- 7º &DUORV )UDQoD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DVWHUFRP &RPpUFLR 6HUYLoRV /WGD &13- 8º (GPLOVRQ %DWLVWRQ 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 1RYD &RQTXLVWD /WGD &13- 9º =HQLR )HUQDQGHV )LOKR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD $&/ &RPHUFLDO (OpWULFD H (OHWU{QLFD /WGD &13- 10º /XL] &DUORV 0LODJUHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO ,UPmRV 0LODJUHV &13- 11º 2]HPDU GR &DUPR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &DUPR H 2OLYHLUD &RPHUFLDO /WGD &13- 12º Gustavo GH &DUYDOKR 3HUHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 5RGDJ 'LVWULEXLGRUD $XWR 3HoDV (LUHOOL &13- 13º &DUORV 5RGULJXHV 0HQGHV GD 6LOYD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )'; &RPHUFLDO (LUHOOL &13- 14º )OiYLR $OYHV *RPHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RQVWUXEHW 0DWHULDLV SDUD &RQVWUXo}HV /WGD &13- 15º Vago 16º /XL] $QW{QLR &DUYDOKDO *RPHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD (PSUHVDV *RPHV /WGD &13- 17º 0DXUtFLR GH /LPD 0DUTXHV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR 9LD 0LQDV /WGD &13- 18º *LRYDQQL 5LEHLUR )UHLWDV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0D[ 'XGD $OLPHQWRV /WGD &13- 19º &OiXGLD 0DVFDUHQKDV 0RXUmR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6WXGLR -3 &DOoDGRV (LUHOOL &13- 20º /DXULQGR 5RGULJXHV &RUUHD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 'L]SHoDV /WGD &13- 21º *XLOHUPH )HUQDQGHV 0LUDQGD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 'LVWULEXLGRUD 0LUDQGD GH *rQHURV $OLPHQWtFLRV /WGD &13- 22º 0LOWRQ GH -HVXV GD 6LOYD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0LOWRQ GH -HVXV GD 6LOYD 0( &13- 23º *HUDOGR 6DOYDGRU GR 1DVFLPHQWR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR 9LD %DKLD /WGD &13- 24º 3DXOR 0DFKDGR =LFD GH &DVWUR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &DVD )HUUHLUD *RQoDOYHV /WGD &13- 25º Vago 26º .HOO\ &ULVWLQH %HUQDUGR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD .HOO\ &ULVWLQH %HUQDUGR 0( &13- 27º 0iUFLR /XL] GH 2OLYHLUD 'LDV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0HUFDGR -DPDU /WGD 0( &13- 28º 0DUFXV 7HOHV &DUGRVR GH &DUYDOKR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD /HLWXUD %+ 6KRSSLQJ /WGD &13- 29º (GVRQ GH 6RX]D 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RPHUFLDO 6RX]D %UDJD /WGD &13- 30º 5HQDWR )UHLWDV 0DUWLQV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 9LOODJH (PSUHHQGLPHQWRV 0DUWLQV /WGD (33 &13- Conselho Fiscal-Efetivo 1° Marcelo Leitão Oliveira, Representante da (PSUHVD 5HFDXFKXEUiV /WGD (33 &13- 2º 0DXUtFLR GD &XQKD %UHQFN 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD &RIHUPHWD 6 $ &13- 3º $QW{QLR 0DUFRV 4XHLUR] 6DQWRV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 0DUFDQ 0DWHULDO GH &RQVWUXomR /WGD &13- Conselho Fiscal-Suplentes 1º -RUJH /XLV )HUUHLUD 5LEHLUR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD -RUJH /XLV )HUUHLUD 5LEHLUR (33 &13- 2º Flávio dos Santos 3HL[RWR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 1HZWRQ *XLPDUmHV 3HL[RWR H &LD /WGD &13- 3º 1tFLR )RUWHV *DUFLD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD )RUWH[ &RPpUFLR GH 0DOKDV /WGD (33 &13- Delegados Representantes-Efetivos 1º 1DGLP (OLDV 'RQDWR )LOKR 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 'RPDQL &RPpUFLR GH $UWLJRV GH *DPD 0HVD %DQKR H &DIp /WGD (33 &13- 2º Emerson Beloti de Souza, Representante da (PSUHVD -RVp %HORWL GH 6RX]D H &LD /WGD &13- Delegados Representantes-Suplentes 1º André &RHOKR %RUJHV GH 0HGHLURV 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD .DPSDOOD 6XSHUPHUFDGRV /WGD &13- 2º %HQWR -RVp 2OLYHLUD 5HSUHVHQWDQWH GD (PSUHVD 6XSHUPHUFDGR - 2OLYHLUD /WGD &13- Belo +RUL]RQWH GH MXOKR GH 0iUFLR GH 6RX]D 0RUHLUD ± 6yFLR 'LUHWRU 'LFWXP ,QVWLWXWR GH $GPLQLVWUDomR -XGLFLDO H ([WUDMXGLFLDO 6RFLHGDGH (PSUHViULD /WGD

JONATHAN ERNST / REUTERS

Trump implementou bilhões de dólares em tarifas direcionadas a China, Canadá, México e União Europeia, dizendo que tais medidas são necessárias para compensar os desequilíbrios comerciais, levando as nações a retaliar. Trump já havia sido persuadido a desistir das ameaças ao comércio com o argumento de que os Estados que o apoiaram na campanha presidencial de 2016 serão duramente atingidos. Por exemplo, a Câmara disse que o Texas pode ter exportações no valor de US$ 3,9 bilhões afetadas por tarifas de retaliação; Tennesse, Medidas do presidente afetaram relações entre governo e Câmara US$ 1,4 bilhão; e Carolina Trump, por considerar ta- de US$ 300 bilhões em bens do Sul, US$ 3 bilhões. rifas sobre importações de dos EUA. O porta-voz da ComisUE - A União Europeia automóveis, dizendo que (UE) criticou o governo do elas podem levar a uma são Europeia, Margaritis presidente dos EUA, Donald retaliação global contra cerca Schinas, disse ontem que

a possibilidade de tarifas sobre automóveis “carece de legitimidade, base factual e viola as regras do comércio internacional”, assim como as tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio. A UE questionou se as importações de automóveis representam uma ameaça suficiente à segurança nacional dos EUA para justificar as tarifas e estimar o impacto econômico. Trump citou preocupações de segurança nacional para aplicar tarifas anteriores. A UE, o México, o Canadá, a Turquia e a Índia introduziram impostos sobre produtos dos EUA em retaliação. Schinas disse que as montadoras europeias criam mais de meio milhão de empregos nos EUA. (Reuters/ AE)

MÉXICO

Eleito, Obrador destaca sequência no Nafta

ARDÓSIA VEREDA LTDA

com mais que o dobro dos votos de seu adversário mais próximo, em um golpe para partidos tradicionais, e se tornando o primeiro político de esquerda a conquistar a Presidência do México desde o fim de um governo de partido único no ano 2000. “Nós vamos acompanhar o atual governo nessa negociação, vamos ser muito respeitosos e vamos apoiar

LICENÇA DE OPERAÇÃO

CENTRO OESTE ASFALTOS S/A, torna público que no dia 29/10/2012 obteve do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, por meio do Processo Administrativo nº 01706/2003, Licença de Operação para fabricação de asfalto PRGL¿FDGR ORFDOL]DGD QD $YHQLGD 0LJXHO Paes, 100 – Distrito Industrial Professor $ULVWLGHV 9LHLUD 0HQGRQoD ,JDUDSp 0* YiOLGD SHOR SUD]R GH DQRV

Eu Jonathan Roberto Herculano, responsável pelo empreendimento JR INDUSTRIA E COMERCIO DE CABOS DE ACO E SERVICOS EIRELI, CNPJ: 08.604.033/0001-52, localizado à Avenida Dom Pedro II, 780 Loja B Bairro Carlos Prates – CEP 30.710-010, torna público que protocolizou requerimento de Licença de Operação ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPONGA, AVISO DE LICITAÇÃO, Processo Licitatório n.º 090/2018, Pregão presencial n.º 019/ 2018. Registro de preços para prestação de serviços de locação de estruturas para festividades municipais. Interessados em adquirir o edital deverão procurar a Comissão Permanente de Licitação na Prefeitura Municipal, de 09:00h às 11:00h e de 13:00h às 15:00h, em dias de expediente. Maiores informações pelo telefone (31) 3894-1100. A pregoeira Marcia Ribas da Silva, Araponga, 02 de julho de 2018.

CNPJ: 16.933.590/0001-45 - Assembleia Geral Extraordinária. Edital de Convocação. Ficam convocados os senhores Acionistas da Companhia Ferroligas Minas Gerais - MINASLIGAS a se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada, no dia 10 de julho de 2018 às 10:00 horas em primeira convocação e às 10:30 horas em segunda convocação, com a presença de acionistas que representem dois terços, no mínimo, do capital votante, e esta última com qualquer número, na sede social da empresa na Avenida Kenzo Miyawaki n.º 1.120, Distrito ,QGXVWULDO 0LQLVWUR -RUJH 9DUJDV 3LUDSRUD 0* D ¿P GH GHOLEHUDUHP VREUH DV VHJXLQWHV PDWpULDV LQIRUPDQGR TXH RV GRFXPHQWRV SHUWLQHQWHV jV PDWpULDV D VHUHP GHEDWLGDV HQFRQWUDP VH j GLVSRVLomR GRV DFLRQLVWDV QD VHGH GD &RPSDQKLD $*( $ $OWHUDomR GR HQGHUHoR GR HVFULWyULR FRPHUFLDO ¿OLDO GH %HOR +RUL]RQWH E $OWHUDomR GD Câmara de Arbitragem. C) Inclusão do CNAE 6463-8/00 - Outras sociedades de participação, exceto holdings. D) Consolidação do Estatuto Social da Companhia. E) Outros assuntos de interesse da Companhia. Pirapora - MG, 29 de junho de 2018. Paulo Cezar Fialho - Presidente do Conselho de Administração

15ª Vara Cível - Comarca de Belo Horizonte - Edital de Citação - Prazo: 20 dias. O Dr. Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, Juiz de Direito, em pleno exercício de seu cargo, na forma da lei, etc... ADVOGADA DO AUTOR: Dra. CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES, OAB/MG 111.753. Faz saber a todos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente o réu, Hercílio Flaviano de Medeiros Neto, inscrito no CPF sob o nº. 046.123.416-51, que se encontra em lugar incerto e não sabido, que por este Juízo tramitam os autos da Ação de Busca e Apreensão distribuída sob o nº. 0024.11.342.092-1, movida por BV Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento em face de Hercílio Flaviano de Medeiros Neto, alegando, em síntese, que as partes celebraram contrato de abertura de crédito n 610348069, em 06/12/2010, a ser pago em 48 parcelas mensais e sucessivas, YHQFHQGR D SULPHLUD HP $OHJD WDPEpP TXH IRL DOLHQDGR ¿GXFLDULDPHQWH R YHtFXOR )LDW Stilo 1.8, 16v, cor vermelha, ano/modelo 2006/2007, placa HEJ 0019, Chassi 9BD19241X73050559, que foi apreendido em 25/01/2012. Assim é o presente para citar o réu, Hercílio Flaviano de Medeiros Neto, de todo conteúdo da ação, bem como para, querendo, contestá-la, no prazo de 15 (quinze) GLDV FRP D DGYHUWrQFLD FRQWLGD QD SDUWH ¿QDO GR DUW GR &3& ³ QmR VHQGR FRQWHVWDGD D DomR presumir-se-ão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor”, sendo nomeado curador especial em caso de revelia, podendo o mesmo, no prazo do art. 3o., parágrafo 1o. Do DL 911/69, pagar a integralidade da dívida segundo os valores apresentados pelo credor, hipótese em que o bem lhe será restituído livre de ônus. Para conhecimento de todos expediu-se o presente que VHUi D¿[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL %HOR +RUL]RQWH GH $EULO GH Eu, Maria Elizabeth Ferreira de Araújo, Escrivã da 15ª Vara Cível, o subscrevi. O Juiz de Direito da 15ª Vara Cível, Dr. Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro.

COMARCA DE UBERLANDIA-MG. EDITAL DE CITAÇÃO COM PRAZO DE VINTE DIAS. O Dr. Carlos Jose Cordeiro, MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da comarca de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem, que, por este Juízo e respectiva secretaria, processam-se os termos e atos da ação de Execução de Titulo Extrajudicial, autos n° 702.09.651.263-8 requerido por Banco Bradesco S/A em desfavor de Ricardo Dias dos Santos. Narra o Exequente que é credor do Executado na importância de R$ 161.359,68, atualizado ate 23/02/2017, cujo credito é representado por Cédula de Credito Bancário, não cumprindo o executado com o pagamento conforme contratado. E como o ([HFXWDGR QmR IRL HQ FRQWUDGR SDUD FLWDomR SHVVRDO p R SUHVHQWH (GLWDO H[SHGLGR FRP D ¿QDOLGD GH GH CITAR e chamar o Executado Ricardo Dias Dos Santos, inscrito no CPF n° 103.575.656-06, para os termos e atos da supracitada ação e para efetuar o pagamento da quantia de R$ 161.359,68, referente ao principal, acessórios e 10% sobre o valor da execução no prazo de 03 (três) dias. Sabendo que no caso de integral pagamento, ao prazo supracitado, a verba honoraria será reduzida pela metade. Poderá, ainda, caso queira, opor a execução por meio de Embargos, que deverão ser oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias. Ainda, o executado tem direito de parcelar o debito em ate 06 (seis) vezes na forma do art. 916 do CPC. Assim, para conhecimento de todos, especialmente do (a/s) interessado D V H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi D¿[DGR QR OXJDU SXEOLFR GH FRVWXPH H SXEOLFDGR XPD YH] QR 'LiULR GR MXGLFLiULR 0LQDV *HUDLV´ 8EHUOkQGLD GH DEULO GH (X 2¿FLDO GH $SRLR -XGLFLDO o digitei, subscrevi. Carlos Jose Cordeiro, Juiz de Direito. CARLOS JOSE CORDEIRO Juiz de Direito.

COMARCA DE MONTES CLAROS – ESTADO DE MINAS GERAIS EDITAL DE CITAÇÃO. PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS. PRIMEIRA VARA CIVEL. A Exmª. Sra. Dra. Cibele Maria Lopes Macedo, MMª Juíza de Direito da Primeira Vara Cível desta cidade de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, na forma da lei, etc, FAZ SABER a todos presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que perante este Juízo e Secretaria da 1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros/MG, processam os termos e atos da AÇÃO DE EXECUÇÃO requerida por RECON ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA contra LEONARDO GUEDES DE OLIVEIRA, processo numero 43309303825-8, e por meio deste CITA o executado LEONARDO GUEDES DE OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, autônomo, CPF 075.448.306-16, RG MG-14603949 com endereço em lugar incerto e não sabido, para, no prazo de três (03) dias, pagar em juízo a importância de R$ 7.974,43 (sete mil, novecentos e setenta e quatro reais e quarenta e três centavos), mais os acréscimos legais, sob pena de não o fazendo serem penhorados tantos de seus bens quantos bastem para assegurar a execução. Fica esclarecido que não havendo manifestação da parte executada, será nomeado Curador para representa-la nos autos E, para que não se alegue ignorância, a MMª. Juíza mandou expedir o presente edital, na forma da lei, que será publicado SHOD LPSUHQVD 2¿FLDO GR (VWDGR H D¿[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH ([SHGLGR QHVWD FLGDGH GH 0RQWHV Claros, aos cinco dias do mês de julho de 2.017. Eu, (Deusdedit Luiz Guedes Barbosa), Esc. Judicial da Secretaria da 1ª Vara Cível, o subscrevo. Belª.(Cibele Maria Lopes Macedo) - Juíza de Direito da Primeira Vara Cível. Adv. Dr. Alysson Tosin - OAB/MG 86.925.

CESSÃO ADMINISTRATIVA DE USO COOPERATIVA DE CRÉDITO

Cidade do México - O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, disse ontem que buscará permanecer no Nafta junto com os Estados Unidos (EUA) e com o Canadá e que respeita a atual equipe mexicana que está renegociando o acordo comercial. López Obrador venceu a eleição de domingo (1º) CNPJ: 22.754.527/0001-44 Edital de Convocação da Assembleia de Sócios A Administração da Ardósia Vereda Ltda, convoca os Srs. Sócios desta Sociedade para se reunirem em Assembleia a ser realizada em primeira convocação no dia 07 de julho de 2018, sábado, ás 10:00hs; e em segunda convocação as 11:00hs.na sede social localizada na Fazenda São José da Vereda, Zona Rural, Município de Papagaio, MG, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Eleição da diretoria da Ardósia Vereda Ltda. (Biênio 2018/2020).Papagaios, 29 de junho de 2018. Ardósia Vereda Ltda.

a assinatura do acordo”, disse ao canal Milenio TV, em entrevista por telefone, afirmando que o objetivo é um acerto do Acordo de Livre Comércio da América do Norte que seja bom para o México. Estados Unidos - Ele também disse que irá buscar um diálogo franco e relações amigáveis com os Estados Unidos. López Obrador, que assumirá o poder em dezembro, destacou que irá discutir o Nafta com o atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, em sua primeira reunião após a eleição, marcada para hoje. O presidente dos Estados

Unidos, Donald Trump, tem sido abertamente contrário ao México em questões comerciais e de imigração desde sua própria campanha presidencial. As atuais negociações do Nafta começaram no ano passado, depois que Trump pediu que o acordo fosse revisado para beneficiar mais os interesses de Washington. López Obrador já informou que quer tornar o México mais independente economicamente dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ele espera convencer Trump a ajudar a desenvolver o México e a América Central para conter a imigração ilegal. (Reuters)

COMPANHIA FERROLIGAS MINAS GERAIS - MINASLIGAS

O CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS - (CEFET/MG) torna público que realizará no dia 17/07/2018 às 14h00min, licitação na modalidade Pregão Presencial nº 57/2018, tipo Maior Oferta, cujo objeto é a Cessão Administrativa para o uso do espaço físico (28,85m²), localizado no hall do Prédio Escolar no Campus I, situado à avenida Amazonas, 5.253, Bairro Nova Suíça, Belo Horizonte/MG, para funcionamento de uma cooperativa de crédito para DWHQGLPHQWR DRV VHUYLGRUHV GR &()(7 0* FRQIRUPH HVSHFL¿FDo}HV H GHPDLV FRQGLo}HV FRQVWDQWHV QR HGLWDO H VHXV DQH[RV (VWH HGLWDO poderá ser solicitado através dos correios eletrônicos: djalma@cefetmg. br, leonardogeneroso@cefetmg.br ou esequias@cefetmg.br, disponível também no sitio eletrônico www.cefetmg.br . Djalma de Jesus Oliveira – Pregoeiro.

GERDAU AÇOMINAS S.A. MINISTÉRIO DA FAZENDA

AÇÃO CIVIL PÚBLICA 0005230-27.2002.4.01.3803 $ &$,;$ FRQYRFD HVWXGDQWHV H ¿DGRUHV FRP FRQWUDWRV GH ),(6 ¿UPDGRV DWp HP $JrQFLDV GDV FLGDGHV D VHJXLU TXH WHQKDP SDJR WDULIDV GH VHUYLoR SHOD FRQWUDWDomR RX UHQRYDomR GR ),(6 D LUHP FRP LGHQWL¿FDomR D XPD GDTXHODV DJrQFLDV SDUD UHVVDUFLPHQWR GD WDULID SRUYHQWXUD SDJD j pSRFD PHGLDQWH GHFODUDomR VRE DV SHQDV GD OHL GH TXH ¿]HUDP WDO SDJDPHQWR &RQ¿UD D OLVWD FRPSOHWD GRV TXH ¿UPDUDP FRQWUDWRV QHVVH SHUtRGR QR VLWH FDL[D JRY EU ¿HV $EDGLD GRV 'RXUDGRV $UDJXDUL $UDSRUm &DFKRHLUD 'RXUDGD &DQiSROLV &DSLQySROLV &DUPR GR 3DUDQDtED &DVFDOKR 5LFR &HQWUDOLQD &RURPDQGHO &UX]HLUR GH )RUWDOH]D 'RXUDGRTXDUD (VWUHOD GR 6XO *UXSLDUD *XDUGDPRU *XLPDUkQLD *XULQKDWm ,QGLDQiSROLV ,SLDoX ,UDL GH 0LQDV ,WXLXWDED /DJDPDU /DJRD *UDQGH /DJRD )RUPRVD 0RQWH $OHJUH GH 0LQDV 0RQWH &DUPHOR 3DWRV GH 0LQDV 3DWURFtQLR 3UDWD 3UHVLGHQWH 2OHJiULR 5LR 3DUDQDtED 5RPDULD 6DQWD 9LWyULD 6mR *RQoDOR GR $EDHWp 6HUUD GR 6DOLWUH 7XSDFLJXDUD 8EHUOkQGLD H 9D]DQWH

CNPJ no 17.227.422/0001-05 - NIRE nº 31300036677 ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA REALIZADA NA SEDE SOCIAL, NO MUNICÍPIO DE OURO BRANCO, MG, NA RODOVIA MG 443, KM 07, ÀS 10h00min DO DIA 29 DE JUNHO DE 2018 1. A reunião contou com a presença da totalidade dos membros da Diretoria, tendo sido presidida por Gustavo Werneck Da Cunha, e secretariada por Harley Lorentz Scardoelli. 2. A Diretoria, na forma do artigo Art. 25, § 1º do Estatuto Social, deliberou e, por unanimidade, aprovou “ad referendum” de Assembleia Geral Ordinária, o crédito, à data base de 29/06/2018, e pagamento aos acionistas a partir de 09/07/2018, do montante de R$ 30.211.005,60, a título de Juros sobre o Capital Próprio calculados à razão de R$ 0,12 por ação, ordinária e preferencial, inscrita nos registros da Instituição Depositária das Ações desta Empresa na data do crédito, como antecipação do dividendo mínimo obrigatório estipulado no Estatuto Social, referente ao exercício social em curso. Os valores dos Juros sobre o Capital Próprio serão pagos com retenção do imposto de renda na fonte, de 15%, nos termos do parágrafo 2º, art. 9º da Lei nº 9249/95, com exceção aos acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da retenção do imposto de renda na fonte e que comprovem essa condição até o dia 04/07/2018. 3. Nada mais foi tratado. Ouro Branco, MG, 29 de junho de 2018. Mesa: Gustavo Werneck Da Cunha (Diretor Presidente). Francisco Deppermann Fortes, Harley Lorentz Scardoelli (Diretores Vice-Presidentes). Fladimir Batista Lopes Gauto; Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig; Cesar Obino Da Rosa Peres; Mauro De Paula; André Brickmann Areno (Diretores). Declaração: Declaro que a presente é cópia fiel da ata transcrita em livro próprio e que as assinaturas supramencionadas são autênticas. Harley Lorentz Scardoelli - Diretor Vice-Presidente.


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POLÍTICA CENÁRIO

RODOLFO BUHRER/REUTERS

Próximo presidente terá de reduzir taxa de desemprego Economistas apontam caminho para o crescimento sustentável São Paulo - Principal alvo de preocupação do mercado financeiro, a política econômica do sucessor do presidente Michel Temer terá obrigatoriamente não só que resolver a óbvia questão fiscal, mas também a resistente e elevada taxa de desemprego, se quiser ver a atividade econômica entrar num caminho mais sustentável de crescimento. E para isso, segundo economistas ouvidos pela Reuters, será preciso trabalhar numa reforma da Previdência, reduzir gastos e elevar a arrecadação de impostos. E diretamente para o emprego, há quem defenda programas com recursos públicos para estimular a atividade econômica e abertura de novas vagas. “As correntes econômicas, quaisquer que sejam aqueles que vencerem as eleições, precisarão olhar o empre-

go”, disse o professor de economia do Ibmec Walter Franco Lopes. Segundo ele, o próximo governo deve buscar ainda durante o período de transição, após o pleito de outubro, negociar com o Congresso mudanças para que o próximo Orçamento traga políticas de geração de vagas. A retomada mais lenta e o estresse no câmbio têm contribuído para elevação da dívida pública e maior resistência da taxa de desemprego, que caiu a 12,7% nos três meses encerrados em maio, mas num movimento marcado pelo desalento dos trabalhadores, que desistiram de procurar uma vaga diante da fraca atividade econômica e baixa confiança dos agentes econômicos. A reforma da Previdência é tida como imprescindível, mas não suficiente para o

cumprimento das obrigações fiscais no primeiro ano do próximo governo, que exigiria também cortes de gastos e medidas para elevar a arrecadação de impostos. “A bola estará com o próximo governo e está totalmente claro que é um governo que vai ter de lidar com o desafio fiscal, qualquer outra medida é de fôlego curtinho”, avaliou o coordenador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Armando Castelar. “Política de emprego neste momento é reduzir incerteza e melhorar a confiança”, resumiu. O risco político associado às eleições deste ano ganhou força entre investidores recentemente. Ao mesmo tempo, a greve dos caminhoneiros e a normalização da política monetária nos Estados Unidos e na

União Europeia deterioram expectativas sobre o crescimento da economia neste ano. Os mercados financeiros têm reagido mal a esse cenário. O Ibovespa fechou o primeiro semestre com queda acumulada de 4,76%, enquanto Banco Central e Tesouro passaram a intervir nos mercados de câmbio e juros futuros para acalmar investidores. Paralelamente, a retomada da economia brasileira vem sendo alvo de constantes reduções. Pesquisa Focus semanal do Banco Central com cerca de 100 economistas indicava avanço de 3% neste ano há alguns meses, frente a cerca de 1,50% agora. “A questão é que o próximo presidente tem que se preocupar com as questões de Estado primeiro e isso deve custar a ele no início do mandato problema de popularidade”, afirmou o di-

A greve dos caminhoneiros impactou a economia do País

retor de macroeconomia do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), José Ronaldo de Castro. Para o especialista, é importante a revisão na forma de concessão e de reajustes da Previdência, sem retirada de benefícios, além de uma avaliação sobre a efetividade de programas na redução da desigualdade e da pobreza para identificar a necessidade de outras alterações nas políticas públicas. Engessamento - O apoio do mercado a ajustes nas chamadas despesas obrigatórias deve-se ao engessamento do Orçamento da União, com mais de 95% de seus recursos já carimbados para

destinações específicas. A falta de margem de manobra das finanças federais ficou latente na greve dos caminhoneiros, quando o governo precisou usar praticamente toda a reserva do Orçamento para atender reivindicações bilionárias dos motoristas, além de elevar tributos sobre alguns setores econômicos. “A dívida pública continua a crescer e está numa trajetória insustentável. Se continuarmos nessa trajetória mais cedo ou mais tarde teremos crise de confiança”, disse o professor do Ibmec, Carlos Primo Braga, ex-diretor de Política Econômica e Dívida do Banco Mundial (Bird). (Reuters)

ELEIÇÕES

Perillo sugere Meirelles como o vice de Alckmin Brasília - Coordenador da pré-campanha do ex-governador paulista Geraldo Alckmin à Presidência da República, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo sugeriu ontem uma aliança com o MDB para que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles dispute a eleição como candidato a vice-presidente na chapa do tucano. À reportagem, Meirelles rejeitou a proposta e sugeriu que o PSDB pode apoiá-lo no segundo turno. “O momento agora é de um líder democrático como o Alckmin e seu partido, PSDB, mais as lideranças políticas e um expressivo representante de mercado com vivência e experiência política como é Henrique Meirelles”, disse Perillo durante palestra a investidores do mercado financeiro na sede da XP Investimentos, em São Paulo. A declaração foi o primeiro aceno explícito da campanha tucana a Meirelles e ao MDB depois da chegada de Perillo ao comando político da pré-campanha de Alckmin. O ex-governador paulista, porém, tem reiterado que não fará defesa do governo Michel Temer - um requisito do Planalto. Perillo afirmou que um acordo entre Alckmin e Meirelles seria uma “inovação” e que ambos poderiam ser “os fiadores e comandantes de uma nova aliança que garanta desenvolvimento, crescimento econômico e o resgate do nosso Estado de Direito democrático”. Ele também avaliou que PSDB e PT devem retomar a polarização ao longo da campanha. Perillo citou também a aliança costurada em 2002 pelo ex-presidente Lula (PT) que levou o empresário José Alencar à vice (PL, atual PR). O tucano disse que Lula conseguiu “acalmar os ânimos do mercado” e “comandar um voo seguro para uma rota de desenvolvimento que durou até 2010”

Meirelles disse não ter sido procurado para conversas recentes pelos tucanos - e negou também ter buscado interlocução com Alckmin e aliados. Ele rechaçou a possibilidade de ingressar como vice na chapa do tucano, quando questionado sobre a proposta de Perillo. “Teremos grande satisfação em receber o apoio do PSDB no

segundo turno da eleição”, a divisão dos recursos púdisse o ex-ministro, que foi blicos do Fundo Eleitoral filiado ao PSDB. recebidos pela sigla - R$ 234 milhões. A cúpula do MDB Financiamento - Meirelles trabalha com a previsão de ainda enfrenta resistências que Meirelles poderá finanno MDB para se sagrar can- ciar a própria campanha. Os didato ao Planalto. Ele tem emedebistas dizem que não feito um périplo a diretórios vão debater sobre a manuregionais do partido. Nesta tenção da pré-candidatura terça-feira, a executiva do de Meirelles à Presidência MDB se reúne em Brasília da República. para discutir, oficialmente, Numa resposta pública à

TSE pode rever limite para doação pela internet São Paulo - A 45 dias do início da campanha eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) admite rever o limite diário para as doações via crowdfunding, modelo de financiamento coletivo pela internet que os pré-candidatos já estão autorizados a usar nas eleições 2018. Em palestra na capital paulista na última sexta-feira (29), o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, afirmou que a Corte estuda atender a um pedido de partidos políticos para suspender entre os dias 15 de maio e 15 de agosto o limite de doação diária de R$ 1.064,10 no caso de doações via financiamento coletivo. A preocupação, ponderou Fux, é o risco de a “vaquinha” ser usada como instrumento de lavagem de dinheiro na campanha. “Estabelecemos um limite, que estamos revendo agora para que não haja lavagem de dinheiro através da crowdfunding, mas que isso vai ajudar essa garotada vai”, disse o magistrado, referindo-se à “vaquinha virtual” como “coisa de jovem” e uma alternativa à proibição de doações empresariais às campanhas. Uma das resoluções do TSE sobre as eleições deste ano autoriza o financiamento coletivo, mas limita as doações a um teto diário de R$ 1.064,10. Três legendas que lançaram pré-candidatos à Presidência da República - PSDB, DEM e Novo - protocolaram uma petição no tribunal para

suspender o limite até o fim do prazo para registro das candidaturas, em 15 de agosto. As legendas argumentam que a legislação eleitoral já proíbe que pessoas físicas doem valores acima de 10% de sua renda, e que não faria sentido impor uma limitação diária às doações. A assessoria do TSE informou que o pedido está nas mãos do presidente do TSE aguardando deliberação. Como a Corte entrou em recesso e só voltará aos trabalhos normais em agosto, o caso poderá ficar sem solução até o próximo mês. Na opinião da professora do Instituto de Direito Público Marilda Silveira, o limite imposto pela resolução do TSE prejudica os candidatos de partidos pequenos que possuem pouco recurso dos fundos públicos. De outro lado, diz a especialista, não se justifica a preocupação do TSE com o risco de lavagem de dinheiro. “Do mesmo jeito que poderia ocorrer lavagem na vaquinha, por cartão de crédito, também acontece por transferência com conta bancária ou no depósito bancário. Ocorre em qualquer caso e a fiscalização de um processo ou outro não é diferente”, comenta. A avaliação do caso em agosto, alerta Marilda Silveira, não resolveria o questionamento dos partidos, pois as legendas já teriam sido prejudicadas até agora com a limitação diária. (AE)

movimentação de Perillo, o senador Romero Jucá (MDB-RR), presidente do partido, respondeu pelas redes sociais que o espaço de vice na chapa de Meirelles está aberto a composições com partidos de Centro. “O MDB continua firme com a candidatura de Henrique Meireles. O espaço de vice na chapa está aberto a entendimentos com o centro”,

escreveu Jucá. Na última pesquisa CNI/ Ibope, divulgada na última quinta-feira (28), Alckmin tem 6% das intenções de voto, ante 1% de Meirelles, em cenários sem a participação do ex-presidente Lula. Quando incluído, o petista lidera as sondagens com 33%, contra 4% do tucano - o emedebista não atinge 1%. (AE)

Boulos questiona Ciro sobre DEM Salvador - Em participação no desfile cívico que comemorou ontem a independência da Bahia, o pré-candidato do PSOL à Presidência da República nas eleições 2018, Guilherme Boulos, rebateu o filósofo Mangabeira Unger, um dos principais conselheiros do presidenciável do PDT Ciro Gomes, e afirmou que “o DEM é um partido de direita sem a menor dúvida” A declaração do presidenciável aconteceu dois dias após Unger, num aceno ao DEM, afirmar ao jornal “O Estado de S. Paulo” que não enxerga o partido como de direita. “Primeiro, eu acho que o DEM é um partido de direita. Não tenho a menor dúvida em relação a isso. No nosso projeto, não cabe aliança com golpistas”, disse. Durante a caminhada no centro histórico de Salvador, Boulos defendeu mais uma vez a união dos partidos de centro-esquerda nas eleições 2018, mas afirmou que “é preciso ver onde cada um estava no verão passado” e criticou quem defende unidade “apenas às vésperas da eleição”. “Nós respeitamos todas as candidaturas que estão colocadas no campo de esquerda e no campo de centro-esquerda. Temos clareza da importância que é ter unidade contra o golpe e em defesa da democracia no Brasil. Nós estamos construindo essa unidade há anos no Brasil. Só me parece curioso vir falar de unidade apenas às vésperas de eleição. É preciso ver onde cada um estava no verão passado. Nós estávamos enfrentando Temer, enfrentando o golpe, defendendo a democracia e o direito de Lula ser candidato e estar livre”, disse Boulos. Após o desfile, o pré-candidato ao Palácio do Planalto assistiu ao jogo da seleção brasileira contra o México na Copa do Mundo ao lado de militantes do PSOL em uma praça do Pelourinho. O evento, que teve feijoada no cardápio, também marcou o lançamento das

pré-candidaturas do partido à eleição majoritária da Bahia. Ciro Gomes, presidenciável do PDT, também participou do desfile cívico na capital baiana. Com uma bota ortopédica por causa de um machucado no pé, Ciro fez uma aparição relâmpago, marcada por acenos de políticos locais de lados opostos. No largo da Lapinha, ponto de saída da caminhada simbólica, o pré-candidato ao Palácio do Planalto se encontrou rapidamente com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pré-candidato à reeleição, e com o prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, além do presidente do PDT baiano, o deputado federal Félix Mendonça Jr. Ciro Gomes recebeu um aceno do pré-candidato do DEM ao governo da Bahia, José Ronaldo, que disse já ter votado no ex-ministro. “Contradição” - Ele afirmou que “se olharmos para trás, é uma contradição inexplicável” a indefinição da pré-candidatura dele entre direita e esquerda, mas disse que agora “o Brasil precisa olhar para frente”. O presidenciável do PDT também afirmou que “eventuais entendimentos devem ser feitos à luz do olhar do povo e ao redor de compromissos que basicamente foquem em torno do que o povo brasileiro precisa”. Reclamando de dores no pé, segundo assessores, o ex-ministro deixou o desfile, que serve de termômetro de popularidade de políticos na Bahia sobretudo em anos de eleição. Também presente no evento, o ex-governador Jaques Wagner (PT), pré-candidato ao Senado, cobrou em tom descontraído um encontro entre eles, com a presença do governador Rui Costa. À reportagem, Wagner afirmou que não havia encontro programado com Ciro, “embora tivesse interesse”. Segundo o ex-governador, tratativas para viabilizar uma reunião com o presidenciável chegaram a ser iniciadas, mas não avançaram. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ORÇAMENTO

Parecer da LDO prevê corte de despesas Relator propõe a restrição aos incentivos fiscais e o congelamento dos salários e cargos públicos PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

Brasília - O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), entregou na noite do último domingo (1°) o parecer que será discutido e votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso a partir de amanhã. A preocupação com a crise fiscal, marcada por déficits públicos anuais e aumento do endividamento estatal, levou a senador a propor uma série de medidas de controle dos gastos públicos para o próximo ano. O texto restringe a concessão de incentivos fiscais, proíbe reajustes para servidores públicos e elimina a criação de cargos. A contratação de servidores fica limitada a situações específicas, como para os concursos com prazo de nomeação vencendo em 2019. O parecer também propõe a redução de 10% das despesas com custeio administrativo. O senador incluiu ainda um dispositivo que proíbe reajuste das verbas destinadas aos gabinetes de deputados e senadores. Estas verbas são utilizadas para pagar, por exemplo, pessoal, material de divulgação e combustível. Beber afirmou que 2019

deve ser visto como “um ano sabático”, para rearranjo das prioridades orçamentárias, tarefa que ficará a cargo do novo presidente da República, eleito em outubro. O relatório da LDO, segundo ele, é o início deste processo de reavaliação. Beber se disse estarrecido com a situação das contas públicas. “A situação fiscal da União já não garante pagar suas despesas atuais, pois vem convivendo com déficits primários já há mais de quatro anos, sem perspectiva de reversão”, argumentou. Entre 2014 e 2017 a União apresentou um déficit primário de R$ 415 bilhões. Isso corresponde a um gasto médio anual de R$ 103,76 bilhões acima de tudo que o governo arrecada, segundo Beber. Essa situação deficitária ainda perdurará pelo menos até 2021. “Portanto, no período de oito anos (2014 a 2021), projetam-se despesas primárias sem cobertura adequada da ordem de R$ 893 bilhões. Essa sangria é definitivamente insustentável”, afirma o senador no relatório. A meta fiscal de 2019, proposta pelo governo, foi mantida por Beber. O texto prevê déficit de R$ 132 bilhões - (1,75% do Produto Interno

Bruto (PIB) - para o conjunto do setor público, que inclui os governos federal, estaduais e municipais, e suas estatais, dividido da seguinte forma: déficit de R$ 139 bilhões para o orçamento federal; déficit de R$ 3,5 bilhões para as empresas estatais federais (desconsiderando as empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras) e superávit de R$ 10,5 bilhões para os entes federados. A LDO é uma lei de vigência anual de múltiplas funções. Cabe a ela orientar a elaboração da proposta orçamentária e a execução do Orçamento no seguinte ano, estabelecer a meta fiscal, definir as ações prioritárias do governo e fixar parâmetros para as despesas dos Poderes, entre outros assuntos. Medidas - O relatório do senador propõe as seguintes medidas para contenção de gastos ou preservação das receitas: as despesas de custeio administrativo (como gastos com material de escritório, telefone e combustíveis) devem cair 10% em relação ao programado para 2018; pagamentos a agentes públicos, remuneratórios ou indenizatórios, não poderão ter efeitos financeiros

Beber manteve a previsão de déficit fiscal de R$ 132 bilhões

retroativos a 2019; fica proibida a aprovação de reajuste salarial, criação de cargos ou alteração de carreiras nos órgãos públicos, ainda que com efeitos posteriores a 2019. Também fica proibido o reajuste do auxílio-alimentação, auxílio-moradia e assistência pré-escolar; o aumento de despesa obrigatória sujeita ao teto de gastos, como pagamento de benefícios previdenciários, só será possível se houver corte equivalente em outra despesa obrigatória; a nomeação de novos servidores civis ou militares fica restrita a quatro situações: para reposição de vacâncias nas áreas de educação, saúde, segurança pública e defesa; para as instituições federais

de ensino criadas nos últimos cinco anos; para os concursos vencendo em 2019 com edital publicado até junho de 2018; e para os cargos custeados pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Conforme o parecer da LDO; nenhuma nova renúncia poderá ser criada em 2019. Além disso, o governo deve enviar ao Congresso um plano de revisão de despesas e receitas, para o período de 2019 a 2022, com um cronograma de redução dos benefícios tributários, de modo que a renúncia total da receita, no prazo de dez anos, não ultrapasse 2% do PIB, metade da participação atual. (As informações são da Agência Câmara Notícias)

Aumento populacional corrigirá gasto com saúde Brasília - O relatório do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 prevê que o gasto mínimo em saúde será corrigido não só pela inflação, mas também pela taxa de crescimento populacional. A intenção é manter o gasto per capita com saúde registrado neste ano, justificou o relator, senador Dalírio Beber (PSDB-SC). “Consideramos essencial garantir ao menos a manutenção do gasto per capita do setor. Dessa forma, acolhemos diversas sugestões no sentido de acrescer a tal montante a taxa de crescimento populacional estimada”, diz o texto. O Congresso Nacional já havia tentado inserir dispositivo semelhante na LDO de 2018, mas o trecho acabou sendo vetado pelo presidente Michel Temer. A regra do teto de gastos prevê que o mínimo para a saúde é atualizado ano a ano apenas pela inflação O relatório ainda estipula um piso para as despesas com assistência social, área que não foi alvo dos mínimos estabelecidos pelo teto de gastos. No parecer, Beber prevê que o mínimo para a área em 2019 será correspondente ao gasto aprovado na Lei Orçamentária de 2018 mais a inflação do período. O relatório do projeto de LDO de 2019 estipula que o governo deverá reduzir ao menos em 10% suas despesas de custeio administrativo em relação a 2018. “Essa medida, certamente dura, mas necessária, visa a contribuir com o esforço fiscal para evitar ou reduzir a necessidade de endividamento, sob a forma de operações de crédito para financiar despesas correntes”, diz o parecer do senador Dalírio Beber. Na regra incluída no texto, o método de escolha dos gastos a serem impactados com a economia deverá ser

explicitado na mensagem que enviar o projeto de Lei Orçamentária Anual de 2019 ao Congresso. Para contribuir nesse sentido, o relator exclui do texto a possibilidade de realização de construção, ampliação ou aquisição de residências oficiais de membros de qualquer dos poderes e ministros de Estado e de aquisição de automóveis de representação para as mesmas autoridades. “É possível que a economia daí decorrente não seja expressiva num primeiro momento. Contudo, estabelece-se uma regra pedagógica, quanto à necessidade de avançar na revisão dos dispêndios públicos”, diz o parecer. As projeções do governo apontam uma margem de R$ 98,4 bilhões no ano que vem para despesas discricionárias, que incluem custeio administrativo e investimentos. Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que a estimativa de inflação maior (por conta da greve dos caminhoneiros) pode abrir espaço adicional no teto de gastos em 2019. Renúncias - O relatório do projeto de LDO de 2019 propõe que o novo presidente encaminhe um plano de revisão de receitas e despesas, além de medidas para enfrentar a restrição fiscal, logo no primeiro trimestre de sua gestão. O alvo principal são as renúncias tributárias, que devem chegar a R$ 284 bilhões neste ano. Em seu parecer, o senador Dalírio Beber afirma que o governo precisa tomar medidas diante do iminente descumprimento da chamada “regra de ouro” do Orçamento, que impede a emissão de dívidas para pagar despesas correntes, como salários. Em 2019, o governo precisará recorrer

a um crédito suplementar para bancar cerca de R$ 260 bilhões em gastos (inclusive salários e benefícios) com recursos obtidos via emissão de dívida. O crédito é a única exceção permitida pela regra de ouro. O texto do PLDO diz que o presidente encaminhará ao Congresso Nacional um plano de revisão de despesas e receitas, inclusive de incentivos ou benefícios de natureza financeira, tributária ou creditícia, para o período de 2019 a 2022. O plano deverá ser acompanhado das correspondentes proposições legislativas e das estimativas dos respectivos impactos financeiros anuais. As medidas para recompor

receitas deverão priorizar iniciativas voltadas à redução de renúncia e ao aumento de receita, ao combate à sonegação, à progressividade tributária e à recuperação de créditos tributários. O PLDO ainda veda a criação de novas renúncias em 2019 e exige um cronograma de redução dos benefícios ao longo de dez anos, de modo que, ao fim dessa década, o volume de renúncias não ultrapasse 2% do Produto Interno Bruto (PIB). O plano e as medidas deverão ser encaminhadas até 31 de março de 2019 ou na data de envio do projeto de crédito suplementar, o que ocorrer primeiro. O PLDO também propõe que o presidente en-

Brasília - Pelo cronograma, a votação do relatório final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 deve ocorrer no dia 10 de julho na comissão. O texto da LDO precisa ser votado pelos parlamentares, em sessão do plenário do Congresso Nacional, até 17 de julho. Caso não seja votado até essa data, pode inviabilizar o recesso parlamentar, que vai de 17 de julho a 1º de agosto. A data está prevista na Constituição, que determina ainda que o Congresso Nacional não pode entrar em recesso enquanto não aprovar a nova LDO. No último dia 19, o relatório preliminar continha 1.910 emendas, sendo 1.255 ao texto do projeto, 629 de inclusão e 26 emendas de acréscimo. O anexo da proposta da LDO foi elaborado pelo governo e apresenta as 23 ações prioritárias para o próximo ano em áreas como defesa, agropecuária, ciência e tecnologia e educação. Com as emendas, esse número pode subir. O projeto prevê uma meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo federal. Para 2020 e 2021, o déficit previsto é de R$ 110 bilhões e R$ 70 bilhões. De acordo com a proposta, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 é estimado em 3%, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficaria em 4,25%, enquanto a taxa básica de juros (Selic) e o dólar devem encerrar o ano em 8% e R$ 3,50, respectivamente.

caminhe uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para modificar a regra de ouro. Recentemente, o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) apresentou uma PEC que muda o mecanismo da regra de ouro e estabelece duras travas aos gastos já quando há perigo de a regra ser descumprida. Quando o governo rompe a norma constitucional, entram em ação outros mecanismos de cortes de despesas, incluindo demissões de cargos em comissão e redução de benefícios fiscais. A proposta, porém, ainda não foi levada adiante no Congresso - apesar da intervenção federal no Rio, o texto poderia ser apreciado nas comissões, embora seja vedada Despesas - A proposta a votação em plenário. (AE) prevê que o governo gastará R$ 635,4 bilhões no próximo ano para pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), um valor que é R$ obrigatório assegurado no Orçamento. No 43,1 bilhões (7,27%) maior ano passado, porém, o governo propôs que o previsto para 2018. um mínimo obrigatório para as emendas O pagamento de salários de bancada no projeto de LDO de 2018 e do funcionalismo e encarainda negociou o direcionamento de 30% gos sociais soma mais R$ delas para o fundo eleitoral. O projeto 321,983 bilhões. da LDO de 2019, no entanto, não tratou Outras despesas obrigado assunto. tórias estão estimadas em “Importante ressaltar que essa medida R$ 360,122 bilhões, segunnão implica aumento da despesa total, do a LDO de 2019. Com mas mera garantia de efetiva particiisso, sobrariam cerca de pação do Parlamento na definição das R$ 99 bilhões de recursos prioridades nacionais”, diz o texto. A discricionários, que finanobrigatoriedade, porém, impede que ciam obras e investimentos, o governo remaneje esses recursos em o que representa cerca de caso de necessidade. 7% do total do Orçamento O relator também incluiu um limite Federal estipulado para o para a cobrança feita por bancos oficiais próximo ano federais de taxas de administração nos Apesar da polêmica repasses das emendas. Pelo texto, a taxa em torno da previsão do máxima será de 4,5%. salário mínimo previsto O Ministério do Planejamento editou para 2019, o valor de R$ norma neste ano que na prática permitiu 1.002 foi assegurado pelo o aumento das taxas cobradas pela Caixa ministro do Planejamento, para fazer os repasses, o que foi alvo de Desenvolvimento e Gestão, protestos dos parlamentares Esteves Colnago. Nota técO Congresso tentou limitar já neste nica da Comissão Mista ano a taxa, em projeto que alterava a de Orçamento diminuía a LDO de 2018, mas não conseguiu porprevisão para R$ 998. Nesque o trecho acabou sendo vetado pelo te ano, o salário mínimo presidente Michel Temer. (AE) está em R$ 954. (ABr)

Recursos obrigatórios para emendas Rio de Janeiro - Com um Orçamento cada vez mais apertado para investir e bancar as atividades administrativas do governo, o Congresso Nacional quer manter a “conquista” do ano passado e garantir um valor de execução obrigatória de emendas parlamentares das bancadas estaduais. Com isso, em ano eleitoral, os parlamentares pretendem assegurar um poder maior para designar e direcionar gastos do governo a obras e iniciativas locais no Orçamento de 2019. A medida consta no relatório do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, apresentado pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC). O parecer deve ser votado na sessão de amanhã da Comissão Mista de Orçamento (CMO). “Sua obrigatoriedade se tornou pública já a partir do orçamento de 2016, cuja LDO respectiva lhe deu essa característica. Logo, não seria justo deixá-las sem regulação e sem o mesmo grau de imperatividade. Foi o que fizemos”, diz o texto. O parecer prevê que o montante obrigatório de emendas de bancada será equivalente ao valor de 2018 corrigido pela inflação. Pela Constituição, apenas emendas parlamentares individuais têm valor

Projeto deve ser votado até 17 de julho


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

SIDERURGIA

ArcelorMittal anuncia centro de inovação para a produção de aço

ESTÁGIOS Posse no TRE-MG DIVULGAÇÃO

Açolab, em Nova Lima, é parte de um plano de aportes de R$ 30 milhões DIVULGAÇÃO

THAÍNE BELISSA

A produção do aço no Brasil e toda a sua cadeia de valor são o foco do mais novo centro de inovação de Minas Gerais, que será inaugurado amanhã em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Criado pela ArcelorMittal, o Açolab faz parte dos investimentos da empresa em inovação digital e em tecnologia da informação em aços longos, que somam R$ 30 milhões em 2018. A iniciativa é pioneira na indústria do aço nacional e vai apoiar soluções inovadoras no segmento por meio de incubação de startups. A gerente-geral de RH, Investimento Social, TI e Inovação Digital da ArcelorMittal América Central e do Sul Aços Longos, Paula Harraca, explica que a empresa já desenvolve inovação em diferentes países por meio de seus centros de pesquisa e desenvolvimento. Mas a estratégia do Açolab segue a ideia de inserção em um ecossistema de inovação pulsante como o de Minas Gerais. O centro fica em um espaço de 320 metros quadrados dentro do prédio da Atmosphera. “Startups chegam com um olhar novo e sem vícios e podem contribuir muito. Escolhemos Nova Lima porque a cidade tem se destacado com um hub de inovação. Poderíamos ter construído esse centro dentro de algum prédio da Arcelor, mas decidimos fazer esse movimento até as startups, em vez de ficar esperando que elas viessem até nós”, frisa. De acordo com a gerente, o centro realizará desafios e hackathons (maratonas de programação) com foco em assuntos ligados ao setor do aço, assim como de sua cadeia de valor, que inclui setores como construção civil, indústria e varejo. O primeiro hackathon já tem tema

O superintendente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), Professor Sebastião Alvino Colomarte, acompanhado do supervisor de Expansão, Kleber de Castro, participou, no dia 21 de junho, da solenidade de posse do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Pedro Bernardes de Oliveira. Realizado no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, o evento teve a participação de autoridades dos três Poderes da União, do Estado e de municípios mineiros. Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desde 2005, e com atuação como juiz eleitoral, Pedro Bernardes, já como presidente do TRE-MG, deu posse ao novo vice-presidente do órgão, Rogério Medeiros Garcia Lima, que será também o corregedor eleitoral de Minas Gerais. Os dois estarão à frente do Tribunal até 2020. Natural de São Gotardo (Alto Paranaíba), Pedro Bernardes é também membro da Academia de Letras Cordisburguense João Guimarães Rosa, fato esse que foi destacado em seu discurso de posse. Na foto, Professor Colomarte e Desembargador Pedro Bernardes.

Convênio com a Acomac-MG DIVULGAÇÃO

Paula Harraca explica que o centro realizará desafios e hackatons com foco em assuntos ligados ao setor

definido: o desenvolvimento do primeiro chatbot da ArcelorMittal. A data ainda não foi fechada. Os desafios também serão temáticos e direcionados a startups que têm soluções relacionadas aos assuntos em questão. Segundo a gerente, os temas abordarão quatro principais áreas: experiência do cliente, excelência operacional, tomada de decisão e gestão de conhecimento. Como exemplo de um desafio do setor, Paula Harraca cita a perda de 30% da produção do carvão vegetal, que vai se desfazendo em “finos” durante o processo produtivo. A gerente afirma que a ArcelorMittal já desenvolve inovações para diminuir essa perda, mas ela acredita que as startups podem trazer soluções dife-

renciadas para o problema. “É importante destacar que o foco desse centro vai muito além do processo de produção do aço. Estamos preocupados com a cadeia de valor também. Então é nosso interesse saber, por exemplo, quais as dores da construção civil. Como serão as casas do futuro? A impressão 3D vai ameaçar esse setor? Temos que criar o futuro e não esperar ele chegar”, ressalta. Primeiro desafio - De acordo com Paula Harraca, a expectativa é que o primeiro desafio seja lançado até início de agosto. “O programa de incubação contará com três fases, sendo que a primeira durará três semanas, a segunda três meses e a terceira 12 meses. Elas são

eliminatórias, então estamos imaginando que começaremos com a seleção e 100 startups e esse número vai diminuindo para 40, depois 20, depois dez até chegarmos a três finalistas”, detalha. A gerente afirma que haverá investimento financeiro nas startups, mas não sabe precisar o valor. Segundo ela, o centro vai contar com parte do investimento de R$ 30 milhões, que é o montante definido para as ações de inovação digital e de tecnologia da informação em aços longos da ArcelorMittal em 2018. Além disso, o Açolab atrairá aporte de parceiros, sendo alguns dos apoiadores as instituições o Sistema S e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

A Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG), através de seu presidente Paulo Machado Zica de Castro, assinou convênio com o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais para adoção dos programas de Estágio e Aprendizagem mantidos pela instituição. Representaram o CIEE/MG no ato o supervisor Antônio Marcos Pereira e o assessor Institucional Gilson Elesbão de Siqueira. Os associados à Acomac-MG terão condições especiais na contratação de estagiários e aprendizes através do CIEE/MG. A entidade conta com a participação das maiores e mais expressivas empresas do setor no Estado, além de manter um número significativo de pequenas e médias empresas no seu quadro social. Fundada em 2 de junho, propõe congregar a classe no estado e a executar um programa de ações em benefício das empresas associadas. Na foto, Paulo de Castro (C), Gilson Elesbão (esq.) e Antônio Marcos.

Parceria com a Acic DIVULGAÇÃO

BANCOS

BNDES lança concurso para fintechs DA REDAÇÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou ontem o “Desafio BNDES Fintech”, um concurso que oferecerá R$ 100 mil em prêmios às soluções tecnológicas mais inovadoras voltadas ao mercado financeiro. O concurso apresenta nove desafios às fintechs, e cada uma delas poderá escolher um ou mais para solucionar. Os desafios são relacionados à facilitação e promoção do acesso ao crédito, buscando beneficiar todas as organizações alinhadas com esses objetivos. A ideia é ajudar a fomentar o ecossistema, incentivar o desenvolvimento de soluções para os problemas de acesso ao crédito e ajudar na divulgação e promoção

dos produtos e serviços oferecidos pelas fintechs. As empresas interessadas podem se inscrever até o dia 3 de setembro no site do banco (www.bndes.gov.br/ desafiofintech) e apresentar soluções criativas para análise de crédito, identificação de potenciais clientes, integração a plataformas digitais, avaliação de impacto, digitalização de todo o processo de concessão de crédito, blockchain e moedas digitais, prevenção de fraudes e outras ferramentas de facilitação do crédito a micro, pequenas e médias empresas. Após o período de inscrições, a equipe técnica

do BNDES selecionará dez finalistas, que farão apresentação presencial no Banco, no dia 26 de novembro deste ano. Os indicados serão avaliados por uma banca formada por especialista ou gestor de fundo de investimento em startups e representantes de entidades externas, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Endeavor Brasil e a Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE). O vencedor conquistará um prêmio de R$ 50 mil, enquanto o segundo colocado receberá R$ 40 mil e os R$ 10 mil restantes serão des-

tinados à fintech classificada em terceiro lugar. Consulta – Em janeiro, o BNDES lançou consulta pública, encerrada em março, para conhecer soluções tecnológicas de fintechs que possam se integrar ao Canal do Desenvolvedor MPME. O objetivo foi investigar, por meio de prova de conceito, soluções tecnológicas existentes no mercado para quatro tipos de serviços que o Banco deseja futuramente oferecer às empresas de menor porte: educação financeira, análise de crédito, matching de soluções financeiras e leilões reversos de crédito para financiamento.

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O superintendente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), Professor Sebastião Alvino Colomarte, acompanhado do supervisor operacional Antônio Marcos Pereira e do assessor institucional Gilson Elesbão de Siqueira, esteve reunido, no dia 21 de junho, com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Contagem (Acic), Egmar Pereira Panta, e com a superintendente Estelita Turani. Na ocasião, trataram da consolidação da parceria existente entre as duas instituições há mais de três décadas. Na foto, Sebastião Colomarte, Egmar Panta, Estelita Turani, Gilson Elesbão e Antônio Marcos. Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.


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NEGÓCIOS MARTHA LANGE - DIVULGAÇÃO

GESTÃO

Transformação digital resulta em melhora nos indicadores Pesquisa aponta os resultados DA REDAÇÃO

Um estudo encomendado pela CA Technologies revela que empresas que iniciaram a Transformação Digital já conseguem colher os resultados positivos. Conforme a pesquisa, boa parte das empresas brasileiras entrevistadas conseguiram aumentar a sua produtividade operacional em 52% e as receitas em 50%. Os executivos consultados afirmaram que a transformação digital melhorou em 78% a experiência dos seus clientes e em 58% a satisfação com seus produtos e serviços. A criação de soluções tecnológicas, fruto da transformação digital, tem feito empresas públicas e privadas mudarem sua cultura e melhorarem sua performance. Essas inovações têm contribuído para que tarefas do dia a dia dentro das organizações se tornem mais econômicas e eficientes. “As empresas de tecnologia ajudam negócios de todos os segmentos a inovar, a diminuir custos e a vender mais. Por isso, os momentos econômicos mais difíceis para a maioria dos setores pode ser uma oportunidade de crescimento aos desenvolvedores de soluções tecnológicas”, destaca o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz. Conheça algumas soluções, criadas por organizações brasileiras, que estão contribuindo para melhorar processos e a performance das empresas e instituições públicas:

adotar videoconferência para reuniões e treinamentos de capacitação profissional de docentes e funcionários. A medida só foi possível graças a adoção de uma solução implementada pela integradora Teltec Solutions. A iniciativa possibilitou a realização de reuniões administrativas, pedagógicas e para a capacitação dos corpos docente e administrativo sem a necessidade de deslocamento. A telepresença permite a realização de reuniões por meio de uma experiência realista com imagens em tamanho real, ambientação das salas e voz direcionada, tudo para proporcionar a sensação de que o participante está no próprio local de reunião.

Ferramenta de gestão de pessoas reduz gastos com horas extras - As aplicações da Ahgora entregam informações em tempo real sobre a batida de ponto dos colaboradores à administração das empresas, possibilitando a tomada de decisões de maneira mais rápidas e estratégicas. As ferramentas ajudam no controle de fraudes, na gestão da jornada de trabalho, na gestão do banco de horas e de horas extras, contribui para redução de custos, automatiza as rotinas do RH e constrói relações entre empresa e colaborador mais transparentes. A tecnologia da empresa permitiu à prefeitura de Mogi Guaçu, por exemplo, uma gestão eficaz das horas extras dos servidores públicos. A medida gerou uma economia de Telepresença elimina gastos 8% na folha de pagamento com passagens e diárias - O da prefeitura. Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS) passou Aplicativo oferece serviços a economizar R$ 2 milhões financeiros mais baratos em diárias e passagens após que bancos - Uma tecnologia

Bombril adotou tecnologia para aperfeiçoar o trade marketing e registrou lucro após seis anos de resultados negativos

desenvolvida por uma fintech catarinense permite que microempreendedores individuais façam a gestão completa dos pagamentos sem precisar de conta em banco. O Asaas foi desenvolvido por uma startup financeira e permite que os MEIs aceitem cartões de crédito e débito, enviem faturas e emitam boletos com custos inferiores aos do sistema bancário convencional. Em São Paulo, um pequeno comerciante do bairro Interlagos abandonou a relação com grandes instituições financeiras para gerenciar o sistema de pagamentos pelo celular. O Sacolão do Pedrão, que oferece frutas, verduras e hortaliças aos clientes todos os dias e ainda abastece restaurantes de comida japonesa, é o típico estabelecimento em que o dono resolve tudo. Pedro Martílio dos Santos é quem encomenda os produtos, organiza a exposição deles, faz contato com os clientes maiores e sai para entregar, duas vezes por semana, no próprio caminhão. Monitoramento colaborativo e on-line diminui custo de cidades e empresas - O monitoramento via câmeras mostra diariamente sua importância na segurança pública e privada. Para empresas grandes e prefeituras, entretanto, esse serviço pode sair caro nos moldes tradicionais por causa do volume de aparelhos envolvidos. A Camerite, desenvolveu um software em nuvem onde

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os contratantes não precisam mais investir em um aparato complexo, basta possuir câmeras conectadas à plataforma. Empresas vizinhas, podem, ainda compartilhar as imagens públicas de suas câmeras particulares umas com as outras — aumentando a área vigiada sem para isso aumentar o investimento. O compartilhamento das gravações pode ser feito também com os agentes locais de segurança. Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, por exemplo, a Camerite desenvolve o Projeto City Câmeras que estimula essa prática entre empresas. Dados da gestão do município mostram que em um ano já foram economizados R$ 3,6

milhões e o número de câmeras monitorando a cidade aumentou 2.000%. Tecnologia aperfeiçoa estratégia de trade marketing - No fim de 2015, a Bombril passou por uma mudança de diretoria. Com essa instabilidade, uma análise da Nielsen apontou que a marca estava tendo problemas no mercado. A ruptura, ou seja, a indisponibilidade de um determinado produto no ponto de venda aumentou em 3 pontos percentuais e a empresa havia perdido 5 pontos percentuais em exposição. Neste momento, a Bombril estava com um prejuízo de R$ 400 milhões. No final deste mesmo ano, a empresa passou a contar com

o software para gestão de trade marketing Agile Promoter para apoiar a gestão da equipe de campo. Os números mostram que a aposta funcionou: no fim de 2016, a empresa comemorou os primeiros números positivos em seis anos, com lucro de R$ 59 milhões e faturamento de R$ 1,55 bilhão. Ao incorporar o Agile Promoter, a Bombril passou a monitorar indicadores de ruptura com frequência. A presença dos promotores em loja, por exemplo, aumentou em 25%. Com a tecnologia de apoio à operação, tornou-se possível acompanhar a atuação da equipe e descobrir se o problema estava na falta de reporte, no varejo ou no vendedor.

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A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

Boca a boca eletrônico e a gestão de negócios na era digital RINALDO DE CASTRO OLIVEIRA*

A popularização da internet possibilitou a criação de redes sociais eletrônicas nas quais as pessoas expõem diversos aspectos de suas vidas. A crescente utilização de plataformas digitais e sites especializados em diferentes tipos de produtos e serviços tem sido observada no mundo, tanto com foco em reunir avaliações de usuários, quanto possibilitando a compra on-line por parte de clientes potenciais. O ambiente digital está sendo usado cada vez mais pelos consumidores para embasarem suas decisões de compra. Portanto, entender a influência das avaliações on-line disponibilizadas em mídias sociais e sites especializados no processo de compra de produtos e serviços é muito importante na gestão empresarial em tempos atuais. Diversos estudos têm mostrado que os gestores de empresas não sabem ao certo como responder às opiniões de usuários, ou não adotam o que seriam consideradas as melhores práticas gerenciais

no manuseio de mídias sociais. Esta incerteza pode, em parte, ser devido à falta de compreensão de como os consumidores usam as opiniões para tomarem suas decisões. Aspectos como a qualidade da informação, descrita como o poder de convencimento de comentários expresso numa mensagem informativa, possivelmente terá impacto na aceitação do cliente em relação aos canais de comunicação que disponibilizam

as avaliações on-line. Da mesma forma, ao levar em consideração a enorme quantidade de informação que os indivíduos compartilham on-line, a maioria deles pode precisar, durante as compras, de uma referência para fortalecer sua confiança. A quantidade de comentários on-line pode ser um sinal de quanto o produto é valioso e popular, afetando as decisões dos clientes em adquirir produtos e serviços, por influenciar

status de verdade, as empresas precisam reconhecer o impacto deste fenômeno atual em seus negócios. Subestimar esse efeito pode trazer danos irreparáveis para a imagem e reputação das organizações, refletindo em queda de vendas e do resultado do negócio. Diante desse contexto, torna-se relevante que os gestores compreendam a influência desse novo canal de comunicação nas empresas, visando desenvolver ações gerenciais para melhoria da qualidade de produtos e serviços, bem como reconhecer o impacto das opiniões de usuários no processo de escolha de clientes potenciais. As fronteiras dos tradicionais SACs disponibilizados pelas empresas em muito se expandiram. Pensar em novos e-SACs, capazes de captar essa multiplicidade de canais e opiniões a respeito dos produtos e serviços é fator essencial na gestão da satisfação de clientes e do processo de compra nos dias atuais.

significativamente a necessidade e a utilidade percebida de uma avaliação. Considerando a grande diversidade de fontes que disponibilizam avaliações on-line e a crescente desconfiança em relação às informações que circulam no ambiente virtual, é cada vez mais importante avaliar como a credibilidade das informações afeta a intenção de compra. Num mundo onde a pós-verdade tem *Sócio-diretor da DMEP


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NEGÓCIOS FRANCHISING

Redes mineiras se destacam no setor ABF Expo realizado em São Paulo na última semana reuniu 17 marcas mineiras DANIELA MACIEL De São Paulo*

Entre as mais de 400 marcas presentes na ABF Franchising Expo, realizada em São Paulo entre os dias 27 e 30 de junho, 17 são sediadas em Minas Gerais, além de marcas que não têm origem mineira, mas, agora, integram grupos ou holdings sediadas no Estado. Essas empresas representam diferentes segmentos, entre eles: alimentação; moda; saúde, beleza e bem-estar; serviços educacionais, serviços e outros negócios. Para a diretora da Associação Brasileira de Franchising – seção Minas Gerais (ABF Minas), Danyelle Van Straten, a presença mineira na feira indica um mercado maduro, que tem no interior uma das suas fortalezas. “Minas tem crescido acima da média nacional e isso indica muito o crescimento para o interior, que tem uma economia forte por conta das exportações de minério e de itens agrícolas. Para a feira vieram marcas fortes. Os franqueadores mineiros têm um ponto de atenção que é a estrutura da franquia, eles crescem em bases muito sólidas. O mineiro é um investidor muito consciente. Ele estrutura muito o negócio para depois franquear”, explica Danyelle Van Straten. Sediada em Belo Horizonte, a Tributarie – que integra o Grupo Brugnara especializado em consultoria jurídica e financeira – estava estreando na feira. O escritório especializado em questões contábeis presta consultoria para empresas de todos os portes e setores. O objetivo é garantir através de soluções inovadoras e seguras de alto valor agregado a exatidão das informações, regras e processos envolvidos no cumprimento das obrigações fiscais e na gestão tributária das empresas, promovendo,

Rede mineira Água de Cheiro foi vendida para o Grupo Narsana, de São Paulo, em 2016

com grandes marcas internacionais e estamos recuperando fragrâncias clássicas que serão reapresentadas de uma maneira moderna”, afirma Sarah Duarte. O investimento médio para abertura de uma unidade varia entre R$ 80 mil e R$ 150 mil, de acordo com o modelo escolhido. Existe um plano específico de expan-

são para Belo Horizonte, que tem, atualmente, apenas um franqueado. A meta é chegar ao fim do ano com maios uma loja em funcionamento na Capital e outras oito no interior do Estado. “A região de Belo Horizonte é estratégica e a franqueadora fará investimentos próprios na Capital. Ao longo dos últimos meses trabalhamos

para organizar e padronizar a gestão, recuperando a confiança dos nossos franqueados e temos certeza da importância de Minas nesse processo. Em 2019 vamos fortalecer o desenvolvimento para o público jovem”, pontua a diretora comercial da Água de Cheiro. * A repórter viajou à convite da ABF

Arezzo&Co aposta em novidade para expandir GAS STUDIOS/DIVULGAÇÃO

Um exemplo de empresa que alçou voos por outros territórios, mas mantém raízes nas Alterosas é o Grupo Arezzo&Co. Criado há 46 anos em Belo Horizonte, onde mantém uma sede administrativa e “afetiva”, segundo o diretor executivo de Gente & Gestão/ Expansão, Marco Aurélio Vidal, também tem sede produtiva no Rio Grande do Sul e corporativa em São Paulo. O grupo detém as marcas Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e OWME, além da icônica Arezzo. A novidade trazida para a feira foi o modelo Light de franquias da marca Arezzo e a evolução crescente da marca Anacapri. Lançado em 2017, o novo modelo de franquias já conta com nove lojas inauguradas pelo Brasil. O investimento médio para abertura de uma unidade é de R$ 550 mil. “O modelo light possibilita expansão em território nacional, com foco em cidades de até 200 mil habitantes e centros comerciais de bairro nas capitais, e a atração de um novo perfil de franqueado, que quer se dedicar integralmente à operação do varejo”, avalia Vidal.

Grupo Arezzo&Co, criado há 46 anos em Belo Horizonte, lançou no ano passado um modelo “light” de franquia

Ao mesmo tempo em que avança pelo interior brasileiro, a Arezzo mantém firme o projeto de internacionalização da marca, com escritório e lojas próprias nos Estados Unidos. Em outros lugares do mundo o plano, por enquanto, é manter a presença por meio das multimarcas. “O calçado brasileiro é reconhecido no mundo inteiro. O que queremos agora é

DA REDAÇÃO

SAMUEL CHAVES/DIVULGAÇÃO

dessa forma, a redução de custos. De acordo com o CEO do Grupo Brugnara, Wander Brugnara, a Tributarie nasce da necessidade de entender as divergências da política tributária brasileira para prestar um melhor serviço aos clientes do grupo. “A partir daí passamos a investir na área de tecnologia tributária. Hoje somos uma empresa de BI, de soluções tributárias em BI. Desenvolvemos um sistema de parametrização e correção de informações, permitindo a restituição de valores pagos, sempre dentro da lei”, afirma Brugnara. A crise econômica fez com que a empresa triplicasse de tamanho em três anos. A necessidade de redução de custos fez com que as empresas buscassem na restituição tributária – antes ignorada – uma nova fonte de receita. O investimento para abertura de unidade é variada entre R$ 5 mil e R$ 40 mil, dependendo do formato. “O nosso franqueado faz a parte comercial com todo o suporte técnico. Hoje a validação dos arquivos se dá na esfera digital, então ele pega os arquivos e manda para que a nossa auditoria possa parametrizar no nosso sistema”, pontua o CEO do Grupo Brugnara. Mudança - A Água de Cheiro tecnicamente não é mais uma empresa mineira desde o final de 2016, quando foi vendida para o Grupo Narsana e migrou a sede corporativa para São Paulo. Mesmo assim, segundo a diretora comercial da Água de Cheiro, Sarah Duarte, a mineiridade continua sendo um dos valores da marca, que tem no Estado um dos seus pontos focais de desenvolvimento. “Não abrimos mão da nossa história. E é com ela que planejamos o futuro. Pra isso desenvolvemos novos produtos, fizemos parcerias

Feira recebe 60 mil pessoas em São Paulo

que uma marca de calçados brasileira seja reconhecida. Temos pessoal dedicado exclusivamente pra isso e os Estados Unidos são a grande plataforma para a internacionalização de qualquer marca ou produto”, argumenta o diretor executivo de Gente & Gestão/ Expansão do Grupo Arezzo. Minas Gerais é o terceiro mercado em volume de vendas para o grupo. As

cidades do Estado com lojas já em operação e em processo de abertura da Arezzo Light são: Itabira e João Monlevade (região Central), Paracatu (Noroeste), Viçosa e Muriaé (Zona da Mata), Itaúna (Centro-Oeste) e Passos (Sul de Minas). Com oportunidades para abertura Arezzo Light: Caratinga (Vale do Aço), Formiga (Centro-Oeste), Ubá (Zona da Mata), Ja-

naúba (Norte de Minas) ou Teófilo Otoni (Vale do Mucuri). E para o formato Full da marca Arezzo: Alfenas (Sul de Minas), Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH) e Uberlândia (Triângulo). Da marca Anacapri: Juiz de Fora (Zona da Mata), Belo Horizonte, Contagem e Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e da marca Schutz: a Capital. (DM)

Modelos inéditos, novos formatos, inovação aplicada, opções de investimento reduzido, nichos promissores e inusitados, serviços diversos, saudabilidade e reinvenção de segmentos tradicionais. Essa é a nova face do franchising brasileiro mostrado na 27ª ABF Franchising Expo, maior feira de franquias do setor que ocorreu de 27 a 30 de junho, em São Paulo. O evento reafirmou mais uma vez a fortaleza de um setor que cresceu 5,1% no 1º trimestre deste ano, continua a gerar empregos, investir e contribuir com o desenvolvimento econômico brasileiro. A vontade do brasileiro de ter seu próprio negócio também ficou evidente com visitantes cada vez mais informados, com conhecimento dos segmentos e marcas almejadas e disposição para investir nos próximos meses. A edição deste ano teve uma visitação de cerca de 60 mil pessoas, sendo que cerca de 3 mil passaram pelos cursos da Arena do Conhecimento e 2,2 mil profissionais do setor participaram dos seminários e eventos da ABF Franchising Week. Em 2018, 128 marcas estrearam no evento, um recorde que mostra a capacidade de renovação do setor. Para o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, “mesmo frente a desafios no campo macroeconômico e político, a feira deste ano foi um sucesso. Recebemos feedbacks positivos de muitos expositores e visitantes. No caso das redes, a quase totalidade relatou a presença de candidatos qualificados e grandes chances de negócios futuros. Por parte do visitante, a conjunção de conhecimento sobre o setor, opções de investimentos diversos e contato direto com os franqueadores se mostrou mais uma vez uma receita vitoriosa. Estou seguro que a feira terá um reflexo positivo no setor nos próximos meses, dando o start em novas marcas, acelerando planos de expansão e levando o franchising às mais diversas regiões do País”. Realizada pela Associação Brasileira de Franchising e organizada pela Informa Exhibitions, a ABF Franchising Expo trouxe ao público neste ano 407 marcas expositoras, do Brasil e do exterior, que apontaram as tendências do setor. Destaque para a maior integração de tecnologias inovadoras a diversas fases do negócio, a diversificação de modelos e canais de venda, o desenvolvimento de formatos de franquia com custo reduzido (“franquias light”) e novos nichos. Notou-se também uma presença mais significativa de fintechs que adotam o modelo de franquias, redes de serviços administrativos e a reinvenção de segmentos tradicionais como o de Alimentação e de Serviços Educacionais. A agenda de empreendedorismo da feira se fortaleceu com a presença de startups e de uma área com redes de franquia que são empreendedores Endeavor.


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

SOJA

Escoamento ainda é desafio para produtores Em Minas, a safra 2017-2018 foi recorde, com alta de 9,4%, mas comercialização está aquém do esperado MICHELLE VALVERDE

A produção de soja em Minas Gerais apresentou novo recorde na safra 2017/18. De acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado colheu 5,54 milhões de toneladas da oleaginosa, volume 9,4% maior que o registrado no ano anterior. Apesar do volume recorde e da maior liquidez em relação aos demais grãos, as expectativas em relação à próxima safra são cautelosas, em função da queda de preços, aumento dos custos de produção e problemas envolvendo o escoamento da safra após o governo interferir nos preços do frete. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Minas Gerais (Aprosoja MG), Wesley Barbosa de Freitas, a safra 2017/18 de soja em Minas Gerais foi muito positiva em relação ao cultivo. Em mais um ano recorde de produção, o clima e o aparato tecnológico aplicado nos campos fizeram com que a produção ficasse 9,4% superior, somando 5,54 milhões de toneladas. A cultura da soja, por ser mais rentável e permitir a implantação de mais uma safra no ano, fez com que os produtores expandissem a área de cultivo, que ficou 3,6% maior e totalizou 1,5 milhão de hectares. O aumento ocorreu em áreas antes dedicadas ao milho primeira safra. O clima adequado para o desenvolvimento das lavouras, aliado aos pacotes tecnológicos, também contribuiu para o aumento da produtividade. O rendimento médio por hectare na cultura da soja foi de 3,67 toneladas,

variação positiva de 5,6%. “A soja tem grande importância econômica e social em Minas Gerais, por ser uma cultura que gera empregos, renda e divisas para o Estado. Nos últimos anos, a produção vem crescendo e viabilizando o plantio da safrinha, principalmente de milho. Além de poder plantar duas safras, o que gera maior rendimento para o produtor, após o cultivo da oleaginosa, a produtividade do cereal é favorecida devido à disponibilização de nitrogênio no solo”, explicou o Freitas. Comercialização - Apesar das vantagens produtivas, a comercialização da soja em 2018 está aquém do esperado pelos produtores. Este ano está sendo marcado pela queda de preços e aumento de custos, o que limita a margem dos produtores e pode desestimular o plantio na próxima safra. “A comercialização da soja está uma lástima. O produtor investe cada vez mais em tecnologias para ter mais eficiência, mas a margem está cada vez mais achatada. Isso é resultado de impostos muito altos e dos preços de insumos, principalmente dos combustíveis, elevados. Quando comecei na atividade não se fazia conta para óleo diesel, hoje é uma das coisas mais caras na produção. Estamos produzindo mais e ganhando muito menos”, disse. Em relação aos preços, a saca de 60 quilos da soja é negociada, em média, a R$ 70, enquanto os custos estão próximos a R$ 60 a saca. Há dois anos, a cotação média estadual era de R$ 93 a saca.

CNH/DIVULGAÇÃO

nhoneiros, em maio, prejudicou ainda mais os negócios envolvendo a soja. Por cerca de 20 dias o escoamento ficou parado. A situação se agravou com o tabelamento do frete, medida adotada pelo governo federal para encerrar a greve dos caminhoneiros, e que encareceu e ainda trava a entrega da soja nos portos e de insumos para a próxima safra. “Nossa comercialização foi interrompida com a greve dos caminhoneiros e segue travada com os preços do frete. Ainda tem o agravante de que os insumos, que serão usados no preparo do solo para a próxima safra, não estão chegando por estarem parados nos portos. A atitude do governo, em controlar o valor do frete, prejudicou muito a atividade. Somente o reajuste da tabela gerou um aumento de R$ 5 nos custos de cada saca de soja. O produtor está com dificuldades em atender contratos, tivemos navios partindo vazios pela falta da soja e as consequências podem ser o cancelamento de contratos, penalidades e As vendas foram suspensas com a greve dos caminhoneiros e agora estão travadas por conta do frete multas”, explicou.

Vazio sanitário já está em vigor no Estado

A safra 2017/18 de soja já foi encerrada em Minas Gerais. De primeiro de julho a 30 de setembro será realizado o vazio sanitário da oleaginosa. No período, fica proibido o cultivo da cultura. Os produtores devem eliminar todas as plantas vivas nas lavouras de Minas Gerais. De acordo com o presidente da Associação dos Frete - Ainda segundo Frei- Produtores de Soja e Milho tas, a paralisação dos cami- de Minas Gerais (Aprosoja

MG), Wesley Barbosa de Freitas, o vazio sanitário da soja é fundamental para o controle da ferrugem asiática, que causa prejuízos significativos na produção. “O produtor precisa ficar atento e respeitar o vazio sanitário, que é uma forma eficaz de reduzir e controlar a ferrugem asiática”, explicou Freitas. Segundo as informações divulgadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária

(IMA), a estimativa é fiscalizar 758 propriedades em todo o Estado ao longo do vazio sanitário da soja. As fiscalizações acontecem, principalmente, nas regiões Noroeste, Triângulo e Alto Paranaíba, que concentram o maior volume de produção do grão. As fiscalizações serão frequentes também nas áreas de abrangência das coordenadorias regionais do IMA em Montes Claros, Passos,

Oliveira e Varginha. Durante a fiscalização, ao constatar a presença da planta na propriedade, o fiscal do IMA orienta o produtor a fazer a sua erradicação em até 10 dias. Ao retornar à propriedade ao final desse prazo, caso a plantação não tenha sido erradicada, o produtor poderá ser multado em 1,5 mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a R$ 4.877,10. (MV)

SUSTENTABILIDADE

Controle biológico é alternativa para cultura do feijão CODEVASF/DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Ainda que o Brasil seja um grande consumidor de defensivos, mas atrás de países como Japão, Holanda, França e Alemanha, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Mundial, há boas notícias para o consumidor. É o caso do cultivo do feijão. Quem garante é o diretor técnico da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), Robson Luz Costa. Segundo ele, as ferramentas biológicas são procuradas cada vez mais pelos produtores brasileiros, que estão verificando os bons resultados no campo. No controle biológico, as pragas e outros transmissores de doenças são combatidos com a introdução de seus inimigos naturais, sejam fungos, vírus, bactérias, parasitoides ou insetos benéficos, conforme descrição da própria Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As pesquisas desenvolvidas por lá, por exemplo, já resultaram em produtos biológicos que não deixam resíduos nos

alimentos e prometem ser inofensivos ao meio ambiente e à saúde humana. “As ferramentas biológicas vieram para somar. O controle biológico é o que mais cresce no agronegócio, com um aumento de 25% a 30%, e não é por acaso. O produtor está avaliando os resultados. Na cultura do feijão, o controle biológico entrou no manejo do produtor”, avalia Costa. Ele é um dos palestrantes do Fórum Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais 2018, que será realizado de 15 a 17 de agosto em Curitiba (PR) e vai falar sobre o tema “Ferramentas biológicas para os pulses: uso e eficiência agronômica”. Para Costa, quebrou-se o paradigma de que apenas o controle químico funciona na lavoura. “Hoje, há muito mais informação e muito mais integração do controle biológico com o controle químico. Cada vez mais, o controle está baseado no consórcio das ferramentas químicas, biológicas, culturais e comportamentais. O foco é buscar a sustentabilidade, no conjunto social, econômico e ambiental”, opina.

O pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Murillo Lobo Junior (cuja área de pesquisa é fitopatologia), salienta que o controle biológico pode ser aplicado nas situações nas quais as ferramentas químicas têm atuação limitada, por exemplo. “O controle biológico ajuda a ocupar este nicho, além de ter outras vantagens, como diminuir em até 70% determinadas doenças do solo. Não as erradica, mas fica mais fácil para a atuação de outra ferramenta”, comenta. Lobo Junior também estará no fórum, em agosto, para ampliar essa discussão com a palestra “Oportunidades e desafios para o biocontrole de doenças na cultura do feijoeiro”. O pesquisador lembra que a insistência em um único tipo de manejo contra pragas, muitas vezes, não resolve o problema do produtor e ainda pode agravá-lo, além de causar desgastes e “roubar” parte de sua rentabilidade. “Uma das limitações e um dos resultados é que o solo fica mais infestado”, cita.

Pragas e outras doenças são combatidas com a introdução de inimigos naturais, como vírus ou insetos

nior lembra que o produtor possui uma série de práticas interessantes, que já estão estabelecidas no mercado, com uma grande variedade. “Atualmente, as pesquisas têm como foco novas regiões, ainda não exploradas nos estudos, ou doenças que não foram sanadas com as formas de controle existentes”, salienta o pesquisador, que em sua palestra no Fórum Brasileiro do Feijão vai apresentar Manejo correto - Lobo Ju- resultados práticos e como

os produtores podem ser beneficiados no manejo com as ferramentas de controle já consolidadas. De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), o plantio do feijão tem sido permanentemente monitorado por empresas públicas e ONGs, mostrando que não são identificados resíduos proibidos. “Ainda assim, sabemos que as pragas estão cada vez mais resistentes. Os custos crescentes impõem aos produ-

tores o desafio de produzir mais sem lançar mão de defensivos proibidos. Daí a necessidade de colocar os produtores em dia com a transformação e evolução do controle biológico, que não utiliza agroquímicos. Esta técnica ganha espaço nas lavouras e, a cada dia, mais produtores de feijão querem entender como utilizá-la”, defende o presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders. (Com informações do Ibrafe)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

GARY CAMERON/REUTERS

MERCADO

Dólar avança e volta a superar patamar de R$ 3,90 Nível atingido pela moeda americana foi o maior desde 7 de junho São Paulo - O dólar saltou quase 1% ontem e passou o patamar de R$ 3,90, acompanhando a cena externa com movimentos de maior aversão ao risco e sem atuações extraordinárias do Banco Central (BC) brasileiro. O dólar avançou 0,87%, a R$ 3,9111 na venda, maior nível de fechamento desde 7 de junho (R$ 3,9258). Em junho, a moeda norte-americana fechou com valorização de 3,76%, quinto mês seguido em elevação, período em que acumulou ganhos de quase 22%. “A disputa comercial entre os Estados Unidos (EUA) e a China segue no foco dos mercados, apoiando o dólar forte”, trouxe a corretora Rico Investimentos em relatório, citando ainda o baixo volume financeiro devido ao jogo do Brasil contra o México, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, disputado ontem. No exterior, o dólar subia cerca de 0,35% frente a uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o peso chileno, com os investidores ampliando as

apostas de intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais, em especial a China. A tensão vai crescendo antes de 6 de julho, quando os EUA devem impor tarifas sobre US$ 34 bilhões em exportações chinesas. E mesmo com a forte valorização do dólar frente ao real, o BC não anunciou intervenções adicionais no mercado de câmbio na sessão de ontem. Apenas ofertou e vendeu integralmente o lote de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, rolou o equivalente a US$ 700 milhões do total de US$ 14,023 bilhões que vence no próximo mês. “Quando o dólar bateu em R$ 3,95 (no intradia), o BC entrou e derrubou. Estamos muito próximos disso. Se fizer de novo, o mercado passa a entender que está defendendo esse teto para a moeda norte-americana”, afirmou o operador da Ad-

vanced Corretora, Alessandro Faganello. Na noite de sexta-feira (29), o BC informou que continuaria atuando de forma coordenada com o Tesouro no mercado para “prover liquidez e contribuir para o seu bom funcionamento” e que vai rolar integralmente swaps que vencem em agosto. Ibovespa – A bolsa paulista começou o segundo semestre com o Ibovespa em leve alta, ajudado pela melhora de Wall Street e a disparada das ações da BRF, que contrabalançaram a pressão negativa da queda dos papéis da Vale, na esteira do recuo do preço do minério de ferro na China. No fechamento, o principal índice de ações da B3 acusou acréscimo de 0,11%, a 72.839 pontos. No pior momento do dia, recuou 1,14%, caindo abaixo de 72 mil pontos. O volume financeiro do pregão alcançou R$ 6,67 bilhões. Profissionais da área de renda variável atribuíram o volume mais baixo, contra

média diária do ano de R$ 11,9 bilhões, ao jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. “Em muitos lugares, houve esquema de rodízio”, afirmou uma das fontes. A recuperação nos pregões em Wall Street endossou o alívio doméstico, com o S&P 500 fechando em alta de 0,3%, após sessão volátil, com a questão do comércio global ainda no foco das atenções. Estrategistas e analistas de ações enxergam um possível melhora das ações brasileiras neste mês após perdas recentes. Da máxima de fechamento do ano, de 87.652 pontos, em 26 de fevereiro, ao encerramento do pregão da última sexta-feira (29), o Ibovespa acumulou uma queda de quase 17%. “O fluxo vendedor acentuado em maio e junho gerou divergência em algumas empresas e isso deve voltar a atrair investimentos em renda variável com alguma seletividade para ações com perfil considerado sólido”, destacou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos. (Reuters)

BOLETIM FOCUS

Projeção da inflação tem 7ª alta seguida Brasília - Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram, pela sétima semana seguida, a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4% para 4,03% neste ano. A informação consta da pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo BC com projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. A pesquisa do BC passou por mudanças. Agora é possível saber, por exemplo, quantas instituições financeiras responderam à pesquisa sobre cada indicador. No caso da projeção para o IPCA neste ano, 114 instituições apresentaram estimativa. O BC passou a divulgar também as estimativas de quatro anos, acrescendo 2020 e 2021. Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será de 4,10% (mesma estimativa da semana passada) e de 4% em 2020 e em 2021. Essas estimativas estão abaixo da meta que deve ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre

ALISSON J. SILVA

2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente). Selic - Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. PIB - A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no País – permaneceu em 1,55%, depois de passar por

Segundo o BC, nova estimativa é de um IPCA de 4,03% neste ano

oito reduções consecutivas. A previsão de crescimento do PIB para 2019 caiu, pela quarta vez consecutiva, ao passar de 2,60% para 2,50%. As instituições financeiras também projetam avanço de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. De acordo com a pesquisa, quanto mais distante o período da previsão, menor o número de instituições que respondem à pesquisa. Na

previsão para o PIB em 2018, colaboraram 75 instituições, para 2019, 74, 2020, 56, e 2021, 51. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar passou de R$ 3,65 para R$ 3,70, no final deste ano, e permanece em R$ 3,60, no fim de 2019. Para 2020, a estimativa também é de R$ 3,60. No final de 2021, a previsão é de R$ 3,70. (ABr)

Em junho, dólar fechou com valorização de 3,76% frente ao real

FGV

IPC-S tem aumento de 1,19% no último mês, ainda influenciado pela greve São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 1,19% em junho, acelerando fortemente ante a taxa de 0,41% apurada em maio, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV), como reflexo dos problemas de oferta gerados pela greve dos caminhoneiros. A taxa foi a mais alta para o mês da série histórica do indicador. Assim, o IPC-S acumula avanços de 3,00% no ano e de 4,43% em 12 meses. O resultado mensal do IPC-S ficou abaixo da mediana de 1,23% da pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo de 1,13% a 1,35%. Na comparação com a terceira quadrissemana de junho também houve avanço, já que a variação naquela leitura foi de 1,17%. No período, quatro das oito classes de despesas avançaram: Habitação (1,51% para 1,93%), Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,28%), Comunicação (0,22% para 0,32%) e Despesas Diversas (0,10% para 0,15%). Já os segmentos que registraram desaceleração entre a terceira quadrissemana e a quarta medição de junho foram Alimentação (1,80% para 1,59%), Transportes (1,45% para 1,25%), Vestuário (0,73% para 0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,40%). Influências - A aceleração do IPC-S da terceira quadrissemana de junho para a última medição do mês teve motivação principal do grupo Habitação, devido ao aumento de tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 7,16% para 8,83%, segundo a FGV. Em maio, o aumento fora de 0,41%. O item, que também foi a maior influência individual de alta do indicador no período, está sendo majorado pela substituição da bandeira amarela - vigente em maio – pela vermelha 2, que cobra R$

5 a cada 100 kWh utilizados. A gasolina também permaneceu entre os itens com maior contribuição para o avanço do IPC-S, embora já tenha começado a desacelerar na quarta quadrissemana, de 5,55% para 4,12%, provocando o arrefecimento em Transportes. A greve dos caminhoneiros ocorreu na última quadrissemana de maio e afetou a oferta do combustível nos postos. Seguindo a lista de maiores influências individuais de alta, o leite tipo longa vida aparece em terceiro, com avanço de 8,24% para 12,77%. Depois, são listados condomínio residencial (2,19% para 2,65%) e plano e seguro de saúde (0,98% para 0,99%). Nos outros grupos que registraram acréscimo nas taxas da terceira para a quarta leitura de junho, a FGV destacou o comportamento de salas de espetáculo (-0,70% para 0,15%) em Educação, Leitura e Recreação; mensalidade para TV por assinatura (0,17% para 0,54%) no segmento de Comunicação; e serviço religioso e funerário (0,24% para 0,62%) em Despesas Diversas. Recuo - Em contrapartida, hortaliças e legumes (10,88% para -1,90%) já começaram a desacelerar após o choque causado pela greve dos caminhoneiros e foram a principal influência para a desaceleração de Alimentação. Da mesma forma, roupas (0,82% para 0,26%) contribuíram para o alívio em Vestuário, e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,05% para -0,67%) ajudaram no arrefecimento de Saúde e Cuidados Pessoais. As principais influências individuais de baixa no IPC-S da quarta quadrissemana de junho foram tomate (8,28% para -8,16%), perfume (-0,15% para -1,54%), cebola (6,80% para -4,72%), alface (0,01% para -3,81%) e tangerina (-5,29% para -7,62%). (AE)




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IOF - Pagamento do IOF apurado no m├кs de maio/2018 relativo a opera├з├╡es com contratos de derivativos ┬┐QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

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,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no m├кs de maio/2018 pelas pessoas jur├нdicas que optaram pelo pagamento mensal do LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW ┬Ю GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV

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Seguros

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,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV na aliena├з├гo de ativos no m├кs de PDLR DUW ┬Ю ┬Ж ┬Ю GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Q┬Ю &yG 'DUI ,53) ┬▒ &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH PDLR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

Agenda Federal Dia 29

Taxas de c├вmbio

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,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por SHVVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ┬┐QDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH PDLR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2018

LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Reoneração da folha é regulamentada Apenas 17 atividades produtivas do País permanecerão com o benefício da desoneração até 2020 DIVULGAÇÃO

Brasília - A Secretaria da Receita Federal publicou no “Diário Oficial da União (DOU)” de ontem uma instrução normativa (IN) para regulamentar as mudanças trazidas com a Lei 13.670/2018 na desoneração da folha de pagamento de setores produtivos. A lei foi sancionada em maio com vetos que eliminaram o benefício para 39 setores. No texto aprovado pelo Congresso, os parlamentares previam a manutenção da desoneração da folha para metade dos 56 setores que estavam no regime. No entanto, o presidente Michel Temer vetou o incentivo para alguns segmentos. Na última semana, o Congresso decidiu manter os vetos presidenciais à lei, o que permitiu que apenas 17 atividades permaneçam com o benefício da desoneração até 2020, como queria o governo. Depois isso, o incentivo será extinto para todos os setores. Nas estimativas do governo, a reversão da desoneração da folha, a chamada reoneração, vai economizar R$ 830 milhões neste ano. O valor é reduzido porque a medida só começa a vigorar 90 dias após a sanção da lei. A instrução normativa (IN) da Receita Federal só produzirá efeitos a partir de 1º de setembro de 2018. Com a desoneração, os segmentos contemplados recolhem a contribuição sobre a receita bruta e pagam alíquotas que variam de 1% a

4,5%. Já os setores reonerados voltarão a contribuir para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com 20% sobre a folha de pagamento. A IN da Receita lista as atividades que estarão sujeitas à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) e as respectivas alíquotas. Dentre elas, estão: serviços de tecnologia da informação e de tecnologia da informação e comunicação, com taxa de 4,5%; teleatendimento (call center), com 3%; transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional (2%); transporte ferroviário de passageiros (2%); transporte metroferroviário de passageiros (2%); transporte rodoviário de cargas (1,5%); empresas do setor de construção civil (4,5%); empresas de construção civil de obras de infraestrutura (4,5%); empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens (1,5%); e outras do setor industrial enquadradas na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi) - estas também com alíquota de 1,5%. A norma da Receita também relaciona os códigos de vários itens cuja fabricação permite a opção da empresa pela contribuição sobre a receita bruta. Neste caso, serão cobradas alíquotas de 1%, 1,5% e 2,5%, conforme o tipo de produto. (AE)

As empresas de call center recolherão a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) com alíquota de 3%

Emissão da NFC-e já é obrigatória em Minas DA REDAÇÃO

A emissão da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) passou a ser obrigatória em Minas Gerais a partir deste mês, substituindo o cupom fiscal. A decisão é da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG) e vale para todas as empresas, inclusive varejistas. De acordo com Reginaldo Stocco, CEO da VHSYS, startup que oferece software de gestão empresarial na nuvem, o processo já foi adotado em diversos estados e Minas Gerais é um mercado bastante amplo e rico no segmento vare-

jista. “O uso desta versão traz várias vantagens para o empreendedor, como a utilização de qualquer impressora não fiscal, térmica ou a laser, sem precisar de uma autorização do fisco. Também dispensa Emissor de Cupom Fiscal (ECF) e intervenção técnica, simplifica as obrigações acessórias e economiza recursos físicos e de tempo para realizar as operações”, explica. Embora as mudanças facilitem a vida dos empresários e seja relativamente simples implantá-las, Stocco ressalta a importância de utilizar softwares ERP (sistema que facilita a gestão das empre-

sas) para manter o controle das notas. “Ao utilizar esses softwares, é possível enviar as NFC-e para o e-mail dos clientes, fazer a impressão e consultar o histórico de emissões, tudo no mesmo sistema com apenas alguns cliques e sem precisar instalar nada”, detalha. A NFC-e é o documento fiscal destinado a documentar operações e prestações relativas ao ICMS em venda presencial, venda no varejo e vendas a consumidor final. Além de não ser mais necessária a homologação do Fisco para utilizar o software emissor da NFC-e, outra comodidade da mudança é que

a nota do cliente pode ser encaminhada diretamente para o e-mail, economizando recursos com a impressão. “Para o empreendedor, isso significa ter maior liberdade para escolher as formas com que irá se adequar à lei, podendo optar por ferramentas mais baratas e práticas”, ressalta Stocco. Para emitir a NFC-e é preciso realizar o credenciamento na Secretaria de Estado de Fazenda, além de ter inscrição estadual regular, certificado digital, o programa emissor, impressora comum e o Código de Segurança do Contribuinte (CSC) emitido pelo Estado.

TRABALHO

LER e distúrbios osteomusculares afastam 22 mil DA REDAÇÃO

Dados preliminares do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) indicam que ao menos 22.029 trabalhadores precisaram ficar mais de 15 dias de suas atividades em 2017 por causa de algum tipo de doença relacionada com as lesões por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares (LER/Dort). O número representa 11,19% de todos os benefícios concedidos pelo INSS no ano passado. As doenças relacionadas às LER/Dort são caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais. Geralmente são provocadas por movimentos contínuos com sobrecarga dos nervos, músculos e tendões. Das 20 principais causas de afastamento das atividades profissionais por adoecimento no trabalho em 2017, três se enquadram nessa denominação: lesões no ombro, sinovite (inflamação em uma articulação) e tenossinovite (inflamação ou infecção no tecido que cobre o tendão) e mononeuropatias dos membros superiores (lesão no nervo periférico). Nessa última, a mais comum é a doença conhecida como Síndrome do Túnel do Carpo, resultante da compressão interna do nervo mediano na altura do punho, problema comum em pessoas que fazem movimentos repetitivos em alta velocidade ou associados

com força, como digitar, tocar instrumentos musicais, torcer roupas e picar alimentos em cozinhas industriais. O auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler explica que embora sejam doenças mais comuns em trabalhadores que realizam tarefas repetitivas e contínuas, que exigem força, desvio do punho ou elevação dos braços acima da linha dos ombros, o estresse também pode propiciar o surgimento do problema. “São as situações que costumamos classificar como riscos psicossociais, como pressão excessiva por metas, metas inalcançáveis, rigor exacerbado no controle das tarefas, pressão das chefias, chegando até a assédio moral em alguns

trabalhadores. Mas os empregadores também têm prejuízos quando o INSS precisa afastar os empregados das tarefas diárias. Se somados todos os dias que os trabalhadores ficaram afastados das tarefas profissionais em 2017 por causa de alguma doença relacionada a esses dois problemas, o número chegaria a 2,59 milhões de dias de trabalho perdidos. Por isso, a prevenção é a maneira mais eficaz de resolver o problema. Seidler explica que o primeiro passo deve ser uma avaliação ergonômica do trabalho e a adequação dos problemas encontrados. Isso é tão imPrejuízo - Os principais portante que foi criada uma prejudicados com as ocor- norma regulamentadora rências de LER/Dort são os para tratar especificamente

casos”, pondera. Essas situações têm sido frequentemente associadas ao trabalho em bancos, supermercados, frigoríficos, telemarketing e cozinhas (restaurantes, catering) e nas indústrias eletroeletrônica, de veículos, têxtil e calçadista. Em termos de taxas – proporção de casos em relação aos expostos aos riscos –, destaca-se a fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo. Nessa área foram registrados, em 2017, 14 casos de afastamento por mil trabalhadores.

do tema, a NR- 17. Além disso, uma avaliação médica específica, com inventário de queixas nos setores de maior risco, pode identificar precocemente os primeiros casos e alertar para a necessidade de adequar as medidas preventivas. “O empregador precisa organizar o trabalho de tal forma que o trabalhador não adoeça. E não tem como fazer isso sem avaliar o ambiente e tomar medidas que garantam a saúde dos seus empregados”, explica. Além disso, há as ações complementares que podem ser adotadas. Entre elas estão as pausas para alongamento e recuperação, aquecimento, exercícios de alongamento

Doenças profissionais geram indenização DA REDAÇÃO

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região reconheceu a culpa do empregador por ter submetido o empregado a diversas horas seguidas de trabalho e, em consequência o direito do empregado à indenização por dano moral Para o relator Ricardo Verta Luduvice, cujo voto foi acompanhado pelos demais magistrados da 11ª Turma, “o dano moral é uma sanção civil para o seu autor e também uma compensação à vítima pelo sofrimento experimentado. Inserida no plano psicológico da vítima, a única coisa capaz de melhorar tanto o ânimo desta como a sua autoestima é

a condenação do ofensor. Nunca como represália, mas como até natural reação de senso comum de resposta à ofensa irrogada”. “Para que ocorra a obrigação de indenizar é necessário que estejam presentes três elementos essenciais que caracterizam a responsabilidade subjetiva: a ofensa a uma norma preexistente ou erro de conduta, um dano e o nexo de causalidade entre uma e outro”, explica a advogada Marta Gueller, especialista em direito previdenciário. Nesse sentido, não basta que o empregador forneça equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção coletivo (EPC), que observe as normas de segurança e

medicina do trabalho. Mesmo que apresente nos autos da reclamação trabalhista exames admissional e periódico; atestados de saúde ocupacional; relatórios de atividades e programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), vem prevalecendo nos tribunais o princípio da primazia da realidade. “As boas intenções do empregador não são suficientes para afastar a sua responsabilidade subjetiva em indenizar o dano causado ao empregado”, explica Marta Gueller. De acordo com o artigo 21, inciso I, da Lei 8.23/91, ainda que a doença seja preexistente ou que haja predisposição do trabalhador para desenvolver determi-

nada enfermidade, o fato de ter havido contribuição da atividade desenvolvida durante a jornada de trabalho no desencadeamento ou agravamento do quadro clínico, a equipara a acidente do trabalho. Dessa forma, o trabalhador é passível de indenização na Justiça do Trabalho, em valor a ser arbitrado pelo juiz, com base nas sequelas detectadas por perícia médica no obreiro e no local de trabalho, conforme tabela da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Tudo isso sem prejuízo da indenização dos danos matérias decorrentes da doença adquirida ou agravada, como despesas com o tratamento médico, remédios e fisioterapia.

antes e depois do trabalho e a ginástica laboral. “Apesar de ser muito importante, a ginástica laboral não tem a capacidade de resolver sozinha os problemas ergonômicos que levam à ocorrência de LER/Dort. É apenas parte da solução, e uma parte complementar”, afirma o auditor. O Ministério do Trabalho lançou em abril a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Canpat), que se estende até novembro. O objetivo é chamar atenção para a prevenção de acidentes e adoecimentos que vitimam trabalhadores diariamente. Em 2017, de acordo com números preliminares do INSS, foram concedidos 196.754 benefícios a trabalhadores que precisaram ser afastados das atividades profissionais por mais de 15 dias devido a algum problema de saúde ocasionado pelo trabalho. A média foi de 539 afastamentos por dia. O ministro do Trabalho, Helton Yomura, lembra que a intenção é conscientizar empregadores, trabalhadores e toda a sociedade sobre a necessidade de observar as normas de segurança e saúde no ambiente de trabalho. “Precisamos olhar para esse tema com a importância que ele merece. Ter ambientes de trabalho seguros e saudáveis é importante tanto para o trabalhador quanto para o empregador, com benefícios que alcançam todos os brasileiros, economicamente ativos ou não”, destaca. (As informações são do Ministério do Trabalho)


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL

Internacionaliza BH A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais receberá no próximo dia 13, às 20h, na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, na capital mineira), o selo “Eu Participo”, do Projeto Internacionaliza BH, coordenado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas). O Internacionaliza BH é constituído por uma rede de organizações que se destacam na atuação internacional e no convívio com comunidades estrangeiras.

Segurança Eletrônica A Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) promove quarta-feira, na Capital, o Simpósio Abese de Segurança Eletrônica. O evento gratuito roda o País disseminando conhecimento sobre o mercado de segurança eletrônica por meio de palestras de consultores especialistas do setor e apresentações dos principais players. Com o tema Segurança Eletrônica - Um Mercado Sem Fronteiras, a abertura terá a presença da presidente da Abese, Selma Migliori, falando sobre o momento atual do setor, além da presença da autoridade local Genilson Ribeiro Zeferino, secretário Municipal de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte. Programação e inscrições site http://lp.abese.org.br/ simposio_belo_horizonte/.

Copa da AMR A Associação Mineira de Reabilitação (AMR), que atende cerca de 500 crianças e adolescentes com deficiência física e em situação de vulnerabilidade e risco social, promove amanhã (4), a partir das 13h30, e quinta-feira (5), a partir das 8h30, a II Copa do Mundo da AMR. Aproximadamente 160 crianças, divididas em três seleções (Brasil Verde, Brasil Amarelo e Brasil Azul), participarão da competição. Os jogos terão duração de 30 minutos e a cada seis minutos haverá substituições de equipes para que todos possam jogar sem se cansar. Todos serão campeões e receberão medalhas. O intuito do evento é promover a inclusão esportiva das crianças e adolescentes atendidos pela AMR e complementar o trabalho desenvolvido pelo setor de Esporteterapia, estimulando a prática rotineira de atividades como esportes adaptados. O evento será na sede da AMR (Rua Professor Otávio Coelho Magalhães, 111, Mangabeiras), em BH).

Comissão aprova PL que reduz a venda direta de orgânicos São Paulo - A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei sobre novas regras que restringem a venda direta de produtos orgânicos. O texto prevê que a venda de produtos orgânicos diretamente ao consumidor seja feita apenas por agricultor familiar “integrante de organização de controle social cadastrada nos órgãos fiscalizadores”, informou a Agência Câmara.

Além disso, a venda poderá ser feita sem a certificação para garantir a procedência do produto, “se o consumidor e o órgão fiscalizador puderem rastrear o processo de produção e ter acesso ao local de produção ou processamento”. Pelo projeto, os agricultores familiares poderão comercializar a produção própria, de outros produtores certificados ou de produtos com a certificação prevista na Lei da Agricultura Orgânica. A comercialização deverá ocorrer em feiras livres ou

em propriedade particular. Atualmente, a venda de produtos orgânicos pode ser feita em estabelecimentos como supermercados desde que a mercadoria tenha o selo SisOrg, obtido por auditoria ou fiscalização.

controle social. O relator do projeto, deputado Luiz Nishimori (PR-PR), afirmou que “um regramento mais rígido para a venda direta de produtos orgânicos trará benefícios aos produtores que verdadeiramente investem e observam os preceitos da agricultura orgânica, assim como para os consumidores”. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário da Câmara. (Reuters)

Organização - Pela Lei da Agricultura Orgânica, os agricultores familiares são os únicos autorizados a realizar vendas diretas ao consumidor sem certificação, desde que participem de organização de

COLETIVO MINAS DE MINAS / DIVULGAÇÃO

Arte Urbana O resultado do edital de Arte Urbana – Gentileza, que dá continuidade ao projeto Telas Urbanas, da Secretaria Municipal de Cultura de BH, agora com novo nome e escopo, abrangendo ações de arte e gentileza com a cidade, pode ser acessado no site www.pbh.gov.br/gentileza. Os selecionados têm cinco dias úteis a partir da publicação, em 29 de junho, para apresentar documentação obrigatória. A entrega deve ser na Fundação Municipal de Cultura (Rua da Bahia, 888, 9º andar, Centro), das 10h às 12 h ou 13h às 16h. Das 198 inscrições recebidas, foram selecionadas 40 propostas de murais artísticos de intervenção no espaço urbano. Serão 15 novos grafites (37,5% das propostas selecionadas) espalhados e mais oito trabalhos de lambe-lambe (20%) e oito de muralismo (20%). O espaço urbano também receberá cinco intervenções de estêncil (12,5%), três de pintura livre (7,5%) e outras técnicas (2,5%).

CULTURA Cefart Encena Manifesto Antropofágico Como parte da programação da Fundação Clóvis Salgado em homenagem aos 90 anos do Manifesto Antropofágico, alunos dos cursos de dança, música e teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) se apresentarão no Cefart Encena. Haverá exposição de coreografias das turmas do curso de dança e a estreia da montagem teatral tropicalista Tragédia e Purpurina. Quando: Hoje e amanhã (4), às 20h Quanto: Não informado Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Dança Flamenco - A Companhia de Dança Luna Flamenca traz

ao público de Belo Horizonte o espetáculo Nocturno. Com acompanhamento de música ao vivo, a Luna Flamenca mostrará a noite e suas intensas nuancem, através da dança e da música. Nocturno é uma história contada através da poesia e expressividade do flamenco, cultura rica em paixão, arte e emoção. Quando: Quinta (5) e sexta-feira (6), às 20h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro Izabela Hendrix (Rua da Bahia, 2.020, Lourdes, Belo Horizonte) Projeto Elas Cantoras - Dividir o palco e homenagear cantoras que se destacam no cenário musical brasileiro e as que marcaram gerações pelo mundo afora. É com essa sinergia que Lu Mattos e Fabi Metzker apresentam o espetáculo “As

ÍRIS ZANETTI / DIVULGAÇÃO

mulheres em nós”, que estreia no “Projeto Elas”. As cantoras vão interpretar sucessos consagrados de cantoras nacionais e internacionais, como Elis Regina, Clara Nunes, Rita Lee, Cássia Eller, Marisa Monte, Joss Stone, Madonna, Koko Taylor e Amy Winehouse. Quando: Sexta-feira (6), às 20h Quanto: R$ 28 Onde: Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro) Orquestra Concerto - A Orquestra Ouro Preto, regida pelo maestro Rodrigo Toffolo, entra no clima da Copa do Mundo e apresenta o concerto “A Rússia e o Brasil – A Música de Tchaikovsky e Villa-Lobos”. Será a quinta apresentação da Série Domingos Clássicos 2018, que celebra a residência da Orquestra Ouro Preto no Sesc Palladium, por

meio da parceria com o Sesc em Minas. Haverá participação do solista Robson Fonseca. Quando: Domingo (8), às 11h Quanto: R$ 20 (Inteira), R$ 10 (Meia), R$ 8 (Trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo) Onde: Grande Teatro do Sesc

Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, Belo Horizonte). www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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