diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.650 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
Estado investe na verticalização da cadeia produtiva do lítio Planejamento vai desde a atividade primária até a indústria, com a fabricação de baterias O governo de Minas está investindo na verticalização da cadeia produtiva do lítio, partindo da exploração e beneficiamento do mineral, até seu uso da indústria moderna, como na fabricação de baterias para smartphones e carros elétricos. A expectativa é de que dentro de cinco a dez anos os resultados das ações do Executivo e de outros players com atividades na área dentro do território mineiro já coloquem o Estado como um importante polo da cadeia do lítio no País. “Imaginávamos que os carros e baterias elétricas teriam resultados daqui a 15 anos. Mas estamos vendo que a estratégia de desenvolver a cadeia do lítio, desde a mineração até a aplicação, passando pela produção química e investimento em fábrica de baterias, trará resultados em cinco a dez anos”, analisou o presidente da Codemig/ Codemge, Marco Antônio Castelo Branco. Pág. 3
DI Paulo Camilo será gerido pela prefeitura de Betim O Distrito Industrial (DI) Paulo Camilo, até então de responsabilidade do Estado, foi municipalizado e será gerido pela prefeitura de Betim. Com a administração municipal, será realizado um programa de revitalização que prevê intervenções na infraestrutura e logística, com recapeamento de vias, melhorias na rede de drenagem e readequação de calçadas, mediante investimentos de R$ 3 milhões. Pág. 7
China e Estados Unidos dão início a guerra comercial Os Estados Unidos e a China adotaram tarifas sobre US$ 34 bilhões em importações, com Pequim acusando Washington de desencadear “a maior guerra comercial” da história, em uma forte intensificação do conflito que já dura meses. A China apresentou uma ação contra os Estados Unidos na OMC pela imposição de taxas de importação, informou o Ministério do Comércio na última sexta-feira. Pág. 8
PIXABAY/DIVULGAÇÃO
O projeto que envolve o lítio em Minas Gerais poderá colocar o Estado em destaque como um importante polo do segmento
Preço do leite sobe pelo quinto mês Em junho, referente à produção entregue em maio, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor líquido médio praticado no Estado ficou 3,02% maior que o registrado em maio, com o litro de leite negociado a R$ 1,32. O aumento está atrelado à paralisação dos caminhoneiros e à menor produção no campo em função da entressafra. A captação de leite em maio ficou 15% menor em Minas Gerais. A greve dos caminhoneiros, que aconteceu no final de maio, provocou a interrupção do transporte de leite aos laticínios e agravou ainda mais o cenário de baixa oferta. Pág. 22
ALESSANDRO CARVALHO/DIVULGAÇÃO
O estoque da Hidrau Máquinas está avaliado em R$ 20 milhões Euro - dia 6
Comercial
Compra: R$
4,6073
Venda: R$ 4,6088
Turismo Compra: R$ 3,7730 Venda: R$ 4,0000
NovaYork(onça-troy):
Ptax (BC)
BM&F (g):
Poupança (dia 9): ............ 0,3715%
+0,11
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IPCA-IBGE (Maio): ............. 0,40%
US$1.255,80
IPCA-Ipead (Maio): ............. 0,22%
R$ 153,00
IGP-M (Junho): ......................... 1,87%
A distribuidora de produtos hidráulicos e industriais Hidrau Máquinas experimenta um período de crescimento e melhoria de gestão. Nos últimos três anos a empresa vem recebendo vultosos investimentos: R$ 13 milhões para mudança de sede no fim de 2016 e R$ 400 mil, no ano passado, para a implantação de um sistema de gestão de estoque. A expectativa da diretoria é que a empresa feche 2018 com um crescimento de 20% em faturamento em relação ao ano passado. Pág. 11
BOVESPA
TR (dia 9): ............................. 0,0000%
Ouro - dia 6
Compra: R$ 3,9258 Venda: R$ 3,9264
Minas foi o segundo estado com maior redução do volume captado
Hidrau moderniza os processos de gestão
Dólar - dia 6 Compra: R$ 3,8657 Venda: R$ 3,8662
EDUARDO SEIDL/DIVULGAÇÃO
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EDITORIAL Mais uma vez, e como já foi dito no passado, pior que o diagnóstico é o prognóstico. O quadro eleitoral continua bastante incerto, sem que se possa oferecer aos analistas sequer pistas quanto ao resultado mais provável. Certo é que os candidatos que se apresentam têm repetido, sem exceções, promessas pouco consistentes e que apenas reproduzem o que cada um deles imagina que o eleitor deseja ouvir. Faltam projetos e, sobretudo, faltam estratégias, para a construção de alianças que possibilitem governabilidade e não reproduzam as condições atuais, ao mesmo tempo indesejadas e impróprias. Faltando menos de cem dias para as eleições, o tempo vai se encurtando e as possibilidades de mudanças reais vão se re duzindo. “Pouco tempo e muitas tarefas”, pág. 2
OPINIÃO Nos últimos tempos, do mensalão até o escândalo da Operação Lava Jato – que se renova a cada dia com novos fatos e pessoas envolvidas –, a população tem acompanhado de perto as decisões da Justiça, com críticas e elogios aos julgadores. Alguns magistrados, aos olhos da população, tornam-se heróis, quando determinam prisões de acusados. Outros, quando em grau recursal, as revogam, tornam-se bandidos. O julgamento da nação, baseado em informações jornalísticas ou no título de uma reportagem - já que a maioria sequer tem o trabalho de ler todo o conteúdo para o seu convencimento –, transformam o Poder Judiciário em uma espécie de campeonato de futebol, um “Fla-Flu” jurídico. (Bady Curi Neto), pág. 2
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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OPINIÃO STF e Aécio BADY CURI NETO * A Justiça deve ser vista sem paixão, e sim com a razão, e em obediência e observância ao ordenamento jurídico posto, sob pena de não o fazendo, estarmos diante de um justiçamento, que não coadune com o Estado Democrático de Direito. Nos últimos tempos, do mensalão até o escândalo da Operação Lava Jato – que se renova a cada dia com novos fatos e pessoas envolvidas –, a população tem acompanhado de perto as decisões da Justiça, com críticas e elogios aos julgadores. Alguns magistrados, aos olhos da população, tornam-se heróis, quando determinam prisões de acusados. Outros, quando em grau recursal, as revogam, tornam-se bandidos. O julgamento da nação, baseado em informações jornalísticas ou no título de uma reportagem - já que a maioria sequer tem o trabalho de ler todo o conteúdo para o seu convencimento –, transforma o Poder Judiciário em uma espécie de campeonato de futebol, um “Fla-Flu” jurídico. Não se quer dizer, que as decisões judiciais estão imunes a críticas, mas estas, como tenho dito em artigos, devem ser feitas ao julgado e não à pessoa de seus julgadores, sem paixão partidária. Apesar de não nutrir admiração ao Partido dos Trabalhadores (PT), critiquei a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que
denegou habeas corpus ao ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, preso, preventivamente, há aproximadamente dois anos, sem o julgamento de segundo grau. Da mesma forma, a quantidade de prisões preventivas e sua duração contra réus tecnicamente primários, que poderiam ser substituídas por medidas cautelares menos gravosas. Entendi ilegal, a condução coercitiva do condenado Luiz Inácio Lula da Silva, na época inocente, e que não tinha se recusado a depor perante a Polícia Federal. Agora, após tomar o conhecimento de que o ministro Gilmar Mendes determinou o arquivamento do inquérito contra o senador Aécio Neves por supostas irregularidades em Furnas, passei a ver críticas e ataques nas redes sociais sobre a decisão, com o uso de insultos e xingamentos de toda a sorte, dos mais brandos aos impublicáveis. Diante da repercussão do caso, procurei me inteirar do caso e sobre o que motivou a atacada decisão e as agressões a seu prolator. O inquérito contra Aécio Neves iniciou com a delação premiada de seu antigo colega de Senado, Delcídio do Amaral. Durante este tempo a Polícia Federal, responsável pelas investigações, não conseguiu provas de que Aécio tenha efetivamente recebido vantagens ilícitas dos contratos de Fur-
nas e que os fatos afirmados pelo delator Delcídio do Amaral tinham como base apenas informações de “ouvir dizer”, não podendo servir como base para um indiciamento ou denúncia de um crime inexistente. Gilmar Mendes abriu vista para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que, após dois meses, se limitou a requerer que o caso fosse remetido à primeira instância, sem apontar nada de conclusivo, conforme informações do portal Consultor Jurídico (Conjur). O ministro, então, determinou o arquivamento do caso, com base no próprio relatório da Polícia Federal, fazendo constar em sua decisão que “a declinação da competência em uma investigação que deveria estar concluída, representaria apenas protelar a solução, violando o direito à duração razoável do processo e à dignidade da pessoa humana”. Por óbvio, se o Estado investigador não consegue colher provas de conduta delituosa imputada ao investigado, e o Ministério Público nada requer, deve o Judiciário determinar o arquivamento do inquérito, para que haja justiça e não justiçamento. * Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)
A cultura e o civismo agradecem CESAR VANUCCI * “... engrossam com muita sustança nosso caldo cultural”. (Danilo Ribeiro Gallucci, jornalista) Repetindo. Parar logo com isso. Botar fim, rápido e rasteiro, em toda essa espaventosa macaquice. O tal de “halloween” - originário de ritos célticos nascidos nas lonjuras da antiga Gália, levado por imigrantes irlandeses para os Estados Unidos –, hoje incorporado às tradições mitológicas daquele país, não passa para nós de um produto de importação perfeitamente descartável. Não tem nada a ver com a genuína cultura brasileira. Abundam aqui pros nossos lados, fazendo por merecer atenções especiais de todos, lendas disparadamente mais atraentes e coloridas. Personagens fantásticos, pertencentes ao nosso universo folclórico, com mais do que suficientes condições pra colocar qualquer bruxinha alienígena no chinelo, ou, se preferirmos, na sandália. É o que, aliás, asseverou, algum tempo atrás, o jornalista Danilo Ribeiro Gallucci, no “Almanaque de Cultura Popular”, acrescentando que todos eles “engrossam com muita sustança nosso caldo cultural”. Danilo faz parte de um time que se inspira no ideário de Câmara Cascudo, onde se defende, ardorosamente, a troca da comemoração do “dia das bruxas” - que vem ganhando espaço, de forma inconvenientemente desenvolta, no mês de outubro, sobretudo em redutos escolares - por uma celebração rigorosamente afinada com o espírito brasileiro. Sincronizada com o imaginário das ruas, o imaginário das matas e várzeas deste fascinante país-continente. Algo que esteja verdadeiramente comprometido com a cultura pátria. O “dia do saci-pererê”, dos desejos de muita gente, pessoas inspiradas na força lendária desse ente saltitante de uma perna só, de barrete vermelho e cachimbo, imortalizado nas apaixonantes narrativas, para crianças de todas as idades, do nunca assaz reverenciado Monteiro Lobato, poderia perfeitamente se contrapor, como alternativa autenticamente nacional, a essa comemoração estrangeira de grafia desarmoniosa, complicada tanto pra escrever, como pra falar.
Já existem até bem-intencionadas tentativas, aqui e ali, de se introduzir no calendário tal modificação, recomendável e necessária do ponto de vista da preservação da verdadeira cultura do povo. Fala-se de “saci-pererê”, mas ninguém, em sã consciência, garante seja ele apenas, dos muitos entes que povoam nosso pujante folclore, o mais representativo, o mais conhecido, o mais citado, o que melhor simbolize a ilimitada criatividade dos brasileiros para conceber figuras bizarras que sirvam para identificar-nos como grupo social e que projetem nosso jeito peculiar de expor coletivamente nossos medos e ansiedades. A imensa legião dessas criaturas é bem mais interessante que as bruxas célticas, com sotaque americano, do “halloween”. É composta, além do saci, ou martim-pererê, possuindo características regionais bem pronunciadas, consideradas as dimensões do país, pela “mula-sem-cabeça”, pelo “m’boitatá”, pelo “velho do saco”, pelo “lobisomem”, pela “mulher de branco”, pelo “neguinho do pastoreio”, pela “cobra morato”, pelo “cabeça de cuia”, vai por aí. Uns e outros, expressões de rico patrimônio mitológico, construído com base nas crendices e sabedoria popular, que precisa merece ser preservado. Assim postas as coisas, ressaltemos a inoportunidade e absoluta falta de propósito das iniciativas, adotadas em numerosos centros educacionais brasileiros, no sentido de se estimular, quando não de patrocinar, comemorações ligadas a tradições mitológicas sem raízes em nosso meio. Causa pasmo mesmo, quando não revolta, o disparate. Muitas das unidades educacionais, que, entre nós, se lançam, com entusiasmo e esmero, nessas descabidas celebrações, pouca ou nenhuma atenção, como é sabido e notório, costumam dispensar à celebração, da “semana da pátria”, do “dia da Inconfidência”, por aí. Para com isso, por favor. A cultura e o civismo, penhorados, agradecem. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Mais impostos, para quê? JORGE GILBERTO DE CARVALHO FILHO * Um dos principais problemas estruturais do Brasil é o gigantismo da máquina pública, mantido pela arrecadação tributária. Por que é tão difícil reduzir despesas? Responder esta pergunta é uma dificuldade, uma vez que não há controle. Além disso, os nossos parlamentares, deputados federais e senadores eleitos pelo povo, e constitucionalmente legisladores, são os que aprovam o orçamento da União. Nunca se vê redução de gastos. Deputado julgado, condenado e preso, continua recebendo seu gordo salário mesmo estando afastado de suas obrigações. O número de assessores parlamentares ou cargos de confiança ninguém sabe quantos são, e pior, ninguém sabe o que fazem nem para que servem. O custo do Parlamento brasileiro é estimado em R$ 6,5 bilhões por ano, 4 vezes mais caro que o da França e quase 8 vezes mais caro que o da Argentina, para efeitos de comparação.
Há mordomias sem fim: auxílio-paletó, auxílio para correio (em plena era da internet), auxílio para gasolina, garçons, engraxates, segurança, viagens em aviões da FAB, plano de saúde sem limites, a lista é extensa. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Devemos somar a essa fábula o custo do Legislativo e do Executivo de 26 estados e Distrito Federal, de 5.570 municípios, do Judiciário, das autarquias e empresas estatais. Existem 146 empresas estatais federais ativas, cujos diretores e gerentes são indicados pelos seus padrinhos políticos. Quantas mais existem nos estados e municípios? O desperdício com o dinheiro público é infindável e crescente. O Brasil, entre trinta países pesquisados, é o que, todos os anos, apresenta o pior resultado em relação aos benefícios para a população por imposto arrecadado. Não é apenas uma questão financeira, mas, também, humanitária.
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
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O dinheiro não vai para quem precisa, principalmente para os mais de 50 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. Mas, preparem-se. O rombo das contas públicas federais está estimado em torno de R$ 150 bilhões. Nossos representantes certamente irão sugerir mais aumento de impostos, apesar de aprovarem isenções e anistias aos poderosos entes econômicos: grandes empresários, países “amigos” devedores, sistema financeiro e outros. São “bondosos” com os poderosos, mas severos com quem trabalha e vive de salário. A tabela de isenção do Imposto de Renda, por exemplo, está há anos defasada, deveria ser ajustada em, no mínimo, 90%. Nós, população, podemos mudar isso com o voto. Será que teremos maturidade e coragem na hora do voto?
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Pouco tempo e muitas tarefas O mandato da ex-presidente Dilma Rousseff foi encurtado a pretexto de ser preciso – e urgente – corrigir erros na condução da economia e, dessa forma, recuperar a confiança dos investidores criando condições objetivas para a volta do crescimento, dependente também da correção de graves desvios no plano ético. As previsões e esperanças se frustraram, o País prosseguiu na trilha de um desequilíbrio estrutural cuja marca mais forte é o crescente déficit fiscal. Assim, reparar os estragos dos últimos anos, a um custo que evidentemente será maior, fica para o próximo governo, a ser escolhido no próximo mês de outubro. Quem observa o que se passa diz que não será tarefa fácil, que o peso – e custo – do Estado terá que ser aliviado e questões tão urgentes quanto a reforma da Previdência terá que ser levada a cabo. Sem avanços que passam também pela reforma tributária e pela desburocratização, que muito poderá contribuir para reduzir custos e elevar a competitividade, Mais uma vez, e como a alternativa já foi dito no passado, poderá ser, e em curto espaço pior que o diagnóstico de tempo, uma é o prognóstico. O situação de virtual quadro eleitoral colapso, com consequências continua bastante absolutamente incerto, sem que se imprevisíveis. E tudo isso sem possa oferecer aos analistas sequer pistas que seja preciso apontar também quanto ao resultado na direção da reforma política, mais provável cuja falta ajuda a explicar todo o resto. Mais uma vez, e como já foi dito no passado, pior que o diagnóstico é o prognóstico. O quadro eleitoral continua bastante incerto, sem que se possa oferecer aos analistas sequer pistas quanto ao resultado mais provável. Certo é que os candidatos que se apresentam têm repetido, sem exceções, promessas pouco consistentes e que apenas reproduzem o que cada um deles imagina que o eleitor deseja ouvir. Faltam projetos e, sobretudo, faltam estratégias, para a construção de alianças que possibilitem governabilidade e não reproduzam as condições atuais, ao mesmo tempo indesejadas e impróprias. Faltando menos de cem dias para as eleições, o tempo vai se encurtando e as possibilidades de mudanças reais vão se reduzindo. Por exemplo, pesquisas recentemente divulgadas dão conta de que, ao contrário do que se esperava, são pequenas as chances de renovação no Legislativo, que majoritariamente continuará ocupado pelos mesmos personagens, seus filhos ou netos e dezenas de partidos que se alimentam do vazio que ajudaram a criar. Vale dizer, são diminutas as chances, para o futuro presidente da República, que o quadro político possa ser muito diferente do atual, embora certamente serão ainda maiores os desafios a enfrentar. Entender a realidade tal como ela se apresenta é o primeiro passo para que seja possível modificá-la, no entendimento elementar de que como está não pode continuar.
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA LÍTIO
MINERAÇÃO
Minas desenvolve cadeia produtiva Projeto começa pela exploração mineral até o seu uso na indústria moderna DIVULGAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
O governo de Minas está investindo na verticalização da cadeia produtiva do lítio, partindo da exploração e beneficiamento do mineral, até seu uso pela indústria moderna, como na fabricação de baterias para smartphones e carros elétricos. A expectativa é de que dentro de cinco a dez anos os resultados das ações do Executivo e de outros players com atividades na área em território mineiro já coloquem o Estado como um importante polo da cadeia do lítio no País. “Já começamos a focar ações em materiais estratégicos, portadores do futuro, essencialmente na cadeia do lítio, que vai da mina às baterias elétricas”, afirmou o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge)/Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castelo Branco. “A tecnologia hoje é muito rápida. Imaginávamos que os carros elétricos e baterias elétricas, por exemplo, teriam resultados daqui a 15 anos, mas estamos vendo que a estratégia de desenvolver a cadeia do lítio como um todo, desde a mineração até a aplicação, passando pela produção química e investimento em fábrica de baterias, trará resultados em cinco a dez anos”, analisou Castelo Branco. De acordo com o presidente da Codemge/Codemig, os frutos das ações do Executivo devem começar a ser colhidos no próximo governo. Entretanto, Castelo Branco lamentou o atraso do País em relação
Expectativa é de que os resultados apareçam no prazo de cinco a dez anos, com projetos como o da AMG Mineração
a outras nações. “Estamos começando mais tarde do que outros países, mas, no Brasil, não existe outro estado capaz de investir em lítio com tanto potencial quanto Minas Gerais”, disse. Entre os projetos do governo de Minas na cadeia do lítio, está a compra, por meio da Codemig Participações (Codepar) - subsidiária da Codemig dedicada a participar minoritariamente de empreendimentos em parceria com o setor privado - de 33% de participação na Companhia Brasileira de Lítio (CBL), que atua na exploração e beneficiamento do mineral no País, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. O valor envolvido na operação foi de R$ 80 milhões. De acordo com informações do governo de Minas, a participação da Codepar
no capital da CBL assegura a sinergia com o aporte do Fundo Aerotec no capital da britânica Oxis Energy, cuja unidade de produção de células de bateria de lítio-enxofre está prevista para começar no primeiro trimestre de 2020. Segundo Castelo Branco, a Codepar já aportou R$ 23 milhões no projeto da Oxis Energy, de um total de R$ 140 milhões, além de mais R$ 14 milhões que devem ser injetados pela gestora do fundo. A unidade será instalada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em cidade ainda a ser revelada. Em Minas, existem ainda vários projetos, em diferentes fases de maturação, na área do lítio. Um deles é o da Sigma Mineração, empresa brasileira com 80% do capital nas mãos da A10
Investimentos e 20% sob tutela de credores. A empresa vai investir R$ 230 milhões no biênio 2018/2019 na primeira fase de um projeto para exploração e produção de lítio em Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Conforme já informado, os primeiros testes operacionais devem ocorrer em 2019 e a previsão é de geração de 200 empregos diretos e cerca de 600 indiretos. A área onde está localizada a jazida foi adquirida pela Sigma em 2012 e, desde então, a empresa já investiu R$ 60 milhões em pesquisas e sondagens. Outro projeto é o da AMG Mineração, que está investindo cerca de US$ 175 milhões (aproximadamente R$ 640 milhões, considerando o câmbio atual) na construção de duas plantas de concentrado de lítio, em
Nazareno (Campo das Vertentes). A partir de 2020, a empresa deve atingir uma produção anual de 180 mil toneladas de concentrado de lítio, o suficiente para colocar a companhia entre os 10 maiores produtores mundiais do mineral. Aplicação - O lítio é usado na produção de baterias de celulares, laptops e de veículos elétricos. Sua utilização como componente em baterias elétricas vem sendo aperfeiçoada para aumentar o tempo de uso e a autonomia. No caso dos seus compostos, o consumo está distribuído entre a indústria química (fabricação de graxas e lubrificantes), metalúrgica (fabricação de alumínio primário), indústria cerâmica e indústria nuclear (fabricação de reatores).
ENERGIA
Engie amplia mercado com fazendas solares São Paulo - Instalações de menor porte para geração de energia renovável, como placas solares em telhados de casas e comércios, devem se tornar cada vez mais comuns no Brasil, e a elétrica francesa Engie, que já é líder em geração no País, quer aumentar fortemente a presença nesse setor nos próximos anos. A elétrica passou a atuar com a chamada geração distribuída no País ao comprar participação em uma empresa do ramo em 2016, e nesta semana dobrou a aposta com a aquisição da fatia restante no negócio por um valor não revelado. A expectativa agora é que a Engie Geração Solar Distribuída tenha um crescimento agressivo nos próximos anos, o que deverá inclusive passar por investimentos em um novo modelo de negócio --a construção de usinas solares de médio porte para a venda direta da energia a clientes, disse o CEO da Engie Soluções, Leonardo Serpa. “Nos próximos quatro a cinco anos a gente tem um plano de estar com um faturamento cinco vezes maior do que estaremos ao final de 2018”, projetou o executivo, sem abrir números. A Engie Geração Solar Distribuída deve fechar
este ano com cerca de 2 mil instalações de sistemas solares, principalmente em telhados de residências e unidades comerciais, como farmácias e supermercados, contra apenas 600 em 2016, quando a companhia foi comprada. Mas, a partir do segundo semestre, a empresa deve passar a apostar também em “fazendas solares” que poderão vender a produção diretamente aos clientes em pequenos lotes, de maneira pulverizada. “A gente está lançado a primeira ‘comunidade solar’ agora no segundo semestre. É uma usina de 2 megawatts em Minas Gerais onde a gente vai vender (a energia gerada) para clientes que não querem investir para fazer sua própria instalação ou não possuem telhado adequado, por exemplo. Aí ele ‘aluga’, recebe uma percentagem do que é gerado”, explicou Serpa. Depois da primeira unidade, que deve estar pronta no quarto trimestre, o modelo poderá ser replicado em novos locais, incluindo áreas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Segundo Serpa, a Engie já possui estudos para até cerca de 50 megawatts em empreendimentos como esses.
GEORGE CAMPOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO
Instalações para geração de energia renovável em casas e comércio são tendência no Brasil
“É um segmento muito interessante para a gente, porque o mercado residencial de instalações tem uma competição muito forte em termos de preço. Já para construção de uma usina solar remota, não tem muitos players no mercado que vão conseguir fazer um investimento dessa magnitude, e a Engie acredita que pode se diferenciar”, disse. “A gente está querendo fazer de três a cinco usinas dessas por ano, mas é difícil dizer ainda porque é um mercado que está sendo construído. Mas a gente quer ser líder --já somos um dos líderes do mercado
de energia solar no Brasil”, Engie de crescer em serviços adicionou Serpa. descentralizados de energia e geração limpa. Serviços - Outra aposta da “Essa é a tendência do Engie é em serviços de efici- mercado de energia de ência energética associados uma forma mundial... E nós às instalações de geração queremos ser líderes dessa distribuída, o que aumenta transformação energética», os benefícios que os clientes disse Serpa. podem obter com o negócio. Além da presença em serA ideia é oferecer esses viços, a Engie controla no serviços com tecnologia da País a Engie Brasil Energia, ACS, uma empresa de efi- geradora líder em capacidade ciência energética brasileira entre os investidores privacomprada pela Engie no dos do setor elétrico local. início deste ano. A empresa A companhia possui um produz equipamentos que portfólio de usinas em opemonitoram o consumo e ração no Brasil com cerca de ajudam na busca por eco- 7,7 gigawatts em capacidade, divididos em 30 empreennomia. Os negócios fazem parte dimentos - desses, dois são de uma estratégia global da solares. (Reuters)
Mitsui pode elevar sua participação na Vale Tóquio - A japonesa Mitsui & Co pode elevar sua participação na mineradora brasileira Vale se outros acionistas venderem parte de suas ações, o que aumentaria sua influência sobre a gestão da gigante do minério de ferro, disse um importante executivo da empresa. Diversos fundos de pensão brasileiros e o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), têm considerado a venda de parte de suas fatias na Vale que equivalem a cerca de 3%do total de ações da companhia e valem cerca de R$ 8 bilhões. A compra de uma fatia extra é “uma opção”, disse Yukio Takebe, diretor executivo sênior responsável pela supervisão dos negócios de energia e metais, em entrevista na quinta-feira. “Nós queremos continuar sendo envolvidos na gestão da Vale no futuro”, disse Takebe. A Mitsui, um dos quatro acionistas controladores da Vale na estrutura anterior da companhia, atualmente possui duas cadeiras dentre as 11 do Conselho de Administração da mineradora. A venda de ações da Vale por acionistas tem sido alvo de especulação no mercado desde que a maior produtora de minério de ferro do mundo converteu todas suas ações em ordinárias em outubro. A Mitsui possui atualmente uma fatia de 5,51% na companhia. Questionado se a Mitsui poderia comprar toda a fatia dos demais acionistas se ela for oferecida em bloco, Takebe disse: “Eu não descartaria essa possibilidade, mas é improvável que nós fôssemos comprar todas as ações à venda”. O minério de ferro é um recurso crucial para a Mitsui, que quer elevar a parcela de produção a que tem direito como detentora de minas ou fatias em mineradoras para 64 milhões de toneladas em dois anos, ante 60,9 milhões de toneladas no ano comercial passado, encerrado em março. “Impulsionar a produção de minério de ferro é nossa prioridade para os negócios em metais”, afirmou Takebe. A Mitsui, que possui participações em negócios de níquel e cobalto por meio de uma joint venture com a Sumitomo Metal Mining, nas Filipinas, também pode olhar outros projetos, dada a provável demanda por baterias recarregáveis para carros elétricos. “Nós não temos ativos em outros metais de baterias, como o lítio, mas nós queremos manter a opção de ter esses ativos se negócios atraentes aparecerem”, disse Takebe. Ainda assim, a Mitsui será cautelosa, uma vez que os ativos mais atrativos já foram comprados e novos entrantes podem ser forçados a pagar elevados preços por ativos em locais onde o desenvolvimento é mais difícil. (Reuters)
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ECONOMIA
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CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC
INFLAÇÃO
RMBH tem variação de preços de 1,86%, a mais alta do País Média nacional apurada pelo IBGE é de 1,26% MARA BIANCHETTI
O reajuste tarifário médio de 23,19% da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em vigor desde o fim de maio, foi o principal responsável pela alta da inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) no mês passado. A Grande BH registrou a maior variação de preços entre as 16 regiões pesquisadas no País, chegando a 1,86% em junho. Na média nacional, a variação mensal foi de 1,26%. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o resultado, o aumento dos preços no acumulado do ano na RMBH chegou a 3,21% e, nos últimos 12 meses, a 4,69%. No Brasil, os índices foram de 2,6% e 4,39%, respectivamente. A economista do IBGE Minas Luciene Longo destacou que, embora o leite longa vida tenha apresentado a maior variação de preço em junho em Belo Horizonte, o maior impacto veio da energia elétrica, que variou 0,68 ponto percentual no período. “O leite registrou alta de 23,5% e a energia elétrica residencial
de 21,78%, mas este segundo possui maior impacto sobre a inflação da Grande BH”, explicou. De maneira geral, conforme o levantamento do IBGE, dos sete grupos que tiveram variações positivas em Belo Horizonte, três apresentaram aumento acima da média de 1,86%. Foram eles: habitação (4,91%), alimentação e bebidas (2,41%) e transportes (2,16%). Na outra ponta, houve deflação em dois grupos: vestuário (-0,29%) e comunicação (-0,06%). Além disso, em junho, na RMBH, quando considerados os subitens com as maiores elevações de preços, quatro dos cinco primeiros subitens pertenciam ao grupo alimentação e bebidas. Além do leite longa vida, a maçã (16,32%), a laranja-pera (13,68%) e a batata-inglesa (9,82%) foram destaque. No grupo habitação, além da energia elétrica, o gás de botijão teve grande elevação, de 6,43%. Transportes - Ainda segundo Luciene Longo, embora não tenha sido o grupo com maior variação positiva, a atividade de transportes foi o grupo que apresentou o subitem com
o segundo maior impacto, devido ao peso desse produto na composição no índice: gasolina, com aumento de 6,66% e impacto de 0,37 ponto percentual. “A greve dos caminhoneiros, ocorrida na última semana de maio, pressionou os gastos das famílias com alimentação e transportes”, justificou. No Brasil, o grupo alimentação e bebidas passou de um avanço de 0,32% em maio para alta de 2,03% em junho, a maior taxa para o mês desde 2008, quando o aumento alcançou 2,11%. Por outro lado, entre os subitens com reduções mais expressivas de preços, destacaram-se repolho (-22,28%), cenoura (-19,69%) e tomate (-11,68%). Em relação aos próximos meses, a economista do IBGE Minas explicou que o órgão não faz projeções, mas lembrou que a RMBH apresenta o quinto maior índice entre as regiões pesquisadas no acumulado dos últimos 12 meses até junho. “Ainda temos um dos maiores índices inflacionários do País. Precisamos aguardar os próximos levantamentos para saber como ficará até o fim do ano”, ponderou. Reajuste médio de 23,19% nas tarifas de energia praticado pela Cemig motivou elevação
Índice no Brasil é o maior de junho em 2 décadas Rio de Janeiro/São Paulo - A inflação oficial no Brasil atingiu em junho o pico no ano e o maior nível em mais de duas décadas para o mês por conta da disparada dos preços dos alimentos e dos combustíveis após a greve dos caminhoneiros e da pressão da energia elétrica, aproximando-se do centro da meta em 12 meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou no mês passado 1,26%, contra alta de 0,40% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6). É a maior alta para junho desde 1995 (2,26%) e também o maior avanço considerando todos os meses desde janeiro de 2016 (1,27%). Em 12 meses, o IPCA atingiu 4,39% até junho, contra 2,86% em maio, patamar mais elevado desde março
de 2017 (4,57%). Com isso, o índice volta a superar o piso da meta oficial, de 4,5% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os dados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters com analistas de avanço de 1,28% na comparação mensal e de 4,42% em 12 meses. A paralisação dos caminhoneiros no fim de maio afetou o abastecimento de alimentos, combustíveis e outros insumos em todo do País no fim de maio, elevando os preços. “Com o problema no abastecimento, tivemos uma escassez de produtos que provocou uma onda de altas. Percebemos que depois da greve os preços voltaram mais altos do que estavam, mas, ao longo do mês, começaram a ceder”, afirmou o economista do IBGE Fernando Gonçalves.
O IBGE informou que as altas nos grupos Alimentação e Bebidas, Habitação e Transportes, que concentram 60% das despesas das famílias, foram responsáveis por 93% do resultado do índice de junho. O avanço de 2,03% nos preços de alimentos em junho, após 0,32% em maio, foi o mais alto desde janeiro de 2016, impactado principalmente pelo aumento de 3,09% nos preços dos alimentos para consumo no domicílio. “A alta dos alimentos pela greve foi disseminada, Temos que aguardar para ver como fica no mês que vem e se esse efeito se esgotou”, afirmou Gonçalves. Já o grupo Transportes subiu 1,58%, também a taxa mais alta desde janeiro de 2016, com os avanços de 5% da gasolina e de 4,22% do etanol, representando 21% do IPCA do mês.
Bandeira vermelha - A energia elétrica também pesou sobre o bolso do consumidor ao ficar 7,93% mais cara em junho com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, e representou o maior impacto individual no índice, levando o grupo Habitação a subir 2,48%. A pressão sobre os preços provocada pela greve, entretanto, deve ficar restrita a maio e junho, em um ambiente no País de consumo ainda contido pelo desemprego alto, economia mais fraca que o esperado e incertezas relacionadas às eleições presidenciais. O Banco Central deixou claro na semana passada que vê a inflação perdendo força após junho, e com isso acabou reforçando visões de que não mexerá tão cedo na taxa básica de juros, hoje na mínima histórica de 6,50%. (Reuters)
Famílias de baixa sofrem impacto de 1,43% Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registra a variação de preços para as famílias de menor renda, de um a cinco salários mínimo, fechou o mês de junho com alta de 1,43%, a maior alta para o mês desde os 2,18% de junho de 1995. O resultado é 1 ponto percentual superior à taxa de 0,43% verificada em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a primeira vez desde janeiro de 2016 que o índice ficou acima de 1%. Com o resultado de junho, o INPC passou a acumular alta de 2,57% nos primeiros seis meses do ano, resultado
acima dos do 1,12% registrado em igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 3,53%, bem acima do 1,76% dos 12 meses anteriores. Em junho de 2017, a taxa havia fechado com deflação (inflação negativa) de 0,30%. O INPC de junho foi influenciado pelos produtos alimentícios, que tiveram alta de 2,24%, enquanto, no mês anterior, a variação havia sido de apenas 0,29%. Os produtos não alimentícios aumentaram 1,08%, enquanto, em maio, o índice foi de 0,49%.
rizonte, cuja taxa do INPC fechou com alta de 2,12%, influenciada pelo reajuste de 21,70% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio. Já o menor o menor índice ficou com a Região Metropolitana de Belém, cuja alta foi de 0,71%, motivado pelas quedas nos pescados (4,46%) e na refeição fora (1,45%). O INPC abrange dez regiões metropolitanas do País, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju, mas se refere à variação de preços junto às famílias com rendimento RMBH - O maior índice ficou com monetário de um a cinco salários a Região Metropolitana de Belo Ho- mínimo. (ABr)
Na construção civil aumento fica em 0,58% Rio de Janeiro - O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 0,58% em junho, 0,03 ponto percentual acima do 0,55% registrado em maio, segundo dados divulgados na sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a segunda alta consecutiva do índice, que em junho atingiu o maior patamar no ano. O Sinapi acumula taxa de inflação de 4,07% em 12 meses, acima dos 3,87% registrados pelo mesmo indicador em maio. Segundo o IBGE, o metro quadrado da construção passou a custar R$ 1.089,46. A mão de obra ficou 0,61% mais cara no mês passado e passou a custar R$ 530,71 por metro quadrado. Os materiais de construção tiveram alta de preços de 0,56% no mês. O metro quadrado dos materiais passou a custar R$ 558,75. Serviços - A inflação de serviços acumulada em 12 meses voltou a atingir em junho a mínima histórica da série iniciada em janeiro de 2013, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados na sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação de serviços passou de -0,09% em maio para 0,26% em junho. Apesar da aceleração, a taxa em 12 meses arrefeceu de 3,32% para 3,14% no mesmo período. De acordo com Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços
do IBGE, o desemprego ainda elevado, a geração de vagas via informalidade e a cautela das famílias ao consumir explicam a perda de força contínua da inflação de serviços. “As famílias, ao se inserirem no mercado de trabalho pela informalidade, não têm estabilidade, então, todo o movimento de consumo é mais cauteloso”, justificou Gonçalves. Já a inflação de bens e serviços monitorados pelo governo segue pressionada, saindo de 1,38% em maio para 2,49% em junho. A taxa acumulada em 12 meses subiu de 8,15% para 11,77% no período, a mais elevada desde fevereiro de 2016, quando estava em 14,95%. “Foi pressão da energia elétrica, gasolina, gás de botijão”, enumerou Gonçalves. A gasolina subiu 12,17% apenas no primeiro semestre deste ano, o item de maior impacto no IPCA do período, uma contribuição de 0,51 ponto porcentual sobre a inflação de 2,60%. O IPCA do primeiro semestre foi pressionado também pela energia elétrica, com alta de 8,02% no período e impacto de 0,29 ponto porcentual sobre a inflação; plano de saúde, aumento de 6,55% e contribuição de 0,26 ponto porcentual; e leite longa vida, alta de 28,15% e impacto de 0,24 ponto porcentual. Por outro lado, a queda de 34,36% nas passagens aéreas ajudou a conter o IPCA no primeiro semestre em -0,16 ponto porcentual. (ABr/AE)
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Minas é o nosso negócio
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ECONOMIA BANCO INTER
ABINEE
Contas digitais avançam 38,4% AlÊm de gratuita, a operação Ê de fåcil acessibilidade, por smartphones e tablets LEONARDO FRANCIA
O Banco Inter, sediado em Belo Horizonte, registrou um salto de 535,6 mil contas digitais ao final de março para 741,5 mil ao final do segundo trimestre, um aumento de 38,4%. Para o diretor de Operaçþes, Financeiro e de Relação com Investidores do Banco Inter, Alexandre Riccio, o crescimento no nĂşmero de contas estĂĄ ligado ao sucesso do produto. “A conta ĂŠ totalmente gratuita e o produto tem sido muito bem-aceito. É um produto simples, completo e gratuito, alĂŠm da transparĂŞncia do banco e da acessibilidade atravĂŠs dos aplicativos para smartphones e tabletsâ€?, justificou. Riccio lembrou ainda que apesar da greve dos caminhoneiros, que durou cerca de dez dias no mĂŞs de maio e poderia ter impactado as operaçþes, os resultados do banco foram positivos. No segundo trimestre, foram abertas 3,2 mil contas por dia Ăştil, enquanto nos trĂŞs meses anterior eram abertas 2,5 mil e no mesmo perĂodo
de 2017, 1 mil. O diretor do Banco Inter lembrou que em 30 abril a instituição concluiu sua oferta inicial de açþes (IPO, na sigla em inglĂŞs) e levantou R$ 722 milhĂľes. “O banco vinha com um bom crescimento e, nos Ăşltimos trĂŞs anos, quando aceleramos o projeto de banco digital, percebemos que poderĂamos alçar voos maiores. Analisamos os gargalos que poderiam atrapalhar esse crescimento e, entĂŁo, fizemos essa operação de reforço de capitalâ€?, afirmou. De acordo com o diretor, os recursos captados na transação servirĂŁo de reforço de caixa para sustentar o crescimento em nĂşmero de clientes e contas e, na outra ponta, para ampliar a oferta de crĂŠdito, alĂŠm de viabilizar mais investimentos em tecnologia e consolidar a atuação da instituição como um banco digital. Conforme informaçþes anteriores do Banco Inter, cerca de 15% do total captado na oferta inicial de açþes seriam destinados a potenciais aquisiçþes, outros
CHARLES SILVA DUARTE
Banco Inter informa que não sentiu impacto da greve dos caminhoneiros em suas operaçþes
15% a investimentos em A instituição financeira tecnologia e softwares e 70% foi fundada em 1994, como ao crescimento orgânico e Banco Intermedium, e faz potenciais compras. parte do grupo da MRV Engenharia (MRVE3), Investidores - Do fim do da famĂlia Menin, servinprimeiro trimestre para o do como braço de finantĂŠrmino do segundo, o Banco ciamento das operaçþes. Inter tambĂŠm aumentou o O grupo tem tambĂŠm a nĂşmero de investidores, MRV LogĂstica, de galpĂľes passando de 50,9 mil para e shoppings, hoje uma em59,6 mil, nesta comparação, presa de capital fechado, um aumento de 17% ou 8,7 mas que tentou entrar na bolsa algum tempo atrĂĄs, mil investidores a mais.
sem sucesso. O Inter ĂŠ o primeiro banco do varejo a abrir o capital em quase uma dĂŠcada. Multisserviços - Hoje, o Inter ĂŠ um banco digital multisserviços, com plataforma para pessoas fĂsicas e jurĂdicas. A instituição tem atividades nos segmentos de crĂŠdito imobiliĂĄrio, empresas, consignado e cartĂŁo de crĂŠdito.
LIQUIDAÇÕES DE INVERNO
Shoppings ofertam gama maior de artigos SĂŁo Paulo - As liquidaçþes de inverno deste ano ocorrem com maior quantidade e variedade de mercadorias ofertadas em relação ao ano passado. Apesar de o chamariz de vendas ser itens de vestuĂĄrio, neste ano as liquidaçþes incluem eletroeletrĂ´nicos, eletrodomĂŠsticos, livros e atĂŠ joias. Com a greve dos camiVIAĂ‡ĂƒO SERTANEJA LTDA.
CNPJ 16.505.190/0001-39 – NIRE 3120072173-4 CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA. Ficam convocados os senhores sĂłcios quotistas para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 21 de julho de 2018, na Sala de ReuniĂľes do EscritĂłrio da Empresa, na Rua Peçanha 342, Carlos Prates, Belo Horizonte/MG, Ă s 14:00 horas, em primeira convocação e Ă s 14:30 horas em segunda convocação, para tratar da seguinte pauta: “a) Discutir e deliberar sobre designação de administrador para a Sociedade Viação Sertaneja Ltda., conforme as normas prescritas nos artigos 1.071, II, e 1.076, II, ambos do CĂłdigo Civil (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002); b) Discutir e deliberar sobre propostas de alteraçþes no contrato social da Empresa; c) Tratar de outros assuntos de interesse da sociedade e constantes da ordem do diaâ€?. AbaetĂŠ, 05 de julho de 2018. Waldomir Mendes Morato de Andrade Diretor Presidente.
nhoneiros, que reduziu o fluxo de consumidores nas lojas e diminuiu o ritmo de vendas durante os 11 dias de paralisação, sobraram mais produtos nos estoques do comĂŠrcio. O resultado desse encalhe foi que na virada do semestre boa parte das lojas jĂĄ estava em liquidação, na tentativa de tirar o atraso nas vendas ocorrido em maio. “As liquidaçþes deste ano estĂŁo ocorrendo na mesma ĂŠpoca das do ano passado, seguindo a antecipação que jĂĄ vem hĂĄ algum tempo. A diferença ĂŠ que neste ano hĂĄ um volume maior de produtos em promoçãoâ€?, afirma o diretor de relaçþes institucionais da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), LuĂs Augusto Il-
VIVER PREVIDĂŠNCIA CNPJ 33.767.492/0001-02 ERRATA: Em nossas Demonstraçþes Financeiras de 31 de dezembro de 2017, publicadas em 27 de fevereiro de 2018, no 'LiULR 2ÂżFLDO GD 8QLmR SiJLQDV H H QR MRUQDO 'LiULR GR &RPpUFLR SiJLQD RELATĂ“RIO DA ADMINISTRAĂ‡ĂƒO ONDE LĂŠ-SE: DESEMPENHO FINANCEIRO - A liquidez LEIA-SE: DESEMPENHO FINANCEIRO - A liquidez em HP UHODomR DR &DSLWDO GH 5LVFR p GH
UHODomR DR &DSLWDO GH 5LVFR p GH
Nota Explicativa 21 – PatrimĂ´nio LĂquido Ajustado, Capital MĂnimo Requerido e Liquidez do Ativo Onde lĂŞ-se: Leia-se: 6XSHUiYLW GH Ă€X[RV GH FRQWULEXLo}HV QmR UHJLVWUDGRV DSXUDGRV QR 7$3 6XSHUiYLW HQWUH DV SURYLV}HV H[DWDV FRQVWLWXtGDV H R Ă€X[R UHDOLVWD GH FRQWULEXLo}HV UHJLVWUDGDV XWLOL]DGR QR FiOFXOR GD 3&& (=) PatrimĂ´nio LĂquido Ajustado – PLA (total) 30.440.358,03 31.871.521,59 Capital de Risco Total - CR: 3.868.451,46 5.299.615,03 &DSLWDO GH 5LVFR EDVHDGR QR 5LVFR GH 0HUFDGR Âą &5PHUF 5HGXomR GH &RUUHODomR GH 5LVFRV
Capital MĂnimo Requerido - CMR 3.868.451,46 5.299.615,03 Liquidez em relação ao CR (Ativos LĂquidos/CR) 73,87% 86,88% A Diretoria.
SAĂšDE QUALITY LTDA - EM LIQUIDAĂ‡ĂƒO EXTRAJUDICIAL CNPJ 18.272.633/0001-14 - AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO - LEILĂƒO O Senhor Liquidante da SaĂşde Quality Ltda – Em liquidação extrajudicial, pessoa jurĂdica de direito privado, inscrita no CNPJ 18.272.633/0001-14, neste ato representado por seu liquidante extrajudicial nomeado, Sr. JosĂŠ Augusto Monteiro Neto, conforme WĹ˝ĆŒĆšÄ‚ĆŒĹ?Ä‚ ĚŽ Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒÍ˛WĆŒÄžĆ?Ĺ?ĚĞŜƚĞ ĚĂ E^ ĹśÍ˜Ç‘ ĎľÍ˜ĎąĎ°ĎÍ• ĚĞ Ďϲ ĚĞ Ä¨ÄžÇ€ÄžĆŒÄžĹ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎĎ´Í• ƉƾÄ?ĹŻĹ?Ä?ĂĚĂ ŜŽ Ĺ?Ä„ĆŒĹ?Ĺ˝ KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ ĚĂ hĹśĹ?ĆŽ Í´ ͘K͘h͘ ĚĞ ĎĎľ ĚĞ Ä¨ÄžÇ€ÄžĆŒÄžĹ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎĎ´Í• Ć?ĞĕĆŽ ĎŽÍ• Ĺ‡Í˜Ď°ĎŽÍ• Ä?ŽžƾŜĹ?Ä?Ä‚ Ä‚Ĺ˝Ć? Ĺ?ĹśĆšÄžĆŒÄžĆ?Ć?ĂĚŽĆ? ƋƾĞ Ç€ÄžĹśÄšÄžĆŒÄ„ Ä‚ĆšĆŒÄ‚Ç€Ä Ć? ĚĞ >ÄžĹ?ůĆŽ WơÄ?ĹŻĹ?Ä?Ž͕ Ä‚ Ć?ÄžĆŒ ĆŒÄžÄ‚ĹŻĹ?ÇŒÄ‚ÄšĹ˝ ƉĞůŽ ^ĆŒÍ˜ 'h^d sK K^d 'h/ Z K>/s /Z Í• ĹŻÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ ŽĎÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻÍ• Ć‰Ĺ˝ĆŒĆšÄ‚ÄšĹ˝ĆŒ ĚĂ Ä?Ä‚ĆŒĆšÄžĹ?ĆŒÄ‚ ĚĞ Ĺ?ĚĞŜĆ&#x;ĚĂĚĞ ĹśÇ‘Í˜ DÍ˛ĎłÍ˜ĎľĎĎłÍ˜ĎąĎ´ĎŻÍ˛^^WÍŹD'Í• W& ĹśÇ‘Í˜ ĎŹĎŹĎŻÍ˜Ď˛ĎŻĎłÍ˜ĎŽĎ˛Ď˛Í˛Ď´ĎŻ Ĺ?ĹśĆ?Ä?ĆŒĹ?ĕĆŽ ŜĂ :h D' Í´ :ƾŜƚĂ Ĺ˝ĹľÄžĆŒÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ ĚĞ DĹ?ŜĂĆ? 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INADIMPLĂŠNCIA: Caso o arrematante nĂŁo pague o preço do bem Ä‚ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ÄšĹ˝ Äž Ä‚ Ä?ŽžĹ?Ć?Ć?ĆŽ ĚŽ >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ ŜŽ Ć‰ĆŒÄ‚ÇŒĹ˝ ÄžĆ?Ć&#x;ƉƾůĂĚŽ͕ Ä‚ Ä‚ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ ÄŽÄ?Ä‚ĆŒÄ„ Ä?Ä‚ĹśÄ?ĞůĂĚĂ͕ ĚĞǀĞŜĚŽ Ĺ˝ Ä‚ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ĹśĆšÄž ƉĂĹ?Ä‚ĆŒ Ĺ˝ Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒ Ä?Ĺ˝ĆŒĆŒÄžĆ?ƉŽŜĚĞŜƚĞ Ä‚ ϹК ÍžÄ?Ĺ?ĹśÄ?Ĺ˝ Ć‰Ĺ˝ĆŒ Ä?ĞŜƚŽͿ ĚŽ Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒ Ä‚ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ÄšĹ˝ Ä‚ ƥƚƾůŽ ĚĞ Ä?ŽžĹ?Ć?Ć?ĆŽ Ä‚Ĺ˝ >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ. WĹ˝ÄšÄžĆŒÄ„ Ĺ˝ >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ ĞžĹ?Ć&#x;ĆŒ ƥƚƾůŽ ĚĞ Ä?ĆŒÄ ÄšĹ?ƚŽ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ä‚ Ä?Ĺ˝Ä?ĆŒÄ‚ĹśÄ•Ä‚ ĚĞ ƚĂĹ?Ć? Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒÄžĆ?Í• ĞŜÄ?Ä‚ĹľĹ?ŜŚĂŜĚŽͲŽ Ä‚ Ć‰ĆŒĹ˝ĆšÄžĆ?ƚŽ Ć‰Ĺ˝ĆŒ ĨĂůƚĂ ĚĞ ƉĂĹ?ĂžĞŜƚŽ͕ Ć?Ğž Ć‰ĆŒÄžĹŠĆľĹ&#x;ÇŒĹ˝ ĚĂ ĞdžĞÄ?ƾĕĆŽ Ć‰ĆŒÄžÇ€Ĺ?Ć?ƚĂ ŜŽ Ä‚ĆŒĆ&#x;Ĺ?Ĺ˝ ϯϾ͕ ĚŽ ÄžÄ?ĆŒÄžĆšĹ˝ ŜǑ ĎŽĎÍ˜ĎľĎ´ĎÍŹĎŻĎŽÍ˜ K >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ„Í• ŜĞĆ?ƚĂ ĹšĹ?ƉſƚĞĆ?Ğ͕ Ć?ŽůĹ?Ä?Ĺ?ĆšÄ‚ĆŒ Ä‚ Ĺ?ĹśÄ?ĹŻĆľĆ?ĆŽ ĚŽĆ? ĚĂĚŽĆ? Ä?ĂĚĂĆ?ĆšĆŒÄ‚Ĺ?Ć? do arrematante junto aos ĂłrgĂŁos de proteção ao crĂŠdito. CONDIÇÕES PARA PARTICIPAR DO LEILĂƒO: Os interessados nos bens žſǀĞĹ?Ć? Ä‚Ć‰ĆŒÄžĹ?ŽĂĚŽĆ? ŜĞĆ?ƚĞ ĹŻÄžĹ?ůĆŽ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ć‰Ä‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?ƉĂĕĆŽ ŽŜůĹ?ŜĞ ÄšÄžÇ€ÄžĆŒÄ†Ĺ˝ Ä¨Ä‚ÇŒÄžĆŒ Ć‰ĆŒÄ Ç€Ĺ?Ĺ˝ Ä?ĂĚĂĆ?ĆšĆŒĹ˝ÍŹĹšÄ‚Ä?Ĺ?ĹŻĹ?ƚĂĕĆŽ ŜŽ Ć?Ĺ?ƚĞ ĚŽ >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ www. gpleiloes.com.br, Ä‚Ä?ÄžĹ?ĆšÄ‚ĆŒ Ä‚Ć? ĆŒÄžĹ?ĆŒÄ‚Ć? ĚĞ Ć‰Ä‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?ƉĂĕĆŽ ÄšĹ?Ć?ƉŽĆ?ƚĂĆ? ŜŽ ĆŒÄžÄ¨ÄžĆŒĹ?ĚŽ Ć?Ĺ?ƚĞ Äž ĞŜǀĹ?Ä‚ĆŒ Ä‚ ĚŽÄ?ƾžĞŜƚĂĕĆŽ ŜĞÄ?essĂĄria mencionada no pedido de habilitação, para que estejam aptos a ofertarem lances em conformidade com as disposiçþes deste Edital. FOTOS: As fotos e descriçþes dos bens mĂłvÄžĹ?Ć? Ä‚ Ć?ÄžĆŒÄžĹľ Ä‚Ć‰ĆŒÄžĹ?ŽĂĚŽĆ? Ć?ĆŽ ÄšĹ?Ć?ƉŽŜĹ?Ä?Ĺ?ĹŻĹ?njĂĚĂĆ? ŜŽ Ć?Ĺ?ƚĞ www.gpleiloes.com.br. As ĨŽƚŽĆ? Äž Ä‚Ć? Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ÄšĹ?ǀƾůĹ?ĂĚĂĆ? ƋƾĂŜƚŽ Ä‚ Ć?Ĺ?ƚƾĂĕĆŽ Ä°Ć?Ĺ?Ä?Ä‚ ĚŽĆ? Ä?ĞŜĆ? žſǀĞĹ?Ć? Ć?ĆŽ ĹľÄžĆŒÄ‚ĹľÄžĹśĆšÄž Ĺ?ĹŻĆľĆ?ĆšĆŒÄ‚Ć&#x;ǀĂĆ?Í• ŜĆŽ Ć?ÄžĆŒÇ€Ĺ?ŜĚŽ ĚĞ parâmetro para demonstrar o estado dos bens. LANCES: Os lances poderĂŁo ser ofertados atravĂŠs do site www.gpleiloes. com.br. K hĆ?ĆľÄ„ĆŒĹ?Ĺ˝ Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ„ Ĺ˝Ä¨ÄžĆŒĆšÄ‚ĆŒ žĂĹ?Ć? ĚĞ ƾž ĹŻÄ‚ĹśÄ?Äž Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ĺ˝ mesmo lote, prevalecendo sempre o maior lance ofertado. DA VISITAĂ‡ĂƒO AOS BENS: Os interessados poderĂŁo vistoriar os bens, mediante prĂŠvio agendamento com o escritĂłrio do Leiloeiro KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ ƉĞůŽ ƚĞůĞĨŽŜĞ ͞ϯĎͿϯώϰĎͲϰĎĎ˛Ď°Í˜ DISPOSIÇÕES GERAIS: ĚŽÄ?ƾžĞŜƚĂĕĆŽ ŜĞÄ?ÄžĆ?Ć?Ä„ĆŒĹ?Ä‚ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ä‚ Ä¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ‚ĹŻĹ?ÇŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ ĚĂ ǀĞŜĚĂ Ć?ÄžĆŒÄ„ ĞdžĹ?Ĺ?Ĺ?ĚĂ de todos que desejem habilitar-se no leilĂŁo. Sendo os bens mĂłveis objeto de ação judicial, nĂŁo poderĂĄ o Arrematante alegar desconhecimento do estado em que esta se encontra e assume, desde jĂĄ, a responsabilidade de, apĂłs a Arrematação, ingressar ŜŽ ƉŽůŽ Ä‚Ć&#x;ǀŽ Žƾ ƉĂĆ?Ć?Ĺ?ǀŽ ĚĂ ĚĞžĂŜĚĂ͕ Ć?ĆľÄ?Í˛ĆŒĹ˝Ĺ?ĂŜĚŽͲĆ?Äž ŜŽĆ? ÄšĹ?ĆŒÄžĹ?ƚŽĆ? ĚĞĆ&#x;ĚŽĆ? ƉĞůŽ ŽžĹ?ƚĞŜƚĞ sÄžĹśÄšÄžÄšĹ˝ĆŒÍ˜ K ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ĹśĆšÄž ŜĆŽ Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ„ ĆŒÄžĆ?ƉŽŜĆ?Ä‚Ä?Ĺ?ĹŻĹ?ÇŒÄ‚ĆŒ Ä‚ ƋƾĂĹ?Ć?Ć‹ĆľÄžĆŒ Ĺ˝ĆľĆšĆŒÄ‚Ć? Ä?Ĺ?ĆŒÄ?ƾŜĆ?ƚąŜÄ?Ĺ?Ä‚Ć? ƋƾĞ Ć‰Ĺ˝ĆŒÇ€ÄžĹśĆšĆľĆŒÄ‚ ƉŽĆ?Ć?Ä‚Ĺľ ĞdžĹ?Ć?Ć&#x;ĆŒ Ğž ĆŒÄžĹŻÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ä‚Ĺ˝Ć? ůŽƚĞĆ? Ä‚ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ÄšĹ˝Ć?͘ KĆ? ůŽƚĞĆ? Ć?ÄžĆŒÄ†Ĺ˝ ǀĞŜĚĹ?ĚŽĆ? Ä‚ ƋƾĞž žĂĹ?Ĺ˝ĆŒ ĹŻÄ‚ĹśÄ?Äž Ĺ˝Ä¨ÄžĆŒÄžÄ?ÄžĆŒÍ˜ K >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ ÄžĆ?ĆšÄ‚ĆŒÄ„ ĂƉƚŽ Ä‚ ÄžĆ?Ä?ĹŻÄ‚ĆŒÄžÄ?ÄžĆŒ Žƾ Ä?Ĺ˝ĹľĆ‰ĹŻÄžĹľÄžĹśĆšÄ‚ĆŒ Ä‚Ć? Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ĆŒÄžĹŻÄ‚Ć&#x;ǀĂĆ? Ä‚Ĺ˝Ć? Ä?ĞŜĆ? žſǀĞĹ?Ć?͘ K ĆŒĆŒÄžĹľÄ‚ĆšÄ‚ĹśĆšÄž ŜĆŽ Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ„ Ä‚ĹŻÄžĹ?Ä‚ĆŒ ĚĞĆ?Ä?ŽŜŚĞÄ?Ĺ?žĞŜƚŽ ĚĂĆ? Ä?ŽŜĚĹ?Ä•Ć ÄžĆ?Í• Ä?Ä‚ĆŒÄ‚Ä?ĆšÄžĆŒĹ&#x;Ć?Ć&#x;Ä?Ä‚Ć? Äž ÄžĆ?ƚĂĚŽ ĚĞ Ä?ŽŜĆ?ÄžĆŒÇ€Ä‚Ä•Ä†Ĺ˝ ĚŽĆ? Ä?ĞŜĆ? žſǀĞĹ?Ć? ĂĚƋƾĹ?ĆŒĹ?ĚŽĆ?͘ Ĺ˝ Ä?ŽŜÄ?Ĺ˝ĆŒĆŒÄžĆŒ ŜĂ Ä‚Ć‹ĆľĹ?Ć?Ĺ?ĕĆŽ ĚŽĆ? Ä?ĞŜĆ? žſǀĞĹ?Ć? ƋƾĞ Ä?Ĺ˝ĹľĆ‰Ć ÄžĹľ Ĺ˝Ć? ůŽƚĞĆ? ĚŽ Ć‰ĆŒÄžĆ?ĞŜƚĞ ĹŻÄžĹ?ůĆŽ͕ ÄŽÄ?Ä‚ĆŒÄ„ Ä?Ä‚ĆŒÄ‚Ä?ĆšÄžĆŒĹ?njĂĚĂ Ä‚ Ä‚Ä?ÄžĹ?ƚĂĕĆŽ ƉĞůŽ Ĺ?ĹśĆšÄžĆŒÄžĆ?Ć?ĂĚŽ ĚĞ ƚŽĚĂĆ? Ä‚Ć? Ä?ŽŜĚĹ?Ä•Ć ÄžĆ? ÄžĆ?Ć&#x;ƉƾůĂĚĂĆ? ŜĞĆ?ƚĞ ĞĚĹ?ĆšÄ‚ĹŻÍ˜ Ć?Ĺ&#x;ŜƚĞĆ?Äž ĚĂĆ? Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ĆŒÄžÄ¨ÄžĆŒÄžĹśĆšÄžĆ? Ä‚Ĺ˝Ć? Ä?ĞŜĆ? ÄžĆ?ĆšÄ‚ĆŒÄ„ disponĂvel no site do Leiloeiro www.gpleiloes.com.br. KĆľĆšĆŒÄ‚Ć? Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ†Ĺ˝ Ć?ÄžĆŒ Ĺ˝Ä?Ć&#x;ĚĂĆ? Ä‚ĆšĆŒÄ‚Ç€Ä Ć? ĚŽ ƚĞůĞĨŽŜĞ ͞ϯĎÍż ĎŻĎŽĎ°ĎͲ Ď°ĎĎ˛Ď°Í˜ Ć? ĚĞžĂĹ?Ć? Ä?ŽŜĚĹ?Ä•Ć ÄžĆ? Ĺ˝Ä?ĞĚĞÄ?ÄžĆŒÄ†Ĺ˝ Ä‚Ĺ˝ ÄšĹ?Ć?ƉŽĆ?ƚŽ ŜŽ ÄžÄ?ĆŒÄžĆšĹ˝ &ÄžÄšÄžĆŒÄ‚ĹŻ ĎŽĎÍ˜ĎľĎ´Ď ÄšÄž ĎĎľÍ˜ĎĎŹÍ˜ĎϾϯώ͕ Ä?Žž Ä‚Ć? Ä‚ĹŻĆšÄžĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? Ĺ?ĹśĆšĆŒĹ˝ÄšĆľÇŒĹ?ĚĂĆ? ƉĞůŽ ÄžÄ?ĆŒÄžĆšĹ˝ >ÄžĹ? ĎŽĎŽÍ˜Ď°ĎŽĎł ĚĞ ĎŹĎÍ˜ĎŹĎŽÍ˜ĎϾϯϯ͕ ƋƾĞ ĆŒÄžĹ?ƾůĂ Ä‚ Ć‰ĆŒĹ˝ÄŽĆ?Ć?ĆŽ ĚĞ >ÄžĹ?ůŽĞĹ?ĆŒĹ˝ KÄŽÄ?Ĺ?Ä‚ĹŻ, ÄŽÄ?ĂŜĚŽ ĞůĞĹ?ƚŽ Ĺ˝ Ä¨Ĺ˝ĆŒĹ˝ ĚĞ ^ĞƚĞ >Ä‚Ĺ?ŽĂĆ? Ͳ ÍžD'Ϳ͕ em detrimento de outro por mais especial que seja para dirimir toda e qualquer questĂŁo oriunda deste edital. 01 Lote contendo ĞƋƾĹ?ƉĂžĞŜƚŽĆ? ĚĞ Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ„Ć&#x;Ä?Ä‚Í— ĎÍ˜Ď˛ĎŹĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 02 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç†Ĺ?žĂĚĂžĞŜƚĞ ĎŹĎą ůŽŜĹ?Ä‚ĆŒĹ?ŜĂĆ?Í— Ď°ĎŹĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 03 Lote contendo mobiliĂĄrios ÄšĹ?Ç€ÄžĆŒĆ?Ĺ˝Ć?Í— ĎŻĎŹĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 04 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎŻ Ä‚ĆŒ Ä?ŽŜĚĹ?Ä?Ĺ?ŽŜĂĚŽĆ?Í— ϾϏϏ͕ϏϏ͖ 05 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ Ä?ŽŜŊƾŜƚŽ Ä?Žž ĎŹĎŻ Ć‰Ĺ˝ĹŻĆšĆŒĹ˝ĹśÄ‚Ć?Í— ĎϾϏ͕ϏϏ͖ 06 Lote Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ ÄžĆ‹ĆľĹ?ƉĂžĞŜƚŽ :&> Ä?Žž ĎŹĎ´ Ä?Ä…ĹľÄžĆŒÄ‚Ć?Í— ĎŻĎŹĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 07 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ Ä¨ĆŒĹ?Ĺ?Ĺ˝Ä?Ä‚ĆŒ ĹŻÄžÄ?ĆšĆŒĹ˝ĹŻĆľÇ†Í— ĎϹϏ͕ϏϏ͖ 08 Lote de mobiliĂĄrios ĚĞ ÄžĆ?Ä?ĆŒĹ?ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ÄšĹ?Ç€ÄžĆŒĆ?Ĺ˝Ć?Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 09 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĞƋƾĹ?ƉĂžĞŜƚŽĆ? ĚĞ Ĺ?ĹśÄ¨Ĺ˝ĆŒĹľÄ„Ć&#x;Ä?Ä‚Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 10 Lote contendo mobiliĂĄrios de escritĂłrio ÄšĹ?Ç€ÄžĆŒĆ?Ĺ˝Ć?Í— ϯϲϏ͕ϏϏ͖ 11 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ žŽÄ?Ĺ?ĹŻĹ?Ä„ĆŒĹ?Ĺ˝Ć? ĚĞ ÄžĆ?Ä?ĆŒĹ?ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ÄšĹ?Ç€ÄžĆŒĆ?Ĺ˝Ć?Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 12 Lote contendo 03 prateleiras em aço , 01 quadro Ć&#x;ƉŽ ůŽƾĆ?Ä‚ ŜĂ Ä?Ĺ˝ĆŒ Ä?ĆŒÄ‚ĹśÄ?Ä‚Í• ĎŹĎ Ä‚ĆŒĹľÄ„ĆŒĹ?Ĺ˝ Ć&#x;ƉŽ ĆŒĹ˝ĆľĆ‰ÄžĹ?ĆŒĹ˝ Ğž ĂĕŽ͗ ĎϲϏ͕ϏϏ͖ 13 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ žŽÄ?Ĺ?ĹŻĹ?Ä„ĆŒĹ?Ĺ˝Ć? ĚĞ ÄžĆ?Ä?ĆŒĹ?ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ÄšĹ?Ç€ÄžĆŒĆ?Ĺ˝Ć?Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 14 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ Ä?ÄžĹśĆšĆŒÄ‚ĹŻ ĚĞ Ä‚ĹŻÄ‚ĆŒĹľÄžĆ? :&> Ä?Žž Ć?ĞŜĆ?Ĺ˝ĆŒÄžĆ?Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 15 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ Ä?ÄžÄ?ÄžÄšĹ˝ĆľĆŒĹ˝ s E /KÍ— Ď´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 16 Lote Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎŻ Ä?ĂĚĞĹ?ĆŒÄ‚Ć?Í— ĎϹϏ͕ϏϏ͖ 17 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ƾƚĞŜĆ?Ĺ&#x;ĹŻĹ?Ĺ˝Ć? ĚĞ Ä?Ĺ˝ÇŒĹ?ŜŚĂ͗ ĎϾϏ͕ϏϏ͖ 18 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĹľÄ‚ĆšÄžĆŒĹ?Ä‚Ĺ?Ć? ĚĞ ÄžĆ?Ä?ĆŒĹ?ĆšĹżĆŒĹ?Ž͗ ϹϏ͕ϏϏ͖ 19 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç†Ĺ?žĂĚĂžĞŜƚĞ ĎŻĎŽ ĹŻĹ?džĞĹ?ĆŒÄ‚Ć?Í— Ď´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 20 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ ĹľĹ?Ä?ĆŒĹ˝Ĺ˝ĹśÄšÄ‚Ć? ĹŻÄžÄ?ĆšĆŒĹ˝ĹŻĆľÇ†Í— ĎϹϏ͕ϏϏ͖ 21 Lote contendo 01 Ĺ?ĞůĂĚĞĹ?ĆŒÄ‚ ĹŻÄžÄ?ĆšĆŒĹ˝ĹŻĆľÇ†Í— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 22 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ ĆŒÄžĹŻĹżĹ?Ĺ?Ĺ˝ KEdZK> / Í— ϯϲϏ͕ϏϏ͖ 23 Lote contendo itens de decoração diversos: ϹϏ͕ϏϏ͖ 24 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ ĎŹĎ Ć‰Ä‚Ĺ?ŜĞů Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ ƚĞůĞǀĹ?Ć?ĆŽ Ä?Žž Ä‚Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÍ— ώϹϏ͕ϏϏ͖ 25 Lote contendo mobiliĂĄrios de escritĂłrio diversos: ϲϏϏ͕ϏϏ͖ 26 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç†Ĺ?žĂĚĂžĞŜƚĞ ĎŹĎŽ ǀĞŜĆ&#x;ĹŻÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄžĆ? Äž ĎŹĎ Ä?Ĺ?ĆŒÄ?ĆľĹŻÄ‚ÄšĹ˝ĆŒ ĚĞ Ä‚ĆŒÍ— ϳϏ͕ϏϏ͖ 27 Lote contendo 01 equipamento ZXP Ć?Ä ĆŒĹ?Äž ĎŻÍ— Ď´ĎŹĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 28 >ŽƚĞ Ä?ŽŜƚĞŜĚŽ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç†Ĺ?žĂĚĂžĞŜƚĞ ĎŹĎ Ä‚Ć‰Ä‚ĆŒÄžĹŻĹšĹ˝ /W Ĺ?ŜƚĞůÄ?ĆŒÄ„Ć? d/WĎŽĎŹĎŹ Ä?Žž ĎŹĎ , ^ dÍ— ĎĎ´ĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 29 Lote contendo Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç†Ĺ?žĂĚĂžĞŜƚĞ ĎŹĎ° Ĺ?Ä‚ĹŻĆ ÄžĆ? ĚĞ Ä„Ĺ?ƾĂ ĚĞ ĎŽĎŹ >Ĺ?ĆšĆŒĹ˝Ć?Í— ĎŽĎŹÍ•ĎŹĎŹÍ– 30 Lote contendo aproximadamente 03 cofres: 50,00. ^ĞƚĞ >Ä‚Ĺ?ŽĂĆ? Ͳ D'Í• ĎŹĎŽ ĚĞ ŊƾůŚŽ ĚĞ ĎŽĎŹĎĎ´Í˜ Sr. JosĂŠ Augusto Monteiro Neto - Liquidante Extrajudicial
defonso da Silva. Ele explica que, nos artigos de vestuĂĄrio, a falta de frio e o medo de carregar estoques de roupas de inverno, que sĂŁo mais caras em relação Ă s de verĂŁo, fazem com que as ofertas sejam mais agressivas. Nos eletroeletrĂ´nicos, a expectativa era vender muita TV por causa da Copa, mas isso nĂŁo ocorreu na proporção desejada. Por isso, os descontos nesse segmento sĂŁo elevados, observa. Nas redes Livraria Cultura e Fnac, por exemplo, que estĂŁo em liquidação neste mĂŞs inteiro, o desconto nas TVs chega a 50%, segundo informa a empresa. Nem mesmo a disparada do dĂłlar inibiu a decisĂŁo do grupo de dar descontos de 20% a 83% no preço dos games, por exemplo, que sĂŁo fortemente O Ferro Velho Ferreiras Caminha LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 13252/2018, a Licença $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD FODVVH SDUD sua unidade de ComĂŠrcio atacadista de resĂduos e sucata metĂĄlicas; comĂŠrcio varejista de outros produtos nĂŁo esSHFLÂżFDGRV DQWHULRUPHQWH ORFDOL]DGD i Rua Paulo Costa, n°140, Bairro Distrito Industrial Jardim Piemont Sul, Betim/MG
influenciados pelo câmbio das e fluxo de visitantes nos por conta dos royalties pagos shoppings, para minimizar aos desenvolvedores. os impactos do inverno, que ainda nĂŁo trouxe o frio Descontos - Presidente da esperado, da paralisação dos Associação Brasileira de caminhoneiros e das instaShopping Centers (Abrasce), bilidades do atual cenĂĄrio Glauco Humai diz que, nos econĂ´micoâ€?, observa. shoppings, os descontos, em A maior agressividade âmbito nacional, chegam a dos lojistas neste ano ocor70% neste ano nas liquida- re por conta do freio nas çþes de inverno. compras provocado pelo Nos dez shoppings do aumento da desconfiança Grupo Sonae Sierra, o des- do consumidor. conto mĂĄximo oferecido na “HĂĄ um freio na intenção liquidação de dois dias (4 e de consumo nos dois Ăşltimos 5 de julho) foi de 71%, em mesesâ€?, revela o assessor alusĂŁo Ă goleada tomada econĂ´mico da Federação do pela Seleção Brasileira na ComĂŠrcio do Estado de SĂŁo Copa de 2014. Paulo, Guilherme Dietze. A diretora de Marketing AlĂŠm da falta de frio, que do grupo, Laureane Caval- gerou frustração de vendas, canti, afirma que nĂŁo tinha “os consumidores estĂŁo danprogramado uma campanha do um tempo nas comprasâ€?, de liquidação nos shoppings. pondera o economista, em “Mas decidimos agir rĂĄpido, razĂŁo das incertezas que para gerar aumento das ven- existem em relação Ă economia e ao cenĂĄrio polĂtico A MATRIMEC INDĂšSTRIA MECĂ‚NICA e eleitoral. (AE) – LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do Processo Administrativo n° - 26.051/2017, a Licença Ambiental 6LPSOLÂżFDGD Âą /$6 Qƒ SDUD D atividade; Fabricação de micropeças e dispositivos para mĂĄquinas leves; Fabricação de outras maquinas e equipaPHQWRV GH XVR JHUDO QmR HVSHFLÂżFDGR anteriormente, localizada a Rua Gracyra Resse de Gouveia, 65, Distrito Industrial Jardim Piemont Norte, Betim/MG.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CNPJ - 16.636.540/0001-04 AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 041/2018 para Registro de Preços, Planejamento nÂş 200/2018, para fornecimento de papĂŠis diversos e papelĂŁo. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br HÂŹ www.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 20 de julho de 2018 Ă s 09:30 horas. Belo Horizonte, 05 de julho de 2018. Gustavo Daniel Prado – Diretor - Diretoria de NegĂłcios. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor - Diretoria de GestĂŁo Empresarial. Paulo de Moura Ramos - Diretor Presidente – PresidĂŞncia.
Produção de elĂŠtricos e eletrĂ´nicos cai 8,7% SĂŁo Paulo - A indĂşstria de produtos e equipamentos elĂŠtricos e eletrĂ´nicos produziu 8,7% menos em maio na comparação com abril, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira da IndĂşstria ElĂŠtrica e EletrĂ´nica (Abinee) na base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE). No mesmo perĂodo, a produção de toda a indĂşstria da transformação caiu 10,9% e, sobre maio de 2017, recuou 6,6%, segundo o IBGE. O resultado foi influenciado pela greve dos caminhoneiros nos Ăşltimos dez dias em maio. O desempenho negativo atingiu tanto a ĂĄrea eletrĂ´nica (-11%) quanto Ă ĂĄrea elĂŠtrica (-6,3%). A maior queda na ĂĄrea eletrĂ´nica foi dos aparelhos de ĂĄudio e vĂdeo, em recuo de 22%. Apenas a produção de equipamentos de comunicação registrou acrĂŠscimo, de 5,5%. No caso do segmento elĂŠtrico, destacou-se a retração de 16,3% na produção de eletrodomĂŠsticos. SĂł apresentaram resultado positivo a produção de pilhas e baterias, de 4,7%, e de geradores, transformadores e motores elĂŠtricos, de 1,6%. Incremento - Em relação a maio do ano passado, a redução na produção do setor eletroeletrĂ´nico foi de 5,5%. JĂĄ no acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, a produção total cresceu 9,1% em relação ao mesmo perĂodo de 2017. Essa elevação foi estimulada pelo incremento de 21,5% na ĂĄrea eletrĂ´nica, visto que a ĂĄrea elĂŠtrica recuou 1,5%. “A greve dos caminhoneiros foi decisiva para o resultado, interrompendo um ciclo positivo que esperĂĄvamos hĂĄ tanto tempoâ€?, afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Segundo ele, o impacto tambĂŠm foi sentido no nĂvel de emprego, uma vez que o setor fechou mil postos de trabalho em maio. “A paralisação foi um grande desserviço Ă indĂşstria, tirando a confiança do empresĂĄrio e do consumidor. Infelizmente, os reflexos deverĂŁo ser sentidos tambĂŠm no desempenho de junhoâ€?, afirma. (AE)
INSPIRA EDUCAĂ‡ĂƒO PARTICIPAÇÕES S/A - CNPJ nÂş. 27.761.833/0001-21 - NIRE 3321040944-1 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA A administração da INSPIRA EDUCAĂ‡ĂƒO PARTICIPAÇÕES S/A (“Companhiaâ€?) convoca os acionistas da Companhia para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 16 de julho de 2018, Ă s 14:00 horas, em sua sede social, localizada na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 447, andar 7, sala 7, Bairro FuncionĂĄrios, CEP 30.112-020, em Belo Horizonte/MG, para deliberar sobre: (i) a alteração da sede da Companhia, e a consequente alteração do Art. 2Âş do Estatuto Social da Companhia; (ii) a alteração de procedimento das assembleias gerais da Companhia, e a consequente alteração do Art. 7Âş do Estatuto Social da Companhia; (iii) a alteração do quĂłrum de deliberação das assembleias gerais da Companhia, e a consequente alteração do Art. 8Âş do Estatuto Social da Companhia; (iv) a alteração GD FOiXVXOD GR IRUR FRPSHWHQWH SDUD UHVROXomR GH FRQĂ€LWRV GD &RPSDQKLD H D FRQVHTXHQWH DOWHUDomR GR &DStWXOR ; GR (VWDWXWR 6RFLDO GD Companhia; (v) a destituição dos diretores da Companhia e eleição de seus substitutos; (vi) a alteração do jornal de grande circulação da Companhia; e (vii) a consolidação do Estatuto Social da Companhia. Informamos aos acionistas que todos os documentos pertinentes Ă s matĂŠrias a serem debatidas na assembleia ora convocada, inclusive a minuta do Estatuto Social alterado, estĂŁo Ă disposição para consulta na sede da Companhia desde esta data. Belo Horizonte/MG, 04 de julho de 2018. AndrĂŠ Renato da Silva Aguiar - Diretor.
2ÂŞ VARA EMPRESARIAL – COMARCA DE BELO HORIZONTE. PJE nÂş 5058983-36.2016.8.13.0024. RECUPERAĂ‡ĂƒO JUDICIAL DE SIEMG SISTEMA INTEGRADO DE ENSINO DE MINAS GERAIS LTDA- CNPJ NÂş.01.203.822/0001-32. O Bel. Adilon ClĂĄver de Resende, Juiz da 2ÂŞ Vara Empresarial desta Capital em pleno exercĂcio de seu cargo, na forma da lei, etc. Faz saber a todos, nos termos GR DUW GD /HL Qž TXH SHOR SUHVHQWH HGLWDO ÂżFD FRQYRFDGD $66(0%/(,$ *(5$/ '( CREDORES, cuja realização nĂŁo se darĂĄ antes de quinze dias da data de publicação deste edital, FRP D ÂżQDOLGDGH GH GHOLEHUDU VREUH R SODQR GH UHFXSHUDomR MXGLFLDO DSUHVHQWDGR SHOD UHFXSHUDQGD ou outra matĂŠria que possa afetar os interesses dos credores, a realizar-se no auditĂłrio da FEAD, localizado na Avenida do Contorno, nÂş 11.190, Centro, em Belo Horizonte/MG, no dia 27 de julho de 2018,`as 14:00 horas e, sendo necessĂĄria, segunda convocação, para o dia 03 de agosto de 2018, Ă s 14: 00 horas, no mesmo local, cuja ordem do dia serĂĄ deliberar sobre o plano de recuperação judicial apresentado pela recuperanda, ou outra matĂŠria que possa afetar os interesses dos credores, podendo os credores obter cĂłpia do aditivo ao plano de recuperação judicial, no Pje, Processo Judicial eletrĂ´nico nÂş 5058983-36.2016.8.13.0024, no ( ID 45986384 a ID 45987424). E, para que chegue ao conhecimento de todos, ĂŠ expedido o presente edital. Belo Horizonte, aos 03 de julho 2018. Anadyr Baeta Nunes, EscrivĂŁ Judicial, por determinação do Juiz de Direito.
EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE AGE – O SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDĂšSTRIAS GRĂ FICAS, DE JORNAIS E REVISTAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS – STIG-MG, inscrito no CNPJ sob o nÂş 17.452.616/0001-04, entidade sindical de primeiro grau, regularmente registrada no MinistĂŠrio do Trabalho e Emprego, atravĂŠs de seu SecretĂĄrio de Administração e Finanças e Representante Legal, convoca os trabalhadores da categoria, que trabalhem nas empresas representadas pelo Sindicato das IndĂşsWULDV *UiÂżFDV QR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV 6,*(0* SDUD UHDOL]DomR GH $VVHPEOpLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD $*( QRV WHUPRV GR VHX (VWDWXWR 6RFLDO RFDVLmR HP TXH VHUi WUDWDGD D VHJXLQWH RUGHP GR GLD D /HLWXUD GR HGLWDO E 'LVFXVVmR GHOLEHUDomR H YRWDomR GD FRQWUDSURSRVWD SDWURQDO YLVDQGR D DVVLQDWXUD GH &RQYHQomR &ROHWLYD GH 7UDEDOKR SDUD R SHUtRGR F /HLWXUD H DSURYDomR GD DWD GD $VVHPEOpLD 7DPEpP ÂżFDP FRQYRFDGRV VHXV DVVRFLDGRV TXLWHV H HP GLD FRP VXDV REULJDo}HV OHJDLV H VRFLDLV SDUD UHDOL]DomR GH $VVHPEOpLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD $*( QRV WHUPRV GR VHX (VWDWXWR 6RFLDO RFDVLmR HP TXH VHUi WUDWDGD D VHJXLQWH RUGHP GR GLD D /HLWXUD GR HGLWDO E DXWRUL]DU D DOLHQDomR GR VHJXLQWH EHP PyYHO GR VLQGLFDWR QRV WHUPRV GR DUWLJR LQFLVR 9, GR (VWDWXWR 6RFLDO XP YHtFXOR GD PDUFD 9RONVZDJHQ PRGHOR .RPEL DQR GH IDEULFDomR DQR GR PRGHOR SODFD +(2 FyGLJR 5HQDYDP F /HLWXUD H DSURYDomR GD DWD GD $VVHPEOpLD $V $VVHPEOHLDV VHUmR UHDOL]DGDV QD VHGH GR 6LQGLFDWR QD UXD -DJXDUmR Qž EDLUUR %RQÂżP HP %HOR +RUL]RQWH 0* $ SULPHLUD DVVHPEOHLD VHUi UHDOL]DGD jV K GR GLD HP SULPHLUD FRQYRFDomR H D VHJXQGD jV K QR PHVPR GLD WDPEpP HP SULPHLUD FRQYRFDomR &DVR QmR KDMD TXRUXP VXÂżFLHQWH DPEDV DV $*(CV VHUmR UHDOL]DGDV HP VHJXQGD FRQYRFDomR LQLFLDQGR VH WULQWD PLQXWRV DSyV RV KRUiULRV LQLFLDLV HVWLSXODGRV FRP TXDOTXHU Q~PHUR GH SUHVHQWHV %HOR +RUL]RQWH GH MXOKR GH D -RVp $SDUHFLGR $OYHV )HUUHLUD Âą 6HFUHWiULR de Administração e Finanças e Representante Legal do STIG/MG.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA DI PAULO CAMILO
Betim oficializa municipalização de distrito A área superior a 2,9 milhões de m², que abriga grandes empresas, agora será de responsabilidade da prefeitura ANA CAROLINA DIAS
A municipalização do Distrito Industrial (DI) Paulo Camilo foi oficializada após assinatura de convênio pela Prefeitura de Betim, por meio da Procuradoria-Geral do Município, com o governo de Minas Gerais e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A área superior a 2,9 milhões de metros quadrados que abriga as maiores empresas do município e pertencia ao Estado agora será de responsabilidade da prefeitura. Com a administração municipal, será realizado um programa de revitalização que prevê intervenções de infraestrutura e logística no complexo Paulo Camilo, com recapeamento de vias, melhorias na rede de drenagem, readequação de calçadas e meios-fios, além de restauração da iluminação.
Para que essas manutenções ocorram, inicialmente serão investidos R$ 3 milhões, sendo R$ 2,5 milhões repasses da Codemig e os outros R$ 500 mil investidos pela prefeitura. Recursos adicionais serão provenientes de contrapartidas municipais e privadas. Estão previstas melhorias na mobilidade, com a construção de dois trechos de cerca de 200 metros de vias, além de obras que ligarão o distrito diretamente à trincheira do bairro Vila Recreio. Com o início das obras previsto ainda para este ano, a presidente da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projeto, Transporte e Trânsito de Betim (ECOS), Marinésia Dias da Costa Makatsuru, ressaltou que a municipalização possibilita investimentos do município para recuperar a parte viária e de sinalização no entorno do DI, melhorando as con-
dições de trafegabilidade da região. “Tendo em vista que é um trecho com tráfego pesado, as vias ficaram em péssimo estado e, a partir do momento em que o município traz pra si essa responsabilidade, buscamos melhorias para o cidadão e para as empresas do complexo”, afirmou Makatsuru. Novos empreendimentos – Atualmente, o Distrito Industrial Paulo Camilo hospeda cerca de 30 empresas e a tendência, após as obras de revitalização, é expandir. A Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico (Seadec) será responsável por administrar as áreas vagas, por meio de levantamento que vai identificar as possíveis áreas ociosas e disponíveis para receber novos empreendimentos que estejam alinhados às potencialidades econômicas do município.
O procurador-geral da cidade, Bruno Cypriano, explica que os recursos provenientes desses possíveis empreendimentos serão usados para o desenvolvimento das imediações. “O município tomará posse de algumas áreas de alto valor, que ainda estão desocupadas e que serão vendidas, e os recursos serão aplicados em melhorias sociais nos bairros em volta”, comentou o procurador-geral. Além de abrigar mais empresas, o planejamento prevê expandir as atuais, gerando empregos e receitas públicas ao lado da Fiat e perto da Petrobras, onde se situa a maior produção industrial do Estado. Makatsuru confirmou a tendência de ampliação. “Após levantamento, com certeza, próximos passos serão dados. A melhoria do entorno como um todo vai permitir que a área atraia novas empresas para a região”, disse. DIOGO ANTUNES/DIVULGAÇÃO
Um programa de revitalização será feito no DI em Betim, proporcionando desenvolvimento para o município como um todo
FIAT
Governo assina acordo com grupo para investimentos de R$ 8 bi DA REDAÇÃO
O governador Fernando Pimentel assinou, na sexta-feira (6), um protocolo de intenções com o grupo Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para investimentos de R$ 8 bilhões na fábrica da empresa em Betim, Território Metropolitano. Segundo o presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa, os investimentos criarão oito mil empregos diretos e indiretos. O anúncio foi feito durante cerimônia de comemoração dos 42 anos da fábrica de Betim. O investimento será destinado à ampliação do local, assim como na atração de fornecedores com tecnologia ainda não disponível na região. Pimentel afirmou que o Estado e os mineiros têm “orgulho” da empresa. “Na verdade, é uma empresa mineira, e o Filosa, que tem aqui boa parte ou quase toda sua carreira, já é tão mineiro quanto nós, com filho mineiro, esposa mineira. A Fiat foi meio que incorporada por Minas Gerais no nosso patrimônio, mais do que no nosso patrimônio econômico, eu diria que no nosso patrimônio afetivo”, declarou o governador. “É uma empresa que optou por Minas Gerais e tem, a cada ano, renovado essa opção”, disse. De acordo com Antonio Filosa, com este novo ciclo de investimentos, a Fiat planeja produzir 15 novos produtos até 2022, entre novos modelos, renovação de veículos e séries especiais. Ele afirmou ainda que os aportes representam “o começo dos próximos 42 anos”. “Aqui somos um motor de inovação, estamos no meio de um tecido industrial com mais de
160 fornecedores. Tivemos o apoio do governador, dos secretários, para celebrar este novo ciclo. Serão R$ 8 bilhões até 2023, fortalecendo o processo de modernização da empresa, que começou 42 anos atrás”, afirmou. Segundo o governador, a identificação da empresa com Minas Gerais deve-se à união entre tradição e inovação, como o próprio Estado. “Ela (FCA) é tradicional, ela tem uma marca consolidada no mundo inteiro e no Brasil, mas a Fiat é inovadora todo tempo. E é por isso que ela se mantém na lembrança, do mercado, obviamente, mas também no afeto de nós todos mineiros. A Fiat é muito parecida com Minas Gerais, essa é a verdade, e é por isso que deu tão certo”, salientou. Histórico - O polo automotivo da Fiat em Betim foi inaugurado em 9 de julho de 1976, como a primeira fábrica brasileira de automóveis fora do cinturão industrial de São Paulo, e se tornou a maior fábrica de veículos da América Latina, com capacidade de produção de cerca de 800 mil unidades por ano. Nestes 42 anos, cerca de 16 milhões de unidades foram produzidas na fábrica, cuja área supera os 2 milhões de metros quadrados. Hoje, na planta de veículos da Fiat em Betim, as três linhas de montagem são responsáveis pela produção de oito modelos. No ano passado, dos 100 mil veículos produzidos pela companhia e exportados, cerca de 70% saíram de Betim com destino a países latino-americanos, como Argentina, México, Chile, Peru e Colômbia. (Com informações da Agência Minas.)
VEÍCULOS
Anfavea diminui projeções para produção em 2018 São Paulo - Uma desaceleração recente nas vendas de veículos à Argentina e ao México fizeram o setor automotivo brasileiro cortar suas previsões para produção e exportações em 2018, enquanto a greve dos caminhoneiros contribuiu para o setor não elevar expectativas de vendas no mercado interno. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reduziu, na sexta-feira (6), a expectativa para a produção em 2018 de crescimento de 13,2% para alta de 11,9%, para 3,021 milhões de unidades. No primeiro semestre, o avanço foi de 13,6%, a 1,435 milhão de veículos. Já a previsão para as exportações foi cortada de crescimento de 4,5%, para estabilidade sobre o recorde do ano passado, a 766 mil veículos. “Estávamos contando com uma exportação maior. Esperávamos passar das 800 mil unidades este ano, mas, olhando os pedidos do Mé-
xico e da Argentina, vamos ficar no mesmo nível do ano passado, que não é um número ruim, pois estamos rondando o recorde”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale. “Estávamos vindo em um ritmo mais forte de exportações, mas estamos começando a ver México e
Argentina, os dois principais mercados do Brasil, refazendo suas encomendas”, destacou Megale. A Argentina, que elevou os juros para 40% ao ano no começo de maio, em meio a uma forte desvalorização do peso, registrou tombo de 31% nas vendas internas de veículos em junho, sobre o
mesmo mês do ano passado, e uma queda de 5% ante maio, para 55,4 mil unidades, segundo dados da associação de montadoras Adefa. Até a elevação dos juros na Argentina, o Brasil direcionava 70% de suas exportações de veículos para o país vizinho, que registrou vendas internas de 883,8 mil
veículos em 2017. Já no México, segundo maior mercado de veículos do Brasil e que passou a travar uma disputa comercial com os Estados Unidos neste ano, as vendas de veículos de janeiro a maio, segundo dados mais recentes da associação setorial Amia, caíram 9% sobre um ano antes, para
Medida provisória que cria Rota 2030 é publicada O governo federal publicou, na sexta-feira (6), a medida provisória 843, que cria o programa automotivo Rota 2030, que tem como foco declarado incentivar a pesquisa e desenvolvimento do setor automotivo no Brasil. Na quinta-feira (5), o ministro da Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Marcos Jorge, afirmou que as montadoras de veículos terão até R$ 1,5 bilhão em crédito anual a ser abatido de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), se fizerem investimentos de pelo menos R$ 5 bilhões.
Questionado, o presidente da Anfavea afirmou que o número de R$ 1,5 bilhão era uma estimativa do governo e que o incentivo poderá até ser maior, uma vez que os investimentos de R$ 5 bilhões pelas montadoras poderão ficar acima disso. “Cinco bilhões é a média do que foi investido durante o Inovar Auto”, disse Megale, se referindo ao programa automotivo criado no governo Dilma Rousseff e encerrado no final do ano passado. Após a publicação da MP e de decreto que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos com motores híbridos ou elétricos, o governo terá 120 dias
para que a medida seja transformada em lei. Além da própria conversão em lei, o Rota 2030, que tem vigência de 15 anos, também depende de uma série de regulamentações que precisam ser emitidas pelo governo, nos próximos meses e anos, incluindo a forma como serão medidos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e seu abatimento no IRPJ e CSLL das montadoras. “Não resolvemos todos os problemas, mas agora vamos poder nos planejar”, destacou Megale, acrescentando que, nos próximos 30 dias, o Mdic deve preparar a norma sobre essa medição. (Reuters)
561 mil unidades. Segundo Megale, as medidas de ajuste tomadas pelo governo argentino deverão fazer efeito nos próximos meses e a expectativa da Anfavea é de que o mercado vizinho vai recuperar o nível de compras de produtos brasileiros em 2019. Capacidade - A indústria automobilística do Brasil tem capacidade para produzir 5 milhões de veículos por ano e as exportações vinham ajudando o setor a ocupar essa capacidade e a ampliar o número de trabalhadores ocupados. No primeiro semestre, as exportações de veículos montados do Brasil subiram apenas 0,5%, sobre um ano antes, para 379 mil unidades, registrando em junho recuo de 4,4% sobre um ano antes, para 64,9 mil unidades. No mercado interno, a expectativa de vendas da Anfavea foi mantida em crescimento de 11,7%, a 2,5 milhões de unidades. (Reuters)
BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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INTERNACIONAL JASON LEE REUTERS
GUERRA COMERCIAL
EUA e China implementam tarifas sobre US$ 34 bilhĂľes Taxas chinesas vieram em retaliação Ă s americanas Pequim/Washington/ -americanas da China no quim confirmasse que haHong Kong - Os Estados ano passado. via implementado tarifas Unidos (EUA) e a China O MinistĂŠrio do ComĂŠr- retaliatĂłrias causou confuadotaram tarifas sobre US$ cio da China, em comu- sĂŁo nos mercados. “ApĂłs 34 bilhĂľes em importaçþes nicado pouco depois do os EUA terem elevado de um do outro na sexta-feira prazo dos EUA, afirmou forma injusta as tarifas (6), com Pequim acusando que foi forçado a retaliar, contra a China, a China Washington de desenca- o que significa que US$ 34 imediatamente colocou dear “a maior guerra em vigor a elevação de comercialâ€? da histĂłria, tarifas sobre alguns bens “Provavelmente, podemos em uma forte intensifidos EUAâ€?, disse o portadizer que a guerra comercial cação do conflito que jĂĄ -voz do MinistĂŠrio das oďŹ cialmente começouâ€?, aďŹ rmou Relaçþes Exteriores, Lu dura meses. Horas antes do prazo Kang, em entrevista. Chen Feixiang, professor de de Washington para economia na Universidade Xangai que as tarifas entrassem Portos chineses - Alem vigor, o presidente guns portos chineses norte-americano, Donald bilhĂľes em produtos dos adiaram a liberação de proTrump, aumentou o tom, EUA importados, incluin- dutos dos EUA, disseram alertando que os EUA po- do automĂłveis e produtos quatro fontes. Aparentederiam visar mais de US$ agrĂcolas, tambĂŠm serĂŁo mente nĂŁo havia nenhu500 bilhĂľes em produtos sobretaxados em 25%. ma instrução direta para Entretanto, um atraso reter os carregamentos, chineses, ou o volume total das importaçþes norte- subsequente atĂŠ que Pe- mas alguns departamentos ASSOCIAĂ‡ĂƒO EVANGÉLICA BENEFICENTE DE MINAS GERAIS - CNPJ 17.214.743/0001-67 'HPRQVWUDomR GRV )OX[RV GH &DL[D 3HOR 0pWRGR ,QGLUHWR (P 5HDLV
BALANÇO PATRIMONIAL - (Em reais) ([HUFtFLR ÂżQGR HP ([HUFtFLR ÂżQGR HP 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2017 31/12/2016 )OX[RV GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV 2SHUDFLRQDLV ATIVO (10.403.189,77) (15.311.219,11) Resultado LĂquido CIRCULANTE $MXVWH DR UHVXOWDGR Caixa e EquivalĂŞncia de caixa 8.822.762,24 1.575.761,68 (+) Depreciação do imobilizado 4.122.391,45 3.632.725,38 Recursos Vinculados 4.066.492,50 5.829.251,07 5HVXOWDGR OtTXLGR DMXVWDGR (6.280.798,32) (11.678.493,73) Contas a receber 13.847.559,81 9.386.044,09 $XPHQWR 'LPLQXLomR GRV VXEJUXSRV ProvisĂŁo p/ Devedores Duvidosos (962.873,47) (962.873,47) GR DWLYR Adiantamentos a empregados 762.640,83 454.045,71 Recursos Vinculados 1.762.758,57 (1.139.846,43) Adiantamentos a fornecedores 1.056.184,85 551.626,31 Contas a Receber (4.461.515,72) 1.142.639,31 Estoques 2.022.002,09 2.299.799,57 Adiantamento a Empregados (308.595,12) (178.409,55) Investimentos Temporarios 601.876,29 375.083,87 Adiantamento a Fornecedores (504.558,54) (44.376,12) 444,15 Despesas do exercĂcio seguinte Estoque 277.797,48 514.013,89 30.217.089,29 19.508.738,83 Investimentos Temporarios (226.792,42) 53.316,36 NĂƒO CIRCULANTE Depositos Judiciais 72.151,83 885.763,14 DepĂłsitos judiciais 986.990,44 1.059.142,27 Adiantamento a Terceiros (117.431,32) 117.431,32 Adiantamentos a terceiros Despesas de Exercicio Seguinte (444,15) 1.104.421,76 1.059.142,27 $XPHQWR 'LPLQXLomR GRV VXEJUXSRV PERMANENTE GR SDVVLYR Imobilzado em Uso 143.866.147,54 139.420.752,74 Fornecedores (6.008.138,98) 9.413.601,01 (20.026.618,07) 15.903.473,62) Depreciação Acumulada Obrigaçþes sociais e trabalhistas (2.096.345,70) 1.375.172,09 123.839.529,47 123.517.279,12 2EULJDo}HV WULEXWDULDV H ÂżVFDLV 1.143.350,92 403.360,60 TOTAL DO ATIVO 155.161.040,52 144.085.160,22 Contas a Pagar (296.377,32) 190.919,05 ContingĂŞncias Judiciais (104.271,89) 153.225,14 ([HUFtFLR ÂżQGR HP Financiamento Imovel (308.650,86) (2.220.555,54) 31/12/2017 31/12/2016 ProvisĂľes trabalhistas 983.679,25 555.862,98 PASSIVO - (1.008.859,94) Ajustes Patrimoniais CIRCULANTE (10.193.383,97) 10.095.825,99 (PSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV 21.228.953,50 14.052.655,02 &DL[D OtTXLGR SURYHQLHQWH GDV DWLYLGDGHV Fornecedores 12.014.601,80 18.216.357,63 (16.474.182,29) (1.582.667,74) RSHUDFLRQDLV Obrigaçþes sociais e trabalhistas 2.994.816,23 2.732.265,54 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES 2EULJDo}HV WULEXWiULDV H ÂżVFDLV 450.461,51 825.817,04 DE INVESTIMENTOS Contas a Pagar 336.172,56 632.549,88 (4.444.641,80) (5.136.821,23) (-)Compra de ativo imobilizado ContingĂŞncias Judiciais 63.580,11 862.083,92 &DL[D OtTXLGR XVDGR QDV DWLYLGDGHV GH Financiamento ImĂłvel 308.650,86 (4.444.641,80) (5.136.821,23) LQYHVWLPHQWR 4.227.596,16 3.243.916,91 ProvisĂľes Trabalhistas FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES 41.316.181,87 40.874.296,80 DE FINANCIAMENTO NĂƒO CIRCULANTE (PSUHVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV WRPDGRV 35.091.357,49 14.150.000,00 (PSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV 66.881.576,31 45.892.050,14 (6.925.532,84) (6.691.364,58) (-)Amortização de emprestimos e juros Fornecedores 8.387.151,15 8.193.534,30 &DL[D OtTXLGR XVDGR QDV DWLYLGDGHV GH 28.165.824,65 7.458.635,42 Obrigaçþes sociais e trabalhistas 353.029,31 2.711.925,70 ÂżQDQFLDPHQWR 2EULJDo}HV ÂżVFDLV H WULEXWiULDV 3.393.379,38 1.874.672,93 $XPHQWR 'LPLQXLomR OtTXLGR GH FDL[D H 7.247.000,56 739.146,45 694.231,92 ContingĂŞncias Judiciais HTXLYDOHQWHV GH FDL[D 79.709.368,07 58.672.183,07 MODIFICAĂ‡ĂƒO NA POSIĂ‡ĂƒO PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO FINANCEIRA PatrimĂ´nio social 44.538.680,35 60.858.759,40 &$,;$ ( (48,9$/(17(6 '( &$,;$ Reserva de reavaliação - InĂcio do PerĂodo 1.575.761,68 836.615,23 (10.403.189,77) (16.320.079,05) 'pÂżFLW VXSHUiYLW DFXPXODGR 8.822.762,24 1.575.761,68 - Fim do PerĂodo 34.135.490,58 44.538.680,35 $XPHQWR RX 'LPLQXLomR GR FDL[D H 7.247.000,56 739.146,45 TOTAL DO PASSIVO 155.161.040,52 144.085.160,22 HTXLYDOHQWHV GH FDL[D As notas explicativas sĂŁo parte integrante das demonstraçþes contĂĄbeis As notas explicativas sĂŁo parte integrante das demonstraçþes contĂĄbeis DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO - (Em reais) 3DWULP{QLR VRFLDO 5HVHUYD GH UHDYDOLDomR 6XSHUiYLWV RX 'pÂżFLWV DFXPXODGRV Total 'HVFULomR 6DOGR HP 929.805,22 71.690.877,10 (11.761.922,92) 60.858.759,40 ,QFRUSRUDomR GH 5HVHUYD 71.690.877,10 (71.690.877,10) &RPSHQVDomR 'HÂżFLW (11.761.922,92) 11.761.922,92 $MXVWH GH ([HUFLFLRV $QWHULRUHV (1.008.859,84) (1.008.859,84) (15.311.219,11) (15.311.219,11) 'HÂżFLW GR H[HUFtFLR 6DOGR HP 60.858.759,40 (16.320.078,95) 44.538.680,45 ,QFRUSRUDomR GH 5HVHUYD &RPSHQVDomR 'HÂżFLW (16.320.078,95) 16.620.078,95 $MXVWH GH ([HUFLFLRV $QWHULRUHV (10.403.189,77) (10.403.189,77) 'HÂżFLW GR H[HUFtFLR 6DOGR HP 44.538.680,45 (10.103.189,77) 34.135.490,68 As notas explicativas sĂŁo parte integrante das demonstraçþes contĂĄbeis NOTAS EXPLICATIVAS Ă€S DEMONSTRAÇÕES do linear no resultado do exercĂcio baseado na vida Ăştil econĂ´mica estimada de CONTĂ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 e 2016 cada componente. Terrenos nĂŁo sĂŁo depreciados. Os itens do ativo imobilizado sĂŁo depreciados a partir da data em que sĂŁo instalados e estĂŁo disponĂveis para Nota 1. CONTEXTO OPERACIONAL - A ASSOCIAĂ‡ĂƒO EVANGÉLICA uso, ou em caso de ativos construĂdos internamente, do dia em que a construção ĂŠ BENEFICENTE DE MINAS GERAIS com sede na cidade de Belo Horizonte, ÂżQDOL]DGD H R DWLYR HVWi GLVSRQtYHO SDUD XWLOL]DomR $V YLGDV ~WHLV HVWLPDGDV SDUD R (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV VRFLHGDGH FLYLO VHP ÂżQV OXFUDWLYRV IXQGDGD HP GH PDUH[HUFtFLR FRUUHQWH H FRPSDUDWLYR VmR DV VHJXLQWHV oR GH WHP SRU REMHWLYR VRFLDO SURPRYHU D EHQHÂżFrQFLD DWUDYpV GD DVVLVWrQFLD • MĂĄquinas e equipamentos hospitalares ................................... 10 anos social, em todas as suas formas de expressĂŁo, dentro das possibilidades de seus • MĂłveis e utensĂlios .................................................................. 10 anos recursos, dando especial atenção Ă assistĂŞncia hospitalar, ambulatĂłrios e clĂnicas ‡ (GLÂżFDo}HV ............................................................................... 25 anos relativas a saĂşde, ao amparo a ĂłrfĂŁo e crianças desamparadas, ao abrigo Ă velhice, • Reavaliação de ImĂłveis ........................................................... 50 anos Ă educação, atravĂŠs de ministração de cursos nos diversos nĂveis. SĂŁo ĂłrgĂŁos da • Instalaçþes ............................................................................... 10 anos DGPLQLVWUDomR GD $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV , $VVHP• Computadores e PerifĂŠricos ..................................................... 05 anos EOHLD *HUDO ,, Âą &RQVHOKR &RQVXOWLYR ,,, 'LUHWRULD ,9 &RQVHOKR )LVFDO 2V (c) (VWRTXHV Os estoques sĂŁo avaliados pelo custo mĂŠdio de aquisição, os quais integrantes do Conselho Consultivo, da Diretoria e do Conselho Fiscal, nĂŁo percesĂŁo inferiores aos valores de reposição ou de realização. (d) 5HGXomR DR YDORU bem qualquer remuneração, vantagens ou benefĂcios direta ou indiretamente, sob UHFXSHUiYHO (LPSDLUPHQW - • $WLYRV ÂżQDQFHLURV LQFOXLQGR UHFHEtYHLV - Um nenhuma forma ou pretexto. 1RWD %DVH GH SUHSDUDomR 'HFODUDomR GH FRQDWLYR ÂżQDQFHLUR p DYDOLDGR D FDGD GDWD GH DSUHVHQWDomR SDUD DSXUDU VH Ki HYLGrQFLD IRUPLGDGH $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQFOXHP $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperĂĄvel. Um ativo tem perda foram preparadas de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil (BR no seu valor recuperĂĄvel se uma evidĂŞncia objetiva indica que um evento de perda *$$3 DSOLFiYHLV D 3HTXHQDV H 0pGLDV (PSUHVDV 30( H DV 1RUPDV %UDVLOHLocorreu apĂłs o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve UDV GH &RQWDELOLGDGH DSOLFiYHLV D HQWLGDGHV VHP ÂżQV OXFUDWLYRV 5HVROXomR &)& XP HIHLWR QHJDWLYR QRV Ă€X[RV GH FDL[D IXWXURV SURMHWDGRV TXH SRGHP VHU HVWLPDGRV Qž %DVH GH PHQVXUDomR $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV IRUDP SUHGH XPD PDQHLUD FRQÂżiYHO • $WLYRV QmR ÂżQDQFHLURV - Os valores contĂĄbeis dos paradas com base no custo histĂłrico com exceção dos seguintes itens materiais DWLYRV QmR ÂżQDQFHLURV GD $VVRFLDomR TXH QmR RV HVWRTXHV VmR UHYLVWRV D FDGD GDWD UHFRQKHFLGRV QRV EDODQoRV SDWULPRQLDLV TXDQGR H[LVWHQWHV 2V LQVWUXPHQWRV Âżde apresentação para apurar se hĂĄ indicação de perda no valor recuperĂĄvel. Caso nanceiros nĂŁo derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado sĂŁo ocorra tal indicação, entĂŁo o valor recuperĂĄvel do ativo ĂŠ estimado. Perdas por PHQVXUDGRV SHOR YDORU MXVWR 2V DWLYRV ÂżQDQFHLURV GLVSRQtYHLV SDUD YHQGD VmR redução no valor recuperĂĄvel sĂŁo reconhecidas no resultado. (e) 3URYLV}HV Uma mensurados pelo valor justo. 0RHGD IXQFLRQDO H PRHGD GH DSUHVHQWDomR Essas provisĂŁo ĂŠ reconhecida, em função de um evento passado, se a Associação tem GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV VmR DSUHVHQWDGDV HP 5HDO TXH p D PRHGD XPD REULJDomR OHJDO RX FRQVWUXWLYD TXH SRVVD VHU HVWLPDGD GH PDQHLUD FRQÂżiYHO funcional da Associação. 8VR GH HVWLPDWLYDV H MXOJDPHQWRV A preparação das e ĂŠ provĂĄvel que um recurso econĂ´mico seja exigido para liquidar a obrigação. GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV GH DFRUGR FRP DV QRUPDV GR &3& H[LJH TXH (f) Receita - • 6HUYLoRV - A receita de serviços ĂŠ proveniente principalmente de a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação atendimentos hospitalares e ambulatoriais, sendo reconhecida no resultado com de polĂticas contĂĄbeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e desbase no estĂĄgio de conclusĂŁo do serviço contratado na data de elaboração das pesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e preGHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV J 5HFHLWDV ÂżQDQFHLUDV H GHVSHVDV ÂżQDQFHLUDV A missas sĂŁo revistas de uma maneira contĂnua. RevisĂľes em relação a estimativas receita de juros ĂŠ reconhecida no resultado, atravĂŠs do mĂŠtodo dos juros efetivos. contĂĄbeis sĂŁo reconhecidas no exercĂcio em que as estimativas sĂŁo revisadas e em $V GHVSHVDV ÂżQDQFHLUDV DEUDQJHP GHVSHVDV FRP MXURV VREUH HPSUpVWLPRV K quaisquer exercĂcios futuros afetados. 1RWD 3ULQFLSDLV SROtWLFDV FRQWiEHLV As 'HWHUPLQDomR GR DMXVWH D YDORU SUHVHQWH Os ativos e passivos monetĂĄrios de polĂticas contĂĄbeis descritas em detalhes abaixo tĂŞm sido aplicadas de maneira longo prazo sĂŁo atualizados monetariamente e, portanto, estĂŁo ajustados pelo seu FRQVLVWHQWH D WRGRV RV H[HUFtFLRV DSUHVHQWDGRV QHVVDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetĂĄrios de curto individuais. (a) ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV - $WLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV prazo ĂŠ calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação Ă s A Associação reconhece os emprĂŠstimos e recebĂveis e os depĂłsitos inicialmente GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV WRPDGDV HP FRQMXQWR 3DUD ÂżQV GH UHJLVWUR H GHWHUPLQD GDWD HP TXH IRUDP RULJLQDGRV $ $VVRFLDomR GHVFRQKHFH XP DWLYR ÂżQDQFHLUR QDomR GH UHOHYkQFLD R DMXVWH D YDORU SUHVHQWH p FDOFXODGR FRQVLGHUDQGR RV Ă€X[RV TXDQGR RV GLUHLWRV FRQWUDWXDLV DRV Ă€X[RV GH FDL[D GR DWLYR H[SLUDP RX TXDQGR D de caixa contratuais e a taxa de juros explĂcita, e em certos casos implĂcita, dos $VVRFLDomR WUDQVIHUH RV GLUHLWRV DR UHFHELPHQWR GRV Ă€X[RV GH FDL[D FRQWUDWXDLV respectivos ativos e passivos. Com base na melhor estimativa da Administração, a VREUH XP DWLYR ÂżQDQFHLUR HP XPD WUDQVDomR QD TXDO HVVHQFLDOPHQWH WRGRV RV Associação concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetĂĄrios ULVFRV H EHQHItFLRV GD WLWXODULGDGH GR DWLYR ÂżQDQFHLUR VmR WUDQVIHULGRV (YHQWXDO FLUFXODQWHV p LUUHOHYDQWH HP UHODomR jV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV WRPDGDV HP FRQSDUWLFLSDomR TXH VHMD FULDGD RX UHWLGD SHOD $VVRFLDomR QRV DWLYRV ÂżQDQFHLURV p UHjunto e, desta forma, nĂŁo registrou nenhum ajuste. 1RWD Âą As doaçþes recebidas FRQKHFLGD FRPR XP DWLYR RX SDVVLYR LQGLYLGXDO 2V DWLYRV RX SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV SHOD HQWLGDGH UHSUHVHQWDP RV VHJXLQWHV YDORUHV sĂŁo compensados e o valor lĂquido ĂŠ apresentado no balanço patrimonial quando, somente quando, a Associação tem o direito legal de compensar os valores e tem 'RDo}HV 2017 2016 a intenção de liquidar em uma base lĂquida ou de realizar o ativo e liquidar o Pessoas FĂsicas 80.644,76 112.838,73 passivo simultaneamente. (PSUpVWLPRV H UHFHEtYHLV - EmprĂŠstimos e recebĂveis Pessoas JurĂdicas 556.990,99 537.590,49 VmR DWLYRV ÂżQDQFHLURV FRP SDJDPHQWRV Âż[RV RX FDOFXOiYHLV TXH QmR VmR FRWDGRV Total 637.635,75 650.429,22 no mercado ativo. Tais ativos sĂŁo reconhecidos inicialmente pelo valor justo 1RWD Âą As subvençþes e ConvĂŞnios recebidos do Poder PĂşblico e Empresas acrescido de quaisquer custos de transação atribuĂveis. ApĂłs o reconhecimento 3ULYDGDV UHSUHVHQWDP RV VHJXLQWHV YDORUHV inicial, os emprĂŠstimos e recebĂveis sĂŁo medidos pelo custo amortizado atravĂŠs 'HVFULomR 31/12/2017 31/12/2016 do mĂŠtodo dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor Subvençþes Federais 4.133.880,04 2.638.811,48 recuperĂĄvel. Os emprĂŠstimos e recebĂveis abrangem caixa e equivalentes de caixa ConvĂŞnios Estaduais 774.180,06 794.030,84 e clientes e outros crĂŠditos. &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D Caixa e equivalentes ConvĂŞnios Municipais 983.925,80 2.291.741,83 GH FDL[D DEUDQJHP VDOGRV GH FDL[D H LQYHVWLPHQWRV ÂżQDQFHLURV FRP YHQFLPHQWR Verbas Parlamentares 2.747.645,00 2.883.335,60 original de trĂŞs meses ou menos a partir da data da contratação, os quais sĂŁo sujeiTotal 8.639.630,90 8.607.919,75 WRV D XP ULVFR LQVLJQLÂżFDQWH GH DOWHUDomR QR YDORU VHQGR XWLOL]DGRV QD JHVWmR GDV 1RWD Âą 7RGRV RV UHFXUVRV UHFHELGRV SHOD HQWLGDGH IRUDP DSOLFDGRV HP VXDV Âżobrigaçþes de curto prazo. 3DVVLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV A Associação nalidades institucionais, de conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados reconhece tĂtulos de dĂvida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data pelas Despesas e Investimentos Patrimoniais. 1RWD Âą 2V UHĂ€H[RV GDV JUDWXLGDGHV HP TXH VmR RULJLQDGRV $ $VVRFLDomR EDL[D XP SDVVLYR ÂżQDQFHLUR TXDQGR WHP VXDV oferecidas estĂŁo representados nas contas de Custo de Serviços Hospitalares. Nota REULJDo}HV FRQWUDWXDLV UHWLUDGDV FDQFHODGDV RX YHQFLGDV $ $VVRFLDomR FODVVLÂżFD 8 –Demonstramos a seguir os nĂşmeros e percentual relativo aos atendimentos RV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV QD FDWHJRULD Âł2XWURV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV´ SUS do ano de 2017. 7DLV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV VmR UHFRQKHFLGRV LQLFLDOPHQWH SHOR YDORU MXVWR DFUHVFLGR +RVSLWDO (YDQJpOLFR Âą &1(6 de quaisquer custos de transação atribuĂveis. ApĂłs o reconhecimento inicial, esses 'DGRV GD SUHVWDomR GH VHUYLoR DR 686 %+ 9DORUHV )RQWH SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV VmR PHGLGRV SHOR FXVWR DPRUWL]DGR DWUDYpV GR PpWRGR GRV Total anual de procedimentos ambulatoriais.............. 568.369 SIA/SUS MXURV HIHWLYRV $ $VVRFLDomR WHP RV VHJXLQWHV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV Total anual de internaçþes (AIHs) ............................. 6.386 SIH/SUS emprĂŠstimos, fornecedores e outras contas a pagar. (b) ,PRELOL]DGR 5HFRQKHFLTotal anual de paciente dia (permanĂŞncia)................. 30.158 SIH/SUS PHQWR H PHQVXUDomR Itens do imobilizado sĂŁo mensurados pelo custo histĂłrico MĂŠdia mensal de leitos totais ..................................... 162 CNES de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada e de perdas de MĂŠdia mensal de leitos SUS ...................................... 111 CNES redução ao valor recuperĂĄvel (impairment) acumuladas. O custo inclui gastos que Proporção de leitos SUS ............................................ 69% CNES sĂŁo diretamente atribuĂveis Ă aquisição de um ativo. O custo de ativos construĂdos Desempenho percentual mĂŠdio de SHOD SUySULD $VVRFLDomR LQFOXL 2 FXVWR GH PDWHULDLV H PmR GH REUD GLUHWD 4XDLVacesso/qualidade (Contratualização MS) ................. 100% SMSA/BH quer outros custos para colocar o ativo no local e na condição necessĂĄrios para &HQWUR GH 1HIURORJLD GR +RVSLWDO (YDQJpOLFR Âą &1(6 TXH HVVHV VHMDP FDSD]HV GH RSHUDU GD IRUPD SUHWHQGLGD SHOD $GPLQLVWUDomR H 2V $WHQGLPHQWR custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estĂŁo localiza &HQWUR GH 7HUDSLD 5HQDO &RQWDJHP dos. &XVWRV VXEVHTXHQWHV - *DVWRV VXEVHT HQWHV VmR FDSLWDOL]DGRV QD PHGLGD HP $WHQGLPHQWRV $PEXODWyULRV que seja provĂĄvel que benefĂcios futuros associados com os gastos serĂŁo auferidos SUS ................................... 191.163 97,48% SHOD $VVRFLDomR *DVWRV GH PDQXWHQomR H UHSDURV UHFRUUHQWHV VmR UHJLVWUDGRV QR OUTROS........................... 4.935 2,52% resultado. 'HSUHFLDomR - Itens do ativo imobilizado sĂŁo depreciados pelo mĂŠtoTOTAL .............................. 196.098 100%
China ainda apresentou à OMC uma ação contra os EUA contestando as tarifas de importação
alfandegĂĄrios aguardavam orientação oficial sobre a imposição de tarifas adicionais, explicaram as fontes. Antes da implementação das tarifas, nĂŁo havia sinais de novas negociaçþes entre autoridades chinesas e norte-americanas, de acordo com fontes empresariais de Washington e Pequim. “Provavelmente, podemos dizer que a guerra comercial oficialmente começouâ€?, afirmou Chen Feixiang, professor de economia aplicada da Faculdade de Economia e Administração Antai, da Univerdade Xangai
DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DO RESULTADO - (Em reais) ([HUFtFLR ÂżQGR HP 31/12/2017 31/12/2016 93.976.082,96 80.465.117,49 5HFHLWD %UXWD GH 6HUYLoRV Receitas SUS 59.220.073,03 53.872.755,77 Receitas ConvĂŞnios Medicos 22.022.184,12 14.071.124,87 Receitas Particulares 1.737.147,26 1.828.386,14 Receitas Subvençþes e ConvĂŞnios 8.639.630,90 8.607.919,75 Outras Receitas Particulares 1.645.049,68 1.364.949,52 Doaçþes 637.635,75 650.429,22 Alugueis 74.362,22 69.552,22 (861.056,10) (1.948.093,49) (-) Deduçþes da receita bruta RECEITA LĂ?QUIDA 93.115.026,86 78.517.024,00 (78.752.309,82) (73.387.454,86) (-) Custos dos serviços prestados RESULTADO BRUTO 14.362.717,04 5.129.569,14 5HFHLWDV 'HVSHVDV 2SHUDFLRQDLV Administrativas e gerais (12.576.135,77) (11.407.202,87) Financeiras lĂquidas (13.016.818,94) (8.837.341,54) (176.378,35) (132.321,46) Despesas tributĂĄrias (25.769.333,06) (20.376.865,87) 1.548.108,85 10.392,17 Outras receitas (despesas) operacionais 5HVXOWDGR 2SHUDFLRQDO (9.858.507,17) (15.236.904,56) Receitas (despesas) nĂŁo operacionais (544.682,60) (74.314,55) 6XSHUiYLW 'pÂżFLW GR ([HUFtFLR (10.403.189,77) (15.311.219,11) As notas explicativas sĂŁo parte integrante das demonstraçþes contĂĄbeis Nota 9 - Conforme o Decreto 2.536/98 demonstramos a seguir os valores relativos Ă s Isençþes gozadas. &RPSRVLomR 2017 2016 INSS Patronal 9.249.661,35 8.439.773,67 COFINS 2.565.336,13 2.380.619,76 PIS s/ Folha Pagamento 321.168,81 Nota 10 - Os estoques de medicamentos, materiais cirĂşrgicos e outros materiais sĂŁo avaliados ao custo mĂŠdio de aquisição. 1RWD Âą O imobilizado demonstrado ao custo de aquisição ou valor original e a depreciação foi reconhecida pela entidade a partir de 2010 para todos os bens imobilizados. 2 $WLYR ,PRELOL]DGR DSUHVHQWD D VHJXLQWH FRPSRVLomR 7D[D DQXDO 'HVFULomR 'HSUHFLDomR 31.12.2017 31.12.2016 Terrenos 1.611.138,30 1.611.138,30 ImĂłvel Venda Nova 4 8.200.000,00 8.200.000,00 Reavaliação Terrenos 41.661.715,32 41.661.715,32 EdifĂcios e construçþes 4 3.197.161,50 3.195.996,50 Reavaliação EdifĂcios e 2 42.544.107,27 42.544.107,27 construçþes MĂĄquinas e equipamentos 10 13.083.767,68 11.381.982,45 MĂłveis e utensĂlios 10 1.924.869,47 1.742.361,77 Equipamentos e aparelhos 10 16.209.100,13 14.284.951,61 medicina UtensĂlios de copa e cozinha 10 118.504,61 115.584,61 Instalaçþes 10 96.505,74 96.126,49 Benfeitorias de imĂłveis 4 10.720.742,19 10.264.897,28 Equipamentos de informĂĄtica 20 1.509.931,15 1.333.586,96 VeĂculos 20 448.889,11 448.889,11 Sistemas Aplicativos 20 270.095,36 269.795,36 Central de PABX. 20 39.756,00 39.756,00 Benfeitorias em ImĂłveis de 4 2.229.863,71 2.229.863,71 Terceiros 6XE 7RWDO 143.866.147,54 139.420.752,74 ( - )Depreciação acumulada (20.026.618,07) (15.903.473,62) Total 123.839.529,47 123.517.279,12 Em 30 de junho de 2015 a entidade efetuou a reavaliação de seus imĂłveis, conforme laudo de empresa especializada houve um acrescimento patrimonial no valor de R$ 71.690.877,10 (setenta um milhĂľes seiscentos e noventa mil oitocentos e setenta sete reais e dez centavos). 1RWD (PSUpVWLPRV H )LQDQFLDPHQWRV 2017 2016 'HVFULomR &XUWR 3UD]R /RQJR 3UD]R &XUWR 3UD]R /RQJR 3UD]R CEF ............ 16.793.275,20 54.941.322,45 13.379.669,22 33.934.266,84 Bradesco..... 4.702.924,53 11.940.253,86 672.985,80 11.957.783,30 Total ........... 21.496.199,73 66.881.576,31 14.052.655,02 45.892.050,14 Caixa Econ. Federal - EmprĂŠstimo Caixa Hospital em 114 parcelas com taxa de juros de 1,45% a.m. garantido pelo recebimento do SUS. Caixa Econ. Federal - EmprĂŠstimo Caixa Hospital em 114 parcelas com taxa de juros de 1,60% a.m. garantido pelo recebimento do SUS. Caixa Econ. Federal - EmprĂŠstimo Caixa Hospital em 84 parcelas com taxa de juros de 1,71% a.m. garantido pelo recebimento do SUS. Caixa Econ. Federal - EmprĂŠstimo Caixa Hospital em 78 parcelas com taxa de juros de 1,29% a.m. garantido pelo receELPHQWR GR 686 %UDGHVFR Âą (PSUpVWLPR &DSLWDO GH *LUR HP SDUFHODV FRP taxas de juros de 1,15% a.m. garantido pelo recebimento do SUS. Bradesco Âą (PSUpVWLPR &DSLWDO GH *LUR HP SDUFHODV FRP WD[DV GH MXURV GH a.m. garantido pelo recebimento do SUS. 1RWD 2EULJDo}HV 6RFLDLV H 7UDEDOKLVWDV 'HVFULomR 31/12/2017 31/12/2016 SalĂĄrios a Pagar 2.094.838,13 1.611.689,92 INSS a Recolher 360.201,38 630.185,80 )*76 D 5HFROKHU 233.366,71 268.947,55 PIS s/ Folha 188.883,08 97.789,85 Contribuiçþes a sindicatos 94.269,71 98.011,11 ConvĂŞnios 24.829,17 Processos Trabalhistas 23.257,22 812,14 Total 2.994.816,23 2.732.265,54 Os valores dos impostos e contribuiçþes estĂŁo representados a valores histĂłricos sem Considerar os juros e multas por atraso de pagamento. Nota 14 Âą 2EULJDo}HV 7ULEXWiULDV H )LVFDLV 'HVFULomR 31/12/2017 31/12/2016 Imposto Renda Retido 308.109,20 586.194,40 ISS Retido 25.314,61 28.101,83 IPTU a Recolher 19.932,54 19.932,54 Taxas Diversas 8.253,65 8.253,65 Retençþes Federais 88.851,51 183.334,92 Total 450.461,51 825.817,04 Os valores dos impostos e contribuiçþes estĂŁo representados a valores histĂłricos sem Considerar os juros e multas por atraso de pagamento. Nota 15 Âą &RQWDV D 3DJDU 'HVFULomR 31/12/2017 31/12/2016 Alugueis a Pagar 45.280,00 51.280,00 Deposito Caução Pacientes 305.316,28 Contas a Pagar 290.892,56 275.953,60 Total 336.172,56 632.549,88 1RWD Âą 'pELWRV 7ULEXWiULRV (P GH RXWXEUR GH R *RYHUQR )HGHral publicou a Lei 12.873, com regulamentação prevista para o ano de 2014, que instituiu o Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas FilantrĂłpicas e das Entidades sem Fins Lucrativos que Atuam na Ă rea da SaĂşde e que Participam de Forma Complementar do Sistema Ăšnico de SaĂşde – PROSUS, WHP DV VHJXLQWHV ÂżQDOLGDGHV , JDUDQWLU R DFHVVR H D TXDOLGDGH GH Do}HV H serviços pĂşblicos de saĂşde oferecidos pelo SUS por entidades de saĂşde priYDGDV ÂżODQWUySLFDV H HQWLGDGHV GH VD~GH VHP ÂżQV OXFUDWLYRV ,, YLDELOL]DU D manutenção da capacidade e qualidade de atendimento das entidades referiGDV DFLPD UHIHULGDV ,,, SURPRYHU D UHFXSHUDomR GH FUpGLWRV WULEXWiULRV H QmR WULEXWiULRV GHYLGRV j 8QLmR H ,9 DSRLDU D UHFXSHUDomR HFRQ{PLFD H ÂżQDQFHLUD GDV HQWLGDGHV GH VD~GH SULYDGDV ÂżODQWUySLFDV H GDV HQWLGDGHV GH VD~GH VHP ÂżQV OXFUDWLYRV $ $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV DGHULX DR 352686 TXH IRL GHIHULGR SHOD 3RUWDULD Qž GH GH QRYHPEUR GH 2014, DOU de 18 de novembro de 2014, cuja consequĂŞncia ĂŠ a melhora em VHX Ă€X[R GH FDL[D FRQVLGHUDQGR TXH DV GtYLGDV WULEXWiULDV H QmR WULEXWiULDV vencidas atĂŠ fevereiro de 2014 serĂŁo objeto de moratĂłria e remissĂŁo no prazo de 180 meses, condicionado ao recolhimento regular das obrigaçþes tributĂĄrias federais a partir de sua concessĂŁo no valor de R$ 34.652.700,87 (trinta quatro milhĂľes seiscentos e cinquenta dois mil setecentos reais e oitenta sete centavos) aproximadamente. AtravĂŠs da Portaria SAS/MS 426 de 25 de abril GH IRL SXEOLFDGR D DSURYDomR GHÂżQLWLYD GD $GHVmR GR 352686 GD $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV 1RWD Âą )RUQHFHGRUHV GH /RQJR 3UD]R O saldo de fornecedores de longo prazo representa dĂŠbitos em atraso com diversos Fornecedores, renegociados para pagamento em atĂŠ 120 (cento e vinte) parcelas. 1RWD Âą $MXVWHV GH ([HUFtFLRV $QWHULRUHV A $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV UHJLVWURX QR DQR GH o valor de R$ 1.008.859,94, ajustes na conta de depĂłsitos judiciais jĂĄ resgataGRV SHOD MXVWLoD SRU FRQWD GH FRQFLOLDo}HV TXH WHYH UHĂ€H[R HP DQRV DQWHULRUHV 1RWD Âą 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV O presente balanço compreende a FRQVROLGDomR GDV GHPDLV HQWLGDGHV OLJDGDV TXDLV VHMDP +RVSLWDO (YDQJplico, Centro de Nefrologia do Hospital EvangĂŠlico Unidade Belo Horizonte, Centro de Nefrologia do Hospital EvangĂŠlico Unidade Contagem, Centro de Nefrologia do Hospital EvangĂŠlico Unidade Venda Nova, Instituto de Terapia 5HQDO GD $(%0* 8QLGDGH %HWLP &HQWUR 2IWDOPROyJLFR GR +RVSLWDO (YDQgĂŠlico Unidade Betim e Escola de Enfermagem do Hospital EvangĂŠlico. ASSOCIAĂ‡ĂƒO EVANGELICA BENEFICENTE DE MINAS GERAIS EULER BORJA - PRESIDENTE IVO GONCALVES DOS SANTOS - CONTADOR CRCMG 51.539/O-6
Jiaotong. “Se isso acabar em US$ 34 bilhĂľes, terĂĄ um efeito marginal sobre ambas as economias. Mas se aumentar para US$ 500 bilhĂľes como Trump disse, entĂŁo terĂĄ um grande impacto para ambos os paĂsesâ€?, completou Chen. Ação na OMC - A China apresentou uma ação contra os Estados Unidos na Organização Mundial do ComĂŠrcio (OMC) pela imposição de taxas de importação, informou seu MinistĂŠrio do ComĂŠrcio na sexta-feira. (Reuters)
RELATĂ“RIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTĂ BEIS Aos Associados, Diretores e Conselheiros $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV 2SLQLmR Examinamos as demonstraçþes contĂĄbeis da $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstraçþes do resultado, do resultado abrangente, das mutaçþes do patrimĂ´nio lĂquido e dos Ă€X[RV GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR ÂżQGR QHVVD GDWD EHP FRPR DV correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais polĂticas contĂĄbeis. Em nossa opiniĂŁo, as demonstraçþes contĂĄbeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a SRVLomR SDWULPRQLDO H ÂżQDQFHLUD GD $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV HP GH GH]HPEUR GH QR GHVHPSHQKR GH VXDV RSHUDo}HV H RV VHXV UHVSHFWLYRV Ă€X[RV GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR ÂżQGR QHVVD GDWD GH DFRUGR FRP DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO %5 *$$3 DSOLFiYHLV a Pequenas e MĂŠdias Empresas (PME), e as Normas Brasileiras de &RQWDELOLGDGH DSOLFiYHLV D HQWLGDGHV VHP ÂżQV OXFUDWLYRV 5HVROXomR &)& Qž 1.409/12. %DVH SDUD RSLQLmR Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estĂŁo descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstraçþes contĂĄbeisâ€?. Somos independentes em relação Ă Entidade, de acordo com os SULQFtSLRV pWLFRV UHOHYDQWHV SUHYLVWRV QR &yGLJR GH eWLFD 3URÂżVVLRQDO GR &RQWDGRU H QDV QRUPDV SURÂżVVLRQDLV HPLWLGDV SHOR &RQVHOKR )HGHUDO GH Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades ĂŠticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidĂŞncia de auditoria obtida ĂŠ VXÂżFLHQWH H DSURSULDGD SDUD IXQGDPHQWDU QRVVD RSLQLmR 3ULQFLSDLV DVVXQWRV GH DXGLWRULD Principais assuntos de auditoria sĂŁo aqueles que, em nosso MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO IRUDP RV PDLV VLJQLÂżFDWLYRV HP QRVVD DXGLWRULD GR exercĂcio corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis como um todo e na formação de nossa opiniĂŁo sobre essas demonstraçþes contĂĄbeis e, portanto, nĂŁo expressamos uma opiniĂŁo separada sobre esses assuntos. %HQHItFLR )LVFDLV Âą ,PXQLGDGH H ,VHQo}HV No decorrer do ano de 2017 a Associação EvangĂŠlica %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV JR]RX GH ,PXQLGDGH H ,VHQo}HV HP IXQomR GD (QWLGDGH VHU UHFRQKHFLGD FRP HQWLGDGH ÂżODQWUySLFD SHOR 0LQLVWpULR GD SaĂşde. Devido a extensĂŁo do benefĂcio, consideramos esse tema um assunto relevante para a nossa auditoria. x 5HVSRVWD GD DXGLWRULD DR DVVXQWR No decorrer dos trabalhos de auditoria, realizamos testes que evidenciam, que a HQWLGDGH GLVS}H GH &HUWLÂżFDGR GH (QWLGDGH %HQHÂżFHQWH GH $VVLVWrQFLD 6RFLDO na ĂĄrea da SaĂşde – CEBAS-SAĂšDE com prazo de validade vigente. &RQIRUPH PHQFLRQDGR QDV QRWDV H[SOLFDWLYDV Q ž H RV LPSRVWRV H contribuiçþes em atraso estĂŁo registrados a valores histĂłricos, a auditoria nĂŁo mensurou os efeitos dos valores como encargos nĂŁo reconhecidos. A $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV DGHULX DR 352686 TXH IRL GHIHULGR SHOD 3RUWDULD Qž GH GH QRYHPEUR GH FXMD FRQVHTXrQFLD p D PHOKRUD HP VHX Ă€X[R GH FDL[D FRQVLGHUDQGR TXH DV GtYLGDV tributĂĄrias e nĂŁo tributĂĄrias vencidas atĂŠ fevereiro de 2015 serĂŁo objeto de moratĂłria e remissĂŁo no prazo de 180 meses, condicionado ao recolhimento regular das obrigaçþes tributĂĄrias federais a partir de sua concessĂŁo. AtravĂŠs da Portaria SAS/MS 426 de 25 de abril de 2016, foi publicado a aprovação GHÂżQLWLYD GD $GHVmR GR 3URVXV GD $VVRFLDomR (YDQJpOLFD %HQHÂżFHQWH GH 0LQDV *HUDLV 2XWURV $VVXQWRV 'HPRQVWUDo}HV GH ([HUFtFLR $QWHULRU. $V GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH DSUHVHQWDGDV SDUD ÂżQV GH FRPSDUDomR QmR IRUDP SRU QRV DXGLWDGDV e para a mesmas foi emitido Parecer Sem Ressalva datado de 24 de julho de 2017. 2XWUDV LQIRUPDo}HV TXH DFRPSDQKDP DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV H R UHODWyULR GR DXGLWRU A administração da Entidade ĂŠ responsĂĄvel por essas outras informaçþes que compreendem o RelatĂłrio da Administração. Nossa opiniĂŁo sobre as demonstraçþes contĂĄbeis nĂŁo abrange o RelatĂłrio da Administração e nĂŁo expressamos qualquer forma de conclusĂŁo de auditoria sobre esse relatĂłrio. Em conexĂŁo com a auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis, nossa responsabilidade ĂŠ a de ler o RelatĂłrio da Administração e, ao fazĂŞ-lo, considerar se esse relatĂłrio estĂĄ, de forma relevante, inconsistente com as demonstraçþes contĂĄbeis ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que hĂĄ distorção relevante no RelatĂłrio da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. NĂŁo temos nada a relatar a este respeito. 5HVSRQVDELOLGDGHV GD DGPLQLVWUDomR H GD JRYHUQDQoD SHODV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV A administração ĂŠ responsĂĄvel pela elaboração e adequada apresentação das demonstraçþes contĂĄbeis de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil e com as QRUPDV LQWHUQDFLRQDLV GH UHODWyULR ÂżQDQFHLUR ,)56 HPLWLGDV SHOR International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessĂĄrios para permitir a elaboração de demonstraçþes contĂĄbeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis, a administração ĂŠ responsĂĄvel pela avaliação da capacidade de a Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicĂĄvel, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contĂĄbil na elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis, a nĂŁo ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar suas operaçþes, ou nĂŁo tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operaçþes. Os responsĂĄveis pela governança da Entidade sĂŁo aqueles com responsabilidade pela supervisĂŁo do processo de elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis. 5HVSRQVDELOLGDGHV GR DXGLWRU SHOD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV Nossos objetivos sĂŁo obter segurança razoĂĄvel de que as demonstraçþes contĂĄbeis, tomadas em conjunto, estĂŁo livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatĂłrio de auditoria contendo nossa opiniĂŁo. Segurança razoĂĄvel ĂŠ um alto nĂvel de segurança, mas nĂŁo uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorçþes relevantes existentes. As distorçþes podem ser decorrentes de fraude ou erro e sĂŁo consideradas UHOHYDQWHV TXDQGR LQGLYLGXDOPHQWH RX HP FRQMXQWR SRVVDP LQĂ€XHQFLDU dentro de uma perspectiva razoĂĄvel, as decisĂľes econĂ´micas dos usuĂĄrios tomadas com base nas referidas demonstraçþes contĂĄbeis. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de DXGLWRULD H[HUFHPRV MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO H PDQWHPRV FHWLFLVPR SURÂżVVLRQDO DR ORQJR GD DXGLWRULD $OpP GLVVR x ,GHQWLÂżFDPRV H DYDOLDPRV os riscos de distorção relevante nas demonstraçþes contĂĄbeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos HYLGrQFLD GH DXGLWRULD DSURSULDGD H VXÂżFLHQWH SDUD IXQGDPHQWDU QRVVD opiniĂŁo. O risco de nĂŁo detecção de distorção relevante resultante de fraude ĂŠ maior do que o proveniente de erro, jĂĄ que a fraude pode envolver o ato de EXUODU RV FRQWUROHV LQWHUQRV FRQOXLR IDOVLÂżFDomR RPLVVmR RX UHSUHVHQWDo}HV falsas intencionais. x Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados Ă s circunstâncias, mas nĂŁo com o objetivo de expressarmos RSLQLmR VREUH D HÂżFiFLD GRV FRQWUROHV LQWHUQRV GD (QWLGDGH x Avaliamos a adequação das polĂticas contĂĄbeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contĂĄbeis e respectivas divulgaçþes feitas pela administração. x ConcluĂmos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contĂĄbil de continuidade operacional e, com base nas evidĂŞncias de auditoria obtidas, se H[LVWH LQFHUWH]D VLJQLÂżFDWLYD HP UHODomR D HYHQWRV RX FRQGLo}HV TXH SRVVDP OHYDQWDU G~YLGD VLJQLÂżFDWLYD HP UHODomR j FDSDFLGDGH GH FRQWLQXLGDGH operacional da Entidade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatĂłrio de auditoria para as respectivas GLYXOJDo}HV QDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV RX LQFOXLU PRGLÂżFDomR HP QRVVD opiniĂŁo, se as divulgaçþes forem inadequadas. Nossas conclusĂľes estĂŁo fundamentadas nas evidĂŞncias de auditoria obtidas atĂŠ a data de nosso relatĂłrio. Todavia, eventos ou condiçþes futuras podem levar a Entidade a nĂŁo mais se manter em continuidade operacional. x Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteĂşdo das demonstraçþes contĂĄbeis, inclusive as divulgaçþes e se as demonstraçþes contĂĄbeis representam as correspondentes transaçþes e os eventos de maneira compatĂvel com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsĂĄveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, ao alcance planejado, da ĂŠpoca GD DXGLWRULD H GDV FRQVWDWDo}HV VLJQLÂżFDWLYDV GH DXGLWRULD LQFOXVLYH DV HYHQWXDLV GHÂżFLrQFLDV VLJQLÂżFDWLYDV QRV FRQWUROHV LQWHUQRV GXUDQWH QRVVRV trabalhos. Fornecemos, tambĂŠm, aos responsĂĄveis pela governança, declaração que cumprimos com as exigĂŞncias ĂŠticas relevantes, incluindo os requisitos aplicĂĄveis de independĂŞncia, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independĂŞncia, incluindo, quando aplicĂĄvel, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objetos de comunicação com os responsĂĄveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais VLJQLÂżFDWLYRV QD DXGLWRULD GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV GR H[HUFtFLR FRUUHQWH e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatĂłrio de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido a divulgação pĂşblica do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto nĂŁo deva ser comunicado em nosso relatĂłrio, porque as consequĂŞncias adversas de tal comunicado podem, dentro de uma perspectiva razoĂĄvel, superar os benefĂcios da comunicação para o interesse pĂşblico. Belo Horizonte, 29 de maio de 2018. 5HLV 5HLV $XGLWRUHV $VVRFLDGRV &5& 0* /XDQD GH )iWLPD %RUJHV &RQWDGRUD &5& 0* 1ž
PACTO NUCLEAR
SignatĂĄrios reaďŹ rmam compromisso com o IrĂŁ SĂŁo Paulo - A alta representante da UniĂŁo Europeia para Relaçþes Exteriores e PolĂtica de Segurança, Federica Mogherini, declarou, na sexta-feira (6), apĂłs uma reuniĂŁo na Ă ustria com ministros dos paĂses que integram o acordo nuclear com o IrĂŁ - inclusive o chanceler do paĂs persa, Javad Zarif -, que todos os signatĂĄrios reafirmaram o compromisso com a “completa e efetiva implementaçãoâ€? das determinaçþes do pacto. Em sua conta no Twitter, Zarif destacou que todos os participantes da reuniĂŁo estĂŁo “comprometidos a assegurar os benefĂcios do IrĂŁâ€? sob o acordo e que os Estados Unidos (EUA) ficaram “isoladosâ€?. “(Estamos) indo na direção certa para (dar) passos concretos na implementação tempestiva dos compromissos (sob o acordo)â€?, escreveu o iraniano. “Reafirmamos direitos do IrĂŁ de responder a violaçþes dos EUA se medidas remediadoras se provarem insuficientesâ€?. Elemento-chave - Ao ler o comunicado elaborado conjuntamente pelos lĂderes para relaçþes exteriores de UniĂŁo Europeia, China, França, Alemanha, RĂşssia, Reino Unido e IrĂŁ, Mogherini destacou o entendimento entre todos de que o JCPOA ĂŠ um “elemento-chave da arquitetura global de nĂŁo proliferaçãoâ€? de armas nucleares. “Os participantes deram as boas vindas ao 11Âş relatĂłrio da AgĂŞncia Internacional de Energia AtĂ´mica (IAEA, na sigla em inglĂŞs), em 24 de maio, que confirmou que o IrĂŁ estĂĄ cumprindo seus compromissosâ€?, afirmou Mogherini. Os Estados representados na reuniĂŁo reconheceram que, em contrapartida pela implementação pelo IrĂŁ de seus compromissos sob o acordo, a suspensĂŁo de sançþes constitui uma “parte essencialâ€? do JCPOA. Os signatĂĄrios do pacto nuclear, seguiu Mogherini, notaram tambĂŠm que agentes econĂ´micos buscando negĂłcios legĂtimos com o IrĂŁ vĂŞm agindo de boa fĂŠ e com base nos compromissos contidos no JCPOA, “endossados no mais alto nĂvel pelo Conselho de Segurança da ONUâ€?, acrescentou. Por fim, a alta representante da UE apontou que os participantes da reuniĂŁo “discutiram seus recentes esforços com vistas a oferecer soluçþes prĂĄticas como forma de manter a normalização do comĂŠrcio e de relaçþes econĂ´micas com o IrĂŁâ€?. (AE)
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POLÍTICA OPERAÇÃO LAVA JATO
Justiça bloqueia US$ 892,7 milhões da SBM Montante corresponde à multa civil e ao valor do dano por desvios em contratos com a Petrobras Rio de Janeiro - A 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) , a indisponibilidade de US$ 892,7 milhões do Grupo SBM correspondente à multa civil e ao valor do dano por desvios em contratos com a Petrobras. A decisão atende parcialmente o pedido do MPF em ação de improbidade administrativa ajuizada em fevereiro. O montante deve ser retido pela Petrobras dos valores mensais devidos às empresas do grupo SBM em decorrência dos contratos de afretamento vigentes para operação dos navios-plataforma Espadarte/Anchieta, Capixaba, Paraty, Ilhabela, Maricá e Saquarema. As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Também foi decretada a indisponibilidade do montante correspondente à receita obtida pela SBM com os contratos em que houve o pagamento de propina a empregados da Petrobras. A Justiça determinou que a SBM demonstre qual a da taxa de retorno estimada de tais contratos, a fim de definir a quantia referente a esta parcela, sob pena de fixar o valor com base no percentual de 8% indicado pelo MPF, o que resulta no valor mínimo estimado de US$ 596,4 milhões. O juízo da 12ª Vara Federal ainda considerou legítimo o pedido do MPF para incluir a SBM Offshore holandesa no polo passivo da ação, em conjunto com a SBM Holding e a SBM Offshore do Brasil. A decisão reforça que as três empresas “formam um mesmo conglomerado econômico no âmbito mundial e nacional (Brasil), respectivamente, com
amplo poder de gestão nos contratos firmados com a Petrobras”. A ação ajuizada pelo MPF calcula que o prejuízo estimado aos cofres da Petrobras é de US$ 303,3 milhões. São réus Jorge Zelada, Paulo Carneiro, Renato Duque, Robert Zubiate, Didier Keller, Anthony (Tony) Mace, SBM Offshore N.V, SBM Holding e SBM Offshore do Brasil. Fundo - As investigações apontam que a SBM constituiu um fundo para pagamento de propina a empregados da Petrobras por meio das empresas ligadas a Julio Faerman. O valor total depositado neste fundo foi de US$ 274,4 milhões. Para viabilizar os pagamentos, a empresa de Faerman firmou diversos contratos de consultoria em vendas com empresas do grupo SBM e recebia comissões que variavam entre 3% e 10%, dependendo do tipo de contrato. Parte dos pagamentos era feita no Brasil, diretamente à Faercom, e a outra parte era depositada nas contas mantidas por Faerman em bancos suíços, em nome de empresas offshore sediadas em paraísos fiscais. Das contas de Faerman na Suíça, partiram os pagamentos aos empregados da Petrobras, que garantiam tratamento diferenciado para a SBM como informações sobre as empresas concorrentes e estimativa de preço esperado pela empresa em licitações. A ação aponta que Jorge Zelada, Pedro Barusco, Paulo Carneiro e Renato Duque, ex-empregados da Petrobras, receberam R$ 43,6 milhões em propinas. Deste total, US$ 300 mil foram repassados à campanha presidencial do PT em 2010 por Renato Duque e US$
ANTONIO CRUZ ABr
631 mil foram pagos a Jorge Zelada em troca de informações sigilosas sobre a exploração do pré-sal. Todas as transações foram intermediadas por Faerman, com o conhecimento e anuência de Zubiate, Keller e Mace, ocupantes de cargos de direção na SBM. Além do ressarcimento integral do dano, os acusados podem ser condenados a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil, proibição de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio Julio Faerman embolsava comissões de 3% a 10% do valor dos contratos de consultoria majoritário. (AE)
CEO da GE passa para prisão preventiva Rio de Janeiro - O juiz Marcelo Bretas da 7ª Vara Federal Criminal converteu a prisão temporária de Daurio Speranzini Júnior, CEO da GE, em preventiva. A decisão foi publicada na sexta-feira (6). A prisão preventiva é a sanção máxima que um suspeito de crime pode ter antes do julgamento e não tem prazo para acabar. Bretas justificou a decisão destacando que o Ministério Público Federal (MPF) encontrou na residência de Daurio um dossiê, datado de 20 de junho de 2018, contra um denunciante seu. A testemunha foi fundamental para o MPF nas investigações da operação Ressonância, sobre fraude nas licitações da área da saúde celebrados pelo Estado do Rio e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). A testemunha relatou que a Philips, onde Daurio era CEO na época dos fatos, teria vendido equipamen-
tos nesse esquema. Outra testemunha declarou que a empresa seria integrante do denominado “clube do pregão internacional” em contratos com a Saúde do Rio “Segundo os documentos obtidos na residência de Daurio, na efetivação da medida de busca e apreensão, a participação, em tese, do investigado na organização criminosa parece contemporânea aos fatos”. Bretas também afirma que a testemunha alvo do dossiê encontrado na casa de Daurio levou ao conhecimento as negociações irregulares que vinham ocorrendo no âmbito dos procedimentos licitatórios do Into. “Nota-se, pois, que há fortes indícios de que Daurio participa ativamente da organização criminosa, consoante às declarações dos colaboradores e dos novos elementos probatórios” escreveu Bretas, na decisão. No dia da operação, a GE respon-
deu que “as alegações são referentes ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa”. “A GE ressalta que não é alvo das investigações. A empresa acredita que os fatos serão esclarecidos pela Justiça e está à disposição para colaborar com as autoridades”. Já a Philips disse que estava cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às alegações apresentadas, “que datam de muitos anos atrás”. “Os atuais líderes executivos da Philips não são parte da ação da Polícia Federal; um colaborador da equipe de vendas da Philips foi conduzido para prestar esclarecimentos. A política da Philips é realizar negócios de acordo com todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis. Quaisquer investigações sobre possíveis violações dessas leis são tratadas muito seriamente pela empresa”, diz a nota. (AE)
IMPROBIDADE
SEGURANÇA NO CAMPO
Relação Crivella-pastores é alvo do MP
Alckmin defende posse de arma em jantar com dirigentes do agronegócio
Rio de Janeiro - O Ministério Público do Rio vai investigar o evento promovido pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura, em que ofereceu facilidades a pastores e líderes de igrejas. No evento, divulgado pelo jornal “O Globo”, Crivella ofereceu auxílio em cirurgias de cataratas e varizes para fiéis e assistência a pastores que tivessem problemas de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em seus templos. Além disso, exaltou o pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira. O MP informou que a coordenação das promotorias de Justiça da Cidadania vai analisar se houve “inobservância da laicidade do Estado”, conferindo tratamento privilegiado aos fiéis de um determinado segmento religioso - o que é proibido pela Constituição e pode, em tese, configurar improbidade administrativa. As falas de Crivella também serão analisadas pela Coordenação de Saúde do MP, para a fiscalização da política de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS). O prefeito promoveu um encontro reservado no Palácio da Cidade, sede
FERNANDO FRAZ’AO ABr
Marcello Crivella ofereceu tratamento privilegiado a pastores e líderes de igrejas no Rio
da Prefeitura, na última quarta-feira (4), com pastores e líderes religiosos. Segundo “O Globo”, os organizadores chegaram a pedir que os participantes não registrassem o encontro. Além disso, solicitaram reivindicações por escrito, relações de suas igrejas e número de fiéis. Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal, discursou por mais de uma hora e exaltou o pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira. A reportagem divulgou áudios do encontro. Em um deles, Crivella diz que, se “os irmãos” tivessem alguém
na igreja com problema de catarata era só procurar um de seus assessores. “É só conversar com a Márcia que ela vai anotar, vai encaminhar e, daqui a uma semana ou duas, eles estão operando”, disse o prefeito no áudio gravado pelo jornal. O prefeito também ofereceu ajuda a pastores com problema no pagamento do IPTU. “Igreja não pode pagar IPTU, nem em caso de salão alugado. Mas, se você não falar com o doutor Milton, esse processo pode demorar e demorar. Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de es-
tar na Prefeitura para esses processos andarem Temos que dar um fim nisso”, disse. Em nota, a Prefeitura do Rio disse que a reunião citada “teve como objetivo prestar contas e divulgar serviços importantes para a sociedade, entre eles o mutirão de cirurgias de catarata e o programa sem varizes”. “Desde o início de sua gestão, o prefeito Marcelo Crivella já recebeu os mais diversos representantes da sociedade civil, para tratar dos mais variados assuntos, tanto em seu gabinete quanto no Palácio da Cidade”, informou a prefeitura, por meio de nota. (AE)
Cuiabá - Em jantar com lideranças do agronegócio de Mato Grosso na última quinta-feira (5), o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) adotou um discurso forte na área da segurança pública e jurídica O tucano afirmou que, caso eleito, liberaria o porte e a posse de arma em áreas agrícolas. O objetivo seria reduzir as ameaças no ambiente produtivo. Outra medida citada por ele foi a criação de uma agência nacional de inteligência com especialistas em segurança para traçar estratégias de combate ao crime organizado Alckmin afirmou ainda que nos três primeiros meses de governo pretende aprovar quatro reformas: tributaria simplificada, previdenciária, política e do Estado. Usando como argumentos dados de sua administração quando foi governador de São Paulo, Alckmin fez um discurso otimista para provar a viabilidade de sua candidatura. Falou da redução da criminalidade, dos gastos
do Estado e afirmou que sua experiência administrativa já foi comprovada. O pré-candidato disse que seu compromisso seria a realização de um ajuste fiscal cuja meta é zerar o déficit primário. “É urgente, precisamos cortar, cortar como base para fazer o País voltar a crescer.” O tucano também defendeu as privatizações, a redução da máquina pública e disse que ao Estado compete “planejar, regular e fiscalizar”. Sobre a reforma política, defendeu um número menor de legendas. “Hoje temos 28 partidos. Será que existem 28 ideologias?”, questionou. “Existem pequenas e médias empresas mantidas pelo dinheiro público.” O jantar com o ex-governador reuniu cerca de 200 lideranças do agronegócio, da indústria e do comércio na sede da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão, além do governador Pedro Taques (PSDB), do senador Nilson Leitão e o produtor Erai Maggi, um dos maiores de algodão e soja do País. (AE)
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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
ADRIANO MACHADO REUTERS
ELEIÇÕES
Teto dos gastos inviabiliza gestão, afirma Marina Silva Ex-senadora propõe avaliar emenda Brasília - Candidata à Presidência pela terceira vez, a ex-senadora Marina Silva (Rede), criticou duramente a emenda constitucional que instituiu o teto dos gastos públicos e afirmou que sua manutenção inviabiliza a administração do governo federal nos próximos anos. Em entrevista à Reuters na sede da Rede na última quinta-feira (5), Marina evitou afirmar que irá rever o teto de gastos, algo tratado quase como um tabu pelo mercado financeiro, mas afirmou que será necessário fazer uma avaliação “criteriosa” da emenda. “Não sou eu que estou dizendo, é a realidade que diz isso. E qual é a realidade? O governo congelou por 20 anos a educação que temos, a saúde que temos, a segurança, a infraestrutura. Isso é razoável? Com a PEC vai se inviabilizar a gestão pública federal nos próximos anos”, disse. Marina entende que o controle dos gastos públicos não precisa ser feito por um limite constitucional, mas pela própria lei orçamentária. Lembra que em sua campanha de 2010 propôs que o Orçamento não poderia aumentar a cada ano mais que a metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Naquela época ninguém tratava disso e ninguém deu bola”, reclamou. Marina, que ficou em terceiro lugar nas duas últimas eleições presidenciais, fica em segundo lugar ou mesmo em empate técnico na liderança com o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece como candidato. O petista lidera quando seu nome está nas sondagens. A presidenciável admitiu que esta será sua tentativa mais di-
fícil, já que seu partido não tem recursos e um tempo mínimo de tevê, mas vê chances reais de se eleger com base em um possível desejo de mudança na sociedade. “Os partidos da estagnação, da polarização e que estão fortemente envolvidos em casos de corrupção vêm agindo politicamente para impedir que a sociedade - que sinaliza muito fortemente que quer fazer mudanças - possa fazer isso”, disse, referindo-se às novas regras eleitorais aprovadas com apoio dos maiores partidos. Com uma bancada de apenas dois deputados federais, a Rede tem apenas oito segundos de tempo para propaganda de rádio e tevê e 0,62% do fundo eleitoral, o que equivale a R$ 10,5 milhões - o MDB, que terá a maior parcela, terá R$ 234 milhões. Sem alianças formais à vista com partidos maiores, Marina não tem meios de aumentar nem recursos nem tempo de televisão. Ela pode até mesmo ficar fora dos debates televisivos, já que pela atual legislação eleitoral as redes de TV não são obrigadas a convidar partidos com representação inferior a cinco parlamentares no Congresso. Além dos dois deputados, a Rede tem apenas um senador. Ainda assim, a ex-senadora disse que a aliança “mais importante” não é com os partidos, é com a sociedade. “No meu entendimento, ganhar uma eleição com oito segundos de televisão, pouquíssimos recursos, um partido que é mais um movimento do que um partido em termos tradicionais. Se a sociedade fizer isso, apesar de tudo feito para que não consiga, com certeza haverá uma mudança, uma transição”, disse. Marina usa a ideia de “aliança
Marina Silva, da Rede, defende o controle das despesas públicas por meio da própria lei orçamentária
com a sociedade” e além dos partidos para justificar como conseguiria governar com um Congresso que, ao contrário do que ela prega, será eleito pelas mesmas regras e com a mesma organização atual. “Acredito muito que haverá uma mobilização favorável para que as pessoas dentro dos partidos do campo democrático que não se corromperam e que não ficaram estagnadas pela lógica pessoal e pelo ‘poder pelo poder’, também possam fazer um alinhamento político, inclusive ter um tempo para reinventar os seus partidos”, argumentou. “Fraude” - A presidenciável disse que a eleição de 2014 - que teve no segundo turno a petista Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves - foi uma “fraude” por ter sido baseada na corrupção, caixa 2 e recursos públicos desviados, como da Petrobras. “Se alguém advogar que é legal ganhar uma eleição com base em dinheiro da corrupção, de caixa 2 desviado da Petrobras, dos fundos de pensão, de Belo Monte, do BB, Caixa, então que faça essa defesa. Eu acho que foi uma fraude”, afirmou. “Eu estava disputando a Presidência da República Federativa do Brasil, mas havia aqueles que estavam disputando quase como um disfarce porque a coisa mais importante era manter nas mesmas mãos a estrutura criminosa que se apoderou do Estado brasileiro”, ressaltou. (Reuters)
Exclusão de Lula é legal, diz pré-candidata Brasília - Ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva frisou que a eleição sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - líder nas pesquisas de intenção de voto, mas preso desde abril cumprindo pena no processo do triplex- não é fraude. “A eleição sem Lula é o cumprimento da lei. E aí vem mais uma deturpação. Se alguém acha que uma eleição roubada não é uma fraude, alguém que acha que alguém que cometeu um erro e que, assegurado o mais legítimo direito de defesa não deva cumprir a pena e que se cumprir a pena que lhe foi imputada passa a ser uma fraude, tem alguma coisa muito errada no imaginário político do Brasil”, destacou. Para Marina, não se pode definir o que é legal ou ilegal por um plebiscito da população. “As pessoas podem achar que destruir a Amazônia é legítimo e fazer um plebiscito e isso vai ser aprovado, mas a lei diz que ela tem de ser preservada. O fato de a maioria dizer isso torna legal a sua destruição?”, comparou.
A ex-ministra, que se intitula sustentabilista progressista, criticou a avaliação “patrimonialista” de que poderia herdar parte dos votos que iriam para Lula. “As pessoas tratam já como voto do Lula antes de já ter sido dado na urna, ou como voto da Marina, do Ciro, de quem quer que seja. Vou dialogar com todos os cidadãos brasileiros, inclusive com os cidadãos brasileiros que hoje indicam que podem votar com o ex-presidente Lula e dialogando com eles com respeito, entendendo que é uma escolha livre para dar o seu voto em quem eles quiserem”, frisou. Reformas - Com uma agenda econômica mais liberal, construída desde 2014, Marina afirma que usará a legitimidade obtida nas urnas para fazer as reformas “necessárias”, mas não nos moldes do que foi feito ou proposto pelo atual governo. A pré-candidata disse também considerar difícil que algum candidato a presidente tenha uma proposta para a reforma da Previdência com
“começo, meio e fim”. Ela afirmou que vai fazer um debate do tema com todos os atores, uma vez que a proposta apresentada pelo governo Temer só ouviu os empresários e “queimou” a discussão. Ainda assim, a pré-candidata disse que será preciso discutir a “proeminência” do regime previdenciário público em relação ao privado e que a reforma tenha de levar em conta o “problema da longevidade da população” e aqueles que estão à beira de se aposentar. A ex-senadora reforçou que, se eleita, não vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e que as demais estatais e empresas públicas têm de ser avaliadas dentro de um plano. Para a ex-ministra, não se pode privatizar ativos da sociedade brasileira para tapar o rombo daqueles que agiram perdulariamente. Disse que a privatização da Eletrobras, se ocorrer, teria de se dar dentro de um contexto da adoção de nova matriz energética brasileira, social e ambientalmente responsável. (Reuters)
Rumo do MDB permanece indefinido com Meirelles Brasília - O MDB anunciou com pompa, no fim de maio, a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência, mas a menos de um mês da data limite para as convenções partidárias o partido não sabe ainda que rumo tomar e nem mesmo se a propagada ideia de finalmente ter um candidato próprio pela primeira vez em 24 anos irá se confirmar. Fontes ouvidas pela Reuters confirmam que a ideia de ter um candidato que defendesse o partido entusiasmou inicialmente os emedebistas - especialmente um que pagaria por sua própria campanha -, mas a estagnação de Meirelles em 1% das intenções de voto esfriou os ânimos. “Hoje se fosse para votação na convenção não aprovava (a candidatura)”, disse à Reuters uma fonte próxima à cúpula do partido. Isso explica por que quando esta semana, na última reunião da Executiva, o ex-deputado João Henrique Sousa, coordenador político de Meirelles, propôs 31 de julho como data para a convenção que confirmaria ou não a candidatura, o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), desconversou. Até agora, o partido não anunciou quando pretende fazer sua convenção. “Não tem consenso hoje sobre o que fazer. A cúpula está tentando construir um acordo, mas o partido está perdidinho”, disse uma fonte próxima ao ministro. Meirelles tem gastado seus dias em encontros com as regionais dos partidos. Já passou por boa parte do Nordeste e Centro-Oeste e alguns estados do Norte do País para se apresentar às lideranças regionais e convencê-las de que tem chances de crescer. “Em alguns casos, a ideia do candidato a deputado, a governador, de que ele vai poder dizer para o eleitor votar 15 (número do MDB) de cima a baixo, pega bem, eles gostam”, conta a fonte próxima ao ministro, mas sem mostrar muito entusiasmo com o resultado. Na mesma reunião, Jucá fez um apelo para que os presentes apoiassem a candidatura de Meirelles. O senador tenta costurar um acordo para levar a candidatura à convenção sem risco de um resultado negativo. Espaço - Um dos entusiastas de primeira hora da candidatura de Meirelles, Jucá tem dito em conversas com aliados que o cenário eleitoral segue muito indefinido e que o pré-candidato do partido vai fazer o enfrentamento na linha de ser o “radical de centro”. Considera, ainda, que Meirelles tem muito espaço na mídia e vai crescer assim que for oficializado candidato. O grau de confiança nessa ca-
pacidade de crescimento, no entanto, tem diminuído no partido. Inicialmente, os entusiastas de Meirelles defendiam que ele seria candidato se alcançasse cerca de 10 pontos percentuais. Depois, já se falava em 5%. Agora, a avaliação é que basta ele fazer um “movimento de crescimento”, subindo dos estacionados 1 ponto para 2% a 3%. As expectativas, no entanto, não são muito otimistas. “Não vai acontecer. Não tem nenhum sinal disso”, admite uma das fontes. O presidente do Solidariedade, um dos partidos do chamado blocão de partidos do centro, deputado Paulinho da Força), vai na mesma linha e avalia que a candidatura do ex-ministro da Fazenda não tem chances de prosperar. “Nenhuma, ele está ligado ao governo e o governo vai ser o grande derrotado desta eleição”, disse Paulinho. “Colou no governo, morreu”, resumiu. O Solidariedade é um dos partidos do blocão que se afastaram politicamente do governo e tende a apoiar nas eleições de outubro a candidatura de centro-esquerda do ex-ministro Ciro Gomes, do PDT. Na campanha de Henrique Meirelles, a avaliação, segundo uma fonte, é que o ministro luta não apenas com seus próprios problemas, como o desconhecimento do eleitor e a própria falta de carisma, mas contra o governo do presidente Michel Temer. Pela primeira vez na história recente, ser o candidato do governo é um enorme problema, e não uma ajuda. Com rejeição de mais de 80%, o governo Temer é uma das fragilidades da candidatura de Meirelles. No entanto, quando o ministro tentou se distanciar ao dizer que não era “candidato do mercado, candidato do governo ou candidato de Brasília”, ouviu reclamações. Ainda assim, o ministro tenta se manter distante do presidente em si e concentra sua defesa do governo na parte econômica e seu trabalho no Ministério da Fazenda. Mais que isso, tenta lembrar aos eleitores que era o presidente do Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva - que, mesmo preso ainda é o primeiro colocado nas pesquisas eleitorais - e avoca para si, sem pudores, todo o sucesso econômico do governo do petista. Dentro do Planalto, com defesa ou não de Temer, a posição majoritária, inclusive do presidente, é de manter a candidatura do ex-ministro. “O MDB perdeu uma feição nacional por não ter candidaturas nacionais. Precisamos de alguém para defender o projeto, mostrar as ideias do partido, dar uma cara nacional ao MDB”, disse uma fonte. (Reuters)
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
ESPECIAL INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Fiat: uma história que se confunde com a de Minas Polo automotivo do Grupo FCA, instalado em Betim, na RMBH, completa 42 anos em operação MARA BIANCHETTI
A história da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) se confunde com a de Minas Gerais. A planta da multinacional italiana, localizada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), possui características genuinamente mineiras, já nasceu com a produção de um carro exclusivo para o Brasil e se destaca por promover investimentos vultosos desde sua implantação. Em julho a unidade comemora 42 anos anunciando novos marcos, lançamentos e mais investimentos para o Estado. Há 45 anos, a Fiat já dava os primeiros passos para se instalar em solo mineiro. A recordação é do presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, que representa a história viva da chegada da montadora a Minas Gerais. Com carreira de mais de 40 anos na empresa, vivenciou alguns dos principais acontecimentos da companhia no Estado e relata com saudosismo tudo o que viu acontecer. Ele lembra, por exemplo, que o ex-governador de Minas Rondon Pacheco foi quem negociou a vinda da Fiat para Minas Gerais. Antes disso, porém, segundo ele, o antecessor, Israel Pinheiro, havia apresentado um diagnóstico sobre a economia do Estado, destacando os atrasos econômicos em relação às demais unidades federativas do Sudeste e as perspectivas nada positivas caso algo não fosse feito em prol de uma evolução, classificando a economia mineira como dispersa. “Naquela época, o grande centro industrial de Minas era em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O restante do Estado tinha um foco grande em mineração e agricultura. O estudo trazia um alerta sobre isso e apontava que para mudar essa situação seria preciso atrair um grande investimento de natureza multiplicadora”, disse. Dentro deste contexto, conforme Pereira, a Fiat ainda era uma das poucas indústrias estrangeiras que não tinha trazido unidades para o Brasil aproveitando a abertura da economia para o capital internacional ocorrida durante o governo de Juscelino Kubitschek na década de 1950. A montadora, que havia optado por se instalar na vizinha Argentina, somente se interessou
PEDRO BRITO - FCA
Complexo industrial do Grupo FCA em Betim passou de uma capacidade instalada de 200 mil veículos/ano para 800 mil veículos ao longo de quatro décadas
em vir para o País anos depois, e mesmo assim, desde que tivesse um sócio institucional. “O governo de Minas procurou alguma empresa ou estatal que pudesse ser sócia na empreitada. A própria Vale – na época, Companhia Vale do Rio Doce – foi muito sondada e não quis. Foi então que o governador Rondon, para não perder a oportunidade, colocou o próprio governo como sócio, com 49% das ações do empreendimento que nasceria em 9 de julho de 1976, em Betim”, descreveu. Pelo terreno de 2,25 milhões de metros quadrados foi pago um preço simbólico à prefeitura de Betim. O governo estadual arcou com toda a infraestrutura: estradas externas, via de acesso à rodovia São Paulo-Belo Horizonte, energia elétrica, água e telefonia. Hoje são ao todo mais de 613 mil metros de área construída. Inicialmente, a planta mineira foi projetada para produzir 200 mil unidades por ano, sendo 80 mil veículos e 120 mil motores destinados a exportação. A filial mineira da montadora nasceu com uma linha única: o lendário Fiat 147 – um modelo desenhado espe-
DIVULGAÇÃO
cialmente para o Brasil, tendo como base o Fiat 127 italiano, sucesso desde 1971 e carro mais vendido da Europa em 1975, adequado às necessidades nacionais. Enquanto a Fiat implantava sua primeira linha no Brasil, dezenas de outros modelos já eram produzidos na Europa. Mas, de acordo com o presidente da Casa Fiat de Cultura, como a unidade já nascera com uma linha de montagem flexível, ainda na década de 1970, outros carros começaram a ser produzidos por aqui. Investimentos - Assim, ao longo dos últimos 42 anos, a capacidade anual subiu para 800 mil unidades de automóveis e comerciais leves, o que a qualifica como a maior fábrica da Fiat no mundo. Em 2011 teve início um plano de investimentos de R$ 7 bilhões, visando à modernização do parque fabril mineiro. O aporte fazia parte de um montante de R$ 10 bilhões, que visava também à construção de uma unidade em Pernambuco. Agora, a companhia acaba de anunciar mais outros bilhões que irão trazer novas linhas e modelos para a fábrica mineira.
Recepção à comitiva presidencial na inauguração da montadora em 1976
RAIO X Data de inauguração: 9 de julho de 1976 Área: 2.250.000 de metros quadrados Capacidade produtiva em 1976: 200 mil unidades Capacidade produtiva atual: 800 mil unidades Total de veículos produzidos em 42 anos: 15,5 milhões Funcionários: 15 mil diretos e indiretos Modelos produzidos: Uno, Fiorino, Doblò, Grand Siena, Weekend, Strada, Mobi e Argo
Grupo italiano adquire a Fábrica reforçou a industrialização do Estado Chrysler em 2014 e forma a FCA Em 2014, a Fiat Automóveis Ltda, que era líder no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves pelo décimo segundo ano, anunciou a incorporação integral das atividades da Chrysler Group do Brasil Comércio de Veículos Ltda ao negócio. A operação integrou o processo de reestruturação global dos dois grupos, resultando na criação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Assim, a Fiat passou a ser uma marca global da FCA, o sétimo maior fabricante mundial de automóveis. O grupo projeta, fabrica e vende veículos e peças e serviços relacionados, componentes e sistemas de produção em todo o mundo através de 159 fábricas, 87 centros de P&D e revendedores e distribuidores em mais de 140 países. Ao todo são 236 mil funcionários em todo o mundo. No Brasil, a FCA é líder em vendas no mercado de automóveis e veículos comerciais leves. Em 2017, registrou recorde de exportação, avançando no mercado
latino-americano, embarcando para o exterior mais de 145 mil veículos ao longo do ano passado. Trata-se do melhor desempenho em exportações de veículos desde sua instalação, em 1976. A montadora também encerrou o ano liderando alguns segmentos do mercado brasileiro, como de SUVs, picapes, comerciais leves e subcompactos. Além da Fiat, seu conjunto de marcas inclui Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Jeep, Lancia, Ram, Maserati e Mopar, a marca de peças e serviços. Os negócios do grupo incluem também a Comau (sistemas de produção), Magneti Marelli (componentes) e Teksid (ferro e fundidos). Já os serviços de financiamento de varejo e revenda, aluguel e locação relacionados e em apoio ao negócio de carros do grupo são fornecidos por meio de subsidiárias ou parceiros financeiros (tais como empresas cativas, afiliadas, joint ventures com os principais bancos e / ou instituições financeiras e provedores especializados). (MB)
À medida que a unidade brasileira da Fiat, localizada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi crescendo, novas necessidades começaram a surgir. Desde então, a montadora tem contribuído para transformar a economia e o perfil de Betim e de Minas Gerais ao atrair para seu entorno inúmeros fornecedores, fortalecendo o tecido industrial do Estado. Por ter sido a primeira fabricante de automóveis a instalar-se fora do cinturão industrial paulista, nos primeiros anos de operação, a empresa gastava muito em relação à eficiência logística. Para se ter uma ideia, no passado, cerca de 80% dos fornecedores estavam localizados em São Paulo. Estimava-se um gasto médio de US$ 200 por carro somente na logística dos componentes. Além da questão do preço, a grande dispersão de fornecedores fazia com que qualquer problema na entrega de uma peça ou componente afetasse o fluxo de produção dos automóveis na
unidade de Betim. A própria montadora identificou na falta de produtores de matéria-prima um entrave para seu desempenho. O desafio era racionalizar a rede de fornecedores e melhorar a logística local. Foi então, que no início dos anos 1990, lançou o programa “mineirização dos fornecedores” e trouxe para o Estado um grande número de fabricantes de autopeças. Com a instalação das empresas no entorno da fábrica, a Fiat ganhou agilidade e competitividade, o que possibilitou que ela se tornasse uma das mais eficientes empresas no sistema de suprimentos just in time (JIT) e just in sequence (JIS), com ganhos significativos com a redução dos estoques, liberação de áreas para a operação industrial e menores custos com transporte, além de outros benefícios logísticos. De acordo com o presidente da Fiat na América Latina, Antonio Filosa, atualmente, o nível de nacionalização dos itens comprados pela Fiat beira os 90%. E,
deste total, mais de 75% provêm de fornecedores instalados num raio de até 150 quilômetros da fábrica de Minas Gerais. “Atingir os 100% é praticamente impossível, até porque os próprios fornecedores precisam organizar a relação com seus subfornecedores, pois muita coisa ainda é importada. Mas Minas é hoje o segundo polo automotivo da América Latina e seu único entrave diz respeito à competitividade”, alertou. Para reverter a situação, conforme o CEO, a empresa trabalha não somente na atração de novos produtores de autopeças, mas no desenvolvimento dos que já estão instalados no cinturão. “O alinhamento sobre cada produto precisa ser técnico e tecnológico, objetivando sempre os padrões de desenvolvimento trabalhados pelo grupo. Assim, estamos em constante contato com os empresários e representantes comerciais, revisando contratos e negociando novos produtos”, concluiu. (MB)
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ESPECIAL COMBUSTÍVEIS
Pioneirismo no uso de biocombustíveis Há cerca de 40 anos a Fiat se destaca no desenvolvimento do uso de fontes sustentáveis de energia ANA AMÉLIA HAMDAN
O primeiro carro movido a álcool – um Fiat 147 – começou a circular no Brasil em 1979. Desde então, já se passaram quase 40 anos, mas esse combustível continua inovador e atualmente coloca o País à frente de outras nações do mundo quanto a exigências de acordos firmados para redução de lançamento do dióxido de carbono ou gás carbônico – o CO2 – na atmosfera. De acordo com o diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, engenheiro João Irineu Medeiros, graças ao etanol, o País já atua com taxas de redução de CO2 pela indústria automobilística próximas às que a Europa espera atingir em 2020. Ele pondera ainda que o combustível renovável e sustentável tira a urgência da corrida pela implantação do carro elétrico no Brasil. E anuncia: o híbrido de carro elétrico e movido a etanol está em fase de pesquisa e pode ser realidade em 10 anos. “Esse carro faz parte de evolução e de desafios que temos pela frente. É uma das alternativas no médio e longo prazos para reduzir a emissão de CO2 no Brasil”, diz. Segundo Medeiros, os investimentos para melhorar a performance de motores movidos a etanol criaram a base sólida que deixa o País numa situação avançada para atender as exigências mundiais de redução das emissões do CO2, gás que contribui para o aquecimento global. Ele explica que, atualmente, 90% da frota que sai de fábrica traz a tecnologia flex fuel, ou seja, o carro pode ser movido
FCA
a álcool, gasolina ou pela mistura dos dois combustíveis. Desses veículos, de 20% a 30% fazendo uso do etanol. Esse percentual está próximo das exigências a serem cumpridas por outras nações. A legislação de países como Europa e EUA caminha para determinar que os carros elétricos representem de 20% a 30% do total de vendas de uma montadora justamente para garantir a redução da emissão de CO2. Esforços - Por enquanto, segundo Medeiros, o Brasil centra esforços no setor de pesquisas para melhorar a qualidade do etanol e o desempenho dos motores que usam o combustível renovável. “As empresas e governo se mobilizam para trazer o que tem de melhor do ponto de vista de motor de combustão interna, que ainda pode ser explorado, antes que a gente entre na eletrificação de maneira mais pesada”, disse. Os avanços dependem tanto das pesquisas desenvolvidas pela indústria automobilística quanto da agricultura, com os produtores do etanol buscando a melhoria da qualidade e da produtividade. Na FCA para a América Latina, há grupos de pesquisa que trabalham na melhoria da eficiência energética do automóvel, com estudos específicos para o desenvolvimento do motor e do etanol. Entre os laboratórios da montadora está o de Emissões e Consumo da Engenharia Powertrain. Como medida de curto prazo que pode incentivar o uso do etanol, Medeiros cita ações governamentais, como a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Para o prazo de cinco anos, ele
Primeiro carro movido a álcool foi uma versão do Fiat 147 que começou a circular em território nacional em 1979 LEO LARA/FCA
aposta na melhoria do motor a combustão, de forma de tornar o uso do etanol mais eficiente. E, para os próximos dez anos, ele fala no cenário ideal: o híbrido do carro elétrico, com emissão zero, e o etanol, que é renovável. “O etanol combinado com a eletrificação fará com que o biocombustível tenha vida longa”, diz. Atualmente já há o modelo híbrido elétrico que atua também com gasolina. Ele ressalta que não se trata de “fugir” da eletrificação, que faz parte de um menu de soluções e deverá ser usada para aplicações específicas. “Mas nós temos o etanol que não podemos abrir mão”, finaliza. Entre os diferenciais do País ele cita as áreas de plantio da cana-de-açúcar, tecnologia de cultivo e produção, além de distribuição consolidada. Laboratório de Emissões e Consumo da Engenharia Powertrain trabalha na melhoria da eficiência
Caminho foi longo para chegar ao nível atual de desenvolvimento ADEILDO SILVA/FCA
Hoje, se você tem um carro flex, basta parar num posto de combustível e, observando a relação custo-benefício, decidir se vai abastecê-lo com álcool ou gasolina. Mas, para chegar até aí, foi um longo caminho para o desenvolvimento do carro a álcool. “Foi uma iniciativa pioneira que demandou muito trabalho de engenharia, estudos e experiências. Tudo feito no Brasil”, relembra o gerente de engenharia experimental da FCA para a América Latina, Robson Cotta, que está na empresa desde 1982 e participou de pesquisas para consolidação do veículo movido a etanol. Ele relembra que o primeiro carro a álcool a ser lançado no País, em 1979, foi um Fiat 147. “Foi um protagonismo reconhecido pelo mercado”, resume. Uma das dificuldades era a partida a frio e, para contorná-la, foi criado um
Medeiros destaca o incremento no consumo do etanol nos últimos anos
tanque auxiliar com gasolina. “Era uma bombinha manual acionada por meio de uma tecla no painel do carro”, descreve Cotta. Atualmente, o sistema de par-
tida a frio foi eliminado e a tecnologia evoluiu para um sistema de aquecimento do combustível que dispensa a gasolina. As pesquisas se manti-
veram, com experimentos para verificar a resistência do motor e das peças com o carro movido a álcool. “Havia muitas dúvidas”, diz Cotta. Ele relembra que a FCA – à época Fiat – em conjunto com uma revista especializada fez um teste na pista de Interlagos, em São Paulo, com o carro rodando dia e noite. “O carro aguentou”, diz. Para ajudar na consolidação, o governo federal adotou o Fiat 147 a álcool na frota das estatais, além de promover eventos oficiais para divulgação do veículo. Enfim, o grande incentivo para a produção do etanol no Brasil veio com o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), lançado em 1975. Desde então, a oferta do etanol sofreu altos e baixos devido a questões mercadológicas, como a concorrência com o açúcar. Para contornar o problema, novas
Rota 2030 pode dar grande força ao etanol Programa que vai estabelecer a nova política para o setor automotivo do País, o Rota 2030 pode dar grande força ao etanol. Esse é o posicionamento do presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa. “A premissa do Rota 2030 é desenvolver inovação e investimento no Brasil e, se ele for aprovado, do jeito que achamos que deve ser, o etanol terá um
grande papel”, disse. O Rota 2030 substitui o Inovar Auto e ainda está sendo discutido pelo governo e iniciativa privada. Uma das linhas do programa é dar vantagens a produtos com maior eficiência energética e pensados sob a ótica da sustentabilidade. Filosa enumera várias vantagens do etanol, que considera ser o “eldorado” do Brasil. “O etanol carrega
junto investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em laboratórios, na cadeia de produção, nas montadoras e fornecedores. O etanol que temos no Brasil é o mais eficiente do mundo e ele, na equação de eficiência energética, permite estar em compliance (de acordo) com as regulamentações locais e até europeias do presente e do futuro”, ressaltou. O presidente da FCA
para a América Latina também reforça que, devido à necessidade de controlar os níveis de poluição, a indústria terá que fazer a migração do combustível fóssil, basicamente o petróleo, para a matriz energética “multifontes”, entre elas o etanol. “Isso, regido por um marco, cujo primeiro passo pode ser o Rota 2030”, diz. (AAH, com Leonardo Francia)
tecnologias foram oferecidas, segundo explica o diretor de Assuntos Regulatórios e Compliance da FCA, João Irineu Medeiros Em 2003, com objetivo de equacionar essa questão da competição de preços, a indústria automobilística colocou em produção um sistema flex fuel que possibilitou que os carros funcionassem com gasolina ou com etanol ou com qualquer mistura dos dois combustíveis. Essa
inovação elevou a produção do etanol. À época, o consumo do etanol no País representava apenas 10% do total, sendo que após a inovação subiu para 20%. Hoje, varia entre 20% e 30%. De acordo com Medeiros, atualmente, 90% da frota brasileira vendida ao ano tem a tecnologia flex fuel. Na Fiat, o percentual é ainda mais elevado, ficando de fora apenas alguns modelos movido a diesel. (AAH)
ENTENDA Por que o etanol é sustentável? De maneira didática, o engenheiro João Irineu Medeiros explica que o etanol é sustentável. Ele informa que, no País, o etanol utilizado pela indústria automotiva é feito a partir da cana-de-açúcar que, como toda planta, realiza fotossíntese capturando CO2 da atmosfera e liberando o oxigênio. Para a produção do etanol, é necessário plantar cana-de-açúcar. E essa plantação captura o CO2 que o etanol joga na atmosfera ao ser utilizado no automóvel. Com isso, ocorre o ciclo fechado, tornando o combustível sustentável.
PROÁLCOOL O grande incentivo para a produção do etanol no Brasil veio com o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Lançada em 1975, a iniciativa teve como objetivo reduzir as importações de petróleo, evitando problemas com as variações de preço do produto. Para tal, foram oferecidos incentivos fiscais, entre outros, para produtores de cana-de-açúcar e para a indústria automobilística que desenvolvesse carros a álcool. Entre altos e baixos, o programa acabou ganhando relevância e se mantendo atual devido ao desafio do mundo todo em encontrar soluções sustentáveis de fontes energéticas.
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ESPECIAL INOVAÇÃO
CHARLES SILVA DUARTE
Polo da Fiat revoluciona a forma de produzir FCA investe em tecnologia THAÍNE BELISSA
Eles levam peças de uma área para outra, trabalham lado a lado com o homem e até fazem papel de “paparazzo”, fotografando motores. Os robôs estão por todos os cantos no Polo Automotivo Fiat, uma das mais importantes fábricas da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), localizada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mas, muito mais do que utilizar esses “colaboradores digitais”, a fábrica está revolucionando a forma de produzir automóveis e já é referência na América Latina na adoção do conceito de indústria 4.0, por meio da utilização de tecnologias como internet das coisas, realidade virtual, big data e impressão 3D. O presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa, explica que, apesar de manter boa parte de sua estrutura e de seu desenho arquitetônico, criado há 42 anos, a fábrica de Betim não é mais a mesma. E não é por causa da robotização apenas, mas da cultura 4.0, que muda a forma como os processos são executados. “Nossa linha é automatizada, ou seja, usa robôs. Mas o que importa é: como colocar os robôs e as pessoas para trabalharem juntos? A tecnologia 4.0 ajuda nisso porque digitaliza toda a parte de fluxo de informações, que alinha a produção humana à computadorizada, gerando informação segundo a segundo”, frisa. O coordenador de Inovação da Engenharia de Manufatura da FCA para a América Latina, Rutson Aquino, explica que a fábrica inteligente surge para se adaptar às mudanças provocadas pela quarta revolução industrial. Para isso, a gestão do polo em Betim criou, há um ano, o Manufacturing 2020, laboratório que trabalha com provas de conceito, dedicadas
aos experimentos de novas tecnologias. “O Manufacturing 2020 foi criado para transformar a fábrica atual na fábrica do futuro”, afirma. O espaço pode ser utilizado por representantes de diferentes áreas da produção, na tentativa de criar soluções para problemas reais identificados no dia a dia da fábrica. Para isso, a FCA conta com parcerias com universidades do Estado e com startups, que contribuem com o processo de inovação, já que trazem um modelo de atuação muito disruptivo. O laboratório também tem o propósito de apontar tendências da indústria 4.0, além de promover treinamentos. De acordo com Aquino, 53 provas de conceito já foram desenvolvidas nesse laboratório e muitas delas aplicadas à produção. Exemplos - Um exemplo de inovação desenvolvida dentro do Manufacturing 2020 é o exoesqueleto, estrutura que ajuda na ergonomia do funcionário na planta. Ao todo são 14 conjuntos que atuam na coluna lombar, ombros e membros inferiores dos colaboradores, reduzindo seu esforço muscular. O Polo Fiat foi a primeira fábrica na América Latina a implantar essa tecnologia. Entre os equipamentos disponíveis no laboratório está a impressora 3D, que é capaz de imprimir peças a partir de 14 materiais diferentes, como nylon, fibra de carbono e plástico ABS. De acordo com Aquino, o equipamento é utilizado tanto para prototipagem de materiais que serão produzidos em larga escala, como para impressão de itens de uso final, que são pequenas e poucas peças usadas como suporte no processo de produção. “A utilização da impressora para produção em série já é considerada, mas
Robôs estão em todos os cantos do Polo Automotivo Fiat, levando peças de uma área para outra e trabalhando lado a lado com o homem CHARLES SILVA DUARTE
Aquino: fábrica inteligente surge para se adaptar às mudanças da quarta revolução industrial
é um projeto para o futuro”, completa. O laboratório também abriga a Sala de Realidade Virtual, que foi criada em 2015 com um investimento de cerca de R$ 1 milhão. Ela é baseada no conceito do Digital Twin (gêmeo digital), que permite a visualização de processos físicos por meio de representação virtual. Segundo o especialista em simulação virtual da FCA, Eric Baier, por meio da tecnologia é possível validar equipamentos, mapear movimentos, postura e campo visual dos operadores e testar as dimensões das peças que serão montadas dentro do veículo. “Essa tecnologia permite que o processo de montagem final do veículo seja visualizado antes de ir para a fábrica, o que gera mais eficiência e qualidade, assim como melhores condições de trabalho para os funcionários. Só para
CHARLES SILVA DUARTE
Exoesqueleto foi desenvolvido dentro do Manufacturing 2020
se ter ideia: o modelo Argo ção, foi possível economizar passou por 147 testes nessa R$ 1,35 milhão no processo sala e, por causa da simula- produtivo”, diz.
Indústria 4.0 está no DNA da planta de motores A indústria 4.0 também está no DNA da planta de motores FireFly, inaugurada em setembro de 2016 no Polo Automotivo da Fiat. Com 22 mil metros quadrados de área construída e investimento de R$ 1 bilhão, a planta é a unidade de produção de motores mais moderna do grupo FCA. Ela é responsável por produzir a nova família global de motores Firefly 1.0 e 1.3 litro, de 3 e 4 cilindros, e seu modelo está sendo levado como benchmark para as outras plantas de motores do grupo. De acordo com o gerente da planta, Cláudio Froes, o grande diferencial dessa planta é a conexão e a inteligência de toda a linha de montagem. “É uma fábrica preparada para a indústria 4.0: as máquinas se comunicam. A montagem está conectada à logística, de forma que, na medida em que o motor vai sendo montado, a logística vai recebendo um sinal sobre qual peça está sendo demandada para aquela montagem”, explica. O gerente também chama a atenção para a eficiência dessa planta, que chega a ser quatro vezes maior
ALISSON J. SILVA
Na unidade é produzida a nova família de motores Firefly 1.0 e 1.3 litros
que uma fábrica tradicional. Isso é possível graças aos “Robots Gantries”, robôs aéreos que transitam sobre trilhos a mais de dois metros de altura para a transferência automática dos componentes. “Antigamente esse transporte era feito no chão por esteiras que cortavam a planta. Com o transporte aéreo economizamos
muito espaço”, diz. De acordo com ele, a fábrica tem capacidade para fabricar 400 mil propulsores por ano, mas como tem apenas um ano de operação ainda fabrica 160 mil motores por ano. Outra inovação incorporada por essa planta é a implantação de dois robôs colaborativos, que funcionam lado a lado dos fun-
cionários, como um terceiro braço humano. A FCA foi a primeira indústria a implantar essa tecnologia na produção. Um desses robôs funciona como um “garçom”, que coloca uma bandeja de peças bem à frente do operário, que vai selecionar a peça que cabe à sua função e encaixá-la na peça que está passando na esteira. “O robô vai colaborando, entregando a peça praticamente na mão dos operadores ao longo da linha”, completa. O gerente destaca que o processo segue conectado até o fim, quando é feita a checagem final do motor. Segundo ele, no passado, esse processo era feito manualmente pelos funcionários, mas na planta de motores FireFly, ele é realizado por um robô apelidado de “paparazzo”. Ele tem esse nome porque é equipado com câmeras de alta resolução que registram 18 fotos de cada motor acabado. “Essas fotos são examinadas imediatamente e, se algum problema for detectado, o robô envia um alerta para o operador responsável por aquela peça específica”, explica. (TB)
Companhia mantém centro de simulação Mergulhada na cultura da indústria 4.0, a FCA no Brasil não restringiu a inovação apenas às suas plantas. No último ano, a empresa inaugurou, em Belo Horizonte, o SIMCenter, um centro de simulação de dinâmica veicular. Instalado dentro do campus Coração Eucarístico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), o centro é o primeiro do hemisfério sul e recebeu investimento superior a R$ 18 milhões, financiados pelo programa do governo federal Inovar-Auto e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o professor e coordenador-geral do SIMCenter pela PUC Minas, Jánes Landre Júnior, a plataforma realiza todos os movimentos de um veículo real antes que ele tenha sido produzido. O simulador permite a análise de aspectos como freio, direção e suspensão em situações como manobras, curvas ou emergência. Até então, essa análise só podia ser feita em ambiente off-line, por meio de um computador e sem a presença do piloto. Com o simulador é possível inserir um ser humano como piloto. “O ciclo de desenvolvimento de um veículo dura cerca de dois anos e esse simulador encurta em cerca de quatro meses esse processo. Isso acontece porque, hoje, há um grande intervalo de tempo entre o momento em que se terminam os cálculos do projeto e o período em que se constrói um protótipo. Com o simulador temos uma etapa intermediária nesse intervalo, de maneira que é possível fazer testes durante o projeto e antes do protótipo”, explica. O professor também destaca que a parceria beneficia a universidade, que se torna referência no hemisfério sul e até mesmo no mundo, tendo em vista que é a primeira vez que um centro como esse é instalado dentro de uma universidade. Ele lembra que o equipamento é utilizado por pesquisadores tanto de cursos de engenharia quanto de outras áreas, como neurociência e jogos digitais. Ele destaca que o equipamento pode ser útil também para estudos relacionados ao comportamento dos condutores em diferentes situações e sob diversos estímulos. (TB)
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ESPECIAL LEO LARA/FCA
P&D
Modelos passam por testes e estudos para garantir a qualidade Fase de desenvolvimento merece atenção especial da FCA ANA CAROLINA DIAS
Conceito determinante antes mesmo da criação de um novo modelo, a garantia de qualidade é prioridade para a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no Brasil. Nas fases de desenvolvimento, são realizados testes nos laboratórios de última geração do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Giovanni Agnelli, que simulam situações extremas, garantindo qualidade e segurança. Na etapa de produção, a garantia da qualidade também está presente em todos os processos de fabricação dos veículos, que saem da linha de montagem e passam pela pista de testes, na qual são realizados controles funcionais dinâmicos e estáticos dos carros. Durante o último ciclo de investimentos da FCA, de 2012 a 2017, todos os conceitos de qualidade do grupo foram revisitados. Nesse período, o Polo Jeep foi idealizado, construído e lançado em Pernambuco, houve remodelagem do Polo Automotivo Fiat em Betim e a planta de Córdoba, na Argentina, foi praticamente refeita, segundo o diretor-adjunto de Qualidade do Polo Automotivo Fiat, Geraldo Barra. Apesar de terem recebido profissionais-chave do mundo inteiro, Barra ressalta
que o grande suporte de massa e conhecimento disponibilizado para esse ciclo de investimentos saiu do polo de Betim, com 42 anos de experiência no mercado automotivo brasileiro. “A riqueza de conhecimento dos profissionais pode ser considerada a sustentação para o polo Jeep e para o lançamento do Fiat Cronos na Argentina. É um ativo muito importante que suportou de forma muito especial esse ciclo de investimentos dos últimos cinco anos”, afirmou Barra. A modernização do polo de Betim durante os últimos cinco anos consolidou a virada da manufatura tradicional para a manufatura 4.0, totalmente conectada, com uma base digital forte. Atualmente são realizadas análises de tendências de qualidade no processo por meio de inteligência artificial, cruzando dados para tomar decisões no curto prazo e garantir os melhores níveis de qualidade possíveis. Além disso, foram consolidados também, principalmente com os últimos lançamentos do Mobi em 2016 e do Argo em 2017, conceitos de qualidade que a região ainda não havia experimentado. Durante o processo de desenvolvimento, o conceito de qualidade construtiva foi fortemente trabalhado e praticamente
revalidou todos os componentes utilizados na fábrica individualmente para que os conjuntos montados fossem automaticamente perfeitos para ser utilizados na linha de produção. Centro nervoso - Implantado nos últimos cinco anos e já ativo nos três polos, o Component Center é o centro nervoso de todo esse processo de validação que aprova todos os componentes do veículo. Seja durante o processo de desenvolvimento ou após o lançamento dos novos modelos, os componentes são constantemente reavaliados e experimentados dentro dos padrões, para que qualquer desvio seja imediatamente percebido e discrepâncias sejam contidas, fazendo que o conceito de qualidade inegociável esteja cada vez mais presente nos veículos colocados no mercado. A relevância do sistema do processo de qualidade não fica restrita somente ao Component Center e está presente também na linha de produção. No caso do processo produtivo, desde 2007 o grupo tem consolidado o World Class Manufacturing (WCM), sistema de produção que abrange todos os aspectos da manufatura e interliga todas as fábricas da FCA no mundo para verificar boas práticas que
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Giovanni Agnelli concentra laboratórios de última geração
Plano da FCA é consolidar conceitos Para os próximos cinco anos, o diretor-adjunto de Qualidade do Polo Automotivo Fiat. Geraldo Barra, adianta que o planejamento é consolidar, nos próximos lançamentos, os conceitos que já têm dado resultado para o Mobi e Argo, além de finalizar a modernização e aumentar a eficiência da planta Fiat de Betim e levar definitivamente o polo para a era digital, fazendo com que todos os processos de fabricação sejam acompanhados em tempo real e todas as análises sejam feitas com base, inclusive, em inteligência artificial. A comprovação de que os conceitos se tornam padrão. Geraldo Barra explica que dentro desse contexto, o pilar da qualidade é trabalhado cada vez mais por meio de uma cultura de análise predominante nos processos da FCA, com caráter prioritariamente preventivo, para que o produto final esteja sempre protegido. “É uma ação contínua em todas as etapas do processo produtivo, com uma série de atividades voltadas para a qualidade. Atualmente, a obsessão pela
têm sido gradativamente consolidados nos últimos anos e que vão ser cada vez mais estabelecidos no próximo ciclo de investimentos, recentemente aprovado no mês de junho, pode ser confirmada com o registro cada vez menor de falhas. “Os resultados têm sido observados, por exemplo, em reuniões constantes com concessionárias, que mostram que os últimos lançamentos passam pela concessionária na venda e só voltam praticamente para revisão porque apresentam taxa de falhas excepcionalmente baixa”, completou Barra. (ACD)
qualidade está presente em cada posto de trabalho e estamos em uma transição para controlar menos e analisar profundamente cada oportunidade de melhoria do produto para que, dentro de cada fase, o dia seguinte seja sempre melhor que o anterior”, ressaltou Barra. Essas ações levam para dentro do processo produtivo, os meios necessários para que os funcionários que trabalham na montagem dos veículos consigam colocar
o foco do cliente no carro dentro da linha de produção de forma natural, fazendo com que o consumidor esteja no centro de tudo o que é realizado. “É uma mudança importante porque, quando olhamos para o cliente, o foco nele é diferente do foco do cliente quando nos colocamos no lugar dele e olhamos para o carro. Assim conseguimos fazer com que o processo produtivo seja redesenhado para atender as reais necessidades do consumidor”, disse.
DESIGN
Polo abriga Design Center Latam A área responsável pelo design dos veículos da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no Brasil opera há mais de 15 anos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Giovanni Agnelli, instalado no Polo Automotivo Fiat em Betim. Parte desse centro de pesquisa e desenvolvimento, o Design Center Latam é a única área de concepção de design FCA na América Latina e conta com uma estrutura com mais de 70 profissionais que atuam em produtos comercializados não só no Brasil como também em alguns países vizinhos. Diversas especializações necessárias para a criação dos automóveis são encontradas no Design Center, entre elas, designers para os shapes e formas dos internos, externos e acessórios, designers gráficos para personalização, HMI (Human Machine Interface) instrumentos, User Experience, além de designers com especialização em moda para escolha e definição dos acabamentos estéticos. Além disso, o Design Center Latam compreende também as atividades de matemáticas, suporte técnico e modeladores de protótipos. Para a chief designer de Cores & Materiais e Acessórios da FCA para a América Latina, Isabella Vianna, o principal foco da área de design é contextualizar os produtos para o mercado brasileiro de acordo com o perfil do consumidor. Segundo Vianna, é preciso estar próximo dos clientes e sempre presentes
LEO LARA/FCA
Design Center Latam conta com diversas especializações para a criação dos automóveis
para entender a dinâmica e as necessidades que mudam a cada ano e obter uma resposta rápida com o intuito de colocar no mercado o produto ideal para cada uso. “Nos últimos anos, a estruturação do departamento de design fez com que ele crescesse e tomasse proporções muito importantes. É possível perceber isso com os últimos lançamentos que, cada um dentro de seu próprio segmento, são totalmente condizentes com as necessidades dos nossos consumidores”, afirmou a designer. Para alcançar resultados que consigam atender as necessidades dos clientes, são realizadas pesquisas de campo quantitativamente e qualitativamente, por meio de entrevistas que geram nú-
meros capazes de apontar as tendências de consumo e de uso para os próximos dois anos, tempo demandado para o lançamento de um novo veículo. Além disso, a área Experience Design traz a experiência do consumidor para o centro dos projetos, com o objetivo de conversar, testar usabilidade e funcionalidade e assim abrir uma gama de informações relevantes por meio da aproximação com o cliente. Utilizando a metodologia do design thinking, o Design Center procura conhecer todas as necessidades dos clientes e pensar o design como usabilidade e funcionalidade. O design então extrapola o produto com um desenvolvimento macro que busca melhorias contínuas para a vida os con-
sumidores dos automóveis. Na prática, são observados costumes e necessidades do cliente antes mesmo de partir para o desenho. “Abraçamos esse desenvolvimento para conhecer as habilidades e funcionalidades dos produtos para entregar um pacote completo. O cliente precisa estar próximo da marca em todos os sentidos, viver a marca e sentir que é o foco do que está sendo pensado para colocar o melhor produto no mercado”, explicou Vianna, que ressaltou ainda que o design da Fiat trabalha em interface com a área de inovação e engenharia elétrica para desenvolver tanto as funcionalidades da central multimídia e do quadro de instrumentos como os aplicativos. (ACD)
Origem italiana está presente nos modelos Parte fundamental da essência de desenvolvimento de design da Fiat, o chamado DNA italiano continua presente nos recentes projetos do Fiat Toro, Fiat Argo e Cronos que, na avaliação da chief designer Isabella Vianna, deixam claro o posicionamento da marca em relação a essa questão. A robustez do Toro é, ao mesmo tempo, extremamente elegante com linhas dinâmicas. Seguindo a principal demanda do segmento de hatch, o Argo é forte sem agressividade e consegue unir a esportividade, a elegância nas formas e a tecnologia. Já o sedan Cronos, entrega mais sofisticação sem perder a dinâmica das formas e a elegância do design italiano, que é bem marcado. “Apesar de segmentos distintos com demandas diferenciadas, os três projetos são fonte de reconhecimento da força do nosso DNA italiano que não foi deixado de lado e, entre os últimos lançamentos, são os que mais representaram essa ideia”, disse Vianna. Prêmios – O resultado das pesquisas e do desenvolvimento do design dos veículos, com foco nas demandas dos clientes, também é reconhecido por meio das premiações. Em 2016, o Fiat Toro ganhou o Red Dot Design Award, concedido aos melhores produtos do ano em todo
o mundo que se destacam por seu design inovador, de qualidade e funcional. No ano seguinte, ganhou o tradicional prêmio internacional de design iF Design Award, reconhecido mundialmente por eleger trabalhos excepcionais nas categorias Produto, Embalagem, Arquitetura, Comunicação e Design de Serviços, bem como Conceitos Profissionais. Vianna destaca que o modelo é parte da criação de um segmento que não existia no mercado e que conquistou o consumidor e que os prêmios não foram conquistados somente pelo design, mas também pela qualidade do produto, justamente por ter desbravado um segmento antes inexistente. A designer lembra ainda que, em 2010 com o Uno, a Fiat trouxe acabamentos superiores para um carro do segmento AB e que esses detalhes são percebidos pelo cliente como um diferencial importante. “A Fiat tem sido mais ousada que as demais e entrega aquilo que as pessoas não estão esperando, surpreendendo e sendo autêntica. O reconhecimento e a resposta vêm na forma dos prêmios de design. O Toro ganhou reconhecimento internacional e nacional com prêmios importantes que demonstram que estamos trilhando um caminho coerente, entendendo o que o mercado está pedindo”, concluiu. (ACD)
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ESPECIAL PROFISSIONAIS
Capacitação e atualização são prioridades Para elevar a educação a um de seus pilares, a FCA criou em 1995 o Isvor, sua universidade corporativa JULIANA BAÊTA
ISVOR / DIVULGAÇÃO
os dias e nosso papel é mostrar o que está acontecendo no mundo, para onde ele está caminhando. Tradicionalmente, as universidades corporativas nascem para atender às competências de determinadas estratégias, mas o nosso papel vem até mesmo antes da definição da estratégia, ajudando a organização a tomar decisões a partir do âmbito do repertório”, explica.
Desenvolver competências e manter os profissionais atualizados não são apenas ideais na Fiat Chrysler Automobiles (FCA), mas prioridades que demandam investimentos indissociáveis de outros departamentos da empresa. A ideia de alçar a educação como um de seus pilares levou a Fiat a criar, em 1995, o Isvor, universidade corporativa do grupo, localizada em Betim, na Região Alunos não pagam - As ações deMetropolitana de Belo Horizonte. senvolvidas pelo Isvor ao atender Referência em consultoria e de- funcionários e líderes da própria senvolvimento de competências, o Fiat não geram custos para os aluinstituto acabou se emancipando nos, já que o instituto entende que da empresa, é responsável atendendo por mantê-los Com cerca de 98 profissionais também ao atualizados. mercado ex- e 350 consultores na carteira, o Diferentemente terno com de uma universeu know how Isvor atende não só às empresas sidade tradicioem educação nal, o Isvor não do grupo, mas também ao corporativa e funciona como mercado fora da empresa tornando-se uma graduação autossustenpor períodos, tável financeiramente. É o que mas, sim, por demanda. “Há um explica a superintendente do diálogo muito grande com o RH Isvor, Márcia Naves. e demais áreas que são respon“Temos cerca de 98 profissionais sáveis pelo desenvolvimento de no instituto e mais ou menos 350 pessoas dentro da organização. consultores em nossa carteira, Então, nós somos chamados para aplicados em diversos temas, desenhar programas de acordo desde conhecimento sobre o auto- com as necessidades do setor. móvel até gestão estratégica. Hoje, Por exemplo, alunos que chegam atendemos às empresas do grupo, de um programa de estágio vão principalmente a FCA, e também precisar entender nossa cultura, ao mercado fora da empresa, ao nossos processos, e entramos aí qual oferecemos consultoria em com essa capacitação”, exemplieducação de diversos temas. Esses fica Márcia. clientes externos significam 10% Boa parte do público externo do nosso faturamento”, conta. são as concessionárias, atendidas Segundo ela, a ideia da uni- por metodologias de educação que versidade corporativa não é só nascem de um trabalho conjunto capacitar e embutir novos conhe- e empático, conforme explica a cimentos, mas também manter os superintendente do Isvor. “A líderes das corporações atualiza- gente trabalha com o conceito de dos. “Nosso papel fundamental educação corporativa, trazendo é trazer ar novo, conexão com o desenvolvimento de compeo futuro. Nas empresas, temos tências necessárias. Se vamos líderes tomando decisões todos implementar determinada mu-
Profissionais de várias áreas desenvolvem projetos de fabricação digital no FabLab, espaço dentro do Isvor
dança na organização, precisamos capacitá-la para algum processo ou produto. Então, as áreas responsáveis nos fazem esse briefing para desenvolver a metodologia. Para explicar melhor, é como se fossemos os guardiões da metodologia”, conclui. Além de cursos e programas desenvolvidos sob demanda, o Isvor oferece workshops, oficinas e palestras. ISVOR / DIVULGAÇÃO
Funcionários dispõem do game PlantX para treinamento Implantado no fim de 2017, o PlantX, game desenvolvido pela FCA em parceria com uma startup de Recife, voltado exclusivamente para os funcionários do grupo na América Latina e, portanto, disponível em espanhol e em português, já foi baixado 8 mil vezes. O público-alvo é formado pelos funcionários do setor de manufatura, como montadores, operadores e chefes. O aplicativo, que pode ser baixado no celular, tablet ou computador, é comumente utilizado pelos funcionários em seu tempo livre e pelo celular, e não é obrigatório, mas as campanhas de incentivo da empresa, que incluem até premiações, ajudaram a tornar o game popular, como mostra o número de downloads feitos em cerca de seis meses. Sobre as habilidades desenvolvidas com o jogo, o analista de Engenharia de Manufatura da FCA para a América Latina, Miguel Lorenzini, explica: “É uma ferramenta de treinamento que desenvolvemos para trabalhar o poder de decisão dos funcionários, porque precisamos de pessoas com técnica, mas também com um comportamento inovador”. Como o nome sugere, o PlantX é a simulação de uma planta, uma espécie de mapa da fábrica da Fiat, onde o jogador precisa investigar e solucionar problemas.
“Mapeamos alguns problemas de eficácia que são reais para a FCA e colocamos como desafio no jogo, como o uso de energia, que traz grandes gastos para a empresa, e as atividades que não agregam valor, como transporte de material de um lado para o outro”, exemplifica. Indústria 4.0 - Valendo-se de alguns preceitos da Indústria 4.0, o game funciona de forma que o jogador assume o papel de gerente da planta e, em turnos produtivos simulados, o processo de fabricação de um carro é acompanhado em todas as etapas. Ao fim de uma jornada de trabalho, um relatório é gerado para que o jogador possa investigar os problemas e encontrar soluções com foco na melhoria contínua. O desenvolvimento do PlantX faz parte dos pilares do World Class Manufacturing (WCM), metodologia que abrange todos os aspectos da manufatura (posto de trabalho, qualidade, manutenção e logística) e é aplicada em todas as fábricas da FCA no mundo, que compartilham entre si as melhores práticas, sendo a maior parte delas nascida a partir de sugestões dos próprios funcionários. O game está constantemente sujeito a melhorias e ajustes, de acordo com o feedback dos jogadores. (JB)
Prêmio de Educação estimula FabLab incentiva geração de tecnologia dependentes dos empregados
Superintendente do Isvor, Márcia Naves diz que o FabLab permite trabalhar a experimentação
Construído no Isvor, o Fab Lab, espaço onde profissionais de diversas áreas se reúnem para realizar projetos de fabricação digital de forma colaborativa, dá ares pioneiros à organização, uma vez que a FCA é a primeira empresa no País a ter um laboratório dentro de sua universidade corporativa. A ideia é incentivar as pessoas a materializarem suas ideias com o uso de tecnologias como a impressão 3D e o corte a laser. “No Fab Lab, trabalhamos as mudanças de modelos mentais trazidos pela tecnologia. Viemos de uma era em que o modelo
mental era diferente. Hoje, temos que ter uma consciência maior do que está acontecendo, e todos esses conceitos a gente tem que trazer e trabalhar também com os nossos executivos. O futuro tem que ser construído, e, neste mundo de mudanças muito rápidas, a gente não sabe fazer sozinho, não temos todas as respostas. Vamos ter que trabalhar a experimentação, a tolerância ao fracasso”, explica a superintendente do Isvor, Márcia Naves. Quatro personas - As principais linhas de desenvolvi-
mento do laboratório foram baseadas em quatro personas: o “explorador” (pioneirismo de novas fronteiras), o “maker” (aproveitando a tecnologia para melhoria contínua), o “hacker” (encontrando alternativas radicalmente diferentes) e o “networker” (conectando as pessoas e ideias conforme necessário). Dentro desses perfis e com o mote de desenvolver habilidades e competências necessárias para a atuação na economia digital, o Fab Lab atende às empresas do grupo FCA, mas também abre o espaço para a comunidade geral. (JB)
Ainda como parte dos pilares da empresa em educação, a FCA criou, em 1997, o Prêmio de Educação, no qual mais de 2 mil estudantes já foram beneficiados, totalizando um investimento de R$ 9 milhões na área. Trata-se de um incentivo a filhos e dependentes de funcionários para buscarem se destacar nos estudos. Formatada para ser um programa de desenvolvimento acadêmico, a iniciativa premia os alunos que se destacam com as melhores notas no Ensino Médio, Técnico e Superior. Só no ano passado, na 21ª edição do prêmio, 100 formandos do Ensino Médio receberam R$ 4 mil cada um e outros 30 formandos
universitários receberam R$ 8 mil. Para a seleção dos premiados, sempre filhos de empregados do Polo Fiat e de outras unidades da FCA e CNH Industrial, são avaliados os históricos escolares e a nota média obtida ao longo dos cursos. Confiança - A FCA conta ainda com a chamada carta de indicação, uma ferramenta que salienta a confiança depositada em seus profissionais. É por meio desse documento que os funcionários do Polo Fiat têm a oportunidade de indicar uma pessoa de confiança, como um familiar, vizinho ou amigo, para concorrer a uma vaga na empresa. (JB)
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ESPECIAL ALISSON J. SILVA
SUSTENTABILIDADE
FCA foca em avanços sociais, econômicos e ambientais Eixo é cuidar da natureza e comunidades próximas DANIELA MACIEL
O impacto da indústria automobilística sobre o meio ambiente e a comunidade em que está inserida é enorme. O próprio tamanho das plantas produtivas, os processos e a tecnologia empregada nos produtos – movidos, na sua imensa maioria, por combustíveis fósseis –, formam um conjunto de fatores que fazem do setor responsável por uma grande parte das emissões de gases de efeito estufa e uma série de outros impactos sobre a natureza. Justamente por isso, essas empresas são constantemente acompanhadas pelos órgãos de fiscalização, imprensa e sociedade civil organizada. Para atuar dentro de parâmetros responsáveis e ainda contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades próximas e do planeta, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) se apoia no clássico tripé da sustentabilidade – social, econômico e ambiental – como política global com ações locais, estudadas e implantadas de acordo com as características e necessidades de cada lugar. Essa política, que tem diretrizes mundiais, é desdobrada em ações internas, voltadas para a melhoria de processos e práticas dentro da indústria e ações externas, em diálogo e atuação
conjunta com os diversos públicos da companhia. De acordo com a coordenadora de Sustentabilidade da FCA para a América Latina, Luciana Costa, a estratégia do grupo se baseia na construção de valores e de um futuro melhor para toda a sociedade. “Temos uma estratégia única para sustentabilidade que é traduzida em ações específicas. Na Índia, por exemplo, existe um problema grave de acesso a sanitários. Então, atuamos na mitigação desse problema. No Brasil, são outras necessidades. Aqui em Betim – na Região Metropolitana de Belo Horizonte –, por exemplo, temos ações ligadas à educação fundamental e à geração de renda. Na área ambiental, temos a política de reciclagem da água, que alcança a marca de 99,6%, a política de aterro zero e outras iniciativas na área de resíduos, como a parceria com a Cooperárvore, por exemplo”, explica Luciana Costa. Internamente, a inovação é uma grande ferramenta para toda a política de sustentabilidade. Seja melhorando processos, criando produtos mais eficientes, adotando equipamentos mais modernos ou emprestando metodologias para outros setores ou para o público externo da empresa. Nesse ponto, a escuta
ativa é um grande destaque. Apenas ao Departamento de Gestão Ambiental, foram remetidas, nos últimos três anos, mais de 200 sugestões vindas dos colaboradores. “Se pensarmos no próprio core da empresa, vamos concluir a importância da inovação para o negócio e a política de sustentabilidade. Temos no Brasil um centro de design que gera produtos para todo o grupo. Isso nos dá protagonismo na criação de soluções. O Brasil, em especial Betim, tem uma grande participação no desenvolvimento de processos e produtos para a FCA global”, destaca a coordenadora de Sustentabilidade da FCA para a América Latina. Linguagem efetiva - A comunicação é outro sustentáculo da política de sustentabilidade. O uso de uma linguagem efetiva é um das preocupações da coordenadoria. Embora não seja signatária do Pacto Global – iniciativa desenvolvida com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015 – a FCA usa a metodologia e faz a correspondência entre as suas ações e os ODS. As ações desenvolvidas no Brasil têm correspondência com os ODS de 3 a 13:
Na área ambiental, a política de reciclagem da água na FCA alcança a marca de 99,6%
Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. ODS 4: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. ODS 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. ODS 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. ODS 7: Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. ODS 9: Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. ODS 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. ODS 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos in-
Instituto Árvore da Vida acolhe a vizinhança O tripé social da sustentabilidade diz respeito ao entendimento de que não pode existir uma empresa saudável em meio a uma sociedade desequilibrada. Há 14 anos a FCA começou a fortalecer seus laços com os moradores do Jardim Teresópolis, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A comunidade, que fica nos arredores do Polo Fiat, vinha crescendo desordenadamente e em ritmo muito forte. Foi aí que surgiu o projeto “Árvore da Vida”, em parceria com as ONGs AVSI e CDM. O que começou como projeto social, em 2017 tornou-se o Instituto Árvore da Vida, com gestão própria. O instituto trabalha sobre três pilares: Atividades socioeducativas (oficinas artísticas, formação humana, iniciação musical em instituições de educação infantil e educomunicação), geração de trabalho e renda (preparação de jovens para o mercado de trabalho, capacitação profissional, parceria com a Cooperárvore), e Fortalecimento da comunidade (Instituto Árvore da Vida, financiamento colaborativo e encubação Projeto Judô PAV). A Cooperárvore, que funciona no espaço do Instituto Árvore da Vida, é uma cooperativa formada por mulheres da região do Jardim Teresópolis, que transformam sobras de cintos de segurança e aparas de tecido automotivo doados pela FCA e fornecedores em acessórios de moda como bolsas e mochilas. É um bom exemplo de como as questões ambiental e social podem ter solução conjunta.
Nas mãos das cooperadas, os resíduos ganham novos significados ligados à moda, atitude e cidadania. Além do impacto positivo nas famílias envolvidas, a cooperativa traz benefícios da economia circular, tendo como diferencial a adoção de um modelo de negócio focado no potencial coletivo para produzir peças reconhecidas pelo design e produção sustentável. Artesã cooperada e pioneira da Cooperárvore, Iracema Pereira relembra do início da cooperativa. “Conheci primeiro o projeto “Árvore da Vida”, por onde meus três filhos passaram. Um dia, fui chamada para uma reunião e acabei convidada para a Cooperárvore. No início, foi muito difícil. Da primeira produção 80% foram devolvidos, mas não desistimos. Hoje, sabemos da importância do que fazemos, transformamos uma coisa que ia ser descartada e prejudicar o meio ambiente em uma coisa bonita”, emociona-se Iracema Pereira. Atualmente, são nove cooperados, que tiram, em média, cerca de um salário mínimo mensal. De acordo com a artesã e responsável pela administração da Cooperárvore, Suellen Aparecida Oliveira da Silva, o faturamento é inconstante e não costuma ser a principal fonte de renda das famílias. “É uma demanda muito variável e que vem principalmente da Fiat. De janeiro a março deste ano, por exemplo, foi zero. Os melhores meses são outubro e novembro, quando as empresas encomendam brindes para serem distribuídos no fim do ano”, explica Suellen Silva.
Mercado de trabalho - Até o fim de 2017, foram beneficiadas pelo Instituto Árvore da Vida 22.207 pessoas, sendo encaminhados ao mercado de trabalho mais de 1.580 jovens; 36 toneladas de materiais reaproveitados pela Cooperárvore, cujo faturamento cresceu 158%, entre 2006 e 2015. Ainda compõem o tripé social de sustentabilidade da FCA o programa “Rota do Saber”, gerido de forma intersetorial com o Instituto Ramacrisna e a Prefeitura de Betim, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cursos de formação, oficinas e seminários são as ferramentas para engajar professores, diretores, pedagogos, alunos e pais. Com início em novembro de 2017 e duração de 15 meses, o Rota do Saber abrange 69 escolas municipais e cerca de 1,2 mil educadores, com ênfase nas disciplinas de Português e Matemática. A Fundação Torino, criada para atender os filhos dos funcionários da montadora, em 1975, e aberta aos estudantes brasileiros em 1992, é uma das instituições educacionais referência no Estado. E a “Casa Fiat de Cultura”, cumpre, há 12 anos, importante papel na transformação do cenário cultural mineiro, ao apresentar grandes e prestigiosas coleções e exposições de renomados artistas e movimentos artísticos brasileiros e internacionais. Mais de dois milhões de pessoas já visitaram as exposições e mais de 350 mil participaram das atividades educativas. (DM)
clusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. ODS 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. ODS 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. “Por meio dos ODS conseguimos demonstrar com mais facilidade como o que fazemos contribui para o mundo. Criamos políticas relevantes e entendemos que isso, somado ao que
outras organizações e países fazem, melhora o mundo. Essa conexão com as agendas globais é importante porque ajuda a criar uma linguagem comum. Isso acontece, inclusive, internamente, no nosso sistema de governança. Ao fortalecer nossos mecanismos de compliance, código de conduta e comitês internos, por exemplo, trazemos coerência a toda a política de sustentabilidade desenvolvida”, completa a executiva.
Cuidados especiais com água, esgoto e energia Maior fábrica de automóveis da América Latina, a unidade de Betim da FCA – conhecida como Polo Fiat –, tem, desde a sua fundação, antes mesmo do termo se popularizar, uma preocupação específica com a gestão ambiental. Quando começou a operar, em 1976, a indústria já separava, através de tubulações individualizadas, os esgotos industrial, biológico e pluvial. Segundo o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para a América Latina, Neylor Bastos, essa é uma preocupação contínua, que envolve todo o time da fábrica, que trabalha sob as diretrizes globais. “Imaginar que em 1976 a gente já sabia que no futuro isso seria importante é entender que sempre estamos na vanguarda. Em 1990, formalizamos nosso sistema de gestão ambiental e ali foi um grande passo em prol do tema de sustentabilidade. Realmente, assumimos o protagonismo com a ISO 14.001, em 1997. No mesmo ano, construímos a nossa ilha ecológica, fundamental para os resultados futuros”, relembra Bastos. Como o processo é contínuo, a FCA criou o projeto Aqueduto, que avalia cenários futuros a partir da análise de aspectos ambientais, técnicos, geográficos, sociais e econômicas, para os próximos 30 anos. O objetivo é gerar estratégias para mitigar riscos e impactos futuros na gestão hídrica. “Esse projeto nos permite entender como serão as condições hídricas de cada unidade até 2040. Então, temos a capacidade de desenvolver projetos, focar em temas específicos de acordo com as necessidades e dificuldades de cada planta”, pontua o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para América Latina.
A Ilha Ecológica, criada em 2011, é um dos orgulhos da montadora. Desde aquele ano, de forma pioneira no País, a fábrica destina 100% dos resíduos para a reciclagem e a reutilização como resultado do projeto “Aterro Zero”. Eficiência energética Como qualquer outra grande indústria, a eficiência energética é um ponto crítico do processo do ponto de vista ambiental e econômico no Polo Fiat. A melhoria dos processos e a substituição do uso de combustíveis fósseis por fontes renováveis norteiam as ações. A certificação ISO 50.001, de gestão energética, é resultado do uso mais eficiente das fontes de energia (energia elétrica, ar comprimido, vapor, água superaquecida, gás natural, combustíveis e outros), com benefícios para reduzir os gases de efeito estufa associados ao processo, com destaque para: implementação de moderno sistema de gerenciamento de energia; expansão da substituição de luminárias fluorescentes por LED; troca de tecnologia de fornos a vapor por gás natural na pintura; uso de motores de alto rendimento em toda a fábrica; e uso de inversores de frequência em toda a fábrica. Nos telhados, placas solares captam energia para aquecimento de água dos vestiários. Há também sistemas de lentes prismáticas, que iluminam os galpões sem utilizar energia elétrica. E, por fim, os postes de iluminação com placas fotovoltaicas que armazenam energia durante o dia. De 2013 a 2017, o Polo Fiat alcançou uma economia de mais de 843 mil GJ de energia, que evitou a emissão de mais de 29 mil toneladas de CO2. (DM)
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ESPECIAL CASA FIAT DE CULTURA
Espaço inclusivo difunde a arte mundial Em 12 anos de existência, mais de 2 mi de pessoas já visitaram as grandes coleções e exposições gratuitas MICHELLE VALVERDE
Inaugurada em fevereiro de 2006, a Casa Fiat de Cultura tem grande importância cultural em Belo Horizonte e Minas Gerais. Ao longo dos 12 anos de funcionamento, o espaço é utilizado para difundir e apresentar grandes coleções e exposições de renomados artistas e movimentos artísticos do Brasil e do mundo. Com papel inclusivo, o espaço cultural já recebeu mais de 2 milhões de visitantes, que puderam apreciar e discutir as exposições, e mais de 350 mil pessoas já participaram dos projetos educativos desenvolvidos no espaço. A Casa Fiat de Cultura foi um presente da Fiat para os brasileiros, em comemoração aos 30 anos da empresa no País. De acordo com o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a criação do espaço nasceu da necessidade de Belo Horizonte ter um centro cultural que recebesse importantes exposições e obras artísticas e permitisse mais acesso da população. A primeira sede da Casa Fiat ficava no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Durante minha carreira na Fiat, sempre pensei na possibilidade de a empresa criar um centro de cultura para Belo Horizonte e para Minas Gerais. Quando Cledorvino Belini assumiu a presidência da Fiat, ele me perguntou se eu ainda tinha
interesse no projeto e me ofereceu o desafio. Então, foi cedido um imóvel que pertencia à Fiat, localizado no Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Fizemos um projeto muito bom. No primeiro momento, houve muita descrença em relação ao projeto. As pessoas acreditavam que em Belo Horizonte não haveria público interessado nas atividades e exposições que queríamos apresentar”, pondera Pereira. A carência de espaços dedicados à arte e à cultura na capital mineira ficou evidente logo na primeira exposição. Pereira explica que, na inauguração, em fevereiro de 2006, a Casa Fiat trouxe para Minas Gerais a exposição “Arte Italiana do Masp na Casa Fiat de Cultura”. A mostra teve como objetivo apresentar obras raras que marcaram a história da arte italiana. Além das pinturas e esculturas em mármore provenientes da Itália, peças arqueológicas originárias da Magna Grécia, da Etrúria e do período da Roma antiga, uma série de cerâmicas chamadas maiólicas e também livros raros da biblioteca do museu foram apresentadas ao público. “Embora a localização da Casa Fiat fosse distante das áreas centrais de Belo Horizonte, a primeira exposição atraiu 40 mil pessoas. A “Arte Italiana do Masp” foi um marco, por ser a primeira exposição, e definiu que a Casa Fiat tinha cultura e que
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Programa Educativo da Casa Fiat abre as portas para que alunos de escolas públicas conheçam o melhor da arte
Belo Horizonte, é claro - eu já sabia -, tinha um amplo público interessado”, explicou Pereira. A partir da inauguração, muitas foram as exposições. Entre 2006 e 2018, a Casa Fiat de Cultura apresentou 43 exposições, nas quais exibiu mais de 2 mil obras de arte, além de nove mostras itinerantes, que contemplaram as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Buenos Aires. São oferecidas ao público, também, palestras, concertos, lançamentos
de livros, oficinas, cursos, formação de professores e ateliês abertos. Nos últimos 12 anos, os visitantes da Casa Fiat puderam, de forma gratuita, conhecer e discutir obras de renomados artistas como Caravaggio, Chagall, Rodin, De Chirico, Aleijadinho, Amilcar de Castro, Portinari, Tarsila do Amaral entre outros. O público recebido no espaço é bem variado, incluindo visitantes de todas as idades e classes sociais. Em 12 anos, mais de 2 milhões
de pessoas visitaram as exposições e mais de 350 mil participaram das atividades educativas. Pereira assinala alguns pontos altos da história da Casa Fiat de Cultura, como as exposições: Mundo mágico de Marc Chagall – O sonho e a vida (2009), Speed – A Arte da Velocidade (2007) e Caravaggio e seus seguidores (2012). “Tivemos coisas maravilhosas. A exposição de Chagall, por exemplo, foi muito completa, uma das melhores e maiores, com to-
das as manifestações, todas as técnicas, estilos e fases da pintura e da arte de Chagall. A mostra reuniu obras de colecionadores de quatro continentes. A exposição de Caravaggio trouxe pela primeira vez ao Brasil a obra do artista de forma organizada e extensa. Temos a pretensão de dizer que mostramos ao Brasil quem era Caravaggio. Destaco também a exposição Speed – A Arte da Velocidade, que mostrou o futurismo italiano junto com a história do automóvel e da locomoção”.
LEO LARA / STUDIO CERRI / DIVULGAÇÃO
Desde 2014, endereço é no Circuito Liberdade
No Núcleo de Acessibilidade, atendimento é feito em libras e audiodescrição, em braile e com exercícios sensoriais
Núcleo facilita acesso à pessoa com deficiência A busca constante pela inclusão fez com que, em 2017, fosse criado, dentro do Programa Educativo, o Núcleo de Acessibilidade. O objetivo é incluir nas exposições e na programação da Casa Fiat de Cultura atividades para que pessoas com necessidades especiais possam participar de forma ativa. Dentro dos serviços estão o atendimento em libras e audiodescrição, materiais em braile e exercícios sensoriais. A coordenadora do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, Clarita Gonzaga, explica que o espaço sempre contou com uma série de ações voltadas para o público com deficiência que garantiam a mobilidade e o acesso à informação. Porém
era necessário avançar para proporcionar a esse público a experiência da arte. Nesse sentido, foi criado o núcleo para o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto e o público com necessidades especiais, que frequenta a Casa Fiat, passou a opinar sobre formas de melhorar o acesso e o entendimento em relação às obras de arte. “Com o trabalho, passamos a entender as necessidades do público e todas as ações desenvolvidas têm partido das conversas com o usuário com deficiência. Tentamos pensar também na acessibilidade no sentido amplo, que funcione para o público com deficiência tanto quanto para o público regular”. O trabalho destaque do
Núcleo de Acessibilidade foi desenvolvido em 2017, com o lançamento das técnicas de acessibilidade direcionadas para o quadro “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, arquivo permanente da Casa Fiat. O painel é uma pintura de paisagem que conta a história da transferência da capital de Minas Gerais de Ouro Preto para Belo Horizonte. Com o objetivo de criar a experiência para os visitantes com deficiência, foram construídas três peças retratando a obra de Portinari. Percebendo a composição - Uma das peças trata da estrutura do painel, que é composto por 12 placas, que foram reproduzidas, permitindo que as pessoas enten-
dam como é a composição. A segunda peça é para pessoas com baixa visão, onde foi feita a saturação das cores do painel. A terceira peça foi laminada em sete planos do painel, que foram recortados e sobrepostos. Com isso, as pessoas conseguiram ter a sensação tátil de como a paisagem foi construída e a sensação de profundidade na pintura. “O resultado tem sido muito legal. As pessoas falaram que realmente estavam compreendendo o que é uma pintura de paisagem. Desde então, estamos trabalhando no sentido de buscar as pessoas, conversar e compreender qual a experiência que elas querem”, contou Clarita. (MV)
esse é o nosso fim e as exposições são o meio. Quando escolhemos os jovens e as crianças, principalmente das escolas públicas, nós definimos nosso perfil e nosso futuro. Com o programa, trazemos para a galeria, onde está uma exposição internacional, crianças e jovens que nunca tiveram a oportunidade de ir a um cinema, jamais viram uma exposição de arte e que raramente frequentam um shopping center”. Ainda segundo Pereira, ao oferecer aos jovens a dimensão de propriedade, uma vez que eles são bem recepcionados e podem ficar à vontade no espaço, garante a eles uma segurança social muito grande e faz com que, nos fins de semana, esses jovens retornem ao espaço cultural com os pais e parentes. “Isso faz da Casa Fiat de Cultura e do público um corte vertical da sociedade brasileira. A Casa Fiat tem um público muito diversificado e recupera a visão integral da sociedade sem marginalizar ninguém. Acho bonito os finais de semana na Casa Fiat com uma grande exposição, quando ocorre a perfusão de sociabilização, igualdade e irmandade que Escolas públicas - “Nos- está faltando na cultura sa atividade mais im- brasileira no momento”. portante é a educativa, (MV) Com patrocínio das empresas do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e Case New Holand (CNH Industrial), a partir de 2014 a casa de cultura passou a integrar o Circuito Liberdade. A mudança ocorreu após restauro do edifício do Palácio dos Despachos, que é tombado pelo patrimônio estadual e municipal. O espaço foi totalmente adequado às diretrizes museológicas de climatização, iluminação, segurança, incêndio e acessibilidade, para receber exposições e acervos dentro de padrões internacionais. Com a transferência para a Praça da Liberdade, a Casa Fiat de Cultura ficou mais próxima do público e os trabalhos educativos e inclusivos desenvolvidos pela entidade ganharam ainda mais força. O presidente da entidade, José Eduardo de Lima Pereira, explica que o Programa Educativo é a chave do sucesso, por promover a inclusão social. Na Casa Fiat, para cada público é adotada um abordagem especial que tem como objetivo oferecer acesso às crianças, jovens, adultos, idosos e públicos especiais, e atender às necessidades de cada grupo.
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ENTREVISTA ANTONIO FILOSA LEONARDO FRANCIA O novo presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) na América Latina, o engenheiro Antonio Filosa, assumiu a liderança do grupo em meio ao anúncio de um pacote de investimentos de R$ 14 bilhões no continente. A ideia básica do plano é fortalecer a marca Jeep e relançar a Fiat. Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, Filosa destacou que o programa Rota 2030, uma espécie de substituto do Inovar Auto, encerrado em 2017, “é a premissa básica para o aporte de R$ 14 bilhões”. O executivo afirmou que
o programa, em vias de ser aprovado pelo governo federal, será determinante para o desenvolvimento da cadeia automotiva nacional. No grupo Fiat, hoje FCA, desde 1999, Filosa também foi diretor-adjunto de Manufatura da planta de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, a maior do conglomerado em todo o mundo, que em 2018 completa 42 anos de operação. Foi sob sua gestão que a unidade alcançou níveis recordes de produção. E, ao que tudo indica, sob a gestão de Filosa à frente da FCA na América Latina, a planta de Betim terá, nova-
mente, papel fundamental dentro dos investimentos de R$ 14 bilhões. No plano está incluído o lançamento de 25 automóveis, entre novos modelos e fortemente renovados, sendo 15 da marca Fiat, a grande maioria fabricada em Betim. Italiano, natural da região de Nápoles, Filosa confirmou que a eficiência energética para a FCA está mais ligada ao desenvolvimento de carros movidos a etanol do que a veículos elétricos ou híbridos. Para o executivo, o carro do presente e do futuro é e será embutido de alta tecnologia, conectado, limpo para o meio ambiente e eficiente.
Planta da FCA em Betim será essencial na gestão do novo presidente do grupo na AL Com a Fiat, a FCA liderou o mercado nacional de automóveis e comerciais leves, por 12 anos ininterruptos, até 2015. Depois, perdeu essa liderança e ainda não recuperou. O novo pacote de investimentos para a América Latina tem como objetivo recuperar essa liderança? Desenvolvemos novas bases industriais e, basicamente, uma nova marca no mercado, que é a Jeep, líder absoluta no segmento de SUVs. Nessa reconfiguração, tivemos uma primeira onda de investimentos, que foi pautada para a necessidade de introduzir uma marca nova, fabricada em uma nova planta, com a possibilidade de ser líder no segmento em que atua. Agora, abrimos o segundo ciclo de investimentos, no qual queremos consolidar a Jeep e relançar a Fiat. Pode detalhar o investimento? São R$ 14 bilhões de 2018 a 2022, na América Latina. Ao final deste período, a FCA terá feito o que chamamos de product accion (ações com foco nos produtos), lançando 25 automóveis, entre novos modelos e fortemente renovados, sendo 15 da Fiat, a grande maioria fabricada em Betim. Ainda não dá para detalhar o valor de recursos que será aplicado na planta mineira. Estamos afinando os parâmetros produtivos, porque não queremos entregar só carros novos, mas de altíssima qualidade, associados a conteúdos inovadores, motores novos, transmissões novas, elementos de conectividade inéditos. Serão gerados empregos a partir dos aportes? O mundo está caminhando para um alto nível de automação. Uma automação que permite a integração entre produtividade e, sobretudo, qualidade. Então, vamos fazer linhas modernas, com maior automação, mas explorando a grande vantagem de Minas, que são os empregos de qualidade. Emprego de qualidade é o maior diferencial de Minas? Qual a importância de Minas para o grupo FCA? O mais importante que temos em Minas é o capital humano. Sou italiano e vivo em Minas há muito tempo. O capital humano que temos aqui, desde o chão de fábrica até os escritórios de engenharia e design, é incrível. O mineiro é versátil, flexível, agrega competências rapidamente, se desafia todos os dias, tem garra e trabalha em equipe. O capital humano que tem no Estado é algo a ser considerado quando se define um layout industrial. Não podemos esquecer que Minas tem dado muito para a FCA e estamos tentando devolver. É desta equação que tem saído a melhor equipe industrial do grupo no mundo. Se mão de obra de qualidade é uma vantagem do Estado, qual o diferencial da FCA perante a concorrência? O design e a força das marcas. Temos um DNA forte em todas as marcas e um design muito característico, para a Fiat, muito italiano, e muito americano para a Jeep. O design da Jeep é um, o da Fiat é outro, e devem ficar separados, mas ninguém é nada sem pessoas e somos campeões em escolher pessoas promissoras e desenvolvê-las. A competência das pessoas é o diferencial que nós temos. Como a planta de Betim está operando, em números, hoje? Temos três linhas. Uma traba-
ALISSON J. SLVA
lhando em um nologia e isso tudo turno e as demais será o resultado de saturadas em dois uma negociação. turnos. Queremos Até o ano passado, saturar as três linhas a situação dos fornos próximos anos. necedores de MiDe acordo com esse nas nos preocupava número de linhas um pouco, devido à e turnos em cada caída do mercado uma, a capacidae também à perda de instalada hoje de liderança nos é de cerca de 650 últimos dois anos. mil carros por ano. A planta estava soVamos para meio frendo com volumes milhão de carros e os fornecedores produzidos neste também. Tivemos ano e temos um situações de empreplano para chegar sas com problemas financeiros, mas resà produção de 600 mil veículos até gatamos a maioria 2022, além de um delas. Uma vez que planejamento para se resgata um fornedesenvolver novos mercados e novos cedor, tem que ter preocupação com carros. Vamos trazer modelos novos etanol vai trazer desenvolvimento sua sustentabilidade no futuro. Por para o Brasil e, se o Rota 2030 for isso, começamos a trabalhar com os para Betim. confirmado, podemos e estamos investidores que colocam capital no O carro era um sonho de gerações preparados para desenvolver essa fornecedor e a desenhar esse fornepassadas, mas, hoje, a premissa cadeia. cedor como parte da FCA. Claro que não é mais unânime. Qual a visão existe um relacionamento comercial, Então, a eficiência energética para contratos, até brigas de negociação, estratégica da FCA, tendo em vista o lançamento de 25 veículos, entre a FCA passa mais pelo etanol do que o que é normal, mas o elemento innovos modelos e modelos refor- pelos carros híbridos ou elétricos? dustrial técnico e tecnológico deve Há 150 anos, a indústria apostou ser muito bem relacionado entre as mulados? Este é o carro desejado pelos jovens tudo no combustível fóssil, basica- partes. hoje (mostrando um aparelho de mente o petróleo. Agora, precisamos celular): um smartphone com quatro controlar o nível de poluição. SeguraComo trabalhar e alinhar os rodas e motor. É isso que vamos en- mente, a próxima matriz energética processos produtivos com os fortregar. Vamos lançar 25 carros novos será ‘multifontes’ e o etanol fará parte. necedores? nas duas marcas (15 Fiat e 10 Jeep), Todo carro elétrico ou híbrido terá a O alinhamento técnico e tecnoque serão conectados. Vamos encher maior parte da industrialização feita lógico, sobre o produto e processo, nossos carros de tecnologia, para que fora, mas temos que desenvolver o deve ser humano. Os fornecedores eles possam se comunicar com a vida que temos aqui. Etanol funciona, é compartilham conosco padrões de e com a casa, pagar bancos, ligar para limpo, tem inteligência local, labo- treinamento. Temos uma disciplina o filho, para a escola dele. Tudo isso ratórios e produtores. O nível de nas nossas plantas que é o World Class deve ser o mais competitivo possível. oportunidade que vamos criar com Manufacturing (WCM) e estamos Vamos investir em tecnologias de o etanol será tão grande que vai im- trazendo isso para os fornecedores. eficiência energética que permitam pulsionar a concorrência. Isso, regido Quando se fornece os mesmos métoao carro ser competitivo, limpo para por um marco, cujo primeiro passo dos e conhecimentos, os fornecedores pode ser o Rota 2030, organizará o começam aprendendo de nós, mas o meio ambiente e conectado. mercado. depois se formam e nós começamos a E o que a FCA planeja em aprender com eles. Isso cria um termos de eficiência energétecido industrial bem integrado. “O mais importante que temos tica para seus carros? Chamamos os fornecedores na A FCA, junto com a Anfafábrica para que eles nos ajudem em Minas é o capital humano. Desde vea e todas as montadoras, a resolver problemas e vamos à o chão de fábrica até os escritórios de está trabalhando no Rota fábrica deles para fazer a mesma engenharia e design, o capital humano coisa. Temos um programa que 2030 há meses. O Rota 2030 é a premissa básica para se chama Supplier Integration que temos aqui é incrível” o aporte de R$ 14 bilhões. Management. São cerca de 80 Nosso plano depende da fornecedores na América Latiaprovação do Rota 2030, porque, mais na, trabalhando junto conosco para Certamente, isso trará mais ino- desenvolver investimentos, layout que um programa regulatório e de eficiência energética, ele promove o vação para a FCA e para a planta de industrial, treinamento e até recrudesenvolvimento industrial no País. Betim. Como o senhor avalia o nível tamento. Aqui, em Minas, devemos Achamos que o plano vai para a frente de inovação da unidade dentro do ter uns 25 participantes. e que está prestes a ser aprovado. O conceito de Indústria 4.0? Nenhuma planta no mundo é Como está o nível de “mineirizaprimeiro carro (um comercial leve) que vai começar a introduzir a tec- 100% 4.0, mas, entre as que come- ção” dos fornecedores na unidade nologia que queremos do presente e çaram a operar há muito tempo, de Betim? do futuro será produzido no Brasil e uma das com alto índice de práticas 90% do valor das peças montadas depois vai chegar à produção norte- da Indústria 4.0 é a de Betim. Betim na linha de Betim saem de fábricas hoje é uma planta diferente. A casca brasileiras e, desses 90%, mais de três -americana, europeia, etc. ficou a mesma, porque seria um quartos são feitos em Minas Gerais, Esse carro do presente e do futuro desperdício econômico refazer os muito próximo à fábrica. Passar para da FCA terá que tipo de tecnologia galpões industriais. Mas o que tem 100% é algo praticamente impossível, dentro é muita tecnologia, inovação porque as cadeias são globais. O que de eficiência energética? O etanol terá um grande papel. e o melhor time industrial. Nossa falta são os fornecedores se localiÉ um segundo eldorado para o Bra- linha é automatizada, ou seja, usa zarem mais na casa deles. Existem sil, carrega junto investimentos em robôs, mas o que importa é como setores em que isso acontece e outros pesquisa e desenvolvimento, em colocar os robôs e as pessoas para em que não. Por exemplo, a cadeia laboratórios, na cadeia de produção, trabalharem juntos. A tecnologia 4.0 do aço é brasileira do minério de nas montadoras e fornecedores. Na ajuda nisso, porque digitaliza todo ferro à siderurgia, à estampagem e equação de eficiência energética, o o fluxo de informações, alinhando a funilaria; a cadeia do plástico tem etanol que temos no Brasil é o mais produção humana à computadori- alto índice de nacionalização, mas eficiente do mundo e nos permite zada e gerando informação segundo algumas matérias-primas são imestar em compliance (de acordo) com a segundo. portadas; os químicos, como tintas, as regulamentações. Daqui a 20 anos, têm muita importação; produtos Com todos estes investimentos e com mais tecnologia, como compoestaremos vivendo a economia do hidrogênio, que pode ser tirado da mudanças na plataforma mineira, nentes eletrônicos, são importados. água ou do etanol. E a coisa mais o ritmo de aportes e modernização Minas é o segundo polo automotivo legal da molécula do etanol é que se dos fornecedores vai acompanhar da América Latina, atrás só de São precisa de menos energia para extrair o da montadora? Paulo, mas corremos risco, nestes Sim, porque vamos fechar contra- últimos anos, de uma inversão de o hidrogênio dela. Gasto menor de energia significa mais eficiência. O tos, explicar a demanda, o nível de tec- tendência, de empresas que saíram
do Estado para outros lugares por conta da competitividade. Precisamos resgatar isso. São cerca de 120 fornecedores aqui em Minas. Como avalia a competitividade de Minas? A competitividade é mais um exercício industrial do que qualquer outra coisa. Para a produção ser competitiva, temos que garantir: um processo bastante automatizado; uma cadeia de fornecimento sem desvantagem logística; fornecedores automatizados; e, por fim, competências instaladas. Estamos falando de uma nova época de mineirização, de geração de emprego e atração de tecnologias. Isso é competitividade. Depois, ao longo do tempo, podemos avaliar alguns esquemas tributários diferentes, novos ou velhos, ou se pode pensar em planos de desenvolvimento de pesquisa e apoio às faculdades. Tudo isso é algo que vai melhorar ciclicamente, mas competitividade são pessoas qualificadas, fornecedores qualificados, linhas automatizadas, engenharia e design a serviço da indústria. Grande parte disso vem de nós, outra grande parcela dos fornecedores e uma última vem do excelente diálogo para o desenvolvimento industrial que mantemos com os governos estaduais e federal. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre mercado externo. Como está o comércio internacional da FCA na América Latina? Neste ano, vamos exportar mais de 100 mil carros para a Argentina e dezenas de milhares para os demais países do continente, além de algumas vendas para o México. No momento, nossas exportações cobrem toda a América Latina e, no futuro, queremos crescer. Também importamos o Cronos da Argentina em grande número e pequenas produções de outras partes do mundo. Somos mais exportadores do que importadores. O primeiro mercado é a Argentina, o segundo é o Chile, depois Colômbia, Peru e outros. Com as exportações do Brasil, com alto volume de carros feitos em Betim, estamos crescendo em todos esses mercados. A FCA na Argentina era a quinta no ano passado e neste ano já está em segundo do ranking. Dentro do Chile, Colômbia e Peru, passamos de uma participação de 2,5% para quase 3%. No Brasil, estamos crescendo. Se o Rota 2030 for aprovado, dando previsibilidade ao ambiente econômico, poderemos ampliar as exportações. Neste ano, serão 700 mil carros vendidos em toda a América Latina e, desses, só 150 mil são fabricados fora do Brasil. Em 2022, queremos chegar a 1,1 milhão de veículos vendidos no continente. Poderia destacar alguma dificuldade para a produção da FCA, especialmente para a Fiat, em Betim? Não diria que existem entraves, mas as oportunidades de melhorias são muitas. Estamos preocupados com a cadeia de fornecedores aqui em Minas, porque ela passou por maus tempos. A reindustrialização da cadeia mineira e da brasileira é importante. A parte de infraestrutura também. Temos pouca opção para o transporte, seja de materiais, de componentes ou de produtos acabados. A opção que temos não conta com uma infraestrutura viária perfeita. Seguramente, temos necessidade de melhorar isso.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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PRODUTOS HIDRÁULICOS
Hidrau Máquinas estima crescimento de 20% neste ano Empresa realizou aportes de R$ 13,4 mi em três anos THAÍNE BELISSA
Localizada no bairro Califórnia, na região Noroeste da Capital, a distribuidora de produtos hidráulicos e industriais Hidrau Máquinas experimenta um período de crescimento e melhoria de gestão. Nos últimos três anos, a empresa vem recebendo investimentos, sendo cerca de R$ 13 milhões para mudança de sede no fim de 2016 e R$ 400 mil, no ano passado, para a implantação de um sistema de gestão de estoque. A expectativa da diretoria é que a empresa feche 2018 com um crescimento de 20% em faturamento em relação ao ano passado. A empresa é especializada em produtos hidráulicos e industriais, como mangueiras, correias, bombas e válvulas. Com 23 anos de história e 2.100 clientes no Brasil, a Hidrau Máquinas é administrada pelo fundador, Jair Neves, e a filha, Letícia Canhestro Neves. Essa combinação de gerações na gestão é o que tem trazido
crescimento para a empresa, segundo a diretora. “O fundador da empresa trabalha no segmento há mais de 50 anos e deu a base sólida para o negócio, que é a maior distribuidora do setor em Minas Gerais e a segunda maior do Brasil. Eu entrei trazendo um ritmo diferente, um olhar mais jovem e uma gestão preocupada em entregar resultado mais rápido e fazer diferente. Essa junção de solidez e inovação nos faz crescer”, analisa. O ano de 2017 foi o primeiro da empresa na nova sede, que tem 5 mil metros quadrados e é duas vezes maior que a sede antiga, que ficava em Contagem, na Região Metropolitana de Belo horizonte. De acordo com Letícia Neves, a mudança foi necessária porque o antigo espaço já não comportava o crescimento da empresa e nem o estoque, que tem mais de 8 mil itens e que, juntos, valem cerca de R$ 20 milhões. O investimento na nova sede foi de R$ 13 milhões e a
mudança ocorreu no fim de 2016. “A mudança gerou melhoria nos processos, o que resultou em crescimento no faturamento de 22% em 2017 em relação a 2016”, afirma. Para dar sequência às melhorias, a empresa também investiu R$ 400 mil em um sistema de gestão de estoque. Segundo a diretora, o estoque é uma área estratégica para a Hidrau Máquinas, que se destaca no mercado justamente por seu rápido atendimento, principalmente em situações de emergência. “Uma mangueira que estraga pode parar a produção de uma empresa, gerando um transtorno imenso e milhares de reais de prejuízo. É por isso que temos um estoque sempre completo, pois se tratam de peças importadas e que levam tempo para chegar”, explica. De acordo com a diretora, o novo sistema de gestão de estoque já reduziu em 30% as devoluções de peças por erro de entrega e melhorou a eficiência da área.
Empresa mudou para nova sede no final de 2016, após realizar investimentos de R$ 13 mi
Personalizado - Além do fornecimento de peças de forma ágil, a Hidrau Máquinas também oferece serviços personalizados para evitar a parada na produção dos clientes. “Fazemos o atendimento in company, o mapeamento do equipamento e o atendimento emergencial. Isso faz muita diferença para o mercado, que precisa de um atendimento personalizado”, explica. De acordo com a diretora, a expectativa é que, com todos esses investimentos, a empresa encerre 2018 com 20% de crescimento no faturamento em relação ao ano passado.
BICICLETAS
Sense Bike inaugura loja na Capital BRUNO SENNA - DIVULGAÇÃO
JULIANA BAETA
Belo Horizonte acaba de ganhar sua primeira loja-conceito de bicicletas, a Sense Bike. Inaugurada no último dia 5, a unidade, localizada na avenida Raja Gabaglia demandou um investimento de R$ 400 mil e deve fazer o faturamento da marca crescer em pelo menos 30% na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Sense Bike já marca presença com seus modelos de bicicletas em 2.600 lojas parceiras no Brasil. Mas a loja recém-inaugurada na Capital se torna a primeira unidade própria da marca, que vai funcionar como um laboratório para que outras unidades sejam implementadas. O plano de expansão da marca prevê abrir 100 lojas próprias nos próximos cinco anos em todo o País. A ideia é desenvolver a unidade em um formato que possa se desdobrar em franquia a médio prazo. Ela conta com seis funcionários, todos ciclistas e especialistas do ramo. Além disso, a diferença entre uma loja tradicional de bicicletas e a loja da Sense Bike é justamente o conceito. “Estamos de olho neste consumidor ciclista do futuro, que vai exigir a customização das bikes, a decoração personalizada ao gosto dele. Além disso, a loja física será um complemento do atendimento on-line, onde ele pode visualizar os produtos, escolher, e na loja ele terá o aconselhamento, a prescrição correta da bike para ele, a manutenção, os ajustes necessários para se adequar as suas medidas”,
ALESSANDRO CARVALHO - DIVULGAÇÃO
Estoque da Hidrau Máquinas conta com cerca de 8 mil itens
FRANQUIAS
Rede carioca de nutrição esportiva foca em Belo Horizonte THAÍNE BELISSA
Investimento na primeira loja física da marca sediada na RMBH atingiu R$ 400 mil
explica o chief executive officer (CEO) da Sense Bike, Henrique Ribeiro. Ele se refere ao Bikefitting, um serviço de assessoria personalizada que calcula e ajusta a bicicleta para as medidas corporais e a flexibilidade de cada ciclista. E pela localização da unidade, na avenida Raja Gabaglia, que conecta estrategicamente as principais rotas de pedal esportivo na região, a loja também pretende ser um ponto de referência, encontros e partidas de ciclistas. “A vontade de se relacionar com o ciclista permanece. A loja vai funcionar também como uma estrutura de apoio para grupos de ciclistas”, explica Ribeiro. E é por isso que a unidade conta também com uma área de alimentação e uma oficina envidraçada Shimano Service Center. Ideal - A escolha por Belo Horizonte para abrigar a
primeira loja-conceito da marca se deu por sua estrutura geográfica e pelo entorno, ideal para trilhas. “Minas é referência hoje em mountain bike e na utilização da bike como esporte off road. E todo o entorno de BH é formado por grandes áreas que favorecem a prática”, pontua o CEO da marca, Henrique Ribeiro. Além disso, no Estado a Sense Bike já conta com sua sede administrativa em Nova Lima e centro de distribuição em Lagoa da Prata. Com o ponto de partida já instalada na capital mineira, a expansão para outras partes do País se dará gradativamente ao longo dos cinco anos. O critério para a escolha dos locais será cidades que já possuam uma cultura de bike. Fusão - Recentemente, a Sense Bike se fundiu à fabricante sul-africana Swift Carbon Global, especializa-
da em bicicletas de fibras de carbono. Como resultado desta fusão, a empresa espera aumentar o seu faturamento em pelo menos dois dígitos nos próximos dez anos. Outro reflexo é que marca vai lançar no dia 16 de agosto uma nova linha de bicicletas que contará com 25 modelos com variações de tamanhos que vão do P ao GG. Conexão - O crescimento está sendo impulsionado também por uma mudança de comportamento da sociedade, que cada vez mais, busca por um estilo de vida mais saudável. Henrique Ribeiro também lembra que a bicicleta sempre fez parte da vida da população e pode ser uma ferramenta mais prática para favorecer esse estilo. “A bike é um dos poucos esportes que as famílias ensinam aos seus filhos desde muito novos, então, essa conexão já é facilitada”.
Belo Horizonte está no foco da franquia carioca SNC, que é especializada em produtos de nutrição esportiva. A empresa faz parte do grupo Pátria, que também é dono das academias Smart Fit e Bio Ritmo. De acordo com o diretor de expansão da marca, Guilherme Machado, a empresa já tem duas unidades no interior de Minas Gerais e, agora, concentrará esforços na Capital. Ele acredita que a cidade tem potencial de receber até oito unidades da franquia, sendo que, pelo menos, uma será aberta ainda este ano. A chegada a Belo Horizonte faz parte de uma estratégia mais ampla de expansão da marca, que pretende abrir 28 lojas em todo o Brasil em 2018. A sede da marca está no Rio de Janeiro e os produtos vendidos são fabricados pela Natulab, indústria que pertence ao grupo Pátria em São Paulo, e por outras indústrias terceirizadas. Machado explica que o Rio de Janeiro e a Bahia foram os primeiros alvos de expansão da marca, que tem, hoje, 64 franquias e uma loja própria. Em Minas Gerais, a marca está presente em Ubá, na Zona da Mata, e em Montes Claros, na região
Norte. A partir deste ano, a SNC vai focar em sua expansão para as capitais do País. O diretor afirma que Belo Horizonte atrai o interesse da marca não apenas por ser uma das principais capitais do Brasil, mas também porque é um mercado pouco abastecido por empresas de nutrição esportiva. “Acreditamos que o segmento tem tudo a ver com a cidade e não temos dúvidas que vamos conseguir ocupar esse espaço que ainda não é preenchido muito bem por outra empresa”, diz. De acordo com ele, a Capital tem potencial para receber oito unidades da SNC, sendo que, pelo menos, uma será aberta ainda este ano. O mix da SNC é composto por produtos como vitaminas, fitoterápicos, proteínas e outros produtos ligados ao universo do exercício físico e de vida saudável. De acordo com Machado, a marca disponibiliza aos franqueados dois modelos de franquia: quiosque e loja. O investimento em quiosque é a partir de R$ 90 mil, sendo que o faturamento médio desse modelo é de R$ 500 mil por mês. Já a loja exige um investimento a partir de R$ 200 mil e gera um faturamento médio de R$ 1 milhão por mês.
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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO
EDUCAÇÃO
Pesquisadores mineiros são enviados para o Japão Iniciativa é da Nippon Steel THAÍNE BELISSA
Uma iniciativa da multinacional Nippon Steel e Sumitomo Metal Corporation (NSSMC), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), promete intensificar o intercâmbio de conhecimento e de tecnologia entre Japão e Minas Gerais na área de siderurgia. Criado no ano passado, o projeto “De uma ponta a outra” está em sua segunda edição e acaba de enviar seis pesquisadores mineiros à produção da NSSMC no Japão. De acordo com o chefe do escritório da NSSMC em Belo Horizonte, Osamu Nakagawa, o programa
beneficia tanto os pesquisadores mineiros quanto a multinacional, numa troca eficiente de conhecimento no setor. Os pesquisadores ficam 13 dias no Japão e ganham a oportunidade de conferir de perto todo o processo de produção da NSSMC, assim como de entender mais sobre a cultura de manufatura asiática. Entre os pontos em que a indústria japonesa do aço se destaca está o processo de eficiência energética e de reutilização de água. A multinacional, por outro lado, também ganha em conhecimento e tem a oportunidade de ter contato com uma cultura diferente na produção do aço, segundo
Pesquisadores foram ao Japão por meio da parceria entre a Nippon Steel e a UFMG, que está em sua segunda edição
Nakagawa. “É claro que a matéria-prima é a mesma, assim como as tecnologias e as instalações utilizadas na produção são semelhantes. Mas há diferenças no processo de produção e nessa parte pode haver troca de conhecimento”, explica. Nesta edição do programa foram enviados ao Japão cinco estudantes e um professor do mestrado de Engenharia Metalúrgica da UFMG. Durante a visita, o professor-instrutor, Leandro Rocha
Lemos, vai apresentar aos japoneses uma pesquisa que ele desenvolve em Minas Gerais. Segundo Nakagawa, o assunto da pesquisa é sigiloso. O chefe do escritório lembra que esse intercâmbio de culturas também pode ser útil para a descoberta de talentos em Minas, assim como formação de mão de obra qualificada. “Brasileiros e japoneses têm muito o que aprender uns com os outros no processo de manufatura
e pesquisa tecnológica. A UFMG tem profissionais qualificados e esperamos contribuir para ampliar a formação dos alunos selecionados”, afirma. O estudante Rafael Fernandes é um dos integrantes da comitiva mineira que visita o Japão desde o dia 29 de junho. Ele, que também é pesquisador do Centro de Pesquisas da Usiminas, se diz muito interessado no processo de trabalho do japonês, que prioriza a co-
letividade e a visão de longo prazo em seus projetos. “Acredito que a visita pode abrir novos horizontes para linhas de estudos, principalmente na área de aciaria. Entre as possibilidades estão desde softwares e técnicas de simulação de processos utilizados, passando por análises de anormalidades e equipamentos aplicados na caracterização”, diz.
GESTÃO
Contact Centers usam AI para otimizar as operações DA REDAÇÃO
As empresas de contact centers estão buscando otimizar suas operações com o uso de inteligência artificial e análise de grande quantidade de dados (BigData). De modo a obter ganho de eficiência, as assessorias de cobranças veem observando na tecnologia uma maneira de ter mais assertividade em seus indicadores. A partir de uma plataforma conhecida como Discovery, que coleta os dados de diversas fontes, as empresas de contact center conseguem visualizar informações da sua operação em tempo real e assim tomar decisões que auxiliem na correção de determinados rumos. Alguns dos indicadores que mais são sensíveis na área de cobrança são as chamadas atendidas, os custos por chamadas, a taxa de conversão e as chamadas improdutivas. De acordo com o sócio-fundador da Deep Center, Gabriel Camargo, empresa especializada em gestão de informações e responsável
pela plataforma, a utilização da tecnologia BigData é fundamental para o ganho de produtividade. “A nossa proposta com a solução foi trazer novos insights como a melhor hora para cobrar um inadimplente, identificando qual o meio mais eficiente e, sobretudo, como se antecipar para evitar a perda de um cliente”, diz. A partir de um levantamento feito pela plataforma com cinco assessorias, verificou-se que houve um
ganho, com a redução das chamadas improdutivas – aquelas chamadas feitas que não conseguem atingir o alvo a ser cobrado - com o uso da tecnologia num período de três meses. O ganho de eficiência também foi observado quando considerado indicadores financeiros da operação, medido pelo Retorno sobre o Investimento, na plataforma. A partir da análise em uma empresa de cobrança, foi considerado ganho de
eficiência nos custos operacionais. Em um período de seis meses, houve redução de custos na faixa de 9%. Camargo avalia que em média, o uso da tecnologia pode gerar redução de 75% da força de trabalho via automação e 32% na agilidade para a tomada de decisão. “Apenas os reflexos desses dois pontos isolados já significam para as empresas ganhos monumentais em termos de lucratividade e eficiência, acompanhados
de uma enorme redução de custos. Isso torna nossa solução ainda mais atraente, pois seu baixo custo e rápida implantação tornam praticamente imediato o retorno do investimento”, ressalta o executivo. Com as diferentes fontes de dados a partir da multicanalidade, Camargo ressalta que as empresas tiveram de criar mecanismos para atender aos clientes em todos os meios, mas não tinham uma visão única. E então perceberam o quanto era importante manter esses dados associados. “A Deep Center é justamente uma fábrica de dados, capaz de unificá-los, incluindo os não estruturados. E começa pelo seu tratamento para qualificá-los. Assim, é possível saber qual é o canal de maior preferência do cliente, traçar o seu perfil, classificá-lo por região, verificar o melhor horário para a comunicação com ele e a melhor forma de contato, de maneira eficaz. Fazemos um verdadeiro retrato do cliente, um diagnóstico”, explica.
A extração da grande quantidade de dados, a partir da plataforma de visualização Discovery, permite que sejam exploradas e analisadas essas informações, unindo o BigData com a expertise do segmento. Com isso os contact centers, as assessorias de cobranças e também seus contratantes conseguem realizar a gestão da informação, apoiando a tomadas de decisões. “Nossa solução pode integrar-se ao ERP da empresa e ao CRM, ficando mais abrangente e permitindo integração de dados em toda a organização. Os resultados são imediatos e a otimização do tempo é significativa, a partir da eliminação de chamadas com falhas e do tempo ocioso do contact center”, afirma. Hoje, a Deep Center possui 98 contact centers conectados à Discovery, agilizando as tomadas de decisão com o cliente, do qual o principal objetivo é romper com a forma tradicional e evoluir para a nova era.
IDEIAS
Atitudes positivas garantem uma alta performance POR EDUARDO FERRAZ *
Muitos profissionais com perfil adequado e boa formação acadêmica não conseguem se manter nos empregos, pois são demitidos com frequência ou pedem demissão por motivos banais. Alguns cursaram universidade de primeira linha, falam dois ou três idiomas, fizeram vários treinamentos técnicos, mas são indisciplinados ou indolentes, ou arrumam confusões desnecessárias, ou cometem pequenas malandragens no dia a dia. Como muitas vezes batem metas, a empresa (na verdade, o chefe) finge que não percebe comportamentos inadequados. Pequenas espertezas, como
mentir para os clientes, chegar atrasado com frequência, não entregar relatórios e faltar com justificativas absurdas, acabam contaminando negativamente toda a equipe, criando o que chamo de “vale-trambique”, que significa uma permissão informal para que todos na empresa tenham o mesmo comportamento, sem nenhuma consequência: “Se ele pode fazer errado e nada acontece, eu também posso”. Em breve, as mesmas atitudes ruins estarão disseminadas. Imagine um barco de pesca em alto-mar, cujos tripulantes trabalhem quando e como quiserem, durmam quando desejarem, pesquem apenas quando estiverem com
vontade, briguem na distribuição das refeições e que os mais fortes explorem os mais fracos. Haverá motim, o capitão perderá autoridade e no primeiro porto os bons tripulantes vão pular fora, deixando-o ainda mais refém da turma da bagunça. Não defendo que empresas tenham disciplina militar para serem eficientes, muito pelo contrário, pois pessoas comprometidas e talentosas querem flexibilidade e autonomia. Por isso é imprescindível ter regras claras: O que é aceitável e o que não é? O combinado nunca sai caro e dá um roteiro para as pessoas trabalharem sabendo o que esperar. Existem muitas atitudes positivas nesse
sentido, no entanto, selecionei e-mails, telefonemas ou qualalgumas que tenho observado quer solicitação o mais rápido serem comuns em profissionais possível. de alta performance. Empatia: É a preocupação Profissionalismo: É a de- sincera de compreender emoterminação de desempenhar ções e sentimentos alheios. É o trabalho de forma ética e a habilidade de se colocar no bem-feita, com a preocupação lugar do outro, para entender de entregar o que é combinado como ele pensa e age. Pessoas sem ninguém mandar. Gente empáticas tendem a ser melhoassim se desdobra para cumprir res negociadoras em muitas a palavra ou os compromissos, situações. mesmo sem cobrança. Dor de dono: Significa Senso de urgência: Ser atuar como se a empresa fosse ágil para resolver problemas dele – controlar despesas, ou dar retorno sobre qualquer ficar atento às oportunidademanda é sinal de respeito des, corrigir falhas, colaborar com clientes, colegas, forne- em áreas que não são de sua cedores e até desconhecidos. responsabilidade direta são Significa também responder características comportamen-
tais de pessoas diferenciadas. Para concluir, o principal atributo para alcançar o respeito da equipe é: ser justo. Exija atitudes compatíveis com o que a empresa oferece: se você paga bem, compartilha lucros sempre que possível, proporciona boas condições de trabalho e, principalmente, dá bons exemplos, você pode e deve ser exigente e seletivo, afinal, boas empresas atraem e retêm funcionários com boas atitudes. * Consultor em gestão de pessoas e autor do livro “Gente de Resultados – Manual prático para formar e liderar equipes enxutas de alta performance
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NEGÓCIOS TECNOLOGIA
CI&T aumenta a equipe em Belo Horizonte Multinacional deverá abrir cerca de 50 vagas mensalmente no 2º semestre para atender a demanda DIVULGAÇÃO
JULIANA BAETA
Decidida a focar seus investimentos no Centro de Excelência em Tecnologias Digitais de Belo Horizonte, a CI&T, multinacional brasileira especializada em transformações digitais, anunciou 50 vagas na capital mineira com possibilidade de atuação no exterior, para formar equipes capacitadas a dar conta da crescente demanda internacional da empresa. A ideia é oferecer 50 vagas por mês ao longo do segundo semestre. O investimento em Belo Horizonte começou há dois anos com o montante de R$ 4 milhões. A empresa tem filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Estados Unidos, China, Japão e também na Europa. Na carteira de clientes, nomes como Google, Coca-Cola, Johnson & Johnson, Cielo, Itaú, explicam a procura por novos profissionais. “Sempre quisemos deixar a nossa marca, o nosso legado no mundo da tecnologia, e daí a ideia de conectar o nosso crescimento com o Centro de Tecnologia em Belo Horizonte, aliado a uma oportunidade de aceleração nos EUA, onde compra-
mos uma agência digital. Este ano, estamos com uma oportunidade de não só ter como cliente, mas também de atuar com o Google como parceiro tecnológico. Oferecer este serviço para os clientes e ser a empresa que vai implementar as soluções é uma ótima oportunidade, e um dos fatores que nos faz investir no Centro de Excelência em BH”, explica a gerente de engajamento e contratações da CI&T nos EUA, Marília Honório. O centro de Belo Horizonte da CI&T existe há aproximadamente dez anos, mas recentemente, foi feito um rearranjo de foco para direcionar os investimentos em infraestrutura e capacitação, e tornar o local a referência da empresa para os contratos internacionais. A iniciativa faz parte do You Global, projeto-chave da CI&T para alcançar a marca de R$ 1 bilhão no faturamento até 2020, elevando o volume de exportações em mais de 50% da receita anual. O prazo para as inscrições para o programa You Global, que oferece as 50 vagas de trabalho imediato já terminaram, mas as oportunidades não. A empresa está se preparando para
oferecer mensalmente 50 vagas de trabalho na Capital. Desta forma, centenas de outras contratações estão previstas ao longo do segundo semestre. Conforme explica Marília, o objetivo é formar equipes altamente capacitadas em inglês e competências digitais específicas para atender localmente o crescente número de projetos internacionais da companhia. “Queremos encontrar as pessoas certas para os nossos desafios e não necessariamente precisam ser profissionais prontos, porque também temos um programa de preparação. Nosso objetivo é rodar novos turnos deste programa, achar as pessoas certas, capacitá-las e montar um time fantástico de excelência. Nesta primeira fase, os três melhores profissionais vão trabalhar durante um mês no escritório dos Estados Unidos como parte da capacitação e, obviamente, conforme a demanda, outras pessoas poderão vir para cá em períodos curtos ou até mesmo, dependendo da necessidade, podemos considerar realocações”, explica. O fator BH - Para se enten-
Ampliação da equipe na unidade da Capital visa atender o crescente número de projetos internacionais
der a escolha pela capital mineira é preciso conhecer a história da empresa. Fundada em 1995, a CI&T nasceu em Campinas, por estar localizada perto das universidades. A empresa começou a crescer desde então, conquistando o mercado internacional a partir de 2003 e se ramificando pelo País e pelo exterior, sempre preocupada em se
estabelecer em locais com centros acadêmicos como vizinhos. Com a filial fixada em Belo Horizonte há cerca de 10 anos, a cidade foi escolhida por cumprir este requisito e passou a ser o centro das atenções para concentrar a maior parte dos investimentos. Não só os R$ 4 milhões aplicados há cerca de dois anos, mas
investimentos contínuos, para que o seu Centro de Excelência em Tecnologias Digitais continue abrindo as portas para novos profissionais. Interessados nas futuras vagas devem ficar de olho no site e nas redes de empresa, onde ela deve anunciar as próximas oportunidades na capital mineira.
INOVAÇÃO
Brasil conta com 263 startups na área de saúde DA REDAÇÃO
No Brasil, existem 263 startups Health Techs referentes a questões médicas e de saúde. É o que mostra o Liga Insights Health Techs, maior estudo já feito no Brasil sobre startups do segmento - realizado pela Liga Ventures - aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes empresas - e que analisou 10.085 startups brasileiras e entrevistou mais de 20 empreendedores, profissionais e pesquisadores da área, buscando compreender como o mercado da saúde está inovando e de que forma as Health Techs estão sendo desenvolvidas e aplicadas no Brasil. O mapeamento das startups foi realizado a partir de diversas fontes, como inscrições para os programas de aceleração e eventos da Liga Ventures, a plataforma DisruptBox, recomendações, notícias em portais de negócios, bases abertas e busca ativa de startups. “Para conduzirmos o estudo, dividimos o setor de saúde em cinco grandes atores, que, individualmente, permitem que os processos da área sejam integrados. São eles: usuários, intermediários, operadores, distribuidores e fornecedores. Depois, os conectamos com 18 categorias de soluções oferecidas por startups”, explica, o startup-hunter da Liga Ventures e responsável pelo Liga Insights, Raphael Augusto. As categorias são: bem estar físico e mental (26 startups), BI, AI, Big Data, Analytics (18 startups), Buscadores e Agendamentos (27 startups), Espaços (3), Glicemia (5), Hard Science (40), Informação, treinamento, aprendizado (14 startups), IOT para monitoramentos de locais, produtos e pacientes (16 startups), Marketplace de
medicamentos (startups), Nutrição (7 startups), Planos (6), Prontuário e prescrição (8 startups), Próteses (7 startups), Saúde on demand (10 startups), Sistema de gestão para hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios (44 startups), Sistema de imagem e laudo ( 11 startups), Telemedicina ( 7 startups) e Autismo (2). Health Techs pelo Brasil - De acordo com o estudo, a categoria de Sistemas de Gestão (17%) e Hard Science (15%), são as com maior número de startups, seguidas pelas soluções de Bem-estar Físico e Mental (10%) e Buscadores e Agendamentos de consultas (10%). As categorias com o menor número de startups são de (2%), Glicemia (1%) e espaços para saúde (1%). O levantamento apontou ainda que São Paulo é a cidade com o maior número de startups do segmento com 43%, seguido por Belo Horizonte com 9% e Rio de Janeiro, com 6%. Seguindo a lista, os cinco maiores berços de Health Techs no Brasil são: Recife (5%), Florianópolis (5%), Porto Alegre (3%),
Curitiba (3%), Ribeirão Preto (3%). No total, 37 cidades brasileiras apareceram no mapeamento como sedes de startups relacionadas a saúde. No ranking de estados, temos como destaques São Paulo com 52%, seguido por Minas Gerais com 12% e Rio de Janeiro com (7%). “A aplicação de inovações advindas de Health Techs ainda são tímidas no Brasil por inúmeros fatores, entre eles; regulamentação, altos investimentos, prazos longos para desenvolvimento, processos burocráticos e concentração em grandes players. Mas, apesar destes pontos, o mercado está se movimentando para sair da inércia e começa a se abrir, buscando por mudanças, com dois primeiros objetivos: busca pela eficiência operacional e integração”, comenta o co-founder e CEO da Liga Ventures, Rogério Tamassia. Inteligência artificial - De acordo com o relatório Digital Health Technology Vision 2017, realizado pela Accenture em todo mundo,
PIXABAY
Levantamento aponta que maior parte das startups está na área de Sistemas de Gestão
72% das organizações de saúde já utilizam inteligência artificial em seus assistentes virtuais e 84% dos executivos da área de saúde entrevistados acreditam que IA (Inteligência Artificial) poderá revolucionar a maneira que eles obtêm
informações e a maneira como irão interagir com seus pacientes. No Brasil, essa realidade vem crescendo todos os dias. Um exemplo é a Qual Farmácia, startup que liga estoques das farmácias com a busca das pessoas de
maneira remota, incluindo o varejo de medicamentos no mundo digital. Hoje, a Qual Farmácia já possui mais de 300 farmácias cadastradas e tem mais de 30 mil usuários em sua base. A startup é investida da Porto Seguro e da Plug and Play.
Programa prevê R$ 45 milhões para as MPEs DA REDAÇÃO
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) terá R$ 45 milhões, por meio de edital para investir em fundos que queiram participar do projeto “Capitalizando empresas inovadoras”. “Além do fomento a novas práticas pelas micro e pequenas empresas, o Sebrae vai passar a investir recursos em pequenos negócios inovadores; estamos atuando de forma estratégica para garantir empresas mais competitivas”, explica o diretor de Administração e Finanças e presidente em
exercício do Sebrae, Vinicius Lages. Um dos maiores desafios para jovens empresas inovadoras é o acesso a capital. Pelo menos 40% das startups que fecharam as portas, nos últimos três anos, apontaram a dificuldade de acesso a capital como principal razão para essa decisão. Essa realidade ficou evidente na pesquisa feita com empresas do programa InovAtiva Brasil, a maior plataforma brasileira de pré-aceleração de startups. A pesquisa ouviu 1.044 empresas, em dezembro passado, principalmente
startups de Tecnologia da Informação e da Comunicação (31%), Desenvolvimento de Software (21%) e Serviços (18%). Dessas empresas, 30% informaram a decisão de fechar as portas. O levantamento foi realizado pelo Sebrae e Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), parceiros no InovAtiva Brasil. Um pequeno negócio inovador é uma empresa com CNPJ e constituída sob a forma de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), Sociedade Empresária de Responsabilidade Limitada (Ltda), Sociedade
Anônima de Capital Fechado (S.A.) ou Microempreendedor Individual (MEI). Além disso, ela deve se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte que desempenhe atividade inovadora. Edital - Conforme o edital, o Sebrae selecionará até cinco fundos para participação no projeto com base na nota obtida por cada um, conforme análise dos critérios classificatórios. Além disso, a instituição terá a discricionariedade de definir o montante a ser aportado em cada fundo escolhido. Pelas
regras, os fundos já devem estar regularmente constituídos sob a forma de Fundo de Investimento em Participações – Capital Semente ou Multiestratégia ou Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FIP-PD&I), conforme Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A soma do patrimônio comprometido e do patrimônio líquido do Fundo deverá ser de, no mínimo, a R$ 50 milhões e o Sebrae participará como quotista, devendo seu recurso ser alocado integralmente nos pequenos negócios inovadores. (ASN)
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AGRONEGÓCIO
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PECUÁRIA LEITEIRA
Preço do leite segue em alta em Minas Gerais Em junho, o valor líquido médio praticado no Estado foi de R$ 1,32, aumento de 3,02% frente a maio MICHELLE VALVERDE
Pelo quinto mês consecutivo, foi verificada alta nos preços do leite em Minas Gerais. Em junho, referente à produção entregue em maio, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor líquido médio praticado no Estado ficou 3,02% maior que o registrado em maio, com o litro de leite negociado a R$ 1,32. O aumento está atrelado à paralisação dos caminhoneiros e à menor produção no campo em função da entressafra. A captação de leite em maio ficou 15% menor em Minas Gerais. De acordo com os pesquisadores do Cepea, um dos grandes impactos que prejudicou a oferta do leite foi a greve dos caminhoneiros. A paralisação de onze dias, que aconteceu no final de maio, provocou a interrupção do transporte de leite aos laticínios e agravou ainda mais o cenário de abaixa oferta. O Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-L), na média Brasil, recuou expressivos 14,4% de abril para maio, acumulando queda de 24,1% no ano. Minas Gerais foi o segundo estado com maior redução do volume captado em maio, 15,1%, atrás apenas do Paraná, onde a queda chegou a 20%. O resultado, atípico, esteve atrelado ao grande volume de leite descartado ainda nas propriedades. Ao longo dos 11 dias da paralisação dos caminhoneiros, cerca de 80% da produção mineira de leite, que é entregue às indústrias, foi descartada no campo por falta de transporte. O percentual corresponde a cerca de 100 milhões de litros, o que gerou um prejuízo estimado entre R$ 120 milhões e R$ 130 milhões apenas na produção primária. A perda em função da greve aconteceu em um período de baixa produtividade em Minas Gerais. Com o avanço da entressafra e o aumento dos preços dos grãos entre abril e maio deste ano, a produção foi prejudicada, elevando a competição entre indústrias para assegurar o fornecimento de matéria-prima. Além disso, de acordo com o Cepea, o setor sofre com as consequências dos baixos preços praticados no segundo semestre de 2017, que desestimulou produtores a investirem na atividade e promoveu a redução da captação. No Estado, em junho, re-
DIVULGAÇÃO
ferente à produção entregue em maio, o preço médio líquido do leite foi de R$ 1,32, valorização positiva de 3,02% frente ao valor recebido no mês anterior. O valor bruto ficou 2,33% maior no período, com o produtor recebendo em média R$ 1,44 pelo litro. A alta verificada em Minas Gerais também foi observada na média nacional. De acordo com pesquisas do Cepea, o valor líquido do leite subiu 3,3% frente ao mês anterior, chegando a R$ 1,29 por litro na média Brasil, que é calculada pelos resultados com base nos dados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Consumo - A alta verificada nos preços praticados em junho foi menor que a registrada nos meses anteriores, que girava em torno de 6,7%. De acordo com os pesquisadores do Cepea, apesar da menor oferta, o aumento da cotação foi limitado pelo mercado, uma vez que os
Em maio, a captação ficou 15% menor em virtude da entressafra e da greve dos caminhoneiros, gerando valorização
consumidores reduziram o ritmo e o volume de compras do leite e produtos derivados. Com a retração nas vendas, supermercados optaram por
fazer promoções, fator que limitou a elevação dos preços na indústria e ao produtor em junho. Com a oferta de leite li-
mitada e a maior concorrência entre as indústrias para recompor os estoques, a tendência para julho é de nova alta nos preços pagos
aos produtores. Os pesquisadores do Cepea estimam que a valorização dos preços será superior à registrada em junho.
Pequenos produtores têm acesso a material genético DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
Até pouco tempo, a inseminação artificial não era prática comum às propriedades da agricultura família, diante dos custos para aquisição e realização dos procedimentos. Mas para garantir o acesso à tecnologia, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), desenvolve os Programas Estaduais de Inseminação Artificial. O objetivo é viabilizar o aumento da produtividade em propriedades da agricultura familiar. Ao todo, mais de 2 mil famílias já foram atendidas. Com recursos de uma emenda parlamentar, a Emater-MG comprou, em 2017, por meio de licitação pública, 50 botijões criogênicos e doses de sêmen de animais de alto rendimento para a produção de leite. O material foi distribuído em 40 municípios dos Territórios de Desenvolvimento Sul e Sudoeste. Além disso, o governo adquiriu e distribuiu 45 motos, usadas para o deslocamento dos inseminadores, e kits de inseminação (luvas, pipetas de inseminação). Tudo isso contribuiu para que tivessem sido realizadas, somente no ano passado, mais de 8 mil inseminações. Reconhecida como importante ferramenta de valoriza-
ção e promoção do agricultor familiar, a iniciativa vem sendo implementada em outras regiões do Estado, com distribuição, em 2018, de mais 101 botijões, cada um com 100 doses de sêmen bovino de alta qualidade, além do kit de inseminação. O investimento é de R$ 505 mil, provenientes do Programa Estadual Minas Sem Fome. Como participar - Para que seja pleiteada a participação nos Programas Estaduais de Inseminação Artificial, o município deve comprovar tradição na pecuária leiteira, contar com agricultores familiares interessados e disponibilizar um profissional de apoio ao produtor nas ações de inseminação. Assim, estará apto e receberá da Emater-MG todo suporte para a gestão local do programa. Este ano, a previsão é de que 12 mil vacas sejam inseminadas e que daqui a alguns anos as bezerras com este ganho genético serão o grande diferencial para a produção de leite da agricultura familiar. O material genético disponibilizado aos agricultores familiares é procedente de animais testados e aprovados em grandes centrais de inseminação e proveniente das três principais raças de
Com o apoio da Emater, a expectativa é de que neste ano 12 mil vacas sejam inseminadas
bovinos produtores de leite: Holandesa, Girolando e Gir Leiteiro. A entrega é feita às prefeituras que aderiram aos programas por meio de um Termo de Cessão. Com isso, um técnico regional da Emater-MG acompanha o desenvolvimento do programa enquanto o agente contratado pelo município (ou associação) é o responsável pela inseminação das vacas nas propriedades rurais. Esse material é entregue em botijões criogênicos, que armazena, por tempo indeterminado, desde que não falte nitrogênio, o sêmen do gado com indicação para a produção de leite. Em cada um desses recipientes estão armazenadas entre 100 e 150
doses de sêmen bovino. Apenas no ano passado mais de 4 mil animais foram inseminados, sendo que cada propriedade recebe as doses de sêmen conforme a sua necessidade. Até o dia 7 de julho, a Emater-MG espera entregar entre 30 e 40 botijões para municípios que estão na fase final da elaboração do Termo de Cessão. Capacitação - Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais (Senar Minas) e o Instituto de Educação Federal do Sul de Minas, a Emater-MG também garante que produtores sejam treinados para que eles próprios sejam os responsáveis pela
inseminação artificial em suas propriedades. Apenas em 2017, 56 pessoas foram capacitadas para o trabalho de inseminação. Este ano, conforme os botijões de sêmen estão sendo entregues, os municípios já programam a oferta do curso de capacitação. A previsão é de que 90 pessoas sejam formadas para atuar nos municípios e nas regiões onde vivem. Normalmente, os alunos dos cursos de qualificação são os filhos dos produtores rurais, que se envolvem para fazer com que a tecnologia seja a grande aliada da produção rural. São treinados para fazer o trabalho nas suas propriedades e nas dos vizinhos. (Com informações da Agência Minas)
SUCROALCOOLEIRO
Raízen e São Martinho adquirem canaviais da Furlan São Paulo - A Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, e o Grupo São Martinho assinaram acordo para aquisição conjunta de canaviais da Usina Açucareira Furlan, em Santa Bárbara do Oeste (SP), em uma transação de R$ 118 milhões. Em comunicados na noite de quinta-feira, as empresas sucroenergéticas relataram
que o pacto ainda prevê o arrendamento de terras de propriedade da Usina Furlan e da Agro Pecuária Furlan. Concluída a operação, a Raízen assumirá dois terços dos contratos agrícolas e de fornecimento, que totalizam cerca de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar na região, e o Grupo São Martinho se encarregará do restante. Os R$ 118 milhões
serão pagos pelas companhias na mesma proporção. “A conclusão da transação está alinhada à estratégia de aumento da disponibilidade de cana para processamento nas usinas da Raízen e está sujeita a determinadas condições, assim como aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, informou a Cosan, em comunicado.
A Raízen é o maior grupo sucroenergético do mundo e conta com 26 usinas no País. Para a atual safra 2018/19, espera moagem de até 66 milhões de toneladas de cana. Em paralelo, o Grupo São Martinho, que tem unidades produtoras em São Paulo e Goiás, disse que processará sua parcela de cana da Usina Furlan na Usina Iracema,
em Iracemápolis. A empresa disse que a unidade, que tem capacidade anual de moer 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar atualmente, ampliará esse volume para 3,5 milhões. Os investimentos industriais e agrícolas para elevar a moagem e absorver todo o canavial somam R$ 12,4 milhões, disse a companhia. Ainda segundo o Grupo
São Martinho, os investimentos permitirão aumentar a produção por safra em até 30 mil toneladas de açúcar (mix açucareiro) ou 30 milhões de litros de etanol (mix alcooleiro), além de adicionais 18 mil MWh de energia. Em 2018/19, o Grupo São Martinho espera moer um total 20,57 milhões de toneladas de cama. (Reuters)
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
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ANBIMA
Fundos de investimento captam R$ 36 bi até junho Ganhos desaceleraram frente 2017 São Paulo – Os resgates líquidos de R$ 25,8 bilhões que a indústria brasileira de fundos sofreu no mês de junho puxaram para baixo a captação acumulada no primeiro semestre do ano, que foi de R$ 36,4 bilhões (positivos). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), nos primeiros seis meses de 2017, os ingressos líquidos dos fundos de investimento haviam chegado a R$ 129,3 bilhões, enquanto a média dos últimos cinco anos é de R$ 48,3 bilhões. “Este é o momento em que os gestores estão reagindo às volatilidades do cenário para readequarem suas carteiras. O mercado é naturalmente cíclico e é importante que o investidor evite a tomada de decisões precipitadas”, afirma o vice-presidente da Anbima, Carlos André. “Resgatando recursos sem necessidade, por receio de perdas, ele acaba cristalizando um prejuízo que poderia ser recuperado no médio ou longo prazo”, completa.
No acumulado do primeiro semestre, os multimercados lideram entre as demais classes de fundos, com R$ 33,6 bilhões (contra R$ 42,9 bilhões no mesmo período de 2017), seguidos Os multimercados foram o destaque do segmento no 1º semestre, com captação de R$ 33,6 bilhões, segundo a Anbima pelos fundos de ações, cujos ingressos líquidos de R$ 18,6 bilhões reverteram os resgates líquidos de R$ 3,1 bilhões dos primeiros seis meses do ano passado. A São Paulo - Se o mercado bra- da média registrada nos últimos teleconferência com jornalistas. renda fixa apresenta a maior André frisa que, dada a proxisileiro conviver, ao longo dos quatro anos. perda: fechou o semestre próximos meses, com picos de Dados da entidade mostram midade das eleições no Brasil, é com resgates líquidos de volatilidade, a recuperação dos ainda que a instabilidade econô- natural um aumento da volatiliR$ 21,8 bilhões (no mesmo níveis de captação da indústria mica afetou o resultado do setor dade do mercado, fazendo com intervalo do ano passado, a de fundos de investimento tende em junho, quando os resgates que investidores passem a buscar captação foi positiva, de R$ a ser mais longa, a despeito do somaram R$ 25,9 bilhões. Des- saídas mais conservadoras. No 56,8 bilhões). cenário de baixas taxas de juros, tes, o montante de R$ 25 bilhões entanto, ele diz que a percepção segundo o vice-presidente da As- correspondeu a um único fundo é de que os investidores estão, a Retornos - Em relação aos sociação Brasileira das Entidades exclusivo. Depois do aumento cada dia, demonstrando maior retornos que os fundos prodos Mercados Financeiro e de da volatilidade, o especialista vê, nível de maturidade. porcionaram aos investidoCapitais (Anbima), Carlos André. neste momento, um cenário de O patrimônio líquido da indúsres no semestre, destaque aos No primeiro semestre deste ano, maior normalidade. tria chegou em R$ 4,3 trilhões no multimercados: o tipo Long a captação líquida da indústria de “Com uma volatilidade mais fim de junho, aumento de 13,6% and Short Neutro (que faz fundos de investimento somou acentuada, o fluxo de recursos em um ano. O número de contas operações ligadas à renda R$ 36,4 bilhões, queda de 71,8% para fundos multimercados e de saiu de 13 milhões na metade do variável, montando posições ante o visto no mesmo período do ações não será tão rápido”, des- ano passado, para 14,4 milhões compradas e vendidas com ano passado. O volume é abaixo tacou o executivo da Anbima, em um ano depois. (AE) o objetivo de manter exposição financeira limitada a Alta Grau de Investimento de ações: os principais ti5%) apresentou a melhor ções de ativos e derivativos média de 5%. ligados à renda variável, Na renda fi xa, os fundos teve rentabilidade média de pos apresentaram retornos performance da classe no ano (7,34%). O Long and Short montando posições compra- de prazos mais longos se- 4,5%. A trajetória negativa negativos no primeiro seDirecional (que faz opera- das e vendidas) acumulou guem trazendo os melhores do Ibovespa comprometeu mestre. (Com informações no período rentabilidade retornos. O tipo Duração o desempenho dos fundos da Anbima.)
Volatilidade pode estender recuperação
MERCADO
Dólar recua 1,67%; Ibovespa fecha a semana em alta São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira (6) em baixa ante o real, em um movimento de correção e com fluxo pontual de venda depois de superar o patamar de R$ 3,95 durante o pregão, com o foco na cena externa e com os investidores cautelosos sobre se o Banco Central (BC) brasileiro voltará a atuar no mercado ou se continuará de fora, como nos últimos dias. A sexta-feira foi marcada por baixo volume de negócios por conta do jogo da seleção do Brasil contra a Bélgica, o que deixou os investidores afastados das mesas de operação e intensificando os movimentos das cotações. O dólar recuou 1,67%, a R$ 3,8687 na venda, depois de ter fechado o pregão de quinta-feira (5) no maior nível desde 1º de março de 2016, a R$ 3,9344. Na semana, acumulou queda de 0,22%. “A moeda (norte-americana) continua se valorizando fortemente contra o real, mostrando que o mercado vem testando a autoridade monetária”, escreveu a Rico Investimentos em relatório. O BC não tem feito intervenções extraordinárias no mercado por meio de leilões de novos swaps cambiais equivalentes à venda futura de dólares - desde a semana
MARCOS SANTOS USP IMAGENS
passada. Tem feito apenas as vendas desses contratos para rolagem dos vencimentos futuros. Na sessão, ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões. Com isso, rolou o equivalente a US$ 3,5 bilhões do total que vence no próximo mês. B3 – Já o Ibovespa encerrou a sexta-feira em alta, em sessão com menor volume de negócios em razão do jogo do Brasil na Copa do Mundo, com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano dividindo o foco com o noticiário corporativo doméstico. O principal índice de ações da B3 fechou o pregão com avanço de 0,61%, a 75.010 pontos. Na semana, acumulou alta de 3,09%. O volume financeiro no pregão somou R$ 6,75 bilhões, ante média diária de R$ 7,35 bilhões na primeira semana de julho e de R$ 11,77 bilhões em 2018. O fato de ser véspera de fim de semana prolongado para o mercado pelo feriado em São Paulo ajudou a reduzir o giro. “Ninguém se expõe. A bolsa fecha, mas o mundo não”, disse o gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de Bovespa da Coinvalores. (Reuters)
Moeda norte-americana fechou a sexta-feira a R$ 3,86 na venda, depois de ter encerrado o pregão da véspera a R$ 3,93
Itaú eleva previsão para moeda americana em 2018 São Paulo - O Itaú Unibanco elevou a projeção para o dólar no Brasil de R$ 3,70 para R$ 3,90 no final deste ano e em 2019, de acordo com relatório publicado na sexta-feira (6), assinado pelo economista-chefe, Mario Mesquita. "As incertezas internacionais e domésticas seguem pressionando o real", destaca o documento, alertando que existem riscos relevantes para essa projeção, vindos tanto do cenário externo, quanto da economia interna.
No cenário internacional, uma escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos, que já fez a aversão ao risco aumentar nas últimas semanas, pode pressionar ainda mais o dólar, assim como um aumento mais intenso de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No mercado doméstico, o Itaú destaca que permanecem as incertezas acerca da evolução das reformas, especialmente as fiscais, em
meio a uma eleição ainda gamentos, apesar do recuo bastante incerta. nos últimos meses". O banco projeta ligeira Contas externas - Pelo elevação do déficit em conta lado positivo, o banco res- corrente nos próximos mesalta que os dados recen- ses, mas sem comprometer tes seguem mostrando as a sustentabilidade externa. contas externas saudáveis, O Itaú estima superávit comesmo com o ligeiro au- mercial de US$ 65 bilhões mento do déficit em conta em 2018 e de US$ 56 bilhões corrente, na margem, por (ante US$ 55 bilhões) em conta da greve dos cami- 2019. Para a conta corrente, a previsão é de déficit de nhoneiros. "O investimento estran- US$ 17 bilhões (ante US$ geiro direto continua sendo 19 bilhões) em 2018 e de a principal fonte de finan- US$ 29 bilhões (ante US$ ciamento do balanço de pa- 36 bilhões) em 2019. (AE)
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Julho Salรกrio CUB-MG* (% UPC (R$) UFEMG (R$) TJLP (&a.a.) *Fonte: Sinduscon-MG
Agosto
Set.
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Contribuiรงรฃo ao INSS &2035$
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Seguros
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Fonte: Fenaseg
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Previdรชncia Social (INSS) GPS - (QYLR DR VLQGLFDWR (QYLR DR VLQGLFDWR UHSUHVHQWDWLYR GD FDWHJRULD SURยฟVVLRQDO PDLV QXPHURVD HQWUH RV HPSUHJDGRV GD FySLD GD *XLD GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO *36 UHODWLYD j FRPSHWrQFLD MXQKR +DYHQGR UHFROKLPHQWR GH FRQWULEXLo}HV HP PDLV GH XPD *36 HQFDPLQKDU FySLDV GH WRGDV DV JXLDV 1RWD 6H D GDWD OLPLWH SDUD D UHPHVVD IRU OHJDOPHQWH FRQVLGHUDGD IHULDGR D HPSUHVD GHYHUi DQWHFLSDU R HQYLR GD JXLD *36 FySLD
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Aluguรฉis
Agenda Federal Dia 10
Taxas de cรขmbio
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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LEGISLAÇÃO TRIBUTOS
Imposto indevido pode ser recuperado Empresas inscritas no Simples estão sujeitas à duplicidade de recolhimento do ICMS e PIS/Cofins STJ/DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
A falta de conhecimento a respeito do sistema tributário brasileiro faz milhares de empreendedores colaborarem com o aumento do saldo positivo da arrecadação do Fisco. Isso porque muitas micro e pequenas empresas (MPEs) desconhecem essa possibilidade de ter a recuperação de impostos no regime tributário do Simples Nacional. Entretanto, o processo para reaver o pagamento de alguns tributos exige conhecimento técnico e inclusive sobre o planejamento tributário. Segundo o advogado tributário e economista Wander Brugnara, diretor e fundador do Grupo Brugnara, a recuperação ocorre devido à duplicidade no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), no regime de substituição tributária, e do Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) monofásico, justamente pelo fato das empresas do Simples Nacional arcarem com os mesmos na origem e posteriormente na alíquota única, indo contra a ideia da não-cumulatividade. Existem alguns tributos que são exigidos do fabricante/produtor ou importador de origem, conforme as determinações do Fisco,
Histórico
que passam a ser expostos a diferentes tipos de empresas – inclusive de regime Simples Nacional. “Geralmente esses tributos são o ICMS-ST e o PIS/Cofins monofásico, em que o Fisco pressupõe o valor pago pelo consumidor final em um produto específico e com base nisso, exige o recolhimento dos mesmos ainda na origem e com base nesse correspondente (o valor que acredita ser o que os consumidores pagam)”, disse. Para o especialista, antes da Lei Complementar 123, do ano de 2006, não ter sido alterada, era isso que acontecia. “A partir da Lei Complementar nº 147, de 2014, esse padrão fora alterado, mas apenas a partir das empresas sujeitas ao regime do Simples. A Lei nº 147 permitiu a retirada da base de cálculo de ICMS e PIS/Cofins sobre a receita de venda de produtos neste tipo de regime e monofásico nas Simples, e com isso, a duplicidade de tributos não tem acontecido ao menos neste padrão”, explicou. Compensação - De acordo com Brugnara, isso significa que desde 2014, as empresas possuem autonomia para excluir da base de cálculo a receita de venda dos produtos que são oriundos de ICMS-ST e Monofásico do PIS/Cofins e, além disso, ainda fora permitido recolhimento dos créditos ge-
rados por esse cumulativo, a partir de um processo de compensação. O regime monofásico é bem parecido com a substituição tributária pois tem como intuito indicar um responsável pelo recolhimento da cadeira toda, neste caso o importador ou o fabricante. “Não diferentes dos outros regimes existentes no Simples Nacional, o monofásico funciona da mesma forma, o que devemos observar é a tributação de algumas mercadorias. Lembrando que para PIS e Cofins a receita oriunda da venda de produtos monofásicos não deveria ser tributada. Logo devemos segregar o CST (Código da Situação Tributária) das vendas das mercadorias a fim de evitar desperdícios no sistema monofásico no Simples Nacional”, esclareceu o advogado. Diversas farmácias, bares, restaurantes, empresas de cosméticos e perfumaria já vem conseguindo recuperar os impostos pagos de forma indevida, devido à venda de produtos monofásicos. A partir da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) pode ser constatado se um produto está sujeito ao regime monofásico. Para o especialista, nessa categoria a regra das alíquotas gerais de 0,65% ou 1,65% para o PIS e 3% ou 7,6% para a Cofins não é mais válida. “Isto acontece por que os produtos monofásicos pos-
útil, manter o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo Esta agenda contém as principais V, parte 1, artigo 162). Internet, obrigações a serem cumpridas nos RICMS-MG/2002, anexo V, parte prazos previstos na legislação em 1, artigo 152, caput, I, § 1º, II. vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de Dia 9 âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determiICMS - junho de 2018 - connações legais, relacionadas ou não tribuinte/atividade econômica: com aquelas, a serem cumpridas indústrias de lubrificantes ou de em razão de certas atividades combustíveis, inclusive álcool para econômicas e sociais específicas. fins carburantes, excetuados os Agenda elaborada com base na demais combustíveis de origem legislação vigente em 07/06/2018. vegetal. Nota: O pagamento do Recomenda-se vigilância quanto a valor remanescente (10% do ICMS eventuais alterações posteriores. devido) deverá ser efetuado até Acompanhe o dia a dia da legis- o dia 8 do mês subsequente ao lação no Site do Cliente (www.iob. da ocorrência do fato gerador. com.br/sitedocliente). Na hipótese de o dia 8 não ter expediente bancário, o pagamento ICMS - prazos de recolhimento - será efetuado no primeiro dia útil os prazos a seguir são os constantes após, nos termos do art. 91 da Parte dos seguintes atos: Geral do RICMS-MG/2002. DAE/ a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral internet, RICMS-MG/2002, Parte do RICMS-MG/2002; e Geral, artigo 85, I, “p.2”. b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos suICMS - junho de 2018 - contrijeitos a substituição tributária). O buinte/atividade econômica: coRegulamento de ICMS de Minas mércio atacadista em geral quando Gerais é aprovado pelo Decreto não especificado no artigo 85, I, nº 43.080/2002. “b” do RICMS-MG/2002. Nota: O pagamento deve ser efetuado Dia 8 até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. ICMS - junho de 2018 - Decla- Na hipótese de o dia 8 não ter ração de Apuração e Informação expediente bancário, o pagamento do ICMS (Dapi 1) - contribuintes será efetuado no primeiro dia útil sujeitos à entrega: gerador e/ou após, nos termos do artigo 91 da distribuidor de energia elétrica e Parte Geral do RICMS-MG/2002. de gás canalizado; prestador de DAE/internet, RICMS-MG/2002, serviço de comunicação (telefo- Parte Geral, artigo 85, I, “n.1”. nia); indústria de combustíveis e lubrificantes, exceto combustíveis ICMS - junho de 2018 - conde origem vegetal. Nota: Os prazos tribuinte/atividade econômica: para transmissão de documentos comércio varejista, inclusive hifiscais pela Internet são os mesmos permercados, supermercados e atribuídos às demais formas de lojas de departamentos. Nota: entrega dos documentos fiscais O pagamento deve ser efetuado previstos no RICMS-MG/2002. até o dia 8 do mês subsequente Tendo em vista ser uma obriga- ao da ocorrência do fato gerador. ção acessória eletrônica e a inexis- Na hipótese de o dia 8 não ter tência de prazo para prorrogação expediente bancário, o pagamento quando a entrega cair em dia não será efetuado no primeiro dia útil
suem alíquotas diferentes dos demais produtos, temos como exemplo, cervejas, refrigerantes, produtos de perfumaria, dentre muitos outros, quem é obrigado a recolher tal tributo é o primeiro da cadeia, sendo o industrial ou o importador, que irá recolher por toda a cadeia seguinte”, explicou. Ele ressaltou que a maioria dos que vendem produtos monofásicos devem saber que a revenda de tais produtos é feita com alíquota zero. O ministro Gurgel de Faria indeferiu recurso da Fazenda
STJ nega limite para parcelamento
Brasília - Ao negar recurso da Fazenda Nacional, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou, por unanimidade, o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de que a Portaria conjunta 15/2009, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Receita Federal, extrapolou a Lei 10.522/02 ao impor o limite de R$ 1 milhão para a inclusão de dívidas fiscais no parcelamento simplificado. No recurso apresentado ao STJ, a Fazenda Nacional pedia que fosse reconhecida a legalidade do estabelecimento de limite de débitos passíveis de inclusão no parcelamento simplificado de tributos por meio do ato infralegal. O relator, ministro Gurgel de Faria, explicou que o artigo 155-A do Código Tributário Nacional prevê que o parcelamento dos tributos será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. Segundo o ministro, quando se trata de estabelecer as condições para a concessão do parcelamento, é preciso “estrita observância ao princípio da legalidade”, não existindo autorização legal para que
após, nos termos do art. 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/ internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, I, “n.2”. ICMS - junho de 2018 - contribuinte/atividade econômica: indústrias não especificadas no art. 85, I, da alínea “e” do RICMS-MG/2002. Nota: O pagamento deve ser efetuado até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Na hipótese de o dia 8 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, I, “n.3”. ICMS - junho de 2018 - contribuinte/atividade econômica: prestador de serviço de transporte. Nota: O pagamento deve ser efetuado até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Na hipótese de o dia 8 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, “n. 4”. ICMS - do dia 27 até último dia do mês de junho de 2018 - operações ou prestações próprias do prestador de serviço de comunicação na modalidade telefonia, classificado nos códigos 6110-8/01 e 6120-5/01 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 30.000.00,00, da indústria de bebidas, classificada no código 1113-5/02 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 400.000.000,00, da indústria do fumo, classificada no código 1220-4/01 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo
portarias de órgãos do Poder Executivo tratem de condições não previstas na lei de regência. “Na hipótese dos autos, nos termos dos artigos 11 e 13 da Lei 10.522/2002, observa-se que a delegação de atribuição ao ministro da Fazenda é para estabelecer limites e condições para o parcelamento exclusivamente quanto ao valor da parcela mínima e à apresentação de garantias, não havendo autorização para a regulamentação de limite financeiro máximo do crédito tributário para sua inclusão no parcelamento”, explicou. Gurgel de Faria afirmou ainda que, mesmo a lei dispondo que as vedações contidas no artigo 14 não se aplicam ao pedido de parcelamento, isso não modifica a falta de autorização legal para a imposição de limite financeiro nem legitima a tese da Fazenda Nacional, “uma vez que não há como extrair das regras previstas para os parcelamentos de que trata a aludida lei a delegação dessa atribuição (de imposição de limites) ao ministro da Fazenda”. (As informações são do STJ)
de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 400.000.000,00, do gerador, transmissor ou distribuidor de energia elétrica que apresente faturamento, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 300.000.000,00. Deverá ocorrer o pagamento do ICMS até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador, relativamente às operações realizadas do dia 27 ao último dia de cada mês. Na hipótese de o dia 8 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. Nota: Havendo a impossibilidade de se apurar o imposto devido até o dia 27 do próprio mês o contribuinte deverá recolher o valor correspondente a 90% ICMS apurado no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador. DAE/internet. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XIX, § 20. ICMS - junho de 2018 - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: indústria do fumo; demais atacadistas que não possuam prazo específico em legislação; varejistas, inclusive hipermercados, supermercados e lojas de departamento; prestador de serviço de transporte, exceto aéreo; empresas de táxi-aéreo e congêneres. Nota: Os prazos para transmissão de documentos fiscais pela Internet são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, III.
ICMS - junho de 2018 - substituição tributária - saídas de mercadorias indicadas nos artigos 12; 13; 16, I; 18, III; 47; 58, II, § 2º; 64, caput; 111-A, I; 113, parágrafo único, do anexo XV do RICMS-MG/2002 - relativo ao imposto devido por substituição tributária nas operações internas. DAE/ internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, III, “a” e “b”. ICMS - junho de 2018 - substituição tributária - o distribuidor hospitalar situado no Estado é responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção e pelo recolhimento do ICMS devido nas operações subsequentes com as mercadorias elencadas no capítulo 13 (medicamentos) da parte 2 do anexo XV. Notas: (1) O recolhimento será efetuado no dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, na hipótese do artigo 59-B da parte 1 do anexo XV do RICMS-MG/2002. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigos 46, III, “c” e 59-B. ICMS - do dia 24 até o dia 30 de junho de 2018 - operações próprias do estabelecimento fabricante de produtos do refino de petróleo e de suas bases, classificados no código 1921-7/00 da Cnae, realizadas nos meses de junho a agosto de 2018. Nota: O imposto apurado entre os dias 24 e até o último dia do mês deverá ser pago até o dia 8 do mês subsequente, contudo não havendo expediente bancário nesta data, postergar para o 1o dia útil após. RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 91. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XX, § 20.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
ASCOM / IDEFLOR
Usiminas na SME O presidente da Usiminas, Sergio Leite, é o convidado da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) para a palestra “Usiminas – A Construção do Presente e do Futuro de uma Empresa”, na sede da entidade (Rua Timbiras, 1.514, Lourdes, Belo Horizonte), na segunda-feira (9), a partir das 17h. Na ocasião, Leite abordará o histórico recente da empresa, que conseguiu superar o período mais complexo das suas mais de seis décadas e conquistou resultados sólidos, como um Ebitda Ajustado de R$ 2,2 bilhões em 2017. Agora, o foco está na construção do futuro da companhia. A palestra pode ser acompanhada por qualquer interessado por meio de inscrições prévias, que podem ser feitas pelo e-mail eventos@sme.org.br até as 12h da segunda-feira.
Brasileira na OIV A brasileira Regina Vanderlinde – formada em Farmácia Bioquímica – tecnologia de alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – foi eleita na sexta-feira (6), com 92,2% dos votos, em Paris (França), como a nova presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Ela foi escolhida pela Assembleia Geral Extraordinária da OIV, tendo obtido 36 dos 45 votos dos países-membros. A eleição coloca em destaque a importância e o potencial de expansão do mercado vitivinícola brasileiro. O consumo anual per capita de vinho no Brasil ainda é modesto (1,53 litro, contra 40 litros na França) e cerca de 80% do que é consumido provém de importações, a despeito do reconhecimento internacional que os vinhos nacionais vêm recebendo. A OIV define padrões internacionais sobre vinho, uva, passas, bebidas à base de vinho e sucos de uva. Também é responsável pelo acompanhamento econômico e comercial internacional do setor.
Planos de Saúde No primeiro trimestre de 2018, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 16.998 reclamações de usuários de planos de saúde e respondeu a 63.458 pedidos de informações, recebidos principalmente pelo Disque ANS (0800 7019656). Os dados foram divulgados pela agência. Segundo a ANS, também foram resolvidos 91% dos conflitos relativos à cobertura assistencial e 87,8% sobre outros temas. Em 2017, cerca de 90% dos conflitos registrados pela agência foram resolvidos sem a necessidade de abertura de processo administrativo. Os temas que tiveram mais reclamações foram autorização para realização de procedimentos, franquia e coparticipação, suspensão e rescisão de contratos e cobertura assistencial. As maiores demandas de pedidos de informação foram sobre cobertura assistencial, prazos máximos para atendimento e suspensão e rescisão de contratos.
ONU destaca países pela preservação ambiental Brasília - A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no estudo O Estado das Florestas no Mundo de 2018, divulgado na sexta-feira (6), cita, além do Brasil, Guatemala, México e Costa Rica como exemplos de países que buscam alternativas para conscientizar a sociedade sobre a necessidade de preservação ambiental e combate ao desmatamento; O relatório da FAO informa que na Guatemala, em que 70% das terras florestais estão sob algum tipo de proteção, as empresas florestais comunitárias gerenciam mais de 420 mil hectares dentro da Reserva da Biosfera Maia. A Guatemala concedeu a essas empresas concessões florestais. Em um
Comunidades - A partir de 1997, foi iniciado no México um programa destinado às comunidades com o objetivo de incentivar a criação de empresa florestais. Atualmente, mais de 2.300
grupos comunitários manejam suas florestas para a extração de madeira, o que gera importantes rendas para as comunidades e as famílias. As autoridades da Costa Rica investiram no ecoturismo. Só em 2016, 2,9 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país, dos quais 66% disseram ter ido em busca de passeios e atividades ligadas à natureza. No caso da Costa Rica, os turistas gastaram, em média, US$ 1.309 por pessoa, gerando para o país cerca de US$ 2,5 bilhões, apenas com atividades ligadas ao turismo de natureza. Esse tipo de atividade é equivalente a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Costa Rica. (ABr)
CULTURA BIANCA BRITO / DIVULGAÇÃO
Direitos Humanos Universidades e Institutos Federais de Educação de todo o País deverão informar ao Ministério Público Federal (MPF) sobre homenagens concedidas a quaisquer dos 377 acusados por graves violações de direitos humanos durante o regime militar, já identificados no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade. A solicitação é da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/ MPF), segundo informou a Assessoria de Comunicação e Informação - braço da Procuradoria. O documento foi encaminhado a mais de 100 instituições públicas de ensino superior em todo o País. Deborah Duprat, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, pede que os estabelecimentos apontem a existência de títulos honoríficos, nomes de prédios, salas, espaços, ruas, praças ou logradouros dos campi que façam alusão a pessoas responsáveis direta ou indiretamente pela prática de tortura e assassinatos cometidos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.
ano (2006 a 2007), essas instituições obtiveram receitas de US$ 4,75 milhões pelas vendas de madeira certificada e 150 mil para a venda de produtos florestais não-madeireiros. Segundo o estudo, as empresas guatemaltecas geraram mais de 10 mil empregos diretos e uns 60 mil indiretos. Além disso, pagavam aos trabalhadores mais que o dobro do salário normal (Instituo de Recursos Mundiais, 2008).
Dia do Rock Festa - O Circuito do Rock promove, pelo 15º ano, a festa Dia Mundial do Rock, que, desta vez, será comemorado de forma inédita, no Bud Basement, que funciona em um galpão que estava desativado há 16 anos. O evento terá shows das bandas Tianastácia (Foto), Velotrol, Lurex (Queen Tribute), Poison Gas, Singles (Pearl Jam) e Ca$h. Quando: Dia 14, às 17h Quanto: Primeiro lote de ingressos está à venda por R$ 30, no site Sympla Onde: Rua Itambé, 200, ao lado da linha do metrô, no bairro Floresta, em Belo Horizonte Sinfônica Concertos - A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais dão continuidade à temporada 2018 das séries Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e
Sinfônica e Lírico em Concerto interpretando o Glória, do inglês John Rutter; a Abertura da ópera Oberon e Concerto nº 2 para clarineta e orquestra Opus74, do alemão Carl Maria von Weber. Sob regência de Silvio Viegas, os concertos terão como solista convidado o clarinetista Walter Júnio da Silva Vieira. Quando: Dia 26, às 12h; e dia 27, às
20h30 Quanto: Entrada Gratuita e R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia), respectivamente Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte)
Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Miguel Falabella Musical - Miguel Falabella é o responsável pelo maravilhoso encontro entre Alessandra Maestrini (Foto) e Mirna Rubim em “O Som e a Sílaba”, musical sucesso de crítica desde a estreia, em agosto de 2017. É dele o texto inédito escrito especialmente para as duas e, também, é Falabella quem dirige o espetáculo. “O Som e a Sílaba” retrata de forma leve, sensível e poética a vida da jovem e talentosa Sarah, que apresenta síndrome de Asperger, parte de um espectro do autismo. Quando: Dias 11 e 12 de agosto. Sábado, às 21h e domingo, às 19h Quanto: R$ 50 (Inteira) e R$ 25 (Meia) Onde: Grande Teatro Unimed BH Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte) PEDRO JARDIM DE MATTOS / DIVULGAÇÃO
Adriana Calcanhotto Show - A cantora e compositora Adriana Calcanhotto está de volta ao Brasil, após dois anos em Portugal, onde esteve entre cursos e apresentações. O novo show, ‘A Mulher do Pau Brasil’, com estreia nacional em Belo Horizonte, foi idealizado como ‘concerto-tese’, ou seja, uma conclusão da residência artística de Calcanhotto na Universidade de Coimbra. Quando: Dia 10 de agosto, às 21h Quanto: Plateia 1 (R$ 120 e R$ 60 ). Plateia 2 (R$ 100 e R$ 50). Plateia Superior (R$ 80 e R$ 40) Onde: Palácio das Artes (Avenida
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