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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.651 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018 ALISSON J. SILVA

Cervejaria Loba sai na frente e mineiriza lúpulo O objetivo da marca é testar e explorar o potencial do insumo, responsável por conservar e conferir amargor, aroma e sabor à cerveja, geralmente importado, cultivado em terras mineiras. A brassagem (processo inicial da produção da cerveja artesanal) foi realizada no último fim de semana e a bebida estará pronta para degustação em 21 dias. Estão sendo produzidos, inicialmente, 500 litros de uma receita experimental. Pág. 7 VIVIANE FURST / DIVULGAÇÃO

Com atuação no mercado nacional, a Vilma produz atualmente 20 mil toneladas de alimentos por mês

Empresários apostam as fichas no 2º semestre Aumento de insumos e eleições não devem impactar Apesar das incertezas acerca do desempenho da economia brasileira no restante de 2018, representantes da indústria e do comércio de Minas Gerais estão otimistas com o desempenho dos negócios no decorrer do segundo semestre. As vendas na primeira metade deste ano surpre-

enderam e as encomendas para o período tradicionalmente mais aquecido, que vai de julho a novembro, já começaram a chegar. Na Vilma Alimentos, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo, a expectativa é de um incremento

de 8% nas vendas no acumulado deste exercício sobre o anterior. A justificativa para tamanho otimismo, segundo a gerente de Marketing da indústria alimentícia, Paula Carolina de Carvalho, diz respeito ao ritmo alcançado pela empresa ao longo da primeira metade de 2018. Pág. 3

Operações com drones têm expansão Os também chamados Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) já estão presentes em todos os estados brasileiros e tendem a se popularizar cada vez mais. Minas Gerais, São Paulo, Rio e Paraná,

concentram 62% das operações no País. Só no ano passado, o setor teve um faturamento de mais de R$ 300 milhões e a previsão de crescimento para 2018 é de 30%, considerando toda a cadeia

produtiva. Até 2020, a projeção é que o mercado dobre de tamanho ou até triplique. Atualmente, existem 2 mil empresas e 34 mil pessoas físicas cadastradas para operar com drones. Pág. 11 BRENDON THORNE/GETTY IMAGES

Kelvin Figueiredo: prezamos pela originalidade

OPINIÃO A última semana foi uma desgraça para o brasileiro. A produção industrial caiu significativamente, por causa de greve dos caminhoneiros. A inflação, que já estava controlada, subiu. O real continua se desvalorizando, ou seja, no popular, o dólar subiu. E o desemprego não melhorou em nada. A expectativa de crescimento do PIB caiu, de novo, e as exportações também. E a cereja no bolo da desgraça foi a eliminação da seleção canarinha. Enquanto o futebol era o tema, e o melhor meme das redes foi aquele que dizia que agora vamos voltar a trabalhar nesta terça-feira, desenrolava-se uma das maiores derrotas no cenário industrial brasileiro. (Stefan Salej), pág. 2

EDITORIAL A Embraer foi muito além dos sonhos de seus fundadores para tornar-se a maior fabricante de produtos manufaturados de alta tecnologia no Brasil, além de ser a terceira maior fabricante de aviões de passageiros no mundo, perdendo apenas para a norte-americana Boeing e para a europeia Airbus. Não se imaginava que era possível ir tão longe. Uma trajetória que pode, daqui para a frente, ser drasticamente alterada. Anuncia-se que o acordo entre a Boeing e a Embraer, discutido desde o início do ano, está muito próximo de ser concretizado. Para dar lugar a uma nova empresa, que terá como foco a produção de jatos regionais, em que a brasileira é líder global. A marca Embraer desaparece e na nova empresa 80% do capital será controlado direta e indiretamente pela Boeing. “O triste fim da Embraer”, pág. 2

Embaixadores conhecem o agronegócio mineiro

O uso profissional de drones no País é liderado pela agricultura, seguido pela área de infraestrutura

Entidades cobram revisão do Plano Diretor Representantes de 29 entidades da indústria, comércio e serviços se uniram no “Movimento em favor de BH contra a criação de imposto sobre moradias” e lançaram, ontem, na sede

da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a campanha “Mais imposto não!”, que alerta sobre a necessidade de discussão e revisão do Plano Diretor de Belo Horizonte,

Dólar - dia 9

Euro - dia 9

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,8636 Venda: R$ 3,8647

4,5418

Venda: R$ 4,5444

Turismo Compra: R$ 3,8400 Venda: R$ 4,0700

NovaYork(onça-troy):

Compra: R$ 3,8680 Venda: R$ 3,8692

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 10): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 9

Ptax (BC)

que estabelece novas regras para a ocupação urbana na Capital e foi apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à Câmara Municipal no mês passado. Pág. 5

Poupança (dia 10): ............ 0,3715%

+1,14 +1,46

IPCA-IBGE (Junho):............ 1,26%

US$1.257,66

IPCA-Ipead(Junho):............ 1,71%

R$ 155,20

IGP-M (Junho): ......................... 1,87%

+0,61

ND

-0,25 03/07

04/07

05/07

06/07

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A produção de leite e derivados e o café de Minas Gerais foram os temas do projeto “Intercâmbio AgroBrasil ”. O programa tem como objetivo apresentar o agronegócio para delegações internacionais e estimular negócios. No Estado, embaixadores de cinco países visitaram fazendas para conhecer a produção mineira de café e a pecuária de leite e seus derivados. A expectativa é de que possam ser firmados acordos comerciais. Pág. 14


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

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OPINIÃO Das derrotas e vitórias STEFAN SALEJ * A semana que passou foi uma desgraça para o brasileiro. A produção industrial caiu significativamente, por causa de greve dos caminhoneiros. A inflação, que já estava controlada, subiu. O real continua se desvalorizando, ou seja, no popular, o dólar subiu. E o desemprego não melhorou em nada. A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu, de novo, em função da referida greve, e as exportações também. E a cereja no bolo da desgraça foi a eliminação da seleção canarinha pelos “belgicanos” (como os chamava o saudoso Kafunga). Sem comentários, a não ser que um time bilionário como esse fez jus a seus salários: jogou mal e não teve responsabilidade alguma com a camisa que vestia. A responsabilidade deles é com seus clubes e patrocinadores. O Brasil que se dane. E ainda confirmam Tite para técnico da Copa do Catar. Aliás, o que você pode esperar de uma CBF cheia de escândalos e cujo único dirigente de que me lembro hoje é dono de um helicóptero que transportava 500 kg de droga e não sabia de nada. Provavelmente também não

de sabe nada agora. Enquanto o futebol era o tema, e o melhor meme das redes foi aquele que dizia que agora vamos voltar a trabalhar na terça-feira, desenrolava-se uma das maiores derrotas no cenário industrial brasileiro. Se alguma coisa positiva ficou do regime militar, foi a criação da Embraer em 1969, um dos maiores exportadores brasileiros. A criação de joint venture com a Boeing, em que a norte-americana tem absoluta maioria, faz a Embraer desaparecer como empresa brasileira. Virou filial obediente da gigante norte-americana. A questão que fica não é por que se fez o negócio agora, no final do governo fraco e desmoralizado, e praticamente sem possibilidade de não fazer, mas por que deixaram chegar a essa situação. Anos atrás tiveram a oportunidade de fazer aliança com a Airbus, que inclusive tem fábrica de helicópteros em Minas, e não fizeram. Esperaram enfraquecer a empresa ao ponto de ser entregue à Boeing pelo valor equivalente à metade do que uma siderúrgica do Rio de Janeiro deve ao Banco do Brasil e à Caixa

Econômica. Portanto, dinheiro não é a questão, a questão é que, ao contrário dos próprios Estados Unidos, Alemanha, França e outros, nós vendemos a melhor empresa de tecnologia e viramos filial tecnológica. Como a Bloomberg escreveu: a Boeing não quer a fábrica, quer os 400 engenheiros da Embraer e sua tecnologia. Bem, do lado das vitórias, fica a notícia de que Minas passa a produzir lúpulo, ingrediente fundamental para produzir cerveja. Algo de mineiro, mais importante do que o anúncio da Fiat de que, com pesados incentivos, deve modernizar os novos modelos, prometendo emprego que na verdade só existirão se a fábrica for efetivamente competitiva em tecnologia. E que o governo de Minas vai pagar em três vezes o salário dos seus funcionários, enquanto dá incentivo à montadora. Vai entender o que está por trás de tudo isso. Pode ser ou não eleições. * Ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

Momento brasileiro reclama reflexão CESAR VANUCCI * “Uma crise no Judiciário contribui para elevar ainda mais a desconfiança da população nas instituições e na própria democracia”. (Ciro Gomes) Agora, que o sonho do hexa se esvaiu que nem bolha de sabão solta no ar, deixando na boca um gosto azinhavrado de cabo de guarda-chuva umedecido, o jeito que tem é encarar a realidade deste instante político e administrativo desfalcado de inspiração em termos de construção humana. Com as eleições à vista, o ainda não de todo definido quadro de candidaturas suscita preocupações à pamparra. Revela-se visível demais da conta a carência de propósitos, nos ditames políticos, capazes de verdadeiramente encher de empolgação a alma coletiva. Muita gente até aventa, a esta altura da copa eleitoral de outubro, a hipótese de que o volume de abstenções e sufrágios nulos possa, na hora das apurações, superar o número dos chamados votos úteis. Não há como ocultar o desencanto reinante quanto aos nomes da lista de candidatos prováveis. O desencanto, fácil de ser detectado nas ruas e lares, encontra respaldo na avalancha de malfeitos que tolda o panorama político. É um nunca acabar de casos de malversação do dinheiro público, envolvendo dirigentes de todos os matizes partidários, incontáveis agentes públicos infiéis e empreiteiros inidôneos. São demonstrações abundantemente oferecidas, em diversificados escalões administrativos, de inaptidão para o exercício do gerenciamento dos negócios públicos. É um clamoroso descaso, nas esferas burocráticas, para com aspirações as mais elementares da sofrida gente do povo. Em não poucas decisões relevantes para o interesse comunitário percebe-se, com desnorteante constância, gritantes insensibilidade social e desrespeito pelo sagrado sentimento nacional. As indesejáveis consequências desse estado de coisas sentimo-las, todos nós, dia a dia, na maltratada pele. Nada obstante os róseos comunicados sobre o que vem rolando no pedaço político-administrativo, transmitidos sem o mais leve rubor na face por porta-vozes palacianos reprovados pela opinião pública no quesito empatia, os fatores que medem o bem-estar social continuam a apresentar tendências declinantes. O desemprego cresce a olhos vistos. As atividades produtivas sinalizam estagnação. Os preços dos produtos essenciais aumentam continuamente. Idem, idem com referência aos

combustíveis e taxas de serviços nas áreas da saúde e noutras modalidades de prestação de serviços imprescindíveis à coletividade. Os escorchantes juros bancários desencorajam promissores empreendimentos, afetam negócios em condições de gerar oportunidades de trabalho e promover a prosperidade. E o que não dizer, quedando por ora na listagem dos tormentos cotidianos, da violência urbana que grassa solta na praça? Como se toda essa carga descomunal de questões mal resolvidas, em razão da insensatez político-administrativa prevalecente, já não fosse suficiente o bastante para apoquentar a paciência das pessoas, incrementando o desassossego social, ainda estamos sendo agora constrangidos a confrontar, impotentes e aturdidos, mais uma encrenca inusitada, perturbadora, inacreditável. Nutrida, de certo modo, por exacerbações egolátricas e passionalismo de personagens que deveriam zelar, por dever de ofício e ética profissional, pela isenção nas decisões, a ostensiva e tensionante politização da Justiça, nos dias de hoje, alimentando torrente de manchetes, alveja respeitáveis postulados democráticos. Alguns representantes do Poder Judiciário nas diferentes instâncias arvoram-se do direito de reinterpretar, a seu talante, de acordo com convicções ideológicas pessoais, preceitos constitucionais, inserindo um toque anárquico no ritmo processual. Produzem entendimentos dúplices, por vezes altamente conflituosos, em situações de características legais rigorosamente idênticas. Não passa desapercebido, mesmo a olhares leigos em matéria jurídica, que de tempos para cá os holofotes midiáticos andam mexendo bastante com a cabeça de ilustres cidadãos que carregam a responsabilidade de decisões relevantes. Isso remete à admissão de que já está passando a hora, conforme reconhecido pelas mentes mais lúcidas da Nação, de os setores encarregados de zelar pela ordem jurídica se empenharem, urgentemente, numa reflexão aprofundada do que vem acontecendo. E, a partir dessa avaliação, adotarem procedimentos, definirem fórmulas producentes no sentido de desfazer a baita confusão jurídica implantada, que tanta inquietação tem causado no espírito popular. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Sinal de Alerta RUBENS HANNUN * As nações árabes são um mercado demandante de 450 milhões de pessoas espalhadas por 22 países com perspectiva de crescimento e que, desde meados da década passada, vêm acelerando as compras do Brasil graças a um trabalho exemplar de entidades, empresas e do governo brasileiro para construir uma boa reputação do nosso País. Nesse período, essa relação evoluiu tremendamente. Hoje os árabes são a quarta parceira comercial do Brasil no exterior, compram de nós no ano cerca de US$ 13,5 bilhões em carnes, minérios, grãos e máquinas e ainda são responsáveis por 10% do superávit recorde de US$ 60 bilhões obtido com as vendas externas no ano passado. Não é pouco! Mas a relação que o Brasil construiu com esse valioso mercado foi sistematicamente abalada por uma série de eventos que têm maculado a imagem de nossas instituições e até da nossa indústria de modo que hoje há uma clara ameaça. No ano passado, a Operação Carne Fraca levou dúvidas sobre a eficiência da defesa sanitária brasileira e sobre a qualidade do nosso produto, que até aquele momento gozava de excelente reputação. Essa situação foi contornada com um grande trabalho setorial no sentido de convencer autoridades brasileiras a dialogar com os países árabes. No entanto, meses mais tarde, a Operação Trapaça levou novamente suspeitas sobre a sanidade do frango brasileiro e sobre a governança em uma das empresas mais importantes do Brasil, que tem, ou pelo menos tinha, marcas

bem posicionadas no Oriente Médio e operações industriais na região. Por fim, a greve dos caminhoneiros, que, não bastasse ter causado prejuízos à indústria avícola de bilhões de reais, enfraqueceu o setor exportador com o cancelamento de benefícios fiscais e travou as exportações. Não há dúvidas de que o episódio levou nossos clientes no exterior a questionar se de fato podemos ser fornecedores confiáveis e capazes de manter um fluxo de comércio constante a preços competitivos. Ressalte-se que esse temor é ainda mais levado a sério quando se trata dos árabes, para quem o Brasil é o fornecedor de alimentos que não podem produzir para nutrir suas populações, que tem uma das maiores taxas de natalidade do mundo. Logo, árabes não podem ficar sem um bom fornecedor de comida. Não há como dizer em meias palavras, mas a credibilidade do Brasil perante os árabes está em xeque. E certamente também perante outros países. Quando não se pode confiar num fornecedor, a saída é buscar outros e, se não há, é preciso ao menos tentar diminuir a dependência dele. A Arábia Saudita vem fazendo isso, ao favorecer a importação de bovinos vivos num esforço de fortalecer sua indústria frigorífica, gerar empregos locais, renda e elevar a disponibilidade de alimentos. Além disso, o país, ao questionar o certificado halal do nosso frango, como vem fazendo desde o ano passado, dá um sinal claro de que gostaria de diversificar seus parceiros e até atrair capital disposto a investir localmente na

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produção de alimentos em acordo com os preceitos do islã. Também fora dos seus territórios, os árabes estão usando os 40% do capital mundial de fundos soberanos no mundo em seu poder para garantir a oferta de alimentos com a aquisição de participações em grandes empresas do setor, inclusive brasileiras. O mais recente movimento dessa natureza foi o do grupo saudita Almunajem, desde 2013 acionista minoritário da gigante francesa de aves Doux e que, recentemente, anunciou um aporte milionário na empresa junto com a LDC para ampliar fábricas na França que vão competir com o frango brasileiro no mundo árabe. É preciso estar atento aos sinais! As entidades setoriais brasileiras estão comprometidas com a ampliação das vendas externas em diferentes frentes, muitas das quais envolvendo cooperação estreita com governo brasileiro. Mas a promoção do Brasil no exterior deve ser entendida como uma política de Estado que tenha como princípio a realização contínua de todos os esforços possíveis na manutenção e conquista de relacionamentos estratégicos, como é o caso dos países árabes. As oportunidades do mundo árabe não podem mais ser consideradas pontuais. Ao contrário, devem ser vistas como essenciais à nossa economia e à segurança alimentar do mundo.

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O triste fim da Embraer Um grupo de engenheiros e oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) sonhou alto e, há mais de quarenta anos, deram asas ao seu sonho com a criação da Embraer. Ousaram pensar grande, ousaram imaginar que a partir dos conhecimentos reunidos no Centro Técnico Aeroespacial (CTA), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Instituto de Pesquisas Aeroespaciais (Inpe) seria possível desenvolver no País uma indústria aeronáutica de expressão mundial. Parecia impossível, muito além das possibilidades do País, mas liderados pelo coronel Ozires Silva o grupo foi adiante até fazer decolar o primeiro avião de porte médio brasileiro, o Bandeirantes, com capacidade para doze passageiros. Na sequência, e sempre com a marca da ousadia, vieram o jato de treinamento avançado Xavante e o monomotor de pulverização agrícola Ipanema. Em apenas dez anos a Embraer chegava ao caça de Parece evidente treinamento Tucano, ao que a Embraer está Brasília, com sendo engolida pela maior capacidade Boeing e que o Brasil de passageiros, e fatalmente perderá aos caças AMX. o centro de estudos Voos ainda mais altos vieram com e desenvolvimento a privatização, tecnológico em 1994, e, a instalado em São partir daí, com José dos Campos, a produção de sendo reduzida a variada gama de aviões comerciais uma plataforma de voltados para a montagem aviação regional, aviação executiva e, finalmente, a maior de suas aeronaves, um jato de transporte militar. A empresa foi muito além dos sonhos de seus fundadores para tornar-se a maior fabricante de produtos manufaturados de alta tecnologia no Brasil, além de ser a terceira maior fabricante de aviões de passageiros no mundo, perdendo apenas para a norte-americana Boeing e para a europeia Airbus. Não se imaginava que era possível ir tão longe. Uma trajetória que pode, daqui para a frente, ser drasticamente alterada. Anuncia-se que o acordo entre a Boeing e a Embraer, discutido desde o início do ano, está muito próximo de ser concretizado. Para dar lugar a uma nova empresa, que terá como foco a produção de jatos regionais, em que a brasileira é líder global. A marca Embraer desaparece e na nova empresa 80% do capital será controlado direta e indiretamente pela Boeing, ficando os brasileiros com uma fatia bem menor. Equilíbrio e igualdade de condições parece impossível, sendo bastante lembrar que o Conselho da nova empresa terá entre 9 e 10 cadeiras, sendo apenas um assento reservado aos brasileiros. Parece evidente que a Embraer está sendo engolida pela Boeing e que o Brasil fatalmente perderá o centro de estudos e desenvolvimento tecnológico instalado em São José dos Campos, sendo reduzida – e quando muito – a uma plataforma de montagem. Triste fim para um sonho que chegou tão longe e tão alto.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

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ECONOMIA CENÁRIO

INVESTIMENTOS

Indústria e comércio estão otimistas

Aplicações dos chineses no Brasil quadruplicaram

Empresários da RMBH apostam em incremento nas vendas no segundo semestre KENIA HERNANDES / DIVULGAÇÃO

MARA BIANCHETTI

Apesar das incertezas acerca do desempenho da economia brasileira no restante de 2018, representantes da indústria e do comércio de Minas Gerais estão otimistas com o desempenho dos negócios no decorrer do segundo semestre. As vendas na primeira metade deste ano surpreenderam e as encomendas para o período tradicionalmente mais aquecido, que vai de julho a novembro, já começaram a chegar. Na Vilma Alimentos, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo, a expectativa é de um incremento de 8% nas vendas no acumulado deste exercício sobre o anterior. A justificativa para tamanho otimismo, segundo a gerente de marketing da indústria alimentícia, Paula Carolina de Carvalho, diz respeito ao ritmo alcançado pela empresa ao longo da primeira metade de 2018. “Mesmo com o aumento do custo do trigo e do dólar, que impactam diretamente o preço de alguns dos nossos produtos, esperamos manter o ritmo de crescimento que conquistamos no primeiro semestre. E para sustentar essa expectativa, vamos otimizar nossa capacidade produtiva e investir no lançamento de produtos”, resumiu sem, no entanto, revelar o montante a ser investido. Com atuação no mercado nacional, a Vilma produz atualmente 20 mil toneladas de alimentos por mês. São aproximadamente 2 mil funcionários diretos e 26 mil clientes. Além da matriz em Contagem, a empresa possui outras sete unidades: Montes Claros, no Norte de Minas; Juiz de Fora (Zona da Mata) e São Gotardo (Alto Paranaíba), além de Viana (ES), Rio de Janeiro (RJ), Feira de Santana (BA), e Cambé (PR). Da mesma maneira, na Modelitos Confecções Ltda (Alphorria), especializada em moda feminina, instalada no Prado, na região Oeste de Belo Horizonte, o fluxo de

Empresários dos setores de alimentação, vestuário e calçados estão mais confiantes, após crise de abastecimento e Copa do Mundo

vendas do primeiro semestre somente foi interrompido no final de maio e início de junho, em função da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo de futebol. Ainda assim, conforme a representante do de marketing da empresa, Wanessa Cabidelli, os números se mantiveram satisfatórios. “A coleção de primavera fez muito sucesso em nossos dez showrooms espalhados pelo País. Esses dois eventos impactaram um pouco o desempenho, mas não de maneira que invertesse a curva de crescimento”, afirmou. Agora a empresa deu início à coleção de verão e espera que os pedidos de fim de ano, voltados também para a melhor época em termos de vendas – o Natal – ajudem a incrementar ainda mais os negócios. “Com o cenário econômico adverso, os lojistas estão buscando produtos com boa saída. Eles não estão investindo mais em grandes estoques e buscam diferenciais como estilo, qualidade e conceito”, justificou. Em relação ao desempenho no encerramento de 2018, Wanessa Cabidelli disse que ainda é cedo para estimar, mas garantiu que deverá ficar acima do registrado no ano anterior.

Vendas on-line aquecem o mercado Assim como alguns setores da indústria, que se mostraram satisfeitos com os resultados do primeiro semestre e otimistas em relação aos próximos meses, também no varejo há boas perspectivas. A proprietária da loja de roupas Ypslon, Joyce Rocha, é enfática ao dizer que o crescimento de seu negócio neste exercício deverá chegar a 50% sobre 2017. Somente de janeiro a junho o incremento chegou a 30% em relação a mesma época do ano passado. “Eu falo e as pessoas não acreditam, mas pareço estar vivendo em outro Brasil, pois não vejo crise. Tanto que inaugurei minha loja no bairro Castelo no ano passado e até o fim do ano pretendo abrir mais uma unidade na Capital, desta vez, na região central da cidade”, adiantou. Além do ponto físico, a loja especializada em moda feminina vende no atacado e varejo também pelo site e por redes sociais. Na avaliação da empresária, o diferencial do negócio está na diversificação dos produtos e no preço baixo. “Somos um polo de São Paulo instalado em BH com preço competitivo”, destacou. Tamanha a aposta de Joyce Rocha no desempenho das vendas nos próximos meses que nem mesmo as incertezas quanto ao período eleitoral, que se aproxima, será capaz de impactar seu crescimento. “O movimento das vendas on-line já é crescente, assim como o movimento na loja. Comecei com quatro caixas e hoje já tenho oito”, completou. Da mesma maneira, a proprietária da Rafaella Rocca Calçados aposta em au-

mento das vendas nos próximos meses na comparação com o ano passado. Segundo ela, no primeiro semestre de 2018 o desempenho já foi cerca de 20% melhor e é possível que no restante o exercício o incremento se mantenha. “Agora que acabou a Copa do Mundo (para os brasileiros) as pessoas voltarão à realidade e a tendência é que o consumo aumente ainda mais. No nosso caso, alguns diferenciais como preço competitivo e promoções sazonais de fim de ano deverão ajudar ainda mais”, destacou. A empresa, que comercializa calçados femininos, masculinos e bolsas, possui loja física no bairro Caiçara e também realiza vendas pelo site e redes sociais. Estabilidade - Já na Padaria Panecito, no Grajaú, as expectativas não são tão favoráveis. De acordo com o proprietário, Welson Senna, na melhor das hipóteses, o resultado será equivalente ao de 2017. “Desde 2014 os negócios não vêm bem. A cada ano, por mais que busquemos diferenciais, produtos novos ou redução de custos, o negócio não cresce e fica cada vez mais difícil empreender neste País”, reclamou. Segundo ele, no ano passado, as vendas foram boas até agosto, depois só caíram. Em 2018, começaram ruins em janeiro e melhoraram de fevereiro em diante. “De qualquer forma, estamos com as vendas estagnadas e espero manter este ritmo para conseguir manter o negócio em pé no ano que vem”, concluiu. (MB)

Brasília - Os investimentos chineses confirmados no Brasil no primeiro semestre saltaram mais de quatro vezes em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 1,343 bilhão, informou ontem o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão em seu boletim bimestral sobre o tema. De janeiro a junho do ano passado, os investimentos confirmados haviam somado US$ 302,9 milhões. Em relação aos investimentos anunciados, o número caiu a US$ 198,87 milhões desta vez, sobre US$ 286,46 milhões no primeiro semestre de 2017. Em nota, o Planejamento ressaltou que os valores de dois dos três projetos anunciados em 2018 não foram disponibilizados. Sobre a performance no terceiro bimestre de 2018, foram anunciados três projetos de investimento chinês no País: atualização das instalações das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, em São Paulo, pela China Three Gorges (CTG); compra da empresa encarregada pela manutenção do sistema paulista produtor de água São Lourenço pela CGGC (China Gezhouba Group Company Limited) e oferta vencedora da CPFL Geração de Energia, controlada pela chinesa State Grid, do lote 9 do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Apenas o investimento da CPFL Geração, no valor de US$ 2,02 milhões, foi confirmado. O investimento da CTG foi anunciado em US$ 198,87 milhões e o da CGGC foi anunciado sem valores, disse o Planejamento. De 2003 até junho desde ano, foram 161 investimentos chineses anunciados no Brasil e 102 confirmados, envolvendo US$ 71,5 bilhões e US$ 53,9 bilhões, respectivamente. (Reuters)

CONJUNTURA

Medo do desemprego supera média histórica no País Estudo divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que poucas vezes nos últimos 22 anos os brasileiros ficaram tão preocupados com o emprego quanto agora. O Índice de Medo do Desemprego (IMD) de junho cresceu 4,2 pontos em relação a março, e atingiu 67,9 pontos, o maior da série histórica do levantamento iniciada em maio de 1996, empatado com os índices de maio de 1999 e de junho de 2016. O índice de junho está 18,3 pontos acima da média histórica, que é de 49,6 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos e, quanto maior o valor, maior o temor. “O medo do desemprego voltou para o maior nível que tinha alcançado durante a crise, porque a recuperação da economia está muito lenta e as pessoas ainda não perceberam a queda da inflação e a melhora no emprego”,

comenta o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Pelo levantamento, o receio quanto ao desemprego vem crescendo mais entre os homens. Enquanto entre as mulheres o medo teve alta de 2,8 pontos de março a junho, entre eles o aumento é de 5,6 pontos. Mesmo com a alta no público masculino, as mulheres continuam sendo a parcela da população com mais medo do desemprego que os homens - elas com índice de 71,1 pontos e eles, 64,5 pontos. A preocupação maior com emprego também está entre os brasileiros com menor grau de instrução. “Entre os que possuem até a quarta série do ensino fundamental, o indicador sobe de 62 para 72,4 pontos, ou seja, um aumento de 10,4 pontos. Entre os que possuem educação superior, o IMD passa de 59,9 para 60,5 pontos, o

BRUNO MORGADO / A2 FOTOGRAFIA

Índice da CNI mostra que a população não tem sentido melhora na economia e no emprego

menor entre os extratos de pela CNI, o Índice de Satisgrau de instrução”, diz o fação com a Vida também estudo. teve uma piora, e caiu para 64,8 pontos, o menor nível Satisfação - Outro levan- desde junho de 2016, quantamento divulgado ontem do alcançou 64,5 pontos. O

indicador também varia de zero a cem pontos. Quanto menor o indicador, menor é a satisfação com a vida. “Isso é reflexo do aumento do desemprego e de outras

questões que envolvem a baixa expectativa sobre a melhora da situação financeira das pessoas e até mesmo as incertezas políticas”, avalia Fonseca. “Os dois indicadores mostram que as perspectivas da população para o futuro são pessimistas. As pessoas ainda não estão confiantes de que o País está saindo da crise”, acrescenta. A pesquisa mostra que a satisfação com a vida está menor na Região Sul, onde o indicador caiu 5,3 pontos entre março e junho e ficou em 63,8 pontos. Nas demais regiões, a retração foi inferior a 2,3 pontos. Depois do Sul, a satisfação com a vida é menor no Norte/Centro-Oeste (64,9 pontos), seguido de Nordeste (65 pontos) e Sudeste (65,1 pontos) Os dois levantamentos são trimestrais. Esta edição ouviu 2 mil pessoas em 128 municípios entre os dias 21 e 24 de junho. (AE)


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ECONOMIA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Anvisa aprova registro de insulina da Biomm Produtora de medicamentos com fábrica em Nova Lima, empresa elevou capital social em R$ 87,4 mi (Funed). O mercado desse medicamento é estimado Após concluir um au- em cerca de R$ 1 bilhão por mento de capital social da ano, com crescimento anual ordem de R$ 87,4 milhões de dois dígitos. e renegociar os prazos de financiamentos com o Banco Investimento - A construção Nacional de Desenvolvi- da planta de Nova Lima mento Econômico e Social demandou aporte de R$ 540 (BNDES) e com o Banco de milhões. Para construir a plaDesenvolvimento de Minas taforma, a empresa contou Gerais (BDMG), a Biomm, com linhas de financiamencom fábrica especializada to do BNDES, do BDMG, na produção de insulina da Fundação de Amparo humana em Nova Lima, à Pesquisa do Estado de na Região Metropolitana Minas Gerais (Fapemig) e de Belo Horizonte (RMBH), da Agência Brasileira da conseguiu, afinal, a aprova- Inovação (Finep). ção do registro do Glargilin Entretanto, a demora na (insulina humana análoga de aprovação de alguns melonga duração) pela Agên- dicamentos, inclusive do cia Nacional de Vigilância Glargilin, fez com que a emSanitária (Anvisa). presa procurasse o BNDES A Biomm comunicou a e o BDMG para renegociar aprovação do registro do os prazos para amortização Glargilin, nome comercial dos empréstimos, já que, sem para o biossimilar da insu- produzir ou comercializar lina Glargina, ontem, mas a os medicamentos, a Biomm reportagem não conseguiu demorou mais que o previsto contato com a empresa para para começar a gerar receita. comentar o assunto. Em do- A informação foi confirmada cumento, a Biomm explica ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, que, com a aprovação, o próximo passo será solicitar a autorização de preço do ACORDO medicamento junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (Cmed) e iniciar a validação da planta de Nova Lima. De acordo com a Biomm, Rio de Janeiro - Os preços em um primeiro momento, do diesel nos postos do Brasil o medicamento será im- recuaram levemente, em sua portado e somente depois quinta semana consecutiva da certificação da fábrica de queda, apontaram dados pela Anvisa será iniciada da Agência Nacional do a produção local. “Demos Petróleo, Gás Natural e Bioum passo muito importante combustíveis (ANP), como para a sociedade brasileira, resultado de um programa que perderá a dependência de subsídios ao combustível internacional de um medica- lançado pelo governo federal mento tão relevante como a para atender demandas de insulina Glargina”, afirmou, caminhoneiros. em nota, o presidente da emO valor médio do diesel presa, Heraldo Marchezini. - combustível mais consuCom o registro do Glargi- mido do País -, nos postos lin em mãos, a Biomm está brasileiros, atingiu R$ 3,384 apta a oferecer uma opção por litro na semana passada, de tratamento a pacientes queda de 0,15% em relação diabéticos, tanto em far- aos R$ 3,389 por litro regismácias quanto para o setor trados na semana anterior, público. Em especial, por segundo pesquisa semanal meio da Parceria de Desen- da ANP. volvimento Produtivo (PDP) As cinco quedas conseaprovada pelo Ministério da cutivas ocorreram após um Saúde, com fornecimento recorde registrado na semana de 100% da necessidade entre 27 de maio e 2 de junho, do ministério para insulina de R$ 3,828 por litro. Glargina, em parceria com O governo criou um proa Fundação Ezequiel Dias grama de subvenção ao

DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

Biomm comunicou ontem a aprovação do registro da Glargilin, nome comercial para o biossimilar da insulina Glargina

na semana passada, pelo presidente do BDMG, Marco Aurélio Crocco. A planta de insulina da

Biomm será a única no Brasil e, com base em informações já divulgadas pela empresa, tem 30 mil metros quadrados

e capacidade para produzir 20 milhões de frascos de insulina humana recombinante por ano, distribuídos no mer-

cado nacional. Há também planejamento de exportação do produto, mas ainda não há previsão de volumes.

Preços do diesel recuam pela 5ª semana JOSÉ OSWALDO/DIVULGAÇÃO

diesel fóssil, congelando preços e ressarcindo a Petrobras, demais refinarias e importadores por perdas de até R$ 0,30 por litro, dependendo de condições de mercado. Mas, para completar o corte com mais R$ 0,16 centavos, o governo reduziu impostos federais e conta ainda com a redução das cobranças de ICMS pelos estados. Corte integral - Na semana passada, o presidente da Plural - associação que representa as principais distribuidoras de combustíveis no País -, Leonardo Gadotti, disse à Reuters que apenas os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amapá e Mato Grosso do Sul criaram mecanismos tributários que tornaram possível o corte integral de R$ 0,46 aos consumidores. A gasolina, por sua vez, registrou média nos postos

Governo criou programa de subvenção ao diesel fóssil, congelando preços na refinarias

brasileiros de R$ 4,495 por litro na semana passada, queda de 0,07% sobre a semana anterior, quando foi

vendida por R$ 4,498 por litro, segundo a ANP. O etanol hidratado, concorrente direto da gasolina

nas bombas, por sua vez, teve queda 1,7% na semana, para R$ 2,833 por litro, mostrou a pesquisa da ANP. (Reuters)

PETRÓLEO

Indícios de avanço da produção nos EUA geram alta São Paulo – O petróleo fechou em alta ontem, em meio a notícias sobre interrupções da oferta na Líbia e no Canadá, mas, também, sinais de que a produção pode voltar a subir nos Estados Unidos após dados oficiais apontarem uma baixa inesperada nas reservas do país. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro avançou US$ 0,96 (1,24%), para US$ 78,07. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para agosto fechou em alta de US$ 0,05 (0,07%), a US$ 73,85 o barril. Segue repercutindo a partir da Líbia o controle que uma concorrente da NOC, a petroleira estatal, assumiu em portos vitais para a exportação de petróleo do país africano. Como nações que importam o óleo líbio se recusam a contratar com a rival da NOC, resulta que

a oferta da commodity está congelada, enquanto não se resolve o impasse. Outro fator que recentemente vem dando suporte às cotações é a interrupção de produção na Syncrude Oil Sands, uma importante instalação da Suncor para a extração de petróleo na província canadense de Alberta. A empresa anunciou ontem que uma de suas unidades de refino voltará a funcionar na segunda quinzena deste mês, produzindo cerca de 150 mil barris por dia (bpd), enquanto uma segunda unidade retomará o serviço na primeira quinzena de agosto, produzindo 100 mil bpd. “É esperado que a Syncrude volte à produção em capacidade cheia na primeira quinzena de setembro”, informa a Suncor em nota. Além disso, o mercado segue buscando a precificação das sanções americanas contra o Irã e da crise socio-

ISAAC URRUTIA/REUTERS

econômica na Venezuela. “Em uma situação de pior cenário possível, perdem-se dois milhões de barris por dia do Irã e um milhão da Venezuela, totalizando três milhões de barris por dia, e, de repente, os aumentos (de produção) da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) não são nem de perto suficientes para cobrir isso”, comenta o economista de commodities da Capital Economics Tom Pugh. Estoques - Por outro lado, nos EUA, o fato de que a contagem da Baker Hughes de poços e plataformas de petróleo em operação subiu 5 na última semana, para 863, somou-se ao anúncio pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano de que os estoques da commodity no país subiram 1,245 milhão de barris na semana passada, na contramão da previsão

Interrupções da oferta na Líbia e no Canadá também colaboram para fechamento em alta

de analistas de um recuo de 3,9 milhões de barris. Assim, o cronograma estabelecido pela Suncor,

que evidencia ainda alguma demora para o restabelecimento da produção da empresa, compensou os

sinais de oferta ascendente nos EUA, evitando que a cotação do WTI ajustasse em território negativo. (AE)


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ECONOMIA PLANO DIRETOR

Empresários criticam a proposta da PBH Alegação de representantes de 29 entidades é de que outorga onerosa é novo tipo de imposto sobre a moradia ANA CAROLINA DIAS

Representantes de 29 entidades da indústria, comércio e serviços que atuam em Belo Horizonte se uniram no “Movimento em favor de BH contra a criação de imposto sobre moradias” e lançaram, ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a campanha “Mais imposto não!”, que alerta sobre a necessidade de discussão e revisão do Plano Diretor de Belo Horizonte, que estabelece novas regras para a ocupação urbana na Capital e foi apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à Câmara Municipal no mês passado. Coordenada pela Fiemg e CDL/BH, a iniciativa questiona o modelo de ocupação do solo proposto pelo Projeto de Lei 1749/15, considerado prejudicial a todos os setores produtivos e também à população por criar a outorga onerosa do direito de construir que, na prática, é considerado mais um imposto sobre a moradia. Como principal alternativa discutida, o movimento sugere que o projeto de lei seja levado à discussão na 5ª Conferência Municipal de Política Urbana, convocada pela PBH para acontecer no final deste ano. Para o vice-presidente da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, o Plano Diretor não foi adequadamente discutido devido ao modelo da última conferência e é

necessário um prazo maior para realizar um debate mais amplo. Camargos afirmou ainda que o projeto é limitador e a principal preocupação, do ponto de vista dos empresários, é o impacto das ações na economia da cidade. “É muito preocupante, numa crise como a que estamos vivendo, ter o mercado paralisado por algum impasse como o que essa legislação vai gerar. As entidades aderiram ao movimento para tentar evitar que a economia, que já gerou 120 mil desempregados em Belo Horizonte nos últimos anos, aumente ainda mais o desemprego. A paralisação da construção civil causa impactos nos setores de serviços e comércio e a economia da cidade perde”, explicou. Outro impacto direto na população destacado pelo vice-presidente da Fiemg é o desvirtuamento da outorga onerosa, que é equiparado à criação de um novo imposto, que inviabiliza investimentos e amplia a expulsão dos belo-horizontinos para outras cidades. Camargos defendeu o desenvolvimento do conceito de cidade compacta, na qual o cidadão tenha condições de morar perto do trabalho, estudo e lazer. “A redução para posterior venda significa, na nossa percepção, fazer o caixa da prefeitura e não planejar a cidade de forma adequada. Quem comprou, pagou e

DIVULGAÇÃO

manteve seu imóvel ao longo dos anos têm direitos. Ao tirar a potencialidade do centro da cidade, você leva as pessoas para mais longe, impactando fortemente no trânsito e na mobilidade urbana, por exemplo”, afirmou Camargos. O vice-presidente de relações públicas e sociais da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, criticou a interferência do poder público na iniciativa privada com a criação de mais um imposto e considerou que o Plano Diretor desestimula o movimento empresarial, principalmente o setor de construção civil. “Nós queremos que o poder público atue como moderador e facilitador dos processos, com equilíbrio na gestão pública e equilíbrio Para Carmargos, o projeto não foi devidamente discutido e pode prejudicar a economia no desenvolvimento da cidade. A prefeitura pode melhorar sua gestão, ter eficiência e usar recursos financeiros para as políticas A falta de inovações mundo inteiro como op- imóveis, restringe as compúblicas necessárias”, disse tecnológicas na proposta ções de telhados e muros pras e, consequentemente, Silva. do Plano Diretor foi des- verdes que retém água não aquece a indústria da Na avaliação do representaque para o segundo vice- para evitar enchentes e construção, aumentando tante da CDL/BH, o projeto -presidente do Sindicato que não estão colocadas ainda mais o número de de lei atinge, diretamente, a de Engenheiros de Minas no plano para Belo Hori- demissões. classe média, que vai perder Gerais (Senge-MG), João zonte”, afirmou. “Um plano que inviapoder aquisitivo e comprar José Magalhães Soares, Além disso, ele também biliza algumas obras está seus imóveis fora de Belo que garantiu que não hou- destacou que, ao criar difi- inviabilizando também Horizonte. “Queremos amve discussão sobre novas culdades para a indústria a geração de empregos pliar a discussão para que tecnologias na parte técnica da construção, há reflexos na cidade. A redução do a população, setor técnico do projeto. na geração de empregos número de obras reduz o e setor empresarial parti“Queremos um plano para o setor, responsável número de empregos de cipem. O desenvolvimento que deixe a cidade se de- por 80% das demissões engenheiros, arquitetos, sustentável só é possível a senvolver de uma forma nos últimos dois anos na pedreiros, mestre de obras e partir do desenvolvimento correta e no qual estejam Capital. Segundo Soares, a desencadeia toda uma crise econômico para geração de incluídas questões tecno- outorga traz a possibilidade de emprego na cidade”, empregos, oportunidades e lógicas disponíveis no de aumentar o valor dos avaliou Soares. (ACD) renda disponível”, ressaltou.

Inovações ficaram de fora, aponta Senge-MG

ACORDO DE PARIS

LENIÊNCIA

Desmatamento pode onerar economia Se o desmatamento da Amazônia e do Cerrado seguir na tendência de alta observada nos últimos cinco anos, piorando a contribuição do Brasil para o aquecimento global, outros setores econômicos do País terão de compensar essas emissões de gás carbônico. E o custo para a economia pode ser de pelo menos US$ 2 trilhões (cerca de R$ 7,75 trilhões). A estimativa e o alerta estão em um artigo publicado ontem por um grupo de dez pesquisadores brasileiros na revista Nature Climate Change. O texto analisa o que os autores chamam de “ameaça das barganhas políticas para a mitigação climática do Brasil”. Em outras palavras: os autores consideram que mudanças da política ambiental brasileira em troca de apoio da bancada ruralista ao governo - como sugestões de alterar a lei do licenciamento ambiental, suspensão de ratificação de terras indígenas, redução de áreas protegidas e flexibilização da regularização fundiária - podem ter reflexo na capacidade do País de conseguir cumprir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Eles se referem aos compromissos estabelecidos no Acordo de Paris, de 2015, por meio do qual 196 países concordaram em conter o aquecimento do planeta a menos de 2°C até o final do século. O Ministério do Meio Ambiente diz que o governo federal tem desenvolvido ações para reduzir o desmate. O grupo, liderado por Roberto Schaeffer, do programa de pós-graduação e pesquisa

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa indica que compensação de emissões de gás carbônico pode custar US$ 2 trilhões ao País

de Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe/ UFRJ), observou a trajetória do desmatamento nos últimos 20 anos para estimar como pode ser a evolução até 2030, levando em conta que o País se comprometeu a cortar as emissões de gases-estufa em 43% até aquele ano. O grupo dividiu os últimos 20 anos em três períodos: até 2005, em que havia pobre governança ambiental e altas taxas de desmate; de 2005 a 2012, quando o combate ao desmatamento foi intensificado e as taxas caíram 83%; e de 2012 a 2017, em que os pesquisadores avaliam que a governança ambiental “sofreu uma erosão gradual, com ampla anistia concedida a desmatadores ilegais do passado por meio da revisão do Código Florestal”, levando a uma reversão da curva. Segundo Raoni Rajão, da Federal de Minas Gerais (UFMG), há

uma “sinalização por parte do governo pró-desmatamento”. O estudo projeta três cenários futuros - um de desmate caindo, como foi até 2012 (otimista); um que segue a tendência de alta dos últimos anos; e um de descontrole, como era até 2005. A partir do 2.º cenário fica mais difícil cumprir a meta. “Isso poderia minar o sucesso que o Brasil teve em reduzir suas emissões por meio do controle do desmatamento observado na última década”, escrevem. “Se o desmatamento aumenta e avança em suas emissões, sobra menos para o resto da economia emitir. Setores de energia e a indústria vão ter de reduzir muito mais suas emissões com tecnologias que ainda não estão maduras e são muito mais caras”, explica Schaeffer. Pelos modelos, os custos para o País alcançar a sua

meta junto ao Acordo de Paris podem ser de US$ 2 trilhões até 2050. No pior cenário, o custo pode chegar a US$ 5 trilhões (cerca de R$ 19,35 trilhões). Poder público - O Ministério do Meio Ambiente disse que “as decisões tomadas pelo governo (Michel) Temer foram decisivas para a queda desmatamento em todos os grandes biomas brasileiros, para dobrar a área de proteção ambiental no País e fortalecer os mecanismos de combate ao desmatamento ilegal”. Segundo a pasta, “o Brasil foi o país que obteve a maior redução de emissões de gases de efeito estufa do planeta desde de 2004”. A Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso informou que tem de submeter o estudo aos 250 deputados que compõem o grupo antes de fechar algum posicionamento. (AE)

Governo assina acordo e Odebrecht terá que pagar R$ 2,7 bi à União Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) assinaram ontem acordo de leniência com a Odebrecht por desvios de recursos da União e de empresas estatais federais. O acordo é sigiloso e prevê o recebimento de R$ 2,7 bilhões pela União, que serão pagos ao longo de 22 anos. Os valores serão reajustados pela taxa Selic e poderão chegar a R$ 6,8 bilhões até o fim do prazo, de acordo com estimativas dos órgãos. A primeira parcela de R$ 60 milhões foi paga nesta semana e o valor deve aumentar até chegar a R$ 159 milhões anuais em 2039. Para estabelecer o valor do acordo de leniência, foram levados em consideração 49 contratos da Odebrecht envolvendo o poder público, sendo que em 38 deles houve algum tipo de fraude para garantir sua execução e nos demais foram constatados o pagamento de propina. O acordo diz respeito apenas a contratos que envolvem a esfera federal - estados e municípios envolvidos não entraram nessa conta. Do total a ser pago, cerca de R$ 900 milhões correspondem a propina envolvendo 150 agentes públicos - servidores e políticos -, R$ 1,3 bilhão são referentes a lucro em contratos envolvendo

propina e R$ 442 milhões a título de multa. A advogada-geral da União, Grace Mendonça, afirmou que os processos movidos pela AGU contra a Odebrecht serão extintos, mas as investigações relacionadas às outras empresas envolvidas continuarão. “As ações pelos mesmos fatos incluídos no acordo de leniência entram em uma linha de extinção. Haverá uma finalização acerca dos processos judiciais e a extinção da limitação de participação da empresa em licitações”, afirmou Mendonça. A Petrobras, que havia bloqueado a Odebrecht, voltou a incluir a empresa no seu cadastro de fornecedores. O acordo de leniência será encaminhado para o Tribunal de Contas da União (TCU), desde que a Corte se comprometa a não punir a empresa com base nas informações constantes no acordo. “O envio desse documento ao TCU só acontecerá quando o órgão se comprometer a não utilizar as provas contra a empresa. Não existe acordo prévio de envio para o TCU. Estamos atuando dentro do nosso espaço institucional respeitando completamente todas as competências do tribunal”, afirmou o ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário. (ABr)


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ECONOMIA ASSOCIAĂ‡ĂƒO MĂ RIO PENNA CNPJ: 17.513.235/0001-80 BALANÇO ANUAL - Em milhares de reais NE $WLYR &LUFXODQWH &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D 4 Caixa 41 29 4 1.108 11.977 Bancos - Conta Movimento - Recursos sem Restrição 11.328 7.669 Bancos - Conta Movimento - Recursos com Restrição 4 Aplicacoes Financeiras - Recursos sem Restriçþes 19 241 24.293 19.239 Aplicacoes Financeiras - Recursos com Restriçþes &UHGLWRV $ 5HFHEHU 28.117 19.075 Clientes 17.769 17.388 Outros Creditos a Receber Adiantamentos a Empregados 95 330 3.747 1.737 Adiantamentos a Fornecedores Despesas Antecipadas 49 556 9.356 8.113 Despesas com Juros a Apropriar (VWRTXHV Almoxarifados - SND / MAT EXP. e Manutenção 913 310 Farmacias - Materiais e Medicamentos 3.231 2.221 Imoveis P/Venda 1mR &LUFXODQWH 5HDOL]DYHO D /RQJR 3UD]R 2.021 1.928 Depositos Para Recursos Judiciais 2.998 3.247 Outros Valores a Receber Despesas com Juros a Apropriar 409 ,QYHVWLPHQWRV Projeto Campus Mario Penna 1.217 1.015 Projetos NĂşcleo de Pesquisa 3.925 2.346 Biblioteca - Enciclopedia EletrĂ´nica 38 ,PRELOL]DGR H Bens Proprios sem Restrição 124.235 129.006 Bens com Restrição 14.010 9.600 13.229 Bens Proprios em Construção (-) Depreciação Acumulada (35.290)(30.566) 3DVVLYR &LUFXODQWH Fornecedores de Bens E Serviços 28.131 13.446 Obrigaçþes com Empregados 11.906 9.043 Obrigaçþes TributĂĄrias 1.403 319 Emprestimos e Financiamentos a Pagar - Subvenção Sus 11.711 5.506 Subvençþes e AssistĂŞncias Governamentais a Realizar 10.763 1.301 Outras Obrigaçþes H 25.210 20.456 1mR &LUFXODQWH Emprestimos e Financiamentos a Pagar - Subvenção Sus 43.112 47.571 Subvençþes e AssistĂŞncias Governamentais a Realizar 50.004 47.126 ProvisĂŁo P/Demandas Judiciais 2.562 2.562 Outras Obrigaçþes 2.590 3.242 3DWULPRQLR /tTXLGR Patrimonio Social 14.198 32.237 Resultados de ExercĂ­cios Anteriores 585 Outras Reservas 69 69 Ajuste de Avaliacao Patrimonial 44.254 44.254 'HÂżFLW GR 3HUtRGR (23.267)(18.039) $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWHV LQWHJUDQWHV GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV 1RWDV H[SOLFDWLYDV jV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV ([HUFtFLRV ÂżQGRV HP GH GH]HPEUR GH H (Em milhares de Reais) &RQWH[WR RSHUDFLRQDO A Associação MĂĄrio Penna ĂŠ uma entidade sem ÂżQV OXFUDWLYRV FRP VHGH H IRUR QD FLGDGH GH %HOR +RUL]RQWH 0* IXQGDGD em junho de 1971, com declaração de utilidade pĂşblica municipal, estadual H IHGHUDO H FHUWLÂżFDGR GH HQWLGDGH EHQHÂżFHQWH GH DVVLVWrQFLD VRFLDO FRP D ÂżQDOLGDGH GH SUHVWDomR GH VHUYLoRV QD iUHD GH VD~GH &(%$6 6D~GH &HUWLÂżFDGR GH (QWLGDGH %HQHÂżFHQWH GH $VVLVWrQFLD 6RFLDO HP 6D~GH FRQIRUPH /HL $ (QWLGDGH WHP SRU ÂżQDOLGDGH FRRUGHQDU RULHQWDU incentivar, promover e desenvolver recursos assistenciais na pesquisa, prevenção e combate ao câncer, bem como prestar serviços hospitalares e DPEXODWRULDLV FRP HVVH REMHWLYR RX DÂżQV H QR PHVPR VHQWLGR FRODERUDU com outras instituiçþes congĂŞneres e com o Poder PĂşblico. Para atingir seus objetivos, a Instituição mantĂŠm um complexo hospitalar assistencial FRQVWLWXtGR SHOR +RVSLWDO 0iULR 3HQQD +RVSLWDO /X[HPEXUJR &DVD GH $SRLR %HDWUL] )HUUD] H 1~FOHR GH (QVLQR H 3HVTXLVD 2V UHFXUVRV ÂżQDQFHLURV para a promoção de seus objetivos estatutĂĄrios vĂŞm dos serviços prestados e convĂŞnios pactuados com o SUS (Sistema Ăšnico de SaĂşde), de convĂŞnios operacionais com operadoras de saĂşde e convĂŞnios pĂşblicos por conta de HPHQGDV SDUODPHQWDUHV H SURJUDPD GH UHQ~QFLD ÂżVFDO GR JRYHUQR IHGHUDO de atendimentos a particulares, de doaçþes e de rendimentos provenientes de VXDV DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV 7RGRV RV UHFXUVRV GD (QWLGDGH VmR HPSUHJDGRV exclusivamente no PaĂ­s e na execução de suas atividades estatutĂĄrias. SĂŁo ĂłrgĂŁos administrativos do Instituto Mario Penna: a Assembleia Geral, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal. A administração geral da Entidade ĂŠ exercida pela Diretoria Executiva, composta por diretor-presidente e diretores de acordo com as respectivas competĂŞncias estatutĂĄrias e regulamentares. %DVH GH SUHSDUDomR a. Declaração de conformidade - As presentes demonstraçþes incluem: • As demonstraçþes foram elaboradas de acordo com as polĂ­ticas contĂĄbeis adotadas no Brasil (BRGAAP) e de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade - ITG 2002 Entidades sem Fins Lucrativos. • As demonstraçþes individuais foram autorizadas para publicação pela Administração em DSyV DSURYDomR ÂżQDO SHORV VHQKRUHV FRQVHOKHLURV HP 5HXQLmR OrdinĂĄria dos Conselhos Fiscal e Assembleia Geral. b. Base de mensuração - $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV IRUDP preparadas com base no custo histĂłrico. c. Moeda funcional e moeda de apresentação - Essas demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV VmR DSUHVHQWDGDV HP 5HDO TXH p D PRHGD FRUUHQWH GR SDtV 7RGDV DV LQIRUPDo}HV ÂżQDQFHLUDV DSUHVHQWDGDV HP 5HDO IRUDP arredondadas para o milhar mais prĂłximo, exceto quando indicado de outra forma. d. Uso de estimativas e julgamentos - A preparação das demonstraçþes ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV GH DFRUGR FRP DV QRUPDV GR &RPLWr GH Pronunciamentos ContĂĄbeis exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de polĂ­ticas contĂĄbeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas sĂŁo revistos de uma maneira contĂ­nua. RevisĂľes com relação a estimativas contĂĄbeis sĂŁo reconhecidas no exercĂ­cio em que as estimativas sĂŁo revisadas e em quaisquer exercĂ­cios futuros afetados. • Nota 15 - ProvisĂľes e ContingĂŞncias. 3ULQFLSDLV 3ROtWLFDV &RQWiEHLV As polĂ­ticas contĂĄbeis descritas em detalhes abaixo tĂŞm sido aplicadas de maneira consistente a todos os H[HUFtFLRV DSUHVHQWDGRV QHVVDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQGLYLGXDLV a. Instrumentos Financeiros - , $WLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV - A Associação reconhece os emprĂŠstimos e recebĂ­veis e depĂłsitos inicialmente QD GDWD HP TXH IRUDP RULJLQDGRV 7RGRV RV RXWURV DWLYRV ÂżQDQFHLURV (incluindo os ativos designados pelo valor justo por meio do resultado) sĂŁo reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Associação se torna uma das partes das disposiçþes contratuais do instrumento. A $VVRFLDomR GHVFRQKHFH XP DWLYR ÂżQDQFHLUR TXDQGR RV GLUHLWRV FRQWUDWXDLV DRV Ă€X[RV GH FDL[D GR DWLYR H[SLUDP RX TXDQGR D $VVRFLDomR WUDQVIHUH RV GLUHLWRV DR UHFHELPHQWR GRV Ă€X[RV GH FDL[D FRQWUDWXDLV VREUH XP DWLYR ÂżQDQFHLUR HP XPD WUDQVDomR QR TXDO HVVHQFLDOPHQWH WRGRV RV ULVFRV H EHQHItFLRV GD WLWXODULGDGH GR DWLYR ÂżQDQFHLUR VmR WUDQVIHULGRV (YHQWXDO SDUWLFLSDomR TXH VHMD FULDGD RX UHWLGD SHOD $VVRFLDomR QRV DWLYRV ÂżQDQFHLURV ĂŠ reconhecida como um ativo ou passivo individual. Os ativos ou passivos ÂżQDQFHLURV VmR FRPSHQVDGRV H R YDORU OtTXLGR DSUHVHQWDGR QR EDODQoR patrimonial quando e somente quando, a Associação tenha o direito legal de compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base lĂ­quida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. A Associação FODVVLÂżFD RV DWLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV FRPR HPSUpVWLPRV H recebĂ­veis. (PSUpVWLPRV H 5HFHEtYHLV - EmprĂŠstimos e recebĂ­veis sĂŁo DWLYRV ÂżQDQFHLURV FRP SDJDPHQWRV Âż[RV RX FDOFXOiYHLV TXH QmR VmR cotados no mercado ativo. Tais ativos sĂŁo reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuĂ­veis. ApĂłs o reconhecimento inicial, os emprĂŠstimos e recebĂ­veis sĂŁo medidos pelo custo amortizado atravĂŠs do mĂŠtodo dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperĂĄvel. Os emprĂŠstimos e recebĂ­veis abrangem caixa e equivalentes de caixa e clientes e outros crĂŠditos. &DL[D H (TXLYDOHQWHV GH &DL[D - Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos GH FDL[D EDQFRV H LQYHVWLPHQWRV ÂżQDQFHLURV FRP YHQFLPHQWR RULJLQDO GH trĂŞs meses ou menos a partir da data da contratação, os quais sĂŁo sujeitos D XP ULVFR LQVLJQLÂżFDQWH GH DOWHUDomR QR YDORU H VmR XWLOL]DGDV QD JHVWmR das obrigaçþes de curto prazo. ,, 3DVVLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV - A Associação reconhece tĂ­tulos de dĂ­vida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que sĂŁo originados. Todos os outros passivos ÂżQDQFHLURV LQFOXLQGR SDVVLYRV GHVLJQDGRV SHOR YDORU MXVWR UHJLVWUDGR QR resultado) sĂŁo reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Associação se torna uma parte das disposiçþes contratuais do instrumento. $ $VVRFLDomR EDL[D XP SDVVLYR ÂżQDQFHLUR TXDQGR WHP VXDV REULJDo}HV contratuais retirada, cancelada ou vencida. $ $VVRFLDomR FODVVLÂżFD RV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV QmR GHULYDWLYRV QD FDWHJRULD GH RXWURV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV 7DLV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV VmR UHFRQKHFLGRV LQLFLDOPHQWH SHOR valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuĂ­veis. ApĂłs o UHFRQKHFLPHQWR LQLFLDO HVVHV SDVVLYRV ÂżQDQFHLURV VmR PHGLGRV SHOR FXVWR amortizado atravĂŠs do mĂŠtodo dos juros efetivos. b. Estoques - O custo dos estoques ĂŠ baseado no custo mĂŠdio mensal e inclui gastos incorridos na aquisição de estoques e os gastos incorridos em trazĂŞlos Ă s suas localizaçþes e condiçþes existentes. c. Imobilizado - , 5HFRQKHFLPHQWR H PHQVXUDomR - Itens do imobilizado sĂŁo mensurados pelo custo histĂłrico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação e perdas de redução ao valor recuperĂĄvel (LPSDLUPHQW , ambas acumuladas. A Associação optou, em 31 de dezembro de 2010, pela adoção do custo atribuĂ­do (GHHPHG FRVW) para os prĂŠdios e terrenos, ajustando os saldos de abertura na data de transição em 1Âş de janeiro de 2009, pelo valor de mercado dos bens que compĂľem esses grupos, suportado SRU ODXGR HODERUDGR SRU HVSHFLDOLVWDV H[WHUQRV FRP H[SHULrQFLD SURÂżVVLRQDO objetividade e conhecimento tĂŠcnico dos bens avaliados. ApĂłs a apuração do custo atribuĂ­do dos imĂłveis, nĂŁo serĂŁo registradas depreciaçþes para essa classe em função de a Administração entender que as manutençþes preventivas efetuadas contribuem para a conservação dos respectivos bens. O custo inclui gastos que sĂŁo diretamente atribuĂ­veis Ă aquisição de um ativo. O custo de ativos construĂ­dos pela prĂłpria Entidade inclui: • O custo de materiais e mĂŁo de obra direta; • Quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condiçþes necessĂĄrias para que esses sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração; • Os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estĂŁo localizados; • Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado (apurados pela diferença entre os recursos advindos da alienação e o valor contĂĄbil do imobilizado), sĂŁo reconhecidos em outras receitas/ despesas operacionais no resultado. II $WLYR ,QWDQJtYHO $WLYR LQWDQJtYHO p XP DWLYR QmR PRQHWiULR LGHQWLÂżFiYHO sem substância fĂ­sica (CPC, 04 R1). Ativos intangĂ­veis sĂŁo representados por bens e direitos associados a uma organização. Independentemente de estarem contabilizados possuem valor e podem agregar vantagens competitivas, tal como ĂŠ o caso de uma marca. Todas as marcas de propriedade da Associação 0iULR 3HQQD FRPR ,QVWLWXWR 0iULR 3HQQD +RVSLWDO 0iULR 3HQQD +RVSLWDO Luxemburgo, Casa de Apoio Beatriz Ferraz sĂŁo devidamente registradas no INPI e, dada sua notoriedade e reconhecimento pĂşblico, constituem potencialmente importante DWLYR LQWDQJtYHO da Instituição. A partir da alteração da legislação societĂĄria brasileira promovida pela lei Lei nÂş H 0HGLGD 3URYLVyULD Qž R $WLYR LQWDQJtYHO GHYH ÂżJXUDU QR Balanço Patrimonial das empresas como subgrupo de Ativo nĂŁo circulante VRPHQWH se seu valor for mensurado com segurança, for provĂĄvel os benefĂ­cios gerados por este ativo em favor da entidade e se, a partir dos FULWpULRV VXSUDFLWDGRV p LGHQWLÂżFiYHO H VHSDUiYHO GR SDWULP{QLR GD HQWLGDGH e vendido, transferido, alugado, etc. ProvidĂŞncias estĂŁo sendo tomadas pela Administração para que, em futuro prĂłximo, este DWLYR LQWDQJtYHO seja efetivamente avaliado e passe a ser considerado em seu Balanço Patrimonial. ,,, &XVWRV VXEVHTXHQWHV Custos subsequentes sĂŁo capitalizados na medida em que seja provĂĄvel que benefĂ­cios futuros associados com os gastos serĂŁo auferidos pela Associação. Gastos de manutenção e reparos recorrentes sĂŁo registrados no resultado. ,9 'HSUHFLDomR Itens do ativo imobilizado sĂŁo depreciados pelo mĂŠtodo linear no resultado do exercĂ­cio baseado na vida Ăştil econĂ´mica estimada de cada componente conforme legislação em vigor, exceto imĂłveis, e sĂŁo depreciados a partir da data em que sĂŁo instalados e estĂŁo disponĂ­veis para uso, ou em caso de ativos construĂ­dos internamente, GR GLD HP TXH D FRQVWUXomR p ÂżQDOL]DGD H R DWLYR HVWi GLVSRQtYHO SDUD utilização. Os mĂŠtodos de depreciação, as vidas Ăşteis e os valores residuais VmR UHYLVWRV D FDGD HQFHUUDPHQWR GH H[HUFtFLR ÂżQDQFHLUR H HYHQWXDLV DMXVWHV sĂŁo reconhecidos como mudança de estimativas contĂĄbeis. d. Redução ao valor recuperĂĄvel (impairment) - , $WLYRV ÂżQDQFHLURV LQFOXLQGR UHFHEtYHLV 8P DWLYR ÂżQDQFHLUR QmR PHQVXUDGR SHOR YDORU justo por meio do resultado ĂŠ avaliado a cada data de apresentação para apurar se hĂĄ evidĂŞncia objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperĂĄvel. Um ativo tem perda no seu valor recuperĂĄvel se uma evidĂŞncia objetiva indica que um evento de perda ocorreu apĂłs o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos Ă€X[RV GH FDL[D IXWXURV SURMHWDGRV TXH SRGHP VHU HVWLPDGRV GH XPD PDQHLUD FRQÂżiYHO $ HYLGrQFLD REMHWLYD GH TXH RV DWLYRV ÂżQDQFHLURV SHUGHUDP valor pode incluir o nĂŁo pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido Ă Associação sobre condiçþes de que a Associação nĂŁo consideraria em outras transaçþes, indicaçþes de que o devedor ou emissor entrarĂĄ em processo de falĂŞncia, ou o desaparecimento de um mercado ativo para um tĂ­tulo. AlĂŠm disso, para um LQVWUXPHQWR SDWULPRQLDO XP GHFOtQLR VLJQLÂżFDWLYR RX SURORQJDGR HP VHX valor justo abaixo do seu custo ĂŠ evidĂŞncia objetiva de perda por redução ao valor recuperĂĄvel. ,, $WLYRV QmR ÂżQDQFHLURV Os valores contĂĄbeis dos DWLYRV QmR ÂżQDQFHLURV GD $VVRFLDomR TXH QmR RV HVWRTXHV VmR UHYLVWRV D cada data de apresentação para apurar se hĂĄ indicação de perda no valor recuperĂĄvel. Caso ocorra tal indicação, entĂŁo o valor recuperĂĄvel do ativo ĂŠ estimado. Uma perda por redução no valor recuperĂĄvel ĂŠ reconhecida se o valor contĂĄbil do ativo ou unidade geradora de caixa exceder o seu valor recuperĂĄvel. O valor recuperĂĄvel de um ativo ou unidade geradora de caixa ĂŠ o maior entre o valor em uso e o valor justo menos despesas de venda. Por VH WUDWDU GH XPD HQWLGDGH ÂżODQWUySLFD H VHP ÂżQV OXFUDWLYRV D $VVRFLDomR QmR considera o mĂŠtodo do valor em uso para determinação do valor recuperĂĄvel. e. ProvisĂľes - Uma provisĂŁo ĂŠ reconhecida, em função de um evento passado, se a Associação tem uma obrigação legal ou construtiva que possa VHU HVWLPDGD GH PDQHLUD FRQÂżiYHO H p SURYiYHO TXH XP UHFXUVR HFRQ{PLFR seja exigido para liquidar a obrigação. f. Receita operacional - A receita de serviços prestados ĂŠ reconhecida no momento do fechamento das contas dos convĂŞnios e da remessa do faturamento aos convĂŞnios. Nas atividades de Telemarketing (call center)

DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DO RESULTADO DO EXERCICIO Em milhares de reais NE 5HFHLWDV 2SHUDFLRQDLV 6HP 5HVWULomR Receitas de Serviços Prestados 119.101 107.334 Contribuiçþes e Doaçþes VoluntĂĄrias 37.136 33.814 Imunidade/Isenção 26.563 24.672 Rendimentos Financeiros 1.021 1.578 Outros Recursos Recebidos 3.895 2.094 &RP 5HVWULomR Programa (Atividades) de SaĂşde 4.943 5.528 Outros Programas (Atividades) 7.892 5.886 &XVWRV H 'HVSHVDV 2SHUDFLRQDLV &RP 3URJUDPDV $WLYLGDGHV

Saúde 143.768 130.426 Gratuidades Concedidas 196 142 5HVXOWDGR %UXWR 'HVSHVDV 2SHUDFLRQDLV Administrativas 79.854 68.377 Salårios 9.719 8.614 Encargos Sociais 14.488 13.259 Impostos e Contribuiçþes 13.959 13.073 AluguÊis 813 843 Serviços Gerais 18.726 14.218 Manutençþes 3.271 3.168 Depreciação e Baixa Patrimonial 5.213 4.353 Despesas Financeiras 11.527 8.695 Outras Despesas 2.137 2.154 'H¿FLW 'R 3HUtRGR

$V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWHV LQWHJUDQWHV GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LĂ?QUIDO ([HUFtFLRV ÂżQGRV HP H (P PLOKDUHV GH 5HDLV

7RWDO GR 3DWULPRQLR $MXVWHV GH 5HVXOWDGRV 3DWULPRQLR $YDOLDomR $FXPXODGRV 6RFLDO 3DWULPRQLDO /tTXLGR Saldo em 31 de dezembro 14.267 44.254 58.521 de 2016 'p¿FLW GH ([HUFtFLRV 585 585 Anteriores (23.267) (23.267) 'p¿FLW GR ([HUFtFLR Saldo em 31 de dezembro (8.415) 44.254 35.839 de 2017 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWHV LQWHJUDQWHV GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV são reconhecidas quando do fechamento mensal dos contratos de doação junto as fontes arrecadadoras. g. Subvenção e assistência governamentais - Subvençþes governamentais são contabilizadas inicialmente no passivo, pelo valor justo, quando existe razoåvel garantia de que elas serão recebidas e que a Associação irå cumprir as condiçþes associadas com a subvenção e, quando destinadas a investimentos são reconhecidas no resultado como outras receitas em uma base sistemåtica no período de vida útil do ativo. Quando destinadas ao FXVWHLR GDV DWLYLGDGHV ¿QV VmR UHFRQKHFLGDV QD PHGLGD GR VHX XVR SDUD D quitação de compromissos As subvençþes que visam compensar o Instituto por despesas incorridas e são reconhecidas no resultado em uma base sistêmica no mesmo período em que as despesas são registradas. h. Determinação do ajuste a valor presente - Os ativos e passivos monetårios de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetårios de curto prazo Ê calculado, e somente registrado, se FRQVLGHUDGR UHOHYDQWH HP UHODomR jV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV WRPDGDV HP conjunto. &DL[D %DQFRV F PRYLPHQWR H $SOLFDo}HV )LQDQFHLUDV 5HFXUVRV VHP UHVWULomR

&DL[D H EDQFRV 1.148 12.006 $SOLFDo}HV ¿QDQFHLUDV Banco do Brasil e Itaú S.A. 1 18 241 Caixa Econômica Federal Total de aplicaçþes 19 241 Total Caixa e Equivalentes de Caixa 1.167 12.247 %DQFRV F PRYLPHQWR H $SOLFDo}HV )LQDQFHLUDV 5HFXUVRV FRP UHVWULomR

Caixa Econômica Federal 10.458 34 25.162 7.636 Banco do Brasil 35.620 19.239 Total de Recursos Vinculados a Projetos A exposição do Grupo a riscos de crÊdito, moeda e taxa de juros relacionados a outros investimentos Ê divulgada na nota explicativa 26. &OLHQWHV Convênio IPSEMG 10.171 3.934 Convênio UNIMED 2.589 1.472 Outros Convênios 7.600 6.021 SUS 7.751 8.364 198 302 Particulares Total 28.309 20.094 (192) (1.019) Provisão de CrÊditos de liquidação duvidosa 28.117 19.075

DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DOS FLUXOS DE CAIXA - Em milhares de reais )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV 2SHUDFLRQDLV 5HFXUVRV 5HFHELGRV PrĂłprios 110.157 106.877 Entidades Governamentais 8.435 17.272 Doaçþes e Contribuiçþes VoluntĂĄrias 34.927 31.555 Rendimentos Financeiros 2.631 2.320 PRONON 4.842 7.624 Outros 21.368 5.830 3DJDPHQWRV 5HDOL]DGRV

Aquisição de Bens e Serviços - Programas (118.836) (123.556) (Atividades) Salarios e Encargos Sociais do Pessoal (4.219) (4.969) Administrativo Contribuiçþes Sociais, Impostos e taxas (5.529) (6.485) Adiantamentos a Fornecedores / Importação (21.777) (20.987) Despesas Financeiras (6.231) (4.339) Outros Pagamentos (20.482) (23.808) &DL[D /LTXLGR *HUDGRV SHODV $WLYLGDGHV

2SHUDFLRQDLV )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV GH ,QYHVWLPHQWR Recursos Recebidos pela Venda de Bens 38 Outros Recebimentos por Investimentos Realizados (-) Aquisiçþes de Bens e Direitos para o Ativo (3.144) (3.564) &DL[D /tTXLGR &RQVXPLGR SHODV $WLYLGDGHV GH

,QYHVWLPHQWR )OX[R GH &DL[D GDV $WLYLGDGHV GH )LQDQFLDPHQWR Emprestimos e Financiamentos 6.000 60.677 Pagamentos de emprestimos (10.549) (31.610) &DL[D /tTXLGR *HUDGR &RQVXPLGR SHODV

$WLYLGDGHV GH )LQDQFLDPHQWR $XPHQWR 5HGXomR /tTXLGR GH &DL[D H

(TXLYDOHQWHV GH &DL[D Caixa e Equivalentes de Caixa no Inicio do PerĂ­odo 39.156 26.320 Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do PerĂ­odo 36.788 39.156 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWHV LQWHJUDQWHV GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV A exposição do Grupo a riscos de crĂŠdito, moeda e perdas por redução no valor recuperĂĄvel relacionadas a contas a receber de clientes e a outras contas sĂŁo divulgadas na nota explicativa 26. 2XWURV &UpGLWRV D 5HFHEHU Call Center 16.536 16.586 Outros RecebĂ­veis 452 609 Cobrança Judicial – Serviço Social das Estradas de Ferro 589 (192) (192) Cobrança Judicial contra terceiros (fornecedores) 17.769 17.003 As receitas de call center referem-se Ă s doaçþes efetuadas pela sociedade em geral por meio de dĂŠbito em conta de telefone e de energia, que sĂŁo repassadas quinzenalmente pelas operadoras para a Associação. Adicionalmente sĂŁo registradas doaçþes recebidas via cartĂŁo de crĂŠdito. A partir do exercĂ­cio de 2015 a instituição passou a reconhecer os valores SURYLVLRQDGRV GH FDSWDomR GH GRDo}HV YLD FDOO FHQWHU TXH TXDQGR ÂżUPDGRV refere-se a doaçþes mensais pelo perĂ­odo de 12 meses. Importam estes valores em 2017 no montante de R$ 15.979 MIL, e tem sua contrapartida na rubrica “outras provisĂľesâ€? no passivo mera contrapartida. As receitas de call center referem-se Ă s doaçþes efetuadas pela sociedade em geral por meio de dĂŠbito em conta de telefone e de energia, que sĂŁo repassadas quinzenalmente pelas operadoras para a Associação. Adicionalmente sĂŁo registradas doaçþes recebidas via cartĂŁo de crĂŠdito. A partir do exercĂ­cio de 2015 a instituição passou a reconhecer os valores provisionados de captação de doaçþes via FDOO FHQWHU TXH TXDQGR ÂżUPDGRV UHIHUH VH D GRDo}HV PHQVDLV SHOR SHUtRGR de 12 meses. Importam estes valores em 2017 no montante de R$ 15.979 MIL, e tem sua contrapartida na rubrica “outras provisĂľesâ€? no passivo mera contrapartida. $GLDQWDPHQWRV D IRUQHFHGRUHV Mercado Interno 3.719 1.737 2V DGLDQWDPHQWRV D IRUQHFHGRUHV VmR HIHWXDGRV TXDQGR YHULÂżFDGR YDQWDJHQV de negociação de compras em relação a preços ou quando a aquisição dos bens e serviços tem caracterĂ­stica de urgĂŞncia. (VWRTXHV 3.576 2.221 569 310 4.144 2.531 A Associação registra no grupo de estoques prĂłprios ou recebidos em doaçþes dos quais jĂĄ possua a titularidade e posse. 2XWURV 9DORUHV D 5HFHEHU

FarmĂĄcias/Almoxarifado –Centro Distribuição SND/Almoxarifado/Manutenção ImĂłveis para venda

Contrato de MĂştuo Associação/FMP (*) 2.760 3.009 DepĂłsitos para Recursos Judiciais (**) 2.021 1.928 PrecatĂłrio do MinistĂŠrio da SaĂşde 212 212 26 26 Outros 5.019 3.247 Total de Outros Valores a receber (*) Refere-se ao contrato de mĂştuo entre a Associação MĂĄrio Penna e a Fundação Educacional MĂĄrio Penna, registrado na rubrica “Outros Valores D 5HFHEHU´ QR DWLYR QmR FLUFXODQWH $ GLIHUHQoD YHULÂżFDGD HP 5 mil) foi decorrente de abatimento da dĂ­vida conforme clausula contratual. (**) Os depĂłsitos Judiciais, referem-se aos valores depositados em juĂ­zo para cobertura de processos trabalhistas em andamento. $WLYR ,PRELOL]DGR Custo 'HSUHFLDomR DFXPXODGD /tTXLGR /tTXLGR 7[ $QXDO GH GHSUHFLDomR PrĂŠdios 28.505 28.505 27.783 Terrenos 45.991 45.991 45.991 Aparelhos e equipamentos 41.105 21.326 19.779 17.076 10 MĂłveis e utensĂ­lios 6.145 3.262 2.883 2.580 10 VeĂ­culos 625 620 5 106 20 Equipamentos de informĂĄtica 11.094 7.932 3.162 2.050 20 Instrumentais cirĂşrgicos 2.099 1.568 531 626 10 Instalaçþes 1.980 583 1.397 1.529 10 Benfeitorias em imĂłveis cedidos a terceiro 700 700 700 Imobilizaçþes em curso 9.600 9.600 9.311 28 28 3.918 Adiantamento de Importaçþes 147.872 35.291 112.581 111.670 A movimentação do imobilizado pode ser assim demonstrada no exercĂ­cio em anĂĄlise: $GLo}HV %DL[DV 7UDQVI 'HSUHFLDomR PrĂŠdios 27.783 722 28.505 Terrenos 45.991 45.991 Aparelhos e equipamentos 17.076 6.111 -574 -2.834 19.779 MĂłveis e utensĂ­lios 2.580 745 -27 -415 2.883 VeĂ­culos 106 -101 5 Equipamentos de informĂĄtica 2.050 2.068 -9 -947 3.162 Instrumentais cirĂşrgicos 626 49 -144 531 Instalaçþes 1.529 119 -251 1.397 Benfeitorias em imĂłveis cedidos 700 700 Imobilização em curso 9.311 289 9.600 3.918 -3.890 28 Adiantamento de Importaçþes 111.670 10.103 -4.500 -4.692 112.581 Os adiantamentos de importaçþes destinam-se Ă aquisição de equipamentos hospitalares cujo preço estĂĄ atrelado ao dĂłlar. Desta Call Center OI 20.608 21.922 forma usamos mecanismos para reduzir nosso risco sobre a variação Call Center CEMIG 10.847 7.122 da moeda estrangeira. No balanço anual o valor dos adiantamentos Call Center COPASA 51 estĂĄ incluso na rubrica “Bens PrĂłprios em Construçãoâ€?. Call Center Algar 906 )RUQHFHGRUHV GH %HQV H 6HUYLoRV As contas a pagar aos 4.724 4.770 Outras Doaçþes 37.136 33.814 fornecedores sĂŁo compostas, na sua maioria, pelos valores oriundos ,PXQLGDGH H ,VHQomR 7ULEXWiULD Os impostos e contribuiçþes sociais, da compra de insumos utilizados na prestação dos serviços nĂŁo recolhidos em razĂŁo das imunidades e isençþes tributĂĄrias da Entidade, hospitalares e, ainda, de parceiros na prestação de serviços vitais foram os seguintes: ao funcionamento das unidades mantidas pelo Instituto. SĂŁo FODVVLÂżFDGRV FRPR SDVVLYRV FLUFXODQWHV VH R SDJDPHQWR IRU GHYLGR ,VHQo}HV 3UHYLGHQFLiULDV no perĂ­odo de atĂŠ um ano e, caso contrĂĄrio, sĂŁo apresentadas como INSS Contribuição Patronal 12.007 11.082 passivo nĂŁo circulante. Conforme divulgado na nota explicativa nÂş 3 5.987 5.596 INSS Contribuição de Terceiros a.I, a administração entende que nĂŁo hĂĄ ajustes relevantes a serem 17.994 16.678 registrados para a rubrica de fornecedores e que os saldos estĂŁo 597 517 PIS – Folha de Pagamentos registrados pelo valor presente. ,VHQo}HV WULEXWiULDV FORNECEDORES COFINS 3.586 3.220 VENC. CURTO PRAZO 28.131 MIL 13.446 MIL PIS sobre faturamento 777 698 Aumento das obrigaçþes com fornecedores da ordem de R$ 14,7 CSLL 17 milhĂľes ou 109% em relação a 2.016. ISSQN 3.586 3.220 (PSUpVWLPRV )LQDQFLDPHQWRV H 3DUFHODPHQWRV IRPJ 44 IRRF sobre Aplicaçþes Financeiras 24 11 268 IPTU Curto Prazo . Caixa EconĂ´mica Federal 9.914 4.271 7RWDO GH ,PXQLGDGHV H ,VHQo}HV 1.797 1.235 . Banco Santander Tais tributos foram lançados no resultado, tanto na receita como na despesa 11.711 5.506 do exercĂ­cio, conforme prĂĄtica contĂĄbil vigente. Longo Prazo 3URJUDPD $WLYLGDGH GH 6D~GH Em 2014 houve uma remodelação na . Caixa EconĂ´mica Federal 38.436 43.493 contratualização entre a Associação Mario Penna e o Gestor do SUS, o que . Banco Santander 4.646 3.869 nos permitiu cumprir de maneira mais efetiva as metas contratuais e auferir 30 209 . Banco IBM um aumento substancial na receita de incentivos que deriva da prestação 43.112 47.571 de serviços ao SUS. Em 2.017 o contingenciamento de recursos do SUS 7RWDO 54.823 53.077 levou Ă forte redução das Cirurgias Eletivas o que foi determinante para JUROS A APROPRIAR 9.132 (MIL) involução das receitas. 6$/'2 '( (035(67,026 '(= 0,/

352*5$0$ 2V HPSUpVWLPRV H ¿QDQFLDPHQWRV VmR UHFRQKHFLGRV LQLFLDOPHQWH VALORES DO EXERC�CIO 4.943 (MIL) 5.528 (MIL) pelo valor justo, líquido dos custos da transação e jå incorridos, e são 2XWURV 3URJUDPDV $WLYLGDGHV Refere-se a subvençþes dos Governos subsequentemente demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer Estadual e Federal. diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de resgate Ê reconhecido na demonstração de resultado 6HFUHWDULD GH (VWDGR GH 6D~GH ¹ 352 +263 2XWURV 4.761 3.456 durante o período em que os emprÊstimos estejam vigentes, pelo MinistÊrio da Saúde 1.214 89 mÊtodo das taxas de juros efetivas. O saldo dos emprÊstimos a longo Time Mania 7 7 prazo do exercício 2.016, foram demonstrados no valor líquido, 1.910 2.335 Verbas Parlamentares/Outros desconsiderando os juros a transcorrer, conforme CPCs 08 E 20. 7.892 5.887 &XVWRV FRP 3URJUDPDV $WLYLGDGHV

&UHGRU 9DORU 7RWDO 3UD]R 7D[DV *DUDQWLDV Caixa Econômica Federal 48.350 120 meses 1,75% Contrato SUS Banco Santander Brasil S/A 6.443 60 meses 1,38% Contrato SUS Com pessoal (Salårio + Encargos) 64.619 58.442 Com Materiais e Medicamentos 44.621 41.282 Serviços Terceiros 30.757 26.779 Curto Prazo 3.771 3.922 Outros . Parcelamento Previdenciårio 192 143.768 130.425 . Parcelamento Fazendårio 200 (QFDUJRV 6RFLDLV Soma dos encargos e benefícios sobre folha do . Parcelamento CEMIG 360 pessoal administrativo, acrescido do INSS patronal + PIS sobre folha de 259 . Parcelamento FGTS pagamento, de toda a Instituição. (Vide NE 19) 1.011 Longo Prazo . Parcelamento Previdenciårio 751 FGTS s/folha 703 580 . Parcelamento Fazendårio 782 Assistência MÊdica/Odontológica 178 117 . Parcelamento CEMIG 180 Alimentação 541 498 496 . Parcelamento FGTS Vale transporte/Vale combustível 204 191 2.209 Outros 345 274 7RWDO 3.220 INSS patronal 12.007 11.082 597 517 PIS s/folha de pagamento Juros a Apropriar 492 (MIL) 14.575 13.259 6DOGR GH 3DUFHODPHQWRV 'H] 0,/

,PSRVWRV H &RQWULEXLo}HV +RXYH D QHFHVVLGDGH GH SDUFHODPHQWR GH LPSRVWRV UHWLGRV VHUYLoR pĂşblicos e FGTS, devido ao atraso no recolhimento das obrigaçþes INSS – Terceiros 4.355 3.990 citadas acima em decorrĂŞncia da falta de recurso disponĂ­vel. TambĂŠm INSS – Cooperativas 1.632 1.606 foi levado em consideração a consequĂŞncia da nĂŁo obtenção de 7.972 7.478 Impostos/Contribuiçþes Isentos (NE 19) certidĂľes negativas, o que acarretariam problemas nos recebimentos 13.959 13.073 de convĂŞnios ligados ao poder pĂşblico, e tambĂŠm o impedimento de 'pÂżFLW GR ([HUFtFLR Em que pese o forte direcionamento para um recebimento de verbas estaduais e federais. 3ODQHMDPHQWR (VWUDWpJLFR FRP UHGHÂżQLomR H FULDomR GH SURFHVVRV SURGXWLYRV 6XEYHQo}HV $VVLVWHQFLDLV H *RYHUQDPHQWDLV D 5HDOL]DU Âą / R HELWGD KRVSLWDODU +RVSLWDLV 0DULR 3HQQD H /X[HPEXUJR PDQWHYH VH 3UD]R negativo em R$ 33,7 milhĂľes. A obra Mario Penna pelo reconhecimento do serviço que presta Ă sociedade sempre teve uma receita complementar MinistĂŠrio da SaĂşde – (Investimento) 4.508 7.986 vinda de Call Center atravĂŠs de doaçþes das classes ‘C’ e ‘D’, de baixo ticket MinistĂŠrio da SaĂşde – (Custeio) 2.442 mĂŠdio, porĂŠm de numerosos doadores, mas, em 2.017 continuou a sentir o MinistĂŠrio do Trabalho – (Investimento) 2.915 fenĂ´meno iniciado em 2.016 por força da crise nacional e o desemprego, Secretaria Estadual da SaĂşde – (Custeio) 1.227 1.661 alĂŠm do aumento dos custos operativos da atividade, de forma que o Secretaria Estadual de Custeio e Tecnologia – (Investimento) 976 938 resultado lĂ­quido da atividade foi R$ 5.5 milhĂľes inferior ao de 2.016. Ainda ConvĂŞnio PRONON – (Investimento) 14.005 13.640 relativo a despesas, por força de resultados negativos ocorridos desde 2.013, ConvĂŞnio PRONON – (Custeio) 20.117 20.642 KRXYH D QHFHVVLGDGH GH DXPHQWDU D WRPDGD GH UHFXUVRV RQHURVRV DR ÂżQDO GH 3.814 2.259 Outros – (Custeio / Investimento) 2.016 para fazer frente a compromissos em atraso, quais sejam, impostos e 50.004 47.126 fornecedores. Com isso o resultado nĂŁo operacional atingiu R$ 10,5 milhĂľes. Os valores aqui expressos referentes a investimento, serĂŁo realizados ,QVWUXPHQWRV )LQDQFHLURV As movimentaçþes da Entidade sĂŁo realizadas por intermĂŠdio da ĂĄrea Financeira, de acordo com estratĂŠgia conforme normas contĂĄbeis em vigor, quando de sua depreciação. JĂĄ previamente aprovada pela Administração. Essas operaçþes sĂŁo realizadas aqueles destinados ao custeio, estĂŁo aqui evidenciados atĂŠ que haja o com bancos de reconhecida liquidez, o que minimiza seus riscos. Os efetivo uso do recurso recebido. PRQWDQWHV GRV LQVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV DWLYRV H SDVVLYRV UHJLVWUDGRV HP 3URYLV}HV H &RQWLQJrQFLDV A Entidade registra provisĂľes de dezembro de 2017 e 2016 sĂŁo compatĂ­veis com os valores de mercado. para fazer face aos seus passivos trabalhistas potenciais. Com base Adicionalmente a Entidade apresenta exposição aos seguintes riscos nas informaçþes da gerĂŞncia jurĂ­dica na anĂĄlise dessas questĂľes, DGYLQGRV GR XVR GH LQVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV atendendo Ă probabilidade de perda de cada ação judicial foram D 5LVFR GH 7D[DV GH -XURV A Entidade estĂĄ sujeita a riscos nas oscilaçþes constituĂ­das provisĂľes trabalhistas no montante de R$2.562 da taxa Selic do Banco Central do Brasil. 0, DWp GH] FRQVLGHUDGR VXÂżFLHQWH HP IDFH GH HYHQWXDLV E 5LVFR GH &UpGLWR 2V LQVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV TXH SRWHQFLDOPHQWH responsabilidades futuramente exigĂ­veis. (R$2.561 MI – 2016). VXMHLWDP D (QWLGDGH D ULVFR GH FUpGLWR FRQVLVWHP HP DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV A Entidade tambĂŠm efetuou depĂłsitos para recursos e defesas em e contas a receber de clientes. A Entidade, visando Ă redução desses riscos, cumprimento a exigĂŞncias legais da justiça trabalhista cujo montante VmR PDQWLGDV FRQWDV FRUUHQWHV EDQFiULDV H DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV FRP SHUÂżO soma 2.021 MIL - dez/2017 (1.928 MIL – dez/2016). conservador em instituiçþes bancĂĄrias de primeira linha. As polĂ­ticas de 3DWULP{QLR OtTXLGR Atendendo ao Estatuto da Associação, todo concessĂŁo de FUpGLWR D FOLHQWHV VmR GHWHUPLQDGDV SRU FULWpULRV Âż[DGRV SHOD o resultado ĂŠ revertido ao patrimĂ´nio social com vistas Ă aplicação Administração para mitigar os riscos de inadimplĂŞncia e sĂŁo acompanhadas dos recursos em suas respectivas atividades. Foi registrado a tĂ­tulo e reavaliadas frequentemente e base a dados atualizados. de Resultado de ExercĂ­cios Anteriores, o PDD – ProvisĂŁo para F 5LVFR GH 0HUFDGR Conforme mencionado na nota nÂş 4, os valores Devedores Duvidosos contra o ConvĂŞnio Serviço Social das Estradas GH PHUFDGR GDV DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV PDQWLGDV HP LQVWLWXLo}HV EDQFiULDV de Ferro – SESEF, no valor de R$ 589 MIL, reconhecido em 2013, de primeira linha aproximam-se dos valores registrados na data de VHQGR UHDOL]DGD D GHYLGD UHFODVVLÂżFDomR SDUD R *UXSR Âł&REUDQoD encerramento do exercĂ­cio devido Ă natureza de curto prazo e variação Judicialâ€?, devido parecer favorĂĄvel em primeira instância. DWUHODGD DR &', SRU UHĂ€HWLU D 6HOLF GR %DFHQ 5HFHLWD GH 6HUYLoRV 3UHVWDGRV G 5LVFR 2SHUDFLRQDO A Administração da Entidade entende que possui riscos operacionais inerentes Ă sua atividade, decorrentes principalmente de procedimentos assistenciais e cirĂşrgicos, os quais sĂŁo monitorados e SUS – Sistema Ăšnico de SaĂşde 48.645 49.926 controlados para que nĂŁo afetem a continuidade normal dos negĂłcios. ConvĂŞnio IPSEMG 37.787 27.594 &REHUWXUD GH 6HJXURV A Entidade mantĂŠm apĂłlices de seguros para ConvĂŞnio Unimed 16.578 15.943 riscos gerais, incluindo veĂ­culos, mĂĄquinas, equipamentos e instalaçþes, Outros ConvĂŞnios 14.200 12.132 com cobertura contra roubo, incĂŞndio e riscos diversos, alĂŠm de seguro para 1.891 1.739 Pacientes Particulares lucro cessante e seguro saĂşde em grupo para os colaboradores. De acordo 119.101 107.334 com a polĂ­tica de seguros da Entidade, periodicamente sĂŁo reavaliados &RQWULEXLomR H 'RDo}HV 9ROXQWiULDV

RV ULVFRV PDLV VLJQL¿FDWLYRV DVVLP FRPR RV YDORUHV GH UHSRVLomR GRV respectivos equipamentos, sendo efetuado eventual ajuste de cobertura de seguro para eles. $OJXQV GRV SULQFLSDLV YDORUHV DFREHUWDGRV R$ MIL PrÊdios / Construçþes 48.000 Instalaçþes ElÊtricas 2.000 Despesas Físicas decorrentes de Incêndios 36.000 Maquinas e Equipamentos Estacionårios 2.000 Responsabilidade Civil 550 Veículos 240 Responsabilidade Civil Proc. Administrativo 12.000 &RQWDV GH &RPSHQVDomR Apresentamos, a seguir, os registros controlados pela Entidade em contas de compensação: D (VWRTXHV &RQVLJQDGRV O saldo dos estoques consignados em poder da Entidade refere-se às órteses, próteses e materiais especiais. O valor desses estoques na data do balanço de 2017 Ê de R$ 983 MIL (R$ 1.200 MI em dezembro de 2015). Durante o período foram implementadas açþes de gestão sobre as órteses, próteses e materiais especiais que resultaram num melhor controle do uso, o que permitiu a redução do estoque. E 'HSyVLWRV -XGLFLDLV ,166 ¹ 5 0,/

ONCOMINAS 3.156 2.977 ESTILO TELEMARKETING 3.102 2.966 SAMARA 10 10 CARDIOLUX 243 243 7RWDO 9DORUHV TXH DWXDOL]DGRV VHJXQGR D /HL Qž PRQWDYDP HP 5 0,/ QR PRPHQWR GR IHFKDPHQWR GHVWH EDODQoR. $XWXDo}HV GR ,166 HP H - Na $omR &DXWHODU Qž , Â? 9DUD )HGHUDO, foi deferida a liminar de depĂłsito judicial mensal das quantias de contribuição previdenciĂĄria discutidas e o processo foi suspenso para ser julgado juntamente com a OrdinĂĄria, o que jĂĄ ocorreu, havendo o julgador proferido sentença para ambas as açþes dando pela improcedĂŞncia da cautelar e pela parcial procedĂŞncia da ordinĂĄria. No que respeita Ă cautelar, conquanto tenha sido julgada improcedente, o julgador entendeu de manter os efeitos da liminar suspensiva atĂŠ o julgamento ÂżQDO GDV Do}HV LVWR HP IDFH GD SURFHGrQFLD SDUFLDO GD RUGLQiULD FRPR VH GHWDOKD j IUHQWH &RPR D OLPLQDU FRQWLQXD HP YLJRU ÂżFRX PDQWLGD D suspensĂŁo da exigibilidade da contribuição previdenciĂĄria depositada e qualquer incidĂŞncia de multa e juros sobre as parcelas depositadas, assim como se manteve a vedação de ação administrativa ou judicial por parte do INSS em relação a estes valores depositados. De qualquer forma, interpusemos apelação contra a sentença de improcedĂŞncia da cautelar. Na $omR 2UGLQiULD Qž , Â? 9DUD )HGHUDO, que ĂŠ a principal Ă qual se encontra apensa a cautelar, foi requerido o julgamento de mĂŠrito da discussĂŁo acerca da inexistĂŞncia de relação jurĂ­dica que obrigasse a Associação ao pagamento, ao INSS, da contribuição previdenciĂĄria em questĂŁo; assim como para que fossem, por decorrĂŞncia, declaradas nulas as autuaçþes dos Autos de Infração nÂş 35.762.267-7 (R$ 1.101,75); nÂş 35.762.259-6 (R$ 1.664.410,21) nÂş 35.762.260-0 (R$ 42.172,84); nÂş 35.762.263-4 (R$ 113.648,67); e, nÂş 35.762.258-8 (R$ 1.159.568,39). Em WDO DomR IRL UHDOL]DGD SHUtFLD FRQFOXtGD QR ÂżQDO GH H FRPR LQIRUPDGR acima, a sentença deu pela parcial procedĂŞncia do pedido, para cancelar as autuaçþes, ao entendimento de que a Associação MĂĄrio Penna teria provado que houvera o recolhimento dos valores exigidos como retenção pelas empresas prestadoras, nĂŁo havendo, portanto, prejuĂ­zo para o INSS. NĂŁo foi interposto recurso voluntĂĄrio pelo INSS contra tal decisĂŁo. Quanto Ă obrigação de retenção, decidiu o sentenciante que seria legĂ­tima, o que nos levou Ă interposição de recurso com relação a esta parte do julgado, em que sucumbiu a Associação. PorĂŠm, em que pese o inconformismo em relação Ă obrigação de retenção, a Associação MĂĄrio Penna entendeu por bem desistir dos 02 recursos de Apelação, possibilitando, desta forma, o transito em julgado integral da decisĂŁo e o cancelamento dos Autos de Infração. Em 10/02/2015 foi publicado despacho homologando a desistĂŞncia, sendo que os autos retornaram Ă 1ÂŞ Instância para o cumprimento da decisĂŁo. Embora nĂŁo tenha sido relatado em exercĂ­cios anteriores e, ainda que nĂŁo tenha a obrigação de fazĂŞ-lo, a diretoria da Associação Mario Penna informa que tramita administrativamente recurso referente a auto de infração no valor histĂłrico de R$ 9.848.411,14, referente a cancelamento da isenção GHFRUUHQWH GD FRQGLomR GH HQWLGDGH ÂżODQWUySLFD Âą Âą SURFHVVR administrativo nÂş 15504.005968/2010-17 – CARF, cuja defesa encontra-se a cargo do escritĂłrio SimĂľes Caseiro. ,QYHVWLPHQWRV Desde 2.012 a instituição vem realizando investimentos em busca de modernização e reequipagem de seus hospitais, culminando FRP ÂľUHWURÂżWÂś QD +RWHODULD GR +RVSLWDO /X[HPEXUJR HP SOHQR DQGDPHQWR o Instituto MĂĄrio Penna tem ainda para investimento para os prĂłximos DQRV UHFXUVRV HP FDL[D GH ÂżQV HVSHFtÂżFRV SDUD SURMHWRV DSURYDGRV MXQWR ao MinistĂŠrio da SaĂşde no montante de R$ 33 milhĂľes. O conjunto de investimentos jĂĄ realizados e os recursos disponĂ­veis para novos investimentos, nos dĂŁo a convicção de que nos prĂłximos anos atuando FRP SURFHVVRV H SURWRFRORV EHP GHÂżQLGRV H PHOKRUDQGR D SURGXWLYLGDGH dos equipamentos em funcionamento e bem explorando aqueles que estĂŁo entrando em atividade neste momento, teremos resultados sustentĂĄveis. Equipamentos jĂĄ instalados sĂŁo: • RADIOTERAPIA – 03 aceleradores lineares e braquiterapia e 01 tomĂłgrafos para planejamento de tratamento. • 48,0,7,27(5$3,$ Âą SRVLo}HV QR +RVSLWDO /X[HPEXUJR H posiçþes QR +RVSLWDO 0DULR 3HQQD • CENTRO DE IMAGEM – 02 mamĂłgrafos, 01 tomĂłgrafos de 64 canais, 02 aparelhos de RX-Digital, 02 Convencionais e 2 portĂĄteis, 04 aparelhos de Ultrassom, 01 Ressonância MagnĂŠtica. • METODOS GRAFICOS – Duplex Scan, Ecocardiograma. • BLOCO CIRURGICO – Sala Integrada para Cirurgias por VĂ­deo (em execução). • MEDICINA NUCLEAR – 01 PET-CT, cujo TomĂłgrafo tem 128 canais. • +(02',1Æ0,1&$ Âą DSDUHOKRV KHPRGLQkPLFD 3DXOR -RVp GH $UD~MR - Presidente $QW{QLR 5RJpULR GRV 6DQWRV - CRC/MG 085.524. 3$5(&(5 '( $8',725,$ ,1'(3(1'(17( Âą 6(0 5(66$/9$ RelatĂłrio de auditoria independente sobre as demonstraçþes contĂĄbeis e ÂżQDQFHLUDV Aos Senhores Diretores e Conselheiros da ASSOCIAĂ‡ĂƒO MĂ RIO PENNA %HOR +RUL]RQWH 0* NOSSA OPINIĂƒO - Examinamos as demonstraçþes contĂĄbeis individuais da ASSOCIAĂ‡ĂƒO MĂ RIO PENNA, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstraçþes GR UHVXOWDGR GDV PXWDo}HV GR SDWULP{QLR OtTXLGR H GR Ă€X[R GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR ÂżQGR QHVVD GDWD DVVLP FRPR DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais polĂ­ticas contĂĄbeis. Em nossa opiniĂŁo, as demonstraçþes contĂĄbeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os DVSHFWRV UHOHYDQWHV D SRVLomR SDWULPRQLDO H ÂżQDQFHLUD GD $662&,$d­2 MĂ RIO PENNA em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas RSHUDo}HV H R VHX Ă€X[R GH FDL[D SDUD R H[HUFtFLR ÂżQGR QHVVD GDWD GH acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil. BASE PARA NOSSA OPINIĂƒO - Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estĂŁo descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstraçþes contĂĄbeisâ€?. Somos independentes em relação Ă Associação, de acordo com os princĂ­pios ĂŠticos relevantes previstos no &yGLJR GH eWLFD 3URÂżVVLRQDO GR &RQWDGRU H QDV QRUPDV SURÂżVVLRQDLV emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades ĂŠticas conforme essas normas. Acreditamos que D HYLGrQFLD GH DXGLWRULD REWLGD p VXÂżFLHQWH H DSURSULDGD SDUD IXQGDPHQWDU nossa opiniĂŁo. PRINCIPAIS ASSUNTOS DE AUDITORIA - Principais Assuntos de $XGLWRULD 3$$ VmR DTXHOHV TXH HP QRVVR MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO IRUDP RV PDLV VLJQLÂżFDWLYRV HP QRVVD DXGLWRULD GR H[HUFtFLR FRUUHQWH (VVHV assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis como um todo e na formação de nossa opiniĂŁo sobre essas demonstraçþes contĂĄbeis, portanto, nĂŁo expressamos uma opiniĂŁo separada sobre esses assuntos. Os Principais Assuntos de Auditoria foram assim conduzidos em nossa auditoria: Testamos a efetividade dos principais FRQWUROHV SDUD LGHQWLÂżFDomR DYDOLDomR PRQLWRUDPHQWR PHQVXUDomR H registro, incluindo a totalidade e integridade da base de dados e sistemas existentes. Em decorrĂŞncia dessas observaçþes, elencamos os seguintes assuntos: D Subvençþes e AssistĂŞncias Governamentais a Realizar – Nota Expl. no. 14. A Associação vem captando desde 2013 recursos do PRONON – Programa Nacional de Apoio Ă Atenção OncolĂłgica do MinistĂŠrio da SaĂşde, contando com recursos para Investimento e Custeio, que se aplicados regularmente, propiciarĂŁo alavancagem nos negĂłcios da Instituição. Estes recursos depositados em Bancos – C/Aplicação somam em 31/12/2017 aproximadamente R$ 25.000.000,00, inclusive com parte destinada ao custeio. E 'pÂżFLW GR 3HUtRGR Âą 1RWD ([SO QR 25 - $ $VVRFLDomR YHP DFXPXODQGR GpÂżFLWV Ki FLQFR H[HUFtFLRV H HP que pesem as ponderaçþes e anĂĄlises apresentadas na Nota Explicativa no. 25, a Administração deve-se preocupar com as atividades futuras da entidade. Conforme citamos no PAA “aâ€? embora existam fatores que possam contribuir para uma possĂ­vel recuperação, medidas saneadoras e organizacionais devem ser colocadas urgentemente em prĂĄtica. Em GHFRUUrQFLD GHVVD VXFHVVmR GH GpÂżFLWV D $VVRFLDomR DSUHVHQWRX HP VHX balanço de 2017, PatrimĂ´nio Social negativo no valor de (R$ 8.415 mi), o que por si sĂł reforçam nossas recomendaçþes de tomadas de providĂŞncias urgentes para redirecionamento das açþes da Instituição. OUTROS ASSUNTOS - Outras informaçþes que acompanham as demonstraçþes contĂĄbeis individuais e consolidadas e o relatĂłrio do auditor. A Diretoria Executiva da Associação MĂĄrio Penna ĂŠ responsĂĄvel por essas e outras informaçþes que compreendem o RelatĂłrio da Administração. Nossa opiniĂŁo sobre as demonstraçþes contĂĄbeis nĂŁo abrange o RelatĂłrio da Administração e nĂŁo expressamos qualquer forma de conclusĂŁo de auditoria sobre esse relatĂłrio. Em conexĂŁo com a auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis, nossa responsabilidade ĂŠ a de ler o RelatĂłrio da Administração e, ao fazĂŞ-lo, considerar se esse relatĂłrio estĂĄ, de forma relevante, consistente com as demonstraçþes contĂĄbeis ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que hĂĄ distorção relevante no RelatĂłrio da Administração somos requeridos a comunicar esse fato. NĂŁo temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstraçþes contĂĄbeis A Diretoria Executiva da Associação MĂĄrio Penna ĂŠ responsĂĄvel pela elaboração e adequada apresentação das demonstraçþes contĂĄbeis de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas no Brasil, pelos controles internos que ela determinou como necessĂĄrios para permitir a elaboração de demonstraçþes contĂĄbeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis, a administração ĂŠ responsĂĄvel pela avaliação da capacidade de a Associação continuar operando, divulgando, quando aplicĂĄvel, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contĂĄbil na elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis. Os responsĂĄveis pela governança da Associação sĂŁo aqueles com responsabilidade pela supervisĂŁo do processo de elaboração das demonstraçþes contĂĄbeis, conforme estabelecido em seu Estatuto. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis. Nossos objetivos sĂŁo obter segurança razoĂĄvel de que as demonstraçþes contĂĄbeis, estĂŁo livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatĂłrio de auditoria contendo nossa opiniĂŁo. Segurança razoĂĄvel ĂŠ um alto nĂ­vel de segurança, mas nĂŁo uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorçþes relevantes existentes. As distorçþes podem ser decorrentes de fraude ou erro e sĂŁo consideradas relevantes quando, LQGLYLGXDOPHQWH RX HP FRQMXQWR SRVVDP LQĂ€XHQFLDU GHQWUR GH XPD perspectiva razoĂĄvel, as decisĂľes econĂ´micas dos usuĂĄrios tomadas com base nas referidas demonstraçþes contĂĄbeis. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, H[HUFHPRV MXOJDPHQWR SURÂżVVLRQDO H PDQWHPRV QRVVR SURÂżVVLRQDOLVPR DR longo da auditoria. AlĂŠm disso: • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados Ă s circunstâncias, mas nĂŁo com o objetivo GH H[SUHVVDUPRV RSLQLmR VREUH D HÂżFiFLD GRV FRQWUROHV LQWHUQRV GD Associação. • Avaliamos a adequação das polĂ­ticas contĂĄbeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contĂĄbeis e respectivas divulgaçþes feitas pela administração. • ConcluĂ­mos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contĂĄbil de continuidade operacional e, com base nas evidĂŞncias de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em UHODomR D HYHQWRV RX FRQGLo}HV TXH SRVVDP OHYDQWDU G~YLGD VLJQLÂżFDWLYD em relação Ă capacidade de continuidade operacional da Associação. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatĂłrio de auditoria para as respectivas divulgaçþes nas demonstraçþes contĂĄbeis individuais e consolidadas ou incluir PRGLÂżFDomR HP QRVVD RSLQLmR VH DV GLYXOJDo}HV IRUHP LQDGHTXDGDV Nossas conclusĂľes estĂŁo fundamentadas nas evidĂŞncias de auditoria obtidas atĂŠ a data de nosso relatĂłrio. Todavia, eventos ou condiçþes futuras podem levar a Associação a nĂŁo mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteĂşdo das demonstraçþes contĂĄbeis, inclusive as divulgaçþes e se as demonstraçþes contĂĄbeis representam as correspondentes transaçþes e os eventos de maneira compatĂ­vel com o objetivo de apresentação adequada. • Obtemos HYLGrQFLD GH DXGLWRULD DSURSULDGD H VXÂżFLHQWH UHIHUHQWH jV LQIRUPDo}HV ÂżQDQFHLUDV GD HQWLGDGH H[SUHVVDU XPD RSLQLmR VREUH DV GHPRQVWUDo}HV contĂĄbeis. Somos responsĂĄveis pela direção, supervisĂŁo e desempenho da auditoria e consequentemente, pela opiniĂŁo de auditoria. Comunicamonos com os responsĂĄveis pela governança (Diretoria Executiva e SuperintendĂŞncia Financeira) a respeito, entre outros aspectos, do alcance SODQHMDGR GD pSRFD GD DXGLWRULD H GDV FRQVWDWDo}HV VLJQLÂżFDWLYDV GH DXGLWRULD LQFOXVLYH DV HYHQWXDLV GHÂżFLrQFLDV VLJQLÂżFDWLYDV QRV FRQWUROHV LQWHUQRV TXH LGHQWLÂżFDPRV GXUDQWH QRVVRV WUDEDOKRV )RUQHFHPRV WDPEpP aos responsĂĄveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigĂŞncias ĂŠticas relevantes, incluindo os requisitos aplicĂĄveis de independĂŞncia, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independĂŞncia, incluindo, quando aplicĂĄvel, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsĂĄveis pela governança, GHWHUPLQDPRV DTXHOHV TXH IRUDP FRQVLGHUDGRV FRPR PDLV VLJQLÂżFDWLYRV na auditoria das demonstraçþes contĂĄbeis individuais e consolidadas do exercĂ­cio corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. %HOR +RUL]RQWH GH PDUoR GH $&2 Âą $8',725,$ &2168/725,$ ( 25*$1,=$d­2 /7'$ CRCMG 006791 $'(0,5 &+$9(6 '( 2/,9(,5$ Âą6Ă?&,2 *(5(17( CRCMG 19606

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BALANÇA

Saldo em Minas cai 24,2% no 1Âş semestre LEONARDO FRANCIA

O comĂŠrcio exterior de Minas Gerais na primeira metade do ano ficou marcado pela queda das exportaçþes (-12,3%) e pelo aumento das importaçþes (19,2%) na comparação com os mesmos meses de 2017. Com isso, o saldo da balança comercial (exportaçþes – importaçþes) permaneceu positivo, mas caiu 24,2% para o perĂ­odo. As exportaçþes caĂ­ram, principalmente, por menos remessas de minĂŠrio de ferro e cafĂŠ ao exterior, principais produtos da pauta de exportaçþes do Estado, com participação de 38,2%, juntos. JĂĄ as importaçþes foram alavancadas pela entrada de automĂłveis da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Com base nos dados do MinistĂŠrio da IndĂşstria, ComĂŠrcio Exterior e Serviços (Mdic), as exportaçþes estaduais somaram US$ 11,531 bilhĂľes no primeiro semestre, contra US$ 13,157 bilhĂľes em iguais meses de 2017, queda de 12,3%. A retração reflete, em especial, as menores vendas externas do minĂŠrio de ferro (-36,5%) e do cafĂŠ (-18,4%). As vendas externas de minĂŠrio de ferro na primeira metade do ano totalizaram US$ 3,031 bilhĂľes, contra US$ 4,779 bilhĂľes no mesmo intervalo de 2017, recuo de 36,5%. O Estado embarcou praticamente 27 milhĂľes de toneladas a menos em 2018. Ainda assim, o minĂŠrio continua como principal produto da pauta de exportaçþes, com participação de 26,2%. As exportaçþes de cafĂŠ tambĂŠm caĂ­ram em volume e receita. O Estado embarcou 10,4% a menos em quantidade no acumulado atĂŠ junho em relação aos mesmos meses de 2017. As remessas do grĂŁo ao mercado externo renderam US$ 1,377 bilhĂŁo ante US$ 1,688 bilhĂŁo, queda de 18,4%, em igual comparação. Na contramĂŁo do minĂŠrio de ferro e do cafĂŠ, as exportaçþes de soja e do ferroniĂłbio entre janeiro e junho cresceram de 43% e 31,4%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. Os embarques de ouro reduziram em 10,9%. As importaçþes estaduais somaram US$ 4,279 bilhĂľes no primeiro semestre, 19,2% de crescimento em comparação com os mesmos meses de 2017, quando as compras externas do Estado foram de US$ 3,590 bilhĂľes. O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa, o carvĂŁo mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no territĂłrio mineiro, com participação de 7,8% nos desembarques do perĂ­odo. PorĂŠm, foi a importação de veĂ­culos, praticamente toda pela FCA, com salto de 633,3%, que impulsionou as compras externas de Minas. Considerando automĂłveis de 1 mil a 3 mil cilindradas, os desembarques somaram US$ 341 milhĂľes de janeiro a junho sobre US$ 46,5 milhĂľes no mesmo perĂ­odo de 2017. Com o aumento das importaçþes (19,2%) e queda das exportaçþes (-12,3%), o saldo da balança comercial de Minas Gerais permaneceu positivo em US$ 7,252 bilhĂľes entre janeiro e junho, mas caiu 24,2% em relação ao resultado, tambĂŠm positivo, dos mesmos meses de 2017, que foi de US$ 9,567 bilhĂľes.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

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ECONOMIA CERVEJARIA

Loba aposta em receita com lúpulo de Minas Objetivo da empresa é explorar o potencial do insumo local, que ainda pode representar redução de custos MARA BIANCHETTI

A Cervejaria Loba, sediada no município de Santana dos Montes, na região Central, está experimentando receitas com lúpulo plantado em Minas Gerais. O objetivo da marca é testar e explorar o potencial do insumo, responsável por conservar e conferir amargor, aroma e sabor à cerveja, geralmente importado, cultivado em terras mineiras. A brassagem (processo inicial da produção da cerveja artesanal) foi realizada no último fim de semana e a bebida estará pronta para degustação em 21 dias. De acordo com o mestre cervejeiro da Loba, Kelvin Figueiredo, estão sendo produzidos, inicialmente, 500 litros de uma receita experimental. Batizada de Mantiqueira Experimental Beer, a cerveja terá na sua composição um lúpulo plantado a 30 quilômetros da propriedade, no município de Rio Espera. “Primeiramente, vamos testar a capacidade do lúpulo para utilização fabril. A ideia da Mantiqueira Experimental Beer não é seguir um parâmetro, mas oferecer uma inovação no mercado cervejeiro”, afirmou. Ainda conforme Figueiredo, espera-se como resultado uma cerveja escura de corpo médio, 3% de amargor e 4,5% de álcool. A bebida terá aroma frutado e de especiarias, com maltes que contribuam para sua complexidade. “Precisamos de ingredientes com capacidade e potencial para compor a receita e é isso que buscamos nesse lúpulo. Uma das características que mais prezamos é a

VIVIANE FURST/DIVULGAÇÃO

originalidade, e com a Mantiqueira Experimental Beer não seria diferente. Assim como no estilo sauer utilizamos as uvas plantadas aqui na fazenda, pretendemos oferecer um estilo com lúpulo mineiro”, reiterou. Assim, após o período de 21 dias, a cerveja estará pronta para consumo e será analisada pelos profissionais envolvidos na produção. Caso o resultado seja satisfatório, o próximo passo será a comercialização. Custo-benefício - Com o experimento, o proprietário da cervejaria, Aloísio Rodrigues Pereira, pretende não somente buscar uma maior regionalização do seu produto, mas também diminuir os custos de produção. Segundo ele, atualmente, a empresa importa 17 tipos de lúpulos diferentes para a produção de 22 estilos de cervejas. “Sempre busco priorizar os insumos locais e regionais. Aqui mesmo na fazenda temos vinícolas para a produção do nosso vinho, alambique com uma extensa fabricação de cachaças, gado leiteiro, entre outras produções. O que não dispomos de produção própria, buscamos junto a parceiros regionais, e o lúpulo da Mantiqueira possivelmente será o próximo deles”, explicou. Em relação ao custo, Pereira afirmou que deve representar hoje cerca de 10% dos gastos de produção da marca. Embora o empresário admita que outros testes serão necessários, ele aposta no sucesso da receita. “Este é um marco para a Loba, para Minas Gerais e para o País. Alguns estudantes de engenharia química de

Inicialmente, já estão sendo produzidos na cervejaria 500 litros de uma receita experimental com o lúpulo plantado no Estado

Primeira safra foi plantada há um ano O lúpulo utilizado na brassagem da Mantiqueira Experimental Beer da Cervejaria Loba foi plantado há um ano na Fazenda Fartura, localizada no município de Rio Espera, a 30 quilômetros de Santana dos Montes, na região Central. Segundo o produtor, Pedro Salim, esta é a primeira safra do Mantiqueira BRK2014 em solo mineiro. Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete acompanharam a brassagem, e a ideia é que outras instituições de ensino do Estado nos auxiliem nos próximos passos e também desenvolvam pesquisas so-

A espécie, nascida na Serra da Mantiqueira (SP), hoje é patenteada pela Heineken e já conta com aproximadamente 10 mil plantas em todo o Brasil. Na Fazenda Fartura, são mil mudas ou o equivalente a um hectare. “Até agora, colhemos 40 quilos e esperamos chegar a 200 quilos até dezembro”, revelou Salim. Além disso, o objetivo é aumentar

bre a qualidade do lúpulo mineiro”, destacou, citando uma possível parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV). E os investimentos da Loba não param por aí. De acordo

a produção em cinco vezes até 2023. “É preciso investir para acompanhar a demanda do mercado. Estamos fazendo experiências com o lúpulo fresco, in natura, de forma a aproveitar da melhor maneira os óleos essenciais. Precisamos aproveitar que esse lúpulo é adaptado ao clima brasileiro e pode ser plantado em qualquer região”, justificou o produtor. (MB)

com Pereira, recentemente a cervejaria investiu cerca de R$ 2 milhões em uma nova área de envasamento das bebidas. Com os recursos, foi construído um novo galpão e adquirido um maquinário

com capacidade para envasamento de 1.500 garrafas por hora. Hoje a fábrica produz de 30 mil a 40 mil litros de cerveja artesanal por mês e possui capacidade para fabricar 70 mil litros mensalmente.

MP DO FRETE

Entidades temem impacto de tabelamento na inflação São Paulo - Trinta e nove entidades do agronegócio assinaram nota contra o tabelamento do frete, alertando para o impacto da medida sobre a inflação. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que divulgou vídeo nas redes sociais ontem, também assina a nota. Conforme o comunicado, as exportações de milho neste ano serão prejudicadas. O setor prevê uma queda de 10% no volume a ser embarcado, em razão do represamento da produção (não negociada por causa da incerteza sobre os preços de transporte nos próximos meses). Amanhã (11), o plenário da Câmara pode votar a Medida Provisória 832/2018, que trata da tabela do frete e tem como relator o deputado Osmar Terra (MDB-RS). Para as organizações do setor, a legalização da tabela seria uma “grande irresponsabilidade”. Em junho, conforme a nota, o IPC-Fipe para o setor de alimentação foi de 3,14%, ante -0,10% em abril; no setor de transportes, o indicador foi de 1,01% no mês passado, contra 0,05% em abril. O IPCA-15 do IBGE foi de 2,03% e 1,58% para os segmentos de alimentação e transportes, respectivamente, no último mês, enquanto em abril tinham ficado abaixo de 0,1%.

“Não se pode subestimar tais impactos para o controle inflacionário brasileiro. Considerando que a MP estabelece que os preços serão revisados semestralmente e, não havendo publicação de nova tabela, essa será corrigida para cima pelo IPCA”, disseram as entidades no comunicado. O texto aponta, também, que produtores rurais não compraram fertilizantes para a safra 2018/19 no prazo correto por causa da tabela do frete. Eles devem adquirir o insumo a preços mais altos, o que deve acarretar maior custo de produção na próxima temporada e aumento dos preços dos alimentos. Também há a tendência, dizem as organizações, de a produção cair em virtude dos mesmos fatores. Mais problemas - Outros prejuízos relatados pelas organizações foram a previsão de comprometimento da segunda safra de feijão, em decorrência de os preços do alimento terem caído com a “falta de demanda” pelo produto; alta de 40% no preço do transporte pago por laticínios para buscar o leite nas propriedades rurais; aumento de 30% no frete cobrado da indústria da soja na movimentação de produtos. “Ouvimos o relator Osmar Terra que sua inten-

FÁBIO SCREMIM/DIVULGAÇÃO

ção era estabelecer um piso mínimo de frete baseado apenas nos custos. Não foi isso que ele fez ao publicar seu relatório”, afirmaram as organizações na nota, alegando que, no conceito de piso mínimo, foram contemplados todos os custos operacionais, incluindo os “de agenciamento” pelas transportadoras. Conforme o comunicado, todos os esforços das entidades propondo alterações ao texto “não sensibilizaram” o relator da matéria, que manteve o texto sem mudanças significativas em comparação à MP enviada ao governo federal em maio. Por isso, as entidades avaliam que as oportunidades para alteração do texto foram “esgotadas”. (AE) Organizações do agronegócio se preocupam ainda com a queda nas exportações com a medida

Abiove prevê maior prejuízo em produção de 2019 Brasília - O prejuízo “mais dramático” da MP do Frete recairá sobre a produção de 2019, afirmou ontem o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, em um vídeo divulgado nas redes sociais. “Ninguém sabe quanto vai custar o transporte, impedindo produtores e tradings de atuar no mercado futuro para se proteger contra oscilações de preço”, disse. “Uma menor safra reduz o

Produto Interno Bruto (PIB) e gera inflação”. O plenário da Câmara dos Deputados pode votar a MP esta semana. Depois, a matéria precisa passar pelo plenário do Senado para ser convertida em lei. Se essas etapas não forem superadas até 7 de outubro, a MP perde validade e o tabelamento deixa de vigorar. O vídeo foi dirigido aos parlamentares, com um apelo para que não aprovem a proposta. Entre as

consequências negativas do tabelamento, o executivo diz que ele gera inflação. A variação de preços dos alimentos medidos pelo IPC-Fipe e IPCA-IBGE aumentou 3,14% e 2,03%, respectivamente, em junho. E, como a MP diz que a tabela será corrigida semestralmente pela variação do IPCA, estabelece-se um ciclo de retroalimentação de alta de preços. Para o setor, o frete já subiu entre 30% e 50% e se

transformou em um “serviço de alto risco”, alertou. “Como os preços serão tabelados e os embarcadores serão punidos caso não cumpram a tabela, contratar frete vira uma atividade sujeita a judicialização”. A medida também pode voltar-se contra quem pretende proteger: os caminhoneiros, principalmente os autônomos. Muitas empresas vão montar frotas próprias, alertou Nassar. (AE)


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INTERNACIONAL AXEL SCHMIDT/REUTERS

REINO UNIDO

May descarta novo referendo sobre Brexit após saída de ministros Renúncias, porÊm, abalaram planos da governante Londres - O Reino Unido não vai realizar um referendo sobre o acordo para deixar a União Europeia (UE) e tambÊm não pretende adiar a data de saída do bloco, afirmou ontem a primeira-ministra britânica, Theresa May, depois da saída de dois ministros de seu governo, o que colocou em risco o plano da premiê para o Brexit. May disse que o Reino Unido não vai postergar a aplicação do Artigo 50, clåusula que permite a retirada de um país-membro da UE, e que os britânicos querem que o Brexit seja implementado e não votar novamente o acordo. O Reino Unido deve deixar a UE no dia 29 de março de 2019, mas a proposta de May para finalizar a estratÊgia foi abalada ontem pela saída do ministro de Relaçþes Exteriores, Boris Johnson, e do ministro do Brexit, David Davis, em protesto ao plano de saída do bloco da premiê.

Ao ser perguntada sobre o risco de seu poder ser questionado devido Ă divisĂŁo em seu governo, May sorriu e afirmou: “Boa tentativa, mas eu vou adiante com o trabalho de entregar o que o povo britânico querâ€?. Membros do Partido Conservador, de May, podem ter conseguido apoio suficiente para levar adiante uma moção de confiança sobre May, informou a editora de polĂ­tica da BBC, Laura Kuenssberg, em sua conta no Twitter. RenĂşncias - O ministro das Relaçþes Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, e o negociador do Brexit pelo lado do governo britânico, David Davis, renunciaram ontem em protesto contra os planos da primeira-ministra Theresa May de manter laços prĂłximos com a UniĂŁo Europeia apĂłs o paĂ­s deixar o bloco, gerando rebeliĂŁo dentro do partido governista. Principal rosto do Brexit

para muitos, dentro e fora do Reino Unido, Johnson renunciou poucas horas após o pedido de demissão do ministro do Brexit Davis, encorajando alguns dentro do Partido Conservador a organizarem um plano para afastar May a menos de nove meses da saída oficial do Reino Unido da UE, em março do ano que vem. May nomeou Jeremy Hunt, que era ministro da Saúde hå bastante tempo, como ministro das Relaçþes Exteriores após a saída de Johnson. As duas demissþes aparentam despedaçar a proclamação de May, na sexta-feira (6), de unidade de seu gabinete, quando ela disse acreditar que havia conseguido, após dois anos de esforços, assegurar um acordo sobre a maior mudança de política externa e comercial do Reino Unido em quase meio sÊculo. No entanto, May foi aplaudida e elogiada por muitos parlamentares con-

Theresa May agiu rĂĄpido e jĂĄ definiu os nomes dos substitutos para os cargos desocupados

servadores em encontro particular ontem, após ter passado mais de duas horas no Parlamento respondendo questþes muitas vezes hostis. Tanto eurocÊticos, quanto legalistas disseram que ela havia se mantido firme e aparenta ter conseguido manter o cargo, ao menos por ora. As renúncias não ajudam May a mostrar a unidade que desejava apresentar em Bruxelas, na próxima fase de negociaçþes sobre os futuros laços do Reino Unido com o bloco. Ao invÊs disso, as demissþes fomentaram uma profunda

descrença entre muitos eurocĂŠticos dentro do partido de May, prejudicando sua posição e levantando dĂşvidas sobre o processo do Brexit. “O Brexit deveria ser sobre oportunidade e esperançaâ€?, destacou Johnson, em sua carta de renĂşncia. “O sonho estĂĄ morrendo, sufocado por insegurança desnecessĂĄriaâ€?. “ColĂ´niaâ€? - Ele se queixou sobre como “decisĂľes cruciaisâ€? haviam sido adiadas, levando ao que descreveu como um “semi-Brexitâ€?, com o Reino Unido incapaz

de desviar, ou se afastar, de regras e regulaçþes estabelecidas em Bruxelas. “No que diz respeito a isso, nĂłs estamos verdadeiramente seguindo para o status de colĂ´niaâ€?. O agora ex-ministro do Brexit, Davis havia anteriormente chamado o plano de May de perigoso e disse que daria “muitas coisas, muito rĂĄpidoâ€? para negociadores da UniĂŁo Europeia. May o substituiu por outro defensor do Brexit, Dominic Raab, que afirmou estar pronto para “os desafios do Brexitâ€?. (Reuters)

VENEZUELA

VOLKSWAGEN

Inação atinge 46.305% em 12 meses

Tribunal ratiďŹ ca acordo bilionĂĄrio com proprietĂĄrios de veĂ­culos poluentes

Caracas - Os preços ao consumidor na Venezuela aumentaram 46.305% no período de 12 meses encerrado em junho, disse o Congresso de maioria opositora ontem, e a hiperinflação do país em crise continua a acelerar em meio a um colapso econômico cada vez mais abrangente.

O governo do presidente Nicolås Maduro parou de divulgar indicadores econômicos quase três anos atrås, quando o sistema econômico socialista do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) começou a ruir, transformando os parlamentares opositores

na Ăşnica fonte de tais dados. A inflação de junho subiu para 128,4%, ante 110,1%, o que representa o Ă­ndice mais alto neste ano, de acordo com o parlamentar opositor Angel Alvarado. O preço dos alimentos subiu 183% em junho. â€œĂ‰ de longe a pior hiperinflação sofrida por um paĂ­s latino-americanoâ€?,

PBM DTVM S/A-CNPJ:17.401.944/0001-73 DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO ROGÉRIO LOPES DA FONSECA - CPF/MF sob n°712.075.626-53, DECLARA, nos termos do art. 21, inciso II, da Circular n°3.433, de 3 de fevereiro de 2009, sua intenção de exercer cargo de administração na PBM – PICCHIONI-BELGO MINEIRA DISTRIBUIDORA DE TĂ?TULOS E VALORES MOBILIĂ RIOS S/A. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeçþes a presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatĂłria, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito as vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil – DEORF – Av. Presidente Vargas, nÂş730, 19Âş andar – Centro – Rio de Janeiro/ RJ – CEP 20.071-900. Belo Horizonte, 14 de junho de 2018. ass: RogĂŠrio Lopes da Fonseca

CNPJ 16.505.190/0001-39 – NIRE 3120072173-4 CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA. Ficam convocados os senhores sĂłcios quotistas para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 21 de julho de 2018, na Sala de ReuniĂľes do EscritĂłrio da Empresa, na Rua Peçanha 342, Carlos Prates, Belo Horizonte/MG, Ă s 14:00 horas, em primeira convocação e Ă s 14:30 horas em segunda convocação, para tratar da seguinte pauta: “a) Discutir e deliberar sobre designação de administrador para a Sociedade Viação Sertaneja Ltda., conforme as normas prescritas nos artigos 1.071, II, e 1.076, II, ambos do CĂłdigo Civil (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002); b) Discutir e deliberar sobre propostas de alteraçþes no contrato social da Empresa; c) Tratar de outros assuntos de interesse da sociedade e constantes da ordem do diaâ€?. AbaetĂŠ, 05 de julho de 2018. Waldomir Mendes Morato de Andrade Diretor Presidente.

VIAĂ‡ĂƒO SERTANEJA LTDA.

LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA RODAR CENTRO AUTOMOTIVO EIRELI, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel - SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida / solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451808213, a Licença AMBIENTAL SIMPLIFICADA, CLASSE 0 para a atividade GH 2ÂżFLQD 0HFkQLFD ORFDOL]DGD QD $9 7$3$-Ă?6 6$2 &5,6729$2 Âą %(7,0 0*.

COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em conformidade com os artigos 8Âş e 20Âş do Estatuto Social da Companhia TransirapĂŠ de TransmissĂŁo, convocados a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, em 1ÂŞ Convocação, no dia 20 de julho de 2018, Ă s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 30 de julho de 2018, Ă s 12 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, salas 301, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para deliberar sobre a substituição de membro do Conselho de Administração. Atenciosamente, Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO O AVANTE – DIRETĂ“RIO ESTADUAL DE MINAS GERAIS, por meio de seu presidente Estadual, convoca todos os seus convencionais e demais interessados, conforme norma do art. 22C/c art. 67, incisos IV e V do estatuto partidĂĄrio, a comparecerem a convenção Estadual, a ser realizada na data de 21 de julho de 2018, com inicio as 11:05hs e encerramento as 12hs, a rua GrĂŁo Mogol, nÂş 197, Sion, Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30.180-140,que terĂĄ a seguinte ordem do dia: 1 – Estabelecer as diretrizes polĂ­ticas a serem seguidas a nĂ­vel estadual, em sintonia com a deliberação nacional; 2– Escolher os candidatos do Partido aos cargos eletivos majoritĂĄrios e proporcionais e deliberar sobre coligaçþes, na esfera Estadual; 3 - Estabelecer os limites de gastos na campanha eleitoral; 4 – Outras deliberaçþes de ordem legal e estatutĂĄria. 11 de julho de 2018. Presidente Estadual - AVANTE

MINAS DA SERRA GERAL S.A. (Companhia Fechada) CNPJ: 33.137.654/0001-10 - NIRE: 3130005262-1 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 24 DE ABRIL DE 2018. 1. Data, Hora e Local: Aos 24 dias do mĂŞs de abril de 2018, Ă s 10:00h, na sede social da Minas da Serra Geral S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Avenida Doutor Marco Paulo Simon Jardim, nÂş 3.580, PrĂŠdio I, 2° andar, parte, Mina de Ă guas Claras, MunicĂ­pio de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, CEP 34.006-270. 2. Mesa: Luana Paes Loureiro Ribeiro - Presidente da Mesa. MaurĂ­cio Pereira Vasconcelos - SecretĂĄrio. 3. Convocação, Presença e Quorum: Convocação dispensada nos termos do artigo 124, parĂĄgrafo 4° da Lei n° 6.404/76, face a presença da Ăşnica acionista representando a totalidade do capital social da &RPSDQKLD FRQIRUPH UHJLVWUR H DVVLQDWXUD FRQVWDQWH GR /LYUR GH 3UHVHQoD GH $FLRQLVWDV 9HULÂżFDGR portanto, quorum VXÂżFLHQWH SDUD D GHOLEHUDomR GDV PDWpULDV SUHYLVWDV QD 2UGHP GR 'LD 4. Ordem do Dia: Exame, discussĂŁo e, se for o caso, aprovação da eleição de membro da Diretoria da Companhia. 5. Deliberaçþes Aprovadas: A acionista decidiu aprovar, sem quaisquer ressalvas: 5.1. A lavratura da presente ata sob a forma de sumĂĄrio, nos termos do artigo 130, parĂĄgrafo 1Âş da Lei 6.404/76, ÂżFDQGR R VHFUHWiULR DXWRUL]DGR D HPLWLU WDQWDV FySLDV TXDQWDV IRUHP QHFHVViULDV SDUD DGLPSOLU FRP as disposiçþes legais aplicĂĄveis. 5.2. A acionista tomou conhecimento da renĂşncia do Sr. Paulo Sergio Bergman, a quem foram consignados votos de agradecimentos pelos relevantes serviços prestados Ă Companhia. 5.3. Eleição do Sr. JosĂŠ LĂşcio PĂĄdua Soares Junior, brasileiro, casado, economista, portador da carteira de identidade n° M4026081, expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o n° UHVLGHQWH H GRPLFLOLDGR QD &LGDGH GH 9LWyULD (VWDGR GR (VStULWR 6DQWR FRP HQGHUHoR FRPHUFLDO QD $YHQLGD 'DQWH 0LFKHOLQL Qž -DUGLP &RPEXUL 9LWyULD (VWDGR GR (VStULWR 6DQWR &(3 29.090-900, como Diretor, em substituição ao Sr. Paulo Sergio Bergman que renunciou do referido FDUJR HP 2 'LUHWRU RUD HOHLWR TXH FXPSULUi SUD]R PDQGDWR GH VHX DQWHFHVVRU qual seja, atĂŠ 14 de junho de 2018, tomarĂĄ posse mediante assinatura de Termo de Posse lavrado HP OLYUR SUySULR PRPHQWR HP TXH GHFODUDUi HVWDU WRWDOPHQWH GHVLPSHGLGR SDUD R H[HUFtFLR GDV VXDV funçþes, nos termos do artigo 147 da Lei n° 6.404/76. 5.4. Tendo em vista o disposto nos itens 5.3 e 5.3.1, supra, consolida-se o quadro atual dos membros do Diretoria da Companhia na forma abaixo: Diretor - Cargo - GestĂŁo: Paulo Roberto Bandeira - Diretor-Presidente; Pedro Paulo Soares Pimentel - Diretor - De 15/06/2016 a 14/06/2018. JosĂŠ LĂşcio PĂĄdua Soares Junior - Diretor - De 24/04/2018 a 14/06/2018. 6. Encerramento: E, nada mais havendo a tratar, suspenderam-se os trabalhos pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata. Reaberta a sessĂŁo, foi esta lida, achada conforme e assinada por todos os presentes. Nova Lima, MG, 24 de abril de 2018. Mesa: Luana Paes Loureiro Ribeiro, Presidente da Mesa. MaurĂ­cio Pereira Vasconcelos, SecretĂĄrio. Acionista: Vale S.A., p.p. MaurĂ­cio 3HUHLUD 9DVFRQFHORV &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH p FySLD ÂżHO GD $WD ODYUDGD HP OLYUR SUySULR GD &RPSDQKLD Rio de Janeiro, 24 de abril de 2018. MaurĂ­cio Pereira Vasconcelos - SecretĂĄrio. CertidĂŁo - JUCEMG &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Assembleia geral ordinĂĄria da ACIC A ACIC – Associação Comercial e Industrial de Contagem convoca todos os seus associados em pleno gozo de seus direitos para a Assembleia Geral OrdinĂĄria a realiza-se no dia 29 de julho de 2018 (vinte e nove de julho de dois mil e dezoito), Ă s 9h30 (nove horas e trinta minutos) em primeira convocação com presença mĂ­nima de 1/5 dos associados e em segunda convocação Ă s 10h00 ( dez horas ) com qualquer numero, com a seguinte ordem do dia : -Apreciação e aprovação da Prestação de contas da Diretoria/2017; - Outros assuntos. Contagem 10 de julho de 2018. Egmar Pereira Panta Presidente

afirmou Alvarado em uma entrevista. O governo de Maduro, que foi reeleito em maio, em uma eleição que dezenas de governos estrangeiros descreveram como manipulada, prometeu adotar medidas para melhorar a situação. Ele insiste que a eleição foi livre e justa e diz que os problemas da nação sĂŁo resultado de uma “guerra econĂ´micaâ€? comandada por lĂ­deres empresariais opositores que aumentam os preços arbitrariamente. (Reuters) GAT INDĂšSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Por determinação do COPAM – Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental, torna pĂşblico que obteve, atravĂŠs do processo tĂŠcnico nÂş COPAM 36634/2015/001/2016, a Licença PrĂŠvia e de Instalação, com condicionantes, para as atividades de extração de ĂĄgua mineral ou potĂĄvel de mesa e fabricação de refrigerantes e de outras bebidas nĂŁo alcoĂłlicas, exclusive sucos, situado no sĂ­tio Santa Rita de CĂĄssia, zona rural do municĂ­pio de Passa Quatro – MG, DNPM 832.812/2003. Informa que foram apresentados os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o RelatĂłrio de Impacto Ambiental (RIMA).

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (P FRQIRUPLGDGH FRP RV DUWLJRV ž H ž GR (VWDWXWR 6RFLDO ÂżFDP DV $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 7UDQVOHVWH GH 7UDQVPLVVmR FRQYRFDGRV D VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD HP Â? &RQYRFDomR QR GLD GH MXOKR GH jV KRUDV H HP Â? &RQYRFDomR QR GLD GH MXOKR GH jV KRUDV QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD ORFDOL]DGD QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Qž VDODV D QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD GHOLEHUDU VREUH D VXEVWLWXLomR GH PHPEUR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR $WHQFLRVDPHQWH (QLR /XLJL 1XFFL 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR

INSPIRA EDUCAĂ‡ĂƒO PARTICIPAÇÕES S/A - CNPJ nÂş. 27.761.833/0001-21 - NIRE 3321040944-1 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA A administração da INSPIRA EDUCAĂ‡ĂƒO PARTICIPAÇÕES S/A (“Companhiaâ€?) convoca os acionistas da Companhia para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 16 de julho de 2018, Ă s 14:00 horas, em sua sede social, localizada na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 447, andar 7, sala 7, Bairro FuncionĂĄrios, CEP 30.112-020, em Belo Horizonte/MG, para deliberar sobre: (i) a alteração da sede da Companhia, e a consequente alteração do Art. 2Âş do Estatuto Social da Companhia; (ii) a alteração de procedimento das assembleias gerais da Companhia, e a consequente alteração do Art. 7Âş do Estatuto Social da Companhia; (iii) a alteração do quĂłrum de deliberação das assembleias gerais da Companhia, e a consequente alteração do Art. 8Âş do Estatuto Social da Companhia; (iv) a alteração GD FOiXVXOD GR IRUR FRPSHWHQWH SDUD UHVROXomR GH FRQĂ€LWRV GD &RPSDQKLD H D FRQVHTXHQWH DOWHUDomR GR &DStWXOR ; GR (VWDWXWR 6RFLDO GD Companhia; (v) a destituição dos diretores da Companhia e eleição de seus substitutos; (vi) a alteração do jornal de grande circulação da Companhia; e (vii) a consolidação do Estatuto Social da Companhia. Informamos aos acionistas que todos os documentos pertinentes Ă s matĂŠrias a serem debatidas na assembleia ora convocada, inclusive a minuta do Estatuto Social alterado, estĂŁo Ă disposição para consulta na sede da Companhia desde esta data. Belo Horizonte/MG, 04 de julho de 2018. AndrĂŠ Renato da Silva Aguiar - Diretor.

Washington - Um tribunal federal de apelaçþes confirmou ontem o acordo de US$ 10,03 bilhĂľes da Volkswagen (VW) com os proprietĂĄrios de quase 500 mil veĂ­culos a diesel poluentes anunciados em 2016. O painel de trĂŞs juĂ­zes do Tribunal de Apelaçþes do 9Âş Circuito dos Estados Unidos (EUA) disse, ao rejeitar uma sĂŠrie de objeçþes ao acordo, que o pacto “entregou benefĂ­cios tangĂ­veis e substanciais aos membros da ação de classe, aparentemente o equivalente ao - ou superior ao - obtido apĂłs o bem-sucedido contencioso, e chegou depois de um esforço importanteâ€?. No total, a Volkswagen concordou em pagar mais de US$ 25 bilhĂľes nos Estados Unidos para reclamaçþes de proprietĂĄrios, reguladores ambientais, estados e revendedores e se ofereceu para comprar

de volta cerca de 500.000 veículos norte-americanos poluidores. As recompras continuarão atÊ o final de 2019. Histórico - A decisão de ontem refere-se ao acordo que abrange os proprietårios e ex-proprietårios de 475.000 veículos poluidores de 2,0 litros. A VW concordou em oferecer aos proprietårios dos veículos entre US$ 5.100 e US$ 10.000 em compensação, alÊm do valor estimado do veículo. A Volkswagen se recusou a comentar a decisão do tribunal de apelaçþes. A montadora alemã admitiu, em setembro de 2015, a instalação secreta de um software em cerca de 500 mil carros dos EUA para burlar os testes de emissþes de gases do governo. Os veículos emitiram atÊ 40 vezes os poluentes permitidos legalmente. (Reuters)

COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.085.630/0001-55 - NIRE 3130002076-2 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em conformidade com os artigos 8Âş e 20Âş do Estatuto Social da Companhia Transudeste de TransmissĂŁo, convocados a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, em 1ÂŞ Convocação, no dia 20 de julho de 2018, Ă s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 30 de julho de 2018, Ă s 12 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, sala 304, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para deliberar sobre a substituição de membro do Conselho de Administração. Atenciosamente, Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 014/2018 - torna pĂşblico que encontra-se suspenso de seu prosseguimento o edital do PregĂŁo 014/2018, cujo objeto consiste no registro de preços visando a aquisição de equipamentos odontolĂłgicos, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. Alex de Almeida Ferreira Silva/Presidente da CPL.

COMARCA DE BELO HORIZONTE – MG. 2ÂŞ Vara de FamĂ­lia. JuĂ­zo de Direito da Segunda Vara de FamĂ­lia da Capital – MG. Edital de Citação com prazo de 20 dias. O Bacharel JosĂŠ EustĂĄquio Lucas Pereira. MM. Juiz de Direito da Segunda Vara de FamĂ­lia da Comarca de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais e na forma da lei etc... FAZ SABER a todos quantos o presente Edital de Citação virem ou dele conhecimento tiverem, principalmente HERDEIROS DESCONHECIDOS DE MARIA DAS MERCĂŠS SOARES E ANDREIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO, declarados em lugar incerto e nĂŁo sabido, que tendo sido requeridos perante este juĂ­zo os autos da AĂ‡ĂƒO DE INVESTIGAĂ‡ĂƒO DE MATERNIDADE (processo nÂş 5013811-03.2018.8.13.0024) que ADRIANE CRISTINA DA CONCEIĂ‡ĂƒO move contra HERDEIROS DESCONHECIDOS DE MARIA DAS MERCĂŠS SOARES e outra. Citem-se HERDEIROS DESCONHECIDOS DE MARIA DAS MERCĂŠS SOARES E ANDREIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO, para apresentarem contestação no prazo de 15 dias, contados a partir da disponibilidade dos autos pela Secretaria destes JuĂ­zo Ă s partes, apĂłs exaurimento do prazo de publicação, esclarecendo-lhe que nĂŁo sendo contestada a ação no prazo legal presumir-se-ĂŁo aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Dado e passado nesta cidade de Belo Horizonte, aos 19 de junho de 2018. Eu, Vera LĂşcia de Souza Almeida, EscrivĂŁ da 2ÂŞ Vara de FamĂ­lia. JosĂŠ EustĂĄquio Lucas Pereira, MM. Juiz de Direito. Adv. BRENO GARCIA DE OLIVEIRA – OAB/MG $1*e/,&$ 62$5(6 2/,9(,5$ Âą 2$% 0* &HUWLÂżFR H GRX Ip KDYHU H[SHGLGR HQYLDGR H DÂż[DGR XPD YLD GR SUHVHQWH HP ORFDO GH FRVWXPH %KWH $&)0


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

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POLÍTICA Para a PGR, competência cabe ao STJ Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que esta Corte seja a competente para julgar o habeas corpus apresentado no último domingo (8) em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que desencadeou sucessivas decisões pela libertacão e manutenção da prisão do petista por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Na manifestação encaminhada ao STJ no final da noite de domingo, o procurador-geral da República em exercício no plantão, Humberto Jacques de Medeiros, ressalta que a ordem de prisão do ex-presidente foi determinada pela 8ª Turma do TRF-4 e não pelo juiz federal Sérgio Moro, que apenas a cumpriu, de modo que o habeas corpus cabível, se corretamente feito, é da competência do STJ. O TRF-4 foi quem ordenou a prisão de Lula para que passasse a cumprir pena na condenação do processo do tríplex do Guarujá, o que ocorreu desde abril deste ano. Para a PGR, o pedido apresentado por defensores de Lula é processualmente inválido. De acordo com Humberto Jacques, não cabe habeas corpus contra a decisão do juiz federal neste caso, porque ele agiu como executor da decisão da 8ª Turma do TRF4, a única autoridade passível de recurso no momento. Além disso, defendeu que o desembargador federal plantonista, Rogério Favreto, não tem atribuição para expedir liminar em habeas corpus contra decisão colegiada do próprio TRF-4, pois esta atribuição é do STJ. No pedido encaminhado ao STJ, também houve manifestação para que -diante da existência de ordens judiciais contraditórias- a Polícia Federal não executasse os mandados judiciais que concediam liberdade ao ex-presidente. Com a decisão do presidente do TRF-4, Thompson Flores, que afirma inexistir atribuição do plantonista, a presidente do STJ, Laurita Vaz, deve decidir sobre a competência da Corte Superior para apreciação dos pedidos de habeas corpus de Lula, tal como feitos pela defesa. Toda a movimentação processual envolvendo os desdobramentos do HC apresentado em favor do presidente Lula foram acompanhados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que, mesmo em férias, fez questão de manifestar preocupação em relação a medidas que possam colocar em risco a segurança jurídica e a legislação processual vigente, que define com clareza a competência judicial. A PGR voltou a defender o início do cumprimento da pena após decisão condenatória de segunda instância -caso do ex-presidente- como forma de garantir credibilidade do sistema de Justiça e reduzir sensação de impunidade, presente em boa parte da população. Lembrou que a execução da pena, nesta específica situação, observa a exigência constitucional do duplo grau de jurisdição e, por isso, afasta a presunção de inocência, dando segurança jurídica às decisões judiciais. (Reuters)

OPERAÇÃO LAVA JATO

Gebran ratifica revogação de habeas corpus de Lula Disputa entre desembargadores do TRF-4 cria imbróglio jurídico São Paulo - O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), relator da Operação Lava Jato na Corte, ratificou ontem a revogação das decisões deferidas em plantão pelo desembargador federal Rogerio Favreto no último domingo (8). Favreto havia concedido habeas corpus e determinado a suspensão da execução provisória da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Depois de um dia de idas e vindas e disputa entre os dois desembargadores, no início da noite de domingo o presidente do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, provocado pelo Ministério Público Federal, revogou o último habeas corpus concedido e devolveu os autos do processo, que haviam sido requisitados por Favreto, a Gebran. Segundo o relator, o plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame. “Não há amplo e ilimitado terreno de deliberação para o juiz ou para o desembargador plantonista”, assinalou Gebran, citando as resoluções número 71, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e 127, do TRF-4, que estabelecem tais diretrizes. Quanto à alegação dos deputados do PT que subscreveram o pedido de habeas corpus de Lula - segundo os quais, antes de que existiria fato novo consistente no direito do ex-presidente Lula de exercer sua pré-candidatura, podendo ser livremente entrevistado -, o desembargador ressaltou

DIEGO VARA / REUTERS

Lula revelou descrença quanto à possibilidade de soltura

que não há tal fato, já tendo sido a questão debatida pela 8ª Turma. “Foi especificamente tratado pelo colegiado o tema sobre o eventual direito de ir e vir do reeducando, de modo que sequer caberia a este relator, juiz natural do caso, decidir monocraticamente a respeito da suspensão do julgado ao alvedrio do que já foi assentado pela 8ª Turma deste tribunal”, afirmou Gebran. Campanha - O desembargador reforçou que o calendário eleitoral sequer foi iniciado e a condição de pré-candidato somente autoriza a abertura de conta para arrecadação de recursos ou prática de atos intrapartidários, sem que isso qualifique qualquer cidadão para a realização de campanha ou lhe atribua outro signo jurídico diferenciado. “A qualidade que se autoatribui o ex-presidente não tem nenhuma propriedade intrínseca que lhe garanta qualquer tratamento jurídico diferenciado, ou que lhe assegure liberdade de locomoção incondicional”, justificou. “O deferimento de liminar em sede de habeas corpus representa afronta não somente à decisão colegiada da 8ª Turma, mas igualmente às deliberações de outros dois

colegiados superiores”, acrescentou Gebran, lembrando que tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestaram a respeito do caso denegando a ordem. “Não há argumento razoável que exclua da apreciação ordinária do relator o exame da questão, quando inexiste qualquer urgência ou fato novo a justificar a intervenção excepcional”, concluiu o relator. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça. Descrente de que poderia ficar solto por muito tempo, o ex-presidente afirmou a advogados que o visitaram ontem (9) na Superintendência da PF que não deixaria a capital paranaense caso tivesse sido solto no domingo “Para onde Lula iria correr? É uma pessoa conhecida, sabe de suas responsabilidades. Ele me disse

claramente: ‘Eu nem sairia de Curitiba, ficaria esperando o que decidiriam a meu respeito, porque sabia que isso não iria longe’”, declarou o ex-ministro da Justiça e advogado do PT, Eugênio Aragão, após a visita ao ex-presidente. O petista recebeu a visita de cinco advogados. Além de Aragão, estiveram na sede da PF em Curitiba Rodrigo Zanin e Luiz Carlos da Rocha, da área criminal, e Luiz Fernando Casagrande Pereira, advogado eleitoral, Manoel Caetano, constitucionalista. Conforme Zanin, Lula se manteve sereno mesmo diante da negativa da soltura. Aragão e Zanin argumentaram que, mesmo que fosse revertida no dia seguinte, a decisão do desembargador federal Rogerio Favreto concedendo a liberdade ao ex-presidente deveria ter sido cumprida. Aragão disse que as regras processuais, de competência e jurisdição foram “subvertidas” com as decisões posteriores a da soltura. “O tema levado pelo habeas corpus era o direito de o Lula poder fazer campanha como pré-candidato à Presidência. Esse tema nunca foi levado à Justiça. Foi com base nisso que ele (Favreto) decidiu”, declarou Aragão, afirmando que a liminar só poderia ser revertida pela 8ª Turma do TRF-4 ou por tribunais superiores, mas apenas após o término do plantão de Favreto. Zanin disse ainda que a defesa criminal do ex-presidente está estudando a possibilidade de complementar os recursos judiciais já nos tribunais superiores com os fatos ocorridos no domingo “A defesa técnica sempre chamou atenção para o fato de que o ex-presidente não estava tendo acesso a um julgamento justo e imparcial”, disse. (AE/Reuters/ABr)

PT fará uma reclamação na corregedoria da PF Brasília - O PT vai entrar com uma reclamação na corregedoria da Polícia Federal questionando o descumprimento pela instituição do alvará de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expedido no domingo pelo desembargador plantonista do Tribunal Regional da 4ª Região, Rogério Favreto, disse ontem a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR). “Vamos apresentar uma reclamação à corregedoria da PF. O governo brasileiro tem que se explicar por que é que a PF não cumpriu uma decisão judicial e ficou fazendo conluio com o juiz Sérgio Moro e os desembargadores para não soltar Lula”, disse Gleisi ao fim de uma reunião de emergência da executiva do partido na manhã de ontem, em São Paulo. O partido alega que a PF em Curitiba recebeu o alvará de soltura às 9 horas da manhã de domingo, mas não cumpriu a decisão. O alvará foi enviado pelo desembargador junto com a primeira decisão liminar de conceder o habeas corpus ao ex-presidente. Em seguida, o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que a decisão não deveria ser cumprida até que fosse acionado o relator do caso no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran Neto, que acabou revertendo a decisão de Favreto. Às 16h12, o desembargador, que continuava como plantonista, concedeu mais uma vez o HC a

Lula e mandou a PF soltá-lo em até uma hora. A Superintendência da PF afirma que recebeu a ordem apenas às 17h58. Cerca de uma hora e meia depois, o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, reverteu a decisão de Favreto. Havia um comboio pronto para a saída do ex-presidente da PF, mas Lula ainda não havia sido liberado. Segundo Gleisi, a situação foi “frustrante” para o ex-presidente, mas disse que ele não chegou a acreditar que poderia sair porque a Justiça não lhe tem dado nenhuma vitória. Um dos autores do habeas corpus, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou à Reuters que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a decisão do presidente do TRF-4 e garantir a liberdade de Lula. “Vamos entrar em breve”, disse, sem precisar quando isso vai ocorrer. Para Pimenta, o episódio demonstrou, “de maneira inequívoca”, a atuação parcial do TRF-4 em desfavor de Lula. A presidente do PT também afirmou que serão feitas representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Sérgio Moro, Gebran Neto e Thompson Flores, mas não pelo partido, mas por movimentos sociais. “Vamos fazer representação no CNJ, aí não como partido, mas movimentos sociais já estão preparando. Juristas da Associação Brasileira de

Juristas pela Democracia estão trabalhando nisso”, disse a senadora. Um dos deputados que pediram o HC para Lula, Paulo Teixeira (SP) diz que Moro “bagunçou” o sistema judiciário brasileiro e precisa ser afastado do cargo e que todas as ações possíveis contra o juiz serão analisadas. Parcialidade - Ao sair de um encontro com Lula ontem, um dos advogados de defesa do ex-presidente, Cristiano Zanin, criticou duramente Moro e disse que sua atuação no caso apenas confirma a parcialidade que a defesa sempre apontou, mas evitou dizer se a defesa também irá tentar alguma medida contra o juiz. “Vou fazer com colegas da defesa uma análise desse aspectos. Mas, evidentemente que quando você tem um juiz de primeira instância que está em férias e não tem mais jurisdição sobre o caso atuando para impedir o cumprimento de uma decisão proferida por um tribunal superior isso é muito preocupante, incompatível com o devido processo legal”, disse Zanin. A defesa de Lula não teve participação direta na ação que levou ao habeas corpus concedido no domingo. A ação, impetrada pelos deputados Paulo Teixeira, Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ), foi assinada pelo advogado Fernando Fernandes. (Reuters)

Representações contra Moro e Favreto Brasília - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu seis representações contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), até a manhã de ontem. Todas elas pedem apuração sobre possível infração disciplinar do magistrado ao aceitar habeas corpus a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jato. Outra, protocolada no domingo, tem como alvo o juiz federal Sérgio Moro. A decisão de Favreto foi vista no meio jurídico como uma quebra de hierarquia, pois instâncias superiores já haviam negado pedidos semelhantes feitos pela defesa do petista. Apesar da decisão do desembargador, Lula continua preso porque o presidente do TRF-4, Thompson Flores, manteve a decisão do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no tribunal, que vetou a saída do petista da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde abril. Antes disso, o próprio Moro divulgou despacho em que recomendava o não cumprimento da decisão de Favreto. A primeira representação ao CNJ foi feita no domingo pela ex-procuradora do Distrito Federal Beatriz Kicis. No documento, ela afirma que cabe aplicação de medida disciplinar contra Favreto, a fim de “resguardar tanto a moralidade que deve ser inerente ao Poder Judiciário como a segurança jurídica”. Outra representação apresentada na noite de domingo tem como autor o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). “O representado se aproveitou de sua convocação para o plantão judiciário do TRF-4 nesse dia e concedeu a decisão liminar, em completa contrariedade a decisões anteriormente proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, sem que houvesse um único fato novo que o justificasse”, afirmou o deputado tucano na representação. Juízes, promotores e procuradores também entraram neste domingo com uma representação contra Favreto. Para cerca de 100 integrantes do Ministério Público e do Poder Judiciário, a decisão do desembargador plantonista “viola flagrantemente o princípio da colegialidade”. “A quebra da unidade do direito, sem a adequada fundamentação, redunda em ativismo judicial pernicioso e arbitrário, principalmente quando desembargadores e/ou ministros vencidos ou em plantão, não aplicam as decisões firmadas por Órgão Colegiado do Tribunal.” Eles acentuam ainda que o fato de Lula ser pré-candidato não é um fato novo - o que foi alegado pelos parlamentares petistas para conseguir o habeas corpus e recebido por Favreto. Ainda há uma representação protocolada pelo Partido Novo e uma do senador José Medeiros (Podemos-MT). Quem assina a representação contra Moro é Benedito Silva Junior, morador de uma cidade do Paraná, que já protocolou habeas corpus a favor de Lula em outras ocasiões. Quem deve analisar essas representações é o corregedor do Conselho Nacional de Justiça, João Otávio Noronha, que também é ministro do Superior Tribunal de Justiça. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

TRABALHO

Novo ministro é escolha pessoal de Temer Advogado Caio Vieira de Mello foi indicado sem ingerência política do PTB, garante Carlos Marun Brasília - O presidente Michel Temer indicou ontem o advogado Caio Luiz Almeida Vieira de Mello como novo ministro do Trabalho para substituir Helton Yomura, que foi afastado do cargo na semana passada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) em operação da Polícia Federal contra corrupção no ministério. Vieira de Mello é desembargador aposentado, foi vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região entre 2008 e 2009. Atualmente é consultor do escritório de Sérgio Bermudes, que tem em sua carteira de clientes empresas como Vale, Bradesco, Citibank e Ambev e as construtoras Odebrecht e Queiroz Galvão. De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, não houve ingerência política na indicação de Vieira de Mello. “A indicação do novo ministro

do trabalho é pessoal do presidente e não passou pela política. O presidente consultou várias pessoas e lhe foi sugerido o nome deste mineiro. O presidente viu nele as condições para essa missão”, disse Marun. O ex-ministro, indicado pelo PTB, foi afastado do cargo na semana passada, na terceira fase da Operação Registro Espúrio, em que a Justiça concedeu uma medida cautelar impedindo que o então ministro sequer voltasse ao ministério. Yomura foi acusado de envolvimento em um esquema de concessões irregulares de registros sindicais pelo ministério. Da cota do PTB, Yomura é ligado diretamente ao presidente do partido, Roberto Jefferson, e já era secretário-executivo do Ministério do Trabalho quando o ministro era Ronaldo Nogueira. No fim de dezembro, Nogueira deixou o cargo, e Jefferson tentou emplacar no cargo

sua filha, a deputada Cristiane Brasil (RJ). No entanto, uma série de escândalos envolvendo a deputada, alvo de uma série de ações trabalhistas, impediu sua nomeação. Yomura acabou ficando no cargo. Dominado há vários anos pelo PTB, o ministério é o centro das três fases da Operação Registro Espúrio que, em sua segunda fase chegou a fazer buscas em endereços ligados a própria Cristiane Brasil. Na primeira fase, foram alvos os deputados petebistas Jovair Arantes (GO) e Wilson Filho (PB) e Paulinho da Força (SP), do Solidariedade. Irritado com o Planalto, que fez questão de dizer que o problema de Yomura não era do governo, mas do partido, Jefferson disse, em nota, que o partido colocou o cargo à disposição do governo e informou que não iria indicar ou negociar novos nomes.

VALTER CAMPANATO/ABr

Na última quinta-feira, diante de um ministério acéfalo - o secretário-executivo, Leonardo Arantes, havia sido preso há um mês, na segunda etapa da operação - Temer nomeou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, como interino, acumulando os dois cargos. Padilha concordou, mas avisou o presidente que não queria ficar na posição por muito tempo. Marun disse também que o PTB ainda participa do governo e “prestou gran- Marun pediu a abertura de inquérito contra vazamentos des serviços”, mas que o novo ministro terá liberdade por jornais brasileiros. O seu nome à operação. “Não para formar sua equipe, ministro teria sido citado concordo que seja impossível subentendendo que Vieira como tendo feito pedidos descobrir quem vaza. São de Mello não terá que deixar aos secretários. A Justiça, no crimes mais graves ainda nos cargos os secretários, em entanto, considerou que não se acontecem na PF, PGR ou sua maioria ligados ao PTB havia indícios suficientes e Supremo Tribunal Federal. não autorizou buscas nos Espero que em breve tempo e ao Solidariedade. endereços de Marun. esteja elucidado”, disse o O ministro apresentou ministro. “Essa prática do Queixa-crime - Marun também apareceu ligado ontem uma queixa-crime e acusa e enxovalha para só ao esquema no Ministé- pediu abertura de inquérito depois saber se processa rio do Trabalho, de acordo pela Polícia Federal contra os e julga tem que deixar de com informações publicadas vazamentos que vincularam existir”, ressaltou. (Reuters)

IMPROBIDADE

APARTAMENTO DE LUXO

Geddel vira réu em ação do MPF Brasília - A juíza federal substituta da 5ª Vara Federal do Distrito Federal, Diana Wanderlei, tornou o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima (MDB-BA), réu por improbidade administrativa. A decisão da magistrada atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que ajuizou ação civil contra o ex-ministro. De acordo com o MPF, Geddel teria exigido que o então ministro da Cultura Marcelo Calero produzisse parecer técnico favorável a ele para liberar a construção de um aparta-

mento de luxo em Salvador. Geddel havia comprado uma unidade habitacional no 23º andar do edifício “La Vue”, na Barra, cujo projeto inicial não fora aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Análises do Iphan apontavam que o projeto original do empreendimento extrapolava a altura permitida (possuía mais de 140 metros de altura), e que o imóvel situa-se próximo ao entorno de bens tombados como patrimônio histórico, impactando-os diretamente. O MPF afirma que foram “intensi-

ficadas” as investidas de Geddel, por meio de ameaças a Calero, “de que iria ‘pedir a cabeça’ da presidente do Iphan ao presidente da República, caso não atendesse à sua solicitação de liberar o empreendimento sem a redução da altura”. À causa foi atribuído o valor de R$ 2,6 milhões. “Os documentos juntados à peça vestibular trazem indícios acerca da materialidade e autoria dos atos que são imputados ao requerido, passíveis de enquadramento como atos de improbidade administrativa, modalidade princípios administrativos”, escreveu a juíza em sua decisão. (AE)

OPERAÇÃO CADEIA VELHA

Picciani nega recebimento de propinas Rio de Janeiro - O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (MDB), negou ontem ter recebido propinas de empresários de transporte e da construção civil. Ele também afirmou não ter uma relação próxima ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral (MDB). As declarações foram prestadas durante depoimento ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O interrogatório, que durou mais de três horas, ocorreu dentro de processo resultante da Operação Cadeia Velha, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Picciani é réu na ação, assim como os deputados estaduais Paulo Melo (MDB) e Edson Albertassi (MDB). Os três respondem por corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. O processo tramita na 2ª instância devido à prerrogativa de foro dos parlamentares. De acordo com a acusação formulada pelo Ministério Público Federal (MPF), os deputados teriam recebido propina para garantir a aprovação de medidas

legislativas em favor de empresas dos setores de construção civil e transporte público. Entre os crimes descritos, está o recebimento de propinas superiores a R$ 130 milhões para favorecer os interesses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Picciani negou ter recebido qualquer tipo de propina e disse não ter relação com Carlos Miranda. Também refutou as acusações do MPF. “Não há um ato de ofício meu que possa ser apontado como compra de apoio”. O deputado disse conhecer apenas de nome Jacob Barata, empresário do setor de transportes acusado de envolvimento no pagamento de propina. O ex-presidente da Alerj afirmou ainda que todos os recursos recebidos de empresas da construção civil durante as campanhas eleitorais foram declaradas, não tendo caixa dois em suas candidaturas. Garantiu também não possuir conta bancária no exterior. “Só tenho duas contas aqui, ambas com mais de 30 anos”, ressaltou.

Depoentes - O deputado criticou as declarações prestadas pelos depoentes ouvidos ontem pela manhã na condição de delatores. Um deles é Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Sérgio Cabral, que disse ter existido uma ajuda mensal de R$ 400 mil pagos à Picciani pelo ex-governador. Ele também afirmou ter transferido mesadas de R$ 700 mil a R$ 900 mil para Paulo Melo. Já o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes Júnior, disse que Picciani e Cabral tinham relação de amizade e nada era feito no estado sem o consentimento do ex-presidente da Alerj. O jurista fechou acordo de colaboração premiada após ser denunciado pelo MPF de receber propina para ter “boa vontade” em processos de interesse de empresários do transporte e da construção civil. Picciani listou divergências políticas que já teve com Cabral dentro do MDB. Ele disse ter apoiado Marcelo Itagiba para a prefeitura do Rio de Janeiro em 2008, quando o ex-governador

articulou a candidatura de Eduardo Paes. O deputado afirmou ainda que, quando foi candidato ao Senado em 2010, Cabral não se empenhou em sua campanha e foi mais atuante em favor da eleição de Lindbergh Farias (PT). “Isso tudo é público. Onde está essa unha e carne?”, questionou. Gado - Jonas Lopes também afirmou em seu depoimento ontem pela manhã que comprou gado da Agrobilara, empresa de Picciani, e usou dinheiro ilícito obtido em esquema no TCE-RJ para quitar a transação. A negociação teria sido uma forma de simular uma origem para os recursos. Ele teria pago R$ 600 mil pelos animais, mas R$ 500 mil foram por fora, sem a emissão de notas fiscais. Picciani reconheceu ter emitido nota abaixo do valor da transação a pedido de Jonas Lopes e disse ter sido um ato equivocado. Ele, no entanto, negou saber que o dinheiro era decorrente de propina. “Como poderia saber a origem? Não tive nenhuma vantagem”. Ele admitiu ainda ter recebido R$ 400 mil em espécie. (ABr)

Deputados do Psol propõem representação contra Marcelo Crivella Rio de Janeiro - Parlamentares do Psol apresentaram ontem uma representação no Ministério Público do Estado (MP-RJ) contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB), bispo afastado da Igreja Universal, por improbidade administrativa. Os deputados estaduais Marcelo Freixo e Flávio Serafini, juntamente com os vereadores Tarcísio Motta, Renato Cinco, Paulo Pinheiro, Brizola Neto e Babá, se reuniram com o procurador-geral Eduardo Gussem por 20 minutos antes de protocolarem a representação. Os parlamentares acusam Crivella de oferecer facilidades a pastores e frequentadores de sua igreja no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e no pagamento de impostos. Além disso, pedem que seja investigado o uso de um bem público, o Palácio da Cidade, sede da Prefeitura, para campanha eleitoral na mesma ocasião. “É necessário que o Ministério Público se posicione sobre aquela absurda reunião do Marcelo Crivella que, de forma flagrante, cometeu crime eleitoral ao fazer campanha em um espaço público antes da hora, como também ofereceu vantagens para que pessoas pudessem furar a fila do sistema de regulação e ter acesso a cirurgias antes da hora”, afirmou o vereador Tarcísio Motta, líder da bancada do Psol na Câmara, antes da reunião. “Isso é inadmissível pois fere um dos preceitos mais básicos da República, o da igualdade. O prefeito não pode favorecer um grupo de amigos e aliados”, argumentou. Na última sexta-feira, o MP-RJ já havia informado que pretendia investigar as circunstâncias da reunião. Na última quarta-feira, no Palácio da Cidade, em evento que estava fora da agenda, o prefeito afirmou para uma plateia formada por pastores

e líderes religiosos da Universal que ajudaria fiéis a fazer cirurgia de catarata e varizes pelo SUS e que daria auxílio a pastores que estivessem com problemas de IPTU em seus templos. Além disso, ele exaltou o pré-candidato a deputado federal pelo PRB Rubens Teixeira, que estava presente à reunião. Impeachment - O Psol e o PSDB solicitaram ontem ao presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe, que convoque o plenário da casa em caráter extraordinário (eles estão em recesso), para debater a possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra o prefeito. “Há sérios indícios de crimes cometidos pelo prefeito, que podem levá-lo ao impeachment. A câmara precisa se reunir imediatamente”, analisou a vereadora Teresa Bergher, que vai levar para os colegas também um requerimento de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Segundo Tarcísio Motta, a reunião revela um aspecto grave da administração do prefeito, que “continua agindo como pastor e acha que pode gerir a prefeitura como se fosse sua igreja”: “Ele é prefeito e precisa se comportar como tal enquanto estiver à frente da Prefeitura do Rio. Não é possível admitir que qualquer pessoa tenha privilégios para ter acesso a cirurgias nos hospitais públicos e que processos com relação à isenção de IPTU sejam acelerados para fieis ou pastores. Isso é inadmissível no regime republicano”, destacou. A média de tempo de espera por uma cirurgia de catarata pelo SUS é superior a dois anos. O prefeito, no entanto, prometeu atender os fiéis indicados pelos pastores em não mais que duas semanas. (AE)


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VANTS

Mercado de drones em franca expansão Estima-se que após registrar faturamento de R$ 300 milhões em 2017, o setor deverá crescer 30% neste ano DIVULGAÇÃO

JULIANA BAETA

Não há mais como parar os drones no Brasil. Os também chamados Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) já estão presentes em todos os estados brasileiros e tendem a se popularizar cada vez mais. Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, concentram 62% das operações no País. Só no ano passado, o setor teve um faturamento de mais de R$ 300 milhões e a previsão de crescimento para 2018 é de 30%, considerando toda a cadeia produtiva. Até 2020, a projeção é que o mercado dobre de tamanho ou até triplique. Atualmente, existem 2 mil empresas e 34 mil pessoas físicas cadastradas para operar com drones, o que significa um crescimento de 200% em oito meses. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do DroneShow, maior feira do setor na América Latina. Segundo o diretor-geral do evento, Emerson Granemann, existem mais de 100 mil drones em operação no Brasil. E este número tende a aumentar, principalmente com a regulamentação para as aeronaves não tripuladas aprovada em maio de 2017 pela Anac. “O setor começou a se desenvolver no mercado civil há cerca de cinco anos, mas até o início do ano passado não havia regulamentação, logo, também não havia segurança jurídica para os trabalhos acontecerem. Após a regulamentação, o setor recebeu um grande incentivo e as empresas puderam investir na compra dos equipamentos”, explica Granemann. Setores - O uso profissional de drones no País é liderado pela agricultura, seguido pela área de infraestrutura,

Agricultura é a atividade que mais utiliza os drones de forma profissional, mas uso na segurança ganha espaço

que inclui a construção civil, especialmente no que se trata da inspeção de obras, e este também é o setor que lidera o uso em todo o mundo. Depois, há o uso para mapeamento de vários tipos e, mais recentemente, a área de segurança está começando a figurar no ranking, como na segurança pública e na segurança privada em condomínios, por exemplo. Em Minas, a Polícia Militar (PMMG) faz uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPAs) em algumas de suas operações desde dezembro do ano passado. Trata-se de aeronaves não tripuladas pilotadas a partir de uma estação de pilotagem remota. O Comando de Aviação do Estado (Comave) emprega, de maneira experimental, este tipo de drone em suas atividades, assim como em unidades de meio ambiente e operacionais. Além do uso na segurança pública, o órgão também utiliza os Vants na

Defesa Civil. As RPAs podem ser utilizadas por estes órgãos para “acompanhar operações, potencializar a consciência situacional e o processo decisório nos atendimentos emergenciais e ocorrências complexas, no monitoramento de áreas de proteção ambiental, no planejamento de missões programadas, busca de pessoas desaparecidas, dentre outras”, informou a corporação. Atualmente, a PMMG possui 17 RPAs de diferentes modelos, desde equipamentos mais simples, utilizados em atividades que não envolvem o sobrevoo de pessoas e as de meio ambiente, até os mais complexos, usados em operações que há mais possibilidade de sobrevoo de pessoas e que permitem o uso de câmeras especiais como a termal, por exemplo.

Granemann: tendência é aumentar o número de drones

Além disso, o modelo traz mais segurança aos empregados, já que o operador permanece na margem do reservatório sem a necessidade de ir a bordo para coletar informações. A tecnologia também permite realizar batimetrias em locais de difícil acesso e em águas muito rasas, em que o uso de um barco comum seria inviável. Sobre as RPAs, a Vale as utiliza no modelo de asa fixa, tipo que se assemelha a um pequeno avião, para levantar dados sobre o solo em locais inacessíveis, evitando riscos

de acidente e diminuindo os custos. “O objetivo do uso da aeronave é apresentar de forma mais próxima da realidade a topografia do terreno, com maior precisão tanto nas representações quanto em todos os cálculos, principalmente nos volumes, de forma rápida e abrangente, com baixa exposição do empregado ao perigo. As principais aplicações dessas ferramentas na mineração são fazer mensuração de áreas de lavras, barragens, taludes e pilhas de estéril”, pontua a empresa.

Novas aplicações estão em fase de testes

Grandes empresas do hexacóptero (um Vant de com a ajuda de uma câmera mundo já testam o uso dos seis hélices) com capacidade acoplada no próprio drone. Vants para realizar entregas, para sobrevoar uma rota de De acordo com a SMX Syscomo a Amazon e a pizzaria 500 metros com velocidade tems, a tecnologia que será Domino’s. Esta aplicação de até 32 km/h e altitude usada na primeira simulação abre um mundo de possi- máxima de 15 metros. oficial pode ser útil em áreas Mineração - Já a Vale, além bilidades e prenuncia um Com um software instalado de risco ou de difícil acesso. de utilizar RPAs em diversas futuro não tão distante. Aqui para receber as coordenadas É possível ainda auxiliar na de suas operações no Estado, no Brasil já há uma inicia- de origem e destino do deli- área da saúde com entregas tiva semelhante. A marca very, o aparelho, logo após de emergência em hospitais nacional SMX Systems de- decolar com a rota pré-pro- e de medicamentos em resenvolveu um drone para gramada, terá todo o trajeto giões distantes e de difícil delivery, que consiste em um monitorado em tempo real acesso. (JB) é proibido transportar pessoas, animais e artigos perigosos, exceto no caso de TIPOS DE DRONES lançamentos relacionados a atividades de agricultura, horticultura, florestais ou outras definidas pelo novo regulamenOs drones mais utilizados no Brasil são os quadricópteros, modelos com quatro to. Podem também ser transportados hélices, que podem ter diferentes tamanhos e aplicações, mas em geral, são os mais equipamentos eletrônicos que contebaratos. Também há os modelos hexacópteros (seis hélices), octocópteros (oito) e nham baterias de lítio necessárias para o até com mais hélices. Já os drones de asa fixa, que tem o formato de um avião são funcionamento do aparelho, desde que mais utilizados para monitoramento e medição de grandes áreas. Além destes, sejam destinadas para uso durante o voo, também estão disponíveis no mercado os minidrones, equipamentos compactos como câmeras fotográficas, filmadoras, que podem até caber na palma de uma mão e são mais utilizados para recreação, computadores etc. portanto, mais baratos que os de uso profissional. O descumprimento de alguma norma “Na verdade, o que determina o preço de um Vant é o sensor, o software de da Anac implica na suspensão temporária processamento que ele utiliza, a inteligência artificial ali embarcada. Um software das operações e, nos demais órgãos, as de processamento, por exemplo, é mais caro que o próprio aparelho. Então, o sanções podem alcançar as esferas civil, preço vai variar de acordo com a tecnologia empregada, geralmente atrelada ao administrativa e penal, como por exemplo, objetivo do drone”, explica o especialista Emerson Granemann. no caso de violação de privacidade e uso da imagem não autorizada das pessoas, ou colocar em risco a vida de alguém ou outras embarcações e aeronaves. Em www.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio alguns casos, a pena pode chegar a cinco anos de prisão. (JB) Telefone: (31) 3469-2025 gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

País conta com série de regras de operação Para se utilizar um drone, tanto profissionalmente como para lazer, é necessário se registrar na Anatel. “Porque o controle remoto que faz operar o drone trabalha por meio de frequência e, por isso, precisa ser registrado assim como os celulares”, explica Granemann. Também é preciso que o drone seja registrado na Anac e, dependendo da altura em que pretende sobrevoar, é necessário um outro registro junto à Anatel. Já no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o utilizador do drone precisa comunicar que irá realizar uma operação a trabalho, informando o piloto, o aparelho, hora e altitude da operação para requerer uma autorização. Conforme a regulamentação da Anac, dependendo do tipo de drone, tamanho, peso e altura que pretende voar, é necessária não só uma licença e habilitação, mas também um Certificado Médico Aeronáutico. Quanto às cargas,

utiliza também o Barco RC S2, que não é necessariamente um veículo aéreo, mas sim, um barco controlado de forma remota para realizar o batimétrico nos reservatórios a fim de levantar as medições de profundidade associadas a uma posição na superfície. Como informou a empresa, “essas informações podem ajudar, por exemplo, a criar um modelo digital da parte submersa. Através desses dados é possível analisar o volume de água além do assoreamento e vida útil dos reservatórios”.

DIVULGAÇÃO


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NEGÓCIOS TURISMO

Empresas voltam a investir em viagens Levantamento aponta melhora no segmento corporativo e estima crescimento no segundo semestre DA REDAÇÃO

Levantamento feito pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alage) aponta que as empresas estão voltando a investir em viagens e eventos corporativos. As expectativas são positivas para o segundo semestre. Fornecedores e gestores de viagens corporativas associados à Alagev integram a primeira edição do estudo “Comportamento dos Gastos de Viagens e Eventos Corporativos”, idealizado e realizado pela entidade para avaliar o desempenho do setor entre os meses de janeiro e junho de 2018 e traçar um panorama do segundo semestre do setor. Multissetorial e integrada, de um lado, como clientes, por grandes e médias corporações de diferentes segmentos econômicos, e, de outro, como fornecedores, por empresas de toda cadeia de viagens, entre as quais estão redes hoteleiras, companhias aéreas e organizadores de eventos, a Alagev ouviu 10% de seus associados e revela que os primeiros seis meses do ano superaram o mesmo período de 2017. Entre os gestores de viagens corporativas, 20% afirmam que o crescimento ficou entre 5% e 10%, enquanto 13% confirmam o crescimento de 5%, mesmo índice de quem afirma ter superado o ano passado em mais do que 10%. Dos demais ouvidos, 7% dizem que o mercado não oscilou, 27% falam em queda de mais de 10%, enquanto 13% estimam que o comportamento de gastos de sua empresa foi mais baixo entre 5% e 10%, e 7% dizem ter investido menos 5%. Em relação a eventos corporativos, a pesquisa aponta que as empresas estão voltando a investir também. Segundo o levantamento, 50% dos gestores de eventos afirmaram que houve crescimento superior a 10% em investimento no primeiro semestre de 2018. Já 67% dos fornecedores apontam crescimento nos primeiros seis meses do ano: 25% dos associados participantes do estudo cresceram mais do que 10% e entre 5% e 10%, enquanto 17% cresceu até 5%. Os respondentes representantes da indústria fornecedora do setor que informaram ter havido queda no período somam 21% dos entrevistados. Desse total, 9% informam diminuição em até 5%, 4% confirmaram baixa entre 5% e 10%, e 8% dos associados confirmam que os investimentos diminuíram em mais de 10%. “Como entidade multissetorial, nós ouvimos tanto o comprador como o fornecedor da indústria. Podemos afirmar que o ano começou bem em ambos os elos”,

PASCAL PIGEYRE - AVIANCA

diz o diretor-executivo da Alagev e responsável pela condução do estudo, Eduardo Murad. De acordo com ele, o comportamento do setor de viagens corporativas acompanha a economia. “Se há mais investimentos, mais negócios gerados, consequentemente mais viagens e eventos são realizados”. O diretor-executivo acrescenta: “Muitas empresas não enxergam viagens e eventos como um investimento, mas como uma despesa. Em momentos de economia recessiva é comum empresas implementarem políticas de congelamento ou redução das viagens. Na verdade, é possível fazer um gerenciamento estratégico de viagens para que a empresa continue viajando e alavancando negócios sem a necessidade de cortes. Ai que entra o papel estratégico do gestor de viagens e eventos”. Segundo semestre - Depois de um primeiro semestre impactado, além da instabilidade econômica, pela greve dos caminhoneiros, a expectativa é de crescimento entre os meses de julho e dezembro, mesmo considerando a influência da copa e das eleições no Brasil. “Tradicionalmente, nosso mercado é mais aquecido no segundo semestre. Existe certa preocupação com as eleições que podem impactar e puxar este crescimento para baixo. No entanto, metade dos associados está otimista e prevê crescimento”, diz Murad. O aumento informado por Murad foi confirmado pelos gestores de viagens e de eventos corporativos. Do total de respondentes, 50% dos associados disseram que a previsão é de crescimento de investimento em eventos corporativos na ordem de 5% a 10%, enquanto a outra metade prevê crescer 5% o incremento em eventos. Inclusive, 50% dos respondentes disseram que a previsão de investimento em eventos deve crescer de 5% a 10% no segundo semestre deste ano, se comparado aos primeiros seis meses. Entre os gestores de viagens corporativas, a expectativa de crescimento do segundo semestre (em relação ao primeiro) de 2018 integra a agenda de 36% dos participantes – 14% esperam crescer entre 5% e 10% e 22% dos entrevistados acreditam que o crescimento será de até 5%. Já os fornecedores estão mais otimistas: 51% dos entrevistados acreditam no crescimento. Desse total, 21% acreditam que o crescimento será até 5%, 13% preveem alta entre 5% e 10% e 17% estão confiantes em um crescimento superior a 10%. Parte importante deste grupo preferiu não responder: 21%. E 8% dos executivos de

Estudo da Algev aponta que mesmo com a preocupação em relação às eleições, metade dos associados está otimista REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO

empresas fornecedores estimam a manutenção da performance no segundo semestre. A queda é prevista apenas por 20% destes profissionais: 8% deles acreditam em baixa de até 5%, enquanto 4% esperam diminuição de mais de 10% e outros 8% entendem que

os gastos serão diminuídos entre 5% e 10%. “Em geral, o segundo semestre é mais forte, o que se explica, em geral, pelo calendário brasileiro, com férias em janeiro e carnaval em fevereiro – às vezes, em março, além da própria organização do

budget das empresas”. De acordo com o executivo, neste ano não será diferente, mas acredita-se que o pico segue até setembro, antes das eleições, e “o que é atípico, pois outubro sempre é um mês muito bom para nosso setor”, destaca Murad.

IDEIAS

Negócios movidos pela paixão *FILIPE GONZAGA

O futebol é a grande paixão nacional. Entretanto, o que para muitos pode parecer apenas um clichê, para outros está se tornando uma oportunidade de empreender e conquistar a liberdade financeira. Muitos empresários mineiros estão utilizando o amor pelo time como inspiração para investir no próprio negócio e lucrar fora dos campos. As lojas de produtos personalizados de clubes de futebol, por exemplo, são mercados em franco crescimento, movidos pela paixão. O futebol também é identidade. Uma das principais formas de ser reconhecido como torcedor é, literalmente, vestir a camisa do time, afinal, a roupa é uma forma de expressão e atua diretamente na construção

da personalidade. A relação com o escudo e as cores do time é intensa. Andar pelas ruas ostentando a camisa do América, Atlético ou Cruzeiro, por exemplo, faz parte da essência e do cotidiano do mineiro. A camisa do clube é uma extensão do torcedor, por isso, muitos não medem esforços e nem gastos para terem uma coleção delas. Eles acreditam que não basta apenas assistirem aos jogos. Fazem questão de evidenciarem a paixão, vestirem as cores, irem ao estádio para apoiar, sofrer, comemorar as vitórias e aprender com as derrotas. Contudo, o futebol como negócio vai além. Ele é também uma forma de investimento em algo que dá prazer e, que antes, talvez fosse apenas um hobby. A “Loja É Gol”, especializada em produtos esportivos nasceu assim,

aproveitando as experiências de um torcedor e consumidor assíduo de produtos oficiais, aliadas à paixão pelo futebol. Criar um negócio a partir de uma

Quer seja para comprar para si mesmo ou para presentear, nenhum fanático despreza um adereço estampado com as cores e o escudo de seu clube paixão tem ainda outros diferenciais importantes para o sucesso empresarial. Os proprietários costumam ser mais dedicados e apresentam maior capacidade autocrítica e percepção de mercado, afinal, eles são consumidores dos produtos que comercializam

e sabem exatamente o que o seu público procura. Inclusive, a “Loja É Gol” criou um espaço propício para aliar duas grandes paixões dos fãs de futebol, oferecendo um ambiente exclusivo e aconchegante para os clientes jogarem Fifa, principal game de futebol do mundo. Em países europeus, os grandes clubes de futebol já faturam há muito tempo utilizando suas marcas para vender diversos tipos de produtos. No Brasil, o movimento é mais atual. O principal ponto para obter sucesso nesse mercado é enxergar o torcedor também como um consumidor, propiciando uma grande diversidade de opções ligadas ao time. Copos, canecas, chaveiros e quadros, por exemplo, são produtos que todo fã gosta de colecionar. Por isso, é lucrativo investir nessa paixão.

Ser torcedor é uma experiência que, na maioria das vezes, é estimulada pela família. A paixão pelo futebol e pelo time vem de berço. O pai presenteia o filho e, depois, vê o neto compartilhando o mesmo amor pelo clube. As lojas de produtos esportivos estão atentas a essa tradição e investem cada vez mais nas linhas bebê e infantil. É uma forma de estimular a venda de roupas, acessórios e utensílios entre os torcedores de todas as idades. Quer seja para comprar para si mesmo ou para presentear amigos e companheiros de estádio, nenhum fanático despreza um adereço estampado com as cores e o escudo de seu clube. Transformar essa paixão em negócio foi um verdadeiro golaço. *Fundador da Loja É Gol


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NEGÓCIOS LUCAS SABINO-DIVULGAÇÃO

DELIVERY

Rappi registra rápido crescimento em Belo Horizonte Faturamento deve atingir US$ 1 mi em 2018 THAÍNE BELISSA

Aplicativo conta com algo em torno de 30 mil usuários na Capital e cerca de 3,5 mil entregadores DIVULGAÇÃO

Remuneração dos entregadores do aplicativo é de R$ 800 por semana em média na Capital

aplicativo”, diz. Outro setor que teve destaque na Capital é o de supermercado. Segundo Cañas, a Rappi tem trabalhado com mais força esse segmento, incentivando os clientes a adquirirem essa cultura de comprar produtos de supermercado pelo aplicativo. Segundo ele, no período de 20 a 26 de maio, a ferramenta registrou um aumento de quase 47% de pedidos nessa categoria em Belo Horizonte, em relação à semana anterior. Nesses dias, a falta de combustível gerada pela greve dos caminhoneiros também foi um motivador desse crescimento. “Como nossa plataforma também permite a entrega por bicicleta, conseguimos manter o atendimento aos clientes. Muitos entregadores que utilizavam motocicleta trocaram esses veículos por bicicletas emprestadas do Itaú nesse período”, explica. De acordo com ele, o setor de supermercado representa de 30% a 35% das vendas semanais no aplicativo.

Com cerca de três meses de operação na capital mineira, o aplicativo de delivery de produtos Rappi experimenta um crescimento acelerado em volume de entregas na cidade. São mais de 30 mil usuários cadastrados, cerca de 3.500 entregadores e um volume de entregas que cresce 30% por semana. Com a crescente adesão, a empresa já planeja expansão para novos bairros no fim de junho e tem meta de faturamento de US$ 1 milhão em 2018 na Capital. O gerente regional da Rappi em Belo Horizonte, Nicolás Cañas, afirma que o resultado da ferramenta na capital mineira tem sido surpreendente e o crescimento em número de entregadores e de entregas é destaque, em relação a outras cidades. De acordo com ele, o segmento de alimentação é o mais demandado na cidade e representa 55% dos pedidos semanais. Mas, ele destaca que no período do frio os pedidos em farmácias 24 horas também têm crescido. “As pessoas ficam menos dispostas a sair de casa no Remuneração - Atualmenfrio, então usam mais o te, o aplicativo é utilizado

por mais de 30 mil usuários na região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com Cañas, o atendimento é concentrado, principalmente, no Belvedere e no Vila da Serra. Nessa mesma região há cerca de 3.500 entregadores, que utilizam carros, motocicletas e bicicletas para fazer as entregas dos produtos. A remuneração deles é garantida pelo frete de R$ 4,90, que é pago pelo usuário que fez o pedido. O gerente afirma que a média de remuneração depende da cidade, sendo que em Belo Horizonte ela gira em torno de R$ 800 por semana. Cañas explica que a remuneração da Rappi se dá pela cobrança de uma porcentagem em cima da venda realizada pelos estabelecimentos. A meta da empresa é encerrar 2018 com um faturamento de US$ 1 milhão na Capital. Para isso, ele garante que novos bairros serão incluídos na ferramenta. A expectativa é que, até o fim do junho, a Rappi esteja disponível nos seguintes bairros: Buritis, Nova Suíssa, Palmeiras, Salgado Filho, Betânia e Estrela Dalva.

INOVAÇÃO

Sebrae lança desafio tecnológico para indicação geográfica O Desafio Tecnológico Indicações Geográficas propõe uma competição entre startups ou empresas incubadas, aceleradas ou graduadas e tem inscrições abertas até o próximo dia 16. Poderão ser inscritas ideias e soluções para produtores de Indicação Geográfica nas áreas de qualidade, sustentabilidade e mercado, o que inclui e-commerce, controle de rastreabilidade, segurança do alimento, organização e venda de atividades turísticas, compartilhamento de práticas de produção, gestão do uso do selo de indicações geográficas ou de preservação da biodiversidade das regiões. As cinco melhores receberão diversos benefícios, como a própria exposição ao mercado. A competição está inserida na programação do III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, que acontece de 9 a 11 de agosto, em Belo Horizonte (MG), com painéis importantes para discutir o tema. O evento é realizado pelo Sebrae em parceria com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial da França, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo a analista do Sebrae, Hulda Giesbrecht, o objetivo principal das iniciativas é ampliar o mercado brasileiro e conquistar o mercado internacional para produtos do País.” Indicação - O queijo canastra é um ingrediente

amado por chefs de cozinha selo e um debate essencial pois a que temos ainda é derado o primeiro produto forma de melhorar a comuna mesma medida em que o sobre a legislação brasileira incipiente”, afirma Hulda. com Indicação Geográfica nicação com o consumidor”, artesanato de bordado filê para a Indicação Geográfica, O vinho do Porto é consi- do mundo. “O selo é uma conclui. (ASN) vem conquistando profissionais da moda. “O que pouca gente sabe é que a indicação geográfica (IG) de ambos os produtos faz ELZA FIÚZA - ABR Um dos maiores desafios para joa diferença na é fundavens empresas inovadoras é o acesso mental na comercialização, a capital. É o que mostra pesquisa tanto do queijo que leva o realizada pelo Serviço Brasileiro de nome da serra mineira da Apoio às Micro e Pequenas Empresas Canastra quanto do bor(Sebrae) e pelo Ministério da Indústria, dado das Lagoas MundaúComércio Exterior e Serviços (Mdic). -Manguaba, de Alagoas”, Cerca de 30% das startups analisadas explica Hulda. fecharam as portas nos últimos três As Indicações Geográficas anos. O levantamento foi realizado estão previstas na Lei de com empresas do programa Inovativa Propriedade Industrial (nº Brasil, que promove ações de assis9.279/1996), na forma de tência e capacitação. Foram ouvidas Indicação de Procedência, 1.044 empresas, principalmente de que é o nome geográfico Tecnologia da Informação e da Codo País, cidade, região ou municação (31%), Desenvolvimento localidade, que tenha se torde Software (21%) e Serviços (18%). nado conhecida como centro Pelo menos 40% dos entrevistados de extração, produção ou apontaram como principal motivo fabricação de determinado para o fechamento a dificuldade de produto, e também sob a acesso a capital. alcunha de Denominação de “Acessar investimento pode ser uma Origem, para designar protarefa árdua para as micro e pequenas dutos cujas características empresas, afinal, a busca por capital se devam exclusivamente requer muito empenho dos empreen- Vinicius Lages destaca importância de saber negociar com investidores ou essencialmente ao meio dedores, mas se realizado com orien- a participação de investidores anjo, no Espírito Santo. Com várias ações já geográfico de onde vieram. tação, pode acelerar exponencialmente aceleradoras, plataformas de equity em andamento dirigidas a startups e Nos dias 9 e 10, o Sebrae Mio empreendimento. Preparar-se para crowdfunding, fundos de investimento e negócios inovadores e um ecossistema nas abrigará os seminários identificar o melhor modelo de capitali- empresas investidas. As etapas previs- estruturado, o estado de São Paulo técnicos e o Desafio Tecnolózação, identificar o investidor que mais tas incluem a sensibilização; a Semana contará apenas com as etapas voltadas gico Indicações Geográficas. agrega valor ao negócio e estar apto a Capital Empreendedor, exclusivamente para as empresas e investidores. No dia 11, o Museu Abílio negociar com investidores ou fundos para os gestores do Sebrae; Workshop Nesta forma de financiamento, um Barreto receberá uma feira de investimento faz muita diferença”, Empreendedores, mentorias e circuito investidor, chamado de investidor de de produtos de Indicação afirma o diretor de Administração e final – todos voltados para empresas risco, aporta recursos no negócio em Geográfica, com direito a Finanças e presidente em exercício do participantes e investidores. troca de participação societária, geraldegustação. Sebrae, Vinicius Lages. A expectativa é que sejam capaci- mente minoritária, de uma empresa de O evento abrigará paiCom o objetivo de contribuir de tadas, nos quatro ciclos, em torno de capital fechado. O aporte pode ocorrer néis sobre o tema, entre os forma efetiva o Sebrae realiza, desde 120 empresas. Somente ano passado, em diversos momentos de um projequais o debate para a criação 2017, o Projeto Capital Empreendedor. foram realizadas cerca de 800 ações to. Assim, o capital empreendedor é de um selo brasileiro para Em 2018, o projeto acontece em quatro do projeto com o intuito de favorecer diferente de um empréstimo, já que produtos de Indicação Geestados: São Paulo, Espírito Santo, e aproximar as pequenas empresas de o investidor aporta os recursos na ográfica, a exemplo do que Maranhão e Mato Grosso. A etapa investidores. Para este ano, a agenda na empresa em troca de uma participação faz a Europa, que possui final desse projeto acontecerá em um etapa de sensibilização está programada societária, com objetivo de vender essa selos específicos e discute o grande evento em São Paulo, no dia para o dia 3 de julho no Mato Grosso, participação após alguns anos por um assunto há mais de cem anos. 31 de outubro. O projeto conta com 5 de julho no Maranhão e 12 de julho valor superior ao que ele pagou. (ASN) “Será um passo importante no processo da criação do

Levantamento indica mortalidade de startups


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

INTERCÂMBIO AGROBRASIL

LABORATÓRIOS

Comitiva conhece produção mineira

Mapa pretende racionalizar análises da Embaixadores de cinco países percorreram fazendas de café e de pecuária leiteira rede oficial WILLIANN DIAS/ALMG

MICHELLE VALVERDE

A produção de leite e derivados e o café de Minas Gerais foram os temas do projeto “Intercâmbio AgroBrasil – A agropecuária que o mundo todo quer”. O programa tem como objetivo apresentar o agronegócio para delegações internacionais e estimular negócios. No Estado, embaixadores de cinco países visitaram fazendas para conhecer a produção mineira de café e a pecuária de leite e seus derivados. Ao apresentar a produção para os embaixadores, a expectativa é de que possam ser firmados acordos comerciais. O projeto Intercâmbio AgroBrasil foi desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e executado, em Minas Gerais, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). As visitas promovidas pelo projeto permitem um contato próximo e direto entre produtores rurais brasileiros e os representantes de delegações estrangeiras no Brasil. O objetivo é apresentar a realidade da produção agropecuária brasileira, as ações e técnicas empregadas. O projeto foi iniciado em 2017. A primeira visita foi ao Vale do São Francisco, nas cidades de Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco), região que é conhecida pela produção de frutas, suco integral e espumante. A segunda edição do programa aconteceu no Mato Grosso do Sul, onde foi apresentada a produção de carne bovina e grãos. De acordo com a coordenadora da Assessoria Técnica da Faemg, Aline Veloso, durante a última semana de junho, uma equipe formada por profissionais da CNA e da Faemg, junto aos embaixadores de cinco países (Tailândia, França, México, Coreia do Sul e Holanda) visitaram fazendas produtoras de café e de leite e derivados. A visita é considerada importante para estimular negócios por ser uma oportunidade de conhecer a produção, as tecnologias empregadas, a sanidade, os cuidados com o meio ambiente. “Os embaixadores são, normalmente, responsáveis por pareceres e informações quando há necessidade de estabelecer negociações internacionais entre os países. Com a visita às unidades produtivas, os embaixadores aprenderam como são os processos produtivos, as características da produção, a im-

DA REDAÇÃO

Na viagem pelo Estado, técnicos estrangeiros observaram a produção de queijo, tecnologias, sanidade e cuidados ambientais

Exemplo de sustentabilidade na cafeicultura Em Guaxupé, no Sul de Minas, a comitiva formada por profissionais da CNA e da Faemg, junto aos embaixadores de cinco países (Tailândia, França, México, Coreia do Sul e Holanda), visitou fazendas produtoras de café e de leite e derivados. Na oportunidade, os visitantes puderam conhecer a produção de café na Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé). A cooperativa, que é a maior do mundo em café, destina grande parte da produção para o mercado internacional e portância das atividades para a sustentabilidade econômica, social e de defesa do meio ambiente. Isso é importante para estimular negócios dos produtos mineiros com os países representados”, explicou Aline. Visitas - A primeira visita foi na Fazenda Grota Grande, unidade produtora de leite, em Divinópolis. De acordo com Aline, a fazenda tem uma produção de leite altamente tecnificada, com amplo tratamento para os dejetos da produção, Área de Preservação Permanente (APP), Áreas de Reserva Legal e projetos voltados para a capacitação dos funcionários e preservação do meio ambiente. Os embaixadores também conheceram o município de São Roque de Minas, principal da região do queijo da Canastra, que é uma das sete regiões certificadas do Estado

investe nos grãos especiais. “Conhecemos todo o processo de beneficiamento, classificação e seleção dos cafés especiais na Cooxupé. Também foi feita uma apresentação mostrando o funcionamento da cooperativa, que tem mais de 5 mil associados, sendo a maioria de pequeno e médio portes”, explicou a coordenadora da Assessoria Técnica da Faemg, Aline Veloso. Para conhecer a produção de café no campo, foi feita visita à fazenda Monte Alto Coffe, em como produtora do Queijo Minas Artesanal (QMA). A visita foi na propriedade Roça da Cidade. “Nesta visita mostramos a força da organização dos produtores do Queijo Canastra em associação, os projetos de capacitação, a organização produtiva, as boas práticas empregadas na produção de um leite de qualidade que se transforma em queijos de alta qualidade. Também foi importante mostrar como a regularização e formalização da produção do Queijo Canastra possibilita a comercialização em vários locais”, disse Aline. Leite A2 - Na divisa de Guaxupé com Tapiratiba (São Paulo), foi possível conhecer a produção do leite A2, alimento indicado para pessoas que têm alergia às beta caseínas, uma proteína do leite. “Na Fazenda Bela Vista, além da

Guaxupé. “A propriedade é extremante organizada, com sistema próprio de beneficiamento, seleção e classificação dos grãos especiais, que são exportados. Com uma área próxima a 500 hectares, além da produção de café, existem áreas de preservação permanente e ações de proteção para as nascentes dentro da propriedade”, explicou Aline. Segundo ela, a unidade, com gerência familiar, tem um projeto de identificação dos pássaros e criação de mudas de espécies da região. (MV) produção do leite A2, conhecemos a fabricação dos derivados desse leite, como os iogurtes e o queijo. A fazenda tem bastante tecnologia empregada no sistema produtivo, na industrialização e no rebanho. A propriedade também se destaca por várias ações de sustentabilidade, como a utilização de sistemas que promovem a redução do gasto de energia”. Ainda segundo Aline, o resultado das visitas foi positivo, principalmente, pela oportunidade de mostrar a qualidade dos produtos mineiros e as técnicas empregadas no campo. “Todos gostaram muito das visitas e conheceram um pouco da tradição mineira na produção do café, leite e queijos. Esperamos que haja desdobramentos comerciais positivos. Já existem negociações junto à Coreia do Sul, União Europeia e com o México”.

CRÉDITO RURAL

Técnicos da Emater atuam como facilitadores DA REDAÇÃO

Uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG) e o Banco do Brasil tem facilitado o acesso do produtor ao crédito rural. Em muitos municípios mineiros os extensionistas da empresa também atuam como correspondentes bancários do setor agropecuário. Isso permite que o produtor possa realizar quase todo o processo de contratação de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) via escritório da Emater-MG, ficando para o banco apenas a análise e aprovação. Com a parceria entre Emater-MG e o Banco do Brasil, o processo ficou mais ágil, pois é possível adiantar praticamente todo o processo, com o apoio da Emater-MG para elaboração do projeto técnico, com especificações de como seriam investidos os recursos.

O contrato entre a Emater-MG e o Banco do Brasil foi assinado em 2015. Os técnicos do órgão passaram por um processo de certificação como correspondente bancário agropecuário, realizado por uma certificadora credenciada pelo Banco Central. Os técnicos também foram capacitados para operarem o sistema do Banco do Brasil. “Esta é uma atividade que o Banco do Brasil está terceirizando. Para o agricultor a vantagem é que ele tem ampliado o seu horário de atendimento, uma vez que no banco o horário de expediente é reduzido. Facilita a vida do agricultor”, afirma o coordenador técnico estadual Emater-MG, Roberval Andrade. Atualmente, existem 900 técnicos da empresa atuando como correspondente bancário agropecuário no Estado. Com a ajuda dos extensionistas, o produtor consegue fazer o cadastro no banco e encaminhar toda a documentação

DIVULGAÇÃO

Os pequenos produtores são apoiados pelos extensionistas na busca de recursos

para contratação do crédito. “A ideia é que o produtor somente vá ao banco para assinar o contrato”, diz Roberval Andrade. Com base nessas informações, o Banco do Brasil analisa a solicitação para a liberação do crédito. De acordo com dados da Emater-MG, na safra 2016/2017, o número

de contratos assinados em Minas Gerais por meio dos correspondentes bancários agropecuários foi de 1.407, gerando um valor de R$ 45,5 milhões. Já nos dez meses referentes ao ano agrícola 2017/2018 foram assinados 7.270 contratos e um valor de R$ 275 milhões. (Com informações da Emater-MG)

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quer racionalizar as análises da sua rede oficial de laboratórios - os Lanagros – estruturando-os para o atendimento dos pedidos do ministério pelos próximos 20 anos. Em seis meses, as ações estarão em funcionamento. Para tanto, foi lançado no dia 4 o projeto “Estudo de demandas por análises laboratoriais para os programas e controles oficiais do Mapa”. O trabalho será conduzido pela Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários (CGAL) do ministério. O ex-ministro do Planejamento, Paulo Haddad, participou do lançamento. Haddad é diretor da consultoria Phorum que vai assessorar o projeto junto com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fepe), da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O estudo fará um levantamento das análises laboratoriais feitas pelas diversas áreas do ministério, para tornar mais ágil o atendimento destas demandas. Segundo o coordenador geral da CGAL, Rodrigo Nazareno, “o projeto atende aos objetivos da defesa agropecuária de assegurar a sanidade vegetal e animal, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária, além da identidade e segurança higiênico-sanitária dos produtos agropecuários finais destinados aos consumidores”. A estruturação dos Lanagros faz parte da estratégia de fortalecimento da defesa agropecuária brasileira, que será consolidada em dez anos. Nas últimas décadas, o Brasil passou de importador a um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, equilibrando a balança comercial e garantindo milhões de empregos. A população mundial, que saltará de 6,8 bilhões (dado de 2010) para 9,3 bilhões em 2050, combinada com o aumento da renda da população, pressionará a demanda por alimentos em várias partes do planeta. No mesmo período a população brasileira deverá aumentar de 203 milhões para 215,3 milhões. Esses dados indicam que as oportunidades de crescimento da agropecuária brasileira estão vinculadas à expansão da exportação. A atividade agropecuária no Brasil representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) com mais de 30% de participação nas exportações nacionais, gerando emprego para, pelo menos, 24% da população economicamente ativa, segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). O Brasil se destaca também na produção de bens necessários à população mundial, como as fibras e a energia renovável. A indústria brasileira é reconhecida internacionalmente como uma das mais eficientes geradoras de agroenergia, tanto em termos tecnológicos como em gestão de negócios, com destaque para o etanol – fonte energética compatível com os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). (Com informações do Mapa)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

PESQUISA FOCUS

Mercado aumenta novamente projeção para inflação em 2018 Já para o PIB, a estimativa foi reduzida para um crescimento de 1,53% Brasília - Os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018. O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de 4,03% para 4,17%. Há um mês, estava em 3,82%. Já a projeção para o índice em 2019 permaneceu em 4,10%. Quatro semanas atrás, estava em 4,07%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa permaneceu em 4,00%. Também há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% para ambos os anos. A expectativa dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 3,0% a 6,0%). Na última sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de junho subiu 1,26%, sob o efeito da greve dos caminhoneiros, que perdurou até o início do mês passado. A taxa acumulada no primeiro semestre foi de 2,60% e nos 12 meses encerrados em junho, de 4,39%. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus foi de 3,83% para 4,10%. Para 2019, a es-

UESLEI MARCELINO/REUTERS

De acordo com o relatório do BC, setor industrial deve avançar menos neste ano, cerca de 2,65%

timativa do Top 5 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,63% e 4,00%, respectivamente. No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também o mesmo número visto um mês atrás. Selic - A mediana das projeções para a Selic (taxa básica de juros) este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a estimativa para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas. No caso de 2020, a projeção para a Selic continuou em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os percentuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos. Em 20 de junho, o Copom manteve a Selic no patamar

de 6,50% ao ano. Na decisão, o colegiado não deu sinais de que vai manter a Selic neste nível nos próximos meses, ao contrário do que fez na reunião anterior, de maio. O Copom procurou ressaltar que as próximas decisões sobre juros dependerão da evolução da atividade, dos riscos para a inflação e das projeções para os índices de preços. Isso foi reiterado tanto na ata do Copom, quanto no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgados no fim de junho. Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic foi de 7,88% para 7,75%, ante 8,00% de quatro semanas atrás. No caso de 2020 e 2021, foi de 9,00% para 8,50%. Há um

mês, estava em 9,00% para 2020 e 2021. PIB - Sobre a atividade econômica, o cenário ficou mais pessimista, uma vez que a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 foi reduzida a 1,53%, contra 1,55% antes. Para o ano que vem, a expectativa continua sendo de um avanço de 2,50%. Os economistas pioraram sua visão para o crescimento industrial em 2018 a 2,65%, frente 3,17% antes. Para o próximo ano, o ajuste também foi para baixo, mas em menor intensidade: 3,05%, ante 3,10% no levantamento anterior. Para o dólar, os especialistas consultados no levantamento semanal veem a moeda encerrando este ano a R$ 3,70, patamar que ficou inalterado em relação à semana anterior. Para o ano que vem, a estimativa também permaneceu em R$ 3,60. (AE/ Reuters)

PIS/Pasep pode contribuir para a atividade econômica Brasília - A injeção de até R$ 39 bilhões na economia com os saques do PIS/Pasep por todos os trabalhadores - independentemente da idade - pode compensar parte dos efeitos negativos da greve dos caminhoneiros no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, na avaliação da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Mesmo assim, a entidade avalia que a evolução da atividade em 2018 deve ficar mais próxima do previsto no cenário mais pessimista da IFI, de crescimento de 1,9%. Mesmo com os impactos já conhecidos da greve dos caminhoneiros sobre setores relevantes da economia, como a produção industrial, o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de julho da IFI manteve a projeção central de crescimento do PIB neste ano em 2,7% - com viés de baixa. “Essa estimativa ainda depende de outros indicadores setoriais, como as vendas do comércio varejista e do setor de serviços, além dos números de junho, que permitirão identificar se parte das perdas foi recuperada em algumas atividades. Avaliamos, de todo modo, que a expansão do PIB em 2018 ficará mais próxima da estimativa delineada em nosso cenário pessimista (1,9%)”, afirmou a instituição, no documento. Cálculos - Para chegar a esse patamar, a economia brasileira precisaria crescer em média 0,7% por trimestre até o fim deste ano, sendo que o PIB avançou em média apenas 0,5% por trimestre na saída da recessão. Por outro lado, os cálculos da IFI apontam que, se os recursos

do PIS/Pasep forem integralmente sacados e usados para o consumo, o impacto potencial no PIB deste ano pode chegar a 0,5 ponto percentual, compensando em parte os efeitos da crise dos caminhoneiros. Já os impactos da crise do transporte de carga sobre a inflação de junho devem ser dissipados ao longo do segundo semestre, na avaliação da instituição. Além da normalização do abastecimento, a IFI lembra que a ociosidade ainda existente nos fatores de produção é um vetor de contenção das pressões inflacionárias. O relatório também atualizou os resultados do Indicador de Prudência Orçamentária (Ipro) da IFI, que compara as projeções fiscais do governo com os desempenhos efetivamente obtidos ao final de cada exercício. O indicador, que já mostrava projeções pouco prudentes entre 2011 e meados de 2016 - com o pior resultado em 2014 -, aponta que as estimativas passaram a ser mais aderentes aos resultados obtidos a partir do início do governo Michel Temer. O documento traz ainda um estudo que mostra que o sistema de partilha e transferência de recursos da União para os demais entes desconcentrou as receitas entre os níveis do governo. A administração federal, que centraliza dois terços da arrecadação, tem a sua fatia reduzida para menos da metade após essas transferências, enquanto os governos estaduais ficam com quase um terço do total e as prefeituras administram cerca de um quinto dos recursos. (AE)

ÍNDICES DE PREÇOS

IPC-S desacelera na 1ª semana de julho e fecha a 1,01% Rio de Janeiro - A desaceleração da inflação de alimentos, prevista para julho, já começou e deverá ganhar tração até o fim do mês, afirmou ontem o economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A FGV informou que o IPC-Semanal (IPC-S) ficou em 1,01% na primeira quadrissemana de julho, ante 1,19% na última leitura de junho. A desaceleração da classe de despesa Alimentação (de 1,59% para 1,17%) foi destaque no arrefecimento da inflação. Segundo Braz, o movimento foi sentido inicialmente nos alimentos in natura, primeiros a sofrerem alta quando a greve dos caminhoneiros provocou desabastecimento, no fim de maio. O item hortaliças e legu-

mes passou de uma queda de 1,90% na última leitura de junho para uma redução de 10,27% na primeira quadrissemana de julho. Com a continuidade do processo, Braz crê que o IPC-S poderá chegar à última quadrissemana de julho abaixo de 0,50%.

sofrem algum reflexo mais duradouro da greve de caminhoneiros, como a perda de matrizes nos criadouros, que necessitam de um tempo maior para serem repostas, Reflexo duradouro - Car- mas também passam por nes, aves e leite, segundo o movimentos sazonais e eneconomista da FGV, ainda frentam a alta do câmbio. “A normalização dos preços dos alimentos só não vai ser mais rápida por causa das carnes, das aves e do leite”, disse Braz.

No caso do leite, o período de seca deixa os pastos mais áridos e reduz a produção. No caso do câmbio, a cotação mais elevada da moeda americana encarece o milho e a soja, insumos básicos da produção da ração que alimenta os rebanhos.

Alimentos ainda pressionaram IGP-DI de junho São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta a 1,48% em junho, ante 1,64% no mês anterior, mas os preços de alimentos seguiram pressionados, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador todo, abrandou o avanço para 1,67% em junho, de 2,35% no mês anterior, com destaque para o movimento nos preços de matérias-

-primas brutas. O aumento dos valores desses produtos ficou em 0,89% em junho, contra 2,80% em maio. No varejo, o movimento foi contrário, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) avançou no período 1,19%, ante elevação de 0,41% em maio. O IPC-DI corresponde a 30% do IGP-DI. A principal contribuição para o avanço da taxa do IPC partiu dos alimentos, que apuraram alta de 1,59% no mês passado, contra acréscimo

de 0,24% em maio. Nessa classe de despesa, o destaque foi para o item laticínios, cuja taxa de crescimento passou de 1,60% para 5,70%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,97% no mês, sobre 0,23% antes. O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (Reuters)

O câmbio também encarece o trigo, matéria-prima de massas, pães e biscoitos, que também chegam mais caros ao consumidor. Ainda assim, Braz acredita que a demanda fraca, resultado da saída ainda lenta da recessão, impedirá repasses mais fortes do câmbio para os preços finais. Segundo o economista, parte da alta que houve até aqui, do patamar de R$ 3,30 por dólar para R$ 3,80, já foi repassada, enquanto outra parte foi absorvida nas margens de lucro das empresas. Agora, os próximos movimentos do câmbio preocupam menos o cenário de inflação, porque, ainda que o quadro eleitoral leve a novas altas, a incerteza sobre a sustentação do dólar em nível mais elevado tenderá a adiar repasses ao consumidor, na avaliação de Braz. (AE)




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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

19

LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Senado pode votar reinclusão no Simples Projeto que beneficia mais de 312 mil pequenos negócios no País está na pauta de hoje do plenário Brasília - O plenário do Senado pode votar hoje o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 76/2018, que permite a readmissão dos microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte, excluídos do regime especial em 1º de janeiro por dívidas tributárias, ao Simples Nacional. O projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e ganhou urgência para votação no plenário após pedido do senador José Pimentel (PT-CE), relator da matéria na comissão. Se o projeto for aprovado pelo Senado, mais de 312 mil pequenos negócios excluídos do Simples Nacional terão a chance de retornar ao regime simplificado ainda este ano. O PLC já foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 25 de junho. A proposta, que contou com articulação da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), permite a readmissão das empresas retiradas do Simples. “A decisão da Câmara fortalece o movimento do Legislativo em favor das empresas que mais geram emprego e renda no País. Depois de aprovar o Refis para as micro e pequenas empresas, que pela primeira vez na história econômica brasileira têm a chance de renegociar débitos fiscais, permitir a readmissão dos negócios excluídos Simples é uma a oportunidade relevante para os empreendedores que acreditam na retomada da economia”, analisa a diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes. De acordo com o texto, para retornarem ao Simples Nacional, os interessados deverão aderir ao Programa Especial de Regularização

Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pert-SN), instituído pela Lei Complementar 162/18. O prazo para requerer a volta é de 30 dias a partir da adesão ao parcelamento, contanto que a empresa ainda se enquadre nos requisitos do Simples Nacional. A lei de parcelamento (Refis das MPE) entrou em vigor em abril deste ano, após derrubada de veto presidencial. O Simples Nacional consiste em um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. A empresa não optante pelo Simples Nacional ou Simei pode aderir ao Pert, caso tenha débitos desses regimes. Atualmente, o Simples Nacional abriga cerca de 12 milhões de micro e pequenas empresas, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs). Renúncias - Pode ser votado também hoje pelo plenário do Senado o projeto do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que autoriza o governo a tornar públicos os nomes de todos os beneficiários de renúncias de receitas da União. Benefícios como anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção e alteração de alíquota ou base de cálculo que implique redução de tributos ou contribuições são classificados como renúncia de receita. Em 2018, esse gasto indireto pode alcançar a cifra de R$ 283,4 bilhões, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). O primeiro item da pauta de votações do plenário do Senado de hoje é o projeto de decreto legislativo que susta o decreto presidencial que alterou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente no extrato concentrado (xarope) usado na produção de refrigerantes. A sessão

Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 07/06/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob. com.br/sitedocliente).

do plenário está marcada para as 14 horas. O PDS 57/2018 é de autoria dos senadores representantes do estado do Amazonas e tem por objetivo cancelar o Decreto 9.394/201, editado em maio, que reduziu de 20% para 4% a alíquota de IPI incidente sobre o extrato concentrado para elaboração de refrigerantes. O problema é que o produto final, que é o refrigerante, é tributado em 4%. Essa diferença existente antes do decreto gerava créditos na apuração do IPI pelas indústrias de refrigerantes. O governo alega que o incentivo foi apenas reduzido para maior equilíbrio fiscal e que o decreto corrigiu uma distorção: a carga sobre o insumo (20%) era maior do que sobre o produto final (4%). Mas os senadores amazonenses Omar Aziz (PSD), Eduardo Braga (MDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) argumentam que o decreto prejudica o estado do Amazonas por interferir na Zona Franca de Manaus ao diminuir incentivos fiscais. O assunto divide até mesmo entidades representantes do setor, como ficou evidenciado na audiência pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Os representantes dos fabricantes regionais acusam os grandes produtores, como Coca-Cola e Ambev, de usarem as fábricas de concentrados no Amazonas para distribuir descontos na forma de compensação fiscal nas suas diversas filiais pelo Brasil. Além disso, segundo eles, há concorrência desleal com empresas instaladas longe de Manaus que não têm acesso a esse crédito tributário. Pode ser votado também o projeto PLS 188/2014, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que autoriza o governo a tornar públicos os nomes de todos

nico - GIA-ST - transmissão, pela internet, de arquivo eletrônico com os registros fiscais das operações e prestações efetuadas no mês anterior, pelo contribuinte substituto. Não há previsão de prorrogação de entrega; desta forma, manter o prazo original de envio. Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, § 3º, anexo XV, parte 1, e artigo 36, II, “b”.

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIASENADO

O Senado aprecia hoje projeto já aprovado na Câmara que prevê readmissão no Simples

Lote de restituição sai no dia 16 Brasília - A consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2018 foi liberada ontem. Esse lote também contempla restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2017. O crédito bancário para 3.360.917 contribuintes será feito no próximo dia 16, totalizando o valor de R$ 5 bilhões. Desse total, R$ 1,625 bilhão são destinados a contribuintes com prioridade: 3.358 idosos acima de 80 anos, 49.796 entre 60 e 79 anos, 7.159 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 1.120.771 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet , ou ligar para o Receitafone, número 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível verificar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora. os beneficiários de renúncias de receitas da União. Benefícios como anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção e alteração de

(combustíveis e lubrificantes) da parte 2 do anexo XV; e b) nas situações previstas no RICMS-MG/2002, anexo XV, artigos 73, I, II, “a” e “f”, III, V e § 1º, 74 e 83. Exceções: álcool etílico hidratado combustível (AEHC), operações interestaduais com gasolina, óleo diesel e GLP quando o responsável pelo recolhimento do imposto em outra Unidade da Federação não for produtor nacional de combustíveis. Nota: O estabelecimento importador ou adquirente de mercadorias sujeitas à substituição tributária, relacionadas no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, será o responsável pelo recolhimento do ICMS devido pelas operações subsequentes, no momento da entrada das mercadorias em seu estabelecimento. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V.

ICMS - junho de 2018 - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: prestador de serviço de transporte aéreo, exceto empresa de táxi-aéreo; Conab/ PAA, Conab/PGPM, Conab/EE e Conab/MO. Os prazos para transmissão de documentos fisICMS - prazos de recolhimento cais, via internet, são os mesmos - os prazos a seguir são os cons- atribuídos às demais formas de tantes dos seguintes atos: entrega de documentos fiscais a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral previstos no RICMS/MG (artigo do RICMS-MG/2002; e 162 do anexo V do RICMS/MG). b) artigo 46 do anexo XV do Internet, RICMS-MG/2002, anexo ICMS - junho de 2018 - subsRICMS-MG/2002 (produtos su- V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, IV. tituição tributária - entrada da jeitos a substituição tributária). O mercadoria no estabelecimento, Regulamento de ICMS de Minas ICMS - junho de 2018 - substi- quando o sujeito passivo por subsGerais é aprovado pelo Decreto tuição tributária - responsabilidade tituição for inscrito no Cadastro nº 43.080/2002. pelo recolhimento for atribuída ao de Contribuintes do ICMS deste remetente responsável, inscrito Estado; operações interestaduais Dia 10 no Cadastro de Contribuintes de com desperdícios e resíduos dos Minas Gerais, nas saídas de: metais alumínio, cobre, níquel, ICMS - junho de 2018 - substia) mercadorias relacionadas nos chumbo, zinco e estanho e com tuição tributária - arquivo eletrô- itens 7.0, 8.0 e 16.0 do capítulo 6 alumínio em forma bruta. Nota:

A Receita disponibiliza ainda aplicativos para tablets e smartphones para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com ele é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (ABr)

alíquota ou base de cálculo que implique redução de tributos ou contribuições são classificados como renúncia de receita. Em 2018, esse gasto indireto pode

Sujeito passivo: estabelecimento industrial destinatário localizado nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V, “d”. Dia 12 ICMS - Do dia 1º ao dia 10 de julho- operações próprias do estabelecimento fabricante de produtos do refino de petróleo e de suas bases, classificados no código 1921-7/00 da Cnae, realizadas nos meses de junho a agosto de 2018. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XX, § 20. Dia 13 ICMS - junho de 2018 - refinaria de petróleo e suas bases, nas operações com combustível derivado, nos casos de repasse (imposto retido por refinarias e suas bases) - entrega das informações relativa às operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo ou com álcool etílico carburante através do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis (Scanc). Nota: Esta obrigação é cumprida por meio eletrônico e pode ser efetuada a qualquer tempo. Portanto recomendamos

alcançar a cifra de R$ 283,4 bilhões, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). (As informações são da Agência Senado e da Agência Sebrae Notícias)

que o envio seja efetuado até a data mencionada no ato legal mesmo que esta coincida com sábado, domingo ou feriado. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § 1º, V, “a”; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2017. Dia 15 ICMS - junho de 2018 - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: demais indústrias que não possuam prazo específico em legislação; extrator de substâncias minerais ou fósseis. Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, V. ICMS - Sintegra - junho de 2018 - usuário de sistema de processamento eletrônico de dados - arquivo eletrônico - transmissão, pela Internet, de arquivo eletrônico, pelo usuário de sistema eletrônico de processamento de dados, com as informações relativas a operações e prestações realizadas no mês anterior. Nota: O contribuinte obrigado à EFD (ICMS/IPI) fica dispensado da manutenção e entrega deste arquivo, nos termos do artigo 10, § 8º, do anexo VII do RICMS/MG. Internet, RICMS-MG/2002, anexo VII, parte 1, artigos 10 e 11.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Curso para jovens A ONG FA.Vela está com inscrições abertas para a segunda edição do curso Corre Criativo, até sábado (16). O programa gratuito é voltado ao público jovem e tem como finalidade estimular negócios e projetos, promovendo a inclusão social e o combate às desigualdades econômicas em territórios vulneráveis. Serão quatro meses de capacitação em gestão empreendedora, sessões de mentorias individuais, workshops, visitas de campo, laboratórios, benchmarking e networking. A capacitação oferece qualificação para estimular a modelagem de empreendimentos que contribuem para a resiliência urbana e o desenvolvimento sustentável. Os participantes concorrem a cinco marcas criadas pela empresa Greco Design, parceira de longa data do FA.Vela. Inscrições pelo link: goo.gl/ pTUyYN.

Artes Cênicas Além de mais de 60 espetáculos adultos e infantis, a programação do Festival BH de Artes Cênicas contempla uma série de palestras e debates que vão discutir os caminhos para o fortalecimento das artes cênicas em Minas Gerais. Partindo do eixo central “Cadê o público que estava aqui”, produtores, especialistas, gestores e agentes dos governos, nas esferas municipal, estadual e federal estarão reunidos amanhã (11) e nos dias 18 e 25 para uma conversa franca sobre políticas públicas, ações de fortalecimento da produção teatral, economia criativa, relação atual do público com o teatro, entre outras abordagens. Segundo o presidente do Sinparc, Rômulo Duque, existe uma grande necessidade de se pensar em novos horizontes, ultrapassar as montanhas, e desenvolver mais o mercado cultural mineiro. A participação nos debates e palestras é gratuita. Mais informações no site www.vaaoteatromg.com.br.

Feira de Malhas Entre os dias 14 e 29 – de segunda a sexta-feira, das 13h às 21h, e aos sábados e domingos, das 10h às 21h – o Expominas (Avenida Amazonas, 6.200, Gameleira), em Belo Horizonte, sedia mais uma edição da Feira de Malhas e Tricô Sul de Minas. O evento oferece uma gama diversificada de roupas da moda inverno 2018, fabricadas em municípios sul-mineiros. Convites podem ser retirados nos sites WWW.dynamicaeventos.com. br ou WWW.feirademalhasdetricosuldeminas.com.

Starbucks anuncia que abolirá uso dos canudos de plástico Nova York (EUA) - A Starbucks, multinacional que teria a maior cadeia de cafeterias do mundo, divulgou ontem que vai começar a eliminar o uso de canudos de plástico em seus restaurantes até 2020, dando a ambientalistas uma vitória considerável em sua campanha para convencer os restaurantes a abandonar utensílios de plástico. A rede, sediada em Seattle, nos Estados Unidos, informou que eliminaria os canu-

dos de plástico descartáveis em todo o mundo em suas 28 mil unidades. Os canudos serão substituídos por novas tampas recicláveis e canudos de materiais alternativos. O anúncio foi feito poucos dias depois de sua cidade natal, Seattle, barrar canudos e utensílios de plástico em restaurantes, em meio a um esforço global mais amplo para desencorajar o uso de canudos de plástico e outros plásticos de uso único. “Para nossos parceiros e

clientes, este é um marco significativo para atingir nossa aspiração global de café sustentável, servida aos nossos clientes de formas mais sustentáveis”, considerou o presidente-executivo da Starbucks, Kevin Johnson, em comunicado. McDonald’s - No mês passado, o McDonald’s, a maior cadeia de restaurantes do mundo, anunciou planos para a transição para canudos de papel em seus

restaurantes do Reino Unido e Irlanda, começando em setembro, com conclusão em 2019. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que cerca de 8 milhões de toneladas de plástico sejam despejados nos oceanos todos os anos - o equivalente a despejar um caminhão de lixo a cada minuto - matando pássaros e vida marinha e comprometendo o ecossistema oceânico. (Reuters)

CULTURA Jazz & Blues Festival - A quinta edição do São Lourenço Jazz & Blues reunirá 11 bandas e um grupo de dança e oferecerá um workshop. O festival terá feras como o americano J.J. Jackson, a banda nacional Blues Etílicos e o Happy Feet Jazz Band. O primeiro dia terá homenagem ao “Rei do Swing”, Benny Goodman, pela banda tributo Benny Goodman Sextet Revival. Mais informações: www.saolourencocvb.com.br/ jazzblues. Quando: De quinta-feira (12) a domingo (15) Quanto: Programação Gratuita Onde: Estacionamento do Parque das Águas, Centro de São Lourenço, Sul de Minas Artur Araújo Show - Samba, MPB, jazz,

ijexá, baião e baladas são os ritmos que o compositor e cantor Artur Araújo mostrará no show “Dos trilhos ao cais”, no projeto Música Itinerante, celebrando seu aniversário e 10 anos de carreira. Araújo estará acompanhado de seu violão e dos músicos João Paulo Avelar (contrabaixo elétrico), Cyrano Almeida (bateria), André Siqueira (flauta transversal) e Lucas de Mello (guitarra). Quando: Sábado (14), às 19h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro de Câmera do Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte)

casamento está prestes a ruir, mas, de repente, veem sua história ser transformada pelo amor de Deus. A história é baseada no filme americano “A Prova de Fogo”, que em 2008 emocionou milhões de espectadores nos cinemas de todo o mundo. Quando: Dias 21 e 22, às 20h Quanto: A partir de R$ 20 Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pela, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Elis Regina Homenagem - No espetáculo “De Coisas que Aprendi com Elis” a cantora Isabela

“Prova de Fogo” Teatro - A montagem “Prova de Fogo” retrata o drama vivido pelo bombeiro Caleb e sua esposa Angélica, cujo

www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067

Morais revisita o repertório de Elis Regina com um olhar apaixonado sobre o legado da artista gaúcha. A banda que a acompanha reúne importantes instrumentistas da cena musical do Sul de Minas: Bruno Vieira (bateria), Clayton Prósperi (piano) e Dedê

Bonitto (baixo). O cenário é inspirado no álbum “Elis, essa mulher”. Quando: Dia 20, às 21h Quanto: R$ 60 (Inteira) e R$ 30 (Meia) Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte) VANUSA CAMPOS/DIVULGAÇÃO


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