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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.653 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2018 STUDIO 3K / DIVULGAÇÃO

Receber as compras da internet ficará mais fácil Pelo menos é o que garante a Pegaki, uma rede de pontos de retirada de mercadorias, que acaba de chegar à cidade e promete simplificar a vida de clientes de e-commerces. Baseada no conceito de economia compartilhada, a empresa conecta o varejo que tem um espaço físico ocioso ao e-commerce, que precisa de pontos de retirada estratégicos. Pág. 13 Com o aporte, a expectativa é adaptar as fábricas e atender a mercados mais exigentes, como a União Europeia e os Estados Unidos

Grupo Supremo vai investir R$ 60 milhões até 2020 Estruturas de três unidades localizadas no Estado serão modernizadas O aporte tem como objetivo instalar o sistema de desossa nas plantas de abate de bovinos localizadas nos municípios de Campo Belo, na região Centro-Oeste, e Abaeté, região Central. Parte do montante também será aplicada em melhorias na planta de Carlos Chagas, no Vale do Mucuri, onde já é feito o abate dos bovinos e a desossa da

carne. Com o investimento, haverá expansão de 35% a 40% na produção de carne, o que permitirá o aumento da participação no mercado. Hoje, o abate gira em torno de mil cabeças ao dia. A expectativa é elevar o volume para até 1,5 mil cabeças/dia em 2020. Para 2018, as expectativas são positivas e a projeção é fechar o ano com

Produção de whiskey é a nova aposta da Backer Após oito anos de investimentos, testes e pesquisas, a Cervejaria Backer, sediada no bairro Olhos d’Água, na região do Barreiro, vai lançar os primeiros destilados no próximo mês. O lançamento vai ocorrer durante a próxima edição da Casa Cor Minas, na Capital. Na ocasião, serão apresentadas ao público duas bebidas: o Whiskey 3 Lobos e a Lebbos Hop Gin. A informação foi confirmada pela diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos. Segundo ela, os trabalhos tiveram início em 2010, visando, inicialmente, à produção de bebidas para o consumo e degustação da própria família. Pág. 7 ALISSON J. SILVA

aumento de 9% no faturamento. Atualmente, 70% da produção do frigorífico são destinados ao mercado nacional e 30% exportados para cerca de 30 países. “Hoje, nosso market share no mercado mineiro varia de 35% a 40% e pretendemos expandir em pelo menos 10%”, explicou o diretor executivo Sandro Silva de Oliveira Júnior. Pág. 14

OPINIÃO Ajudados pela grande depressão econômica dos anos 1930, que reduziu o produto mundial e lançou milhões no desemprego, os adeptos do crescimento do Estado tiveram a oportunidade de promover a expansão desmedida da máquina pública. Porém, cinco décadas depois, o gigantismo estatal gerou subprodutos perversos: carga tributária pesada, ineficiência governamental, inibição do investimento privado, casta de funcionários públicos de altos salários, privilégios para os tripulantes da máquina oficial, déficits fiscais, elevadas dívidas públicas e muita corrupção. Conquanto o governo seja necessário e tenha suas funções, o gigantismo estatal e o excesso de intervenção na vida das pessoas passaram a produzir a doença que vieram para curar. (José Pio Martins), pág. 2

Greve dos caminhoneiros ainda impacta a economia O nível de atividade da indústria da construção civil atingiu 43,1 pontos em junho – o menor patamar em 11 meses –, contra 46 pontos em maio, segundo o Índice de Confiança do Empresário da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG). Esta foi a quarta queda consecutiva e o terceiro mês seguido em que o indicador ficou abaixo de 50 pontos. Pág. 4

Datas comemorativas movimentarão o comércio O segundo semestre de 2018 é aguardado com otimismo pelos empresários do comércio de Minas Gerais. Na comparação com os primeiros seis meses do ano, 67,3% apostam em um aumento das vendas para o setor, segundo a pesquisa de Expectativa de Vendas divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). O aumento da confiança dos empresários do comércio para o período se deve, principalmente, à concentração de datas comemorativas importantes como Natal, Dia dos Pais e Dia das Crianças. Pág. 3 ALISSON J. SILVA

EDITORIAL A Fiat comemora nesta semana o 42º aniversário da inauguração de sua fábrica em Betim. Lembrar a data é ressaltar um dos marcos mais importantes para a economia mineira e também como foi possível, com tenacidade, concretizar um sonho que parecia impossível. Acreditava-se que o mercado brasileiro não comportaria uma quinta montadora de grande porte e as quatro já instaladas, todas elas em São Paulo, não mediram esforços para fechar as portas ao concorrente. Acreditava-se que não haveria mercado, que faltariam trabalhadores qualificados e que seria impossível abastecer uma fábrica tão distante dos centros fabris tradicionais. Hoje sabemos que valeram mais os esforços iniciados pelo governador Israel Pinheiro e completado pelo governador Rondon Pacheco. “História a ser cultivada”, pág. 2

Produção industrial de Minas Gerais caiu 7,3% em maio Pág. 5

Jaguar encontra depósito de ouro em Conceição do Pará Pág. 6

A produção dos destilados também será artesanal Dólar - dia 11

Euro - dia 11

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,8750 Venda: R$ 3,8755

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Turismo

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Compra: R$ 3,8170 Venda: R$ 4,0230

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Ptax (BC) Compra: R$ 3,8411 Venda: R$ 3,8417

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BOVESPA

TR (dia 12): ............................. 0,0000% Poupança (dia 12): ............ 0,3715% IPCA-IBGE (Junho):............ 1,26%

US$1.244,40

IPCA-Ipead(Junho):............ 1,71%

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IGP-M (Junho): ......................... 1,87%

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O segmento mais confiante é o de veículos e motos


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OPINIÃO Um país em crise existencial JOSÉ PIO MARTINS* A ideia de que tudo se resolve no Estado teve sua expressão máxima na Constituição brasileira de 1967, no artigo 158, inciso XIX, que assegurava aos brasileiros “colônia de férias e clínicas de repouso”. A partir de Karl Marx, cresceu a legião de intelectuais, pensadores e políticos, na direita e na esquerda, dedicados a convencer a sociedade de que para cada problema individual há sempre uma solução estatal. A social-democracia, que se propunha ser uma terceira via entre socialismo e capitalismo, foi responsável pelo crescimento do setor público e pelo aumento da tributação. A essência dessa ideia é que o sistema produtivo deve ser capitalista, com base na propriedade privada, na organização empresarial da produção e no trabalho assalariado, mas com governo grande, tributação pesada e programas de transferência de renda via serviços públicos. Os social-democratas se inspiraram em Marx para dizer que o problema da produção já estava resolvido e tudo se resumia a ter um bom sistema de distribuição. Os defensores desse modelo não entenderam duas coisas. A primeira, que Marx não estava

pensando na pobre Rússia czarista quando propôs o socialismo, mas na Inglaterra, um país com desenvolvido capitalismo industrial sob um regime liberal. Marx disse, em A Ideologia Alemã, que enquanto não houver aumento da produtividade capaz de gerar abundância, a briga pela redistribuição será apenas uma briga pela “die alte Scheisse” (a velha merda). Ajudados pela grande depressão econômica dos anos 1930, que reduziu o produto mundial e lançou milhões no desemprego, os adeptos do crescimento do Estado tiveram a oportunidade de promover a expansão desmedida da máquina pública. Porém, cinco décadas depois, o gigantismo estatal gerou subprodutos perversos: carga tributária pesada, ineficiência governamental, inibição do investimento privado, casta de funcionários públicos de altos salários, privilégios para os tripulantes da máquina oficial, déficits fiscais, elevadas dívidas públicas e muita corrupção. Conquanto o governo seja necessário e tenha suas funções, o gigantismo estatal e o excesso de intervenção na vida das pessoas passaram a

produzir a doença que vieram para curar, além de disseminarem uma danosa consequência de natureza cultural: a crença de que a solução de todos os males sociais e individuais está no Estado. Na América Latina, os políticos populistas e demagogos cresceram na esteira da cultura da dependência, que se tornou a marca de grande parte da população. O alemão desempregado de Ansbach, afora o aspecto hilário e jocoso de sua ação, apenas expôs o reflexo da crença de que o bem-estar é direito de todos e dever do Estado. Não se trata de ser contra redes de proteção social, mas é justamente para bem cumprir esse papel que o Estado não pode ser inchado, perdulário, endividado e excessivamente tributador. O caso do Brasil hoje é notório: o maior obstáculo ao crescimento econômico é o setor público, inchado, ineficiente, endividado e corrupto. A redução da pobreza depende da criação de riqueza, tarefa da sociedade e do sistema produtivo privado. * Economista e reitor da Universidade Positivo

As raízes milenares do machismo CESAR VANUCCI * “A mulher deve adorar o homem como a um deus.” (Assim falou Zaratustra) As raízes do machismo são milenares. Isso remete à evidência de que a estupidez do bípede humano não conhece limitações nem de tempo nem de espaço. Recebo, pelo correio eletrônico, um punhado de registros que têm como foco a mulher. Uma dessas mensagens abarca curiosa compilação de escritos antiquíssimos, alguns extraídos de livros sagrados. O material coloca-nos, estupefatos, diante de processos culturais tremendamente preconceituosos, rançosamente machistas, que predominaram (e em alguns lugares do mundo ainda predominam) em períodos despojados de sensibilidade social e de respeito à dignidade humana. Assim, por exemplo, falava Zaratustra, célebre filósofo persa, pregando para fervorosos seguidores no século VII anterior a era cristã: “A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: Senhor, que desejais que eu faça?” As “Leis de Manu”, livro sagrado da Índia, reforçam o atordoante coral da intolerância: “Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo que este se dê a outros amores, a mulher virtuosa deve reverenciá-lo como a um deus. Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai, ao se casar de seu marido, se este morrer, de seus filhos e se não os tiver, de seu soberano. Uma mulher nunca deve governar a si própria.” O célebre Código de Hamurabi, constituição nacional da Babilônia, outorgada pelo rei Hamurabi, que sustentava havê-lo concebido sob inspiração divina no século XVII a.C., não deixa por menos: “Quando uma mulher tiver conduta desordenada e deixar de cumprir suas obrigações do lar, o marido pode submetê-la à escravidão. Esta servidão pode, inclusive, ser exercida na casa de um credor de seu marido e, durante o período em que durar, é lícito a ele (ao marido) contrair novo matrimônio.” No Alcorão, livro sagrado muçulmano, recitado por Alá a Maomé no século VI; na fala de São Paulo, apóstolo cristão no ano 67; e nas prédicas de Lutero, teólogo alemão da reforma protestante no século XVI, topamos, também, com manifestações que reservam à mulher papel de total submissão na convivência social e familiar. Alcorão: “Os homens são superiores às mulheres porque Alá outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las, deixá-

-las sós em seus leitos, e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher.” Paulo: “Que as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Se quiserem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos.” Lutero: “O pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia.” Pois não é que até Aristóteles, filósofo helênico apontado por Dante como “o mestre dos que sabem” (“Il maestro dicolor che sanno”) entra firme nessa onda de insensatez que, ao longo dos tempos, condena a mulher a uma condição servil no relacionamento social! Manjem só a babaquice proferida pelo preceptor de Alexandre, o Grande, no século IV a.C.: “A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto, um homem inferior.” Possuído do mesmo desvario, Henrique VII, que acumulava no século XVI as funções de rei da Inglaterra e chefe da Igreja Anglicana, é autor de proclama onde se assinala que “as crianças, os idiotas, os lunáticos e as mulheres não podem e não têm capacidade para efetuar negócios.” A Constituição inglesa do século XVIII vinha impregnada desses mesmos xenofóbicos conceitos: “Todas as mulheres que seduzirem e levarem ao casamento os súditos de Sua Majestade mediante o uso de perfumes, pinturas, dentes postiços, perucas e recheio nos quadris, incorrem em delito de bruxaria e o casamento fica automaticamente anulado.” Já bem antes desse inacreditável dispositivo constitucional britânico, um “Tratado de conduta moral e costumes da França”, editado no século XIV, fixava severos critérios a serem observados, pela “vítima”, nos casos de um homem ser molestado com “repreensão em público por uma mulher”. “Cabia-lhe, legalmente, o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado.” A mensagem que enfeixa os textos aqui reproduzidos é arrematada, pela leitora que a enviou a este escriba, com os seguintes comentários: “Por esses escritos vê-se quão árduo foi o caminho para as mulheres chegarem aos dias de hoje em igualdade de condições com os homens. Infelizmente, em muitos países islâmicos, a situação das mulheres parece continuar a mesma retratada nesses escritos milenares”. Escritos? Melhor dizendo, estultices milenares. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Agora é lei RICARDO CEREDA * Nos últimos anos, com os sucessivos escândalos de corrupção, a preocupação com a ética, processo e a integridade da gestão das empresas ganhou destaque em todas as esferas do mundo corporativo. Como as empresas, de todos os portes e segmentos, podem se precaver e evitar a prática da corrupção? Os debates para responder esta questão envolveram os mais renomados nomes da ciência política e econômica. Apesar de, teoricamente, ser algo extremamente simples de se solucionar, colocar em prática a teoria ainda é um imenso desafio. Regras para manter as boas práticas, responsabilizar e punir as pessoas que praticam internamente atos ilícitos começaram a surgir de todos os lados. O problema é que, em algumas companhias, as irregularidades já ganharam conotação cultural, o que significa que é preciso criar formas de romper com a atual estrutura e criar um novo ambiente no qual a transparência predomine. E, para que isso aconteça, não basta apenas envolver a equipe interna. É preciso engajar terceiros para que eles também tenham a mesma preocupação. Somente assim é possível romper o ciclo e criar uma nova atmosfera. Privilegiar a contratação de empresas que

mantenham regras claras de transparência já é algo comum entre empresas privadas. Agora, com a Lei nº 13.303, a exigência chegou às empresas estatais. Apesar de a legislação ser de 2016, algumas regras entraram em vigor na metade este ano e representam um imenso avanço. A partir de agora, as companhias que prestam serviços para estatais também precisam desenvolver e manter programas de integridade ou compliance estabelecidos. O objetivo principal é adotar procedimentos que ajudem a detectar, prevenir e enviar qualquer tipo de fraude ou atos ilícitos dentro da organização, respeitando todos os regulamentos exigidos para a atividade-fim da empresa. O ponto crucial para o sucesso desta empreitada é o total envolvimento da direção. Sem o envolvimento e dedicação da diretoria, nenhum programa de compliance terá sucesso. Também é preciso criar um canal confiável de denúncia, que proteja e dê segurança a todos os colaboradores. Se há alguém praticando atos ilícitos, essa informação precisa chegar à direção da companhia. Uma solução que pode ajudar a toda e qualquer empresa, que realmente queira mudar a sua cultura e estabelecer e seguir regras claras

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de boa conduta, é criar cargos de controle focados nesta função. Incluir um CCO - Chief Compliance Officer no organograma, alinhado com os objetivos da alta direção, é uma excelente alternativa para colocar as ações em andamento. Ele pode assumir o cargo por um período predeterminado, para conduzir a transição e implementação das novas políticas internas. Poucas empresas sabem o que é e quais as dificuldades de implementação de um modelo de compliance. Um profissional com ampla bagagem e sem laços emocionais com a companhia será essencial para a condução de toda a implementação, sem a necessidade da organização tirar um pessoa do seu time para conduzir este desenvolvimento. Agora é lei e todas as empresas que prestam serviços para as estatais precisam se adaptar. A mudança veio para o bem de todo o sistema. Precisamos aproveitar este momento e nos empenhar para conduzir o processo com seriedade. Somente assim ele será eficiente e proporcionará, no médio e longo prazo, o resultado que todos esperam e que o mundo corporativo precisa.

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História a ser cultivada Comemora-se esta semana o 42º aniversário da inauguração da fábrica da Fiat em Betim. Lembrar a data é ressaltar um dos marcos mais importantes para a economia mineira e também como foi possível, com tenacidade, concretizar um sonho que parecia impossível. Acreditava-se que o mercado brasileiro não comportaria uma quinta montadora de grande porte e as quatro já instaladas, todas elas em São Paulo, não mediram esforços para fechar as portas ao concorrente. Acreditava-se que não haveria mercado, que faltariam trabalhadores qualificados e que seria impossível abastecer uma fábrica tão distante dos centros fabris tradicionais. Hoje sabemos que valeram mais os esforços iniciados pelo governador Israel Pinheiro e completado pelo governador Rondon Pacheco, com integral apoio da administração federal. E também a operação desenhada, inédita, com participação acionária direta do governo mineiro, que garantiu Acreditava-se que o também toda a infraestrutura da mercado brasileiro fábrica que, graças não comportaria uma ao trabalho do engenheiro Adolfo quinta montadora Neves Martins de grande porte e as da Costa, foi concluída antes do quatro já instaladas, tempo previsto e a todas elas em São custos menores do que os orçados. Paulo, não mediram Da fábrica de esforços para fechar as Betim saíram produtos que portas ao concorrente modificaram, revolucionando, a indústria automotiva brasileira, como os primeiros motores transversais e carrocerias auto deformantes capazes de absorver impactos sem transmitilos a condutor e passageiros. Uma novidade que hoje é padrão e por certo ajudou a Fiat a conquistar em tão pouco tempo a liderança do mercado nacional, posição mantida por mais de uma década, tudo isso ajudando a fazer da fábrica de Betim a maior operação da Fiat fora da Itália. E também a mais lucrativa. Essa trajetória brilhante e até então ascendente depois que a antiga Fiat Auto, a matriz do grupo na Itália, adquiriu a norte-americana Chrysler e, por razões que se revelaram equivocadas, convocou um dos executivos da última para dirigir as operações no Brasil. O escolhido, que anteriormente se dedicara à construção da fábrica de Pernambuco, que nasceu Fiat mas foi inaugurada com a marca Jeep, enxergava em Betim apenas uma plataforma de produção e, na rebatizada Fiat Chrysler Automobiles (FCA), uma organização com interesse em toda a América Latina e que, portanto, deveria ser comandada a partir de São Paulo. Minas perdeu muito mas a Fiat perdeu ainda mais, notadamente liderança e participação no mercado brasileiro. Felizmente o erro não demorou a ser percebido e corrigido e a Fiat está tratando de recuperar sua história e suas raízes, que estão fincadas em Minas. Com toda certeza não haveria melhor maneira de comemorar seus 42 anos.

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2018

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ECONOMIA ATACADO

Faturamento recua 9,29% com greve dos caminhoneiros São Paulo - O faturamento dos setores atacadista e de distribuição recuou 9,29% em maio, em termos nominais, ante igual período do ano passado, aponta pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), apurada pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Na comparação com abril houve leve alta de 0,05%. No acumulado de janeiro a maio o recuo foi de 4,60% ante igual etapa do ano anterior. Em nota, o presidente da Abad, Emerson Destro, explica que a greve dos caminhoneiros prejudicou o desempenho do setor atacadista e distribuidor em maio, assim como outros setores da economia. “Mas ninguém foi mais prejudicado do que a população, que é quem sempre paga a conta da instabilidade política e econômica”, destaca. Para o presidente da entidade, com o desemprego em alta, é difícil pensar no crescimento do consumo ainda em 2018. “Começamos o ano com boas expectativas em relação à retomada econômica, mas o nível de desemprego continua alto e não há tempo para reverter essa situação com um cenário de eleições que vai tomar todo o segundo semestre. “O ano de 2019 será mais um de resiliência. Esperamos que o novo presidente assuma com apoio suficiente do Congresso para implementar a agenda positiva de que o País tanto necessita”, avalia. (AE)

VAREJO

Comércio projeta alta nas vendas Empresários mineiros confiam nas datas comemorativas do segundo semestre ALISSON J. SILVA

ANA CAROLINA DIAS

O segundo semestre de 2018 é aguardado com otimismo pelos empresários do comércio de Minas Gerais. Na comparação com os primeiros seis meses do ano, 67,3% apostam em um aumento das vendas para o setor, segundo pesquisa de Expectativa de Vendas divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). De acordo com o levantamento, o segmento mais confiante é o de veículos e motocicletas, partes e peças (27%), seguido por equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação (25%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (23,3%). Na avaliação do economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, o aumento da confiança dos empresários do comércio para o período se deve, principalmente, à concentração de datas comemorativas importantes como Natal, Dia dos Pais e Dia das Crianças, além de eventos que têm conquistado o consumidor, como a Black Friday e a Cyber Monday. Almeida ressaltou que o segundo semestre naturalmente é mais favorável ao varejo devido a essas comemorações que movimentam o comércio e alavancam as vendas de determinados segmentos. Além disso, há também um aumento das contratações temporárias, que alimenta um círculo virtuoso do consumo no final do ano. “É um fator sazonal, o segundo semestre tende a ser melhor em termos de volume vendido e até mesmo em termos de contratações, com as vagas temporárias. Isso gera essa expectativa natural de vendas melhores, o que de fato ocorre se analisarmos dados históricos de vendas”, afirmou. Entre os motivos apontados pelos

O segmento mais otimista é o de veículos e motocicletas, seguido por equipamentos e materiais de escritório

entrevistados para justificar as boas perspectivas, 49,8% citaram o otimismo/esperança, seguido pelo fato de os últimos meses do ano serem tradicionalmente melhores que os primeiros (18,5%) e, ainda, há aposta na continuidade da recuperação do comércio e da economia (16,1%). O economista da Fecomércio-MG avaliou que, apesar da recuperação econômica ainda lenta, a influência das datas comemorativas tem se mostrado mais forte. “Existe a esperança de que a recuperação econômica continue, independente da velocidade, e isso faz com que muitos empresários não percebam o impacto das incertezas econômicas e políticas no volume de vendas da loja. A economia está se recuperando de forma bastante lenta, o que tende a afetar o ânimo das famílias, principalmente no que diz respeito a consumo de bens com tíquete maior”, explicou Almeida.

O estudo destacou ainda que as promoções e liquidações continuarão sendo a principal medida para atração dos clientes nos próximos meses, sendo utilizada por 28% dos entrevistados. Ações de mídia e propaganda (26,1%), diversificação do mix de produtos (9,8%) e atendimento diferenciado (7,5%) são outras estratégias para tentar conquistar o público no segundo semestre. Desempenho - A pesquisa de Expectativa de Vendas apurou ainda a avaliação do empresariado de Minas Gerais sobre o primeiro semestre de 2018. Em relação ao mesmo período de 2017, 52,4% apontaram redução no faturamento e, na comparação com os seis últimos meses do ano passado, 55,1% observaram redução nas vendas. Para Guilherme Almeida, o recuo das vendas é natural na comparação do primeiro semestre deste ano com

o segundo de 2017, justamente pela questão da sazonalidade. Já a queda em relação ao primeiro semestre de 2017 é considerada atípica, uma vez que, no primeiro semestre deste ano, conjunturalmente o País se encontra melhor. O economista disse que é possível atribuir essa percepção ao fator confiança, já que, no início do ano passado, a expectativa de recuperação econômica era grande, com uma velocidade maior e esperava-se que a economia voltasse aos trilhos ainda em 2017, com todos os setores apresentando resultados favoráveis, o que não aconteceu de fato. “Quando a base comparativa é fraca e uma boa parcela de empresários afirma que as vendas caíram, é um resultado inesperado e negativo, até porque indicadores como inflação e taxa de juros estão melhores agora do que no primeiro semestre do ano passado”, disse Almeida.

VEÍCULOS

Financiamentos diminuem pelo segundo mês consecutivo São Paulo - O financiamento de veículos novos registrou em junho o segundo mês consecutivo de perdas, revela levantamento elaborado pela B3. Foram 157,8 mil unidades financiadas no mês passado, contra 167,6 mil em maio, representando um recuo de 5,9%. Em maio, havia sido registrada queda de 3,8% ante abril. Já na comparação do resultado de junho com igual mês do ano passado, foi apurada uma alta de 5,2%. O impacto negativo da greve dos caminhoneiros sobre os financiamentos, verificado em maio, persistiu em junho e pode ter pesado sobre a quantidade de veículos financiados, mostram dados de emplacamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O volume de veículos emplacados nos dois últimos meses ficou praticamente estável (201,9 mil em junho; 201,8 mil em maio), ainda muito abaixo das 217,3 mil unidades registradas em abril, último mês cheio sem influência da paralisação nas estradas. O prazo médio de financiamento para veículos novos ficou ligeiramente acima em relação ao mês anterior, passando de 38,8 meses em maio para 38,9 meses em junho. Entre automóveis usados, foi apurada uma queda mais acentuada, de 9,8%, na análise mensal, de 282,6 mil em maio para 254,9 mil em junho. Em relação a junho do ano passado, houve recuo de 4,5% No levantamento, são considerados os negócios de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. (AE)

Mercado de motos e bicicletas em crescimento São Paulo - As vendas de motocicletas no atacado, durante o primeiro semestre do ano, totalizaram 451.311 unidades, crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período de 2017. O dado foi divulgado ontem pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). A greve dos caminhoneiros afetou as vendas em junho, já que houve queda de 11,3% na comparação com maio. Segundo a Abraciclo, a paralisação afetou o recebimento de insumos e reduziu a distribuição de motocicletas. A produção em junho foi levemente afetada pela paralisação, já que recuou 0,3% em relação ao mesmo mês em 2017. “Alguns dos nossos fabricantes decidiram antecipar as férias coletivas de junho e julho, por causa da greve, e isso repercutiu no menor volume de produção”, explicou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. No acumulado do primeiro semestre, a produção de motocicletas apresentou alta de 16,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram produzidas 494.685 unidades no período. O balanço de vendas no varejo aponta alta de 3,3% em junho na comparação com o mesmo mês

ARQUIVO / AGÊNCIA BRASIL

Vendas de motos no varejo avançaram 3,3% em junho ante mesmo mês de 2017

do ano passado. Em relação a maio, houve redução de 8,8%. No acumulado do primeiro semestre, foi registrada alta de 6,9% em relação a igual semestre do ano passado. Foram exportadas 41.030 unidades no primeiro semestre, alta de 26,6% sobre o mesmo período de 2017. Em junho, as exportações totalizaram 4.404 unidades, queda de 42,4% sobre junho do ano passado e de 33,6% em relação a maio deste ano. Fermanian disse que os resultados de forte queda no mês passado têm relação com a redução de exportações para Argentina, país que recebe 70% das exportações brasileiras. “[Os resultados]

refletem o impacto do mercado da Argentina, que vem sofrendo com a desvalorização cambial. Isso já refletiu em queda no mês de junho”, disse o presidente da Abraciclo. Bicicletas - A produção de bicicletas no primeiro semestre foi de 327.850 unidades, alta de 10,7% sobre o mesmo período de 2017. Em junho, houve alta de 14,9% em relação a junho de 2017. Na comparação com maio, foi registrada queda de 23,4%. O vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, João Ludgero, disse que a greve dos caminhoneiros provocou redução do volume de produção,

mas “não a ponto de impactar as linhas de produção”. As fábricas tiveram acúmulo de distribuição, mas a recuperação se deu ainda em junho. Ludgero avalia como positivo o aumento estimado em 30% a 40% no uso de bicicletas nos grandes centros urbanos brasileiros durante a greve dos caminhoneiros. “Despertou-se bastante o interesse [na bicicleta]. Cada vez que a gente tinha dificuldade de ir para a escola ou trabalho, a bicicleta foi usada”, disse. Além disso, nos últimos três anos, houve incremento da utilização de bicicleta, já que dobrou a quantidade de ciclovias no País. “É um caminho bastante promissor, vai aumentar a demanda no Brasil”, afirmou Ludgero. Projeções - Diante dos resultados positivos para o setor, a Abraciclo revisou de 5,9% para 11% o crescimento da produção esperada para este ano. As vendas no atacado também foram revisadas de 4,3% para 10,5%. As exportações, no entanto, foram revistas para baixo, saindo da alta de 3,9% para queda de 2,2%, devido ao problema com a Argentina. O presidente da entidade admite possibilidade de nova revisão, caso a Argentina venha a se recuperar. (ABr)


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ECONOMIA CONSTRUÇÃO CIVIL

Nível de atividade é o menor em 11 meses Tanto em Minas Gerais quanto no País o Índice de Confiança do Empresário do setor registra queda DÊNIO SIMÕES / AGÊNCIA BRASÍLIA

MARA BIANCHETTI

O nível de atividade da indústria da construção civil atingiu 43,1 pontos em junho – o menor patamar em 11 meses –, contra 46 pontos em maio, segundo o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG). Esta foi a quarta queda consecutiva e o terceiro mês seguido em que o indicador ficou abaixo de 50 pontos – valor que separa otimismo de pessimismo no setor. O Iceicon nacional também recuou no mês passado, frente a maio, saindo de 48,2 pontos para 53,8 pontos, e voltou a apontar falta de confiança dos empresários da construção no Brasil. Os resultados foram fortemente impactados pela greve dos caminhoneiros, que parou o País por 11 dias em maio. Em relação a igual época de 2017, houve baixa de 3,2 pontos, acumulando queda de 8,2 pontos no primeiro semestre de 2018. E, de acordo com a gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Britto, os componentes do Iceicon-MG, que envolvem condições atuais e expectativas, influenciaram a queda no mês. “O efeito da paralisação dos caminhoneiros ocorreu não somente pelo impacto em todas as atividades, mas por ter se tratado de um evento que abalou ainda

Resultados apurados na construção civil foram fortemente impactados pela greve dos caminhoneiros, em maio

mais a confiança dos agentes econômicos em todo o País”, avaliou. O índice de condições atuais recuou 4,9 pontos na passagem de maio (41,9 pontos) para junho (37 pontos), representando a maior queda mensal do indicador em quase quatro anos. O resultado foi 3,1 pontos inferior ao registrado em junho do ano passado e o

pior desde janeiro de 2017 (35,3 pontos). “O índice encontra-se abaixo de 50 pontos desde novembro de 2012”, completou. Já o indicador de expectativas, que sinaliza as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses, recuou pelo quarto mês consecutivo entre maio e junho, chegando a 46,3 pontos. “O índice mostrou

pessimismo dos construtores pelo segundo mês sucessivo, após oito meses de resultados acima de 50 pontos, e foi 3,5 pontos inferior ao de junho de 2017”, disse. Da mesma maneira, os resultados da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais referentes a maio continuaram apontando recuo da atividade e do emprego, com resultados

CIMENTO

Expectativa - Também conforme a gerente de estudos econômicos da Fiemg, os índices de expectativa, que demonstram a percepção dos empresários em relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses, confirmaram o pessimismo entre os empresários. O índice de expectativa de nível de atividade diminuiu 6,1 pontos entre maio (51,5 pontos) e junho (45,4 pontos), a maior queda mensal observada desde março de 2014. As compras de insumos e matérias-primas também devem recuar nos próximos seis meses. Por fim, os empresários estimam recuo dos novos empreendimentos e serviços, como aponta o índice de 43 pontos do mês passado. O indicador caiu 7,9 pontos em relação a maio (50,9 pontos) – a maior retração mensal desde novembro de 2014 – e 2,8 pontos frente a junho de 2017. Consequentemente, a perspectiva de evolução do número de empregados recuou 3,6 pontos entre maio (49,1 pontos) e junho (45,5 pontos).

CONSTRUTORA

Atraso na entrega amplia venda em junho São Paulo - As vendas de cimento no Brasil tiveram forte alta em junho na comparação anual, mas o movimento foi atribuído pelo setor à dificuldade nas entregas no fim de maio, gerada pela greve dos caminhoneiros, e não a uma melhora na demanda pelo insumo. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), as vendas do insumo em junho somaram 4,972 milhões de toneladas, um crescimento de 13,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e expansão de 38,6% frente ao volume de maio. “Deu uma melhorada (nas vendas), mas isso foi uma consequência do represamento das vendas do período entre final de maio e início de junho”, avaliou o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna. “As primeiras informações que tivemos apontam que a última semana de junho foi muito fraca, muito em linha com a queda da produção industrial”, acrescentou Penna. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de maio, a produção industrial do País caiu 10,9% em maio sobre abril e recuou 6,6% no comparativo anual. Com o desempenho do mês passado, os produtores de cimento do País fabricaram no primeiro semestre 25,392 milhões de toneladas, uma queda de 1,5% na comparação com um ano antes.

abaixo da linha de 50 pontos. O nível de atividade em relação ao usual registrou, mais uma vez, retração e chegou a 25,2 pontos, com o menor valor desde março de 2017. O índice de atividade apresentou leve recuo no quinto mês de 2018 (42,7 pontos) na comparação com abril (43 pontos), o que fez com que o resultado mantivesse a queda da atividade

desde novembro de 2012. No indicador de emprego houve queda novamente em maio: 43,3 pontos. O resultado ficou estável em relação ao apurado em abril (43,3pontos), mas o índice continua inferior a 50 pontos há quase quatro anos.

DIVULGAÇÃO

Greve dos caminhoneiros fez com que cimento a ser entregue em maio ficasse para junho

Na avaliação do presidente do Snic, o setor deverá ter agora em 2018 uma quarta queda consecutiva de vendas, ante expectativa mais cedo neste ano de que a comercialização poderia crescer 1% ou 2%. A entidade ainda não concluiu cálculo de nova projeção para o ano. Tradicionalmente, o desempenho do segundo semestre é melhor que a primeira metade do ano, mas, mesmo que essa tendência seja mantida em 2018, Penna avalia que as vendas da segunda metade do ano teriam que crescer cerca de 10% apenas para o ano empatar com 2017. “Muito provavelmente,

vamos fechar o ano com um número negativo de vendas”, ponderou Penna, citando a queda nas confianças dos empresários e dos consumidores após a greve dos caminhoneiros e as incertezas sobre a economia geradas pelo processo eleitoral. Tabela de frete - Além do quadro econômico fraco, Penna citou impactos ao setor gerados pela tabela de frete rodoviário, cuja medida provisória que a instituiu no fim de maio foi aprovada ontem pela Câmara dos Deputados. O presidente do Snic afirmou que os fabricantes estão negociando a “melhor

forma” de frete para escoar a produção com milhares de caminhoneiros autônomos, que “guardam hoje uma relação de fidelidade e reciprocidade” com as empresas. Penna afirmou que, se implementada na totalidade, a tabela poderia mais que dobrar a base de custos dos fabricantes ante nível atual de 28% da receita líquida. A tabela está sendo questionada na Justiça por empresas e entidades do setor privado. “É impossível utilizar essa tabela no quadro atual de matéria-prima em alta e preço (do cimento) em baixa e ainda ter algum resultado para indústria”, disse Penna. (Reuters)

Lançamentos da Direcional Engenharia têm aumento de 26% São Paulo – A Direcional Engenharia divulgou relatório operacional preliminar do segundo trimestre de 2018 informando que seus lançamentos totalizaram R$ 366,2 milhões em valor geral de vendas (VGV), alta de 26% em relação ao mesmo período de 2017. Ao todo, foram lançados seis empreendimentos, todos no âmbito das faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida (MCMV). As vendas líquidas totalizaram R$ 295 milhões (parte Direcional), crescimento de 12,6% na mesma base de comparação. A velocidade de vendas líquidas atingiu índice de 15%, representando o melhor indicador dos últimos 18 trimestres. A incorporadora destacou a velocidade de vendas de 22% entre os projetos do MCMV, o que representa o melhor indicador histórico para esse segmento. A Direcional encerrou o segundo trimestre com 7.589 unidades em estoque, totalizando VGV de R$ 1,7 bilhão. A companhia entregou três empreendimentos durante o trimestre, totalizando 512 unidades e VGV de R$ 72 milhões. A incorporadora informou também que foram adquiridos oito terrenos voltados para as faixas 2 e 3 do MCMV, com potencial de construção de 8.610 uni-

dades e VGV de R$ 1,361 bilhão. Eses terrenos estão localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. O custo médio de aquisição foi equivalente a 9% do VGV potencial, sendo que 79% do pagamento se dará via permuta, que não causa impacto no caixa da companhia no curto prazo. Baixa renda - “Os lançamentos continuaram fortes pelo terceiro trimestre consecutivo e a velocidade de vendas ficou muito boa, especialmente no segmento de baixa renda. A Direcional parece ter atingido uma taxa de execução em seus negócios destinados a consumidores baixa renda que já deve permitir que a empresa gere bons retornos”, apontaram os analistas Luis Stacchini e Vanessa Quiroga, em relatório do Credit Suisse. “Além disso, vimos uma contribuição positiva das vendas de projetos voltados para classe média, indicando menores cancelamentos de vendas e melhor demanda”, complementaram. “A Direcional reportou fortes volumes de lançamentos e vendas no segundo trimestre ao retomar projetos do MCMV, segmento em que a demanda por residências permaneceu muito forte”, apontou o analista do BTG Pactual, Gustavo Cambauva. (AE)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

Atividade recua em 14 de 15 locais do Brasil

Em maio, o setor de veículos automotores no Estado registrou queda de 1,7% frente ao mesmo mês do ano passado

INDÚSTRIA

Produção mineira encolhe 7,3%, afetada pela crise no transporte Greve dos caminhoneiros prejudicou a entrega de insumos e produtos LEONARDO FRANCIA

A produção industrial de Minas Gerais caiu 7,3% em maio sobre o mesmo mês de 2017. Em relação ao mês anterior, a queda foi de 10,2%. O principal motivo para o recuo foi a greve dos caminhoneiros, na última semana de maio deste ano, que impactou na chegada de insumos e no escoamento de produtos. Setores que vinham se recuperando, como a indústria automotiva, acabaram sofrendo a influência da paralisação do abastecimento do País e registraram queda para o período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Este é o primeiro indicador da produção que revela queda em função da greve dos caminhoneiros. Vimos setores que vinham em recuperação, como o de veículos, metalurgia e de alimentos, muito afetados pela paralisação. Os insumos não chegaram e a distribuição da produção foi penalizada, afetando o desempenho da indústria como um todo”, informou a gerente de Economia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Geras (Fiemg), Daniela Britto. Com base nos dados do IBGE, em maio, a produção de veículos automotores em Minas teve uma redução de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2017. No mesmo confronto, a indústria de alimentos

registrou queda de 2,7% e a metalurgia, decréscimo de 1,3%. A indústria extrativa, que tem participação relevante para a economia mineira, com peso de 25% para a produção industrial do Estado, viu sua produção aumentar 0,6% em maio sobre o mesmo mês de 2017. “É um setor menos dependente do modal rodoviário e, por isso, não sofreu tanto com a paralisação dos caminhoneiros”, justificou a economista da Fiemg. Acumulado – De janeiro a maio, a produção industrial de Minas também registrou uma queda, de 2,2%, em comparação com os mesmos meses de 2017. Neste caso, segundo

Daniela Britto, é exatamente a mineração, com recuo de 2,8% em igual confronto, que puxou o resultado do Estado para baixo. “A indústria extrativa está puxando para baixo a produção global do Estado porque está acontecendo um redirecionamento da produção minerária do País para o Pará, onde o projeto S11D da Vale está em ramp up (aumento gradual de produção). Além disso, o preço pago pelo minério extraído lá é maior do que o do produzido aqui”, explicou. Devido ao peso da mineração para o Estado, a economista da Fiemg contou que a entidade estima uma queda de 8,4% na produção do setor em 2018

Rio de Janeiro - A paralisação dos caminhoneiros, que resultou em bloqueios de estradas por todo o Brasil por 11 dias ao fim de maio, provocou uma queda generalizada na indústria por todo o País. A produção recuou em 14 dos 15 locais pesquisados, na passagem de abril para maio, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado de São Paulo, maior parque industrial do País, registrou um tombo de 11,4%. Os recuos mais acentuados ocorreram em Mato Grosso (-24,1%), Paraná (-18,4%), Bahia (-15,0%) e Santa Catarina (-15,0%). Assim como São Paulo, o Rio Grande do Sul (-11,0%) também teve perda mais intensa do que a média global da indústria, de -10,9%. As demais quedas ocorreram em Goiás (-10,9%), Minas Gerais (-10,2%), região Nordeste (-10,0%), Pernambuco (-8,1%), Rio de Janeiro (-7,0%), Ceará (-4,9%), Amazonas (-4,1%) e Espírito Santo (-2,3%). O Pará foi o único local com avanço no mês, uma alta de 9,2%, eliminando assim a queda de 8,5% que havia sido observada em abril. Comparação anual - A paralisação dos caminhoneiros afetou os resultados da indústria também em relação a maio do ano passado. Houve perdas na produção em 12 dos 15 locais pesquisados. Na comparação com igual mês de 2017, a indústria encolheu 6,6% em maio de 2018. Segundo o IBGE, houve contribuição também do efeito-calendário, uma vez que maio de 2018 teve um dia útil a menos do que maio de 2017. As quedas mais intensas ocorreram em Goiás (-15,7%), Mato Grosso (-14,7%), Bahia (-13,7%), Paraná (-12,0%), Rio Grande do Sul (-10,8%), região Nordeste (-10,3%), Ceará (-9,7%), Santa Catarina (-8,2%) e Minas Gerais (-7,3%). Os demais recuos foram no Espírito Santo (-5,4%), São Paulo (-4,8%) e Pernambuco (-3,5%). Por outro lado, houve expansão no Pará (6,0%), Amazonas (4,5%) e Rio de Janeiro (0,9%). (AE) sobre 2017. Por outro lado, a indústria da transformação mineira deve fechar o ano com crescimento de 0,9%. “Nesse balanço, nossa perspectiva é de que a produção da indústria de Minas caia 1,5% neste ano, puxada pela indústria extrativa”, pontuou. A indústria de máquinas e equipamentos também vem apresentando recuperação. A produção do segmento cresceu 0,4% entre janeiro e maio na comparação com os mesmos meses do ano passado. O resultado do setor é considera-

do muito importante porque pode indicar a retomada dos investimentos. Em Minas, porém, é o agronegócio que vem puxando as encomendas de bens de capital, segundo a economista. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em maio deste ano, a produção industrial do Estado registrou uma queda de 0,4%. Nesse período, o destaque foi o crescimento de 1,8% para a indústria de transformação e a retração de 0,4% para a atividade extrativa.

FRETE

Congresso aprova MP que estabelece preço mínimo Brasília e São Paulo - Em votação simbólica que durou apenas oito segundos, o plenário do Senado aprovou a medida provisória (MP) que estabelece uma tabela de preço mínimo do frete. Horas antes, a MP 832 havia sido aprovada no plenário da Câmara dos Deputados. Agora, o texto vai à sanção presidencial. Senadores aprovaram sem alterações o texto-base da MP que, segundo reclamação do agronegócio, representa aumento de custos de 30% a 50% no transporte de mercadorias. Para muitas empresas, a MP ameaça inviabilizar atividades industriais que envolvem produtos de baixo valor. Entre os pontos previstos no texto aprovado está o que prevê que o legislado deve

prevalecer sobre o que é acordado. Ou seja, será proibido celebrar qualquer acordo ou convenção, individual ou coletivamente, para adotar valores de fretes inferiores aos pisos mínimos. O texto aprovado não menciona valores a serem cobrados pelo frete rodoviário. A MP determina que os preços serão calculados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) levando em conta o tipo da carga, a distância, o preço do diesel e os custos de pedágio. Ainda ontem pela manhã, os caminhoneiros se reuniram com o relator do projeto na Câmara, deputado Osmar Terra (MDB-RS), e negociaram pontos para que a matéria pudesse entrar na pauta do dia. Uma das questões, segundo o DIVULGAÇÃO

Valores do frete rodoviário serão calculados pela ANTT

caminhoneiro autônomo Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, foi a anistia das multas durante a greve de maio.

Após esse acordo, foi rejeitado um destaque à MP sobre o tema e, assim, foi mantida a anistia às multas de trânsito aplicadas aos

caminhoneiros e empresas de transporte que não retiraram seus caminhões das pistas entre os dias 21 de maio e 4 de junho de 2018,

período da paralisação. Para quem contrata o serviço de frete, foi aprovada anistia de multas entre 30 de maio e 19 de julho. (AE)

Tabelamento pode gerar perdas de R$ 3,3 bi, diz Fiesp São Paulo - O impacto do tabelamento do frete na indústria paulista entre os meses de junho e dezembro deste ano é estimado em R$ 3,3 bilhões, segundo cálculo divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O valor equivale ao aumento de 19,8% - ou um gasto mensal adicional de R$ 469,6 milhões - que o setor terá de arcar com a implementação da política nacional de preços mínimos no transporte de carga rodoviário, cuja medida provisória foi votada e aprovada na Câmara e no Senado. Junto com a redução e congelamento do preço do diesel, o tabelamento do frete faz parte do pacote de medidas concedido aos caminhoneiros para encerrar a greve da categoria que causou uma crise nacional de abastecimento no fim de maio. De acordo com uma pesquisa feita pela Fiesp com 400 empresas, 55,3% dos consultados manifestaram a intenção de repassar, integralmente ou parcialmente, o aumento no preço do frete ao valor de seus produtos. Metade das empresas (50,1%) disse já sentir a alta no

preço de insumos em decorrência do aumento no custo logístico de seus fornecedores. Esse impacto, conforme mostrou a pesquisa, foi de 2% sobre os gastos com matérias-primas. “Depois de três anos pressionadas pelo fraco desempenho da economia, as indústrias paulistas estão com pouca margem para absorver este aumento do preço do frete sem repassar para os preços dos seus produtos”, afirma o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho. “No entanto, este repasse estará ocorrendo em um momento de fraca recuperação da economia, o que deve levar a uma queda das vendas”, acrescentou o executivo ao comentar os resultados da pesquisa em nota encaminhada à imprensa. Para 24,5% das empresas, haverá redução das vendas, que podem cair 1,7%. Dentro desse grupo, 14,2% das empresas informaram que estão dando descontos nos produtos para compensar o aumento do frete pago pelos clientes. Como 59,5% das empresas pesquisadas não possuem frota própria de caminhões, a maior

parte da indústria paulista está, segundo a Fiesp, exposta a perdas com o tabelamento do preço mínimo do frete. Fiemg - O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira, repudiou a aprovação da MP 832, que prevê a adoção do tabelamento de frete, pela Câmara dos Deputados. “Não houve debate sobre um tema que afetará diretamente a inflação e terá reflexos sobre a vida dos brasileiros”, lamentou, observando que a iniciativa afeta diretamente a competitividade das empresas que produzem no País. Em nota, Nogueira ressaltou que a iniciativa vai contra a livre concorrência, que deve reger as relações de mercado em uma economia capitalista como a brasileira. “A sociedade não pode pagar mais essa conta em um momento que temos que resolver os problemas do Custo Brasil”, afirmou. Em junho, enfatiza a Fiemg, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça já havia se manifestado contrário à criação de uma tabela com os valores

mínimos a serem cobrados pelo frete do transporte rodoviário de cargas. Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a autarquia já sustentava à época que o tabelamento do frete limita a concorrência, prejudicando a sociedade e criando uma espécie de cartel no setor. Aprosoja - A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) disse ontem, em nota, que vai buscar todos os recursos possíveis “no âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário” para reverter a regra que instituiu o tabelamento do preço do frete para o transporte rodoviário de cargas. A entidade diz que faltou um debate mais profundo considerando os impactos da medida. “Representando praticamente 100% da área plantada de soja no País, a Aprosoja Brasil alerta que o frete mínimo vai encarecer o custo de produção agrícola e inviabilizar a comercialização de muitos produtores, além de aumentar o custo para o transporte dos produtos da cesta básica e provocar alta da inflação”, disse na nota. (AE com informações da Fiemg)


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ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO

MINERADORA

Jaguar acha ouro em nova profundidade de mina Ativo fica em Conceição do Parå LEONARDO FRANCIA

Grande fazem parte do projeto CaetĂŠ, localizado no municĂ­pio de mesmo nome, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com as informaçþes da companhia, o programa de perfuraçþes, pesquisas e sondagens confirmou a presença de minĂŠrio de ouro 300 metros abaixo das operaçþes atuais em Turmalina, o que abre a possibilidade de expansĂŁo das reservas em futuramente, da produção. A mineradora informou que os programas de perfuraçþes em 2018 “continuam focados na conversĂŁo e atualização do estoque crescente de recursos minerais e na atualização das reservas mineraisâ€?.

O programa de pesquisas e sondagens da canadense Jaguar Mining, importante produtora de ouro com atividades dentro do Estado, começa a dar os primeiros resultados. A companhia confirmou que encontrou depósito de ouro abaixo da profundidade em que estão as operaçþes atuais na mina de Turmalina, que fica no complexo de Conceição do Parå, na região Centro-Oeste. Com isso, a mineradora poderå expandir a produção no ativo. As operaçþes da empresa estão concentradas na região do Quadrilåtero Ferrífero, no Estado. AlÊm da mina de Turmalina, o complexo de Conceição do Parå inclui planta me- Produção - No primeiro talúrgica e escritórios. Jå trimestre deste ano, a Jaguar os ativos de Pilar e Roça produziu 18,8 mil onças de

Jaguar Mining confirma que encontrou um novo depĂłsito de ouro na mina de Turmalina, abaixo de onde jĂĄ explora

ouro a partir de seus ativos em Minas Gerais. O volume representou uma queda de 15,4% em relação à produção dos mesmos meses de 2017 (22,2 mil onças). O recuo foi consequência de mudanças do material processado na

mina de Turmalina. A Jaguar vendeu 19,2 mil onças de ouro extraído (entre produção e estoques) em suas operaçþes no Estado no primeiro trimestre deste ano contra 24 mil onças nos mesmo meses do exercício

passado, uma redução de 19,6%. Para este ano, a Jaguar prevê alcançar uma produção de 90 mil onças de ouro a 105 mil onças do metal nos seus ativos em Minas Gerais. A produção

de Turmalina deve representar pouco mais da metade do volume previsto, a de Pilar, aproximadamente 40%. Caso a projeção seja confirmada, o crescimento sobre 2017 serå de pelo menos 7%.

PETROBRAS

Utilização maior de reďŹ narias derruba importaçþes Rio de Janeiro – A Petrobras elevou ainda mais o nĂ­vel de utilização de suas refinarias em junho, causando uma queda expressiva das exportaçþes de petrĂłleo pelo Brasil, informou a petroleira estatal Ă Reuters, em uma resposta por e-mail, ao retomar participação de mercado interno na oferta de combustĂ­veis. As exportaçþes de petrĂłleo do PaĂ­s somaram 2,86 milhĂľes de toneladas em junho, queda de 24,3% ante maio e recuo de 53,8% em relação a um ano antes, apontaram dados oficiais do governo federal. O movimento ocorre ainda em meio a uma queda das importaçþes de diesel, O MARCONE DE ALENCAR FURTADO – EPP, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedido atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 51532/2017, D /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą Classe 0, para a atividade de comĂŠrcio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informĂĄtica; reparação e manutenção de computadores e de equipamentos perifĂŠricos, localizado na Rua Rio de Janeiro, nÂş 286, loja 01, Bairro Centro, CEP 32.600-224, Betim/MG.

combustĂ­vel mais consumido no Brasil. As compras externas do combustĂ­vel fĂłssil, no sexto mĂŞs do ano, somaram 688.903 metros cĂşbicos, uma queda de 45% ante junho de 2017 e um recuo de 8,8% em relação a maio, segundo dados do MinistĂŠrio da IndĂşstria, ComĂŠrcio Exterior e Serviços. Analistas de mercado e importadoras vĂŞm afirmando que a Petrobras estĂĄ praticando preços abaixo da paridade de importação, desestimulando as importaçþes por empresas concorrentes. “Olhando a tendĂŞncia ao longo do Ăşltimo mĂŞs, no mĂĄximo dois meses atrĂĄs, a gente vĂŞ que tanto gasolina quanto diesel, principalmente a gasolina, começaram a LICENÇA AMBIENTAL A FIXAR COMUNICAĂ‡ĂƒO VISUAL, CNPJ 04.487.561/0001-18, torna pĂşblico que requereu da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA, atravĂŠs do processo Consulta PrĂŠvia N 8881800233144, para atividade de material grĂĄfico, na Av. Silva Lobo 1680 lj 08, Cep.: 30.431.262 – Nova Granada – B.Hte/MG

COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em conformidade com os artigos 8Âş e 20Âş do Estatuto Social da Companhia TransirapĂŠ de TransmissĂŁo, convocados a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, em 1ÂŞ Convocação, no dia 20 de julho de 2018, Ă s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 30 de julho de 2018, Ă s 12 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, salas 301, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para deliberar sobre a substituição de membro do Conselho de Administração. Atenciosamente, Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração COMARCA DE BELO HORIZONTE - 1ÂŞ VARA CĂ?VEL - edital de CITAĂ‡ĂƒO - prazo de 20 (vinte) dias. O MM. Juiz de Direito Dr. Paulo Roberto Maia Alves Ferreira, em pleno exercĂ­cio do cargo e na forma da lei, etc... Faz saber aos que virem ou deste edital tiverem conhecimento, que perante este JuĂ­zo e Secretaria tramitam os autos do processo nÂş 024.13.424.844-2, Ação de Busca e ApreensĂŁo que Banco Itaucard S/A move contra SĂ´nia Alves. É o presente edital para citar a rĂŠ SĂ”NIA ALVES, residente e domiciliada em local incerto e nĂŁo sabido, da presente ação em que foi apreendido o veĂ­culo Honda CG 125 Fan, ano 2010, placa HES-9318, conforme auto de fls. 53/ 56 para que, no prazo de 15 (quinze) dias Ăşteis, contados a partir do final do prazo deste edital, apresente contestação, sob pena de serem aceitos como verdadeiros os fatos articulados pela parte Autora. Ciente ainda, que, em caso de revelia, serĂĄ nomeado curador especial, nos termos do art. 257, inc. IV do CPC/2015. Pelo que se expediu o presente edital que serĂĄ publicado e afixado em local de costume. Belo Horizonte, 15 de março de 2018. JosĂŠ Alexandre MagalhĂŁes Soares, EscrivĂŁo Judicial, o subscrevi e assinei, por ordem do MM. Juiz de Direito.

27ÂŞ VARA CĂ?VEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG. EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO PRAZO DE 20 DIAS. A Dr. CĂĄssio Azevedo Fontenelle, MM. Juiz de Direito da 27ÂŞ Vara CĂ­vel desta Comarca, na forma da lei, etc., faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que perante este JuĂ­zo e respectiva Secretaria, tramitam os autos da ação de Busca e ApreensĂŁo n°. 024.12.327.314-6 requeridos pelo Autor: BANCO ITAUCARD S/A, CNPJ 17.192.451/0001-70 contra o RĂŠu: VALDIRENE DE ALMEIDA INACIO, CPF 903.205.226-87. Tal ação tem como objeto a busca e apreensĂŁo do automĂłvel NEW CERATO SEDANEXM KIA, modelo ano 2010/2010, placa HNQ-3986, chassi KNAFU411AB5848704 em virtude de inadimplĂŞncia GR 5pX SDUD FRP R &RQWUDWR GH ÂżQDQFLDPHQWR Qƒ QR TXDO R $XWRU WRUQRX VH FUHGRU GHOD da importância original de R$ 40.000,00 acrescida das cominaçþes estabelecidas em contrato e de conformidade com a Decreto Lei 911/69, face ter o RĂŠu deixado de pagar as prestaçþes a partir de 13/07/2012, o que ocasionou o ajuizamento da presente ação. No curso do processo, foi o automĂłvel mencionado, apreendido e depositado em mĂŁos do Autor em 12 de janeiro de 2017. Entretanto, apesar do automĂłvel ter sido buscado, apreendido e depositado nas mĂŁos do Autor, nĂŁo se logrou ĂŞxito em se proceder a citação do RĂŠu. Assim, tem R SUHVHQWH HGLWDO D ÂżQDOLGDGH GH FLWDU D Up 9$/',5(1( '( $/0(,'$ ,1$&,2 &3) SDUD WRGRV os termos e atos da presente ação, e para que, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente contestação, ou, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuĂ­zo de eventual resposta, caso entenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição, pagar a integralidade da divida pendente, segundo os valores apresentados pelo Autor na petição inicial, hipĂłtese em que a bem lhe serĂĄ restituĂ­do livre de Ă´nus, sob pena de, nĂŁo optando por uma destas alternativas, ser caracterizada sua revelia. Adverte-se outrossim que, caso nĂŁo seja a ação contestada no prazo legal, presumir-se-ĂŁo aceitos como verdadeiros, todos os fatos articulados pelo Autor em sua petição inicial. Adverte-se que serĂĄ nomeado curador especial em caso de revelia. E, para constar, expediu-se o presente edital que devera ser publicado por 3 (trĂŞs) vezes no espaço de 15 (quinze) dias as trĂŞs publicaçþes, sendo uma YH] QR 'LiULR -XGLFLiULR (OHWU{QLFR H SHOR PHQRV GXDV YH]HV HP MRUQDO GH FLUFXODomR ORFDO H TXH VHUi DÂż[DGR QR local de costume neste foro. Belo Horizonte, aos 26 de fevereiro de 2018. Dr. CĂĄssio Azevedo Fontenelle, MM. Juiz de Direito. (a) Bel. Luciano Fabio Marques de Azevedo, EscrivĂŁo Judicial

cobrar um preço abaixo da paridade... Esses aspectos devem estar desestimulando as importaçþesâ€?, disse o analista de petrĂłleo da TendĂŞncias, Walter De Vitto. A petroleira nĂŁo forneceu detalhes sobre o fator de utilização de suas refinarias, que, juntas, tĂŞm capacidade para processar 2,176 milhĂľes de barris por dia (bpd) no PaĂ­s. A Reuters publicou em junho, com base em informaçþes de uma fonte da Petrobras com conhecimento do tema, que o fator de utilização das refinarias da empresa jĂĄ havia subido para 85% entre abril e maio, ante 67% no fim de 2017. Recuo nas vendas - O cenĂĄrio de aumento do refino ocorre ainda em meio a um recuo, no acumulado do ano atĂŠ maio, de 0,6% nas vendas de diesel pe-

las distribuidoras e queda de 11,1% nas de gasolina, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gås Natural e Biocombustíveis (ANP). No mesmo período, as vendas de todos os combustíveis caíram 1,1%. Alexandre Szklo, professor de Planejamento EnergÊtico da Coppe/UFRJ, afirmou à Reuters que a demanda de combustíveis ainda sofre impactos da economia do País, que vem da pior recessão em dÊcadas. TambÊm contribuiu com a queda acumulada das vendas uma greve histórica de caminhoneiros em maio contra os altos valores do diesel, que após o lançamento de uma nova política de preços da Petrobras, em 2016, deveriam ficar acima da paridade de importação, seguindo indicadores internacionais. (Reuters)

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA (P FRQIRUPLGDGH FRP RV DUWLJRV ž H ž GR (VWDWXWR 6RFLDO ÂżFDP DV $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 7UDQVOHVWH GH 7UDQVPLVVmR FRQYRFDGRV D VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD HP Â? &RQYRFDomR QR GLD GH MXOKR GH jV KRUDV H HP Â? &RQYRFDomR QR GLD GH MXOKR GH jV KRUDV QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD ORFDOL]DGD QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Qž VDODV D QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD GHOLEHUDU VREUH D VXEVWLWXLomR GH PHPEUR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR $WHQFLRVDPHQWH (QLR /XLJL 1XFFL 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR

COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.085.630/0001-55 - NIRE 3130002076-2 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em conformidade com os artigos 8Âş e 20Âş do Estatuto Social da Companhia Transudeste de TransmissĂŁo, convocados a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, em 1ÂŞ Convocação, no dia 20 de julho de 2018, Ă s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 30 de julho de 2018, Ă s 12 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, sala 304, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para deliberar sobre a substituição de membro do Conselho de Administração. Atenciosamente, Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração.

(GLWDO GH &LWDomR SUD]R GLDV 2 'U (GXDUGR +HQULTXH GH 2OLYHLUD 5DPLUR -XL] GH 'LUHLWR HP SOHQR H[HUFtFLR GH VHX FDUJR QD IRUPD GD OHL HWF )D] VDEHU D WRGRV TXH R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP HVSHFLDOPHQWH DRV UpXV 0XQGR GRV (VFDSDPHQWRV /WGD &13- Qž H &DUORV GD 6LOYD /LPD &3) Qž TXH VH HQFRQWUDP HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR TXH SRU HVWH -Xt]R WUDPLWDP RV DXWRV GD $omR 2UGLQiULD FRP 3HGLGR GH ,QGHQL]DomR GH FREUDQoD GLVWULEXtGD VRE R Qž PRYLGD SRU %DQFR GR %UDVLO 6 $ HP IDFH GH 0XQGR GRV (VFDSDPHQWRV /WGD H &DUORV GD 6LOYD /LPD DOHJDQGR HP VtQWHVH DWUDYpV GH VXD SURFXUDGRUD 'UÂ? +HOHQD 3DWULFLD )UHLWDV 2$% 0* TXH R REMHWR GD DomR p R SDJDPHQWR SRU SDUWH GRV UpXV GD GtYLGD IHLWD DWUDYpV GR XVR GR OLPLWH GH FRPSUDV GLVSRQLELOL]DGR DRV DXWRUHV DWUDYpV GH WHUPR GH DGHVmR DR UHJXODPHQWR GH &DUWmR %1'(6 $VVLP p R SUHVHQWH SDUD FLWDU RV UpXV 0XQGR GRV (VFDSDPHQWRV /WGD H &DUORV GD 6LOYD /LPD GH WRGR FRQWH~GR GD DomR SDUD TXHUHQGR FRQWHVWi OD QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV FRP D DGYHUWrQFLD FRQWLGD QD SDUWH ILQDO GR DUW GR &3& QmR VHQGR FRQWHVWDGD D DomR SUHVXPLU VH mR DFHLWRV SHOR UpX FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DUWLFXODGRV SHOR DXWRU 3DUD FRQKHFLPHQWR GH WRGRV H[SHGLX VH R SUHVHQWH TXH VHUi DIL[DGR QR . H ORFDO GH FRVWXPH H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL %HOR +RUL]RQWH GH -XQKR GH Comarca de Belo Horizonte -MG. Edital de Citação. Prazo de Dilação: 30 dias. O Dr. Elias Charbil Abdou Obeid, MM. Juiz de Direito da 26ÂŞVara CĂ­vel da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, em pleno exercĂ­cio de seu cargo, na forma da lei, etc. Faz saber a todos quantos virem opresente edital ou dele conhecimento tiverem , que por este juĂ­zo tramita uma Ação de Procedimento Comum, processo eletrĂ´nico nÂş 5043395 -86.2016.8.13.0024 requerida por NOVA TERRA INCORPORAÇÕES IMOBILIĂ RIAS EPARTICIPAÇÕES LTDA em face de ANTĂ”NIO SÉRGIO ALMEIDA DE OLIVEIRA, alegando a parte autora, resumidamente, que em 17/10/2013 celebrou com o rĂŠu Contrato de Prestação de Serviços AdvocatĂ­cios, pelo qual o requerido se comprometia a prestar serviços de advocacia ao requerente,serviços estes relacionados a eventual desapropriação de imĂłvel de propriedade da parte autora. Segundo o contrato, o rĂŠu receberia, como contra partida pelos serviços prestados, honorĂĄrio se 10% (dez por cento) sobre o proveito econĂ´mico da autora com a desapropriação, alĂŠm de R$37.500,00 (trinta e sete mil e quinhentos reais) depositados em sua conta que, no entanto, seriam restituĂ­dos Ă autora caso nĂŁo ocorresse a desapropriação do imĂłvel dentro do prazo de 180dias. Ocorre que, segundo a requerente, o rĂŠu desapareceu sem dar satisfação, sendo que, alĂŠm disso, o processo de desapropriação nĂŁo se implementou dentro do prazo de 180 dias previstos em contrato. Deu Ă causa o valor de R$ 44.802,81(quarenta e quatro mil, oitocentos e dois reais e oitenta e um centavos) Sendo o presente para citação da parte rĂŠ, ANTĂ”NIO SÉRGIO ALMEIDA DE OLIVEIRA, que se encontra em lugar incerto e nĂŁo sabido, para os termos da presente ação, bem como,para, querendo, contestĂĄ-la no prazo de 15 (quinze) dias . NĂŁo contestada a ação, serĂĄ nomeado curador especial , nos termos do inciso IV do artigo 257 do CĂłdigo de Processo Civil. Para que ninguĂŠm possa alegar ignorância. Expediu-se o presente edital que serĂĄ publicado pelo DiĂĄrio JudiciĂĄrio EletrĂ´nico. Dado e passado aos 15 de março de 2018. EBotelho Diniz, EscrivĂŁo, o subscrevo.

Estatal diz nĂŁo definir preços de combustĂ­veis SĂŁo Paulo – A Petrobras vem reiterando que nĂŁo tem poder de formação de preços dos combustĂ­veis, os quais oscilam ao sabor das condiçþes de mercado. E afirmou, em e-mail Ă Reuters, na semana passada, que o aumento da utilização de suas refinarias ĂŠ devido a um crescimento da demanda por seus produtos. “O recente aumento de demanda por produtos refinados no mercado brasileiro causou um maior refino de petrĂłleos nacionais no mĂŞs de junho/2018 em relação ao mĂŞs de maio/2018. Dessa forma, houve a consequente diminuição da exportação (de petrĂłleo) nesse perĂ­odoâ€?, apontou a Petrobras. Importadores independentes de combustĂ­veis alegam estar encontrando dificuldades de permanecer em operação no Brasil, acusando a Petrobras de praticar preços abaixo da paridade de importação. O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de CombustĂ­veis (Abicom), que representa nove companhias independentes, SĂŠrgio AraĂşjo, afirmou Ă Reuters que as empresas investiram recentemente em infraestrutura, mas nĂŁo estĂŁo encontrando meios de obter rentabilidade, devido aos preços. A Abicom afirma que o programa de subsĂ­dio ao diesel, lançado pelo governo no mĂŞs passado, como forma de atender Ă s demandas dos caminhoneiros, tambĂŠm estĂĄ impedindo importaçþes de combustĂ­veis. Ressarcimento - Por meio do programa, o governo reduziu os preços do combustĂ­vel e estĂĄ ressarcindo refinarias e importadoras em atĂŠ R$ 0,30 por litro, dependendo de condiçþes de mercado. “Importadoras independentes, de modo geral, interromperam as atividades de importação porque elas estĂŁo inviĂĄveis, jĂĄ que o preço tabelado pelo governo estĂĄ abaixo da paridade de importaçãoâ€?, falou AraĂşjo, que estĂĄ Ă frente da associação, criada no ano passado, em meio a recordes de importação. (Reuters) PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 034/2018 - torna pĂşblico que se enFRQWUD GLVSRQtYHO QR VLWH ZZZ ULEHLUDRGDVQHYHV PJ JRY EU R HGLWDO UHWLÂżFDGR GR 3UHJmR 034/2018, cujo objeto consiste no registro de preços visando a contratação de empresa especializada em prestação de serviços de produção e execução de eventos de pequeno , mĂŠdio e grande porte, com locação de infraestrutura, sonorização, iluminação e outros, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 25/07/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RUR AL ADMINISTR AĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GER AIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş016/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, visando a aquisição e renovação de licenças de VRIWZDUHV GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV H TXDQWLGDGHV GHVFULWDV QHVWH HGLWDO H VHXV anexos. Abertura dia 24/07/2018, Ă s 9h:15m 2 HGLWDO EHP FRPR PDLV LQIRUPDo}HV poderĂŁo ser obtidos na Av. do Contorno, nÂş1.771 – B. Floresta – Belo Horizonte/MG – Tel. (31) 3074-3079, no horĂĄrio de 08 Ă s 11h, de segunda a sexta-feira ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org.br. Pollyane de Almeida Santos – Pregoeira.


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ECONOMIA CERVEJARIA MINEIRA

Backer vai lançar linha de destilados em agosto Na ocasião, em evento previsto para a Casa Cor Minas, serão apresentadas duas bebidas ao público MARA BIANCHETTI

cerveja, os destilados também foram e continuarão sendo produzidos de forma artesanal. “Será como um trabalho de formiguinha. Da mesma maneira como estruturamos a cervejaria há 20 anos e fomos pioneiros em Minas em termos de cerveja, pretendemos fazer o mesmo com o single malt”, detalhou. Em abril, quando, por meio de uma rede social, a marca anunciou a brassagem (processo inicial da produção da bebida artesanal) e o processo de destilação na fábrica, foi dito também que as bebidas iriam utilizar em sua formulação maltes especiais – os mesmos utilizados na produção das cervejas –, prezando pela qualidade e pelas características de um produto “local, artesanal e independente”. Também conforme o que foi divulgado na época, os testes com os novos produtos incluíram o descanso das bebidas em barris de carvalho americano. Além disso, a empresa citou que a linha das novas bebidas contará com Whiskey Branco, destilado de malte, Single Malt de 5 anos de maturação e Whiskey Turfado, com o mesmo tempo de maturidade.

Após oito anos de investimentos, testes e pesquisas, a Cervejaria Backer, sediada no bairro Olhos d’Água, na região do Barreiro, vai lançar seus primeiros destilados no mês que vem. O lançamento vai ocorrer durante a próxima edição da Casa Cor Minas, que acontece de 7 de agosto a 11 de setembro, na rua Sapucaí, no bairro Floresta, na Capital. Na ocasião, serão apresentadas ao público duas bebidas: o Whiskey 3 lobos e a Lebbos Hop Gin. A informação foi confirmada pela diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos. Segundo ela, os trabalhos tiveram início em 2010, visando, inicialmente, à produção de bebidas para o consumo e degustação da própria família. No entanto, diante do sucesso das receitas, decidiu-se engarrafar os produtos. “Estamos muito felizes com o resultado e com o lançamento que ocorrerá na Casa Cor. Mas já adianto que serão lotes bem pequenos, com vendas no próprio evento, no Templo Cervejeiro e nos demais pontos que comercializam produtos Backer”, revelou. Ainda conforme a executiva, da mesma maneira Souvenirs - A Backer está que os mais de 20 estilos de entre as cervejarias que

ALISSON J. SILVA

Backer é conhecida por sua ampla oferta de produtos, dentre eles, as cervejas artesanais e outros relacionados à cozinha

mais investem em itens e souvenirs associados à bebida. A empresa possui mais de 50 opções diferentes de produtos, alguns relacionados à cozinha e à gastronomia, como panela de ferro, tábua de cortes e molhos para comida. Mas, conforme já publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, a marca foi além na estratégia e criou uma linha de produtos de beleza. Ela

inclui xampu, óleo para a ETANOL barba, creme de bigode e sabonete. Os itens são fabricados por produtores locais, de maneira artesanal e são vendidos na sede da cervejaria e também no e-commerce da marca. Apesar dos produtos inusitados que compõem o Rio de Janeiro - A capacimix, os mais vendidos são os mais comuns no setor: os dade de oferta de etanol no growlers e os kits de cervejas Brasil pode dobrar até 2030, acompanhadas por taças. impulsionada pela ampliação de investimentos no setor e pela entrada em vigor do ENERGIA RenovaBio, um programa do governo para descarbonizar o mercado nacional de combustíveis, mostra um estudo da Empresa de Pesquisa São Paulo - Mudanças Elétrica (Aneel) Edvaldo San- incorporada ao texto final tribuidoras de estados não Energética (EPE) repassado aprovadas pela Câmara dos tana, que atualmente preside a aprovado na Câmara, que conectados ao sistema elétrico à Reuters. Na pesquisa, a EPE anaDeputados em um projeto Abrace, associação que repre- agora seguirá para apreciação interligado até 2009 teriam lisou três cenários para a de lei visto como importante senta grandes consumidores pelo Senado. direito ao reconhecimento oferta de etanol no Brasil, para viabilizar a privatização de energia. dos custos integrais com a nos próximos 12 anos: baixa, de distribuidoras de energia Ele estimou que o custeio Dificuldade política - Para o compra de energia nas tarifas, média e alta. O horizonte da Eletrobras podem elevar as dos benefícios incluídos pelos especialista em energia do es- sem descontos por perdas. mais otimista prevê uma tarifas para os consumidores, deputados no projeto de lei critório de advogados Cescon O artigo beneficiaria as diselevação na capacidade de alertaram ontem especialistas. pode exigir entre R$ 7 bilhões Barrieu, Roberto Lima, a situ- tribuidoras da Eletrobras na oferta para 54 bilhões de litros Originalmente, o projeto e R$ 8 bilhões por ano. Ape- ação mostra como ficou mais região Norte. buscava solucionar passi- nas a isenção de pagamento difícil para o governo aprovar A matéria também definiu de etanol em 2030, de cerca vos das empresas da Eletro- para famílias de baixa renda medidas no Congresso desde desconto de 100% nas tarifas de 27 bilhões atualmente. No cenário de oferta mébras junto a fundos do setor pode ter um impacto de até as duas denúncias por cor- para clientes de baixa renda elétrico, mas os deputados 1,6 ponto percentual em 2019, rupção contra o presidente na parcela de consumo de até dia, o volume seria de 49 aprovaram, na terça-feira segundo a consultoria TR Michel Temer, arquivadas 70 kilowatts-hora por mês. bilhões de litros, enquanto (10), emendas para permitir Soluções, especializada em pelos parlamentares. Esses benefícios aprova- na perspectiva mais conque algumas distribuidoras cálculo tarifário. “Esses eventos minaram dos pelos deputados serão servadora, de 43 bilhões de repassem às tarifas custos O conteúdo original do completamente a força polí- bancados pela Conta de litros. “A evolução do Renocom furtos de energia e para projeto de lei sobre as distri- tica do governo Temer, que Desenvolvimento Energé- vaBio vai ser determinante garantir gratuidade a consu- buidoras chegou a ser enviado vem tentando sobreviver. tico (CDE), encargo cobra- para definir qual cenário se midores de baixa renda que antes ao Congresso, por meio Na medida do possível, ele do nas tarifas para custear concretizará para o setor sucroenergético brasileiro”, hoje têm descontos na conta de uma medida provisória mantém uma equipe econô- subsídios. de luz, entre outros. (MP 814), mas o texto não foi mica muito competente, que As alterações na legisla- disse à Reuters o diretor da “Somos a favor da priva- votado após diversas emendas vem tentando soluções, mas, ção aprovadas na Câmara área de petróleo, gás e biotização, mas os custos estão propostas pelos parlamen- obviamente, não consegue ainda vão na contramão de combustíveis da EPE, José sendo extremamente desequi- tares desfigurarem o texto mais influenciar o parlamento. um esforço do Ministério de Mauro Coelho. Para fazer as projeções, a librados para o consumidor. original. Para conseguir minimamente Minas e Energia para reduzir EPE considerou um cenário O problema é que subiu tanto Com isso, o governo re- resolver problemas, como o o custo de subsídios na conta de crescimento econômico de o custo para privatizar que encaminhou a matéria por das distribuidoras, ele tem de luz. A pasta tem proposto 2,5% a 3% ao ano até 2030. talvez não compense”, dis- meio de projeto de lei, mas a que ceder às pressões”, disse. cortes ou redução gradual de “Se o RenovaBio for mais se à Reuters o ex-diretor da maior parte das emendas que Pelo texto final do projeto alguns subsídios para aliviar exitoso, o País vai atender Agência Nacional de Energia entrariam na MP 814 acabou aprovado pela Câmara, dis- as tarifas de energia. (Reuters) à demanda carburante com ABr mais etanol; se for menos exitoso, teremos uma oferta sucroenergética menor, atendendo ao mercado com mais gasolina e menos etanol”, acrescentou. O levantamento da EPE leva em consideração a manutenção da política de paridade de preços para os derivados do petróleo, em especial para a gasolina, concorrente direto do etanol. Em anos anteriores, com o “congelamento” de preços do combustível fóssil, o álcool tornou-se menos competitivo e sua expansão no mercado doméstico foi comprometida. Se o cenário mais otimista se confirmar, aponta o estudo da EPE, o consumo de gasolina no País poderá ser ligeiramente menor Inicialmente, proposta aprovada na Câmara visava solucionar passivos das empresas da Eletrobras junto a fundos frente o atual. As projeções

Projeto pode elevar tarifas para população

Estudo da EPE aponta que capacidade de oferta do País pode dobrar até 2030 de demanda para o produto oscilam entre 31 bilhões e 38 bilhões de litros em 2030, ante aproximadamente 32,5 bilhões no ano passado. Recentemente, a consultoria especializada Datagro disse que, até 2028, o mercado de etanol combustível do Brasil deve passar de 26,7 bilhões de litros para 47,1 bilhões de litros, graças ao estímulo do RenovaBio. Factível - O diretor da EPE considera a previsão de dobrar a capacidade de oferta de etanol no País “viável e factível”, tendo em vista que o crescimento médio anual até 2030 seria de 4,8%, ao passo que, no último ciclo de expansão da produção, de 2003, com o advento dos veículos flex, até 2015, a alta ao ano foi de 11%. “É um cenário desafiador, mas perfeitamente possível. Crescer cerca de 5% para quem já cresceu 11%, mostra que é factível”. O aumento na oferta para os próximos anos previsto pela EPE leva em conta a produção de etanol de primeira e segunda gerações e álcool feito a partir do milho. O estudo aponta que o etanol feito de milho pode alcançar uma produção de até 3,4 bilhões de litros em 2030, ao passo que a oferta de etanol de segunda geração, produzido a partir da biomassa de cana, pode chegar a 2 bilhões de litros. “O etanol de milho veio para ficar, especialmente no Centro-Oeste do País. As usinas flex, usando milho e cana, devem se expandir no Brasil. É uma vantagem para o produtor, porque as safras de milho e cana são em períodos diferentes, o que dá um ganho de produtividade”, destacou Coelho. Segundo a EPE, para o País conseguir dobrar a oferta de etanol até 2030, devem entrar em operação 26 novas usinas de produção de etanol de cana. “Isso tudo vai estimular investimentos na cadeia, com infraestrutura, escoamento, logística e outros fatores que levam a um ciclo virtuoso que dinamiza a economia”, afirmou Coelho. (Reuters)


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INTERNACIONAL DISPUTA COMERCIAL

China pode retaliar após nova ameaça dos EUA Governo americano acirrou “guerra” ao anunciar possível tarifação sobre US$ 200 bi em produtos chineses Pequim/Washington - A China acusou os Estados Unidos (EUA) de intimidação e alertou que vai responder depois que o governo norte-americano elevou o tom na disputa comercial, ameaçando com tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. O Ministério do Comércio da China afirmou ontem que está “chocado” e que irá reclamar junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), mas não disse imediatamente como vai retaliar. Em comunicado, chamou as ações dos EUA de “completamente inaceitáveis”. O Ministério das Relações Exteriores descreveu as ameaças de Washington como “intimidação típica” e disse que a China precisa contra-atacar para proteger seus interesses. “Essa é uma luta entre unilateralismo e multilateralismo, protecionismo e livre comércio, poder e regras”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying. Pequim destaca que vai responder contra as medidas tarifárias de Washington, incluindo através de “medidas qualitativas”, uma ameaça que empresas norte-americanas na China temem que possa significar algo como inspeções mais duras ou atrasos em aprovações de investimentos ou mesmo boicotes ao consumidor. Os US$ 200 bilhões superam de longe o valor total de bens que a China importa dos EUA, o que significa que Pequim pode precisar pensar em maneiras criativas de responder a tais medidas dos EUA. Lista americana - Na terça-

ALY SONG/REUTERS

Desafio da China, entretanto, é que o valor mencionado pelos Estados Unidos supera de longe o montante total de bens que o país importa dos americanos

-feira (10), autoridades dos EUA divulgaram uma lista de milhares de importações chinesas que o governo norte-americano quer atingir com as novas tarifas, incluindo centenas de produtos alimentícios,

além de tabaco, químicos, carvão, aço e alumínio, provocando críticas de alguns grupos industriais norte-americanos. “Por mais de um ano, a administração (do presidente Donald) Trump pe-

diu pacientemente à China que pare com suas práticas injustas, abra seu mercado e se empenhe em competição legítima de mercado”, disse o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, ao anunciar as

tarifas propostas. “Em vez de tratar de nossas preocupações legítimas, a China começou a retaliar contra os produtos dos EUA. Não há justificativa para tal ação”, completou ele em

comunicado. Na semana passada, Washington impôs tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas, e Pequim respondeu imediatamente com tarifas equivalentes. (Reuters)

Senado aprova lei que restringe atos de Trump Washington - Após o governo do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciar uma nova lista de produtos chineses que devem ser alvo de tarifas de 10%, o Senado dos Estados Unidos deu um passo ontem no sentido de afirmar seu poder sobre as barreiras comerciais. A votação foi vista como um indicador sobre

se o Congresso controlado pelo Partido Republicano teria apetite para conter o presidente americano. A medida, aprovada por 88 votos a 11, instrui os senadores a resolver divergências com a Câmara sobre um projeto de gastos. Além disso, ela inclui uma disposição que dá papel ao Congresso quando o poder Executivo decidir impor

tarifas com base em preocupações de segurança nacional. A votação marcou a primeira vez que o Senado controlado pelo Partido Republicano entrou em ação sobre as tarifas que atingiram fabricantes de aço e de alumínio na União Europeia, no Canadá e no México e potencialmente ameaçam também as montadoras de

automóveis estrangeiras. “Temos de conter o abuso da autoridade presidencial e restaurar a autoridade constitucional do Congresso nesse sentido”, disse o senador republicano Jeff Flake (Arizona), um dos autores da medida. A votação também expôs a turbulência entre os congressistas republicanos sobre a agenda comercial

do governo Trump. Os defensores da medida, que também incluem o senador republicano Bob Corker (Tennessee), haviam anteriormente tentado introduzir na legislação obrigatória uma disposição que limitaria o poder de Trump de usar a legislação para aplicação de tarifas com base em preocupações de segurança nacional. (AE)

PETRÓLEO

Opep estima redução da demanda em 2019 Londres - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) projetou ontem que a demanda mundial por seu petróleo cairá no próximo ano, à medida que o crescimento do consumo diminui e a produção de rivais aumenta, apontando para um retorno do mercado de petróleo a um superávit, apesar de um pacto da própria organização para restringir o fornecimento. Ao divulgar suas primeiras previsões para 2019 em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse que o mundo precisará de 32,18 milhões de barris por dia de seus 15 membros no próximo ano, uma queda de 760 mil bpd ante este ano. O recuo na demanda pelo petróleo da Opep significa que haverá menor pressão sobre produtores como a Arábia Saudita para que compensem as perdas de oferta devido à menor produção da Venezuela e da Líbia e à iminente queda nas exportações do Irã devido ao retorno das sanções dos Estados Unidos (EUA) contra o país. “Após o robusto crescimento visto neste ano, os desenvolvimentos no mercado de petróleo deverão

ISAAC URRUTIA/REUTERSD

Segundo organização, no próximo ano, o mundo precisará de 32,18 milhões de barris por dia da produção de seus membros

ser levemente moderados em 2019, com a economia mundial e a demanda global por petróleo estimadas em um crescimento um pouco menor”, escreveu a Opep no relatório.

o mercado deve se dissipar no próximo ano. A Opep estima que a busca global por petróleo subirá em 1,45 milhão de bpd, ante 1,65 milhão neste ano, o que deixaria margem para acomodar eventual crescimento Margem para crescer - O maior. “Se a economia global forte ritmo de elevação na demanda por petróleo que tiver um desempenho meajudou a Opep a equilibrar lhor que o esperado, levan-

do a maior crescimento na demanda por petróleo, a Opep vai continuar a ter oferta suficiente para apoiar a estabilidade do mercado”, disse o grupo. Além disso, os preços mais altos, após o acordo da Opep para conter a oferta, impulsionaram o crescimento de produtores rivais, como as empresas de

petróleo “shale” nos EUA. A Opep prevê que a oferta de países que não fazem parte do cartel aumente em 2,1 milhões de bpd no próximo ano, bem além da expansão na demanda mundial. O crescimento da oferta no próximo ano será liderado pelos Estados Unidos, com contribuição também do Brasil e do Canadá. (Reuters)

Índia corta importações do Irã

Nova Délhi - Refinarias indianas cortaram importações de petróleo do Irã no mês passado, com as empresas começando a reduzir a dependência da commodity iraniana para evitar sanções dos Estados Unidos (EUA), que devem entrar em vigor a partir de novembro. As importações mensais de petróleo da Índia junto ao Irã caíram para 592,8 mil barris por dia (bpd) em junho, queda de 16% ante maio, segundo dados da indústria e fontes de navegação. Os EUA disseram em maio que vão restabelecer sanções contra o Irã que haviam sido retiradas após um acordo em 2015 entre Irã, Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido, pelo qual Teerã se comprometeu a conter suas atividades nucleares. O governo da Índia, maior cliente do petróleo do Irã após a China, pediu às refinarias, no mês passado, que se preparassem para reduzir drasticamente ou até mesmo a zero as importações de petróleo iraniano. No total, considerando-se outras origens, as importações de petróleo da Índia subiram 10,1% em junho, ante o mesmo mês do ano passado, para 4,82 milhões de bpd, segundo os dados. (Reuters)


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POLÍTICA MARCELO CAMARGO / ABr

OPERAÇÃO LAVA JATO

Favreto é suspeito de prevaricação

Receita deve cobrar tributos de delatores Provas serão compartilhadas Brasília - A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) receberam do juiz Sérgio Moro a garantia de que poderão usar as provas obtidas na Operação Lava Jato para cobrar tributos devidos pelos delatores. A decisão foi proferida depois de os órgãos cobrarem nos bastidores um esclarecimento do juiz sobre um despacho que vedava o uso dessas provas compartilhadas contra os colaboradores. Havia um temor de que a medida acabasse limitando a atuação dos procuradores da PGFN, órgão jurídico do Ministério da Fazenda, e dos auditores da Receita, já que as apurações para a cobrança de tributos tiveram as colaborações como ponto de partida. O primeiro despacho havia deflagrado um clima de insegurança nos dois órgãos, como mostrou a reportagem no fim de junho. O novo despacho de Moro, de 3 de julho, diz que o próprio Ministério Público Federal (MPF) informou que “sempre alertou aos

colaboradores e empresas lenientes de que o acordo não gerava benefícios na área tributária”. O juiz também lembrou que a Receita Federal tem “auxiliado significativamente os trabalhos de investigação no âmbito da Operação Lava Jato”. “Então deve ser permitida a utilização da prova pela Receita Federal para fins de lançamento e cobrança de tributos, mesmo contra colaboradores e empresas lenientes”, diz a decisão. O juiz ressalta ainda que a decisão se estende à PGFN. A Receita Federal já fez autuações no valor de R$ 14,6 bilhões relacionadas à Lava Jato. O Fisco e a PGFN fazem monitoramento para identificar se há risco de não pagamento devido à dilapidação do patrimônio desses devedores. Quando esse perigo existe, o órgão jurídico entra em campo para pedir o bloqueio de bens e assegurar a quitação do débito no futuro. As medidas cautelares deferidas já chegam a R$ 2,3 bilhões,

Para Sérgio Moro, acordo de delação premiada não gera benefícios na área tributária

parte delas tendo delatores como alvos. Os pedidos são feitos à Justiça do local de domicílio dos devedores. Moro já defendeu o compartilhamento de provas em decisões tomadas no passado no âmbito da Lava Jato, mas em abril, a pedido do Ministério Público, revogou parte desses compartilhamentos e vetou o uso de provas contra os delatores pelos órgãos de controle e pelo governo federal, como revelou a “Folha de S.Paulo”. A medida atingiu Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU), Banco Central e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A avaliação nos bastidores era que a medida tinha por

objetivo blindar empresas e pessoas que colaboraram com a Lava Jato para desvendar crimes de sanções e punições proferidas pelos órgãos de controle, mas acabou ameaçando também os trabalhos da Receita e da PGFN, que cobraram explicações. Imunidade - A decisão foi bem recebida na Receita, já que o despacho anterior transmitia a mensagem de que o delator, mesmo que tivesse sonegado impostos, seria colocado em posição de imunidade. No despacho, Moro ressalta que a decisão vale inclusive para multas fiscais punitivas, uma vez que o colaborador e a empresa leniente têm a opção de confessar o débito tributá-

rio por iniciativa própria, na chamada “denúncia espontânea”. A fiscalização da Receita e a aplicação de multa ocorrem quando, mesmo após delatar, não há essa confissão. O juiz de Curitiba salientou ainda que Receita e PGFN devem atuar em coordenação com o MPF no bloqueio de bens para pagamento de tributos devidos, para não prejudicar a venda de patrimônio das empresas ou dos colaboradores com o objetivo de quitação das indenizações previstas nos acordos. Apesar do aceno aos órgãos, Moro alertou que qualquer representação fiscal para fins penais, por motivo de sonegação, com o uso das provas compartilhadas deverá ser submetida ao juiz. (AE)

STJ nega 143 pedidos de habeas corpus de Lula Brasília - A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou 143 pedidos de habeas corpus (HC) apresentados em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o STJ em comunicado ontem. “O Poder Judiciário não pode ser utilizado como balcão de reivindicações ou manifestações de natureza política ou ideológico-partidárias. Não é essa sua missão constitucional”, afirmou a ministra. Em sua decisão, a presidente do STJ apontou que os pedidos de habeas corpus foram padronizados sob o título “Ato Popular 9 de julho de 2018 – Em defesa das garantias constitucionais” e criticou o excesso de pedidos que sobrecarregou a corte em pleno período de recesso forense. “É garantia fundamental de qualquer cidadão o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder, sabido que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito», escreveu a ministra. “Essa petição padronizada de habeas corpus foi entregue no protocolo do Superior Tribunal de Justiça, durante o apertado período de plantão da presidência, com outras 142, em meio físico, ocupando vários servidores e movimentando diversos órgãos do tribunal, sobrecarregando a rotina de trabalho, já suficientemente pesada”, acrescentou. A presidente do STJ apontou ainda que o pedido de habeas corpus, apesar de poder ser feito por qualquer

cidadão e não apenas por advogados, não pode ser mecanismo “para manejar ‘atos populares’, notadamente como o que a petição inicial traz, sem nenhum substrato jurídico adequado”. Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo condenação por lavagem de dinheiro e corrupção no caso do triplex no Guarujá (SP). Os pedidos de habeas corpus impetrados no STJ questionavam o fato de Lula estar cumprindo pena sem que todos os recursos cabíveis em todas as instâncias do Judiciário fossem analisados, chamado trânsito em julgado. Laurita Vaz argumentou, ao rejeitar todos os pedidos, que a possibilidade de início de cumprimento da pena após condenação em segunda instância já foi decidida pelo STJ e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Impasse - A decisão da presidente do STJ acontece depois de um impasse jurídico no último domingo, quando o desembargador Rogerio Favreto, que estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedeu liminar determinando que Lula fosse solto baseado no que chamou de “fato novo”, a pré-candidatura do petista à Presidência na eleição de outubro. Na ocasião, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso do triplex na primeira instância, determinou que a decisão não fosse cumprida e, após Favreto reiterá-la, o relator do caso no TRF-4 revogou-a, levando o plantonista a novamente determinar a soltura de Lula.

O impasse foi quebrado por decisão do presidente do tribunal, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. Na última terça-feira, Laurita Vaz já havia negado outro pedido de liberdade a Lula e, na ocasião, classificou a decisão tomada

por Favreto no domingo de “inusitada e teratológica”, uma vez que houve, segundo ela, “flagrante desrespeito” a decisões já tomadas pelo TRF-4, pelo STJ e pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula, que nega irregularidades e diz ser alvo de uma

perseguição política, lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência na eleição de outubro, mas deve ficar impedido de entrar na disputa por causa da Lei da Ficha Limpa que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça. (Reuters)

Juíza proíbe entrevistas na prisão São Paulo - A juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Curitiba, rejeitou ontem pedidos de vários veículos de imprensa para entrevistar e sabatinar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em na sede da Polícia Federal (PF) do Paraná desde abril, na condição de pré-candidato à Presidência da República. No mesmo despacho, a magistrada também rejeitou pedido feito pelo PT para que Lula participe de atos de pré-campanha na eleição deste ano ao Palácio do Planalto, assim como seja permitido a ele participar de eventos por videoconferência da prisão e gravar vídeos de campanha. Carolina Lebbos argumentou, ao negar os pedidos de sabatina, que a condição de preso implica em restrição de direitos, como o de locomoção, e afirmou que Lula está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça. “Em tal contexto, não se pode extrair utilidade da realização de sabatinas ou entrevistas com fins eleitorais”, escreveu a juíza, responsável pelos assuntos relacionados à execução penal de Lula, em seu despacho.

“Nesse quadro, sob a ótica da execução penal, sequer se mostra juridicamente razoável a autorização pretendida, em exceção às regras de cumprimento da pena e com necessário incremento de recursos logísticos e de segurança. Prevalece o interesse público inerente à estrita observância do regime próprio da sanção pena.”, argumentou. Pré-campanha - Ao tratar do pedido do PT para que Lula seja autorizado a fazer atos de pré-campanha, como a gravação de vídeos, a juíza afirmou que não há previsão legal para que esta autorização seja concedida. “Incabível a extensão para a realização de ‘atos de pré-campanha’ ou de campanha eleitoral, pois ausente previsão legal. Além disso, restaria violada a isonomia em relação aos demais detentos, sem fundamento constitucional ou legal para o emprego de diferenciação”, argumentou. Após a decisão da juíza, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), criticou a decisão no Twitter e disse que mostra que Lula é alvo de perseguição. “Justiça brasileira permite

entrevistas com Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP, mas não permite com Lula, o maior líder popular do nosso país. Se isto não é perseguição, é o que?”, indagou, referindo-se a narcotraficantes que estão presos. Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República na eleição de outubro, está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso sobre o triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso na primeira instância, e os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) entenderam que Lula recebeu o imóvel como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras. Lula nega ser dono do tríplex, assim como quaisquer irregularidades e diz ser alvo de uma perseguição política promovida por setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da imprensa para impedi-lo de ser candidato. (Reuters)

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ontem ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedido de abertura de inquérito contra desembargador Rogério Favreto pelo crime de prevaricação. No entendimento da procuradoria, o magistrado cometeu falta disciplinar ao conceder habeas corpus favorável ao expresidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o plantão judicial do último fim de semana. No último domingo (8), o desembargador Rogerio Favreto atendeu a um pedido de liberdade feito por deputados do PT em favor de Lula. Em seguida, o juiz Sergio Moro e o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Gebran Neto, ambos relatores dos processos da Operação Lava Jato, derrubaram a decisão de Favreto por entenderam que o magistrado não tinha competência para decidir a questão. No mesmo dia, o entendimento foi confirmado pelo presidente do TRF, Thompson Flores. Segundo Raquel Dodge, a concessão da liberdade fez parte de um ato “orquestrado meticulosamente para, em detrimento da lei vigente, alcançar a soltura do réu, que havia sido negada pelas vias processuais lícitas e competentes”. “A conduta do representado revogava a ordem de prisão de um condenado em segundo grau de jurisdição, que havia sido confirmada em todas as instâncias extraordinárias de modo notório em todo o Brasil e especialmente naquele TFR4, que a emitira”, afirmou. No pedido de abertura de investigação, a procuradora também disse que a decisão de Rogério Favreto foi motivada por sua ligação com o PT. “Este histórico profissional legítimo ganha relevância específica no contexto da infração praticada pelo representado, pois revela que o estreito e longevo vínculo com o partido político do réu, com sua administração e com a administração de outros próceres do mesmo partido, teve efeito na quebra da impessoalidade da conduta do magistrado. Este histórico revela que a conduta do representado não favoreceu um desconhecido, mas alguém com quem manteve longo histórico de serviço e de confiança e que pretendeu favorecer”, argumentou. A assessoria do TRF4 informou que Rogério Favreto não vai se pronunciar sobre o pedido de abertura de investigação. (ABr)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

LENIÊNCIA

TCU decide manter acordo da Odebrecht Desvios de recursos da União e de estatais serão pagos em parcelas que devem somar R$ 6,8 bilhões Brasília - Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiram ontem rejeitar pedido, apresentado pela área técnica da Corte de contas, para suspender os efeitos do acordo de leniência recém-firmado entre a Odebrecht e a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). A Odebrecht se comprometeu a fazer uma reparação, no valor de R$ 2,77 bilhões. A cobrança, por desvios de recursos da União e de empresas estatais federais, no entanto, será paga em parcelas anuais, ao longo de 22 anos. A projeção é que o total chegue a R$ 6,8 bilhões. O pedido para suspender cautelarmante o processo de leniência havia sido apresentado pela Secretaria de Infraestrutura do TCU, a área técnica responsável por analisar o caso. Essa área questionava o fato de o TCU não ter tido acesso antecipado aos termos do acordo firmado. A secretaria queria suspender os efeitos da leniência e dar 15 dias para analisar os termos do acordo. Pretendia,

por exemplo, ter acesso à fórmula de cálculo da reparação da empreiteira ao confessar crimes cometidos na Operação Lava Jato e em outras circunstâncias. Reservadamente, antes do julgamento, ministros do TCU e auditores da Corte de contas ficaram com a percepção de que a AGU e a CGU atropelaram um acerto costurado nas últimas semanas com a cúpula e a área técnica de ambos os órgãos para que o TCU acompanhasse em “tempo real” as leniências, disse uma fonte. Ou seja, para que houvesse a livre troca de informações entre os órgãos envolvidos. Todos os ministros acompanharam em plenário o voto do ministro-substituto Marcos Bemquerer Costa, relator do processo, que se manifestou contra o pedido da área técnica e defendeu a validade da leniência firmada. O relator revelou que, logo após o acordo assinado, os termos da leniência foram apresentados ao TCU pela AGU e CGU. Os ministros da AGU, Grace Mendonça, e da CGU, Wagner Rosário, anuncia-

ram na últma segunda-feira (9), em entrevista coletiva, a assinatura do acordo. Antes do julgamento desta quarta, as duas autoridades fizeram um périplo por gabinetes do TCU a fim de evitar o “travamento” do acordo. Segundo Costa, não haveria motivo para suspender de forma cautelar os efeitos da leniência para avaliar o caso, conforme requerido anteriormente pela área técnica. “Eu não vejo, nesse momento, como danosa essa atuação até agora. Eu entendo que é muito mais proveitoso dar prosseguimento normal do processo (de leniência)”, disse o relator. Um dos que acompanharam o relator, o ministro José Múcio Monteiro disse que não quer que o TCU seja acusado de “atrapalhar” a sociedade com a eventual suspensão cautelar da leniência da Odebrecht. “Acho que o TCU cumpriu o seu papel e acho que, com o envio do processo (ao TCU após o acordo firmado), vai cumprir o seu papel”, disse Múcio Monteiro. O ministro Augusto Shermann foi na mesma linha.

PAULO WHITAKER/REUTERS

A Odebrecht se comprometeu a fazer uma reparação no montante de R$ 2,77 bilhões

“Não há uma dissintonia incontornável entre os três órgãos”, disse, ao destacar que todos eles estão atuando no sentido de preservar o interesse público nos acordos de leniência. O ministro André Luis de Carvalho destacou que a competência do TCU está preservada. Ele citou o fato de que, pelos termos do acordo, o tribunal poderá sim pedir reparações complementares à

empreiteira caso não concorde Costa praticamente descom a leniência. cartou uma eventual punição aos dois ministros de Estado Bloqueio de bens - Em en- por não terem repassado os trevista coletiva, o relator deu termos do acordo, de maneira ainda mais um motivo para a antecipada, ao TCU. “Não assinatura do acordo sem que posso garantir que vai abrir o TCU tivesse obtido acesso ou não (processo contra os antecipado. Ele afirmou que ministros), mas a minha ima Justiça Federal havia dado pressão é que não. Não há prazo até o fim dessa semana motivos para abrir esse propara a assinatura da leniência, cesso para órgãos que estão sob pena de a empresa ser alvo colaborando”, completou. de bloqueio de bens. (Reuters)

ELEIÇÕES

Marina lança pré-candidato ao Senado por Minas A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, participou ontem do lançamento da pré-candidatura de Kaká Menezes (Rede) ao Senado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em entrevista à Rádio Super, a ex-senadora elogiou Menezes e disse que a escolha por um “quadro novo na política” pode trazer maior “capilaridade” para a campanha dela ao Planalto. “Um jovem trabalhador, respeitado, que vai renovar a política, não só do ponto de vista das ideias, mas do ponto de vista das suas práticas”, disse a ex-ministra. Missionário evangélico e ex-jogador de basquete, Menezes foi candidato a prefeito de Contagem em 2016. Com 19 mil votos, 6,75%, ficou em penúltimo lugar no primeiro turno. Ele é fundador de uma ONG de ajuda a mulheres moradoras de rua e usuárias de drogas. Na entrevista, Marina também elogiou o pré-candidato da Rede ao governo mineiro, João Batista Mares Guia: “Um homem que conhece profundamente Minas Gerais”. A presidenciável também falou sobre a saída da composição da Rede no Estado do empresário Eduardo Lucas, que seria pré-candidato a vice-governador. A ex-

-senadora garantiu que o diretório estadual da Rede tem liberdade para decidir sobre o substituto na chapa. A ex-ministra também falou sobre as propostas voltadas para Minas Gerais que pretende colocar em prática caso seja eleita presidente. Marina afirmou que o Estado sofre com pobreza e exclusão social, além de ter problemas com segurança pública. “Independente de quem esteja no governo (de Minas), vamos fazer um trabalho em defesa da população, com a implementação Plano Nacional de Segurança Pública, além de

fazer o País voltar a crescer a ex-senadora. Questionada para gerar renda”, afirmou. sobre a possibilidade de ter Roberto Freire (PPS) como Chapa - Marina Silva decla- vice, Marina disse que resrou que poderá compor sua peita as escolhas do PPS e chapa com nomes do próprio que segue dialogando com partido nas eleições 2018. a legenda. A presidenciável disseque A ex-ministra também espera ter alianças defini- afirmou que não tem difidas até o final do período culdades em conseguir apoio destinado para a realização de outros partidos, mas que das convenções partidárias. cada legenda está analisando “Nós temos uma boa prata o que é melhor para si. O da casa, bons nomes dentro calendário do Tribunal Suda Rede e as nossas alian- perior Eleitoral (TSE) define ças, em que pese buscar os que os partidos têm entre 20 partidos que conversamos. de julho e 5 de agosto para Mas vamos respeitar a dinâ- realizar as convenções, que mica desses partidos”, disse encaminham o registros das

candidaturas para as eleições de outubro. Em segundo lugar na última pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope, no fim de junho, empatada com o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ) por conta da margem de erro, em um cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, a pré-candidata da Rede rejeitou qualquer possibilidade de formar uma união de pré-candidaturas como forma de fazer frente ao presidenciável do PSL.

“Não dá mais para essa história de se unir contra esse ou aquele Não dá mais para se unir para ganhar o poder. Quero me unir para ter um projeto de País, junto com a sociedade brasileira», disse Marina. Para a exsenadora, falar em união de candidaturas favorece a polarização da política brasileira. Marina lamentou a saída do empresário Eduardo Lucas, que pretendia concorrer como vice na chapa da Rede, mas garantiu que a sigla respeita as decisões do diretório estadual. (AE)

Anastasia define coordenadores de campanha O pré-candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2018, Antonio Anastasia (PSDB), anunciou ontem os três nomes que serão responsáveis por coordenar sua campanha: seu pré-candidato a vice, Marcos Montes (PSD), seu atual suplente no Senado, Alexandre Silveira (PSD), e o economista Luiz Antônio Athayde. “Será uma campanha rápida e franciscana, com poucos recursos. Optamos, portanto, pela formação de uma equipe enxuta que trabalhará de forma harmônica, unida e eficiente sob minha coordenação”, afirmou o Anastasia, por meio de

sua assessoria de imprensa. Ex-subsecretário de Investimentos Estratégicos do governo de Minas Gerais nas gestões de Aécio Neves e de Anastasia, Luiz Antônio Athayde será o responsável pela formulação do programa de governo. Enquanto esteve na subsecretaria, o economista era responsável por administrar as parcerias público-privadas (PPPs) do governo estadual. Com a entrada de Athayde na campanha, a tendência é que o programa de governo tenha características desenvolvimentistas. O economista tem um bom relaciona-

mento com a iniciativa privada e o programa pode incluir concessões e investimento em PPPs. Natural de Uberaba, no Triângulo Mineiro, o deputado federal Marcos Montes será o responsável pela coordenação política, servindo como interlocutor de Anastasia em relação às lideranças do interior de Minas, articulando a campanha tucana com prefeitos, vereadores e pré-candidatos a deputado. A campanha de Anastasia, no entanto, não terá coordenadores regionais. Alexandre Silveira, que pode se tornar senador caso o pré-candidato

vença a eleição, será o responsável por gerir a logística e infraestrutura da campanha. Anastasia contará ainda com um conselho político, que terá a participação dos presidentes dos partidos que compõem sua coligação. Domingos Sávio (PSDB), Diego Andrade (PSD), Noraldino Júnior (PSC), Raimundo Benoni (PPS), Dilzon Melo (PTB) e Zé Silva (Solidariedade), integrarão o conselho, que terá como missão definir a formação da chapa proporcional, além das vagas de suplentes dos senadores da coligação. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

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Dados da Belta apontam que o mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 22% no ano passado

DENILTON DIAS/DIVULGAÇÃO

Na avaliação de Paulo Silva da World Study, faturamento deve ficar estagnado

AGÊNCIAS DE INTERCÂMBIO

Câmbio e crise afetam setor em Minas Se por um lado o cenário de incerteza aumentou o desejo de morar fora do País, alta do dólar encareceu os custos THAÍNE BELISSA

Em um contexto repleto de antagonismo, a crise econômica tem se apresentado, ao mesmo tempo, como entrave e como estímulo do segmento das agências de intercâmbio em Belo Horizonte. Empresários do setor na Capital afirmam que o cenário de incerteza no País aumentou o desejo das pessoas de se mudarem para o exterior e, consequentemente, a procura pelos programas de intercâmbio. Por outro lado, a alta do dólar elevou os preços dos programas e assustou quem pretendia investir na viagem para fora. Dados divulgados, este ano, pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta) mostram que o mercado brasileiro de educação estrangeira permanece aquecido, tendo registrado um aumento de 22% em 2017 em relação a 2016. Ainda segundo a Belta,

os brasileiros movimentaram cerca de US$ 3 bilhões em programas educacionais, no ano passado. Mas, apesar dos números serem positivos, na prática, os empresários travam uma luta entre receber um número cada vez maior de clientes curiosos e interessados no intercâmbio, mas ver suas vendas e seus lucros escorrerem entre os dedos por causa dos altos valores do dólar. “É fato que, a cada ano, mais brasileiros estão indo para o exterior e gastando mais lá. Esse gasto maior tem a ver, inclusive, com a alta do dólar. Mas, no dia a dia, não podemos falar em aumento no faturamento: a verdade é que vamos ficar empatados com o ano passado”, afirma o diretor da unidade belo-horizontina da World Study, Paulo Silva. Segundo o empresário, a busca pelos programas na agência tem aumentado nos últimos anos. Ele acredita

que a crise econômica desperta nas pessoas o desejo de buscar alternativas fora do País, mas, segundo ele, isso não se reflete, necessariamente, em vendas. “Temos recebido um número altíssimo de contatos pelo fale conosco e pelas redes sociais, mas o que vejo são, principalmente, curiosos. Pode ser que essa procura resulte em vendas mais para frente, mas nesse momento as vendas não têm crescido”, afirma. Para ele, a alta do dólar é um dos principais entraves para o resultado negativo nas vendas. O empresário explica que o cliente tem esperado alguma baixa na cotação, a fim de fazer um investimento mais baixo. “Não conseguimos diminuir o preço dos programas, mas passamos a oferecer opções de parcelamento por mais tempo. Se antes oferecíamos de três a seis vezes sem juros, hoje chegamos a até 15 vezes sem

Empresas demonstram otimismo Na Agência de Intercâmbio Experimento, localizada na Savassi, o clima é de mais otimismo. A gerente Amanda Lima afirma que a empresa cresceu 20% em faturamento em 2017 em relação a 2016 e a meta para 2018 é crescer ainda mais. Ela admite que a alta do dólar assusta o consumidor, mas ela garante que a agência tem conseguido contornar o desafio. Segundo ela, a agência aposta em diversificação de ofertas de programas de intercâmbio que atendem desde crianças até idosos. “Oferecemos programas de férias para crianças e adolescentes, que conciliam estudo e turismo, passando pela High School, cursos de idiomas, cursos profissionais e programas específicos para pessoas com mais de 50 anos. Esse último público tem crescido porque a informação tem chegado mais facilmente a essas pessoas, que estão num período da vida em que têm mais tempo”, diz. O coordenador da agência Eagli do bairro Funcioná-

rios, Eduardo Nascimento, também destaca a importância da diversificação de oferta no segmento de intercâmbio. Segundo ele, o perfil do cliente mudou nos últimos anos, deixando de ser apenas o jovem universitário para qualquer pessoa – desde criança até o idoso – que tenha interesse em uma experiência internacional. “Hoje há quem aprovei-

te as férias para fazer um curso no exterior, quem foi demitido e usa o acerto para se qualificar e profissionais que buscam cursos mais técnicos para além do idioma, como busines english, cursos na área de gerenciamento, liderança e projetos”, diz. O coordenador afirma que a agência cresceu 22% em vendas no primeiro semestre deste ano em relação a 2017. (TB)

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juros”, diz. Na agência True Experience, localizada no bairro Lourdes, região Centro-Sul da Capital, a procura pelos programas de intercâmbio também aumentou 20% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período em 2017. Mas o diretor, Leonardo Bittencourt Mendonça, também não esbanja otimismo justamente porque a alta do dólar impactou as vendas. “Tem muita gente interessada em estudar e

trabalhar no exterior, mas com o dólar alto os preços dos programas encarecem. E as perspectivas não são boas por causa do cenário político”, diz. O empresário acredita que o faturamento da agência em 2018 será o mesmo que o do ano passado. Para contornar a baixa nas vendas, ele tem oferecido uma série de vantagens, como câmbio congelado no ato da compra, isenção de taxas, desconto para quem vai

acompanhado e parcelamento em mais vezes. Segundo ele, a crise econômica também tem refletido na busca de um tipo específico de programa de intercâmbio: o que mistura estudo e trabalho. “Esse tipo de programa era menos procurado no passado, mas isso tem mudado porque as pessoas têm dinheiro para fazer o intercâmbio, mas não para se manter fora do País e, por isso, precisam trabalhar”, analisa.


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NEGÓCIOS PIXABAY / DIVULGAÇÃO

Pesquisa aponta as principais barreiras no País DA REDAÇÃO

Avançar do nível de maturidade nascente para multimomento pode significar aumento de até 20% no faturamento

MARKETING

Maturidade digital ainda é baixa em empresas brasileiras Levantamento aponta que 61% das companhias ainda estão em fase inicial DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Estudo feito pelo The Boston Consulting Group (BCG) e pela Google aponta o nível de maturidade das companhias brasileiras no que diz respeito a Data-Driven Marketing (DDM) e demonstrou que grande parte ainda está em um patamar inicial. “A Jornada Rumo à Maturidade Digital no Brasil” é fruto de pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas em 2018 com executivos de mais de 60 das principais companhias do País, muitas delas líderes em seus ramos de atuação, que englobam dez setores: Automotivo, Alimentos e Bebidas, Cuidados Pessoais, Educação, Nativos Digitais, Serviços Financeiros, Telecom e Mídia, Varejo, Viagens & Turismo e Vestuário. O estudo explorou quatro estágios de maturidade no uso de dados: Nascente: campanhas de marketing usando majoritariamente dados de terceiros e compra direta de mídia, com baixa ligação a resultados de vendas; Emergente: campanhas baseadas também em dados próprios e compra de mídia programática com otimização e teste de forma independente por canal de mídia; Conectado: dados integrados e ativados ao longo de múltiplos canais de mídia com clara conexão a ROI e resultado de vendas; Multimomento: execução dinâmica, otimizada e per-

sonalizada para cada cliente ao longo de todos os canais de mídia. Segundo estimativas do BCG, sair do estágio Nascente para Multimomento, além de criar vantagem competitiva, pode ter um impacto bastante significativo, com aumento de até 20% nas receitas e ganhos de até 30% em eficiência. Apesar das vantagens, as companhias nacionais ainda estão distantes de colher esses frutos em sua plenitude, uma vez que 61% das participantes da pesquisa ainda são Nascentes ou Emergentes. A maioria (55%) é classificada no estágio Emergente, seguido de Conectado (37%), Nascente (6%) e Multimomento (2%). Empresas nativas digitais destacaram-se no nível de maturidade. Na pesquisa, também sobressaiu a varia-

ção de maturidade em uma mesma indústria. Para as empresas mais maduras, ainda há espaço para evolução e, para aquelas em estágios iniciais, o nível de maturidade pode representar um risco para o negócio. “É importante observar que o baixo nível de maturidade não é reflexo da falta de apoio ao tema, que está no topo da agenda da maior parte das empresas brasileiras, não importa o setor. Quando questionados sobre o nível de patrocínio dado a data-driven marketing, 75% dos participantes reportaram tratar de assunto patrocinado pela alta gestão da organização”, comenta o sócio do BCG e líder da prática de marketing no Brasil, Eduardo Leone. Evoluir na jornada de marketing orientado a da-

dos demanda evolução de natureza tecnológica e organizacional, e não há receitas prontas. A evolução do nível de maturidade requer esforços em quatro dimensões-chave: Targeting Baseado em Dados: alavancar diversas fontes de dados para gerar insights e guiar o acionamento preciso dos consumidores; Ativação Automatizada e Personalizada: executar compra de mídia com agilidade e entregar mensagens personalizadas em larga escala; Mensuração & Atribuição: medir, atribuir e gerenciar resultados ao longo de todos os pontos de contato do cliente para maximizar retorno; Organização e Colaboração: integrar times multidisciplinares e parceiros de forma ágil, por meio de uma cultura test & learn.

Alguns temas destacaram-se como barreiras e desafios comuns no Brasil. O estabelecimento de uma visão única do cliente é apontado como um deles, uma vez que apenas 23% das empresas apresentam integração de dados on-line e off-line e 59% não têm sequer interligação dos dados on-line. A segunda principal barreira identificada pelo estudo diz respeito à habilidade de personalização e automação na entrega de mensagens. 94% das empresas têm dificuldade de automatizar a entrega de mensagens; 91% não têm personalizações avançadas em seus sites; e 44% não têm nenhuma personalização em seu principal canal on-line. “Esses dados reforçam a necessidade de as empresas brasileiras perseguirem o próximo nível de maturidade para atingir as expectativas do novo consumidor brasileiro, que busca, cada vez mais, interações personalizadas na hora da compra de um produto ou serviço no ambiente on-line”, afirma Dan Reicher, Diretor do BCG e um dos autores do estudo. A terceira principal dificuldade identificada é a ausência de métodos de mensuração de resultados efetivos implementados. 52% dos participantes afirmam utilizar modelos de atribuição, mas apenas 20% têm modelos sofisticados que permitem tomada de decisão baseada em dados confiáveis. Outro desafio relevante apontado foi a definição do mix ideal de alocação dos esforços de marketing (on-line e off-line). Os desafios vão muito além de tecnologia, e barreiras organizacionais e de mudança no modelo de operar impostos pela evolução digital mostram-se

igualmente relevantes. 73% das empresas sofrem com coordenação inadequada de equipes multifuncionais; 70% dos participantes não têm objetivos alinhados entre todos os canais; e quase metade das empresas tem a maior parte de suas atividades de marketing executadas por agências terceiras. O caminho pode não ser simples, mas é repleto de oportunidades de evolução para as empresas brasileiras. “Essa trajetória requer que elas consigam conectar dados on-line e off-line, automatizar a entrega de mensagens por cliente de maneira individualizada, sofisticar modelos de atribuição, conectar os objetivos dos canais, construir novas competências, internalizar atividades core de marketing e adotar novas formas ágeis de trabalho. O melhor caminho para iniciar a implementação, no entanto, é realizar pilotos de casos de uso selecionados, com as tecnologias disponíveis, adotando um novo modo de operar e evidenciando os benefícios desse novo modelo”, conclui Dan Reicher. A Diretora de Produtos e Inovação do Google Brasil, Flávia Verginelli, complementa: “O nível de exigência dos consumidores de hoje não permite mais que entreguemos as mesmas experiências do passado. A boa notícia é que podemos aprender com os dados, mas isso requer uma transformação. Este estudo traça um caminho claro para chegar ao estágio de maturidade digital que transforma dados em resultados”. A metodologia deste relatório seguiu a mesma utilizada no estudo desenvolvido em conjunto pelo BCG e Google na Europa em 2017, intitulado “Mastering Digital Marketing”. PIXABAY / DIVULGAÇÃI

Levantamento foi realizado pela BCG em parceria com a Google

IDEIAS

O impacto da negociação na vida pessoal e profissional PATRÍCIA LISBOA*

Negociar bem não é dom, é aprendizado. É claro que algumas pessoas têm mais facilidade do que outras para essa prática, mas é fato que qualquer pessoa pode se capacitar para isso. Na realidade, grande parte das interações cotidianas são uma série de negociações com outras pessoas. Estamos negociando quando definimos com os amigos o que fazer no sábado à noite, por exemplo, ou acertamos com a família quem irá pagar as contas de casa, ou com um colega de trabalho quem vai realizar uma determinada tarefa. Essa prática faz parte do nosso dia a dia, mas, por fazemos tão naturalmente, nem sempre percebemos.

Quando conseguimos identificar isso e, principalmente, quando trabalhamos a negociação, temos mais chances de ser bem-sucedidos e alcançar os resultados esperados, tanto no meio profissional quanto no pessoal. Quando compreendemos a negociação como um processo de persuasão e de tomada de decisões entre dois ou mais atores na busca pela solução de um problema em comum ou de barganha sobre algo, conseguimos trabalhá-la a nosso favor. Principalmente, porque existem técnicas para isso. Aprender a utilizar essa metodologia a fim de criar ou reivindicar valor em meio a processos comerciais ou mesmo pessoais é um diferencial para qualquer pessoa, especialmente em

um mundo cada vez mais competitivo. Essa habilidade deve ser praticada sempre que possível, sobretudo para evitar conflitos.

que haja transparência. Somente ao colocar na mesa os interesses de todos os envolvidos é possível maximizar o resultado para ambas as partes. O planejamento também é fundamental para os bons resultados de uma negoNegociar é técnica, é ciação. Um bom negociador aprende estudo, é treino. É descobrir mais sobre seu interlocutor e consegue definir, de antemão, os objetivos e os habilidades e aprender a limites que podem ser alcançados ao trabalhá-las em favor de si longo do processo. Outro ponto importante é saber mesmo e do outro. Em casa, ouvir ativamente. Atentar para as no trabalho, em qualquer lugar. necessidades, objetivos e posições do outro. Escutar o outro com atenção Além dos métodos para se trabalhar permite identificar oportunidades para a negociação, a pessoa precisa compre- argumentar e, principalmente, para ender que, para o sucesso de qualquer oferecer soluções criativas e objetivos, interação bem-sucedida, é importante que podem ser ainda melhores do que

as imaginadas previamente. Quem aprende a negociar com técnica e respeito ao outro é capaz de trabalhar as informações de forma mais prática e direcionada. Sabe argumentar, se posicionar e mostrar as melhores opções. A pessoa que consegue fazer isso naturalmente atinge o objetivo esperado, consegue ter um resultado positivo. Negociar é técnica, é estudo, é treino. É descobrir habilidades e aprender a trabalhá-las em favor de si mesmo e do outro. Em casa, no trabalho, em qualquer lugar. * Head trainer e hacker comportamental


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

E-COMMERCE

Pegaki passa a operar no mercado de Belo Horizonte Plataforma visa facilitar a entrega de produtos THAÍNE BELISSA

Receber encomendas compradas pela internet pode ficar mais fácil em Belo Horizonte. Pelo menos é o que garante a Pegaki, uma rede de pontos de retirada de mercadorias, que acaba de chegar à cidade e promete simplificar a vida de clientes de e-commerces. Baseada no conceito de economia compartilhada, a empresa conecta o varejo que tem um espaço físico ocioso, ao e-commerce, que precisa de pontos de retirada estratégicos. Dessa forma, os clientes podem retirar seus produtos em estabelecimentos mais convenientes para eles. A rede começa a funcionar na Capital em julho e a meta é oferecer 200 pontos de retirada até o fim do ano. O CEO da Pegaki, João Cristofolini, explica que a empresa resolve um problema antigo de logística do e-commerce. Ele lembra que, embora a compra pela internet seja cada vez mais uma realidade, por outro lado as pessoas ainda têm muita dificuldade de receber os produtos comprados. “O insucesso na entrega é um problema real, seja porque

não tem ninguém em casa para receber, ou porque a área é de risco, ou porque o endereço cadastrado está desatualizado. Algumas operações on-line que têm lojas físicas no Brasil já oferecem essa opção de retirada em loja e, essa forma de entrega, já representa 20% do montante relativo a produtos comprados na internet”, diz. A solução oferecida segue a tendência de economia compartilhada porque conecta diferentes partes de uma cadeia, gerando benefícios para todos. O e-commerce tem a oportunidade de oferecer uma entrega facilitada ao cliente, o que gera uma melhor experiência e mais chance de fidelização. O estabelecimento que se torna ponto de retirada, por sua vez, pode utilizar um espaço que era ocioso sem fazer nenhum investimento. Ele recebe R$ 0,50 por entrega realizada e ainda atrai consumidores para o seu ponto de venda. De acordo com o CEO, em média, 30% dos clientes que passam no ponto para retirar suas encomendas, acabam comprando algum produto na loja.

Por fim, o cliente que fez a compra no e-commerce tem a chance de retirar o produto em estabelecimentos mais convenientes para ele, tanto em relação à proximidade, quanto ao horário de funcionamento. Cristofolini destaca que a Pegaki não é uma transportadora e, por isso, o transporte do produto até o ponto de retirada é feito pelas empresas já utilizadas pelo e-commerce ou por transportadoras parceiras da Pegaki. Segundo ele, o custo por entrega nos pontos da Pegaki é de R$ 2,50. Esse valor pode ser pago pelo e-commerce ou pela transportadora, tendo em vista que há uma economia no deslocamento dos caminhões. Gestão dos pontos - De acordo com o CEO, a Pegaki é a responsável por toda a gestão dos pontos de retirada. É ela que faz a seleção dos estabelecimentos, treina os funcionários e fornece o sistema de controle de chegada e retirada de mercadoria. Além disso, a empresa notifica o cliente sobre a chegada do produto, a partir de uma integração com o sistema do e-commerce.

Cristofolini: 30% dos clientes acabam comprando nas lojas em que a mercadoria é retirada

A empresa opera hoje em São Paulo e no Rio de Janeiro e tem 300 pontos de retirada nessas cidades, entre redes de franquia, lojas de conveniência de postos de gasolina e estabelecimentos locais, como papelarias e petshops. Para suprir a demanda da Dafiti, que é um dos

principais e-commerces atendidos pela empresa, a Pagaki iniciou uma expansão para as grandes cidades do País. Entre elas está a capital mineira, onde a empresa já está atuando com prospecção de pontos de retirada. Até o momento 30 estabelecimentos já foram selecionados e a expectativa é que o serviço

DIVULGAÇÃO

Tag Plus anuncia parceria no Peru JULIANA BAETA

Com quase dez anos de atuação no Brasil, a startup mineira Tag Plus, nascida em Belo Horizonte, deu o seu primeiro passo para ganhar a América Latina ao firmar parceria com o Peru, que promete ser a porta de entrada para o continente. Especializada no sistema de gestão comercial eletrônica para micro e pequenas empresas, atendendo principalmente ao setor de varejo e serviços, a empresa pretende somar ao seu catálogo de 8 mil clientes brasileiros, pelo menos 1 mil micro, pequenos e médios empresários peruanos só no segundo semestre deste ano. Junto à Factura Facil, sistema de faturamento eletrônico do Peru, a Tag Plus vai contribuir com seus serviços para agilizar a modernização e vendas dos empresários daquele país. “Diferente do Brasil, muitos países da América Latina são um pouco defasados nestas questões tecnológicas e sistemas voltados para a venda. Vamos levar essa parte da organização

de vendas, de gestão de processamento que o nosso sistema vai levar para os clientes. Vamos ajudar as empresas a venderem mais e se organizarem, porque hoje há uma bagunça muito grande em relação a isso. Por exemplo, enquanto no Brasil toda essa questão de emissão das vendas fiscais é eletrônica, no Peru, isso ainda é muito recente, está começando agora. Acredito que eles tenham muito a evoluir nisso e a gente quer ajudar. Com os sistemas eletrônicos, o governo tem mais controle sobre as vendas, sobre as questões fiscais”, explica o sócio da Tag Plus e responsável pelo processo de internacionalização da empresa, Eduardo Carneiro. Com um faturamento médio anual de R$ 3 milhões e o plano de ganhar a América Latina, a expectativa é ganhar o mercado peruano, que tem 2 milhões de micro, pequenos e médios empresários. Nos primeiros momentos após a parceria, cinco empresas do Peru já passaram a utilizar o sistema da Tag Plus. Até 2020, o planejamento é que as

comece a funcionar na cidade em julho. “Belo Horizonte é o terceiro mercado de entregas de e-commerce no Brasil, então é um dos principais mercados para a Pegaki”, diz. Segundo ele, a expectativa é que, até o fim de 2018, a cidade tenha 200 pontos de retirada em operação.

vendas nos países latinos representem 10% do faturamento da empresa. Aportes - Para viabilizar a parceria com a empresa peruana, a startup mineira investiu entre US$ 5 mil e US$ 10 mil. “Encontramos o parceiro no Peru, que tinha contato com as empresas de lá, mas não tinha o produto. O investimento que tivemos foi para adaptar o nosso sistema nas questões tributárias e no idioma, alocar pessoas, estudar a legislação do país”, conta Carneiro. O próximo país em vista é a Colômbia, que deve ser abraçada pela empresa em até um ano. “Acredito que essa expansão na América Latina vai acontecer de forma gradativa. Uma vez em um país latino-americano, entrar nos outros é algo natural, pela facilidade da língua e pelas questões tributárias que quase não mudam de um país para o outro, excetuando-se o Brasil. Já adaptamos o nosso sistema para o espanhol, o que facilita bastante para atingir este mercado gigantesco que é a América Latina”, conclui.

Empresa de Belo Horizonte pretende também entrar para o mercado colombiano

Serviços - Dentre as funcionalidades da plataforma da Tag Plus, que agora tem a sua versão em espanhol, estão o controle de vendas, emissão de nota

fiscal eletrônica, loja virtual integrada, controle financeiro, gestão de compras, cadastro de produtos e clientes. Também é possível contar com a emissão de

Escrituração Fiscal Digital (EFD) e o Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintrega).

EDUCAÇÃO

Uniasselvi abre segunda unidade na capital mineira JULIANA BAETA

Belo Horizonte acaba de ganhar sua segunda unidade da Uniasselvi, instituição de ensino superior referência na modalidade EAD semipresencial. Ou seja, o aluno realiza todo o curso de graduação à distância, mas tem encontros acadêmicos com os tutores uma vez por semana nos polos

físicos. Em BH, há um polo no bairro Guarani, na região Norte, e uma unidade própria no Shopping Estação, em Venda Nova. Atualmente, as unidades da capital contam com 500 alunos matriculados, mas a ideia é que, com a inauguração da unidade própria, este número suba para 4 mil. Em Minas Gerais, são 28 unidades e ampliar este

número também faz parte dos planos de expansão da empresa. “Nossa expansão em Minas contemplará apenas a modalidade semipresencial a distância. Somos a única instituição realmente semipresencial, com encontros com tutores nos polos uma vez por semana. Por sermos pioneiros nessa metodologia de ensino, temos um modelo

pedagógico amplamente testado e reconhecido, com mais de 18 anos de existência e alta satisfação dos alunos”, conta o diretor de Mercado da Uniasselvi, Luiz Gonzaga Victor Foureaux Neto. Atualmente, a instituição conta com mais de 300 polos EAD distribuídas por todas as regiões do País e dez unidades próprias de ensino presencial, modalidade tam-

bém contemplada. Ao todo, são 60 cursos de graduação e pós-graduação oferecidos, sendo os mais procurados, Pedagogia, Administração e Ciências Contábeis. Toda a rede no Brasil gera mais de 3 mil empregos diretos, e cerca de 5 mil indiretos. Dentro dos planos de expansão da empresa, Belo Horizonte deve ganhar outras unidades nos próxi-

mos anos. Em Minas, além de BH, os polos presenciais estão localizados em Araçuaí, Berilo, Curvelo, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Itabirito, Itajubá, Jaíba, Janaúba, Januária, Minas Novas, Montes Claros, Mutum, Nova Serrana, Oliveira, Paracatu, Patrocínio, Pirapora, Salinas, Sete Lagoas e Uberaba.


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AGRONEGÓCIO

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FRIGORÍFICO

AÇÚCAR

Produção no Supremo investirá R$ 60 mi até 2020 Centro-Sul recua Com sistema de desossa em mais duas plantas em Minas, previsão é de alta de 9% no faturamento MICHELLE VALVERDE

O Grupo Supremo Carnes, com sede em Ibirité, na região Central, investirá R$ 60 milhões entre 2018 e 2020. O aporte tem como objetivo instalar o sistema de desossa nas plantas de abate de bovinos localizadas nos municípios de Campo Belo, na região Centro-Oeste, e Abaeté, região Central. Parte do montante também será aplicada em melhorias na planta de Carlos Chagas, no Vale do Mucuri, onde já é feito o abate dos bovinos e a desossa da carne. Com o investimento, haverá expansão de 35% a 40% na produção de carne, o que permitirá o aumento da participação no mercado. Para 2018, as expectativas são positivas e a projeção é fechar o ano com aumento de 9% no faturamento. De acordo com o diretor executivo do Grupo Supremo Carnes, Sandro Silva de Oliveira Júnior, os aportes serão iniciados até o final do ano e a previsão é concluir todo o investimento em 2020. “Nosso projeto é de médio a longo prazo e iremos investir R$ 60 milhões. Nossa expectativa é ampliar entre 35% a 40% a produção de carne bovina e expandir nossa atuação nos mercados nacional - principalmente em Minas Gerais - e internacional”, explicou Oliveira. O Grupo Supremo possui quatro plantas em operação,

todas no Estado, e a intenção é aprimorar e modernizar a estrutura das unidades. Na unidade de Ibirité, matriz da empresa, já é feito o abate e desossa da carne. Na unidade de Carlos Chagas, o aporte será na modernização e aprimoramento dos sistemas de abate e desossa. Já nas unidades de Abaeté e Campo Belo, além do abate, que já é feito, será instalado o sistema para a desossa da carne, o que é fundamental para o crescimento da produção. “Hoje nosso abate gira em torno de mil cabeças ao dia e nossa expectativa é elevar esse volume para até 1,5 mil cabeças dia em 2020. Nosso planejamento é agressivo e pretendemos ampliar ainda mais nossa atuação dentro do País e, principalmente, no Estado. Hoje, nosso market share no mercado mineiro varia de 35% a 40% e pretendemos expandir em pelo menos 10% após a expansão das plantas”, explicou. Com 30 anos de atuação no mercado, com a expansão, a empresa pretende ocupar o espaço deixado pelos grandes frigoríficos envolvidos na operação Carne Fraca. “A gente está totalmente fora da operação Carne Fraca e teremos a oportunidade de preencher o mercado deixado principalmente pelas empresas que foram afetadas pela operação, principalmente, os grandes players”.

ALISSON BARBOSA/DIVULGAÇÃO

Com a melhoria de processo em duas das quatro unidades, meta é elevar produção em 40%

Atualmente, 70% da produção do frigorífico é destinada ao mercado nacional e 30% exportada para cerca de 30 países. No exterior, a maior demanda é proveniente do Oriente Médio e do Sudeste Asiático. Com o aporte, a expectativa é adaptar as fábricas e atender a mercados mais exigentes, como a União Europeia e os Estados Unidos. Linhas nobres - A preocupação com a qualidade da carne disponibilizada para o mercado é grande. De acordo com Oliveira, o Grupo Supremo tem investido também em linhas nobres, como a carne de angus. O produto tem maior valor de

mercado, principalmente devido à qualidade e ao manejo diferenciado. “Fizemos, há três meses, o lançamento da linha Black Angus e nossa principal atuação será na mudança de concepção do mercado para mostrar que Minas Gerais consegue produzir carne premium e de qualidade. O tíquete médio desse produto é mais alto, mas o consumidor, em função da qualidade diferenciada da carne, da maciez e do marmoreio, tem aceitado bem o produto. É um diferencial que o consumidor busca e que tem mercado”, explicou Oliveira. Em relação ao mercado, as expectativas são positivas

e a tendência é encerrar o período com aumento de 9% no faturamento, que deve ficar próximo a R$ 750 milhões. “Nossa expectativa é crescer em 2018, apesar do consumo retraído no mercado interno e da recuperação ainda lenta da economia. O mercado externo tem compensado parte da queda de consumo no mercado local, principalmente, com a desvalorização do câmbio”. O Grupo Supremo Carnes conta, hoje, com 1,3 mil funcionários diretos e gera cerca de 700 empregos indiretos. Com o investimento, a expectativa é ampliar em 30% o número de empregos diretos no interior do Estado.

FRANGO

Depósito antidumping será discutido na China Pequim - A China realizará uma audiência no final deste mês sobre a decisão de Pequim de impor um depósito antidumping ao frango brasileiro, informou ontem em seu site o Ministério do Comércio. As partes envolvidas no processo antidumping podem pedir para serem ouvidas na audiência, que será realizada em 26 de julho, segundo anúncio publicado no site do ministério. O Ministério do Comércio disse que vai divulgar mais detalhes sobre a audiência posteriormente. Pequim impôs direitos provisórios antidumping temporários sobre as importações

de carne de frango brasileira no mês passado, em mais um revés para as gigantes de proteína animal do País, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos pressionaram Pequim a reabrir seu mercado para produtos avícolas norte-americanos. A partir de 9 de junho, os importadores chineses de frango do Brasil passaram a pagar depósitos de 18,8% a 38,4% do valor de suas compras. BRF - Empregados da empresa de alimentos BRF aprovaram na última terça-feira suspensão de contratos de trabalho da maior parte da

fábrica da companhia em Chapecó (SC) por cinco meses, informou o sindicato local em comunicado. Com o layoff, os trabalhadores receberão uma bolsa-auxílio no valor de 80% do salário paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes). A entidade não divulgou o número de trabalhadores atingidos pelo layoff, mas a BRF informou que a medida envolve 1.400 funcionários da linha que fabrica produtos de carne de frango.

A proposta aprovada em assembleia também inclui cláusula em que em caso de demissão após três meses do fim da suspensão dos contratos de trabalho, a BRF pagará multa adicional de 100% do salário nominal, além das multas rescisórias. Em reestruturação de suas atividades, a BRF anunciou no final de junho que quer vender R$ 5 bilhões em ativos no segundo semestre deste ano. A empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão, havia informado em 20 de junho que havia concedido férias coletivas de 30 dias aos funcionários da unidade em

Chapecó, em consequência do impacto da greve dos caminhoneiros. A BRF afirmou em nota que o regime de layoff poderá “durar até cinco meses” e entrará em vigor a partir de 29 de agosto. “A decisão visa ajustar os estoques da companhia. BRF ressalta que a unidade segue em funcionamento e deverá voltar a operar normalmente após este período. Os investimentos destinados a melhorias locais serão mantidos e os termos contratuais vigentes serão honrados junto aos atuais integrados”, afirmou a empresa. (Reuters)

LARANJA DIVULGAÇÃO

Exportações brasileiras de suco cresceram 29% na safra 2017-2018 São Paulo - As exportações brasileiras de suco de laranja cresceram 29% na safra 2017/18, entre julho do ano passado e junho último, em meio a uma forte demanda dos Estados Unidos, informou ontem a CitrusBR. Segundo a associação que representa o setor no maior exportador global da commodity, os embarques totalizaram 1,15 milhão de toneladas de suco de laranja concentrado, congelado equivalente a 66 graus brix (FCOJ equivalente), ante 894,67 mil em 2016/17.

Em receita, as vendas aumentaram em 30%, para US$ 2,1 bilhões. “A conjuntura ajudou o setor, mas o aumento dos embarques para os EUA é um destaque”, resumiu o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, em nota. Citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a associação disse que os embarques aos EUA em 2017/18 atingiram um volume recorde de 315,49 mil toneladas de FCOJ equivalente, avanço de 83% em relação à temporada anterior. O faturamento com

esse país foi de US$ 561,7 milhões, alta de 77%. De acordo com Netto, dois fatores foram determinantes para esse resultado. “O primeiro deles é que o mercado americano sofreu com os efeitos do furacão Irma, que prejudicou a produção local. O segundo é que na safra anterior o Brasil exportou menos em função da restrição de oferta ocasionada pela safra 2016/17, que foi muito pequena.” Os embarques para a União Europeia, principal mercado para as exportações de suco de laranja

As vendas aumentaram 30% em receita, puxadas pelos EUA

brasileiro, foram de 675,07 mil toneladas (alta de 16%), gerando receita 18% maior, com US$ 1,23 bilhão. Por fim, para o Japão, principal destino na Ásia,

foram 54,63 mil toneladas em embarques, alta de 33% na comparação com a safra anterior. A receita neste caso avançou 52%, para US$ 105,7 milhões. (Reuters)

23,7% em favor do etanol São Paulo - A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil caiu 23,7% na segunda quinzena de junho, conforme usinas da região seguem voltadas à fabricação de etanol, relatou ontem o grupo industrial União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), ressaltando que por ora não há problemas com a estocagem do biocombustível. De acordo com a Única, da oferta total de matéria-prima na segunda metade de junho, apenas 37,7% foi direcionada ao adoçante, contra 50,5% há um ano. Com isso, foram produzidos 2,28 milhões de toneladas de açúcar, ante quase 3 milhões em igual período de 2017, ao passo que a fabricação de etanol saltou 30,4%, para 2,35 bilhões de litros. O álcool vem se mostrando mais atrativo para as usinas desde o ano passado, na esteira de mudanças tributárias no País, e ganhou ainda mais impulso após as referências internacionais do açúcar na Bolsa de Nova York caírem para mínimas em anos em razão da ampla oferta. Tanto que as vendas totais de etanol em junho cresceram 23,2%, para 2,62 bilhões de litros. A fabricação de etanol hidratado, usado diretamente nos tanques dos veículos, por exemplo, avançou 60,2% na quinzena. No acumulado da safra, iniciada em abril, já supera em 76,4% o apurado em igual período do ano passado, com quase 8 bilhões de litros. “Apesar do aumento da produção de hidratado ter superado a marca de 75%, não observamos nenhum problema generalizado até o momento relacionado à armazenagem física do produto”, afirmou, em nota, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues. Segundo ele, há tanques com capacidade superior a 16 bilhões de litros nas unidades produtoras, enquanto a estocagem atual é inferior a 35% desse total. Processamento - A Unica reportou ainda que a moagem de cana no Centro-Sul foi 5% menor na quinzena, com 45,3 milhões de toneladas. Entretanto, a qualidade da matéria-prima, medida pela concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), cresceu 7,8%, atingindo 140 kg por tonelada de cana processada. “Os índices de qualidade verificados no final de junho deste ano só foram observados no início de agosto em anos anteriores. O clima seco favoreceu a concentração de açúcares na planta, mas deve prejudicar substancialmente o rendimento agrícola da lavoura a ser colhida nos próximos meses”, alertou Rodrigues. Desde abril, o Centro-Sul já processou 222,6 milhões de toneladas de cana, superando em 11,6% o registrado em igual período de 2017. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2018

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MARCOS SANTOS / USP IMAGENS

SENADO

CPI dos Cartões de Crédito aprova relatório final Parecer sugere melhorias ao setor Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões de Crédito no Senado aprovou ontem, em votação simbólica, o relatório final do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O relatório traz uma série de sugestões ao Banco Central (BC) e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aperfeiçoar o setor, fomentar a concorrência e reduzir os custos ao consumidor final. Entre as medidas sugeridas no relatório de Bezerra Coelho estão a transformação de recebíveis em títulos negociáveis dentro e fora do mercado financeiro e a alteração da forma de cobrança do cheque especial. Atualmente, um estabelecimento comercial, ao fazer a venda via cartão, recebe o pagamento cerca de 30 dias após a transação. A proposta, conforme o relatório, é que o recebível se transforme em ativo financeiro, que possa ser transacionado em qualquer mercado e não apenas no financeiro. “Dessa forma, os lojistas poderiam, por exemplo, oferecer os recebíveis em garantia para fornecedores ou vender os títulos para fundos de direito creditório”, registra o relatório. Com o documento aprovado pela comissão, uma proposta que autoriza a transação desses títulos, anexada ao documento, deve passar a ser projeto de lei da comissão. Cheque especial - No caso do cheque especial, o relatório sugere a alteração da cobrança atual, que corresponde a um percentual

sobre o saldo negativo, para uma combinação de tarifa fixa e montante variável, proporcional ao valor do empréstimo. O relatório de Bezerra Coelho, que consolida uma série de sugestões apresentadas por senadores ao longo dos trabalhos da CPI, também sugere a cobrança de uma combinação de tarifa fixa e juros no caso do crédito rotativo. No Brasil, a cobrança é apenas de juros sobre o montante devido. “É prática comum em outras jurisdições, como Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e outras, a cobrança de tarifa de abertura de crédito rotativo quando não é pago o valor mínimo exigido da fatura”, pontuou o relatório. “Como no Brasil essa prática não é comum, a comparação internacional entre as taxas de juros praticadas nas operações com cartão de crédito e cheque especial é dificultada”. Há recomendações ainda para que o BC imponha um teto para a tarifa de intercâmbio na função crédito e para a autoridade monetária e o Cade estudarem medidas de desverticalização do mercado. “A verticalização do mercado de cartões, com os maiores bancos se tornando importantes emissores e controladores de adquirentes e bandeiras permite que se crie uma série de subsídios cruzados, distorcendo os preços relevantes (tarifa de intercâmbio, tarifa de desconto, anuidade dos cartões, etc), com o objetivo de afastar a concorrência”, registrou o relatório. (AE)

Documento propõe, entre outros, mudança na forma como é cobrado atualmente o cheque especial e o crédito rotativo

ANBIMA

Emissões sobem 18% no 1º semestre São Paulo - O volume de ofertas de emissões no mercado doméstico e externo, no primeiro semestre deste ano, incluindo renda fixa e variável, somou R$ 144,5 bilhões, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As emissões de renda fixa no mercado externo chegaram em R$ 38,9 bilhões, com 17 operações. Já o volume em renda fixa e híbridos somou R$ 89,7 bilhões, com 285 ofertas. As emissões de renda variável alcançaram R$ 6,9 bilhões, com quatro emissões no período. A entidade frisa que o volume de ofertas no primeiro semestre superou a média do mesmo período em sete anos, de R$ 122,5 bilhões. O destaque, segundo a Anbima, foi o crescimento no volume de ofertas públicas de letras financeiras, debêntures,

TEMOR NO MERCADO

Dólar avança mais de 2% e Ibovespa recua em meio a tensões comerciais globais São Paulo - O dólar saltou mais de 2% e voltou a se aproximar do patamar de R$ 3,90 ontem, em meio ao ambiente de aversão ao risco no exterior, depois que os Estados Unidos (EUA) ameaçaram adotar novas tarifas sobre produtos da China, enquanto investidores seguiram atentos a possível atuação extraordinária do Banco Central (BC). O cenário de maior cautela endossou também um movimento de correção, após a moeda norte-americana acumular perdas de quase 3,50% nos dois pregões passados. O dólar avançou 2,20%, a R$ 3,8811 na venda. O dólar futuro subia cerca de 1,65% no fim do dia. “A busca por risco observada nos últimos dias sofre sério revés (em escala global) após (o presidente dos EUA) Donald Trump voltar a engrossar o tom em termos de

guerra comercial”, apontou a corretora H.Commcor em relatório. O governo norte-americano elevou as tensões na disputa com Pequim ao ameaçar impor tarifas a uma lista de US$ 200 bilhões em importações chinesas, medida que atingiu os ativos de maior risco do mundo todo. “Difícil prever o desfecho dessas tensões, mas acreditamos que há uma perda de dinamismo global, fluxos de capitais menos intensos, com correção de preços dos ativos e uma possível ‘guerra cambial’. Efeito sobre confiança e decisões de investimentos também tende a ser negativo”, escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório. O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares,

para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões. Com isso, rolou o equivalente a US$ 4,9 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para o pregão. B3 - O Ibovespa fechou em queda ontem, pressionado pelo viés negativo nos mercados globais, após a ameaça dos EUA aos chineses. O principal índice da bolsa paulista encerrou em baixa de 0,62%, a 74.398 pontos. O volume financeiro somou R$ 9,9 bilhões. “O mau humor externo ditou o rumo da Bovespa. E a questão das tarifas comerciais é o que pesou no mercado internacional”, disse o sócio da gestora Galt Capital, Igor Lima. (Reuters)

notas promissórias, certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e fundos imobiliários. Além disso, as emissões de debêntures de infraestrutura atingiram o volume recorde desde a criação da Lei 12.431/11. As emissões de debêntures, de janeiro a junho, chegaram a R$ 60,5 bilhões,

o dobro do visto no mesmo intervalo do ano passado. Desse total, R$ 9,6 bilhões referem-se às debêntures de infraestrutura. Em relação aos prazos da captação doméstica de renda fixa e híbridos, 41% é de até três anos, 39,7% com prazo entre quatro e seis anos, 7,1% de sete a nove anos e 12,2%

de dez anos ou mais. Renda variável - Depois de um ano recheado de ofertas de ações, o primeiro semestre registrou queda de 51% do volume em relação ao ano passado, para R$ 6,9 bilhões. A Anbima destaca que, no período, oito empresas desistiram de suas emissões. (AE)




Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

COMERCIAL

PTAX (BC)

TURISMO

PARALELO

6HW

2XW

1RY

'H]

-DQ

)HY

0DUoR

$EULO

0DLR

-XQKR 1R DQR PHVHV

0,10%

0,47%

0,20%

0,52%

0,89%

0,76%

0,07%

0,64%

0,57%

1,38%

0,55%

0,46%

-0,42%

0,00%

-0,03%

0,19%

1,01%

1,23%

2,51%

0,74%

0,58%

0,15%

0,56%

0,93%

1,64%

1,48%

5,45%

7,79%

COMPRA

R$ 3,8750

R$ 3,8024

R$ 3,8657

,*3 0 )*9

VENDA

R$ 3,8755

R$ 3,8029

R$ 3,8662

,3& )LSH

-0,01%

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

COMPRA

R$ 3,8411

R$ 3,9446

R$ 3,9258

,*3 ', )*9

-0,30%

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

VENDA

R$ 3,8411

R$ 3,8452

R$ 3,9264

,13& ,%*(

0,17%

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

0,18%

0,07%

0,21%

0,43%

1,43%

2,57%

3,53%

COMPRA

R$ 3,8170

R$ 3,7700

R$ 3,7730

,3&$ ,%*(

0,24%

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

0,32%

0,05%

0,22%

0,40%

1,26%

2,60%

4,39%

VENDA

R$ 4,0230

R$ 3,9400

R$ 4,0000

,&9 ',((6(

0,13%

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

0,05%

0,03%

0,04%

0,07%

-

1,15%

2,50%

COMPRA

R$ 3,9600

R$ 3,8800

N/D

,3&$ ,3($'

0,70%

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

-0,44%

-0,27%

0,19%

0,22%

1,71%

3,14%

5,35%

VENDA

R$ 4,0600

R$3,9800

N/D

0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

-XQKR 954,00 23,54 3,2514 6,60

-0,72%

1,87%

5,39%

6,92%

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

6,44% - a.a.

Capital de Giro

8,82% - a.a.

Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

6,39% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.244,40

US$1.255,40

US$1.257,66

R$ 153,00

R$ 153,50

R$ 155,20

BM&F-SP (g) Fonte: AE

Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52

0HWD GD 7D[D D D

8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50

Reservas Internacionais 10/07 .......................................................................... US$ 379.849 milhĂľes Fonte: BC

Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5

AtĂŠ 1.903,98

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. Obs:

TR/Poupança $JRVWR

Fonte: AE

Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

Ă‹QGLFHV -XOKR

Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015

-XOKR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,01 83& 5

23,51 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

$JRVWR 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

06/06 a 06/07 07/06 a 07/07 08/06 a 08/07 09/06 a 09/07 10/06 a 10/07 11/06 a 11/07 12/06 a 12/07 13/06 a 13/07 14/06 a 14/07 15/06 a 15/07 16/06 a 16/07 17/06 a 17/07 18/06 a 18/07 19/06 a 19/07 20/06 a 20/07 21/06 a 21/07 22/06 a 22/07 23/06 a 23/07

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

02('$ 3$Ă‹6 BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 26 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978

Contribuição ao INSS &2035$ 0,000032 0,5487 0,8022 0,006751 0,4385 0,604 0,4764 0,4375 0,1735 0,07986 0,03255 12,6811 0,003201 5,41 0,03809 1,0456 2,8416 3,8411 3,8411 2,9254 0,01819 4,5809 2,8225 0,4893 0,5624 3,8411 0,01385 3,8662 0,0006714 0,03444 0,2141 5,0841 0,002525 0,00745 0,1257 0,7957 1,1707 0,05577 0,005885 0,001332 3,8411 0,07732 0,07172 0,2021 0,1226 0,5115 0,002697 0,5745 0,5734 1,0547 9,9769 0,01535 0,0000891 1,0241 0,0009291 0,9508 0,06184 0,0002669 0,2478 1,055 0,003417 1,0382 4,5018

9(1'$ 0,0000321 0,5608 0,8085 0,006794 0,4391 0,6042 0,4767 0,4377 0,1736 0,08029 0,03278 12,7082 0,003238 5,4185 0,03816 1,046 2,8429 3,8417 3,8417 2,9268 0,0186 4,6566 2,8239 0,4895 0,5777 3,8417 0,01387 3,8684 0,0006747 0,03445 0,2152 5,0864 0,002553 0,00746 0,1257 0,7962 1,1716 0,05586 0,00589 0,001333 3,8417 0,07736 0,07176 0,2022 0,1228 0,5137 0,002713 0,5754 0,5736 1,0554 9,981 0,01537 0,0000891 1,0244 0,0009562 0,9516 0,06189 0,0002672 0,2491 1,0564 0,003424 1,0385 4,5040

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71

Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Fevereiro/2018 Março/2018

&UpGLWR Abril/2018 Maio/2018

Seguros

TBF

24/06

0,01311781 2,92791132

25/06

0,01311781 2,92791132

26/06

0,01311781 2,92791132

27/06

0,01311781 2,92791132

28/06

0,01311781 2,92791132

29/06

0,01311781 2,92791132

30/06

0,01311781 2,92791132

01/07

0,01311781 2,92791132

02/07

0,01311781 2,92791132

03/07

0,01311781 2,92791132

04/07

0,01311781 2,92791132

05/07

0,01311781 2,92791132

26/06 a 26/07 27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 A 06/08 07/07 a 07/08 08/07 a 08/08 09/07 a 09/08 10/07 a 10/08 Fonte: AE

06/07

0,01311781 2,92791132

07/07

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0,01311781 2,92791132

09/07

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12/07 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

0,5106 0,5105 0,5092 0,4844 0,4608 0,5070 0,5302 0,5294 0,5324 0,5106 0,4879 0,4863 0,5095 0,5327 0,5327

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Junho ,*3 ', )*9

Junho ,*3 0 )*9

Junho

1,0439 1,0779 1,0692

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 13

Taxas de câmbio

24/06 a 24/07 25/06 a 25/07 26/06 a 26/07 27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 a 06/08 07/07 a 07/08 08/07 a 08/08 09/07 a 09/08 10/07 a 10/08

IOF - Pagamento do IOF apurado no 1Âş decĂŞndio de julho/2018: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 1Âş a 10.07.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei no 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV D residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) EFD – Contribuiçþes - Entrega da EFD - Contribuiçþes relativas aos fatos geradores ocorridos no mĂŞs de maio/2018 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.252/2012, art. 7Âş). Internet Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no DomĂ­nio EconĂ´mico cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de junho/2018 (art. 2Âş, § 5Âş, da Lei nÂş 10.168/2000; art. 6Âş da Lei nÂş 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a tĂ­tulo de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistĂŞncia tĂŠcnica, cessĂŁo e licença de uso de marcas e cessĂŁo e licença de exploração de patentes - CĂłd. Darf 8741. Incidente na comercialização de petrĂłleo e seus derivados, gĂĄs natural e seus derivados e ĂĄlcool etĂ­lico combustĂ­vel (Cide-CombustĂ­veis) CĂłd. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3Âş, § 5Âş, da Lei nÂş 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nÂş 11.196/2005), no perĂ­odo de 16 a 30.06.2018. Darf Comum (2 vias)

EFD-Reinf - Entrega da Escrituração Fiscal Digital de Retençþes e Outras Informaçþes Fiscais (EFD-Reinf), relativa ao mĂŞs de junho/2018, pelas entidades compreendidas no 1Âş Grupo, com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.701/2017, art. 2Âş, § 1Âş inciso I, e art. 3Âş, ambos com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nÂş 1.767/2017). Internet Dia 16 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual Recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias relativas Ă competĂŞncia junho/2018 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. GPS (2 vias) 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Âą &RQWULEXLQWH LQGLYLGXDO H IDFXOWDWLYR Opção pelo recolhimento trimestral Recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias relativas Ă s competĂŞncias abril e/ou maio e/ ou junho (2Âş trimestre/2018), devidas pelos segurados contribuintes individuais e facultativos que tenham optado pelo recolhimento trimestral e cujos salĂĄrios-de-contribuição sejam iguais ao valor de um salĂĄrio-mĂ­nimo. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. GPS (2 vias) Dia 20 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de junho/2018, incidente sobre rendimentos de EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS 5HWHQomR na Fonte - 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas a outras pessoas jurĂ­dicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de junho/2018 (Lei nÂş 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nÂş 13.137/2015). Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2018

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LEGISLAÇÃO SIMPLES NACIONAL

Refis tem adesão de 386 mil MPEs Número equivale a 73,5% dos pequenos negócios excluídos do regime em janeiro Brasília - O Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte com débitos do Simples Nacional (Pert-SN), conhecido como Refis da MPEs, alcançou a adesão de 386.108 empresas. A última segunda-feira (9) foi a data limite para os pequenos negócios aderirem ao programa e adquirirem o benefício de parcelar suas dívidas em até 180 vezes, com redução de juros e multas. A informação é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O número de micro e pequenas empresas que buscaram quitar os débitos com a União equivale a 73,5% do total dos empreendimentos excluídos do regime em janeiro deste ano por estarem inadimplentes com o Fisco. Quarenta mil microempreendedores individuais também se regularizaram. A adesão ao parcelamento especial contou ainda com mais de 61 mil pedidos, até a última semana, de pequenos negócios inscritos na Dívida Ativa

PEDRO FRANÇA / AGÊNCIA SENADO

na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (GPFN). Para validar a solicitação, é necessário efetivar o pagamento da primeira parcela dentro do prazo. A crise econômica foi um dos principais motivos que levaram cerca de 600 mil micro e pequenos empreendedores à inadimplência. Em 2017, o Congresso Nacional aprovou o refinanciamento dos débitos, mas o projeto foi vetado pela Presidência da República. Em abril passado, no entanto, o Senado e a Câmara dos Deputa- Vinicius Lages prevê fôlego para MPEs parcelar dívidas dos derrubaram o veto por unanimidade, depois de cius Lages, lembra que este pequena empresa em acertar negociações entre o Sebrae, foi o primeiro Refis para os as contas com a União. O Legislativo e Executivo. Um pequenos empreendimentos Refis garantiu um direito dos argumentos foi que o feito em condições especiais, constitucional dos pequenos segmento tem sido um dos mas isso já havia sido feito negócios”, destacou Lages. maiores responsáveis pela para as grandes empresas. manutenção dos empregos “Depois de segurar os em- Descontos - Pelas regras no País. O último levanta- pregos quando as médias criadas pelo Comitê Gesmento feito pelo Sebrae, e grandes corporações fe- tor do Simples Nacional, com dados do Ministério charam centenas de vagas, poderiam aderir ao Refis do Trabalho, indicou que os pequenos negócios final- os devedores com débitos os pequenos negócios res- mente terão agora fôlego vencidos até 29 de dezemponderam por mais de 70% para parcelar as dívidas bro do ano passado. Para dos novos postos de trabalho e continuar inovando. A aderir ao programa, foram adesão de mais de 73% das oferecidas diversas formas surgidos em maio. O diretor de Administra- empresas excluídas em ja- de pagamento e de desconção e Finanças e presidente neiro confirma a disposição tos que chegaram a 90%, de em exercício do Sebrae, Vini- dos empresários de micro e acordo com a modalidade

de adesão. Para os microempreendedores individuais (MEIs), o valor mínimo das mensalidades foi de R$ 50 e para os demais negócios de micro e pequeno porte, as parcelas foram definidas em R$ 300. O Simples foi criado com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, e entrou em vigor um ano depois. O sistema é um regime compartilhado (União, estados e municípios) de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos, destinado às micro e pequenas empresas, que pagam em um único boleto oito impostos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social de Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Financeira para a Seguridade Social (Cofins), Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/ Pasep) e a Contribuição Patronal Previdenciária. (ASN)

Adoção do eSocial será obrigatória em novembro Brasília - Micro e pequenas empresas serão obrigadas a ingressar no eSocial, a partir de novembro. Foi publicada no “Diário Oficial da União (DOU)” de ontem a Resolução nº 4 do Comitê Diretivo do eSocial permitindo que micro e pequenas empresas – que são aquelas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões – e microempreendedores individuais (MEIs) possam ingressar no programa que unifica as informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas dos empreendedores em um banco de dados administrado pelo governo federal. A Receita Federal lembra que somente os MEIs que têm empregados precisarão prestar informações ao eSocial. Atualmente, são aproximadamente 155 empregadores. A obrigação de ingressar no eSocial para micro e pequenos empreendedores e para os MEIs será somente em novembro, mas a norma publicada hoje oferece a opção de ingresso já na próxima segunda-feira (16), juntamente com empresas privadas do país que têm faturamento anual inferior a R$ 78 milhões. No caso dessas empresas, o ingresso no eSocial é obrigatório a partir de segunda-feira. Desde janeiro deste ano, o eSocial

já está em operação para as grandes empresas – que possuem faturamento anual superior a R$ 78 milhões – e que formam, no âmbito do eSocial, as chamadas empresas do primeiro grupo. Atualmente, 97% delas já integram as bases do eSocial. Quando totalmente implementado, o eSocial reunirá informações de mais de 44 milhões de trabalhadores do setor público e privado do país em um mesmo sistema e representará a substituição de até 15 prestações de informações ao governo - como Gfip, Rais, Caged e Dirf - por apenas uma. Assim como está acontecendo com as grandes empresas e como ocorrerá com os entes públicos, a implementação do eSocial para as empresas do segundo grupo – excluídas neste momento a obrigatoriedade de pequenas empresas e de MEI - se dará de forma escalonada, dividida em cinco fases, distribuídas de julho a janeiro de 2019. Dessa forma, os empregadores incluirão gradativamente suas informações no sistema. A partir do dia 16 de julho até o dia 31 de agosto deste ano, os empregadores deverão enviar ao eSocial apenas informações de cadastro e tabelas das empresas. Em relação aos

MEI que possuam empregados e que optem por já ingressar no eSocial, o Comitê Gestor do eSocial esclarece que, na prática, eles não terão nenhuma informação para prestar antes de setembro, já que os dados da 1ª fase (cadastro do empregador e tabelas) são de preenchimento automática pela plataforma simplificada que será disponibilizada para este público. Apenas a partir de setembro, os empregadores do segundo grupo precisarão incluir na plataforma informações relativas a seus trabalhadores e seus vínculos com as empresas, como admissões, afastamentos e demissões, por exemplo. Finalmente, de novembro até o final de 2018, deverão ser incluídos dados referentes às remunerações dos trabalhadores e realizado o fechamento das folhas de pagamento no ambiente nacional. Em relação às micro e pequenas empresas e aos MEIs, como esses estarão obrigadas ao eSocial somente a partir de novembro – quando ingressarem no sistema eles deverão prestar as informações referentes às três fases iniciais do cronograma. Em janeiro do ano que vem haverá, para o segundo grupo como um todo, a substituição da Guia de Informações à

Previdência Social (Gfip) pelo eSocial e a inserção de dados de segurança e saúde do trabalhador no sistema. Os empregadores pessoas físicas, contribuintes individuais – como produtor rural e os segurados especiais – somente deverão utilizar o eSocial a partir de janeiro de 2019. Novos portais - Nos próximos dias, serão ser disponibilizados os novos portais do eSocial, onde os empregadores poderão inserir diretamente as informações, sem necessidade de sistemas para integração. Também será disponibilizada, a partir do próximo dia 16, a plataforma simplificada destinada aos MEI. Nesse ambiente simplificado – semelhante ao eSocial do Empregador Doméstico – não será necessário o uso de certificado digital, podendo o empregador acessá-lo apenas por código de acesso. A plataforma simplificada permitirá ao microempreendedor realizar cálculos automáticos via sistema, como o que realiza o cálculo de rescisões e a ferramenta de férias, por exemplo. Segundo a Receita, a maioria dos MEIs - que não possuem empregados - continuará prestando contas normalmente ao governo. (ABr)

Readmissão de 470.916 empresas Brasília - O plenário do Senado aprovou na noite da última terça-feira (10), por unanimidade, o projeto que permite a readmissão de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte excluídos do Simples Nacional em 1º de janeiro por dívidas tributárias em atraso. A matéria seguiu para sanção presidencial. De acordo com o relator da proposta, senador José Pimentel (PT-CE), em janeiro deste ano, a Receita Federal excluiu 470.916 empresas do Simples, por dívida com a Receita Federal. Atualmente, 215.321 empresas que aderiram ao Refis tiveram a dívida parcelada, mas não podem voltar ao Simples. A resolução editada pelo governo estabeleceu que essas empresas só podem retornar em janeiro de 2019. “O que é que isso implica? Essas 215 mil empresas que fizeram o Refis terão que pagar, todo mês, a parcela do Refis mais os impostos daquele mês. E são pequenas empresas, empresas simples, de todas as regiões do Brasil, que terminarão ficando inadimplentes”, argumentou Pimentel. O senador afirmou que o retorno delas não terá impacto aos cofres públicos neste ano. “Esse projeto de lei não tem nenhum impacto orçamentário. No Orçamento de 2018, quando o aprovamos em 2017, já havia a previsão do Simples para essas empresas. A sua exclusão, volto a dizer, aconteceu em janeiro de 2018”, disse. Para retornar ao Simples Nacional, os interessados deverão aderir ao Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pert-SN), que autoriza o refinanciamento das dívidas fiscais (Refis). A reinclusão deverá ser pedida, de forma extraordinária, no prazo de 30 dias contados da data de adesão ao Refis, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2018. O Simples é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. (ABr)

IMÓVEIS

Votação de projeto alternativo de distrato é adiada Brasília - A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado foi cancelada na manhã de ontem pelo presidente do colegiado, Edison Lobão (MDB-PI). Com isso, a estratégia de alguns senadores em tentarem aprovar um projeto alternativo sobre as regras para a desistência da compra de imóvel na planta, o chamado distrato imobiliário, foi adiada. Após imporem uma forte derrota ontem ao projeto do distrato na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, esse grupo de parlamentares planejava incluir na pauta da CCJ hoje outro projeto sobre o mesmo tema, que estipula penalidades menores aos

compradores de imóveis que desistam do negócio. A polêmica em torno do primeiro projeto - já aprovado na Câmara dos Deputados - se deve a um artigo que fixa a multa ao comprador do imóvel em 50% do valor já pago à construtora em caso de desistência do negócio. A retenção de metade do valor já pago pelos consumidores às incorporadoras valeria nos casos de devolução de imóveis construídos no chamado regime de afetação - regime da maioria dos empreendimentos, pelo qual cada empreendimento tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) próprio para proteger interesses dos compradores. A legislação atual não es-

tabelece um percentual de multa fixo nesses casos, e as decisões judiciais normalmente estabelecem multas entre 10% e 25% - teto que o governo queria colocar no projeto. A pressão das empresas, no entanto, levou essa multa para 50% no texto aprovado pelos deputados. Mesmo derrotado na CAE, o projeto irá ao plenário do Senado. Caso seja aprovado pelos senadores, a multa de 50% tem grandes chances de ser vetada pelo presidente Michel Temer. Caso o projeto seja novamente derrotado em plenário, a legislação atual continuará a ser aplicada - ou seja, os distratos continuarão acabando na Justiça.

Por isso, parte dos senadores tentaria pautar na reunião de hoje da CCJ um projeto sobre o mesmo tema, de autoria do senador Dalirio Beber, (PSDB-SC), com substitutivo do senador Armando Monteiro (PTB-PE). O argumento é de que esse texto alternativo seria mais equilibrado, preservando tanto os consumidores quanto as incorporadoras. “Justa causa” - O principal diferencial do projeto alternativo é a criação da “justa causa” para o distrato, para que compradores que passem por dificuldades financeiras justificáveis como a perda do emprego - possam pagar uma multa menor ao desistir do imóvel.

A intenção seria diferenciar os especuladores - que pagariam penalidades mais altas - dos consumidores que desejam adquirir um imóvel para morar. Caso fosse aprovado ainda hoje na CCJ, o projeto poderia ir em regime de urgência ao plenário ao mesmo tempo que o texto derrotado ontem na CAE. Com o cancelamento da reunião da CCJ nesta manhã, a análise do projeto alternativo pode ficar para depois do recesso parlamentar das próximas duas semanas. Enquanto isso, o líder do governo, Romero Jucá (MDB-RR) tenta acelerar a apreciação do texto derrotado na CAE. Ontem, ele recolheu assinaturas de nove

senadores - que representam um décimo do Senado para tentar uma manobra para levar o projeto original aprovado na Câmara dos Deputados para o plenário da Casa já nesta quarta-feira. No entanto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), adiantou na última terça-feira (10) que a matéria só deverá ser discutida no plenário da Casa após o recesso parlamentar. “Acho que tem que se buscar um entendimento. Não dá para pura e simplesmente votar um projeto que foi hoje derrotado na CAE por falta de entendimento. Nós podemos fazer um entendimento e no começo de agosto votar essa matéria”, afirmou. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

GOVERNO DA TAILÂNDIA / DIVULGAÇÃO VIA REUTERS TV

Palestra: e-Social O Centro de Educacional Cristão (Ceduc) Virgílio Reis (Rua Juventina da Rocha, 289, bairro Heliópolis, Belo Horizonte) oferece no próximo dia 17, às 8h30, palestra sobre o e-Social, em mais uma edição do projeto Café e Prosa. O objetivo é apresentar o e-Social e seus impactos nas relações trabalhistas, a fim de conscientizar os participantes quanto à necessidade de cumprimento integral da legislação trabalhista, previdenciária, de segurança e medicina ocupacional, demonstrando a necessidade de mudança de cultura e implantação de novas formas de gestão. O palestrante será Giordano Adjunto Teixeira, Sócio da RTS Advocacia e Consultoria em Relações Trabalhistas e Sindicais, assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Minas Gerais (Seac-MG) e Integrante da Comissão de Direito Sindical da OAB/ MG. Mais informações: (31) 2103-2716.

Indústria 4.0 O Senai MG lança o curso em EAD “Desvendando a Indústria 4.0”, com o objetivo de propiciar aos parceiros da Fiemg e aos industriários uma introdução ao tema e a obtenção da base conceitual das tecnologias habilitadoras que suportam a Indústria 4.0. Nessa Quarta Revolução Industrial, denominada de Indústria 4.0, as indústrias devem estar preparadas para atender as necessidades do mercado por produtos mais inteligentes e customizados, demandando a introdução de tecnologias nos processos industriais que possibilitem o monitoramento em tempo real, linhas de produção flexíveis e integradas com outras plantas industriais em nível global. Assim, os profissionais dessas indústrias devem estar familiarizados com as tendências e tecnologias requeridas, para que possam desenvolver suas atividades de forma alinhada às novas demandas de mercado. Mais informações: http://www. fiemg.com.br/ead/senai40/.

Meninos resgatados de caverna são mostrados em bom estado Chiang Rai, Tailândia - O primeiro vídeo dos 12 meninos tailandeses resgatados de uma caverna inundada depois de 17 dias foi divulgado ontem, mostrando-os sorrindo e acenando de suas camas no hospital, parecendo em bom estado, depois de uma provação que cativou o mundo. Os últimos integrantes do time de futebol de adolescentes “Javalis Selvagens” e seu treinador foram retirados da caverna Tham Luang, perto da fronteira com Mianmar, na terça-feira (10), encerrando com segurança um resgate perigoso e levando alívio e alegria a pessoas no mundo todo. O chefe da missão de resgate, Narongsak Osottanakorn, disse em entrevista coletiva que os meninos estavam apenas sendo crianças quando se perderam, e que ninguém era culpado. “Não vemos os meninos como culpados ou como heróis. Eles

em bom estado e não exibem estresse. As crianças foram bem cuidadas na caverna. A maioria dos meninos perdeu em média dois quilos”, disse Thongchai Lertwilairattanapong, inspetor do departamento de saúde tailandês, a repórteres. Os pais dos primeiros quatro garotos libertados no domingo puderam visitá-los, mas tiveram que usar roupas protetoras e ficar a dois metros de distância, por precaução. Thongchai apontou que um menino do último grupo resgatado na terça-feira tem uma infecção pulmonar e que todos receberam vacinas contra raiva e tétano. O primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha pediu ontem que se dê tempo e espaço para os meninos se recuperarem. “O importante é... espaço pessoal. Temos que monitorar isso para os meninos, porque o sistema imunológico deles ainda está

fraco”, falou Prayuth aos repórteres. “A melhor maneira é não aborrecê-los e deixá-los estudar”. Aventura - O grupo se aventurou no vasto complexo de cavernas da província de Chiang Rai, no norte tailandês, depois de um treino em 23 de junho, e ficou preso porque uma chuva sazonal intensa inundou os túneis. Eles ficaram perdidos durante nove dias e foram descobertos por mergulhadores britânicos no dia 2 deste mês. Retirá-los - o que envolveu ensinar os garotos, alguns só de 11 anos e que não eram nadadores exímios, a mergulhar por passagens estreitas e submersas - foi um desafio monumental, e um ex-membro da unidade de elite da Marinha tailandesa morreu durante uma missão na caverna, na sexta-feira (6). (Reuters)

CULTURA ÉLCIO PARAÍSO / DIVULGAÇÃO

Santa Casa: cursos A Escola Técnica Santa Casa BH está com diversos cursos de qualificação e capacitação programados para o segundo semestre. Para alunos e técnicos em enfermagem, profissionais e acadêmicos da área de saúde, serão ofertados: Cuidados de Enfermagem com a Terapia Medicamentosa em Pediatria (dia 4, com duração de 4h), Terapia Intensiva de Alta Complexidade - Adulto (Dias 25 e 26, carga horária de 16h) e Urgência e Emergência (com início na primeira semana do mês e duração de 80h). Outros cursos oferecidos exigem só idade mínima de 18 anos: Socorrista (Dia 18, 40h), Cuidador de Recém-nascidos e Crianças e Cuidador de Idosos. Ambos com início previsto para primeira semana de agosto e duração de 80h. Para se qualificar em Podologia o interessado deve ter Ensino Médio (Dia 13, duração 80h). Inscrições no site santacasabh.org.br/ver/ iep ou na Escola Técnica (Rua Domingos Vieira, 590, Santa Efigênia). Mais informações: (31) 3238-8601 | 3238-8672.

são crianças sendo crianças, foi um acidente”, ponderou Narongsak. Um vídeo dos meninos no hospital foi exibido na entrevista coletiva. Alguns dos meninos, usando máscaras cirúrgicas, estavam deitados em suas camas. Outros se sentaram e fizeram o “sinal de paz” para a câmera. Nenhum dos meninos foi ouvido falando no vídeo mostrado na coletiva de imprensa. Os 12 meninos e seu técnico perderam em média dois quilos cada um durante os 17 dias de isolamento, mas, de forma geral, estão em bom estado de saúde e não mostraram sinais de estresse, de acordo com uma autoridade de saúde de alto escalão. Eles depois foram levados de helicóptero a um hospital a cerca de 70 quilômetros de distância e colocados em quarentena ao lado de seus colegas, por ora. “Por nossa avaliação, estão

Sanfona nordestina Show - Tem Sanfona no Choro une a sanfona nordestina ao choro e leva o selo de qualidade de um dos principais acordeonistas do País, Marcelo Caldi (Foto). Para acompanhar Marcelo Caldi nessa viagem pelos caminhos do instrumento de fole no Brasil, Rogério Caetano (violão 7 cordas), Fábio Luna (bateria e percussão) e Aquiles Moraes (trompete). No repertório, composições dos geniais Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos e outros. Quando: Dia 21, às 21h Quanto: Acesso Gratuito Onde: Praça da Glória, Eldorado, Contagem, Região Metropolitana de BH Três Porquinhos Teatro - O espetáculo infantil

“3 Porquinhos - O Clássico”, integrando a programação do Festival BH de Artes Cênicas, fala sobre a conhecida história de Pedrito, Palito e Palhaço, três porquinhos que viviam na fazenda e descobrem que serão servidos como jantar na ceia de Natal. Então, eles decidem fugir para a floresta onde mora o atrapalhado Lobo Mal. Quando: Dos dias 14 a 22, sábados e domingos, às 16h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia), ou por R$ 20 (Preço único) nos postos Sinparc e site www.sinparc.com.br Onde: Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Diário real Drama - O espetáculo “180 Dias de Inverno” é baseado no texto “Minha Fantasma”, diário real em que Nuno Ramos, um dos mais representativos artistas plásticos brasileiros da atualidade, narra os seis meses que passou cuidando de Sandra, sua esposa, atormentada por grave doença.

JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS / DIVULGAÇÃO

O relato poético e apaixonado de um homem em sua batalha diária para salvar sua esposa e a si mesmo desse inimigo invisível. Quando: Dias 20, 21, 22, 27, 28 e 29 de julho (Sexta e sábado, às 20h, domingo, às 19h) Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Grupo Corpo Dança - Duas coreografias criadas com 25 anos de distância uma da outra – 21 nasceu em 1992, Gira, em 2017 – compõem o programa da temporada nacional 2018 do

Grupo Corpo. A dobradinha representa um raro privilégio para o público: é a oportunidade de ter, no palco, dois momentos de força extraordinária na evolução da linguagem artística da companhia. Quando: De 22 a 26 de agosto. Quarta a sábado, às 20h30. Domingo, às 19h Quanto: Plateias I e II: R$ 100, Superior: R$ 80 Onde: Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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