diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.663 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018 VALTER DE PAULA
Nova Lima se firma como polo de inovação Apesar de ainda ser economicamente dependente da atividade de extração mineral, a cidade vem “trocando de ares” com a atração de empresas de tecnologia e startups. O município, que já abriga grandes empresas como a indústria de insulina Biomm e hubs de inovação como a Atmosphera e os recém-inaugurados Açolab e Biotech Town, ganha notoriedade por oferecer incentivos fiscais e um extenso plano de ação para o setor, que inclui medidas práticas como a criação de um fundo de investimento e uma incubadora da cidade. Hoje, o município já reúne mais de 70 empresas na área. Pág. 11 ALISSON J. SILVA
O agronegócio ainda é o carro-chefe das exportações de Uberlândia, com destaque para a soja e o milho
Saldo da balança de Uberlândia dispara Resultado está ligado à abertura de novos mercados Nos seis primeiros meses de 2018 o saldo da balança comercial do município já é 37% maior que o saldo de todo o ano passado. Foram US$ 378,06 milhões em negócios fechados com países parceiros de janeiro a junho, frente US$ 275,81 milhões em 2017. O agronegócio continua sendo responsável pelos principais
Inadimplência voltou a subir na Capital no 1º semestre Após uma sequência de 11 quedas consecutivas, a inadimplência entre os consumidores belo-horizontinos registrou aumento de 1,35% na variação anual e encerrou o primeiro semestre de 2018 em alta. Os dados são da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Pág. 7
itens exportados, entre eles soja, milho, carnes, couros, resinas e tabaco. Entre os novos compradores de produtos estão a Rússia, Espanha e Arábia Saudita, que se juntaram à China, Alemanha, Tailândia, Vietnã, Holanda, Índia e Estados Unidos. O resultado fez com que Uberlândia alcançasse o 5º lugar no ranking dos
municípios com maior saldo positivo de Minas Gerais, atrás apenas de Nova Lima, Araxá, Betim e Três Marias, que, ao contrário da cidade do Triângulo Mineiro, têm foco e atuação na mineração. No Brasil, Uberlândia está entre as 50 cidades com melhor saldo, na 38ª posição até o momento. Pág. 3
Siderúrgicas brasileiras registram recuperação gradual no semestre O setor comemora os resultados do período depois de três anos vivendo a pior crise da sua história. Porém, os números positivos também refletem a fraca base de comparação com os mesmos meses de 2017. Neste confronto, a produção do
parque cresceu 2,9%, as vendas internas tiveram alta de 9,9% e o consumo aparente aumentou 9,3%. Por outro lado, em volume, as exportações caíram 5,7% e a entrada de produtos de aço estrangeiros no País aumentou 5,6%. Pág. 5 ADRI FELDEN / ARGOSFOTO
Euro - dia 25
Comercial
Compra: R$
4,3334
Venda: R$ 4,3345
Ouro - dia 25
Compra: R$ 3,6870 Venda: R$ 3,8430
NovaYork(onça-troy):
Ptax (BC)
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 26): ............................. 0,0000%
Turismo Compra: R$ 3,7114 Venda: R$ 3,7120
Sergio Marchionne, o irrequieto ítalo-canadense, nascido na pequena Chieti, em 17 de junho de 1952, foi educado no Canadá e Estados Unidos e sempre teve enorme fascinação pela indústria e mercado automotivo norte-americano. Tornou-se um especialista no entendimento do comportamento do mercado de ações. E foi com este conhecimento que começou uma das mais fantásticas recuperações de imagem e valor de uma grande companhia mundial. Tal feito mereceu um prêmio da centenária publicação Automotive News em solenidade feita em Viena, capital da Áustria. Ao receber a distinção fez um discurso extremamente filosófico sobre o pavor que a sociedade tem com tudo aquilo que é considerado velho. Ele queria viver o sonho de ter mais tempo para sua mulher Manuela Battezzato, a quem ele se referia como sua grande fortuna. Desta vez a vida não aceitou o planejamento. (Fred Carvalho), pág. 2
Muitas das mazelas políticas que o País enfrenta presentemente decorreram das injunções criadas durante o chamado Estado Novo, de Getúlio Vargas, e, adiante, depois do saudável hiato representado por Juscelino Kubitschek, os vinte e poucos anos de ditadura, dita militar, mas, forçoso reconhecer, alimentada e sustentada por políticos e lideranças de poucos escrúpulos e muitas ambições. Gente que literalmente se apropriou do Estado brasileiro, que já não dá conta de sustentá-lo, até porque seu apetite se revelou grande demais. Fato é que, depois de tantos anos de suposta redemocratização, não estamos fazendo muito diferente, no sentido de criar as condições reclamadas para a construção de uma sociedade mais próspera e socialmente mais equilibrada, a partir de um ambiente em que fosse possível melhor aproveitar as condições amplamente favoráveis que o País oferece. “Dois segundos de democracia”, pág. 2
Sergio Leite e Marco Polo durante a apresentação do desempenho do setor
Dólar - dia 25 Compra: R$ 3,7040 Venda: R$ 3,7045
OPINIÃO
EDITORIAL
Atividades da Empabra sem data para ser retomadas Não há previsão para a retomada das atividades minerárias da Empresa de Mineração Pau Branco (Empabra), na Mina Corumi, no bairro Taquaril, região Leste de Belo Horizonte. Com as operações suspensas pela Semad, a mineradora trabalha para apresentar a defesa ao ato de infração. Pág. 4
Um estudo mostrou o potencial do setor de inovação
Poupança (dia 26): ............ 0,3715% IPCA-IBGE (Junho):............ 1,26%
US$1.231,80
IPCA-Ipead(Junho):............ 1,71%
R$ 144,00
IGP-M (Junho): ......................... 1,87%
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OPINIÃO Marchionne planejou tudo
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda.
FRED CARVALHO * O choque inicial começou no sábado, dia 21 de julho, pela manhã, com a notícia de uma convocação extraordinária dos membros dos boards da FCA, CNH e Ferrari para reunião nas instalações de Lingotto, em Turim, Itália. Motivo: o poderoso capo Sergio Marchionne tivera uma piora no seu estado de saúde em hospital de Zurique, Suíça, com o conselho dos médicos dizendo que ele não retornaria mais ao trabalho por estar em uma situação clínica irreversível. Naquele momento, John Philip Jacob Elkann, o neto de Gianni Agnelli – o responsável pela internacionalização de expansão do grupo italiano – iniciava o texto da carta mais triste e difícil de escrever de sua vida e orientava que fosse distribuída a todos os funcionários das empresas em todo o mundo e também para a imprensa. Na missiva o comandante das empresas do grupo Fiat fala de sua dor pelo angustiante afastamento do mentor e amigo dos últimos 14 anos. Afinal, foi Marchionne quem assumiu uma combalida Fiat – as manchetes da época anunciavam sua iminente quebra financeira – com faturamento da 47 bilhões de euros em 2004 para transformá-la em gigantesco grupo FCA com 141 bilhões de euros do ano passado. Mais importante: a capitalização do grupo quando ele assumiu era de apenas 5,5 bilhões de euros e no ano passado atingiu mais de 60 bilhões. O irrequieto ítalo-canadense, nascido na pequena Chieti, em 17 de junho de 1952, foi educado no Canadá e Estados Unidos e sempre teve enorme fascinação pela indústria e mercado automotivo norte-americano. Tornou-se um especialista no entendimento do comportamento do mercado de ações. E foi com este conhecimento que começou uma das mais fantásticas recuperações de imagem e valor de uma grande companhia mundial. Tal feito mereceu um prêmio da centenária publicação Automotive News em solenidade feita em Viena, capital da Áustria. Ao receber a distinção fez um discurso extremamente filosófico sobre o pavor que a sociedade tem com tudo aquilo que é considerado velho. “Eles querem matar os dinossauros”. E mostrava as manchetes das principais publicações mundiais – a própria Automotive News, Financial Times, Wall Street Journal, etc. – especializadas tanto em economia como no setor automotivo, que demonstravam a inviabilidade da sobrevivência do grupo italiano naquela época. “A imprensa merece este prêmio pois com as manchetes derrubaram com enorme força as cotações da empresa. E quando iniciamos o trabalho com a capitalização do grupo, venda de negócios dos acionistas, exposições aos principais negociadores do mercado, seguradoras, bancos e formadores de opinião, mostramos que a Fiat tinha uma série de produtos em lançamento, que era sólida e que tinha futuro”. Naquele momento Marchionne mostrava o seu feitio, ao mesmo tempo em que preparava a opinião pública para uma renascida Fiat. E o primeiro grande ato foi mostrar a criatividade e capacidade industrial do gigante italiano no lançamento da nova 500. Fugiu do convencional deste tipo de evento com uma série de shows, ações e exposições que mostravam não só um novo carro, mas uma nova Itália em mais um renascimento industrial e cultural. Eram caravanas de antiga 500 chegando de vários países, era o show – lembrava uma ópera montada sobre as águas do rio Pó –, onde a história do próprio país era contada através das cenas de seus principais filmes. E tudo termina, lógico, com uma incrível queima de fogos de artifício. A cidade estava engalanada para o evento, com todas as lojas expondo peças e partes do novo veículo. Marchionne só apareceu realmente na apresentação do veículo quando subiu ao palco com várias crianças que faziam honestas perguntas sobre alguns fatos fortes do setor automotivo: segurança, poluição, entre outros. Naquele momento mostrava mais algumas facetas: a doçura, a afetividade, o gosto pelo teatro. A sequência de suas ações empresariais e pessoais assustava a concorrência e muitas vezes a sua própria equipe: fu-
mava muito, vivia no avião, tomava doses cavalares de café expresso, dormia muito pouco. Amava um bom jogo de cartas. Odiava trajes sociais. Gravatas então eram dispensáveis. Cashmeres nas cores negra, cinza ou azul- marinho eram o seu uniforme. Quando avisava que vinha visitar uma filial gerava pânico. Tanto pelo trabalho que começaria muito cedo, sem pausas, pois comia alguma coisa durante a própria reunião, bem como pela impossibilidade do erro. Se em uma apresentação o executivo não soubesse resposta para uma pergunta ele apenas dizia: “Next”. Era a ordem para entrar outra apresentação, de outra área. E estas reuniões de staff poderiam acontecer no avião, nos hotéis, nas fábricas. No Brasil, nos Estados Unidos, na China, em Londres, em Turim, onde ele estivesse. E quando terminava a reunião poderia embarcar de imediato. A relação com os diretores também era extremada. Atendia ou ligava com muita afeição – perguntava dos familiares, pelo nome – quando tudo estava bem. Caso contrário não atendia sequer a ligação. Mas tinha alguns amigos de fé a quem delegava tarefas de confiança como preparar a compra da Chrysler ou acertar as relações com os sócios chineses. E vivia sempre em busca de novos negócios. Ou de venda – negociou com a Volkswagen várias vezes a venda de algumas marcas – ou de associação – tentou com a PSA, General Motors, alguns grandes asiáticos. Mas ninguém jamais entendia exatamente o objetivo final pois ele sempre deixava todos atônitos. Aceitava desafios. No lançamento do Punto, em Buenos Aires, prometeu em entrevista que se os planos apresentados por Cledorvino Belini – então o comandante das operações desta região – dessem certo ele aprenderia português. Tudo deu certo. Até melhor que o apostado. Mas ele não aprendeu português. Talvez porque falasse vários idiomas e acreditasse que o inglês fosse a chave da comunicação. E mesmo quando tomava decisões surpreendentes deixava uma lição aos interlocutores. Certa vez, um projeto muito importante para a filial brasileira foi apresentado. Marchionne negou, mas deu algumas sugestões. Elas foram incorporadas e novamente o não foi a resposta. Em visita a Betim recebeu um pedido especial de um dos diretores: visitar a área de design. Ele concordou, mas desconfiado. Ao chegar lá o tecido que recobre um veículo é retirado. Ele mostra-se surpreso, dá várias voltas, acende vários cigarros e ao término diz: “Este é o 226? Está aprovado. Mas tenho de deixar claro que isto não pode mais acontecer. Um CEO tem de decidir com o projeto no papel, com os cálculos de investimentos, de retorno. Não pode decidir pela emoção. Pela beleza. Não aprovo mais nada assim”. Surgia, naquele momento, a Toro. Um veículo que inovou em design, em plataforma, inaugurou um segmento. A compra da Chrysler foi daqueles atos que só um profundo conhecedor de finanças poderia ter feito. Fechou o negócio e depois correu atrás dos necessários recursos para pagar. E com tal atitude mudou o perfil do grupo Fiat. Tornou a empresa americana a responsável por gerar a maior parte das receitas, principalmente pelo relançamento das marcas Jeep e RAM. Colocou a Ferrari na Bolsa de Valores de Nova York, investiu na transformação da Maseratti em uma nova grande marca, deu um novo alento para a Alfa Romeo com a Giulia. Apostou forte no segmento de SUVs de alta gama, fez inúmeros movimentos de marketing em diferentes mercados do mundo. E criou os famosos planos quinquenais para apresentar para a imprensa e para os especialistas de mercado. O último foi em 1º de junho, com todas as projeções de cada marca até 2022. Mas o fez já com o aviso de sua retirada no próximo ano. Ele queria viver o sonho de ter mais tempo para sua mulher Manuela Battezzato, a quem ele se referia como sua grande fortuna. Desta vez a vida não aceitou o planejamento. * Diretor de Assuntos Institucionais da Anfavea
Os próximos quatro anos serão essenciais MARCO ANTÔNIO BARBOSA * Fim da Copa do Mundo e agora os nossos olhos brasileiros se voltam para as eleições presidenciais que vão acontecer em outubro. Não temos tempo para deixar passar mais quatro anos para pensarmos em resolver a situação da segurança pública no Brasil. O Atlas da Violência de 2018 - divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública – nos trouxe um recorde histórico de 62.517 homicídios no ano de 2016, batendo a marca alarmante de 30 homicídios para cada 100 habitantes. Se providências realmente eficazes não forem tomadas, o cenário será catastrófico. Ainda não se sabe, apesar de faltar pouco menos de três meses, quem serão realmente os candidatos, mas deixemos de lado as ideologias e embates de esquerda ou direita, bons e maus. Precisamos prestar atenção no que é concreto. Em quais são as propostas de cada candidato. Precisamos focar na vida e não em meras discussões que mais parecem brigas de torcidas organizadas. O que o seu candidato preferido pensa sobre as políticas públicas voltadas para segurança, educação, saúde, saneamen-
to básico e transporte? Todos estes tópicos influenciam diretamente no controle destes números absurdos da violência no País. É na falta destes direitos básicos que a criminalidade cresce. É no vácuo em que o Estado deixa quando não consegue prover o que todo cidadão merece que as facções criminosas se enraízam e assumem o poder. Quando não se tem educação, não se consegue emprego, falta dinheiro e o tráfico aparece como ‘salvação’. Além disso, são necessárias propostas que fortaleçam todas as áreas, criando meios para que as esferas municipal, estadual e federal conversem e articulem informações. Uma política integrada pode diminuir o abismo entre cada região do Brasil e construir um crescimento sustentável para todos. Na criminalidade, por exemplo, a troca de dados pode auxiliar a desbancar criminosos que agem em todo o País e, na maioria dos casos, também fora dos nossos limites. Logicamente que o problema não será resolvido de um dia para outro, mas os investimentos precisam ser feitos agora e nós, a população, temos a oportuni-
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz Gabriela Pedroso
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*Especialista em segurança e diretor da Came do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios
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dade de influir diretamente nisso. É a hora de tomarmos a rédea da situação e ajudarmos o nosso País e nossos filhos a terem um futuro diferente da guerra que vemos todos os dias estampada nos jornais. Para que sejamos realmente eficazes, precisamos estudar as propostas de todos e entender quais se ajustam mais para um país digno. E depois disso cobrar para que elas sejam colocadas em prática. Deixar de lado as opiniões polêmicas dos candidatos e focar no que cada um pretende fazer se eleitos. Nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam suas vidas por causa da violência. São duas eleições e meia para presidente. Mais de duas oportunidades, sem contar as eleições para prefeito, vereador e senador que aconteceram neste meio tempo. Ganharemos, em outubro, mais uma chance para ajudar a mudar o nosso futuro.
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Dois segundos de democracia Será tolo quem se iludir ou tentar enxergar coisa diferente. Muitas das mazelas políticas que o País enfrenta presentemente decorreram das injunções criadas durante o chamado Estado Novo, de Getúlio Vargas, e, adiante, depois do saudável hiato representado por Juscelino Kubitschek, os vinte e poucos anos de ditadura, dita militar, mas, forçoso reconhecer, alimentada e sustentada por políticos e lideranças de poucos escrúpulos e muitas ambições. Gente que literalmente se apropriou do Estado brasileiro, que já não dá conta de sustentá-lo, até porque seu apetite se revelou grande demais. Fato é que, depois de tantos anos de suposta redemocratização, não estamos fazendo muito diferente, no sentido de criar as condições reclamadas para a construção de uma sociedade mais próspera e socialmente mais equilibrada, a partir de um ambiente em que fosse possível melhor aproveitar as condições amplamente favoráveis que o País oferece. Nessas condições, é fato que já pertence aos A mais forte das domínios da história, ao mesmo coligações, construída as melhores sabe-se lá exatamente tempo lideranças foram à custa de que, terá sepultadas e, na sua ausência, os pouco mais de três piores hábitos minutos diários cultivados. São os resultados que aí para se apresentar, estão, à vista de enquanto ao quarto todos. colocado nesse Dessa realidade nos dá conta, ranking caberão de maneira até apenas 28 segundos prosaica, a recente divulgação da distribuição, entre os partidos políticos que têm direito a esta suposta forma democrática de propaganda. E tudo isso, vale lembrar, uma herança, ainda viva, dos tempos da ditadura, em que se fingia democracia com a possibilidade de acesso à televisão e consequentemente à população. À época, e convenientemente, apenas retratos de candidatos propositadamente mudos. E na essência, passados tantos anos, nada mudou de verdade. Consideradas as medidas e pesos que conferem às agremiações políticas o tão cobiçado espaço na televisão os resultados são risíveis. A mais forte das coligações, construída sabe-se lá exatamente à custa de que, terá pouco mais de três minutos diários para se apresentar, enquanto ao quarto colocado nesse ranking caberão apenas 28 segundos. Se for ágil, se souber falar rápido, poderá talvez repetir o desempenho do falecido Enéas, que também disputou a Presidência. E a sua não será a pior das situações. Por horas, treze candidatos, ou suas coligações, terão espaços que variarão, a partir da quinta posição, entre 19 segundos e 2 segundos para a última candidata, a senhora Vera Lúcia do PSTU. Nem o falecido Enéas daria conta. Isso não é política, isso não é propaganda e, muito menos, espaço para apresentação de ideias e de debate. Apenas uma farsa absolutamente ridícula, herdade de um tempo em que a questão era exatamente esconder ideias e propostas, fingindo que se estava praticando a democracia.
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ECONOMIA COMÉRCIO EXTERIOR
Uberlândia avança com exportações Saldo do semestre alcançou US$ 378,06 milhões, alta de 37% em relação a todo o ano de 2017 ANA CAROLINA DIAS
No primeiro semestre deste ano, Uberlândia registrou um salto nas exportações e tem se consolidado como um município capaz de criar um ambiente propício para a geração de empregos e renda local. Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram que, nos seis primeiros meses de 2018, o resultado da balança comercial do município já é 37% maior do que o saldo de negócios com o exterior verificado em todo o ano passado. Foram US$ 378,06 milhões em negócios fechados com países parceiros durante o período, frente ao montante de US$ 275,81 milhões nos doze meses de 2017, O resultado fez com que Uberlândia alcançasse o 5º lugar no ranking dos municípios com maior saldo positivo de Minas Gerais, atrás apenas de Nova Lima, Araxá, Betim e Três Marias, que, ao contrário da cidade do Triângulo Mineiro, têm foco e atuação na mineração. No Brasil, Uberlândia está entre as 50 cidades com melhor saldo, na 38ª posição até o momento. O levantamento do Mdic apontou que entre os novos compradores de produtos locais estão países como a Rússia, Espanha e Arábia Saudita, que se juntaram à China, Alemanha, Tailândia, Vietnã, Holanda, Índia e Estados Unidos. O agronegócio continua sendo responsável pelos principais itens exportados pela cidade no semestre, entre eles soja, milho, carnes, couros, resinas e tabaco. Na avaliação do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão,
o desempenho positivo da balança no primeiro semestre de 2018 pode ser atribuído, principalmente, aos esforços dos empresários locais na abertura de novos mercados. “Acredito que é um trabalho de desenvolvimento em conjunto do empresariado e toda a economia da cidade, tentando reagir a essa crise que estamos atravessando. Uberlândia sempre foi um polo, assim como a região, e o mercado externo está se movimentando junto com o município”, afirmou. A venda de produtos de limpeza, cosméticos e de confecções de vestuários, por meio da economia criativa, também foi destaque durante o período. A exportação de itens de maior valor agregado, segundo o prefeito, tem sido incentivada por meio do incentivo a conexões e interações. “A administração do município busca ser apoiadora e facilitadora do empresariado para que os negócios se concretizem. A participação em feiras internacionais, a exposição de produtos e a movimentação do Aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato são exemplos da economia da cidade girando em torno desse propósito”, explicou Leão. Para garantir a manutenção de um ambiente de negócios favorável para o crescimento das exportações, a prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo (Sedeit), determinou que o Executivo municipal continue colocando em prática as ações previstas no projeto de internacionalização em parceria com as entidades da cidade. Entre as ações pioneiras
CLEITON BORGES / DIVULGAÇÃO
Resultado da balança é atribuído aos esforços dos empresários para abertura de novos mercados
Temer quer ampliar vendas para a China Johannesburgo - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, descartou, ontem, um posicionamento mais duro por parte do presidente da República, Michel Temer, sobre a guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China, durante a 10ª Cúpula dos Brics, realizada na África do Sul. “A relação tanto com os Estados Unidos quanto com a China é importantíssima para o Brasil. São dois parceiros fundamennesse sentido, Uberlândia foi o primeiro município mineiro a assinar um acordo bilateral junto ao Reino Unido, em 2017, para a consolidação de políticas públicas com foco nas áreas de cidades inteligentes, energias renováveis e internacionalização
tais”, disse Padilha. Temer não deve ir além da forma como o Itamaraty se posicionou no Brics, em defesa do multilateralismo e de organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), e da declaração dada por ele em viagem ao México, por ocasião de encontro entre líderes do Mercosul e da Aliança para o Pacífico. Padilha disse que a principal pauta a ser levada por Temer à reunião bilateral da manhã de hoje de negócios locais. Inovação - O fortalecimento do ecossistema de inovação e das empresas de base tecnológica com vocação internacional na cidade, também é prioridade. Como incentivo, neste ano, a prefeitura realiza
com o presidente da China, Xi Jinping, serão as exportações brasileiras para o país, sobretudo de carne, soja e derivados de soja - que são diretamente afetadas pela disputa entre as duas potências mundiais. “O Brasil quer deixar de ser apenas exportador de soja, mas também de semielaborados de soja, como óleo e farelo”, disse o titular da Casa Civil, após chegar a Johannesburgo. (AE) a segunda edição do Congresso Internacional de Tecnologia, Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade (Cities), gerando oportunidades de intercâmbio com profissionais, investidores e representantes diplomáticos de vários países.
INDÚSTRIA
Fiat Chrysler perde Sergio Marchionne DA REDAÇÃO
A indústria automotiva mundial perdeu um grande líder. Faleceu ontem Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler (FCA). Marchionne deixou nos últimos dias o comando da FCA (conglomerado que inclui as marcas Fiat, Jeep, RAM, Dodge, Alfa Romeo, Mopar e Chrysler) e da Ferrari já por causa de complicações de uma cirurgia no ombro. O italiano estava internado em uma clínica em Zurique, na Suíça. Por meio de nota, o CEO da Exor, que controla a FCA, John Elkann, afirmou que recebeu com a mais profunda tristeza o falecimento de Sergio Marchionne. “Infelizmente, o que temíamos aconteceu. Sergio Marchionne, homem e amigo, se foi”, lamentou. “Acredito que a melhor maneira de honrar a memória dele é construir o legado que ele nos deixou, continuando a desenvolver os valores humanos de responsabilidade. Minha família e eu seremos eternamente gratos pelo que ele fez. Nossos pensamentos estão com Manuela e seus filhos Alessio e Tyler”, finalizou. Durante os 14 anos que esteve no conglomerado,
Marchionne conseguiu tirar a Fiat da crise e transformá-la em uma “sociedade sólida e com um futuro brilhante”, como ele mesmo afirmou em junho deste ano ao anunciar o plano industrial para 2022 e 45 bilhões de euros em investimentos. Durante o período, o faturamento passou de 47 bilhões de euros, em 2004, para 141 bilhões no ano passado. Já o prejuízo de
GIUSEPPE NICOLORO / DIVULGAÇÃO
1,5 bilhão de euros, de 2004, foi transformado em um lucro líquido de 4,4 bilhões, em 2017. O executivo tinha 66 anos. Ele deixa a mulher Manuela e dois filhos, Alessio e Tyler. O novo executivo-chefe da FCA é Mike Manley, de 54 anos, nascido em Edenbridge, no Reino Unido, responsável pela marca Jeep desde 2009 e chefe de operações do grupo na América CEO do grupo, Marchionne faleceu ontem, aos 66 anos do Norte desde 2015.
Fábricas no Brasil prestam homenagem São Paulo e Nova York Todas as operações da Fiat Chrysler no Brasil - as fábricas de Betim (MG), Goiana (PE) e Campo Largo (PR), além da sede administrativa em São Paulo (SP) - suspenderam as atividades ontem, por dez minutos, das 10h às 10h10, em homenagem ao ex-presidente global do grupo, Sergio Marchionne, que faleceu ontem de manhã, aos 66 anos de idade. O executivo ítalo-canadense esteve diversas vezes no Brasil, onde o grupo tem sua maior subsidiária. A última visita ao País foi em março, quando participou da inauguração do terceiro turno de trabalho da fábrica da Jeep em Pernambuco.
Considerado um workaholic, Marchionne tinha anunciado sua aposentadoria para 2019. Nos últimos meses, preparou um plano de investimentos globais para os próximos cinco anos e revelou a gama de produtos que seriam lançados nesse período. Para a América do Sul foram destinados R$ 14 bilhões, sendo que o Brasil ficará com cerca de 90% desse montante. O País reponde por 54% das vendas das marcas do grupo na região. A Argentina, onde a Fiat tem uma fábrica, ficará com o restante. A maior parte do investimento no Brasil irá para o lançamento de 25 veículos,
entre renovações de linhas, veículos inéditos e alguns importados. A marca Fiat terá 15 novidades e a Jeep, 10. Segundo fontes da empresa no País, em razão deste plano quinquenal já estar definido, a chegada de novos executivos ao comando mundial do grupo, entre os quais o britânico Mike Manley, que assumiu o posto de Marchionne, “não se espera mudanças imediatas na região”.
euros registrados no mesmo período do ano passado. A receita, por sua vez, aumentou 6%, para 29 bilhões de euros. A Fiat confirmou sua meta de lucro líquido ajustado para o ano inteiro, mas reduziu suas perspectivas de receita e lucro operacional ajustado. A empresa agora prevê receita entre 115 bilhões de euros e 118 bilhões de euros em 2018, ante cerca de 125 bilhões de euros anteriormente. A empresa cortou também Balanço - A Fiat Chrysler a projeção para o lucro operegistrou queda de 35% no racional ajustado entre 7,5 lucro líquido do segundo bilhões de euros e 8 bilhões trimestre, totalizando 754 de euros, contra previsão milhões de euros (US$ 881,3 anterior de pelo menos 8,7 milhões), ante 1,16 bilhão de bilhões de euros. (AE)
TELEFONIA
Lucro da Telefônica Brasil sobe 28,7% São Paulo - A Telefônica Brasil teve um salto no lucro do segundo trimestre, beneficiada por uma decisão judicial que agregou um ganho adicional de R$ 1,83 bilhão ao resultado. A maior operadora de telefonia móvel do País por número de assinantes, anunciou ontem que seu lucro de abril a junho somou R$ 3,15 bilhões, montante 261% superior ao de igual período de 2017. O ganho não recorrente refletiu principalmente uma decisão final do Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável à companhia, reconhecendo o direito da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e Cofins. Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro líquido subiu 28,7% na comparação anual, beneficiado também pela melhora no resultado financeiro. O resultado operacional medido pelo lucro ante de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente somou R$ 5,18 bilhões, alta de 46,9% ano a ano, com margem Ebitda de 47,9%. Já o Ebitda recorrente totalizou R$ 3,73 bilhões, crescimento de 5,8% no ano a ano e margem de 34,5%. Na base pró-forma, a receita líquida da companhia, que no País, opera sob a marca Vivo, cresceu 1,1% ano a ano, para R$ 10,82 bilhões, com as receitas do segmento móvel evoluindo 4,2%, se sobrepondo à retração de 3,7% do serviço fixo. No fim de junho, a empresa tinha uma base de 75,26 milhões de linhas celulares em operação, um aumento de 1,2% em 12 meses e de 0,2% ante março. A receita mensal por cliente (Arpu) neste segmento subiu nas comparações anual (+0,5%) mas caiu na trimestral (-0,8%). Já a base de terminais fixos caiu 3,1% em 12 meses, para 22,5 milhões, mostrando a contínua migração dos clientes para a base móvel. Os custos operacionais recorrentes da empresa, excluindo depreciação e amortização, recuaram 1,2% ano a ano, para 7,09 bilhões no trimestre, marcando o décimo trimestre seguido de queda. O serviço da dívida, de R$ 108 milhões no trimestre, também foi 55,2% menor do que um ano antes, acompanhando o recuo de 38,7% da dívida líquida em 12 meses, para R$ 1,5 bilhão. (Reuters)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA ATO INFRACIONAL
Empabra não sabe quando volta à atividade Mineradora da capital mineira teve operações suspensas sob acusação de degradar o meio ambiente DIVULGAÇÃO
MARA BIANCHETTI
Não há previsão para a retomada das atividades minerárias da Empresa de Mineração Pau Branco (Empabra), na Mina Corumi, no bairro Taquaril, região Leste de Belo Horizonte. Com as operações suspensas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) desde o último dia 17, a mineradora trabalha para apresentar, nos próximos dias, a defesa ao ato de infração. No entanto, o órgão ambiental estadual não tem prazo para emitir novo relatório. A informação é do diretor de Relacionamento Institucional e Comunicação da empresa, Fernando Cláudio. Segundo ele, enquanto isso, a Empabra concentra seus esforços nas ações de recuperação da área de 66 hectares. “Somente no segundo semestre de 2018, serão investidos R$ 13 milhões, que, somados aos R$ 70 milhões aportados desde 2016, chegarão a R$ 83 milhões destinados a intervenções ambientais e sociais do projeto”, destacou em coletiva de imprensa na própria mina. O montante aportado desde 2012, quando teve início de fato o trabalho de recuperação da área degradada, chega a R$ 120 milhões. Já os recursos destinados às atividades minerárias são de R$ 25 milhões no mesmo período, considerando melhorias em processos operacionais e compra de equipamentos. A cava para extração do minério de ferro tem 12,5 hectares ou o correspondente a 18% do total da área definida para recuperação ambiental. Ainda conforme Fernando Cláudio, a empresa gera, ao todo, 250 empregos diretos. Porém, no período de suspensão das operações,
INVESTIMENTO
União projeta licitar cinco bônus de direitos minerários de R$ 3,4 mi
Mineradora informa que investirá R$ 13 milhões em projetos ambientais no 2º semestre
somente cerca de 20% do quadro está sendo utilizado. O restante, segundo ele, foi colocado em treinamento ou áreas de manutenção. Mas, caso o cenário não mude, no médio prazo, poderão ocorrer demissões. “Estamos avaliando a melhor forma de postergar medidas definitivas quanto aos postos de trabalho. A expectativa é de que a decisão da Semad seja revista e possamos trabalhar com uma nova perspectiva de prazos sobre o Plano de Fechamento da Mina, uma vez que a nossa reserva aferida aponta 2021 como data final para a atividade”, admitiu. Procurada pela reportagem, a secretaria não respondeu os questionamentos sobre os prazos. Só voltou a frisar que a paralisação ocorreu em virtude do descumprimento parcial de quatro condicionantes do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado em 2017, entre a empresa e o órgão
ambiental, por meio da Su- atividades de mineração”, perintendência Regional de informou, por meio de nota. Meio Ambiente (Supram) Sobre as quatro condicioCentral Metropolitana. nantes questionadas pelo órgão ambiental, o gerente Informações divergentes - de Meio Ambiente da EmPor meio de nota, a Semad pabra, Yuri Azevedo, deslembrou que a empresa ain- tacou que dizem respeito à da foi punida por prestar implantação de um sistema informações divergentes do lavador de rodas, à apresencompromisso de recupera- tação de um programa de ção firmado com o Ministério monitoramento das vias, Público de Minas Gerais à criação de um canal de (MPMG) e a Prefeitura de ouvidoria e à apresentação Belo Horizonte (PBH). Com dos mesmos nas reuniões isso, além da suspensão das com a comunidade. operações, a empresa tam“Todos esses pontos estão bém foi multada em um sendo abordados e trabalhatotal de 15.525,00 Unidades dos pela empresa. EntretanFiscais do Estado de Minas to, a Semad entendeu que as Gerais (Ufemgs), o que equi- justificativas apresentadas vale a R$ 50.477,98, valor não eram suficientes e lavrou que se somará à obrigação o auto de infração, suspende recuperação. dendo as atividades. Agora, “O pagamento ocorrerá nossa equipe técnica está caso não haja manifestação analisando detalhadamente dentro do prazo ou se, após as questões apontadas para a análise da defesa, ainda adequá-las às exigências do ficar concluído que a pena- órgão, de forma que possalidade deverá ser mantida. mos retomar os trabalhos de A apresentação da defesa extração o quanto antes”, não retira a suspensão das finalizou.
MINÉRIO DE FERRO
Rio de Janeiro - O governo planeja licitar cinco lotes de direitos minerários entre 13 e 17 de dezembro, localizados no Rio Grande do Sul e em Tocantins, por bônus de assinatura fixo somados de R$ 3,431 milhões e prêmios de oportunidade, informou ontem a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). A previsão é que sejam oferecidos aos investidores títulos minerários de carvão em Candiota, região próxima à fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, divididos em quatro lotes, e os direitos sobre jazidas de metais como cobre, chumbo e zinco em Palmeirópolis, sul de Tocantins, informou. A CPRM, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, explicou que as áreas fazem parte de sua carteira de ativos e os direitos são resultado de pesquisas feitas nas décadas de 1970 e 1980 pela instituição. O aviso de consulta pública e as minutas do edital e contratos do leilão foram publicados ontem no Diário Oficial da União. Os documentos ficarão em consulta pública até 20 de agosto. As regras do leilão preveem bônus de assinatura e prêmio de oportunidade fixos, que serão cobrados futuramente, conforme as vencedoras cumprirem etapas de exploração. Já os percentuais de royalties serão variáveis: o vencedor das áreas ofertadas será aquele que oferecer o maior percentual de royalty sobre a receita bruta da venda do minério. Os percentuais mínimos serão de 4% para os lotes de Candiota e 2% para Palmeirópolis. Prêmios - O valor dos bônus de assinatura dos contratos somados é de R$ 3,431 milhões, mas haverá ainda um pagamento de R$ 15,372 milhões referentes ao valor total dos prêmios de oportunidade em até 36 meses após assinatura dos contratos. “Se estima uma receita de mais de R$ 550 milhões em pagamentos de royalties durante a produção mineral”, informou a CPRM na nota. Os contratos têm prazo de 25 anos (Candiota) e 10 anos (Palmeirópolis), renováveis automaticamente por igual período até a exaustão da jazida. Mas a cessão das áreas se dará após etapa de pesquisa complementar necessária para que o vencedor possa qualificar e quantificar os recursos existentes. Entre os dias 6 e 10 de agosto, serão realizadas três audiências públicas, em Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e posteriormente haverá reuniões com interessados nas áreas. (Reuters)
CELULOSE
Vale apura lucro de US$ 76 mi, com Prejuízo da Fibria cai 19% no segundo recuo de 95% sobre meses anteriores trimestre, indo para R$ 210 milhões A Vale apresentou um lucro líquido de US$ 76 milhões no segundo trimestre deste ano, mais de quatro vezes maior do que aquele reportado no mesmo período do ano passado. O montante, contudo, representa um recuo de 95% ante os três meses imediatamente anteriores. Na primeira metade do ano, o lucro da maior fabricante de minério de ferro do mundo alcançou US$ 1,666 bilhão, recuo de 33,5%. “Estou satisfeito, porque vários dos principais aspectos de nossa estratégia foram destacados no último trimestre. Mostramos um progresso significativo em previsibilidade, flexibilidade, gerenciamento de custos, disciplina na alocação de capital e diversificação por meio de nossos próprios ativos”, destacou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em relatório que acompanha o demonstrativo financeiro da companhia. O lucro da companhia, além do efeito de US$ 391 milhões referentes aos programas de reparação e compensação relacionados ao rompimento da barragem em Mariana (MG) e do fornecimento de US$ 20 milhões
de capital de giro para a Samarco, foi afetado com a depreciação do real ante o dólar, que aumentou a dívida denominada em dólar da companhia. A marcação a mercado de debêntures participativas trouxe um impacto de US$ 304 milhões ao lucro. “Todos os ajustes resultaram em um impacto de US$ 1,035 bilhão do imposto de renda sobre o lucro líquido recorrente”, frisa a companhia, no documento de ontem. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou US$ 3,902 bilhões, aumento de 43% ante o visto no segundo trimestre de 2017. Em comparação com o primeiro trimestre houve queda de quase 2%. A receita líquida, por sua vez, chegou em US$ 8,616 bilhões no período analisado, aumento de 19% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. No comparativo trimestral a receita ficou praticamente estável. No segundo trimestre deste ano, a Vale bateu novo recorde para um segundo trimestre na produção de minério de ferro, que alcançou no período 96,8 milhões
de toneladas, 5,3% maior do que no segundo trimestre do ano anterior. O mesmo foi observado nas vendas. O volume recorde para o período foi de 86,5 milhões de toneladas minério e pelotas. Ebitda - O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado referente ao segundo trimestre do ano, reportado pela Vale, de US$ 3,902 bilhões, veio em linha com a média das estimativas de cinco instituições financeiras consultadas (BB-BI, BTG Pactual, Itaú BBA, Morgan Stanley e Safra), que estimavam uma geração de caixa de US$ 3,9 bilhões. A receita líquida de US$ 8,616 bilhões também está de acordo com a média das projeções. A Vale apresentou um lucro de US$ 76 milhões no intervalo de abril a junho deste ano. Para a última linha, contudo, não houve consenso entre as projeções coletadas, variando de um prejuízo de US$ 2 bilhões para um lucro de cerca de US$ 1 bilhão. A Vale realiza hoje teleconferências para discutir os resultados com analistas de mercado, às 10h e às 12h. (AE)
São Paulo – A Fibria conseguiu reduzir prejuízo em 19%, para R$ 210 milhões, no segundo trimestre, com o desempenho sendo beneficiado por maiores preços de celulose, mas prejudicado pelo resultado financeiro, informou ontem a fabricante da matéria-prima do papel. A empresa, que está em processo de fusão com a Suzano Papel e Celulose , registrou geração de caixa recorde medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,5 bilhões, crescimento de 133% na comparação anual, em meio à valorização do dólar contra o real e aumentos de preços da celulose. O volume de produção ficou estável em relação ao primeiro trimestre, mas subiu 20% na comparação anual para 1,6 milhão de toneladas em função principalmente da entrada em operação da nova linha de produção Horizonte 2. A produção poderia ter sido maior não fosse o impacto de paradas programadas, greve dos caminhoneiros e redução de produção na unidade Aracruz. Já o volume de vendas subiu 15% na comparação anual, com a entrada da Hori-
zonte 2, amparado pelo bom desempenho da demanda, principalmente na Ásia. Com o maior volume de vendas, valorização do dólar em relação ao real e aumento de 32% do preço médio líquido da celulose em dólar, a receita líquida da Fibria saltou 70%, para R$ 4,72 bilhões, de abril a junho na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o custo caixa de produção teve leve alta de 1% na comparação anual, para R$ 668 a tonelada. Excluindo o efeito da greve dos caminhoneiros, cujo o impacto foi de R$ 31 a tonelada, e as paradas programadas, o custo teria caído 9% na comparação anual, comunicou a empresa. A Fibria destacou que a demanda de celulose continuou forte no trimestre, enquanto a greve dos caminheiros no final do maio, que forçou a parada parcial ou total de todas as fábricas de celulose do País, reduziu os estoques em cerca de 250 mil toneladas de celulose de fibra curta. Apesar da queda sazonal da demanda durante o verão no Hemisfério Norte, a Fibria espera manutenção do cenário de “demanda
forte e crescente”, devido aos estoques em patamares historicamente baixos, entre outros fatores. Financeiro - A valorização do dólar frente ao real, que ajudou no resultado operacional da Fibria, levou a uma forte piora do resultado financeiro devido ao efeito na posição de dívida e no resultado de hedge. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 2,24 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 798 milhões negativos mesmo período do ano passado. A dívida líquida em dólar somava R$ 3,58 bilhões ao fim do trimestre, queda de 6% ante o mesmo período de 2017. A relação dívida líquida/Ebitda em dólar recuou para 1,58 vez, ante 3,75 vezes no segundo trimestre de 2017. Em reais, a relação ficou em 1,83 vez. A Fibria encerrou o trimestre com posição de caixa de US$ 1,872 bilhão. No trimestre, a Fibria registrou fluxo de caixa livre recorde de R$ 1,685 bilhões, ante R$ 259 milhões no segundo trimestre de 2017, em função o Ebitda recorde e da variação positiva do capital de giro. (AE)
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ECONOMIA ADRI FELDEN / ARGOSFOTO
SIDERURGIA
Indústria do aço inicia retomada, com críticas às decisões do governo Tabela para frete e cortes do Reintega alargariam perdas LEONARDO FRANCIA, * de São Paulo
A indústria nacional do aço encerrou o primeiro semestre deste ano com resultados que confirmam sua trajetória de recuperação gradual, depois de três anos vivendo a pior crise da sua história. Porém, os números positivos também refletem a fraca base de comparação com os mesmos meses de 2017. Neste confronto, a produção do parque cresceu 2,9%, as vendas internas tiveram alta de 9,9% e o consumo aparente aumentou 9,3%. Por outro lado, em volume, as exportações caíram 5,7% e a entrada de produtos de aço estrangeiros no País aumentou 5,6%. “O setor vem se recuperando da pior crise que passou no Brasil, mas a base de comparação é deprimida, muito fraca. Então, temos que relativizar este crescimento”, afirmou o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (Aço Brasil), Marco Polo de Mello Lopes, ontem, durante encontro com jornalistas para divulgação dos resultados do setor no primeiro semestre, em São Paulo (SP). Lopes lembrou que a gre-
ve dos caminhoneiros, na última semana de março, impactou o setor e também freou uma recuperação mais consistente. Segundo ele, o parque siderúrgico brasileiro sofreu perdas de R$ 1,1 bilhão com a paralisação de equipamentos, como altos-fornos, aciarias e laminações. Se considerados os reflexos das medidas tomadas pelo governo federal em comprometimento para o fim da paralisação, a perda é ainda maior. Uma das medidas foi o tabelamento do preço do frete, que nas contas do Aço Brasil impõe perdas de R$ 1,8 bilhão para o setor neste ano. Outra medida foi a redução da alíquota do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) de 2% para 0,1%, com impacto estimado em R$ 400 milhões somente em 2018. Com isso, o impacto total da greve foi de R$ 3,3 bilhões. “Em uma economia de mercado, quando se fala em tabela de frete, o impacto vai para a economia como um todo. E para fechar a conta do que o governo (federal) se comprometeu com os caminhoneiros, o
Executivo trouxe o Reintegra de 2% para 0,1%. O setor passa pela pior crise da sua história, está saindo de maneira gradual, mas foi muito impactado pela greve dos caminhoneiros”, disse o presidente do Aço Brasil. Balanço - De acordo com a Lopes relativiza alta de 2,9% na produção de aço no semestre, diante da base comparativa fraca entidade, a produção nacional de aço bruto no primeiro semestre somou 17,1 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas nos Em um cenário de ex- elevação de 6,6% e passou pontuou. mesmos meses de 2017, alta cesso mundial de capaci- para aumento de 5%. No “Esse é o pano de fundo de 2,9%. No mesmo condade de aço da ordem de caso do consumo aparente, do nosso negócio. A guerra fronto, as vendas internas 545 milhões de toneladas, a previsão inicial era de um de mercado no mundo do chegaram a 8,8 milhões de mais da metade na China, crescimento de 6,9%, mas aço, que tem como cenário toneladas de aço sobre 8 aumento do protecionismo o índice foi revisado para o excesso de capacidade milhões de toneladas, com em importantes mercados uma alta de 4,9%. mundial, começou com o crescimento de 9,9%. para a siderurgia nacional O vice-presidente do exagero de subsídios na As exportações, sob reflee ociosidade do parque Conselho Diretor do Aço China. Quando os Estaxo das ações de protecionisnacional de 32%, o Institu- Brasil, Sergio Leite, expli- dos Unidos aplica sobremo tomadas mundo afora to Aço Brasil (Aço Brasil) cou que a indústria siderúr- taxas ao aço e alumínio desde que os Estados Unidos revisou, para baixo, todas gica brasileira está sofrendo importados começam os anunciaram que taxaria o as projeções para o setor com medidas protecionis- movimentos protecionistas aço importado pelo país, neste ano. tas tomadas mundo afora, em todo o mundo, com em março, caíram 5,7%, em Antes, para 2018, o Aço especialmente desde mar- salvaguardas na Europa e volume, nos seis primeiros Brasil previa um cresci- ço, quando o presidente dos em vários outros mercados. meses deste ano frente ao mento de 8,6% na produ- Estados Unidos, Donald Porém, constatamos que mesmo intervalo de 2017. Já ção nacional de aço bruto Trump, anunciou a taxação na América Latina não há sobre 2017. Agora, a en- do aço importado pelo país. movimentos no sentido as importações aumentaram tidade revisou para uma “Na previsão anterior não de se defender”, analisou 5,6%, e o consumo aparente, alta equivalente à quase a tínhamos esse cenário da Leite, descartando o risco puxado pelas vendas intermetade (4,6%) da previsão elevação do protecionis- de inundação de produtos nas, teve elevação de 9,3%, anterior. Para as vendas mo no mundo, além do na China no mercado braem igual confronto. internas, a projeção era de excedente de capacidade”, sileiro. (LF) *O repórter viajou a convite da Aço Brasil.
Instituto revisa projeções para baixo
Brasil não protege o seu mercado interno, critica Sergio Leite ADRI FELDEN / ARGODFOTO
Para o executivo, o cenário que a indústria vive é de perda de participação no PIB
São Paulo - Em um momento em que o mundo amplia o seu protecionismo, o Brasil anda na contramão e não se movimenta no sentido de proteger o seu mercado interno, afirmou ontem o presidente da Usiminas e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Sergio Leite. O executivo assumirá no próximo mês a presidência do Conselho Diretor da entidade, no lugar de Alexandre Lyra, que é presidente da Vallourec. “Nós somos contra o protecionismo, defendemos a isonomia, mas questionamos se o Brasil poderá desejar ser liberal em um mundo protecionista”, disse Leite, em coletiva de imprensa. O Aço Brasil revisou para
baixo suas estimativas para o setor para este ano, por conta do protecionismo global e também por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros. O executivo disse ainda que a indústria brasileira não é uma prioridade do governo. “O cenário que a indústria vive é de perda de participação. A participação no PIB registra uma queda gradativa. O Instituto Aço Brasil tem estimulado o debate em torno dessa questão”, disse. O presidente-executivo do IABr , Marco Polo de Mello Lopes, disse que o assunto tem sido levado à equipe econômica dos candidatos e destacou que, com exceção do programa de Ciro Gomes
e Marina Silva, o restante dos programas têm consenso em questões que devem ser endereçadas, como a reforma da Previdência, reforma trabalhista e privatizações. Lopes disse ainda que a indústria brasileira passou anos se capacitando para fazer parte do desenvolvimento do País, mas que hoje, no Brasil, o assunto de conteúdo nacional virou um tabu por ele ter existido no governo anterior. “Em infraestrutura, por exemplo, não adianta trazer o capital chinês, que traz tudo. A indústria brasileira quer participar desse processo, queremos ver a indústria como uma prioridade do País e participar do processo de desenvolvimento”, destacou. (AE)
BOEING E EMBRAER
Justiça desobriga manutenção de empregos em acordo São Paulo - O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou ontem que teve negado pela Justiça do Trabalho um pedido para obrigar o governo federal a condicionar a venda de parte da Embraer para a Boeing a garantias de preservação de empregos. A operação anunciada no mês passado prevê que a Boeing ficará com 80% do setor de aviação comercial da Embraer. O governo brasileiro tem uma golden share na Embraer, o que na prática lhe dá poder de veto. Segundo o MPT, a ação foi proposta após a instauração de inquérito civil enviado à Embraer e à Boeing com recomendação de que apresentassem garantias de que
os empregos permaneceriam no Brasil. As empresas apresentaram respostas indicando que não pretendem dar tal garantia. O MPT recomendou que a União exigisse a manutenção dos empregos da Embraer no Brasil como condição para aprovar o negócio, mas recebeu resposta de que a preservação dos empregos na Embraer não preocupa o governo federal. O pedido do MPT foi indeferido pela Justiça do Trabalho, que entendeu que o exercício da golden share é um ato discricionário. “O MPT oferecerá mandado de segurança da decisão. A ação civil pública ainda precisará ser julgada”, afirmou o MPT.
Balanço - A Boeing informou ontem lucro trimestral maior do que o esperado, mas cortou sua previsão para o ano inteiro para as margens em seu negócio de defesa, citando os custos mais elevados no programa do avião-tanque de reabastecimento aéreo KC-46. “A administração já havia expressado confiança de que não haveria mais custos para avião-tanque, e ainda assim eles continuam vindo”, disse Robert Stallard, analista da Vertical Research Partners, em uma nota de pesquisa. A Boeing prevê lucro ajustado, excluindo algumas despesas previdenciárias e outros custos, em 2018 entre US$ 14,30 e US$ 14,50 por ação, inalterado em relação ao
mesmo período do ano passado, mas abaixo da estimativa de Wall Street de US$ 14,56 por ação. A empresa sediada em Chicago elevou a previsão de receita para o ano todo, mas manteve inalteradas as previsões de lucro por ação e fluxo de caixa. As margens operacionais em sua unidade de Defesa, Espacial e de Segurança caíram para 9,3% no trimestre, ante 11,9% um ano antes, refletindo um aumento nos custos de US$ 111 milhões no petroleiro KC-46, disse a Boeing. A Boeing informou que o programa de reabastecimento aéreo da Força Aérea dos EUA, o KC-46, registrou um custo adicional de US$ 426 milhões antes dos impostos,
enquanto a empresa trabalha com atrasos nos testes e mudanças na produção. A companhia já contabilizou cerca de US$ 3 bilhões em custos totais no programa, derivado do seu avião comercial 767. No mês passado, a Força Aérea dos EUA disse que a primeira entrega do KC-46 seria em outubro, mais de dois anos de atraso. Os problemas do KC-46 ofuscaram o desempenho acima do esperado do lucro trimestral. O lucro ajustado foi de US$ 3,33 por ação, superando a estimativa média de analistas de US$ 3,26 por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. A receita total subiu 5%, para US$ 24,26 bilhões, tam-
bém superando as estimativas, enquanto as entregas de aeronaves comerciais subiram 6%, para 194 aviões. A Boeing registrou 239 pedidos líquidos durante o trimestre, incluindo 91 jatos de corredor duplo. Para o ano inteiro, a empresa espera uma receita total de US$ 97 bilhões a US$ 99 bilhões, em comparação com sua estimativa anterior de US$ 96 bilhões a US$ 98 bilhões. Em seu segmento de aviões comerciais, o maior da companhia, as margens operacionais subiram para 11,4%, ante 9% há um ano, com receita de US$ 14,48 bilhões. A receita foi de US$ 14,28 bilhões no mesmo período do ano passado. (Reuters)
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ECONOMIA DIVULGAÇÃO
ENERGIA
Consumidor deve arcar com revisão de sistema da Petrobras Suporte em plataforma e termelétricas alerta Aneel São Paulo - Manutenções programadas em uma plataforma e em termelétricas a gás da Petrobras entre esta semana e meados de setembro deverão exigir no período um maior acionamento de térmicas a óleo, mais caras e poluentes, para atender à demanda por energia em meio à falta de boas chuvas nas hidrelétricas, segundo informações de autoridades e especialistas. Os efeitos da parada nas usinas da estatal chegaram a acender um alerta na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que inclusive questionou nesta semana o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a possibilidade de reprogramação ou reescalonamento, mesmo que em caráter parcial, nas atividades de manutenção. Isso porque o aciona-
mento de térmicas com maiores custos resultará em custos adicionais para as distribuidoras de energia, que em algum momento chegarão aos bolsos dos consumidores. Segundo o documento da Aneel ao ONS, uma operação de manutenção na plataforma de Mexilhão até o início de setembro reduzirá a oferta de gás para o Sudeste e o Nordeste, e a Petrobras aproveitará para realizar reparos em cerca de 2,1 gigawatts em térmicas. “Ocorre que a referida manutenção foi programada para o período seco... essa condição sugere que, sob a ótica do setor elétrico, o momento escolhido para a parada não tenha sido o mais adequado, visto que o sistema demanda a geração térmica para preservar água nos reservatórios”, argumentou a
agência reguladora. A parada da plataforma de Mexilhão, segundo informou a Petrobras em seu site, teve início na terça-feira e vai durar 45 dias. O objetivo será aumentar a sua capacidade de escoamento de gás no sistema de gasodutos da Rota 1 do pré-sal para atender à produção futura da Bacia de Santos. Após essa intervenção, a estatal informou que a estrutura logística de escoamento do pólo pré-sal da Bacia de Santos terá capacidade para exportar gás até a unidade de tratamento de Caraguatatuba, em São Paulo, de forma integrada aos outros sistemas de gasodutos da Petrobras. A plataforma de Mexilhão produziu, em maio, 5,505 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m3/d), segundo os últimos dados publicados pela
Com a falta de chuvas nas hidrelétricas, as usinas térmicas terão que ser acionadas
ANP, agência reguladora do setor de petróleo no Brasil. A ausência do volume faz com que o mercado tenha que buscar outras fontes de energia. Demanda - As hidrelétricas são a principal fonte de energia do Brasil, mas após o final do período de chuvas, que vai até abril, é normal o acionamento de térmicas para complementar o atendimento à demanda,
o que acontece em ordem crescente, das com menor custo até as mais caras, que são as unidades a óleo e diesel. Atualmente, estão acionadas usinas a gás e carvão, e apenas uma térmica a óleo, a UTE Bahia I, mas especialistas avaliam que mais unidades a óleo deverão ser despachadas no próximo mês com o início da parada nos empreendimentos da Petrobras.
A comercializadora de energia Tesla estima que o custo da usina mais cara a ser ligada para atender à demanda, o chamado custo marginal de operação do sistema (CMO), poderá subir para entre R$ 680 e R$ 700 em agosto, contra cerca de R$ 600 atualmente. “Com isso, o acionamento de termelétricas a óleo será inevitável”, disse o sócio da Tesla Energia, Gustavo Coelho. (Reuter)
ONS garante que poderá atender totalidade da carga Aneel abre consulta sobre risco hidrológico São Paulo - Procurado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) defendeu que as paradas para manutenção não trazem “qualquer risco para a operação do sistema elétrico” e que as usinas paradas “serão substituídas por outras fontes de geração disponíveis, respeitando a ordem de mérito definida pelo modelo da programação da operação, de forma a atender a totalidade da carga.” A Petrobras afirmou ainda que se reuniu com distribuidoras de gás natural nesta semana para apresentar ações realizadas para evitar impactos no fornecimento do produto durante os trabalhos. “As ações e soluções tomadas pela Petrobras estão dentro das regras contratuais e garantem o abastecimento de gás natural no Brasil. O cronograma de paradas das termelétricas foi discutido e articulado junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), também de forma antecipada, buscando o mínimo impacto possível ao setor”, apontou a estatal em nota. “Entre as medidas já adotadas estão o aumento da capacidade de regaseificação do terminal da Bahia, de 14 milhões para 20 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia).” Além disso, haverá a disponibilização de navio regaseificador para a operação do terminal da Baía de Guanabara/RJ com capacidade de ofertar outros 14 milhões de m3/dia de gás natural e a redução na demanda de termelétricas que tiveram suas paradas programadas concentradas no período previsto para a parada de Mexilhão. A empresa destacou que a parada de Mexilhão precisa ser realizada neste período devido à exigência legal prevista em norma de segurança do Ministério do Trabalho.
de térmicas mais caras, no entanto, não deverá impactar de imediato os consumidores, porque as contas de luz já estão na chamada bandeira tarifária nível 2, a mais cara, que gera custos adicionais para bancar a operação de térmicas em momentos de escassez na geração hídrica. Mas as distribuidoras de energia já têm se queixado junto à Aneel de que a arrecadação com as bandeiras tarifárias não é suficiente para cobrir todos seus custos, como com a compra de energia térmica. Com mais térmicas a óleo, de alto custo, a pressão sobre o caixa das distribuidoras deverá aumentar, segundo o sócio da comercializadora FDR Energia, Erick Azevedo. “Bandeira vermelha já ia ter de qualquer jeito... mas piorou a situação para as distribuidoras, vai aumentar a conta do déficit delas”, afirmou. Uma das possibilidades para resolver o problema das distribuidoras seria elevar o sobrecusto associado às bandeiras tarifárias, mas as empresas têm sugerido à Aneel também algumas soluções alternativas para evitar um impacto tarifário imediato. Ainda assim, porém, esses custos extras chegariam aos consumidores de qualquer maneira no futuro, quando do reajuste tarifário das distribuidoras. “Uma parte o consumidor paga agora, via bandeira, e outra parte na revisão... isso pressiona o próximo reajuste tarifário”, explicou Azevedo. Os reservatórios das hidrelétricas no Brasil estão com em média em 38,5% da capacidade, pouco acima do visto no mesmo período do ano passado, quando os lagos das usinas chegaram a outubro, às vésperas do início das chuvas, com apenas 17,8%, o pior nível já registrado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica Pressão tarifária - O uso (CCEE). (Reuters)
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abre hoje consulta pública para avaliar a possibilidade de os geradores hidrelétricos promoverem a alteração do produto contratado e ajustar a cobertura do risco hidrológico dos contratos de comercialização de energia no ambiente regulado, que atende os consumidores residenciais. O objetivo é diminuir o peso do risco hidrológico na geração de energia. O risco hidrológico, ou GSF, na sigla em inglês, é apontado como uma das principais variáveis que influenciam na cor da bandeira tarifária, ao lado do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que é o preço da energia elétrica no mercado de curto prazo. A medida deve valer para os geradores que repactuaram o risco hidrológico de usinas hidrelétricas a partir de 2016. Eles poderão alterar
o produto contratado originalmente, para ajustar a cobertura do risco dos contratos de comercialização de energia no ambiente regulado e reduzir o peso do GSF. A resolução da Aneel que trata da questão aponta como fatores de risco a serem levados em consideração dados como hidrologia, teto do PLD e variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A consulta deve abrir para os geradores de energia a possibilidade de negociar parte do risco, podendo transferir uma parcela dele ao consumidor. Em troca, os geradores aumentariam o percentual de pagamento para a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, a chamada Conta Bandeiras que administra os recursos adicionais das bandeiras tarifárias. Por meio da conta, as distribui-
doras de energia que tiveram um custo menor que o arrecadado com a bandeira tarifária transferem o excedente para a conta. As que tiveram custo maior recebem a diferença. Nova bandeira - Amanhã, a Aneel vai divulgar a bandeira tarifária que estará em vigor em agosto. Neste mês, a agência manteve a bandeira tarifária no patamar 2 da cor vermelha, o mais alto do sistema. Isso significa que, para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos, haverá uma cobrança extra de R$ 5 nas contas de luz. Julho foi o segundo mês seguido com a bandeira tarifária no patamar mais alto. A cobrança extra de R$ 5 a cada 100 kWh começou em junho. Em maio, a bandeira tarifária estava na cor amarela, que tem cobrança extra de R$ 1 para cada 100 kWh. (ABr)
Nucleares preveem ter autonomia em 2026 Rio de Janeiro - O planejamento estratégico da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para os próximos dez anos, desenvolvido em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), prevê que a estatal terá autonomia financeira em 2026, quando não mais dependerá de recursos do Tesouro Nacional para sua operacionalidade. A informação foi dada ontem pelo presidente da INB, Reinaldo Gonzaga, durante palestra no primeiro dia do IX Seminário Internacional de Energia Nuclear. Gonzaga informou que, atualmente, a INB opera com uma dependência financeira do governo federal em torno de 34% a 35% do seu orçamento anual, recursos necessários para o pagamento da folha salarial, obrigações sociais e encargos. O faturamento anual da estatal gira em torno de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões. O presidente da INB disse que o planejamento foi elaborado para equilibrar despesas e receitas. E, para
chegar a essa equação, defendeu a necessidade de se colocar em operação, o mais rapidamente possível, a Unidade de Concentração de Urânio de Caetité, na Bahia, que está sem produzir há cerca de cinco anos. “Uma das premissas para se alcançar esse objetivo é exatamente parar de comprar urânio lá fora, e isso implica em ter que pôr a mina [de Caetité] novamente em operação, uma vez que ela está parada desde 2014. Quando a unidade estiver em operação, o que deverá acontecer até o fim deste ano, nós deixaremos de comprar urânio fora do País e, consequentemente, obteremos um melhor equilíbrio financeiro, além de gerar um excedente que pode levar o País a vir a exportar urânio”, avaliou. Gonzaga falou que a estatal trabalha no sentido de avançar com o programa desenvolvido com a Marinha do Brasil para enriquecimento de urânio. O programa, segundo ele, foi concebido para avançar em duas fases. “Nesta primeira fase, já em curso, nós esta-
mos ainda na sexta etapa, mas, até o final de agosto, estaremos inaugurando a sétima etapa das 10 previstas”. Atualmente, o País compra no exterior todo o urânio consumido nas usinas de Angra I e II e também os componentes metálicos para a montagem do combustível, cujos custos são em euro. “Quando passarmos a nacionalizar esses componentes, a fazê-los aqui no Brasil, nós estaremos reduzindo ainda mais os custos de operação e isso também vai gerar mais equilíbrio financeiro”. A INB também diminuirá custos com a redução da sua folha de pagamento. “Aprovamos um programa de desligamento voluntário. Hoje, a nossa folha de pagamento está na faixa de R$ 310 milhões, com a implantação do PDV, nós estaremos retirando cerca de R$ 100 milhões dessa folha”. Mina de Caetité - Entre as muitas unidades da INB, a Unidade de Concentrado de Urânio de Caetité é desta-
que. Situada no município de Caetité (BA), inoperante desde 2014. Nela eram realizadas as duas primeiras etapas do ciclo do combustível nuclear: a mineração e o beneficiamento do minério, que resulta no produto chamado concentrado de urânio ou yellowcake. A unidade ocupa uma área de 1.700 hectares, localizada em uma província mineral com reservas que chegam a 110 mil toneladas de urânio e onde estão identificados mais de 38 depósitos do minério. Nos 16 anos em que esteve em operação, a INB Caetité produziu 3.750 toneladas de concentrado de urânio a partir da exploração a céu aberto de uma dessas jazidas – a mina Cachoeira. A avaliação do executivo é que, retomando gradativamente a atividade, a unidade deverá começar produzindo cerca de 70 toneladas de urânio, de uma capacidade de produção de 400 toneladas, “que deverá ser atingida já no ano que vem”. (ABr)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA INADIMPLÊNCIA
Indicador volta a subir em BH após 11 meses Pesquisa da CDL-BH mostra que número de consumidores inadimplentes na Capital cresceu 1,35% em junho ANA CAROLINA DIAS
Após uma sequência de 11 quedas consecutivas, a inadimplência entre os consumidores belo-horizontinos registrou aumento de 1,35% na variação anual e encerrou o primeiro semestre de 2018 em alta. Na comparação de junho com maio deste ano, levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) apontou crescimento de 0,81% no número de inadimplentes na Capital. A instabilidade econômica do País durante o segundo trimestre deste ano, principalmente devido à paralisação nacional dos caminhoneiros, influenciou negativamente as finanças dos consumidores, na avaliação do vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar. Reflexos como a escassez de alguns produtos, a alta do dólar e o aumento de 0,83 ponto percentual da inflação no mês de junho diminuíram o poder de compra do consumidor, segundo Gaspar. “A inflação sempre diminui a quantidade de dinheiro do bolso do consumidor, que não teve recursos para quitar as dívidas em aberto. Além disso, a gasolina ficou mais cara, o preço dos alimentos aumentou por causa do desabastecimento e as pessoas precisaram priorizar o básico, o que gerou falta de dinheiro, aumentando os inscritos no cadastro de inadimplentes”, explicou. O montante de endividados na faixa etária acima de 65 anos foi o que mais cresceu (16,05%) em junho. Já os mais jovens, com idade entre 18 a 29 anos, são os menos endividados (-31,7%). Entre os gêneros, o endividamento foi maior entre as mulheres, com crescimento de 1,07%. Já entre os homens, a alta foi de apenas 0,03%.
3,54% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, como mostrou o Indicador de Dívidas em Atraso. Em relação a maio, foi registrado crescimento de 0,8% no número de débitos vencidos. Para Gaspar, o número de dívidas registradas apresentou queda na comparação anual uma vez que, ainda que tenham quitado parte das dívidas, os consumidores continuam inadimplentes. “O consumidor vinha quitando dívidas menores, mas ainda não conseguiu sair totalmente do cadastro. Além disso, alguns novos nomes entraram para os inadimplentes devido aos reflexos da greve, justificando o aumento da inadimplência e redução do número de dívidas”, afirmou o vice-presidente da CDL-BH. As pessoas com mais de 65 anos também concentram a maioria das dívidas (13,78%), e o número de débitos não quitados apresentou queda tanto para as mulheres (-4,24%), quanto para os homens (-4,28%).
Empresas – Para as pessoas jurídicas, tanto a inadimplência quanto o número de dívidas seguiram em alta em junho. O volume de empresas inadimplentes cresceu 8,76% na comparação com o mesmo período do ano passado e, na variação mensal, houve avanço de 0,99%. Entre os segmentos avaliados, todos apresentaram crescimento da inadimplência no período, sendo que o setor de serviços registrou a maior quantidade de devedores, com 10,83%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, houve queda de 2,6% nas atividades do setor em Minas Gerais, o que diminuiu as receitas Dívidas - Apesar do au- e, consequentemente, immento dos inadimplentes, pactou na capacidade de o número de dívidas caiu pagamento.
MARCOS SANTOS / USP IMAGENS
Entre os fatores para o avanço do índice, a entidade cita a instabilidade econômica enfrentada pelo País no segundo trimestre
Marco Antônio Gaspar ressaltou também que a queda de faturamento devido à paralisação dos caminhoneiros influenciou o resultado do setor de serviços e que a expectativa é de manutenção de queda para o próximo mês. “Essa inadimplência não deve ser muito perene, sobretudo, porque a empresa precisa limpar o nome para comprar crédito. A economia vem em uma recuperação muito lenta e, em julho, não deve melhorar muito, porque percebemos que a Copa não trouxe o faturamento desejado”, destacou Gaspar. Entre as empresas da Capital, o número de dívidas apresentou crescimento de 0,69% na comparação de junho com maio de 2018, enquanto, na variação anual, a quantidade de contas em atraso das empresas aumentou 5,79%. O número médio de dívidas de pessoas jurídicas em junho foi de 1,98 por empresa. No mesmo período do ano anterior, era de 2,04 por CNPJ.
ABECIP
Financiamentos de imóveis no País avançam 23% no primeiro semestre São Paulo - O crédito imobiliário no Brasil tem mantido o ritmo de expansão, mesmo com as incertezas econômicas criadas com a greve dos caminhoneiros e com a aproximação das eleições, o que pode fazer o setor ter um desempenho melhor do que o esperado, segundo a entidade que representa as financiadoras do setor, Abecip. A entidade anunciou ontem que os financiamentos para compra de imóveis na primeira metade do ano cresceram 23%, ante mesma etapa de 2017, para R$ 25,3 bilhões, considerando os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Dada a recente redução dos depósitos compulsórios e a perspectiva de maior entrada líquida de recursos da poupança, a Abecip avalia que sua previsão de alta de 10% do setor neste
ano pode ser superada, chegando a atingir até 16%. “Há uma perspectiva de sobra de recursos, o que tem deixado os bancos animados para continuar emprestando”, disse ontem o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho. Se confirmado, o movimento representará a primeira alta do setor em quatro anos. Após ter atingido o pico de R$ 113 bilhões em 2014, o volume de empréstimos pelo SBPE caiu fortemente desde então, até atingir R$ 43 bilhões no ano passado, o menor nível em uma década. Segundo Abreu Filho, alguns mercados imobiliários mais pujantes, como o de São Paulo, já têm mostrado sinais de recuperação, após construtoras passarem anos se concentrando em reduzir estoques antes de lançarem novos empreendimentos.
Para o executivo, a greve dos caminhoneiros em maio trouxe como uma das consequências o aumento dos juros futuros, o que pode, no médio prazo, levar os bancos a praticarem taxas maiores no crédito imobiliário e impactarem negativamente o setor. Mas, por enquanto, isso ainda não aconteceu e tudo pode depender do comportamento do mercado frente aos resultados das eleições presidenciais de outubro. Além dos recursos da poupança, a Abecip prevê que o governo deve liberar volumes maiores do FGTS, recursos subsidiados do governo usados, sobretudo, para financiar a compra de imóveis populares. “Neste momento, estamos vendo os bancos mais otimistas do que a própria cadeia da construção civil”, disse Abreu Filho. (Reuters)
Confiança do comércio recua em julho Rio de Janeiro - O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 0,8 ponto na passagem de junho para julho, atingindo 88,8 pontos, o menor nível desde agosto de 2017, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 2,6 pontos. “O resultado negativo de julho sugere que o setor continua perdendo o fôlego da recuperação que vinha ocorrendo até o início do ano. A avaliação desfavorável sobre a demanda e a vagarosa retomada do mercado de trabalho contribuíram para a piora da percepção sobre a situação atual. Os resultados indicam
que os empresários do setor continuarão cautelosos nos próximos meses, sob influência dos níveis elevados de incerteza política e econômica”, avaliou o coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/ FGV), Rodolpho Tobler, em nota oficial. Em julho, houve queda da confiança em quatro dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,7 ponto, para 86,5 pontos. O item que mede a percepção dos empresários com o volume da demanda no momento atual recuou 3,1 pontos, para 86,3 pontos. A avaliação da situação
BAUMINAS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nº 23.114.504/0001-38. Nire 3130011228-4. Ata de Assembleia Geral Extraordinária. Dia, Hora e Local: Aos 03 de julho de 2018, às 7:30 horas, na sede da Bauminas Participações S.A., com endereço à Rua João Dias Neto, nº 18, sala 01, bairro Vila Reis, na Cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais, Cep 36.770-228 (“Sociedade”). Convocação: Dispensada a realização de convocação em virtude da presença de acionistas representando a totalidade do capital social da Emissora, nos termos do parágrafo 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”). Mesa: Presidente – Ivone Barbosa Silva; Secretário – Fernando Aurélio Leonardo Lacerda. Ordem do Dia: Examinar, discutir e autorizar: i. A aprovação de outorga de garantia fidejussória no âmbito da primeira emissão pública de debêntures simples da Bauminas Log e Transporte S.A. (“Bauminas Log” ou “Emissora”) não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia fidejussória adicional, em duas séries, no valor total de até R$ 210.000.000,00 (duzentos e dez milhões de reais), para distribuição pública com esforços restritos, da Bauminas Log e Transporte S.A. (“Emissão da Bauminas Log” ou “Emissão”); e ii. Autorização para que a Diretoria da Sociedade pratique todos os atos, tome todas as providências e adote todas as medidas necessárias à formalização, efetivação e administração das deliberações desta assembleia, objetivando a celebração e o cumprimento da garantia prestada no âmbito da Emissão da Bauminas Log. Deliberações: Após discutidas as matérias constantes na Ordem do Dia, os acionistas da Sociedade presentes deliberaram pela aprovação, por unanimidade de votos e sem restrições ou ressalvas, do quanto segue: 1. Aprovação da outorga de fiança pela Sociedade, com renúncia aos benefícios de ordem, direitos e faculdades de exoneração de qualquer natureza previstos nos artigos 333, parágrafo único, 364, 366, 368, 821, 827, 829, parágrafo único, 830, 834, 835, 837, 838 e 839 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, conforme alterada, e dos artigos 130 e 794 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, conforme alterada, no âmbito da Emissão da Bauminas Log, na qualidade de devedora solidária de todas as obrigações pecuniárias assumidas pela Bauminas Log no “Instrumento Particular de Escritura da Primeira Emissão Pública de Debêntures Simples, não Conversíveis em Ações, da Espécie Quirografária, com Garantia Fidejussória Adicional, em Duas Séries, para Distribuição Pública com Esforços Restritos de Distribuição, da Bauminas Log e Transporte S.A.” (“Escritura de Emissão”). A Sociedade fica, então, responsável solidariamente com a Bauminas Log pelo pagamento integral de todos e quaisquer valores, principais ou acessórios, incluindo encargos moratórios devidos pela Bauminas Log, eventuais indenizações, todo e qualquer custo ou despesa comprovadamente incorrido pelo agente fiduciário e/ou pelos debenturistas em decorrência de processos, procedimentos e/ou outras medidas judiciais ou extrajudiciais necessários à salvaguarda de seus direitos e prerrogativas decorrentes da Escritura de Emissão. As principais características da Escritura de Emissão estão abaixo descritas: (i) Número da Emissão: A Emissão constitui a 1ª (primeira) emissão, para distribuição pública, de debêntures simples da Emissora; (ii) Data de Emissão: Conforme prevista na Escritura de Emissão (“Data de Emissão”); (iii) Valor Total da Emissão: O valor total da Emissão será de R$ 210.000.000,00 (duzentos e dez milhões de reais), na Data de Emissão, observado o disposto nos itens “Quantidade de Debêntures” e “Número de Séries” abaixo (“Valor Total da Emissão”); (iv) Colocação e Procedimento de Distribuição: As Debêntures serão objeto de oferta pública de distribuição com esforços restritos de distribuição, sob o regime de garantia firme, com a intermediação dos Coordenadores, nos termos a serem estabelecidos no Contrato de Distribuição, a ser celebrado entre a Emissora e os Coordenadores (“Contrato de Distribuição”); (v) Destinação dos Recursos: Os recursos captados pela Emissora, por meio da liquidação das (i) Debêntures da 1ª Série serão destinados à realização de investimentos ou aquisições de sociedades nas cadeias dos setores químico, de mineração e/ou de saneamento e, o saldo remanescente, para reforço de capital de giro da Emissora; e (ii) Debêntures da 2ª Série serão destinados, pela Emissora, para reforço de capital de giro da Emissora. (vi) Valor Nominal Unitário: O valor nominal unitário das Debêntures será de R$1.000,00 (mil reais), na Data de Emissão (“Valor Nominal Unitário”); (vii) Conversibilidade, Tipo e Forma: As Debêntures não serão conversíveis em ações de emissão da Emissora. As Debêntures serão escriturais e nominativas, sem emissão de certificados; (viii) Espécie: As Debêntures serão da espécie quirografária, com garantia fidejussória adicional; (ix) Prazo e Forma de Subscrição e Integralização: As Debêntures poderão ser subscritas a qualquer tempo, a partir da data de início de distribuição da Oferta, dentro do prazo de distribuição, sendo que serão subscritas e integralizadas por, no máximo, 50 (cinquenta) Investidores Profissionais, à vista, no ato da subscrição (“Data de Integralização”), e em moeda corrente nacional, pelo seu Valor Nominal Unitário, acrescido da respectiva Remuneração calculada pro rata temporis desde a data da primeira integralização das Debêntures (“Primeira Data de Integralização”) até a data da efetiva integralização, nos termos da Escritura de Emissão, de acordo com as normas e procedimentos de liquidação aplicáveis da B3 – Segmento Cetip Utvm (“Preço de Integralização”). As Debêntures serão integralizadas de acordo com os procedimentos adotados pela B3 – Segmento Cetip Utvm, pelo Preço de Integralização; (x) Prazo e Data de Vencimento: As Debêntures da 1ª Série terão prazo de vencimento de 60 (sessenta) meses, contados da Data de Emissão (“Data de Vencimento da 1ª Série”), e as Debêntures da 2ª Série terão prazo de vencimento de 60 (sessenta) meses, contados da Data de Emissão (“Data de Vencimento da 2ª Série” e, em conjunto com a Data de Vencimento da 1ª Série, “Data de Vencimento das Debêntures”), ressalvadas as hipóteses de vencimento antecipado das Debêntures; (xi) Quantidade de Debêntures: A Emissão será composta de 210.000 (duzentos e dez mil) Debêntures, sendo (i) 125.000 (cento e vinte e cinco mil) Debêntures da 1ª Série; e (ii) 85.000 (oitenta e cinco mil) Debêntures da 2ª Série; (xii) Número de Séries: A Emissão será realizada em 2 (duas) séries e a quantidade de Debêntures a ser alocada em cada série será de 125.000 (cento e vinte e cinco mil) na 1ª Série e 85.000 (oitenta e cinco mil) na 2ª Série; (xiii) Atualização Monetária das Debêntures: O Valor Nominal Unitário das Debêntures não será atualizado monetariamente; (xiv) Juros Remuneratórios das Debêntures: As Debêntures da 1ª Série farão jus ao pagamento de juros remuneratórios, incidentes sobre seu Valor Nominal Unitário ou sobre o saldo do Valor Nominal Unitário, conforme o caso, equivalentes à variação acumulada de 100% (cem por cento) das taxas médias diárias de juros dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, over extra grupo, expressa na forma percentual ao ano, com base 252 (duzentos e cinquenta e dois) Dias Úteis, calculada e divulgada diariamente pela B3 – Segmento Cetip Utvm no informativo diário, disponibilizado em sua página na Internet (http://www.cetip.com.br) (“Taxa DI”), acrescida de spread ou sobretaxa de 2,10% (dois inteiros e dez centésimos) ao ano, com base 252 (duzentos e cinquenta e dois) Dias Úteis, calculados de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis, por dias úteis decorridos, incidente sobre o Valor Nominal Unitário das Debêntures ou saldo do Valor Nominal Unitário das Debêntures da 1ª Série, desde a Primeira Data de Integralização, ou da data de pagamento da Remuneração das Debêntures da 1ª Série imediatamente anterior, conforme o caso, inclusive, até a data de seu efetivo pagamento, exclusive. A Remuneração das Debêntures da 1ª Série será calculada de acordo com fórmula prevista na Escritura de Emissão (“Remuneração das Debêntures da 1ª Série”). As Debêntures da 2ª Série, por sua vez, farão jus ao pagamento de juros remuneratórios, incidentes sobre seu Valor Nominal Unitário ou sobre o saldo do Valor Nominal Unitário, conforme o caso, equivalentes à variação acumulada da Taxa DI, acrescida de spread ou sobretaxa de 2,15% (dois inteiros e quinze centésimos) ao ano, com base 252 (duzentos e cinquenta e dois) Dias Úteis, calculado de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis, por
atual dos negócios, porém, avançou 1,7 ponto, para 87,1 pontos. Futuro - Já o Índice de Expectativas (IE-COM) diminuiu 0,6 ponto em julho, para 91,8 pontos, influenciado pela piora na avaliação sobre as vendas previstas, que recuou 2,2 pontos, para 91,1 pontos. O item que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses, entretanto, cresceu 0,9 ponto, para 92,8 pontos. A coleta de dados para a edição de julho da Sondagem do Comércio foi realizada pela FGV, entre os dias 2 e 23 do mês, e obteve informações de 1.116 empresas. (AE)
Dias Úteis decorridos, incidente sobre o Valor Nominal Unitário das Debêntures ou saldo do Valor Nominal Unitário das Debêntures da 2ª Série, desde a Primeira Data de Integralização, ou da data de pagamento da Remuneração das Debêntures da 2ª Série imediatamente anterior, conforme o caso, inclusive, até a data de seu efetivo pagamento, exclusive. A Remuneração das Debêntures da 2ª Série será calculada de acordo com fórmula prevista na Escritura de Emissão (“Remuneração das Debêntures da 2ª Série” e, em conjunto com a Remuneração das Debêntures da 1ª Série, simplesmente “Remuneração”); (xv) Amortização do Valor Nominal Atualizado: Debêntures da 1ª Série: O Valor Nominal Unitário das Debêntures da 1ª Série será amortizado em 25 (vinte e cinco) parcelas mensais consecutivas, de acordo com as datas e percentuais de amortização constantes do Anexo I da Escritura de Emissão. Debêntures da 2ª Série: O Valor Nominal Unitário das Debêntures da 2ª Série será amortizado a partir do 36º (trigésimo sexto) mês contado da Data de Emissão (inclusive), sendo: (i) do 36º (trigésimo sexto) mês ao 47º (quadragésimo sexto) mês contado da Data de Emissão, em parcelas mensais e iguais, totalizando 15% do saldo das Debêntures da 2ª Série; (ii) no 48º (quadragésimo oitavo) mês contado da Data de Emissão, parcela única, na proporção de 30% do saldo das Debêntures da 2ª Série; e (iii) do 49º (quadragésimo nono) mês contado da Data de Emissão até a Data de Vencimento, parcelas mensais e iguais, totalizando 55% do saldo das Debêntures da 2ª Série, tudo de acordo com as datas e percentuais constantes do Anexo II da Escritura de Emissão. A amortização do Valor Nominal Unitário das Debêntures, considerando-se as Debêntures da 1ª Série e as Debêntures da 2ª Série, estão sujeitas as hipóteses de oferta de resgate antecipado da totalidade das Debêntures e de vencimento antecipado das Debêntures, conforme a Escritura de Emissão. (xvi) Local de Pagamento: Os pagamentos referentes às Debêntures e a quaisquer outros valores eventualmente devidos pela Emissora e/ou pelas Garantidoras (abaixo definidos) serão efetuados: (i) pela Emissora, no que se refere aos pagamentos do Valor Nominal Unitário, da Remuneração, dos encargos moratórios utilizando-se: (a) os procedimentos adotados pela B3 – Segmento Cetip Utvm para as Debêntures custodiadas eletronicamente na B3 – Segmento Cetip Utvm; ou (b) na hipótese de as Debêntures não estarem custodiadas eletronicamente na B3 – Segmento Cetip Utvm: na sede da Emissora ou do banco liquidante; e (ii) pelas Garantidoras, em qualquer caso, por meio do banco liquidante ou do escriturador ou em sua sede, conforme o caso; (xvii) Encargos Moratórios: Sem prejuízo da Remuneração, ocorrendo impontualidade no pagamento pela Emissora e/ou pelos Garantidores de quaisquer obrigações pecuniárias relativas às Debêntures, os débitos vencidos e não pagos serão acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata temporis, desde a data de inadimplemento até a data do efetivo pagamento, bem como de multa não compensatória de 2% (dois por cento) sobre o valor devido, independentemente de aviso, notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial (“Encargos Moratórios”); (xviii) Repactuação: Não haverá repactuação programada das Debêntures; (xix) Resgate Antecipado Facultativo: A Emissora poderá, a seu exclusivo critério e a qualquer tempo, promover o resgate antecipado parcial ou total das Debêntures (“Resgate Antecipado Facultativo”), de acordo com o disposto na Escritura de Emissão; (xx) Aquisição Facultativa: A Emissora poderá, a qualquer tempo, adquirir Debêntures desde que observe o disposto no artigo 55, parágrafo 3º, da Lei das Sociedades por Ações, nos artigos 13 e 15 da Instrução CVM 476 e na regulamentação aplicável da CVM. As Debêntures adquiridas pela Emissora poderão, a critério da Emissora, ser canceladas, permanecer em tesouraria ou ser novamente colocadas no mercado. As Debêntures adquiridas pela Emissora para permanência em tesouraria, se e quando recolocadas no mercado, farão jus à mesma Remuneração aplicável às Debêntures da série em questão; (xxi) Comprovação de Titularidade das Debêntures: Para todos os fins de direito, a titularidade das Debêntures será comprovada pelo extrato das Debêntures emitido pelo escriturador. Adicionalmente, será reconhecido como comprovante de titularidade das Debêntures o extrato expedido pela B3 – Segmento Cetip Utvm em nome do debenturista, quando estes títulos estiverem custodiados eletronicamente na B3 – Segmento Cetip Utvm; (xxii) Garantia Fidejussória: As Debêntures contarão com garantia de fiança dos seguintes garantidoras pessoas jurídicas: (a) Bauminas Participações S.A., (b) Bauminas Química N/NE Ltda., (c) Bauminas Participações Societárias Ltda., (d) Nheel Química Ltda., (e) Bauminas Mineração Ltda., (f) Bauminas Ambiental Serviços, Indústria Química e Comércio Ltda., (g) Bauminas Investimentos Ltda. e (h) Bauminas Química S.A. (“Garantidoras”), que na qualidade de devedores solidários de todas as obrigações pecuniárias assumidas pela Emissora na Escritura de Emissão, se responsabilizam solidariamente com a Emissora pelo pagamento integral de todos e quaisquer valores, principais ou acessórios, incluindo encargos moratórios devidos pela Emissora, eventuais indenizações, todo e qualquer custo ou despesa comprovadamente incorrido pelo agente fiduciário e/ou pelos debenturistas em decorrência de processos, procedimentos e/ou outras medidas judiciais ou extrajudiciais necessários à salvaguarda de seus direitos e prerrogativas decorrentes da Escritura de Emissão, renunciando aos benefícios de ordem, direitos e faculdades de exoneração de qualquer natureza previstos nos artigos 333, parágrafo único, 364, 366, 368, 821, 827, 829, parágrafo único, 830, 834, 835, 837, 838 e 839 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, conforme alterada, e dos artigos 130 e 794 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, conforme alterada (“Fiança”). (xxiii) Vencimento Antecipado: o agente fiduciário deverá, conforme o caso, declarar antecipadamente vencidas as obrigações decorrentes das Debêntures, e exigir o imediato pagamento, pela Emissora e pelas Garantidoras, do Valor Nominal Unitário ou saldo devedor do Valor Nominal das Debêntures, conforme o caso, acrescido da correspondente Remuneração, calculada pro rata temporis desde a Primeira Data de Integralização, ou da data de pagamento da Remuneração imediatamente anterior, conforme o caso, até a data do efetivo pagamento, sem prejuízo, quando for o caso, dos encargos moratórios, na ocorrência de qualquer dos eventos previstos em lei e/ou de qualquer dos eventos descritos na Escritura de Emissão; (xxiv) Demais Características: As demais características das Debêntures encontrar-seão descritas na Escritura de Emissão. 2. Autorização à Diretoria da Sociedade a praticar todos os atos, tomar todas as providências e adotar todas as medidas necessárias à formalização, efetivação e administração das deliberações desta assembleia, objetivando a celebração e o cumprimento das garantias prestadas no âmbito da Emissão da Bauminas Log. 2.1. O cumprimento, pela Sociedade, das garantias prestadas no âmbito da Emissão da Bauminas Log fica, desde já, ratificada, após aditamentos realizados à Escritura de Emissão. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas com a lavratura da presente ata, que após lida e achada conforme, foi assinada por todos presentes, em 3 (três) vias. Assinam digitalmente: Presidente: Ivone Barbosa Silva; Secretário: Fernando Aurélio Leonardo Lacerda. Acionistas Presentes: Marcus Tadeu Barbosa Silva, Leonardo Barbosa Silva, Simone Barbosa Silva, Túlio Barbosa Silva, Espólio de Márcio Barbosa Silva Bissoli, representado por seu Inventariante Alan Andreas Faria Barbosa Costa e Silva Bissoli, brasileiro, solteiro, estudante, portador da Carteira de Identidade nº MG-17.805.036, inscrito no CPF sob o nº 113.105.806-26, residente e domiciliado na cidade de Belo Horizonte - MG, na Rua Elza Brandão Rodarte, n º 11, apto 1.200, Bairro Belvedere, Andréia Barbosa Silva, Fernando Aurélio Leonardo Lacerda, Sandra Regina Leonardo Lacerda e Leila Maria Leonardo Lacerda, que compareceram à Assembleia e assinaram o Livro de Atas de Assembleia Geral. Cataguases, Minas Gerais, 03 de julho de 2018. Esta cópia é fiel a original que se encontra na sociedade. Assinam digitalmente os membros da Mesa: Por: Ivone Barbosa Silva – Presidente; Por: Fernando Aurélio Leonardo Lacerda – Secretário. Jucemg: Certifico registro sob o nº 6935011 em 23/07/2018 Protocolo 183842073 Marinely de Paula Bomfim - Secretária-Geral.
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
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INTERNACIONAL CESAR ITIBERĂŠ/PR
CĂšPULA DO BRICS
PaĂses incentivam cooperação e luta contra protecionismo Ideia ĂŠ que bloco una forças contra ameaças dos EUA Joanesburgo - A China e a Ă frica do Sul pediram aos outros governos do Brics ontem que lutem contra o protecionismo e incentivem o comĂŠrcio global multilateral, em face das ameaças de tarifas do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que colocam o comĂŠrcio global em risco. Os alertas de Trump criaram um novo incentivo para Brasil, RĂşssia, Ă?ndia, China e Ă frica do Sul reforçarem sua cooperação comercial, e autoridades presentes na cĂşpula de trĂŞs dias, iniciada ontem, em Joanesburgo, encontraram uma voz coletiva em defesa do comĂŠrcio internacional. O encontro de presiden-
tes do bloco comercial ĂŠ o primeiro desde que o governo Trump iniciou uma ofensiva para reequilibrar o multilateralismo comercial que o norte-americano classificou como injusto, relacionamentos que os EUA defenderam no passado. â€œĂ‰ nossa obrigação sincera demonstrar nosso compromisso com o sistema de comĂŠrcio multilateral, salvaguardar a existĂŞncia da OMC (Organização Mundial do ComĂŠrcio) e tambĂŠm demonstrar nossa posição clara e forte contra qualquer ação unilateral e protecionismoâ€?, disse o diretor-geral do MinistĂŠrio do ComĂŠrcio da China, Zhang Shaogang, na cĂş-
pula de paĂses-membros do Brics. Apoio mĂştuo - “A cooperação no comĂŠrcio e no investimento ĂŠ a propulsora de uma cooperação abrangente dos Brics. Precisamos tornar nossa cooperação mais pragmĂĄtica e institucionalizadaâ€?. O ministro do ComĂŠrcio sul-africano, Rob Davies, destacou que a economia mais industrializada da Ă frica estĂĄ sendo afetada por danos colaterais. “Todos nĂłs, Brics, concordamos que este momento da economia global exige que fortaleçamos nossa parceriaâ€?, afirmou Davies. (Reuters) Presidente da Ă frica do Sul, Cyril Ramaphosa, e Temer participaram de jantar do Brics
Ministro pede rapidez em acordo Mercosul-UE BrasĂlia - Ao participar ontem de evento em Joanesburgo, na Ă frica do Sul, o ministro das Relaçþes Exteriores, Aloysio Nunes, disse que a negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e a UniĂŁo Europeia jĂĄ “dura bastante tempo e estĂĄ na hora de ser concluĂdaâ€?. Aloysio Nunes estĂĄ em Joanesburgo para a reuniĂŁo da 10ÂŞ CĂşpula do Brics, grupo que reĂşne Brasil, RĂşssia, Ă?ndia, China e Ă frica do Sul, e falou sobre comĂŠrcio e investimentos no bloco, em evento realizado ontem. O ministro reafirmou que o Mercosul estĂĄ empenhado em negociar acordos comerciais e de investimentos com
outros blocos e citou a negociação com a UniĂŁo Europeia. “Iniciamos a negociação entre o Mercosul e o CanadĂĄ; Mercosul e Cingapura foi lançada dois dias atrĂĄs; Mercosul e Coreia do Sul; e negociação com os paĂses do Efta. HĂĄ uma negociação que jĂĄ dura bastante tempo e que jĂĄ estĂĄ na hora de ser concluĂda, que ĂŠ entre o Mercosul e a UniĂŁo Europeiaâ€?, disse. As negociaçþes entre os dois blocos começaram hĂĄ 18 anos e ainda nĂŁo hĂĄ um consenso para encerrar as discussĂľes. Na semana passada, ministros se reuniram em Bruxelas para tratar do acordo. Uma nova rodada de discus-
(GLWDO GH FLWDomR FRP SUD]R GH GLDV 2 'U 6HEDVWLmR 3HUHLUD GRV 6DQWRV 1HWR -XL] GH 'LUHLWR 7LWXODU GD � 9DUD &tYHO QD IRUPD GD OHL ID] VDEHU D WRGRV TXDQWRV R FRQKHFLPHQWR GR SUHVHQWH GHYD SHUWHQFHU TXH SRU HVWH MXt]R H VHFUHWDULD WrP DQGDPHQWR RV DXWRV GD $omR 0RQLWyULD SURFHVVR Qž UHTXHULGD SRU +6%& %DQN %UDVLO 6 $ HP IDFH GH %LFL 6KRS %LFLFOHWDULD /WGD 3RU QmR ORJUDUHP r[LWR HP GHVFREULU R SDUDGHLUR GR UpX %LFL 6KRS %LFLFOHWDULD /WGD TXH VH HQFRQWUD HP ORFDO LQFHUWR H QmR VDELGR H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO SDUD FLWi OD SDUD WRPDU FRQKHFLPHQWR GD DomR H SDUD TXHUHQGR HIHWXDU R SDJDPHQWR GR GpELWR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV RX RIHUHFHU HPEDUJRV VRE SHQD GH UHYHOLD 1mR VHQGR FRQWHVWDGD D DomR SUHVXPLU VH mR FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DOHJDGRV SHOR DXWRU ( SDUD TXH QLQJXpP SRVVD DOHJDU LJQRUkQFLD VHUi R SUHVHQWH SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL H DIL[DGR HP ORFDO GH FRVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH MXQKR GH . H
EAC ENGENHARIA AUTOMAĂ‡ĂƒO E CONTROLE S.A CNPJ: 38.743.738/0001-11 Balanço Patrimonial Encerrado em 31/12/2017 Descrição ExercĂcio Ativo Anterior Ativo circulante Disponivel Caixa 372,32D Bancos conta movimento 1.286,54D Aplicaçþes liquidez imediata 2.900.161,06D =Disponivel 2.901.819,92D Clientes Duplicatas a receber 717.180,78D =Clientes 717.180,78D Creditos diversos Conta cobrança 89.301,95D Adiantamentos 18.962,52D Outros creditos 2.113,51D =Creditos diversos 110.377,98D =Total- Ativo circulante 3.729.378,68D Ativo nĂŁo circulante Ativo realizavel longo prazo Creditos com pessoas ligadas 0,00D =Ativo realizavel longo prazo 0,00D Imobilizado Computadores e perifericos 317.979,79D Instalaçþes 116.734,06D Maquinas e equipamentos 82.689,67D Moveis e utensilios 173.657,00D Benfeitorias em imoveis de terceiros 40.037,60D Depreciação acumulada 429.434,51C =Imobilizado 301.663,61D Intangivel Software e licenças 3.096.390,52D Amortização e exaustĂŁo acumulada 842.276,83C =Intangivel 2.254.113,69D =Total - Ativo nĂŁo circulante 2.555.777,30D =Total- Ativo 6.285.155,98D Passivo circulante Exigivel Fornecedores 76.543,10C Folha a pagar 197.666,08C Emprestimos e financiamentos 76.218,18C Obrigaçþes sociais 150.841,65C Obrigaçþes tributarias 63.371,23C Adiantamento de clientes 2.775,72C CartĂľes de credito 22.006,69C ProvisĂľes 301.941,52C =Exigivel 891.364,17C =Total- Passivo circulante 891.364,17C Passivo nĂŁo circulante Passivo Exigivel a longo prazo Emprestimos e financiamentos 1.408.606,77C =Passivo exigivel a longo prazo 1.408.606,77C =Total- Passivo nĂŁo circulante 1.408.606,77C Patrimonio lĂquido Capital Capital social 1.609.195,00C Reservas de capital 1.360.805,00C Reserva de lucro 254.902,36C Lucro/Prejuizo do exercicio 760.282,68C Lucros/Prejuizos acumulados 0,00C =Capital 3.985.185,04C =Total- Patrimonio lĂquido 3.985.185,04C =Total- Passivo 6.285.155,98C Demonstração do Resultado do ExercĂcio em 31/12/2017 Descrição Receita de serviços prestados (-) Deduçþes da receita bruta Receita liquida de serviços Custo dos serviços prestados Resultado operacional bruto Despesas operacionais Resultado antes das receitas Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado financeiro liquido Outras receitas Resultado antes do Imposto de Renda Imposto de Renda Contribuição social Lucro liquido do exercicio DIRETORIA SĂłcio Diretor - ClĂŠber Augusto Piçarro - CPF 676.811.156-68 SĂłcio Diretor - Marcos Alverni Nannetti - CPF 693.212.486-68 CONTADOR: Ernalton LeĂŁo de Carvalho - CRC NÂş 4142-5
ExercĂcio Atual 221,39D 2.428,22D 645.390,75D 648.040,36D 1.101.585,69D 1.101.585,69D 0,00D 21.300,40D 1.501,97D 22.802,37D 1.772.428,42D 100.964,84D 100.964,84D 245.079,41D 116.734,06D 67.567,49D 142.732,62D 40.037,60D 367.923,33C 244.227,85D 2.525.863,15D 381.963,63C 2.143.899,52D 2.489.092,21D 4.261.520,63D 235.959,50C 155.058,99C 57.374,21C 132.793,95C 71.813,22C 13,50C 13.341,36C 280.234,50C 946.589,23C 946.589,23C 225.109,31C 225.109,31C 225.109,31C 1.470.000,00C 0,00C 1.629.947,73C 774.068,88C 784.194,52D 3.089.822,09C 3.089.822,09C 4.261.520,63C Mov. PerĂodo 8.497.217,05C 905.392,11D 7.591.824,94C 3.749.897,19D 3.841.927,75C 2.613.713,75D 1.228.214,00C 91.964,22C 188.414,08D 96.449,86D 18.934,11C 1.150.698,25C 279.828,83D 110.586,74D 760.282,68C
sĂľes ocorrerĂĄ na primeira quinzena de agosto, em MontevidĂŠu, com os ministros dos paĂses do Mercosul e os comissĂĄrios europeus de ComĂŠrcio e Agricultura. Protecionismo - O ministro Aloysio Nunes manifestou preocupação com comportamentos protecionistas no comĂŠrcio exterior e citou os Estados Unidos. “Ao mesmo tempo em que o protecionismo ganha enorme força, especialmente a partir da polĂtica atual do governo dos Estados Unidos, vemos tambĂŠm, com muita preocupação, o surgimento de nacionalismo que vem, muitas vezes, acompanha-
do de xenofobia, restrição a intercâmbio econĂ´mico e entre as pessoasâ€?, destacou. Ele disse que o Brasil e os paĂses do Brics se colocam na contracorrente dessas tendĂŞncias e devem manifestar liderança e protagonismo na defesa do comĂŠrcio sujeito a regras e do multilateralismo de maneira geral. Na avaliação do ministro Aloysio Nunes, ĂŠ preciso ampliar o comĂŠrcio entre os paĂses do Brics, com medidas como a construção pelos governos de um quadro jurĂdico que facilite investimentos, e incentivar o entendimento entre os empresĂĄrios dos paĂses do bloco. (ABr)
(Lei Municipal n.º 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.º 39/02 e n.º 42/02) O Sr. ZÊlio Soares Nonato, responsåvel pelo empreendimento denominado Domus Móveis Especiais LTDA, especializado na Fabricação de Móveis com predominancia de madeira, localizado na Rua Professor Leontino da Cunha, nº 43, Palmeiras, Belo Horizonte/MG, torna público que protocolizou requerimento de Licença $PELHQWDO 6LPSOL¿FDGD à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.
A Sr Rafael , responsĂĄvel pelo empreendimento denominado CDR Distribuidora de LaticĂnios LTDA ,CNPJ 26.718.777/0001-80 ,com a atividade principal de comĂŠrcio atacadista de produtos alimentĂcios em geral com atividade de fracionamento e acondicionamento associada, localizado na Av Brigadeiro Eduardo Gomes, 93,bairro Dom Bosco, no municĂpio de Belo Horizonte MG,torna publico que protocolizou o requerimento de licença de operação corretiva Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SMMA .
COMARCA DE BELO HORIZONTE - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - Prazo de 30 dias. O Dr. Renato CĂŠsar Jardim, MM. Juiz de Direito da 13ÂŞ Vara CĂvel da Comarca de Belo Horizonte-MG, em exercĂcio, na forma da lei etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente, ICARO DE BARROS LIMA, CPF nÂş16.909.876-26, aqui denominados executado, nos autos da Ação de Execução TĂtulo Extrajudicial, Processo nÂş 0024.12.243.586-0, proposta por Casa Ăšnica Materiais de Construção Ltda, CNPJ nÂş 25.618.174/0001-43, tendo por objeto o cheque nÂş 000075, Banco Santander, AgĂŞncia 3007, constando dos autos que estĂĄ em lugar incerto e nĂŁo sabido, ĂŠ o presente edital para CITĂ -LOS para efetuar o pagamento da quantia de R$ 6.458,34 (seis mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e trinta e quatro centavos), acrescida de honorĂĄrios advocatĂcios e custas iniciais no prazo de 03(trĂŞs) dias. No caso de pagamento integral do dĂŠbito, a verba honorĂĄria serĂĄ reduzida pela metade. Os executados poderĂŁo opor-se Ă execução por meio de embargos, que deverĂŁo ser oferecidos no prazo de 15 dias. Os executados tem direito de parcelar o dĂŠbito em atĂŠ 06 (seis) vezes na forma do art. 745, A do CPC, sob as penas da lei e com a advertĂŞncia do art. 257, inciso IV, do mesmo Diploma Legal . Dado epassado nesta cidade e comarca de Belo Horizonte, aos 12 dias do mĂŞs de Julho de 2018. Eu, FabrĂzio Teixeira Campos , EscrivĂŁo Judicial, conferi, subscrevendo-o, por ordem do MM. Juiz de Direito.
EMPRESA MINEIRA DE PLACAS VEICULARES – EMPLAVE S/A CNPJ NÂş 19.998.396/0001-36 - NIRE 31300107426 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam convocados os acionistas da EMPRESA MINEIRA DE PLACAS VEICULARES – EMPLAVE S/A, na pessoa de seus representantes legais, a realizarem Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada na Associação MĂŠdica de Minas Gerais, localizada na Avenida JoĂŁo Pinheiro, nÂş 161, sala 07, bairro Centro, CEP. 30.130-180, Ă s 10:00 horas, do dia 30 de julho de 2018, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Definição do mapeamento e quantitativo inicial de empresas Estampadoras para o processo de credenciamento no Denatran, para o projeto Placas Mercosul; b) Definição do critĂŠrio de adequação e capacitação das empresas Estampadoras para o atendimento a todas as exigĂŞncias das Resoluçþes 729 /2018 e 733 /2018 do Contran; c) AnĂĄlise do modelo de trabalho da EMPLAVE S/A com as empresas “Fabricantesâ€? fornecedoras de placas primĂĄrias ou semi-acabadas, credenciadas no Denatran; d) Outros assuntos de interesse da Companhia. Instruçþes Gerais: 1. A presente convocação ĂŠ realizada por meio do presente edital a ser afixado na sede da Companhia, e por meio de circulares, que estĂŁo sendo encaminhadas aos Acionistas, com aviso de recebimento, atendendo, assim, o disposto no Artigo 6Âş do Estatuto da Companhia. 2. O quĂłrum de instalação da Assembleia Geral, em primeira convocação, serĂĄ da presença de, no mĂnimo, Âź (um quarto) do Capital Social. 3. O quĂłrum de aprovação da matĂŠria constante da ordem do dia ĂŠ a maioria absoluta dos votos (Artigo 7Âş do Estatuto). Belo Horizonte, 20 de julho de 2018. WENDER TEIXEIRA MORAES - Diretor
EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA DA “COOPERAUTOâ€? O Sr. MĂĄrio LĂşcio Lopes BelĂŠm, Diretor Presidente da Cooperativa de Consumo, Transporte RodoviĂĄrio e Locação Ltda “Cooperautoâ€?, com sede na cidade de Ouro Branco, Minas Gerais, localizada na Avenida Mariza de Souza Mendes, nÂş 1.177, Bairro Soledade, no uso das atribuiçþes que lhe confere o artigo 19, parĂĄgrafo 1Âş, do Estatuto Social e o parĂĄgrafo 2Âş do artigo 38 da Lei 5.764/71, CONVOCA os senhores associados para que compareçam Ă ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA, a ser realizada no prĂłximo dia 11/08/2018, no escritĂłrio da Cooperauto, na cidade de Volta Redonda/RJ, localizado na Rua Deputado Geraldo Di Biase, n.Âş 490, Bairro Aterrado, com a primeira convocação Ă s 06h:00min, com exigĂŞncia de “quorumâ€? mĂnimo de 2/3 do nĂşmero de associados, a segunda convocação, Ă s 07h:00min do mesmo dia, com exigĂŞncia de “quorumâ€? PtQLPR GH PHWDGH PDLV XP GR Q~PHUR GH DVVRFLDGRV H ÂżQDOPHQWH HP WHUFHLUD H ~OWLPD FRQYRFDomR jV 08h:00min do mesmo dia, com exigĂŞncia de “quorumâ€? mĂnimo de 10 associados, onde serĂĄ apreciada e decidida D VHJXLQWH RUGHP GR GLD $XWRUL]DomR SDUD DV PRGLÂżFDo}HV HVSHFtÂżFDV D VHU UHDOL]DGD QR (VWDWXWR 6RFLDO GD Cooperauto nos seguintes artigos: Caput do artigo 1.Âş; caput do artigo 2.Âş; caput do artigo 5.Âş; inciso I, do § 1Âş, do artigo 5.Âş; inciso V, do § 1Âş, do artigo 5.Âş; inciso VI, do § 1Âş, do artigo 5.Âş; inserir os incisos IX, X e XI, no § 1Âş, do artigo 5.Âş; suprimir o § 2.Âş, do artigo 6Âş; suprimir o § 3.Âş, do artigo 6.Âş; transformar o §4.Âş, do artigo 6.Âş, em § 2.Âş com alteração da redação; suprimir o § 5.Âş, do artigo 6.Âş; inserir um novo § 3.Âş, no artigo 6.Âş; inserir um novo § 4.Âş, no artigo 6.Âş; inserir § 5.Âş, no artigo 6.Âş; caput do artigo 7.Âş; § 2.Âş, do artigo 7.Âş; suprimir os incisos IV, V, VI, VII, VIII, IX e X, do artigo 10; inserir um novo inciso IV no artigo 10; § 1.Âş, do artigo 11; § 6Âş, do artigo 11; suprimir o inciso II, do artigo 12 A; § 1.Âş, do artigo 15; §2Âş, do artigo 15; suprimir o parĂĄgrafo 3.Âş, do artigo 15; transformar o § 4.Âş, do artigo 15 em § 3Âş; suprimir o § 5.Âş, do artigo 15; caput do artigo 16; § 2.Âş, do artigo 29; alĂnea “eâ€? e “fâ€?, do § 2.Âş, do artigo 29; inciso I, do artigo 31; inciso III, do artigo 31; inciso XVI, do artigo 31; caput do artigo 32; Inserir alĂnea “eâ€?, no inciso I, do artigo 32; alĂnea “jâ€?, do inciso II, do artigo 32; § Ăşnico do artigo 32; inciso III, do artigo 33; § 2.Âş, do artigo 33; § 1.Âş, do artigo 34; caput do artigo 35; § Ăşnico, do artigo 35; caput do artigo 36; § 1.Âş, do artigo 36; § 2Âş, do artigo 36; caput do artigo 44; caput do artigo 47; caput do artigo 57. Nota: Informa-se que o nĂşmero de cooperados nesta data ĂŠ de 280.Ouro Branco, 25 de julho de 2018. MĂĄrio LĂşcio Lopes BelĂŠm Diretor Presidente
TRÉGUA EM GUERRA
EUA e bloco europeu se comprometem a diminuir barreiras comerciais Washington - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse ontem, depois de uma reuniĂŁo com o presidente da ComissĂŁo Europeia, Jean-Claude Juncker, que eles concordaram em trabalhar na diminuição das barreiras comerciais. “NĂłs concordamos hoje (ontem), antes de mais nada, a trabalhar juntos em busca de zerar as tarifas, zerar as barreiras nĂŁo tarifĂĄrias, e zerar os subsĂdios em produtos industriais nĂŁo-automotivosâ€?, revelou Trump a repĂłrteres na Casa Branca, ao lado de Juncker. LEILĂƒO ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA BDMG-005/2018 O BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS S.A. – BDMG torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo objetivando a venda de imĂłvel rural constituĂdo pela Gleba 01, com ĂĄrea medindo 20.000,00 m² (vinte mil metros quadrados), dentro da ĂĄrea maior medindo 80.000,00 m², no lugar denominado MORRO RENDONDO, no municĂpio de Contagem/ MG, com limites e confrontaçþes conforme matrĂcula imobiliĂĄria. ImĂłvel matriculado sob o nÂş. 130.293 no CartĂłrio de Registro de ImĂłveis de Contagem/MG. ImĂłvel recebido em razĂŁo de ter constituĂdo garantia de propriedade fiduciĂĄria em contrato inadimplido perante o BDMG. Em observância Ă legislação, o 1Âş leilĂŁo ocorrerĂĄ no dia 2/8/2018, Ă s 9h. Fica desde jĂĄ agendada a realização do 2Âş leilĂŁo no dia 3/8/2018, Ă s 9h, para o caso de o imĂłvel nĂŁo ser arrematado no 1Âş leilĂŁo. Os interessados poderĂŁo participar por meio do envio de lances via internet, no site www.leiloesjudiciaismg. com.br. Observadas as regras e procedimentos previstos no edital, cuja cĂłpia pode ser obtida em www.bdmg.mg.gov.br ou no site citado acima. Informaçþes complementares pelo e-mail contato@ leiloesjudiciaismg.com.br ou pelo telefone 0800707-9272.
“NĂłs tambĂŠm vamos trabalhar para reduzir as barreiras e aumentar o comĂŠrcio em serviços, quĂmicos, farmacĂŞuticos, produtos mĂŠdicos, assim como sojaâ€?, disse Trump. OMC - A guerra comercial global emergente terĂĄ que ser encerrada por um acordo polĂtico entre lĂderes mundiais, porque continuar no atual caminho apenas prejudicarĂĄ a economia global, disse o chefe da Organização Mundial do ComĂŠrcio (OMC) ontem. O diretor-geral da OMC, Roberto AzevĂŞdo, afirmou a repĂłrteres, em Genebra, que a disputa ĂŠ polĂtica e nĂŁo tĂŠcnica, e que hĂĄ diferentes visĂľes sobre as melhores prĂĄticas para promover crescimento econĂ´mico e impulsionar empregos. “Claramente o governo (dos EUA) tem suas prĂłprias visĂľes sobre como alcançar isso e, eu suponho, que haverĂĄ um debate domĂŠstico sobre isso e, em algum momento, eles entenderĂŁo issoâ€?. (Reuters)
Logix’s Eletricidade e Automação S.A. CNPJ/MF nÂş 11.093.462/0001-17 - NIRE 3130011885-1 Errata Na publicação da ATA AGO do dia 30/04/2018, as 14 hrs, publicadas no DiĂĄrio OďŹ cial do Estado de Minas Gerais, na seção de Publicaçþes de Terceiros e Editais de Comarcas, Caderno 2, e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio, na pagina 6, publicados no dia 29/06/2018, no cabeçalho, onde se lĂŞ: NIRE 3120855869-7, leia-se: 3130011885-1. EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Prezados Senhores: Na qualidade de Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS E AFINS, inscrita no CNPJ nÂş.: 21.543.606/0001-43, localizada Ă Rod. BR 381 FernĂŁo Dias, s/n, km 4933, loja 03A, Betim Industrial, CEP: 32.670-420, Betim/MG, por meio da presente carta, venho convocar os senhores membros da diretoria a participar da AssemblĂŠia Geral extraordinĂĄria, a realizar-se no endereço supramencionado, no dia 31 de julho de 2018, Ă s 14h00min, em primeira convocação, se presente a maioria simples dos convocados ou segunda convocação 30 minutos apĂłs a primeira com qualquer numero de presentes, a fim de deliberarmos sobre os seguintes assuntos: a) Alteração de endereço; b) Demais assuntos de interesse dos sĂłcios fundadores. Reitero a convocação aos senhores membros da Diretoria a fim de que compareçam Ă AssemblĂŠia, podendo em caso de impossibilidade de comparecimento enviar procuradores devidamente constituĂdos para representĂĄ-los, ressaltando ainda que, os ausentes e sem a devida representação ficarĂŁo obrigados a aceitar o que for deliberado. Betim, 09 de julho de 2018. Atenciosamente, Presidente - RogĂŠrio Mitraud Silveira
SUPERINTENDĂŠNCIA REGIONAL EM MINAS GERAIS
MINISTÉRIO DO TRABALHO
GOVERNO FEDERAL
AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO – UASG 380941 PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş 05/2018 A sessĂŁo pĂşblica do PregĂŁo supra serĂĄ aberta no dia 08/08/2018, Ă s 09:00h, no sĂtio eletrĂ´nico: www.comprasgovernamentais. gov.br. O objeto do certame ĂŠ a aquisição parcelada de cartuchos e toners para os equipamentos de impressĂŁo QRV WHUPRV H HVSHFLÂżFDo}HV FRQWLGDV QR HGLWDO FRPSOHWR GLVSRQtYHO no sĂtio eletrĂ´nico a partir da publicação deste aviso. Ana Cristina Borges Machado Pregoeira – SRTb/MG
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POLÍTICA ANTONIO CRUZ / ABr
OPERAÇÃO LAVA JATO
MPF acusa Gim Argello de lavagem e corrupção Ex-senador cumpre pena no PR São Paulo - A força-tarefa da Operação Lava Jato apresentou uma nova denúncia contra o ex-senador Gim Argello (PTB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação afirma que o ex-parlamentar atuou para obstruir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado e da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Senado e na Câmara dos Deputados em 2014. As informações foram divulgadas ontemn pelo Ministério Público Federal (MPF), no Paraná. As CPIs foram criadas para apurar fatos ilícitos cometidos contra a Petrobras. Segundo os investigadores, houve acerto de pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento. Gim Argello já foi denunciado pelo acerto de pagamento de vantagem indevida envolvendo as empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Camargo Corrêa e Engevix. O ex-senador foi condenado, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 11 anos e oito meses. O ex-parlamentar está preso, cumprindo pena no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A nova denúncia refere-se à suposta propina paga pela empresa Galvão Engenharia. A Lava Jato afirma que, entre junho e dezembro de 2014, Gim Argello solicitou e aceitou promessa de vantagem indevida no valor de R$ 5 milhões da empresa Galvão Engenharia, recebendo efetivamente parte deste montante (R$ 1,6 milhão) por intermédio do Partido Social Liberal (PSL), do Trabalhista do Brasil (PTdoB) e Partido do Partido Ecológico Nacional (PEN).
Doação oficial - De acordo com a acusação, o valor foi travestido de doação oficial com a posterior emissão de cinco recibos eleitorais e registros junto a Justiça Eleitoral, tudo para dar aparência lícita à propina e reinserir os valores na economia formal. O pagamento da propina ocorreu no mês de julho de 2014, sendo depositado R$ 150 mil para o PSL, R$ 150 mil para o PTdoB e R$ 500 mil para o PEN. Em agosto foram pagos o montante de R$ 550 mil para o PEN e R$ 250 mil para o PTdoB, completando o valor integral de vantagem indevida. Os partidos registraram formalmente apoio a Gim Argello na eleição para o Senado em 2014 “Dario Galvão, então na condição de presidente da Galvão Engenharia, promoveu o pagamento da vantagem indevida solicitada para que o ex-senador, em função do exercício de membro das CPIs, influísse nas comissões e evitasse a convocação do empresário para prestar esclarecimentos”, afirma a nota da Procuradoria. “Gim Argello na condição de líder do Bloco Parlamentar União e Força no Senado Federal, indicou e substituiu membros do seu bloco partidário nas comissões, incumbência que foi feita de forma ativa pelo parlamentar, além de influenciar para evitar a convocação de Dario Galvão e de outros executivos da Galvão Engenharia para deporem nas comissões de inquérito. Tanto na CPI do Senado quanto na CPI Mista não foram apreciados os requerimentos para que os empresários envolvidos no escândalo da Operação Lava Jato prestassem depoimentos”, ressalta o MPF. A defesa do ex-senador Gim Argello informou que não vai se manifestar. (AE)
Toffoli nega pedido de habeas corpus para Lula Brasília - O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rejeitou ontem um habeas corpus protocolado por um advogado em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido não foi feito pela defesa de Lula. Ao analisar o habeas corpus, Toffoli entendeu que o pedido de liberdade não se enquadra nas hipóteses de urgência para ser analisado durante o plantão do recesso de julho na Corte. Além disso, o ministro enviou o pedido para relator dos processos da Operação Lava Jato no tribunal, Edson Fachin. “O caso não se enquadra na previsão do artigo 13, inciso VIII, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal, em especial ante a possibilidade de incidência do entendimento da Corte segundo o qual é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão
monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente”, justificou o ministro, em sua decisão. Toffoli está interinamente na presidência da Corte porque a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, está ocupando a Presidência da República em função da viagem do presidente Michel Temer à Africa do Sul. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) e teve a pena executada pelo juiz federal Sergio Moro após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça, conforme definiu o STF. O ex-presidente está preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. (ABr)
A nova denúncia contra Gim Argello aponta atuação para obstruir trabalhos de duas CPIs sobre a Petrobras em 2014 MARCELO CAMARGO / ABr
CAIXA
Delator de Cunha pede perdão judicial a Edson Fachin
O juiz Sérgio Moro defende reformas políticas para prevenir crimes de corrupção
TRF-4 rejeita suspeição de Moro Brasília - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre, negou ontem mais um recuso no qual ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de seus advogados, pediu que o juiz federal Sérgio Moro seja considerado suspeito julgá-lo na Operação Lava Jato. Antes dessa decisão, o tribunal já havia indeferido habeas corpus protocolado pela defesa de Lula que alegava parcialidade de Moro. Em outros casos julgados, o TRF4 também entendeu que eventuais manifestações do magistrado em textos jurídicos ou palestras de natureza acadêmica sobre corrupção não levariam ao reconhecimento de sua suspeição para julgar os respectivos procedimentos. O ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Lula foi preso após ter sua condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP) confirmada pela segunda instância da Justiça Federal, conforme autorizado pelo STF. O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, titular da Operação Lava Jato, disse que não vê como seus métodos podem ser considerados reprováveis, ao comentar o confronto de decisões com o desembargador
Rogério Favreto, do TRF-4 no início deste mês, sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele participou ontem do Fórum Reconstrução do Brasil, promovido pelo jornal “Estado de São Paulo”, na capital paulista. “Podem me acusar de muita coisa, mas eu sempre agi com absoluta transparência”, disse o juiz. Moro, ao tomar conhecimento da decisão de soltura do ex-presidente, mesmo estando de recesso, disse que Favreto não tinha competência para liberar Lula e pediu a manifestação do relator da Lava Jato em segunda instância, desembargador Gebran Neto. O magistrado foi questionado sobre as ações durante as suas férias. “A imprensa vive questionando o juiz, porque as férias são muito longas, com alguma razão. E quando o juiz trabalha nas férias, também criticam”, declarou. Moro disse ainda que já apresentou sua resposta, sem especificar detalhes, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que o intimou a respeito do impasse na soltura de Lula. Moro negou que suas decisões sejam seletivas, conforme alega o PT. Ele destacou a aplicação de penas a agentes políticos de diversos partidos e considerou a crítica “profundamente injusta”. “As minhas decisões são transparentes. Posso ter me equivocado, ne-
nhuma pessoa é perfeita. Mas sempre agi com a pretensão de fazer o que era certo”, disse. Segunda instância - O juiz reforçou que defende a execução da pena após condenação em segunda instância. Para ele, a punição do corrupto gera receio em outros corruptos em potencial. “O crime do colarinho branco é um crime racional. Se aumentam os riscos de punição, há expectativa de que isso leve as pessoas a pensarem mais de uma vez antes de se envolver em conduta similar”, disse o magistrado. Para Moro, somente a punição pelo Judiciário não resolve o problema. “São necessárias políticas públicas mais gerais para diminuir a corrupção”, defendeu. “Tem que haver reformas políticas para a prevenção do crime”, ressaltou. Moro determinou a prisão do ex-presidente Lula após condenação em segunda instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP). O TRF-4, segunda instância da Justiça Federal, que impôs a pena ao ex-presidente, determinou a prisão seguindo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite a execução de pena mesmo que ainda haja possibilidade de recurso a instâncias superiores. (ABr)
Brasília - O ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto pediu perdão judicial ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados de Cleto também querem, ao menos, a redução da pena prevista no acordo de colaboração premiada, para extinguir o cumprimento de seis meses com tornozeleira eletrônica em regime domiciliar diferenciado, o que abriria caminho para que Cleto possa trabalhar para “sustento próprio”. Em junho, a Justiça Federal do Distrito Federal condenou Cleto a nove anos e oito meses de reclusão, no âmbito de um processo derivado da Operação Sépsis, que investiga desvios no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), por sua vez, foi condenado a 24 anos e dez meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. A defesa de Cleto sustenta que apenas com a delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa “é que foi possível identificar os coautores da organização criminosa, a sua estrutura hierárquica e recuperar boa parte do proveito das infrações penais, em especial porque os réus colaboradores devolverão montante milionário aos cofres públicos” - no caso de Cleto, o acordo prevê o pagamento de multa compensatória no valor de R$ 5 milhões. A defesa observa que o perdão judicial não foi fixado no acordo de colaboração premiada, pois na época não se tinha conhecimento da proporção dos fatos narrados. Além disso, os advogados argumentam que a delação do ex-vice-presidente da Caixa levou à condenação de ex-membros do governo. O acordo de colaboração premiada de Cleto foi homologado pelo STF em 2016 e embasou denúncias apresentadas pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o “quadrilhão do MDB” na Câmara e no Senado. Em seu acordo de colaboração, Cleto detalhou um esquema de propinas que teria se instaurado na Caixa Econômica Federal sob a suposta tutela de Cunha. (AE)
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POLĂ?TICA politica@diariodocomercio.com.br
ELEIÇÕES
Facebook tira do ar contas ligadas ao MBL Empresa desativou 196 pĂĄginas, inclusive a do Movimento Brasil 200, por “espalhar desinformaçãoâ€? SĂŁo Paulo - O Facebook retirou do ar ontem pĂĄginas e contas ligadas a coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) como parte da polĂtica de combate a notĂcias falsas. TambĂŠm foram alvos outras pĂĄginas como a do Movimento Brasil 200, ligado ao ex-prĂŠ-candidato Ă PresidĂŞncia FlĂĄvio Rocha (PRB). Pelo comunicado, a empresa diz que desativou dezenas de contas no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteĂşdo com o propĂłsito de gerar divisĂŁo e espalhar desinformaçãoâ€?. De acordo com a rede social, os perfis foram removidos apĂłs uma investigação que apontou violaçþes Ă polĂtica de autenticidade da plataforma. Pelo comunicado, a empresa diz que desativou 196 pĂĄginas e 87 contas no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteĂşdo com o propĂłsito de gerar divisĂŁo e espalhar desinformaçãoâ€?. O comunicado nĂŁo identifica as pĂĄginas ou usuĂĄrios envolvidos. O lĂder do MBL e prĂŠ-candidato a deputado federal pelo DEM, Kim Kataguiri, admitiu que apenas uma das pĂĄginas retiradas do ar pelo Facebook ontem, Brasil 200, ĂŠ ligada ao MBL. Ele negou as acusaçþes de fake news e disse que vai entrar na Justiça. A pĂĄgina Movimento Brasil 200 ĂŠ do empresĂĄrio FlĂĄvio Rocha, que desistiu de concorrer Ă PresidĂŞncia na semana passada. Ele era apoiado pelo MBL na disputa pelo Planalto. “Tinha uma que era, sim, ligada Ă gente, que ĂŠ a Brasil 200. Mas a do DiĂĄrio Nacional e do Jornal Livre nĂŁo, sĂŁo parceiros nossosâ€?, disse Kim, apĂłs participar na plateia do FĂłrum Reconstrução Brasil, promovido
pelo grupo Estado. “SĂŁo infundadas as acusaçþesâ€?, completou. O jovem, que participou das manifestaçþes prĂł impeachment, disse ainda que o grupo vai entrar na Justiça contra a ação. Segundo Kim, perfis de membros do MBL que nĂŁo administravam a pĂĄgina Brasil 200 tambĂŠm foram tiradas do ar. Ele alega ainda que o Facebook nĂŁo avisou que tiraria as pĂĄginas do ar por alegação de fake news. “Quebra contratual a partir do momento que promete tratar os usuĂĄrios de maneira isonĂ´mica. Tem uma violação de direito privado patenteâ€?, completou. O procurador da RepĂşblica Ailton Benedito de Souza cobrou explicaçþes do Facebook no Brasil quanto Ă remoção de 196 pĂĄginas e 87 perfis da rede social. Benedito solicita a relação de todas as pĂĄginas e perfis removidos e a justificativa sobre essa providĂŞncia para cada pĂĄgina e perfil excluĂdo. O procurador estabeleceu o prazo de 48 horas para que a empresa acate o pedido, por meio eletrĂ´nico. “Por oportuno, assevero que os dados requisitados sĂŁo imprescindĂveis Ă atuação do MinistĂŠrio PĂşblico Federal, inclusive eventual propositura de ação civil pĂşblica, ao teor do artigo 10 da Lei federal nÂş 7.347/85, pelo que a falta injustificada ou o retardamento indevido implicarĂĄ a responsabilidade de quem lhe der causaâ€?, escreveu em sua decisĂŁo. Procurado, o Facebook afirmou que ainda nĂŁo tinha um posicionamento oficial sobre o tema. CPI - O deputado JerĂ´nimo Goergen (PP-RS), coordenador da recĂŠm-criada Frente Parlamentar Mista Brasil 200, quer propor a criação de uma CPI do Facebook. “Vivemos em um PaĂs democrĂĄticoâ€?, disse ele Ă reportagem. Goergen chegou a gravar e divulgar um vĂdeo ontem propondo a apuração da ação da rede social que retirou do
Ata de ReuniĂŁo do Conselho de Administração Realizada em 19 de julho de 2018. Data, HorĂĄrio e Local: 19 de julho de 2018, Ă s 12h00min, na sede da Companhia, na Avenida Bernardo de Vasconcelos, nÂş 377, Bairro Cachoeirinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Presença: Presentes os seguintes membros do Conselho de Administração: JosĂŠ Salim Mattar JĂşnior, AntĂ´nio ClĂĄudio BrandĂŁo Resende, EugĂŞnio Pacelli Mattar, FlĂĄvio %UDQGmR 5HVHQGH 0DULD /HWtFLD GH )UHLWDV &RVWD H 2VFDU GH 3DXOD %HUQDUGHV 1HWR $XVrQFLD MXVWLÂżFDGD GH -RVp GallĂł. Mesa: JosĂŠ Salim Mattar JĂşnior, Presidente do Conselho e Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino, SecretĂĄria. Ordem do dia: (1) Apreciar a ata de reuniĂŁo do ComitĂŞ de Auditoria, GestĂŁo de Riscos e Compliance; (2) Apreciar a ata de reuniĂŁo do ComitĂŞ de GestĂŁo de Pessoas; (3) Apreciar os resultados de junho de 2018; (4) Deliberar sobre o Pagamento Antecipado Facultativo da CĂŠdula de CrĂŠdito BancĂĄrio da subsidiĂĄria integral Rental Brasil S.A.; (5) Monitorar o Programa de Compra e Venda de Carros para expansĂŁo e renovação da frota; e (6) Aprovar a aplicação das regras de Desligamento Especial e Aposentadoria previstas nos 3Âş e 4Âş Planos de Opção de Compra de Açþes e no 1Âş Plano de Compra de Açþes e Açþes Matching, em relação aos prazos para exercĂcio das Opçþes e Açþes Matching dos ex-diretores, considerando o encerramento, por mĂştuo acordo, das carreiras destes na Companhia. Deliberaçþes tomadas por unanimidade: (1) Apreciada a ata de reuniĂŁo do ComitĂŞ de Auditoria, GestĂŁo de Riscos e Compliance, sendo aprovado o conteĂşdo de suas deliberaçþes. (2) Apreciada a ata de reuniĂŁo do ComitĂŞ de GestĂŁo de Pessoas, sendo aprovado o conteĂşdo de suas deliberaçþes. (3) Apreciados os resultados da Companhia, referente ao mĂŞs de junho de 2018. (4) Aprovado o Pagamento Antecipado Facultativo integral da CĂŠdula de CrĂŠdito BancĂĄrio nÂş 100114060009100, da subsidiĂĄria integral da Companhia, Rental Brasil S.A., nos termos do item 2.4.4. da PolĂtica de Endividamento e Derivativos da Companhia. O Pagamento Antecipado Facultativo ocorrerĂĄ em 06 de Agosto de 2018 e consistirĂĄ no pagamento facultativo integral da CĂŠdula de CrĂŠdito BancĂĄrio nÂş 100114060009100 nos termos da ClĂĄusula 18. da CĂŠdula, pelo saldo devedor acrescido do prĂŞmio de resgate previstos na CĂŠdula de CrĂŠdito. (5) Efetuado o monitoramento periĂłdico do Programa de Compra e Venda de Carros para ExpansĂŁo e Renovação da Frota. (6) Aprovada a aplicação das regras de Desligamento Especial e Aposentadoria previstas no item 9 do 3Âş Plano de Opção de Compra de Açþes, item 17 do 4Âş Plano de Opção de Compra de Açþes e item 16 do 1Âş Plano de Compra de Açþes e Açþes Matching, em relação aos prazos para exercĂcio das Opçþes e Açþes Matching dos ex-diretores Roberto AntĂ´nio Mendes e EugĂŞnia Maria Rafael de Oliveira, considerando o encerramento, por mĂştuo acordo, das carreiras destes na Companhia. Encerramento e Lavratura da Ata: Sem mais deliberaçþes, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata para posterior aprovação pelos participantes. CertidĂŁo: 'HFODUR TXH HVWD p FySLD ÂżHO GD DWD GH 5HXQLmR do Conselho de Administração acima constante, que se encontra transcrita no livro prĂłprio, arquivado na sede social da Companhia, com a assinatura de todos participantes: JosĂŠ Salim Mattar JĂşnior, AntĂ´nio Claudio BrandĂŁo Resende, EugĂŞnio Pacelli Mattar, FlĂĄvio BrandĂŁo Resende, Maria LetĂcia de Freitas Costa e Oscar de Paula Bernardes Neto. Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino, SecretĂĄria do Conselho de Administração.
ar pĂĄginas e contas ligadas aos coordenadores do MBL como parte da polĂtica da empresa de combate a notĂcias falsas. “Isso ĂŠ inaceitĂĄvel. Estamos estudando a possibilidade de buscarmos assinaturas para a criação de uma CPI do Facebookâ€?, afirmou o deputado no vĂdeo. Goergen disse que vai agendar uma reuniĂŁo com os deputados da frente na prĂłxima semana para avaliar a situação. “NĂŁo tivemos nenhum aviso prĂŠvio e quero entender a situação para nĂŁo fazer algo preci-
NACHO DOCE/REUTERS
pitadoâ€?, disse. O ex-presidenciĂĄvel FlĂĄvio Rocha usou justamente sua pĂĄgina no Facebook para criticar a situação. “Conclamo a bancada do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade. Nem no tempo da ditadura se verificava tamanho absurdoâ€?, escreveu Rocha. O lĂder do PRB na Câmara, deputado Celso Russomanno (SP) disse Ă reportagem que iria conversar com o partido para definir quais providĂŞncias devem ser tomadas. (AE) FlĂĄvio Rocha considerou arbitrĂĄria a atitude do Facebook
Advocacia do Senado repudia showmĂcios BrasĂlia - Em parecer enviado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia do Senado Federal defendeu a proibição de showmĂcios durante a campanha eleitoral. A manifestação foi feita no âmbito de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo PSB, PSOL e PT. Os partidos sĂŁo contra a regra da legislação eleitoral que trata da realização de eventos de arrecadação de recursos e da proibição de showmĂcios por candidatos nas eleiçþes. O relator da ação ĂŠ o ministro Luiz Fux. “HĂĄ cerca de 12 anos existe a proibição de showmĂcios ou eventos assemelhados, remunerados ou gratuitos e, neste perĂodo, nĂŁo houve qualquer impugnação quanto Ă regra. Tal fato demonstra que a norma tem aceitabilidade e ĂŠ tida como constitucional, nĂŁo podendo querer os autores, de uma hora para outra, modificar as regras sem a participação do Legislativo, como dita a Constituição no tocante Ă construção das normas jurĂdicasâ€?, escreveram os trĂŞs advogados que representam o Senado. De acordo com eles, o argumento usado pelos partidos, de que as normas nĂŁo sĂŁo legĂtimas, “nĂŁo encontra base no mundo real, sendo apenas uma opiniĂŁo dos autoresâ€?. Eles afirmam que essa opiniĂŁo nĂŁo foi chancelada pelos parlamentares, sendo minoritĂĄria no Congresso Nacional. “A opção que estĂĄ na lei reflete o que se entende ser um progresso e avanço da legislação rumo ao que se possa entender ser o mais
desejĂĄvel. Querer reverter esta opção majoritĂĄria para fazer valer a minoritĂĄria, como querem os autores, em detrimento da competĂŞncia constitucionalmente outorgada ao Poder Legislativo, antes de fazer bem ao paĂs causarĂĄ uma ferida insanĂĄvel no corpo da nossa Carta Magnaâ€?, afirmam os advogados. Os trĂŞs defensores do Senado destacam ao final do parecer que a “a interferĂŞncia do Poder JudiciĂĄrio nas funçþes tĂpicas do Poder Legislativo sĂł pode ser concebida para casos excepcionalĂssimos e constitucionalmente permitidos, o que nĂŁo ocorre na ação em telaâ€?. O artigo 39, parĂĄgrafo 7.Âş, da Lei 9.504/1999, acrescentado pela Lei 11.300/2006, proĂbe “a realização de showmĂcio e de evento assemelhado para promoção de candidatosâ€? e a apresentação, “remunerada ou nĂŁoâ€?, de artistas para animar comĂcios e reuniĂľes eleitorais. Os partidos pretendem que seja declarada a inconstitucionalidade parcial do dispositivo quando as apresentaçþes forem gratuitas, sem cobrança de cachĂŞ, mediante a supressĂŁo da expressĂŁo “ou nĂŁoâ€? do texto legislativo. O Senado, nesta manifestação enviada ao Supremo, posicionou-se pela improcedĂŞncia do pedido das siglas. Doaçþes - O segundo ponto em discussĂŁo ĂŠ o artigo 23, parĂĄgrafo 4Âş, inciso V, que dispĂľe que as doaçþes poderĂŁo ser efetuadas por meio de “promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido polĂticoâ€?.
O objetivo da ação ĂŠ o reconhecimento de que o dispositivo nĂŁo pode ser interpretado de modo a vedar a realização de eventos artĂsticos, inclusive shows musicais. “Diante da postura por vezes censĂłria da Justiça Eleitoral, existe o elevado risco de que se adote a compreensĂŁo de que tal preceito nĂŁo abrange a realização de espetĂĄculos artĂsticos, em razĂŁo da vedação aos showmĂcios e Ă apresentação de artistas para animar eventos eleitoraisâ€?, sustentam os partidos. Segundo as siglas, tanto a proibição dos showmĂcios nĂŁo remunerados quanto a vedação de eventos artĂsticos de arrecadação eleitoral sĂŁo incompatĂveis com a garantia constitucional da liberdade de expressĂŁo. “A primeira medida ofende, ainda, o princĂpio da proporcionalidade, enquanto a segunda tambĂŠm viola a isonomia e o imperativo constitucional de valorização da culturaâ€?, afirmam. Os partidos destacam que tanto a atividade artĂstica como as manifestaçþes de natureza polĂtica compĂľem o nĂşcleo essencial da liberdade de expressĂŁo. “MĂşsica nĂŁo ĂŠ apenas entretenimento, mas tambĂŠm um legĂtimo e importante instrumento para manifestaçþes de teor polĂticoâ€?, sustentam. “NĂŁo ĂŠ legĂtima a pretensĂŁo legislativa de converter o embate polĂtico-eleitoral numa esfera ĂĄrida, circunscrita Ă troca fria de argumentos racionais entre os candidatos, partidos e seus apoiadores, sem espaço para a emoção e para a arteâ€?, argumentam. (AE)
PSB baterå martelo sobre apoio na convenção
BrasĂlia - O PSB cancelou a reuniĂŁo do DiretĂłrio Nacional que ocorreria na prĂłxima segunda-feira e deixarĂĄ a decisĂŁo sobre quem apoiarĂĄ na corrida presidencial para o dia 5 de agosto, quando ocorre a convenção do partido, prolongando o suspense que permeia a disputa pela PresidĂŞncia da RepĂşblica. A tendĂŞncia, segundo uma fonte que acompanha as negociaçþes, continua favorĂĄvel a uma aliança com o PDT de
Ciro Gomes, mas o cancelamento da reuniĂŁo responde Ă pressĂŁo de dois importantes Estados para a sigla: SĂŁo Paulo e Pernambuco. Desde a desistĂŞncia de seu candidato preferencial ao Planalto, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, o PSB vem sendo cortejado por outros partidos, especialmente PT e PDT. Ciro afirmou que “acende uma vela todos os diasâ€? para concretizar uma aliança com
o PSB, e seu partido ofereceu apoio aos socialistas em quase uma dezena de disputas estaduais. Eventual aliança com Ciro encontra ressonância em boa parte da sigla, mas hå divergências que não podem ser desconsideradas. A proposta esbarra em São Paulo, onde o governador candidato à reeleição, Mårcio França (PSB), ligado ao presidenciåvel tucano Geraldo Alckmin, de quem foi vice-governador, prefere a neutralidade.
Em Pernambuco, o PT ofereceu a retirada da candidatura de MarĂlia Arraes, o que facilitaria a tentativa de reeleição do socialista Paulo Câmara, em troca de apoio do PSB na disputa presidencial. Diante do quadro, que jĂĄ vinha se apresentando desde o fim de junho, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem defendido que uma posição de neutralidade seria prejudicial ao partido. (Reuters)
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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
DESENVOLVIMENTO
Nova Lima atrai investimentos em inovação Município da RMBH prepara política de incentivo para se tornar um dos principais polos do Estado THAÍNE BELISSA
Localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o município de Nova Lima quer se tornar um dos principais polos de inovação do Estado. Apesar de ainda ser economicamente dependente da atividade de extração mineral, a cidade vem “trocando de ares” com a atração de empresas de tecnologia e startups. O município, que já abriga grandes empresas como a indústria de insulina Biomm e hubs de inovação como a Atmosphera e os recém-inaugurados Açolab e Biotechtow, ganha notoriedade por oferecer incentivos fiscais e um extenso plano de ação para o setor, que inclui medidas práticas, como a criação de um fundo de investimento e uma incubadora da cidade. Todo esse incentivo é uma resposta à própria vocação da cidade, conforme explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda de Nova Lima, Clausy Gomes. Segundo ela, o prefeito do município, Vitor Penido de Barros, iniciou seu mandato, no ano passado, com o desenvolvimento de um estudo sobre os potenciais econômicos da cidade. O setor de tecnologia foi um dos que apareceram no levantamento. “Nova Lima era conhecida apenas por sua atividade de mineração e não queremos que essa seja a única marca da cidade. Nosso trabalho segue na linha de reposicionamento econômico do município a fim de dar autonomia à cidade em relação à mineração”, explica. Ela explica que a prefeitura passou a atuar sob a lógica de uma “Zona Limpa de Desenvolvimento”. A ideia é desenvolver uma série de ações para atrair empresas de tecnologia e inovação, que geram desenvolvimento
sem causar tanto impacto ambiental. Entre os incentivos para as empresas do segmento está a cobrança mínima do Imposto Sobre Serviços (ISS), de 2%. Em Belo Horizonte, por exemplo, esse imposto é de 2,5%. Além disso, a prefeitura investiu R$ 600 mil na contratação de uma consultoria para a estruturação do sistema municipal de inovação. De acordo com a secretária, até o fim do ano, será divulgado um plano de ação de incentivo ao setor. Entre as medidas que devem ser apresentadas está a criação de um fundo de investimento com recursos municipais e uma incubadora municipal para apoio de startups. “Também vamos criar um conselho de inovação na cidade para fazer as decisões de
Quadro atual - De acordo com Clausy Gomes, Nova Lima tem mais de 70 empresas de tecnologia e inovação. Entre as mais importantes está a indústria de insulina Biomm, e a Suplimed, especializada em equipamentos oftalmológicos. Além disso, a cidade também tem atraído hubs de inovação, como a At-
A cidade também tem se destacado na atração de startups. Neste mês, dois grandes empreendimentos que trabalham com esse modelo de empresa foram inaugurados na cidade. Um deles é o Açolab, hub de inovação criado pela ArcelorMittal para apoiar startups no segmento do aço e de sua cadeia de valor. O empreendimento faz parte dos investimentos da empresa em inovação digital e em tecnologia da informação em aços longos, que somam R$ 30 milhões em 2018. De acordo com a gerente-geral de RH, Investimento Social, TI e Inovação Digital da ArcelorMittal América Central e do Sul Aços Longos, Paula Harraca, a estratégia do Açolab segue a ideia de inserção em um ecossistema de inovação pulsante como o de Nova Lima. O centro fica em um espaço de 320 metros quadrados dentro do prédio da Atmosphera. “Startups
chegam com um olhar novo e podem contribuir muito. Escolhemos Nova Lima porque a cidade tem se destacado com um hub de inovação. Poderíamos ter construído esse centro dentro de algum prédio da Arcelor, mas decidimos fazer esse movimento até as startups, em vez de ficar esperando que elas viessem até nós”, frisa. Outro empreendimento atraído para o município este mês é Biotech Town, primeiro centro de desenvolvimento de negócios em biotecnologia e ciências da vida no Brasil. Desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), por meio da Fundep Participações (Fundepar), e pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o centro terá 2.100 metros de área construída e R$ 35 milhões de investimento. A proposta do Biotech Town é oferecer suporte a empresas
Cooperativa de crédito lança programa para encontrar parceiros Com foco em parcerias e alternativas inovadoras, o Sicredi lança o Inovar Juntos, programa que reunirá startups para apresentar soluções para dez desafios. A iniciativa foi criada para aproximar o Sicredi do ecossistema de startups, aportando mais inovação nos negócios e gerando mais valor aos associados da instituição financeira cooperativa. O Sicredi, que conta com mais de 3,8 milhões de associados e atuação em 22 estados brasileiros e Distrito Federal, abre o Inovar Juntos para startups de todo o País, que tenham aderência aos desafios traçados pela instituição financeira cooperativa e que já estejam em estágio de MVP (Produto Mínimo Viável) desenvolvido e validado ou mesmo que já tenham seu
Nova Lima conta com aproximadamente 70 empresas de tecnologia e inovação atualmente
mosphera, que apoia startups de diferentes segmentos. “Estamos empenhados em criar um ambiente de segurança
jurídica para atrair cada vez mais empreendimentos. A capital mineira está saturada em relação a espaço físico,
então a Nova Lima se torna a solução mais próxima e ainda oferece qualidade de vida”, frisa.
Projetos abrem espaço para startups na cidade
FOMENTO
DA REDAÇÃO
DIVULGAÇÃO
investimento em tecnologia e inovação de forma democrática. Esse conselho terá a presença de representantes da prefeitura, da comunidade, de empresas do setor e da universidade”, completa. Outra intenção da secretaria é propor à Câmara Municipal um projeto de lei para devolução de parte do ISS para as empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
produto ou serviço disponível no mercado. Entre os desafios, estão questões ligadas a otimizar a triagem de currículos; conectar associados pessoa jurídica e pessoa física (market place); gestão de gastos de viagens e reembolsos; segurança; coleta de dados para perfil de investidor; digitalização de documentos; gestão de benefícios; capacitação com gamification (gamificação); e processos internos de controles. “Por ser a primeira experiência do Sicredi com este modelo de parceria, a escolha foi por processos internos e de menor complexidade, mas que trarão importantes benefícios para otimizar a nossa operação”, afirma o gerente de PMO Corporativo do Banco Cooperativo Sicredi, Dagoberto Trento. “O Inovar Juntos integra um
movimento para abrir ainda mais espaço para a inovação no Sicredi, acompanhando à nossa transformação digital que já vem sendo realizada. Além disso, esse é mais um passo para uma mudança de cultura que está acontecendo gradualmente em nossa instituição”, completa. Após a fase de inscrições, o Sicredi selecionará até 20 startups para um Pitch Day, no mês de setembro, em que as empresas pré-selecionadas apresentarão suas propostas ao Sicredi. As escolhidas passarão para as fases seguintes, na qual poderão testar a solução no ambiente do Sicredi. Por fim, haverá uma avaliação dos resultados para possível parceria comercial. As inscrições para participar estão abertas pelo: https:// lp.startse.com.br/programa/ sicredi-startse
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do setor de biotecnologia, desde o desenvolvimento do produto, passando pelo registro, produção inicial até a inserção dos produtos no mercado nacional e internacional. O centro tem potencial de faturar cerca de R$ 200 milhões por ano, além de gerar renda para o Estado em cifras muito superiores.
A cidade também tem atraído até quem já estava instalado em Belo Horizonte, como é o caso da startup conta.Mobi, que oferece uma solução que funciona como uma alternativa às contas em bancos tradicionais. De acordo com o fundador, Ricardo Capucio, a sede da empresa ficava no bairro Mangabeiras, na região
Centro-Sul da Capital, mas, há um ano, ele se mudou para o prédio da Atmosphera em Nova Lima. “Fomos para Nova Lima por causa da expansão dessa região na área de inovação e também porque o governo municipal tem incentivos fiscais atrativos, além de ações de apoio ao empreendedorismo”, diz. (TB)
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NEGÓCIOS EMPREENDEDORISMO
Sebrae vai aderir à carta de princípios da ONU Documento que será assinado nesta sexta-feira visa o empoderamento das mulheres empreendedoras DA REDAÇÃO
Nos últimos dois anos, as mulheres vêm consolidando um papel de protagonistas no universo do empreendedorismo brasileiro. Pesquisas conduzidas pelo Sebrae, como a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e o Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios, mostram que desde 2017 as mulheres superaram os homens na abertura de empresas e já são maioria entre os trabalhadores com carteira assinada nos pequenos negócios. Em sintonia com esse avanço, o Sebrae assina, no próximo dia 27 de julho, a carta de adesão aos “Princípios de Empoderamento das Mulheres”, da ONU Mulheres e do Pacto Global das Nações Unidas, cuja finalidade é compartilhar poder às mulheres para que participem de forma plena da vida econômica em todos os setores e em todos os níveis da economia brasileira. Com essa decisão, o Sebrae passa a integrar um grupo de mais de 170 entidades públicas e empresas que incorporaram em seus negócios valores e práticas que visam à equidade de gênero e a consolidação do papel das mulheres na sociedade e na economia. Hoje, as mulheres representam 24 milhões de empreendedoras no Brasil, número pouco inferior ao universo masculino, que é de 25,4 milhões. No entanto, entre os pequenos negócios iniciados nos últimos três anos e meio, elas lideram o ranking, com 14,2 milhões em relação aos homens, que somam 13,3 milhões. O dado adverso é que elas continuam com remuneração menor que os homens, apesar de serem mais escolarizadas. Com pós-doutorado em Química, Natália Cristina Santos Costa decidiu se tornar empreendedora ao assumir o estabelecimento do pai, o Skina Restaurante e Pizzaria, em Capitólio. “A minha decisão foi ficar perto da minha família e, porque não, auxiliar meu pai que já vem desenvolvendo o negócio há tanto tempo
(40 anos)”, afirma Natália. Assim como o pai, Natália fez vários cursos, participou de bootcamp, Sebraetec (design de ambiente) e vai iniciar o Empretec. Agora, ela planeja expandir o negócio: “Atualmente, abrimos somente no turno da noite, mas após uma reforma, vamos funcionar o dia todo”, explica a empreendedora. Princípios – Os Princípios de Empoderamento das Mulheres consistem em sete princípios orientadores voltados ao empoderamento econômico das mulheres a serem adotados por todos os seus signatários. O documento será assinado pela diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes, com a presença da representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, no próximo dia 27. Na ocasião, também acontecerá, na sede do Sebrae, em Brasília, um painel para debater sobre o tema: “Empreendedorismo feminino – desafios e oportunidades”, com as presenças da ganhadora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócio 2013, Ágda Oliver, e da líder da Rede das Mulheres Empreendedoras, Ana Fontes. “É fundamental que o Sebrae faça parte dessa iniciativa, por atuar no fomento ao empreendedorismo feminino, que faz com que a mulher alcance, entre outros objetivos, sua liberdade econômica e contribua de forma decisiva e inovadora com a geração de emprego e renda no País”, afirma Heloisa Menezes. “Muitas vezes, elas se encontram em uma situação de risco e ameaçadas pela violência doméstica por não terem remuneração e, a partir do momento que conquistam sua própria renda, mudam essa condição e constroem uma nova história”, acrescenta. Para Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, “a adesão do Sebrae possibilita fortalecer o empoderamento econômico das mulheres a partir de ações específicas para a
CHARLES DAMASCENO - SEBRAE
igualdade de gênero, raça e etnia e o fechamento de brechas que impedem as mulheres de obter a rentabilidade máxima do seu trabalho e da geração de riquezas equilibrada nas cadeias produtivas”. A representante da ONU Mulheres Brasil destaca, ainda, que a parceria com o Sebrae é importante para trocas de conhecimento e oportunidades de negócios entre empreendedoras do Brasil, América Latina e Europa por meio do programa regional Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero Significa Bons Negócios. “Há potencial de trocas estratégicas entre o Sebrae e suas parceiras diretas, o grupo de empresas signatárias e a rede de empreendedoras do Brasil e do exterior por meio do programa regional Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero significa Bons Negócios, desenvolvido pela ONU Mulheres, OIT e União Europeia em seis países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil”. (ASN) Heloisa Menezes destaca a importância do Sebrae aderir à iniciativa da ONU Mulheres
Minas vai ganhar novas unidades da EFG NEJ DA REDAÇÃO
Serão inauguradas em agosto as novas unidades do Núcleo de Empreendedorismo Juvenil (EFG NEJ) do Sebrae, em Montes Claros, no Norte de Minas, e em Belo Oriente, na região do Vale do Aço. O projeto oferece formação empreendedora, por meio do curso técnico em Administração gratuito, para jovens da rede pública de ensino. Em Montes Claros, o curso irá funcionar na Fundação Educacional Montes Claros (Femc) e, em Belo Oriente, na Escola Municipal Francisco Gonçalves de Brito. Em Montes Claros, o projeto é uma parceria do Sebrae com a empresa Novo Nordisk e a Fundação Educacional Montes Claros. A aula inaugural será realizada no dia 6 de agosto. A primeira turma terá 30 alunos. “O NEJ é um projeto de extrema importância na medida em que oferece oportunidade para jovens, em situação de risco social, de se desenvolverem profissional e pessoalmente. O projeto forma os jovens para se tornarem cidadãos
críticos e proativos, preparados para contribuir efetivamente com o desenvolvimento do território”, destaca o gerente da regional Norte do Sebrae-MG, Cláudio Oliveira. Em Belo Oriente, no Vale do Aço, o projeto será realizado pelo Sebrae em parceria com a Cenibra, a Prefeitura de Belo Oriente e a União Brasileira de Educação Católica (Ubec). As primeiras turmas irão contemplar 80 alunos. A previsão é que a aula inaugural seja realizada no dia 13 de agosto. “Estamos com uma expectativa muito grande, sabemos que o NEJ terá um impacto muito positivo para os alunos e para o desenvolvimento da região. Seja para abrir uma empresa, para ingressar no mercado, o NEJ forma o aluno para se tornar um protagonista”, ressalta o gerente da regional Rio Doce e Vale do Aço, Fabrício Fernandes. Núcleo - O Núcleo de Empreendedorismo Juvenil é um projeto social da Escola do Sebrae de Formação Gerencial (EFG), em parceria com
o governo de Minas, e nasceu com a proposta de formar jovens na área de gestão de empresas, desenvolvendo competências empreendedoras e conhecimentos de administração. Para ingressar, o jovem precisa estar cursando o 3º ano ou ter concluído o ensino médio na rede pública de ensino, ter idade entre 16 e 24 anos e ser aprovado no processo seletivo. O curso é gratuito e tem duração de um ano. Em Belo Horizonte, o NEJ funciona no Plug Minas, local onde anteriormente funcionava uma unidade da Febem. O projeto foi fundado em 2010 e, até então, já formou mais de 1.500 jovens empreendedores. “O NEJ forma os alunos para que se tornem cidadãos autônomos, protagonistas das suas próprias histórias. Oferecemos uma metodologia própria que prepara o jovem para o mercado e para encarar os desafios em todas as esferas da vida”, reforça o gerente do Sistema de Formação Gerencial, Ricardo Pereira. (ASN)
IDEIAS
Mãos enrugadas, porém ativas ASTRID VIEIRA*
Foi-se o tempo em que a terceira idade se preocupava apenas com a novela da tarde ou em pegar um empréstimo consignado para realizar a viagem dos sonhos jamais feita em tempos de dedicação ao emprego. Pelo contrário, se no Século XX a rotina dos idosos foi ociosa, hoje o dinamismo e a experiência dessas pessoas acabaram se transformando em virtudes que os acresceram no mercado de trabalho. Em resumo, a população mundial está envelhecendo e não quer deixar de trabalhar. Ao menos é o que apresentam dados do último Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o documento, no início dos anos 2000 eram 606 milhões de profissionais idosos em atividade. Esse mesmo relatório concluiu que em 2050 serão cerca de 2 bilhões de trabalhadores acima dos 60 anos.
Essa reformulação é mais visível em países menos desenvolvidos. O Brasil não fica de fora da lista. Por aqui, segundo o Ministério do Trabalho, entre 2010 e 2015 houve um aumento de 30% da população idosa ativa no mercado de trabalho. Respectivamente, eram pouco mais de 361 mil trabalhadores com idade acima de 65 anos, e em cinco anos esse número aumentou 58% e alcançou mais de 574 mil trabalhadores. São muitos os motivos para explicar a permanência dessas pessoas em seus postos. A renda familiar sofre um massacre diário por uma inflação de 4,17%, conforme boletim Focus, e o dinheiro tem deixado de ser suficiente para arcar com todas as contas. E como existem contas! Gastos com despesas médicas, remédios, alimentação adequada e balanceada, transporte de qualidade – uma vez que o transporte público nem sempre é o ideal, apesar da gratuidade – e o por último, o lazer. Isso sem mencionar os gastos com o lar
e o conforto em casa. No entanto, as vantagens de se investir no desenvolvimento da carreira pós-corporativa de um profissional prestes a se aposentar, também vem sendo levada em consideração pelas
corporações. Tais entidades podem e devem se beneficiar da habilidade de transmissão de conhecimento desse profissional e da difusão das práticas que possibilitam a continuidade dos negócios, apostando em sua
DIVULGAÇÃO
experiência como uma marca para deixar os negócios mais competitivos. Apesar da força de vontade para não parar, não é em qualquer lugar que pessoas mais velhas podem exercer
suas funções da forma mais adequada. As vagas estão concentradas principalmente em empresas de administração, almoxarifado, comércio, instituições de ensino, transporte e administração pública. Locais nos quais o que mais conta é o esforço mental e o poder de decisão. Por outro lado, graças a uma questão laboral ou de esforço físico, indústrias, construtoras, telemarketing e segurança não são ideais. Contudo, em um país com mais de 13,7 milhões de desempregados e um salário mínimo nada suficiente para a renda de uma família, não podemos desprezar as mãos enrugadas que ainda insistem em trabalhar. Cansadas ou não, é melhor tê-las ativas do que tê-las em filas de hospitais, em busca de uma falsa qualidade de vida, que jamais poderá ser adquirida com a falta de dinheiro no bolso. * Diretora e consultora da empresa Leaders HR Consultants
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NEGÓCIOS PETRÔNIO AMARAL - DIVULGAÇÃO
CONSTRUÇÃO
Riolax investe na reformulação de unidade em Belo Horizonte Aporte deve impulsionar a receita JULIANA BAETA
Para marcar os cinco anos de sua unidade em Belo Horizonte, a Riolax, empresa especializada em banheiras, spas e ofurôs, reformulou toda a loja, ampliou sua gama de serviços e inaugurou o Concept Bath Store, espaço que promove uma experiência de banho aos clientes e o teste dos produtos. Para isso, foram investidos cerca de R$ 500 mil na unidade localizada no bairro Sion. Além dela, Minas conta também com mais uma unidade localizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Com as novas instalações, o faturamento da loja deve aumentar cerca de 20% até o fim do ano. “Neste ano, o mercado melhorou bastante e a ideia é que o faturamento
aumente ainda mais nos próximos anos, considerando o reaquecimento da economia nos dois segmentos que atuamos, o da construção civil e também o da decoração, do design”, comenta um dos sócios da unidade de Belo Horizonte, Thiago Grecco. O valor investido no novo layout da loja e na aquisição de novos produtos e serviços é o mesmo que um franqueado precisa investir para inaugurar uma unidade da marca, com prazo de retorno de 24 a 36 meses. Grecco conta que o Concept Bath Store é uma novidade na Capital. “A marca Riolax funciona como uma espécie de butique da fábrica e oferece um atendimento personalizado ao cliente. Não vendemos só produtos, mas prestamos também os serviços pós-vendas de as-
Investimentos de R$ 500 mil foram feitos na reformulação da loja da Capital e na implantação do Concept Bath Store
sistência técnica, logística, instalação, orientação em obras. E agora a Riolax BH amadureceu para este novo conceito, oferecendo soluções completas para banho desde hidromassagem até vendas de equipamentos diversos, alguns com tecnologias inovadoras como sistemas de economia de água. O comprador ou arquiteto pode agendar o uso da nossa sala de banho e experimentas os produtos e serviços disponíveis”, explica.
GASTRONOMIA
zonas e no Distrito Federal. Foco - Pelo menos este ano, a marca não tem planos de abrir novas unidades no Estado. “Estamos focados nos investimentos feitos na loja em BH para dar mais um leque de opções como um espaço conceito e atrair mais clientes. Além da sala de banho como um espaço de experimentação dos produtos, também oferecemos treinamento ao construtor. Ele pode vir a loja e receber orientações sobre diversos
temas dentro desta área”, conta Thiago Grecco. Lançamentos - Outras novidades que incrementam a gama de produtos da loja são o lançamento da cuba modulada da Mekal, marca especializada em aço inoxidável e também da torneira da InSinkErator, capaz de filtrar a água e elevar a temperatura do jato quente em até 98 graus. Os lançamentos fazem parte das linhas de produtos voltados para ambientes gourmets.
SUPERMERCADOS
Empresária mineira aposta no mercado de alimentação saúdavel FILIPE ABRAS - DIVULGAÇÃO
JULIANA BAETA
O mercado de alimentação saudável está em franca expansão no Brasil e por todos os lados pipocam novos estabelecimentos que oferecem essa alternativa. Resultado da demanda da população que tem mudado o seu comportamento e a relação com o próprio corpo. Em Minas, não poderia ser diferente. Belo Horizonte acaba de ganhar uma nova opção neste segmento. Trata-se da Horta Mix, inaugurada no fim de junho no bairro Lourdes que oferece um cardápio repleto de saladas e outros pratos seguindo a mesma linha saudável, como caldos, sopas, sucos naturais e lanches rápidos. Dona do empreendimento, Renata Jacques percebeu a tendência de as pessoas cada dia mais buscarem por uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, pela praticidade, e decidiu investir R$ 230 mil para abrir a primeira unidade. “Oferecemos um buffet de salada com 34 opções, diferentes molhos e complementos, sucos naturais, e no inverno teremos também caldos e sopas. O cliente pode consumir os pratos no local ou levar para a casa, e ele pode montar a salada, que é cobrada no quilo, ao gosto dele”, explica. Segundo ela, a ideia é recuperar o investimento em cerca de um ano. Além disso, até o fim deste ano ainda, uma nova unidade deve ser aberta no Vila da Serra, em Nova Lima. “Quando decidi montar a saladeria, iniciei uma pesquisa para achar o melhor local para a Horta Mix. Após um estudo, identifiquei uma oportunidade no Lourdes. Concluí que
Já consolidada no ramo de banheiras, spas e ofurôs, a unidade de BH passa a oferecer também outros artigos de banho como louças e metais, peças oriundas da parceria com marcas importadas como a Toto, empresa japonesa referência na área, e a Viega, fabricante alemã de tecnologia de instalação de tubulações e aquecimento. Além de Minas, a franquia tem lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ama-
Renata Jacques investiu R$ 230 mil para abrir o Horta Mix
faltava uma opção nesse segmento na região que pudesse manter o foco na comida saudável com um pouco mais refinamento”, conta. A escolha pelo Vila da Serra também parte do mesmo princípio, e pelo fato de ser uma região nobre entre Belo Horizonte e Nova Lima. Franquia - Inicialmente, as unidades serão próprias, mas com o passar do tempo e com o desdobrar do negócio, há a possibilidade de que a Horta Mix migre para o formato de franquia. “A franquia é uma boa opção para as pessoas que querem entrar neste mercado. Mas antes, quero fortalecer a
minha marca como uma saladeria de qualidade, para então, viabilizar o formato de franquias”, conta. Com vários negócios surgindo neste segmento e o mercado de alimentação saudável ascendendo, Renata acredita que seu diferencial é a praticidade. “As pessoas têm o tempo curto hoje em dia e não querem abrir mão de comer de forma saudável por isso. Essa agilidade de você chegar no local, escolher o que vai querer, montar a sua própria salada, é um diferencial. Dessa forma, o cliente não abre mão nem do seu tempo e nem da saúde”, conclui. O espaço também é pet friendly.
Grupo Pão de Açúcar planeja acelerar plano de aberturas de lojas do Assaí São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar planeja acelerar no segundo semestre a abertura de lojas do Assaí, a bandeira que mais cresce dentro da companhia, além de prosseguir com os esforços para revitalizar o segmento de super e hipermercados, após ter lucro quase cinco vezes maior no segundo trimestre sobre um ano antes. A empresa está confiante depois que todas as bandeiras tiveram ganho de participação de mercado no trimestre passado, mesmo com o impacto da paralisação dos caminhoneiros e os efeitos da deflação de alimentos, e os resultados estão dentro das expectativas para 2018, disse ontem o diretor-presidente da companhia, Peter Estermann. “Todo nosso time está bastante satisfeito com o resultado e temos total consciência que os desafios continuam e temos entregas importantes para fazer no terceiro trimestre”, afirmou o executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre o balanço do segundo trimestre. Na véspera, o GPA reportou lucro líquido consolidado de R$ 526 milhões entre abril e junho, tendo forte evolução na receita do atacarejo e aceleração de vendas em todas as marcas da divisão de multivarejo, que reúne os super e hipermercados do grupo. O GPA espera encerrar agosto com dez lojas Extra renovadas, conforme o diretor-executivo da bandeira, Alberto Calvo. A companhia também já mapeou 32 unidades Pão de Açúcar para realizar um projeto premium, que será implementado até o primeiro trimestre de 2019 e elevará o sortimento de produtos voltados à saúde e lançamentos exclusivos dentro da bandeira, segundo
o diretor-executivo do Pão de Açúcar, Marcelo Bazzali. O planejamento estratégico do GPA ainda prevê o relançamento da marca Compre Bem, adquirida em 2002 e descontinuada em 2011, com um foco mais regional, para competir com redes de varejo locais. A bandeira terá 13 lojas até o fim do ano e as reformas devem começar em agosto. “Vamos avaliar o piloto de 13 lojas do Compre Bem e no primeiro trimestre do ano que vem teremos informações mais consistentes para comentar sobre o potencial de conversão de lojas”, disse Estermann. No caso do atacarejo, a companhia deve acelerar a abertura de lojas no segundo semestre deste ano, contou o presidente do Assaí, Belmiro Gomes. São 14 obras em andamento, sendo duas conversões, que devem adicionar um total de 70 mil metros quadrados de área de vendas. De acordo com Gomes, o Assaí já observou “discreta reversão da tendência deflacionária” nas últimas duas semanas de junho, em parte por causa do impacto da paralisação de caminhoneiros sobre algumas categorias, e espera alívio ainda maior a partir do segundo semestre. Estermann ainda citou o peso das marcas próprias no mix de vendas do GPA, que varia de 9% a 10% de acordo com a bandeira. “Temos como foco importante acelerar a participação (de marcas próprias) em todos os formatos, essa é uma alavanca importante para crescer”, disse. O diretor-presidente do GPA avalia que é cedo para fazer inferências sobre uma migração de clientes do Assaí para hipermercados do multivarejo e que o ganho de participação de mercado se
deu em cima de concorrentes diretos. Para Estermann, o ambiente competitivo em varejo alimentar segue parecido com o trimestre anterior. “O que muda são as dinâmicas comerciais e como cada player participa de eventos sazonais”, explicou. Questionado sobre o tabelamento do frete rodoviário, o executivo disse que vê espaço para passar ao cliente o consequente aumento de custo. “Talvez o maior impacto tenha sido em produtos de proteína animal... Tem espaço para repassar, mas não enxergamos ainda a velocidade e a capacidade de repasse”, afirmou. Via Varejo - A migração da Via Varejo para o Novo Mercado da B3 pode favorecer a venda da fatia majoritária do GPA na rede de móveis e eletrodomésticos, disse o vice-presidente do conselho de administração do GPA, Ronaldo Iabrudi. “Entendemos que processo de venda está evoluindo, mas a companhia não pode ficar estagnada nesse processo, por isso aprovamos investimento de quase R$ 600 milhões para a Via Varejo e estamos fazendo esse movimento que traz maior governança e liquidez”, afirmou Iabrudi. O GPA colocou sua fatia à venda há cerca de um ano e meio. Na avaliação de Iabrudi, a aceitação do mercado foi bastante positiva à migração da empresa. “Analisamos de forma detalhada o estatuto social da companhia com o novo regulamento... as mudanças são poucas e a adequação será feita da forma mais amigável possível”, acrescentou Iabrudi. Segundo ele, o GPA por enquanto não considera migrar para o Novo Mercado. (Reuters)
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AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
FRUTICULTURA
Aparecida de Minas sedia feira do abacaxi Evento no distrito de Frutal, no Triângulo, deve reunir 300 produtores da região e gerar R$ 3 milhões em negócios DIVULGAÇÃO
MICHELLE VALVERDE
Maior produtor de abacaxi pérola de Minas Gerais, Aparecida de Minas, distrito de Frutal, sedia, a partir de hoje, a 6ª edição da Feira de Agronegócios do Abacaxi de Aparecida de Minas, evento que vai até 29 de julho. A feira é uma das mais importantes do setor, principalmente por reunir representantes do segmento de insumos e promover a divulgação da fruta e da região. Nesta edição, o faturamento gerado com as vendas ao longo da feira e pós-evento deve alcançar R$ 3 milhões. A feira é realizada pela Cooperativa de Produtores de Aparecida de Minas e Região (Coopercisco). Cerca de 300 produtores da região de Frutal, no Triângulo Mineiro, devem participar do evento. Além de um espaço para a capacitação e atualização dos produtores, haverá a participação de fornecedores de insumos, máquinas e implementos. Ao todo, serão 17 expositores, que comercializarão produtos a preços e condições mais acessíveis. A expectativa é receber um público de seis mil pessoas
entre empresários do setor, produtores, fornecedores e pessoas da comunidade. De acordo com a analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Joana Corrêa, as expectativas em relação ao evento são positivas. O Sebrae é um dos organizadores da feira. “O evento é importante para o setor produtivo do abacaxi. Além de divulgar a produção e a região, a feira é um espaço para o produtor se atualizar, participar das capacitações e conhecer o que há de novo no mercado para a produção da fruta. É um bom momento para investir na cultura, já que a feira reúne os principais fornecedores com condições mais favoráveis para a realização de negócios”, explicou. A analista ressalta que o cenário é favorável para Frutal é o maior produtor estadual de abacaxi, com 70 mil toneladas anuais em área de 2 mil hectares os investimentos. A safra Segundo a analista do Sese desenvolveu conforme de insumos, principalmen- abacaxi, entre os quais estão o esperado pelo setor e a te, porque a colheita já foi a nutrição do abacaxi via brae, a cada edição o evento colheita da fruta já foi inicia- iniciada e o momento é de foliar e o controle biológico ganha mais expressividade da. O processo deve ganhar adubação das áreas já co- no abacaxi. No dia 27 de e atrai pessoas da região e julho, será realizado um Dia outros estados. “Ao parmaior ritmo nos próximos lhidas”. Durante os quatro dias de Campo, quando haverá ticipar do evento, os promeses e durar até dezembro. “O produtor, além de do evento, serão realizadas demonstrações de novas dutores adquirem novos conhecer as tecnologias, palestras com temas rele- tecnologias relacionadas conhecimentos que podem ser aplicados na produção. poderá investir na compra vantes para a produção do ao cultivo.
Produção - Devido à produção de abacaxi do distrito de Aparecida de Minas, o município de Frutal possui a maior produção da fruta no Estado. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Frutal produz cerca de 70 mil toneladas da fruta ao ano em uma área de 2 mil hectares. Somente o distrito de Aparecida de Minas é responsável por 90% desta produção. O abacaxi é comercializado principalmente em São Paulo, Campinas e Belo Horizonte. Também são feitos negócios com compradores de Goiás e do Sul do País. Minas Gerais é o segundo maior produtor de abacaxi do País, atrás somente do Pará. Por ano, são colhidos, em média, 236,2 milhões de frutas no Estado em uma área de 7,7 mil hectares. Os três municípios maiores produtores são Frutal, Monte Alegre e Canápolis.
AGROTÓXICOS
AGRONEGÓCIO
Empresários estão pessimistas com o País São Paulo - A confiança dos empresários do agronegócio brasileiro caiu 8,6 pontos no segundo trimestre de 2018, na comparação com os primeiros três meses do ano. Segundo dados divulgados ontem pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) marcou 98,5 pontos no período, contra 107,1 no trimestre anterior. O resultado abaixo dos 100 pontos indica pessimismo moderado. A pesquisa foi feita com 645 produtores e industriais do agronegócio, logo depois da greve dos caminhoneiros, no final de maio e início de junho. Segundo o diretor titular do Deagro da Fiesp, Roberto Ignácio Betancourt, o movimento colocou em evidência a perda de fôlego da recuperação econômica e as dúvidas quanto aos projetos que vão surgir após as eleições. “A principal contribuição para a perda de confiança se deve à piora significativa na percepção quanto à situação do País, que caiu bruscamente em todos os elos pesquisados da cadeia”, disse. Todos os segmentos pesquisados tiveram recuo na confiança. A indústria de insumos agropecuários atingiu os 99,2 pontos, o que representa uma queda de 16,9 pontos ante o trimestre anterior, sendo a maior queda registrada desde o início da pesquisa. Betancourt ressaltou que o resultado é reflexo da turbulência gerada pela paralisação. “No caso dos
Isso é importante para melhorar a atividade e, consequentemente, alavancar a economia local. Além disso, compradores vistam a região e é possível prospectar novos negócios”.
BENTO VIANA/SENAR
No terceiro trimestre, índice de confiança recuou para 98,5 pontos, após greve dos caminhoneiros
fertilizantes, por exemplo, além da deterioração na avaliação das condições gerais da economia, o setor foi fortemente impactado pela paralisação e posterior indefinição sobre o tabelamento dos fretes mínimos. O mês de maio fechou com entregas de apenas 1,8 milhão de toneladas, cerca de 700 mil toneladas abaixo do volume que seria considerado normal para o mês.” No caso da indústria de alimentos e tradings, houve queda de 7,9 pontos, resultando na marca de 98,2 para a confiança. Segundo os dados, a pontuação é decorrente da piora dos ânimos quanto às condições atuais e expectativas para o futuro. Mesmo assim, as empresas mostram que confiam mais nas condições de seus próprios negócios e menos nas condições da economia. Para o produtor agropecuário, houve recuo de 6 pontos em relação ao trimes-
tre anterior, passando para 98,5 pontos. Para o produtor agrícola, a retração foi de 4,3 pontos, chegando aos 102,0. “Ainda assim, é importante destacar a interrupção de uma trajetória de três altas consecutivas, iniciada no 3º trimestre do ano passado. A percepção a respeito da economia brasileira pesou sensivelmente para a queda”, disse o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. O indicador apontou ainda que os custos alcançaram 49 pontos, sendo o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2016. O item foi pressionado principalmente pelas expectativas. Segundo Freitas, muitos agricultores anteveem que terão de pagar mais pelos insumos, diante do esperado aumento nos fretes e repasse da alta do dólar observado nos últimos meses. “O fato de os produtores agrícolas sustentarem uma certa confiança pode
ser explicado principalmente pelo momento no mercado de grãos, cujos preços permanecem em bom patamar, apesar de uma relativa desvalorização no fim do segundo trimestre”, disse Freitas. Pecuária - Também houve recuo na confiança dos pecuaristas, que baixou 11 pontos, atingindo 85,3, sendo os pecuaristas de corte os mais desanimados. “Os preços do boi gordo estão em queda desde janeiro. Os produtores de gado leiteiro, por sua vez, impediram uma perda de confiança ainda maior, tendo em vista a recuperação dos preços do leite nos últimos meses”, afirmou. Outra variável que pesou para a percepção pessimista do produtor pecuário foi o custo de produção (48,9 pontos), que recuou para níveis similares ao observado em meados de 2015 e início de 2016. (ABr)
Defesa Agropecuária prevê aprovação de PL somente em 2019 Brasília - Um projeto de lei (PL) para acelerar a aprovação de novos pesticidas no Brasil, que tem recebido críticas de ambientalistas, provavelmente não será aprovado pelo Congresso Nacional neste ano, disse ontem um representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No Brasil, a aprovação de um novo pesticida pode levar de três a oito anos, um tempo de espera muito maior do que nos Estados Unidos e na Europa, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Rangel, em entrevista. Por exemplo, o pedido da Bayer para seu fluopyram, um fungicida que combate a ferrugem da soja e o mofo branco, ainda está pendente de aprovação após nove anos, apesar de já ter recebido o sinal verde nos EUA e na Europa. Outros produtos “na fila” há mais de três anos incluem o pedido da Sumitomo Chemical para a fenpirazamina, que trata o mofo branco, e o pedido da Iharabras para o herbicida piroxasulfona. O PL para acelerar o processo foi aprovado em comissão do Congresso no mês passado, mas é improvável uma aprovação em Plenário neste ano, disse Rangel. “Imagino que uma alteração da lei atual, vinda desse projeto, só vai acontecer em 2019”, disse Rangel. A lei exigiria que o Ministério da Agricultura aprove novos pesticidas e produtos relacionados dentro de um ano. Depois disso, o produto
receberia um registro temporário até a decisão final, desde que já tenha sido aprovado em pelo menos três países da OCDE. A lei também exigiria que a agência reguladora Anvisa avalie o risco à saúde de um novo agrotóxico com base na maneira como ele é aplicado, e não se é inerentemente prejudicial à saúde humana, como ocorre atualmente, pois muitos produtos químicos perigosos apresentam baixo risco se aplicados em pequenas doses, afirmou o secretário. Ambientalistas criticaram a proposta de dar ao Ministério da Agricultura uma autoridade mais ampla para emitir aprovações, que, segundo eles, ameaçarão a saúde do cidadão e o meio ambiente. Rangel defendeu a lei dizendo que o Ministério da Agricultura ainda contaria com a análise do órgão ambiental Ibama e da Anvisa, que manteriam o poder de veto sobre novos produtos. Super agência - Em separado, o ministério enviará uma aguardada proposta para criar uma “super agência” para inspeções de segurança alimentar, com maior independência e recursos. A proposta será encaminhada ao Congresso depois do final do atual recesso, em agosto, disse Rangel. Mas a proposta, que surge depois que uma investigação revelou denúncias generalizadas de fraude em inspeções de carne no Brasil, também não deve obter aprovação legislativa ainda neste ano, segundo o secretário. (Reuters)
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
ALISSON J. SILVA
BANCO
Santander Brasil registra alta de quase 30% no lucro no 2º tri De abril a junho, valor apurado foi de R$ 3,025 bilhões São Paulo - A combinação de alta robusta do crédito e controle das despesas operacionais e com provisões para calotes impulsionaram o lucro do Santander Brasil no segundo trimestre. O maior banco estrangeiro no País anunciou, ontem, lucro gerencial, ou recorrente, de R$ 3,025 bilhões no período, montante 29,6% maior do que os R$ 2,335 bilhões de igual etapa de 2017. Na comparação sequencial, o aumento foi de 5,8%. Já o lucro societário, referência para remuneração aos acionistas, subiu 58,1% ano a ano e 5,4% sobre o trimestre anterior, para R$ 2,972 bilhões. Assim como tem ocorrido nos últimos quatro trimestres, o impulso no lucro foi apoiado por forte crescimento das operações de crédito do banco. No fim de junho, a carteira de empréstimos do Santander Brasil somava R$ 290,48 bilhões, um aumento de 13,1% em 12 meses. O destaque foi o financiamento ao consumo, com um salto de 23%. Além do aumento do volume de operações, o banco praticou maiores spreads diferença entre o custo de captação e o valor cobrado para emprestar a clientes. Com isso, a receita oriunda das operações de crédito cresceu 20,1% ano a ano. E a qualidade da carteira foi mantida, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 2,8%, queda de 0,1 ponto percentual na comparação anual e sequencial. Com isso, a despesa do banco com provisões para perdas com calotes, menos
a despesa com recuperação de operações baixadas para prejuízo, somou R$ 2,6 bilhões no trimestre, queda de 1,8% contra o primeiro trimestre. O indicador que mede o custo do crédito ficou estável ano a ano, em 3,2%. Em outra frente, as receitas com tarifas e serviços subiram 3,4% contra o trimestre imediatamente anterior e evoluíram 12,7% ano a ano, para R$ 4,28 bilhões. As chamadas despesas gerais avançaram em ritmo inferior ao da expansão das receitas, mesmo com o banco ampliando em 1,4 mil seu quadro de funcionários no período de 12 meses encerrado em julho. As despesas, que incluem salários, tiveram alta anual de 7%, para R$ 4,87 bilhões. Com esse conjunto, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi de 19,5% no período, aumento de 0,4 ponto percentual sobre o trimestre anterior. GetNet - O Santander Brasil também informou ontem que a sua adquirente, a GetNet, elevou seu faturamento em 33,5% no segundo trimestre, totalizando R$ 44,1 bilhões, em relação ao visto um ano antes, de R$ 33,1 bilhões. Assim, a participação do banco no “mercado de maquininhas” atingiu 13,2%, expansão de 2,2 pontos percentuais em 12 meses, considerando dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) de março.
Em número de transações, foram 508,1 milhões de abril a junho, aumento de 9,27% sobre os três meses Aumento do crédito e controle das despesas contribuíram para a elevação dos ganhos anteriores. Ante um ano, foi registrada expansão de MERCADO 38,15%. No primeiro semestre de 2018, a GetNet capturou R$ 85 bilhões em suas máquinas, cifra quase 32% superior à registrada em idêntico intervalo do ano passado, São Paulo - O dólar recuou operador de câmbio de uma 1,34%, a 80.218,04 pontos, que foi de R$ 64,512 bilhões. pouco mais de 1% ontem, pelo corretora. maior patamar desde 23 de O banco destaca ainda, segundo pregão seguido, e O presidente dos Estados maio. O volume financeiro em relatório que acompa- voltou ao patamar de R$ 3,70, Unidos, Donald Trump, e somou R$ 10,1 bilhões. nha as suas demonstrações sob influência do exterior, o chefe da União Europeia Para o analista Régis Chinfinanceiras, que a GetNet onde o ambiente era de maior (UE), Jean-Claude Juncker, chila, da Terra Investimentos, avançou em seu posiciona- alívio após sinalizações dos reuniram-se ontem e expres- os balanços se destacaram mento físico e digital com a Estados Unidos e da Europa saram o desejo de reduzir no pregão, com o resultado habilitação do pagamento de tirar pressão sobre a guerra as tarifas e aliviar as tensões de Santander Brasil gerando contactless (tecnologia NFC), comercial global. no comércio internacional, expectativas positivas para o que atingiu cerca de 90% da O dólar registrou baixa de durante encontro na Casa desempenho de Bradesco, Banbase de terminais (POS, na 1,09%, a R$ 3,7022 na venda, Branca. co do Brasil e Itaú Unibanco. sigla em inglês), melhorando menor valor desde 25 de “A temporada de balana experiência dos clientes. maio (R$ 3,6683), depois de B3 – O Ibovespa fechou em ços do segundo trimestre foi bater R$ 3,6982 na mínima alta de mais de 1% ontem, aberta na semana passada e De saída - O Banco San- do dia. O dólar futuro tinha superando os 80 mil pontos acreditamos que deve seguir tander Espanha decidiu desvalorização de cerca de pela primeira vez desde maio, surpreendendo positivamente, descontinuar o programa 1,20%. “O recuo da moeda puxado principalmente pelo gerando valor nas ações das de Certificados de Depósi- norte-americana no exterior desempenho dos bancos, após empresas”, afirmou, chamanto de Ações (BDRs) Nível se somou ao desmonte de resultado trimestral robusto do do atenção também para os III na B3. O conselho do posições compradas (aposta Santander Brasil. O principal números do Grupo Pão de banco na Espanha aprovou na alta do dólar)”, afirmou o índice de ações da B3 subiu Açúcar. (Reuters) ainda que, após concluído o processo, ocorra o cancelamento do registro do Banco Santander Espanha na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como companhia aberta emissora estrangeira de valores mobiliários (na categoria “A”). “Esclarece-se que a Descontinuidade do Programa de BDRs do Banco Santander Espanha em nada afeta a negociação das ações e das Units do Banco Santander (Brasil) S.A., que continuarão sendo negociadas normalmente na B3”, conforme fato relevante. (Reuters/AE)
Dólar cai e volta ao patamar de R$ 3,70; Ibovespa avança puxado por bancos
TESOURO NACIONAL
Dívida pública federal cresce em junho e alcança marca de R$ 3,75 trilhões Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,01% em junho, quando atingiu R$ 3,754 trilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. Em maio, o estoque estava em R$ 3,716 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 38,04 bilhões em junho. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 22,56 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 22,96 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 0,4 bilhão. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,94% e fechou o mês passado em R$ 3,607 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,67% maior, somando R$ 146,79 bilhões no sexto mês do ano. Os estrangeiros diminuíram a participação na dívida pública brasileira em junho. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 11,96%
em maio, para 11,93% no mês passado, somando R$ 430,52 bilhões. Ainda assim, houve aumento no volume de papéis nas mãos desses investidores. Em maio, o estoque de títulos com estrangeiros estava em R$ 427,36 bilhões. Os fundos de investimento continuaram os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 26,93% em maio, para 26,53% no mês passado. O grupo previdência manteve a fatia de 24,97% em junho. Já a parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 22,38% em maio, para 22,58% em junho. As seguradoras tiveram crescimento na participação de 3,86% para 3,88%. A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 34,67% em maio, para 34,29% em junho. Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia, de 32,00% para 32,34%. Os títulos remunerados pela inflação caíram para
29,28% do estoque da DPF em junho, ante 29,32% em maio. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,01% em maio, para 4,09% no mês passado. Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%. Prazo médio - A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,28% em maio, para 20,24% em junho, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida caiu de 4,21 anos em maio, para 4,14 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,04% ao ano em maio, para 10,31% ao ano em junho. (AE)
Indicadores Econômicos Inação
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COMPRA
R$ 3,7040
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VENDA
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COMPRA
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VENDA
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VENDA
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COMPRA
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Capital de Giro
9,78% - a.a.
Hot Money
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CDI
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Over
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Ouro Nova Iorque (onça-troy)
US$ 1.231,80
US$1.225,50
US$1.225,60
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BM&F-SP (g) )RQWH AE
Taxas Selic Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
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Reservas Internacionais 24/07 .......................................................................... US$ 379.347 milhĂľes )RQWH: BC
Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5
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15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
AtĂŠ 1.903,98 De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
-XOKR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,01 83& 5
23,51 8)(0* 5
3,2514 7-/3 D D
7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*
$JRVWR 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00
6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00
2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00
1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00
'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00
-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75
0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60
20/06 a 20/07 21/06 a 21/07 22/06 a 22/07 23/06 a 23/07 24/06 a 24/07 25/06 a 25/07 26/06 a 26/07 27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 a 06/08 07/07 a 07/08
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
02('$ 3$Ă‹6 BOLIVAR/VEM BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO
&Ă?',*2 26 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978
Contribuição ao INSS &2035$ 0,0000258 0,5302 0,7696 0,006523 0,4237 0,5816 0,4542 0,4214 0,1689 0,07498 0,0315 12,2529 0,003093 5,209 0,03666 1,0103 2,7505 3,7114 3,7114 2,8316 0,01764 4,4262 2,724 0,473 0,5434 3,7114 0,01331 3,7316 0,0006451 0,03343 0,2068 4,8797 0,00244 0,007198 0,1216 0,7672 1,1334 0,05393 0,00571 0,001286 3,7114 0,07451 0,06969 0,1974 0,1199 0,4942 0,002549 0,5479 0,5476 1,0191 9,64 0,01483 0,0000846 0,9896 0,0009017 0,9146 0,0589 0,0002566 0,2394 1,0184 0,0033 1,007 4,3334
9(1'$ 0,0000258 0,5419 0,7705 0,006558 0,4243 0,5817 0,4544 0,4216 0,169 0,07693 0,03158 12,2751 0,003129 5,2392 0,03681 1,0107 2,7513 3,712 3,712 2,8325 0,01785 4,4994 2,7254 0,4731 0,5582 3,712 0,01333 3,7344 0,0006467 0,03344 0,208 4,8813 0,002462 0,007208 0,1217 0,7685 1,1347 0,05402 0,005719 0,001288 3,712 0,07466 0,06973 0,1976 0,1201 0,4969 0,002567 0,5486 0,5478 1,0198 9,6416 0,01485 0,0000846 0,9898 0,0009163 0,9159 0,05898 0,0002568 0,2407 1,019 0,003307 1,0075 4,3345
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,dÂ2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
AtĂŠ 954,00 (valor. MĂnimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18
9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71
)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018
FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Abril/2018 Maio/2018
&UpGLWR Junho/2018 Julho/2018
Seguros
TBF
08/07
0,01311781 2,92791132
09/07
0,01311781 2,92791132
10/07
0,01311781 2,92791132
11/07
0,01311781 2,92791132
12/07
0,01311781 2,92791132
13/07
0,01311781 2,92791132
14/07
0,01311781 2,92791132
15/07
0,01311781 2,92791132
16/07
0,01311781 2,92791132
17/07
0,01311781 2,92791132
18/07
0,01311781 2,92791132
19/07
0,01311781 2,92791132
10/07 a 10/08 11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 19/08 19/07 a 18/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 )RQWH $(
20/07
0,01311781 2,92791132
21/07
0,01311781 2,92791132
22/07
0,01311781 2,92791132
23/07
0,01311781 2,92791132
24/07
0,01311781 2,92791132
25/07
0,01311781 2,92791132
26/07 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ
0,2466 0,2466
0,4867 0,4867
0,5327 0,5327 0,5102 0,4873 0,4869 0,5102 0,5334 0,5323 0,5309 0,5078 0,4838 0,4849 0,5080 0,5312 0,5281
AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
Junho ,*3 ', )*9
Junho ,*3 0 )*9
Junho
1,0439 1,0779 1,0692
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
Agenda Federal Dia 31
Taxas de câmbio
08/07 a 08/08 09/07 a 09/08 10/07 a 10/08 11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08
IOF - Pagamento do IOF apurado no mĂŞs de junho/2018 relativo a operaçþes FRP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV ÂżQDQFHLURV - CĂłd. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do CapĂtulo 33 da Tipi - Prestação de informaçþes pelos fabricantes de produtos do CapĂtulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosmĂŠticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendĂĄrio anterior igual ou superior a R$ 100 milhĂľes, constantes do Anexo Ăšnico da Instrução Normativa SRF nÂş 47/2000, referentes ao 3Âş bimestre/2018 (maio-junho/2018), Ă unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicĂlio da matriz. Disquete &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂdicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3Âş, § 5Âş, da Lei nÂş 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nÂş 11.196/2005) no perĂodo de 1Âş a 15.07.2018. Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mĂŞs de junho/2018 pelas pessoas jurĂdicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5Âş da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ÂŞ quota ou quota Ăşnica do Imposto de Renda devido no 2Âş trimestre de 2018, pelas pessoas jurĂdicas submetidas Ă apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 5Âş da Lei n° 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos lĂquidos auferidos no mĂŞs de junho/2018, por pessoas jurĂdicas, inclusive as isentas, em operaçþes realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR e de participaçþes societĂĄrias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) ,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO - Ganho de Capital na alienação de Ativos Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mĂŞs de junho/2018 (art. 5Âş, § 6Âş, da Instrução Normativa SRF nÂş 608/2006) - CĂłd. Darf 0507. Darf Comum (2 vias)
,53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas fĂsicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas fĂsicas ou de fontes do exterior no mĂŞs de junho/2018 (art. 852 do RIR/1999) - CĂłd. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) ,53) Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa fĂsica residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mĂŞs de junho/2018 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - CĂłd. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP moeda estrangeira - CĂłd. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) ,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas fĂsicas sobre ganhos lĂquidos auferidos em operaçþes realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD de bolsa, no mĂŞs de junho/2018 (art. 852 do RIR/1999) - CĂłd. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) ,53) Âą 4XRWD Pagamento da 4ÂŞ quota do imposto apurado pelas pessoas fĂsicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendĂĄrio de 2017, acrescida da taxa Selic de junho/2018 mais juro de 1% - CĂłd. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) ,55) Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte incidente sobre os lucros distribuĂdos pelos Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio a seus quotistas, apurados segundo o regime de caixa, com base em balanço ou balancete semestral encerrado em 30.06.2018 (art. 27, § 3Âş, da Instrução Normativa RFB nÂş 1.022/2010) - CĂłd. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mĂŞs de junho/2018, pelas pessoas jurĂdicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1a quota ou quota Ăşnica da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 2Âş trimestre de 2018 pelas pessoas jurĂdicas submetidas Ă apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado. (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias)
19
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
LEGISLAÇÃO PREVIDÊNCIA SOCIAL
Governo deve cortar mais de R$ 5 bilhões Ministério da Transparência e CGU fazem pente-fino para apurar irregularidades em benefícios DIVULGAÇÃO
Brasília - Até o fim do ano, mais de R$ 5 bilhões gastos em benefícios da Previdência Social deverão ser cortados por causa de irregularidades, que estão em apuração no Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). O corte segue o trabalho de revisão de benefícios sociais feito pelo Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (Cmap), criado em abril de 2016 com a Portaria Interministerial nº 102, e formado por técnicos e dirigentes da CGU e dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil. Conforme o Secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Bezerra Leonel, ainda não é conhecido o número de pessoas que perderão os benefícios por causa de fraude. A CGU não divulgou quais irregularidades estão em apuração. Na última terça-feira (24), o governo anunciou a suspensão de 341.746 auxílios-doença e 108.512 aposentadorias por invalidez, que totalizam R$ 9,6 bilhões no pagamento de auxílios-doença acumulado entre o segundo semestre de 2016 e 30 de junho de 2018. Até o fim do ano, serão revisados 552.998 auxílios-doença e 1.004.886 aposentadorias por invalidez. Além de benefícios previdenciários, o Cmap revisou os benefícios pagos pelo programa Bolsa
Família. Em dois anos, 5,2 milhões de famílias foram excluídas, e outras 4,8 milhões entraram no programa. “No caso do PBF (Bolsa Família) não há propriamente uma economia de recursos, mas a focalização do programa”, assinala o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Segundo ele, a exclusão de pessoas recebendo benefícios de forma irregular permitiu manter zerada a fila de espera de novos cadastrados no programa. Os anúncios de corte de benefícios sociais e previdenciários são recebidos com cautela pela sociedade civil. Lylia Rojas, do Conselho Federal de Serviço Social (Cfess), argumenta que falta à medida “transparência necessária” e que há casos de pessoas que tem o benefício O governo suspendeu 341.746 auxílios-doença e 108.512 aposentadorias por invalidez no valor total de R$ 9,6 bilhões indevidamente cortado e depois recuperam o direito as fraudes cheguem às atu- para melhorar o cruzamenna Justiça, gerando mais ais proporções”. De acordo to de dados cadastrais e com ele, “onde há benefício registros administrativos. gastos ao erário. Para o diretor-executivo há alguém tentando se favo- Ele pondera que a divulgação de nomes de supostos da Transparência Brasil recer ilegalmente”. envolvidos em fraude tem (ONG), Manoel Galdino, as fraudes ocorrem porque Fraudes fiscais - Em resposta que observar a lei, que prevê Brasília - Os servidores do Poder Executivo “o governo é desorganiza- às críticas, o Secretário Fe- confidencialidade de dados interessados em migrar do Regime Próprio de do” e não mantêm a base deral de Controle Interno cadastrais. Previdência Social (RPPS) para o Regime de PreConforme Bezerra Leonel, dos cadastros eletrônicos da CGU, Antônio Carlos vidência Complementar (RPC) têm até as 23h59 do interligados – o que difi- Bezerra Leonel, afirma que o governo também criará um próximo domingo (29) para fazer a opção utilizando culta cruzamentos, e não “o corte de benefícios irregu- comitê de monitoramento o Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe). Segundo divulga informações sobre lares é na casa dos milhões das políticas fiscais. Uma o Ministério do Planejamento, o servidor também envolvidos e a abertura de e que os recursos judiciais portaria está em elaboração pode fazer a opção diretamente na área de recursão na casa dos milhares”. na Casa Civil para a improcessos. sos humanos de seu órgão até amanhã. O pedido De acordo com ele, o Co- plantação de um grupo que Para Gil Castelo Branco, feito pela internet será homologado na próxima do site Contas Abertas, “é mitê de Monitoramento e apure eventuais fraudes de segunda-feira (30). preciso que seja feito regu- Avaliação de Políticas Públi- empresas beneficiadas com Podem optar pela migração de regime os servidolarmente um trabalho de cas Federais está investindo isenções de tributos e de res que entraram na administração pública federal inteligência para evitar que em tecnologia de informação renúncia fiscal. (ABr) antes de 4 de fevereiro de 2013 (no caso do Poder Executivo) e antes de 7 de maio de 2013 (Poder Legislativo). É possível fazer simulações quanto ao valor do benefício especial e tirar outras dúvidas no próprio Sigepe, nas áreas de recursos humanos DIVULGAÇÃO dos órgãos, ou no site www.funpresp.com.br. Com a migração, quem foi empossado antes da instituição do RPC pode aderir à Fundação de Previdência Complementar dos Servidores (Funpresp) na modalidade participante ativo normal, em vez de participante ativo alternativo. No primeiro caso, entre os principais benefícios está a contrapartida da União, que para cada R$ 1 pago pelo servidor contribui com mais R$ 1, dobrando, assim, a contribuição real. Quem pode optar pela migração de regime mas ainda não tomou a decisão, deve procurar orientações junto ao RH do órgão ao qual pertence ou na própria Funpresp. O ministério alerta que a migração do RPPS para o RPC é uma decisão individual, de caráter irrevogável e irretratável. “Por isso, o servidor deve conhecer todas as informações para a tomada de decisão”, diz a nota. A opção é válida para o servidor que ingressou no serviço público federal do Poder Executivo antes de 4 de fevereiro de 2013 ou do Poder Legislativo antes de 7 de maio de 2013. De acordo com a Lei nº 13.328/2016, o prazo de opção para a migração é 24 meses, a contar da data da sanção da lei, em 29/07/2016. O servidor que optar pela migração terá direito a A empresa tem a obrigação de propiciar um ambiente seguro para os seus trabalhadores um benefício especial (artigo 3º da Lei 12.618/2012), passar por perícia médica, documentação probatória que após o acidente ficaa ser pago pela União assim que se aposente no comprovando a necessida- pode estar em e-mails, fil- ram com alguma sequela, serviço público. O benefício é calculado pela média de do benefício”, esclarece magens ou qualquer outro dificulte ou que de alguma das 80 maiores remunerações no serviço público e o Andressa Ferreira. meio capaz de demonstrar maneira o impeça de exercer tempo de contribuição até o momento da migração. o risco existente”, orienta suas atividades habituais, A migração pode ser feita por meio do Sigepe, Trajeto - O trajeto realizado Andressa Ferreira. sendo uma indenização e no menu “Optar por vinculação ao RPC”. Pospelo empregador até a emA especialista explica que nesse período a empresa é teriormente é necessário imprimir três vias do presa ou vice-versa, também auxilio-doença é concedido obrigada a fazer o depósito formulário e entregar ao RH do órgão em que o é reconhecido como tempo a aos trabalhadores que per- do Fundo de Garantia do servidor trabalha, para homologação. disposição do patrão o que deram a sua capacidade Tempo de Serviço (FGTS). Após a migração, o servidor pode optar ou atribui a responsabilidade laboral seja total, parcial A advogada alerta que não pela adesão à Funpresp, que pode ser feita a em caso de acidente. Os ou temporária para exercer profissões que envolvem qualquer tempo. O dia 29 de julho é o prazo final prejuízos em razão do aci- suas funções e precisam ficar o manuseio de substâncias para migração de regime. A adesão ao plano de dente podem incorrer em mais de 15 dias afastados tóxicas, segurança, transporprevidência da Funpresp é facultativa e independe lesão, perda da capacidade da empresa (podendo ser te, energia elétrica, minérios de o servidor migrar ou não. laborativa ou até mesmo o 15 dias intercalados dentro entre outras, possuem maior Assim que o departamento de recursos humanos do prazo de 60 dias). “No números de acidentes confalecimento. (RH) processar a migração para o RPC, o servidor No caso de ter ocorrido o 16º dia, o funcionário passa tabilizados. “Entretanto, poderá aderir à Funpresp e escolher um plano de acidente e a empresa se ne- a gozar do auxílio doença, devido à amplitude do seu benefícios. No caso, deve acessar o Sigepe, e escogar a reconhecer, o emprega- o tempo de recebimento é conceito, o acidente de tralher no menu a opção RPC/Aderir. É necessário do pode provar de diferentes definido pela perícia médica balho não pode restringir-se imprimir três vias do formulário de inscrição e formas a ausência de algum do INSS. O empregador apenas aos elencados na entregar no RH do órgão para homologação. A equipamento indispensável, então deve procurar o INSS legislação, devendo cada adesão também pode ser feita diretamente com condições como intervalos para receber a orientação e caso ser analisado indivios representantes da Funpresp localizados em 11 de descanso não concedi- marcar a perícia”, explica. dualmente, a fim de recoestados. O servidor também pode procurar a sede dos, além de uma possível Já o auxílio-acidente nhecer tais elementos ora da entidade em Brasília. (ABr) omissão da empresa. “A abrange aos colaboradores mencionados”, ressalta.
Acidentes de trabalho custam R$ 26,2 bilhões DA REDAÇÃO
De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou cerca de R$ 26,2 bilhões com benefícios acidentários (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente), ou seja, a cada sete minutos R$ 1 foi desembolsado para este fim. Além disso, foram 40.186.713 dias perdidos no mesmo período. Segundo a advogada Andressa Ferreira, especialista em direito trabalhista da Alcoforado Advogados Associados, para minimizar esses números, a empresa tem o dever de fornecer equipamentos e condições capazes de criar um ambiente seguro ao trabalhador. “O funcionário ao sofrer acidente de trabalho tem direito a assistência médica para primeiros socorros, avaliação e, se for o caso, auxilio acidente e estabilidade após o período de afastamento em razão do ocorrido. Ele também pode ajuizar uma ação requerendo a reparação de dano estético, moral ou material em razão da gravidade das lesões sofridas pelo acidente”, afirma. A especialista afirma que para existir a configuração do acidente de trabalho é necessário a existência de nexo de causalidade e prejudicialidade, ou seja, deve haver ligação entre o acidente (fato ocorrido) e o ambiente de trabalho de fato. “A partir desse momento, o empregado deve comparecer ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e
Servidores podem migrar para o RPC
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br NASA
Inovação no Turismo A Belotur, em parceria inédita com o Sebrae Minas, Associação de Marketing Promocional (Ampro) e a BH Airport (concessionária do Aeroporto Internacional de BH), lançam o Hackatur - Desafio de Inovação no Turismo. O projeto pretende incentivar a participação de startups e empreendedores na apresentação de propostas e soluções para os setores relacionados ao turismo. Os projetos vencedores receberão prêmio em dinheiro - os dois primeiros colocados receberão R$ 5 mil cada um - e terão oportunidade de participar de um dos principais eventos de inovação do Brasil. As inscrições já estão abertas e seguem até 1º de agosto, pelo link https://www. sympla.com.br/hackatur__287198. O objetivo do Hackatur é gerar novos modelos de negócios vinculados à cadeia produtiva do turismo e atividades associadas e promover interação, integração e aprendizado aos participantes envolvidos.
Savassi Festival Desde a sua criação, o Savassi Festival, criado em BH para promover o cenário do jazz e da música instrumental, tem se consolidado como uma das principais plataformas dedicadas ao gênero no Estado e uma das mais importantes do País, inclusive com atuações no exterior, como a criação do Savassi Festival Nova Iorque. Agora, em sua 16ª edição, a programação será na Capital e em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, promovendo rica, diversificada e democrática grade de eventos, ocupando diferentes espaços em BH, com uma série de shows gratuitos e/ ou a preços populares. Entre os dias 3 e 12 de agosto o Savassi Festival ocupará teatros, cafés, praças, bares, centros culturais da Capital e tomará as ruas da cidade com programação musicalmente instigante, que conta com exposições, shows, ensaios abertos, lançamentos de discos autorais, mesa redonda, homenagem a artistas consagrados do jazz, além do lançamento do “Selo Savassi Festival Records”.
Verbogentileza
Cientistas podem ter achado lago em Marte Washington - Cientistas usando um instrumento de radar em uma espaçonave em órbita descobriram o que disseram parecer ser um enorme lago coberto de sal sob gelo na planície polar sul de Marte, um corpo de água que afirmaram, ontem, ser um possível habitat para vida microbiana. O reservatório que detectaram - com cerca de 20 quilômetros de diâmetro, com a forma de um triângulo arredondado e localizado a cerca de 1,5 quilômetro abaixo da superfície do gelo -, representa o primeiro corpo estável de água líquida já encontrado em Marte. A possibilidade de vida fora da Terra é uma das questões mais importantes da ciência em todos os tempos, e as novas descobertas oferecem evidências tentadoras, embora não sejam provas. A água é considerada um ingrediente fundamental para a vida. Os pesquisadores informaram que pode levar anos para verificar se algo está realmente vivendo nesse corpo de água que se assemelha a um lago subglacial na Terra, talvez com uma missão futura de perfuração através do gelo para testar a água. “Esse é o lugar em Marte onde você tem algo que mais se assemelha a um habitat, um lugar onde poderia subsistir vida”, falou o cientista planetário Roberto Orosei, do Instituto Nacional de Astrofísica
da Itália, que liderou a pesquisa publicada na revista Science. “Esse tipo de ambiente não é exatamente o seu ideal de férias, ou um lugar onde os peixes poderiam nadar”, acrescentou Orosei. “Mas há organismos terrestres que podem sobreviver e prosperar, de fato, em ambientes semelhantes. Existem microorganismos na Terra que são capazes de sobreviver até mesmo no gelo”. A detecção foi feita usando dados coletados entre maio de 2012 e dezembro de 2015 por um instrumento a bordo da espaçonave Mars Express, da Agência Espacial Europeia, que transmite pulsos de radar, que penetram na superfície marciana e nas calotas polares. “Isso nos levou muitos anos de análise de dados e dificuldades para encontrar um bom método para garantir que o que estávamos observando fosse inequivocamente água líquida”, disse o coautor do estudo Enrico Flamini, cientista-chefe da Agência Espacial Italiana durante a pesquisa. O perfil de radar do local encontrado lembra o dos lagos subglaciais sob lençóis de gelo da Antártida e da Groenlândia. Quente e úmido - Muito tempo atrás Marte era mais quente e úmido, possuindo corpos significativos de água, como evidenciado
por leitos de lago e vales fluviais secos em sua superfície. Já havia alguns sinais de água líquida atualmente em Marte, incluindo provas controversas de atividade de água em encostas de Marte, mas não corpos de água estáveis. Orosei contou que a água no lago de Marte estava abaixo do ponto de congelamento normal, mas permaneceu líquida graças, em grande parte, aos altos níveis de sais. Orosei estimou a temperatura da água em algo entre menos 10 graus Celsius e menos 70 graus Celsius. Resta saber se mais reservatórios subterrâneos de água serão encontrados ou se o recém-descoberto é uma espécie de peculiaridade, apontou Orosei. Caso outros sejam detectados e uma rede de lagos subglaciais exista como na Terra, disse, isso poderia indicar que a água líquida persistiu por milhões de anos ou mesmo datando de 3 bilhões a 2 bilhões de anos atrás, quando Marte era um planeta mais hospitaleiro. A pergunta seria, acrescentou, se alguma forma de vida que poderia ter evoluído há muito tempo em Marte encontrou uma maneira de sobreviver até hoje. “Ninguém se atreve a propor que poderia haver formas de vida mais complexas”, ponderou Orosei. (Reuters)
Convidar é o verbo com que o Festival Verbogentileza anuncia sua terceira edição para 10 a 12 de agosto, na Praça Floriano Peixoto, em BH. O verbo dá movimento ao substantivo “gentileza” e traz sentido ao projeto que busca ser coletivo, uma rede que conecta pessoas e marcas a favor da disseminação da gentileza urbana. O evento terá workshops, feiras, oficinas, arte, intervenções cênicas, espaço gastronômico e muita música. Entre as atrações confirmadas estão as bandas Moons, Castello Branco, Orquestra Atípica de Lhamas e Coladera, bloco Sagrada Profana, violinista Nath Rodrigues e DJs Palomita, Divine e Naroca. A programação inclui cinema ao ar livre, roda de poemas com o Sarau Tramas, oficina de passinhos com o projeto cultural Lá da Favelinha e feira gastronômica em parceria com a Amadoria. Haverá aula de ioga com Guru Sangat Kaur Khalsa, doutora em epidemiologia e líder do Instituto de Pesquisa em Kundalini Ioga no Brasil. RODRIGO TINOCO / DIVULGAÇÃO
CULTURA JENFS MARTINS / DIVULGAÇÃO
às 19h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal (Praça da Liberdade, s/n, Prédio Rosa, Funcionários, em Belo Horizonte) e Odara Café e Ofícios (Rua Arthur Sá, 380, União, na Capital), respectivamente Concerto
Violonista Shows - O violonista mineiro Samuel Cabral acaba de gravar o primeiro EP solo, Criadouro, e realiza show de pré-lançamento em duas apresentações que levam a sonoridade do violão de sete cordas ao palco. “Criadouro” é uma coletânea de sons autorais que demonstra, em cinco faixas, a sensibilidade de Samuel Cabral para questões atuais e de seu entorno. Quando: Hoje e amanhã (27),
Didático - A Orquestra de Câmara Sesiminas realiza um Concerto Didático que, além de oferecer a oportunidade de o público apreciar a boa música, permitirá que se conheça como funciona uma orquestra em toda a sua composição, instrumento a instrumento. Quando: Dia 1º de agosto, às 19h Quanto: Entrada Gratuita (Sujeita à lotação do espaço) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Hip-hop e orquestra Parceria - Quebra de fronteiras, harmonia de experiências de vida distintas, tendo a música
como emblema e dispositivo de transformação social. São muitos os conceitos que podem resumir o encontro inédito do hip-hop com o erudito em Suíte Masai, projeto do músico Flávio Renegado com a Orquestra Ouro Preto – regida pelo maestro Rodrigo Toffolo –, que será registrado em CD e DVD. Quando: Dia 4 de agosto, às 16h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Campo do Riviera Atlético Clube (Rua Itaguá, 304, Alto Vera Cruz, Belo Horizonte) Banda Conecto Três anos - Da conexão entre amigos e com a música nasceu um projeto ousado, que une o som instrumental autoral e o estilo contagiante do acid jazz com um toque brasileiro, incluindo pegadas de soul, funk e batidas de loop. Trata-se da
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banda mineira Conecto, que celebra três anos no cenário musical. E, para comemorar a data, o grupo preparou um show vibrante. Quando: Dia 10 de agosto, às 20h Quanto: Ingressos antecipados custam R$ 20. Pacote promocional incluindo um ingresso antecipado mais o EP “In Groove” sai por R$ 30. Eles podem ser adquiridos no site do Sympla. No dia do
espetáculo eles saem a R$ 40, na bilheteria do teatro Onde: Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado (Rua Jauá, 80, Alípio de Melo, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067