diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIĂ‡ĂƒO 23.664 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
EDITORIAL Falta decisĂŁo, de ação e de previsibilidade. Estes trĂŞs pontos definiriam, com a objetividade possĂvel, os sentimentos de parte ponderĂĄvel dos empresĂĄrios brasileiros, conforme registram os “Ăndices de confiançaâ€? medidos e divulgados de tempos em tempos. QuestĂľes polĂticas que continuam pendentes de solução e afetam a gestĂŁo estariam nesse contexto, potencializado pelas incertezas que acompanham a aproximação das eleiçþes. E tudo isso confirmado, pelos anĂşncios que vĂŁo se repetindo e reduzindo, sempre a menor, as previsĂľes de crescimento para este ano e para os prĂłximos, restando a conclusĂŁo de que a recuperação plena ainda estĂĄ distante. “As incertezas que perduramâ€?, pĂĄg. 2
Taiobeiras jĂĄ reĂşne mais de 100 confecçþes de lingerie Polo no Norte de Minas quer ser referĂŞncia no cenĂĄrio nacional RENATA MELLO FIRJAN/DIVULGAĂ‡ĂƒO
OPINIĂƒO A horrenda situação protagonizada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, promovendo a separação de crianças de seus pais, guarda semelhança com o que ocorreu na Segunda Guerra Mundial, quando os pais eram mandados para os campos de concentração. A polĂtica implementada pelo presidente norte-americano de “tolerância zeroâ€? na fronteira dos Estados Unidos com o MĂŠxico, que afetou mais de 2.000 crianças, foi alvo de censura do Papa Francisco na mesma linha de pronunciamentos de outros lĂderes mundiais. No rol dos menores atingidos, figuram 49 brasileiros que foram apartados da famĂlia e levados para abrigos, sendo que a maioria provĂŠm da AmĂŠrica Central. (Aristoteles Atheniense), pĂĄg. 2 BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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DC AUTO
Confecçþes jå buscam posicionamento de mercado, inovação, tecnologia e açþes sobre governança
O municĂpio de Taiobeiras, no Norte de Minas, estĂĄ se transformando em um polo de confecção de lingerie. A cidade, de aproximadamente 33 mil habitantes, conta com 107 microempresas do setor, gera cerca de 400 empregos diretos e pretende ser destaque na indĂşstria tĂŞxtil nacional. Para isso, a Associação de Moda Ă?ntima e Praia de Taiobeiras (Amip) criou um selo de qualidade que vai identificar as peças produzidas na cidade. De acordo com o secretĂĄrio de Desenvolvimento EconĂ´mico de Taiobeiras, Jaime Uilson Lopes, o lançamento do selo representa nĂŁo somente a padronização e a garantia da qualidade dos produtos, mas tambĂŠm a uniĂŁo das empresas em busca de um maior desenvolvimento dos negĂłcios. Isso porque, segundo ele, irĂĄ permitir redução dos custos com compra de matĂŠria-prima e a maior otimização da comercialização. PĂĄg. 3
Aumenta a ĂĄrea destinada Ă agropecuĂĄria em MG DIVULGAĂ‡ĂƒO
A ĂĄrea total ocupada pelas unidades produtivas ĂŠ de 37,9 milhĂľes de hectares, um crescimento de 14%
O IBGE divulgou, ontem, os dados preliminares do 10Âş Censo AgropecuĂĄrio. De acordo com as informaçþes analisadas atĂŠ 30 de junho, em Minas Gerais, foi registrado um avanço de 10% no nĂşmero de unidades agropecuĂĄrias, quando comparado com os resultados do Ăşltimo Censo, que ĂŠ de 2006. Em relação Ă aplicação de tecnologias no campo, o uso da irrigação cresceu 116%, mas o Ăndice de adoção do sistema ainda ĂŠ considerado baixo, abrangendo apenas 3% do total de estabelecimentos no Estado. Em 11 anos, houve um aumento de 60,49% no nĂşmero de estabelecimentos que utilizam agrotĂłxicos. PĂĄg. 13
veiculos@diariodocomercio.com.br
NOVIDADE
Ford lança a linha 2019 do compacto Ka Principal novidade ĂŠ a versĂŁo FreeStyle, com motor 1.5 de 136 cv e câmbio automĂĄtico de 6 marchas FOTOS: FORD - DIVULGAĂ‡ĂƒO
AMINTAS VIDAL* de Gramado (RS)
O nome FreeStyle batizou uma sĂŠrie especial do Ford EcoSport, ainda na primeira geração. Ela fez tanto sucesso que virou versĂŁo de linha e, atĂŠ hoje, ĂŠ a mais vendida do SUV compacto da marca. Para a versĂŁo aventureira do seu modelo mais vendido atualmente, o Ka hatch, a Ford nĂŁo perdeu tempo e usou o mesmo nome. JĂĄ o modelo de trĂŞs volumes, o Ka+, mudou de nome e passa a responder por Ka Sedan. As duas carrocerias tambĂŠm receberam uma nova versĂŁo topo de linha, a Titanium. Toda a linha ganhou novos para-choques, detalhes nas grades, farĂłis e lanternas. O prolongamento da grade inferior cria um vinco em forma de “Câ€? que sobe pelas laterais do para-choque dianteiro. Essa ĂŠ a nova assinatura visual da marca que estreia no Brasil atravĂŠs do Ka. De forma mais discreta, a assinatura se repete no para-choque traseiro. Os elementos das grades receberam novos desenhos, cores e materiais de acabamento. Os farĂłis e lanternas receberam pequenas mudanças internas, tanto em desenho quanto QDV VXSHUItFLHV UHĂ HWLYDV No interior, a parte central do painel foi redesenhada para receber a nova central PXOWLPtGLD FRP WHOD Ă XWXDQte ou o sistema de som mais simples. JĂĄ no caso da versĂŁo de entrada do Ka hatch, a peça foi refeita para receber um som convencional a ser instalado pelo cliente. As demais peças internas mantiveram seus desenhos ganhando, apenas, novas cores e materiais de acabaPHQWR 3RU Ă€P RV EDQFRV receberam novas padronagens: tecido e material sintĂŠtico que imita o couro na versĂŁo FreeStyle e totalmente em material sintĂŠtico, com detalhes perfurados, na versĂŁo Titanium.
bordo, banco do motorista com ajuste de altura, vidros elĂŠtricos dianteiros, quatro alto-falantes, iluminação no porta-luvas, ar-condicionado, direção elĂŠtrica, trava elĂŠtrica das portas, banco traseiro bipartido (60/40), rodas de aço de 14 polegadas, ganchos Isofix para cadeiras infantis, airbags frontais e freios ABS. A SE acrescenta rĂĄdio My Connection com bluetooth, compartimento para celular no painel e maçanetas e retrovisores na cor do veĂculo. JĂĄ a SE Plus traz a central multimĂdia Sync 3 com tela Ă XWXDQWH GH SROHJDGDV duas entradas USB iluminadas e de carregamento rĂĄpido, vidros elĂŠtricos traseiros, retrovisores elĂŠtricos, rodas GH DoR GH SROHJDGDV sensor de estacionamento traseiro e farĂłis de neblina. Da primeira Ă Ăşltima verVmR GH HQWUDGD VmR 5 mil de diferença, um valor competitivo para a categoria. A versĂŁo intermediĂĄria SEL, exclusiva na carroceria sedan, soma Ă SE Plus os seguintes itens: mais quatro airbags (totalizando seis), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, bancos parcialmente em material sintĂŠtico que imita o couro, câmera de rĂŠ, alarme volumĂŠtrico, setas nos retrovisores e rodas de OLJD OHYH GH SROHJDGDV
HotĂŠis no Estado se unem na hora de vender
Economia desacelera e desembolsos caem
O segmento de hotÊis independentes em Minas Gerais acaba de ganhar um novo player que promete trazer mais inteligência para a årea comercial dos empreendimentos. Criada por meio da parceria entre os hotÊis Actuall e BHB, a empresa Nossos HotÊis oferece o serviço de gestão comercial e venda conjunta para hotÊis independentes e tem a meta de aumentar em 15% a receita de cada empreendimento que compor sua carteira. Påg. 11
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES) para Minas Gerais fecharam a primeira metade deste ano em queda. No perĂodo, os emprĂŠstimos da instituição para empresas mineiras caĂram 41,3% na comparação com os mesmos meses de 2017, retração maior que a nacional (-17%). A redução nos financiamentos foi apurada em todos os setores da economia. A indĂşstria amargou retração de 23,3%. JĂĄ no setor de comĂŠrcio e serviços o decrĂŠscimo apurado foi de 28,3%. PĂĄg. 7
DĂłlar - dia 26
Euro - dia 26
TR (dia 27): ............................. 0,0000%
Comercial
Compra: R$
VersĂľes - As versĂľes de entrada S, SE e SE Plus trazem os mesmos equipamentos bĂĄsicos, mas se diferenciam, principalmente, pelos sistemas multimĂdia. Os itens de sĂŠrie, da versĂŁo S, sĂŁo: computador de
teto. Outra exclusividade da versĂŁo sĂŁo os tapetes de borracha em forma de bandejas, inclusive no porta-malas. Como a versĂŁo tem altura elevada, 188 mm de vĂŁo livre, e ainda a possibilidade de transportar peso extra sobre o teto, ela tambĂŠm recebeu alteraçþes mecânicas para garantir o controle direcional: afastamento de 30 mm entre as rodas (aumenta a estabilidade), pneus PDLV ODUJRV 5 e maior diâmetro da barra estabilizadora, 23 mm. De sĂŠrie, o Ka FreeStyle vem com controle de tração e de estabilidade, seis airbags, central multimĂdia Sync 3, URGDV H[FOXVLYDV GH SRlegadas e todos os outros equipamentos bĂĄsicos das versĂľes citadas anteriormente. A versĂŁo Titanium existe para as duas carrocerias, mas DSHQDV FRP R PRWRU GH cilindros e câmbio automĂĄtico de seis marchas. AlĂŠm de todos os equipamentos disponĂveis na versĂŁo SEL, ela agrega bancos totalmente revestidos em material que imita o couro e partida por botĂŁo com chave presencial. O câmbio automĂĄtico de 6 marchas, exclusivamente conjugado Ă s versĂľes com PRWRU HOHYDP RV SUHoRV GDV PHVPDV HP 5 PLO
Aventureiro - O Ka FreeStyle, versĂŁo exclusiva na carroceria hatch, ĂŠ o mais diferenciado. Seus para-choques tĂŞm desenho mais encorpado e possuem imitação de peito de aço na parte inferior central. Nas laterais, molduras em plĂĄstico preto contornam as caixas de roda passando pelas soleiras e formando uma linha contĂnua ao redor do carro. Sobre o teto, barras longitudinais deixam a versĂŁo preparada para receber um rack (acessĂłrio vendido Ă parte) com capacidade SDUD WUDQVSRUWDU DWp NJ de carga. No interior, a parte superior do painel ĂŠ na cor “laranja queimadoâ€?, mesma cor usada nos grafismos do tecido dos bancos e em detalhes dos acabamentos das portas. As demais partes sĂŁo moldadas ou revestidas *O colaborador viajou a na cor preta, assim como no convite da Ford
Motores 1.0 e 1.5 de 3 cilindros O motor 1.0 de três cilindros e 12 vålvulas continua o mesmo, um dos melhores da categoria. Ele conta com tecnologias como o duplo comando variåvel de vålvulas, coletor de escape integrado, correia banhada a óleo, sistema duplo de resfriamento e apresenta uma das maiores taxas de compressão entre seus pares, 12:1. Ele desenvolve um torque de 100,0 Nm D USP *DVROLQD H 1P D USP (WDQRO 6XD SRWrQFLD DWLQJH FY (gasolina/etanol). Ele Ê acoplado apenas ao câmbio manual de cinco marchas, que passou por algumas melhorias. A marcha a rÊ passou a ser sincronizada e a primeira, a segunda e a terceira marcha, ganharam dupla sincronização. O conjunto Ê o mais leve entre os concorrentes, DSUR[LPDGDPHQWH NJ D PHQRV H XVD D menor quantidade de óleo da categoria. 2 PRWRU GH WUrV FLOLQGURV H YiOYXlas, que jå equipa o EcoSport, Ê novidade
na linha Ka. AlĂŠm das mesmas tecnologias do motor 1.0 citadas, ele ainda conta com tuchos hidrĂĄulicos com balancins roletados e bomba de Ăłleo variĂĄvel com dois estĂĄgios de controle de pressĂŁo. É capaz de desenvolver um torque de 1P HQWUH H USP JDVROLQD H 1P HQWUH D USP HWDQRO Sua potĂŞncia atinge 128/136 cv (gasolina/ etanol). Esse motor ĂŠ oferecido em conjunto ao câmbio manual ou ao câmbio automĂĄtico de 6 marchas, outra novidade deste lançamento. Essa transmissĂŁo permite as trocas atravĂŠs do botĂŁo posicionado na alavanca de marchas, mas seria melhor se fosse em aletas atrĂĄs do volante. Outro recurso ĂŠ a posição Sport, em que as marchas sĂŁo trocadas em rotaçþes mais altas do motor, priorizando o desempenho. O sistema ĂŠ do tipo “inteligenteâ€?, que aprende a forma de condução do motorista, otimizando a dirigibilidade. (AV)
PREÇOS DE CADA VERSĂƒO - FORD KA 2019: Ka 1.0 S – R$ 45,49 mil
Ka 1.5 Titanium (automåtico) – R$ 68,99 mil
Ka 1.0 SE – R$ 45,99 mil
Ka Sedan 1.0 SE – R$ 49,49 mil
Ka 1.5 SE – R$ 51,99 mil
Ka Sedan 1.5 SE – R$ 57,99 mil
Ka 1.5 SE (automåtico) – R$ 56,59 mil
Ka Sedan 1.5 SE (automåtico) – R$ 62,49 mil
Ka 1.0 SE Plus – R$ 48,49 mil
Ka Sedan 1.0 SE Plus – R$ 51,99 mil
Ka 1.5 SE Plus – R$ 54,49 mil
Ka Sedan 1.5 SE Plus – R$ 57,99 mil
Ka 1.5 SE Plus (automåtico) – R$ 58,99 mil
Ka Sedan 1.5 SE Plus (automåtico) – R$ 62,49 mil
Ka 1.5 Freestyle – R$ 63,49 mil
Ka Sedan 1.5 SEL – R$ 65,99 mil
Ka 1.5 Freestyle (automåtico) – R$ 67,99 mil
Ka Sedan 1.5 Titanium (automåtico) – R$ 70,99 mil
A versĂŁo aventureira do seu modelo mais vendido atualmente, o Ka hatch, a Ford batizou de FreeStyle. JĂĄ o modelo de trĂŞs volumes, o Ka+, mudou de nome e passa a responder por Ka Sedan. As duas carrocerias receberam uma nova versĂŁo topo de linha, a Titanium. PĂĄg. 14
Compra: R$ 3,7462 Venda: R$ 3,7467
4,3396
Venda: R$ 4,3407
Turismo
Ouro - dia 26
Compra: R$ 3,7200 Venda: R$ 3,8900
NovaYork(onça-troy):
Ptax (BC) Compra: R$ 3,7237 Venda: R$ 3,7243
BM&F (g):
Poupança (dia 27): ............ 0,3715%
DIVULGAĂ‡ĂƒO
Para a ĂĄrea de infraestrutura o BNDES desembolsou R$ 496,8 mi no 1Âş semestre BOVESPA
IPCA-IBGE (Junho):............ 1,26%
US$1.225,70
IPCA-Ipead(Junho):............ 1,71%
R$ 144,50
IGP-M (Junho): ......................... 1,87%
+1,49 +1,34
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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OPINIÃO Autoridade desmedida ARISTOTELES ATHENIENSE * A horrenda situação protagonizada por Donald Trump, promovendo a separação de crianças de seus pais, guarda semelhança com o que ocorreu na Segunda Guerra Mundial, quando os pais eram mandados para os campos de concentração. Conforme anotou o editor de Opinião do “The New York Times”, David Leonhardt, ao referir-se à chegada em massa de imigrantes aos Estados Unidos, Trump a qualificou como sendo uma “infestação”. Esta palavra sugere que os imigrantes “são equivalentes a insetos ou ratos”, uma analogia que os nazistas frequentemente usavam quando se referiam aos judeus. Por sua vez, Hadley Freeman, colunista do “The Guardian”, sustentou ser “impossível para aqueles de nós que somos descendentes de sobreviventes do Holocausto ouvir as gravações de crianças chorando por seus pais e não pensarmos nas crianças judias de nossa família que
foram forçadas a se separar de seus pais”. A política implementada pelo presidente norte-americano de “tolerância zero” na fronteira dos Estados Unidos com o México, que afetou mais de 2000 crianças, foi alvo de censura do Papa Francisco na mesma linha de pronunciamentos de outros líderes mundiais. No rol dos menores atingidos, figuram 49 brasileiros que foram apartados da família e levados para abrigos, sendo que a maioria provém da América Central. Onze estados, através do procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, ingressaram contra essa política, qualificando-a de “desonesta, cruel e inconstitucional”. Segundo Ferguson, dos 200 imigrantes mantidos em prisões de Washington, 174 são mulheres que foram compelidas a se afastar de seus filhos, cujas idades variam de um ano a adolescentes, sem que o governo federal lhes forneça qualquer informação quanto ao para-
deiro das crianças. Não bastasse esse quadro preocupante, que tende a piorar, Trump empenha-se em extinguir o programa Daca, que livra de deportação os imigrantes que chegaram ao país quando crianças, além de vedar o ingresso de cidadãos de seis países onde a maioria é muçulmana. O recuo de Trump, ante os protestos eclodidos nos Estados Unidos e no mundo, não foi suficiente para que ele abandonasse o propósito de obter do Congresso a aprovação de verba destinada à construção do muro na fronteira com o México. A cada dia, o presidente renova a crítica aos democratas, responsabilizando-os por não ter sido aprovada uma reforma migratória que atenda aos interesses da nação que governa. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do Iamg
A suspensão da descrença DANIEL MEDEIROS* É cada vez mais comum ouvir as pessoas negando a política. Qualquer um que fale dela só é admitido nos círculos de conversa se for para falar mal. Por outro lado, qualquer um que se disponha a participar da política é imediatamente tachado de oportunista e candidato à locupletação. É um círculo fechado cuja senha de entrada é: a política não presta. O argumento tem muitas razões para existir. O principal é o de que a maioria dos políticos não presta. As instituições parecem cupinzeiros: grandes estruturas completamente carcomidas por dentro. No entanto, há um problema claro nessa elaboração: os políticos não são a política. A política é a forma de representação constituída para viabilizar a convivência (e a existência) da vida coletiva. Afinal, como poderiam as pessoas viver em um espaço público sem que alguém organizasse as atividades de funcionamento desse espaço? Há muito tempo, Thomas Hobbes fez uma sugestão: entregamos toda a nossa liberdade e deixamos a um só governante a tarefa total de tomar essas decisões. Sim, parece ser uma saída. A outra é a política. Vivemos em uma coletividade mas, é claro, não pensamos da mesma maneira. Nossa individualidade, constantemente, busca deixar marcas nesse espaço coletivo. Não concordamos com uma coisa, temos uma ideia sobre outra coisa, achamos mais ou menos justo um arranjo, queremos a construção de algo, defendemos a destruição de outro algo, a ampliação, a liberação, a distribuição, a restrição, enfim, a lista de quereres é enorme. Mas existem os outros que, muitas vezes, querem coisas opostas às que defendemos. Por isso, é preciso construir maiorias para impor ou consensos para ceder. E ainda é preciso escolher quem elabore as regras do funcionamento dessas coisas todas. E ainda escolher quem execute toda essa lista de coisas. E, quando o consenso demora, é preciso que exista quem decida o que fazer para que a paralisia não prejudique a todos. E é preciso fiscalizar os escolhidos. E substituí-los periodicamente. Um trabalho dos diabos! E quem deve fazer tudo isso?
Só há uma resposta: nós. Ou então tem aquela proposta do Hobbes. Para muitos, ela parece tentadora. O duro é que ninguém garante que o tal governante todo poderoso vai fazer o melhor. Ou fazer algo. E se ele decidir sempre contra o que você pensa e você não tem mais a liberdade de poder mudar? Por isso, a política não deveria ser pensada como uma saída, mas como uma entrada. Para viver coletivamente é preciso entrar no jogo, arregaçar as mangas, pôr as mãos à obra. Fora disso é o Leviatã, o Estado como um monstro sem ouvidos para as vontades e para as diferenças. A política tem uma exigência: conhecer as regras do jogo. Como o xadrez, há as peças e o tabuleiro. Mas não haverá jogo sem conhecer as suas regras. Sim, você pode mover as peças ou até batucar no tabuleiro. Você só não jogará xadrez. Conhecer as regras é um ato de vontade que pressupõe um querer jogar. Se nego a política, não jogo. Se não jogo, não sei quem ganha ou como ganha. No entanto, diferente do xadrez, na política o prêmio de quem ganha é poder jogar com a sua vida, com as suas propriedades, com o seu trabalho, com a sua saúde, com a sua educação, com a sua segurança. E como vou reclamar? Negando as regras que não quis conhecer e os representantes que não me importei em escolher? A política pressupõe uma suspensão da descrença. Se continuarmos negando, aqueles que se locupletam continuarão a compor as maiorias e elaborar os arranjos. O cupinzeiro em ação, cada vez maior e mais carcomido. Se acreditarmos na política, podemos reescrever esses arranjos e retomar a trajetória de uma sociedade capaz de pensar em sua sobrevivência e seu bem-estar, jogando o jogo das diferenças com regras claras e chances reais para todos. Duro de acreditar? Não vai embarcar nessa? Bom, a saída está logo ali, em lugar nenhum. * Doutor em Educação Histórica pela UFPR e professor de História no Curso Positivo, de Curitiba
Inteligência no monitoramento de transações LUIS CARLOS NACIF * O ano de 2017 representou um marco para o sistema monetário global. Segundo uma pesquisa da consultoria Euromonitor, o valor das transações financeiras por meio de cartões de crédito e débito ultrapassou, pela primeira vez, o valor das transações feitas em dinheiro vivo em todo o mundo. Mas não é de hoje que sabemos que o brasileiro prefere realizar pagamentos via cartão. De acordo com um levantamento da bandeira de cartões Visa, desde 2011 o cartão de débito é o preferido pela maioria da população para pagar pequenas compras. Tanto é verdade, que basta andar na rua para perceber que até mesmo o menor varejista possui uma máquina - ou mais - pronta para passar a compra do cliente. Uma facilidade para o consumidor, que não precisa ficar carregando dinheiro no bolso e contando trocados, mas que acarreta em uma série de complicações para quem está vendendo, especialmente se forem muitos pagamentos, como acontece em atacadistas, grandes varejistas e redes de lojas. Isso porque efetuar um pagamento no cartão, ou mesmo boleto bancário – muito comum no Brasil, não é tão simples quanto parece. Esse processo executa operações de TI complexas e que exigem informações rápidas e precisas para garantir segurança e confiabilidade das transações, além de envolver a troca de dados entre as empresas, operadoras de cartão, ad-
quirentes - responsáveis pela comunicação com as bandeiras de cartão, como Cielo e Rede -, e gateways de pagamento, como o PagSeguro e o Paypal, que realizam as transações online, caso seja uma opção. Nestes envios e trocas de dados, o mínimo erro ou perda de informações, seja por falha humana ou de sistema, pode abalar uma companhia inteira e colocar em xeque a continuidade dos negócios. Por esses motivos, o monitoramento dessas transações é algo que precisa ser feito de perto para evitar erros e fazer com que o cliente não se sinta inseguro ou lesado. Além disso, a monitoria de forma contínua e automatizada possibilita identificar erros antes que eles possam prejudicar financeiramente a empresa e até enxergar etapas em que os processos sofrem algum risco de fraude, por exemplo. Com controle e vistoria das transações de pagamentos, as empresas também podem eliminar cobranças indevidas, ao ter todos os dados de recebimentos em tempo real. As companhias ainda ganham visibilidade dos ganhos com compras parceladas ou débitos a vencer, o que é essencial para acompanhar o capital de giro, seja para quem lida com fluxo de vendas no e-commerce ou Pontos de Vendas (PV). A monitoria dessas transações é tão importante que é adotada por empresas de diversos tamanhos e setores, e não apenas por quem lida
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
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com varejo direto, como é o caso do Google. A gigante norte-americana da internet aplica o monitoramento de transações, através do rastreio das atividades dos usuários, registradas nos aplicativos da empresa, e a combinação de suas informações, como posição geográfica e o site que está acessando, para provar que seus anúncios estão gerando vendas para os anunciantes. Este é um exemplo claro de como o monitoramento de transações aliado à inteligência da informação pode transformar a maneira de enxergar uma simples transação financeira, trazendo segurança e alavancando os resultados de negócios. Mas para que seja possível acompanhar todos os processos que compõem a efetuação das transações financeiras dentro das empresas, é necessário possuir uma infraestrutura de TI que atenda todos os canais de venda (on-line, físicos, por telefone etc.) e seja compatível com as soluções de monitoramento. Por isso, se a sua empresa não está acompanhando o fluxo de pagamentos de forma devida, com precisão e em tempo real, é hora de encontrar um parceiro que te ajude a fazê-lo ou vai acabar colocando em risco a segurança da transação, que pode comprometer sua relação com o com seu cliente.
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As incertezas que perduram Falta decisão, falta ação e falta previsibilidade. Estes três pontos definiriam, com a objetividade possível, os sentimentos de parte ponderável dos empresários brasileiros, conforme registram os “índices de confiança” medidos e divulgados de tempos em tempos. Questões políticas que continuam pendentes de solução e afetam a gestão estariam nesse contexto, potencializado pelas incertezas que acompanham a aproximação das eleições. E tudo isso confirmado, pelos anúncios que vão se repetindo e reduzindo, sempre a menor, as previsões de crescimento para este ano e para os próximos, restando a conclusão de que a recuperação plena ainda está distante. Se são estes os humores prevalentes no ambiente empresarial, na alta administração federal os sentimentos são diferentes, conforme sugerem avaliações que chegam do Ministério da Fazenda. O argumento central é de que após o “mergulho” do mês de maio, resultado direto da greve dos caminhoneiros, os Questões políticas que números de junho já apontaram continuam pendentes clara recuperação, de solução e afetam acima até das expectativas. a gestão estariam Assim, para nesse contexto, a frente e dependendo do potencializado trabalho fiscal do governo nos pelas incertezas próximos meses, que acompanham é possível até que os números a aproximação das para a economia, eleições relativos ao ano corrente e ao próximo, sejam até melhores do que se imaginava. Cuidadoso em evitar que suas considerações sejam interpretadas como combustível para a campanha eleitoral, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk, aponta o aumento do consumo de papel e papelão, o crescimento da demanda de energia elétrica e o desempenho da indústria automotiva, como alguns dos melhores sinais de que a recuperação está acontecendo. Mas o secretário não se furta a enxergar sombras e, para ele, elas vêm de fora também. São incertezas ditadas por mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos e da China, que já teriam provocado aperto nas condições financeiras globais. Sinais também a considerar apontam para a elevação dos juros patrocinada pelo Federal Reserve e as consequentes mudanças cambiais, mesmo que estas num primeiro momento possam favorecer as exportações brasileiras. Para resumir e concluir, tudo isso significa que o clima de incertezas prevalece no Brasil, favorecido tanto pelas condições internas quanto pelas externas. E dando força a um outro estudo, este da Fundação Getulio Vargas (FGV), apontando que o País levará quatro anos para voltar ao mesmo nível do Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2014, o que por suas contas só acontecerá no ano de 2020. Cabe esperar, mas cabe sobretudo trabalhar para que o otimismo acabe triunfando sobre o pessimismo.
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ECONOMIA EMPREENDEDORISMO
Taiobeiras se transforma em polo de confecção Município do Norte de Minas reúne 107 microempresas do segmento de lingerie, com geração de 400 empregos MARA BIANCHETTI
O município de Taiobeiras, no Norte de Minas, está se transformando em um polo de confecção de lingerie. A cidade, de aproximadamente 33 mil habitantes, conta com 107 microempresas do setor, gera cerca de 400 empregos diretos e pretende ser destaque na indústria têxtil nacional. Para isso, a Associação de Moda Íntima e Praia de Taiobeiras (Amip) criou um selo de qualidade que vai identificar as peças produzidas na cidade. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Taiobeiras, Jaime Uilson Lopes, o lançamento do selo representa não somente a padronização e a garantia da qualidade dos produtos, mas também a união das empresas em busca de um maior desenvolvimento dos negócios. Isso porque, segundo ele, irá permitir também a redução dos custos com compra de matéria-prima e a maior otimização da comercialização das peças. “Este é o primeiro passo para levar o nome de Taiobeiras a todo o País. A parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) vai
permitir ganhos às confecções, o que, sozinhas, não seria possível. Elas terão diferenciais em posicionamento de mercado, inovação, tecnologia e venda”, destacou. Lopes se refere ao Programa de Branding que a Federação desenvolveu, por meio do Programa de Competitividade Industrial Regional (Pcir) em parceria com a própria Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade para o setor de confecção de têxtil de moda íntima do município. O projeto contou com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-Minas) e teve início em outubro do ano passado. Desde então, promoveu diversas ações como reuniões, entrevistas individuais, realização de diagnóstico, planejamento estratégico, benchmarking (os participantes do programa visitaram a cidade de Juruaia, outro polo de lingerie mineiro), ações sobre governança, entre outras. “As estratégias foram pensadas de maneira que contribuíssem com o aumento da competitividade dos negócios, alavancando os níveis de comercialização
portal minas / DIVULGAÇÃO
Com apoio do Executivo municipal, Fiemg e Sebrae, associação de moda criou selo de qualidade
e o número de empregos acordo com a presidente gerados no município”, ex- da Amip, Laís Alves Rodriplicou o secretário. gues, a ideia é aprimorar o posicionamento de marca, Mulher empreendedora construir e aumentar seu - Após o lançamento, de valor intangível e, principal-
MINÉRIO DE FERRO
DIVULGAÇÃO
Minério de qualidade produzido pela empresa é valorizado
Para ele, essa situação reafirma a confiança de que, “em cenários normais, temos uma probabilidade muito grande de que os preços fiquem razoavelmente ancorados onde eles estão”. No segundo trimestre, o prêmio de qualidade no preço de finos de minério de ferro realizado da Vale atingiu um recorde de US$ 7,1 por tonelada no período, compensando uma queda de US$ 9 por tonelada no valor do minério de ferro no período. Estoques - A empresa seguirá aumentando levemente os estoques de minério de ferro no exterior, ao longo do segundo semestre, com alta de 4 milhões a 5 milhões de toneladas, mas já aponta para uma certa estabilidade em 2019, explicaram executivos. A ideia é permitir que os estoques fiquem mais próximos de seus clientes. Os chamados “Brazilian Blend Fines”, uma mistura de minérios da Vale que garantem maior teor de ferro, com baixos níveis de impurezas (como alumina
Produção - Para se ter uma ideia, em 2013 o polo contava com 80 empresas que fabricavam, em média, 120 conjuntos de calcinhas e soutiens por dia, totalizando aproximadamente 3 mil peças por mês. Assim, 240 mil conjuntos eram feitos pelo polo da cidade mensalmente. E o potencial é grande para crescer. De acordo com a Amip, a maior parte da produção – que além dos conjuntos conta com pijamas, camisolas e cuecas – é destinada a Montes Claros, mas alguns itens chegam a outros estados, como Bahia e São Paulo. Em relação às exportações, a presidente da associação explicou que ainda não estão no foco das empresas. “Queremos fortalecer o polo, conquistar novos mercados no Brasil e somente depois partir para outros países”, finalizou.
MACROECONOMIA
Preços e demanda favorecem a Vale Rio de Janeiro - A escassez no mercado global de minério de ferro de alta qualidade, como o produzido pela Vale, garante à mineradora um ambiente de estabilidade para um desempenho adequado em qualquer condição nos próximos trimestres, disse ontem o diretor-presidente da companhia, Fabio Schvartsman. Segundo ele, os preços do minério de ferro seguem firmes, em linha com as expectativas da empresa, mesmo diante de notícias de guerra comercial, fazendo referência às disputas globais travadas entre as gigantes economias norte-americana e chinesa. “Com relação aos impactos da guerra comercial, é importante enfatizar que a gente crê que não existe qualquer impacto relevante sobre a Vale derivado disso no horizonte previsível”, afirmou Schvartsman, em teleconferência com analistas de mercado que acompanham a maior produtora e exportadora global de minério de ferro. “Existe uma sobreoferta de outros minérios e existe uma escassez dos minérios produzidos pela Vale, que garantem para a Vale um desempenho adequado em qualquer condição. Então precisaria de fato um cataclisma para que isso mudasse.” O executivo ponderou que “declarações de obstáculos ao comércio internacional” têm trazido oscilações importantes para muitos minérios, mas não para o minério de ferro, que é o carro-chefe da Vale, devido à demanda pela commodity com maior teor de ferro e menos impurezas, principalmente na China, maior importador global.
mente, fortalecer a mulher empreendedora do município. Segundo ela, quase a totalidade das empresas de moda íntima da região (96%) é comandada por mulheres.
“Muitas começaram a produzir as peças informalmente, como uma fonte de renda extra ou para ficar mais perto da família”, disse. Segundo Laís Rodrigues, a maioria ainda é de origem familiar e funciona na residência das proprietárias, mas todas possuem grande potencial de crescimento.
e fósforo), serão em 2019 o produto de maior volume da companhia, segundo o diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga. A Vale relatou na noite de quarta-feira lucro líquido de R$ 306 milhões no segundo trimestre, mas o resultado poderia ter superado R$ 7 bilhões, não fosse o efeito contábil das flutuações cambiais, em um período que a empresa qualificou como “extraordinário” para seus negócios. Analistas de mercado consideraram o resultado da empresa positivo. “Vemos a Vale agora como uma empresa mais previsível que antes, menos suscetível às oscilações do mercado e mais bem preparada para seguir seu caminho rumo à perpetuidade”, disse o BB Investimentos em relatório a clientes. A Vale anunciou ainda um programa de recompra de US$ 1 bilhão, além do dividendo mínimo de US$ 2,05 bilhões para o primeiro semestre de 2018. “Vemos isso como o começo do que deve ser o maior ciclo de
dividendos da história da Vale”, disse a corretora XP Investimentos. Prêmios - Schvartsman pontuou que a expectativa é que o prêmio permaneça crescente, devido ao aumento da produção da mina S11D, em Canaã dos Carajás, no Pará, de alta qualidade. A respeito do S11D, Poppinga ressaltou que é preciso “desmistificar um medo que o pessoal tem no mercado de que haverá uma sobreoferta de Carajás”. Poppinga explicou que a empresa está completamente sobrevendida em Carajás, inclusive de volumes ainda não produzidos, e que a produção está ainda sendo destinada a segmentos que não são tradicionais no mercado transoceânico, como o Leste Europeu. Além disso, destacou que o minério do S11D também está sendo utilizado na fabricação de pelotas e para envio à Índia. A Vale reduziu sua dívida líquida para US$ 11,519 bilhões em 30 de junho, queda de US$ 3,382 bilhões com relação a 31 de março. Samarco - Sobre a joint venture Samarco, o executivo disse que um plano de negócios sobre a mineradora está sendo finalizado, o que poderá dar maior clareza sobre o futuro da companhia, que está há quase três anos sem produzir após o rompimento de uma de suas barragens em 2015. No entanto, ele ponderou que o retorno da empresa depende de licenciamentos ambientais, cujos prazos não são controlados por companhias. A Samarco pertence à Vale e a anglo-australiana BHP Billiton,. (Reuters)
PIB do agronegócio deve crescer 3,4%, acima do projetado para o Brasil São Paulo - O PIB do agronegócio, que responde por pouco mais de 20% da atividade econômica do Brasil, deverá crescer 3,4% em 2018, impulsionado por uma retomada da atividade da agroindústria, estimou ontem o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O crescimento deverá ser menor que o apontado no ano passado, quando o PIB do agronegócio saltou 7,6% com a força do setor primário turbinado por uma safra recorde de vários produtos, como soja e milho. Mas, ainda assim, a estimativa para este ano indica que o PIB do agronegócio ficará acima do que deve crescer a economia brasileira como um todo (1,5%, segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central), em meio aos efeitos de uma greve histórica de caminhoneiros, em maio. O resultado do setor primário do agronegócio em 2018 deve limitar um crescimento maior do PIB do setor, apesar de uma safra recorde de soja já colhida - a oleaginosa é o principal produto do segmento no País. Isso porque o Brasil deverá colher menos milho, laranja e cana este ano, por exemplo. “São dois anos seguidos de alta bem importante. Ainda é uma taxa bem alta, até se a gente comparar com o PIB geral do Brasil”, observa a pesquisadora da equipe de macroeconomia
do Cepea Nicole Rennó. A pesquisa, realizada em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostrou ainda que a agroindústria continua se recuperando, com aumento de volumes, o que “estimula demanda por serviços, transporte e serviços financeiros”, disse a pesquisadora. A agroindústria sofreu no início do ano passado, especialmente aquela que depende mais do mercado interno, para iniciar uma recuperação posteriormente. A previsão, realizada com base em dados do primeiro quadrimestre do ano, não leva em conta impactos da greve dos caminhoneiros realizada em maio, quando o transporte foi praticamente paralisado em boa parte do mês, afetando fortemente o setor. Mesmo a tabela do frete rodoviário mínimo, instituída após a greve, é outro fator que pode liminar o agronegócio, que responde por mais de 40% de tudo que é transportado por rodovias. “A gente imagina que isso vai ter um impacto no PIB que sentiremos mais para frente”, disse a pesquisadora. A expectativa, por ora, é de que o PIB do agronegócio estimado pelo Cepea, que inclui o setor primário e de indústrias antes (insumos) e depois da porteira, represente 21,2% da economia do Brasil. (Reuters)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA GABRIEL ROSA /SMCS
CONSTRUÇÃO
Otimismo do setor avança 1,7 ponto, chegando a 81 pontos
Confiança em relação às finanças pessoais diminuiu tanto para homens (49,1 pontos) quanto para mulheres (48,4 pontos)
INDICADOR
Confiança do consumidor de BH é a pior em um ano Índice tem queda 8,2 pontos, indo de 56,1 pontos para 47,9 pontos ANA CAROLINA DIAS
O consumidor belo-horizontino está pessimista em relação à economia do País. Após nove meses consecutivos de altas, o Índice de Confiança do Consumidor recuou 8,2 pontos no segundo trimestre de 2018, passando de 56,1 para 47,9 pontos. O resultado é o menor desde o segundo trimestre de 2017, quando o indicador estava na marca dos 41,1 pontos, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O indicador de condições gerais, que representa as percepções dos consumidores em relação ao cenário econômico e às finanças pessoais nos últimos seis meses, chegou aos 40,8 pontos no período. Sobre a situação econômica do País nos últimos seis meses, o índice registrou 28,5 pontos, frente aos 41,1 pontos registrados no primeiro trimestre de 2018. Já em relação às finanças pessoais, o indicador ficou em 53,2 pontos, menor resultado desde o segundo trimestre de 2017, quando estava na marca dos 30,9 pontos. A quebra na sequência de crescimento do indicador é atribuída pelo vice-presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, principalmente à paralisação nacional dos caminhoneiros, que gerou crise de abastecimento e elevou a inflação, reduzindo o poder de compra das famílias. Ele ressaltou
ainda que o atraso do pagamento do funcionalismo estadual também tem papel relevante pelo impacto negativo na confiança dos consumidores na Capital nos últimos meses. “Começamos o ano bem, com juros caindo e a inflação cedendo, mas o impacto da greve dos caminhoneiros puxou a economia para baixo. As expectativas eram positivas e os reflexos fizeram o consumidor se sentir inseguro para comprar. O cenário macroeconômico e políti-
Vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, atribui quebra na sequência de avanços à greve dos caminhoneiros, que gerou crise no abastecimento e elevou inflação co, com atrasos de pagamentos dos servidores públicos e aumentos na energia, combustível e planos de saúde estão refletidos no resultado da pesquisa”, explicou. O levantamento da CDL/BH mostrou que os idosos são os menos otimistas com o cenário econômico. O indicador apontou que, no período, a confiança das pessoas acima de 65 anos apresentou queda brusca de 17,9 pontos e chegou a 47,6 pontos. A confiança em relação à economia e às finanças pessoais caiu tanto para
homens, com índice de 49,1 pontos, quanto para mulheres, com indicador em 48,4 pontos. Expectativas - As incertezas no cenário político, causadas pelas eleições de outubro, também interferiram na confiança dos consumidores de Belo Horizonte. Para os próximos seis meses, no entanto, a expectativa por uma definição do cenário político pode ter provocado otimismo nas percepções dos entrevistados. O indicador de expectativa geral alcançou 62 pontos no segundo trimestre de 2018, um acréscimo de 1,2 ponto na comparação com os 60,8 registrados no primeiro trimestre deste ano. O subindicador de expectativas para o cenário econômico teve um leve recuou passando de 55,4 pontos no primeiro trimestre para 54,7 pontos no segundo. A expectativa para as finanças pessoais do consumidor apresentou melhora e passou de 66,1 pontos nos três primeiros meses de 2018 para 69,4 pontos no segundo trimestre. “A definição de quem vai comandar o País e o Estado nos próximos anos e de um possível fim da paralisia dos governos estadual e federal, leva à expectativa em relação ao cenário econômico de uma queda pequena, sinal de que o consumidor ainda tem esperança de que o contexto possa melhorar”, avaliou Marcelo de Souza e Silva.
CRÉDITO
Dívidas recuam, mas inadimplência não São Paulo - O total de brasileiros que regularizaram dívidas cresceu em 12 meses até junho, porém, o número de inadimplentes continua elevado, conforme levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Os consumidores que mais fazem parte dessa classe integram a faixa etária entre 30 e 49 anos, sendo que pouco mais da metade (53%) é do sexo feminino, enquanto a outra parcela (47%) é formada pelo sexo masculino. Em 12 meses até junho, o Indicador de Recuperação de Crédito subiu 1,6%, ficando menor que a alta de 2,2% apurada em maio em igual comparação, refletindo a retomada lenta da economia. Contudo, o resultado ficou acima do registrado em períodos mais agudos de crise, quando houve queda na recuperação do crédito, destaca. Em setembro de 2016, por exemplo, o volume de inadimplentes que regularizou dívidas caiu 8,8%. De acordo com o levantamento, o principal motivo para o avanço no total de inadimplentes no País são
as novas inclusões nos sistemas de proteção ao crédito. Ou seja, se por um lado algumas pessoas vêm quitando suas pendências financeiras, por outro há os que ingressam ou retornam ao cadastro de devedores “A recuperação iniciada no último ano não foi suficiente para que o brasileiro observasse a evolução de sua renda ou a queda do desemprego. A situação das famílias ainda é de aperto e, apesar do aumento de consumidores que recuperaram o crédito, o ingresso de novos inadimplentes fez o número de negativados crescer”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Na avaliação de Marcela, o nível de inadimplentes só tende a ceder à medida que a oferta de empregos voltar a crescer, assim como a renda da população. Já no acumulado de 12 meses, o montante de dívidas recuperadas caiu 1,12%. Contudo, o levantamento mostra que o resultado mostra um cenário um pouco mais favorável em relação ao observado em setembro de 2016. Naquela ocasião, o indicador
registrou queda de 8,26%. Regiões e faixas etárias - O Centro-Oeste se destacou entre as regiões com maior expansão de recuperação de crédito, de 7,73% em junho, considerando o acumulado dos últimos em 12 meses, segundo o levantamento. Em seguida, aparece o Sudeste, com elevação de 0,67%. A região Nordeste apresentou recuo de 0,33%. As maiores quedas, contudo, foram registradas no Sul e Norte, de 7,64% e 9,42%, respectivamente. “No entanto, os dados de recuperação das cinco regiões em conjunto mostraram alguma melhora - mesmo naquelas em que houve queda, os recuos foram menores do que em meses anteriores”, pondera a pesquisa. A maior parte (45%) de devedores que recuperaram crédito em junho tem entre 30 e 49 anos. A corrente seguinte, de 12%, é composta por pessoas com idade de 18 a 29 anos, enquanto 13% possuem idade superior a 65 anos. A faixa intermediária - entre 30 e 49 anos - concentra o maior número de inadimplentes. (AE)
São Paulo - O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,7 ponto em julho ante junho, alcançando 81 pontos, após ter atingido em junho 79,3 pontos, o menor nível desde novembro de 2017 (78,6 pontos). A FGV divulgou os dados ontem. “A Sondagem mostra que a queda da confiança observada no mês passado foi exagerada, um efeito do ambiente conturbado pela greve dos caminhoneiros” aponta em nota Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. Entretanto, outros fatores pesaram sobre a confiança dos empresários. “O indicador não retornou ao patamar anterior, o que decorre de outro fator apontado pelos empresários em junho: o ritmo lento de retomada da economia. A frustração com o crescimento está levando a um ajuste de expectativas”, explica. “A própria atividade do setor segue avançando muito devagar, corroborando o sentimento mais pessimista dos empresários”, complementa Ana Maria. A alta da confiança da construção verificada em junho foi influenciada principalmente por perspectivas de curto prazo dos empresários do setor, aponta a FGV. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos, recuperando parcialmente o tombo de 6,5 pontos do mês anterior, atingindo
91 pontos. O patamar é o segundo mais baixo do ano e segue inferior ao verificado no início de 2018. O indicador que acompanha a “tendência dos negócios para os próximos seis meses” teve avanço de 3,3 pontos, para 91,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou praticamente estável, com recuo de 0,1 ponto porcentual, alcançando 65,5%. Ao mesmo tempo, o Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos trabalharam em sentidos opostos, com variações de -0,2 p.p. e 0,6 p.p., respectivamente. Contratações - Os recentes acontecimentos levaram os empresários a calibrar as perspectivas de curto prazo para contratações, revela a FGV. O ímpeto de contratação das empresas sofreu queda de 0,1 ponto porcentual no indicador, marcando o segundo mês consecutivo de queda. Conforme o relatório da FGV, a proporção de empresas projetando redução no quadro de pessoal nos próximos três meses passou de 24,5% em junho para 23,4% em julho, enquanto que aquelas que esperam contratar mais caiu de 18% para 15,7% no mesmo período de comparação. “A piora pelo segundo mês consecutivo do indicador de contratação, reflete o desânimo empresarial com o ritmo de retomada da atividade”, observa Ana Maria. (AE)
Custos registram leve queda de 0,72% São Paulo - O leve recuo no Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) entre junho e julho (de 0,76% para 0,72%) foi influenciado pela desaceleração nos custos de Serviços, aponta a Fundação Getulio Vargas (FGV). O componente teve variação positiva de 0,43% no sétimo mês do ano, abaixo da taxa de 0,53% do mês anterior, com destaque para o item projetos, que passou de 1,09% para 0,42% no período. O Índice referente a Mão de Obra também desacelerou para 0,51%, de 0,88% no mês anterior, que havia sido influenciado positivamente por reajustes salariais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Por outro lado, a parcela correspondente a Materiais e Equipamentos avançou de 0,64% em junho para 1,11% em julho. Todos os quatro subgrupos componentes registraram alta na taxa de variação, com maior peso para a alta em Materiais para Estrutura, que passou de 0,71% para 1,12%.
Influências - Entre as maiores influências individuais de alta, a FGV destacou os seguintes itens: ajudante especializado (mesmo com a desaceleração de 1% para 0,42%), Cimento Portland comum (de1,33% para 2,16%), Elevador (de 0,11% para 1,36%), Servente (a despeito da queda na taxa de0,94% para 0,50%) e Pedreiro (mesmo com o recuo da variação de 0,83% para 0,64%) Por outro lado, as principais contribuições de baixa foram ferragens para esquadrias (de 0,03% para -0,21%), tijolo/telha cerâmica (de 0,31% para -0,01%), taxas de serviços e licenciamentos (que não teve alteração de preços), massa corrida para madeira (mesmo com o avanço da taxa de -1,08% para +0,39%) e mármore e granito trabalhados (ainda que a variação tenha passado de -0,36% para +0,18%) O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. (AE)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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ECONOMIA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS
MEDICINA
Lucro líquido da Localiza cresce 27,4%
Fleury lucra R$ 86,6 mi no No primeiro semestre, montante alcançou R$ 317,9 mi, apesar da greve dos caminhoneiros 2º trimestre, queda de 1,4% DANIEL MANSUR/STÚDIO PIXELDIVULGAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
A Localiza Rent a Car, com sede na Capital, apurou lucro líquido de R$ 317,9 milhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,4% frente ao lucro de igual intervalo de 2017 (R$ 249,5 milhões). O resultado poderia ter sido ainda melhor, considerando que, no segundo trimestre, o impacto da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo chegou a R$ 29 milhões só neste período. A empresa chegou ao final de junho com uma frota de 208,5 mil veículos. A receita líquida da Localiza somou R$ 3,562 bilhões na primeira metade deste ano contra R$ 2,685 bilhões nos mesmos meses de 2017, um acréscimo de 32,7%. Só na divisão de aluguel de carros, a empresa faturou R$ 1,571 bilhão ante R$ 1,159 bilhão, alta de 35,5%, na mesma base de comparação. Na comparação do primeiro semestre com os mesmos meses de 2017, a receita líquida de seminovos também cresceu, neste caso, 30,4%. Ao final de junho, a rede de seminovos da empresa era composta por 100 lojas, distribuídas em 66 cidades do Brasil. No semestre, foram vendidos 48,9 mil carros, com alta de 20,7% sobre os mesmos meses do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da companhia fechou o
BEBIDAS
Ambev amplia vendas e receita sobe 9,3% no País
Localiza encerrou o primeiro semestre com 208,5 mil veículos, alta de 37,4% ante 2017
primeiro semestre em R$ 745 milhões contra R$ 595,6 milhões nos mesmos meses de 2017, alta de 25,1%. A margem Ebitda da Localiza chegou a 38,6% ao final de março. Frota - A Localiza encerrou o primeiro semestre com 208,5 mil veículos em sua frota, incluindo 14,6 mil carros de franqueados. Em
comparação com a frota da empresa ao final de junho de 2017 (151,7 mil carros), houve um aumento de 56,8 mil veículos ou 37,4%. No primeiro semestre, a companhia vendeu 48,9 mil carros, 20,7% a mais que no mesmo período de 2017, e comprou 63,3 mil veículos. O investimento líquido na frota alcançou, considerando a receita com vendas e a
compra de veículos, R$ 585,9 milhões. A rede de distribuição própria da Localiza terminou o semestre com 391 agências, sete a mais em relação ao número de lojas que a empresa tinha ao final de 2017. Ao final de junho, o sistema Localiza possuía 589 agências, sendo 522 no Brasil e 67 em outros seis países da América do Sul.
AVIAÇÃO
Aumenta a demanda por voos domésticos São Paulo - A demanda por voos domésticos (medida em passageiros-quilômetro pagos transportados, ou RPK) cresceu 5,19% em junho ante igual mês de 2017, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados de suas associadas (Avianca, Azul, Latam e Gol). Já a oferta doméstica de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) avançou 8,20% em relação a junho de 2017. Com a procura por voos domésticos aumentando em nível abaixo do verificado para a capacidade, a taxa de aproveitamento de voos domésticos caiu 2,23 pontos porcentuais (p.p.) na comparação anual, chegando a 78,01%. Essa foi segunda vez em um ano que a taxa de aproveitamento de voos domésticos fica abaixo de 80%, depois dos 76,94% registrados em maio, quando o indicador foi prejudicado pela greve dos caminhoneiros. Conforme a Abear, o resultado de junho pode refletir ainda os “momentos finais” da paralisação e a pane no sistema de radares do controle de tráfego aéreo de São Paulo, o que afetou as companhias e, por consequência, o atendimento aos consumidores. Ainda em junho, foram transportados 7,1 milhões de passageiros em voos domésticos, uma alta de 3,66%. A Gol manteve a liderança no mercado doméstico no mês, com participação de 35,93%, seguida pela Latam, com 31,42%. A Azul
EDUARDO-OGATA/DIVULGAÇÃO
Em junho, foram transportados 7,1 milhões de passageiros no País, crescimento de 3,66%
ficou com 18,89% do market share doméstico no período, enquanto a Avianca obteve uma fatia de 13,76%. Com esses resultados, no primeiro semestre de 2018 a demanda por transporte aéreo doméstico cresceu 4,27% frente ao observado no mesmo intervalo de 2017, enquanto a oferta subiu 4,31%. Por sua vez, o fator de aproveitamento mostrou estabilidade, recuando 0,03 p.p. em um ano, para 80,28%. A Abear destaca ainda que, em 12 meses terminados em junho, as aéreas brasileiras transportaram 100 milhões de passageiros. “A marca de 100 milhões foi perdida no começo de 2016, sendo somente recuperada agora”, diz a entidade, em nota.
demanda por voos internacionais (RPK) apresentou alta de 16,63% em junho na comparação anual, segundo dados da Abear, cujas associadas abrangem cerca de 30% desse mercado. A oferta internacional (ASK), por sua vez, cresceu expressivos 23,77% na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação dos voos internacionais caísse 4,90 pontos porcentuais (p.p.) no mês, para 80,01%. Ao todo, foram transportados 656 mil passageiros entre o Brasil e o exterior em junho, número 9,99% maior do que o verificado um ano antes. A Latam respondeu por 69,86% do mercado no mês passado, seguida por Azul (17,26%), Avianca (6,75%) e Gol (6,12%). Assim, nos primeiros seis Mercado internacional - A meses de 2018, a demanda
por transporte aéreo internacional cresceu 15,80% em comparação com o mesmo período de 2017, enquanto a oferta subiu 19,35%. Por sua vez, o fator de aproveitamento diminuiu 2,54 pontos porcentuais, para 82,60%. Cargas - O transporte aéreo de carga pelas associadas da Abear movimentou 34,4 mil toneladas no mercado doméstico em junho, 21,26% acima do verificado em igual mês de 2017. No mercado internacional, o volume atingiu 21,8 mil toneladas, uma alta anual de 16,61%. De janeiro a junho de 2018, foram 184,7 mil toneladas de carga transportadas dentro do País (+15,18% ante igual intervalo de 2017) e 139,3 mil toneladas transportadas nas rotas internacionais (+37,01%). (AE)
São Paulo - A Ambev registrou uma alta de 9,3% na receita líquida no Brasil no segundo trimestre de 2018 em comparação com igual período do ano passado. O resultado chegou a R$ 5,822 bilhões no País. A companhia atribui o desempenho do indicador ao crescimento de 1,5% do volume vendido, para 23,331 milhões de hectolitros, e ao aumento de 7,7% da receita líquida por hectolitro (ROL/ hl). “A ROL/hl também foi beneficiada pela exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições de PIS/Cofins, que foi quase totalmente compensada pelo aumento da alíquota de PIS/Cofins implementado em janeiro de 2018”, diz a Ambev, em informe de resultados divulgado ontem. Depois de ter recuado no início do ano, o volume de cerveja vendido pela Ambev no Brasil retomou trajetória de crescimento no segundo trimestre de 2018, mesmo com a greve dos caminhoneiros. O volume cresceu 1,7% entre abril e junho na comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a 17,729 milhões de hectolitros. Nos comentários da administração sobre os resultados do segundo trimestre, a Ambev afirma que os efeitos negativos sofridos com a greve dos caminhoneiros foram compensados pelos impactos positivos da Copa do Mundo sobre a demanda. Ainda segundo a companhia, a indústria de cerveja se manteve estável no período “Nossos resultados no Brasil foram impulsionados por uma combinação da nossa excelência operacional, a qual foi decisiva durante a greve dos caminhoneiros, e uma execução consistente das nossas plataformas de crescimento”, escreve a Ambev. Em texto sobre as perspectivas para o restante do ano, a companhia reiterou sua expectativa “otimista” com seus negócios para 2018. “Embora o cenário no País ainda seja desafiador e volátil, estamos confiantes em nossa estratégia e continuamos comprometidos em manter uma execução disciplinada das nossas plataformas de crescimento para acelerar o crescimento de Ebitda versus 2017”, diz a Ambev, que deixou este ano de oferecer guidances (metas) para os resultados anuais. Sobre o segmento de refrigerantes e bebidas não alcoólicas no Brasil (NAB Brasil), a Ambev afirma que a divisão teve “um bom trimestre”, com o volume vendido aumentando 1,0%, enquanto a indústria como um todo caiu “um dígito médio”. “Baseado na evolução de nossos custos durante o restante do ano, esperamos que o CPV/HL (custo do produtos vendidos por hectolitro) excluindo depreciação e amortização para NAB Brasil cresça um dígito médio no ano de 2018”. (AE)
São Paulo - O grupo de medicina diagnóstica Fleury teve lucro líquido de R$ 86,6 milhões no segundo trimestre, queda de 1,4% sobre o resultado obtido um ano antes, mas com crescimento de margem operacional, apesar da abertura de novas unidades e efeitos pontuais da greve dos caminhoneiros. De acordo com a companhia, o resultado foi afetado por ajuste acumulado da taxa efetiva no segundo trimestre de 2017. “Em bases comparáveis, o crescimento seria de 14,9%”, afirmou no material de divulgação do balanço. De abril a junho, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido totalizaram R$ 33,1 milhões e a taxa efetiva representou 27,6% em comparação com 16,4% no segundo trimestre do ano passado, no qual foi contabilizado o impacto retroativo de linearização de juros sobre capital próprio de dois trimestres, explicou. A receita líquida totalizou R$ 673,4 milhões no segundo trimestre, crescimento anual de 12,7%. Os custos dos serviços prestados subiram 12%, para R$ 460,1 milhões. Em relação à receita líquida, os custos ficaram em 68,3% ante 68,7% um ano antes. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 178,8 milhões, alta de 18% na comparação anual. A margem Ebitda subiu a 26,6 % contra 25,3% um ano antes, refletindo, entre outros fatores, contínuo esforço do Fleury para o ganho de eficiência operacional. A margem bruta aumentou para 31,7% ante 31,3%. “Esse resultado foi alcançado mesmo diante da abertura de 38 unidades do Plano de Expansão até junho/2018 que, em grande parte, estão em fase inicial da maturação, além dos efeitos pontuais da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo”, afirmou. Apenas no segundo trimestre, o grupo inaugurou três unidades da marca a+ em São Paulo e uma unidade da marca a+ em Pernambuco. Em julho, já foram inauguradas outras três unidades de a+ em São Paulo. “Estas inaugurações correspondem ao atingimento de 56% do ponto mínimo e 46% do ponto máximo do Plano de Expansão da companhia, que prevê a inauguração de 73 a 90 unidades até 2021”, disse a empresa. A companhia disse que a execução desse projeto será intensificada no segundo semestre, principalmente na marca a+, em São Paulo, e nas marcas Felippe Mattoso e Labs a+, no Rio de Janeiro. A Fleury também disse que foram adicionadas ao portfólio do grupo cinco novas unidades por meio de aquisições, sendo uma da marca Serdil (Porto Alegre) e quatro do Instituto de Radiologia de Natal (IRN). O grupo ainda anunciou a distribuição de R$ 57,6 milhões por meio de juros sobre capital próprio referente ao lucro líquido do primeiro semestre de 2018, com pagamento previsto para o dia 15 de agosto. (Reuters)
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ECONOMIA FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABr
SISTEMA ELETROBRAS
Equatorial arremata Cepisa por R$ 95 milhões Distribuidora leiloada é deficitária São Paulo - A Equatorial Energia arrematou ontem a Cepisa, distribuidora de eletricidade da Eletrobras responsável pelo fornecimento no Piauí, ao apresentar a única proposta pela empresa, com pagamento de um bônus de outorga de R$ 95 milhões ao Tesouro e R$ 45,5 mil à estatal. Apesar da falta de competição no leilão realizado na sede da bolsa paulista B3, o resultado foi comemorado pelo governo federal e pela Eletrobras, uma vez que a Cepisa é fortemente deficitária, assim como outras cinco distribuidoras da estatal que atuam no Norte e Nordeste, que também devem ser vendidas. A realização da licitação, para a qual outros grupos haviam chegado a demonstrar
interesse, também superou temores de decisões judiciais que pudessem paralisar o processo, em meio a uma forte oposição de sindicatos de trabalhadores e partidos de esquerda aos planos do governo e da Eletrobras para as privatizações. Na prática, o lance da Equatorial, que já controla distribuidoras no Maranhão e no Pará, ainda significará uma redução de 8,5% nas tarifas praticadas pela Cepisa, o que deverá entrar em vigor em 45 dias após a transferência do controle da elétrica. Pelo regulamento do leilão, venceria a disputa pela empresa quem oferecesse a maior combinação entre redução das tarifas e bônus de outorga. As regras também preveem que a Equatorial
Expectativa é que distribuidora vendida seja melhor gerida e receba investimentos que a tornem mais eficaz
precisará fazer um aporte de cerca de R$ 720 milhões na Cepisa e assumir as dívidas da empresa. Dívida - De acordo com o edital preparado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o leilão, a Cepisa fechou 2016 com dívida de R$ 1,68 bilhão. Na ocasião, a distribuidora acumulava R$ 1,5 bilhão em prejuízos em um período de cinco anos. O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que a privatização da
Cepisa e das demais distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste acabará com uma situação de “apartheid energético”, uma vez que essas regiões deverão ver melhorias na qualidade com a entrada de empresas com mais capacidade de investir nas elétricas. Já o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, viu o resultado do leilão como “muito positivo”, principalmente porque os consumidores também deverão ser beneficiados com redução das tarifas e
melhores serviços. Ele apontou ainda ter confiança na capacidade de a Equatorial entregar melhorias na Cepisa, após a empresa ter conseguido melhorar índices de qualidade nas distribuidoras que controla no Maranhão e Pará. A Cepisa e a Ceal, do Alagoas, eram consideradas como as mais atrativas para investidores entre as distribuidoras que serão colocadas à venda pela Eletrobras. Agora, as elétricas que atuam no Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia têm
leilão agendado para 30 de agosto, embora o sucesso na venda das empresas seja apontado por muitos como associado à aprovação de um projeto de lei em discussão no Senado, que resolve passivos delas junto a fundos do setor elétrico. Apenas a Ceal ainda não tem data para ser vendida, devido a uma decisão judicial do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a privatização da empresa após uma ação movida pelo governo alagoano. (Reuters)
NEGÓCIOS EM FOCO
Criada a filial de Minas do Observatório Social do Brasil Federaminas é pioneira no País em apoio à campanha contra corrupção lançada pela Transparência Internacional Em evento que reuniu no Sebrae-MG mais de 70 representantes de entidades empresariais e de outros segmentos da sociedade civil, a Federaminas e o Observatório Social do Brasil oficializaram em 23 de julho a criação da Unidade Administrativa do OSB no Estado. Entre seus objetivos, a filial mineira pretende tornar-se referência em controle social e eficiência da gestão pública, contribuindo para a correta aplicação dos recursos, o desenvolvimento local e a educação para a cidadania. Durante a reunião, o presidente da Organização Social do Brasil, Ney Ribas, destacou a Federaminas como a primeira entidade empresarial do País a manifestar apoio à campanha Unidos Contra a Corrupção, lançada pela Transparência
Internacional e apoiada pelo OSB. Essa ação propõe 70 novas medidas de combate à corrupção no Brasil. O presidente da Federaminas, Emílio Parolini, afirmou que as entidades organizadoras e apoiadoras da Unidade Administrativa do OSB no Estado integram uma ‘corrente do bem’ que se mobiliza para combater um dos mais graves problemas que entravam o desenvolvimento do País, a corrupção. Para ele, a união de todas elas concorre para o desenvolvimento de uma ‘sociedade cidadã’. O escritório mineiro, conforme anunciou, cuidará de promover a expansão da rede de OSBs dos atuais oito núcleos para cerca de 60 até o final do próximo ano. Mas a demanda no Estado, como acrescentou Ribas, é de 85 municípios pleiteando receber unidades do observatório. Na sua visão, nos próximos dois anos Minas Ge-
rais deverá ter o maior número de OSBs no Brasil. Em nome do Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais, que apoia a constituição da filial do OSB, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, apontou a importância desse movimento que une a sociedade, ao ressaltar que a riqueza de um país é obra do setor produtivo – empresários e demais cidadãos. Sustentou que, ao participar do OSB, o fórum se propõe a trabalhar em prol do bem. Entre as várias ações realizadas pelo OSB, Ney Ribas enfatizou a preocupação com o ambiente de negócios, diante da dificuldade das micro e pequenas empresas em organizar a documentação necessária para participar das licitações públicas. A instituição divulga as concorrências das prefeituras através das entidades de classe, LAVÍNIA DIAS / DIVULGAÇÃO
LAVÍNIA DIAS / DIVULGAÇÃO
buscando massificar essas informações entre os diferentes grupos nas cidades. Durante o evento, foram
apresentados cases de sucesso de ações desenvolvidas pelos OSBs de Uberlândia, Sete Lagoas e Pará de Minas.
Mais de 40% da população estão inadimplentes, informa a Serasa Levantamento feito pela Serasa Experian indica que 40,3% da população adulta (61,8 milhões) encontravam-se inadimplentes em junho no País, mês em que o montante alcançado pelas dívidas foi de R$ 273,4 bilhões, com média de quatro por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa. Trata-se da quinta alta mensal seguida e do maior patamar da série da pesquisa, iniciada em 2016. A faixa etária mais inadimplente continuou sendo a de adultos com idade entre 36 e 40 anos, com 47,3%, seguida pelos brasileiros entre 31 e 35 anos (46,3%). Para a equipe técnica da Serasa Experian, o desaquecimento da economia brasileira concorre para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no País e, consequentemente, os níveis recordes de dívidas atrasadas.
Federaminas inicia palestras do Associa-Minas em Itabira Com expectativa de capacitar em torno de 10 mil pessoas nas diversas regiões do Estado, a Federaminas iniciou em Itabira, em 19 de julho, a série de palestras do programa Associa-Minas, que tem como tema geral associativismo empreendedor. A primeira exposição foi do consultor empresarial Leandro Quintão, que focalizou o tema “Máquina de vendas” no evento ocorrido na sede da associação comercial local. O programa, em parceria com o Sebrae-MG, se estenderá até setembro, devendo abranger cerca de 80 palestras. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS
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ECONOMIA BNDES
Desembolsos em MG caem 41,3% no semestre Na primeira metade de 2018, emprĂŠstimos do banco a empresas do Estado foram de cerca de R$ 2 bilhĂľes LEONARDO FRANCIA
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES) para Minas Gerais fecharam a primeira metade deste ano com queda. No perĂodo, os emprĂŠstimos da instituição para empresas mineiras recuaram 41,3% na comparação com os mesmos meses de 2017, retração mais grave do que a nacional (-17%). A redução nos financiamentos foi apurada em todos os setores da economia estadual. De janeiro a junho, os financiamentos do BNDES no Estado somaram R$ 2,084 bilhĂľes, contra R$ 3,551 bilhĂľes no mesmo semestre de 2017. O valor desembolsado em emprĂŠstimos para empresas de Minas representou cerca de 7,5% do montante financiado pelo banco em todo o PaĂs para o intervalo (R$ 27,8 bilhĂľes). IndĂşstria - As liberaçþes para a indĂşstria, historicamente um dos maiores contratantes de emprĂŠstimos do BNDES, totalizaram R$ 365,4 milhĂľes de janeiro a junho, 49,4% de queda ou praticamente a metade dos R$ 722,4 milhĂľes contratados pelo parque nos mesmos meses de 2017. Em valores, o setor respondeu por 17,5% dos financiamentos da instituição em Minas.
Dentro do parque produtivo, a indĂşstria de alimentos e bebidas foi o segmento que mais contratou emprĂŠstimos do BNDES no primeiro semestre, com desembolsos de R$ 119,6 milhĂľes, 32,7% do total emprestado para a indĂşstria, mas com queda de 23,3% em relação Ă s liberaçþes para o segmento no mesmo intervalo de 2017 (R$ 155,9 milhĂľes). A indĂşstria extrativa foi um ponto fora da curva na indĂşstria como um todo. O segmento demandou financiamentos de R$ 13,4 milhĂľes no primeiro semestre, contra R$ 8 milhĂľes nos mesmos meses de 2017, com alta de 67,7%. JĂĄ a maior queda dentro do parque nesta comparação foi registrada nos fabricantes de materiais de transporte, com redução de 77,6%. Para o economista da Federação das IndĂşstrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Paulo Casaca, a queda de emprĂŠstimos do BNDES para a indĂşstria estadual simboliza a desconfiança do empresĂĄrio no cenĂĄrio econĂ´mico e polĂtico nacional. Ao mesmo tempo, segundo ele, a retração mostra que os investimentos do setor estĂŁo estagnados. â€œĂ‰ uma queda que retrata o ritmo de investimentos do parque. Olhando para os desembolsos, eles diminuĂram porque toda vez que o empresĂĄrio pensa em
ULTRAFÉRTIL S.A.
CNPJ/MF n° 02.476.026/0001-36 - NIRE 31.300.115.038 ATA DA REUNIĂƒO DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REALIZADA EM 27 DE MARÇO DE 2018. DATA, HORA E LOCAL: Aos 27 (vinte e sete) dias do mĂŞs de março de 2018, Ă s 16:30h, realizada na sede social da UltrafĂŠrtil S.A. (“Companhiaâ€?), localizada Ă Rua SapucaĂ, nÂş 383, 7Âş andar, parte, bairro Floresta, CEP 30.150-904, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Convocação realizada na forma do Art. 12 do Estatuto Social da Companhia, mediante correspondĂŞncia eletrĂ´nica enviada por solicitação do Presidente do Conselho de Administração. PRESENÇA E QUĂ“RUM: Presentes a totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia, Srs. (i) Sr. Marcus Vinicius de Faria Penteado; (ii) Sr. Fabiano Bodanezi Lorenzi; (iii) FabrĂcio Rezende de Oliveira; (iv) Ivan Malekzadeh Fadel; (v) Vitor Ribeiro Vieira; e (vi) Samuel Pereira Silva. Participaram ainda, como convidada a advogada da Companhia Talita Vasiunas Costa Silva, que participou como secretĂĄria da presente reuniĂŁo. (P YHULÂżFDomR DR TXyUXP GH LQVWDODomR Âż[DGR QRV WHUPRV GR DUW GR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD D UHXQLmR IRL validamente instalada. MESA: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Marcus Vinicius de Faria Penteado, que nomeou a Sra. Talita Vasiunas Costa Silva para secretariar os trabalhos. ORDEM DO DIA: $ SUHVHQWH UHXQLmR WHP SRU ÂżQDOLGDGH D DSUHFLDomR e deliberação das seguintes matĂŠrias: (i) Proposta da administração para destinação de resultados apurados na Companhia, referente ao H[HUFtFLR VRFLDO GH (ii) &RQYRFDomR GD $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD H ([WUDRUGLQiULD (iii) Consignação de renĂşncia dos membros dos ĂłrgĂŁos de administração da Companhia; (iv) Eleição dos membros da Diretoria da Companhia; (v) Eleição dos membros do ComitĂŞ de Assessoramento da Companhia; e (vi) Eleição do Presidente do Conselho de Administração da Companhia. DESENVOLVIMENTO: (i) Proposta da administração para Destinação de Resultados apurados na Companhia, referente ao exercĂcio social de 2017 )RUDP DSUHVHQWDGRV H H[DPLQDGRV SHORV PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR H DQH[DGRV FRPR SDUWH LQWHJUDQWH GD SUHVHQWH DWD D 3URSRVWD GD $GPLQLVWUDomR SDUD 'HVWLQDomR GH 5HVXOWDGRV DSXUDGRV QR H[HUFtFLR GH &RQIRUPH DSUHVHQWDGR QDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GHYLGDPHQWH DXGLWDGDV R OXFUR OtTXLGR DSXUDGR QR perĂodo em 31 de dezembro de 2017 foi de R$10.525.276,88 (dez milhĂľes, quinhentos e vinte e cinco mil, duzentos e setenta e seis reais e oitenta e oito centavos). Levando-se em consideração a GLVWULEXLomR GH GLYLGHQGRV LQWHUFDOHV HP GHOLEHUDomR WRPDGD HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD GD Companhia realizada em 01 de dezembro de 2017, orienta-se pela nĂŁo distribuição dos dividendos mĂnimos obrigatĂłrios nesta ocasiĂŁo, de forma que sejam descontados os valores apurados para DPRUWL]DU R SDJDPHQWR GRV GLYLGHQGRV LQWHUFDODUHV HQWmR GHFODUDGRV $QWH R H[SRVWR RV PHPEURV do Conselho de Administração, por deliberação unânime e sem ressalvas, recomendam aos DFLRQLVWDV HP $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD D GHVWLQDomR GR 5HVXOWDGR REWLGR QR H[HUFtFLR VRFLDO encerrado em 31 de dezembro de 2017 da seguinte maneira: (a) R$526.263,84 (quinhentos e vinte e seis mil, duzentos e sessenta e trĂŞs reais e oitenta e quatro centavos) a serem destinados Ă Reserva Legal; e (b) a retenção de R$7.499.259,78 (sete milhĂľes, quatrocentos e noventa e nove mil, GX]HQWRV H FLQTXHQWD H QRYH UHDLV H VHWHQWD H RLWR FHQWDYRV HP 5HVHUYD GH ([SDQVmR FRQIRUPH Orçamento de Capital aprovado na RCA de 01 de dezembro de 2017 e que serĂĄ aprovado tambĂŠm na Assembleia Geral OrdinĂĄria. Recomenda-se, ainda, pela nĂŁo distribuição do dividendo mĂnimo REULJDWyULR FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH H FLQFR SRU FHQWR GR OXFUR OtTXLGR REWLGR GR H[HUFtFLR DSyV a constituição da reserva legal, que resultou em R$2.499.753,26 (dois milhĂľes, quatrocentos e noventa e nove mil, setecentos e cinquenta e trĂŞs reais e vinte e seis centavos), de forma que sejam utilizados para abater os dividendos intercalares declarados em deliberação tomada em Assembleia *HUDO ([WUDRUGLQiULD GD &RPSDQKLD UHDOL]DGD HP GH GH]HPEUR GH (ii) Convocação da Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria: $QWH R H[SRVWR RV PHPEURV GR &RQVHOKR GH Administração, Ă unanimidade e sem ressalvas, aprovam a convocação da assembleia geral RUGLQiULD H H[WUDRUGLQiULD H UHFRPHGDP D DSURYDomR SHORV $FLRQLVWDV GDV VHJXLQWHV PDWpULDV D Apreciação do RelatĂłrio da Administração, das Demonstraçþes ContĂĄbeis, acompanhadas do RelatĂłrio dos Auditores Independentes e Proposta de destinação dos resultados apurados, referentes DR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH H E )L[DomR GD UHPXQHUDomR DQXDO H global dos administradores. (iii) Consignação de renĂşncia dos membros dos ĂłrgĂŁos de administração da Companhia: Restou consignada a renĂşncia dos seguintes membros dos ĂłrgĂŁos de administração da Companhia: (a) Renato Mangueira Saleme, brasileiro, casado, engenheiro, SRUWDGRU GR GRFXPHQWR GH LGHQWLGDGH Qž (6 H[SHGLGR SHOD 663 (6 LQVFULWR QR &3) 0) VRE R Qž FRP HQGHUHoR SURÂżVVLRQDO QD $Y $YHQLGD GDV 1Do}HV 8QLGDV ž andar, CEP: 04578-911, Brooklin Paulista, SĂŁo Paulo, SP, conforme renĂşncia em 08/01/2018, do FDUJR GH 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD H PHPEUR GR &RPLWr GH $VVHVVRUDPHQWR GD Companhia; e (b) Katia Cristina Dib da Silva, brasileira, casada, administradora de empresas, inscrita no CPF sob o nÂş 169.521.758-65, portadora do documento de identidade nÂş 25.393.493-X, H[SHGLGR SHOD 663 63 FRP HQGHUHoR FRPHUFLDO QD $YHQLGD %HUQDUGR *HLVHO )LOKR V Qž &(3 901, na cidade de CubatĂŁo, estado de SĂŁo Paulo, do cargo de membro do ComitĂŞ de Assessoramento da Companhia. (iv) Eleição dos membros da Diretoria da Companhia: Em virtude da renĂşncia dos diretores acima consignadas e o encerramento do mandato da Diretoria da Companhia, foi aprovada, j XQDQLPLGDGH H VHP UHVVDOYDV H H[SUHVVDPHQWH FRP R YRWR IDYRUiYHO GR &RQVHOKHLUR 6U ,YDQ )DGHO UHSUHVHQWDQWH GD $FLRQLVWD 9DOH D HOHLomR GRV PHPEURV LQGLFDGRV DEDL[R SDUD R PDQGDWR GH 2 (dois) anos ou atĂŠ a realização da Assembleia Geral OrdinĂĄria que aprovar as contas referente ao H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH D VHU UHDOL]DGD HP VHQGR R PDQGDWR H[WHQVtYHO atĂŠ a investidura de seus respectivos sucessores e permitida a reeleição. Os conselheiros determinam que o terceiro cargo da Diretoria permanecerĂĄ vago atĂŠ sua indicação. Sendo assim, sĂŁo indicados neste ato os Diretores: a) Sr. Alessandro Pena da Gama, brasileiro, casado, engenheiro, portador GD FDUWHLUD GH LGHQWLGDGH Qƒ H[SHGLGD SHOD 663 3$ inscrito no CPF n° 323.751.902-20, com endereço comercial na Avenida Bernardo Geisel Filho, s/nÂş - Bairro Raiz da Serra, Cidade de CubatĂŁo, Estado de SĂŁo Paulo, CEP: 11055-901, como Diretor-Presidente da Companhia; e b) Sr. Igor Bretas de Figueiredo, brasileiro, casado, engenheiro, portador do documento de identidade nÂş H[SHGLGR SHOD 663 63 LQVFULWR QR &3) 0) VRE R Qž FRP HQGHUHoR comercial Ă Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, CEP FRPR 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD GD &RPSDQKLD Os Diretores ora eleitos tomarĂŁo posse em seu cargo mediante assinatura do respectivo Termo de Posse lavrado em Livro PrĂłprio da Companhia. (v) Eleição dos membros do ComitĂŞ de Assessoramento da Companhia: Considerando a renĂşncia dos membros do ComitĂŞ de Assessoramento da Companhia consignadas QR LWHP LLL DFLPD RV PHPEURV DEDL[R LQGLFDGRV IRUDP HOHLWRV H H[SUHVVDPHQWH FRP R YRWR IDYRUiYHO do Conselheiro Sr. Ivan Fadel representante da acionista Vale, para o mandato de 2 (dois) anos contados da presente data ou atĂŠ a primeira reuniĂŁo do Conselho de Administração que ocorrer apĂłs a realização da Assembleia Geral da Companhia que eleger os membros do Conselho de Administração, sendo permitida a reeleição. O conselheiro Sr. Ivan Fadel informa aos presentes que os membros representantes da Acionista Vale para o ComitĂŞ serĂŁo indicados em outra oportunidade, declarando ciĂŞncia quanto a eventuais prejuĂzos em anĂĄlises das matĂŠrias pelo ComitĂŞ. Sendo DVVLP QHVWH DWR ÂżFDP LQGLFDGRV RV 6UV a) Sr. Angelo Henrique Rodrigues Stradioto, brasileiro, FDVDGR DGPLQLVWUDGRU SRUWDGRU GD FDUWHLUD GH LGHQWLGDGH 5* Qž 0* H[SHGLGD SHOD 663 MG, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 012.454.106-28, com endereço comercial Ă Rua SapucaĂ, nÂş 383, Bairro Floresta, CEP 30150-904, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, membro indicado como representante da Acionista VLI; e b) Sr. Pedro de Campos Azevedo, brasileiro, FDVDGR DGPLQLVWUDGRU SRUWDGRU GD FpGXOD GH LGHQWLGDGH 5* Qž H[SHGLGD SHOD 663 63 inscrito no CPF/MF sob o nÂş 213.571.608-10, com endereço comercial na Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, Vila OlĂmpia, CEP 04552-050, na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, membro indicado como representante da Acionista VLI. Os Conselheiros deliberaram, por unanimidade, nos termos do artigo 15, parĂĄgrafo Ăşnico do Estatuto Social da Companhia, que os membros do ComitĂŞ nĂŁo perceberĂŁo qualquer remuneração pela participação e desempenho de suas funçþes no referido ĂłrgĂŁo. (vi) Nos termos do Art. 11 do Estatuto Social da Companhia, os Conselheiros elegeram o Sr. Marcus Vinicius de Faria Penteado como Presidente do Conselho de Administração da Companhia SDUD R H[HUFtFLR GR PDQGDWR HP YLJRU 3RU ÂżP WRGRV RV GLUHWRUHV H PHPEURV GR &RPLWr GH $VVHVVRUDPHQWR RUD HOHLWRV GHFODUDP VRE DV SHQDV GD OHL TXH D QmR HVWmR LPSHGLGRV GH H[HUFHU a administração da Companhia por lei especial ou em virtude de condenação, inclusive de seu respectivo efeito, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato; ou contra a economia SRSXODU FRQWUD R VLVWHPD ÂżQDQFHLUR QDFLRQDO FRQWUD DV QRUPDV GH GHIHVD GD FRQFRUUrQFLD FRQWUD DV relaçþes de consumo, a fĂŠ pĂşblica ou a propriedade; (b) nĂŁo ocupam cargo em sociedade que possa ser considerada concorrente com a Companhia; e (c) nĂŁo tĂŞm, e tampouco representam, interesse FRQĂ€LWDQWH FRP R GD &RPSDQKLD $ &RPSDQKLD PDQWHUi DUTXLYDGRV RV FRPSURYDQWHV SDUD atendimento de elegibilidade, reputação e capacidade, e/ou outros requisitos normativos/legais dos membros ora eleitos, em cumprimento ao artigo 147 da Lei 6.404/76. Os materiais apresentados IRUDP DUTXLYDGRV QD VHGH GD &RPSDQKLD H FRPS}HP D SUHVHQWH DWD QD IRUPD GH DQH[R ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a presente ata, que foi lida, achada conforme e assinada por todos os conselheiros titulares presentes. [ASSINATURAS: Mesa: Marcus Vinicius de Faria Penteado, Presidente; e Talita Vasiunas Costa Silva, SecretĂĄria. Conselheiros Presentes: FabrĂcio Rezende de Oliveira; Marcus Vinicius de Faria Penteado; Fabiano Bodanezi Lorenzi; Ivan Malekzadeh Fadel, Samuel Pereira Silva; Vitor Ribeiro Vieira.] Confere com o original, lavrado no livro prĂłprio. Belo Horizonte, 27 de março de 2018. Talita Vasiunas Costa Silva SecretĂĄria. CertidĂŁo - JUCEMG - &HUWLÂżFR R registro sob o nÂş 6935135 em 23/07/2018. Marinely de 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
ALISSON J. SILVA
As liberaçþes para a indústria mineira tiveram recuo de 49,4% na comparação com igual intervalo do ano passado
investir ele pensa, primeiro, em recursos prĂłprios, e, depois, no BNDESâ€?, afirmou o economista da Fiemg. Casaca acrescentou que os juros mais baixos neste ano e a inflação dentro da meta poderiam ser um incentivo para investimentos. “PorĂŠm, existem fatores mais importantes para a tomada da decisĂŁo de investimento, como a perspectiva de demanda futura
e a segurança institucional. E esse ĂŠ o maior problema do empresĂĄrio hojeâ€?, ponderou. ComĂŠrcio e serviços - O setor de comĂŠrcio e serviços de Minas recebeu R$ 626,7 milhĂľes em financiamentos do BNDES na primeira metade deste ano, contra R$ 874,9 milhĂľes em igual perĂodo de 2017, com decrĂŠscimo de 28,3%.
O segmento respondeu por 30% dos emprÊstimos da instituição no Estado e foi o maior contratante. Para a årea de infraestrutura em Minas, o BNDES desembolsou R$ 496,8 milhþes no primeiro semestre. Na comparação com os R$ 1,204 bilhão do mesmo intervalo de 2017, foi registrado recuo de 58,7%, o mais forte entre todos os setores. A infraestrutura
TURQUEZA TECIDOS E VESTUĂ RIOS S.A. Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) Contas a receber de clientes (Nota 7) Estoques (Nota 8) Adiantamentos e despesas antecipadas Impostos a recuperar Instrumentos financeiros derivativos Demais contas a receber NĂŁo circulante Imobilizado (Nota 9) IntangĂvel (Nota 10)
Total do ativo
CNPJ: 20.758.306/0001-19 Balanço patrimonial - Em milhares de reais Passivo e patrimĂ´nio lĂquido 2017 2017 2016 Circulante Fornecedores (Nota 11) 6.138 17.990 11.594 SalĂĄrios e encargos sociais (Nota 12) 6.509 37.262 39.143 Tributos a recolher (Nota 13) 4.647 24.510 26.438 Imposto de renda e cont. social a pagar (Nota 19) 1.559 443 397 Instrumentos financeiros derivativos 460 563 Juros sobre o capital prĂłprio a pagar (Nota 15) 1.151 466 20.004 179 467 NĂŁo Circulante 81.310 78.602 ProvisĂŁo para contigĂŞncias (Nota 14) 865 865 6.774 7.357 Total do Passivo 20.869 182 1.180 PatrimĂ´nio LĂquio (Nota 15) Capital social 34.000 6.956 8.537 Reservas de lucros 33.397 67.397 88.266 87.139 Total do passivo e patrimĂ´nio lĂquido 88.266
Demonstração das mutaçþes do patrimĂ´nio lĂquido - Em milhares de reais Reservas de lucros Capital Legal Retenção Dividendos social adicionais propostos 34.000 1.067 33.788 4.740
Em 1Âş de janeiro 2016 Lucro lĂquido do exercĂcio Destinação do lucro lĂquido do exercĂcio Destinação da reserva legal Dividendos e juros sobre o capital prĂłprio (R$0,3257 por ação) Em 31 de dezembro de 2016 34.000 Lucro lĂquido do exercĂcio Destinação do lucro lĂquido do exercĂcio Destinação da reserva legal Dividendos e juros sobre o capital prĂłprio (R$0,3420 por ação) TransferĂŞncias entre reservas Em 31 de dezembro de 2017 34.000
LSM BRASIL S.A.
CNPJ: 33.115.726/0001-29 %DODQoR 3DWULPRQLDO HP GH GH]HPEUR GH H (P PLOKDUHV GH UHDLV
Ativo 1RWD Circulante Caixa e equivalentes de caixa ......................... 3 4.261 6.433 Contas a receber .............................................. 4 51.493 39.213 Estoques .......................................................... 5 31.837 26.197 Tributos a recuperar ........................................ 6 5.438 7.818 Adiantamentos a fornecedores ........................ 7 4.367 2.151 ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV GHULYDWLYRV .............. 23 185 3.053 Outros ativos circulantes ................................. 3.253 1.749 NĂŁo circulante EmprĂŠstimos Ă partes relacionadas ................. 18 3.308 3.259 Adiantamentos a fornecedores ........................ 7 2.803 5.653 DepĂłsitos judiciais .......................................... 8 4.857 4.693 Tributos a recuperar ........................................ 6 10.706 7.161 Imp. de renda e contrib. social diferidos ......... 15 1.480 3.411 Imobilizado ..................................................... 9 37.427 38.050 IntangĂvel ........................................................ 10 979 1.025 7RWDO GR DWLYR ................................................. 3DVVLYR 1RWD Circulante Fornecedores ................................................... 11 20.357 13.985 (PSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV ....................... 12 25.383 25.190 SalĂĄrios, provisĂľes e encargos sociais............. 4.463 3.945 Impostos, taxas e contribuiçþes a recolher ..... 1.209 541 Adiantamentos de clientes .............................. 281 79 ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV GHULYDWLYRV .............. 23 426 123 3DUFHODPHQWRV GH GpELWRV ÂżVFDLV ..................... 16 511 768 ProvisĂľes para riscos ....................................... 14 2.296 1.865 Dividendos a pagar ......................................... 4.736 Outras obrigaçþes............................................ 4.751 4.229 NĂŁo circulante EmprĂŠstimos de partes relacionadas ............... 18 10.251 13.465 3DUFHODPHQWRV GH GpELWRV ÂżVFDLV ..................... 16 84 9.863 3URY S ULVFRV ÂżVFDLV FtYHLV H WUDEDOKLVWDV...... 14 6.968 6.460 PatrimĂ´nio lĂquido ........................................ 17 Capital social................................................... 48.910 48.910 Pagamento baseado em açþes ......................... 2.905 3.117 Reservas de lucros........................................... 39.817 26.778 Outros resultados abrangentes ........................ (10.954) (9.452) 7RWDO GR SDWULP{QLR OtTXLGR ......................... 7RWDO GRV SDVVLYRV H GR SDWULP{QLR OtTXLGR . $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQW GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV
Lucros acumulados 6.884
344 1.411
1.201 1.201 23.029 34.000 30.110 64.110 87.139
-4.740
-6.540 13.647
2.605 31.304
-682 -10.360 -2.605
Demonstração do resultado - ExercĂcios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2017 2016 Receita de venda dos produtos (Nota 16) 146.782 144.603 Custo das vendas dos produtos (Nota 17) -44.623 -50.755 Lucro bruto 102.159 93.848 Despesas com vendas (Nota 17) -60.998 -63.010 Despesas administrativas (Nota 17) -21.392 -19.611 Outras despesas, lĂquidas -1.253 -291 Lucro operacional 18.516 10.936 Receitas financeiras (Nota 18) 905 2.570 Despesas financeiras (Nota 18) -1.142 -4.375 Resultado financeiro -237 -1.805 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 18.279 9.131 Imposto de renda e contribuição social (Nota 19) -4.632 -2.247 Lucro lĂquido do exercĂcio 13.647 6.884 Açþes em circulação no final do exercĂcio (em milhares) 34.000 34.000 Lucro lĂquido por ação bĂĄsico e diluĂdo no fim do exercĂcio - R$ 0,40 0,20
Total Acionistas: 73.595 6.884
-344 -5.089 28.699
682 2.093
2016 7.392 6.696 5.092 977 944 727 21.828
teve participação de 23,8% no valor global liberado no Estado no perĂodo. As operaçþes de crĂŠdito para a agropecuĂĄria mineira somaram R$ 595,7 milhĂľes no semestre inicial deste ano, com recuo de 20,5% em relação aos R$ 749,4 milhĂľes em igual perĂodo de 2017. O valor desembolsado para o segmento respondeu por 28,5% do total das liberaçþes da instituição para o Estado.
-16.369 64.110 13.647 -10.360 67.397
Pedro Paulo Drummond Diretor Presidente CPF: 435.814.636-87 Bernardo Malheiros de MagalhĂŁes Diretor Operacional CPF: 685.725.656-04 Roberto Rosendo CPF: 584.586.116-00 Sirlene Francisca dos Reis Contadora CPF: 060.534.346-20 CRC/MG: 095.102
Demonstraçþes do resultado ([HUFtFLRV ¿QGRV HP GH GH]HPEUR GH H (Em milhares de Reais)
'HPRQVWUDo}HV GRV ÀX[RV GH FDL[D 0pWRGR ,QGLUHWR ([HUFtFLRV ¿QGRV HP GH GH]HPEUR GH H (Em milhares de Reais)
1RWDV Receita lĂquida de vendas.................................... 19 189.982 157.312 Custo das vendas ................................................. 20 (155.350) (129.153) Lucro bruto.......................................................... 34.632 28.159 Receitas (despesas) operacionais Gerais e administrativas ...................................... 21 (11.744) (15.356) Outras receitas (despesas) operacionais, lĂquidas (815) 670 (12.559) (14.686) /XFURV DQWHV GR UHVXOWDGR ÂżQDQFHLUR LPSRVWRV e da sĂłcia participante na Sociedade em Conta de Participação - SCP ............................... 22.073 13.473 1.216 5HFHLWDV ÂżQDQFHLUDV............................................. 22 1.150 'HVSHVDV ÂżQDQFHLUDV ........................................... 22 (1.841) (7.597) 5HVXOWDGR ÂżQDQFHLUR............................................ (691) (6.381) Lucros antes dos impostos e da sĂłcia participante na Sociedade em Conta de Participação - SCP............................................... 21.382 7.092 Imposto de renda e contribuição social corrente. 15 237 (3.075) 15 (3.009) 14.630 Imposto de renda e contribuição social diferido .. Lucro lĂquido do exercĂcio .................................. 18.610 18.647 Resultado atribuĂdo Ă : Participação da sĂłcia ostensiva na SCP .............. 18.305 Participação da sĂłcia participante na SCP .......... 13 342 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV
1RWDV Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro lĂquido do exercĂcio .................................... 18.610 18.647 Ajustes por: Imp. de renda e contribuição social correntes ....... 15 (237) 3.075 Imposto de renda e contribuição social diferidos . 15 3.009 (14.630) ProvisĂŁo para crĂŠditos de liquidação duvidosa ..... 4 15 555 ProvisĂŁo para ajuste de estoques ........................... 5 193 (1.045) *DQKR GH FUpGLWRV ÂżVFDLV 5HLQWHJUD ................... (2.311) (86) Ajuste a valor presente de adiantamento a fornecedor .......................................................... 22 (452) (188) Atualização monetĂĄria de tributos a recuperar...... 22 (96) (513) 'HViJLR QD YHQGD GH FUpGLWRV ÂżVFDLV..................... 394 34 Atualização monetĂĄria depĂłsito judicial ............... 22 (211) (432) Depreciação e amortização ................................... 20/21 3.212 2.916 Baixa de ativo imobilizado e intangĂvel................ 9/10 11 6 ProvisĂŁo para principal, multa e juros para SDUFHODPHQWR GH GpELWRV ÂżVFDLV............................. 16 (7.995) 1.217 ProvisĂŁo para principal, multa e juros para riscos 14 974 2.856 -XURV GH HPSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV ................ 22 643 1.569 Juros sobre operação de mĂştuo ............................. 22 278 1.144 Despesas com pagamento baseado em açþes........ 17 416 394 Variação cambial ................................................... 22 1.054 890 (Aumento) redução de ativos Contas a receber .................................................... (12.394) 8.432 Estoques ................................................................ (4.899) (393) Adiantamentos a fornecedores .............................. 1.186 2.447 Tributos a recuperar .............................................. 733 714 DepĂłsitos judiciais ................................................ 47 (414) Outros ativos ......................................................... (1.517) 340 Aumento (redução) de passivos Fornecedores ......................................................... 5.473 5.487 SalĂĄrios, provisĂľes e encargos sociais................... 518 582 Impostos, taxas e contribuiçþes a recolher ........... 1.700 1.033 Adiantamento de clientes ...................................... 202 (471) 3DUFHODPHQWR GH GpELWRV ÂżVFDLV ............................ (1.774) (481) ProvisĂŁo para riscos .............................................. (35) (130) Dividendos a pagar ............................................... (836) Outros passivos ..................................................... 517 267 Imposto de renda e contribuição social pagos ...... (1.032) (1.316) Caixa gerado pela (utilizado nas) atividades operacionais .......................................................... 5.398 32.505 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Compra de participação de minotitĂĄrio na SCP Aluminio ....................................................... 13 - (1.999) Pagamento de ativo imobilizado e intangĂvel ....... 9 (3.355) (2.618) Caixa utilizado nas atividades de investimento .... (3.355) (4.617) )OX[R GH FDL[D GDV DWLYLGDGHV GH ÂżQDQFLDPHQWRV Captação de emprĂŠstimos ..................................... - 25.420 Liquidação de emprĂŠstimos - principal ................. - (31.909) Liquidação de emprĂŠstimos - juros ....................... (814) (1.711) Pagamento de mĂştuo passivo ................................ (3.594) (11.724) Liberação de mĂştuo ativo...................................... - (3.348) Recebimeento de mĂştuo ativo............................... 192 21 Caixa lĂquido (utilizado nas) proveniente das DWLYLGDGHV GH ÂżQDQFLDPHQWR .................................. (4.216) (23.251) Redução lĂquida do caixa e equivalentes de caixa (2.173) 4.636 Caixa e equivalentes de caixa no inĂcio do exercĂcio ........................................................... 6.433 1.797 &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D QR ÂżQDO GR H[HUFtFLR 4.261 6.433 Variação................................................................. (2.172) 4.636 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV
'HPRQVWUDo}HV GR UHVXOWDGR DEUDQJHQWH ([HUFtFLRV ÂżQGRV HP GH GH]HPEUR GH H (Em milhares de Reais) 1RWDV Lucro lĂquido do exercĂcio .................................. 18.610 18.647 ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV GHULYDWLYRV +HGJH accounting ........................................................... 23 (3.171) 7.935 Ajuste de conversĂŁo para moeda de apresentação 17 591 (12.601) Efeito de imposto de renda e contribuição social 23 1.078 (2.698) Resultado abrangente do exercĂcio ..................... 17.108 11.283 Resultado abrangente atribuĂdo Ă : Participação da sĂłcia ostensiva na SCP .............. 17.108 10.941 Participação da sĂłcia participante na SCP .......... 13 342 Resultado abrangente do exercĂcio ..................... 17.108 11.283 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV
'HPRQVWUDomR GDV 0XWDo}HV GR 3DWULP{QLR /tTXLGR SDUD H[HUFtFLRV ÂżQGRV HP GH GH]HPEUR GH H (Em milhares de reais) 5HVHUYD GH OXFURV 2XWURV UHVXOW DEUDQJHQWHV Opção de Ajustes de Ajustes &DSLWDO Do}HV 5HVHUYD 5HVHUYD DYDOLDomR DFXPXODGRV 2EULJDo}HV /XFURV 1RWDV VRFLDO RXWRUJDGDV OHJDO GH OXFURV SDWULPRQLDO GH FRQYHUVmR FRP 6&3 DFXPXODGRV 7RWDO 6DOGRV HP GH GH]HPEUR GH .......... Adição de reserva para programa de opção de compra de açþes .......................... 17 394 394 Pagamento baseado em açþes ..................... 17 (195) (195) Ajuste acumulado de conversĂŁo.................. 17 (12.601) (12.601) ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV derivativos - hedge accounting ................... 23 5.237 5.237 Lucro lĂquido do exercĂcio .......................... 18.647 18.647 Constituição de reserva legal ...................... 17 915 (915) Constituição de reserva de retenção de lucros 17.390 (17.390) Resultado oriundos da operação da SCP..... 13 342 (342) Resultado da compra da SCP ...................... 13 4 (3.113) (3.109) 6DOGRV HP GH GH]HPEUR GH .......... Adição de reserva para programa de opção de compra de açþes .......................... 17 416 416 Pagamento baseado em açþes ..................... 17 (628) (628) Ajuste acumulado de conversĂŁo.................. 17 591 591 ,QVWUXPHQWRV ÂżQDQFHLURV derivativos - hedge accounting ................... 23 (2.093) (2.093) Lucro lĂquido do exercĂcio .......................... 18.610 18.610 Constituição de reserva legal ...................... 17 931 (931) Constituição de reserva de retenção de lucros 17.679 (17.679) Dividendos distribuĂdos - JCP..................... 17 (5.572) (5.572) 6DOGRV HP GH GH]HPEUR GH .......... $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV
$V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV FRPSOHWDV H R SDUHFHU GRV DXGLWRUHV LQGHSHQGHQWHV HQFRQWUDP VH QD VHGH GD VRFLHGDGH )DELDQR -RVp GH 2OLYHLUD &RVWD Diretor Presidente - CPF: 882.018.996-87 6pUJLR *DWWDV +DOODN Diretor Comercial - CPF: 441.187.676-00 Marcelo Pacheco de Mattos Gerente Financeiro - CPF: 043.489.816-39 6DUD 0DULD GDV *UDoDV 0RUHLUD CRC-MG 105393/0-2
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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INTERNACIONAL BRICS
Bloco une forças por desenvolvimento Presidentes dos paĂses-membros ainda firmaram compromisso com o multilateralismo BrasĂlia - Os chefes de Estado dos paĂses-membros do Brics - Brasil, RĂşssia, Ă?ndia, China e Ă frica do Sul – afirmaram, em declaração conjunta, que se comprometem com o fortalecimento das relaçþes internacionais para o desenvolvimento econĂ´mico com foco no bem-estar da população. Eles alertaram para o crescente protecionismo comercial e condenaram açþes terroristas e de violação de direitos humanos em ĂĄreas de conflito. Os lĂderes do Brics, entre eles o presidente Michel Temer, estĂŁo reunidos na 10ÂŞ CĂşpula do bloco, a ser realizada atĂŠ hoje, em Joanesburgo, na Ă frica do Sul. O tema da cĂşpula ĂŠ colaboração para crescimento econĂ´mico inclusivo e prosperidade compartilhada na quarta revolução industrial. No documento apresentado ontem, os chefes de Estado destacaram que o encontro deste ano ocorre por ocasiĂŁo do centenĂĄrio de nascimento de Nelson Mandela, e reconheceram a contribuição do ex-presidente sul-africano a serviço da humanidade, da democracia e da promoção da cultura de paz no mundo. Eles reafirmaram o com-
CÉSAR ITIBERÊ/PR
promisso com princĂpios do multilateralismo, do respeito mĂştuo entre as naçþes, com a democracia e com a legislação internacional, e apoiaram o papel central da Organização das Naçþes Unidas (ONU) na manutenção da paz mundial, da segurança e na proteção dos direitos humanos. Mas ressaltaram a necessidade de reformar a organização, incluindo o Conselho de Segurança, de forma que se torne mais representativa e eficiente. Proteção da biodiversidade Eles destacaram, ainda, os esforços empreendidos para promover açþes focadas em ĂĄreas como energia, agricultura, acesso Ă ĂĄgua, proteção da biodiversidade e questĂľes relacionadas aos desafios do crescimento populacional. O documento tambĂŠm condena todas as formas de terrorismo, incluindo ameaças de ataques quĂmicos e biolĂłgicos. Defenderam a ampliação das negociaçþes multilaterais para impedir o avanço desse tipo de ameaça e do uso das novas tecnologias para atividades criminosas, alĂŠm da produção de armas nucleares. Os presidentes chamaram
LĂderes assinaram parceria em torno da construção de grupo de trabalho com foco na indĂşstria
ainda a atenção para o crescimento da economia global, mas alertaram que ainda hĂĄ risco de crescimento desigual, refletido em vĂĄrios desafios como o avanço de conflitos comerciais e volatilidade dos preços de commodities, entre outros. Quarta revolução industrial – Os lĂderes assinalaram a parceria firmada durante a cĂşpula em torno da construção de um grupo que trabalharĂĄ com foco na quarta revolução industrial.
E defenderam a centralidade de um sistema de comĂŠrcio multilateral, baseado em regras transparentes, nĂŁo discriminatĂłrias e abertas, como as estabelecidas pela Organização Mundial do ComĂŠrcio (OMC). Na declaração, os chefes de Estado elogiaram os acordos firmados nas ĂĄreas de infraestrutura, aviação regional, alfândega, taxação e turismo, entre outros, para facilitar transaçþes comerciais e pessoais entre os paĂses.
QUALCOMM
Temer pede Ă China fim de sobretaxas Joanesburgo - O presidente Michel Temer afirmou ontem que pediu ao lĂder da China, Xi Jinping, que retire a sobretaxa sobre exportaçþes brasileiras de carne de frango e açúcar no paĂs. Temer tambĂŠm apelou ao chinĂŞs para que abra o mercado a produtos derivados de soja processados, como Ăłleo e farelo. Segundo ele, houve receptividade Ă proposta. “Voltamos a tratar do aumento da cota de açúcar e do frango. Pedimos a ele (Xi Jinping) que deixe um pouco de lado, digamos, a sobretaxa que houve em relação ao frango e ao açúcar, para que possamos aumentar nossas exportaçþesâ€?, disse Temer, apĂłs deixar a reuniĂŁo bilateral com o lĂder chinĂŞs na Ă frica do Sul, pouco antes da abertura da 10ÂŞ CĂşpula do Brics. “Exportamos muita soja para a China, mas soja em grĂŁo. O que nĂłs queremos, e ressaltei isso ao presidente Xi Jinping, ĂŠ mandar os elementos processados, ou seja, Ăłleo de soja e farelo de soja, o que naturalmente permite a industrialização no nosso PaĂs. E ele recebeu muito bem essas ideias. Concordou e vai mandar os tĂŠcnicos examinarem. Essa ĂŠ uma questĂŁo tĂŠcnica. NĂŁo senti resistĂŞnciaâ€?, disse.
O documento tambĂŠm exalta progressos entre os paĂses nas ĂĄreas de cultura, esportes, educação e saĂşde, com o estabelecimento de um centro do Brics especĂfico para pesquisas de vacinas. Segundo o Itamaraty, o Brics responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e 18,2% do comĂŠrcio mundiais. Em dez anos, o comĂŠrcio entre os paĂses do bloco evoluiu de US$ 92 bilhĂľes para US$ 288 bilhĂľes. (ABr) Eletrobras - Temer destacou que a reuniĂŁo bilateral de ontem foi o quinto encontro de negociação entre os lĂderes do Brasil e da China, no qual trataram principalmente das exportaçþes de produtos agrĂcolas. O presidente contou ter caminho para o acordo com mencionado na reuniĂŁo a NXP. bilateral os programas de O senador norte-america- privatização e concessĂľes no Marco Rubio, republica- pĂşblicas e pedido aumento no que criticava a ZTE, em de investimentos privados um post no Twitter criticou chineses, principalmente nos a ação da China contra a leilĂľes previstos de distribuiQualcomm, dizendo: “De- doras de energia elĂŠtrica da vemos reimpor a proibição Eletrobras. contra a ZTEâ€?. “Mencionei tambĂŠm a A Qualcomm precisava questĂŁo das concessĂľes e de aprovação da China, privatizaçþes que estamos porque o paĂs respondeu fazendo, os investimentos por quase dois terços de chineses jĂĄ existentes e outros, sua receita no ano passado. e ele disse que vai colaborar O MinistĂŠrio do ComĂŠrcio muito para investir bastante lĂĄ da China recusou-se ontem (no Brasil). Ferrovias, portos, a comentar se o acordo foi aeroportos, linhas de transaprovado. missĂŁo e agora distribuidoras “De acordo com o meu de energiaâ€?, afirmou Temer. entendimento, o caso era Conforme o Itamaraty, no uma questĂŁo antimono- encontro tambĂŠm foi abordapolista, e nĂŁo relacionada da a instalação do EscritĂłrio ao atrito comercial entre a Regional das AmĂŠricas do China e os EUAâ€?, disse o Novo Banco de Desenvolviporta-voz do ministĂŠrio, mento do Brics (NBD), cujo Gao Feng, em entrevista acordo seria assinado ainda coletiva. Ele destacou que a ontem na cĂşpula. A sede serĂĄ China nĂŁo quer uma guerra em SĂŁo Paulo e haverĂĄ um comercial, mas nĂŁo tem escritĂłrio de representação medo de uma. (Reuters) em BrasĂlia. (AE)
Sem aval chinĂŞs, empresa desiste de compra Pequim/San Francisco - A Qualcomm desistiu de um acordo de US$ 44 bilhĂľes para comprar a NXP Semiconductors, depois de nĂŁo conseguir a aprovação regulatĂłria chinesa, tornando-se uma vĂtima importante das amargas disputas comerciais entre os Estados Unidos (EUA) e a China. A maior fabricante de Copagaz Distribuidora de GĂĄs S/A, torna pĂşblico que obteve Conselho Estadual de PolĂtica Ambiental - COPAM, por meio do Processo Administrativo nÂş 15394/2006/007/2016, Licença de Operação (LO nÂş 061/2018), para a atividade de base de armazenamento e distribuição de gĂĄs liquefeito de petrĂłleo – GLP (capacidade de armazenagem:431,80mÂł), localizada Ă Estrada do Petrovale, 50A – Petrovale em IbiritĂŠ/MG, vĂĄlida pelo prazo de 10 (dez) anos, com vencimento em 28/06/2028.
chips de smartphones do mundo e a NXP, com sede na Holanda, confirmaram, em declaraçþes separadas ontem, que o acordo, que teria sido a maior aquisição de semicondutores globalmente, foi encerrado. O colapso do acordo deve agravar as tensĂľes entre Washington e Pequim, prejudicar a imagem da China como reguladora antitruste e desencorajar acordos que precisem de aprovação chinesa, segundo fontes. “Estou muito desapontado por eles nĂŁo terem obtido aprovação regulatĂłriaâ€?, disse o secretĂĄrio do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, Ă CNBC, em uma entrevista. “Infelizmente, acho que este
ĂŠ outro exemplo. O acordo foi aprovado em todos os outros territĂłrios. Estamos apenas buscando que as empresas dos EUA sejam tratadas de forma justaâ€?. A Qualcomm havia dito, na quarta-feira (25), que desistiria da oferta pela NXP, a nĂŁo ser que houvesse uma mudança de Ăşltima hora na posição da China. NĂŁo houve notĂcias da Administração Estatal de Regulação do Mercado da China, a agĂŞncia reguladora antitruste que estĂĄ revisando o acordo, depois que o prazo para a transação expirou. “Obviamente, nos envolvemos em algo que estava acima de nĂłsâ€?, afirmou o presidente-executivo da Qualcomm, Steve Mol-
lenkopf, em entrevista apĂłs o anĂşncio na quarta-feira. HistĂłrico - O acordo foi anunciado em outubro de 2016, poucos dias antes da eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, e aguardava a aprovação chinesa, enquanto a disputa comercial das duas maiores economias do mundo se intensificou e os dois paĂses entraram em confronto em questĂľes como propriedade de tecnologia e patentes. A administração Trump desempenhou um papel descomunal no destino da Qualcomm e havia expectativas de que a suspensĂŁo da proibição dos fabricantes de chips norte-americanos que fazem negĂłcios com a chinesa ZTE Corp abriria
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 027/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 027/2018, cujo objeto consiste no registro de preços para Fornecimento e Instalação de Toldos, por um perĂodo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 09/08/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
SOCIEDADE INDEPENDĂŠNCIA IMĂ“VEIS S.A.
CNPJ: 05.217.061/0001-29 RelatĂłrio da Administração: Apresentamos a V.Sas. nossas Demonstraçþes Financeiras encerradas em 31/12/2017. A Diretoria %DODQoR 3DWULPRQLDO ([HUFtFLR Ă€QGR HP GH GH]HPEUR (P UHDLV PLO 'HPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR ([HUFtFLR Ă€QGR HP GH GH]HPEUR (P UHDLV PLO Ativo 2017 2016 2017 2016 Circulante Receita lĂquida de aluguĂŠis e serviços 21.271 21.801 Disponibilidades 57 432 Custos de aluguĂŠis e serviços (2.073) (6.043) TĂtulos e Valores MobiliĂĄrios 2.372 2.117 Lucro bruto de aluguĂŠis e serviços 19.198 15.758 Contas a Receber 4.814 5.800 Receitas (despesas) operacionais Impostos a Recuperar 805 718 Despesas comerciais (2.002) (971) Adiantamentos 136 239 Despesas administrativas (3.775) (94) Despesas Antecipadas 13 13 Despesas tributĂĄrias (4) Outros Valores a Receber 48 328 Outros ganhos (perdas) operacionais (36) (31) 8.245 9.647 /XFUR DQWHV GR UHVXOWDGR Ă€QDQFHLUR H GRV WULEXWRV 13.385 14.658 NĂŁo circulante Resultado de equivalĂŞncia patrimonial 4.847 4.933 Clientes 347 474 5HVXOWDGR Ă€QDQFHLUR OtTXLGR 380 393 DepĂłsitos e cauçþes 2.601 2.601 Receitas financeiras 427 443 Investimentos 29.907 25.060 Despesas financeiras (47) (50) Imobilizado 64.213 68.050 Lucro antes da tributação 18.612 19.984 97.068 96.185 Imposto de renda e contribuição social (2.496) (2.515) Total ativo 105.313 105.832 Correntes Diferidos Passivo e patrimĂ´nio lĂquido 2017 2016 (19) Circulante Lucro lĂquido do exercĂcio 16.097 17.469 Fornecedores 425 567 Demonstração das mutaçþes do patrimĂ´nio lĂquido SalĂĄrios e Encargos Sociais 11 ([HUFtFLR Ă€QGR HP GH GH]HPEUR (P UHDLV PLO ProvisĂŁo para contingĂŞncias 11 Re- Reserva de Lucros Adiantamentos de Clientes 57 Capital serva Retenção 3UHMXt]R Outros valores a pagar 234 235 Legal de Lucro Acumulados Total Social 716 813 13.782 - 78.940 6DOGR HP GH GH]HPEUR GH 61.827 3.331 NĂŁo Circulante Lucro lĂquido do exercĂcio 17.469 17.469 ProvisĂŁo para contingĂŞncias 136 (20.978) - (20.978) Receita Diferida 55 70 Dividendos pagos - 873 16.596 (17.469) Partes Relacionadas 6.166 6.115 Constituição de reservas 9.400 - 75.431 Dividendos recebidos antecipadamente 27.863 23.267 6DOGR HP GH GH]HPEUR GH 61.827 4.204 16.097 16.097 34.084 29.588 Lucro lĂquido do exercĂcio Dividendos pagos (21.015) - (21.015) PatrimĂ´nio LĂquido - 806 15.291 (16.097) Capital Social 61.827 61.827 Constituição de reservas 3.676 - 70.513 Reserva legal 806 4.204 6DOGR HP GH GH]HPEUR GH 61.827 5.010 Reservas de lucros 7.880 9.400 Ă seleção das vidas Ăşteis dos bens do ativo imobilizado, provisĂŁo para devedores duvidosos e 70.513 75.431 provisĂľes imposto de imposto de renda, contribuição social e outras similares. Por serem estiTotal passivo e patrimĂ´nio lĂquido 105.313 105.832 mativas, ĂŠ normal que variaçþes possam ocorrer quando das efetivas realizaçþes ou liquidaçþes NOTAS EXPLICATIVAS Ă€S DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO dos correspondentes ativos e passivos. (b) Apuração do resultado do exercĂcio. O resultado DE 2017 e de 2016. Nota 1 - Contexto Operacional: A Sociedade IndependĂŞncia S.A. tem do exercĂcio ĂŠ apurado pelo regime de competĂŞncia. As receitas e custos decorrem, substanpor objeto social, organizar e gerir empreendimentos na ĂĄrea comercial, prestar serviços de cialmente, da atividade de exploração de shopping centers. A Companhia reconhece de forma administração e gerenciamento de bens mĂłveis e imĂłveis e imĂłveis prĂłprios de cessĂŁo de uso proporcional a sua participação nos aluguĂŠis pagos e custos correspondentes repassados pelos e infra-estrutura prĂłpria, incluindo estacionamentos. Nota 2 - SumĂĄrio das PrĂĄticas ContĂĄbeis: condomĂnios, com base no percentual de participação da Empresa nesses empreendimentos. As demonstraçþes financeiras foram elaboradas de acordo com as prĂĄticas contĂĄbeis adotadas (c) Contas a receber. Incluem os aluguĂŠis a receber. SĂŁo demonstrados pelos valores histĂłrino Brasil, com base nas disposiçþes contidas na Lei das Sociedades por Açþes e nas normas cos, jĂĄ deduzidos das respectivas provisĂľes para crĂŠdito de realização duvidosa. A administração estabelecidas pela ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios - CVM. (a) Uso de estimativas. Na elabo- da empresa considera a referida provisĂŁo como suficiente para cobrir possĂveis perdas, tendo ração das demonstraçþes financeiras ĂŠ necessĂĄrio utilizar estimativas para contabilizar certos sido adotado como critĂŠrio o provisionamento, substancialmente, de todos os valores a receber ativos e passivos. As demonstraçþes financeiras da companhia incluem estimativas referentes em atraso hĂĄ mais de 180 dias. G ,PRELOL]DGR Demonstrado pelos valores de custo deduzidos
'HPRQVWUDomR GR Ă X[R GH FDL[D ([HUFtFLR Ă€QGR HP GH GH]HPEUR (P UHDLV PLO Fluxo de caixa operacional 2017 2016 Lucro lĂquido do exercĂcio 16.097 17.469 Ajustes Rendimento de tĂtulos e valores mobiliĂĄrios (253) (261) Resultado de equivalĂŞncia (4.847) (4.933) Depreciação e amortização 3.873 3.874 ProvisĂŁo para crĂŠditos de liquidação duvidosa 1.675 648 Lucro lĂquido ajustado 16.545 16.797 Variaçþes no capital circulante Variaçþes dos ativos e passivos operacionais Contas a receber (562) (936) Impostos a recuperar (87) 538 Adiantamentos 103 1 DepĂłsitos caução - (305) Fornecedores (142) (406) SalĂĄrios e encargos sociais (11) 9 Adiantamento de clientes 57 ProvisĂŁo para contigĂŞncias (136) 136 Outros 386 278 Fluxo de caixa gerado pelas operaçþes 16.153 16.112 Fluxo de caixa de investimentos Aumento nos ativos intangĂveis 1 Compra/venda de titulos e valores mobiliĂĄrios (2) (348) Operaçþes com partes relacionadas (2.036) 288 Dividendos recebidos 6.561 4.943 Aquisição de imobilizado (36) (71) Fluxo de caixa gerado pelas (aplicados nas) atividades de investimento 4.487 4.813 )OX[R GH FDL[D GH Ă€QDQFLDPHQWRV Dividendos Pagos (21.015) (20.978) )OX[R GH FDL[D DSOLFDGRV QDV DWLYLGDGHV GH Ă€QDQFLDPHQWR (21.015) (20.978) Fluxo de caixa (375) (53) Fluxo de caixa Caixa e equivalentes de caixa no inĂcio do exercĂcio 432 485 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercĂcio 57 432 Variação de Caixa (375) (53) da respectiva depreciação acumulada. A depreciação ĂŠ calculada pelo mĂŠtodo linear Ă s taxas anuais consideradas compatĂveis com o tempo de vida Ăştil e econĂ´mica dos bens. (e) Outros ativos e passivos, circulante e nĂŁo circulante. SĂŁo demonstrados pelos valores de custo ou realização e inclui, quando aplicĂĄvel, os encargos financeiros auferidos, reconhecido prĂł-rata atĂŠ a data do balanço. (f) Imposto de renda e contribuição social. SĂŁo computados em base mensal sob a sistemĂĄtica do lucro presumido, cuja base de cĂĄlculo do imposto de renda ĂŠ calculada Ă razĂŁo de 32% para a receita proveniente de aluguĂŠis e 100% para as receitas financeiras; a contribuição social sobre o lucro lĂquido ĂŠ calculada Ă razĂŁo de 32% sobre as receitas brutas, sobre as quais se aplicam as alĂquotas nominais. Nota 3 - PatrimĂ´nio lĂquido: Em 31 de dezembro de 2017, o capital social da Companhia ĂŠ de R$ 61.826.576,56 (2016 R$ 61.826.576,56), dividido em 5.296.632.425 açþes ordinĂĄrias, nominativas e sem valor nominal. DIRETOR ESTATUTĂ RIO: FREDERICO DA CUNHA VILLA – CPF: 029.343.527-81; CONTADOR: RAFAEL DA SILVA BITTENCOURT – CRC: 110239/O-4
(GLWDO GH FLWDomR FRP SUD]R GH GLDV 2 'U 6HEDVWLmR 3HUHLUD GRV 6DQWRV 1HWR -XL] GH 'LUHLWR 7LWXODU GD � 9DUD &tYHO QD IRUPD GD OHL ID] VDEHU D WRGRV TXDQWRV R FRQKHFLPHQWR GR SUHVHQWH GHYD SHUWHQFHU TXH SRU HVWH MXt]R H VHFUHWDULD WrP DQGDPHQWR RV DXWRV GD $omR 0RQLWyULD SURFHVVR Qž UHTXHULGD SRU +6%& %DQN %UDVLO 6 $ HP IDFH GH %LFL 6KRS %LFLFOHWDULD /WGD 3RU QmR ORJUDUHP r[LWR HP GHVFREULU R SDUDGHLUR GR UpX %LFL 6KRS %LFLFOHWDULD /WGD TXH VH HQFRQWUD HP ORFDO LQFHUWR H QmR VDELGR H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO SDUD FLWi OD SDUD WRPDU FRQKHFLPHQWR GD DomR H SDUD TXHUHQGR HIHWXDU R SDJDPHQWR GR GpELWR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV RX RIHUHFHU HPEDUJRV VRE SHQD GH UHYHOLD 1mR VHQGR FRQWHVWDGD D DomR SUHVXPLU VH mR FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DOHJDGRV SHOR DXWRU ( SDUD TXH QLQJXpP SRVVD DOHJDU LJQRUkQFLD VHUi R SUHVHQWH SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL H DIL[DGR HP ORFDO GH FRVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH MXQKR GH . H
COMARCA DE BELO HORIZONTE - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - Prazo de 30 dias. O Dr. Renato CĂŠsar Jardim, MM. Juiz de Direito da 13ÂŞ Vara CĂvel da Comarca de Belo Horizonte-MG, em exercĂcio, na forma da lei etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente, ICARO DE BARROS LIMA, CPF nÂş16.909.876-26, aqui denominados executado, nos autos da Ação de Execução TĂtulo Extrajudicial, Processo nÂş 0024.12.243.586-0, proposta por Casa Ăšnica Materiais de Construção Ltda, CNPJ nÂş 25.618.174/0001-43, tendo por objeto o cheque nÂş 000075, Banco Santander, AgĂŞncia 3007, constando dos autos que estĂĄ em lugar incerto e nĂŁo sabido, ĂŠ o presente edital para CITĂ -LOS para efetuar o pagamento da quantia de R$ 6.458,34 (seis mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e trinta e quatro centavos), acrescida de honorĂĄrios advocatĂcios e custas iniciais no prazo de 03(trĂŞs) dias. No caso de pagamento integral do dĂŠbito, a verba honorĂĄria serĂĄ reduzida pela metade. Os executados poderĂŁo opor-se Ă execução por meio de embargos, que deverĂŁo ser oferecidos no prazo de 15 dias. Os executados tem direito de parcelar o dĂŠbito em atĂŠ 06 (seis) vezes na forma do art. 745, A do CPC, sob as penas da lei e com a advertĂŞncia do art. 257, inciso IV, do mesmo Diploma Legal . Dado epassado nesta cidade e comarca de Belo Horizonte, aos 12 dias do mĂŞs de Julho de 2018. Eu, FabrĂzio Teixeira Campos , EscrivĂŁo Judicial, conferi, subscrevendo-o, por ordem do MM. Juiz de Direito.
AVISO DE SUSPENSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO O Instituto Estadual do PatrimĂ´nio HistĂłrico e ArtĂstico de Minas Gerais torna pĂşblico aos interessados que a ConcorrĂŞncia nÂş 02/2018, cujo objeto ĂŠ a Execução de obra de restauração arquitetĂ´nica, incluindo instalaçþes complementares e restauração de elementos artĂsticos integrados da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, localizada em CĂłrregos, distrito de Conceição do Mato Dentro/MG estĂĄ SUSPENSA. Belo Horizonte, 26 de julho de 2018. Presidente da ComissĂŁo Permanente de Licitação, Paulo Roberto Amaral Prates. Maiores informaçþes (31) 3235-2847.
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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POLÍTICA FUNCIONALISMO
STF suspende decisão da Justiça mineira Obrigação de pagamento dos servidores estaduais da educação até o 5ºdia útil do mês é derrubada Brasília - O ministro Dias Toffoli, vice-presidente no exercício da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que determinou o pagamento dos servidores públicos da educação estadual até o quinto dia útil de cada mês. A decisão foi tomada na Suspensão de Tutela Provisória (STP) 78, ajuizada pelo governo mineiro. O Estado vem pagando os salários dos servidores em três parcelas por mês. A primeira instância da Justiça estadual negou liminar em ação ajuizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) em Minas Gerais. No entanto, desembargadora do TJMG acolheu recurso da entidade sindical e determinou ao Executivo o pagamento integral do salário dos professores no quinto dia útil, sob o fundamento de que tal prática foi consolidada como um costume e não poderia ser suplantada, sob pena de ofensa aos princípios da boa-fé, da segurança jurídica e da dignidade da pessoa humana.
No STF, o governo do Estado alegou que a decisão questionada contraria jurisprudência do próprio TJMG e dos tribunais superiores no sentido da possibilidade de escalonamento no pagamento dos servidores. Sustentou que o aumento dos gastos com pessoal não acompanhou o ritmo do crescimento da receita do estado, tornando inevitável a adoção do escalonamento, método que não fere direito adquirido dos servidores. O ministro Dias Toffoli verificou que houve, no caso, violação à ordem pública sob os aspectos econômico e administrativo. Ele destacou que, em diversas decisões, o Supremo reconheceu que a situação de agravamento da crise econômica no País autoriza a tomada de medidas excepcionais, entre elas o escalonamento no pagamento dos salários dos servidores públicos. Toffoli observou ainda que documentos trazidos aos autos demonstram a dificuldade financeira pela qual passa o Estado de Minas Gerais em decorrência da queda das expectativas de arrecadação. “A suspen-
NELSON JR/STF
são desse escalonamento no pagamento dos salários dos servidores da educação pode comprometer o tênue equilíbrio orçamentário obtido pelo estado, pondo em risco o pagamento dos salários dessa e de outras categorias de servidores, no futuro”, concluiu o ministro de acordo com informações do site do STF. Contribuição – Em outra decisão, o, ministro Dias Toffoli suspendeu uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que impedia o aumento de 11% para 14% da alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos estaduais. O pedido de suspensão de liminar foi ajuizado pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Fundo Único de Previdência Social do Estado contra decisão proferida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça. O tribunal do Rio acolheu pedido de entidades de classe e suspendeu o dispositivo da lei estadual que elevava a alíquota da contribuição previdenciária do funcionalismo do Estado. Na decisão, Toffoli lembrou que tramita na Corte
Toffoli levou em consideração a dificuldade financeira do governo de Minas na decisão
um recurso extraordinário com agravo (ARE) que discute os parâmetros constitucionais para o aumento da contribuição previdenciária de servidores vinculados a regime próprio de previdência social. Em março do ano passado, o relator do recurso, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, sobre a matéria, em curso
CONTAS IRREGULARES
VALTER CAMPANATO/ABr
blico Eleitoral (MPE), partidos e coligações possam impugnar eventuais candidaturas de quem estiver com a restrição. As contestações poderão ser feitas na Justiça Eleitoral a partir do dia 15 de agosto, quando termina o período de registro das candidaturas. De acordo com Lei de Inelegibilidades (LC 64/1990), conhecida como Lei da Ficha Limpa, quem exerceu cargo ou função pública e teve as contas de sua gestão rejeitadas, e não há mais como recorrer da decisão, não pode se candidatar a um cargo Raimundo Carreiro entregou documento ao ministro Fux eletivo nas eleições que ocor“A nossa preocupação é rerem nos oito anos seguintes dessa lista, o cidadão vai após a data da decisão final ter a ciência de quem é que dar ao cidadão o conhecivai falar por ele na casa do mento das pessoas que estão do tribunal de contas. se candidatando na eleição. Fux lembrou que a presen- povo”, afirmou. Segundo Fux, a Justiça O cidadão tem o direito de ça do eventual candidato na lista é o primeiro indício de Eleitoral está preparada para saber como é a vida pregresque ele poderá ser considera- julgar, de forma célere, os sa daquela pessoa que ele do “ficha suja”, no entanto, o pedidos de candidaturas que vai indicar como seu reprecaso deverá ser julgado pela podem estar com problemas sentante na casa do povo”, completou. (ABr) Justiça Eleitoral. “Através antes do pleito.
REGIME PREVIDENCIÁRIO
Adesão à Funpresp provoca polêmica Brasília - A Justiça Federal em Brasília aceitou o pedido de uma juíza trabalhista e suspendeu liminarmente o prazo para que ela decidisse se vai aderir ou não ao regime de previdência complementar dos servidores públicos, instituído pela Fundação de Previdência Complementar dos Servidores (Funpresp). O prazo para a adesão se encerra amanhã. A juíza que havia recorrido ao Judiciário argumentou que tomou posse em 2005 e se encontra no grupo de servidores que podem optar pelo novo regime previdenciário. Ela disse que, pela nova regra, a aposentadoria está ligada ao teto do regime geral da Previdência social
acrescido do pagamento de um benefício especial. Esse benefício especial é destinado a compensar contribuições já feitas pelo servidor superiores ao teto do regime geral, entre o ingresso da pessoa no serviço público e a adesão ao novo regime. Essa diferença decorre do fato de que contribuição feita pelo servidor - antes da Funpresp - é superior. Para a autora da ação, o poder público deve oferecer informação precisa e sem dúvidas sobre se o benefício especial se trata de uma indenização, que não incide qualquer tipo de tributação, ou de natureza remuneratória ou previdenciária, que é sujeita à futura tributação.
nhecida por esta Suprema Corte, fato que, isoladamente, presta-se a fundamentar sua cassação”, escreveu o presidente em exercício. Como a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, ocupará interinamente a Presidência da República até a sexta-feira, 27, cabe ao vice-presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, decidir nesse período de recesso sobre os casos considerados urgentes. (AE)
DESVIO EM OBRAS
TSE recebe lista de 7,4 mil gestores Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ontem uma lista com 7,4 mil nomes de gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas por tribunais de contas por irregularidades insanáveis. Com base nas informações, repassadas pelo Tribunal de Contras da União (TCU), a Justiça Eleitoral poderá barrar a candidatura nas eleições de outubro de quem estiver na lista, porque os eventuais candidatos são considerados inelegíveis. A lista foi entregue pelo presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, ao presidente do TSE, ministro Luiz Fux. Os nomes se referem a agentes públicos que atuaram como responsáveis pelo gerenciamento de recursos públicos federais antes das eleições. O TSE vai publicar os nomes para que o Ministério Pú-
no território nacional. De acordo com Toffoli, o tribunal estadual não poderia ter concedido tutela de urgência, desrespeitando a determinação de Barroso. “Assim, a decisão atacada, proferida vários meses mais tarde, ao admitir o trâmite da aludida representação de inconstitucionalidade, desrespeitou o comando exarado pelo ministro relator do referido ARE, cuja repercussão geral fora reco-
Ela disse que há posições divergentes sobre o entendimento desse benefício, o que torna impossível tomar uma decisão sobre se adere ao novo regime ou não. Na decisão, a Justiça Federal do DF deu razão à juíza trabalhista e disse que não existem “informações suficientes, claras e precisas acerca da situação futura dos optantes pelo novo regime, especialmente quanto à natureza do ‘benefício especial’”. “Assim, verifico que se encontra demonstrada a probabilidade do direito alegado, bem a como o risco ao resultado útil da demanda, tendo em vista que o prazo estipulado legalmente para o exercício de opção se esgota
no dia 28 de julho de 2018”, disse a Justiça Federal, em decisão obtida pela Reuters, ao suspender o prazo para a escolha até que haja uma manifestação definitiva, administrativa ou judicial, acerca da natureza jurídica do benefício especial. A adesão ao novo regime previdenciário dos servidores públicos tem sido baixa. No fiml de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o prazo limite de 28 de julho para a migração para a Funpresp. A Associação dos Magistrados Brasileiros e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) haviam questionado o prazo fixado. (Reuters)
Aloysio Nunes vai depor como testemunha no processo do Rodoanel São Paulo - Alertado sobre a possibilidade de ser conduzido de forma coercitiva, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), afirmou que, quando retornar ao País de uma missão diplomática, vai informar o dia em que prestará depoimento como testemunha em processo envolvendo supostos desvios na empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). O tucano foi arrolado pela defesa de Tatiana Arana de Souza, filha do ex-diretor da empresa, Paulo Vieira de Souza, de quem é amigo. Em ata de audiência no dia 13 de julho, a juíza da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Maria Isabel do Prado, registrou que “embora tenha sido devidamente oficiado por meio de seu gabinete para designar data para sua oitiva, não houve resposta com a confirmação da data sugerida pelo juízo ou a indicação de data diversa”. “Nesta hipótese, de acordo com a lei e com o entendimento firmado pelo E. STF no julgamento da Ação Penal nº. 421 QO/SP, noticiado no Informativo nº 564, de 28/10/2009, restará prejudicada a prerrogativa legal da autoridade e esta será intimada para se apresentar para depoimento em data e horário a serem definidos pelo juízo sob pena de condução coercitiva, nos termos do artigo 218 do diploma processual penal”, anotou. Na última quarta-feira (25), a magistrada proferiu nova decisão. “Diante da notícia de que a testemunha Aloysio Nunes Ferreira Filho, ministro de Estado das
Relações Exteriores, estará em missão diplomática no exterior no dia 26/07/2018, redesigno a data sugerida para sua oitiva para o dia 9 de agosto de 2018, às 10:00 horas, sem prejuízo dos interrogatórios a serem realizados”. Por meio de sua assessoria de imprensa, Aloysio afirmou que “quando retornar ao país, no início de agosto, irá informar à juíza Maria Isabel do Prado a data em que irá comparecer ao tribunal”. Ele afirma desconhecer a intimação, pois está em missão diplomática desde 14 de julho. Operador - Além da ação penal por supostos desvios de R$ 7,7 milhões em reassentamentos para obras do Rodoanel Trecho Sul de São Paulo, Paulo Vieira de Souza é investigado por supostamente operar propinas para o PSDB. Ex-executivos das empreiteiras Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez relataram à Polícia Federal terem feito repasses de 0,75% ao ex-diretor da Dersa no âmbito da construção do Rodoanel Em cooperação com autoridades Suíças, a Lava Jato descobriu conta atribuída a Souza com R$ 113 milhões não declarados. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministro Aloysio Nunes informou que “desconhece a intimação, pois está em missão diplomática fora do Brasil desde o último dia 14 de julho”. “Quando retornar ao País, no início de agosto, o chanceler irá informar à juíza Maria Isabel do Prado a data em que irá comparecer ao tribunal”, assinala a nota. (AE)
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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
ELEIÇÕES
Centrão oficializa apoio a Alckmin Pré-candidato do PSDB à Presidência já acertou uma aliança com nove partidos Brasília - O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, recebeu ontem formalmente o apoio do Centrão - formado por PP, DEM, PR, PRB e SD -, mas sem uma definição do nome que comporá a chapa presidencial como candidato a vice. O empresário Josué Gomes, que foi indicado pelo grupo para ser o vice do tucano, recusou o convite, segundo informação dada a jornalistas pelo cacique do PR Valdemar Costa Neto. Logo após o anúncio do apoio, em um hotel em Brasília, Alckmin disse que não há pressa para a definição do vice, já que a convenção do PSDB será realizada apenas em 4 de agosto, e que a escolha do nome será uma decisão coletiva. “Agora vamos nos debruçar na questão do vice”, disse o ex-governador de São Paulo, comentando que acabava de receber formalmente o apoio do grupo de partidos. “O vice é uma decisão coletiva, não temos pressa, temos até o dia 4 de agosto, que é a data da convenção”, disse. Alckmin afirmou não ter preferências, mas reconheceu que a escolha deverá complementar a chapa. Os líderes do Centrão, no entanto, já estavam reunidos na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), após o evento no hotel, para discutir nomes para a vaga. Costa Neto falou com
ANTONIO CRUZ / ABr
Geraldo Alckmin recebeu o apoio formal dos dirigentes do PP, DEM, PR, PRB e SD à sua pré-candidatura a presidente
os jornalistas sobre a desistência de Josué ao chegar para essa reunião. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD), o Paulinho da Força, se não houver convergência, o grupo poderá apresentar uma lista de nomes para Alckmin. O prefeito de Salvador e presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, disse que seu partido, assim como os demais integrantes do bloco, irá sugerir quadros, mas que a palavra final será do tucano. “O Democratas não trabalha nem com im-
posição e nem com vetos”, disse a jornalistas antes de seguir para a reunião para discutir a indicação a vice. “Queremos identificar um nome que tenha o melhor perfil e que possa agregar. Se vai ser do partido A, B ou C, é exatamente a construção que vamos fazer agora. Vamos escolher pelo perfil, e não pelo partido”, declarou. Maia - Integrantes do Centrão dizem que o vice não pode vir do DEM, porque o partido ficaria com muito espaço na coligação, uma
vez que a legenda já tem a promessa da manutenção de Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados por mais um período de dois anos. Maia não participou do evento para o anúncio formal de apoio a Alckmin, mas teve uma carta lida pelo presidente do DEM, na qual abriu mão oficialmente de sua postulação à Presidência da República. “Arquivo, momentaneamente, a pretensão presidencial que vislumbrei para marcharmos juntos, em 2018, com o projeto que
estamos construindo em torno de Geraldo Alckmin”, afirmou Maia na carta. O presidenciável tucano defendeu um “esforço conciliatório” para ganhar as eleições e governar o País e argumentou que a democracia, a economia e as conquistas sociais se fortalecem quando o Brasil busca a “pacificação”. “Essa não é uma tarefa para uma pessoa ou um partido, é uma tarefa coletiva”, disse o tucano, em discurso após a formalização do apoio do Centrão. (Reuters)
Temer confirma Meirelles na disputa pelo MDB Joanesburgo - O presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem que o MDB manterá a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles nas eleições 2018, apesar de a maior parte dos partidos da base governista terem formalizado uma aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). “A candidatura do Meirelles continua, é uma candidatura já pré-lançada”, disse o presidente depois de reuniões na 10ª Cúpula dos BRICS, realizada na África do Sul. A adesão do Centrão a Alckmin, apalavrada na semana passada, mudou as
estratégias eleitorais das pré-campanhas e beneficiou o tucano, visto com desconfiança por parcela do Planalto por se negar a defender abertamente o presidente. Na prática, Alckmin terá o maior tempo de exposição no horário eleitoral gratuito em rádio e TV, por causa da coligação com DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade - todos partidos com cargos de relevo no governo Temer. Ele também é apoiado por PSD, PTB e PPS, da base de Temer A aliança do bloco com o tucano prejudicou as tratativas de Meirelles, que vinha tentando a adesão de pelo menos parte do bloco a seu projeto presidencial, e ficou
isolado. Ele ainda tenta conquistar partidos nanicos para sua candidatura. Na próxima semana, a última do prazo legal para os partidos realizarem as convenções que escolhem os candidatos no pleito de outubro, Meirelles tentará sagrar-se o nome do MDB para disputar a Presidência da República nas eleições 2018. O encontro está marcado para o dia 4 de agosto. No fim de semana, o articulador político de Temer, ministro Carlos Marun (Governo), escreveu a parlamentares do MDB e a Meirelles uma mensagem dizendo que houve um veto à negociação avançada que
o Centrão mantinha com Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência. Ele dizia que Alckmin não merecia o apoio do MDB. “A atitude de Alckmin nas denúncias (contra Temer) o torna não merecedor do nosso apoio. Ajudamos a sua candidatura é verdade, ao vetarmos o apoio do Centrão ao débil mental do Ciro Gomes. Este apoio foi para os tucanos, mas isto não é de todo ruim. Sabemos que a tucanidade de Alckmin não o faz o candidato para o agora”, escreveu Carlos Marun, no último domingo (22). Ao comentar o papel do governo nas costuras eleitorais, Temer usou uma expressão
mais branda que Marun para se referir à pressão exercida sobre o Centrão e se negou até a citar o nome de Ciro. “Não houve, efetivamente, digamos assim, um impedimento proposto pelo governo em relação à candidatura do outro candidato a presidente que você acabou de mencionar. Mas houve a compreensão, muito adequada, dos partidos da base aliada, que não poderiam apoiar alguém que critica acidamente o governo. Não haveria condições de eles virem a apoiar alguém que radicalmente se opôs às teses do governo, teses do Executivo e aprovadas pelo Legislativo”, disse Temer. (AE)
ACM Neto busca nome para vice Brasília - Sem consenso para indicar um vice a Geraldo Alckmin depois da negativa de Josué Gomes, o Centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) designou o presidente do DEM e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, para negociar com o candidato tucano o novo nome para o cargo. “Decidimos por unanimidade que vai haver uma conversa com Alckmin para ver se conseguimos chegar a um acordo entre todos os partidos da coligação”, disse o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, depois de mais uma reunião na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira. Além dos cinco partidos do Centrão, Alckmin também já tem acertado o apoio também de PTB, PSD, PPS e PV. As conversas, segundo ACM Neto, irão incluir todos esses partidos. “Vamos tratar agora de critérios e perfis, não vai se tratar agora deste ou daquele nome. O que importa é buscar um nome que agregue”, disse ACM Neto. A negativa de Josué chegou por carta aos presidentes dos partidos logo depois do anúncio formal do apoio feito pelos cinco partidos em uma entrevista. Josué alega questões pessoais e elogia a decisão dos partidos de apoiar Alckmin, afirmando ser “lúcida e acertada”. A ideia inicial dos partidos, segundo ACM Neto e Paulinho afirmaram logo depois do anúncio do apoio, era, caso não houvesse um consenso, levar uma lista de nomes a Alckmin. No entanto, o Centrão preferiu agora discutir primeiro com o presidenciável para não criar problemas internos no grupo, já que o PRB, por exemplo, já havia vetado um nome do DEM. (Reuters)
Para Ciro Gomes, Josué Gomes foi vítima de armadilha São Paulo - O empresário Josué Gomes, que oficializou ontem sua recusa em ser vice na chapa do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, foi vítima de uma armadilha por parte dos partidos que integram o Centrão, afirmou ontem o candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes. “Na medida em que ele foi orientado por Lula a entrar no PR, ele entrou numa armadilha”, disse o pedetista, que participou, em São Paulo, da convenção estadual do partido. Ciro, que também sondou o empresário para vice, voltou a elogiar Josué, mas disse entender, no entanto, que a notícia da recusa tem pouco
a ver com a sua campanha. Josué, que é filho do ex-vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, José Alencar, foi anunciado como o nome do Centrão na semana passada para compor a chapa com o tucano. No entanto, ele declinou do convite, um movimento que foi oficializado com uma carta de quatro parágrafos nesta quinta-feira. Nela, o herdeiro da Coteminas disse ter declinado por “motivos pessoais”. Ciro, que até meados da semana passada também esteve próximo de fechar com o Centrão, disse ontem que “jamais” esteve em seus planos estratégicos fazer uma aliança “com
UESLEI MARCELINO / REUTERS
essa gente”. “Eles que me procuraram, que toparam conversar comigo”, disse. O pedetista negou também que a polêmica entrevista a uma TV no Maranhão, em que disse ser necessário o colocar juízes e o Ministério Público “na caixinha”, tenha causado estremecimentos em sua campanha. “Não que eu saiba”, desconversou. A polêmica levantada com a entrevista concedida no último dia 16 à TV Difusora, do Maranhão, causou desconforto na campanha e levou Ciro a ameaçar desistir da própria candidatura. Ele teria sido contido com a ajuda de seu irmão, o ex-governador do Ceará Cid Ciro Gomes negou que mantinha planos de fazer aliança com os partidos do Centrão Gomes. (AE)
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NEGĂ“CIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
DANIEL MANSUR/DIVULGAĂ‡ĂƒO
HOTELARIA
BHB e Actuall se unem em empresa de gestĂŁo comercial Nossos HotĂŠis vai atuar com segmento independente THAĂ?NE BELISSA
O segmento de hotĂŠis independentes em Minas Gerais acaba de ganhar um novo player, que promete trazer mais inteligĂŞncia para a ĂĄrea comercial dos empreendimentos. Criada por meio da parceria entre os hotĂŠis Actuall e BHB, a empresa Nossos HotĂŠis oferece o serviço de gestĂŁo comercial e venda conjunta para hotĂŠis independentes e tem a meta de aumentar em 15% a receita de cada empreendimento que compor sua carteira. O diretor do Nossos HotĂŠis e do BHB Hotel, Diogo Alves, explica que a empresa nasceu da experiĂŞncia de compartilhamento da gestĂŁo comercial entre o hotel que ele dirige e o Actuall. Segundo ele, apesar de estarem no mesmo Estado e terem a mesma configuração de midscale (trĂŞs a quatro estrelas), os empreendimentos nĂŁo sĂŁo concorrentes e, por isso, os gestores perceberam que era vantajoso trabalharem juntos, dando ĂŞnfase naquilo que os une. “O Actuall fica em Contagem e ĂŠ mais voltado para eventos. JĂĄ o BHB fica na avenida Cristiano Machado. Embora nĂŁo sejamos concorrentes por causa do perfil de cada um, percebemos que, na hora de vender, ĂŠ igual. E, seja na captação de clientes nos meios digitais, ou na venda direta para as agĂŞncias, o trabalho em conjunto nos favoreceriaâ€?, afirma. O diretor explica que o compartilhamento da equipe e dos gastos de marketing, o aproveitamento de um mesmo representante comercial que viaja para vender e a troca de expertise entre os empreendimentos trazem ganhos diretos para os hotĂŠis
envolvidos na parceria. “O representante que chega na agĂŞncia com mais uma opção de hotel tem mais eficiĂŞncia nas vendas. Isso porque ele dĂĄ mais opçþes ao comprador e ganha o tempo deleâ€?, diz. Ele completa explicando que, para os hotĂŠis, o ganho estĂĄ em receberem mais visibilidade. Alves afirma que a parceria entre o BHB e o Actuall jĂĄ tem gerado resultados prĂĄticos. Desde o inĂcio do compartilhamento da gestĂŁo comer-
cial, o BHB registrou um aumento de 15% na receita total e um crescimento de 25% no valor de sua diĂĄria mĂŠdia. “A troca de informação entre os dois empreendimentos e a criação de uma equipe comercial mais forte e atuante trouxe novos hĂłspedes para o BHB, o que nos possibilitou valorizar o preço da nossa diĂĄriaâ€?, explica. Ele afirma que a mesma metodologia de compartilhamento de gestĂŁo comercial e venda conjunta serĂĄ
HotĂŠis Actuall e BHB jĂĄ contam com uma parceria de gestĂŁo comercial compartilhada
oferecida aos demais hotÊis independentes. O serviço serå prestado por meio da empresa Nossos HotÊis, que cobrarå uma porcentagem em cima do faturamento total do hotel cliente. A expectativa do diretor Ê atender mais dez hotÊis independentes atÊ 2020 e gerar um acrÊscimo
de 15% na receita de cada as especificidades de cada empreendimento. “Somos um deles. uma rede de comercialização PadrĂŁo - O diretor afirma de hotĂŠis independentes, que, diferente das redes de entĂŁo nĂŁo estabelecemos hotĂŠis, a Nossos HotĂŠis nĂŁo padrĂŁo para nada. Vamos exige um padrĂŁo dos empre- entender a especificidade endimentos que fazem parte de cada empreendimento e de sua carteira. Pelo contrĂĄrio, vendĂŞ-lo de acordo com sua a ideia ĂŠ justamente valorizar especialidadeâ€?, diz.
TECNOLOGIA
Colombiana Viajala abre base na Capital JULIANA BAETA
O Viajala, plataforma de busca e comparação de preços de passagens e hotĂŠis, acaba de instalar uma base de operaçþes em Belo Horizonte. No Brasil hĂĄ cerca de dois anos, a empresa operava apenas com uma base em SĂŁo Paulo, e decidiu instalar sua segunda base na capital mineira levando em consideração que 10% dos usuĂĄrios brasileiros que realizam buscas pelo site sĂŁo mineiros. AlĂŠm disso, marcas relevantes no mercado de turismo on-line como a Max Milhas e a 123 Milhas, parceiras da empresa, estĂŁo em Belo Horizonte. “Entendemos que Belo Horizonte, Minas Gerais, tem uma relevância muito grande na operação da empresa no Brasil. E como nĂłs tambĂŠm fornecemos dados e inteligĂŞncia para os usuĂĄrios, fazemos muitas pesquisas de tendĂŞncias, preços, conteĂşdos focados no comportamento do viajante, essa operação
na capital de Minas nos faz ter dados relevantes sobre e para os viajantes de BHâ€?, explica o diretor da empresa no Brasil, Eduardo Martins. Nascido na ColĂ´mbia, o foco do Viajala ĂŠ o mercado latino-americano. Presente em sete paĂses, incluindo a Espanha, o site foca suas buscas em companhias aĂŠreas nacionais e hotĂŠis locais. O Brasil jĂĄ ĂŠ o segundo maior mercado da empresa, perdendo apenas para a ColĂ´mbia. Para se ter uma ideia, sĂł no primeiro semestre deste ano foram 1,9 milhĂŁo de buscas no PaĂs, um crescimento de 120% em comparação com o mesmo perĂodo do ano passado. SĂł em 2018, o investimento destinado ao Brasil ĂŠ de R$ 1 mi, sendo a maior parte aplicada no marketing. “A ideia ĂŠ entregar para o viajante brasileiro, preços de marcas que sejam relevantes para ele, marcas locais. Algo que nos orgulhamos ĂŠ ser uma empresa 100% latino-americana, independente,
sem estar embaixo de um grupo maior, uma empresa global. Nossa especialidade ĂŠ o mercado latino e atĂŠ a entrada da Espanha foi importante para nĂłs, porque algumas marcas com quem temos relacionamentos sĂŁo de lĂĄ. EntĂŁo, trazer empresas da Europa usando como porta de entrada a AmĂŠrica Latina
ĂŠ uma grande oportunidadeâ€?, ressalta. Para ter inĂcio, o Viajala recebeu o financiamento de uma startup chilena do grupo TelefĂ´nica. Como funciona - A ferramenta de comparação de preços ĂŠ acionada quando o viajante acessa o site Viajala,
faz a busca de onde e para onde quer viajar, encontra as melhores opçþes de preços, tanto de hotÊis como de passagens aÊreas e, ao escolher sua melhor opção, Ê direcionado para o site da respectiva marca. Diferente de outros sites, a plataforma não realiza a venda de passagem ou de hotÊis.
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MERCADO DE TRABALHO
Setor mantĂŠm 276,8 mil empregos no Estado, aponta a FecomĂŠrcio MG
DA REDAĂ‡ĂƒO
Neste ano, o setor de turismo em Minas Gerais tem mantido o volume de postos de trabalho, apĂłs um perĂodo de queda acentuada. Em junho, 276.813 trabalhadores estavam registrados na atividade, o que representa estabilidade tanto em relação a maio deste ano (-0,04%), quanto ao saldo apurado no mesmo mĂŞs de 2017 (-0,3%). Grande parte da mĂŁo de obra (146.013 empregados) estĂĄ na ĂĄrea de restaurantes e similares. Os nĂşmeros fazem parte do estudo “Indicadores de Empregabilidade no Turismoâ€?, elaborado pela Federação do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (FecomĂŠrcio MG), com base
nos dados levantados pela Confederação Nacional do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MinistĂŠrio do Trabalho. O objetivo ĂŠ retratar a evolução desse mercado de trabalho, que movimenta diversos segmentos e muitos municĂpios mineiros. A pesquisa revela uma boa capacidade de recuperação do setor, de um modo geral. “O turismo sentiu muito o impacto da crise, com fechamento sistemĂĄtico de vagas desde 2015, aproximadamente. Agora percebemos uma retomada mais consistente e muito importante para o setorâ€?, observa o coordenador da ĂĄrea de NegĂłcios TurĂsticos da FecomĂŠrcio
MG, Danilo Manna. Em Minas Gerais, a taxa de empregabilidade se concentra no segmento de hospedagem e alimentação (64,4%), seguido por transporte de passageiros (31,9%), cultura e lazer (2,2%) e agentes de viagens (1,5%). “A recente desvalorização do real frente ao dĂłlar poderĂĄ estimular ainda mais as famĂlias a optarem pelas viagens domĂŠsticas em detrimento das internacionais, incrementando o desempenho do setor em Minasâ€?, completa Manna. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE), atĂŠ maio, o volume de atividades turĂsticas no Estado cresceu 1,7% no acumulado do ano e 2,3% no acumulado em 12 meses.
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NEGÓCIOS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Mesa Brasil cresce em Minas Gerais Projeto do Sesc completa 15 anos e abre o quarto banco de alimentos no Estado
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THAÍNE BELISSA
O ano de 2018 é de comemoração para o Serviço Social do Comércio (Sesc) e todas as empresas, instituições sociais e voluntários envolvidos no Mesa Brasil, programa de segurança alimentar e nutricional que está completando 15 anos. Em Minas Gerais, os parceiros deste projeto têm ainda mais motivos para celebrar: a rede de banco de alimentos no Estado ganhou mais uma unidade em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Com ela, Minas Gerais chega a quatro unidades do Sesc que oferecem o programa e recolhem alimentos excedentes para distribuição em creches, abrigos, comunidades terapêuticas, entre outras instituições sociais. A gerente de Assistência do Sesc em Minas Gerais, Eliana Mascarenhas, afirma que os últimos 15 anos foram de muito crescimento para o programa no Estado, que começou com apenas uma unidade em Belo Horizonte. Em 2013, o programa chegou a Montes Claros, no Norte de Minas, e, em 2014, a Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Em fevereiro deste ano, o Mesa Brasil chegou também a Juiz de Fora, aumentando a rede de empresas, instituições sociais e voluntários no Estado. “Hoje temos quatro unidades do Sesc desenvolvendo o Mesa Brasil, mas o número de cidades beneficiadas é muito maior, chegando a 59 ao todo. É muito gratificante ver essa evolução do programa ao longo dos anos, principalmente porque sabemos que estamos ajudando tanto as instituições sociais, levando o alimento até elas, quanto as empresas, que não sabiam que destinação dar a esses produtos que não têm valor comercial”, afirma. A gerente explica que o objetivo do Mesa Brasil é combater a fome e o desperdício por meio da distribuição de
alimentos excedentes em empresas, como supermercados, padarias e sacolões. O projeto também recebe doações que vêm direto dos produtores rurais. “Recebemos produtos que não têm valor comercial, mas permanecem com o valor nutricional. Um exemplo é o alimento cuja validade está próxima e não chegaria a tempo no ponto de venda. Ou, ainda, frutas e legumes que já estão bem amadurecidos e, por isso, evitados pelos clientes”, explica. De acordo com a gerente, 80% dos alimentos que chegam ao Sesc são de hortifrúti. Em 2017, o projeto Mesa Brasil em Minas Gerais doou 18 milhões de quilos de alimentos para 928 instituições sociais por meio da parceria com 262 empresas. Ao todo, 1,350 milhão pessoas foram beneficiadas pelo programa no Estado. A gerente afirma que a meta para os próximos anos é ampliar a capitação de produtores rurais para aumentar as doações de alimentos vindos direto do campo e intensificar as ações de apoio às instituições sociais. ODS - Eliana Mascarenhas lembra que a atuação do Sesc por meio do Mesa Brasil segue a linha dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. De acordo com ela, o programa atua no fortalecimento de, pelo menos, seis dos 17 ODS, entre eles o primeiro, que é “acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” e o 12º, que é “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”. Além disso, o objetivo 2 “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” também é atendido pelo programa. A gerente destaca que, ao estabelecer parcerias com as empresas, o Sesc ainda incentiva que outras organizações atuem dentro dos ODS. “Em muitas empresas que entramos percebemos uma melhora até no ambiente, pois os funcionários passam a ver que o alimento não é mais desperdiçado. De certa forma levamos as empresas a cumprirem esses objetivos também”, conclui.
TARCIZIO DE PAULA/DIVULGAÇÃO
Projeto do Sesc doou 18 milhões de quilos de alimentos em Minas Gerais no ano passado
Objetivo 2 Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável 2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano 2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas 2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola 2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo 2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente 2.a Aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, para aumentar a capacidade de produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos desenvolvidos 2.b Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha 2.c Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commodities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mercado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade extrema dos preços dos alimentos
Estado deve ganhar unidade administrativa do OSB THAÍNE BELISSA
Presente em vários estados do Brasil com o objetivo de contribuir para a melhoria da gestão pública, o Observatório Social do Brasil (OSB) ganha força em Minas Gerais. Durante evento realizado, nesta semana, na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), em Belo Horizonte, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas) apresentou projeto para a criação da Unidade Administrativa do OSB em Minas Gerais. A unidade vai gerenciar o trabalho do observatório em todo o Estado, atuando em favor da transparência e do controle social das contas públicas em municípios mineiros. O OSB é uma instituição não governamental e sem fins lucrativos, que nasceu no Paraná, mas tem atuação em 130 municípios do Brasil.
A organização criou uma metodologia para monitoramento das compras públicas em nível municipal, desde a publicação do edital de licitação até o acompanhamento da entrega do produto ou serviço. A ideia é agir preventivamente no controle social dos gastos públicos. Por meio de Observatórios Sociais (OS) em cada cidade, o OSB também atua em outras frentes, como educação fiscal, inserção da micro e pequena empresa nos processos licitatórios e construção de indicadores da gestão pública. O presidente do OSB, Ney Ribas, explica que o observatório já atua em Minas Gerais por meio de OS, mas, com a criação da Unidade Administrativa do OSB em Minas Gerais, esse trabalho ficará ainda mais forte no Estado. “A intenção é ter aqui no Estado uma unidade que dê suporte aos observatórios que já existem e coordene a expansão da rede do OSB em Minas. Hoje, nós temos 85 cidades
mineiras com o pedido para constituírem um OS, mas para isso elas precisam receber uma orientação e um passo a passo da metodologia. É por isso que ter uma unidade administrativa aqui facilitará esse trabalho”, explica. Ribas reforçou a importância desse momento para o OSB e frisou seu otimismo em relação ao trabalho do observatório em Minas Gerais. “Esse é um momento histórico. Acredito que, nos próximos dois anos, Minas Gerais pode ser o estado com o maior número de OS no Brasil”, aposta. O presidente da Federaminas, Emílio Parolini, lembrou que a unidade administrativa será importante para a multiplicação do trabalho da OSB em diversos municípios. “Para abrir um OS em um município não é só se cadastrar. Existe uma metodologia extensa a ser cumprida e essa unidade administrativa é que vai viabilizar isso, ajudando nas parcerias necessárias e
fazendo os treinamentos dos envolvidos”, frisou. Segundo ele, o escritório da unidade ficará dentro da sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na região Centro-Sul da Capital. De acordo com ele, a implantação da unidade exigirá um investimento inicial de R$ 20 mil, além de aportes mensais entre R$ 22 mil e R$ 25 mil para a remuneração dos consultores envolvidos no projeto. De acordo com ele, esse investimento será levantado entre entidades de classe, conselhos profissionais, instituições financeiras e empresários mineiros. O presidente do OSB convocou os empresários a participarem desse projeto, que, entre 2013 e 2016, gerou economia de mais de R$ 2 bilhões para os cofres municipais. “Nós empresários às vezes nos esquecemos do nosso maior sócio, que é o governo municipal e que leva mais de 35% de tudo o que produzimos. É
uma questão de escolha: não adianta ficar só reclamando do Congresso. Se eu quero que as mudanças ocorram ou eu coloco a mão na massa ou eu coloco a mão no bolso e apoio financeiramente quem está fazendo algo por essa mudança”, disse. Sete Lagoas - A presidente da OS de Sete Lagoas, Rosana Ribeiro, estava presente no evento e destacou a importância da criação da unidade administrativa no Estado. “Antes precisávamos recorrer ao Paraná, mas agora teremos esse apoio em Minas Gerais, o que é muito positivo. Além de ser uma unidade de auxílio mais próximo, ela também trará mais credibilidade para o OSB no Estado, considerando o fato de que o mineiro é mais desconfiado”, disse. Segundo ela, o OS de Sete Lagoas foi constituído em janeiro deste ano e, até o momento, gerou um volume de R$ 8 milhões de economia para o município.
Ação visa promoção dos ODS DA REDAÇÃO
Se depender da Organização Mundial do Turismo (OMT), o Turismo será um importante aliado no alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Tudo porque a entidade lançou, nesta semana, uma plataforma on-line, que tem como objetivo promover a realização dos ODS por meio do setor de Viagens e Turismo, chamada “Tourism4SDGs”. O desenvolvimento da ferramenta contou com o apoio da Secretaria de Economia da Suíça (Seco). A expectativa é promover um maior engajamento da atividade turística às metas da agenda global de desenvolvimento sustentável. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram propostos por líderes mundiais durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015 e contam com uma rede multidisciplinar de apoio e parcerias, entre diferentes entes, para que sejam alcançados. Entre as 169 metas dos ODS estão: acabar com a pobreza, combater a desigualdade e a injustiça e resolver as mudanças climáticas até 2030. O turismo tem um papel de destaque nesse processo em razão de sua relevância econômica, uma vez que representa cerca de 10% do PIB e do emprego do mundo. Esse cenário faz com que a atividade seja essencial para o avanço dos ODS. “O turismo desempenha um papel vital em muitos, se não em todos, dos 17 objetivos”, afirmou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili. “O turismo amadureceu como uma atividade econômica transversal com profundas ramificações sociais, e a Plataforma de Turismo para ODS está proporcionando à comunidade global de turismo um espaço para co-criar e engajar-se para realizar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, concluiu. Plataforma – O Tourism4SDGs.org é um espaço de cocriação que permite que os usuários acessem diversos recursos, adicionem suas próprias iniciativas, descobertas e projetos, além de motivar discussões e colaboração e compartilhar conteúdo relacionado ao turismo e ao desenvolvimento sustentável. As três principais características da plataforma atuam como uma chamada para ação. Aprender, Compartilhar e Agir, os três níveis de interação no Tourism4SDGs.org, visam não apenas educar, mas também incentivar a conversação e a colaboração para um setor de turismo sustentável. As informações são do Ministério do Turismo.
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AGRONEGÓCIO 10º CENSO AGROPECUÁRIO
Área da agropecuária cresce em MG Pesquisa do IBGE mostra avanço de 10% no número de unidades e maior uso de tecnologias MICHELLE VALVERDE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, ontem, os dados preliminares do 10º Censo Agropecuário. De acordo com as informações analisadas até 30 de junho, em Minas Gerais, foi registrado um avanço de 10% no número de unidades agropecuárias, quando comparado com os resultados do último Censo, que é de 2006. Em relação à aplicação de tecnologias no campo, o uso da irrigação cresceu 116%, mas o índice de adoção do sistema ainda é considerado baixo, abrangendo apenas 3% do total de estabelecimentos no Estado. Em 11 anos, houve um aumento de 60,49% no número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos. O coordenador técnico estadual do Censo Agropecuário, Humberto Silva Augusto, ressaltou que os dados divulgados ontem estão sujeitos a modificações, uma vez que esta é uma apresentação preliminar. Os dados fechados devem ser divulgados até o fim de setembro. A coleta de dados para a composição do Censo foi iniciada em 1º de outubro de 2017. A maior parte das coletas foi encerrada em fevereiro deste ano, mas ainda estão sendo feitos ajustes. O Censo Agropecuário de 2017, em Minas Gerais, identificou, até o dia 30 de junho, 607.448 estabelecimentos agropecuários, número 10% superior ao registrado no Censo Agropecuário de
2006. A área total ocupada pelas unidades produtivas é de 37,9 milhões de hectares, crescimento de 14% ou 4,8 milhões de hectares, em relação ao levantamento anterior. Do total de estabelecimentos identificados, cerca de 0,1% ou 634 unidades não participaram do levantamento, seja por falta de acesso dos agentes censitários ou por recusa. O IBGE ainda trabalha para ouvir estes estabelecimentos. Em 2017, a maior parte das terras pertencentes aos estabelecimentos rurais estava ocupada por pastagens plantadas, que representam 36,25% do total ou 13,73 milhões de hectares. As pastagens naturais respondem por 24,37% do espaço ou 9,2 milhões de hectares. A área total de pastagem representa 51% de todo o espaço. Destaque também para as áreas de matas naturais, com participação de 24,37%, e matas plantadas, 5,07%. A área de culturas temporárias somam 3,9 milhões de hectares, 10,54% do total. Já a área destinada às culturas permanentes é de 1,7 milhão de hectares, representando 4,62% do espaço total dos imóveis rurais. O índice é maior que o nacional, que ficou em 2,28%. Minas Gerais tem maior representatividade nas áreas voltadas para culturas permanentes em função, principalmente, do café. O Estado segue liderando a produção do grão. Ao todo, são 150.971 estabelecimentos dedicados à cafeicultura, respondendo por 49,05% do
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Áreas de matas naturais têm participação de 24,37% do total e matas plantadas, de 5,07%
número nacional, que é de 307.781. A produção mineira, 25,336 milhões de toneladas, responde por 60,63% do volume nacional. A área cultivada com o grão é de 1,18 milhão de hectares, 57,96% do espaço brasileiro ocupado pela cultura. Escolaridade - O índice de escolaridade dos produtores rurais de Minas Gerais está acima da média nacional. Cerca de 64,22% dos produtores rurais do Estado possuem ensino fundamental ou menos, enquanto no Brasil a média é de 63,3%. No ensino médio, Minas Gerais apresentou um índice de escolaridade de 16,12% e, no Brasil, de 14,91%. Produtores que possuem ensino superior correspondem a 8,54% em
Minas e, no País, a 5,84%. Enquanto no Brasil 23,05% dos produtores declaram não saber ler, em Minas o índice foi de 12,55%. A maior escolaridade é considerada fundamental para a utilização de tecnologias no campo. O acesso à internet também tem beneficiado o produtor rural. Em 11 anos, o acesso à rede cresceu 2.114% e está presente em 200.293 estabelecimentos. O índice de abrangência é de 33%. Idade - Outra constatação feita pelo IBGE é do aumento da idade dos produtores rurais. Em Minas Gerais, a maior parte dos produtores tem mais de 45 anos. Os jovens são a minoria. “De modo geral há um
envelhecimento da população brasileira, não só no meio rural. A gente verifica também um potencial do uso de tecnologia e de manutenção dessas pessoas nas propriedades rurais. De acordo com o indicador, a média de idade está acima de 40 anos. Essas pessoas estudaram, se capacitaram e retomaram para o campo. Essa junção de pessoas mais capacitadas e com mais tecnologias podem traduzir em uma eficiência tecnológica e produtiva muito maior, criando condições de reter, no futuro, os filhos e promover a sucessão rural”, explicou a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Aline Veloso.
Atividade agrícola em franca expansão no Brasil Rio de Janeiro - O número de estabelecimentos agropecuários no Brasil caiu 2% no ano passado em relação a 2006, passando de 5,17 milhões para 5,07 milhões. Já a área total teve uma expansão de 5%, passando de 333,6 milhões de hectares para 350,2 milhões de hectares. Esse aumento corresponde a uma área de 16,5 milhões de hectares, quase o tamanho do estado do Acre. Os dados são preliminares, e fazem parte do Censo Agropecuário 2017, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Censo Agro 2017, com informações mais detalhadas, será divulgado somente em julho de 2019. O coordenador técnico do censo, Antonio Carlos Florido, ressaltou que a entrada desses 16,5 milhões de hectares de áreas novas no processo produtivo, ou que estavam paralisadas e voltaram a produzir, foi identificada em grande parte no Pará e no Mato Grosso. De todas as regiões brasileiras, somente o Nordeste apresentou redução do número e da área dos estabelecimentos agropecuários, com perda de 131.565 estabelecimentos e de 9.901.808 hectares. Em contrapartida, o Rio Grande do Sul, apesar de ter queda de 151.971 estabelecimentos, viu a área crescer em 1.082.517 hectares. Pessoal ocupado - O pessoal ocupado também sofreu redução em comparação ao censo anterior, passando
de 16,56 milhões em 31 de dezembro de 2006 para 15 milhões, em 30 de setembro de 2017. A queda em 11 anos foi de 1,5 milhão de pessoas. Em contrapartida, cresceu 49,7% a compra de tratores, atingindo 1,22 milhão de unidades em 30 de setembro de 2017, contra 820,7 mil no censo de 2006. Segundo o IBGE, 733,9 mil estabelecimentos usavam tratores no ano passado. “Isso já vem sendo mostrado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Aumenta trator, diminui pessoas”, observou o coordenador. A média de ocupados por estabelecimento também experimentou retração, passando de 3,2 pessoas para 3 pessoas no novo censo. O total de produtores e trabalhadores com laços de parentesco com eles também se reduziu de 12.801.179 pessoas, em 2006 para 10.958.787, em 2017. A queda percentual no período foi de 77% para 73%. Utilização da terra - A área de pastagens naturais caiu 18,7%, entre 2006 e 2017, enquanto as pastagens plantadas subiram 9,1%. O documento mostra que as pastagens naturais vêm caindo direto desde 1975, disse o coordenador. “A pastagem que tem menos produtividade vem sendo substituída por pastagem plantada, que tem mais produtividade. Você consegue ter mais cabeça de animais por hectare de área de pastagem. Só que uma não substitui a outra
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Em 11 anos, 1,5 milhão de pessoas deixaram ocupações no campo enquanto aumenta uso de tratores
no mesmo lugar. O gado, na realidade, está sendo movido para outras áreas”, informou Florido. A pesquisa do IBGE revela aumento de estabelecimentos em terras próprias (de 76,2% para 82,26%), entre 2006 e 2017. Em contrapartida, a participação desses estabelecimentos na área total diminuiu de 90,5% para 85,4%. O total de estabelecimentos com terras arrendadas caiu de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017. Os estabelecimentos entre 100 e 1 mil hectares tiveram redução na participação na área total de 33,8% para 32%, enquanto os estabelecimentos com 1 mil hectares ou mais ampliaram a participação na área total de 45% para 47,5% no período pesquisado. Em 2017, 502,4 mil estabe-
lecimentos informaram usar algum tipo de irrigação. A área irrigada total no País foi de 6,9 milhões de hectares. O aumento em ambos os casos foi de 52% entre os dois censos. O documento mostra que 1,68 milhão de produtores utilizaram agrotóxicos no ano passado, um aumento de 21,2% em comparação a 2006. Pecuária - De acordo com o IBGE, 2,52 milhões de estabelecimentos tinham 171,8 milhões de cabeças de gado bovino no ano passado, com destaque para os estados de Mato Grosso (24,1 milhões), Minas Gerais (19,4 milhões) e Mato Grosso do Sul (18,1 milhões). A produção de galináceos (galinhas, galos, frangas, frangos e pintos), chegou a 1,453 bilhão de cabeças,
com o Paraná à frente, com um total de 347,7 milhões de cabeças. Os suínos totalizaram 39,1 milhões de cabeças, com destaque para Santa Catarina (8,4 milhões de cabeças). O censo também mostrou a existência, em 2017, de 13,7 milhões de cabeças de ovinos, sob a liderança baiana (2,8 milhões), seguida de perto pelo Rio Grande do Sul, com 2,6 milhões de cabeças. A liderança na produção de caprinos fica com a Bahia (2,3 milhões de cabeças). O total de caprinos em território brasileiro chega a 8,25 milhões de cabeças. Pará e Amapá lideram a produção de gado bubalino (búfalos), com 320,7 mil e 223,8 mil cabeças, respectivamente, para um total no País de 948,1 mil cabeças. (ABr)
Produtividade em alta no setor leiteiro O maior acesso e utilização de tecnologias têm permitido avanços no campo. Entres os destaques do IBGE está a produção de leite, que passou de 5,72 bilhões de litros em 2006 para 8,88 bilhões em 2017, aumento de 55,24%. No mesmo período, o rebanho de bovinos caiu de 20,3 milhões de cabeças para 19,4 milhões de cabeças, variação negativa de cabeças de 4,4%. O rebanho mineiro responde por 29,52% do nacional, com destaque para a pecuária leiteira. Segundo observa o coordenador técnico estadual do Censo Agropecuário, Humberto Silva Augusto, “ainda precisam ser feitos ajustes no tamanho do rebanho bovino, que está divergente ao controle do número de animais vacinados no Estado contra a aftosa”. Mas, segundo ele, o que o IBGE percebeu no período estudado “foi um avanço significativo na produção de leite, que ocorreu com o emprego de tecnologias e ganho em produtividade. Enquanto o rebanho permaneceu estável”, explicou. (MV)
Aumenta o uso de agrotóxicos Os dados preliminares divulgados pelo IBGE também mostraram que o número de propriedades que utilizam agrotóxicos aumentou nos últimos anos em Minas Gerais. De acordo com o IBGE, enquanto em 2006 cerca de 103,6 mil propriedades utilizavam os defensivos agrícolas, em 2017, o número passou para 166,3 mil, uma evolução de 60%. No País, o crescimento foi de 20,41%. Apesar do aumento no número de propriedades adotando o sistema para o controle de pragas e doenças, em Minas Gerais, 70% dos estabelecimentos rurais não utilizam o agrotóxico na produção. A representante da Faemg, Aline Veloso, explica que entre os motivos para o aumento do número de propriedades utilizando os defensivos está o maior número de cursos de capacitação que instruem sobre o uso do produto e ensinam a utilizá-lo de forma correta. Mantendo assim o controle de pragas e doenças e permitindo a continuidade da produção. “No nosso Estado, há uma maior capacitação e orientação para que o produtor utilize corretamente os defensivos agrícolas. Ele tem conhecimento para utilizar, escolher produtos adequados e aplicar as doses corretas e, assim, manter a produção, gerando renda e empregos. As capacitações também estimulam o uso de outras técnicas, como o controle biológico de pragas e o manejo integrado”. (MV)
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NOVIDADE
Ford lança a linha 2019 do compacto Ka Principal novidade é a versão FreeStyle, com motor 1.5 de 136 cv e câmbio automático de 6 marchas AMINTAS VIDAL* de Gramado (RS)
O nome FreeStyle batizou uma série especial do Ford EcoSport, ainda na primeira geração. Ela fez tanto sucesso que virou versão de linha e, até hoje, é a mais vendida do SUV compacto da marca. Para a versão aventureira do seu modelo mais vendido atualmente, o Ka hatch, a Ford não perdeu tempo e usou o mesmo nome. Já o modelo de três volumes, o Ka+, mudou de nome e passa a responder por Ka Sedan. As duas carrocerias também receberam uma nova versão topo de linha, a Titanium. Toda a linha ganhou novos para-choques, detalhes nas grades, faróis e lanternas. O prolongamento da grade inferior cria um vinco em forma de “C” que sobe pelas laterais do para-choque dianteiro. Essa é a nova assinatura visual da marca que estreia no Brasil através do Ka. De forma mais discreta, a assinatura se repete no para-choque traseiro. Os elementos das grades receberam novos desenhos, cores e materiais de acabamento. Os faróis e lanternas receberam pequenas mudanças internas, tanto em desenho quanto nas superfícies refletivas. No interior, a parte central do painel foi redesenhada para receber a nova central multimídia com tela flutuante ou o sistema de som mais simples. Já no caso da versão de entrada do Ka hatch, a peça foi refeita para receber um som convencional a ser instalado pelo cliente. As demais peças internas mantiveram seus desenhos ganhando, apenas, novas cores e materiais de acabamento. Por fim, os bancos receberam novas padronagens: tecido e material sintético que imita o couro na versão FreeStyle e totalmente em material sintético, com detalhes perfurados, na versão Titanium. Versões - As versões de entrada S, SE e SE Plus trazem os mesmos equipamentos básicos, mas se diferenciam, principalmente, pelos sistemas multimídia. Os itens de série, da versão S, são: computador de
bordo, banco do motorista com ajuste de altura, vidros elétricos dianteiros, quatro alto-falantes, iluminação no porta-luvas, ar-condicionado, direção elétrica, trava elétrica das portas, banco traseiro bipartido (60/40), rodas de aço de 14 polegadas, ganchos Isofix para cadeiras infantis, airbags frontais e freios ABS. A SE acrescenta rádio My Connection com bluetooth, compartimento para celular no painel e maçanetas e retrovisores na cor do veículo. Já a SE Plus traz a central multimídia Sync 3 com tela flutuante de 6,5 polegadas, duas entradas USB iluminadas e de carregamento rápido, vidros elétricos traseiros, retrovisores elétricos, rodas de aço de 15 polegadas, sensor de estacionamento traseiro e faróis de neblina. Da primeira à última versão de entrada, são R$ 2,5 mil de diferença, um valor competitivo para a categoria. A versão intermediária SEL, exclusiva na carroceria sedan, soma à SE Plus os seguintes itens: mais quatro airbags (totalizando seis), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, bancos parcialmente em material sintético que imita o couro, câmera de ré, alarme volumétrico, setas nos retrovisores e rodas de liga leve de 15 polegadas.
FOTOS: FORD - DIVULGAÇÃO
teto. Outra exclusividade da versão são os tapetes de borracha em forma de bandejas, inclusive no porta-malas. Como a versão tem altura elevada, 188 mm de vão livre, e ainda a possibilidade de transportar peso extra sobre o teto, ela também recebeu alterações mecânicas para garantir o controle direcional: afastamento de 30 mm entre as rodas (aumenta a estabilidade), pneus mais largos (185 /60/R15) e maior diâmetro da barra estabilizadora, 23 mm. De série, o Ka FreeStyle vem com controle de tração e de estabilidade, seis airbags, central multimídia Sync 3, rodas exclusivas de 15 polegadas e todos os outros equipamentos básicos das versões citadas anteriormente. A versão Titanium existe para as duas carrocerias, mas apenas com o motor 1.5 de 3 cilindros e câmbio automático de seis marchas. Além de todos os equipamentos disponíveis na versão SEL, ela agrega bancos totalmente revestidos em material que imita o couro e partida por botão com chave presencial. O câmbio automático de 6 marchas, exclusivamente conjugado às versões com motor 1.5, elevam os preços das mesmas em R$ 4,5 mil.
Aventureiro - O Ka FreeStyle, versão exclusiva na carroceria hatch, é o mais diferenciado. Seus para-choques têm desenho mais encorpado e possuem imitação de peito de aço na parte inferior central. Nas laterais, molduras em plástico preto contornam as caixas de roda passando pelas soleiras e formando uma linha contínua ao redor do carro. Sobre o teto, barras longitudinais deixam a versão preparada para receber um rack (acessório vendido à parte) com capacidade para transportar até 50 kg de carga. No interior, a parte superior do painel é na cor “laranja queimado”, mesma cor usada nos grafismos do tecido dos bancos e em detalhes dos acabamentos das portas. As demais partes são moldadas ou revestidas *O colaborador viajou a na cor preta, assim como no convite da Ford
Motores 1.0 e 1.5 de 3 cilindros O motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas continua o mesmo, um dos melhores da categoria. Ele conta com tecnologias como o duplo comando variável de válvulas, coletor de escape integrado, correia banhada a óleo, sistema duplo de resfriamento e apresenta uma das maiores taxas de compressão entre seus pares, 12:1. Ele desenvolve um torque de 100,0 Nm a 3500 rpm (Gasolina) e 105,0 Nm a 4500 rpm (Etanol). Sua potência atinge 80/85 cv (gasolina/etanol). Ele é acoplado apenas ao câmbio manual de cinco marchas, que passou por algumas melhorias. A marcha a ré passou a ser sincronizada e a primeira, a segunda e a terceira marcha, ganharam dupla sincronização. O conjunto é o mais leve entre os concorrentes, aproximadamente 30 kg a menos, e usa a menor quantidade de óleo da categoria. O motor 1.5 de três cilindros e 12 válvulas, que já equipa o EcoSport, é novidade
na linha Ka. Além das mesmas tecnologias do motor 1.0 citadas, ele ainda conta com tuchos hidráulicos com balancins roletados e bomba de óleo variável com dois estágios de controle de pressão. É capaz de desenvolver um torque de 150 Nm entre 3500 e 5000 rpm (gasolina) e 150 Nm entre 3000 a 6000 rpm (etanol). Sua potência atinge 128/136 cv (gasolina/ etanol). Esse motor é oferecido em conjunto ao câmbio manual ou ao câmbio automático de 6 marchas, outra novidade deste lançamento. Essa transmissão permite as trocas através do botão posicionado na alavanca de marchas, mas seria melhor se fosse em aletas atrás do volante. Outro recurso é a posição Sport, em que as marchas são trocadas em rotações mais altas do motor, priorizando o desempenho. O sistema é do tipo “inteligente”, que aprende a forma de condução do motorista, otimizando a dirigibilidade. (AV)
PREÇOS DE CADA VERSÃO - FORD KA 2019: Ka 1.0 S – R$ 45,49 mil
Ka 1.5 Titanium (automático) – R$ 68,99 mil
Ka 1.0 SE – R$ 45,99 mil
Ka Sedan 1.0 SE – R$ 49,49 mil
Ka 1.5 SE – R$ 51,99 mil
Ka Sedan 1.5 SE – R$ 57,99 mil
Ka 1.5 SE (automático) – R$ 56,59 mil
Ka Sedan 1.5 SE (automático) – R$ 62,49 mil
Ka 1.0 SE Plus – R$ 48,49 mil
Ka Sedan 1.0 SE Plus – R$ 51,99 mil
Ka 1.5 SE Plus – R$ 54,49 mil
Ka Sedan 1.5 SE Plus – R$ 57,99 mil
Ka 1.5 SE Plus (automático) – R$ 58,99 mil
Ka Sedan 1.5 SE Plus (automático) – R$ 62,49 mil
Ka 1.5 Freestyle – R$ 63,49 mil
Ka Sedan 1.5 SEL – R$ 65,99 mil
Ka 1.5 Freestyle (automático) – R$ 67,99 mil
Ka Sedan 1.5 Titanium (automático) – R$ 70,99 mil
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BRADESCO
Banco fecha trimestre com lucro de R$ 5,1 bi Valor corresponde a um crescimento de 9,7% nos ganhos na comparação com o mesmo período de 2017 São Paulo - O Bradesco teve lucro quase 10% maior no segundo trimestre, apoiado na robusta melhora no resultado de seguros e em menores despesas com provisões para calotes, linha para a qual o banco previu perdas menores em 2018. A segunda maior instituição financeira privada do País anunciou ontem que teve lucro líquido ajustado de R$ 5,161 bilhões, de abril a junho, alta de 9,7% ante mesmo período de 2017. O trimestre foi marcado
por um repique na carteira de crédito, após vários trimestres em retração. No fim de junho, a carteira expandida de empréstimos do Bradesco era de R$ 515,6 bilhões, um salto sequencial de 6% e de 4,5% na comparação anual. O movimento foi puxado por um inesperado aumento de 7,8% do financiamento para empresas na comparação com o trimestre anterior, a R$ 332,8 bilhões. Só para grandes clientes dessa faixa, houve um crescimento de
R$ 21 bilhões. E, embora os desembolsos também tenham subido em todas as principais faixas, incluindo avanço sequencial de 2,8% na carteira para pessoas físicas, a margem financeira caiu para R$ 15,1 bilhões, recuo de 5,1% em um ano e de 3,8% em três meses, em um ambiente de queda dos juros. Esse revés, porém, foi mais do que compensado com desempenhos robustos em outras receitas. As receitas com tarifas, por
exemplo, chegaram a R$ 8,12 bilhões, um avanço de 8,3% em 12 meses. Além disso, o resultado com seguros subiu 23,8%, também no comparativo anual, para R$ 2,2 bilhões. PDD - Na outra ponta, a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) expandida, que computa as despesas do banco com provisões para perdas esperadas com inadimplência, incluindo baixas contábeis de ativos e subtraindo receitas com ALISSON J. SILVA
recuperação de crédito, foi 36,1% menor do que em igual etapa de 2017, para R$ 3,44 bilhões. Com o perfil da carteira mostrando contínuos sinais de melhora - o índice de inadimplência acima de 90 dias caiu a 3,92%, o menor índice em 11 trimestres - o Bradesco reduziu sua previsão de PDD expandida em 2018 da faixa de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões para o intervalo de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões. O banco, por outro lado, também reduziu sua previsão de alta dos prêmios de seguros neste ano, do intervalo de 4% a 8% para
o de 2% a 6%. No conjunto, o Bradesco teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, índice que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, de 18,4% no trimestre, 0,3 ponto percentual maior sobre um ano antes, embora tenha recuado 0,1 ponto na base sequencial. Na quarta-feira (25), o Santander Brasil mostrou alta anual de 29,6% do lucro no segundo trimestre, apoiada no mix de crescimento do crédito, menos despesas com provisões para calotes e maiores receitas com tarifas. (Reuters)
CONTAS EXTERNAS
Brasil registra superávit de US$ 435 milhões em transações correntes
Alta inesperada do financiamento para empresas foi um dos fatores que influenciaram no resultado da instituição financeira
BNDES
MERCADO FINANCEIRO
Conselho autoriza Ibovespa tem baixa de antecipação em 20 anos 1,01%, e dólar sobe em da dívida com o Tesouro movimento de correção Brasília - Depois de uma longa negociação com o Ministério da Fazenda, o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o cronograma de antecipação em 20 anos da dívida com o Tesouro Nacional. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, informou que, com a proposta aprovada ontem, prevê que o pagamento total da dívida de R$ 260 bilhões será antecipado de 2060 para 2040. Com essa mudança no cronograma de pagamento, segundo o diretor, o BNDES terá uma capacidade de desembolso anual de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, no auge da política de estímulo ao crédito do BNDES para acelerar o crescimento, o desembolso chegou a 4,3% do PIB, disse Thadeu de Freitas. O acordo prevê um teto de juros de 6% por ano. O que passar desse valor será incorporado ao final na última parcela, em 2040. Em 2019, a primeira parcela a ser paga pelo BNDES será de R$ 26 bilhões, caindo ao longo
São Paulo - O Ibovespa dos anos até chegar a R$ fechou em queda ontem, 14 bilhões em 2039. com o resultado trimestral Resíduo - Em 2040, será do Bradesco, de modo geral, incorporado o resíduo pro- dentro do esperado, abrindo vocado pelo teto de juros. espaço para alguma realizaPelos parâmetros de hoje ção de lucros principalmente usados na renegociação da no setor bancário, em sessão dívida, essa parcela seria de marcada ainda pelos balanR$ 36 bilhões. O contrato ços de Vale e Ambev. de renegociação foi feito O principal índice de ações levando-se em conta o IPCA da B3 caiu 1,01%, a 79.405,34 de 4% e juro real de 2,5%. pontos, um dia após superar A renegociação aprovada os 80 mil pontos pela primeipelo Conselho de Admi- ra vez desde maio. No mês, nistração já recebeu sinal contudo, o Ibovespa ainda verde do Tesouro e será sobe mais de 9%. O volume apresentada ao Tribunal financeiro na bolsa somou de Contas da União (TCU). R$ 11,7 bilhões. “Acabou a novela. Com Na visão do analista-chefe a renegociação, o BNDES da Rico Investimentos, Rovira essa página”, destacou berto Indech, foi um pregão Thadeu de Freitas. Na sua sem muita referência além avaliação, o cronograma de dos resultados corporativos, pagamentos dá previsibili- com o embolso de lucros em dade aos desembolsos do alguns papéis pressionanBNDES. Ele ressaltou que do o Ibovespa para baixo o banco teria que começar a e o declínio dos papéis do pagar o principal da dívida Bradesco chamando mais em 2030 e enfrentaria gran- a atenção. de dificuldade na gestão de “Com o dia sem grandes caixa. O Conselho também referências, estou vendo mais aprovou o pagamento em realização de algumas ações agosto de R$ 70 bilhões ao que estão puxando o IboTesouro, concluindo o total vespa para baixo”, afirmou. de R$ 130 bilhões de devoO panorama eleitoral não lução prevista para 2018. trouxe novidades relevanEssa dívida é decorrente tes, destacando apenas a dos empréstimos feitos pelo formalização do apoio do Tesouro durante os gover- chamado blocão - formado nos dos ex-presidentes Luiz por PP, DEM, PR, PRB e SD Inácio Lula da Silva e Dilma - ao pré-candidato do PSDB Rousseff. (AE) à Presidência, Geraldo Alck-
min, mas sem uma definição do nome que vai compor a chapa como candidato a vice. Wall Street encerrou sem viés único, com a queda nas ações de tecnologia na esteira do tombo dos papéis do Facebook pesando no Nasdaq e no S&P 500, enquanto o Dow Jones subiu com algum alívio na disputa comercial entre Estados Unidos e União Europeia. Câmbio - O dólar subiu mais de 1% ontem, voltando a se aproximar do patamar de R$ 3,75, em um movimento de correção e acompanhando o mercado externo, mas com os investidores sem tirar o foco da cena política local, na reta final para os partidos fecharem suas coligações para as eleições de outubro. O dólar avançou 1,20%, a R$ 3,7468 na venda, depois de acumular perdas de 2,14% nos dois pregões passados. Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,7473. O dólar futuro tinha valorização de cerca de 1,60%. “O dólar caiu muito nos últimos dias, era natural uma correção, até pelos níveis de preços: R$ 3,70 chama comprador”, comentou o gestor de derivativos de uma corretora nacional ao citar o noticiário político doméstico recente. (Reuters)
Brasília - As contas externas brasileiras apresentaram resultado positivo pelo quarto mês consecutivo. Em junho, houve superávit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do País com outras nações. O resultado ficou positivo em US$ 435 milhões, mas foi bem menor do que o de junho de 2017: superávit de US$ 1,328 bilhão. Os dados foram divulgados ontem, em Brasília, pelo Banco Central (BC). No primeiro semestre, foi registrado déficit primário de US$ 3,586 bilhões, contra o superávit de US$ 584 milhões em igual período de 2017. Entre os componentes das transações correntes, está a balança comercial (exportações e importações de mercadorias), que apresentou superávit de US$ 5,512 bilhões no mês passado e US$ 27,485 bilhões no primeiro semestre. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado das contas externas foi impactado pelo crescimento das importações em ritmo maior do que das exportações. Isso aconteceu porque, com o avanço da economia no primeiro semestre, aumentou a demanda por produtos importados. Nos primeiros seis meses do ano, as importações cresceram 18,4%, enquanto as exportações apresentaram expansão de 5,5%. “O maior dinamismo das importações fez com que houvesse uma redução no superávit comercial”, disse Rocha. Especificamente em junho, Rocha disse que os dados foram afetados pela greve dos caminhoneiros. Com a paralisação, as exportações diminuíram. Nas duas primeiras semanas de junho, a média diária de exportações ficou em US$ 800 milhões. A partir de 11 de junho, houve recuperação, com a média diária em US$ 1,027 bilhão. A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em US$ 2,136 bilhões no mês e US$ 15,568 bilhões de janeiro a junho. A conta de renda secundária (renda gerada em uma econo-
mia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 178 milhões no mês e US$ 1,239 bilhão no primeiro semestre. A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) anotou saldo negativo de US$ 3,119 bilhões em junho e de US$ 16,742 bilhões nos seis meses do ano. Viagens internacionais - Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior chegaram a US$ 1,487 bilhão em junho, total menor do que o de junho de 2017: US$ 1,510 bilhão. No resultado acumulado, mesmo com o dólar mais caro, os gastos ainda são maiores neste ano do que em 2017. De janeiro a junho, as despesas de brasileiros no exterior ficaram em US$ 9,573 bilhões, contra US$ 8,805 bilhões do mesmo período no ano passado. Já as receitas de estrangeiros no Brasil alcançaram US$ 379 milhões em junho e US$ 3,240 bilhões nos seis meses de 2018. Em junho, a conta de viagens internacionais, formada pelos gastos de brasileiros e as receitas de estrangeiros, ficou negativa em US$ 1,109 bilhão e acumulou US$ 6,333 bilhões nos seis meses do ano. Investimentos estrangeiros Quando o País registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo. Em junho, esses investimentos chegaram a US$ 6,533 bilhões e, nos seis meses do ano, ficaram em US$ 29,878 bilhões. Esse resultado do primeiro semestre é mais do que suficiente para cobrir o déficit em transações correntes no período. Apesar disso, houve redução desses investimentos em relação ao ano passado, que, no primeiro semestre de 2017, chegaram a US$ 36,221 bilhões. (ABr)
Indicadores Econômicos Inação
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COMERCIAL
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PARALELO
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0,57%
1,38%
0,55%
0,46%
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-0,03%
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1,01%
1,23%
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0,56%
0,93%
1,64%
1,48%
5,45%
7,79%
COMPRA
R$ 3,7462
R$ 3,7040
R$ 3,7429
,*3 0 )*9
VENDA
R$ 3,7467
R$ 3,7045
R$ 3,7439
,3& )LSH
-0,01%
0,10%
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0.29%
COMPRA
R$ 3,7237
R$ 3,7114
R$ 3,7453
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0,24%
0,62%
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VENDA
R$ 3,7243
R$ 3,7120
R$ 3,7459
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0,17%
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0,43%
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COMPRA
R$ 3,7200
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R$ 3,7200
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0,24%
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0,05%
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0,40%
1,26%
2,60%
4,39%
VENDA
R$ 3,8900
R$ 3,8430
R$ 3,8870
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0,13%
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0,07%
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4,24%
COMPRA
R$ 3,8300
R$ 3,7800
R$ 3,8200
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0,70%
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1,71%
3,14%
5,35%
VENDA
R$ 3,9300
R$ 3,8800
R$ 3,9200
0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60
-XQKR 954,00 23,54 3,2514 6,60
)RQWH AE
-0,72%
1,87%
5,39%
6,92%
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP
Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias
6,41% - a.a.
Capital de Giro
9,78% - a.a.
Hot Money
1,08% - a.m.
CDI
6,39% - a.a.
Over
6,40% - a.a.
)RQWH: AE
Ouro Nova Iorque (onça-troy)
US$ 1.225,70
US$1.231,80
US$1.225,50
R$ 144,50
R$ 144,00
R$ 147,50
BM&F-SP (g) )RQWH AE
Taxas Selic Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Ă‹QGLFHV -XOKR
7ULEXWRV )HGHUDLV 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52 0,52
0HWD GD 7D[D D D
7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50 -
Reservas Internacionais 25/07 .......................................................................... US$ 379.493 milhĂľes )RQWH: BC
Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5
$OtTXRWD
3DUFHOD D
GHGX]LU 5
Isento
Isento
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
AtĂŠ 1.903,98 De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
-XOKR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,01 83& 5
23,51 8)(0* 5
3,2514 7-/3 D D
7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*
$JRVWR 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00
6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00
2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00
1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00
'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00
-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
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0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60
21/06 a 21/07 22/06 a 22/07 23/06 a 23/07 24/06 a 24/07 25/06 a 25/07 26/06 a 26/07 27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 a 06/08 07/07 a 07/08 08/07 a 08/08
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
02('$ 3$Ă‹6 BOLIVAR/VEM BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO
&Ă?',*2 26 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978
Contribuição ao INSS &2035$ 0,0000259 0,5312 0,7716 0,006544 0,4251 0,5824 0,455 0,4227 0,1693 0,07523 0,03157 12,2894 0,003103 5,2446 0,03673 1,0137 2,7492 3,7237 3,7237 2,8466 0,01768 4,4409 2,731 0,4744 0,5452 3,7237 0,0134 3,7466 0,0006472 0,03348 0,2078 4,884 0,002448 0,007222 0,1217 0,7665 1,1372 0,05422 0,005735 0,00129 3,7237 0,07476 0,06965 0,1997 0,1211 0,4952 0,002559 0,5477 0,5466 1,0224 9,6719 0,01488 0,0000847 0,9929 0,0009097 0,9165 0,05918 0,0002574 0,2402 1,0207 0,003314 1,0127 4,3396
9(1'$ 0,0000259 0,5429 0,7749 0,006588 0,4256 0,5825 0,4553 0,423 0,1694 0,07735 0,03166 12,3158 0,003139 5,2529 0,03687 1,014 2,75 3,7243 3,7243 2,8473 0,01794 4,5143 2,732 0,4746 0,56 3,7243 0,01342 3,7475 0,0006481 0,03349 0,209 4,8863 0,00247 0,007232 0,1218 0,767 1,1385 0,05431 0,005746 0,001292 3,7243 0,07491 0,06973 0,1998 0,1213 0,4979 0,00257 0,5488 0,5469 1,0232 9,6735 0,0149 0,0000847 0,9931 0,0009304 0,9178 0,05921 0,0002576 0,2415 1,0214 0,00332 1,0131 4,3407
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,dÂ2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
AtĂŠ 954,00 (valor. MĂnimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18
9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71
)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018
FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Abril/2018 Maio/2018
&UpGLWR Junho/2018 Julho/2018
Seguros
TBF
09/07
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10/07
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11/07
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15/07
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18/07
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19/07
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20/07
0,01311781 2,92791132
11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 19/08 19/07 a 18/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 )RQWH $(
21/07
0,01311781 2,92791132
22/07
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27/07 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ
0,2466 0,2466
0,4867 0,4867
0,5327 0,5102 0,4873 0,4869 0,5102 0,5334 0,5323 0,5309 0,5078 0,4838 0,4849 0,5080 0,5312 0,5281 0,5296
AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
Junho ,*3 ', )*9
Junho ,*3 0 )*9
Junho
1,0439 1,0779 1,0692
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
Agenda Federal Dia 31
Taxas de câmbio
09/07 a 09/08 10/07 a 10/08 11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08
IOF - Pagamento do IOF apurado no mĂŞs de junho/2018 relativo a operaçþes FRP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV ÂżQDQFHLURV - CĂłd. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do CapĂtulo 33 da Tipi - Prestação de informaçþes pelos fabricantes de produtos do CapĂtulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosmĂŠticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendĂĄrio anterior igual ou superior a R$ 100 milhĂľes, constantes do Anexo Ăšnico da Instrução Normativa SRF nÂş 47/2000, referentes ao 3Âş bimestre/2018 (maio-junho/2018), Ă unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicĂlio da matriz. Disquete &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂdicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3Âş, § 5Âş, da Lei nÂş 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nÂş 11.196/2005) no perĂodo de 1Âş a 15.07.2018. Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mĂŞs de junho/2018 pelas pessoas jurĂdicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5Âş da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ÂŞ quota ou quota Ăşnica do Imposto de Renda devido no 2Âş trimestre de 2018, pelas pessoas jurĂdicas submetidas Ă apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado (art. 5Âş da Lei n° 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) ,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos lĂquidos auferidos no mĂŞs de junho/2018, por pessoas jurĂdicas, inclusive as isentas, em operaçþes realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR e de participaçþes societĂĄrias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) ,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO - Ganho de Capital na alienação de Ativos Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mĂŞs de junho/2018 (art. 5Âş, § 6Âş, da Instrução Normativa SRF nÂş 608/2006) - CĂłd. Darf 0507. Darf Comum (2 vias)
,53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas fĂsicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas fĂsicas ou de fontes do exterior no mĂŞs de junho/2018 (art. 852 do RIR/1999) - CĂłd. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) ,53) Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa fĂsica residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mĂŞs de junho/2018 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - CĂłd. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP moeda estrangeira - CĂłd. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) ,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas fĂsicas sobre ganhos lĂquidos auferidos em operaçþes realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD de bolsa, no mĂŞs de junho/2018 (art. 852 do RIR/1999) - CĂłd. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) ,53) Âą 4XRWD Pagamento da 4ÂŞ quota do imposto apurado pelas pessoas fĂsicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendĂĄrio de 2017, acrescida da taxa Selic de junho/2018 mais juro de 1% - CĂłd. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) ,55) Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte incidente sobre os lucros distribuĂdos pelos Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio a seus quotistas, apurados segundo o regime de caixa, com base em balanço ou balancete semestral encerrado em 30.06.2018 (art. 27, § 3Âş, da Instrução Normativa RFB nÂş 1.022/2010) - CĂłd. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mĂŞs de junho/2018, pelas pessoas jurĂdicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) &6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1a quota ou quota Ăşnica da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 2Âş trimestre de 2018 pelas pessoas jurĂdicas submetidas Ă apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado. (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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LEGISLAÇÃO OPERAÇÃO ZELOTES
REAJUSTE
Esquema no Carf envolve Giannetti
Operadoras de planos de Prejuízo com propina para beneficiar a Paranapanema é estimado em R$ 650 milhões saúde e ANS sem consenso Brasília - A Operação A participação do econo- pouco seus administraANTÔNIO CRUZ/ABr
Zelotes deflagrou ontem a 10ª fase tendo como alvo um esquema de pagamento de propina para beneficiar a mineradora Paranapanema em julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com suposto envolvimento do economista Roberto Giannetti da Fonseca, ligado ao PSDB, e prejuízo estimado de R$ 650 milhões aos cofres públicos, informaram autoridades. A Paranapanema, sediada em Santo André, no interior paulista, foi autuada originalmente em R$ 275 milhões pela Receita Federal por ter extrapolado o limite estabelecido pelo Ministério da Fazenda a título de ressarcimento de tributos pagos em compra de matérias-primas, e recorreu ao Carf para reverter a cobrança. Em valores atualizados, a quantia chegaria a R$ 650 milhões. O procurador da República Frederico Paiva, responsável pela Operação Zelotes, disse que foram descobertos “sérios e sólidos indícios” de que o julgamento do recurso da empresa pelo Carf foi manipulado e corrompido, com suspeita de envolvimento de Giannetti. A Paranapanema conseguiu anular a atuação da Receita. A Justiça autorizou a realização de quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e telefônico, bem como buscas e apreensões, de sete pessoas e duas empresas em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do Distrito Federal. Segundo o representante do Ministério Público Federal, houve a comprovação do pagamento de R$ 8 milhões à Kaduna Consultoria, empresa de Giannetti, e desse valor R$ 2,2 milhões ficaram com o próprio economista. A Kaduna atuou, segundo o MPF, como empresa de fachada, sem qualquer indício de que prestou algum tipo de serviço. O valor restante foi distribuído pela Kaduna a escritórios de advocacia que, segundo as investigações, fizeram pagamentos a conselheiros do Carf. Repasses - Paiva disse que há a comprovação de que ao menos dois integrantes do Carf receberam propina: um no valor de R$ 150 mil e outro de R$ 170 mil.
mista precisa ser melhor esclarecida e aprofundada, mas é “evidente” que valores foram repassados a ele, acrescentou o procurador. A Kaduna e Giannetti informaram em nota estar abertos a prestar “qualquer informação e colaborar integralmente com a Justiça Federal para a elucidação de qualquer fato relacionado à investigação Zelotes”. A nota acrescenta que Giannetti “reafirma que aqueles que o conhecem sabem que ele sempre se pautou pelos princípios éticos e legais no relacionamento com seus clientes e com as autoridades públicas, sendo totalmente infundadas as suspeitas levantadas contra si e sua empresa”. A Paranapanema disse que “a companhia, tam-
dores ou gestores atuais, foram alvo ou notificados oficialmente”. No comunicado, a empresa diz que “repudia quaisquer atos de ilegalidade e conta com rigorosas políticas de controle e conformidade, que têm sido permanentemente aprimoradas”. O procurador da República estimou que em seis a sete meses deve ser oferecida uma denúncia contra os envolvidos, citando que eles podem ser acusados criminalmente de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. “Dados que já temos são bem sólidos, vamos robustecer (com a operação)”, disse Paiva. O procurador disse que essa deve ser a última fase da Zelotes porque não haveria novas frentes de investigação a serem feitas. (Reuters/ABr) Paiva prevê denúncia contra envolvidos em sete meses
PF cumpriu 11 mandados de apreensão Brasília - Na 10ª fase da Operação Zelotes da Polícia Federal (PF), que apura desvios perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf), foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em quatro estados e no Distrito Federal, alcançando endereços de sete pessoas físicas e duas empresas. Esta etapa da operação foi solicitada pelo Ministério Público Federal ao Poder Judiciário e realizada em conjunto pelas equipes da Polícia Federal, da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda e da Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal do Brasil. “O caso sob investigação, que resultou na exoneração total de crédito tributário apurado em processo administrativo fiscal, foi operacionalizado mediante uma estrutura ilegal integrada por agentes públicos e privados que se organizaram, basicamente, em três núcleos de atuação: a) o núcleo econômico, composto pelos representantes da siderúrgica com processo no Carf, que teria financiado os custos do esquema; b) o núcleo operacional, integrado pelos responsáveis pela interlocução com os representantes da empresa, o aliciamento dos conselheiros e a distribuição do proveito financeiro do empreendimento espúrio; e, finalmente, c) o núcleo administrativo, centrado nos conselheiros que ocupavam a função de julgadores, vinculados às diretrizes de favorecimento às empresas nos julgamentos administrativos”, explica a Receita em nota. “Com base nos indícios da existência de esquema ilícito concebido para interferir em julgamento proferido
pelo Carf, com prejuízo à Administração Pública estimado em valores superiores a 400 milhões de reais, conforme destacado em relatório elaborado pelos investigadores, o MPF solicitou, além da realização de busca e apreensão, o afastamento do sigilo dos registros dos dados telefônicos, do sigilo telemático e dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos. A Justiça Federal autorizou todas as diligências propostas, visando instruir a investigação em torno do favorecimento ilícito da empresa fiscalizada mediante o direcionamento de decisões proferidas pelo tribunal administrativo fazendário”, acrescenta. Além do economista e consultor de empresas Roberto Gianetti da Fonseca, o ex-secretário de Comércio Exterior Daniel Godinho do governo Dilma Rousseff foi alvo de buscas. A suspeita é que eles tenham recebido R$ 2,2 milhões da siderúrgica Paranapanema, como consultoria, para favorecer a empresa em um processo no Carf. Segundo o Ministério Público Federal, os prejuízos calculados ultrapassam, em valores atualizados, R$ 650 milhões. A PF cumpriu 11 mandados judiciais em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Distrito Federal. A PF contou com o apoio da Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita e da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda. As medidas cautelares foram autorizadas pelo juiz Vallisney Oliveira, a pedido do Ministério Público Federal, em Brasília. Segundo a Procuradoria da República, a siderúrgica contratou uma empresa de consultoria, que
subcontratou um escritório de advocacia para anular, parcial ou integralmente, o crédito tributário devido. “As articulações, revestidas de inúmeras ilegalidades, obtiveram êxito e a isenção da dívida foi total”, afirma o Ministério Público Federal. “As empresas contratadas e os envolvidos que nelas atuavam tinham acesso a informações privilegiadas, bem como contatos com pessoas-chave para lograr sucesso nos julgamentos do tribunal administrativo”, ressalta o MPF. Lavagem - Os investigadores destacam que “a siderúrgica já possuía assessoria técnica, representada por outro advogado, quando decidiu ‘investir’ nos serviços oferecidos pela consultoria”. Na avaliação do Ministério Público Federal, trata-se de lavagem de dinheiro. A Procuradoria afirma que os dados obtidos com esta fase da Zelotes poderão trazer novos esclarecimentos. “Trata-se de medida que conferirá maior robustez ao acervo probatório já angariado no curso da presente investigação”, informa o procurador da República Frederico Paiva, da força-tarefa da Zelotes. As investigações sobre o ‘Tribunal da Receita’ tiveram início em 2014. A primeira operação foi deflagrada em 26 de março de 2015. Até o momento, a apuração da Zelotes levou a 20 ações penais, 18 processos administrativos disciplinares, quatro processos de responsabilização de pessoas jurídicas e sete arguições de nulidade de decisões já admitidas e em tramitação junto ao Carf, que revelam as mais variadas práticas de ilícitos envolvendo julgamentos de processos. (AE)
PIS/PASEP
Abono salarial de 2017 começa a ser pago Brasília - Começou ontem o pagamento do abono salarial referente ao ano base 2017. A estimativa é que sejam destinados R$ 18,1 bilhões a 23,5 milhões de trabalhadores. Conforme o calendário de pagamento, quem nasceu de julho a dezembro, recebe o benefício ainda neste ano. Já os nascidos entre janeiro e junho, terão o recurso disponível para saque no ano que vem. Em qualquer situação, o dinheiro ficará à disposição do trabalhador até 28 de
junho de 2019, prazo final para o recebimento. Para ter direito ao abono salarial do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/ Pasep) é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos um mês em 2017 com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador já deveria estar inscrito no PIS/ Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente
pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O valor que cada trabalhador tem para sacar é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente. Quem trabalhou o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é R$ 80. Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao Programa de Integração Social (PIS), sacam o dinheiro
nas agências da Caixa Econômica Federal. Para saber se tem algo a receber, a consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet ou no telefone 0800-726-0207. Para os funcionários públicos vinculados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet e pelo telefone 0800-729-0001. O abono salarial do PIS/ Pasep é um benefício pago
anualmente com recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), abastecido por depósito feitos pelos empregadores do país. Além do abono salarial, o FAT custeia o programa de Seguro-Desemprego e financia programas de desenvolvimento econômico. Os recursos do abono que não são sacados pelos trabalhadores no calendário estabelecido todos os anos retornam para o FAT, para serem usados nos demais programas. (ABr)
Rio de Janeiro - Após dois dias de audiência pública para debater mudanças na metodologia para o reajuste dos planos de saúde individuais, promovida nas últimas terça e quarta-feira (24 e 25) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras e agência reguladora não chegaram a um consenso. Segundo a ANS, o objetivo é analisar todas as propostas apresentadas e “chegar a uma metodologia que traga mais transparência, previsibilidade e objetividade ao cálculo do reajuste”. Cerca de 180 pessoas participaram dos dois dias de evento, entre representantes do setor, de órgãos de defesa do consumidor e da sociedade. A ANS apresentou o resultado de um estudo feito desde 2010. Pela proposta da agência, o Fator de Reajuste Anual dos Planos Individuais ou Familiares do setor de saúde suplementar (FRPI) será calculado levando em conta o Fator de Variação dos Custos Médico-Hospitalares do universo dos Planos Individuais (VCMH), o Fator de Variação de Faixa Etária (FFE) e o Fator de Variação de Produtividade (FGP), todos podendo ser calculados por entidade externa “mediante acordo de cooperação prévio estabelecido com a ANS”. A minuta proposta pela agência está disponível no site do ANS. Transparência - Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne 19 operadoras de planos de saúde com 24,4 milhões de beneficiários (34,8% do mercado brasileiro), o controle de preços leva à escassez de produtos. Segundo a presidente da entidade, Solange Beatriz Palheiro Mendes, não existe política boa de controle de preços. “É preciso deixar o mercado atuar livremente, propiciando total transparência nos custos de toda a cadeia, para que os próprios consumidores possam avaliar e tomar decisões em relação aos produtos e serviços ofertados”, ressaltou. A entidade defende a diferenciação por porte e por nível de plano para a Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH) e que o Fator de Produtividade proposto pela ANS seja calculado por entidade externa especializada. A FenaSaúde propõe que seja adotado o modelo americano, “que combina um percentual autorizado com uma sinistralidade teto”. “As empresas que extrapolarem o limite de sinistralidade poderão aplicar um reajuste individualizado, com base na sua estrutura de custos”, informou a entidade por meio de nota. A ANS informou que vai consolidar todas as contribuições em um documento a ser disponibilizado na internet, sem necessariamente aprovar uma mudança na metodologia. O reajuste dos planos individuais impacta mais de 8 milhões de beneficiários de planos. No mês passado, foi autorizado o reajuste em 10%, após uma disputa judicial. (ABr)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
AMR: 54 anos A Associação Mineira de Reabilitação (AMR) completa hoje 54 anos. Foram atendidas gratuitamente milhares de crianças e adolescentes com alguma deficiência física ocasionada, em sua maioria, por paralisia cerebral e outras síndromes neurológicas. Todas de famílias carentes e em situação de vulnerabilidade e risco social. O tratamento multidisciplinar oferecido às atuais quase 500 pessoas engloba 11 áreas, entre serviços médicos e outros. No total, só em 2017 foram mais de 76,4 mil atendimentos a pacientes de BH e mais 22 municípios da região metropolitana. Toda a estrutura é mantida exclusivamente com doações, que podem ser feitas via boleto bancário (a partir de R$ 10), débito na conta da Cemig ou Copasa, apadrinhamento de crianças, doações de alimentos não perecíveis ou com trabalho voluntário. Para mais informações, acesse http://amr.org. br/index.php/quero-ajudar ou ligue 0800-72-71-347.
Eleições 2018 O Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais promove na segunda-feira (30) debate com o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. O evento será às 10h, no Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, bairro Santa Efigênia), em Belo Horizonte.
Vendas pela internet O setor de e-commerce cresce cada vez mais em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, apenas em maio deste ano, 61,1% dos consumidores da capital mineira efetivaram alguma compra pela internet, é o que revela a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). Em contrapartida ao alto índice de compradores on-line, apenas 25% dos varejistas da Capital comercializam dessa forma. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) vai ensinar a planejar, montar, operar e divulgar uma loja on-line, através do Ciclo MPE, série de seminários que ensinam como empreender no comércio eletrônico. O evento será gratuito, na quinta-feira (2), no Sebrae BHe. As inscrições podem ser feitas no site www.ciclo-mpe.net.
VIVER EM VOZ ALTA
Em meados dos anos 1990, animava-nos a vida comunitária
ARQUIVO / AGÊNCIA SENADO
ROGÉRIO FARIA TAVARES *
O Grêmio Estudantil Loyola (GEL) foi fundado em 1985, no ano em que os militares devolveram o poder aos civis no Brasil. O País se preparava para viver novo ciclo democrático (que, afinal, sob vários aspectos, foi muito parecido ao que vigorou entre 46 e 64) e as pessoas se animavam a participar da vida comunitária. Entidade representativa dos alunos do segundo grau do Colégio Loyola, fundado em Belo Horizonte, pelos jesuítas, em 1943, o GEL teve como primeira presidente Dolores Cordovil, hoje juíza de Direito. O sucessor de Dolores foi Bruno Vasconcelos, atualmente, juiz federal na Capital. Fui o terceiro presidente. O mandato era de um ano. Coube-me presidir o GEL em 1987, ano em que o Congresso Nacional preparava a nova Constituição Federal, finalmente, promulgada em 5 de outubro de 88. Para gerir o grêmio, contei com o apoio de uma ótima chapa, integrada por amigos com quem convivo até hoje: Marcelo Sampaio, Tereza Sebastião Nogueira, Ricardo Magalhães Soares... Entre os eventos realizados naquela ocasião, esteve o Festival de Poesia. Um dos
primeiros lugares foi de Luciana Malta (hoje excelente médica). Jamais me esqueci de como começava seu poema vencedor: “Dizem os homens da Terra/que nobre é o destino da guerra/ que a paz não passa de um mito/que morrer pela Pátria é bonito.” Que talento! O festival acontecia no auditório do colégio, que depois foi batizado com o nome do saudoso Padre Francisco Rigolin, morto em trágico acidente de ônibus. Outro dia, o diretor de teatro Robson Vieira, hoje à frente do ótimo grupo ‘Palavra Viva’, me disse que a primeira vez que recitou um poema em um palco foi durante o Festival de Poesia, experiência que o teria marcado para sempre. Também celebrávamos o
Dia Internacional da Paz (que coincidia com a data oficial do término da Segunda Guerra Mundial) e a Festa Junina, que era um verdadeiro acontecimento na cidade. Aberta ao público, cobrava ingressos e gerava lucro para o grêmio. Nossa diretora sócio-cultural, a competente Juliana Guimarães Rosa, incumbiu-se da organização do evento e deu tudo certo. Uma das atividades mais importantes do grêmio era, sem dúvida, a produção do jornal “Em Frente”. Seu diretor, no meu tempo, era o aluno Guilherme Wagner Ribeiro, hoje secretário-geral da Mesa da Assembléia Legislativa do Estado. Guilherme foi um grande editor, sabendo reunir, num mesmo número,
matérias interessantes sobre todos os assuntos: Política, Cultura, Esportes... Os estudantes gostavam de escrever para o jornal. Num tempo em que ainda não havia a internet ou as redes sociais, a mídia impressa reinava, soberana, e o dia da publicação do jornal era aguardado com ansiedade. Aprendi muito com a experiência do grêmio. Sobretudo no que se refere ao trabalho em equipe e com foco no interesse coletivo. Guardo essa memória com muito carinho no baú das lembranças boas, que são as que alimentam a gente a seguir vida afora, na crença teimosa de que vale a pena. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras
CULTURA DOMENICO ODDI / DIVULGAÇÃO
Carracci e Cigoli fazem, hoje, parte de importantes coleções italianas e chegam pela primeira vez ao Brasil, na exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”, que reúne 20 obras realizadas entre os séculos XV e XVIII. Quando: De 8 de agosto a 21 de outubro Quanto: Entrada Gratuita Onde: Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Esquina com a Rua da Bahia (em frente ao Minas Tênis Clube I) Quintal Jazz
Mestres Italianos São Francisco - Séculos se passaram e as artes renascentista e barroca continuam encantando a humanidade. Obras de mestres como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino,
Festival - O projeto Quintal Jazz tem como proposta promover o compartilhamento entre os artistas, além de ser um happy hour para o público. Essa experiência será ampliada e Belo Horizonte ganha a realização do Festival Quintal Jazz. Em dois dias, 10 atrações vão transitar entre o instrumental, jazz, groove, samba jazz e outros estilos. Quando: Dias 4 e 5 de agosto.
ROBSON DE OLIVEIRA / DIVULGAÇÃO
Sábado, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 20h Quanto: R$ 25 (Antecipado) + taxa sympla + 1kg de alimento não perecível que será doado a uma instituição Onde: Praça de Eventos da Filarmônica de Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, Belo Horizonte) Guimarães Rosa Homenagem - O autor de “A hora e vez de Augusto Matraga”, “Manuelzão e Miguilim”, “Sagarana” e tantos outros clássicos da literatura brasileira ganha mais uma exposição em sua homenagem. A mostra “Janelas do Sertão”, do artista de BH Zezinho Angrisano, composta por nove obras em tinta acrílica sobre madeira, retrata o universo literário de Guimarães Rosa em peças que fazem referências aos seus principais personagens. Quando: Até 3 de setembro Quanto: Mostra Gratuita Onde: Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo Bernardo do Espinhaço Show - Após trabalhar os
discos “O Alumbramento de um Guará Negro em uma Noite Escura” e “Manhã Sã”, Bernardo do Espinhaço está preparando o show de lançamento do seu mais recente projeto, intitulado “Tardhi”, terceiro disco de uma trilogia que o caracteriza como autoridade na Música Popular da Montanha, como bem foi definido por um crítico musical.
Quando: Dias 9 e 11 de agosto, às 21h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067