diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.679 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
Lar Imóveis lança aplicativo para alavancar os negócios A ferramenta faz parte de uma série de investimentos na área digital que somam R$ 2,5 milhões em 2018. A expectativa do diretor de Inovação, Hermano Rodrigues, é de que as inovações e a recuperação da economia ajudem a empresa a voltar a crescer em 2018, depois de um período de manutenção de resultados. Pág. 11
ABC da Construção terá fornecedores no exterior Empresa se associou à ConstruBrasil, que conta com uma base na China DIVULGAÇÃO
IO lança solução para atender o setor hoteleiro A empresa Inteligência em Ocupação (IO), com sede em Belo Horizonte, se prepara pala colocar no mercado uma plataforma de mesmo nome visando atender ao setor de hotelaria. Trata-se de um software que vai facilitar a gestão comercial dos empreendimentos fornecendo inteligência na gestão dos dados de ocupação. Pág. 13
Com sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a ABC da Construção é especializada em acabamentos DIVULGAÇÃO
Usiminas divulga a causa da explosão de gasômetro
OPINIÃO
Florio: localização do Estado é considerada estratégica
Intecom já conta com o segundo CD em Minas A Intecom Logística acaba de inaugurar uma nova unidade em Minas Gerais. Com investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões, o integrador logístico implementou um novo centro de distribuição (CD) no município de Extrema, no Sul do Estado. A unidade, que nasceu com 5 mil metros quadrados de área de armazenagem, surge com perspectiva de dobrar de tamanho no ano que vem. Pág. 6
Situação da Argentina dificulta acordo com UE A crise econômica na Argentina está dificultando a conclusão das negociações que se arrastam há cerca de duas décadas entre Mercosul e União Europeia. Além disso, a instabilidade argentina é uma barreira praticamente intransponível para a criação de um regime de livre comércio com o Brasil no setor automotivo a partir de 2020. Uma reunião entre representantes do Mercosul para tratar do acordo com os europeus está marcada para o fim deste mês. Pág. 8 Dólar - dia 17
Euro - dia 17
Comercial
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Turismo
Ouro - dia 17
Compra: R$ 3,8900 Venda: R$ 4,0630
NovaYork(onça-troy):
Ptax (BC) Compra: R$ 3,9383 Venda: R$ 3,9389
BM&F (g):
O Brasil não consegue crescer como a média dos emergentes, mas cresceu pelo menos em linha com o mundo nas últimas décadas, até 2011. Para muitos, não há mérito nisso, como se os canais ou engates externos fossem suficientes por si só para a locomotiva mundial puxar o vagão Brasil. Não é bem assim. A economia brasileira é muito fechada ao comércio mundial, sendo o crescimento puxado pela demanda interna. E a entrada de capital estrangeiro, ainda que muito dependente das condições externas, como a liquidez mundial, tem sido mais consequência do que causa do crescimento. (Zeina Latif), pág. 2
Uma semana depois da explosão de um gasômetro na Usina Intendente Câmara, em Ipatinga, no Vale do Aço, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) divulgou as causas do acidente. Em comunicado ao mercado, a companhia confirmou a entrada indevida de ar atmosférico dentro do equipa-
mento, causando a explosão. Ao todo, 34 pessoas ficaram feridas e as atividades da planta industrial foram suspensas por três dias. Três dias após a explosão, a empresa iniciou o processo de retomada das operações, mas admitiu não ter previsão de quando voltará a operar a plena carga. Pág. 7 DIVULGAÇÃO
EDITORIAL A retração na economia mascarou, nos últimos quatro anos, os efeitos dos gargalos que o País enfrenta na logística e na mobilidade. Em ambiente mais normal, de expansão da economia, e mantidas as condições que se apresentam, a situação seria, hoje, de colapso. É o que indicam os estudos disponíveis e dados como os recentemente apresentados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Como ponto de partida, é preciso saber que o transporte rodoviário responde, na atualidade, por 61% da movimentação de cargas e por espantosos 95% de movimentação de passageiros. Sendo assim, não é necessário lembrar as proporções dos acontecimentos do mês de maio passado, quando caminhoneiros bloquearam as principais rodovias no País. “Gargalos esquecidos”, pág. 2
Poupança (dia 20): ............ 0,3715% IPCA-IBGE
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A siderúrgica ainda levanta mais informações sobre o acidente
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TR (dia 20): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,4943
A troca de experiências e informações com outras grandes redes do setor de material de construção é o maior ganho que a ABC da Construção busca com a associação à ConstruBrasil, grupo de compras e importação. Diretor de marketing da ABC da Construção, especializada em acabamentos, Sérgio Coimbra informa que, com essa vantagem, a rede ganha força para negociar com a indústria e pressionar por desenvolvimento de produtos e melhores preços, o que deve atrair mais clientes e incrementar os resultados. A associação também incrementa a estrutura e rede de fornecedores da ABC, que passa a contar com uma base operacional na China. Com isso, a rede abre a possibilidade de contar com importados chineses e de outros países, como Índia e Vietnã. Com 50 lojas, a ABC deve encerrar 2018 com 60 unidades. Pág. 3
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OPINIÃO O Brasil nos trilhos ZEINA LATIF * O Brasil não consegue crescer como a média dos emergentes. Mas, nas últimas décadas até 2011, o País cresceu pelo menos em linha com o mundo. Para muitos, não há mérito nisso, como se os canais ou engates externos fossem suficientes por si só para a locomotiva mundial puxar o vagão Brasil. Não é bem assim. A economia brasileira é muito fechada ao comércio mundial, sendo o crescimento puxado pela demanda interna. E a entrada de capital estrangeiro, ainda que muito dependente das condições externas, como a liquidez mundial, tem sido mais consequência do que causa do crescimento. Para acompanhar o mundo é necessário fazer algumas lições de casa. FHC e Lula conseguiram em boa medida. Com Dilma, saímos dos trilhos e o País descolou do mundo, ou mesmo da América Latina. Há um debate sobre quem avançou mais. Parece justo afirmar que foi Fernando Henrique Cardoso, já que o Brasil acompanhou mais a dinâmica dos emergentes durante seu governo do que na gestão Lula. Muitas oportunidades foram perdidas, particularmente após a crise do mensalão. Pior, Lula, enfraquecido, precisou ceder à equivocada agenda petista, liderada por Guido Mantega. A propósito, este é o risco que corre Fernando Haddad, se eleito. O esforço necessário para crescer em linha com o mundo precisará ser ainda maior daqui para frente. O bônus demográfico acaba
este ano, segundo o IBGE. O número de pessoas em idade ativa (entre 15 e 60 anos) terá aumento inferior ao da população, que terá participação crescente de idosos. Como consequência, o crescimento da renda per capita dependerá de uma maior produtividade da mão de obra. Teremos de fazer mais, com o mesmo número de trabalhadores, nos próximos anos. Ajudaria se o Brasil atraísse mão de obra estrangeira qualificada. No quadro atual, mais perdemos trabalhadores qualificados do que atraímos. O Brasil precisará primeiro ter algum sucesso para depois atrair talentos, apesar de a lei de imigração de 2017 ser facilitadora. A produtividade do trabalho é baixa e cresce muito pouco. Por isso, o Brasil precisa avançar em muitas agendas. O mais urgente é garantir a estabilidade macroeconômica (sendo a reforma da Previdência a espinha dorsal do ajuste fiscal e este da estabilidade), melhorar o ambiente de negócios (reforma tributária é prioritária) e elevar o capital humano (com avanços mais expressivos no ensino médio e técnico, onde estamos mais atrasados). Precisamos, paulatinamente, avançar na agenda de abertura da economia e de revisão de políticas públicas que protegem as empresas ineficientes (como o Simples, que desestimula o crescimento das empresas pequenas). A agenda de reformas e de correções da política econômica de Dilma, que fez a produtividade cair,
retoma aos poucos. É preciso acelerá-la, e bastante, para voltarmos a acompanhar o mundo. A alternativa será um país que cresce pouco e fica mais vulnerável a turbulências. Para se ter uma ideia de números, segundo estimativas de Samuel Pessôa, entre 2002-10, quando o PIB cresceu em média 4% ao ano, a produtividade do trabalho contribuiu com 2,4 pontos percentuais, valor recorde desde a redemocratização. O 1,6 ponto percentual restante decorre do aumento do fator trabalho. Logo não poderemos mais contar com ele, pelo fim do bônus demográfico e quando a taxa de desemprego voltar ao seu patamar natural (possivelmente em torno de 6% na média anual), deixando de haver mão de obra ociosa. Não há muitas informações sobre os programas dos candidatos. Por ora, há apenas princípios gerais, alguns equivocados, como o Estado grande de Ciro Gomes e os atalhos de Fernando Haddad. Será importante analisar a qualidade da agenda e a capacidade de entrega dos candidatos. Precisamos avaliar quem terá maior capacidade de ouvir a academia e especialistas dentro e fora do Brasil, e de dialogar com o setor privado. Também precisamos avaliar a habilidade de articulação no Congresso. É muita gente para conversar. E nada ajuda falar alto e pisar duro. * Economista-chefe da XP
Historinhas do cotidiano (IV) CESAR VANUCCI * “As apostas da mega-sena se encerram às dezenove horas.” (Anúncio divulgado com frequência pela CEF) Œ Das informações propagadas pela Caixa Econômica Federal, referentes à mega-sena, consta sempre que as apostas, nas agências credenciadas, são encerradas às dezenove horas dos sábados. De duas uma: ou a Caixa anda se esquecendo de passar aos permissionários o teor da resolução que fixou tal prazo, ou grande parte deles está mesmo a fim de desobedecer, ostensivamente, a determinação. Em mais de uma ocasião, especialmente em dias de acumulação de prêmios vultosos, constatei pessoalmente que os postos de venda lotérica resolvem instituir aquilo que, em tempos de antigamente, lá no interior, era conhecido como “sábado inglês”. Permanecem com as portas hermeticamente cerradas na parte da tarde. Impedem os apostadores de fazer uma fezinha. Tá danado. Estou convencidíssimo da silva júnior de que todo consumidor de produto farmacêutico que não se dê ao trabalho de promover, a cada aquisição, uma bem elaborada coleta de preços expõe-se fatalmente a levar uma tremenda duma fubecada. Efetuo, amiúde, esse tipo de pesquisa. Os resultados são desnorteantes. Antes da efetivação das compras informo-me, geralmente por telefone, dos preços praticados nas diversas redes do varejo farmacêutico. As diferenças mostram-se sempre representativas. Já cheguei a me deparar com variações de até cem por cento. Mas, pera lá. Não aja com afoiteza. Enganoso concluir, com base nos resultados de uma simples coleta isolada, que os valores dos produtos de um determinado ponto de venda sejam permanentemente os mais reduzidos. Cada situação pede pesquisa específica, esta é que é a verdade. A atenção do consumidor prevenido precisa ficar desperta ainda para uma outra circunstância. Sem essa de se deixar emaranhar nas armadilhas de preços sugeridas pelos rótulos diferenciados. Essa história dos produtos “de marca”, “genéricos”,”similares” tem um enredo complicado. As denominações diferentes escondem uma realidade que é basicamente a mesma. Não refletem, ao contrário do que muitos ima-
ginam, uma política de preços coerente, clara e transparente, benéfica ao consumidor. Os preços oscilam ao sabor de meras e imperscrutáveis conveniências mercadológicas. Resumindo, os rótulos não dizem nada, sob esse particular. Tá danado Ž Como é que pode? Numa reportagem realmente afinada com o legítimo interesse público, a televisão denuncia que muitas mercadorias fabricadas em série vêm chegando ao consumidor com as embalagens tradicionais intocadas, mas com o conteúdo visível e abusivamente reduzido. O invólucro não é mexido. A mexida é lá dentro, no peso ou no número de unidades do pacote. Taí, devidamente configurado, um processo mafioso de ludíbrio da boa fé do consumidor. Uma forma irresponsável e leviana de majorar preços sem dar (muito) na vista. Um crime repulsivo contra a economia popular, que reclama punição severa para os autores (sem que jamais venha ser aplicada). Já tratei aqui, na verdade, do assunto. Pela relevância de que se reveste, vale o repeteco. Aflige-me, como cidadão brasileiro, constatar que postos de venda de combustível com o emblema glorioso da Petrobras possam estar oferecendo, a qualquer tempo, produtos a preços superiores aos dos estabelecimentos congêneres. A Petrobras é um patrimônio do povo. Nasceu de lutas ingentes, enfrentadas galhardamente pela sociedade brasileira. Ao alcançar o almejado patamar da autossuficiência na produção de petróleo, capacitou-se a assegurar à população, de uma maneira geral, preços que se contraponham às costumeiras tendências altistas registradas, por força de manipulações cartelizadas, nos derivados de petróleo importados. Nada obstante, os dirigentes de nossa estatal petrolífera não dão nunca sinais de que estejam encarando com seriedade tão radiosa perspectiva. Paralelamente a isso, parecem também não dar atenção suficiente para essa indesejável circunstância dos preços elevados praticados em postos que trazem a marca da empresa na fachada. Na avaliação do homem comum, preço da Petrobras não poderia deixar jamais de ser o melhor da praça. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Previsão otimista para comércio exterior MILTON LOURENÇO * Apesar das previsões pessimistas que têm cercado o comércio exterior brasileiro nos últimos tempos, as exportações País, em 2018, deverão chegar a US$ 224 bilhões, o que representará um aumento de 3,1% em relação aos US$ 217 bilhões registrados em 2017, segundo dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), que, em dezembro, havia previsto um total de US$ 218 bilhões. Já as importações, segundo a AEB, deverão totalizar US$ 168 bilhões em 2018, o que equivalerá a uma alta de 11,5% em relação aos US$ 150 bilhões importados no ano passado, o que, praticamente, confirmará a previsão anterior. Com isso, o País deverá registrar um superávit de US$ 56 bilhões, com uma queda de 15,9% em relação aos US$ 67 bilhões gerados em 2017. É de se lembrar que a previsão anterior sugeria um superávit menor, de US$ 50 bilhões. Menos mal. Obviamente, esses números podem sofrer correções, em consequência dos reflexos da guerra comercial entre EUA e China ou até mesmo em função de uma potencial crise nuclear entre EUA e Irã. Para piorar, há ainda a recente reviravolta nas relações entre EUA e União Europeia (UE). Como se sabe, Washing-
ton suspendeu a aplicação de novas tarifas ao aço e alumínio importados enquanto os dois lados negociam as questões comerciais, ao mesmo tempo que a UE decidiu ampliar suas compras de soja e gás natural liquefeito dos EUA. Além disso, decidiram reduzir as barreiras ao comércio de serviços e produtos químicos, farmacêuticos e médicos. O que se prevê é que esse entendimento pode vir a prejudicar as negociações entre Mercosul e UE, pois, certamente, o bloco europeu já não terá tanta pressa para concluir as negociações com o bloco sul-americano. Conspirando contra o crescimento dos números das exportações brasileiras também está a grave crise econômica, comercial e cambial porque passa a Argentina, terceiro maior parceiro do Brasil. Seja como for, a situação do comércio exterior não é das mais complicadas. Tanto que o porto de Santos bateu recorde de movimentação de cargas no primeiro semestre, movimentando 64,5 milhões de toneladas, o que significou um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2017, quando foi registrado o recorde anterior, segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Deve-se acrescentar que esse resultado po-
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deria ter sido melhor, se não tivesse ocorrido um fato atípico, como a greve do setor de transporte rodoviário de cargas realizada ao final de maio e início de junho. Tanto que, em junho, o volume de operações ficou abaixo do registrado no mesmo mês de 2017, assinalando um recuo de 1,7%, para 10,8 milhões de toneladas. No mais, de janeiro a junho, os embarques de cargas cresceram 4,1% sobre os seis primeiros meses de 2017, ao passo que os desembarques avançaram 9,6%. O desempenho do porto de Santos reflete o comportamento da balança comercial neste ano, com as importações crescendo mais do que as exportações. A participação do porto de Santos na balança comercial manteve-se estável, pois alcançou 27,7% do total do comércio exterior do País no primeiro semestre, com uma movimentação equivalente a US$ 54,1 bilhões. Ou seja, o complexo portuário respondeu por 26,7% das exportações brasileiras, ou US$ 30,2 bilhões, e por 29,2% das importações, com US$ 23,9 bilhões. Isso mostra que não há razões para se cultivar o pessimismo, ao contrário do que alardeiam os pregoeiros do caos.
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Gargalos esquecidos Nos últimos quatro anos, pouco mais ou pouco menos, a retração na economia mascarou os efeitos dos gargalos que o País enfrenta na logística e na mobilidade. Em ambiente mais normal, de expansão da economia, e mantidas as condições que se apresentam, a situação seria, hoje, de colapso. É o que indicam os estudos disponíveis e dados como os recentemente apresentados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Como ponto de partida – e compreensão -, é preciso saber que o transporte rodoviário responde, na atualidade, por 61% da movimentação de cargas e por espantosos 95% de movimentação de passageiros. Sendo assim, não é necessário lembrar as proporções dos acontecimentos do mês de maio passado, quando caminhoneiros bloquearam as principais rodovias no País, provocando virtual paralisação das atividades econômicas. Na ocasião e diante da evidente distorção, não faltou quem lembrasse, e com razão, do absurdo do desequilíbrio existente e do virtual abandono O Estado brasileiro, de modais que é evidente, perdeu poderiam ser a capacidade de mais econômicos e mais eficientes. investir e, para piorar, Faltou dizer a malha existente que as rodovias também estão está em processo abandonadas, de deterioração por conforme falta de manutenção, demonstram agora os levantamentos potencializando da CNT. prejuízos para todas as São dados absolutamente partes espantosos. Entre os anos de 2009 e 2017 a malha rodoviária pavimentada do País cresceu apenas 0,5%, com menos de mil quilômetros entregues. No mesmo período a frota motorizada, considerados todos os tipos de veículos, cresceu 63,6%, passando de 59 milhões para 98 milhões de unidades. Ainda segundo o relatório, existem no País, conforme números do ano passado, 1,7 milhão de quilômetros de estradas, dos quais apenas 213 mil, ou 12,4% do total, são pavimentados. Todo o resto é consequência, ajudando a explicar o custo do frete rodoviário e a insegurança, que faz do País campeão em acidentes rodoviários. O Estado brasileiro, é evidente, perdeu a capacidade de investir e, para piorar, a malha existente está em processo de deterioração por falta de manutenção, potencializando prejuízos para todas as partes. Não tem capacidade de investir e, tudo indica, igualmente de atrair, na escala e com a agilidade que se fazem necessárias, investidores privados, através dos programas de concessão dos quais muito se tem falado. Se esta é a situação do modal mais importante, imagina-se o que se poderia dizer acerca das ferrovias, em que cometeu-se o desatino de reduzir a malha, da navegação interna, que a rigor só existiu nos primórdios da colonização, e da cabotagem, relevante até a primeira metade do século passado e também abandonada quando se entendeu que “governar é abrir estradas”. Olhar para a frente e tentar enxergar um futuro melhor significa, obrigatoriamente, colocar estas questões na pauta de debates e de construção de soluções.
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
ECONOMIA MATERIAL
ABC da Construção planeja ganhar mercados Associação com a ConstruBrasil pode gerar desenvolvimento de produtos, redução de custos e preços ANA AMÉLIA HAMDAN
A troca de experiências e informações com outras grandes redes do setor de material de construção é o maior ganho que a ABC da Construção busca com a associação à ConstruBrasil, grupo de compras e importação desse tipo de produto. Diretor de marketing da ABC da Construção, especializada em acabamentos, Sérgio Coimbra informa que, com essa vantagem, a rede ganha força para negociar com a indústria e pressionar por desenvolvimento de produtos e melhores preços, o que deve atrair mais clientes e incrementar os resultados. “Temos no grupo ConstruBrasil empresas fortes em outras regiões que podem trazer informações sobre como otimizar o atendimento ao cliente e a operação de modo geral. São boas práticas trazendo mais resultados”, resume. “Ganhamos em competitividade”, completa o diretor de marketing. A associação com a ConstruBrasil, anunciada em julho, também incrementa a estru-
tura e rede de fornecedores da ABC, que passa a contar com uma base operacional na China. Com isso, a rede abre a possibilidade de contar com importados chineses e de outros países, como Índia e Vietnã. Segundo Coimbra, o portfólio de produtos tende a aumentar. Mas ele reforça que o controle da qualidade das mercadorias será mantido. O diretor de marketing faz essa ressalva devido ao fato de que alguns produtos chineses acabam sendo ligados a preço e qualidade baixos. “Não é de nosso interesse vender um produto que vai dar problema”, afirma. Do outro lado, a ABC da Construção passa a representar Minas Gerais, Rio de Janeiro e interior de São Paulo de forma a reforçar a rede ConstruBrasil. O grupo já conta com empresas nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Distrito Federal. As empresas pertencentes ao grupo são líderes em seus mercados, tais como Todimo, São Jorge, Tupan, Potiguar,
DIVULGAÇÃO
Sediada em Juiz de Fora, a empresa especializada em acabamentos tem cerca de 50 lojas no País e projeta fechar o ano com 60
Normatel e, juntas, faturam em Minas e Rio de Janeiro, cerca de R$ 2 bilhões. e deve fechar 2018 com 60 unidades. O faturamento da Crescimento - Com sede empresa cresceu 20% neste em Juiz de Fora, na Zona da ano, até julho, no comparativo Mata, a ABC da Construção, com igual período de 2017, especializada em acabamen- segundo informou Coimbra. tos, tem cerca de 50 lojas Em 2018 foram inaugura-
das oito lojas, sendo sete em Minas – principalmente em Belo Horizonte – e uma no interior do Rio de Janeiro. Há previsão de abertura de mais nove unidades até o fim do ano. Coimbra informou que
eram aguardados resultados melhores, mas o segmento também sentiu o impacto da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, e também da Copa do Mundo, que acaba desaquecendo algumas áreas do comércio.
PETROBRAS
Empresa alerta para risco de desabastecimento de diesel Rio de Janeiro - A Petrobras avalia que a nova fórmula proposta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para calcular o preço de referência para a concessão de subsídios ao diesel, a partir de 31 de agosto, poderia trazer risco de desabastecimento ao País. O programa foi criado em junho, como resultado da greve histórica de caminhoneiros, contra os altos preços do diesel. No início, foi utilizado como referência um preço da Petrobras, antes da intensificação dos protestos de maio. Mas, posteriormente, a ANP definiu que uma nova fórmula seria estabelecida a partir de 31 de agosto. Durante audiência pública para discutir o novo cálculo proposto pela autarquia, o gerente-executivo de Marketing e Comercialização da Petrobras, Guilherme França, defendeu que a autarquia mantenha a atual metodologia de cálculo do subsídio. Ao se inscreverem para participar do programa, empresas precisam congelar os preços do diesel em patamares estipulados pelo governo, contando que serão ressarcidos em até 30 centavos de reais por litro, dependendo das condições de mercado. No entanto, a fórmula apresentada pela autarquia para vigorar a partir de 31 da agosto não foi bem recebida pelo mercado. A principal crítica é que o cálculo levaria a uma redução do preço de referência praticado atualmente, principalmente por não considerar custos de internalização de diesel importado, considerando apenas custos até o porto. “A gente vê muita dificuldade. Acho que vai inviabilizar a oferta de produto importado no âmbito do programa de subvenção.
A própria Petrobras, com o regime de governança que ela tem hoje, eu tenho dúvidas se eu teria autorização da diretoria executiva para importar produto com risco grande de prejuízo”, disse França, durante sua apresentação. O executivo ressaltou que a proposta da ANP gera um “potencial risco de desabastecimento”. Para a Petrobras, o preço a ser definido pelo programa de subvenção precisa levar em consideração todos os valores empenhados por uma empresa que está importando o produto até seu ponto de venda. A Petrobras defende que seja mantida a atual metodologia de cálculo. Apesar de ponderar que “não é o ideal”, França afirmou que as empresas já estão acostumadas e aprenderam
DIVULGAÇÃO
a lidar com ela. A Plural, associação que representa as distribuidoras de combustíveis no Brasil, foi na mesma linha. Em sua contribuição à consulta pública, afirmou em documento que “a fórmula paramétrica proposta pela ANP, contudo, promove um desajuste nos preços de referência, pois não consegue abarcar todos os custos incorridos no processo de importação, provocando distorção nas condições de competição no mercado de diesel”.
Piora - Também presente na audiência pública, o Proposta da ANTT de congelamento de preços e ressarcimento posterior desagradou presidente da Associação Brasileira dos Importadores subsídios que, segundo ele, audiência pública nesta a metodologia do cálculo. de Combustíveis (Abicom), já vem prejudicando as suas sexta-feira, pode levar em Pelas regras implemenSergio Araújo, afirmou que nove empresas associadas, consideração as reclamações tadas pelo governo federal, a metodologia apresentada por ter fixado um valor de dos agentes do setor para contudo, o programa de subpela ANP piora ainda mais referência abaixo do ideal. a criação de uma resolu- sídio ao diesel deve durar o cenário do programa de A ANP, que realizou a ção que vai regulamentar até o final do ano. (Reuters)
Meta de alavancagem será menor em novo plano Rio de Janeiro - A Petrobras deverá trazer uma meta de alavancagem mais próxima de seus pares globais, em seu plano de negócios 2019-2023, que deve ser publicado em novembro, segundo relatório do Itaú BBA, que citou como fonte o diretor-executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal, Rafael Grisolia. O executivo esteve reunido sexta-feira com analistas de mercado, informou o banco. Durante a reunião, o executivo sinalizou que a nova meta para o indicador de alavancagem, medido por dívida líquida sobre Ebitda, poderá ser de 1 a 1,5 vez no futuro. Dessa forma, a empresa teria um nível de alavancagem “mais compatível com o nível de seus pares internacionais”, e isso estaria disponível no anúncio do
próximo plano de negócios, planejado para novembro, disse relatório do Itaú BBA. A empresa acredita ser possível atingir a atual meta, de 2,5 vezes, até o fim deste ano, uma vez que os preços do petróleo estão mais altos do que quando o plano de negócios atual foi projetado, explicou o banco. A manutenção da meta ocorre apesar de impedimentos para a conclusão de importantes vendas de ativos, como da área de refino, além da Transportadora Associada de Gás (TAG), após decisão cautelar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela qual a venda de ações depende de autorização legislativa. Na reunião, Grisolia reiterou que a Petrobras não cancelou o seu plano de desinvestimentos, que tem como um dos seus principais objetivos reduzir a dívida da
empresa, mas que precisou suspender por questões legais. “A empresa continuará buscando formas de otimizar seu portfólio de ativos, vendendo os de menor retorno e investindo em ativos de maior retorno”, afirmou o relatório do Itaú. Cessão onerosa - Grisolia também afirmou aos analistas que as negociações com o governo a respeito de áreas do pré-sal cedidas pela União à estatal em 2010, mediante contrato conhecido como cessão onerosa, estão muito avançadas e que a necessidade da aprovação no Congresso de uma lei sobre o tema é “o principal obstáculo” para a conclusão. O contrato da cessão onerosa cedeu à Petrobras o direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em determinadas áreas do pré-sal. Na
época, a empresa pagou R$ 74,8 bilhões por esse direito. No entanto, uma renegociação do valor pago estava previsto desde o início, depois que as áreas fossem declaradas comerciais, considerando variações de câmbio e dólar. O projeto de lei, que já foi aprovado na Câmara e precisa ser votado no Senado, resolve alguns entraves para a negociação e ainda abre caminho para um megaleilão dos volumes de petróleo encontrados pela Petrobras que excedem os 5 bilhões de barris. “Na visão da administração, ainda é possível concluir este ano se a lei for aprovada”, disse o Itaú. Combustíveis - Durante a reunião com analistas, Grisolia também comentou recente decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) de colocar em consulta pública uma minuta de resolução que poderá obrigar a Petrobras a publicar uma fórmula utilizada para definir preços de combustíveis. “O CFO esclareceu que não existe uma fórmula ‘absoluta’ que determine os preços. Ele mencionou que a Petrobras participará da audiência pública para acrescentar suas contribuições e melhorar essa resolução”, disse o Itaú. Além disso, o executivo frisou aos analistas que a empresa buscará lucratividade se o programa de subsídio ao diesel terminar, defendendo que todos os acionistas, incluindo o governo, devem ter rentabilidade. “Eles continuarão a buscar níveis compatíveis com a política internacional de preços”, informou o Itaú. (Reuters)
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ECONOMIA DIVULGAÇÃO
SONDAGEM
Cenário da economia é visto como ruim por 83,9% dos consumidores
Segmento imobiliário que aposta nos shopping centers não acredita que avanço do e-commerce signifique ameaça
INVESTIDORES
Avanço do e-commerce não incomoda shoppings Evento internacional reúne executivos e acionistas em São Paulo São Paulo - Mesmo com o comércio eletrônico decolando no Brasil, investidores nos shopping centers do País não se incomodam, apostando que as estratégias de investimento mais experientes e as preferências particulares dos compradores latino-americanos salvarão o segmento imobiliário local do sombrio destino de pares nos Estados Unidos. Esse foi um sentimento compartilhado por executivos e investidores reunidos nesta semana no Congresso Internacional de Shopping Centers, em São Paulo. O evento ocorreu em um momento em que os gigantes de e-commerce Amazon.com e Mercado Livre se preparam para grandes expansões no País, o que já assustou alguns investidores estrangeiros, derrubando as ações das três maiores administradoras de shoppings em pelo menos 19% desde o começo do ano. Executivos e acionistas importantes no Brasil afirmam que a ameaça do comércio eletrônico é exagerada. Eles dizem que um mix melhor de clientes e dificuldades logísticas, entre outras questões, sinalizam que o abalo sofrido pelo setor de shoppings nos EUA não deve acontecer por aqui. Para alguns, a visão é ingênua, dado que a Amazon
vem vasculhando galpões locais e negociando acordos de transporte aéreo no Brasil, enquanto algumas varejistas reportam crescimento de dois dígitos nas vendas on-line. “Em Nova York, os investidores estão muito mais preocupados com o comércio eletrônico do que no Brasil”, disse Thiago Muramatsu, diretor financeiro da Cyrela Commercial Properties (CCP), um grupo com atuação em shopping centers e escritórios corporativos. “Nos Estados Unidos, eles veem uma grande crise, com shoppings fechando em todos os lugares, varejistas de eletrônicos encolhendo. Mas, aqui no Brasil, ainda há potencial de alta.” Vários executivos locais e investidores argumentaram em recentes entrevistas que os shopping centers brasileiros oferecem relativa segurança aos clientes, um grande benefício em uma nação com uma das maiores taxas de homicídio do mundo. As entregas de porta em porta, das quais o e-commerce avançado depende, ainda são difíceis em razão das rodovias de má qualidade, burocracia vertiginosa e, até mesmo, roubo de cargas, acrescentaram as fontes.
Ao mesmo tempo, o Brasil tem uma fração dos shoppings per capita que os EUA têm, com menos áreas locáveis dedicadas ao varejo. Muitos empreendimentos nos EUA apenas agora estão tentando diversificar o mix de locatários. “Perto de metade da área bruta locável aqui não é varejo. São restaurantes, colégios, faculdades, todos os tipos de coisa”, afirmou o sócio-fundador do grupo imobiliário Hemisfério Sul Investimentos (HSI), Maximo Lima. “É uma parada única para os brasileiros de classe médio resolverem suas vidas.” Interesse local - Até agora, os brasileiros vêm aceitando essa percepção, ainda que com reservas. Entre novembro e abril, a Vinci Partners levantou R$ 730 milhões para Vinci Shopping Centers, um veículo de investimento conhecido como FII, que é a resposta do Brasil para os fundos de investimento imobiliário. A atividade em FIIs, que são dominados por investidores locais, ganhou força após um declínio de vários anos. E os FIIs mais líquidos estão no azul neste ano, um indicador de que investidores locais estão mais otimistas que seus pares nos EUA.
Ainda assim, há sinais de que as eleições presidenciais de outubro no Brasil podem comprometer este mercado. O apetite por novos FIIs se dissipou, enquanto investidores aguardam para ver o que será o futuro governo brasileiro, conforme disseram profissionais do setor à Reuters. Além disso, executivos de shopping centers no Brasil não estão dando chance ao acaso. Companhias como a BR Malls, maior operadora do setor, e a CCP já desenvolveram iniciativas próprias de comércio eletrônico. Enquanto isso, a Multiplan disse à Reuters que está desenvolvendo uma operação de e-commerce, enquanto os grupos voltados para o segmento de alta renda JHSF Participações e Iguatemi estão fazendo o mesmo, afirmaram executivos à Reuters nas últimas semanas. As unidades de comércio eletrônico assumiram várias formas, com a da CCP, por exemplo, permitindo aos clientes comprar on-line e retirar os itens nos shoppings. “Os clientes terão que ir ao shopping”, disse Muramatsu, “então, pode dar a eles tempo para ver filmes, ir a restaurantes, e, mesmo, fazer compras adicionais.” (Reuters)
São Paulo - O pessimismo dos consumidores sobre o momento da economia brasileira chegou no mês passado ao maior nível do ano, segundo sondagem feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No levantamento de julho, 83,9% dos entrevistados julgaram que o cenário atual da economia é ruim ou muito ruim. Desde dezembro, quando foi registrado o mesmo percentual para as duas respostas, não se via percepção tão ruim. Os principais motivos citados pelo consumidor ao explicar a avaliação negativa são o alto índice de desemprego, a percepção de aumento dos preços e o patamar considerado ainda alto dos juros, apesar dos cortes que levaram a taxa básica de juros (Selic) ao menor nível da história. “O achatamento da renda e o desemprego mostram que, no dia a dia do consumidor, pouca coisa evoluiu com relação ao período mais agudo da crise”, co-
menta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “A recuperação da confiança requer uma retomada mais vigorosa da economia, que aqueça o mercado de trabalho, mas isso não deve ser visto no horizonte dos próximos meses”, acrescenta. Confiança - O indicador do SPC Brasil que mede a confiança do consumidor ficou em 41 pontos em julho, um pouco abaixo dos 41,4 pontos do mesmo período do ano passado, mas acima dos 38,8 pontos de junho, o que é lido como uma reação pós-greve dos caminhoneiros. Resultados abaixo de 50 pontos revelam, no entanto, predomínio de visões pessimistas. A sondagem mostra que 41,5% dos consumidores estão pessimistas ou muito pessimistas a respeito do desempenho da economia nos próximos seis meses. O porcentual é menor, no entanto, do que em junho, quando o grupo pessimista correspondia a 53,5%. A sondagem foi feita com 801 consumidores. (AE)
FAZENDA
País tem vários fatores detendo produtividade, acredita secretário Brasília - O secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda, João Manoel Pinho de Mello, avaliou na sexta-feira (17) que a estagnação da produtividade no Brasil é decorrente de vários fatores. Entre eles, estão distorções na legislação laboral, o mau funcionamento de instituições, um sistema tributário complexo, a burocracia excessiva, a infraestrutura precária e o excesso de propriedade estatal no País. “Com o alto risco regulatório que temos no Brasil, o capital fica mais caro, o que leva a uma taxa baixa de investimento e desenvolvimento tecnológico. Com isso, projetos socialmente desejáveis não acontecem e também temos um cenário de alta litigiosidade no ambiente de negócios”, afirmou. Mello participa do debate sobre “Ambiente de Negócios: Risco Regulatório e Custos de Compliance” no Seminário de Direito e Desenvolvimento organizado pela FGV Di-
reito Rio. Segundo ele, se o Brasil tivesse a qualidade regulatória média dos países emergentes, o retorno das empresas seria maior. “Grandes projetos de infraestrutura não saem do papel porque os riscos são altos”, completou. Escolaridade - O secretário mostrou que o crescimento da taxa de escolaridade nas últimas três décadas não se traduziu em aumento na produtividade no trabalho. “Costuma-se dizer que nós não investimos em Educação, mas investimos. Educamos as pessoas, mas estão usando esses recursos de maneira improdutiva”, acrescentou Entre os exemplos de ineficiências regulatórias no País, Mello citou a recuperação judicial de empresas, que apresenta no Brasil um tempo mais logo de resolução e uma taxa menor de recuperação para os credores - na comparação com outros países emergentes. “Isso leva a taxas de juros mais altas”, explicou. (AE)
VAREJO
Vendas sobem 1,8%, tirando automóveis e construção São Paulo - As vendas totais do varejo no Brasil em julho, desconsiderados os negócios de automóveis e materiais de construção, tiveram alta de 1,8% quando comparadas ao volume registrado em igual mês do ano passado, revela o indicador de varejo SpendingPulse, da Mastercard.
O movimento indica uma aceleração ante a média dos últimos três meses na avaliação interanual. Entre os setores que contribuíram positivamente para o avanço, relata a Mastercard, estão móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, material de construção e artigos de
uso pessoal e doméstico. Já as vendas nos setores de supermercados, combustíveis e vestuário sofreram retração. Principal motor da vendas no País, o comércio on-line, por sua vez, registrou expansão de 23,2% na mesma base de comparação. Destaque para as vendas
de eletrônicos e móveis. Artigos farmacêuticos, vestuários e hobby & livraria tiveram desempenho inferior à média do e-commerce. Renda e confiança - Para o economista-chefe da Mastercard Advisors no Brasil, César Fukushima, o desempenho de julho
foi sustentado por uma melhora da renda e da confiança do consumidor. “Contudo, o ambiente político e econômico continua incerto e devemos ter nos próximos meses um crescimento modesto pela frente”, avalia. Na análise por regiões, Norte e Nordeste tiveram
desempenho acima da média, com altas de 2,7% e 2,1%, respectivamente. Abaixo da média, mas ainda em terreno positivo, ficaram Sul (1,3%) e Sudeste (0,5%). O Centro-Oeste registrou queda das vendas, com retração de 3,3% na mesma base de comparação. (AE)
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ECONOMIA ENERGIA
Light avalia captação de recursos no mercado Cemig informou que elétrica já celebrou memorando para ancorar oferta de ações ordinárias via GP CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC
LEONARDO FRANCIA
Um dia após afirmar que a concretização da venda da Light é uma das prioridades para este ano, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou ao mercado, na sexta-feira (17), que sua controlada está avaliando a realização de uma captação de recursos por meio de uma oferta pública de ações ordinárias de sua emissão. Os valores a serem levantados com a operação ainda não foram divulgados. Em comunicado enviado ao mercado via B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), a Cemig explicou que a Light já celebrou um memorando preliminar de entendimentos não vinculante, visando à ancoragem da potencial oferta por fundos de investimentos liderados pela GP Investments. No documento, a estatal informa que a Light esclareceu que “tal memorando é um documento preliminar e não vinculante, que apenas estabelece termos e condições indicativos caso a oferta venha a ser de fato perseguida”. Ainda segundo o texto, “a companhia ressalta que a efetiva realização da operação e da ancoragem proposta pelos investidores estão sujeitas a diversos fatores e condições, dentre os quais, às condições de mercado, não havendo, nesse momento, qualquer tipo de garantia de que ela venha a se efetivar ou em que termos e condições”, acrescenta o texto. Ainda de acordo com a Cemig e sua controlada, não existe ainda qualquer conclusão definitiva quanto à realização da oferta, bem como quanto à sua estrutura e volume. A Light possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro. A venda da Light vem
Eletrobras não terá reembolso, reitera a Aneel
Cemig e Light informaram que não há definição quanto à oferta, estrutura ou volume
sendo perseguida pela Cemig como uma das prioridades do seu plano de desinvestimentos, que tem como um dos objetivos reduzir a dívida líquida da estatal, hoje, em torno de R$ 13,3 bilhões. A empresa fluminense já recebeu propostas não vinculantes, mas nenhuma se concretizou. Na quinta-feira (16), durante coletiva de imprensa para divulgação dos resultados do segundo trimestre, o diretor Financeiro e de
Relação com Investidores da Cemig, Maurício Fernandes, confirmou que a companhia segue avaliando ativos para vender, mas, para este ano, está focada na consolidação de três negócios: a venda da Light; de ativos Renova Energia; e sua participação na usina de Santo Antonio, localizada no rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia. “Não temos previsão de venda de usinas, mas temos três ativos em negociação: A Light, ativos da Renova e a
participação na usina de Santo Antônio. Estamos trabalhando nessas três iniciativas para este ano. Estamos em fase de negociação, então não é possível estimar qualquer número. São negociações complexas, que esperamos encerrar ainda este ano”, disse na ocasião. A Cemig tem como sócios na Light o Banco do Brasil, a BV Financeira e o Banco Santander. Hoje, a estatal detém uma fatia de aproximadamente 48,75% no capital da Light.
Venda da Amazonas é marcada para setembro Brasília - A Eletrobras informou na sexta-feira (17) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alterou para o dia 26 de setembro a realização do leilão de venda da Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia), antes marcado para o dia 30 de agosto. Um novo cronograma detalhado será divulgado nos próximos dias. O leilão das distribuidoras Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre); Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, distribuidora de energia em Roraima, está mantido para o dia 30 de agosto. Porém, o leilão das dis-
tribuidoras segue suspenso, uma vez que o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) determinou na quinta-feira (16) a suspensão do certame até que seja realizado um estudo prévio sobre o impacto da privatização sobre trabalhadores. Em outro comunicado divulgado na manhã de ontem, a Eletrobras disse que estudará as medidas cabíveis, com a União e o BNDES, para reverter a suspensão. As empresas interessadas nas distribuidoras Eletroacre, Ceron (RO) e Boa Vista Energia (RR) deverão entregar os documentos relativos ao processo de privatização
no dia 27 de agosto, das 9h às 12h, na B3, bolsa de valores de São Paulo. Os leilões permanecem agendados para o dia 30 de agosto, às 15h. Inicialmente previsto para o dia 26 de julho, o leilão de quatro distribuidoras foi adiado pelo governo em razão do calendário de votação do Senado. Aprovado na Câmara no início de julho, a medida provisória que autoriza a privatização das distribuidoras ainda aguarda a apreciação dos senadores. Na quarta-feira (15), durante a posse da nova diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia,
Márcio Félix, disse que não haveria nenhuma mudança no cronograma de realização do leilão. Até o momento, a única distribuidora da Eletrobras leiloada foi a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), arrematada pela Equatorial Energia, em lance único em leilão ocorrido no dia 26 de julho. Outra distribuidora, a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), teve o leilão suspenso devido a uma decisão judicial, do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), impedindo a venda da companhia, após ação movida pelo governo de Alagoas. (ABr)
AGU recorre para garantir leilão de distribuidoras Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu na sexta-feira (17) ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o objetivo de derrubar uma liminar, concedida anteriormente pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), que impede o leilão de seis distribuidoras da Eletrobras - Cepisa, Ceal, Eletroacre, Ceron, Boa Vista Energia e Amazonas Distribuidora -, informou a assessoria de imprensa do órgão em nota.
A liminar do TRT-1, concedida a pedido de sindicatos, determina que a venda das distribuidoras seja suspensa até que a Eletrobras apresente estudo sobre o impacto da operação nos contratos de trabalho dos empregados das referidas companhias energéticas. No pedido de suspensão da liminar, a AGU pondera que as distribuidoras são deficitárias e precisaram receber, nos últimos 20 anos, um aporte de R$ 30 bilhões
da Eletrobras. No recurso, a Advocacia-Geral alerta ainda para o fato de que, como a estatal não tem mais condições de injetar recursos nas empresas, elas terão de ser liquidadas caso os leilões não sejam realizados. Isso significa, segundo a AGU, que a transferência do controle das companhias para a iniciativa privada é a única forma não só de manter os contratos de trabalho, mas também de garantir a
continuidade dos serviços de distribuição de energia nas regiões atendidas por elas. A AGU lembra ainda que a legislação brasileira já oferece proteção adequada aos contratos de trabalho vigentes. E que a manutenção da liminar, “ainda que por poucos dias, produzirá instabilidade com o potencial de afastar o interesse de possíveis interessados” na compra das distribuidoras, “em flagrante prejuízo ao interesse público”. (Reuters)
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reiterou à Eletrobras que a companhia não terá direito a ressarcimento de despesas que teve com as distribuidoras de energia nos últimos dois anos. A empresa calcula ter a receber cerca de R$ 5 bilhões do governo por esse período em que prestou o serviço de distribuição. A Aneel já havia alertado o Ministério de Minas e Energia (MME) sobre esse entendimento, mas decidiu comunicar diretamente à Eletrobras em um segundo ofício, assinado pelo então diretor-geral da agência, Romeu Ruffino. O novo documento foi emitido para tratar do caso específico da Cepisa, distribuidora do Piauí, que foi a primeira a ser vendida, mas a interpretação valerá também para as outras cinco companhias. O governo garantiu a compensação dos custos na gestão de distribuidoras de Norte e Nordeste para o período entre 1º de agosto e 31 de dezembro deste ano em caso de liquidação dessas empresas, mas a Eletrobras desejava estender o benefício de forma retroativa mesmo com a privatização. Portaria publicada pelo governo no mês passado garante a chamada “neutralidade econômica” para a Eletrobras na gestão das distribuidoras do Norte e Nordeste entre 1º de agosto e 31 de dezembro deste ano, caso elas não sejam privatizadas até o fim de 2018. Isso significa que, no cenário de liquidação, todos os custos das empresas terão de ser cobertos pelas tarifas pagas pelos clientes locais e por empréstimos subsidiados, bancados pelas contas de luz de consumidores de todo o País. A portaria foi publicada para garantir que os acionistas da Eletrobras votassem a favor da prorrogação do período de designação, de forma a evitar a liquidação das empresas. O risco era elevado, já que desde o fim de 2016, quando decidiu não renovar as concessões de suas seis distribuidoras, a Eletrobras gerencia as empresas por um regime precário de prestação temporária de serviços. Ainda assim, as distribuidoras continuam a gerar prejuízos bilionários para a companhia. Às vésperas da publicação da portaria, a Eletrobras tentou garantir que a neutralidade econômica fosse aplicada desde agosto de 2016, de forma retroativa. Mas a Aneel não aceitou o argumento e disse que qualquer decisão sobre o tema só poderia ser tomada com efeitos futuros, ou seja, de agosto em diante. No ofício encaminhado à Eletrobras, a Aneel deixa claro que essa portaria consolidou o entendimento de que, “na hipótese de sucesso da licitação da concessão em conjunto com a troca do controle societário da distribuidora designada, não há que se falar em cálculo de neutralidade econômica”. A compensação será devida apenas na hipótese de liquidação das empresas e somente para o período de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2018. O documento ainda ressalta que os acionistas da Eletrobras já haviam decidido em assembleia, em duas ocasiões anteriores à portaria de 2018, que a companhia continuaria fazendo a gestão das distribuidoras «sem qualquer previsão de neutralidade econômica no marco regulatório das distribuidoras designadas». A Eletrobras não se manifestou até a publicação desta nota. Benefício - “Os termos de compromisso assinados pelos dirigentes máximos e representantes dos sócios controladores não deixam qualquer margem para dúvida a esse respeito”, afirma o ofício. “O benefício econômico perseguido pelos acionistas controladores sempre foi a possibilidade de transferir os passivos das empresas para novo grupo econômico no processo de licitação da concessão em conjunto com a troca do controle societário da distribuidora designada.” O documento diz também que, caso a compensação estivesse assegurada desde antes, não haveria necessidade de editar a portaria baixada no mês passado. Para evitar a liquidação das empresas, o governo agora tenta convencer o Senado a aprovar um projeto de lei que resolve pendências das distribuidoras do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima antes do leilão. Para licitar a Ceal (Alagoas), é preciso resolver uma disputa com o governo estadual, que cobra ressarcimento financeiro da União no Supremo Tribunal Federal. Até agora, apenas a Cepisa (Piauí) foi licitada. A liquidação das distribuidoras pode gerar perdas de R$ 23 bilhões para a Eletrobras, segundo a companhia. Com a liquidação, a empresa deixa de existir, as dívidas ficam integralmente com a holding e todos os trabalhadores teriam que ser demitidos. (AE)
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ECONOMIA FERNANDO STANKUNS/DIVULGAÇÃO
PESQUISA
Em julho, indústria de transformação paulista abre mil vagas
Centro de distribuição da Intecom Logística em Extrema, no Sul de Minas, deve chegar a 10 mil metros metros quadrados
LOGÍSTICA
Intecom investe R$ 2,5 mi em expansão no Sul de MG Centro de distribuição em Extrema surge com previsão de dobrar área MARA BIANCHETTI
A Intecom Logística acaba de inaugurar uma nova unidade em Minas Gerais. Com investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões, o integrador logístico implementou um novo centro de distribuição (CD) no município de Extrema, no Sul do Estado. A unidade, que nasceu com 5 mil metros quadrados de área de armazenagem, surge com perspectiva de dobrar de tamanho no ano que vem. As informações são do diretor Comercial e de Negócios da Intecom Logística, Marcelo Florio. Segundo ele, a escolha da cidade se deu por uma série de motivos, entre os quais está a localização estratégica e a infraestrutura. “Minas Gerais, como um todo, está estrategicamente bem localizada, sob o ponto
de vista das demais regiões do País. A partir do Estado, conseguimos atender todos os nossos clientes. Já em se tratando de Extrema e do Sul de Minas, ambos têm mostrado um crescimento diferenciado nos últimos cinco anos e uma capacidade logística que muito nos interessou”, explicou. É tamanho o potencial da região que o CD que nasceu com 5 mil metros quadrados de área deverá ter sua capacidade duplicada em um ano, chegando a 10 mil metros quadrados. Somente na primeira fase estão previstos 50 empregos diretos e outros 80 indiretos, números que poderão dobrar ou triplicar na segunda fase de implantação. Por meio da estrutura, a empresa vai realizar o transporte de cargas e a armazenagem de produtos para
todo o Brasil, passando a ser um importante hub para distribuição, uma vez que a empresa já conta com um CD com mais de 10 mil metros quadrados, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A partir da unidade, a empresa atende clientes em fluxos locais e para todo o Brasil, incluindo a Fiat Chrysler Automóveis (FCA), com planta industrial na cidade. Nova plataforma - Assim, Florio disse que com a nova plataforma de armazenagem e distribuição, localizada às margens da BR-381, a empresa terá ainda mais capacidade e soluções inovadoras para atuar com agilidade no recebimento e no embarque de cargas, evitando o acúmulo de mercadorias no estoque e gerando redução de custos para clientes de todo o País.
Conforme o diretor, as atividades do novo centro de distribuição se concentrarão junto aos clientes de Minas Gerais e de parte do Centro-Oeste do País. A Intecom possui ainda armazéns localizados em João Pessoa (PB), atendendo ao Norte e Nordeste, Barueri e Cajamar (SP), que atendem Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste. Por fim, Florio lembrou que a especialidade da Intecom é realizar a inteligência da cadeia logística das empresas, por meio do suporte de sistemas tecnológicos de última geração. O integrador logístico presta serviços a empresas de setores como automotivo industrial, cosméticos, fármacos, artigos esportivos e de vestuário. “Trabalhamos com gestão de estoques e soluções de logística de forma integrada”, ressaltou.
Brasília - A indústria paulista de transformação criou 1.000 vagas no mês de julho em relação a junho. Com ajuste sazonal, a taxa é de -0,1%, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego, divulgada na sexta-feira (17) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A variação de 0,04% mostra estabilidade e é o melhor resultado para o mês de julho desde 2013, de acordo com as entidades. A pesquisa mostrou ainda que no acumulado do ano a geração de novos postos de trabalho totalizou 17.000 vagas. Mesmo sendo um resultado positivo, o número é inferior à média histórica de contratação para o período, que é de 43.000 novos postos de trabalho. “Não há fato novo que faça prever melhora do emprego até o final do ano. Nos últimos dez anos, somente em um deles, 2010, houve criação de empregos. Isso é muito ruim, porque a indústria sempre foi a mola propulsora do desenvolvimento de São Paulo. Passar esse longo tempo sem gerar mais empregos, com baixo investimento, é muito preocupante”, afirmaram os presidentes da Fiesp em exercício, João Guilherme Sabino Ometto, e do Ciesp, José Ricardo Roriz. Segundo os dados, o ritmo abaixo do esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos caminhoneiros, explica o menor número de vagas criadas. “Há cautela entre os empresários, provocada pela incerteza em relação ao custo do frete rodoviário e à eleição de outubro.” Setores - Dos 22 setores industriais pesquisados, 11 contrataram mais do que demitiram, 3 ficaram estáveis e 8 cortaram vagas. O destaque entre os que contrataram funcionários ficou com o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 1.585 vagas em julho. No setor de máquinas e equipamentos foram criados 1.311 postos de trabalho e em produtos diversos, 1.252. No sentido contrário, aparecem o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, que fechou com 2.738 vagas, e produtos alimentícios, que registrou redução de 664 postos de trabalho. Quando analisadas as regiões do estado, 16 apresentaram resultados positivos, 13 negativos e sete de estabilidade. Araçatuba teve crescimento de 2,06% e Matão, 1,44%. Já o comportamento negativo ficou com Santa Barbara D’Oeste, com redução de 5,51% no nível de emprego, seguida por Bauru (-1,6%) e Presidente Prudente (-1,54%). (ABr)
NEGÓCIOS EM FOCO
Pró-Município coloca cidades no rumo do desenvolvimento Com participação de cerca de 60 presidentes de associações comerciais, prefeitos, vereadores e líderes de outros segmentos representando 12 localidades em que o projeto foi implantado, o 2º Fórum Estadual do Pró-Município, realizado pela Federaminas no auditório da Codemig, no dia 2 de agosto, demonstrou o sucesso da execução desse programa direcionado ao desenvolvimento local em 27 cidades do interior do Estado. Na abertura do fórum, o presidente da Federaminas, Emílio Parolini, afirmou que a execução do Pró-Município demonstra emoção e transformação, em vista dos seus resultados efetivos para aprimorar a governança e o progresso
das cidades envolvidas. O balanço do Pró-Município, prestes a completar um ano de implantação do projeto, registra a aprovação de 23 leis instituindo conselhos municipais de desenvolvimento e, em decorrência, a criação de 52 câmaras técnicas para diversos segmentos. O destaque é o agronegócio, o que ressalta que Minas Gerais ainda é, por tradição, um território rural, sobressaindo a agricultura familiar, como avaliou o coordenador Nilson Borges, ao apresentar as ações já executadas. Outros segmentos contemplados com câmaras são desenvolvimento econômico, infraestrutura, empreendedorismo, turismo e educação. Borges sustentou que o
desenvolvimento territorial não se faz sozinho, mas pela comunidade apoiada pelo poder público, objetivando melhorar a qualidade de vida, através do progresso econômico, social e das empresas. A sociedade deve definir as prioridades, o caminho a ser trilhado deve ser escolhido pela vontade das pessoas, frisou. Durante o evento, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Teodomiro Diniz Camargos, destacou a importância do Pró-Município, por entregar à comunidade as rédeas do desenvolvimento. Esse processo, segundo ele, tem de ser liderado pela sociedade, e não apenas pelo poder político, para que se perenize. A relevância
Lançamento em Juiz de Fora do XXI Congresso das ACEs Em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora e as entidades que integram a Regional Zona da Mata, a Federaminas lança o XXI Congresso das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais, no dia 23. O evento, às 12h, será no Hotel Gran Victory, em Juiz de Fora. Constam do lançamento almoço empresarial, apresentação do congresso – programação e estrutura, atuação das ACEs da Zona da Mata –, anfitriãs
do congresso, soluções associativas – Federaminas e ACEs. O encerramento será às 17h. O XXI Congresso, com o tema “Seja sua própria inspiração”, acontecerá naquela cidade de 22 a 25 de novembro, reunindo delegações empresariais de associações comerciais de todas as regiões do Estado. No dia 24, haverá a solenidade Mérito Empresarial 2018, destinada a homenagear os empresários do ano e personalidades de destaque em Minas.
DIVULGAÇÃO
do projeto também foi ressaltada pelo coordenador do Programa Empreender, Carlos Rezende, que representou a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) na ocasião. Afirmou que cabe às próprias
comunidades anteverem soluções para o desenvolvimento local. Durante o 2º Fórum Estadual do Pró-Município, foram apresentados cases de sucesso da execução do projeto em Belo Oriente, Janaúba, Paraopeba e São
Roque de Minas. Estiveram representadas no evento as cidades de Angelândia, Belo Oriente, Itamarandiba, João Pinheiro, Minas Novas, Paraopeba, Porteirinha, Salinas, Três Pontas, Sacramento, Janaúba e Virgem da Lapa.
Acontece em Teófilo Otoni a mostra empresarial 2018 A Mostra Empresarial do Nordeste de Minas – Exponor-TO se realiza entre os dias 16 a 19, em Teófilo Otoni, em promoção da Associação Comercial local. O evento ocorre no centro de convenções Expominas, em espaço de 10 mil m2,
onde estão instalados cerca de 180 estandes ocupados por empresas das áreas de indústria, comércio de bens e serviços, varejistas e atacadistas, além de outros representantes de marcas e fornecedores de diversos segmentos.
A abertura contou com o presidente da Federaminas, Emílio Parolini, lideranças empresariais e autoridades do município. A expectativa é de que a mostra alcance recorde de negócios e receba em torno de 8 mil visitantes diariamente.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS
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ECONOMIA ACIDENTE NA USIMINAS
Entrada indevida de ar causou explosão Explicação, que consta em relatório preliminar, foi passada pela siderúrgica por meio de comunicado ao mercado CHARLES SILVA DUARTE
MARA BIANCHETTI
Uma semana depois da explosão de um gasômetro na Usina Intendente Câmara, em Ipatinga, no Vale do Aço, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) divulgou as causas do acidente. Em comunicado ao mercado, a companhia confirmou a entrada indevida de ar atmosférico dentro do equipamento, causando a explosão. Ao todo, 34 pessoas ficaram feridas e as atividades da planta industrial foram suspensas por três dias. Os dados constam em um relatório parcial e preliminar de investigação e, segundo a siderúrgica, os resultados da busca de novas evidências, bem como o aprofundamento de suas análises podem alterar o curso da investigação. No documento foram elencados três pontos que, em conjunto, contribuíram para o colapso do reservatório de gases de aciaria, chamado LDG (Linz Donawitz Gás) de 150 mil metros cúbicos. Foram eles: uma falha no controle automático das válvulas do sistema de recuperação de gás; o tempo de reestabelecimento das válvulas; e a possibilidade de a fonte de ignição ter partido do
Em acidente na usina de Ipatinga, 34 pessoas ficaram feridas e as atividades foram paralisadas por três dias
equipamento de limpeza do gás. A companhia ponderou que os dois primeiros pontos estão sendo analisados, visando identificar suas respectivas causas, enquanto a terceira hipótese ainda precisa ser confirmada. Também no comunicado, a
Usiminas anunciou a implementação de medidas imediatas de contenção nos pontos identificados como vulneráveis. Entre as ações, foi feito o bloqueio do processo de recuperação de gás; o isolamento total do gasômetro; a paralisação da operação e isolamento do Pre-
cipitador Eletrostático da rede de LDG; e a realização de análise de integridade dos demais equipamentos por profissionais internos, especialistas e representantes dos órgãos públicos competentes, para retorno dos equipamentos à operação.
Além disso, houve “a contratação de empresa especializada em segurança de processos, para dar suporte à comissão de investigação da Usiminas com aprofundamento da análise das causas e estabelecimento de ações contundentes e abrangentes de redução e controle de riscos”. Retomada das atividades - Paralelamente às ações, na última quarta-feira (15), a Usiminas retomou a atividade no alto-forno 3 e de laminadores de chapas grossas e tiras a quente da usina. É que com o acidente, a empresa suspendeu completamente as atividades da planta, incluindo a paralisação temporária emergencial dos três altos-fornos da unidade. Isso fez com que, pela primeira vez na história, a siderúrgica tivesse seus cinco equipamentos parados simultaneamente. Os dois altos-fornos de Cubatão, no interior de São Paulo, seguem abafados desde 2015. Três dias após a explosão, a empresa iniciou o processo de retomada das operações, mas admitiu não ter previsão de quando voltará a operar em plena carga, uma vez que, com a explosão, perdeu um dos quatro gasômetros da usina. IABR / DIVULGAÇÃO
SIDERURGIA
CSN em Congonhas cria comitê para ampliar diálogo com a comunidade ANA AMÉLIA HAMDAN
Com objetivo de aprimorar a comunicação entre empresa e comunidade, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Congonhas, região Central de Minas, criou um comitê formado por representantes da siderúrgica, poder público e sociedade organizada. Gerente geral de Sustentabilidade da CSN Mineração, Eduardo Sanches explica que a demanda por melhoria na qualidade de informação e diálogo partiu tanto da comunidade, como da própria empresa. Segundo ele, é possível identificar que essa maior demanda por informações ocorre como um dos reflexos do acidente da Samarco – mineradora controlada pela Vale e BHP Billiton –, em Mariana (Central de Minas), em 2015, quando o rompimento da barragem Fundão causou 19 mortes e o maior dano ambiental do País. No primeiro encontro do comitê da CSN, ocorrido no último dia 7, os principais assuntos abordados foram exatamente barragens e plano de emergência. Ainda de acordo com Sanches, o evento da Samarco foi um marco que levou a mudanças de toda a concepção de gestão ambiental e no processo de comunicação, o que auxilia na identificação de fragilidades. “Houve uma evolução e um aprendizado (após o acidente na Samarco) que acabou alavancando esse processo de comunicação com a comunidade de forma organizada e sistêmica”, disse. Até então, a CSN vinha atendendo à comunidade de acordo com as demandas. Com o comitê, as partes interessadas estarão ligadas, tornando possível o atendimento de forma mais organizada e completa. Conforme Sanches, a pauta será emitida antecipadamente, sendo que os encontros terão duração de um dia inteiro e incluirão visitas à empresa.
Também na primeira reunião do comitê foram apresentados dados sobre a companhia. Atualmente a CSN Mineração gera 6 mil empregos diretos e 2 mil indiretos em Congonhas. A siderúrgica responde por 36,5% da arrecadação total do município, segundo a empresa. Sanches ressalta que é relevante que a comunidade entenda a importância do negócio para que o diálogo ocorra de maneira mais efetiva. Participação - Entre as entidades convidadas para o primeiro encontro estiveram Associação Comercial de Congonhas, secretarias municipais de Saúde, Assistência Social, Educação e Desenvolvimento Econômico, Polícia Militar, Defesa Civil Municipal, Câmara de Vereadores e associações de moradores. Diretor da Área de Meio Ambiente e Saúde da Associação do Residencial Casa de Pedra, Fábio de Almeida participou da primeira reunião do comitê e não saiu satisfeito. Ele acredita que o encontro não foi suficiente para garantir o diálogo com a comunidade e que a representatividade dos que são de fato afetados foi pequena. Ele informou que a empresa ficou de marcar uma reunião específica para tratar das questões do residencial, que fica próximo a uma das barragens da empresa. Representante da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval Souza Pinto Filho acredita que a principal demanda da comunidade é quanto à qualidade do ar. Em seguida vem a preocupação com as barragens. A Unaccon representa 50 associações. Segundo Souza, a associação não foi convidada a participar da primeira reunião na CSN, mas ele acredita que irá ser chamada em outras ocasiões. A própria empresa informou que novos representantes serão incluídos nos próximos encontros.
Fabricação do produto em julho somou 3 milhões de toneladas, um avanço de 6,7% no confronto com o ano passado
Produção e venda de aço têm alta São Paulo - A produção de aço bruto e as vendas da liga no Brasil em julho cresceram na comparação com o fraco ritmo de um ano antes, mas mantiveram desempenho morno frente aos números do mês anterior, ainda afetadas por impactos da greve dos caminhoneiros e da lentidão da economia. Segundo dados do Instituto Aço Brasil (Aço Brasil), a produção de julho somou 3 milhões de toneladas, crescendo 6,7% no comparativo anual, mas praticamente estável sobre as 2,92 milhões de toneladas de junho. Já as vendas no mercado interno subiram 13% ante julho de 2017, para 1,6 milhão de toneladas, mas caíram quase 9% frente a junho. “Os dados não mudaram. Ainda mostram crescimento na comparação anual, mas representam decréscimo em relação ao que estávamos prevendo no início do ano”, disse o presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Em julho, o instituto cortou projeções para produção, vendas internas e exportações de 2018. A previsão de crescimento da produção de aço bruto deste ano passou de 8,6% para 4,3%, a 35,84 milhões de toneladas. A expectativa de alta das vendas no mercado interno foi reduzida de 6,6% para 5%, a 17,74 milhões de toneladas. “Esse crescimento ainda é insuficiente para recuperar as quedas acumuladas nos últimos anos”, afirmou Lopes, citando que as
vendas internas de aço no Brasil somam recuo de 27% nos últimos cinco anos. Segundo o Aço Brasil, o consumo aparente, que considera vendas de produção local e importações no mercado interno, cresceu 12% ano a ano em julho, para 1,8 milhão de toneladas, mas ficou abaixo das 2 milhões de toneladas registradas em junho. Lopes disse que a defesa do setor industrial brasileiro será uma das principais pautas de um congresso do instituto na próxima semana, a menos de dois meses da eleição presidencial. “Qualquer que seja o presidente eleito, a primeira e mais urgente demanda é que a indústria seja priorizada no País”, destacou o executivo, acrescentando que isso passa por temas como retorno do programa Reintegra, voltado a exportações, e defesa comercial. Exportações - Em julho, as exportações de aço do Brasil somaram 984 mil toneladas, queda de 8% ante mesmo período de 2017. Em valores, as vendas externas foram de US$ 627 milhões, alta anual de 13,4%. Essa contradição reflete a entrada em vigor do regime de cotas de exportação aos Estados Unidos, que pesou nos volumes, contrabalançado pela elevação de preços do aço no mercado global provocada em parte pela guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos (EUA).
Lopes comentou que o Brasil segue discutindo ajustes ao acerto de cotas definidos com os EUA, algo que inclui produtos como “steel cord” (malha de aço usada em pneus) e exportações temporárias, em que o produto é levado aos EUA para ser beneficiado antes de ser exportado para outro destino. “Steel cord não faz sentido ter cota, porque não é produzido nos EUA e nem no Nafta. Também não faz sentido colocar cotas sobre as exportações temporárias”, disse Lopes, acrescentando que representantes comerciais do Brasil estiveram nos últimos dias nos EUA para manifestar estes pontos e que o País aguarda uma resposta norte-americana. Acidentes - Questionado sobre a série de graves acidentes ocorridos em siderúrgicas do Brasil nos últimos dias, Lopes disse que o tema segurança do trabalho é o principal ponto de atenção de reuniões da entidade e negou que ocorreram por falta de investimentos. “Houve, infelizmente, em um curto espaço de tempo, uma coincidência de fatos que não se tem como controlar. Temos que esperar para avaliar as causas, mas não cabe qualquer tipo de avaliação de negligência ou de falta de priorização de investimentos. Segurança sempre é questão prioritária para o setor”, afirmou o presidente-executivo do Aço Brasil. (Reuters)
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INTERNACIONAL MARIO VALDEZ/REUTERS
MERCOSUL-UE
Crise argentina prejudica acerto de acordo entre blocos Fragilidade de paĂs vizinho vem desestabilizando negociaçþes comerciais Rio de Janeiro - A crise econĂ´mica na Argentina estĂĄ dificultando a conclusĂŁo das negociaçþes que se arrastam hĂĄ cerca de duas dĂŠcadas entre Mercosul e UniĂŁo Europeia (UE), afirmou uma fonte do governo brasileiro prĂłxima das discussĂľes. AlĂŠm disso, a instabilidade argentina ĂŠ uma barreira praticamente intransponĂvel para a criação de um regime de livre comĂŠrcio com o Brasil no setor automotivo a partir de 2020, disse a fonte, que pediu anonimato. Uma reuniĂŁo entre representantes do Mercosul para tratar do acordo com os europeus estĂĄ marcada para o fim deste mĂŞs, em BrasĂlia, e a expectativa ĂŠ de que uma rodada contando com a presença de negociadores da UE possa ocorrer no mĂŞs que vem, no Uruguai. Para interlocutores brasileiros, um acordo entre UE e Mercosul nunca esteve tĂŁo prĂłximo, dados os avanços obtidos em reuniĂľes tĂŠcnicas dos dois blocos sobre temas ligados
a produtos agrĂcolas, destaques da pauta exportadora sul-americana, e produtos industriais, principais produtos dos europeus. Mas a fragilidade econĂ´mica da Argentina, que enfrenta forte desvalorização cambial, alĂŠm de um crise institucional, com escândalos de corrupção envolvendo integrantes de governos anteriores e do Congresso local, estĂŁo desestabilizando as negociaçþes. “Ficou mais difĂcil fechar um acordo (com a Argentina e UE) nessa situaçãoâ€?, disse a fonte. “NĂŁo ficou inviĂĄvel, mas mais complicadoâ€?, adicionou a fonte. Novo prazo - Representantes do governo brasileiro apostavam que agosto seria um prazo limite para um acordo entre os blocos comerciais, mas diante das dificuldades da Argentina e da necessidade de vontade polĂtica de ambos os lados, essa data nĂŁo serĂĄ mais cumprida. AlĂŠm do comĂŠrcio automotivo, na pauta das
tratativas estĂŁo discussĂľes geogrĂĄficas, definição do critĂŠrio de origem dos produtos e transporte marĂtimo das mercadorias que serĂŁo transacionadas pelas partes. Mesmo que um acordo possa ser fechado este ano e um acerto polĂtico seja feito em seguida, a redação tĂŠcnica do pacto comercial entre os blocos ainda levarĂĄ alguns meses. O texto do acordo ficaria para ser aprovado no Brasil pelo prĂłximo Congresso que serĂĄ formado a partir das eleiçþes deste ano. “Faltam poucos pontos de convergĂŞncia com a posição da Europa, mas, diante desse cenĂĄrio da Argentina, ficou mais complicadoâ€?, explicou a fonte. Na questĂŁo automotiva, os europeus estĂŁo irredutĂveis em sua posição. O nĂł da negociação estĂĄ na definição de partes e peças de um automĂłvel e percentual de origem desses produtos intra e extra blocos. “Pela situação da Argentina, pode parecer que estamos (Mercosul) precisando
mais de um acordo que eles (UE). Eles se prenderam em suas posiçþes e nĂŁo estĂŁo flexĂveis, mas querem que a gente flexibilize, por exemplo, no setor agrĂcolaâ€?, contou a fonte. Brasil-Argentina - A crise no paĂs vizinho tambĂŠm inviabilizou o fechamento de um acordo para a criação de uma zona de livre comĂŠrcio entre Brasil e Argentina no setor automotivo. O acordo atual, com regras e parâmetros para a exportação de veĂculos entre os paĂses, vence em 2020. Nos Ăşltimos anos, criou-se a expectativa de que um acordo de livre comĂŠrcio poderia ser discutido e selado, mas, segundo a fonte, nĂŁo serĂĄ em 2020 que ele vai poder se concretizar. “Tem que ser claro: sĂł vamos para livre comĂŠrcio quando a Argentina tiver condição de cumprir esse acordo direitoâ€?, afirmou a fonte. â€œĂ‰ melhor fazer em fases e reequilibrando acordo a acordo, dando conforto. Enquanto a Argentina nĂŁo tiver condição estrutural
Membros do Mercosul devem se reunir de novo no fim do mĂŞs
e econĂ´mica, nĂŁo dĂĄ para fazerâ€?, acrescentou. A Argentina ĂŠ o principal destino de exportaçþes brasileiras de veĂculos e autopeças. No inĂcio do ano, 75% das vendas externas do Brasil no setor foram para o paĂs vizinho, um volume de
253 mil veĂculos, afirmou a associação de montadoras Anfavea em maio. De lĂĄ pra cĂĄ, apĂłs a Argentina elevar os juros no paĂs para 45%, os embarques caĂram e obrigaram a Anfavea a rever suas estimativas para o ano. (Reuters)
EXERCĂ?CIOS MILITARES
PentĂĄgono diz que China treina para atacar os EUA Washington - Os mili- suas operaçþes de bombartares da China ampliaram deiros nos Ăşltimos anos, porque “provavelmente CONDOMĂ?NIO DO EDIFĂ?CIO BRASĂ?LIA estĂŁo treinando para ataEDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA carâ€? os Estados Unidos Convocam-se todos os condĂ´minos do (EUA) e seus aliados, disse CONDOMĂ?NIO DO EDIFĂ?CIO BRASĂ?LIA, a participarem da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria um relatĂłrio do PentĂĄgono a realizar-se em 23/08/2018, quinta feira, Ă AVENIDA PARANĂ , 514 – CENTRO – UNIĂƒO divulgado na quinta-feira DOS VAREJISTAS em primeira convocação Ă s (16). 18:00 horas, e em segunda convocação Ă s 18:30 horas, com qualquer nĂşmero de presentes para a A avaliação, que coincipauta abaixo. PAUTA: ELEIĂ‡ĂƒO DO SĂ?NDICO PARA BIĂŠNIO 2018/2020. O(s) condĂ´mino(s) de com um aumento nas que nĂŁo se encontrar(em) rigorosamente em dias com suas obrigaçþes com o CondomĂnio, nĂŁo poderĂĄ(ĂŁo) participar, nem votar na Assembleia e, aquele(s) que nĂŁo comparecer(em) ou nĂŁo se Âż]HU HP UHSUHVHQWDU HP SRU SURFXUDGRU HV legalmente constituĂdo(s) ou seja, com procuração, FRP ÂżQV HVSHFtÂżFRV GHYLGDPHQWH DVVLQDGD H FRP ÂżUPD UHFRQKHFLGD H RX DFRPSDQKDGD GH IRWRFySLD GR GRFXPHQWR GH LGHQWLGDGH FRPSUREDWyULD GH autenticidade de assinatura(s) outorgante(s), estarĂĄ(ĂŁo) aprovando as resoluçþes tomadas na Assembleia, conforme legislação em vigor. Belo Horizonte, 13 de agosto de 2018. CONDOMĂ?NIO DO EDIFĂ?CIO BRASĂ?LIA
O Serviço Social do ComĂŠrcio – SESC – Em Minas Gerais – Comunica que serĂĄ realizada Licitação na modalidade LeilĂŁo - n° 01/2018, que tem como objeto a alienação de mobiliĂĄrio de uso do SESC EM MINAS, no estado em que VH HQFRQWUDP D VHU UHDOL]DGR SHOR /HLORHLUR 3~EOLFR 2ÂżFLDO – Paschoal Costa Neto, matrĂcula JUCEMG nÂş 584. Realização do LeilĂŁo: 1ÂŞ etapa- “Onlineâ€?: terĂĄ inĂcio no dia 14 de Agosto de 2018, no site www.gpleiloes.com.br. 2ÂŞ etapa- Simultâneo (Presencial e Online Simultaneamente): terĂĄ inĂcio no dia 29 de agosto de 2018, Ă s 14:00 horas, Local: auditĂłrio da AMMG – Av. JoĂŁo Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte/ MG. Os bens estarĂŁo disponĂveis para visitação nos dias 27 e 28/08/2018, mediante agendamento com o escritĂłrio do leiloeiro pelo telefone (31)3241-4164. O Edital completo se encontra disponĂvel no sitio www.sescmg.com.br ou www. gpleiloes.com.br. Mais informaçþes pelo telefone: (31) 32414164. Belo Horizonte/MG, 23 de julho de 2018.
tensĂľes entre EUA e China na arena comercial, consta de um relatĂłrio anual que ressaltou os esforços chineses para aumentar sua influĂŞncia global, entre eles gastos com defesa que o PentĂĄgono estima terem superado US$ 190 bilhĂľes em 2017. “Ao longo dos Ăşltimos trĂŞs anos, o EPL expandiu
rapidamente suas ĂĄreas de operaçþes de bombardeiros sobre as ĂĄguas, ganhando experiĂŞncia em regiĂľes marĂtimas crĂticas e provavelmente treinando para ataques contra alvos dos EUA e aliadosâ€?, disse o documento, usando uma sigla para o ExĂŠrcito Popular de Libertação da China. O documento surge no
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG Aviso de Publicação do Processo LicitatĂłrio n° 129/2018, PregĂŁo n°73/2018. Menor preço global. Contratação de empresa especializada para o fornecimento e instalação de elevadores, com provimento de mĂŁo de obra e material para o terminal rodoviĂĄrio e upa do municĂpio de Lavras. Data de Apresentação de envelopes e Julgamento: 14h00min do dia 03/09/2018. O Edital encontra-se na sede da Prefeitura Municipal, Ă Av. Dr. Sylvio Menicucci, nÂş 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras.mg.gov.br. Telefax: (35) 3694-4022. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.
ANDRADE GUTIERREZ CONCESSĂ•ES S/A
A Diretoria da Cooperativa de SaĂşde de Belo Horizonte – BHCOOP, CNPJ 71.213.300/0001-05, estabelecida na Rua Tupis, n.Âş 1.519, loja, Barro Preto, CEP: 30190-062, nesta Capital, usando as atribuiçþes que lhe confere o Estatuto Social nos seus artigos 20, IV e §2Âş e 38, “kâ€?, comunica aos Srs. Cooperados: Adalberto Freire Sobrinho; Adriana Carvalho Pereira; Alexandre Vilela Costa; Aline Pereira de Araujo; Amanda Maria Brandi Ferreira; Andre Assis Lopes do Carmo; Andre Luis de Almeida Andrade; Andre Luiz Barbosa Rocha; Andre Luiz Cota Bicalho; Andre Luiz Ferreira De Brito; AngioCare Cuidados Vascular Personalizado; Angiosoma Serviços MĂŠdicos Ltda; Antonio Candido da Silva Filho; Augusto Silva Goncalves; Barbara Marques Costa; Barbara Mello Faria; Bruna Araujo Motta; Bruna Cerqueira Lima Amorim; Bruna Pozzi Cesar; Bruna Veloso Avelar Ribeiro; Bruno Gontijo Alves; Bruno Gustavo Muzzi Carvalho e Carneiro; Bruno Oliveira de Figueiredo Brito; Camila Maria Alves Fernandes; Camilla Magalhaes de Almeida Ganem; Carla Dornelas Rezende; Carlito Rodrigues Fiebig; Carlos Eduardo Brito Silva; Carlos Eduardo de Oliveira Ribeiro; CĂĄtia Rodrigues Domingos; Charles Andre Joseph de Padua; Christiane Carvalho Ribeiro; Clarice Garcia Valadares Xavier; Claudio Bernardo Silva Goncalves; Cristina Marques; Daniel de Abreu Oliveira; Daniel Pains Nogueira; Eduardo Adan França Alves; Eduardo Augusto Marques Soares; Eduardo Tomaz Froes; Eduardo Villela de Moraes; Erica de Brito Dandrea; FelĂcio AristĂłteles da Silva; Fernanda Filgueiras Maciel; Fernando Monteiro de Carvalho; Flavio Barbosa Nunes; FlĂĄvio Martins de Carvalho; Frederico Teixeira Vieira; G E G Medclin Ltda; Gideon Jose Ibrahim Zeghzeghi; Gleidson Rocha Dias; Graziella Mattar Vieira de Alvarenga Sanches; Guilherme Santos Bernardes; Guilherme Weschenfelder Gehlen; Gustavo Henrique Linhares de Oliveira; Gustavo Moreira Costa de Souza; Haislan Silva Levenhagen Ferreira; Hugo Bellotti Lopes; Humberto Henrique Smith Franca; Instituto MĂŠdico Moraes Nogueira; Isabela Augusta de Castro Lemos; Joana Lourenco Lage; JoĂŁo Bosco Pereira Leite; Joao Henrique Da Fonseca Armada Barros; Joao Hernane Simoes Teixeira; Jordana Carvalhais Barroso; Juan Francisco Avellan Paniagua; Juliana da Cunha Pimentel UlhĂ´a; Karina Fonseca Mendes Braga; Karine Valeria Goncalves de Oliveira; Karla De Carvalho Schettino; Kelly Danielle de Araujo Silva; Kemila Martins Chaves; Lais Nunes Dangla; Laura Figueiredo Cafe; Leandro Saldanha Nunes; Leonardo Andrade Teixeira; Leonardo Peres Vivas; Lincoln Graciano Chaves; Livia Bernardi Lopes; Livia Cavalcanti Braga de Lyra; Lucas da Rocha Fantini; Lucas Goncalves Dias de Lima; LĂşcia Maria Amorim Fenelon; Luciana Alves Costa Lima; LĂşcio EustĂĄquio Vieira; M e C Medical Ltda; Marco Antonio Lemos; Marconi de Oliveira Ruas; Marcos David Pereira Silva; Maria Clara Noman de Alencar; Mariana Pereira Araujo; Marina Neves Rocha; Matheus dos Santos Teodoro; Matheus Maciel Braga; Mayra Christina Teixeira Andrade; Monik Goncalves Vilela; Nikias Alves da Silva; Octavio Figueiredo Neto Barbosa; Ortopass Ortopedistas Associados S/C; Pamella Costa Andrade; Paola Regina Marcolino Petermann Medeiros; Paulino Correia Fonseca Neto; Paulo Bastianetto; Paulo Henrique Martins Tetzl; Paulo Henrique Neves Xavier; Paulo Teixeira JĂşnior; Pedro Augusto Botelho Lemos; Pedro Henrique Sales do Amaral; Pedro Sebastiao de Oliveira Lazaroni; Priscilla Tolentino Barbosa Fernandes; Rafael Kenji Minakami; Renata Aparecida Lamounier Lemos; Renata Bruce Souza; Renato Pedrosa de Araujo; Reynaldo Castro de Miranda; Ricardo Augusto 'HOÂżQR 5LFDUGR 6RDUHV )RQWHV 5RGULJR G $VVXQFDR )HUUHLUD 5RPXOR $OYHV *RQoDOYHV 5X\ (GJDUG /LJHLUR -XQLRU 6DEULQD Azevedo Hemmi; SĂĄlua Oliveira Calil de Paula; Sânzio TupinambĂĄ Valle; Silvana de Mello VasconcelLos; Tatiana de Brito Moreira Klein; Tatiane Barroso Maciel; Telma Vianca Mena Perez; ThaĂs Abrantes Lopes; Thiago Silva Ramos; Viviane Cristina Alberto Alves Meira; Wilton Batista de Santana Junior; Zaine Oliveira Calil; que a partir desta publicação encontram-se V.Sas. formalmente desligados do nosso quadro de cooperados, em obediĂŞncia Ă s normas constantes do Estatuto Social, IDFH D YHULÂżFDomR H FRPSURYDomR GH VXD LQDWLYLGDGH FRP D %+&223 QHVWH DQR VXSHUDQGR GHVWD IRUPD VHLV PHVHV sem qualquer prestação de serviços por meio da cooperativa. Belo Horizonte, 17 de agosto de 2018. A DIRETORIA
CNPJ/MF nº 03.601.314/0001-38 – NIRE 3130001538-6 Companhia Aberta Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada no dia 14 de Agosto de 2018. Data, Hora e Local: Aos 14 (quatorze) dias do mês de agosto de 2018, às 13:00 (treze horas), na sede social da Companhia em Belo Horizonte – MG, na Av. do Contorno, nº 8.123, Cidade Jardim, CEP 30110-937. Presenças: totalidade dos membros do Conselho de Administração. Presidência: Ricardo Coutinho de Sena. Secretårio: Renato Torres de Faria. Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) D RXWRUJD SHOD &RPSDQKLD GH JDUDQWLDV UHDLV GH JDUDQWLDV UHDLV FRQVLVWLQGR HP DOLHQDomR ¿GXFLiULD GH DWp FHP SRU FHQWR GDV Do}HV RUGLQiULDV QRPLQDWLYDV GH HPLVVmR GD &&5 6 $ ³&&5´ GH WLWXODULGDGH GD &RPSDQKLD H GH FHVVmR ¿GXFLiULD GRV GLUHLWRV HFRQ{PLFRV LQHUHQWHV D WDLV Do}HV GH emissão da CCR, presentes e futuros, inclusive direitos creditórios decorrentes do pagamento de lucros, juros sobre capital próprio, dividendos e/ou quaisquer outros frutos ou rendimentos relativos às açþes de emissão da CCR de titularidade da Companhia, incluindo os direitos da Companhia HP UHODomR j FRQWD EDQFiULD LQGLFDGD HP TXH RV SDJDPHQWRV GH WDLV GLUHLWRV HFRQ{PLFRV VmR IHLWRV HP FRQMXQWR DV ³*DUDQWLDV 5HDLV´ HP IDYRU GH FUHGRUHV GH GHWHUPLQDGDV REULJDo}HV GD $QGUDGH *XWLHUUH] 6 $ ³$*6$´ JDUDQWLDV HVVDV TXH DWXDOPHQWH Mi VH HQFRQWUDP FRQVWLWXtGDV HP JDUDQWLD GH RXWUDV GtYLGDV ³'tYLGDV 6rQLRUHV´ QRV WHUPRV GR &RQWUDWR GH $OLHQDomR )LGXFLiULD GH $o}HV H Outras Avenças, datado de 30 de dezembro de 2016 (conforme aditado de tempos em tempos, o ³&RQWUDWR GH $OLHQDomR )LGXFLiULD´ H GR &RQWUDWR GH &HVVmR )LGXFLiULD GH 'LUHLWRV &UHGLWyULRV H Direitos Sobre Contas e Outras Avenças, datado de 30 de dezembro de 2016 (conforme aditado GH WHPSRV HP WHPSRV R ³&RQWUDWR GH &HVVmR )LGXFLiULD GH 5HFHEtYHLV´ H HP FRQMXQWR FRP R &RQWUDWR GH $OLHQDomR )LGXFLiULD RV ³&RQWUDWRV GH *DUDQWLD´ H TXH VHUmR IRUPDOL]DGDV SRU PHLR de aditamentos aos Contratos de Garantia e serão compartilhadas da seguinte forma: (i) entre as 'tYLGDV 6rQLRUHV GH IRUPD SDUL SDVVX H SURSRUFLRQDO DR YDORU GR VDOGR GHYHGRU GH FDGD XPD GDV 'tYLGDV 6rQLRUHV H LL DSyV R SDJDPHQWR LQWHJUDO GDV 'tYLGDV 6rQLRUHV HQWUH RV HQWUH RV FUHGRUHV das obrigaçþes da AGSA que serão garantidas nos termos dos referidos aditamentos aos Contratos de Garantia, de forma pari passu e proporcional ao valor do saldo devedor de cada uma de tais seJXLQWHV REULJDo}HV JDUDQWLGDV ³&RPSDUWLOKDPHQWR´ H LL D DXWRUL]DomR j 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD SDUD D SUiWLFD GH WRGRV RV DWRV QHFHVViULRV j LPSOHPHQWDomR GR LWHP L DFLPD Deliberaçþes: analisadas e discutidas as matÊrias constantes da Ordem do Dia, os Conselheiros, por unanimidade de votos e sem quaisquer restriçþes ou ressalvas, deliberaram:(a) aprovar a prestação das Garantias Reais, pela Companhia, observado o Compartilhamento descrito acima, a serem formalizadas por meio de aditamentos aos Contratos de Garantia, em garantia das seguintes obrigaçþes da AGSA: (i) decorrentes das debêntures da segunda sÊrie da 5ª (quinta) emissão de debêntures simples, não FRQYHUVtYHLV HP Do}HV ³'HErQWXUHV $*6$ GD 6HJXQGD 6pULH´ UHDOL]DGD SHOD $*6$ QRV WHUPRV GR ³,QVWUXPHQWR 3DUWLFXODU GH (VFULWXUD GH (PLVVmR 3~EOLFD GH 'HErQWXUHV 6LPSOHV 1mR &RQYHUVtYHLV HP $o}HV HP 'XDV 6pULHV 6HQGR D 3ULPHLUD 6pULH GD (VSpFLH 4XLURJUDIiULD H D 6HJXQGD 6pULH GD (VSpFLH 4XLURJUDIiULD D VHU FRQYRODGD HP GD (VSpFLH FRP *DUDQWLD 5HDO GD � 4XLQWD (PLVVmR GD $QGUDGH *XWLHUUH] 6 $ ´ GDWDGR GH GH DJRVWR GH ³(VFULWXUD GH (PLVVmR´ H (ii) o montante devido e demandado da AGSA exclusivamente pelo Banco do Brasil S.A. (CNPJ nº ³%%´ HP UD]mR GD ¿DQoD SUHVWDGD SHOD $*6$ HP JDUDQWLD GDV REULJDo}HV GH 63( +ROGLQJ %HLUD 5LR 6 $ ³%ULR´ QRV WHUPRV GD &OiXVXOD GR 6HJXQGR $GLWDPHQWR H &RQVRlidação ao Contrato de Abertura de CrÊdito, celebrado em 23 de maio de 2016, entre, dentre outras SDUWHV D %ULR FRPR EHQH¿FLiULD H R %% FRPR DJHQWH ¿QDQFHLUR ³3DUFHOD %% GD )LDQoD %ULR´ H HP FRQMXQWR FRP DV 'HErQWXUHV $*6$ GD 6HJXQGD 6pULH DV ³'tYLGDV -XQLRUHV´ GH IRUPD TXH DV *Drantias Reais passem, após os referidos aditamentos aos Contratos de Garantia, a garantir tambÊm DV 'tYLGDV -XQLRUHV HP LJXDOGDGH GH FRQGLo}HV HQWUH VL SRUpP VXERUGLQDGDV jV 'tYLGDV 6rQLRUHV QRV WHUPRV GR &RPSDUWLOKDPHQWR H E DXWRUL]DU RV PHPEURV GD 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD RX VHXV SURFXUDGRUHV D SUDWLFDU WRGRV H TXDLVTXHU DWRV H DVVLQDU WRGRV H TXDLVTXHU GRFXPHQWRV QHFHVVirios à efetivação da matÊria deliberada na presente reunião, inclusive, na assinatura da Escritura GH (PLVVmR GR &RQWUDWR GH $OLHQDomR )LGXFLiULD GRV DGLWDPHQWRV DRV &RQWUDWRV GH *DUDQWLD EHP como de quaisquer outros contratos, declaraçþes, procuraçþes e documentos a eles relativos, incluindo eventuais aditamentos. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião da qual se lavrou esta ata que, lida e aprovada, vai assinada por todos. Assinaturas: Ricardo Coutinho de Sena. Renato Torres de Faria. Paulo Roberto Reckziegel Guedes. Clåudio JosÊ de Casto Miserani. A presente ata confere com a original lavrada no livro próprio. Renato Torres de Faria – Secretårio -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV ¹ &HUWL¿FR UHJLVWUR VRE R Qž 6964654 em 16/08/2018 da Empresa Andrade Gutierrez Concessþes S/A, NIRE 3130001538-6 e SURWRFROR D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RP¿P ¹ 6HFUHWiULD *HUDO
momento em que China e EUA planejam reuniĂľes comerciais, criando a esperança de que consigam resolver um conflito de tarifas crescente. Segundo o relatĂłrio, embora o EPL tenha continuado a expandir suas operaçþes, nĂŁo ficou claro que mensagem Pequim estĂĄ tentando enviar realizando os voos “alĂŠm de uma demonstração de habilidades aperfeiçoadasâ€?. NĂŁo foi possĂvel contactar a embaixada chinesa em Washington de imediato. Neste ano, a Força AĂŠrea chinesa pousou bombardeiros em ilhas e recifes do Mar do Sul da China, parte de um exercĂcio de treinamento na regiĂŁo disputada. Em janeiro, o PentĂĄgono fez da contraposição a Pe-
quim, alĂŠm da RĂşssia, um dos pilares de sua estratĂŠgia de defesa. Embora Washington e Pequim mantenham um relacionamento entre seus militares para conter as tensĂľes, isso foi posto Ă prova nos Ăşltimos meses, especialmente em maio, quando o PentĂĄgono cancelou um convite para a China participar de um exercĂcio naval multinacional. Em junho, o secretĂĄrio de Defesa dos EUA, Jim Mattis, tornou-se o primeiro chefe do PentĂĄgono a visitar a China desde 2014. O relatĂłrio do PentĂĄgono afirma que, apesar da projeção de retração no crescimento econĂ´mico, o orçamento de defesa oficial da China serĂĄ de mais de US$ 240 bilhĂľes em 2018. (Reuters)
FOSCALMA S/A COMERCIAL EXPORTADORA Edital de Convocação Pelo presente Edital de convocação ficam convocados os acionistas da Foscalma S/A Comercial Exportadora a se fazerem presentes Ă Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 23 de Agosto de 2018 Ă s 09:30 (nove horas e trinta minutos) em primeira convocação com o nĂşmero regimental, e Ă s 10:00 (dez horas) em segunda convocação com qualquer nĂşmero de acionistas conforme a legislação vigente, em sua sede na Avenida Nossa Senhora do Carmo, nÂş 221, Loja: 204; SLJ 01, Bairro Sion no MunicĂpio de Belo Horizonte Estado de Minas Gerais, para deliberarem sobre a eleição da diretoria e posse da mesma e demais assuntos pertinentes a sociedade. Belo Horizonte, 15 de Agosto de 2018. RogĂŠrio Batista de Araujo - Presidente
“33ÂŞ VARA CĂ?VEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE. Edital de Citação de ADALTON RAMOS MORAIS. Prazo 20 dias. O Dr. Pedro Câmara Raposo-Lopes, MM. Juiz de Direito da TrigĂŠsima Terceira Vara CĂvel da Comarca de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais, em pleno exercĂcio de seu cargo, na forma da lei etc. Faz Saber a todos quantos o presente virem, ou dele conhecimento tiverem, que perante esta Secretaria tramita ação monitĂłria, em fase de execução/cumprimento de sentença, ajuizada por ALESAT COMBUSTĂ?VEIS S.A. em face de ITABIRINHA AUTO POSTO LTDA, EDUARDO DE SOUZA RODRIGUES E ADALTON RAMOS MORAIS, processo nÂş 0024.10.128.548-4. E estando o RĂŠu, ADALTON RAMOS MORAIS, inscrito no CPF/MG sob o nÂş 466.711.966-72, em lugar incerto ou nĂŁo sabido, serve o presente para citĂĄ-lo para pagar o dĂŠbito de R$ 58.002,11 (cinquenta e oito mil e dois reais e onze centavos), atualizado atĂŠ maio/2017, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para integralidade da dĂvida. HipĂłtese em que serĂĄ nomeado curador HVSHFLDO 1&3& DUW ,9 $VVLP YDL SUHVHQWH GHYLGDPHQWH SXEOLFDGR H DÂż[DGR QR ĂˆWULR GR )yUXP Belo Horizonte, 07 de agosto de 2018. Jonas RĂŞgo - EscrivĂŁo Judicial, por ordem do MM. Juiz de Direito.â€?
Alpunto Imbera Serviços de Refrigeração Ltda. CNPJ/MF n° 12.984.374/0001-78 - NIRE 3.120.900.674-4 Ata de ReuniĂŁo de SĂłcios Data e HorĂĄrio: 01/03/2018, Ă s 7h00. Local: Sede social localizada na Cidade de Belo Horizonte/MG, na Rodovia Anel RodoviĂĄrio Celso Mello Azevedo, nÂş 16.700, GalpĂŁo, Bairro SumarĂŠ, CEP 31250-920. Mesa: Presidente: Sr. JoĂŁo Roberto Campanha da Silva; SecretĂĄrio: Sr. JosĂŠ De Jesus Ramirez de la Mora. Convocação, QuĂłrum de Instalação e Presença: Convocação dispensada diante da presença de sĂłcias representando a totalidade do capital social da Alpunto Imbera Serviços de Refrigeração Ltda. (a “Sociedadeâ€?), conforme faculta o § 2Âş do artigo 1.072, da Lei 10.406/2002, conforme alterada (“CĂłdigo Civilâ€?). Ordem do Dia: (i) Deliberar acerca do Instrumento Particular de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado entre a administração da Sociedade e a administração da Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda. em 28/02/2018; (ii) Ratificar a indicação da empresa especializada Account Assessores S/S Ltda. para a avaliação do patrimĂ´nio lĂquido da Sociedade, e deliberar a respeito do laudo de avaliação; e (iii) Se aprovado o item “iâ€? acima, DELIBERAR acerca da incorporação da Sociedade pela Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda., com a consequente extinção da Sociedade. Deliberaçþes Tomadas por Unanimidade dos Votos dos Presentes: (i) Foi integralmente Aprovado o Instrumento Particular de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado em 28/02/2018 entre a administração da Sociedade e a administração da Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda., com sede na Cidade de Itu/SP, na Rodovia Waldomiro CorrĂŞa Camargo, km 60,5, Setor II, A, Bairro Pirapitingui, CEP 13308-200, CNPJ/ MF nÂş 10.584.607/0001-10, com seus atos constitutivos e alteraçþes posteriores devidamente arquivados perante a JUCESP sob o NIRE 35.222.603.959, o qual estabelece os termos e condiçþes para incorporação da Sociedade pela Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda., fazendo parte integrante da presente como Anexo I; (ii) Foi Ratificada a nomeação da empresa especializada Account Assessores S/S Ltda., com sede na Cidade de Barueri/SP, na Avenida AndrĂ´meda, n° 885, 35° andar, Alphaville, CEP 06473-000, CNPJ/MF nÂş 96.513.015/0001-22 e no CRC n° 2SP017202/O-2, para a avaliação do patrimĂ´nio lĂquido da Sociedade e elaboração do competente laudo de avaliação, o qual, previamente elaborado, foi entregue Ă s sĂłcias pelo representante legal da Account Assessores S/S Ltda., acima qualificada, Sr. Marcos Azevedo de Lima, contador, inscrito no CRC 1SP166764/O-1, com escritĂłrio profissional na Cidade de Barueri/SP, na Avenida AndrĂ´meda, n° 885, 35° andar, Alphaville, CEP 06473-000, presente nesta ReuniĂŁo de SĂłcios, e foi aprovado sem quaisquer reservas, ressalvas ou restriçþes, sendo parte integrante da presente como Anexo II; e (iii) Foi Aprovada a incorporação da Sociedade pela Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda., acima qualificada, com a consequente extinção da Sociedade, que ĂŠ sucedida pela aludida incorporadora em todos os seus direitos e obrigaçþes, ficando o administrador da sociedade incorporadora autorizado a tomar todas as providĂŞncias necessĂĄrias perante as autoridades competentes para formalizar a extinção da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuniĂŁo, da qual se lavrou a presente ata, que lida e achada conforme, foi assinada pelos presentes. Belo Horizonte, 01/03/2018. Mesa: JoĂŁo Roberto Campanha da Silva - Presidente; JosĂŠ De Jesus Ramirez de la Mora - SecretĂĄrio. SĂłcias: Femsa Empaques, S.A. de C.V. - Por: JoĂŁo Roberto Campanha da Silva. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico registro sob o nÂş 6771854 em 02/05/2018 da Empresa Alpunto Imbera Serviços de Refrigeração Ltda. e protocolo 181827522 em 11/04/2018. Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria-Geral. JUCESP nÂş 225.716/18-5 em 15/05/2018. FlĂĄvia R. Britto Gonçalves - SecretĂĄria Geral.
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POLÍTICA ORÇAMENTO
SENTENÇAS
Pleitos urgentes somam R$ 1,4 bi
Ex-presidente do Tribunal Para evitar apagão na máquina pública, governo terá de remanejar R$ 750 milhões de Tocantins é alvo da PF Brasília - O governo pre- possibilidade de contemplar recadação federal não é GUSTAVO RANIERE/MF
cisará remanejar cerca de R$ 750 milhões do Orçamento deste ano para conseguir atender às demandas emergenciais dos órgãos e evitar um apagão (shutdown) da máquina pública. Os pedidos considerados prioritários pela área econômica somam R$ 1,4 bilhão, mas hoje há espaço de apenas R$ 666 milhões dentro do teto de gastos. A demanda total é bem maior que isso e soma R$ 10,2 bilhões, mas não há condições de atender a esses pedidos. A área econômica trabalha para resolver os problemas “um dia de cada vez” e, por isso, fez um mapeamento do que precisa ser contemplado imediatamente. Mesmo assim, já há uma espécie de lista de espera formada por órgãos que podem ter problema por falta de recursos mais adiante, entre outubro e novembro. O governo está mapeando despesas que não devem ser executadas até o fim do ano e cujo dinheiro ainda pode ser direcionado para áreas mais necessitadas. A proposta de remanejamento passa dos R$ 9 bilhões, mas o martelo ainda não foi batido e já há setores pressionando contra essa medida. É nesse valor que estão os R$ 750 milhões que a área econômica considera inevitável remanejar para atender às emergências do momento. Os problemas que precisam ser sanados o quanto antes envolvem risco de fechamento de agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), repasses para custeio de representações do País no exterior (cujas despesas ficaram mais caras devido à valorização do dólar) e pagamento de contas que não são quitadas há mais de dois anos. São questões que ameaçam o funcionamento da máquina pública. O objetivo do remanejamento é tentar ampliar o valor disponível para órgãos que estão sufocados pela falta de recursos enquanto não há espaço adicional dentro do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação. Na próxima avaliação que será feita das receitas e despesas do Orçamento, em setembro, há a expectativa de redução das projeções de algumas despesas obrigatórias, como folha de pagamento de servidores, o que traria certo alívio e
outras demandas. Mas até lá não é possível contar com esse espaço. Pouco mais de R$ 100 milhões da proposta atual de cancelamento se concentram no Ministério da Educação, que tem reclamado da falta de recursos, inclusive para 2019. Esses gastos são referentes ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e estão vinculados a uma arrecadação que não ocorreu, ou seja, não há como executar essa despesa. Daí a sugestão de que a dotação seja remanejada. Mesmo que o Ministério da Educação (MEC) seja alvo desse corte, isso não exclui a possibilidade de a própria pasta ser beneficiada com recursos na hora da distribuição. O remanejamento serve para que o governo retire dotação orçamentária de uma determinada ação para direcionar a outra que esteja sofrendo de carência de recursos. Despesas - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou na sexta-feira (17) que a maior parte do crescimento da despesa do governo federal nas últimas décadas aconteceu em programas de transferência de renda, como aposentadorias, benefícios trabalhistas e bolsas para pessoas carentes. Ele voltou a defender mudanças na legislação sobre despesas obrigatórias, sobretudo a reforma da Previdência. “Mesmo se o próximo presidente fechar dez ministérios e cortar diárias de viagens de funcionários públicos, o governo não fará ajuste fiscal. Porque isso é muito pouco diante da despesa total do governo. O gasto discricionário já foi reduzido e está neste ano no mesmo valor real de 2009. Enquanto isso, o gasto obrigatório cresceu 50% nos últimos nove anos”, afirmou, em palestra no Seminário “Direito e Desenvolvimento” organizado pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio). Mansueto mostrou que o Brasil tem registrado déficits primários desde 2014 e deve continuar no vermelho pelo menos até 2020. “Houve queda de arrecadação com a crise, mas o grande problema do País foi o crescimento recorrente do gasto público”, explicou Ele apontou que a ar-
mais suficiente para que o governo consiga fechar as contas, mas lembrou que a carga de tributos no País já é muito alta. “Se o Brasil fosse a Alemanha ou a Dinamarca, a carga brasileira de 33% do PIB não seria alta, mas os países de renda média e os países da América Latina têm cargas muitos menores. No México, por exemplo, a carga é menor que 20% do PIB”, elencou. Segundo o secretário do Tesouro, há diversos planos de ajuste fiscal, mas, se não houver consenso em controlar o gasto, isso acarretará aumento da carga tributária. “E mesmo que se decida tributar mais os mais ricos e aumentar o imposto de renda, não vamos escapar de ter uma estrutura tributária regressiva. Eu sou a favor de se tributar heranças e dividendos, mas o problema hoje são os regimes especiais de tributação”, completou. (AE) Mansueto alerta para aumento nos gastos obrigatórios
Cármen Lúcia defende Constituição Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, destacou na sexta-feira (17) que a Constituição Federal “não prevê direitos em excesso”, ao falar sobre a interferência das decisões judiciais na economia e a grande demanda da sociedade que chega ao Judiciário em tempos de crise. A ministra reconheceu que decisões judiciais podem gerar insegurança jurídica, mas ressaltou que “há um enorme esforço” de magistrados para considerar os dados da economia. “Essa Constituição Federal que completará 30 anos de vigência foi muito criticada exatamente na parte econômica, e com muita ênfase até mesmo por alguns que, sendo mais especializados em economia, consideravam que a Constituição desde o início tornaria o Brasil inviável nas relações econômicas e financeiras”, comentou a ministra, acentuando e repetindo diversas vezes que “não partilha dessa visão”. Cármen, que deixa a presidência da Corte em setembro, esteve no Seminário “Direito e Desenvolvimento”, da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio). O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), André Fontes, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Gesivaldo Britto, e Sergio Guerra, diretor da FGV Rio também estavam presentes na abertura do evento. “Nosso problema não é ter leis boas ou más, é saber aplicá-las. Não partilho dessa visão de que a Constituição Federal previu direitos em excesso”, afirmou a ministra. A fala se dá num contexto em que o poder judiciário é amplamente criticado pelo governo e especialistas por decisões que afetam diretamente a economia brasileira. Além das determi-
nações judiciais em instâncias inferiores em torno do leilão de distribuidoras da Eletrobras, por exemplo, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, em junho, decidiu individualmente impedir a privatização de estatais sem aval do Congresso, em decisão liminar. Terceirização - Na palestra, Cármen citou o julgamento sobre terceirização no STF que começou na última quinta-feira (16) e que deve ser retomado na próxima quarta-feira (22). As ações que discutem se é possível que todos os serviços sejam terceirizados, inclusive atividade-fim. A ministra destacou as sustentações orais dos advogados que mencionaram a necessidade de se garantir um ambiente de desenvolvimento econômico para manter a garantir do trabalho e do emprego. A presidente da Corte comentou ainda sobre as chamadas ‘escolhas trágicas’ de um juiz, decisões que precisam pesar a escassez de recursos com os direitos básicos à dignidade humana. A teoria foi levantada no plenário da Corte ainda esta semana, quando os ministros decidiram que o Ministério Público pode apresentar ação civil pública para buscar que o Estado seja obrigado a fornecer um medicamento a pessoas necessitadas. “Não tenho dúvida que o município que recebe uma ordem judicial de que deve fornecer um medicamento que às vezes custa um porcentual elevado do que se tem endereçado a toda população”, ponderou Cármen, afirmando que esse tipo de decisão nunca é fácil de ser tomada. “Não é fácil ser juiz nas condições em que não há recurso público para cobrir as demandas da sociedade. Não é fácil ir dormir depois de uma decisão dessa”, observou a ministra. (AE)
OPERAÇÃO PRATO FEITO
Vereadores de Mongaguá cassam prefeito São Paulo - Após quase nove horas e meia de debates e votação, os vereadores da Câmara de Mongaguá, no litoral paulista, aprovaram por maioria, na madrugada de sexta-feira (17) a cassação do prefeito Artur Parada Prócida (PSDB) e do vice Márcio Melo Gomes, o “Márcio Cabeça”, atual chefe do Executivo municipal. Em maio, na Operação Prato Feito, a Polícia Federal prendeu Prócida, que mantinha oculta uma fortuna
em dinheiro vivo em um guarda-roupa em sua casa - R$ 4.613.610 e mais US$ 216.763, cédulas empilhadas organizadamente. O tucano continua preso. Ele alegou à PF que a dinheirama tinha origem em “sobras de campanha” e “doação do pai”. A sessão extraordinária 3/2018 foi iniciada às 15 horas desta quinta, 16, com a presença de todos os 13 vereadores da Casa. O vereador Guilherme
Prócida, filho do prefeito e parte interessada nos processos, teve a liminar que permitia sua participação suspensa após duas decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, informou a Câmara. Foi convocado o suplente, Pedro Eduardo Carvalho Homem, o “Dr. Pedro”, para ocupar a função exclusivamente nas votações das seis Comissões Processantes. Com a cassação, a Câmara emitiu Decreto Legislativo sobre a decisão dos vereado-
res, dando ciência à Justiça Eleitoral sobre a vacância dos dois cargos do Executivo. O decreto também será protocolado na prefeitura. O presidente da Câmara, Rodrigo Biagioni, o Rodrigo Casa Branca (PSDB), ao assumir a prefeitura, dará andamento ao pedido de novas eleições municipais. A denúncia que culminou na cassação de Prócida e de “Márcio Cabeça” tem como base a Operação Prato Feito, deflagrada em maio pela
Polícia Federal (PF). A investigação põe sob suspeita pelo menos 30 prefeituras paulistas por fraudes. Treze prefeitos são investigados, além de quatro ex-prefeitos, 27 funcionários públicos, um vereador e 29 empresas. Também são alvo da PF e do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União secretários municipais e lobistas. A PF pediu a prisão de 62 investigados, mas a Justiça Federal autorizou em maio apenas buscas. (AE)
São Paulo - A Operação Toth, investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças judiciais no Tocantins, aponta “sinais de enriquecimento ilícito” do desembargador Ronaldo Eurípides, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado. O magistrado foi alvo de buscas da Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (15), por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eurípides é investigado porque teria dado habeas corpus em favor do proprietário de um posto de combustível, sob suspeita de mandar matar um empresário em Porto Nacional (TO), em 2016. Ronaldo Eurípides foi intimado para depor na PF. Sua residência, seu gabinete na Corte e uma fazenda também de sua propriedade foram vasculhadas por agentes federais. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal apontaram à Justiça “sinais de enriquecimento ilícito do desembargador Ronaldo Eurípedes por força de atuação judicante, com investimentos em atividades rurais, gado bovino e/ou imóveis, bem como participação em ‘negociações’ de decisões judiciais desde o tempo em que atuava como advogado no Estado do Tocantins”. A Operação Toth indicou ainda uma suposta ocultação de bens e valores. “Existe, por parte do investigado, a movimentação de ‘altas somas em dinheiro, sempre sob a administração de seu funcionário de confiança Luso e em nome de sua esposa Inez, razão pela qual imprescindível e necessária é a busca e apreensão nos endereços das pessoas que estão diretamente vinculadas a fatos que circundam a venda de decisões judiciais, assim como a intimação para imediata oitiva’”, relatou o ministro Og Fernandes na decisão que deflagrou a Toth. Ronaldo Eurípedes é “alvo de reclamações disciplinares no Conselho Nacional de Justiça, alegadamente por prolação de decisões com base em negociações ilícitas, tendo atuado, recentemente, nos julgamentos que envolvem o litígio do escritório de Advocacia Melo & Bezerra, cujos proprietários são os advogados Juliana e Fábio Bezerra, filhos de seu amigo e ex-procurador de Justiça do Tocantins Clenan Renault, que também são investigados por atuações ilegais”. A Operação Toth trabalha com cinco linhas investigativas. Há indícios “do possível envolvimento do desembargador Ronaldo Eurípedes em negociações para prolação de decisões judiciais e/ou administrativas, quando em atuação como julgador ou presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins”. Ela investiga corrupção ativa, corrupção passiva, concussão, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Toth faz alusão ao deus grego marido da deusa egípcia da justiça Maet. O Tribunal de Justiça do Tocantins informou que “não irá se manifestar a respeito do assunto”. A reportagem tentou contato com o desembargador Ronaldo Eurípides, via Centro de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Tocantins e não havia obtido um posicionamento até o fechamento deste texto, deixando o espaço aberto para manifestação. (AE)
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ELEIÇÕES
Barroso concentrará processos de Lula Registro de candidatura e pedidos de impugnação do ex-presidente serão relatados pelo ministro Brasília - O ministro Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai relatar o processo de registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também apreciar todos os pedidos de impugnação apresentados até o momento para impedir o petista de concorrer novamente ao Palácio do Planalto. Na sexta-feira (17), o ministro Admar Gonzaga decidiu redistribuir três das quatro contestações à candidatura de Lula. Duas delas já estão com Barroso e uma está com a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que seguirá o caminho das anteriores e também será encaminhada ao colega dela de tribunal. A quarta terá o mesmo destino. Com isso, Barroso ficará com sete impugnações de Lula, porque já constam do processo de registro três pedidos para barrar o ex-presidente: um do Ministério Público Eleitoral; outro da coligação liderada pelo candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro; e mais um do partido Novo. Todas essas definições ocorreram após o pedido de Barroso para que Rosa Weber definisse quem seria
RICARDO MORAES / REUTERS
o relator. Isso se deu depois de os advogados de Lula terem defendido que a presidência do TSE deveria se posicionar sobre quem seria relator do caso, se Barroso, designado para relatar o registro do ex-presidente, ou Admar Gonzaga, para quem foi distribuída a primeira impugnação à candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa. “Registro o louvável acerto da decisão proferida pela ministra Rosa Weber, quanto à manutenção da distribuição do Drap (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários) e consequente prevenção aos pedidos de registro ao ministro Luís Roberto Barroso”, escreveu Admar, em uma das deci- Lula reivindica o direito de ser candidato por ter recursos pendentes de julgamento sões de redistribuição das tentou antecipar a contagem candidatura de Lula, que alegações finais. Encerrada impugnações. do prazo para as impugna- lidera as pesquisas de in- toda essa etapa, a matéria ções a Lula. Na qualidade tenção de voto ao Palácio volta ao relator, que poderá Edital - Na sexta-feira foi de chefe do MP Eleitoral, do Planalto mesmo estando tomar uma decisão isolada publicado o edital com o Dodge foi autora de uma preso desde abril, por con- ou levar ao plenário para registro da candidatura do das sete impugnações que siderar que o ex-presidente decidir. ex-presidente. Pelas normas, até sexta-feira já contestaram virou “ficha suja” após ser Além de Lula, Jair Bola partir de sábado começa a a candidatura do ex-presi- condenado pelo Tribunal sonaro (PSL) já teve sua contar o prazo de cinco dias dente. Ela argumentou que Regional Federal da 4ª Re- candidatura contestada no para que todas as impug- o ex-presidente não é elegí- gião no processo do triplex TSE por um advogado, que nações sejam apresentadas vel, por ter sido condenado do Guarujá (SP). questiona o fato de ele ser réu -- esse prazo se encerra na em segunda instância pela Após o prazo de contesta- em ações penais no Supremo próxima quarta-feira, dia 22. Justiça Federal e, portanto, ção da candidatura, a defesa Tribunal Federal (STF), o Em um pedido ao TSE se enquadrar nos critérios do ex-presidente terá sete que entraria em conflito apresentado na última quin- da Lei da Ficha Limpa. dias para rebater as alega- com regra da Constituição ta-feira, a procuradora-geral Os pedidos apresentados ções. Ainda há cinco dias que prevê o afastamento do da República, Raquel Dodge, ao TSE querem barrar a para as partes apresentarem presidente caso ele venha
Aval de comitê da ONU ao petista Genebra - O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um comunicado “solicitando ao Brasil que tome todas as medidas necessárias para que o candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jato, possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenciais”. O comitê da ONU acatou um pedido liminar feito pelo defensor do petista na Corte, Geoffrey Robertson, para que as autoridades brasileiras “tomem todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido político”. A Vara de Execuções Penais de Curitiba, à qual Lula está subordinado, tem negado pedidos de entrevista com o petista e o Ministério Público Federal do Paraná questionou a indicação de políticos como Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann como advogados do ex-presidente alegando que ele tem usado a prisão como espaço para articulações eleitorais. Segundo a defesa de Lula, “por meio do Decreto nº 6.949/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o
protocolo facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões”. No comunicado emitido na sexta-feira (17) em Genebra o órgão solicita que esse direito “inclua o acesso apropriado à imprensa e membros de seu partido político”. “O comitê também solicita ao Brasil que não o impeça de concorrer às eleições para presidente em 2018, até que seus recursos diante das cortes tenham sido completados em processos jurídicos justos”, declarou a ONU no comunicado. De acordo com a nota, o pedido se refere a medidas provisórias, concedidas ao candidato. Seu processo na ONU, porém, apenas será tratado em 2019, de acordo com a entidade. “Essa solicitação não significa que o Comitê concluiu ainda que existiam violações - trata-se de medidas urgentes para preservar os direitos de Lula, enquanto o mérito do caso continua em consideração”, explicou. “Isso ocorreria no ano que vem”, disse. Em maio, a ONU havia rejeitado um outro pedido dos advogados de Lula. O Comitê de Direitos Humanos negou sua solicitação para que sua prisão fosse evitada, como parte de medidas cautelares. “O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelares no caso de Lula da Silva”, declarou a porta-voz de Direitos Humanos
da ONU, Julia Gronnevet, em maio. “Baseada na informação que recebeu, o Comitê não pode concluir que existe um risco de um dano irreparável nesse momento”, declarou a ONU em um comunicado naquele momento, que insiste que não avaliou a substância ainda da queixa original da defesa de Lula. Recomendação - A decisão da ONU é considerada como uma recomendação e, no passado, outros governos estrangeiros já ignoraram a solicitação No início do ano, por exemplo, a Espanha não cumpriu decisões do mesmo comitê em relação a políticos catalães. Como signatário das convenções, o Estado brasileiro tem obrigação de seguir as orientações do órgão. Se isso não ocorrer, os membros do comitê devem incluir esse comportamento em seu relatório final, que será publicado em 2019. Peritos indicaram que a resposta do governo pode pesar nas considerações finais. Geoffrey Robertson, advogado de Lula na ONU, estima que a decisão “significa que o povo no Brasil, não juízes tendenciosos, vai decidir quem será o próximo presidente”. “Lula foi mantido praticamente isolado para que não possa fazer campanha e poderia provavelmente ser desqualificado com base em sua condenação, antes que pudesse reverter em um recurso final”, estimou Robertson. (AE)
a ter esse status jurídico. O questionamento, porém, foi feito por meio de uma petição e não cita lei ou norma que impeça réus de serem candidatos. Caberá ao relator do registro de candidatura de Bolsonaro, ministro Napoleão Nunes Maia, decidir sobre a controvérsia. Em tese, é necessário que se encerre o prazo para as impugnações, o que no caso de Lula ocorrerá em 22 de agosto, para que comece a contar o prazo de sete dias para a manifestação da defesa contra os questionamentos. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo do registro do ex-presidente, decidir sobre o rito a ser seguido. Preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula defende seu direito de ser candidato por ainda ter recursos contra sua condenação pendentes de julgamento nas instâncias superiores da Justiça. A defesa do ex-presidente busca conferir um efeito suspensivo sobre a condenação para libertá-lo e quer que o TSE o permita que ele dispute as eleições enquanto não se define sua situação jurídica. (Reuters/ ABr)
Defesa questiona nota do Itamaraty São Paulo - Após a manifestação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) solicitando ao Brasil que garanta os direitos políticos do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições presidenciais, os advogados do petista afirmaram que o órgão não fez uma «recomendação» ao País, mas que se trata de uma «decisão» que precisa ser cumprida imediatamente por todos os órgãos brasileiros. Os defensores lamentaram ainda a nota do Itamaraty sobre a ONU e disseram que o Brasil não tem a opção de cumprir ou não o comunicado, mas deve garantir a participação de Lula na campanha eleitoral, o acesso do petista à imprensa, a presença em debates e o acesso do ex-presidente a membros do seu partido. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, assinou uma nota afirmando que as conclusões do comitê internacional “têm caráter de recomendação e não possuem efeito juridicamente vinculante.” “De que forma o Brasil vai cumprir isso não cabe a nós aqui discutir, mas não há opção. Deve cumprir, não é uma recomendação”, afirmou o criminalista Cristiano Zanin Martins, durante coletiva de imprensa na sexta-feira (17). Para amparar o argumento, a defesa do petista sustenta que o País aderiu ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, concordando em seguir todas as decisões do comitê das Nações Unidas e que isso fica sobreposto à própria legislação brasi-
THOMAS PETER / REUTERS
Aloysio Nunes descarta “efeito juridicamente vinculante”
leira. “Sem a presença do ex-presidente Lula, essas eleições serão questionadas internacionalmente”, disse Zanin. Também na coletiva, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim disse “lamentar” a manifestação do Itamaraty e argumentou que o termo usado pelo comitê da ONU está entre “solicitar” e “exigir” que o Brasil assegure a participação de Lula no pleito, e não “recomendar”. “O Brasil tem duas opções: cumprir ou se colocar como um pária internacional”, declarou o ex-chanceler. O ex-secretário de Estado de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro, também se juntou aos advogados de Lula e disse que, se os órgãos brasileiros não cumprirem a solicitação do comitê, o País passará por um “vexame total”. “Não desqualifiquem essa liminar porque será um ato de total estupidez de entendimento de um tratado internacional”, reforçou Pinheiro. Ele classificou a nota assinada por Aloysio
Nunes como “absolutamente constrangedora”. Mérito - O comitê da ONU ainda deve discutir o mérito das alegações da defesa de Lula, que recorreram ao órgão internacional afirmando que o processo que levou o ex-presidente à condenação e à prisão é ilegal e tem “violações grosseiras” contra direitos do petista “Espero que fiquem comprovadas as violações grosseiras que vêm sendo cometidas”, disse a advogada Valeska Martins. Os advogados de Lula dizem ainda que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF), em outra ocasião, sobre a “obrigatoriedade” das decisões emitidas por um órgão internacional. Para a banca de defensores, não é necessária nenhuma ação judicial para pedir o cumprimento da solicitação das Nações Unidas. Os advogados reforçaram apenas que cabe ao Itamaraty encaminhar o assunto a todos os órgãos responsáveis por processos relacionados ao ex-presidente Lula. (AE)
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BIOTECNOLOGIA
IMOBILIÁRIAS
Lar Imóveis investe em tecnologia Empresa tem plano de aportes de R$ 2,5 milhões neste ano em transformação digital DIVULGAÇÃO
THAÍNE BELISSA
No mês de agosto, quando completa 40 anos, a imobiliária mineira Lar Imóveis lança seu aplicativo para busca de imóveis em Belo Horizonte. A ferramenta faz parte de uma série de investimentos em transformação digital que somam R$ 2,5 milhões em 2018. A expectativa do diretor de inovação, Hermano Rodrigues, é que as inovações e a recuperação da economia ajudem a empresa a voltar a crescer em 2018, depois de um período de manutenção de resultados. O executivo explica que a empresa chega à sua quarta década com uma mistura de tradição e inovação. A empresa foi fundada por seu pai, Luiz Antônio Rodrigues, que permanece na gestão e garante que características como transparência e confiança sejam a marca da empresa no mercado. Hermano Rodrigues, por outro lado, traz sua contribuição na área de inovação. Segundo ele, somente neste ano, a imobiliária vai investir R$ 2,5 milhões em soluções como softwares,
canais digitais, aplicativos, ferramentas e equipe focada em marketing digital. O aplicativo de busca de imóveis é uma das principais inovações do ano. Ele já está disponível na Apple Store e no Google Play para ser baixado gratuitamente. Por meio dele, o usuário interessado em comprar ou alugar um imóvel conseguirá fazer buscas entre mais de 10 mil imóveis, aplicando diversos filtros de interesse. Entre as inovações trazidas pelo aplicativo está a funcionalidade que permite buscar por proximidade a pontos de referência e também a possibilidade de salvar filtros, de forma que o usuário sempre recebe notificação quando um imóvel novo for cadastrado dentro das especificações que ele deseja. De acordo com o diretor, por meio do aplicativo também é possível agendar visitas. Rodrigues explica que 70% dos clientes da Lar Imóveis já vêm do meio digital e a expectativa é que o aplicativo contribua significativamente para esse resultado. “Estamos esperando que o aplica-
tivo gere lides e, automaticamente, negócios, logo nas primeiras semanas”, aposta. O diretor afirma que a imobiliária também vem trabalhando em outras soluções, sendo uma delas um aplicativo com foco em usuários que já são clientes da Lar Imóveis. A ferramenta será voltada para a prestação de serviços, como geração de segunda via de boleto de aluguel.
JULIANA BAETA
Crescimento - O diretor acredita que as novas ferramentas, assim como a recuperação da economia, podem ajudar a empresa a voltar a crescer em 2018. Segundo ele, em 2017, a imobiliária manteve os resultados em relação ao ano anterior. Dados do segmento amparam o otimismo do empresário. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), as vendas de imóveis residenciais na Capital e em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) cresceram 1,6% de janeiro a maio deste ano, em relação aos mesmos meses de 2017. Aplicativo da Lar Imóveis permite a busca em Belo Horizonte
EVENTO
Congresso em Uberlândia deve girar R$ 40 mi CLEITON BORGES/SECOM/PMU
THAÍNE BELISSA
Mais de 5 mil pessoas são esperadas na segunda edição do Congresso Internacional de Tecnologia, Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade (Cities), que será realizado entre os dias 27 e 30 de agosto em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Entre as novidades dessa edição estão a rodada de negócios entre startups e empresas âncoras, que deverá movimentar cerca de R$ 40 milhões, além de encontros entre empreendedores, pesquisadores e representantes de embaixadas e consulados de oito países. Durante o evento também será apresentada a segunda edição do censo do ecossistema de inovação da cidade. O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Dilson Dalpiaz explica que a base do congresso continua a mesma. O objetivo é fomentar o ecossistema de inovação de Uberlândia e projetar a cidade para o mundo. Este ano estão previstas 26 palestras e painéis com a participação de 55 palestrantes e painelistas nacionais e internacionais. Os temas foram escolhidos com base na vocação da cidade e incluem assuntos como mercado financeiro, logística, saúde, tecnologia da informação e comunicação e agronegócio. Segundo Dalpiaz, a primeira edição, realizada no ano passado, atraiu 5 mil pessoas. A expectativa é que a edição de 2018 atraia ainda mais participantes. O secretário faz questão de destacar as duas novas atrações do evento, sendo a primeira a realização de encontros
Rodada de negócios promovida pelo Sebrae Minas é uma das novidades desta edição do congresso em Uberlândia
com representantes de embaixadas e consulados de oito países diferentes. “Eles receberão empreendedores e pesquisadores interessados em discutir cooperação internacional entre países no que diz respeito a projetos que envolvam pesquisa e inovação”, explica. Durante o evento também será apresentado a segunda edição do censo sobre o ecossistema de inovação da cidade. O primeiro, realizado no ano passado, mapeou 137 empresas, sendo 58 startups. O levantamento trouxe respostas dos empresários a respeito de sua infraestrutura, número de funcionários, faturamento, planos de crescimento e investimento. De acordo com o secretário, a prefeitura está colhendo os dados para o novo censo e a expectativa é que o universo e empresas pesquisadas seja ampliado. “Como temos uma primeira edição, agora poderemos fazer uma apresentação comparativa. Vamos apresentar
as principais mudanças entre uma pesquisa e outra. Esse é o principal objetivo do censo: ter nas nãos um retrato do ecossistema e como ele está evoluindo”, afirma. Dalpiaz frisa que a pesquisa também é útil para guiar políticas públicas. Um exemplo prático de ação realizada com base em informações retiradas na pesquisa foi a convocação e fundos e investimentos para rodadas de negócios com startups na cidade. Como a pesquisa mostrava que poucas startups de Uberlândia haviam recebido aporte, a prefeitura buscou uma ação em resposta. O secretário garante que há outras políticas públicas em andamento. Uma delas é a publicação de edital para atrair empresas para o polo tecnológico do município, área criada para ser um hub de inovação em Uberlândia. As empresas de base tecnológica que se instalarem nesse polo receberão benefícios fiscais, além de desfrutarem do networking e colaboração
Empresários portugueses visitam polo da Capital
entre negócios focados em do formato contemplar inovação. empresas tradicionais de diversos portes e segmenRodada - A rodada de negó- tos da região do Triângulo cios entre startups e empresas Mineiro e Alto Paranaíba e, âncoras também é uma novi- também, startups que atudade deste ano. Ela acontecerá am no desenvolvimento no último dia do congresso e de aplicativos e soluções dará oportunidade a empre- digitais, além de empresas endedores apresentarem suas que tenham potencial exporsoluções a grandes empresas tador, e queiram alavancar como Algar, Sankhya, Itambé, negócios internacionais”, Usiminas e Friboi. “Essa é destaca. uma oportunidade inédita A inscrição para a Ropara empreendedores se co- dada de Negócios tem o nectarem a grandes empresas, valor de R$ 90 por empresa ação que seria muito mais com direito a até três repredifícil fora desse ambiente”, sentantes participarem das analisa. negociações, sendo que até Segundo a analista do dois no Salão de Negociações Sebrae Minas, Fabiana com Âncoras. O terceiro Queiroz, a perspectiva é representante aproveitará a gerar cerca de R$ 40 milhões oportunidade de divulgar a em negócios. “Ainda que empresa e promover negóo evento seja em apenas cios entres os demais particium dia, nossa expectativa é pantes no espaço ofertante x que o volume de negócios ofertante. (Com informações seja expressivo em função do Sebrae).
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) quer atrair investidores para diversificar a economia de Belo Horizonte, especialmente nas áreas de inovação e tecnologia. É por isso que empresários portugueses da Biocant, cluster que atua nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, estiveram na Capital na última semana para conhecer o nosso ecossistema de biotecnologia, que inclui o Biominas, a Epamig, o BHTec, a Anbiotec, a Fiocruz, o CTVacinas, o CTIT e as instalações da Faculdade de Farmácia da UFMG. “Articulamos a vinda da Biocant, que inicialmente não estava prevista para BH. Mas o convite foi aceito devido a importância do nosso polo de biotecnologia. Isso faz parte da estratégia para trazer investimentos e incrementar ainda mais o nosso ecossistema de inovação, biotecnologia e economia criativa”, conta o subsecretário de Assuntos e Investimentos Estratégicos da SMDE, Marcos Mandacaru. Além disso, a secretaria acaba de ganhar a chamada Sala do Investidor, para receber empresários e potenciais investidores. Algumas negociações para parcerias já estão em fase de entendimento. “A sala ainda está em processo de estruturação, mas já recebemos algumas empresas, inclusive internacionais. Também estamos mapeando todos os empreendimentos de impacto previstos em BH para ajudar a destravar e agilizar estes investimentos. É um espaço para quem busca investir realmente em BH, gerar empregos e conhecimentos em inovação e tecnologia. Estamos focando muito em economia verde, energia solar, reciclagem, biotecnologia, internet das coisas, economia criativa que também abrange áreas como o design, moda, gastronomia, games”, conta. As conversas já estão acontecendo com a Pex Brasil, com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, com a Fapemig, a Fiemg e o Sebrae, e também com o Biominas, com o qual está sendo discutida uma cooperação em inovação. Também já foram recebidas no novo espaço as multinacionais Huawei e a Ernst & Young. O Biocant atua como um facilitador da pesquisa, desenvolvimento e inovação em vertentes da biotecnologia, como biologia marinha, vegetal, animal e outras voltadas ao foco industrial, e também na criação e aceleração de iniciativas empresariais. O grupo visa reduzir cursos para empresas e suas demandas por equipamentos e pesquisas de pontas, viabilizando a disponibilidade de máquinas e instrumentos.
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ECONOMIA CRIATIVA
Empresas devem buscar a reinvenção no mundo atual Tecnologia provoca mudanças THAÍNE BELISSA
Se até há alguns anos prevalecia a ideia de que bastava ao empresário encontrar seu diferencial competitivo, agora cresce a percepção de que esses diferenciais são temporários. Em um mundo em que a tecnologia muda comportamentos, preferências e até estilos de vida, as empresas são obrigadas a se reinventar. Para o economista e CEO da Escola Britânica de Artes Criativas (Ebac), Carsten Snedker, a saída para essas empresas é “beber” das disrupções da economia criativa. O economista participou do Atmosphera Minds, evento realizado pela Atmosphera na última terça-feira, no Café Mocca, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além de CEO da Ebac, universidade paulista que oferece cursos de disciplinas criativas, Snedker foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Seed, aceleradora de startups do governo de Minas Gerais. “O pensamento linear ficou para trás e, agora, lidamos com a incerteza, que é a base do pensamento criativo. O que vemos globalmente é que tudo muda rápido demais, o que força as empresas a mudarem rápido também, tendo em vista que suas vantagens competitivas se tornaram temporárias”, disse. Para Snedker, a economia criativa pode ser uma boa fonte de inspiração para os empresários que buscam se adaptar a esse mundo em transição. Ele chama a atenção para grandes empresas que fazem parte desse setor, como a Netflix, e que não param de crescer justamente porque nasceram criativas e com propostas de valor que iam além do que se entendia como “valor” no momento em que foram criadas. “As empresas precisam de pessoas que as inspirem com criatividade. Entre as habilidades do futuro estão justamente a criatividade,
assim como a solução de problemas e o pensamento crítico”, afirmou. A relevância disruptiva é outra expertise base da economia criativa e que deve ser observada por empresas de todos os seto- Economista Carsten Snedker participou do Atmosphera Minds, realizado na última terça-feira em Nova Lima, na RMBH res, segundo o economista. “Tente fazer algo em que as pessoas prestem atenção. Se PUBLICAÇÃO você pensar no Iphone você vai perceber que ele não é algo supercriativo, mas ele combina tecnologias ALISSON J. SILVA criativas e oferece muita DANIELA MACIEL experiência. Vivemos um tempo em que as entregas Acontece nesta sesão quase imediatas e o gunda-feira, no Salão tempo está encurtando. Isso Nobre da Faculdade muda a forma de consumo de Medicina da Unie cria novos modelos de versidade Federal de negócios e oportunidades”, Minas Gerais (UFMG), frisou. o lançamento da biografia do fundador da Novo conceito - Snedker Faculdade de Medicina ainda lembrou que a ecode Minas Gerais, Cícero nomia criativa traz um Ferreira. A obra, em novo conceito sobre como três volumes, já dispogerir. A ética no negócio, nível nas livrarias, é de por exemplo, passa a ser autoria do jornalista e essencial para a sua sohistoriador Mário Lara. brevivência, assim como A pesquisa, que dua cultura de procurar por rou 2,5 anos, percorreu mentoria. “As pessoas penarquivos de várias cisam mais antes de consumir dades como São João Jornalista e historiador Mario Lara levou 2,5 anos na pesquisa sobra a vida de Cícero Ferreira e é por isso que a econodel-Rei e Tiradentes mia criativa está baseada (Campo das Vertentes), Belo Ho- escravidão, a ausência de recursos do com o bem-estar das pessoas”, em confiança. Além disso, rizonte, Rio de Janeiro, além dos e pouca atuação da Coroa. relembra o autor. aquele formato de empresa guardados da família. O livro vai O segundo livro, “ContemporaNo último livro, “O legado – A com hierarquia muito bem atrás das origens do médico, com a neidade – A carreira do apóstolo vida e obra do grande empreendefinida não existe mais: a chegada da família à antiga comarca Cícero” – começa com o patriarca dedor”, relata a vida do primeiro ideia é cocriar”, disse. do Rio das Mortes, onde hoje estão da família Ferreira Rodrigues – José médico da nova capital de Minas O economista destacou localizadas as cidades de São João Ferreira Rodrigues morando no e como chefe da Seção de Higiene que, para construir empredel-Rei, Tiradentes e arredores, arraial de Bichinho, próximo à Vila da Prefeitura. Entre estudos sobre sas com essas disrupções, ainda no século 18. de São José del-Rei, hoje Tiradentes, novos temas como saneamento, também é preciso formar “Naquela época, Vila Rica passou até chegar ao seu neto, Francisco assistência à infância, assistência talentos inovadores. Ele por uma grave crise de desabasteciFerreira Rodrigues Júnior, pai de ao sepultamento de corpos, entre destaca que é exatamente mento e o Rio das Mortes se tornou outros, a maior obra de Ferreira foi Cícero Ferreira, já no Arraial de essa a missão da Ebac, que um importante fornecedor, fazendo Bom Sucesso. Ali vive o menino até a construção da Escola de Medicina. oferece cursos de graduafl orescer a sua economia. A partir se transferir para Ouro Preto para Até então, os estudantes mineiros ção e pós-graduação em disso começou a atrair muitos imiestudar e seguir para fazer a Facul- tinham que se descolocar para o “áreas do futuro”. Entre grantes, inclusive os antepassados dade de Direito no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro ou Salvador para se os cursos disponíveis na da família Ferreira. Para mim era em 1880. A primeira experiência tornarem médicos. A Faculdade, instituição estão edição de importante conhecer todo esse concomo médico foi em um pequeno criada em 1911, era um dos sonhos filmes, direção de criação texto para entender a personalidade povoado na Zona da Mata. dos inconfidentes já na década de digital e criação e design. “O de Cícero Ferreira, um homem que “Com suspeita de tuberculose ele 1780. que víamos eram pessoas foi muito mais que um médico em se mudou para a Cidade de Minas – “A construção da faculdade foi que ansiavam por estudar Belo Horizonte”, afi rma Lara, já hoje Belo Horizonte – que estava em uma grande batalha. Os jornais tendências criativas e não antecipando os múltiplos interesses construção e já era conhecida pelos cariocas faziam campanha contra encontravam isso nas unido seu personagem. bons ares. No primeiro momento foi e foi preciso buscar apoio para que versidades brasileiras. A Ainda nesse primeiro volume, trabalhar com Aarão Reis não como a obra começasse. Até mesmo em maior parte das instituições “Ancestralidade – O alvorecer da médico, mas como fotógrafo. No ano Minas havia desconfiança sobre o de ensino no Brasil está medicina em Minas Gerais”, o autor seguinte foi nomeado médico da projeto. Um dos principais entupensando no mundo de busca os primeiros procedimentos Comissão de Construção da Nova siasta foi Miguel Couto – já médico ontem e, por isso, criamos a médicos realizados pelos cirurgiões- Capital (CCNC), iniciando uma vida famoso – que tinha sido colega de Ebac, na tentativa de reter -dentistas que atendiam senhores e incrível de empreendedorismo em faculdade de Cícero Ferreira”, reesses talentos criativos”, escravos em uma terra marcada pela diversas áreas, sempre preocupa- lembra o escritor. destacou.
Livros contam a história de Cícero Ferreira
IDEIAS
Cultura organizacional como alicerce na transformação digital CLÁUDIA SANTOS*
Em meados da década de 90 as empresas passaram por uma grande mudança, oriunda das fusões e aquisições que aquele período demandou. As estatísticas da época evidenciaram que as maiores dificuldades para o sucesso - ou a falta dele - nestas aquisições, se deram pela cultura organizacional. Quase 20 anos se passaram e ainda nos deparamos com o mesmo paradigma quando falamos em transformação digital. O primeiro passo necessário é entender que ser digital não significa ter um site, estar nas redes sociais ou mesmo ter uma plataforma como um aplicativo. A transformação
digital vai além da tecnologia – ela nos acostumar com o fato de que reinventa o modelo de negócio, a verticalização das estruturas ora estratégia da empresa e requer ganizacionais deixarão de existir. mudanças não apenas de tecnologia Empresas digitais trabalharão em e de processos, e sim, comporta- rede, com equipes horizontalizadas. mentais. Neste momento, o papel do RH é de extrema importância Transformar-se digitalmente para conhecer quais são os novos vai além da tecnologia: desafios do negócio e desenvolver e adequar a cultura organizacional de trata-se, de pessoas, dessa forma a colaborar que o resultado forma a área de gestão de desejado seja atingido. Especialistas afirmam que nos próximos 15 anos pessoas se tornará protagonista todas as empresas serão digitais. Para isso os CHRS devem liderar, em conjunto com a equipe Os colaboradores desta nova era de TI, todo o change management são pessoas com maior autonomia, necessário para a mudança. O autogerenciáveis, inovadoras e criaque já sabemos é que precisamos tivas, orientada a processos, prontos
para atuar de forma sistêmica em uma empresa orgânica e integral. O cenário empresarial do futuro é claro: mais de 50% dos empregos que existirão até 2030 ainda não foram criados. Por isso, as empresas precisam iniciar uma transformação gradual de postura e exigir que o seu RH esteja alinhado tanto na estratégia, quanto na sua cultura organizacional para que, durante o processo, o DNA da empresa seja mantido e a transformação bem-sucedida. As empresas que não se transformarem mesmo que de forma gradativa não sobreviverão. A cultura será o alicerce da transformação digital, que começa por pequenas
mudanças como ter um ambiente diverso, de compartilhamento, comunicação, conhecimento compartilhado e confiança, com forte senso de colaboração e agilidade. Transformar-se digitalmente vai além da tecnologia: trata-se, de pessoas, dessa forma a área de gestão de pessoas se tornará protagonista, cabe à ela, a responsabilidade de ser inovar ser estratégica e preparar tanto colaborador quanto empresa, deixando -os alinhados e preparados para receber o futuro. * Especialista em gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e diretora da Emovere You
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DC TURISMO HOTELARIA
Mineira IO lança plataforma de gestão Empresa pretende atingir uma base de mil clientes em um ano após o lançamento JULIANA BAETA
A empresa Inteligência em Ocupação (IO), que tem sede em Belo Horizonte, se prepara pala colocar no mercado uma plataforma de mesmo nome visando atender ao setor de hotelaria. Trata-se de um software que vai facilitar a gestão comercial dos empreendimentos fornecendo inteligência na gestão dos dados de ocupação. Os hotéis poderão visualizar qual o melhor momento para variar os seus preços de acordo com a demanda e concorrência e, assim, potencializar o faturamento. Ainda em fase de testes, a ferramenta já está instalada em dois hotéis de diferentes portes na Bahia e, em um mês de implantação do sistema, já foi possível notar um acréscimo de 19% na receita de um deles. A ferramenta estará disponível no mercado a partir do dia 25 de setembro e, com isso, a empresa espera atingir uma base de 1.000 clientes em um ano. “A IO foi criada no início deste ano. Desenvolvemos um software para facilitar a gestão na parte de hotelaria porque percebemos a necessidade e um buraco neste mercado, já que até então não existia uma ferramenta
que unia as diversas pontas deste processo. Já existem várias ferramentas para auxiliar a gestão comercial de um hotel, no entanto, são ferramentas avulsas que, para se chegar a uma análise mais completa da tarifa média, é necessário consultar uns cinco sites e envolver umas quatro pessoas”, conta uma das fundadoras da empresa, Vanessa Vilela. Com isso, tanto gestor comercial do empreendimento tem uma visão geral da ocupação e dos preços do hotel, além de informações da concorrência, como o dono do hotel também tem controle destes dados e passa a visualizar melhor a sua operação. “É uma espécie de parceiro tecnológico do gestor e do dono do empreendimento, que consegue acompanhar os números de forma online, enquanto o gestor soma as ações necessárias para se chegar aos resultados”, pontua. A ideia de otimizar a entrega de dados permite também uma maior agilidade na tomada de decisão e definição de estratégias no negócio. “A ferramenta estabelece metas dentro de um ponto de equilíbrio, o que dá uma tarifa de custo viável para o hotel e faz uma análise automática da concorrência. A partir disso,
DIVULGAÇÃO
Vanessa Vilela: percebemos a necessidade neste mercado
o hotel vai trabalhando na gestão da receita, na flutuação. Se há uma taxa de ocupação mais alta, a tarifa sobe, se a taxa de ocupação é menor, o preço abaixa. O sistema também analisa dados de mais tempo, a partir de um ano, para identificar, por exemplo, que em determinado mês é um período
de alta na ocupação”, conta Vanessa. Dessa forma, há a atuação do sistema em todo o ciclo comercial, desde a criação de tarifas e identificação de diária média, até a formatação de metas mensais e anuais. Outros voos - Apesar de ter
sido criada para atender ao setor hoteleiro, a plataforma também se torna aplicável em diversos mercados, como o varejo. “É uma ferramenta que atua muito bem no varejo, já que envolve lucro, meta e concorrência. Já estamos estudando outras aplicabilidades e, com algumas adaptações, já conseguimos atuar na área da aviação, por exemplo”, relata uma das fundadoras da IO, Vanessa Vilela. E a ideia não é se prender somente ao mercado nacional. “Nosso foco é o Brasil, mas nada impede que este produto passe atender também ao mercado internacional, até porque, a nossa ferramenta já está pronta em espanhol e em inglês também. Ainda não entramos neste mercado, mas com certeza é uma possibilidade”, determina. Expansão - Atualmente dividida entre Minas, onde está locada a sede comercial, e a Bahia, onde fica a estrutura tecnológica, a IO deve se espalhar em breve pelo Brasil. “Nossa ideia é crescer e ter polos comerciais em diversas regiões do país, pois não queremos concentrar a empresa em um só lugar, já que pretendemos atender aos hotéis rapidamente”, conclui.
TRANSPORTE
Voe Minas atenderá mais 4 cidades DA REDAÇÃO
O Voe Minas Gerais, Projeto de Integração Regional – Modal Aéreo, está completando dois anos de operação em agosto de 2018 e inclui neste mês quatro municípios às rotas: Governador Valadares, Ipatinga, Patrocínio e Piumhi. A partir desta segunda, as cidades passam a contar com voos semanais de ligação com a capital mineira. As passagens já estão disponíveis para compra pelo site do projeto e nos aeroportos participantes. A iniciativa foi lançada em 17 de agosto de 2016, com o objetivo de fomentar o transporte aéreo regional, estimular os negócios e o turismo, aproveitando a infraestrutura aeroportuária pública já disponível no Estado. Em dois anos de projeto, cerca de 23 mil passageiros foram transportados em 6.535 voos realizados. A taxa média de ocupação dos voos atingiu, em julho de 2018, o
percentual de 60,19%, com receita da venda de passagens totalizando R$ 7,5 milhões. O subsídio por passageiro tem apresentado constante diminuição no decorrer do projeto, tendo chegado em julho em R$ 119,31 por passagem. Os destinos mais procurados atualmente são Teófilo Otoni, Caratinga, Patos de Minas, Diamantina e Manhuaçu. Novas cidades - A inclusão de Patrocínio, na região Triângulo Norte, e Piumhi, no Sudoeste de Minas Gerais, às rotas do Voe Minas Gerais busca ampliar e otimizar a malha preexistente. Os voos oferecidos em Ipatinga, no Vale do Aço, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, têm como objetivo complementar os serviços já oferecidos pela iniciativa privada nessas localidades, que possuem grande potencial de demanda de passageiros para ligação com Belo Horizonte, de acordo com o governo estadual.
Os voos da rota de Patrocínio acontecerão todos os dias, saindo da Capital para a cidade as terças e quintas, com conexão em Patos de Minas, e partindo de Patrocínio para BH nas segundas e quartas, com conexão em Araxá. Nas sextas, os voos entre Belo Horizonte e Patrocínio são diretos, com ida e volta no mesmo dia. A rota será realizada em uma hora e 55 minutos, enquanto o trajeto de ônibus leva em torno de cinco a seis horas. Os bilhetes serão vendidos por R$ 550 (segunda a quinta) e R$ 570 (sexta). Piumhi terá voos diretos às segundas e sextas-feiras, de ida e volta no mesmo dia, além de opções Piumhi – Belo Horizonte às quartas e voos Belo Horizonte – Piumhi às quintas. Enquanto o percurso de transporte terrestre leva em média quatro horas, o voo de Piumhi para a capital tem duração de uma hora, com passagens ao preço de
R$ 390 (segunda a quinta) e R$ 410 (sexta). Ipatinga e Governador Valadares terão voos às segundas, quartas e sextas-feiras. Os voos de Ipatinga são realizados em 40 minutos e custam R$ 350 (segunda e quarta) - R$ 370 (sexta). A rota de Governador Valadares tem duração de uma hora e meia e as passagens podem ser adquiridas a R$ 500 (segunda e quarta) e R$ 550 (sexta). Com a inclusão das novas cidades, o número de territórios de desenvolvimento do Estado abrangidos no Voe Minas Gerais é expandido para 12, do total de 17: Alto Jequitinhonha, Caparaó, Mucuri, Médio e Baixo Jequitinhonha, Metropolitano, Noroeste, Sul, Sudoeste, Triângulo Norte, Triângulo Sul, Vale do Aço e Vale do Rio Doce. Saída - A partir de agosto, o município de Nanuque não mais será atendido pelo projeto. Por meio do
acompanhamento sistemático e da análise dos resultados do Voe Minas Gerais na região, foi verificado que os voos de Nanuque tiveram procura e ocupação insuficientes para manutenção do projeto na localidade. O retorno dos voos para o município poderá ser reavaliado em momento oportuno, desde que a demanda garanta a viabilidade do projeto. Os voos do projeto são realizados em aeronaves Cessna Grand Caravan 208 B, que transportam até nove passageiros. O valor das passagens varia de R$ 130 a R$ 700, de acordo com a distância percorrida. Os 20 municípios atendidos atualmente são: Almenara, Araçuaí, Araxá, Belo Horizonte, Caratinga, Diamantina, Governador Valadares, Guaxupé, Ipatinga, Manhuaçu, Paracatu, Patrocínio, Passos, Patos de Minas, Piumhi, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Varginha e Viçosa. CODEMIG / DIVULGAÇÃO
Projeto atendeu aproximadamente 23 mil passageiros em 6.535 operações realizadas em dois anos e as vendas de passagens geraram receita de R$ 7,5 mi
Café da manhã é o que atrai os brasileiros DA REDAÇÃO
Para se sentirem confortáveis longe de casa, os viajantes do mundo todo, inclusive os brasileiros, curtem pequenos luxos. Mais de um terço dos viajantes mundiais (35%) consideram que as comodidades são uma parte importante das informações necessárias ao fazer uma reserva, de acordo com uma pesquisa recente do site Booking. com. As preferências variam de acordo com a nacionalidade, apesar de todas concordarem que um local seguro é o que de melhor uma acomodação pode oferecer. Excluindo “local seguro”, a comodidade preferida dos brasileiros é, quem diria, um café da manhã delicioso (68%). Começar bem o dia com uma bela refeição ficou na frente de outras amenidades muito buscadas, como ar-condicionado no quarto (61%), equipe profissional e solícita (57%), Wi-Fi grátis (50%) e equipe que fala meu idioma (48%). O café da manhã é importante apenas para dois em cada dez australianos e, para eles, o primordial é ter ar-condicionado dentro do quarto (45%). O ar-condicionado é também a preferência número um dos norte-americanos (66%). Já o Wi-Fi gratuito é o item mais desejado pelos viajantes na Nova Zelândia (51%). Os viajantes japoneses (60%) dão muito mais importância ao ar-condicionado do que ao Wi-Fi (36%). Por outro lado, apenas 30% dos viajantes dinamarqueses consideram o ar-condicionado importante, enquanto quase metade precisa de Wi-Fi (49%). Outras amenidades bastante consideradas por viajantes brasileiros são estacionamento gratuito (47%) e minibar (46%). Momento da decisão Com tantas opções para escolher, muitos viajantes contam com conhecimento especializado para garantir que estão tomando a decisão certa. De longe, a fonte de informação mais procurada pelos viajantes antes de fazer uma reserva é ‘avaliações de outros viajantes’, já que um terço dos viajantes globais (33%) considera uma das três fontes de informação mais importante antes de fazer uma reserva. Brasileiros, russos e coreanos passam a maior parte do tempo procurando opiniões. Aproximadamente seis em cada dez viajantes desses países preferem consultar pelo menos uma fonte de avaliações antes de fazer uma reserva. Do outro lado do espectro, encontramos japoneses, mexicanos e suecos, cerca de seis em cada dez viajantes desses países não dão muita importância para qualquer tipo de avaliação, e se baseiam apenas no que sabem sobre as comodidades e outras informações relevantes.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
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AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
BOVINOS
Melhoramento genético reúne produtores ExpoGenética será realizada em Uberaba, entre 18 e 26 de agosto, com foco em qualidade e produtividade AGROPECUARTIA JACAREZINHO/;DIVULGAÇÃO
MICHELLE VALVERDE
O aumento da produtividade dos rebanhos bovinos, tanto de corte como de leite, é um avanço importante, sendo conquistado por meio dos investimentos no melhoramento genético do plantel. Com a tendência de aumento da demanda por produtos da pecuária e a necessidade de produzir de forma eficiente, utilizando espaços menores, os investimentos em genética continuam sendo essenciais. Uma oportunidade para ter acesso à melhor genética zebuína é a ExpoGenética 2018, que acontece de 18 a 26 de agosto, no Parque Fernando Costa, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O evento, que é referência no melhoramento genético de zebuínos, tem como objetivo estimular os investimentos nos rebanhos e levar ao produtor o que há de mais avançado no mercado. A feira é realizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). De acordo com o gerente de melhoramento genético da ACBZ e coordenador do Programa de Melhoramento da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró-Genética) do Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT), Lauro Fraga Almeida, o evento atrai produtores de diversas partes do País, o que mostra o interesse crescente para melhorar o rebanho e ter maior produtividade. “Nossa expectativa em relação à feira é muito boa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, recentemente, dados do Censo Agropecuário que apontaram para uma redução da área de pastagem e o crescimento da produtividade na
pecuária entre 2006 e 2017. Nós, da ABCZ, entendemos que o crescimento da produtividade tem tudo a ver com as raças zebuínas. A pecuária de corte e de leite, no País, é feita com exemplares originários das raças zebuínas. Na ExpoGenética, o pecuarista terá acesso à melhor genética disponível, uma oportunidade importante para investir na melhoria da qualidade do rebanho”, explicou. Pela primeira vez, no evento, será realizada a feira do Pró-Genética. O projeto, que estimula a livre negociação entre produtor e comprador, é uma forma de adquirir touros que tem o potencial de melhorar o rebanho. Ao todo, serão ofertados 21 animais das raças Nelore, Nelore mocho, Guzerá, Tabapuã e Gir leiteiro. Esta edição da ExpoGenética também será uma oportunidade para que os pecuaristas invistam e modernizem as fazendas. Pela primeira vez será realizada a Expomaq, feira de máquinas, equipamentos e insumos. O evento é voltado, principalmente, para os pequenos e médios, e, ainda, pecuaristas da agricultura familiar. Os visitantes terão acesso a diversos estandes especializados em materiais para a pecuária. Além de máquinas e equipamentos, estarão presentes empresas especializadas na comercialização de material genético. A exposição receberá cerca de 40 caravanas de todo o Estado, o que irá estimular os negócios. Leilão - Outra novidade é o leilão dos bovinos do Programa de Avaliação de Touros Jovens (Pnat). Nesta edição, além da classificação dos melhores animais, os criadores participantes do programa poderão leiloar os animais
em um pregão exclusivo. Todos os touros que estarão presentes tiveram o desempenho avaliado em relação ao ganho de peso, conversão alimentar e ultrassonografia da carcaça. Somente os animais superiores foram selecionados e participarão do leilão do Pnat. A agenda de leilões conta com 15 leilões, três eventos a mais que em 2017, quando 11 remates e um shopping faturaram um total de R$194 milhões. A expectativa é superar o valor alcançado em 2017. Capacitação - Em relação à capacitação técnica, os pecuaristas poderão participar de duas palestras. Uma delas será sobre evolução da ultrassonografia de carcaça no Brasil e a segunda sobre a tendência do mercado da carne bovina na nova sociedade mundial.
Evento reunirá animais das raças Nelore, Nelore mocho, Guzerá, Tabapuã e Gir Leiteiro
Exportações somam US$ 3,5 bi, alta de 8,3% DA REDAÇÃO
Brasília - Com certificado de sanidade e produzida com sustentabilidade, a carne bovina brasileira entrou em mais de 135 países, em 2017, totalizando 1,5 milhão de toneladas e divisas de US$ 6,1 bilhões. Já no acumulado de janeiro a julho deste ano, o Brasil vendeu 844 mil toneladas, acréscimo de 8,3% em comparação ao igual período do ano passado, representando US$ 3,5 bilhões (+11,1%). De acordo com os dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os principais mercados importadores da proteína animal
produzida pelo Brasil, até julho deste ano, foram Hong Kong, China, Egito, Chile, Irã, Estados Unidos e Alemanha. O destaque do período foi a China, com alta de 56,4% (US$ 729 milhões) no valor importado do Brasil, com 158 mil toneladas (+43,8%) de carne bovina. Outro mercado comprador de relevância nos sete primeiros meses do ano foi a Alemanha, com alta de 338,4% no volume financeiro, ou US$ 133,8 milhões, o que corresponde a quase 6 mil toneladas. O Chile aumentou seu fluxo comercial com o Brasil. Suas compras no período tiveram incremento de perto de 80%, alcançando US$ 253 milhões. O volume chegou
a quase 61 mil toneladas de carne bovina no acumulado do ano. Outro destaque no ranking da carne bovina brasileira é Hong Kong, que comprou US$ 879 milhões (+29,1%) e 212 mil toneladas (+18,1%). O Brasil disputa com a Índia a primeira posição entre os maiores exportadores mundiais de carne bovina com aproximadamente, 1,85 milhão de toneladas, em 2017, de acordo com o relatório do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, na sigla). Depois vem a Austrália (1,48 milhão t) e os Estados Unidos (1,3 milhão t). O País possui 217 milhões de cabeças de gado bovino e bubalino. Dumping nas importações - A
China vai estender por seis meses a investigação sobre a prática de dumping nas importações de frango do Brasil, informou na última quinta-feira o Ministério de Comércio da China. A investigação, lançada em agosto do ano passado, foi estendida até 18 de fevereiro devido à complexidade do caso, disse o ministério. Pequim anunciou em junho a imposição de direito antidumping provisório sobre as importações de frango provenientes do Brasil, de 18,8% e 38,4% sobre o valor das importações, em uma medida que afetou os principais exportadores brasileiros JBS e BRF. (Com informações do Mapa e Reuters)
MERCADO
Blairo Maggi pede responsabilidade aos empresários DA REDAÇÃO
Representantes de 28 entidades do agronegócio reuniram-se na última quinta-feira (16), para avaliação do programa de desburocratização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançado há dois anos. Ao final do encontro, o ministro Blairo Maggi fez um apelo para que as associações cobrem dos empresários do setor responsabilidade e transparência nas entregas ao consumidor. “O tempo do ‘jeitinho’ não existe mais”, advertiu o ministro, lembrando que o Mapa vem implementando mudanças em seus processos para se adequar às exigências dos mercados externo e interno. Na opinião do ministro, a produção brasileira tem capacidade de dobrar e atender as necessidades dos compradores externos, mas precisa cumprir com os seus compromissos. Ele citou como exemplo o caso da Rússia, que exige a carne suína sem a presença da ractopamina – um indutor
de crescimento usado no mundo inteiro, mas não aceito pelo mercado russo. “Foi feito um acordo entre as empresas privadas dos dois países, sem a participação do governo, para a venda da carne sem a ractopamina, mas alguém não cumpriu e estamos enfrentando problemas com os russos por causa disso”, lembrou. O ministro disse que pelo erro de apenas um empresário todo o mercado brasileiro pode sofrer as consequências. “O Brasil é grande, é forte no agronegócio, é bom no que produz, mas tem problemas e temos que enfrentá-los com transparência. As associações têm que exigir o compromisso de que todas as empresas vão andar na linha”, advertiu Maggi, garantindo que tem cobrado do ministério a mesma transparência e responsabilidade que está cobrando dos empresários. A reunião foi coordenada pelo secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, responsável pelo programa. Ele disse que nos últimos
dois anos foram realizadas mais de mil entregas ao setor e que a meta até o final do ano é que esse número chegue a 1,5 mil. Novacki, no entanto, disse que, para isso, precisa continuar recebendo demandas das associações. “Esse programa só é possível graças à sinergia entre o ministério e o setor”, observou. Avanços - Os representantes das entidades foram ouvidos sobre as mudanças ocorridas no setor, a partir da implantação do programa de desburocratização. A dirigente da Associação Brasileira de Criação de Suínos (ABCS), Ana Paula Vidal, enfatizou alguns avanços alcançados nos últimos dois anos. “Conseguimos desburocratizar processos em sanidade animal, o que impulsionou a exportação de genética suína, e em 60 dias devemos ver destravadas novas venda para a América Latina”. Para o presidente da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins, o principal ponto
do programa de desburocratização foi a mudança no Riispoa (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal), ocorrido em 2017, que modernizou a legislação em vigor. Ele disse ainda que espera mudanças em mais oito novos regulamentos, que devem ser publicados até o final deste ano. O secretário-executivo da Associação Brasileira de Piscicultura, Francisco Medeiros, disse que o programa de desburocratização ajudou na venda de tilápias, que registrou crescimento de 8% nas exportações no ano passado. “Esse aumento é fundamental para que o segmento alcance o posto de terceiro maior exportador mundial em dois anos. Hoje o Brasil é o quarto no ranking mundial”. O representante da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Bruno Andrade, destacou que o setor quer exportar carne de alta qualidade. “Apresentamos, junto com outras entidades, protocolo ao Mapa para
VALTER CAMPANATO/ABr
“Tempo do jeitinho não existe mais”, alerta o ministro
agilizar a discussão sobre a produção e venda de carne de alta qualidade”. O vice-presidente da Associação Nacional de Ovinos (Arco), Armando Vieira Filho, lembrou que o setor ainda é pequeno, são apenas 25 milhões de
ovinos e caprinos no País, que é importador dessas carnes, mas tem grande capacidade de crescimento e que o Mapa, por meio do programa de desburocratização, pode ajudar nesta tarefa. (Com informações do Mapa)
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
TEMOR ELEITORAL
Dólar encerra 2ª semana em alta Na cena interna, pesquisa de intenção de votos acabou impactando humor de investidores São Paulo - O dólar terminou em alta, pelo terceiro pregão consecutivo, ante o real e acima dos R$ 3,90, na sexta-feira (17), embora longe da máxima do dia, depois que notícias sobre possíveis acordos entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais amenizaram o estresse dos investidores com as preocupações com a Turquia e também com o cenário eleitoral doméstico. O dólar avançou 0,24%, a R$ 3,9147 na venda, acumulando, na semana, alta de 1,31%. Foi a segunda semana seguida de valorização, totalizando, nesse período, variação de 5,60%. Na máxima, no início do dia, a moeda foi a R$ 3,9535 e, na mínima, perto do fechamento, atingiu R$ 3,9123. O dólar futuro avançava cerca de 0,23%. “O mercado doméstico seguiu a melhora externa. Não foi além por causa do final de semana”, comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora doméstica ao citar a cautela que predomina nos negócios. A notícia de que os Estados Unidos estariam muito próximos de fechar um acordo comercial com o México e a expectativa por conversas entre norte-americanos e chineses na próxima semana amenizaram o nervosismo dos investidores, que, desde o início do dia, reagiam negativamente às preocupações com a Turquia. Dessa forma, o dólar perdeu força ante as moedas emergentes - passando a cair ante algumas - e aprofundou sua queda ante a cesta de moedas. A lira turca chegou a cair 4% ante o dólar após um tribunal turco rejeitar recurso para libertar o pastor norte-
PAULO WHITAKER / REUTERS
Visto como candidato pró-mercado, Alckmin (PSDB)perdeu espaço entre eleitores em nova pesquisa da XP
-americano cristão Andrew Brunson de prisão domiciliar. Brunson, que mora na província turca de Esmirna, está sendo julgado na Turquia por acusações de terrorismo. Seu caso está no centro de uma crise diplomática entre a Turquia e os Estados Unidos. Cenário doméstico - Internamente, o dólar chegou a ultrapassar 1% de alta ante o real logo no início dos negócios, afetado não só pela Turquia, como também por renovados temores com a disputa eleitoral no Brasil. Os investidores ficaram mal-humorados após nova pesquisa de intenção de votos encomendada
pela XP Investimentos mostrar que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tinha 9% das intenções de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frente a 10% no levantamento da semana anterior. A pesquisa também mostrou que Fernando Haddad, provável substituto do líder petista no pleito, ganhou terreno frente ao levantamento anterior, que ainda trazia o nome de Manuela D’Ávila (PCdoB), antes de abrir mão da candidatura para fechar aliança com o PT. “O mercado tem dúvidas que outros candidatos tenham condição de fazer reformas, o que gera mau humor”, afirmou a estrategista de
câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, acrescentando que a campanha em rádio e TV, quando começar, será muito importante nas campanhas. O alívio externo na parte da tarde, no entanto, favoreceu uma alta menor do dólar ante o real no fechamento. O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,12 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. (Reuters)
BOLETIM DO BC
Demora em reformas pode afetar progresso Brasília - O Banco Central (BC) afirmou, na sexta-feira (17), em seu Boletim Regional, que “o nível de incerteza relativo ao ritmo de implementação de reformas e de ajustes na economia segue como principal fator de risco para o processo sustentado de crescimento”. A avaliação aparece em conclusão de capítulo em que o BC trata do desempenho da economia no País
a partir de indicadores regionais. De acordo com o BC, “a economia brasileira, que segue operando com elevado grau de ociosidade, repercute a retomada da atividade nas diversas regiões, observando-se, entretanto, arrefecimento no ritmo de recuperação na margem”. A instituição pontuou ainda que, “no trimestre, a greve dos caminhoneiros trouxe impactos
negativos sobre o desempenho do setor produtivo e sobre os preços ao consumidor, contaminando a avaliação dos indicadores”. O BC divulgou o Boletim Regional na cidade de Curitiba, Paraná. No documento, a análise da atividade nas regiões leva em conta os dados até maio deste ano. Na última quarta-feira (15), porém, o BC já havia divulgado
seu Índice de Atividade (IBC-Br) de junho, que indicou recuperação firme da atividade após a greve dos caminhoneiros, que afetou a economia em especial no mês de maio. O IBC-Br de junho subiu 3,29% ante maio, na série ajustada. No segundo trimestre do ano, considerando todo o Brasil, houve recuo de 0,99% da atividade. (AE)
Ibovespa recua e acumula queda de 0,6% São Paulo - O Ibovespa caiu na sexta-feira (17), revertendo a alta da semana, diante de maiores receios com a cena eleitoral e a apreensão envolvendo a Turquia, com as ações da Marfrig liderando as perdas, após notícias de que a Tyson Foods fechou acordo para comprar a unidade Keystone por US$ 2,5 bilhões. O principal índice de ações da B3 terminou em baixa de 1,03%, a 76.028,50 pontos, antes do vencimento de contratos de opções sobre ações, na segunda-feira (20), que têm entre as séries mais líquidas papéis com relevante participação no Ibovespa, o que costuma adicionar volatilidade. O volume no pregão alcançou R$ 10,26 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 0,6%. Até a quinta-feira (16), contabilizava ganho de 0,4%, após ter recuado 6% na semana anterior. “A situação na Turquia e a corrida eleitoral foram os dois grandes vetores a influenciarem fortemente o mercado brasileiro nos últimos dias”, disse o gestor Igor Lima, sócio da Galt Capital, no Rio de Janeiro. Segundo ele, a situação turca criou efeito cascata de aumento de risco para todos os outros mercados emergentes, incluindo o Brasil, enquanto pesquisas mais recentes apontaram estagnação de presidenciáveis vistos positivamente pelo mercado e, por outro lado, crescimento de candidatos de esquerda. “As pesquisas ainda não mostram que um candidato pró-mercado possa ser presidente”, reforçou o gestor-chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, em São Paulo. Notícias ligadas a potenciais acordos dos Estados Unidos com parceiros comerciais, particularmente envolvendo a China, trouxeram algum alívio aos mercados, ampliando os ganhos em Wall Street. O S&P 500 encerrou em alta de 0,33%. (Reuters)
IGP-M
Indicador avança 0,67% em nova prévia de agosto Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,67% na segunda prévia de agosto, após ter aumentado 0,53% na segunda prévia de julho. A informação foi divulgada na sexta-feira (17), pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou alta de 6,63% no ano e avanço de 8,86% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de agosto. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 0,95%, ante um avanço de 0,52% na segunda prévia de julho. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou elevação de 0,05% na prévia de agosto, depois de uma alta de 0,39% em igual leitura de julho. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve aumento de 0,36% na segunda prévia de agosto, depois do crescimento de 0,90% na segunda prévia de julho. Contribuições - O gasto menor
PIXABAY
Desaceleração na energia, porém, ajudou a conter maior alta do índice
das famílias com alimentação, transportes e lazer arrefeceu a inflação ao consumidor na segunda prévia de agosto (0,05%). Cinco das oito classes de despesas registraram taxas de variação mais baixas. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que passou de um avanço de 1,22%
na segunda prévia de julho, para aumento de 0,54% na segunda prévia de agosto, sob impacto do item tarifa de eletricidade residencial, que saiu de 5,58% para 1,51% no mesmo período. Os demais decréscimos ocorreram nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 1,00% para
-0,46%), Transportes (de 0,26% para -0,05%), Alimentação (de -0,19% para -0,28%) e Comunicação (de 0,35% para 0,01%). As maiores influências partiram dos itens passagem aérea (de 22,91% para -20,93%), tarifa de ônibus urbano (de 1,88% para -0,11%), laticínios (de 6,14% para 0,23%) e tarifa de telefone móvel (de 0,68% para 0,04%). Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Vestuário (de -0,87% para -0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,27% para 0,35%) e Despesas Diversas (de 0,15% para 0,20%). Houve contribuição dos itens roupas (de -1,02% para -0,49%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -1,13% para 0,32%) e cigarros (de 0,10% para 0,85%). Setores - Os preços dos produtos agropecuários subiram 1,37% no atacado na segunda prévia do IGP-M de agosto. Na mesma prévia de julho, houve redução de 2,13%. Os produtos
industriais no atacado tiveram elevação de 0,81% na segunda prévia de agosto, ante alta de 1,42% na mesma prévia do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais ficaram estáveis na segunda prévia de agosto, depois do avanço de 0,21% na mesma prévia de julho. Os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 1,04% na prévia de agosto, ante elevação de 2,14% na segunda prévia de julho. Os preços das matérias-primas brutas cresceram 2,0% na segunda leitura de agosto, após uma queda de 1,10% na mesma prévia de julho. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de julho a 10 de agosto. No dado fechado do mês de julho, o IGP-M subiu 0,51%. (AE)
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0,19%
0,22%
1,71%
0,67%
3,83%
5,32%
-XQKR 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60
-XOKR 954,00 23,54 3,2514 6,56
&2035$
5
5
5
,*3 0 )*9
9(1'$
5
5
5
,3& )LSH
0,10%
0,02%
0,32%
0.29%
37$; %&
&2035$
5
5
5
,*3 ', )*9
0,24%
0,62%
0,10%
0,80%
9(1'$
5
5
5
,13& ,%*(
-0,02%
-0,02%
0,37%
0,18%
785,602
&2035$
5
5
5
,3&$ ,%*(
0,19%
0,16%
0,42%
0,28%
9(1'$
5
5
5
,&9 ',((6(
-0,01%
0,20%
0,88%
3$5$/(/2
&2035$
5
5
5
,3&$ ,3($'
0,13%
0,27%
0,29%
9(1'$
5
5
5
)RQWH $(
0,47%
5,92%
8,24%
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP
Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias
6,41% - a.a.
Capital de Giro
9,44% - a.a.
Hot Money
1,08% - a.m.
CDI
6,39% - a.a.
Over
6,40% - a.a.
)RQWH $(
Ouro
1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 )RQWH $(
Taxas Selic Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
0,10%
7ULEXWRV )HGHUDLV 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52 0,52 0,54
0HWD GD 7D[D D D
7,00 7,00 7,00 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50 6,50 -
Reservas Internacionais 86 PLOK}HV )RQWH: BC
Imposto de Renda $OtTXRWD
3DUFHOD D
GHGX]LU 5
Isento
Isento
De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
%DVH GH &iOFXOR 5
AtĂŠ 1.903,98
'HGXo}HV D 5 SRU GHSHQGHQWH VHP OLPLWH E )DL[D DGLFLRQDO GH 5 SDUD DSRVHQWDGRV SHQVLRQLVWDV H transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. F &RQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD d) PensĂŁo alimentĂcia. 2EV 3DUD FDOFXODU R YDORU D SDJDU DSOLTXH D DOtTXRWD H HP VHJXLGD D parcela a deduzir. )RQWH 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR
$JRVWR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,03 83& 5
23,51 8)(0* 5
3,2514 7-/3 D D
7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*
6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00
2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00
1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00
'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00
-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75
0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60
0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60
12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
02('$ 3$Ă&#x2039;6 %2/,9$5 9(0 BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ COROA ISLND/ISLAN &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 DINAR/KWAIT ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( DINAR/JORDANIA ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI ,(1( /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ LIBRA/LIBANO /,%5$ 6,5,$ 5(3 NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* RIAL/CATAR RIAL/OMA 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA 583,$ ,1'21(6,$ RUPIA/PAQUISTAO 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ (852 )RQWH %DQFR &HQWUDO
&Ă?',*2 30 35 55 95 125 150 155 170 190 195 205 345 425 450 560 640 642 800 805 820 825 828 830 870
Contribuição ao INSS &2035$ 0,5618 0,8162 0,6024 0,03304 5,5446 2,8671 3,9383 0,01868 4,6968 2,8684 0,5017 0,0139 3,9585 0,0006809 0,002594 0,128 0,6509 1,0814 10,224 1,05 0,0009561 0,9587 0,05833 0,2541
9(1'$ 0,5742 0,818 0,6026 0,03319 5,5493 2,8683 3,9389 0,01903 4,7744 2,8701 0,5018 0,01392 3,9595 0,0006834 0,002612 0,1281 0,652 1,0821 10,2362 1,0503 0,0009709 0,9595 0,05835 0,2554
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,dÂ2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ă&#x2C6;5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
AtĂŠ 954,00 (valor. MĂnimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ă&#x2C6;5,2 )$0Ă&#x2039;/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 $FLPD GH 5 D 5
9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 5
)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018
FGTS Ă&#x2039;QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Abril/2018 Maio/2018
&UpGLWR Junho/2018 Julho/2018
Seguros
TBF
02/08
0,01311781 2,92791132
03/08
0,01311781 2,92791132
04/08
0,01311781 2,92791132
05/08
0,01311781 2,92791132
06/08
0,01311781 2,92791132
07/08
0,01311781 2,92791132
08/08
0,01311781 2,92791132
09/08
0,01311781 2,92791132
10/08
0,01311781 2,92791132
11/08
0,01311781 2,92791132
12/08
0,01311781 2,92791132
13/08
0,01311781 2,92791132
03/08 a 03/09 04/08 a 04/09 05/08 a 05/09 06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 )RQWH $(
14/08
0,01311781 2,92791132
15/08
0,01311781 2,92791132
16/08
0,01311781 2,92791132
17/08
0,01311781 2,92791132
18/08
0,01311781 2,92791132
19/08
0,01311781 2,92791132
20/08 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ
0,2466 0,2466
0,4867 0,4867
0,4819 0,4838 0,5069 0,5300 0,5302 0,5077 0,4852 0,4622 0,4625 0,4857 0,5089 0,5093 0,5093 0,4857
AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
Julho ,*3 ', )*9
Julho ,*3 0 )*9
Julho
1,0448 1,0859 1,0824
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
Agenda Federal Dia 20
Taxas de câmbio
30/07 a 30/08 31/07 a 31/08 01/08 a 01/09 02/08 a 02/09 03/08 a 03/09 04/08 a 04/09 05/08 a 05/09 06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09
IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de julho/2018, incidente sobre rendimentos GH EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂs (art. 70, I, â&#x20AC;&#x153;eâ&#x20AC;?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂdicas a outras pessoas jurĂdicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de julho/2018 (Lei nÂş 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nÂş 13.137/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de julho/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): &RÂżQV (QWLGDGHV )LQDQFHLUDV H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H R GLD do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipaVH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) 3,6 3DVHS (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV - Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de julho/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): 3,6 3DVHS (QWLGDGHV )LQDQFHLUDV H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H R GLD do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipaVH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Recolhimento das contribuiçþes SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV j FRPSHWrQFLD julho/2018, devidas por empresa ou HTXLSDUDGD LQFOXVLYH GD FRQWULEXLomR retida sobre cessĂŁo de mĂŁo de obra ou empreitada e da descontada do FRQWULEXLQWH LQGLYLGXDO TXH OKH WHQKD prestado serviço, bem como em UHODomR j FRRSHUDWLYD GH WUDEDOKR GD contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural - Recolhimento - Veja Lei nÂş 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alteraçþes posteriores. 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR deve-se antecipar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente anterior. 1RWD $V HPSUHVDV TXH RSWDUDP
SHOD FRQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD SDWURQDO EiVLFD VREUH D UHFHLWD EUXWD (Lei nÂş 12.546/2011, observadas as alteraçþes posteriores) devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo.GPS (sistema eletrĂ´nico) ()' Âą ') 3( Âą 3HUQDPEXFR 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU WUDQVPLWLGR pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atĂŠ o 20Âş GLD GR PrV VXEVHTXHQWH DR GD DSXUDomR do imposto (Instrução Normativa RFB nÂş 1.371/2013, art. 12, caput). Distrito )HGHUDO 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi ser transmitido pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do 6SHG DWp R Â&#x17E; GLD GR PrV VXEVHTXHQWH ao da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nÂş 1.685/2017, art. 12). 1RWD $ FOiXVXOD GpFLPD VHJXQGD GR $MXVWH 6LQLHI QÂ&#x17E; HVWDEHOHFH TXH R DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU HQYLDGR DWp R Â&#x17E; GLD GR PrV VXEVHTXHQWH ao encerramento do mĂŞs da apuração. 1R HQWDQWR D DGPLQLVWUDomR WULEXWiULD da respectiva Unidade da Federação SRGHUi DOWHUDU HVVH SUD]R 6HQGR DVVLP os contribuintes do ICMS/IPI dos demais (VWDGRV GHYHUi REVHUYDU D OHJLVODomR estadual sobre o assunto. Internet 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, pelas PLFURHPSUHVDV 0( H SHODV HPSUHVDV GH SHTXHQR SRUWH (33 RSWDQWHV SHOR Simples Nacional, do valor devido sobre a receita bruta do mĂŞs de julho/2018 (Resolução CGSN nÂş 140/2018, art. 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR prorroga-se o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. Internet ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5HFROKLPHQWR XQLÂżFDGR GR ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV UHFHELGDV HP MXOKR 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% nÂş 1.435/2013, arts. 5Âş e 8Âş; e art. 5Âş da Lei nÂş 10.931/2004, alterado pela Lei nÂş 12.024/2009) â&#x20AC;&#x201C; CĂłd. Darf 4095. Darf Comum (2 vias) ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH Tributação â&#x20AC;&#x201C; PMCMV - Recolhimento XQLÂżFDGR GR ,53- &6/ 3,6 &RÂżQV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV UHFHELGDV HP MXOKR 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV H jV construçþes no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV (Instrução Normativa RFB nÂş 1.435/2013, arts. 5Âş e 8Âş; e Lei nÂş 10.931/2004, art. 5Âş, alterado pela Lei nÂş 12.024/2009) - CĂłd. Darf 1068. Darf Comum (2 vias)
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
19
LEGISLAÇÃO TRIBUTOS
Câmara dificulta avanço na Lei Kandir Senadores cobram votação do projeto de lei complementar aprovado pela comissão mista específica Brasília - A compensação dos estados com as perdas da Lei Kandir, um embate que se arrasta há décadas com o governo federal, terá mais um capítulo em breve. Senadores estão cobrando uma solução para o impasse e enviaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um ofício pedindo a aprovação do projeto de lei complementar (PLP 511/2018 na Câmara) que trata do assunto. O projeto é proveniente da comissão mista criada para apresentar uma solução para o problema. Em vigor desde 1996, a Lei Kandir isenta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) produtos e serviços destinados à exportação. A isenção gerou perda de arrecadação nos estados exportadores, como Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso, que vem sendo compensados pela União. Nestes mais de 20 anos, os estados têm reclamado que a compensação é insuficiente para cobrir as perdas, o que está gerando grandes prejuízos os cofres estaduais. Além disso, as compensações são anualmente incluídas no Orçamento da União após muita pressão, sem que haja uma política já desenhada em favor desses entes da Federação. “Nossas esperanças não morreram ainda. Encaminhamos um ofício ao presidente (da Câmara) Rodrigo Maia para que ele leve à votação esse projeto de lei complementar. O Rio Grande do Sul, por exemplo, é o quarto estado brasileiro com créditos milionários da Lei Kandir. E, até agora, nada se conseguiu com relação a esse direito”, firmou o senador Lasier Martins (PSD-RS), no último dia 8, no plenário. O PLP 511/2018 já foi aprovado em uma comissão mista formada por senadores e deputados e precisa ser votado no plenário da Câmara antes de chegar ao Senado.
O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou que os repasses efetuados pela União, em 20 anos, representam apenas 17,8% das perdas apuradas pelos estados exportadores, que somam R$ 548 bilhões. “Considerando que a dívida líquida dos 27 estados atingiu R$ 650 bilhões no primeiro quadrimestre de 2017, as perdas dos estados equivalem a 84% do passivo financeiro líquido. O encontro de contas entre os três níveis de governo poderia até mesmo zerar os haveres financeiros da União junto os seus entes federados”, afirmou. Paim explicou que o projeto determina que os repasses da compensação devida pela União devem ser regulares e estáveis. Isso, segundo ele, vai permitir que os entes federados possam melhorar o planejamento público e investir em setores como saúde, educação, segurança e transporte. Adin - Deputados e senadores lutam contra o tempo para analisar a proposta. Ao julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) por omissão impetrada pelo Pará e outros 15 estados, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu, a partir de 2017, o prazo de um ano para que o Congresso aprovasse uma norma fixando novos critérios de compensação. O Supremo decidiu que se o Legislativo não se manifestasse caberia ao Tribunal de Contas da União (TCU) fixar regras e calcular as cotas de cada Estado. O senador Wellington Fagundes (PR-MT) foi o relator do texto aprovado pela comissão mista, que resultou no PLP 511/2018. Ele disse que tem pedido a prefeitos e a governadores que intensifiquem a mobilização junto ao presidente da Câmara para que ele coloque o texto em votação o quanto antes. Wellington Fagundes disse também já ter recebido do presidente do Senado,
Histórico
WALDEMIR BARRETO / AGÊNCIA SENADO
Eunício Oliveira (MDB-CE), a garantia de que pautará a proposta o mais rápido possível, assim que ela passar pela Câmara. Na semana passada, num evento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, o senador pediu a formação de uma comitiva de prefeitos para uma reunião com o ministro Gilmar Mendes, relator da ação de inconstitucionalidade no STF. “Só quem faz a gestão direta do município sabe a importância desses recursos para fechar as contas e garantir o pagamento de importantes segmentos de trabalhadores, como pro- Wellington Fagundes pede mobilização com intensidade de governadores e prefeitos fessores e profissionais da saúde. Mas o Congresso é um caldeirão que precisa DESBUROCRATIZAÇÃO de fogo e pressão. Essa é uma responsabilidade do Congresso Nacional e não podemos abrir mão da prerrogativa”, disse o senador na ocasião. O Rio Grande do Sul tamBrasília - O Serviço Bra- contou a presidente da insCompensação - O PLO sileiro de Apoio às Micro tituição cearense, Carolina bém passou pelo processo 511/2018 propõe que a com- e Pequenas Empresas (Se- Dutra Monteiro. de modernização e desburopensação devida aos gover- brae) e as juntas comerciais Segundo o presidente cratização do sistema para a nos estaduais e municipais de oito estados assinaram do Sebrae, Guilherme Afif abertura de empresas, com a a cada exercício será de R$ na última quarta-feira (15), Domingos, a assinatura do digitalização de 18 milhões 39 bilhões, corrigidos pelo convênio da Redesimples Di- convênio é mais um passo de documentos realizados Índice Nacional de Preços ao gital para desburocratizar a para acabar com a burocracia por meio de uma parceria Consumidor Amplo (IPCA). abertura de novos negócios, que atrapalha os pequenos com o Sebrae. “Hoje não Deverá ser observado um por meio da automatização negócios. “Esse grupo de existem mais pessoas esperíodo de transição de dois dos processos de registro e Juntas Comerciais está fa- perando no protocolo da anos, entregando-se R$ 19,5 legalização de empresas. zendo um registro público Junta Comercial e não temos bilhões em 2019 e R$ 29,25 Atualmente, o período ne- de altíssima qualidade, e mais papel”, ressaltou o bilhões em 2020, igualmente cessário para colocar uma nós estamos investindo nis- presidente da instituição corrigidos pelo IPCA. empresa em funcionamento so, que é a Redesim, para gaúcha, Itacir Amauri FloDo total de R$ 39 bilhões, pode chegar até a 102 dias. que tenhamos um sistema res. Roraima foi outro es40% serão rateados segundo Com a alteração no sistema completo muito em breve”, tado que tornou o registro coeficientes fixos. Os 60% de registro, isso passará destacou o presidente do 100% digital, eliminando restantes serão rateados a ocorrer em questão de Sebrae. a entrega de documentos segundo dois critérios va- minutos. Afif explicou que várias em papel. riáveis: 40% conforme as As juntas comerciais de juntas comerciais já estão A Redesimples estabelece exportações de produtos Minas Gerais, Ceará, Mato totalmente digitalizadas, o as diretrizes e os procediprimários e semielaborados Grosso, Mato Grosso do que vem facilitando a aber- mentos para simplificar e e 20% conforme os saldos Sul, Acre, Roraima, Distrito tura de mais empresas de integrar os processos de positivos da balança comer- Federal e Rio Grande do Sul micro e pequeno porte, que abertura, alteração, baixa e cial. Ambos serão apurados já operam com um sistema são as principais geradoras legalização de empresários anualmente pelo TCU, com que faz o Registro Digital, de emprego e renda no País. e de pessoas jurídicas. O o apoio do Ministério da o que reduziu o grande vo- “Essas instituições estão procedimento é feito por Indústria, Comércio Exterior lume de documentos para autorizando a abertura de meio de um sistema infore Serviços (Mdic), tendo a abertura de um pequeno empresas num prazo de dois matizado e integrado de como base a performance negócio. “Antes, as Juntas a cinco dias, o que é muito informações e processos, exportadora de cada esta- eram tachadas de burocrá- diferente dos 102 dias que que possibilita uma entrada do para períodos de cinco ticas, mas hoje elas estão se o Banco Mundial anuncia”, única de dados e documenanos. (As informações são reposicionando, como resul- observou o presidente do tos, reduzindo a burocracia. da Agência Senado) tado dessa modernização”, Sebrae. (ASN)
Dia 20
Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 11/07/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob. com.br/sitedocliente).
ISSQN - julho de 2018 - Declaração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras (DES-IF) - entrega do Módulo de Apuração Mensal do ISSQN, pelas instituições financeiras e equiparadas, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (Bacen), e pelas demais pessoas jurídicas obrigadas a utilizar o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif), com os dados referentes ao mês anterior (Decreto nº 13.471/2008). Nota: Este arquivo deverá ser entregue por meio do programa validador disponível no site da Prefeitura de Belo Horizonte. Internet, Decreto nº 13.471/2008, artigo 13, § 4º, I.
ICMS - prazos de recolhimento - os prazos a seguir são os constantes dos seguintes atos: a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral do RICMS-MG/2002; e b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O Regulamento de ICMS de Minas Gerais é aprovado pelo Decreto nº 43.080/2002.
TFRM-D - julho de 2018 - Declaração de Apuração da TRFM (TFRM-D) - entrega à SEF/MG pelas pessoas físicas e jurídicas que efetuarem vendas ou transferências entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular do mineral ou minério, por meio do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare), disponibilizado
Sebrae assina convênio da Redesimples com juntas comerciais de 8 estados
no site da SEF. Internet, Decreto missão deste arquivo magnético nº 45.936/2012, artigo 14; Portaria será através do site da Prefeitura SRE nº 106/2012, artigo 2º. de Belo Horizonte, por meio do sistema BH ISS Digital. Internet, ICMS - julho de 2018 - Decla- Decreto nº 14.837/2012, artigo 7º; ração de Apuração e Informação Portaria SMF nº 16/2012. do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: frigoríficos e ISSQN - julho de 2018 - empreabatedores de aves e de outros sas de transporte coletivo - recoanimais; laticínio; cooperativa lhimento do imposto relativo às de produtores de leite; produ- receitas provenientes da Câmara tor rural. Nota: Os prazos para de Compensação Tarifária, cortransmissão de documentos fis- respondente aos fatos geradores cais pela Internet são os mesmos ocorridos no mês anterior. Nota: atribuídos às demais formas de O documento de arrecadação do entrega dos documentos fiscais município de Belo Horizonte previstos no RICMS-MG/2002. não possui denominação espeTendo em vista ser uma obriga- cífica. Os contribuintes pessoas ção acessória eletrônica e a inexis- jurídicas poderão emitir a guia tência de prazo para prorrogação de recolhimento através do sisquando a entrega cair em dia não tema BH ISS Digital (internet). útil, manteremos o prazo original Guia de recolhimento/internet/ de entrega (RICMS-MG/2002, sistema BH ISS Digital. Decreto anexo V, parte 1, artigo 162). In- nº 11.956/2005, artigo 13, § 2º. ternet, RICMS-MG/2002, anexo ICMS - julho de 2018 - subsV, parte 1, artigo 152, § 1º, VI. tituição tributária - saídas de ISSQN - julho de 2018 - entrega mercadorias nas hipóteses previsda Declaração Eletrônica de Servi- tas no RICMS-MG/2002, anexo ços (DES) pelas pessoas jurídicas XV, artigos 86, IV, 87, § 1º, e 92, estabelecidas no município de parágrafo único, todos da Parte Belo Horizonte, correspondente 1 deste anexo. DAE/internet, aos fatos geradores ocorridos RICMS-MG/2002, anexo XV, no mês anterior. Nota: A trans- parte 1, artigo 46, VI.
Dia 23 ICMS - Scanc - julho de 2018 - entrega, pelas refinarias de petróleo e suas bases, de informações relativas às operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente por outros contribuintes. Nota: Esta obrigação é cumprida por meio eletrônico e pode ser efetuada a qualquer tempo. Portanto recomendamos que o envio seja efetuado até a data mencionada no ato legal mesmo que esta coincida com sábado, domingo ou feriado. Convênio ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, § 1], V, “b”; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2017. Dia 25 ICMS - julho de 2018 - Escrituração Fiscal Digital (EFD) - entrega do arquivo relativo à EFD, contendo as informações dos fatos geradores ocorridos no mês anterior, pelos contribuintes relacionados no anexo XII do Protocolo ICMS nº 77/2008. Internet, RICMS-MG/2002, anexo VII, parte 1, artigo 54.
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
MOURÃO PANDA/AFC/DIVULGAÇÃO
Maturijobs
Eleição na Amulmig
O 5º Encontro Maturijobs Belo Horizonte será realizado no próximo dia 21, das 18h30 às 21h30, aberto a qualquer pessoa que queira fazer networking e conhecer outros profissionais maduros dispostos a fazer negócios, se atualizar, criar novas parcerias e conexões. Será uma oportunidade de conhecer outros maturis, aumentar seu networking, divulgar sua empresa ou falar sobre a sua ideia e ainda contar com conteúdo rico e histórias inspiradoras. Antes do encontro em si, haverá a Oficina da tarde, sobre o tema Validando novas ideias de negócio de forma prática e rápida, das 14h às 17h30, com intervalo de 15 min. Os facilitadores serão Alessandra Alkmin e Mórris Litvak. O encontro da noite será aberto por Mórris Litvak, fundador e CEO da MaturiJobs, que explicará o que é e como funcionará a nova plataforma MaturiServices: marketplace para maturis oferecerem seus produtos e serviços. Inscrições no Sympla.
O escritor e jornalista Cesar Vanucci, colaborador do DIÁRIO DO COMÉRCIO, foi reeleito para novo período administrativo, de dois anos, como presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (Amulmig). Vanucci é fundador da Academia de Letras do Triângulo Mineiro (ALTM), sediada em Uberaba; e da Academia Mineira de Leonismo, que presidiu em três oportunidades, sediada na Capital. Foi superintendente-geral, por muitos anos, do Sistema Fiemg-Sesi, fundador e diretor do Instituto Euvaldo Lodi, fundador e dirigente do Fundo de Pensão da Caixa de Assistência e Previdência Fábio de Araujo Motta. Ocupou, entre outras, as funções de secretário de Abastecimento e ouvidor-geral da Prefeitura de Belo Horizonte, assessor parlamentar, presidente da Universidade do Trabalho de Minas Gerais e diretor da Rede Minas de Televisão.
Eleições 2018 O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda será o convidado especial do próximo almoço-palestra Conexão Empresarial – Série Especial Eleições 2018, marcado para o dia 20, a partir das 12h. O evento será realizado no Espaço V (Rodovia MG030, 8.625, Torre 2, Nível 4, Shopping Serena Mall, Vale do Sereno, Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte).
Futebol entra na luta pelo meio ambiente DA REDAÇÃO
O futebol brasileiro tem se preocupado cada vem mais com o meio ambiente. Prova disso é o jogo que acontece domingo (19), no Estádio Independência, em Belo Horizonte. A partida, válida pelo Campeonato Brasileiro, une dois grandes clubes que protegem biomas de extrema importância para o Brasil: o Cerrado e a Mata Atlântica. Desde 2016, o Fluminense apoia as iniciativas da SOS Mata Atlântica, e o América-MG firmou parceria recentemente com a SaveCerrado, tornando-se o primeiro clube Carbono Neutro do País e incentivando a preservação do bioma. As duas organizações são membros do FSC, um sistema de certificação criado há 25 anos para promover o manejo florestal responsável ao redor do mundo. Na ocasião do embate de domingo, a diretora executiva do FSC Brasil, Aline Tristão Bernardes, vai entregar uma placa de pequiá (árvore típica
da Floresta Amazônica), como forma de celebrar e marcar a ação sustentável. A peça foi produzida pela Tora Brasil, com madeira amazônica certificada pelo FSC, o que soma ainda mais a “presença” de outro importante bioma na partida. Efeito estufa - O compromisso ambiental dos clubes acaba contribuindo para o País atingir as metas firmadas no Acordo de Paris. Uma delas é a redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Nessa partida, o América, que compensou toda a emissão de carbono dos jogos dos quais foi mandante em 2018, passa a carregar o selo Carbon Neutral na manga da camisa. “Temos vários objetivos dentro dessa parceria. Um deles, muito audacioso, é o de tornar o CT Lanna Drumond um espaço Aterro Zero, isso é, destinar 100% dos resíduos gerados para a reciclagem e a reutilização. Essa é uma das metas que serão cumpridas lado a lado com a SaveCerrado”, explica o diretor de Marketing
e Negócios do América, Erley Lemos. A preocupação do time mineiro mostra como unir grandes causas em uma só ação. “Ver o América engajado no projeto e nas ações práticas de sustentabilidade demonstra que é possível integrar paixão com as questões socioambientais, um exemplo para empresários e a sociedade”, afirma o presidente da SaveCerrado, Paulo Bellonia. O jogo, marcado para as 19h, visa sensibilizar sociedade civil e empresários para questões relacionadas aos graves problemas ecológicos e o impacto climático que o mundo atravessa, e mostrar que é possível contribuir de alguma forma, mesmo com pequenas ações. Serviço América-MG x Fluminense Local: Estádio Independência (Rua Pitangui, 3.230, Horto, Belo Horizonte) Horário: 19h Ingressos a partir de R$ 10 (Meia)
Pedalando no Topo Além das aulas de ciclismo indoor a céu aberto, o ‘Pedalando no Topo’, que será realizado sábado (25), das 8h às 19h, no Alphaville, na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, passa a se chamar “Pela Experiência” e terá outras sete modalidades/ atrações esportivas: Pedalando no Topo (ciclismo indoor), Trail Run (corrida na natureza), Hiking (caminhada na natureza), Wod Fit (treino funcional/crossfit), Kids Run (corrida de criança), Skate for all (pista de skate), equita pônei (interação com pônei para crianças) e camping for kids (acampamento para crianças). De acordo com o organizador, Frederico Godoy, a reestruturação surgiu a partir do perfil do público do Pedalando no Topo. “Através de pesquisas, vimos a oportunidade de construir um evento ainda maior, com diversidade de atrações, para que toda a família possa participar. Informações: e-mail personup@personup.com.br ou (31) 2526-5437 ou 3372-4293.
CULTURA JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS/DIVULGAÇÃO
Onde: Rua Professor Antonio Aleixo esquina com Rua Olavo Bilac, Colônia Santa Isabel, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte Eliane Giardini
Grupo Corpo
Centro, Belo Horizonte)
Espetáculos - Duas coreografias criadas com 25 anos de distância uma da outra – 21 nasceu em 1992, Gira em 2017 – compõem o programa da temporada nacional 2018 do Grupo Corpo. A dobradinha representa um raro privilégio para o público: a oportunidade de ter, no palco, dois momentos de força extraordinária na evolução da linguagem artística da companhia. Quando: Dias 22 a 26. Quarta a sábado, 20h30. Domingo, 19h Quanto: Plateias I e II, R$ 100; Superior, R$ 80 Onde: Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537,
Sinfônica de Betim Música para Todos - A Orquestra Sinfônica de Betim segue com a nova série de concertos “Música para Todos”, interpretando obras clássicas de concerto e música popular brasileira. O evento é aberto ao público e dedicado à comunidade betinense, em especial aos moradores do bairro Paulo Camilo. A regência e direção artística são do maestro Márcio Miranda Pontes, idealizador do projeto. Quando: Domingo (19), às 10h30 Quanto: Entrada Franca
Espetáculo - Escrito por Edward Albee, considerado um dos mais importantes dramaturgos do século XX, “Peça do Casamento” tem montagem com direção e adaptação de Guilherme Weber e é protagonizado pelos atores Eliane Giardini e Antônio Gonzalez. Todos os envolvidos com a montagem, que estreou nacionalmente em BH, têm trajetórias indiscutíveis e premiadas no teatro brasileiro. Quando: Até 3 de setembro. Quinta a segunda, às 20h. Domingo, sessão extra às 17h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Centro Cultural Banco do Brasil BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários, Belo Horizonte) Mamutte Show - O artista Mamutte e sua banda encerram a série de cinco shows com repertório de canções do novo álbum, “Epidérmico”, e do EP “Quasedisco”, lançado em 2014. O show, com clima irreverente e romântico, apresenta, ao som
dos violões de aço e nylon, teclado, guitarra elétrica, baixo e bateria, sonoridades que remetem à MPB e ao rock oitentista, com baladas pop e também referências regionais. Quando: Dia 1º de setembro, às 17h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Teatro de Arena do Edifício Rainha da Sucata – Hub Minas Digital (Avenida Bias Fortes, 50, Belo Horizonte) Breve Festival Diversidade - Um rolê imperdível, com line-up forte e público montado na diversidade, experiências inesquecíveis, bebidas e gastronomia de qualidade, com deslumbrante de BH. Assim é o Breve Festival – Música pra durar, em segunda edição. Na programação, as cantoras Iza, Pabllo Vittar e Luedji Luna; bandas como Teach me Tiger e Young Lights; e a dobradinha entre Caetano Veloso e os filhos, no
show “Ofertório”. Quando: Dias 25 e 26, a partir das 15h Quanto: Segundo lote, R$ 80 por dia e R$ 120 o passaporte Onde: Mirante Beagá (Rua Gabriela de Melo, s/n, Olhos D’Água, Belo Horizonte) MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO
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