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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.681 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

Municípios devem receber até R$ 1,5 bi em repasses Pimentel sanciona lei que pode aliviar caixa das prefeituras Pressionado pelas prefeituras mineiras que paralisaram os serviços prestados à população diante do atraso nos repasses de verbas, o governador Fernando Pimentel sancionou a lei que autoriza a securitização da dívida ativa. A operação deve direcionar de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão para os municípios em prazo estimado entre 45 e 60 dias. Desconfiada quanto à concretização do pagamento da dívida, que chega a R$ 8,1 bilhões, a AMM manteve a mobilização. Mais de 500 prefeitos seguiram em carreata da Cidade Administrativa ao Palácio da Liberdade para cobrar do governo estadual o repasse de verbas aos municípios mineiros, destinado a áreas essenciais como saúde, educação e assistência social. Para o presidente da AMM, Julvan Lacerda, a decisão anunciada pelo governo de Minas não gera garantias para os municípios, mas cria expectativas. Pág. 3

ALISSON J. SILVA

Mais de 500 prefeitos fizeram manifestação em frente ao Palácio da Liberdade para cobrar verba

EDITORIAL Questões relacionadas à segurança pública, segundo pesquisas de opinião, estão há tempos entre as maiores preocupações dos brasileiros. Não sem motivos, evidentemente. Assim é sintomático que na campanha eleitoral que começa a ganhar corpo o tema figure entre os mais debatidos, com os candidatos sem exceção e não raro impropriamente garantindo que tudo farão para devolver tranquilidade, no quesito segurança, aos brasileiros. A abordagem da questão em termos efetivos e capazes de gerar os resultados esperados passa, necessariamente, por discussões mais sérias acerca dos sistemas judicial e carcerário, cujas falhas sabidamente ajudam a alimentar todo o processo. Não por acaso é sabido, até com certa naturalidade, que o crime organizado é comandado de dentro de penitenciárias, de onde, por mais incrível que possa parecer, ainda não se conseguiu banir a utilização de celulares. “Para começar a melhorar”, pág. 2 Dólar - dia 21

Euro - dia 21

Comercial

Compra: R$

Siderurgia cobra protecionismo comercial do governo federal

4,5975

Turismo

NovaYork(onça-troy):

Na abertura do Congresso Aço Brasil, o presidente da Usiminas, Sergio Leite, aproveitou a presença do presidente Michel Temer para cobrar do governo federal um maior protecionismo nas disputas comerciais travadas pela siderurgia nacional, especialmente face à sobretaxa de importação de aço imposta pelos Estados Unidos. O excesso de capacidade de produção siderúrgica no mundo é outra preocupação do setor. Pág. 5

Produção mineira de cana pode crescer 2,5% NACHO DOCE / REUTERS

A renovação dos canaviais foi fundamental para incrementar a próxima safra de MG

Venda: R$ 4,5997

Compra: R$ 3,9930 Venda: R$ 4,1770

BM&F (g):

O excesso de capacidade de produção de aço no mundo preocupa indústria

BOVESPA

TR (dia 22): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 21

Ptax (BC)

Tiradentes, no Campo das Vertentes, foi escolhida para receber investimentos de R$ 40 milhões da Panoramia Desenvolvimento Urbano na construção do primeiro multipropriedades de Minas Gerais. O empreendimento, batizado como Parsons – Moradas de Montanha, ocupará área de 300 mil metros quadrados junto à Serra São José e abrigará 78 casas, divididas em três tipologias de 100 e 80 metros quadrados, assinadas pelo arquiteto Gustavo Pena. Pág. 11

DIVULGAÇÃO

As contas públicas no Brasil registram déficits de bilhões de reais, o crescimento econômico não deslancha e as arrecadações do governo não são suficientes para o pagamento da dívida pública e muito menos para investimentos. Há quem pergunte quais são as razões que levam o governo federal a não utilizar parte de nossas reservas em divisas estrangeiras para quitar dívidas e, assim, equilibrar as suas contas, o que em tese traria ao País condições para o seu desenvolvimento. As opiniões entre os economistas sobre o assunto se dividem. As análises apresentadas pelos defensores da utilização das reservas, em geral, sugerem muita cautela, não devendo vender mais do que o suficiente para abater a dívida pública. Outros defendem a ideia de utilizar estes recursos para investimentos em projetos de infraestrutura. Mas a postura do governo brasileiro até o momento foi a de não mexer nestas reservas para fins de ajustes fiscais. (Zilda Mendes), pág. 2

Compra: R$ 3,9867 Venda: R$ 3,9873

O número de idosos no Brasil chegou a 30,2 milhões de pessoas neste ano, com crescimento de 18% na comparação com 2012, aponta o IBGE. A população acima de 60 anos movimenta R$ 1,6 trilhão por ano em todo o País. Pesquisa divulgada pela CDL-BH revela que os comerciantes e prestadores de serviços ainda não estão preparados para atender ao nicho de mercado peculiar formado por consumidores mais velhos. Pág. 4

Empreendimento de R$ 40 milhões será implantado em Tiradentes

OPINIÃO

Compra: R$ 4,0404 Venda: R$ 4,0414

Setor de serviços e varejo não atendem à demanda própria dos idosos, diz CDL

Poupança (dia 22): ............ 0,3715% IPCA-IBGE

(Julho):............

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0,33%

US$1.195,50

IPCA-Ipead (Julho):............ 0,67%

R$ 153,00

IGP-M (Julho): ......................... 0,51%

+0,39 -0,34 -1,03

14/08

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-1,50 20/08 21/08

A moagem de cana-de-açúcar na safra 2018/19 deve chegar a 66,6 milhões de toneladas, com crescimento de 2,5%, prevê a Conab. A maior parte deve ser destinada ao etanol, em função da demanda aquecida e dos preços mais competitivos em relação ao açúcar, cujos estoques mundiais permanecem elevados, o que reflete na queda da cotação no mercado. A renovação dos canaviais estimulou a produção mineira, enquanto que a safra nacional ficará praticamente estável, com alta de 0,4%. Pág. 14


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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OPINIÃO Sobre as reservas internacionais ZILDA MENDES * Em tempos em que as contas públicas no Brasil registram déficits de bilhões de reais, o crescimento econômico não deslancha e as arrecadações do governo não são suficientes para o pagamento da dívida pública e muito menos para investimentos. Há quem pergunte quais são as razões que levam o governo federal a não utilizar parte de nossas reservas em divisas estrangeiras para quitar dívidas e, assim, equilibrar as suas contas, o que em tese traria ao País condições para o seu desenvolvimento. As opiniões entre os economistas sobre o assunto se dividem. As análises apresentadas pelos defensores da utilização das reservas internacionais, em geral, sugerem muita cautela, não devendo vender mais do que o suficiente para abater a dívida pública. Outros defendem a ideia de utilizar estes recursos para investimentos em projetos de infraestrutura. Mas a postura do governo brasileiro até o momento foi a de não mexer nestas reservas para fins de ajustes fiscais. Quando se pensa nos motivos que levam os países a manter suas reservas em um nível considerado adequado, a primeira ideia que surge é que essas divisas assegurem que o País tenha recursos financeiros suficientes para pagar seus compromissos em moeda estrangeira. Uma vez que o país costuma honrar seus compromissos com seus credores no exterior, a confiança em fazer negócios com o Brasil é mantida, além de despertar o interesse de novos investidores estrangeiros no país. Alguns países têm usado os excessos de reservas de divisas para formar ou manter fundos soberanos de investimentos no exterior. Vale destacar, ainda, que a manutenção das reservas internacionais reduz a exposição do País ao risco cambial, o que nestes últimos tempos permitiu ao Banco Central do Brasil fazer operações no mercado de derivativos para conter a desvalorização do real, devido a diversos fatores internos e externos. Entre estes fatores, pode-se considerar a valorização do dólar dos Estados Unidos em nível mun-

dial, principalmente frente as moedas de países em desenvolvimento e o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, fazendo com que investidores transferissem seus investimentos do mercado brasileiro para outros mercados. Isto tudo somado às incertezas políticas, ao fraco desempenho econômico, à falta de perspectivas de crescimento de curto e médio prazos e ao alto índice de desemprego. Mas, o que os candidatos à Presidência da República pensam sobre o assunto? Eles são a favor ou contra a utilização das nossas reservas internacionais para fazer o ajuste fiscal? O que pretendem fazer com esta poupança se forem eleitos? Buscando por estas informações em diversas fontes que poderiam tratar deste assunto, o que se pôde apurar até o momento foi o seguinte: Nos planos de governo registrados no TSE pelos partidos MDB, PDT, PSDB, PSL, PT, Rede e Novo, termos como “reservas internacionais” e correlatos não são citados em referência ao déficit fiscal brasileiro. Mesmo sendo um tema considerado demasiadamente técnico para ser discutido em campanhas eleitorais, este assunto normalmente é tratado quando os candidatos participam de entrevistas ou debates. Foi caso do encontro promovido pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos – Abimaq, quando o candidato do PDT, Ciro Gomes, disse que parte destas reservas poderia ser usada para capitalizar o BNDES. De acordo com uma matéria publicada pelo Estadão Conteúdo, que comenta a participação do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, em evento realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção – Cbic, quando os assuntos tratam de comércio internacional e mercado financeiro, não há nenhuma menção às reservas internacionais. Marina Silva, do Rede, e Álvaro Dias, do Podemos, também são questionados sobre economia, mas em nenhum momento se referem às reservas internacionais. O BTG Pactual realizou um evento nos dias 8

e 9 de agosto que contou com a participação dos candidatos à presidência dos partidos PSDB, Podemos, PDT, MDB, PT e Novo. Embora alguns dos candidatos entrevistados tenham se referido ocasionalmente à política de comércio exterior e cambial, nenhum deles tocou diretamente neste ponto. O site da MercoPress South Atlantic News Agency publicou em 25 de julho passado a entrevista feita com Márcio Pochmann, do PT, quando ele afirmou que, se o partido elegesse o próximo presidente, mais ou menos 10% das reservas seriam destinadas a um fundo de desenvolvimento de infraestrutura. Nas entrevistas feitas pelo Estadão e FGV Ibre com os economistas dos partidos que concorrem à Presidência, o representante do PSOL, Marco Antonio Rocha, disse que não estava previsto o uso das reservas internacionais para investimento e que elas oferecem um “colchão de segurança” importante neste momento. O economista do Partido Novo, Gustavo Franco, foi categórico em dizer que não se deve utilizar as reservas internacionais para pagamento de dívidas em reais, pois seria um contrassenso uma vez que acabaria aumentando a dívida em reais. O que se pode observar é que, em seus discursos, debates e entrevistas, os candidatos dificilmente dirão espontaneamente o que pretendem fazer com as reservas internacionais do País. Isso provavelmente ocorre porque este assunto não desperta interesse na maior parte dos eleitores, que preferem ouvir quais medidas deverão ser adotadas em relação à segurança, saúde, educação e desemprego. Resta-nos, agora, acompanhar o desfecho desta corrida à Presidência e ver quais são as pretensões de quem se eleger em relação às nossas reservas internacionais e quais são as suas propostas em detalhes para ajustar as contas públicas e a retomada do crescimento e equilíbrio econômico do País. * Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, atuando nas áreas de comércio exterior e câmbio

Juntos, somos mais fortes OZIRES SILVA * A indústria aeroespacial global está passando por profunda transformação. Consolidação entre fabricantes e fornecedores prometem impactar a competitividade do setor. Países como Japão, Rússia e China, contando com apoios governamentais e foco nos jatos de até 150 assentos, estão dispostos a ganhar mercados externos, no qual a Embraer é líder mundial. Sabemos ser difícil manter posição de destaque em mercados competitivos como a indústria aeroespacial. Os países emergentes, que cresceram descobriram que não podemos fazer o que queremos. Temos de fazer o necessário, mesmo com sacrifícios, menos direitos e mais obrigações. Por isso, a Embraer está focada em manter sua competitividade no futuro: a parceria estratégica com a Boeing, a maior fabricante de jatos comerciais do mundo, faz sentido. Quando a Embraer foi criada, em 1969, a indústria aeronáutica era mais diversificada, mas não menos competitiva. Anos de trabalho árduo construíram a imagem e a reputação da Embraer no mercado internacional, desde que expusemos o Bandeirante uma primeira vez no Salão Aeronáutico de Le Bourget, em 1977. Desde então, a Embraer se dedicou a identificar certos nichos de mercado, com atenção total aos clientes para entregar produtos inovadores que atendessem às suas necessidades. A parceria com a Boeing poderá tornar a Embraer empresa mais forte e preparada para competir nos próximos anos. Juntas, as duas empresas criarão novos produtos e crescer, explorando oportunidades nos mercados. A Boeing reconhece a capacidade técnica da engenharia e da mão de obra da Embraer e afirma que o Brasil será o centro de excelência da joint venture, garantindo produção, criação de empregos e exportações para o Brasil. Há um paralelo deste momento com a privatização da Embraer, em 1994. Como agora, haviam apreensões e vozes contrárias, mas sabíamos que a privatização era a única saída para mantermos a Embraer viva e, mais ainda, preparada para o futuro. A história mostrou que a decisão foi mais do que acertada e, desde então, a Embraer cresceu, se modernizou e

se internacionalizou. Tornou-se, assim, líder mundial na fabricação de jatos de passageiros de até 150 assentos, ingressou no segmento ultracompetitivo da aviação executiva com produtos superiores e inovadores – o jato Phenom 300, por exemplo, há anos é o modelo mais vendido de sua categoria – e tem aumentado sua atuação internacional na área de defesa, cujo expoente atualmente é o jato de transporte multimissão KC-390. Com grande potencial de exportação, o KC-390 vem para substituir parte da frota global de antigos C-130 Hercules, de origem norte-americana, ainda em operação. Vivemos um momento que exige coragem e ousadia para tomar as decisões corretas e, assim, criar as oportunidades necessárias para o futuro. Entre outras vantagens, essa parceria estratégica com a Boeing fortalecerá ambas as empresas, posicionando-as de forma adequada para competir no novo cenário global da indústria aeroespacial. Não menos importante, veremos preservados os interesses da FAB e do governo brasileiro, mantendo a capacidade tecnológica e industrial instaladas no Brasil, o que garante também a soberania e a autonomia da nossa nação. Com linhas de produtos complementares, filosofias de trabalho e culturas semelhantes, dedicadas à inovação e excelência, a parceria estratégica se beneficiará de uma cadeia global de suprimentos, com fornecedores nossos e uma rede de serviços que fortalecerá as marcas Boeing e Embraer, criando assim uma nova proposta de valor para funcionários, clientes, parceiros e investidores. Como um apaixonado pela Embraer, à qual dediquei a maior parte de minha vida, vejo esta nova rota como essencial na construção do futuro da Embraer, que, tenho certeza, será um sucesso ainda maior! *Engenheiro aeronáutico, foi ministro da Infraestrutura e ministro das Comunicações do Brasil

Escada se lava de cima para baixo CELSO TRACCO* Uma das máximas na atividade empresarial é que “a escada se lava de cima para baixo”. Ela faz analogia ao trabalho de uma assessoria contratada por determinada empresa que precisa de uma real transformação para sobreviver, pois o seu modelo de negócio está se deteriorando e ela não consegue, sozinha, se reerguer. Ou seja, a “limpeza” tem de começar pela diretoria e ir descendo até chegar à base, degrau por degrau. Muitas vezes, o gestor da empresa, que teve sucesso no passado, não quer perceber que o seu tempo passou, que seus métodos são ultrapassados. Continua se agarrado ao seu posto de maneira monolítica. O gesto pode até ser nobre, poético, heroico, mas é inócuo e principalmente egocêntrico. Pensa em si mas não no bem comum. Nas próximas eleições de outubro, o Brasil precisa começar a lavar a escada de cima para baixo. Uma verdadeira limpeza, com produtos bem fortes, daqueles que removem toda a sujeira. Cer-

tamente dará muito trabalho, será extenuante e precisaremos de muitas mãos. A escada do poder, cujo degrau mais alto é simbolizado pelo Palácio do Planalto, deveria ser de limpeza imaculada, porém, está imundo de tantos detritos, de tantos dejetos, de tantos restos de material velho e abandonado. Olhando bem de perto, seu aspecto causa nojo e repulsa. Não adianta fazer uma limpeza assim por cima, leve, apenas para constar. Temos realmente de nos empenhar para eliminar toda a sujeira. O melhor detergente para essa limpeza? O voto, o seu voto, o nosso voto! Quem deve limpar a escada? Sem dúvida, nós os eleitores. Apenas pela força do voto podemos começar a limpar a “principal escada” de nosso País. Esse deve ser um trabalho contínuo e com a participação de toda a sociedade, não pode ser reduzido a algumas pessoas ou grupos que se julgam “iluminados”. A empresa Brasil até que começou com ares de

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* Economista e autor do livro Às Margens do Ipiranga - a esperança em sobreviver numa sociedade desigual

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limpeza mas, com o passar do tempo, passou a ter uma propina aqui, um mensalão ali, pedaços de malas e roupas usadas para guardar dinheiro, porcentagens e nomeações espúrias em quase todos os departamentos. Privilégios, pensões, obras faraônicas paradas, indicações políticas (cabides de emprego). Foram tantas as ingerências, que a empresa ficou sem caixa para cumprir com os compromissos assumidos. Mas, o gestor não demite ninguém, ao contrário, aumenta ainda mais os gastos. O gestor, sua diretoria e seus gerentes, querem manter os mesmos hábitos de sempre, não querem perder seus privilégios e, principalmente, não querem salvar a empresa. Que a nossa participação nas eleições saiba expulsar todos esses políticos que insistem em destruir a empresa Brasil.

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Para começar a melhorar Pesquisas de opinião, faz tempo, situam as questões relacionadas à segurança pública entre as maiores preocupações dos brasileiros. Não sem motivos, evidentemente. Assim é sintomático que na campanha eleitoral que começa a ganhar corpo o tema figure entre os mais debatidos, com os candidatos sem exceção e não raro impropriamente garantindo que tudo farão para devolver tranquilidade, no quesito segurança, aos brasileiros. A abordagem da questão em termos efetivos e capazes de gerar os resultados esperados passa, necessariamente, por discussões mais sérias acerca dos sistemas judicial e carcerário, cujas falhas sabidamente ajudam a alimentar todo o processo. Não por acaso é sabido e dito até com alguma dose de naturalidade, como se fosse o esperado, que o crime organizado é comandado de dentro de penitenciárias, de onde, por mais incrível que possa parecer, ainda não se conseguiu banir a utilização de telefones móveis. São na verdade problemas que se acumulam para juntos produzirem Uma questão, a calamidade representada pela simplesmente, ocorrência de 63 de racionalidade. mil homicídios Em Minas Gerais, no ano passado, conforme há por exemplo, pouco comentado as autoridades nesse espaço. competentes O fato é que o informam que existem confinamento, nas condições em que atualmente 71 mil ocorre, como regra detentos, dos quais só contribui para nada menos que 58% agravar e ampliar a criminalidade, são provisórios, isto é, sem nada aguardam julgamento contribuir para a definitivo ressocialização. A população carcerária brasileira, estimada em algo próximo a 700 mil indivíduos, está entre as maiores do mundo e representa mais do dobro da capacidade do sistema. Em todos os sentidos, uma calamidade, inclusive quando se constata que o aumento da população carcerária não é acompanhada da redução da criminalidade. Poderia ser diferente, com uma mínima chance de recuperação para os apenados ou, pelo menos, reservando-lhes um tratamento mais humano. Uma questão, simplesmente, de racionalidade. Em Minas Gerais, por exemplo, as autoridades competentes informam que existem atualmente 71 mil detentos, dos quais nada menos que 58% são provisórios, isto é, aguardam julgamento definitivo. Nesse universo existem, com certeza, situações irregulares e detenções desnecessárias, o que significa que é perfeitamente possível aliviar o sistema, melhorando suas condições e elevando o conceito de justiça a um outro patamar. Em todo o País a proporção se repete ou é ainda pior, só contribuindo para piorar um quadro que já é muito grave, que em certa medida escapou por completo à capacidade de controle do Estado. Atacar estas questões, o que não demanda gastos e pode significar economia, deveria estar entre as ações prioritárias, aumentando-se dessa forma a chance de que sejam produzidos os resultados que a população reclama e que os políticos mais uma vez prometem.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

FAZENDA

Teto dos gastos é a única forma gradual de resolver a situação fiscal do País, defende Guardia

Prefeitos de Minas fizeram concentração na Cidade Administrativa, com carreata até o Palácio da Liberdade

CONTAS PÚBLICAS

Pimentel garante a prefeitos que terá parte dos recursos devidos entre 40 e 60 dias Securitização da dívida do Estado deve gerar R$ 1,6 bilhão ANA CAROLINA DIAS

Após a paralisação de serviços em diversos municípios de Minas Gerais em protesto das prefeituras contra o atraso do repasse de verbas pelo governo mineiro, estimado em R$ 8,1 bilhões, e mobilização promovida ontem pela Associação Mineira de Municípios (AMM), na Cidade Administrativa, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, sancionou a lei que autoriza a securitização da dívida ativa do Estado. Em reunião com representantes da associação, ficou definido que a verba será arrecadada com o crédito de dívidas que o Estado tem a receber. A operação deve disponibilizar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão para ressarcir os municípios quanto aos repasses atrasados. A estimativa, segundo Pimentel, é de que o valor negociado com a Lei de Securitização seja em torno de R$ 2 bilhões e, desse total, 70% dos recursos será direcionado para os municípios e 30% para o Judiciário, conforme definido em lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A expectativa é de que os recursos estejam disponíveis para efetuar o pagamento dos municípios nos próximos 45 a 60 dias. Na avaliação do governador, a reunião foi proveitosa e conseguiu atender razoavelmente a pretensão inicial dos prefeitos na busca de melhorar a gestão do Estado e dos municípios. “Como

a lei foi sancionada, vamos fazer a operação. Foi acertado que daqui pra frente os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é maior reivindicação dos municípios, serão feitos com regularidade para que esse passivo que ficou não aumente mais”, afirmou Pimentel. Para o presidente da AMM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, a decisão anunciada pelo governo de Minas não gera garantias para os municípios, mas cria expectativas. “Mais uma vez é um compromisso feito e necessário para nós. É um compromisso de pagamento de retroativo definido pela lei, mas que não dá nenhuma garantia para os municípios, já que o atraso atual também é resultado do descumprimento de leis”, disse. A dívida atualizada em 16 de agosto está em R$ 8,1 bilhões, conforme levantamento da AMM. Nesse contexto, Lacerda ressaltou que a securitização da dívida ativa do Estado ainda não é a solução para o problema, uma vez que o valor acertado ontem corresponde a cerca de 20% do total devido aos municípios. “Vai ser um alívio momentâneo, mas daqui a pouco temos a virada do ano com 13º para pagar e precisamos dos recursos para cumprir nossos compromissos. Queremos acreditar que isso vai acontecer. Caso contrário, temos que parar tudo, porque não tem condições de se manter sem os repasses mínimos

constitucionais. Desse movimento aqui podem surgir outros muito mais fortes se o governador não cumprir o que foi tratado hoje”, completou Julvan Lacerda. Após concentração na Cidade Administrativa, mais de 500 prefeitos mineiros seguiram em carreata até ao Palácio da Liberdade para cobrar do governo estadual o repasse de verbas aos municípios mineiros, sobretudo para a Saúde, Educação e Assistência Social, via recolhimento do ICMS e IPVA. União – O governador Fernando Pimentel destacou que também ficou definida, na reunião, uma mobilização em Brasília com a participação dos prefeitos e do governo do Estado para cobrar da União os créditos que Minas Gerais têm e não estão sendo pagos. Entre os créditos estão os do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério (Fundef), que, de acordo com o governador, devem somar cerca de R$ 1 bilhão, além de créditos relativos a receitas não classificadas de impostos que deveriam ter sido distribuídos aos estados e municípios, no valor aproximado de R$ 14 bilhões. “São várias intimações feitas à Presidência da República para que acerte os créditos conosco. Estamos vivendo um momento muito ruim, o governo federal tem feito um cerco a Minas Gerais e isso impacta também os municípios”, concluiu Pimentel.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, reafirmou que a regra constitucional que limita o crescimento das despesas públicas, medida criticada por diversos candidatos presidenciais, só terá sustentabilidade se o Congresso aprovar uma reforma da Previdência. “O cumprimento do teto de gastos exige a aprovação da reforma da Previdência”, disse o ministro durante evento em São Paulo na noite de segunda-feira. O teto de gasto limita, por uma década, renovável por mais 10 anos, o crescimento das despesas públicas à inflação do ano anterior, medida feita pelo governo do presidente Michel Temer e aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo Guardia, a crítica ao teto de despesas públicas seria a única forma “gradual” de resolver a situação fiscal do País, que vem amargando sucessivos déficits. Sem fazer referência a nenhum candidato, Guardia também teceu

críticas à ideia de pagar a dívida pública com o dinheiro obtido pela privatização de todas as empresas estatais, como defendido pelo economista Paulo Guedes, da campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL). “Privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica não resolve o problema fiscal”, afirmou ele. “O problema se dá por um desequilíbrio de fluxo, de receitas e despesas correntes, então a privatização de qualquer empresa estatal não resolve esse problema” , disse o ministro. A menos de 50 dias do primeiro turno das eleições, o ministro defendeu ampla revisão dos benefícios fiscais, que consomem cerca de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e das despesas públicas. Ele citou o orçamento de 6% do PIB para educação como exemplo de que o País destina recursos para as áreas necessárias, mas falta qualidade na forma de gastar o dinheiro público. (Reuters)

CRÉDITO

Brasil somou, em julho, 61,6 mi de inadimplentes, o segundo maior resultado desde 2016 São Paulo - O total de inadimplentes no País atingiu a marca de 61,6 milhões em julho, conforme a Serasa Experian. Trata-se do segundo maior resultado apurado desde o início da série histórica, em 2016. Antes, o recorde registrado foi em junho, com 61,8 milhões. Nessa base de comparação, houve declínio de 0,32%, enquanto em relação ao sétimo mês do ano passado, quando somou 60,4 milhões, o índice subiu 1,99%. De acordo com a Serasa, o volume de dívidas foi de R$ 272,5 bilhões em julho, o que representa média de quatro pendências por CPF e um total de R$ 4.426 por pessoa. Os economistas da entidade explicam em nota que o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter a taxa de desemprego em nível elevado. Consequentemente, também deixa alto o índice de inadimplência ao consumidor. O indicador mostra que a inadimplência dos idosos foi a que mais cresceu nos últimos dois anos, apesar de não ser a faixa mais elevada. Em julho, 35,1% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com

contas atrasadas. Se comparado ao mesmo período de 2016, a inadimplência deste público avançou 2,6 pontos percentuais. Adultos com idade entre 36 e 40 anos são os que mais estão com dívidas atrasadas, representando 47,2%. No entanto, a Serasa ressalta que nos dois últimos anos, a fatia dessa categoria de inadimplentes cresceu muito menos do que a dos idosos. Já a que mais caiu foi a dos jovens, registrando queda de 2 pontos percentuais nos últimos dois anos. Apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade dentro do indicador da Serasa, na comparação interanual, a participação desse segmento caiu 1,6 ponto. Já a dos segmentos de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou. Alguns estados do Norte como Roraima, Amapá e Amazonas apresentam uma taxa de inadimplência acima de 50% da população adulta, enquanto as pessoas que moram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraíba estão abaixo dos 35%. No Brasil, 40,3% da população adulta está inadimplente, informa. (AE)

CUSTO DE VIDA

População mais pobre sentiu menos o peso da inflação São Paulo - A queda nos preços dos alimentos vendidos nos supermercados fez os brasileiros mais pobres sentirem menos o impacto da inflação em julho, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda de julho aponta que a população de renda muito baixa foi afetada por uma inflação de 0,26% no mês, contra uma taxa de 0,38% entre a faixa de renda mais alta. O indicador separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 900 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa,

até uma renda mensal familiar acima de R$ 9 mil, no caso da renda mais alta. No mês de julho, o IPCA foi de 0,33%. “A queda de 0,6% nos preços da alimentação no domicílio foi o principal fator de alívio inflacionário entre as famílias de menor renda no País. Por sua vez, reajustes das passagens aéreas superiores a 44% e a alta de 0,7% da alimentação fora de casa penalizaram as classes mais altas”, justificou o Ipea, em nota oficial. Nos últimos 12 meses até julho, enquanto a inflação das classes mais baixas elevou-se em 3,45%, a dos mais ricos apontou variação de 5,17%. O Grupo de Conjuntura do Ipea, responsável pelo levantamento, confirmou ainda a previsão de que

a inflação oficial no País, medida pelo IPCA, encerre o ano de 2018 próximo à meta perseguida pelo governo, de 4,5%. A projeção leva em consideração um crescimento modesto da atividade econômica em 2018, o amplo grau de ociosidade da economia e a lenta retomada do mercado de trabalho, todos atuando como limitador de uma alta de preços mais significativa especialmente nos serviços e nos bens de consumo duráveis. “A perspectiva é de desaceleração dos preços administrados, tendo em vista que a maior parte dos reajustes da energia já foi concedida, além da baixa probabilidade de novas altas significativas na cotação do petróleo no mercado internacional”, completou o Ipea. (AE)

ALISSON J. SILVA

Com a queda nos preços dos alimentos, inflação para o segmento ficou em 0,26%


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ECONOMIA PESQUISA

CDL quer BH qualificada para atender idoso Ideia é que essa população não só esteja no mercado de trabalho, mas seja acolhida com cuidado ANA AMÉLIA HAMDAN

Prateado, idoso, maduro, sênior, na terceira idade. Os nomes são muitos, mas essa diversidade não coloca em questão a certeza de que a população acima dos 60 anos só cresce e, ainda assim, não vem recebendo a devida atenção. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos no País chegou a 30,2 milhões de pessoas em 2017, alta de 18% em relação a 2012. E, no Brasil, anualmente, os idosos movimentam R$ 1,6 trilhão. Apesar da importância desse grupo – seja pelo poder de compra ou pela experiência de vida acumulada –, ele está sendo deixado em segundo plano até mesmo pelo mercado. Essas são algumas das informações divulgadas ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), que, de olho no envelhecimento populacional, encomendou a pesquisa Tendências de Mercado Prateado de Minas Gerais, desenvolvida pelas empresas Hype60+ e Pipe.Social. Com o estudo, a CDL-BH também pretende pressionar o poder público e contribuir no sentido de tornar Belo Horizonte uma cidade referência no cuidado com os mais velhos. Na avaliação do presidente da CDL-BH, Bruno Falci, os comerciantes e prestadores de serviços não estão preparados para atender esse público, devendo haver qualificação para tal. A pesquisa aponta, por exemplo, que entre os mineiros com mais de 55 anos, dois a cada dez sofreram algum preconceito ou foram mal atendidos em lojas por conta da idade. O avanço dessa população é tamanho que os pesquisadores adotaram a denominação “tsunami prateado”. E Falci ressalta que é um mercado com características próprias e que, para atendê-lo, as possibilidades são múltiplas. Ele também defende a valorização da mão de obra na terceira idade. Como medida para incentivar a inserção de pessoas mais velhas no mercado de trabalho, ele sugere que o poder público desonere a folha de pagamento desses funcionários, deixando de cobrar FGTS e INSS. A pesquisa aponta para a mudança no conceito de idoso, com a necessidade, inclusive, de mudar a denominação do grupo de pessoas mais velhas. Segundo o estudo, só 10% dos mineiros com 55 anos ou mais acreditam que a palavra “idoso” seja adequada para definir uma pessoa com mais de 60 anos. Outra palavra sugerida é “maduro”. Cofundadora da Pipe.Social, a pesquisadora Lívia Hollerbach diz que a palavra idoso nos remete à figura de uma pessoa já com limitações, usando bengala, o que não corresponde à realidade. Ela aponta que a pesquisa mostrou que essas pessoas estão em pleno movimento e produção, buscando realizar sonhos. Exemplo disso é que a grande maioria está conectada: 90% dos mineiros com mais de 55 anos possuem smartphone. Sanduíche - Ela ressalta ainda que o estudo apontou que muitas dessas pessoas encontram-se na situação

chamada de sanduíche, ou seja, ajudam seus pais e, muitas vezes, apoiam ainda os filhos - sendo que alguns continuam ou voltaram para casa – e netos. Segundo a pesquisa, em Minas, 42% das pessoas com 55 anos ou mais têm pai e/ou mãe vivos; 74% têm dois ou mais filhos; 35% acreditam que os filhos dependem mais deles do que gostariam. Lívia Hollerbach acredita que essa característica tem o lado positivo de possibilitar o intercâmbio geracional. Mas, por outro lado, gera tensão, com a pessoa já na terceira idade tendo que se voltar para os cuidados com a família. Essa situação pode levar, inclusive, ao comprometimento da renda. E justamente em uma época em que pode haver perda de rendimento, com o advento da aposentadoria e aumento dos gastos com saúde. Entre os entrevistados de 55 a 64 anos, 38% afirmam que o padrão de vida caiu nos últimos anos. Ainda assim, segundo Lívia, essas pessoas continuam consumindo e, para isso, fazem escolhas e trocas para reduzir gastos e/ou buscam outras fontes de renda. Ela acredita que deve haver o desenvolvimento do mercado para esse público – que busca conveniência e praticidade –, possibilitando a pluralidade de ofertas e poder de escolha. A pesquisa mostra que a cada dez mineiros com mais de 55 anos, seis têm renda individual, que representa cerca de 50% da renda bruta familiar. Dos entrevistados mineiros com idade entre 55 e 64 anos, 92% têm renda própria. Os com renda até 3 salários representam 27%; com renda de mais de 10 salários mínimos, o índice é de 20%. Entre as principais fontes de renda na faixa etária de 55 a 64 anos estão a aposentadoria (28%), trabalho (52%), rendimentos como aluguéis (8%). E os comerciantes devem ficar atentos aos hábitos desse público. Com a idade, o ato de sair para fazer compras nem sempre é um prazer, mas torna-se uma obrigação. Entre os mineiros de 55 a 64 anos, 49% acham que fazer compras é momento de prazer, mas 44% acham é que necessário. Muitas vezes, a atividade é delegada aos familiares.

MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO

Envelhecimento da população brasileira é uma realidade para a qual a CDL-BH acredita que a Capital deve se atentar

Há mais de 30 mi de brasileiros acima dos 60 JULIANA BAÊTA

A população de idosos no Brasil cresceu 18% em cinco anos. Só entre 2012 e 2017, 4,8 milhões de pessoas entraram na terceira idade (60 anos ou mais). Atualmente, são mais de 30 milhões de brasileiros nessa faixa etária, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE. Com isso, o que mudou também foi a percepção sobre a velhice. Se antes essa fase da vida era vista como um período de desafios e cuidados, especialmente com a saúde, hoje, ela é encarada como uma época de oportunidades e experiências. É o que explica a psicóloga especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental da Associação de Apoio dos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos, Simone Matias. “Há muito tempo a própria ciência vem estudando como aumentar e melhorar a qualidade de vida dessa população e hoje a gente já fala em um novo significado do envelhecimento, um novo conceito. Não pensamos mais nesse processo como uma etapa de vida cercada por lutas e perdas, e, sim, como uma etapa de oportunidades. Por exemplo, vemos mais pessoas hoje acima dos 60 anos inseridas no mercado de trabalho”.

A combinação de avanços na área da saúde e medicamentos somados à busca por um estilo de vida com mais qualidade ajudaram a aumentar a expectativa de vida. A projeção é que a partir de 2039 o Brasil tenha, em média, mais pessoas idosas (65 anos ou mais) do que crianças e adolescentes de até 14 anos. Como consumidores, não só de produtos médicos ou cuidados, mas também de lazer, entretenimento, viagens e qualidade de vida, os brasileiros que integram essa população geram uma demanda de mercado, ainda que os serviços oferecidos para esse público, especialmente os que fogem da área médica, sejam escassos. Já os que aproveitam essa tendência para empreender, costumam ter bons resultados. No último censo demográfico feito pelo IBGE, em 2010, Minas Gerais concentrava cerca de 2,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Um mundo de oportunidades em uma área ainda pouco desbravada. Intercâmbio - Motivada pela procura, a Agência de Intercâmbio Experimento, por exemplo, que atua em BH, decidiu lançar pacotes de intercâmbio específicos para pessoas com 50 anos ou mais. Em cerca de cinco anos, desde a implementação do pacote, ela só viu a demanda

crescer. Hoje, em média, a agência recebe semanalmente 15 clientes com mais de 50 anos. “A procura acontece há bastante tempo, mas eu acho que o entendimento errado de que intercâmbio é só para jovens causa certo receio. Por isso, decidimos implementar o pacote para esse público. São pessoas que já se aposentaram, já têm os filhos criados e estão com tempo disponível para viajar e aprender. Ou pessoas que ainda trabalham e buscam mais qualificação. Aí, aproveitam para fazer intercâmbio, aprender outro idioma durante suas férias”, conta a diretora da empresa, Amanda Lima. O destino mais procurado por esses consumidores é Malta, uma ilha cercada por belezas naturais, com clima interiorano, onde o estudante consegue conhecer toda a região em cerca de uma semana. Outro destino bastante procurado é o Canadá. Os pacotes que mais saem são os de duas semanas, com curso de inglês. E, na grande maioria dos casos, os viajantes vão sozinhos. “O que a gente até estimula. Para se fazer um intercâmbio, é preciso estar com o coração aberto, se propor a essa experiência, conhecer outras pessoas. Eles podem ir sozinhos, mas voltam com muitas amizades”, conclui Amanda.

Serviços criativos para um público ‘antenado’ De olho nessa demanda, o professor Ramon Miranda criou o “Neto de aluguel”, há cerca de três anos, em Belo Horizonte, para auxiliar e ensinar pessoas idosas a se integrarem à modernidade. “A maior parte desses idosos é analfabeta digital, não têm a capacidade de interação autônoma em tecnologia e, muitas vezes, os netos, filhos ou familiares não têm didática e paciência necessárias para ajudar. Hoje, a gente já entende que tecnologia é fundamental para interagir, se comunicar, pagar as contas, pedir comida ou transporte. Nosso smartphone concentra a maior parte das nossas atividades. E a pessoa com 60 anos ou mais já percebeu que esse é um caminho sem volta, que não é uma moda

passageira, e não quer mais ficar isolada do mundo, ela quer participar do grupo de Whatsapp da família, ver e compartilhar as fotos dos netos, dos sobrinhos”, exemplifica. As aulas são individuais e personalizadas de acordo com a necessidade do aluno, que pode aprender as questões básicas do mundo on-line, já estão internalizadas para os mais jovens, como conectar a internet, mexer na smart TV, usar a tela touch screen, compartilhar um arquivo, aprender a mexer no smartphone. Saúde - Na rede de franquias de clínicas médicas populares MedicMais, que começou em Patos de Minas e hoje conta com 80 unidades no Brasil, 60% dos

pacientes são idosos. Com preços acessíveis para exames, atendimento médico em diversas especialidades e também tratamentos odontológicos, a empresa acabou atraindo a população que não consegue arcar com um plano de saúde equivalente à sua faixa etária ou que quer aproveitar o dinheiro da sua aposentadoria em outras atividades. Mais do que a resolução de um sintoma, eles estão preocupados com a prevenção do problema. “Considerando que uma aposentadoria é de cerca de R$ 1.000, mesma faixa de preço de um plano de saúde para idoso, acreditamos que a MedicMais atenda bem a essa população. Não só com consultas, mas com o próprio tratamento, já que muitas doenças comuns a essa faixa

etária, como diabetes ou cardiopatias, precisam de acompanhamento constante. Então, o foco é a prevenção. E o resultado é que apenas 10% das ocorrências que atendemos precisam de encaminhamento para internação, as demais, são resolvidas com consultas, exames e o controle preventivo. Hoje, esses pacientes estão mais preocupados em envelhecer com qualidade”, conta o fundador da empresa, Tiago Alves. Já a Maria Brasileira, rede de franquias de serviços domésticos que conta com 14 unidades no Estado, presenciou o aumento de 10% na procura pelo serviço de cuidadores de idosos, entre este ano e 2017, reflexo do aumento do envelhecimento da população. Mas não só

esse setor é procurado por esse público – ou, mais precisamente, pelos familiares dessa população – como outros serviços domésticos. “Os idosos não utilizam só serviços de cuidados com eles próprios, mas também os de cuidados com a casa. Mesmo aposentado, esse público tem poder de compra, porque destina um valor da aposentadoria a essas tarefas. São pessoas que querem aproveitar a vida, ser independentes, ter poder de decisão, então, acaba sendo um público muito fiel. Assim, o tempo e o vigor que economizam com os afazeres domésticos são usados em outras atividades, como academia, ficar com os netos, viajar”, explica a porta-voz da empresa, Patrícia Stuginski. (JB)


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ECONOMIA CONGRESSO AÇO BRASIL

Indústria pede maior apoio do governo a setor Em evento em São Paulo, segmento siderúrgico discutiu necessidade de maior protecionismo no País MARCOS ISSA/ARGOSFOTO /DIVULGAÇÃO

MARA BIANCHETTI, de São Paulo *

Mesmo após ter vivido a pior crise da sua história nos últimos anos e, assim como demais setores produtivos, enfrentar fatores adversos como custo Brasil e burocracia exagerada, a indústria siderúrgica nacional é competitiva e faz frente a grandes produtores de aço a nível mundial. Com esse panorama, o primeiro dia do Congresso Aço Brasil, discutiu, entre outros assuntos, a necessidade de um maior protecionismo à indústria brasileira e o excesso de capacidade produtiva de aço no mundo. O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (Aço Brasil) e presidente da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), Sergio Leite, empossado na solenidade de abertura do evento, que acontece em São Paulo, aproveitou a presença do presidente da República, Michel Temer (MDB), para cobrar apoio do governo federal às relações comerciais não somente do setor, mas da indústria em geral. “Fazemos aqui o apelo de que não seja permitido um ataque à indústria brasileira. Países desenvolvidos do mundo inteiro que alcançaram um bom nível de desenvolvimento tiveram a indústria como mola propulsora. Precisamos revitalizar nosso parque produtivo para que sigamos na mesma direção”, reivindicou o executivo. Em seu discurso, Temer focou em enaltecer medidas como a reforma trabalhista e a melhoria de alguns indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB), a inflação e a taxa básica de juros (Selic). Sobre um maior protecionismo à indústria, disse que está sempre atento às oportunidades, atuando em todas as esferas e citou

Temer enalteceu, durante sua fala no congresso, medidas como a reforma trabalhista e a melhoria de alguns indicadores econômicos no Brasil

o pacto celebrado com os Estados Unidos em relação à sobretaxa da importação do aço. “Sei das dificuldades e da preocupação com o protecionismo e, todos os momentos que falo dos organismos internacionais, critico o protecionismo lá de fora, o protecionismo contra a nossa indústria. Esse tema tem sido tratado com muita frequência e com meu apoio”, afirmou. Nesse sentido, o ex-presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, Alexandre de Campos Lyra, citou os potenciais da indústria siderúrgica brasileira, enaltecendo a competitividade e as relações comerciais com outros países, especialmente os Estados Unidos. Ele lembrou que, enquanto o mundo vive uma onda

de protecionismo de suas economias, no Brasil se vê um movimento de apoio à abertura de mercado, sob alegação de que isso seria essencial para o aumento da competitividade das empresas. “A indústria do aço não é contrária ao livre comércio. As empresas siderúrgicas do portão para dentro possuem bons índices de produtividade e, prova disso, é que nosso principal mercado é justamente os Estados Unidos. Mas somos a favor desde que haja também a solução dos problemas estruturais, como infraestrutura, energia, burocracia excessiva, custos com logística, etc. As empresas brasileiras precisam ter condições isonômicas de competição com seus concorrentes”, argumentou.

Medidas em xeque - O presidente do Insper, Marcos Lisboa, destacou que, na última década, o governo brasileiro acatou as demandas que foram exigidas pelo setor privado, como maior protecionismo e com subsídios, movimento que não deu certo. A exemplo, citou a demanda e as intervenções no setor elétrico. “Se tentou um atalho e deu errado. Ainda estamos pagando a conta dessa medida”, lembrou. Segundo ele, há outros exemplos de políticas de protecionismo, com subsídios, que deram errado. “Discussões em torno desses assuntos são sempre carregadas de muitas paixões, mas o foco, neste momento, deveria ser na agenda em comum, que busca a redução de custos de burocracia”, completou.

Assim, Lisboa ressaltou que medidas protecionistas são bem-vindas quando criam ganhos de produtividade. Disse também que é necessária a criação de uma agenda construtiva para melhorar produtividade do Brasil, de forma que “não se repita na frente os equívocos de tantos anos”. Já o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz, ponderou que abertura de mercado não necessariamente significa crescimento econômico, assim como não há relação automática entre política industrial e crescimento da economia também. “O que é fundamental para o desempenho na economia é o aumento de competitividade. E, nesse ponto, pergunto: o Brasil

Excesso de capacidade mundial Siderúrgicas vão recorrer ao de produção de aço preocupa STF por alíquota do Reintegra Representantes do setor siderúrgico nacional e internacional também discutiram o excesso de capacidade de produção de aço no mundo durante o primeiro dia do Congresso Aço Brasil, em São Paulo. O conselheiro do Aço Brasil e vice-presidente executivo do Conselho de Administração da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, destacou que o setor, de maneira geral, vive um bom momento, guardadas as devidas proporções e diferentes estágios. No entanto, o empresário lembrou do excesso de capacidade instalada global, hoje em 545 milhões de toneladas. Esse valor representa aproximadamente 25% de uma capacidade mundial de 2,2 bilhões de toneladas, sendo que a maior parte está concentrada justamente na China, o maior produtor mundial de aço. “Esse é um problema estrutural e que precisa ser enfrentado”, alertou Johannpeter, abrindo a discussão. Para abordar possíveis soluções para o assunto, participaram do painel o subsecretário-geral do Itamaraty, embaixador Ronaldo Costa Filho, a diretora de Estudos Econômicos e Estatística da Worldsteel, Nee Hee Han, e o economista-chefe para a Ásia - BBVA Research, Le Xia. O presidente-executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes, destacou, em coletiva de imprensa, que o excesso, vindo principalmente da China, pode ser desaguado em países que estiverem com o mercado mais aberto.

Abertura comercial - O setor vem criticando o governo da abertura comercial do País em um momento em que o restante do mundo toma medidas protecionistas, na esteira da invocação da medida 232 pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sobretaxou ou impôs cotas à importação de aço por aquele país. “Sabemos que o excedente é um problema sem solução no curto prazo, até porque as economias estão crescendo muito pouco no restante do mundo. Temos que olhar para o mercado interno, que hoje opera com 68% da capacidade instalada e possui totais condições de crescer”, falou. Lopes reiterou que, apesar de todas as dificuldades, as siderúrgicas ainda conseguem produzir com elevada competitividade. No entanto, para elevar os níveis de produção, seria preciso resolver outras questões estruturais do País, a exemplo da logística. “Só para terem uma ideia, hoje é mais barato importar o aço da China do que transportá-lo do Sudeste para o Nordeste do Brasil”, justificou. Por esses e outros motivos, conforme o presidente do Aço Brasil, a principal reivindicação do setor para o próximo governo é de que a indústria volte a ser priorizada. “Nossa reivindicação é que a indústria volte a ocupar seu espaço com importância e prioridade”, finalizou. (MB)

São Paulo - O setor siderúrgico brasileiro deve ingressar, nos próximos dez dias, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma ação para rever a redução na alíquota do programa de incentivo à exportação Reintegra, adotada após a greve dos caminhoneiros. “Estamos judicializando para o Reintegra voltar aos 2% pelo menos”, disse o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (Aço Brasil), Marco Polo de Mello Lopes, a jornalistas, durante o Congresso Aço Brasil. Como uma das medidas para ajudar a encontrar recursos para bancar subsídios ao diesel, o governo Michel Temer reduziu a alíquota do Reintegra de 2% para 0,1%. O programa permite aos exportadores obter créditos gerados por resíduos tributários ao longo da cadeia produtiva. O setor afirma que o Reintegra, em vez de ter sido reduzido neste ano, deveria ter sido elevado para 3%. “Qualquer que seja o próximo governo, a primeira prioridade necessariamente é priorizar a indústria, para que o Brasil possa ter crescimento sustentável”, destacou Lopes. O Aço Brasil afirmou, pela primeira vez, que abriria processo para revisão do Reintegra, no início de junho, pouco após o governo divulgar as medidas, que incluíram tabela de frete mínimo rodoviário obrigatória para aplacar a greve dos caminhoneiros, que

paralisou o País no final de maio. Camex - Lopes também afirmou que espera que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decida, ainda no governo de Michel Temer, retomar sobretaxas sobre importações de aço da China. Em maio, a Camex aprovou aplicação de medidas compensatórias sobre importações de aços planos da China, mas suspendeu a entrada em vigor dessas ações. Em janeiro, a Camex também já havia decidido não aplicar imediatamente medidas antidumping contra a importação de aços laminados a quente de quatro grupos siderúrgicos da China e um da Rússia. Presente ao congresso ontem, Temer disse, em breve discurso, que conhece “as dificuldades e a preocupação com o protecionismo contra a nossa indústria” e que “temos que proteger a nossa indústria”. Ele não deu detalhes e saiu sem falar com jornalistas. Sobre a escalada do dólar, que superou R$ 4 ontem, o presidente do conselho do Aço Brasil e presidente-executivo da Usiminas, Sergio Leite, disse que se por um lado a desvalorização do real ajuda exportações, por outro “aumenta o custo de matéria-prima como minério de ferro e carvão para nós”. “O importante é termos estabilidade do câmbio. O ideal para nós seria o dólar entre R$ 3,50 e R$ 3,70”, disse Leite. (Reuters)

é um país competitivo?”. Por isso, conforme ele, o que o setor industrial busca é isonomia com os demais países, para que, durante o processo de construção da competitividade, as indústrias tenham algum tipo de proteção. Somente assim elas poderão se desenvolver, crescer e, com isso, gerar emprego e aumentar renda. “Precisamos de um país competitivo para atrair investimentos”, reiterou. * A repórter viajou a convite do Instituto Aço Brasil.

Venda de aços planos cai em julho São Paulo - As compras das distribuidoras de aços planos no mês de julho cresceram 5,0% sobre junho, para um volume total de 284,4 mil toneladas. Na comparação com julho do ano passado, a alta foi de 21,1%. Os associados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) também relatam que a venda de aços planos em julho caiu 10,2% sobre junho, para 276,0 mil toneladas, mas, na comparação com julho de 2017, registrou alta de 4,1%. Os estoques cresceram 0,9% sobre junho, chegando a 919,0 mil toneladas, ao passo que o giro ficou em 3,3 meses. O relatório do Inda sobre o desempenho de julho aponta ainda que as importações - incluindo chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletrogalvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume - tiveram queda de 12,7% sobre junho, para 111,4 mil toneladas. Já em relação a julho de 2017, o número caiu 5,5%. A associação prevê para agosto que tanto a compra, quanto a venda tenham um avanço de cerca de 5,0% sobre julho deste ano. (AE)


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ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO

OURO

Produção da AngloGold Ashanti tem queda de 11% MG Ê um dos polos da empresa LEONARDO FRANCIA

No primeiro semestre deste ano, 175 mil onças de ouro foram produzidas a partir dos ativos da AngloGold Ashanti no Estado, consolidando uma queda de 11% em relação Ă s 196,6 mil onças do metal produzidas nos mesmos meses de 2017. O volume de ouro que saiu das operaçþes da empresa em Minas representou 47,1% da quantidade total em toda a AmĂŠrica (371 mil onças). A mineradora informou que a produção deste ano atĂŠ junho foi 11% menor que a do mesmo perĂ­odo de 2017, devido ao menor teor de ouro no minĂŠrio tratado e Ă

quantidade, tambÊm menor, de ouro beneficiado. Ainda de acordo com a AngloGold, a produção na mina Cuiabå, em Sabarå, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sofreu impacto pela dificuldade de acesso às åreas onde estå depositado o metal. Da mesma forma, a produção na mina Córrego do Sítio, localizada em Santa Bårbara (região Central), foi afetada principalmente pelos menores teores de ouro no mineral do ativo. AlÊm dos ativos de Cuiabå e Córrego do Sítio, a companhia opera a mina Lamego, em Sabarå (RMBH); e em Nova Lima estão instaladas as plantas

Minas Gerais ĂŠ responsĂĄvel por 47,1% de todo o ouro produzido pela multinacional AngloGold Ashanti nas AmĂŠricas

metalúrgicas, alÊm dos escritórios administrativos. O complexo minero-metalúrgico da AngloGold Ashanti no Estado estå localizado na região do Quadrilåtero Ferrífero, nos municípios de Nova Lima, Sabarå e Santa Bårbara. No complexo fabril de Nova Lima, a empresa tem ainda uma planta de åcido sulfúrico, resultado da oxidação do enxofre contido no minÊrio de ouro. O

subproduto Ê a matÊria-prima mais importante na produção de fertilizantes. AlÊm disso, a mineradora mantÊm um conjunto de sete pequenas centrais hidrelÊtricas (PCHs), que formam o Complexo HidrelÊtrico de Rio de Peixe. Em relação à produção de ouro da AngloGold em todo o Brasil no primeiro semestre (230 mil onças), onde a mineradora tambÊm tem atividades em Serra

Grande (GO), o volume do metal produzido no Estado durante o intervalo (175 mil onças) representou 76% do total. Operaçþes - O custo total de caixa das operaçþes da companhia no Estado encerrou o semestre em US$ 761 por onça produzida, com acrÊscimo de 19% em relação ao custo de produção da onça no mesmo período de 2017. Na mesma compa-

ração, foram vendidas 177 mil onças de ouro produzido pela empresa em Minas Gerais contra 204 mil onças, queda de 13,3%. A AngloGold estå presente em Minas Gerais hå 183 anos. Conforme jå divulgado, 100% da produção brasileira da empresa Ê exportada na forma de ativos financeiros para bancos com atuação internacional, que, por sua vez, negociam o metal no mundo todo.

SAMARCO

BHP vĂŞ pouca chance de volta de operação em 2019 SĂŁo Paulo - HĂĄ pouca probabilidade de a mineradora Samarco, uma joint venture entre a Vale e BHP Billiton, retomar as operaçþes no prĂłximo ano, embora espere obter todas as licenças exigidas, informou ontem a BHP. A declaração confirmou comentĂĄrios feitos por um outro executivo da BHP, Bryan Quinn. Presidente das joint ventures nĂŁo operadas da anglo-australiana BHP, Quinn disse Ă Reuters em entrevista que a Samarco ainda depende de um acordo com o MinistĂŠrio PĂşblico de Minas Gerais (MPMG) para iniciar as obras de construção de um novo sistema de rejeitos de minĂŠrio de ferro em Mariana, na regiĂŁo Central. Isso apesar de a empresa ter recebido do ĂłrgĂŁo ambiental estadual, hĂĄ oito meses, sinal verde para as obras. Quinn explicou que as negociaçþes com a autoridade jĂĄ evoluĂ­ram, mas um termo de compromisso nĂŁo foi assinado atĂŠ o momento. “Estamos esperando por issoâ€?, falou o executivo. A Samarco estĂĄ com as operaçþes paralisadas desde 2015, quando o rompimento de uma barragem de rejeitos deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que percorre diversas cidades atĂŠ chegar ao litoral do EspĂ­rito Santo.

Quinn, entretanto, evitou entrar em detalhes sobre quais os termos que estão sendo negociados. Procurado pela Reuters, o MPMG preferiu não dar informaçþes, uma vez que as negociaçþes ainda estão ocorrendo em sigilo. A construção do sistema de rejeitos, que serå feita em uma cava de mineração exaurida chamada Alegria Sul, Ê um dos passos importantes para que a empresa possa retornar as suas atividades. A companhia obteve em dezembro de 2017 as licenças prÊvia e de instalação do Sistema de Disposição de Rejeitos Cava Alegria Sul, visando o retorno às operaçþes. Quinn explicou que, após a conclusão do acordo com o MPMG, as obras de preparação da cava vão demandar ainda pelo menos dez meses. A empresa tambÊm ainda precisarå obter a licença de operação da cava. AlÊm disso, o processo de licenciamento de Alegria Sul não Ê o único em curso para o retorno das atividades. A empresa precisa tambÊm de um licenciamento mais complexo, que envolve todo o Complexo de Germano, onde estão as operaçþes de mineração da empresa. Ambos os processos ocorrem concomitantemente. Em declaração recente,

RETIRO VELHO ENERGÉTICA S.A. CNPJ/MF nÂş 07.060.739/0001-38 - NIRE NÂş 31.3.0010921-6 ATA DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA. 1. Data, hora e local: Em 13/04/2018, Ă s 10h, na sede social da Cia., na Av. Prudente de Morais nÂş 1250, 10 e 11Âş andares, Coração de Jesus, em Belo Horizonte/MG. 2. Convocação e Presenças: Convocação dispensada, nos termos do Art.124, §4Âş da Lei nÂş 6.404/76, face Ă presença do acionista representando a totalidade ĚŽ ĂƉĹ?ƚĂů ^Ĺ˝Ä?Ĺ?Ä‚ĹŻ ĚĂ Ĺ?Ă͕͘ Ä?ŽŜĨŽĆŒĹľÄž Ć?Äž Ç€ÄžĆŒĹ?ÄŽÄ?Ä‚ ƉĞůĂĆ? Ä‚Ć?Ć?Ĺ?ĹśÄ‚ĆšĆľĆŒÄ‚Ć? Ä?ŽŜĆ?ƚĂŜƚĞĆ? ŜŽ >Ĺ?Ç€ĆŒĹ˝ ĚĞ ZÄžĹ?Ĺ?Ć?ĆšĆŒĹ˝ ĚĞ WĆŒÄžĆ?ĞŜĕĂ ĚĞ Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂĆ?͘ 3. Publicaçþes: K ZÄžĹŻÄ‚ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ĚĂ ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝Í• Ä‚Ć? ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ŽŜƚĄÄ?ÄžĹ?Ć? Ä?Žž Ä‚Ć? ĆŒÄžĆ?ƉĞÄ?Ć&#x;ǀĂĆ? EŽƚĂĆ? džƉůĹ?Ä?Ä‚Ć&#x;ǀĂĆ? Äž Ĺ˝ ZÄžĹŻÄ‚ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ĚŽĆ? ƾĚĹ?ĆšĹ˝ĆŒÄžĆ? /ŜĚĞƉĞŜĚĞŜƚĞĆ? Ͳ ĞůŽĹ?ĆŠÄž ƾĚĹ?ĆšĹ˝ĆŒÄžĆ? /ŜĚĞƉĞŜĚĞŜƚĞĆ?Í• ĆŒÄžĨÄžĆŒÄžĹśĆšÄžĆ? 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ĞůĹ?Ä?ÄžĆŒÄ‚ĆŒ Ć?Ĺ˝Ä?ĆŒÄžÍ— ͞ĂͿ ĎdžĂĕĆŽ ĚĂ ZÄžžƾŜÄžĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ 'ĹŻĹ˝Ä?Ä‚ĹŻ ĆŒĆľĆšÄ‚ ĚĂ Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒĹ?Ä‚ ĚĂ Ĺ?Ă͖͘ ÍžÄ?Íż ƉĂĹ?ĂžĞŜƚŽ ĚĞ Ĺ?Ç€Ĺ?ĚĞŜĚŽĆ? ÄšĹ?Ä?Ĺ?ŽŜÄ‚Ĺ?Ć? ÍžÄ?Íż Ä?ŽŜĆ&#x;ŜƾĹ?ĚĂĚĞ ĚŽĆ? ĆŒÄžÄžĹľÄ?ŽůĆ?Ĺ˝Ć? Ä‚ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ Ĺ?ŜĚĹ?ĆŒÄžĆšÄ‚ ĹŻÄžĆšĆŒĹ˝ĆŒĹ?Ç€ÄžĆŒ ^͘ ͘ ͞ĂÄ?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ ĚĂ ĆŒÄ‚Ć?Ĺ?ĹŻ W , ^͘ Í˜Íż Äž Ä‚ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ Ĺ?ŜĚĹ?ĆŒÄžĆšÄ‚ ZÄžŜŽÇ€Ä‚ ĹśÄžĆŒĹ?Ĺ?Ä‚ ^͘ ͘͞Ä?ŽŜĆšĆŒŽůÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄ‚ ĚĂ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ ĚĂ ĆŒÄ‚Ć?Ĺ?ĹŻ W , ^͘ ͕͘ ĹšĹ?ƉůĞLJ ^W WÄ‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?Ć‰Ä‚Ä•Ć ÄžĆ? ^͘ Í˜Íż Ğž ĆŒÄžĹŻÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ä‚Ĺ˝ ĆŒÄžÄžĹľÄ?ŽůĆ?Ĺ˝ ĚĂ ĆŒÄžžƾŜÄžĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ä‚ ƋƾĞ ĨÄ‚ÇŒ ĹŠĆľĆ? Ĺ˝Ć? Ć?ĞƾĆ? Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒÄžĆ?͘ 6. DeliberaçþesÍ— ƉſĆ? Ä‚ ÄšĹ?Ć?Ä?ĆľĆ?Ć?ĆŽ ĚĂĆ? ĹľÄ‚ĆšÄ ĆŒĹ?Ä‚Ć?Í• Ä‚Ć? Ć?ÄžĹ?ĆľĹ?ŜƚĞĆ? ĚĞůĹ?Ä?ÄžĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ĨŽĆŒÄ‚Ĺľ Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç€Ä‚ÄšÄ‚Ć? ƉĞůĂ ƾŜÄ‚ĹśĹ?ĹľĹ?ĚĂĚĞ ĚŽĆ? Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂĆ? ĚĂ Ĺ?Ă͗͘ Em AGO: 6.1.a. As Contas ĚĂ ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝Í• Ĺ˝ ZÄžĹŻÄ‚ĆšĹżĆŒĹ?Ĺ˝ ĚĂ ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝Í• Ä‚Ć? ÄžžŽŜĆ?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ŽŜƚĄÄ?ÄžĹ?Ć? Ä?Žž Ä‚Ć? ĆŒÄžĆ?ƉĞÄ?Ć&#x;ǀĂĆ? 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Autorizada Ä‚ Ä?ŽŜĆ&#x;ŜƾĹ?ĚĂĚĞ ĚŽ ĆŒÄžÄžĹľÄ?ŽůĆ?Ĺ˝ Ä‚ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ Ĺ?ŜĚĹ?ĆŒÄžĆšÄ‚ ĹŻÄžĆšĆŒĹ˝ĆŒĹ?Ç€ÄžĆŒ ^͘ ͘ ͞ĂÄ?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ ĚĂ ĆŒÄ‚Ć?Ĺ?ĹŻ W , ^͘ Í˜Íż Äž Ä‚ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ Ĺ?ŜĚĹ?ĆŒÄžĆšÄ‚ ZÄžŜŽÇ€Ä‚ ĹśÄžĆŒĹ?Ĺ?Ä‚ ^͘ ͘ ÍžÄ?ŽŜĆšĆŒŽůÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄ‚ ĚĂ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ ĚĂ ĆŒÄ‚Ć?Ĺ?ĹŻ W , ^͘ ͕͘ ĹšĹ?ƉůĞLJ ^W WÄ‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?Ć‰Ä‚Ä•Ć ÄžĆ? ^͘ Í˜Íż Ğž ĆŒÄžĹŻÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ä‚Ĺ˝ ĆŒÄžÄžĹľÄ?ŽůĆ?Ĺ˝ ĚĂ ĆŒÄžžƾŜÄžĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ä‚ ƋƾĞ ĨÄ‚ÇŒ ĹŠĆľĆ? Ć?ĞƾĆ? Ĺ?ĆŒÄžĆšĹ˝ĆŒÄžĆ? Ĺ?ŜĚĹ?Ä?ĂĚŽĆ?Í• ĚĞĆ?ĚĞ ƋƾĞ͕ ƚĂžÄ?Ä ĹľÍ• Ć?ĞŊĂ Ĺ˝ žĞĆ?žŽ ĆŒÄžžƾŜÄžĆŒÄ‚ÄšĹ˝ Ć‰Ĺ˝ĆŒ ĂƋƾĞůĞ Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂ͕ ĂĚŽƚĂŜĚŽ Ä?ŽžŽ Ć‰Ä‚ĆŒÄ…ĹľÄžĆšĆŒĹ˝Í• Ĺ˝Ć? Ç€Ä‚ĹŻĹ˝ĆŒÄžĆ? Ä‚Ć‰ĆŒĹ˝Ç€Ä‚ÄšĹ˝Ć? Ğž ' Äž Ĺ?ŜĚĹ?Ç€Ĺ?ĚƾĂůĹ?ÇŒÄ‚ÄšĹ˝Ć? ƉĞůŽ ŽŜĆ?ĞůŚŽ ĚĞ ĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ĺ˝ Ć‰ÄžĆŒĹ&#x;Ĺ˝ÄšĹ˝Í˜ 7. Encerramento: EĂĚĂ žĂĹ?Ć? ŚĂǀĞŜĚŽ Ä‚ ĚĞůĹ?Ä?ÄžĆŒÄ‚ĆŒÍ• ĨŽĹ? Ć?ĆľĆ?ƉĞŜĆ?Ä‚ Ä‚ Ć?Ć?ĞžÄ?ĹŻÄžĹ?Ä‚ Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ Ä‚ ĹŻÄ‚Ç€ĆŒÄ‚ĆšĆľĆŒÄ‚ ĚĂ ƚĂ͕ Ğž ĨŽĆŒĹľÄ‚ Ć?ƾžÄ„ĆŒĹ?Ž͕ ŜŽĆ? ĆšÄžĆŒžŽĆ? ĚŽ Ä‚ĆŒĆšÍ˜Ď­ĎŻĎŹÍ• ΑϭǑ ĚĂ >ÄžĹ? ϲ͘ϰϏϰ͏ϳϲÍ• ƋƾĞ ĨŽĹ? 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ERIC GONÇALVES

a Samarco informou que prevĂŞ obter em 2019 todas as licenças necessĂĄrias para retomar sua produção de minĂŠrio de ferro em Mariana. Quinn evitou fazer suas prĂłprias previsĂľes, frisando que muitas etapas precisam ser concluĂ­das. A retomada da produção serĂĄ gradual e com capacidade reduzida, conforme as empresas jĂĄ informaram anteriormente. A capacidade total da Samarco era de 30,5 milhĂľes de toneladas de pelotas de minĂŠrio de ferro por ano antes de suas operaçþes terem sido interrompidas. O executivo reiterou Samarco estĂĄ parada desde 2015, apĂłs rompimento de barragem de rejeitos em Mariana ainda que o ativo ĂŠ muito interessante e que a empresa RECORDE estĂĄ bastante disposta a buscar o retorno Ă s atividades. Reparação - Sobre os trabalhos de reparação e indenização dos atingidos pelo rompimento da barragem, o executivo afirmou que a homologação, neste mĂŞs, de um acordo entre Samarco e autoridades sobre modelo de governança para a reparação dos atingidos criou um ambiente mais estĂĄvel para o trabalho e as negociaçþes em andamento. O acordo, assinado em 25 de junho entre a Samarco e suas acionistas (BHP Billiton e Vale), MinistĂŠrio PĂşblico e ĂłrgĂŁos dos governos federal, do EspĂ­rito Santo e de Minas Gerais, extinguiu uma ação de R$ 20 bilhĂľes movida contra as companhias. TambĂŠm manteve suspensa uma ação de R$ 155 bilhĂľes, movida pelo MP, enquanto todas as partes permanecem em negociaçþes, com o objetivo de fechar um acordo mais complexo dentro dos prĂłximos dois anos. (Reuters) A PERFECT CARS LANTERNAGEM E PINTURA - EIRELI, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş. D /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD QR 153/2018, para atividade de Serviços de Lanternagem ou funilaria e pintura e veĂ­culos automotores; ComĂŠrcio a varejo de peças e acessĂłrios novos para veĂ­culos automotores, localizado na Rua Argentina, 91, Senhora das Graças, Betim-MG.

Usinas eĂłlicas do PaĂ­s produzem energia para quase toda a demanda do Nordeste

SĂŁo Paulo - As usinas eĂłlicas do Brasil, instaladas principalmente no Nordeste, atingiram um recorde no Ăşltimo domingo, quando produziram por algumas horas energia suficiente para atender praticamente toda a demanda da regiĂŁo, informou ontem a Associação Brasileira de Energia EĂłlica (AbeeĂłlica), que representa investidores do setor. O PaĂ­s possui cerca de 13 gigawatts em parques eĂłlicos, o que representa aproximadamente 8% da capacidade instalada total, em que predominam as usinas hidrelĂŠtricas. Segundo a AbeeĂłlica, a geração eĂłlica no domingo teve uma mĂĄxima diĂĄria de 8.247 megawatts Ă s 9h28, o que representou cerca de 98% da demanda por energia do Nordeste naquele momento. “No perĂ­odo das 8h Ă s 10h, a geração eĂłlica atendeu a praticamente 100% da demanda do Nordesteâ€?, adicionou a entidade.

OMAR FREIRE / IMPRENSA MG

Brasil dispĂľe de cerca de 13 gigawatts em parques eĂłlicos

Gannoum, disse que o percentual da carga atendido por energia eĂłlica foi impulsionado pela demanda tipicamente menor em um domingo, mas ressaltou que a fonte tem atingido participação elevada na geração tambĂŠm durante dias Ăşteis. “Em dias Ăşteis, com demanda mais elevada, jĂĄ tivemos recordes de geração com atendimento de carga Demanda menor - A pre- de mais de 70% do Norsidente da AbeeĂłlica, Elbia deste na mĂŠdia diĂĄria. O

cenĂĄrio, portanto, mostra que estamos acumulando recordes de forma consistenteâ€?, afirmou. Segundo a associação, 80% das cerca de 6,6 mil turbinas eĂłlicas instaladas no PaĂ­s estĂĄ no Nordeste. No perĂ­odo de agosto a setembro, considerado o de ventos mais favorĂĄveis, as usinas da fonte chegaram a responder por cerca de 10% da geração do PaĂ­s em alguns momentos. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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ECONOMIA INDÚSTRIA

Setor volta a ficar otimista em Minas Neste mês, o Icei-MG foi de 50,7 pontos, indicando maior confiança dos empresários ANTÔNIO PINHEIRO/FOTOS PÚBLICAS/DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

A confiança do empresário industrial voltou para níveis positivos em agosto. Neste mês, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) foi de 50,7 pontos, acima da linha dos 50 pontos e também maior do que os 47,1 pontos registrados em julho, o que indica otimismo. A pesquisa é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O Icei mostrou que, em agosto, os industriais mineiros estão otimistas em relação ao futuro, com as expectativas chegando aos 53,2 pontos, 3.6 pontos a mais do que em julho. Porém, o indicativo que puxou o resultado para a zona do otimismo foi a expectativa em relação à economia da própria empresa (56,3 pontos), já que, frente à economia do País e do Estado, o índice ficou na zona de pessimismo, chegando a 48,2 pontos e 45,8 pontos, respectivamente. “O empresário mineiro está enxergando melhorias nas vendas do seu negócio, mas a expectativa é negativa em relação ao País e ao Estado. Isso pode indicar que o empresário não tomará estratégias mais agressivas ligadas a investimentos e contratações de pessoal nos próximos meses. O empresário recua, cresce sua produção, mas não assume o risco de investir ou contratar mão de obra”, explicou o superintendente de Ambiente de Negócios da Fiemg, Guilherme Leão. Na divisão por porte de empresas, as expectativas foram positivas em todos os casos, Nas pequenas, as expectativas fecharam agosto com 53,8 pontos, nas médias, em 51,5 pontos, e nas grandes, em 53,8 pontos. Em todos os portes, as perspectivas são positivas para o próprio negócio, mas negativas em relação à economia brasileira e estadual. Para o superintendente de Ambiente de Negócios da Fiemg, a recuperação da

economia nacional, que está acontecendo de forma mais lenta do que o esperado pode estar influenciando o humor dos empresários do setor. Além disso, para Leão, a expectativa positiva em relação ao próprio negócio, mas negativa sobre a economia do País e do Estado, também tem a ver com o desarranjo político, a falta de definição e a situação fiscal da União e dos estados. Condições de negócio - Em relação às condições atuais de negócio, os empresários estão insatisfeitos e o índice bateu em 45,7 pontos em agosto, negativo, mas maior do que o de julho (42 pontos). A insatisfação cresce ainda mais quando se trata da economia brasileira (41 pontos), da economia do Estado (39,4 pontos) e da própria empresa (48,6 pontos). As empresas de pequeno porte registraram os piores números, com insatisfação em relação às condições atuais de negócios que chegou a 42,3 pontos. Na sequência, aparecem as indústrias de médio porte, com 43 pontos, seguidas pelas de grande porte, com índice de 48,9 pontos. Todos indicando insatisfação. De acordo com a última Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria de Minas Gerais encerrou o primeiro semestre deste ano com uma queda na produção de 1,7%, em relação aos mesmos meses de 2017. Apesar disso, indústria mineira está insatisfeita com as condições atuais de negócio

Confiança recua no País em prévia da FGV Rio de Janeiro - A prévia da Sondagem da Indústria de agosto mostra queda de 0,8 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI), em relação ao apurado em julho, ficando em 99,3 pontos – o menor desde novembro de 2017. Em julho, o indicador alcançou 100,1 pontos, o mesmo número dos meses

de junho e maio. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), que avalia que a piora da confiança no mês estaria sendo influenciada “pela menor satisfação dos empresários sobre o momento presente”. A prévia mostra que o

Índice da Situação Atual (ISA) pode reduzir 2,4 pontos em agosto, ao cair dos 99 pontos de julho para 96,6 pontos este mês, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiria 0,8 ponto, passando de 101,1 pontos para 101,9 pontos. Por outro lado, a avaliação da FGV é de que o resultado preliminar de

agosto sinaliza estabilidade do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) em 75,7%. Para a prévia de agosto, a FGV consultou 782 empresas, entre os dias 1º e 17 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima terça-feira, dia 28. (ABr)

BANCOS

Conselho do Mercantil aprova aumento do capital social em R$ 60 mi LEONARDO FRANCIA

O Banco Mercantil, por meio de fato relevante divulgado na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), informou ao mercado que seu Conselho de Administração aprovou o aumento do capital social em R$ 60 milhões. O Banco Central do Brasil já deu seu aval para as alterações necessárias no estatuto social do Mercantil, que permitirão o aumento de capital. Em nota, o diretor Executivo, Financeiro, de Marketing e Relação com Investidores do Mercantil do Brasil, Gustavo Araújo, explicou que o aumento de capital “foi estruturado para que o banco continue avançando em sua estratégia de expansão, ganhando mais marketshare na retomada dos setores de pequenas e médias empresas, crédito consignado e operações bancárias mais complexas e estruturadas

pelo BMI (Banco Mercantil de Investimentos)”. O diretor acrescentou ainda que a operação também permitirá ao banco investir em mais tecnologia para melhorar o atendimento. O aumento do capital social do Mercantil, conforme informado pelo banco, está dentro do limite de capital autorizado e será feito através da subscrição particular de 6,3 milhões de ações ordinárias escriturais, conforme deliberado pelo Conselho de Administração. Ainda segundo o Mercantil, as ações ordinárias subscritas em decorrência da operação de aumento de capital, as quais possuem direitos e características idênticas às das ações existentes, serão creditadas aos seus titulares até o dia 24 de agosto de 2018, conforme os termos da deliberação tomada pelo Conselho de Administração.

ALISSON J. SILVA

Além disso, as ações ordinárias emitidas no aumento de capital não farão jus aos dividendos relativos ao exercício de 2017, já que tais dividendos se destinaram exclusivamente às ações preferenciais. O Mercantil afirma que o aumento do capital social do banco fortalecerá os planos de crescimento. Resultado semestral - O balanço do Mercantil no primeiro semestre, divulgado nesta semana, antes do deferimento do aumento de capital, apresentou bons indicadores, como um resultado operacional 118,6% maior que no mesmo período de 2017. O lucro líquido da instituição atingiu R$ 27,5 milhões e a base de clientes aumentou 10,8%. Além disso, a Standard & Poor’s revisou e aumentou o rating do banco de B3 para BBB-, atingindo o grau de investimento. Banco teve um lucro líquido de R$ 27,5 milhões no semestre

Número de exportadoras sobe no Brasil Brasília - Em 1998, o Brasil tinha 15.807 empresas exportadoras. Passados 20 anos, o número de empresas brasileiras negociando com mercados internacionais saltou para 25,4 mil no ano passado, crescimento de 60%. Analisando por faixa de valor exportado, o maior crescimento foi observado no número de empresas que venderam entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões: eram 611 em 1998 e chegaram a 1.373 em 2017, aumento de 124%. O levantamento é da Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Rede CIN foi criada em 1998 para apoiar a indústria brasileira na inserção ao comércio internacional, como estratégia de competitividade e sustentabilidade dos negócios. Em duas décadas, o Brasil conquistou 50 novos mercados e passou a exportar o que antes comprava de fora, como trigo. De acordo com a CNI, a importância do tema não se restringe ao caixa das empresas, tendo impacto também na economia do País. De acordo com a CNI, nos últimos períodos de recessão – 2001 a 2002, 2008 a 2009, 2014 a 2017 – todos os indicadores macroeconômicos do Brasil, como Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no País), inflação e desemprego, pioraram. “Só o comércio exterior cresceu nesse período”, informou a entidade, explicando que muitas empresas recorrem às vendas internacionais durante períodos de turbulência no mercado doméstico. Rede CIN - Em 2017, a Rede CIN recebeu recursos da União Europeia, por meio do programa AL-Invest, para desenvolver um novo modelo de atendimento às empresas que buscam se internacionalizar, o Rota Global. Na execução do piloto do programa, 560 empresas industriais, agrícolas e de serviço passaram por um diagnóstico gratuito, que avaliou a maturidade da empresa para atuar lá fora. Dessas, 406 receberam planos de negócios customizados às suas necessidades para dar os passos necessários rumo ao comércio exterior. A maioria dos participantes são micros e pequenos negócios. Também em 2017, a CNI e o Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços assinaram um acordo de cooperação técnica para integrar o Rota Global, do setor privado, ao Plano Nacional de Cultura Exportadora, do governo federal. O objetivo é oferecer consultoria completa para empresas não exportadoras empreenderem no mercado internacional, com diagnóstico, desenho de estratégia de exportação e acompanhamento da execução do plano. (ABr)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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INTERNACIONAL INVASĂƒO DE HACKERS

Russos tentam ataque contra sites dos EUA Segundo a Microsoft, que impediu tentativas, açþes foram direcionadas a grupos de pesquisa de direita SĂŁo Paulo - Hackers liga- em publicação em seu blog. Republicano Internacional dos ao governo da RĂşssia ĂŠ composto por importantentaram atacar os sites de “Jogo polĂ­ticoâ€? - Uma tes republicanos, como o dois grupos de pesquisa autoridade diplomĂĄtica senador John McCain, que norte-americanos de di- russa negou as acusaçþes jĂĄ criticou as interaçþes do reita, sugerindo que estĂŁo e descreveu as alegaçþes presidente norte-americaampliando suas açþes no da Microsoft como parte no, Donald Trump, com perĂ­odo que antecede as de um jogo polĂ­tico, infor- a RĂşssia e o histĂłrico de eleiçþes de novembro nos mou a agĂŞncia de notĂ­cias direitos de Moscou. Estados Unidos (EUA), Interfax. O Instituto Hudson, oudisse a Microsoft. tro grupo conservador, jĂĄ “A Microsoft estĂĄ joganrealizou discussĂľes sobre A gigante de tecnologia informou que impediu tĂłpicos como ciberseguas tentativas na sema- “Estamos preocupados que essas rança, de acordo com a na passada, ao tomar Microsoft. A organizacontrole de sites que e outras tentativas representem ção tambĂŠm tem exaameaças Ă segurança de uma os hackers haviam deminado o crescimento senvolvido para imitar gama de grupos conectados a da cleptocracia, espeas pĂĄginas do Instituto cialmente na RĂşssia, e ambos os partidos, no perĂ­odo tem criticado o governo Republicano Internacional e do Instituto que antecede as eleiçþes de 2018â€? russo, relatou o New Hudson. Como parte da York Times. estratĂŠgia, usuĂĄrios eram do jogos polĂ­ticosâ€?, pon“Eles (os russos) estĂŁo redirecionados a endereços derou a fonte nĂŁo identi- conduzindo ataques que falsos, onde suas informa- ficada. “As eleiçþes (dos acreditam estar em seu çþes de login e senhas eram Estados Unidos) ainda nĂŁo prĂłprio interesse nacionalâ€?, aconteceram, mas jĂĄ hĂĄ disse o diretor do projeto solicitadas. “Estamos preocupados alegaçþesâ€?. de defesa Ă democracia Classificando as acusa- digital da Universidade de que essas e outras tentativas representem ameaças çþes como parte de uma Harvard, Eric Rosenbach, Ă segurança de uma gama, campanha anti-RĂşssia, ao New York Times. “Trata-se de atrapalhar cada vez maior, de gru- elaborada para justificar pos conectados a ambos novas sançþes contra o paĂ­s, e diminuir qualquer gruos partidos polĂ­ticos norte- a RĂşssia tem dito que quer po que desafie a maneira -americanos, no perĂ­odo melhorar, e nĂŁo piorar, os como a RĂşssia de Putin estĂĄ que antecede as eleiçþes laços com Washington. operando em casa e pelo de 2018â€?, disse a Microsoft, O conselho do Instituto mundoâ€?. (Reuters)

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

GOVERNO FEDERAL

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 27/GAPLS/2018 OBJETO: Aquisição de Material de Expediente e Limpeza. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 22/08/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 03/09/2018 Ă s 08:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas

VLI MULTIMODAL S.A.

CNPJ/MF n°. 42.276.907/0001-28 - NIRE 31.300.113.809 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 10 DE AGOSTO DE 2018. 1. DATA, HORA E LOCAL: Aos 10 (dez) dias do mĂŞs de agosto de 2018, Ă s 14:00h, na sede social da VLI Multimodal S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Rua SapucaĂ­, 383, 6Âş andar - parte, bairro Floresta, CEP 30150-904. 2. PRESENÇA E CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensadas as formalidades de convocação, na forma do ParĂĄgrafo 4Âş do Artigo 124 da Lei 6.404/76, em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas da Companhia. 3. MESA: Presidente: Marcus Vinicius de Faria Penteado; e SecretĂĄria: Talita Vasiunas Costa Silva. 4. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre: (i) nos termos do Artigo 6Âş, inciso (iii) do Estatuto Social da Companhia, a ePLVVmR SHOD &RPSDQKLD GH &HUWLÂżFDGR GH 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR (“EmissĂŁoâ€? e “CDCAâ€?, respectivamente), que se insere no contexto de uma operação de securitização GH UHFHEtYHLV GR DJURQHJyFLR TXH VHUYLUi GH ODVWUR SDUD D HPLVVmR GH FHUWLÂżFDGRV GH UHFHEtYHLV GR DJURQHJyFLR REMHWR GD Â? GpFLPD TXDUWD VpULH GD Â? SULPHLUD HPLVVmR GD 5% &DSLWDO &RPSDQKLD de Securitização (“Securitizadoraâ€?, “CRAâ€? e “Operação de Securitizaçãoâ€?), nos termos da Lei nÂş 11.076, de 30 de dezembro de 2004 e alteraçþes posteriores (“Lei 11.076´ D VHUHP REMHWR GH distribuição pĂşblica com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução da ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios (“CVM´ Qž GH GH MDQHLUR GH H DOWHUDo}HV SRVWHULRUHV ÂłInstrução CVM 476´ H LL D DXWRUL]DomR H UDWLÂżFDomR GD D QHJRFLDomR UHDOL]DGD H TXH YHQKD D VHU UHDOL]DGD futuramente pelos administradores da Companhia, em relação a todos os termos e condiçþes aplicĂĄveis ao CDCA e Ă Operação de Securitização, (b) celebração de quaisquer atos necessĂĄrios e FRQH[RV H VHXV UHVSHFWLYRV DGLWDPHQWRV TXH VHMDP QHFHVViULRV H RX UHFRPHQGiYHLV j implementação da EmissĂŁo e da Operação de Securitização, e (c) contratação de instituiçþes ÂżQDQFHLUDV H TXDLVTXHU RXWURV SUHVWDGRUHV GH VHUYLoRV QR kPELWR GD (PLVVmR H GD 2SHUDomR GH Securitização. 5. DELIBERAÇÕES: ,QVWDODGD D $VVHPEOHLD H GLVFXWLGDV DV PDWpULDV GD RUGHP GR dia, os acionistas da Companhia por unanimidade de votos e sem ressalvas, tomaram as seguintes deliberaçþes: 5.1. Aprovar a EmissĂŁo do CDCA pela Companhia, com as seguintes caracterĂ­sticas e condiçþes principais, as quais serĂŁo detalhadas e reguladas por meio do instrumento do CDCA: (i) Valor Total da EmissĂŁo. R$200.000.000,00 (duzentos milhĂľes de reais) (“Valor Nominalâ€?); (ii) Credora. RB Capital Companhia de Securitização. (iii) Data de EmissĂŁo. 11 de setembro de 2018 (“Data de EmissĂŁoâ€?). (iv) Data de Vencimento. 11 de setembro de 2023. (“Data de Vencimentoâ€?). (v) Remuneração 6REUH R 9DORU 1RPLQDO GR &'&$ RX VHX VDOGR LQFLGLUmR MXURV UHPXQHUDWyULRV D partir da data de integralização, ou da Ăşltima data de pagamento de remuneração, conforme o caso, DWp D UHVSHFWLYD GDWD GH SDJDPHQWR GH UHPXQHUDomR DSXUDGRV VREUH R 9DORU 1RPLQDO RX VHX VDOGR D TXDO FRUUHVSRQGHUi D XP YDORU GH DWp FHP SRU FHQWR GD 7D[D ', H[SUHVVD QD IRUPD SHUFHQWXDO DR DQR D VHU GHÂżQLGD QR 3URFHGLPHQWR GH Bookbuilding FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR (“Remuneraçãoâ€?). (vi) Forma e Cronograma de Pagamento . O saldo do Valor Nominal serĂĄ pago em sua totalidade na Data de Vencimento, exceto nos casos de resgate antecipado facultativo, resgate DQWHFLSDGR REULJDWyULR RX YHQFLPHQWR DQWHFLSDGR GR &'&$ $ 5HPXQHUDomR GHYHUi VHU SDJD semestralmente em cada data de pagamento de Remuneração, nas datas previstas no CDCA. (vii) 'HVFULomR GRV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR 9LQFXODGRV DR &'&$ 'LUHLWRV FUHGLWyULRV GR DJURQHJyFLR RULXQGRV GR &RQWUDWR GH 3UHVWDomR GH 6HUYLoR GH 7UDQVSRUWH )HUURYLiULR GH 0DGHLUD celebrado entre a Emitente e a Fibria Celulose S.A., em 22 de março de 2018, por meio do qual a Emitente se comprometeu a prestar serviço de transporte ferroviĂĄrio de madeira em toras ou toretes Ă Fibria Celulose S.A. (“'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLRâ€?). (viii) Garantias. O CDCA serĂĄ garantido por: (a) aval prestado pela VLI S.A., sociedade inscrita no CNPJ/MF sob nÂş 12.563.794/0001-80 (“Avalistaâ€? e “Aval´ UHVSHFWLYDPHQWH H E SHQKRU OHJDO VREUH RV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR nos termos do artigo 32 da Lei 11.076 (“Penhor Legalâ€?). (ix) (QFDUJRV 0RUDWyULRV 2V GpELWRV YHQFLGRV H QmR SDJRV VHUmR DFUHVFLGRV GH L MXURV GH PRUD GH XP SRU FHQWR DR PrV calculados pro rata temporis GHVGH D GDWD GH LQDGLPSOHPHQWR DWp D GDWD GR HIHWLYR SDJDPHQWR GR YDORU HP DWUDVR H LL PXOWD QmR FRPSHQVDWyULD GH GRLV SRU FHQWR VREUH R VDOGR HP DWUDVR (x) Destinação de Recursos. Os recursos captados por meio da emissĂŁo do CDCA serĂŁo destinados SDUD JHVWmR RUGLQiULD GRV QHJyFLRV GD &RPSDQKLD UHODFLRQDGRV FRP DWLYLGDGHV GH WUDQVSRUWH GH SURGXWRV DJUtFRODV LQFOXLQGR PDV QmR VH OLPLWDQGR D JUmRV PLOKR VRMD H IDUHOR GH VRMD Do~FDU H fertilizantes. (xi) 5HFRPSRVLomR GRV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR H $PRUWL]DomR ([WUDRUGLQiULD 2EULJDWyULD H 5HVJDWH $QWHFLSDGR 2EULJDWyULR GR &'&$. &DVR VHMD YHULÂżFDGD D UHGXomR QR YDORU GRV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR SDUD XP YDORU PHQRU GR TXH R YDORU GH UHVJDWH D VHU GHÂżQLGR QR &'&$ D &RPSDQKLD GHYHUi D VXEVWLWXLU RX FRPSOHPHQWDU RV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR REVHUYDQGR VH RV FULWpULRV GH HOHJLELOLGDGH GHÂżQLGRV QR &'&$ RX E DPRUWL]DU H[WUDRUGLQDULDPHQWH R &'&$ QR PRQWDQWH QHFHVViULR SDUD JDUDQWLU TXH R YDORU GRV 'LUHLWRV &UHGLWyULRV GR $JURQHJyFLR permaneça maior ou igual ao referido valor de resgate. &DVR VHMD YHULÂżFDGD D UHVFLVmR RX D H[WLQomR do contrato lastro do CDCA, a Companhia deverĂĄ substituĂ­-lo, ressalvado que tal substituição nĂŁo SRGHUi UHVXOWDU HP GLUHLWRV FUHGLWyULRV GR DJURQHJyFLR FRP YDORUHV LQIHULRUHV DR YDORU GH UHVJDWH GR &'&$ &DVR R FRQWUDWR QmR VHMD VXEVWLWXtGR WHPSHVWLYDPHQWH D &RPSDQKLD GHYHUi D HIHWXDU R UHVJDWH DQWHFLSDGR REULJDWyULR GR &'&$ (xii) Amortização ExtraordinĂĄria Facultativa e Resgate Antecipado Facultativo do CDCA. $ &RPSDQKLD SRGHUi UHDOL]DU D VHX H[FOXVLYR FULWpULR D TXDOTXHU tempo a partir da Data de EmissĂŁo e independentemente da vontade da Securitizadora ou dos WLWXODUHV GRV &5$ D D DPRUWL]DomR H[WUDRUGLQiULD IDFXOWDWLYD GR &'&$ OLPLWDGR D QRYHQWD H oito por cento) do seu Valor Nominal; ou (b) o resgate antecipado facultativo total do CDCA, mediante o pagamento, em ambos os casos mencionados nas alĂ­neas (a) e (b) acima, da parcela aplicĂĄvel do Valor Nominal do CDCA ou da integralidade do Valor Nominal do CDCA, conforme o caso, acrescida da Remuneração, calculada pro rata temporis desde a data de integralização (inclusive) ou da Ăşltima GDWD GH SDJDPHQWR GD 5HPXQHUDomR LQFOXVLYH FRQIRUPH R FDVR DWp D GDWD GD HIHWLYD DPRUWL]DomR H[WUDRUGLQiULD IDFXOWDWLYD RX GR UHVJDWH DQWHFLSDGR IDFXOWDWLYR H[FOXVLYH H GH XP SUrPLR GH FLQTXHQWD FHQWpVLPRV SRU FHQWR DR DQR EDVH GX]HQWRV H FLQTXHQWD H GRLV GLDV ~WHLV SHOR prazo remanescente do CDCA, calculado na forma prevista no CDCA. (xiii) Vinculação aos CRA. O CDCA serĂĄ vinculado aos CRA de emissĂŁo da Securitizadora, os quais serĂŁo distribuĂ­dos publicamente nos termos da Instrução CVM 476. (xiv) Procedimento de Alocação. As instituiçþes ÂżQDQFHLUDV LQWHJUDQWHV GR VLVWHPD GH GLVWULEXLomR GH YDORUHV PRELOLiULRV FRQWUDWDGDV SHOD &RPSDQKLD (“Coordenadoresâ€?) organizarĂŁo o procedimento de coleta de intençþes de investimento, para GHÂżQLomR GR SHUFHQWXDO D VHU DGRWDGR SDUD DSXUDomR GD 5HPXQHUDomR GRV &5$ H FRQVHTXHQWHPHQWH do CDCA (“Procedimento de Bookbuildingâ€?); e (xv) Vencimento Antecipado. O CDCA vencerĂĄ antecipadamente, pelo que se exigirĂĄ o pagamento pela Companhia do Valor Nominal (ou do saldo do Valor Nominal, conforme aplicĂĄvel), acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis, desde a data de integralização ou desde a data de pagamento da Remuneração imediatamente DQWHULRU FRQIRUPH R FDVR DWp D GDWD GR VHX HIHWLYR SDJDPHQWR QD RFRUUrQFLD GRV HYHQWRV D VHUHP previstos no CDCA. 5.2. $XWRUL]DU H UDWLÂżFDU L D QHJRFLDomR UHDOL]DGD H TXH YHQKD D VHU UHDOL]DGD futuramente pelos administradores da Companhia, em relação a todos os termos e condiçþes aplicĂĄveis Ă EmissĂŁo e Ă Operação de Securitização, (ii) a emissĂŁo pela Companhia do CDCA e celebração de todos e quaisquer demais instrumentos necessĂĄrios Ă EmissĂŁo e Ă Operação de Securitização, incluindo respectivos aditamentos e o contrato de colocação dos CRA, a ser celebrado entre a Companhia, os Coordenadores e a Securitizadora, e como interveniente anuente, o Avalista (“Contrato de Distribuiçãoâ€?), e (iii) a contratação dos Coordenadores e quaisquer outros prestadores GH VHUYLoRV QR kPELWR GD (PLVVmR H GD 2SHUDomR GH 6HFXULWL]DomR LQFOXLQGR DJrQFLD GH FODVVLÂżFDomR GH ULVFR DVVHVVRUHV OHJDLV VHFXULWL]DGRUD H DJHQWH ÂżGXFLiULR 6. LAVRATURA DA ATA: Aprovada a lavratura desta ata sob a forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos, conforme dispĂľe o artigo 130, § 1° da Lei n° 6.404/76. 7. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a presente ata, que foi lida, achada conforme e assinada por todos os acionistas presentes. Assinaturas: Mesa: Marcus Vinicius de Faria Penteado, Presidente; Talita Vasiunas Costa Silva, SecretĂĄria. Acionistas Presentes: VLI. S.A. (p.p. Talita Vasiunas Costa Silva); e VLI. Participaçþes S.A. (p.p. Talita Vasiunas Costa Silva). Belo Horizonte, 10 de agosto de 2018. &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH DWD p FySLD ÂżHO GD DWD ODYUDGD HP OLYUR SUySULR Talita Vasiunas Costa Silva - SecretĂĄria. CertidĂŁo -8&(0* &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

ATG PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF 10.307.495/0001-50 - NIRE 3130002780-5 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA - Ficam os senhores acionistas da ATG PARTICIPAÇÕES S.A. (“Companhiaâ€?) convocados para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 31 de agosto de 2018, Ă s 10:00h (dez horas) em primeira convocação, e Ă s 10:30h (dez horas e trinta minutos) do mesmo dia em segunda convocação, a ser realizada na Rua dos Guajajaras, nÂş 977, Sala 1102, Bairro de Lourdes, CEP 30180-105, no municĂ­pio de Belo Horizonte/ MG, quando os senhores acionistas serĂŁo chamados a deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) Alteração da sede social da Companhia e respectiva alteração do estatuto social; (ii) Alteração do Estatuto Social para realizar a extinção do Conselho de Administração da &RPSDQKLD GHÂżQLU DV FRPSHWrQFLDV H DWULEXLo}HV da Assembleia Geral e da Diretoria; (iii) Alteração do Estatuto Social para exclusĂŁo da clĂĄusula de arbitragem e inserção do foro da justiça comum de Belo Horizonte/MG; (iv) Consolidação do Estatuto Social da Companhia; (v) Eleição dos Membros da Diretoria; Informaçþes Relevantes: 1. Nos termos do §2Âş, do Art. 124 da Lei 6.404/76, a Companhia informa que a referida assembleia serĂĄ realizada em local diverso da atual sede, sendo que ela realizarse-ĂĄ no seguinte endereço: Rua dos Guajajaras, nÂş 977, Sala 1102, Bairro de Lourdes, CEP 30180105, no municĂ­pio de Belo Horizonte/MG. 2. Os GRFXPHQWRV H LQIRUPDo}HV UHIHUHQWHV jV PDWpULDV previstas na Ordem do Dia, jĂĄ estĂŁo disponĂ­veis na sede Companhia, para eventual consulta pelos Srs. acionistas. Roberto MĂĄrio Gonçalves Soares Filho Presidente do Conselho de Administração.

KREMLIN / FOTOS PĂšBLICAS

Relaçþes entre Donald Trump e Putin desagradam a muitos políticos com proximidade de eleiçþes

CRISE HUMANITĂ RIA

Conitos em Pacaraima afastam refugiados venezuelanos do Brasil SĂŁo Paulo - Ontem, era incomum o cenĂĄrio na tenda da Operação Acolhida, em Pacaraima, na fronteira entre Roraima e a Venezuela. Em vez das costumeiras filas de refugiados, que atĂŠ pouco chegavam a dar voltas do lado de fora do equipamento do ExĂŠrcito, responsĂĄvel por receber e fazer triagem dos imigrantes, havia diversos bancos de espera vazios. Segundo agentes do local, o fluxo de chegada de venezuelanos caiu de forma brusca desde o Ăşltimo sĂĄbado (18), quando um grupo O Serviço Social do ComĂŠrcio – SESC – Em Minas Gerais – Comunica que serĂĄ realizada Licitação na modalidade LeilĂŁo - n° 01/2018, que tem como objeto a alienação de mobiliĂĄrio de uso do SESC EM MINAS, no estado em que VH HQFRQWUDP D VHU UHDOL]DGR SHOR /HLORHLUR 3~EOLFR 2ÂżFLDO – Paschoal Costa Neto, matrĂ­cula JUCEMG nÂş 584. Realização do LeilĂŁo: 1ÂŞ etapa- “Onlineâ€?: terĂĄ inĂ­cio no dia 14 de Agosto de 2018, no site www.gpleiloes.com.br. 2ÂŞ etapa- Simultâneo (Presencial e Online Simultaneamente): terĂĄ inĂ­cio no dia 29 de agosto de 2018, Ă s 14:00 horas, Local: auditĂłrio da AMMG – Av. JoĂŁo Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte/ MG. Os bens estarĂŁo disponĂ­veis para visitação nos dias 27 e 28/08/2018, mediante agendamento com o escritĂłrio do leiloeiro pelo telefone (31)3241-4164. O Edital completo se encontra disponĂ­vel no sitio www.sescmg.com.br ou www. gpleiloes.com.br. Mais informaçþes pelo telefone: (31) 32414164. Belo Horizonte/MG, 23 de julho de 2018.

VLI MULTIMODAL S.A.

CNPJ/MF n° 42.276.907/0001-28 - NIRE 33.300.113.809 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA REALIZADAS, CUMULATIVAMENTE, EM 27 DE ABRIL DE 2018. DATA, HORA E LOCAL: Aos 27 (vinte e sete) dias do mĂŞs de abril de 2018, Ă s 10:00 horas, na sede social da VLI Multimodal S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua SapucaĂ­, 383, 6Âş andar – parte, bairro Floresta, CEP 30150-904. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensadas as formalidades de convocação, na forma do Artigo 124, § 4Âş da Lei nÂş 6.404/76, em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas da &RPSDQKLD 9HULÂżFDQGR SRUWDQWR TXRUXP VXÂżFLHQWH SDUD HIHWXDU DV GHOLEHUDo}HV FRQVWDQWHV GD Ordem do Dia. PRESENÇA E QUĂ“RUM: Acionistas representando a totalidade do capital social da &RPSDQKLD FRQIRUPH UHJLVWURV H DVVLQDWXUDV FRQVWDQWHV GR /LYUR GH 3UHVHQoD GH $FLRQLVWDV DUTXLYDGR na sede social da Companhia, declarada instalada a presente assembleia. Presentes, ainda, o DiretorPresidente da Companhia, Sr. Marcello Magistrini Spinelli e a advogada da Companhia, Sra. Talita Vasiunas Costa Silva. MESA: Presidente: Marcello Magistrini Spinelli; e SecretĂĄria: Talita Vasiunas Costa Silva. LEITURA DOS DOCUMENTOS: Foi dispensada, por unanimidade dos acionistas SUHVHQWHV D OHLWXUD GR 5HODWyULR GD $GPLQLVWUDomR GDV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV LQFOXVLYH UHVSHFWLYDV QRWDV H[SOLFDWLYDV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR VRFLDO ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH XPD YH] TXH RV GRFXPHQWRV IRUDP GHYLGDPHQWH SXEOLFDGRV QR 'LiULR 2ÂżFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SiJLQDV D 43, e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio, de Minas Gerais, pĂĄginas 13 a 15, em 27 de março de 2018, na forma do disposto pelo parĂĄgrafo 5Âş, do Artigo 133, da Lei das S/A. ORDEM DO DIA: ‡ $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD Deliberar sobre: L Apreciação do RelatĂłrio da Administração e exame, discussĂŁo e YRWDomR GDV 'HPRQVWUDo}HV )LQDQFHLUDV DFRPSDQKDGDV GR 3DUHFHU GRV $XGLWRUHV ,QGHSHQGHQWHV referentes ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017; e LL Proposta para a destinação do resultado do exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017. ‡ $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD - Deliberar sobre: LLL a Âż[DomR GD UHPXQHUDomR DQXDO H JOREDO GRV DGPLQLVWUDGRUHV H LY reeleição dos membros para compor a Diretoria da Companhia. DELIBERAÇÕES TOMADAS POR UNANIMIDADE DE VOTOS DOS ACIONISTAS: Prestados os esclarecimentos necessĂĄrios, os acionistas aprovaram, por unanimidade e sem reservas: ‡ $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD ‡ Foram DSURYDGRV R 5HODWyULR GD $GPLQLVWUDomR H DV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLV DFRPSDQKDGDV GR 5HODWyULR dos Auditores Independentes, referentes ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2017. ‡ Foi aprovada a destinação do Resultado obtido no exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de VHQGR DSXUDGR R OXFUR OtTXLGR GH 5 WUH]HQWRV H RQ]H PLOK}HV RLWRFHQWRV H QRYH PLO RLWHQWD H TXDWUR UHDLV H TXLQ]H FHQWDYRV D VHU GHVWLQDGR GD VHJXLQWH PDQHLUD D 5 TXLQ]H PLOK}HV TXLQKHQWRV H QRYHQWD PLO TXDWURFHQWRV H FLQTXHQWD H TXDWUR UHDLV H YLQWH H XP FHQWDYRV j 5HVHUYD /HJDO E 5 VHWHQWD H WUrV PLOK}HV QRYHFHQWRV H TXDWRU]H PLO oitocentos e sessenta e cinco reais e trinta e um centavos), a serem distribuĂ­dos aos acionistas, a tĂ­tulo GH GLYLGHQGRV PtQLPRV REULJDWyULRV FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH H FLQFR SRU FHQWR GR OXFUR OtTXLGR obtido apĂłs constituição da Reserva Legal e a ser pago de acordo com a sua participação no capital VRFLDO GD &RPSDQKLD DWp R GLD GH GH]HPEUR GH F D UHWHQomR GH 5 GX]HQWRV H YLQWH H PLOK}HV VHWHFHQWRV H TXDUHQWD H TXDWUR PLO TXLQKHQWRV H QRYHQWD H FLQFR UHDLV H QRYHQWD H WUrV FHQWDYRV HP 5HVHUYD GH /XFURV H G 5 TXLQKHQWRV H FLQTXHQWD H QRYD PLO FHQWR e sessenta e oito reais e setenta centavos) Ă Reserva de Incentivos Fiscais. ‡ $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD LLL 2V DFLRQLVWDV DSURYDUDP R YDORU GH 5 VHLV PLO UHDLV SDUD D UHPXQHUDomR anual e global dos administradores da Companhia referente ao exercĂ­cio social a se encerrar em 31 de dezembro de 2018, delegando Ă Diretoria a distribuição do valor ora aprovado. Os acionistas aprovaram a eleição para novo mandato de 2 (dois) anos dos membros da Diretoria da Companhia nos termos do Artigo 8Âş do Estatuto Social da Companhia, composta por: ‡ 6U 0DUFHOOR 0DJLVWULQQL 6SLQHOOL, brasileiro, casado, engenheiro, portador do documento de identidade nÂş 23012160-3, expedido pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o nÂş 197.378.918-30, com endereço comercial Ă Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, bairro Vila OlĂ­mpia, na cidade de SĂŁo Paulo/SP, CEP 04552-050, como 'LUHWRU 3UHVLGHQWH da Companhia; ‡ 6U 0DUFXV 9LQLFLXV GH )DULD 3HQWHDGR, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identidade RG nÂş 28194378-5, expedida pela IFPRJ, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 078.325.177-78, com endereço comercial Ă Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, bairro Vila OlĂ­mpia, na cidade de SĂŁo Paulo/SP, CEP 04552-050, como 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD; ‡ 6U )DELDQR %RGDQH]L /RUHQ]L EUDVLOHLUR FDVDGR DUTXLWHWR SRUWDGRU GD FDUWHLUD GH LGHQWLGDGH 5* Qž expedida pela SSP/RS, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 690.956.980-68, com endereço comercial Ă Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, bairro Vila OlĂ­mpia, na cidade de SĂŁo Paulo/SP, CEP 04552-050, como 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD; ‡ 6U *XVWDYR 6HUUmR &KDYHV, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identidade RG nÂş MG-18.287.053, expedida pela PC/MG, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 051.508.247-39, com endereço comercial na Rua SapucaĂ­, nÂş 383, Floresta, Belo Horizonte/ MG, CEP 30.150-904, como 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD; e ‡ 6U 5RGULJR 6DED 5XJJLHUR, brasileiro, casado, engenheiro, portador do documento de identidade nÂş 21401770, expedida pela SSP/ SP, inscrito no CPF sob o nÂş 160.665.238-44, com endereço comercial Ă Rua Helena, nÂş 235, 5Âş andar, bairro Vila OlĂ­mpia, na cidade de SĂŁo Paulo/SP, CEP 04552-050, como 'LUHWRU 6HP 'HVLJQDomR (VSHFtÂżFD Os membros da Diretoria ora eleitos ocuparĂŁo o mandato de 2 (dois) anos contados da presente data ou atĂŠ a Assembleia Geral OrdinĂĄria da Companhia a ser realizada em 2020, sendo SHUPLWLGD D UHHOHLomR FRQIRUPH GLVSRVWR QR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD 3RU ÂżP RV GLUHWRUHV RUD eleitos e nomeados para a Diretoria serĂŁo empossados mediante a assinatura dos respectivos termos GH SRVVH ODYUDGRV QR OLYUR GH DWDV GH UHXQL}HV GD 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD TXH HQJOREDUmR D GHFODUDomR GH GHVLPSHGLPHQWR GH DFRUGR FRP D OHJLVODomR DSOLFiYHO H TXH ÂżFDUmR DUTXLYDGRV QD VHGH GD &RPSDQKLD $ &RPSDQKLD PDQWHUi DUTXLYDGRV RV FRPSURYDQWHV SDUD DWHQGLPHQWR GH HOHJLELOLGDGH UHSXWDomR H FDSDFLGDGH H RX RXWURV UHTXLVLWRV QRUPDWLYRV OHJDLV GRV FRQVHOKHLURV RUD HOHLWRV HP cumprimento ao artigo 147 da Lei 6.404/76. No respectivo termo de posse, os diretores declararĂŁo, sob DV SHQDV GD OHL TXH D QmR HVWmR LPSHGLGRV GH H[HUFHU D DGPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD SRU OHL HVSHFLDO RX HP YLUWXGH GH FRQGHQDomR LQFOXVLYH GH VHX UHVSHFWLYR HIHLWR D SHQD TXH YHGH DLQGD TXH temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, FRQFXVVmR SHFXODWR RX FRQWUD D HFRQRPLD SRSXODU FRQWUD R VLVWHPD ÂżQDQFHLUR QDFLRQDO FRQWUD DV QRUPDV GH GHIHVD GD FRQFRUUrQFLD FRQWUD DV UHODo}HV GH FRQVXPR D Ip S~EOLFD RX D SURSULHGDGH E QmR RFXSDP FDUJR HP VRFLHGDGH TXH SRVVD VHU FRQVLGHUDGD FRQFRUUHQWH FRP D &RPSDQKLD H F QmR WrP H WDPSRXFR UHSUHVHQWDP LQWHUHVVH FRQĂ€LWDQWH FRP R GD &RPSDQKLD $ &RPSDQKLD PDQWHUi DUTXLYDGRV RV FRPSURYDQWHV SDUD DWHQGLPHQWR GH HOHJLELOLGDGH UHSXWDomR H FDSDFLGDGH H RX RXWURV UHTXLVLWRV QRUPDWLYRV OHJDLV GRV PHPEURV RUD HOHLWRV HP FXPSULPHQWR DR DUWLJR GD /HL ‡ /$95$785$ '$ $7$: Aprovada a lavratura desta ata sob a forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos, FRQIRUPH GLVS}H R DUWLJR † ƒ GD /HL Qƒ ENCERRAMENTO: E, nada mais havendo a WUDWDU VXVSHQGHUDP VH RV WUDEDOKRV SHOR WHPSR QHFHVViULR j ODYUDWXUD GHVVD DWD TXH OLGD H DFKDGD conforme, foi assinada pela mesa e por todos os acionistas presentes. Assinaturas: Mesa: Marcello Magistrini Spinelli, Presidente; Talita Vasiunas Costa Silva, SecretĂĄria. ACIONISTAS: VLI. S.A. (p.p. 7DOLWD 9DVLXQDV &RVWD 6LOYD H 9/, 3DUWLFLSDo}HV 6 $ S S 7DOLWD 9DVLXQDV &RVWD 6LOYD Belo Horizonte, 27 de abril de 2018. &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH DWD p FySLD ÂżHO GD DWD ODYUDGD HP OLYUR SUySULR QD TXDO FRQVWDP WRGDV DV DVVLQDWXUDV GRV SUHVHQWHV VHQGR TXH D SUHVHQWH DWD IRL DVVLQDGD GLJLWDOPHQWH YLD FHUWLÂżFDGR GLJLWDO SHOD VHFUHWiULD GD PHVD 6UD 7DOLWD 9DVLXQDV &RVWD 6LOYD 7DOLWD 9DVLXQDV &RVWD 6LOYD SecretĂĄria. &HUWLGmR -8&(0* &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

de moradores de Pacaraima destruiu objetos e incendiou barracas de refugiados. Se antes, cerca de 1,2 mil pessoas cruzavam a fronteira, ontem nĂŁo passavam de 300. “Queimaram todos os meus documentos, sĂł me sobrou a roupa do corpoâ€?, diz o engenheiro de sistemas Raul LeĂłn, de 36 anos, um dos venezuelanos atacados no sĂĄbado. Havia cruzado a fronteira na vĂŠspera. “A triagem demorou mais de um diaâ€?, conta. Desempregado, LeĂłn saiu da Venezuela para fugir da falta de comida e de remĂŠdios. “JĂĄ passei trĂŞs dias sem comerâ€?, diz. “Sei operar redes de comunicação, câmeras de segurança. Recomendaram-me trabalhar em Manaus, mas nĂŁo sei quando vou conseguir irâ€?.

de sĂĄbado, LeĂłn pensou em voltar. “Senti medo, mas depois as coisas foram se acalmandoâ€?, relata. “Os brasileiros pensaram que foram venezuelanos que agrediram o comerciante. Entendo. Mas nenhuma violĂŞncia se justificaâ€?. Ao lado da mulher e de cinco filhos, a mais nova de dois anos e o mais velho de 12, o comerciante Gregorio Bello, de 37 anos, estava com a passagem comprada para o Brasil quando recebeu a notĂ­cia do incĂŞndio no acampamento. “NĂŁo podia devolver, entĂŁo pensei: ‘vamos, em nome de Deus’â€?. O desejo, segundo conta, ĂŠ chegar a Boa Vista e matricular as crianças na escola. “AtĂŠ o momento, os brasileiros me atenderam muito bemâ€?, diz. “Espero Medo - ApĂłs as agressĂľes que dĂŞ tudo certoâ€?. (AE) TERCEIRA VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PĂšBLICA MUNICIPAL - Comarca de Belo Horizonte - EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO - PRAZO DE DEZ DIAS -Wauner Batista Ferreira Machado, Juiz de Direito da Comarca da Vara supra faz saber a todos quantos o presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento, que neste JuĂ­zo, situado na Av. Raja Gabaglia, 1753, 8Âş andar, Luxemburgo, Belo Horizonte, MG, tramita uma ação de Desapropriação movida pelo MUNICĂ?PIO DE BELO HORIZONTE contra JosĂŠ Lucas Barros e Outros; registrada sob o nÂş 024.11.278.597-7, tendo por objeto a desapropriação parte do lote de terreno nÂş 17A da quadra 76, com Pò QR EDLUUR 6mR -RmR %DWLVWD VHP QHQKXPD HGLĂ€FDomR FRQIRUPH SODQWD ORFDOL]DGR QD $Y 3HGUR I. s/nÂş, entre as ruas JoĂŁo Samaha e Moacyr FrĂłes, nesta Capital, Ă­ndice cadastral 908076 017A001X. E, tendo o(s) expropriado(s) , requerido o levantamento do valor referente ao preço depositado pelo MunicĂ­pio, apĂłs o cumprimento das formalidades legais (art.34 da Lei 3.365/41), para conhecimento de terceiros e GHPDLV LQWHUHVVDGRV H[SHGLX VH HVWH HGLWDO TXH VHUi DĂ€[DGR H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL %HOR +RUL]RQWH GH DJRVWR GH (X $JQDOGR ;DYLHU 'LDV (VFULYmR -XGLFLDO GLJLWHL H DVVLQR SRU RUGHP GR -XL]

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

GOVERNO FEDERAL

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO ConcorrĂŞncia nÂş: 01/GAPLS/2018 OBJETO: Serviço de manutenção e conservação de bens imĂłveis em Lagoa Santa. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 21/08/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 20/09/2018 Ă s 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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POLÍTICA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

ODEBRECHT

Migração de votos no PT ainda é baixa

Provas de ações contra o Quatro em cada dez eleitores de Lula dizem que não votarão em Haddad “de jeito nenhum” presidente serão partilhadas

São Paulo - A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira (20), mostra que o potencial de transferência de votos do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad tem um teto relativamente baixo até o momento. Quatro em cada dez eleitores de Lula, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato e preso em cela da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, afirmam que não votarão em Haddad “de jeito nenhum”. O levantamento mostrou Lula com 37% das intenções de voto, patamar que ele não havia atingido em meses anteriores. Dessa parcela específica do universo da pesquisa, formada pelos eleitores declarados de Lula, metade afirma que com certeza votará ou poderá votar em Haddad, se ele for o candidato apoiado pelo ex-presidente. Outros 10% desse contingente se declaram indecisos ou dizem não conhecer Haddad o suficiente para opinar. E outros 39% rejeitam a hipótese de votar nele. Para medir o potencial de votos de Haddad, o Ibope fez aos entrevistados a seguinte pergunta: “Caso o candidato pelo PT, Lula, seja impedido de disputar a eleição para presidente da República e declare seu apoio a Fernando Haddad, o(a) sr(a) com certeza votaria em Fernando Haddad, poderia votar nele ou não votaria em Fernando Haddad de jeito nenhum?” Mesmo com o teto baixo de transferência, Haddad pode capturar dos simpatizantes de Lula - e também de outros candidatos - uma parcela suficiente de votos para viabilizar a disputa por uma vaga no segundo turno. Levando-se em conta o universo total da pesquisa, e não apenas os eleitores de Lula, 13% afirmam que “com certeza” votarão no ex-prefeito, e outros 14%

dizem que poderiam votar. Conforme a edição desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, os números também mostram que 60% do eleitorado total (não apenas os que votam em Lula) não votariam em Haddad “de jeito nenhum”. O desafio, para o PT, é fazer chegar ao eleitorado a informação de que Haddad é o “plano B”, ao mesmo tempo em que insiste na narrativa de que Lula é o candidato do partido. Parte significativa da população parece estar acreditando na hipótese de que o ex-presidente será mesmo candidato: quase um terço dos entrevistados pelo Ibope diz achar que ele vencerá a eleição. Lula, porém, é candidato apenas do ponto de vista formal, ao menos até que a Justiça Eleitoral barre sua pretensão por impedimentos legais. Enquanto isso, Haddad, a menos de 50 dias da eleição, nem sequer pode se apresentar ao eleitorado como candidato.

RICARDO STUCKERT

Bahia - Em viagem a Salvador, Haddad se encontrou com o governador baiano, Rui Costa. O ex-prefeito de São Paulo se apresentou como “representante de Considerando não apenas os eleitores de Lula, 13% afirmam que votarão no ex-prefeito Lula”, disse o que ex-presidente é muito importante na corrida eleitoral, tanto é “que estaria a dois ou três pontos de vencer a eleição São Paulo - O governo do presidente ou péssimo e 2% o considera ótimo ou no primeiro turno” e que Michel Temer é reprovado por 76% bom. No Sul, a taxa de reprovação é ainda “não está tratando dos eleitores brasileiros, segundo de 74%, contra 4% de aprovação. de transferência de votos”. pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo Na soma das regiões Norte e Centrodivulgada na segunda-feira (20). No -Oeste, 70% da população não aprova Ciro Gomes - O candidato levantamento, 60% avaliam o governo o governo, enquanto que 4% o avalia à Presidência da República como péssimo e 16% consideram a como ótimo ou bom. No Sudeste, os pelo PDT, Ciro Gomes, se gestão Temer como ruim. índices ruim e péssimo somam 73%, esquivou ontem de fazer A administração é considerada re- e a aprovação soma 4%. maiores comentários sobre gular por 19% do eleitorado, 2% diz O Ibope ouviu 2.002 pessoas em o resultado da pesquisa que o governo está sendo bom e 1% o 142 municípios de 17 a 19 de agosIbope que o mostra, em um aponta como ótimo, o que faz a gestão to. A margem de erro é de 2 pontos dos cenários, tecnicamente do emedebista ter 3% de aprovação percentuais para mais ou para meempatado com Marina Silva na pesquisa. nos, considerando um intervalo de (Rede), em segundo lugar. O governo tem uma taxa maior de confiança de 95%. O levantamento “Nesta e para todas as oudesaprovação na região Nordeste, onde está registrado no TSE sob o número tras vale o mesmo. Pesquisa 86% do eleitorado o avalia como ruim BR-01665/2018. (AE) é retrato de momento, mas a vida é filme, não retrato”, No cenário sem o ex-pre- técnico com Marina (12%). afirmou Ciro, em agenda na política. É muito justo com candidatos a deputado que o povo olhe a política sidente Luiz Inácio Lula da Jair Bolsonaro (PSL) lidera pelo PDT, em Guarulhos. com muita desconfiança Silva (PT), a pesquisa Ibope/ com 20%. Com o petista na “O povo brasileiro está neste momento”, disse o Estadão/TV Globo mostra disputa, o pedetista marca Ciro com 9%, em empate 5%. (AE) gradualmente se ligando candidato.

Temer é reprovado por 76% do eleitorado

Subsídio - Com a decisão de Barroso, as provas colhidas nessa investigação agora serão usadas para subsidiar um outro inquérito, de relatoria do DIVULGAÇÃO ministro Edson Fachin. Esse outro inquérito investiga o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), e de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB). Essa segunda investigação gira em torno de relatos de delatores da Odebrecht sobre suposto pagamento de R$ 10 milhões em doações ilícitas para campanhas do MDB em troca de favorecimento da empresa. O acordo, segundo a delação, foi firmado durante reunião no Palácio do Jaburu em 2014, quando Temer era vice-presidente. No caso dos R$ 10 milhões, segundo a Odebrecht repassados ao grupo políPara ministro, pedido em favor de Lula, por Comitê de Direitos Humanos, não representa a ONU tico de Temer, as entregas teriam sido feitas por um Ministros do STF e do suspender a inelegibilidade Direitos Humanos da ONU operador do Rio Grande Superior Tribunal de Justiça e garantir a candidatura à solicitando ao Brasil que do Sul e no escritório do (STJ) acreditam que Lula Presidência da República. Lula possa ser candidato amigo e ex-assessor de tem chances mínimas de Eles também afirmam que não irá interferir na situação Temer, o advogado José conseguir uma liminar para o comunicado do Comitê de jurídica do petista. (AE) Yunes. (AE)

Moraes desqualifica pedido de Comitê da ONU Brasília - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na tarde de ontem que a posição do Comitê de Direitos Humanos da ONU a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não possui “efetividade jurídica alguma” e não representa a opinião da ONU, e sim de um “subcomitê do comitê”. Na última sexta-feira (17), o comitê emitiu um comunicado “solicitando ao Brasil que tome todas as medidas necessárias para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenciais”. No comunicado, o órgão solicita que esse direito “inclua o acesso apropriado à imprensa e membros de seu partido político” “Primeiro, não é uma manifestação da ONU, é um ‘subcomitê do comitê’. Segundo, não tem nenhu-

ma vinculação. Terceiro: é como uma manifestação do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), não tem efetividade jurídica alguma”, avaliou ontem Alexandre de Moraes ao chegar para a sessão da Primeira Turma. Ao destacar que o comitê solicita a adoção de “todas as medidas necessárias”, Moraes comentou: “Todas as providências sempre foram tomadas, aplicando a legislação. E o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que vai analisar o pedido de registro de Lula, vai aplicar a legislação. Como diria minha vó: cada macaco no seu galho.” Ofensiva – A defesa de Lula na arena eleitoral pretende usar o comunicado a favor do ex-presidente no pedido de registro que tramita no TSE. Personalidades do meio jurídico internacional, aliás, estão sendo procuradas por auxiliares do petista.

Brasília - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Polícia Federal e autorizou que provas colhidas no processo que apura o envolvimento do presidente Michel Temer na edição de medidas que poderiam ter beneficiado empresas do setor portuário sejam compartilhadas em outro inquérito, que apura um suposto pagamento de R$ 10 milhões da Odebrecht para campanhas do MDB. “Como se sabe, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite que elementos informativos de investigação criminal ou provas colhidas no bojo de instrução penal, ainda que sigilosos, possam ser compartilhados para fins de instruir outro processo criminal”, observou Barroso, em decisão assinada na última sexta-feira (17). Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto não havia se manifestado sobre a decisão de Barroso até a publicação deste texto. O inquérito de relatoria de Barroso apura se empresas que atuam no Porto de Santos, entre elas a Rodrimar, teriam sido beneficiadas pelo decreto assinado por Temer em maio de 2017. A medida ampliou de 25 para 35 anos as concessões do setor, prorrogáveis por até 70 anos. O inquérito investigava inicialmente, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar. Ao longo da apuração, entraram também na mira o amigo do presidente, João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

ELEIÇÕES 2018

JUDICIÁRIO

Lacerda retira sua candidatura ao governo de Minas Gerais

STF pode julgar Bolsonaro por racismo

Haverá desvinculação do PSB O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, do PSB, anunciou ontem a decisão de retirar sua candidatura ao governo de Minas Gerais nas eleições 2018. O pessebista vinha travando uma disputa com o comando nacional de seu partido, desde que a sigla fechou um acordo com o PT, que incluía a retirada de seu nome da disputa, como uma das contrapartidas para que a legenda permanecesse neutra na eleição presidencial. Por meio de uma carta, com o título “a velha política conseguiu me tirar desta eleição”, o ex-prefeito afirmou que irá se desvincular do PSB. “A impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1º turno, o que me leva a retirar minha candidatura”, declarou Lacerda. Na carta, Marcio Lacerda chamou o acordo entre PSB e PT de “antidemocrática e arbitrária” e afirmou que “resistiu” à aliança. “Minha indignação não aceitou essa negociata, essa imposição que agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros”, disse. Pelo acordo, o PSB deveria rifar a candidatura de Lacerda em Minas, para apoiar a tentativa de reeleição do atual governador, Fernando Pimentel (PT), enquanto os petistas retirariam as pretensões de Marília Arraes (PT) de concorrer ao governo do Pernambuco. Mesmo com o acordo, Lacerda vinha mantendo a candidatura, chegando a registrá-la no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). O ex-prefeito entrou no TRE e no Tribunal Superior de Eleitoral (TSE) com pedidos para tentar continuar na disputa. O ex-prefeito também explicou que deixará o partido por conta dos “reflexos” deste acordo. “Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e, principalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária deste País”, afirmou.

Na carta, Marcio Lacerda agradeceu o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), candidato a vice, e ao deputado federal, Jaime Martins (PROS), que disputaria o Senado. “quero agradecer profundamente a todos os partidos, dirigentes,

Em carta, ex-prefeito justifica, alegando que “a velha política conseguir me tirar dessa eleição”

parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, enfim, todos os políticos de bem que estiveram ao nosso lado neste momento

e que também estão profundamente indignados”, declarou. A coligação de Marcio Lacerda contava com MDB,

PDT, PROS, PV, PRB e Podemos. Os partidos se reuririam na tarde de ontem para definir os rumos da chapa. (AE) MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Estudo mostra que 79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição, sendo que 75% devem se reeleger

Congresso Nacional não terá grande renovação Brasília - Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que 79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro. Projeção da entidade aponta que 75% deles devem se reeleger. O levantamento foi feito após o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o Diap, o número de candidatos à reeleição (407) na Câmara ficou um pouco abaixo da média dos últimos sete pleitos (408), porém maior que na eleição de 2014, quando 387 tentaram renovar seus mandatos. Dos 106 que não vão se recandidatar para a Câmara, 31 não vão concorrer a nenhum cargo neste pleito e 75 disputam outros cargos. Destes, 40 concorrem ao Senado; 11 são candidatos a vice-governador; nove disputam o governo do estado; sete tentam vaga de deputado estadual;

seis são suplentes de candidatos ao Senado; e dois são candidatos à Presidência da República. Na avaliação do analista político Neuriberg Dias, um dos autores do levantamento, a expectativa e o sentimento da população por renovação na Casa serão “frustrados”neste pleito. Segundo Neuriberg Dias, o alto índice dos que vão tentar novo mandato com a continuidade dos grupos políticos (bancada rural, empresarial, evangélica, da bala e de parentes) que já estão no poder traz o risco de que a próxima composição da Câmara seja mais conservadora que a atual. “O perfil do Congresso Nacional será mantido. Esses grupos detêm muitos seguidores e pode ter até retrocesso”, disse o analista político. Além de emendas parlamentares, os que estão se recandidatando têm outras vantagens em relação a um

novo candidato: nome e número conhecidos, bases eleitorais consolidadas, cabos eleitorais fiéis, acesso mais fácil aos veículos de comunicação, estrutura de campanha, com gabinete e pessoal à disposição, em Brasília e no estado. O levantamento também indica que as mudanças na legislação que reduziram o tempo de campanha de 90 para 45 dias e do período eleitoral gratuito de 45 para 35 dias são outros dos motivos para a baixa renovação da Câmara. “As mudanças na legislação eleitoral com a criação do fundo eleitoral e a janela partidária (período no qual foi permitida a troca de partido sem perda de mandato) permitiram aos deputados e senadores negociarem melhores condições na disputa da reeleição, como prioridade no horário eleitoral e na destinação dos recursos do fundo eleitoral”, avalia o Diap. (ABr)

TSE intima candidatos a detalhar declaração de bens

Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou na noite de segunda-feira todos os candidatos às eleições deste ano, inclusive os 13 candidatos à Presidência da República, a detalharem a declaração de bens, após a Corte recuar de uma simplificação no sistema de declarações para as eleições deste ano. Na eleição de 2014, ao

declarar um bem imóvel, por exemplo, o candidato precisava detalhar além do valor, o tamanho e o endereço, mas neste ano tais informações não estavam sendo exigidas. No ano passado, o TSE resolveu simplificar o sistema de prestação de informações, com o intuito de torná-lo mais leve e célere, e extraiu os campos de detalhamento

na declaração de bens. Com a repercussão negativa da medida, o ministro Luiz Fux, presidente da Corte até a semana passada, decidiu recuar e reincluir os campos no sistema. Segundo o TSE, a medida tem por objetivo conferir “o maior grau de transparência possível ao processo eleitoral”. A partir do momento em

que foram intimados, todos os candidatos, a todos os cargos, passaram a poder fazer o detalhamento. Ao todo, 27.811 políticos tiveram pedidos de registro de candidatura protocolados no TSE. Somados somente os candidatos à Presidência da República, o patrimônio declarado neste ano foi de mais de R$ 834 milhões. Os dois mais

ricos concentram boa parte dessa quantia: João Amoêdo (Novo), com R$ 425 milhões; e Henrique Meirelles (MDB), com R$ 377,5 milhões. Neste ano, os candidatos têm permissão, se quiserem, a bancar a integralidade dos gastos de campanha, observados os limites de R$ 70 milhões para o primeiro turno e de R$ 35 milhões para o segundo turno. (ABr)

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para a inclusão na pauta da 1ª Turma da corte o julgamento sobre se torna réu o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, por racismo e manifestação discriminatória contra quilombolas, indígenas e refugiados. A denúncia criminal contra Bolsonaro - líder nas pesquisas de intenção de voto em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República em abril e se refere a uma palestra que o candidato deu no Clube Hebraica do Rio de Janeiro ano passado. Na ocasião, na avaliação da PGR, Bolsonaro fez um discurso de incitação ao ódio e preconceito direcionado a diversos grupos, como culpar indígenas pela não construção de hidrelétricas em Roraima. A decisão de Marco Aurélio de levar o caso para a turma significa que, do ponto de vista da instrução, a denúncia está pronta para ser julgada. Cabe ao presidente do colegiado e responsável por fazer a pauta, ministro Alexandre de Moraes, incluir o caso para julgamento da turma. A pauta da 1ª Turma de setembro, entretanto, ainda não foi divulgada. Em manifestação nos autos deste caso, a defesa de Bolsonaro disse que, ao oferecer a denúncia, a PGR agiu com “certo oportunismo diante da campanha eleitoral que se avizinhava”. Os advogados de Bolsonaro alegam que as declarações dele não configuram o crime de racismo. “Pelo contrário: longe de configurarem crimes, tais excertos expressam tão somente a opinião política do defendente, na qualidade de parlamentar no exercício da sua função, em diálogo mantido com o seu eleitorado”, diz a peça da defesa. Caso Bolsonaro vire réu no STF, não há qualquer tipo de impedimento em relação à candidatura ao Palácio do Planalto. A Lei da Ficha Limpa barra candidatos condenados por órgão colegiado da Justiça e dificilmente esse caso - se se transformar em uma ação penal - será julgado até as eleições. (Reuters)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

IVAN

MERCADO IMOBILIÁRIO

Tiradentes terá empreendimento inédito em Minas Gerais Investimentos somam R$ 40 mi DANIELA MACIEL

Experiente em loteamentos e condomínios, a Panoramia Desenvolvimento Urbano, sediada no bairro Estoril (região Oeste) lança, em outubro, o primeiro multipropriedades de Minas Gerais. A região escolhida foi a cidade de Tiradentes, no Campo das Vertentes. O terreno de 300 mil metros quadrados junto à Serra São José, na antiga saída para a cidade de Bichinhos, dará abrigo a 78 casas, divididas em três tipologias de 100 metros quadrados e 80 metros quadrados, assinadas pelo arquiteto Gustavo Pena, batizado Parsons – Moradas de Montanha. Os investimentos somam R$ 40 milhões. A tendência, já comum em outras localidades, especialmente em Caldas Novas (GO), permite que um imóvel tenha múltiplos donos que, por meio de

uma associação, dividem e fazem a gestão do seu uso. Todos os titulares têm direitos idênticos de uso e gozo do imóvel. A categoria tem como vantagem a oferta de serviços de manutenção e locação que otimizam a utilização da residência; as despesas reduzidas porque são rateadas entre os proprietários e, principalmente a oportunidade de adquirir um imóvel de alto padrão pagando apenas uma fração, proporcional ao tempo de uso. De acordo com o sócio da Panoramia, Andrey Luiz Cardoso, o investimento de R$ 40 milhões dará origem a um empreendimento que se diferencia por oferecer um espaço que prima pelo contato com a natureza intocada da região. “A maioria dos multipropriedades no Brasil são condomínios gigantescos, alguns com mais de mil unidades, em torno de

Projeto da Panoramia engloba a construção de 78 casas em um terreno de 300 mil metros quadrados junto à Serra de São José

um parque aquático. Aqui, além do número reduzido de casas, queremos privilegiar o contato com a cidade e a natureza exuberante da Serra de São José. Quem vai para Tiradentes quer curtir aquele ambiente único, cheio de história, arquitetura, gastronomia e muito charme. Essa é a nossa proposta”, explica Cardoso. As obras devem começar em março e a expectativa é que as primeiras 12 casas, o clube e a portaria sejam entregues em 24 meses. O valor da fração para o uso de uma casa por 14 dias é de

R$ 58 mil e de R$ 90 mil para o uso por 28 dias. Assim, cada casa será dividida em 13 frações, sendo sempre, uma delas reservada para a Panoramia. Durante a obra, cerca de 50 empregos diretos devem ser gerados. “Um empreendimento como este ajuda a movimentar toda a economia da região desde a construção não só com os empregos gerados diretamente, mas também, com a compra de insumos e a própria frequência dos proprietários que vão frequentar e consumir na ci-

COSMÉTICOS

TURISMO

Natura inaugura três lojas na Capital DHANI ACCIOLY BORGES

JULIANA BAETA

A Natura inaugura nesta semana três lojas próprias em Belo Horizonte, as únicas do Estado. A primeira delas foi aberta ontem no Diamond Mall, e as demais serão inauguradas amanhã (23) no BH Shopping e no sábado (25) no Pátio Savassi. Até então, a marca contava com 22 unidades no País e outras oito na Argentina, Estados Unidos, França e Chile. A expectativa é até o fim do ano, abrir mais de uma dezena de lojas no Brasil. Cada unidade tem até 80m² e emprega de cinco a oito pessoas. Conhecida pelo trabalho junto a consultoras de beleza, a Natura passou a instalar unidades físicas para integrar a venda de produtos à experiência de consumo. “A nossa maior preocupação é gerar a melhor experiência possível para o consumidor final. O nosso foco é a venda direta e reforçar a experiência do consumidor da marca. Além disso, proporcionamos integração entre os canais. Por exemplo, mesmo que um produto não seja encontrado na loja física, todo o nosso portfólio é vendido no on-line e é possível solicitar um produto e recebê-lo em casa em um prazo de até dois dias. Também fazemos um reforço na venda direta, com o treinamento dos colaboradores das lojas e convidamos as consultoras da região a irem às inaugurações. Ela podem ainda levar suas clientes para experimentação de

dade”, pontua o sócio da de fracionamento. Panoramia. Outras regiões do Estado já estão nos planos da PaMercado - De acordo com o noramia, como a Serra da estudo “Cenário do desen- Mantiqueira (Sul de Minas), volvimento de multipro- a Serra da Canastra (entre o priedades no Brasil 2018”, Sul de Minas e o Alto Paraconduzido pela Caio Calfat naíba) e a Serra do Caparaó Estate Consulting, o mercado (Zona da Mata). “Minas Gede multipropriedades apre- rais têm um grande potencial sentou um crescimento de para o multipropriedades. 48% no número de empre- O Estado é rico em recursos endimentos no comparativo naturais, história, gastrono2017/2018. Atribui-se a esses mia e cultura, tudo que esse dados o aumento do número tipo de público deseja como de projetos em construção, segunda moradia. Em breve que cresceu 73% e a adesão poderemos anunciar novos de empreendimentos pron- empreendimentos”, avalia tos, que adotaram o sistema o empresário.

Brasil é o segundo destino preferido dos russos segundo pesquisa DA REDAÇÃO

Segundo pesquisa realizada na Rússia pelo site Skyscanner, o Brasil ficou na segunda colocação entre os países que os turistas russos desejam visitar após terem tido contato com a torcida durante a Copa do Mundo de 2018. Na avaliação do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), a Campanha Happy By Nature (Felizes Por Natureza) realizou na Rússia, durante o torneiro, e que levou a alegria e hospitalidade do povo brasileiro como atrativo turístico continua dando Unidades da rede contam com até 80 metros quadrados e empregam entre 5 e 8 pessoas resultados O Brasil, de acordo com a pesquisa on-line do site produtos nas lojas”, conta a a adotar no ano passado abrir uma franquia Natu- especializado em busca de diretora de varejo da marca, as franquias, mas somente ra”, explica a diretora de passagens aéreas, hotéis e Paula Andrade. para consultoras já con- varejo, Paula Andrade. aluguel de carros, ficou atrás Para reforçar a experi- solidadas. No Brasil, são Sob o selo “Aqui tem apenas da Islândia, uma das ência do consumidor, as 1,1 milhão de pessoas que Natura”, as consultoras sensações da Copa e à frente lojas contam com bancada trabalham com a venda mais produtivas da marca de países como México, Ausde maquiagem, provadores direta dos produtos. Dividi- investem em um espaço trália e Peru. O resultado da de perfumes e itens de cui- das entre cinco estágios de comercial de rua ou gale- pesquisa reforça o interesse dado pessoal, e uma mesa atuação, desde o “semente” ria, onde o cliente também dos russos pelo Brasil como equipada com espelhos. até o “diamante”, e com pode, além de comprar, destino turístico, pelo povo Na ocasião das inaugura- diferentes percentuais de brasileiro e ratifica a escolha ções, a empresa também lucro, a empresa traça uma experimentar os produtos. do tema da campanha. Os franqueados contam disponibiliza uma série de espécie de plano de carreira “Nosso povo é acolhedor e com uma equipe de suporte serviços, como maquiagem, para as revendedoras. bem-humorado. O brasileiro e presentes para os con“Reforçamos o empre- e atendimento e também é sim um atrativo turístico. sumidores. “Para entrar endedorismo por meio das têm acesso à capacitação e Em um país com tamanha na praça de BH com o pé consultoras e quando elas treinamentos. A empresa variedade de produtos tudireito”, comenta Paula. atingem um alto patamar não informa os valores de rísticos, esse resultado da de vendas e são conside- investimento ou a mar- pesquisa é uma demonstraFranquias - Além das lojas radas consultoras premium, gem de faturamento por ção da força que a energia físicas, a empresa passou elas têm a possibilidade de franquia. e a simpatia brasileira têm ao redor do planeta”, afirma a presidente da Embratur, www.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio Teté Bezerra. Telefone: (31) 3469-2025 Um dos motivos para esgestaoenegocios@diariodocomercio.com.br colha do tema da campanha

Felizes Por Natureza foi o resultado de outra pesquisa, realizada após as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Após o megaevento, 98% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil elencaram a hospitalidade do brasileiro como diferencial. Esse dado foi um dos balizadores para a definição da estratégia da campanha da Embratur. O retorno de mídia da campanha é considerado expressivo. A campanha durou 40 dias e teve alcance de 304 milhões de pessoas, contabilizando os impactos gerados nas ruas, com as publicações da imprensa internacional e também com o engajamento nas redes sociais. Somente na imprensa internacional, o público estimado é de 200 milhões, com mais de 50 matérias publicadas em veículos nacionais e internacionais. Nas mídias sociais, são 104 milhões de impressões das publicações. Mais de 2,8 milhões de engajamentos nas postagens, como curtidas, reações e comentários. Além disso, houve um alcance aproximado de 3 milhões via influenciadores digitais. A Rússia é um mercado considerado estratégico para a Embratur. Desde setembro do ano passado, a Embratur realiza ações e reuniões in loco, ao estabelecer um escritório em Moscou. São 23 milhões de russos que viajaram pelo mundo no ano passado e gastaram US$ 27 bilhões, mas apenas 27 mil visitaram o Brasil.


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NEGÓCIOS SEBASTIÃO JACINTO JUNIOR/FIEMG/DIVULGAÇÃO

MODA

Fiemg apresenta novidades para a 23ª edição do Minas Trend Organizadores planejam fortalecer balcão de negócios DANIELA MACIEL

A 23ª edição do Minas Trend, que vai acontecer entre 29 de outubro e 1º de novembro, promete muitas novidades. Em evento realizado no Grande Hotel Ronaldo Fraga, na região Centro-Sul, o estilista e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, apresentaram o novo posicionamento do Minas Trend e convocaram a cadeia produtiva da moda a torná-lo ainda mais forte no que diz respeito ao salão de negócios e mais aberto à comunidade como um todo. À frente da Fiemg desde maio, o novo presidente destacou o caráter de transição pelo qual passa não só o Minas Trend, mas também a própria federação sob a sua gestão. Oriundo do

setor da moda, o empresário quer que o Minas Trend dialogue mais com a cidade e que os visitantes sintam o clima do evento já ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). “Quando uma nova gestão entra é natural que ela entre com novas propostas, ideias, valores e é normal que mudanças ocorram. Entendemos que o segmento é muito importante. Eu pertenço a esse segmento e vivo nele desde a década de 1990. Conheço, como poucos, a engrenagem do setor e sei dos valores e dos seus ativos. O maior ativo é a capacidade dos produtores criarem e gerarem beleza. Agora estamos projetando o Minas Trend para o futuro, para que vire adulto e independente.

Que ele pertença, de fato, ao segmento, garantindo a subsistência na próxima década”, afirmou Roscoe. Reconhecido como maior salão de negócios do setor da moda no Brasil, o evento promete inovações também como plataforma de comércio, reunindo fabricantes de vestuário, calçados, acessórios e bijuterias do Estado e de todo o País com compradores nacionais e estrangeiros. Na 22ª edição, realizada em abril com foco nas vendas de coleções primavera-verão 2019, participaram 205 expositores com giro estimado em R$ 200 milhões em negócios. A direção criativa dessa edição fica por conta de Ronaldo Fraga, estilista mineiro famoso por suas criações e posicionamento político, que usa a moda e desfiles

Novo posicionamento do Minas Trend foi apresentado por Flávio Roscoe e Ronaldo Fraga

para discutir temas sociais. “Eu tenho uma história com o Minas Trend, fui diretor criativo por sete edições. E agora que me chamaram novamente, pensei que o momento não é dar força para o Minas Trend, é dar força para a moda brasileira, uma indústria que já foi a segunda maior empregadora do País e hoje está caindo para terceiro ou quarto lugar, o que ainda é muito. Uma indústria que fala de tudo, de economia,

história, cultura. A moda é precisa ir além da roupa. tudo isso”, avaliou Fraga. Sugeri pensarmos no Minas Trend para 2030. Já são 23 Tema - O tema “Agora e edições e isso não é pouco. para sempre”, apresentado Vamos olhar para frente e durante o evento, sintetiza o imaginar onde esse evento desejo de perenidade e cons- pode chegar. É um evento tante renovação do Minas que quando a pessoa chegar Trend. O objetivo é ressaltar em Confins, a cidade inteira a brasilidade sem abrir mão esteja pensando esse evento. do coração do evento que é Que venda, como já vende, ser um evento da indústria. roupa, e venda também A ideia é convidar todas as serviço e que venda o depessoas para participarem. sejo de vir para esse lugar”, “Para sobreviver no pontuou o diretor criativo mundo moderno, a moda do Minas Trend.

TECNOLOGIA

Telefonia IP vem ganhando espaço entre as empresas DA REDAÇÃO

Uma pesquisa inédita realizada pela BroadSoft mostra que até 2020 mais da metade das empresas já terão adotado sistemas de comunicação unificada em nuvem. Isso acontece porque pequenas, médias e grandes empresas buscam alternativas para se posicionarem à frente de suas concorrentes e, com isso, estão aderindo as ferramentas que trazem mais eficiência para todo o negócio, um exemplo disso é a telefonia IP. Para o CEO da L5 Networks, Paulo Chabbouh, isso acontece porque a ferramenta em nuvem já ultrapassou o nível de eficiência e qualidade do sistema tradicional. “A telefonia em nuvem sai na frente por inúmeros motivos, além de gerar uma economia entre 20% e 80% para as empresas, ela entrega um sistema mais completo. Hoje em dia qual-

quer empresa que deseja se manter no mercado precisa se atualizar”, explica. Entre os serviços que a ferramenta entrega estão URA humanizada (pré-atendimento que guia os clientes pelos menus com fonética similar a uma conversa entre humanos), discador automático, relatórios completos com gráficos, resumo sobre chamadas e monitoramentos; gerando flexibilidade e otimização da infraestrutura. Com isso, uma empresa consegue ver o resultado desse sistema em vários aspectos, na economia, na ausência de cabos e fios, já que ela é hospedada na nuvem, em novas possibilidades de software e até no sistema organizacional e rendimento de trabalho. “As características da telefonia em nuvem podem melhorar a performance do negócio. A integração da internet e da telecomu-

DIVULGAÇÃO

nicação mudou a forma de trabalho. A conectividade trouxe mais dinamismo e agilidade para resoluções de problemas, tomada de decisões e gerando mais resultados”, pontua Chabbouh. E vo l u ç ã o - Se nos primórdios uma troca de mensagem dependia de sinal de fumaça ou até de um mensageiro, que podia levar até dias para entregar uma informação, hoje, a comunicação ganhou agilidade e dinamismo. Não é preciso voltar tanto no tempo para notar essa mudança, a convergência da tecnologia com a internet fez surgir a nuvem. “A possibilidade de atender o telefone da empresa no próprio smartphone ou de analisar o serviço a qualquer momento é fundamental hoje em dia. Ganhar tempo na resolução de problemas e dar mobilidade às ativida-

Chabbouh afirma que ferramenta em nuvem já ultrapassou a eficiência do sistema tradicional

des é um movimento que o próprio mundo corporativo exige. Como a nuvem está conectada à internet, o armazenamento de dados ou telefonia ficou ágil e o sistema pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo”,

finaliza Paulo Chabbouh. A L5 Networks é uma empresa brasileira que investe no desenvolvimento de tecnologia. Em atividade desde 2005, a empresa entrega ao mercado soluções inovadoras que aliam alta

tecnologia a redução de custos, como por exemplo, soluções em telefonia IP, PABX em nuvem, CRM, terceirização de TI e Private Cloud, dando suporte a empresas de qualquer porte e segmento.

IDEIAS

Gerações no ambiente de trabalho JANAINA RIBEIRO *

Muito se tem falado, nos últimos anos, das características das gerações Baby Boomers, X, Y e Z. Especialmente no ambiente organizacional, há uma preocupação permanente a respeito de possíveis conflitos. É importante ressaltar, no entanto, que existem, sim, grandes diferenças entre elas. Ao mesmo tempo, a convivência e o bom relacionamento não dependem de “rótulos”. Conhecer cada perfil pode auxiliar os gestores e profissionais de Recursos Humanos a integrar uma equipe composta de múltiplas gerações e, principalmente, gerar aprendizados a partir desse encontro. Os Baby Boomers são a geração que nasceu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1946 e 1964. Entre suas características está a valorização extrema do emprego. Ou seja, o importante é se manter, pelo maior tempo possível, na mesma empresa, independentemente de

prestígio, promoções ou conhecimento. O valor estaria em conquistar bens materiais e tranquilidade financeira. Logo depois dos Baby Boomers surgiu a chamada geração X, nascida entre o início da década de 1960 e final da década de 1970. Movidos por novas oportunidades, reconhecimento e desafios, seus integrantes iniciaram a busca por direitos, começaram a questionar a estabilidade como algo prioritário e despertaram interesse pela inovação. O conhecimento e a possibilidade de crescimento profissional ganham destaque, assim como a procura por trabalhos que agreguem valor à vida pessoal. Dessa forma, grandes empreendedores se formaram nesse grupo. Já a geração Y ou Millennials, nascida entre o início da década de 1980 e os primeiros anos da década de 1990, é marcada pela valorização da autonomia, do reconhecimento profissional, da autenticidade e do sucesso pessoal. A partir dela, se

amplia também a visão da importância das diferentes esferas sociais, como o respeito à diversidade racial e de gêneros, além do cuidado com o meio ambiente. Existem, ainda, os “nativos digitais”, termo criado por Marc Prensky para se referir aos nascidos e criados numa era em que a tecnologia está

É fundamental, para quem trabalha na área de Recursos Humanos, estimular a interação e a boa convivência num cenário de diversidades fortemente presente no dia a dia e se faz extremamente necessária para o desenvolvimento humano, organizacional e mundial. Também conhecidos por geração Z, essa é a turma mais “fechada” de todas e, por esse motivo, se notabiliza pela falta de proximidade

com o outro, pela dificuldade de ser ouvinte e pela preferência em usar os meios digitais para se comunicar. Diante desse cenário de múltiplos comportamentos, valores, experiências e preferências, como se dará a convivência e o bom relacionamento em um mesmo ambiente profissional? Esse encontro é, inegavelmente, um desafio para os gestores e as organizações. Contudo, se levarmos em consideração que essa diversidade pode estimular a troca de experiências e o aprendizado, há muito mais benefícios que dificuldades. Assim, é importante saber reconhecer e valorizar o melhor de cada geração para proporcionar o intercâmbio de aprendizado entre os diferentes perfis. As pessoas das gerações Baby Boomers e X conhecem melhor o mercado e detêm mais informações sobre a cultura organizacional. Elas podem, por exemplo, passar essa “bagagem” aos mais jovens e facilitar a adaptação.

Já a criatividade e o espírito empreendedor aguçado da geração Y são capazes de gerar maneiras diferentes e mais eficazes de resolver problemas, até porque esse grupo possui mais flexibilidade e facilidade de adequação às mudanças. A geração Z, por sua vez, pode contribuir de forma significativa nas questões tecnológicas, por possuir muito conhecimento e habilidade para lidar com o mundo digital. Portanto, é preciso desmistificar a ideia de que diferentes gerações não poderão trabalhar em equipe e deixar claro que os “rótulos” servem apenas para indicar determinadas características. Não é possível definir que um tipo é melhor ou mais difícil que o outro. Pelo contrário. É fundamental, para quem trabalha na área de Recursos Humanos, estimular a interação e a boa convivência num cenário de diversidades. * Coordenadora de Recursos Humanos da Fecomércio MG


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NEGÓCIOS FRANQUIAS

Feira em BH deve movimentar R$ 15 mi Franchising Fair chega a sua 31ª edição e deve contar com aproximadamente 80 marcas franqueadoras DIVULGAÇÃO

THAÍNE BELISSA

A Serraria Souza Pinto, localizada no centro de Belo Horizonte, será a sede da 31° Franchising Fair - Feira Nacional de Franquias, que acontece entre os dias 24 e 26 de agosto. Com um investimento de R$ 350 mil cerca de 20% a mais do que o investido no ano passado - a expectativa é que a feira cresça tanto em número de marcas participantes quanto em público visitante e geração de negócios. De acordo com o diretor-geral da feira, Ademar Pahl, o evento deve gerar R$ 15 milhões em negócios, o que significa um crescimento de 50% em relação à última edição. A feira é realizada pela Relance Feiras e Eventos em diversas capitais do País, sendo Belo Horizonte a principal praça para o evento, segundo Pahl. De acordo com ele, cerca de 80 marcas franqueadoras já estão inscritas para participarem desta edição, sendo que desse total cerca de dez marcas são mineiras. As demais são de diversos outros estados e que têm interesse em expandir para Minas Gerais. Entre as marcas mais conhecidas que participarão do evento estão Claro, Spoleto, Domino’s, Todeschini e Fisk. “O número de marcas participantes já é bem maior que o do ano passado, quando tivemos cerca de 50. Além disso, estamos trazendo marcas renomadas no País e um leque de opções que vão desde franquias com investimento inicial bem baixo até aquelas que exigem investimento mais alto”, diz. O diretor destaca que, nos últimos 30 anos, a feira conquistou seu lugar como um dos principais eventos do setor na cidade e, por isso, trata-se de uma “vitrine de oportunidades”. O diretor explica que a feira é destinada tanto ao público que tem interesse em

Empresas estimam bons resultados

Organizadores estimam que o evento contará com 5 mil participantes ante o público de 3 mil pessoas na edição anterior

conhecer mais o setor e também em comprar franquias, como para empresários que têm negócios tradicionais e querem transformá-los em franquias. Além da exposição de marcas franqueadoras, consultorias e formatadoras, o evento também conta com três palestras por dia sobre diferentes assuntos do franchising. Entre os temas das palestras estão “como escolher a franquia certa”, “oportunidades do mercado” e “como franquear seu negócio”. A expectativa é que o evento atraia cerca de 5 mil visitantes, o que significa crescimento em relação à 30ª edição que reuniu cerca de 3 mil pessoas. Pahl explica que a expectativa para tanto crescimento tem a ver com o maior investimento em marketing, com o maior número de marcas participantes, mas também com a resposta do mercado que tem sido mais positiva este ano. “Apesar dos reflexos da

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crise econômica e do período eleitoral, o clima é de otimismo. Na crise as pessoas preferem investir em negócios mais seguros, como as franquias. Além disso, há um número expressivo de franquias de outros estados interessadas em expandir em Minas Gerais”, afirma. Justamente por causa desse otimismo é que o diretor está esperando um resultado 50% maior em negócios gerados a partir da feira. A meta é chegar a um faturamento de R$ 15 milhões.

Setor - As boas perspectivas do diretor são amparadas pelos números do setor de franchising, que destoam de outros segmentos por serem muito mais positivos mesmo em tempos de crise. Segundo a Associação Brasileira de Franchising em Minas Gerais, em 2017 o segmento no Estado faturou R$ 1,210 bilhão e a meta para 2018 é que esse número salte para R$1,226 bilhão. Ademar Pahl destaca o clima de otimismo mesmo com a crise

Redes do segmento de beleza apostam em Minas

DANIELA MACIEL

DIVULGAÇÃO

A beleza e a vaidade das mineiras (e também dos mineiros) têm atraído a atenção das marcas de cosméticos. O Estado é um dos principais mercados dentro do Brasil. Franqueadoras do segmento de Beleza, Saúde e Bem-Estar de origem nacional e estrangeira não poupam esforços para se instalar no Estado. Minas Gerais é um dos pilares do consumo nacional. Apesar de cair no ranking mundial (de terceiro para quarto lugar), a indústria de higiene e beleza brasileira cresceu mais que a economia do País nos últimos anos. Em 2017, o setor registrou um faturamento de R$ 102 milhões em 2017, uma alta Yes! Cosmetics mantém um planto para atingir 120 unidades no País até o fim deste ano de 3,2% em relação a 2016 A brasileira Yes! Cosme- loja R$ 170 mil. A busca é ca The Body Shop, que há (R$ 99 milhões). Para 2018, a expectativa é de um aumen- tics inaugurou em Unaí, por lugares com grande um ano passou a integrar to de 3,8%, atingindo uma no Noroeste de Minas, em fluxo de pessoas com perfil o grupo brasileiro Natura, receita R$ 106 milhões. No junho, e planeja ainda para o econômico das classes B e C. voltada para os públicos A ano passado, o PIB brasileiro segundo semestre mais duas “A empresa tem 18 anos e es- e B também tem especial unidades em Belo Horizonte tamos há dois no franchising. interesse em Minas. Seguncresceu apenas 1%. Entre as franquias, o seg- e uma em Varginha, no Sul Minas Gerais é um território do a gerente de Expansão mento cresceu 12,1% em de Minas. O objetivo, de muito grande e forte no qual da The Body Shop, Ana faturamento entre 2016 e acordo com o gerente de estamos começando agora. Okamoto, para crescer no 2017, saltando de R$ 21,868 Marketing da Yes! Cosme- Acredito que possamos estar Brasil a empresa continua bilhões para 26,775 bilhões tics, Tiago Araújo, é fechar em todos os shoppings de apostando no desenvolvie o número de unidades um o ano com 120 unidades em Belo Horizonte e chegar mento de produtos nacionais a um total de 20 unidades e reforçado a presença em crescimento de 3,3%, segun- funcionamento. O investimento médio somando as lojas de rua só Minas. Já são quatro unidado dados da Associação Brasileira de Franchising para a abertura de um quios- na Capital”, explica Araújo. des em Minas – quatro na (ABF). que é de R$ 105 mil e para De outro lado, a britâni- Capital e uma e Uberlândia

(Triângulo) e outra em Juiz de Fora (Zona da Mata), a mais recente delas. “O plano é um crescimento de 10% no número de unidades que temos hoje no Brasil. Existe uma possibilidade grande de expansão no Estado. Imaginamos que cerca de 20% das nossas unidades devam ficar em Minas Gerais. O maior objetivo é aumentar a representatividade através de lojas e abrir uma em Belo Horizonte, além dos quiosques. A loja permite que o cliente conheça as linhas, o nosso conceito, com um trabalho de consultoria. Temos algumas novidades em termos de produtos para antigos e novos produtos. Essa renovação é contínua. Ainda existem linhas para ser importadas para o Brasil e produtos produzidos aqui também para serem lançados. Um que nos dá muito orgulho é a linha de leite de baobá, com matéria-prima do Maranhão”, explica Ana Okamoto. O projeto de loja não é restrito em shopping centers. Ruas charmosas e pequenos malls estrategicamente localizados podem receber a unidade. O investimento médio (sem o ponto) para abertura de loja é de R$ 350 mil e para quiosques de R$ 135 mil.

A Loja de Franquia é uma das marcas mineiras que estará presente na Franchising Fair pela sexta vez consecutiva. Além de ser uma formatadora de franquias, a empresa comercializa mais de 90 marcas de franquias de todo o País. Para o diretor da empresa, Lucien Newton, a feira é o principal evento do setor em Minas Gerais, tanto para quem comprar e vender franquias quanto para os empresários que querem transformar negócios tradicionais em franquias. Durante essa edição, a Loja de Franquia representará dez marcas. A empresa também vai oferecer seu trabalho de assessoria e formatação de franquias, além de cadastrar pessoas interessadas em receber uma assessoria gratuita sobre compra de franquia. “Nossa expectativa é fechar vendas de cinco franquias a partir dos contatos iniciados na feira, além de dois clientes para a formatação”, afirma. Para 2018 a meta da Loja de Franquia é comercializar 120 franquias e formatar 50 marcas em Belo Horizonte e em São Paulo. O diretor também espera um crescimento de 20% no faturamento em relação a 2017. Já a Dona Resolve é uma das muitas marcas que participarão da feira e que não são de Minas Gerais, mas têm interesse em expandir no Estado. De acordo com o sócio-presidente da franquia, Evandro Pinotti, a feira será estratégica para a marca que já procurava franqueados na capital mineira. “Já estamos presentes em Minas Gerais com três franquias no interior, mas na Capital ainda não temos unidades. A feira será uma grande oportunidade para fecharmos negociações que já estão em andamento na cidade e na região metropolitana”, diz. Ele afirma que a feira é um ambiente diferenciado para o fechamento de negócios porque permite uma apresentação mais detalhada da empresa e uma “conversa frente a frente”, o que nem sempre é possível, já que a sede da marca é em São Paulo. “Além disso, a feira é muito útil para encontrar novos clientes em potencial, além de ser um espaço de divulgação da marca para o público em geral”, completa. A expectativa do sócio é que o evento o ajude a fechar negócios para abertura de mais cinco franquias da Dona Resolve em Minas Gerais, sendo três em Belo Horizonte. Com investimento inicial de R$ 45 mil, a franquia é especializada em limpeza e facilidades domésticas e oferece serviços desde limpeza residencial e comercial até especializadas como limpeza pós-obra, limpeza pré-mudança, tratamento de pisos e lavagem de estofados. (TB)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CANA-DE-AÇÚCAR

Produção deve aumentar 2,5% em Minas Conab estima incremento de 23,3% de etanol total e queda de 19,4% no volume destinado ao açúcar MICHELLE VALVERDE

A produção de cana-de-açúcar, em Minas Gerais, deve crescer 2,5% na safra 2018/19 conforme previsão do segundo Acompanhamento da Safra Brasileira de Cana-de-Açúcar, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ao todo, está prevista a moagem de 66,6 milhões de toneladas de cana. A tendência é de maior destinação da cana para a produção de etanol, principalmente para o hidratado, que está com preços mais competitivos e demanda elevada no mercado. A produção de açúcar deve ficar menor em função dos estoques mundiais mais altos e os preços menores. De acordo com dados da Conab, a produção nacional de cana-de-açúcar ficará praticamente estável, com pequena variação positiva de 0,4% e a moagem de 635,51 milhões de toneladas. O incremento de 2% observado em Minas Gerais ficou acima do nacional devido à maior renovação dos canaviais. “Minas Gerais, ao contrário da maior parte do País, apresentou alta na produção de cana-de-açúcar. Isso tem como principal fator a renovação dos canaviais promovida nos últimos anos”, explicou o superintendente de Informações do Agronegócio da companhia, Cleverton Santana. Na safra 2018/19, a área produtiva de cana em Minas foi estimada em 851,3 mil hectares, aumento de 3,2% frente aos 824,9 mil hectares registrados no ano safra anterior. Segundo os pesquisadores da Conab, o aumento é resultado

dos projetos de renovação e de expansão nas áreas de cultivo no Estado, principalmente nas áreas próprias das unidades de produção. Em relação à produtividade, é esperada uma queda de 0,7%, com rendimento médio estimado em 78,2 toneladas por hectare. O recuo, que é considerado leve pelos técnicos da Conab, é resultado do menor volume de chuvas registrado no período. Porém, as melhorias no manejo das lavouras mantiveram a produtividade próxima ao resultado alcançado na safra 2017/18. “O período mais seco, nesse momento, é favorável para a safra, por aumentar a velocidade de colheita e melhorar a qualidade da cana. Sabemos que a falta de chuvas pode afetar o desenvolvimento do canavial para a próxima safra, mas ainda é muito cedo para fazer um prognóstico, porque a cana ainda tem muito tempo para se desenvolver até abril do ano que vem. Se o período de chuvas for regular, a cana poderá se recuperar”, explicou Santana. Etanol - Com demanda aquecida, a safra mineira segue mais voltada para a produção de etanol. O levantamento mostra um aumento de 23,3% no volume de cana-de-açúcar destinado à produção de etanol total. A previsão é esmagar 41 milhões de toneladas de cana para a produção do biocombustível, ante o volume de 33,3 milhões de toneladas utilizadas na safra anterior. Com o aumento da moagem, a produção de etanol total foi estimada em 3,29 bilhões de litros, elevação de 20,9%

DIVULGAÇÃO

País terá menor volume de adoçante

Com demanda em alta do etanol e preços baixos do açúcar, produtores priorizam biocombustível

ou de 569,2 milhões de litros a mais que o registrado na safra 2017/18. O destaque da safra será a fabricação de etanol hidratado. Para a safra atual, o volume de cana-de-açúcar destinada à produção do biocombustível foi ampliado em 32,2% e deve somar 27,3 milhões de toneladas. Com o aumento, o volume previsto é de 2,21 bilhões de litros de etanol hidratado, aumento expressivo de 29,4%. Para a produção do etanol anidro serão esmagadas 13,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, variação positiva de 8,8%. A produção deve alcançar 1 bilhão de litros, 65 milhões a mais ou crescimento de 6,5%. “O maior crescimento será na produção do etanol hidratado. Isso tem muita

GRÃOS

relação com o aumento da oferta, que reduz os preços e estimula o consumo, principalmente, com os reajustes constantes nos preços da gasolina”, disse Santana. Açúcar - Com a produção mundial maior, os preços pagos pelo açúcar no mercado internacional caíram nos últimos meses, o que desestimulou a produção mineira. De acordo com os dados da Conab, a destinação de cana para a geração de açúcar recuou 19,4% em Minas Gerais na safra 2018/19. Ao todo serão 25,5 milhões de toneladas de cana voltada para a produção do adoçante, ante 31,6 milhões de toneladas esmagadas na safra anterior. Com a queda no volume de cana, a produção de

açúcar prevista é de 3,34 milhões de toneladas, queda de 21,1% ou 892,4 mil toneladas a menos no atual período produtivo. “Já havia um prognóstico apontando para a diminuição da produção de açúcar por alguns fatores internacionais. O Brasil exporta cerca de 75% do açúcar que produz. Então, é o maior exportador do mundo. Só que alguns outros países, como a Índia e a Tailândia, estão com uma boa safra e, consequentemente, tem mais açúcar disponível no mercado. Por isso, as usinas voltaram a maior parte da produção para o etanol”, explicou o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana.

POLÍTICA SETORIAL

Gavilon do Brasil projeta se tornar o Abitrigo lança proposta para maior exportador para a China em 3 anos presidenciáveis, incluindo revisão de incentivos fiscais

São Paulo - A Gavilon do Brasil prevê rapidamente dobrar o volume anual de grãos negociados a partir do País, para cerca de 10 milhões de toneladas, mantendo uma estrutura “asset light”, o que significa operar sem terminais portuários ou plantas de processamento no País. Dentro dessa meta, a companhia, que pertence ao grupo da japonesa Marubeni, pretende se tornar o maior exportador de soja “independente” do Brasil para a China em três anos, informou o gerente-geral da empresa no País, Fabrício Mazaia. Para o ano fiscal de 2018, a Gavilon do Brasil espera comercializar 7 milhões de toneladas de grãos, contra 5,4 milhões de toneladas no exercício de 2017. Numa estimativa “conservadora”, os volumes de produtos negociados pela Gavilon poderiam subir para 10 milhões de toneladas, em três anos, disse Mazaia. “Dentro do nosso modelo ‘asset light’, acredito que este é o limite para o qual

podemos crescer”, disse ele em entrevista. A estratégia da Gavilon no Brasil difere do modelo utilizado pelos grandes comerciantes de commodities, como Archer Daniels Midlands (ADM) e Bunge, que possuem unidades de processamento de grãos e ativos de logística. No Brasil há quatro anos, a Gavilon agora ocupa o oitavo lugar entre os maiores exportadores de soja, de acordo com dados da agência marítima Cargonave para o ano até julho. A receita líquida subiu 60%, para cerca de R$ 4,9 bilhões no ano fiscal de 2017. Apesar do sucesso inicial, a Gavilon enfrenta ventos desfavoráveis, já que as margens tendem a permanecer apertadas devido à competição acirrada no fornecimento de grãos no Brasil, onde as futuras vendas de grãos ficaram travadas devido à incerteza sobre os custos com fretes. As novas regras de fretes, definidas pelo governo como uma das medidas para

acabar com uma greve dos caminhoneiros em maio, prejudicaram as vendas futuras de grãos e fizeram com que a Gavilon aumentasse as provisões relacionadas ao transporte contra custos mais altos de frete, disse Mazaia. Como resultado dessas incertezas, mais grãos serão comercializados no mercado spot, o que pode ser prejudicial para as margens e o planejamento de longo prazo para todos os operadores de grãos, afirmou ele. “O diferencial de compra e venda aumentou de centavos para até R$ 5 por saca”, informou Mazaia, referindo-se ao estado de negociações da soja depois que as regras de frete mudaram. Embora a compra de ativos de infraestrutura não seja uma prioridade sob o modelo da Gavilon, os terminais portuários e os centros de transbordo poderiam ser adicionados no futuro, disse o executivo. Segundo Mazaia, a empresa faz negócios com operações que já possuem infraestrutura. (Reuters)

São Paulo - A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) lançou ontem uma proposta de política setorial para a commodity, a ser apresentada aos candidatos à Presidência da República, com eixos de ação que vão desde revisão de incentivos fiscais até ampliação da área plantada, passando por investimentos em logística. A proposta para uma Política Nacional do Trigo visa impulsionar a oferta do cereal no Brasil, um importador líquido do grão. “Toda a cadeia vai se beneficiar de uma política nacional, o que não há no Brasil”, disse o presidente da Abitrigo, embaixador Rubens Barbosa. Em 2018, a previsão é de produção de 5,14 milhões de toneladas, com compras no exterior de 6,3 milhões de toneladas, a maior parte vindo da Argentina, segundo os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Conforme a Abitrigo, são

seis os eixos que norteiam a proposta: ambiente legal, produção, incentivos fiscais, ambiente de negócios, comércio internacional e logística e infraestrutura. “As propostas seguem uma linha moderna, sintonizada com as mudanças que os mercados nacional e internacional vêm sofrendo. Têm foco na inovação, no crescimento da competitividade das empresas brasileiras e na qualidade dos produtos entregues a um consumidor cada vez mais exigente”, destacou a associação. A Abitrigo defende, em sua proposta, desburocratização e revisão de normas e procedimentos dos órgãos reguladores, apoio à pesquisa, isonomia tributária em toda a cadeia produtiva, modernização de portos e da cabotagem, investimentos em armazenagem, dentre outros pontos. A Abitrigo é integrada por 44 moinhos, representando mais de 85% da indústria moageira do Brasil. (Reuters)

São Paulo - O Brasil deve produzir na atual safra 2018/19, iniciada em abril, o menor volume de açúcar desde 2015/16, com usinas do maior player global do setor sucroenergético impulsionando a fabricação de etanol, projetou ontem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em seu segundo levantamento sobre o ciclo vigente, a Conab previu uma produção de 34,25 milhões de toneladas de açúcar, ante 35,48 milhões na estimativa anterior, de maio, e 37,86 milhões de toneladas no ciclo passado. Trata-se de um volume semelhante ao observado três anos atrás, segundo o órgão de estatísticas. Do total, 31,60 milhões de toneladas virão do Centro-Sul, principal área produtora do País, e os outros 2,64 milhões do Norte/ Nordeste. O corte na estimativa ocorre em meio ao enfraquecimento das cotações internacionais do açúcar, que na véspera tocaram o menor nível em uma década, abaixo de 10 centavos de dólar por libra-peso. Além disso, o etanol tem se mostrado mais atrativo internamente, na esteira de mudanças tributárias e uma nova política de formação de preços de combustíveis pela Petrobras. Segundo a Conab, o Brasil deverá produzir neste ano 30,41 bilhões de litros de álcool. O volume é superior aos 28,16 bilhões de litros estimados em maio e também frente os 27,24 bilhões de 2017/18. O Centro-Sul responderá por 93,5% do total. “O etanol, diferentemente do açúcar, que tem sua comercialização pautada em contratos futuros, permite que a unidade de produção aumente o fluxo de caixa com maior rapidez, uma vez que a comercialização é praticamente instantânea. O pagamento é realizado tão logo o combustível é entregue na distribuidora”, lembrou a Conab. A companhia estimou ainda uma produção de 635,51 milhões de toneladas de cana em 2018/19, sendo 587,47 milhões no Centro-Sul e 48,04 milhões no Norte/ Nordeste, Em maio, previa moagem de 625,96 milhões de toneladas, enquanto em 2017/18 o volume foi de 633,26 milhões. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

TEMOR NO MERCADO

Dólar avança e supera a barreira dos R$ 4 Moeda norte-americana foi a R$ 4,03 na venda, atingindo o maior nível desde 18 de fevereiro de 2016 São Paulo - O dólar saltou 2% ontem e fechou no patamar de R$ 4 pela primeira vez desde fevereiro de 2016, com os investidores começando a colocar nos preços a possibilidade de o candidato à Presidência preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), não ir para o segundo turno, já que continua sem ganhar tração na disputa. O dólar avançou 2,01%, a R$ 4,0372 na venda, maior nível desde os R$ 4,049 de 18 de fevereiro de 2016. Foi a quinta alta consecutiva do dólar, período no qual avançou 4,40%. Na máxima do dia, atingiu R$ 4,0382. O dólar futuro tinha valorização de 1,70%. “O mercado não considerava, até poucos dias atrás, um cenário sem Alckmin no segundo turno, mas já começou a precificá-lo. Assim, o dólar tem mesmo que ir para outro patamar”, afirmou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira. Pesquisa do Ibope divulgada na noite de segunda-feira (20), revelou que, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) liderava a corrida pelo Palácio do Planalto com 20% das intenções de voto. Em seguida, vinham Marina Silva (Rede), com 12%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%, Alckmin, com 7%, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4%, e o senador Álvaro Dias (Podemos), com 3%. O Ibope mostrou ainda que, em um cenário com a presença de Lula na disputa, ele liderava a pesquisa com 37% das intenções de voto.

RICARDO MORAES/REUTERS

O temor dos investidores é que o ex-presidente, que está preso desde abril, consiga transferir boa parte dos votos para Haddad, que deve substituí-lo na disputa se sua candidatura for barrada pela lei da Ficha Limpa. “O novo patamar do dólar nesse novo cenário é entre R$ 4,20 e R$ 4,50”, afirmou Silveira, acrescentando que o dólar demorou muito para precificar uma mudança de cenário. Piora do humor - Na parte da tarde, um recorte da pesquisa do Ibope referente ao estado de São Paulo, reduto de Alckmin, que foi governador, acabou azedando ainda mais o humor dos investidores, que zeraram operações vendidas. “Se nem em São Paulo Alckmin lidera, fica difícil a situação dele no Brasil”, justificou um operador de câmbio de uma corretora estrangeira. Segundo esse recorte, Alckmin está atrás de Bolsonaro em São Paulo tanto no cenário sem o ex-presidente Lula, quanto naquele em que o petista aparece, com, respectivamente, 9 pontos e 7 pontos atrás do candidato do PSL. Mas há avaliações no mercado de que o início da campanha eleitoral na TV e no rádio, marcada para o próximo dia 31, pode mudar o cenário, já que Alckmin terá o maior tempo de exposição. No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes, após o presidente Donald Trump, em entrevista à Reuters na segunda-feira, ter criticado a política de aumento de juros

DÍVIDA COM UNIÃO

Valorização do dólar frente ao real já reflete a percepção do mercado sobre a possibilidade de Alckmin ficar fora do 2º turno

do Federal Reserve, banco central norte-americano. O Banco Central (BC) brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,6 bilhões, do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro. Com o nível elevado do dólar, há quem veja necessidade de intervenção do BC, que, repetidas vezes, avisou que provém liquidez quando o mercado está disfuncional. B3 - O Ibovespa, por outro lado, fechou em queda on-

SULAMÉRICA

BNDES antecipa o pagamento de mais R$ 30 bi ao Tesouro

Plataformas digitais e juros modificam mercado de fundos

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, confirmou ontem que a instituição de fomento fez o pagamento antecipado de mais R$ 30 bilhões ao Tesouro Nacional nesta semana, última parcela da devolução total de R$ 130 bilhões para 2018, como pedido, no ano passado, pelo Ministério da Fazenda. Segundo Oliveira, nos últimos anos, o BNDES devolveu antecipadamente ao Tesouro valor equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Na semana passada, o BNDES anunciou a devolução de R$ 40 bilhões. Com as devoluções deste ano, o banco de fomento terá devolvido, desde dezembro de 2015, R$ 340 bilhões da dívida total com a União. “É uma contribuição importante do BNDES para a saúde financeira das contas públicas”, afirmou Oliveira, ao deixar audiência pública sobre transparência nas ações do BNDES.

São Paulo - O crescimento das plataformas digitais e a queda dos juros têm alterado a fotografia da indústria de fundos e da previdência, disse o vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica, Marcelo Mello, ontem a jornalistas. Nesse sentido, ele acredita que se a taxa de juros se estabilizar abaixo de 10%, a demanda deve pressionar as taxas de administração, favorecendo, principalmente, investidores do varejo. “As plataformas estão mudando o nível de concentração que víamos da indústria de fundos, em especial para os gestores independentes, como a SulAmérica, que obteve uma capilaridade muito grande para seus produtos”, comentou. De acordo com ele, há cinco anos, 95% da indústria de fundos estava nas mãos dos gestores de grandes bancos, enquanto hoje a proporção está em 80% e os outros 20% nos gestores independentes. Mello observou também que, com a Selic estabilizada abaixo de 10%, a migração para a diversificação em produtos de investimento provocará pressão de baixa nas taxas de administração. “A indústria tende a se sofisticar e a diferença das taxas de administração para clientes institucionais, que já está espremida, e para o varejo, que é mais alta, deve se estreitar”, avaliou. Mello enfatizou ainda que, se a economia migrar para a normalidade, o mercado de ações tende a atrair atenção, citando haver um grande volume de investimentos represados para esse segmento. (AE)

Renegociação - Com a renegociação de toda a dívida com a União, antecipada pelo Estadão/Broadcast, o BNDES encurtou o prazo da dívida de 2060 para 2040 e estabeleceu um cronograma de pagamentos ano a ano. Em 2019, o banco de fomento devolverá mais R$ 26 bilhões. Segundo Oliveira, a renegociação, aprovada pelo Conselho de Administração do banco de fomento no mês passado, ainda precisa de aval final do Ministério da Fazenda e do Tribunal de Contas da União (TCU), mas o presidente da instituição disse não crer em mudanças no acordo. (AE)

tem, na mínima em quase seis semanas, com agentes financeiros aflitos sobre o cenário eleitoral, conforme o desempenho do candidato preferido pelo mercado, o

tucano Geraldo Alckmin, segue decepcionando nas pesquisas sobre a preferência dos eleitores. O principal índice de ações da B3 encerrou em

baixa de 1,5%, a 75.180,40 pontos, menor patamar desde 11 de julho, quando fechou a 74.398,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 10,8 bilhões. (Reuters)




Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar COMERCIAL

PTAX (BC)

TURISMO

PARALELO

20/08/2018

17/08/2018

COMPRA

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VENDA

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COMPRA

R$ 3,9867

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VENDA

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R$ 3,9430

R$ 3,9389

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COMPRA

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R$ 3,9230

R$ 3,8900

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VENDA

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R$ 4,1070

R$ 4,0630

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COMPRA

R$ 4,1100

R$ 4,0400

R$ 3,9900

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VENDA

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R$ 4,1400

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Capital de Giro

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Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

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Over

6,40% - a.a.

)RQWH: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

21/08/2018

20/08/2018

17/08/2018

US$ 1.195,50

US$1.190,20

US$1.179,80

R$ 153,00

R$ 150,50

R$ 147,15

BM&F-SP (g) )RQWH AE

Taxas Selic Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

TR/Poupança

21/08/2018

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Reservas Internacionais 20/08 .......................................................................... US$ 380.788 milhĂľes )RQWH: BC

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De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

AtĂŠ 1.903,98

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendårio 2015

$JRVWR 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,03 83& 5

23,51 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

6HW 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

Taxas de câmbio 02('$ 3$Ă‹6 BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 570 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978

-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5687 0,8161 0,007004 0,4551 0,6164 0,473 0,437 0,1785 0,0812 0,03359 13,1357 0,003322 5,6151 0,0389 1,0853 2,9306 3,9867 3,9867 3,0552 0,01894 4,7546 2,9145 0,5079 0,5837 3,9867 0,01422 4,0351 0,000687 0,03608 0,2225 5,1245 0,002626 5,1269 0,1298 0,6544 1,2079 0,05708 0,006016 0,001334 3,9867 0,07988 0,07469 0,2112 0,1256 0,53 0,002628 0,582 0,5831 1,0946 10,3497 0,01593 0,0000949 1,0629 0,0009678 0,9726 0,05923 0,0002733 0,2572 1,0946 0,003567 1,0714 4,5975

9(1'$ 0,5812 0,8247 0,007035 0,4557 0,6166 0,4733 0,4371 0,1787 0,08238 0,03376 13,1638 0,003361 5,6238 0,03905 1,0856 2,9319 3,9873 3,9873 3,0559 0,01917 4,8331 2,9155 0,508 0,5996 3,9873 0,01425 4,0374 0,0006885 0,03609 0,2238 5,1273 0,002644 5,1317 0,1299 0,6618 1,2092 0,05717 0,00602 0,001336 3,9873 0,07999 0,07473 0,2113 0,1258 0,5327 0,002646 0,5826 0,5834 1,0954 10,362 0,01595 0,0000949 1,0631 0,0009919 0,9735 0,05927 0,0002736 0,2586 1,0954 0,003568 1,072 4,5997

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Abril/2018 Maio/2018

&UpGLWR Junho/2018 Julho/2018

Seguros

TBF

04/08

0,01311781 2,92791132

05/08

0,01311781 2,92791132

06/08

0,01311781 2,92791132

07/08

0,01311781 2,92791132

08/08

0,01311781 2,92791132

09/08

0,01311781 2,92791132

07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 )RQWH $(

10/08

0,01311781 2,92791132

11/08

0,01311781 2,92791132

12/08

0,01311781 2,92791132

13/08

0,01311781 2,92791132

14/08

0,01311781 2,92791132

15/08

0,01311781 2,92791132

16/08

0,01311781 2,92791132

17/08

0,01311781 2,92791132

18/08

0,01311781 2,92791132

19/08

0,01311781 2,92791132

20/08

0,01311781 2,92791132

21/08

0,01311781 2,92791132

22/08 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

0,5302 0,5077 0,4852 0,4622 0,4625 0,4857 0,5089 0,5093 0,5093 0,4857 0,4624 0,4634 0,4866 0,5098

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Julho ,*3 ', )*9

Julho ,*3 0 )*9

Julho

1,0448 1,0859 1,0824

16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08 01/08 a 01/09 02/08 a 02/09

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

03/08 a 03/09 04/08 a 04/09 05/08 a 05/09 06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 23

35/2001). Darf Comum (2 vias)

IOF - Pagamento do IOF apurado no 2º decêndio de agosto/2018: Operaçþes de crÊdito - Pessoa Jurídica - Cód. Darf 1150. Operaçþes de crÊdito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliårios - Cód. Darf 6854. Factoring - Cód. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ¿QDQFHLUR - Cód. Darf 4028. Darf Comum (2 vias)

IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre todos os SURGXWRV H[FHWR RV FODVVL¿FDGRV QR Capítulo 22, nos códigos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posiçþes 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi) Cód. Darf 5123. Darf Comum (2 vias)

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 11 a 20.08.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre FDSLWDO SUySULR H DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV inclusive os atribuĂ­dos a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 24 &RÂżQV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de julho/2018 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei Qž &RÂżQV 'HPDLV (QWLGDGHV &yG 'DUI &RÂżQV &RPEXVWtYHLV &yG 'DUI &RÂżQV - Fabricantes/Importadores de veĂ­culos em substituição tributĂĄria - CĂłd. Darf &RÂżQV QmR FXPXODWLYD /HL Qž 10.833/2003) - CĂłd. Darf 5856. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001). Darf Comum (2 vias) 3,6 3DVHS Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de julho/2018 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): PIS-Pasep - Faturamento (cumulativo) - CĂłd. Darf 8109. PIS CombustĂ­veis - CĂłd. Darf 6824. PIS - NĂŁo cumulativo (Lei nÂş 10.637/2002) - CĂłd. Darf 6912. PIS-Pasep - Folha de SalĂĄrios - CĂłd. Darf 8301. PIS-Pasep - Pessoa JurĂ­dica de Direito PĂşblico - CĂłd. Darf 3703. PIS - Fabricantes/ Importadores de veĂ­culos em substituição tributĂĄria - CĂłd. Darf 8496. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-

IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre produtos FODVVL¿FDGRV QR &DStWXOR GD 7LSL (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres) - Cód. Darf 0668. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre os produtos do código 2402.90.00 da Tipi (outros cigarros) - Cód. Darf 5110. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre os SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLo}HV 84.29, 84.32 e 84.33 (måquinas e aparelhos) e nas posiçþes 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas) da Tipi Cód. Darf 1097. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre os SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLo}HV 87.03 e 87.06 da Tipi (automóveis e chassis) - Cód. Darf 0676. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - Cód. Darf 0821. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de julho/2018 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - Cód. Darf 0838. Darf Comum (2 vias) Dia 31 IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de julho/2018 relativo a operaçþes FRP FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV ¿QDQFHLURV - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) ,3, ',) 3DSHO ,PXQH Apresentação em meio digital, da Declaração Especial de Informaçþes Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune) relativa ao 1º semestre/2018, mediante utilização de aplicativo disponibilizado pela RFB, pelas pessoas jurídicas inscritas no Registro Especial instituído pelo art. 1º da Lei no 11.945/2009 (Instrução Normativa RFB no 976/2009, arts. 10 e 11; Instrução Normativa RFB nº 1.064/2010). Internet


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

19

LEGISLAÇÃO OPERAÇÃO ZELOTES

Ação penal contra Trabuco fica trancada STJ nega recurso do MPF para apurar ligação do ex-presidente do Bradesco com corrupção no Carf Brasília - Por unanimidade, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter o trancamento da ação penal contra o ex-presidente do Bradesco Luiz Carlos Trabuco Cappi. Ele era acusado de envolvimento em esquemas de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Financeiros (Carf) no âmbito da Operação Zelotes. Na avaliação dos ministros que compõem a turma, não há indicação de que o executivo cometeu os crimes a ele imputados. Denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) narra que membros da diretoria e do Conselho de Administração do Bradesco, “com conhecimento, anuência e participação” do então presidente da instituição, prometeram vantagens indevidas a servidores do Carf e da Delegacia Especial de Receita Federal e Instituições Financeiras em São Paulo para interferir no julgamento de processo administrativo fiscal que envolvia crédito tributário de R$ 3 bilhões. No ano passado, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou o trancamento da ação penal contra Trabuco. “A Turma, à unanimidade, concedeu a ordem de habeas corpus para determinar o trancamento da Ação Penal 0037645-54.2015.4.01 3400, em curso na 10ª Vara Federal/DF, em relação ao paciente Luiz Carlos Trabuco Cappi, por falta de justa causa, nos termos do voto do relator. Prosseguindo a ação em relação aos demais acusados”, dizia o processo. O MPF ingressou no STJ com recurso especial defendendo o prosseguimento da ação penal. Parecer elaborado pelos subprocuradores-gerais Antônio Carlos Lins e Marcelo Muscogliati em maio, reitera a posição defendida pelo MPF e destaca que o trancamento da ação penal é “medida excepcionalíssima”. “Somente admitida quando restar comprovada, de maneira categórica, a ausência de indícios de autoria e/ ou materialidade do crime, a atipicidade da conduta praticada ou a presença de quaisquer das hipóteses de extinção da punibilidade.

PAULO WHITAKER/REUTERS

Não é esse, porém, o caso retratado nos autos”, escreveram os subprocuradores na manifestação. Defesa - Durante sustentação oral no plenário da Sexta Turma, o advogado José Carlos Dias, que integra a defesa do executivo, afirmou que Trabuco jamais foi investigado na Operação Zelotes e que não foi ouvido pela Polícia Federal nem pelo MPF. “O Ministério Público Federal ofereceu denúncia descabida baseada em suposições. Isso é exemplo típico de irresponsabilidade que não podemos aceitar”, afirmou. Terminada a sessão, Dias afirmou que “o assunto está definitivamente encerrado”, não cabendo mais embargos por parte do MPF. O advogado explicou ainda a avaliação dos ministros ao decidirem manter a decisão do TRF-1: “Inépcia é que o Ministério Público não soube descrever os fatos. A falta de justa causa é porque não havia motivo para ele

IFRS 16

Novo padrão contábil vai vigorar a partir de janeiro DA REDAÇÃO

Luiz Carlos Trabuco era acusado de interferência em julgamento de um processo fiscal

ser processado”, ressaltou. O Bradesco divulgou nota ao mercado comunicando a decisão da Sexta Turma: “O Banco Bradesco S/A comunica aos seus acionistas, clientes e ao mercado em

geral que a 6ª Turma do STJ - Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, em julgamento de Recurso Especial em processo desdobrado da chamada Operação Zelotes, realizado

nesta data, manteve decisão de Habeas Corpus para o trancamento de ação penal, em relação a Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do seu Conselho de Administração”. (AE)

BUROCRACIA

Complexidade legal do País é entrave DA REDAÇÃO

O relatório que examina a dificuldade de aderir aos regulamentos comerciais em 84 países, realizado pela TMF Group, o Brasil é o segundo país mais complexo da América Latina, atrás apenas da Argentina, que lidera o ranking, e o sétimo em escala global. A posição do País não é uma surpresa, uma vez que a economia em grande e rápida evolução continua a causar problemas para os operadores de negócios, responsáveis por formalizar contratos e elaborar estratégias para aumentar a participação no mercado. Embora não tenha havido mudanças em grande escala nos últimos meses, os procedimentos de registro de empresas na juntas comerciais, Receita Federal e nas prefeituras aumentaram a quantidade de burocracia no País. Além disso, a situação política marcada por es-

cândalos, combinada com eleições iminentes, indicam um futuro bastante incerto da complexidade econômica do Brasil – o que foi mais um dos motivos que deixaram o país em 2º lugar na região e em 7º lugar globalmente. Ao analisar a complexidade nas Américas, o índice respeita as características próprias de cada região: América do Norte, Central e do Sul. A América do Norte implementou uma infraestrutura de conformidade digital (em termos de regulamentação e sistemas) que suporta um alto grau de transparência. No entanto, essa transparência aumenta a complexidade, pois informações significativas devem ser reunidas, coletadas e fornecidas por empresas multinacionais. Como resultado, os Estados Unidos da América (55º lugar) e o Canadá (63ª posição) alcançam o meio da tabela do ranking, sugerindo que qualquer

redução na complexidade proporcionada pela digitalização é compensada por um aumento da carga regulamentar. Em contraste, a América do Sul tem desfrutado de menos investimento em infraestrutura digital e, em termos gerais, os processos em toda a região tendem a ser mais burocráticos do que o vizinho norte-americano. Além disso, as jurisdições na região também estão sujeitas à conformidade regulamentar global, o que explica países da América Sul, como Argentina, Brasil, Uruguai, Peru e Venezuela, estarem nas cinco primeiras posições do ranking da América Latina, respectivamente. Já no caso da América Central e do Caribe, a região tem sofrido com a imprensa internacional negativa que trouxe camadas de complexidade para ilustrar as associações negativas de reputação de fazer negócios em países

que não respeitam ou implementam altos padrões globais. Embora não seja esse o caso e foi constatado que a maioria dos países construiu um forte conjunto de princípios e marcos legais, é natural que leve mais tempo para reconstruir a credibilidade e o propósito de uma perspectiva internacional. Para o presidente da TMF Brasil, Marco Sottovia, o quadro geral de complexidade está longe de ser uniforme. “Vale destacar que a forma como os regulamentos são implementados difere de país para país. No caso do Brasil, o fato de ser o segundo país da América Latina em termos de complexidade reforça o enorme movimento das empresas em reestruturarem sua área de compliance e serem mais transparentes, após o período conturbado vivido. E essa retomada afeta diretamente no nível de complexidade, deixando o mais alto”, ressalta.

NORTE E NORDESTE

Incentivos fiscais vencem no fim do ano DA REDAÇÃO

Congressistas das regiões Norte e Nordeste do País se articulam para aprovar, o quanto antes, a prorrogação dos incentivos às empresas da região que fazem parte das superintendências do Norte e Nordeste. O prazo dos incentivos está previsto para acabar no fim deste ano. No entanto, caso seja aprovada a renovação, o prazo para a concessão do benefício se estende até 2023. O projeto em questão é o PLS 656/2015, do senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Ele abrange tanto as empresas da Superintendência de Desenvolvimento do

Nordeste (Sudene), quanto empresas da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Essa necessidade de aprovação da matéria ainda no primeiro semestre é justificada pelos parlamentares devido às alterações no calendário legislativo por conta das eleições. Valdir Raupp (MDB-RO) é um dos que defende essa agilidade na aprovação do PLS e parlamentar cobra união dos parlamentares das regiões envolvidas. “Eu acho que a gente precisa unir o Norte e o Nordeste, que são quase dois terços do Senado, acredito que da Câmara também, mas com certeza do Senado, onde

temos praticamente 16 estados. Maioria absoluta dos senadores. Se tivermos uma unidade dessas duas regiões, que são as mais carentes dentro do Congresso, dentro do Senado, nós poderemos avançar com isso e muito mais.” O benefício dará às empresas ligadas às superintendências um benefício fiscal que abate quase 75% o Imposto de Renda cobrado. O dinheiro poupado com o benefício retorna para a região em forma de investimento. De acordo com dados da Sudene, 313 empresas tiveram esses incentivos em 2017, um retorno de quase R$ 64 bilhões para o Nordeste.

Debandada – O economista da Sudam, Túlio Barata, alerta para graves consequências que a não renovação do benefício pode causar. “Para toda Amazônia Legal, o prazo termina em 31 de dezembro de 2018. Isso, se não for renovado, o impacto vai ser severo para a nossa região. A gente calcula que vai haver uma debandada de empreendedores para outras regiões mais dinâmicas do País”, explica ele. Relator da matéria, o senador Armando Monteiro (PTB-CE) destaca que há diferenças econômicas regionais no Brasil. “A redução dos tributos é um dos principais instrumentos

utilizados nas políticas de desenvolvimento regional. Com isso é possível reverter, ao menos em parte, a tendência natural de concentração da atividade econômica nas regiões que já dispõem de uma infraestrutura econômica desenvolvida”, explica o parlamentar. Na avaliação de Armando Monteiro, isso só reforça a necessidade de aprovação do projeto. A matéria foi analisada com caráter terminativo na comissão de Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Caso não seja solicitado recurso para análise em plenário, o projeto segue para tramitação na Câmara dos Deputados.

Começou a contagem regressiva para as empresas se adequarem ao IFRS 16. A adoção do novo padrão contábil entrará em vigor em janeiro de 2019 e exigirá mudanças na divulgação de transações que envolvem arrendamentos, especialmente aluguéis. A mudança impactará diretamente nos indicadores presentes nos balanços financeiros e impõe desafios para o varejo, que já convive tradicionalmente com baixas margens de lucro e investe com frequência nessa modalidade de negócio. Atualmente, as transações de locação são utilizadas como instrumento para incorporar determinados ativos ao balanço. A norma vigente estabelece a classificação em duas modalidades – arrendamento financeiro, semelhante à venda de um bem, na qual a empresa arrendatária assume os riscos inerentes à propriedade; e operacional, na qual os riscos ficam com o arrendador e o arrendatário apenas reconhece a despesa ao longo do contrato e oficializa esse compromisso em uma nota explicativa. “Porém, esse modelo vem sendo cada vez mais questionado por não apresentar uma clara percepção dos ativos e passivos”, ressalta Henrique Campos, sócio-diretor da divisão de auditoria da BDO. Com o IFRS, essa distinção é extinta e as empresas passarão a reconhecer a depreciação do ativo e a despesa financeira do passivo, o que tende a elevar o indicador de endividamento e a alavancagem – com aumento da dívida sobre a receita. Na crise econômica global de 2008, muitas empresas aparentemente sem dívidas quebraram justamente por terem enormes passivos decorrentes de aluguéis de longo prazo. Os investidores não enxergaram essas dívidas pois as companhias não eram obrigadas a registrar essa informação no balanço. “Apesar de a norma valer apenas para balanços referentes ao exercício de 2019, ela implica em uma reavaliação dos demonstrativos deste ano, cuja comparação pode ficar comprometida. “Por isso, desde já é fundamental realizar um mapeamento dos contratos de arrendamento, revisar todos os processos internos e a comunicação com os investidores”, recomenda. O setor de varejo vive uma intensa transformação em virtude do advento das plataformas digitais e da conciliação entre o modelo de lojas físicas e online, além de conviver com novas obrigações como a nota fiscal eletrônica, o Spede a substituição tributária. Agora, com o IFRS 16, os desafios tornam-se ainda maior.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2018

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Estágio no TCEMG Estudantes dos cursos superiores de Direito, Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Engenharia, Ciências Atuariais, Ciência da Computação (ou correlato), Letras e Ciência da Informação/Biblioteconomia que tenham interesse em fazer estágio no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) poderão se inscrever, no período de 30 de agosto a 17 de setembro, para formação de cadastro de reserva para estágio remunerado. De acordo com o Edital nº 1/2018, que trata do processo seletivo, o estudante deve estar cursando, no mínimo, o 4º período semestral, no caso de curso com duração de cinco anos, ou ter cursado, no mínimo, 40% da carga horária total, em se tratando de curso com duração inferior ou superior a cinco anos. O processo é feito por meio da Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo. Inscrição: goo.gl/eebgjs.

Negócios Sociais No quinto Encontro de Gerações com Valores, evento gratuito realizado pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) Jovem, realizado ontem, a palestrante, consultora da Yunus Negócios Sociais Gabriela Reis, abordou o tema “Negócios Sociais e de Impacto – como empreender para transformar o mundo.

Empreendedora O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial (NDE) do Senac está com matrículas abertas para a palestra Gestão de Projetos com foco na mulher empreendedora, que será realizada no dia 28. A atividade acontece na Rua Guajajaras, 40, 16º andar, entre 19h e 21h. A proposta do evento é apresentar os conceitos elementares da Gestão de Projetos, mostrando a importância de sua aplicação nos trabalhos desenvolvidos pela mulher empreendedora. Empoderamento feminino e protagonismo da mulher na carreira e mercado de trabalho também serão abordados no encontro. A palestrante, Aline Rodrigues da Fonseca, é consultora, docente no MBA em Gestão de Projetos do Senac. Formada em administração, é especialista em gerenciamento de projetos, engenharia e inovação. A profissional tem amplo conhecimento no segmento automotivo, por sua trajetória em grandes empresas. Mais informações e inscrições: 0800 724 4440 e site cursos.mg.senac.br.

Livro conta sobre a criação da 1ª fábrica de ferro do País DANIELA MACIEL

Pródigo em boas histórias, o interior de Minas Gerais ofereceu ao Brasil personagens capazes de marcar suas épocas e dar vazão ao espírito empreendedor mineiro. Muitas dessas pessoas, porém, andam esquecidas e suas histórias já estão esmaecidas pelo tempo. Com o desejo de não deixar que isso aconteça com o Intendente do Distrito dos Diamantes Manuel Ferreira Câmara Bethencourt e Sá, o jornalista diamantinense Américo Antunes lançou-se na empreitada de contar em livro a história da criação da primeira fábrica de ferro do Brasil, a Real Fábrica de Ferro do Morro do Gaspar Soares, hoje Morro do Pilar, na região Central. O livro “Do diamante ao aço – o ilustrado Intendente Câmara e a verdadeira história da primeira fábrica de ferro do Brasil” será lançado amanhã (23), às 19h, na Livraria Dom Quixote, na Savassi, em Belo Horizonte, e já está disponível no site da Editora Alameda. “A chegada da Família Real, em 1808, permitiu que manufaturas fossem criadas no Brasil. Foi nesse contexto que o intendente conseguiu autorização, em 1809, para que parte do faturamento da extração dos diamantes fosse usada na criação da fábrica. O Intendente Câmara estudou na Universidade de Coimbra, em Portugal, e passou oito anos visitando os principais centros acadêmicos

e de metalurgia da Europa, chegando à Rússia. Sob os novos ventos do Iluminismo, voltou ao Brasil para assumir a missão de implantar a fábrica e substituir o ferro e o aço então importados da Europa a preços escorchantes”, explica Antunes. O local escolhido foi Morro do Pilar, rico em minério de ferro. Todos os materiais chegaram em lombo de burro e a conclusão da fábrica demandou algumas tentativas frustradas. A primeira produção completa, sem problemas, aconteceu em 1815. O alto-forno de modelo alemão tinha impressionantes oito metros de altura. O primeiro carregamento foi recebido em Diamantina com uma festa de marcar época, que mereceu, até, ser descrita no jornal “Investigador Português”, que circulava em Londres, em 1816. Outro quesito importante na escolha do lugar foi a proximidade com o Rio Doce. A ideia era escoar a produção através dele. Pesquisa – a primeira versão do livro foi editada em 1999, por ocasião da candidatura de Diamantina a Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “Naquela época, a Unesco nos sugeriu que, além de inventariar as singularidades do patrimônio, deveríamos buscar personagens que tivessem contribuído para a criação da identidade de

CULTURA KIKA ANTUNES / DIVULGAÇÃO

Expoinel A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) já está recebendo inscrições de animais Nelore e Nelore Mocho para a 47ª Expoinel, uma das mais importantes mostras pecuárias do Brasil, programada para 20 a 30 de setembro, em Uberaba, Triângulo Mineiro. A Expoinel fecha o ano-calendário dos rankings nacional e regionais Nelore e Nelore Mocho, sendo de participação obrigatória para os expositores e criadores que disputam os campeonatos nacionais da raça. Em função disso, da tradição da exposição e da importância histórica de Uberaba na seleção zebuína, espera-se grande número de animais participantes. A quantidade de animais julgados determina o índice multiplicador das pontuações alcançadas na exposição, para a contabilização no ranking. A Expoinel, por sua importância, conta com acréscimo de 30% nesse índice. Por tudo isso, muitos campeões nacionais da raça serão definidos após os resultados obtidos na exposição. Mais informações: www.nelore.org. br ou (11) 3293-8900.

Diamantina e de Minas Gerais. Todo mundo conhece Juscelino Kubitschek, Chica da Silva, mas a história do Intendente estava se perdendo. Ali, fiz uma pesquisa importante, mas que, por causa dos prazos, não foi tão aprofundada como eu desejava”, afirma o jornalista. A ideia era prosseguir com a pesquisa e lançar uma edição revista e ampliada em 2015, no bicentenário da primeira produção. O volume de material encontrado e os muitos talentos do Intendente Câmara acabaram alongando o trabalho. A trajetória do personagem é marcada pelo empreendedorismo e também pela controvérsia. “Para levar a cabo a construção da fábrica e ao modernizar o processo de extração do diamante, Câmara contrariou muitos interesses, como os dos senhores que alugavam mão de obra escrava, os importadores de ferro e de empreendedores paulistas que construíam, ao mesmo tempo, a Real Fábrica São João do Ipanema, na região de Sorocaba (SP). Por isso, muita coisa dessa história foi perdida. Infelizmente, restam poucas ruínas da fábrica em Morro do Pilar, enquanto em São Paulo o lugar é protegido e visitado. Precisamos cuidar mais da nossa memória. Os documentos mostram que a fábrica mineira foi a primeira a conseguir produzir em volume e isso precisa ser conhecido”, completa o autor.

Grupo Ilumiara Cantigas - A série “Sonoros Ofícios” será apresentada pelo Grupo Ilumiara em BH. O repertório reúne cantos de trabalho e foi criado a partir de vasta pesquisa. que culminou com arranjos das canções e a construção de instrumentos usados nas apresentações. O concerto traz cantigas de trabalhadores como lavadeiras, vendedores de rua, carregadores de pedras, remeiros, agricultores, fiandeiras, produtores de farinha, entre outros. Quando: Amanhã (23), às 14h;

sábado (25), às 10h; domingo (26), às 16h; Segunda-feira (27), às 9h15 Quanto: Apresentações Gratuitas Onde: Parque Lagoa do Nado (Rua Des. Lincoln Prates, 904, bairro Itapoã); Centro Cultural Urucuia (Rua W-3, 500, Bairro Urucuia, Barreiro); Grupo Cultural Meninas de Sinhá (Rua Fernão Dias, 1.131, bairro Alto Vera Cruz. Ponto de Referência: Próximo ao final do ônibus 9407) e Secretaria de Saúde da PBH (Av. Afonso Pena, 2.336, Pilotis, Centro), respectivamente

Sempre às Quartas Concerto - A Orquestra de Câmara Sesiminas recebe, no projeto Sempre às Quartas, com regência do maestro Felipe Magalhães, como solista convidado o pianista Gabriel Gorog. No repertório do concerto vão estar obras de compositores como Mozart, Sibelius, Britten e Max Magalhães. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro e no site tudus.com.br. Quando: Hoje, às 20h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Contação de histórias Língua de Sinais - Os gregos antigos acreditavam que nós nascemos do barro moldado pelo titã Prometeus. Os visitantes surdos poderão conhecer essa e outras histórias na atividade Cosmogonia Grega com Libras no Espaço do Conhecimento UFMG. A atriz e intérprete Dinalva Andrade vai apresentar, em Língua

de Sinais, o mundo dos deuses, heróis, titãs, ninfas e centauros. Quando: Sábado (25), às 10h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários, Belo Horizonte Show solidário Mano Down - Afeto, delicadeza e talento são os ingredientes do espetáculo inédito que a cantora Mônica Salmaso, a Orquestra de Câmara Sesiminas e o músico Dudu do Cavaco vão apresentar. A iniciativa faz parte do projeto Mano a Mano, que visa arrecadar recursos para manutenção e ampliação das ações do Instituto Mano Down. Quando: Dia 29, às 20h Quanto: De R$ 25 a R$ 180 Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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